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MINISTÉRIO DE ARREPENDIMENTO E SANTIDADE

ARREPENDE-TE ANGOLA

3ª REGIÃO
TENDA DO PIAGET

SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO PARA OBREIROS

TEMA: O SERVO E A LIDERANÇA

Período: 14 à 16 de Julho de 2021


Local: Tenda do Piaget
Duração: 3 dias
Prelector: Pr. Sñr. Manuel Dunda

INTRODUÇÃO
1
De um modo muito lacónico, tendo em conta a necessidade em dotar os servos da
Tenda do Piaget com conhecimentos que permitirão o exercício do ofício da casa
de Deus e da sua obra em geral com eficiência, trazemos alguns pontos fulcrais
sobre o “servo e a liderança”, onde, inicialmente apraz-nos levar a lume e, de
forma separada a questão do conhecimento sobre cada uma das premissas (servo
e liderança), subsumindo-se portanto, nos dois capítulos que formarão a estrutura
do seminário.

Objectivo
O seminário a que nos propusemos ministrar objectiva-se na capacitação do
corpo de obreiros e não só, pertencentes a Tenda do piaget.

CAPÍTULO I- O SERVO
1.1- Noção
2
Neste capítulo, a nossa abordagem fita-se nos aspectos básico da compreensão
sobre quem é o servo, seu perfil qualitativo e as suas atribuições.

O termo servo, deriva do sentimento de trabalho, serviço ou actividade. Mas,


sempre um serviço realizado sob dependência de alguém que é superior.

A história reza que, o termo nasce do período da servidão e da escravatura, onde


o servo era tido como sendo uma mera força de trabalho. Ao escravo ou servo
não eram reconhecidos direitos de autodeterminação. Pois, o servo era um
escravo. O termo é também usado na bíblia para determinar que, todo aquele que
serve a Deus, está dependente D´Ele e sem ELE nada pode.

Hoje em dia, o termo também serve para identificar um obreiro, tornando deste
modo, palavras sinónimas.

1.2- O OBREIRO

O termo obreiro provém do ofício sacerdotal. Nasce do prefixo, obra, que


significa ofício ou trabalho.

No entanto o termo significa trabalhador; operário (1Cr 4.21; 2Tm 2.15). 2),
pessoa que pratica ou planeja a execução de uma actividade.

A palavra Obreiro também pode significar Diácono, embora neste último, com
uma certa especificidade. Veja: o obreiro é toda a pessoa que se dedica do ofício
da obra de Deus, independentemente da vocação.

A palavra "diácono" vem de uma palavra grega (diakonos) que é encontrada mais
de 30 vezes no Novo Testamento. Palavras semelhantes são diakonia (ministério
ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar). "Diácono" quer dizer "atendente"
ou "servente". A mesma palavra descreve, empregados e obreiros voluntários. A
ênfase não está na posição da pessoa, mas no servo em relação ao seu trabalho.

Zelo do obreiro e submissão: Sl 14.4).

1.3- AS QUALIFICAÇÕES DO SERVO

A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é 1Timóteo


3.8-13. Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial, porém não exaustiva,
dos requerimentos para os diáconos.

As similaridades entre as qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em


1Timóteo 3 são notáveis. Assim como as qualificações para os presbíteros, um
diácono não pode ser dado ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt
1.6), marido de uma só mulher (v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de

3
sua casa (vv. 4-5). Além disso, o foco das qualificações é o caráter moral da
pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser maduro e acima de
reprovação. A principal diferença entre um presbítero e um diácono é uma
diferença de dons e chamado, não de caráter.

Resumindo, 1Timóteo 3: 8-12 diz:

Respeitáveis: esse termo normalmente se refere a algo que é honorável, digno,


estimado, nobre, e está directamente relacionado a “irrepreensível”, que é dado
como uma qualificação para os presbíteros (1 Tm 3.2).

De uma só palavra: aqueles que têm a língua dobre dizem uma coisa a certas
pessoas, mas depois dizem algo diferente a outras, ou dizem uma coisa, mas
querem dizer outra. Eles têm duas faces e são insinceros. As suas palavras não
podem ser confiadas, então eles carecem de credibilidade.

Não inclinados a muito vinho: um homem é desqualificado para o ofício de


diácono se for viciado em vinho ou outra bebida forte. Tal pessoa carece de
domínio próprio e é indisciplinada.

Não cobiçosos de sórdida ganância: se uma pessoa ama o dinheiro, não está
qualificado para ser um diácono, especialmente porque os diáconos com
frequência lidam com questões financeiras da igreja.

Sólidos na fé e na vida: Paulo também indica que um diácono deve “conservar o


mistério da fé com a consciência limpa”. A expressão “o mistério da fé” é
simplesmente um modo de Paulo falar do evangelho (cf. 1Tm 3.16).
Consequentemente, essa afirmação se refere à necessidade de os diáconos
manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes. Contudo, essa
qualificação não envolve apenas as crenças de alguém, pois o diácono também
deve manter essas crenças “com a consciência limpa”. Isto é, o comportamento
de um diácono deve ser consistente com suas crenças.

Irrepreensíveis: Paulo escreve que os diáconos devem ser “primeiramente


experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v.
10). “Irrepreensíveis” é um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma
pessoa. Embora Paulo não especifique que tipo de teste deve ser feito, no
mínimo, deve-se examinar a vida pessoal, a reputação e as posições teológicas do
candidato. Mais do que isso, a congregação não deveria examinar apenas a
maturidade moral, espiritual e doutrinária do diácono em potencial, mas deveria
também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja.

Esposa piedosa: é discutível se o versículo 11 se refere à esposa do diácono ou a


uma diaconisa. No que interessa a esta discussão, vamos assumir que o versículo
4
esteja falando das qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo,
as esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e
fiéis em tudo” (v. 11). Como o seu marido, a esposa deve ser respeitável ou
honorável. Em segundo lugar, ela não deve ser maldizente, uma pessoa que
espalha fofocas. A esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria.
Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve estar envolvidas em
coisas que possam embaraçar tal julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel em todas
as coisas” (cf. 1Tm 5.10). Esse é um requerimento genérico que funciona
semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e diáconos sejam
“irrepreensíveis” (1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10).

Marido de uma só mulher: a melhor interpretação dessa passagem difícil


consiste em entendê-la como a fidelidade do marido para com sua esposa. Ele
deve ser “um homem de uma única mulher”. Isso é não deve haver qualquer
outra mulher em sua vida com a qual ele se relacione em intimidade, seja
emocionalmente, seja fisicamente.

Governe bem seus filhos e a própria casa: um diácono deve ser o líder
espiritual de sua esposa e filhos.

1.4- O CHAMADO DE UM SERVO

O Sevo é a pessoa que está sujeito às ordens de alguém que é superior, de quem
recebe o comando para a execução de um serviço.

Na vida cristã, o servo é uma pessoa sujeita as ordens de Deus, o dono de todas
as coisas.

Romanos 11:36

“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém”.

O servo, sendo propriedade de Deus, está sujeito às suas ordens celestiais.

(Salmo 119:91)

Conforme as tuas ordens, tudo permanece até hoje, pois não há nada que não
esteja a teu serviço”.

O servo é chamado por Deus para servi-lo em estrita obediência e cumplicidade,


para que, em recompensa disso receba de Deus a vida eterna e os galardões
escondidos para os fiéis.

Mateus 25:36

5
O chamamento é uma graça disponível para todo o cristão. É uma manifestação
do amor de DEUS e da aliança que fez com a igreja, através do sacrifício na cruz.

São chamados para servir, todos aqueles que aceitam Jesus como seu Senhor e
salvador. Aqueles que receberam a vida em Cristo Jesus.

Embora o chamado seja uma eleição e uma predestinação de Deus, ele é exercido
através de um desejo e uma escolha.

Servir, é um ato de amor e também pode ser um dom. É também um acto de


liderança. Pois, o exemplo de servir começou com o próprio Senhor.

João 13:4

“Por isso, durante a ceia, Jesus se levantou, tirou a sua túnica e,


pegando uma toalha, amarrou-a na cintura. 5 Depois, derramando
água numa bacia, começou a lavar os pés [a] dos seus discípulos e
a enxugá-los com a toalha que tinha na cintura”

Mateus 14:13-21

“Jesus, porém, respondeu: “Não é preciso serem eles a ir. Dêem-


lhes vocês de comer!”  17  E disseram: “Mas como? Temos só cinco
pães e dois peixes!”  18  Ao que respondeu: “Tragam-mos
aqui!”  19  Então mandou o povo sentar-se sobre a erva e, tomando os
cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e abençoou-
os. Depois, partiu os pães em pedaços e deu-os aos discípulos, para
que os levassem à multidão.  20  Todos comeram até ficar satisfeitos.
E quando as sobras foram recolhidas enchiam doze cestos”.

1.5- O SERVO E A HUMILDADE

O servo é uma pessoa cheia de capacidade para se submeter às ordens. Por isso
Jesus disse: O maior entre vocês deverá ser servo. Mateus 23:11.

Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados
governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder
sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se
importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser
escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Marcos 10:42-45.

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Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa?
Mas eu estou entre vocês como quem serve. Lucas 22:27.

Deus pode chamar alguém que ainda esta fora do aprisco, isto por causa das
virtudes e a vocação que Deus colocou nele antes mesmo de nascer. Jeremias
1:5.

Quando Jesus encontra a pessoa a quem ele colocou a capacidade para servi-lo,
ele não pede. Simplesmente o chama e ordena. Mas, deixa dependente a escolha
da pessoa.

Mateus 9:9 “saindo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na


colectoria, e disse-lhe: “Siga-me”. Mateus levantou-se e o seguiu”.

Também podemos ver Mateus 4:18-22.

1.6- A COMISSÃO DO SERVO

Todos são chamados a servir em uma determinada vocação. É Deus quem dá


isso, naturalmente. Não é uma questão de força. Pode em certos casos ser de
esforço.

Josué 1:1-8.

No entanto, quando Jesus chama um servo Ele o chama delineando a sua missão,
e instruindo sobre o que deve fazer e como fazer, mostrando os métodos capazes
de levar ao resultado.

No entanto, o servo é chamado para servir segundo a instrução do próprio


Senhor.

O servo anda na autoridade e com autoridade do seu Senhor, se não fosse assim,
nunca um servo alcançaria vitória, até porque é mesmo um servo.

Mateus 10:1-10

1.7- A CAPACIDADE DO SERVO

Cada servo tem a sua capacidade, segundo a vocação dada por Deus. Uns têm
capacidade para dirigir e outros têm capacidade para obedecer.

Romanos 12:7

Mesmo para dirigir, ao servo é dado um limite. À ele não é dado um poder
ilimitado. Veja:
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Êxodo 18:21-26.

O servo fiel obedece ao seu Senhor e no final tem recompensas muito grandes.

Hebreus 6:10, Gálatas 5:13, 1 Pedro 4:10, Marcos 9:35, Filipenses 2:5-7,
Deuteronómio 13:4. Romanos 12:11

A recompensa no final, vem.

Mateus 24:45-46

CAPÍTULO II- A LIDERANÇA

2.1 Noção
Liderança é o acto de liderar ou de dirigir um grupo, levando-as ao caminho mais
seguro, com vista a se alcançar o alvo.

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A liderança é uma responsabilidade exercida por uma pessoa que recebe o título
de líder.

O termo líder deriva do latim “lad”, que significa “caminho”. Um “ladan”, ou


“líder”, era “aquele que mostrava o caminho”. Era o guia, que conduzia
caminhantes de um povoado a outro. Sua principal responsabilidade, durante a
caminhada, era “cuidar de todos e de cada um”. Se o “ladan” caminhasse muito
rápido, os mais lentos ficariam para trás. Se caminhasse devagar, os mais
apressados ficariam irritados. Cabia então a ele: (1) aprender correctamente o
caminho  para saber onde estavam os obstáculos e escolher a melhor rota; (2)
encontrar o ritmo mais eficiente que faria com que todos chegassem com
segurança, sem desperdício de tempo ou de energia. Para isso, o “ladan” tinha de
entender quais eram as limitações de cada um.

No entanto, a liderança é o acto de dirigir um grupo de pessoas, atraindo-as para


a visão motivacional, influenciando igualmente a sua visão e mudando
comportamentos, levando-as ao cume da sua missão.

Liderar pressupõe um acto de coragem, de responsabilidade, de persistência, de


amor, de lealdade, de capacidade, de honra, de poder, de esforço, de sabedoria e
de cuidado, visando sempre o sucesso. Josué 1:1-8

Deste modo o líder cristão é a pessoa que recebe a missão e a responsabilidade de


dirigir pessoas através do caminho, para Deus. João 14:6

A liderança cristã não está fundada em conceitos terrenos de prosperidade, como


se trata de mulheres, dinheiro ou poder (na política). Contrariamente ao que
sucede naquele âmbito, o líder cristão, não deve oprimir e dominar os outros com
sua autoridade humana, motivada pelos princípios carnais, como faziam os
gentios.

Entretanto, o líder deve servir aos outros, tal como Jesus, o modelo demonstrou
em Filipenses 1:7-8, quando se fez sem fama, assumindo a forma de servo e
vindo em semelhança de homens. 

2.2- Bases de uma liderança de sucesso

1. Amor

Deus é amor (João 1:4) e derramou seu amor em nossos corações, por meio do
Espírito Santo que ele nos concedeu (Romanos 5:5). 

Em 1 Coríntios 13, Paulo escreveu sobre a natureza transformadora do amor e


como ele é maior do que dons espirituais como fé e esperança. 

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Assim, o amor é central para o Cristianismo. Qualquer líder cristão deve ser
motivado em sua vida pelo amor de Deus em tudo o que ele ou ela fizer. E sob
esta luz, que outras pessoas reconheçam o coração e os motivos desse líder.

2. Modéstia

A modéstia significa não possuir e nem demonstrar vaidade em relação a si


mesmo e às suas próprias conquistas. De acordo com a Bíblia, modéstia é agir de
forma decente e pura, sem motivação pecaminosa.

Nesse ponto de vista ser arrogante não ajuda a modelar ou demonstrar os


interesses e amor de Cristo. Na realidade, este traço de personalidade está em
conflito directo com a liderança cristã.

Inclusive, em Provérbios 16:5 diz que os orgulhosos de coração são uma


abominação para o Senhor. 

3. Motivação

As pessoas executam alguma acção, porque tem um motivo para tal, ou seja,
motivo para a acção. Da mesma forma, um líder pode motivar ou desmotivar
alguém através de sua comunicação e estratégias utilizadas.

Para um cristão, Jesus Cristo é o motivo da acção, mas sabemos que, nesta vida,
muitas vezes fraquejamos e perdemos o foco. 

Nessa perspectiva, bons líderes cristãos são aqueles que estão constantemente
nos lembrando de como viver o propósito de Deus.

4. Correcção

Corrigir erros e falhas faz parte da vida de todos os cristãos. Ser corrigido nem
sempre é fácil, mas é essencial se queremos andar no caminho certo. Por vezes,
podemos sentir que quem nos corrige está nos prejudicando, mas sabemos que
Deus tem o melhor para nós e corrige aqueles que Ele ama.

Toda correcção, de fato, no momento em que ocorre não nos parece ser motivo
de contentamento, mas de frustração; mais tarde, no entanto, produz fruto de
justiça e paz para todos aqueles que por ela foram disciplinados. Hebreus 12:11

Muitas passagens nas Escrituras falam desse princípio, como em 2 Timóteo


3:16-17, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda
boa obra.

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Em Tiago 5:19-20, de igual forma, quem converte um pecador do erro do seu
caminho salvará a vida dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam
perdoados.

Se você está se questionando como líderes cristãos podem corrigir seus


seguidores da maneira certa, temos as seguintes dicas:

1. Compreendendo seus temperamentos;


2. Respeitando suas preocupações;
3. Acreditando em seus dons;
4. Apoiando seus sonhos; e,
5. Desafiando suas falhas.

5. Integridade

A integridade é a qualidade de quem não se deixa corromper e que age com


honestidade. A integridade envolve tanto acções quanto palavras e os bons
líderes cristãos praticam e valorizam esse princípio.

Inclusive, a Bíblia menciona vários personagens que foram íntegros: Abel, Noé,
Hananias, Jó, José e outros, mas o maior exemplo de integridade na Bíblia é
o Senhor Jesus Cristo. Ele foi pleno, justo e autêntico em todo o seu viver. (Lc.
23:47)
Assim, todos que buscam honrar a Deus, vivendo à semelhança de Cristo,
deverão desenvolver essa virtude em sua vida prática.

Em Colossenses 3:23 fica claro: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração,
como para o Senhor, e não para os homens.”

6. Obediência à vontade de Deus

Há muitos líderes cristãos buscando sucesso, reconhecimento, fama e riqueza,


mas um bom líder busca ao Senhor e entrega seu caminho a Ele, que estabelece
os próximos passos.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação


da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.” – Romanos 12:2

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2.3- TIPOS DE LIDERANÇAS

Na verdade, quando se fala em liderar, toca-se fundamental mente na


sensibilidade humana. É daqui que se revela a personalidade humana. Se é uma
pessoa nascida de novo, ou um velho homem com capa de uma nova criatura, os
lobos devoradores e assassinos das ovelhas de cristo. Mateus 7: 15-19.

1) Liderança piedosa.

Na liderança piedosa o líder tem as seguintes virtudes:

 Características:

 Ele tem muito amor,


 Também tem autoridade.

 Pontos positivos:

 Disciplina à má conduta que uma pessoa teve, e não à pessoa


em si.
 Repreende, aconselha ou adverte, não deixa a pessoa caminhar
para o erro (Gl 4:16).
 Ele corrige e confronta à mudança, não conforma-se com a má
conduta, mas valoriza a pessoa, ama e a compreende suas
fraquezas.
 Jesus demonstrou ser este tipo de líder quando restaurou a
Pedro e também os demais discípulos, pois todos falharam
com ele (Jo 21:15-17).

Este tipo de liderança na igreja é um exemplo de cristão (Fp 4:9; 1 Co 11:1), ele


gera pessoas multiplicadoras e motivadas, confiantes que podem melhorar (2 Tm
2:2).

2) Liderança permissiva.

Neste tipo de liderança, podemos entender que, o líder tudo permite, conforme o
desejo dos seus liderados. É o tipo de liderança em que o líder não quer estar mal
com os seus liderados, ele garante uma amizade inquebrável.

 Características:

 Muito amor.
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 Nenhuma autoridade 

 Pontos positivos:

 Muito amor às pessoas.


 Muita compaixão.

 Pontos negativos:

 Geralmente este tipo de líder não consegue disciplinar as


pessoas, corrigi-las ou adverti-las quanto a seus limites, ele
prefere deixar as pessoas livres, do jeito que quiserem e bem
entenderem, para não magoá-las ou ferir a amizade com elas;
devido a isso ele gera pessoas espiritualmente fracas,
inseguras, desmotivadas, que não produzem muito e que cedem
fácil às tentações da carne, tomando gosto pelos pecados carnais
e considerando-os algo comum.
 Além disso, este não ajuda a produzir mudança na vida e no
carácter das pessoas devido à pouca instrução que confronta os
erros delas, por causa disso muitas pessoas sentem-se sem
valor.

 Destaque:

 Não confronta e não põe limites 

 Aquele que repreende um homem, mais tarde encontrará mais favor do que

aquele que lisonjeia com a língua. (Provérbios 28:23 KJF)

3) Líder cristão negligente.


 Características:

 Pouco amor.
 Pouca autoridade.

 Pontos positivos:
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 Nenhum.

 Pontos negativos:

 Esse tipo de líder na igreja é inseguro porque muitas vezes tem


medo, então torna-se um procrastinador.

 Ele também não corrige as pessoas, talvez não queira arrumar


problemas para si; não adverte as pessoas com seus erros porque
não faz por onde ter conhecimento e por isso não
tem autoridade para confronta-las (à semelhança como Paulo fez
com Pedro em Gálatas 2:11-14).

 É desorganizado, por ser negligente também não gosta de ser


cobrado de seus deveres.

 Não sabe valorizar os outros porque geralmente não vê também o


próprio valor.

 Ele gera líderes semelhantes a si: inseguros, negligentes e que não


produzem muito.

Não sejais negligentes nas actividades; ferventes no espírito, servindo ao Senhor.


(Romanos 12:11 KJF)

4) Liderança Ditatorial
 Características:

 Pouquíssimo amor.

 Forte controle!

 Pontos positivos:

 Nenhum.

 Pontos negativos:

 Ele é manipulador, como quem quer criar escravos para seu


“império”;
 ele não admite seus próprios erros, sempre quer estar coberto
de razão e mal dá ouvidos aos outros.

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 Não aceita ser corrigido por ninguém e sempre
tem argumentos para justificar-se e tornar-se o dono da
verdade
 Ele também não sabe se comunicar com as pessoas.
 Não valoriza as pessoas e mal procura saber o estado delas.
 Causa ofensas e fere as pessoas de maneira tão natural quem
nem percebe o quanto magoa, é insensível
 Não sabe ensinar, é bruto.
 É “grosso” no convívio com as pessoas porque carece de amor
ao próximo.
 Ele gera rebeldes e ateus, pessoas desacreditadas na vida
religiosa e em DEUS, em fim não gera outras lideranças
saudáveis.
 Ele produz no coração das pessoas a sensação de que elas são
um erro e incapazes de fazer coisas boas que agradam os
outros.
 Muitas pessoas o rejeitam e evitam contacto com ele devido
seu jeito rude de ser.
 Por não ser submisso a ninguém, até mesmo a DEUS, este tipo
de líder tem dificuldades de ser humilde para aprender e
corrigir-se, e apesar de horar a DEUS com suas palavras, suas
acções demonstram que está bem distante dEle (Mt 15:8,9).
 Ele atropela até mesmo a autoridade de DEUS e de Sua
Palavra em favor de suas próprias convicções e razões.

 Destaques do líder ditatorial:

 Rebeldia.

 Ateísmo.

2.4- FOCOS DA LIDERANÇA

Nenhuma líder próspera se não tiver foco, o destino da sua missão. A liderança
deve ser exercida, sempre visando alcançar sucesso.

1. O primeiro foco do líder cristão é a obediência das instruções de Deus,


para que suceda em toda a sua jornada.
2. O segundo foco, o líder deve liderar-se, a ponto de conhecer primeiro o
caminho, os segredos e a meta da sua missão, isto para que não dirija as

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pessoas que lidera para a perdição. Muito embora, existam pessoas que
conhecem o caminho, bem como a meta da sua jornada, mas levam os
seus liderados ao desvio.
Conhecer o caminho é livrar-se, libertar-se das assolações e do cativeiro
do inimigo.
3. Em terceiro lugar, a liderança deve ser exercida, tendo como foco, atrair a
atenção dos liderados para si, afim de que eles aprendam, sigam e
alcancem o destino da sua missão com sucesso, livrando-os da perdição e
do domínio do engano.

João 8:32.

Portanto, com o breve resumo apresentado, julgamos ter alcançado o nosso


objectivo fundamental. Esperamos que cada um dos cúmplices do ETERNO
possa com integridade e todas as virtudes de um servo, colocar em pratica e
regenerar para as gerações futuras de servos, visando dar continuidade da família
de deus. Quiçá, possamos todos entrar juntos no reino glorioso de Cristo Jesus.

Muito Obrigado por ter participando.

Viva e partilhe vida.

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