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Olá 4.º ano!

Este ano teremos muitas surpresas, com leituras de textos


interessantes, escrita, brincadeiras divertidas e muito mais. Vamos
conhecer o livro ―Eu tenho o direito de ser criança‖.
Vamos lá!

Antes de começar a leitura de um livro, buscamos saber primeiro quem escreveu, além de outras
informações importantes. Vamos saber?
1. Quem é o autor do livro?

2. Quem é o ilustrador ?

3. Observe as imagens da capa. Quem são, provavelmente, essas pessoas? Elas são
iguais? Alguma pista da idade delas?

4. Qual deve ser o assunto do livro?


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Eu tenho o direito de ser criança

Sou uma criança com olhos, mãos, uma voz, um coração e direitos. Eu tenho
o direito de ter um nome, um sobrenome, uma família que sorria para mim, um país
onde eu me sinta em casa.
Tenho o direito de ter o que comer e beber para crescer bem forte. Tenho o
direito de morar numa casa bem quentinha, mas não demais, longe da miséria, com
tudo de que preciso, sem exageros.
Eu tenho o direito de ser tratado com os melhores remédios que os homens
inventaram! E de correr, pular, subir, gritar à toa: ―Viva, como a minha saúde é boa!‖
Tenho o direito de estudar de graça e de aprender como voam os
passarinhos, os aviões e as sementes das plantas. Eu tenho os mesmos direitos
exatamente, tanto faz eu ser menina ou menino.
Eu tenho o direito de ser respeitado...tanto faz eu ser negro ou branco, baixo
ou alto, rico ou pobre...da mesma maneira, nascido aqui ou ali. Tenho o direito de
receber apoio dos meus pais, dos meus amigos e do meu país se meu corpo não
funcionar tão bem quanto o das outras pessoas.
Tenho o direito de me recusar a trabalhar em vez de estudar. Só quando
tiver aprendido tudo é que vou escolher uma profissão...Os direitos da criança são
para já. Porque é agora que somos crianças.

Adaptado de SERRES, Alain, Eu tenho o direito de ser criança.1ed.Rio de Janeiro: Pequena Zahar, 2015.

Em 1989 surgiu a Convenção dos Direitos da Criança, um


documento que visa assegurar os direitos básicos
fundamentais de toda criança. Que tal conhecer um pouco
mais sobre esses direitos? Converse com seus colegas e com
o(a) Professor(a) sobre assunto e exponha a sua opinião para
sua turma. Um dos direitos é justamente esse: o de se
expressar e falar abertamente o que você pensa.
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1. Quem conta a história no texto?

2. Quais são as características físicas da pessoa que conta a história?

3. Qual assunto está sendo tratado no texto?

4. Por qual motivo se usou aspas no trecho ―Viva, como a minha saúde é boa!‖?

5. No trecho do texto, abaixo, temos duas palavras que dão a ideia de tempo. Circule essas
palavras.

“Os direitos da criança são para já. Porque é agora que somos crianças.”

6. De acordo com o texto, para que a criança cresça bem forte, qual direito deve ser
garantido?

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A expressão em destaque, no trecho do texto, ―E de correr, pular, subir, gritar à toa‖ tem
qual sentido? Pesquise e registre abaixo o que você descobriu.

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Um dos direitos da criança é o de ter identidade. Você
sabe o que é? É o direito de ter nome e sobrenome.
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Para isso, toda criança quando nasce, deve receber um documento que é muito
importante: a Certidão de Nascimento. Nele constam os principais dados sobre a criança
que acabou de nascer. Depois desse documento, a criança deve receber o seu
documento de identidade.

Que tal, agora, brincar de elaborar o seu documento de identidade?

Estado do

Aqui você
pode
colar a
sua foto
ou se
desenhar.

Documento sem validade


https://br.pinterest.com

Nome

Filiação

Naturalidade Data de Nascimento

/ /

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Um dos direitos da criança é o de brincar e, para isso, não precisa de muito,
não. Inventar brincadeiras, fazer uma bola de material reciclado, não importa, o
importante é brincar. Vamos lá?!

A estrela principal de muitas


brincadeiras, vamos combinar, 1 2 Mãos à obra
é a bola. Ela cai bem no futebol,
no vôlei, no queimado e em 1 Pegue a meia-calça e corte
muitas outras brincadeiras e uma das pernas abaixo da
jogos. Mas, se você está com altura dos joelhos. 2 Encha
os amigos e ninguém se essa parte com espuma de
lembrou de trazer a almofada até que ela fique firme
3 e redonda. 3 Corte o
gorduchinha, não se desespere.
A CHC mostra agora como excedente da meia, conforme a
fazer uma bola de...meia indicação da figura. 4 Agora,
velha!!! pegue as meias comuns e corte
a biqueira, o calcanhar e as
outras partes, deixando-as
Você vai precisar de:
esburacadas mesmo. 5 Vista
4 5 estas meias, tendo o cuidado
• uma meia-calça velha;
para que a parte onde aparece
• três ou quatro meias comuns
a espuma fique bem escondida.
já na fila dos farrapos;
• espuma de almofada;
• tesoura sem ponta. Adaptado de A Redação.
chc@cienciahoje.org.br
Adaptado de
http://capes.cienciahoje.org.br/viewer/?file=/revista
s/pdf/chc_250.pdf 11
1. Qual é a finalidade do texto?

2. O texto foi escrito para quem?

3. No trecho ―Se você está com os amigos e ninguém se lembrou de trazer a


gorduchinha, não se desespere‖, a palavra destacada é usada, de maneira informal, para
se referir à
bola.
meia.
tesoura.
almofada.

4. Segundo o texto, qual é a estrela principal de muitas brincadeiras?

5. No trecho ―Ela cai bem no futebol, no vôlei, no queimado e em muitas outras


brincadeiras e jogos.‖, a expressão destacada significa que a bola

é do agrado das pessoas em geral.


serve para as brincadeiras de meninos.
serve para fazer o gol.
é um brinquedo caro.

6. Já a expressão ―Mãos à obra‖, quer dizer

construir uma casa.


começar a realizar um trabalho.
inventar uma maneira de descansar.
MULTIRIO

achar uma maneira de fazer as unhas das mãos.


12
Agora é com vocês! Observem a confecção da bola
de meia e elaborem, em forma de instruções, cada etapa.
Se organizem em grupo para a realização dessa
atividade. Usem e abusem da criatividade na hora de
escrever. Lembrem-se de que tudo precisa ficar claro
MULTIRIO

para quem vai ler pela primeira vez. Bom trabalho!!!

https://br.pinterest.com/pin/565764771921203750/?lp=true

13
Agora que você já leu e já
MULTIRIO

compreendeu como se faz um texto que


dá instruções, pense com os seus
colegas de grupo como ensinar a
confeccionar um outro brinquedo. Pode
ser um que vocês costumam montar
em casa com materiais reaproveitados.
Você vai escrever abaixo.

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_

Integrantes do Grupo:
MULTIRIO

Turma:
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Doce mingau

Bess, uma filha boa e obediente, era uma


menina muito pobre que vivia com sua mãe em
uma casa humilde, em uma rua simples. Os
tempos eram sempre difíceis, mas os invernos
eram ainda mais.
Durante o inverno, a menina e sua mãe não
sentiam apenas frio, mas também fome. Às
vezes, elas encontravam pequenas coisas para
comer, restos que seus vizinhos jogavam fora.
Mas, conforme o gelo aumentava, era cada vez
mais difícil achar algo nas latas de lixo.

Até que, finalmente, só lhes sobrou um pequeno bolo de aveia. A mãe disse:
– Bess, não temos outra opção, você precisa ir até a floresta para tentar encontrar algo para
nos alimentar; caso contrário, morreremos de fome. Tome, pegue a metade deste bolo de aveia
para manter-se alimentada.

Então Bess enrolou-se em seus trapos mais quentes


e partiu para a floresta.
Depois de uma hora, a menina ainda não havia
encontrado nada e pensou que talvez fosse o momento
de comer seu pedaço de bolo. Foi quando se deparou
com uma pequena velhinha agachada na neve. A
mulher levantou as mãos e chamou:

– Não vá embora, estou com fome. Por favor, você tem um pedacinho de algo para comer?
Embora também estivesse faminta, Bess sentiu pena da senhora e deu-lhe a metade de seu
pedaço de bolo. A mulher sorriu e, em seguida, se levantou. Agora ela parecia maior e não tão
idosa quanto antes.
– Você é uma criança adorável – ela falou para Bess. – Eu pedi a uma centena de viajantes
que dividissem o alimento comigo, mas todos eles disseram que tinham muito pouco.
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Você tem menos do que qualquer um
deles, mas deu metade para mim. Eu
gostaria que você ficasse com isto, como
recompensa por sua bondade. E, dizendo
isso, entregou um pequeno caldeirão
marrom para Bess.

– Cozinhe, pequeno caldeirão, cozinhe! – Disse a velhinha e, imediatamente, ele se


encheu de mingau.
– Pare, pequeno caldeirão, pare! – Falou novamente a velhinha, e o alimento parou de
subir. Ela e Bess sentaram-se juntas na neve e saborearam o delicioso mingau quente.
– Jamais se separe desta panela – disse a mulher – e nunca mais terá fome. Você se
lembra do que deve dizer?
– Sim, eu me lembro! – disse Bess. – Cozinhe, pequeno caldeirão! E nada aconteceu. –
Não funciona comigo! – ela choramingou.
– Claro que funciona – disse a velhinha com um sorriso. – Você não disse as palavras
certas. Você deve dizer: Cozinhe, pequeno caldeirão, cozinhe!
Imediatamente, a panela começou a se encher de mingau. – Pare, pequeno caldeirão, pare!
– gritou ela, batendo palmas. E a panela parou.
Bess abraçou o pote com tanta força que nem percebeu quando a velhinha desapareceu.
A mãe de Bess ficou entusiasmada e feliz com a panela, além de maravilhada ao vê-la
funcionar.
Daquele dia em diante, todas as vezes que elas sentiam fome, a menina dizia: - Cozinhe,
pequeno caldeirão, cozinhe! – E enquanto saboreavam seu conteúdo, Bess dizia: Pare,
pequeno caldeirão, pare! – e o mingau parava de subir.
Às vezes, os vizinhos apareciam atraídos pelo cheiro maravilhoso de mingau quente, e
sempre havia um pouco para eles também. Mas Bess e sua mãe tinham o cuidado de usar o
caldeirão encontrado apenas quando ninguém estivesse por perto. Elas tiveram o inverno
mais feliz e mais quente de suas vidas.
Um dia Bess estava fora procurando gravetos para o fogo, quando sua mãe sentiu vontade
de fazer um lanchinho no meio da manhã. Ela tirou a panela de seu esconderijo e falou:

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– Cozinhe, pequeno caldeirão, cozinhe! – e, é claro, a panela começou a encher de mingau.
– Está bom, é o suficiente! – a mãe de Bess gritou depois de alguns minutos. Mas o volume
do mingau continuava a aumentar.
– Pare! – ela gritou, mas o caldeirão transbordou e o delicioso mingau começou a se espalhar
por todo o cômodo. Ela colocou a panela no armário da cozinha, gritando:
– Chega, chega! - mas o líquido borbulhava para fora do caldeirão e escorria de dentro do
armário. Em pouco tempo, a humilde casinha estava cheia de mingau.
– Não, não, não, não! – gritava a mãe de Bess, quando a rua começou a encher de mingau.
Todas as outras casas também ficaram cheia de mingau, e os vizinhos corriam para cá e
para lá, tentando escapar daquela coisa de sabor adocicado.
Bess ouviu gritos e voltou correndo, mas àquela altura a rua inteira estava submersa em
mingau.

Bess atravessou aquele mar de mingau e


encontrou o caldeirão encantado.
– Pare, pequeno caldeirão, pare! – ela
exclamou, e no mesmo instante, a obediente
panela parou.
– Pouco a pouco, os vizinhos voltaram, um
a um, para suas casas na pequena rua. Eles
tiveram de comer o mingau para abrir o
caminho. É claro que ele já estava frio, mas
ainda estava delicioso.

Na verdade, o mingau era tão delicioso que todos ficaram bem gordinhos e ninguém, nunca
mais, sentiu forme outra vez.
ROSS, Tony. Meus contos de fadas preferidos. Recontados e ilustrados por Tony Ross: trad. Eni Rodrigues. São Paulo: Martins Fontes, 2013

1. Como o autor descreve a personagem Bess?

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2. O que mais, além do frio, sentiram Bess e sua mãe?

3. No trecho ―Foi quando se deparou com uma pequena velhinha agachada na neve. A
mulher levantou as mãos e chamou:‖, a palavra em destaque se refere à

mãe de Bess.
velhinha.
vizinha.
Bess.

4. Bess, mesmo sentindo fome e só tendo o pedaço de bolo, resolveu dar a metade do bolo
para a pequena velhinha. Podemos dizer que Bess teve uma ação de

solidariedade.
desprezo.
egoísmo.
alegria.

5. Leia o trecho do texto ―Depois de uma hora, a menina ainda não havia encontrado nada
e pensou que talvez fosse o momento de comer seu pedaço de bolo.‖, a palavra em
destaque dá ideia de

tempo. modo. lugar. intensidade.

6. A velhinha ensinou à Bess o que deveria dizer para que o caldeirão fizesse o mingau,
mas o caldeirão não funcionou. O que aconteceu? Por qual motivo não deu certo?

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7. Agora encontre, dentre os diálogos abaixo, a conversa da velhinha com a Bess e
marque-a.
― Bess, não temos
outra opção, você
precisa ir até à
―Você se lembra do floresta para tentar
―Está bom, é o que deve dizer? encontrar algo para
suficiente!‖ Sim, eu me lembro! nos alimentar...‖

8. No trecho em que a mãe da Bess diz ― Não, Não, Não, Não!‖, as palavras repetidas e o
uso do sinal de exclamação ao final reforçam que ela estava
desesperada.
confiante.
alegre.
triste.

9. Em que momento do texto pode-se dizer que houve um grande problema?

10. A rua toda virou um mar de mingau porque

Bess errou as palavras.

os vizinhos pediram para a mãe de Bess fazer muito mingau.

a mãe de Bess usou o caldeirão e não sabia as palavras mágicas.

a menina queria fazer mingau para todos os vizinhos não sentirem mais fome.

11. No trecho ―A mãe de Bess ficou entusiasmada e feliz com a panela, além de maravilhada

ao vê-la funcionar.‖ A palavra em destaque se refere à

velhinha. filha. panela. mãe. 19


1. Com base no texto, responda corretamente e encontre o caminho que te levará até
a saída do labirinto. Boa diversão!
Adaptado de SILVEIRA, Cristina. Almanaque da reforma ortográfica. Duque de Caxias, RJ:Secretaria Municipal de Educação, 2010.

A mãe da Bess, ao usar


o caldeirão, acabou
A – espalhando o
mingau pela casa.
B – comendo tudo.

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MULTIRIO

O mingau mais clássico do Rio


Iguaria ajudou Leiteria Mineira a virar patrimônio imaterial

As pessoas não comem mais mingau de aveia. Tomam milk-shake — completa João
Alberto Lima da Costa, um dos sócios da Leiteria Mineira.
Beto, como todos o chamam, é o primeiro a admitir que este e outros lanches clássicos
servidos na casa centenária da Rua da Ajuda, no Centro, tornaram-se ―coisas de velho’’. E é o
primeiro a defender a permanência deles em seu cardápio. Após matutar um instante, resume:
— É respeito às tradições.
A tradição fez com que a leiteria fosse incluída pelo Instituto Rio, Patrimônio da
Humanidade, numa nova categoria de patrimônio imaterial. Já estão na pré-lista o Bar Luiz, A
Guitarra de Prata, a Mala de Ouro. O objetivo é dar apoio aos comerciantes para que suas
marcas não desapareçam. O que o mingau tem a ver com isso?
— Tudo — diz Beto. — Em nenhum outro restaurante você vai encontrar mingau de
aveia, arroz doce, coalhada. Nem em casa as pessoas fazem mais. São coisas simples que
se tornaram raras.
O Rio já teve várias leiterias famosas — eram locais onde, além de lanches, se
encontravam o leite mais fresco e puro, a manteiga mais exclusiva. O primeiro endereço foi na
Galeria Cruzeiro, demolida em 1957 para dar lugar ao Edifício Avenida Central. Hoje funciona
na Rua da Ajuda, 35 – Centro do Rio de Janeiro.
Adaptado de https://oglobo.globo.com/rio/um-perfil-do-mingau-mais-classico-do-rio-14431811

1910

https://br.pinterest.com/pin/432978951653986959/ Atualmente 21
1. A notícia informa que as pessoas não tomam mais mingau e no lugar consomem outro
tipo de alimento. Que alimento é esse?

2. No trecho ―Beto, como todos o chamam, é o primeiro a admitir que este e outros
lanches clássicos‖, a palavra em destaque se refere ao

Beto.
mingau.
milk shake.
arroz doce.

3. Qual é a finalidade do texto?

4. Qual é o assunto do texto?

5. No cardápio da Leiteria, segundo o texto, estão três tipos de comida. Quais são elas?

6. O texto informa que o mingau e outros lanches se tornaram “coisas de velho”, essa
expressão destacada nos passa qual tipo de ideia?

7. E você, gosta de comer mingau? De qual sabor? Aproveite para contar aos seus
colegas da turma e seu(sua) Professor(a) sobre a sua preferência.

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A FESTA DO CARNAVAL
Para muitos, o Carnaval brasileiro é um dos maiores, se não o maior, espetáculo da
Terra. Trata-se realmente de uma das mais bonitas, coloridas e contagiantes festas
populares do país.
O Carnaval chegou ao Brasil em meados do século XIX, trazido pelos portugueses
e com o nome de ―entrudo‖. Os foliões batalhavam e jogavam naqueles que passavam
pelas ruas água, tinta e farinha. Ninguém escapava enxuto!
No início, eram os escravos que carregam as latas de água com os quais os seus
senhores se divertiam. Com o tempo, esses escravos começavam a se divertir com o
entrudo e acrescentaram à festa de rua a musicalidade e seu gingado.
Enquanto isso, bailes de Carnaval eram realizados em salões requintados, em que
a nobreza se divertia com bastante sofisticação: havia desfiles de fantasia e danças
coreografadas.
As manifestações populares da festa acabaram gerando as primeiras escolas de
samba, agremiações populares formadas por moradores dos bairros humildes, que se
organizaram em grupos de músicos e passistas. Isso aconteceu especialmente no Rio de
Janeiro.
Com o tempo, as escolas de samba saíram das ruas e ganharam área específica
para os desfiles: O SAMBÓDROMO.
Adaptado de BRANDÃO, Toni.Carnaval. São Paulo:Studio Nobel, 2004.
Glossário:

https://www.gratispng.com/png-lq6s7h/download.html
requintados que expressa refinamento, delicadeza e requinte; delicado ou refinado;
nobreza reunião das famílias consideradas nobres de uma determinada localidade;
agremiações grupos, agrupamentos, assembleias, associações, clubes, coletividades.

23
1. A finalidade do texto é contar a história

dos portugueses.
dos escravos.
( ) do Carnaval.
do Brasil.

2. No trecho ―Enquanto isso, bailes de Carnaval eram realizados em salões requintados‖


as palavras em destaque indicam
( ) lugar.
( ) modo.
( ) tempo.
intensidade.

3. Segundo o texto, para muitos, o que é o Carnaval brasileiro?

4. Para cada trecho do texto, marque F para FATO ou O para OPINIÃO.

a) ―Para muitos, o Carnaval brasileiro é um dos maiores, se não o maior...‖


b) ―O carnaval chegou ao Brasil em meados do século XIX.‖
c) ―As manifestações populares da festa acabaram gerando as primeiras escolas de
samba,‖

O Sambódromo foi inaugurado em 1984, esse ano


https://br.pinterest.com/rioviaje/

ele completa 36 anos. Antes de ser batizado com o


nome atual, Passarela Professor Darcy Ribeiro, o
Sambódromo era chamado de Avenida dos Desfiles.
24 Ele ainda ficou conhecido como Passarela do Samba.
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Olá, amigo(a)! Você
sabia que 1.º de março é
o aniversário da nossa
cidade? Em 2020, ela
completa 455 anos. É
muito tempo, né? Que
tal conhecer um pouco
da nossa história?

Rio de Janeiro
A cidade maravilhosa

Hoje sou uma das cidades mais


importantes do Brasil. No começo, fui um
forte entre os morros Cara de Cão e Pão de
Açúcar, no bairro da Urca.

A região onde estou foi descoberta em


1.º de janeiro de 1502 por uma expedição
exploradora portuguesa, que acreditava ter
encontrado a foz de um rio; por isso me
deram o nome de São Sebastião do Rio de
Janeiro e fundaram uma vila pequenina,
localizada no morro do Castelo. Sou
cercada de lindas praias, colinas, morros,
restingas, planícies e tenho, como ponto de
entrada pelo mar, a Baía de Guanabara.
Glossário:
expedição conjunto pessoas que viaja para determinado território para o analisar;
foz ponto onde o rio desemboca; boca do rio.
25
Naquela época era um sossego.
Só se ouviam os cantos dos pássaros,
o marulhar do mar, o barulho dos
trovões, o rugido da suçuarana e do
gato-maracajá e o canto de guerra dos
índios. Ah, como havia matas, lagoas
e alagados, morros e montanhas! .

De vez em quando os franceses, amigos dos Tamoios, apareciam por aqui para pegar
uma madeira que os índios chamavam de ibirapitanga e os portugueses chamavam de
pau-brasil

Um belo dia, 1.º de março de 1565, naus de guerra portuguesas, comandadas por
Estácio de Sá, entraram pela Baía de Guanabara, vindas da direção do morro Cara de
Cão. Ali se estabeleceram e começaram a invadir minhas praias. Os portugueses vinham
furiosos, pois o rei de Portugal tinha ordenado que expulsassem os franceses, que
insistiam em retirar pau-brasil daquela região. Essa briga durou um bom tempo e deu muita
confusão com os índios Tamoio.
Nessa guerra, os franceses foram expulsos e os índios Tamoio fugiram sertão
adentro, embrenhando-se na mata, e nunca mais puderam brincar nas minhas praias,
sentir a brisa do mar e ver o voo das gaivotas (atis). A partir daí passei a ser
definitivamente da Coroa Portuguesa.
Glossário:
marulhar formar ondas;
rugido – grito estridente, urro do leão, tigre ou
outros felinos;
suçuarana onça-parda das montanhas ou serras;
naus barcos, embarcações, navios;
sertão interior do país;
26 embrenharam-se esconderam-se.
No ano de 1567, fui transferida para o morro do
Castelo. Foi a partir daí que cresci e comecei a
prosperar. Nessa época, eu tinha ainda muitos
pântanos, brejos, mangues e lagoas, mas atraía muitas
pessoas.
Passei, portanto, a ser oca (abrigo) de todas
essas pessoas que vinham morar em minhas
cercanias: brancos portugueses, cari em tupi, escravos
africanos, mulatos, cafuzos, mamelucos e alguns
índios. Todos esses, mais aqueles que aqui nasciam,
passaram a ser chamados de cariocas.
Adaptado de GUIMARÃES, Márcia Noêmia. Rio de Janeiro, a cidade
maravilhosa.3º.ed..São Paulo: Cortez, 2010.

Glossário:
pântanos terreno alagadiço, brejos;
mangues áreas alcançadas pelas marés, com solo de lama
escura e mole.

1. Quem conta a história para nós?


2. O que acontecia quando os franceses, amigos dos Tamoios, apareciam por aqui?

3. Qual a causa da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ter se tornado


definitivamente da Coroa Portuguesa?

Vamos conhecer as razões pelas quais a cidade do Rio de


Janeiro, a nossa cidade, foi escolhida a Capital Mundial da
Arquitetura? Faça a leitura do QR CODE, ao lado, e assista a um
vídeo. 27
Viram como a história da nossa cidade é bem
interessante, como os povos aqui chegaram e se
misturaram aos índios, povos originários, que aqui já
viviam? É português chegando, é francês saindo!!! Até
hoje é um grande vai e vem, sabia? Será que você conhece
algum vizinho ou até mesmo uma pessoa da sua família
que tenha vindo de outro município, estado ou país para
viver aqui na Cidade Maravilhosa? Que tal entrevistar um
FREEPICK

deles?

Para ajudar, procure montar primeiro um roteiro para a


sua entrevista. Você pode perguntar o seguinte:
- nome da pessoa;
- local em que nasceu;
- com qual idade veio morar na cidade do Rio de Janeiro;
- o motivo de ter vindo viver na Cidade maravilhosa;
- do quanto gosta de morar aqui;
- se tem vontade de voltar para a sua cidade natal;
- se, em algum momento, se arrependeu de ter vindo para
a nossa cidade;
- como conseguiu um emprego;

Bom, essas e outras possibilidades de perguntas que


você, seus colegas e Professor(a) acharem interessantes, irão
compor a sua entrevista. Depois de realizada, conte para a
turma sobre a emoção de entrevistar alguém e mostre as
respostas que você conseguiu anotar.
Para ajudá-lo no momento da entrevista, você pode
gravar o áudio da pessoa entrevistada, assim não perderá
nenhuma informação da sua entrevista.

Você sabia que a Rodoviária Novo Rio completa este ano 55


anos? É por ela que boa parte das pessoas entra e sai de nossa
cidade. Durante o mandato do governo de Carlos Lacerda, diversas
reformas no transporte coletivo aconteceram, o que traçou a cidade
do futuro, que chamavam de um “novo Rio”. Então surgiu o nome da
28
rodoviária, hoje, a principal da Cidade Maravilhosa.
Tu tu tu tu Tupi
Todo mundo tem Jararaca Jibóia
um pouco de índio Tatu
dentro de si Tu Tu Tu
dentro de si é tudo tupi

Todo mundo fala Tupi guarani


língua de índio Arara Tucano Araponga Piranha
Tupi Guarani Perereca Sagui Jabuti Jacaré
Tupi Guarani Jacaré Jacaré

E o velho cacique já dizia Quem sabe o que é que é?


tem coisas que a gente sabe - ...aquele que olha de lado...
e não sabe que sabia é ou não é?
eôeô Se o índio falou tá falado

O índio andou pelo Brasil Se o índio chacoalhou


deu nome pra tudo que ele viu tá chacoalhado
Se o índio deu nome, tá dado! eôeô
Se o índio falou, tá falado! Maranhão Maceió

Se o índio chacoalhou Macapá Marajó


tá chacoalhado! Paraná Paraíba
eôeô Pernambuco Piauí
Chacoalha o chocalho Jundiaí Morumbi Curitiba Parati

https://br.pinterest.com
Chacoalha o chocalho É tudo tupi
Chacoalha o chocalho Butantã Tremembé Tatuapé
que índio vai falar: Tatuapé Tatuapé
Jabuticaba Caju Maracujá quem sabe o que é que é?

Pipoca Mandioca Abacaxi - ...caminho do Tatu...


é tudo tupi Tu Tu Tu Tu
tupi guarani Todo mundo tem...
Tamanduá Urubu Jaburu
Hélio Ziskind
https://www.vagalume.com.br/helio-ziskind/tu-tu-tu-tupi.html

A nossa língua é composta por palavras de várias origens e


uma boa parte é de origem indígena. Vamos conversar sobre essas palavras que
herdamos do primeiro povo que aqui viveu? Conte para os amigos da turma o que
você pensa sobre isso. 29
1. A letra da canção diz ―Todo mundo tem um pouco de índio‖. Por qual motivo o texto
afirma isso?

2. No trecho ―O índio andou pelo Brasil deu nome pra tudo que ele viu‖, a quem se refere a
palavra destacada?

3. Em qual dos trechos do texto, apresentados abaixo, você percebe a ideia de


continuidade? Marque com um X.
―tá chacoalhado!‖
―que índio vai

https://br.pinterest.com/pin
falar:‖―é ou não é?‖
‖ Todo mundo
tem...‖
4. Agora, leia novamente o texto e em seguida complete:

a) Cada estrofe do texto possui versos.


b) O texto está organizado em estrofes.

5. No trecho ―Se o índio deu nome, tá dado! Se o índio falou, tá falado!‖ as palavras
destacadas nos indicam qual tipo de uso da nossa língua? Em qual situação a utilizamos?

No texto, temos o uso do sinal de pontuação


https://www.pinterest.com

chamado “interrogação”. Você sabe quando ele


deve ser usado?

“Quem sabe o que é que é?”

30
1. Vamos encontrar algumas das palavras de origem indígena presentes no texto?

W W U B A D R E S N H A A I I E A C CAJU
JABUTICABA
N I M E I B N A E N U E H Y I E H T CHOCALHO
T E N E A J A B U T I C A B A F N H ARARA
PIPOCA
U A S V O F R C H O C A L H O A A F ABACAXI
T N N H A E A S A D A E T O C E T I
V E S D O J R S A X E N E E P C M H
A S T I U F A R I P I P O C A E W U
E N R O R R E A L E A C A E R F W A
S N E F H O A E N E E I U T F R F L
R H D P E O A N C O E R E S I V S H
A M D E O Y M I A T E M L N N N E O
I L E T A G T L E E O T D M I O O I

2. Agora vamos brincar com as rimas? Basta enumerar os versos que rimam.

Pipoca Mandioca Abacaxi


1 é tudo tupi
quem sabe o que é que é?

É tudo tupi
2 Butantã Tremembé Tatuapé Se o índio falou tá falado
Tatuapé Tatuapé

Quem sabe o que é que é? tupi guarani


3 - ...aquele que olha de lado...

3. Agora é com você! Crie versos que formem a rima.

Se o índio chacoalhou Macapá Marajó


tá chacoalhado Paraná Paraíba

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TEXTO 1 TEXTO 2
TAPIOCA TRADICIONAL

INGREDIENTES
500 g de polvilho doce
água suficiente para cobrir
sal a gosto

MODO DE PREPARO
Coloque o polvilho numa tigela grande e
cubra com água até pelo menos 2 dedos
acima da massa. Deixe de um dia para o
outro em repouso, para dissolver bem.
Após, seque com a ajuda de um pano
limpo, sem deixar excesso de água.
Esfarele essa massa com as mãos, passe
por uma peneira e acrescente um pouco de
sal. Numa frigideira antiaderente, espalhe a
farinha e modele a tapioca como uma
panqueca, no fundo da frigideira. O ponto
da tapioca é bastante rápido, assim que
desgrudar do fundo da frigideira, vire-a por

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alguns segundos e estará pronta. Recheie
a gosto.
https://semlactose.com/index.php/2011/02/28/vi-encontro-estadual-de-celiacos-do-rj

1. Qual é a finalidade de cada texto?

Texto 1

Texto 2

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2. Qual o assunto do texto 2?

3. O que percebemos de comum entre dois textos?

4. No texto 2, o trecho em que diz ― A tapioca mais saborosa do mundo você encontra aqui‖
a palavra destacada marca a ideia de
( ) tempo. ( ) lugar. ( ) modo. ( ) intensidade.

5. No texto 1, o trecho ―cubra com água até pelo menos 2 dedos acima da massa‖, a
expressão em destaque significa

( ) uma forma de medir. um ingrediente. ( ) um recheio. uma frigideira.

6. No final do texto 1, fala que o recheio é a gosto. Qual seria o seu recheio? O que quer
dizer ―a gosto‖?

Você sabia que, dependendo da região do nosso país, a mandioca,


de origem indígena, como acabamos de ver no texto, recebe nomes
diferentes? Na região Nordeste e em parte da região Norte é chamada
de "Macaxeira". No Rio de Janeiro e praticamente em todas as outras
regiões do Brasil, é chamada de "Aipim―. Em estados como São Paulo
a forma de chamar é pelo nome genérico de mandioca. E a tapioca é
feita da goma da mandioca. 33
Muitos povos viveram ou passaram por nossa cidade, deixando suas
influências. Uma delas foi a influência francesa, que nos deixou belíssimas
heranças para a nossa história, seja na arquitetura, na culinária e até
mesmo com as suas fábulas que conheceremos a seguir.

A assembleia dos ratos

Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma
reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram
discutidos e abandonados.
No fim, um rato jovem levantou-se e deu a ideia de
pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre
que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e

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poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o
problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que
tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto.

O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as
preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem iria pendurar a
sineta no pescoço do gato?
LA FONTAINE, Jean de. Fábulas. Rio de Janeiro: EBAL, 1991.
Moral: Inventar é uma coisa, fazer é outra.

1. No trecho do texto ―Muitos planos foram discutidos e abandonados (...)‖ as palavras


em destaque demonstram que

os planos já os planos estão os planos ainda


aconteceram. acontecendo. irão acontecer.
(Passado) (Presente) (Futuro)

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2. Embora a ideia do rato jovem tenha sido muito inteligente, a experiência do rato velho
apontou qual desafio?

3. Você concorda com a moral da história? Explique.

4. No trecho ―O rato falou que o plano era muito inteligente‖, qual é a palavra que demonstra
intensidade?

No texto “ A assembleia dos ratos”, temos

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o uso do sinal de pontuação chamado
“dois pontos”. Você sabe quando ele
deve ser usado?

“Só faltava uma coisa: quem iria pendurar


a sineta no pescoço do gato?”

Em 1903, para combater a peste bubônica, Oswaldo Cruz


formou um esquadrão especial de 50 homens vacinados que
percorriam a cidade espalhando veneno para os ratos. Criou o
cargo de ―comprador de ratos‖ – funcionário que recolhia os ratos
mortos, pagando por animal e com a meta de recolher 5 ratos por
dia a 300 réis, moeda da época. Já se sabia que eram as pulgas
desses animais as transmissoras da doença.
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http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11429-a-revolta-da-vacina
Seu desafio é escrever uma história em que os personagens sejam animais. Escreva
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contando uma aventura emocionante vivida pelos animais. Você pode imaginar, inventar.
As perguntas abaixo vão ajudar você a pensar em detalhes importantes para que o seu
texto fique interessante:
 Onde acontece a história?
 Quais serão os personagens?
________________________________________________________________________
 Como a história começa?
________________________________________________________________________
 O que aconteceu de interessante?
________________________________________________________________________
 Como a história termina?
________________________________________________________________________
Lembre-se do título. Lembre-se também de dividir seu texto em parágrafos: começo,
________________________________________________________________________
meio e fim.

Alguns lembretes!
Seu texto deve ter começo, meio e fim e ser organizado em no mínimo três parágrafos.
Primeiro escreva, depois revise e, por fim, reescreva com atenção.
Em seguida, apresente a seu(sua) Professor(a), ele(a) vai gostar de ler o que você escreveu.
Leia e compartilhe com os seus colegas, aproveite também para conhecer os textos escritos por
38 eles.

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