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CARACTERIZAÇÃO DA FLORESTA
NACIONAL DE MULATA
Equipe Técnica da Caracterização da Floresta Nacional de Mulata:
Colaboradores:
Revisão:
Caracterização da Paisagem:
Caracterização Socioeconômica:
Caracterização Fundiária:
Mapas:
Nilton Junior Lopes Rascon
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CARACTERIZAÇÃO DA FLORESTA NACIONAL DE MULATA
Lista de Siglas
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Lista de Tabelas
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TABELA 21 - POPULAÇÃO RESIDENTE, TOTAL E RESPECTIVA DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL, POR
SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO E SEXO EM 2010. ............................................................... 53
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Lista de Figuras
FIGURA 7 – MAPA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO CURUÁ E RIO MAICURU SOB OS QUAIS
ESTÁ INSERIDA A FLORESTA NACIONAL DE MULATA.. ................................................ 28
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SUMÁRIO
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2.4.1.4. Trabalho e Rendimento .................................................................... 46
2.4.1.5. IDH ..................................................................................................... 46
2.4.1.6. PIB...................................................................................................... 46
2.4.1.7. Pecuária............................................................................................. 47
2.4.1.8. Produção Agrícola (lavoura permanente). ..................................... 47
2.4.1.9. Produção Agrícola (lavoura temporária). ....................................... 48
2.4.1.10. Extração vegetal ............................................................................. 48
2.4.1.11. Educação......................................................................................... 49
2.4.1.12. Saúde ............................................................................................... 50
2.4.2. Município de Monte Alegre .................................................................... 51
2.4.2.1. Localização ....................................................................................... 51
2.4.2.2. História .............................................................................................. 51
2.4.2.3. Acesso ............................................................................................... 52
2.4.2.4. População ......................................................................................... 53
2.4.2.5. Trabalho e Rendimento .................................................................... 53
2.4.2.6. IDH ..................................................................................................... 53
2.4.2.7. PIB...................................................................................................... 54
2.4.2.8. Pecuária............................................................................................. 54
2.4.2.9. Produção Agrícola (Lavoura permanente). .................................... 55
2.4.2.10. Produção Agrícola (Lavoura temporária). .................................... 55
2.4.2.11. Extração Vegetal ............................................................................. 56
2.4.2.12. Educação......................................................................................... 57
2.4.2.13. Saúde ............................................................................................... 58
2.4.3. Aglomerados populacionais e suas atividades econômicas na FLONA
de Mulata e entorno. ......................................................................................... 58
2.5. SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DA FLONA DE MULATA. ...................................... 60
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1. ASPECTOS GERAIS DA FLORESTA NACIONAL DE MULATA.
1.1. Descrição
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A Flona de Mulata completou 18 anos em 01 de agosto de 2019, apesar de ter
iniciado de fato a sua implementação apenas a partir do ano 2009 em face da
realização do primeiro concurso do ICMBio, o que permitiu a lotação de dois
servidores nesta UC.
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A Flona de Mulata situa-se na borda sul (inserir mapa) desse mosaico, nos
municípios de Monte Alegre e Alenquer e sua menor distância para o rio Amazonas é
de, aproximadamente, noventa quilômetros.
Nesse sentido Ross (1994) é bastante assertivo também quando afirma que as
diversas formas de intervenção humana no meio natural devem ser precedidas de
diagnósticos que possibilitem o conhecimento prévio das características naturais do
local.
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2.1.1 Clima
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Tabela 1 - Normais Climatológicas do município de Monte Alegre Estado do Pará.
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Tabela 3 – Pedologia do entorno da Floresta Nacional de Mulata.
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por influência dos demais fatores de formação (clima, relevo ou
tempo), que podem impedir ou limitar a evolução dos solos.
Plintossolo – Compreende solos minerais, formados sob condições
de restrição à percolação da água, sujeitos ao efeito temporário de
excesso de umidade, de maneira geral imperfeitamente ou mal
drenados, que se caracterizam fundamentalmente por apresentar
expressiva plintitização com ou sem petroplintita na condição de que
não satisfaçam os requisitos estipulados para as classes dos
Neossolos, Cambissolos, Luvissolos, Argissolos, Latossolos,
Planossolos ou Gleissolos. Solos com horizonte concrecionário
principalmente, apresentam melhor drenagem, bem como, encontram-
se normalmente em bordos de platôs e áreas ligeiramente dissecadas
de chapadas e chapadões das regiões central e norte do Brasil. São
típicos de zonas quentes e úmidas, mormente com estação seca bem
definida ou que, pelo menos, apresentem um período com decréscimo
acentuado das chuvas. Ocorrem também na zona equatorial perúmida
e mais esporadicamente em zona semi-árida.
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Figura 3 – Mapa de Pedologia da Floresta Nacional de Mulata e seu entorno.
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2.1.3. Geomorfologia
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Figura 4 – Mapa de Geomorfologia da Floresta Nacional de Mulata e entorno.
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2.1.4. Relevo
Metodologia
SRTM
Mapa de declividade
Portanto, declividade pode ser entendido como a inclinação superficial do
terreno em relação ao plano horizontal. Conhecer essa característica do terreno foi
fundamental para a geração do mapa de relevo da FLONA.
A partir da imagem SRTM dos limites e entorno (03 km) da Floresta Nacional
de Mulata foi elaborado uma grade de declividade (em porcentagem) utilizando o
módulo MNT (Modelo Numérico de Terreno) do software Spring.
Mapa de Relevo
Para a criação do mapa de relevo utilizou-se as classes de declividade
definidas pela EMBRAPA (1979), ou seja, dividiu-se a grade de declividade de toda a
área e entrono da unidade de conservação em seis classes de acordo com os
intervalos de declividade definidos abaixo:
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Ondulado - superfície de topografia pouco movimentada, constituída
por conjunto de colinas e/ou outeiros, apresentando expressiva
ocorrência de áreas com declives entre 8 e 20%.
Forte ondulado - superfície de topografia movimentada formada por
outeiros e/ou morros (elevações de 100 a 200 m de altitude relativa),
com predominância de declives de 20 a 45%.
Montanhoso - superfície de topografia vigorosa, com predominância
de formas acidentadas, usualmente constituída por morros,
montanhas, maciços montanhosos e alinhamentos montanhosos,
apresentando desnivelamentos relativamente grandes da ordem de
45 a 75%.
Escarpado - regiões ou áreas com predomínio de formas abruptas,
compreendendo escarpamentos tais como: aparados, itaimbés,
frentes de cuestas, falésias, vertentes de declives muito fortes de vales
encaixados, etc., com declives acima de 75%.
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Tabela 7 – Classificação do Relevo da área de entorno da Floresta Nacional de Mulata.
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Figura 5 – Mapa do Relevo da Floresta Nacional de Mulata e entorno.
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A Floresta Nacional de Mulata possui uma amplitude altimétrica da ordem de
669 metros, ou seja, sua área estende-se desde a cota de altitude 66 metros,
localizada ao sul próximo ao rio Maicuru até a cota de altitude de 735 metros localizado
a sudeste, região conhecida como serra azul. Cerca de 81% da extensão territorial da
unidade está inserida entre as altitudes de 200 a 400 metros, conforme dados
apresentados na tabela 8.
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Figura 6 – Mapa da Altimetria da Floresta Nacional de Mulata e entorno.
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2.1.5. Hidrografia
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Figura7– MapadasbaciashidrográficasdoRioCuruáeRioMaicuru sobosquaisestá inseridaaFlorestaNacional deMulata..
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2.2 CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM
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diferentes, de acordo com as variações das faixas altimétricas. Para cada 100 m de
altitude as temperaturas diminuem 1º C. (IBGE, 2012).
Outro dado importante refere-se aos tipos de solos nos quais está inserido, ou
seja, cerca de 72% dessa formação vegetacional estão inseridas nos Argissolos
Vermelho-Amarelo Distrófico, seguidos dos Neossolo Quartzarênico Hidromórfico
com 15,34%, Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico com 11,30% e os Neossolo
Litólico Distrófico com apenas 1%.
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Figura 8 – Mapa de Relevo do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas da Floresta Nacional de Mulata.
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Figura 9 – Mapa de Solos do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas da Floresta Nacional de Mulata...
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Figura 10 – Mapa de Altimetria do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas da Floresta Nacional de Mulata.
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Figura 11 – Mapa de relevo do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa Montana da Floresta Nacional de Mulata..
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Figura 12 – Mapa de Solos do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa Montana da Floresta Nacional de Mulata..
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Figura 13 – Mapa de Altimetria do tipo vegetacional Floresta Ombrófila Densa Montana da Floresta Nacional de Mulata.
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2.2.1.3 Floresta Ombrófila Densa Montana
2.2.3 Savanas
Altamente ameaçadas pela expansão agrícola, mineração, pecuária e
queimada, as savanas ou cerrados amazônicos correspondem a 1,54% do território
da Amazônia Legal e 4,4% dessas savanas apresenta área sob desmatamento
(Vieira, et.al.2006). No Estado do Pará as savanas ou cerrados estão localizados na
região sul do estado, na divisa com o Mato Grosso, Serra do Cachimbo, no município
de Belterra e de Santarém (Alter do Chão) e no norte do Estado na região dos
municípios de Alenquer, Prainha e Monte Alegre e Ilha do Marajó. Na região de Monte
Alegre, os encraves de cerrado são chamados de “Campos de Monte Alegre”. A
vegetação de cerrado apresenta variações locais, de acordo com o relevo e os
diversos tipos de solo. Nos campos a vegetação é composta por arbustos de porte
mediano, entre quatro a sete metros, dispersos sobre uma vegetação de gramíneas
contínuas, com predominância de Andropogon sp., Paspalum sp. e Bulbostylis sp. Os
solos predominantes são arenoso frouxo, com manchas de areias expostas em um
relevo plano. Nos campos abertos predominam espécies das Poaceae e Cyperaceae,
especialmente sobre solo arenoso erodido. As espécies mais freqüentes neste
ecossistema são: lixeira Curatella americana, muruci do campo Byrsonima spicata e
mangaba Hancornia speciosa. Na vegetação herbácea, encontra-se o capim barba de
bode Aristida sp. (EMBRAPA, 1999).
Savana Parque - Subgrupo de formação constituído essencialmente por um
estrato graminoide, integrado por hemicriptófitos e geófitos de florística natural ou
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antropizada, entremeado por nanofanerófitos isolados, com conotação típica de um
“Parque Inglês” (Parkland). (litossolicos)
2.2.4 Antropismo
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e que possivelmente por esse aspecto não tenha sido ainda convertida a cobertura
vegetal nessas áreas. (Rascon et al., 2019).
2.2.6 Drenagem
Cabe destacar que por ser uma unidade de conservação da categoria Floresta
Nacional seu principal objetivo é uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e
pesquisas relacionadas ao tema conforme dispões o Art. 17 da Lei nº 9.985, de 18 de
julho de 2000, exarado abaixo.
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura
florestal de espécies predominantemente nativas e tem
como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase
em métodos para exploração sustentável de florestas
nativas. (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000)
Entretanto, nem toda extensão territorial da FLONA é passível de exploração
florestal madeireira, existem áreas que por sua própria topografia inviabiliza a
realização desta atividade. Segundo Amaral et al (1998) essas áreas são
denominadas de inacessíveis à exploração madeireira, pois seu uso causaria
impactos ambientais, aumentaria os riscos de acidentes e representaria custos
elevados, mesmo que para elas não existam restrições legais.
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Nesse sentido, realizou-se um ensaio para calcular as áreas passíveis para
realização do Manejo Florestal na Floresta Nacional de Mulata, portanto foi
considerado o fator declividade limitado a 25° (graus) e aquelas áreas não
pertencentes a classe Floresta Ombrófila (savanas, antropismo, corpos d’agua e solo
exposto), dessa forma, as áreas com vegetação arbórea em terreno com topografia
que possua inclinação superiores ao limite estipulado, bem como áreas que não
possuem vegetação arbórea foram classificadas como inacessíveis a exploração
madeireira, e portanto, não passiveis de manejo florestal madeireiro.
Metodologia
A partir da imagem SRTM dos limites e entorno (03 km) da Floresta Nacional
de Mulata foi elaborado uma grade de declividade (em graus) utilizando o módulo MNT
(Modelo Numérico de Terreno) do software Spring.
De posse do arquivo de Declividade (raster) em graus dividiu-se toda a área e
entorno da unidade de conservação em duas classes, ou seja, áreas até 25 graus de
inclinação foram classificadas como aptas ao manejo madeireiro e áreas com
inclinação superiores a esse limite foram classificadas como inaptas ao manejo
madeireiro.
O resultado desse procedimento foi um arquivo (raster) no qual toda área com
Vegetação Ombrófila Densa com inclinação até 25° graus foi classificada como áreas
passíveis ao manejo florestal madeireiro. Toda área de Vegetação Ombrófila Densa
com inclinação superior ao limite considerado, bem como todas as áreas que não
possuem vegetação arbórea independente da inclinação foi classificada como áreas
não passíveis ao manejo florestal madeireiro.
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Tabela 11 – Quantificação das áreas passiveis e não passíveis de realização do manejo florestal
madeireiro na FLONA de Mulata.
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Figura 14 – Classificação da acessibilidade das áreas da Floresta Nacional de Mulata quanto a implantação do Manejo Florestal sustentável .
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2.4 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA UNIDADE E ENTORNO
2.4.1. Município de Alenquer
2.4.1.1. História
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A B
Figura 15 - Fotos antigas do município de Alenquer: A) vista da cidade a partir do riu Surubiú –
maio de 1966; B) igreja Matriz de Santo Antônio – maio de 1966.
2.4.1.2. Acesso
Dados do censo demográfico do IBGE do ano de 2010 apontam que neste ano
o município de Alenquer possuía 52.626 habitantes. A estimativa realizada pelo IBGE
é que este número pode ter chegado a 56.480 habitantes em 2018. Entre 1991 e 2000,
a população cresceu 14% e no período de 2000 a 2010, esse crescimento foi de
20,8%.
No ano de 2010 a população de Alenquer distribuía-se da seguinte forma:
2,15% eram menores de 1 ano, 22,26% tinham entre 1 e 9 anos, 24,28% tinham entre
10 e 19 anos, 19,36% tinham entre 20 e 49 anos e apenas 15,73% tinham 50 anos ou
mais (IBGE, 2010).
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Tabela 12 – População residente, total e respectiva distribuição percentual, por situação de domicílio e
sexo em 2010.
População residente
Total Distribuição percentual (%)
Situação do domicílio Sexo
Urbana Rural Homem Mulher
52.626 52,7 % 47,3% 51,4% 48,6%
Fonte: (IBGE, 2010)
2.4.1.5. IDH
2.4.1.6. PIB
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Tabela 14 - PIB do município de Alenquer em 2015.
2.4.1.7. Pecuária
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Tabela 16 - Produção de culturas permanentes no município de Alenquer em 2017.
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Tabela 18 - Produção do extrativismo vegetal no município de Alenquer em 2017.
2.4.1.11. Educação
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Tabela 19 - Número total de matrículas e de escolas no município de Alenquer em 2015.
Tabela 20 - Pessoas que frequentavam escola ou creche por grupo de idade no município de Alenquer
em 2010.
Já as internações devido a diarreias são de 0.1 para cada mil habitantes (IBGE,
2016). Comparado com todos os municípios do Estado, fica nas posições 22 de 144
e 139 de 144, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas
posições são de 969 de 5570 e 4734 de 5570, respectivamente.
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2.4.2. Município de Monte Alegre
2.4.2.1. Localização
2.4.2.2. História
É provável que o serviço de catequese tenha sido iniciado nas paragens, além do
rio Jarí, pelos religiosos da Piedade, que pertenciam à grande ordem fundada por
São Francisco de Assis, e que tiravam o seu nome da província religiosa
portuguesa a que pertenciam, antes de 1710, porquanto, o rio Jarí aos padres da
Companhia de Jesus, excluiu dele os religiosos das Mercês e da Piedade, que
naturalmente catequizavam já na margem esquerda do rio Amazonas.
A época precisa da fundação do núcleo que deu origem à atual sede do
município de Monte Alegre não é conhecida, havendo ficado a tradição de ter
sido criado pelos padres da Piedade com índios da aldeia de Gurupatuba,
situada à margem do rio do mesmo nome, transferidos para o lugar, em que
hoje assenta a cidade de Monte Alegre.
Constituída freguesia sob a invocação de São Francisco de Assis, foi elevada
a vila, por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, com a denominação de
Monte Alegre, nome tirado do aspecto topográfico em que assenta.
Estas notas, fornecidas por Ferreira Pena, não se acham, quanto à indicação da
ordem religiosa que primeiro missionou a aldeia de Gurupatuba, de acordo com
o relatório do Bacharel João Antônio Diniz da Cruz Pinheiro, que inspecionou as
missões da Amazônia, datado de 1751, no qual consta que aquela aldeia era
naquela data missionada pelos capuchos de São José, aliás pertencentes à
mesma ordem franciscana, porém, de outra província religiosa, podendo afirmar-
se que estes frades foram os seus fundadores.
Em execução à Lei de 6 de junho de 1755, Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, governador e Capitão-General do Grão-Pará, na viagem que fez à Barra
do Rio Negro, em 1758, outorgou-lhe a categoria de vila em 27 de fevereiro desse
ano, fazendo-a instalar no mesmo dia com a sua presença.
Em 1873, a Lei provincial nº 772, de 5 de agosto, criou a comarca de Monte
Alegre.
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Em 1880, a Lei provincial nº 970, de 15 de março, conferiu à sede do município a
categoria de cidade.”
B C
Figura 16 - Fotos antigas do município de Monte Alegre: A) vista parcial de Monte Alegre –
década de 50; B) Fonte e piscina de água sulfurosa – década de 50; C) Igreja Matriz de São
Francisco – maio de 1966.
2.4.2.3. Acesso
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diariamente (confirmar esta informação e o tempo de viagem) e lanchas rápidas que
aportam na localidade de Santana do Tapará, sendo que o restante da viagem é feito
via terrestre em ônibus ou micro-ônibus a partir desta localidade. Outro meio de se
deslocar até Monte Alegre é através de balsas da empresa Camila Navegação e
Transportes, que também seguem até Santana do Tapará. Daí em diante, o acesso
se dá através da PA 255 até a zona urbana do município.
2.4.2.4. População
População residente
Total Distribuição percentual (%)
Situação do domicílio Sexo
Urbana Rural Homem Mulher
55.462 44,3 % 55,7% 51,4% 48,6%
Fonte: (IBGE, 2010)
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com índice de 0,764, seguida de renda, com índice de 0,541, e de Educação, com
índice de 0,495.
2.4.2.7. PIB
O Produto Interno Bruto de Monte Alegre em 2015 foi de 615,2 milhões de reais,
e o seu PIB per capta foi de 10,9 mil reais neste mesmo ano. Os setores mais
representativos da economia são o de serviços e agropecuária, que representam
53,4% e 37,7% do PIB, respectivamente.
Tabela 23 - PIB do município de Monte Alegre em 2015.
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representa quase a metade deste total, com 42.850 cabeças. A produção voltada à
aquicultura também teve destaque em 2017. (tabela 24).
Tabela 24 - Pecuária no município de Monte Alegre em 2017.
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2.4.2.12. Educação
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2.4.2.13. Saúde
Localização Identificação
Paraíso
Benfica
Igarapé Preto
São José
Nacional
Bacabal
São Franciso
Sagrada Família
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A Floresta Nacional de Mulata foi criada por meio do Decreto Presidencial s/n
de 1º de agosto de 2001, com uma área, aproximada, de 212 mil hectares, sendo que
as terras contidas nos seus limites são de domínio da União, uma vez que estão
sobrepostas às glebas federais Cuminapanema, Santo Antônio das Gertrudes e
Mulata (PIC Monte Alegre). O parágrafo único do Artigo segundo do Decreto
mencionado acima estabelece que o INCRA deve repassar, por meio de cessão de
uso gratuito, o referido imóvel ao órgão gestor da unidade de conservação. Assim, o
total de área descrita no memorial descritivo do Decreto de criação da UC, que estão
sobrepostas às glebas mencionadas acima, devem ser repassadas ao ICMBio.
Em relação á gleba Mulata, oficialmente a mesma não existe, pois não existe
matrícula. Seu perímetro está todo incluso na matrícula 1.625 do Projeto Integrado de
Colonização – PIC – Monte Alegre. A certidão de inteiro teor do registro deste imóvel
somente cita a denominação “gleba Mulata” em sua quinta averbação e segue citando
em algumas outras a partir de então (Certidão de inteiro teor do imóvel de matrícula
1.625 – Livro nº 3-E, folha 265). Portanto, a sobreposição se dá com o PIC Monte
Alegre.
Mesmo sendo de domínio público, em 2016 foi feito um levantamento com base
nos dados disponibilizados pelo Cadastro Ambiental Rural – CAR- e foram
identificadas 15 (quinze) áreas total ou parcialmente sobrepostas às terras da Floresta
Nacional de Mulata. Diante desse fato, foram abertos processos administrativos para
cada uma dessas áreas com o objetivo de regularizar a situação fundiária das mesmas
em relação à Flona.
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Em relação às demais, a maioria delas são nos limites da Flona com o PDS
Serra Azul e trata-se, também em sua maioria, de casos com sobreposição parcial
com o território da UC.
Sobreposição
Referência
Número Interessado (a) Denominação Município Área (há) (total ou
da área
parcial)
Fazenda
RAIMUNDO
02173.000003/2 Jacaré
NONATO Monte
016-62 (Margem
ABREU Alegre/PA
esquerda do
NEVES*
rio Maicuru).
Fazenda
Agnoletto
02173.000004/2 (margem
ANTONIO 2.494,64
016-15 esquerda do Alenquer/PA CAR Total
AGNOLETTO
rio
Cuminapanem
a)
Fazenda
Caneppele
02173.000005/2 (margem
FÁBIO ENEIAS
016-15 esquerda do Alenquer/PA 2.593,64 CAR Total
CANEPPELE
rio
Cuminapanem
a)
Fazenda Boa
Esperança
02173.000007/2 (Rodovia PA
JAIR SOUZA Monte
016-41 254, Setor 06, 176,0186 CAR Parcial
VEIGA Alegre/PA
Serra Azul,
ramal do
Catitu)
Fazenda Deus
MANOEL Me Deu
02173.000008/2
CAETANO DOS (Estrada PA Alenquer/PA 649,3031 CAR Parcial
016-95
SANTOS 254, Ramal da
Barragem)
Fazenda
IVONE Gavião II
02173.000009/2
CORESMA DE (Ramal da Alenquer/PA 466,1237 CAR Parcial
016-30
BRITO Barragem km
70
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Fazenda Deus
Proverá
ELIVANE
02173.000010/2 (Rodovia PA Monte
MIRANDA DE 41,146 CAR Parcial
016-64 254, Setor 06, Alegre/PA
JESUS
Matona Serra
Azul)
Sítio Cabral
(Rodovia PA
02173.000011/2 ROBSON Monte
254, Serra 79,01 CAR Parcial
016-17 CARDOSO LUZ Alegre/PA
Azul, ramal do
Jiquitaia)
Sítio Deus
Proverá
02173.000012/2 FRANCISCO (Rodovia PA Monte
80,8039 CAR Parcial
016-53 DE SOUSA 254, Serra Alegre/PA
Azul, ramal do
Jiquitaia)
Sítio Doce
(Rodovia PA
MANOEL
02173.000013/2 254, Serra Monte
GOMES DO 41,4574 CAR Parcial
016-06 Azul, ramal Alegre/PA
NASCIMENTO
Pico do
Jacaré)
Sítio Gomes
EDISIONEI DO (Rodovia PA
02173.000014/2 Monte
NASCIMENTO 254, Serra 92,0959 CAR Parcial
016-42 Alegre/PA
GOMES Azul, Baixão
Jiquitaia)
Sítio Oliveira
(Rodovia PA
MARCILENE
02173.000015/2 254, Setor 06, Monte
BARBOSA 40,92 CAR Parcial
016-97 Serra Azul, Alegre/PA
TAVARES
ramal do
Jiquitaia)
Sítio Santo
Antônio
(Rodovia PA
GRACIANO
02173.000016/2 254, vicinal do Monte
VIEIRA DA 58,89 CAR Total
016-31 setor 06, Serra Alegre/PA
SILVA
Azul, ramal do
Pico do
Jacaré)
Sítio São José
(Rodovia PA
02173.000017/2 ALDO LEITE 254, Setor 06, Monte
84,3 CAR Parcial
016-86 DA COSTA Serra Azul, Alegre/PA
ramal do
Jiquitaia)
Sítio São
Raimundo
RAIMUNDO (Rodovia PA
02173.000018/2 Monte
NONATO DOS 254, Setor 06, 79,01 CAR Parcial
016-21 Alegre/PA
SANTOS Serra Azul,
Matona Serra
Azul)
*Não há informações sobre tamanho da área, pois o interessado não respondeu aos pedidos de envio de
documentos e não há cadastro ambiental rural.
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3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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