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IMPERIALISMO ROMANO
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros
territórios. Com um exército bem preparado e muito recursos, venceram os cartagineses nas
Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia
romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a
Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O
império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram
escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas
por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a
vida dos romanos mudou.
CONSEQUENCIAS DO IMPERIALISMO
A economia romana passou a se fundamentar na venda de escravos capturados entre os povos
vencidos e na cobrança de tributos das regiões conquistadas. Um dos reflexos dessa mudança
foi a formação de uma classe de ricos comerciantes, os cavaleiros.
O trabalho escravo passou a ocupar todas as atividades profissionais, sobretudo nas grandes
propriedades, que chegavam a atingir a extensão de 80.000 hectares. Com o progresso
econômico resultante do imperialismo ocorre o surgimento de uma nova classe social, a dos
homens novos ou cavaleiros. Eram antigos plebeus que possuíam algum capital e que,
aplicando-o em atividades rendosas -- cobrança de impostos, fornecimento de víveres para o
exército durante as campanhas militares, arrendamento da exploração de minas e florestas
pertencentes ao poder público, construção de pontes, estradas, etc. -- obtinham grandes lucros,
tornando-se imensamente ricos.
Porém, a classe plebéia, sustentáculo do exército, tendia a desaparecer. A agricultura em grande
escala exigia cada vez mais capital e tanto o escravo quanto os pequenos proprietários estavam
sendo totalmente arruinados. Como o trabalho livre praticamente não existia (a maioria das
tarefas era executada pelos escravos), os plebeus proletarisados, cada vez em maior número
passaram a viver em torno de Roma com o pão e o circo fornecido pelo Estado.
Essas mudanças, resultantes da exploração imperialista, abriram um novo quadro em Roma,
marcado por violentas lutas políticas e sociais.
ALTO IMPÉRIO
Ao assumir o Império, Otávio -- agora Otávio Augusto --, reforçando a base de poder, passou a
ter um papel mais importante que o do Senado. Entretanto isso, os antigos magistrados
passaram a desempenhar funções puramente civis e o Senado a Ter apenas o controle
administrativo de Roma.
O Exército estabeleceu armas em todas as províncias, passando também a cobrar impostos --
cujo sistema foi totalmente "reorganizado" -- e impondo pela força a chamada Pax Romana.
No campo administrativo, criou novo imposto sobre as heranças e sobre as vendas para
aumentar a arrecadação do Estado. Aperfeiçoou o sistema de justiça e desenvolveu um correio
especial, o que lhe permitiu um controle mais eficaz da administração pública.
No campo social, modificou a estrutura da sociedade. Em substituição ao critério de nascimento,
que era usado até então para hierarquizar a sociedade, introduziu uma escala econômica, pela
qual os cidadãos teriam direitos políticos proporcionais aos bens.
No governo do ultimo Imperador "Nero" a grande extensão territorial do império dificultava cada
vez mais a sua administração, que passava a depender da fidelidade dos generais que
controlavam as províncias. Esses, fortalecidos, também começaram a participar ativamente da
luta pelo poder, o que serviu para aumentar a instabilidade em Roma.
O período em que a dinastia dos Antoninos esteve no poder (96-192 d.C) marcou o apogeu de
Roma. O Império atingiu sua maior extensão territorial, conheceu grande prosperidade
econômica, gozou de paz interna e foi administrado com eficiência. Entre os imperadores que
mais se destacaram nesse período merecem ser lembrados: Trajano (98-117 d.C.); excelente
administrador e respeitador das instituições civis e do Senado; Adriano (117-138 d.C.), homem
pacífico que contribuiu para melhorar o direito romano, e Marco Aurélio (161-180 d.C.) que se
destacou pelo grande espírito de justiça.
BAIXO IMPÉRIO
A economia de Roma, baseada quase exclusivamente no uso de trabalhadores escravos, passou
a ressentir, a partir do século II d.C., com falta desse tipo de mão-de-obra. O longo período de
paz afetou a oferta de escravos (fornecidos principalmente pelas guerras), que não pôde ser
devidamente superada com a compra de novos contingentes nas regiões de fronteira. Assim, a
produção dos grandes latifúndios começou a declinar, caindo também o lucro dos proprietários.
Com menos impostos a receber, em conseqüência da crise econômica, O Estado romano viu-se
obrigado a tomar uma série de medidas: deixou de sustentar a plebe urbana (que foi trabalhar
no campo) e limitou os gastos com a corte imperial; aumentou também o valor dos impostos
(quem não pudesse pagá-los fugiria para o campo) e, finalmente, reduziu os contingentes
militares.
Como saída para a crise, os proprietários rurais escolheram um novo sistema de arrendamento.
Pelo novo sistema, os trabalhadores sustentavam-se com o próprio trabalho, nos pedaços de
terra fornecidos pelos donos. Em troca, tinham que trabalhar uns dias por semana para o
proprietário. Esse tipo de arranjo tornava auto-suficiente a produção de alimentos, mas
dificultada a produção de excedentes para o comércio.
A cidade deixou de ser o centro do Império. O núcleo econômico passou a ser a vila, onde os
grandes proprietários de terras, em uma ou mais construções protegidas dirigiam a vida
econômica, social e militar de toda a propriedade.
Esse processo de ruralização econômica e de descentralização política enfraquecia o império e
preparava o surgimento do feudalismo. Em 313 d.C., o imperador Constantino, pelo Edito de
Milão, deu liberdade de culto aos seus seguidores. Sessenta anos mais tarde, outro imperador,
Teodósio, oficializaria o cristianismo, tentando criar uma nova base ideológica para o governo.
SISTEMAS DE GOVERNO
Durante o longo tempo em que se formou a civilização romana - desde a fundação de Roma em
753 a.C até 456 d.C, quando foi destruída por grandes invasões - a sociedade passou por várias
mudanças e apresentou transformações em seu sistema de governo. Foram governados e
governaram por meio de três sistemas de governos, a Monarquia, a República e o Império. Isso
causou grandes impactos em seus métodos de administração, pois estavam sempre se
atualizando e criando novas técnicas, em virtude do sistema de governo dominante .
•Controle de 50 milhões de pessoas
Território – da Inglaterra, Oriente Próximo ao Norte da África
Em seu auge Roma controlava uma população de aproximadamente 50 milhões de pessoas, e
um território que compreendia a Inglaterra, o Oriente Próximo até ao Norte da África. Era quase
toda a Europa sob o jugo do poder romano. E para administrar um Império com esta magnitude
dimensional, tanto na parte social, econômica, defesa dos limites territoriais, os romanos foram
criativos em seus processos e métodos administrativos.
ADMINISTRAÇÃO DE ROMA
Os princípios e técnicas de administração foram o sustentáculo que construíram e mantiveram a
Civilização Romana durante quase 12 séculos de existência. Foram mais de 1.200 anos
modificando o cenário mundial e modificando os sistemas administrativos, sociais, políticos, dos
povos sobre seu domínio. Por isso que a capacidade de construir e manter o Império e as
instituições, são hoje legados, que comprovam as aguçadas habilidades administrativas dos
romanos. Exemplo claro é o sistema Judiciário, que absorve o modelo constituído a muitos
séculos, baseando-se principalmente no "Direito Romano - conjunto de normas Jurídicas que
regeram o povo romano nas várias épocas da sua história, desde as origens de Roma até a
morte de Justiniano, imperador do Oriente". Também é importante ressaltar que houve má
administração em certos períodos, que acarretou a destruição de Roma, no final do seu período
de glória.
ROMA - APRESENTA
O 1º CASO DE ADMINISTRAÇÃO DE IMPÉRIO MULTINACIONAL
A extensão territorial do Império de Roma era tão vasta, que se nos dias atuais, fosse um país,
ocuparia toda a Europa, e mais alguns países de outros continentes. Era um império
Multinacional. O que não é diferente de muitas empresas multinacionais, que tem seus produtos
no mundo inteiro, e administram de uma única Matriz. Com Roma não era diferente, apesar do
vasto território, e dos problemas que ele causava, devido as inúmeras culturas e tradições dos
povos dominados, eles criaram os diferente tipos de executivos em cada local, para assegurarem
o controle das províncias, o recolhimentos de impostos, manutenção de funcionários civis e
escravos, a construção de estradas e serviços públicos, e muitos outros. E qual é o exemplo
claro de que estas concepções sobrevivem na administração pública, o nosso próprio sistema
público de governo: O Presidente, lá na sede ( O Império) O governador ( Um domínio ( povo)
do Império), o Prefeito ( uma província menor, ou um território) e as demais autoridades que
ajudavam a controlar as províncias ( Juiz, Promotores, Vereadores, Senadores etc).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira é um dos principais aspectos das instituições romanas que é
interessante estudar sob a perspectiva da história da administração. Nesta época, já existia o
tributo, ou "tributum", que era a contribuição de cada cidadão para sustentar o Estado Romano.
Um imposto cobrado sobre a propriedade além de um Imposto Individual. Algo parecido com o
IPTU , e o IRRF. As cidades conquistadas eram as que mais pagavam impostos,e principais
fontes de receitas, e com isso ganhavam a garantia de manterem-se "livres" para as práticas de
suas culturas e tradições religiosas. Havia isenção, quando o governo era custeado pro outras
fontes de receitas.
Para realizar a coleta deste tributo, sem utilizar os aristocratas do Império, surgiram os
"publicanos", que eram o intermediário entre o Estado e os contribuintes. Eles arredavam o
direito de recolher os impostos e assumiam a obrigação de remunerar o Estado. O negócio era
tão vantajoso que para explorar este mercado, criaram-se empresas sob a forma de sociedade
por ações. Ressalta-se que esses publicanos eram odiados pelos povos conquistados, devido a
voracidade e truculência empregada para recolher os impostos. E o sistema de ações criou
proporções, que já havia sócios portadores de ações com mais direitos que os simples
investidores. Apesar de o Estado ser o grande proprietário, o Direito Romano, na época conferiu
a propriedade privada sua identidade formal e aos proprietários direitos (dominium), que não
podiam ser desrespeitados por outras pessoas ou pelo Estado. A partir deste momento surgiram
as grandes empresas e outras formas de negócios particulares em Roma.
Forças Armadas
O exército foi um dos fatores que influenciaram decisivamente a expansão romana. E foi este
exército que garantiu a eternidade das estradas e instituições romanas. No início o exército era
formado por cidadão com posses, especialmente os que viviam nos campos. A idéia era que por
terem propriedades, tinham interesse em protege-las e por isso protegiam também a
manutenção do Estado. Esta primeira força militar adquiriu suas próprias armas e armaduras. Só
estavam no ativo, perante uma ameaça, e recebiam um pouco mais que suas despesas no
armamento. Porém o exército romano evoluía, e já no século III a.C, apresentava característica
que pouco se modificariam nos séculos seguintes, como alistamento de profissionais,
regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização. Mas o que faria do exército
romano modelo para os próximos milênios, era o centuriado. Os legionários alistavam-se por
vinte anos, podiam esperar atingir o posto de centurião, neste período. Mas não conseguiam
subir aos mais altos postos dos oficiais. O exército passou a ser o meio de manter a paz e
defender os limites do Império. Os centuriões formaram a primeira corporação de oficiais
profissionais da história, Cabia a eles o comando em campanha, motivação dos soldados e
transmissão do código de disciplina. Provavelmente a estrutura desta oficialidade, apresenta até
os dias de hoje as matrizes das disfunções que as organizações militares apresentam, com sua
hierarquia pesada e ineficiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAXIMIANO, Antonio César Amaru "Teoria Geral da Administração" Editora Atlas São Paulo -
1999
FONTES DE PESQUISA - INTERNET
www.Wikipédia.com.br
ADMINISTRAÇÃO DA ROMA ANTIGA
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba,
que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam
a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que
foram habitar a região da península itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveu na região
uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era
formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes artesãos e
pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por
um rei de origem patrícia.
Durante o século VI a.C., o regime de governo era monárquico e o poder real apresentava
caráter divino. O rei acumulava a chefia militar, administrativa, jurídica e religiosa. Era eleito
pelo Senado e governava durante toda vida. Para governar, apoiava-se em duas instituições: O
Senado, um conselho de anciãos composto pelos patrícios mais importantes, e a Assembléia
Curiativa, que reunia todos os patrícios adultos, membros das trinta cúrias romanas.Os patrícios
estavam divididos em três tribos e estas em dez cúrias. Cada tribo contribuía para defesa do
Estado com cem cavaleiros e dez centúrias (unidade básica do exército romano). A eleição do rei
envolvia um complexo sistema, onde cabia ao Senado selecionar um membro de cada tribo e à
Assembléia Curiata escolher um entre os três selecionados para o cargo.
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores,
de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As
atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação
políticas e melhores condições de vida. Uma das conquistas destas lutas foi a Lei das Doze
Tábuas que, entre outras conquistas, acabou com a escravidão por dívidas.
A base da República romana era o Senado, formado por trezentos patrícios, com a
responsabilidade de propor leis. Os cargos eram vitalícios, abrigando outras funções: garantir a
integridade da tradição e da religião, supervisionar as finanças públicas, conduzir a política
externa e administrar as províncias. A presidência do Senado era exercida por magistrado, que o
convocava, podendo ser um cônsul, um pretor ou tribuno.