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ADMINISTRAÇÃO DA ROMA ANTIGA

A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços


conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios
da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito
romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu
origem à língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
ORIGEM MITOLÓGICA DE ROMA
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba,
que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam
a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
ORIGEM HISTÓRICA DE ROMA
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que
foram habitar a região da península itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveu na região
uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era
formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes artesãos e
pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por
um rei de origem patrícia.
MONARQUIA ROMANA (753 a.C. a 509 a.C.)
Durante o século VI a.C., o regime de governo era monárquico e o poder real apresentava
caráter divino. O rei acumulava a chefia militar, administrativa, jurídica e religiosa. Era eleito
pelo Senado e governava durante toda vida. Para governar, apoiava-se em duas instituições: O
Senado, um conselho de anciãos composto pelos patrícios mais importantes, e a Assembleia
Criativa, que reunia todos os patrícios adultos, membros das trinta cúrias romanas. Os patrícios
estavam divididos em três tribos e estas em dez cúrias. Cada tribo contribuía para defesa do
Estado com cem cavaleiros e dez centúrias (unidade básica do exército romano). A eleição do rei
envolvia um complexo sistema, onde cabia ao Senado selecionar um membro de cada tribo e à
Assembleia Curimatá escolher um entre os três selecionados para o cargo.
REPÚBLICA ROMANA (509 a.C. a 27 a.C.)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores,
de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As
atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação
políticas e melhores condições de vida. Uma das conquistas destas lutas foi a Lei das Doze
Tábuas que, entre outras conquistas, acabou com a escravidão por dívidas.
A base da República romana era o Senado, formado por trezentos patrícios, com a
responsabilidade de propor leis. Os cargos eram vitalícios, abrigando outras funções: garantir a
integridade da tradição e da religião, supervisionar as finanças públicas, conduzir a política
externa e administrar as províncias. A presidência do Senado era exercida por magistrado, que o
convocava, podendo ser um cônsul, um pretor ou tribuno.
LUTAS DE CLASSE (REPÚBLICA)
A marginalização política da plebe vinha desde os tempos da Monarquia continuando até a
República. Como consequência, os plebeus sofriam sérias discriminações
O monopólio do poder pelos patrícios (que controlavam o Senado, a Assembléia Centuriata e as
principais magistraturas), impedindo que os plebeus fossem nomeados cônsules ou censores,
levou a sucessivas revoltas. Na primeira delas, ocorrida em 494 a.C., os plebeus de Roma
realizaram a primeira greve da história. Os patrícios foram obrigados a ceder, criando-se então
os Tribuno da Plebe, cargo exercido exclusivamente por plebeus para defender os interesses de
classe. Como não havia nenhuma legislação escrita que garantisse os direitos dos plebeus, estes
novamente se revoltaram em 450 a.C. Os plebeus revoltaram-se pela última vez em 247 a.C.,
quando retornaram para o Monte Sagrado. Dessa vez, os patrícios concordaram que as leis
votadas para a plebe na sua Assembléia tivessem validade para todo Estado. Essas decisões
foram chamadas plebiscito, o que significa "a plebe aceita". Embora os progressos entrem a
primeira e a última revolta tivesse sido grandes, essas leis, na prática, continuaram a beneficiar
apenas os plebeus ricos, principalmente os comerciantes, que, por casamento, podiam almejar
os melhores cargos da República. A exploração dos pobres, no entanto, continuou, não havendo
a mínima condição de alcançarem o poder.

IMPERIALISMO ROMANO
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros
territórios. Com um exército bem preparado e muito recursos, venceram os cartagineses nas
Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia
romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a
Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O
império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram
escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas
por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a
vida dos romanos mudou.
CONSEQUENCIAS DO IMPERIALISMO
A economia romana passou a se fundamentar na venda de escravos capturados entre os povos
vencidos e na cobrança de tributos das regiões conquistadas. Um dos reflexos dessa mudança
foi a formação de uma classe de ricos comerciantes, os cavaleiros.
O trabalho escravo passou a ocupar todas as atividades profissionais, sobretudo nas grandes
propriedades, que chegavam a atingir a extensão de 80.000 hectares. Com o progresso
econômico resultante do imperialismo ocorre o surgimento de uma nova classe social, a dos
homens novos ou cavaleiros. Eram antigos plebeus que possuíam algum capital e que,
aplicando-o em atividades rendosas -- cobrança de impostos, fornecimento de víveres para o
exército durante as campanhas militares, arrendamento da exploração de minas e florestas
pertencentes ao poder público, construção de pontes, estradas, etc. -- obtinham grandes lucros,
tornando-se imensamente ricos.
Porém, a classe plebéia, sustentáculo do exército, tendia a desaparecer. A agricultura em grande
escala exigia cada vez mais capital e tanto o escravo quanto os pequenos proprietários estavam
sendo totalmente arruinados. Como o trabalho livre praticamente não existia (a maioria das
tarefas era executada pelos escravos), os plebeus proletarisados, cada vez em maior número
passaram a viver em torno de Roma com o pão e o circo fornecido pelo Estado.
Essas mudanças, resultantes da exploração imperialista, abriram um novo quadro em Roma,
marcado por violentas lutas políticas e sociais.
ALTO IMPÉRIO
Ao assumir o Império, Otávio -- agora Otávio Augusto --, reforçando a base de poder, passou a
ter um papel mais importante que o do Senado. Entretanto isso, os antigos magistrados
passaram a desempenhar funções puramente civis e o Senado a Ter apenas o controle
administrativo de Roma.
O Exército estabeleceu armas em todas as províncias, passando também a cobrar impostos --
cujo sistema foi totalmente "reorganizado" -- e impondo pela força a chamada Pax Romana.
No campo administrativo, criou novo imposto sobre as heranças e sobre as vendas para
aumentar a arrecadação do Estado. Aperfeiçoou o sistema de justiça e desenvolveu um correio
especial, o que lhe permitiu um controle mais eficaz da administração pública.
No campo social, modificou a estrutura da sociedade. Em substituição ao critério de nascimento,
que era usado até então para hierarquizar a sociedade, introduziu uma escala econômica, pela
qual os cidadãos teriam direitos políticos proporcionais aos bens.
No governo do ultimo Imperador "Nero" a grande extensão territorial do império dificultava cada
vez mais a sua administração, que passava a depender da fidelidade dos generais que
controlavam as províncias. Esses, fortalecidos, também começaram a participar ativamente da
luta pelo poder, o que serviu para aumentar a instabilidade em Roma.
O período em que a dinastia dos Antoninos esteve no poder (96-192 d.C) marcou o apogeu de
Roma. O Império atingiu sua maior extensão territorial, conheceu grande prosperidade
econômica, gozou de paz interna e foi administrado com eficiência. Entre os imperadores que
mais se destacaram nesse período merecem ser lembrados: Trajano (98-117 d.C.); excelente
administrador e respeitador das instituições civis e do Senado; Adriano (117-138 d.C.), homem
pacífico que contribuiu para melhorar o direito romano, e Marco Aurélio (161-180 d.C.) que se
destacou pelo grande espírito de justiça.
BAIXO IMPÉRIO
A economia de Roma, baseada quase exclusivamente no uso de trabalhadores escravos, passou
a ressentir, a partir do século II d.C., com falta desse tipo de mão-de-obra. O longo período de
paz afetou a oferta de escravos (fornecidos principalmente pelas guerras), que não pôde ser
devidamente superada com a compra de novos contingentes nas regiões de fronteira. Assim, a
produção dos grandes latifúndios começou a declinar, caindo também o lucro dos proprietários.
Com menos impostos a receber, em conseqüência da crise econômica, O Estado romano viu-se
obrigado a tomar uma série de medidas: deixou de sustentar a plebe urbana (que foi trabalhar
no campo) e limitou os gastos com a corte imperial; aumentou também o valor dos impostos
(quem não pudesse pagá-los fugiria para o campo) e, finalmente, reduziu os contingentes
militares.
Como saída para a crise, os proprietários rurais escolheram um novo sistema de arrendamento.
Pelo novo sistema, os trabalhadores sustentavam-se com o próprio trabalho, nos pedaços de
terra fornecidos pelos donos. Em troca, tinham que trabalhar uns dias por semana para o
proprietário. Esse tipo de arranjo tornava auto-suficiente a produção de alimentos, mas
dificultada a produção de excedentes para o comércio.
A cidade deixou de ser o centro do Império. O núcleo econômico passou a ser a vila, onde os
grandes proprietários de terras, em uma ou mais construções protegidas dirigiam a vida
econômica, social e militar de toda a propriedade.
Esse processo de ruralização econômica e de descentralização política enfraquecia o império e
preparava o surgimento do feudalismo. Em 313 d.C., o imperador Constantino, pelo Edito de
Milão, deu liberdade de culto aos seus seguidores. Sessenta anos mais tarde, outro imperador,
Teodósio, oficializaria o cristianismo, tentando criar uma nova base ideológica para o governo.

SISTEMAS DE GOVERNO
Durante o longo tempo em que se formou a civilização romana - desde a fundação de Roma em
753 a.C até 456 d.C, quando foi destruída por grandes invasões - a sociedade passou por várias
mudanças e apresentou transformações em seu sistema de governo. Foram governados e
governaram por meio de três sistemas de governos, a Monarquia, a República e o Império. Isso
causou grandes impactos em seus métodos de administração, pois estavam sempre se
atualizando e criando novas técnicas, em virtude do sistema de governo dominante .
•Controle de 50 milhões de pessoas
Território – da Inglaterra, Oriente Próximo ao Norte da África
Em seu auge Roma controlava uma população de aproximadamente 50 milhões de pessoas, e
um território que compreendia a Inglaterra, o Oriente Próximo até ao Norte da África. Era quase
toda a Europa sob o jugo do poder romano. E para administrar um Império com esta magnitude
dimensional, tanto na parte social, econômica, defesa dos limites territoriais, os romanos foram
criativos em seus processos e métodos administrativos.
ADMINISTRAÇÃO DE ROMA
Os princípios e técnicas de administração foram o sustentáculo que construíram e mantiveram a
Civilização Romana durante quase 12 séculos de existência. Foram mais de 1.200 anos
modificando o cenário mundial e modificando os sistemas administrativos, sociais, políticos, dos
povos sobre seu domínio. Por isso que a capacidade de construir e manter o Império e as
instituições, são hoje legados, que comprovam as aguçadas habilidades administrativas dos
romanos. Exemplo claro é o sistema Judiciário, que absorve o modelo constituído a muitos
séculos, baseando-se principalmente no "Direito Romano - conjunto de normas Jurídicas que
regeram o povo romano nas várias épocas da sua história, desde as origens de Roma até a
morte de Justiniano, imperador do Oriente". Também é importante ressaltar que houve má
administração em certos períodos, que acarretou a destruição de Roma, no final do seu período
de glória.

CONTRIBUIÇÕES DOS ROMANOS PARA A PRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO


A herança que Roma nos deixou, é um modelo de administração, que muitas empresas
multinacionais adotaram como exemplo, e adaptaram aos dias de hoje. O emprego de
Administradores centrais, executivos, senadores, magistrados, exércitos profissionais,
planejamento e controle de finanças, propriedade privada, e a rede de estradas para a
comunicação entre as cidades, são palavras e exemplos claros de administração que cerceiam
nosso dia a dia. È incrível, mas temos que admitir que uma civilização antiga possuía um
sistema administrativo, que perdurará por muitos séculos, até que apareça outro que o
substitua.

ROMA - APRESENTA
O 1º CASO DE ADMINISTRAÇÃO DE IMPÉRIO MULTINACIONAL
A extensão territorial do Império de Roma era tão vasta, que se nos dias atuais, fosse um país,
ocuparia toda a Europa, e mais alguns países de outros continentes. Era um império
Multinacional. O que não é diferente de muitas empresas multinacionais, que tem seus produtos
no mundo inteiro, e administram de uma única Matriz. Com Roma não era diferente, apesar do
vasto território, e dos problemas que ele causava, devido as inúmeras culturas e tradições dos
povos dominados, eles criaram os diferente tipos de executivos em cada local, para assegurarem
o controle das províncias, o recolhimentos de impostos, manutenção de funcionários civis e
escravos, a construção de estradas e serviços públicos, e muitos outros. E qual é o exemplo
claro de que estas concepções sobrevivem na administração pública, o nosso próprio sistema
público de governo: O Presidente, lá na sede ( O Império) O governador ( Um domínio ( povo)
do Império), o Prefeito ( uma província menor, ou um território) e as demais autoridades que
ajudavam a controlar as províncias ( Juiz, Promotores, Vereadores, Senadores etc).

INSPIRAÇÃO DE ROMA, PARA ADMINISTRAÇÃO DO IMPÉRIO


Roma inspirou-se em três princípios na administração do império:
Dividir para governar (divid et impera):
Os povos vencidos eram divididos, e segui um plano cuidadoso, que favorecia umas cidades e
prejudicava outras, a finalidade principal era fomentar as rivalidades, e impedir que os povos se
unissem contra o império.
Fundar Colônias:
Os militares eram os responsáveis pela difusão da cultura romana. As colônias eram organizadas
e administradas segundo os padrões estabelecidos pelo poder central, que era Roma. Essas
colônias no futuro vieram formar a base dos países da Europa.
Estradas
As estradas romanas eram o principal meio de comunicação e transporte que garantia aos
romanos o controle abrangente e rápido dos seus domínios. O sistema de infra estrutura que
contemplou estradas, portos, aquedutos, redes de esgotos, monumentos e cidades, são
realizações que testemunham os gênios que possuem como técnicos e administradores
práticos.Essa complexidade das estradas fazia com que os povos dominados achassem que
todos os caminhos levavam a Roma – Via Ápia – construída em 312 a.C

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira é um dos principais aspectos das instituições romanas que é
interessante estudar sob a perspectiva da história da administração. Nesta época, já existia o
tributo, ou "tributum", que era a contribuição de cada cidadão para sustentar o Estado Romano.
Um imposto cobrado sobre a propriedade além de um Imposto Individual. Algo parecido com o
IPTU , e o IRRF. As cidades conquistadas eram as que mais pagavam impostos,e principais
fontes de receitas, e com isso ganhavam a garantia de manterem-se "livres" para as práticas de
suas culturas e tradições religiosas. Havia isenção, quando o governo era custeado pro outras
fontes de receitas.
Para realizar a coleta deste tributo, sem utilizar os aristocratas do Império, surgiram os
"publicanos", que eram o intermediário entre o Estado e os contribuintes. Eles arredavam o
direito de recolher os impostos e assumiam a obrigação de remunerar o Estado. O negócio era
tão vantajoso que para explorar este mercado, criaram-se empresas sob a forma de sociedade
por ações. Ressalta-se que esses publicanos eram odiados pelos povos conquistados, devido a
voracidade e truculência empregada para recolher os impostos. E o sistema de ações criou
proporções, que já havia sócios portadores de ações com mais direitos que os simples
investidores. Apesar de o Estado ser o grande proprietário, o Direito Romano, na época conferiu
a propriedade privada sua identidade formal e aos proprietários direitos (dominium), que não
podiam ser desrespeitados por outras pessoas ou pelo Estado. A partir deste momento surgiram
as grandes empresas e outras formas de negócios particulares em Roma.

Forças Armadas
O exército foi um dos fatores que influenciaram decisivamente a expansão romana. E foi este
exército que garantiu a eternidade das estradas e instituições romanas. No início o exército era
formado por cidadão com posses, especialmente os que viviam nos campos. A idéia era que por
terem propriedades, tinham interesse em protege-las e por isso protegiam também a
manutenção do Estado. Esta primeira força militar adquiriu suas próprias armas e armaduras. Só
estavam no ativo, perante uma ameaça, e recebiam um pouco mais que suas despesas no
armamento. Porém o exército romano evoluía, e já no século III a.C, apresentava característica
que pouco se modificariam nos séculos seguintes, como alistamento de profissionais,
regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização. Mas o que faria do exército
romano modelo para os próximos milênios, era o centuriado. Os legionários alistavam-se por
vinte anos, podiam esperar atingir o posto de centurião, neste período. Mas não conseguiam
subir aos mais altos postos dos oficiais. O exército passou a ser o meio de manter a paz e
defender os limites do Império. Os centuriões formaram a primeira corporação de oficiais
profissionais da história, Cabia a eles o comando em campanha, motivação dos soldados e
transmissão do código de disciplina. Provavelmente a estrutura desta oficialidade, apresenta até
os dias de hoje as matrizes das disfunções que as organizações militares apresentam, com sua
hierarquia pesada e ineficiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAXIMIANO, Antonio César Amaru "Teoria Geral da Administração" Editora Atlas São Paulo -
1999
FONTES DE PESQUISA - INTERNET
www.Wikipédia.com.br
ADMINISTRAÇÃO DA ROMA ANTIGA

A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços


conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios
da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito
romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu
origem à língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.

ORIGEM MITOLÓGICA DE ROMA

Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba,
que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam
a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

ORIGEM HISTÓRICA DE ROMA

De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que
foram habitar a região da península itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveu na região
uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era
formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes artesãos e
pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por
um rei de origem patrícia.

MONARQUIA ROMANA (753 a.C. a 509 a.C.)

Durante o século VI a.C., o regime de governo era monárquico e o poder real apresentava
caráter divino. O rei acumulava a chefia militar, administrativa, jurídica e religiosa. Era eleito
pelo Senado e governava durante toda vida. Para governar, apoiava-se em duas instituições: O
Senado, um conselho de anciãos composto pelos patrícios mais importantes, e a Assembléia
Curiativa, que reunia todos os patrícios adultos, membros das trinta cúrias romanas.Os patrícios
estavam divididos em três tribos e estas em dez cúrias. Cada tribo contribuía para defesa do
Estado com cem cavaleiros e dez centúrias (unidade básica do exército romano). A eleição do rei
envolvia um complexo sistema, onde cabia ao Senado selecionar um membro de cada tribo e à
Assembléia Curiata escolher um entre os três selecionados para o cargo.

REPÚBLICA ROMANA (509 a.C. a 27 a.C.)

Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores,
de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As
atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.

A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação
políticas e melhores condições de vida. Uma das conquistas destas lutas foi a Lei das Doze
Tábuas que, entre outras conquistas, acabou com a escravidão por dívidas.

A base da República romana era o Senado, formado por trezentos patrícios, com a
responsabilidade de propor leis. Os cargos eram vitalícios, abrigando outras funções: garantir a
integridade da tradição e da religião, supervisionar as finanças públicas, conduzir a política
externa e administrar as províncias. A presidência do Senado era exercida por magistrado, que o
convocava, podendo ser um cônsul, um pretor ou tribuno.

LUTAS DE CLASSE (REPÚBLICA)

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