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RELATÓRIO: PRÁTICA 4 – DETERMINAÇÃO DE OSBORNE REYNOLDS

- LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE


Walter Gabriel de Abreu Junior
2019001534, Turma T05, Instituto de Engenharias Integradas (IEI), Unifei – Campus Itabira, Rua Irmã Inove Drumond, 200 –
Distrito Industrial II, Itabira - MG
walter.gabriel@unifei.edu.br

Resumo. O presente relatório tem como objetivo a medição do escoamento de um fluido ao longo de alguma superfície.
Tal necessidade surge dado que, em muitos meios que envolvem tecnologias hoje utilizados há fluidos que percorrem
um caminho em alguma superfície que precisam ser controlados para o bom funcionamento dos equipamentos. Com o
experimento realizado neste relatório, nós verificamos qual é o comportamento do fluido quando este está submetido a
uma certa pressão, para, por fim, calcular o número de Reynolds, que é uma constante adimensional. O calcula-lo do
número de Reynolds nos permite aferir se o fluido é de regime laminar, se a constante for menor que 2000, se o fluido é
de regime transitório, se a constante se encontra em 2000 e 4000 ou se o fluido é de regime turbulento, se a constante
por maior que 4000. O experimento foi realizado em Itabira, sob PATM de 616,1 mmHg, sendo a temperatura no momento
de 20ºC e a umidade relativa do ar estando em 56%. Todos esses fatores podem influenciar no resultado final.

Palavras-chave: água, Reynolds, regime, fluido.

Abstract. This report aims to measure the flow of a fluid along any surface. This need arises since, in many media that
involve technologies used today, there are fluids that travel a path on some surface that need to be controlled for the
proper functioning of the equipment. With the experiment carried out in this report, we verified how the fluid behaves
when it is subjected to a certain pressure, to finally calculate the Reynolds number, which is a dimensionless constant.
Calculating it from the Reynolds number allows us to assess whether the fluid is laminar, if the constant is less than
2000, if the fluid is transient, if the constant is at 2000 and 4000 or if the fluid is turbulent regime, if the constant for
greater than 4000. The experiment was carried out in Itabira, under PATM of 616.1 mmHg, with a temperature at the
moment of 20ºC and the relative humidity of the air being at 56%. All these factors can influence the final result.

Keywords: water, Reynolds, regime, fluid.

1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, iremos definir um conceito teórico a fim de introduzir ao conteúdo do relatório.


Primeiramente, o coeficiente de Reynolds, que será aferido durante o experimento, trata-se um número adimensional
que é amplamente utilizado nos estudos de Fenômenos de Transporte e Mecânica dos Fluídos objetivando calcular o
regime de escoamento de determinado fluido sobre determinada superfície.
O experimento que estamos realizando é realizado a partir da colocação de um corante em um reservatório especifico
que contém água, para que seja possível, com isso, determinar o comportamento do referido corante a medida que a água
está escoando.
Para tal experimento, há algumas equações as quais nós devemos atentar sendo a primeira (Eq.1) à equação da força
que nos mostra que a força é diretamente proporcional à área e a velocidade, porém é inversamente proporcional ao
comprimento da superfície, de modo que temos:
𝑉
𝐹 = 𝑢∗𝐴∗2 (1)

De modo que, F é a força, u é um fator de proporcionalidade, A é a área e V é a velocidade.


E, para determinar o número de Reynolds podemos utilizar a equação (Eq.2) que leva em consideração a densidade
[p], a velocidade média dentro da tubulação [v], o diâmetro interno do tubo [D]e a viscosidade dinâmica do fluido [μ].
𝑝∗𝑣∗𝐷
𝑅𝑒 = 𝜇
(2)

Por fim, com estas equações, será possível encontrar todas as variáveis necessárias para calcular os resultados do
experimento prático de modo preciso.
Walter Gabriel de Abreu Junior
Prática 4 – Determinação de Osborne Reynolds

2. OBJETIVOS

Os objetivos a serem alcançados nesse relatório dizem respeito a observar qual é o tipo de escoamento que está
ocorrendo dentro do tubo (laminar, transitório ou turbulento) com o calculo do número de Reynolds que determina tal
situação. O número de Reynolds foi determinado por pesquisas do físico, engenheiro mecânico e cientista Osborne
Reynolds.

3. MATERIAIS UTILIZADOS

Neste, serão apresentados os materiais que serão utilizados durante a tarefa prática.

a) Cronômetro;
b) Barômetro digital;
c) Provetas graduadas;
d) Termômetro;
e) Solução de corante;
f) Reservatório de água;
g) Tubo de vidro com diâmetro conhecido;
h) Bico injetor de corante;
i) Válvula controladora de vazão;
j) Aparelho de Osborne Reynolds (Figura 1);

Figura 1. Aparelho de Osborne Reynolds F1-20 real em cores.


Relatório de EMEi08 - Laboratório de Fenômenos de Transporte
Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI - Campus Avançado de Itabira. Itabira, MG, Brasil.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Neste, serão apresentados os procedimentos que serão realizados durante a prática experimental no aparelho de
Osborne Reynolds (figura 2).

Figura 2. Aparelho de Osborne Reynolds esquemático.

a) Foi medida a vazão utilizando-se da proveta e do cronômetro;


b) Foi medida a temperatura da água, em metros cúbicos por tempo, a fim de aferir a viscosidade cinemática.
c) Observou-se o tipo de escoamento que estava ocorrendo no tubo a partir do número de Reynolds de modo que
se Re for menor ou igual a 2000 o escoamento é laminar, se Re estiver entre 2000 e 4000 o escoamento é
transitório e se Re estiver acima de 4000 o escoamento é considerado turbulento;
d) Calculamos o volume pelo tempo;
e) Calculamos o tipo de escoamento pelo tubo de vidro;
f) Para todos os pontos o experimento foi repetido seguindo o mesmo procedimento;
g) Foi observado que a partir de alguns pontos o escoamento faz uma transição entre seus três modos;

5. RESULTADOS

Neste, serão apresentados os resultados obtidos a partir do procedimento experimental.


Walter Gabriel de Abreu Junior
Prática 4 – Determinação de Osborne Reynolds

Inicialmente, é necessário freezar que o experimento ocorreu na cidade de Itabira, sob PATM de 616,1 mmHg, sendo
a temperatura no momento de 28ºC e a umidade relativa do ar estando em 56%. Esses fatores temporais-climáticos podem
influenciar nos resultados obtidos durante o experimento, contudo, sem invalidar o mesmo.
Os cálculos apresentados para a realização da tomada de dados se referem ao primeiro ponto dos valores lidos, de
modo a mostra a feição dos cálculos e, para todos os outros valores, o procedimento foi repetido e os resultados foram
anotados em uma tabela.
Essa tabela irá conter o número do experimento, o volume de água [ml], o tempo do cronômetro [s], a temperatura da
água [ºC], a pressão no barômetro [mmHg], a temperatura do ar [ºC], a umidade relativa do ar e qual é o escoamento que
foi visualizado (laminar, transitório ou turbulento).
O volume de água é constante, sendo de 250 ml para todas as medições a serem realizadas, logo, a massa especifica
da água também será constante.
Para encontrar a massa especifica da água utilizamos de uma tabela padrão, a Tabela de Densidade da água com a
temperatura. Tendo a temperatura de 28 ºC, temos 995,622558 kg/m3.
Para encontrar a viscosilidade dinâmica absoluta da água a 28 ºC utilizamos a equação 2 (Eq. 3).

𝑢 = (1,64323 − 0,0393398 ∗ t) + (4,3606 ∗ 10−4 ∗ 𝑡 2 ) − 1,8004 ∗ 10−6 ∗ 𝑡 3 (3)


𝑢 = 0,000844064 𝑃𝑎

Para encontrar a vazão no tubo utilizamos a equação de vazão (Eq. 4), onde t é o tempo e A é o volume em mL.
𝐴
𝑄= (4)
𝑡

250
𝑄= = 3,571436 ∗ 10−6 (m³/s)
70

Para encontrar a vazão de água que ocorre dentro do tubo de vidro utilizamos a equação da velocidade (Eq. 5), onde
Q é a vazão de água pelo tubo (calculado acima) e D é o diâmetro do tubo em metros.
4𝑄
𝑉 = 𝜋∗𝐷∗𝐷 (5)

𝑉 = 0,045495 (m/s)

Para encontrar o número de Reynolds utilizamos a equação citada e explicada na introdução (Eq. 2).
𝑝∗𝑣∗𝐷
𝑅𝑒 = 𝜇
(2)

Para o primeiro ponto, temos:


Ρ = 995,6222 Pa;
V = 0,045495 m/s;
D = 0,01 m;
U = 0,00084406;
Realizando os cálculos, temos:

𝑅𝑒 = 536,6505

Para o cálculo da pressão barométrica utilizaremos a equação da pressão barométrica (Eq. 6), onde D é a densidade
do mercurio, G é a gravidade e H é a altura.

𝑃 = 𝐷∗𝐺∗𝐻 (6)

Considerando a pressão da água de 1000Pa, a gravidade de 9,81 m/s, a densidade do mercúrio sendo 13.6, temos,
substituindo na equação, o seguinte resultado:

𝑃𝑏 = 92.870,8776 𝑃𝑎

Por fim, calculamos a massa especifica do ar ambiente, de modo que estamos considerando a equação dos gases
perfeitos (Eq. 7) para tal, onde Pb = 92.870,8776 𝑃𝑎, resistência do ar é 287 (m*N/kg*K) e a temperatura ambiente é de
28 ºC.
Relatório de EMEi08 - Laboratório de Fenômenos de Transporte
Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI - Campus Avançado de Itabira. Itabira, MG, Brasil.

𝑃𝑏
𝑃𝑎𝑟 = 𝑅𝑎𝑟∗(𝑇𝑎𝑟+273,15)
(7)

Substituindo devidamente os números na equação, encontramos:

𝑃𝑎𝑟 = 1,074520 (kg/m³)

Como dito anteriormente, tais números são referentes ao primeiro ponto. Para todos os outros pontos foram utilizadas
as equações demonstradas com os números pertinentes para tais e os resultados foram anotados nas tabelas que abaixo
serão apresentadas.

Tabela 1. Valores que foram lidos durante o experimento prático.

Tempo
Volume Pressão Umidade
da Diâmetro Temperatura Temperatura Escoamento
Medição de água Barométrica relativa
cronometragem [mm] da água [ºC] do ar [ºC] Visualizado
[mL] [mmHg] do ar [%]
[s]

1 250 70 0,01 28 696,1 28 56 Laminar


2 250 57,09 0,01 28 696,1 28 56 Laminar
3 250 40,3 0,01 28 696,1 28 56 Laminar
4 250 18 0,01 28 696,1 28 56 Transitório
5 250 14,5 0,01 28 696,1 28 56 Transitório
6 250 11,12 0,01 29 696,1 28 56 Transitório
7 250 7,19 0,01 29 696,1 28 56 Turbulento
8 250 6,7 0,01 29 696,1 28 56 Turbulento
9 250 6,06 0,01 29 696,1 28 56 Turbulento

A tabela acima demostra o resultado do tempo registrado no cronometro e o escoamento que foi visualizado durante
o experimento levando em conta as condições ambientais do momento.

Tabela 2. Valores que foram calculados por meio das equações apresentadas acima

Massa
Massa Viscosidade Vazão de Veloc. da
Pressão Esp. do Número
especifica Dinâmica Água no Água no Escoamento
Medição Barométrica Ar de
de água da Água Tubo Tubo Calculado
[Pa] Ambiente Reynolds
[kg/m³] [Pa.s] [m³/s] [m/s]
[kg/m³]
1 995,6226 8,4406 3,57143 0,0454 92.870,88 1,07452 536,65 Laminar
2 995,6226 8,4406 4,37905 0,0557 92.870,88 1,07452 658,006 Laminar
3 995,6226 8,4406 62,034 0,079 92.870,88 1,07452 932,147 Laminar
4 995,6226 8,4406 13,888 0,1769 92.870,88 1,07452 2.086,97 Transitório
5 995,6226 8,4406 17,241 0,2196 92.870,88 1,07452 2.590,73 Transitório
6 995,6226 8,25192 22,182 0,2863 92.870,88 1,07452 3.454,50 Transitório
7 995,6226 8,25192 34,7705 0,4429 92.870,88 1,07452 5.342,70 Turbulento
8 995,6226 8,25192 37,3134 0,4753 92.870,88 1,07452 5.733,43 Turbulento
9 995,6226 8,25192 41,2541 0,5255 92.870,88 1,07452 6.338,95 Turbulento

A tabela acima mostra todos os valores que foram calculados a partir das equações apresentadas acima. Como
demonstrado nas equações, os valores encontrados para Medição 1 foram recalculados para todos os outros pontos de
medição. Com tais valores calculados, encontramos o número de Reynolds e conseguimos a partir dele determinar o tipo
Walter Gabriel de Abreu Junior
Prática 4 – Determinação de Osborne Reynolds

de escoamento que estava ocorrendo. Além disso, devemos freezar que a massa especifica da água e a pressão barométrica
são constantes ao longo de todo o experimento.

6. CONCLUSÃO

A partir da realização de todas as equações foi possível determinar com clareza o estado do escoamento. Também
podemos afirmar com isso que o número de Reynolds depende de todas as especificidades relacionadas a sua equação,
sendo elas: velocidade, massa especifica, fluido, diâmetro do tubo, fluido e viscosidade dinâmica. É importante notar que,
caso haja variação de diâmetro ao longo do tubo, os cálculos podem ser realizados da mesma maneira, porém se adaptando
ao novo valor do diâmetro. Além disso, como o ladrão mantém o nível da água constante, a pressão também se encontra
constante e a vazão dependerá única e exclusivamente da abertura da válvula. Dessa forma, quanto maior for a viscosidade
dinâmica do fluido, maior será o número de Reynolds e mais rápido o fluido flui no tubo. A partir dos resultados obtidos
como número de Reynolds, podemos com exatidão classificar qual é o tipo de escoamento que está ocorrendo no tubo:
laminar, transitório ou turbulento. Para os primeiros três pontos, temos escoamento laminar. Para os últimos três pontos,
temos escoamento turbulento e para os pontos do meio há escoamento transitório.

7. REFERÊNCIAS

ARMFIELD. DEMONSTRAÇÃO DE ORBORNE REYNOALDS F1-20. Armfield Limited; Reino Unido, 2009.

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