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RUY BARBOZA
A QUINTESSÊNCIA NO GRAU DE
COMPANHEIRO
CASTANHAL-PA
2016
RUY BARBOZA
A QUINTESSÊNCIA NO GRAU DE
COMPANHEIRO
CASTANHAL-PA
2016
A QUINTESSÊNCIA NO GRAU DE COMPANHEIRO
RESUMO
3. A ESTRELA FLAMEJANTE
A Estrela Flamejante corresponde ao Pentagramaton ou Tríplice
Triângulo cruzado dos pitagóricos. Distingue-se do Delta ou Triângulo do
Oriente, embora, entre os antigos egípcios representassem também Horus que
em lugar do pai, Osíris; passou a governar as estações do ano e o movimento.
O verdadeiro sentido da Estrela Flamejante é Hominal, eis que o símbolo
designa o homem espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de
movimento e trabalho. Ou seja, o indivíduo como espírito ou fagulha interna
que lhe concedeu o G.·.A.·.D.·.U.·. . A ponta superior da Estrela é a cabeça
humana, a mente. As demais pontas são os braços e as pernas. Na Maçonaria
essa ideia serve para lembrar ao Maçom que o homem deve criar e trabalhar,
isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com sabedoria e conhecimento.
Pode ocorrer que o ser humano falhe nos seus desígnios. O Maçom também
pode falhar como ser humano, mas seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos
poderes o G.·. A.·. D.·. U.·., o Ser dos seres. Aí está o principal segredo do
Grau de Companheiro. Outra interpretação é a que se refere a 3+2=5, soma
em que três é a divindade cuja fagulha é encarnada e dois é o material, o ser
que se reproduz por dois sexos opostos e não consegue perpetuar-se de outro
modo.
As cinco pontas da Estrela ainda lembram os cinco sentidos que
estabelecem a comunicação da alma com o mundo material. Tato, audição,
visão, olfato e paladar, dos quais para os Maçons três servem à comunicação
fraternal, pois é pelo tato que se conhecem os toques, pela audição se
percebem as palavras, e pela visão se notam os sinais. Mas não se pode
esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas amargas e doces, bem
como o sal, o pão e o vinho. Finalmente pelo olfato se percebem as fragrâncias
das flores e os aromas do altar de perfumes. A letra "G", interior com o
significado de gnose ou conhecimento lembra a quinta essência, quanto ao
transcendental. Quanto ao Hominal, lembra ao Maçom o dever de conhecer-se
a si mesmo. No Grau de Companheiro recomenda-se ao Maçom o dever de
analisar as próprias faculdades e bem empregar os poderes pessoais em
benefício da humanidade.
Tem-se afirmado que a Estrela Flamejante traduz a luz interna do
Companheiro Maçom ou que representa o próprio homem Maçom dotado da
luz divina que lhe foi transmitida. A estrela de cinco pontas é então a força que
impulsiona o companheiro em direção das suas metas e dá sentido as suas
realizações, o numero cinco a qual a estrela faz alusão se funde na alma do
companheiro que uma vez elevado a um patamar mais alto pode vislumbrar as
luzes desta estrela e pode-se então guiar por esta luz para que a sua
caminhada, que já é longe das trevas do mundo profano, possa se refinar e dar
sentido a sua obra interior, absorvendo a luz desta estrela que representa o
corpo humano e utilizando a quintessência, o Companheiro desperta para as
luzes do saber e da compreensão da humanidade e do sentido oculto do saber
e do realizar.
4. O QUINTO ELEMENTO
Por mais poderosas que as forças exteriores se manifestem, ainda
assim devem ser dominadas pela energia, que tem sua sede na própria
personalidade. Por esse motivo é que o Homem deve criar e desenvolver, em
si próprio, um princípio mais forte que os Elementos, com os quais entra em
combate, nas provas iniciáticas. Enquanto combate, conserva-se Aprendiz,
uma vez vencedor, torna-se Companheiro ou Iniciado Definitivo. O que triunfa,
nesse momento, é o princípio da Hominalidade: o Homem, propriamente dito,
domina o animal, ou seja, o cinco se impõe ao quatro; a Quintessência
finalmente prevalece sobre os elementos.
A Quintessência é o meio que une o Espírito Divino ao Corpo Material.
Corresponde ao centro da cruz, onde o Homem realiza o mistério da redenção,
onde nele resplandece a razão, que dissipa o obscurecimento do instinto,
causado pela queda. O estado de espiritualidade e iluminação é atingido, e o
“Astro Humano”, representado pela Estrela Flamejante, brilha em todo seu
esplendor.
A Estrela Flamejante, este astro central da Loja de Companheiro, não é,
ainda, poder iluminativo igual ao Sol, sua luz é suave, não tem irradiações
resplandecentes e é facilmente suportada. Ela se condensa numa espécie de
nimbo, comparado a uma flor desabrochada, representada por uma rosa de
cinco pétalas.
Símbolo da Quintessência, portanto, daquilo que o Homem tem de mais
puro e elevado; a Rosa é unida à cruz, em um emblema de pura
espiritualidade.
É importante considerar cinco fases distintas na manifestação da mesma
Quintessência, quais sejam: primeiro a da sua origem; segundo, como origem
dos quatro elementos, terceiro, a energia que os compenetra, permanecendo o
centro estático e equilíbrio dos mesmos; a vida que os anima; e quinto, a
inteligência que governa a vida orgânica e se serve da mesma, ou seja, a
própria ALMA.
A Alma, como sabemos, é a causa primária dos atos do Homem na
materialidade do Ser. É a vibração que conecta o Grande Arquiteto do Universo
a sua criação. O quaternário sagrado se manifesta através do Princípio, Verbo,
Atividade e Substância. Dentro de loja, as quatro letras que configuram no
interior do Delta Sagrado devem ser contemplativas ao Companheiro Maçom,
que deve se lembrar desses ensinamentos, fazendo jus a sua Quintessência
interior, que é externada em suas ações. Senão vejamos:
(IOD) É, Pensa, Quer e Manda. É o Princípio Criador. O Companheiro
Maçom É. Pensa com sabedoria, esclarece suas dúvidas e quer realizá-las.
Não se entrega as ideias destruidoras ou inúteis. É o princípio pensante.
(HE) Dele derivou o sopro que animou a criatura, a própria vida. Dele
emanou a irradiação vital e existencial. É o Verbo.
O Companheiro Maçom quer inventar, quer planejar, criar tudo quanto
possa melhorar as condições humanas e investigar a verdade para o progresso
e o bem geral.
(VAU) Realiza o que pensa, pois é o Senhor de todas as regras de
trabalho. Ele faz do abstrato o concreto. A relação de causa e efeito. É a
atividade e o trabalho.
O Companheiro Maçom tem no próprio grau a representação de seu
trabalho, que é a atividade conjugada com as regras, pois não há trabalho útil
sem aprendizado e regras. Aprendeu que a nobreza pertence aos que
trabalham e não aos que a herdam por legado. Seu trabalho deve ser útil ao
próximo. Do trabalho deve viver para seu sustento e dos seus. Não lançará em
vão sementes à terra. Seu trabalho nunca deverá ser infértil.
(HE) Consegue resultado igual ao que quis e emanou. Só ele consegue
igualar o Verbo à realização. Daí o fonema “HE” se repetir no final. É a obra
realizada, a substância, o concreto.
Para o Companheiro Maçom seu fim é a Obra da Vida. Seu lema é
sempre chegar a obras realizadas. Mesmo que não termine seus planos,
sempre começará a Obra. Com os dons que lhe foram conferidos pelo Grande
Arquiteto do Universo realizará a EUBIOSE, ou seja, o melhor para a
humanidade.
5. CONCLUSÃO
Podemos concluir, ao final deste ensaio, que a Quintessência é a própria
manifestação da Alma para animar a matéria, é a causa, a ponta da pirâmide
sobre a base cúbica, nada mais sendo que a união do Ternário com o
Quaternário, realizando um perfeito Quinário, realizando o plano arquitetônico
da sabedoria construtora do Criador. Na pirâmide, o vértice superior indica a
Quintessência, o quinto princípio ou elemento, que corresponde ao Verbo
inteligente manifestado, na qual se originam e também desaparecem os outros
quatro princípios. Tido como o Princípio Originário do Universo, por meio do
qual todas as coisas foram feitas e sem o qual, nada do que foi feito se fez.
O mal caminha lado a lado com o bem e em cada ser humano o espírito
e a matéria estão inter-relacionados. Os venenos mais fatais são os melhores
remédios, quando administrados na devida proporção. As paixões e os vícios,
conectados à matéria levam ao mal e, segundo o Apóstolo Paulo, “se viveis
segundo a carne, haveis de morrer”, “mas se, pelo espírito mortificardes
as obras do corpo, vivereis”. Nossa vida consiste numa guerra sem fim, a
qual representa o máximo propósito da existência do homem: superar as
fraquezas da matéria para enfim, realizar as grandes obras para honra e glória
do Grande Arquiteto do Universo. Que assim seja!!!
REFERÊNCIAS
http://www.maconaria.net/portal/index.php/artigos/143-a-estrela-de-cinco-
pontas.html
http://www.altosgraus.com/content/o-significado-da-estrela-na-ma
%C3%A7onaria
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Ruy Barbosa
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Emerson Aníbal Martins
Belém/2016