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Resenha crı́tica: The science of fake News (THE

CIENCE Páginas:1094 -1096 / 9 MARCH 2018 •


VOL 359 ISSUE 6380)

Éster Augusto F.Costa / Gabriel de Souza Rosa


CFET-MG - April 2019

1 Autores
David M. J. Lazer, é um renomado professor de ciência polı́tica e ciência da com-
putação e da informação na Northeastern University; Matthew A. Baum,Ph.D.,
UC San Diego, 2000) é o Marvin Kalb Professor de Comunicação Global e
Professor de Polı́tica Pública na Escola de Governo e Departamento de Gov-
erno John F. Kennedy da Universidade de Harvard; Yochai Benkler professor
da escola de direito na Universidade de Harvard; Adam J. Berinsky professor
de ciência polı́tica no Massachusetts Institute of Technology; KellyM Greenhill
é professora associada da Universidade Tufts e pesquisadora do Centro Belfer
de Ciência e Assuntos Internacionais da Harvard Kennedy School of Govern-
ment; Filippo Menczer, é um professor americano de informática e ciência da
computação da Universidade de Indiana; Miriam J. Metzger Dr. Metzger atua
como Ph.D. Ênfase Diretora do Centro de Informação, Tecnologia e Sociedade
(CITS-UCSB); Brendan Nyhan, é um cientista polı́tico americano e professor da
Escola de Polı́ticas Públicas Gerald R. Ford da Universidade de Michigan; Gor-
don Pennycook Professor Assistente de Ciência Comportamental nas Escolas de
Negócios Hill / Levene da Universidade de Regina; David Rothschild é um aven-
tureiro, ecologista e ambientalista britânico e chefe da Fundação Sculpt the Fu-
ture; Michael Schudson professor de jornalismo Columbia University; Steven A.
Sloman, Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Stanford; Cass R.Sunstein,
é o atual professor da Universidade Harvard; Emily A. Thorson professora as-
sistente de ciência polı́tica na Universidade de Syracuse; Duncan J.Watts é
sociólogo e pesquisador principal da Microsoft Research; Jonathan L. Zittrain
é um professor americano de Direito da Informática na Harvard Law School e
na Harvard Kennedy School of Government e de Ciência da Computação na
Harvard School of Engineering and Applied Sciences.

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2 Resumo
O texto trata sobre os problemas globais causados pela fake News abordando
distintos aspectos. Pessoas maliciosas espalhando as notı́cias falsas invadindo
até mesmo a polı́tica. As fakes News não são novidades, desde a primeira guerra
mundial já existia a manipulação de informações. A diferença nos dias atuais é
o advento da internet que tornou mais rápido e atingindo mais pessoas. Normal-
mente as pessoas não avaliam as informações recebidas e acabam espalhando-as
tornando um cı́rculo de desinformação. Foi o que aconteceu no mundo polı́tico
nas eleições de 2016 nos EUA e em 2017 na França. Outro problema é avaliar
a quantidade de pessoas impactadas, só é possı́vel mensurar a quantidade de
pessoas que compartilharam as fakes News. O artigo ainda propõe capacitar
pessoas para identificar essas notı́cias na rede ou através da educação básica,
mesmo não sabendo garantir se isso trará resultados. O texto finaliza propondo
criar um método de minimizar o impacto das fake News, criando um ranking
de sites que publicam notı́cias, privilegiando por meios de algoritmos aquelas
consideradas verdadeiras.

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Linhas Disciplinares:

3 Psicológica
Ao relembrar as eleições dos EUA em 2016, os autores refletem sobre como as
mı́dias sociais influenciaram as decisões dos eleitores. Nesse aspecto, o Facebook
teve grande impacto psicológico sobre o eleitorado. Há nele o algoritmo do feed
de notı́cias que veicula o que pensa ser a visão do usuário certamente sem
checar as fontes. Assim, a pessoa fica exposta apenas às ideias favoráveis a
seus candidatos e menções muitas vezes falsas do outro. Um estudo de Jonah
Berger,professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, defende
que conteúdos que despertam emoções fortes, como raiva, são compartilhados
mais facilmente. Essa é mais uma evidência de que o conteúdo que envolve as
emoções dos leitores é mais propenso a ser compartilhado.

4 Sociológica
Outro aspecto mencionado é como as pessoas não verificam as postagens rece-
bidas por familiares ou amigos. Elas tendem a acreditar em desinformação que
recebem ao clicar em um link vindo de um contato de seu cı́rculo social. “Nos-
sos cı́rculos sociais — nossos amigos e familiares — são muitas vezes as únicas
fontes de informação que temos sobre diferentes caracterı́sticas de um mundo
social mais amplo, como frequência de problemas de saúde ou conflitos com um
parceiro”, diz o professor de psicologia do Instituto Santa Fé - Henrik Olsson.

5 Ética digital
Os autores se apoiam nas tecnologias de informação para criarem mecanismos
que dificultam a proliferação das notı́cias falsas, utilizando para isso algoritmos
que selecionam e repassam as que têm maior credibilidade. No entanto, pela
visão do professor Marcelo Crespo doutor e mestre em direito pela USP, o ideal
seria a educação digital, conscientizando e treinando as pessoas para o uso das
tecnologias, permitindo-lhes atuação correta, livre de riscos ou com estes min-
imizados, de modo a não incorrerem especialmente em práticas danosas e com
consequências jurı́dicas não desejadas.

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6 Conclusão
A Declaração dos Direitos Humanos já previa, em 1948, no artigo XlX, o direito
à informação.” Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão, este
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, re-
ceber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios independentemente
de fronteiras”. Nesse sentido, mesmo separando informações confiáveis isso não
impediria das pessoas, seja em outras plataformas digitais, divulgarem ou aces-
sarem informações de acordo com seus ideais. Analisando a ideia proposta pelos
autores para diminuir as “fakes News “, ela não causará grande impacto na so-
ciedade na qual vivemos atualmente. É preciso ainda muita discussão nessa
área para criar caminhos melhores para resolver esse problema. Nesse sentido,
o artigo é um bom material para os professores do ensino básico ao fundamental,
pois trabalham com um público com uma visão crı́tica em construção. Pode-
riam desenvolver ferramentas para preparar esses jovens a agir adequadamente,
por meio da ética e normas jurı́dicas, diante da influência digital.

7 Fontes
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?nl ink = revista
a rtigosl eituraartigoi d = 7975
https : //en.wikipedia.org/wiki/DavidL azer
https : //www.hks.harvard.edu/f aculty/matthew − baum
https : //pt.wikipedia.org/wiki/Y ochaiB enkler
https : //en.wikipedia.org/wiki/AdamB erinsky
https : //en.wikipedia.org/wiki/KellyG reenhill
https : //en.wikipedia.org/wiki/F ilippoM enczer
https : //www.comm.ucsb.edu/people/miriam − metzger
https : //en.wikipedia.org/wiki/BrendanN yhan
https : //www.researchgate.net/prof ile/GordonP ennycook
https : //en.wikipedia.org/wiki/DavidM ayerd eR othschild
https : //en.wikipedia.org/wiki/M ichaelS chudson
https : //www.brown.edu/academics/cognitive − linguistic − psychological
−sciences/people/f aculty/steven − sloman
https : //pt.wikipedia.org/wiki/CassS unstein
http : //www.emilythorson.com/
https : //en.wikipedia.org/wiki/DuncanJ .W atts
https : //pt.wikipedia.org/wiki/JonathanZ ittrain

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