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DIREITO ADMINISTRATIVO II

CASO CONCRETO 6

1.
A) Sim. A servidão administrativa é caracterizada como “ônus real de uso,
imposto pela Administração pública à propriedade particular, a fim de assegurar
a realização e manutenção de obras e serviços públicos ou de utilidade pública,
mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário”.

Assim, pode ser feita mediante acordo administrativo ou por sentença judicial.
Em havendo consenso, será dado por meio administrativo. Necessário
destacar que este acordo deve necessariamente ter sua devida publicidade e
terá eficácia erga omnes, celebrado mediante escrita pública.
Em não havendo o acordo, o poder público proporá a ação judicial com objeto
de declaração e instituição da servidão por sentença e se for o caso, indenizar,
o que não é a rega.
B) Não pode. Embora a empresa concessionária realize serviço público, esta o
faz por delegação de poderes.
Desse modo, impende colocar que somente a administração pública, com vista
em seu poder de império e amparada pelos princípios da supremacia e
indisponibilidade do interesse público poderá declarar a utilidade pública de
um bem, e esta declaração deve ser devidamente fundamentada, pois deve
atender à finalidade pública.

Esta é conhecida como a fase declaratória, havendo também a fase executória,


sendo esta a fase em que já aconteceu a declaração de utilidade pública do
bem e ocorrerá a efetiva execução da servidão, que poderá ser feita de modo
extrajudicial, quando na esfera administrativa há consenso quanto a como se
procederá a servidão e ao quantum indenizatório, se houve.
Não havendo acordo, será proposta a execução pela via judicial.
Em ambos os casos, a empresa concessionário pode promover a execução,
desde que haja previsão expressa no contrato de concessão. Vejamos o art. 3º
do decreto-lei 3.365/41:

Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos


de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público
poderão promover desapropriações mediante autorização expressa,
constante de lei ou contrato.

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