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Polímeros

Professora Talita Lacerda


2020

Lista 1

Carlos Alberto de Carvalho Coura .. nº 10280371


Gabriela Pizzol Grando ……………. nº 10719772
Isabella Sampaio Duarte da Silva …. nº 9843574
Letícia Furlan Vianna ……..……….. nº 10280659
Lucas Soubihe de Gaspari ……...… nº 10720019
Pedro Henrique Medeiros Cardoso ... nº 9760356
Tomás Kolbe Pachón Bonatti ……….. nº 9775022
Vitor Bertolassi Hidalgo …………..... nº 10346036
Questão 1

Pode-se afirmar que o frasco número 1 contém um polímero de alto


peso molecular e um pouco de monômero, mas com pequena quantidade de
polímero de peso molecular médio. Essa determinação pode ser estabelecida
pois, como o frasco 1 apresenta um monômero que se polimeriza em
poliadição, ocorre uma polimerização de cadeia através do uso de um
catalisador (iniciador) em quantidades catalíticas, propiciando a formação de
poucas cadeias, que crescem e formam cadeias de alto peso molecular.
Dessa forma, há o impedimento de formação de cadeias dispersivas,
resultando em uma menor quantidade de polímero de peso molecular médio.
Porém, ainda haverá a formação desse polímero pois a polimerização é
determinada por eventos aleatórios e não é possível uma completa
homogeneidade dos tamanhos das cadeias.
Já o frasco número 2 contém majoritariamente um material de peso
molecular médio e muito pouco monômero ou material de alto peso
molecular. Como no frasco 2 ocorre a polimerização em etapas, processo de
reação de dois grupos funcionais reativos com a eliminação de moléculas de
baixo peso molecular, essa reação avança através do encontro aleatório dos
diversos pontos de crescimento de cadeias. Assim, diversos crescimentos
simultâneos de várias cadeias são sucedidos, constituindo, no final do
processo, uma maior concentração de polímeros de peso molecular médio, e
poucos monômeros e material de alto peso molecular (não existe a
homogeneidade no produto, pois há a produção de cadeias com diferentes
massas moleculares nas reações de polimerização).

Questão 2

a) A massa molecular média (𝑀𝑛) é uma média aritmética das moléculas de um


polímero; já a massa molecular ponderal média (𝑀𝑤) coloca um peso maior
nas moléculas de maior valor, consequentemente o valor da massa molecular
do polímero se torna maior. Num gráfico de fração x massa molecular, 𝑀𝑛
caracteriza o centro do número de moléculas, ou seja, encontra-se a mesma
quantidade de moléculas tanto a esquerda de 𝑀𝑛 quanto a direita; da mesma
forma, 𝑀𝑤 caracteriza a mesma massa molecular das moléculas de ambos
lados.

b) A dispersividade é a indicação do grau da heterogeneidade das cadeias de


um material. É a razão do 𝑀𝑤 com o𝑀𝑛. Assim, quanto mais heterogêneas
forem as cadeias, maior será a dispersividade.

(80 𝑥 1000) + (160 𝑥 10000) + (180 𝑥 30000) + (60 𝑥 40000)


c) 𝑀𝑛 = = 19.750 g/mol
480

2 2 2 2
(80 𝑥 1000 ) + (160 𝑥 10000 ) + (180 𝑥 30000 ) + (60 𝑥 40000 )
𝑀𝑤 = (80 𝑥 1000) + (160 𝑥 10000) + (180 𝑥 30000) + (60 𝑥 40000)
= 28.911, 39
g/mol

28911,39
= 19750
= 1,46

Questão 3

a) Cadeias lineares possuem apenas uma cadeia principal e são formadas


através da polimerização de monômeros bifuncionais. É como se a cadeia
fosse uma corda contínua:

Um exemplo de polímero com cadeias do tipo linear é o polietileno de


alta densidade (PEAD), que é formado por inúmeros monômeros CH2 ligados
da seguinte maneira:

Cadeias com ligações cruzadas são formadas por monômeros


polifuncionais. As cadeias poliméricas estão ligadas entre si por segmentos
de cadeia unidos por ligações covalentes. É formada uma estrutura que se
assemelha a uma rede. Um exemplo é o Polietileno Reticulado (XLPE), que
assume a forma de cadeias entrecruzadas como na figura a seguir:
b) Um copolímero apresenta no mínimo dois monômeros diferentes na cadeia
polimérica. Copolímeros em bloco são formados por vários monômeros de
um único tipo, seguidos por vários monômeros de outro tipo. Na figura a
seguir, pode-se ver um modelo de copolímero em blocos, considerando que
as bolinhas pretas e vermelhas são monômeros diferentes:

Copolímeros grafitizados ou exertados são um tipo de copolímero


ramificado. Eles são formados quando é feito um enxerto de uma cadeia
polimérica sobre uma outra cadeia de homopolímero. Na figura a seguir
pode-se observar um exemplo de copolímero em bloco, considerando que as
bolinhas amarelas e os quadradinhos roxos são monômeros diferentes.

Um tipo de copolímero de enxerto é o poliestireno de alto impacto


(HIPS). Ele é formado por uma espinha dorsal de poliestireno com cadeias de
polibutadieno enxertadas na cadeia principal.

Questão 4
a) Na polimerização por policondensação, os monômeros reativos reagem
liberando ou não uma pequena molécula; o crescimento em cadeia acontece
por etapas; o monômero desaparece no início da reação; a massa molar
cresce gradualmente ao longo da polimerização; os monômeros, por terem
grupo funcional reativo, não precisam de iniciador; os polímeros obtidos por
polimerização por esse método raramente possuem massa molar elevada.
Já na polimerização por poliadição, os monômeros geralmente
possuem ligações duplas; a cadeia polimérica é formada pela instabilidade da
dupla ligação com outras moléculas de monômero; os monômeros são
adicionados um de cada vez a cadeia que cresce; polímeros com altas
massas molares são obtidos desde o início da reação; se a dupla envolve
outro átomo além do carbono, forma cadeia heterogênea (C=O, C=N).

b) Para que o monômero seja adequado para o processo de policondensação,


ele precisa ter dois grupos funcionais diferentes nos monômeros (um em
cada), os quais reagirão para formar uma molécula, a qual não fará parte do
polímero. Já para o monômero ser adequado para o processo de poliadição,
é obrigatório que o monômero apresente em sua estrutura pelo menos uma
ligação dupla entre carbonos, para que durante a polimerização, ocorra a
ruptura da ligação π e se formem duas novas ligações simples

c) Monômero de condensação:

Na imagem está ilustrado a formação do poliéster por meio da reação


entre uma hidroxila e uma carboxila.

Monômero de adição:
Questão 5

a) Neste caso, o monômero a partir do qual o polímero é feito é o metanal


(H2C=O) e a polimerização se dá pelo mecanismo de adição (crescimento em
cadeia). A polimerização depende de um iniciador para acontecer, como
radicais livres. Estes (altamente reativos), quando se aproximam do
monômero, quebram sua ligação dupla e transferem o elétron não pareado
do radical livre para o oxigênio, que dá sequência à reação.

b) O monômero base neste caso é o cloroeteno (ou cloreto de vinila):

O mecanismo de polimerização aqui é o de adição (crescimento em


cadeia). Isto porque a molécula cloreto de vinila é apenas uma cadeia
carbônica, sem centros reativos. De maneira análoga ao item a), a
polimerização depende de um iniciador para acontecer, como radicais livres.
Estes (altamente reativos), quando se aproximam do monômero, quebram
sua ligação dupla e transferem o elétron não pareado do radical livre para o
outro carbono da dupla, que dá sequência à reação.

c) O monômero base neste caso é o ácido 4-amino-butanoico


(NH2​−CH2​−CH2−CH2−COOH). A polimerização aqui se dá pelo mecanismo
de condensação (crescimento em etapas), visto que a molécula em questão
possui 2 centros reativos (f=2, um grupo ácido carboxílico e um grupo amina).
Conforme as moléculas vão reagindo entre si, vão-se formando oligômeros
(polímeros de baixa massa molecular) em diferentes pontos da mistura
reacional, que, posteriormente, irão se encontrar e se juntar para formar o
polímero (no caso, uma poliamida) de grande massa molecular. Além disso,
esse mecanismo é uma condensação típica pois há a liberação de várias
moléculas de baixa massa molecular conforme os compostos vão reagindo e,
no caso, se trata da água, que vai sendo liberada como subproduto.

d) A unidade monomérica neste caso é o ácido 4-hidroxibenzoico:

O mecanismo envolvido aqui também é uma condensação


(crescimento em etapas), já que o composto em questão também possui 2
centros reativos (um grupo álcool e um grupo ácido carboxílico). De forma
análoga ao item c), existe a liberação de várias moléculas de água conforme
o processo vai acontecendo, e, ao fim, teremos um poliéster.

e) As unidades monoméricas neste caso são o ácido carbônico e o


1,4-ciclohexanodiol, mostrados, respectivamente, nas figuras a seguir:

Trata-se de um mecanismo de condensação também (crescimento em


etapas), com a liberação de moléculas de água. Também se trata de um
poliéster ao fim da reação.
Questão 6

a)

O isopreno é um alcadieno. A polimerização se dará em cadeia, pois


não haverá eliminação de nenhuma molécula de baixo peso molecular.

b)

O ácido adípico é um ácido dicarboxílico e o 1,10-decametileno glicol é


um diol. A polimerização entre esses monômeros será feita em etapas, onde
há liberação de moléculas de água durante o processo.

c)
O pentaeritritol é um poliol e o anidrido ftálico é um composto oriundo
da desidratação do ácido ftálico. A polimerização dessas estruturas é feita
por etapas, onde existe liberação de moléculas de água.

d)

A pentametilenediamina é uma diamina e o cloreto de heptanoíla é um


aldeído. A polimerização ocorre em etapas, sendo que esse tipo de reação
libera HCl no meio.

e)

O acrilato de etila é um éster, sua reação de polimerização se dá


através da polimerização por cadeias.

f)
O isoftalato de alila é um ftalato e a reação de polimerização se dá por
cadeia.

Questão 7

a) A cristalinidade dos materiais poliméricos é resultado de forças


intermoleculares entre os átomos dos segmentos de suas cadeias.
Considerando isso, quanto mais partes polares, e mais próximas as partes
polares uma das outras, mais cristalizado será o polímero. No modelo micela
franjada a molécula é composta por duas partes principais, regiões cristalinas
com alto grau de interações intermoleculares e regiões não cristalinas, ou
amorfas, com baixo grau de interação intermolecular. Nesse caso, o grau de
cristalinidade seria a porcentagem de partes cristalizadas.

b) Linearidade: Aqueles polímeros denominados lineares possuem maior


liberdade de movimento o que facilita seu empacotamento, portanto isso o
torna mais fácil de ser cristalizado.

Taticidade: moléculas isotáticos e sindiotáticos por serem mais


organizados em um nível molecular tridimensional conseguem criar mais
ligações intermoleculares do que os táticos, portanto esses dois têm maior
grau de cristalização.

Grupos laterais: como os grupos laterais resultam no aumento da


distância entre as cadeias isso atrapalha a formação das ligações
secundárias que são responsáveis pela cristalização dos polímeros, portanto
isso também afeta negativamente a cristalização.
c) Quando uma cadeia polimérica está muito abaixo da sua Tg o seu volume
específico também está muito baixo visto que o empacotamento de suas
moléculas está muito elevado e ele está em um estado com um grande fator
de cristalinidade, logo ele está no estado vítreo. Já de acordo com o aumento
da temperatura o volume específico do polímero também aumentará, até
chegar na Tg que as interações intermoleculares começam a ser rompidas e
o volume começa a aumentar mais rapidamente, até chegar na Tm que é
quando todas as interações intermoleculares são quebradas e o polímero vira
um fluido viscoso.

Questão 8

A necessidade de se validar e normalizar os métodos mecânicos de


ensaios está embasada na uniformização e comparação dos resultados
obtidos por estes. Tais ensaios são realizados para verificar o comportamento
dos materiais, em relação às suas propriedades mecânicas, quando estes
são submetidos a solicitações mecânicas. Assim, os ensaios conseguem
determinar certas características mecânicas dos materiais, as quais auxiliam
na seleção do processo de aplicação dos mesmos, de acordo com os dados
obtidos. No caso dos polímeros, estes podem ser divididos em
termoplásticos, termofixos e elastômeros, de acordo com as propriedades
mecânicas apresentadas. Desta forma, as normas técnicas como ABNT e
ASTM são imprescindíveis na obtenção e comparação dos resultados nos
ensaios realizados, uma vez que qualquer alteração na composição ou no
processamento dos materiais pode alterar as características mecânicas
destes.

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