A gestão financeira da escola favoreceu à escola a resolução de muitos
de seus próprios problemas de consumo, manutenção e reparos, pelo repasse de recursos a ela feito; A partir desse enfoque, os sistemas de ensino têm destinado recursos para as escolas, em proporção ao número de alunos nela matriculados, a fim de que possam realizar despesas diversas; Pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) que é do governo federal, pelo qual a escola pública com mais de 50 alunos e com uma unidade executora (UEX), como por exemplo, Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestre, pode registrar-se para o repasse anual de recursos, cuja utilização deve ser feita de acordo com as decisões dos órgãos colegiados da escola. Esses recursos podem ser utilizados para as seguintes finalidades: o aquisição de material permanente; o manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; o aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola; o capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação; o avaliação de aprendizagem; o implementação de projeto pedagógico e desenvolvimento de atividades educacionais. O valor transferido a cada escola é determinado com base no número de alunos matriculados no ensino fundamental ou na educação especial estabelecido no Censo Escolar do ano anterior ao do atendimento. Além dos valores recebidos do governo federal, as escolas públicas podem receber recursos advindos do sistema de ensino ou rede à qual pertencem e que por ventura mantenham programa com tal objetivo. Esses recursos variam de acordo com os programas. Além dos recursos recebidos de fontes públicas, a unidade executora da escola pode receber recursos oriundos de várias fontes, como por exemplo, de doações, de resultado de campanhas diversas. Portanto, todo diretor de escola assume responsabilidade pela gestão de recursos financeiros de montante variável, de acordo com o número de seus alunos e as fontes de recursos disponíveis. Essa gestão é exercida com o apoio de uma estrutura colegiada (Caixa Escolar, Conselho Escolar, Associação de Pais e Professores ou semelhante), que se constitua em uma personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos, formada por pais, professores, alunos e funcionários da escola uma das estratégias A gestão financeira da escola pública, mesmo que descentralizada, deve receber todos os cuidados estabelecidos pela legislação do serviço público, tal como estabelecido na legislação. Em vista disso, compete ao diretor escolar conhecer a legislação nacional, a estadual e as normatizações do sistema ou rede de ensino a que pertença. Cabe aqui destacar a determinação da Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Segundo essa Lei, as compras efetuadas por instituições públicas devem respeitar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade e probidade. Isto é, devem ser feitas segundo as normas legais, ser destinadas a finalidade de interesse público que se contraponha a qualquer interesse particular, obedecer a critérios éticos, ser divulgadas e zelar pelo bom uso dos recursos públicos
A dimensão administrativa é condição para a qualidade da gestão
pedagógica da educação Muito embora a gestão administrativa seja uma dimensão meio, por ser mais próxima da promoção da finalidade da educação, a relevância das suas competências para a efetividade do apoio logístico e administrativo não diminui. O que se destaca é que sem a execução desse apoio de forma zelosa e no tempo certo, perde qualidade a dimensão fim, mais diretamente voltada para a promoção da aprendizagem e formação dos alunos. Sabe-se que muitos diretores escolares dedicam a maior parte do seu tempo às questões administrativas da escola e que deixam de dedicar atenção às pedagógicas, delegando-as a coordenadores ou supervisores educacionais. No entanto, ao assumirem as ações de gestão administrativa, muitas vezes o fazem desconsiderando os princípios da administração, perdendo efetividade. Ao diretor escolar compete atender as necessidades administrativas da escola segundo os princípios da administração racional, com a perspectiva e a visão de apoio à promoção de ensino de qualidade facilitador e estimulador da aprendizagem dos alunos.