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06/07/2021
Tempo de leitura: 3 minutos
Com os efeitos sociais da pandemia no trabalho e renda, surge a pergunta: quais são as
causas da desigualdade social de fato?
Neste artigo, você terá uma compreensão melhor a respeito do assunto, dentro da visão
brasileira, e como isso afeta nossa população. Acompanhe a leitura e confira!
Esse coeficiente mede o nível de desigualdade dos países conforme a renda, a distribuição de
riqueza e os níveis de educação de uma sociedade. Quanto mais próximo de zero estiver esse
valor, melhor para aquele país, o que nos mostra que ainda há um longo caminho para o Brasil
nessa questão.
A desigualdade social por aqui é um legado do período colonial, que se deve à influência
ibérica, à escravidão e aos padrões de posses latifundiárias. Aspectos como racismo estrutural,
discriminação de gênero, alta tributação de impostos e o desequilíbrio da estrutura social só
agravam a desigualdade brasileira.
Na visão do filósofo político John Rawls, por exemplo, as desigualdades econômicas podem
levar a injustiças que favorecem pessoas ou empresas que detém privilégios. Com isso, o
desequilíbrio da renda gera a distinção de classes, que pode ser observada com clareza na
distribuição de riqueza entre os diversos municípios da federação.
Dentro dessas disparidades, o tema racial é muito relevante, uma vez que as oportunidades
não são igualitárias ou equitativas para brancos, negros e pardos. Além disso, o tratamento
desnivelado entre homens, mulheres, pessoas trans e demais identidades de gênero também
ocasiona a desigualdade social.
Má distribuição de renda
Levando em consideração que 10% dos brasileiros mais ricos abrangem 43% da renda no
país, claramente há uma concentração de poder que agrava a desigualdade social.
Esse desnível faz com que a população mais pobre tenha condições precárias, sendo o
dinheiro apenas fonte de sobrevivência.
Além disso, as diferenças salariais de acordo com determinadas profissões exercidas também
impactam nesse processo, tendo em vista a percepção de valor por poder.
Com vagas que exigem competências cada vez mais específicas, fica difícil concorrer de forma
justa tendo um histórico curricular deficitário e inferior ao dos concorrentes. A baixa qualidade
do ensino, insuficiência de vagas nas escolas, má conservação do ambiente estudantil, pouco
investimento, entre outros pontos são razões relevantes.
A falta de recursos para a educação, saúde, áreas sociais, cultura e demais vertentes faz com
que o problema da desigualdade aumente, prejudicando a massa trabalhadora.
Independentemente de ideologias ou modelos econômicos, os governos devem ter um
planejamento para garantir o que é direito da população pela lei.
Nem todos têm condições ou privilégios para usufruir de serviços privados, portanto, uma
sociedade justa deve priorizar o equilíbrio e estruturar os recursos públicos.
Contudo, a redução das desigualdades contribui para a democracia brasileira, de modo que os
recursos sejam mais bem alocados e a população tenha o respeito que merece.
Para concluirmos, vale enfatizar que o controle das causas da desigualdade social permite que
haja gastos sociais transparentes, educação de qualidade, salários justos e combate à
discriminação, seja racial ou de gênero.