Você está na página 1de 1

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE MÚSICA

Tópicos em História da Música I

Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro

Discente: Carmem Ribeiro Costa (6438124)

Fichamento do capítulo 4 - Raynor

Não é possível especificar a forma como a música secular influenciava a música religiosa,
devido à falta de registros sobre o fazer musical secular. No entanto, é "razoável supor que
muito do que hoje podemos relacionar apenas ao seu emprego na Igreja fosse adotado da
prática secular" (p. 56)

Os músicos seculares eram, no início do Renascimento, extremamente versáteis, tendo que


dominar artes variadas, desde a música, até saltar por argolas, truques de baralho, entre
outras pois, "um jogral a serviço da aristocracia devia entreter o seu patrão e os hóspedes
dele em tudo o que desejassem" (p.57)

O que favoreceu o desenvolvimento da música aristocrática pode ter sido o surgimento dos
trovadores (França), trovistas (Norte) - ambos nos séculos XI e XII, e os Minnesänger, no
século XIII na Alemanha. Ainda que eles fossem em geral aristocratas, "havia sempre
plebeus entre os trovadores e seus equivalentes, de modo que a origem aristocrática,
conquanto fosse o comum entre os trovadores, jamais foi condição para alinhar-se a eles"
(p.58)

Os frades franscicanos inventaram um estilo de "canto religioso popular" (p.59), utilizando-


se dos padrões das canções dos menestréis, apesar de a igreja não os considerar dignos ou
socialmente aceitos.

O surgimento das "capelas" aconteceu por volta do século XV. Elas eram grupos "mais ou
menos coerente de cantores e musicistas" (p.61) mantidos pelos nobres, mas que foram
evoluindo musicalmente através do tempo.

Para manutenção desses grupos musicais, crianças de boa voz eram sequestradas e
negociadas entre diferentes grupos, processo esse totalmente legalizado na época.

Você também pode gostar