Você está na página 1de 34

lOMoARcPSD|8147947

Memorial do Convento- Capítulo I (Recuperado


Automaticamente)
Português (Ensino Secundário (Portugal))

A StuDocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade


Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)
lOMoARcPSD|8147947

Guiões das apresentações orais sobre

MEMORIA
L DO
CONVENT
O
de José Saramago

12.ºA

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

2020/2021

I
Bom dia a todos, hoje irei apresentar-vos o primeiro capítulo da obra Memorial
do Convento de José Saramago. Antes de mais, digo-vos que o enredo deste romance
tem princípio num tempo histórico correspondente ao ano de 1711 no século XVIII,
sendo D. João V, com 21 anos, o rei de Portugal.
Dito isto, este capítulo começa por informar que D. João V iria à noite ao quarto
da sua rainha, a austríaca D. Maria Ana Josefa, a fim de voltar a cumprir o seu real
dever na tentativa de fornecer herdeiros à coroa portuguesa, lembrando que estavam
casados há dois anos, e já circulavam rumores na corte de que a culpa dessa
“infertilidade” seria da rainha, encontrando-se uma das provas no facto de abundarem
bastardos no reino.
Então, após terminar a montagem da basílica de S. Pedro de Roma em puzzle, o
rei prepara-se para a noite com a ajuda dos seus inúmeros servos, e quando estavam a
ser feitos os últimos ajustes, chegam apressadamente o bispo inquisidor D. Nuno da
Cunha e o frei franciscano António de S. José, que traziam consigo uma mensagem. Já
numa conversa anterior com o bispo, relativa à crise conjugal de sua majestade, frei
António afirmara que era em Deus que cabia a decisão de D. João ter sucessão, e caso
este prometesse erguer um convento de franciscanos na vila de Mafra a rainha
conceberia um herdeiro. E foi esta informação que, a seguir a muitas vénias
complicadas e outros floreados, foi comunicada ao rei. Este, sabendo da divina
possibilidade de concretização do seu desejo, anuncia de imediato e de forma
seguríssima perante os presentes e para o reino a promessa que levaria à construção
do monumento se a sua esposa D. Maria Ana desse um filho no prazo de um ano.
Sem mais interrupções, D. João V dirige-se aos aposentos da rainha, que
também se havia preparado auxiliada pelas suas damas de companhia, e inicia-se a
cerimónia. Depois de se retirarem os camaristas e as damas e de trocarem de vestes,
os monarcas oram ajoelhados para que por um lado não morram durante o ato carnal
e por outro para que deste momento resultem frutos. Feito isto, deitam-se na
magnífica cama coberta por elaboradas armações e envolta em luxuosos tecidos,
encomendada da Holanda de propósito pelo rei para a sua esposa, e finalmente
consuma-se o ato.
Concluído o real dever, El-rei regressa com os seus camaristas aos seus
aposentos e D. Maria Ana é deixada, sendo não só confortada como adormecida no
seu sufocante cobertor de penas pelas damas que a servem, sonhando nessa noite
com o seu cunhado D. Francisco. Do mesmo modo, D. João imagina o filho que poderá

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

advir da promessa da construção do convento de Mafra ao mesmo tempo que no


sossego noturno acordam os percevejos e começam a agitar-se nos colchões. E assim
termina o capítulo.
Em suma, neste capítulo do Memorial do Convento são abordados sobretudo
dois assuntos, um deles é o relacionamento do rei D. João V com a rainha D. Maria
Josefa, e o outro a promessa do monarca de edificar o Convento de Mafra.

II
Bom dia, hoje vou vos falar sobre o capítulo 2 da obra Memorial do Convento de
José Saramago.
Começo por vos dizer que este capítulo se inicia com a anunciação da gravidez da
rainha, sendo este milagre comparado com outros que ocorreram na ordem
franciscana.
Desta forma são dados alguns exemplos desses milagres como é o caso da morte de
frei Miguel da Anunciação, em que o seu corpo depois de morto se conservou de tal
forma que fez aderir uma grande quantidade de devotos à igreja de Nossa Senhora de
Jesus, onde este se encontrava.
Outro exemplo foi uma tentativa de assalto a uma igreja franciscana em Guimarães,
em que os ladrões, quando tentavam subir por uma das suas janelas, são
surpreendidos pela figura de Santo António, e com o susto, um dos ladrões cai no chão
assustado. Este é socorrido pelo seu companheiro, e fica arrependido por ter tentando
assaltar a igreja.
Finalmente, o último milagre referido é o do desaparecimento de três lâmpadas de
prata no convento de S. Francisco das Xabregas, em Lisboa. Em que durante a noite,
assaltantes entraram pela claraboia de uma capela, próxima da de Santo António, e
foram ao altar-mor, levando as lâmpadas consigo sem que ninguém desse por isso.
Entretanto os frades chegaram à capela e, depararam-se com a falta das lâmpadas.
Saíram em patrulha atrás dos ladrões, e procuram nas ruas em volta e dentro da igreja.
Contudo não os conseguiram encontrar, mas aperceberam-se de que o altar de Santo
António, rico em pranta, estava intacto. Com isto um frade culpou Santo António pelo
furto ocorrido, e como castigo, removeu da sua estátua, a cruz e a auréola, e da sua
capela toalhas e adornos, até que este devolvesse as lâmpadas. No dia seguinte um
estudante, que pretendia tomar o hábito, bateu à porta do convento, querendo falar
ao prelado, na conversa, revelou que as lâmpadas se encontravam no mosteiro da
Cotovia, dos padres da Companhia de Jesus. Os religiosos duvidosos, levam-no até a
esse convento e quando chegaram, encontraram as lâmpadas desaparecidas,
regressando de seguida a Xabregas. Posteriormente, o estudante tomou o hábito
franciscano, e não foi encontrado o culpado do assalto.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

No final do capítulo, é confirmada a gravidez da rainha e é iniciada a construção do


convento de Mafra, há muito desejado pela ordem de S. Francisco, tal como fora
prometido pelo rei no capítulo 1.
Em suma, no 2º capítulo de Memorial do Convento de José Saramago são referidos
os milagres atribuídos à ordem franciscana, a gravidez da rainha e a promessa da
construção de um convento em Mafra.

III
. Este capítulo passa-se nas épocas do Entrudo e da Quaresma

. Entrudo mostra-nos:
- contraste entre o excesso de riqueza (gula) e a extrema pobreza do povo
(dificuldades alimentares que podiam levar à morte)

. com o fim do Entrudo, inicia-se a Quaresma


- descrição da Procissão da Penitência onde o autor critica os rituais e costumes
da época

- única altura do ano em que as mulheres tinham uma “liberdade provisória”


para percorrer as igrejas
sozinhas, conseguindo assim, encontrarem-se com os seus amantes secretos
. representando a infidelidade das mulheres
. o desinteresse por parte dos homens
. era uma devoção de mulheres impostoras

. Já a rainha D. Maria Ana não podia usufruir desta liberdade


- por ser rainha
- por estar grávida

. Após rezar na companhia das suas damas, adormece e sonha com o seu cunhado D.
Francisco

. Este capítulo faz também referencia ao estado de imundice em que se encontrava


Lisboa, refletindo as condições de vida existentes, uma vez que o rei não se interessava
pelo povo, mas só pelo seu próprio poder

. O capítulo termina assim, com o regresso à normalidade, pois passada a Quaresma as


mulheres voltavam a ficar reclusas em suas casas, como era habitual

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

CONCLUSÃO
. Em suma, este capítulo aborda:
- critica aos hábitos religiosos com
. excessos do Entrudo
. penitência da Quaresma

. o tópico da traição das mulheres


. condições de vida do povo dado o desinteresse do rei por ele

IV
Neste capítulo vamos conhecer uma nova personagem, chamada Baltasar
Mateus ou mais conhecido como o “Sete Sóis”
É um soldado de 26 anos, nascido em Mafra, que foi excluído da guerra, por
perder a sua mão esquerda na batalha de Jerez de los Caballeros onde se
haveria de decidir quem iria governar Espanha, se um austríaco chamado
Carlos ou um Filipe que era francês.
Logo de sair do exército, Sete-Sóis pedia esmola em Évora para poder pagar
ao seleiro e ao ferreiro um gancho de ferro e um espigão.
Apos isto, Baltasar saiu de Évora com destino a Lisboa, passou Montemor
onde se lembra que os pais não sabem se esta vivo ou morto. Continua a sua
viagem passando Pegões no local onde mata um de dois homens que o
quiseram roubar, posteriormente mata ao homem e utiliza o seu gancho para
arrastrar o corpo.
Depois de passar a noite em Aldegalega, apanhou um barco para Lisboa onde
umas mulheres com o marido sentam-se ao lado de Sete-Sóis e o casal lhe
oferece comida. Quando desembarca em Lisboa com pouco dinheiro no bolso,
numa cidade que não conhecia bem, Baltasar tinha de decidir se ficava em
Lisboa ou ia para Mafra.
Baltasar caminha durante toda a tarde pelas ruas de Lisboa ate a noite, quando
procura onde dormir conhece e cria laços de amizade com outro antigo soldado
chamado João Elvas, Baltasar passa a noite num telheiro abandonado com 6
mendigos.
Em suma, o capítulo acaba com o final dessa noite onde partilham histórias de
crimes acontecidos em Lisboa.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

V
Bom dia a todos, hoje vou fazer-vos um resumo do 5º capítulo da obra memorial do
convento de José Saramago.
Começo por dizer que, o capítulo se inicia com o auto de fé, mais precisamente com as
razões que impedem a rainha D. Maria Ana de estar presente, sendo estas o facto de
estar de luto pela morte do seu irmão José, o imperador da Áustria, que falecera com
bexigas, com 33 anos, e a mais importante o facto de se encontrar fragilizada por estar
no quinto mês de gravidez e já ter sido sangrada 3 vezes.
Posteriormente é descrito o auto de fé, relatando-se um sentimento de alegria em
grande parte das pessoas quer por ser domingo, quer por ser dia de auto de fé. Com
efeito, viam-se mulheres à janela viradas para a praça, preocupadas com a sua
aparência física e tentando vislumbrar os seus pretendentes, e o povo eufórico, todos
assistindo ao espetáculo. Entretanto inicia-se a procissão e são descritos alguns dos
condenados, serão 104 ao todo, dos quais 51 homens e 53 mulheres, sendo que 2
delas serão executadas por serem reincidentes na heresia. No que diz respeito aos
condenados descritos, entre estes encontra-se Sebastiana Maria de Jesus, cujo nome
não a salvou das acusações de heresia e bruxaria, desta forma, será condenada a 10
anos de degredo no reino de angola por ter dito que tinha visões e revelações. Não
muito longe dali encontra-se Blimunda, filha de Sebastiana. Blimunda procurava a mãe,
encontrando-se acompanhada do padre Bartolomeu Lourenço e próxima de um sujeito
alto, a quem perguntou o nome depois de travar contacto visual com a sua mãe. Foi
Baltazar Mateus quem lhe respondeu.
Quando o auto de Fé terminou, Blimunda dirigiu-se a casa juntamente com o padre e
Baltazar que considerou as breves palavras trocadas razão suficiente para a
acompanhar, depois Blimunda preparou o jantar, servindo primeiro os homens e
esperou que Baltazar terminasse a sua refeição para usar a sua colher, tornando o que
fora dele seu. E assim dá-se o casamento simbólico entre Baltazar e Blimunda.
Mais tarde, o casal fica a sós, e Baltazar, encantando com os olhos de Blimunda afirma
que ela o olhou por dentro, afirmação esta que Blimunda desmente imediatamente.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Nessa noite, Blimunda com 19 anos perdeu a virgindade e com o sangue que correu
sobre a esteira desenhou uma cruz no peito de Baltazar.
Por fim o capítulo termina no momento em que Baltazar acorda e vê Blimunda a comer
pão de olhos fechados, e quando esta acaba de comer e os abre e promete a Baltazar,
“nunca te olharei por dentro”.
Em suma, neste capítulo é descrita a procissão do auto de fé onde Baltazar trava
conhecimento com Blimunda e o padre Bartolomeu e é referido o ritual do casamento
e a consumação do amor entre Baltazar e Blimunda.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

VI

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

VII
No início deste sétimo capítulo, a falta de dinheiro impede a construção da passarola
pois, segundo padre Bartolomeu, para a fazer voar seria necessário comprar ímanes
que, ainda por cima, terão de vir do estrangeiro. Enquanto não pode continuar a
construção da passarola, padre Bartolomeu ajuda Baltasar a arranjar trabalho no
açougue do Terreiro do Paço. No açougue, Baltasar transportava enormes quantidades
de carne, e este era um trabalho um pouco sujo. • No segundo parágrafo é descrito o
aumento da barriga de D. Maria Ana devido à sua gravidez. Também são referidos os
assaltos que os portugueses sofreram durante as viagem à Índia e as guerras que se
travaram em Pernambuco e na Baia.
No terceiro parágrafo, surgem boas notícias, chega uma nau vinda de Macau, cheia de
riquezas. Esta nau passou pelo Brasil, de onde trouxe tabaco e açúcar. Para além disto,
nenhum tripulante morreu ou adoeceu, o que foi considerado um milagre. • No quarto
parágrafo, as notícias chegavam a D. Maria Ana, mas esta estava mais interessada na
sua gravidez. Todas as congregações da província da Arrábida vão rezando para que o
infante nasça bem e numa boa hora, sem defeitos, e que nasça varão, para maior
contentamento do rei.
No quinto parágrafo, D. Maria Ana teve uma menina. No entanto, o nascimento da
infanta traz auspícios de felicidade. Após o seu nascimento e um longo período de
seca, seguem-se dias de chuva abundante. • No sexto parágrafo, a princesa é batizada
no dia de Nossa Senhora do Ó. • O sétimo parágrafo refere os sete bispos que
batizaram a princesa, cujo nome escolhido foi Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara. A
princesa recebe do seu padrinho e tio uma cruz de brilhantes de cinco mil cruzados. D.
Francisco cunhado de D. Maria Ana ofereceu-lhe uns brincos no valor de vinte e cinco
mil cruzados.
No oitavo parágrafo, Baltasar e Blimunda assistem à festa, mas Baltasar encontra-se
bastante cansado, por carregar tanta carne para o evento. • No final do capítulo é
anunciada a morte de Frei António. Apesar disso, D. João V pretende cumprir com a
sua promessa e o convento há de ser construído.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

VIII
O oitavo capítulo do livro Memorial do convento, escrito por José Saramago.
Este capítulo caracteriza-se por três planos principais.
O 1 é a curiosidade e descoberta de Baltasar, relativamente ao motivo pelo
qual Blimunda comia todos os dias de manhã um pedaço de pão, ainda antes
de abrir os olhos.
Blimunda conta que tem o poder de ver as pessoas por dentro, enquanto
estiver em jejum. Baltasar não acredita e, no entanto, combinam sair na manhã
do dia seguinte só com a condição de Baltasar permanecer atras dela para que
não pudesse velo; Nessa altura Blimunda da lhe provas do seu dom.
O 2 plano principal, fala sobre o Infante D Francisco, o irmão do Rei, e o seu
passatempo favorito era atirar com a pistola aos marinheiros a partir da janela
do seu palácio.
Por último este capítulo fala da chegada do cardinal D. Nuno que recebe “o
chapéu” pelas mãos do principal Rei e do enviado papal, o que quer dizer que
vai ser nomeado cardinal.
Logo, há ainda o anúncio do nascimento do 2do filho do Rei, chamado Infante
D Pedro, também ocorre a deslocação do Rei a Mafra para escolher o local
onde será construído o convento, este ficara instalado num local chamado Alto
da Vela.
Em suma neste capítulo novas descobertas foram feitas e novos eventos
ocorreram que darão direção a esta história.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

IX
Bom dia, hoje vou apresentar o capítulo lX do memorial do convento de
José Saramago.
O capitulo inicia-se com com a mudança do casal constituído por Baltasar
Mateus, de alcunha Sete-Sóis e Blimunda de Jesus para a quinta do duque
de Aveiro em S. Sebastião da pedreira, para auxiliarem o padre Bartolomeu
Lourenço na construção da sua máquina voadora, a passarola.
No entanto Baltazar tem dificuldades em realizar este trabalho devido ao
facto de ter perdido a mão esquerda nas lutas de Olivença. Desta forma,
Blimunda que possui o dom de, em jejum, ver o interior das pessoas e das
coisas torna-se uma preciosa ajuda. Do mesmo modo ela tem a capacidade
de recolher as duas mil “vontades” indispensável para o funcionamento da
passarola.
Esta mulher representa assim a força que permite ao povo a sua
sobrevivência, assim como a contestação do poder e resistência. Sendo
detentora de grande densidade psicológica e de uma perseverança sem
limites.
Quando o padre descobre o seu dom atribui-lhe a alcunha de Sete Luas,
que contrasta com a de Baltazar Sete Sóis pois, assim como o Sol e Lua
completam-se: são a luz e a sombra que compõem o dia – Baltasar e
Blimunda são, pelo amor que os une, um só.
Por outro lado Bartolomeu é funcionário da corte, tem a amizade do rei que
o apoia no seu projecto, tendo este cedido-lhe a quinta de S. Sebastião da
Pedreira, e ainda protegeu-o da Inquisição pelas suas peculiares invenções.
Além disso, outro acontecimento que decorre nesta mesma altura são as
manifestações das freiras do convento de S. Mónica contra a lei imposta
pelo rei D. João V que consistia na proibição de visitas ao convento, sem ser
de familiares, devido ao facto destas engravidarem de nobres, inclusive do
próprio rei, de forma a evitarem-se escândalos. Como tentativa de acabar
com as manifestações as freiras foram ameaçadas de excomunhão o que
causou uma revolta ainda maior, acabando a lei por ser abolida.
Após vários dias de trabalho, surge um problema na construção da
passarola, a falta de étar, um material considerado sagrado capaz de fazer
com que os corpos se libertem do peso da terra sendo apenas aprendido de
sábios e alquimistas.
Assim, Bartolomeu vai partir para a Holanda na esperança de aprender e
recolher este material deixando a quinta e a máquina de voar ao cuidado
deles.
Baltazar e Blimunda após a triste despedida, decidem regressar a Lisboa
para dai viajarem para Mafra de forma a visitarem os pais de Baltazar
durante um curto período de tempo. Antes de partirem optam por assistir
às touradas do terreiro do paço em vez de assistir ao auto de fé decorrente.
Em suma, gostei bastante deste capítulo e achei interessante o facto das
touradas serem comparadas aos autos de fé pois ambas remetem para a
alegria e euforia experimentadas pelo rei e o povo.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

X
Bom dia. Hoje vou fazer um resumo do décimo capítulo do livro Memorial do
Convento escrito por José Saramago.
Este capítulo inicia-se com a chegada de Baltazar e Blimunda à casa dos pais de
Baltazar, Marta Maria e João Francisco, em Mafra. Ao chegar a casa, Baltazar é recebido
apenas pela sua mãe, porque o pai estava a trabalhar no campo e esta fica chocada
quando se apercebe que o filho perdeu a mão esquerda na guerra. Pouco depois, Baltazar
apresenta a sua mulher, Blimunda, que tinha ficado à espera junto à porta e a mãe de
Baltazar faz-lhe logo imensas perguntas a fim de a conhecer melhor.
Ao fim do dia, o pai de Baltazar chega a casa e pai e filho ficam a falar sobre a
guerra. Durante a ceia, Blimunda fala sobre a sua mãe que foi degredada por a terem
denunciado ao Santo Ofício e antes de João Francisco suspeitar de algo, Baltazar diz-lhe
logo que Blimunda não é judia nem cristã-nova e que a mãe de Blimunda foi degredada
por ter visões e ouvir vozes. Além disto, Baltazar também diz que planeia arranjar casa e
viver com Blimunda em Mafra.
Nessa mesma noite, o pai de Baltazar conta-lhe que vendeu as suas terras em Vela
ao rei para que este pode-se construir um convento de frades como tinha prometido.
Baltazar menciona aos pais que está à procura de trabalho. Eles concluem que apesar de
não poder cavar, ceifar ou rachar lenha, devido à condição que tem, pode sempre tratar de
animais.
No dia seguinte, a irmã de Baltazar, Inês Antónia e o seu marido Álvaro Diogo
vieram visitar a nova parenta e ficamos a saber que o seu filho mais novo iria morrer em
breve por causa de um surto de bexigas. É ainda feita uma comparação entre a morte do
filho de Inês, onde ao seu funeral iria apenas a família mais próxima, e a morte do segundo
filho da rainha, infante D. Pedro, onde ao seu funeral viriam o Rei, a Rainha, membros do
clero e da nobreza. Ficamos também a saber que a rainha está gravida do terceiro filho e
que este sim será o futuro rei de Portugal.
Após a chegada de Baltazar a Mafra, este ajuda o pai no trabalho de campo e num
desses dias vai ter com o cunhado, que está a trabalhar como pedreiro na construção do
convento, e os dois ficam a falar sobre o convento e sobre os frades que vão para lá viver.
Entretanto, Baltazar chega a casa e encontra Blimunda a falar com a sua mãe e
começa a pensar nas diferenças entre a sua relação com Blimunda e a do rei e da rainha.
Enquanto ele ama Blimunda e ambos são fiéis um com o outro, o rei e a rainha casaram
com o objetivo de obter herdeiros para a coroa portuguesa e a fidelidade não existe.
Em simultâneo, Blimunda e Marta Maria falam sobre as várias idas da rainha a
igrejas e conventos onde reza pelo seu marido, D. João V que está doente e sofre de
constantes desmaios. Enquanto D. João V está em Azeitão para se curar, D. Maria Ana fica
em Lisboa e é confrontada pelo cunhado, que vê na morte do seu irmão uma oportunidade
de chegar ao trono. D. Francisco, que sabe que a rainha sonhava com ele, pede D. Maria
Ana em casamento e esta responde que o seu marido ainda não morreu e que não planeia
casar outra vez. Entretanto o rei recupera.
Em suma, os pais de Baltazar recebem o seu filho e mulher em sua casa e Baltazar
fica a saber da venda das terras do pai para a construção do convento. O infante D. Pedro
morre e D. Maria Ana está gravida do terceiro filho que será o futuro rei de Portugal. O rei
adoece gravemente, mas consegue recuperar.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XI

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XII
Bom dia hoje vou falar sobre o 12 capitulo do memorial do convento
O 12 capitulo começa dizendo que o filho mais velho de inês antonia e alvaro diogo
morrera a 3 meses de bexigas
Alvaro faz uma promessa de conseguir emprego na construção do convento
Marta maria sofre de dores terríveis no ventre
João francisco esta infeliz pois o seu filho partirá novamente para lisboa o convento
dará trabalho a muitos homens. Blimunda foiá missa em jejum e viu dentro da hostia
também havia a tal nuvem fechada vontade de homens
O padre bartolumeu de Gusmão escreve de coimbra e diz ter chegado bem, mas agr
viera uma nova carta para que seguissem para lisboa “tão cedo pudessem”.partiriam
em dois meses porque o rei vinha a mafra inaugurar a obra do convento. Sete sois e
blismunda conseguiram lugar na igreja . no dia seguinte formou-se a percissão e o rei
apareceu. A pedra principal foi benzida . foi tanta a pompa que que gastaram-se nisso
200 mil cruzados. Partiram baltazar e blismunda para lisboa. A mãe marta maria
despede-se do filho dizendo que não o voltara a ver .
Blismunda e sete sois dormem na entrada : por fim chegaram a quinta onde
esperariam o padre voador. Mal chegaram choveu

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XIII

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XIV

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Venho apresentar-vos o capítulo XIV, da obra “Memorial do Convento”, de


José Saramago.
Este capítulo decorre em Lisboa, no reinado de D. João V, durante o século
XVIII.
A ação inicia-se com o regresso do padre Bartolomeu Lourenço, de
Coimbra, com um doutoramento, um novo estatuto, fidalgo capelão do rei
e, vive nas varandas do Terreiro do Paço, em casa de uma mulher viúva.
D. João V manda vir de Itália o maestro barroco Domenico Scarlatti, para
dar lições de música à sua filha, a infanta D. Maria Bárbara.
Bartolomeu de Gusmão é convidado a assistir à lição de música da infanta.
Quando a lição da infanta termina, o músico e o padre começam a falar
sobre o poder da música e a essência da verdade, tornando-se amigos.
Durante o diálogo, Scarlatti defende que é necessário “o ouvido ser
educado se quer estimar os sons musicais” e Bartolomeu faz uma crítica à
sinceridade e frontalidade do Homem: “é um defeito comum nos homens,
mais facilmente dizerem o que julgam querer ser ouvido por outrem do
que cingirem-se à verdade” e, Scarlatti concorda, acrescentando: “Porém,
para que os homens possam cingir-se à verdade, terão principalmente de
conhecer os erros”.
Já em casa, Domenico Scarlatti, começa a tocar música no cravo, a qual se
espalha pela noite de Lisboa, inspirando todas as pessoas, incluindo
Bartolomeu Lourenço, que aproveita para escrever o Sermão do Corpo de
Deus.
Mais tarde, Bartolomeu confiando em Scarlatti, leva-o a S. Sebastião da
Pedreira e apresenta-lhe a passarola, cujo rei ainda tinha esperança de que
o padre fizesse voar a máquina. No entanto, Scarlatti coloca-lhes
perguntas que vêm a levantar dúvidas, sobre o facto de a máquina poder
vir a funcionar.
Para além disso, o padre apresenta-lhe os seus amigos, Blimunda e
Baltasar. Scarlatti compara Blimunda e Baltasar com Vénus e Vulcano que
na mitologia grega eram casados. Scarlatti compara o trio Bartolomeu,
Baltasar e Blimunda à Santíssima Trindade celeste, sendo o padre o pai,
pela sua capacidade criadora, Baltasar o filho, aquele que continua as

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

obras paternas, e Blimunda o espírito santo, intervindo na obra com


matéria “não terrenal” .
Depois do padre mostrar a passarola por dentro, Scarlatti retira-se, mas
promete voltar e trazer o cravo, que tocará enquanto Blimunda e Baltasar
trabalham.
O padre permanece e treina o seu sermão para a festa do Corpo de Deus,
questionando novamente os fundamentos da trindade divina: “Se em mim
está Deus eu sou Deus, sou-o de modo não trino ou quádruplo, mas uno
com Deus, Deus nós, ele eu, eu ele”, para que os dois ouvissem.
Entretanto, Blimunda adormece com a cabeça apoiada no ombro de
Baltasar e um pouco mais tarde este leva-a para dormir.
O padre sai para o pátio, e toda a noite ali permanece.
Para concluir, acho curioso que, apesar de Bartolomeu ser padre, este põe
em causa os princípios da religião e acredita na ciência, ao querer seguir o
seu sonho de criar uma máquina capaz de voar.

XV

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Bom dia, hoje vou vos apresentar um resumo do capítulo 15 do memorial do convento

No início do capítulo começa por referir que o sermão de Bartolomeu, passado vários
meses vai ser avaliado pelo consultor do santo ofício,

Entretanto Doménico Scarlatti aparece muitas vezes na quinta com o seu cravo e em
muitas ocasiões diz para que não parem de trabalhar mesmo que ele esteja a tocar, o
mesmo exprime que o seu desejo, caso a passarola funcione, é tocar música no céu.

Em seguida Bilimunda é informada através de Bartolomeu que Lisboa é agora um


centro de um surto de uma doença, que veio numa nau originária do Brasil; esta
situação aos olhos de Bartolomeu é perfeita para a recolha das vontades.
Então Bartolomeu pede a Bilimunda que vá a Lisboa recolher as vontades dos
moribundos.
Ao final da tarefa já tinha recolhido 2000 vontades mas subitamente fica doente,
mesmo já tendo o surto acabado.
O Padre Bartolomeu sente culpa por ter dito a Bilimunda que esta tivesse ido a Lisboa e
adoecesse.
Nada parece acalmar a doença de Bilimunda, até que a mesma ouve a música que
Scarlatti toca no seu cravo, e como Scarlatti percebe que a sua música melhora a
condição de Bilimunda, ele vai tocar o cravo até que a saúde dela esteja totalmente
recuperada.

Passado uns tempos Bilimunda e Baltazar reencontram Bartolomeu,o mesmo parecia


fraco e assustado, e este diz lhes que vai avisar o rei que a passarola está pronta mas só
depois de a mesma ser testada pois não quer ser alvo de risos.

XVI

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Este capítulo inicia-se com um comentário á governação do reino e uma


critica á maneira como a justiça é feita, uma vez que esta é influenciada
pelo poder social dos indivíduos. É referido também que nem o destino é
justo porque quando D. Francisco e D. Miguel voltavam de uma caçada o
seu barco naufragou e D. Miguel acabou por morrer afogado enquanto
que D. Francisco, que desencaminhou a rainha, cobiçou o trono de el-rei e
deu tiros a marinheiros sobreviveu.
Entretanto Baltasar e Blimunda têm de deixar a quinta uma vez que o rei a
perdeu e tem agora de restituí-la ao Duque de Aveiro. O padre Bartolomeu
Lourenço aguarda assim a vinda do rei para aprovar a máquina, mas está
preocupado porque sente que o Santo Ofício se está a aproximar e teme
que o acusem de se converter ao judaísmo e de se entregar á feitiçaria,
contudo o tempo passou e el-rei não veio.
Certo dia o padre chegou á quinta pálido e assustado e diz a Blimunda e
Baltasar que têm de fugir na passarola porque o Santo Ofício irá atrás dele
e de seguida os três preparam tudo e finalmente partem e passado algum
tempo na máquina avistam Lisboa, o terreiro do paço e por esta altura as
pessoas já se tinham apercebido que o padre tinha fugido.
A viagem continua a decorrer, mas o vento começa a soprar com mais
força e a máquina acaba por cair num local onde parecia não haver sinais
de gente, mas felizmente os três saíram ilesos. Cansados e depois de
comerem algo decidem deitar-se, mas quando acordam deparam-se com o
padre a pegar fogo á máquina e quando Blimunda apaga as chamas
pergunta-lhe o porque de o ter feito ao que o mesmo responde “Se tenho
de arder numa fogueira, fosse ao menos nesta “e depois disso afasta-se e
não volta a ser visto. Baltasar e Blimunda decidem então partir e levam
dois dias a chegar a Mafra.
Em suma este é um capítulo muito importante porque retrata a viagem do
padre, de Baltasar e de Blimunda na passarola.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XVII

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XVIII
Este inicia-se com D. João V sentado numa cadeira a escrever os seus bens e riquezas
no rol, dando-se logo depois a caracterização dos trabalhadores do Convento de Mafra.
D. Henrique é então evocado de forma a poder-se estabelecer uma ligação entre ele e
D. João V no que diz respeito ao poder que ambos ambicionaram e conquistaram.
O rei refletiu bastante acerca do que iria fazer ás grandes quantidades de dinheiro que
tinha em suas mãos, chegando á conclusão que iria finalmente mandar construir o
Convento de Mafra, sendo este pago com o ouro das suas minas e fazendas que por
sinal era de grande qualidade. Mais tarde realizou-se uma missa entre a obra e a ilha
da Madeira.
Após a realização desta, foi feito um jantar com João Francisco, pai de Baltasar, que já
tinha algumas limitações no que diz respeito á sua forma física, onde Blimunda e o
resto da família esperavam Sete-Sóis para dar iniciar á refeição. Quando esta terminou
Baltasar vai beber um copo de vinho visto que se tornou hábito desde a morte de
Bartolomeu.
Logo após a anunciação dos gastos reais na construção do convento, foram retratados
alguns relatos pessoais dos que lá trabalhavam. Baltasar de 40 anos, filho de Marta
Maria conta que a sua mãe infelizmente já tinha falecido e o seu pai á beira da morte
estaria. Apresentou-se aos seus colegas de trabalho fazendo referencia ao seu passado
contando que quando era miúdo costumava trabalhar para os lavradores da sua terra,
anos depois partiu para a guerra onde perdera a sua mão esquerda, mais tarde
regressou a Mafra e atualmente tinha trabalhado no açougue do Terreiro do Paço.
Para além de Sete-Sóis é nos também referido outros trabalhadores como Francisco
Marques, Julião Mau Tempo, João Anes, Joaquim da Rocha e Manuel Milho que entre
si falavam sobre as suas histórias de vida.
Por fim este capítulo termina com mais um dia de trabalho árduo no Convento de
Mafra, com o sino da Igreja de Santo André.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XIX

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XX
Bom dia, hoje venho apresentar o vigésimo capítulo da obra Memorial do
Convento, escrito por José Saramago.
Este capítulo inicia-se com a descrição das manutenções que Baltasar Sete
Sóis faz na Passarola, pois esta está a degradar-se cada vez mais com o passar do
tempo.
Por volta da sétima vez que Baltasar ia consertar a máquina, constatamos a
insistência de Blimunda para ir com o amado, justificando-se com o facto de um
dia se precisar de ir até à Passarola sozinha necessitar de saber o caminho até à
mesma.
Contudo Baltasar não aceita que Blimunda Sete Luas caminhasse por todo
aquele percurso, por isso alugou um burro para Blimunda o poder acompanhar
nesta jornada.
Mais tarde, nas despedidas, Inês Antónia, preocupa-se e pergunta onde vão,
mas Baltasar diz que apenas conta a seu pai, o que preocupa ainda mais a sua
irmã, pois esta julga que o pai está prestes a morrer.
Neste capítulo é nos descrito o segredo partilhado por Baltasar a seu pai,
sendo este que o Espírito Santo era a Passarola do padre, e que seguiam para
Monte Junto, para cuidar da nave. Assim que João ouve tal acredita e acaba por
tranquilizar o filho quanto ao assunto.
Posto tudo isto, o casal põe-se a caminho com o burro, foram passando por
várias Vilas e Blimunda ia decorando todas, até chegarem ao seu destino.
Ao olharem para a invenção do padre constataram que o tempo colocou
tudo em decomposição.
Com a força de vontade de Baltasar começaram a trabalhar, e graças à ajuda
de Blimunda a nave ficou composta e totalmente renovada.
O conserto da máquina durou o dia todo, até ao pôr-do-sol, logo passaram a
noite na Passarola e apenas na manhã seguinte seguiram de volta para Mafra.
Este capítulo encerra-se com o casal já em Mafra com todos juntos à mesa,
na hora de jantar, hora essa que se confirma a morte do pai de Baltasar, João
Francisco.
Em suma neste capítulo do Memorial do convento encontramos a forma de
conservação da Passarola, e também se revela a confidencia entre Baltasar e seu
pai, personagem que acaba por falecer no final do capítulo.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XXI
o capítulo inicia com D. João V montando uma réplica em miniatura da
basílica de S. Pedro com seus filhos, logo após isso, desperta no rei o
desejo de que construíssem em Portugal uma basílica idêntica a do
vaticano, sendo assim o rei convocou um arquiteto de Mafra, chamado
João Frederico Ludovice. O arquiteto concordou mas achou a ideia
ignorante, já que a construção no seu exterior poderia ser idêntica, mas as
pinturas nas partes internas seriam impossíveis de se replicar, Ludovice
também ressaltou o fato do tempo e do custo que seriam gastos para a
construção e que seria prejudicial, pois o país não estava em boas
condições financeiras, ainda destacando que, provavelmente, o rei e seus
filhos não estaria mais vivo para ver a basílica pronta, o rei então decide
realizar a construção de qualquer forma, mas potencializando a
quantidade de construtores para que a obra não demorasse tanto, tendo
como primeira ideia a construção de um convento para 1000 frades,
Ludovice contra-argumentou ressaltando que para 1000 frades, o
convento seria tão grande quanto a de S. Pedro, após um tempo de
discussão, o rei e o arquiteto chegaram a conclusão de construir um
convento para 300 frades e que deveria estar pronto no domingo, que
seria o aniversário do rei, em 22 de outubro de 1830.
em seguida, depois o rei escreve a Baltasar e a João pequeno para
demonstrar que ele está ciente da construção da passarola. com receio de
morrer antes da inauguração do convento, o rei obriga que todos os
homens de Lisboa fossem trabalhar em Mafra, os homens eram
arrancados de suas casas e famílias e levados em uma carroça de madeira
para trabalharem menosprezados e tratados como homem-tijolo, os que
não podiam contribuir para a construção eram descartados sem meio de
voltar para casa.
Em suma, este capítulo mostra a atitude egoísta e ignorante do rei ao
obrigar a construção de uma basílica tão trabalhosa usando seus próprios
cidadãos como mão de obra, sem dar nada como retribuição a eles.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XXII
Os casamentos reais de Infanta Maria Bárbara e do Príncipe D. José, com Príncipe Fernando
VI de Espanha e a Infanta espanhola D. Mariana Vitória.
A “troca das princesas”, em 1729, une as famílias reais de Portugal e Espanha
Os casamentos foram tratados como um negócio:
Os noivos eram ainda crianças/adolescentes: • D. Maria Bárbara tem 17 anos, “cara de lua
cheia, bexigosa, (…) mas é uma boa rapariga, musical”; • Príncipe Fernando VI tem 15 anos
“e de rei pouco mais terá que o nome” (carácter crítico e irónico do narrador) • Mariana
Vitória de onze anos que já esteve para se casar com Luís XV de França e foi “devolvida”; •
Príncipe D. José com 15 anos.
Viagem ao rio Caia para fazer “a troca” das princesas; Nesta viagem, a enorme comitiva do
rei é acompanhada de “pedintes e outros vadiantes”, entre os quais João Elvas, o amigo de
Sete-Sóis, “na mira de sobejos e de esmolas”; A meio do caminho começa a chover
torrencialmente dificultando a viagem : Durante o caminho, D. Maria Ana vai dando os
últimos conselhos à sua filha para a sua nova vida matrimonial; • João Elvas, bem como
outros mendigos que o acompanhavam, tiveram de trabalhar no “conserto dos caminhos “
para que a comitiva real pudesse passar. João Elvas ainda pensou que fosse excluído desse
trabalho por já ser velho (60 anos), mas a idade não o perdoou
Enquanto os mendigos arranjavam as estradas à chuva e ao frio, D.Maria Ana dormia
confortavelmente debaixo do seu “alto cobertor de penas, que para todo o lado o leva “; •
A viagem continuou a ser muito conturbada. O coche da rainha ficou preso até aos cubos
das rodas, sendo necessárias “seis juntas de bois” para o tirar de lá. Um trabalhador, que
acompanhava João Elvas, chega a dizer que parece que estão a carregar a mãe da pedra; •
É dito que já passaram 4 anos desde a morte de Bartolomeu de Gusmão;
D. Maria Bárbara lembra-se que nunca foi a Mafra, nem viu o Convento que estava a ser
construído por sua causa; • É feito um género de uma enumeração das consequências do
nascimento da infanta: Construção do Convento Trabalho extremamente intenso dos
pedreiros na sua construção Mortes, cansaço e dor dos trabalhadores Sofrimento das
famílias.
A própria infanta questiona a mãe pelo facto de nunca ter visto o convento feito por sua
causa e esta diz-lhe que ela não o viu porque foi a vontade de Deus e de seu pai e pede-lhe
que não ocupe a cabeça com pensamentos vãos, pois ali “só a vontade de El-Rei prevalece,
o resto é nada” • Então a infanta, demonstrando muita sensibilidade, inicia um diálogo
com a mãe sobre o valor das pessoas:• Entretanto, o rei lança às mãos cheias moedas de
cobre ao povo que o acompanhava;
Chegada a Caia, troca das princesas peninsulares e cerimónia do casamento • Em Elvas o
ambiente é de festa, havendo até fogo de artifício e uma enorme multidão em ambas as
partes da fronteira; • Descrição do espaço onde se encontrarão os reis e príncipes como
um espaço luxuoso e requintado; • A multidão acabou por dissipar-se, tudo ficou mais
calmo e a cerimónia do casamento prosseguiu ao som da música de Domenico Scarlatti.

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XXIII

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XXIV

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

XXV
Memorial do Convento
Bom dia! Hoje venho-vos dar a conhecer o vigésimo quinto e último capítulo do
romance “Memorial do convento”, escrito por José Saramago.
Este capítulo inicia-se destacando a longa, difícil e dolorosa viajem de Blimunda
à procura de Baltasar durante 9 anos.
Por todos os locais onde passava perguntava pelo seu amado, descrevendo-o
como alto, com falta da mão esquerda, barba grisalha e um rosto inesquecível. Ao

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

mesmo tempo, fazia referência ao modo como poderia ter chegado, por exemplo pelas
estradas ou carreiras ou pelos ares num pássaro de ferro, história esta que lhe deu o
nome de «A Voadora» entre os habitantes.
Em todos os lugares, era vista como doida, mas onde permanecia passava a ser
vista como sensata, não deixando ninguém indiferente pelo seu tão verdadeiro e
profundo ato de amor, que a pouco e pouco tornava as suas palavras e ações mais
credíveis e significativas.
Durante a sua viagem chegou a ser apedrejada e maltratada, no entanto numa
dessas aldeias, foi quase considerada santa por, em jejum, ter encontrado um leito de
água que viria a acabar com a secura da localidade. Ficando lá conhecida como “Olhos-
de-Água”.
Mais tarde, ao voltar à sua vila recebe a notícia por Inês Antónia que Álvaro
Diogo, amigo de Baltasar, morreu e ela, no entanto, continua sem qualquer informação
sobre o seu amado.
Ao longo do seu percurso, Blimunda perde-se tanto no tempo como no espaço,
percorrendo Portugal e atravessando muitas vezes as fronteiras, maior parte das vezes
com fome e constantemente a imaginar o seu reencontro com Baltasar.
Consequentemente, O país parecia-lhe cada vez mais pequeno, as aldeias por
onde passava novamente eram-lhe familiares como o rosto dos habitantes que a
reconheciam e não lhe davam qualquer novidade.
Até que um dia, vinda dos lados de Pegões, Blimunda atravessa o rio ao cair da
noite e em jejum.
Ao chegar à capital, repete o mesmo caminho de há 28 anos, e ao passar pela
igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em direção ao rossio sente um cheiro a carne
queimada que se destacava dos muitos cheiros de Lisboa.
Avistou então uma multidão em S. Domingos entre fogueiras e fumo negro e
deslocou-se até à fila da frente.
Assistindo aquele cenário de terror, estava uma mulher com uma criança ao
colo a quem Blimunda perguntou quem eram as pessoas que ali estavam a ser
castigadas. A mulher só conhecia 3 dos 11 suplicados. Dois deles era pai e filha que
eram condenados por culpa do judaísmo e outro era António José da Silva, «O Judeu».
Entre eles, um no extremo, chama a atenção de Blimunda pela falta da mão
esquerda. Apesar dos rostos já irreconhecíveis, Blimunda reconhece o seu amado e
chama a nuvem negra que está no centro do seu corpo e toma a vontade de Baltasar.
Em suma, este capítulo retrata a difícil e longa procura de Blimunda durante 9
anos em busca do seu amado e o reencontro de ambos quando Baltasar está a ser
queimado numa fogueira da Inquisição. O final desiludiu-me pois pensava que ao fim

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)


lOMoARcPSD|8147947

de tanto tempo e esforço por parte de Blimunda o romance iria acabar com um género
de “ E viveram felizes para sempre…”. Obrigada!

Descarregado por Claudia Machado (claudiamachado250@gmail.com)

Você também pode gostar