PROCESSO E PROCEDIMENTO
RESUMO DA UNIDADE
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
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1
Art. 394, CPP. O procedimento será comum ou especial.
2
Avena, Norberto Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro:
Forense, São Paulo: MÉTODO, 2018.
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IMPORTANTE
Ação direta de inconstitucionalidade. Arts. 39 e 94 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do
Idoso). (...) Aplicabilidade dos procedimentos previstos na Lei 9.099/1995 aos crimes
cometidos contra idosos. (...) Art. 94 da Lei 10.741/2003: interpretação conforme à
CB, com redução de texto, para suprimir a expressão “do Código Penal e”. Aplicação
apenas do procedimento sumaríssimo previsto na Lei 9.099/1995: benefício do idoso
com a celeridade processual. Impossibilidade de aplicação de quaisquer medidas
despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor do crime. [ADI 3.096, rel. min.
Carmen Lúcia, j. 16-6-2010, P, DJE de 3-9-2010].
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IMPORTANTE
O sistema processual penal acusatório, mormente na fase pré-processual, reclama
deva ser o juiz apenas um “magistrado de garantias”, mercê da inércia que se exige
3
THEODORO JR. Pág. 36 a 38.
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do Judiciário enquanto ainda não formada a opinio delicti do Ministério Público. (...)
mesmo nos inquéritos relativos a autoridades com foro por prerrogativa de função, é
do Ministério Público o mister de conduzir o procedimento preliminar, de modo a
formar adequadamente o seu convencimento a respeito da autoria e materialidade
do delito, atuando o Judiciário apenas quando provocado e limitando-se a coibir
ilegalidades manifestas. In casu: inquérito destinado a apurar a conduta de
parlamentar, supostamente delituosa, foi arquivado de ofício pelo i. relator, sem
prévia audiência do Ministério Público; não se afigura atípica, em tese, a conduta de
deputado federal que nomeia funcionário para cargo em comissão de natureza
absolutamente distinta das funções efetivamente exercidas, havendo juízo de
possibilidade da configuração do crime de peculato-desvio (art. 312, caput, do CP).
[Inq 2.913 AgR, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 1º-3-2012, P, DJE de 21-6-2012.]
IMPORTANTE
Direito a mover ação penal privada subsidiária da pública. Art. 5º, LIX, da CF. Direito
da vítima e sua família à aplicação da lei penal, inclusive tomando as rédeas da
ação criminal, se o Ministério Público não agir em tempo. Relevância jurídica.
Repercussão geral reconhecida. Inquérito policial relatado remetido ao Ministério
Público. Ausência de movimentação externa ao Parquet por prazo superior ao legal
(art. 46 do CPP). Surgimento do direito potestativo a propor ação penal privada.
Questão constitucional resolvida no sentido de que: (i) o ajuizamento da ação penal
privada pode ocorrer após o decurso do prazo legal, sem que seja oferecida
denúncia, ou promovido o arquivamento, ou requisitadas diligências externas ao
Ministério Público. Diligências internas à instituição são irrelevantes; (ii) a conduta do
Ministério Público posterior ao surgimento do direito de queixa não prejudica sua
propositura. Assim, o oferecimento de denúncia, a promoção do arquivamento ou a
requisição de diligências externas ao Ministério Público, posterior ao decurso do
prazo legal para a propositura da ação penal, não afastam o direito de queixa. Nem
mesmo a ciência da vítima ou da família quanto a tais diligências afasta esse direito,
por não representar concordância com a falta de iniciativa da ação penal pública.
[ARE 859.251 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-4-2015, P, DJE de 21-5-2015,
repercussão geral, Tema 811.]
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9
4
NEVES. Pág. 62 e 63.
5
THEODORO. Pág. 24.
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Vale-se, aqui, dizer que o devido processo legal traz consigo dois aspectos: um
substancial, no qual a decisão oriunda do provimento jurisdicional deve fazer
prevalecer, sempre, a supremacia das normas, dos princípios e dos valores
constitucionais. E outro procedimental em que se impõe fiel respeito ao contraditório
e à ampla defesa, decorrência do princípio constitucional da igualdade6.
Desse modo, é importante se falar em substantive due process – devido
processo legal em sentido material – pois não basta à prestação judicial a mera
regularidade formal – respeito ao procedimento fixado em lei -, é-se necessário que
esta seja substancialmente razoável e correta. Daqui, então, emergem os princípios
da proporcionalidade e da razoabilidade, nos quais se ponderam os interesses em
jogo, visando à justiça do caso concreto.
Como afirma Câmara:
O devido processo legal substancial deve ser entendido como uma garantia
do trinômio ‘vida-liberdade-propriedade’. Através da qual se assegura que a
sociedade só seja submetida a leis razoáveis, as quais devem atender aos
anseios da sociedade, demonstrando assim sua finalidade social. Tal
garantia substancial do devido processo legal pode ser considerada como o
7
próprio princípio da razoabilidade das leis .
Mas, outrossim, não se pode afastar, jamais, o seu sentido formal, que nada
mais é que o direito de processar e de ser processado, de acordo com as normas
processuais e princípios, devendo aquelas serem produzidas de forma válida,
respeitando, também, um devido processo legal em âmbito legislativo.
O devido processo legal guarda suas raízes no princípio da legalidade,
garantindo ao indivíduo que somente seja processado e punido se houver lei penal
anterior definindo determinada conduta como crime, cominando-lhe pena. Além
disso, modernamente, representa a união de todos os princípios penais e
processuais penais, indicativo da regularidade plena do processo criminal.
Associados, os princípios constitucionais da dignidade humana e do devido
processo legal entabulam a regência dos demais, conferindo-lhes unidade e
coerência8.
6
THEODORO. Pág. 25.
7
CÂMARA. Pág. 35
8
Nucci, Guilherme de Souza Manual de direito penal / Guilherme de Souza Nucci. – 16. ed. – Rio de
Janeiro: Forensse, 2020.
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1.4 Nulidades
O não respeito ao procedimento estabelecido em lei para determinada
persecução penal pode acarretar na nulidade do ato, contaminando, inclusive, os
atos dele derivado.
O artigo 563 do Código de Processo Penal, entretanto, afirma que: “Nesse
sentido, se o ato atinge sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não deverá ser
declarada sua nulidade por mera irregularidade formal. Essa é expresso do princípio
da instrumentalidade das formas”.
IMPORTANTE
PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUNAL DO JÚRI.
ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 563 E 593, III, A, DO CPP. INDEFERIMENTO DO
PEDIDO DE TRANSMISSÃO DO CONTEÚDO DA MÍDIA DA AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA EM SESSÃO PLENÁRIA. DECISÃO MOTIVADA. NULIDADE NÃO
CONFIGURADA. RESOLUÇÃO N. 213/CNJ. DESCABIMENTO DA ANÁLISE DE
ATO NORMATIVO QUE NÃO SE ENQUADRA NO CONCEITO DE LEI FEDERAL.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE EFETIVO PREJUÍZO. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS. VERIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 1. Consoante
orientação desta Corte Superior de Justiça, não caracteriza cerceamento de defesa
o indeferimento de requerimento de produção de provas, quando o magistrado o faz,
fundamentadamente, por considerá-las infundadas, desnecessárias ou protelatórias,
como na hipótese em tela, em que ficou reconhecida a prescindibilidade, naquele
momento processual, da reprodução da mídia contendo o interrogatório do
recorrente realizado por ocasião da audiência de custódia, tal como solicitada pela
defesa, motivação legítima, fundamentada na Resolução n. 213 do Conselho
Nacional de Justiça. 2. Não cabe a esta Corte Superior avaliar se foi ou não
equivocada a adoção da citada resolução pelas instâncias ordinárias, porquanto
inviável em sede de recurso especial a interpretação ou exame de ato normativo que
não se enquadra no conceito de lei federal. Precedentes. 3. O reconhecimento de
nulidades, no processo penal, com a consequente anulação do ato processual,
reclama uma efetiva demonstração do prejuízo à parte, sem a qual prevalecerá o
princípio da instrumentalidade das formas positivado pelo art. 563 do Código de
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praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim e (c) se a parte, ainda que
tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Quanto ao momento de arguição da nulidade, exemplificativamente, temos que
as nulidades:
a) Da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a
que se refere o art. 406, CPP9.
b) Ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o
julgamento e apregoadas as partes (art. 447, CPP10);
c) Verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso
ou logo depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as
partes;
d) Do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo
depois de ocorrerem.
Note-se, entretanto, que pelo princípio do venire contra factum proprium 11 e do
nemo auditur propriam turpitudinem allegans12, nenhuma das partes poderá arguir
nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a
formalidade cuja observância só à parte contrária interesse (art. 565, CPP). Além
disso, não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou na decisão da causa (art. 566, CPP).
Sobre o nemo auditur propriam turpitudinem allegans, interessante trazer à luz
deste ensaio a jurisprudência abaixo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que
embora trate de direito processual civil, é pertinente ao entendimento do tema:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. NULIDADE
DE CITAÇÃO. NULIDADE DE ALGIBEIRA. NULIDADE DE BOLSO. NEMO
AUDITUR PROPRIAM TURPITUDINEM ALLEGANS. DECISÃO MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão a qual rejeitou a
declaração de nulidade do ato citatório, sob o argumento de que o causídico
constituído não possuía poderes para receber a citação em nome da
devedora. 2. Na espécie, cabível a aplicação da máxima latina nemo auditur
propriam turpitudinem allegans, ou seja, ninguém pode se beneficiar da
própria torpeza, uma vez que evidenciada tentativa de declaração de
nulidade de algibeira, em clara oposição aos Princípios Colaborativos e de
9
Art. 460, CPP. Antes de constituído o Conselho de Sentença, as testemunhas serão recolhidas a
lugar onde umas não possam ouvir os depoimentos das outras.
10
Art. 447, CPP. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte
e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho
de Sentença em cada sessão de julgamento.
11
Vedação do comportamento contraditório
12
Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza
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Esse postulado básico — pas de nullité sans grief — tem por finalidade
rejeitar o excesso de formalismo, desde que a eventual preterição de
determinada providência legal não tenha causado prejuízo para qualquer
das partes (...). [Rcl 16.292 AgR, rel. min. Celso de Mello, 2ª T, j. 15-3-2016,
DJE 80 de 26-4-2016.].
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queixa. Todavia, adianta-se que a súmula 453 adverte que não se aplica
à segunda instância o referido instituto da mutatio libelli disposto no art.
384 Código de Processo Penal.
13
Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes
as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este
oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferece-la, ou insistirá no
pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender (antiga redação, antes da
Lei nº 13.964/2019).
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23
SAIBA MAIS
A trajetória do direito penal: modernidade; garantismo e constituição. Acesse:
CONPEDI
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 11ª ed. Rio de Janeiro:
2009.
PEREIRA E SILVA, Igor Luis. Princípios Penais. 1ª Ed. Editora Juspodivm, 2012.
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24
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 21ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
REIS, Alexandre Cebrian Araújo; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito
Processual Penal Esquematizado. 3ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual
Penal. 8ª Ed. Editora Juspodivm, 2013.
TOURINHO FILHO. Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 13ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
TUCCI, Rogério Lauria. Do Corpo de Delito no Direito Processual Penal
Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1978.
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Oferecimento
da denúncia ou Recebimento Citação
queixa-crime
Audiência de
Resposta à Despacho do
instrução e
acusação juiz
julgamento
Alegações
Sentença
finais
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IMPORTANTE
Aplicam-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposição legal em
contrário, bem como se aplicam subsidiariamente aos procedimentos especial,
sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.
2.1.1 Citação
No processo penal, a citação é o ato essencial para a validade do processo,
conforme expressamente dispõe o artigo 363 do Código de Processo Penal e é o
momento em que o réu é cientificado acerca da existência da ação penal, para que
possa vir a juízo para se ver processar e realizar a sua defesa. A finalidade da
14
Art. 401, CPP. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela
acusação e 8 (oito) pela defesa. §1º Nesse número não se compreendem as que não prestem
compromisso e as referidas. §2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas
arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.
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FIQUE LIGADO
A essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de defesa.
O julgamento in absentia fere esse direito básico e constitui uma fonte potencial de
erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça a sua
versão. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre somente quando o acusado
não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo esta então
realizada por edital, fictamente, e não quando o acusado, citado pessoalmente,
escolhe tornar-se revel. O art. 420 do CPP, com a redação determinada pela Lei
11.689/2008, não viola a ampla defesa; pois, ainda que procedida a intimação ficta
por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi
precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na
fase inicial do processo. A norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo
sobre os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes
pretéritos. O art. 420 do CPP, com a redação determinada pela Lei 11.689/2008,
como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e
não viola a ampla defesa. [RHC 108.070, rel. min. Rosa Weber, j. 4-9-2012, 1ª T,
DJE de 5-10-2012.]
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Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá
absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da
ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a
punibilidade do agente.
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Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando
a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente. §1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder
público providenciar sua apresentação. §2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
17
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código,
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
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2.1.2.1 Exceções
Conforme dito alhures, no mesmo prazo da apresentação da resposta à
acusação, poderá o réu opor as seguintes exceções: (a) suspeição;
(b) incompetência de juízo; (c) litispendência; (d) ilegitimidade de parte; (e) coisa
julgada.
É certo que o juiz deverá espontaneamente afirmar suspeição por escrito,
declarando o motivo legal e remetendo de imediato o processo ao seu substituto,
intimadas as partes (art. 97, CPP).
Não o fazendo, a parte interessa deverá fazê-lo em petição assinada por ela
própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões
acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas (art. 98, CPP).
Frisa-se que a arguição de suspeição deverá ser analisada antes de qualquer
outra, salvo quando fundada em motivo superveniente (art. 96, CPP). Apresentada a
exceção de suspeição o juiz poderá reconhecê-la ou não a aceitar.
Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará
juntar aos autos a petição do recusante com os documentos que a instruam, e por
despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto
(art. 99, CPP). Caso não aceite, todavia, o juiz mandará autuar em apartado a
petição, dará sua resposta dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer
testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção remetidos,
dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento
(art. 100, CPP).
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. §1º As provas serão produzidas numa só audiência,
podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. §2º Os
esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.
18
Art. 111, CPP. As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra,
o andamento da ação penal.
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fazê-lo numa só petição ou articulado (art. 110, §1º CPP). Urge salientar que a
exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta em relação ao fato principal,
que tiver sido objeto da sentença (art. 110, §2º CPP).
19
Art. 114 do Código de Processo Penal
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Verificado o conflito, este poderá, nos termos do art. 115 do CPP, ser suscitado
pela parte interessada, pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos
juízos em dissídio ou por qualquer dos juízes ou tribunais em causa.
Importante ressaltar a necessária observância do artigo 116 do diploma legal
em comento que impõe que os juízes e tribunais, sob a forma de representação, e a
parte interessada, sob a de requerimento, darão parte escrita e circunstanciada do
conflito, perante o tribunal competente, expondo os fundamentos e juntando os
documentos comprobatórios.
Quanto ao procedimento, é certo que quando negativo o conflito, os juízes e
tribunais poderão suscitá-lo nos próprios autos do processo.
Já no caso de conflito positivo, uma vez distribuído o feito, o relator poderá
determinar imediatamente que se suspenda o andamento do processo. Note-se que
a suspensão imediata se trata de uma faculdade do relator, assim expedida ou não a
ordem de suspensão, o relator requisitará, em prazo determinado, informações às
autoridades em conflito, remetendo-lhes cópia do requerimento ou representação.
Recebidas as informações requisitadas, e depois de ouvido o procurador-geral, o
conflito será decidido na primeira sessão, salvo se a instrução do feito depender de
diligência.
Proferida a decisão, as cópias necessárias serão remetidas, para a sua
execução, às autoridades contra as quais tiver sido levantado o conflito ou que o
houverem suscitado.
Cumpre salientar que, nos termos do art. 117 do Código de Processo Penal, o
Supremo Tribunal Federal, mediante avocatória, restabelecerá a sua jurisdição,
sempre que exercida por qualquer dos juízes ou tribunais inferiores.
Vale salientar que a nova lei denominada de Pacote Anticrime (Lei nº
13.964/2019), trouxe novas regulamentações no tocante a jurisdição, vejamos o
dispositivo encartado na Lei nº 12.694/2012.
Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais
poderão instalar, nas comarcas sedes de Circunscrição ou Seção Judiciária,
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40
Por fim, importante salientar que reconhecida ao não a falsidade, a decisão não
fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou civil (art. 148, CPP).
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41
Bem como:
[...] Acarreta nulidade, por cerceamento de defesa, a negativa de realização
de exame de insanidade mental, se há fundada dúvida acerca da higidez
psíquica do acusado que, em seu interrogatório, aparenta não gozar da
plenitude de suas faculdades mentais, e que foi comprovadamente vítima
de traumatismo cranioencefálico ocorrido em data anterior aos fatos,
apresentando períodos de delírio e confusão mental como sequelas do
trauma. [...] (TJ-SC - APR: 00004328020188240119 Garuva 0000432-
80.2018.8.24.0119, Relator: Sérgio Rizelo, Data de Julgamento: 19/03/2019,
Segunda Câmara Criminal)
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42
20
Art. 26, CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
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43
FIQUE LIGADO
Processo penal. Presunção hominis. Possibilidade. Indícios. Aptidão para lastrear
decreto condenatório. Sistema do livre convencimento motivado. (...) O julgador
pode, através de um fato devidamente provado que não constitui elemento do tipo
penal, mediante raciocínio engendrado com supedâneo nas suas experiências
empíricas, concluir pela ocorrência de circunstância relevante para a qualificação
penal da conduta. [HC 103.118, rel. min. Luiz Fux, j. 20-3-2012, 1ª T, DJE de 16-4-
2012.]
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44
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45
FIQUE LIGADO
A expedição de cartas rogatórias para oitiva de testemunhas residentes no exterior
condiciona-se à demonstração da imprescindibilidade da diligência e ao pagamento
prévio das respectivas custas, pela parte requerente, nos termos do art. 222-A do
CPP, ressalvada a possibilidade de concessão de assistência judiciária aos
economicamente necessitados. A norma que impõe à parte no processo penal a
obrigatoriedade de demonstrar a imprescindibilidade da oitiva da testemunha por ela
arrolada, e que vive no exterior, guarda perfeita harmonia com o inciso LXXVIII do
art. 5º da CF. [AP 470 QO-quarta, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 10-6-2009, P, DJE
de 2-10-2009.]
21
Prática forense: prática penal Fernando arques... et al. – São Paulo : Saraiva Educação, 201 .
(Coleção Prática Forense / coordenada por Darlan Barroso e Marco Antonio Araujo Junior) 1. ireito
2. ireito penal - Brasil 3. Prática forense 4. Ordem dos Advogados do Brasil - Exames . T tulo .
Marques, Fernando III. Barroso, Darlan IV. Araujo Junior, Marco Antonio V. Série.
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46
Debates
Encerrada a fase de instrução processual, não havendo requerimento de
diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20
minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10
minutos (art. 403, CPP).
Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um
será individual (art. 403, §1º, CPP). Ao assistente do Ministério Público, após a
manifestação desse, serão concedidos 10 minutos, prorrogando-se por igual período
o tempo de manifestação da defesa (art. 403, §2º, CPP).
Todavia, faz-se possível a apresentação das alegações finais de forme escrita,
de modo que o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de
acusados, conceder às partes o prazo de 5 dias sucessivamente para a
apresentação de memoriais (art. 403, §3º, CPP)
Cumpre ressaltar, outrossim, que, ordenada diligência considerada
imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem
as alegações finais, ocasião em que realizada a diligência determinada, as partes
apresentarão, em seguida, no prazo sucessivo de 5 dias, suas alegações finais, por
memoriais (art. 404, CPP).
Logo, pode-se consignar que as alegações finais poderão ser feitas de forma
escrita quando: (a) for ordenada diligência imprescindível; (b) for reconhecida
considerável complexidade do caso; (c) houver considerável número de acusados.
Nos memoriais, o advogado de defesa poderá ventilar preliminares, como
incompetência do juízo, inépcia da inicial, nulidade, cerceamento de defesa e
extinção de punibilidade, e tratar no mérito de toda as teses defensivas possíveis,
como absolvição, desclassificação, afastamento de qualificadoras, causas de
aumento de pena e agravantes, reconhecimento de causas de diminuição de pena,
privilégio ou atenuante, fixação da pena no mínimo legal, baseado nas
circunstâncias do art. 59 do Código Penal, regime de cumprimento de pena mais
brando e substituição da pena.
Finalizados os debates orais ou concluída a audiência sem estes, esta será
registrada em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo
dos fatos relevantes nela ocorridos. Sempre que possível, o registro dos
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FIQUE ATENTO
A circunstância de o agente apresentar doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado (critério biológico) pode até justificar a incapacidade civil,
mas não é suficiente para que ele seja considerado penalmente inimputável. É
indispensável que seja verificado se o réu, ao tempo da ação ou da omissão, era
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento (critério psicológico). (...) A marcha processual deve
seguir normalmente em caso de dúvida sobre a integridade mental do acusado, para
que, durante a instrução dos autos, seja instaurado o incidente de insanidade
mental, que irá subsidiar o juiz na decisão sobre a culpabilidade ou não do réu. [HC
101.930, rel. min. Cármen Lúcia, j. 27-4-2010, 1ª T, DJE de 14-5-2010.]
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49
De outro lado, não sendo caso de absolvição por restar, sem dúvida,
comprovada a existência do crime, a autoria e a culpabilidade, o juiz proferirá
sentença condenatória na qual: (a) mencionará as circunstâncias agravantes ou
atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer; (b) mencionará
as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na
aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Código Penal; (c)
aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (d) fixará valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos
pelo ofendido; (e) atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos
e medidas de segurança; (f) determinará se a sentença deverá ser publicada na
íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação.
De mais a mais, o juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou,
se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta (art. 387, CPP).
Ressalta-se que nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem
como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada (art. 385).
Na hipótese de absolvição ou condenação, a intimação será feita: (a) ao réu,
pessoalmente, se estiver preso; (b) ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele
constituído, quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado
fiança; (c) ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração,
expedido o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o
oficial de justiça; (d) mediante edital , se o réu e o defensor que houver constituído
não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça; (e) mediante edital,
se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e assim o certificar o
oficial de justiça.
Importante mencionar que o prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido
imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, e de 60
dias, nos outros casos. Nessa hipótese, o prazo para apelação correrá após o
término do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimação por
qualquer das outras formas (art. 392, CPP).
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50
IMPORTANTE
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido
segundo a pena aplicada [Súmula 718, STF].
O rito sumário está preceituado nos artigos 531 a 538 do CPP e é destinado às
infrações penais cuja pena máxima abstrata cominada ao delito seja inferior a 04
anos e superior a 2 anos de pena privativa de liberdade (art. 394, §1º, inciso II, do
CPP). Os atos processuais no rito em comento, serão realizados na seguinte ordem:
Oferecimento da
denúncia ou Recebimento Citação
queixa
Sentença
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51
IMPORTANTE
Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial
criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro
procedimento, observar-se-á o procedimento sumário (art. 538, CPP).
22
Nucci, Guilherme de Souza Manual de direito penal / Guilherme de Souza Nucci. – 16. ed. – Rio de
Janeiro: Forensse, 2020.
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52
Audiência de Oferecimento
Defesa
instrução e da denúncia ou Transação Penal
preliminar (oral)
julgamento queixa
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53
ATENÇÃO
Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes
da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da
transação penal e da composição dos danos civis (art. 60, parágrafo único da Lei
9.099/95).
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54
SAIBA MAIS:
A condução coercitiva da testemunha no processo penal e as garantias
constitucionais. Acesse: CONPEDI
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Niterói, RJ: Impetus, 2012.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Volume único. 2ª Ed.
Salvador: JusPodvm, 2014.
MARCÃO, Renato. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2014.
MIRABETE, Julio Fabrini. Processo Penal. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais
Penais. 2ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 11ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2012.
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58
julgamento pelo júri seja feito em uma comarca diferente daquela em que correu o
processo criminal (art. 424, 427 e 428 CPP).
Algumas situações indicam o desaforamento, são elas: interesse público;
dúvida sobre a imparcialidade dos jurados; segurança pessoal do réu; e
comprovação de que, por excesso de serviço, o julgamento não pode ser realizado
após seis meses da preclusão da pronúncia.
Do julgamento no plenário propriamente dito, é importante destacar que há
uma ordem de prioridade para a organização da pauta de julgamentos, prevista no
artigo 429 do CPP. Primeiro, devem ser julgados os processos de acusados presos,
devendo se conferir prioridade aos que mais tempos estiverem na prisão. Depois a
ordem a ser respeitada é a data da pronúncia, julgando primeiro, por lógica, aqueles
há mais tempo pronunciados. Insta declinar que qualquer documento só poderá ser
juntado aos autos com o mínimo de 03 dias úteis, única restrição experimentada à
possibilidade de se juntar documento em qualquer momento do processo.
Segundo o artigo 447 do CPP, O Tribunal do Júri será composto por um juiz-
presidente mais vinte e cinco jurados, sorteados aleatoriamente pelo juiz entre todos
os candidatos alistados, sendo sete desses designados a participar do Conselho de
Sentença, como bem informa o art. 433 do CPP. No dia do julgamento, o juiz
presidente, antes de iniciar os trabalhos, deve verificar a presença de no mínimo 15
jurados. Então irá anunciar o processo que deve ser julgado. Logo depois, serão
sorteados os jurados, facultadas às partes a recusa imotivada de três jurados cada.
Outras recusas podem ocorrer, desde que motivadas pelas partes.
Após o sorteio e formação do Conselho de Sentença, com 07 jurados, o juiz
presidente deve fazer aos jurados uma exortação de julgar com imparcialidade e
justiça (art. 472). Depois devem ser entregues aos jurados cópias da pronúncia, de
decisões posteriores que julgaram admissível a acusação e do relatório feito pelo
juiz presidente na segunda fase. Aqui há críticas a essa entrega da decisão de
pronúncia aos jurados, ante o sério risco que tenha laborado em excesso de
linguagem e possa afetar o julgamento dos jurados.
Após este procedimento, serão inquiridas as testemunhas, ocorrendo a
inquirição de modo diverso daquela prevista no procedimento ordinário. Aqui não as
partes, mas o juiz presidente começa a inquirição, facultando às partes, depois, a
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59
FIQUE ATENTO
Pode o juiz presidente do tribunal do júri reconhecer a atenuante genérica atinente à
confissão espontânea, ainda que não tenha sido debatida no plenário, quer em
razão da sua natureza objetiva, quer em homenagem ao predicado da amplitude de
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60
defesa, consagrado no art. 5º, XXXVIII, a, da CR. É direito público subjetivo do réu
ter a pena reduzida, quando confessa espontaneamente o envolvimento no crime. A
regra contida no art. 492, I, do CPP deve ser interpretada em harmonia aos
princípios constitucionais da individualização da pena e da proporcionalidade. [HC
106.376, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-3-2011, 1ª T, DJE de 1º-6-2011.]
IMPORTANTE
A Constituição Federal da República elenca em seu artigo 5º, inciso XXXVIII a
instituição do Júri como direito fundamental, estabelecendo que é reconhecida a
instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude
de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; e d) a
competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
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63
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FIQUE LIGADO
O Ministério Público tem legitimidade ativa concorrente para propor ação penal
pública condicionada à representação quando o crime contra a honra é praticado
contra funcionário público em razão de suas funções. Nessa hipótese, para que se
reconheça a legitimação do Ministério Público, exige-se contemporaneidade entre as
ofensas irrogadas e o exercício das funções, mas não contemporaneidade entre o
exercício do cargo e a propositura da ação penal. [Inq 3.438, rel. min. Rosa Weber, j.
11-11-2014, 1ª T, DJE de 10-2-2015.]
O rito dos crimes contra a propriedade imaterial está tipificado nos artigos 524
a 530-I do CPP.
Os crimes contra a propriedade imaterial estão elencados nos artigos 184 do
Código Penal, artigos 183 a 195 da Lei n. 9.279/96.
Os crimes contra a propriedade imaterial seguem o procedimento comum,
previsto para os crimes apenados com reclusão (rito ordinário), consoante determina
o artigo 524 do CPP, e como todo crime que deixa vestígios, o exame de corpo de
delito é condição de procedibilidade para o exercício da ação penal. Conforme
exigência do artigo 525 do CPP.
As providências preliminares se diferenciam, pois os crimes contra a
propriedade imaterial se a titularidade da ação for privada ou pública, devendo ser
observadas referidos procedimentos sob pena de rejeição liminar da denúncia ou
queixa.
No caso de crime de ação penal privada se procede na forma dos artigos 524 a
530 do CPP (artigo 530-A do CPP): Seguindo o artigo 525 do CPP, é necessário um
laudo para ter a certeza de que o objeto foi falsificado. Antes do querelante oferecer
a queixa-crime, exige-se a busca e apreensão e perícia dos objetos ilicitamente
produzidos. Sem essa providência preliminar, a ação penal será rejeitada. Havendo
ou não apreensão, o laudo pericial será elaborado no prazo de 3 dias contados a
partir do encerramento da diligência, e depois encaminhado ao juiz para
homologação (art. 528 CPP).Se o laudo atestar a falsificação, após a homologação,
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66
ATENÇÃO
O rito para o crime do artigo 28 é diverso do rito para o crime de tráfico. Nesse
sentido, quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo,
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar e quem, para seu consumo pessoal, semeia,
cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica serão
submetidos às seguintes penas: (a) advertência sobre os efeitos das drogas; (b)
prestação de serviços à comunidade; (c) medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo.
Para determinar se a droga se destinava a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que
se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e
aos antecedentes do agente.
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FIQUE LIGADO
O óbice, previsto no art. 44 da Lei 11.343/2006, à suspensão condicional da pena
imposta ante tráfico de drogas mostra-se afinado com a Lei 8.072/1990 e com o
disposto no inciso XLIII do art. 5º da CF. [HC 101.919, rel. min. Marco Aurélio, j. 6-9-
2011, 1ª T, DJE de 26-10-2011.]
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69
esclarecimentos caso já tenha tido ciência do laudo pericial que foi juntado aos autos
do processo23.
23
Masson, Cleber Lei de Drogas: aspectos penais e processuais / Cleber Masson, Vinícius Marçal. –
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
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IMPORTANTE
Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a
soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto
for superior a um ano. [Súmula 723, STF]
FIQUE LIGADO
O instituto da suspensão condicional do processo constitui importante medida
despenalizadora, estabelecida por motivos de política criminal, com o objetivo de
possibilitar, em casos previamente especificados, que o processo nem chegue a se
iniciar. (...) Em se tratando de instrumento de política criminal despenalizadora, o
instituto da suspensão condicional do processo exige mais do que a aplicação das
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71
SAIBA MAIS:
Tribunal do júri: a influência do perfil do réu e da vítima nas decisões do conselho de
sentença. Acesse: CONPEDI
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal: esquematizado. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2009.
BADARÓ, Gustavo Henrique. Direito Processual Penal: tomo I, Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 16. ed.
rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2003.
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73
REFERENCIAS
Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. –
Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2018.
JESUS, Damásio. Código de processo Penal anotado. 22.ed. atual. São Paulo:
Saraiva, 2006.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Niterói, RJ: Impetus, 2012.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Volume único. 2ª Ed.
Salvador: JusPodvm, 2014.
MIRABETE, Julio Fabrini. Processo Penal. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 11ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2012.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 11ª ed. Rio de Janeiro:
2009.
PEREIRA E SILVA, Igor Luis. Princípios Penais. 1ª Ed. Editora Juspodivm, 2012.
Prática forense: prática penal / Fernando arques... et al. – São Paulo : Saraiva
Educação, 201 . (Coleção Prática Forense coordenada por arlan Barroso e
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arco Antonio Araujo Junior) 1. ireito 2. ireito penal - Brasil 3. Prática forense 4.
Ordem dos Advogados do Brasil - Exames . T tulo II. Marques, Fernando III.
Barroso, Darlan IV. Araujo Junior, Marco Antonio V. Série.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 21ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
TOURINHO FILHO. Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 13ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
CÂMARA, Alexandre Freitas, 18° Ed., Editora - Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2008.
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