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A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.

Mas, como
conhecê-la e experimentá-la? Em Romanos 12.1-2, o apóstolo
Paulo nos oferece três princípios para conhecermos e
experimentarmos a vontade Deus:

1. A apresentação (Rm 12.1)

O apóstolo Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias


de Deus, que apresenteis vossos corpos como sacrifício vivo, santo
e, agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

Depois de expor sobre a gloriosa salvação que recebemos pela fé


em Cristo, Paulo insta a igreja para demonstrar essa verdade
através de uma vida de consagração.

Nossa consagração a Deus é uma resposta ao seu amor, uma


reação à ação da sua misericórdia dispensada a nós.
Na antiga dispensação os animais do sacrifício iam arrastados ao
altar, involuntariamente, mas nós devemos voluntariamente
oferecer o nosso corpo a Deus como um sacrifício vivo, santo e
agradável.

Nosso corpo foi comprado pelo sangue de Cristo; é morada do


Espírito e habitação de Deus. Portanto, deve ser oferecido a ele
como um sacrifício vivo.

Nosso corpo não é destinado à impureza, por isso sua entrega


precisa ser um sacrifício santo. Nosso corpo é para o Senhor e por
isso, seu sacrifício precisa ser agradável, ou seja, sem mácula.
O apóstolo Paulo diz que essa consagração é que constitui o nosso
culto racional. A palavra “racional” significa lógico, coerente,
autêntico. O culto que agrada a Deus é aquele onde há coerência e
consistência entre o altar e o trabalho, entre o templo e o lar, entre a
adoração e a vida.

O culto que prestamos a Deus no altar é vazio de significado se não


é acompanhado por uma vida de obediência e fidelidade a Deus (Is
1.15; Am 5.21-23; Ml 1.6-10).

2. A inconformação (Rm 12.2)

O apóstolo Paulo diz: “E não vos conformeis com o presente


século…” (Rm 12.2). O crente não vive numa bolha espiritual, mas
no mundo.

Ele foi salvo do mundo, está no mundo, mas não pertence ao


mundo. Os valores do mundo não são mais os seus valores. A ética
do mundo não é mais a sua ética.

O crente tem, agora, a mente de Cristo. Conformar-se com o mundo


é adaptar-se ao seu sistema. É se com o mundo é adaptar-se ao
seu sistema. É abraçar seu relativismo. É entrar no seu esquema.

O mundo tem uma fôrma que está sempre mudando de acordo com
suas conveniências. O mundo não tem um padrão absoluto de
conduta. Ele está entregue ao relativismo moral e à decadência dos
costumes.

A lei da vantagem prevalece nos acordos comerciais e nos


relacionamentos. As pessoas existem para serem exploradas e não
para serem servidas.

Os desejos da carne existem para serem atendidos e não


controlados. O prazer carnal deve ser consumado sem levar em
conta a verdade de Deus ou o amor ao próximo. A ética do mundo é
egoísta, é imoral, é atentatória contra Deus e contra o homem.

Se quisermos, portanto, experimentar em nossa vida a vontade de


Deus não podemos nos conformar com esse sistema corrompido de
valores. O crente é uma pessoa inconformada com a filosofia
prevalecente no mundo.

Ele não ama o mundo nem é amigo do mundo. Ao contrário, ele é


luz do mundo; tão oposto a ele como a luz é das trevas; tão
necessário a ele, como a luz é para trazer claridade na escuridão.

3. A transformação (Rm 12.2)


Agora, o apóstolo complementa: “… mas, transformai-vos pela
renovação da vossa mente…” (Rm 12.2). A ética do mundo está em
constante mudança. Aquilo que era vergonhoso ontem é aplaudido
hoje.

Os princípios de Deus, porém, são imutáveis. Temos um padrão


absoluto. Não precisamos ficar confusos e perdidos nos labirintos
da dúvida. Jesus Cristo é o nosso modelo.

Quando olhamos para ele e estudamos sua Palavra, somos


transformados progressivamente em sua própria imagem.
Avançamos para o alvo rumo à estatura do varão perfeito.

Somos, então, transformados de glória em glória, avançamos de fé


em fé e caminhamos de força em força até entrarmos na glória,
onde teremos um corpo semelhante ao corpo da glória de Cristo.

A vontade de Deus não é conhecida por meios místicos, mas


através de uma vida de consagração, onde nos apresentamos a
Deus, nos inconformamos com o mundo e somos transformados
pela renovação da nossa mente.

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