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PREFÁCIO

Esta apostila foi criada com a finalidade de capacitar e de instruir os profissionais


interessados em dimensionar corretamente sistemas de geração de energia solar fotovoltaica
onde não exista energia da concessionária, ou seja, sistemas isolados da rede de distribuição,
também conhecidos como sistemas “off-grid”.
Apesar do avanço em nosso país de projetos de energia solar fotovoltaica conectados
à rede da concessionária, conhecido como “on-grid”, existe uma demanda muito grande por
sistemas isolados onde a energia elétrica ainda não chegou.
Nessas localidades, muitos utilizam pequenos grupos geradores movidos à gasolina,
mas, em virtude do alto custo do combustível, normalmente operam somente por poucas horas
durante um dia e, raramente ou quase nunca, operam vinte quatro horas por dia.
Diferentemente dos geradores à gasolina, os geradores fotovoltaicos podem e devem
operar vinte e quatro horas por dia, com um custo que representa praticamente e, tão-somente
o custo do investimento inicial, haja vista que o combustível utilizado é a luz do sol e a
manutenção é praticamente lavar periodicamente os módulos fotovoltaicos.
Sem sombra de dúvidas, os geradores de energia solar fotovoltaicos trazem grandes
benefícios aos seus usuários, haja vista que, além do baixo custo de manutenção, possuem uma
vida útil de vinte e cinco anos e são não poluentes ao meio ambiente.
Desta forma, esperamos, com esta apostila, entregar aos leitores uma maneira simples
e fácil de dimensionar esses sistemas isolados de geração de energia fotovoltaica.

Av. José Vieira Caúla, 3621, Sala 04 – Embratel


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INTRODUÇÃO

A partir do ano de 2012, pela Resolução Normativa 412/2012, da Agência Nacional de


Energia Elétrica – ANEEL, o Brasil permitiu que os usuários de energia elétrica produzissem
sua própria energia, estabelecendo as condições gerais para o acesso de microgeração e
minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia, o sistema de compensação de
energia elétrica.
Portanto, todos os sistemas de geração de energia solar fotovoltaica conectados à
rede da concessionária, denominados de on-grid, são passíveis de análise e de aprovação das
mesmas para homologação junto a ANEEL.
Diferentemente, os sistemas de geração de energia solar fotovoltaica isolados, também
chamados de off-grid, não necessitam de aprovação de projeto junto a concessionária, haja
vista que são desconectados da rede elétrica.
Em nosso país, de dimensões continentais, existem muitos lugares que ainda não chegou
à energia elétrica. Chácaras, sítios, fazendas, comunidades ribeirinhas, entre outros.
Normalmente utilizam grupos geradores à gasolina para suprir sua necessidade de energia.
Entretanto, com o preço do combustível muito alto, esses geradores de energia
costumam operar por poucas horas durante um dia.
Portanto, tem-se aí, um grande mercado consumidor de energia solar fotovoltaica que,
ao contrário de geradores que utilizam gasolina, tem como combustível a luz do sol.
Este livro tem a oportunidade de fornecer, aos profissionais interessados, um curso
simples e bastante didático de dimensionamento de sistemas isolados de geração de energia
elétrica fotovoltaica.
Vamos mostrar neste livro quais são os componentes utilizados em sistemas
fotovoltaicos isolados e qual a finalidade de cada um.
Em seguida, iremos fazer uma revisão simples sobre eletricidade, mostrando os
principais elementos como potência, energia, tensão e corrente e as fórmulas matemáticas para
os cálculos a serem feitos.
Baseado no consumo diário de energia, demonstraremos como dimensionar cada um
dos elementos componentes do sistema.
Um livro didaticamente simples e de fácil entendimento.
Bons estudos.

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1. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
Sistema fotovoltaico é uma fonte de potência elétrica que transforma a luz do sol em
energia elétrica. Pode ser conectado à rede de energia da concessionária, chamado de “on-grid”
ou não conectado à rede de energia da concessionária, chamado de “off-grid” ou sistema
isolado.

2. DIAGRAMA DE BLOCOS SITEMA ISOALADO “OFF – GRID”


Um sistema de produção de energia elétrica fotovoltaico isolado, normalmente é
composto por módulos fotovoltaicos, controlador de carga, baterias e inversor, montados na
sequência mostrada no diagrama de blocos a seguir.

Fonte: neosolar.com.br

3. SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO “OFF – GRID”


A seguir demonstraremos uma figura onde pode ser visualizado um sistema fotovoltaico
isolado completo.

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4. DIMENSIONAMENTO DE SISTEMA FOTOVOLTAICO
Um sistema fotovoltaico conectado à rede é dimensionado pela energia consumida,
dada em kWh (quilowatt-hora), normalmente informada pela conta de luz. Já um sistema
fotovoltaico isolado é dimensionado pela potência dos equipamentos a serem ligados, dado e
W (Watt) obtido dos dados de placa constante dos equipamentos.

Sistema conectado à rede dimensionado pela energia – kWh

Sistema isolado dimensionado pela carga – kW

5. UM POUCO DE ELETRICIDADE
Para um bom aproveitamento no dimensionamento de sistemas fotovoltaicos, existe a
necessidade de um pouco de conhecimento de teoria de eletricidade. Não é objetivo deste e-
book, mas vamos mostrar algumas fórmulas para facilitar o entendimento dos cálculos de
dimensionamento.

Grandeza Símbolo Unidade Fórmula


Tensão V Volt V=P/I
Corrente A Ampere I = P /V
Potência P Watt P=VxI
Energia Wh Watt-hora Wh = P x t
Eficiência ɳ Porcentagem ɳ = saída / entrada

6. CIRCUITOS EM SÉRIE E EM PARALELO


O entendimento dos circuitos ligados em série e em paralelo é de fundamental
importância para um correto dimensionamento de sistemas fotovoltaicos, conectados ou não à
rede.
Regra:
• circuitos ligados em série, somam-se as tensões e mantêm-se as correntes;
• circuitos ligados em paralelo, somam-se as correntes e mantêm-se as
tensões.

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Exemplo:

Circuito em série
Circuito em paralelo

Exemplo de ligação de baterias:

Exemplo de ligação de módulos fotovoltaicos:

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7. DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ISOALADO

Módulos fotovoltaicos: Converte a energia do sol em eletricidade de corrente contínua

Controlador de carga: Como o nome sugere, eles servem para controlar a carga das
baterias em nível seguro fazendo o controle tanto das cargas que entram nas baterias como as
cargas que saem das baterias.

Baterias: Servem para armazenar a energia elétrica produzida pelos módulos


fotovoltaicos, inclusive para serem utilizadas a noite ou em dias nublados.

Inversor: Tem a finalidade de transformar a energia de corrente contínua produzida


pelos módulos fotovoltaicos em corrente alternada que vai alimentar as cargas.

8. DIMENSIONAMENTO DE CADA COMPONETE DO SISTEMA


ISOLADO
Vamos demonstrar a seguir como dimensionar cada componente do sistema de produção
de energia fotovoltaica isolado. Para tanto, existe a necessidade de sabermos qual a carga será
alimentada pelo sistema, conhecendo a potência, a quantidade e as horas de uso diário de cada
uma dessas cargas. Vamos tomar como exemplo os dados da tabela a seguir:

Carga Potência Quantidade Consumo Horas de Energia


(W) total (Wtot) uso diário diária (Wh)
Lâmpada 15 5 75 5 375
Ventilador 100 1 100 8 800
Televisão 130 1 130 5 650
Freezer 200 1 200 10 2000
Geladeira 150 1 150 10 1500
TOTAL 655 5325

Potência da carga: A potência é dada em Watt e é obtida dos dados de placa de cada
uma das cargas.

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Consumo total: Também dado em Watt e é calculado pela multiplicação da potência
pela quantidade de cada carga a ser alimentada.

Energia diária consumida: É dada em Watt-hora e é calculada pela multiplicação do


consumo total pelas horas diárias de uso de cada carga.

➢ Quando não for possível obter os dados de placa da carga que vai ser alimentada,
você pode obter esse valor, consultando diversas fontes fornecidas pelos sites.

8.1 Dimensionamento do Inversor


Para um correto dimensionamento de um inversor em sistemas fotovoltaicos isolados,
existe a necessidade de avaliar se as cargas a serem alimentadas possuem corrente de partida,
isto se dá em função de que o inversor deve suportar o pico de partida dessas cargas. Assim
sendo, nunca se deve escolher um inversor com a potência encontrada nos cálculos iniciais. No
nosso exemplo, o inversor não deve ser escolhido com potência de 655Watts.
“Como se sabe, os motores elétricos, ao serem ligados, instantaneamente, permitem que
um grande fluxo de corrente elétrica circule através dos seus enrolamentos. Isso ocorre porque,
estando parado, não há força contra eletromotriz que se oponha ao fluxo de corrente. Ao iniciar
as primeiras revoluções, com o surgimento da força contra eletromotriz, o fluxo de corrente
diminui e se estabiliza no seu valor nominal. O valor máximo instantâneo da corrente solicitada
durante a partida varia em função do tipo de construção do motor e proporcionalmente a sua
potência.” Joseclaudi.eng.br
Para os motores de produção seriada, normalmente encontrados no mercado, a corrente
de partida situa-se entre 5,5 e 7,0 vezes a corrente nominal. (5,5 x IN < IP < 7,00 x IN).

8.1.1 Como calcular a potência do inversor


Como já citado, os motores elétricos normalmente encontrados no mercado possuem
uma corrente de partida entre 5,5 e 7 vezes a corrente nominal. Desta forma, há de se concluir
que a potência necessária do inversor off-grid seja também de 5,5 a 7 vezes a potência nominal
encontrada em nossos cálculos, pois a potência é diretamente proporcional a corrente elétrica,
ou seja: P = V x I.

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Neste caso, podemos adotar como corrente de partida, para efeito de cálculos, o valor
de seis vezes a corrente nominal da carga e aí dimensionarmos corretamente a potência do
inversor. Em nosso exemplo temos as seguintes cargas com as respectivas potências:

Carga Potência (W) Quantidade Consumo total (Wtot)


Ventilador 100 1 100
Freezer 200 1 200
Geladeira 150 1 150
TOTAL 450 Watt

Calculando: Potência de partida: 450 Watt x 6 = 2.700 W


Devemos somar com a potência nominal do sistema todo: P = 2.700 + 655 = 3.355W
Portanto a potência de pico do inversor é de 3.335 Watt.
Como normalmente a potência de pico dos inversores “off -grid” é o dobro da potência
nominal, nosso inversor do exemplo deve ter a potência de 1.678Watt.

8.1.2 Escolha e análise do inversor


Como já conhecemos a potência do inversor a ser adquirido, temos que saber qual a
tensão de entrada e saída do mesmo para podermos fazer uma escolha perfeita.
No nosso exemplo, vamos escolher a tensão de entrada do inversor de 48V e a saída de
110V, pois as cargas que queremos abastecer são todas em 110V.
No mercado é comum encontrarmos três tipos de inversores fotovoltaicos off-grid, são
eles de onda senoidal pura, onda senoidal modificada e onda quadrada. Os inversores de onda
quadrada, mesmo tendo um preço mais acessível, já não são mais utilizados.

“Onda senoidal pura: É a forma de onda da energia elétrica que recebemos em nossas
casas, fornecida pelas concessionárias de energia elétrica.
A principal vantagem de um inversor de tensão com onda senoidal pura é sua total
compatibilidade com os eletrodomésticos, eletrônicos, ferramentas e motores. Estes
equipamentos são projetados para serem alimentados por este tipo de onda, assim, os
inversores de tensão com onda senoidal pura garantem que o equipamento funcione na
máxima eficiência, sem danificá-lo.” tecnomaster.com.br

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Forma de onda senoidal pura

“Onda senoidal modificada: É uma forma de onda mais parecida com uma onda
quadrada, mas com uma etapa extra. Um inversor de tensão de onda senoidal modificada
funcionará bem com a maioria dos equipamentos, embora a eficiência e/ou a potência do
equipamento alimentado possam ser reduzidas.
Equipamentos como motores, geladeiras, bombas e ventiladores não funcionam na
eficiência máxima e ainda gastarão mais energia (até 20% a mais) do inversor devido à menor
eficiência.” tecnomaster.com.br

Forma de onda senoidal modificada

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Inversor escolhido

Observe que as características do inversor escolhido estão dentro de nossos parâmetros.


Onda senoidal pura
Tensão de entrada DC = 48V (corrente contínua)
Tensdão de saída AC = 110 V (corrente alternada)
Potência contínua = 2000 W
Potência de pico = 4000W
A potência de pico do inversor, conforme falamos anteriormente, quase sempre é o
dobro da potência nominal.

Nota: Aconselhamos inversor com onda senoidal pura.

9. DIMENSIONAMENTO DO ARRANJO FOTOVOLTAICO


Vamos demonstrar como fazer a escolha da potência total do arranjo fotovoltaico do
nosso exemplo.
Já vimos na nossa tabela de cargas que devemos produzir diariamente uma energia de
5.325 Watt-hora.
À primeira vista, podemos pensar que essa será a energia produzida pelo arranjo
fotovoltaico. No entanto, há de se considerar que nem todos os dias teremos sol abundante.

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Isto faz a gente imaginar que essa energia produzida diariamente deve ser superior à
energia encontrada, porque, nos dias nublados, chuvosos ou com pouco sol, não coseguiríamos
produzir a quantidade mínima de 5.325 Watt-hora.
Normalmente deve-se dimensionar o arranjo fotovoltaico considerando 3 dias sem sol,
mas isso encarece muito o sistema a ser instalado, haja vista que além de ser necessário mais
módulos fotovoltaicos, também vai impactar na quantidade de baterias a serem instaladas.
Entretanto, não aconselhamos, para dimensionamentos de sistemas fotovoltaicos
isolados, considerar menos do que dois dias sem sol.
No nosso exemplo e, considerando dois dias sem sol, a energia produzida pelo arranjo
fotovoltaico deverá produzir diariamente 10.650Wh.
Para dimensionarmos o arranjo fotovoltaico algumas premissas devem ser levadas em
consideração.
Orientação dos módulos: No hemisfério norte a orientação dos módulos devem ser
para o SUL e no hemisfério sul a orientação dos módulos deve ser para o NORTE. A linha do
equador é que divide os hemisférios em Norte e Sul.
Inclinação dos módulos: A inclinação dos módulos deve seguir a latitude do local onde
serão instalados.
Sombreamento: Evitar a instalação dos módulos onde haja sombra sobre qualquer
módulo fotovoltaico. A sombra incidente nos módulo reduz a produção de energia.

Tabela do ângulo de inclinação dos módulos em função da latitude:

Latitude Geográfica do Local Ângulo de Inclinação Recomendado


0° a 10° α = 10°
11° a 20° α = Latitude
21° a 30° α = latitude + 5°
31° a 40° α = latitude + 10°
41° ou mais α = latitude + 15°

Vamos agora voltar ao cálculo da quantidade de módulos.

Energia a ser produzida diariamente pelos módulos fotovoltaicos = 10.650 Wh/dia

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Para calcularmos a quantidade de placas necessária para produzir 10.650 Wh por dia,
precisamos saber qual é a incidência solar do local onde as mesmas serão instaladas

Para encontrar a incidência solar do local, é necessário conhecer a latitude e a longitude


do mesmo.

Em nosso exemplo, os módulos serão instalados na cidade de Porto Velho, Estado de


Rondônia.

Como encontrar a latitude e a longitude da cidade de Porto Velho – RO?


Basta entrar no GOOGLE e digitar a cidade. Fazendo isso, você encontra o mapa da
cidade.

Agora clique no btão do lado direito do mouse e você vai encontar a seguinte tela:

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Clique no item “O que há aqui?” e vc obtem a latitude e mlongitude do local.

Aí estão a latitude e a longitude da cidade de Porto Velho – RO. O sinal negativo indica
qua a latitude é SUL e a longitude é OESTE. Portanto:

Latitude = 8,726897 SUL


Longitude = 63,886346 OESTE

Agora que conhecemos a latitude e a longitude do local da instalação dos módulos


fotovoltaicos, vamos aprender como encontrar a incidência solar desse local.

Para isso, utilizaremos os dados de incidência solar fornecido pelo Centro de Referência
para Energias Solar e Eólica Sérgio S. Brito – CRESESB.
http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data

Clique em Potencial Energético e insira a latitude e a longitude do local e em seguida


clique em Buscar.

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A incidência solar a 5 km de distância da cidade de Porto Velho, nos meses de janeiro
a dezembro, são essas mostradas na tabela.

Meses Incidência Solar [kWh/m².dia]


Janeiro 4,22
Fevereiro 4,38
Março 4,35
Abril 4,31
Maio 3,97
Junho 4,33
Julho 4,46
Agosto 4,79
Setembro 4,88
Outubro 4,94
Novembro 4,67
Dezembro 4,47
Média 4,48

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Agora que temos a energia a ser produzida diariamente e a incidência solar do local da
instalação do arranjo fotovoltaico, podemos calcular a potência total do arranjo e,
consequentemente, a quantidade de módulos fotovoltaicos necessários à produção de energia
para abastecer as cargas já definidas.

É importante que se considere nesse tipo de cálculo o mês de menor incidência solar,
pois, neste caso, o projeto fica mais garantido, sabendo que nos outros meses a incidência solar
é maior. Significa projetar do lado da segurança.

Portanto, em nosso exemplo, a menor incidência solar na cidade de Porto Velho é de


3,97kWh/m².dia e se dá no mês de maio.

A incidência solar também é chamada de Horas de Sol Pleno – HSP, significa dizer que
para efeito de cálculo em nosso exemplo, consideramos 3,97 horas de sol durante um dia.

Calculando a potência da usina.

Energia a ser prodizida pelos módulos: 10.650 Wh/dia

Horas de Sol Pleno – HSP: 3,97

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑥 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜

𝐸 =𝑃𝑥𝑡

Como o interesse é calcular a potência P da usina, isolamos na fórmula, a potência.

𝐸
𝑃=
𝑡

Neste ponto temos que considerar que em todo sistema de produção de energia
fotovoltaica existem perdas que devem ser consideradas no dimensionamento. Ou seja, o

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sistema não tem uma eficiência de 100%. Existem perdas com a temperatura dos módulos,
perdas no cabeamento, perdas no inversor, perdas com acúmulo de sujeiras nos módulos e
perdas com a incompatibilidade entre módulos.

Tranquilamente, podemos considerar que todas as perdas mencionadas representam


uma redução de 20% na produção de energia, ou seja, o sistema, ao invés de produzir 100%,
passa a produzir 80%.

Dito isso, vamos continuar nosso dimensionamento,

𝐸
𝑃=
𝑡𝑥ɳ

Onde:
P é a potência do sistema fotovoltaico.
E é a quantidade de energia que o sistema deve produzir.
t ou HSP é a quantidade de horas em que a irradiação solar é recebida no local.
ɳ é o rendimento do sistema

10650
𝑃=
3,97 𝑥 0,80

10650
𝑃=
3,176

𝑃 = 3.353,27 𝑊𝑝

A potência P do sistema é 3.353,27 Wp

Agora vamos calcular a quantidade de módulos do sistema.

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O projetista deve escolher qual módulo fotovoltaico quer instalar. Conhecendo a
potência do módulo, calcula-se a quantidade.

Vamos escolher o módulo do fabricante TRINA de 410Wp.

Potência da usina = 3.353,27 Wp


Potência do módulo escolhido = 410Wp
Quantidade de módulos = ?

3353,27
𝑄𝑚 =
410

𝑄𝑚 = 8,17 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠

Neste caso, podemos escolher 8 ou 9 módulos. Como estamos com nosso projeto bem
conservador, escolheremos 8 módulos.

𝑄𝑚 = 8 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠

Portanto, a potência da usina será de 8 módulos x 410Wp = 3.280Wp = 3,28kWp

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10. DIMENSIONAMENTO DO CONTROLADOR DE CARGA
A função do controlador de carga é a de proteger as baterias de serem sobrecarregadas,
ou descarregadas profundamente, e assim garantir, que toda a energia produzida pelos módulos
fotovoltaicos, seja armazenada com maior eficácia nas baterias.
Existem algumas maneiras de se calcular a corrente do controlador de carga.
Vamos mostrar uma forma de cálculo onde o projeto fica dimensionado pelo lado da
segurança.
Já dimensionamos a potência da usina, de 3,28kWp.
Da fórmula P = V x I, isolamos o I que é a corrente que queremos encontrar do
controlador. Temos então:

𝑃
𝐼=
𝑉
onde:
I: corrente do controlador de carga
P: potência da usina
V: tensão do banco de baterias

Muito importante saber qual a tensão do banco de baterias que nós vamos ligar
o sistema.
Observe a corrente do controlador de carga para ligações em 12, 24 e 48Volts.

3280
𝐼= = 273 𝐴
12

3280
𝐼= = 136 𝐴
24

3280
𝐼= = 68 𝐴
48

Vamos então, em nosso exemplo, projetar um banco de baterias em 48V. Neste


caso, nosso controlador de carga tem que ser de 68A.

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Podemos também dividir o circuito em dois de 4 módulos fotovoltaicos e ai
ligarmos cada circuito em um controlador de carga de 30A cada um, já que estamos
bastante conservadores em nossos cálculos.
Normalmente se encontra no mercado controladores de carga de 10, 20, 30, 40,
50 60, 80 e 100A.
Existem dois tipos de controlador de carga, o PWM (Pulse Width Modulation) e
o MPPT (Maximum Power Point Trackimg).
Vamos ver a diferença entre eles.
Para entender a diferença, imagine um painel comum de 135 Wp abastecendo
uma bateria de 12 V. Essa potência de pico (Wp) deste painel é a potência máxima
produzida por ele no ponto em que gera, por exemplo, 17,7 V e 7,63 A (17,7 x 7,63 =
135). Um controlador PWM, nesse momento de pico, trará os 17,7 V para 12,5 V, por
exemplo, mantendo os 7,63 A. Isso significa que dos 135 Wp, estará fornecendo para a
bateria somente 12,5 x 7,63 = 95 W, ou seja, 70% da energia fornecida pelo painel. Já o
controlador MPPT, ao mesmo tempo em que traz a tensão para 12,5 V, eleva a corrente
na mesma proporção, levando-a para 10,8 A neste caso. Assim, o controlador fornecerá
12,5 x 10,8 = 135 W para a bateria, ou seja, 100% da energia produzida pelo painel.
Como a eficiência dos controladores não é de 100%, essa diferença não será de 30%,
como no exemplo, porém pode realmente chegar a 20 ou 25%. Para saber se vale a pena
substituir um carregador PWM por um MPPT, deve-se comparar a diferença de custo
dos controladores com a redução do número de painéis, já que a maior eficiência do
sistema permitirá que se utilizem menos painéis.

Em nosso exemplo vamos escolher um controlador de carga de 60 A MPPT

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Especificação do controlador de carga escolhido:
Corrente máxima de carga: 60A
Tensão solar máxima na entrada: 150Vcc
Potência máxima solar na entrada em 12V: 800Wp
Potência máxima solar na entrada em 24V: 1600Wp
Potência máxima solar na entrada em 36V: 2400Wp
Potência máxima solar na entrada em 48V: 3200Wp

Observe que para cada tensão de ligação existe uma potência máxima dos
módulos fotovoltaicos que podem ser ligados no controlador.
Caso nossa ligação do banco de baterias fosse de 12V, o controlador só
suportaria no máximo uma potência fotovoltaica de 800Wp.
Como nosso banco de baterias está projetado para 48V, podemos ligar no
máximo nesse controlador escolhido, uma potência fotovoltaica de 3.200 Wp.
Mais uma vez é bom observar que a potência total da usina projetada foi de
3.280Wp. Mas como estamos sempre do lado mais conservador do projeto, não há
problema de ter ultrapassado 80 Wp em relação a potência da usina.

11. DIMENSIONAMENTO DO BANCO DE BATERIAS


Precisamanos entender muito bem como se dimensiona o banco de baterias no sistema
off grid, pois alguma considerações são de extrema importância para os cáculos.
Vamos lá então.
Sabemos em nosso exemplo que a energia demandada diariamente é de 5325Wh/dia.
Como já explicamos anteriormente, nunca se deve dimensionar um sistema
fotofovoltaico isolado, considerando apenas e tão-somente a energia demandada por um dia,
haja vista que em dias de chuva ou em dias nublados, não se consiga produzir essa energia
necessária ao consumo diário.
Portanto, no mínimo, devemos considerar dois dias sem sol, mas o ideal, é
considerarmos três dias sem sol.
Desta forma, considerando dois dias sem sol, nossa demanda de energia diária deve ser
duas vezes a energia demandada, ou seja, 5.325 Wh/dia x 2 = 10.650Wh/dia.
Esta então, deveria ser a energia que precisaríamos armazenar no banco de baterias
diariamente.

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Um fato importante a se considerar nesse dimensionamento é a capacidade de descarga
da bateria. Isso impacta diretamente na vida útil da mesma.
Atualmente existem dois tipos de baterias para armazenamento de sistema fotovoltaico
off grid, as baterias estacionárias de chumbo-ácido e as baterias de íon de lítio.
As mais comuns e bem mais baratas são as baterias estacionárias de chumbo-ácido, que
não devem ser confundidas com as baterias usadas em carros e caminhões. São baterias
estacionárias e específicas para armazenamento de energia.
Possuem uma vida útil relativamente pequena, em torno de 4 anos.
Normalmente se considera para esse tipo de bateria, uma profundidade de descarga de
no máximo 50%.
Voltando aos cálculos.
Devemos também considerar a eficiência da bateria, que no caso das baterias de
chumbo-ácido é de 80% a 85%.
Considerando a profundida de descarga da bateria de 50%, significa que ela vai
descarregar metade de sua carga.
Neste caso devemos recalcular a energia que precisa ser armazenada no banco de
baterias.

10650
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 = = 21.300 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
0,5

Considerando a eficiência da bateria de 80%, a energia total a ser


armazenada no banco de baterias é de :

21300
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 = = 26.625 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
0,8

Watt-hora é uma medida de energia. Vamos tranformar essa medida em potência.

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P=VxI
Onde
P é a potência dada em Watt
V é a tensão dada em Volt
I é a corrente dada em Ampere

Um equipamento que tem uma potência elétrica de 1 watt, em uma hora, consome uma
energia de 1 watt-hora.

Desta forma, podemos dizer que um equipamento que consome energia de 26.625watt
em uma hora tem uma potência de 26.625 watt.

Portanto temos: Watt = Volt x Ampere, ou Watt-hora = Volt Ampere Hora

𝑃
𝐼=
𝑉

26625 𝑣𝑜𝑙𝑡 𝑎𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎


𝐼=
48 𝑣𝑜𝑙𝑡

26625 𝑣𝑜𝑙𝑡 𝑎𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎


𝐼= = 554,68 𝑎𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎
48 𝑣𝑜𝑙𝑡

Assim sendo, nosso banco de baterias deve ter capacidade de armazenar 555Ah (ampere
hora) por dia, em uma ligação do banco de baterias em 48V.

Cálculo do número de baterias de 12V ligadas em série para um banco de baterias em


48V.

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48
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 = =4
12

Banco de baterias de 48V usando baterias de 12V.

Podemos escolher agora qual bateria queremos usar em nosso projeto.


Podemos optar por uma bateria estacionária MOURA de 220 Ah
Nosso banco de baterias com 4 baterias ligadas em série é de 220Ah / 48V
Calculando então o o banco de baterias
A energia a ser armazenada no banco de baterias diariamente é de 555Ah

555
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 = = 2,52
220

Neste caso, é conveniente optarmos por 3 bancos de baterias. Nosso sistema então com
3 bancos de baterias, pode armazenar diariamente 3 x 220 = 660Ah
E a quantidade de baterias a serem adquiridas é de 3 x 4 = 12 baterias de 12V/220Ah.
Portanto o resultado do banco de baterias é de 3 arranjos em paralelo de 4 baterias em
série.

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Vamos conferir o banco de baterias.

Descarga diária do banco de baterias = 5325Wh


Tensão do banco de baterias = 48V
Descarga diária em Ah

5325
𝐴ℎ = = 110,93𝐴ℎ
48

Armazenamento no banco de baterias com profundidade de descarga de 50%

660
𝐴ℎ 𝑐𝑜𝑚 𝐷𝑂𝐷 = = 330𝐴ℎ
2

Armazenamento no banco de baterias com a eficiência da bateria de 80%

𝐴ℎ 𝑐𝑜𝑚 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 80% = 330 𝑥 0,8 = 264𝐴ℎ

Dias de armazenamento de energia

264
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 = = 2,37 𝑑𝑖𝑎𝑠
110,93

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12. ARRANJO FOTOVOLTAICO

Nossos cálculos mostraram que precisamos de 8 módulos de 410Wp cada um.


Potência do arranjo: 8 x 410 = 3.280 Wp = 3,28kWp
Informações do módulo:
Tensão de circuito aberto (Voc): 49,40V
Corrente de curto circuito (Isc): 10,59 A
Eficiência: 20,40%
Tensão máxima de funcionamento (Vm): 40,70V
Corrente de potência de pico (Imp): 10,07A
Área (m²): 2,01m²
Informações do inversor:
Potência contínua: 2000W, portanto acima da potência encontrada de 1678W
Potência de pico: 4000W, portanto acima da potência de pico encontrada de 3335W
Informações do controlador de carga:
Corrente máxima de carga: 60A
Tensão solar máxima na entrada: 150Vcc
Potência máxima solar na entrada em 48V: 3200Wp
Para fazermos o arranjo fotovoltaico da usina a ser instalada, é muito importante
observar as caracterísiticas do inversor e do controlador de carga.
Isso posto, vamos então montar o aaranjo verificando se ele fica dentro dos parâmetros
técnicos.
i) 8 módulos em série
Voc = 49,40 x 8 = 395V
Isc = 10,59A
Não será possível montar o arranjo dessa forma porque a tensão de curto circuito
ultrapassa a tensão máxima que o controlador suporta de 150 V.
ii) 2 arranjos em paralelo de 4 módulos em série
Voc = 49,40 x 4 = 197,6V
Isc = 10,59 x 2 = 21,18A
Da mesma forma, não será possível esse tipo de arranjo por que a tensão de curto circuito
ultrapassa a tensão máxima do controlador de 150V

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iii) 4 arranjos em paralelo com 2 módulos em série
Voc = 49,40 x 2 = 98,8V
Isc = 10,59 x 4 = 42,36A
Agora sim é possível montar O sistema de 4 arranjos em paralelo de 2 módulos em série
porque tanto a tensão de circuito aberto da logação de 98,8V como a corrente de curto
circuito de 42,36A estão dentro das especificações do controlador de carga.

LIGAÇÕES DO SISTEMA DIMENSIONADO

13. CÁLCULO DOS CUSTOS DO PROJETO


É muito importante para quem trabalha com energia fotovoltaica, mostrar ao cliente as
vantagens de ter um sistema desse.
Para issso é necessário calcular os custos do gerador fotovoltaico.
Existem empresas que fornecem o gerador completo, tipo “kit”, mas não são muitas,
haja vista, que a maioria dos geradores são aqueles conectado à rede.
Entretanto, podemos cotar os equipamentos separadamente, sem nenhum prejuízo para
o sistema.

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Vamos calcular os custos de cada um dos elementos que compõem o gerador.
São eles: módulos fotovoltaicos, inversor, controlador de carga, baterias, estrutura de
suporte, cabos e conectores.

Item Descrição Fabricante Quanti Preço Preço


dade Unitário R$ Total R$
1 Módulo fotovoltaico 410Wp TRINA 8 984,00 7.872,00
2 Inversor senoidal 2000W 48V/110V JYP 1 3.500,00 3.500,00
3 Controlador de carga MPPT 60A ITRACER 1 2.850,00 2.850,00
4 Bateria 220Ah MOURA 12 1.183,00 14.196,00
5 Estrutura módulos ROMAGNOLE 2 295,00 590,00
6 Cabo solar 6mm² preto / vermelho NEXANS 100m 7,09 709,00
7 Par de conector MC4 macho / fêmea STAUBLI 4 11,23 44,92
8 Par de conector paralelo MC4 STAUBLI 4 38,32 153,28
TOTAL DOS CUSTOS R$ 29.915,20

Atente bem que esse custo se refere ao material do gerador fotovoltaico. Portanto cada
um deve compor seu preço de venda da melhor forma que achar melhor para poder
lucrar sobre a venda dos equipamentos.
Devem ser lavados em consideração para compor o preço de venda ao cliente final, os
tributos, o frete e o lucro empresarial.
Caso o cliente queira comprar o equipamento e pedir a instalação, todo cuidado é pouco,
porque geralmente no local onde vai ser instalado esse tipo de gerador tem pouco ou
nenhum recurso.
Faça um “check list” de ferramentas e equipamentos que serão usados na montagem.
Nada pode ser esquecido.
Sugerimos observar a distancia onde vai ser instalado o gerador, o custo do frete do
material da sede da empresa até o local da instalação, o tipo de transporte a ser utilizado,
a alimentação no local, o combustível do carro para deslocamento, o tempo de percurso
de ida e evolta, verificar se existe alojamento no local da isntalação caso seja necessário
dormir, quantos colaboradores vão se deslocar para a montagem e ainda verificar outros
custos que achar necessário.
Isto tudo tem que ser levado em conta, haja vista que esse custo não se resume somente
ao serviço técnico em si, mas em toda essa logística necessária. Pois, geralmente, são

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localidades distantes e todos os custos devem estar embutidos no preço dos serviços, de
preferência discriminados para que o cliente possa entender e as vezes ajudar com a
finalidade de diminuir seu desembolso.
A composição do custo, portanto, é muito relativa, por isso fica a cargo de cada um.

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