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ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO FRATERNIDADE ALBINISTA

CAPITULO 1
Princípios Gerais
ARTIGO 1º
(Constituição, Denominação, e Natureza)
1. A Associação Fraternidade Albinista, é uma pessoa jurídica de utilidade
pública sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurídica, autonomia
administrativa, financeira e patrimonial.
2. A Associação Fraternidade Albinista, integra todas as pessoas singulares ou
colectivas, nacionais ou estrangeiras que a ela adiram e se identifiquem com os
seus objectivos.
3. A Associação Fraternidade Albinista representa uma individualidade jurídica
própria, distinta da dos seus membros.

ARTIGO 2º
(Objectivos e atribuições)
1. A Associação Fraternidade Albinsta (FALB) tem como objectivo social contribuir
para a melhoria das vidas de pessoas com albinismo em Angola através da
implementação de programas apropriados de saúde, educação, sobrevivência e
resiliência, participação e desenvolvimento sustentável por meio de advocacia,
consciencialização, educação, aconselhamento vocacional e empoderamento
económico.
2. Para prosseguir com este objectivo social, a FALB propõe-se, nomeadamente, a:
a. Educar pessoas com albinismo, isto é, ensinando-as como cuidar adequadamente
da sua pele e maximizar a sua visão; inculcando-as os seus direitos e deveres
como pessoas com albinismo e, trabalhar com os pais e encarregados de
educação para auxilia-las na mesma educação.
b. Mobilizar recursos para a aquisição de protectores solares e outros meios de
protecção.
c. Educar o publico em geral, isto é, desenvolvendo e/ou distribuindo materiais
educativos sobre a temática e implementar programas que expliquem o
albinismo de uma forma clara e directa às pessoas sobre a sua genética e as
respectivas implicações psicossociais.
d. Promover campanhas de sensibilização da população para propiciar uma
convivência harmoniosa entre pessoas com albinismo e não albina em todo
território nacional.
e. Exibição adequada e exacta do albinismo na mídia, isto é, providenciando
conselhos e advocacia em todas as formas do Albinismo.
f. Educar os profissionais de saúde, isto é, desenvolvendo e/ou distribuindo
materiais para apoiar e ajudá-los a diagnosticar o albinismo adequadamente
fornecendo às famílias recursos e informação apropriada.
g. Desenvolver e distribuir literatura e informações sobre como criar uma criança
com albinismo.
h. Incentivar as pessoas com albinismo a recorrer às instituições de saúde o mais
cedo possível para o rastreio do carcinoma espinocelular.
i. Treinar os educadores, isto é, desenvolvendo e/ou distribuindo materiais de
apoio aos professores para capacita-los a formar pessoas com albinismo por
forma a atingir o seu grande potencial educacional.
j. Defender os direitos humanos, isto é, trabalhando para assegurar que as pessoas
com albinismo sejam tratadas com igualdade e dignidade, em qualquer sítio de
Angola.
k. Promover a pesquisa científica, isto é, coordenando esforços e assegurar que as
oportunidades de investigação para aprender mais sobre o albinismo bem como
a sua gestão estejam a ser explorados em todo território nacional.
l. Por parte do governo e outras entidades de direito, lutar para a subvenção de
protectores solares e outros produtos que permitem a prevenção contra o cancro
da pele e queimaduras resultantes da excessiva radiação solar, de forma que
estes produtos estejam ao alcance de todos que carecem dos mesmos.
m. Implementar e Desenvolver o Plano de Acção Nacional para o Albinismo
(alinhado ao Plano de Acção Regional pelo Albinismo em África sob a égide da
União Africana e das Nações Unidas) através de consulta e cooperação com
outros actores sociais relevantes.

ARTIGO 3º
(Sede e âmbito de acção)
1. A Associação Fraternidade Albinista tem a sua sede na província do Namibe.
2. A Associação Fraternidade Albinista pode desenvolver acções em todo território
nacional, mediante deliberação da Assembleia Geral, sob proposta do conselho de
direcção.

ARTIGO 4º
(Duração)
A sua duração é por tempo indeterminado e o início das suas actividades corresponde á
data da sua constituição.

CAPITULO II
Órgãos Sociais
ARTIGO 5º
(Organização e Gestão)
A Associação Fraternidade Albinista consta de um Presidente, Vice-Presidente,
Secretário-Geral, Gabinete de Assessoria Jurídica, Comunicação e Imagem, Gabinete de
Administração e Finanças, Comissão Fiscal e integram os seguintes órgãos:
a) Assembleia Geral
b) Conselho de Direcção
c) Conselho Fiscal
CAPÍTULO III
Funcionamento dos Órgãos Centrais
ARTIGO 6.º
(Assembleia Geral)
a) A Assembleia Geral é o órgão máximo da associação constituída por todos
os membros em pleno gozo dos seus direitos e é presidida pelo Presidente da
mesa da Assembleia Geral ou o Presidente da Associação.
b) A Mesa da Assembleia Geral é constituída por 3 (três) elementos: O
Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário;
c) A Assembleia reúne semestral e extraordinariamente quando for necessário
mediante a convocatória do seu Presidente;
d) Cabe á Assembleia Geral velar pela instituição e pelo cumprimento das
orientações baixadas.

ARTIGO 7.º
(Secretário da Assembleia Geral)
Compete-lhe as seguintes atribuições:
a) Cumprir e fazer cumprir as orientações superiormente baixadas;
b) Coordenar todas as actividades da Assembleia;
c) Informar com regularidade e pertinência todas as ocorrências ao Presidente
da Assembleia Geral nas cerimónias oficiais sempre que as circunstâncias o
exigem.

ARTIGO 8.º
(Competência e Atribuição da Assembleia Geral)
Compete á Assembleia Geral, Órgão Soberano da Associação:
a) Analisar, interpretar, alterar o Estatuto e o Regulamento Interno;
b) Criar comissões especiais de trabalho, em reuniões convocadas
especialmente para esse fim;
c) Apreciar e votar o relatório da Direcção Executiva;
d) Proceder á filiação/admissão dos Membros;
e) Os titulares de cargo dos órgãos da associação são eleitos pela Assembleia
Geral entre os Membros efectivos;
f) A Assembleia Geral poderá propôr uma lista de candidatos a serem presentes
as eleições, antes de 15 (quinze) dias;
g) A duração do mandato é de 5 (cinco) anos, só sendo possível a reeleição por
mais um mandato. A renovação dos mandatos pode não ser completa para
todos os membros dos órgãos correspondentes, porém feitas parcialmente;
h) Se o cessante teve um brilhante mandato, pode se candidatar ou ser reeleito.

ARTIGO 9.º
(Convocação e Reuniões)
a) A Assembleias Gerais é convocadas pelo Presidente da Mesa da Assembleia,
por meio de carta ou telefone com o conteúdo e com uma antecedência mínima
de 15 (quinze) dias, com indicação do dia, hora e o lugar da realização da
reunião e devendo para o efeito serem enviados os documentos a apreciarem e
discutir;
b) A Direcção Geral considera-se legalmente constituída quando estiverem
presente ou com a representação pelo menos metade e mais um dos membros em
pleno gozo dos seus direitos;
c) Se a hora marcada na convocatória não estiver presente no local indicado metade
dos seus membros, a Assembleia poderá reunir uma hora depois com a presença
dos membros na sessão de acordo com o consenso da maioria.

ARTIGO 10.º
(Do Presidente da Associação)
São deveres do Presidente da Associação os seguintes:
a) Exercer o poder disciplinar de acordo com o estatuto,
b) Criar novas estruturas de base e extinguir aquelas que não se justificar úteis para
a Associação
c) Criar parcerias com estruturas do Governo ou outras, não-governamentais
nacionais ou estrangeiras,
d) Representar a Associação nas cerimónias oficiais;

ARTIGO 11.º
(Vice-Presidente)
O Vice-Presidente é coadjuvante do Presidente da Associação a quem compete:
a) Exercer as funções de direcção que lhe forem delegados pelo Presidente;
b) Velar pela administração e orçamento da Associação e o relatório;
c) Organizar as reuniões da Associação;
d) Substituir o Presidente da Associação nas ausências ou no caso de incapacidade;
e) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas.

ARTIGO 12.º
(Secretário Geral)

a) O Secretário-Geral é o executor de todas orientações baixadas pela Assembleia


Geral e pelo Presidente;
b) Dar o tratamento adequado de todos os documentos saídos da Assembleia Geral,
bem como de todos os expedientes essenciais para o funcionamento da
associação;
c) Apoiar os associados que se deslocam em missão de serviço;
d) Emitir o plano mensal, trimestral ou anual das actividades da Associação caso
haja necessidade;
e) Redigir e fazer transcrever as actas, assinando-as com o Presidente.

ARTIGO 13.º
(Secretário Geral Adjunto )
a) O Segundo Secretário-Geral é o substituto oficial do 1.º Secretário sempre que
houver necessidade;
b) Auxiliar o 1.º Secretário-Geral na implementação das orientações baixadas
superiormente.
ARTIGO 14.º
(Gabinete Jurídico, Âmbito e Competência)
O Gabinete Jurídico é o órgão da Associação, encarregue na fiscalização e a
superintendência da aplicação e execução dos instrumentos legais da Associação e
dirimir os conflitos internos que podem ocorrer entre os membros.
Compete ao Gabinete Jurídico as seguintes atribuições:
a) Velar pelo cumprimento das disposições dos programas da Associação;
b) Velar pela aplicação correcta das directrizes e decisões dos órgãos executivos da
Associação;
c) Pronunciar-se sobre os relatórios dos órgãos executivos da Associação;
d) Emitir pareceres sobre o plano anual das actividades da Associação e fazer o
acompanhamento na sua execução;
e) Velar pela unidade e pureza dos actos dos membros que infrinjam os dispostos
na lei do Estatuto e do Estado;
f) Combater todas tentativas de formação de fracção, teses oportunistas e
concepções incorrectas dentro da Associação;
g) Defender o prestígio da Associação, dos seus membros, combatendo as calúnias,
informações tendenciosas, falsas acusações e boatos;
h) Propôr a anulação dos actos e das deliberações que contrariam o Estatuto da
Associação;
i) Instruir processo de impugnação da validade das deliberações e das decisões dos
órgãos da Associação.

ARTIGO 15.º
(Gabinete de Comunicação e Imagem)
a) Educar a população em relação ao albinismo com base no argumento científico
em detrimento das crenças e tabus;
b) Incentivar a sociedade de pessoas com Albinismo o aperfeiçoamento da cultura,
desporto, a formação profissional, etc;
c) Promover campanhas de sensibilização da população nas rádios, televisão,
livros, revistas, jornais, igrejas, sobas, etc., para propiciar uma convivência
harmoniosa entre a população albina e não albina em todo o País;
d) Sensibilizar as instituições de direito, á formação de médicos especiais e
aquisição de meios auxiliares visuais, para facilitar a integração de pessoas de
redução visuais albinas no local laboral e de ensino;
e) Mobilizar recursos para a aquisição de bloqueadores solares e outros meios de
protecção;
f) Sensibilizar as pessoas com Albinismo no uso de roupas protectoras.

ARTIGO 16.º
(Gabinete de Administração e Finanças)

a) Velar pela correcta gestão dos recursos financeiros e patrimónios da Associação;


b) Acompanhar pela execução e emitir parecer sobre o orçamento da Associação;
c) Emitir sobre a alienação dos bens patrimoniais da Associação;
d) Realizar as demais tarefas constantes do presente Estatuto e Regulamento da
Associação.
ARTIGO 17.º
(Comissão Fiscal e Competências)

a) A Comissão Fiscal é o órgão fiscalizador de conta, património e serviço da


associação;
b) Ela é composta por três elementos, sendo 1 (um) Presidente, 1 (um) Secretário e
1 (um) Vogal;
c) Os membros não devem exercer cumulativamente cargos no Conselho
Directivo.
d) Dar parecer sobre o relatório de contas da Direcção Executiva;
e) Dar parecer em qualquer assunto de ordem patrimonial da Direcção Executiva
sempre que lhe solicitam.
ARTIGO 18.º
(Competência do Presidente da Comissão Fiscal)

Compete ao Presidente da Comissão Fiscal:


a) Representar a comissão Fiscal, convocar e presidir reuniões;
b) Executar o cumprimento das competências ao artigo anterior.

ARTIGO 19.º
(Competência do Secretário da Comissão Fiscal)

Compete ao Secretário:
a) Tratar dos assuntos e de todos os expedientes da Comissão Fiscal, assim
como elaborar as actas das reuniões;
b) Representar o Presidente da Comissão Fiscal nas suas ausências e
impedimentos.

ARTIGO 20.º
(Reuniões do Conselho Fiscal)

O Conselho Fiscal reúne-se de acordo com as condições o exigir extraordinariamente


sempre que for necessário, com a participação de 2/3 dos membros.

CAPITULO IV
ARTIGO 21.º
(Dos Direitos e Deveres)
1. São direitos dos membros:
a) Participar das reuniões e de todas as actividades da Associação;
b) Candidatar-se aos órgãos da Comissão;
c) Requerer a convocação de uma Assembleia Extraordinária;
d) Participar de todos os eventos promovidos pela Associação;
e) Fazer sugestões para o engrandecimento e desenvolvimento da Associação;
f) Eleger e ser eleito para o cargo de Direcção;
g) Possuir cartão de membro;
h) Ter direito de opinião e de defesa;
i) Gozar férias e licenças disciplinares
j) A direcção tem direito á subsídio e remunerações especiais se houver.

2. São deveres de todos membros:


a) Respeitar o disposto no presente Estatuto;
b) Contribuir e zelar pelo bom nome da Associação;
c) Pagar as quotas com regularidade;
d) Defender as causas da Associação e os Direitos Humanos;
e) Servir a comunidade.

ARTIGO 22.º
(Da admissão)
1. A admissão dos candidatos á membros da Associação observa os seguintes requisitos;
a) Apresentação de documento de identificação pessoal;
b) Preenchimento de um formulário;

ARTIGO 23.º
(Perda do Direito de Membro)
1. Perdem o direito de membros da Associação, aqueles que:
a) Renunciarem voluntariamente;
b) Optarem por uma conduta ética moral, contrarias aos objectivos da Associação;
c) Exercerem actividades que contrariam decisões da Assembleia;
d) Violarem de forma grave e reiterada as disposições do presente Estatuto;
2. O membro excluído por falta de pagamento pode ser readmitido mediante o pagamento
de seu débito, junto da tesouraria da Comissão.
3. A perda da qualidade de membro é determinada pela Administração cabendo sempre
recurso à Assembleia.

CAPITULO V
(Finanças e Património)
ARTIGO 24º
(Receitas e despesas)
1. O património da Associação é constituído de bens móveis que possua ou venha a
possuir por compra, permuta ou doação a qualquer de seus órgãos.
2. Nos termos do número anterior, considera-se receitas da Associação as
seguintes:
a) Quotas e contribuições dos membros, bem como doações de padrinhos
ONGs) nacionais e estrangeiras que eventualmente anuírem aos seus programas;
b) Outros donativos;
c) Microprojectos que visem a auto-sustentação da associação.
d) Vendas das publicações próprias ou de terceiros relacionadas com a
finalidade da Associação: Feiras e Leilão.
ARTIGO 25:º
(Aplicação das receitas e património)

a) As receitas serão aplicadas pela coordenação dos fins da organização da


Associação;
b) O Património da Associação será administrado e gerido pela direcção executiva
e fiscalizado pela Comissão Fiscal, aplicando-o integralmente no Pais para o
alcance dos seus objectivos institucionais.

ARTIGO 26.º
(Dissolução-destino das receitas e do Património)

A Associação, poderá ser dissolvida assim como as receitas e património, mediante a


deliberação da Assembleia Geral, expressamente convocada para o efeito ou
excepcionalmente por decisão dos órgãos de direito, quando comprovadamente se
verifique que se desvie os objectivos pelos quais foram instituídos.

ARTIGO 27.º
(Alteração do Estatuto)

O Estatuto da Associação será alterado, em Assembleia Geral convocada para o efeito e


contando com o voto de 2/3 dos membros presentes e no pleno gozo dos seus direitos.

ARTIGO 28.º
(Disposições Finais e omissões)

As dúvidas e omissões serão esclarecidas em sessão ordinária da Assembleia Geral para


o efeito.
ARTIGO 29.º
(Entrada em vigor)
O presente Estatuto entra em vigor a partir da data da sua aprovação tutelar.

Aos 11 de Fevereiro de 2021.

O Presidente da Mesa da Assembleia Constituinte

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