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Página 1 EMR - Ano 14, Número 28

RELATO DE EXPERIÊNCIA
REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOCENTE NA PERSPECTIVA
ETNOMATEMÁTICA
Maria Cecilia de C. B. Fantinato¹
Alexis Silveira²
André Luiz Gils³
Andréa Thees4
Claudio Fernandes da Costa5
Gisele Américo Soares6
Núbia Vergetti7
Thiago Brañas de Melo8
Wellington Rodrigues Galvão 9

Resumo: Este artigo tem como objetivo relatar a experiência vivida pelos autores no desenvolvimento de minicursos propostos ao longo do
ano de 2010. Tais atividades tiveram por objetivo discutir a prática docente interagindo com os saberes discentes e a cultura cotidiana, assim
como os princípios esperados numa formação dentro da perspectiva etnomatemática. O artigo foi construído a partir da análise das respos-
tas de um questionário de avaliação proposto aos participantes ao final das atividades.

A
motivação da elaboração da experiência rela- no qual essas situações seriam debatidas, de maneira a esti-
tada neste artigo nasceu do debate acerca de mular a reflexão sobre o que consiste a prática de sala de
algumas situações vivenciadas no espaço de aula na perspectiva etnomatemática. Diante do interesse
sala de aula por alguns integrantes de um grupo de pes- despertado nesta primeira versão, reapresentamos o mini-
quisa em Etnomatemática (10), seja na condição de pro- curso em outros eventos, ao longo do ano de 2010.
fessores, seja na condição de pesquisadores em trabalho A organização dos minicursos e a avaliação das experiências
de campo. Todas as situações abordavam aspectos da vividas possibilitaram ao grupo organizador a reflexão sobre
atuação de professores, de diferentes contextos educati- as principais ideias que acompanham o referencial da Etno-
vos, frente às diversas formas de raciocinar matematica- matemática, as características mais marcantes de uma postu-
mente de seus alunos. Propusemo-nos então a organizar ra etnomatemática do professor, os anseios dos professores
um minicurso para a V Semana de Matemática da UFF, e licenciandos envolvidos nessas atividades, bem como

¹ Doutora em Educação – Ensino de Ciências e Matemática (mcfantinato@gmail.com) Coordenadora do Grupo de Etnomatemáti-


ca da UFF. Universidade Federal Fluminense, Campus do Gragoatá, Bloco D, Niterói, RJ. Tel: (21) 26292640.
² Mestrando em Educação (prof.alexissilveira@gmail.com)
³Os integrantes do Grupo de Etnomatemática da UFF registram sua homenagem ao professor e Mestre em EducaçãoAndré Luiz
Gils, in memorian, por sua dedicação, trabalho e companheirismo junto ao grupo, à perspectiva Etnomatemática e à Educação
de Jovens e Adultos deste país.
4
Mestranda em Educação (andrea.thees@globo.com)
5
Doutor em Educação (claudiofernandesdacosta@gmail.com)
6
Mestranda em Educação (giseleamerico@hotmail.com)
7
Mestre em Educação (nubia.vergetti@ig.com.br)
8
Mestrando em Ciência, Tecnologia e Educação (thiago.branas@ifrj.edu.br)
9
Mestre em Educação (wr.galvao@uol.com.br)
10
Grupo de Etnomatemática da UFF.

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a importância de momentos de for- propósito.


mação que se apresentem de forma Listamos a seguir uma síntese das características de cada minicurso: evento cien-
dialógica, respeitando e aproveitan- tífico, local, data, título da atividade e perfil dos participantes.
do os saberes e vivências trazidas
pelos participantes. Durante as reu- Tabela 1 – Descrição dos encontros realizados
niões do grupo de pesquisa, a leitura
dos questionários de avaliação apli-
cados aos participantes dos minicur-
sos, fez surgir a ideia deste artigo.
Visamos, por meio dele, divulgar
uma experiência de trabalho colabo-
rativo, que trouxe crescimento ao
grupo e gerou várias reflexões sobre
as contribuições da Etnomatemática
em processos de formação continu-
ada.
Tabela 2 – Perfil dos participantes dos minicursos
2 – O caminho percorrido

A metodologia de trabalho
dos minicursos foi pensada para ser
desenvolvida de modo coerente
com o objetivo proposto. Assim, sua
dinâmica incluiu as seguintes etapas,
Para ilustrar o processo vivido, apresentamos a seguir uma das situações originadas
todas com acompanhamento simul-
durante uma aula de Matemática e que foi utilizada como atividade do minicurso.
tâneo dos responsáveis pelo mini-
curso, interagindo e esclarecendo
Figura 1 – Situação problema
dúvidas sobre cada atividade: apre-
sentação inicial do grupo de pesqui-
sa e da proposta das atividades;
análise em pequenos grupos de cin-
co situações de sala de aula, apre-
sentando diferentes formas de atua-
ção do professor frente ao saberes
matemáticos dos alunos; socializa-
ção das reflexões desenvolvidas nos
pequenos grupos sobre as situações
apresentadas e os processos envol-
vidos; apresentação geral das ideias
da Etnomatemática e das caracterís-
ticas de uma prática docente que
leve em conta os saberes discentes;
por fim, o recolhimento das críticas,
sugestões e subsídios por meio de
um questionário elaborado com este

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Após deixarmos um tempo para os to tempo. A postura etnomatemática que se propunha a discutir a prática
participantes pensarem no processo do professor, de escuta e busca de docente na perspectiva da Etnomate-
de resolução de Maria, relatávamos compreensão dos processos utiliza- mática? Seria o interesse pela forma-
como havia se dado a situação real, dos pela educanda, favoreceu a ex- ção, seja inicial ou continuada, um
descrita aqui pelo próprio professor plicitação do processo pela mesma, motivador para a participação? O
de sala de aula e um dos autores evidenciando toda sua riqueza. título da atividade despertou alguma
deste artigo: curiosidade? Seria a busca por mu-
Cabe ressaltar que os participantes
danças na forma de ensinar Matemá-
Aos poucos, fui liberando os outros tendiam a resolver os problemas
tica uma das motivações dos partici-
alunos e pedi um minuto de prosa a propostos de imediato, para em se-
pantes? Essas eram algumas das in-
ela. Perguntei-lhe se tinha entendi- guida comparar esta resolução com
do como eu fizera e ela estranha- dagações iniciais do grupo, ao anali-
aquela desenvolvida na atividade e
mente disse-me que sim, mas pre- sar os questionários de avaliação,
só então analisar os aspectos aí en-
feria o seu por ser mais fácil. Pedi para as quais obtivemos algumas
volvidos. Após a mediação dos orga-
que ela me convencesse daquilo e respostas, discutidas a seguir.
nizadores do minicurso junto aos
me explicasse o seu método... Ma-
pequenos grupos, este comporta- Em primeiro lugar, percebemos que
ria começou me explicando que
fazia as subtrações fora da divisão mento era transformado em busca o termo Etnomatemática despertou
para não se confundir e que conta- pela compreensão dos processos alguma curiosidade e a sua presença
va com grupos de cinco em cinco – envolvidos na solução daquelas situ- nos títulos dos minicursos foi um dos
portanto, dez eram dois de cinco – ações problema. motivos do interesse dos participan-
pois era assim que ela fazia lá em tes. Diante da pergunta do questio-
Ao final das atividades, os
Goiás no corte da cana... Ah, os nário “que razões o (a) levaram a
pauzinhos eram em verdade feixes participantes eram convidados a pre-
participar deste minicurso sobre Et-
de cana. Contou-me também que encher um questionário de avaliação,
nomatemática?” apareceram respos-
eram de cinco em cinco, pois era, cujas perguntas indagavam sobre as
tas mais gerais como “ter um conhe-
dessa forma, mais leve para trans- razões que teriam levado a procurar
portá-las até o caminhão a assim cimento maior sobre o assunto e
aquele minicurso, as expectativas
podia calcular seu salário-dia – saber lidar com ele”(C4(11)), “buscar
sobre o mesmo e se essas tinham
duzentas canas = R$ 10,00. novos preceitos para o ensino da
sido atendidas, e quais as suas con-
(FANTINATO & DE VARGAS, 2010, Matemática”(B1). Também encontra-
tribuições para a prática docente,
p.42) mos respostas mais específicas, de
além de levantar críticas e sugestões.
A forma própria de resolução do quem buscava uma melhor compre-
A partir das informações pres- ensão do conceito de Etnomatemáti-
problema por Maria, agrupando de
tadas nos questionários, estabelece- ca: “entender o conceito da Etnoma-
cinco em cinco e não em base dez
mos uma metodologia de análise de temática e como isso contribuiria
(como seria a forma escolar), reflete
conteúdo das respostas, destacando para vida profissional” (B15), “a curi-
as estratégias de sobrevivência
pontos de semelhança/diferença osidade para descobrir o que é Etno-
construídas em seu passado agríco-
entre as mesmas. As principais ideias matemática” (B7), e “vontade de
la. A experiência do peso do trans-
oriundas desta análise serão desen- saber mais sobre Etnomatemática,
porte dos feixes de cana marcou-a
volvidas no tópico seguinte. pois já tinha escutado falar, mas não
tão profundamente, ao ponto de
estruturar seu raciocínio matemáti- 3 – Análise das respostas sabia ao certo o que era” (A5).
co na sala de aula da Educação de Apesar de alguma diversidade sobre
Que expectativas tinham os partici-
Jovens e Adultos, mesmo após mui- as (pré) concepções dos participantes
pantes ao procurar um minicurso

(11)Chamaremos os participantes sempre de uma letra acompanhada de um número, a letra identifica o encontro que ele frequentou e o número a
página que se encontra seu questionário respondido em nosso arquivo.

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a respeito da Etnomatemática, hou- O termo metodologia de ensino é já tinham esta visão de que os alu-
ve bastante consenso de que o tra- comumente associado a um conjun- nos constroem diferentes tipos de
balho docente nesta perspectiva to de estratégias e uso de materiais, conhecimento matemático de acor-
implica na “incorporação, no currí- para que o conhecimento relaciona- do com suas experiências sociocul-
culo, de elementos pertencentes ao do a um conteúdo disciplinar espe- turais e buscam formas de dialogar
ambiente sócio-cultural dos alunos cífico (no caso, a Matemática) possa com os mesmos. Este aspecto foi
e professores, como ponto de parti- ser construído. No entanto, concor- perceptível nas respostas, ao notar-
da para as actividades matemáticas damos com Alexandrina Monteiro mos uma particular curiosidade em
na sala de aula” (GERDES, 2007, de que a Etnomatemática não é relação ao título do segundo mini-
p.209). Esta é, sem dúvida, uma das uma metodologia de ensino. “Essa curso. Algumas delas sinalizavam
formas mais difundidas de associa- forma de compreender a etnomate- que dentre os motivos da escolha
ção da Etnomatemática à educação mática como uma relação de causa do mesmo, haviam alguns relacio-
e está representada em muitas fa- e efeito, ou seja, de um lado uma nados à busca de um entendimento
las, como “este minicurso me ensi- metodologia que articule os saberes sobre o termo práticas discentes:
nou a valorizar o saber discente e escolares e cotidianos e de outro o “Curiosidade na definição de práti-
otimizá-lo ao saber docente”. (A4) e interesse gerando disciplina, é um cas discentes, porque normalmente
“Ela mostra como desenvolver o entendimento equivocado dessa não existem palestras/oficinas a
ensino de matemática a partir do proposta.” (MONTEIRO, 2004, esse respeito”(B3) “Por estar no 5º
conhecimento prévio do alu- p.433). Esta autora atribui esta rela- período, já estudamos etnomate-
no.” (A2) Apesar de muito difundi- ção de causa e efeito à forma como mática, o que chamou-me a aten-
da, esta ideia de que a Etnomate- os Parâmetros Curriculares Nacio- ção foi a ‘prática discente’.” (B4). O
mática procura fazer a ponte entre nais de 1996 discutiram a Etnoma- destaque dado ao sujeito das práti-
os conhecimentos locais e os co- temática, ou mesmo às propostas cas, desta vez os alunos e não os
nhecimentos escolares não é sim- de formação continuada a que es- docentes, como seria o esperado,
ples, nem consensual entre os pes- tão habituados os professores, his- chamou a atenção desses partici-
quisadores da área, devido à com- toricamente, que se limitam, muitas pantes. A mudança do termo indica,
plexidade envolvida em fazer a vezes, a treinamento de técnicas de nossa parte, uma crença de que
transferência de conhecimento de metodológicas. os educandos desenvolvem saberes
um contexto para outro (PAIS, próprios do repertório comum a
A Etnomatemática como uma das
2011). suas comunidades de prática
áreas de pesquisa em educação
(WENGER, 1998).
Associada a idéia de trabalhar a matemática tem contribuído para a
partir dos saberes dos educandos, ampliação do que é entendido co- Outra questão que emergiu da aná-
encontramos também a concepção mo conhecimento matemático, pois lise dos questionários foi a busca
de Etnomatemática como uma me- “ao reconhecer ‘mais de uma dos participantes por aperfeiçoa-
todologia a ser utilizada em sala de matemática’, aceitamos que exis- mento. Ao indagarmos os motivos
aula. Neste sentido, são ilustrativas tem diversas respostas a ambientes que os levaram a participar do mini-
as respostas: “[…] poder comparti- diferentes. Do mesmo modo que há curso, obtivemos respostas que
lhar todo esse desafio que a mesma mais de uma religião, mais de um indicavam esta preocupação: “Para
impõe em se tratando de aplicá-la a sistema de valores, pode haver mais obter uma formação continuada,
sala de aula. (A1) e “[…] aprender de uma maneira de explicar e de visando uma formação acadêmica
como agir em sala de aula e como compreender a realida- melhor.” (B2) “Buscar um conheci-
desenvolver a Etnomatemática de” (D’AMBROSIO, 2010, p.8). mento maior, aprender como agir
(B5)”. em sala de aula.” (B5) “Para conhe-
Assim, muitos participantes
cimento e entendimento melhor do

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assunto. E saber o que ele pode compreensão da relação entre ação do para os conhecimentos primeiros
colaborar para minha forma- e reflexão. Em estudos anteriores e para as vivências socioculturais dos
ção.” (B10) (FANTINATO & SANTOS, 2007; GILS, educandos.
2010), observamos que o trabalho na
As afirmações dos participantes 3 – Algumas considerações
perspectiva da Etnomatemática pro-
indicam que há um movimento de Trabalhar na perspectiva da etnoma-
picia um processo de legitimação em
busca de aperfeiçoamento, seja por temática significa legitimar saberes
via de mão-dupla. Ao dispor-se a
graduandos ou por professores, que matemáticos construídos em diver-
aprender com seus alunos sobre suas
os leva a frequentar cursos e a par- sos contextos sociais, adotar uma
formas de matematizar, ao valorizar
ticipar de eventos educacionais, postura de dialogicidade, de abertura
seus saberes e suas vivências, o pro-
dando indícios de que a formação para o outro e para o mundo (FREIRE,
fessor legitima também seus pró-
continuada ganha cada vez mais 1974). Durante os minicursos, perce-
prios saberes docentes, fortalecendo
espaço na formação do professor, bemos que a metodologia adotada
sua autonomia profissional.
como destacam Gatti e Barreto pelo grupo foi coerente com essa
(2009). Talvez por terem vivenciado Outro aspecto ressaltado pelos parti-
perspectiva, como podemos identifi-
uma formação inicial que, segundo cipantes foi a atitude de observador
car nos relatos: “O diálogo entre o
Fiorentini (2003, p. 9), “é predomi- do professor, a importância de uma
grupo, foi ótimo, poder trocar diver-
nantemente retrógrada e centrada postura atenta e sensível frente aos
sas experiências aprendendo uns
no modelo da racionalidade técnica saberes dos educandos: “...me tor-
com os outros” (C2); “Acho que as
que cinde teoria e prática”, os pro- nando um professor observador, pois
experiências compartilhadas me aju-
fessores e graduandos busquem a realidade do aluno deve ser levada
daram a refletir mais sobre o cuidado
outros espaços de desenvolvimento em conta e que professor e aluno
na prática docente e aos saberes dos
profissional, como o minicurso a- aprendem juntos.” (A6); “porque a
alunos” (A12). Percebemos que foi
presentado neste artigo. partir desse momento estarei mais
enriquecedora a troca de idéias e a
atento/sensível a questionamentos
Como os participantes avaliaram a partilha das experiências. As oficinas
que ocorrem em aula.” (A13). Pelos
contribuição da atividade para sua e minicursos ministrados por nosso
relatos, a experiência do minicurso
formação e prática docente? As grupo de pesquisa buscaram trazer
parece ter contribuído para a
respostas dão algumas pistas: “O ao debate uma postura dialógica do
“ressignificação” da escuta do pro-
curso abriu minha mente para ou- educador e a importância da valida-
fessor, pois, ao “procurar desenvol-
tros assuntos e o modo de como ção dos saberes discentes nas suas
ver no professor uma escuta mais
tratar a educação e o ensino com o práticas docentes através de um o-
atenta e apurada, estamos procuran-
aluno.” (C1); “Irei valorizar mais os lhar etnomatemático.
do reverter a dinâmica das relações
conhecimentos dos meus futuros
em uma sala de aula de matemática
alunos.” (C3); “Pretendo ficar mais
que, em geral, são feitas de respos-
atenta a que tipos de questões
tas em vez de perguntas.” (DOMITE,
“contextualizadas” estarei aplican-
2011, p. 63) Um dos participantes
do em sala de aula e o que os alu-
sugere até que se inclua a Etnomate-
nos expressam no papel.” (B7). A
mática nos currículos da Graduação,
legitimação dos saberes e das expe-
pois “[só] assim teríamos mais pro-
riências que os alunos trazem em
fessores sensíveis às realidades dos
sua bagagem contribui para um
alunos” (A8). A experiência dos mini-
processo de ensino aprendizagem
cursos vem evidenciar, então, a im-
que referenda os interesses de alu-
portância de uma formação docente
nos e professores e leva a uma
que desenvolva um olhar diferencia-

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28 a 31 de outubro de 2012
Petrópolis, Rio de janeiro, Brasil

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