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Responsabilidade Social
Material Teórico
Desenvolvimento Sustentável
Revisão Técnica:
Prof.a Dr.a Solange de Fatima Azevedo Dias
Revisão Textual:
Prof. Dr.a. Selma Aparecida Cesarin
a
Desenvolvimento Sustentável
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Discorrer sobre o conceito de desenvolvimento sustentável.
· Apresentar como se aplica o desenvolvimento sustentável no meio
empresarial.
· Apresentar o protocolo verde e o Princípio do Poluidor-Pagador (PPP).
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
no Mundo Empresarial
Na Conferência Rio 92, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Susten-
tável participou da temática empresa e meio ambiente. O Conselho de reunião se
deu com importantes líderes empresariais de diversos países, os quais posteriormen-
te elaboraram um documento sobre desenvolvimento sustentável voltado ao meio
empresarial e intitulado Mudando o rumo: uma perspectiva global do empresa-
riado para o desenvolvimento e o meio ambiente.
Emprego
Crescimento
Sucesso
econômico do negócio
Quota de
mercado
Prestação
de serviços
Como Medidas
separar? governativas Incentivos Competitividade
Conhecimento
Visão de
negócio Novos
produtos
Novas
Utilização competências
Estratégia da
ecoeficiência da natureza
Inovação
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Declaração de Princípios da Indústria para o Desenvolvimento Sustentável
1. Promover a efetiva participação proativa do setor industrial, em conjunto com a sociedade, os parlamen-
tares, o governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e aperfeiçoar leis, regula-
mentos padrões ambientais;
2. Exercer a liderança empresarial, junto à sociedade, em relação aos assuntos ambientais;
3. Incrementar a competitividade da indústria brasileira, repeitados os conceitos de desenvolvimento sus-
tentável e o uso racional dos recursos naturais e de energia;
4. Promover a melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos sistemas de gerenciamento ambiental, saúde e
segurança do trabalho nas empresas;
5. Promover a monitoração e a avaliação dos processos e dos parâmetros ambientais nas empresas.
Antecipar a análise e os estudos das questões que possam causar problemas ao meio ambiente e à saúde
humana, bem como implementar ações apropriadas para proteger o meio ambiente;
6. Apoiar e reconhecer a importância do envolvimento contínuo e permanente dos trabalhadores e do com-
prometimento da supervisão nas empresas, assegurando que os mesmos tenham o conhecimento e o
treinamento necessários com relação às quetões ambientais;
7. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, com o objetivo de reduzir ou eliminar
impactos adversos ao meio ambiente e à saúde da comunidade;
8. Estimular o relacionamento e as parcerias do setor privado com o governo e com a sociedade em geral, na
busca do desenvolvimento sustentável, bem como na melhoria contínua dos processos de comunicação;
9. Estimular as lideranças empresariais a agir permanentemente junto à sociedade com relação aos
assuntos ambientais;
10. Incentivar o desenvolvimento e o fornecimento de produtos e serviços que não produzam impactos
inadequados ao meio ambiente e à saúde da comunidade;
11. Promover ao máximo divulgação e conhecimendo da Agenda 21 e estimular sua implementação.
Fonte: CNI (2002, p. 24).
Sustentabilidade Econômica,
Social e Ambiental
Nas organizações, o desenvolvimento sustentável se manifesta sob três dimen-
sões: social, ambiental e econômica.
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UNIDADE Desenvolvimento Sustentável
Social
Desenvolvimento
Sustentável
Econômico Ambiental
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valores, objetivos e processos que uma organização deve estar baseada para criar
resultados nas três dimensões: ambiental, social e econômica.
Conhecido também como os 3P, ou seja, People, Planet e Profit, ou, pessoas,
Planeta e lucro, o triple bottom line é o tripé da sustentabilidade, um conceito que
poderá ser aplicado tanto de forma ampla, para um país ou até mesmo o Planeta,
como de modo mais localizado, como uma residência, empresa, cidade etc.
Protocolo Verde
O protocolo verde é um documento do governo federal que, através de seus
bancos oficiais e ministérios, incorpora na gestão e concessão de crédito e benefí-
cios fiscais a variável ambiental, com o objetivo de criar mecanismos que evitem a
utilização de créditos e benefícios em empreendimentos e atividades que possam
prejudicar o meio ambiente.
Assim, o protocolo verde surgiu para dar suporte a esse artigo. Na mesma Lei
se prevê que aqueles que não cumprirem essas determinações exigidas terão a “[...]
perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter
geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de finan-
ciamento em estabelecimentos oficiais de credito”.
As instituições financeiras participantes do protocolo verde divulgaram um
documento intitulado Carta de princípios para o desenvolvimento sustentável. O
seguinte Quadro apresenta esse documento:
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UNIDADE Desenvolvimento Sustentável
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princípio poluidor-pagador. Nos anos seguintes, a OECD publicou um guia, onde
definiu o princípio da seguinte maneira:
O poluidor deve arcar com os custos de controle de poluição e medidas de
prevenção exigidas pela autoridade pública, independentemente se estes cus-
tos são o resultado da imposição de alguma taxa de poluição, ou se é debita-
do por algum outro mecanismo econômico satisfatório, ou ainda, se é uma
resposta a algum regulamento direto de redução de poluição obrigatória.
O conceito foi introduzido no Brasil por meio da política nacional de meio am-
biente – Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981 –, especificamente no Artigo 4º:
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Resumidamente, são custos ambientais que o empresário causa, mas não assume,
e que diminuem seus custos diretos, pois não investindo no processo produtivo para
evitar a produção de resíduos, obtém uma vantagem em curto prazo, mas para a
sociedade como um todo, é negativo, pois leva ao esgotamento e à deterioração
dos recursos naturais e da saúde pública.
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É importante frisar que na falta de incentivos que induzem a internalização dos
custos ambientais nas empresas, elas só parariam a geração de resíduos quando
as externalidades ambientais negativas não gerassem mais benefícios para tais
organizações. Na verdade, as leis ambientais ou mecanismos fiscais devem garantir
que tratar os resíduos seja mais barato que se desfazer deles sem tratá-los.
Na verdade, isso está nas mãos das instituições ambientais; na pressão das
comunidades e nas exigências do Mercado, tornando mais conveniente a adoção
de mecanismos prévios que evitem a contaminação.
Figura 3
O Estado
Alguns órgãos ambientais, juntamente com a Legislação Ambiental, são
importantes ferramentas para limitar a liberdade das empresas em contaminar. O
Estado usa esses instrumentos legais com o intuito de preservar o ambiente, a saúde
e o bem comum. A regulação formal pode ser atrelada a instrumentos econômicos
e/ou ao comando e ao controle nos quais o governo estabelece regulamentações
para o uso dos recursos naturais e fiscaliza o cumprimento da Legislação punindo as
empresas que não cumprem com multas e até com o fechamento da Organização.
Nesse caso, a decisão da empresa em contaminar ou não vai depender da diferença
entre os custos que ela terá e o valor das multas ou dos custos de um possível
fechamento temporário.
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UNIDADE Desenvolvimento Sustentável
Mas o Estado não é o único que incentiva e pressiona as empresas para que
melhorem seu desempenho no quesito meio ambiente; além da regulação formal,
outros fatores como pressões da comunidade, grupos organizados, Mercado,
consumidores e fornecedores também pressionam as organizações para essa
mudança de postura.
A Comunidade
As comunidades que se localizam próximas às empresas cada vez mais se
apresentam como fundamentais em relação à pressão aos problemas ambientais,
porque são as primeiras a sofrerem as consequências da poluição dessas
organizações e, por conta disso, tem uma capacidade de resposta mais rápida,
afetando diretamente as decisões da Empresa no controle ambiental.
Outro ponto importante é que cada vez mais as pessoas estão ficando infor-
madas sobre os processos que levam à contaminação ambiental. Membros da
comunidade, intelectuais, jornalistas, educadores, entidades ecológicas e técnico-
-científicas, encontram os mecanismos legais para pressionar governos e empresas
a cumprirem suas responsabilidades junto ao meio ambiente.
O Mercado
As empresas comumente atuam em diversos mercados, tanto locais como
globais. Com o aumento da consciência ambiental, os mercados consomem cada
vez mais produtos de empresas que são ecologicamente responsáveis. Países
mais desenvolvidos ou regiões mais desenvolvidas dentro de um mesmo país,
normalmente, são os que mais consomem produtos com essa pegada e isso acaba
colocando a Empresa como benfeitora ou não do meio ambiente, agregando valor
de Mercado.
Os Fornecedores
Muitas empresas fornecedoras de outras que necessitam ou já têm uma política
de bom desempenho ambiental acabam fazendo exigências aos seus próprios
fornecedores para que eles tenham as certificações ambientais e se tornem
organizações que atendam aos requesitos ambientais.
Dessa maneira, mesmo que a empresa não sofra pressão direta do Estado
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ou da comunidade, ela se vê obrigada a adotar medidas ambientais para evitar a
contaminação, porque seus clientes exigem que ela integre uma cadeia produtiva
ambientalmente correta.
Figura 4 – Descarte de Resíduos Industriais
Considerações Finais
Com a crescente discussão sobre as questões ambientais, iniciada por volta da
década de 1960 e desenvolvida nas décadas seguintes, consolidou-se uma nova
visão de desenvolvimento, que não se limitava somente ao ambiente natural, mas
incluía também aspectos socioculturais, onde a qualidade de vida do ser humano
passava a ser uma condição para o progresso. Assim, o conceito de desenvolvimento
sustentável passou a se basear na utilização consciente dos recursos naturais e da
sua preservação para as gerações futuras.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
O que é Sustentabilidade?
O QUE É sustentabilidade? 27 jan. 2013.
https://youtu.be/tIz3lbrD0U4
Bloco 2 – Tripé de Sustentabilidade
TAVARES, V. Bloco 2 – tripé de sustentabilidade. 21 mar. 2015.
https://youtu.be/Ep2QsepHOLE
Leitura
A Sustentabilidade como Ferramenta Estratégica Empresarial: Governança Corporativa e Aplicação do Triple
Bottom Line na Masisa
BENITES, L. L. L.; POLO, E. F. A sustentabilidade como ferramenta estratégica empresarial:
governança corporativa e aplicação do triple bottom line na Masisa. Rev. Adm. UFSM, Santa
Maria, RS, v. 6, n. esp., p. 195-210, maio 2013.
https://goo.gl/bt9ON4
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Referências
BARBIERI, J.C., 2007. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e
instrumentos. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva.
ISENMANN, R.; BEY, C.; WELTER, M. Online reporting for sustainability issues.
Business Strategy and the Environment, v. 16, p. 487-501, 2007. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1002/bse.597>. Acesso em: 22/11/2017.
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