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Sistemas especiais de proteção
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
Versão decorrente da Audiência Pública nº 05/08/2009
1.0 049/2008, submetida para aprovação em caráter Resolução Normativa nº
definitivo pela ANEEL. 372/09
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa nº
020/2015.
756/16
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 3
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 4
4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
5 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 4
5.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 4
5.2 AGENTES DE OPERAÇÃO .............................................................................................................. 5
6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO ............................................................................... 6
6.1 PROJETO BÁSICO DE NOVOS SEP E DE REVISÃO DOS SEP EXISTENTES ....................................... 6
6.2 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE TESTES DE SEP ............................................................... 7
6.3 BANCO DE DADOS DE SEP .......................................................................................................... 7
6.4 MONITORAMENTO DO ERAC........................................................................................................ 7
7 HORIZONTE, PERIODICIDADE E PRAZOS ................................................................................. 9
1 INTRODUÇÃO
1.1 Este submódulo trata dos Sistemas Especiais de Proteção – SEP, que englobam os Esquemas
de Controle de Emergência – ECE e os Esquemas Regionais de Alívio de Carga – ERAC.
1.2 Para os ECE são estabelecidas as diretrizes para a elaboração de projetos básicos de novos
SEP e de revisão dos existentes, resultantes dos estudos elétricos.
1.3 Para o ERAC são definidos os parâmetros e a sistemática de acompanhamento do seu
desempenho.
1.4 Os SEP são sistemas automáticos de controle e proteção que:
(a) permitem a utilização adequada dos sistemas de geração, transmissão e distribuição;
(b) proporcionam maior confiabilidade à operação do Sistema Interligado Nacional – SIN;
(c) evitam que perturbações possam levar o sistema a perda de estabilidade ou a colapso de
tensão; e
(d) aumentam a segurança elétrica operacional do SIN, diminuindo a possibilidade de
ocorrência de perturbações de grande porte ou restringindo a área de abrangência dessas
perturbações.
1.5 Para melhor entendimento dos textos deste submódulo sobre as condições de operação dos
SEP, considera-se os seguintes termos:
(a) Ligado: O SEP está instalado e em operação.
(b) Desligado: O SEP está instalado e fora de operação.
(c) Atuado: O SEP atingiu as condições necessárias à sua atuação e executou as ações para
a finalidade para a qual foi concebido.
(d) Habilitado: O SEP atingiu as condições necessárias à sua atuação, a menos de uma, que é
a de ocorrência de um determinado evento no sistema. Nesta situação, ainda é possível ao
Operador atuar no sistema de forma a retirar o SEP deste estado.
(e) Desativado: O SEP está instalado, fora de operação e com as suas ações inibidas (links
e/ou fiações de disparos isolados). Nesta condição, o SEP não deve constar das instruções
de operação, pois não está disponível para operação.
(f) Desinstalado: O SEP foi retirado fisicamente de operação. Nesta condição o SEP não deve
constar das instruções de operação, pois não existe mais.
1.6 Este submódulo aplica-se a toda a Rede de Operação do SIN.
2 OBJETIVOS
2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer as diretrizes básicas para:
(a) a definição do projeto básico de novos SEP;
(b) a revisão dos SEP existentes, incluindo a eventual desativação/desinstalação, de acordo
com as necessidades determinadas por recomendações contidas em estudos do SIN;
(c) a execução de testes de desempenho nos SEP em operação;
(d) a manutenção do banco de dados de SEP instalados no SIN; e
(e) o acompanhamento das cargas disponibilizadas para corte, por meio do ERAC, para
identificar os casos de não-conformidade.
3 PRODUTOS
3.1 Os produtos do processo descrito neste submódulo são:
(a) Projeto Básico de Novos SEP e de Revisão dos SEP Existentes;
(b) Relatório de Acompanhamento de Testes de SEP;
(c) Banco de Dados de SEP; e
(d) Relatório de Acompanhamento do ERAC.
5 RESPONSABILIDADES
(o) Receber mensalmente as leituras horárias diárias das cargas dos agentes disponibilizadas
para corte pelo ERAC no mês anterior.
(p) Apurar mensalmente os Indicadores de Atendimento aos Limites de Tolerância do ERAC,
conforme formulação contida no Submódulo 25.9, os montantes de cargas disponibilizados
para corte pelos Consumidores Livres, identificar as situações de não-conformidade e
recomendar as adequações aos agentes de operação.
(q) Acompanhar mensalmente o atendimento às recomendações geradas a partir das
apurações dos meses anteriores.
(r) Enviar mensalmente aos agentes de operação e à ANEEL os Indicadores de Atendimento
aos Limites de Tolerância do ERAC apurados no mês anterior, as situações de não-
conformidade identificadas e o acompanhamento do atendimento às recomendações.
(s) Elaborar e disponibilizar para os agentes de operação e para a ANEEL o Relatório de
Acompanhamento do ERAC.
6.4.3.3 Essa comparação deve levar em consideração os Limites de Tolerância estabelecidos com
relação aos valores teóricos do ERAC, que são de 10% para os montantes de corte de carga globais
e acumulados em cada estágio. Os desvios superiores aos Limites de Tolerância do ERAC para
cada agente de operação são identificados e destacados. Além disso, são apontados os casos
extremos de descumprimento, com desvios superiores a 20%. Os desvios considerados serão
aqueles referentes aos montantes de cargas cortados a menos.
6.4.3.4 Utilizando os dados consolidados por agente de operação, o ONS realiza a apuração
mensal dos Indicadores de Atendimento aos Limites de Tolerância do ERAC, conforme formulação
contida no Submódulo 25.9. Os Indicadores Mensais apurados por agente de operação serão
comparados com os patamares mínimos de aceitabilidade definidos para cada estágio do ERAC,
sendo apontados os casos em que os Indicadores Mensais estejam abaixo dos patamares mínimos
de aceitabilidade.
6.4.3.5 Durante o primeiro ano de vigência da metodologia de monitoramento das cargas
disponibilizadas para corte pelo ERAC por meio de Indicadores de Atendimento aos Limites de
Tolerância, o patamar mensal mínimo de aceitabilidade para os Indicadores de todos os estágios e
da carga total disponibilizada para corte será igual a 80% (0,80). Para o segundo ano, o patamar
mensal mínimo será elevado para 85% (0,85). A partir do terceiro ano em diante, o patamar mensal
para o 1º, 2º e 3º estágios será elevado para 90% (0,90) e o patamar mensal para o 4º e 5º estágios
e para a carga total será mantido em 85% (0,85).
6.4.3.6 O atendimento aos patamares mensais mínimos será considerado para efeitos de
monitoramento e fiscalização da ANEEL. Entretanto, o agente não se eximirá de responsabilidade
por eventuais violações dos Limites de Tolerância caso o ERAC seja solicitado a atuar,
independente do atendimento aos patamares.
6.4.3.7 Não será realizada a apuração de Indicadores de Atendimento aos Limites de Tolerância
do ERAC dos Consumidores Livres. Entretanto, será apurado mensalmente pelo ONS o
atendimento aos Limites de Tolerância estabelecidos para os montantes de corte de carga globais
e acumulados em cada estágio do ERAC.
6.4.3.8 A partir das constatações anteriores, são geradas as conclusões e as recomendações aos
agentes de operação em não-conformidade, para que efetuem as devidas adequações em suas
cargas, em conformidade com os critérios definidos pelo ONS, para recompor o equilíbrio original
de corte de carga.
6.4.3.9 Mensalmente o ONS informa aos agentes de operação e à ANEEL os Indicadores de
Atendimento aos Limites de Tolerância do ERAC apurados no mês anterior, as situações de não-
conformidade identificadas e o acompanhamento do cumprimento das recomendações dos meses
anteriores.
6.4.4 Elaboração do Relatório de Acompanhamento do ERAC
6.4.4.1 Após a consolidação dos montantes de carga disponibilizados para corte pelo ERAC, o ONS
procede à elaboração do Relatório de Acompanhamento do ERAC.
6.4.4.2 Esse relatório anual contempla a consolidação dos montantes de carga, as apurações
diárias e mensais dos Indicadores de Atendimento aos Limites de Tolerância do ERAC, as
comparações com os patamares mensais mínimos de aceitabilidade definidos para cada estágio,
os ajustes teóricos dos diversos estágios do ERAC com os respectivos montantes de corte de carga
definidos em função dos prováveis déficits de geração em cada uma das áreas geo-elétricas do SIN,
as conclusões e os acompanhamentos das recomendações aos agentes de operação em não-
conformidade.
Evento Prazo
Encaminhamento pelos agentes dos
relatórios com resultados dos testes de 30 (trinta) dias após a execução dos respectivos
comissionamento e de desempenho dos SEP testes.
ao ONS
31 de março de cada ano referente aos testes
Emissão e divulgação do relatório pelo ONS
realizados no ano anterior.
7.6 Os prazos relativos ao processo de atualização do Banco de Dados de SEP encontram-se no
Quadro 2.
Quadro 2 – Prazos referentes à atualização do Banco de Dados dos SEP
Evento Prazo
Encaminhamento ao ONS do documento
descritivo e do diagrama funcional do SEP 30 (trinta) dias após o comissionamento do SEP.
como implantado.
30 (trinta) dias após o recebimento do documento
Divulgação pelo ONS do Banco de Dados de
descritivo e do diagrama funcional do SEP como
SEP atualizado.
implantado.
7.8 A apuração dos Indicadores de Atendimento aos Limites de Tolerância do ERAC é mensal.
Evento Prazo
Encaminhamento ao ONS das leituras
horárias das cargas disponibilizadas pelos Até o 15º (décimo quinto) dia do mês seguinte ao
agentes de operação para corte pelo ERAC de realização das leituras.
em cada dia do mês.
Encaminhamento ao ONS das leituras das
cargas disponibilizadas pelos Consumidores
Até o 15º (décimo quinto) dia do mês seguinte ao
Livres para corte pelo ERAC efetuadas em
de realização das leituras.
consonância com o cronograma de coleta
mensal de dados definido pelo ONS.
Encaminhamento pelo ONS aos agentes de
operação e à ANEEL dos Indicadores de
Atendimento aos Limites de Tolerância do
Até o 15º (décimo quinto) dia do mês seguinte ao
ERAC apurados no mês anterior, as
de recebimento das leituras.
situações de não conformidade identificadas
e o acompanhamento do atendimento às
recomendações.
Emissão e divulgação do Relatório de 31 de março de cada ano referente aos dados do
Acompanhamento do ERAC pelo ONS. ano anterior.