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Leandro Signori
Retrospectiva - Julho 2018
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ATUALIDADES
RETROSPECTIVA
Julho 2018 Prof.Leandro Signori.
FATOS INTERNACIONAIS
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'Dia histórico'
Em um hotel no centro histórico da capital, o candidato eleito afirmou que este é um "dia histórico". "Convoco todos
os mexicanos à reconciliação e a pôr acima dos interesses pessoais, por legítimos que sejam, o interesse superior",
declarou López Obrador, que assumirá a presidência no dia 1º de dezembro.
Obrador aproveitou para agradecer aos seus concorrentes. "Expresso meu respeito em quem votou em outros
candidatos e partidos, e o mesmo manifesto para os três candidatos à Presidência da República das diferentes
organizações que hoje reconheceram o nosso triunfo e vitória", disse.
Ele afirmou ainda que seu projeto de nação buscará estabelecer uma "autêntica democracia" e as mudanças "serão
profundas".
Além disso, López Obrador disse que haverá liberdade intelectual e empresarial, e asseverou que haverá disciplina
fiscal e financeira. Tudo isso a fim de "erradicar" a corrupção, um dos principais problemas que corrói o país.
Por fim, o futuro presidente mexicano afirmou que seu governo representará "ricos e pobres", mexicanos de todas as
correntes intelectuais e de todas as orientações sexuais.
Mais tarde, em sua primeira entrevista à emissora "Televisiona", Obrador afirmou que quando assumir o poder,
"estenderá as mãos" ao governo do presidente americano, Donald Trump, para ter uma relação de amizade com o país
vizinho.
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O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou nesta segunda-feira (9) ao cargo, segundo
anunciou Downing Street, escritório oficial da primeira-ministra, Theresa May.
A renúncia de Johnson, um dos membros do governo mais favoráveis a um "Brexit" duro, foi anunciada pouco depois
de o ministro específico para o "Brexit", David Davis, deixar o cargo no domingo à noite.
Após a renúncia de Jonhson, May escolheu Jeremy Hunt para ocupar o cargo de ministro das Relações Exteriores do
Reino Unido. Até então, Hunt atuava como secretário de Saúde do governo britânico.
A nota acrescenta que May "agradece a Boris por seu trabalho" à frente do Foreign Office, onde chegou em julho de
2016, menos de um mês depois do referendo no qual 51,9% dos eleitores se pronunciaram a favor da saída do Reino
Unido da União Europeia (UE).
Johnson, que foi prefeito de Londres entre maio de 2008 e maio de 2016, foi uma das figuras mais ativas da campanha
favorável ao "Brexit".
O agora ex-ministro criticou na semana passada o plano de May de formar uma "área de livre-comércio" com a UE
após o "Brexit", embora na última sexta-feira, em reunião dos membros do Governo, não tenha feito oposição de
maneira formal à sua aprovação.
Segundo a emissora "BBC", durante um encontro a portas fechadas Johnson argumentou que o plano de May
transformaria o Reino Unido em um "Estado vassalo", ao se comprometer a cumprir o "livro de normas" da UE quanto
ao comércio de bens, apesar de já estar fora do bloco.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que as propostas da premiê britânica,
Theresa May, para deixar a União Europeia terão um efeito negativo sobre o comércio com os EUA,
segundo uma entrevista publicada nesta quinta-feira.
Os planos do Brexit de May “definitivamente afetarão o comércio com os EUA, infelizmente de um
modo negativo”, teria dito Trump em uma entrevista ao jornal britânico The Sun.
Os comentários de Trump, em sua primeira visita ao Reino Unido como presidente, ocorrem no fim
de uma semana tumultuada para May, após dois ministros renunciarem em protesto contra seus
planos para o comércio com a UE após o Reino Unido deixar o bloco em março do próximo ano.
Trump teria dito que o ex-chanceler, um dos ministros que renunciou, seria um ótimo primeiro-
ministro.
“Eu não estou jogando um contra o outro”, disse Trump na entrevista. “Eu só estou dizendo que
acho que ele seria um ótimo premiê... Eu acho que ele tem o que é preciso.”
Trump descreveu May como “uma boa pessoa”, segundo o The Sun, e reiterou suas críticas ao
prefeito de Londres, Sadiq Khan, que disse que está fazendo um trabalho “terrível” em governar a
capital britânica.
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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe (meio), e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu,
Jean-Claude Juncker (à esq.) e Donald Tusk, respectivamente. (Foto: Martin Bureau/Pool via Reuters)
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A União Europeia e Japão firmaram, nesta terça-feira (17), em Tóquio, um ambicioso acordo de livre-comércio que constitui
"uma potente mensagem contra o protecionismo" do presidente americano, Donald Trump, e cria um dos maiores blocos
comerciais do mundo.
"Hoje é um dia histórico, porque celebramos a assinatura de um acordo comercial extremamente ambicioso entre duas das
principais economias do mundo", diz o comunicado divulgado após a assinatura. É "uma mensagem clara contra o
protecionismo" de Trump, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
O Acordo de Associação Econômica é um pacto que vai liberar a maior parte de seus intercâmbios comerciais e com o qual
as duas partes esperam impulsionar suas economias.
Assinaram o acordo o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho
Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, respectivamente.
O acordo comercial que deve eliminar quase todas as tarifas aduaneiras, que custam mais de US$ 1 bilhão por ano aos dois
parceiros.
De acordo com a Comissão Europeia, o acordo é o maior pacto econômico já negociado pela UE e criará um dos maiores
blocos comerciais do mundo, abrangendo 600 milhões de pessoas e cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB)
mundial.
A expectativa é de que entre em vigor até o fim do mandato atual da Comissão Europeia, no segundo semestre de 2019.
Trata-se de um "ambicioso pacto comercial entre duas das maiores economias do mundo" que constitui "um passo
histórico", destacaram os três líderes, em uma declaração conjunta após assinatura do documento.
Com o acordo, o Japão e a UE "enviam uma mensagem poderosa para promover o livre-comércio e baseado em regras, e
contra o protecionismo", disseram, acreditando que o pacto ajudará no "crescimento econômico inclusivo" e "criação de
emprego".
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atenções voltadas à negociação de um novo Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) com os
Estados Unidos.
A agenda de comércio externo com os parceiros da América do Sul poderá ser usada como estratégia para o
México, que busca novos parceiros caso as negociações com os Estados Unidos emperrem.
Em conversa bilateral com o Brasil, no entanto, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, deu os sinais de
que o acordo com os americanos e canadenses é a prioridade neste momento.
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economia global. A questão ganhou destaque na declaração final aprovada pelos chefes de
Estado.
"Nós reconhecemos que o sistema de comércio multilateral está enfrentando desafios sem
precedentes. Nós reforçamos a importância de uma economia global aberta, permitindo
que todos os países e povos compartilhem os benefícios da globalização", diz o texto.
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Os presidentes russo Vladimir Putin e americano Donald Trump voltaram a negar nesta segunda-feira (16) que tenha havido
uma interferência da Rússia nas últimas eleições dos Estados Unidos, nas quais Trump foi eleito presidente. Os dois líderes
fizeram as declarações em uma entrevista coletiva conjunta, após uma reunião de cerca de duas horas em Helsinque, na
Finlândia.
Nos EUA, a suposta ingerência russa é tema de investigação. Na última sexta-feira, o Departamento de Justiça dos indiciou
12 russos por conspiração por hackear o comitê do Partido Democrata durante as eleições.
"Tive que repetir o que já disse muitas vezes: o governo russo nunca interferiu e nunca vai interferir nos assuntos
internos dos Estados Unidos, inclusive no processo eleitoral", disse Putin.
O presidente russo disse que, se houver um pedido formal da investigação do suposto conluio eleitoral para questionar
suspeitos, ele será atendido pelas autoridades russas. Mas afirmou que, em contrapartida, quer interrogar agentes
americanos suspeitos de "atos ilegais" contra a Rússia.
Segundo Putin, a Rússia suspeita que agentes da inteligência americana estiveram envolvidos em canalizar US$ 400 milhões
de um empresário para a campanha eleitoral de Hillary Clinton, candidata que concorreu contra Trump.
O presidente americano também negou qualquer ingerência russa. Segundo ele, esse tema foi discutido em boa parte do
encontro.
"Não houve nenhum conluio. Não conhecia o presidente [Putin]. Não havia ninguém com quem conspirar", reforçou
Trump.
O americano afirmou que fez uma brilhante campanha, venceu a democrata Hillary Clinton com facilidade e "por isso é
presidente".
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Diálogo construtivo
Na coletiva, Putin disse que a conversa desta segunda tem a intenção de restaurar a confiança na relação
entre Estados Unidos e Rússia. Para Trump, o "diálogo construtivo" entre os dois países abre novos
caminhos para a paz. Mais cedo, o presidente americano disse que o encontro foi "um bom começo".
"A Guerra Fria terminou há muito tempo. A época do antagonismo ideológico entre dois países é coisa
do passado. A situação no mundo mudou radicalmente", disse Putin.
Segundo Putin, não há "razões sólidas" para relações tensas entre os dois países. Trump mencionou que a
relação bilateral estava ruim, mas que isso havia mudado com a reunião desta segunda. Segundo o
presidente americano, os EUA foram "tolos" no seu relacionamento prévio com a Rússia. 11
"Nossa relação nunca esteve pior. No entanto, isso mudou há cerca de quatro horas. Realmente
acredito nisso", disse Trump.
Durante a coletiva, Putin entregou uma bola oficial da Copa do Mundo a Trump. Trump agradeceu pelo
presente e disse estar confiante de que EUA, México e Canadá organizarão em 2026 uma Copa do Mundo
tão bem-sucedida como a da Rússia.
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Proliferação nuclear
Minutos antes da coletiva, um manifestante foi retirado por seguranças da sala de imprensa após tentar fazer um protesto.
O indivíduo estava sentado entre os jornalistas americanos e tentou exibir um cartaz que defendia um tratado de proibição
de armas nucleares.
Os dois líderes também discutiram a proliferação nuclear no mundo. Putin disse que os progressos conseguidos na
península coreano foram, em grande parte, graças ao envolvimento de Trump.
Mas o presidente russo disse que expressou sua preocupação pelos EUA terem saído do acordo com o Irã, no qual os países
signatários encerraram sanções ligadas ao programa nuclear iraniano, em troca de seu desmantelamento.
“Mencionamos nossa preocupação pela retirada dos EUA do JCPOA. Graças ao acordo nuclear iraniano, o Irã passou a ser o
país mais controlado do mundo”, disse Putin.
Atuação na Síria
Os dois líderes também afirmaram que estão explorando maneiras de proteger Israel do confronto que ocorre perto da sua
fronteira com a Síria. Putin e Trump não se comprometeram com nenhuma ação específica, mas disseram que garantir a
segurança de Israel era uma prioridade.
Na guerra civil na Síria, a Rússia apoia o governo de Bashar al-Assad em seus esforços para derrotar os rebeldes. Os EUA
atuam na Síria por meio da presença de forças especiais e ataques aéreos contra o grupo jihadista Estado Islâmico. Mas,
recentemente, atacou estabelecimentos de armas químicas na Síria, em resposta a um suposto ataque químico contra a
cidade de Duma lançado pelo regime sírio.
Israel está preocupado com a presença do Irã na Síria, o que considera uma ameaça. Forças e representantes do Irã
vêm lutando em apoio ao governo sírio.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apelou tanto a Trump quanto a Putin para que eliminem a presença
iraniana na região.
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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 4,1% no segundo
trimestre de 2018. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27), na primeira estimativa feita pelo
Departamento de Comércio Americano. Já o avanço do 1º trimestre foi revisado de 2,2% para 2,5%.
O crescimento no trimestre foi impulsionado pelo avanço do consumo e pelos fazendeiros acelerando
embarques de soja para a China antes que tarifas comerciais entrassem em vigor no início de julho.
Os americanos compraram mais bens duráveis (+9,3%) e, em particular, automóveis. Outro fator
fundamental para os números do trimestre foram as exportações, que subiram 9,3%, seu nível mais
elevado em 5 anos, destaca a France Presse.
O relatório do Departamento do Comércio assinala "uma aceleração das exportações de produtos
alimentícios, bebidas, alimentos para o gado e especialmente soja". As exportações contribuíram com
1,12% no crescimento, sua máxima contribuição em 5 anos.
Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No
Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente
anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior, e não a taxa anualizada.
Em comparação com o segundo trimestre de 2017, a economia dos EUA cresceu 2,8%. Em relação ao
trimestre imediatamente anterior o PIB do 2º trimestre avançou 1,01%.
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Trump aposta que o crescimento dos EUA irá acelerar sob suas políticas econômicas, que incluem cortes tributários,
desregulamentações e uma reforma comercial globa. "Como os acordos comerciais vêm um por um, vamos subir muito
mais", declarou Trump, buscando mostrar que suas políticas econômicas estão dando certo. Analistas alertam, entretanto,
que o ritmo de crescimento de abril a junho é insustentável porque decorre de fatores temporários.
Projeções
A Moody's projeta crecimento de 3% no ano fechado de 2018 e de 2,6% em 2019. Para 2020, porém, as estimativas são de
aumento de apenas 0,9%. "O segundo trimestre foi forte, mas foi compensado por corte de impostos e aumento dos
investimentos do governo", destacou o economista-chefe da Moody's Analytics, Mark Zandi. De qualquer forma, as
estimativas apontam que o restante do ano provavelmente terá um crescimento expressivo, mas num ritmo menor, ao
redor de 3%.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta alta de 2,9% para o PIB dos EUA em 2018 e avanço de 2,7% em 2019.
A principal dúvida que paira é sobre a sustentabilidade das políticas de Trump no longo prazo. A Moody's projeta
crescimento de apenas 0,9% para a economia dos EUA em 2020.
Para a Organização Mundial do Comércio (OMC), as consequências das tarifas alfandegárias aplicadas pelas potências
econômicas mundiais não são ainda visíveis, mas causarão efeitos devastadores na economia mundial. A OMC divulgou
nesta semana um relatório que demonstra que as medidas de restrição comercial estão em alta e teme que os efeitos
negativos dessa nova política de "olho por olho" seja uma desaceleração da economia.
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A estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, de 30 anos, foi morta nesta segunda-feira (23) no sul da capital da
Nicarágua, onde cursava medicina. Segundo Ernesto Medina, reitor da Universidade Americana em Manágua
(UAM), Raynéia morreu após ser atingida por tiros disparados por "um grupo de paramilitares". A morte foi
confirmada pelo Itamaraty nesta terça-feira (24).
Em declarações ao canal 12 da televisão local, o reitor afirmou que a estudante do sexto ano morreu com "um
tiro no peito que afetou o coração, o diafragma e parte do fígado".
Nesta terça, a Polícia Nacional negou a versão do reitor. "Um vigilante de segurança privada, em circunstâncias
ainda não determinadas, realizou disparos com arma de fogo, um dos quais a impactou e causou ferimentos",
informou a Polícia Nacional, que não identificou o autor dos tiros.
O assassinato de Raynéia ocorre durante uma crise sociopolítica no país, com manifestações contra o presidente
Daniel Ortega – que está no poder desde 2007 em meio a acusações de abuso e corrupção. De acordo com a
Associação Nicaraguense de Direitos Humanos, mais de 350 pessoas já morreram, entre elas, muitos estudantes.
O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Marcos Galvão, classificou a morte como
uma "situação trágica ". Em nota, o Itamaraty afirmou que busca esclarecimentos junto o governo nicaraguense.
A ligação entre os apoiadores de Ortega e a violência pelo país foi apontada por Ernesto Medina, reitor da UAM.
"As forças paramilitares sentem que têm carta branca, ninguém vai dizer nada a eles, ninguém vai fazer nada,
eles andam sequestrando e fazendo batidas", afirmou o reitor, de acordo com a agência EFE.
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Crise na Nicarágua
A Nicarágua está imersa na crise mais sangrenta da história do país em tempos de paz e a mais forte
desde a década de 80, quando Ortega também foi presidente (1985-1990).
"A morte desta moça é um sinal do que está acontecendo na Nicarágua, contradiz o que Ortega disse
(em entrevista à Fox News), que tudo está normal, mas é uma paz de mentira, há paramilitares por todos
lados", disse Ernesto Medina.
Horas antes da morte da brasileira, o reitor da universidade participou de um fórum onde afirmou que o
crescimento econômico e a segurança na Nicarágua antes da explosão dos protestos contra Ortega em
abril "era parte de uma farsa", porque "nunca houve um plano que acabasse com a pobreza e a
injustiça".
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório do Alto Comissário das Nações
Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) responsabilizaram o governo da Nicarágua por "assassinatos,
execuções extrajudiciais, maus-tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias".
Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram no dia 18 de
abril devido um decreto que regulamentava a reforma da Previdência Social. O governo desistiu da
reforma, mas os manifestantes continuaram protestando contra a violência da repressão.
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Na primeira sessão plenária do novo Congresso colombiano, antigos guerrilheiros das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) assumiram nesta sexta-feira (20/07) pela primeira vez mandatos no
Senado e na Câmara dos Representantes.
A sessão foi aberta pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que destacou a pluralidade do
Congresso e pediu que parlamentares defendam o acordo de paz alcançado com o antigo grupo
guerrilheiro.
Santos admitiu que muitos não gostam de ver neste cenário ex-guerrilheiros, mas destacou que, assim
como ele, milhões de colombianos estão satisfeitos, pois "aqueles que por mais de meio século
combateram com armas o Estado e suas instituições, se submetem hoje à Constituição e às leis da
Colômbia".
"Podemos não estar de acordo, e eu não estou, com sua ideologia, mas a democracia se trata de resolver
as diferenças com debate de ideias e não pela violência", acrescentou Santos.
O presidente pediu ainda aos novos parlamentares e a seu sucessor que cuidem e defendam a paz
alcançada com as Farc. "Cuidem da paz que está nascendo. Lutem por ela, pois ela é o bem mais
precioso que qualquer nação pode ter", ressaltou.
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Santos lembrou ainda que o acordo de paz, assinado em 2016, recebeu o aval do Congresso
e foi ratificado pelo Tribunal Constitucional e destacou que o Estado tem a obrigação de
cumpri-lo.
Os 280 parlamentares, que legislarão nos próximos quatro anos, foram eleitos em março.
O partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum, surgido após a
desmobilização da Farc (mas que leva a mesma antiga sigla guerrilheira) garantiu, por
cláusula no acordo de paz, cinco assentos no Senado e outros cinco na Câmara.
O novo governo, do direitista Iván Duque, que é crítico ao processo de paz, possui a maioria
no legislativo. Duque já declarou que pretende fazer mudanças no acordo alcançado com as 17
Farc.
O acordo de paz histórico pôs fim ao conflito armado que durava mais de 50 anos e deixou
ao menos 220 mil mortos e 7 milhões de deslocados.
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A Assembleia Nacional de Cuba aprovou neste domingo (22) um antiprojeto de reforma da Constituição
do país e marcou uma consulta popular entre 13 de agosto e 15 de novembro para validar a proposta.
Antes disso, porém, serão incorporadas ao texto as modificações aprovadas durante o debate
parlamentar que durou dois dias afinal eram 224 artigos que podem configurar uma profunda reforma e
uma modernização na Constituição de Cuba . Um dos principais objetivos é adequar o texto às mudanças
econômicas e sociais pelos quais a ilha comunista passou nos últimos anos.
A princípio, a abertura para a participação popular terá um caráter apenas consultivo, mas não está
descartada a possibilidade de, após isso, novas variações ao anteprojeto de Carta Magna sejam
incluídos. Só a partir de então, deverá ser realizado um referendo em data ainda não anunciada, mas
previsto para o fim desse ano, que deverá corroborar a nova Constituição. 18
A proposta deverá substituir a Constituição escrita em 1976 que estabelecia Cuba como um Estado
comunista, liderado por Fidel Castro, após a Revolução de 1959, ainda sobre a influência da União
Soviética.
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Israel aprovou na madrugada desta quinta-feira uma lei controvertida que define o país como um Estado
exclusivamente judeu. A nova lei também estabelece que a "totalidade unificada de Jerusalém" é a
capital de Israel, e diminui a importância da língua árabe, que deixa de ser uma das línguas oficiais do
país e passa a ser uma língua com "status especial".
Os parlamentares árabes do país condenaram a lei, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a
elogiou, descrevendo sua aprovação como "um momento definidor". Segundo o jornal israelense
"Haaretz", Netanyahu prosseguiu desejando "vida longa ao Estado de Israel" e afirmando que "122 anos 19
depois que Herlz (Theodore Herzl, fundador do movimento sionista moderno) tornou pública sua visão,
com esta lei nós determinamos o princípio fundador de nossa existência. Israel é o Estado nacional do
povo judeu, e respeita os direitos de todos os seus cidadãos".
— No Oriente Médio, só Israel respeita direitos — declarou o premier. — Este é nosso país, o Estado
judeu. Nos últimos anos, houve aqueles que tentaram minar esse conceito e questionar os princípios de
nossa existência. Hoje, os transformamos em lei. Este é o país, o idioma, o hino e a bandeira.
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A legislação, apoiada pelo governo de direita, diz que Israel "é a terra natal histórica do povo judeu", que "tem direito
exclusivo a sua autodeterminação" no país.
A aprovação se deu após uma tumultuada sessão no Knesset (o Parlamento israelense) que durou mais de oito horas.
Sessenta e dois deputados votaram a favor e 55 contra. Alguns trechos, no entanto, foram retirados do texto pelo
presidente de Israel, Reuven Rivlin, e seu procurador-geral, Avichai Mandelblit, como uma cláusula que tornaria lei a
criação de comunidades judaicas separadas.
Mesmo assim, o texto final do trecho foi o seguinte: "O Estado considera o desenvolvimento da instalação dos judeus
como um valor nacional e atuará para encorajar e promover sua consolidação".
Gritos de “apartheid”
Os deputados árabes (da coalizão Lista Conjunta Árabe) abandonaram o plenário aos gritos de "apartheid".
— Você aprovou uma lei racista! — gritaram alguns para Netanyahu.
Os árabes compõem 20% da população do país, que tem um total de 9 milhões de pessoas. Têm direitos iguais ao da
população judaica, mas há muito tempo se queixam de serem tratados como cidadãos de segunda classe. Dizem sofrer
discriminação e precariedade na oferta de serviços como educação, saúde e moradia.
Para o deputado árabe Ahmed Tibi, a aprovação da lei representa "a morte da democracia". A ONG Adallah, que defende
os direitos dos árabes em Israel, afirmou que a lei é uma tentativa de impingir "superioridade étnica ao promover políticas
racistas".
— Este é um crime de ódio contra as minorias e contra a democracia — disse Tibi. — Considerar um valor nacional o fato
de que os judeus se estabeleceram nesta terra significa que continuarão a demolir lares árabes e que não desenvolverão
nossas infraestruturas.
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O projeto de lei foi alvo de intensas negociações nos últimos dias. Fontes do Knesset dizem
que o premier Netanyahu abriu mão de um projeto de lei sobre reprodução assistida com
sub-rogação (que permitiria aos homens israelenses ter filhos por esse método) pra aprovar
o novo texto, conhecido entre os partidos religiosos judeus como "lei de nacionalidade".
Na semana passada, Netanyahu afirmou que o governo continuará a garantir os direitos
civis no país, "mas a maioria também tem direitos, e a maioria decide". Após a primeira
leitura da lei no Parlamento, milhares de cidadãos (entre 3 mil e 5 mil) se manifestaram em
Tel Aviv contra o texto, que foi originalmente proposto há sete anos pelo deputado Avi
Dichter. 20
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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) matou mais de 220 pessoas, nesta quarta-feira (25), em ataques contra várias
localidades no sul da Síria, em uma das ondas de atentados mais sanguinárias nos últimos meses em território sírio.
Este balanço de mortos é um dos mais elevados depois do início do conflito na Síria. E número não para de crescer à
medida que novos corpos são achados nas aldeias atacadas pelo Estado Islâmico.
Os ataques ocorreram na província meridional da Sureida, controlada pelo regime de Bashar Al-Assad. Os grupos do EI
estão presentes em uma zona desértica no nordeste desta região.
Segundo a imprensa oficial síria, as forças do regime iniciaram uma contraofensiva para conter a ação dos extremistas. Os
jihadistas foram forçados a recuar para o deserto.
O Exército sírio realizou bombardeios aéreos contra o EI, que sofreu até o momento 21 baixas entre seus combatentes,
informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). "Quatro homens-bomba explodiram seus cinturões na
21
cidade de Suneida", informou o OSDH.
Mais ataques suicidas aconteceram em outros povoados do nordeste da província de mesmo nome, Suneida. Em um
comunicado postado no aplicativo Telegram, o EI afirma que seus combatentes lançaram ataques principalmente contra
posições do regime na província.
O grupo extremista conseguiu assumir o controle de três localidades. Mais de 180 pessoas morreram, e dezenas ficaram
feridas nesta sucessão de atentados. Entre os mortos, há 89 civis, segundo o OSDH. "Além dos atentados suicidas, os
jihadistas atacaram vários povoados, invadindo as casas e matando seus moradores", acrescenta a ONG. A agência oficial
de notícias Sana e a cadeia de televisão estatal confirmaram os mortos e feridos nesses ataques, mas não deram um
número exato.
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Poças de sangue
As imagens difundidas dos ataques pelos meios de comunicação oficiais mostram um corpo em meio a poças de
sangue. Segundo o OSDH, os ataques do EI nesta quarta-feira são os mais violentos dos últimos meses na Síria,
onde a organização jihadistas sofre contínuas derrotas e controla menos de 3% do território.
Estes atentados acontecem quando o regime sírio já está no controle de 90% das províncias meridionais de
Deraa e Quneitra, após sua devastadora ofensiva militar em junho. De acordo com a agência Sana, os atentados
do EI tentam diminuir a pressão militar do Exército sírio contra os últimos jihadistas na província de Deraa.
Como informou na terça-feira o general François Parisot, comandante das forças francesas na coalizão
internacional liderada pelos Estados Unidos contra grupos jihadistas, os combates contra o EI em Deir Ezzor, um
de seus últimos redutos no norte da Síria, ainda vão durar dois, ou três meses. "As Nações Unidas condenam os
ataques contra civis em Sueida", afirma em um comunicado o coordenador humanitário da ONU na Síria, Ali
Zaatari.
"Esse novo ato criminoso do EI confirma a necessidade de uma coordenação de esforços da comunidade
internacional para erradicar esse mal universal em solo sírio", reagiu, por sua vez, o ministério russo das
Relações Exteriores.
Mais de 350.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em 2011, uma guerra que se intensificou
com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos jihadistas.
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Os 12 meninos de um time de futebol e o técnico deles foram retirados da caverna Tham Luang, no norte da Tailândia,
onde estavam presos desde 23 de junho. Nesta terça-feira (10), foram resgatados os últimos quatro meninos e o técnico,
de 25 anos. Foi o terceiro dia de operação para retirar o grupo da caverna e o mais desafiador, porque chovia e havia mais
pessoas a serem resgatadas.
Os garotos, que tem entre 11 e 16 anos, e o técnico ficaram 9 dias sem comer até serem encontrados por dois
mergulhadores ingleses dentro da caverna inundada. A complexa operação de resgate teve a participação de 90
mergulhadores, sendo 50 estrangeiros e 40 tailandeses. No total, mais de mil pessoas fizeram parte dos trabalhos.
Entenda o caso
No dia 23 de junho, 12 meninos de um time de futebol e o técnico faziam um passeio de bicicleta e entraram na caverna
para se proteger do mau tempo. A chuva ficou intensa, e a água subiu muito rápido, deixando o grupo preso.
Eles ficaram isolados e sem comida por 9 dias. Em 2 de julho, mergulhadores ingleses encontraram o grupo, debilitado e
com muita fome, a 4 km da entrada da caverna e entre 800 m e 1 km de profundidade.
O resgate durou 3 dias. No domingo (8) e na segunda, foram retirados quatro garotos em cada dia. Nesta terça, foram
resgatados mais quatro meninos e o técnico.
Cada garoto foi conduzido por pelo menos 2 mergulhadores e usou máscara facial de oxigênio durante o percurso até a
entrada da caverna, que dura 6 horas. Vários trechos são muito estreitos, com água turva e baixa visibilidade.
Os resgatados foram levados de helicóptero para hospital, onde vão ficar em quarentena e observação.
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Operação delicada
A dramática situação dos meninos presos na caverna causou comoção internacional. Uma complexa operação de
resgate precisou ser organizada para retirá-los da caverna.
A missão era difícil: os estreitos, lamacentos e inundados caminhos eram um desafio até mesmo para mergulhadores
experientes, que levavam cerca de seis horas para percorrer 4 km até onde estava o grupo, em uma encosta cercada
por água. Um dos mergulhadores que levou suprimentos aos meninos morreu sem oxigênio quando voltava para a
entrada da caverna.
As equipes de resgate chegaram a considerar tirá-los pela superfície da montanha, mas não encontraram cavidades
na parte superior da caverna. A profundidade no ponto em que estavam era grande demais – entre 800 m e 1 km – e
ainda havia risco de desmoronamento caso o solo fosse perfurado.
23
Para facilitar o resgate, bombas drenavam a água initerruptamente, mas os esforços tinham pouco resultado. Apesar
dos milhões de litros de água bombeadas, o nível recuava lentamente.
O governo tailandês também considerou esperar meses até que a água baixasse, já que a saída pela água seria muito
arriscada – alguns dos meninos não sabiam nadar e nenhum deles sabia técnicas de mergulho.
Mas, durante o fim de semana, a chuva deu uma trégua e a operação de resgate foi colocada em prática. A queda no
nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes a
antecipar o resgate.
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O entorno da caverna começou a ser esvaziado ainda no fim da noite de sábado (7). Os mais de mil
jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da região. Nesta terça, um jornalista
estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna.
Tudo foi feito para preservar os meninos, seu treinador e suas famílias. Conforme as vítimas eram salvas,
os nomes não eram divulgados nem para os parentes. Questões culturais, relacionadas ao respeito,
explicam essa decisão.
Algum tempo depois que os últimos meninos e o treinador voltaram à superfície, o médico e os fuzileiros
navais que entraram na caverna para auxiliar nos resgates também saíram das galerias subterrâneas.
Rachapol Ngamgrabuan, governador da província Chiang Rai e coordenador do esforço de resgate, não
escondeu a emoção com o sucesso da operação.
Voluntários e tailandeses celebraram o anúncio do bem-sucedido resgate com palmas e buzinaço.
Líderes internacionais, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e a premiê do Reino Unido, Theresa
May, também comemoraram o sucesso da ação.
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As fortes chuvas registradas no sudoeste do Japão deixaram 124 mortos e 60 desaparecidos, de acordo com balanço das
autoridades locais divulgado nesta segunda-feira (9) pela emissora NHK. Havia ainda outras duas pessoas já sem sinais
vitais, de acordo com esse balanço. Essa já é considerada uma das piores catástrofes naturais que atingiram o país nos
últimos anos.
O número de mortos pode aumentar porque os trabalhos de busca pelos desaparecidos prosseguem.
As precipitações recordes registradas desde quinta-feira (5) passada no arquipélago japonês afetaram sobretudo as
cidades de Hiroshima e Ehime, onde as inundações e deslizamentos de terra causados pelas chuvas arrasaram milhares de
casas e deixaram vários povoados completamente isolados.
Por causa da gravidade da situação, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem que o levaria a Bélgica,
França, Arábia Saudita e Egito.
As precipitações causaram transbordamentos de rios que inundaram povoados inteiros, onde a água atingiu três metros
de altura em alguns pontos, e provocaram graves danos em edifícios, estradas, pontes e outras infraestruturas.
A Agência Meteorológica de Japão (JMA) já retirou o nível máximo de alerta nas regiões afetadas, embora mantenha os
avisos de inundações e deslizamentos de terra em várias das regiões afetadas, segundo a Efe.
Tragédia
Esta é uma das piores catástrofes do tipo nos últimos anos no Japão, com um número de vítimas que supera o registrado
nos deslizamentos de terra de 2014 em Hiroshima, com 74 mortos. As passagens de dois tufões em agosto e setembro de
2011 deixaram mais de 100 mortos.
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A represa de uma hidrelétrica em construção no sul do Laos se rompeu e inundou vilarejos da região, informaram nesta
terça-feira (24) autoridades locais. A agência oficial do Laos afirma que há mortos, embora não tenha divulgado o número.
Centenas de pessoas estão desaparecidas e mais de 6 mil estão desabrigadas.
A represa Xepian-Xe Nam Noy, situada a 550 km da capital Vientiane, se rompeu na noite desta segunda-feira (23),
liberando 5 trilhões de litros de água (o equivalente a 5 vezes o volume útil do Sistema Cantareira, em São Paulo).
Brigadistas e barcos foram enviados à área do distrito de San Sai, na província de Attapeu. Chove muito na região.
A água atingiu seis aldeias na região e obrigou cerca de 6,6 mil pessoas a deixarem suas casas. Imagens divulgadas pela
imprensa internacional mostram moradores ilhados nos tetos das casas.
A empresa que está construindo a represa disse que chuvas fortes e enchentes provocaram o rompimento e que está
cooperando com o governo do Laos para ajudar a resgatar os moradores de vilarejos nas vizinhanças da represa.
Laos: 'bateria da Ásia'
O comunista Laos, um dos países mais pobres e fechados da Ásia, almeja se tornar a "bateria da Ásia" vendendo energia a
seus vizinhos por meio de uma série de hidrelétricas.
Há anos grupos ambientalistas vêm alertando para as ambições das hidrelétricas do Laos, inclusive por temerem o
impacto das represas no Rio Mekong, em sua flora e fauna e nas comunidades rurais e economias locais que dependem
dele.
De acordo com a BBC, as obras da hidrelétrica começaram em 2013. Ela deveria iniciar suas operações comerciais em 2019
e exportar 90% de sua energia para a Tailândia. Os 10% restantes seriam vendidos para a rede elétrica local.
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A Grécia informou nesta quinta-feira (26) que suspeita de ação criminosa por trás de um devastador incêndio
florestal que matou ao menos 83 pessoas e transformou a pequena cidade de Mati, a leste de Atenas, em
uma terra de morte e destruição.
Em uma das piores tragédias gregas na memória recente, o incêndio ocorrido na noite de segunda-feira
prendeu dezenas de pessoas em seus carros tentando fugir de uma parede de chamas.
"Nós temos sérias indicações e sinais significativos sugerindo ações criminosas de fogo posto", disse o
ministro da Proteção Civil, Niko Toskas, em uma coletiva de imprensa. Ele afirmou que a polícia tem
depoimentos nesse sentido, mas não deu mais detalhes.
A Reuters reportou na quarta-feira que a polícia estava investigando como incêndio começou em três locais
diferentes simultaneamente, em um dia em que um segundo grande incêndio estava acontecendo a oeste da
capital grega.
O número de mortos no pior incêndio na Grécia em décadas deve subir ainda mais, à medida que cerca de
300 bombeiros e voluntários vasculham a área atingida em busca de dezenas de pessoas ainda
desaparecidas.
Em um país assombrado pela escala da destruição, parentes desesperados apareceram na televisão para
pedir informações sobre desaparecidos, enquanto surgiam dúvidas sobre como pessoas ficaram presas e por
que não houve emissão de ordem de saída.
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O governo britânico anunciou nesta quinta-feira (26) que, a partir de março do ano que vem (outono no
hemisfério Norte), será permitida a prescrição de remédios derivados de cannabis no Reino Unido.
A informação foi divulgada pelo ministro do Interior do país, Sajid Javid. A mudança na legislação
britânica foi oficializada após o sinal verde da chefe médica do governo, Sally Davies, e do Conselho
Assessor sobre o Abuso de Drogas.
A modificação das normas do uso deste tipo de substância ocorreu depois de uma polêmica que surgiu
em junho deste ano. Billy Caldwell, um menino com epilepsia, precisou ser hospitalizado depois que as
autoridades confiscaram sua medicação à base de óleo de cannabis, adquirida no Canadá, no aeroporto
de Heathrow, em Londres.
Dias depois, o ministro do Interior concordou em devolver a medicação à criança e anunciou que
revisaria a legislação para que fatos assim não voltassem a acontecer.
Javid disse que o caso mostrou que a posição do governo britânico sobre os produtos medicinais
derivados de maconha não era "satisfatória".
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O uso de cannabis para fins medicinais já é permitido em países como Canadá, Israel, Peru
e Uruguai.
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Pesquisadores italianos anunciaram nesta quarta-feira (25) que há indícios de presença de água
líquida em Marte. Segundo dados coletados por um radar da Agência Especial Europeia (ESA), há
um "reservatório" de água líquida repousando abaixo de camadas de gelo e poeira na região
polar sul do planeta vermelho.
A descoberta levanta a possibilidade de que se encontre vida no planeta, já que a água é essencial
para a existência de organismos vivos. Os cientistas tentam há muito tempo provar a existência de
água líquida em Marte. O estudo de pesquisadores, a maioria ligada ao Instituto Nacional de
Astrofísica da Itália, foi publicado nesta quarta na revista "Science".
A confirmação científica sobre como deve ser esse líquido – doce ou salgado – deverá demorar, 29
de acordo com o doutor em astronomia pela USP, Douglas Galante. Ele diz que para conseguir
isso, precisamos perfurar o solo do planeta em uma profundidade que ainda não estamos
preparados.
As próximas missões até o planeta vermelho, como a Mars 2020, deverão fazer perfurações, mas
não conseguirão chegar a esse novo reservatório descoberto – os instrumentos conseguem se
aprofundar apenas alguns metros, e seria necessário chegar mais fundo.
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Profundidade incerta
Outra questão é que o estudo não determina a profundidade exata do reservatório. Isso
significa que os cientistas não puderam especificar se é uma piscina subterrânea, algo
parecido com um aquífero ou apenas uma camada de lodo.
Água em salmoura
Antes dos pesquisadores italianos, a Nasa já tinha apontado outras evidências de água
líquida em Marte. Em 2015, a agência anunciou que o robô Curiosity descobriu sinais da
existência de 'salmouras' na superfície do planeta, formadas quando os sais no solo,
chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera.
Material orgânico
Neste ano, a Nasa publicou também na revista "Science" que descobriu material orgânico
preservado entre rochas (argilitos) com cerca de três bilhões de anos em cratera do planeta
Marte. Os cientistas acreditam que pode ser uma evidência de vida no passado.
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Cem anos após o nascimento de Nelson Mandela, a África do Sul presta nesta quarta-feira (18) uma homenagem a este
ícone da luta contra o Apartheid com uma marcha simbólica liderada por sua viúva, Graça Machel, e um fórum organizado
pelo ex-presidente americano Barack Obama.
Todos os anos, o "Mandela Day", que marca o nascimento em 18 de julho de 1918 de "Madiba", o apelido do líder sul-
africano, é comemorado em todo o mundo. "Atuem, inspirem-se na mudança, façam de cada dia um Dia Mandela", exorta
a fundação que leva seu nome.
100 anos de Nelson Mandela
"Mandiba" foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos
principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993. Ele morreu no dia 5 de
dezembro de 2013, aos 95 anos. Entre outras distinções, recebeu em vida o prêmio Nobel da Paz.
Na terça-feira (17), em um discurso em um estádio em Joanesburgo para 15 mil pessoas, o ponto alto das comemorações
em homenagem a "Madiba", Barack Obama lembrou "a onda de esperança que tomou conta do mundo" depois da
libertação de Mandela.
O líder foi solto da prisão em 2 fevereiro de 1990, após 27 anos de prisão. Quatro anos depois, sem derramar sangue após
décadas de um regime racista branco, Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul, cargo que ocupou
até 1999.
O país inteiro homenageia Mandela com shows, exposições, torneios esportivos e publicação de livros. Seu rosto
sorridente também ilustra novas cédulas de dinheiro.
Graça Machel, terceira e última esposa de Nelson Mandela, que faleceu em 2013, vai liderar uma marcha em Joanesburgo
até o Tribunal Constitucional, um lugar altamente simbólico, sinônimo da chegada da democracia na África do Sul em
1994.
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Homenagem de Obama
Já Barack Obama falará para cerca de 200 jovens que participam de uma formação sobre liderança organizada
por sua fundação em Joanesburgo.
Na véspera, o ex-presidente denunciou um mundo de "incertas e estranho", em um discurso cheio de ataques
velados a seu sucessor, Donald Trump. Ele atacou os políticos "autoritários" que recorrem à "política do medo" e
"apenas mentem".
"Graças a seu sacrifício e a sua forte liderança, e talvez ainda mais a seu exemplo moral, Mandela (...)
personalizou as aspirações das pessoas desfavorecidas", lançou Obama em uma homenagem emocionante a um
"gigante da História".
"Isso mostra a nós, que acreditamos na liberdade e na democracia, que teremos que lutar ainda mais para 31
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FATOS NACIONAIS
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O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta terça-feira (3) que a balança comercial registrou
superávit de US$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano. Ao todo, segundo o governo federal, as exportações
somaram US$ 113,8 bilhões nos primeiros seis meses deste ano (melhor resultado desde 2013), e as importações, US$
83,7 bilhões (melhor resultado desde 2015).
O desempenho neste período é o segundo melhor da série histórica do MDIC, iniciada em 1989. O melhor resultado
registrado até hoje é o do primeiro semestre de 2017, quando o superávit foi de R$ 36,2 bilhões.
Desempenho em junho
De acordo com o MDIC, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,8 bilhões em junho deste ano. Este é o segundo
melhor desempenho da série histórica para o mês de junho, atrás somente de 2017, quando o saldo positivo foi de US$
7,1 bilhões.
33
Ao todo, em junho, as exportações somaram US$ 20,2 bilhões (média diária de US$ 962 milhões) e importações, US$
14,320 bilhões (média de US$ 681,9 milhões por dia útil).
De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, a greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias em maio
e fez as exportações caírem 36%, causou efeito nas primeiras semanas de junho.
"O mês de junho ainda foi impactado, no seu início, pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros. (...) As exportações,
nas duas primeiras semanas de junho, ainda tiveram um crescimento mais lento, recuperando-se a partir da terceira
semana. A importação, a partir da segunda semana de junho, já voltou ao patamar que observávamos antes", afirmou.
Segundo Abrão Neto, os efeitos da paralisação já cessaram e não devem mais impactar as exportações brasileiras.
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O governo lançou nesta segunda-feira (2) Plano Nacional de Logística (PNL) que, se levado adiante pelo próximo
presidente, poderá gerar economia de até R$ 54,7 bilhões por ano a partir de 2025.
"É um plano que define os gargalos dos modais brasileiros e traz soluções para o Brasil avançar, principalmente nas
ferrovias, para em sete anos, ultrapassarmos o transporte nas rodovias em 100%", disse Ronaldo Fonseca, ministro
da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O PNL cruza diversos bancos de dados para definir as obras de infraestrutura prioritárias para reduzir gargalos do
tráfego de cargas.
Como antecipou a Folha de S.Paulo, o plano foi aprovado na reunião do Conselho do PPI (Programa de Parceria de
Investimentos) desta segunda. Para implementá-lo, o presidente Temer assinou um decreto dando peso de lei ao
plano e criando um comitê de governança que definirá as prioridades de investimento.
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Farão parte do comitê representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, os ministros de Transporte,
Minas e Energia, Agricultura, Meio Ambiente, Planejamento, Casa Civil e a EPL (Empresa de Planejamento e
Logística), responsável pela parte técnica do programa.
Assessores de Temer afirmam que, na prática, o plano dificultará investimentos em obras de cunho eleitoreiro.
Segundo eles, o próximo presidente poderá, via comitê, interferir na ordem das obras do PNL, mas não poderá,
sozinho, decidir que obras entram na lista, que será feita pela EPL com base em cálculos a partir de dezenas de bases
de dados já integradas.
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Se o presidente quiser incluir uma obra fora do PNL para agradar a aliados, ele deverá registrar em ata, expondo o teor
político da decisão. Para mudar o funcionamento do programa e do comitê, será preciso baixar outra lei. A ideia do
governo foi dar ao PNL o mesmo peso do Plano Decenal de Energia Elétrica, definido pela EPE (Empresa de Pesquisa
Energética). Na área de energia, um comitê interministerial conhecido como CNPE define as diretrizes do setor que
passam a nortear investimentos públicos e privados.
A primeira etapa do PNL se estende até 2025 e está em andamento. Caso o próximo presidente mantenha o cronograma
de obras, haverá uma redução de R$ 54,7 bilhões dos custos de transporte até 2025, sem considerar o preço do frete -que
pode cair até lá. Hoje, esse custo é de R$ 342 bilhões e compromete a competitividade dos produtos brasileiros
destinados à exportação.
Se o plano seguir a rota planejada, até 2025, a dependência de rodovias cairá dos atuais 64% de participação do volume
de cargas para 50%. Essa diferença, de acordo com o PNL, será praticamente incorporada pelas ferrovias, que saltam de
18% de participação para 31%.
Na reunião do PPI, foram incluídos 14 novos projetos que, se concretizados, deverão gerar R$ 100 bilhões em
investimentos. Dentre eles estão dez lotes de linhas de transmissão, novos lotes de exploração de petróleo no pré-sal, BR
153/282/470 e a RIS (Rodovia de Integração Sul).
Também ficou decidido que a Vale e a MRS terão suas concessões ferroviárias renovadas em troca de investimentos em
novas ferrovias. A contrapartida da Vale será construir a Fico, que se ligará à ferrovia Norte-Sul entre Campinorte (GO) e
Água Boa (MT). Caberá à MRS fazer o Ferroanel, que seguirá paralelo ao trecho norte do Rodoanel, em São Paulo. O PPI
também incluiu no programa o trecho sul da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D´Oeste (SP).
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Com lance único, a Equatorial Energia arrematou a Cepisa, distribuidora da Eletrobras no Piauí. O leilão foi realizado nesta
5ª feira (26.jul.2018), na sede da B3 em São Paulo. A empresa foi a 1ª das distribuidoras da estatal que atuam no Norte e
Nordeste a ser vendida.
A Equatorial controla a Cemar, distribuidora de energia do Maranhão e a Celpa, no Pará. Também possui linhas de
transmissão de energia no Pará, Piauí, Bahia e Minas Gerais e importante participação em usinas termelétricas no
Maranhão.
Diante das dívidas, a empresa foi vendida pelo valor simbólico de R$ 50 mil. Segundo o edital publicado pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a empresa acumulava prejuízos de R$ 2,4 bilhões e
endividamento total igual a R$ 1,6 bilhão até dezembro de 2016.
Pelas regras do edital, venceria a empresa que ofertasse o maior desconto da tarifa de energia (deságio) em relação
ao reajuste extraordinário concedido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) à Cepisa, de 8,52%, há cerca de 2
anos. O deságio mínimo foi fixado em 61,31%.
A Equatorial ofereceu índice combinado de 119 pontos, abrindo mão de 100% da flexibilização tarifária. Segundo o
diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a redução na tarifa dos consumidores atendidos pela Cepisa será da ordem de 8,5%
com a privatização. A correção será feita em até 45 dias após assinatura do contrato de concessão, o que deve acontecer
em até 90 dias.
A empresa pagará ainda uma outorga de R$ 95 milhões à União para assumir o controle da distribuidora e deverá fazer 1
aporte inicial de R$ 720,9 milhões.
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O leilão, que durou cerca de 15 minutos, era visto como essencial para dar uma sinalização positiva aos
acionistas da empresa, que decidem na próxima 2ª feira (30.jul) se aceitam prorrogar a prestação
temporária de serviços das distribuidoras pela Eletrobras para 31 de dezembro. O prazo termina em 31
de julho.
Nova rodada em agosto
Outras 4 empresas da Eletrobras serão leiloadas em 30 de agosto: Boa Vista Energia (Roraima),
Amazonas Distribuidoras (Amazonas), Eletroacre (Acre) e Ceron (Rondônia).
Mas a viabilidade do leilão está nas mãos do Congresso. A expectativa do governo é o Senado aprovar no
início de agosto 1 projeto de lei que equaciona pendências financeiras das empresas. As mudanças
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tornam as distribuidoras mais atrativas para investidores.
O leilão da Ceal, no Alagoas, segue suspenso devido a uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do
STF (Supremo Tribunal Federal), que impediu a venda da companhia. A ação foi movida pelo governo do
Estado.
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A fabricante norte-americana Boeing e a brasileira Embraer anunciaram nesta quinta (5) a criação de
uma joint venture, ou seja, uma nova empresa na área de aviação comercial da companhia brasileira,
avaliada em US$ 4,75 bilhões, cerca de R$ 18,5 bilhões.
O acordo prevê que a norte-americana ficará com 80% da nova empresa, mediante pagamento de US$
3,8 bilhões, cerca de R$ 14,8 bilhões. Os 20% restantes ficarão com a Embraer.
Depois de consumada a transação, a joint venture — empresa criada a partir dos recursos de duas
companhias que dividem seus resultados — será liderada por uma equipe de executivos sediada no
Brasil. A Boeing terá controle operacional e de gestão da nova empresa.
Além da nova empresa, Boeing e Embraer irão criar outro negócio de produtos e serviços de defesa, em
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especial o avião multimissão KC-390. “Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390,
assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e
cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da
Boeing e da Embraer”, afirmou o vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da
Embraer, Nelson Salgado.
O acordo entre as duas empresas vale somente para a aviação comercial. A Embraer esclareceu, por
meio de um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que as demais divisões da
companhia — aviação militar e executiva — não são parte da nova sociedade.
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A área ocupada por estabelecimentos agropecuários cresceu, entre 2006 e 2017, 16,5 milhões de hectares – valor que
equivale ao território do estado do Acre. Ainda assim, houve a redução de 2% no número de propriedades, que passaram
de 5,17 milhões para 5,07 milhões de unidades.
Os dados fazem parte dos resultados preliminares do Censo Agro 2017, divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, essas propriedades ocupavam 350 milhões de hectares, ou 41% da área do Brasil. Houve um aumento de
5% em relação ao Censo anterior, de 2006.
Principais pontos do Censo
• Área ocupada pela agropecuária cresceu 16,5 milhões de hectares em 11 anos (alta de 5%)
• Pará e Mato Grosso foram os estados com maiores altas 38
• Foi verificada maior concentração de propriedades: havia 5,07 milhões de unidades em 2017 contra 5,17 milhões em
2006 (redução de 2%)
• Caiu em 1,5 milhão o total de trabalhadores em propriedades rurais
• Número de tratores cresceu quase 50%
• Cresceu em 20,4% o total de produtores que usam agrotóxico, chegando a 1,7 milhão
• O acesso à internet no campo disparou 1.790%: passou de 75 mil para 1,4 milhão
• Cresceu o número de produtoras rurais mulheres: de 12,7% para 18,6%
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Os estados que tiveram as maiores elevações de área ocupadas, em números absolutos, foram o Pará e o Mato Grosso,
com mais 6,75 milhões e 6,14 milhões de hectares, respectivamente. No Pará, o crescimento ocorreu principalmente por
áreas de pastagens, enquanto no Mato Grosso, pela lavoura.
Entre as regiões, apenas a Nordeste apresentou queda na área dos estabelecimentos agropecuários.
"Cinco anos de secas na região podem explicar essa queda. Houve um processo de desertificação entre a Bahia e o Rio
Grande do Norte”, destacou Antonio Carlos Florido, coordenador técnico do Censo.
Prévia dos números
A divulgação final do Censo está prevista para junho de 2019. O IBGE pondera que alguns dados podem mudar. Há, ainda,
7.795 estabelecimentos nos quais os questionários ainda não haviam sido coletados.
Desses, 6.582 por recusas de informações por parte do produtor e 1.213 referentes a empresas ou grandes produtores.
Outros 3 mil questionários estão passando por processo de validação.
"É uma obra em andamento que abrimos para visitação pública. Faltam acabamentos, o serviço não terminou e podem ter
'puxadinhos'", afirmou coordenador do Censo.
Menos trabalhadores, mais máquinas
A pesquisa revela a redução no número de trabalhadores nas propriedades, enquanto cresce o de máquinas.
"Conforme há uma mecanização dos processos, o número de pessoal ocupado vai diminuindo, assim como ocorreu em
outros setores", explica Antonio Florido, coordenador do Censo.
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Em 11 anos, os ocupados nos estabelecimentos agropecuários diminuíram em 1,5 milhão de pessoas. No ano
passado, eram 15 milhões de trabalhadores nessas propriedades.
Já o número de tratores cresceu 49,7% no período, totalizando 1,22 milhão de unidades em 2017. Os estados da
região Norte lideraram a alta. Amapá e Roraima tiveram crescimento de 304% e 293% no número de tratores
existentes nas propriedades entre 2006 e 2017.
Mais irrigação e agrotóxicos
A produção também mudou. Houve aumento de 20,4% no número de produtores que utilizaram agrotóxicos,
num total de 1,68 milhão.
“O que tem que ser buscado agora é saber como esse agrotóxico está sendo utilizado. O produtor que utiliza
esse material recebeu a assistência técnica necessária? De quem ele está recebendo orientação para lidar com
esses produtos?", disse Florido.
O coordenador do Censo afirmou ainda que há muitos produtores com baixa escolaridade. "Será que eles têm
condições de ler e compreender as bulas e manuais de utilização dos agrotóxicos?”.
O uso de irrigação foi ampliado, com aumento de 52% tanto em estabelecimentos quanto em áreas.
Em relação ao tamanho das propriedades, aumentou a participação daqueles com 1.000 hectares ou mais. De
45% para 47,5%. Já os estabelecimentos de 100 a menos de 1.000 hectares perderam participação, passando de
33,8% para 32%.
O Censo mostra ainda que as áreas de matas naturais, que são as florestas naturais, em estabelecimentos
agropecuários cresceram 11,4%.
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Mais mulheres
O levantamento trouxe ainda um perfil dos trabalhadores. Cresceu o número de mulheres entre os produtores. O percentual
foi de 12,7%, em 2006, para 18,6%, em 2017.
Também foi verificado o envelhecimento deles, com redução daqueles com idade até 45 anos e aumento mais significativo
entre aqueles com idade a partir de 55 anos.
“Os produtores que já estavam no campo estão envelhecendo, o que é um processo natural. O que nos chama a atenção é que
não há uma renovação, entende? Não estão chegando produtores mais novos, os jovens não estão indo para o campo, estão
procurando emprego em outro lugar. Isso é preocupante porque, em algum momento, não vai haver mais braços. E aí, quem
vai produzir o arroz e feijão que comemos?”, diz Antônio Carlos Florido, do IBGE.
O acesso à internet cresceu 1.790%. O número de produtores que declararam usar a rede passou de 75 mil, em 2006, para 1,4
milhão de produtores no ano passado. 40
O Censo mostra ainda que 15,5% dos produtores declararam que nunca frequentaram escola; 29,7% não passaram do nível de
alfabetização, e 79,1% não foram além do nível fundamental. Além disso, 23,05% declararam não saber ler e escrever. Apenas
0,29% dos produtores frequentaram mestrado ou doutorado. Ao todo, 5,58% cursaram ensino superior.
Menores de 14 anos
O Censo revela ainda um contingente de crianças e jovens com menos de 14 anos que trabalham no campo. São 269.786
meninos e 237.346 meninas nessa faixa etária com laço de parentesco com o produtor. Há ainda 48.054 ocupados
permanentemente, 25.577 temporários e 7.042 classificados como parceiros.
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Anistias
O texto aprovado nesta quarta concede anistia aos caminhoneiros que receberam multas de trânsito
durante a greve.
Na Câmara, o relator da proposta, Osmar Terra (MDB-RS), afirmou que existe a possibilidade de o
presidente Michel Temer vetar a anistia.
O texto também dá anistia a quem não tiver respeitado os valores da tabela de frete atualmente em
vigor. A anistia vale para as infrações entre 30 de maio e 19 de julho.
Possíveis vetos
Após a Câmara aprovar a MP, e antes de o Senado também aprovar o texto, o ministro da Secretaria de 41
Governo, Carlos Marun, informou que o presidente Michel Temer pode vetar alguns trechos.
"Nós vamos receber o texto aprovado e podemos avaliar algum tipo de veto. [...] As multas são inclusive
as judiciais, que foram aplicadas em transportadoras em relação as quais existe uma convicção de
atitude criminosa de locaute. Este é um processo que temos que avaliar com cuidado", afirmou.
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A Polícia Federal deagra na manhã desta quinta-feira (5) a nova fase da operação Registro Espúrio, que
apura supostas fraudes em registros sindicais.
Ministro do trabalho, Helton Yomura, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (5) pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) no âmbito da Operação, que também cumpre mandado de busca e apreensão no
gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP).
Estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Brasília 10 mandados de busca e apreensão e três
mandados de prisão temporária. De acordo com a PF, a terceira fase da Operação tem como objetivo de
“aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de
registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.“
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As investigações e o material coletado nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio indicam a
participação de novos atores e apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho
foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a
manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”, diz comunicado da PF.
O órgão informou ainda que, além das buscas, serão impostas aos investigados medidas cautelares para
proibir que os políticos frequentem o Ministério do Trabalho e mantenham contato com os demais
investigados ou servidores da pasta
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Como o ressarcimento será pago ao longo de 22 anos, em parcelas anuais com correção pela taxa Selic, a
AGU estima que ao final do período, o valor destinado aos cofres federais alcance R$ 6,8 bilhões.
Além do pagamento, a empresa se comprometeu a adotar uma política de integridade para evitar novas
irregularidades nos contratos futuros com o poder público, que será acompanhada por técnicos do
governo.
Segundo a ministra-chefe da AGU, Grace Mendonça, o acordo serve de parâmetro, para outros acordos
de leniência. No total, foram analisados 49 contratos da Odebrecht com o governo federal e suas
estatais.
"Considerando todo esse volume de informações, temos hoje maturidade para firmarmos acordo de
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leniência como política de Estado importantíssima de combate à corrupção", disse.
Uma das cláusulas envolve o compromisso da Odebrecht em ressarcir cofres públicos de outros países
em que atuava com suborno.
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participação em "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e
escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar
desinformação”.
O comunicado não identifica as páginas ou usuários envolvidos. Um procurador do Ministério Público
Federal de Goiás pediu que, num prazo de 48 horas, a empresa esclareça quais são as páginas e
justifique a iniciativa.
A página Brasil 200 também foi retirada do ar pelo Facebook.
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As fontes da agência Reuters, que falaram sob condição de anonimato, disseram que a rede era
administrada por membros importantes do MBL. O grupo ganhou destaque ao liderar protestos em 2016
pelo impeachment da então presidente Dilma Roussefff.
Representantes do MBL publicaram um comunicado em suas redes sociais nesta quarta-feira (25). "Na
manhã de hoje, 25/07/2018, diversos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) tiveram suas
contas arbitrariamente retiradas do ar pelo Facebook. A alegação dada pela rede social é a de que se
tratava de coibir contas falsas destinadas a divulgação de 'fake news'", comentou o MBL.
As páginas desativadas, que juntas tinham mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias a
temas políticos, com uma abordagem claramente conservadora, com nomes como Jornalivre e O Diário
Nacional, de acordo com as fontes da Reuters.
Ao variar o controle compartilhado das páginas, os membros do MBL eram capazes de divulgar suas
mensagens coordenadas como se as notícias viessem de diferentes veículos de comunicação
independentes, segundo apuração da agência de notícias.
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'Fake news'
O Facebook tem enfrentado pressão para combater as contas falsas e outros tipos de perfis enganosos em sua
rede.
No ano passado, a empresa reconheceu que sua plataforma havia sido usada para o que chamou de "operações
de informação" que usaram perfis falsos e outros métodos para influenciar a opinião pública durante a eleição
norte-americana de 2016, e prometeu combater as fake news.
Agências de inteligência dos Estados Unidos afirmam que o governo russo realizou uma campanha online para
influenciar as eleições no país, e casos de grupos políticos que usam a rede social para enganar as pessoas têm
surgido pelo mundo desde então.
Não há indicação de envolvimento estrangeiro na rede do MBL tirada do ar nesta quarta-feira, de acordo com as 45
fontes da Reuters.
O que diz o Facebook?
O Facebook disse que retirou a rede do ar no Brasil após uma "rigorosa investigação" porque os perfis envolvidos
eram falsos ou enganadores, violando sua política de autenticidade.
A rede social tem um conjunto separado de ferramentas para combater a disseminação de notícias falsas com a
ajuda de empresas externas de checagem de fatos.
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A população brasileira continuará a crescer até 2047, quando atingirá 233,2 milhões de pessoas. No entanto, a
partir de 2048, haverá uma queda gradual até 2060, quando recuará para 228,3 milhões, segundo estudo
divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Hoje, o total de habitantes no Brasil é de mais de 208 milhões.
A revisão 2018 da Projeção da População do Brasil detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira,
acompanhando variáveis como fecundidade, mortalidade e migrações, e projeta o número de habitantes para as
27 unidades da federação.
Doze estados – Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará,
Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte – deverão ter sua população reduzida antes de 2048 por
conta de fluxos migratórios negativos. Ou seja, maior saída do que ingresso de habitantes. 46
Por outro lado, para 8 estados não há previsão de diminuição da população até 2060. São eles: Goiás. Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre.
Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul deverão ser os primeiros estados a apresentar redução da população,
impactados tanto pela perda de moradores para outros estados como também pela queda das taxas das taxas de
fecundidade.
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Expectativa de vida
Já a projeção para a expectativa de vida do brasileiro ao nascer – atualmente de 72,74 anos para homens
e 79,8 anos para mulheres – é alcançar 77,9 anos para homens e 84,23 anos para as mulheres em 2060.
A revisão de 2018 estendeu a projeção de vida da população para as unidades da federação até 2060. O
estudo mostrou que Santa Catarina – estado que já possui a maior expectativa de vida para ambos os
sexos (79,7 anos) – deverá manter a liderança, chegando aos 84,5 anos em 2060.
O Maranhão tem a menor expectativa de vida para os nascidos em 2018 – 71,1 anos. Em 2060, esse
posto deverá ser ocupado pelo Piauí – naquele ano, a expectativa de vida do estado será de 77 anos.
Envelhecimento da população 47
Em 2018, a idade média da população é de 32,6 anos. Nove estados apresentam idade média abaixo dos
30 anos. Desses, o estado mais jovem é o Acre, com idade média de 24,9 anos.
Já os estados das regiões Sul e Sudeste apresentam média de idade da população acima da projetada
para o Brasil – o Rio Grande do Sul, onde a média é de 35,9 anos, é o mais envelhecido da federação.
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Estados mais jovens, como Amazonas e Roraima, continuarão com mais crianças que idosos até o limite
desta projeção, em 2060.
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No último ano, a cobertura vacinal para a pólio, que deveria ser de 95%, ficou em apenas 77%. Assim como as taxas
de outras oito vacinas para crianças menores de 1 ano no Brasil, todas abaixo da meta. Segundo profissionais de
saúde, abre-se assim um caminho para que doenças já erradicadas ou com poucos registros retornem ou tenham
aumento em suas taxas de incidência. Os casos de coqueluche, por exemplo, tiveram um leve crescimento de 2016
para 2017, sendo que o registro era de queda desde 2010. Outra doença que preocupa é a difteria. Não há casos
confirmados no país, mas já existem relatos da enfermidade em Roraima.
— Não estamos com a pólio, por exemplo, batendo à porta, assim como não estávamos com o sarampo. Mas, se
deixamos de nos proteger porque achamos que a pólio não existe mais, ela vai encontrar a porta aberta para retornar
— afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Balalai.
O sarampo, citado pela médica e erradicado no Brasil desde 2016, quando o país recebeu o certificado da
Organização Mundial da Saúde (OMS), agora é considerado epidemia: já são 465 casos confirmados na Região Norte,
sete no Rio Grande do Sul, quatro sob suspeita no Rio (sendo um com diagnóstico preliminar confirmado) e um em
investigação em São Paulo. Três crianças morreram, em Roraima e no Amazonas. A prevenção para esta, que é uma
das doenças mais contagiosas do mundo, está na vacinação: uma dose da tríplice viral seguida de uma da tetra viral,
com intervalo mínimo de um mês. Não só crianças, mas adultos também devem se vacinar, caso não tenham
recebido as duas doses necessárias na infância. A meta anual de imunização é 95%, mas, pela primeira vez em 16
anos, esse patamar não foi alcançado em 2017: a tríplice só chegou a 83,9% de cobertura, e a tetra, a apenas 71,5%.
Em 312 municípios do país, a taxa de vacinação ficou abaixo dos 50%.
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Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia e gerente médico do Lâmina, Alberto Chebabo acredita que não foi só a
população que “esqueceu” a gravidade de doenças como o sarampo. Muitos médicos, especialmente os jovens, sequer viram um caso
dessa doença na vida. Logo, não costumam ressaltar a importância da vacinação para os pacientes, nem levar a doença em conta na hora de
dar um diagnóstico.
— Temos que assumir a nossa parcela de culpa — diz o infectologista. — Um médico que hoje tem 30 anos não vivenciou a época em que o
sarampo matava. Eu mesmo, que tenho 55 e já tive sarampo, não pensaria logo de cara nessa doença se um paciente chegasse com febre e
manchas na pele. Mas, a partir do primeiro caso, a possibilidade de sarampo não poderá mais ser excluída.
Isabella faz coro:
— Agora, não temos mais a permissão de ver um caso suspeito de zika, chicungunha ou dengue sem antes pensar na hipótese de sarampo.
De todas as dez imunizações recomendadas a crianças de até 1 ano, só atingiu a meta de cobertura a BCG, que protege contra tuberculose e
é aplicada logo ao nascer. O problema, no entanto, não se restringe às crianças. Muitos adultos sequer sabem onde está seu cartão de
vacinação para verificar as doses que tomaram nos primeiros anos de vida — o que é natural. O conselho de Isabella é que, em relação ao 49
sarampo, à caxumba, à rubéola e às hepatites, nem é preciso se preocupar com o histórico de vacinação: na dúvida, é melhor vacinar.
— Mesmo se a pessoa já estiver imunizada, vacinar de novo não vai fazer mal. É melhor pecar pelo excesso — afirma a médica.
E, mesmo quem acha que tem as vacinas em dia pode ter que rever isso. É que, até 1992, por exemplo, a tríplice viral, que previne contra o
sarampo, a rubéola e a caxumba, era dada em dose única. Portanto, quem se vacinou antes dessa data provavelmente não está
completamente imunizado. Em 2003, o esquema vacinal mudou novamente: a primeira dose passou dos 9 para os 12 meses de vida. Essa
alteração, de acordo com especialistas, foi fundamental para a eficácia.
— Estudos comprovaram que boa parte dos bebês não se beneficia tanto se tomar a dose inicial aos 9 meses. Por isso, mesmo quem tomou
duas doses, se foi antes de 2003, pode precisar tomar novamente — diz Chebabo.
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Mais da metade dos venezuelanos que entraram no Brasil desde 2017 não permaneceram no país, segundo dados
disponibilizados na reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial e divulgados no perfil do Facebook do ministro
da Casa Civil Eliseu Padilha, nessa segunda-feira, 16/7.
Ao todo, quase 128 mil passaram pela fronteira de Pacaraima, em Roraima, mas 68.968 deixam o território brasileiro, o
que corresponde a 54% do fluxo.
Ainda de acordo com as informações divulgadas pelo ministro, 66% dos que deixaram o país por via terrestre acabaram
retornando à Venezuela pelo mesmo local que entraram, a cidade de Pacaraima. Outros 15% por Foz do Iguaçu (PR) e 6%
por Guajará-Mirim (RO) e outros 6% Uruguaiana (RS). Cerca de 7% usaram outras localidades.
O levantamento ainda demonstrou que 34% deixaram o país via voos internacionais, totalizando 21.113 pessoas. A
preferência de quem deixou o Brasil por avião foram os aeroportos de Guarulhos (58%), Manaus (15%), Brasília (13%) e
Galeão (11%). Os destinos, nesses casos, não foram apurados pela Polícia Federal. (PF). 50
Ainda de acordo com as informações disponibilizadas por Padilha, ao todo cerca de quatro mil venezuelanos se dividem
em nove abrigos instalados em Roraima. Na quinta-feira desta semana está prevista a inauguração de mais uma unidade,
batizado de Rondon 1. Ele terá capacidade para aproximadamente 500 pessoas.
“Até agora, 690 venezuelanos voluntários já foram levados a outras cidades: São Paulo, Manaus, Cuiabá, Rio de Janeiro,
Igarassu (PE) e Conde (PB). Está prevista para a próxima semana nova viagem para Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro e São
Paulo”, informou o ministro.
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Um grupo de 130 venezuelanos está sendo transferido, nesta terça-feira, de Boa Vista (RR) para outras quatro
capitais : Cuiabá (24), Brasília (50), São Paulo (20) e Rio de Janeiro (36). A medida faz parte de uma nova etapa de
interiorização de venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade com objetivo de encontrar melhores
condições de vida em outros estados.
Em Cuiabá, os venezuelanos ficarão no Centro Pastoral do Migrante, da Sociedade dos Missionários de São
Carlos. Este local recebe, em geral, homens e mulheres sozinhos, além de mulheres com crianças e também
famílias. O Aldeias Infantis SOS será a organização responsável pelo acolhimento em Brasília, atendendo
prioritariamente famílias com crianças. Em São Paulo, o destino dos venezuelanos será a Casa do Migrante
Missão Paz, que recebe homens ou mulheres sozinhos, além de mulheres com crianças e famílias. No Rio de
Janeiro, mulheres e crianças serão recebidas na Casa de Acolhida Papa Francisco, administrada pelo Programa de
Atendimento a Refugiados da Cáritas RJ.
O processo de interiorização tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para
as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD).
Entre abril e julho, 690 venezuelanos foram levados para outras cidades. Desses, 267 foram para São Paulo (SP),
165 para Manaus (AM), 95 para Cuiabá (MT), 69 para Igarassu (PE), 44 para Conde (PB) e 50 ao Rio de Janeiro
(RJ).
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Pela primeira vez desde 1990, houve aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil em 2016, e a tendência é que o
índice de 2017 também se mantenha acima do registrado em 2015.
A epidemia do vírus da e a crise econômica são apontadas pelo Ministério da Saúde como causas do crescimento. A
primeira, pela queda de nascimentos (o que traz impacto no cálculo da taxa de mortalidade) e de mortes de bebês por
malformações graves.
Já a crise estaria associada às mortes infantis evitáveis, causadas por diarreias e pneumonias, que são influenciadas pela
perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública.
Dados inéditos do Ministério da Saúde analisados pela Folha mostram que desde o começo da década de 1990 (dados de
anos anteriores têm critérios diferentes) o país apresentava redução anual média de 4,9% da taxa de mortalidade. Esse
valor estava acima da média global de redução, estimada em 3,2% em relatório do Unicef (fundo das Nações Unidas) em
2017.
No Brasil, a taxa de mortalidade de 2016 ficou em 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento próximo de 5%
sobre o ano anterior, retomando índices similares aos dos anos 2014 e 2013.
Segundo o relatório do Unicef, entre 2015 e 2016 na América Latina a taxa ficou estacionada em 18 óbitos infantis por mil
nascimentos. No mundo a tendência de redução se manteve —de 42 para 41.
Para 2017, a previsão no Brasil é que a taxa fique, no mínimo, em 13,6 (contra 13,3 de 2015), mas os números oficiais
ainda não estão fechados. A taxa de mortalidade infantil considera o número de mortos até um ano a cada mil nascidos
vivos. Monitora-se ainda a taxa chamada de mortalidade na infância, que considera o número de crianças de até cinco
anos mortas a cada mil nascidos vivos. Em 2016, morreram 36.350 crianças nessa faixa etária —19.025 nos primeiros sete
dias.
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A Fundação Abrinq relaciona a piora dos indicadores infantis ao corte de verbas e contingenciamento de
orçamentos de programas como o Bolsa Família e a Rede Cegonha, de apoio às mães na gestação e puerpério.
Em 2017, por exemplo, a taxa de desnutrição crônica de crianças até cinco anos ficou em 13,1% — contra 12,6%
registrada em 2016 e 12,5% em 2015. O índice retorna ao mesmo patamar de 2013.
“Políticas de proteção social não podem sofrer cortes nem ajuste orçamentário para o equilíbrio das contas
públicas. Isso impacta muito na sobrevivência das famílias pobres e extremamente pobres”, diz Denise Cesario,
gerente executiva da Fundação Abrinq.
Segundo ela, o reajuste do Bolsa Família não tem levado em conta a inflação do período. Entre 2015 e 2016 teria
sido de R$ 3 bilhões, mas ficou em R$ 1 bilhão. Neste ano, a dotação era de R$ 28,7 bilhões, mas, após
contingenciamento, ficou em R$ 26,5 bilhões. 53
Juntos, Amapá, Amazonas, Bahia, Pará, Piauí e Roraima tiveram taxa de mortalidade média de 19,6 e aumento
de 14,6% ante 2015 —equivalente a três vezes a alta nacional. Os únicos estados com redução de taxas em 2016
foram Rondônia, Acre, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.
Já São Paulo teve em 2016 a quinta menor taxa de mortalidade infantil do país (11,09). Porém também figura
entre os que interromperam a tendência de queda: alta de 2,7%, contra a redução média anual de 4,1% entre
1991 e 2015.
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Retrospectiva - Julho 2018
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Sessão do Senado
Durante a discussão do projeto, o relator do projeto, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que foi feito amplo
debate sobre o tema, tanto na Câmara quanto no Senado.
"A internet, por certo, não pode ser um mundo sem regras, sem valores, e sem princípios. Garantia e
direito à privacidade e intimidade é, antes de tudo, valor civilizatório", defendeu.
Na mesma linha, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que o projeto é fundamental. "No
Brasil, nós carecemos de mecanismos mais efetivos de proteção de dados", afirmou.
"Estamos falando de proteção de dados pessoais no tempo da quarta revolução, revolução 4.0, das redes
sociais. [...] O Brasil está atrasado nesse tema. A proteção do cidadão, do mau uso dos seus dados, tem
que ser permanente", acrescentou, em seguida, Jorge Viana (PT-AC).
Apoio à proposta
O projeto recebeu o apoio de mais de 60 organizações e entidades ligadas aos setores de comércio,
comunicação, internet e Procons.
Países da União Europeia e os Estados Unidos, por exemplo, já adotam legislação de dados pessoais.
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O gigante farmacêutico Johnson & Johnson foi condenado a pagar US$ 4,690 bilhões a 22 mulheres e suas famílias
que alegam que um talco vendido pela empresa continha amianto e lhes causou câncer, decidiu um tribunal dos
Estados Unidos.
A decisão é o último resultado de uma série de milhares de ações apresentadas contra Johnson & Johnson
relacionadas ao talco. Segundo o advogado das vítimas, Mark Lanier, um juri composto por seis homens e seis
mulheres em St. Louis, Missouri (centro), decidiu a favor das mulheres ao fim de seis semanas de julgamento. As 22
mulheres afirmavam que o uso do talco para sua higiene pessoal provocou câncer nos ovários
“Por mais de 40 anos Johnson & Johnson encobriu a evidência da presença de amianto em seus produtos”, disse
Lanier em um comunicado.
O processo se refere a 22 mulheres, mas já existem mais de nove mil casos na Justiça sobre a ligação entre o talco da
Johnson & Johnson e o câncer, com resultados mistos: alguns contra e outros a favor da empresa.
Da condenação de US$ 4,690 bilhões, a maior parte (US$ 4,14 bilhões) é de punição pela empresa não ter alertado
sobre o risco da presença de amianto. Os US$ 550 milhões restantes são a título de compensação pelos danos.
A Johnson & Johnson declarou estar “profundamente decepcionada com o veredito” e destacou que a decisão de
“conceder exatamente o mesmo valor a todas as demandantes, independentemente de seus dados individuais e
diferenças legais, reflete que a evidência no caso foi simplesmente esmagada...”. O grupo nega a presença de amianto
em seus talcos e prometeu apelar da decisão.
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De acordo com a consultora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) Fernanda Giannasi, a contaminação
pode ocorrer no momento em que o talco é extraído da natureza.
- O mineral talco, no Brasil, é retirado desde o sul da Bahia até o Paraná. Na hora da extração, quando não é feito um
estudo sobre o solo e os outros minerais presentes nele, o talco pode ser retirado junto com alguma quantidade de
amianto. Na hora de industrializar o talco, pode haver traços de amianto nos produtos finais que levam talco em sua
composição ou que o utilizam para qualquer outro — explica Fernanda. — O talco está presente em várias indústrias,
como na de cosméticos e até na alimentícia.
O pneumologista Hermano Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, explica que o amianto entra no
corpo, principalmente, por meio das vias respiratória. E se aloja, na maior parte dos casos, nos pulmões.
— O amianto é uma fibra que, ao ser inalada, normalmente se aloja nos pulmões. As principais doenças causadas pela
presença desta substância cancerígena no organismo atingem os pulmões, como o mesotelioma (câncer da pleura, a 56
película que recobre o pulmão) e o próprio câncer de pulmão, além da fibrose no órgão. A principal porta de entrada da
substância no corpo humano é por meio da via inalatória, quando a pessoa respira poeira ou alguma outra substância
contaminada com amianto, como pode ser o caso do talco.
Uma fibra mineral de amplo uso comercial, o amianto está proibido em grande parte do mundo desde o fim dos anos 90
por sua toxicidade e por ser potencialmente cancerígeno
Em outubro, uma Corte de Apelações de Los Angeles barrou uma decisão que condenava a Johnson & Johnson a pagar
US$ 417 milhões, assinalando que os argumentos dos demandantes eram insuficientes e vagos.
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O prefeito Marcelo Crivella sancionou nesta quinta-feira a lei de autoria do vereador Jairinho (MDB),
que obriga estabelecimentos comerciais a usar canudos de materiais biodegradáveis, recicláveis ou
reutilizáveis. O texto, publicado no Diário Oficial do município, prevê multa de R$ 3 mil para quem
descumprir. No caso de reincidência, o valor da penalidade sobe para R$ 6 mil. A lei, no entanto, ainda
não está em vigor, uma vez que o prefeito vetou o artigo que previa que ele passaria a valer a partir de
sua publicação.
De acordo a prefeitura, o prazo previsto pelo projeto não dava prazo suficiente para a adequação, "
impossibilitando a divulgação e o disciplinamento da execução pelo Poder Executivo". Segundo a
prefeitura, agora cabe à Câmara Municipal votar se mantém ou derruba o veto. Somente após esse
trâmite é que a Lei segue para regulamentação. 57
Com isso, o Rio se torna a primeira capital brasileira a abolir o uso dos canudos de plástico. Segundo um
levantamento da ONG Meu Rio, ao todo, dez países do mundo já aboliram os canudos de plástico.
O projeto do vereador foi aprovado em segunda discussão no início de junho. Na ocasião, o único
vereador a votar contra foi Leandro Lyra, do Partido NOVO. Antes mesmo da lei, alguns bares e
restaurantes já estavam procurando se adequar, utilizando canudos feitos de papel, metal, vidro e até
macarrão.
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Em visita à capital paulista, nesta segunda-feira (9/7), a ativista paquistanesa Malala Yousafzai defendeu
a educação a longo prazo, em especial, como melhor investimento para o desenvolvimento feminino.
“O empoderamento das meninas vem da educação, tem a ver com emancipação”, disse, ao participar de
um evento em São Paulo.
Malala é a pessoa mais jovem a receber um Prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos de idade. Com 15 anos,
ela foi baleada pelo Talibã, por se manifestar contra a proibição da educação para mulheres. A
paquistanesa lembra que, quando era uma aluna em seu país, outras colegas de sua classe também
defendiam o ensino para o público feminino. “A diferença é que os meus pais nunca me impediram de
falar o que eu pensava”, disse. A ativista lembrou uma situação na qual uma colega da escola chegou
atrasada para aula. A garota tinha de esperar os pais saírem de casa e, assim, sair para estudar
escondida. “O papel dos pais e das mães é fundamental no empoderamento feminino”, disse. “As
mulheres devem se expressar. É preciso quebrar essas barreiras”, completou.
Viagem ao Brasil
Um dos objetivos da ativista no Brasil é “achar meios para que 1,5 milhão de meninas [fora da escola]
tenham acesso à educação”. Outra razão que levou Malala a viajar ao país foi a força dos ativistas locais
descobertos por ela. A ativista pretende promover a educação entre as comunidades brasileiras menos
favorecidas, especialmente afro-brasileiras.
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Gratidão.
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