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E ORÇAMENTÁRIA

Francisco Junior
Objetivo da Administração Financeira
EQUILIBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO

Deve-se realizar um estudo sobre a viabilidade do negócio através


da análise da estabilidade e capacidade de geração de lucro, as
quais podem ser medidas através da análise dos seguintes
desempenhos:
Faturamento Periódico

Conhecer e monitorar as vendas diárias, conhecendo o quê, quanto, por


quanto e para quando é vendido
Ponto de Equilíbrio

LAJIR = Q.(PV-CV)-CF
Margem de Contribuição= (PV – CV)
Q= Quantidade
CF= Custo Fixo
LAJIR = Q.(PV-CV)-CF
Margem de Contribuição= (PV – CV)
Q= Quantidade
CF= Custo Fixo

LAJIR =Q.(10-6)- 200000


LAJIR =40000.(10-6)- 200000
LAJIR =50000.(10-6)- 200000
LAJIR =60000.(10-6)- 200000
LAJIR =40000.(10-6)- 200000
LAJIR =-40000 (Despesas maior do que vendas)

LAJIR =50000.(10-6)- 200000


LAJIR =0 (Ponto de Equilíbrio)

LAJIR =60000.(10-6)- 200000


LAJIR =40000 (Vendas maior do que Despesas)
A análise do crescimento
diz respeito ao
crescimento patrimonial
da empresa, representado
pela análise do patrimônio
liquido.
Expressos através de índices demonstram parâmetros da
saúde da empresa e permitem comparativos de desempenho
entre diferentes períodos, de maneira a avaliar o resultado atual
em relação a outros períodos históricos.
(FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT)) Foram extraídas as
seguintes informações do Balanço Patrimonial de 31-12-2010 da
Cia. Hortênsias (em R$), sabendo que seu estoque foi de
78.000,00:

Patrimônio Líquido .......................................... 488.000,00


Ativo Circulante ............................................... 520.000,00
Ativo Não Circulante........................................ 680.000,00
Passivo Circulante ................................... 270.000,00

Analise a Liquidez corrente e a liquidez seca.


Análise e Avaliação das Demonstrações Financeiras
Análise Contábil – tem por objetivo a análise de relatórios e
demonstrações com a finalidade de fornecer informações numéricas
preferencialmente de dois ou mais períodos de modo a instrumentar
os administradores e acionistas, entre outros, que estejam
interessados em conhecer a situação da empresa para que possam
tomar decisões - subdivide-se em:
• Análise de estrutura;
• Análise de evolução;
• Análise por quocientes;
• Análise por diferenças absolutas.
Análise Horizontal
A análise horizontal se baseia na comparação entre
resultados de um mesmo indicador em relação a períodos
anteriores. Ela recebe esse nome, inclusive, porque na maioria
das vezes é feita ao dispor diferentes dados um do lado do
outro para a comparação.

Análise Vertical
Já a análise vertical recebe esse nome porque
acontece de cima para baixo ou de baixo para cima,
indicando resultados em efeito cascata. Esse tipo de
análise também pode ser utilizado para identificar a
porcentagem de participação de determinado
indicador no resultados.
A partir do Planejamento Estratégico é importante pensar no
orçamento de investimento empresarial, por meio do
qual será possível definir as melhores formas de investir no
empreendimento, estabelecendo quantias e áreas específicas.
O que são investimentos?

Investimentos são os desembolsos realizados por uma empresa para a


compra de bens, como máquinas, equipamentos, veículos, móveis,
ferramentas, dinheiro, ações, recursos de informática (hardware ou software)
ou, até mesmo, de treinamentos e capacitações.

Investimentos operacionais: contribuem diretamente para melhorar e ampliar


a capacidade produtiva da organização.

O investimento financeiro é uma operação de compra e venda de um


ativo financeiro com o objetivo de repor o valor de compra do ativo e obter
lucro na operação.
Diferenças entre investimento, custo ou despesa?

Despesas
As despesas são os valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da
organização, como aluguel, salários, encargos, benefícios, pró-labore, telefone,
propaganda e impostos. Elas podem ser fixas e variáveis: as fixas são aquelas cujo
valor a ser pago não depende do volume ou do valor das vendas, enquanto as variáveis
são aquelas em que o valor a ser pago está diretamente relacionado ao volume de
produtos ou serviços vendidos.

Custos
Já os custos podem ser entendidos como o valor gasto na aquisição das
mercadorias (comércio), na fabricação dos produtos, compreendendo matérias-
primas, insumos, mão de obra interna e externa (indústria). Ou, ainda, como o valor
gasto na execução dos serviços, compreendendo materiais, componentes e peças, bem
como a mão de obra interna e externa (serviços).
Os indicadores que medem a eficiência do orçamento de investimentos

VPL

Valor Líquido Atual ou Valor Presente Líquido é um método que consiste em trazer
para a data zero todos os fluxos de caixa de um projeto de investimento e somá-los
ao valor do investimento inicial, usando como taxa de desconto a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) da empresa ou projeto.
Com esse cálculo, é possível fazer os ajustes, descontando as taxas de juros para
obter a verdadeira noção do valor do dinheiro no futuro. Por isso, o VPL não faz
apenas uma comparação do investimento com o retorno que dele se espera. Indo
além, esse modelo leva em consideração a valorização do capital ao longo do
tempo.
O VPL traz ao valor presente um valor futuro. Ele representa a diferença entre os
recebimentos e os pagamentos de um projeto de investimento em valores monetários
atuais (de hoje).
Calculando o VPL
Antes de vermos as vantagens e desvantagens do Valor Presente Líquido, vamos ver como funciona seu
cálculo. Para fins de esclarecimento, a fórmula do VPL aborda:
1.Definição do valor do investimento inicial;
2.Definição do período de análise;
3.Definição da estimativa de entrada de caixa para cada período;
4.Definição da taxa de desconto apropriada;
5.Entradas de caixa descontadas;
6.Soma das entradas de caixa descontadas e subtração do investimento inicial;
7.Definição da viabilidade do investimento.

Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FC = fluxo de caixa
t = momento em que o fluxo de caixa ocorreu
i = taxa de desconto (ou taxa mínima de atratividade)
n = período de tempo
Exemplo:
Vamos imaginar uma empresa que esteja pensando em investir em cota de fundo
imobiliário que paga 0,7% ao mês por 2 anos. O valor dessa cota é de R$ 15.000,00.
#01 - Como primeiro passo, definimos o fluxo de caixa:
#02 - Feito isso, vamos definir a taxa de desconto, ou taxa mínima de atratividade.
Como fundos imobiliários oferecem mais risco quando comparados aos títulos de
governo, utilizaremos uma taxa de 12,1% ao ano.
#03 - Em seguida, calcularemos o valor presente de cada um dos fluxos:
#04 - Por fim, conforme a fórmula apresentada, somaremos os valores. No
nosso exemplo, teremos que:

Interpretando o resultado do cálculo de


VPL
•VPL Negativo = despesas maiores que as
receitas, ou seja, o projeto é inviável;
•VPL Positivo = receitas maiores que as
despesas, ou seja, o projeto é viável;
•VPL Zero = receitas e despesas são iguais,
ou seja, a decisão de investir no projeto é
neutra.

Seguindo nosso exemplo, a pergunta é: vale a pena o investimento? Com um resultado negativo os
administradores nem precisam gastar saliva para defender a ideia. E isso faz todo o sentido,
considerando que o investimento rende 8,7% ao ano e a taxa de desconto adotada foi de 12,1% a.a.
Vamos calcular um investimento feito ao custo de R$ 15.000,00 e que
retorna fluxos de caixa anuais aos valores de R$ 3.500,00 por 5 anos. O
investidor considera que sua Taxa Mínima de Atratividade é de 4% ao
ano.
Somando cada fluxo de caixa utilizando os valores negativos para as
saídas e positivos
Período (j) para asFluxo
entradas,
de Caixa (FC) ficamos com:
Fórmula da VPL Fluxo de Caixa Atualizado

0
0 R$ - 15.000,00 -15.000/(1+0,04) R$ -15.000,00

1
1 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.365,38

2
2 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.235,95

3
3 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.111,49

4
4 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 2.991,81

5
5 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 2.876,74
VPL = R$ 581,38

Com este valor, sabemos que a uma Taxa Mínima de Atratividade de 4% o


investimento é viável, pois gera uma rentabilidade tendo um VPL positivo.
TIR
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é um método muito utilizado para a análise da
viabilidade de projetos de investimento, ou seja, seu retorno. Ela é utilizada para
calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a
zero seu Valor Líquido Atual.
Se a TIR for maior que a Taxa Mínima de Atratividade, significa que o projeto é
viável. Caso ela fique abaixo, é recomendada a rejeição do projeto. Agora, se ela for
igual, a decisão de investir ou não fica sob responsabilidade dos gestores.

é usada para avaliar a atratividade de um projeto ou investimento.


•Se a TIR de um projeto exceder a Taxa Mínima de Atratividade significa que o
mesmo é viável.
•Se a TIR de um projeto ficar abaixo da Taxa Mínima de Atratividade o mesmo deve
ser rejeitado.
•Se a TIR de um projeto for igual a Taxa Mínima de Atratividade a decisão de seguir
com o projeto fica por conta dos gestores/investidores.
Fórmula da Taxa Interna de Retorno
Onde:
VP = valor presente;
Capital = valor do investimento;
N = quantidade de períodos;
Ft = entrada de capital no período t;
i = taxa interna de retorno.

Explicando a fórmula:
•O VP é sempre igual a zero (afinal a TIR calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de
caixa para que seu VPL seja igual a zero).
•O capital equivale ao valor do investimento inicial e deve ser sempre negativo. Se você for
olhar o exemplo que demos acima verá que colocamos o valor de -R$ 100 na fórmula
(correspondente aos R$100 mil de investimento).
•O N é a quantidade de períodos a serem analisadas, por exemplo, 6 meses, 1 ano, etc.
•O Ft é o valor da entrada de dinheiro no período t, por exemplo, se no quarto mês entrar R$ 20
mil, informe esse valor.
Para avaliar a viabilidade de um projeto através da Taxa Interna de Retorno,
podemos usar uma calculadora científica ou a função TIR do Excel. O investimento
inicial será a base do cálculo, e virá acompanhado de uma série de fluxos de caixa
positivos.

Sua empresa fará um investimento inicial de R$ 100 mil. A previsão é de que no


primeiro ano o retorno seja de R$ 60 mil somados com outros R$ 60 mil no ano
seguinte. Queremos saber a Taxa Interna de Retorno, portanto, conforme vimos,
devemos igualar o VPL a zero.
VPL = 0 = -R$100 + R$60/(1+TIR) + R$60/(1+TIR)2
A única maneira de calcular a TIR é por tentativa e erro. Vamos imaginar uma
taxa de 10% e outra de 15%.
•TIR de 10%:
VPL = 0 = -R$100 + R$60/1,1 + R$60/1,12 = R$ 4,13
•TIR de 15%:
VPL = 0 = -R$100 + R$60/1,15 + R$60/1,15² = - R$ 2,46
Para um Valor Presente Líquido igual a zero a TIR deve ficar em um ponto
entre 10% e 15%. Se formos prosseguir com os cálculos, chegaremos a uma
TIR de 13,1%.

Isso significa que se o retorno exigido for menor que 13,1%, o projeto será
viável. Caso seja maior que 13,1% o mesmo deverá ser rejeitado.
Exercício
Imagine que a sua empresa vai fazer um investimento de R$ 200 mil
inicialmente, e que a previsão aponta para um retorno de R$ 100 mil no
primeiro ano e de R$ 110 mil no segundo.

Em que:
•FC = investimento inicial, a entrada de capital.
•t = cada período
•T = período total
•VPL = Valor Presente Líquido
•TIR = Taxa Interna de Retorno.
Assim temos:
•VPL = 0 = – 200.000 + 100.000/(1+TIR) + 110.000/(1+TIR)2
Vamos imaginar que a TIR seja um valor qualquer entre 1% e 5%. Portanto,
vamos substituir a TIR por esses valores na fórmula.

Para TIR = 1% temos:


VPL = 0 = – 200.000 + 100.000/(1+0,01) + 110.000/(1+0,01) 2 = 6,84

Para TIR = 5% temos:


VPL = 0 = – 200.000 + 100.000/(1+0,05) + 110.000/(1+0,05) 2 = – 4,98

Observando esses resultados, é possível concluir que, para que VPL seja igual a
zero, a TIR tem que estar em algum ponto entre 1% e 5%. Qual é o ponto?
Resultado:
Se o retorno exigido for menor do que 3%, então, o investimento é
viável. Por outro lado, se for igual ou maior que 3%, então, não há
viabilidade nele.
Payback
O Payback é um cálculo simples do tempo que levará para um investimento se
pagar. O método pode ser utilizado tanto por empreendedores iniciando um
negócio quanto por gestores que querem implementar uma ideia e precisam saber
o tempo de retorno do investimento.
Ao fazermos qualquer tipo de investimento temos que atravessar pelo período de
despesas, em que vemos o dinheiro sair do caixa. Mas, se tudo que vai, volta (pelo
menos é o que acontece com empresas que planejam, que fazem análise de
viabilidade de investimentos), chegará um momento em que as receitas
recuperarão o capital investido. E é este momento - apresentado em período de
tempo - que o método do Payback mostra.
Uma equipe de desenvolvimento de produtos de uma empresa tem a ideia de
diminuir em 10% o custo da fabricação de um determinado equipamento. Cada
equipamento tem um custo de R$ 500,00 e num mês são produzidos 10 mil. O
investimento dessa nova ideia é de R$ 800 mil. Para apresentar a ideia, o time
marcou uma reunião com a diretoria. Uma das primeiras perguntas que os
diretores farão será: “Qual será o Payback (Tempo de Retorno do Investimento)?”

•Custo do equipamento: R$ 500,00


•Redução de custo proposta pela equipe: R$ 500,00 - 10% = R$ 450,00
•Economia: R$ 50,00
•Investimento da nova ideia: R$ 800 mil
•Quantidade média produzida por mês: 10 mil equipamentos
•Quantidade média num ano: 120 mil equipamentos
Primeiro, vamos dividir o valor do investimento pela economia (ou seja: 800.000
/ 50). O resultado, 16.000, corresponde ao número de equipamentos que deverá
ser produzido para pagar o investimento.
Para apresentar o resultado em quantidade de meses, você e a equipe de
desenvolvimento de produtos fizeram o seguinte:
•quantidade média produzida por mês: 10 mil equipamentos
Payback mês = 16.000 / 10.000 = 1,6
O que é payback simples?

O payback simples (ou período de payback), ou período de payback é o método


mais simples para se analisar a viabilidade de um investimento. É definido
como o número de períodos (anos, meses, semanas etc.) para se recuperar o
investimento inicial. Para se calcular o período de payback de um projeto
basta somar os valores dos fluxos de caixa auferidos, período a período, até
que essa soma se iguale ao valor do investimento inicial.
Uma vez que o período de payback é encontrado quando os fluxos
de caixa “pagam” o investimento, então basta somar os fluxos de
caixa ao valor do investimento inicial, conforme a tabela a seguir:
No exemplo, o payback é de 2 anos!
n FC Saldo

0 -1500 -1500

1 150 -1350

2 1350 0

3 150

4 -80

5 -50
Vantagens do payback simples:
•Simplicidade e rapidez;
•É uma medida de risco do investimento, pois quanto menor o
período de payback, mais líquido é o investimento e, portanto menos
arriscado.

Desvantagens do payback simples:


•Não considera o valor do dinheiro no tempo;
•Não considera os fluxos de caixa após o período de payback;
•Não leva em conta o custo de capital da empresa.

O principal problema deste método está em não considerar o valor


do dinheiro no tempo, o que o torna um método matematicamente
incorreto, pois destoa dos conceitos de relações de equivalência entre
taxas da matemática financeira.
O que é payback descontado?

Este método usa uma taxa de desconto antes de se proceder à soma


dos fluxos de caixa. Em geral esta taxa de desconto será a TMA.
Neste método, todos os fluxos de caixa futuro deverão ser
descontados por esta taxa em relação ao período ao qual o fluxo está
atrelado. Por exemplo, se desejássemos trazer a valor presente (VP)
um fluxo que estivesse a 5 períodos futuros, o procedimento seria o
seguinte:
Exemplo para calcular o payback descontado, com uma TMA de 10%:

n FC VP VP Acumulado

0 -1500 -1500 -1500

1 0 0 0

2 0 0 0

3 450 338,09 -1161,91

4 1050 717,16 -444,74

5 1950 1210,80 766,05

O investimento terá um período de payback descontado, e este valor estará entre o


fluxo de caixa 4 e o fluxo 5.
Como encontrar o valor exato do momento em que ocorrerá o período de payback? Basta
dividirmos o último fluxo de caixa negativo pela soma do último fluxo negativo com o
primeiro fluxo positivo, em valor absoluto, da seguinte forma:

Ou seja, além dos 4 anos, ainda será necessário mais 37% de um ano para que ocorra o
período de payback descontado, isto é, 4,37 anos!
Vantagens do payback descontado:
•Continua simples e prático, como o payback simples;
•Resolve o problema de não considerar o valor do dinheiro no tempo.

Desvantagens do payback descontado:


•Apesar de considerar uma taxa de desconto, continua sem levar em
conta os fluxos de caixa após o período de payback.
Exercício:
Suponha que você tenha um investimento de R$ 10.000,00 que irá retornar R$ 3.000,00
por 5 anos. Pede-se:
a) Calcule o payback simples desse investimento;
b) Calcule o payback descontado desse investimento utilizando uma taxa de desconto de
10% ao ano;
c) Qual o seu parecer dos resultados?
Ano Fluxo de caixa Fluxo descontado Saldo
0 -10.000,00 -10.000,00 -10.000,00
1 3.000,00
2 3.000,00
3 3.000,00
4 3.000,00
5 3.000,00
Payback Simples Payback simples= investimento /anual

Ano Fluxo de caixa Fluxo Saldo


descontado
0 -10.000,00 -10.000,00 -10.000,00
1 3.000,00
2 3.000,00
3 3.000,00
4 3.000,00
5 3.000,00
Payback Descontado VP= VF/(1+i)
n

Ano Fluxo de caixa Fluxo Saldo


descontado 1
0 -10.000,00 -10.000,00 -10.000,00 VP= 3000/(1+0,10)
1 3.000,00 2.727,27
2 3.000,00
3 3.000,00
4 3.000,00
5 3.000,00
Payback Descontado VP= VF/(1+i)
n

Ano Fluxo de caixa Fluxo Saldo


descontado 1
0 -10.000,00 -10.000,00 -10.000,00 VP= 3000/(1+0,10)
1 3.000,00 2.727,27 -7.272,73
2 3.000,00 2.479,34
3 3.000,00 2.253,94
4 3.000,00 2.049,04
5 3.000,00 1.862,76
Payback Descontado
Ano Fluxo de caixa Fluxo Saldo
descontado
0 -10.000,00 -10.000,00 -10.000,00
1 3.000,00 2.727,27 -7.272,73
2 3.000,00 2.479,34 -4.793,39
3 3.000,00 2.253,94 -2.539,45
4 3.000,00 2.049,04 -490,41
5 3.000,00 1.862,76 1.372,35

Payback descontado= Ultimo ano negativo + [Ultimo saldo negativo/ultimo saldo positivo]
Payback descontado= 4 + [-490,41/1372,35]

Payback descontado= 4,26


Demonstrativo Financeiro de Fluxo de Caixa
é, basicamente, um relatório contábil fundamental para analisar a posição financeira da empresa
em determinado momento, por meio da exibição detalhada de toda a movimentação de dinheiro
naquele período. Da mesma forma que a DRE, esse é um relatório dinâmico e deve ser incluído no
Balanço Patrimonial.
Com o DFC em mãos, é possível saber quais foram as entradas (recebimentos) e saídas
(pagamentos) de dinheiro da empresa no período retratado, seja no caixa, nas contas do banco ou
nas aplicações financeiras de liquidez imediata, bem como avaliar os resultados dessas
movimentações.
benefícios diretos à organização:

– maior controle, gestão, transparência e geração de informações para


embasar o processo decisório,

– localização de erros e desvios e, consequentemente, possibilidade de aplicar


ações corretivas,

– apresentação de dados de forma simples, sem interposição de leis fiscais,

– garantia de mais segurança para os investidores,

– comparação de dados presentes com o passado da empresa e avaliação de


seu potencial de crescimento.
Para que serve a DFC?
Não só como ferramenta de gestão financeira, a demonstração de fluxo de caixa é obrigatória
para muitas empresas. A lei nº 11.638/2007 determinou que sociedades de capital aberto ou
com patrimônio líquido superior a R$2 milhões são obrigadas a elaborar, além disso,
pequenas e médias empresas também são, conforme NBC TG 1000.

Juntamente com os outros relatórios contábeis presentes no balanço, essas empresas devem
apresentar o DFC pelo menos uma vez por ano. Já no caso das empresas de capital aberto,
aquelas que possuem ações na bolsa, a necessidade de divulgação ocorre a cada
trimestre. Tal periodicidade é fundamental para encontrar eventuais erros e fraudes
contábeis.
Estrutura da DFC

O modelo padrão para elaboração da


demonstração foi definido
pelo Pronunciamento Técnico CPC
03 como forma de garantir a comparação
entre o desempenho de diferentes
empresas.

Sua estrutura é dividida em três


atividades: operacionais, de investimento
e de financiamento. Elas, por sua vez,
são subdivididas em outras
subestruturas.
Atividades operacionais:

Referem-se às atividades relativas à operação diária e rotineira da organização


em prol de seu negócio principal e decorrentes da produção e entrega de
produtos e serviços. Reúne dados da DRE e do Balanço Patrimonial.
Nelas, estão o caixa gerado das operações da empresa subtraído das
despesas e gastos da produção, comercialização e prestação de serviços.
Estas atividades estão ligadas ao capital circulante da empresa.
Atividades de investimento:

Referem-se às atividades relativas ao uso do dinheiro pela organização para aplicar naquilo que
vai gerar benefícios futuros e que tenha por objetivo manter o negócio em funcionamento. São
exemplos a compra ou venda de um ativo imobilizado para a empresa, a aquisição de um imóvel, o
recebimento de valores ou a aplicação de recursos.
Essas atividades estão relacionadas com o realizável a longo prazo, os investimentos, o
imobilizado e o intangível da empresa.
Atividades de financiamento:
Referem-se à captação de recursos, de terceiros ou dos sócios, devido às necessidades da
organização ou escassez de dinheiro.
Podem ser empréstimos ou financiamentos, aumentos de capital, emissões de ações, entre
outros. Além das entradas, existem as saídas com o pagamento dessas dívidas, os dividendos e a
distribuição de lucros.
Essas atividades estão relacionadas ao passivo não circulante e o patrimônio líquido da empresa.
Método direto

O método direto considera as entradas e saídas brutas de recursos, podendo ter registro
diário, semanal ou mensal, ficando a critério da empresa a escolha da periodicidade.
Esse é o método mais usado e, com ele, é possível evidenciar os pagamentos e
recebimentos, permitindo uma análise
imediata dos recursos, para indicar se há
necessidade de novas fontes de dinheiro
ou não.
Nesse caso, não entra a programação de
pagamentos a prazo, apenas o que entrou
e saiu de dinheiro do caixa.
Método indireto
Já o método indireto não considera e evidencia
os recebimentos e pagamentos reais. Nele, a
elaboração é feita por meio do ajuste do lucro
líquido conforme os itens que afetam o
resultado, mas que não modificam o caixa da
empresa.
Isso quer dizer que as informações são
buscadas indiretamente do caixa, por meio do
Balanço Patrimonial e da DRE. São analisados
valores de estoque e provisionamento, como
contas a pagar e receber, por exemplo.
Esse método inicia com o lucro operacional, mas pode haver despesas e receitas que não
passaram pelo caixa, como depreciação, amortização e até resultado de equivalência patrimonial.
Sendo assim, é preciso fazer o ajuste desses valores com os itens não monetários.
Justamente por estar relacionado aos lucros ou prejuízos que resultam no DRE, esse método é
chamado de indireto e é menos usado do que o direto, que falamos anteriormente. Entretanto é
com ele que se chega ao valuation.

Em comparação com a DRE, a Demonstração de Fluxo de Caixa é mais fácil de ser


analisada. Afinal, utiliza-se o regime de caixa, indicando apenas as movimentações que já
ocorreram efetivamente, ou seja, dinheiro que foi pago ou recebido pela empresa.

A empresa consegue fazer comparações entre os meses do ano e pode identificar sazonalidades,
para saber qual período o recebimento de dinheiro é menor ou maior. Além disso, pode perceber
quando as despesas são mais elevadas e atuar estrategicamente para reduzi-las. Outra
possibilidade trazida pela análise da DFC é de realização de um comparativo entre o que foi
planejado e o realizado, validando, assim, se as metas estão sendo alcançadas. Alguns desvios
são normais, porém, se eles forem excessivos, a empresa precisa intervir rapidamente.
O mais importante na análise da DFC, contudo, é o que diz respeito ao resultado final do fluxo de
caixa que nada mais é que uma equação de:

RECEITAS – DESPESAS = FLUXO DE CAIXA

O balanço deve ser positivo, caso contrário há aí um forte indicador de que os gastos estão
superando as receitas, levando a um desequilíbrio financeiro.

Analisar o fluxo de caixa, bem como o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado de


Exercício, é vital para garantir o futuro de um negócio. Juntos eles fornecem um retrato fiel da
real situação da empresa.
As principais etapas para uma empresa elaborar o orçamento
empresarial são: orçamento de vendas, orçamento de produção ou
fabricação, orçamento dos custos de matéria-prima, orçamento dos
custos de mão-de-obra direta, orçamento dos custos indiretos de
fabricação, despesas de vendas e administrativas, projeção dos
financeiros.
Orçamento de Vendas
Orçamento dos Custos de Matéria-prima
Despesas de Vendas e Administrativas
Projeção dos Financeiros

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