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1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 ESTOQUE
Oliveira (2005, p.54) ressalta caso “o responsável pela gestão dos estoques não
prever e planejar suas decisões acerca da sua aquisição e reposição pode incorrer no
aumento desordenado do estoque ou, inversamente, na sua insuficiência”.
Os objetivos da gestão de estoques devem estar em sintonia com os demais
propósitos da empresa,onde a eficácia do estoque é a disponibilidade imediata do
produto para o setor de vendas, assim que o cliente solicita a respectiva mercadoria
(DIAS, 2012). Para Oliveira (2005, p.54) “a boa gestão dos estoques tem por objetivo
dirimir o dilema da reposição dos estoques, conquanto procura manter os níveis dos
estoques e os custos logísticos os menores possíveis,com uma ocorrência mínima de
faltas”.
Dias (2012, p.7) ressalta que “o objetivo, portanto, é otimizar o investimento,
aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de
capital investido em estoques”. Já para Viana (2002, p.51), “a classificação é o processo
de aglutinação de materiais por características semelhantes. Grande parte do sucesso no
gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais
da empresa”.
A Curva ABC foi elaborado por volta do ano de 1897 por Vilfredo Pareto, na
Itália, , quando elaborava um estudo de distribuição de renda e riqueza da população
local. Nessa pesquisa, Pareto notou que grande porcentagem da renda total concentrava-
se nas mãos de uma pequena parcela da população, em uma proporção
aproximadamente 80% e 20% respectivamente, ou seja, que 80% da riqueza local estava
concentrada com 20% da população. Esse princípio geral, anos depois foi difundido
para outras atividades e passou a ser uma ferramenta muito útil para os administradores
(POZO 2010).
De acordo com Dias (2009) a curva ABC permite identificar aqueles itens que
justificam atenção e tratamento quanto à sua administração, ela pode ser obtida com a
ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.
A administração de estoques, para definição de políticas e vendas,
estabelecimento de prioridades para programação da produção, salários e outros podem
ser controlados pela curva ABC. Ela tem utilidade ampla nos mais diversos setores em
que necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se
urgente.
Viana (2002, p.64) conceitua a curva ABC como:
importante instrumento que permite identificar itens que justificam
atenção e tratamento adequados em seu gerenciamento. Assim, a
classificação ABC poderá ser implementada de várias maneiras, como tempo
de reposição, valor de demanda/consumo, inventário, aquisições realizadas e
outras, porém a preponderante é a classificação por valor de consumo.
Segundo Ballou (2006) os estoques de segurança existem por causa das incer-
tezas da demanda e do lead time de fornecimento, se a demanda fosse determinística e a
reposição fosse instantânea, não haveria a necessidade desse tipo de estoque.
De acordo com o mesmo autor, uma alternativa para reduzir estas incertezas é o
tempo de segurança que é aplicável quando se tem uma previsão bem acurada, variando
apenas o lead time. Entretanto, flutuações da demanda durante o lead time diminuem
sua atratividade por considerar a demanda constante.
O objetivo do estoque de segurança é suprir lacunas ocasionadas por falhas,
diminuindo os riscos de não atender as solicitações dos clientes, sejam eles internos ou
externos. Francischini e Gurgel (2010) apontam essas falhas como: aumento repentino
de demanda, demora no procedimento do pedido de compra e atrasos na entrega do
fornecedor e o estoque mínimo atenua essas falhas caso ocorram.
A importância do estoque mínimo esta relacionada ao grau de imobilização
financeira da empresa, o ponto de pedido então deve ser muito bem calculado, uma vez
que se muito alto, os custos de estocagem se elevam e se muito baixo acarretaria em
custos de ruptura e perdas de vendas (DIAS, 2012). O ponto de pedido, se baseia na
avaliação de quantidades em tempo real ao consumo ou retiradas do estoque,
verificando se já é hora de fazer a reposição (BERTAGLIA, 2009).
Segundo Sanvicente (1997, p.134), os custos relacionados aos estoques podem
ser enquadrados em duas categorias:
os que são diretamente proporcionais ao volume mantido em estoque
(custo de manutenção), como por exemplo: perdas associadas a risco
de obsolescência dos itens estocados; custo de oportunidade;
despesas de manejo, transporte e transferência física
dos itens estocados; espaço necessário para armazenamento;
seguros; imposto predial;custos do departamento de controle de
estoques etc.
os que são inversamente proporcionais a esse volume, representando
os prejuízos da empresa em consequência da falta de estoques ou aos
pedidos de compra (custo de “stockout”+ custo de pedir), como por
exemplo: descontos por quantidade perdidos em compras feitas em
lotes insuficientes; despesas decorrentes de perturbações do processo
produtivo; margem de contribuição das vendas perdida par falta de
produtos acabados; gastos adicionais de pedido, emissão de ordens
de compra e transporte etc.
GARCIA, E. S.; DOS REIS, L.M.TV.; MACHADO, L.R; FERREIRA FILHO, V.J.M.
Gestão de estoques: otimizando a logística e a cadeia de suprimentos. 1 ed. Rio de
Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2006.