2.1.espetros Atómicos

2.
1
Espetros
atómicos
Espetro eletromagnético
Newton fez passar um feixe de luz solar (luz branca)
por um prisma de vidro (prisma ótico) e observou que a
luz se desdobrava num conjunto de luzes coloridas,
sempre na mesma sequência: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Alvo
1 Isaac Newton (1643-1727).
Luz solar Zona visível do

espetro da luz solar A luz branca é uma
sobreposição de luzes de
Prisma várias cores, isto é, a luz
branca é policromática.
2 Esquema da experiência de Newton.
Jogo de Partículas 10º ano

Toda a luz que não se decompõe quando atravessa um prisma ótico, diz-se
monocromática.
O conjunto formado pela sucessão contínua das várias luzes coloridas obtidas
pela decomposição da luz branca, emitida pelo Sol, constitui o espetro visível
da luz solar.
3 Espetro visível da luz branca.
A luz é radiação eletromagnética.

A luz pode ser interpretada como sendo um conjunto de ondas
eletromagnéticas ou radiações eletromagnéticas, que se propagam no
espaço vazio ou nos meios óticos transparentes.
O conjunto de todas estas radiações, visíveis e não visíveis, constitui o

espetro eletromagnético.
Energia (J)
Frequência (Hz)
Tipo de radiação
4 Espetro eletromagnético.

Cada onda ou radiação eletromagnética caracteriza-se por um período, T, que

é o tempo de uma oscilação completa.
O período exprime-se, no SI, em segundos, s.
A grandeza inversa do período é a frequência, ʋ, que é o número de

oscilações completas por unidade de tempo.
A frequência exprime-se, no SI, em s−1 ou em hertz, símbolo Hz.

𝟏
𝝂=
𝑻

Cada cor corresponde a uma radiação eletromagnética de frequência
característica.
Maior energia e frequência
Ondas de rádio, Micro-ondas, IV UV, Raios X, Raios gama.
2,55 × 10-19 J 5,23 × 10-19 J
Radiações invisíveis Radiações visíveis Radiações invisíveis

4 Espetro visível.
Para além das radiações visíveis, existem outras, não visíveis, com múltiplas
aplicações: as ondas de rádio (as menos energéticas), as radiações de micro-
ondas, as infravermelhas (IV), as ultravioletas (UV), os raios X e as radiações
gama (as mais energéticas).
Tipos de espetros
Os espetros podem ser classificados:
• de acordo com o modo como foram obtidos, em espetros de emissão e

espetros de absorção;
• pelo seu aspeto, em espetros contínuos e espetros descontínuos (ou

de riscas).

Tipos de espetros
Espetros
de emissão de absorção
contínuos descontínuos descontínuos

Tipos de espetros
Em 1900, Max Planck avançou a ideia de que a

radiação eletromagnética (a luz) quando
interage com a matéria troca com esta
quantidades de energia ou pacotes de energia
bem quantificados, a que chamou quanta. 5 Max Planck (1858-1947)..
A energia, E, transferida entre a radiação eletromagnética e a matéria está

relacionada com a frequência, ʋ, da radiação absorvida ou emitida através da
equação:
𝑬=𝒉×𝝂 Constante de
Planck h = 6,63 × 10−34 J s
A luz também é corpúsculo denominado fotão.
Tipos de espetros
Quanto maior é a frequência de uma radiação, maior é a quantidade de

energia que ela transporta.
Um fotão de radiação ultravioleta transporta mais energia que qualquer fotão

de radiação visível ou que um fotão de radiação infravermelha.
5 Relação entre frequência e energia do fotão..
Elevada Baixa frequência

frequência
Maior energia Menor energia
Tipos de espetros
Se em vez de um fotão considerarmos um feixe de n fotões do mesmo comprimento de onda,

a energia transportada é:
𝑬𝒓𝒂𝒅 = 𝒏 × 𝒉 × 𝝂
A potência de um feixe luminoso é tanto maior quanto maior é o número de
fotões incidentes por unidade de tempo.
1 fotão vermelho 1 mole de fotões vermelhos
E = 2,78 × 10–19 J E = 6,02 × 1023 × 2,78 × 10–19 J

Tipos de espetros
A energia transmitida por um feixe de luz a um corpo, num dado intervalo

de tempo, depende:
• da frequência da radiação incidente;
• do número de fotões dessa radiação.
A luz pode «comportar-se» quer como onda, quer como partícula,

apresentando um caráter dualístico.

Espetros de emissão contínuos
É possível obter espetros de emissão contínuos na zona do visível através

de lâmpadas de incandescência (lâmpadas de filamento de tungsténio) e
através de lâmpadas de halogéneo, usadas, por exemplo, em focos e alguns
candeeiros. Alvo
Prisma
Lâmpada de
incandescência
6 Espetro de emissão contínuo.

Espetros de emissão contínuo
O espetro de luz solar é um espetro de emissão

contínuo.
É possível observar espetros se, em vez do prisma ótico, se utilizar um
espetroscópio ótico.
7 Espetroscópio de bolso.

Espetros de emissão descontínuo ou de riscas
Observando a luz emitida por gases rarefeitos submetidos a descargas elétricas
com um espetroscópio pode observar-se um espetro de emissão
descontínuo, formado por um conjunto de riscas coloridas sobre um fundo
negro.
Alvo
Gás rarefeito
sujeito a
descarga elétrica Prisma
-
7 Espetro de emissão descontínuo.

Cada elemento tem o seu espetro de emissão de riscas característico.
8 Espetro de emissão do hidrogénio. 9 Espetro de emissão do néon.
Um espetro de emissão (descontínuo ou de E
riscas) resulta da passagem dos eletrões dos

átomos de um estado de energia mais
elevado para um estado de energia mais
baixo, emitindo energia sob a forma de
radiação (emissão de fotões). 10 Emissão de energia.
Espetros de absorção
Quando os átomos de um determinado elemento, por exemplo de um gás frio,

se interpõem no caminho da luz branca, algumas das radiações desta
última são absorvidas por esses átomos.
Alvo
No espetro da luz branca vão

faltar essas radiações absorvidas,
ficando no seu lugar riscas Amostra de
elemento em
negras, obtendo-se um espetro estudo
de absorção de riscas.
Prisma
Fonte de luz branca

11 Espetro de absorção.

Um espetro de absorção resulta da absorção de energia sob a forma de

radiação pelos eletrões. Como consequência dessa absorção, os eletrões
transitam de um estado de energia mais baixo para um estado de energia
mais elevado.
E
12 Absorção de energia.

Um átomo pode atingir um estado de energia mais elevado através:
• energia luminosa, através da absorção de um fotão;
• energia térmica, através de uma elevação de temperatura;
• energia elétrica, através de descarga elétrica sobre os átomos de

um gás rarefeito.
Absorção de energia.

Tipo de espetros
Comparando os espetros de emissão e de absorção de diferentes

elementos, verifica-se que:
• cada elemento tem um único espetro de emissão e um único espetro

de absorção, que são diferentes dos espetros dos outros elementos.
• esses espetros mantêm-se inalterados, quer a análise seja feita a

partir da substância elementar, quer depois de esta ser atomizada,
isto é, separada nos seus átomos constituintes.

Tipo de espetros
O espetro de riscas de um dado elemento, seja de emissão seja de

absorção, é característico desse elemento, constituindo uma espécie de
«impressão digital» do mesmo e permitindo reconhecer a sua presença em
qualquer material.
As radiações absorvidas têm energia igual à das radiações que compõem

o espetro de emissão do elemento.
13
Tipo de espetros
Espetro de absorção do
hidrogénio
Espetro de emissão do
hidrogénio
13 Espetro de emissão e de absorção para o mesmo elemento químico.

Aplicações da espetroscopia atómica
A espetroscopia atómica permite detetar a presença de elementos

químicos em amostras de composição desconhecida, a partir da comparação
com espetros de referência.
É possível quantificar um elemento numa amostra pois quanto maior a

quantidade de átomos ou iões de um dado elemento na amostra, mais
intensas são as riscas no respetivo espetro de absorção.
A espetroscopia atómica possibilitou a descoberta, em poucos anos, de

elementos químicos até então desconhecidos.

Aplicações da espetroscopia atómica
Esta técnica também permitiu obter informações acerca dos elementos

químicos existentes em estrelas.
Uma análise espetroscópica detalhada da

luz solar revela a existência de riscas
escuras sobrepostas ao seu espetro
contínuo, as riscas de Fraunhofer. 13 Riscas de Fraunhofer, espetro solar..
Estas riscas resultam da absorção de radiação pelos átomos ou iões existentes

na cromosfera permitindo a identificação dos átomos ou iões que as originam.

Atividade
Estabeleça a associação correta entre as colunas I, II e III.
Coluna I Coluna II Coluna III
A.
a. Elemento químico
1. Espetro de absorção
c. Lâmpada incandescente
B. 2. Espetro de emissão contínuo
d. Gás rarefeito
3. Espetro de emissão descontínuo
C.

Atividade - Resolução
Estabeleça a associação correta entre as colunas I, II e III.
Coluna I Coluna II Coluna III
A.
a. Elemento químico
1. Espetro de absorção
b. Sol
B.
2. Espetro de emissão contínuo
c. Lâmpada incandescente
3. Espetro de emissão descontínuo

C. d. Gás rarefeito
A. 2. b. c | B. 3. a. d. | C. 1. a. d.

2.1.espetros Atómicos

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2.

1 Isaac Newton (1643-1727).

Luz solar Zona visível do

Jogo de Partículas 10º ano

3 Espetro visível da luz branca.

A luz é radiação eletromagnética.

Jogo de Partículas 10º ano

O conjunto de todas estas radiações, visíveis e não visíveis, constitui o

Jogo de Partículas 10º ano

Cada onda ou radiação eletromagnética caracteriza-se por um período, T, que

O período exprime-se, no SI, em segundos, s.

A grandeza inversa do período é a frequência, ʋ, que é o número de

A frequência exprime-se, no SI, em s−1 ou em hertz, símbolo Hz.

Jogo de Partículas 10º ano

Ondas de rádio, Micro-ondas, IV UV, Raios X, Raios gama.

2,55 × 10-19 J 5,23 × 10-19 J

Radiações invisíveis Radiações visíveis Radiações invisíveis

Os espetros podem ser classificados:

• de acordo com o modo como foram obtidos, em espetros de emissão e

• pelo seu aspeto, em espetros contínuos e espetros descontínuos (ou

Jogo de Partículas 10º ano

contínuos descontínuos descontínuos

Jogo de Partículas 10º ano

Em 1900, Max Planck avançou a ideia de que a

A energia, E, transferida entre a radiação eletromagnética e a matéria está

Quanto maior é a frequência de uma radiação, maior é a quantidade de

Um fotão de radiação ultravioleta transporta mais energia que qualquer fotão

5 Relação entre frequência e energia do fotão..

Elevada Baixa frequência

Se em vez de um fotão considerarmos um feixe de n fotões do mesmo comprimento de onda,

1 fotão vermelho 1 mole de fotões vermelhos

E = 2,78 × 10–19 J E = 6,02 × 1023 × 2,78 × 10–19 J

A energia transmitida por um feixe de luz a um corpo, num dado intervalo

• da frequência da radiação incidente;

• do número de fotões dessa radiação.

A luz pode «comportar-se» quer como onda, quer como partícula,

Jogo de Partículas 10º ano

É possível obter espetros de emissão contínuos na zona do visível através

6 Espetro de emissão contínuo.

Jogo de Partículas 10º ano

O espetro de luz solar é um espetro de emissão

Jogo de Partículas 10º ano

Jogo de Partículas 10º ano

Cada elemento tem o seu espetro de emissão de riscas característico.

8 Espetro de emissão do hidrogénio. 9 Espetro de emissão do néon.

Um espetro de emissão (descontínuo ou de E

riscas) resulta da passagem dos eletrões dos

Quando os átomos de um determinado elemento, por exemplo de um gás frio,

No espetro da luz branca vão

Fonte de luz branca

Jogo de Partículas 10º ano

Um espetro de absorção resulta da absorção de energia sob a forma de

Jogo de Partículas 10º ano

Um átomo pode atingir um estado de energia mais elevado através:

• energia luminosa, através da absorção de um fotão;

• energia térmica, através de uma elevação de temperatura;

• energia elétrica, através de descarga elétrica sobre os átomos de

Jogo de Partículas 10º ano

Comparando os espetros de emissão e de absorção de diferentes

• cada elemento tem um único espetro de emissão e um único espetro

• esses espetros mantêm-se inalterados, quer a análise seja feita a

Jogo de Partículas 10º ano

O espetro de riscas de um dado elemento, seja de emissão seja de