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CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNICA AVANÇADA

TÉCNICO EM MECATRÔNICA

RODRIGO DE AMARANTE DA SILVA

FUNCIONAMENTO DE MODO GERAL DOS MOTORES A COMBUSTÃO


INTERNA DO TIPO CICLO OTTO E CICLO DIESEL

RIO DE JANEIRO – RJ

2021
RODRIGO DE AMARANTE DA SILVA

FUNCIONAMENTO DE MODO GERAL DOS MOTORES A COMBUSTÃO


INTERNA DO TIPO CICLO OTTO E CICLO DIESEL

Relatório técnico científico apresentado ao

Centro de Educação Técnica Avançada

em Técnico em Mecatrônica

RIO DE JANEIRO – RJ

2021
RODRIGO DE AMARANTE DA SILVA

Relatório técnico científico do Pós Médio Técnico, com título FUNCIONAMENTO DE


MODO GERAL DOS MOTORES A COMBUSTÃO INTERNA DO TIPO CICLO OTTO E
CICLO DIESEL submetido como requisito parcial necessário para o título de Técnico em
Mecatrônica, sendo aprovado pelos docentes componentes da banca de avaliação do Centro de
Educação Técnica Avançada.

Aprovado por:

________________________________________

Prof. Rayllonn Nagime (orientador)

________________________________________

Prof. Everton Portella (coordenador)


AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, à Deus por sempre ter me dado forças para alcançar meus
objetivos e conquistas, aos meus pais por sempre estarem me apoiando e ajudando e a toda
equipe da Escola CETA que participaram de mais uma das minhas grandes realizações.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Motor ciclo Diesel a esquerda e ciclo Otto a direita........................................... 9

FIGURA 2 - Motor alternativo ............................................................................................ 11

FIGURA 3 - Taxa de compressão de um cilindro ................................................................ 12

FIGURA 4 - Exemplo para fórmula .................................................................................... 13

FIGURA 5 - Motor em V .................................................................................................... 14

FIGURA 6 - Motor em W ................................................................................................... 14

FIGURA 7 - Motor em linha ............................................................................................... 15

FIGURA 8 - Motor com cilindros na horizontal .................................................................. 15

FIGURA 9 - Motor VR ....................................................................................................... 15

FIGURA 10 - Motor radial .................................................................................................. 16

FIGURA 11 - Motor monocilíndrico ................................................................................... 16

FIGURA 12 - Motor policilíndrico ...................................................................................... 17

FIGURA 13 - Bloco do motor ............................................................................................. 18

FIGURA 14 - Camisas do bloco do motor ........................................................................... 18

FIGURA 15 – Cabeçote ...................................................................................................... 19

FIGURA 16 - Câmara de combustão ................................................................................... 19

FIGURA 17 – Cárter ........................................................................................................... 20

FIGURA 18 – Pistão ........................................................................................................... 21

FIGURA 19 - Pino do êmbolo ............................................................................................. 21

FIGURA 20 - Anéis de segmento ........................................................................................ 22

FIGURA 21 - Ilustração dos anéis de segmento................................................................... 22

FIGURA 22 – Bronzina ...................................................................................................... 23


FIGURA 23 – Biela ............................................................................................................ 23

FIGURA 24 - Árvore de manivelas ..................................................................................... 24

FIGURA 25 - Volante do motor .......................................................................................... 25

FIGURA 26 - Válvulas de admissão e escape ...................................................................... 25

FIGURA 27 - Sistema de comando de válvulas ................................................................... 26

FIGURA 28 - Funcionamento de um motor 2 tempos.......................................................... 27

FIGURA 29 – Funcionamento de um motor 4 tempos ......................................................... 27


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8

1.1 Objetivo geral .......................................................................................................... 9

1.2 Objetivos específicos ............................................................................................... 9

1.3 Justificativa ........................................................................................................... 10

1.4 Problema de pesquisa ............................................................................................ 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 11

2.1 Classificações dos motores a combustão interna .................................................. 11

2.2 Classificação quanto ao funcionamento dos motores ciclo Otto e ciclo Diesel .... 12

2.3 Classificação quanto à disposição dos cilindros ................................................... 13

2.3.1 Em V.................................................................................................................. 14

2.3.2 Em W ................................................................................................................. 14

2.3.3 Em linha ............................................................................................................. 15

2.3.4 Com cilindros na horizontal................................................................................ 15

2.3.5 Em VR ............................................................................................................... 15

2.3.6 Radial................................................................................................................. 16

2.4 Classificação quanto à quantidade de cilindros ................................................... 16

2.4.1 Monocilíndrico ................................................................................................... 16

2.4.2 Policilíndrico ......................................................................................................17

2.5 Componentes de um motor a combustão interna................................................. 17

2.5.1 Componentes fixos ............................................................................................. 17

2.5.2 Componentes móveis ......................................................................................... 20

2.6 Diferenças entre um motor 2 tempos de um motor 4 tempos .............................. 26


2.6.1 Motores de 2 tempos ........................................................................................ 26

2.6.2 Motores de 4 tempos .......................................................................................... 27

3 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 28

4 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 29
8

1 Introdução

Em meados do século XIX surgiu o primeiro motor a combustão interna, também


chamado popularmente de motor de explosão, na Alemanha inventado por Nikolaus August
Otto como forma de substituir os motores a vapor que geravam menos potência e eram mais
pesados. Os motores a combustão interna consistem em transformar energia térmica derivada
da explosão de mistura Ar + Combustível em energia mecânica. Tal explosão acontece dentro
de um ou mais cilindros através de uma centelha de uma vela de ignição ou através de uma
compressão gerando uma alta temperatura proporcionando assim a queima da mistura Ar +
Combustível.

Analisaremos dois tipos de motores a combustão interna: o clico Otto e o ciclo Diesel.
Eles se diferenciam com o tipo de combustível que são utilizados neles, como por exemplo o
ciclo Otto utiliza-se principalmente a gasolina e também o álcool ou gás. Já o ciclo Diesel utiliza
o diesel, biodiesel e suas misturas. Uma outra importante diferença é como se dá a queima
desses combustíveis. No ciclo Otto, por exemplo, a gasolina entra junto com o ar, atualmente
através do dosador eletrônico de combustível e em motores anteriores por um carburador ou
um elemento misturador, e com a utilização de uma vela de ignição se dá a centelha que gera a
queima. No ciclo Diesel primeiro entra o ar, que ao comprimido eleva a temperatura dentro do
cilindro para entre 500 a 700 Graus Celsius e logo depois é injetado por exemplo o Diesel
através do bico injetor, que graças ao alto calor gerado pela compressão se dá a queima do
combustível.
9

Figura 1 – Motor ciclo Diesel a esquerda e ciclo Otto a direita

Fonte: https://www.stefanelli.eng.br/comparacao-ciclo-diesel-otto-motor/

Esses tipos de motores são muito utilizados nas industrias (tratores e guindastes), nos
veículos de transportes (carros e ônibus) e inclusive no âmbito marítimo (barcos e navios).

1.1 Objetivo geral

O objetivo desse trabalho é descrever como funciona os motores a combustão interna do


tipo ciclo Otto e ciclo Diesel de modo geral.

1.2 Objetivos específicos

 Descrever as classificações dos motores a combustão interna ciclo Otto e ciclo Diesel e
seu funcionamento;
 Apontar os componentes fixos e móveis que compõem um motor a combustão interna;
 Diferenciar um motor 2 tempos de um motor 4 tempos;
10

1.3 Justificativa

Atualmente estamos cercados de motores a combustão interna, nas industrias, no nosso


cotidiano, nas viagens que fazemos. Entretanto a maioria das pessoas não sabem nem quais são
as principais peças básicas de um motor.

Por isso, se as pessoas tiverem pelo menos um conhecimento geral dos motores podem
até mesmo se livrar de algumas situações imprevistas, como por exemplo, na estrada com seu
automóvel. Ela poderá resolver um pequeno problema que antes poderia parecer totalmente
fora da realidade para ela solucionar por conta própria.

1.4 Problema de pesquisa

Quais os tipos de problemas que os Motores a Combustão Interna podem trazer para o
meio ambiente?

Os motores a combustão interna possuem bastante vantagens; para o meio ambiente,


toda via, não. A poluição é um problema que esses motores trazem para nosso planeta, não só
em relação a poluição do ar que traz prejuízo a atmosfera, pois eles poluem mais que isso.
Temos, por exemplo, a contaminação das águas dos mares resultando nas diversas mortes da
vida marinha como peixes, corais, plânctons etc. Esse tipo de contaminação acontece quando
as empresas descartam de forma ilegal petróleo no mar ou até mesmo na hora da extração.

Mesmo havendo regulamentações de emissão para os motores isso não resolve muita
coisa, pois o que mais vemos nos diversos automóveis são eles queimando óleo, usando
combustível adulterado etc. Até mesmo na sua própria manutenção ocorre prejuízo para o meio
ambiente devido ao descarte incorreto dos fluídos do motor e de seus componentes como os do
freio e da bateria.

Mas como podemos preservar o meio ambiente? Hoje temos diversas formas simples
como o uso das bicicletas, se for a algum lugar perto pode ir a pé. Esses meios contribuem até
mesmo para nossa própria saúde. Temos também empresas que buscam através da tecnologia
desenvolver carros elétricos, movendo-se totalmente por meio de energia elétrica, porém
infelizmente esses modelos de carros são acessíveis a poucas pessoas no mundo, seu custo para
adquiri-los é elevado.
11

O Art. 255 da constituição federal diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à saúde qualidade de visa, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Podemos ver, então,
que o dever de “defende-lo” e “preservá-lo” não é só do poder público, mas inclusive da
“coletividade”, ou seja, da população.

O inciso VI continua: “promover a educação a ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente.” Conclui-se desse inciso que também

devemos receber educação nas escolas, seja qual for o nível de ensino (Fundamental, médio e
superior) e através do poder público conscientizar a população por meio da utilização da mídia,
internet, rádio e até mesmo o poder público agindo com poder de polícia aplicando multas para
quem desrespeitar as leis ambientais.

2 Referencial Teórico

2.1 Classificações dos motores a combustão interna

Os Motores a combustão interna são classificados em alternativos, rotativos e por


impulso. Essas classificações se dão pelo modo de como é obtido o trabalho.

Os alternativos são muito utilizados em carros, já os rotativos temos os motores Wankel


e por fim os de impulso que são utilizados, por exemplo, em foguetes.

Vamos classificar em especial os motores alternativos que são o ciclo Otto e ciclo
Diesel. Sua estrutura principal se dá pelos pistões, bielas e árvore de manivelas.

Figura 2 – Motor alternativo

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/funcionamento-motor-combustao-interna.htm
12

2.2 Classificação quanto ao funcionamento dos motores ciclo Otto e ciclo Diesel

Os motores ciclo Otto e ciclo Diesel são muito populares no mundo como motores a
combustão interna. De forma geral os motores do tipo ciclo Otto tem sua estrutura mais simples,
manutenção mais barata, são mais silenciosos, mais leves que o do tipo ciclo Diesel.

Para ocorrer a inflamação da mistura no interior do cilindro de um motor ciclo Otto é


indispensável a vela de ignição, que quando o pistão chega no seu ponto morto superior na fase
de compressão, ela produz uma centelha, assim gerando a explosão e empurrando o pistão para
baixo na fase da combustão. No ciclo Diesel se dispensa a vela de ignição e a inflamação ocorre
instantaneamente quando o combustível é injetado pelo bico injetor e entra em contato com a
alta temperatura do ar dentro do cilindro gerada pela alta taxa de compressão, empurrando assim
o pistão para baixo. Vale ressalta que na fase de admissão o motor ciclo Otto aspira Ar +
Combustível e o ciclo Diesel somente Ar.

A taxa de compressão dentro de um cilindro de um ciclo Otto varia entre 8 a 12:1. Já a


do ciclo Diesel é maior, varia entre 16 a 24:1. Isso se dá porque o motor diesel não utiliza vela
de ignição, então para gerar a inflamação do combustível necessita-se de uma alta temperatura
do ar produzida por essa alta taxa de compressão.

Figura 3 – Taxa de compressão de um cilindro

Fonte: https://www.canaldapeca.com.br/blog/o-que-e-taxa-de-compressao-e-cilindrada/
13

Para calcularmos essa taxa utilizamos a seguinte fórmula:

Onde:

TC = taxa de compressão

V = volume total do cilindro

v = volume da câmara de combustão

Figura 4 – Exemplo para fórmula

Fonte: https://www.canaldapeca.com.br/blog/o-que-e-taxa-de-compressao-e-cilindrada/

2.3 Classificação quanto à disposição dos cilindros

Uma classificação importante nos motores alternativos é como os cilindros estão


dispostos no motor. Dependendo da disposição dos cilindros em que o motor foi projetado fará
com que influencie na potência, no espaço ocupado, na vibração do motor e entre diversas
outras questões com relação ao seu funcionamento.
14

Temos as seguintes disposições dos cilindros:

2.3.1 Em V

Figura 5 – Motor em V

Fonte: https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-pist%C3%B5es-e-eixo-de-manivela-do-
motor-v-isolados-no-fundo-branco-image94183664

2.3.2 Em W

Figura 6 – Motor em W

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_W12
15

2.3.3 Em linha

Figura 7 – Motor em linha

Fonte: https://andrecerberus.wordpress.com/2010/11/07/motores-em-v-ou-linha/

2.3.4 Com cilindros na horizontal

Figura 8 – Motor com cilindros na horizontal

Fonte: https://moottori.fi/ajoneuvot/jutut/50-vuotta-subarun-vastaiskumoottoreita-onnea-boksereille/

2.3.5 Em VR

Figura 9 – Motor VR

Fonte: https://mecanicaehistorias.com.br/category/alta-tecnologia/
16

2.3.6 Radial

Figura 10 – Motor radial

Fonte: http://snookerclube.com.br/funcionamento-do-motor-radial-para-aviao/

2.4 Classificação quanto à quantidade de cilindros

O número de cilindros em um motor vai variar de acordo com a sua finalidade de uso.
Pois a quantidade de cilindros influência na sua potência, no seu peso, no seu consumo de
combustível.

Por exemplo: em uma Motosserra não é necessário um motor tão potente e ao mesmo
tempo não pode ser pesado demais. Ao contrário desse exemplo temos um ônibus que necessita
de um motor mais potente para poder tira-lo da inercia.

Sendo assim, os motores são classificados em:

2.4.1 Monocilíndrico (um único cilindro)

Figura 11 – Motor monocilíndrico

Fonte: https://motorsamlingen.dk/motorlaere/grundlaeggende/de-vigtigste-dele/cylinderen
17

2.4.2 Policilíndrico (dois ou mais cilindros)

Figura 12 – Motor policilíndrico

Fonte: http://iliascmelectromecanica.blogspot.com/2016/03/unidad-5-de-motores-motor.html

2.5 Componentes de um motor a combustão interna

Cada componente de um motor colabora para seu funcionamento. Se um deles


apresentar um problema pode acarretar um mal funcionamento, perdendo assim o seu
desempenho e até mesmo resultando em sua para total.

Os principais componentes são divididos em fixos e móveis. Os fixos se dividem em:


cabeçote, bloco do motor e cárter. Já os móveis são: pistão, árvore de manivelas, volante do
motor, válvulas, biela, etc.

2.5.1 Componentes fixos

Bloco do motor: é considerado a principal estrutura do motor. O material usado na sua


fabricação pode variar de acordo com o tipo do motor, podem ser feitos de ferro fundido ou liga
de alumínio.

O bloco passa por um processo de usinagem para que se possa obter a passagem do
líquido do sistema de lubrificação, arrefecimento e também para fixar os demais componentes
a ele. Na maioria das vezes ele é fechado por cima pelo cabeçote e na parte inferior pelo cárter.
Dentro do bloco são acoplados os principais componentes: pistão, biela e árvore de manivelas.
18

Figura 13 - Bloco do motor

Fonte: https://retificademotoresjocimar.com.br/retifica-de-motor-em-curitiba/retifica-do-bloco-do-motor/

Alguns blocos são fabricados com tubos removíveis, chamados de “camisas”, que
formam as paredes dos cilindros. Essas “camisas” podem ser secas ou úmidas, sendo secas
quando não entram em contado com o líquido do sistema de arrefecimento e úmidas quando
entram em contato com o líquido do sistema de arrefecimento.

Figura 14 – Camisas do bloco do motor

Fonte: https://contagemmotorpecas.com.br/blog/camisas-secas-molhadas/

Cabeçote: fabricado geralmente em liga de alumínio e tem como uma das suas principais
funções fechar a parte superior dos cilindros, formando a câmara de combustão onde ocorre a
compressão e a realização da combustão. Ele é acoplado na parte de cima do bloco através de
19

parafusos ou prisioneiras e com a presença de uma junta para fazer a vedação, evitando assim
vazamentos.

Nele temos fixados: a vela de ignição ou bico injetor, as válvulas de admissão e escape
e também temos situados os dutos de óleo lubrificante e os de arrefecimento etc.

Figura 15 – Cabeçote

Fonte: https://www.autolinea.com.br/catalogo/cabecotes-26/

Figura 16 – Câmara de combustão

Fonte: https://tecnomec.com.br/cabecotes/

Cárter: serve de deposito para óleo lubrificante e também fecha o bloco na sua parte
inferior, acoplado através de parafusos e junta de vedação, protegendo assim os componentes
inferiores do motor.

Sua fabricação é normalmente feita em aço estampado, podendo também ser feito de
ferro fundido ou alumínio fundido.
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Atualmente existem dois tipos de cárter: o úmido e o seco. O úmido é o tipo mais barato
para ser produzido, é nele onde fica armazenado o óleo lubrificante. Já o seco o óleo não fica
armazenado nele e sim em outra parte do motor.

Figura 17 – Cárter

Fonte: http://autoservico.blogspot.com/2009/06/para-que-serve-o-carte-do-motor.html acesso 12/12/2020

2.5.2 Componentes Móveis

Pistão ou Êmbolo: componente fabricando em aço, liga de alumínio ou ferro. O pistão


é acoplado na parte superior da biela através do pino do êmbolo. Basicamente o pistão funciona
sob pressão, resultante da queima dos gases no interior do cilindro, produzindo um movimento
retilíneo para cima e para baixo levando o pistão ao seu ponto morto superior e voltando ao seu
ponto morto inferior. Por meio da biela esse movimento retilíneo produzido pelo pistão é
transformado em movimento rotativo no virabrequim.
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Figura 18 – Pistão

Fonte: https://www.tjparts.com.br/jogo-de-pistoes-v8-292-ford-landau-galaxie-f100

Figura 19 – Pino do êmbolo

Fonte: http://lynxmarine.com.br/busca/index.php/produto/visualizar/180/pino_pistao_seadoo_720_800cc

Anéis de segmento: são encaixados no pistão e tem como por objetivo fundamental
dissipar o calor do pistão, controlar o óleo lubrificante nas paredes dos cilindros e fazer a
vedação da compressão.

O pistão deve possuir 3 tipos de anéis de segmentos colocados nas seguintes ordens: o
de compressão que faz a vedação dos gases impedindo assim que cheguem ao cárter, o de
raspagem que tem como por objetivo retirar o excesso de óleo das paredes dos cilindros e o de
óleo que tem como função encaminhar ao cárter o excesso do óleo removido pelo anel de
raspagem.
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Figura 20 – Anéis de segmento

Fonte: https://contagemmotorpecas.com.br/blog/instalar-os-aneis-de-segmento/

Figura 21 – Ilustração dos anéis de segmento

Anel de compressão

Anel de raspagem

Anel de óleo

Fonte: https://portallubes.com.br/2017/08/aneis-do-pistao/

Bronzina ou Casquilhos: sua função é impedir que o metal de uma peça entre em contato
com outra gerando um desgaste por causa do atrito. A bronzina é colocada onde há atrito entre
os metais para que ela seja gasta no lugar das peças, prolongando assim a vida útil das peças
mais caras do motor. Elas também colaboram para o custo da manutenção, pois ao invés de
trocar uma biela troca-se a bronzina que é bem mais em conta.
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Figura 22 – Bronzina

Fonte: https://www.magazineluiza.com.br/bronzina-casquilho-de-biela-050-motor-yanmar-ns18-nsb18-
smagon/p/kkkd6ekk62/au/broz/

Biela: ela é conectada no pistão na sua parte chamada pé e na árvore de manivelas na


sua parte chamada cabeça e tem como função, junto com a árvore de manivelas, transformar o
movimento retilíneo em movimento rotativo. Essa peça é de grande importância para o motor,
pois se ela apresentar algum problema pode afetar a sincronia do motor. Quanto maior a biela
melhor será o torque. Sua fabricação geralmente é feita em aço forjado.

Figura 23 – Biela

Cabeça

Fonte: https://loja.grupostefanini.com.br/beilas/biela-motor-fire-13-e-14-55238452-fiat-doblo-novo-uno-palio-
punto-idea-strada-fiorino-siena-uno-fiat-500___cp110828?cv=18572
24

Árvore de manivelas ou Virabrequim: geralmente feito em aço fundido ou aço forjado.


Essa peça fica localizada na parte inferior do bloco do motor, é ela quem recebe a força do
impulso do pistão produzida pela combustão. Esse impulso do pistão é transmitido até a árvore
de manivelas através da biela que está conectada entre essas duas peças.

A parte da árvore de manivelas chamada moentes é aonde são conectadas as bielas e


ainda temos os munhões que é a parte aonde se apoia no bloco. No seu interior ainda possui
canais que são responsáveis pela passagem do óleo lubrificante.

Figura 24 – Árvore de manivelas

Fonte: https://fernandoportoprofessorengenheiro.files.wordpress.com/2017/03/mci-05-componentes-
mc3b3veis.pdf

Volante do motor: constituído em aço e com formato circular, sua principal função é o
armazenamento de energia cinética que é obtida através do resultado das explosões dos gases
dentro dos cilindros proporcionando assim a finalidade de oferecer equilíbrio e precisão ao
motor, sendo indispensável a utilização deste componente seja qual for o tipo do motor.
25

Figura 25 – Volante do motor

Fonte: https://ceramicpower.com.br/produtos/volante-de-motor/volante-de-motor-chevrolet/volante-de-motor-
volante-de-aco-aliviado-sem-cremalheira-6-7kg-opala-4-e-6cil-apos-73-estria-fina-14-estrias-opala-4-e-6-cil-ate-
73-estria-grossa-10-estrias/

Válvulas: em um motor a combustão interna há dois tipos de válvulas: de admissão e de


escape. Elas funcionam através de um sistema de comando de válvulas que é acionado pelo
movimento do virabrequim o transmitindo por meio de engrenagens.

A válvula de admissão tem por finalidade permitir a entrada de ar para dentro dos
cilindros, sempre que esta estiver aberta a de escape mantém-se fechada.

Ao contrário da válvula de admissão a de escape permite a saída dos gases já queimados


de dentro dos cilindros para que assim possa se iniciar uma nova queima.

Figura 26 – Válvulas de admissão e escape

Válvula de Escape

Válvula de Admissão

Fonte: https://casadosmotoreschapeco.com.br/_loja_/p/123205/kit-valvulas-admissao-e-escape-branco-bd-13-cv-
--geracao-2
26

Figura 27 – Sistema de comando de válvulas

Fonte: http://www1.uol.com.br/bestcars/tecprep/comando-variavel-2.htm

2.6 Diferenças entre um motor 2 Tempos de um motor 4 Tempos

2.6.1 Motores de 2 Tempos

Os motores que funcionam a 2 tempos são mais simples, pois acabam sendo menores e
mais leves, sem contar que neles há ausência das válvulas. Por esses motivos seus custos são
menores e são muito utilizados em motosserras, bicicletas motorizadas... por necessidade de
serem equipamentos mais leves.

1. No 1 Tempo o pistão desce para fazer a admissão do ar por meio da janela de admissão
e logo em seguida ele sobe para realizar a compressão dentro do cilindro.

2. No 2 Tempo ocorre a combustão da mistura fazendo com que o pistão desce e logo após
o pistão sobe novamente para realizar a exaustão por meio da janela de escapamento.
27

Figura 28 – Funcionamento de um motor 2 tempos

Fonte: http://motorizacao.blogspot.com/2012/08/motor-2-tempos.html

2.6.2 Motores de 4 Tempos

Diferentemente dos motores 2 tempos, os de 4 tempos são mais pesados e possuem


mecanismo de válvulas fazendo com que se tornem mais caros. São utilizados em equipamentos
maiores como carros, ônibus etc.

1. No seu 1 tempo a válvula de admissão se abre e o pistão desce fazendo com que o ar
entre para dentro do cilindro.
2. No seu 2 tempo as válvulas de admissão e escape se mantêm fechadas para que o pistão
suba e assim ocorra a compressão.
3. No seu 3 tempo é realizada a combustão da mistura dentro da câmara de combustão
fazendo com que o pistão seja empurrado para baixo.
4. Por fim no seu 4 tempo a válvula de escape se abre e o pistão sobe para que assim os
gases dentro do cilindro sejam eliminados.

Figura 29 – Funcionamento de um motor 4 tempos

Fonte: https://www.blogdafpt.com.br/tag/motor-4-tempos/
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CONCLUSÃO

Neste trabalho analisamos e compreendemos através das explicações e imagens as


principais peças, funcionamentos e formatos dos motores a combustão interna ciclo Otto e ciclo
Diesel. Com as informações deste trabalho as pessoas poderão conhecer sobre algo que rodeiam
as vidas delas e começarão a entender o quão importante são os motores para a nossa vida.

Sem os motores a combustão interna não teríamos meios fáceis e rápidos de locomoção,
produções com melhores eficiências nas indústrias de vários ramos e entre diversas outras
aplicações. Ao passar do tempo a tecnologia vai se tornando cada vez mais eficiente e ao mesmo
passo trazendo novas informações e conhecimentos essenciais para o aperfeiçoamento dos
motores.

Portanto, que este Trabalho de Conclusão de Curso sirva para contribuir com o
aprendizado e desenvolvimento de novas ideias e pesquisas que possam visar sempre o
crescimento do nosso país em diversas áreas.
29

REFERÊNCIAS

Fluxo Consultoria. Motor a Combustão: Veja a evolução e o impacto desta máquina.


Fluxo Consultoria. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em:
https://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/blog/motor-a-combustao/. Acesso em: 15 de janeiro
de 2021.

Ecycle. Poluição dos carros: entenda seus perigos. Ecycle. São Paulo, 2021.
Disponível em: https://www.ecycle.com.br/4179-poluicao-de-carros. Acesso em: 15 de
janeiro de 2021.

Brasil Escola. Motores de Combustão. Brasil Escola. São Paulo, 2021. Disponível em:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/fisica/motores-combustao.htm. Acesso em:
17 de janeiro de 2021.

Web Motors. Conheça as partes básicas de um motor. Web Motors. São Paulo, 2020.
Disponível em: https://www.webmotors.com.br/wm1/dicas/conheca-partes-basicas-de-
um-motor. Acesso em: 20 de janeiro de 2021.

Educação Automotiva. Como funciona um motor 4 tempos. Educação Automotiva.


São Paulo, 2017. Disponível em: https://educacaoautomotiva.com/2017/07/06/motor-4-
tempos-como-funciona/. Acesso em: 25 de janeiro de 2021.

Educação Automotiva. Como funciona os motores 2 tempos. Educação Automotiva.


São Paulo, 2015. Disponível em: https://educacaoautomotiva.com/2015/09/09/como-
funcionam-os-motores-2-tempos/. Acesso em: 25 de janeiro de 2021.

Romaq Industria. Cálculo da taxa de compressão. Romaq Industria. Santa Catarina.


Disponível em: https://romaqindustria.com.br/index.php/suporte/calculo-taxa.html.
Acesso em: 26 de janeiro de 2021

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Art. 255, VI.

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