Você está na página 1de 75

5CIV042 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

MATERIAIS CERÂMICOS

GABRIELI RIZZI DA CRUZ


HELOIZE TAKAOKO
IZABELLE AIYUKO KIKUCHI
KAUANA CAROLINE DE FREITAS

Londrina
2018

0
RESUMO

Neste trabalho esta incluso um relatório de ensaios feitos com blocos


cerâmicos de vedação objetivando a determinação de suas características
geométricas, fisícas e mecânicas, com análise de sua compatibilidade em
relação as exigências presente na norma ABNT NBR 15270: Componente
cerâmicos - 2005. Possui uma bibliográfia de materiais cerâmicos de
revestimento com comparação entre estes materiais e os não cerâmicos
também para revestimento. Apresenta também uma pesquisa de campo acerca
um material escolhido de revestimento cerâmico comparando as informaçôes
disponíveis em loja e no site do fabricante, entre outras análises especifícas
como as suas propriedades de desempenho em uso. O trabalho se encerra
com um relatório conciso ligando todas as partes.

1
Sumário

DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES


5

PARTE A

1 INTRODUÇÃO
10
2 DESENVOLVIMENTO
10
2.1 OBJETIVO
10
2.2 CONSIDERAÇÕES

10
2.3 ENSAIO DE IDENTIFICAÇÃO E INSPEÇÃO VISUAL

11
2.4 ENSAIO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

11
2.4.1 Dimensões efetivas das faces
11
2.4.1.1 Determinação das espessuras das paredes externas e
septos 12
2.4.1.1.1 Determinação do desvio em relação ao esquadro (D)
12
2.4.1.1.1.1 Determinação das planezas das faces (F)
13
2.4.1.1.1.1.1 Determinação da área bruta
13
2.4.1.1.1.1.1.1 Tabela com os resultados obtidos nos ensaios
14
2.5 ENSAIO DAS CARACTERÍSTICAS FISÍCAS

15

2
2.5.1 Determinação da massa seca (Ms)
15
2.5.1.1 Determinação da massa úmida (Mu)
15
2.5.1.1.1 Determinação da área bruta (Ab)
15
2.5.1.1.1.1 Tabela com os resultados obtidos nos ensaios
16
2.6 ENSAIO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

17
2.6.1 Tabela com os resultados obtidos nos ensaios
18
3 ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS E CONCLUSÃO
18
4 REFERÊNCIAS
19

PARTE B

1 INTRODUÇÃO
20
2 RESUMO
20
3 DESENVOLVIMENTO
20
3.1 ORIGEM DA INDÚSTRIA CERÂMICA

20
3.2 REVESTIMENTO CERÂMICO HOJE

21

3
3.3 TIPOS DE CERÂMICA PARA REVESTIMENTO

21
3.3.1 Cerâmica tradicional
22
3.3.1.1 Cerâmica avançada
22
3.3.1.1.1 Classificação dos revestimentos cerâmicos
22
3.4 APLICAÇÃO DAS CERÂMICAS DE REVESTIMENTO

22
3.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

23
3.6 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS

24
3.7 Revestimentos cerâmicos
25
3.7.1 Ladrilhos
25
3.7.1.1 Azulejos
27
4 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS DOS MATERIAIS
CERÂMICOS............
27
4.1 RESISTÊNCIA ABRASÃO

27
4.2 FACILIDADE DE LIMPEZA

28
4.3 RESISTÊNCIA QUÍMICA

29
4.4 RESISTÊNCIA AO CHOQUE TÉRMICO

29
4.5 ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA

29

4
4.6 RESISTÊNCIA MECÂNICA

31
4.7 RESISTÊNCIA A GRETAGEM

31
4.8 COEFICIENTE DE ATRITO

31
4.9 RESISTÊNCIA AO CONGELAMENTO

31
4.10 CARACTE´RISTICAS DIMENSIONAIS

32
4.11 VARIAÇÃO DA TONALIDADE DA COR

32
4.12 CRITÉRIOS DE ESCOLHA

33
5 RECEBIMENTO DO PRODUTO
33
6 PLANEJAMENTO DA JUNTAS
34
7 PATOLOGIA EM CERÂMICOS
36
8 MATERIAIS DE REVESTIMENTO NÃO CERÂMICOS
37
9 COMPARAÇÃO
40
10 CONCLUSÃO
42
11 REFÊRENCIAS
43

PARTE C
1 INTRODUÇÃO
47
2 PRODUTO ESCOLHIDO

5
47
3 PESQUISA EM CAMPO
47
3.1 Imagens tiradas na loja
48
4 PESQUISA PELO SITE DA LOJA
50
4.1 Informações obtidas pelo site da loja
51
4.2 Fotos disponibilizadas pelo site da loja
51
5 PESQUISA PELO SITE DO FABRICANTE
53
5.1 Manual de características técnicas
55
5.2 Fotos disponibilizadas pelo site do fabricante
55
6 CONCLUSÃO
58
7 REFÊRENCIAS
59

RELATÓRIO REFERENTE Á PARTE B E C

1 INTRODUÇÃO
60
2 DESENVOLVIMENTO
60
2.1 Granitos
60
2.2 Porcelanatos
63
2.3 Ladrilhos hidráulicos

6
64
2.4 Azulejos
65
2.5 Mármore
66
2.6 Pastilha de vidro
67
3 GRANITO X METRÔ WHITE
68
4 CONCLUSÃO
69
5 REFÊRENCIAS
70

7
DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES

DADOS GERAIS

MEMBRO FUNÇÃO PRINCIPAL CONTATO


(43)99646-4696
Kauana Caroline de Freitas Gerente do projeto
Kauanafreittas@gmail.com
(14)99749-7190
(43)99159-0306
Izabelle Aiyuko Kikuchi Líder de informações
Izabellekikuchi@hotmail.com

(43)99621-1451
Heloize Takaoka Líder de operações
hello_olsen@icloud.com
(43) 99811-4660
Gabrieli Rizzi da Cruz Coordenadora de pesquisa
gabrieli.rizzi@gmail.com

Ge Líd Líd Co
MATRIZ DE RESPONSABILIDADES re er er or
nte de de de
do inf op na
1 = RESPONSABILIDADE PRIMÁRIA pr or er do
2 = PAPÉL SECUNDÁRIO oje ma aç ra
to çõ õe de
es s pe
sq
uis
a
Distribuição de tarefas e determinação das datas de 1 1
execução
Execução dos ensaios 1 1 2 2
Execução do relatório referente à parte A 1 2 2 1
Coleta das informações dos materiais cerâmicos de 2 1 2 1
revestimento
Comparações entre os materiais cerâmicos e não cerâmicos 1 2
de revestimento
Procura em campo do material cerâmico para revestimento 2 2 1 2
Coleta de informações sobre o material escolhido 2 1 2

8
RISCOS DA ATIVIDADE

TIPO DO RISCO SEVERIDADE RESPONSÁVEL


Não identificação dos blocos M Kauana Freitas
cerâmicos na realização dos ensaios
Perda por quebramento dos blocos M Kauana Freitas
cerâmicos na realização dos ensaios
Troca das informações entre os Izabelle Kikuche
M
corpos de prova
A Izabelle Kikuche
Perda das informações dos ensaios
M Gabrieli Rizzi
Mau funcionamento da estufa
Incompatibilidade com o horário de
funcionamento do laboratório de M Kauana Freitas
materiais de construção
Escolha de um material com baixa B Heloize Takaoka
informação disponível
Quebrar o produto na loja B Heloize Takaoka
Exceder ao tempo determinado de A Gabrieli Rizzi
execução do trabalho
Perda do pen drive contendo o A Heloize Takaoka
trabalho

Níveis de severidade: Alto, Médio, Baixo

9
MAPA DO PROCESSO (VISÃO GERAL)

Definição das funções e cronograma

10
Cronograma Início Término S1 S2 S3 S4

PARTE A

1. Leitura das normas


1.1 Obtenção e leitura das normas 19/04/18 20/04/18 X

1.2 Identificação dos itens ensaiados 24/04/18 24/04/18 X


1.3 Divisão de tarefas e cronograma 24/04/18 25/04/18 X
2. Preparação dos ensaios
2.1 Datas e horários de uso do laboratório 24/04/18 27/04/18 X
2.2 Checagem da aparelhagem 24/04/18 27/04/18 X
2.3 Checagem dos materiais 24/04/18 24/04/18 X
2.4 Separação dos corpos-de-prova 24/04/18 24/04/18 X
2.5. Passo-a-passo dos procedimentos 24/04/18 27/04/18 X
3. Execução dos ensaios
3.1 Ensaios realizáveis durante a aula 24/04/18 24/04/18 X
3.2 Preparação dos CPs para demais 24/04/18 26/04/18
X
ensaios
3.3 Conclusão dos ensaios 25/04/18 27/04/18 X
4. Elaboração do relatório
4.1 Expressão dos resultados e análise 28/04/18 14/05/18 X X X

4.2 Conferência da formatação (impressão) 15/05/18 27/05/18 X X

PARTE B

1. Divisão das tarefas


2. Pesquisa bibliográfica
2.1 Coleta das informações 21/04/18 25/05/18 X
2.2 iniciação da digitalização do trabalho 05/05/18 21/05/18 X X X

2.3 Conclusão do pesquisa 21/04/18 21/05/18 X X X X

3. Comparação entre os materiais


3.1 Escolha dos matérias 21/04/18 23/04/18 X
3.2 Obtenção de dados 21/04/18 26/05/18 X X X X

3.3 Comparação entre os dados 19/05/18 26/05/18


encontrados X X X

3.4 Digitação da pesquisa 21/04/18 27/05/18 X X X X

11
3.5 Conclusão da parte B 21/04/18 27/05/18 X X X X

PARTE C

1. Escolha do material
1.1 Data da escolha do material 21/04/18 21/04/18 X
2. Pesquisa em campo
2.1 Decisão da loja escolhida
2.2 Dia comparecido na loja 19/05/18 19/05/18 X

2.3 Obtenção de informação com o 19/05/18 19/0518 X X


atendente
2.4 Digitação desta parte da pesquisa 20/05/18 21/05/18 X

3. Pesquisa pelo site da loja


3.1 obtenção de dados 22/05/18 22/05/18 X

3.2 digitação da pesquisa 23/04/18 23/04/18 X

4. Pesquisa pelo site do fabricante


4.1 Obtenção dos dados 23/04/18 23/04/18 X

4.2 digitação da pesquisa 24/04/18 24/04/18 X

5. Conclusão
5.1 Data da conclusão 24/05/18 24/05/18 X
6. RELATÓRIO DA PARTE B E C
6.1 realização do relatório 25/05/18 25/05/18 X
6.2 conclusão do trabalho 19/04/18 26/05/18 X

12
PARTE A

1. INTRODUÇÃO
Foram realizados ensaios com blocos cerâmicos de vedação nos dias 24 a 27
de abril do presente ano.
No dia 24 ocorreram ensaios de identificação, inspeção visual, geométrica e
resistência à compressão nos blocos cerâmicos de vedação. Realizados no
Laboratório de Materiais de Construção da Universidade Estadual de Londrina,
supervisionados e solicitados pelo professor Jeferson Shin-iti Shigaki, entre as
8:20 até as 12:00 da manhã. A continuação dos ensaios dos blocos cerâmicos
de vedação, agora em função de suas características físicas, ocorreram nos
dias posteriores, 25 a 27 de abril entre as 1:30 até as 2:00 da tarde, no mesmo
local, com supervisão do André responsável pelo laboratório.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Objetivo
Os ensaios foram feitos tendo como objetivo determinar as características
geométricas, físicas e mecânicas dos blocos cerâmicos de vedação e a partir
dos seus resultados defini-los como aceitáveis ou recusáveis segundo as
especificações da norma técnica da ABNT NBR 15270: Componentes
Cerâmicos – 2005, parte 1, 2 e 3 ( anexos A, B e C) que foram utilizados
nestes ensaios.

2.2 Considerações
Os ensaios realizados neste trabalho sofreram algumas adaptações da Norma
ABNT NBR 15270, parte 1, 2 e 3 (2005) de acordo com as condições
disponíveis de uso do laboratório de materiais de construção da Universidade
Estadual de Londrina, seguem abaixo algumas adaptações feitas:
● Foram utilizados apenas dois corpos de prova, e não a quantia exigida
pela norma;
● Os corpos de prova não foram escolhidos aleatoriamente;
● Não foram feitas uma inspeção rigorosa;
● O bloco utilizado no ensaio mecânico não foi capeado com cimento em
sua superfície;
● Para obtenção da massa seca o procedimento utilizado não foi feito
conforme prescreve a norma NBR 15270- 3 (B.4.2 Determinação da
massa seca (Ms));

● Nestes ensaios foram utilizados apenas os anexos A, B e C da norma;

● Etc.

13
2.3 Ensaios de identificação e inspeção visual
Realizados no dia 24 de abril, onde foram selecionados como amostragem dois
corpos de prova, sendo eles blocos cerâmicos de vedação, denominados como
bloco 01 e 02. Neles foram realizadas inspeções a fim de identifica-los e
caracteriza-los:
● Checou-se a existência em uma das faces de cada bloco a identificação
do fabricante e as dimensões do bloco, conforme nos direciona a norma
técnica ABNT NBR 15270 Componentes Cerâmicos parte 1: Blocos
cerâmicos para alvenaria de vedação, tendo como resultado a
conformidade quase completa desta inspeção;
● Foram descartados os blocos trincados e com rachaduras em suas
bordas e estruturas.
● Nos blocos escolhidos, foram retiradas as sujeiras acumuladas e as
rebarbas, conforme especifica a norma NBR 15270-1 (4.4
Características visuais).

2.4 Ensaios das características geométricas


Obtidas por medições diretas, através da utilização de instrumentos de
medição como o paquímetro, a régua graduada e o esquadro. Os ensaios
foram realizados no dia 24 de abril, mesmo dia no qual os blocos foram
selecionados. Estes ensaios foram realizados nos blocos 01 e 02. Estas
características são demonstradas por: dimensões das faces, dimensões das
paredes externas e septos, planeza das faces, desvios em relação ao esquadro
e área bruta.
2.4.1 Determinação das dimensões efetivas das faces
Os blocos foram colocados sobre uma superfície plana, e retirado suas
dimensões de comprimento, largura e altura. Todas feitas através do
ponto médio de suas faces, conforme nos mostra as imagens abaixo:

14
2.4.1.1 Determinação das espessuras das paredes externas e
septos
Os blocos foram colocados sobre uma superfície plana. Para realização
da determinação das espessuras das paredes externas a medição foi
feita através do ponto central de cada parede externa dos furos que há
nos blocos utilizados, conforme nos mostra a figura abaixo, buscando o
ponto onde a parede apresenta a menor espessura. Para determinação
dos septos a medição foi feita na parte central destes, e no centro das
ranhuras, utilizando no mínimo quatro medições buscando o septo de
menor espessura. Após a obtenção dos resultados fazia-se a média
deles. A figura abaixo nos direciona como fazer estas medições:

15
2.4.1.1.1 Determinação do desvio em relação ao esquadro (D):
O bloco foi colocado sobre uma superfície plana, com a ajuda de um
esquadro e uma régua graduada metálica, fez-se a medição do desvio
em relação ao esquadro entre uma das faces destinadas ao
assentamento e a maior face destinada ao reboco, conforme mostra a
figura abaixo:

2.4.1.1.1.1 Determinação da planeza das faces (F):


O bloco foi colocado sobre uma superfície plana, onde se determinou a
planeza de uma das faces destinadas ao revestimento, através da
flecha formada em diagonal, por isso este ensaio denomina-se também
flecha, podendo-se obter dois tipos de resultados sendo eles os desvios
côncavos e convexos, conforme a figura abaixo:

16
2.4.1.1.1.1.1 Determinação da área bruta (Ab)

A partir dos resultados obtidos no ensaio das dimensões efetiva das faces
dos blocos (Comprimento, largura e altura), foi possível realizar o calculo
de sua área bruta obtida pela expressão de comprimento x largura,
expressa em centímetros quadrados, com aproximação decimal.

2.4.1.1.1.1.1.1 Tabela com os resultados obtidos nos ensaios:

Determinação das características geométricas dos corpos de prova

Determinações Anexos Blocos cerâmicos vedação NBR Tolerância Co


15270 dimensional

17
(NBR15270)
01 02
Valores das Norma Comprimento: Comprimento: Comprimento Bl
190mm
dimensões das 15270-3 192 mm 190 mm Largura: ✓
faces anexo A Largura: 85 mm Largura: 91 mm 90mm ±5 mm Bl
Altura: 135 mm Altura: 135 mm Altura: ✓
140 mm

Espessura dos Norma Septo vertical: Septo vertical: Septos Bl


septos e 15270-3 6,6 mm 9,0 mm Mínimo: ×
paredes anexo A Septo Septo 6 mm
externas do horizontal: horizontal: --- Espessura da
parede
Bl
bloco 6,0 mm 9,0 mm ✓
externa
Espessura da Espessura da mínimo:
parede externa: parede externa: 7 mm
6,5mm 9.0 mm
Planeza das Norma Desvio convexo Desvio convexo Bl
faces 15270-3 com furos na com furo na Máximo ×
anexo A horizontal. horizontal. --- 3 mm Bl
Superior: 6 mm Superior: 3 mm ✓
Inferior: 2 mm Inferior: 2,5 mm
Desvio com Norma B
relação aos 15270-3 Apresenta um Apresenta um --- Máximo ✓
esquadros anexo A desvio de 2 mm desvio de 5 mm 3 mm Bl
×
Área bruta Norma
15270-3 163,20 cm² 172,90 cm² --- ---
anexo A

18
2.5 Ensaios das características físicas
Este ensaio objetiva a determinação da massa seca (Ms) e a massa úmida
(Mu) dos corpos de prova, para que com os dados obtidos seja possível
calcular o índice de absorção de água (Ab) destes materiais. Foi utilizado
apenas o bloco cerâmico 02, uma adaptação da norma NBR 15270-3 que
prevê o uso de 6 blocos de vedação. O ensaio foi realizado em três etapas:
2.5.1 Determinação da massa seca (Ms)

O bloco cerâmico foi pesado e após o procedimento fora colocado, por


volta das 9 horas da manhã, no dia 24 de abril, na estufa para ocorrer à
evaporação da água acumulada em seu interior, ficando até as 1:30 da
tarde do dia posterior ( dia 25 de abril). Após um curto tempo de espera
para seu resfriamento foi pesado novamente, obtendo assim sua massa
seca (Ms)

2.5.1.1 Determinação da massa úmida (Mu)

Após obtenção da massa seca (Ms) o bloco foi colocado na câmara


úmida, no dia 25 de abril ás 2:00, onde ficou mergulhado em água por 24
horas, sendo retirado apenas no dia 26 por volta das 2:30 da tarde, ao
qual novamente foi pesado retirando assim sua massa úmida.
2.5.1.1.1 Determinação do índice de absorção (Ab):
Com base nos dados encontrados nos dois ensaios (Massa seca e úmida)
e com a aplicação da fórmula:
𝑀𝑢−𝑀𝑠
𝐴𝐴(%) = 𝑀𝑠
𝑥 100,

Foi possível calcular o índice de absorção de água do bloco.

19
2.5.1.1.1.1 Tabela com os resultados obtidos nos ensaios:
Determinação
das
características
físicas do
corpo de prova
Determinações N I Anexo Blocos cerâmicos Tolerância com base Conformidade
vedação na NBR
Bloco 02
Massa seca Norma 2041 g
X 15270-3 --- ---
Anexo
B
Massa úmida Norma 2337 g
X 15270-3 --- ---
Anexo
B
Índice de Norma 14,50269476 % Não deve ser inferior
absorção X 15270-3 a 8% nem superior a ✓
Anexo 22%
B

N – Normativo I – Informativo

20
2.6 Ensaios das características mecânicas
Este ensaio tem por objetivo trazer a resistência Mecânica dos blocos
cerâmicos de vedação aqui utilizados. O procedimento ocorre com o bloco
sendo colocado em uma prensa manual de carga uniforme, em cima de pratos
de ferro/aço com seu centro de gravidade no eixo de cargas destes pratos. A
execução das cargas aplicadas deve estar na direção do esforço que o bloco
deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao seu
comprimento e na face destinada ao seu assentamento.
A realização deste ensaio ocorreu no dia 24 de abril, mesmo dia ao qual foram
selecionados os blocos cerâmicos de vedação. Realizado por volta das 11
horas da manhã, no laboratório de materiais de construção da Universidade
Estadual de Londrina. No ensaio, foi utilizado apenas o bloco cerâmico 01. A
dimensão deste bloco é de 192 mm de comprimento, 85 mm de largura e 135
mm de altura. O Sentido da compressão foi feito conforme a imagem abaixo:

Com o bloco já no aparelho, um dos integrantes do grupo controlou o relógio


marcador relativo à força sendo aplicada sobre o bloco, enquanto outro girava
a manivela fazendo a aplicação desta força. Após o rompimento fazia-se a
leitura da força máxima aplicada no bloco e com os dados obtidos
anteriormente com a retirada das dimensões geométricas fazia-se o cálculo da
resistência deste bloco cerâmico de vedação com aplicação da fórmula.

21
2.6.1 Tabela com os resultados obtidos no ensaio

Determinação
das
características
mecânicas
Determinações N I Anexos Blocos NBR Tolerância Conformidade
cerâmicos 15270 com base Com a norma
01 na NBR
15270-3
Resistência à Norma
compressão X 15270-3 0,43 Mpa --- ≥ 1,5 Mpa X
dos blocos Anexo C

N - Normativo I – Informativo

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS E CONCLUSÃO


A norma ABNT NBR 15270: Componentes Cerâmicos – 2005, parte 1, 2 e 3
(anexos A, B e C) estabelece em quase todos os ensaios um valor relativo à
tolerância, ou seja, uma margem para erro aceitável acerca dos valores obtidos
e também em alguns casos estabelece medidas para se possuir como
referência. Os blocos cerâmicos de vedação utilizados nestes ensaios depois
de avaliados com as especificações da norma, mesmo não tendo sido utilizado
um número significativo de corpos de prova para se fazer uma validação
correta, resultou em uma divergência de alguns itens com relação à norma
como, por exemplo:
● O bloco 01: Possui a carência de 0,5 mm de sua parede externa sendo
ela de 6,5 mm e 7 mm exigido pela norma. Apresenta um desvio de
planeza das faces de 3 mm a mais do que a norma exige. Possui uma
tolerância a resistência da compressão abaixo do solicitado.
● O bloco 02: Apresenta um desvio em relação ao esquadro de 5 mm
enquanto a norma pede um valor de no máximo 3 mm

O bloco 01 possui mais elementos aos quais não correspondem às exigências


da norma ora passando dos limites impostos ora faltando.
O bloco 02 possui suas características um pouco melhores que o bloco 01,
estando sempre perto da margem de erro, mas não se pode descartar que este
bloco também possui algumas especificações que fogem ao limite estabelecido
da norma.

22
Segundo esse viés o ensaio resultaria em uma não aprovação destes dois
blocos cerâmicos utilizados.

4. REFERÊNCIAS
Norma técnica ABNT NBR 15270: Componentes Cerâmicos – Parte 1, 2 e 3
(anexos A, B e C) - 2005.
● ABNT NBR 15270 (2005): Componentes Cerâmicos – Parte 1: Blocos
cerâmicos para alvenaria de vedação - Terminologia e requisitos;
● ABNT NBR 15270 (2005): Componentes Cerâmicos - Parte 2: Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos;
● ABNT NBR 15270 (2005): Componentes Cerâmicos – Parte 3: Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio.

23
PARTE B

1. INTRODUÇÃO
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os materiais cerâmicos de
revestimento contendo suas origens, características, principais grupos entre
outras informações. Contém também nesta parte do trabalho comparações
entre os materiais cerâmicos de revestimento e não cerâmicos para a mesma
função, com suas vantagens e desvantagens.

2. RESUMO
O revestimento cerâmico constitui-se de um sistema que a base (ou substrato):
da qualidade do chapisco, da qualidade da placa em função do local de uso, da
correta especificação de todo o sistema, do correto assentamento. Esse último
envolve: correta preparação e aplicação das argamassas de assentamento,
correta especificação da argamassa de rejunte e mão de obra adequada e
treinada. Para um bom resultado, os cinco elementos devem manter níveis de
qualidade mínimos exigidos em norma.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Origens da indústria cerâmica


PORTUGAL

Portugal mesmo não sendo grande produtor, foi o que mais utilizou o
revestimento cerâmico em seus prédios. Gosto pela cerâmica de origem
mulçumana, assírias, persas, egípcias e chinesas por causa do contato pelas
navegações. Que ganhou dimensão na arte nacional portuguesa. A produção
regular de revestimento cerâmico se iniciou a partir do século XVI, e foi usado
em igrejas, conventos e palácios nobres da alta burguesia, se restringindo aos
interiores, e nos exteriores somente no revestimento de pináculos e cúpulas de
igrejas, por causa do custo. Mas com a criação da “Fábrica de loiça do Rato” o
custo do produto diminuiu significantemente. No século XIX devido a revolução
industrial, o revestimento foi para o exterior dos edifícios, pelo fator da
solubilidade e a localização de edifícios em zonas úmidas portuguesas.
BRASIL

O revestimento cerâmico no Brasil tinha um alto custo, e era aplicado nos


interiores. De forma gradual começaram a serem utilizados em pátios, jardins e
por final do século XVIII, expandiu-se pra as fachadas. De início por motivos

24
climáticos, mas as pessoas descobriram a sua beleza e a cerâmica foi
difundida pelo país, principalmente no norte, nordeste e no rio de janeiro. O
desenvolvimento no setor industrial no Brasil no século XIX para o XX abriu as
primeiras fabricas de revestimento cerâmico no Brasil, “Santa Catarina” e
“Klabin”. Com o Surgimento do Neocolonial a arquitetura brasileira procurou
valorizar as expressões regionais e sua tradição. Renascendo a arte de
azulejaria. (Fachada, muros e chafariz do projeto Rancho da Maioridade, de
Dubugras). Na década de 1930, o neocolonial declina e surge a arte moderna
conciliando a arquitetura moderna com as questões do regionalismo e
tradições locais. (Igreja São Francisco de Assis no bairro da Pampulha, Belo
Horizonte). A partir dos anos 1930 o revestimento cerâmico volta nas fachadas
dos edifícios, utilizado em fachadas como forma de painéis. A utilização em
grande escala se dá até a década de 1960 coincidindo com a inauguração de
Brasília. Com a “setorização” notou-se um declínio no uso do material cerâmico
em algumas regiões, substituído pelo concreto, utilizado tanto para estrutura
como pra vedação e revestimento. A partir de 1980, com a difusão de o azulejo
absorver água e ocorrer estofamentos e descascamentos, além do gretamento
do esmalte, e por ser produzido por duas ou mais queimas, começou a ser
usado um revestimento cerâmico produzido por monoqueima.

3.2 Revestimento cerâmico hoje

A indústria de revestimentos cerâmicos brasileira tem feito investimentos


significativos em modernidade, qualidade e serviços de atendimento ao
consumidos mostrando se como um setor de forte atualização tecnológica e de
alto padrão de qualidade. Hoje o azulejo pode ser produzido por uma única
queima, diminuindo seu custo de produção, e a melhor qualidade de queima
permite uma produção de placas porosas como azulejo, com expansões de
umidade abaixo de 0,6 mm/m e sem gretamento. A maior aderência mecânica
dos azulejos nas argamassas colantes e seu maior peso podem ser os grandes
aliados para se evitar o destacamento, que é uma das patologias mais
frequentes e graves que ocorrem em fachadas revestidas com revestimentos
cerâmicos com maior porosidade. A indústria cerâmica realiza a produção
destinada para:
● Fins utilitários – Louças, manilhas, telhas e tijolos (entre outros)
● Fins estéticos – Vasos e esculturas.

3.3 Tipos de cerâmica para revestimento


As placas cerâmicas são constituídas, em geral, de três camadas. A primeira é
o suporte ou biscoito. A segunda é o engobe, que tem função
impermeabilizante e garante a aderência da terceira camada. E por último o
esmalte, uma camada vítrea que também impermeabiliza, além de decorar a
face superior do revestimento cerâmico. As principais funções desse
revestimento são proteger e decorar. Proteger a base e a estrutura da
construção, como os pisos e a parede. E decorar, dando acabamento ao

25
ambiente, proporcionando conforto visual e estético. As peças de cerâmica são
oferecidas em versões esmaltadas, naturais e em porcelanato e podem ser
classificadas em dois grandes grupos: a tradicional e a avançada.

3.3.1 Cerâmica tradicional

A Cerâmica Tradicional é aproveitada em diversos revestimentos, desde


azulejos até vasos para cultivar plantas e flores. Os tijolos também são
produzidos assim, como qualquer outro objeto que não exige muita
sofisticação.

3.3.1.1 Cerâmica avançada

A Cerâmica avançada é obtida a partir da matéria-prima mais purificada, que


pode ser a mesma que dá origem a cerâmica tradicional, mas está em um
estado maior de pureza, nesse caso o porcelanato.

3.3.1.1.1 Classificação dos revestimentos cerâmicos

Os revestimentos cerâmicos são classificados a partir de seu índice de


absorção de água. Quanto maior ele for, mais poroso e menos resistente é o
material. Lembrando que um revestimento poroso possui as mesmas
qualidades que os demais, mas devem ser evitados seu emprego em área de
grande circulação. São classificados em:

3.4 Aplicação dos materiais cerâmicos de revestimento

A cerâmica de revestimento pode ser aplicada em paredes, chão, calçadas e


até mesmo revestir a fachada de prédios. Levando em consideração a
característica técnica de cada peça escolhida. A resistência à agua, à
trafegabilidade, à abrasão e qual é o rejunte apropriado. Outras vantagens em
escolher esse tipo de revestimento cerâmico é que além de barato, ele não
mancha e é extremamente fácil de limpar. As cerâmicas são extremamente
versáteis. Por isso podem ser aplicadas dentro e fora de casa.
O assentamento difere ligeiramente para revestimento interno e externo, porém
alguns procedimentos são comuns aos dois assentamentos:

26
● Umidade da base: em condições normais o assentamento utilizando
argamassa colante não exige molhagem devido à propriedade da
base de retenção de água da argamassa, exceto em condições de
insolação direta, temperaturas altas, ação de ventos e baixa umidade
do ar.
● Umidade das placas cerâmicas: Usando-se argamassa colante no
assentamento, não se devem molhar as placas cerâmicas em hipótese
alguma para não saturar seus poros e comprometer a aderência.
● Assentamento da placa cerâmica: a placa deve ser colocada a 2 cm da
posição final e então arrastada, e para seu acomodamento final
batendo-se na sua superfície.
● Galgamento do painel: é a marcação da posição de assentamento
determinando as distâncias horizontais, verticais das fiadas das placas
em revestimentos modulares.
● As juntas de assentamento também conhecidas por rejunte são espaços
entre as placas cerâmicas que compõem o revestimento, preenchidas
com material flexível, chamado de argamassa de rejunte.

3.5 Processos de fabricação


A cerâmica para revestimento constitui um importante segmento da indústria e
tem como atividade a produção de pisos e azulejos, representando, juntamente
com a cerâmica estrutural vermelha (tijolos, telhas e outros refratários), as
louças, a cal, e o vidro, uma cadeia produtiva que compõe o complexo
industrial de materiais de construção. O processo de fabricação começa pela
preparação da matéria prima, preparação da massa (onde ocorre a mistura de
diferentes argilas e aditivos para suprir a característica desejada), conformação
das peças (por prensa ou extrusão), passa por um período de secagem para
perder a quantia de água acumulada em seu interior para não ocorrer a
secagem rápida e consequentemente a ruptura e formação de trincas no
produto, após a secagem passa por um processo de queima ou esmaltação
com queima (dependendo do material que quer ser obtido, além disso pode se
haver mais de uma queima, dependendo também do material que quer ser
obtido), com a concluso desta fase começa os teste de qualidade e
desempenho do produto.

27
3.6 Vantagens da utilização dos revestimentos cerâmicos

● Perfeitamente adequados ao clima brasileiro


● Facilidade de limpeza
● Manutenção simples
● Antialérgico
● Excelente durabilidade
● Materiais considerados inertes
● Proteger estruturas e edifícios com relação a incêndios
● Materiais não inflamáveis
● Baixa condutividade térmica
● Diversas possibilidades de decoração e design
● Bom custo

3.7 Revestimentos cerâmicos


28
Materiais cerâmicos podem ser usados em alvenarias e coberturas, etapas
básicas da construção. Só que podem ser usados em acabamentos, como
revestimento de pisos e paredes com uso de placas cerâmicas. Os
revestimentos cerâmicos são classificados principalmente quanto ao método de
fabricação, a abrasão, facilidade de limpeza, e a resistência a produtos
químicos. A escolha do revestimento é função dessas características e
depende da área onde será aplicado (piso ou paredes, áreas internas ou
externas), do tipo de ocupação (residencial, publica ou industrial), do clima, do
custo entre outros fatores. A escolha adequada do material para cada situação
em função das características mencionadas evita patologias e a necessidade
de refazer o revestimento. Existem vários tipos de revestimentos, mas os
principais são: Ladrilhos (pisos cerâmicos) e azulejos.

3.7.1 Ladrilhos (pisos cerâmicos)


● Obtidos por extrusão ou prensagem;
● Podem ter face esmaltada, revestida com camada vítrea conferindo
aspecto brilhante ao material;
● Podem ter face porosa, também chamada de tardoz ou face de
assentamento;
● Algumas pecas possuem as duas faces não esmaltadas (uma fica
exposta e outra fica assentada)
● Face de assentamento é aquela que entra em contato com o
revestimento a parede;
● Deve ter rugosidade mínima para facilitar a aderência;
● Em algumas peças existem ranhuras e sulcos.

Tardoz

29
Quando o revestimento é esmaltado recebe a sigla GL (do Inglês, glazed –
envidraçado. Quando não é esmaltado recebe a sigla UGL (do inglês, unglazed
– sem vidro. O tipo esmaltado pode ser polido ou não polido. Os revestimentos
cerâmicos têm diversos formatos predominando formato retângular e quadrado.
Tipos de ladrilhos:
● Porcelanato:

Feito de argila, água e outros elementos, junto de matérias-primas nobres que


conferem uma estética refinada e outras qualidades. Seu processo de
fabricação é mais completo e a queima é realizada em alta temperatura. Isso
resulta em um produto durável, com excelente custo-benefício. Esse material
pode ser aplicado em diversos ambientes, desde aqueles em que transitam
poucas pessoas até os espaços de alto tráfego. Basta verificar seu “local de
uso” e escolher o mais adequado ao projeto. Possibilidade de juntas de
assentamento mais discretas. Pode ter acabamento polido (brilho) e não polido
(sem brilho)

● Pastilhas:

Apresenta dimensões reduzidas (2,5 a 5,0cm), componentes fixos a uma folha


de papel (face ou tardoz), disponíveis no mercado em forma de placas (650 x
325mm), largo emprego em fachadas e piscinas, técnica diferenciada de
produção (porcelana) e execução, quando bem assentada possui: alta
resistência mecânica, alta resistência à abrasão, resistência a ácidos e bases,
elevada durabilidade e impermeabilidade. Papel colado na face: kraft, com cola
solúvel retirado por lavagem, papel colado no tardoz: perfurado, ficando
incorporado ao revestimento, maior custo em relação a revestimentos
cerâmicos comuns; maior resistência mecânica que o granito; custo inferior ao
mármore; durabilidade infinitamente mais elevada que a pintura; exige apenas
lavagem periódica para remoção de sujeira.
● Entre outros

3.7.1.1 Azulejo

30
● São materiais fabricadas a partir de uma argila; quase isenta de oxido de ferro,
dando coloração branca. Possuem face vidrada e não vidrada (isto é, tardoz);
● Tamanho de 15x15 ou 20x20cm, mas pode ser retangular como 20x30cm;
Espessura média é de 5,4mm;
● Disponível em varias cores e acabamentos (peças listradas, lisas e decoradas);
● Origem do nome “azulejo”: vem do Árabe AZ-ZULAIJI, e significa
“pedrinhas lisas”. É possível encontrar essas peças decorando fachadas de
construções muito antigas, fontes e chafarizes;
● Conferência de azulejo:
o Observar as informações que constam na embalagem;
o Observar presença de riscos na superfície, cantos quebrados diferença
de dimensões, tonalidade e cor uniforme;
o Estocar em local seco e abrigado de intempéries;
o Empilhar em altura de até 2m, dentro da embalagem;
o Separa de acordo com o tipo, tamanho e/ou tonalidade.

4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS DOS


MATERIAIS DE REVESTIMENTO CERÂMICO

Para melhor atender um bom desempenho o projetista de acordo com a norma


de desempenho, tem que especificar um produto de acordo com suas
propriedades, o local ao qual vai ser empregado, preço, logística e entre outros
fatores. Para fazer uma boa especificação tem que levar em conta algumas
características que o material apresenta, sendo elas:

4.1 Resistência abrasão


Desgaste superficial do piso, consequência do trafego de pessoas e objetos
sobre ele, exemplo: pneu de veículos, calçados, arraste de moveis etc. Nos
esmaltados, R.A. é mensurada pelo ensaio de variação de aspecto ao
desgaste, ou seja, o piso é colocado num abrasimetro e este com ajuda de
esferas e material abrasivo vão desbastando a peça. A peça possui boa
resistência a abrasão quando o dispositivo precisa de muitos ciclos de
operação para provocar algum desgaste. Por outro lado, quando poucos ciclos
do abrasimetro são suficientes para desgastar a peça, sua resistência à
abrasão é baixa.

31
A NBR 13817 divide os cerâmicos em seis grupos de acordo com a R.A.:
PEI: Sigla em inglês de Porcelain Enamel Institute. Um cuidado básico na hora
de escolher o piso é especificar o PEI mais alto para revestimentos em locais
públicos ou de trafego intenso. Para residências pode ser usado PEI mais
baixo.

4.2 Facilidade de limpeza


A resistência a manchas esta relacionada com a ausência de porosidade
interna abaixo da superfície. Dessa forma, os produtos esmaltados
normalmente são mais fáceis de limpar. A facilidade de limpeza é uma
característica muito importante em locais onde a assepsia e a higiene são
fundamentais, como hospitais e cozinhas. De certa forma, a resistência ao
manchamento também é influenciada pela resistência à abrasão, pois pisos
que se desgastam com mais facilidade estão mais suscetíveis ao
manchamento.

4.3 Resistência química

32
É uma característica importante, pois os revestimentos cerâmicos têm contato
direto e constante com produtos de limpeza que contém reagentes químicos.
São classificados em três classes:
Classe A: elevada resistência a produtos químicos
Classe B: media resistência a produtos químicos
Classe C: baixa resistência a produtos químicos

Os materiais cerâmicos possuem baixa resistência ao ácido fluorídrico.

4.4 Resistência ao choque térmico


É a resistência que indica se o revestimento cerâmico é capaz de resistir às
variações bruscas de temperatura sem apresentar danos. Materiais com
resistência ao choque térmico são indicados para locais onde se requer tal
característica tais como: áreas externas, fachadas, lareiras, churrasqueiras,
etc.

4.5 Absorção de água:


A absorção de água é utilizada para classificar todos os tipos de revestimentos
cerâmicos e é uma característica muito importante, pois, além de influenciar na
permeabilidade ela tem também relação direta com a resistência mecânica das
peças. A absorção de água esta relacionada com a porosidade e a
permeabilidade do material. Dessa forma, os materiais de maior qualidade são
aqueles que possuem menos absorção de água pois quanto menor a absorção
de água, maior a resistência mecânica. Para ambientes e locais onde se tem
contato direto com umidade e água é indicado o uso de materiais com baixa
absorção de água, tais como: áreas externas, fachadas, piscinas, saunas,
banheiros, cozinhas, etc.

33
Alguns revestimentos sofrem variação de volume na ordem de milímetros para
cada metro. Isto é conhecido como expansão por umidade e pode ser
prejudicial à durabilidade do piso. Logo em locais com presença de umidade
constante (Ex. frigorifico ou piscinas), usar revestimento de baixa expansão por
umidade. Segundo NBR 13816 – piso cerâmico primeira qualidade se 95% ou
mais das peças examinadas não apresentarem defeitos visíveis. Distância de
1m para painel de 1m². Avaliação visual de qualidade é de extrema importância
na hora da compra e do recebimento do material na obra.
● Quanto maior a absorção de água, mais resistente pé o revestimento
contra quebra e fissuração da camada esmaltada, descolamento entre
outras patologias. Isso é muito importante em locais onde o risco de
choques e variações de temperatura/umidade é grande.
● Assentar um revestimento com elevada porosidade em um ambiente
úmido pode levar ao surgimento de patologia como por exemplo
descolamento.

Absorção de água também está relacionada ao método de fabricação utilizado


para confeccionar o revestimento cerâmico. De acordo com o método de
fabricação, os revestimentos cerâmicos são classificados em 3 tipos:
● Placas cerâmicas extrusadas: produzidas por processo de extrusão (A)
● Placas cerâmicas prensadas: produzidas por processos de prensagem
(B)
● Placas cerâmicas produzidas por outros processos (C)

34
A NBR 13817 especifica a codificação:

Assim, uma peça especificada como AIIb corresponde a um revestimento


produzido por processo de extrusão (A) e que possui absorção entre 6 e 10%
(IIb).

4.6 Resistência mecânica


A resistência mecânica é importante quando utilizadas em pisos, e por ter a
maior resistência mecânica entre os revestimentos cerâmicos existentes ela é
indicada principalmente em ambientes que exijam tal solicitação, tais como:
cozinhas, garagens, mercados, lojas, etc.

4.7 Resistência a gretagem


Essa característica é aplicada somente ás peças esmaltadas e se refere às
fissuras, como um fio de cabelo, que surgem sobre a superfície do esmalte dos
revestimentos cerâmicos, geralmente após seu assentamento.

4.8 Coeficiente de atrito


É uma característica importante para os produtos destinados ao uso em pisos.
Os ensaios em laboratório são definidos pelo Coeficiente de Atrito (COF) e os
materiais são classificados em Classes 1 e 2, conforme tabela abaixo.
Importante ressaltar que quanto maior o coeficiente de atrito, menor é a
limpabilidade dos produtos.

4.9 Resistência ao congelamento

É uma característica importante em materiais destinados a terraços, fachadas e


sacadas de regiões de clima frio e em câmaras frigoríficas (locais sujeitos a
temperaturas inferiores a 0 °C).

35
4.10 Características dimensionais

A variação de tamanho é inerente ao processo de fabricação de revestimentos


cerâmicos e, por isso, a Norma NBR 15463 especifica uma variação de ±0,75%
do tamanho em relação á media de uma amostragem de um mesmo lote.

4.11 Variação na tonalidade da cor

O revestimento cerâmico é um acabamento e, por isto, além das características


técnicas a estética é um fator decisivo na hora da especificação. Muitos
revestimentos apresentam variação de tonalidade intencional, de forma a
reproduzir as condições da natureza ou para criar um efeito estético único.
Podendo ser:

É indicado adquirir 10% a mais de revestimento, para eventuais cortes,


quebras ou futuras reformas.

No processo de fabricação de revestimentos mecânicos pode ocorrer variação


de tamanho e tonalidade. Segundo as normas do setor cerâmico NBR13818,
NBR 15463 (norma brasileira) ISO 13006 (norma internacional) no mínimo 95%
das peças devem estar livres de defeitos superficiais. Se o número de peças
defeituosas estiver dentro deste limite (5% do lote adquirido) o lote é
considerado conforme. Caso exceder este limite entre em contato com o
fornecedor antes de assentar as peças.

36
4.12 Critérios de escolha

5. RECEBIMENTO DO PRODUTO

Antes de aceitar o material, verifique se as embalagens se encontram íntegras


e secas e que não sofreram nenhum dano (quebras e trincas). Confira se a
quantidade de material recebida confere com o que consta na Nota Fiscal;
verifique se todas as caixas recebidas são da mesma referência, lote e
tamanho. Guarde todas as embalagens vazias ou as etiquetas onde contém as
informações de identificação do produto. Ela será importante para possíveis
problemas durante a aplicação ou para necessidade de adquirir mais produtos
para complemento da obra. Ao receber o produto tome cuidado para nenhum
dano venha ocorrer para não danificar o produto. É importante que as
embalagens estejam empilhadas da maneira correta a fim de evitar danos,
como quebra dos cantos ou até da peça toda. As embalagens devem ser
empilhadas com uma altura de no máximo 1,5 metros. Deposite sempre as
embalagens verticalmente. Não armazene as caixas diretamente no chão para
evitar possível contato com água. Certificar-se de que o local de armazenagem
seja protegido contra chuva.

37
Na conferência do revestimento, a embalagem deve conter:
● Marca do fabricante
● Tipo do revestimento cerâmico
● Tamanho nominal
● Tamanho de fabricação
● Natureza da superfície
● Classe de abrasão
● Tonalidade do produto (cor)
● Espessura da junta recomendada.
● Etc.

6. PLANEJAMENTO DAS JUNTAS

As cerâmicas se diferenciam de acabamentos porque compõem mosaicos ao


gosto do projetista. As juntas fazem parte da qualidade das aplicações e
auxiliam na beleza e revestimento. Além da importância estética as juntas
desempenham importante papel porque dão flexibilidade para a superfície na
acomodação das peças. Os diferentes tipos e largura de juntas:

● Juntas estruturais: definidas no projeto da obra;


● Juntas de dilatação: São as juntas que interrompem o contrapiso e têm
como função permitir possíveis variações dimensionais. A largura deve
rá ser de 10 mm e preenchida com material elástico.

38
● Juntas de dessolidarização: São juntas cuja função é separar o
revestimento do piso para aliviar as tensões provocadas pela
movimentação da base ou do próprio revestimento. Devem ser
colocadas no encontro entre o piso e a parede e em volta dos pilares. A
largura deve ser de 10 mm e ficará sobre o rodapé ou ser preenchida
com material elástico.
● Junta de assentamento: São as de união entre as peças cerâmicas. A
largura mínima depende do tamanho do revestimento e está sempre
recomendada na embalagem do produto.

39
7. PATOLOGIA EM CERÂMICOS

● Patologias na área da construção civil é o nome ado aos defeitos e


problemas construtivos que ocorrem nas diversas etapas de uma obra.
● Na maioria dos casos, as patologias em revestimento cerâmico não são
consequência do material cerâmico em si.
● Placas cerâmicas em fachadas estão mais suscetíveis a dilatação
térmica. Assim, uma placa com alta absorção de umidade e alta
expansão pode se deslocar da parece, principalmente quando a
argamassa de assentamento não tem capacidade de reistir as tensões.
Estas argamassas devem ter certa “elasticidade” para acompanhar as
deformações.
● As juntas de assentamento se malfeitas podem contribuir para fadiga do
revestimento.
● A espessura da junta depende do tamanho da placa
● Falta de contato entre argamassa e placa (espaço vazio) e falta de
limpeza da superfície de aplicação (contrapiso) que contém material
pulverulento pode prejudicar a aderência e causar o descolamento.
● Além de prejudicar o aspecto estético, o deslocamento de partes do
revestimento cerâmico aumenta a sua vulnerabilidade aos agentes de
deterioração, como a agua, e oferece perigo quando ocorre a queda de
parte do revestimento, principalmente quando o deslocamento ocorre a
grandes alturas.
● A eflorescência é outra patologia que são depósitos salinos em forma de
um pó branco. Nos pisos, ela ocorre principalmente no rejunte e é
causada pela presença de elementos químicos da argamassa, contra

40
piso e são carregas por capilaridade, o problema maior é o aspecto
estético.
● Outra patologia que prejudica a estética da fachada é o aparecimento de
fungos e outros microrganismos em função da presença de umidade e
elevada porosidade do material utilizado no rejuntamento.

8. MATERIAIS PARA REVESTIMENTOS NÃO CERÂMICOS

O revestimento é a fase da obra em que se faz a regularização das superfícies


verticais (paredes) e horizontais (pisos e tetos). Portanto os revestimentos são
executados para proporcionar maior resistência ao choque ou abrasão
(resistência mecânica), impermeabilizar, tornar as superfícies mais higiênicas
(laváveis) ou ainda aumentar as qualidades de isolamento térmico e acústico.
Os revestimentos podem ser divididos em: argamassados e os não
argamassados o que consiste em revestir as paredes, tetos e muros com
argamassa convencional, com gesso, cerâmicas, pedras decorativas, texturas
entre outros. Quando se pretende revestir uma superfície, ela deve estar
sempre isenta de poeira, substâncias gordurosas, eflorescências ou outros
materiais soltos, todos os dutos e redes de água, esgoto e gás deverão ser
ensaiados sob pressão recomendada para cada caso antes do início dos
serviços de revestimento. Precisa apresentar-se suficientemente áspera a fim
de que se consiga a adequada aderência da argamassa de revestimento.
Portanto deve-se preparar o substrato.

● Exemplos de revestimentos:

Papel de parede

O papel de parede é um dos revestimentos de parede mais simples e que são


facilmente encontrados e instalados. Geralmente consiste em um rolo de papel
ou adesivo especial que é colado e fixado na parede, podendo vir em
diferentes cores, estampas e texturas. Os papeis de parede podem ser tão
avançados quanto outros revestimentos, com materiais cada vez mais
tecnológicos e resistentes.

41
Massa texturizada
A massa texturizada, que também pode ser encontrada pela alcunha de
argamassa, trata-se de um material mais denso do que a tinta, que pode ser
colorida e aplicada sobre diversas superfícies, em ambientes externos e
internos. Esse tipo de revestimento gera economia porque não precisa de
finalização com tinta ou reboco, mas deve ser aplicado preferencialmente por
profissionais especializados. Com a massa texturizada você pode conseguir
diferentes texturas e padrões em sua parede, criando um ambiente único,
decorado e resistente à água, impacto e outras intempéries. Por ser mais
resistente, a massa texturizada pode ser usada em ambientes internos ou
externos, variando sua granulometria para uma decoração mais ou menos
rústica.
Madeira
A madeira é um excelente revestimento para ambientes mais clássicos ou
rústicos, servindo para aumentar a temperatura, manter o calor e podendo ser
encontrada em diferentes versões.
Rochas
O revestimento de parede feito com rochas foi e continua sendo muito utilizado
em diversos projetos, podendo incorporar as mais diferentes rochas e tijolos
em sua composição. Possuem maior resistência e dão um aspecto mais
arrojado ao ambiente. Não precisa usar o revestimento de rochas apenas na
área externa, como na varanda ou churrasqueira, já que se quiser dar uma
impressão de sala ainda maior basta integrar o ambiente externo com o interno
ao usar o revestimento de rocha, criando uma decoração cheia de
personalidade. Temos como exemplo o granito, mármore e outros materiais.

A diferença entre o mármore e o granito, é que o mármore é mais macio sendo


menos resistente á risco em comparação ao granito. O granito é uma rocha
magmática formada de quartzo, feldspato e mica já o mármore é uma rocha
carbonática de origem sedimentar ou metamórfica, composta de calcita ou
dolomita. Elas são classificadas quanto à dureza numa escala chamada de
Mohs. O mármore tem dureza 3 e o granito 6. Os mármores mais procurados
são: O branco; o travertino; o beje bahia e os importados rosso verona (Itália);
verde alpe (Itália); marrom imperador (Espanha); crema marfil (Espanha);
boticcino (Itália); carrara (Itália). E os granitos mais procurados são: cinza
andorinha; granito vermelho (Capão Bonito); cinza Mauá; granito branco; preto
absoluto; preto São Gabriel; amêndoa rosa; amarelo Santa Cecília, verde São
Francisco, verde Ubatuba. Nas áreas externas, os granitos não podem ser
polidos, devem ter acabamentos ásperos. Podendo ser: Flameado: Um
maçarico derrete alguns minerais da rocha, deixando-a antiderrapante. Não
deve ser efetuado nos granitos pretos e verde-escuros; Levigado: Lixamento
com abrasivos. Dá efeito rústico, e a pedra não fica escorregadia; Jateado: A
superfície é levemente desgastada com jatos de areia ou; Apicoado: Com
martelo e uma ponteira, fazem-se "furinhos" sobre a chapa, deixando-a
irregular e antiderrapante.

42
Pedras brutas
Essas pedras naturais não passam por processos industriais, como o mármore
e o granito, por isso dão um visual rústico. Nas áreas externas (quintais,
jardins) as rochas ficam expostas ao sol e à chuva. Por isso, os tipos ideais
para esses lugares são aquelas que não esquentam demais e fiquem
escorregadias ao serem molhadas.

43
Pisos de borracha
Fabricados com borracha sintética, estes pisos têm sido usado principalmente
em áreas de grande trânsito de pessoas, por suas características de alta
resistência e superfície antiderrapante. São placas de piso com espessura de 9
e 15 mm, de superfície pastilhada, estriada ou lisa, geralmente de cor preta,
mas que também pode ser encontrada em outras cores. Possui acessórios
como degraus, rodapés, canaletas e faixa amarela de alerta.
É indicado para áreas de grande fluxo de pessoas, por suas qualidades
acústicas e pela segurança que proporciona sua superfície antiderrapante.
Além disso, é fabricado em duas linhas básicas: pisos de assentamento com
argamassa e pisos colados.
Pisos laminados
As chapas de pisos laminados são produzidas através da prensagem de papéis
impregnados com resinas fenólicas, recobertos com material melamínico, sob
um rígido controle de temperatura. O resultado é um produto que possui alta
resistência ao desgaste e umidade. São placas de piso com espessuras de 2
mm nas dimensões de 0,6m por 0,6m, encontradas também em réguas com
larguras de 0,3m e 0,2m por 3,08m x 1,25m. Recomendado para ser aplicado
sobre quaisquer superfícies, esteja ela revestida ou não. As bases podem ser
cimentados, tacos, assoalhos, cerâmicos, ladrilhos e outras, desde que estejam
niveladas e sem falhas. O produto proporciona um acabamento texturizado,
antiderrapante. Possui resistência contra as marcas deixadas por
equipamentos pesados, cargas móveis, saltos de sapatos. É de difícil
penetração, dissipa a eletricidade estática e não acumula poeira. Além disso,
resiste bem aos agentes químicos, detergentes e tintas. Não é absorvente, não
apresenta porosidades e é antialérgico.

9. COMPARAÇÃO

GRANITO X PORCELANATO
Mais caro Mais barato
Diferença de tons Enorme variedade de cores
Tráfego médio Tráfego médio
Sem uniformidade nas placas Peças homogêneas
Pouco resistente à água (mais poroso) Mais resistente à água ou ao gelo
Absorção de água de 0 a 20% Absorção de água a 0,5%
Usados em revestimentos externos ou Utilizados em áreas externas e internas
internos (paredes, bancadas, mobiliário, (pisos, paredes, cozinha, banheiro, sala,
prateleiras) quarto, corredores)
Desgaste das Rochas (ensaio Amsler Situação de abrasão (desgaste) - PEI de 1 a
mm) - média 0,77/ variação 0,3 - 2,0 5 (varia de acordo com o nível do esmalte)
Coeficiente de dilatação térmica linear Coeficiente de dilatação térmica 6,2 x 10-6
5,40 x 10-3 mm/m °C m/mK

44
Manutenção: limpeza sistemática com Manutenção: Utilizar uma solução de
um pano umedecido em água com limpeza que contenha uma colher de sopa de
pequena diluição de detergente com PH detergente ou sabão neutro, diluído em cinco
neutro. Deve-se evitar o excesso de ros de água; Varrer o piso com uma vassoura
água, produtos de limpeza abrasivos de cerdas macias para não arranhar; Passar
(sapólio, palha de aço), produtos um pano de chão molhado; Secar o piso com
quimicamente agressivos (ácidos, um pano seco para que não fiquem manchas
álcool, acetona) e o contato com
materiais ferruginosos oxidáveis.

LADRILHOS HIDRÁULICOS X AZULEJOS

Feito com cimento e corantes, Feito de argila cozida e esmaltada


finalizados com imersão em água.
Peça artesanal (feita peça por peça) Peças de diversas cores e estampas
homogêneas
Rústico, sem brilho. Acabamento brilhante
Material poroso (necessita de Camada vítrea impermeável (uso
impermeabilizante) abrangente em áreas úmidas)
Manutenção quinzenal com cera incolor Fácil limpeza com pano úmido e
detergente neutro
Dispensa rejunte (sofre baixa dilatação) Necessita de rejunte (sofre dilatação)
Espessura maior (parede - 1cm / piso – Espessura geralmente de 8 mm
2cm)
Assentamento por profissionais Assentamento por qualquer profissional
extremamente habilitados por possuir
diferentes espessuras
Absorção de água próxima a 1% Absorção de água abs > 10%
(semi-poroso)
Resistência à compressão axial de até Carga de ruptura
143 Mpa
Uso em revestimento de piso Uso em revestimento de parede
(normalmente) (normalmente)

45
METRÔ X MÁRMORE X PASTILHA DE VIDRO
Ambiente indicado: Muito indicado para Extremamente
interno, com boa ambientes grandes, tanto recomendado e
funcionalidade em externo como interno, é queridinho em locais
ambientes molhados mais utilizado em úmidos como cozinhas,
(banheiros e cozinhas) cozinhas (revestimento, banheiros e piscinas
pias e bancadas)
Revestimento branco em Revestimento de pedras Revestimento de peças
forma de tijolinhos nobres em formato de pequenas e delicadas,
(Subway tiles - azulejos placas retangulares feitas principalmente de 3
de metrô) materiais: vidro,
porcelana e cerâmica
Traz ar de retrô, com Torna o ambiente mais Destaca detalhes
mais modernidade, traz sofisticado, com design arquitetônico do
um estilo industrial diferenciado, com visual ambiente, tiram a
de elegância monotonia do cômodo,
traz mais movimento e
traz sensação de maior
espaço
Mais barato Mais caro Intermediário
Monocolor. Tipos: Travertino, Grande variedade de
Cores disponíveis: botticiano, pighes, cores e modelos
branco, bege, preta e carrara, mont blanc, etc.
cinza. Lançamento:
Raspberry, Deep Blue e
Jade.
Menor versatilidade Custo mais elevado Maior chance de
desnivelamento

10. CONCLUSÃO
Comparação entre o granito e porcelanato: após analisar os dois materiais
comparando suas propriedades, podemos perceber que os dois possuem
características parecidas, dependendo da aplicação que seriam empregados
os dois apresentam características necessários para esta aplicação. Se
fizermos uma análise de seleção a partir da norma de desempenho, e também
dependendo do local ao qual será empregado o produto, neste caso usaremos
como exemplo um saguão de aeroporto, optaremos pelo uso do porcelanato,
que possui mais resistência à absorção de água, consequentemente sua
resistência mecânica também será maior, o que é uma boa qualidade para o
local ao qual queremos que sejam empregadas, as peças de porcelanato são
mais homogêneas, ou seja, são retificadas possibilitando o uso de juntas de
rejunte menores. Além de o porcelanato ter um preço mais em conta do que o
granito. No contexto de usar revestimento em lugares úmidos o porcelanato
ganha do granito por possuir uma resistência á absorção de água maior, porém
em questões de uso com relação ao tráfego os dois estão no mesmo nível,
46
sendo possibilitados seu emprego em lugares de tráfego médio. Na questão de
mais opção cores, o granito possui mais opções. No quesito preço o
porcelanato esta mais em conta que o granito.
Comparação entre o ladrilho hidráulico e o azulejo: São materiais bem
diferentes, com empregos diferentes. O azulejo se fosse colocado em área de
grande tráfego não teria uma boa resistência, consequentemente haveria
ocorrência de fissuras e outras patologias, enquanto o ladrilho hidráulico
desempenharia melhor esta função, pois seu índice de absorção é menor, esta
entre 1%, enquanto o azulejo esta classificado entre os semi-porosos, mas
para o emprego em paredes, assim como o azulejo já é colocado, suas
características suprem a demanda de desempenho necessária para um bom
funcionamento. No quesito assentamento, o ladrilho hidráulico necessita de um
profissional especializado para realizar o assentamento, pois o material possui
diferentes espessuras, enquanto o azulejo não, em virtude de rejunte o ladrilho
supera o azulejo por não precisar ser colocado, enquanto o azulejo possui esta
necessidade. Quando a opção de cores e variedades o azulejo ganha do
ladrilho hidráulico. Não tem como dizer se um material é melhor que o outro,
mas sim a partir de sua área de emprego o que melhor se adequa para aquela
função com um desempenho bom.
Comparação entre Metrô, granito e pastilha de vidro: Para o contexto de usar
revestimento em locais mais úmidos, deve-se ressaltar que a pastilha é melhor
na resistência e absorção da água, porem o mármore é altamente mais
resistente em seu uso. Contudo, seu preço é mais alto também, então na
escolha de preços o Metrô é o mais indicado. Na questão de mais opções e
cores, o mármore e a pastilha ganham do Metro. No quesito de assentamento,
a pastilha necessita de maior cuidado e de um profissional próprio e adequado
para assentamento de pastilhas, pois pode ocorrer destacamento das peças.
Portanto, vale ressaltar que na escolha do produto deve-se levar em conta qual
necessidade vem primeiro na hora da utilização dos ambientes em constante
contato com a água, as necessidades do cliente, o clima específico e a forma
de custo benefício.

11. REFERÊNCIAS

⮚ IMAGENS
● https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=9x1OBem3&i
d=58D1A1B7F5EC5C9FD2512F879E687BB93FD6CBB6&thid=OIP.9x1
OBem3nRA3wxHBQCqIJwHaHa&m
● https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=SYPM2qlu&id
=9F1EDC4273C9C3DC62927ECEE58DD084A1A63C0F&thid=OIP.SYP
M2qluzVOzQA5gwOBqoAHaHa&mediaurl=https%3a%2f%2fwww.porcel

47
ainsuperstore.co.uk%2fmedia%2fcatalog%2fproduct%2fcache%2f1%2fth
umbnail%2f1000x%2f9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95%2fh%2fo%
2fho-wh-1020_b.jpg&exph=1000&expw=1000&q=metro+white&simid=60
8010021049012173&selectedIndex=19&ajaxhist=0
● http://demilito.com.br/8-revestimentos-rev.pdf
● http://www.npc.ufsc.br/gda/humberto/16.pdf
● http://jatoba.com.br/pdf_catalogo/Manual%20do%20Cliente%20Jatob%C
3%A1%20Rev.01.pdf
● Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de
materiais – Geraldo C. Isaia. (volume 1)

⮚ PESQUISA
● Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de
materiais – Geraldo C. Isaia. (volume 1)
● http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYGIAB/materiais-ceramicos?pa
rt=2
● http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/especial-publicitario/aspacer/cer
amica-de-revestimento/noticia/2016/10/conheca-diferenca-entre-os-mate
riais-ceramicos-e-processos.html
● http://demilito.com.br/8-revestimentos-rev.pdf
● http://construindodecor.com.br/azulejos/
● http://solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2012/08/ManualL
adrilhoHidraulico.pdf
● http://www.npc.ufsc.br/gda/humberto/16.pdf
● Downloads/BT_-_porcelanato_interno_branco_quartzolit.pdf
● https://www.youtube.com/watch?v=2jFcQh82iRg&list=PL18iKJf7geVjZsL
8EuvlvPLx1zKqWaXyz&index=10
● https://abceram.org.br/processo-de-fabricacao/
● http://origemdapalavra.com.br/pergunta/azulejo/
● http://www.cprm.gov.br/publique/media/trab_menezes.pdf
● https://issuu.com/manualderochas/docs/manual_iel_alta_site_small_0ff5
899798074e/231
● http://docplayer.com.br/13611919-Rochas-ornamentais-e-de-revestiment
o-conceitos-tipos-e-caracterizacao-tecnologica.html
● BAIXA_pbl_atualizacao_manual_do%20especificador_A5_PBSHOP_jan
eiro_2017_V02.pdf
● https://www.portobello.com.br/produtos/downloads
● http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arqtema/guiaceramica-completo/0
2/content/02010307_resistencia_abrasao_superficial.htm
●  NBR 13817 Placas cerâmicas para revestimento – Classificação.
● https://www.leroymerlin.com.br/dicas/quais-as-diferencas-entre-piso-retifi
cado-e-bold

48
● https://www.cec.com.br/pisos-e-revestimentos/revest-para-fachadas-e-ar
ea-externa/revestimento-esmaltado-acetinado-borda-bold-metro-white-1
0x20cm?produto=1225409
● /Downloads/caracteristicas_tecnicas_assentamento_manutencao%20(2)
.pdf
● http://jatoba.com.br/pdf_catalogo/Manual%20do%20Cliente%20Jatob%C
3%A1%20Rev.01.pdf
● caracteristicas_tecnicas_assentamento_manutencao%20(2).pdf
● https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbc/2005/artigos/49cbc-17-06.pdf
● http://www.npc.ufsc.br/gda/humberto/16.pdf
● https://archtrends.com/blog/ceramica-porcelanato-e-pastilhas/
● https://archtrends.com/blog/tudo-sobre-revestimento-ceramico/
● https://blogdecoracao.biz/6-tipos-de-revestimentos-para-parede/

● 26/05/2018
● http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee47_53.pdf
● http://www.ladrilhosibituruna.com.br/index.php/noticias/item/11-qual-a-dif
erenca-entre-ladrilho-hidraulico-e-azulejo
● https://www.saint-gobain.com.br/experiencias/blog/ladrilhos-hidraulicos-r
evestimento-versatil-para-decorar-o-seu-lar
● https://arquiteteblog.wordpress.com/2014/01/21/ladrilho-hidraulico-azulej
o-portugues-e-patchwork-de-azulejos/
● https://www.google.com.br/search?q=porcelanato+vs+pedras+naturais&r
lz=1C1HLDY_pt-BRBR788BR790&oq=porcelanato+vs+pedras+naturais
&aqs=chrome..69i57.17229j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
● http://www.guiacasaeficiente.com/Pisos/PedraCeramicaPorcelana.html
● http://architetandoverde.blogspot.com.br/2011/10/granito-porcelanato-ou-
pedra-artificial.html
● https://blog.planoeplano.com.br/quando-usar-pedra-porcelanato-e-textur
a/
● file:///C:/Users/izabe_000/Downloads/catalogo-geral-eliane-2018-109.pdf
● http://www.redepisos.com.br/capa.asp?idpagina=486

● 27/05/18
● http://www.infohab.org.br/entac2014/2000/Artigos/ENTAC2000_673.pdf
● http://www.portodesign.com.br/blog/entenda-a-resistencia-dos-porcelana
tos-esmaltados/
● http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arqtema/guiaceramica-completo/0
2/content/02010305_classes_absorcao_agua.htm
● http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arqtema/ceramica/principal4.htm

49
● http://pet.ecv.ufsc.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/03/Apostila-co
mpleta-de-Cer%C3%A2micas.pdf
● http://www.cliquearquitetura.com.br/clique-e-participe/pergunta/informaca
o-granitos-e-absorcao-de-agua.html
● http://icposgrados.weebly.com/uploads/8/6/0/0/860075/f.pdf

PARTE C

50
1. INTRODUÇÃO
Foi escolhido um material cerâmico de revestimento para se realizar uma
pesquisa aprofundada, com análise de campo, site do fabricante e outros
meios de obtenção de informações com finalidade de determinar suas
características do ponto de vista técnico e usual do consumidor.

2. PRODUTO ESCOLHIDO

O produto cerâmico de revestimento optado foi o Mêtro White 10x20 cm Eliane,


de revestimento de parede com borda arredondada, brilhante. Classificado
como azulejo.

3 PESQUISA EM CAMPO
A loja selecionada foi a Leroy Merlin, localizada na Avenida Theodoro Victorelli,
650 L – Jardim Helena, Londrina-Paraná, realizada no dia 19/05/2018. Segundo
o representante do setor esse revestimento é mais utilizado em paredes de
cozinhas e banheiros, por ser de fácil limpeza e resistente à água, e os clientes
buscam por esse tipo de revestimento por quererem por um estilo mais “clean”
e “limpo” para os ambientes a serem aplicados. O produto é vendido por m² e
tinha bastante em estoque na loja. O preço estava R$49,90 por m². No produto
estavam especificadas algumas informações como:
● Feito para aplicação de área interna: Banheiro, Sala, Quarto, Cozinha,
Lavanderia, Garagem, e Varanda Gourmet;
● Rejunte de 2 mm;
● Sujeito à variação de tonalidade em diferentes lotes;
● Borda arredondada;
● 1 caixa contém 1 m²
● Borda bold.

3.1 IMAGENS TIRADAS NA LOJA

51
52
53
4. PESQUISA PELO SITE DA LOJA
A pesquisa foi realizada no dia 20/05/2018, pelo site www.leroymerlin.com.br.
Bem no começo do site foi especificado como informações principais que o
produto é vendido por M², que é de revestimento para parede, com indicação
para parede interna e externa somente em ambientes cobertos, ainda em
informações principais, mas lá pro final do site foi colocado que apresenta
estampa em relevo, os mesmos ambientes indicados no produto na loja, a

54
intensidade do brilho é acetinado, o acabamento da superfície é esmaltado, o
acabamento lateral é com borda arredondada (bold) e devido ela ser deste tipo,
será necessário o maior espaçamento entre as peças, não possui textura, ou
seja, a peça é lisa, tonalidade é branca, altura é 10 cm por 20 de comprimento,
o peso do produto na embalagem é de 12,7 kg, o conteúdo da embalagem é de
50 peças, a metragem por embalagem é 1 M², a marca é Eliane, feito de
cerâmica, com alto índice de absorção de água (BIII acima de 10%), instruções
de limpeza com água e detergente neutro, variação de tonalidade é V1, ou
seja, sem variação de tonalidade, o espaço entre as peças é de 2mm, e a
garantia do fabricante é de 60 meses. O preço pelo site estava R$59,90 M². O
código do fornecedor é 180661. O código de barras é 7891295806612.

4.1 INFORMAÇÕES ADICIONAIS OBTIDAS PELO SITE DA LOJA


O piso apresenta um acabamento bold, ou seja, possue uma aparência não tão
“certinha” quanto o acabamento retificado. Ele apresenta um arredondamento
nas bordas das peças e por isso não possui em suas laterais uma superfície
tão precisa quanto ao das peças retificadas. Neste caso, o espaçamento entre
cada peça precisa ser maior, com juntas de no mínimo 03 mm ou de acordo
com as especificações do fabricante. Desta forma, o rejunte fica mais aparente.
4.1.1 FOTOS DISPONIBILIZADAS PELO SITE DA LOJA

55
56
5 PESQUISA PELO SITE DO FABRICANTE
Pesquisa realizada pelo site www.eliane.com. Foram fornecidas pelo site as
seguintes informações:
● Tamanho de fabricação 100 X 200 MM
● Cores disponíveis da linha Metrô ao qual o Metrô White se encontra:
Branco, Creme, Cinza e Preto (a linha metrô) e o novo lançamento:
Raspberry, Deep Blue e Jade;
● Formato: 10x20 CM;
● Categoria: Revestimento de parede;
● Espessura: 7,7 MM;
● Peças por caixa: 50;
● Unidade de Medida: M²;
● M² por caixa: 1;
● Peso por caixa: 13,1 Kg;
57
● Junta de assentamento: 2 MM;
● Adequado para paredes e ambientes internos (paredes internas secas e
úmidas);
● Acabamento: produto não retificado;
● Coleção: Metrô;
● Superfície: Brilhante;
● Pólo: Santa Catarina;
● Estilo: Monocolor;
● Possui relevo;
● Resistência à abrasão (PEI): ND
No site diz que não se aplica a característica de resistência a abrasão por ser
um material de revestimento de parede, mas por ser da classe BIII, possui
baixa resistência;
● Grupo de Absorção: BIII;

● Classe de atrito: ND;

No site diz que não se plica a classe de atrito por ser revestimento de parede.
● V1: Variação de tonalidade uniforme;

● Dá um toque vintage e industrial no ambiente;


● A limpeza é feita diariamente com um pano umedecido com água e
detergente neutro e finalizado com um pano seco, por isso se enquadra
na classe 4 de resistência ao manchamento (mais fácil de limpar menor
a chance de manchar);

58
● Por ser da família dos azulejos deduzimos que seu processo de
conformação seja feito por prensa (pois o de extrusão poderia não fazer
as ranhuras embaixo do material que ajuda na fixação do produto);

Além de todas estas informações disponíveis o site oferece um manual de


características técnicas e manuais de assistência técnica para aplicação
dos produtos cerâmicos.

5.1 MANUAL DE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS


No manual está presente uma breve explicação da origem dos materiais
cerâmicos, quais especificações o produto deve possuir (impermeabilidade,
estabilidade de cores, facilidade de limpeza, resistência abrasão e a
mancha somada com a beleza do produto). Possui também o significado de
cada uma destas especificações e a ordem de classificação, e outras
informações adicionais quanto a argamassa e etc.
Com base no manual, e as informações disponíveis na página do produto
da para entender que o grupo de absorção que o Metrô White se encontra,
o BIII, significa que ele possui um índice de absorção de água maior do que
10,0% apresentam baixa resistividade mecânica e que é um material
poroso.

5.1.1 FOTOS DISPONÍBILIZADAS PELO SITE DO FABRICANTE

59
60
61
6. CONCLUSÃO
As informações disponíveis na loja são poucas e não voltadas para questões
técnicas, mas sim para o gosto dos clientes, se o produto é bem vendido e
outras informações. O site da loja apresenta uma boa quantidade de
informações, mais que a própria loja física, podendo o consumidor se assim
desejar encontrar tudo o que necessita saber sobre o produto, a grande
diferença notada entre os dois é o preço, que se apresenta em maior
quantidade no site. De acordo com as informações do vendedor notou-se uma
procura mediana acerca do produto, podendo ser devido a seu preço um pouco
elevado. Em comparação ao site do fabricante o site da loja de acordo com a
procura do cliente esta com uma carga de informações boa, mas com visão
técnica ainda falta ás informações principais como com o índice de abrasão,
classe de atrito, resistência mecânica e absorção de água que é só encontrada
no site do fabricante.
Com relação ao produto, a conclusão que pode ser obtida é que para sua
finalidade de uso, como revestimento de parede, seu índice alto índice de
absorção de água, sendo caracterizado como poroso pode ser entendida, já
que não seria necessário um produto do tipo PEI 5, pois não haveria alto
trafego sobre ele, além do mais o fabricante deixa especificado que o uso do
produto tem que ser em área coberta, também com relação as suas
propriedades, pois seu alto índice de absorção, se colocado em ambiente
propício a intempéries constantes, causaria certamente um desplacamento, em
contraste ele pode ser empregado em paredes internas úmidas pois mesmo
com índice de absorção de água alto ele pode resistir á água, mas não tão
agressivamente como ocorre na área externa. Seu preço é elevado. Permite
criar ambiente clean, com um estilo retrô. Com relação a sua aplicação no
ambiente seu tamanho possibilita “brincar” com a maneira de organizar cada
piso, como mostra a figura abaixo:

Uma boa qualidade, já que a variedade do produto não é tanta, sendo ele
monocolor, e sem uma estampa desenhada.

62
7. REFERÊNCIAS
● https://www.leroymerlin.com.br/dicas/quais-as-diferencas-entre-piso-retifi
cado-e-bold
● http://www.eliane.com/blog/tag/azulejo-de-metro/
● https://www.taqi.com.br/produto/revestimento-de-parede/azulejo-eliane-
metro-white/117352/
● https://www.cec.com.br/pisos-e-revestimentos/revest-para-fachadas-e-ar
ea-externa/revestimento-esmaltado-brilhante-borda-bold-metro-white-10
x20cm?produto=1216251
● /Downloads/caracteristicas_tecnicas_assentamento_manutencao%20(2)
.pdf
● http://elianetec.com/
● http://www.eliane.com/produtos/metro-white-10x20
● https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=9x1OBem3&i
d=58D1A1B7F5EC5C9FD2512F879E687BB93FD6CBB6&thid=OIP.9x1
OBem3nRA3wxHBQCqIJwHaHa&m
● https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=SYPM2qlu&id
=9F1EDC4273C9C3DC62927ECEE58DD084A1A63C0F&thid=OIP.SYP
M2qluzVOzQA5gwOBqoAHaHa&mediaurl=https%3a%2f%2fwww.porcel
ainsuperstore.co.uk%2fmedia%2fcatalog%2fproduct%2fcache%2f1%2fth
umbnail%2f1000x%2f9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95%2fh%2fo%
2fho-wh-1020_b.jpg&exph=1000&expw=1000&q=metro+white&simid=60
8010021049012173&selectedIndex=19&ajaxhist=0
● https://www.leroymerlin.com.br/dicas/quais-as-diferencas-entre-piso-retifi
cado-e-bold.

63
RELATÓRIO REFERENTE Á PARTE B E C
1. INTRODUÇÃO
A Parte B contendo a pesquisa bibliográfica e a comparação entre os materiais
cerâmicos e não cerâmicos para revestimento foi separada em suas partes
para realização, ficando uma pessoa encarregada com a pesquisa, e outra
para realizar a comparação entre os materiais. A pesquisa foi imprescindível
para uma melhor compreensão das características de desempenho dos
materiais selecionados. A Parte B completa a Parte C sendo usada para uma
melhor compreensão dos resultados obtidos. A Parte C também foi dividida em
duas partes, a primeira foi a pesquisa em campo e a segunda foi a pesquisa
sobre o material escolhido ficando responsável a mesma pessoa para a tarefa.
A Parte B foi realizada desde o dia 21/04/2018, terminando a pesquisa no dia
20/05/2018. As comparações foram realizadas entre os dias 19/05/2018 até o
dia 26/05/2018. A Parte C foi realizada desde o dia 21/04/18 até o dia 24/05/18.

2. DESESENVOLVIMENTO
Com os dados obtidos na comparação entre os materiais selecionados, sendo
eles Granito x Porcelanato, Piso hidráulico x Azulejo, Metrô x Mármore x
Pastilha de vidro quando confrontados encontramos características bem
distintas apresentadas nas tabelas da Parte B

2.1 Granitos
O conceito comercial de granito é muito genérico, abrangendo em sua
essência as rochas composicionalmente silicatadas, com mineralogia
principal definida a base de feldspatos, feldspatóides e quartzo, ou seja,
minerais com dureza Mohs entre 6 e 7. Dependendo da variedade, pode
incluir acessoriamente expressivo conteúdo de minerais máficos
(escuros) notadamente biotita, anfibólios e piroxênios. É importante
complementar, que os feldspatóides são constituintes característicos de
rochas geologicamente classificadas como alcalinas que também
primam geralmente pela ausência de quartzo. Do ponto de vista da
geologia, “granito comercial” inclui tanto rochas ígneas quanto
metamórficas, abrangendo, neste sentido, uma variada gama de tipos
textural, estrutural e composicionalmente distintos, o que reflete em
cores e padrões estéticos diversos. Dentre as rochas ígneas, os tipos
mais comuns encontrados naturalmente e utilizados como rocha
ornamental e de revestimento são os granitos sensu strictu, os
quartzomonzonitos, os granodioritos e os quartzodioritos. Constituem
variedades plutônicas basicamente quartzo-feldspáticas,
fanero-cristalinas, com mineralogia acessória representada
principalmente por micas (biotita e muscovita) e anfibólios (hornblenda),
em proporções variáveis. Apresentam granulação fina a grossa,
porfirítica ou não, podendo exibir uma fraca anisotropia, dada por

64
alinhamento mineral. A distinção dos tipos acima citados é mineralógica,
e é determinada pelo percentual de participação entre feldspatos
alcalinos (potássicos) e plagioclásios (feldspatos de Na e Ca) na rocha,
os quais definem um trend que vai dos granitos potássicos aos
quartzodioritos sódico-cálcicos. Equivalentes menos silicosos do granito,
quartzomonzonito e granodiorito, ou seja, com menos de 10% de
quartzo, correspondem respectivamente o sienito, o monzonito e o
diorito. Variedades comerciais dessas rochas incluem, entre outros, o
Juparaná, o Vermelho Capão Bonito, o Cinza Mauá (granitos), o Cinza
Prata, o Azul Fantástico (granodioritos), o Preto Águia Branca e o Preto
Tijuca (dioritos). Outras espécies ígneas também valorizadas no
mercado como rocha ornamental e de revestimento, porém menos
comuns na natureza, são as rochas sieníticas. São termos plutônicos
alcalinos constituídos predominantemente de feldspatos potássicos e,
caracteristicamente, feldspatóides (sodalita, nefelina, leucita) nos tipos
subsaturados em sílica. A mineralogia acessória pode incluir piroxênios
e anfibólios alcalinos, que emprestam a cor escura à textura. São rochas
fanero-cristalinas, em geral isótropas, e de granulação média. Uma
variedade sienítica muito valorizada e comercializada no mercado é o
denominado Azul Bahia. Um sodalita sienito de azul intenso, isótropo e
de granulação média. O percentual do feldspatóide (sodalita) chega a
corresponder a 30% da composição modal da rocha. É comercializado
como blocos, chapas polidas e serradas, e ladrilhos. Equivalentes
ígneos vulcânicos e subvulcânicos, rochas afaníticas ou de granulação
extremamente fina com composição equivalente à granítica, são pouco
exploradas como rocha ornamental e de revestimento, talvez mais pela
raridade de 7 ocorrências viáveis do que por critérios de qualidade. No
Estado da Bahia uma variedade riolítica, comercializada com o nome
Azul Paramirim, tem uma peculiar textura marcada por uma matriz
criptocristalina na qual são destacáveis fenocristais subidiomórficos de
feldspatos alcalinos, com até 4 cm, e cristais de quartzo azul, alinhados
segundo uma fraca anisotropia da matriz. É vendido como blocos,
chapas serradas e polidas, e ladrilhos. No sul do Brasil utilizam-se
corriqueiramente blocos de rochas vulcânicas basálticas,
estruturalmente, em construções civis, notadamente residenciais. Uma
variedade comercial desta rocha é o Pérola Negra, proveniente da
localidade de Santa Vitória, município de Ituiutaba, sudoeste mineiro,
que é vendido como blocos e chapas polidas. Corresponde a um basalto
de cor preta e de granulação extremamente fina. As rochas
metamórficas comercialmente “graníticas”, também conhecidas como
“rochas movimentadas”, têm nos gnaisses e migmatitos seus
representantes mais expressivos. Os gnaisses são rochas de
granulação fina a grossa, até porfiróide, folheadas, estruturalmente
marcadas pelo predomínio de bandas quartzo-feldspáticas sobre as de

65
minerais micáceos, principalmente biotita e/ou hornblenda. Apresentam
composição quartzodiorítica a granodiorítica, até granítica. Os
migmatitos, por sua vez, são rochas textural e estruturalmente bastante
heterogêneas, com complexos padrões visuais que são bastante
apreciados no mercado. Geologicamente, são rochas híbridas,
anisótropas, megascopicamente exibindo arranjos petrograficamente
distintos, tanto de aparência ígnea como metamórfica, intimamente
interrelacionados, correspondendo a feições graníticas/pegmatíticas e
gnaissóides, respectivamente. Exemplos comerciais relativos às “rochas
movimentadas” correspondem o Macajuba RA (gnaisse), o Guariba, o
Roselise, e o Kinawa Bahia (gnaisses migmatizados). Uma terceira
categoria de rocha metamórfica (?) com textura “não movimentada”,
excluída dos grupos antecedentes, porém bastante explorada para fins
ornamentais e de revestimento são os charnockitos. Consistem rochas
em geral isótropas, granoblásticas, granulação média a grossa, com
característica cor verde oliva e mineralogia essencial a base de
feldspatos e quartzo, acessoriamente incluindo ortopiroxênio
hiperstênico, biotita e granada. No mercado são comercializados as
variedades Verde Pavão, Verde Ubatuba e Verde Dourado, entre outros.
Mármores Os mármores, no sentido comercial, incluem rochas
composicionalmente carbonáticas, sedimentares e metamórficas.
Podem ser maciços a bandeados, cripto a microcristalinos, até
granoblásticos médios a grossos nos tipos metamórficos, com minerais
predominantemente de dureza Mohs entre 3 e 4, e tons de cores
variando do creme-esbranquiçado ao bege-amarelado, entre outros. A
mineralogia predominante consiste de calcita (CaCO3) e dolomita
CaMg(CO3)2, em geral com o predomínio da primeira. Acessoriamente,
pode incluir quartzo, pirita, siderita, feldspatos, entre outros, além de
impurezas, tais como argilas, os quais definem seu padrão cromático,
visto que a calcita e a dolomita são brancas. 8 Petrograficamente, tal
categoria inclui os calcários e dolomitos sedimentares e seus
equivalentes metamórficos, os mármores propriamente ditos, e os
travertinos. Este último constitui uma variedade calcária, texturalmente,
bastante heterogênea, marcada por feições brechóides, cavidades
alveolares, estruturas concêntricas e fibrosas, freqüentemente com
impurezas argilosas e silicosas. Os mármores, pela sua própria
natureza, são rochas macias, pouco abrasivas, e de baixa resistência
aos agentes intempéricos. Aceitam com relativa facilidade os processos
de desdobramento. As variedades recristalizadas têm a vantagem de um
menor índice de porosidade e de absorção de água. Comercialmente,
são conhecidas diversas variedades, com destaque para o Bege Bahia
(travertino), o Imperial Pink (mármore calcítico), a Pedra Cariri (calcário
laminado), o Candelária White (mármore dolomítico) e o Carrara
(calcário).

66
2.2 Porcelanato
Ele está na categoria das placas cerâmicas, pois seu modo de produção
e componentes semelhantes, também é feito de argila, água e outros
elementos, junto de matérias-primas nobres que conferem uma estética
refinada e outras qualidades. Por exemplo, ele possui rochas em sua
composição, o que deixa o material com maior resistência mecânica.
Seu processo de fabricação é mais completo e a queima é realizada em
alta temperatura. Isso resulta em um produto durável, com excelente
custo-benefício. Esse material pode ser aplicado em diversos
ambientes, desde aqueles em que transitam poucas pessoas até os
espaços de alto tráfego. Basta verificar seu “local de uso” e escolher o
mais adequado ao projeto. Os porcelanatos são sim indicados para
áreas molhadas internas. O cuidado que deve ser tomado nesse caso é
prestar atenção ao atrito do material. Nesses locais, o ideal é dar
preferência para os modelos que possuem acabamento natural, pois
eles são menos escorregadios. Outro benefício é a possibilidade de
juntas de assentamento mais discretas. Nos modelos retificados, não
existe variação dimensional, ou seja, todas as peças de um calibre têm
exatamente o mesmo tamanho. Isso permite que elas possam ser
assentadas com juntas de 1,5 mm, ou seja, faz com que o rejunte fique
mais discreto, quase imperceptível. Já nos chamados “BOLD”, as juntas
devem ser de 3 mm. Na prática, a rotina de limpeza é bem fácil. É
preciso apenas varrer e passar um pano úmido com água e sabão
neutro ou detergente. Em função das características do material, não é
comum haver marcas e manchas nas peças.
Por garantir tanto conforto e beleza, o porcelanato é considerado uma
das melhores alternativas no mercado, principalmente por aliar
67
praticidade à possibilidade de reprodução da estética de outros materiais
— como madeira e pedras nobres. Quando pensamos em áreas
externas ou molhadas, em residências ou locais públicos, temos que
considerar os tipos com resistência ao escorregamento (chamados de
“antiderrapantes”) e maior atrito. Para a correta especificação, é preciso
estar atento ao atrito, ao local de uso e a outras características, como
limpabilidade, resistência química, expansão por umidade e absorção de
água. Dependendo do ambiente, o atrito e o local de uso são os
aspectos mais importantes a serem observados. Quando pensamos em
áreas externas, devemos pensar no atrito, e quando falamos em tráfego
de pessoas (residencial ou público) a referência é sobre o local de uso.
Mas em uma fachada, por exemplo, o que manda é a expansão por
umidade. A norma brasileira define quais características cada tipologia
deve ter. Nas áreas molhadas, é estabelecido que o revestimento de
piso deve ter atrito igual ou superior a 0,4, independentemente de ser
utilizado em área interna ou externa. Na Portobello, este valor pode ser
considerado baixo para áreas externas, local em que muitos acidentes
costumam acontecer. Então, a recomendação é o uso de produtos que
tenha atrito igual ou superior a 0,6 para áreas externas planas e 0,8 para
rampas de até 12,5%. Nesse caso, aposte nos porcelanatos EXT, pois
eles apresentam texturas que evitam que as pessoas escorreguem.
Para áreas internas, é adequado o uso dos modelos naturais ou
acetinados. Dentro de casa, o ideal é utilizar produtos com absorção de
água de até 10%. Quanto ao atrito, nas áreas secas e molháveis é
possível utilizar o polido, cujo atrito é 0,3 — e ainda permite um
ambiente mais clássico e que combine com tudo. Nas áreas molhadas
internas, o aconselhável é o natural com atrito 0,4. Novidade no
mercado, os porcelanatos que reproduzem pedras nobres (como vários
tipos de mármore), concretos, argila, metal e madeira também podem
ser aplicados em qualquer ambiente para trazer personalidade e
modernidade.

2.3 Ladrilho hidráulico

Este revestimento recebeu o nome de ladrilho hidráulico pelo fato de ser


apenas molhado, sem processos de queima. Os ladrilhos têm
durabilidade estimada em mais de 100 anos. Placa de concreto de alta
resistência ao desgaste para acabamentos de paredes, pisos internos e
externos, contendo uma superfície com textura lisa ou em relevo,
colorida ou não, de formato quadrado, retangular ou outra forma
geométrica definida. Sua principal característica é a alta resistência a
zonas de tráfego intenso, aliando características antiderrapantes e de
alta resistência à abrasão, o que o torna indicado para calçadas,
passeios públicos, praças, garagens, estacionamentos, rampas para
automóveis, ambientes internos, bordas de piscinas etc., oferecendo
segurança para as pessoas mesmo quando molhados. 10 | Associação
Brasileira de Cimento Portland A calçada de Ladrilho Hidráulico para
ambientes externos deve levar em consideração os aspectos de uso,
tais como: abrasão, tráfego de pedestres, cadeirantes e intempéries. As
principais características desse tipo de piso são: Facilidade de execução

68
e manutenção: por serem pré-fabricados, os ladrilhos hidráulicos já
chegam prontos para uso na obra. Sua instalação é muito fácil,
demandando apenas mão-de-obra treinada. Conforto de rolamento: A
regularidade da superfície dos ladrilhos hidráulicos e as pequenas
espessuras das juntas conferem conforto ao caminhar ou no uso de
cadeiras de rodas ou carrinhos. Para garantir o conforto de rolamento,
os ladrilhos hidráulicos não podem apresentar superfícies com
reentrâncias ou relevos acentuados. Superfície antiderrapante: Ladrilhos
hidráulicos proporcionam segurança aos pedestres, mesmo em
condições de piso molhado. Conforto térmico: A utilização de ladrilhos
hidráulicos de cores claras proporciona menor absorção de calor,
melhorando o conforto térmico das calçadas. Rápida liberação ao
tráfego: Após 24h da instalação, o tráfego já pode ser liberado.
Resistência e durabilidade: A elevada resistência dos ladrilhos
hidráulicos confere grande durabilidade à calçada. Produto ecológico: Os
produtos à base de cimento podem ser totalmente reciclados e
reutilizados na produção de novos materiais. Isto ajuda na preservação
de jazidas de calcário e evita a saturação de aterros. Diversidade de
cores e texturas: Os ladrilhos hidráulicos podem ser fabricados com uma
ampla variedade de cores e texturas. Os ladrilhos hidráulicos têm
formato quadrado ou retangular, com dimensões faciais de acordo com a
tabela abaixo:

2.4 Azulejo

Usados para revestir paredes, mesas e bancadas de trabalho,


os azulejos – também conhecidos como ladrilhos esmaltados – são
peças de cerâmica de pouca espessura, entre 100 e 150 mm, e são
geralmente quadrados, embora também encontrados em formatos
retangulares, octogonais e formatos interligados. Em uma de suas faces
é aplicada uma substância vitrificável, o esmalte, que serve para
impermeabilizar ou ornamentara cerâmica, tornando-a brilhante. Essa
face pode ser lisa ou em relevo e ter uma ou mais cores. Também é
possível encontrar azulejos em tamanhos maiores e mais grossos. Além
da impermeabilização que eles possuem como característica, os
azulejos são resistentes e impermeáveis, além de serem fáceis de
limpar. É isso que os tornam ideais para casas de banho, revestimento
e decoração de banheiros e cozinhas, por exemplo. Os azulejos
artesanais pintados à mão são mais usados para se ter estilo e conforto

69
de acordo com a personalidade do ambiente. Os azulejos são
revestimentos cerâmicos da mesma família dos porcelanatos, mas nem
por isso tem características semelhantes. Os porcelanatos e azulejos
possuem grandes diferenças, em especial no que diz respeito à
resistência, permeabilidade e taxa de expansão. Nesses quesitos,
os porcelanatos são revestimento praticamente perfeito, embora seu
preço seja muito mais alto que o dos azulejos mais comuns. Azulejos se
mostram um excelente revestimento para área de cozinha
principalmente por sua facilidade de limpeza, o que torna um
revestimento muito bom para ambientes que necessitam de um elevado
grau de higiene como este. Basta passar um pano para remover
manchas de gordura ou sujeira.

2.5 Mármore

O mármore é uma pedra natural proveniente do calcário. Forma-se pela


alta pressão, sendo uma rocha metamórfica. Caracteriza-se por
seus veios, tem menos brilho que o granito e possui uma dureza menor
que este, sendo por tanto mais frágil. O granito possui "pintas", enquanto
que o mármore possui veios. Para diferenciá-los também é possível
riscar sua superfície com um metal. Se riscar, é mármore. Isso ocorre
porque este material é frágil e composto por calcita, diferente do granito
que é muito mais robusto. O mármore é utilizado especialmente
em áreas internas: Pisos de salas, halls e quartos. Bancadas e
revestimentos, inclusive criando efeitos nas paredes (mármore com
finíssima camada, recebendo iluminação indireta, criando um efeito
cênico). São muito utilizados em banheiros e áreas sociais por sua
presença marcante.

Não pode ser utilizado:

● Bancadas de pias de cozinhas e churrasqueiras, pois vinagre, limão,


gorduras, podem manchá-lo facilmente;
● Pisos de alto tráfego, pois é necessária limpeza constante retirando
resíduos como areias e aplicações periódicas de cera;
● Cores escuras em áreas externas, pois os raios do sol podem modificar
as tonalidades das peças;
● Não pode ser utilizado em locais que o expõe a produtos ácidos e
alcalinos, pois retiram seu acabamento polido.

Acabamentos de sua superfície:

● Polido: feito a partir de lustração. Indicado para áreas internas;


tem aspecto liso e brilhante;
● Bruto: é a superfície de mármores e granitos sem qualquer acabamento,
usados tal como são achados na natureza, apenas serrados;
● Jateado: acabamento de superfície à base de jato de areia. Sem brilho,
é indicado para áreas externas;
● Levigado: é lixado com abrasivos até deixá-lo liso. Seu aspecto é opaco,
semi-polido;

70
● Cristalização: processo feito por empresas especializadas com a função
de criar uma película protetora para os pisos de mármore e granito;
● Resinado: feito a partir da aplicação de resina líquida e lustração da
mesma, cobrindo os poros que existem nas pedras dando um
melhor polimento e brilho superior.

Para sua manutenção tem que se ter alguns cuidados como: utilizar


apenas um pano úmido. Evitar produtos oleosos, água sanitária, ácidos
e produtos corrosivos.  Evitando também que óleos e gorduras entrem
em contato com o mármore, pois facilmente podem manchá-lo.

2.6 Pastilha de vidro

As pastilhas de vidro vão muito bem em ambientes úmidos como a


cozinha e o banheiro, lavanderias e piscinas, pois são muito resistentes
a produtos alcalinos e ácidos. Desta forma, ela possui sempre um brilho
incomparável mesmo quando são utilizados produtos de limpezas muito
fortes.  Os revestimentos de cerâmica ou porcelana podem perder a cor
e o brilho quando expostos a esses mesmos produtos. São muito
usadas para proteger as áreas sujeitas à água, como
o backsplash (parte posterior) das pias de cozinha e banheiro. Podem
ser utilizadas em faixas horizontais, verticais ou ainda em toda a
superfície das paredes. Usada tanto em áreas internas quanto externas,
podendo ser empregada em superfícies curvas. Uma das características
mais interessantes das pastilhas de vidro é a sua resistência as
variações de temperatura, o que lhe permite que seu tamanho
permaneça sempre o mesmo.  Esse detalhe deixa-a à frente de diversos
outros revestimentos, pois a chance de aparecer trincas nas pastilhas é
mínima. O ideal é deixar as pastilhas para marcar pontos especiais,
combinando seu uso com o porcelanato e com as paredes revestidas de
tinta. As pastilhas de vidro são utilizadas também na decoração, nas
bordas de espelhos, revestindo objetos decorativos como vasos,
bandejas e também revestindo tampos de mesa. Se a parede que for
aplicada as pastilhas de vidro for bem vedada, as chances de aparecer
umidade ou mofo são praticamente inexistentes. A composição da
pastilha de vidro aplicada na parede possui um nível de absorção de
umidade de 0,05%, quase zero, ficando à frente das cerâmicas que
absorvem  3x mais e até mancham por isso.  O lado da pastilha de vidro
que entra em contato com a argamassa também é impermeável. Além
disso, é um ótimo isolante elétrico e um bom isolamento térmico. Não é
muito simples a colocação de pastilhas, no geral, elas vem fixadas em
uma tela bem fina, onde pode medir e cortar as peças com facilidade
para adaptar a área de aplicação, usando apenas uma tesoura ou um
estilete. Mas, o maior problema é que a pastilha de vidro pesa, então
para quem não tem prática a pastilha se não for bem assentada pode
acabar saindo do prumo e ficando torta, sem alinhamento e isso é um
problema que acontece pela falta de experiência. Existem 2 tipos de
assentamento mais usuais, com argamassa própria para pastilha que
serve tanto para a fixação como para o acabamento, pois é argamassa e
rejunte em um único produto, pode ser usada também a cola para

71
azulejos. O assentamento com argamassa é o mais recomendado, pois
é o que dará um acabamento profissional à parede. A pastilha de vidro
mais comum é aquela que vem fixa na tela, com cores uniformes:
vermelha, azul, amarela, laranja, verde, branca, preta, marrom, etc.
Quando a pastilha mistura mais de uma cor, chamamos de miscelânea,
que pode mesclar cores, desenhos e texturas diferentes. Uma pastilha
de vidro que vem sendo muito utilizada são as pastilhas que combinam
pastilhas transparentes de vidro, pastilhas opacas e espelhos, em uma
miscelânea com um aspecto visual bem diferenciado com textura, tons e
acabamentos diversos. As pastilhas tijolinho também é outra tendência,
que são pastilhas de vidro retangulares postas alternadamente, criando
uma dinâmica visual interessante. Existem ainda pastilhas redondinhas,
pastilhas de vidro filetadas e as pastilhas hexagonais. O acabamento de
pastilhas diferenciadas exigem um profissional capacitado, pois
necessitam do uso de um cortador de vidro para os recortes.
Outra tendência está em alta e deve chegar no Brasil em breve que são
os “azulejos de vidro” que são peças maiores de vidro retificado, também
chamado de azulejo metro de vidro. Quanto ao custo, as pastilhas de
vidro, apesar de ser considerada nobre, está muitas vezes similar ao
valor das pastilhas de cerâmica.  vale avaliar a sua necessidade e fazer
uma boa pesquisa antes de definir o material.

3. GRANITO X METRÔ WHITE

Comparando um destes materiais com o Metrô White escolhido em campo


temos as seguintes conclusões:

O Metrô White é aplicado em parede, e apresenta uma alta absorção de


água sendo classificado como BIII, ou seja, baixa resistência mecânica e
é um material poroso. Possui pouca variedade sendo ele monocolor.
Esta classificado com V1, ou seja, sua tonalidade não apresenta muita
variação sendo uniforme, possui bordas arredondadas, sendo assim não
é retificado, mas bold, possui relevo e é utilizado em ambientes internos
e cobertos, enquanto o granito apresenta um índice de absorção
estando entre 0 a 20%, sendo considerado poroso, possui médio
tráfego, com utilidade em ambiente externo e interno. A maneira de
limpar é igual nos dois materiais sendo feito com pano úmido e
detergente neutro. Para áreas de tráfego maiores o granito terá um bom
desempenho, enquanto o Metrô White apresentaria um desempenho de
baixa qualidade, podendo ocorrer fissuras e outras patologias. Para a
função que foi feita, como revestimento de parede, o Metrô White tem
um bom desempenho, e se o granito fosse colocado para ter esta função
também teria um bom desempenho. A especificação por desempenho
leva-se em conta o ambiente ao qual o material vai ser empregado, a
logística, o gosto do cliente, o desempenho do material e o preço, por
este motivo não dá para fazer uma boa definição de qual seria melhor
para tais áreas, pois cada local apresenta suas peculiaridades, tendo
que ser levado exclusivamente em conta como único, pois cada qual
tem suas próprias características e necessidades para o qual o material
escolhido deverá suprir.
72
4. CONCLUSÃO

A bibliografia sobre os materiais de revestimento cerâmico, contendo suas


origens, empregos, opções, mas principalmente suas características físicas
e mecânicas foram imprescindível para fazer uma boa comparação dos
matérias optados, e também uma boa compreensão, além de servir de base
para a realização da Parte C do trabalho, na realização da pesquisa,

A conclusão que se pode ter é que cada material possui suas propriedades
que serão levadas em conta pelo projetista. Os materiais utilizados como
revestimento de parede possui um índice de absorção de água maior, e
consequentemente menor resistência mecânica (não é uma regra, mas os
materiais aqui analisados possuíam estas características, podendo assim
um material com alta resistência mecânica ser também empregado como
revestimento de parede, mas seria menos viável). Os materiais como
revestimento de piso, principalmente os usados em áreas de muita
movimentação possui resistência mecânica alta, e dependendo um índice
de absorção baixo, nestes casos diferente dos que ocorrem com os
revestimentos de parede, os pisos de baixa resistência mecânica não
poderiam ser empregados nestas áreas, pois ocorreriam patologias, e até
riscos à saúde. Outra característica importante que tem que levar em conta
além das propriedades dos materiais é a argamassa colante utilizada, ou
seja, se o sistema de chapisco e todas as outras partes foram realizados
corretamente, e se a mão de obra é qualificada para o assentamento, pois
isto também geraria impactos no desempenho destes materiais, podendo
até vir a gerar patologias com a má colocação destas placas cerâmicas e
não cerâmicas.

A indústria brasileira de revestimento cerâmico desde seus primórdios veio


se desenvolvendo, no começo o acesso a estes materiais eram restritos,
mas aos poucos ganhou gosto pelas massas. Na construção o projetista
define os materiais que serão empregados, de acordo com seu
desempenho levando em consideração suas propriedades e outras
características como a logística, o gosto do cliente, o preço e entre outros.
De acordo com o local de emprego e as propriedades são analisadas as
seguintes características, como o índice de absorção, resistência mecânica
e a abrasão, coeficiente de atrito, expansão por umidade, facilidade de
limpeza, resistência a ataque químico, menor carga de ruptura admissível
no local e etc. Todos devem ser especificados. Sempre visando o menor
custo, mas principalmente o melhor desempenho para aquela função.
Por fim, cada material apresenta suas características cabendo ao
projetista determinar nesta imensidão de variedade, o que melhor supre a
necessidade querida.

73
5. REFERÊNCIAS

● http://solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2012/08/ManualLadri
lhoHidraulico.pdf

● http://jatoba.com.br/pdf_catalogo/Manual%20do%20Cliente%20Jatob%C3%
A1%20Rev.01.pdf

● Downloads/BT_-_porcelanato_interno_branco_quartzolit.pdf

● hthttps://issuu.com/manualderochas/docs/manual_iel_alta_site_small_0ff58
99798074e/231tp://www.cprm.gov.br/publique/media/trab_menezes.pdf

● http://docplayer.com.br/13611919-Rochas-ornamentais-e-de-revestimento-c
onceitos-tipos-e-caracterizacao-tecnologica.html

● https://www.portobello.com.br/produtos/downloads

● http://demilito.com.br/8-revestimentos-rev.pdf

● www.vivadecora.com.br

● www.westwing.com.br

● www.arquidicas.com.br
● archtrends.com
● casa.abril.com.br
● www.cliquearquitetura.com.br

74

Você também pode gostar