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FACULDADE DE ENGENHARIA
Luanda
2021
UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS
LUANDA
2021
II
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Declaramos que este Trabalho do fim de Curso é resultado de uma investigação pessoal
e independente, cujo seu conteúdo é original em conformidade com as fontes consultadas.
Entretanto, os dados estão identificados no texto quer no nível das notas como no âmbito
bibliográfico.
Além do mais, declaramos ainda que este trabalho do fim de curso, não foi submetido
em parte alguma e muito menos, em nenhuma universidade ou qualquer Instituição do Ensino
Superior para este ou aquele grau académico para além do paradigma desta realidade.
_____________________________________________________
A Orientadora
_________________________
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus Pai todo-poderoso, por me dar o bem precioso que
é a vida.
Aos meus familiares pelo apoio incondicional que sempre me dispensaram, os meus
sinceros agradecimentos.
À minha tutora Eng. Cynthia Inácio pela sua incansável paciência, disposição e sabia
orientação que sempre me demonstrou durante a orientação deste trabalho, os meus sinceros
agradecimentos.
Ao professor Dr. Jorge Rufino pela ajuda na definição do objeto de estudo do presente
trabalho, os meus sinceros agradecimentos.
Aos meus colegas de curso, especialmente os do meu grupo de estudo, pela cooperação
carinho ajuda e amizade com que me brindaram ao longo da formação.
À todas as pessoas que de forma direta ou indireta deram ajuda moral, espiritual e
material, contribuindo para a materialização exitosa deste trabalho, os meus sinceros
agradecimentos.
V
EPÍGRAFE
VI
RESUMO
VII
ABSTRACT
This paper presents a case study of macrodrainage in the municipality of Talatona, more
specifically in the urban district of Cidade Universitária, where a critical point was identified
in the Pelicano Condominium and its surroundings. Macrodrainage encompasses the structures
destined to drain the waters from the surface runoff generated over vast areas, to the larger
bodies of water and finally to the ocean, representing a great cost with implementation,
maintenance and flood risk, especially for constructions in its flood bed. Therefore, although
the critical point analyzed is located in the Urban District of Cidade Universitária, it was
necessary to evaluate the characteristics of the soil and urban occupation in the entire
contribution area (which covers the Zango in the municipality of Viana, passing through the
vicinity of the Kilamba Centrality to the Urban District of Cidade Universitária), In order to
evaluate whether the channel section designated in this paper as Zango-Pelicano within the
Pelicano Condominium is able to drain the stormwater runoff generated in the areas upstream
of the critical point. This evaluation was done with the support of GIS software, and the
determination of the flow rate that flows to the section of the canal located in the Pelicano
Condominium and its runoff capacity, were done using the SCS and rational methods. After the
calculations presented, it was found that the macrodrainage system, more specifically the
Zango-Pelicano watercourse in the section where the critical point of the case study was
verified, as well as the existing retention basin aimed at solving it, do not have sufficient
capacity, which explains the occurrence of floods. Thus, after the calculations and analysis, a
possible solution was proposed, which is the implementation of 8 detention/ infiltration
reservoirs, along the entire area of the sub-basin whose longest slope is the water course called
Zango-Pelicano, upstream of the critical point under analysis.
VIII
LISTA DE TABELAS
IX
Tabela 12 determinação da media do coeficiente de escoamento superficial Cm ao longo da
área adjacente ao canal que atravessa o Condomínio Pelicano ................................................ 68
Tabela 13 caudal das águas pluviais drenadas direitamente pelo canal do condomínio Pelicano
.................................................................................................................................................. 69
Tabela 14 determinação da capacidade de escoamento disponível no curso de água Zango-
Pelicano no interior do Condomínio Pelicano .......................................................................... 70
Tabela 15 Área A2, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 73
Tabela 16 determinação do hidrograma unitário na A2 ........................................................... 74
Tabela 17 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A2 ........ 75
Tabela 18 sobreposição dos blocos de caudal em A2. ............................................................. 79
Tabela 19 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R2 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A2 .................................................................................................... 81
Tabela 20 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R2 ................ 82
Tabela 21 Área A3, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 83
Tabela 22 determinação do hidrograma unitário na A3 ........................................................... 84
Tabela 23 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A3 ........ 85
Tabela 24 sobreposição dos blocos de caudal em A3 .............................................................. 89
Tabela 25 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R3 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A3 .................................................................................................... 91
Tabela 26 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R3 ................ 92
Tabela 27 Área A4, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 93
Tabela 28 determinação do hidrograma unitário na A4 ........................................................... 94
Tabela 29 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A4 ........ 95
Tabela 30 sobreposição dos blocos de caudal em A4 .............................................................. 99
Tabela 31 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R4 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A4 .................................................................................................. 101
Tabela 32 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R4 .............. 102
Tabela 33 Área A5, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 103
Tabela 34 determinação do hidrograma unitário na A5 ......................................................... 104
Tabela 35 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A5 ...... 105
Tabela 36 sobreposição dos blocos de caudal em A5 ............................................................ 109
Tabela 37 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R5 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A5 .................................................................................................. 111
Tabela 38 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R5 .............. 112
X
Tabela 39 Área A6, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 113
Tabela 40 determinação do hidrograma unitário na A6 ......................................................... 114
Tabela 41 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A6 ...... 115
Tabela 42 sobreposição dos blocos de caudal em A6 ............................................................ 119
Tabela 43 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R6 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A6 .................................................................................................. 121
Tabela 44 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R6 .............. 122
Tabela 45 Área A7, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 123
Tabela 46 determinação do hidrograma unitário na A7 ......................................................... 124
Tabela 47 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A7 ...... 125
Tabela 48 sobreposição dos blocos de caudal em A7 ............................................................ 129
Tabela 49 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R7 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A7 .................................................................................................. 131
Tabela 50 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R7 .............. 132
Tabela 51 Área A8, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 133
Tabela 52 determinação do hidrograma unitário na A8 ......................................................... 135
Tabela 53 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A8 ...... 136
Tabela 54 sobreposição dos blocos de caudal em A8 ............................................................ 140
Tabela 55 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R8 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A8 .................................................................................................. 142
Tabela 56 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R8 .............. 143
Tabela 57 Área A9, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 144
Tabela 58 determinação do hidrograma unitário na A9 ......................................................... 146
Tabela 59 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A9 ...... 147
Tabela 60 sobreposição dos blocos de caudal em A9 ............................................................ 151
Tabela 61 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R9 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A9 .................................................................................................. 153
Tabela 62 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R9 .............. 154
Tabela 63 caracterização da rede de drenagem ...................................................................... 160
Tabela 64 caracterização geométrica ...................................................................................... 164
Tabela 65 determinação de Zmedia ........................................................................................ 167
Tabela 66 determinação da Zmediana pela interpolação da área acumulada na altitude mediana
................................................................................................................................................ 168
XI
Tabela 67 determinação da altitude correspondente a 95% de área acumulada determinada pela
interpolação da %Aacum ........................................................................................................ 168
Tabela 68 determinação da altitude correspondente a 5% de área acumulada determinada pela
interpolação da %Aacum ........................................................................................................ 168
Tabela 69 caracterização do relevo ........................................................................................ 170
Tabela 70 variáveis para traçar o gráfico hipsométrico .......................................................... 171
Tabela 1 Valores de CN para bacias urbanas e suburbanas ................................................... 180
Tabela 2 Classificação dos tipos de solo para cálculos hidrológicos, também designados por
grupo hidrologicos de solo (HSG) .......................................................................................... 181
Tabela 3 coeficiente de rugosidade de Manning .................................................................... 182
Tabela 4 Parâmetros característicos de algumas seções tipo .................................................. 182
Tabela 5 valores do coeficiente C de escoamento superficial ASCE/WEF, citado por ......... 183
Tabela 6 restrições na capacidade de infiltração no solo........................................................ 185
Tabela 7 Áreas contribuintes adequadas para as medidas de controle ................................... 186
Tabela 8 tabela da distribuição percentual temporal da chuva, pelo método de Huff (1967) 189
Tabela 9 descrição das etapas de planejamento e dimensionamento da macrodrenagem ...... 191
XII
LISTA DE IMAGENS
XIII
Figura 14 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A2 ........ 76
Figura 15 hietograma excedente em A2 ................................................................................... 77
Figura 16 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A2 .............................................. 78
Figura 17 hidrograma de projeto para dimensionamento de R2 .............................................. 80
Figura 18 hidrograma afluente/ efluente do R2 proposto ......................................................... 82
Figura 19 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A3 ........ 86
Figura 20 hietograma excedente em A3 ................................................................................... 87
Figura 21 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A3 .............................................. 88
Figura 22 hidrograma de projeto para dimensionamento de R3 .............................................. 90
Figura 23 hidrograma afluente/ efluente de R3 proposto ......................................................... 92
Figura 24 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A4 ........ 96
Figura 25 hietograma excedente em A4 ................................................................................... 97
Figura 26 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A4 .............................................. 98
Figura 27 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R4............................................ 100
Figura 28 hidrograma afluente/ efluente de R4 proposto ....................................................... 102
Figura 29 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A5 ...... 106
Figura 30 hietograma excedente em A5 ................................................................................. 107
Figura 31 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A5 ............................................ 108
Figura 32 hidrograma de projeto para dimensionamento de R5 ............................................ 110
Figura 33 hidrograma afluente/ efluente de R5 proposto ....................................................... 112
Figura 34 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A6 ...... 116
Figura 35 hietograma excedente em A6 ................................................................................. 117
Figura 36 Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A6 ........................................... 118
Figura 37 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R6............................................ 120
Figura 38 hidrograma afluente/ efluente R6 proposto ............................................................ 122
Figura 39 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A7 ...... 126
Figura 40 hietograma excedente em A7 ................................................................................. 127
Figura 41 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A7 ............................................ 128
Figura 42 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R7............................................ 130
Figura 43 hidrograma afluente/ efluente de R7 proposto ....................................................... 132
Figura 44 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A8 ...... 137
Figura 45 hietograma excedente em A8 ................................................................................. 138
Figura 46 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A8 ............................................ 139
Figura 47 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R8............................................ 141
XIV
Figura 48 hidrograma afluente/ efluente R8 proposto ............................................................ 143
Figura 49 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A9 ...... 148
Figura 50 hietograma excedente em A9 ................................................................................. 149
Figura 51 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A9 ............................................ 150
Figura 52 hidrograma de projeto para dimensionamento de R9 ............................................ 152
Figura 53 hidrograma afluente/ efluente de R9 proposto ....................................................... 154
Figura 54 forma do reservatório de detenção/infiltração........................................................ 155
Figura 55 forma do reservatório dividida em um prisma, 4 prismas triangulares, e 4 pirâmides
obliquas................................................................................................................................... 156
Figura 56 prisma quadrangular ............................................................................................... 156
Figura 57 prisma triangular de comprimento l ....................................................................... 156
Figura 58 prisma triangular de comprimento c ...................................................................... 157
Figura 59 pirâmide obliqua..................................................................................................... 157
Figura 60 ordem dos cursos de água da sub-bacia Zango-Pelicano ....................................... 161
Figura 61 curvas de nível dentro da sub-bacia Zango-Pelicano geradas no Global Mapper . 166
Figura 62 curva hipsométrica da sub-bacia Zango-Pelicano .................................................. 171
Figura 63 Condomínio Pelicano e o distrito urbano da Cidade Universitária delimitados no
Google Earth ........................................................................................................................... 172
Figura 64 Condomínio Pelicano e o Distrito Urbano da Cidade Universitária sobrepostos ao
modelo de elevação digital do terreno no Global Mapper..................................................... 173
Figura 65 microbacias que drenam na secção da intercessão, entre o curso de água Zango-
Pelicano e a parede sul do Condomínio Pelicano, no Qgis .................................................... 174
Figura 66 área resultante da combinação das microbacias, que contribuem com a vazão na
secção do Pelicano, sobreposta a camada do mapa base Googlesatelite, no Qgis ................ 175
Figura 67 camada com os dados dos grupos hidrologicos de solos, importada no Google Earth
e os 4 pontos referenciais, usados para o posterior georeferenciamento da imagem no Qgis 176
Figura 68 bacias de contribuição ao pelicano sobrepostas ao mapa dos grupos hidrológicos de
solo ......................................................................................................................................... 177
Figura 69 Área das microbacias de contribuição combinadas, dividida de acordo com os tipos
de ocupação e grupo hidrológico do solo ............................................................................... 178
Figura 1 Métodos de determinação do caudal de projeto ....................................................... 184
Figura 2 reservatório de detenção na sua variante de infiltração .......................................... 187
Figura 3 Vertedor de crista, vertor de soleira ou vertedor de emergencia............................. 188
Figura 4 Orificio ..................................................................................................................... 188
XV
Figura 5 Tomadas verticais perfuradas ................................................................................... 188
Figura 6 etapas do planeamento da macrodrenagem .............................................................. 190
XVI
LISTA DE EQUAÇÕES
XVII
Equação 33 base maior da parede no lado l.............................................................................. 27
Equação 34 altura obliqua da parede ........................................................................................ 27
Equação 35 área da parede do reservatório no lado l ............................................................... 27
Equação 36 área da superfície do reservatório ......................................................................... 27
Equação 37 Volume infiltrado em cada ∆t ............................................................................... 28
Equação 38 Volume efluente do reservatório de detenção/ infiltração em cada ∆t ................. 28
Equação 39 largura L necessária do topo do reservatório ........................................................ 29
Equação 40 comprimento C necessário do topo do reservatório ............................................. 29
Equação 41 condição que se pretendeu satisfazer pela instalação do reservatório .................. 29
Equação 42 caudal maximo do canal pela equação de Manning ............................................. 29
Equação 43 Area molhada de secção em forma de trapézio .................................................... 30
Equação 44 perímetro molhado para secção em forma de trapézio ......................................... 30
Equação 45 caudal máximo pelo Método Racional ................................................................. 30
Equação 46 coeficiente de escoamento C médio...................................................................... 31
Equação 47 caudal admissivel específico ................................................................................. 32
Equação 48 caudal limite para controle do caudal gerado a montante. .................................... 33
Equação 1 volume de água em função da forma do reservatório ........................................... 155
Equação 2 volume do prisma quadrangular ........................................................................... 156
Equação 3 volume do prisma triangular com comprimento l ................................................. 156
Equação 4 volume do prisma triangular com comprimento c ................................................ 157
Equação 5 volume da pirâmide obliqua ................................................................................. 157
Equação 6 desenvolvimento da Equação 1............................................................................. 157
Equação 7 base dos triângulos da pirâmide obliqua bpr ........................................................ 157
Equação 8 função do volume de água do reservatório em função da altura .......................... 158
Equação 9 equação cubica para determinação de h ................................................................ 158
Equação 10 fórmula de Cardano-Tartaglia-Ferro para a determinação da 1ª raiz cubica ...... 159
Equação 11 relação de bifurcação média ............................................................................... 160
Equação 12 densidade hídrica ................................................................................................ 160
Equação 13 índice de Gravelius ............................................................................................. 162
Equação 14 fator de forma...................................................................................................... 162
Equação 15 densidade de drenagem ....................................................................................... 163
Equação 16 coeficiente de manutenção .................................................................................. 163
Equação 17 percurso médio do escoamento superficial ......................................................... 164
Equação 18 declividade média ............................................................................................... 165
XVIII
Equação 19 declive 10:85 ....................................................................................................... 165
Equação 20 declividade equivalente....................................................................................... 166
Equação 21 altitude média ...................................................................................................... 167
Equação 22 fórmula para interpolar Zmediana na Tabela 65 ................................................. 167
Equação 23 altura média (Hm) .............................................................................................. 168
Equação 24 comprimento do retângulo equivalente............................................................... 169
Equação 25 coeficiente de massividade ................................................................................. 169
Equação 26 coeficiente orográfico ......................................................................................... 169
Equação 27 índice de declive de Roche ................................................................................. 169
Equação 28 Índice de declive global ...................................................................................... 170
XIX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
XX
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
Problema ................................................................................................................................. 2
Justificativa ............................................................................................................................. 2
Objetivo geral ......................................................................................................................... 2
Objetivos específicos .............................................................................................................. 2
Metodologia ............................................................................................................................ 3
XXI
2.4.1. Hidrogramas dos blocos ........................................................................... 22
2.4.2. Sobreposição dos blocos .......................................................................... 22
2.4.3. Hidrograma de projeto ............................................................................. 22
2.5. Dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração ......................... 22
2.5.1. Determinação da altura do nível da água do reservatório a partir do seu
volume .................................................................................................................. 23
2.5.2. Volume efluente pelo vertedor de crista .................................................. 24
2.5.3. Volume efluente por infiltração ............................................................... 25
2.5.4. Volume efluente (Ve∆t) ............................................................................. 28
2.5.5. Condição de dimensionamento ................................................................ 29
2.6. Dimensionamento de reservatórios de detenção/ infiltração para controle de
caudais relativos a drenagem pluvial de cada combinação de microbacias a montante do
ponto critico. ...................................................................................................................... 32
2.6.1. Determinação do caudal específico de controle (Qlimesp) ......................... 32
2.6.2. Determinação das áreas An e coeficiente CN das combinações de
microbacias .................................................................................................................. 32
2.6.3. Determinação do caudal limite ou de controle de cada combinação de
microbacias hidrográficas Qlim ......................................................................................... 33
2.6.4. Dimensionamento dos reservatórios de detenção/ infiltração a montante ...
.................................................................................................................. 33
XXII
3.8. Amortecimento do caudal pelo reservatório de detenção/ infiltração junto da
parede sul do Condomínio Pelicano ..................................................................................... 40
3.9. Dimensionamento dos reservatórios propostos ao longo da área de
contribuição inteira ............................................................................................................... 42
3.10. Comparação da solução com um reservatório no local onde hoje está
localizado o reservatório de retenção e a solução que considera os 8 reservatórios ............ 43
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 45
RECOMENDAÇÕES............................................................................................................. 46
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 47
APÊNDICES ........................................................................................................................... 51
XXIII
APÊNDICE 18. Combinações de microbacias hidrográficas a montante da secção
do ponto critico ..................................................................................................... 71
APÊNDICE 19. Localização proposta de cada reservatório correspondente a cada
combinação de microbacias hidrográficas ............................................................................ 72
APÊNDICE 20. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A2 .
..................................................................................................... 73
APÊNDICE 21. Determinação do hidrograma unitário de A2 .............................. 74
APÊNDICE 22. Determinação do hidrograma de cada bloco de chuva excedente
em A2 ..................................................................................................... 75
APÊNDICE 23. Hietograma da precipitação P[mm] na A2 .................................. 76
APÊNDICE 24. Hietograma excedente de A2 ...................................................... 77
APÊNDICE 25. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A2 ................. 78
APÊNDICE 26. Sobreposição dos blocos de caudal em A2 ................................ 79
APÊNDICE 27. Hidrograma de projeto para A2 ................................................... 80
APÊNDICE 28. Dimensionamento do reservatório R2 ......................................... 81
APÊNDICE 29. Hidrograma afluente/ efluente do R2 .......................................... 82
APÊNDICE 30. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A3 .
..................................................................................................... 83
APÊNDICE 31. Determinação do hidrograma unitário de A3 .............................. 84
APÊNDICE 32. Determinação do hidrograma de cada bloco de chuva excedente
em A3 ..................................................................................................... 85
APÊNDICE 33. Hietograma da precipitação P[mm] na A3 .................................. 86
APÊNDICE 34. Hietograma excedente de A3 ...................................................... 87
APÊNDICE 35. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A3 ................. 88
APÊNDICE 36. Sobreposição dos blocos de caudal em A3 ................................ 89
APÊNDICE 37. Hidrograma de projeto para A3 ................................................... 90
APÊNDICE 38. Dimensionamento do reservatório R3 ......................................... 91
APÊNDICE 39. Hidrograma afluente/ efluente do R3 .......................................... 92
APÊNDICE 40. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A4 .
..................................................................................................... 93
APÊNDICE 41. Determinação do hidrograma unitário de A4 .............................. 94
APÊNDICE 42. Hidrograma dos blocos de chuva excedente na A4..................... 95
APÊNDICE 43. Hietograma da precipitação P[mm] na A4 .................................. 96
APÊNDICE 44. Hietograma excedente de A4 ...................................................... 97
XXIV
APÊNDICE 45. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A4 ................. 98
APÊNDICE 46. Sobreposição dos blocos de caudal em A4 ................................ 99
APÊNDICE 47. Hidrograma de projeto para A4 ................................................ 100
APÊNDICE 48. Dimensionamento do reservatório R4 ....................................... 101
APÊNDICE 49. Hidrograma afluente/ efluente do R4 ........................................ 102
APÊNDICE 50. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A5 .
................................................................................................... 103
APÊNDICE 51. Determinação do hidrograma unitário de A5 ............................ 104
APÊNDICE 52. Hidrograma dos blocos de chuva excedente na A5................... 105
APÊNDICE 53. Hietograma da precipitação P[mm] na A5 ................................ 106
APÊNDICE 54. Hietograma excedente em A5 ................................................... 107
APÊNDICE 55. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A5 ............... 108
APÊNDICE 56. Sobreposição dos blocos de caudal em A5 ............................... 109
APÊNDICE 57. Hidrograma de projeto para A5 ................................................. 110
APÊNDICE 58. Dimensionamento do reservatório R5 ....................................... 111
APÊNDICE 59. Hidrograma afluente/ efluente de R5 ........................................ 112
APÊNDICE 60. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A6 .
................................................................................................... 113
APÊNDICE 61. Determinação do hidrograma unitário de A6 ............................ 114
APÊNDICE 62. Hidrograma dos blocos de chuva excedente de A6................... 115
APÊNDICE 63. Hietograma da precipitação P[mm] na A6 ................................ 116
APÊNDICE 64. Hietograma excedente em A6 ................................................... 117
APÊNDICE 65. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A6 ............... 118
APÊNDICE 66. Sobreposição dos blocos de caudal em A6 ............................... 119
APÊNDICE 67. Hidrograma de projeto para A6 ................................................. 120
APÊNDICE 68. Dimensionamento do reservatório R6 ....................................... 121
APÊNDICE 69. Hidrograma afluente/ efluente de R6 ........................................ 122
APÊNDICE 70. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A7 .
................................................................................................... 123
APÊNDICE 71. Determinação do hidrograma unitário de A7 ............................ 124
APÊNDICE 72. Hidrograma dos blocos de chuva excedente em A7 ................. 125
APÊNDICE 73. Hietograma da precipitação P[mm] na A7 ................................ 126
APÊNDICE 74. Hietograma excedente em A7 ................................................... 127
APÊNDICE 75. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A7 ............... 128
XXV
APÊNDICE 76. Sobreposição dos blocos de caudal em A7 ............................... 129
APÊNDICE 77. Hidrograma de projeto para A7 ................................................. 130
APÊNDICE 78. Dimensionamento do reservatório R7 ....................................... 131
APÊNDICE 79. Hidrograma afluente/ efluente de R7 ........................................ 132
APÊNDICE 80. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A8 .
................................................................................................... 133
APÊNDICE 81. Determinação do hidrograma unitário de A8 ............................ 135
APÊNDICE 82. Hidrogama dos blocos de chuva excedente em A8 ................... 136
APÊNDICE 83. Hietograma da precipitação P[mm] na A8 ................................ 137
APÊNDICE 84. Hietograma excedente em A8 ................................................... 138
APÊNDICE 85. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A8 ............... 139
APÊNDICE 86. Sobreposição dos blocos de caudal em A8 ............................... 140
APÊNDICE 87. Hidrograma de projeto para A8 ................................................. 141
APÊNDICE 88. Dimensionamento do reservatório R8 ....................................... 142
APÊNDICE 89. Hidrograma afluente/ efluente de R8 ........................................ 143
APÊNDICE 90. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A9 .
................................................................................................... 144
APÊNDICE 91. Determinação do hidrograma unitário em A9 ........................... 146
APÊNDICE 92. Hidrograma dos blocos de chuva excedente em A9 ................. 147
APÊNDICE 93. Hietograma da preicitação P[mm] na A9 .................................. 148
APÊNDICE 94. Hietograma excedente em A9 ................................................... 149
APÊNDICE 95. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A9 ............... 150
APÊNDICE 96. Sobreposição dos blocos de caudal em A9 ............................... 151
APÊNDICE 97. Hidrograma de projeto para A9 ................................................. 152
APÊNDICE 98. Dimensionamento do reservatório R9 ....................................... 153
APÊNDICE 99. Hidrograma afluente/ efluente de R9 ........................................ 154
APÊNDICE 100. Memória de cálculo do desenvolvimento da função, para
determinação da altura do nível da água do reservatório, a partir do seu volume.............. 155
APÊNDICE 101. Determinação de raiz cubica pelo método de Cardano-Tartaglia-
Ferro ................................................................................................. 159
APÊNDICE 102. Caracterização da rede de drenagem ou analise linear da sub-
bacia hidrográfica Zango-Pelicano ..................................................................................... 160
APÊNDICE 103. Caracterização da rede de drenagem – ordem dos cursos de água
de acordo com Strahler ................................................................................................. 161
XXVI
APÊNDICE 104. Caracterização geométrica da bacia hidrográfica .................... 162
APÊNDICE 105. Analise volumétrica ou características do relevo .................... 165
APÊNDICE 106. Distrito Urbano da Cidade Universitária e o Condomínio
Pelicano delimitados ................................................................................................. 172
APÊNDICE 107. Condomínio Pelicano e o Distrito Urbano da Cidade
Universitária sobrepostos ao modelo de elevação do terreno............................................. 173
APÊNDICE 108. Apresentação da sub-bacia Zango-Pelicano. ........................... 174
APÊNDICE 109. Sub-bacia Zango-Pelicano sobreposta ao mapa base
Googlesatelite, no Qgis ................................................................................................. 175
APÊNDICE 110. Mapa global dos grupos hidrológicos de solo (HSG) ............. 176
APÊNDICE 111. Mapa dos HSG georreferenciado no Qgis............................... 177
APÊNDICE 112. Divisão da sub-bacia Zango-Pelicano em função dos tipos de
cobertura e uso do solo ................................................................................................. 178
XXVII
INTRODUÇÃO
“Abril águas mil”, um ditado popular que evidencia o facto, de que em Angola
geralmente chove mais neste mês, é dito para se expressar a alegria que é apreciar este fenómeno
natural, ou para se expressar o sentimento de insegurança e medo, em função das calamidades
produzidas pela chuva em zonas com sistema de drenagem insuficiente ou inexistente.
A vida na Terra sempre teve sua existência dependente das águas superficiais, tanto é
que as primeiras civilizações, em geral se estabeleceram em áreas próximas a rios, como é o
caso dos egípcios que se estabeleceram ao redor do rio Nilo, os babilónicos ao redor dos rios
Tigre e Eufrates, os hindus ao redor do rio Indo e do rio Ganges e os romanos ao redor do rio
Tibre, para satisfazerem as necessidades de abastecimento humano, agricultura, dessedentação
animal e navegação (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 10).
Contudo, a proximidade dessas civilizações aos corpos hídricos, passou a expor a sua
população a perigos promovidos pelas águas pluviais como alagamentos, enxurradas,
inundações e enchentes (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 10). O mesmo acontece com as
cidades nos dias de hoje incluindo a de Luanda, onde a busca por melhores condições de vida
na capital do país, a negligencia de técnicos de construção civil na escolha de locais para
construção e a insuficiência de fiscalização por parte dos órgão competentes do estado, fazem
com que cada vez mais se construa no leito de inundação de cursos de água.
1
Problema
Insuficiência da macrodrenagem no curso de água Zango-Pelicano no Condomínio
Pelicano, evidenciada pelas ocorrências de transbordo no escoamento das águas pluviais, que
têm causado inundações e enchentes.
Justificativa
No Distrito Urbano da Cidade Universitária, localizado na bacia hidrográfica do
Cambamba, as condições de escoamento superficial pluvial vêm sofrendo modificações devido
ao processo de urbanização, muitas vezes desordenado e o acumulo de resíduos sólidos em
lugares indevidos, causando em alguns casos interrupção, desvios e consequente ineficiência
do sistema de macrodrenagem do referido distrito.
Objetivo geral
Propor solução para o problema de inundação que ocorre no caso de estudo, após analise
do escoamento das águas pluviais, gerado na área de contribuição do curso de água Zango-
Pelicano e da capacidade de drenagem atual, do seu trecho que atravessa o Condomínio
Pelicano.
Objetivos específicos
• Caracterização da sub-bacia hidrográfica, referente ao curso de água designado
Zango-Pelicano.
2
• Identificar as possíveis causas das enchentes no Condomínio Pelicano, o ponto
critico abordado no presente trabalho.
• Enunciar que medidas de drenagem tomar, para que o risco de ocorrência de
enchente e inundação, bem como os impactos de eventuais ocorrências dos
mesmos sejam minimizados.
• Propor solução para o problema de macrodrenagem em estudo.
Metodologia
O presente trabalho tem como finalidade aplicar os conceitos técnicos disponíveis para
desenvolver soluções que melhorem a condição de saneamento básico dos moradores do
Distrito Urbano da Cidade Universitária, tem objetivo descritivo e exploratório, A abordagem
dos dados é qualitativa e quantitativa, o método da presente pesquisa é o hipotético-dedutivo,
os procedimentos usados para se elaborar o presente trabalho foram os bibliográfico,
documental e o estudo de caso.
3
I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. Hidrologia
“Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e
distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua relação com o meio ambiente, incluindo
sua relação com as formas vivas” (Tucci, 1993, p. 25).
Quer a nível global, a nível de uma bacia hidrográfica, como em um sistema ainda menor
o balanço hidrológico pode ser analisado pela sua equação geral, apresentada na Equação 1.
Equação 1 Equação geral do balanço hidrológico (Lousada & Camacho, 2018, p. 51).
∆𝑠
𝑄𝑖 − 𝑄0 = ∆𝑡
Onde:
𝑄𝑖 : Caudal de entrada
𝑄0 : Caudal de saída
Tonello, (2005) apud (Teodoro, Teixeira, Costa, & Fuller, 2007, p. 143), caracteriza as
bacias hidrográficas de acordo com 3 fatores que são: característica geométrica, rede de
4
drenagem e características do relevo, porém, as características que mais impacto têm, no
dimensionamento de medidas de controle do escoamento superficial, são as duas primeiras. Nos
apêndices 102, 103, 104 e 105 pode se verificar as restantes características.
Os sistemas de drenagem pluvial, podem ser classificados, de acordo com a área sobre
a qual atuam ou ação na bacia hidrográfica em; na fonte, microdrenagem e macrodrenagem
(Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 30).
1.3.1.1. Na fonte
5
1.3.1.2. Microdrenagem
1.3.1.3. Macrodrenagem
As soluções de drenagem das cidades nos dias de hoje vão desde as estruturais, como
reforço de coletores e armazenamento, até as descentralizadas na fonte, a este conceito de
soluções, designa-se Sistema Sustentável de Drenagem Urbana (Pires, 2017, p. 5).
O caudal efluente é controlado para não ultrapassar um caudal limite a jusante, a medida
que o caudal afluente for aumentando o volume armazenado no reservatório, este controle, para
além das formas do reservatório, é determinado pelo modo como se dá a saída da água do
reservatório. Os dispositivos de saída podem ser visualizados nas imagens do anexo I.
7
1.3.3.3. Métodos para determinar o amortecimento de cheias por reservatórios
8
II. MÉTODOS E MATERIAIS
Figura 1 moradores pedem solução Figura 2 foto de uma ilustração tirada na administração
quanto as inundação no Condomínio municipal do Talatona, que mostra a divisão administrativa do
Pelicano em 2020 (TPA Online, 2020). mesmo município, na imagem verifica-se o distrito urbano da
Cidade Universitária na ponta a direita (Administração
Municipal do Talatona, 2021).
9
Foram efetuadas também visitas ao Condomínio Pelicano, bem como nas zonas a
jusante do mesmo, onde foi possível colher informações e dados, relativos ao curso de água que
intercepta o condomínio e às enchentes e inundações naquela zona, entre os dados colhidos
foram feitas fotografias, como é o caso da Figura 4 e da Figura 3.
Figura 3 curso de água que passa no meio do condomínio Pelicano Figura 4 passagem hidráulica do curso de água para o
(Autor, 2021). interior do condomínio Pelicano (Autor, 2021).
Figura 5 seleção da base de dados de relevo do terreno no Global Mapper (Autor, 2021).
10
Uma vez obtido o modelo de elevação digital do terreno, sobrepôs-se as demarcações
em kml feitas no Google Earth, conforme mostra o apêndice 107.
Dentro do Qgis, foram então feitas edições a esta camada; foi dividida de acordo com
os diferentes tipos de ocupação e características hidrológicas do solo (HSG). Isto permitiu a
determinação, quer do coeficiente CN (curve number) de escoamento superficial no método
SCS, quer do coeficiente C no método Racional.
Para divisão da área de acordo com os diferentes tipos de ocupação do solo, se sobrepôs
a mesma à camada do mapa base Googlesatelite, como mostra o apêndice 109.
Uma vez georreferenciada, a imagem do mapa dos grupos hidrológicos de solo, foi
colocada abaixo da camada das microbacias combinadas, que teve depois a sua opacidade
11
diminuída, como mostra o apêndice 111. É assim que com a camada do mapa base
Googlesatelite e o mapa dos grupos hidrológicos de solo, dividiu-se a área das microbacias
combinadas, de acordo com o tipo de ocupação do solo e os grupos de solo (HSG), como mostra
o apêndice 112.
Esta tabela de atributos foi depois exportada, conforme mostra o apêndice 3. Finalmente
acresceu-se; uma coluna onde se atribuiu os valores do coeficiente CN para cada parcela, uma
coluna com a multiplicação CNxA com o somatório de todos valores (∑𝑛𝑖=1 𝐶𝑁𝑖 𝐴𝑖 ) no fim da
mesma, e uma outra coluna em que no fim se calculou a Equação 2, como mostra o apêndice 4.
∑𝑛
𝑖=1 𝐶𝑁𝑖 𝐴𝑖
𝐶𝑁𝑚 = 𝐴
onde:
A: área total
Uma vez verificadas as cotas inicial e final do talvegue mais longo, calculou-se a sua
declividade media, a partir da Equação 3.
⍙ℎ 𝑚
𝑖= [ ]
⍙𝐻 𝑚
12
onde:
i: Declividade
⍙h[m]: Desnível
⍙h[m] = Ci − Cf
onde:
Onde:
I[m/m]: declividade
Tabela 1 Fórmulas do Tc recomendadas (Silveira, 2004, p. 20).
13
2.3. Determinação do Hietograma de projeto (método do Hidrograma Unitário
do SCS)
2.3.1. Intensidade e distribuição da chuva
I = atb
Onde:
Como t pode ser considerado igual ao Tc, considerou-se no presente trabalho t=tc
Tabela 2 Parâmetros a e b das curvas IDF, baseados nos dados do observatório metereólogo João Capelo (I em mm/h
e t em min) (Pombo, 2015, p. 40).
14
Tabela 3 Período de retorno para sistemas urbanos (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 28).
P[mm]=Ixt
onde:
A distribuição da chuva, foi feita pelo método de Huff (1967) citado por (Canholi, 2015,
p. 101). No referido método pode se verificar para cada 5% do Td até 100%, um percentual da
precipitação total, dependendo do grupo ou quartil a que uma determinada chuva pertence,
como mostra a Figura 6 e o anexo J, a escolha do quartil é feita em função da sua duração (Td)
(Reis, 2018).
15
Huff então observou, que as chuvas com tempo de duração menor que 12 h,
encontravam-se em mais de 50% da vezes entre o 1º e o 2º grupo ou quartil, as de duração entre
12 e 24 horas no 3º e as de duração acima de 24 horas no 4º (Reis, 2018).
Assim, uma vez que em projetos de drenagem urbana, as chuvas intensas de curta
duração são as de maior interesse, no Estado de Illinois, recomendou-se a utilização da
distribuição do 1º quartil em projetos de drenagem. Embora tenha se considerado apenas o
Estado de Illinois, essa recomendação, tem sido aplicada pelo mundo afora, por exemplo, nos
estudos hidrológicos do Plano Director da Macrodrenagem da Bacia do Alto Tiete (PDMAT –
DAEE) (Canholi, 2015, p. 101).
• t[h]=%Tempo*Td,
onde:
• P[mm] acum.=1ºQuartil*P
Onde:
16
• ΔP[mm]= Pacum1[mm] – Pacum-1[mm]
Figura 6 gráfico da distribuição temporal da chuva pelo método de Huff (1967) citado por (Canholi, 2015, p. 102).
De acordo com (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 45), o método do hidrograma
unitário, é um hidrograma determinado considerando uma chuva com duração e intensidade
unitária, sendo o hidrograma unitário sintético do SCS (atual National Resources Conservation
Center) um dos mais simples e mais usados para se estimar o volume escoamento superficial
gerado por um evento de chuva. Os 3 princípios gerais deste método são:
a) Principio da proporcionalidade
b) Principio da superposição
c) Constância do tempo de base
Δt[h]=5%Td
Onde:
17
Td[h]: tempo de duração
Tl[h]= 0,6Tc
onde:
O tempo de pico (Tp) também denominado tempo de ascensão, é o tempo que decorre
até o hidrograma atingir o caudal máximo contado desde o início da precipitação, e é
determinado pela Equação 13 (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47).
Onde:
Para (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47), é o tempo desde o inicio da precipitação,
até o tempo em que todo o volume precipitado escoa pela secção avaliada e é determinado pela
Equação 14:
Tb[h]= 2,67Tp,
Onde:
18
Tp [h]: tempo de pico
De acordo com (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47), é o caudal de pico do
hidrograma unitário. É determinado pela Equação 15.
QUP[m3/sxcm1]=2,08*A/Tp,
Onde:
A[km2]: área
1
O cm, é apenas a título de representação de que o caudal unitário de pico, é o caudal gerado por uma
unidade de chuva excedente
19
Equação 16 infiltração potencial máxima (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38).
1000
𝑆[𝑚𝑚] = 25,4 × ( − 10)
𝐶𝑁
Onde:
CN: coeficiente curve number de escoamento
Também denominada por perdas iniciais, segundo (Canholi, 2015, p. 112) compreende
a água precipitada intercetada pela vegetação, retida em depressões naturais do terreno,
infiltrada e evaporada antes do início do escoamento superficial. De acordo com o (Governo do
Estado do Paraná, 2002, p. 38), é dada pela Equação 17.
Ia[mm]= 0,2S
Onde:
Numerou-se cada %Tempo onde Pacum.> Ia, estes blocos representam o escoamento
superficial causado pela precipitação que ocorreu em cada Δt.
Equação 18 precipitação excedente acumulada ou precipitação efetiva (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38).
(𝑃𝑎𝑐𝑢𝑚 −0,2S)2
• 𝑃𝑟𝑒𝑐. 𝑒𝑥𝑐. 𝐴𝑐𝑢𝑚. = (𝑃𝑎𝑐𝑢𝑚 +0,8𝑆)
Onde:
20
𝑃𝑟𝑒𝑐. 𝑒𝑥𝑐. 𝐴𝑐𝑢𝑚. [𝑚𝑚]: precipitação excedente acumulada
Onde:
Equação 20 Tempo de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 129).
• Tp’[h]= Tp+t
Onde:
Tp’[h]= tempo de pico do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente
Equação 21 Tempo de base de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 129).
• Tb’ [h]=Tb+t
Onde:
Tb’ [h]: tempo de base do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente
Equação 22 Caudal de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 125).
Onde:
Qp’ [m3/s]: caudal de pico, do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente
21
Hietograma exc. [mm]: precipitação excedente no Δt ou bloco de chuva atual
Com o valor do caudal total, Qtotal [m3/s], em cada instante t[h] correspondente,
elaborou-se o hidrograma de projeto, como mostra o apêndice 11.
22
reservatório, porque no exemplo apresentado por (Wait, 2020), o reservatório tem o formato de
prisma quadrangular regular, diferente do formato dos reservatórios propostos no presente
trabalho.
Assim, iniciou-se por copiar as colunas t e Qtotal da tabela de sobreposição dos caudais,
para uma nova tabela no excel, onde se calculou em novas colunas a Equação 23 e Equação 24.
• Va∆t= Qtotalx∆tx3600
Onde:
Onde:
Essa função foi desenvolvida, a partir do somatório das equações dos volumes das partes
que compõem a forma do reservatório, apresentadas no apêndice 100, esse somatório está
23
apresentado na Equação 25. A função matemática em questão, bem como o modo como dela
se determinou hN.A., está apresentado nos apêndices 100 e 101.
Onde:
Uma vez automatizado o cálculo de hN.A. para cada Vacum, determinou-se a altura
de água a cima da soleira do vertedor (hN.A.-s), em função da altura (hs) escolhida para a
mesma a partir da Equação 26, determinou-se o caudal efluente pelo vertedor através da
Equação 27 e o volume efluente pela Equação 28.
• hN.A.-s= hN.A.-hs
Onde:
Equação 27 caudal de saída pelo vertedor de crista (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 110)..
3
• Qevc = C𝑑 Lℎ2 ,
Onde:
24
C𝑑 : coeficiente para vertedor de parede espessa, este valor varia entre 1,55 e 1,71 m,
sendo recomendado 1,66
Onde:
Onde:
25
k[1/h]: constante empírica de diminuição da capacidade de infiltração
Tabela 4 Parâmetros de Horton para cada HSG, analisado em Bluegrass Turf (Terstriep & Stall, 1974, p. 9).
Uma vez determinada a capacidade de infiltração num dado instante t[h], determinou-
se a taxa de infiltração, que é o volume de água infiltrado por segundo, pela Equação 30.
Ti= 𝑓𝑡 (Ares)
Onde:
𝑓𝑡 [m/s]:Capacidade de infiltração
Ares= Af+Ap
Onde:
Ares[m2]: área das superfícies do reservatório
Sendo que as paredes do reservatório são inclinadas e têm formato de trapézio como
mostra a Figura 7, a sua área foi determinada considerando a Equação 32, Equação 33, Equação
34, e Equação 35.
26
Equação 32 área da parede no lado l, sabendo que tem formato de trapézio (Gouveia, 2020).
𝐿𝑡𝑟+𝑙𝑡𝑟
• Apl = ℎ′
2
Onde:
𝐶𝑂 𝑏
tgα= 𝐶𝐴 → tgα= ℎ →b=htgα, então:
• Ltr=ltr+2htgα
𝐶𝐴 ℎ
Sendo que, cosα=ℎ𝑖𝑝 → cosα=ℎ′, então:
ℎ
• h’=𝑐𝑜𝑠α
ltr+2htgα+ltr ℎ 2(ltr+htgα) ℎ
Apl = → Apl = →
2 𝑐𝑜𝑠α 2 𝑐𝑜𝑠α
ℎ
• Apl = (ltr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α
ℎ ℎ
Ares= (lc)+2(ltr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α+2(ctr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α
27
2.5.3.3. Volume efluente por infiltração
Onde:
Onde:
Assim se realizou os cálculos no Excel para cada ∆t, considerando que o volume total
efluente do reservatório em cada ∆t é Ve∆t, que foi inserido na Equação 24 que é o Vacum do ∆t
a seguir. Fez-se assim os cálculos apresentados acima, garantindo que se realizaram até a
verificação da diminuição do volume acumulado com o passar do tempo, conforme é possível
verificar dos hidrogramas no apêndice 13.
Uma vez determinado o volume acumulado (Vacum) máximo e a altura do nível de água
(hN.A.) máxima, determinou-se automaticamente as largura L e comprimento C do topo do
reservatório pelas Equação 39 e Equação 40 respetivamente, em função da largura l,
28
comprimento c do fundo e do angulo α indicados no apêndice 100, da altura da soleira do
vertedor hs e da largura do vertedor (lv), inseridos para cada reservatório.
𝐿 = 𝑙 + (2ℎ𝑁.𝐴.𝑚𝑎𝑥 tan ∝)
𝐶 = 𝑐 + (2ℎ𝑁.𝐴.𝑚𝑎𝑥 tan ∝)
Equação 41 condição que se pretendeu satisfazer pela instalação do reservatório (Autor, 2021).
Qevc ≤ Qadm-Q1
Onde:
Equação 42 caudal maximo do canal pela equação de Manning (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 170).
5/3
1A
𝑚
Q𝑎𝑑𝑚 = 𝑛 𝑃2/3 𝑆 1/2
29
Onde:
S[m/m]: declividade do canal desde a parede sul do condomínio até a parede norte
Uma vez que a secção transversal do canal tem o formato de trapézio, como se pode ver
no apêndice 17, a sua área molhada Am foi calculada pela Equação 43 e o perímetro molhado P
pela Equação 44.
Equação 43 Area molhada de secção em forma de trapézio (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 169).
𝐴𝑚 = (𝑏 + 𝑧𝑦)𝑦
Onde:
Z[m/m]= ΔH/y
Equação 44 perímetro molhado para secção em forma de trapézio (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 169).
𝑃 = 𝑏 + 2𝑦√1 + 𝑧 2
Uma vez que a área adjacente e por isso drenada direitamente pelo canal que atravessa
o Condomínio Pelicano, é <5 km2, o caudal da drenagem pluvial superficial foi calculado pelo
método racional pela Equação 45.
Equação 45 caudal máximo pelo Método Racional (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 43).
𝐶𝑚 𝐼𝐴𝑛
Q= 360
30
Onde:
I: intensidade de precipitação
∑𝑛
𝑖=1 𝐶𝑖 𝐴𝑖
𝐶𝑚 = 𝐴
Onde:
A: área total
A divisão da área em parcelas de terra em função do tipo de cobertura do solo, foi feito
analogamente ao descrito no ponto 2.2.2 sendo que os valores do coeficiente c foram extraídos
do anexo D. Os valores de Cm, das aéreas Ai, bem como a área total A está apresentado no
apêndice 15.
31
2.6. Dimensionamento de reservatórios de detenção/ infiltração para controle
de caudais relativos a drenagem pluvial de cada combinação de
microbacias a montante do ponto critico.
O dimensionamento de reservatórios de detenção, para controle do caudal das águas
pluviais, oriundas de áreas menores e por isso de microdrenagem a montante do Condomínio
Pelicano e espalhadas pela bacia hidrográfica, foi feito de modo análogo ao efetuado no
dimensionamento do reservatório único junto a parede sul, considerado anteriormente, porém
Qlim que é o caudal máximo admissível a qual, cada combinação de microbacias hidrográficas
a montante, poderia contribuir para que o caudal afluente na secção do canal do Condomínio
Pelicano, não ultrapasse o caudal admissível ali, foi determinado conforme descrito abaixo.
Qlimesp=(Qlim-Q1)/An
Onde:
A seguir, usou-se a camada da delimitação feita pelo Global Mapper, das microbacias
hidrográficas cuja as águas pluviais afluem para o canal do Condomínio Pelicano, descrita no
ponto 2.2.2, e combinou-se no Qgis as áreas cujo o caudal do escoamento superficial seria
controlado por cada reservatório de microdrenagem e se determinou as áreas An das
combinações, do mesmo modo como se fez para a obtenção da área total.
32
Após a delimitação das áreas de contribuição, selecionou-se os locais onde se propôs
que os reservatórios estivessem localizados, como mostram os apêndices 18 e 19. Uma vez
determinadas as An de todas as combinações de microbacias, determinou-se o coeficiente de
escoamento CN de modo análogo ao descrito no ponto 2.2.2.
O caudal que o escoamento superficial das águas pluviais de cada combinação de área,
uma vez controlado pelos reservatórios, não deveria ultrapassar, foi determinado pela Equação
48.
Equação 48 caudal limite para controle do caudal gerado a montante (Autor, 2021).
Qlim=Qlimesp*An
Onde:
An[m2]: área da combinação de microbacias, cujo caudal nela produzido será controlado
pelo reservatório.
33
III. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme é possível observar da Figura 2, o referido distrito urbano, faz fronteira com
o município do Kilamba Kiaxi a norte, a sul com o Município de Belas, a leste com o Município
de Viana e a oeste com o Distrito Urbano da Camama e tem as seguintes vias de acesso:
34
Figura 9 interior de uma das residências
inundadas no Condomínio Pelicano (TPA
Online, 2020).
Para o administrador do referido condomínio senhor Manuel Bondo, bem como para
alguns moradores como mostra a reportagem da (TPA Online, 2020), os incidentes de
inundação, tiveram inicio devido a construções no leito de inundação e em alguns casos no leito
menor do canal a jusante do condomínio, feitas após a construção do mesmo. Após visitas ao
local, constatou-se a existência destas construções, como mostra a Figura 11.
Figura 11 construção no leito de inundação do curso de água a jusante do Condomínio Pelicano (Autor, 2021).
Por outro lado, para os moradores da área a jusante do condomínio, as construções a
jusante do condomínio no leito do canal, já existiam antes da sua construção, construção esta,
que deu início aos incidentes de inundação e enchentes.
O que se sabe é que, a área da secção transversal do canal disponível, não tem sido
suficiente para drenar a água sem que haja enchente e inundação e que mesmo a bacia de
retenção na parede sul do Condomínio Pelicano, mencionada na reportagem da (TPA Online,
2020) e que se vê na Figura 8, não tem sido suficientemente. Esta segunda constatação, é o
35
ponto de vista abordado no presente trabalho, para dar solução ao problema no ponto critico em
estudo.
Sendo que, a área total de contribuição cujo caudal se pretende controlar é superior a
400 ha, a medida de controlo proposta é de macrodrenagem, de acordo com o que foi
fundamentado no ponto 1.3.1.3. Sendo a área também superior a 30 km2, o método para
determinação do caudal de projeto e consequentemente o coeficiente de escoamento, escolhido
de acordo com o anexo E, foi o do SCS ou Soil Conservation Service.
Como seria de se esperar numa área tão grande, verifica-se diversos usos e tipos de solo,
sendo o coeficiente de escoamento médio CNm 80,163, valor este que pode parecer demasiado
alto se considerarmos somente que o nível de impermeabilização na área de contribuição inteira,
devido a ocupação urbana é baixo, sendo maior parte espaço aberto ou subúrbio com vias de
comunicação não pavimentadas, como pode ser visto no apêndice 109 e apêndice 1. Este
coeficiente de escoamento é alto devido principalmente ao tipo de solo na área, fator que é
levado em consideração no método SCS utilizado para a determinação deste coeficiente de
escoamento, como mostra o ponto 2.2.2.
Nos apêndices 102, 103, 104 e 105 estão apresentadas as características lineares,
geométricas e volumétricas da sub-bacia Zango-Pelicano a montante do Condomínio Pelicano.
36
3.3. Caudal de projeto do escoamento superficial gerado na área total de
contribuição
Como já mencionado no ponto anterior, devido ao valor da área total de contribuição, o
método usado para determinar o caudal de projeto do escoamento gerado nela, foi o SCS. Sendo
esse um método mais preciso que o racional, resultou na obtenção da variação do caudal ao
longo do tempo ou seja, no hidrograma de projeto do escoamento superficial gerado na área
total de contribuição, este hidrograma está apresentado no apêndice 11, onde é possível verificar
que o caudal máximo é de 351,185 m3/s.
Como pode ser visto no apêndice 109 e apêndice 1, a bacia de contribuição é urbana
suburbana e em alguns casos rural, assim sendo, a equação selecionada por ser a que melhor
reflete o comportamento do escoamento em bacias com tais características, é a de Kirpich
adaptada por (Silveira, 2004, p. 7) do Tc apresentado por Kibler (1982), como pode ser
verificado na Tabela 1 no ponto 2.2.4.
Uma vez que, o método SCS para determinação do caudal resulta num hidrograma de
projeto, o mesmo exige que além da determinação da intensidade da chuva (I) se faça a
distribuição temporal, o que no presente trabalho foi feita pelo método de Huff. A duração da
precipitação determinada, para a área em consideração é de 9,4 horas, fazendo com que a
mesma pertença ao primeiro quartil, já que tem duração inferior a 12 horas.
37
Importa mencionar, que o método de Huff considera uma chuva de intensidade alta e
que no primeiro quartil, a qual a chuva aqui considerada pertence, verifica-se a intensidade mais
alta pouco tempo depois do inicio da mesma, isto pode ser melhor verificado no gráfico da
distribuição temporal da chuva, na Figura 6 no ponto 2.3.1.3 e nos apêndices 7 até o 9, bem
como em todos outros hietogramas apresentados nos apêndices.
38
montante do Condomínio Pelicano, subtraiu-se o caudal gerado na área adjacente designada Q1
ao caudal admissível do canal Qadm, assim, determinou-se que essa capacidade disponível no
canal é de 21,401 m3/s.
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• A capacidade inicial de infiltração (f0), do HSG do solo predominante na área
de contribuição que é o C, é de 127 mm/h como mostra a Tabela 10, o que de
acordo com a tabela no anexo F, condiciona a implementação de reservatório de
retenção, por outro lado, até a capacidade final de infiltração fc que é 6,4 mm/h,
está dentro do recomendado para implantação de reservatório de detenção, na
sua variante de infiltração.
• A declividade média (i) do talvegue mais longo, na área total de contribuição é
de apenas 0,25 % como apresentado na Tabela 5, assim sendo, a implantação de
reservatório de detenção com descarregador de fundo, contaria com um tubo
demasiado comprido, para alcançar o lado de fora do reservatório a jusante deste.
Q maxvertedor
21,37973
[m3/s]
Qlimite devido
21,40057
ao canal a jusante do vertedor [m3/s]
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Tabela 9 características que o reservatório de detenção/ infiltração teria de ter para amortecer o caudal gerado na area total Atotal a
montante (Autor, 2021).
l [m] 408,3 hs [m] 35,1 α em grau 60 L [m] 541,88 Atopo [m2]424606,8
c[m] 650 lv (m) 2 hNA-smax [m]:
3,461328 C[m] 783,58 Afundo [m2] 265395
tmax[h] vacummaxhNAmax
[m3] [m]
20,68 13189014 38,56133
Importa mencionar, que o reservatório conta apenas com vertedor de crista como
dispositivo de saída, pelo facto da declividade (i) do talvegue mais longo até a saída do
reservatório ser baixa, sendo de apenas 0,25 % como já apresentado na Tabela 5, o que
inviabiliza a aplicação de um descarregador de fundo, em um reservatório com uma
profundidade útil de 38,6 m, já que o tubo do descarregador, teria de ser demasiado comprido
para alcançar o lado de fora do reservatório a jusante deste. Essa condição, verificou-se também
na outra solução proposta, que são os 8 reservatórios propostos, para em conjunto amortecerem
o caudal ao longo de toda bacia de contribuição.
tipo de solo
Cc
fc[mm/h] 6,4
f0[mm/h] 127
k[1/h] 2
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No hidrograma afluente/ efluente deste reservatório, apresentado no apêndice 13, pode
se verificar visualmente os hidrogramas de entrada e de saída do reservatório que por sua vez,
representam a infiltração e o escoamento pelo vertedor de crista, sendo as dimensões do
vertedor de crista (hs, lv) e do reservatório em si (l, c, α), estabelecidas de tal modo que, o
escoamento superficial efluente do reservatório, não ultrapassasse a capacidade de escoamento,
do canal a jusante que atravessa o Condomínio Pelicano.
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correspondente e como seria de se esperar, tendo dimensões consideravelmente inferiores em
relação a solução do reservatório único, apresentado no ponto 3.8.
Assim, o amortecimento do caudal do escoamento gerado por uma área total tão grande,
como a considerada no presente trabalho, é mais viável se feito por vários reservatórios ao invés
de apenas 1, onde se obteve um valor da altura útil de 38,6 m e uma área ocupada de 424606,81
m2, o que como se pode ver no apêndice 14 é demasiado grande, tendo inclusive intercetado
uma estrada.
Por outro lado, a solução que considera 8 reservatórios tem como o maior deles, o que
corresponde a A2 designado como R2, cuja a dimensão da altura útil é de 8 m e a área ocupada
152300,3 m2, como se pode ver na Tabela 12, sendo como seria de se esperar,
consideravelmente inferior ao da solução que considera apenas um reservatório. isso confirma
que a aplicação de medidas de controle e amortecimento do caudal, são mais viáveis se
aplicadas mais próximo do local, onde o escoamento que se pretende que ele controle é gerado.
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CONCLUSÃO
Depois de concluído o trabalho pode-se afirmar que:
45
RECOMENDAÇÕES
Uma vez terminado o trabalho, deixam-se como recomendações:
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