Você está na página 1de 77

UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

SISTEMA DE MACRODRENAGEM PLUVIAL: ESTUDO DE CASO DA


CONTRIBUIÇÃO DA SUB-BACIA DO AFLUENTE ZANGO-
PELICANO DO RIO CAMBAMBA AO CONDOMÍNIO PELICANO

AMBRÓSIO VASCO TORRES DA COSTA

Luanda

2021
UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

SISTEMA DE MACRODRENAGEM PLUVIAL: ESTUDO DE CASO DA


CONTRIBUIÇÃO DA SUB-BACIA DO AFLUENTE ZANGO-PELICANO DO RIO
CAMBAMBA AO CONDOMÍNIO PELICANO

AMBRÓSIO VASCO TORRES DA COSTA

Trabalho de fim de curso apresentado á


Universidade Óscar Ribas, como parte do
requisito parcial para obtenção do grau de
licenciatura em Engenharia Civil:.

Orientadora: Eng. Cynthia Inácio

LUANDA
2021

II
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Declaramos que este Trabalho do fim de Curso é resultado de uma investigação pessoal
e independente, cujo seu conteúdo é original em conformidade com as fontes consultadas.
Entretanto, os dados estão identificados no texto quer no nível das notas como no âmbito
bibliográfico.

Além do mais, declaramos ainda que este trabalho do fim de curso, não foi submetido
em parte alguma e muito menos, em nenhuma universidade ou qualquer Instituição do Ensino
Superior para este ou aquele grau académico para além do paradigma desta realidade.

AMBRÓSIO VASCO TORRES DA COSTA

_____________________________________________________

Pretendemos ainda expressar que, fruto de um esforço excecionalmente acrescido


tornou este Trabalho do Fim de Curso uma realidade de investigação pessoal e independente
do Candidato.

A Orientadora

_________________________

III
DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Torres da Costa Ambrósio e


Teresa José Maria, pelo apoio, incentivo e
compreensão em todos momentos de minha vida
académica.

IV
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus Pai todo-poderoso, por me dar o bem precioso que
é a vida.

Aos meus familiares pelo apoio incondicional que sempre me dispensaram, os meus
sinceros agradecimentos.

À minha tutora Eng. Cynthia Inácio pela sua incansável paciência, disposição e sabia
orientação que sempre me demonstrou durante a orientação deste trabalho, os meus sinceros
agradecimentos.

À todos os professores do Curso de Engenharia Civil da Universidade Óscar Ribas, pela


dedicação e profissionalismo que sempre demonstraram ao longo da minha formação, para que
o curso de Engenharia Civil tenha todo êxito que tem hoje, os meus sinceros agradecimentos.

Ao professor Dr. Jorge Rufino pela ajuda na definição do objeto de estudo do presente
trabalho, os meus sinceros agradecimentos.

Ao professor Eng. Angelino Quissonde pelo auxilio na escolha do objeto de estudo, os


meus sinceros agradecimentos.

Ao Eng. Frank Pascoal pela sua paciência e disponibilidade, no auxilio para a


determinação do caso de estudo do presente trabalho académico, os meus sinceros
agradecimentos.

À Eng. Tukaiana Macedo pelo auxilio prestado.

À Eng Cecilia Nelembe pelo incansável auxilio e apoio.

À Dra. Maria Ambrósio pelo incansável apoio.

Aos meus colegas de curso, especialmente os do meu grupo de estudo, pela cooperação
carinho ajuda e amizade com que me brindaram ao longo da formação.

À todas as pessoas que de forma direta ou indireta deram ajuda moral, espiritual e
material, contribuindo para a materialização exitosa deste trabalho, os meus sinceros
agradecimentos.

V
EPÍGRAFE

“Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao


teu encontro por sobre as águas”. “Venha”,
respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou
sobre as águas e foi na direção de Jesus.
Mateus 14:22 - 36

VI
RESUMO

O presente trabalho apresenta um caso de estudo referente a macrodrenagem do município do


Talatona, mais propriamente no distrito urbano da Cidade Universitária, onde se identificou um
ponto critico localizado no Condomínio Pelicano e arredores. A macrodrenagem abrange as
estruturas destinadas a escoar as águas do escoamento superficial gerado ao longo de áreas
vastas, até aos corpos de água maiores e por fim até o oceano, representando um grande custo
com implantação, manutenção e risco de inundação principalmente para construções em seu
leito de inundação. Portanto, embora que o ponto critico analisado localiza-se no Distrito
Urbano da Cidade Universitária, foi necessário avaliar as características do solo e da ocupação
urbana, em toda área de contribuição (que abrange o Zango no município de Viana, passando
pelas imediações da Centralidade do Kilamba até o Distrito Urbano da Cidade Universitária),
de tal modo que se pudesse avaliar, se a secção do canal designado no presente trabalho de
Zango-Pelicano, dentro do Condomínio Pelicano tem capacidade para escoar o escoamento
superficial das águas pluviais, gerado nas áreas referidas a montante do ponto critico. Essa
avaliação foi feita com apoio de softwares SIG, sendo que a determinação do caudal que aflui
até a secção do canal localizada no Condomínio Pelicano e a sua capacidade de escoamento,
foram feitas utilizando os métodos SCS e racional. Assim após os cálculos apresentados,
constatou-se que o sistema de macrodrenagem, mais propriamente o curso de água Zango-
Pelicano na secção onde se verificou o ponto critico do caso de estudo, bem como a bacia de
retenção existente com o objetivo de o solucionar, não têm capacidade suficiente, o que explica
a ocorrência das inundações e enchentes verificadas. Assim, após os cálculos e analises feitas,
propôs-se uma possível solução, que é a implantação de 8 reservatórios de detenção/ infiltração,
ao longo de toda área da sub-bacia hidrográfica cujo talvegue mais longo é o curso de água
denominado Zango-Pelicano, a montante do ponto critico em analise.

Palavras-chave: Macrodrenagem. Condomínio Pelicano, Drenagem das Águas Pluviais.

VII
ABSTRACT

This paper presents a case study of macrodrainage in the municipality of Talatona, more
specifically in the urban district of Cidade Universitária, where a critical point was identified
in the Pelicano Condominium and its surroundings. Macrodrainage encompasses the structures
destined to drain the waters from the surface runoff generated over vast areas, to the larger
bodies of water and finally to the ocean, representing a great cost with implementation,
maintenance and flood risk, especially for constructions in its flood bed. Therefore, although
the critical point analyzed is located in the Urban District of Cidade Universitária, it was
necessary to evaluate the characteristics of the soil and urban occupation in the entire
contribution area (which covers the Zango in the municipality of Viana, passing through the
vicinity of the Kilamba Centrality to the Urban District of Cidade Universitária), In order to
evaluate whether the channel section designated in this paper as Zango-Pelicano within the
Pelicano Condominium is able to drain the stormwater runoff generated in the areas upstream
of the critical point. This evaluation was done with the support of GIS software, and the
determination of the flow rate that flows to the section of the canal located in the Pelicano
Condominium and its runoff capacity, were done using the SCS and rational methods. After the
calculations presented, it was found that the macrodrainage system, more specifically the
Zango-Pelicano watercourse in the section where the critical point of the case study was
verified, as well as the existing retention basin aimed at solving it, do not have sufficient
capacity, which explains the occurrence of floods. Thus, after the calculations and analysis, a
possible solution was proposed, which is the implementation of 8 detention/ infiltration
reservoirs, along the entire area of the sub-basin whose longest slope is the water course called
Zango-Pelicano, upstream of the critical point under analysis.

Key-words: Macrodrainage. Pelicano Condominium, Stormwater Drainage.

VIII
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Fórmulas do Tc recomendadas .................................................................................. 13


Tabela 2 Parâmetros a e b das curvas IDF, baseados nos dados do observatório metereólogo
João Capelo (I em mm/h e t em min) ....................................................................................... 14
Tabela 3 Período de retorno para sistemas urbanos ................................................................. 15
Tabela 4 Parâmetros de Horton para cada HSG, analisado em Bluegrass Turf ....................... 26
Tabela 5 caudal máximo da macrodrenagem da área total de contribuição ............................. 37
Tabela 6 caudal de microdrenagem da A1 ............................................................................... 38
Tabela 7 caudal admissível do canal no interior do Condomínio Pelicano .............................. 38
Tabela 8 comparação do caudal efluente pelo vertedor de crista (Qevc) máximo do reservatório
e o caudal limite disponível para escoamento no canal Qlim (em vermelho) .......................... 40
Tabela 9 características que o reservatório de detenção/ infiltração teria de ter para amortecer
o caudal gerado na area total Atotal a montante ....................................................................... 41
Tabela 10 parâmetros para a equação infiltração de Horton usada no dimensionamento dos
reservatórios de detenção/ infiltração ....................................................................................... 41
Tabela 11 caudal de projeto a ser amortecido pelos reservatórios correspondentes a cada
combinação de microbacias hidrograficas ................................................................................ 43
Tabela 12 dimensões de cada reservatório (em azul estão as variaveis ajustaveis) ................. 43
Tabela 13 comparações do caudal máximo efluente pelo vertedor de crista de cada reservatório
e o caudal limite disponível para os escoar (em azul estão as variaveis ajustaveis) ................ 43
Tabela 1 áreas das diferentes ocupações do solo (parte1) ........................................................ 54
Tabela 2 áreas das diferentes ocupações do solo (parte2) ........................................................ 55
Tabela 3 áreas das diferentes ocupações do solo (parte 3) ....................................................... 56
Tabela 4 áreas de ocupação do solo e os seus coeficientes CN de infiltração (parte 1) ........... 57
Tabela 5 áreas de ocupação do solo e os seus coeficientes CN de infiltração (parte 1) ........... 57
Tabela 6 áreas de ocupação do solo e os seus coeficientes CN de infiltração (parte 3) ........... 57
Tabela 7 determinação do hidrograma unitário na Atotal ........................................................ 58
Tabela 8 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente na Area total de
contribuição .............................................................................................................................. 59
Tabela 9 sobreposição dos blocos de caudal ............................................................................ 63
Tabela 10 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração para amortecer o caudal
do escoamento gerado na Atotal............................................................................................... 65
Tabela 11 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório único ............ 66

IX
Tabela 12 determinação da media do coeficiente de escoamento superficial Cm ao longo da
área adjacente ao canal que atravessa o Condomínio Pelicano ................................................ 68
Tabela 13 caudal das águas pluviais drenadas direitamente pelo canal do condomínio Pelicano
.................................................................................................................................................. 69
Tabela 14 determinação da capacidade de escoamento disponível no curso de água Zango-
Pelicano no interior do Condomínio Pelicano .......................................................................... 70
Tabela 15 Área A2, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 73
Tabela 16 determinação do hidrograma unitário na A2 ........................................................... 74
Tabela 17 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A2 ........ 75
Tabela 18 sobreposição dos blocos de caudal em A2. ............................................................. 79
Tabela 19 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R2 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A2 .................................................................................................... 81
Tabela 20 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R2 ................ 82
Tabela 21 Área A3, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 83
Tabela 22 determinação do hidrograma unitário na A3 ........................................................... 84
Tabela 23 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A3 ........ 85
Tabela 24 sobreposição dos blocos de caudal em A3 .............................................................. 89
Tabela 25 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R3 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A3 .................................................................................................... 91
Tabela 26 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R3 ................ 92
Tabela 27 Área A4, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo ...... 93
Tabela 28 determinação do hidrograma unitário na A4 ........................................................... 94
Tabela 29 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A4 ........ 95
Tabela 30 sobreposição dos blocos de caudal em A4 .............................................................. 99
Tabela 31 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R4 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A4 .................................................................................................. 101
Tabela 32 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R4 .............. 102
Tabela 33 Área A5, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 103
Tabela 34 determinação do hidrograma unitário na A5 ......................................................... 104
Tabela 35 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A5 ...... 105
Tabela 36 sobreposição dos blocos de caudal em A5 ............................................................ 109
Tabela 37 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R5 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A5 .................................................................................................. 111
Tabela 38 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R5 .............. 112

X
Tabela 39 Área A6, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 113
Tabela 40 determinação do hidrograma unitário na A6 ......................................................... 114
Tabela 41 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A6 ...... 115
Tabela 42 sobreposição dos blocos de caudal em A6 ............................................................ 119
Tabela 43 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R6 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A6 .................................................................................................. 121
Tabela 44 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R6 .............. 122
Tabela 45 Área A7, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 123
Tabela 46 determinação do hidrograma unitário na A7 ......................................................... 124
Tabela 47 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A7 ...... 125
Tabela 48 sobreposição dos blocos de caudal em A7 ............................................................ 129
Tabela 49 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R7 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A7 .................................................................................................. 131
Tabela 50 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R7 .............. 132
Tabela 51 Área A8, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 133
Tabela 52 determinação do hidrograma unitário na A8 ......................................................... 135
Tabela 53 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A8 ...... 136
Tabela 54 sobreposição dos blocos de caudal em A8 ............................................................ 140
Tabela 55 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R8 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A8 .................................................................................................. 142
Tabela 56 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R8 .............. 143
Tabela 57 Área A9, seu coeficiente CN e perfil de elevação do seu talvegue mais longo .... 144
Tabela 58 determinação do hidrograma unitário na A9 ......................................................... 146
Tabela 59 determinação dos caudais de pico de cada bloco de chuva excedente em A9 ...... 147
Tabela 60 sobreposição dos blocos de caudal em A9 ............................................................ 151
Tabela 61 dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração R9 para amortecer o caudal
do escoamento gerado na A9 .................................................................................................. 153
Tabela 62 resumo da determinação das dimensões necessárias do reservatório R9 .............. 154
Tabela 63 caracterização da rede de drenagem ...................................................................... 160
Tabela 64 caracterização geométrica ...................................................................................... 164
Tabela 65 determinação de Zmedia ........................................................................................ 167
Tabela 66 determinação da Zmediana pela interpolação da área acumulada na altitude mediana
................................................................................................................................................ 168

XI
Tabela 67 determinação da altitude correspondente a 95% de área acumulada determinada pela
interpolação da %Aacum ........................................................................................................ 168
Tabela 68 determinação da altitude correspondente a 5% de área acumulada determinada pela
interpolação da %Aacum ........................................................................................................ 168
Tabela 69 caracterização do relevo ........................................................................................ 170
Tabela 70 variáveis para traçar o gráfico hipsométrico .......................................................... 171
Tabela 1 Valores de CN para bacias urbanas e suburbanas ................................................... 180
Tabela 2 Classificação dos tipos de solo para cálculos hidrológicos, também designados por
grupo hidrologicos de solo (HSG) .......................................................................................... 181
Tabela 3 coeficiente de rugosidade de Manning .................................................................... 182
Tabela 4 Parâmetros característicos de algumas seções tipo .................................................. 182
Tabela 5 valores do coeficiente C de escoamento superficial ASCE/WEF, citado por ......... 183
Tabela 6 restrições na capacidade de infiltração no solo........................................................ 185
Tabela 7 Áreas contribuintes adequadas para as medidas de controle ................................... 186
Tabela 8 tabela da distribuição percentual temporal da chuva, pelo método de Huff (1967) 189
Tabela 9 descrição das etapas de planejamento e dimensionamento da macrodrenagem ...... 191

XII
LISTA DE IMAGENS

Figura 1 moradores pedem solução quanto as inundação no Condomínio Pelicano em 2020 .. 9


Figura 2 foto de uma ilustração tirada na administração municipal do Talatona, que mostra a
divisão administrativa do mesmo município, na imagem verifica-se o distrito urbano da Cidade
Universitária na ponta a direita ................................................................................................... 9
Figura 3 curso de água que passa no meio do condomínio Pelicano ....................................... 10
Figura 4 passagem hidráulica do curso de água para o interior do condomínio Pelicano ........ 10
Figura 5 seleção da base de dados de relevo do terreno no Global Mapper............................. 10
Figura 6 gráfico da distribuição temporal da chuva pelo método de Huff (1967) ................... 17
Figura 7 representação do formato das paredes do reservatório .............................................. 27
Figura 8 bacia de retenção junto a parede sul do Condomínio Pelicano .................................. 34
Figura 9 interior de uma das residências inundadas no Condomínio Pelicano ........................ 35
Figura 10 inundação a jusante do condomínio pelicano junto da ponte ................................... 35
Figura 11 construção no leito de inundação do curso de água a jusante do Condomínio Pelicano
.................................................................................................................................................. 35
Figura 1 Talvegue mais longo da área de contribuição, separada das outras linhas de água ... 52
Figura 2 Perfil de Elevação do talvegue mais longo da bacia hidrográfica pelo Qgis ............. 53
Figura 3 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] ...................... 60
Figura 4 hietograma excedente ................................................................................................. 61
Figura 5 Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm]........................................................... 62
Figura 6 Hidrograma de projeto ............................................................................................... 64
Figura 7 hidrograma afluente/ efluente do reservatório proposto para controlar o escoamento,
que aflui para a secção do canal no Condomínio Pelicano ...................................................... 66
Figura 8 delimitação da área ocupada pelo reservatório único para amortecer o caudal das águas
pluviais afluentes da bacia total de contribuição ...................................................................... 67
Figura 9 Perfil de elevação do talvegue mais longo da área adjacente ao canal do Condomínio
Pelicano .................................................................................................................................... 68
Figura 10 Localização da secção do canal considerada ........................................................... 70
Figura 11 medições feitas na secção do canal localizada em uma ponte no Condominio Pelicano
.................................................................................................................................................. 70
Figura 12 combinações das microbacias hidrográficas e seus talvegues mais longos ............. 71
Figura 13 localização proposta para cada reservatório correspondente a cada combinação de
microbacias hidrográficas ......................................................................................................... 72

XIII
Figura 14 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A2 ........ 76
Figura 15 hietograma excedente em A2 ................................................................................... 77
Figura 16 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A2 .............................................. 78
Figura 17 hidrograma de projeto para dimensionamento de R2 .............................................. 80
Figura 18 hidrograma afluente/ efluente do R2 proposto ......................................................... 82
Figura 19 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A3 ........ 86
Figura 20 hietograma excedente em A3 ................................................................................... 87
Figura 21 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A3 .............................................. 88
Figura 22 hidrograma de projeto para dimensionamento de R3 .............................................. 90
Figura 23 hidrograma afluente/ efluente de R3 proposto ......................................................... 92
Figura 24 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A4 ........ 96
Figura 25 hietograma excedente em A4 ................................................................................... 97
Figura 26 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A4 .............................................. 98
Figura 27 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R4............................................ 100
Figura 28 hidrograma afluente/ efluente de R4 proposto ....................................................... 102
Figura 29 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A5 ...... 106
Figura 30 hietograma excedente em A5 ................................................................................. 107
Figura 31 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A5 ............................................ 108
Figura 32 hidrograma de projeto para dimensionamento de R5 ............................................ 110
Figura 33 hidrograma afluente/ efluente de R5 proposto ....................................................... 112
Figura 34 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A6 ...... 116
Figura 35 hietograma excedente em A6 ................................................................................. 117
Figura 36 Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A6 ........................................... 118
Figura 37 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R6............................................ 120
Figura 38 hidrograma afluente/ efluente R6 proposto ............................................................ 122
Figura 39 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A7 ...... 126
Figura 40 hietograma excedente em A7 ................................................................................. 127
Figura 41 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A7 ............................................ 128
Figura 42 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R7............................................ 130
Figura 43 hidrograma afluente/ efluente de R7 proposto ....................................................... 132
Figura 44 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A8 ...... 137
Figura 45 hietograma excedente em A8 ................................................................................. 138
Figura 46 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A8 ............................................ 139
Figura 47 Hidrograma de projeto para dimensionamento de R8............................................ 141

XIV
Figura 48 hidrograma afluente/ efluente R8 proposto ............................................................ 143
Figura 49 hietograma da precipitação P[mm] ou ΔP[mm] em cada instante t[h] em A9 ...... 148
Figura 50 hietograma excedente em A9 ................................................................................. 149
Figura 51 hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] em A9 ............................................ 150
Figura 52 hidrograma de projeto para dimensionamento de R9 ............................................ 152
Figura 53 hidrograma afluente/ efluente de R9 proposto ....................................................... 154
Figura 54 forma do reservatório de detenção/infiltração........................................................ 155
Figura 55 forma do reservatório dividida em um prisma, 4 prismas triangulares, e 4 pirâmides
obliquas................................................................................................................................... 156
Figura 56 prisma quadrangular ............................................................................................... 156
Figura 57 prisma triangular de comprimento l ....................................................................... 156
Figura 58 prisma triangular de comprimento c ...................................................................... 157
Figura 59 pirâmide obliqua..................................................................................................... 157
Figura 60 ordem dos cursos de água da sub-bacia Zango-Pelicano ....................................... 161
Figura 61 curvas de nível dentro da sub-bacia Zango-Pelicano geradas no Global Mapper . 166
Figura 62 curva hipsométrica da sub-bacia Zango-Pelicano .................................................. 171
Figura 63 Condomínio Pelicano e o distrito urbano da Cidade Universitária delimitados no
Google Earth ........................................................................................................................... 172
Figura 64 Condomínio Pelicano e o Distrito Urbano da Cidade Universitária sobrepostos ao
modelo de elevação digital do terreno no Global Mapper..................................................... 173
Figura 65 microbacias que drenam na secção da intercessão, entre o curso de água Zango-
Pelicano e a parede sul do Condomínio Pelicano, no Qgis .................................................... 174
Figura 66 área resultante da combinação das microbacias, que contribuem com a vazão na
secção do Pelicano, sobreposta a camada do mapa base Googlesatelite, no Qgis ................ 175
Figura 67 camada com os dados dos grupos hidrologicos de solos, importada no Google Earth
e os 4 pontos referenciais, usados para o posterior georeferenciamento da imagem no Qgis 176
Figura 68 bacias de contribuição ao pelicano sobrepostas ao mapa dos grupos hidrológicos de
solo ......................................................................................................................................... 177
Figura 69 Área das microbacias de contribuição combinadas, dividida de acordo com os tipos
de ocupação e grupo hidrológico do solo ............................................................................... 178
Figura 1 Métodos de determinação do caudal de projeto ....................................................... 184
Figura 2 reservatório de detenção na sua variante de infiltração .......................................... 187
Figura 3 Vertedor de crista, vertor de soleira ou vertedor de emergencia............................. 188
Figura 4 Orificio ..................................................................................................................... 188

XV
Figura 5 Tomadas verticais perfuradas ................................................................................... 188
Figura 6 etapas do planeamento da macrodrenagem .............................................................. 190

XVI
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 Equação geral do balanço hidrológico ...................................................................... 4


Equação 2 coeficiente de escoamento CN médio ..................................................................... 12
Equação 3 Declividade ............................................................................................................. 12
Equação 4 Desnível .................................................................................................................. 13
Equação 5 tempo de concentração Kirpich adaptada do Tc apresentado por Kibler (1982) .... 13
Equação 6 intensidade-duração-frequência da chuva............................................................... 14
Equação 7 Precipitação Total ................................................................................................... 15
Equação 8 instante de tempo t[h] correspondente ao percentual.............................................. 16
Equação 9 precipitação acumulada no instante ........................................................................ 16
Equação 10 aumento da precipitação ....................................................................................... 16
Equação 11 variação ou discretização do tempo e duração da precipitação unitária ............... 17
Equação 12 Tempo de resposta ................................................................................................ 18
Equação 13 Tempo de pico ...................................................................................................... 18
Equação 14 Tempo de base ...................................................................................................... 18
Equação 15 Caudal unitário de pico ......................................................................................... 19
Equação 16 infiltração potencial máxima ................................................................................ 20
Equação 17 Infiltração inicial ................................................................................................... 20
Equação 18 precipitação excedente acumulada ou precipitação efetiva .................................. 20
Equação 19 Hietograma excedente ou variação da precipitação excedente ............................. 21
Equação 20 Tempo de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente . 21
Equação 21 Tempo de base de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente . 21
Equação 22 Caudal de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente . 21
Equação 23 volume afluente ao reservatório durante ∆t .......................................................... 23
Equação 24 volume acumulado até o instante atual ................................................................. 23
Equação 25 volume de água em função da forma do reservatório ........................................... 24
Equação 26 altura do nivel de água apartir do vertedor de crista. ............................................ 24
Equação 27 caudal de saída pelo vertedor de crista ................................................................. 24
Equação 28 volume efluente pelo vertedor de crista ................................................................ 25
Equação 29 equação de infiltração de Horton .......................................................................... 25
Equação 30 taxa de infiltração.................................................................................................. 26
Equação 31 área da superfície de infiltração do reservatório ................................................... 26
Equação 32 área da parede no lado l, sabendo que tem formato de trapézio ........................... 27

XVII
Equação 33 base maior da parede no lado l.............................................................................. 27
Equação 34 altura obliqua da parede ........................................................................................ 27
Equação 35 área da parede do reservatório no lado l ............................................................... 27
Equação 36 área da superfície do reservatório ......................................................................... 27
Equação 37 Volume infiltrado em cada ∆t ............................................................................... 28
Equação 38 Volume efluente do reservatório de detenção/ infiltração em cada ∆t ................. 28
Equação 39 largura L necessária do topo do reservatório ........................................................ 29
Equação 40 comprimento C necessário do topo do reservatório ............................................. 29
Equação 41 condição que se pretendeu satisfazer pela instalação do reservatório .................. 29
Equação 42 caudal maximo do canal pela equação de Manning ............................................. 29
Equação 43 Area molhada de secção em forma de trapézio .................................................... 30
Equação 44 perímetro molhado para secção em forma de trapézio ......................................... 30
Equação 45 caudal máximo pelo Método Racional ................................................................. 30
Equação 46 coeficiente de escoamento C médio...................................................................... 31
Equação 47 caudal admissivel específico ................................................................................. 32
Equação 48 caudal limite para controle do caudal gerado a montante. .................................... 33
Equação 1 volume de água em função da forma do reservatório ........................................... 155
Equação 2 volume do prisma quadrangular ........................................................................... 156
Equação 3 volume do prisma triangular com comprimento l ................................................. 156
Equação 4 volume do prisma triangular com comprimento c ................................................ 157
Equação 5 volume da pirâmide obliqua ................................................................................. 157
Equação 6 desenvolvimento da Equação 1............................................................................. 157
Equação 7 base dos triângulos da pirâmide obliqua bpr ........................................................ 157
Equação 8 função do volume de água do reservatório em função da altura .......................... 158
Equação 9 equação cubica para determinação de h ................................................................ 158
Equação 10 fórmula de Cardano-Tartaglia-Ferro para a determinação da 1ª raiz cubica ...... 159
Equação 11 relação de bifurcação média ............................................................................... 160
Equação 12 densidade hídrica ................................................................................................ 160
Equação 13 índice de Gravelius ............................................................................................. 162
Equação 14 fator de forma...................................................................................................... 162
Equação 15 densidade de drenagem ....................................................................................... 163
Equação 16 coeficiente de manutenção .................................................................................. 163
Equação 17 percurso médio do escoamento superficial ......................................................... 164
Equação 18 declividade média ............................................................................................... 165

XVIII
Equação 19 declive 10:85 ....................................................................................................... 165
Equação 20 declividade equivalente....................................................................................... 166
Equação 21 altitude média ...................................................................................................... 167
Equação 22 fórmula para interpolar Zmediana na Tabela 65 ................................................. 167
Equação 23 altura média (Hm) .............................................................................................. 168
Equação 24 comprimento do retângulo equivalente............................................................... 169
Equação 25 coeficiente de massividade ................................................................................. 169
Equação 26 coeficiente orográfico ......................................................................................... 169
Equação 27 índice de declive de Roche ................................................................................. 169
Equação 28 Índice de declive global ...................................................................................... 170

XIX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

GIS ou SIG – Sistema de informação geográfica

HSG – grupo hidrológico do solo

CN – coeficiente de escoamento curve number do método SCS

hN.A. – altura do nível de água no reservatório

hN.Amax – altura máxima do nível de água do reservatório ou seja altura útil

Δt – variação ou discretização do tempo

Atopo – área do retângulo que forma a borda superior do reservatório

Afundo – área da superfície do fundo do reservatório

Pacum1 – Precipitação acumulada até o instante atual

Pacum-1 – precipitação acumulada até o passo de tempo anterior

XX
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

Problema ................................................................................................................................. 2
Justificativa ............................................................................................................................. 2
Objetivo geral ......................................................................................................................... 2
Objetivos específicos .............................................................................................................. 2
Metodologia ............................................................................................................................ 3

I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 4

1.1. Hidrologia ....................................................................................................... 4


1.2. Caracterização da bacia hidrográfica .............................................................. 4
1.2.1. Características Geométricas de uma Bacia Hidrográfica ........................... 5
1.2.2. Características da Rede de Drenagem da Bacia Hidrográfica ................... 5
1.3. Sistema de drenagem pluvial .......................................................................... 5
1.3.1. Classificação da Drenagem pluvial urbana ................................................ 5
1.3.2. Drenagem sustentável ................................................................................ 6
1.3.3. Dimensionamento do sistema de macrodrenagem de acordo com as
soluções propostas. ............................................................................................................. 6

II. MÉTODOS E MATERIAIS ................................................................................ 9

2.1. Softwares usados em drenagem urbana .......................................................... 9


2.2. Caracterização da bacia .................................................................................. 9
2.2.1. Localização do Distrito urbano da Cidade Universitária ........................... 9
2.2.2. Determinação da área A e do coeficiente de escoamento superficial (CN) .
.................................................................................................................. 10
2.2.3. A determinação do talvegue mais longo e sua declividade ..................... 12
2.2.4. Determinação do Tempo de Concentração (Tc) ...................................... 13
2.3. Determinação do Hietograma de projeto (método do Hidrograma Unitário
do SCS) ...................................................................................................................... 14
2.3.1. Intensidade e distribuição da chuva ......................................................... 14
2.3.2. Hidrograma unitário ................................................................................. 17
2.3.3. Hietograma excedente .............................................................................. 19
2.4. Determinação do hidrograma de projeto (método do Hidrograma Unitário do
SCS) ...................................................................................................................... 22

XXI
2.4.1. Hidrogramas dos blocos ........................................................................... 22
2.4.2. Sobreposição dos blocos .......................................................................... 22
2.4.3. Hidrograma de projeto ............................................................................. 22
2.5. Dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração ......................... 22
2.5.1. Determinação da altura do nível da água do reservatório a partir do seu
volume .................................................................................................................. 23
2.5.2. Volume efluente pelo vertedor de crista .................................................. 24
2.5.3. Volume efluente por infiltração ............................................................... 25
2.5.4. Volume efluente (Ve∆t) ............................................................................. 28
2.5.5. Condição de dimensionamento ................................................................ 29
2.6. Dimensionamento de reservatórios de detenção/ infiltração para controle de
caudais relativos a drenagem pluvial de cada combinação de microbacias a montante do
ponto critico. ...................................................................................................................... 32
2.6.1. Determinação do caudal específico de controle (Qlimesp) ......................... 32
2.6.2. Determinação das áreas An e coeficiente CN das combinações de
microbacias .................................................................................................................. 32
2.6.3. Determinação do caudal limite ou de controle de cada combinação de
microbacias hidrográficas Qlim ......................................................................................... 33
2.6.4. Dimensionamento dos reservatórios de detenção/ infiltração a montante ...
.................................................................................................................. 33

III. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 34

3.1. Constatação e analise do ponto critico e suas causas ................................... 34


3.2. Caracterização da área de contribuição drenada pela secção do canal na
bacia de retenção junto a parede sul do Condomínio Pelicano ............................................ 36
3.3. Caudal de projeto do escoamento superficial gerado na área total de
contribuição ...................................................................................................................... 37
3.4. Escoamento superficial direito ao trecho do canal no interior do Condomínio
Pelicano ...................................................................................................................... 38
3.5. Capacidade de drenagem e caudal admissível do canal Zango-Pelicano no
interior do Condomínio Pelicano .......................................................................................... 38
3.6. Analise comparativa entre os caudais afluentes desconsiderando o
amortecimento, e o caudal admissível .................................................................................. 39
3.7. Medidas de controle para solucionar o ponto critico em questão ................ 39

XXII
3.8. Amortecimento do caudal pelo reservatório de detenção/ infiltração junto da
parede sul do Condomínio Pelicano ..................................................................................... 40
3.9. Dimensionamento dos reservatórios propostos ao longo da área de
contribuição inteira ............................................................................................................... 42
3.10. Comparação da solução com um reservatório no local onde hoje está
localizado o reservatório de retenção e a solução que considera os 8 reservatórios ............ 43

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 45

RECOMENDAÇÕES............................................................................................................. 46

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 47

APÊNDICES ........................................................................................................................... 51

APÊNDICE 1. Determinação da Atotal, suas parcelas de cobertura do solo e


talvegue mais longo (curso de água Zango-Pelicano) .......................................................... 52
APÊNDICE 2. Perfil de elevação da Atotal ............................................................. 53
APÊNDICE 3. Área das diferentes parcelas de cobertura do solo da Atotal ........... 54
APÊNDICE 4. Coeficiente CN da Atotal ................................................................ 57
APÊNDICE 5. Hidrograma unitário na Atotal ......................................................... 58
APÊNDICE 6. Hidrograma dos blocos de chuva excedente na Atotal .................... 59
APÊNDICE 7. Hietograma da precipitação P[mm] na Atotal ................................. 60
APÊNDICE 8. Hietograma excedente de Atotal...................................................... 61
APÊNDICE 9. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de Atotal ................ 62
APÊNDICE 10. Sobreposição dos blocos de caudal ............................................. 63
APÊNDICE 11. Hidrograma de projeto para Atotal ................................................ 64
APÊNDICE 12. Dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração para
amortecer o caudal do escoamento gerado na Atotal.............................................................. 65
APÊNDICE 13. Hidrograma afluente/ efluente do reservatório único a sul do
Condomínio Pelicano ..................................................................................................... 66
APÊNDICE 14. Área ocupada pelo reservatório único para amortecer o caudal das
águas pluviais afluentes da Atotal........................................................................................... 67
APÊNDICE 15. Perfil de elevação, área e coeficiente C da A1 ............................ 68
APÊNDICE 16. Caudal gerado em A1 considerando Tr5 ..................................... 69
APÊNDICE 17. Qadm do canal no interior do Condomínio Pelicano e Qlimesp para a
área a montante ..................................................................................................... 70

XXIII
APÊNDICE 18. Combinações de microbacias hidrográficas a montante da secção
do ponto critico ..................................................................................................... 71
APÊNDICE 19. Localização proposta de cada reservatório correspondente a cada
combinação de microbacias hidrográficas ............................................................................ 72
APÊNDICE 20. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A2 .
..................................................................................................... 73
APÊNDICE 21. Determinação do hidrograma unitário de A2 .............................. 74
APÊNDICE 22. Determinação do hidrograma de cada bloco de chuva excedente
em A2 ..................................................................................................... 75
APÊNDICE 23. Hietograma da precipitação P[mm] na A2 .................................. 76
APÊNDICE 24. Hietograma excedente de A2 ...................................................... 77
APÊNDICE 25. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A2 ................. 78
APÊNDICE 26. Sobreposição dos blocos de caudal em A2 ................................ 79
APÊNDICE 27. Hidrograma de projeto para A2 ................................................... 80
APÊNDICE 28. Dimensionamento do reservatório R2 ......................................... 81
APÊNDICE 29. Hidrograma afluente/ efluente do R2 .......................................... 82
APÊNDICE 30. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A3 .
..................................................................................................... 83
APÊNDICE 31. Determinação do hidrograma unitário de A3 .............................. 84
APÊNDICE 32. Determinação do hidrograma de cada bloco de chuva excedente
em A3 ..................................................................................................... 85
APÊNDICE 33. Hietograma da precipitação P[mm] na A3 .................................. 86
APÊNDICE 34. Hietograma excedente de A3 ...................................................... 87
APÊNDICE 35. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A3 ................. 88
APÊNDICE 36. Sobreposição dos blocos de caudal em A3 ................................ 89
APÊNDICE 37. Hidrograma de projeto para A3 ................................................... 90
APÊNDICE 38. Dimensionamento do reservatório R3 ......................................... 91
APÊNDICE 39. Hidrograma afluente/ efluente do R3 .......................................... 92
APÊNDICE 40. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A4 .
..................................................................................................... 93
APÊNDICE 41. Determinação do hidrograma unitário de A4 .............................. 94
APÊNDICE 42. Hidrograma dos blocos de chuva excedente na A4..................... 95
APÊNDICE 43. Hietograma da precipitação P[mm] na A4 .................................. 96
APÊNDICE 44. Hietograma excedente de A4 ...................................................... 97

XXIV
APÊNDICE 45. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A4 ................. 98
APÊNDICE 46. Sobreposição dos blocos de caudal em A4 ................................ 99
APÊNDICE 47. Hidrograma de projeto para A4 ................................................ 100
APÊNDICE 48. Dimensionamento do reservatório R4 ....................................... 101
APÊNDICE 49. Hidrograma afluente/ efluente do R4 ........................................ 102
APÊNDICE 50. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A5 .
................................................................................................... 103
APÊNDICE 51. Determinação do hidrograma unitário de A5 ............................ 104
APÊNDICE 52. Hidrograma dos blocos de chuva excedente na A5................... 105
APÊNDICE 53. Hietograma da precipitação P[mm] na A5 ................................ 106
APÊNDICE 54. Hietograma excedente em A5 ................................................... 107
APÊNDICE 55. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A5 ............... 108
APÊNDICE 56. Sobreposição dos blocos de caudal em A5 ............................... 109
APÊNDICE 57. Hidrograma de projeto para A5 ................................................. 110
APÊNDICE 58. Dimensionamento do reservatório R5 ....................................... 111
APÊNDICE 59. Hidrograma afluente/ efluente de R5 ........................................ 112
APÊNDICE 60. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A6 .
................................................................................................... 113
APÊNDICE 61. Determinação do hidrograma unitário de A6 ............................ 114
APÊNDICE 62. Hidrograma dos blocos de chuva excedente de A6................... 115
APÊNDICE 63. Hietograma da precipitação P[mm] na A6 ................................ 116
APÊNDICE 64. Hietograma excedente em A6 ................................................... 117
APÊNDICE 65. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A6 ............... 118
APÊNDICE 66. Sobreposição dos blocos de caudal em A6 ............................... 119
APÊNDICE 67. Hidrograma de projeto para A6 ................................................. 120
APÊNDICE 68. Dimensionamento do reservatório R6 ....................................... 121
APÊNDICE 69. Hidrograma afluente/ efluente de R6 ........................................ 122
APÊNDICE 70. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A7 .
................................................................................................... 123
APÊNDICE 71. Determinação do hidrograma unitário de A7 ............................ 124
APÊNDICE 72. Hidrograma dos blocos de chuva excedente em A7 ................. 125
APÊNDICE 73. Hietograma da precipitação P[mm] na A7 ................................ 126
APÊNDICE 74. Hietograma excedente em A7 ................................................... 127
APÊNDICE 75. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A7 ............... 128

XXV
APÊNDICE 76. Sobreposição dos blocos de caudal em A7 ............................... 129
APÊNDICE 77. Hidrograma de projeto para A7 ................................................. 130
APÊNDICE 78. Dimensionamento do reservatório R7 ....................................... 131
APÊNDICE 79. Hidrograma afluente/ efluente de R7 ........................................ 132
APÊNDICE 80. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A8 .
................................................................................................... 133
APÊNDICE 81. Determinação do hidrograma unitário de A8 ............................ 135
APÊNDICE 82. Hidrogama dos blocos de chuva excedente em A8 ................... 136
APÊNDICE 83. Hietograma da precipitação P[mm] na A8 ................................ 137
APÊNDICE 84. Hietograma excedente em A8 ................................................... 138
APÊNDICE 85. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A8 ............... 139
APÊNDICE 86. Sobreposição dos blocos de caudal em A8 ............................... 140
APÊNDICE 87. Hidrograma de projeto para A8 ................................................. 141
APÊNDICE 88. Dimensionamento do reservatório R8 ....................................... 142
APÊNDICE 89. Hidrograma afluente/ efluente de R8 ........................................ 143
APÊNDICE 90. Determinação da área, coeficiente CN e perfil de elevação de A9 .
................................................................................................... 144
APÊNDICE 91. Determinação do hidrograma unitário em A9 ........................... 146
APÊNDICE 92. Hidrograma dos blocos de chuva excedente em A9 ................. 147
APÊNDICE 93. Hietograma da preicitação P[mm] na A9 .................................. 148
APÊNDICE 94. Hietograma excedente em A9 ................................................... 149
APÊNDICE 95. Hietograma exc.[mm] sobreposto ao ΔP[mm] de A9 ............... 150
APÊNDICE 96. Sobreposição dos blocos de caudal em A9 ............................... 151
APÊNDICE 97. Hidrograma de projeto para A9 ................................................. 152
APÊNDICE 98. Dimensionamento do reservatório R9 ....................................... 153
APÊNDICE 99. Hidrograma afluente/ efluente de R9 ........................................ 154
APÊNDICE 100. Memória de cálculo do desenvolvimento da função, para
determinação da altura do nível da água do reservatório, a partir do seu volume.............. 155
APÊNDICE 101. Determinação de raiz cubica pelo método de Cardano-Tartaglia-
Ferro ................................................................................................. 159
APÊNDICE 102. Caracterização da rede de drenagem ou analise linear da sub-
bacia hidrográfica Zango-Pelicano ..................................................................................... 160
APÊNDICE 103. Caracterização da rede de drenagem – ordem dos cursos de água
de acordo com Strahler ................................................................................................. 161

XXVI
APÊNDICE 104. Caracterização geométrica da bacia hidrográfica .................... 162
APÊNDICE 105. Analise volumétrica ou características do relevo .................... 165
APÊNDICE 106. Distrito Urbano da Cidade Universitária e o Condomínio
Pelicano delimitados ................................................................................................. 172
APÊNDICE 107. Condomínio Pelicano e o Distrito Urbano da Cidade
Universitária sobrepostos ao modelo de elevação do terreno............................................. 173
APÊNDICE 108. Apresentação da sub-bacia Zango-Pelicano. ........................... 174
APÊNDICE 109. Sub-bacia Zango-Pelicano sobreposta ao mapa base
Googlesatelite, no Qgis ................................................................................................. 175
APÊNDICE 110. Mapa global dos grupos hidrológicos de solo (HSG) ............. 176
APÊNDICE 111. Mapa dos HSG georreferenciado no Qgis............................... 177
APÊNDICE 112. Divisão da sub-bacia Zango-Pelicano em função dos tipos de
cobertura e uso do solo ................................................................................................. 178

ANEXOS ............................................................................................................................... 179

ANEXO A- Coeficiente de escoamento CN do método SCS .............................. 180


ANEXO B- Grupos hidrológicos de solo HSG usados no método SCS ............. 181
ANEXO C- Tabelas para dimensionamento do caudal admissível de canal ....... 182
ANEXO D- Coeficiente de escoamento C do método racional ........................... 183
ANEXO E- Diagrama para escolha do método de determinação do caudal de
projeto .......................................................................................................... 184
ANEXO F- Restrições na capacidade de infiltração no solo ............................... 185
ANEXO G- Áreas contribuintes adequadas para aplicação das medidas de controle
......................................................................................................... 186
ANEXO H- Reservatório ou bacia de detenção na sua variante de infiltração ... 187
ANEXO I- Dispositivos de saída de reservatório ou bacia de detenção .............. 188
ANEXO J- Distribuição da chuva pelo método de Huff (1967) .......................... 189
ANEXO K- Etapas do planeamento da macrodrenagem ..................................... 190
ANEXO L- Descrição das etapas do planeamento da macrodrenagem ............... 191

XXVII
INTRODUÇÃO
“Abril águas mil”, um ditado popular que evidencia o facto, de que em Angola
geralmente chove mais neste mês, é dito para se expressar a alegria que é apreciar este fenómeno
natural, ou para se expressar o sentimento de insegurança e medo, em função das calamidades
produzidas pela chuva em zonas com sistema de drenagem insuficiente ou inexistente.

A vida na Terra sempre teve sua existência dependente das águas superficiais, tanto é
que as primeiras civilizações, em geral se estabeleceram em áreas próximas a rios, como é o
caso dos egípcios que se estabeleceram ao redor do rio Nilo, os babilónicos ao redor dos rios
Tigre e Eufrates, os hindus ao redor do rio Indo e do rio Ganges e os romanos ao redor do rio
Tibre, para satisfazerem as necessidades de abastecimento humano, agricultura, dessedentação
animal e navegação (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 10).

Contudo, a proximidade dessas civilizações aos corpos hídricos, passou a expor a sua
população a perigos promovidos pelas águas pluviais como alagamentos, enxurradas,
inundações e enchentes (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 10). O mesmo acontece com as
cidades nos dias de hoje incluindo a de Luanda, onde a busca por melhores condições de vida
na capital do país, a negligencia de técnicos de construção civil na escolha de locais para
construção e a insuficiência de fiscalização por parte dos órgão competentes do estado, fazem
com que cada vez mais se construa no leito de inundação de cursos de água.

Um dos locais na província de Luanda, onde segundo os moradores ocorrem enchentes


a pelo menos 4 anos é o Condomínio Pelicano, localizado no distrito urbano da Cidade
Universitária no município de Talatona, foi construído de tal modo que intercepta um dos
afluentes do rio Cambamba, o qual é designado no presente trabalho como Zango-Pelicano.
Esse é o estudo de caso do presente trabalho.

Uma vez que a jusante do Condomínio Pelicano também há construções no leito de


inundação do curso de água Zango-Pelicano, sem aumentar também a capacidade de drenagem
do curso de água nesses locais, aumentar a capacidade de drenagem no condomínio Pelicano
estaria apenas a transferir o problema a jusante, assim, faz-se necessário avaliar se o trecho no
interior do Condomínio Pelicano, no seu leito aparente, tem capacidade suficiente para drenar
as água pluviais provenientes da sua área de contribuição, tendo se confirmado que tal não
acontece, faz-se necessário obter uma solução sustentável para o problema.

1
Problema
Insuficiência da macrodrenagem no curso de água Zango-Pelicano no Condomínio
Pelicano, evidenciada pelas ocorrências de transbordo no escoamento das águas pluviais, que
têm causado inundações e enchentes.

Justificativa
No Distrito Urbano da Cidade Universitária, localizado na bacia hidrográfica do
Cambamba, as condições de escoamento superficial pluvial vêm sofrendo modificações devido
ao processo de urbanização, muitas vezes desordenado e o acumulo de resíduos sólidos em
lugares indevidos, causando em alguns casos interrupção, desvios e consequente ineficiência
do sistema de macrodrenagem do referido distrito.

No referido distrito urbano, o percurso das águas pluviais encerra-se naturalmente no


sistema de macrodrenagem constituído pelo rio Cambamba, que recebe contribuições do
escoamento das águas das localidades a sua volta e dos seus afluentes. Contudo, em diversos
trechos desses cursos de água, verificam-se ocorrências de enchentes e inundações
principalmente no período de chuva. Por isso, verificar o sistema de macrodrenagem existente
e sugerir soluções para os problemas apontados neste distrito urbano é tão necessário, podendo
ser este, o ponto de partida da motivação e apoio as autoridades locais, para que estas, tomem
medidas para mitigação dos riscos de inundação e enchentes no Distrito Urbano da Cidade
Universitária.

Objetivo geral
Propor solução para o problema de inundação que ocorre no caso de estudo, após analise
do escoamento das águas pluviais, gerado na área de contribuição do curso de água Zango-
Pelicano e da capacidade de drenagem atual, do seu trecho que atravessa o Condomínio
Pelicano.

Objetivos específicos
• Caracterização da sub-bacia hidrográfica, referente ao curso de água designado
Zango-Pelicano.

2
• Identificar as possíveis causas das enchentes no Condomínio Pelicano, o ponto
critico abordado no presente trabalho.
• Enunciar que medidas de drenagem tomar, para que o risco de ocorrência de
enchente e inundação, bem como os impactos de eventuais ocorrências dos
mesmos sejam minimizados.
• Propor solução para o problema de macrodrenagem em estudo.

Metodologia
O presente trabalho tem como finalidade aplicar os conceitos técnicos disponíveis para
desenvolver soluções que melhorem a condição de saneamento básico dos moradores do
Distrito Urbano da Cidade Universitária, tem objetivo descritivo e exploratório, A abordagem
dos dados é qualitativa e quantitativa, o método da presente pesquisa é o hipotético-dedutivo,
os procedimentos usados para se elaborar o presente trabalho foram os bibliográfico,
documental e o estudo de caso.

3
I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Hidrologia
“Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e
distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua relação com o meio ambiente, incluindo
sua relação com as formas vivas” (Tucci, 1993, p. 25).

Quer a nível global, a nível de uma bacia hidrográfica, como em um sistema ainda menor
o balanço hidrológico pode ser analisado pela sua equação geral, apresentada na Equação 1.

Equação 1 Equação geral do balanço hidrológico (Lousada & Camacho, 2018, p. 51).

∆𝑠
𝑄𝑖 − 𝑄0 = ∆𝑡

Onde:

𝑄𝑖 : Caudal de entrada

𝑄0 : Caudal de saída

∆𝑠: Variação do volume armazenado

∆𝑡: Variação de tempo

1.2. Caracterização da bacia hidrográfica


Uma bacia hidrográfica, é uma área de captação natural da água da precipitação cujo
escoamento, converge para um único ponto de saída (exutório ou ponto de interesse, onde
geralmente é executada a obra hidráulica), devido a delimitação feita pelos divisores de água
(Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 38).

Entre as subdivisões de uma bacia hidrográfica citam-se:

• Sub-bacias: desde 100 km² e 700 km²


• Microbacia: têm drenagem direita, ao curso d’água principal de uma sub-bacia
e área de 100 km2 (Teodoro, Teixeira, Costa, & Fuller, 2007, p. 139).

Tonello, (2005) apud (Teodoro, Teixeira, Costa, & Fuller, 2007, p. 143), caracteriza as
bacias hidrográficas de acordo com 3 fatores que são: característica geométrica, rede de

4
drenagem e características do relevo, porém, as características que mais impacto têm, no
dimensionamento de medidas de controle do escoamento superficial, são as duas primeiras. Nos
apêndices 102, 103, 104 e 105 pode se verificar as restantes características.

1.2.1. Características Geométricas de uma Bacia Hidrográfica

As principais características geométricas de uma bacia hidrográfica são: divisor de água


e Área da Bacia (A).

1.2.2. Características da Rede de Drenagem da Bacia Hidrográfica

As principais características da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica são: ordem


do Curso D´água (0), comprimento da Rede de Drenagem (lt), comprimento do Rio Principal
(L), desnível Máximo do Rio Principal (H), perfil Longitudinal do Rio Principal, declividades
do Rio Principal.

1.3. Sistema de drenagem pluvial


Aos sistemas implementados para evitar e diminuir os danos causados por eventos
chuvosos extremos, tornando assim as cidades sustentáveis e com saneamento ambiental,
chamam-se Sistemas de Drenagem Pluvial (Almeida, Masini, & Malta, 2017).

1.3.1. Classificação da Drenagem pluvial urbana

Os sistemas de drenagem pluvial, podem ser classificados, de acordo com a área sobre
a qual atuam ou ação na bacia hidrográfica em; na fonte, microdrenagem e macrodrenagem
(Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 30).

1.3.1.1. Na fonte

Drenagem que atua sobre o lote, praças e passeios.

5
1.3.1.2. Microdrenagem

É definida por um sistema de condutos pluviais ou canais, nos loteamentos ou na rede


primária urbana. Este tipo de sistema de drenagem, é projetado para atender a drenagem de
precipitações com risco moderado. Impacta sobre áreas inferiores a 2 km2. (Governo do Estado
do Paraná, 2002, p. 30).

1.3.1.3. Macrodrenagem

Envolve os sistemas coletores de diferentes sistemas de micro drenagem. A macro


drenagem, abrange áreas superiores a 4 km2 ou 400 ha, sendo que esses valores, não devem ser
tomados como absolutos, porque a malha urbana pode possuir as mais diferentes configurações
(Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 27).

Os dispositivos hidráulicos que fazem parte da macrodrenagem são: canais,


reservatórios, bacia de detenção, bacia de infiltração, bacia de retenção, bacia de sedimentação,
pólderes, bueiro.

1.3.2. Drenagem sustentável

As soluções de drenagem das cidades nos dias de hoje vão desde as estruturais, como
reforço de coletores e armazenamento, até as descentralizadas na fonte, a este conceito de
soluções, designa-se Sistema Sustentável de Drenagem Urbana (Pires, 2017, p. 5).

Conceções e implementações de um sistema de drenagem sustentável pode se


materializar em; medidas de controlo na origem, incluindo o aproveitamento da água da chuva
e drenagem, dispositivos de infiltração, valas de infiltração, drenos e pavimentos porosos,
pavimento permeável, bacias e lagoas, coberturas verdes.

1.3.3. Dimensionamento do sistema de macrodrenagem de acordo com as soluções


propostas.

1.3.3.1. Planeamento e dimensionamento da macrodrenagem

O processo de planeamento e dimensionamento da macrodrenagem, consiste na


caracterização da bacia, definição dos cenários de planeamento, escolha do risco da precipitação
6
de projetos, determinação da precipitação de projeto, simulação dos cenários de planeamento
com modelo hidrológico, seleção de alternativas de controle, simulação das alternativas de
controle, avaliação da qualidade da água, avaliação económica e seleção da alternativa. A
sequencia dessas etapas, a relação entre elas e as suas descrições, encontram-se nos anexos K e
L respetivamente (Pluviais, 2005, p. 106).

1.3.3.2. Dimensionamento de reservatório para amortecimento de caudal

O amortecimento de caudais através de reservatório, é feito pelo uso do seu volume


disponível, para originar um aumento do tempo de concentração (Vasco, 2016, p. 115).

O dimensionamento de reservatório consiste na: determinação do volume,


caracterização espacial do reservatório e dimensionamento hidráulico dos dispositivos de saída
(Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 107).

Sendo que o caudal limite considerado, pode ser o caudal de pré-impermeabilização da


bacia de contribuição ou a capacidade de drenagem do curso de água a jusante, para a
determinação do volume de amortecimento, que para o (Governo do Estado do Paraná, 2002,
p. 65) é feita pela máxima diferença entre o hidrograma afluente e o efluente, é necessário
segundo (Vasco, 2016, p. 119) a determinação de: caudal afluente, caudal efluente e volume do
reservatório em função do nível da água

No presente trabalho porém, a determinação das alturas do nível de água, em função do


volume armazenado, foi feita através de uma função matemática do 3º grau, que descreve a
relação entre o volume acumulado e a altura do nível de água do reservatório, uma vez que, a
forma escolhida para o mesmo é regular e se pretendeu automatizar os cálculos, este método
está descrito com detalhes no ponto 2.5.1.

O caudal efluente é controlado para não ultrapassar um caudal limite a jusante, a medida
que o caudal afluente for aumentando o volume armazenado no reservatório, este controle, para
além das formas do reservatório, é determinado pelo modo como se dá a saída da água do
reservatório. Os dispositivos de saída podem ser visualizados nas imagens do anexo I.

7
1.3.3.3. Métodos para determinar o amortecimento de cheias por reservatórios

Tendo diferentes níveis de precisão, apresentam-se 3 métodos para a determinação do


volume do reservatório para atenuação do caudal que são:

• Método do hidrograma (Vasco, 2016, p. 120)


• Método do hidrograma triangular (Vasco, 2016, p. 121)
• Dimensionamento hidráulico ou Routing (Canholi, 2015, p. 179 e 180).

A metodologia usada no presente trabalho, é baseada no método Routing com o


diferencial de que, as alterações das dimensões do reservatório, declividade das paredes, e dos
dispositivos de saída, alteram automaticamente o hidrograma efluente, podendo-se assim,
estabelecer um determinado caudal máximo efluente, com mais facilidade e rapidez, como
apresentado por (Wait, 2020), com a desvantagem de que, a função do 3º grau da altura do nível
de água, mencionada no ponto anterior, só se aplica para reservatórios com a mesma forma,
este método está apresentado detalhadamente no ponto 2.5.

8
II. MÉTODOS E MATERIAIS

A metodologia usada para a elaboração do presente trabalho, se constitui na obtenção e


quando necessário elaboração, de mapas topográficos, carta geológica e mapa de caracterização
da bacia hidrográfica relativas ao Distrito Urbano da Cidade Universitária, na coleta de
informações na administração municipal, comissão de moradores e entre moradores do distrito.
Após isso fez-se a avaliação dos caudais e da capacidade de escoamento, das causas concretas
de ineficiência do sistema de drenagem atual, na zona onde se localiza o ponto critico analisado.

2.1. Softwares usados em drenagem urbana


No presente trabalho, foram usados softwares que integram sistemas GIS facilitando
assim, a obtenção e uso de dados topográficos para a criação de mapas, estes softwares são o
Global Mapper, Qgis e o Google Earth.

2.2. Caracterização da bacia


2.2.1. Localização do Distrito urbano da Cidade Universitária

A identificação do ponto critico da drenagem, que se pretendeu dar solução no presente


trabalho, foi feita, por intermédio do vídeo da (TPA Online, 2020) no Youtube apresentada na
Figura 1, entrevistas e coleta de dados efetuadas na Administração Municipal do Talatona, um
desses dados é a sua divisão administrativa, como mostra a Figura 2.

Figura 1 moradores pedem solução Figura 2 foto de uma ilustração tirada na administração
quanto as inundação no Condomínio municipal do Talatona, que mostra a divisão administrativa do
Pelicano em 2020 (TPA Online, 2020). mesmo município, na imagem verifica-se o distrito urbano da
Cidade Universitária na ponta a direita (Administração
Municipal do Talatona, 2021).

9
Foram efetuadas também visitas ao Condomínio Pelicano, bem como nas zonas a
jusante do mesmo, onde foi possível colher informações e dados, relativos ao curso de água que
intercepta o condomínio e às enchentes e inundações naquela zona, entre os dados colhidos
foram feitas fotografias, como é o caso da Figura 4 e da Figura 3.

Figura 3 curso de água que passa no meio do condomínio Pelicano Figura 4 passagem hidráulica do curso de água para o
(Autor, 2021). interior do condomínio Pelicano (Autor, 2021).

2.2.2. Determinação da área A e do coeficiente de escoamento superficial (CN)

Primeiro delimitou-se o Condomínio Pelicano e o Distrito Urbano da Cidade


Universitária, que é onde o referido condomínio está localizado, no Google Earth, conforme
mostra a apêndice 106, a seguir os polígonos das duas delimitações foram exportados em
formato KML, para posterior visualização no Global Mapper.

Por intermédio do Global Mapper, selecionou-se a base de dados de informações de


relevo do solo, SRTM Worldwide Elevation Data (1-arc-second Resolution, SRTM Plus V3)
de 07/02/2021, para a obtenção do modelo digital do relevo do solo, conforme mostra a Figura
5 e o apêndice 107.

Figura 5 seleção da base de dados de relevo do terreno no Global Mapper (Autor, 2021).

10
Uma vez obtido o modelo de elevação digital do terreno, sobrepôs-se as demarcações
em kml feitas no Google Earth, conforme mostra o apêndice 107.

A seguir, gerou-se dentro do Global Mapper, as microbacias hidrográficas a volta da


área em estudo e fez-se a seleção, das linhas de água e microbacias cuja drenagem, passa pela
parede sul do Condomínio Pelicano. Uma vez selecionada essa área, a mesma foi exportada e
aberta no Qgis, onde foi sobreposta à camada do mapa base OpenStreetMap, conforme mostra
o apêndice 108.

Dentro do Qgis, foram então feitas edições a esta camada; foi dividida de acordo com
os diferentes tipos de ocupação e características hidrológicas do solo (HSG). Isto permitiu a
determinação, quer do coeficiente CN (curve number) de escoamento superficial no método
SCS, quer do coeficiente C no método Racional.

Para divisão da área de acordo com os diferentes tipos de ocupação do solo, se sobrepôs
a mesma à camada do mapa base Googlesatelite, como mostra o apêndice 109.

Para se obter informações da característica do solo, relativamente ao seu impacto no


escoamento superficial, na sub-bacia de interesse, importou-se para o Google Earth, uma
camada com o Global gridded hydrologic soil groups for curve number-based runoff modeling
(HYSOGs250m), mapa global dos grupos hidrológicos de solo HSG (hydrologic soil groups),
estes dados são resultado do estudo de (Ross, et al., 2018), apoiado em parte, pela Aeronáutica
Nacional e a Administração Espacial dos Estados Unidos da América, como parte do Programa
de Ciência do Ciclo de Carbono da NASA (Administração Nacional do Espaço e da
Aeronáutica), (ORNL DAAC, 2020).

Os grupos hidrológicos de solo ou HSG apresentados no mapa, são as classes de textura


de solos descritas pelo antigo SCS, hoje U.S. Department of agricultura-Natural Resources
conservation Service (USDA-NRCS), apresentadas no anexo B, representam o potencial geral
do escoamento superficial no solo, é adequado tanto para analises regionais como para analises
continentais, tendo uma precisão de 250 m (ORNL DAAC, 2020).

A seguir no Google Earth, foram feitos 4 pontos em 4 posições diferentes e as suas


coordenadas em UTM anotadas, como mostra o apêndice 110, depois fez-se o
georreferenciamento no Qgis da camada do HYSOGs250m.

Uma vez georreferenciada, a imagem do mapa dos grupos hidrológicos de solo, foi
colocada abaixo da camada das microbacias combinadas, que teve depois a sua opacidade

11
diminuída, como mostra o apêndice 111. É assim que com a camada do mapa base
Googlesatelite e o mapa dos grupos hidrológicos de solo, dividiu-se a área das microbacias
combinadas, de acordo com o tipo de ocupação do solo e os grupos de solo (HSG), como mostra
o apêndice 112.

A seguir, classificou-se cada parcela de terra na tabela de atributos, de acordo com o


tipo de ocupação e o grupo hidrológico do seu solo, como descritos nos anexos A e B, para o
cálculo do valor do coeficiente de escoamento CN do método SCS.

Esta tabela de atributos foi depois exportada, conforme mostra o apêndice 3. Finalmente
acresceu-se; uma coluna onde se atribuiu os valores do coeficiente CN para cada parcela, uma
coluna com a multiplicação CNxA com o somatório de todos valores (∑𝑛𝑖=1 𝐶𝑁𝑖 𝐴𝑖 ) no fim da
mesma, e uma outra coluna em que no fim se calculou a Equação 2, como mostra o apêndice 4.

Equação 2 coeficiente de escoamento CN médio (Pompermayer, 2013, p. 65).

∑𝑛
𝑖=1 𝐶𝑁𝑖 𝐴𝑖
𝐶𝑁𝑚 = 𝐴

onde:

Ai: área de cada parcela de terra

CNi: coeficiente de escoamento Curve Number de cada parcela de terra

A: área total

2.2.3. A determinação do talvegue mais longo e sua declividade

A partir do QGIS, selecionou-se e combinou-se os trechos que fazem parte do talvegue


mais longo, após isso verificou-se o comprimento deste curso de água conforme o apêndice 1.
A seguir, esta linha foi usada para gerar o perfil de elevação a partir do complemento Profile
Tool, para a verificação das elevações do ponto inicial e final do talvegue mais longo da bacia,
conforme mostra o apêndice 2.

Uma vez verificadas as cotas inicial e final do talvegue mais longo, calculou-se a sua
declividade media, a partir da Equação 3.

Equação 3 Declividade (Silveira, 2004, p. 6).

⍙ℎ 𝑚
𝑖= [ ]
⍙𝐻 𝑚

12
onde:

i: Declividade

⍙h[m]: Desnível

⍙H[m]: Comprimento horizontal

Equação 4 Desnível (Teixeira, 2014, p. 42).

⍙h[m] = Ci − Cf

onde:

Ci[m]: Cota inicial

Cf[m]: Cota final

2.2.4. Determinação do Tempo de Concentração (Tc)

O Tempo de concentração foi determinado, pela equação de Kirpich adaptada do Tc


apresentado por Kibler (1982), apresentada na Equação 5, uma vez que das que foram
recomendadas por (Silveira, 2004, p. 20), é a que a faixa de validação, abrange mais
características da bacia em estudo no presente trabalho, uma vez que é recomendada tanto para
bacias urbanas como para bacias rurais, como mostra a Tabela 1.
Equação 5 tempo de concentração Kirpich adaptada do Tc apresentado por Kibler (1982) (Silveira, 2004, p. 7).
𝑇𝑐 = 0,0663 × 𝐿0,77 × 𝑖 −0,385

Onde:

Tc[h]: Tempo de concentração

L[km]: comprimento do talvegue principal

I[m/m]: declividade
Tabela 1 Fórmulas do Tc recomendadas (Silveira, 2004, p. 20).

13
2.3. Determinação do Hietograma de projeto (método do Hidrograma Unitário
do SCS)
2.3.1. Intensidade e distribuição da chuva

2.3.1.1. Intensidade da chuva (I)

A determinação da intensidade de precipitação foi feita pela Equação 6 e os parâmetros


a e b usados, foram extraídos da publicação de (Pombo, 2015) e estão apresentados na Tabela
2.

Equação 6 intensidade-duração-frequência da chuva (Pombo, 2015, p. 40).

I = atb

Onde:

I[mm/h]: intensidade da precipitação

a, b: parâmetros da curva IDF em função do período de retorno escolhido, resultados do


estudo de (Pombo, 2015, p. 40) e apresentados na Tabela 2.
t[min]: tempo de duração

Como t pode ser considerado igual ao Tc, considerou-se no presente trabalho t=tc

Tabela 2 Parâmetros a e b das curvas IDF, baseados nos dados do observatório metereólogo João Capelo (I em mm/h
e t em min) (Pombo, 2015, p. 40).

O período de retorno para chuva de projeto foi selecionado pela Tabela 3.

14
Tabela 3 Período de retorno para sistemas urbanos (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 28).

2.3.1.2. Precipitação total (P)

A precipitação total foi calculada pela Equação 7.

Equação 7 Precipitação Total (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 31)

P[mm]=Ixt

onde:

I[mm/h]: intensidade da precipitação

t[h]: tempo de duração

2.3.1.3. Distribuição da chuva pelo método de Huff

A distribuição da chuva, foi feita pelo método de Huff (1967) citado por (Canholi, 2015,
p. 101). No referido método pode se verificar para cada 5% do Td até 100%, um percentual da
precipitação total, dependendo do grupo ou quartil a que uma determinada chuva pertence,
como mostra a Figura 6 e o anexo J, a escolha do quartil é feita em função da sua duração (Td)
(Reis, 2018).

De acordo com (Canholi, 2015, p. 101), foram desenvolvidos 4 distribuições temporais


para chuvas intensas, com durações superiores a 3 horas para o Estado de Illinois (EUA), para
tal, foram analisados registos de chuvas de 49 postos pluviográficos, em uma área de cerca de
1000 km2. Considerando ¼ da duração total da chuva, de acordo com o instante de maior
intensidade da mesma, estes registos foram então divididos em 4 grupos para os quais, foram
desenvolvidos padrões médios de distribuição temporal.

15
Huff então observou, que as chuvas com tempo de duração menor que 12 h,
encontravam-se em mais de 50% da vezes entre o 1º e o 2º grupo ou quartil, as de duração entre
12 e 24 horas no 3º e as de duração acima de 24 horas no 4º (Reis, 2018).

Assim, uma vez que em projetos de drenagem urbana, as chuvas intensas de curta
duração são as de maior interesse, no Estado de Illinois, recomendou-se a utilização da
distribuição do 1º quartil em projetos de drenagem. Embora tenha se considerado apenas o
Estado de Illinois, essa recomendação, tem sido aplicada pelo mundo afora, por exemplo, nos
estudos hidrológicos do Plano Director da Macrodrenagem da Bacia do Alto Tiete (PDMAT –
DAEE) (Canholi, 2015, p. 101).

Assim, como a duração da chuva de projeto do presente trabalho é inferior a 12 horas


ou seja td<12 h, a distribuição da chuva obedeceu o 1º quartil, como mostra o apêndice 6 desde
a coluna %Tempo até a coluna ΔP, sendo que;

• %Tempo: percentagem do tempo de duração, em cada 5% de tempo.


• 1º Quartil: percentagem de P no 1º Quartil

Equação 8 instante de tempo t[h] correspondente ao percentual (Canholi, 2015, p. 127).

• t[h]=%Tempo*Td,

onde:

t[h]: instante de tempo

Td[h]: tempo de duração

Equação 9 precipitação acumulada no instante (Canholi, 2015, p. 127).

• P[mm] acum.=1ºQuartil*P

Onde:

P[mm] acum: precipitação acumulada num dado instante

P[mm]: precipitação total

Equação 10 aumento da precipitação (Canholi, 2015, p. 127).

16
• ΔP[mm]= Pacum1[mm] – Pacum-1[mm]

Figura 6 gráfico da distribuição temporal da chuva pelo método de Huff (1967) citado por (Canholi, 2015, p. 102).

2.3.2. Hidrograma unitário

De acordo com (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 45), o método do hidrograma
unitário, é um hidrograma determinado considerando uma chuva com duração e intensidade
unitária, sendo o hidrograma unitário sintético do SCS (atual National Resources Conservation
Center) um dos mais simples e mais usados para se estimar o volume escoamento superficial
gerado por um evento de chuva. Os 3 princípios gerais deste método são:

a) Principio da proporcionalidade
b) Principio da superposição
c) Constância do tempo de base

Os elementos deste método estão apresentados a seguir.

2.3.2.1. Duração da chuva (Td) e variação ou discretização do tempo (Δt)

A duração da chuva pode se considerar igual ao tempo de concentração (Governo do


Estado do Paraná, 2002, p. 36), assim no presente trabalho Td[h]=Tc[h].

A discretização do tempo foi determinada pela Equação 11:

Equação 11 variação ou discretização do tempo e duração da precipitação unitária (Reis, 2018).

Δt[h]=5%Td

Onde:

17
Td[h]: tempo de duração

2.3.2.2. Tempo de resposta (Tl)

O tempo de resposta foi calculado pela Equação 12.

Equação 12 Tempo de resposta (Canholi, 2015, p. 122).

Tl[h]= 0,6Tc

onde:

Tc[h]: tempo de concentração

2.3.2.3. Tempo de pico (Tp)

O tempo de pico (Tp) também denominado tempo de ascensão, é o tempo que decorre
até o hidrograma atingir o caudal máximo contado desde o início da precipitação, e é
determinado pela Equação 13 (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47).

Equação 13 Tempo de pico (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47).

Tp[h]= Δt/2 + 0,6 Tc

Onde:

Δt [h]: discretização do tempo

Tc[h]: tempo de concentração

2.3.2.4. Tempo de base (Tb)

Para (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47), é o tempo desde o inicio da precipitação,
até o tempo em que todo o volume precipitado escoa pela secção avaliada e é determinado pela
Equação 14:

Equação 14 Tempo de base (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47).

Tb[h]= 2,67Tp,

Onde:

18
Tp [h]: tempo de pico

2.3.2.5. Caudal unitário de pico (QUP)

De acordo com (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 47), é o caudal de pico do
hidrograma unitário. É determinado pela Equação 15.

Equação 15 Caudal unitário de pico (Canholi, 2015, p. 127).

QUP[m3/sxcm1]=2,08*A/Tp,

Onde:

A[km2]: área

Tp[h]: tempo de pico

2.3.2.6. Hidrograma unitário

Finalmente, traçou-se o hidrograma unitário no Excel, em função do Tp, Tb e QUP


referenciados anteriormente.

2.3.3. Hietograma excedente

O Hietograma excedente, é o gráfico que mostra a distribuição temporal da chuva


excedente ou seja, aquela que gera escoamento superficial.

2.3.3.1. Armazenamento máximo (S) pelo método SCS

Segundo o (Canholi, 2015, p. 111), é a capacidade de armazenamento da água pela bacia


hidrográfica e de acordo com o (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38), é determinada pela
Equação 16.

1
O cm, é apenas a título de representação de que o caudal unitário de pico, é o caudal gerado por uma
unidade de chuva excedente

19
Equação 16 infiltração potencial máxima (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38).

1000
𝑆[𝑚𝑚] = 25,4 × ( − 10)
𝐶𝑁

Onde:
CN: coeficiente curve number de escoamento

2.3.3.2. Abstração inicial (Ia)

Também denominada por perdas iniciais, segundo (Canholi, 2015, p. 112) compreende
a água precipitada intercetada pela vegetação, retida em depressões naturais do terreno,
infiltrada e evaporada antes do início do escoamento superficial. De acordo com o (Governo do
Estado do Paraná, 2002, p. 38), é dada pela Equação 17.

Equação 17 Infiltração inicial (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38).

Ia[mm]= 0,2S

Onde:

S[mm]: armazenamento máximo

2.3.3.3. Tabela de precipitações e hidrogramas triangulares de cada bloco de


precipitação excedente.

Uma vez determinada Ia, elaborou-se uma tabela onde:

Numerou-se cada %Tempo onde Pacum.> Ia, estes blocos representam o escoamento
superficial causado pela precipitação que ocorreu em cada Δt.

A seguir, determinou-se para cada bloco de chuva, qual é a chuva excedente


correspondente, e o caudal de pico do escoamento superficial Qp’ gerado por ele, como mostra
o apêndice 6 desde a coluna Blocos até Qp’, onde se calculou as Equação 18, Equação 19,
Equação 20, Equação 21, Equação 22.

Equação 18 precipitação excedente acumulada ou precipitação efetiva (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 38).

(𝑃𝑎𝑐𝑢𝑚 −0,2S)2
• 𝑃𝑟𝑒𝑐. 𝑒𝑥𝑐. 𝐴𝑐𝑢𝑚. = (𝑃𝑎𝑐𝑢𝑚 +0,8𝑆)

Onde:

20
𝑃𝑟𝑒𝑐. 𝑒𝑥𝑐. 𝐴𝑐𝑢𝑚. [𝑚𝑚]: precipitação excedente acumulada

𝑃𝑎𝑐𝑢𝑚 [𝑚𝑚]: Precipitação acumulada

S[mm]: armazenamento máximo

Equação 19 Hietograma excedente ou variação da precipitação excedente (Canholi, 2015, p. 127).

• Hietograma exc.= Prec.Exc.Acum.Δt - Prec.Exc.Acum.Δt-1

Onde:

Hietograma exc.[mm]: precipitação excedente no Δt atual

Prec.Exc.Acum.Δt[mm]: precipitação excedente acumulada até Δt atual

Prec.Exc.Acum.Δt-1[mm]: precipitação excedente acumulada até Δt anterior

Equação 20 Tempo de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 129).

• Tp’[h]= Tp+t

Onde:

Tp’[h]= tempo de pico do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente

Tp[h]: tempo de pico do hidrograma unitário

t[h]: tempo no instante atual

Equação 21 Tempo de base de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 129).

• Tb’ [h]=Tb+t

Onde:

Tb’ [h]: tempo de base do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente

Tb [h]: tempo de base do hidrograma unitário

Equação 22 Caudal de pico de cada hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente (Canholi, 2015, p. 125).

• Qp’= QUPx Hietograma exc./10

Onde:

Qp’ [m3/s]: caudal de pico, do hidrograma gerado por cada bloco de chuva excedente

QUP [m3/sxcm]: Caudal unitário de pico

21
Hietograma exc. [mm]: precipitação excedente no Δt ou bloco de chuva atual

2.3.3.4. Hietograma excedente

Finalmente foram montados 3 hietogramas no excel apresentados nos apêndices 7, 8 e


9 que são; um hietograma da precipitação, um da precipitação excedente e outro que combina
os dois.

2.4. Determinação do hidrograma de projeto (método do Hidrograma Unitário


do SCS)
2.4.1. Hidrogramas dos blocos

Para a determinação do hidrograma de projeto, determinou-se primeiro o hidrograma


dos blocos, a partir do Tp’, Tb’, Qp’ de cada um e elaborou-se uma tabela para os sobrepor onde
se somou os caudais dos mesmos.

2.4.2. Sobreposição dos blocos

Na tabela de sobreposição, determinou-se para cada 5%Td, qual é o valor do somatório


do caudal de cada bloco naquele instante Qtotal [m3/s], como mostra o apêndice 10.

2.4.3. Hidrograma de projeto

Com o valor do caudal total, Qtotal [m3/s], em cada instante t[h] correspondente,
elaborou-se o hidrograma de projeto, como mostra o apêndice 11.

2.5. Dimensionamento do reservatório de detenção/ infiltração


Uma vez determinado o hidrograma de projeto, partiu-se para o dimensionamento das
características geométricas do reservatório, que tem a forma apresentada no apêndice 100, o
método usado é baseado no Routing obedecendo o principio do balanço hidrológico, como
apresentado por (Wait, 2020), a este método fez-se algumas alterações relativas ao formato do

22
reservatório, porque no exemplo apresentado por (Wait, 2020), o reservatório tem o formato de
prisma quadrangular regular, diferente do formato dos reservatórios propostos no presente
trabalho.

Assim, iniciou-se por copiar as colunas t e Qtotal da tabela de sobreposição dos caudais,
para uma nova tabela no excel, onde se calculou em novas colunas a Equação 23 e Equação 24.

Equação 23 volume afluente ao reservatório durante ∆t (Wait, 2020).

• Va∆t= Qtotalx∆tx3600

Onde:

Va∆t[m3]: volume de água que atravessou a secção de entrada do reservatório durante ∆t

Qtotal [m3/s]: caudal afluente durante o ∆t em analise

∆t[h]: variação do tempo

Equação 24 volume acumulado até o instante atual (Wait, 2020).

• Vacum= Va∆t + Vacum-1 – Vevc∆t-1 – Vei∆t-1,

Onde:

Vacum [m3]: volume acumulado até o atual instante

Va∆t[m3]: volume afluente durante ∆t atual

Vacum-1[m3]: volume acumulado até o instante anterior

Vevc∆t-1 [m3]: volume efluente pelo vertedor de crista durante o ∆t anterior

Vei∆t-1 [m3]: volume infiltrado durante o ∆t anterior

2.5.1. Determinação da altura do nível da água do reservatório a partir do seu volume

Uma vez determinado Vacum em um instante, determinou-se a altura do nível de água


correspondente (hN.A.) em cada ∆t, sendo a forma selecionada do reservatório regular como
mostra o apêndice 100, desenvolveu-se uma função matemática, que permitiu a determinação
de hN.A. de forma automatizada, a partir do volume de água do reservatório (Vacum) no excel.

Essa função foi desenvolvida, a partir do somatório das equações dos volumes das partes
que compõem a forma do reservatório, apresentadas no apêndice 100, esse somatório está

23
apresentado na Equação 25. A função matemática em questão, bem como o modo como dela
se determinou hN.A., está apresentado nos apêndices 100 e 101.

Equação 25 volume de água em função da forma do reservatório (Autor, 2021).

• V= Vpquad+2VPtril +2VPtric +4𝑉𝑝𝑖𝑟𝑎𝑚𝑖𝑑𝑒

Onde:

V[m3]: volume do reservatório

Vpquad[m3]: volume de prisma quadrangular

VPtril [m3]: volume de prisma triangular com comprimento l

VPtric [m3]: volume de prisma triangular com comprimento c

𝑉𝑝𝑖𝑟𝑎𝑚𝑖𝑑𝑒 [m3]: volume de pirâmide obliqua

2.5.2. Volume efluente pelo vertedor de crista

Uma vez automatizado o cálculo de hN.A. para cada Vacum, determinou-se a altura
de água a cima da soleira do vertedor (hN.A.-s), em função da altura (hs) escolhida para a
mesma a partir da Equação 26, determinou-se o caudal efluente pelo vertedor através da
Equação 27 e o volume efluente pela Equação 28.

Equação 26 altura do nivel de água apartir do vertedor de crista (Autor, 2021).

• hN.A.-s= hN.A.-hs

Onde:

hN.A.-s[m]: distancia entre o nível de água e a soleira do vertedor de crista

hN.A.: altura do nível de água

hs[m]: altura da soleira do vertedor de crista a partir do fundo do reservatório

Equação 27 caudal de saída pelo vertedor de crista (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 110)..

3
• Qevc = C𝑑 Lℎ2 ,

Onde:

Qevc [m3/s]: caudal de saída pelo vertedor de crista

24
C𝑑 : coeficiente para vertedor de parede espessa, este valor varia entre 1,55 e 1,71 m,
sendo recomendado 1,66

L[m]=lv: largura do vertedor

h=hN.A-s: distancia entre o nível da água e a soleira do vertedor de crista

Equação 28 volume efluente pelo vertedor de crista (Autor, 2021).

• Vevc∆t =Qevc 𝑥∆𝑡𝑥3600

Onde:

Vevc∆t[m3]: volume efluente pelo vertedor de crista, durante ∆t em analise

Qevc[m3/s]: caudal de saída pelo vertedor de crista

∆t[h]: variação do tempo

2.5.3. Volume efluente por infiltração

2.5.3.1. Capacidade de infiltração (𝑓𝑡 )

A capacidade de infiltração do reservatório, foi calculada por intermédio da equação de


Horton apresentada na Equação 29, a mesma relaciona a capacidade de um solo infiltrar água
em um momento t, 𝑓𝑡 , com os parâmetros capacidade mínima 𝑓0 e máxima 𝑓𝑐 de infiltração.
Para este cálculo, os valores dos parâmetros usados foram extraídos da Tabela 4, em função do
HSG do solo, nos locais onde se propôs os reservatórios.

Equação 29 equação de infiltração de Horton (Farver, 2014, p. 22).

𝑓𝑡 = 𝑓𝑐 + (𝑓0 − 𝑓𝑐 )𝑒 −𝑘𝑡 /1000𝑥3600

Onde:

𝑓𝑡 [m/s]: capacidade de infiltração, em um dado instante t[h]

t[h]: tempo decorrido desde o princípio da precipitação

𝑓0 [mm/h]: capacidade de infiltração inicial (t=0)

𝑓𝑐 [mm/h]: capacidade de infiltração final

25
k[1/h]: constante empírica de diminuição da capacidade de infiltração

Tabela 4 Parâmetros de Horton para cada HSG, analisado em Bluegrass Turf (Terstriep & Stall, 1974, p. 9).

2.5.3.2. Taxa de infiltração (Ti)

Uma vez determinada a capacidade de infiltração num dado instante t[h], determinou-
se a taxa de infiltração, que é o volume de água infiltrado por segundo, pela Equação 30.

Equação 30 taxa de infiltração (Autor, 2021).

Ti= 𝑓𝑡 (Ares)

Onde:

Ti[m3/s]: Taxa de infiltração

𝑓𝑡 [m/s]:Capacidade de infiltração

Ares[m2]: Área da superfície do reservatório

Por motivos práticos, considerou-se que a infiltração se dá na direção perpendicular a


superfície de contacto, assim, sendo que as paredes do reservatório têm a forma de trapézio e
são inclinadas, a área da superfície de infiltração, foi determinada pela Equação 31.

Equação 31 área da superfície de infiltração do reservatório (Autor, 2021).

Ares= Af+Ap
Onde:
Ares[m2]: área das superfícies do reservatório

Af[m2]: área do fundo do reservatório

Ap[m2]: área das paredes do reservatório

Sendo que as paredes do reservatório são inclinadas e têm formato de trapézio como
mostra a Figura 7, a sua área foi determinada considerando a Equação 32, Equação 33, Equação
34, e Equação 35.

26
Equação 32 área da parede no lado l, sabendo que tem formato de trapézio (Gouveia, 2020).

𝐿𝑡𝑟+𝑙𝑡𝑟
• Apl = ℎ′
2

Onde:

Apl: área da parede no lado l

Ltr: base maior da parede no lado l

ltr: base menor da parede no lado l

h’: altura obliqua do trapézio


Figura 7 representação do formato das
Sendo que, Ltr=ltr+2b e paredes do reservatório (Autor, 2021).

𝐶𝑂 𝑏
tgα= 𝐶𝐴 → tgα= ℎ →b=htgα, então:

Equação 33 base maior da parede no lado l (Autor, 2021).

• Ltr=ltr+2htgα

𝐶𝐴 ℎ
Sendo que, cosα=ℎ𝑖𝑝 → cosα=ℎ′, então:

Equação 34 altura obliqua da parede (Autor, 2021).


• h’=𝑐𝑜𝑠α

substituindo a Equação 33 e Equação 34 na Equação 32, tem-se a Equação 35:

ltr+2htgα+ltr ℎ 2(ltr+htgα) ℎ
Apl = → Apl = →
2 𝑐𝑜𝑠α 2 𝑐𝑜𝑠α

Equação 35 área da parede do reservatório no lado l (Autor, 2021).


• Apl = (ltr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α

Considerando analogamente para a parede do lado maior c o que se considerou para a


parede do lado l, sabendo que há 2 paredes de cada uma e substituindo na Equação 31 obteve-
se a Equação 36 para determinar a área da superfície do reservatório.

Equação 36 área da superfície do reservatório (Autor, 2021).

ℎ ℎ
Ares= (lc)+2(ltr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α+2(ctr + htgα) 𝑐𝑜𝑠α

27
2.5.3.3. Volume efluente por infiltração

O volume infiltrado em cada ∆t, foi determinado pela Equação 37.

Equação 37 Volume infiltrado em cada ∆t (Autor, 2021).

• Vei∆t =Ti 𝑥∆𝑡𝑥3600

Onde:

Vei∆t[m3]: volume efluente por infiltração, durante ∆t em analise

Ti[m3/s]: Taxa de infiltração

∆t[h]: variação do tempo

2.5.4. Volume efluente (Ve∆t)

Considerou-se que o volume efluente em cada ∆t (Ve∆t), é o somatório do volume


efluente pelo vertedor de crista e o volume infiltrado, como mostra a Equação 38.

Equação 38 Volume efluente do reservatório de detenção/ infiltração em cada ∆t (Autor, 2021).

Ve∆t = Vei∆t + Vevc∆t

Onde:

Ve∆t[m3]:volume efluente durante ∆t em analise

Vei∆t[m3]: volume efluente por infiltração, durante ∆t em analise

Vevc∆t[m3]: volume efluente pelo vertedor de crista, durante ∆t em analise

Assim se realizou os cálculos no Excel para cada ∆t, considerando que o volume total
efluente do reservatório em cada ∆t é Ve∆t, que foi inserido na Equação 24 que é o Vacum do ∆t
a seguir. Fez-se assim os cálculos apresentados acima, garantindo que se realizaram até a
verificação da diminuição do volume acumulado com o passar do tempo, conforme é possível
verificar dos hidrogramas no apêndice 13.

Uma vez determinado o volume acumulado (Vacum) máximo e a altura do nível de água
(hN.A.) máxima, determinou-se automaticamente as largura L e comprimento C do topo do
reservatório pelas Equação 39 e Equação 40 respetivamente, em função da largura l,

28
comprimento c do fundo e do angulo α indicados no apêndice 100, da altura da soleira do
vertedor hs e da largura do vertedor (lv), inseridos para cada reservatório.

Equação 39 largura L necessária do topo do reservatório (Autor, 2021).

𝐿 = 𝑙 + (2ℎ𝑁.𝐴.𝑚𝑎𝑥 tan ∝)

Equação 40 comprimento C necessário do topo do reservatório (Autor, 2021).

𝐶 = 𝑐 + (2ℎ𝑁.𝐴.𝑚𝑎𝑥 tan ∝)

2.5.5. Condição de dimensionamento

Uma vez que o propósito que se pretende alcançar ao se implementar um reservatório


de detenção/ infiltração é o de retardo e diminuição do caudal de pico afluente ao mesmo, o
dimensionamento foi feito considerando o canal que atravessa o Condomínio Pelicano e a área
adjacente drenada direitamente por ele, como mostra a Equação 41.

Equação 41 condição que se pretendeu satisfazer pela instalação do reservatório (Autor, 2021).

Qevc ≤ Qadm-Q1

Onde:

Qevc [m3/s]: caudal efluente do reservatório pelo vertedor de crista

Qadm[m3/s]: caudal admissível do canal que atravessa o Condomínio Pelicano

Q1[m3/s]: caudal da drenagem pluvial da área adjacente ao canal que atravessa o


Condomínio Pelicano.

2.5.5.1. Caudal efluente Admissível Qadm

O caudal admissível, do canal foi determinada pela fórmula de Manning, apresentada


na Equação 42, uma vez feitas as medições das dimensões geométricas do canal na secção A,
apresentadas no apêndice 17.

Equação 42 caudal maximo do canal pela equação de Manning (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 170).

5/3
1A
𝑚
Q𝑎𝑑𝑚 = 𝑛 𝑃2/3 𝑆 1/2

29
Onde:

Qadm[m3/s]: caudal admissível de um canal

n: coeficiente de rugosidade de Manning, (extraído do anexo C)

Am[m2]: área molhada da secção

P[m]: perímetro molhado

S[m/m]: declividade do canal desde a parede sul do condomínio até a parede norte

Uma vez que a secção transversal do canal tem o formato de trapézio, como se pode ver
no apêndice 17, a sua área molhada Am foi calculada pela Equação 43 e o perímetro molhado P
pela Equação 44.

Equação 43 Area molhada de secção em forma de trapézio (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 169).

𝐴𝑚 = (𝑏 + 𝑧𝑦)𝑦

Onde:

b[m]: fundo da secção do canal

Z[m/m]= ΔH/y

ΔH[m]: projeção horizontal da parede do canal

y[m]: altura da secção transversal do canal

Equação 44 perímetro molhado para secção em forma de trapézio (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 169).

𝑃 = 𝑏 + 2𝑦√1 + 𝑧 2

2.5.5.2. Caudal da drenagem pluvial da área adjacente ao canal do condomínio


pelicano Q1

Uma vez que a área adjacente e por isso drenada direitamente pelo canal que atravessa
o Condomínio Pelicano, é <5 km2, o caudal da drenagem pluvial superficial foi calculado pelo
método racional pela Equação 45.

Equação 45 caudal máximo pelo Método Racional (Almeida, Masini, & Malta, 2017, p. 43).

𝐶𝑚 𝐼𝐴𝑛
Q= 360

30
Onde:

Q[m3/s]: caudal máximo

Cm: média dos coeficientes de escoamento C

I: intensidade de precipitação

An[m2]: área de contribuição considerada

O valor da média do coeficiente de escoamento superficial, Cm foi determinado pela


Equação 46.

Equação 46 coeficiente de escoamento C médio

∑𝑛
𝑖=1 𝐶𝑖 𝐴𝑖
𝐶𝑚 = 𝐴

Onde:

Ai: área da parcela de terra

Ci: coeficiente de escoamento C da parcela de terra

A: área total

A divisão da área em parcelas de terra em função do tipo de cobertura do solo, foi feito
analogamente ao descrito no ponto 2.2.2 sendo que os valores do coeficiente c foram extraídos
do anexo D. Os valores de Cm, das aéreas Ai, bem como a área total A está apresentado no
apêndice 15.

A intensidade da precipitação I foi determinada pela Equação 6 de modo análogo ao


descrito no ponto 2.3.1.1.

O tempo de concentração Tc foi determinado de modo análogo ao descrito no ponto


2.2.4, sendo os dados para o cálculo da declividade e comprimento do talvegue extraídos do
apêndice 15, elaborada de modo análogo ao descrito no ponto 2.2.3.

Assim alterando os valores de c, l, α, altura e largura do vertedor de crista como


apresentados no apêndice 100, que por sua vez determinaram as dimensões L, C, e h do
reservatório, determinou-se quais as dimensões do reservatório de tal modo a que o caudal
efluente pelo vertedor de crista satisfizesse a condição da Equação 41, conforme mostram os
apêndices 12 e 13.

31
2.6. Dimensionamento de reservatórios de detenção/ infiltração para controle
de caudais relativos a drenagem pluvial de cada combinação de
microbacias a montante do ponto critico.
O dimensionamento de reservatórios de detenção, para controle do caudal das águas
pluviais, oriundas de áreas menores e por isso de microdrenagem a montante do Condomínio
Pelicano e espalhadas pela bacia hidrográfica, foi feito de modo análogo ao efetuado no
dimensionamento do reservatório único junto a parede sul, considerado anteriormente, porém
Qlim que é o caudal máximo admissível a qual, cada combinação de microbacias hidrográficas
a montante, poderia contribuir para que o caudal afluente na secção do canal do Condomínio
Pelicano, não ultrapasse o caudal admissível ali, foi determinado conforme descrito abaixo.

2.6.1. Determinação do caudal específico de controle (Qlimesp)

O caudal específico de controle foi determinado pela Equação 47.

Equação 47 caudal admissivel específico

Qlimesp=(Qlim-Q1)/An

Onde:

Qlimesp[m3/sxm2]: caudal admissível específico

Qlim[m3/s]: caudal admissível do canal que atravessa o Condomínio Pelicano

Q1[m3/s]: caudal da drenagem pluvial da área adjacente ao canal que atravessa o


Condomínio Pelicano.

An[m2]: área de cada combinação de microbacias hidrográficas.

2.6.2. Determinação das áreas An e coeficiente CN das combinações de microbacias

A seguir, usou-se a camada da delimitação feita pelo Global Mapper, das microbacias
hidrográficas cuja as águas pluviais afluem para o canal do Condomínio Pelicano, descrita no
ponto 2.2.2, e combinou-se no Qgis as áreas cujo o caudal do escoamento superficial seria
controlado por cada reservatório de microdrenagem e se determinou as áreas An das
combinações, do mesmo modo como se fez para a obtenção da área total.

32
Após a delimitação das áreas de contribuição, selecionou-se os locais onde se propôs
que os reservatórios estivessem localizados, como mostram os apêndices 18 e 19. Uma vez
determinadas as An de todas as combinações de microbacias, determinou-se o coeficiente de
escoamento CN de modo análogo ao descrito no ponto 2.2.2.

2.6.3. Determinação do caudal limite ou de controle de cada combinação de


microbacias hidrográficas Qlim

O caudal que o escoamento superficial das águas pluviais de cada combinação de área,
uma vez controlado pelos reservatórios, não deveria ultrapassar, foi determinado pela Equação
48.

Equação 48 caudal limite para controle do caudal gerado a montante (Autor, 2021).

Qlim=Qlimesp*An

Onde:

Qlim [m3/s]: caudal efluente superficial limite de cada reservatório

Qlimesp[m3/sxm2]: caudal admissível específico

An[m2]: área da combinação de microbacias, cujo caudal nela produzido será controlado
pelo reservatório.

2.6.4. Dimensionamento dos reservatórios de detenção/ infiltração a montante

O dimensionamento dos reservatórios de detenção/infiltração cujo propósito é a


drenagem pluvial das combinações das microbacias hidrográficas a montante do ponto critico
foi feito de modo análogo ao feito no dimensionamento do reservatório único considerado
anteriormente, assim, foi feito o que está descrito nos pontos; 2.2.3 para determinação do
talvegue mais longo, 2.2.4 para determinação do tempo de concentração Tc, 2.3 para determinar
o hietograma de projeto, 2.4 para determinação do hidrograma de projeto e 2.5 para dimensionar
cada reservatório.

33
III. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Constatação e analise do ponto critico e suas causas


O Condomínio Pelicano, conforme se vê no apêndice 106, está localizado no Distrito
Urbano da Cidade Universitária dentro do município de Talatona e foi instituído na nova divisão
político-administrativa da província de Luanda em 2016 no Talatona, que no mesmo âmbito
passou a ser Município, tem uma extensão territorial de 40,57 km2 e uma população estimada
em mais de 359,211 mil habitantes e organizado em 17 bairros, 03 condomínios e seus sectores
(quarteirões) de acordo com o Decreto Presidencial 77/16 (Angola, 2016).

Conforme é possível observar da Figura 2, o referido distrito urbano, faz fronteira com
o município do Kilamba Kiaxi a norte, a sul com o Município de Belas, a leste com o Município
de Viana e a oeste com o Distrito Urbano da Camama e tem as seguintes vias de acesso:

1- Estrada do Calemba II – (á norte) 3- Estrada da Camama (oeste)


2- Via Expressa (à Sul) 4- via projetada da SOMAG (a este)

De acordo com a reportagem da (TPA Online, 2020) e constatações no local, o


Condomínio Pelicano foi construído num canal natural de águas, que faz a drenagem pluvial de
áreas a montante e adjacentes ao mesmo, a fim de não criar obstrução, o canal continua pelo
interior do condomínio, estando o trecho que divide o condomínio em 2 partes revestido de
betão, além da estruturação deste trecho foi também implementada, uma bacia de retenção junto
a parede sul do condomínio, como mostra a Figura 8, para se evitar possíveis inundações e
enchentes.

Figura 8 bacia de retenção junto a


parede sul do Condomínio Pelicano
(Autor, 2021).
Porém, apesar das medidas descritas a cima, o condomínio bem como a área a jusante
do mesmo, sofre com inundações anualmente nos períodos de chuva intensa, a já pelo menos 4
anos, como se pode ver na Figura 9 dentro do condomínio e na Figura 10 a jusante do
condomínio.

34
Figura 9 interior de uma das residências
inundadas no Condomínio Pelicano (TPA
Online, 2020).

Figura 10 inundação a jusante do condomínio pelicano


junto da ponte (Autor, 2021).

Para o administrador do referido condomínio senhor Manuel Bondo, bem como para
alguns moradores como mostra a reportagem da (TPA Online, 2020), os incidentes de
inundação, tiveram inicio devido a construções no leito de inundação e em alguns casos no leito
menor do canal a jusante do condomínio, feitas após a construção do mesmo. Após visitas ao
local, constatou-se a existência destas construções, como mostra a Figura 11.

Figura 11 construção no leito de inundação do curso de água a jusante do Condomínio Pelicano (Autor, 2021).
Por outro lado, para os moradores da área a jusante do condomínio, as construções a
jusante do condomínio no leito do canal, já existiam antes da sua construção, construção esta,
que deu início aos incidentes de inundação e enchentes.

O que se sabe é que, a área da secção transversal do canal disponível, não tem sido
suficiente para drenar a água sem que haja enchente e inundação e que mesmo a bacia de
retenção na parede sul do Condomínio Pelicano, mencionada na reportagem da (TPA Online,
2020) e que se vê na Figura 8, não tem sido suficientemente. Esta segunda constatação, é o

35
ponto de vista abordado no presente trabalho, para dar solução ao problema no ponto critico em
estudo.

3.2. Caracterização da área de contribuição drenada pela secção do canal na


bacia de retenção junto a parede sul do Condomínio Pelicano
Uma vez delimitada a área total de contribuição, cujo caudal da drenagem pluvial se
pretendeu amortecer pela bacia ou reservatório, constatou-se que a mesma é drenada por um
afluente do rio Cambamba, que vai desde o Zango 3, passa pela centralidade do Kilamba, pela
via expressa e o Estádio 11 de novembro, pelo campus da Universidade Agostinho Neto, até
chegar ao Condomínio Pelicano como mostra o apêndice 108 e que ao todo mede 15617,47 ha
como mostra o apêndice 3, por isso foi designada sub-bacia Zango-Pelicano.

Sendo que, a área total de contribuição cujo caudal se pretende controlar é superior a
400 ha, a medida de controlo proposta é de macrodrenagem, de acordo com o que foi
fundamentado no ponto 1.3.1.3. Sendo a área também superior a 30 km2, o método para
determinação do caudal de projeto e consequentemente o coeficiente de escoamento, escolhido
de acordo com o anexo E, foi o do SCS ou Soil Conservation Service.

Como seria de se esperar numa área tão grande, verifica-se diversos usos e tipos de solo,
sendo o coeficiente de escoamento médio CNm 80,163, valor este que pode parecer demasiado
alto se considerarmos somente que o nível de impermeabilização na área de contribuição inteira,
devido a ocupação urbana é baixo, sendo maior parte espaço aberto ou subúrbio com vias de
comunicação não pavimentadas, como pode ser visto no apêndice 109 e apêndice 1. Este
coeficiente de escoamento é alto devido principalmente ao tipo de solo na área, fator que é
levado em consideração no método SCS utilizado para a determinação deste coeficiente de
escoamento, como mostra o ponto 2.2.2.

As analises e cálculos feitos no apêndice 4 conforme explicado no ponto 0,


determinaram que o tipo de solo na área de contribuição inteira, pertence maioritariamente ao
grupo hidrológico HSG C ou seja, são solos com capacidade de infiltração abaixo da média e
teor de argila de 20 a 30 %, isto explica o valor de CNm apresentado a cima, uma descrição
mais detalhada do HSG C bem como dos outros HSG consta no anexo B.

Nos apêndices 102, 103, 104 e 105 estão apresentadas as características lineares,
geométricas e volumétricas da sub-bacia Zango-Pelicano a montante do Condomínio Pelicano.

36
3.3. Caudal de projeto do escoamento superficial gerado na área total de
contribuição
Como já mencionado no ponto anterior, devido ao valor da área total de contribuição, o
método usado para determinar o caudal de projeto do escoamento gerado nela, foi o SCS. Sendo
esse um método mais preciso que o racional, resultou na obtenção da variação do caudal ao
longo do tempo ou seja, no hidrograma de projeto do escoamento superficial gerado na área
total de contribuição, este hidrograma está apresentado no apêndice 11, onde é possível verificar
que o caudal máximo é de 351,185 m3/s.

Um resumo da determinação do caudal do escoamento superficial, das águas pluviais


gerado na área total de contribuição, o qual é escoado pelo canal Zango-Pelicano, que por sua
vez intercepta a parede sul do Condomínio Pelicano, está apresentado na Tabela 5, para mais
detalhes, o hidrograma de projeto inteiro bem como os cálculos para determiná-lo, estão
apresentados nos apêndices 5 até o 11.
Tabela 5 caudal máximo da macrodrenagem da área total de contribuição (Autor, 2021).

i [m/m] CN Tc [min] I[mm/h] A[km2] Qmax[m3/s]


0,0025 80,163 561,724 15,146 156,175 351,185

Como pode ser visto no apêndice 109 e apêndice 1, a bacia de contribuição é urbana
suburbana e em alguns casos rural, assim sendo, a equação selecionada por ser a que melhor
reflete o comportamento do escoamento em bacias com tais características, é a de Kirpich
adaptada por (Silveira, 2004, p. 7) do Tc apresentado por Kibler (1982), como pode ser
verificado na Tabela 1 no ponto 2.2.4.

O período de retorno Tr considerado para a intensidade da precipitação (I) é de 50 anos,


considerou-se o valor mais alto dentro do intervalo indicado na Tabela 3 no ponto 2.3.1.1, e
não o recomendado que é 10 anos, pois assim considerou-se o caso mais desfavorável, uma vez
que quanto maior é o período de retorno maior é I, isto foi feito pelo facto de a área de
contribuição ser muito grande.

Uma vez que, o método SCS para determinação do caudal resulta num hidrograma de
projeto, o mesmo exige que além da determinação da intensidade da chuva (I) se faça a
distribuição temporal, o que no presente trabalho foi feita pelo método de Huff. A duração da
precipitação determinada, para a área em consideração é de 9,4 horas, fazendo com que a
mesma pertença ao primeiro quartil, já que tem duração inferior a 12 horas.

37
Importa mencionar, que o método de Huff considera uma chuva de intensidade alta e
que no primeiro quartil, a qual a chuva aqui considerada pertence, verifica-se a intensidade mais
alta pouco tempo depois do inicio da mesma, isto pode ser melhor verificado no gráfico da
distribuição temporal da chuva, na Figura 6 no ponto 2.3.1.3 e nos apêndices 7 até o 9, bem
como em todos outros hietogramas apresentados nos apêndices.

3.4. Escoamento superficial direito ao trecho do canal no interior do


Condomínio Pelicano
Uma vez que o ponto critico que se pretende solucionar, é o trecho do canal designado
como Zango-Pelicano no interior do Condomínio Pelicano, além do caudal do escoamento que
aflui até ele vindo da área a montante, determinou-se também o caudal do escoamento
superficial gerado na área adjacente, designada por A1, na Tabela 6 pode ser verificado o
resumo destes cálculos, que foram feitos pelo método racional, como indicado no anexo E para
áreas inferiores a 5 km2, a área A1 bem como mais detalhes sobre este cálculo podem ser
verificados nos apêndices 15 e 16.
Tabela 6 caudal de microdrenagem da A1 (Autor, 2021).
i [m/m] C Tc [min] I5[mm/h] A1[km2] Q1max[m3/s]
0,0016 0,427 32,895 48,314 0,667 3,825

3.5. Capacidade de drenagem e caudal admissível do canal Zango-Pelicano


no interior do Condomínio Pelicano
A capacidade de escoamento, do canal designado como Zango-Pelicano no interior do
Condomínio Pelicano foi determinada, considerando as características da secção transversal A,
isso foi feito, para que fosse possível fazer uma comparação, do caudal máximo gerado na área
a montante do canal somado do caudal gerado na área adjacente ao canal, com a capacidade de
escoamento ou caudal admissível do canal que as drena. A determinação do caudal admissível
e a indicação da secção A, foi feita na tabela apresentada no apêndice 17 e resumida na Tabela
7.
Tabela 7 caudal admissível do canal no interior do Condomínio Pelicano (Autor, 2021).
coeficiente largura da
declividade do de altura (Y) base Z das paredes Area vazão admissivel
canal (S)[m/m] rugosidade [m] (b)[m] do canal [m/m] [m2] (Qadm) [m3/s]
0,00132 0,016 1,15 9,06 0,783 11,454 25,2258
Considerando o que está explicado nos pontos 2.5.5 e 3.4, para se saber a capacidade de
escoamento disponível no canal considerado, para escoamento do caudal gerado nas áreas a

38
montante do Condomínio Pelicano, subtraiu-se o caudal gerado na área adjacente designada Q1
ao caudal admissível do canal Qadm, assim, determinou-se que essa capacidade disponível no
canal é de 21,401 m3/s.

3.6. Analise comparativa entre os caudais afluentes desconsiderando o


amortecimento, e o caudal admissível
Uma analise aos caudais afluentes ao canal, já mencionados nos pontos 3.3 e 3.4 e ao
caudal admissível apresentado no ponto 3.5, permite justificar o motivo das ocorrências das
inundações no Condomínio Pelicano, quando há ocorrência de precipitação com período de
retorno de 50 anos, uma vez que só o caudal gerado na área a montante do mesmo, já é de
351,19 m3/s, enquanto que o caudal admissível na secção A apontada no apêndice 17, é de 25,23
m3/s ou seja, menos do que 10 % do caudal afluente.

3.7. Medidas de controle para solucionar o ponto critico em questão


Tendo-se analisado, o ponto critico em questão e a insuficiência da capacidade de
escoamento do curso de água que atravessa o Condomínio Pelicano, concluiu-se que o aumento
da área da sua secção transversal, ou outra solução que acelere o escoamento, embora resolvesse
o problema dentro do condomínio, pioraria o problema a jusante deste.

Assim sendo, entendeu-se que a implementação de medidas de drenagem sustentável,


que visam amortecer o caudal produzido pelas águas pluviais, através de armazenamento e
infiltração, é a solução mais viável para mitigar o problema em questão, entre essas medidas
sustentáveis destacam-se as medidas de controlo na origem, as valas de infiltração, os drenos e
pavimentos porosos, coberturas verdes e as lagoas ou reservatórios de detenção, retenção e
infiltração.

Entre as destacas, selecionou-se o reservatório de detenção/ infiltração, que conta com


vertedor de crista e infiltração pelas superfícies do reservatório, como meios de saída da água,
devido ao facto de que:

• A menor área da combinação de microbacias da área total contribuinte, que é a


A4 é 11,22 km2 ou 1122 ha, como mostra a Tabela 11, sendo que a tabela no
anexo G, indica que para áreas contribuintes maiores do que 40 há, é mais viável
a implantação de reservatórios para controlar o caudal.

39
• A capacidade inicial de infiltração (f0), do HSG do solo predominante na área
de contribuição que é o C, é de 127 mm/h como mostra a Tabela 10, o que de
acordo com a tabela no anexo F, condiciona a implementação de reservatório de
retenção, por outro lado, até a capacidade final de infiltração fc que é 6,4 mm/h,
está dentro do recomendado para implantação de reservatório de detenção, na
sua variante de infiltração.
• A declividade média (i) do talvegue mais longo, na área total de contribuição é
de apenas 0,25 % como apresentado na Tabela 5, assim sendo, a implantação de
reservatório de detenção com descarregador de fundo, contaria com um tubo
demasiado comprido, para alcançar o lado de fora do reservatório a jusante deste.

Importa mencionar, que os reservatórios de detenção/ infiltração propostos, são de fundo


e taludes de solo natural, tendo cobertura vegetal.

3.8. Amortecimento do caudal pelo reservatório de detenção/ infiltração


junto da parede sul do Condomínio Pelicano
Uma vez que, se implementou um reservatório de retenção junto a parede sul do
Condomínio Pelicano a quando da sua construção, com vista a impedir a inundação do mesmo,
não tendo dados precisos da profundidade e da área do mesmo, determinou-se, quais teriam que
ser as dimensões necessárias, de um reservatório de detenção/ infiltração ali implantado, para
que o amortecimento do caudal afluente apresentado no ponto 3.3, fizesse com que o mesmo,
não ultrapassasse a capacidade de escoamento disponível no canal, apresentada no ponto 3.5.

A metodologia para o dimensionamento deste reservatório, está apresentada no


subcapítulo 2.5, o desenho da sua forma está apresentado no apêndice 100, os resultados deste
dimensionamento estão apresentados na Tabela 9, sendo que o caudal efluente do reservatório
superficialmente, se dá somente pelo vertedor de crista, a Tabela 8 confirma que esse caudal
efluente, não ultrapassa o limite da capacidade de escoamento do canal. Os detalhes desse
dimensionamento estão apresentados nos apêndices 12 e 13.
Tabela 8 comparação do caudal efluente pelo vertedor de crista (Qevc) máximo do reservatório e o caudal limite disponível
para escoamento no canal Qlim (em vermelho) (Autor, 2021).

Q maxvertedor
21,37973
[m3/s]
Qlimite devido
21,40057
ao canal a jusante do vertedor [m3/s]

40
Tabela 9 características que o reservatório de detenção/ infiltração teria de ter para amortecer o caudal gerado na area total Atotal a
montante (Autor, 2021).
l [m] 408,3 hs [m] 35,1 α em grau 60 L [m] 541,88 Atopo [m2]424606,8
c[m] 650 lv (m) 2 hNA-smax [m]:
3,461328 C[m] 783,58 Afundo [m2] 265395
tmax[h] vacummaxhNAmax
[m3] [m]
20,68 13189014 38,56133

Ao analisar a Tabela 9, verifica-se que mesmo tendo se aplicado um angulo α de 60º e


se admitido uma altura útil de 38,6 m, a área ocupada pelo reservatório obtida nos cálculos é
demasiado grande, tendo intercetado uma estrada, as dimensões do retângulo superior do
reservatório são de 783,58 m de comprimento e 541,88 m de largura, perfazendo uma área de
424606,81 m2 necessária para sua implantação, pode-se ter uma perceção melhor disso
verificando o apêndice 14.

Importa mencionar, que o reservatório conta apenas com vertedor de crista como
dispositivo de saída, pelo facto da declividade (i) do talvegue mais longo até a saída do
reservatório ser baixa, sendo de apenas 0,25 % como já apresentado na Tabela 5, o que
inviabiliza a aplicação de um descarregador de fundo, em um reservatório com uma
profundidade útil de 38,6 m, já que o tubo do descarregador, teria de ser demasiado comprido
para alcançar o lado de fora do reservatório a jusante deste. Essa condição, verificou-se também
na outra solução proposta, que são os 8 reservatórios propostos, para em conjunto amortecerem
o caudal ao longo de toda bacia de contribuição.

Não contando com descarregador de fundo, além do vertedor de crista, considerou-se


como outra saída da água do reservatório a infiltração, que foi calculada pelo método de Horton.
Uma vez analisados o apêndice 14 e o apêndice 111, verificou-se que o solo no local de
implantação do reservatório calculado neste ponto pertence ao HSG C, assim, os parâmetros
utilizados são os que estão apresentados na Tabela 10, o que satisfaz a condição do mínimo,
que é 2 mm/h segundo (Governo do Estado do Paraná, 2002, p. 44), para que seja viável a nível
desse aspeto, a implementação de um reservatório de infiltração. O que foi referenciado neste
paragrafo, aplicou-se também ao dimensionamento dos outros reservatórios.
Tabela 10 parâmetros para a equação infiltração de Horton usada no dimensionamento dos
reservatórios de detenção/ infiltração (Terstriep & Stall, 1974, p. 9).

tipo de solo
Cc
fc[mm/h] 6,4
f0[mm/h] 127
k[1/h] 2

41
No hidrograma afluente/ efluente deste reservatório, apresentado no apêndice 13, pode
se verificar visualmente os hidrogramas de entrada e de saída do reservatório que por sua vez,
representam a infiltração e o escoamento pelo vertedor de crista, sendo as dimensões do
vertedor de crista (hs, lv) e do reservatório em si (l, c, α), estabelecidas de tal modo que, o
escoamento superficial efluente do reservatório, não ultrapassasse a capacidade de escoamento,
do canal a jusante que atravessa o Condomínio Pelicano.

3.9. Dimensionamento dos reservatórios propostos ao longo da área de


contribuição inteira
Sendo que, considerando apenas um reservatório para amortecer o caudal gerado na área
de contribuição a montante do Condomínio Pelicano, o dimensionamento resulta num
reservatório com dimensões grandes demais, como apresentado nos pontos 3.8 e 3.10, optou-
se por se propor uma outra solução que é, ao invés de apenas 1 reservatório, amortecer o caudal
através de 8 reservatórios de detenção/ infiltração ao longo de toda área de contribuição, como
explicado no ponto 2.6. As localizações propostas para estes reservatórios, bem como as áreas
cujos caudais se pretendeu controlar por intermédio deles, estão apresentadas nos apêndices 18
e 19.

Para dimensionar os 8 reservatórios de detenção/ infiltração denominados R2, R3, R4,


R5, R6, R7, R8 e R9, primeiro determinou-se qual é o caudal que cada m2 da área total de
contribuição a montante, poderia contribuir até o canal do Condomínio Pelicano, de tal maneira
que o caudal contribuído pela área total não ultrapassasse a capacidade disponível neste canal,
esse limite foi denominado caudal limite especifico (Qlimesp) e está melhor detalhado no ponto
2.6.1.

Sendo que, a área a ser drenada é de 156174740 m2 e a capacidade disponível no canal


no interior do Condomínio Pelicano para o fazer é de 21,401m3/s, como já apresentado no ponto
3.5, o valor de Qlimesp obtido foi de 1,37E-07 m3/sm2. Assim sendo, dimensionou-se os
reservatórios de tal modo a que o caudal efluído deles pelo vertedor de crista, não ultrapassasse
o caudal limite (Qlim) de cada área, que por sua vez foi determinado conforme explicado no
ponto 2.6.3, os valores do caudal limite (a vermelho) para cada reservatório, o caudal máximo
efluente pelo vertedor de crista, bem como um resumo das característica de cada um, está
apresentado nas Tabela 12 e Tabela 13, mais detalhes estão apresentados nos apêndices desde
o 20 até o 99.
42
A Tabela 11, apresenta um resumo da determinação do hidrograma de projeto para cada
reservatório e apresenta, o caudal máximo gerado em cada área, em função da chuva de projeto
considerada, cuja intensidade foi determinada considerando um período de retorno de 10 anos.
A separação da área total em combinações de microbacias hidrográficas, pode ser verificada no
apêndice 18.
Tabela 11 caudal de projeto a ser amortecido pelos reservatórios correspondentes a cada combinação
de microbacias hidrograficas (Autor, 2021).

i [m/m] CN Tc [min] I10 [mm/h] A[km2] Qmax[m3/s]


A2 0,0009 83,103 293,652 18,878 23,01 57,371
A3 0,003438 77,31833 152,65 23,6377 13,73 22,1558
A4 0,006961 80,20187 109,44 28,55562 11,22 22,45062
A5 0,006269 81,22526 127,90 26,1358 14,64 30,93024
A6 0,001529 78,36306 308,51 18,11833 21,42 42,07918
A7 0,007149 81,75415 115,50 27,69524 19,57 43,33402
A8 0,006779 80,30093 145,83 24,25918 28,78 56,3655
A9 0,006402 78,45172 169,59 22,26596 23,81 40,8167
Tabela 12 dimensões de cada reservatório (em azul estão as variaveis ajustaveis) (Autor, 2021).
Actrl l[m] c[m] 𝐴 2
𝑢𝑛𝑑𝑜 [𝑚 ] L[m] C[m] 𝐴 𝑡𝑜𝑝𝑜 [𝑚2 ] hNAmax[m] α[grau] vacummax[m3]
R2 A2 291,3 450 131085 318,89 477,59 152300,33 7,97 60 1127592,23
R3 A3 181,0 320 57920 193,73 332,73 64461,13 3,68 60 224811,22
R4 A4 132,1 250 33025 148,03 265,93 39364,74 4,60 60 166228,87
R5 A5 198,5 300 59550 213,10 314,60 67040,34 4,21 60 266585,83
R6 A6 259,5 450 116775 283,47 473,97 134355,76 6,92 60 868167,58
R7 A7 198,5 328 65108 215,34 344,84 74258,10 4,86 60 338528,82
R8 A8 247,5 410 101475 265,24 427,74 113453,48 5,12 60 550053,88
R9 A9 212,1 410 86961 229,38 427,28 98009,11 4,99 60 461080,34
Tabela 13 comparações do caudal máximo efluente pelo vertedor de crista de cada reservatório e o caudal limite
disponível para os escoar (em azul estão as variaveis ajustaveis) (Autor, 2021).
R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9
hs[m] 7 3 4 3,5 6 4 4 4
lv[m] 2 2 2 2 2 2 2 2
hNA-smax[m] 0,97 0,68 0,60 0,71 0,92 0,86 1,12 0,99
Qmaxvert[m3/s] 3,15 1,84 1,54 2,00 2,93 2,65 3,94 3,26
Qlim [m3/s] 3,15 1,88 1,54 2,01 2,93 2,68 3,94 3,26

3.10. Comparação da solução com um reservatório no local onde hoje está


localizado o reservatório de retenção e a solução que considera os 8
reservatórios
Analisando o ponto 3.9, podemos ver que todos reservatórios propostos ao longo da área
total da bacia de contribuição, conseguiram amortecer o caudal gerado na área, a qual se
pretendeu controlar o caudal por seu intermédio, até um valor abaixo do caudal limite

43
correspondente e como seria de se esperar, tendo dimensões consideravelmente inferiores em
relação a solução do reservatório único, apresentado no ponto 3.8.

Uma das maiores limitações, para a implementação de reservatórios para amortecimento


do caudal das águas pluviais, é a indisponibilidade de área, uma vez na maioria das vezes a
ocupação urbana prioriza residências, edifícios e vias de comunicação. Além disso,
reservatórios muito profundos apresentam risco de desabamento das suas paredes.

Assim, o amortecimento do caudal do escoamento gerado por uma área total tão grande,
como a considerada no presente trabalho, é mais viável se feito por vários reservatórios ao invés
de apenas 1, onde se obteve um valor da altura útil de 38,6 m e uma área ocupada de 424606,81
m2, o que como se pode ver no apêndice 14 é demasiado grande, tendo inclusive intercetado
uma estrada.

Por outro lado, a solução que considera 8 reservatórios tem como o maior deles, o que
corresponde a A2 designado como R2, cuja a dimensão da altura útil é de 8 m e a área ocupada
152300,3 m2, como se pode ver na Tabela 12, sendo como seria de se esperar,
consideravelmente inferior ao da solução que considera apenas um reservatório. isso confirma
que a aplicação de medidas de controle e amortecimento do caudal, são mais viáveis se
aplicadas mais próximo do local, onde o escoamento que se pretende que ele controle é gerado.

44
CONCLUSÃO
Depois de concluído o trabalho pode-se afirmar que:

• Uma vez caracterizada a sub-bacia de contribuição em estudo, com ajuda de


softwares de SIG (sistemas de informação geográfica), identificou-se que é
drenada pelo afluente do rio Cambamba designado no presente trabalho de
Zango-Pelicano, tem uma área de 15617,47 há, perímetro de 123791,2 m,
comprimento do curso de água mais longo de 31181,09 m, número máximo de
ordem na bacia de 4, número de linhas de água de 1ª ordem de 107, cota da
nascente de 152 m, cota da secção de definição 73 m, declividade média 0,25%,
o solo predominante pertence ao HSG C e o coeficiente de escoamento médio
(CNm) é de 80,163, mais características estão apresentadas nos apêndices 102,
103, 104, 105.
• Entre as causas das enchentes encontradas na sub-bacia, pode-se referenciar a
ocupação urbana descontrolada, que muitas vezes leva a construção em leitos de
cursos de água ou mesmo em cima de cursos de água, como é o caso de estudo,
o que acarreta consequências graves, como enchentes e inundações e
consequentes perdas materiais.
• Para mitigar as enchentes e inundações, sugere-se as autoridades locais, a
implantação do conjunto de 8 reservatórios de detenção/ infiltração,
referenciados no ponto 3.9, que podem ajudar a controlar os caudais gerados por
chuvas, com TR de 10 anos e uma duração menor que 12 horas.
• Após aplicação de conceitos matemáticos, hidráulicos e hidrológicos
apresentados no capitulo Métodos e Materiais em cálculos no excel, obteve-se
as dimensões dos 8 reservatórios propostos apresentadas nas Tabela 12 e Tabela
13.

45
RECOMENDAÇÕES
Uma vez terminado o trabalho, deixam-se como recomendações:

• Considerar em futuros trabalhos, o efeito da evapotranspiração na analise dos


cálculos desenvolvidos no presente trabalho.
• Considerar em futuros trabalhos, modelos de infiltração mais precisos do que o
de Horton, que levem em conta não só a perda da capacidade de infiltração, mas
também a sua recuperação em função do tempo, para se estimar a taxa de
infiltração.
• Uma caracterização pormenorizada, dos tipos de solo de cada município da
província de Luanda e não só, relativamente ao seu impacto no escoamento
superficial, uma vez que esta informação é fundamental na implementação de
soluções de drenagem sustentável.
• Identificar as zonas de risco de enchente e controlar de forma continua e
eficiente, com utilização de instrumentos de fiscalização e com auxilio de planos
diretores, construções anárquicas impedindo assim construções em leitos de
cursos de água.
• Implementação de leis, que visam controlar o nível de impermeabilização do
solo e o aumento do caudal nos cursos de água, causados pela implantação de
empreendimentos e ocupação urbana em geral.
• Implementação de sistemas de tratamento de água a montante dos reservatórios,
a fim de diminuir a poluição do escoamento superficial.
• Manutenção e limpeza periódica aos reservatórios em caso de implementação,
para evitar maus odores e geração de mosquitos oriundos da água no seu interior.
• Alocar os reservatórios propostos no presente trabalho, tendo em conta o aspeto
paisagístico e urbanístico, das áreas contiguas aos locais onde foram propostos,
bem como, compatibiliza-los ao Plano Diretor de Drenagem Pluvial de Luanda.
• Implementar medidas de segurança, que controlem o acesso da população em
geral aos reservatórios propostos no presente trabalho, caso os mesmos sejam
implantados.

46
BIBLIOGRAFIA
Almeida, G. H., Masini, L. S., & Malta, L. R. (2017). Hidrologia e Drenagem. Londrina - PR:
Educacional S.A.

Andrade, D. (s.d.). Determinando raízes da equação polinomial de terceiro grau. Cálculo


diferencial e integral - um kit de sobrevivência. Maringá, Paraná, Brasil. Obtido em 17
de Junho de 2021, de Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática:
http://www.dma.uem.br/kit/calculo-e-pre-calculo/terceirograu.pdf

Angola. (14 de Abril de 2016). Decreto presidencial nº 77/16. Diário da República. Obtido em
15 de Maio de 2021, de DW - Development Workshop:
https://dw.angonet.org/forumitem/decreto-presidencial-na-77-16-rga-os-do-governo-
da-prova-ncia-de-luanda

Canholi, A. P. (2015). Drenagem urbana e controle de enchentes (2ª ed.). São Paulo, Brasil:
Oficina de Textos. Obtido em 10 de Maio de 2021, de
https://3lib.net/book/13819591/313425

Chow, V. T. (1962). Hydrologic determination of waterway areas for the design of drainage
structures in small drainage basins. University of Illinois. Engineering Experiment
Station. Bulletin ; no. 462. Illinois, Estados Unidos da America: University of Illinois
at Urbana Champaign, College of Engineering. Engineering Experiment Station. Obtido
em 27 de Junho de 2021, de http://hdl.handle.net/2142/4137

Damascena, K. F. (Realizador). (2020). Revisão Hidrologia - Unidade 1 - Hipsometria e Curva


Hipsométrica [Filme]. Obtido em 10 de Junho de 2021, de
https://www.youtube.com/watch?v=8Ff9l95Fx9Y

Dias, F. S., & Antunes, P. T. (22 de Dezembro de 2010). ESTUDO COMPARATIVO DE


PROJETO DE DRENAGEM CONVENCIONAL E SUSTENTÁVEL PARA
CONTROLE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM AMBIENTES URBANOS.
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Obtido em 30 de Março de 2021, de
Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (DRHIMA), Universidade
Federal do Rio de Janeiro (POLI/UFRJ):
http://drhima.poli.ufrj.br/images/documentos/tcc/2010/fernandan-spitz-dias-2010.pdf

Farver, D. A. (Dezembro de 2014). Development of a Hydrologic Model for an Urban


Headwater Stream: The Influence of Pervious Surface Properties on Runoff Dynamics.

47
Fayetteville, Arkansas, United States of America. Obtido em 10 de 06 de 2021, de
https://scholarworks.uark.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=3599&context=etd

Gouveia, R. (4 de Novembro de 2020). Geometria. Obtido em 5 de Março de 2021, de Toda


Materia: https://www.todamateria.com.br/area-e-perimetro/

Governo do Estado do Paraná. (Dezembro de 2002). MANUAL DE DRENAGEM URBANA


Região Metropolitana de Curitiba- PR. Curitiba, Paraná, Brasil. Obtido em 20 de Março
de 2021, de
http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/pddrenagem/volume6/mdu_versao01.
pdf

Guimarães, R. C. (2012). Capitulo 2 - Bacia Hidrográfica. Évora, Portugal: ECT, ICAAM,


Universidade de Évora. Obtido em 15 de Agosto de 2021, de
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/7988/1/Capitulo_2_Bacia_Hidrogr%C3
%A1fica.pdf

Lousada, S. A., & Camacho, R. F. (2018). Hidrologia, Recursos Hídricos e Ambiente: aulas
teóricas (1ª ed.). Madeira, Portugal: Universidade da Madeira. Obtido em 30 de Julho
de 2021, de https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/2132/1/HRHA%20-
%20Aulas%20Te%C3%B3ricas%20-%20Vol.%20I.pdf

ORNL DAAC. (22 de Abril de 2020). User guide. Obtido em 07 de Maio de 2021, de Oak
Ridge National Laboratory Distributed Active Archive Center (ORNL DAAC) for
Biogeochemical Dynamics:
https://daac.ornl.gov/SOILS/guides/Global_Hydrologic_Soil_Group.html#datacharact

Pires, B. M. (junho de 2017). CARACTERIZAÇÃO DE BACIAS DE RETENÇÃO NO


ALGARVE. Algarve, Portugal. Obtido em 11 de Fevereiro de 2021, de
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/10118/1/Dissertacao-Mestrado-Eng-
Civil_Bruno-Pires_2017-06.pdf

Pluviais, P. M.–D. (setembro de 2005). Plano Diretor de Drenagem Urbana: Manual de


Drenagem Urbana. VI. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Obtido em 21 de
Novembro de 2020, de https://www.docsity.com/pt/manual-de-drenagem-ultima-
versao/4815026/

Pombo, S. M. (2015). Curvas IDF para a província de Luanda. Revista Agua e Desenvolvimento
Sustentavel, pp. 35-40.
48
Pompermayer, R. C. (21 de Junho de 2013). Modelagem hidrológica: técnicas de
geoprocessamento aplicadas ao modelo SCS Soilcon Servation Service Curve Number.
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: Universidade Federal de Minas Gerais. Obtido
em 15 de Maio de 2021, de http://hdl.handle.net/1843/IGCM-9QEM87

Reis, F. (2018). metodo-de-huff. Obtido em 10 de Junho de 2021, de web site do hidromundo:


http://www.hidromundo.com.br/metodo-de-huff/

Ribeiro, A. G. (s.d.). matematica. Obtido em 2 de Junho de 2021, de mundo educação do UOL:


https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/formulas-para-calculo-volumes.htm

Ross, C., Prihodko, L., Anchang, J., Kumar, S., Ji, W., & Hanan, N. (2018). Global Hydrologic
Soil Groups (HYSOGs250m) for Curve Number-Based Runoff Modeling. (O. R. ORNL
DAAC, Ed.) Tennessee, USA. Obtido de https://doi.org/10.3334/ORNLDAAC/1566

Sá, L., Almeida, M., Freire, P., & Tavares, A. (2016). GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO
- DOCUMENTO DE APOIO A BOAS PRÁTICAS. (A. N. Catástrofes, Ed.) Carnaxide,
Lisboa, Portugal. Obtido em 12 de Fevereiro de 2021, de Researchgate:
https://www.researchgate.net/profile/Maria-Almeida-
47/publication/309201134_Gestao_do_risco_de_inundacao_Documento_de_apoio_a_
boas_praticas/links/5804d3e008aee314f68e0702/Gestao-do-risco-de-inundacao-
Documento-de-apoio-a-boas-praticas.pdf

Silveira, A. L. (30 de Março de 2004). Desempenho de Fórmulas de Tempo de Concentração


em. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 10(1), pp. 5-23. Obtido em 04 de
Julho de 2021, de https://abrh.s3.sa-east-
1.amazonaws.com/Sumarios/29/9065c5e8a3333d5348b9babd06aaa510_7aad3403a56
02667b67dfbb7c3cbd16a.pdf

Taquara/RS - Brasil. (Nov de 2018). LEI Nº 6131, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2018. limitação


de vazão de águas pluviais nos empreendimentos e parcelamentos de solo urbano que
resultem em superfície impermeável.

Teixeira, S. N. (2014). SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA: ESTUDO DE CASO PARA


A MACRODRENAGEM DO MUNICÍPIO DE ARCOS-MG. Formiga, Minas Gerais,
Brasil. Obtido em 30 de Janeiro de 2021, de
https://repositorioinstitucional.uniformg.edu.br:21074/xmlui/bitstream/handle/123456

49
789/271/Monografia-TCC%20-
%20Suzane%20Naiara%20Teixeira.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Teodoro, V. L., Teixeira, D., Costa, D., & Fuller, B. B. (2007). O CONCEITO DE BACIA
HIDROGRÁFICA E A IMPORTÂNCIA DA CARACTERIZAÇÃO
MORFOMÉTRICA PARA O ENTENDIMENTO DA DINÂMICA AMBIENTAL
LOCAL. REVISTA UNIARA, n.20, 2007(20), pp. 137-157. Obtido em 02 de 05 de 2021,
de https://www.uniara.com.br/legado/revistauniara/pdf/20/RevUniara20_11.pdf

Terstriep, M. L., & Stall, J. B. (1974). The Illinois Urban Drainage Area Simulator ILLUDAS,.
ILLINOIS, Estados Unidos de America. Obtido em 10 de Junho de 2021, de
https://www.semanticscholar.org/paper/The-Illinois-Urban-Drainage-Area-
Simulator%2C-ILLUDAS-Terstriep-
Stall/54b84f77460a3a6ad8d99e88e886c875e99733f6

TPA Online (Realizador). (2020). Condomínio Pelicano - Moradores pedem ao proprietário


solução urgente [Filme]. Obtido em 18 de Maio de 2020, de
https://www.youtube.com/watch?v=wOLgI2dY7zA&t=1s

Tucci, C. E. (1993). Hidrologia CIENCIA E APLICAÇÃO. Obtido em 28 de Setembro de 2020,


de
https://www.academia.edu/23877127/Hidrologia_Ci%C3%AAncia_e_Aplica%C3%A
7%C3%A3o_4a_Ed_Carlos_Tucci_CAP

Vasco, J. R. (Dezembro de 2016). Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável. Lisboa,


Portugal. Obtido em 15 de Abril de 2021, de http://hdl.handle.net/10400.21/7168

Wait, I. (Realizador). (2020). CE 433 - Class 8 (31 Jan 2020) Storm Detention Pond Sizing
with MS Excel [Filme]. Obtido em 02 de Junho de 2021, de
https://www.youtube.com/watch?v=qTyzvf0vAc0

50

Você também pode gostar