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Franscalina Munguambe2021131186
No âmbito do Direito, a lei é uma regra tornada obrigatória pela força coercitiva do
poder legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deveres numa
comunidade. As leis são normas produzidas pelo Estado, são emanadas do Poder
Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República.
a) Interpretação autêntica é uma interpretação que é feita pelo próprio órgão que
criou a norma (não pode ser feita por um órgão de hierarquia inferior) e deve
assumir a mesma forma de acto que a utilizada na produção da norma que ora se
interpreta
b) Interpretação doutrinal é uma interpretação feita por especialistas e técnicos
de Direito, como os magistrados, juristas, assim como pelos tribunais, fazendo
uso da doutrina e da ciência jurídicas.
Esta, em sua manifestação infinita, cria a todo instante situações que o legislador não
lograra fixar em fórmulas legislativas. Pode ocorrer que ao julgar determinada questão o
juiz não encontre no ordenamento jurídico a solução legislativa adequada. Houve época
em que, na falta de disposição legal aplicável ao caso concreto, o juiz abstinha-se de
julgar. Hodiernamente, tal solução não mais se admite, sob pena de remanescerem
questões sem pronunciamento definitivo.
3.Aplicação da Lei
Nascimento e morte da lei penal. Aplicar a lei é, logo após a interpretação, utilizá-la em
cada caso concreto. A aplicação da lei compete a diversos órgãos estatais (como polícia
e Ministério Público), mas é, fundamentalmente, uma atribuição do Poder Judiciário,
que a realiza por meio da sentença penal, geralmente condenatória ou absolutória. Para
isso, devem ser considerados, ao menos, três factores:
Excepção: leis penais mais favoráveis ao réu, que são ultra-ativas e retroactivas;
A revogação das leis pode ainda ser total ou parcial, conforme a lei nova tiver alterado
global ou parcelarmente a lei anterior, respectivamente. Uma e outra destas formas de
revogação podem ser, igualmente, expressas ou tácitas. A revogação total também
costuma designar-se por ab-rogação, enquanto a revogação parcial chamar-se de
derrogação.
Neste caso, presume se que ficam ressalvados os efeitos já produzidos pelos factos que
a lei se destina a regular. Resumindo, distinguem-se três posições doutrinárias acerca da
possibilidade de retroacção dos efeitos das leis:
b) A posição de irretroactividade absoluta, que defende que a lei não pode reger para
actos anteriores, visto que acarretaria insegurança, incerteza, instabilidade e caos na
vida social;
c) A posição ecléctica, que considera que normalmente a lei deve aplicar se a factos
futuros mas, em determinadas circunstâncias e sob certas condições, pode reger não só
os actos posteriores como também factos ou situações anteriores à sua aprovação ou
aplicação. Em termos doutrinais, as leis processuais seguem o princípio geral da
irretroactividade, devendo, porém, distinguir-se os casos:
RECASENS SICHES, LUIS, Panorama del Pensamiento Jurídico en el Siglo XX”, Ed.
Porrua, México, Tomo II, 1963.