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Henrique Santillo
Legislação Especial para Polícia Penal de Minas Gerais (PP MG) Aula 02
Sumário
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826/2003) 3
INTRODUÇÃO 4
Conceitos 7
“Armas de Brinquedo” 10
CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO DESARMAMENTO 12
Posse Irregular de Arma de Fogo de Uso Permitido (art. 12) 26
Omissão de Cautela (art. 13) 27
Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido (art. 14) 29
Disparo de Arma de Fogo (art. 15) 36
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito (art. 16) 39
Comércio Ilegal de Arma de Fogo (art. 17) 47
Tráfico Internacional de Arma de Fogo (art. 18) 49
Disposições Comuns aos Crimes de Comércio Ilegal de Armas de Fogo (art. 17) e de Tráfico Internacional de Armas de
Fogo (art. 18) 50
Causa de Aumento de Pena (Art. 20) 54
Liberdade Provisória (art. 21) 56
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS 58
LISTA DE QUESTÕES 60
GABARITO 118
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Contudo, selecionei uma bateria de questões de bancas com o estilo semelhante ao da nossa,
combinado?
Pensando exclusivamente no seu desempenho, sugiro que dê mais atenção aos seguintes pontos:
TÓPICOS IMPORTANTES
→ Requisitos e Condições Para a Posse e o
Porte de Arma de Fogo
→ Disparo de Arma de Fogo
→ Posse X Porte Ilegal de Arma de Fogo
Por fim, não vamos esgotar todos os dispositivos da Lei nº 10.826/03: selecionei aqueles que mais importam
para a sua prova!
Vem comigo?!
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Introdução
Você já imaginou se no Brasil fosse possível qualquer pessoa com mais de 21 anos andar armada nas ruas,
nos bares, no trabalho, em festas, nos carros?
SIM, caro aluno, essa já foi a realidade do Brasil, pois até o ano de 2003 era perfeitamente possível comprar
uma arma de fogo em lojas de fácil acesso à população, as quais ofereciam registro grátis das armas e condições
facilitadas para a sua aquisição:
Contudo, alguns estudiosos da época relacionaram a maior difusão das armas de fogo com o aumento de
taxas de homicídio por habitantes em nosso país: segundo estudo feito pelo IPEA2, em 1983, o Brasil tinha 14
homicídios por 100.000 habitantes, ao passo que em 2003, foram registrados incríveis 36,1 assassinatos para cada
100.000.
1
Imagem disponível em https://jornalggn.com.br/crise/na-epoca-do-porte-de-arma-legal-homicidios-cresciam-8-ao-ano-no-
brasil/
2
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é uma fundação pública federal que elabora atividades de pesquisa
com a finalidade de oferecer suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação/reformulação de
políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros.
Caso tenha curiosidade, você poderá conferir o relatório completo neste link:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/mapaarmas.pdf
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Minha nossa! Consegue perceber o aumento vertiginoso dos homicídios envolvendo armas de fogo? Diante
desse quadro, muitos fizeram o seguinte questionamento:
Somente podem portar armas, carregando-as consigo em qualquer lugar, integrantes das Forças
Armadas, policiais civis, militares, federais e rodoviários federais, agentes de inteligência, agentes e
guardas prisionais, auditores fiscais e agentes de segurança privada em serviço.
3
Gráfico extraído em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/150825_cerqueira_armas_e_crimes.pdf
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O civil que tiver obtido a permissão para possuir armas deverá deixá-las em casa, ou no local de
trabalho.
Confere aí:
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei
nº 10.884, de 2004)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido
de autorização do Sinarm.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-
se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº
13.870, de 2019)
Art. 6º, § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva
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Conceitos
Antes de efetivamente entrarmos no estudo dos crimes em espécie contidos no ED – tópico realmente
relevante para a nossa prova – eu vou te apresentar alguns conceitos para facilitar a sua compreensão!
Arma é qualquer objeto que tem por objetivo causar dano, permanente ou não, a seres vivos e
coisas.
Isso aí! Em sentido amplo, a tesoura é um objeto que tem sim potencial para causar danos!
ARMA BRANCA
Artefato cortante ou perfurante, normalmente constituído
por peça em lâmina ou oblonga (arredondada).
São as facas, as espadas, os bastões, as tesouras, o soco inglês,
dentre inúmeras outras espécies...
ARMA DE FOGO
Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva
dos gases gerados pela combustão de um propelente confinado
em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano que
tem a função de propiciar continuidade à combustão do
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil.
São os revólveres, pistolas, fuzil, canhões etc...
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ATENÇÃO! As armas brancas não são objeto da Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)!
Assim, quando falamos, por exemplo, em porte ilegal de arma, estaremos nos referindo às armas de fogo!
Isso quer dizer que aquele que porta uma arma branca não cometerá ilícito penal?
Não é bem assim... Apesar de não ser abrangida pelo Estatuto do Desarmamento, veja o que determina a
Lei de Contravenções Penais:
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos de
réis, ou ambas cumulativamente.
Aquele que andar nas ruas portando um machado – sem que haja justificativa para tanto –
responderá pela pena correspondente à do art. 19 da Lei de Contravenções Penais.
Dentro do conceito de arma de fogo, o Decreto nº 9844/2019 faz ainda a seguinte subclassificação:
I - arma de fogo de uso permitido - as armas de fogo semiautomáticas ou de repetição que sejam:
a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja, na saída do
cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja,
na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e
vinte joules;
a) não portáteis;
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída do cano de
prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na
saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e
vinte joules;
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais
a República Federativa do Brasil seja signatária; ou
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As armas de fogo de uso permitido podem ser adquiridas pelo “cidadão comum”, desde que
obedecidos os vários requisitos da legislação.
As armas de fogo de uso restrito, por possuírem maior potencial destrutivo, são de uso privativo
das forças armadas e de outras instituições autorizadas pelo Comando do Exército4.
As armas de fogo de uso proibido não podem ser utilizadas em hipótese alguma.
Munição
É o artefato completo, pronto para carregamento e disparo
de uma arma, cujo efeito desejado pode ser: destruição,
iluminação ou ocultamento do alvo; efeito moral sobre
pessoal; exercício; manejo; outros efeitos especiais.
Munição é, portanto, aquilo que dá capacidade de funcionamento à
arma, para carga ou disparo, como os projéteis, cartuchos, chumbos etc.
Bom, você deve ter percebido que as definições e classificações relativas às armas de fogo são feitas em um
Decreto Federal, não é mesmo?
Na prática, o Chefe do Poder Executivo Federal (ou seja, o Presidente da República) é o responsável pela
edição de ato normativo com a definição e classificação das diferentes armas de fogo e demais produtos
controlados, enquadrando os artefatos bélicos nas diferentes espécies de uso (permitido, restrito e proibido).
4
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
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Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico
serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando
do Exército.
(SELECON – Guarda de Boa Vista/RR – 2020) Wolff, após longos serviços prestados na área de
segurança pública, é convidado para organizar a memória dos armamentos utilizados no Brasil,
compondo catálogo e administrando órgão que seria criado para o exercício do seu mister. Nos
termos do estatuto do desarmamento, a classificação legal, técnica e geral, bem como a definição das
armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e
de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do:
a) Poder Executivo Federal
RESOLUÇÃO:
O chefe do Poder Executivo Federal é o responsável por editar ato normativo que contenha a
classificação legal, técnica e geral, bem como a definição das armas de fogo e demais produtos
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico!
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do
chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército.
Resposta: A
“Armas de Brinquedo”
Professor, como fica a situação das armas de brinquedo? Elas podem ser consideradas objeto material dos crimes
do Estatuto do Desarmamento?
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Veja só:
Professor, então a venda daquelas arminhas que jogam água passou a ser proibida pelo Estatuto do
Desarmamento?
NEGATIVO! Releia o caput do art. 26. Leu? Pois então: a expressão “que com estas se possam confundir”)
faz com que não se proíba a venda de qualquer arma de brinquedo, mas apenas daquelas que possam realmente
se confundir com uma arma de fogo, o que não é o caso disto aqui, por exemplo:
O Estatuto do
Desarmamento
NÃO abrange
Uso de simulacros
Uso de armas
de arma de fogo
brancas (faca,
(armas de
machado etc.)
brinquedo)
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Os crimes de perigo abstrato são aqueles que se configuram com a mera possibilidade de ocorrência do
dano, não se exigindo a efetiva lesão ao bem jurídico que se pretende proteger.
Isso quer dizer que o perigo é presumido, ou seja, não é preciso demonstrar que uma pessoa que
anda armada na rua ou que dispara arma de fogo em local habitado, por exemplo, pratica uma
conduta perigosa, pois isso já fica presumido.
Assim, o objeto jurídico5 dos crimes do Estatuto do Desarmamento é a incolumidade pública, ou seja, a
segurança de toda a sociedade a qual deve ser preservada, evitando-se alguns bens juridicos como a vida, a
segurança e a integridade física das pessoas sejam expostas a perigo de dano.
O Estatuto do Desarmamento parte do pressuposto de que a mera posse ou o porte ilegal de armas de fogo,
acessórios ou munições, além de outras condutas correlatas, colocam em risco a coletividade
Ah, antes de avançarmos, é muito importante que você saiba a diferença entre o porte e a posse de arma de
fogo!
De modo geral, aquele que pretende adquirir uma arma deve observar algumas restrições, como ter no
mínimo 25 anos6 e atender a uma série de requisitos estabelecidos pelo art. 4º do Estatuto do Desarmamento
e do art. 12 do Decreto nº 9.847/2019, tais como a declaração de efetiva necessidade, a comprovação de
idoneidade, ocupação lícita e residência, capacidade para manusear a arma, dentre outros.
Estatuto do Desarmamento. Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado
deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
5
Objeto jurídico do tipo penal é o interesse protegido pela norma.
6
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
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Art. 12. Para fins de aquisição de arma de fogo de uso permitido e de emissão do Certificado de
Registro de Arma de Fogo, o interessado deverá:
III - comprovar a idoneidade moral e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por
meio de certidões de antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral;
Demonstrados os requisitos, o SINARM (Sistema Nacional de Armas) vai expedir uma autorização para a
compra da arma em nome da pessoa física que fez o requerimento. Ah, importante dizer também que a munição
que porventura seja adquirida só pode ser feita no calibre que corresponda à arma!
O art. 3º diz que é obrigatório o registro de arma de fogo de órgão competente. O órgão competente é a
POLÍCIA FEDERAL, que emitirá um certificado de registro de arma de fogo. Esse certificado vai autorizar o
proprietário da arma ter a posse de arma EXCLUSIVAMENTE na sua residência ou no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
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§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por
essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4o prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos
I, II e III deste artigo.
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do
regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar
autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a ser adquirida.
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele
o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será EXPEDIDO PELA POLÍCIA FEDERAL e será
precedido de autorização do Sinarm.
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I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa)
dias; e
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-
se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº
13.870, de 2019)
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército,
na forma do regulamento desta Lei.
COMANDO DO
POLÍCIA FEDERAL
EXÉRCITO
Então aquele que tem a posse da arma não poderá sair com ela para as ruas, transportá-la para onde for?
Perfeito! O registro da arma autoriza o indivíduo a possuir a arma, mas não a portar.
Dessa forma, aquele que possui apenas o registro o sujeito não pode sair pelas ruas com a arma.
Assim sendo, o porte de armas é a autorização para que o indivíduo possa andar armado fora de sua casa ou
de seu local de trabalho - os agentes de segurança pública, membros das Forças Armadas, policiais e agentes de
segurança privada, de modo geral, têm autorização para portar armas de fogo:
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para:
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada
pela Lei nº 13.500, de 2017)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta
Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
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IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil)
e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei
nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias;
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição,
mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional
para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1.º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de
fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo
fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei n.º 12.993, de 2014)
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído pela Lei n.º 12.993, de 2014)
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei n.º 12.993, de
2014)
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. (Incluído pela Lei n.º 12.993,
de 2014)
§ 2.º A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos
incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se
refere o inciso III do caput do art. 4.º desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta
Lei. (Redação dada pela Lei n.º 11.706, de 2008)
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§ 3.º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei
n.º 10.884, de 2004)
§ 4.º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal,
bem como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art.
4.º, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma
do regulamento desta Lei.
Art. 7.º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do
art. 6.º serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei n.º
12.694, de 2012)
§ 1.º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do
pagamento de taxa. (Incluído pela Lei n.º 12.694, de 2012)
§ 3.º O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado
à apresentação de documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do
art. 4.º desta Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos de ensino de atividade
policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei n.º 12.694, de 2012)
§ 4.º A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada
semestralmente no Sinarm. (Incluído pela Lei n.º 12.694, de 2012)
§ 5.º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a
comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas
de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e
quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei n.º 12.694, de 2012)
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Vamos esquematizar?
◽ Policiais Legislativos.
ATENÇÃO!
O Plenário do STF, ao julgar a ADC 38 e as ADIns 5.538 e 5.948, em 21/03/2021, decidiu ser inconstitucional a
restrição do porte de arma de fogo aos integrantes de guardas municipais das capitais dos estados e dos
municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios com mais
de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço.
Dessa forma, na prática, o STF autorizou o porte de arma para as guardas municipais de todos os municípios,
inclusive fora de serviço!
Veja trecho da fundamentação do voto do Relator Min. Alexandre de Moraes, que foi seguido pela maioria dos
integrantes:
"Na presente hipótese, o tratamento exigível, adequado e não excessivo corresponde a conceder idêntica
possibilidade de porte de arma a todos os integrantes das guardas civis, em face da efetiva participação na
segurança pública e na existência de similitude nos índices de mortes violentas nos diversos municípios,
independentemente de sua população".
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Professor, e os integrantes da Polícia Penal, órgão criado em 2019 por emenda constitucional? Assim como os
integrantes dos outros órgãos de segurança pública, eles têm o direito de portar arma de fogo fora de serviço e em
todo o território nacional?
EM TESE, sim, pois a Emenda Constitucional nº 104/2019 passou a prever a criação das polícias penais
federais, estaduais e distritais e a sua equiparação aos demais órgãos de segurança pública do art. 144, da
Constituição Federal.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
Agora, quero que preste atenção ao que vou te dizer: muito embora vários Estados e o DF também tenham
aprovado emendas constitucionais prevendo a criação da Polícia Penal, a aplicabilidade dessas emendas e da
EC nº 104/2019 é indireta, mediata e reduzida, produzindo efeitos somente a partir da edição de legislação
ordinária que desenvolva a sua eficácia. Isso quer dizer que, enquanto não sobrevier legislação
infraconstitucional (federal e estadual) que regulamente a carreira e transforme cargos, os agentes
penitenciários não estão automaticamente "recategorizados" como policiais penais.
Quando o cargo for transformado ou provido por concurso público, após a alteração legislativa, aí sim será
razoável incluir os integrantes da Polícia Penal. Há, inclusive, projeto de lei visando acrescentar menção ao
inciso VI do art. 144 da CF ao seguinte dispositivo do Estatuto do Desarmamento:
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e
para:
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V (+VI) do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força
Nacional de Segurança Pública (FNSP);
Temos, inclusive, um parecer da Coordenação Geral de Controle de Serviços e Produtos da própria Polícia
Federal reforçando esse entendimento. Confere aí um trecho:
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"[...] Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para: [...] II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput
do artigo 144 da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada pela
Lei nº. 13.500/2017) [...]"
8. Contudo, o porte de arma de fogo funcional foi assegurado aos agentes penitenciários e aos guardas
prisionais com a promulgação da Lei nº. 12.993/2014, que alterou o Estatuto do Desarmamento, conferindo-lhes
porte de arma de fogo desde que integrassem o quadro efetivo do Estado, Distrito Federal ou União; estivessem
submetidos a regime de dedicação exclusiva; estivessem sujeitos a cursos de formação funcional e estivessem
subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno;
9. De qualquer sorte, esse lapso textual no inciso II do artigo 6º da Lei nº. 10.826/2003 é temporário,
uma vez que já existe projeto de lei em tramitação para seu ajuste mediante a inclusão do inciso VI do artigo 144
da CF/1988 ao texto. E será com base nessa alteração que o porte de arma funcional dos “futuros ex-agentes
penitenciários” se dará, já que serão transformados em policiais penais. Assim disse a Lei nº. 12.993/2014: "[...]
Art. 1º O art. 6º da Lei nº. 10.826/2003 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º-B e 1º-C: "Art. 6º. É proibido
o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
[...] §1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
estejam: I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
regulamento; e III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. [...]"
Resumo da ópera: sugiro que ainda sigamos a literalidade do Estatuto do Desarmamento, pois a carreira de
Guarda Prisional/Agente Penitenciário/Agente de Execução Penal ainda existe e segue a disciplina do Estatuto
do Desarmamento e das respectivas normas regulamentadoras.
Se a questão mencionar, de forma hipotética, o cargo específico de policial penal, aí sim teríamos margem
para discutir a equiparação do regime de porte de arma de fogo às demais carreiras de segurança pública.
O parecer pode ser acessado pelo site do Ministério da Justiça e da Segurança Pública: Parecer DELP - Polícia
Penal - SEI_PF - 13531917.pdf — Português (Brasil) (www.gov.br)
Muito provavelmente você deve morar em uma cidade e tem à sua disposição mercados, padarias e outros
estabelecimentos dos quais adquire os alimentos destinados à sua sobrevivência.
Contudo, há várias famílias residentes em áreas rurais que dependem da caça de animais para extrair o seu
alimento.
Diante dessa realidade, a POLÍCIA FEDERAL poderá conceder o porte de arma de fogo de uso
permitido ao caçador para subsistência, desde que tenha mais de 25 anos e que cumpra os requisitos dos incisos
I, II e III:
Art. 6º (...) § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
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§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma
de fogo de uso permitido.
É interessante mencionar também que a POLÍCIA FEDERAL é o órgão competente para a concessão
da autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, após autorização do Sinarm, àqueles que
demonstrarem a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
integridade física, além de atender as demais exigências do art. 10:
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do
Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial
limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente.
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.
Se o cidadão autorizado a portar arma de fogo de uso permitido for detido portando sua arma em estado de
notória embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas, ele perderá AUTOMATICAMENTE a
eficácia da autorização do porte de arma de fogo, não sendo necessário qualquer procedimento
administrativo para tanto.
É importante que você saiba que temos hipóteses de competência do Ministério da Justiça e do Comando
do Exército para a autorização, registro ou concessão do porte de arma:
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PORTE DE ARMA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUTORIZAÇÃO DO PORTE DE ARMA para os
responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil
(SELECON – Guarda de Boa Vista/RR – 2020) Teotônio é proprietário rural, atuando em área de
pequeno porte onde habita com sua família e colhe para subsistência. E com pequeno excesso de
produção, atua vendendo os produtos nas feiras próximas. Tendo em vista que não existem órgãos
de segurança pública no distrito onde exerce a agricultura, requer autorização para portar arma. Nos
termos do estatuto do desarmamento, aos residentes em áreas rurais, maiores de vinte e cinco anos,
que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, comprovados os requisitos
legais, na categoria:
a) atirador amador
b) competidor eventual
RESOLUÇÃO:
Questãozinha tranquila, hein? Os residentes em áreas rurais, maiores de vinte e cinco anos, que
comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar entram
na categoria de caçador para subsistência!
Art. 6º (...) § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do
emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte
de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1
(um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove
a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
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Resposta: c)
Resolva esta:
(FCC – TRT/RJ – 2011) Segundo a Lei nº 10.826/2003, a idade mínima para se adquirir uma arma de
fogo, excetuando-se os integrantes das entidades constantes do artigo 6º da lei, é de
a) vinte e um anos.
b) dezoito anos.
e) vinte anos.
RESOLUÇÃO:
Essa você não pode esquecer: com exceção dos integrantes das entidades listadas pelo art. 6º, a idade
mínima para a aquisição de uma arma de fogo é de VINTE E CINCO (25) anos!
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das
entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º desta Lei.
Resposta: C
Mais uma:
(CESPE – ABIN – 2018) À luz do disposto no Estatuto do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —,
julgue o item que se segue.
RESOLUÇÃO:
Irretocável! Item correto. A arma de fogo deverá ser obrigatoriamente registrada no órgão
competente. Especificamente em relação às armas de fogo de uso restrito, o órgão competente para
registrá-las é o COMANDO DO EXÉRCITO, de modo que a assertiva está correta.
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do
regulamento desta Lei.
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da periculosidade criminal de seu bairro, dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo
após o cumprimento de sua escala, a fim de se deslocar até a sua residência com segurança. Nessa
situação, é correto afirmar que
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional.
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso.
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui
autorização expressa para carregá-la consigo para além das atividades funcionais.
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma
particular no deslocamento.
e) ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua
residência armado.
RESOLUÇÃO:
Prezados, o Técnico Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho terá o porte
de arma autorizado SOMENTE QUANDO EM SERVIÇO, de modo que deverá entregar a sua arma na
seção responsável do Tribunal após o serviço, pois não possui autorização expressa para carregá-la
consigo para além das atividades funcionais:
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação
própria e para:
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e
dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de
funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo
Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.
Art. 7.º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art. 6.º serão de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas quando em
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da
instituição. (Incluído pela Lei n.º 12.694, de 2012)
Resposta: C
Outra:
(Instituto AOCP – TRT/RJ – 2018) A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em
todo o território nacional e após prévia autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de
competência de qual entidade?
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
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e) Forças Armadas.
RESOLUÇÃO:
Amigos, a POLÍCIA FEDERAL é o órgão competente para a concessão da autorização para o porte de
arma de fogo de uso permitido, após autorização do Sinarm:
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Gabarito: A
(IBFC – Guarda Municipal de Cabo de Santo Agostinho/PE – 2019) De acordo com o Artigo 10 do
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), que dispõe sobre registro, posse e comercialização
de armas de fogo e munição sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM), a autorização para o porte
de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da _____.
c) Polícia Estadual
d) Polícia Militar
RESOLUÇÃO:
Amigos, a POLÍCIA FEDERAL é o órgão competente para a concessão da autorização para o porte de
arma de fogo de uso permitido, após autorização do Sinarm:
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Gabarito: B
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Posse de Porte de
Arma Arma
Tal conduta poderá ser enquadrada como posse irregular de arma de fogo de uso permitido:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos,
e multa.
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Assim, o art. 12 criminaliza a conduta daquele que possui ou tem sob sua guarda arma de fogo, acessório
ou munição de uso permitido dentro de sua casa ou em seu trabalho em desacordo com o que determina a lei e
os regulamentos:
(CESPE – MP/AC – 2014) A respeito dos crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei n.º
10.826/2003), assinale a opção correta com base no entendimento dos tribunais superiores.
Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o responsável legal de empresa que mantenha
sob sua guarda, sem autorização, no interior de seu local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.
RESOLUÇÃO:
Item incorreto! O responsável legal de empresa que mantém sob sua guarda, sem autorização, no
interior de seu local de trabalho, arma de fogo de uso permitido responderá, na realidade, pelo crime
de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, tipificado pelo art. 14 da Lei n.º 10.826/2003:
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Aquele que for detido em posse somente de munição incidirá nas mesmas penas que aquele que possuir
a própria arma municiada, por exemplo.
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
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Para a consumação do crime de omissão de cautela, basta que haja o apoderamento da arma de fogo7 pelo:
→ Menor de idade
OU
→ Deficiente mental
Se o agente deixar a arma em cima da mesa, e o menor ou deficiente mental não mexer, não fica
configurado o crime de omissão de cautela. É preciso que esses sujeitos se apoderem da arma,
pouco importando se ela foi utilizada, se estava carregada ou se causou alguma consequência, grave
ou não.
O parágrafo único do art. 13 nos trouxe uma conduta equiparada que poderá ser praticada pelo proprietário
ou pelo diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa
de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas
depois de ocorrido o fato.
O art. 7º diz que as armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de
transporte de valores, devem ficar no nome dessas empresas, devendo a empresa apresentar ao Sistema Nacional
de Armas (SINARM)8, semestralmente, a lista de seus empregados habilitados:
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de
transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e
guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome
da empresa.
7
Perceba que o artigo fala somente em arma de fogo, não citando munição ou acessório de arma.
8
O Sistema Nacional de Armas - Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição
em todo o território nacional, é responsável pelo controle de armas de fogo em poder da população.
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Caso haja a perda ou subtração da arma, o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança
privada e de transporte de valores deverá, em 24 horas, comunicar a Polícia Federal e registrar o respectivo
boletim de ocorrência.
ATENÇÂO! Perceba que o dispositivo menciona “nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato”. Isso quer dizer que o crime só se consumará após 24h da ocorrência da perda ou do
extravio, sem que tenha havido a comunicação à Polícia Federal e o registro do BO!
Temos aqui um típico exemplo de crime a prazo, que só se consuma após determinado prazo!
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
Quero que você perceba algo: ao contrário do crime do art. 12 (posse irregular), o delito de porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido traz uma imensidão de verbos nucleares.
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Portar
Ocultar Deter
Manter sob
Adquirir
sua guarda
Empregar
Porte Fornecer
Ilegal
(Art. 14)
Remeter Receber
Ter em
Emprestar Depósito
Transportar Ceder
Temos aqui um típico caso de crime de ação múltipla ou de tipo misto alternativo: com a prática
de qualquer dos verbos, o crime estará configurado, ou seja, ainda que o agente pratique mais de
uma conduta em um mesmo contexto, ele responderá por apenas um crime.
Veja: Marina adquiriu uma arma de fogo, a qual foi transportada e emprestada para Cibele, conhecida
traficante da Região Metropolitana de São Paulo/SP. Assim, ela responderá apenas por um único crime
de porte ilegal de arma de fogo.
Além do mais, só comete o crime só comete o crime o sujeito que porta arma de fogo e não possui
autorização para tanto, ou o faz em desacordo com as normas que disciplinam o porte de armas.
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(CESPE – Câmara dos Deputados – 2014) Julgue o seguinte item, acerca de crimes relacionados a
arma de fogo e à propriedade industrial.
Se um indivíduo que não possua porte de arma de fogo transportar, a pedido de um amigo que possua
o referido porte, munição de uma arma de fogo e, estando sozinho nessas circunstâncias, for
encontrado pela polícia, tal fato configurará crime previsto em lei.
RESOLUÇÃO:
Quem tem a autorização para o porte de arma de fogo é o amigo, não o indivíduo que a transportou,
o qual responderá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido por ter transportado
ilegalmente a arma:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Item correto.
(CESPE – STF – 2013 - Adaptada) Ainda a respeito do Estatuto do Desarmamento, julgue os itens
subsequentes.
Incorrerá em contravenção penal por portar munição em desacordo com a legislação vigente uma
pessoa que, durante abordagem em barreira policial, for surpreendida com munições de uso
permitido sem que esteja autorizada a portá-la.
RESOLUÇÃO:
Negativo! Acabamos de ver que a pessoa que portar munição em desacordo com a legislação vigente
também responderá pelo crime do art. 14 – tipificado como crime de porte ilegal de arma de fogo de
uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Item incorreto.
Professor, eu pratico a conduta de porte ilegal de arma de fogo (art. 14) se eu portar uma arma desmuniciada
(sem munição)?
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Oras, bolas... Se o mero porte de munição sem a arma já configura o delito do art. 14, quem dirá o porte de
uma arma de fogo sem munição!
Segundo o STF, a posse (art. 12) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo que ela
esteja desacompanhada de munição.
Para o STF, a conduta de portar arma sem munição representa um crime de perigo abstrato, sendo
irrelevante que a arma apreendida esteja desacompanhada de munição, já que o bem jurídico tutelado é a
segurança pública e a paz social.
(HC 113.295/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, j. 13.11.2012 - Informativo 688).
O STF entendeu que o fato de o agente portar uma arma de fogo sem autorização, por si só, já
caracteriza uma conduta perigosa, que põe em risco à sociedade.
(CESPE – PC/SE – 2018) Julgue o item seguinte, referente a crimes de trânsito e a posse e porte de
armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação pertinentes.
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura o delito
de porte ilegal previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime de perigo
concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física.
RESOLUÇÃO:
Negativo... Para o STJ e STF, o porte de arma de fogo de uso permitido é considerado crime de perigo
abstrato, de modo que o simples fato de portar a arma desmuniciada não desconfigura esse tipo
penal, não sendo necessário demonstrar a ocorrência de qualquer resultado posterior.
Item incorreto.
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O STJ já decidiu que o porte de apenas um projétil - utilizado para ameaçar uma única pessoa - não
configura o crime do art. 14:
A Turma, por maioria, absolveu o paciente do crime de porte ilegal de munição; ele fora preso com
um único projétil, sem ter havido apreensão da arma de fogo. O Min. Relator entendeu que se
trata de crime de perigo abstrato, em que não importa se a munição foi apreendida com a arma
ou isoladamente para caracterizar o delito. Contudo, no caso, verificou que não houve lesão ao
bem jurídico tutelado na norma penal, que visa resguardar a segurança pública, pois a munição
foi utilizada para suposta ameaça, e não é esse tipo de perigo, restrito a uma única pessoa, que
o tipo penal visa evitar. E, por se tratar de apenas um projétil, entendeu pela ofensividade
mínima da conduta, portanto por sua atipicidade” (HC 194.468/MS, rel. Min. Sebastião Reis
Júnior, 6ª Turma, j. 17.04.2012 - Informativo 495).
Para o STJ, é atípica a conduta de posse/porte ilegal de arma de fogo ineficaz – como é o caso de uma
arma de fogo quebrada!
“Não está caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento
apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado
e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para realizar disparos” (AgRg no AREsp
397.473/DF, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 5ª Turma, j. 19.08.2014, noticiado no Informativo
544). Em igual sentido - STJ: REsp 1.451.397/MG, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª
Turma, j. 15.09.2015, noticiado no Informativo 570.
Contudo, haverá o crime de posse/porte ilegal (art. 12 ou 14) se ficar constatado que as munições
estão aptas.
Lembre-se: o porte das munições, em regra, já é suficiente para configurar o crime, conforme o Estatuto
do Desarmamento.
Agora suponha que Zezinho portou arma de fogo com a única e exclusiva finalidade de roubar um banco à mão
armada... Como fica a situação de Zezinho?
Para o STF, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido pode ser absorvido quando a
arma for utilizada exclusivamente para a prática do outro crime9.
Sendo assim, se ficar provado que o agente portou a arma de fogo exclusivamente para roubar, ele
não será condenado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, respondendo “apenas” pelo crime
de roubo majorado pelo emprego de arma!
9
STF. 1ª Turma. HC 120678/PR, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 24/2/2015(Info 775).
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Para o STJ, o porte ilegal de mais de uma arma de fogo, munição ou acessório, no mesmo contexto
fático, constitui crime único, já que há uma única ação e consequentemente única lesão ao bem jurídico
protegido (a segurança coletiva e a incolumidade pública).
Confere comigo o julgado:
O crime de porte de mais de uma arma de fogo, acessório ou munição não configura concurso
formal ou material, mas crime único, se no mesmo contexto, porque há uma única ação, com
lesão de um único bem jurídico, a segurança coletiva (HC 106.233 – SP - 03/08/2009).
Por outro lado, se as armas de fogo, munições ou acessórios forem de uso permitido e de uso restrito, por
exemplo, NÃO haverá a configuração de crime único, ainda que apreendidas em um mesmo contexto fático:
Importante!
Reza o parágrafo único do art. 14 que o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável,
salvo quando a arma estiver registrada em nome do agente, o que impede, em tese, a concessão de liberdade,
mediante o pagamento de fiança:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente.
Contudo, o Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a ação direta de inconstitucionalidade (ADI n° 3.112),
declarou a inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 14, de forma que é possível a concessão de fiança
no crime de porte ilegal de arma até mesmo nos casos em que ela não esteja registrada em nome do agente.
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O principal argumento utilizado foi o de que o crime em questão é de perigo abstrato e não pode se equiparar
ao terrorismo, à prática de tortura, ao tráfico ilícito de entorpecentes ou aos crimes hediondos, pois apesar
de resultar em diminuição do nível de segurança coletiva, não podem ser comparados aos crimes que acarretam
lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade.
“IV — A proibição de estabelecimento de fiança para os delitos de “porte ilegal de arma de fogo de uso permitido” e
de “disparo de arma de fogo”, mostra-se desarrazoada, porquanto são crimes de mera conduta, que não se
equiparam aos crimes que acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade” (STF — ADI 3.112, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgado em 02/05/2007, DJe 131, p. 538).
(FGV – TJ/SC – 2018) Jorge recebeu mandado de citação em ação penal para cumprimento em
localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por sua integridade física, compareceu ao
local para cumprimento da diligência em seu próprio carro, levando escondido no porta-luvas duas
armas de fogo diferentes de uso permitido. Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares,
sendo as armas de fogo encontradas e apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía
autorização para portar aquele material bélico.
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de Jorge:
a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material;
c) está amparada pela causa de exclusão da culpabilidade de inexigibilidade de conduta diversa;
d) está amparada pela causa de exclusão da ilicitude de legítima defesa;
RESOLUÇÃO:
Como Jorge portava ilegalmente duas armas de fogo em um mesmo contexto (levando escondido no
porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido), a sua conduta representa um crime único
de porte de arma de fogo de uso permitido, segundo entendimento do STJ que acabamos de ver.
Resposta: E
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(FUNIVERSA – SEAP/DF – 2013) No que diz respeito à legislação penal extravagante, segundo
entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
Conforme jurisprudência pacificada no STJ, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
é de perigo concreto.
RESOLUÇÃO:
Para o STF, a conduta de portar arma – estando ou não desacompanhada de munição - representa um
crime de perigo abstrato cujo bem jurídico tutelado é a segurança pública e a paz social.
Assim, não é necessária a demonstração da exposição do bem jurídico tutelado ao risco, o qual é
presumido, ao contrário dos crimes de perigo concreto – este sim exige a comprovação de que a
conduta gerou riscos.
“A 2ª Turma denegou habeas corpus no qual se requeria a absolvição do paciente — condenado pelo porte de
munição destinada a revólver de uso permitido, sem autorização legal ou regulamentar (Lei 10.826/2003, art. 14) —
sob o argumento de ausência de lesividade da conduta. (...) a objetividade jurídica da norma penal em comento
transcenderia a mera proteção da incolumidade pessoal para alcançar, também, a tutela da liberdade individual e
do corpo social como um todo, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança coletiva que a lei
propiciaria. Por fim, firmou-se ser irrelevante cogitar-se da lesividade da conduta de portar apenas munição, porque
a hipótese seria de crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não importaria o resultado concreto da
ação”
(HC 113.295/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, j. 13.11.2012 - Informativo 688).
Item incorreto.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática
de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Declarado inconstitucional pela
Adin 3.112-1)
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De acordo com art. 14, o disparo de arma de fogo só constituirá crime se ocorrer:
→ Em lugar habitado ou suas adjacências: uma cidade, uma vila, um povoado etc.
Não comete o crime do art. 15 se o agente efetua o disparo em um local descampado ou em uma mata distante
de local habitado.
→ Em via pública ou em direção a ela: ruas, praças, avenidas, rodovias etc.
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Leia novamente o caput do art. 15:
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção
a ela, DESDE QUE ESSA CONDUTA NÃO TENHA COMO FINALIDADE A PRÁTICA DE OUTRO CRIME: (...)
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(CESPE – TJDFT – 2015 – Adaptada) Ronaldo foi preso em flagrante imediatamente após efetuar —
com intenção de matar, mas sem conseguir atingir a vítima — disparos de arma de fogo na direção de
José. Nessa situação, julgue o item abaixo.
Ronaldo cometeu homicídio na forma tentada e disparo de arma de fogo em concurso formal.
RESOLUÇÃO:
Negativo! Nesse caso, como Ronaldo disparou a arma de fogo com o objetivo de praticar outro crime
– o de homicídio, ele responderá apenas por este último, não pelo crime de disparo de arma de fogo:
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Lembre-se sempre: o crime de disparo de arma de fogo só é autônomo quando não tem como
objetivo a prática de outro crime.
(CESPE – TJ/BA – 2013 – Adaptada) Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores acerca
dos delitos previstos na Lei n.º 10.826/2003 e na Lei n.º 11.340/2006, julgue o item abaixo.
O delito de disparo de arma de fogo estará configurado mesmo que seja praticado em local isolado,
desabitado e afastado de vias públicas.
RESOLUÇÃO:
Negativo! O delito de disparo de arma de fogo apenas se configura quando cometido em lugar
habitado ou suas adjacências OU em via pública ou em direção a ela:
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Conclusão: é fato atípico o disparo de arma de fogo em local isolado, desabitado e afastado de vias
públicas, de modo que a assertiva está incorreta.
Importante!
O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a ação direta de inconstitucionalidade (ADI n° 3.112), declarou a
inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 15, de forma que é possível a concessão de fiança no crime de
disparo de arma de fogo!
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→ Armas de fogo de uso restrito11” são as armas de fogo automáticas, de qualquer tipo ou
calibre, semiautomáticas ou de repetição que sejam:
a) não portáteis;
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída do cano de prova,
energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída
do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
O Estatuto do Desarmamento nos presenteou com um crime “dedicado” àqueles que possuem ou portam
indevidamente armas de fogo, acessórios ou munição de uso RESTRITO:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
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Art. 3º, parágrafo único, II, do Decreto nº 10.030/2019 – NÃO CAI NA SUA PROVA!
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INFORMAÇÃO IMPORTANTE!
O art. 16 pune tanto a posse quanto o porte de arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito “sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar".
Em outras palavras, a posse e o porte são punidos com a mesma pena (reclusão,
de 3 a 6 anos, e multa): ter em casa ou andar com uma arma de uso restrito pelas
ruas sujeita o agente a responder pela prática de um mesmo crime.
O §1º do art. 16 descreve alguns tipos penais autônomos, os quais são representados por condutas
próprias, não necessariamente relacionadas ao porte ou à posse de arma de fogo de uso restrito, mas punidas
com a mesma intensidade.
O legislador basicamente “pegou emprestada” do art. 16 a pena de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e
multa.
Vamos notar, por exemplo, que na conduta do inciso I - supressão ou alteração de identificação de
arma de fogo ou artefato – o objeto material pode ser inclusive uma arma de fogo de uso permitido!
Vamos a elas?
Art.16, § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
(reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa)
I Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou
artefato;
→ Tornar maior o seu potencial lesivo, deixando-a equivalente a arma de uso restrito;
OU
→ Dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz.
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Art. 16, § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)II
— modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo
de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade
policial, perito ou juiz;
No primeiro caso, basta imaginarmos o sujeito que adquire uma arma de uso permitido mas modifica
completamente o equipamento a ponto de torná-lo uma arma muito mais potente – equivalente a uma
arma de uso restrito, por exemplo.
Já no segundo caso, o agente modifica o calibre, aumenta o comprimento do cano etc., mas com o intuito
de dificultar as investigações criminais (como no caso do agente que comete um homicídio e, para
“enganar” a autoridade policial, modifica o calibre da arma).
Art. 16, § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
ATENÇÃO! Como a Lei não menciona substância, mas apenas artefato incendiário, a mera posse
de álcool, não vai caracterizar o crime do art. 16, III.
Posse ou porte de arma de fogo com numeração raspada ou adulterada (inciso IV)
Diferentemente do inciso I, aqui temos a incriminação da conduta daquele que possui, porta, transporta
etc. a arma de fogo com sinal de identificação suprimido ou alterado por terceiro!
Art. 16, § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019):
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
Esclarecendo... Aquele que realiza a supressão ou alteração do sinal identificador tem a sua
conduta enquadrada no inciso I, e o aquele que porta, possui, transporta etc. a arma de fogo com
sinal de identificação suprimido ou alterado, por não ter praticado nenhuma das condutas
previstas no inciso I (supressão ou alteração de sinal de identificação), vai ter a sua conduta
enquadrada no inciso IV (posse ou porte de arma de fogo com numeração raspada ou adulterada).
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Art. 16, § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente;
(FCC – PC/AP – 2017 – Adaptada) Sobre os crimes previstos no estatuto do desarmamento (Lei
Federal nº 10.826/2003), julgue o item seguinte:
Incorre nas mesmas penas previstas para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito quem adulterar, de qualquer forma, munição.
RESOLUÇÃO:
É isso mesmo... Pela gravidade da conduta, aquele que de qualquer forma adulterar munição incorrerá
nas mesmas penas previstas para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena –
reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§1º Nas mesmas penas incorre quem: VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar,
de qualquer forma, munição ou explosivo.
Item correto.
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(CESPE – TJDFT – 2015 – Adaptada) Júlio, detentor de porte de arma e proprietário de arma de fogo
devidamente registrada, vendeu para Tiago, de quatorze anos de idade, uma arma, devidamente
municiada, acompanhada do seu documento de registro.
RESOLUÇÃO:
Opa! Você não vai cair nesse peguinha que eu sei... rs. Item incorreto.
Júlio, por ter intencionalmente vendido arma de fogo a menor de idade, responderá pelo crime do
art. 16, §1º, V (venda, entrega ou fornecimento de arma, acessório, munição ou explosivo a menor de
idade):
Art. 16, §1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - VENDER, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente;
O crime de omissão de cautela possui como elemento subjetivo a culpa, quando o sujeito não toma
os devidos cuidados e deixa, sem intenção, que o menor de idade se apodere da arma de fogo:
Omissão de Cautela - Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de
sua propriedade.
Mais uma:
(CESPE – Câmara dos Deputados – 2014) Julgue o seguinte item, acerca de crimes relacionados a
arma de fogo e à propriedade industrial.
Considere que um caçador, andando em uma mata, encontre um dispositivo ótico de pontaria e passe
a utilizá-lo em sua arma de caça, devidamente registrada. Considere, ainda, que ele conte com o porte
legal de arma para a caça. Nesse caso, o fato de ele acoplar o dispositivo à sua arma de fogo e utilizá-
la configurará crime previsto na legislação específica de porte ilegal de arma de fogo.
RESOLUÇÃO:
Muito embora tenha o porte legal de arma para a caça, o agente que lhe acopla um dispositivo ótico
de pontaria modifica as suas características, tornando-a equivalente a uma arma de fogo de uso
restrito.
Tal conduta encontra-se tipificada no seguinte dispositivo do Estatuto do Desarmamento, o que torna
a nossa assertiva correta:
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Art. 16, parágrafo único. Nas mesmas penas (reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa) incorre quem: (...) II — modificar as
características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para
fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
Figura qualificada do art. 16, §1º (Envolvimento com arma de fogo de uso proibido)
De acordo com a alteração promovida pela Lei nº 13.964/19 (Lei Anticrime), se o objeto material da conduta
descrita no caput (porte ou posse ilegal) ou no §1º for arma de fogo de uso proibido, a pena será de reclusão, de
4 a 12 anos!
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e
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Importante!
A posse ou o porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO é crime hediondo!
A Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrime) promoveu uma alteração na Lei nº 8.072/90 (Lei de Crimes Hediondos),
prevendo que é considerado como crime hediondo o delito de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
PROIBIDO, previsto no art. 16 do Estatuto do Desarmamento:
Lei Anticrime. Art. 1º (...) Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22
de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Os crimes hediondos são aqueles considerado repulsivos, ultrajantes... Especialmente por esse motivo, a eles
foi conferido tratamento penal e processual penal muito mais gravoso que os outros crimes!
Uma das características dos crimes hediondos e equiparados (como é o caso do é a existência de requisitos
objetivos diferenciados para a progressão de regime, como o cumprimento de pena que pode chegar a até
70%!
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (...)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
se for primário;
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o
livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática
de crime hediondo ou equiparado; ou
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com
resultado morte, vedado o livramento condicional.
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FORMA
QUALIFICADA RECLUSÃO CRIME
dos crimes do 4 a 12 anos HEDIONDO
art. 16 e §1º
Imagine que Joaquim tenha comprado e entregado a seu neto Marcelo, de 25 anos de idade, a seguinte
arma de fogo dissimulada e, portanto, de uso proibido12:
12 Decreto 10.030/2019. Art. 3º, parágrafo único - Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
III - arma de fogo de uso proibido:
a) as armas de fogo classificadas como de uso proibido em acordos ou tratados internacionais dos quais a República Federativa do Brasil
seja signatária; e
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos;
V - munição de uso proibido - as munições:
a) assim classificadas em acordos ou tratados internacionais dos quais a República Federativa do Brasil seja signatária; ou
b) incendiárias ou químicas;
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Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019).
§1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido
em residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Dessa forma, comete o crime do art. 17 o agente que não tem autorização para vender arma, ou aquele
que até tem autorização, mas descumpre determinação legal, como, por exemplo, não mantendo a arma
registrada em nome da empresa antes da venda13, ou vendendo munição de calibre diverso.
ATENÇÃO! O sujeito ativo do crime de comércio ilegal de arma de fogo só poderá ser o
comerciante ou o industrial, legal ou ilegal, de arma de fogo, acessório ou munição.
Dessa forma, estamos diante de um crime próprio, por exigir uma qualidade especial do sujeito
ativo.
Quero que você perceba que o fulano que não exerce comércio ou indústria de arma de fogo,
acessório, ou munição, não poderá cometer, sozinho, o crime de comércio ilegal de arma de
fogo.
Por exemplo, o vizinho que vende a sua arma para o outro vizinho de forma ilegal não cometerá o crime
do art. 17 (comércio ilegal de armas), mas sim o do art. 14, se for arma permitida, o do art. 16, se se
a arma for de uso restrito ou a forma qualificada do art. 16, §2º, se for de uso proibido!
Por fim, é importante mencionar que o §1º equiparou à atividade comercial ou industrial qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
13
Art. 4º § 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias,
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
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Seu João, famoso armeiro que monta e comercializa ilegalmente armas de fogo em sua humilde residência,
sem autorização, poderá ser penalizado com amarga pena de reclusão de 6 a 12 anos e multa, cominada
ao crime de comércio irregular de arma de arma de fogo.
Figura equiparada
A Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019) passou a prever uma nova figura típica relacionada ao art. 17, punindo
com a mesma pena (reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa) aquele que irregularmente vende ou entrega
arma de fogo, acessório ou munição a um agente policial disfarçado!
Policial disfarçado?
Isso! Agente policial disfarçado é aquele que oculta a sua identidade real para aparentar ser um cidadão
comum e, mediante a presença de elementos que indiquem a conduta criminosa preexistente do sujeito ativo,
entra no contexto do crime.
Se ocorrer a venda ou a entrega da arma de fogo, acessório ou munição ao policial disfarçado, fica
caracterizada a situação de flagrância do crime do art. 17, §2º e o sujeito ativo recebe a “voz de prisão”! Veja só:
Art. 17 (...) § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
O agente policial X deparou-se com elementos probatórios razoáveis de que o sujeito Y habitualmente
vendia armas de fogo na praça Z. Assim, o agente policial X vai até o local descaracterizado e se posiciona
nas imediações do agente criminoso que, se vender ou entregar o objeto do crime ao agente público, ficará
incurso nas penas do crime de comércio ilegal de arma de fogo (art. 17)
Para a validade da atuação do agente disfarçado, deve haver a demonstração de provas em grau
suficiente a indicar que o autor realizou antes a conduta criminosa, objeto da investigação do
policial.
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→ Importa
O sujeito ingressa no território nacional com o objeto material do crime.
→ Exporta
O sujeito sai do território nacional com o objeto material do crime.
→ Favorece a entrada ou a saída do território nacional, a qualquer título
Trata-se da conduta daquele que presta auxílio por meio de ações que facilitam a entrada ou a saída dos
artefatos do território nacional.
Isso pode ocorrer quando a autoridade alfandegária fizer “vista grossa” de forma intencional em relação às
diligências de fiscalização.
Veja só:
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019).
CUIDADO! Quando o destino da arma de fogo, acessório ou munição for outro Estado-membro
poderá ficar configurado, a depender do caso, o crime art. 17 (Comércio Ilegal de Arma de Fogo).
Seria o caso do traficante do Estado do Mato Grosso que introduz armamentos ilegais no Estado do
Pará!
Figura equiparada
A Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019) passou a prever uma nova figura típica relacionada ao art. 18, punindo
com a mesma pena (reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa) aquele que irregularmente vende ou
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, a um agente policial disfarçado!
Policial disfarçado?
Isso! Agente policial disfarçado é aquele que oculta a sua identidade real para aparentar ser um cidadão
comum e, mediante a presença de elementos que indiquem a conduta criminosa preexistente do sujeito ativo,
participa do contexto do crime.
Se ocorrer, em operação de importação, a venda ou a entrega da arma de fogo, acessório ou munição ao
policial disfarçado, fica caracterizada a situação de flagrância do crime do parágrafo único do art. 18 e o sujeito
ativo recebe a “voz de prisão”! Veja só:
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Art. 18 (...) Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente,
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
A 1ª Turma, por maioria, indeferiu habeas corpus em que se pretendia a aplicação do princípio da
insignificância para trancar ação penal instaurada contra o paciente, pela suposta prática do crime
de tráfico internacional de munição (Lei 10.826/2003, art. 18). A defesa sustentava que seria
objeto da denúncia apenas a apreensão de 3 cápsulas de munição de origem estrangeira, daí a
aplicabilidade do referido postulado. Aduziu-se que o denunciado faria do tráfico internacional de
armas seu meio de vida e que teriam sido encontrados em seu poder diversos armamentos e
munições que, em situação regular, não teriam sido objeto da peça acusatória. Nesse sentido, não
se poderia cogitar da mínima ofensividade da conduta ou da ausência de periculosidade social
da ação, porquanto a hipótese seria de crime de perigo abstrato, para o qual não importaria o
resultado concreto. Vencido o Min. Marco Aurélio, que deferia a ordem por reputar configurado
no caso o crime de bagatela, tendo em vista que a imputação diria respeito tão-somente às 3
cápsulas de origem estrangeira, mas não a todo o material apreendido.
HC 97777/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.10.2010. (HC-97777).
Disposições Comuns aos Crimes de Comércio Ilegal de Armas de Fogo (art. 17) e de Tráfico Internacional
de Armas de Fogo (art. 18)
Temos uma importantíssima alteração promovida pela Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019): os crimes de
comércio ilegal de armas de fogo e de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição passaram
a ser considerados crimes hediondos:
Lei dos Crimes Hediondos. Art. 1º (...) Parágrafo único. Consideram-se também hediondos,
tentados ou consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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Assim, entraram para o seleto rol dos crimes hediondos as seguintes figuras do Estatuto do Desarmamento:
CRIMES HEDIONDOS
do COMÉRCIO ILEGAL de ARMAS DE
ESTATUTO DO FOGO
DESARMAMENTO
TRÁFICO INTERNACIONAL de
ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou
MUNIÇÃO
Além disso, o art. 19 estabelece que a pena será aumentada da metade (1/2) se o crime de comércio ilegal
ou de tráfico internacional forem praticados com arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito:
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
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(FCC – TRF4 – 2007) Em 2003, foi sancionado o Estatuto do Desarmamento que trouxe importantes
modificações na tipificação dos crimes relacionados com armas de fogo. Analisando-se os crimes
previstos no Estatuto do Desarmamento, em havendo a utilização de armas de fogo, acessórios ou
munições de uso proibido ou restrito, terá a pena aumentada da metade o crime de
a) suprimir ou alterar marca, numeração de arma de fogo.
b) omissão de cautela.
RESOLUÇÃO:
A questão quer saber, basicamente, qual alternativa apresenta crime que terá sua pena aumentada
da metade (1/2) se houver uso de armas de fogo, acessórios ou munições de uso proibido ou
restrito.
A nossa resposta está no art. 19
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 (comércio ilegal de arma de fogo – alternativa ‘c’) e 18 (tráfico
internacional de arma de fogo), a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.
(FUNIVERSA – SEAP/DF – 2015) No que diz respeito à legislação penal extravagante, segundo
entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
RESOLUÇÃO:
Opa! O agente que importa mira telescópica de uso restrito (acessório) comete o crime do art. 18
(tráfico internacional de arma de fogo):
Tráfico internacional de arma de fogo. Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
Por ser de uso restrito, a importação do acessório fará com que a pena do agente seja aumentada da
metade:
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Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou
munição forem de uso proibido ou restrito.
Item incorreto.
(CESPE – TJ/BA – 2013 – Adaptada) Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores acerca
dos delitos previstos na Lei n.º 10.826/2003 e na Lei n.º 11.340/2006, julgue o item seguinte.
Sobre o delito de tráfico internacional de arma de fogo incidirá causa de aumento de pena se a arma
de fogo, acessório ou munição forem de uso restrito, não havendo previsão legal expressa de
aplicação dessa majorante para o crime de comércio ilegal de arma de fogo.
RESOLUÇÃO:
Item incorreto! A causa de aumento da pena pela metade ocorrerá em ambos os crimes – tanto no
comércio irregular de arma de fogo (art. 17) como no tráfico internacional de arma de fogo (art. 18):
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou
munição forem de uso proibido ou restrito.
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Leu?
(a) Se forem cometidos pelos seguintes agentes 14 , os quais têm o porte de arma autorizado em
determinados casos:
Policiais Legislativos
Servidores da segurança do Poder Judiciário (no máximo 50% dos servidores da segurança terão
porte de arma)
14
Esses agentes foram listados pelos arts. 6º, 7º e 8º do Estatuto do Desarmamento! 15 Art. 27. Caberá ao Comando do
Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
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OU
(b) Se o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza
Confere aí:
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
A conduta de Lucas poderá ser enquadrada como atípica, devido ao fato de ele ser delegado de
polícia.
RESOLUÇÃO:
Negativo! A conduta de Lucas poderá ser enquadrada como crime de disparo de arma de fogo, com
possibilidade, ainda, de causa de aumento de pena, devido ao fato de ele ser delegado de polícia:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei;
ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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Art. 6º. É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação
própria e para:
II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;
Veja os órgãos de segurança a que se referem os incisos do art. 144 do caput da Constituição Federal:
Art. 144, CF/88. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Declarado inconstitucional pela Adin 3.112-1)
Isso mesmo: eles eram (não são mais) considerados insuscetíveis de liberdade provisória até o julgamento
da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.112, em 02/05/2007:
“V — Insusceptibilidade de liberdade provisória quanto aos delitos elencados nos arts. 16, 17 e 18.
Inconstitucionalidade reconhecida, visto que o texto magno não autoriza a prisão ex lege, em face
dos princípios da presunção de inocência e da obrigatoriedade de fundamentação dos mandados
de prisão pela autoridade judiciária competente; (...) IX — Ação julgada procedente, em parte,
para declarar a inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 e do artigo 21 da
Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003”
STF — ADI 3.112, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgado em 02/05/2007, DJe 131,
p. 538.
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Tráfico internacional
de arma de fogo (art.
18)
(VUNESP – PMSP – 2020) Em relação ao previsto na Lei nº 10.826/03, é correto afirmar que
a) aos residentes em área rural, para os fins de autorização da manutenção da arma de fogo pelo
proprietário que possuir o certificado de registro, considera-se residência ou domicílio do imóvel rural
exclusivamente a sede do imóvel (casa).
b) é considerada como crime a conduta de disparar de forma culposa arma de fogo ou acionar
munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela.
c) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de
sua propriedade é considerado crime mesmo que o menor não efetue nenhum disparo ou realize
qualquer outra conduta perigosa com referido armamento.
d) o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito prevê pena menor do que o crime de porte
ilegal de arma de fogo de uso restrito.
RESOLUÇÃO:
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§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou
domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
c) CORRETA. Se o agente deixar a arma em cima da mesa, e o menor ou deficiente mental não mexer,
não fica configurado o crime de omissão de cautela. É imprescindível que esses sujeitos se apoderem
da arma, pouco importando se ela foi utilizada, se estava carregada ou se causou alguma
consequência, grave ou não.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
d) INCORRETA. Tanto a posse como o porte de arma de fogo de uso restrito são condutas tipificadas
pelo mesmo dispositivo, cujo preceito secundário prevê pena de reclusão, de 3 a 6 anos e multa.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena –
reclusão, de 03 (três) a 06 (seis) anos, e multa.
Resposta: C
Disposições Especiais
Você já parou para pensar sobre o destino que é dado às armas de fogo apreendidas?
Bom, primeiramente, diante da apreensão de uma arma de fogo, é indispensável a realização de um exame
pericial para comprovar a sua eficiência e potencialidade lesiva, e até mesmo para a distinção entre arma de
fogo de uso permitido e arma de fogo de uso proibido ou restrito.
Veja só o que dispõe o Estatuto do Desarmamento, que dispõe que as armas de fogo apreendidas poderão
ser doadas aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, ou serem destruídas, quando não tiverem mais
utilidade:
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos
autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz
competente ao COMANDO DO EXÉRCITO, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para
DESTRUIÇÃO ou DOAÇÃO aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
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Questão!
(CESPE – DEPEN – 2021) Com base na legislação especial, julgue o próximo item.
Quando não mais interessarem à investigação, as armas de fogo apreendidas serão encaminhadas ao
Ministério da Justiça para destruição.
RESOLUÇÃO:
Na realidade, quando as armas de fogo apreendidas não mais interessarem à investigação, elas serão
encaminhadas ao COMANDO DO EXÉRCITO para que, no prazo de até 48h, sejam destruídas ou
doadas aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não
mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao COMANDO DO EXÉRCITO, no
prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para DESTRUIÇÃO ou DOAÇÃO aos órgãos de segurança pública ou às
Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.
Item incorreto.
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Lista de Questões
1. (SELECON – Guarda Civil de Boa Vista/RR – 2020)
Wolff, após longos serviços prestados na área de segurança pública, é convidado para organizar a memória dos
armamentos utilizados no Brasil, compondo catálogo e administrando órgão que seria criado para o exercício do
seu mister. Nos termos do estatuto do desarmamento, a classificação legal, técnica e geral, bem como a definição
das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
histórico serão disciplinadas em ato do chefe do:
a) Poder Executivo Federal
b) A Polícia Militar expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os requisitos estabelecidos,
em nome do requerente e para a arma indicada, sendo essa autorização intransferível.
c) A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento dessa Lei.
d) Ao Exército compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade.
e) A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em todo o território nacional, é de competência
do Sinarm e somente será concedida após autorização da Polícia Federal.
a) O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos estabelecidos, em
nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível essa autorização.
b) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
c) Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado
porte de arma de fogo, quando em serviço.
d) A expedição da autorização de compra de arma de fogo será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de sessenta dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
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e) As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo
de até quarenta e oito horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas,
na forma do regulamento dessa Lei.
I. Documento comprobatório de residência em área rural ou certidão equivalente expedida por órgão municipal.
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a) As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento da Lei
10.826/03.
b) As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, o certificado de registro e a autorização de porte expedido pela Polícia
Federal, deverá constar o nome do funcionário responsável pela arma de fogo;
c) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
d) Configura-se posse irregular de uso de arma de fogo, ficando o infrator sujeito a pena de 1 (um) a 3 (três) anos
de detenção e multa. “Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”.
d) Perderá sua eficácia, caso seu portador seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas, e seja reincidente.
e) Sua concessão depende de autorização do Secretário Estadual de Segurança Pública.
É vedado ao menor de _________anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º desta Lei.
a) 18 (dezoito)
b) 21 (vinte e um)
c) 25 (vinte e cinco)
d) Nenhuma das alternativas.
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Estão CORRETAS:
a) I, II e IV, apenas.
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b) Não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios
eletrônicos;
d) Comprovação exclusiva e única da capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma
disposta no regulamento desta Lei.
a) respondendo o sujeito ativo por uma pena mínima de seis meses de detenção.
d) na direção das pessoas que são alvo do atirador, sob pena de configurar o crime de omissão de cautela.
e) em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
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a) O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita, residência
certa e comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, precisa possuir
no mínimo vinte e um anos, se não enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
b) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento
ou empresa.
c) A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
d) Nos termos da Lei nº 10.826/2003, são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de
brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
b) Se o diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores deixar de registrar ocorrência policial
e de comunicar à Polícia Federal o extravio de arma de fogo que esteja sob sua guarda, só se caracterizará crime
se a omissão perdurar por mais de 10 (dez) dias depois de ocorrido o fato.
c) O diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixar de registrar ocorrência policial
e de comunicar à Polícia Federal a perda apenas de acessório ou munição de arma de fogo que esteja sob sua
guarda não incorrerá em crime, apenas em infração administrativa e civil.
d) Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 21 (vinte e um) anos se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade tipifica o crime.
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b) Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta.
c) Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
d) Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
e) Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso
proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
I. Comprovar a idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.
II. Apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa.
III. Comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma da
lei.
IV. Comprovar que ocupa função pública há mais de dois anos.
b) I, II e V. e) I, II e III.
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b) do Exército Brasileiro.
c) da Polícia Federal.
d) da Marinha do Brasil.
e) da Aeronáutica.
a) Pelo Estatuto do Desarmamento, a regra é a proibição do porte de arma de fogo em todo o território nacional,
salvo para os casos previstos em lei.
b) Será vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, não cabendo nenhuma exceção a essa
regra.
c) O fato de a pessoa estar portando arma de fogo com a numeração raspada não configura qualquer tipo de crime
específico pelo Estatuto, pois somente a pessoa que, comprovadamente, suprimir a numeração da arma de fogo
responderá criminalmente pelo fato.
d) O fato de uma pessoa manter, no interior de sua residência, uma arma de fogo de uso permitido, para sua defesa
e de sua família, configura crime de porte ilegal de arma de fogo.
e) É permitido o porte de arma de fogo em todo o território nacional para uso exclusivo de servidores públicos que
efetivamente estejam no exercício de funções de segurança.
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b) Compete ao Exército Brasileiro a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional.
c) Em qualquer situação, é vedada a importação de réplicas de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
d) O Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
b) O porte de arma na categoria caçador para subsistência destina-se aos indivíduos maiores de 18 anos, residentes
em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar.
c) O certificado de Registro de Arma de Fogo, expedido pela Polícia Federal, cuja validade será por período não
inferior a 3 (três) anos, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou
o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. No caso de residentes em área rural, tal autorização
abrangerá toda a extensão do respectivo imóvel rural.
d) As armas de fogo apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e
encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado,
destruídas ou destinadas com prioridade para os órgãos de segurança pública e do sistema penitenciário da
unidade da federação responsável pela apreensão.
a) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo em seu local de trabalho e em via pública.
b) As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento da citada
Lei.
c) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Civil e será precedido de autorização do
Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas).
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d) A aquisição de munição poderá ser feita no calibre não correspondente à arma registrada e em qualquer
quantidade.
a) Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
b) Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de vinte e um anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
c) Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
d) Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
b) Homicídio qualificado.
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I. A posse isolada de grande quantidade de munições de uso permitido, em desacordo com as determinações legais
ou regulamentares, quando desacompanhada da apreensão de arma de fogo, não constitui crime.
II. A cessão, mesmo que gratuita, de arma de fogo de uso restrito, sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal ou regulamentar, configura crime, punido com a mesma sanção penal daquele que transporta
arma de fogo de calibre permitido com numeração suprimida.
III. O crime de disparo de arma de fogo é expressamente subsidiário, somente havendo punição do agente caso a
finalidade com o disparo não seja praticar outro crime.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso
material;
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso
formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso
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e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se o
concurso de delitos.
Considerando que todos os fatos narrados foram confirmados em juízo, é correto afirmar que o(a) advogado(a) de
Cláudio deverá defender o reconhecimento
a) dois crimes, quais sejam, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de munição;
b) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido;
c) crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido;
I. É permitido o porte de arma de fogo aos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil.
II. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
III. As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela
Polícia Federal em nome da empresa.
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Assinale
d) o crime de disparo de arma de fogo previsto no artigo 15 do Estatuto admite tanto a conduta dolosa (disparo
proposital), como culposa (disparo acidental).
e) o Estatuto do Desarmamento não pune o porte ou a posse de acessório ou munição para armas de fogo.
e) posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
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a) É proibida a conduta de portar arma de fogo de uso permitido ou proibido, não se punindo, no estatuto, a
conduta de portar ou possuir acessório ou munição para arma de fogo.
b) O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, inciso IV, do artigo 16, refere-se
tanto à arma de fogo de uso permitido como à arma de fogo de uso proibido/restrito.
c) O artigo 16 prescreve que é proibido possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo de uso permitido sem autorização legal.
d) O crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15 do estatuto, é autônomo, sendo que, na hipótese de
o agente tentar matar a vítima com disparos de arma de fogo, responderá por tentativa de homicídio e pelo crime
de disparo de arma de fogo em concurso material de delitos.
e) A vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo de arma de fogo) foi declarada
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de constitucionalidade.
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a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança
ou adolescente
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal
de identificação raspado, suprimido ou adulterado
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
a) empregar artefato incendiário em desacordo com a orientação de regulamento ou sem a autorização de quem
de direito
b) omitir-se em relação aos cuidados necessários para evitar que pessoa com perturbação da saúde mental se
apodere de arma de fogo que seja de sua propriedade
c) favorecer a saída do território nacional de munição, arma de fogo ou acessório, sem autorização da autoridade
competente
d) fornecer, ainda que gratuitamente, munição, arma de fogo ou explosivo a pessoa idosa ou desprovida de
discernimento mediano.
b) suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato.
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c) possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar.
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
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RESOLUÇÃO:
O Chefe do Poder Executivo Federal, isto é, o Presidente da República, é o responsável por disciplinar, por meio
de decreto executivo federal, a classificação legal, técnica e geral, bem como a definição das armas de fogo e
demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico:
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos
proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal,
mediante proposta do Comando do Exército.
Resposta: A
a) O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), instituído no Ministério da Defesa, no âmbito da Polícia Federal, tem
circunscrição em todo o território nacional.
b) A Polícia Militar expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os requisitos estabelecidos,
em nome do requerente e para a arma indicada, sendo essa autorização intransferível.
c) A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento dessa Lei.
d) Ao Exército compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade.
e) A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em todo o território nacional, é de competência
do Sinarm e somente será concedida após autorização da Polícia Federal.
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RESOLUÇÃO:
b) INCORRETA. O SINARM expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os requisitos
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo essa autorização intransferível.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta
no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em
nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
c) CORRETA. De fato, a aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma
registrada e na quantidade estabelecida no regulamento dessa Lei.
Art. 4º (...) § 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei.
d) INCORRETA. Ao SINARM compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença
para exercer a atividade.
Art. 2o Ao Sinarm compete:
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade;
e) INCORRETA. A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em todo o território nacional, é de
competência da POLÍCIA FEDERAL e somente será concedida após autorização do SINARM.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Resposta: C
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b) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
c) Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado
porte de arma de fogo, quando em serviço.
d) A expedição da autorização de compra de arma de fogo será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de sessenta dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
e) As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo
de até quarenta e oito horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas,
na forma do regulamento dessa Lei.
RESOLUÇÃO:
a) CORRETA. Após atendidos os requisitos, o Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo em nome
do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível essa autorização.
Art. 4º (...) § 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
b) CORRETA. O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de
autorização do Sinarm.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
c) CORRETA. Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será
autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
Art. 6º (...) § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
de arma de fogo, quando em serviço.
d) INCORRETA. A expedição da autorização de compra de arma de fogo será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de TRINTA dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
Art. 4º (...) § 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
e) CORRETA. É isso aí. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do
Exército, no prazo de até quarenta e oito horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às
Forças Armadas, na forma do regulamento dessa Lei.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem
à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas,
para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da
POLÍCIA FEDERAL e somente será concedida após autorização do SINARM (Sistema Nacional de Armas).
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Resposta: B
d) Comando do Exército.
e) Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais.
RESOLUÇÃO:
De forma EXCEPCIONAL, a autorização para a aquisição de armas de fogo de uso restrito será dada pelo
COMANDO DO EXÉRCITO:
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Resposta: D
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I. Documento comprobatório de residência em área rural ou certidão equivalente expedida por órgão municipal.
II. Original e cópia, ou cópia autenticada, do documento de identificação pessoal.
RESOLUÇÃO:
Amigos, todos os itens representam requisitos para a concessão do porte de arma de fogo na categoria caçador
de subsistência. Veja só:
Art. 6º (...) § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações penais,
responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
Resposta: A
a) As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento da Lei
10.826/03.
b) As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
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podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, o certificado de registro e a autorização de porte expedido pela Polícia
Federal, deverá constar o nome do funcionário responsável pela arma de fogo;
c) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
d) Configura-se posse irregular de uso de arma de fogo, ficando o infrator sujeito a pena de 1 (um) a 3 (três) anos
de detenção e multa. “Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”.
RESOLUÇÃO:
a) CORRETA. De fato, cabe ao Comando do Exército registrar as armas de fogo de uso restrito.
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.
b) INCORRETA. O certificado de registro e a autorização de porte serão registrados em nome DA EMPRESA, não
do funcionário, como afirma o final da alternativa.
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores, constituídas
na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas
quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
c) CORRETA. Isso aí! O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido
de autorização do Sinarm.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: B
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d) Perderá sua eficácia, caso seu portador seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas, e seja reincidente.
RESOLUÇÃO:
a) e b) INCORRETAS. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido é de competência da POLÍCIA
FEDERAL, após autorização do SINARM.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
c) CORRETA. Em determinados casos, a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido poderá ser
concedida com eficácia temporária e territorial limitada, como a concessão do porte para uma pessoa tão
somente na cidade onde ela reside e por um período de um ano, diante de ameaça à sua integridade física.
Art. 10 (...) § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos
de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
física;
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
d) INCORRETA. A autorização para o porte perderá automaticamente sua eficácia, caso seu portador seja detido
ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas,
INDEPENDENTEMENTE de reincidência.
Art. 10 (...) § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
e) INCORRETA. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido é de competência da Polícia
Federal, após autorização do SINARM.
Resposta: C
É vedado ao menor de _________anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º desta Lei.
a) 18 (dezoito)
b) 21 (vinte e um)
c) 25 (vinte e cinco)
d) Nenhuma das alternativas.
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RESOLUÇÃO:
É vedado ao menor de VINTE E CINCO anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º do Estatuto do Desarmamento:
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
Resposta: C
III - Os integrantes do quadro efetivo e provisório dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de
presos e as guardas portuárias.
Estão CORRETAS:
a) I, II e IV, apenas.
RESOLUÇÃO:
I – CORRETA. De fato, é permitido o porte de arma de fogo aos agentes operacionais da Agência Brasileira de
Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
da República.
II – CORRETA. De fato, é permitido o porte de arma de fogo aos integrantes das Forças Armadas.
III – INCORRETA. Será concedido porte de arma de fogo SOMENTE AOS INTEGRANTES DO QUADRO EFETIVO
dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias.
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II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da
Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
portuárias;
Resposta: A
RESOLUÇÃO:
Meus amigos, a conduta consistente em “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência
desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa” corresponde ao crime de POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO:
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: C
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seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa) constitui crime sancionável com a seguinte
pena:
RESOLUÇÃO:
O crime de POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO sujeita o seu autor à pena de detenção,
de 1 a 3 anos e multa:
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: C
a) Omissão de cautela.
b) Disparo de arma de fogo.
RESOLUÇÃO:
Aquele que “possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar” estará sujeito às mesmas penas cominadas para o crime de
posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito - Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
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III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar;
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
Vamos rever os requisitos exigidos para a aquisição de uma arma de fogo de uso permitido?
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos:
A alternativa “d” erra ao dizer que se exige comprovação exclusiva e única de capacidade técnica para o manuseio
da arma de fogo.
É exigida também a comprovação da aptidão psicológica, segundo enuncia o inciso III do art. 4º.
Resposta: D
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a) respondendo o sujeito ativo por uma pena mínima de seis meses de detenção.
c) em via terrestre, desde que essa conduta não seja tão grave quanto os crimes de porte e posse ilegal de arma de
fogo.
d) na direção das pessoas que são alvo do atirador, sob pena de configurar o crime de omissão de cautela.
e) em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
RESOLUÇÃO:
a) e b) INCORRETAS. O crime de disparo de arma de fogo tem cominada pena de reclusão mínima de dois anos e
máxima de quatro anos.
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela,
desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
c) INCORRETA. Alternativa sem pé nem cabeça, rsrs. O agente responderá pelo crime de disparo de arma de fogo,
desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
d) INCORRETA. Nesse caso, o agente responderá pelo crime de disparo de arma de fogo ou por outro crime mais
grave, se essa era a sua intenção.
e) CORRETA. O agente responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, desde que essa conduta não tenha
como finalidade a prática de outro crime.
Resposta: E
a) O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita, residência
certa e comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, precisa possuir
no mínimo vinte e um anos, se não enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
b) O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento
ou empresa.
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c) A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
d) Nos termos da Lei nº 10.826/2003, são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de
brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita,
residência certa e comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
precisa possuir no mínimo VINTE E CINCO ANOS, se não enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta
no regulamento desta Lei.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
b) CORRETA. De fato, o certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
c) CORRETA. De fato, a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional,
é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Art. 5º (...) § 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de
usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
Resposta: A
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a) omissão de cautela.
RESOLUÇÃO:
O sargento Abelardo Barbosa, por ter emprestado arma de fogo de uso restrito a seu irmão Carlos Barbosa, sem
autorização e em desacordo legal ou regulamentar, responderá pelo crime de posse ou porte de arma de fogo de
uso restrito (art. 16):
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
EMPRESTAR, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Resposta: D
b) Se o diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores deixar de registrar ocorrência policial
e de comunicar à Polícia Federal o extravio de arma de fogo que esteja sob sua guarda, só se caracterizará crime
se a omissão perdurar por mais de 10 (dez) dias depois de ocorrido o fato.
c) O diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixar de registrar ocorrência policial
e de comunicar à Polícia Federal a perda apenas de acessório ou munição de arma de fogo que esteja sob sua
guarda não incorrerá em crime, apenas em infração administrativa e civil.
d) Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 21 (vinte e um) anos se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade tipifica o crime.
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RESOLUÇÃO:
a) CORRETA. É isso mesmo! O crime de omissão de cautela é de perigo abstrato, pois se configura pelo simples
apoderamento da arma pelo menor ou doente mental, independentemente de ter ele apontado a arma para
alguém ou para ele próprio, por exemplo.
Assim, não é necessário que se prove que pessoa determinada tenha sido exposta a risco.
Art. 13, caput — Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de dezoito anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena — detenção, de um
a dois anos, e multa.
d) INCORRETA. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (DEZOITO) anos se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade tipifica o crime.
Resposta: A
a) Porte de arma de fogo na categoria caçador para subsistência, concedido pela Polícia Federal, de uma arma de
uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16
(dezesseis), aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do
emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar, demonstrando a efetiva necessidade
em requerimento e documentação comprobatória.
b) Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta.
c) Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
d) Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
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e) Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso
proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. A alternativa aborda o porte de arma de fogo na categoria “caçador para subsistência”, não se
constituindo em crime, desde que observadas as circunstâncias nela descritas.
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
(...) § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo
para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador
para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou
inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados
os seguintes documentos:
Como a questão nos pede para marcar a alternativa que não representa crime, a alternativa A é o nosso gabarito!
e) CORRETA. Trata-se dos crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e de uso proibido.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4
(quatro) a 12 (doze) anos.
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Resposta: A
I. Comprovar a idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.
III. Comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma da
lei.
a) III, IV e V. d) II, IV e V.
b) I, II e V. e) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita, residência certa
e comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, precisa possuir no
mínimo VINTE E CINCO ANOS, se não se enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta
no regulamento desta Lei.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
Resposta: E
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b) do Exército Brasileiro.
c) da Polícia Federal.
d) da Marinha do Brasil.
e) da Aeronáutica.
RESOLUÇÃO:
A competência para concessão da autorização para porte de arma de fogo de uso permitido em todo o território
nacional, após autorização do SINARM, é da POLÍCIA FEDERAL:
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Resposta: C
b) Será vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, não cabendo nenhuma exceção a essa
regra.
c) O fato de a pessoa estar portando arma de fogo com a numeração raspada não configura qualquer tipo de crime
específico pelo Estatuto, pois somente a pessoa que, comprovadamente, suprimir a numeração da arma de fogo
responderá criminalmente pelo fato.
d) O fato de uma pessoa manter, no interior de sua residência, uma arma de fogo de uso permitido, para sua defesa
e de sua família, configura crime de porte ilegal de arma de fogo.
RESOLUÇÃO:
a) CORRETA. É isso mesmo! A regra é a proibição do porte de arma de fogo em todo o território nacional, só sendo
permitido nos casos expressamente previstos pela lei.
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Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, SALVO para os casos previstos em legislação própria e
para: (...)
b) INCORRETA. A regra é a de que o menor de 25 anos não pode adquirir arma de fogo. Contudo, se a pessoa se
enquadrar em alguma das exceções legais, fica permitida a aquisição.
Ex: João é aprovado, aos 23 anos de idade, para o concurso da PM MG, tendo tomado posse. João poderá adquirir
arma de fogo, pois tem o respectivo porte.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
c) INCORRETA. O fato de a pessoa estar portando arma de fogo com a numeração raspada configura o crime do
art. 16, § 1º, IV.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
d) INCORRETA. Se a pessoa mantém, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido, em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, fica configurado o crime de POSSE irregular de arma de fogo de uso
permitido.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: A
a) Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios é vedado o porte de arma de fogo.
b) O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
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e) É permitido o porte de arma de fogo em todo o território nacional para uso exclusivo de servidores públicos que
efetivamente estejam no exercício de funções de segurança.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. Aos integrantes das guardas municipais será concedido o porte de arma de fogo!
b) CORRETA. Lembre-se de que poderá ser concedido o porte de arma de fogo aos residentes em áreas rurais, na
modalidade “caçador para subsistência”.
Dessa forma, o caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras
tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
Art. 6º (...) § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações penais,
responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção
de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.
e) INCORRETA. O porte também poderá ser concedido a servidores fora da área de segurança, como é o caso dos
auditores da Receita Federal.
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal
e Analista Tributário.
Resposta: B
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b) Compete ao Exército Brasileiro a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional.
c) Em qualquer situação, é vedada a importação de réplicas de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
d) O Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. O interessado em adquirir arma de fogo, além de comprovar idoneidade, possuir ocupação lícita,
residência certa e comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
precisa possuir no mínimo vinte e um anos, se não enquadrar nas exceções trazidas na Lei nº 10.826/2003.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos
seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta
no regulamento desta Lei.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes
dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
b) Compete à Polícia Federal, após autorização do SINARM, conceder autorização para o porte de arma de fogo
de uso permitido, em todo o território nacional.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de atos
regulamentares, e dependerá de o requerente:
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física;
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
c) INCORRETA. Em regra, é vedada a importação de réplicas de armas de fogo, que com estas se possam
confundir.
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Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de
usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
d) CORRETA. De fato, o Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu proprietário a manter a arma de
fogo no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
Resposta: D
b) O porte de arma na categoria caçador para subsistência destina-se aos indivíduos maiores de 18 anos, residentes
em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar.
c) O certificado de Registro de Arma de Fogo, expedido pela Polícia Federal, cuja validade será por período não
inferior a 3 (três) anos, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou
o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. No caso de residentes em área rural, tal autorização
abrangerá toda a extensão do respectivo imóvel rural.
d) As armas de fogo apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e
encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado,
destruídas ou destinadas com prioridade para os órgãos de segurança pública e do sistema penitenciário da
unidade da federação responsável pela apreensão.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. O portador perderá automaticamente a eficácia de sua autorização de porte de arma de fogo de
uso permitido concedido pela Polícia Federal, independentemente de procedimento administrativo próprio, caso
seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
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Art. 10. (...) § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
b) O porte de arma na categoria caçador para subsistência destina-se aos indivíduos maiores de 25 anos, dentre
outros requisitos:
Art. 6º, § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de
fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior
a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de
Arma de Fogo.
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o padrão
e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério
da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas
instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer forma utilizadas
em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido adquiridas com recursos
provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser,
após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas com prioridade para os órgãos de segurança pública e do sistema
penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu
perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu
cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
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§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma
de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas características
e o local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008).
Resposta: C
b) As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento da citada
Lei.
c) O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Civil e será precedido de autorização do
Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas).
d) A aquisição de munição poderá ser feita no calibre não correspondente à arma registrada e em qualquer
quantidade.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza
o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
b) CORRETA. Isso mesmo! As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma
do regulamento da citada Lei.
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.
c) INCORRETA. O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de
autorização do SINARM.
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
d) INCORRETA. A aquisição de munição poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e em
quantidade definida por regulamento.
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Art. 5º (...) § 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei.
Resposta: B
a) Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
b) Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de vinte e um anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
c) Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
d) Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
RESOLUÇÃO:
b) INCORRETA. Opa! Na realidade, o crime de omissão de cautela se tipifica com a omissão ao impedir que pessoa
menor idade, ou seja, menor de 18 anos, ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
de sua posse ou propriedade.
Omissão de cautela - Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
c) CORRETA. A conduta descrita corresponde ao crime de porte de arma de fogo de uso permitido:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
As condutas consistentes em adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar amoldam-se ao crime de comércio irregular de arma de
fogo:
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender,
expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Resposta: E
volta de 10 horas, exatamente no momento em que JMS passava de carro pela avenida central, em sentido à
rodoviária.
b) Homicídio qualificado.
c) Disparo de arma de fogo em via pública.
RESOLUÇÃO:
De acordo com art. 15 do Estatuto do Desarmamento, o disparo de arma de fogo constituirá crime se ocorrer:
- Em lugar habitado ou suas adjacências: uma cidade, uma vila, um povoado etc.
Não comete o crime do art. 15 se o agente efetua o disparo em um local descampado ou em uma mata distante
de local habitado, o que não é o caso do enunciado, visto que o disparo ocorreu no momento em que o autor
passava de carro pela avenida central.
Resposta: C
I. A posse isolada de grande quantidade de munições de uso permitido, em desacordo com as determinações legais
ou regulamentares, quando desacompanhada da apreensão de arma de fogo, não constitui crime.
II. A cessão, mesmo que gratuita, de arma de fogo de uso restrito, sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal ou regulamentar, configura crime, punido com a mesma sanção penal daquele que transporta
arma de fogo de calibre permitido com numeração suprimida.
III. O crime de disparo de arma de fogo é expressamente subsidiário, somente havendo punição do agente caso a
finalidade com o disparo não seja praticar outro crime.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
I. INCORRETA. O Estatuto do Desarmamento tipifica como crime a conduta de possuir ou portar ilegalmente arma
de fogo, munição e acessórios, ainda que de forma isolada.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
II. CORRETA. A conduta consistente em ceder, ainda que gratuitamente, arma de fogo de uso restrito, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar é crime punido com a mesma pena
relativa ao indivíduo que porta arma de fogo de calibre permitido com numeração suprimida (reclusão, 3 a 6 anos
e multa):
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III. CORRETA. O crime de disparo de arma de fogo é subsidiário, ou seja, o agente apenas responderá por ele
quando não tiver como objetivo a prática de outro crime:
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em
via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de
outro crime:
Resposta: D
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso
formal;
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se o
concurso de delitos.
RESOLUÇÃO:
Como mantinha armas sem autorização e registro dentro de seu próprio estabelecimento, João responderá pelo
delito de posse irregular de arma de fogo:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
O fato de João possuir várias armas configura crime único, pois praticados no mesmo contexto fático e com ofensa
ao mesmo bem jurídico:
autoriza a elevação da pena-base no crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 2. A posse de armas
sem ordem legal, bem como de uso proibido, não configura concurso formal de crimes, devendo, na espécie,
ser reconhecida a existência de delito único. 3. Ordem parcialmente concedida. STJ, HC 104.669/RJ.
Assim, podemos dizer que ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº
10.826/03), afastando-se o concurso de delitos!
Resposta: E
Considerando que todos os fatos narrados foram confirmados em juízo, é correto afirmar que o(a) advogado(a) de
Cláudio deverá defender o reconhecimento
a) de crime único de porte de arma de fogo.
RESOLUÇÃO:
Cláudio portava ilegalmente as armas de fogo em um mesmo contexto.
Assim, segundo entendimento do STJ, a conduta de Cláudio representa crime único, tese a ser defendida por seu
advogado!
O crime de porte de mais de uma arma de fogo, acessório ou munição não configura concurso
formal ou material, mas crime único, se no mesmo contexto, porque há uma única ação, com
lesão de um único bem jurídico, a segurança coletiva (HC 106.233 – SP - 03/08/2009)..
Resposta: A
a) dois crimes, quais sejam, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de munição;
RESOLUÇÃO:
O fato de o autor transportar arma de fogo municiada de uso permitido sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar fará com que ele incorra no crime previsto no art. 14 do Estatuto do
Desarmamento (Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido)
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
É importante mencionar que, “oficialmente”, não existe o tipo legal “posse ilegal de munição”.
Resposta: C
I. É permitido o porte de arma de fogo aos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil.
II. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
III. As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela
Polícia Federal em nome da empresa.
Assinale
RESOLUÇÃO:
I – CORRETA. Os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil poderão portar arma de fogo:
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
Fiscal e Analista Tributário.
II – CORRETA. Isso mesmo! A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido será dada pela POLÍCIA
FEDERAL, precedida de autorização do Sinarm.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
Dentre os crimes apresentados pela questão, o único punido com pena de detenção é o crime de posse irregular
de arma de fogo de uso permitido:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: E
a) a posse e guarda de arma de fogo no interior da residência ou no local de trabalho é autorizada, desde que a
arma de fogo seja de uso permitido.
c) o artigo 14 do Estatuto do Desarmamento dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso permitido e o artigo 16
da mesma lei dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso restrito.
d) o crime de disparo de arma de fogo previsto no artigo 15 do Estatuto admite tanto a conduta dolosa (disparo
proposital), como culposa (disparo acidental).
e) o Estatuto do Desarmamento não pune o porte ou a posse de acessório ou munição para armas de fogo.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. Na realidade, a posse e guarda de arma de fogo no interior da residência ou no local de trabalho
pode configurar crime, ainda que a arma de fogo seja de uso permitido.
O que vai determinar se a conduta configurará crime?
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
b) INCORRETA. O Estatuto do Desarmamento regula condutas envolvendo não só armas de fogo de uso permitido
como também as de uso proibido ou restrito!
c) CORRETA. Os objetos materiais dos crimes do art. 14 e do art. 16 são diferentes, pois o primeiro trata do porte
ilegal de arma de fogo de uso permitido, ao passo que o segundo trata da posse e do porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
d) INCORRETA. Não há determinação no Estatuto do Desarmamento para que o agente responda "culposamente"
pelo crime de disparo de arma de fogo.
Não se esqueça: a responsabilização criminal por crime de culposo depende de previsão legal, o que não
ocorre com o crime de disparo de arma de fogo:
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em
via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de
outro crime:
Com exceção do crime de omissão de cautela, os crimes do Estatuto do Desarmamento são todos dolosos, de
forma que o disparo acidental é uma conduta atípica e não constitui crime.
e) INCORRETA. Como vimos nos dispositivos anteriores, o porte ou a posse de acessório ou munição para armas
de fogo também constituem objeto material de vários crimes do Estatuto.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
Confere:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
ou que seja de sua propriedade:
Resposta: B
d) pelo Exército.
RESOLUÇÃO:
A expedição do certificado de registro de arma de fogo, precedida de autorização do Sinarm, é atribuição da
Polícia Federal:
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter
a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
Resposta: A
b) O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, inciso IV, do artigo 16, refere-se
tanto à arma de fogo de uso permitido como à arma de fogo de uso proibido/restrito.
c) O artigo 16 prescreve que é proibido possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo de uso permitido sem autorização legal.
d) O crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15 do estatuto, é autônomo, sendo que, na hipótese de
o agente tentar matar a vítima com disparos de arma de fogo, responderá por tentativa de homicídio e pelo crime
de disparo de arma de fogo em concurso material de delitos.
e) A vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo de arma de fogo) foi declarada
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de constitucionalidade.
RESOLUÇÃO:
a) INCORRETA. Os crimes de porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso permitido/proibido/restrito têm como
objeto material tanto a arma de fogo, como o acessório ou a munição:
b) CORRETA. O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, inciso IV, do artigo
16, pode ter como objeto material tanto a arma de fogo de uso permitido como as de uso proibido/restrito:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;;
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de
4 (quatro) a 12 (doze) anos.
c) INCORRETA. Na realidade, o caput do art. 16 tem como objeto material arma de fogo, acessório ou munição de
uso restrito!
d) INCORRETA. O delito de disparo de arma de fogo é um crime subsidiário, que se configurará apenas se a
conduta não tiver finalidade a prática de outro crime. Assim, não devemos falar em concurso de crimes, como
insiste a alternativa.
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela,
desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
e) INCORRETA. A vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo de arma de
fogo) foi declarada INCONSTITUCIONAL pelo STF, no âmbito da ADIn 3.112-1.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
Sabemos que o titular ou responsável legal do estabelecimento ou empresa poderá possuir, em seu local de
trabalho, arma de fogo de uso permitido, devendo, entretanto, estar de acordo com determinação legal ou
regulamentar.
E se a posse da arma de fogo não estiver de acordo com determinação legal ou regulamentar?
Estará, em tese, configurado estará o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Resposta: E
a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança
ou adolescente
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal
de identificação raspado, suprimido ou adulterado
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
RESOLUÇÃO:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Resposta: D
b) omitir-se em relação aos cuidados necessários para evitar que pessoa com perturbação da saúde mental se
apodere de arma de fogo que seja de sua propriedade
c) favorecer a saída do território nacional de munição, arma de fogo ou acessório, sem autorização da autoridade
competente
d) fornecer, ainda que gratuitamente, munição, arma de fogo ou explosivo a pessoa idosa ou desprovida de
discernimento mediano.
RESOLUÇÃO:
O crime de tráfico internacional de arma de fogo é punido com pena de reclusão que pode variar entre 8 e 16 anos,
além de multa:
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019).
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
b)
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
d)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; (observe que o inciso V não menciona a figura do idoso!)
Resposta: C
b) omissão de cautela.
RESOLUÇÃO:
Emprestar arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar configura o
crime de porte ilegal de arma de fogo!
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, EMPRESTAR, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:
Vamos relembrar os verbos que configuram o PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO? Portar, deter, adquirir,
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, EMPRESTAR, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo.
Resposta: C
a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança
ou adolescente.
b) suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato.
c) possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar.
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade.
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
RESOLUÇÃO:
Vamos conferir quais são as condutas com penas equiparadas ao crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito?
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e
Você deve ter notado que há “um estranho no ninho” – a conduta referente à alternativa ‘d’, que corresponde ao
crime de omissão de cautela: deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade.
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
ou que seja de sua propriedade:
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
A posse ou porte legal de arma de fogo de uso restrito não é punida (alternativa ‘d’)
Pune-se a conduta daqueles que possuem ou portam ILEGALMENTE armas de fogo, acessórios ou munição de
uso permitido, restrito ou proibido:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Resposta: D
Gabarito
1. A
2. C
3. D
4. B
5. D
6. A
7. B
8. C
9. C
10. A
11. C
12. C
13. D
14. D
15. E
16. A
17. D
18. A
19. A
20. E
21. C
22. A
23. B
24. D
25. C
26. B
27. B
28. E
29. C
30. D
31. E
32. A
33. C
34. D
35. E
36. C
37. B
38. A
39. B
40. E
41. D
42. C
43. C
44. D
45. D
Resumo direcionado
Estatuto do Desarmamento – Contexto Histórico
Conceitos
Arma é qualquer objeto que tem por objetivo causar dano, permanente ou não, a seres vivos e coisas.
As armas de fogo de uso permitido podem ser adquiridas pelo “cidadão comum”, desde que
obedecidos os vários requisitos da legislação.
As armas de fogo de uso restrito, por possuírem maior potencial destrutivo, são de uso privativo das
forças armadas e de outras instituições autorizadas pelo Comando do Exército15.
As armas de fogo de uso proibido não podem ser utilizadas em hipótese alguma.
ATENÇÃO! As armas brancas não são objeto da Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)!
15
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Munição
É o artefato completo, pronto para carregamento e disparo de
uma arma, cujo efeito desejado pode ser: destruição,
iluminação ou ocultamento do alvo; efeito moral sobre pessoal;
exercício; manejo; outros efeitos especiais.
“Armas de Brinquedo”
O Estatuto do Desarmamento NÃO considera crime portar arma de brinquedo!
O Estatuto do
Desarmamento
NÃO abrange
Uso de simulacros
Uso de armas
de arma de fogo
brancas (faca,
(armas de
machado etc);
brinquedo).
Posse de Porte de
Arma Arma
• É obrigatório o registro de arma de fogo de órgão competente. O órgão competente é a POLÍCIA FEDERAL,
que emitirá um certificado de registro de arma de fogo. Esse certificado vai autorizar o proprietário da arma
ter a posse de arma EXCLUSIVAMENTE na sua residência ou no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
COMANDO DO
POLÍCIA FEDERAL
EXÉRCITO
◽ Policiais Legislativos.
• A POLÍCIA FEDERAL poderá conceder o porte de arma de fogo de uso permitido ao caçador para
subsistência, desde que tenha mais de 25 anos e que cumpra os requisitos dos incisos I, II e III:
Art. 6º (...) § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma
de fogo de uso permitido.
• A POLÍCIA FEDERAL é o órgão competente para a concessão da autorização para o porte de arma
de fogo de uso permitido, após autorização do Sinarm, àqueles que demonstrarem a sua efetiva
necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física, além
de atender as demais exigências do art. 10:
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente.
PORTE DE ARMA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUTORIZAÇÃO DO PORTE DE ARMA para os
responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil
→ Menor de idade
OU
→ Deficiente mental
IMPORTANTE! A omissão de cautela é o único crime culposo previsto no Estatuto do
Desarmamento
Conduta Equiparada - Omissão de Comunicação de Perda ou Subtração de Arma de Fogo
Caso haja a perda ou subtração da arma, o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança
privada e de transporte de valores deverá comunicar em 24 horas a Polícia Federal e registrar boletim de
ocorrência.
16
Perceba que o artigo fala somente em arma de fogo, não citando munição ou acessório de arma.
Portar
Ocultar Deter
Manter sob
Adquirir
sua guarda
Empregar
Porte Fornecer
Ilegal
(Art. 14)
Remeter Receber
Ter em
Emprestar Depósito
Transportar Ceder
Segundo o STF, a posse (art. 12) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo que ela
esteja desacompanhada de munição.
O STJ já decidiu que o porte de apenas um projétil - utilizado para ameaçar uma única pessoa - não
configura o crime do art. 14:
Para o STJ, é atípica (não configura crime) a conduta de posse/porte ilegal de arma de fogo ineficaz –
como é o caso de uma arma de fogo quebrada!
Para o STF, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido pode ser absorvido quando a
arma for utilizada exclusivamente para a prática do outro crime.
INFORMAÇÃO IMPORTANTE! O art. 16 pune tanto a posse quanto o porte de arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito “sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar".
Pena → reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.
→ Tornar maior o seu potencial lesivo, deixando-a equivalente a arma de uso restrito;
OU
→ Dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz.
FORMA
QUALIFICADA RECLUSÃO CRIME
dos crimes do art. 4 a 12 anos HEDIONDO
16 e art. 16, §1º
ATENÇÃO! O sujeito ativo do crime de comércio ilegal de arma de fogo só poderá ser o
comerciante ou o industrial, legal ou ilegal, de arma de fogo, acessório ou munição.
Equiparação da atividade comercial ou industrial a qualquer forma de prestação de serviços,
fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
Figura equiparada
A Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019) passou a prever uma nova figura típica relacionada ao art. 17, punindo
com a mesma pena (reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa) aquele que irregularmente vende ou entrega
arma de fogo, acessório ou munição a um agente policial disfarçado!
→ Importa
→ Exporta
→ Favorece a entrada ou a saída do território nacional, a qualquer título
Tráfico Internacional de
Arma de Fogo (art. 18)
• Elevação da Pena-Base
Reclusão - 8 a 16 anos (e multa)
Figura equiparada
A Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019) passou a prever uma nova figura típica relacionada ao art. 18, punindo
com a mesma pena (reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa) aquele que irregularmente vende ou
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, a um agente policial disfarçado!
Disposições Comuns aos Crimes de Comércio Ilegal de Armas de Fogo (art. 17) e de Tráfico Internacional
de Armas de Fogo (art. 18)
CRIMES HEDIONDOS
do COMÉRCIO ILEGAL de ARMAS DE
ESTATUTO DO FOGO
DESARMAMENTO
TRÁFICO INTERNACIONAL de
ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou
MUNIÇÃO
(a) Se cometidos por agentes com porte de arma autorizado em determinados casos (arts. 6º, 7º e 8º):
OU
(b) Se o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza
Tráfico internacional
de arma de fogo (art.
18)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
circunscrição em todo o território nacional.
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os
dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte
de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem
como as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento
desta Lei.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que
poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma
disposta no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos
previstos neste artigo.
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias,
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm.
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4o prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo.
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o
interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou,
ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Sinarm.
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em período não
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
Registro de Arma de Fogo.
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá
renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de
identificação pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das
demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008) (Prorrogação de prazo)
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede mundial de computadores - internet,
na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008)
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706,
de 2008)
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a
extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)
CAPÍTULO III
DO PORTE
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação
própria e para:
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da
Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN
5538) (Vide ADIN 5948)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as
guardas portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o
uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental.
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do
Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada
pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam: (Incluído
pela Lei nº 12.993, de 2014)
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à formação funcional de seus
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle
interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da
Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares
dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 o, ficam dispensados do cumprimento do disposto
nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma
lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento
ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação dada
pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores,
constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo
ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de valores responderá pelo
crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de
fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao
Sinarm.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art. 6 o serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas
observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus quadros pessoais no exercício
de funções de segurança que poderão portar arma de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do
número de servidores que exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado à apresentação de
documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 o desta Lei, bem como à formação
funcional em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle
interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada semestralmente no
Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5o As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constituídas devem obedecer às condições de
uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma
pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei.
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o
registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes
estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos
de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
física;
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
relativos:
§ 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do
Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I a
VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
Federal para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos
honorários profissionais para realização de avaliação psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho Federal de
Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$
80,00 (oitenta reais),acrescido do custo da munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do
profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
CAPÍTULO IV
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e
transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou
outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte
quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome
do agente. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão,
de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços,
fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo
com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis
de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de
importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição
forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
disposto nesta Lei.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos controlados,
de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, entre outras informações
definidas pelo regulamento desta Lei.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de munição com identificação
do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento desta Lei.
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
previstos no art. 6o.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e
no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas
atividades, mediante autorização concedida nos termos definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
2008)
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos
controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48
(quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do
regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o
padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos
pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser
encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
2008)
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer forma
utilizadas em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido adquiridas
com recursos provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e encaminhadas para o Comando do
Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas com prioridade para os órgãos de
segurança pública e do sistema penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o
seu perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu
cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de
arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas
características e o local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de
armas de fogo, que com estas se possam confundir.
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação
desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la,
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
sem ônus para o requerente.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova
admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário,
ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III
do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na forma do § 4 o do art. 5o desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-
las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
irregular da referida arma. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar
o regulamento desta Lei:
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou com
inobservância das normas de segurança;
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso
indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão,
sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os
eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e interestadual de
passageiros adotarão as providências necessárias para evitar o embarque de passageiros armados.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar características de classe e
individualizadoras de projéteis e de estojos de munição deflagrados por arma de fogo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição deflagrados por armas
de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder Executivo
federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
previstas no art. 6o desta Lei.
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
outubro de 2005.
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.