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Uma frase atribuída a Albert Einstein representa bem o que vivemos há um ano nessa
pandemia: “insanidade é continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados
diferentes”.
Quando o coronavírus surgiu no fim de 2019, muitos dos que hoje nos acusam de
negacionistas, a exemplo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do médico
Dr. Drauzio Varella, trataram o vírus chinês como sendo uma ‘gripezinha’ e um mal de
pouco potencial. E foi baseado nessa tese que o carnaval 2020 foi realizado em todas as
cidades, sem qualquer restrição, apesar de o governo federal já ter decretado estado de
emergência no começo de fevereiro de 2020.
Para isso, cada país, adotou estratégias diferentes. Alguns optaram pelo isolamento de
regiões inteiras – regiões em quarentena – onde o vírus estava sendo disseminado em
maior grau. Outros adotaram o fechamento de todos os comércios e serviços
considerados não essenciais em todas as cidades. E outros adotaram o lockdown total,
impedindo que as pessoas saíssem de casa por qualquer motivo. Seja qual for a
estratégia, ela só pode ser implementada através da coerção, pelo uso da força policial
ou aplicação de sanções aos cidadãos, a exemplo de multas.
Por isso, vimos uma série de atrocidades contra cidadãos comuns, trabalhadores, sendo
praticadas em todo o mundo: pessoas sendo presas e jogadas em viaturas por estarem
caminhando na praia, trabalhadores autônomos tendo seu material apreendido, donos de
comércios pagando multas e sendo obrigados a fechar seus negócios, muitas vezes
tendo a porta soldada, etc.
Um dos médicos orientou a filha de 14 anos, que cursava o Ensino Médio, na realização
de trabalho da escola. A tese do trabalho da garota seria que as crianças são as que têm
mais contato durante o dia com outras pessoas e por isso as escolas deveriam ser
fechadas para conter uma epidemia. A única experimentação realizada foi uma
simulação de computador.
O Amazonas é o estado com maior índice de Isolamento do país e esse número veio
crescendo desde outubro até atingir seu pico em janeiro, um mês após o decreto do
governador Wilson Lima apertar o isolamento.
Ainda segundo os pesquisadores, a nova cepa do vírus foi favorecida pelo lockdown
adotado no estado. Eles concluíram que o isolamento gerado pelo lockdown aumentou a
carga viral da covid-19, o que forçou a mutação do vírus.
(https://brasilsemmedo.com/lockdown-favoreceu-nova-cepa-de-covid-19-no-am-diz-
estudo/)
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio do Dr. David Nabarro, não
recomenda os lockdowns como medida de combate à covid-19.
Fora estes estudos, existem várias evidências que podem ser vistas nos locais onde as
políticas de trancamento foram adotadas em maior ou menor grau. O exemplo mais
emblemático é o da Argentina, que fez o lockdown mais longo entre os países no ano de
2020 e viu os casos de coronavírus crescerem até ao mês de outubro.
Bélgica é outro país que adotou fortemente o lockdown e lidera o ranking de mortes de
covid-19 por 100 mil habitantes.
E o que dizer da Alemanha? País onde houve a denúncia da compra de cientistas por
agentes do governo para que elaborassem estudos falsos favoráveis a adoção do
lockdown (https://theduran.com/germany-hired-koch-institute-and-other-scientists-to-
justify-unconstitutional-lockdowns-die-welt/)? Tudo isso é muito bizarro! Parece que a
política de trancamentos se tornou uma indústria do caos e do desemprego.
Mas o que não lhe contam é que, para mostrar a suposta eficácia, eles fazem uma série
de malabarismos. Em Israel, durante o período de lockdown, enquanto o número de
internações entre idosos caíam devido à vacinação, o de jovens e pessoas que não
haviam tomado a vacina cresciam. Ou seja, o que fez o número de contaminações cair
foi a vacina, não o trancamento.
Países asiáticos também têm demonstrado eficácia no combate ao vírus sem se utilizar
de medidas drásticas de trancamento da população. Entre eles podemos destacar Coréia
do Sul e Japão, sendo que esse último sequer começou a vacinar sua população e só
deve fazê-lo em maio.
Um detalhe importante e pouco divulgado na grade mídia sobre o caso de Nova York é
que dados obtidos através do monitoramento de casos e divulgados pelo governo
daquele estado confirmaram que 66% dos infectados pegaram o vírus em casa
(https://portalnovonorte.com.br/mais-de-66-dos-infectados-em-nova-york-estavam-
respeitando-isolamento-revela-estudo/). Essa é mais uma grande evidência de que a
maior parte das contaminações acontece entre as pessoas que estão em isolamento.
Para encerrar nossos exemplos de casos de ineficácia das medidas de trancamento, já
nessa segunda onda do vírus, o Estado do Paraná, que decretou o toque de recolher no
começo de dezembro durante à noite, viu a ocupação dos leitos de UTI subirem de 1138
para 1471 no final de fevereiro.
Sabendo-se que as aglomerações no transporte público são uma das principais causas do
contágio do vírus, e é importante levantar uma questão: por que os governantes insistem
nessa ideia de restringir horário de funcionamento do comércio, forçando mais pessoas
a saírem de casa no mesmo horário, a estarem no mesmo lugar no mesmo horário, e
pegarem ônibus mais lotados? O correto, por óbvio, seria a ampliação do horário para
funcionamento do comércio.
Já são mais de 365 dias de pandemia e nossos governadores e prefeitos não aprenderam
nada de novo. Agora, com as novas cepas voltam os lockdowns - sejam eles mascarados
de toque de recolher ou mais duros ainda, sob a nomenclatura de fase roxa, como
acontece no Rio Grande do Sul, onde o governador agora determina o que você pode
comprar no supermercado. E tem prefeitos Brasil afora copiando mais essa ideia
abominável.
Sem falar da incompetência em preparar o sistema de saúde, que continua não estando
pronto para receber os pacientes de covid-19. Isso só reforça que a preocupação com a
saúde não foi como os governadores e prefeitos diziam. Afinal, a saúde na maioria dos
estados do país nunca foi boa e desde sempre faltaram leitos de UTIs e pessoas
morreram por isso durante anos. Por que seria diferente, agora, com a covid-19?
O que estamos vendo, com a repetição e o reforço dessas políticas de trancamento que
não deram certo, é a pura insanidade, como bem definiu Einsten. Talvez a única saída
para que essa loucura acabe seja Bolsonaro ir à TV e dizer que passou a ser a favor do
lockdown. No outro dia, os governadores estarão mudando de estratégia, já que parece
que o único objetivo deles é ficar contra o presidente.
Por princípio, obrigar as pessoas a ficarem em casa é algo inaceitável do ponto de vista
moral. Do ponto de vista científico, diante de fartas constatações e estudos apresentados
neste artigo, a persistência no lockdown já não é algo mais aceitável e não deve ser
levado a sério. Continuar defendendo essa política é uma insanidade.
Infelizmente, graças ao trabalho podre da grande imprensa que endossa as big techs
(que buscam censurar quem fala contra essa medida autoritária), falar contra o
lockdown ainda é um tabu e coisa de “negacionista”.
Não é a primeira vez que a humanidade teve de enfrentar um perigo invisível aos nossos
olhos que ameaçou nossa existência. Peste negra, gripe espanhola, H1N1, etc. A última
pandemia mais devastadora da nossa recente história a Gripe Espanhola, que ocorreu
entre 1918 e 1920. Foram mais de 500 milhões de contaminados, ¼ da população
mundial na época e 50 milhões de mortes estimadas. Ou seja, 10% dos infectados
morreram.
Esse número é muito mais assustador que a taxa de mortalidade por covid-19, que não
passa de 0,3% entre a população geral e de 0,05% entre pessoas fora do grupo de risco
(https://www.who.int/bulletin/online_first/BLT.20.265892.pdf). Mesmo assim, naquela
época o mundo não enfrentou tal perigo se trancando em casa.
Diante disso, acho que é válido questionarmos como humanidade. Será que os avanços
tecnológicos e científicos, que deveriam nos tornar mais fortes e preparados para
enfrentar os perigos, nos fizeram mais fracos e covardes a ponto de aceitar goela abaixo
narrativas de pânico promovidas pela grande imprensa — a mesma que quase não fala
dos quase 10 milhões de recuperados entre os 11 milhões de casos no Brasil —, que nos
fazem acolher como gado políticas autoritárias impostas por governadores e prefeitos
metidos a ditadores?