Você está na página 1de 19

1

9 ANO - TERCEIRO BIMESTRE – 30/08/21


A CHINA NO SÉCULO XXI

Contando com mais de 5000 anos de história, a China é


considerada uma das mais antigas civilizações do mundo.
A China é atualmente o país que mais cresce no mundo, por essa
razão tem se destacado no cenário geopolítico mundial.

Além de ser o mais populoso do mundo (1,35 bilhão de habitantes),


o país asiático é hoje a segunda maior economia do planeta, atrás
apenas dos Estados Unidos. De 1980 a 2010, a China multiplicou
em 17 vezes o PIB (Produto Interno Bruto). Na mesma época, os
Estados Unidos apenas dobrou suas riquezas, o que também não é
pouco.
A cada ano, a China ganha maior relevância no tabuleiro de xadrez
global. O país achou um modelo inusitado ao misturar o regime
político comunista com a economia de mercado capitalista. Hoje o
país representa a maior ameaça à hegemonia global dos Estados
Unidos no século 21. Enquanto isso não acontece, sua força já é
sentida na economia: qualquer movimento pode causar uma
desestabilização nos mercados.
Em agosto de 2015, bastou o país asiático anunciar que a sua
economia estava em queda que a notícia arrastou para baixo os
índices das principais bolsas de valores do mundo. A produção
industrial da China desacelerou e o país começou a frear os
investimentos.
Essa redução no crescimento foi reflexo da mudança na economia
do país, de um modelo predominantemente exportador para uma
economia voltada ao consumo interno. Com essa decisão, o Banco
Central da China passou a limitar investimentos no exterior,
priorizando crescimento “sustentável” do país.
Na década passada, o mundo parecia ter se acostumado ao
incremento vertiginoso do PIB do país mais populoso do planeta,
sempre perto dos 10% ao ano, o que beneficiava todo o sistema
econômico internacional, em particular os vendedores de
commodities, como o Brasil. Com uma redução nas exportações
chinesas, países como o Brasil são afetados.
Apesar dos indicadores menos impressionantes, a economia
chinesa continua sólida e em crescimento anual em torno de 6 a
7%. Ou seja, está longe de significar uma recessão. O governo
chinês pretende estimular o mercado interno através do consumo
2

com medidas de crédito, fiscais e tributárias. Assim, o país quer que


a população tenha mais dinheiro no bolso para consumir.
Entre 2003 e 2007, a China teve impressionantes taxas de
crescimento – entre 10% e 13% ao ano. O desempenho continuou
até 2008, ano em que houve um desaquecimento da economia
chinesa, agravado pela crise mundial. O governo chinês implantou
um pacote econômico com investimentos em crédito e infraestrutura
e retomou o crescimento. A economia chinesa continua e deverá
continuar crescendo, mas num ritmo menor, mais natural.  

O país tem exercido grande influência política, militar e econômica


no cenário regional e internacional graças a fatores determinantes,
como grande extensão de seu território (ocupa o terceiro lugar em
dimensão), elevadíssimo número de habitantes (cerca de 1,3 bilhão,
o mais populoso do mundo) e dinamismo de sua economia
(atualmente é a economia que apresenta maiores índices de
crescimento em todo o planeta).
O país tem se despontado em razão do modo agressivo de sua
aplicação política interna e externa. A política interna está vincula a
uma extrema centralização do poder, que se encontra sob os
domínios do único partido político do país, o Partido Comunista; que
coíbe todo e qualquer tipo de movimento de caráter social (greves,
manifestações, discursos, entre outros), caso ocorra, é
rigorosamente interceptado pelo uso da força.

No âmbito internacional, a China está obtendo maior força e


participação nas decisões políticas, tal fato levou o país a usufruir o
direito de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de
Segurança da ONU (Organizações das Nações Unidas).

Seu potencial militar tem contribuído para o incremento de sua


influência internacional, pois o país detém um enorme exército
(evidente no país mais populoso do mundo), além de possuir um
numeroso e diversificado arsenal bélico, como bombas atômicas e
mísseis. O país domina tecnologias espaciais, é fabricante de
satélites artificiais e foguetes.

Diante desses aspectos, parece claro que a China possui


praticamente todos os requisitos para se tornar uma grande
potência mundial, senão a maior potência mundial
3

Diversos estudos apontam que a China, no século XXI, será a


principal potência; perspectiva alicerçada no índice de crescimento
econômico, e no potencial político e militar do país.

Modernização
Em 1976, após a morte de Mao, Deng Xiaoping assume o poder.
São lançadas as Quatro Grandes Modernizações: indústria,
agricultura, ciência e tecnologia e Forças Armadas e criadas as
Zonas ...
Em 1976, após a morte de Mao, Deng Xiaoping assume o poder.
São lançadas as Quatro Grandes Modernizações: indústria,
agricultura, ciência e tecnologia e Forças Armadas e criadas as
Zonas Econômicas Especiais para empresas estrangeiras.
China: Como a China virou potência?
Desde a época do surgimento da civilização chinesa, há 4 mil anos,
até o ano de 1978, muitas coisas aconteceram. A China tornou-se
um grande império no século II a.C., quando iniciou a construção da
Grande Muralha para se defender dos mongóis. No século XIII, o
país começou a ter contato com o mundo ocidental. Na Guerra do
Ópio, os chineses lutaram contra o imperialismo inglês, contudo,
acabaram perdendo o território de Hong Kong. Para os franceses,
perderam o Vietnã; os russos conquistaram áreas do norte de seu
território; e o Japão tomou Coreia e Taiwan. Os chineses também
viram os japoneses ocuparem a Manchúria; tal situação só se
findou com a derrota do Japão na 2ª Guerra Mundial.

Em 1949, os comunistas, sob a liderança de Mão Tsé-Tung,


tomaram o poder e realizaram inúmeras mudanças, estatizando as
empresas e as propriedades fundiárias e promovendo a ditadura.
Em 1950, a China aproximou-se da União Soviética, entrando
também na Guerra da Coreia. Após a morte de Tsé-Tung, em 1976,
Deng Xiaoping e seus aliados assumiram o poder e colocaram o
país em outros trilhos.

A partir de 1978, a China iniciou uma série de reformas


econômicas, as quais tiveram como base os fartos subsídios
estatais, visando tornar o país um grande exportador de produtos
de baixo custo e procurando atrair pesados investimentos
estrangeiros. Com tais medidas, o país se deparou com um
4

crescimento econômico bastante significativo. Em virtude da mão


de obra barata, centenas de empresas estrangeiras foram atraídas
para a país, tornando-o uma verdadeira potência exportadora.

Em 1989, mesmo com o fim da URSS, a China permaneceu com


seu regime fechado. Basicamente, a política econômica adotada
pelos chineses nesse período baseava-se no apoio às
multinacionais, que mudavam gradativamente o perfil da economia
chinesa. O Estado se esforçava para garantir uma ampla
infraestrutura, energia, matérias-primas e mão de obra barata, tudo
que as multinacionais desejavam. O que essas empresas
estrangeiras levaram à China foi a tecnologia, o que foi essencial
para a modernização do país.

Com a produção em massa, os preços dos produtos chineses


ficaram baratíssimos em relação a outros mercados, dando para o
país uma fantástica competitividade no mercado internacional.
Quem nunca encontrou a famosa frase “Made in China” em algum
produto? O Estado procurou acelerar ainda mais o crescimento
econômico por meio de fortes investimentos na construção de
portos, aeroportos, pontes, ferrovias, etc.

Atualmente, com um nível de crescimento econômico assustador, a


China encontra novos desafios. O principal deles talvez seja,
justamente, o de diminuir a dependência em relação ao comércio
exterior, das multinacionais, e tentar elaborar uma economia
semelhante à ocidental, baseada no consumo interno, na tecnologia
de ponta e nos serviços. Mesmo assim, essa "revolução
econômica" serviu para tirar 400 milhões de pessoas da pobreza. A
verdade é que ninguém sabe, ao certo, até onde os chineses
podem chegar.
População da China

A República Popular da China é um país composto por 56 grupos


étnicos diferentes, o povo Han responde por 91,02% do total da
população, sendo que as outras 55 etnias minoritárias estão
contidas no, 8,98% que restam. A lei chinesa garante a todas as
etnias igualdade, o Estado protege seus direitos e interesses
legítimos e aplica os direitos de igualdade, unidade, ajuda mútua e
prosperidade comum nas relações entre os diversos grupos étnicos.
Em relação à distribuição geográfica, os integrantes da etnia Han
estão espalhados por todo o país, concentrando-se principalmente
5

nas bacias dos rios Amarelo, Yangtzé e Perla, bem como nas
planícies dos rios Sonhua e Liaohe. Os Han desempenham papel
de destaque na vida estatal. As áreas habitadas pelas minorias
étnicas representam aproximadamente 55% do território nacional,
apesar de sua escassa população, e possuem abundantes recursos
naturais, fato que supõe um papel importante na construção e
desenvolvimento de toda a China.
Segundo dados de julho de 2008, a população chinesa soma
1.330.044.605 habitantes. A distribuição de acordo com a idade se
dá da seguinte forma: 0 a 14 anos - 20,1% (142.185.665 homens e
125.300.391 mulheres); 15 a 64 anos - 71,9% (491.513.378 homens
e 465.020.030 mulheres) e 65 anos ou mais – 8% (50.652.480
homens e 55.472661 mulheres).
A taxa de crescimento da população (no mesmo ano) foi de
0,629%. A taxa de nascimento foi de 13,71/1000 hab. A taxa de
mortalidade foi de 7,03/1000 hab. A taxa de mortalidade infantil é de
21,16 mortes/1000 hab., sendo que para os homens é de
19,43/1000 hab. e para as mulheres é de 23,08/1000 hab.
A distribuição por sexo ocorre da seguinte forma: no nascimento,
1,11 homens/mulher; menores de 15 anos, 1,13 homens/mulher; 15
a 64 anos, 1,06 homens/mulher; 65 anos ou mais, 0,91
homem/mulher e na população total a distribuição foi de 1,06
homens/mulher.
A expectativa geral de vida na população chinesa ao nascer foi de
73,18 anos, sendo que 71,37 anos para os homens e 75,18 para as
mulheres. A taxa de fertilidade foi de 1,77 infantes/mulher.
O idioma mandarim é o utilizado pela maioria da população da
China num país onde são faladas mais de 50 línguas diferentes e
são usadas 23 maneiras diferentes de escrever.

Controle demográfico na China


O controle demográfico na China poderá trazer problemas para o
país, como o envelhecimento populacional.
Na China, a política é a de apenas um filho por casal
A China possui, atualmente, a maior população do planeta, com
mais de 1,3 bilhões de pessoas. Isso significa dizer que, em termos
proporcionais, a cada 7 pessoas no planeta, uma é chinesa, o que
representa, para o governo, um problema histórico relacionado com
o excesso de pessoas. Diante desse cenário, uma questão
6

estabelece-se: como conter um crescimento ainda mais elevado da


população no país?

A política do filho único


Em virtude dessa preocupação, o governo adotou um severo
controle demográfico na China a partir dos anos 1970 chamado
de política do filho único. Segundo essa lei, cada casal poderia ter
apenas um filho, de modo que a geração de um segundo filho
poderia acarretar severas punições por parte do Estado, incluindo o
pagamento de multa.
Estima-se que esse controle da população chinesa tenha sido
responsável por evitar um aumento de 400 milhões de pessoas no
país ao longo dos últimos 25 anos. Todavia, esse modelo sofreu
pesadas críticas no âmbito internacional. A principal delas envolve
um conjunto de acusações contra o governo chinês, que estaria
violando os direitos humanos ao suprimir, à força, o segundo filho
dos casais por meio de infanticídios, abortos e esterilizações
forçadas. Um documentário gravado pela BBC de Londres –
chamado de China, os quartos da morte – também apresenta um
quadro de denúncia com fortes imagens supostamente gravadas
em orfanatos chineses onde bebês do sexo feminino eram
abandonados e mortos.
Existem, no entanto, algumas exceções aplicadas à política do filho
único na China. Na zona rural, por exemplo, é muitas vezes
permitido o segundo filho de um casal, sobretudo quando o primeiro
é uma mulher. Isso porque o país considera que o campo, acima de
tudo, precisa suprir com sua força de trabalho as necessidades
alimentares de toda a população do país. Algumas etnias
específicas, como os tibetanos, também possuem exceções à
política do filho único do país.
A queda do crescimento demográfico e o envelhecimento
populacional
O crescimento demográfico chinês vem diminuindo
consideravelmente. Tanto é que a Índia, segundo país mais
populoso do mundo, com mais de um bilhão de pessoas, deverá
ultrapassar a China em termos populacionais nas próximas
décadas, a não ser que esse país também adote severas leis de
controle populacional.
Por outro lado, o governo chinês vem encontrando problemas
demográficos resultantes da desaceleração do crescimento
vegetativo do país. O primeiro deles é a bomba demográfica do
envelhecimento, que resultaria do aumento da proporção do
número de idosos, o que acarreta sérios desequilíbrios
7

previdenciários. Esse problema, atualmente vivido na Europa e no


Japão, seria mais duramente sentido na China, que ainda se
encontra em nível de subdesenvolvimento, com muitos problemas
sociais.
Por essa razão, o governo, nos últimos anos, vem flexibilizando a
política do filho único para conter o problema do envelhecimento
populacional na China. Afinal, estima-se que a proporção de
trabalhadores e aposentados caia de 5 por 1 para 2 por 1 até o ano
de 2030 caso nenhuma medida seja tomada. Além dos problemas
com a previdência social, o país também deve sofrer com a queda
da mão de obra (um dos principais atrativos atuais do país para os
investimentos estrangeiros) e a consequente queda do consumo,
trazendo a perspectiva de desaceleração do crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto).
Apesar desse cenário, as mudanças atuais ainda são tímidas, com
a permissão de um segundo filho para os casais que assim o
desejam. Além do mais, muitos analistas demográficos vêm
apontando que as próprias famílias chinesas (sobretudo as que
possuem melhores condições de vida) estão recusando-se a ter
esse segundo filho. Caso isso continue, o governo chinês,
contraditoriamente, deverá incentivar o crescimento demográfico a
fim de evitar que sua população envelheça demasiadamente nas
próximas décadas.
8

JAPÃO E TIGRES ASIÁTICOS

Japão e Tigres Asiáticos

Japão
Dados do Japão:
Localização: Ásia. Área: 377.801 km². Capital: Tóquio. Idioma:
Japonês.
População: 127.156.225 habitantes. Densidade demográfica: 336,5
hab/km².
População urbana: 66,6%. População rural: 33,4%.
Esperança de vida ao nascer: 83 anos.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,884 (muito alto).
Religião: Budismo 55,3%, novas religiões 25,9%, sem religião
10,2%, cristianismo 3,5%, ateísmo 2,9%, xintoísmo 2,1%, outras
0,1%.
Governo: Monarquia parlamentarista. Chefe de Estado: Imperador
Akihito.
Atual Primeiro-ministro: Yukio Hatoyama. Moeda: Iene.
Produto Interno Bruto (PIB): 4,9 trilhões de dólares

Aspectos Gerais O arquipélago japonês localiza-se no hemisfério


norte, em zona de média latitude, no extremo leste da Ásia. É
formado por quatro ilhas de maior extensão (Honshu, Hokkaido,
Kyushu e Shikoku) e por mais 3 mil ilhas menores. A tecnologia
conseguiu unir essas 4 ilhas que permitiu a perfeita integração entre
as mesmas.Aproximadamente 70% do território japonês é
constituído por montanhas, devido a sua origem geológica do tipo
vulcânica e se encontra em zonas de encontro de placas tectônicas,
com as placas do Pacífico, Filipinas e Euro-asiática.
O Japão ocupa uma das áreas mais sísmicas do planeta, pois está
localizado nos limites da placa tectônica euroasiática ocidental, que,
juntamente com a placa do pacífico, formam uma zona de
convergência entre placas, ou seja, ocorre o encontro dessas duas
9

placas tectônicas, fato que desencadeia fortes terremotos, além da


existência de vulcões.
Considerado a segunda maior potência econômica do planeta,
o país é conhecido como a “terra do sol nascente”.
O território nacional é bastante montanhoso, sendo que apenas
16% do país é composto por áreas de planícies, característica que
dificulta o desenvolvimento da agricultura.
Nesse sentido, a produção de gêneros alimentícios é insuficiente
para suprir a demanda interna. Somente o arroz consegue
abastecer o mercado nacional, não havendo necessidade de
importá-lo.
A economia japonesa é altamente industrializada, apresentando
grande aparato tecnológico. O país se destaca nos segmentos de
eletroeletrônico, informática, robótica, automobilístico, entre outros.
O Japão detém o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do
planeta, atrás somente dos Estados Unidos.
O desenvolvimento econômico reflete no alto padrão de vida dos
japoneses. De acordo com dados divulgados em 2010 pela
Organização das Nações Unidas (ONU), o Japão possui Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,884, ocupando o 11° lugar no
ranking mundial, que é composto por 169 países. Entre os fatores
que contribuem para essa média estão: o analfabetismo é
praticamente inexistente; a taxa de mortalidade infantil é uma das
menores do mundo: apenas 3 para cada mil nascidos vivos; a
expectativa de vida é de 83 anos.

TIGRES ASIÁTICOS

Tigres Asiáticos ou Quatro Pequenos Dragões da Ásia é a


denominação ao bloco econômico formado pela Coreia do Sul,
Taiwan, Cingapura e região administrativa de Hong Kong. O
termo foi cunhado em 1980 para definir as zonas onde o dinamismo
administrativo no que tange à recuperação local e influência na
economia mundial.
TIGRES ASIÁTICOSO tigre, originário da Ásia, representa a astúcia
e a força, é utilizado para designar que os países em curto espaço
de tempo, apresentaram um intenso e contínuo desenvolvimento
econômico e social, ou que se industrializaram com grande rapidez,
sendo o caso de Cingapura, Taiwan ou Formosa, Hong Kong e
Coréia do Sul.
10

 OS TIGRES ASIÁTICOSA partir da década de 1970, os países


asiáticos Taiwan, Cingapura e Coreia do Sul, mais a cidade de
Hong Kong (China) passaram a ser chamados de Tigres
Asiáticos)Trata-se de um conjunto de países (com exceção de Hong
kong) do Sudeste Asiático de industrialização recente;Seguiram os
passos do Japão, criando um modelo de industrialização voltado
fundamentalmente aos mercados externos.Destaca-se o comércio
de produtos tradicionais e industrializados.

Até a década de 60, esses países eram marcados por indicadores


sociais tão baixos quanto os registrados atualmente em países
africanos. Os Tigres Asiáticos são definidos como a expressão de
uma economia vibrante e eficiente, resultando em riquezas e bem
estar político, administrativo e social. A comparação é com o tigre
por ser ágil, preciso, imponente e agressivo.
Usando da agilidade, os países saíram da categoria em
desenvolvimento, a precisão foi levada ao trabalho para
investimento na indústria e o resultado esteve em economias
marcada pela riqueza e imponência na Ásia.

ESTRATÉGIAS

 O modelo estratégico utilizado por esses países tinha como


base a isenção fiscal para as transnacionais, atraindo grandes
empresas para seus domínios. Os Tigres Asiáticos não
tiveram medo de abrir seus mercados ao capital estrangeiro
na segunda metade do século XX.Hoje, a tela de tablet só é
produzida por empresas na Coreia do Sul, no Japão e na
China”Os Tigres Asiáticos, no setor industrial especializaram-
se na produção de eletrônicos, inicialmente televisores,
videocassetes, aparelhos de som, calculadoras, máquinas
fotográficas e, mais recentemente, computadores, celulares,
DVDs, entre outros.
  Essa política abriu oportunidade para que os EUA e o Japão
aplicassem grandes somas de dinheiro nesses países, numa
época de Guerra Fria em que o socialismo estava
expandindo. O retorno dos investimentos era garantido,
principalmente pelo fato de a mão de obra nesses países ser
barata.HONG KONG
11

 Comparado com a média dos países asiáticos, os tigres


apresentam bons indicadores sociais, com uma qualidade de
vida acima da média da grande maioria dos países, com
índices baixíssimos de analfabetismo, elevado PIB e
expectativa de vida satisfatória.

Economia dos Tigres Asiáticos


O desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos é dividido em
três fases. A primeira coloca todos na condição de
subdesenvolvidos economicamente e tem como características a
falta de matéria prima, sub-aproveitamento do potencial agrícola,
elevada dependência de produtos industrializados e grandes taxas
de analfabetismo.
Na primeira fase, a indústria contava com trabalhadores que
recebiam baixos salários e contavam com mínimas condições
trabalhistas. Os sindicatos eram praticamente ausentes e havia
intensa busca por um meio barato de produção, porém rentável. A
mudança nessa fase começa com a transformação do perfil da
indústria e melhora das condições sociais.

A segunda fase é marcada pela depressão econômica a partir da


década de 1990. Entre os acontecimentos que influenciaram a
queda de perspectivas estava a perda de vantagens competitivas
paralela à ampliação do poder dos sindicatos em busca da garantia
de atendimento às demandas sociais. A reação, mais uma vez,
passou pela indústria.
O fortalecimento da indústria e modernização dos parques
industriais está entre os pontos que marcam a terceira fase. A
reação é percebida, ainda, com a oferta de melhores salários,
garantias sociais, melhoria do equipamento urbano, crescimento do
setor de serviços e investimento em universidades. A terceira fase
é destacada pela abertura ao comércio internacional aliada à
estabilidade política.
Embora influenciem diretamente e praticamente ditem as regras da
economia asiática, os Tigres Asiáticos também são impactados
pelos vizinhos, os Novos Tigres Asiáticos e Novíssimos Tigres
Asiáticos. Em 1997, essa influência foi mostrada de maneira mais
clara quando Tailândia,
Malásia, Coreia do Sul e Filipinas retiraram os fundos especulativos
e criaram um efeito cascata.
12

Ainda assim, houve intenso crescimento, que levou a fenômenos


típicos do urbanismo, como o êxodo rural e inchaço das grandes
cidades. A população no campo é escassa e a pujança dos
Tigres Asiáticos é ameaçada, principalmente, pelos baixos índices
de natalidade.

Principais características

 Os governos realizaram grandes investimentos em educação,


reduzindo bastante o analfabetismo;Investiram em
universidades e centros de pesquisa para o desenvolvimento
industrial;Criação de tecnologia de ponta, como a indústria da
informática;
 Industrialização conduzida por governos autoritários;
Repressão às manifestações populares contrárias ao modelo
aplicado;Imposição de longas jornadas de trabalho e baixos
salários;O Estado define prioridades e direciona
investimentos, controlando a economia.
 Importância do JapãoDevido aos avanços tecnológicos e o
encarecimento da mão-de-obra no Japão, os grandes grupos
empresariais japoneses passaram a investir em fábricas nos
países vizinhos;Produção de mercadorias projetadas no
Japão, através dos joint ventures.
 Importância dos Estados Unidos
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos
exercem uma influência decisiva sobre estes países, por meio
de investimentos e do fortalecimento da parceria
comercial;Apoiaram a reforma agrária na Coréia do Sul e em
Taiwan.

 Substituição das importações pelo investimento na indústria


ligeira
 Queda na demanda doméstica de produtos importados
 Prioridade à oferta de produtos para países desenvolvidos
 Restrição às importações
 Investimento em capital humano pelo cumprimento de
garantias sociais básicas
 Aumento de salários
 Concorrência com outros mercados emergentes
 Intensificação da indústria de alta tecnologia
 Investimento em qualificação
13

Novos Tigres Asiáticos


A maneira de gestão econômica e política dos Tigres Asiáticos
também é adotada na década de 80 por Malásia, Tailândia e
Indonésia. O grupo passou ser designado como Novos Tigres
Asiáticos e apresentavam taxa de crescimento anual de 5% em
uma economia baseada na exportação de produtos eletrônicos para
a Ásia, Europa e América do Norte.

Novíssimos Tigres Asiáticos


A economia voltada para o mercado externo, adotada por Filipinas e
Vietnã resultou na ampliação do bloco econômico e foi cunhado o
termo Novíssimos Tigres Asiáticos. Esses países, conseguiram
atravessar a crise econômica na década de 1990 e mantiveram os
índices de exportação e indicadores sociais de qualidade.

.
CINGAPURA
Tornando-se independente em 9 de agosto de 1965, Cingapura
está localizada na maior ilha de um arquipélago ao sul da península
da Malásia, considerada como uma cidade-estado pouco maior que
o Vaticano e Mônaco. O país ocupa um território entre a Malásia e a
Indonésia, sendo que a maioria da população é de origem chinesa.

Sua posição geográfica é extremamente privilegiada, entre o


oceano Índico e o oceano Pacífico, rota comercial importante.
Caracterizado como um dos países mais povoados do mundo, com
densidade demográfica de 7.664 habitantes por quilômetro
quadrado, Cingapura proporciona alto padrão de vida aos
habitantes: seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de
0,846 (muito alto).

A economia nacional baseia-se nos serviços bancários e portuários,


no turismo e na indústria de alta tecnologia. O país apresentou
elevada industrialização e desenvolvimento econômico significativo
no fim da década de 1980, sendo considerado um dos “tigres
asiáticos”. O modelo industrial estabelecido foi o conhecido como
IOE (Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, a
produção é destinada principalmente para o comércio exterior.
14

O sistema político é extremamente fechado, com censura severa e


aplicação de pena de morte. Segundo a Anistia Internacional, o país
tem um dos mais altos índices mundiais de execuções.

Brasão de Armas de Cingapur


Dados de Cingapura:
Extensão territorial: 618 km².
Localização: Sudeste Asiático.
Capital: Cidade de Cingapura.
Clima: Equatorial
Governo: República parlamentarista.
Idiomas: Malaio, mandarim, tâmil, inglês.
Religiões: Crenças populares chinesas 42,7%, islamismo 18,4%,
budismo 14,5%, cristianismo 12,3%, hinduísmo 5%, sem religião e
ateísmo 4,7%, outras 2,4%.
População: 4.736.878 habitantes. (Homens: 2.380.071; Mulheres:
2.356,807).
Composição Étnica: Chineses 76%, malaios 15%, indianos 6%,
outros 3%.
Densidade demográfica: 7.664 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 2,5%.
População residente em área urbana: 100%.
População residente em área rural: 0%.
Esperança de vida ao nascer: 79,7 anos
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,846.
Moeda: Dólar de Cingapura.
Produto Interno Bruto (PIB): 361.349 milhões de US$
PIB per capita: 36.370 de US$.

Curioso é...Você sabia que existe um país no mundo que se resume


a uma cidade?É o caso de Cingapura, localizada no sudeste do
continente asiático. Trata-se de uma cidade Estado multicultural,
pois nela vivem chineses, indianos, indonésios, europeus e
árabes.Apresenta uma das maiores densidades demográficas do
mundo, com cerca de 6100 pessoas por quilômetro quadrado.Suas
leis são muito rígidas, sendo totalmente proibido pornografia,
mascar chicletes em público e jogá-los no chão e pichar muros.Foi
o primeiro país a realizar um Grande Prêmio de Fórmula 1 à
noite.Existem mais de 25 mil empresas transnacionais instaladas no
país, o que faz essa nação ter uma economia dinâmica,
diversificada e competitiva.
15

HONG KONG

Hong Kong, ex-colônia britânica, é um território autônomo no


sudeste da China. Seu centro urbano vibrante e densamente
povoado é também um porto importante e um centro financeiro
global de destaque, com um horizonte marcado por arranha-céus. O
distrito comercial exibe monumentos arquitetônicos como a Torre do
Bank of China, de I. M. Pei. Hong Kong é também um destino
importante para compras, famoso pela alfaiataria sob medida e pelo
Mercado Noturno da Rua do Templo. ― Google
Área: 1.106 km²
Continente: Ásia
População: 7,507 milhões (2019) Banco Mundial
Moeda: Dólar de Hong Kong
Produto Interno Bruto: 365,7 bilhões USD (2019)

Situada na costa sudeste da China, Hong Kong é uma região


administrativa especial da República Popular da China. Mantém
relativa independência do país em todas as áreas, menos nos
assuntos de política externa e de defesa. Seu porto de águas
profundas é valioso para a navegação.
A região administrativa abrange as ilhas de Hong Kong e de Lantau,
a península de Kowloon e cerca de duzentas pequenas ilhas. Os
chamados Novos Territórios, ao norte da península de Kowloon,
também fazem parte de Hong Kong. Em Vitória, na ilha de Hong
Kong, fica a sede do governo e o centro empresarial da região.
Hong Kong tem uma cultura mesclada. O povo celebra feriados
tanto do Oriente (como o Ano-Novo lunar ou chinês) quanto do
Ocidente (como o Natal). Muitas pessoas falam inglês fluentemente,
além do chinês.
A economia de Hong Kong baseia-se nos setores financeiro e
bancário, bem como no comércio internacional. O turismo e a pesca
também são importantes. Além disso, a região é um centro produtor
de filmes, com destaque para os filmes de artes marciais.

Taiwan
16

Capital: Taipé
Continente: Ásia
Presidente: Tsai Ing-wen
População: 23,57 milhões (2020)
Moeda: Novo dólar taiwanês
Idioma oficial: Língua mandarim
Taiwan, ou Formosa, é uma pequena ilha na costa sudeste
da China, na Ásia. Embora seja uma província chinesa, Taiwan
tem uma forma mista de governo com certa autonomia e também se
autointitula República da China. A sede do governo é Taipei. Com
área de 36.193 km2 , Taiwan tem 23.468.000 habitantes (estimativa
de 2015).
Taiwan fica no oceano Pacífico, a cerca de 160 quilômetros da
porção continental da China. As Filipinas ficam ao sul, e o Japão, a
nordeste. Taiwan é separada da China continental pelo estreito de
Taiwan e governa diversas ilhas localizadas nesse estreito.
A parte oriental, que corresponde a dois terços do território, é
coberta por uma cadeia de montanhas. A parte ocidental é de
planícies baixas, e é nessa área que mora a maioria da população,
pois ali se encontram as terras mais férteis da ilha. Na parte centro-
sul fica a montanha mais alta de Taiwan, Yu Shan, que se ergue
quase 4 mil metros acima do nível do mar. Diversos rios pequenos
correm pela ilha, dentre eles o Choshui e o Kaoping. O clima é
quente e úmido. Durante o verão, são comuns
as tempestades fortes, chamadas tufões.
População 
Quase toda a população de Taiwan é chinesa de origem han, com
raízes no sudeste da China, sendo geralmente chamada de
taiwanesa. A versão de chinês que essas pessoas falam é chamada
de dialeto taiwanês. Um grupo menor de chineses foi para Taiwan
em 1949, e seus descendentes são chamados de continentais. Eles
falam mandarim, que é a língua oficial de Taiwan. É nas mãos
desse grupo que esteve o poder político de Taiwan ao longo da
maior parte de sua história.
Um terceiro grupo étnico é formado por descendentes dos
habitantes originais da ilha, os quais migraram do sudeste da Ásia e
do sul da China há milhares de anos. Atualmente, esse grupo
corresponde a apenas cerca de 2 por cento da população e vive
principalmente nas montanhas.
Muitas pessoas praticam uma mistura de diversos tipos de religião.
As principais crenças são o budismo e o taoísmo, cada uma delas
professada por cerca de 20 por cento da população. Além disso, a
maioria das pessoas segue o sistema ético do confucionismo e
17

alguma forma de religião tradicional. Pequenos grupos de cristãos e


muçulmanos também são encontrados em Taiwan.
Em meados do século XX, muitos habitantes da ilha começaram a
migrar de áreas rurais para cidades. Hoje, cerca de 75 por cento da
população vive em áreas urbanas, em sua maioria no oeste. Como
resultado, muitas cidades estão superpovoadas. Três áreas
urbanas principais se desenvolveram. A maior delas é Taipei, onde
fica o porto de Chi-lung, no norte; as outras são Kao-hsiung, no
sudoeste, e T’ai-chung, no noroeste.

Coreia do Sul

Por muitos séculos, a Coreia foi um único estado na península da


Coreia, na Ásia oriental. Na metade do século XX, a Coreia foi
dividida em dois países: a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. A
Coreia do Sul (seu nome oficial é República da Coreia) ocupa a
metade sul da península. Seul é a capital e a maior cidade do país.
A Coreia do Sul tem 50.405.000 habitantes (estimativa de 2014) e
sua área é de 99.678 km2.
A única fronteira terrestre da Coreia do Sul é com a Coreia do
Norte. A fronteira oriental margeia o mar do Japão, que, na Coreia,
é chamado de mar do Leste. O mar Amarelo fica a oeste e o mar da
China Oriental fica ao sul. Uma grande ilha chamada Cheju situa-se
ao largo da costa sudoeste.
População 
Quase todo o povo da Coreia do Sul é de coreanos étnicos. Eles
falam a língua coreana. Há também um grupo pequeno de
japoneses. A maioria da população vive nas cidades e nas vilas.
Muitas das cidades são densamente povoadas.
Metade da população não pratica religião alguma.
Aproximadamente um a cada quatro sul-coreanos é cristão; essa
mesma proporção se aplica aos budistas.
Economia 
A economia sul-coreana depende de serviços e manufaturas. Entre
os serviços estão bancos, educação, lojas, exército, transportes e
entretenimento. Companhias imensas chamadas chaebol controlam
boa parte da indústria. As fábricas produzem telefones
celulares, televisões e outros eletrônicos. Também fazem
carros, navios, maquinaria, tecidos, produtos químicos e muitos
outros artigos.

A Coreia do Sul é um país do sudeste asiático, tem terreno


montanhoso, banhado pelo Oceano Pacífico, localizado na porção
18

meridional da Península da Coreia. O topônimo Coreia deriva-se de


Koryo, "alto e belo", nome da dinastia que governou o país de 918
a.C. até 1392 d.C.

Em virtude de seu acelerado desenvolvimento industrial e


econômico durante a década de 1970, formou, juntamente com
Cingapura, Hong Kong e Taiwan, os “Tigres Asiáticos”. Seu Produto
Interno Bruto (PIB) cresceu, em média, 9,1% ao ano entre 1980 e
1993, uma das taxas mais altas do mundo.
Quatro grandes chaebols controlam a economia coreana e têm forte
atuação no mercado internacional: Hyunday, Daewoo, Samsung e
Lucky Gold Star.

Brasão da Coreia do Sul


Dados da Coreia do Sul:
Extensão territorial: 99.016 km².
Localização: Ásia.
Capital: Seul.
Clima: Temperado continental.
Governo: República com forma mista de governo.
Presidente: Lee Myung-bak.
Divisão administrativa: 9 províncias e 6 cidades especiais.
Idioma: Coreano.
Religião: Cristianismo 40,8% (católicos 18,9%, independentes
16,4%, outros 10,8%, dupla filiação 5,3%), crenças tradicionais
15,6%, Budismo 15,3%, novas religiões 15,2%, Confucionismo
11,1%, sem religião e ateísmo 1,6%, outras 0,5%.

População: 48.332.820 habitantes. (Homens: 23.931.788; Mulheres:


24.401.032).
Composição Étnica: Coreanos 99,9%, Chineses 0,1%.
Densidade demográfica: 481 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 0,46%
População residente em área urbana: 81,71%.
População residente em área rural: 18,29%.
População subnutrida: 4,5%.
Esperança de vida ao nascer: 78,2 anos.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,877 (muito alto).
Moeda: Won.
Produto Interno Bruto (PIB): 956.788 milhões de US$.

PIB per capita: 19.841 de US$.


19

Relações exteriores: Apec, Banco Mundial, FMI, OMC, ONU,


OCDE.

Você também pode gostar