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PROFESSOR
HISTÓRIA
ESCOLA E
DEMOCRACIA
9 o
ano
Flavio de Campos
Componente curricular:
Regina Claro HISTÓRIA
Miriam Dolhnikoff
Flavio de Campos
Bacharel e licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestre em História na área de História Social e doutor em Ciências na área de História Social pela
Universidade de São Paulo (USP). Professor doutor do Departamento de História da Universidade
de São Paulo (USP). Coordenador científico do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre
Futebol e Modalidades Lúdicas (Ludens-USP). Autor de livros didáticos e paradidáticos.
Regina Claro
Bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências na área
de História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Desenvolve projetos de capacitação
para professores da rede pública na temática História e Cultura Africana e Afro-americana,
em atendimento à Lei nº 10.639/03. Autora de livros didáticos e paradidáticos.
Miriam Dolhnikoff
Bacharel e licenciada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Doutora em Ciências na área de História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP).
Professora doutora do Departamento de História e do curso de Relações Internacionais
da Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise
e Planejamento (Cebrap). Autora de livros didáticos e paradidáticos.
HISTÓRIA
ESCOLA E DEMOCRACIA
9 o
ano
MANUAL DO PROFESSOR
1a edição
Campos, Flavio de
História : escola e democracia : manual do
professor / Flavio de Campos, Regina Claro, Miriam
Dolhnikoff. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2018. -
- (História : escola e democracia)
Obra em 4 v. do 6º ao 9º ano.
Bibliografia.
18-20775 CDD-372.89
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2018
Impresso no Brasil
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Sumário
PAPO ABERTO, V
HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA, VI
O historiador e seu ofício, VI
A renovação teórico-metodológica, VI
A política e a cultura, VII
A História e a construção da cidadania, VIII
África: reflexões sobre História e Historiografia, VIII
PROPOSTA DE ENSINO, X
A produção do conhecimento histórico: livro didático, estímulos e significações, X
Uma história crítica, XI
Um impulso lúdico para o ensino da História, XI
Conteúdos, estrutura da coleção e suas seções, XII
Seções, XII
Projetos interdisciplinares do livro de 9º ano, XIII
Quadro de conteúdos, XIV
Distribuição dos capítulos por bimestres, XIV
A Base Nacional Comum Curricular, XV
Competências Gerais da BNCC, XV
Competências Específicas de História para o Ensino Fundamental, XV
Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, XVI
Unidade temática 1 – O nascimento da República no Brasil e os processos históricos
até a metade do século XX, XVI
Unidade temática 2 – Totalitarismos e conflitos mundiais, XVII
Unidade temática 3 – Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização:
o Brasil após 1946, XVIII
Unidade temática 4 – A história recente, XIX
TEXTOS SUPLEMENTARES, XX
História da África, XX
Oralidade e tradição nas culturas africanas
HAMPATÉ BÂ, A. A tradição viva, XX
As rotas comerciais transaarianas (1100-1500)
NIANE, D. T. Relações e intercâmbios entre as várias regiões, XXI
O cristianismo na Etiópia e no Sudão
ILIFFE, J. Os africanos: história dum continente, XXIII
Evolução política na floresta ocidental (séculos XI-XV)
ILIFFE, J. Os africanos: história dum continente, XXIV
A África no imaginário político português
ALEXANDRE, V. Velho Brasil/Novas Áfricas: Portugal e o Império (1808-1975), XXV
Fronteiras e construção do Estado-Nação
BARRY, B. Senegâmbia: o desafio da História regional, XXVII
O entre-lugar do discurso africano
REIS, E. L. L. Pós-colonialismo, identidade e mestiçagem cultural: a literatura de Wole Soyinka, XXVII
Identidades africanas
APPIAH, K. A. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura, XXIX
Um renascimento africano?
M’BOKOLO, E. África Negra: história e civilizações (do século XIX aos nossos dias), XXIX
Teóricos e metodológicos, XXXII
Sobre documentos históricos
LE GOFF, J. “Documento/Monumento”. História e memória, XXXII
Sobre história oral
BOM MEIHY, J. C. S. Manual de História oral, XXXIV
Sobre música
NAPOLITANO, M. História e música: história cultural da música popular, XXXV
Sobre leitura e leitores
DARNTON, R. História da leitura, XXXVI
Sobre periódicos
CAPELATO, M. H. R. Imprensa e História do Brasil, XXXVI
Sobre obras de arte
PANOFSKY, E. Estudos sobre iconologia, XXXVII
Sobre arquitetura
FOCILLON, H. Vida das formas, XXXVIII
Sobre fotografia
BURKE, P. A arte de ler retratos, XXXIX
Sobre cinema
FERRO, M. Cinema e História, XL
Sobre mapas e cartografia
GOMES, M. do C. A. Velhos mapas, novas leituras: revisitando a História da cartografia, XL
Sobre a questão racial
PENA, S. D. Ciências, bruxas e raças, XLIII
Sobre os jogos
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura, XLIII
BIBLIOGRAFIA, XLV
Educação e ensino de História, XLV
História da África, XLV
Teoria, metodologia e historiografia, XLVI
Jogos, esportes e modalidades lúdicas, XLVII
Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro? É a janela do O olhar deseja sempre mais do que lhe é dado ver. E o papel de
corpo humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitan- um livro crítico é o de estimular desejos. Desejos por olhares mais di-
do a prisão do corpo que, sem esse poder, seria um tormento. versos. Desejos por olhares mais profundos. Desejos por olhares mais
Leonardo da Vinci surpreendentes. Desejos por olhares mais livres. Desejos por olhares
mais críticos. Desejos por olhares despidos de intolerâncias. Desejos
O livro é um pássaro com mais de cem asas para voar.
que não se confundam com a satisfação pura e simples de prazeres in-
Ramón Gómez de la Serna dividuais, mas que estejam orientados e limitados pelas precondições
Se quiséssemos estabelecer uma história dos sentidos humanos, da vida coletiva.
ao olhar seria destinado um lugar especial, sem dúvida alguma. Tal- Em 1962, o escritor Umberto Eco estabelecia o conceito de obra
vez o mais espiritual dos sentidos, o olhar estimulou a elaboração aberta para referir-se à estética contemporânea. Grosso modo, a aber-
das mais belas metáforas e analogias da cultura ocidental. Olhares tura referida na definição remetia para a possibilidade de se ampliar a
perigosos como os da Medusa. Olhares punitivos como os de Édi- capacidade de indagação e questionamento das obras artísticas e lite-
po. Olhares contemplativos como os de São Bento de Núrsia. Olhares rárias. No lugar de uma análise predeterminada do texto, o estímulo à
destemidos como os de Giordano Bruno. Olhares furtivos como os de intervenção do leitor, a valorização da sua capacidade criativa, inter-
pretativa e analítica.
Shakespeare.
Nesta coleção, procuramos oferecer uma obra aberta, cuja intenção é
Pintores renascentistas chegaram a revelar que enquanto olhavam
contribuir para o processo de formação dos estudantes do Ensino Fun-
sentiam-se vistos pelas coisas. Locke, no século XVII, afirmava que nós
damental II sem considerá-los meros receptores de informações e de-
conhecemos o mundo porque as partículas dos objetos ferem os nos-
finições. Assim, tentamos valorizar suas experiências, seus repertórios
sos olhos. Merleau-Ponty acreditava que a pintura possuía uma fala
culturais e suas referências sociais no desenvolvimento dos mais diver-
própria, através da qual se comunicava conosco.
sos conteúdos conceituais da programação curricular desse segmento
De um modo muito especial, nossos olhares situam-se em uma espé-
de ensino.
cie de fronteira entre nós e o mundo, entre nós e os outros. Do abade
Na mesma direção, tentamos desenvolver possibilidades de explica-
Suger, o célebre arquiteto medieval das catedrais repletas de vitrais, a
ção múltiplas, que superassem uma explicação causal linear e/ou de-
Bill Gates, o proeminente construtor de janelas virtuais contemporâne-
terminada a um único nível de existência humana. Procuramos estimu-
as, a cultura ocidental sustenta-se numa contínua educação do olhar.
lar uma diversificação do olhar. E, nesse sentido, utilizamos uma vasta
A escola é, assim, uma importante instituição de fronteira. Um posto
gama de documentos históricos, balizados por uma perspectiva que
avançado nas múltiplas rotas e caminhos da cultura.
não circunscreve tal definição apenas aos documentos escritos, valo-
No seu dia a dia, cada disciplina procura refinar o olhar dos estudan-
rizando, também, os documentos visuais.
tes com base em práticas e teorias específicas. Não foi por acaso que
Ao longo dos capítulos inserimos orientações aos professores. Tra-
o termo grego theoria foi traduzido por contemplatio pelos romanos, ta-se de um conjunto de propostas de encaminhamento para as ati-
que significa “olhar por admiração”. vidades, informações complementares, lembretes sobre a distribui-
No cotidiano, os agentes envolvidos e comprometidos com o proces- ção dos conteúdos e até eventuais demarcações historiográficas. É um
so de educação procuram ampliar o olhar dos estudantes sobre si mes- papo aberto, comentários e conversas sobre possibilidades de desen-
mos, sobre os outros, sobre as relações que definem os lugares sociais volvimento e utilização do material didático.
e os pontos críticos de nosso país e de nossa época. Procuramos elaborar um Manual do professor que mantivesse tal di-
O ensino de História é indispensável à qualificação e à sofisticação álogo e que servisse de ferramenta aos professores para uma interven-
desses olhares, aos quais procuramos revelar o que talvez esteja menos ção ativa no processo de transformação educacional em curso no Brasil.
aparente ou despertar para perspectivas diversas e questionadoras. Assim, na primeira parte estabelecemos um balanço resumido acerca
Referimo-nos a belezas e tristezas. Elementos que estimulam o riso ou das atuais tendências da historiografia. Evidentemente, tal balanço
provocam o choro, como a comédia e a tragédia, as duas máscaras jus- é apenas uma pequena contribuição para um intrincado debate sobre o
tapostas que representam o teatro e que têm a função de comover o ser qual não nos furtamos de um posicionamento. A seguir, apresentamos
humano e levá-lo a reconhecer suas virtudes e suas potencialidades. algumas reflexões a respeito da questão da cidadania hoje, o papel
Olhar é reconstruir o real, é emancipar cores, decifrar enigmas, provo- do ensino de História a esse respeito e uma reflexão acerca da Histó-
car vertigens na mente. Não importa se o foco é um pôr de sol, uma onda ria da África e sua historiografia.
perfeita, um passo de balé, uma jogada de futebol, uma situação de injus- Na segunda parte apresentamos nossa proposta de ensino de
tiça social, uma crise política ou a desigualdade frequentemente aceita. História, com destaque para a inserção de modalidades lúdicas como
O que importa é aprender a olhar o mundo através dessas muitas repertório a ser considerado na formação dos estudantes. Dando
janelas que compõem a existência humana. E conservar a indignação prosseguimento, oferecemos um panorama da estrutura da coleção,
diante das injustiças. Mesmo quando a indignação se torna cada vez suas seções e o quadro de conteúdos desenvolvidos ao longo dos
mais fora de moda. quatro volumes.
História e historiografia
Quando o historiador busca estabelecer, no lugar do poder, as regras e/ou coletiva que foi considerada relevante e transformadora para a
da conduta política e as melhores instituições políticas, representa o prín- vida social em determinada época.
cipe que não é; analisa o que deveria fazer o príncipe. Esta é a ficção que Salientar tal característica do ofício do historiador permite-nos repen-
abre ao seu discurso o espaço onde se inscreve. Ficção efetiva por ser ao sar o papel da subjetividade na construção do objeto de análise. Há mui-
mesmo tempo o discurso do senhor e do servidor – de ser permitida pelo to tempo, a História, bem como as outras ciências sociais, abandonaram
poder e defasada com relação a ele, numa posição onde o técnico, resguar- a concepção positivista de uma verdade calcada na exposição e encade-
dado, como mestre de pensamento pode tornar a representar problemas de amento de fatos. Sabemos que a História não significa uma mera exposi-
príncipe. Ele depende do “príncipe de fato” e produz o “príncipe possível”. ção de datas, acontecimentos, nomes e grandes vultos e heróis.
Michel De Certeau, A escrita da História Não se trata de retornar a uma velha e já ultrapassada discussão.
Ora, a história é a matéria-prima para as ideologias nacionalistas ou Cabe, no entanto, buscar e definir o sentido político e social de nossa
étnicas ou fundamentalistas, tal como as papoulas são a matéria-prima ação como historiadores, como elaboradores de discursos e seleciona-
para o vício da heroína. O passado é um elemento essencial, talvez o ele- dores de determinados conteúdos que implicam determinado percurso
mento essencial nessas ideologias. Se não há nenhum passado satisfató- reflexivo a ser trilhado por nossos colegas e alunos. Ou seja, explicitar
rio, sempre é possível inventá-lo. [...] nossa intervenção política na sociedade, que não descarta nossa parti-
Nessa situação os historiadores se veem no inesperado papel de ato- cipação efetiva nos sindicatos, partidos políticos e movimentos sociais.
res políticos. Eu costumava pensar que a profissão de historiador, ao con- Pelo contrário, complementa-a.
trário, digamos, da de físico nuclear, não pudesse, pelo menos, produzir da- Nosso trabalho, como historiadores, não é meramente técnico. Não
nos. Agora sei que pode. Nossos estudos podem se converter em fábricas se restringe ao ambiente acadêmico nem à exploração de nossos diver-
de bombas, como os seminários nos quais o IRA aprendeu a transformar sificados campos documentais. Não se trata de uma especialidade di-
fertilizante químico em explosivos. vorciada das tramas sociais e políticas que dão sentido à nossa socie-
Eric Hobsbawm, Sobre História dade no tempo presente. Pelo contrário. Em nossas aulas, em nossas
leituras, em nossas pesquisas, em nossos livros, em nossas apostilas e
O HISTORIADOR E SEU OFÍCIO em nossos textos produzimos “saberes” que têm implicações políticas
Segundo Michel De Certeau (1982), o historiador padece de uma frus- e ideológicas.
tração originária. Suas pretensões são políticas, na mesma medida que seu
ofício e labor. Não é senão por acaso que o historiador deixa o palco para A RENOVAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
os sindicatos, classes sociais, grupos revolucionários, líderes religiosos e se Aparentemente, o esgotamento de dogmas intelectuais e de paradig-
encerra, a contragosto, nos bastidores do grande teatro do mundo. mas que até meados da década de 1980 haviam exercido influência
Em seu recolhimento, o historiador reconstrói a vida coletiva, identi- decisiva nas ciências humanas (materialismo histórico, funcionalismo e
fica a lógica de determinados sistemas, busca as conexões entre os fe- estruturalismo e, em termos historiográficos, a Escola dos Annales) con-
nômenos de ordem religiosa e as bases econômicas que sustentam o duziram ao que já foi definido como a “multiplicação do insignificante”,
meio social. De tal modo que “fazer história” traz embutido um duplo ou a fragmentação excessiva da operação historiográfica (BURKE, P.,
sentido: ação do sujeito que opera o conhecimento e a ação individual 1992; DOSSE, F., 1992). De um lado, vivemos a multiplicação de pes-
Proposta de ensino
Nosso teatro precisa provocar o prazer do conhecimento, organizar a Escrever uma coleção didática de História envolve uma série de desa-
brincadeira, a alegria da mudança da realidade. fios. Ser professor no Brasil é também um grande desafio. Sem dúvida, o
Bertolt Brecht livro didático tem de ser acessível aos alunos. E deve ajudar o trabalho
cotidiano dos professores.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: A coleção deve atrair a atenção, deve despertar o interesse. Deve pro-
LIVRO DIDÁTICO, ESTÍMULOS E SIGNIFICAÇÕES vocar reflexões. Deve trazer conteúdos e assuntos que sejam relacioná-
veis à diversidade social dos alunos brasileiros. E deve ser aperfeiçoa-
O processo de mudanças no ensino brasileiro sofreu uma acelera-
da, a partir das críticas, sugestões e observações feitas por aqueles que
ção nas últimas décadas. Após o estabelecimento dos PCN (Parâmetros
lidam com ela no dia a dia. Ou seja, alunos e professores.
Curriculares Nacionais) e a disseminação do ENEM como instrumento
O material didático é um instrumento, uma ferramenta para ser usada
de avaliação e ingresso em universidades em todo o país, temos agora
nessa oficina que é a sala de aula. O livro didático deve abrir possibilida-
as orientações da BNCC.
des de análise, deve abrir janelas a serem investigadas, deve suscitar nos
Sepulta-se, assim, a chamada história tradicional, voltada para o acú-
alunos a curiosidade científica e criteriosa. Porque o leitor, ainda jovem,
mulo de informações, para a mera memorização de dados ou a repeti-
é também um agente de transformação histórica. É um sujeito social que
ção de definições. Em seu lugar, afirma-se uma história transdisciplinar, deve ter um papel ativo no processo de elaboração do conhecimento his-
operativa, que requer um conjunto de competências cognitivas e habi- tórico. O estudante deve ser estimulado a desenvolver sua autonomia.
lidades instrumentais. Nosso material não pretende substituir o professor. Até porque
Produzir conhecimento torna-se, desse modo, o objetivo não apenas essa coleção é o resultado de muitos anos de atividades pedagógicas
da História como disciplina específica, mas também para todo o con- de seus autores. Procura auxiliar o professor ao oferecer uma visão
junto das ciências humanas (e também para as Linguagens, Matemáti- de história que tenta incorporar a historiografia recente e também ao
ca e Ciências Naturais). propor uma série de atividades diversificadas, das mais simples ope-
Esta coleção de História procura estar sintonizada com tais mudan- rações de verificação e compreensão de leitura até análises de ima-
ças. Evidentemente, as escolhas efetuadas carregam muito da trajetória, gens, de documentos escritos e mapas, instigando relações, associa-
dos limites e das reflexões de seus autores a respeito dessas questões. ções e comparações.
A versão homologada da BNCC, apresentada em 2017, ofereceu referencias nacionais para o ensino e apren-
dizagem da Educação Básica definindo conhecimentos essenciais e progressivos e o sequenciamento das
habilidades.
A BNCC estabeleceu dez competências gerais, inter-relacionadas e sete competências específicas de História
para o Ensino Fundamental. Na BNCC, competência foi definida como como a mobilização de conhecimen-
tos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Unidade temática 1
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX
Habilidades
Objetos de conhecimento Habilidades
Capítulos Páginas
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os
p. 54-63
principais aspectos sociais, culturais, econômicos Capítulo 3
p. 88-89
e políticos da emergência da República no Brasil.
p. 14- 25
p. 28
Capítulo 1
(EF09HI10) Identificar e relacionar as dinâmicas p. 34-37
Capítulo 6
do capitalismo e suas crises, os grandes conflitos p. 128-141
mundiais e os conflitos vivenciados na Europa. Capítulo 8
p. 144-145
O mundo em conflito: a Primeira Capítulo 9
p. 178-179
Guerra Mundial
p. 208-213
A questão da Palestina
A Revolução Russa (EF09HI11) Identificar as especificidades e os
desdobramentos mundiais da Revolução Russa e Capítulo 6 p. 146-147
A crise capitalista de 1929
seu significado histórico.
p. 14-15
(EF09HI12) Analisar a crise capitalista de 1929 Capítulo 1 p. 26-37
e seus desdobramentos em relação à economia
global. Capítulo 2 p. 113
p 38-51
A emergência do fascismo e do
(EF09HI13) Descrever e contextualizar os
nazismo Capítulo 2 p. 38-53
processos da emergência do fascismo e do
A Segunda Guerra Mundial
nazismo, a consolidação dos estados totalitários e Capítulo 4 p. 92-105
Judeus e outras vítimas do
as práticas de extermínio (como o holocausto).
holocausto
p. 231
(EF09HI27) Relacionar aspectos das mudanças
econômicas, culturais e sociais ocorridas no Brasil Capítulo 10 p. 234-235
a partir da década de 1990 ao papel do País no Capítulo 12 p. 264,
cenário internacional na era da globalização.
p. 272-273
p. 128-141
A Guerra Fria: confrontos de dois
modelos políticos p. 144-147,
(EF09HI28) Identificar e analisar aspectos da Capítulo 6 p. 185
A Revolução Chinesa e as tensões
Guerra Fria, seus principais conflitos e as tensões
entre China e Rússia Capítulo 8 p. 190-194
geopolíticas no interior dos blocos liderados por
A Revolução Cubana e as tensões soviéticos e estadunidenses. Capítulo 9 p. 198-209
entre Estados Unidos da América e p. 212-237
Cuba
p. 296-297
p. 195
(EF09HI32) Analisar mudanças e permanências
associadas ao processo de globalização, Capítulo 8 p. 278-285
considerando os argumentos dos movimentos Capítulo 13 p. 288-291
críticos às políticas globais.
p. 294-299
O fim da Guerra Fria e o processo de
(EF09HI33) Analisar as transformações nas
globalização
relações políticas locais e globais geradas pelo p. 278-287
Políticas econômicas na América Capítulo 13
desenvolvimento das tecnologias digitais de p. 290-297
Latina informação e comunicação.
analisar os impulsos e hábitos naturais que condicionam o jogo em geral, 2 Sobre estas teorias, consultar H. Zondervan, Het Spel-bij Dieren, Kinderen
en Votwassen Menschen (Amsterdã, 1928) e F. J. J. Buytendijk, Het Spel van
tomando-o em suas múltiplas formas concretas, enquanto estrutura pro- Mensch en Diet als openbaring van levensdriften (Amsterdã, 1932).
priamente social. Procuraremos considerar o jogo como o fazem os pró- 3 Também em português a palavra divertimento é apenas a maneira menos ina-
prios jogadores, isto é, em sua significação primária. Se verificarmos que dequada de exprimir esse conceito, que para o autor corresponde à própria
o jogo se baseia na manipulação de certas imagens, numa certa “imagi- essência do jogo (v. infra), e está ligado também a noções como as de prazer,
nação” da realidade (ou seja, a transformação desta em imagens), nossa agrado, alegria etc. (N. do T.)
preocupação fundamental será, então, captar o valor e o significado des-
sas imagens e dessa “imaginação”.
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NOS
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Lei nº 10.639, de 9 de janeiro
de 2003, que estabelece as di-
retrizes e bases da educação nacional, para
HISTÓRIA:
HISTÓRIA
incluir no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cul-
tura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível
e
em: <https://goo.gl/3TnLvN>. Acesso em: 20
ESCOLA
ago. 2018.
ESCOLA E DEMOCRACIA BRASIL. Conselho Nacional de
Educação (CNE/CP n. 003) de
DEMOCRACIA 9
10 de março de 2004, CNE/CP
o 003/2004 - parecer para as Di-
ano retrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na Educação Básica” disponível em:
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<https://goo.gl/T9QVBo>. Acesso em: 20 ago.
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Componente curricular: HISTÓRIA BRASIL. Plano Nacional de Im-
plementação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a
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-Raciais e para o Ensino de História e Cultu-
ra Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC/
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<https://goo.gl/KfVUXc>. Acesso
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BRASIL. Ministério da Educação e Conselho
Nacional de Educação. Resolução CNE/CP
Nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui
São Paulo • 3a edição • 2018
e orienta a implantação da Base
Nacional Comum Curricular, a
ser respeitada obrigatoriamente
ao longo das etapas e respecti-
vas modalidades no âmbito da Educação Bá-
EDUCAÇÃO LEGAL: sica. Disponível em: <https://goo.gl/yWAVjF>.
CONSTITUIÇÃO, LEIS, RESOLUÇÕES, PARECERES Acesso em: 20 ago. 2018.
lares) para se comunicar, acessar e dissemi- 1. História (Ensino fundamental) I. Claro, Regina.
nar informações, produzir conhecimentos, II. Dolhnikoff, Miriam. III. Título. IV. Série.
resolver problemas e exercer protagonismo
e autoria na vida pessoal e coletiva. 18-20773 CDD-372.89
6. Valorizar a diversidade de saberes e vi-
Índices para catálogo sistemático:
vências culturais e apropriar-se de conheci-
1. História : Ensino fundamental 372.89
mentos e experiências que lhe possibilitem
Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639
entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exer- ISBN 978-85-16-11655-2 (aluno)
cício da cidadania e ao seu projeto de vida, ISBN 978-85-16-11656-9 (professor)
com liberdade, autonomia, consciência críti-
ca e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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ciar e defender ideias, pontos de vista e de- EDITORA MODERNA LTDA.
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local, regional e global, com posicionamen- Impresso no Brasil
to ético em relação ao cuidado de si mesmo, 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo-
-se na diversidade humana e reconhecendo
suas emoções e as dos outros, com autocríti-
ca e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolu-
ção de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro
e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com auto-
nomia, responsabilidade, flexibilidade, resi-
liência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráti-
cos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
tre
es
m
Bi
JOGO ABERTO
4º
Capítulo
A democratização
12
3
JORGE ARAÚJO/FOLHAPRESS
JOGO
MÍDIA NINJA
A manifestação pela anistia dos presos políticos e exilados
tão limitados apenas às informações os assuntos que vão ser tratados. Imagens e
reuniu cerca de 5 mil pessoas na região central da cidade.
GETTY IMAGES
do conteúdo cientificamente organi-
cou sabendo que a Terra era azul.
A década de 1960 foi repleta de acontecimentos que questionavam cer- Foi realmente um duro golpe para os estadunidenses, pois a conquista
tezas aparentemente inabaláveis. do espaço não significava apenas superioridade científica, mas, sobretudo, a
zado que será apresentado no decor- pelo espaço sideral, encontrar novas formas de vida, outras sociedades, che-
gar à Lua, transpor os céus sem a ajuda divina, desenvolver ilimitadamente as
no sonho de levar um cidadão do país à Lua. Em 20 de julho de 1969, o astro-
nauta Neil Armstrong, comandante da nave Apollo 11, e o piloto Edwin Aldrin
potencialidades humanas por meio da tecnologia – tudo isso parecia agora
ao alcance das mãos.
Jr. tornaram-se os primeiros seres humanos a pisar na superfície lunar. O mun-
do todo parou para assistir, pela televisão, ao que parecia impossível no come- é oferecer informações, explicações,
rer do capítulo. Desse diálogo, espera-
Entre as esquerdas discutia-se à exaustão os rumos que a revolução so- ço do século XX. A bandeira dos Estados Unidos era fincada na Lua. Pôster comemorativo do
lançamento de Yuri Gagarin
ses após a descolonização (1954) por um acordo firmado em Genebra. O brasileiros festejaram o
AGÊNCIA O GLOBO
mundo considerado ultrapassado.
reunificação do país.
Novas propostas musicais como o rock’n’roll ditavam o ritmo das revo-
informações complementares.
Em plena Guerra Fria, o mundo estava em chamas. E os sonhos, nas alturas. Vietnã do Sul, em defesa do governo. Durante o conflito, os estadunidenses
TÁ LIGADO?
missões tripuladas. dos à guerra chegava a 184 mil. Em 1967, 485 mil. Um ano depois, ul- 2. Explique os fatores que
documentos visuais apresentados, o 218 Capítulo 10 | A era da contestação REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A era da contestação | Capítulo 10 219
BATE-BOLA
Cinema de propaganda
Tudo era meticulosamente
planejado para virar filme.
TÁ N A R E D E !
SÜDDEUTSCHER VERLAG BILDERDIENST, MUNIQUE, ALEMANHA
co e, eventualmente, de determinados
movimentos de multidão, tudo isso foi determinado em função da câmera.
com o presente.
necessidades de cada grupo de estu-
dantes. Com tal recurso, pretendemos
4 REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
estimular a compreensão dos aconte-
cimentos históricos e as lógicas de or-
ganização cronológica, seus processos,
suas estruturas sociais, políticas e eco-
? ?
nômicas. Com a análise de determina- Na seção Bate-Bola, procura-se estimular a ela- Com o recurso do Tá na rede!, procuramos utilizar
das representações cartográficas, pro- boração de questionamentos e proposições acerca tecnologias digitais de informação e comunicação,
curamos incentivar a leitura de mapas de documentos recorrendo a diferentes linguagens. de modo positivo e responsável, para a apreensão
e os movimentos de ocupação, fixação Em alguns casos, é possível identificar expressões de informações, documentos, contextualizações e
e deslocamento humano e da sua pro- de opiniões controversas e o encaminhamento de resgate de elementos do cotidiano.
dução material. questões baseadas em princípios éticos, democrá-
ticos e inclusivos.
relação de gÊnero
Lei 11.645 em ação
de 1917.
México um milhão de vidas.
África-América
e diversidades
O Exército Zapatista de Libertação Nacional
RelaçõES África-
AFP/GETTY IMAGES
comandado pelo Comitê Clandestino Revolucionário Indígena,
variados, imagens,
mapas ou gráficos Povos indígenas olhares DIVERSOS
Retrato do líder revolucionário Emiliano Zapata
(sentado, ao centro) e seus homens. México, 1914.
Direitos Humanos
LEITURA COMPLEMENTAR
Leia com atenção o texto de Milovan Djilas, um dissidente comunista que chegou à vice-presidência
da Iugoslávia. Foi preso durante anos devido às suas críticas ao regime.
A seguir, trabalhe as questões propostas.
LEITURA Inclusão
A NOVA CLASSE
OLHO NO LANCE
Na URSS e em outros países, os acontecimen
tos diferiram das previsões dos líderes [...] Eles es
peravam que o Estado desaparecesse rapidamen
dade comercial e artesanal. Há exceções, segundo
as condições nacionais, mas o proletariado dos paí-
ses economicamente subdesenvolvidos, atrasados,
COMPLEMENTAR
te, e a democracia se fortificasse. Foi o contrário constitui a matéria-prima para a nova classe.
Olhares diversos
que aconteceu. Esperavam uma rápida melhoria Há outras razões pelas quais a nova classe age
A Avenida Rio Branco e a história da República
Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), Augusto Malta. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Brasil), 1906.
OBSERVE AS IMAGENS
1 OLHO NO LANCE
do nível de vida – e houve pouca modificação a
esse respeito; nos dominados países do Oriente
europeu o padrão de vida chegou a declinar. Em
todos os países o padrão de vida deixou de se ele-
sempre como campeã das classes trabalhadoras.
Ela é anticapitalista e, consequentemente, depen-
de das camadas trabalhadoras. A nova classe é sus-
tentada pela luta proletária e pela fé tradicional que
Textos de diversos
tipos (artigos de
var em proporção com o índice de industrializa- o proletariado deposita numa sociedade socialista,
AUGUSTO MALTA/INSTITUTO MOREIRA SALLES, SÃO PAULO, BRASIL
ção, que foi muito mais rápido. comunista, sem explorações brutais. É vitalmente
jornais e revistas,
dade capitalista, trariam como resultado uma so- seu contato com o operariado.
ciedade sem classes. Em 1936, ao ser promulgada O movimento da nova classe em direção ao poder
depoimentos, literatura,
e outras classes antigas tinham de fato sido destru- deve inclinar-se, e a eles estão mais estreitamente
ídos, mas uma nova classe, antes desconhecida na ligados os seus interesses, até que ela possa impor
em interpretar e analisar
partido especial, do tipo bolchevique. Lênin tinha tual, sobre a chamada vanguarda proletária, daí se
razão ao considerar o seu partido como uma exce- estende a todo o proletariado. [...]
seguidos de questões.
Manifestação do CGT na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Brasil), 1962. ção na história da sociedade humana, embora não Antigos filhos da classe trabalhadora são os
2 suspeitasse que ele seria o princípio de uma nova mais afoitos membros da nova classe. [...] Neste
A intenção aqui é
DJILAS, Milovan. A nova classe: uma análise do sistema
sociedade camponesa e a burguesia de uma socie- comunista. São Paulo: Círculo do Livro, 1980. p. 41-45.
imagem
o autor do texto, isso não teria acontecido. Identifique:
de textos ou de questões
a) a classe exploradora na União Soviética de acordo com Milovan Djilas;
b) a origem social dessa classe exploradora.
sua capacidade de
2. De acordo com Djilas, essa nova classe agiria como “campeã das classes trabalhadoras”. Aponte as
relações existentes entre essa classe exploradora e as classes trabalhadoras.
apresentadas no capítulo,
leitura e ampliar seus filme
146 Capítulo 6 | A Guerra Fria REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
elabore um desenho e dê
172 Capítulo 7 | A democracia populista REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
RUPTURAS
que acredita o professor de relações internacio- vação do Congresso dos Estados Unidos, mas o
nais da Universidade de Brasília Argemiro Procó- acordo diplomático já prevê medidas que podem
pio Filho. Ele se refere à retomada das relações facilitar o envio de recursos para a ilha. Entre elas
diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba. está a ampliação da remessa financeira trimestral
Conteúdo digital
[...] Algumas medidas, no entanto, só foram ofi- para Cuba. O valor máximo de US$ 500 passará
Atividades que
cializadas recentemente, como a autorização para o para US$ 2.000. Os cidadãos norte-americanos
transporte marítimo de cargas e passageiros. Outras também terão permissão para importar até US$
ainda precisam da aprovação do Congresso dos Es- 400 em produtos cubanos. [...]
tados Unidos, como o fim do embargo comercial. [...] As negociações para a retomada das relações
procuram relacionar
A libertação de prisioneiros políticos foi um dos diplomáticas entre os dois países incluem tam-
A Conferência Afro-Asiática de Bandung, na Indonésia, entre os primeiros passos da reaproximação. Os Estados bém abertura de uma embaixada norte-america-
TÁ LIGADO
dias 18 e 24 de abril de 1955, foi a primeira manifestação política dos Unidos já deram liberdade para cinco agentes cuba- na em Cuba, embora ainda não exista uma data
novos países independentes que surgiam no cenário mundial. Essa 13. Explique o que são os nos que estavam presos desde 1998. Já o governo para a inauguração [...]
algum assunto
conferência foi organizada por iniciativa dos governos da Birmânia países não alinhados. de Raúl Castro prometeu soltar 53 pessoas. [...] Embora também precise de aprovação do
QUEBRA-CABEÇA
[...] os presidentes de Cuba e dos Estados Unidos Congresso dos Estados Unidos, a expectativa é
(atual Myanmar), Ceilão (atual Sri-Lanka), Índia, Indonésia e Paquis- 14. Explique o que foi
apertaram as mãos na abertura da Cúpula das Amé- que, em breve, o turismo de norte-americanos
tão. Dela participaram, ainda, mais 24 nações: Afeganistão, Arábia a Conferência de para Cuba seja liberado. [...]
ricas, realizada em abril, no Panamá. Foi a primeira
Saudita, Camboja, China, Costa do Ouro (atual Gana), Egito, Etiópia, Bandung de 1955.
desenvolvido no
vez que um líder cubano participou da conferência. Disponível em: <http://goo.gl/6zUZnX>.
Filipinas, Irã, Iêmen, Iraque, Japão, Jordânia, Laos, Líbano, Libéria, 15. Liste os pontos defendi- Em seu discurso, o presidente Raúl Castro elogiou o
Acesso em: 25 set. 2018.
Líbia, Nepal, Síria, Sudão, Tailândia, Turquia, República Democrática dos pela Conferência de norte-americano Barack Obama, a quem chamou de
do Vietnã e Vietnã do Sul. Bandung.
Conjunto de atividades “homem honesto”. [...] 1. Identifique e comente a profunda alteração nas
diversificadas
te e os países pobres, em sua maioria localizados no Hemisfério Sul. a) Primeiro Mundo.
-americana ainda proíbe que seus cidadãos viajem 2. Liste as medidas apontadas na matéria.
A Conferência Afro-Asiática defendia: b) Segundo Mundo. para a ilha, salvo em situações extraordinárias.
da atualidade. O
• a cooperação entre os países afro-asiáticos na luta contra o co- c) Terceiro Mundo. 3. Comente a afirmação de que tal situação “põe
O presidente Barack Obama enviou ao Con- uma pá de cal sobre o túmulo do último fantas-
lonialismo; gresso dos Estados Unidos o pedido para que
complementares.
mado pelos países desenvolvidos do bloco capitalista. O Segundo Mundo seria
do. A viagem, realizada em uma moto, faz Sites
ferramenta capaz de
(Acessos em: 25 set. 2018)
dos – Terceiro Mundo – procuravam uma terceira via de desenvolvimento. funda desigualdade social e a miséria da
Diários de motocicleta população pobre dos países que visitam. <http://goo.gl/H67UMe>
EUA, 2004.
propor desafios,
a sua infância.
cipação política das colônias europeias localizadas
SALTO TRIPLO
(p. 7), utilizando as palavras-chav
e abaixo:
organizar conceitos
Mahatma Gandhi
Kwane Nkrumah Ho Chi Min
Patrice Lumumba
Samora Machel
e informações.
• política de partição • kibutz
ultramarina • OLP
•
•
bôeres
bantustão
•
•
Intifada
países não
Amílcar Cabral Jonas Savimbi
Nelson Mandela Yasser Arafat
aprofundar temas desenvolvidos nos capítulos
• townships alinhados
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A descolonização e o Terceiro Mundo | Capítulo 9 213
ALEXANDRE TOKITAKA/FOLHAPRESS
a fim de que o docente o utilize ao exi-
5. Explique o que foi a A transição democrática seria mais lenta que o desejo popular. Em 14 de março de 1985, um dia antes da posse, Tancredo
campanha das Diretas Diante disso, uma parcela dos integrantes do PDS formou a Frente foi submetido a uma cirurgia. Viria a falecer no mês seguinte.
Já!. Liberal (que depois iria se transformar em um partido, o PFL) e fechou Em seu lugar, assumiu a presidência o vice-presidente eleito,
6. Descreva como se for
for- acordo com o PMDB. Juntos, formariam uma chapa única para disputar José Sarney. O PMDB chegava ao poder, mas por meio de um
mou a Frente Liberal e a a presidência da República no Colégio Eleitoral, denominada Aliança político identificado com o regime militar.
Aliança Democrática. Ao fim da ditadura, o país estava mergulhado em uma
sidere conveniente.
José Sarney, ex-presidente do PDS e da Arena. Em janeiro de 1985, a oposi-
ção vencia no Colégio Eleitoral. Os diversos governos que sucederam o regime militar se
empenharam em encontrar soluções para acabar com a infla-
ção após a ditadura. Em fevereiro de 1986, era lançado um
A Copa do Mundo de 1982 plano de estabilização econômica que ficou conhecido como
Plano Cruzado. Os preços foram congelados. Nenhum au-
mento poderia ser feito sem prévia autorização do governo.
Em Barcelona, em 1982, a seleção do
ORLANDO BRITO
Procedimentos para análise
A moeda nacional, o cruzeiro, foi substituída pelo cruzado. Os salários O governo conclamou a
Brasil voltou a jogar um futebol bonito. O população a fiscalizar os
também foram congelados e só podiam ser reajustados quando a inflação
técnico Telê Santana formou uma seleção preços. Surgiram então
atingisse 20%. Sem aumentos de preços e de salários não haveria inflação. os “fiscais do Sarney”,
de craques: Valdir Perez, Leandro, Oscar,
O principal desafio da equipe econômica era fiscalizar os estabeleci- pessoas comuns que,
Luisinho, Júnior, Cerezzo, Falcão, Zico, Só- com a tabela dos preços
mentos comerciais do país de modo a impedir os aumentos. Para isso con-
crates, Serginho e Éder. Além das vitórias, a oficiais em punho, iam aos
tou com ampla adesão da população, disposta a colaborar na fiscalização supermercados verificar
de filmes
seleção dava show: 2 a 1 na URSS; 4 a 1 na
dos preços. se não havia ocorrido
Escócia; 4 a 0 na Nova Zelândia; 3 a 1 na Ar- aumentos. Quando eram
Em março, a taxa de inflação foi negativa, ou seja, os preços caíram. No constatados, chamavam a
gentina. A imprensa do mundo todo anun-
ciava o Brasil como favorito. entanto, em longo prazo, o plano não teve sucesso. Houve uma explosão de fiscalização para fechar e
consumo. A população, depois de anos de altos preços inflacionados, passou multar o estabelecimento.
Em uma partida decisiva contra a Itália, Os jogadores Sócrates e Casagrande no comício pelas Diretas Já!
a seleção precisava apenas de um empate realizado no Vale do Anhangabaú. São Paulo, São Paulo (Brasil), a comprar mais. As mercadorias começaram a faltar nas prateleiras dos super
super-
para passar à semifinal. Em um jogo difícil, a
16 abr. 1984. mercados. A produção não conseguia atender ao aumento do consumo.
seleção italiana venceu por 3 a 2. Estimulados pela vitória, os italianos venceriam a seleção da Alemanha Quem quisesse comprar tinha de pagar mais do que o estipulado pela
262 Capítulo 12 | A democratização do Brasil REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A democratização do Brasil | Capítulo 12 263
que conduzindo o espectador por meio Autorretrato: o tempo voa, Frida Kahlo. Óleo
sobre placa de fibra, 1929.
de uma narrativa recheada de mensa-
gens e informações. LEITURA DE TEXTOS
ANÁLISE DE DOCUMENTOS VISUAIS
Lembre-se: no momento da leitura, temos que es-
• O professor deverá verificar se é preciso Para a análise de imagens, precisamos estar aten-
tar concentrados. Conversas e brincadeiras atrapa-
passar o filme na íntegra ou apenas partes tos a diversos detalhes. É como assistir a um espe-
lham. Imagine um jogador de futebol ao cobrar um
táculo teatral ou a uma partida de futebol. Temos
selecionadas, e se a obra contém cenas pênalti. Para não chutar de bico ou mandar a bola
que identificar o palco onde se desenrola a ação e
impróprias para a faixa etária dos alunos. por cima do gol, ele fica atento a todos os detalhes.
as personagens em cena, o campo de jogo, os uni-
• Esclarecer que o filme representa um epi- formes dos atletas, o juiz, as jogadas, os esquemas 1. Em uma primeira leitura, identifique o autor,
táticos, a torcida. a data, o título e o gênero de texto (artigo
sódio histórico, mas não é a realidade.
de jornal, poesia, literatura, trecho de livro,
O primeiro ponto a se levantar em uma 1. Identifique o autor, a data e o tipo de
discurso etc.).
aula de História é que tanto os filmes imagem, ou seja, o seu suporte material:
pintura, baixo-relevo, fotografia, escultura, 2. Faça uma lista com as palavras que você não
quanto os documentos são representa-
gravura, cartaz etc. entendeu.
ções da realidade.
2. Faça um passeio pelo interior da imagem 3. Organize suas dúvidas. Faça no seu caderno
• Discutir com os alunos o fato de que o fil- antes de começar a analisá-la. Observe-a três listas. A primeira com palavras que você
me é uma forma de conhecimento, e não atentamente. poderia arriscar o significado. A segunda com
mero entretenimento. O filme é uma vi- 3. Uma pintura, por exemplo, cria espaços.
palavras que você entendeu pelo texto. E a
são particular do roteirista e do diretor, terceira com aquelas que realmente você não
Alguns estão mais perto, outros mais
que se baseiam em fatos históricos. Para tem ideia do que signifiquem.
distantes. Alguns são mais fechados, outros
isso, selecionaram e interpretaram as in- abertos. Algumas cenas estão no centro da 4. Consulte o dicionário. Escreva o significado
formações de que necessitavam. imagem, outras estão nas laterais. Identifique das palavras que você não conhecia. Confira as
esses espaços. outras palavras e corrija.
• Preparar um roteiro de perguntas como
4. Identifique os elementos da imagem: 5. Faça uma nova leitura do texto e identifique
forma de orientação para que os alunos
pessoas, animais, construções, a paisagem. as ideias mais importantes de cada parágrafo
percebam os conflitos, o tema, as perso- e o assunto central do texto. Para essas
Anote no seu caderno.
nagens. tarefas você pode fazer um levantamento das
5. Observe qual é o lugar, a posição e o
• Antes da exibição, retomar alguns con- palavras-chaves.
tamanho de cada um desses elementos.
ceitos já desenvolvidos no ano letivo e Veja o que está em destaque, no centro, nas 6. Investigue alguns elementos do texto, como
que podem ser relacionados e destaca- laterais, no alto e embaixo. Anote no seu título, subtítulo e imagens. Esse tipo de
dos com o filme. caderno. estratégia ajuda na previsão daquilo que vai
ser discutido no texto e a levantar hipóteses
• Distribuir o roteiro de perguntas. Suges- 6. Observe as ações retratadas. Identifique as
sobre ele.
tões: “De que trata o filme?”; “Onde se principais e as secundárias.
7. Depois resolva as questões propostas nas
desenvolve a maior parte das cenas?”; 7. Qual é o tema ou assunto da imagem?
seções.
“Que cenas mostram conflitos?”; “Qual a 8. Faça um novo passeio pela imagem.
mensagem?” 9. Depois, responda às questões propostas.
• Durante a exibição é importante que os
alunos possuam material para fazer ano-
tações e registros. O professor deve des- 6 REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
MÁRIO YOSHIDA
fabetismo) vem ampliando seus sen-
tidos. Ao falar-se de letramento di-
gital, a referência é a cibercultura (ou
cultura da tela), sua linguagens (que
usam sons, sinais gráficos etc.), gêne-
ÍF
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ros (blog, e-mail, apresentação visual,
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a história de sua construção, as conse-
OC quências de suas práticas e como o in-
<http://www.manifestocrespo.org>
1º Bimestre
A Primeira Guerra
(EF09HI10) Identificar e relacionar as di-
nâmicas do capitalismo e suas crises, os
1 Mundial e a Revolução
Russa
2 O período entreguerras
2º Bimestre
A política de valorização do café, 64 A Segunda Guerra
O café e a industrialização, 64 4 Mundial
cando particularidades da história local e
regional até 1954.
Aliança com os Estados Unidos, 65 (EF09HI03) Identificar os mecanismos
Bate-bola: O futebol e os setores populares, 66 Jogo aberto, 92 de inserção dos negros na sociedade
O cangaço, 68 brasileira pós-abolição e avaliar os seus
Os Jogos Olímpicos em Berlim, 94 resultados.
Cangaceiros, 68
Derrotas nazistas, 95
Milagreiros e beatos, 69 (EF09HI04) Discutir a importância da par-
A Guerra Civil Espanhola, 96
Padre Cícero e a Revolta do Juazeiro, 69 ticipação da população negra na forma-
A política expansionista alemã, 97 ção econômica, política e social do Brasil.
A Guerra do Caldeirão, 69 O início da guerra, 97
A Guerra de Canudos, 70 (EF09HI06) Identificar e discutir o papel
Blitzkrieg, 98 do trabalhismo como força política, social
Campanhas contra Canudos, 71 A Batalha da Inglaterra, 98 e cultural no Brasil, em diferentes escalas
A Guerra do Contestado, 72 A invasão da URSS, 99 (nacional, regional, cidade, comunidade).
A reurbanização do Rio de Janeiro, 76 A Resistência, 99 (EF09HI08) Identificar as transformações
As favelas, 76 Os Estados Unidos na guerra, 100 ocorridas no debate sobre as questões da
A Revolta da Vacina, 77 A vitória dos Aliados, 100 diversidade no Brasil durante o século XX
Governo suspeito, 78 Repercussões da guerra, 101 e compreender o significado das mudan-
A Revolta da Chibata, 78 ças de abor dagem em relação ao tema.
Bate-bola: República de Vichy, 103
A crise do regime oligárquico, 80 Quebra-cabeça, 104 (EF09HI09) Relacionar as conquistas de
O movimento operário, 80 Leitura complementar: No fundo, 104 direitos políticos, sociais e civis à atuação
de movimentos sociais.
A greve geral de 1917, 81 Olho no lance: Hitler em Liliput, 105
A fundação do Partido Comunista Brasileiro, 81 Permanências e rupturas: Pearl Harbor e as torres (EF09HI11) Identificar as especificidades
gêmeas, 105 e os desdobramentos mundiais da Revo-
O Modernismo brasileiro, 82
Salto triplo, 105 lução Russa e seu significado histórico.
A Semana de 22, 83
O tenentismo, 85 Quadros do capítulo
A Coluna Prestes-Miguel Costa, 85 Os atletas negros desmentem a superioridade
ariana, 95 • Os campos de concentração, 99 •
A crise de 1929, 86
Para ler o Zé Carioca, 102
A Revolução de 1930, 87
Direitos trabalhistas, 87
A revolta armada, 88
Quebra-cabeça, 89
5 O Brasil sob Vargas
Leitura complementar: [A Aliança Liberal], 90
Olho no lance: Literatura de cordel, 90 Jogo aberto, 106
Tabela completa da BNCC nas pági-
Permanências e rupturas: Partidos operários, 91 A industrialização em larga escala, 108 nas XVIII do manual
Salto triplo, 91 Substituição de importações, 108
3º Bimestre
responsáveis por sua violação.
(EF09HI28) Identificar e analisar aspec-
A capoeira, 123
O Carnaval, 124
7 A democracia populista
tos da Guerra Fria, seus principais confli-
Quebra-cabeça, 125
tos e as tensões geopolíticas no interior
Leitura complementar: [Discurso de Getúlio Jogo aberto, 148
dos blocos liderados por soviéticos e es-
tadunidenses. Vargas], 125 O fim do Estado Novo, 150
Olho no lance: Retratos do Brasil, 126 A oposição a Vargas, 151
Capítulo 7 Permanências e rupturas: Qual é a música?, 127 Golpe militar, 151
Salto triplo, 127 Reorganização partidária, 152
(EF09HI02) Caracterizar e compreender
os ciclos da história republicana, identifi- Quadros do capítulo Trabalhadores e comunistas, 152
cando particularidades da história local e Mulheres na Constituinte, 111 • O fim da III Instabilidade política, 153
regional até 1954. Internacional, 113 • A deportação de Olga A volta de Vargas, 154
Benário Prestes, 114 • Nas ondas do rádio, 118 Nacionalismo, 155
(EF09HI06) Identificar e discutir o papel
do trabalhismo como força política, social Capital estrangeiro, 155
e cultural no Brasil, em diferentes escalas A oposição a Vargas, 156
(nacional, regional, cidade, comunidade). 6 A Guerra Fria O suicídio de Vargas, 156
(EF09HI17) Identificar e analisar proces- O governo de Juscelino Kubitschek, 157
sos sociais, econômicos, culturais e políti- Desenvolvimento industrial, 158
Jogo aberto, 128
cos do Brasil a partir de 1946. O Plano de Metas, 158
(EF09HI18) Descrever e analisar as re- A Guerra Fria e os blocos antagônicos, 130 Capital externo e déficits orçamentários, 159
lações entre as transformações urbanas Os acordos de paz do pós-guerra, 131 Indústria e integração nacional, 159
e seus impactos na cultura brasileira en- A Conferência de Yalta, 131 Bate-bola: Bossa nova, 160
tre 1946 e 1964 e na produção das desi- A Conferência de Potsdam, 132 A construção de Brasília, 162
gualdades regionais e sociais. Bipolarização, 133 A inflação, 162
(EF09HI19) Identificar e compreender o A reconstrução da Europa, 133 A eleição de Jânio Quadros, 164
processo que resultou na ditadura civil- O Bloqueio de Berlim, 134 João Goulart: vice de novo, 164
-militar no Brasil e discutir a emergência A Guerra da Coreia, 136 O governo Jânio Quadros, 164
de questões relacionadas à memória e à
justiça sobre os casos de violação dos di- 10 REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
reitos humanos.
Capítulo 8
(EF09HI10) Identificar e relacionar as di-
nâmicas do capitalismo e suas crises, os
grandes conflitos mundiais e os conflitos
vivenciados na Europa.
4º Bimestre
A ditadura militar
(EF09HI26) Discutir e analisar as causas
da violência contra populações margina-
10 A era da contestação 11 no Brasil
lizadas (negros, indígenas, mulheres, ho-
mossexuais, camponeses, pobres etc.) Jogo aberto, 216 Jogo aberto, 238
com vistas à tomada de consciência e à
Uma década de mudanças profundas, 218 A ditadura militar, 240
construção de uma cultura de paz, empa-
tia e respeito às pessoas. Corrida espacial: o céu é o limite, 218 Prisões e cassações, 240
(EF09HI28) Identificar e analisar aspec- A Guerra do Vietnã, 219 Ditadura duradoura, 242
tos da Guerra Fria, seus principais confli- Uma guerra desigual, 220 Novos Atos Institucionais, 242
tos e as tensões geopolíticas no interior A contracultura hippie, 220 A Constituição de 1967, 243
dos blocos liderados por soviéticos e es- A estética hippie e o mercado capitalista, 221 A cultura de contestação, 243
tadunidenses. A arte na década de 1960, 222 A música, 244
(EF09HI36) Identificar e discutir as diver- A pop art, 222 As artes plásticas, 245
sidades identitárias e seus significados
Relações de gênero, 222 Os confrontos de 1968, 245
históricos no início do século XXI, com-
O direito de ser mulher, 223
batendo qualquer forma de preconceito A luta armada contra a ditadura, 246
e violência. O feminismo, 224
Os anos de chumbo, 246
Bate-bola: O que o amor tem a ver com isso?, 226
Os grupos guerrilheiros, 247
Capítulo 11 O direito de ser negro, 227
A Guerrilha do Araguaia, 248
Martin Luther King, 227
(EF09HI19) Identificar e compreender o O “milagre econômico”, 248
processo que resultou na ditadura civil- Racismo na terra do blues, 228
Obras militares, 250
-militar no Brasil e discutir a emergência Malcolm X, 228
Propaganda: a alma do negócio, 252
de questões relacionadas à memória e à O Poder Negro, 229
justiça sobre os casos de violação dos di- A Copa do México de 1970, 252
Os Panteras Negras, 230
reitos humanos. Bate-bola: A devastação da Amazônia, 253
Protestos na África, 230
(EF09HI20) Discutir os processos de re- Quebra-cabeça, 254
O movimento negro no Brasil, 231
sistência e as propostas de reorganização Leitura complementar: Pra não dizer que não falei
1968: Ano da contestação, 232
da sociedade brasileira durante a ditadura das flores, 254
A Primavera de Praga, 233
civil-militar. Olho no lance: Fotografia e a crítica política, 255
Protesto nos Jogos Olímpicos do México, 234
(EF09HI21) Identificar e relacionar as de- Permanências e rupturas: Propaganda política, 255
mandas indígenas e quilombolas como Quebra-cabeça, 235
Salto triplo, 255
forma de contestação ao modelo desen- Leitura complementar: [Televisão, alienação e
volvimentista da ditadura. consciência], 235 Quadros do capítulo
Olho no lance: Arte e reprodução técnica, 236 Estado de direito, 241 • Caindo no ridículo, 249
Capítulo 12 Salto triplo, 236 • Tortura, 250 • A questão indígena: do general
Permanências e rupturas: Solte o seu cabelo e Rondon ao general Médici, 251
(EF09HI20) Discutir os processos de re-
prenda o preconceito!, 237
sistência e as propostas de reorganização
da sociedade brasileira durante a ditadura Quadros do capítulo
civil-militar. Protesto sutil, 220 • Stonewall e o direito
(EF09HI22) Discutir o papel da mobiliza- à diversidade sexual, 225 • Muhammad Ali, 229
ção da sociedade brasileira do final do pe- • Eu sou Angela Davis, 230 • O Movimento
ríodo ditatorial até a Constituição de 1988. de Consciência Negra, 231 • A revolução nos
muros, 232
(EF09HI23) Identificar direitos civis, políti-
cos e sociais expressos na Constituição de
1988 e relacioná-los à noção de cidada-
nia e ao pacto da sociedade brasileira de
combate a diversas formas de preconcei-
to, como o racismo.
12 REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
PROJETOS INTERDISCIPLINARES
?1. O realismo soviético 4. Minha cidade tem História VI 7. Minha cidade tem História VIII
História + Geografia + Língua Portuguesa + História + Geografia + Língua Portuguesa +
História + Arte Arte Arte
Capítulo 1, Página 32 Capítulo 3, Página 66 Capítulo 5, Página 118
2. A ciência e a Primeira Guerra 5. Minha cidade tem História VII 8. Por dentro da ONU
História + Ciências História + Geografia + Língua Portuguesa + História + Geografia
Capítulo 1, Página 36 Arte Capítulo 6, Página 142
3. Cultura e arte da Bauhaus Capítulo 3, Página 82
9. Minha cidade tem História IX
História + Arte 6. A ciência e a Segunda Guerra História + Geografia + Língua Portuguesa +
Capítulo 2, Página 44 História + Ciências Arte
Capítulo 4, Página 98 Capítulo 7, Página 174
Referências bibliográficas, ?
303 MATERIAL DIGITAL
Plano de desenvolvimento anual
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA 13
10. Arte latino-americana 13. Minha cidade tem História X 16. Tempo para analisar
História + Arte + Língua Portuguesa + História + Geografia + Língua Portuguesa + História + Língua Portuguesa + Arte
Espanhol Arte Capítulo 13, Página 298
Capítulo 8, Página 182 Capítulo 11, Página 250
14. Minha cidade tem História XI
11. O esporte e as tentativas de superação da
História + Geografia + Língua Portuguesa +
segregação racial na África do Sul
Arte
História + Geografia + Educação Física + Inglês
Capítulo 12, Página 270
Capítulo 9, Página 206
15. Biomedicina, avanços científicos e os
12. Diversidade sexual lucros das empresas farmacêuticas
História + Ciências + Geografia + Língua História + Ciências + Língua Portuguesa
Portuguesa Capítulo 13, Página 286
Capítulo 10, Página 224
Bi
1º
EF09HI10
Capítulo
1
EF09HI11
Mundial e a
?
MATERIAL DIGITAL
Plano de desenvolvimento bimestral
Revolução Russa
1
PROJETO INTERDISCIPLINAR
?1. Página 32 / 2. Página 36
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
Pela liberdade e civilidade do mundo, Marcello Dudovich. Cartaz de Mulheres britânicas dizem – “Vão!”, E. V. Kealley. Cartaz de
propaganda, Atelier Butteri, Torino, 1917. propaganda, Hill, Siffken & Co., 1915.
16 Capítulo 1 | A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
caminho no campo inimigo a tiros (tiro ao alvo), cruza um rio a nado (natação),
social porque fazia parte da programa-
atravessa um bosque correndo (corrida de cross-country) e chega ao destino. ção curricular da elite, e nele se buscava
Era o clima de guerra se alastrando, apesar de muitos acharem possível uma coesão de classe, disciplina e força fí-
evitá-la. “Que a próxima Olimpíada possa contribuir, como esta, para o bem- sica, que seriam elementos fundamentais
-estar geral e o engrandecimento da humanidade. Possa ela ser preparada na formação dessa elite que comandava o
com um trabalho eficiente e em tempos de paz”, discursou Coubertin no Império Britânico.
banquete de encerramento da Olimpíada de Estocolmo, oferecido pelo rei
Gustavo V, da Suécia.
A cidade escolhida para sediar a próxima Olimpíada foi Berlim. Cou-
bertin e o comitê olímpico acreditavam que a indicação da Alemanha para
Cartaz dos Jogos Olímpicos de
sede da Olimpíada de 1916 poderia contribuir para a paz. Erraram. Os Jogos
Estocolmo. Litografia colorida,
Olímpicos não puderam se realizar em Berlim por causa da guerra. 1912.
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa | Capítulo 1 17
18 Capítulo 1 | A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa | Capítulo 1 19
MÁRIO YOSHIDA
IMPÉRIO
RUSSO
EF09HI10 Viena o assassinato de Francisco Ferdi-
nando como pretexto para atacar
Budapeste
a Sérvia. Com a aprovação do go-
IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO
verno da Alemanha, sua aliada, a
Áustria intimou a Sérvia a inves-
tigar e resolver o assassinato em
48 horas. Os dirigentes russos, te-
REINO DA
? mendo que uma invasão austría-
MATERIAL DIGITAL IT
ITÁLIA
Constantinopla
20 Capítulo 1 | A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
MPÉRIO
IMPÉRIO
RUSSO
IRLAN
Fro
nt
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ALEMANHA
ss
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IMPÉRIO
ront AUSTRO-HÚNGARO
AU O
italiano
BULGÁRIA
PO IT
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ESPANHA IMPÉRIO
OTOMANO
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M
ríplice Entente
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Aliança i
Zonas de operação t
e
r r
egião de guerra submarina â n e o
Estados neutros
Batalhas navais
Fronts em 1917
Fronts ÁFRICA
Fonte: Elaborado com base em CHALIAND, G. et RAGEAU, J. P. Atlas Politique du XXe siècle. Paris: Du Seuil, 1998.
22 Capítulo 1 | A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa | Capítulo 1 23
26 Capítulo 1 | A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa REPRODUÇÃO PROIBIDA | NÃO ESCREVA NO LIVRO
NÃO ESCREVA NO LIVRO | REPRODUÇÃO PROIBIDA A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa | Capítulo 1 29
da mundialização da economia e sobre o projeto inter- politização dos grupos sociais e das repercussões pos- 4. Por que a filha de um amigo do autor indignou-se ao
nacionalista dos marxistas. teriores aos acontecimentos presenciados. ser chamada de “camarada”?
2. As pessoas descritas no texto aceitavam a revolução? 3. Por que as mulheres da pequena burguesia deseja- Resposta
Justifique sua resposta. vam a volta do czar? Em uma sociedade em que os grupos sem privilégio ti-
Resposta Resposta nham de reverenciar as pessoas pertencentes aos gru-
Não. As pessoas descritas no texto não percebiam es- pos que desfrutavam de direitos, o fato de uma simples
O czarismo representaria a tradição, a manutenção dos
tar vivendo uma revolução. Segundo o texto, diversos condutora de bonde chamar uma moça de classe mé-
costumes. Aquelas mulheres, pelos hábitos descritos no
setores da sociedade continuavam a levar a vida nor- dia de camarada soava como um desejo de igualdade.
texto, admiravam o cotidiano das elites. Sonhavam com
malmente, como se nada estivesse acontecendo. Mui- tardes de chá, e não com uma revolução que pusesse
tas vezes a percepção da importância de certos acon- fim às diferenças de classe.
tecimentos vividos não é imediata. Depende do grau de