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LOIC, WACQUANT ===========================

INSEGURANÇA SOCIAL E SURGIMENTO DA PREOCUPAÇÃO COM A SEGURANÇA ==============

@ CONCEITOS ===============================

Estado liberal-paternal: Um estado que discursa a favor do livre mercardo e da


autônomia individual, mas desenvolve políticas de segurança ativas e punitivas às
deliquencias típicas das classes marginalizadas. Portanto, torna-se liberal para a
classe mais alta e paternal (restritivo, punito) para as classes mais baixas.

Insegurança Social: "Não foi tanto a criminalidade que mudou, mas o olhar que a
sociedade passou a ter sobre algumas ilegalidades de visibilidade pública [...]
(WACQUANT, 2010. p. 199). As classes marginalizadas representam uma insegurança
social, pois ameaçam a estabilidade econômica já bem desenvolvida para um
determinado grupo e oferecem risco de criminalidade quando não se adequam ao
mercado de trabalho. Diminuição dos direitos trabalharistas, condições precárias e
substuição do welfare para workfare.

Estado neodarwinista: Diferente do neodawinismo do século XX, este conceito


sociológico discursa sobre um estado que erige a rensabilidade individual, se
abstendo das problemáticas e condecorando os "vencedores" enquanto reprime os
"perdedores" como incapacitados. Portanto, os vencedores seriam aqueles que
passaram na "sobrevivência dos mais aptos" e os perdedores incapacitado,
ressaltando que a problemática é do próprio empregado independentemente das ações
(ou falta de ações) do estado.

Mão direita e mão esquerda do estado: Mão direita - Estado-providência; Mão


esquerda - Estado-Penitência. A mão direita seria a assistência social que tenta
"docilizar" o corpo daqueles que são marginalizados, enquanto a mão esquerda é a
ação punitiva, que não falha da mão direita, se encarrega de afastar ou neutralizar
os considerados inúteis. Ambas as mãos se unem dentro do liberalismo-paternal.

Dupla Regulação dos Pobres: A pobreza é regularizada burocraticamente pela


Assistência Social e pelo Sistema Carcerário. A Assistência Social leva a classe
mais pobre à trabalho precários e sinaliza a pobreza do indivíduo perante à
sociedade. O Sistema Carcerário se encarrega daqueles que falharam na assistência
social, classificando-os com outro nível dentro da escala de probreza, a dos
inúteis.

Reeconstrução do perímetro estatal: As ações como a "guerra contra o crime" não


fazem parte de um plano das classes mais altas para instaurar os programas de
segurança, mas sim um processo orgânico de restauração do limite do estado à três
setores: Econômico, social e penal, simultâneamente.

"É preciso prolongar e completar a sociologia das políticas tradicionais de “bem-


estar” coletivo – ajuda às pessoas e às famílias desassistidas, mas também
educação, habitação social, saúde pública, alocações familiares, redistribuição de
renda, etc. – com as políticas penais." (WACQUANT. 2010. p. 212).

Tema abordado: Dimnuição do poder público sobre a area econômica e seu aumento na
manifestação da ordem pública e moral.

Conclusão: O estado mínimo em relação à economia que tolera o alto nível de pobreza
e a estratificação social, oferecendo o estado máximo (punitivo) para aqueles que
não se adequaram. WACQUANT denomina este fenômeno como "Liberal-Paternal/Liberal-
Paternalismo"

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