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O capítulo visa expor as nove teorias de comportamento dos juízes, usando de base, principalmente,
composições e comportamentos de juízes, com um foco maior nos juízes da Suprema Corte dos
Estados Unidos. São elas: atitudinal, estratégica, sociológica, econômica, psicológica, organizacional,
pragmática, fenomenológica e legalista, estando o autor dedicando mais às teorias atitudinais e
legalista.
O foco do autor no texto é mostrar as diferentes forças e fraquezas das teorias e demonstrar que
nenhuma delas explica, de forma plena, o processo decisório de um juiz, bem como é capaz de
prever seu comportamento. Em especial, este é o caso da atitudinal, que exagera a força da
inclinação política do presidente que indicou o membro da SCOTUS, e a legalista, que coloca muito
peso na interpretação politicamente neutra da lei.
Tal estudo é importante como sistematização das teorias pois, em uma seara de discurso, elas são
invocadas tanto pelos juízes ao justificar seu trabalho, como pelos estudiosos ao explicar certos
comportamentos dos julgadores. Todavia, o autor não se limita a elas, demonstrando suas limitações
e, com isso, afirmando a necessidade de mais estudos e inovações na área.
Os três capítulos trabalham as relações entre juízes e diferentes grupos, e como estes grupos podem
influenciar o julgador em suas decisões, dentro de um paradigma de respeito, destaque e estima.
Dentro destes aspectos, o primeiro capítulo foca na autoimagem do juiz, como esta é influenciada e
como ela pode ser um fator em suas decisões, seus alinhamentos políticos e as identidades com as
quais estes se identificam. O terceiro e quarto capítulos focam em diferentes audiências e como elas
influenciam os julgadores.
O terceiro capítulo se debruça sobre colegas de profissão, o público e outros ramos do governo. A
visão que outros colegas têm do julgador tem uma carga de influência grande, enquanto público e
outros Poderes tem uma influência mais limitada. Mais ainda do que é geralmente visto pela
academia. O quarto foca em grupos sociais e profissionais. Ainda que sejam de impacto concreto
limitado no benefício da carreira dos julgadores, especialmente quando comparados aos grupos
analisados no capítulo 3, não devemos descartar ou, ainda, coloca-los como aspectos e influências
menores no julgador. Estes grupos, que simbolizam famílias, círculos de amigos e outros similares,
podem ter uma influência no mesmo da mesma forma que estes círculos influenciam pessoas em
geral. Não devemos esquecer do aspecto fundamentalmente humano do julgador.