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LÍNGUA PORTUGUESA • FGV
Questões Comentadas e gabaritadas
Professor José Maria

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COMPREENSÃO & INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Texto para as questões 01 a 02 c) concentração de informações;
Texto 2 d) siglas não explicitadas;
Notícia publicada na imprensa na penúltima semana de setembro de e) emprego de linguagem coloquial.
2019:
“Tráfico da Rocinha ameaça quem joga lixo na rua 05. FGV - IBGE/2019
Bandidos espalham cartazes em área onde houve deslizamentos de Um jornal de grande circulação traz a seguinte manchete para um de
terra nas últimas chuvas, alertando moradores para não despejar seus artigos:
detritos em beco. Medida seria tomada porque venda de drogas é Prisão de traficante mostra eficácia da inteligência policial – Compra e
interrompida quando a região alaga”. venda de lanchas por chefe de facção criminosa chamaram atenção da
O cartaz aludido no texto 2 dizia o seguinte: polícia.
“Por favor, não jogue lixo no beco! Os fatos abaixo, presentes nessa notícia, que se apresentam em
Caso contrário, varrerá até a Rua 1. ordem cronológica são:
Estamos de olho...” a) chamar atenção da polícia / compra e venda de lanchas / prisão de
traficante;
01. FGV - IBGE/2019 b) prisão de traficante / mostra eficácia da inteligência policial / chamar
O segmento que NÃO tem seu valor corretamente indicado é: atenção da polícia;
a) “Por favor” só aparentemente mostra um pedido; c) mostra eficácia da inteligência policial / prisão de traficante / chamar
atenção da polícia;
b) “não jogue lixo” é uma ordem;
d) compra e venda de lanchas / chamar atenção da polícia / prisão de
c) a terceira frase é um alerta;
traficante;
d) “varrerá até a Rua 1” é uma penalidade;
e) chamar atenção da polícia / compra e venda de lanchas / mostra
e) “Caso contrário” indica obediência. eficácia da inteligência policial.

02. FGV - IBGE/2019 06. FGV - IBGE/2019


No caso do texto 2, a finalidade dos cartazes espalhados na “A bike da estudante permaneceu apenas uma hora no bicicletário em
Rocinha é: frente ao Shopping. O tempo necessário para que dois homens a
a) conscientizar a população; escolhessem a dedo – tratava-se de um modelo elétrico, com valor
b) salvaguardar interesses; estimado de R$5 mil –, violassem o seu cadeado e a levassem dali”.
c) contribuir para a higiene na comunidade; (Zona Sul, 17/08/2019, p. 3)
d) proteger a saúde dos habitantes; O texto acima aborda mais um roubo praticado no Rio de Janeiro;
e) prevenir desastres naturais. sobre a utilização do termo “apenas” nessa notícia, é correto
afirmar que:
03. FGV - IBGE/2019 a) indica o pouco tempo em que a estudante ficou no Shopping;
Texto 1 b) mostra uma crítica indireta à fiscalização do bicicletário;
Uma propaganda sobre o aniversário de um programa de notícias diz o c) demonstra a eficiência e o planejamento dos ladrões;
seguinte: d) informa que a bicicleta roubada era a única no bicicletário;
O maior programa brasileiro de notícias completa 40 anos e) insere uma opinião do autor do texto sobre a atuação da polícia.
A história de quatro décadas do programa registra os fatos mais
relevantes da história mundial, bem como as evoluções tecnológicas e 07. FGV – MPE RJ/2019
de tratamento de informação que vêm transformando as comunicações Texto 4
em todo o mundo. Assim que toca o sinal indicando o fim das aulas, um grupo de alunos
Segundo o texto 1, o destaque de maior valor do programa de sai correndo das salas. Eles não estão com pressa de ir embora, como
notícias é: seria de se esperar após nove horas e meia de atividade escolar, mas
a) a procura incessante pela verdade nas informações; para ir ao pátio, onde vão ensaiar para a fanfarra ou treinar handebol.
b) a durabilidade sempre atualizada do programa; Em um colégio onde 30% dos alunos repetiam ou abandonavam os
c) a documentação histórica de fatos e evoluções; estudos, houve um receio inicial em aumentar o tempo de classe, com
d) a transformação do programa através do tempo; o período integral. A solução surpreendeu, fez aumentar o interesse dos
jovens pelos estudos e melhorou os indicadores educacionais da
e) as mudanças no tratamento das informações. unidade.
O segundo parágrafo do texto 4 desempenha um conjunto de
04. FGV - IBGE/2019 papéis; o que é inadequado ao texto é:
OCDE reduz projeções para Brasil e Argentina a) mostra a mudança realizada no colégio citado;
As manchetes jornalísticas seguem um padrão em sua elaboração; b) justifica a atitude dos alunos, citada no primeiro parágrafo;
NÃO faz parte desse padrão, segundo o que se pode deduzir a partir da c) indica uma estratégia de renovação no magistério;
manchete acima:
d) mostra uma etapa anterior aos fatos do primeiro parágrafo;
a) emprego de verbos no presente;
e) compara dois momentos da vida escolar.
b) ausência de pontuação;

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08. FGV – MPE RJ/2019 esse perfil profissional e a educação vem se pautando por isso. Ocorre
Texto 2 que o modelo educativo tradicional não deixa espaço nenhum para a
O professor tenta exaustivamente explicar o conteúdo seguidas vezes, criatividade, pois tudo se baseia na repetição, como um modelo fordista.
muda o ponto de vista, muda o esquema exposto na lousa, exemplifica Diante da pergunta formulada pelo entrevistado (E), a resposta de
de duas, três, quatro formas diferentes. A cada pausa, chama atenção (CF):
de diferentes grupos de alunos, que insistem em não prestar atenção. a) não opta por nenhuma das sugestões dadas;
(....) Já transpirando e quase rouco de tanto aumentar o tom de voz, o b) escolhe uma terceira opção como resposta;
professor chama a atenção de um aluno que ri alto. c) foge do questionamento, desviando o assunto;
—Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
d) opta por uma resposta que une as duas opções;
Entre as estratégias didáticas empregadas pelo professor (texto 2), só
e) indica claramente a segunda das opções como verdadeira.
está ausente:
a) a repetição de conteúdos;
12. FGV – MPE RJ/2019
b) o foco variado;
Numa entrevista, às vezes o entrevistador contamina a futura resposta
c) a técnica da explicação;
do entrevistado com o seu posicionamento; a pergunta abaixo, de uma
d) a exemplificação prática; suposta entrevista, que mostra essa característica é:
e) a pausa reflexiva. a) O que o senhor acha da definição de criatividade de Machado de
Assis?
09. FGV – MPE RJ/2019 b) Que estratégias educacionais o senhor recomenda diante da total
Todo cidadão, numa sociedade democrática, tem o direito às mesmas falta de criatividade nas escolas?
oportunidades. Não podemos admitir que alguém que passou por uma c) Quais as marcas definidoras de criatividade?
escola sinta-se barrado no baile. (Ana Maria Machado) d) Como a tecnologia pode ajudar na implantação de um projeto
Nesse fragmento textual, critica-se sobretudo: educativo valorizador da criatividade?
a) a desigualdade social; e) É possível desenvolver uma educação pela criatividade com
b) a crise da democracia; professores já formados?
c) a falta de inserção social;
d) o analfabetismo; 13. FGV – MPE RJ/2019
e) a pedagogia escolar. Texto 1
O trecho a seguir é a primeira pergunta de uma entrevista em que o
10. FGV – MPE RJ/2019 entrevistador (E) questiona a física Cássia Fernandez (CF) sobre
criatividade:
Ler não é natural. Mesmo falar e conversar não são atos naturais,
(E) – Muito se fala sobre criatividade. Mas qual a definição mais aceita
são culturais. Portanto, ninguém nasce sabendo falar, conversar, ler ou
sobre o que é ser uma pessoa criativa?
escrever. Nem aprende sozinho. São habilidades e conhecimentos que
precisam ser transmitidos e ensinados. A linguagem articulada não é (CF) – Existem definições gerais de criatividade, utilizadas pelo senso
um fenômeno da natureza, é da cultura. Vem do grupo social, ou seja, comum, mas não existe um consenso no mundo acadêmico.
se ninguém ensinar, não se aprende. À medida que as pesquisas se aprofundam, vemos que o tema é mais
A frase abaixo que NÃO mostra ligação temática com esse e mais complexo. Contudo, não se pode abrir mão de buscar tornar essa
segmento textual da escritora Ana Maria Machado é: definição mais precisa para que as estratégias educacionais sejam mais
a) transmitir experiências para a geração seguinte é uma necessidade efetivas.
inevitável para a sobrevivência humana; A afirmação inadequada sobre o texto 1 é:
b) é claro que as famílias ensinaram e ainda ensinam muita coisa, mas a) por conveniência, a ação de falar sobre a criatividade não é atribuída
outras demandas surgiram e houve necessidade de instâncias a pessoa alguma;
institucionais nesse processo; b) pela pergunta do entrevistador, deduz-se que há uma série de
c) o ambiente da sala de aula influencia no processo de ensino- definições sobre criatividade;
aprendizagem e na metodologia empregada nas aulas; c) o senso comum, segundo CF, é um bom indicador de qualidade
d) a educação selecionou e sintetizou, entre tantos saberes acadêmica de uma definição;
acumulados, aquilo que devia ser indispensável aos que chegam a este d) as estratégias educacionais receberiam grande ajuda a partir de uma
mundo; boa definição do que seja criatividade;
e) a humanidade criou alguns ofícios para garantir que a herança e) à medida que as pesquisas se aprofundam, verifica-se a grande
cultural pudesse se propagar por meio da transmissão escrita. complexidade do tema.

11. FGV – MPE RJ/2019 14. FGV – MPE RJ/2019


Uma segunda pergunta da mesma entrevista com a Cássia Fernandez No mesmo número da revista Educatrix, aparece o seguinte texto sobre
(texto 1) é a seguinte: criatividade:
(E) – A busca de uma educação mais criativa se deve ao A criatividade é uma questão constantemente colocada em pauta na
desenvolvimento da Pedagogia ou a uma pressão crescente do mundo educação contemporânea. Tendências, como a cultura maker, têm
do trabalho? (CF) – Hoje, a busca pela criatividade vem como demanda entre suas razões de ser a busca de um sonho pedagógico que se perde
do mercado. Sou contra essa visão utilitária, mas é assim que funciona. na preparação para o vestibular e no progressivo aumento da
Em um mundo onde a automação avança, onde há um fluxo gigantesco competitividade: a formação de seres humanos capazes de inovar e
de dados, precisamos cada vez mais da criatividade. O mercado busca criar soluções.

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A afirmação inadequada sobre esse fragmento textual é: 19. FGV – TJ CE/2019
a) o primeiro período do texto é uma afirmação de caráter geral que A frase abaixo que mostra uma visão ironicamente negativa sobre a
introduz a apresentação do tema; justiça é:
b) a definição de criatividade é dada pela capacidade de inovar e criar a) Em geral, a lei é a razão humana, na medida em que governa todos
soluções; os povos da terra;
c) o sonho pedagógico perseguido está expresso ao final do texto: a b) A lei é ordem; e uma boa lei é uma boa ordem;
formação de seres humanos capazes de inovar e criar soluções;
c) A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre
d) a preparação para o vestibular é uma oportunidade única para o
de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão;
desenvolvimento da criatividade individual;
e) o aumento da competitividade leva à perda da formação de seres d) A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la
humanos criativos. facilmente;
e) O mundo não pode se sustentar sem justiça.
15. FGV – MPE RJ/2019
A introdução do no 13 da revista Educatrix diz o seguinte: 20. FGV – TJ CE/2019
Antes de iniciar a leitura, pare e pense com quantas pessoas você Se reconheces que algo é injusto, tenta pôr fim à injustiça o mais rápido
compartilhou informações hoje. Agora mesmo, neste exato momento, possível: para que esperar o próximo ano?
nós estamos trocando bagagens culturais: a história da vida de quem Essa frase critica um aspecto da justiça que é:
escreve daqui e a de quem lê daí. Há, de fato, uma premissa básica
a) a corrupção do Poder Judiciário;
para a sobrevivência humana: o viver em comunidade e a vivência
compartilhada. b) ausência de funcionários competentes;
Sobre a estruturação desse texto, é correto afirmar que: c) o fato de os juízes desfrutarem de privilégios;
a) as formas verbais pare e pense indicam uma ordem para que o leitor d) a falta de responsabilidade dos magistrados;
possa realizar corretamente a leitura do texto; e) a demora no julgamento dos processos.
b) no segmento Agora mesmo, neste exato momento há uma
construção enfática, já que há redundância nos termos;
21. FGV – TJ CE/2019
c) as formas daqui e daí mostram uma oposição entre autor e leitores
em relação às mensagens; “Quando um homem quer matar um tigre, chama isso de esporte;
quando é o tigre que quer matá-lo, chama de ferocidade. A distinção
d) a expressão de fato indica uma confirmação de algo negado
entre crime e justiça não é muito maior”.
anteriormente;
e) nos segmentos viver em comunidade e vivência compartilhada há Esse pensamento de Bernard Shaw se estrutura a partir de uma:
uma obrigatória interdependência. a) igualdade;
b) oposição;
16. FGV – TJ CE/2019 c) analogia;
“As leis existem, mas quem as aplica?” d) diferença;
Esse pensamento de Dante Alighieri critica: e) metaforização.
a) a má elaboração das leis;
b) o excesso de leis; 22. FGV – TJ CE/2019
c) o rigor excessivo da polícia;
“Se algum dia inclinares a balança da justiça, não o faças com o peso
d) a fraqueza humana;
das doações, mas com o da misericórdia”.
e) o controle demasiadamente rigoroso das leis.
Esse pensamento de Dom Quixote condena o seguinte traço da justiça:
a) os privilégios do Judiciário;
17. FGV – TJ CE/2019
“Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio crime, outros, a coroa”. b) a possibilidade de corrupção;
Essa frase confirma o seguinte ditado popular: c) a indiferença pelos mais pobres;
a) O crime não compensa, às vezes; d) o sentimentalismo exagerado;
b) Toda punição é maldade; e) o tecnicismo excessivo.
c) Olho por olho e dente por dente;
d) Pena intensa não cura bandido; 23. FGV – TJ CE/2019
e) A prisão é escola do crime. “Excesso de direito, excesso de injustiça”.
A forma adequada de indicar-se de modo mais explícito a relação lógica
18. FGV – TJ CE/2019 desse pensamento é:
“Sem instrução, as melhores leis tornam-se inúteis”. a) Se houver excesso de direito, haverá excesso de injustiça;
Esse pensamento deve ser entendido do seguinte modo: b) O excesso de direito é sempre seguido do excesso de injustiça;
a) Se não houver educação dos cidadãos, as leis tornam-se inúteis;
c) Em havendo excesso de direito, desaparecerá o excesso de injustiça;
b) Se as leis não forem acompanhadas de instruções de funcionamento,
d) O excesso de direito ocorre em função do excesso de injustiça;
tornam-se inúteis;
c) Caso as leis não possuam instruções claras, elas se tornam inúteis; e) Quanto menor o excesso de direito, maior o excesso de injustiça.
d) Só com a educação dos juízes, as leis podem tornar-se úteis;
e) Se os juízes não forem pessoas cultas, as leis se tornam inúteis por
não serem claras.

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24. FGV – TJ CE/2019 d) observou os hábitos indígenas no meio florestal.
O Antigo Testamento traz na frase “Olho por olho, dente por dente” uma e) coletou amostras para futuros estudos.
indicação de como a justiça deve ser feita.
Essa recomendação defende que: 27. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018
a) o criminoso não deve tardar a receber seu castigo; O texto começa por uma pergunta, cuja finalidade básica é
b) o assassino deve sofrer perda idêntica à causada por ele; a) interagir com o leitor do texto, a fim de que ele participe com mais
c) o causador do mal deve sofrer pena mais cruel do que o sofrimento interesse da leitura.
por ele causado; b) provocar uma reflexão pessoal do leitor, que possa ligá-lo à temática
d) a extensão da pena imposta ao criminoso deve ser proporcional ao do texto.
mal por ele causado; c) dirigir-se a um leitor particular, que já tenha refletido sobre a questão.
e) as penas devem ser cruéis e infalíveis. d) realizar uma questão de ordem geral, que possa aumentar o número
de leitores do texto.
25. FGV – TJ CE/2019 e) selecionar um tipo de leitor que tenha interesse pela temática
“O bom juiz não deve ser jovem, mas ancião, alguém que aprendeu abordada no texto.
tarde o que é a injustiça, sem tê-la sentido como experiência pessoal
em sua alma; mas por tê-la estudado, como uma qualidade alheia, nas 28. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018
almas alheias”. (Platão)
Tendo em vista o conteúdo do texto, o autor se refere à tarefa do
Segundo Platão, a qualidade básica do bom juiz é: antropólogo como um “exílio” pelo fato de ser essa uma atividade que
a) ter idade avançada; a) afasta o profissional de áreas mais povoadas.
b) fazer estudos profundos; b) é pouco procurada por estudiosos.
c) haver experimentado injustiças; c) estuda temas de pouco interesse geral.
d) estudar impessoalmente a injustiça; d) necessita de tranquilidade e tempo para sua eficiência.
e) criticar a injustiça nas almas alheias. e) se concentra em temas sobre as sociedades primitivas.

Texto para as questões 26 a 30 29. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018
Há sempre o inesperado “Na sua mente, éramos bons demais para perdermos tempo com uma
Quem não nasceu de novo por causa de um inesperado? atividade tão inútil quanto estúpida”.
Iniciei-me no exílio antropológico quando – de agosto a novembro de No contexto, esse fragmento representa o que pensa(m)
1961 – fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará. a) o intermediário da correspondência.
Mas, como os exilados também se comunicam, solicitei a uma
b) a sociedade em geral.
respeitável figura do último reduto urbano que visitamos, uma
cidadezinha na margem esquerda do rio Tocantins, que cuidasse da c) os antropólogos modernos.
correspondência que Júlio César Melatti, meu companheiro de d) o enunciador do texto.
aventura, e eu iríamos receber. Naquele mundo sem internet, e) o autor do texto e seu amigo.
telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes demoravam
semanas para ir e vir. 30. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018
Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando No texto, o “inesperado” é representado
chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa
correspondência havia sido violada. a) pela seriedade do trabalho dos dois cientistas.
Por quê? Ora, por engano, respondeu o responsável, arrolando em b) pelo pensamento errado do intermediário.
seguida o inesperado e ironia que até hoje permeiam a atividade de c) pelo descrédito geral pelo trabalho dos antropólogos.
pesquisa de Brasil. Foi quando soubemos que quem havia se d) pela violação da correspondência dos estudiosos.
comprometido a cuidar de nossas cartas não acreditava que estávamos e) pelo trabalho de antropólogos entre índios do Pará.
“estudando índios”. Na sua mente, éramos bons demais para perdermos
tempo com uma atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos
Texto para as questões 31 a 32
estrangeiros disfarçados – muito provavelmente americanos – atrás de
urânio e outros metais preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante
intermediário ao imperativo de “conferir” a correspondência. se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e
violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho
Mas agora que os nossos rostos escalavrados pelo ordálio do trabalho
clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no
de campo provavam como estava errado, ele, pela primeira vez em sua
trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São
vida, acreditou ter testemunhado dois cientistas em ação.
condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas
Há sempre o inesperado. como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para
Roberto da Matta. O GLOBO. Rio de Janeiro, 18/10/2017 os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam
pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as
26. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018 faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou
“... fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará”. amortecedores vencidos.
Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos
Com a expressão sublinhada, o enunciador do texto quer dizer que
acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os
a) realizou pesquisa in loco. desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo
b) pesquisou a relação dos índios com o meio-ambiente. com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no
c) estudou a agricultura entre os selvagens referidos. trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos

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ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar O matemático fala de “vários fatores” e a progressão de sua
o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas resposta mostra que:
ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na a) todos eles podem ser resumidos em um;
prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom b) o único fator citado é o mau ensino da disciplina;
senso e respeito às normas. c) todos eles são igualmente importantes;
Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do d) dois desses fatores são enumerados;
comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo
e) os fatores são enumerados, mas não explicados.
automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o
motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de
segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa 34. Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC) / 2015
atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver. Prestes a completar 80 anos, Renato Aragão reclama da perseguição
Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de ao humor politicamente incorreto, visto hoje como preconceituoso. O
ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança humorista, que aniversaria na próxima terça (13) e também comemora
obrigatórios, como o capacete. 55 anos do personagem Didi em 2015, relembra que na época de Os
Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus Trapalhões (1966-1995), negros e gays sabiam que as piadas eram
comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do apenas de brincadeira. "Naquela época, essas classes dos feios, dos
corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que
próximo, demonstrando gentileza e educação.” não era para atingir, para sacanear", desabafa.
Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009. Deduz-se das palavras do texto acima que:
a) o humor hoje é politicamente incorreto;
b) os humoristas hoje não conseguem mais fazer piadas;
31. FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018
c) a sociedade e o humor mudaram;
A introdução do texto se refere a uma cena bastante famosa de um
d) os negros e os homossexuais são mais ofendidos que os feios;
desenho animado. A finalidade dessa referência é
e) o humor antigo era construído para atingir as pessoas.
a) procurar despertar a atenção do leitor para o problema grave da
segurança no trânsito.
35. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC) / 2015
b) destacar a importância da mídia (cinema) para a discussão do tema-
alvo do texto. “Aos vinte e oito anos Marcus Goldman viu sua vida se transformar
radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se um best-seller, ele virou uma
c) introduzir a discussão sobre a influência do fator humano nos celebridade e assinou um contrato milionário para um novo romance. E
acidentes de trânsito. então foi acometido pela doença dos escritores. A poucos meses do
d) alertar o leitor para certos problemas psicológicos que interferem na prazo para a entrega do novo original, pressionado por seu editor e por
segurança do trânsito. seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha.” (A verdade
e) motivar o leitor para uma leitura do texto, apelando para referências sobre o caso Harry Quebert, Jöel Dicker)
lúdicas e não técnicas.
Segundo esse pequeno texto da contracapa de um romance, a “doença
32. FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018 dos escritores” é:
O final do primeiro parágrafo faz alusão a uma série de transgressões a) a vida transformar-se radicalmente;
cometidas na direção de veículos. Tais impropriedades são decorrência b) sua obra de estreia tornar-se um best-seller;
de diferentes procedimentos. c) o autor tornar-se uma celebridade;
Assinale a opção em que o procedimento é inadequado à d) a pressão dos editores e agentes;
impropriedade. e) não conseguir produzir nova obra.
a) Não usar as setas indicadoras de conversão / desconsideração pelos
demais motoristas. 36. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC) / 2015
b) Não respeitar as faixas de pedestres / desrespeito aos direitos Uma das charges publicadas sobre os atentados terroristas ocorridos
alheios. em Paris, em janeiro de 2015, mostra o seguinte:
c) Ultrapassar pelo acostamento / desobediência às leis de trânsito.
d) Apontar o dedo médio para pedestres / considerar-se superior aos
demais motoristas.
e) Dirigir com pneus carecas / descuido com a própria vida.

33. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC) / 2015


Uma entrevista com Edward Frenkel, um dos maiores pensadores da
matemática moderna, mostra o seguinte diálogo pergunta/resposta:
Por que tanta gente detesta matemática?
Existem vários fatores. A principal razão de grande parte das pessoas
não gostar de matemática é porque não sabe do que se trata. Mas
pensa que sabe, o que é pior ainda, pois foi apresentada na escola a
uma fração minúscula do tema, de forma muito ruim, e ficou com um
gosto amargo na memória. Uma das missões a que me proponho é
diminuir o estrago causado pelo sistema de ensino. Seria muito mais
fácil se meus leitores nunca tivessem ouvido falar do assunto e eu
pudesse explicá-lo partindo do zero.

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A afirmação que NÃO está de acordo com a imagem da charge é: O texto defende a tese de que a televisão não pode ser melhorada; para
a) a expressão “a mão do criador” mostra duplicidade de sentido; sustentar esse ponto de vista o autor do livro citado apela
b) a imagem do lápis faz referência à profissão de chargista da grande predominantemente para:
parte das vítimas dos atentados; a) opiniões pessoais ligadas à sua experiência e investigação;
c) a borracha mostra o direito de interferência do criador com a obra b) depoimentos técnicos sobre a própria tecnologia;
criada; c) a refutação de opiniões alheias;
d) o apagamento da cabeça do terrorista marca o início de uma obra d) a discussão de pontos nevrálgicos;
que irá apagar todo o seu corpo, representando o fim do terrorismo; e) a credibilidade de autoridades do setor.
e) a imagem traz em si mesma um protesto de chargistas contra a morte
de colegas profissionais. 40. FGV - TCE/SE - 2015
Texto 3 – Normose, um distúrbio da vida moderna
Texto para as questões 37 a 38
A sociedade moderna, com o corre-corre, a falta de tempo para o
Estragou a televisão!!! cuidado espiritual e o imediatismo fez com que as pessoas
Luís Fernando Veríssimo desenvolvessem com mais facilidade algumas doenças
— Iiiih... psicossomáticas. O pânico e a depressão são duas delas, assim como
— E agora? a normose. A última é uma “prima” menos conhecida e, por isso mesmo,
— Vamos ter que conversar. menos identificada, segundo especialistas. “Ela (normose) surge
quando o sistema no qual nós existimos encontra-se dominantemente
— Vamos ter que o quê? doente, desequilibrado, corrompido, e quando predomina a violência, a
— Conversar. É quando um fala com o outro. competição e o egocentrismo. Uma pessoa adaptada a esse sistema
— Fala o quê? está doente”, explica o eminente psicólogo e antropólogo Roberto
— Qualquer coisa. Bobagem. Crema, um dos especialistas do assunto no Brasil.
— Perder tempo com bobagem? Pode-se inferir do segmento “A sociedade moderna, com o corre-
— E a televisão, o que é? corre, a falta de tempo para o cuidado espiritual e o imediatismo
fez com que as pessoas desenvolvessem com mais facilidade
— Sim, mas aí é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar algumas doenças psicossomáticas” que:
com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
a) algumas doenças psicossomáticas são originadas do descuido geral
— Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem. com a saúde, por falta de tempo e dinheiro;
b) o corre-corre da vida moderna é a causa do distanciamento do
37. FGV - Técnico de Nível Superior (SSP AM) / 2015 espiritual e do imediatismo;
A frase do texto que NÃO contém uma crítica implícita à televisão c) atualmente há mais possibilidade do desenvolvimento de doenças
é: psicossomáticas do que anteriormente;
a) Iiiih... d) a falta de cuidado espiritual traz como consequência o relaxamento
b) Vamos ter que o quê? com os valores materiais;
c) Fala o quê? e) as doenças psicossomáticas surgiram a partir das atribulações da
d) E a televisão, o que é? vida moderna.
e) Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
Texto para as questões 41 a 42
38. FGV - Técnico de Nível Superior (SSP AM) / 2015 A liberdade enriquece
A pergunta do texto que NÃO mostra uma resposta no texto é: A liberdade surge no oceano da economia, de onde se espraia para
a) E agora? todos os lugares. Isso é o que imaginava Ludwig von Mises, o arquiteto
mais destacado da escola austríaca de economistas neoclássicos. Ele
b) Vamos ter que o quê? estava errado: a liberdade nasceu no continente da política, mais
c) Fala o quê? propriamente como liberdade de expressão − o direito de imprimir sem
d) Perder tempo com bobagem? licença. O parto deu-se pelas mãos do poeta e polemista John Milton,
e) E a televisão, o que é? em 1644, no epicentro da Guerra Civil Inglesa entre o Parlamento e a
Monarquia. Naquele ano, Milton publicou a Aeropagitica, fonte do mais
clássico dos argumentos racionais contra a censura: os seres humanos
39. FGV - TCE/SE - 2015 são dotados de razão e, portanto, da capacidade de distinguir as boas
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander ideias das más.
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser Ludwig von Mises não errou em tudo; acertou no principal. Liberdade
melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia não é um artigo de luxo, um bem etéreo, desconectado da economia. A
são tão perigosos – para a saúde física e mental para o meio ambiente Grã-Bretanha acabou seguindo o caminho preconizado por Milton e se
e para a evolução democrática – que este instrumento de massas converteu na maior potência do mundo. Os Estados Unidos, com sua
deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a uma Primeira Emenda à Constituição − que proíbe a edição de leis que
investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão limitem a liberdade de religião, a liberdade de expressão e de imprensa
raramente examinados e que nunca antes dele tinham sido ou o direito de reunião pacífica −, assumiram o primeiro posto no século
relacionados. A ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e XX. Liberdade funciona, pois a criatividade é filha da crítica.
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal (Trecho adaptado de Demétrio Magnoli. Veja, 22 de setembro de 2010,
é assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma reforma pp. 80-81)
da televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma
duma tecnologia como a do armamento».

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41. INÉDITA A mensagem principal do editorial é que:
Considerando-se o teor do texto, é correto afirmar: a) a violência no trânsito não é considerada um assunto importante.
a) Trata-se de um texto opinativo, em que o autor, apoiando-se em b) as mortes por acidentes de trânsito superaram as por homicídios.
teorias e oferecendo exemplos de sucesso, tece comentários a respeito c) a sociedade está chocada com o número de homicídios.
da relação entre liberdade e desenvolvimento econômico.
d) as mortes no trânsito não geram tanta comoção.
b) Há crítica em relação ao papel desempenhado na economia de
e) a educação no trânsito é negligenciada no currículo escolar
alguns países por proposições hipotéticas de poetas e economistas sob
brasileiro.
influência de escolas estrangeiras.
c) No 2o parágrafo encontra-se defesa por inteiro da opinião do
economista austríaco, em flagrante contradição com a observação de 44. Técnico Judiciário (TRE PA) / 2011
que ele havia se enganado, como consta do 1o parágrafo. Financiamento de partidos políticos
d) O título se volta para a comprovação da tese do poeta inglês de que O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi
o desenvolvimento econômico de uma nação se associa aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse
inequivocamente à racionalidade de seus cidadãos. valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36
e) O autor se baseia em opiniões polêmicas de defensores da liberdade milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação
de expressão para enaltecer a política colonialista de ingleses e de eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão
norte-americanos, entre os séculos XVII e XX. extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de
eles pagarem as dívidas de campanha.
42. INÉDITA Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação
A última frase do texto da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo
a) vem confirmar a opinião do autor de que a liberdade se impôs na partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes,
Inglaterra e nos Estados Unidos por ser decorrente do desenvolvimento desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido. Enfim,
econômico dessas nações. as máquinas partidárias muitas vezes se tornam aparelhos ou feudos
b) comprova o equívoco cometido pelo economista austríaco, pois controlados por poucos e financiados por todos nós.
liberdade de expressão e sucesso econômico são conceitos que se Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao
encontram em campos diferenciados da atividade humana. fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de
c) pretende demonstrar que o espírito crítico, ainda que associado à campanhas, que devem ser bancadas de forma específica. Aliás, o
liberdade de expressão, nem sempre se mostra suficiente para garantir melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos
a estabilidade econômica de uma grande nação. destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas deveriam estar
d) constitui um fecho coerente de todo o desenvolvimento, com base na claramente separadas e não poderiam se comunicar.
defesa da capacidade de discernimento dos seres humanos e da Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma
importância da liberdade para o sucesso da economia. quantia mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto
e) conclui objetivamente a teoria, exposta por Ludwig von Mises e deve ser obtido na militância, com base em atividades voltadas para a
complementada pelo poeta John Milton, de que a origem e a importância arrecadação de fundos. Partidos devem ir às ruas explicar para os
da liberdade, bem como os valores dela decorrentes, pertencem ao cidadãos por que existem e quais são suas propostas.
terreno da economia.
Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para
o Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à
43. INÉDITA espera do momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública
Trânsito mata mais do que assassinatos no Brasil em busca de militantes e se expondo ao debate.
Quando a maioria da população, com razão, está escandalizada com a No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical
violência que impera nas cidades do País, um outro número não recebe ainda. Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado.
tanta atenção quanto os cerca de 60 mil assassinatos registrados A campanha deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a
anualmente no Brasil. No trânsito, morrerão, neste ano de 2018,
partir de um limite universal. Todos podem contribuir até um
segundo estimativas oficiais, 80 mil pessoas. A projeção está baseada
determinado valor e declarar a doação na Justiça Eleitoral.
no fato de que, nos primeiros meses do ano, os acidentes de trânsito já
provocaram 19.398 mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente Ambas as propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas,
no País. Os dados são do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro, oferecendo suas propostas e buscando recursos para a sua existência
órgão da Escola Nacional de Seguros. As principais vítimas são homens e para as campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos
de 18 a 65 anos e motociclistas. se encontrarem com a cidadania em bases regulares.
Além das mortes e sequelas as mais diversas, muitas deixando Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o
inválidos pelo resto da vida homens, mulheres e crianças, pessoas permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade
jovens, ainda há um brutal prejuízo, calculado em torno dos R$ 96 − em bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas,
bilhões pelas faltas ao trabalho dos acidentados. acompanhar a gestão dos governos, discutir o exercício do poder. E não
Ora, tantas vítimas mostram um quadro de insegurança que está ser meros instrumentos de tomada do poder. No caso dos partidos
presente e que vem ceifando, dia após dia, vidas nas ruas, avenidas e, políticos brasileiros, existe um agravante. Por conta de nossa herança
muito mais, nas rodovias da nação. Pois, da mesma forma que todos patrimonialista, as organizações partidárias surgiram, em sua grande
condenam o grande número de mortes violentas por conta do tráfico de maioria, de dentro das estruturas do Estado.
drogas, da disputa entre gangues, de desavenças familiares, pouca Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológica
atenção é dada para o massacre que ocorre no trânsito. Da mesma dos eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de
forma que se pede mais educação, devemos nos lembrar que a parcelas expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político
educação no trânsito é mais do que importante. pelas mais variadas razões, o custo de fazer política é alto se
Jornal do Comércio comparado com os benefícios que ela pode trazer para o seu dia a dia.
(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/opiniao/2018/09/648589
-transito-mata-mais-do-que-assassinatos-no-brasil.html)

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Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode
momento da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa inferir, ganham importância, no espectro de preocupação não só das
começou de forma inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias
prosperou. O certo é que a questão do financiamento de partidos e de empresas nacionais, as práticas de criminal compliance.
campanhas é essencial para o futuro da nossa democracia e deve ser Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a
objeto de séria reflexão. diversas obrigações impostas às empresas privadas, por meio da
(Murillo de Aragão. Página 20, 21/1/2011) implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados,
Com base na leitura do texto, NÃO é correto afirmar que com a finalidade de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.
a) o aumento do Fundo Partidário em 2011 se dá a fim de cobrir Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima
despesas de campanha. do direito administrativo, isto é, vêm-se incriminando, cada vez mais, os
b) a participação dos partidos políticos na vida pública ocorre descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de
diuturnamente, como prova o constante diálogo deles com a população. reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente
c) há elementos da sociedade brasileira que, embora importantes, ficam tutelados. Muitas vezes, o mero descumprimento doloso dessas normas
à margem dos debates políticos. e diretivas administrativas estatais pode conduzir à responsabilização
d) se defende que as doações para as campanhas ocorram penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria
responsabilização da pessoa jurídica, quando houver previsão legal
exclusivamente por parte de pessoas físicas, o que seria fundamental
para o encontro com a cidadania. para tanto.
e) apesar de apresentar ideias aparentemente utópicas, elas podem Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática
ganhar força, como ocorreu com o Ficha Limpa. sistemática de controles internos com vistas a dar cumprimento às
normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando
prevenir possibilidades de responsabilização penal decorrente da
45. Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RJ) / 2011
prática dos atos normais de gestão empresarial.
Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica
No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas
No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para na Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro - Lei 9.613, de 3 de março
responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de crimes de 1998 - que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como
ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação
dessa possibilidade vem se dando de forma bastante tímida, muito em de recursos financeiros, compra e venda de moeda estrangeira ou ouro
razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar aos órgãos
Lei 9.605, de 1998, que a tornam quase que inaplicável neste âmbito. oficiais sobre as operações tidas como "suspeitas", sob pena de serem
A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates responsabilizadas penal e administrativamente.
travados no âmbito doutrinário nacional, insuflados pelos também Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos
acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas
crescente aceitação da possibilidade da responsabilização penal da transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de
pessoa jurídica em legislações de países de importância central na origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal
atividade econômica globalizada, é possível vislumbrar que, em breve, compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da
discussões sobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse
de responsabilização penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil. para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão
empresas - principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa.
ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de (...)
critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países
(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico.
de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as
29/03/2011 - com adaptações)
práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a
Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir:
fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.
I. Nas empresas transnacionais, políticas de criminal compliance devem
Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal -
que atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo ser pensadas em adequação às diferentes legislações que podem ser
adotadas nos diversos países em que atuam.
31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa
jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas II. Para evitar que bens juridicamente tutelados sejam atingidos, o direito
atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas penal vem se aproximando cada vez mais do direito administrativo.
também estabelece regras de como essa responsabilização será III. No tocante ao modelo de criminal compliance adotado hoje no Brasil,
aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da percebe-se a nítida influência da reforma do Código Penal espanhol.
inoperância de controles empresariais, sobre atividades Assinale
desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
seu nome). A vigência na nova norma penal já trouxe efeitos práticos no b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
de debates acerca dos instrumentos de controle da administração
empresarial, promovidos por empresas que pretendem implementar, o d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
tipo de responsabilidade penal.

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46. INÉDITA No Brasil colônia, coexistiam duas versões de língua geral: a
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem amazônica, ou nheengatu, ainda hoje empregada por cerca de oito mil
corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as pessoas, e a paulista, que desapareceu, não sem que deixasse marcas
técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland na toponímia do país e na língua portuguesa. São elas que nos
estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os possibilitam olhar um caipira jururu à beira de um igarapé socando milho
investigadores verdadeiros não conseguem ser tão precisos quanto para preparar mingau — sem os termos que migraram para o português,
só veríamos um habitante da área rural, melancólico, preparando
suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida
comida às margens de um riacho. Sem caipira, sem jururu, sem igarapé,
em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador
sem socar e sem mingau, a cena poderia descrever uma bucólica
de um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo “batom da paisagem inglesa.
marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue
Com base na leitura do texto, é possível afirmar que a principal
um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois
intenção do autor é:
identificamos o batom dela no seu colarinho”. No mundo real, os
a) enfatizar a influência da língua geral no português falado atualmente
resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense
no Brasil, enaltecendo sua expressividade singular.
provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse
b) evidenciar o português falado pelos caipiras, destacando a forma
desencontro entre ficção e realidade pode acarretar consequências
bem-humorada com que se comunicam.
bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um
c) comparar a expressividade do português falado no Brasil, parte
homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco
herdado de antigas línguas indígenas, com a da língua inglesa.
traseiro e quer que eu descubra de onde ela veio, em que loja foi
comprada e qual cartão de crédito foi usado”. d) destacar a clareza de comunicação como marca identificadora do
português falado no Brasil.
De acordo com o texto, os programas de investigação criminal não
e) explicar a origem e o significado de expressões usadas no
reproduzem corretamente a realidade, pois
português falado no Brasil, como “jururu” e “igarapé”.
a) subjugam a complexidade das técnicas científicas.
b) superestimam a complexidade dos casos. 49. INÉDITA
c) minimizam a importância das pistas coletadas. As amigas Beatriz Ismael, Aline Secone e Pietra Favarin, todas com 18
d) limitam a atuação dos investigadores. anos, já perderam a conta de quanto tempo passam com o celular na
e) exageram na minúcia das informações obtidas na investigação. mão. Conversas no WhatsApp, atualizações nas redes sociais,
novidades no Snapchat: é muita coisa para acompanhar. Basta o
aparelho vibrar para baixarem a cabeça a fim de verificar o que está
47. INÉDITA acontecendo. Beatriz, Aline e Pietra talvez não percebam agora, mas o
Entre os Maoris, um povo polinésio, existe uma dança destinada a fato de passar horas com a cabeça curvada por causa do celular ou
proteger as sementeiras de batatas, que quando novas são muito tablete pode acarretar sérias consequências futuras para elas.
vulneráveis aos ventos do leste: as mulheres executam a dança, entre O alerta é de médicos sobre o uso exagerado desses aparelhos por
os batatais, simulando com os movimentos dos corpos o vento, a chuva, crianças e adolescentes. Pietra admite que fica tanto tempo usando o
o desenvolvimento e o florescimento do batatal, sendo esta dança celular que seu braço chega a adormecer. Já Aline e Beatriz afirmam
acompanhada de uma canção que é um apelo para que o batatal siga o que não sentem dor alguma. Segundo o ortopedista e traumatologista
exemplo do bailado. As mulheres interpretam em fantasia a realização Guaracy Carvalho Filho, professor da Faculdade de Medicina de Rio
prática de um desejo. É nisto que consiste a magia: uma técnica ilusória Preto (Famerp), , a ausência de dores imediatas por causa da cabeça
destinada a suplementar a técnica real. Mas essa técnica ilusória não é curvada é comum nos jovens que compõem a ‘geração da cabeça
vã. A dança não pode exercer qualquer feito direto sobre as batatas, baixa’. “É óbvio que eles não vão sentir dores agora.
mas pode ter (como de fato tem) um efeito apreciável sobre as A estrutura corporal é mais flexível, mas quando chegarem à fase adulta
mulheres. Inspiradas pela convicção de que a dança protege a colheita, provavelmente vão sentir dores provocadas pela postura errada quando
entregam-se ao trabalho com mais confiança e mais energia. E, deste jovens.” E é por causa da ausência de reclamações que os pais ou
modo, a dança acaba, afinal, por ter um efeito sobre a colheita. responsáveis devem prestar atenção nas crianças e nos adolescentes,
segundo o médico. “Em princípio, a cabeça curvada para baixo resulta
(George Thomson) em uma alteração postural. Entre os 13 e 14 anos, o enrijecimento
O texto descreve o uso da dança como marca de manifestação acontece mais rápido. Evoluindo de uma alteração para uma desvio de
cultural de um povo. De acordo com o exposto, nos Maoris, essa coluna.”
prática tem como efeito direto: https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2016/01/cidades/saude/6
a) o abandono de técnicas consagradas. 67159-uso-excessivo-de-celular-afeta-postura-do-jovem-e-coloca-seu-
b) o fortalecimento das sementeiras de batatas. corpo-em-risco.html
c) a convicção na efetividade das técnicas reais. Ao abordar os impactos gerados pelo uso excessivo de
smartphones, o texto enfatiza:
d) uma mudança de comportamento no trabalho.
a) as queixas de jovens com dores precoces resultado da má postura
e) uma maior produção de batatas. corporal.
b) as complicações posturais em adultos que curvam a cabeça quando
48. INÉDITA usam celular.
Sérgio Buarque de Holanda afirma que o processo de integração efetiva c) as alterações posturais em jovens que podem resultar em dores na
dos paulistas no mundo da língua portuguesa ocorreu, provavelmente, idade adulta.
na primeira metade do século XVIII. Até então, a gente paulista, fossem d) as sequelas posturais imediatas em jovens resultado do uso
índios, brancos ou mamelucos, não se comunicava em português, mas excessivo do celular.
em uma língua de origem indígena, derivada do tupi e chamada língua e) a perda de flexibilidade corporal em crianças devido à ausência de
brasílica, brasiliana ou, mais comumente, geral. reclamação por parte dos pais.

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50. INÉDITA A partir da comparação entre as charges, é possível afirmar que:
Apesar da nova era em que vivemos, materiais impressos dificilmente a) As charges sugerem que diferentes gerações encaram a tecnologia
deixarão de existir. A divulgação de serviços pela internet tem o custo de forma negativa e desinteressada.
menor, isso é fato, além de diversas outras vantagens, mas para atingir b) Os adultos da segunda charge são menos ávidos por tecnologia do
um público mais abrangente e com hábitos de consumo diferentes, o
que o menino.
material impresso é fundamental, pois apesar de vivermos na era digital,
muitos ainda preferem o material impresso. É preciso adequar o c) A segunda charge explicita as dificuldades da geração mais madura
conteúdo para as duas plataformas, assim a empresa conseguirá atingir em identificar as funcionalidades presentes nos equipamentos
todos os públicos e mercados. eletroeletrônicos atuais.
Outro item que faz dos impressos uma importante ferramenta de d) A expressão facial e gestual do garoto demonstra que ele gostaria de
comunicação é a veracidade e a credibilidade das informações. No receber outros presentes que não fossem eletroeletrônicos.
mundo digital, é praticamente impossível regularizar o conteúdo. e) Ambas as charges explicitam as facilidades que o desenvolvimento
Qualquer pessoa pode postar qualquer informação, sem analisar a tecnológico introduziu na vida contemporânea, apesar de alguns se
precisão do conteúdo. Além disso, uma informação armazenada aborrecerem com ela.
eletronicamente pode ser modificada de uma maneira muito fácil. Já o
impresso é palpável, com maior visibilidade e facilidade na
memorização do conteúdo. 52. INÉDITA
https://utidasideias.com.br/index.php?/blog/midia-impressa/mas-o-que- A leitura da tirinha permite inferir que:
e-midia-impressa
O trecho reproduzido aborda como as empresas de conteúdo
devem lidar com as mídias impressas e digitais, visando atingir os
diversos públicos e mercados. Sua principal linha de
argumentação consiste em:
a) afirmar que os conteúdos digitais são capazes de atingir um público
mais abrangente.
b) propor a adaptação de conteúdos didáticos para as duas plataformas:
impressa e digital.
c) alertar o leitor de que conteúdos digitais podem ser facilmente
modificados.
d) enfatizar as significativas aceitabilidade e credibilidade dos materiais
impressos.
e) defender a adoção de comunicação predominantemente impressa.

51. INÉDITA

(Luís Fernando Veríssimo, O Estado de São Paulo, 27/07/2008)


a) O avô tenta disfarçar, por meio de suas respostas, seu
desconhecimento sobre a origem etimológica da expressão “habeas
corpus”.
b) A resposta deixa pressuposta a ideia de que, na opinião do avô, o
assunto em questão não deveria ser do interesse de uma criança.
c) A pergunta da criança pode ser considerada retórica.
d) A fala do avô deve ser compreendida como uma crítica explícita aos
políticos de modo geral.
e) O comentário do avô, no segundo quadrinho, contém uma crítica às
iniquidades permitidas pelo judiciário.

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53. INÉDITA a) simboliza no texto o início de um tratamento carinhoso atípico por
Um restaurante muito famoso uma certa vez lançou o seguinte slogan parte do pai e da mãe do garoto.
publicitário: b) faz menção no texto à violência a que era submetida a criança,
“Nossa meta é servir bem.” proveniente de diversos familiares.
Sobre esse anúncio é correto dizer: c) consiste em uma metáfora para o fim do repentino ínterim de atenção
a) A escolha das palavras no anúncio tem por objetivo realçar o bom e afeto dirigidos à criança pelos pais.
atendimento, que é característica do restaurante. d) revela no texto um sentimento de saudosismo dos tempos de convívio
b) A palavra “meta” estabelece um significado implícito que contraria a entre pais e filhos.
intenção inicial do anúncio. e) destaca no texto o quão consciente era o garoto da transitoriedade
c) O intuito de persuasão, presente em todo texto de caráter publicitário, das mudanças de humor de seus pais.
é plenamente atendido no anúncio, haja vista a escolha apropriada das
palavras para tal fim. GABARITO COMENTADO
d) O texto não cumpre sua finalidade persuasiva devido ao emprego do
pronome possessivo “Nossa”, que compromete o tom impessoal 01. RESOLUÇÃO:
presente em textos publicitários. A expressão “Caso contrário” sinaliza uma desobediência à ordem
e) O emprego do substantivo “diferencial” no lugar de “meta” não de não jogar lixo no banco.
alteraria o sentido original do anúncio. Resposta: E

54. NÉDITA 02. RESOLUÇÃO:


O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e Num primeiro momento, poderia o leitor pensar que os traficantes
apagando, dava banhos intermitentes de sangue na pele de seu braço estavam preocupados com a comunidade. No entanto, o real interesse
repousado, e de sua face. Ela estava sentada junto à janela e havia luar; deles era evitar enchentes para que suas vendas de drogas não fossem
e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e suave. interrompidas, o que valida a letra B como resposta.
Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu Resposta: B
marido, todo bovino; um pintor louro e nervoso; uma senhora
recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a roda que falava
de política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às 03. RESOLUÇÃO:
vezes sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava No trecho “... registra os fatos mais relevantes da história mundial,
o próprio braço, atenta à mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um bem como as evoluções tecnológicas e de tratamento da informação...”,
prazer silencioso e longo. “Muito!”, disse quando alguém lhe perguntou fica evidente que o programa foi capaz de registrar (documentar) os
se gostara de um certo quadro — e disse mais algumas palavras; mas fatos mundiais e as evoluções.
mudou um pouco a posição do braço e continuou a se mirar, interessada Resposta: C
em si mesma, com um ar sonhador.
(Rubem Braga, “A mulher que ia navegar”.) 04. RESOLUÇÃO:
I – Há uma relação semântica de contraste “banhos intermitentes de Observando-se a manchete, o único recurso listado não empregado
sangue” e “ela era toda pálida e suave” foi o da linguagem coloquial, o que nos faz marcar a letra E.
II – A resposta dada pela personagem à pergunta que lhe foi dirigida - Resposta: E
“Muito!” – deixa evidente seu interesse pelo assunto tratado.
III - O termo sublinhado no trecho “Senti que ela fruía nisso um prazer
silencioso e longo” faz uma alusão catafórica à percepção do efeito das 05. RESOLUÇÃO:
luzes do anúncio no braço da personagem. Reproduzindo as cenas descritas, primeiramente os traficantes
Está(ão) correta(s): compraram e venderam lanchas. Isso, na sequência, despertou
a) I apenas curiosidade por parte da polícia, o que, depois de algum tempo, levou à
prisão esses bandidos.
b) II apenas
Resposta: D
c) III apenas
d) I e II apenas
e) II e III apenas 06. RESOLUÇÃO:
A utilização do termo “apenas” evidencia o pouco tempo necessário
55. INÉDITA para que os ladrões efetuassem o roubo, o que evidencia eficiência. O
fato de eles terem escolhido “a dedo” a bicicleta mostra que já estavam
Graciliano Ramos, em seu livro Infância, reflete sobre uma de suas
preparados para reconhecer uma bicicleta elétrica, o que evidencia
marcantes impressões de menino. Leia o trecho a seguir, extraído dessa
preparo e planejamento por parte dos ladrões.
obra:
Isso posto, assinalo como gabarito a letra C, que diz: demonstra a
Bem e mal ainda não existiam, faltava razão para que nos afligissem
eficiência e o planejamento dos ladrões.
com pancadas e gritos. Contudo, as pancadas e os gritos figuravam na
ordem dos acontecimentos, partiam sempre de seres determinados, Uma que poderia gerar dúvidas seria a letra A, que diz: indica o
como a chuva e o sol vinham do céu. E o céu era terrível, e os donos da pouco tempo em que a estudante ficou no Shopping.
casa eram fortes. Ora, sucedia que a minha mãe abrandava de repente No entanto, ocorre que não é possível afirmar que a estudante ficou
e meu pai, silencioso, explosivo, resolvia contar-me histórias. Admirava- esse tempo no shopping. Ela pode muito bem ter deixado bicicleta no
me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza se houvesse bicicletário em frente ao shopping e ter se dirigido a outro lugar.
modificado. Fechava-se o doce parêntese – e isso me desorientava. Resposta: C
Com base na leitura apresentada, é possível afirmar que o trecho
“Fechava-se o doce parêntese – e isso me desorientava.”:
07. RESOLUÇÃO:

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Entendo que letra C (indica uma estratégia de renovação no Resposta: B
magistério) está errada, pois o foco do texto não é o magistério
(atividade docente), mas sim o regime de estudo, que passou a ser
13. RESOLUÇÃO:
integral.
Letra A - CERTA – A construção “Muito se fala sobre criatividade...”
Resposta: C
apresenta sujeito indeterminado. Isso quer dizer que não há um agente
definido para essa ação.
08. RESOLUÇÃO: Letra B - CERTA – O entrevistador questiona acerca da definição
O professor, quando faz uma pausa, não é para refletir, e sim para mais aceita, dando, assim, a entender que existem outras definições.
chamar atenção dos alunos. Letra C - ERRADA – O autor dá a entender que as diversas
Portanto, assinalo letra E (pausa reflexiva). definições de criatividade do senso comum carecem de suficiente
Resposta: E precisão, pois afirma que o mundo acadêmico deve “buscar tornar essa
definição mais precisa”.
Letra D – CERTA – De fato, isso auxiliaria as estratégias
09. RESOLUÇÃO: educacionais a se tornarem mais efetivas, segundo o texto.
O trecho “Não podemos admitir que alguém que passou por uma Letra E - CERTA – Isso é literalmente dito em “À medida que as
escola sinta-se barrado no baile” expressa a ideia de exclusão. A única pesquisas se aprofundam, vemos que o tema é mais e mais complexo”.
opção em que temos de forma explícita essa ideia de exclusão (ou falta Resposta: C
de inserção) é a letra C (falta de inserção social).
A dúvida poderia pairar sobre a letra A (desigualdade social), mas
entendo que a crítica é anterior à desigualdade. A crítica se concentra 14. RESOLUÇÃO:
no fato de que nem todos os indivíduos possuem as mesmas Na letra D, afirma-se que “a preparação para o vestibular é uma
oportunidades. Passamos pela mesma vida (escola), mas alguns são oportunidade única para o desenvolvimento da criatividade individual”.
barrados no baile (são excluídos). No texto, o fragmento “... um sonho pedagógico que se perde na
preparação para o vestibular... ” evidencia que a preparação para o
Esse quadro de exclusão gera desigualdade, mas veja que esta é
vestibular se contrapõe ao exercício da criatividade.
uma consequência da falta de inclusão. O texto critica a causa, não o
efeito, daí a resposta ser a letra C. Resposta: D
Resposta: C
15. RESOLUÇÃO:
Letra A - ERRADA – Não se trata de uma ordem, e sim um pedido.
10. RESOLUÇÃO:
Letra B - CERTA – De fato, os recortes temporais de “Agora mesmo” e
Entendo que a temática central do texto se ancore na necessidade
de “neste exato momento” são idênticos. Essa repetição da ideia tem
de transmissão de conhecimentos e experiências de uma geração para
como propósito gerar um efeito de ênfase.
outra.
Letra C - ERRADA – Não se trata de uma oposição, e sim de uma
Isso está muito claro na letra A (transmitir experiências para a localização. O advérbio “aqui” faz menção à posição do autor, a pessoa
geração seguinte...); na letra B (... as famílias ensinaram e ainda que fala; já o advérbio “aí”, à posição do leitor, a pessoa com quem se
ensinam muita coisa...); na letra D (a educação selecionou e sintetizou fala.
... indispensável aos que chegam a este mundo); na letra E (a
humanidade criou alguns ofícios... herança cultural pudesse se Letra D - ERRADA – Trata-se na verdade de um reforço daquilo
afirmado anteriormente.
propagar...).
Letra E - ERRADA – Os dois segmentos estão ligados pela conjunção
Já na letra C (o ambiente da sala de aula influencia no processo de
coordenativa aditiva “e”, o que faz deles termos coordenados entre si,
ensino-aprendizagem e na metodologia empregada nas aulas...), o foco
ou seja, independentes. Dessa forma, não há uma relação de
deixa de ser a necessidade de transmissão de conhecimentos e
subordinação (interdependência) entre esses segmentos.
experiências para se tornar o método ou o ambiente adequado para
aprendizagem. Há, portanto, uma mudança de recorte temático. Resposta: B
Resposta: C
16. RESOLUÇÃO:
Questão muito sutil!
11. RESOLUÇÃO:
Note o “mas” adversativo enfatizando a oração “mas quem as
O autor deixa claro que a busca por uma educação mais criativa se
aplica?”
deve a uma pressão crescente do mundo do trabalho. Ele, ao longo do
texto, discorda da visão utilitarista da educação, mas reconhece que a Veja que não se critica a elaboração em si das leis, seu excesso ou
força do mercado impõe esse tipo de mudança. Além disso, deixa muito rigor. O foco está em criticar as pessoas que não as aplicam, não a
claro que os métodos tradicionais de ensino escolar não dão margem à põem em prática.
criatividade. Dessa forma, o gabarito é a letra E, que diz: “indica Isso posto, as pessoas falham na hora de aplicar as leis. Não há
claramente a segunda das opções como verdadeira”. empenho (força) em aplicá-las. Há, assim, fragilidade na aplicação das
normas.
Resposta: E
Resposta: D

12. RESOLUÇÃO:
17. RESOLUÇÃO:
A letra B deixa bem explícito posicionamento do entrevistador: “Que Ora, se alguns são punidos com a forca por cometerem crimes e
estratégias educacionais o senhor recomenda diante da total falta de outros são premiados com a coroa por terem cometido crimes, é sinal
criatividade das escolas?”. Nela, o entrevistador já parte do pressuposto de que o crime às vezes compensa.
de as escolas não são criativas.
Resposta: A

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18. RESOLUÇÃO: Exemplificando de uma forma cruel, se o bandido cortar a mão de
Complicada a questão! Sem contexto, não fica claro se “instrução” alguém, ele também terá sua mão cortada; se ele matar o filho de
se refere a “orientações de como usar” ou a “educação”, “formação”. alguém, terá também seu filho morto como punição…
Como as letras B (Se as leis não forem acompanhadas de Resposta: B
instruções de funcionamento, tornam-se inúteis) e C (Caso as leis não
possuam instruções claras, elas se tornam inúteis) têm idêntico 25. RESOLUÇÃO:
conteúdo, concluímos que a resposta é a letra A, cuja interpretação A letra A (ter idade avançada) não representa a qualidade básica
dada ao vocábulo “instrução” está associada a “educação” apontada por Platão. Os vocábulos “jovem” e “ancião” estão
Resposta: A empregados em sentido figurado, associados não à idade, mas à
maturidade e ao conhecimento.
19. RESOLUÇÃO:
A letra B (fazer estudos profundos) pode gerar dúvidas. Não adianta
Na letra C, note que a visão negativa associada à ideia de proibição estudar profundamente qualquer assunto ligado à justiça, segundo o
é apresentada de uma forma irônica. Ora, ninguém tem o desejo de autor. É necessário estudar especificamente e profundamente a
dormir sob as pontes, mendigar ou roubar pão. Logo, não faz sentido injustiça de que são vítimas os outros.
em proibir algo que ninguém quer.
A letra C (haver experimentado injustiças) contradiz o texto. O autor
Resposta: C foca a injustiça sofrida pelos outros, e não a sofrida pelo juiz durante
sua vida.
20. RESOLUÇÃO: A letra D (estudar impessoalmente a injustiça) é o nosso gabarito.
A pergunta feita ao final “para que esperar o próximo ano?” é uma Deve-se estudar a injustiça não sob o ponto de vista pessoal (intimista,
referência à demora com que processos são julgados. Ora, se já há subjetivo), mas sim sob a visão de quem as sofre. Deve-se tratar a
sinais claros de injustiça, para que demorar? injustiça algo alheio, e não íntimo, pessoal.
A letra E (critica a injustiça nas almas alheias) foge do conteúdo
Resposta: E
abordado no texto. Nele, não há uma crítica, mas sim uma descrição
dos atributos de um bom juiz.
21. RESOLUÇÃO: Resposta: D
Sutil!
Quando o enunciado fala em pensamento, está se referindo à 26. RESOLUÇÃO:
distinção entre crime e justiça. E esse pensamento é estruturado a partir No contexto, é possível associar a expressão “trabalho de campo” ao
de uma analogia: o conceito de crime é análogo ao tigre que quer matar trabalho de pesquisa realizado no sul do Pará entre os índios. Dessa
um homem; a justiça é um conceito análogo ao homem que quer matar forma, o trabalho de campo corresponde a um trabalho in loco, ou seja,
o tigre. realizado no local alvo da pesquisa.
Dessa forma, o pensamento – distinção entre crime e justiça – é Resposta: A
estruturado por meio de uma analogia (comparação).
Resposta: C 27. RESOLUÇÃO:
Analisemos cada uma das letras:
22. RESOLUÇÃO: Letra A – ERRADA – A pergunta gera sim uma interação com o leitor
A passagem “peso das doações” é uma sutil referência à corrupção. do texto, porém a finalidade básica da pergunta não é despertar o
interesse e a participação do leitor, mas sim evidenciar a surpresa das
Resposta: B
pessoas com dois cientistas interessados em pesquisar índios. No pré-
julgamento dessas pessoas, isso não teria cabimento.
23. RESOLUÇÃO: Letra B – CERTA – O questionamento, como afirmamos, evidencia a
O candidato pode ficar em dúvida entre as letras A (Se houver surpresa das pessoas com dois cientistas pesquisando índios. A
excesso de direito, haverá excesso de injustiça) e B (O excesso de reflexão do autor é de que as pessoas não consideram os índios alvos
direito é sempre seguido do excesso de injustiça). de interesse relevante para a ciência.
No texto original, há uma relação de anterioridade e posterioridade: Letra C – ERRADA – A pergunta não se dirige a um leitor específico,
o excesso de direito gera excesso de injustiça. mas sim a todos que fazem a leitura.
Letra D – ERRADA – O objetivo principal da pergunta não é levantar a
Na letra A, essa relação fica clara: atendida a condição de haver
audiência do texto, mas sim promover uma reflexão.
excesso de direito, haverá excesso de injustiça.
Letra E – ERRADA – O autor, como já afirmamos, não se dirige
Na letra B, não fica explícita a relação de anterioridade e
especificamente a um tipo de leitor.
posterioridade. Uma possibilidade é entender que as duas ocorrem de
Resposta: B
forma concomitante (simultânea), como se fossem independentes.
Isso posto, marcamos a letra A como resposta.
Resposta: A 28. RESOLUÇÃO:
A leitura do texto permite concluir que os cientistas se encontram em
áreas afastadas, isoladas. Isso fica bem evidente no trecho “Naquele
24. RESOLUÇÃO: mundo sem internet, telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes
O candidato poderia ficar na dúvida entre as letras B (o assassino demoravam semanas para ir e vir. ”
deve sofrer perda idêntica à causada por ele) e D (a extensão da pena A própria acepção da palavra “exílio”, associada a refúgio, reforça essa
imposta ao criminoso deve ser proporcional ao mal por ele causado). visão: os cientistas estavam isolados, distantes do seu lugar de origem,
No entanto, veja que as figuras “olho por olho, dente por dente” não estudando índios no sul do Pará.
dão a ideia de proporcionalidade, mas sim de equivalência. Resposta: A

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29. RESOLUÇÃO: Letra E – ERRADA – O erro está em considerar essa referência como
Observe o seguinte trecho: lúdica, ou seja, divertida. Note que o to do primeiro parágrafo não é de
Foi quando soubemos que quem havia se comprometido a cuidar de graça, e sim de alerta.
nossas cartas não acreditava que estávamos “estudando índios”. Resposta: C
Na sua mente, éramos bons demais para perdermos tempo com uma
atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos estrangeiros disfarçados
32. RESOLUÇÃO:
– muito provavelmente americanos – atrás de urânio e outros metais
preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso intermediário ao Apontar o dedo médio para pedestres é uma falta de respeito, um gesto
imperativo de “conferir” a correspondência. deseducado. Faltar com o respeito não necessariamente implica que a
As partes destacadas deixam clara a incredulidade da pessoa pessoa que o faz se considere superior às demais.
responsável por cuidar das correspondências, ou seja, do intermediário Resposta: D
da correspondência. Ele não acreditava que dois pesquisadores
estivessem “perdendo tempo” estudando índios e, por um momento,
pensou que fossem espiões, o que o levou a violar a carta alheia. 33. RESOLUÇÃO:
Resposta: A Na análise dos itens, é importante identificar os "distratores". Estes são
detalhes que tornam o item falso. Quanto mais discreto o distrator, maior
é a dificuldade da questão. Você já teve aquela impressão de que "todas
30. RESOLUÇÃO: as opções estão corretas"? Pois é, não estão não! Há somente uma
Questão muito sutil! Difícil! correta. O problema, meu caro, é que as outras opções trazem
Vamos lá! distratores bem discretos.
A pergunta que inicia o texto - Quem não nasceu de novo por causa Vamos analisar item a item:
de um inesperado? – remete ao episódio de violação da Letra A - ERRADA - O texto não afirma que todos os motivos se
correspondência dos dois cientistas pelo responsável por encaminhar resumem a um só. De forma alguma! O que o texto afirma literalmente
as cartas. Este, não acreditando que dois cientistas estariam “perdendo é que existem vários fatores e que o PRINCIPAL é desconhecimento da
tempo” estudando índios, aventou a possibilidade de se tratar de real utilidade da matemática.
espiões ou pessoas com maus propósitos.
Existem vários fatores. A principal razão de grande parte das pessoas
A surpresa, ou seja, o “inesperado” referido no texto, diz respeito ao
não gostar de matemática é porque não sabe do que se trata.
fato de esse intermediário descobrir que realmente os cientistas
estavam ali para realizar uma pesquisa. Isso posto, a surpresa foi Letra B - CERTA - De fato, aponta-se apenas uma razão e, diga-se, a
descobrir que ele estava errado. principal: o desconhecimento da real utilidade da matemática.
A letra A é falsa! A desconfiança do intermediário não era com a Atenção!
seriedade, com a qualidade do trabalho, mas com o trabalho em si. Ele O aluno pode até se confundir, desmembrando o mesmo problema em
aventou a possibilidade de não se estar fazendo pesquisa, e sim dois: o desconhecimento da real utilidade da matemática e o fato de a
espionagem. escola ensinar mal essa disciplina, apresentando uma visão muito
A letra C extrapola, ao afirmar que a desconfiança era geral. Ora, limitada dessa ciência. Seria um equívoco assim considerar, pois, se
esta parte do emissário apenas, não se podendo afirmar se tratar de analisarmos o texto, esta é apresentada como justificativa para aquele.
uma opinião geral. Observe:
A letra D poderia sim gerar dúvidas, pois é plenamente possível que A principal razão de grande parte das pessoas não gostar de
os cientistas tenham se surpreendido com a violação da matemática é porque não sabe do que se trata. Mas pensa que sabe, o
correspondência. No entanto, o “inesperado” referido no texto diz que é pior ainda (FATO), pois foi apresentada na escola a uma fração
respeito ao erro de pensamento do intermediário, que descobriu que os
minúscula do tema, de forma muito ruim, e ficou com um gosto amargo
cientistas realmente faziam pesquisa, e não outras coisas.
na memória (JUSTIFICATIVA).
A Letra E também está errada. A surpresa referida no texto não se
deve ao fato de haver cientistas entre índios, mas sim ao pensamento Dessa forma, estamos falando de um problema apenas, e não de dois
errôneo por parte do intermediário, que acreditava em segundas fatos independentes.
intenções por parte dos estudiosos. Letra C - ERRADA - Ora, a partir do momento que o autor afirma que
Resposta: B a PRINCIPAL razão é o desconhecimento da real utilidade da
matemática, estabelece-se uma hierarquização. Esse motivo
apresentado é mais importante, portanto, que os outros.
31. RESOLUÇÃO: Letra D - ERRADA - Releia a justificativa da letra B. Nela deixamos
Letra A – ERRADA – A finalidade da referência é introduzir a discussão claro que o texto só apresenta um problema e sua respectiva causa, e
de um tema delicado. Não se espera que, com essa referência, o leitor não dois problemas.
já se conscientize sobre o problema da segurança no trânsito. Essa
referência tem como objetivo chamar sua atenção para o texto, Letra E - ERRADA - Foi citado um fator e, diga-se o principal: o
despertando nele o interesse pela leitura do seu conteúdo. desconhecimento da real utilidade da matemática. Dessa forma, é
errado afirmar que nenhum fator foi explicitado.
Letra B – ERRADA – O destaque é dado ao tema. A referência ao
cinema tem o objetivo de despertar o interesse pela leitura do texto. Resposta: B
Letra C – CERTA – A referência à cena do cinema serve sim para
introduzir a discussão sobre a influência do fator humano nos acidentes 34. RESOLUÇÃO:
de trânsito. É justamente essa ideia que inicia o segundo parágrafo do
Mais uma questãozinha de interpretação de textos. Devemos tomar o
texto.
devido cuidado, para que não caiamos nas armadilhas dos distratores
Letra D – ERRADA – O objetivo da referência é despertar a atenção do (detalhes que passam despercebidos e tornam o item falso).
leitor para o conteúdo do texto, e não já apontar causas específicas.
Vejamos cada uma das alternativas:

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Letra A - ERRADO - A partir da citação de Renato Aragão relatando 36. RESOLUÇÃO:
perseguição ao humor politicamente incorreto e atestando que esse tipo Ótima questão de interpretação textual, bem ao estilo FGV.
de humor é considerado preconceituoso no Brasil, dá-se a entender que Quem estiver se preparando para provas dessa banca, deve treinar
não se trata hoje de uma modalidade típica. Dá-se a entender que bastante esse estilo de questão, baseada na interpretação de charges
impera o politicamente correto, sendo perseguidas manifestações que e tirinhas.
vão de encontro a esse padrão.
Vale a pensa reprisar o fato mencionado no enunciado da questão: o
Letra B - ERRADO - Não é porque o humor politicamente incorreto tem assassinato de cartunistas do jornal satírico francês Charlie Hebdo.
sido perseguido, que os humoristas estão impedidos de contar piadas.
Vejamos um rápido recorte de jornal (Fonte: Site de notícias G1), para
Podem muito bem contar piadas politicamente corretas.
que nos contextualizemos:
Letra C - CERTO - De fato! Corrobora com essa afirmação a declaração
de Renato Aragão: "Naquela época, essas classes dos feios, dos
negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que Ataque em sede do jornal Charlie Hebdo em Paris deixa mortos
não era para atingir, para sacanear". Isso significa uma mudança de Polícia francesa disse que 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas.
paradigmas: o que antes não ofendia agora ofende; o que antes era Alvo foi sede de publicação satírica que já foi atacada por muçulmanos.
uma simples brincadeira agora é uma ofensa. Pelo menos 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas em um tiroteio
Letra D - ERRADO - Não há elementos no texto que atestem essa em Paris nesta quarta-feira (7). O crime aconteceu no escritório do jornal
afirmação. Observe que no trecho "Naquela época, essas classes dos satírico "Charlie Hebdo", que já havia sido alvo de um ataque no pas-
feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sado após publicar uma caricatura do profeta Maomé.
sabiam que não era para atingir, para sacanear" não é possível
classificar os negros e homossexuais como mais alvos de ofensa do que
os feios.
Letra E - ERRADO - É feita uma generalização equivocada. O humor
que atingia com piadas jocosas as pessoas, em especial negros, feios
e homossexuais, era o politicamente incorreto. O texto não dá a
entender que o humor antigo se resumia a isso, a piadas politicamente
incorretas.
Resposta: C

35. RESOLUÇÃO:
Podemos estruturar o texto da seguinte forma:
1) A vida de Marcus Goldman mudou radicalmente
porque
2) Seu livro vendeu milhões de exemplares.
consequentemente
3) Virou uma celebridade
e
4) Pegou a "doença dos escritores".
Avaliemos as alternativas:
Letra A - ERRADO - Como esquematizado anteriormente, a "doença Analisemos no detalhe cada um dos itens apresentados:
dos escritores" é uma consequência da mudança radical de sua vida. Letra A - CERTO - É possível sim associar uma duplicidade de sentido.
Letra B - ERRADO - Como esquematizado anteriormente, a "doença O citado "criador" pode ser uma referência ao "Criador" com "C"
dos escritores" é uma consequência do sucesso de seu best-seller. maiúsculo, de poder divino, que julgará o ato do terrorista no pós vida;
Letra C - ERRADO - Como esquematizado anteriormente, a "doença também pode ser uma referência à classe dos cartunistas, em especial
dos escritores" é uma consequência da súbita celebridade obtida com o aqueles que criaram as charges que serviram de pretexto para o triste
sucesso da obra. atentado ao Charlie Hebdo. Nas duas interpretações, é possível
perceber um sentimento de protesto e vingança por parte do elaborador
Letra D - ERRADO - O trecho "pressionado por seu editor e por seu
da charge, simbolizado no "apagamento" da cabeça do terrorista. Esse
agente" estabelece uma relação de oposição concessiva com "não
"apagar" da cabeça muito provavelmente faz menção irônica às
consegue escrever uma linha" (Mesmo pressionado por seu editor e por
decapitações de prisioneiros tão comumente protagonizadas pelos
seu agente, não consegue escrever uma linha.). Dessa forma, essa
pressão não é a "doença", mas sim o esforço por parte dos editores em fanáticos religiosos, em especial referência aos do Estado Islâmico.
cobrar o cumprimento do prazo de entrega. Letra B - CERTO - Sem dúvida. O lápis e a borracha são instrumentos
Letra E - CERTO - De fato, essa "doença" consiste nessa paralisia na de trabalho dos profissionais cartunistas. O lápis simboliza a criação e
produção de novas obras, depois de um estupendo sucesso. a borracha, a destruição do personagem, com forma de protesto e
Obviamente, o vocábulo "doença" não deve ser tomado no sentido literal vingança.
- associado a uma patologia -, mas sim a uma dificuldade natural de Letra C - CERTO - De fato, a borracha simboliza o protesto contra a
empreender um sucesso logo depois de outro. morte dos cartunistas, atestando a autonomia que estes têm de criar e
Resposta: E alterar suas obras. Além disso, faz uma sutil referência irônica às
decapitações de prisioneiros praticadas pelos terroristas do Estado
Islâmico.

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Letra D - ERRADO - Não há subsídios suficientes que assegurem que bobagem.". Quando o segundo falante responde, ele quer dizer "Sim,
todo o personagem será apagado. Num primeiro momento, fica a de acordo. A televisão é bobagem, mas essa bobagem é produzida por
sensação de que o apagar da cabeça é uma sutil ironia que faz alusão outros, e não por nós.".
às decapitações de prisoneiros pelos terroristas, em especial os do Resposta: Letra D
Estado Islâmico. Além disso, associar essa charge ao fim do terrorismo
é precipitado. É muito mais uma reação de protesto do que a
constatação de que esses atos terão seu fim decretado. 39. RESOLUÇÃO:
Letra E - CERTO - A letra E é justificada com base nas conclusões já Trata-se de um texto argumentativo, que procura chamar atenção do
expostas nos itens anteriores. leitor para um posicionamento acerca de um assunto.
Resposta: D No caso, o autor defende uma tese (ponto de vista) de que a televisão
não pode ser melhorada.
Para isso, esse se utiliza de algumas estratégias argumentativas, ou,
37. RESOLUÇÃO:
em outras palavras, de procedimentos para guiar o leitor para o
Questão excelente! posicionamento defendido.
Vamos interpretar item a item: Não são utilizados no texto depoimentos (relatos) técnicos nem
Letra A - Note que o título do texto dialoga com o seu conteúdo. Sim, a referências a autoridades do setor como estratégia de persuasão, o que
reação "Iiiih" se dá devido ao fato de a televisão ter "pifado", "estragado". torna inválidos os itens B e E. Além disso, não há ainda no trecho
Portanto, ainda não encontramos aqui uma crítica velada (implícita), selecionado um detalhamento do problema, com a citação dos pontos
mas sim uma reação de preocupação devido à quebra da TV. considerados nevrálgicos (importantes). Há apenas uma referência
Letra B - Há sim uma crítica à televisão com essa frase. A pergunta genérica a uma abordagem meticulosa e inédita até então, porém não
"Vamos ter que o quê?" evidencia espanto com a possibilidade de ocorre no trecho detalhamento ou discussão do que viriam a ser essas
"conversar", dando a entender que a televisão dificulta a conversa entre questões. Isso invalida, dessa forma, a letra D.
as pessoas, tornando esse hábito algo raro. Ficamos entre a letra A e a letra C.
Letra C - Há sim uma crítica à televisão com essa frase. A pergunta Note que o enunciado da questão pede para que identifiquemos o
"Falar o quê?" evidencia a falta do hábito da conversa entre as pessoas, recurso PREDOMINANTE.
resultado da distração trazida pela televisão. Dá a entender que, com a Ora, é refutada (posta em causa) no texto a opinião tomada como sendo
televisão, não havia necessidade de conversar. Agora, com a televisão comum de que "todas as tecnologias são “neutras” e constituem
danificada, surge a oportunidade, mas não se sabe sobre o que falar. instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal".
Letra D - Há sim uma crítica à televisão com essa frase. A pergunta "E No entanto, o apelo (destaque) maior presente no texto está associado
a televisão, o que é?" dá a entender claramente que a televisão é uma ao protagonismo e ineditismo das ideias do autor. Isso fica bem evidente
bobagem. Isso fica claro com fala anterior: "Perder tempo com em duas passagens do texto: "Este livro é o primeiro a sustentar que a
bobagem?". Em outras palavras, as pessoas perdem tempo com as televisão não pode ser melhorada" e "Associando as suas experiências
bobagens da televisão. pessoais a uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda
Letra E - Há sim uma crítica à televisão com essa frase. A afirmação aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele
"Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem." dá a entender que, tinham sido relacionados.".
sem as bobagens da televisão, há a necessidade de as pessoas, por si Assim, a maior ênfase está na experiência do autor e no ineditismo de
sós, criarem suas próprias bobagens. Em outras palavras, bobagens sua tese, e não na refutação do senso comum.
são veiculadas pela TV.
Resposta: Letra A
Resposta: Letra A

40. RESOLUÇÃO:
38. RESOLUÇÃO:
Questão muito boa! Trata-se de interpretação textual focada na
Letra A - A pergunta "E agora?" já é respondida na fala seguinte: identificação das corretas inferências (deduções).
"Vamos ter que conversar.". O primeiro falante, ao fazer a pergunta, quis
Analisemos as opções:
dizer: "E o que vamos fazer agora que a televisão estragou?". E a
resposta foi "Vamos ter que conversar." Letra A - ERRADO - Houve uma extrapolação das informações contidas
no texto, pois não se identifica a falta de cuidado geral com a saúde
Letra B - A pergunta "Vamos ter que o quê?" já é respondida na fala
e a falta de dinheiro como causas de algumas doenças
seguinte: "Conversar. É quando um fala com o outro.". Obviamente, a
psicossomáticas. Note que as causas apresentadas são "o corre-corre"
resposta não foi satisfatória, mas foi uma.
(que até pode insinuar a ideia de "falta de tempo"), "a falta de tempo
Letra C - A pergunta "Fala o quê?" já é respondida na fala seguinte: para o cuidado espiritual" (que está bem distante de descuido geral com
"Qualquer coisa. Bobagem.". a saúde) e o imediatismo (que está mais associado à ansiedade).
Letra D - A pergunta "Perder tempo com bobagem?" não é respondida Letra B - ERRADO - Na verdade, o "corre-corre" é, juntamente com
diretamente no texto. O segundo falante faz na sequência uma outra "distanciamento do espiritual" e "imediatismo", causa para algumas
pergunta: "E a televisão, o que é?". É necessário dizer que se trata de doenças psicossomáticas. Não existe, assim, uma relação de
uma pergunta retórica, de cujo conteúdo se pode subtender uma subordinação entre esses três termos citados. Eles são simplesmente
resposta. Quando o falante pergunta "E a televisão, o que é?", dá a causas de um determinado problema, constituindo, dessa forma, termos
entender que sua resposta é: "Sim, vamos perder tempo com bobagem, coordenados entre si.
assim como o fazemos quando assistimos aos programas de Letra C - CERTO - De fato, quando o texto afirma que "a sociedade
televisão.". O enunciado deixa claro que quer uma opção que MOSTRE
moderna ... fez com que as pessoas desenvolvessem com mais
a resposta, ou seja, que explicite uma, e não que a deixe subtendida.
facilidade algumas doenças psicossomáticas", dá-se a entender
Letra E - A pergunta "E a televisão, o que é?" já é respondida na fala que atualmente é mais fácil um indivíduo contrair uma doença
seguinte: "Sim, mas aí é a bobagem dos outros.". Quando o primeiro psicossomática, ou seja, a probabilidade hoje é maior que outrora.
falante faz a pergunta, ele quer dizer que "A televisão também é

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Letra D - ERRADO - Houve novamente uma extrapolação. O que é liberdade de expressão e a economia em campos opostos. Ao contrário,
possível assegurar é que a falta de cuidado espiritual pode desencadear define esta como fortemente influenciada por aquela. É o que se
algumas doenças psicossomáticas, caracterizadas, muitas vezes, por constata nos exemplos apresentados de Grã-Bretanha e EUA, nações
manifestações violentas e egocêntricas. Dessa forma, o que se insinua desenvolvidas economicamente, que sempre prezaram pela liberdade.
é justamente o contrário: ocorre um apego maior a valores materiais, e Letra C - ERRADA - A última frase endossa que o espírito crítico é
um desapego com o cuidado espiritual. bastante importante para que a nação avance como economia. Isso fica
Letra E - ERRADO - A generalização é que torna o item errado. No bem evidente nos exemplos apresentados de Grã-Bretanha e EUA,
trecho em destaque, fala-se que as doenças psicossomáticas passaram nações desenvolvidas economicamente, que sempre prezaram pela
a se desenvolver mais facilmente devido às atribulações da vida liberdade.
moderna. Ora, se elas passaram a se desenvolver mais facilmente, é Letra D - CERTA - De fato, o trecho "Liberdade funciona, pois a
porque já se desenvolviam antes, porém com mais dificuldades. Isso criatividade é filha da crítica." endossa a tese de John Milton - os seres
posto, é errado afirmar que o surgimento dessas doenças se deu com a humanos são dotados de razão e, portanto, da capacidade de distinguir
sociedade moderna. as boas ideias das más -, que servia de contra-argumento às propostas
Resposta: Letra C de censura. Dessa forma, é possível avaliar de forma crítica as escolhas
e tomar decisões que levem ao sucesso no âmbito econômico, como
ocorreu com Grã-Bretanha e Estados Unidos.
41. RESOLUÇÃO:
Letra E - ERRADA - Segundo von Mises, a liberdade tem sua origem
Letra A - CERTA - De fato, o texto traz uma tese acerca da importância na economia (A liberdade surge no oceano da economia, de onde se
do conceito de liberdade no desenvolvimento de uma nação. Isso fica espraia para todos os lugares...), enquanto que John Milton define a
bem explícito no trecho "Liberdade não é um artigo de luxo, um bem origem da liberdade no campo da política (Ele [von Mises] estava
etéreo, ...." e nos exemplos de nações desenvolvidas apresentados, errado: a liberdade nasceu no continente da política...).
entre elas Grã-Bretanha e EUA, que assumem a liberdade de expressão
Resposta: D
como algo soberano.
Letra B - ERRADA - O papel desempenhado na economia de alguns
países não é contestado pelo texto. O que o texto faz é apenas dissociar 43. RESOLUÇÃO:
o conceito de liberdade atrelado à economia, pois considera aquela Letra A – ERRADA – A mensagem do texto não é que as pessoas não
mais abrangente que esta. É o que fica bem explícito no trecho "Ludwig consideram a violência no trânsito algo importante. O que o texto afirma
von Mises não errou em tudo; acertou no principal. Liberdade não é um é que as pessoas deveriam se importar mais com o problema.
artigo de luxo, um bem etéreo, desconectado da economia.". Letra B – ERRADA – De fato, isso é dito com todas as letras no texto,
Letra C – ERRADA - Não há uma contradição, pois a afirmação do 2o mas não corresponde à mensagem principal nele trazida. Trata-se de
parágrafo ("Ludwig von Mises não errou em tudo; acertou no principal. uma informação que serve de sustentação à tese de que as pessoas se
Liberdade não é um artigo de luxo, um bem etéreo, desconectado da preocupam menos do que deveriam com o problema da violência no
economia.".) não invalida o conteúdo do 1o (A liberdade surge no trânsito.
oceano da economia, de onde se espraia para todos os lugares. Isso é Letra C – ERRADA – De fato, isso é dito no texto, mas o foco principal
o que imaginava Ludwig von Mises). O que há é uma ressalva: von está no fato de as pessoas não manifestarem tamanha comoção com a
Mises estava errado, mas não em tudo. violência no trânsito.
Letra D - ERRADA - Não especificamente, pois a tese do poeta Letra D – CERTA – De fato, no entendimento do editorial, as pessoas
britânico - os seres humanos são dotados de razão e, portanto, da minimizam a gravidade do problema, a despeito de as mortes por
capacidade de distinguir as boas ideias das más - está relacionada ao acidentes de trânsito superarem as por homicídio.
fato de seres humanos, como seres racionais que são, serem capazes
Letra E – ERRADA – De fato, o texto menciona a pouca importância
de diferenciar as ideias boas das más. O fato de as nações
dada à educação no trânsito. No entanto, sua mensagem principal se
enriquecerem vem como um possível efeito dessa tese.
concentra no fato de a sociedade minimizar o problema da violência no
Letra E - ERRADA - Essa redação extrapola o texto: não há menção às trânsito.
políticas colonialistas de ingleses e americanos. Além disso, as opiniões
Resposta: D
diversas acerca do conceito de liberdade apresentam pontos em
comum, não sendo diametralmente opostas.
Resposta: A 44. RESOLUÇÃO:
Letra A - CERTO - É o que se afirma no último período do 1o parágrafo:
"Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de
42. RESOLUÇÃO:
campanha.".
Letra A - ERRADA - Ocorre uma inversão da relação causa-efeito: não
Letra B - ERRADO - A ausência desse diálogo nos períodos não
é a liberdade que é consequência do desenvolvimento econômico,
eleitorais é uma crítica presente no texto.
como se afirma na opção; o desenvolvimento econômico é que é uma
das consequências da liberdade. Isso pode ser constatado no trecho "A Letra C - CERTO - É o que fica evidenciado no seguinte trecho: "Além
Grã-Bretanha acabou seguindo o caminho preconizado por Milton e se de parcelas expressivas da sociedade estarem excluídas do debate
converteu na maior potência do mundo. Os Estados Unidos, com sua político pelas mais variadas razões...".
Primeira Emenda à Constituição − que proíbe a edição de leis que Letra D - CERTO - É o que fica evidenciado no seguinte trecho:
limitem a liberdade de religião, a liberdade de expressão e de imprensa "Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A
ou o direito de reunião pacífica...". Os exemplos de Grã-Bretanha e EUA campanha deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir
evidenciam que a defesa da liberdade permite que os países se de um limite universal.".
desenvolvam economicamente. Letra E - CERTO - É o que fica evidenciado no último parágrafo do texto.
Letra B - ERRADA - O equívoco de von Mises, segundo o autor, está Resposta: B
em definir a origem da liberdade na economia. Segundo o poeta John
Milton, essa origem está na política. No entanto, o autor não põe a

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45. RESOLUÇÃO: Letra D – ERRADA -Não é a clareza a marca identificadora do
I - Verdadeiro - O 3o parágrafo deixa bem evidente esse pensamento, português falado no Brasil, mas sim sua expressividade.
ao afirmar que "Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as Letra E – ERRADA - Os significados e origens dos vocábulos “jururu” e
práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo". “igarapé” são até apresentados no texto, mas como exemplos, e não
II - Verdadeiro - Tal ideia vem bem explícita no 7o parágrafo. como o propósito central do texto.
III - Falso - Não há essa influência citada no texto. A Espanha é Resposta: A
apresentada somente como um exemplo dentre países que adotaram
práticas de "criminal compliance".
49. RESOLUÇÃO:
Resposta: D
Letra A – ERRADA – Como mencionado no texto, os jovens não se
queixam de dores. Estas podem se manifestar no futuro como resultado
46. RESOLUÇÃO: da má postura corporal.
Letra A – ERRADA – Na verdade, as séries superestimam a eficácia Letra B – ERRADA – O texto foca a atenção não nos adultos, mas nos
das técnicas científicas empregadas numa investigação, na medida em jovens.
que apresentam dados num grau de minúcia dificilmente alcançado.
Letra C – CERTA – De fato, as posturas inadequadas dos jovens,
Letra B – ERRADA – O texto não exagera na complexidade dos casos. segundo o texto, podem gerar dores na idade adulta.
Na verdade, ele critica o exagerado detalhamento na apresentação de
provas exibidas nas séries, que não corresponde à realidade. Letra D – ERRADA – As sequelas não são imediatas. Elas podem se
manifestar futuramente, na idade adulta.
Letra C – ERRADA – O texto não desconsidera as provas
apresentadas, mas sim critica o excessivo detalhamento, algo Letra E – ERRADA – Não há perda de flexibilidade corporal em
impraticável na realidade. crianças. O que o texto afirma é que as sequelas resultados da
inadequada postura corporal de crianças e jovens podem se manifestar
Letra D – ERRADA – Justamente o contrário. Uma das críticas se deve
ao fato de as séries retratarem o investigador como multifuncional – no futuro.
além de coletar provas, ele interroga o suspeito. Resposta: C
Letra E – CERTA – Exato! O grau de detalhamento apresentado
dificilmente corresponde ao resultado na realidade. 50. RESOLUÇÃO:
Resposta: E Letra A – ERRADA – O texto não foca sua atenção na versatilidade dos
conteúdos digitais, mas sim na credibilidade e aceitação dos materiais
47. RESOLUÇÃO: impressos.
Letra A – ERRADA – O texto não dá a entender que técnicas Letra B – ERRADA – A principal linha de argumentação do texto não é
consagradas sejam abandonadas. Elas são sim, segundo o texto, propor adoção das duas plataformas, mas enfatizar a ainda significativa
suplementadas. aceitação dos materiais impressos.
Letra B – ERRADA – O efeito direto não se dá sobre a plantação de Letra C – ERRADA – Não trata o texto de um alerta, mas sim de uma
batatas, e sim sobre a forma de trabalhar das mulheres. O aumento da constatação.
produção é um efeito indireto, e não direto. Letra D – CERTA – De fato! O texto dá destaque à ainda significativa
Letra C – ERRADA – As técnicas reais, conforme afirmado no texto, aceitação por parte do público dos materiais impressos e da associação
são suplementadas pela técnica ilusória. destes à ideia de veracidade e credibilidade.
Letra D – CERTA – De fato, o efeito imediato é uma mudança de Letra E – ERRADA – O texto não dá a entender que a comunicação
comportamento no trabalho das mulheres, que faz com que elas se precise ser predominantemente impressa. Dá a entender sim que esta
tornem mais produtivas. O aumento de produção é, dessa forma, um não pode ser descartada.
efeito indireto, e não direto. Resposta: D
Letra E – ERRADA – Trata-se de um efeito indireto, e não direto.
Resposta: D
51. RESOLUÇÃO:
Analisemos as opções:
48. RESOLUÇÃO: Letra A – ERRADO – É errado afirmar que o garoto da primeira charge
Letra A – CERTA – Observemos o seguinte trecho: “São elas que nos encara a tecnologia com desinteresse. Na verdade, ele se demonstra
possibilitam olhar um caipira jururu à beira de um igarapé socando milho interessado até demais, o que é evidenciado pela pilha de
para preparar mingau — sem os termos que migraram para o português, eletroeletrônicos que se acumula atrás dele. Seu desejo por tecnologia
só veríamos um habitante da área rural, melancólico, preparando é insaciável.
comida às margens de um riacho”. Nele é possível identificar o objetivo
Letra B – CERTO – De fato, os adultos da segunda charge não
comunicativo do autor, que consiste em enfatizar a expressividade da
língua geral e sua influência na formação do atual português. Sem essas demonstram tanto desejo (avidez) por tecnologia quanto o garoto. Este
expressões, não haveria uma diferenciação relevante em termos de é insaciável.
expressividade do português falado no Brasil para outras línguas. Letra C – ERRADO - De acordo com a charge, a dificuldade da geração
Letra B – ERRADA – O foco do texto não se concentra propriamente mais madura não está na identificação das funcionalidades presentes
no falar do caipira, nem sua intenção é destacar a forma bem-humorada nos aparelhos. É possível ver que os adultos conseguem identifica-las.
da comunicação, embora esta não seja negada. O objetivo é destacar a A real dificuldade dessa geração está em entender a utilidade de fato
influência da língua geral na formação do português falado no Brasil. dessas ferramentas na vida cotidiana. Há um sentimento de
Letra C – ERRADA - A comparação em termos de expressividade entre desconfiança por parte dos adultos, ressaltado pela face, com olhar
a língua portuguesa e a inglesa até se faz no texto, mas não consiste distante, sobrancelhas levantadas e testa franzida.
no objetivo comunicativo principal do texto. Letra D – ERRADO – Ao dizer “Qual o próximo?”, subtende-se que o
garoto deseja mais um eletroeletrônico.

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Letra E – ERRADO – A primeira charge explicita não facilidades, mas Nos intervalos (intermitências) entre o acender e o apagar do anúncio,
sim dificuldades que a tecnologia trouxe para o cotidiano: descarte a lua realçava a palidez da pele da personagem.
excessivo, desejo insaciável das crianças por tecnologia e submissão A assertiva II está errada.
dos adultos à vontade dos mais jovens.
É possível notar na resposta da personagem um tom vago, até mesmo
Resposta: B irônico. Ela não se mostrava muito interessada em julgar o quadro que
lhe fora apresentado, assunto da pergunta a ela dirigida. Estava, na
52. RESOLUÇÃO: verdade, mais entretida e distraída com os efeitos luminosos do anúncio
Analisemos as opções: em seu braço.
Letra A – ERRADO – O avô expressa conhecimento acerca da origem A assertiva III está errada.
(etimologia) da expressão “habeas corpus”. De fato, o pronome “isso” faz referência à distração gerada pelos efeitos
Letra B – ERRADO – A resposta não evidencia que o avô o recriminou luminosos do anúncio no braço da personagem. No entanto, erra a
o garoto pela pergunta. assertiva ao afirmar que se trata de uma alusão catafórica – referência
Letra C – ERRADO – A pergunta do garoto não pode ser considerada a algo ainda a ser citado. O correto é afirmar que se faz uma alusão
retórica, entendida como uma pergunta de cuja resposta o enunciador anafórica – referência a algo citado anteriormente no texto.
já tem conhecimento. O garoto, de fato, expressa uma dúvida. Resposta: A
Letra D – ERRADO - A crítica do avô não é explícita, e sim implícita.
Esta é dirigida não aos políticos, mas ao Poder Judiciário.
55. RESOLUÇÃO:
Letra E – CERTO – De fato, a crítica velada feita pelo avô denuncia a
forma obscura como se concede o benefício do “habeas corpus”, dando O início do trecho dá a entender que os pais do garoto o espancavam.
a entender que, em alguns casos, não ocorre um juízo pautado pela Isso fica evidente no trecho “faltava razão para que nos afligissem com
equidade. pancadas e gritos.”. A partir do trecho “Ora, sucedia que a minha mãe
Resposta: E abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo, resolvia contar-
me histórias.”, o humor dos pais muda repentinamente e as pancadas e
os gritos dão lugar a um abrandamento.
53. RESOLUÇÃO: Nesse instante, abre-se um parêntese, sinalizando a interrupção do
Obviamente um anúncio publicitário tem por objetivo principal persuadir tratamento violento e a adoção de uma postura mais carinhosa por parte
(convencer) o público-alvo a adquirir um determinado produto ou dos pais. No entanto, esse intervalo de trégua não dura muito e, logo
serviço. Para cumprir tal propósito, é importante escolher depois, reiniciam-se as pancadarias e os gritos, ou seja, fecha-se o
adequadamente as palavras. parêntese, para tristeza do garoto.
Isso não ocorre no anúncio em questão, haja vista que a palavra “meta” Analisemos as opções:
é sinônima de “objetivo”, “propósito”, “algo que ainda se quer atingir”.
Ora, se a meta é servir bem, dá-se a entender que o restaurante ainda Letra A – ERRADO – O trecho não simboliza o início, mas sim o término
não serve bem seus clientes. do tratamento carinhoso dado pelos pais ao garoto.
Você iria a um restaurante que não serve bem seus clientes, mas está Letra B – ERRADO – O item apresenta uma incorreção, ao afirmar que
lutando para um dia, quem sabe, atingir esse objetivo? Claro que não, a violência partia de diversos familiares. Na verdade, a violência partia
né? Eu esperaria o restaurante cumprir atingir essa meta, para só então de “seres determinados”, numa alusão feita aos pais do garoto.
pensar em frequentá-lo. Concorda? Letra C – CERTO – Exatamente. O fechamento do parêntese, como
Analisemos as opções: explicado acima, marca o término do curto período de trégua.
Letra A – ERRADO – A escolha da palavra “meta” é inapropriada, tendo Letra D – ERRADO – Não há propriamente um sentimento de
em vista que ela dá a entender que o restaurante ainda não serve saudosismo por parte do autor, haja vista que esse tempo lhe trazia más
(atende) bem seus clientes. recordações.
Letra B – CERTO – De fato, de acordo com o anúncio, é possível inferir Letra E – ERRADO – Não é o que dá a entender o trecho “Admirava-
que o restaurante não serve bem seus clientes. Com certeza, não era me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza se houvesse
essa a intenção inicial dos elaboradores da campanha publicitária. modificado”. Na visão ingênua do garoto, tratava-se de uma mudança
Letra C – ERRADO - A escolha da palavra “meta” é inapropriada, tendo definitiva, sem volta.
em vista o caráter persuasivo do texto. Resposta: C
Letra D – ERRADO – O problema não foi a escolha da palavra “Nossa”,
e sim da palavra “meta”. Além disso, não é característica de um texto
publicitário a impessoalidade. Gabarito
Letra E – ERRADO – O sentido original deixa implícito que o 01 E 02 B 03 C 04 E 05 D
restaurante anunciado ainda não serve bem seus clientes. Já, com o 06 C 07 C 08 E 09 C 10 C
emprego do substantivo “diferencial”, dá-se a entender que os demais 11 E 12 B 13 C 14 D 15 B
restaurantes não servem bem seus clientes. O sentido original é, 16 D 17 A 18 A 19 C 20 E
portanto, alterado com a troca de palavras sugerida. 21 C 22 B 23 A 24 B 25 D
Resposta: B 26 A 27 B 28 A 29 A 30 B
31 C 32 D 33 B 34 C 35 E
36 D 37 A 38 D 39 A 40 C
54. RESOLUÇÃO: 41 A 42 D 43 D 44 B 45 D
A assertiva I está correta. 46 E 47 D 48 A 49 C 50 D
De acordo com a descrição do texto, a luminosidade do anúncio refletia 51 B 52 E 53 B 54 A 55 C
na pele da personagem, dando a ela uma coloração avermelhada. É o
que o texto descreve como “banhos intermitentes de sangue.

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ORTOGRAFIA
01. FGV – TJ RS/2020 e) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das
Em todas as frases abaixo ocorre uma troca indevida do vocábulo votações no Congresso Nacional”. (retificar / ratificar)
sublinhado por seu parônimo; a única das frases cuja forma de vocábulo
sublinhado está correta é: 06. FGV – DPE RJ/2019
a) O motorista infligiu como leis do trânsito; Há uma série de palavras em língua portuguesa que modificam o seu
b) O prisioneiro dilatou os comparsas do assalto; sentido em função de uma troca vocálica; esse fato só NÃO ocorre em:
c) Não há nada que desabone sua conduta imoral; a) eferir / diferir;
d) A cobrança é bimestral, ou seja, duas vezes por mês; b) infarte / infarto;
e) Os cumprimentos devem ser dados na entrada da festa. c) emergir / imergir;
d) descrição / discrição;
02. FGV – IBGE/2019 e) eminente / iminente.
Notícia publicada na imprensa na penúltima semana de setembro de
2019: 07. FGV – DPE RJ/2019
“Tráfico da Rocinha ameaça quem joga lixo na rua A frase abaixo em que a grafia do termo em negrito está equivocada é:
Bandidos espalham cartazes em área onde houve deslizamentos de a) O atleta genioso deve ter sido mal-educado pelos pais;
terra nas últimas chuvas, alertando moradores para não despejar b) Trata-se de pessoa mal-educada;
detritos em beco. Medida seria tomada porque venda de drogas é c) Os mal-educados não são pessoas agradáveis;
interrompida quando a região alaga”. d) Nenhum mal-educado deve estar presente na festa;
Sobre a estruturação do texto 2, é INCORRETO afirmar que: e) Os arruaceiros presos são muito mal-educados.
a) a palavra “tráfico” é empregada em lugar de “traficantes”;
b) a forma verbal “houve” está empregada corretamente; 08. FGV – AL RO/2018
c) a palavra “deslizamentos” deveria ser grafada com S em lugar de Z; Assinale a opção que apresenta a frase em que a forma verbal
d) o verbo “despejar” poderia ser substituído por “jogar”; sublinhada está corretamente acentuada.
e) a palavra “região” se refere aos becos em geral. a) “Nas grandes coisas, os homens se mostram como lhes convém se
mostrar; nas pequenas mostram-se como são”.
03. FGV – TJ CE/2019 b) “Dêem-nos as coisas supérfluas da vida e dispensaremos o
“Causam menos dano cem delinquentes do que um mau juiz”; no caso necessário”.
dessa frase, o vocábulo MAU está corretamente grafado; a frase abaixo c) “O envelhecimento ocorre apenas dos 25 aos 30 anos. O que se
em que esse mesmo vocábulo deveria ser grafado com a forma MAL é: obtêm até esse momento é o que se conservará para sempre”.
a) Mau é o juiz, se má é a sentença; d) “Quase todos os jovens mantém a própria opinião em situações
b) O castigo é mau, se não é justo; polêmicas”.
e) “O velho detêm a sabedoria de gerações”.
c) O crime é sempre mau feito;
d) Todos devem combater o mau juiz;
09. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
e) Nem sempre um mau homem é um mau jurado.
A frase abaixo em que houve troca indevida entre parônimos ou
homônimos é:
04. FGV – Prefeitura de Salvador/2019
a) “A evolução da técnica chegou ao ponto de tornar-nos inermes diante
Assinale a opção abaixo em que existe erro ortográfico.
da técnica” / inertes;
a) privilégio – bêbedo – infarto b) “Quem aspira a grandes coisas também deve sofrer muito” / expira;
b) irriquieto – hieróglifo – crânio c) “Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo
c) muçarela – poleiro – receoso errado, mas fará pouquíssimas coisas” / ocaso;
d) majestade – obcecar – jenipapo d) “Fala como sábio a um ignorante e este te dirá que tens pouco bom
e) jabuticaba – feioso – piscina senso” / censo;
e) “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos
05. FGV – Prefeitura de Salvador/2019 de ordem física e emocional. Os cardápios devem vir de encontro a
Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida essas necessidades” / ao encontro de.
com a primeira das formas entre parênteses.
a) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem 10. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018
primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro) “A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as
b) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você acha que sociedades sob várias formas”.
as pessoas andariam com os jeans apertados desse jeito se não fosse A frase abaixo em que houve troca indevida entre sob/sobre é:
pela conotação sexual?”. (vestiário/vestuário) a) O clima sob os tetos das celas era tenso;
c) “A diminuição __________ do nível da água dos reservatórios trazia b) Deus faz chover sob homens justos e injustos;
preocupação aos governadores de Estado”. (eminente/iminente) c) Sob o ponto de vista político, essa proposta é inviável;
d) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de d) O preso trazia, sob o casaco, drogas proibidas;
__________ penas mais duras aos criminosos”. (infligir/infringir) e) Cavando o solo, os presos traziam muita terra sob as unhas.

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11. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 15. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/ 2017
Duas palavras do texto que obedecem à mesma regra de acentuação Entre as palavras abaixo, aquela que só existe com acento gráfico é:
gráfica são: a) história;
a) indébita / também; b) evidência;
b) história / veículo; c) até;
c) crônicas / atribuídos; d) país;
d) coíba / já; e) humanitárias.
e) calúnia / plágio.
16. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/ 2017
12. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/ 2018 Com relação aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou
A palavra “agrícola-ambiental” aparece grafada com hífen pela mesma o acento gráfico do seguinte par de palavras:
razão semântica do seguinte vocábulo abaixo: a) destróier/caracóis;
a) segunda-feira; b) jibóia/odisséia;
b) tenente-coronel;
c) méier/alcalóide;
c) inter-relacionamento;
d) constrói/colméia;
d) cara-de-pau;
e) pastéis/ovóide.
e) político-econômico.
17. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017
13. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/ 2017
Os vocábulos cuja acentuação gráfica pode ser justificada
Há palavras na língua portuguesa que apresentam mais de duas grafias simultaneamente por duas regras são:
aceitas como corretas; as formas que NÃO se encontram nesse caso
são: a) herói/papéis;
a) bêbedo/bêbado; b) econômico/histórico;
b) enfarte/enfarto; c) pátria/tênue;
c) mágoa/mágua; d) gás/três;
d) catorze/quatorze; e) têm/vêm.
e) cociente/quociente.
18. FGV - Assistente Técnico-Administrativo (MPE BA)/2017
14. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/Engenharia Florestal/2017 (e As duas palavras do texto que são acentuadas graficamente em função
mais 7 concursos) da mesma regra são:
Obser arge a seguir. a) científicas / reúne;
b) saúde / hábito;
c) saudável / índice;
d) cardíacos / será;
e) família / cardápios.

19. FGV - Procurador (ALERJ)/2017


O vocábulo abaixo que contraria as novas regras ortográficas é:
a) herói;
b) anti-inflacionário;
c) co-réu;
d) minissaia;
e) hiperinflação.

20. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017


Com as novas regras gráficas, a duplicação RR/SS só deve ocorrer no
seguinte vocábulo:
a) portarretrato;
Na fala do personagem-pai na charge há um erro de acentuação no
b) correligionário;
vocábulo “quê”; a frase em que ocorre o mesmo erro ortográfico é:
c) mestressala;
a) Há um quê de estranho em tudo isso.
b) Os políticos roubam, por quê? d) superrápido;
c) O quê? Não estou escutando bem... e) hiperreacionário.
d) O quê da palavra “quero” está mal grafado.
e) Por quê você não veio, por quê?

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21. FGV - Recenseador (IBGE)/2017 25. FGV - Assistente de Saneamento e Gestão (COMPESA)/ 2016
Texto 2 – AS DOZE BACTÉRIAS MAIS AMEAÇADORAS Assinale a frase em que houve a troca indevida da palavra mal por mau
“Pela segunda vez em apenas cinco meses, a Organização Mundial de ou vice-versa.
Saúde (OMS) veio a público para chamar a atenção do mundo a a) “A ironia é uma forma elegante de ser mau”.
respeito da ameaça causada pelas bactérias super-resistentes à ação b) “Não há mau que sempre dure nem bem que nunca se acabe”.
dos antibióticos. Na semana passada, a entidade divulgou uma lista com c) “Basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei se é o 13º ou
doze famílias de microorganismos considerados de alto risco e contra o 14º”.
os quais as opções terapêuticas estão se esgotando.
d) “O mal de comprar coisas de segunda mão é que elas nunca são de
No documento dirigido aos governos, cientistas e indústrias, a segunda mão”.
organização enfatiza a necessidade de criação urgente de novos
e) “O mal das encrencas é que elas começam bem devagarinho”.
recursos para combater essas bactérias antes que seja tarde demais”.
(Isto É, março de 2017)
26. FGV - Analista do Ministério Público (MPE RJ)2016
No texto 2 há um erro de grafia ou acentuação, segundo as novas
regras, que é: “Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de
residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham”; a
a) microorganismos;
frase abaixo em que o vocábulo onde/aonde foi mal empregado é:
b) super-resistentes;
a) “Muitos suicidas se detiveram no limiar da morte ao pensar no café
c) bactérias; aonde vão todas as noites para sua partida de dominó” (Balzac);
d) antibióticos; b) “Onde há casamento sem amor, vai haver amor sem casamento”
e) indústrias. (Franklin);
c) “Circo é o lugar onde se permite a cavalos, pôneis e elefantes verem
22. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/ 2017 homens, mulheres e crianças bancarem idiotas” (Ambrose Bierce);
Uma carta de leitor do jornal O Globo mostrava o seguinte texto em d) “As pessoas onde é difícil achar defeitos devem ser difíceis de achar”
1988: “Levando um amigo ao Hospital Souza Aguiar, notei uma (Nouailles);
dedicação heróica dos médicos no trabalho nocturno. Um dos e) “Os Lusíadas se tornaram para nós um pesadelo, porque ninguém
atendimentos de urgência necessitava de uma vacina antirrábica, que sabia onde o diabo escondia o sujeito da oração naqueles versos
não havia em estoque, mas que foi rapidamente adquirida. Ainda se retorcidos” (Fernando Sabino).
vêem profissionais como antigamente e minha idéia é divulgar esse
trabalho para servir de exemplo”.
27. FGV - Analista (DPE MT)/2015
(O Globo, 02/10/1988)
A partir do fragmento a seguir, responda à questão.
Segundo o sistema ortográfico oficial vigente em 2013, o vocábulo que
está corretamente grafado é: Diminuir a higiene pessoal
a) heróica; Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,
acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas
b) nocturno;
de economizar água, porque não adianta optar por isso em troco da
c) antirrábica; saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação,
d) vêem; diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez
e) idéia. de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.
23. FGV - Analista Portuário (CODEBA)/Advogado/2016 “levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
A frase cuja grafia do vocábulo sublinhado está correta é: Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com
a) Ambição não é nada se não a sombra maligna da aspiração. “ao invés de”, como ocorre na seguinte frase
b) O que é uma erva daninha se não uma planta cujas virtudes ainda a) “Os fregueses bebem suco se frutas em vez de água.”
não foram descobertas? b) “Preferimos lanches em vez de grandes jantares.”
c) Liberdade não é nada se não a distância entre a caça e o caçador. c) “Muitos casais viajam em vez de ficar em casa.”
d) Se você espera pelo amanhã, o amanhã chega; se não espera pelo d) “Comeram churrasco em vez de feijoada.”
amanhã, o amanhã chega. e) “Usam os celulares em vez de telefones fixos.”
e) A civilização nada mais é se não uma camada de pintura que
qualquer chuvinha lava. 28. FGV - Analista (DPE MT)/ 2015
O verbo “economizar”, derivado de “economia”, é grafado com a letra Z.
24. FGV - Analista Portuário (CODEBA)/Advogado/2016 Assinale a opção que indica o verbo que também deve ser grafado com
A frase em que se trocou o emprego de onde/aonde é: Z.
a) Não sei aonde vou, mas já estou a caminho. a) fri___ar.
b) Quantas vezes eu descobri onde deveria ir apenas por partir para b) parali___ar.
algum outro lugar. c) pesqui___ar.
c) Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levam para d) bati___ar.
lugar nenhum. e) repri___ar.
d) Eu irei, não importa aonde, desde que seja para frente.
e) A coisa mais importante não é de onde se veio, mas aonde se vai.

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29. FGV - Assistente (DPE MT)/2015 33. FGV - Analista Ambiental (INEA)/Administrador/2013
O texto a seguir refere-se à questão Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são
Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu acentuados pela mesma regra de acentuação gráfica.
o seguinte: “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos a) após / só
os países que têm o jogo reconhecido, além de arrecadarem uma b) Petrópolis / óbitos
fortuna em impostos, dão emprego a muita gente. Quem quer jogar, o c) possuíam / constituídas
faz livremente pela Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é
d) através / também
o contraventor. Os mais abastados deixam dólares lá fora, que poderiam
ajudar a educação e saúde, aqui dentro”. e) vácuo / municípios
Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo
sublinhado tem a grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo 34. Analista Judiciário (TRE PA) / 2011
que em Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra
a) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.” que distribuídos.
b) “Por que razão não se legaliza o jogo?” a) sócio
c) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.” b) sofrê-lo
d) “Esse é o caminho por que ele veio.” c) lúcidos
e) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.” d) constituí
e) órfãos
30. FGV - Técnico da Defensoria Pública (DPE RO)/2015
35. Técnico Judiciário (TRE PA) / 2011
TEXTO - Por que muitos continuam usando os remédios de marca?
Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e
Basicamente, pelo marketing da indústria farmacêutica, que consegue
quais são suas propostas.
convencer o paciente a adquirir o produto de marca. Além disso, se um
paciente finalmente encontrou um remédio que funciona para o seu No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE.
caso, pode resistir a trocá-lo pela versão genérica, por medo de perder Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.
o efeito do medicamento - embora o genérico equivalha ao de a) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se
referência. E há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser apresentar claramente.
diferentes daqueles das drogas de marca. Eles não afetam a maneira b) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os
como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e o sabor, partidos políticos.
fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio c) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos
genérico. políticos, as alianças rapidamente se dissolvem.
(Veja.com) d) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados
Na pergunta da revista, a forma de “Por que” aparece grafada candidatos para cargos importantes.
corretamente; a frase em que a forma sublinhada é igualmente correta e) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus
é: representantes.
a) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos.
b) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca. 36. INÉDITA
c) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos. Segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, a
d) Os pacientes preferem os genéricos por que? única palavra dentre as citadas abaixo que NÃO deve ser pronunciada
e) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais. com o acento tônico recaindo em posição idêntica àquela em que recai
na palavra rubrica é:
a) Nobel
31. FGV - Analista Bancário (BNB)/2014
b) recorde.
O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de
SC; o vocábulo abaixo que está grafado erradamente por incluir essas c) gratuito.
mesmas consoantes é: d) negligencia
a) ascender; e) medico
b) adolescência;
c) fascismo; 37. INÉDITA
d) indescente; A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto da língua é:
e) piscina. a) Os fiéis católicos reconheceram que Vossa Santidade, apesar da
exiguidade do vosso tempo, manteve uma agenda de eventos relevante.
b) O assunto lhe sucitou interesse e desejo de pôr em debate diversas
32. FGV - Técnico de Nível Superior (ALBA) /2014 questões importantes do cotidiano profissional.
Assinale a opção que indica o vocábulo que recebe acento c) Alguns estudiosos consideraram ultrage associar o início da
obrigatoriamente, já que só existe com a forma acentuada. modernidade à Descartes, mas a questão não pára por aí.
a) Público d) As ponderações do iminente cientista, insertas em sua tese de pós-
b) Saúva doutorado, nada têm de polêmicas.
c) Hieróglifo e) O acusado quer adivinhar o que alguns delatores dirão acerca de sua
d) História atuação à frente do governo, pois crê que essa seja a estratégia para
e) Xérox eles auferirem credibilidade perante as autoridades policiais.

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38. INÉDITA 03. RESOLUÇÃO:
Compare os dois trechos que seguem: Nas letras A, B, D e E, deve-se empregar a forma adjetiva MAU.
I – O diretor da multinacional está estudando demitir os funcionários do Esta se opõe a BOM e modifica substantivos - juiz, castigo, juiz e jurado,
departamento fabril que não mantém produtividade satisfatória. respectivamente.
II – O diretor da multinacional está estudando demitir os funcionários do Já na letra C, seve-se empregar “mal”, haja vista que se trata do
departamento fabril que não mantêm produtividade satisfatória. advérbio, oposto a “bem”.
Suponha que um funcionário tenha uma produtividade considerada Resposta: C
satisfatória, porém trabalha em um departamento cuja produtividade
total está aquém do esperado. Com base nas duas versões 04. RESOLUÇÃO:
apresentadas, pode-se afirmar que é de se esperar que ele: Na letra B, ocorre erro no vocábulo "irriquieto".
a) se preocupe bastante com a situação I, uma vez que, de acordo com A grafia correta é "irrequieto".
a mensagem, o resultado negativo do departamento levará à demissão
Resposta: B
de todos os funcionários que lá trabalham.
b) se preocupe bastante com a situação I, porém sem motivo, pois não
há possibilidade alguma de ele ser demitido. 05. RESOLUÇÃO:
c) não deve ter preocupações, pois ambas as possibilidades lhe são Letra A - ERRADA - Deve-se empregar a segunda forma -
favoráveis. "cavalheiro" -, que significa "homem gentil". A forma "cavaleiro" faz
d) deve se preocupar com II, uma vez que a demissão atingirá todos os menção ao montador de cavalos.
funcionários. Letra B - ERRADA - Deve-se empregar a segunda forma -
"vestuário" -, relacionada a roupas e acessórios.. A forma "vestiário" faz
e) não deve se preocupar com I, pois, de acordo com a mensagem,
menção ao local onde se troca de roupa.
dificilmente alguém será demitido, mesmo em departamentos com baixa
produtividade. Letra C - ERRADA - Deve-se empregar a segunda forma -
"iminente" -, relacionada a algo prestes a ocorrer. A forma "eminente"
faz menção a algo ou alguém ilustre, importante.
GABARITO COMENTADO Letra D - CERTA - Deve-se empregar a primeira forma - "infligir" -,
01. RESOLUÇÃO: que significa "aplicar pena ou sanção". A forma "infringir" significa
"violar".
Analisemos cada uma das sentenças:
Letra E - ERRADA - Deve-se empregar a segunda forma - "ratificar"
Letra A - ERRADA - O verbo "infligir" significa "aplicar punição". No -, que significa "confirmar", "validar" . A forma "retificar" significa
contexto da frase, deve-se empregar o parônimo "infringir", que significa "corrigir".
"violar".
Resposta: D
O correto, portanto, seria: O motorista infringiu as leis do trânsito.
Letra B - ERRADA - O verbo "dilatar" significa "aumentar o volume".
No contexto da frase, deve-se empregar o parônimo "delatar", que 06. RESOLUÇÃO:
significa "denunciar". Analisemos letra a letra:
O correto, portanto, seria: O prisioneiro delatou os comparsas do Letra A - ERRADA - O verbo "deferir" significa "aprovar". Já "diferir"
assalto. significa "prorrogar", "adiar".
Letra C - ERRADA - No contexto lido, deve-se empregar o adjetivo Letra B - CERTA - Trata-se da mesma significação. Há quatro
"moral". Note que se está avaliando a conduta moral, ou seja, a índole grafias possíveis: infarto, infarte, enfarto, enfarte.
do indivíduo. Letra C - ERRADA - O verbo "emergir" significa "subir", "vir à tona",
O correto, portanto, seria: Não há nada que desabone sua conduta "surgir". Já "imergir" significa "mergulhar", "aprofundar".
moral. Letra D - ERRADA - O substantivo "descrição" faz referência ao ato
Letra D - ERRADA - O adjetivo "bimestral" se refere a cada dois de descrever. Já "discrição", à qualidade de quem é discreto.
meses. No contexto lido, deve-se empregar a forma "bimensal", que se Letra E - ERRADA - O adjetivo "eminente" diz respeito a algo
refere a duas vezes por mês. importante, notório. Já "iminente", a algo prestes a ocorrer.
O correto, portanto, seria: A cobrança é bimensal, ou seja, duas Resposta: B
vezes por mês.
Letra E - CERTA - De fato! O substantivo "cumprimento" tem o 07. RESOLUÇÃO:
sentido associado a "saudação". Não se deve confundir com o parônimo Nas letras B, C, D e E, temos palavras compostas. Nelas, o emprego
"comprimento", cujo sentido está associado a "extensão". do hífen foi acertado, haja vista que o prefixo "mal" exige hífen quando
Resposta: E a palavra iniciar com vogal.
Na letra A, contudo, não se tem uma palavra composta. Temos o
02. RESOLUÇÃO: particípio "educado" - verbo principal da locução "deve ter sido educado"
- e o advérbio "mal".
Questão bem simples!
Isso fica bem evidente com a seguinte reescrita:
De fato, a grafia da palavra “deslizamento” deve ser com Z. Vem de
“deslize”, também grafada c0m Z, que dá origem a “deslizar”. O atleta genioso deve ter sido mal educado pelos pais.
= O atleta genioso deve ter sido educado mal pelos pais.
Resposta: C
= Os pais devem ter educado mal o atleta genioso (frase convertida
para a voz ativa).

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Nessas reescritas, pelo fato de "mal" ter sido deslocado, fica claro Letra A – CERTA – A palavra “clima” está empregada num sentido
que não há formação de uma palavra composta, o que não justifica o conotativo, associado a “situação”. Faz sentido dizer que a situação sob
emprego do hífen. os tetos das celas, ou seja, abaixo do teto das celas, era tensa.
Resposta: A Letra B – ERRADA – A ideia da “chuva” remete a algo que vem de
cima. Faria sentido, portanto, usar a preposição “sobre”, pois a “chuva”
está acima dos homens.
08. RESOLUÇÃO:
Letra C – CERTA – Faz sentido considerar o emprego da preposição
Letra A – CERTA – A flexão de 3ª pessoa do singular “Convém” “Sob”, associado ao sentido de “submetido”. A frase pode assim ser
concorda com o sujeito oracional “se mostrar”. Veja que a construção reescrita: “Essa proposta é inviável, quando submetida ao ponto de vista
“... lhes convém se mostrar...” equivale a “... lhes convém ISTO...”. O político”.
pronome ISTO funciona, na reescrita proposta, como sujeito de
Letra D – CERTA - Faz sentido considerar o emprego da preposição
"Convém", justificando a flexão deste no singular.
“Sob”, associado ao sentido de “abaixo”. A frase pode assim ser
Letra B – ERRADA – Segundo a Nova Ortografia, não há mais reescrita: “O preso trazia, abaixo do casaco, drogas proibidas”.
acento nas formas com EE e OO. Dessa forma, deve-se escrever
Letra E – CERTA - Faz sentido considerar o emprego da preposição
“Deem-nos”, sem acento.
“Sob”, associado ao sentido de “abaixo”. A frase pode assim ser
Letra C – ERRADA – Deve-se empregar a flexão de 3ª pessoa do reescrita: “Cavando o solo, os presos traziam muita terra abaixo das
singular “obtém” – com acento agudo -, para que haja concordância com unhas”.
o demonstrativo singular “O” (= Aquilo). Veja que a construção “O que
Resposta: B
se obtém...” equivale a “Aquilo que se obtém...”.
Letra D – ERRADA – Deve-se empregar a flexão de 3ª pessoa do
plural “mantêm” – com acento circunflexo -, para que haja concordância 11. RESOLUÇÃO:
com “jovens”. Letra A – ERRADA – A palavra “indébita” foi acentuada por ser
Letra E – ERRADA – Deve-se empregar a flexão de 3ª pessoa do proparoxítona. Já “também” foi acentuada por ser oxítona terminada em
singular “detém” – com acento agudo -, para que haja concordância com “EM”.
“velho”. Letra B – ERRADA – A palavra “história” foi acentuada por ser
Resposta: A paroxítona terminada em ditongo. Já o acento em “veículo” pode tanto
ser justificado por ser uma proparoxítona ou pelo fato de serem
09. RESOLUÇÃO:
atendidos os requisitos da regra do hiato.
Deveria a banca prezar pela clareza na redação dos seus enunciados.
Letra C – ERRADA – A palavra “crônicas” foi acentuada por ser
O que se deve entender do item é que o parônimo empregado na frase
proparoxítona. Já o acento em “atribuídos” se justifica pela regra do
está inadequado e, portanto, é necessária a troca pelo parônimo
hiato.
indicado ao lado da frase.
Letra D – ERRADA – O acento em “coíba” se justifica pela regra do
Letra A – CERTA – A palavra “inermes” significa “indefesos”, “sem
hiato. Já o acento em “já” se deve por ser um monossílabo tônico de
proteção”. Já “inertes” significa “sem movimento”, “paralisados”,
final “A”
“apáticos”. O emprego dos dois parônimos é coerente no contexto da
frase. Isso significa que a troca de um pelo outro não acarreta erro. Letra E – CERTA – O acento em “calúnia” e “plágio” se justifica por
serem paroxítonas terminadas em ditongo.
Letra B – CERTA – O emprego de “aspira” – que significa, no contexto,
“almeja”, “deseja” – está correto. Não seria adequada a troca por Resposta: E
“expira” – que significa ”expele”, “chega ao fim”.
Letra C – CERTA – O emprego de “acaso” – que significa 12. RESOLUÇÃO:
“eventualidade”, “acontecimento imprevisível” – está correto. Não seria Analisando a composição “agrícola-ambiental”, verificamos que se trata
adequada a troca por “ocaso” – que significa ”declínio”, “fim”. de um adjetivo composto, formado por dois adjetivos: “agrícola” e
Letra D – CERTA – O emprego de “senso” – que significa “juízo”, “ambiental”.
“discernimento” – está correto. Não seria adequada a troca por “censo” Isso posto, analisemos as alternativas:
– que significa ”cadastro”.
Letra A – ERRADA – A composição “segunda-feira” é um substantivo
Letra E – ERRADA – O emprego de “de encontro a” – que significa composto, formado pelo numeral “segunda” e pelo substantivo “feira”.
“contrário”, “divergente” – não está adequado ao contexto da frase.
Letra B – ERRADA – A composição “tenente-coronel” é um substantivo
Nesta se explora a ideia do “a favor”, “convergente”, o que faz com que
composto, formado por dois substantivos.
seja necessária a troca por “ao encontro de”.
Letra C – ERRADA – A palavra “inter-relacionamento” é um substantivo
Vale ressaltar também que não faz muito sentido associar o fenômeno
derivado, formado pelo prefixo “inter” e pelo substantivo
da homonímia e paronímia a expressões. São conceitos relativos a
“relacionamento”.
palavras, não a expressões.
Letra D – ERRADA – A composição “cara-de-pau” é um substantivo
Resposta: E
composto, cujos elementos são ligados por preposição. Segundo a
Nova Ortografia, não deveria mais ser empregado com hífen. O correto
10. RESOLUÇÃO: seria “cara de pau”.
A preposição “sobre” possui dois significados: um associado à ideia de Letra E – CERTA - Analisando a composição “político-econômico”,
posição acima; outro associado à ideia de assunto, equivalendo à verificamos que se trata de um adjetivo composto, formado por dois
expressão “a respeito de”. Já “sob” pode significar “abaixo” ou adjetivos: “político” e “econômico”.
“submetido”. Resposta: E
Isso posto, analisemos as alterativas:

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13. RESOLUÇÃO: Letra E - CERTA - Existe uma única grafia, que é a da palavra
Muitas palavras possuem mais de uma grafia aceitável. São muitos os “humaniTÁrias - paroxítona terminada em ditongo.
exemplos e é importante que o candidato conheça as principais: Resposta: E
 assobiar (e assoviar);
 bêbado (e bêbedo); 16. RESOLUÇÃO:
 bebedouro (e bebedor); A regra dos ditongos abertos sofreu modificação com a introdução do
 berinjela (e beringela); Novo Acordo Ortográfico.
 hidrelétrica (e hidroelétrica); Não mais se acentuam os ditongos aberto “ÉI”, “ÉU” e “ÓI” em palavras
 infarto (infarte e enfarte e enfarto); paroxítonas. Os ditongos abertos somente serão acentuados em
 loura (e loira); palavras oxítonas ou em monossílabas tônicas.
 percentagem (e porcentagem); Letra A - ERRADA – A palavra “detróier” é acentuada não pela
 quatorze (e catorze); presença do ditongo aberto, mas sim pelo fato de ser uma paroxítona
 cota (e quota); terminada em “R” (Lembre-se da regra do RouXiNoL, ok?). Já a palavra
 cotidiano (e quotidiano); “caracóis” possui ditongo aberto “ÓI” em oxítona, sendo, portanto,
 subumano (e sub-humano); acentuada graficamente.
 termelétrica (e termoelétrica); Letra B - CERTA – As palavras “jiBOIa” e “odisSEIa” possuem ditongo
 quociente (e cociente); aberto “ÓI” e “ÉI”, respectivamente, em paroxítonas, não sendo mais,
portanto, acentuadas graficamente.
Veja que a única alternativa cuja palavra não admite mais de uma grafia
é a letra C. A forma de grafar corretamente é “mágoa”. Letra C - ERRADA – A palavra “méier” é acentuada não pela presença
do ditongo aberto, mas sim pelo fato de ser uma paroxítona terminada
Resposta: C
em “R” (Lembre-se da regra do RouXiNoL, ok?). Já a palavra
“alcaLOIde” possui ditongo aberto “ÓI” em paroxítona, não sendo mais,
14. RESOLUÇÃO: portanto, acentuada graficamente.
Letra A - CERTA - A forma "quê" funciona como substantivo. E como Letra D - ERRADA – A palavra “consTRÓI” possui ditongo aberto ÓI
tal, é um monossílabo tônico terminado em “ê”, o que torna necessário em oxítona, sendo, portanto, acentuada graficamente. Já a palavra
o emprego do acento gráfico. Veja que essa palavra está antecedida de “colMEIa” possui ditongo aberto “ÉI” em paroxítona, não sendo mais,
um artigo indefinido. portanto, acentuada graficamente.
Letra B - CERTA - A forma "por quê" funciona como advérbio Letra E - ERRADA – A palavra “pasTÉIS” possui ditongo aberto ÉI em
interrogativo, equivalendo à construção “por que motivo”. O acento se oxítona, sendo, portanto, acentuada graficamente. Já a palavra
deve ao fato de a expressão encerrar frase. “oVOIde” possui ditongo aberto “ÓI” em paroxítona, não sendo mais,
portanto, acentuada graficamente.
Letra C - CERTA - A forma "quê" funciona como advérbio interrogativo.
Resposta: B
O acento se deve ao fato de essa palavra encerrar frase.
Letra D - CERTA - A forma "quê" funciona como substantivo. E como
tal, é um monossílabo tônico terminado em “ê”, o que torna necessário 17. RESOLUÇÃO:
o emprego do acento gráfico. Veja que essa palavra está antecedida de Letra A - ERRADA – As palavras “herói” e “papéis” são acentuadas,
um artigo definido. devido à ocorrência de ditongo aberto – “ói” e “éi”, respectivamente –
Letra E – ERRADA – O primeiro “por quê” foi grafado erradamente. em palavras oxítonas.
Trata-se de um advérbio interrogativo, equivalendo à construção “por Observação:
que motivo”. Não se emprega o acento, haja vista que essa forma A regra dos ditongos abertos sofreu modificação com a introdução do
introduz a interrogativa. O acento somente se faz necessário se essa Novo Acordo Ortográfico.
forma encerrar a frase ou a oração, o que ocorre com o segundo “por Não mais se acentuam os ditongos aberto “ÉI”, “ÉU” e “ÓI” em palavras
quê”. paroxítonas. Os ditongos abertos somente serão acentuados em
Dessa forma, a redação correta ficaria: Por que você não veio, por quê? palavras oxítonas ou em monossílabas tônicas.
Resposta: E Letra B – ERRADA – As palavras “econômico” e “histórico” são
acentuadas, pois são proparoxítonas.
Letra C – CERTA – As palavras “pátria” e “tênue” são acentuadas,
15. RESOLUÇÃO: devido ao fato de serem paroxítonas terminadas em ditongo.
Excelente questão! Ocorre também que paroxítonas terminadas em ditongo crescente,
Letra A - ERRADA – Existe a forma acentuada “hisTÓria” – paroxítona como é o caso de “pátria” e “tênue”, podem ser consideradas
terminada em ditongo. No entanto, existe também a forma sem acento proparoxítonas acidentais, eventuais ou aparentes.
“histoRIa”, flexão do verbo HISTORIAR (eu historio; tu historias; ele A separação silábica majoritariamente aceita é “pá-tria” e “tê-nue”, ou
historia, etc.). seja, trata-se de paroxítonas terminadas em ditongo.
Letra B - ERRADA - Existe a forma acentuada “eviDÊNcia” – paroxítona No entanto, há uma corrente que defende a separação “pá-tri-a” e “tê-
terminada em ditongo. No entanto, existe também a forma sem acento nu-e”, desfazendo o ditongo crescente, tratando, assim, tais palavras
“evidenCIa”, flexão do verbo EVIDENCIAR (eu evidencio; tu evidencias; como proparoxítonas.
ele evidencia, etc.). Letra D – ERRADA - As palavras “gás” e “três” são acentuadas, devido
Letra C - ERRADA - Existe a forma acentuada “aTÉ” – oxítona à regra dos monossílabos tônicos. Tal regra diz que se acentuam os
terminada em “a(s), e(s), o(s)”. No entanto, existe também a forma sem monossílabos tônicos terminados em “A(S)”, “E(S)” e “O(S)”.
acento “Ate”, flexão do verbo ATAR (talvez eu ate; talvez tu ates; talvez Letra E – ERRADA - As palavras “têm” e “vêm” – 3ª pessoa do plural -
ele ate, etc.). possuem acento diferencial que as distingue das formas “tem” e “vem”
Letra D - ERRADA - Existe a forma acentuada “paÍS” – regra do hiato. – 3ª pessoa do singular.
No entanto, existe também a forma sem acento “PAIS” (presente em Resposta: C
“Feliz Dia dos Pais”).

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18. RESOLUÇÃO: Letra B – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes
Letra A - ERRADA – A palavra “científica” é acentuada por ser se atraem.”. No entanto, no caso dos prefixos “re-”, “co-”, deve-se unir o
proparoxítona. Já “reúne”, pela regra do hiato. prefixo à palavra sem hífen. Ao unir o prefixo “co-” com a palavra
Letra B - ERRADA – A palavra “saúde” é acentuada pela regra do hiato. “religionário”, haverá a necessidade de dobrar a letra “r”, resultando na
Já “hábito”, por ser proparoxítona. construção “correligionário”.
Letra C – ERRADA – Trata-se de uma palavra composta por
Letra C - ERRADA – A palavra “saudável” é acentuada por ser
justaposição. A grafia correta seria “mestre-sala”.
paroxítona terminada em “L” (lembre-se da regra do RouXiNoL). Já
“índice”, por ser proparoxítona. Letra D – ERRADA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os
diferentes se atraem.”. Note que o prefixo “super” termina com a
Letra D - ERRADA – A palavra “cardíacos” é acentuada por ser consoante “r”. Já a palavra “rápido” inicia com a vogal “r”. Como “os
proparoxítona (a separação silábica é “car – dí – a - co”). Já “será”, iguais se repelem” (a letra do final do prefixo é igual à do início da
devido à regra das oxítonas terminadas em “A(S)”, “E(S)”, “O(S)”. palavra), deve-se unir prefixo e palavra com o hífen, resultando na
Letra E - CERTA – As palavras “família” e “cardápios” são acentuadas construção “super-rápido”.
por serem paroxítonas terminadas em ditongo (“fa – mí – lia” e “car – dá Letra E – ERRADA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os
– pios”). diferentes se atraem.”. Note que o prefixo “hiper” termina com a
Resposta: E consoante “r”. Já a palavra “reacionário” inicia com a consoante “r”.
Como “os iguais se repelem” (a letra do final do prefixo é igual à do início
da palavra), deve-se unir prefixo e palavra com o hífen, resultando na
19. RESOLUÇÃO:
construção “hiper-reacionário”.
Letra A - CERTA – A Nova Ortografia alterou a regra de acentuação Resposta: B
dos ditongos abertos. Continuam sendo acentuados os ditongos abertos
“ÉI”, “ÓI” e “ÉU” em palavras oxítonas e em monossílabos tônicos. É o
caso de “herói”. 21. RESOLUÇÃO:
Não mais se acentuam os ditongos aberto “ÉI”, “ÉU” e “ÓI” em palavras Letra A - ERRADA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os
paroxítonas. É o caso de “heroico”. diferentes se atraem.”. Note que o prefixo “micro” termina com a vogal
“o”. Já a palavra “organismos” inicia com a vogal “o”. Como “os iguais
Letra B – CERTA – Quanto ao emprego do hífen, vale a máxima: “Os
se repelem” (a letra do final do prefixo é igual à do início da palavra),
iguais se repelem; os diferentes se atraem.”. Note que o prefixo “anti”
deve-se unir prefixo e palavra com o hífen, resultando na construção
termina com vogal “i”. Já a palavra “inflacionário” inicia com a mesma
“micro-organismos”.
vogal. Como “os iguais se repelem” (a letra do final do prefixo é igual à
Letra B – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes
letra do início da palavra), deve-se empregar o hífen: “anti-inflacionário”.
se atraem.”. Note que o prefixo “super” termina com a consoante “r”. Já
Observação: Se a palavra iniciar com a letra “h”, emprega-se o hífen. a palavra “resistentes” inicia com a consoante “r”. Como “os iguais se
Exemplos: anti-higiênico; super-homem, pré-história, sub-hepático, etc. repelem” (a letra do final do prefixo é igual à do início da palavra), deve-
Atenção: Admite-se a grafia “sub-humano” e “subumano”. se unir prefixo e palavra com o hífen, resultando na construção “super-
Letra C – ERRADA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os resistentes”.
diferentes se atraem.”. No entanto, no caso dos prefixos “re-”, “co-”, Letra C – CERTA – A palavra “bactérias” é acentuada, por ser
deve-se unir o prefixo à palavra sem hífen. Ao unir o prefixo “co-” com a paroxítona terminada em ditongo.
palavra “réu”, haverá a necessidade de dobrar a letra “r”, resultando na Letra D – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes
construção “corréu”. se atraem.”. Note que o prefixo “anti” termina com a vogal “i”. Já a
Letra D – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes palavra “bióticos” inicia com a consoante “b”. Como “os diferentes se
se atraem.”. Note que o prefixo “mini” termina com vogal “i”. Já a palavra atraem” (a letra do final do prefixo é igual à do início da palavra), deve-
“saia” inicia com a consoante “s”. Como “os diferentes se atraem” (a letra se unir prefixo e palavra sem o hífen, resultando na construção
do final do prefixo é diferente da letra do início da palavra), deve-se unir “antibióticos”. Além disso, acentua-se a referida palavra por ser uma
prefixo e palavra sem o hífen. Ao unir o prefixo “mini-” com a palavra proparoxítona.
“saia”, haverá a necessidade de dobrar a letra “s”, resultando na Letra E – CERTA – A palavra “indústrias” é acentuada, por ser
construção “minissaia”. paroxítona terminada em ditongo.
Letra E – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes Resposta: A
se atraem.”. Note que o prefixo “hiper” termina com a consoante “r”. Já
a palavra “inflação” inicia com a vogal “i”. Como “os diferentes se 22. RESOLUÇÃO:
atraem” (a letra do final do prefixo é diferente da letra do início da Letra A – ERRADA - A Nova Ortografia alterou a regra de acentuação
palavra), deve-se unir prefixo e palavra sem o hífen, resultando na dos ditongos abertos. Continuam sendo acentuados os ditongos abertos
construção “hiperinflação”. “ÉI”, “ÓI” e “ÉU” em palavras oxítonas e em monossílabos tônicos. É o
Resposta: C caso de “herói”.
Não mais se acentuam os ditongos aberto “ÉI”, “ÉU” e “ÓI” em palavras
20. RESOLUÇÃO: paroxítonas. É o caso de “heroica”.
Letra B – ERRADA – A Nova Ortografia suprimiu o emprego do “c”
Letra A - ERRADA – Trata-se de uma palavra composta por
quando este não é pronunciado. É o caso de “nocturno”, cuja grafia
justaposição. E em palavras compostas, em regra, emprega-se o hífen.
correta é “noturno”.
As excepcionalidades ficam por conta das palavras que perderam a
Letra C – CERTA – Vale a máxima: “Os iguais se repelem; os diferentes
noção de composição (mandachuva, pontapé, passatempo, etc.) e dos
se atraem.”. Note que o prefixo “anti” termina com a vogal “i”. Já a
compostos cujos termos são unidos por preposição (mão de obra, pé de
palavra “rábica” inicia com a consoante “r”. Como “os diferentes se
moleque, dia a dia, etc.). Além disso, nos compostos que fazem menção
atraem” (a letra do final do prefixo é igual à do início da palavra), deve-
a espécies zoobotânicas, emprega-se o hífen (beija-flor, cana-de-
se unir prefixo e palavra sem o hífen. Ao unir o prefixo “anti-” com a
açúcar, pimenta-de-cheiro, joão-de-barro, etc).
palavra “rábica”, haverá a necessidade de dobrar a letra “r”, resultando
Isso posto, a forma correta é “porta-retrato”. na construção “antirrábica”.

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Letra D – ERRADA – A Nova Ortografia suprimiu o acento no “êe” e no 25. RESOLUÇÃO:
“ôo”, em palavras como “vêem” e “vôo”. Elas são grafadas agora sem Letra A – CERTA – Está correto o emprego de “mau”. Note que se trata
acento: “veem” e “voo”. de um adjetivo, opondo-se a “bom”.
Letra E – ERRADA - A Nova Ortografia alterou a regra de acentuação Letra B – ERRADA – Deve-se empegar a forma “mal”, por se tratar de
dos ditongos abertos. Continuam sendo acentuados os ditongos abertos um substantivo. Note que o substantivo “mal” se opõe a “bem”.
“ÉI”, “ÓI” e “ÉU” em palavras oxítonas e em monossílabos tônicos. É o Letra C – CERTA – Está correto o emprego de “mal”. Note que se trata
caso de “herói”. de um advérbio, opondo-se a “bem”.
Não mais se acentuam os ditongos aberto “ÉI”, “ÉU” e “ÓI” em palavras Letra D – CERTA – Está correto o emprego de “mal”, por se tratar de
paroxítonas. É o caso de “ideia”. um substantivo. Note que o substantivo “mal” se opõe a “bem”.
Resposta: C Letra E – CERTA – Está correto o emprego de “mal”, por se tratar de
um substantivo. Note que o substantivo “mal” se opõe a “bem”.
Resposta: B
23. RESOLUÇÃO:
A forma “senão” – junto – possui várias significações: exceto, do
26. RESOLUÇÃO:
contrário, a não ser, de outro modo, etc.
A expressão “em vez de” significa “no lugar de ”. Já a expressão “ao
Já a forma “se não” – separado – é a junção da conjunção subordinativa invés de” significa “ao contrário de”. Para que fique mais clara a
“se” (condicional ou integrante) com o advérbio “não”. Equivale a “caso diferença de uso, devemos empregar a expressão “em vez de” quando
não” ou “quando não”. NÃO houver uma ideia de exclusão, e sim apenas de substituição. Já a
Isso posto, analisemos as opções: expressão “ao invés de” deve ser empregada quando houver uma ideia
Letra A – ERRADA – Deveria ter sido empregada a forma “senão” – de exclusão, pois as duas ações se opõem: fazer uma significa não
junto. Note que é possível reescrever a frase da seguinte maneira: fazer a outra.
Ambição não é nada, a não ser (senão) a sombra maligna da aspiração. Isso posto, analisemos as opções:
Letra B – ERRADA – Deveria ter sido empregada a forma “senão” – Letra A – CERTA – Não há uma mútua exclusão entre “beber suco”
junto. Note que é possível reescrever a frase da seguinte maneira: O e “beber água”. Dessa forma, não há uma relação de oposição entre as
que é uma erva daninha a não ser (senão) uma planta cujas virtudes duas ações. Isso torna possível o emprego da locução “em vez de”.
ainda não foram descobertas? Letra B – CERTA – Não há uma mútua exclusão entre “lanches” e
“jantares”. Dessa forma, não há uma relação de oposição entre as duas
Letra C – ERRADA – Deveria ter sido empregada a forma “senão” –
ações. Isso torna possível o emprego da locução “em vez de”.
junto. Note que é possível reescrever a frase da seguinte maneira:
Letra C – ERRADA – Há uma mútua exclusão entre “viajar” e “ficar
Liberdade não é nada a não ser (senão) a distância entre a caça e o
em casa” – ficando em casa, você não viaja; viajando, você não fica em
caçador.
casa. Dessa forma, há uma relação de oposição entre as duas ações.
Letra D – CERTA – De fato! Está correto o emprego da forma “se não” Deve-se, portanto, empregar a expressão “ao invés de”.
– separado. Note que é possível reescrever a frase da seguinte maneira: Letra D – CERTA – Não há uma mútua exclusão entre “churrasco”
Caso você espere (Se você esperar) pelo amanhã, o amanhã chega; e “feijoada”. Dessa forma, não há uma relação de oposição entre as
caso não espere (se não esperar) pelo amanhã, o amanhã chega. duas ações. Isso torna possível o emprego da locução “em vez de”.
Letra E – ERRADA – Deveria ter sido empregada a forma “senão” – Letra E – CERTA – Não há uma mútua exclusão entre “usar celular”
junto. Note que é possível reescrever a frase da seguinte maneira: A e “usar telefone fixo”. Dessa forma, não há uma relação de oposição
civilização nada mais é a não ser (senão) uma camada de pintura que entre as duas ações. Isso torna possível o emprego da locução “em vez
qualquer chuvinha lava. de”.
Resposta: D Resposta: C

27. RESOLUÇÃO:
24. RESOLUÇÃO:
Somente se empregam as formas ONDE/AONDE/DONDE se estas
Letra A – CERTA – Está correto o emprego da forma “aonde”, pois a
referenciarem uma ideia de lugar.
forma verbal “vou” pede uma ideia de lugar introduzida pela preposição
Havendo essa referência, emprega-se ONDE no caso de a ideia de
“a” (Eu vou a algum lugar).
lugar ser introduzida pela preposição EM; emprega-se AONDE no caso
Letra B – ERRADA – A forma verbal “deveria ir” pede uma ideia de de a ideia de lugar ser introduzida pela preposição A; emprega-se
lugar introduzida pela preposição “a” (Eu deveria ir a algum lugar). DONDE (ou DE ONDE) no caso de a ideia de lugar ser introduzida pela
Dessa forma, faz-se necessário o emprego da forma “aonde”. preposição DE.
Letra C – CERTA – Está correto o emprego da forma “para onde”, pois Letra A – CERTA – Está correto o emprego da forma AONDE. Ela
a forma verbal “vai” pede uma ideia de lugar introduzida pela preposição retoma “café”, que, no contexto, referencia um lugar. Além disso, ela é
“para” (Você vai para algum lugar). introduzida pela preposição A – Eles vão todas as noites Ao café.
Letra D – CERTA – Está correto o emprego da forma “aonde”, pois a Letra B – CERTA – Está correto o emprego da forma ONDE. Ela retoma
forma verbal “irei” pede uma ideia de lugar introduzida pela preposição uma ideia de lugar. Além disso, ela é introduzida pela preposição EM –
“a” (Eu irei a algum lugar). Há casamento sem amor EM algum lugar.
Letra E – CERTA – Está correto o emprego da forma “de onde” (= Letra C – CERTA – Está correto o emprego da forma ONDE. Ela retoma
donde), pois a forma verbal “veio” pede uma ideia de lugar introduzida uma ideia de lugar. Além disso, ela é introduzida pela preposição EM –
pela preposição “de” (Ele veio de algum lugar). Permite-se a cavalos, pôneis,... verem homens, mulheres e crianças ...
NO (EM + O) circo.
Resposta: B
Letra D – ERRADA – Está errado o emprego da forma ONDE, pois ela
retoma “pessoas”, que não referencia uma ideia de lugar.

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Letra E – CERTA – Está correto o emprego da forma ONDE. Ela retoma LETRA C – ERRADA – Deve-se empregar a forma “porque” – junto e
uma ideia de lugar. Além disso, ela é introduzida pela preposição EM – sem acento. Trata-se de conjunção explicativa/causal. Note a
O diabo escondia o sujeito...EM algum lugar. equivalência com “pois” - Os genéricos são mais baratos porque (=
Resposta: D ,pois) não pagam impostos.
LETRA D – ERRADA - Deve-se empregar a forma “por quê” – separada
28. RESOLUÇÃO: e com acento. Trata-se de advérbio interrogativo, em final de frase, o
que faz do “quê” um monossílabo tônico. Note a equivalência com a
Deve-se empregar IZAR quando a palavra primitiva NÃO tiver S = /Z/. expressão “por que motivo”.
Por outro ado, deve-se empregar ISAR quando a palavra primitiva tiver
S = /Z/. Letra E – CERTA – Deve-se empregar a forma “porquê” – junto e com
acento. Trata-se do substantivo. Perceba que ele está acompanhado de
Isso posto, analisemos as opções:
artigo definido masculino.
Letra A – ERRADA – Deve-se escrever “frisar”, com S, pois a primitiva
Resposta: E
“friso” se escreve com S = /Z/.
Letra B – ERRADA – Deve-se escrever “paralisar”, com S, pois a
primitiva “paralisia” se escreve com S = /Z/. 31. RESOLUÇÃO:
Letra C – ERRADA – Deve-se escrever “pesquisar”, com S, pois a Letra A – CERTA – O verbo “ascender” resulta no substantivo
primitiva “pesquisa” se escreve com S = /Z/. “ascensão”, que significa “subida”, “elevação”, “evolução”.
Letra D – CERTA – Deve-se escrever “batizar”, com Z, pois a primitiva Letra B – CERTA – O substantivo “adolescência” resulta do adjetivo
“batismo” não possui S = /Z/. “adolescente”.
Letra E – ERRADA – Deve-se escrever “reprisar”, com S, pois a Letra C – CERTA – O substantivo “fascismo” resulta do adjetivo
primitiva “reprise” não possui S = /Z/. “fascista”.
Resposta: D Letra D – ERRADA – O adjetivo “indecente” resulta no substantivo
“indecência”.
29. RESOLUÇÃO: Letra E – CERTA – A grafia da primitiva “piscina” está correta.
Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil.”, o Resposta: D
emprego da forma “por que” se justifica por se tratar de um advérbio
interrogativo (equivale a “por que motivo”) que introduz uma 32. RESOLUÇÃO:
interrogativa INDIRETA. Letra A – ERRADA – Existe a proparoxítona “público” e existe também
Isso posto, analisemos as opções: a paroxítona “publico” – flexão do verbo “publicar”.
Letra A – ERRADA – A forma “por que” consiste no encontro da Letra B – CERTA – A única palavra com essa sequência de letras é de
preposição “por” com o pronome relativo “que”. Note a equivalência com fato “saúva”, acentuada graficamente devido à regra do hiato.
a construção “pelo qual” - “A legalização do jogo é o motivo pelo qual Letra C – ERRADA – Existe a grafia “hieróglifo” – proparoxítona -, assim
luta a leitora.”. como a grafia “hieroglifo”. Trata-se de palavra de dupla prosódia, ou
Letra B – ERRADA – A forma “por que” é advérbio interrogativo seja, com duas posições corretas para a sílaba tônica.
(equivale a “por que motivo”) - “Por que motivo não se legaliza o jogo?”.
Letra D – ERRADA – Existe a paroxítona terminada em ditongo
No entanto, há uma diferença em relação à frase do enunciado. Esse
“história” e existe também a paroxítona terminada em “a” “historia” –
“Por que” introduz uma interrogativa DIRETA, e não indireta, como se
flexão do verbo “historiar”: eu historio; tu historias; ele historia; etc.
busca.
Letra E – ERRADA – Existe a grafia “xérox” – paroxítona terminada em
Letra C – CERTA – A forma “por que” é advérbio interrogativo (equivale
X -, assim como a grafia “xerox” - oxítona. Trata-se de palavra de dupla
a “por que motivo”) - “Desconheço por que motivo a legalização do jogo
prosódia, ou seja, com duas posições corretas para a sílaba tônica.
é proibida.”. Além disso, esse “Por que” introduz uma interrogativa
INDIRETA, como se busca. Resposta: B
Letra D – ERRADA – A forma “por que” consiste no encontro da
preposição “por” com o pronome relativo “que”. Note a equivalência com 33. RESOLUÇÃO:
a construção “pelo qual” - “Esse é o caminho pelo qual ele veio.”. Letra A – CERTA - A palavra “após” é acentuada por ser oxítona
Letra E – ERRADA – A forma “por que” consiste no encontro da terminada em O(S). Já “só” é monossílabo tônico terminado em O(S).
preposição “por” com o pronome relativo “que”. Note a equivalência com Letra B – ERRADA – As palavras “Petrópolis” e “óbitos” são
a construção “pelo qual” - ““O projeto pelo qual me empenho é de grande proparoxítonas e, portanto, acentuadas graficamente.
utilidade.” Letra C – ERRADA – As palavras “possuíam” e “constituídas” são
Resposta: C acentuadas devido à regra do hiato.
Letra D – ERRADA – As palavras “através” e “também” são acentuadas
30. RESOLUÇÃO: por serem oxítonas de final A(S), E(S), O(S), EM, ENS.
Letra A – ERRADA – Deve-se empregar a forma “por que” – separada Letra E – ERRADA – As palavras “vácuo” e “municípios” são
e sem acento. Trata-se de advérbio interrogativo, introduzindo paroxítonas terminadas em ditongo.
interrogativa indireta. Note a equivalência com a expressão “por que Resposta: A
motivo” - Os médicos sabem por que (= por que motivo) indicam os
genéricos. 34. RESOLUÇÃO:
Letra B – ERRADA – Deve-se empregar a forma “por que” – separada O termo "distribuídos" é acentuado pelo fato de o "i" formar hiato e
e sem acento. Trata-se do encontro da preposição “por” com o pronome estar isolado em uma sílaba (dis - tri - bu - í - dos).
relativo “que”. Note a equivalência com a construção “pelo qual” –
Desconheço a razão por que (= pela qual) eles tomam remédios de LETRA A - ERRADO - A palavra "sócio" é acentuada pelo fato de
marca. ser paroxítona terminada em ditongo crescente.

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LETRA B - ERRADO - O termo "sofrê-lo" é acentuado pelo fato de Atenção!
ser oxítona terminada em "e". Aqui todo cuidado é pouco, viu?
LETRA C - ERRADO - A palavra "lúcidos" é acentuada pelo fato de Muitos associam o uso do "por quê" apenas ao final de frases
ser proparoxítona. interrogativas.
LETRA D - CERTO - A forma verbal "constituí" - 1a pessoa do Cuidado!
singular do pretérito perfeito do indicativo - é acentuada pelo fato de o Essa forma é empregada em interrogativas, quando aparece no
"i" formar hiato e estar isolado numa sílaba (cons - ti - tu - í). final de frases ou de ORAÇÕES.
LETRA E - ERRADO - A palavra "órfãos" é acentuada devido ao Veja no exemplo da letra D que temos duas orações "Às vezes sem
fato de ser paroxítona terminada em "ão(s)". saber por quê" e "o povo escolhe ... para cargos importantes".
Resposta: D Veja que o "por quê" não está no final da frase, mas está no FINAL DA
PRIMEIRA ORAÇÃO, o que justifica o emprego da forma "separado e
com acento".
35. RESOLUÇÃO:
Outra forma de enxergar isso é lendo a frase da seguinte forma:
Vamos sumarizar o emprego dos porquês!
Às vezes sem saber por quê, o povo escolhe determinados candidatos
>> POR QUE – separado e sem acento: para cargos importantes.
i) Emprega-se em orações interrogativas diretas e indiretas, = O povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes às
equivalendo a “por que motivo”. Observe: vezes sem saber por quê.
Por que (= por que motivo) ele saiu tão cedo? LETRA E - CERTO - A forma "por que" é empregada, pois ela é
Não sabemos por que (= por que motivo) ele saiu tão cedo empregada numa interrogativa indireta. Equivale a "por que motivo".
Anotou a dica? Resposta: D
Por que = Por que motivo
ii) Emprega-se quando o “que” for pronome relativo antecedido da 36. RESOLUÇÃO:
preposição “por”, equivalendo a “pelo(a) qual”, “pelos(as) quais”. A palavra "rubrica" é paroxítona, ou seja, o acento tônico incide na
Observe: penúltima sílaba. A sílaba tônica é "BRI", portanto (ru - BRI - ca).
O caminho por que (pelo qual) passei era difícil. Atenção! É muito comum no dia a dia a pronúncia “rúbrica”, como se
A cidade por que (pela qual) passeei é muito bonita. esta fosse proparoxítona. Essa pronúncia está errada. Como vimos,
>> POR QUÊ – separado e com acento trata-se de uma palavra paroxítona.
Emprega-se em interrogativas, no final de frases ou orações (equivale Devemos assinalar, dessa forma, uma opção que contenha um
vocábulo paroxítono.
a por que motivo). Observe:
LETRA A – CERTA - A palavra "Nobel" é oxítona, ou seja, o acento
Ele saiu cedo, por quê?
tônico incide na última sílaba. A sílaba tônica é "bel", portanto (No -
Você não aceitou minha sugestão. Por quê? BEL).
>> PORQUE – junto e sem acento Atenção! É muito comum no dia a dia a pronúncia “Nóbel”, como se
Emprega-se como conjunção, geralmente causal ou explicativa. Neste esta fosse paroxítona. Essa pronúncia está errada. Como vimos, trata-
caso pode ser substituído pela conjunção pois. É a resposta da se de uma palavra oxítona.
pergunta. Observe: LETRA B – ERRADA - A palavra "recorde" é paroxítona. A sílaba tônica
Saí cedo, porque tinha um sério compromisso. é "cor", portanto (re - COR - de).
>> PORQUÊ – junto e com acento Atenção! É muito comum no dia a dia a pronúncia “récorde”, como se
Emprega-se como substantivo, equivalendo “o motivo”, “a razão”. Uma esta fosse proparoxítona. Essa pronúncia está errada. Como vimos,
dica para se identificar melhor o emprego dessa forma é verificar se há trata-se de uma palavra paroxítona.
algum determinante acompanhando o porquê. Como assim? Um artigo, LETRA C – ERRADA - A palavra “gratuito” é paroxítona. Vale ressaltar
um pronome adjetivo, um numeral, enfim, qualquer palavra que seja que o encontro vocálico "ui" é ditongo (gra - tui - to). A sílaba tônica é
empregada para acompanhar substantivos. Observe: "tui", portanto (gra - TUI - to).
Não sei o porquê de sua revolta. Cuidado!
>> veja o artigo antecedendo o porquê Deve-se tomar o cuidado, assim, de não pronunciar "gratuíto" (gra - tu -
í - to), erro muito presente na linguagem coloquial.
O meu porquê é mais forte que o seu.
LETRA D – ERRADA - Trata-se de uma palavra paroxítona, cuja
>> veja o pronome adjetivo antecedendo o porquê separação silábica é "ne-gli-gen-ci-a"
Com base nessa explicação, analisemos cada uma das alternativas: A sílaba tônica é "ci", portanto.
LETRA A - CERTO - A forma "por que" é empregada, pois ela está Atenção! Observemos que a palavra foi escrita sem o acento gráfico,
presente em uma interrogativa indireta. Equivale a "por que motivo". fazendo, portanto, referência ao verbo. Com o acento – negligência (ne-
LETRA B - CERTO - A forma "por que" é empregada, pois ela é formada gli-gên-cia) -, tem-se o substantivo.
pela preposição "por" e pelo pronome relativo "que". Equivale a "pelas LETRA E – ERRADA - Trata-se de palavra paroxítona.
quais". Deve-se tomar o cuidado, assim, de não pronunciar "médico",
LETRA C - CERTO - A forma "por que" é empregada, pois ela está substantivo, uma proparoxítona.
presente em uma interrogativa indireta. Equivale a "por que motivo". Observe que a palavra não foi escrita com acento. Trata-se, portanto,
LETRA D - ERRADO - Deve-se empregar a forma "por quê" - separado da flexão do verbo “medicar” (eu medico, tu medicas, ele medica, ...).
e com acento -, por se tratar de uma interrogativa em final de oração. Resposta: A
Nesse caso, o "quê" é tônico, devendo ser acentuado.

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37. RESOLUÇÃO: Em ambas as frases, é possível identificar o pronome relativo “que”
LETRA A - ERRADA - O correto seria: “Os fiéis católicos reconheceram atuando como sujeito das formas verbais “mantém” – na frase 1 – e
que Vossa Santidade, apesar da exiguidade do seu tempo, manteve “mantêm” – na frase 2.
uma agenda de eventos relevante.”. Como “mantém”, na frase 1, está no singular, o pronome relativo
Comentários: “que” retoma um termo antecedente no singular. Ocorre que o único
Independentemente se o pronome de tratamento é de 2ª pessoa (Vossa antecedente singular é “departamento fabril”. Dessa forma, é o
Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Santidade, etc), ou de 3ª pessoa departamento que está com a produtividade abaixo do esperado.
(Sua Senhoria, Sua Excelência, Sua Santidade, etc), a flexão verbal se O que isso significa? Significa que o Governo estuda demitir todos
dará sempre em 3ª pessoa. Dessa forma, o pronome possessivo os funcionários do departamento fabril, pois este apresenta
associado ao pronome de tratamento é "seu(s)", "sua(s)", "dele(s)", produtividade aquém (abaixo) do esperado.
"dela(s)". Cuidado, moçada!
Como “mantêm”, na frase 2, está no plural, o pronome relativo “que”
LETRA B - ERRADA - O correto seria: “O assunto lhe suscitou retoma um termo antecedente no plural. Ocorre que o único
interesse e desejo de pôr em debate diversas questões importantes do
antecedente plural é “funcionários”. Dessa forma, são alguns
cotidiano profissional.”.
funcionários do departamento que estão com a produtividade abaixo do
Comentários: esperado.
Cuidado com a grafia de algumas palavras. Temos a mania de pôr "s"
O que isso significa? Significa que o Governo estuda demitir alguns
onde não há e de não pôr "s" onde há. Paciência!
funcionários do departamento fabril, apenas aqueles que apresentam
Fique atento nas seguintes grafias: consciência, propiciar, descendente, produtividade aquém (abaixo) do esperado.
beneficente, acariciar, etc.
Se avaliarmos a situação descrita no enunciado – um funcionário
LETRA C - ERRADA - O correto seria: Alguns estudiosos consideraram
com produtividade individual satisfatória, mas alocado num
ultraje associar o início da modernidade a Descartes, mas a questão
departamento cuja produtividade é ruim – a situação 1 lhe é
não para por aí.
desfavorável, haja vista que se leva em consideração não o resultado
Comentários:
individual, mas o do departamento como um todo.
1) O vocábulo "ultraje" vem do verbo "ultrajar", que significa "ofender".
A resposta, portanto, é a letra A.
2) Não há crase antes de Descartes, pois se trata de nome próprio
As letras B e E estão falsas, pois, de acordo com a frase 1, há
masculino, que rejeita artigo definido.
motivos sim para preocupação, haja vista que o critério para demissão
Se tivéssemos um nome próprio feminino, a crase seria facultativa (Ex:
atinge diretamente o funcionário.
"Fiz uma homenagem à Maria" ou "Fiz uma homenagem a Maria").
A letra C está falsa, pois, como explicado anteriormente, a situação
3) Não há mais acento diferencial em "para" (preposição) e "para"
descrita na frase 1 é desfavorável ao funcionário em questão.
(flexão do verbo "parar").
LETRA D - ERRADA - O correto seria: As ponderações do eminente A letra D está falsa, pois a situação descrita na fase 2 não atinge o
cientista, insertas em sua tese de pós-doutorado, nada têm de funcionário em questão, pois este apresenta bons resultados
polêmicas. individuais.
Comentários: Resposta: A
1) Não confundir "eminente" (ilustre, importante) com "iminente"
(urgente, prestes a ocorrer). Na redação proposta, o correto é "eminente Gabarito
cientista" (importante cientista); 01 E 02 C 03 C 04 B 05 D
2) Está correta a grafia de “insertas” e “têm”. O primeiro vocábulo é uma 06 B 07 A 08 A 09 E 10 B
variante do particípio “inseridas”. Já o segundo vocábulo corresponde à 11 E 12 E 13 C 14 E 15 E
flexão de 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo do verbo “ter” 16 B 17 C 18 E 19 C 20 B
(Ele tem x Eles têm). 21 A 22 C 23 D 24 B 25 B
LETRA E - CERTA. 26 C 27 D 28 D 29 C 30 E
Comentários: 31 D 32 B 33 A 34 D 35 D
36 A 37 E 38 A
1) Muita atenção com a grafia de "adivinhar" (com "i").
Outras grafias que causam dúvida quanto à presença ou ausência do
"i": bandeja (sem "i"), prazeroso (sem "i"), manteiga (com "i"), etc.
2) Não confundir "aferir" (fazer estimativa) com "auferir" (conseguir,
obter, colher).
Resposta: E

38. RESOLUÇÃO:
Na frase 1, a forma verbal “mantém” está grafada com acento
agudo, o que nos permite afirmar que está flexionada na 3ª pessoa do
singular do Presente do Indicativo.
Já na frase 2, a forma verbal “mantêm” está grafada com acento
diferencial circunflexo, o que nos permite afirmar que está flexionada na
3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo.

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MORFOLOGIA
01. FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 a) A indústria causou a poluição do rio;
A frase abaixo em que o emprego do artigo mostra inadequação é: b) As águas do rio ficaram poluídas;
a) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já foram novas; c) As margens do rio estão cheias de lama;
b) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas novas; d) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
c) Todos os bons pensamentos estão presentes no mundo, só falta e) Os peixes do rio são bem saborosos.
aplicá-los;
d) Em toda a separação existe uma imagem da morte;
05. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
e) Alegria de amor dura apenas um instante, mas sofrimento de amor
A frase que NÃO apresenta qualquer forma de superlativação de um
dura toda a vida.
adjetivo é:
a) Sou extraordinariamente paciente desde que as coisas sejam feitas
02. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
do meu jeito;
“Se no Brasil a ética chegou a esse ponto, imagine a etiqueta, que é a
b) A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível
pequena ética”. A autora da frase, Danuza Leão, se refere à forma
mesquinho das massas;
(etiqueta.) que perdeu o valor diminutivo e passou a designar uma outra
realidade. c) O ouro é um metal amarelo ultra-apreciado;
A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado conservou o valor d) Uma besteira menor, consciente, pode impedir uma besteira grande
diminutivo é: pra cachorro, inconsciente;
a) Ao ser perguntado sobre em que dia da semana estava, teve que e) Veja o meu caso: saí do nada e cheguei à extrema pobreza.
consultar a folhinha na parede da sala;
b) Saía sempre às sextas para tomar uma cervejinha com os amigos; 06. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
c) A propaganda aconselhava o uso de camisinha; A frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de MIM é:
d) Alguns espectadores visitam os atores no camarim; a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista;
e) Após a chuva, havia gotículas de água no vidro dos carros. b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mulher;
c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão;
03. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018 d) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso;
A questão baseia no texto apresentado abaixo. e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.
Prioridade à cultura
Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado) 07. FGV - Assistente Legislativo (ALERO)/2018
A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a
se dá por acaso. Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela espécie sem causar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais
extinção de uma série de políticas e pilares que sustentam a cultura se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura.
brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém. É muito Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho
políticas públicas para a cultura não devem ser prioritárias. Combater
escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava
essa generalização equivocada é urgente.
para a sua caverna. Com o passar do tempo este método foi sendo
O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das
abandoná-las. A desidratação frequente que a gestão pública do setor mulheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O
vem sofrendo inibe a consolidação de mecanismos de mapeamento homem precisava aproximar-se dela, cheirar seus cabelos, grunhir no
contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse
população aos bens culturais.
distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.
No texto aparecem pares de palavras formados por substantivo + (fragmento)
adjetivo ou adjetivo + substantivo; o par em que a troca de posição
VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm.
dessas palavras NÃO deve ser feita por tratar-se de um adjetivo de
1994.
relação é:
a) desidratação frequente; “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a
arrastava para a sua caverna.”
b) generalização equivocada;
“... mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída,
c) mapeamento contínuo;
bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.”
d) cultura brasileira;
Nesses dois segmentos do texto vemos duas formas diferentes do
e) crises graves. mesmo pronome pessoal; assinale a opção em que a forma do pronome
pessoal empregada está incorreta.
04. FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 a) Os homens faziam-na entrar na caverna.
Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de b) Fá-la-iam entrar na caverna à força.
substantivo + locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da
c) Fazia-a aceitar o casamento na base da violência.
água = esportes aquáticos).
d) Espero que a faças aceitar-te como marido.
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um
adjetivo é: e) Faça-la cumprir o prometido antes do casamento.

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08. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/2018 Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em
A frase em que a substituição de um termo anterior pelo pronome nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos
pessoal oblíquo sublinhado é feita de forma inadequada é: e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade.
a) “O desejo de conquista é cousa realmente muito natural e comum; e, (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
sempre que os homens conseguem satisfazê-lo, são louvados.” O segmento do texto em que o emprego da preposição EM indica valor
b) “Existem dois objetivos na vida: o primeiro, o de obter o que semântico diferente dos demais é:
desejamos; o segundo, o de desfrutá-lo.” a) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas”;
c) “Moral é o que te fez sentir bem depois de tê-lo feito.” b) “A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”;
d) “A caridade é o único tesouro que se aumenta, ao dividi-lo.” c) “... seriam crimes já especificados em lei”;
e) “A virtude é como o percevejo, Para que exale seu odor é preciso d) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”;
esmagá-lo.”
e) “...ainda que em citação longa e sem aspas”.

09. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/ 2018


12. FGV - Auditor Municipal de Controle Interno (CGM Niterói)/2018
Assinale a frase em que a substituição de um termo anterior por um
pronome pessoal oblíquo é feita de forma graficamente inadequada: Texto 1 – Dados Primários
a) ”Conheceríamos muito melhor muitas coisas se não quiséssemos Há cerca de 15 anos, um grupo de pesquisadores do Imazon (Instituto
identificá-las com tanta precisão.” do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.) preparava um estudo sobre
indicadores de sustentabilidade da cidade de Belém e precisava saber
b) “Quem respeita a bandeira desde pequeno saberá defendê-la quando
quantos metros quadrados de praças e áreas verdes havia em cada
grande.”
bairro da região metropolitana. Durante três meses, os pesquisadores
c) “Se eu conhecesse alguma coisa que fosse útil à minha pátria, mas buscaram o dado junto a órgãos públicos. Protocolo para cá, ofício para
prejudicial à Europa, ou que fosse útil à Europa, mas prejudicial ao lá, o máximo que conseguiram foi uma estimativa de que existiam “umas
gênero humano, considerá-la-ia um crime.” cem praças”. Beto Veríssimo, líder de estudo, reuniu a equipe e propôs;
d) “Dou liberdade às minhas mãos errantes e deixo-las andar.” vamos medir nós mesmos. Armados de GPS, trena e suor, em dois
e) “Os vícios: é mais fácil desarraigá-los do que refreá-los.” meses mapearam quase duas mil praças e áreas verdes na capital
paraense.
10. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/ 2018 Lembrei-me desse episódio ao participar do debate recente sobre os
Indique a frase em que o pronome pessoal mostra valor possessivo. dados de cobertura e uso da terra no Brasil.
a) “Se a dor de cabeça nos chegasse antes da embriaguez, guardar- Em artigo recente no “Valor Econômico”, o autor conclui, após, segundo
nos-íamos de beber demais.” ele, cruzar várias fontes de dados, que entre 1990 e 2016 a área
ocupada pela atividade agropecuária no Brasil teria sido reduzida em
b) “O silêncio eterno desses espaços infinitos nos assusta.”
4,2 milhões de hectares, a despeito de 38 milhões de hectares terem
c) “Ter nascido nos estraga a saúde.” sido desmatados no mesmo período. Afirma que a regeneração da mata
d) “Tem ideia de quanto mal nos fazemos por essa maldita necessidade nativa teria alcançado 50 milhões de hectares no período e que,
de falar?” portanto, para cada hectare desmatado, 1,3 hectare era recuperado. A
e) “São a paixão e a fantasia que nos deixam eloquentes.” expansão da produção agropecuária teria se dado, então,
exclusivamente pelos extraordinários ganhos de produtividade.
11. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/2018 O incauto, ao ler tal informação, poderia concluir que a área das matas
TEXTO - brasileiras teria aumentado nas últimas décadas, e a agropecuária
Ressentimento e Covardia reduzido a área ocupada. Portanto, a expansão da agropecuária não
teria causado desmatamento e degradação. Ou seja, tudo ótimo, nada
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da
a mudar, basta seguirmos no rumo em que estamos.
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica
que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e Nestas horas, é importante voltar às fontes de dados primários sólidas
eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em e abrangentes no tempo e no espaço.
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da Existem atualmente três iniciativas de mapeamento de cobertura e uso
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a da terra no Brasil. [...] Ainda que todos possam ser melhorados e,
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de embora tenham diferenças de abordagem metodológica, legenda e
apropriação indébita. resolução, os dados gerados por esses três projetos indicam de forma
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais inequívoca:
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das • o Brasil perdeu cobertura florestal e vegetação nativa durante todos os
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a períodos analisados;
comunicação virtual está em sua pré-história. • a área ocupada pela atividade agropecuária cresceu em todos os
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que períodos;
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais • houve regeneração em larga escala no Brasil, mas ela ainda
comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e representa menos de um terço das áreas desmatadas;
que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um
• mais de 90% das áreas desmatadas se convertem em agropecuária.
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de Esta é a realidade nua e crua dos dados primários. Eles, decerto, estão
injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade sujeitos a muitas análises e interpretações. Estas só não podem ir de
propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao encontro aos fatos.
contraditório. Tasso Azevedo, O GLOBO, 28/02/2018.

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Assinale a opção em que as duas preposições destacadas não aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais
possuem o mesmo valor semântico. agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção
a) “um estudo sobre indicadores de sustentatibilidade” / “... debate do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”.
recente sobre os dados de cobertura e uso da terra no Brasil”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de
b) “cresceu em todos os períodos analisados” / “... em dois meses eles perceber uma imagem de propaganda.
mapearam quase duas mil praças”. Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que
c) “Durante três meses...” / “florestal e vegetação nativa durante todos não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as imagens
os períodos analisados”. se encarregam de nos invadir.
d) “Protocolos para cá” / “ofícios para lá”. Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira
habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é a
e) “Armados de GPS, trena e suor” / “após, segundo ele, cruzar várias observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa,
fontes de dados”. voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma
que quero, quando quero observar.
13. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018 Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer
A questão baseia no texto apresentado abaixo. genericamente: alto, magro, de meia-idade: ou então ser bem
Quem protege os cidadãos do estado? específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa
internacionais ratificadas pelos países, busca garantir aos cidadãos o costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40
acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras anos.
situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir
públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.
exemplo. OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a 2001.
evitar que haja risco para a vida das pessoas nesses casos, como a “Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais
Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteiras. observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir
Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.”
em regiões de conflito onde há perigo para a população. Nesse parágrafo do texto há três ocorrências do vocábulo mais. Sobre
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência essas ocorrências, assinale a afirmativa correta.
de voluntariado em uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. a) Os três vocábulos pertencem a três classes diferentes.
Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma organização que b) Os três vocábulos pertencem à mesma classe gramatical.
pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em
conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma c) As duas últimas ocorrências documentam a classe dos pronomes.
posição política favorável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, d) As duas primeiras ocorrências documentam a classe dos advérbios.
seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte e) A segunda ocorrência documenta uma classe gramatical diferente
bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida. das demais.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é
preciso que as partes envolvidas no conflito respeitem os direitos dos 15. FGV - Analista Legislativo (ALERO)//2018
pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localização de Um dos recursos expressivos na escrita consiste em deslocar palavras
suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é da classe gramatical a que elas pertencem. Das frases abaixo, a única
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter em que isso não ocorre é:
humanitário da ação dos profissionais da organização.
a) “A morte produz o agradável: as viúvas.”
A opção em que a nominalização do segmento sublinhado está
INCORRETA é: b) “O cantar afasta as tristezas do coração.”
a) “busca garantir aos cidadãos o acesso pleno” / busca a garantia aos c) “Morreu, mas num lentamente admirável.”
cidadãos do acesso pleno”; d) “Arrancou o celeste raio e o tirânico cetro.”
b) “estabelecendo políticas públicas autoritárias” / com o e) “No passar das coisas existe algo maravilhoso.”
estabelecimento de políticas públicas autoritárias;
c) “investindo poucos recursos” / com o investimento de poucos 16. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador) /2018
recursos; “A sociedade é que produz cultura. O Estado não pode produzir cultura,
d) “envolvendo civis em conflitos armados” / com o envolvimento de civis nem substituir a sociedade nessa tarefa. Mas ao Estadocabe o papel de
em conflitos armados; animador, de difusor e promotor da democratização dos bens culturais”.
e) “proporcionar uma atuação transparente” / proporção de uma atuação (Celso Furtado)
transparente. Em termos de língua culta, a substituição do termo sublinhado é
INADEQUADA em:
14. FGV - Analista Legislativo (ALERO) /2018 a) “é que produz cultura” / é que a produz;
Observação b) “não pode produzir cultura” / não a pode produzir;
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de c) “nem substituir a sociedade” / nem substituí-la;
observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos tão d) “Mas ao Estado cabe” / Mas lhe cabe;
bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos
e) “cabe o papel de animador” / cabe-lhe.
proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta,

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17. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/2017 c) anciões/anciãos;
“Estácio gostava de lhe ver o airoso do busto e a firme serenidade com d) anões/anãos;
que ela conduzia o animal”. e) corrimãos/corrimões.
Nesse segmento de um romance machadiano, o autor realiza o que se
chama uma substantivação de um adjetivo; o mesmo acontece no
21. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/ 2017
seguinte trecho abaixo:
Segundo nossas gramáticas, a classe dos adjetivos expressa
a) “O silêncio não era completo; ouvia-se o rodar de carros que
semanticamente: características, qualidades, estados e relações. O
passavam fora”.
adjetivo abaixo que expressa uma característica é:
b) “O proceder de Luís Alves, sóbrio, direto, resoluto, sem
a) referências cristãs;
desfalecimentos, sem demasias ociosas, fazia perceber à moça que ele
nascera para vencer”. b) vida cotidiana;
c) “Apertei-lhes a mão e saí, a rir comigo da superstição das duas c) opções estéticas;
mulheres, um rir filosófico, desinteressado, superior”. d) vasto público;
d) “ Mas aqui estão os retratos de ambos, sem que o encardido do tempo e) elementos fundamentais.
lhes tirasse a primeira expressão”.
e) “Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar”. 22. FGV - Recenseador (IBGE)/2017
Texto 4
18. FGV - Assistente Técnico-Administrativo (MPE BA)/2017 ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS
TEXTO - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA “Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies
Rosely Sayão animais que foram extintas por vários motivos.
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’, afloram as
científicas, dizem que alimentação é uma questão de saúde. Programas várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando.
de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável, Dentre essas ações, as principais talvez sejam:
livros oferecem cardápios de populações com alto índice de
i) a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais
longevidade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos
menores; todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem
dietas para cardíacos, para hipertensos, para gestantes, para obesos,
expressivos lucros;
para idosos.
ii) a descuidada aplicação dos chamados ‘defensivos agrícolas’ ou
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar
agrotóxicos, desestabilizando completamente o ecossistema;
a refeição e se encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta
de tempo? Talvez as pessoas tenham escolhido outras prioridades: iii) as grandes tragédias provocadas também pela incúria humana como
numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos entrevistados no os incêndios florestais e derramamento de petróleo cru nos mares;
Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam. iv) o desmatamento de grandes áreas, fator de cruel desalojamento dos
[....] habitats de incontáveis espécies animais”.
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque (Eurípedes Kuhl)
ocorre com regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais O par abaixo que muda de sentido se for invertida a posição de seus
podem expressar e atualizar seus afetos pelos filhos de modo mais dois elementos é:
natural. (adaptado) a) vários motivos;
A palavra abaixo, retirada do texto, que mostra processo de formação b) grande porte;
diferente dos demais é: c) animais menores;
a) comunicação;
d) grandes áreas;
b) devidamente;
e) cruel desalojamento.
c) saudável;
d) hipertensos;
23. FGV - Agente Censitário (IBGE)/2017
e) científicas.
“A democracia reclama um jornalismo vigoroso e independente. A
agenda pública é determinada pela imprensa tradicional. Não há um
19. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017 único assunto relevante que não tenha nascido numa pauta do
Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que jornalismo de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as redes
fazem seus plurais, exata e respectivamente, como: sociais para reverberar, multiplicar e cumprem assim relevante papel
a) escrivão / vulcão; mobilizador. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de conteúdo
b) cristão / ademão; independentes”.
c) anão / corrimão; (O Estado de São Paulo, 10/04/2017)
d) chorão / ancião; O texto, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto de adjetivos
sublinhados que poderiam ser substituídos por locuções; a substituição
e) cartão / aldeão.
abaixo que está adequada é:
a) independente = com dependência;
20. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017
b) pública = de publicidade;
Muitos vocábulos com o sufixo - ão apresentam mais de uma forma de
plural; entre os pares abaixo, aquele que apresenta uma forma c) relevante = de relevância;
ERRADA é: d) sociais = de associados;
a) escrivãos/escrivães; e) mobilizador = de motivação.
b) aldeões/aldeães;

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24. FGV - Agente Censitário (IBGE)/2017 Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate mais rápido
“Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do quando uma pessoa está apaixonada”, há dois exemplos de variação
Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro. de grau.
Passados quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta.
que envolveu Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se a) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de adjetivo.
apequenou nos livros didáticos e se restringiu às discussões b) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos.
acadêmicas. Neste livro, fruto de pesquisas históricas rigorosas, mas c) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau comparativo do adjetivo.
escrito com o ritmo de uma grande reportagem, o leitor poderá se
d) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por meio de um
transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar de perto a
sufixo.
grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no continente
sul-americano e lembranças de momentos difíceis”. e) Apenas na primeira frase há variação de grau.
(adaptado - A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima)
Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou 28. FGV - Assistente de Saneamento e Gestão (COMPESA)/2018
adjetivo + substantivo, retirados do texto, aquele em que a troca de Uma carta e o Natal
posição dos termos provoca modificação de sentido é: Este será o primeiro Natal que enfrentaremos, pródigos e lúcidos. Até o
a) página desbotada; ano passado conseguimos manter o mistério — e eu amava o brilho de
teus olhos quando, manhã ainda, vinhas cambaleando de sono em
b) conflito sangrento;
busca da árvore que durante a noite brotara embrulhos e coisas. Havia
c) discussões acadêmicas; um rito complicado e que começava na véspera, quando eu te mostrava
d) pesquisas rigorosas; a estrela de onde Papai Noel viria, com seu trenó e suas renas,
e) grande reportagem. abarrotado de brinquedos e presentes.
Tu ias dormir e eu velava para que dormisses bem e profundamente.
25. FGV - Analista Censitário (IBGE) /2017 Tua irmã, embora menor, creio que ela me embromava: na realidade,
ela já devia pressentir que Papai Noel era um mito que nós fazíamos
“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se força para manter em nós mesmos. Ela não fazia força para isso, e
juntássemos os adjetivos sublinhados em forma de adjetivo composto, desde que a árvore amanhecesse florida de pacotes e coisas, tudo dava
a forma correta, no contexto, seria: na mesma. Contigo era diferente. Tu realmente acreditavas em mim e
a) econômicas-sociais; em Papai Noel.
b) econômico-social; Na escola te corromperam. Disseram que Papai Noel era eu — e eu
c) econômica-social; nem posso repelir a infâmia e o falso testemunho. De qualquer forma,
d) econômico-sociais; pediste um acordeão e uma caneta — e fomos juntos, de mãos dadas,
e) econômicas-social. escolher o acordeão.
O acordeão veio logo, e hoje, quando o encontrar na árvore, já vai saber
o preço, o prazo da garantia, o fabricante. Não será o mágico brinquedo
26. FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental de outros Natais.
(SEPOG RO)/2017
Quanto à caneta, também a compramos juntos. Escolheste a cor e o
Abaixo, estão cinco pares de substantivo + adjetivo retirados do texto. modelo, e abasteceste de tinta, para "já estar pronta" no dia de Natal.
Assinale a opção que indica o par em que é possível a troca de posição Sim, a caneta estava pronta. Arrumamos juntos os presentes em volta
dos termos. da árvore. Foste dormir, eu quedei sozinho e desesperado.
a) Notícia triste E apanhei a caneta. Escrevi isto. Não sei, ainda, se deixarei esta carta
b) Órgão vital junto com os demais brinquedos. Porque nisso tudo o mais roubado fui
c) Músculo oco eu. Meu Natal acabou e é triste a gente não poder mais dar água a um
velhinho cansado das chaminés e tetos do mundo.
d) Batimentos cardíacos
Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 31/12/2017.
e) Pressão arterial
“... que durante a noite brotara embrulhos e coisas”.
A forma verbal “brotara” pode ser adequadamente substituída por
27. FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental a) brotou.
(SEPOG RO)/2017
b) brotava.
TEXTO.
c) vinha brotando.
Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário
d) havia brotado.
do que dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que
serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é e) eram brotados.
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue
para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim, 29. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/2018
cardiologista do Hospital do Coração. “Toda vez que pinto um retrato perco um amigo.”
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois As formas verbais sublinhadas mostram perfeita concordância de
sistemas de bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele tempos; as formas verbais a seguir que mostram inadequação são:
recebe o sangue das veias e lança para as artérias. Para isso contrai e a) pintava / perdia.
relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o b) pinte / tenho perdido.
amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está c) tivesse pintado / teria perdido.
apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimentos d) pintasse / perderia.
cardíacos e a pressão arterial”.
e) pintara / tinha perdido.
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)

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30. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/2018 que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e
Assinale a frase cujas formas verbais mostram correspondência eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em
adequada de tempos. outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
a) “Nenhuma moralidade pode fundar-se na autoridade, mesmo que a imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a
autoridade fosse divina.” violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de
b) “Se os teus princípios morais te deixam triste, podes estar certo de apropriação indébita.
que estivessem errados.” (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
c) “O modo mais seguro de prevenir as revoltas é que eliminássemos “Tenho comentado aqui na Folha”; o tempo verbal destacado nesse
sua matéria.” segmento inicial do texto indica uma ação que:
d) “´Foi o cargo que permitiu que se conheça o homem.” a) se iniciou e terminou no passado;
e) “Tenho a impressão de que a exclamação ‘A pátria corre perigo’ não b) mostra início indeterminado e continuidade no presente;
seja tão terrível quanto ‘A cultura corre perigo!’” c) indica repetição sem determinação de tempo;
d) se iniciou no passado e termina no presente;
31. FGV - Assistente de Saneamento e Gestão (COMPESA)/2018 e) se localiza antes de outra ação também passada.
“... ela já devia pressentir que Papai Noel era um mito que nós fazíamos
força para manter em nós mesmos.”
36. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/2018
Se trocássemos a forma da oração reduzida sublinhada por uma oração
desenvolvida, a forma adequada seria: O verbo falsear apresenta como forma errada de conjugação:
a) para que mantivéssemos em nós mesmos. a) falseiamos;
b) para a manutenção em nós mesmos. b) falseias;
c) para que mantenhamos em nós mesmos. c) falseemos;
d) para que seja mantido em nós mesmos. d) falseie;
e) para mantermos em nós mesmos. e) falseiam.

32. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018 37. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/2018
A forma do verbo “impor” que está INCORRETA é: “... que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou
a) impunha; esclarecidos caso por caso”.
b) impusesse; Nesse segmento do texto, a locução “podem ser” forma uma só oração
c) imponha; por tratar-se de uma locução não verbal; a forma abaixo que constitui
d) impuser; duas orações por NÃO se tratar de locução verbal é:
e) impora. a) querem ser;
b) devem ser;
33. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018 c) gostam de ser;
“Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas de d) vão ser;
aula...”; a frase abaixo que mostra uma forma verbal INADEQUADA de e) fazem ser.
um verbo composto de “ter” é:
a) ela não se atinha ao tema indicado; 38. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
b) elas se entreteram com o filhote do animal; “Não sei ver nada do que vejo; vejo bem apenas o que relembro e tenho
c) espero que eles não detenham a sua revolta; inteligência apenas nas minhas lembranças”. (Rousseau)
d) pensou em retê-lo após a conferência; A relação ver/vejo só NÃO se repete de forma correta no seguinte par:
e) esperava que ela se contivesse diante dele. a) rir / rio;
b) trazer / trago;
34. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 c) requerer / requeiro;
“Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós d) deter / detenho;
vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo
que não deveríamos ser”. e) reaver / reavejo.
A forma verbal “deveríamos ser” forma uma locução verbal como os
vocábulos abaixo: 39. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/2018
a) queremos ser; “Se eu falasse, ninguém acreditaria”.
b) mandamos ser; O emprego de tempos verbais nesse segmento do texto está correto,
c) deixemos ser; segundo a norma culta; a frase abaixo em que se mantém a correção
d) vimos ser; gramatical é:
e) ouvimos ser. a) Se eu falasse, ninguém acreditava;
b) Se eu falo, ninguém acreditaria;
35. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 c) Caso eu falasse, ninguém acreditava;
Ressentimento e Covardia d) Caso eu fale, ninguém acredita;
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da e) Se eu falava, ninguém acreditaria.
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica

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40. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/2018 capacidade de investir mais ou menos em seu próprio bem-estar e no
A frase do texto que se apresenta na voz passiva é: dos outros.
a) “A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos
não se dá por acaso”; interessantes. Assim, poderemos ter uma ideia mais precisa e útil do
que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é
b) “...a gestão pública do setor vem sofrendo...”;
necessário desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma
c) “...generalize-se a opinião...”; personalidade virtuosa. Isso vai um passo além do cognitivo e do
d) “...política públicas para a cultura não devem ser prioritárias”; emocional.
e) “Combater essa generalização equivocada é urgente”. “A verdadeira sabedoria está em reconhecer a própria ignorância.”
Sócrates.
41. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/2018 Disponível em https:amentemaravilhosa.com.br/inteligencia-e-
A Copa do Mundo da Rússia só começa no dia 22 de junho, mas a febre sabedoria/
dos álbuns com os jogadores das seleções já se espalhou e chegou até A frase do texto 2 que NÃO exemplifica a voz passiva é:
ao plenário de uma assembleia legislativa brasileira. O flagrante de dois a) “Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são
assessores trocando figurinhas durante uma sessão foi divulgado pelas valorizados”;
redes sociais e a cena se espalhou. b) “Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a
No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas obter sucesso”;
no Twitter, o internauta chega a especular que seriam deputados, mas c) “Eles devem ser observados, analisados e desconstruídos”;
a direção da casa esclareceu tratarem-se de assessores. “Votação
d) “Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da
importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem trabalhando
bondade”;
e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais, estão trocando e colando
figurinha da Copa do Mundo em meio à votação. Se eu falasse, ninguém e) “Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será
acreditaria”, diz o post. encontrada uma definição simples”.
Outro post com mais de 40 mil compartilhamentos traz um vídeo
mostrando que a troca ocorreu enquanto uma deputada discursava 43. FGV - Assistente Legislativo (ALERO)/2018
sobre uma proposta. O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a
A direção da casa legislativa confirmou que as imagens foram feitas espécie sem causar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais
durante a sessão da quarta feira e esclareceu que elas mostram dois se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura.
“assessores de deputados” trocando figurinhas durante a sessão. “O Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
comportamento não é justificável. Os gabinetes dos deputados aos casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho
quais os assessores pertencem, já foram informados, e cabe aos escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava
parlamentares decidir como proceder”. (adaptado) para a sua caverna. Com o passar do tempo este método foi sendo
abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das
“O flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão mulheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O
foi divulgado pelas redes sociais e a cena se espalhou”. homem precisava aproximar-se dela, cheirar seus cabelos, grunhir no
O segmento “foi divulgado pelas redes sociais” do texto é exemplo de seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse
voz passiva; se a mesma frase fosse colocada na voz ativa, a forma distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.
verbal adequada seria: (fragmento)
a) divulgaram; VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm.
b) divulgaram-se; 1994.
c) divulgou-se; Assinale a opção em que a frase do texto mostra um exemplo de voz
d) divulgam-se; passiva verbal.
e) divulga-se. a) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de
propagar a espécie sem causar falatório na vizinhança.”
b) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e
42. FGV - Analista (TJ SC)/2018
variam de cultura para cultura.”
Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na
c) “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça
linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente. Vivemos
e a arrastava para a sua caverna.”
em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são valorizados.
Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter d) “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
sucesso. No entanto, apenas os sábios conseguem uma felicidade casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado.”
autêntica. Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da e) “...quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça
bondade, aplicando uma visão mais otimista à vida. e arrastá-la para a caverna.”
Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada
uma definição simples: a faculdade das pessoas de agir de maneira 44. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017
sensata, prudente ou correta. Sendo assim, a primeira pergunta que A forma verbal abaixo corretamente conjugada é:
vem à mente é: a inteligência não nos dá a capacidade de nos a) Todos se entreteram com os novos jogos;
movimentarmos no nosso dia a dia da mesma maneira? Um QI médio b) Os turistas reouveram seus pertences;
ou alto não nos garante a capacidade de tomar decisões acertadas?
c) O repórter interviu na discussão;
É claro que sim. Também é claro que quando falamos de inteligência
d) Quando o ver de novo, dar-lhe-ei o recado;
surgem diferentes nuances. Por isso, o tipo de personalidade e a
maturidade emocional são fatores que influenciam mais concretamente e) Ele se manteu no cargo até o último momento.
as realizações das pessoas. Isso também é verdadeiro em relação à

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45. FGV - Recenseador (IBGE)/2017 47. FGV - Recenseador (IBGE)/2017
A ORIGEM DA VIDA NO UNIVERSO A frase abaixo (texto 4) que mostra uma voz verbal diferente das demais
Uma descoberta anunciada na semana passada joga mais luz sobre a é:
origem da vida no universo. Em um artigo publicado na revista Nature – a) “...desestabilizando completamente o ecossistema”;
uma das mais importantes publicações científicas do mundo –, b) “...afloram as várias atividades humanas que as provocaram, ou
pesquisadores ingleses relatam a identificação de microfósseis de estão provocando”;
bactérias que teriam surgido entre 4,2 bilhões de anos e 3,7 bilhões de
anos atrás. Se for confirmado, será o mais antigo registro de vida na c) “Dentre essas ações, as principais talvez sejam...”;
Terra. d) “... todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem
“...pesquisadores ingleses relatam a identificação de microfósseis de expressivos lucros”;
bactérias que teriam surgido entre 4,2 bilhões de anos e 3,7 bilhões de e) “Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’...”.
anos atrás. Se for confirmado, será o mais antigo registro de vida na
Terra”. 48. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas A I
Em função da forma verbal “teriam surgido”, os leitores tomam (IBGE)/2016
conhecimento de que a informação da descoberta é:
Entre as funções do técnico do IBGE, aparece a de “Executar de acordo
a) uma certeza dos estudiosos; com instruções e/ou orientações, as rotinas administrativas necessárias
b) uma opinião dos descobridores; à manutenção da Unidade de Trabalho, desde o recebimento, a
c) uma possibilidade sugerida; organização, a guarda e o encaminhamento de documentos
d) uma dúvida sobre a descoberta; institucionais e de interessados, utilizando os recursos de informática
e) uma hipótese já comprovada. disponibilizados pela Instituição e os sistemas corporativos e federais”.
Fonte:
46. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/Engenharia Florestal/2017 http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_p
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo nad_jc_ab
dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um No texto, o gerúndio “utilizando” indica:
país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste a) o meio de execução das rotinas administrativas;
jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui. b) o modo de utilizar os recursos de informática;
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais c) a finalidade da manutenção da Unidade de Trabalho;
o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de
d) a localização espacial das instruções e orientações;
uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas
são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo e) as condições de utilização dos serviços de informática.
prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma
segunda coragem. 49. FGV - Analista de Sistemas (Paulínia)/2016
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm Os segmentos sublinhados a seguir mostram certas composições com
sido tão destrutivos e desagregadores. o verbo ter.
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma Assinale a frase em que ocorreu a substituição adequada desse
famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que segmento por um só verbo de sentido equivalente e em forma correta.
traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos
anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal, a) “Teria sido o mundo criado jamais se o seu criador tivesse medo de
primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En- suscitar confusão? Criar vida quer dizer criar confusão.” / evitasse
Lai respondeu: “É cedo para dizer”. b) “Chamamos aristocratas a todos os que têm vida ociosa graças a
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um seus enormes feudos, sem ter de trabalhar.” / vivenciam ociosamente
simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou En- c) “Sempre tive desejo de ver a Europa. Para os filhos da América é
Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil uma espécie de sonho, uma ambição, que me parece natural.” /
francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda. desejaria
Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que d) “Tinha fé nos homens, mas não a fé da credulidade cega.” / confiava
para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de e) “O homem tem o direito de procurar a sua felicidade.” / deve
quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos.
(O Globo, 15/9/2017)
50. FGV - Oficial de Chancelaria (MRE)/2016
“Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo
dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer”. “O Brasil real começou a ser construído...”; a adoção da voz passiva,
nesse caso:
O emprego da forma verbal “tem feito” é perfeitamente adequada ao
contexto, já que esse tempo verbal expressa ações: a) evita a difícil indicação dos agentes da ação verbal;
a) completamente passadas; b) permite a indicação adequada do sujeito como paciente;
b) que se repetiram no passado; c) indica a presença de uma ação totalmente passada;
c) que se iniciaram no presente; d) mostra a indeterminação do início e fim da ação;
d) iniciadas no passado que continuam no presente; e) define a ação verbal como anterior a outra ação passada.
e) iniciadas no presente e de duração indeterminada.

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51. FGV - Técnico do Ministério Público (MPE RJ) /2016 GABARITO COMENTADO
“O autor nos coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou
muito próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já é 01. RESOLUÇÃO:
possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens A presença do artigo definido após o pronome indefinido “todo” dá uma
a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão do que um ideia de “completo”, “inteiro”. A ausência, por sua vez, dá uma ideia de
dermatologista se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o “qualquer”, “indefinido”.
que exige medidas adicionais”. ALTERNATIVA A – CERTA - Está correto o emprego do artigo em
Esse segmento do texto está realizado em voz ativa; a forma verbal “Todas as coisas”, pois há a ideia de “completo”, ou seja, nada “fica de
passiva correspondente que é indicada de forma inadequada é: fora”.
a) “o autor nos coloca a par” / somos colocados a par pelo autor; ALTERNATIVA B – CERTA - Está correto o emprego do artigo em
b) “que terão grande impacto” / grande impacto será tido; “todas as coisas”, pois há a ideia de “completo”, ou seja, nada “fica de
c) “fotografar pintas suspeitas” / pintas suspeitas serão fotografadas; fora”.
d) “que as analisa” / em que elas são analisadas; ALTERNATIVA C– CERTA - Está correto o emprego do artigo em
“Todos os pensamentos”, pois há a ideia de “completo”, ou seja,
e) “que exige medidas adicionais” / em que medidas adicionais são
nenhum pensamento “fica de fora”.
exigidas.
ALTERNATIVA D– ERRADA - Está errado o emprego do artigo em
“toda a separação”, pois a frase faz menção à ideia de “qualquer”, e não
52. FGV - Analista de Sistemas (Paulínia)/2016 à ideia de “completo”. Dessa forma, deve-se escrever “Em toda
“Teria sido o mundo criado jamais se o seu criador tivesse medo de separação” (= “Em qualquer separação”), sem a presença do artigo “a”.
suscitar confusão? Criar vida quer dizer criar confusão.” ALTERNATIVA E– CERTA - Está correto o emprego do artigo em “toda
Sobre a estruturação gramatical da frase acima, assinale a afirmativa a vida”, pois há a ideia de “completo”, “inteiro”. O trecho “... dura toda a
correta. vida ” equivale a “... dura a vida inteira”.
a) A forma ativa correspondente a “Teria sido criado” é “teria criado”. Resposta: D
b) O advérbio “jamais” traz o significado prioritário de negação.
c) O pronome possessivo “seu” teria que, por clareza, ser substituído
por “dele”. 02. RESOLUÇÃO:
d) A forma verbal “tivesse” expressa o valor de tempo futuro. ALTERNATIVA A: ERRADA – O vocábulo “folhinha” não
necessariamente diz respeito a uma folha pequena. No contexto da
e) A forma verbal “suscitar” poderia ser corretamente substituída por
frase, “folhinha” é uma forma de se referir a “calendário”.
“que suscite”.
ALTERNATIVA B: ERRADA - O vocábulo “cervejinha” não diz respeito
ao diminutivo de “cerveja”. A expressão “tomar uma cervejinha” é uma
53. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC)/2015
maneira informal de fazer referência a “sair com os amigos para beber”.
“Quebrado de cansaço pelo excesso de trabalho, o policial tinha
ALTERNATIVA C: ERRADA - O vocábulo “camisinha” perdeu a noção
adormecido na portaria da revista”.
de diminutivo e passou a fazer referência a “preservativo”.
O tempo simples correspondente à forma verbal sublinhada é:
ALTERNATIVA D: ERRADA - O vocábulo “camarim” perdeu a noção
a) havia adormecido; b) adormecendo; de diminutivo e passou a designar o espaço de concentração e
c) adormecia; d) adormeceria; preparação para quem vai subir ao palco de um espetáculo.
e) adormecera. Independentemente do tamanho desse espaço, dá-se o nome de
camarim.
54. INÉDITA ALTERNATIVA E: CERTA - O vocábulo “gotículas” de fato faz menção
Está incorreta a correlação entre tempos e modos verbais na seguinte a gotas de pequeno tamanho, preservando, assim, seu valor diminutivo.
frase: Resposta: E
a) Muitos se recordariam da felicidade exultante com que eram ingeridos
os pedaços da torta. 03. RESOLUÇÃO:
b) Foi promovida graças ao compadrio que andava na moda e que por Um conceito recorrentemente cobrado em provas da FGV são os
muitos anos ofuscara a meritocracia. adjetivos de relação.
c) Um mal-intencionado sugere que se dê por encerrada a aula e O que seriam os tais adjetivos de relação?
comecemos logo as festividades do feriado.
Quem adota essa classificação é o gramático Celso Cunha.
d) Depois de haver adormecido por três dias na cama de um hospital, o
Ele assim denomina os adjetivos derivados de substantivos. Eles não
paciente acabara sendo salvo por um milagre divino.
estabelecem sentidos de qualidade, mas sim estabelecem com o
e) Já informado do salvamento do paciente, o familiar não se conteve substantivo que modificam uma relação de matéria, assunto, finalidade,
de alegria e se permitiu não comparecer à reunião com o chefe. etc. Daí o nome “adjetivo de relação”.
Além de serem derivados de substantivos, tais adjetivos não admitem
55. INÉDITA graus de intensidade. São objetivos.
“O Governo deve, em 2019, devido à carência de quadro efetivo nos Como assim, professor? Tomemos como exemplo “clima frio”. Note ser
órgãos-chave da Administração Pública, contratar número expressivo possível estabelecer graus de intensidade para o adjetivo “frio”: “clima
de servidores públicos.” muito frio”. “clima bastante frio”, “clima mais ou menos frio”, etc.
A transposição desse período para a voz passiva terá como resultado a Agora tomemos como exemplo “tarifa mensal”. Não é possível agora
seguinte forma verbal: estabelecer graus de intensidade para o adjetivo “mensal”: “tarifa muito
a) devem ser contratados b) deve ser contratado mensal”, “tarifa bastante mensal”, “tarifa mais ou menos mensal”, etc.
c) têm sido contratados d) devem ser contratados Não faz sentido, certo? O adjetivo “mensal” não é, portanto, uma
e) está contratando qualidade, mas sim um tipo.

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Outra característica do adjetivo de relação é o fato de este geralmente ALTERNATIVA C – CERTA - A expressão “do rio” é locução adjetiva,
aparecer posposto ao substantivo: “tarifa mensal” ou “mensal tarifa”? pois expressa a ideia de posse. É possível, dessa forma, substituir a
Não faz sentido posicioná-lo anteposto ao substantivo, correto? expressão “do rio” por “fluviais”.
Analisemos as opções: ALTERNATIVA D – CERTA - A expressão “do rio” é locução adjetiva,
ALTERNATIVA A – ERRADA – Note que o adjetivo “frequente” admite pois expressa a ideia de posse. É possível, dessa forma, substituir a
graus de intensidade: “desidratação muito/bastante/pouco frequente”. expressão “do rio” por “fluviais”.
Não se trata, dessa forma, de um adjetivo de relação, sendo possível a ALTERNATIVA D – CERTA - A expressão “do rio” é locução adjetiva,
troca “frequente desidratação”. pois expressa a ideia de posse. É possível, dessa forma, substituir a
ALTERNATIVA B – ERRADA – Note que o adjetivo “equivocada” expressão “do rio” por “fluviais”.
admite graus de intensidade: generalização muito/bastante/meio/pouco Resposta: A
equivocada”. Não se trata, dessa forma, de um adjetivo de relação,
sendo possível a troca “equivocada generalização”.
05. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA C – ERRADA – Note que o adjetivo “contínuo” expressa
São dois os graus dos adjetivos: o comparativo e o superlativo.
uma qualidade. Não se trata, dessa forma, de um adjetivo de relação,
sendo possível a troca “contínuo mapeamento”. No primeiro, tem-se o placar 2 a 1. Como assim? Pode-se comparar 1
(um) atributo entre 2 (dois) seres; ou 2 (dois) atributos em 1(um) ser.
ALTERNATIVA D – CERTA – Note que o adjetivo “brasileiras” deriva
do substantivo “Brasil”. Além disso, não admite graus de intensidade: Vejamos alguns exemplos:
não faz sentido “cultura muito brasileira”, “cultura pouco brasileira”, etc. Fulano é mais inteligente do que Beltrano.
Trata-se, dessa forma, de um adjetivo de relação. Não expressa uma >> 1 (um) atributo – inteligência - entre 2 (dois) seres – Fulano e
característica, e sim estabelece com o substantivo uma relação de tipo. Beltrano.
No contexto, note que o adjetivo “brasileira” tem valor objetivo (opções Fulano é mais esperto do que sincero.
relacionadas à estética), e não subjetivo. Não é possível, assim, a >> 2 (dois) atributos – esperteza e sinceridade - em 1 (um) ser – Fulano.
inversão “brasileira cultura”.
O grau comparativo se subdivide em comparativo de superioridade, de
ALTERNATIVA E – ERRADA – Note que o adjetivo “grave” admite inferioridade ou de igualdade.
graus de intensidade: “crise muito/bastante/pouco grave”. Não se trata,
No segundo, tem-se o placar 1 a 1. Como assim? Há o confronto de
dessa forma, de um adjetivo de relação, sendo possível a troca “grave
1(um) ser e 1(um) atributo.
crise”.
Vejamos alguns exemplos:
Resposta: D
Fulano é muito inteligente.
>> 1 (um) atributo – inteligência – e 1(um) ser – Fulano.
04. RESOLUÇÃO: Fulano é o mais esperto da turma.
Nem toda união de preposição com substantivo ligada a substantivo >> 1 (um) atributo – esperteza - em 1 (um) ser – Fulano.
será uma locução adjetiva.
O grau superlativo se subdivide em superlativo absoluto ou relativo. O
Para ser locução adjetiva, é necessário que a expressão absoluto independe do espaço amostral; já o relativo é tomado dentro
tenha valor adjetivo, associada a uma ideia de tipo, de um espaço amostral. Como assim?
atributo, posse, origem ou agente. Ora, “uma pessoa muito alta” é alta independente do espaço amostral.
Portanto, “alta” está flexionada no superlativo absoluto.
Se a expressão tiver valor passivo, ou seja, se for alvo
Já “a pessoa mais alta” é alta em relação a um espaço amostral.
da ação, e não agente, NÃO será locução adjetiva, pois Portanto, “alta” está flexionada no superlativo relativo.
não terá valor adjetivo, e sim de complemento.
Perceba que não necessariamente “o mais alto” é “muito alto”, correto?
Exemplos: Imaginemos uma família de baixinhos: quem mede 1,70 m não é muito
A reforma do vizinho não tinha fim. alto, mas, dentro dessa família, talvez seja o mais alto.
(A expressão “do vizinho” transmite a ideia de agente da ação – é o O mesmo raciocínio utilizado para descrever o grau dos adjetivos pode
vizinho que faz a reforma. Portanto, trata-se de uma locução ser empregado para descrever o grau dos advérbios.
adjetiva). Analisemos as opções:
A reforma do prédio não tinha fim. ALTERNATIVA A – CERTA – O adjetivo “paciente” está flexionado no
(A expressão “do prédio” transmite a ideia de alvo da ação – é o prédio superlativo absoluto. Note que não existe uma comparação, e sim uma
que é reformado. Portanto, NÃO se trata de uma locução adjetiva). relação 1:1 entre o substantivo e o adjetivo.
Adorei visitar sua casa de praia. ALTERNATIVA B – CERTA – O adjetivo “maior” está flexionado no
(A expressão “de praia” transmite a ideia de tipo. Portanto, trata-se de superlativo relativo. Note que não existe uma comparação entre dois
uma locução adjetiva). seres – grau comparativo -, e sim menção a um atributo de um ser
Sempre tive medo de Português. quando comparado a uma amostra da população – grau superlativo
(A expressão “de Português” transmite a ideia de alvo da ação – o relativo.
Português é alvo do medo. Portanto, NÃO se trata de uma locução ALTERNATIVA C – CERTA – O adjetivo “apreciado” está flexionado no
adjetiva). superlativo absoluto. Note que não existe uma comparação, e sim uma
ALTERNATIVA A – ERRADA – A expressão “do rio” não é locução relação 1:1 entre o substantivo e o adjetivo.
adjetiva, pois expressa a ideia de alvo da ação expressa pelo nome ALTERNATIVA D – CERTA – O adjetivo “menor” está flexionado no
“poluição” (poluir). Não é possível, dessa forma, substituir a expressão superlativo relativo. Note que não existe uma comparação entre dois
“do rio” por um adjetivo equivalente. seres – grau comparativo -, e sim menção a um atributo de um ser
ALTERNATIVA B – CERTA - A expressão “do rio” é locução adjetiva, quando comparado a uma amostra da população – grau superlativo
pois expressa a ideia de posse. É possível, dessa forma, substituir a relativo. Já o adjetivo “grande” está no superlativo absoluto. Note a
expressão “do rio” por “fluviais”. intensificação do adjetivo com a expressão “pra cachorro”.

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ALTERNATIVA E – ERRADA – Não faz sentido falar em grau do ALTERNATIVA D – CERTA – Note que o sujeito da forma verbal “faças”
adjetivo, simplesmente porque não há adjetivo na frase analisada. Não está oculto e corresponde ao pronome “tu”. O fato de o referente ser
confunda a construção “extrema pobreza” com superlativo, ok? Nela, uma 2ª pessoa torna necessário o emprego do oblíquo átono de 2ª
temos o substantivo “pobreza”, e não um adjetivo. Pegadinha! Cuidado! pessoa “te”. Além disso, empregou o pronome oblíquo “a” - – objeto
direto do verbo causativo “fazer” e sujeito acusativo do infinitivo
Resposta: E
“aceitar”.
ALTERNATIVA E – ERRADA – Está errado o emprego da forma
06. RESOLUÇÃO: pronominal LA. Essa forma só faz sentido empregar, quando a verbos
ALTERNATIVA A – Note que a preposição “de” solicita um pronome. de terminação R, S ou Z se somam pronomes O, OS, A, AS, o que não
Como verificar isso? Veja a construção: “... fez de ALGUÉM um artista.”. é o caso.
A presença de ALGUÉM deixa claro que a preposição DE solicita um O correto seria: Faça-a cumprir o prometido antes do casamento.
pronome. Como os pronomes EU e TU não admitem ser regidos de Resposta: E
preposição, deve-se empregar a forma oblíqua tônica MIM.
ALTERNATIVA B – Note que a preposição “entre” solicita um pronome. 08. RESOLUÇÃO:
Como verificar isso? Veja a construção: “... diferença entre ALGUÉM e ALTERNATIVA A – CERTA – Ocorreu a soma da forma verbal
minha futura mulher.”. A presença de ALGUÉM deixa claro que a “satisfazer” com o pronome oblíquo “o” – objeto direto do verbo
preposição ENTRE solicita um pronome. Como os pronomes EU e TU “satisfazer” (quem satisfaz, satisfaz ALGUÉM/ALGO). Como a forma
não admitem ser regidos de preposição, deve-se empregar a forma verbal termina em R, a forma resultante será “satisfazê-lo”.
oblíqua tônica MIM. ALTERNATIVA B – CERTA – Ocorreu a soma da forma verbal
ALTERNATIVA C – A vírgula depois de “Para mim” deixa evidente o “desfrutar” com o pronome oblíquo “o” – objeto direto do verbo
deslocamento deste termo. Pondo a frase em ordem, temos: Ver filmes “desfrutar” (quem desfruta, desfruta ALGO). Como a forma verbal
antigos é a maior diversão para ALGUÉM. A presença de ALGUÉM termina em R, a forma resultante será “desfrutá-lo”.
deixa claro que a preposição PARA solicita um pronome. Como os ALTERNATIVA C – ERRADA – Muito cruel! Ocorreu a soma da forma
pronomes EU e TU não admitem ser regidos de preposição, deve-se verbal “ter feito” com o pronome oblíquo “o” – objeto direto do verbo
empregar a forma oblíqua tônica MIM. “fazer” (quem faz, faz ALGO). Não se pode posicionar o oblíquo átono
ALTERNATIVA D – A preposição ENTRE não está regendo pronome, após verbo no particípio, o que nos obriga a posicionar antes do auxiliar
e sim verbo (... entre FAZER UMA COISA ou FAZER OUTRA COISA). ou entre o auxiliar e o principal.
O termo FAZER UM COISA se refere a VIAJAR; já FAZER OUTRA Escolhendo a segunda opção, como a forma verbal TER termina em R,
COISA, a DESCANSAR. Tais verbos requerem sujeitos, que devem ser ao somar o oblíquo O, a forma resultante será “tê-lo”.
representados por pronomes retos. Dessa forma, a correção seria: O erro, no entanto, consiste em empregar o oblíquo O para substituir A
“Entre eu viajar ou (eu) descansar, prefiro o descanso.”. MORAL. Deveríamos ter empregado o oblíquo A, resultando na
construção “tê-la”.
ALTERNATIVA E – Pondo a frase em ordem, temos: Separamo-nos,
mas sempre se lembra de ALGUÉM. A presença de ALGUÉM deixa Lembremo-nos da diferença entre O MORAL e A MORAL. O primeiro
claro que a preposição DE solicita um pronome. Como os pronomes EU se refere a ânimo; a segunda, à conduta regida pelos bons costumes da
sociedade.
e TU não admitem ser regidos de preposição, deve-se empregar a forma
oblíqua tônica MIM. ALTERNATIVA D – CERTA – Ocorreu a soma da forma verbal “dividir”
com o pronome oblíquo “o” – objeto direto do verbo “dividir” (quem
Resposta: D divide, divide ALGO). Como a forma verbal termina em R, a forma
resultante será “dividi-lo”.
07. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA E – CERTA – Ocorreu a soma da forma verbal
“esmagar” com o pronome oblíquo “o” – objeto direto do verbo
ALTERNATIVA A – CERTA – Há a soma da forma verbal “faziam” com “esmagar” (quem esmaga, esmaga ALGO). Como a forma verbal
o pronome oblíquo “a” – objeto direto do verbo causativo “fazer” e sujeito termina em R, a forma resultante será “esmagá-lo”.
acusativo do infinitivo “entrar”. Como a forma verbal termina em ditongo
Resposta: C
nasal “am”, acrescenta-se ao pronome “a” a letra “n”, resultando na
construção “faziam-na”. Também estaria correta a construção “Os
homens a faziam...”, pois nada obriga o pronome oblíquo a se posicionar 09. RESOLUÇÃO:
antes ou depois do verbo. ALTERNATIVA A – CERTA – Há a soma da forma verbal “identificar”
ALTERNATIVA B – CERTA – Há a soma da forma verbal “fariam” - com o pronome oblíquo “as” – que substitui “muitas coisas”, objeto direto
flexionada no futuro do pretérito - com o pronome oblíquo “a” – objeto do verbo “identificar”. Como a forma verbal termina em R, a forma
resultante é “identificá-las”.
direto do verbo causativo “fazer” e sujeito acusativo do infinitivo
“aceitar”. ALTERNATIVA B – CERTA – Há a soma da forma verbal “defender”
com o pronome oblíquo “a” – que substitui “bandeira”, objeto direto do
Não é possível iniciar frase com pronome oblíquo, o que nos impede de verbo “defender”. Como a forma verbal termina em R, a forma resultante
posicionar o pronome antes do verbo (próclise). Também não é possível é “defende-la”
posicionar o pronome oblíquo depois de verbo (ênclise) no futuro.
ALTERNATIVA C – CERTA - Não é possível empregar pronome
Resta-nos, portanto, o emprego da mesóclise, que se dá da seguinte oblíquo após vírgula, o que nos impede de posicionar o pronome antes
forma: do verbo (próclise). Também não é possível posicionar o pronome
“fariam + A” = “far + A + iam ” = “fá - LA – iam” oblíquo depois de verbo (ênclise) no futuro. Resta-nos, portanto, o
ALTERNATIVA C – CERTA – Há a soma da forma verbal “fazia” com o emprego da mesóclise, que se dá da seguinte forma:
pronome oblíquo “a” – objeto direto do verbo causativo “fazer” e sujeito “considerariam + A” = “considerar + A + iam ” = “considerá - LA –
acusativo do infinitivo “aceitar”. iam”

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ALTERNATIVA D – ERRADA – Está errado o emprego da forma ALTERNATIVA D – A preposição “para” nos dois trechos introduz uma
pronominal LAS. Essa forma só faz sentido empregar, quando a verbos ideia relacionada a posição, localização.
de terminação R, S ou Z se somam pronomes O, OS, A, AS, o que não ALTERNATIVA E – A preposição “de”, em “Armados de GPS”, introduz
é o caso. uma ideia de instrumento. Já a preposição “de”, em “fontes de dados”
O correto seria: “Dou liberdade às minhas mãos errantes e deixo-as introduz uma ideia de tipo.
(ou “as deixo”) andar.” Resposta: E
ALTERNATIVA E – CERTA – Há a soma das formas verbais
“desarraigar” e “refrear” com o pronome oblíquo “os” – que substitui
“vícios”, objeto direto das duas formas verbais citadas. Como estas 13. RESOLUÇÃO:
terminam em R, as formas resultantes serão “desarraigá-los” e “refreá- Nominalizar consiste em transforma uma estrutura verbal em nominal,
los”. trocando a primeira por geralmente um substantivo de mesmo radical.
Resposta: D Na letra E, “proporção” está relacionada à divisão, proporcionalidade. A
forma verbal “proporcionar” é normalizada como “proporcionamento”, e
não “proporção”.
10. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “chegar”, empregado no
sentido de “alcançar”, solicitará um objeto indireto (... chegar a ALGO
ou a ALGUÉM). Esse complemento indireto está representado na frase 14. RESOLUÇÃO:
pelo pronome oblíquo átono “nos”, que pode ser substituído pela forma O vocábulo “mais”, em “mais detalhada”, está modificando o adjetivo
oblíqua tônica “a nós”. “detalhada”. Trata-se de um advérbio e expressa a ideia de intensidade.
“Se a dor de cabeça nos chegasse antes da embriaguez...” Já o “mais”, nas duas outras observações, modifica os substantivos
= “Se a dor de cabeça chegasse a nós antes da embriaguez...” “observação” e “facilidade”, expressando a ideia de quantidade. Trata-
ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “assustar” solicitará um objeto se de pronome indefinido.
direto (quem assusta, assusta ALGUÉM). Esse complemento direto Resposta: C
está representado na frase pelo pronome oblíquo átono “nos”.
ALTERNATIVA C – CERTA – O verbo “estragar” solicitará um objeto
direto (quem estraga, estraga ALGO/ALGUÉM). Esse complemento 15. RESOLUÇÃO:
direto está representado na frase pela expressão “a saúde”. O pronome ALTERNATIVA A – A palavra “agradável”, que originalmente é um
“nos” assume valor possessivo e isso pode ser evidenciado por meio da adjetivo, está empregada no texto como substantivo, o que configura
seguinte reescrita: um caso de derivação imprópria.
“Ter nascido nos estraga a saúde.” ALTERNATIVA B – A palavra “cantar”, que originalmente é um verbo,
= “Ter nascido estraga a nossa saúde.” está empregada no texto como substantivo, o que configura um caso de
ALTERNATIVA D – ERRADA – O verbo “fazer” solicitará um objeto derivação imprópria.
direto (... fazer ALGO) Esse complemento direto está representado na ALTERNATIVA C – A palavra “lentamente”, que originalmente é um
frase por “mal”. O nome “mal”, por sua vez, solicitará um complemento advérbio, está empregada no texto como substantivo, o que configura
nominal (... mal A ALGUÉM). Esse complemento nominal está um caso de derivação imprópria.
representado na frase pelo oblíquo “nos”, que pode ser substituído pela ALTERNATIVA D – A palavra “celeste”, que originalmente é um
forma oblíqua tônica “a nós”. adjetivo, está empregada como tal, modificando o substantivo “raio”. O
“Tem ideia de quanto mal nos fazemos por essa maldita necessidade mesmo ocorre com “tirânico”, adjetivo modificador do substantivo
de falar?” “cetro”. Não houve, portanto, mudança na classe original de palavra.
= “Tem ideia de quanto mal fazemos a nós por essa maldita ALTERNATIVA E – A palavra “passar”, que originalmente é um verbo,
necessidade de falar?” está empregada no texto como substantivo, o que configura um caso de
ALTERNATIVA E – ERRADA – O verbo “deixar” solicitará um objeto derivação imprópria.
direto (quem deixa, deixa ALGO/ALGUÉM). Esse complemento direto Resposta: D
está representado na frase pelo pronome oblíquo “nos”.
Resposta: E 16. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – CERTA – O pronome “a” substitui corretamente o
11. RESOLUÇÃO: objeto direto “cultura” – complemento da forma verbal “produz”. Além
Nas letras A, B, C e E, a preposição EM introduz ideias associadas a disso, está correta a colocação do pronome, uma vez que este é atraído
lugar. pelo fator de próclise “que”.
Já na letra D, a expressão “em sua pré-história” agrega uma ideia de ALTERNATIVA B – CERTA – O pronome “a” substitui corretamente o
tempo. objeto direto “cultura” – complemento da forma verbal “pode produzir”.
Resposta: D Além disso, está correta a colocação do pronome, uma vez que este é
atraído pelo fator de próclise “não”.
ALTERNATIVA C – CERTA – O pronome “a” substitui corretamente o
12. RESOLUÇÃO: objeto direto “a sociedade” – complemento da forma verbal “substituir”.
ALTERNATIVA A – A preposição “sobre” nos dois trechos introduz uma Como o verbo está na forma infinitiva não flexionada antecedida de fator
ideia relacionada a assunto. de próclise, é opcional o emprego desta ou da ênclise. Optando-se pela
ALTERNATIVA B – A preposição “em” nos dois trechos introduz uma ênclise, como a forma verbal termina em R, este é retirado e forma “a”
ideia relacionada a tempo. se transforma em “la”, resultando na forma “substituí-la”.
ALTERNATIVA C – A preposição “durante” nos dois trechos introduz ALTERNATIVA D – CERTA – O pronome “lhe” substitui corretamente
uma ideia relacionada a tempo. o objeto indireto “ao Estado” – complemento da forma verbal “cabe” .

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ALTERNATIVA E – ERRADA – O termo “o papel de animador” é sujeito ALTERNATIVA E – ERRADA – O plural de “cartão” é “cartões”,
da forma verbal “cabe”. Portanto, é errada a sua substituição por uma divergente do padrão presente em “cidadãos”. Já a palavra “aldeão”
forma oblíqua, uma vez que esta substitui complementos. possui três formas de plural: “aldeãos”, “aldeões” ou “aldeães”. A forma
Resposta: E plural “aldeões” segue o mesmo padrão de “opiniões”.
Resposta: C
17. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – ERRADA – A palavra “rodar” originalmente é um 20. RESOLUÇÃO:
verbo. Ao se determiná-la com um artigo, ela se torna substantivo. ALTERNATIVA A – ERRADA – O plural de “escrivão” é “escrivães”.
Portanto, ocorreu substantivação não de um adjetivo, mas de um verbo. Não existe a forma “escrivãos”.
ALTERNATIVA B – ERRADA – A palavra “proceder” originalmente é ALTERNATIVA B – CERTA – A palavra “aldeão” possui três formas de
um verbo. Ao se determiná-la com um artigo, ela se torna substantivo. plural: “aldeãos”, “aldeões” ou “aldeães”.
Portanto, ocorreu substantivação não de um adjetivo, mas de um verbo.
ALTERNATIVA C – CERTA – A palavra “ancião” possui três formas de
ALTERNATIVA C – ERRADA – A palavra “rir” originalmente é um
plural: “anciãos”, “anciões” ou “anciães”.
verbo. Ao se determiná-la com o artigo indefinido “um” (um rir filosófico),
ela se torna substantivo. Portanto, ocorreu substantivação não de um ALTERNATIVA D – CERTA – A palavra “anão” possui duas formas de
adjetivo, mas de um verbo. plural: “anãos” ou “anões”, decoreba puro, infelizmente.
ALTERNATIVA D – CERTA – A palavra “encardido” originalmente é um ALTERNATIVA E – CERTA – A palavra “corrimão” possui duas formas
adjetivo. Ao se determiná-la com um artigo, ela se torna substantivo. de plural: “corrimões” e “corrimãos”
Portanto, ocorreu substantivação de um adjetivo. Resposta: A
ALTERNATIVA E – ERRADA – As palavras “escrever” e “amar”
originalmente são verbos. Ao se determiná-las com o artigo indefinido
21. RESOLUÇÃO:
“o” (“regras do escrever” e “as do amar”), ela se torna substantivo.
Portanto, ocorreu substantivação não de um adjetivo, mas de verbos. Um conceito recorrentemente cobrado em provas da FGV são os
adjetivos de relação.
Resposta: D
O que seriam os tais adjetivos de relação?
Quem adota essa classificação é o gramático Celso Cunha.
18. RESOLUÇÃO:
Ele assim denomina os adjetivos derivados de substantivos. Eles não
ALTERNATIVA A – ERRADA – A palavra “comunicação” deriva de
estabelecem sentidos de qualidade, mas sim estabelecem com o
“comunicar”. A esta se soma o sufixo “ção”, o que configura um caso de
substantivo que modificam uma relação de matéria, assunto, finalidade,
derivação sufixal.
etc. Daí o nome “adjetivo de relação”.
ALTERNATIVA B – ERRADA – A palavra “devidamente” deriva de
“devido”. A esta se soma o sufixo “mente”, o que configura um caso de Além de serem derivados de substantivos, tais adjetivos não admitem
derivação sufixal. graus de intensidade. São objetivos.
ALTERNATIVA C – ERRADA – A palavra “saudável” deriva de “saúde”. Como assim, professor? Tomemos como exemplo “clima frio”. Note ser
A esta se soma o sufixo “vel”, o que configura um caso de derivação possível estabelecer graus de intensidade para o adjetivo “frio”: “clima
sufixal. muito frio”. “clima bastante frio”, “clima mais ou menos frio”, etc.
ALTERNATIVA D – CERTA – A palavra “hipertensos” deriva de Agora tomemos como exemplo “tarifa mensal”. Não é possível agora
“tensos”. A esta se soma o prefixo “hiper”, o que configura um caso de estabelecer graus de intensidade para o adjetivo “mensal”: “tarifa muito
derivação prefixal. mensal”, “tarifa bastante mensal”, “tarifa mais ou menos mensal”, etc.
Não faz sentido, certo? O adjetivo “mensal” não é, portanto, uma
ALTERNATIVA E – ERRADA – A palavra “científicas” deriva de
qualidade, mas sim um tipo.
“ciência”. A esta se soma o sufixo “fico”, o que configura um caso de
derivação sufixal. Outra característica do adjetivo de relação é o fato de este geralmente
aparecer posposto ao substantivo: “tarifa mensal” ou “mensal tarifa”?
Resposta: D
Não faz sentido posicioná-lo anteposto ao substantivo, correto?
Analisemos as opções:
19. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA A – ERRADA – Note que o adjetivo “cristã” deriva do
Questão de puro decoreba! substantivo “Cristo”. Além disso, não admite graus de intensidade: não
ALTERNATIVA A – ERRADA – O plural de “escrivão” é “escrivães”, faz sentido “referências muito cristãs”, “referências pouco cristãs”, etc.
divergente do padrão presente em “cidadãos”; já o plural de “vulcão” é Trata-se, dessa forma, de um adjetivo de relação. Não expressa uma
“vulcões”, mesmo padrão presente em “opiniões”. característica, e sim estabelece com o substantivo uma relação de tipo.
ALTERNATIVA B – ERRADA – O plural de “cristão” é “cristãos”, ALTERNATIVA B – ERRADA – Note que o adjetivo “cotidiana” deriva
mesmo padrão em “cidadãos”; já o plural de “ademão” – que significa do substantivo “cotidiano” (vida do cotidiano). Além disso, não admite
“ajuda”, “assistência” - é “ademãos”, divergente do padrão presente em graus de intensidade: não faz sentido “vida muito cotidiana”, “vida pouco
“opiniões”. cotidiana”, etc. Trata-se, dessa forma, de um adjetivo de relação. Não
ALTERNATIVA C – CERTA – A palavra “anão” possui duas formas de expressa uma característica, e sim estabelece com o substantivo uma
plural: “anãos” ou “anões”, decoreba puro, infelizmente. A forma plural relação de tipo.
“anãos” segue o mesmo padrão de “cidadãos”; já a palavra “corrimão” ALTERNATIVA C – ERRADA – Note que o adjetivo “estéticas” deriva
possui duas formas de plural: “corrimões” e “corrimãos”. A forma plural do substantivo “estética”. Além disso, não admite graus de intensidade:
“corrimões” segue o mesmo padrão de “opiniões”. não faz sentido “opções muito estéticas”, “opções pouco estéticas”, etc.
ALTERNATIVA D – ERRADA – O plural de “chorão” é “chorões”, Trata-se, dessa forma, de um adjetivo de relação. Não expressa uma
divergente do padrão presente em “cidadãos”. Já a palavra “ancião” característica, e sim estabelece com o substantivo uma relação de tipo.
possui três formas de plural: “anciãos”, “anciões” ou “anciães”. A forma No contexto, note que o adjetivo “estéticas” tem valor objetivo (opções
plural “anciões” segue o mesmo padrão de “opiniões”. relacionadas à estética), e não subjetivo.

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ALTERNATIVA D – CERTA – Note que o adjetivo “vasto” não deriva de ALTERNATIVA E – ERRADA – O adjetivo “mobilizador”, em “papel
substantivo. Na verdade, é o substantivo “vastidão” que deriva do mobilizador”, diz respeito à mobilização (movimento), e não à
adjetivo “vasto”. Além disso, e possível atribuir graus de intensidade a motivação.
esse adjetivo: “público muito vasto”, “público pouco vasto”, etc. Trata- Resposta: C
se, dessa forma, de um adjetivo de característica, apresentando valor
subjetivo.
ALTERNATIVA E – ERRADA - Note que o adjetivo “fundamentais” 24. RESOLUÇÃO:
deriva do substantivo “fundamento”. Além disso, não admite graus de Analisemos as opções:
intensidade: não faz sentido “elementos muito fundamentais”, ALTERNATIVA A – ERRADA – Tanto em “página desbotada” como em
“elementos pouco fundamentais”, etc. Trata-se, dessa forma, de um “desbotada página”, a ideia transmitida pelo adjetivo “desbotada” diz
adjetivo de relação. Não expressa uma característica, e sim estabelece respeito a atributo, qualidade. Trata-se da coloração da página.
com o substantivo uma relação de tipo. No contexto, note que o adjetivo
ALTERNATIVA B – ERRADA – Tanto em “conflito sangrento” como em
“fundamentais” tem valor objetivo (elementos relacionados ao
“sangrento conflito”, a ideia transmitida pelo adjetivo “sangrento” diz
fundamento), e não subjetivo.
respeito a atributo, qualidade.
Resposta: D
ALTERNATIVA C – ERRADA – Tanto em “discussões acadêmicas”
como em “acadêmicas discussões”, a ideia transmitida pelo adjetivo
22. RESOLUÇÃO: “acadêmicas” diz respeito a tipo, assunto. Trata-se do tipo de discussão.
Analisemos as opções: ALTERNATIVA D – ERRADA – Tanto em “pesquisas rigorosas” como
ALTERNATIVA A – CERTA – Analisemos o seguinte trecho: “Desde o em “rigorosas pesquisas”, a ideia transmitida pelo adjetivo “rigorosas”
início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais que diz respeito a atributo, qualidade.
foram extintas por vários motivos.”. ALTERNATIVA E – CERTA – Em “grande reportagem”, a presença do
Ao posicionarmos “vários” antes de “motivos”, estamos tratando o adjetivo “grande” antes do substantivo “reportagem” cria um sentido de
primeiro como um pronome indefinido, associado ao sentido de notoriedade, importância. Uma “grande reportagem” pode significar uma
quantidade indefinida. É possível, portanto, substituí-lo por “muitos”. “reportagem importante”.
Se, no entanto, posicionarmos “vários” depois de “motivos”, estamos Já em “reportagem grande”, a presença do adjetivo “grande” depois do
tratando o primeiro como adjetivo, associado ao sentido de diferentes, substantivo “reportagem” dá a entender um sentido de tamanho,
distintos. extensão.
Ocorre, portanto, alteração de sentido: em “vários motivos”, tem-se a A alteração de ordem resulta, portanto, em alteração de sentido.
ideia de quantidade; já em “motivos vários”, tem-se a ideia de Resposta: E
diversidade.
ALTERNATIVA B – ERRADA – Tanto em “grande porte” como em
“porte grande”, a ideia transmitida pelo adjetivo “grande” diz respeito a 25. RESOLUÇÃO:
tamanho. Quando o adjetivo composto é formado por dois adjetivos, tanto sua
ALTERNATIVA C – ERRADA - Tanto em “animais menores” como em flexão de gênero quanto de número se dá mantendo-se o primeiro
“menores animais”, a ideia transmitida pelo adjetivo “menores” diz invariável e flexionando-se apenas o segundo.
respeito a tamanho. Dessa forma, o plural de “questão econômico-social” é “questões
Em outros contextos, até seria possível interpretar “menores animais” econômico-sociais”, opção dada pela letra D.
como menores – substantivo – que são animais – adjetivo. Mas essa Atenção para as exceções! O plural de “surdo(a)-mudo(a)” é
interpretação diverge bastante do contexto lido, o que faz com que a “surdos(as)-mudos(as)”; já os adjetivos “azul-marinho” e “azul-celeste”
descartemos. são invariáveis.
ALTERNATIVA D – ERRADA - Tanto em “grandes áreas” como em Resposta: D
“áreas grandes”, a ideia transmitida pelo adjetivo “grande” diz respeito a
tamanho.
ALTERNATIVA E – ERRADA - Tanto em “cruel desalojamento” como 26. RESOLUÇÃO:
em “desalojamento cruel”, a ideia transmitida pelo adjetivo “cruel” diz O enunciado da questão poderia ser mais bem formulado. Ao questionar
respeito a atributo, qualidade. se é possível a inversão dos termos, a banca quer que o candidato
Resposta: A identifique a opção em que a inversão resulta em uma construção
coerente.
Para verificar isso, devemos avaliar se o adjetivo em questão tem valor
23. RESOLUÇÃO:
objetivo ou subjetivo.
Analisemos as opções:
O valor objetivo independe de juízo ou opinião, como é o caso de “clima
ALTERNATIVA A – ERRADA – A presença do prefixo de negação “in” frio”, “intervenção médica”, “bandeira brasileira”. Os adjetivos, quando
faz com que substituamos “independente” por “sem dependência” ou objetivos, não permitem ser usados antepostos aos substantivos. Dessa
por “com independência”. forma, não fazem sentido as construções “frio clima”, “medica
ALTERNATIVA B – ERRADA – O adjetivo “pública”, em “agenda intervenção”, “brasileira bandeira”.
pública”, diz respeito a algo de conhecimento público, e não a algo
O valor subjetivo depende de juízo ou opinião, como é o caso de
relacionado à publicidade (divulgação, propaganda).
“professor atencioso”, “cirurgia perfeita”, “discussão áspera”. Os
ALTERNATIVA C – CERTA – O adjetivo “relevante”, em “assunto adjetivos, quando subjetivos, podem ser empregados tanto antes como
relevante”, diz respeito a algo que possui relevância. Portanto, a depois dos substantivos. Dessa forma, são possíveis as construções
substituição proposta faz sentido.
“atencioso professor”, “perfeita cirurgia”, “áspera discussão”.
ALTERNATIVA D – ERRADA – O adjetivo “sociais”, em “redes sociais”,
Nas letras B, C, D e E, os adjetivos “vital”, “oco”, “cardíacos” e “arterial”
não diz respeito à associação, e sim à socialização (interação).
são objetivos. Não emitem juízo de valor ou opinião.

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Já na letra A, o adjetivo “triste” é subjetivo, ou seja, emite uma opinião. ALTERNATIVA D: CERTA - Trata-se da tradicional correlação entre o
O que é triste para uns, para outros não é. Dessa forma, é possível pretérito imperfeito do subjuntivo – pintasse – e o futuro do pretérito do
empregar as construções “notícia triste” ou “triste notícia”. indicativo - perderia.
Resposta: A ALTERNATIVA E: CERTA – Trata-se de duas formas de pretérito mais-
que-perfeito do indicativo: uma simples – pintara -; outra composta –
tinha perdido. O emprego de ambas dá a entender que se trata de
27. RESOLUÇÃO: eventos anteriores a outros eventos passados.
Analisemos as opções: Resposta: B
ALTERNATIVA A – CERTA – O adjetivo “superimportante” está
flexionado no superlativo absoluto.
30. RESOLUÇÃO:
Já o adjetivo “apaixonada” não está flexionado quanto ao grau, mas sim
Analisemos as opções:
quanto a gênero.
ALTERNATIVA A – ERRADA – Não há compatibilidade (correlação,
Cuidado com “rápido”!
correspondência) entre as formas de presente do indicativo – pode – e
O termo “rápido” não está empregado como adjetivo, mas sim como pretérito imperfeito do subjuntivo – fosse.
advérbio. Ele modifica o verbo “bater” e está flexionado no grau Há duas maneiras de corrigir: ou se opta pelo par “pode” e “seja”; ou se
comparativo de superioridade. opta pelo par “podia/poderia” e “fosse”.
ALTERNATIVA B – ERRADA – Somente o adjetivo “superimportante” ALTERNATIVA B – ERRADA – As formas de indicativo “deixam” e
está flexionado no superlativo. Já “apaixonada” não está flexionado em “podes”, além da expressão indicativa de certeza “estar certo”, induzem
grau. a presença de uma forma verbal no modo indicativo – “estão”. A forma
Cuidado com “rápido”! “estivessem” está flexionada no pretérito imperfeito do subjuntivo, não
O termo “rápido” não está empregado como adjetivo, mas sim como atendendo essa necessidade.
advérbio. Ele modifica o verbo “bater” ALTERNATIVA C – ERRADA – A presença do presente do indicativo
ALTERNATIVA C – ERRADA – O termo “rápido” não está empregado “é” estabelece uma correspondência com o presente do subjuntivo
como adjetivo, mas sim como advérbio. Ele modifica o verbo “bater” e “eliminemos”. Outra combinação possível seria o pretérito imperfeito do
está flexionado no grau comparativo de superioridade. indicativo “era” em parceria com o pretérito imperfeito do subjuntivo
ALTERNATIVA D – ERRADA – O adjetivo “superimportante” está “eliminássemos”.
flexionado no superlativo absoluto. Essa flexão foi construída não com ALTERNATIVA D – ERRADA – A presença do pretérito perfeito do
um sufixo, mas sim com o prefixo “super”. indicativo em “foi” e “permitiu” estabelece uma correspondência com o
ALTERNATIVA E – ERRADA – O adjetivo “superimportante” está pretérito imperfeito do subjuntivo “conhecesse”. Outra combinação
flexionado no superlativo absoluto. O termo “rápido” não está possível seria o presente do indicativo nas formas “É” e “permite” em
empregado como adjetivo, mas sim como advérbio. Ele modifica o verbo parceria com o presente do subjuntivo “conheça”.
“bater” e está flexionado no grau comparativo de superioridade. ALTERNATIVA E – CERTA – O presente do indicativo nas formas
Resposta: A “Tenho” e “corre” permite parceria com o presente do subjuntivo “seja”.
Resposta: E

28. RESOLUÇÃO:
A forma “brotara” corresponde ao pretérito mais-que-perfeito do 31. RESOLUÇÃO:
indicativo na sua forma simples. Isso fica bem evidente com a presença As orações reduzidas, ainda a serem detalhadas nas aulas de Sintaxe,
da desinência modo-temporal característica RA. A forma composta, não são introduzidas nem por conjunção nem por pronome relativo,
mais empregada no dia a dia, é formada pelo verbo auxiliar TER ou estando seus verbos numa das três formas nominais: infinitivo, gerúndio
HAVER, acompanhado do verbo principal no particípio, tal como se ou particípio.
apresenta na letra D: havia brotado. A oração reduzida em questão é “para manter em nós mesmos”.
Resposta: D Desenvolver uma oração é fazer aparecer uma conjunção, flexionando
o verbo, obedecendo às corretas correlações.
29. RESOLUÇÃO: A presença das formas verbais de pretérito imperfeito do indicativo
“devia”, “era” e “fazíamos” força o uso do pretérito imperfeito do
ALTERNATIVA A: CERTA – As formas “pintava” e “perdia” estão
subjuntivo “mantivéssemos”.
flexionadas no pretérito imperfeito do indicativo. São formas adequadas
para a frase, uma vez que fazem menção a ações ou eventos habituais Resposta: A
no passado.
ALTERNATIVA B: ERRADA – Não há uma relação harmônica entre as 32. RESOLUÇÃO:
formas verbais “pinte” e “tenho perdido”. A primeira corresponde ao O verbo “impor” deriva do verbo “pôr”, seguindo a flexão deste.
presente do subjuntivo, representando um fato hipotético. A ALTERNATIVA A – CERTA - Trata-se da flexão de pretérito imperfeito
concretização dessa hipótese requer, na sequência, uma ação futura do indicativo.
como resultado, algo que poderia ser representado pelo futuro do
presente “perderá”. Eu/Ele punha >> Eu/Ele impunha
No entanto, surge na sequência a forma “perdia”, flexão de pretérito ALTERNATIVA B – CERTA - Trata-se da flexão de pretérito imperfeito
imperfeito do indicativo. Essa flexão faz menção a uma ação o evento do subjuntivo.
habitual no passado, não atendendo a necessidade de ação futura. Se eu/ele pusesse >> Se eu/ele impusesse
ALTERNATIVA C: CERTA- Trata-se da tradicional correlação entre o ALTERNATIVA C – CERTA - Trata-se da flexão de presente do
pretérito imperfeito do subjuntivo – tivesse – e o futuro do pretérito do subjuntivo.
indicativo - teria. Caso eu/ele ponha >> Caso eu/ele imponha

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ALTERNATIVA D – CERTA - Trata-se da flexão de futuro do subjuntivo. No entanto, mesmo constatando que os dois verbos que estão juntinhos
Se/Quando eu/ele puser >> Se/Quando eu/ele impuser possuem o mesmo sujeito, podem restar algumas dúvidas! Ora, se
ALTERNATIVA E – ERRADA - Trata-se da flexão de pretérito mais- formos capazes de desenvolver a oração introduzida pelo infinitivo ou
que-perfeito do indicativo. gerúndio, fazendo aparecer algum conector, provamos que não ocorre
uma locução verbal. Veja:
Eu/Ele pusera >> Eu/Ele impusera
Resposta: E Maria finge ser sincera. (= Maria finge que é sincera)
Paulo julga estar bem. ( = Paulo julga que está bem)
Não nos cabe julgar a preferência alheia. (= Não nos cabe que
33. RESOLUÇÃO: julguemos a preferência alheia).
ALTERNATIVA A – CERTA - Trata-se da flexão de pretérito imperfeito Portanto, para efeito de prova, teremos uma locução verbal
do indicativo. quando os dois verbos – auxiliar e principal - compartilharem do
Ela tinha >> Ela se atinha mesmo sujeito. No entanto, se houver a presença de um verbo
ALTERNATIVA B – ERRADA - Trata-se da flexão de pretérito perfeito sensitivo ou causativo ou se o infinitivo ou gerúndio puderem ser
do indicativo. desenvolvidos com o aparecimento de um conector, NÃO teremos
Elas tiveram >> Elas se entretiveram locução verbal.
ALTERNATIVA C – CERTA - Trata-se da flexão de presente do ...
subjuntivo. Isso posto, já eliminamos as letras B e C, haja vista que temos a
Que eles não tenham >> Que eles não detenham presença de verbos causativos – mandar e deixar. Também eliminamos
ALTERNATIVA D – CERTA - Trata-se do infinitivo. as letras D e E, haja vista que temos a presença de verbos sensitivos –
Pensou em ter >> Pensou em reter ver e ouvir.
ALTERNATIVA E – CERTA - Trata-se da flexão de pretérito imperfeito Resta-nos a letra A, o nosso gabarito.
do subjuntivo. Vale mencionar que existe divergência entre os gramáticos acerca
Que ele tivesse >> Que ele se contivesse de construções com o verbo “querer”. Muitos consideram construções
Resposta: B como “queremos ser” uma locução verbal, pois se trata uma única
expressão verbal. Outros atestam que se trata de duas formas verbais
independentes, alegando que “queremos ser” equivale a “queremos que
34. RESOLUÇÃO: seja”.
Vamos relembrar como identificar uma locução verbal! A FGV, tomando um histórico de questões, leva em
... consideração a primeira interpretação. Isso significa que
A locução verbal, apesar de ser formada por mais de um verbo, construções com verbo QUERER flexionado acompanhado de
constitui apenas uma unidade de sentido, formando apenas uma verbos no infinitivo são consideradas locuções pela FGV.
oração. Resposta: A
Mas, professor, como eu saberei se aqueles dois verbos juntinhos
formam uma unidade de sentido? Em outras palavras, como saber se 35. RESOLUÇÃO:
aquela união de verbos forma uma locução? Essa pergunta é
A forma verbal “tenho comentado” indica que a ação teve seu início no
importantíssima e sua resposta precisa ser bem elaborada, de modo a
passado, não bem delimitado. No entanto, a ação ainda não teve
não ficar dúvida alguma.
encerramento, pois perdura no presente. Em outras palavras, é o que
A primeira e mais importante evidência da presença de uma
descreve a letra B.
locução verbal é que tanto o verbo auxiliar como o verbo principal
devem se referir ao mesmo sujeito. Na frase “O professor vai Resposta: B
resolver muitos exercícios na aula.”, tanto o verbo auxiliar “vai” como
o principal “resolver” compartilham do mesmo sujeito. Se perguntarmos 36. RESOLUÇÃO:
“Quem vai?” ou “Quem resolverá?”, a resposta será a mesma: o
Os verbos de final EAR – nomear, renomear, frear, pentear, etc. –
professor!
apresentam a vogal “i” nas formas rizotônicas do Presente do Indicativo
Esse primeiro filtro já nos leva a importante conclusão: verbos e do Presente do Subjuntivo. Professor, formas o quê? Formas
causativos e sensitivos acompanhados de infinitivos ou gerúndios rizotônicas! Deixe-me explicar!
nunca irão formar locuções verbais, pois os sujeitos são
Em algumas formas verbais, o acento tônico incide no radical, noutras
diferentes.
na terminação. As primeiras chamam-se rizotônicas (rizo > raiz), as
Veja a frase:
últimas, arrizotônicas. Nas formas rizotônicas é que encontramos as
Eu me vejo trabalhando neste Tribunal. maiores irregularidades.
Note que o verbo sensitivo “vejo” tem como sujeito “eu”. Já a forma de São rizotônicas a 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular e a 3ª pessoa do
gerúndio “trabalhando” tem como sujeito acusativo (Lembra a definição plural do presente do indicativo e do presente do subjuntivo, bem
de sujeito acusativo na aula passada?) o pronome oblíquo “me”. como as correspondentes do imperativo; todas as demais formas
Portanto, não ocorre uma locução verbal, pois os sujeitos são são, normalmente, arrizotônicas.
diferentes!
Tomemos como exemplo o verbo FALSEAR:
Mais um exemplo:
FALSEI - O (rizotônica) FALSEI – E (rizotônica)
Eu te mandei fazer as malas.
FALSEI – AS (rizotônica) FALSEI – ES (rizotônica)
Note que o verbo causativo “mandar” tem como sujeito “eu”. Já a forma
de infinitivo “fazer” tem como sujeito acusativo o oblíquo “te”. Portanto, FALSEI – A (rizotônica) FALSEI – E (rizotônica)
não ocorre uma locução verbal, pois os sujeitos são diferentes! FALSE – AMOS (arrizotônica) FALSE – EMOS (arrizotônica)

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FALSE – AIS (arrizotônica) FALSE – EIS (arrizotônica) 41. RESOLUÇÃO:
FALSEI – AM (rizotônica) FALSEI – EM (rizotônica) Temos a construção em voz passiva “O flagrante... foi divulgado pelas
Dessa forma, a letra A apresenta erro! redes sociais.”. Nela, identificamos o sujeito paciente “O flagrante”; o
verbo principal “divulgar”; e um adjunto adverbial de meio “pelas redes
Resposta: A sociais”. O agente da passiva – quem de fato divulgou – não está
explícito no texto, sendo, assim, indeterminado.
37. RESOLUÇÃO: Logo, o sujeito agente na voz passiva será indeterminado. E uma das
Conforme comentado em questão anterior, se houver a presença formas de se indeterminar o sujeito é empregá-lo na 3ª pessoa do plural
de um verbo sensitivo ou causativo ou se o infinitivo ou gerúndio – no caso, “divulgaram”.
puderem ser desenvolvidos com o aparecimento de um conector, Resposta: A
NÃO teremos locução verbal.
Na letra E, temos o verbo causativo “fazer”. Logo, a construção 42. RESOLUÇÃO:
“fazem ser” NÃO forma locução verbal! Há duas configurações possíveis para a voz passiva: a forma analítica,
Resposta: E caracterizada pela presença do auxiliar SER/ESTAR/FICAR...
acompanhado do verbo principal no particípio; a forma sintética,
caracterizada pelo verbo principal – VTD ou VTDI - acompanhado do
38. RESOLUÇÃO: SE pronome apassivador.
Cuidado com os falsos cognatos VER e REAVER! As provas vão tentar ALTERNATIVA A – CERTA – Ocorre a presença do auxiliar SER –
empurrar para você o verbo REAVER como derivado de VER. Cuidado! flexionado na forma “são” – acompanhado do principal no particípio –
Eles não têm nada a ver um com outro! O verbo REAVER deriva de no caso, “valorizados”. Trata-se de uma voz passiva do tipo analítica.
HAVER ALTERNATIVA B – ERRADA – Até ocorre a presença do auxiliar
ESTAR – flexionado na forma “estão” – acompanhado do principal no
Exemplos:
particípio – no caso, “destinados”. No entanto, não se tem voz passiva,
EU VI > EU REAVI (ERRADO) pois o a construção verbal “estão destinados” não solicita objeto direto.
EU HOUVE > EU REOUVE (CERTO) Lembremo-nos de que só é possível voz passiva com verbos que
No caso da flexão de presente do indicativo, o verbo REAVER é solicitem objeto direto – VTDs ou VTDIs.
defectivo. Não ocorre a flexão de 1ª pessoa do singular nesse tempo! ALTERNATIVA C – CERTA – Ocorre a presença do auxiliar SER – na
Resposta: E forma “ser” – acompanhado do principal no particípio – no caso,
“observados”. Trata-se de uma voz passiva do tipo analítica.
ALTERNATIVA D – CERTA – Ocorre a presença do auxiliar SER –
39. RESOLUÇÃO: flexionado na forma “são” – acompanhado do principal no particípio –
ALTERNATIVA A – ERRADA – A condicionante construída com no caso, “guiados”. Trata-se de uma voz passiva do tipo analítica.
pretérito imperfeito do subjuntivo requer uma forma verbal no futuro do ALTERNATIVA E – CERTA – Ocorre a presença do auxiliar SER –
pretérito. A forma “acreditava” é flexão de pretérito imperfeito do flexionado na forma “será” – acompanhado do principal no particípio –
indicativo e não atende a necessidade de futuro exigida. no caso, “encontrada”. Trata-se de uma voz passiva do tipo analítica.
ALTERNATIVA B – ERRADA – A forma “falo” corresponde ao tempo Resposta: B
presente do indicativo. No entanto, a forma “acreditaria” corresponde ao
futuro de um pretérito, quebrando a coerência entre as formas verbais: 43. RESOLUÇÃO:
uma se remete ao presente e a outra ao passado. Há duas configurações possíveis para a voz passiva: a forma analítica,
Uma parceria possível seria a do par “falo - acredita”. caracterizada pela presença do auxiliar SER/ESTAR/FICAR...
acompanhado do verbo principal no particípio; a forma sintética,
ALTERNATIVA C – ERRADA – A condicionante construída com
caracterizada pelo verbo principal – VTD ou VTDI - acompanhado do
pretérito imperfeito do subjuntivo requer uma forma verbal no futuro do
SE pronome apassivador.
pretérito. A forma “acreditava” é flexão de pretérito imperfeito do
ALTERNATIVA A – ERRADA – Não ocorre na frase configuração
indicativo e não atende a necessidade de futuro exigida.
verbal que caracterize nem a forma analítica nem a forma sintética da
ALTERNATIVA D – CERTA – É possível a parceria entre o presente do voz passiva.
subjuntivo “fale” com o presente do indicativo “acredita”. ALTERNATIVA B – ERRADA – Ocorre a presença de um SE, mas este
ALTERNATIVA E – ERRADA – A presença da forma de futuro do não é partícula apassivadora, uma vez que o verbo TRANSFORMAR
pretérito “acreditaria” exige a presença de uma condicionante no está empregado como de ligação. O “se” em destaque é uma parte
pretérito imperfeito do subjuntivo “falasse”. integrante do verbo.
Resposta: D ALTERNATIVA C – ERRADA – Não ocorre na frase configuração
verbal que caracterize nem a forma analítica nem a forma sintética da
voz passiva.
40. ALTERNATIVA D – CERTA – Ocorre a presença do auxiliar SER –
A frase do texto que se apresenta na voz passiva é: flexionado na forma “era” – acompanhado do principal no particípio – no
a) “A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves caso, “abreviado”. Trata-se de uma voz passiva do tipo analítica.
não se dá por acaso”; ALTERNATIVA E – ERRADA – Ocorre a presença do auxiliar ESTAR
b) “...a gestão pública do setor vem sofrendo...”; – flexionado na forma “estivesse”. No entanto, não há a companhia de
um verbo principal no particípio, impossibilitando a identificação de uma
c) “...generalize-se a opinião...”; voz passiva do tipo analítica. O termo “distraída” não se refere à ação
d) “...política públicas para a cultura não devem ser prioritárias”; de “distrair”, mas sim ao estado em que se encontrava o sujeito. Trata-
e) “Combater essa generalização equivocada é urgente”. se de um adjetivo.
Resposta: D

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44. RESOLUÇÃO: 48. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “entreter” é derivado de “ter”, O texto deixa bem evidente que os recursos de informática são os meios
seguindo este na flexão. utilizados pelos técnicos do IBGE para executar as rotinas
Todos tiveram ... >> Todos se entretiveram... administrativas.
ALTERNATIVA B – CERTA – O verbo “reaver” é derivado de “haver”, Resposta: A
seguindo este na flexão.
Os turistas houveram ... >> Os turistas reouveram... 49. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo “intervir” é derivado de “vir”, ALTERNATIVA A – ERRADA – O erro na substituição pela forma verbal
seguindo este na flexão. “evitasse” está no fato de esta ser transitiva direta. A permanência,
portanto, da preposição DE, resultando na construção “evitasse de”,
O repórter veio ... >> O repórter interveio...
gera incorreção gramatical.
ALTERNATIVA D – ERRADA – Cuidado com o verbo VER no futuro do ALTERNATIVA B – ERRADA – A construção “têm vida ociosa” dá a
subjuntivo! Não existe a construção “Se/Quando eu o ver...”. O correto ideia de algo permanente, atemporal. Já o verbo “vivenciar” dá a
é “Se/Quando eu o vir...”. entender que se trata de algo experimentado naquele momento,
ALTERNATIVA E – ERRADA – O verbo “manter” é derivado de “ter”, naquela ocasião. Muda-se, assim, o sentido com a proposta de reescrita
seguindo este na flexão. sugerida.
Ele teve ... >> Ele se manteve... ALTERNATIVA C – ERRADA – A forma verbal “tive” faz menção a um
Resposta: B passado já concluído. Já a forma “desejaria” faz menção a uma ação
posterior a uma ação já concluída. Muda-se, assim, o sentido com a
reescrita sugerida.
45. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA D – CERTA – Exato! A forma “tinha fé” pode ser
ALTERNATIVA A – ERRADA - Não se trata de uma certeza. Tanto é traduzida por “tinha confiança”, que pode ser sintetizada no pretérito
verdade, que está passível de comprovação, com afirma o período imperfeito do indicativo “confiava”.
seguinte. ALTERNATIVA E – ERRADA – A construção “tem o direito” dá a
ALTERNATIVA B – ERRADA – Não se trata de uma opinião, mas sim entender uma ideia de posse. A troca pela forma verbal “deve” altera
de uma hipótese, ainda a ser comprovada. esse sentido para obrigatoriedade. Muda-se, assim, o sentido com a
ALTERNATIVA C – CERTA – Não se trata de algo ainda certo, mas de reescrita sugerida.
uma possibilidade. Resposta: D
ALTERNATIVA D – ERRADA – A dúvida não reside na descoberta,
mas sim no tempo de existência do fóssil. 50. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA E – ERRADA – A hipótese ainda carece de A adoção da voz passiva dá mais destaque ao paciente da ação verbal,
confirmação, como bem afirma o período seguinte. pois agora ele passa a ser o sujeito da oração.
Resposta: C Resposta: B

46. RESOLUÇÃO: 51. RESOLUÇÃO:


A forma verbal “tem feito” dá a entender que a ação teve seu início no Na conversão da voz ativa para a voz passiva, os seguintes
passado, mas ainda não se encerrou, pois perdura no presente. procedimentos devem ser observados:
É o que descreve a letra D. 1. O verbo principal na voz ativa assume a forma particípio na voz
passiva analítica.
Resposta: D 2. Na voz passiva analítica, acrescenta-se o verbo "ser" flexionado no
mesmo tempo do verbo principal na voz ativa.
47. RESOLUÇÃO: 3. O sujeito da voz ativa se converte em agente da passiva; e o objeto
ALTERNATIVA A – ERRADA – O sujeito da forma verbal direto da voz ativa se converte em sujeito na voz passiva.
“desestabilizar” é agente da ação verbal, o que caracteriza a voz ativa. Podemos resumir, dessa forma, o processo de conversão de voz ativa
em passiva analítica da seguinte forma:
ALTERNATIVA B – ERRADA – O sujeito das formas verbais “afloram”,
“provocaram” e “estão provocando” são agente das ações verbais, o que
caracteriza a voz ativa.
ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo SER é de ligação. Por não
expressar ação verbal, não faz sentido se falar na flexão de voz nesse
caso.
ALTERNATIVA D – ERRADA - O sujeito da forma verbal “rendem” é
agente da ação verbal, o que caracteriza a voz ativa.
ALTERNATIVA E – CERTA - O sujeito da forma verbal “se mencionam”
é paciente da ação verbal, o que caracteriza a voz passiva. Note a
presença do pronome apassivador (ou partícula apassivadora) SE,
responsável por transformar “espécies em extinção” em sujeito
paciente.
Resposta: E

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Na letra C, observe que o verbo “fotografar” está no infinitivo e, na Exemplos:
proposta de reescrita, o verbo “ser” está no futuro do presente. Há, Eu esperava que você me entendesse.
portanto, divergência entre o verbo principal na voz ativa e o
Eu precisava que você fizesse isso para mim.
auxiliar SER na passiva.
Sempre quis que você estivesse comigo.
A conversão adequada seria: “FOTOGRAFAR pintas suspeitas” /
pintas suspeitas SEREM fotografadas. 3) Futuro do Pretérito do Indicativo – Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo
Resposta: C
Exemplos:
Se eu fosse você, faria o melhor trabalho possível.
52. RESOLUÇÃO:
Se eu demorasse mais um pouco, teriam iniciado a palestra sem minha
ALTERNATIVA A – CERTA – O verbo principal na voz ativa e o auxiliar
presença.
SER na voz passiva precisam estar flexionados da mesma maneira.
Dessa forma, o verbo principal assume a forma “criado”, acompanhado Caso fosse permitido apostas, seria necessário fiscalizar a origem dos
do verbo auxiliar “teria” no singular, que concorda com o sujeito agente recursos.
oculto “criador”. 4) Futuro do Presente do Indicativo – Futuro do
ALTERNATIVA B – ERRADA – O advérbio jamais traz consigo a ideia Subjuntivo/Presente do Subjuntivo/Presente do Indicativo
de negação, mas sua expressão principal é a ideia de tempo. Ele Exemplos:
responde à pergunta “Quando?”. Se você vier, faremos uma festa.
ALTERNATIVA C – ERRADA – Na redação apresentada, não Caso você venha, faremos uma festa.
compromete a clareza a presença do possessivo “seu”. Fica clara sua Se você capturá-lo, pago-lhe uma recompensa.
referência a “mundo”.
5) Pretérito Perfeito do Indicativo/Pretérito Imperfeito do Indicativo
ALTERNATIVA D – ERRADA – A forma “tivesse” expressa uma ideia + Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo (Simples ou Composto)
de passado. Está flexionada no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Exemplos:
ALTERNATIVA E – ERRADA – A forma “suscite”, no presente do
subjuntivo, não seria compatível com o futuro do pretérito do indicativo Você chegou quando já tínhamos saído.
“teria” e o pretérito imperfeito do subjuntivo “tivesse”. Li o livro que você me indicara.
Resposta: A Ele dizia que já tinha visto aquele homem outras vezes.
6) Pretérito Perfeito do Indicativo – Futuro do Pretérito
53. RESOLUÇÃO: Exemplos:
Cuidado para não cair na pegadinha da questão! Você disse que iria ao encontro.
A flexão “tinha adormecido” corresponde ao pretérito mais-que-perfeito Disseram-me que você viria hoje.
na forma composta, o mesmo que ocorre na letra A, com “havia Observação:
adormecido”. Na linguagem coloquial, costuma-se usar o pretérito imperfeito do
Note, no entanto, que o enunciado solicita a forma simples, ok? E esta indicativo no lugar do futuro do pretérito.
é “adormecera”, listada na letra E. Exemplo:
Resposta: E Você prometeu que vinha. (coloquial)
Você prometeu que viria. (formal)
54. RESOLUÇÃO: Voltemos para a questão:
A questão trata de um assunto muito caro aos concurseiros: correlação ALTERNATIVA A - CORRETO - Há uma harmonia entre o futuro do
dos tempos verbais. pretérito "recordariam" e o pretérito imperfeito "eram".
Devemos ter em mente que o objetivo desse assunto é estudar as Vamos imaginar casamentos possíveis:
corretas relações entre os verbos presentes em um período composto. Muitos se recordariam da felicidade exultante com que eram ingeridos
Em outras palavras, devemos avaliar se os tempos verbais são os pedaços da torta.
harmônicos entre si.
Muitos se recordam da felicidade exultante com que são ingeridos os
Há uma gama imensa de correlações possíveis. pedaços da torta.
Muitas vezes, a quebra da correlação resulta nitidamente numa ruptura Muitos se recordaram da felicidade exultante com que foram ingeridos
lógica na frase. Isso significa que você não precisa sair decorando todas os pedaços da torta.
as combinações, o que seria impraticável.
Vamos imaginar rupturas lógicas:
Antes de resolver a questão, apresento as principais correlações, as
mais presentes no dia a dia e, consequentemente, em nossas provas: Muitos se recordariam da felicidade exultante com que são ingeridos
os pedaços da torta.
1) Presente do Indicativo – Presente do Subjuntivo
Muitos se recordarão da felicidade exultante com que seriam ingeridos
Exemplos: os pedaços da torta.
Eu espero que você me entenda. Muitos se recordam da felicidade exultante com que seriam ingeridos
Eu preciso que você faça isso para mim. os pedaços da torta.
Atenção: Construções do tipo: “Você quer que eu faço isso?” são ALTERNATIVA B - CORRETO - Há uma harmonia entre o pretérito
consideradas graves equívocos gramaticais e mostram perfeito "foi", o pretérito imperfeito "andava" e o pretérito mais que
desconhecimento por parte do falante de regras básicas que regem a perfeito "ofuscara" (tinha ofuscado).
norma culta.
Vamos imaginar casamentos possíveis:
2) Pretérito Perfeito do Indicativo/Pretérito Imperfeito do Indicativo
Foi promovida graças ao compadrio que andava na moda e que por
– Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
muitos anos momento ofuscara a meritocracia.

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Será promovida graças ao compadrio que anda na moda e que por Na voz passiva analítica, acrescenta-se o verbo "ser" flexionado no
muitos anos momento ofusca a meritocracia. mesmo tempo do verbo principal na voz ativa.
Seria promovida graças ao compadrio que andava na moda e que por O sujeito da voz ativa se converte em agente da passiva; e o objeto
muitos anos momento ofuscara a meritocracia. direto da voz ativa se converte em sujeito na voz passiva.
Vamos imaginar rupturas lógicas: Podemos resumir, dessa forma, o processo de conversão de voz ativa
Foi promovida graças ao compadrio que andará na moda e que por em passiva analítica da seguinte forma:
muitos anos momento estabelecerá a meritocracia.
Era promovida graças ao compadrio que andará na moda e que por
muitos anos momento estabelecia a meritocracia.
Seria promovida graças ao compadrio que andara na moda e que por
muitos anos momento estabelecerá a meritocracia.
ALTERNATIVA C - CORRETO - Há uma harmonia entre o presente do
indicativo "sugere" e o presente do subjuntivo "dê" e "comecemos".
Vamos imaginar casamentos possíveis:
Um mal-intencionado sugere que se dê por encerrada a aula e
comecemos logo as festividades do feriado.
Um mal-intencionado sugeria que se desse por encerrada a aula e
começássemos logo as festividades do feriado.
Um mal-intencionado sugeriu que se desse por encerrada a aula e
começássemos logo as festividades do feriado.
Vamos imaginar rupturas lógicas: Assim, a forma O Governo (Sujeito Agente) deve contratar (Verbo)
Um mal-intencionado sugere que se desse por encerrada a aula e número expressivo de servidores públicos (Objeto Direto Paciente)
começássemos logo as festividades do feriado. - na voz ativa - é equivalente à construção Número expressivo de
Um mal-intencionado sugeria que se dê por encerrada a aula e servidores públicos deve ser contratado (Verbo Auxiliar SER +
comecemos logo as festividades do feriado. Verbo Principal no Particípio) pelo governo... - na voz passiva.
Um mal-intencionado sugeriu que se dê por encerrada a aula e A forma verbal resultante é, portanto, “deve ser contratado”.
comecemos logo as festividades do feriado. Observação:
ALTERNATIVA D - ERRADO O auxiliar que se encontra na voz ativa permanece na voz passiva
Não faz sentido o uso do pretérito mais-que-perfeito "acabara", pois não analítica. O que ocorre nessa transposição é o acréscimo do auxiliar
se trata de uma ação anterior a outra já concluída. SER. Dessa forma, podemos contabilizar sempre um verbo a mais na
Assim, é conveniente empregar o pretérito perfeito "acabou". conversão da voz ativa para passiva, e este verbo é o auxiliar SER.
O correto, então, seria: "Depois de haver adormecido por três dias na Deve-se tomar o devido cuidado com a flexão do auxiliar “deve” e do
cama de um hospital, o paciente acabou sendo salvo por um milagre particípio “contratado”, que devem concordar com o núcleo do sujeito
divino. paciente “Número”.
ALTERNATIVA E - CORRETO - Há uma esperada harmonia entre os Resposta: B
pretéritos perfeitos "conteve" e "permitiu".
Vamos imaginar casamentos possíveis:
Gabarito
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se conteve de
01 D 02 E 03 D 04 A 05 E
alegria e se permitiu não comparecer à reunião com o chefe.
06 D 07 E 08 C 09 D 10 E
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se contém de 11 D 12 E 13 E 14 C 15 D
alegria e se permite não comparecer à reunião com o chefe. 16 E 17 D 18 D 19 C 20 A
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se continha de 21 D 22 A 23 C 24 E 25 D
alegria e se permitia não comparecer à reunião com o chefe. 26 A 27 A 28 D 29 B 30 E
Vamos imaginar rupturas lógicas: 31 A 32 E 33 B 34 A 35 B
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se contém de 36 A 37 E 38 E 39 D 40 C
alegria e se permitiu não comparecer à reunião com o chefe. 41 A 42 B 43 D 44 B 45 C
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se conteve de 46 D 47 E 48 A 49 D 50 B
alegria e se permite não comparecer à reunião com o chefe. 51 C 52 A 53 E 54 D 55 B
Já informado do salvamento da paciente, o familiar não se conteve de
alegria e se permite não comparecer à reunião com o chefe.
Resposta: D

55. RESOLUÇÃO:
Na conversão da voz ativa para a voz passiva, os seguintes
procedimentos devem ser observados:
O verbo principal na voz ativa assume a forma particípio na voz passiva
analítica.

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SINTAXE
01. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/2017 A frase de Aristóteles está em ordem sintática inversa. Assinale a opção
Observe o seguinte período, retirado do livro O Crime do Padre Amaro, que apresenta essa mesma frase na ordem direta.
do escritor português Eça de Queiroz: a) No ser humano, o desejo de conhecer é natural.
“A tarde caía quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia b) O desejo de conhecer, no ser humano, é natural.
adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha c) É natural o desejo de conhecer no ser humano.
palrando com o moço da quinta, que segurava a arreata”.
d) O desejo de conhecer é natural no ser humano.
Sobre a estrutura sintática desse segmento, a única afirmação
e) O desejo de conhecer é, no ser humano, natural.
correta é:
a) o primeiro período é composto por uma só oração;
05. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018
b) o segundo período é constituído por coordenação e subordinação;
Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de
c) o segundo período é formado por quatro orações;
substantivo + locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (coragem de
d) no segundo período, o sujeito é o mesmo em todas as orações; herói coragem heroica.)
e) nos dois períodos há orações subordinadas de valor temporal. O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um
adjetivo é:
02. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/2018 a) A maior preocupação do homem é a morte;
“A música talvez seja o único exemplo do que poderia ter sido – se não b) A criação do homem é ideia de Deus;
tivessem existido a invenção da linguagem, a formação das palavras, c) A inteligência do homem é infinita;
a análise das ideias – a comunicação das almas”.
d) Os amores do homem são passageiros;
Sobre os termos sintáticos sublinhados, assinale a afirmativa
e) É efêmera a memória do homem.
correta.
a) Todos exercem a função de complemento nominal.
06. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/ 2018
b) Todos exercem a função de adjunto adnominal.
A questão baseia no texto apresentado abaixo.
c) O primeiro e o último termo exercem funções sintáticas distintas.
Violência: O Valor da vida
d) O segundo termo exerce função sintática distinta dos demais.
Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos
e) Os dois últimos termos exercem a mesma função sintática. históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as
03. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/2018 sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência,
Assinale a opção que apresenta a frase em que o termo sintático estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com
sublinhado tem função sintática diferente das demais. amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física,
a) “Toda a sabedoria consiste em desconfiar dos nossos sentidos.” diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
b) “O modo mais correto de esconder dos outros os limites do próprio
determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições
saber é não ultrapassá-los jamais.”
de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a
c) “Quem não tem necessidades próprias dificilmente se lembra das violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
alheias.” outro. Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na
d) “Pode-se prescindir de tudo. Desde que não se deva.” história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para
e) “Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos.” sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir
violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado, nas
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
04. FGV - Consultor Legislativo (ALERO)/2018 sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida
DESEJO DE CONHECER comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem
“É natural no ser humano o desejo de conhecer.” Quando li pela primeira a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria
vez essa sentença inicial da Metafísica de Aristóteles, mais de quarenta nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que
anos atrás, ela me pareceu um grosso exagero. Afinal, por toda parte alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
onde olhasse – na escola, em família, nas ruas, em clubes ou igrejas – negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade
eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um
alguma, que estavam perfeitamente satisfeitas com suas ideias toscas tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.
sobre todos os assuntos, e que julgavam um acinte a mera sugestão de “Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos
que, se soubessem um pouco mais a respeito, suas opiniões seriam de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar
melhores. ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
Precisei viajar um bocado pelo mundo para me dar conta de que determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas
Aristóteles se referia à natureza humana em geral, e não à cabeça dos condições de trabalho e condições econômicas”.
brasileiros. De fato, o traço mais conspícuo da mente dos nossos Esse segmento do texto contém:
compatriotas era o desprezo humano pelo conhecimento, a) 1 oração; b) 2 orações;
acompanhado de um neurótico temor reverencial aos seus símbolos c) 3 orações; d) 4 orações;
exteriores: diplomas, cargos, espaço na mídia. (fragmento adaptado)
e) 5 orações.
Olavo de Carvalho, Diário do Comércio, 10/01/2011.

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07. FGV - Analista Portuário (CODEBA)/2016 09. FGV - Analista Censitário (IBGE)/2017
A questão deve ser respondida a partir do texto. ENTREVISTA COM O FÍSICO HOWARD GELLER
Texto O Brasil passou por um período de racionamento de energia em
Do relatório à pizza 2001. Isso pode se repetir? O que pode ser feito para evitar um
novo racionamento?
Nos últimos anos, relatórios produzidos por Comissões Parlamentares
de Inquérito têm merecido destaque na mídia nacional por impactos das O racionamento foi resultado da política de privatização e
denúncias que investigam. Algumas das sessões de inquérito são desregulamentação que não incentivou suficientemente a construção
transmitidas por canais de televisão e acompanhadas por milhares de de novas usinas. O governo também não permitiu que o setor público
brasileiros interessados no resultado das investigações conduzidas por investisse nessa área. Não planejou nem implementou uma política para
seus representantes legislativos. Muitos jornais publicam trechos dos o setor. O problema principal foi esse e não tinha uma carência de
relatórios produzidos por essas comissões de inquérito. De modo geral, energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o volume de chuvas
porém, as expectativas dos eleitores são frustradas quando veem tenha sido pequeno nos anos anteriores.
relatórios que apontam responsabilidades por crimes de corrupção e No futuro, o desafio será adotar uma política energética que estimule o
desvio de verbas públicas serem “engavetados” sem que os fornecimento de energia, através de eletricidade ou de combustíveis, a
responsáveis sejam punidos. um custo acessível para os consumidores e as empresas, protegendo
inclusive o meio ambiente. É preciso levar em conta questões
(João Montanaro, Folha de São Paulo, 19-05-2012)
econômicas e sociais. No Brasil, há pelo menos 20 milhões de pessoas
No texto, o termo que exerce uma função sintática diferente das demais que vivem em áreas rurais das regiões Norte e Nordeste, sem acesso à
é: eletricidade. Uma boa política expandiria o fornecimento para essa
a) por Comissões Parlamentares de Inquérito. população.
b) por impactos das denúncias que investigam. (Ciência Hoje, maio de 2004 - adaptado)
c) por canais de televisão. No texto há um conjunto de termos precedidos da preposição DE; o
d) por milhares de brasileiros interessados. termo abaixo em que essa preposição tem emprego não exigido por um
termo anterior é:
e) por seus representantes legislativos.
a) “racionamento de energia”;
08. FGV - Analista Portuário (CODEBA)/2016 b) “construção de novas usinas”;
c) “capacidade de fornecê-la”;
A questão deve ser respondida a partir do texto.
d) “volume de chuvas”;
Texto
e) “fornecimento de energia”.
Relatórios
Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de perfil bem
10. FGV - Agente Censitário (IBGE)/2017
específico. Os relatórios de inquérito, por exemplo, são lidos pelas
pessoas diretamente envolvidas na investigação de que tratam. Um “Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do
relatório de inquérito criminal terá como leitores preferenciais Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro.
delegados, advogados, juízes e promotores. Passados quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento
que envolveu Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se
Autores de relatórios que têm leitores definidos podem pressupor que apequenou nos livros didáticos e se restringiu às discussões
compartilham com seus leitores um conhecimento geral sobre a questão acadêmicas. Neste livro, fruto de pesquisas históricas rigorosas, mas
abordada. Nesse sentido, podem fazer um texto que focalize aspectos escrito com o ritmo de uma grande reportagem, o leitor poderá se
específicos sem terem a necessidade de apresentar informações transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar de perto a
prévias. grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no continente
Isso não acontece com relatórios de circulação mais ampla. Nesse caso, sul-americano e lembranças de momentos difíceis”.
os autores do relatório devem levar em consideração o fato de terem (adaptado - A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima)
como interlocutores pessoas que se interessam pelo assunto abordado,
Entre as ocorrências da preposição “de” sublinhadas nas passagens do
mas não têm qualquer conhecimento sobre ele. No momento de
texto, aquela em que o emprego dessa preposição é uma exigência de
elaborar o relatório, será preciso levar esse fato em consideração e
um termo anterior é:
introduzir, no texto, todas as informações necessárias para garantir que
os leitores possam acompanhar os dados apresentados, a análise feita a) “história da América do Sul”;
e a conclusão decorrente dessa análise. b) “Guerra do Paraguai”;
“Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de perfil c) “memória do povo brasileiro”;
bem específico”. d) “fruto de pesquisas históricas rigorosas”;
No caso desse segmento do texto, a preposição a é de uso gramatical, e) “lembranças de momentos difíceis”.
pois é exigida pela regência do verbo dirigir.
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição “a” introduz 11. FGV - Agente Censitário (IBGE)/2017
um adjunto e não um complemento. Texto 2
a) O Brasil dá Deus a quem não tem nozes, dentes etc. “Imagine reunir um grupo diverso de pessoas toda quinta-feira, durante
b) É preciso passar o Brasil a limpo. dez anos, para estudar e treinar visões sobre o trabalho do ator e da
arte. Imagine que a pessoa que conduz essa iniciativa o faz por crença
c) Um memorando serve não para informar a quem o lê, mas para
no ofício, dedicação de uma vida inteira, com apoios eventuais, mas
proteger quem o escreve.
sem nenhum ressentimento. Para aqueles que miram na arte uma forma
d) Quem é burro pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue. de estar na vida, a diretora Celina Sodré é um exemplo a ser mirado.
e) O desenvolvimento é uma receita dos economistas para promover os Para outros que olham com desdém a profissão de artista de teatro, é
miseráveis a pobres – e, às vezes, vice-versa. uma possibilidade de mudar de ponto de vista”.
(O Globo, 11/04/2017)

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O segmento do texto 2 em que o emprego da preposição DE – com ou 14. FGV - Analista do Ministério Público (MPE RJ)/Administra-
sem contração com o artigo - é resultante da exigência de um termo tiva/2016 (e mais 1 concurso)
anterior é: “Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da
a) “um grupo diverso de pessoas”; segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das
b) “sobre o trabalho do ator”; cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de
c) “dedicação de uma vida inteira”; políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades”.
d) “uma forma de estar na vida”; Nesse período, o termo que se liga sintaticamente a um termo anterior,
de forma diferente dos demais, é:
e) “profissão do artista”.
a) concentração de renda;
12. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas A I b) espaço das cidades;
(IBGE)/2016 c) falta de planejamento;
TEXTO d) promoção de políticas;
Entre as funções do técnico do IBGE, aparece a de “Executar de acordo e) crescimento das cidades.
com instruções e/ou orientações, as rotinas administrativas necessárias
à manutenção da Unidade de Trabalho, desde o recebimento, a 15. FGV - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental
organização, a guarda e o encaminhamento de documentos (CGM Niterói)/2018
institucionais e de interessados, utilizando os recursos de informática Leia o segmento a seguir.
disponibilizados pela Instituição e os sistemas corporativos e federais”.
“Não se trata de uma referência às fontes murmurantes cantadas por
Fonte: Ary Barroso em sua ‘Aquarela do Brasil’. As fontes em questão são
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_p outras, estão atualmente em debate nos meios jornalísticos e legais: o
nad_jc_ab direito de proteger o sigilo das ‘fontes’.
No texto há uma série de termos que são complementados por outros; Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de ofício,
o item abaixo que mostra um complemento seguido do termo que o sou contra este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa.”
exige é: No segmento, o termo que funciona como complemento de um
a) de acordo com instruções / Executar; termo anterior é:
b) à manutenção da Unidade de Trabalho / necessárias; a) às fontes murmurantes.
c) de informática / recursos; b) em sua ‘Aquarela do Brasil’.
d) sistemas corporativos e federais / disponibilizados; c) nos meios jornalísticos e legais.
e) institucionais / documentos. d) das fontes.
e) dos colegas de ofício.
13. FGV - Assistente Técnico-Administrativo (MPE BA)/2017
Observe a charge abaixo. 16. FGV - Professor III (Paulínia)/2016
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de introduz
um termo classificado como complemento e não como adjunto.
a) Os clientes estavam todos na sala de espera.
b) Ninguém mais usa máquina de escrever.
c) O mendigo tinha uma bolsinha de moedas.
d) O turista comprou um colar de milhões.
e) Os fregueses tinham medo de assalto.

17. FGV - Técnico de Nível Médio (Pref Salvador)/2017


TEXTO
Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons
agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?
Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea
(parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com
as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao
exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é
responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais
Na charge, na frase do representante do restaurante, o primeiro termo final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e
devia estar separado por vírgula por ser: frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
a) um termo deslocado; perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências
b) um aposto; muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser
c) um vocativo; danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu
movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a
d) uma oração antecipada;
determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não
e) um adjunto adverbial. sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com
notas agudas.

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Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número 19. FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental
limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já (SEPOG RO)/2017
no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro TEXTO.
(ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número
Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário
infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas
frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem do que dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que
mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
aversão a esse sons agudos e “crus”. superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue
Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282. para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim,
cardiologista do Hospital do Coração.
O segmento “parte interna do ouvido” indica
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois
a) uma retificação de um termo anterior.
sistemas de bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele
b) uma substituição de um termo inadequado.
recebe o sangue das veias e lança para as artérias. Para isso contrai e
c) uma explicação para leigos no assunto. relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o
d) um esclarecimento para leitores médicos. amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está
e) uma conclusão de uma informação dada anteriormente. apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimentos
cardíacos e a pressão arterial”.
18. FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018 (O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)
Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante “Ao contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos.”
se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e Nesse segmento do texto, há duas formas verbais na terceira pessoa
violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho do plural: dizem e moram.
clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no
trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São Sobre essas formas, assinale a opção correta.
condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas a) As duas formas mostram sujeitos pospostos.
como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para b) Só a primeira forma tem sujeito indeterminado.
os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam c) Só a segunda forma tem sujeito.
pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as
faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou d) As duas formas mostram sujeitos indeterminados.
amortecedores vencidos. e) As duas orações não tem sujeito.
Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos
acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os 20. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 (e mais 2 con-
desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo cursos)
com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no
O termo sublinhado abaixo que exerce uma função sintática diferente
trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos
ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar das demais é:
o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas a) “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do
ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na que sermos tolerantes...”;
prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom b) “somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco
senso e respeito às normas. de estar tornando-se irracionalmente intolerante”;
Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do c) “O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga
comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo mundial”;
automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o
motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de d) “Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e
segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa nós vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes”;
atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver. e) “No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de
Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de matriz africana”.
ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança
obrigatórios, como o capacete. 21. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Oficial de Justiça Avalia-
Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus dor/2018
comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do
Texto – Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas da
corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o
próximo, demonstrando gentileza e educação.” Copa
Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009. Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018
Todos os segmentos textuais abaixo trazem termos precedidos da A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo uma
preposição de. temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos pelos cromos
Assinale a opção que apresenta o termo cuja preposição é uma possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão levando seus estoques
exigência de um termo anterior. para casa quando termina o expediente. Pode parecer piada, mas há
a) “luzes indicadoras de direção”. até boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalhados por
mensagens de celular.
b) “faixa de pedestres”.
No texto aparecem três ocorrências da preposição DE.
c) “dias de chuva”.
d) “faixas exclusivas de ônibus”. 1. “troca-troca de figurinhas”;
e) “equipamentos de segurança”. 2. “roubo de figurinha”;
3. “mensagens de celular”.

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Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto afirmar que: 23. FGV - Analista (TJ SC)/2018
a) os termos precedidos da preposição DE indicam pacientes dos Texto 2:
vocábulos anteriores; Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na
b) os termos precedidos da preposição DE indicam agentes dos termos linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente. Vivemos
em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são valorizados.
anteriores;
Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter
c) os termos “de figurinha” e “de celular” são complementos dos termos sucesso. No entanto, apenas os sábios conseguem uma felicidade
anteriores; autêntica. Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da
d) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos dos vocábulos bondade, aplicando uma visão mais otimista à vida.
precedentes; Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada
uma definição simples: a faculdade das pessoas de agir de maneira
e) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são complementos dos sensata, prudente ou correta. Sendo assim, a primeira pergunta que
vocábulos precedentes. vem à mente é: a inteligência não nos dá a capacidade de nos
movimentarmos no nosso dia a dia da mesma maneira? Um QI médio
22. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 ou alto não nos garante a capacidade de tomar decisões acertadas?
É claro que sim. Também é claro que quando falamos de inteligência
TEXTO surgem diferentes nuances. Por isso, o tipo de personalidade e a
Ressentimento e Covardia maturidade emocional são fatores que influenciam mais concretamente
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da as realizações das pessoas. Isso também é verdadeiro em relação à
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica capacidade de investir mais ou menos em seu próprio bem-estar e no
dos outros.
que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e
eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos
interessantes. Assim, poderemos ter uma ideia mais precisa e útil do
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a necessário desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de personalidade virtuosa. Isso vai um passo além do cognitivo e do
apropriação indébita. emocional.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais “A verdadeira sabedoria está em reconhecer a própria ignorância.”
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das Sócrates.
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a Disponível em https:amentemaravilhosa.com.br/inteligencia-e-
comunicação virtual está em sua pré-história. sabedoria/
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que Em todas as frases abaixo (texto 2) sublinhamos formas verbais de
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais primeira pessoa do plural, em que o sujeito é quantitativamente
comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e impreciso.
que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um O caso em que o sujeito de uma dessas formas abrange o maior
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um universo possível de pessoas é:
texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de a) “Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na
injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente”;
propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao b) “Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são
contraditório. valorizados”;
c) “Também é claro que quando falamos de inteligência surgem
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em diferentes nuances”;
nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos
d) “Assim, poderemos ter uma ideia mais precisa e útil do que realmente
e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. são”;
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) e) “Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é desenvolver uma
O segmento sublinhado que exerce uma função sintática diferente das sabedoria excepcional e moldar uma personalidade virtuosa”.
demais é:
a) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da 24. INÉDITA
internet”; Observe o seguinte trecho: O fascínio por determinados temas
b) “...que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que científicos segue a lógica da saturação do termo...
coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz Assinale a opção cujo termo em destaque exerce a mesma função
sintática que sublinhado acima.
veículo de comunicação”;
a) ... antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho
c) “A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes científico
já especificados em lei”;
b) O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos
d) “...como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, dados apresentados
bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros c) A publicidade contemporânea trata com pessoas
recursos de apropriação indébita”; d) Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção
e) “Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação e) O interesse do público muda bastante e a publicidade se aproveita
virtual está em sua pré-história”. desses temas

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25. INÉDITA 28. FGV - Agente Fazendário (Niterói)/2015
Numa manchete de jornal, lia-se a seguinte manchete: Texto – Argumentos contra a redução da maioridade penal
Acusaram o torturador de criminoso. 1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da
Do modo como está redigida, pode-se dizer que, nesta frase: Constituição Federal que não podem ser modificadas por congressistas.
a) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser tanto predicativo 2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro
do sujeito quanto adjunto adnominal do nome “torturador”. não iria contribuir para sua reinserção na sociedade.
b) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser adjunto adverbial 3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em
de modo ou complemento nominal. casos isolados, e não em dados estatísticos.
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em
c) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser adjunto adnominal
educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
ou predicativo do sujeito “Eles”.
vulnerabilidade deles diante da violência.
d) se posicionarmos “de criminoso” antes de “o torturador”, a
5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens
ambiguidade seria desfeita.
negros, pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida
e) o termo “de criminoso” é um modificador do verbo “Acusaram” e em que este é o perfil de boa parte da população carcerária brasileira.
transmite uma ideia de modo. (Uol-Cotidiano 19/05/2015 – adaptado)
Considerando os seguintes segmentos do texto: “redução da
26. INÉDITA maioridade penal” e “inclusão de jovens”, a afirmação correta sobre o
Assinale a alternativa em que a oração se estrutura, sequencialmente, papel dos termos sublinhados é:
com as mesmas funções sintáticas dos termos da oração: a) os dois termos exercem a função de adjuntos adnominais;
Os funcionários da fábrica sempre fazem homenagens aos recém- b) apenas o primeiro termo exerce a função de adjunto;
chegados. c) apenas o segundo termo exerce a função de adjunto;
a) Os prazeres da cozinha não têm relação com a longevidade? d) os dois termos exercem a função de complementos nominais;
b) O futebol brasileiro me ensinou muitas coisas. e) apenas o primeiro termo exerce a função de complemento.
c) Os professores da Universidade corriqueiramente alegam descaso
com a pesquisa. 29. FGV - Técnico da Procuradoria (PGE RO)/2015
d) As promessas dos políticos sempre resultam em críticas dos MAIS UM ATAQUE DISFARÇADO CONTRA A NOSSA AMAZÔNIA
eleitores. A intenção de domínio sobre a Amazônia, com seus 830 mil quilômetros
e) As respostas do acusado nunca deram margem a dúvidas. quadrados, dos quais mais de 65 por cento nosso, aparece
seguidamente, sob os mais incríveis disfarces. A iniciativa parte sempre
27. FGV - Técnico da Defensoria Pública (DPE RO)/ 2015 de alguma ONG, ligada a poderosos grupos internacionais, que surge
como salvadora da Pátria, para “preservar” a floresta e suas riquezas.
TEXTO - História Dos Medicamentos Genéricos No Brasil
Já se viu esse filme. Quem não lembra quando uma ONG conseguiu
O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com transferir para o Japão a propriedade do nome “Cupuaçu”? Agora surge
a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a mais um desses ataques, escamoteados sob boas intenções e com
respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da criação apoio de governos vizinhos. O presidente da Colômbia, Juan Manoel
dessa lei, os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil Santos, caiu na catilinária da ONG, Fundação Gaia Internacional e
apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas, mandou ao Congresso projeto criando um “corredor ecológico” dentro
atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas. da Amazônia, que ligaria os Andes ao Oceano Atlântico. Esse corredor
Atualmente temos mais de 21 mil apresentações, sendo possível tratar, seria intocado e suas riquezas eternamente não violadas. Assim,
com medicamentos genéricos, a maioria das doenças conhecidas. aparentemente, seria uma ideia positiva, não fosse a Gaia uma entidade
Absolutamente seguros e eficazes, além de mais baratos que os bancada por dinheiro de várias Nações, todas elas muito aflitas para
chamados medicamentos inovadores, os genéricos, ao longo destes botar a mão em alguma coisa próxima dos 230 trilhões de dólares das
riquezas que a maior floresta do mundo comporta.
anos, trouxeram uma nova realidade para os consumidores do país,
principalmente no que diz respeito à qualidade. O presidente colombiano (isso mesmo, do país que até recentemente
era dominado pelo narcotráfico e ainda se mantém como um dos
(Associação Brasileira de Genéricos)
maiores exportadores de cocaína do mundo), não consegue resolver
“O programa de medicamentos genéricos (1), criado no Brasil em 1999 seus problemas internos, mas quer interferir nos vizinhos, impondo um
com a promulgação da Lei 9787 (2), se deu três anos após o país voltar corredor, inclusive dentro do Brasil, onde ninguém entraria. Como
a respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da ninguém? Claro que a exceção seria para as ONGs internacionais; para
criação dessa lei (3), os genéricos já se encontravam disponíveis em representantes da Igreja, que viriam “catequizar” os índios e para outros
mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes estrangeiros. A proibição seria para os brasileiros, que não poderiam
terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de usar parte do seu território. Nosso governo, até agora, não chiou contra
prescrições médicas (4).” esse crime. O que, aliás, não é surpresa alguma!
Considerando os termos sublinhados e numerados, são complementos (Correio de Notícias, 21/07/2015)
dos termos anteriores: O termo que exerce a função de complemento, e não de adjunto, é:
a) (1) e (2); a) salvadora da Pátria;
b) (1), (3) e (4); b) apoio de governos vizinhos;
c) (2), (3) e (4); c) dinheiro de várias nações;
d) (1) e (3); d) 230 trilhões de dólares;
e) (1), (2) e (3). e) a maior floresta do mundo.

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30. FGV - Analista Judiciário (TJ PI)/2015 urânio e outros metais preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso
TRÂNSITO: SOLUÇÕES intermediário ao imperativo de “conferir” a correspondência.
Em 1997 foram criados os rodízios para diminuir a circulação de Mas agora que os nossos rostos escalavrados pelo ordálio do trabalho
veículos em determinados horários na capital paulista. Também foram de campo provavam como estava errado, ele, pela primeira vez em sua
feitas ciclovias (17,5 km) e campanhas de conscientização. Mas nada vida, acreditou ter testemunhado dois cientistas em ação.
disso resolveu o caos no trânsito. Há sempre o inesperado.
Também foi incentivado o uso de motocicletas, que ocupam menos Roberto da Matta. O GLOBO. Rio de Janeiro, 18/10/2017
espaço no tráfego. Porém, elas poluem mais do que veículos novos e Assinale a opção que apresenta o segmento do texto em que a
são as principais causadoras de mortes no trânsito. Segundo o “Mapa conjunção e tem valor adversativo (oposição), e não aditivo (adição).
da Violência 2011”, do Instituto Sangari, o número de vítimas fatais no
a) “... meu companheiro de aventuras, e eu iríamos receber”.
trânsito brasileiro subiu 23,9%, de 1998 a 2008; entre os motociclistas,
o aumento foi de 753,8%. b) “... demoravam semanas para ir e vir”.
Por isso, cada vez mais especialistas defendem a mobilidade urbana c) “ E quando chegamos à nossa base...”.
sustentável. Uma das principais mudanças seria o investimento em d) “... arrolando em seguida o inesperado e a ironia...”.
transporte coletivo e o desestímulo ao individual. e) “... atrás de urânio e outros metais preciosos”.
Entre as medidas sugeridas – e uma das mais polêmicas – está a
cobrança de pedágio urbano. Ele consiste em cobrar uma tarifa dos 32. FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018
motoristas que circulem em determinadas áreas da cidade. O modelo
Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante
foi implantado pela primeira vez em 1975, em Cingapura, e se espalhou
se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e
por países europeus.
violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho
Em São Paulo, há projetos que tramitam na Câmara para cobrar clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no
motoristas que trafeguem na região central. As tarifas variam de R$ 1 a trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São
R$ 4, valor que especialistas acham pouco para que a medida dê condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas
resultado. como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para
Há ainda propostas de aumento da malha ferroviária – atualmente, 60% os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam
do transporte brasileiro é feito em rodovias. São Paulo, por exemplo, pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as
possui apenas 65,3 km de linhas de metrô, enquanto Santiago do Chile faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou
(com metade da população paulista) possui 83,2 km e Nova York, 479 amortecedores vencidos.
km. Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos
Todos esses pontos são avaliados como soluções para as demais acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os
capitais brasileiras e mesmo para cidades de médio porte, que já desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo
enfrentam problemas semelhantes. com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no
Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que exerce a função trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos
de complemento é: ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar
a) áreas da cidade; o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas
b) campanhas de conscientização; ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na
prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom
c) cidades de médio porte; senso e respeito às normas.
d) cobrança de pedágio;
Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do
e) número de vítimas. comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo
automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o
31. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018 motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de
Texto – Há sempre o inesperado segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa
atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver.
Quem não nasceu de novo por causa de um inesperado?
Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de
Iniciei-me no exílio antropológico quando – de agosto a novembro de ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança
1961 – fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará. obrigatórios, como o capacete.
Mas, como os exilados também se comunicam, solicitei a uma
respeitável figura do último reduto urbano que visitamos, uma Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus
cidadezinha na margem esquerda do rio Tocantins, que cuidasse da comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do
correspondência que Júlio César Melatti, meu companheiro de corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o
aventura, e eu iríamos receber. Naquele mundo sem internet, próximo, demonstrando gentileza e educação.”
telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes demoravam Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009.
semanas para ir e vir. Assinale a opção que apresenta o segmento em que a conjunção ou
Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando tem valor alternativo, e não valor aditivo.
chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa a) “conhecidas como piscas ou setas”.
correspondência havia sido violada. b) “... ou ultrapassam pela direita – inclusive pelo acostamento das
Por quê? Ora, por engano, respondeu o responsável, arrolando em rodovias”.
seguida o inesperado e ironia que até hoje permeiam a atividade de c) “e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores vencidos”.
pesquisa de Brasil. Foi quando soubemos que quem havia se
d) “... para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas
comprometido a cuidar de nossas cartas não acreditava que estávamos
consequências”.
“estudando índios”. Na sua mente, éramos bons demais para perdermos
tempo com uma atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos e) “reduzir a velocidade perto de escolas ou em dias de chuva”.
estrangeiros disfarçados – muito provavelmente americanos – atrás de

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33. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar Em todos os segmentos abaixo há termos unidos pela conjunção aditiva
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) E; o segmento do texto em que esses termos NÃO podem ser trocados
Guerra civil de posição é:
a) “ou a censura da fala e do pensamento”;
Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017
b) “desgaste causado pelas condições de trabalho e condições
O 11º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrando
econômicas”;
o crescimento das mortes violentas no Brasil em 2016, mais uma vez
c) “deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um
assustou a todos. Foram 61.619 pessoas que perderam a vida devido à instrumento da organização”;
violência. Outro dado relevante é o crescimento da violência em alguns
d) “...e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho”;
estados do Sul e do Sudeste. Na verdade, todos os anos a imprensa
e) “...desfrutam de bens e valores exclusivos”.
nacional destaca os inaceitáveis números da violência no país. Todos
se assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato. Tem sido
assim com o governo federal e boa parte das demais unidades da 35. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra-
fia/2018
Federação. Agora, com a crise, o argumento é a incapacidade de
investimento, mas, mesmo em períodos de economia mais forte, pouco Cada um por si
se viu da implementação de programas estruturantes com o objetivo de Paula Ferreira, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)
enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição de equipamentos, Ouvir a opinião do outro, trabalhar em equipe e compartilhar
viaturas e novas tecnologias são medidas essenciais, mas é preciso ir conhecimento são habilidades desejadas não só no mercado de
muito além. Definir metas e alcançá-las, utilizando um bom método de trabalho, mas no exercício da cidadania e nas relações interpessoais.
Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
trabalho, deve ser parte de um programa bem articulado, que permita o
Brasil, indica um relatório divulgado ontem com dados do Programa
acompanhamento das ações e que incentive o trabalho integrado entre Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Os estudantes
as forças policiais do estado, da União e das guardas municipais. brasileiros estão entre os piores, em meio a 52 países ou economias
O segmento do texto em que a conjunção E tem valor adversativo com dados disponíveis, em resolver problemas de maneira colaborativa.
(oposição) e NÃO aditivo (adição) é: De acordo com especialistas, há razões claras para essa posição. Por
a) “...crescimento da violência em alguns estados do Sul e do Sudeste”; um lado, o foco em avaliações de larga escala afetou o que é prioridade
nas escolas do país. Por outro, o modelo de acesso ao nível superior e
b) “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação decorre de fato”; a infinidade de provas desestimulam estudantes a trabalhar
c) “Tem sido assim com o governo federal e boa parte das demais coletivamente.
unidades da Federação”; - Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas de
d) “...viaturas e novas tecnologias”; aula que promovem maior interação durante o aprendizado das
e) “Definir metas e alcançá-las...”. disciplinas comuns. Aulas nas quais há incentivo para a colaboração
entre pares têm impactos positivos sobre essa competência – afirmou
um dos diretores da Instituição, acrescentando ainda que o Brasil
34. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar precisa melhorar em áreas essenciais.
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas
Violência: O Valor da vida do Brasil, / indica um relatório divulgado ontem com dados do
Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”. O
conectivo que substituiria adequadamente, no contexto, a barra
conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
transversal inserida no segmento do texto é:
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as
a) pois;
sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência,
b) mas também;
estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com
c) conforme;
amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física,
diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, d) contudo;
familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de e) todavia.
determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições
de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a 36. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tramita-
ção/2018 (e mais 1 concurso)
violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
outro. Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na Quem protege os cidadãos do estado?
história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações
violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado, nas internacionais ratificadas pelos países, busca garantir aos cidadãos o
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras
situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços
comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por
a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria exemplo.
nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a
alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e evitar que haja risco para a vida das pessoas nesses casos, como a
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteiras.
aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar
tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações. em regiões de conflito onde há perigo para a população.

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Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência 38. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018
de voluntariado em uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Ressentimento e Covardia
Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma organização que Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da
pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica
conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e
posição política favorável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em
seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida. imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de
preciso que as partes envolvidas no conflito respeitem os direitos dos apropriação indébita.
pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localização de
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais
suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a
humanitário da ação dos profissionais da organização.
comunicação virtual está em sua pré-história.
O item abaixo em que o conector sublinhado tem seu substituto
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que
corretamente indicado é:
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais
a) “O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e
internacionais” / de modo que; que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um
b) “Há, no entanto, inúmeras situações...” / no entretanto; jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
c) “atuam de forma a evitar que haja risco” / de modo a; texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de
d) “Por meio de acordos internacionais...” / Conforme; injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade
e) “sem que essa ação fosse entendida como uma posição política” / a propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao
menos que. contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em
37. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos
Ressentimento e Covardia e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade.
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica O segmento abaixo em que a conjunção OU tem valor claramente
que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e alternativo é:
eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em a) “No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a autoridades”;
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de b) “Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no
apropriação indébita. que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais comuns são os textos atribuídos ou deformados”;
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das c) “...que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a esclarecidos caso por caso”;
comunicação virtual está em sua pré-história. d) “Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas”;
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais e) “Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também”.
comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e
que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um
39. FGV - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
(CGM Niterói)/Gestão Governamental/2018 (e mais 1 concurso)
texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de
injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade Texto 1 - Fontes murmurantes
propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao Não se trata de uma referência às fontes murmurantes cantadas por Ary
contraditório. Barroso em sua "Aquarela do Brasil". As fontes em questão são outras,
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em estão atualmente em debate nos meios jornalísticos e legais: o direito
nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos de proteger o sigilo das "fontes".
e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de ofício,
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) sou contra este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa.
Tenho alguns anos de estrada, mais do que pretendia e merecia, e em
O texto mostra uma série de elementos aditivados por meio de
diferentes processos; o trecho em que NÃO ocorre qualquer tipo minha vida profissional nunca levei em consideração qualquer tipo de
de aditivação é: informação que não fosse assumida pelo informante.
a) “... que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que Evidente que fui mais furado do que um ralador de coco. Mas não fiz
coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz minha carreira no jornalismo na base de furos, que nunca os dei e nunca
veículo de comunicação”; os levei a sério, uma vez que a maioria dos furos são, por natureza,
furados.
b) “A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes
já especificados em lei, como a da imprensa”; O sigilo das fontes beneficia as fontes, e não o jornalista, que
geralmente é manipulado na medida em que aceita e divulga as
c) “... que pune injúrias, difamações e calúnias”;
informações obtidas com a garantia do próprio sigilo. São fontes
d) “...bem como a violação dos direitos autorais”; realmente murmurantes, que transmitem os murmúrios, as
e) “... a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de especulações e as jogadas inconfessáveis dos interessados, que são
apropriação indébita. os próprios informantes.

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Digo "inconfessáveis" por um motivo óbvio: se fossem confessáveis, as c) “Qualquer pessoa é capaz de ficar alegre E de bom humor quando
fontes não pediriam sigilo, confessariam o que sabem ou supõem, está bem-vestida”;
assumindo a responsabilidade pela informação. d) “O amor E a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem”;
Os defensores do sigilo das fontes se justificam com o dever de informar e) “O amor não mata a morte E a morte não mata o amor, pois, no fundo,
a sociedade, como se esse dever fosse a tábua da lei, o mandamento entendem-se muito bem”.
supremo acima de qualquer outro mandamento ou lei. No fundo, aquela
velha máxima de que o fim justifica os meios, pedra angular em que se 42. FGV - Analista (TJ SC)/Administrativo/2018 (e mais 7 concur-
baseou a Inquisição medieval e todos os movimentos totalitários que sos)
desgraçaram a humanidade.
“Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 06/12/2005.
linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente”.
“Evidente que fui mais furado do que um ralador de coco. Mas não fiz
Nesse segmento do texto 2, o conector “entretanto” só NÃO pode ser
minha carreira no jornalismo na base de furos, que nunca os dei e nunca
substituído de forma semanticamente adequada por:
os levei a sério, uma vez que a maioria dos furos são, por natureza,
furados.” a) contudo; b) todavia;
O segmento do texto destacado acima mostra uma série de conectores c) conquanto; d) no entanto;
argumentativos. Assinale a opção que indica o conector cujo valor e) porém.
semântico é inadequado ao contexto.
a) do que / comparação. b) mas / oposição. 43. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Administração/2018 (e mais
c) que / causa. d) e / adição. 22 concursos)
e) uma vez que / tempo. Observação
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de
40. FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 (e mais 5 observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos tão
concursos) bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos
proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta,
Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018, com o nome
aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais
Erros do passado, o articulista Paulo Guedes escreve o seguinte: “Os
agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção
regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente
do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”.
anacrônicos, economicamente desastrosos e socialmente perversos.
Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de
Arquitetados de início em sistemas políticos fechados (na Alemanha
perceber uma imagem de propaganda.
imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini), e desde então
cultivados por obsoletos programas socialdemocratas, são hoje armas Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que
de destruição em massa de empregos locais em meio à competição não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as imagens
global. Reduzem a competitividade das empresas, fabricam se encarregam de nos invadir.
desigualdades sociais, dissipam em consumo corrente a poupança Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira
compulsória dos encargos recolhidos, derrubam o crescimento da habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é a
economia e solapam o valor futuro das aposentadorias”. observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa,
(adaptado) voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma
que quero, quando quero observar.
Todos os itens abaixo são períodos compostos por duas orações,
separadas por um sinal de pontuação; o item em que a inclusão de um Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer
conectivo entre essas duas orações foi feita de forma adequada ao genericamente: alto, magro, de meia-idade: ou então ser bem
sentido original é: específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está
vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro
a) Todos julgam segundo a aparência, ninguém julga segundo a
marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa
essência / Todos julgam segundo a aparência, embora ninguém julgue
costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40
segundo a essência;
anos.
b) O amor vence tudo, cedamos nós também ao amor / O amor vence
tudo, por isso cedamos nós também ao amor; Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais
observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir
c) Deus fez o amor, o homem fez o ato sexual / Deus fez o amor à dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.
medida que o homem fez o ato sexual;
OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira.
d) O amor é um grande mestre, ensina de uma só vez / O amor é um 2001.
grande mestre, logo ensina de uma só vez;
Em todas as opções a seguir foram sublinhadas orações. Indique aquela
e) O talento sem genialidade é pouca coisa. A genialidade sem talento
que tem seu valor semântico corretamente indicado.
é nada / O talento sem genialidade é pouca coisa, mesmo que a
genialidade sem talento seja nada. a) “Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de
observar detalhadamente o que nos cerca.” / consequência.
41. FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 (e mais 5 b) “Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por
concursos) estímulos visuais que, para nos protegermos do excesso, aprendemos
a não perceber muito o que está em volta, ...” / explicação.
A frase abaixo em que os dois termos unidos pela conjunção E são
equivalentes, fazendo com que o segundo termo possa ser retirado da c) “Por isso a propaganda fica cada vez mais agressiva.” / conclusão.
frase é: d) “Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção do
a) “As novas opiniões são sempre suspeitas E geralmente opostas, pelo possível comprador, até que sejamos capazes de ´ver sem olhar´.” /
fato de não serem comuns”; proporção.
b) “O verdadeiro amor é uma expressão da produtividade interna e e) “Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar
compreende solicitude, respeito, responsabilidade E conhecimento; de perceber uma imagem de propaganda.” / causa.

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44. FGV - TT (SEFIN RO)/SEFIN RO/2018 A liberdade não é um benefício seletivo. Não existe numa sociedade
Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a
se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e de uns se sobrepõe à de outros.
violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho É fundamental para a evolução das sociedades compreender que o
clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no status quo das culturas está sempre se modificando, e que todas as
trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São modificações relacionadas aos costumes de cada época precisaram
condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas quebrar paradigmas que pareciam imutáveis. Foi assim com a conquista
como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para do voto da mulher, com a trajetória até o divórcio e para que a
os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam “desquitada” deixasse de ser discriminada. Foi assim, também, com
pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as outros costumes: o comprimento das saias, a introdução do biquíni, a
faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou inclusão racial, as famílias constituídas por união estável, o primeiro
amortecedores vencidos. beijo na TV e tantas outras mudanças que precisaram vencer os
Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos movimentos conservadores até conseguirem se estabelecer. Hoje,
acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os ninguém se importa em ver um casal se beijando numa novela (desde
desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo que o casal seja formado por um homem e uma mulher). Há pouco mais
com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no de 60 anos, o primeiro beijo na TV, comportado, um encostar de lábios,
trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos foi um escândalo para a época.
ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar
A questão do momento é se existe limite para a expressão da arte.
o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas
ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na Simone Kamenetz, O Globo, 18/10/2017. (Adaptado)
prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto
senso e respeito às normas. tenham a mesma organização sintática numa enumeração.
Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que
comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a
automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o mesma organização, a mudança adequada seria:
motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.
segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes
atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver.
sociais”.
Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de
ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas
obrigatórios, como o capacete. em grupos”.
Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam
comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do organizadas em grupos”.
corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se
próximo, demonstrando gentileza e educação.” em grupos”.
Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009.
“Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os desastres ou 46. FGV - AssLM (CM Salvador)/CM Salvador/Auxiliar em Saúde Bu-
pelo menos minimizar suas consequências”. cal/2018
Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever esse período do Violência: O Valor da vida
texto de modo a manter o sentido original, a correção e o paralelismo Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de
na construção. conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
a) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as
ou pelo menos a minimização de suas consequências. sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência,
b) Dirigir defensivamente é essencial para que se previnam os desastres estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com
ou pelo menos a minimização de suas consequências. amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física,
c) Dirigir defensivamente é essencial para a prevenção dos desastres diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
ou pelo menos para que minimizem suas consequências. familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
d) Dirigir defensivamente é essencial para que se previna os desastres determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições
ou pelo menos se minimize as suas consequências. de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a
e) Dirigir defensivamente é essencial para que seja prevenido os violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
desastres ou pelo menos sejam minimizadas as suas consequências. outro. Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na
história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para
45. FGV - Cont (SEFIN RO)/SEFIN RO/2018 sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir
Texto – Do que as pessoas têm medo? violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado, nas
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
A geração pós-1980 e início de 1990 só conhece os tempos militares
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida
pelos livros de História e pelas séries da TV. Para a maioria dela, as
palavras “democracia” e “liberdade” têm sentido diferente daquele para comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem
quem conheceu a falta desses direitos e as consequências de brigar por a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria
eles. Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que
se organizem em grupos ou movimentos e digam ou escrevam o que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
querem e o que pensam, devem-se essas prerrogativas a quem no negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade
passado combateu as arbitrariedades de uma ditadura violenta, a custo aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um
muito alto. tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.

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“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social...”; se A forma desenvolvida adequada das formas reduzidas acima
modificarmos a oração reduzida de infinitivo por uma oração destacadas é:
desenvolvida, a forma adequada seria: a) que julgar mais convincentes / que julgasse mais convincentes;
a) para a criação de uma desigualdade social; b) Para fazer isso / para que faça isso;
b) para que se criasse uma desigualdade social; c) É importante ter dúvidas / é importante que se tivesse dúvidas;
c) para que se crie uma desigualdade social; d) O que faz um trabalho de investigação ser bom / o que faz com que
d) para a criatividade de uma desigualdade social; um trabalho de investigação fosse bom;
e) para criarem uma desigualdade social. e) a capacidade de organizar essas dúvidas / a capacidade de que se
organizem essas dúvidas.
47. FGV - AnaLM (CM Salvador)/CM Salvador/Taquigrafia/2018
A produção do conhecimento, 49. FGV - AnaLM (CM Salvador)/CM Salvador/Tramitação/2018
Flávio de Campos Quem protege os cidadãos do estado?
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações
número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. internacionais ratificadas pelos países, busca garantir aos cidadãos o
Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras
dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo
humilde trabalhador. políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por
organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas. Em exemplo.
qualquer área profissional, há sempre questões em aberto, onde as Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a
reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas evitar que haja risco para a vida das pessoas nesses casos, como a
conclusivas. A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteiras.
possível ampliar e reformular essas respostas obtidas anteriormente. Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar
“Sempre é possível ampliar e reformular essas respostas obtidas em regiões de conflito onde há perigo para a população.
anteriormente”; transformando-se as orações reduzidas em orações Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência
desenvolvidas e procurando-se manter a correção e o paralelismo no de voluntariado em uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960.
texto produzido, a escritura adequada seria: Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma organização que
a) sempre é possível que se amplie e reformule essas respostas obtidas pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em
anteriormente; conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma
b) sempre é possível que se ampliem e a reformulação das respostas posição política favorável ou contrária aos lados envolvidos. Assim,
obtidas anteriormente; seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte
c) sempre é possível a ampliação e a reformulação das respostas bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
obtidas anteriormente; Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é
d) sempre são possíveis a ampliação e a reformulação das respostas preciso que as partes envolvidas no conflito respeitem os direitos dos
obtidas anteriormente; pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localização de
suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é
e) sempre é possível que se ampliem e reformulem as respostas obtidas
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter
anteriormente.
humanitário da ação dos profissionais da organização.
“Assim, seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou
48. FGV - AnaLM (CM Salvador)/CM Salvador/Taquigrafia/2018
sob forte bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco
A produção do conhecimento de vida”.
Flávio de Campos Se transformarmos a oração reduzida sublinhada em forma de oração
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um desenvolvida, teremos:
determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior a) para que se atendam os que estão feridos;
número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes.
b) para atenção dos que estão feridos;
Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter
dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais c) para atendimento dos que estão feridos;
humilde trabalhador. d) para que se atenda os que estão feridos;
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de e) para que se atendesse os que estão feridos.
organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas. Em
qualquer área profissional, há sempre questões em aberto, onde as 50. FGV - Tec B (BANESTES)/BANESTES/2018
reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas “Talvez um dia seja bom relembrar este dia”. (Virgílio)
conclusivas. A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é
A forma de oração desenvolvida adequada correspondente à oração
possível ampliar e reformular essas respostas obtidas anteriormente.
sublinhada acima é:
“Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um
a) relembrarmos este dia;
determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior
número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. b) a relembrança deste dia;
Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter c) que relembremos este dia;
dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais d) que relembrássemos este dia;
humilde trabalhador. O que faz um trabalho de investigação ser bom é e) uma nova lembrança deste dia.
a capacidade de organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior
número delas”.

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GABARITO COMENTADO Na letra C, ”das alheias” exerce a função de complemento da forma
verbal pronominal “lembrar-se”. Trata-se de um OBJETO INDIRETO.
01. RESOLUÇÃO: Na letra D, ”de tudo” exerce a função de complemento da forma verbal
Letra A – ERRADO – Analisemos o primeiro período: “A tarde caía “prescindir”. Trata-se de um OBJETO INDIRETO.
quando d. Maria e Amélia voltaram para a cidade.”. Há duas orações Já na letra E, ”dos seus filhos” modifica o substantivo “alegria”,
nele presentes: “A tarde caía” e “quando d. Maria e Amélia voltaram para estabelecendo com este um sentido de posse. Trata-se de um
a cidade.”. ADJUNTO ADNOMINAL.
Letra B – ERRADO – ATENÇÃO! Ainda não estudamos relações de Resposta: E
coordenação e subordinação. Será assunto da próxima aula, ok?
Analisemos o segundo período: “Amélia adiante, calada, chibatava a
sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando com o moço da quinta, 04. RESOLUÇÃO:
que segurava a arreata”. A ORDEM DIRETA diz respeito à ordem natural com que os
Há duas relações de subordinação: a segunda oração “enquanto d. elementos se apresentam em uma oração. Trata-se da sequência:
Maria vinha palrando com o moço da quinta” é adverbial de tempo e se O = S + V + CV + ...
subordina à primeira oração “Amélia adiante, calada, chibatava a sua Analisemos a frase “É natural no ser humano o desejo de
burrinha”; já a terceira oração “que segurava a arreata” é adjetiva conhecer.”.
explicativa e se subordina à segunda oração. Nela, temos o sujeito oracional “O desejo de conhecer”; o verbo de
Dessa forma, somente há no período relações de subordinação. ligação “é”; o predicativo do sujeito “natural” e o complemento nominal
Letra C – ERRADO – Analisemos o segundo período: “Amélia adiante, “no ser humano”.
calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando com Isso posto, a ordem direta é “O desejo de conhecer é natural no ser
o moço da quinta, que segurava a arreata.”. Há três orações nele humano.”.
presentes: “Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha” – Resposta: D
estruturada em torno da forma verbal “chibatava”; “enquanto d. Maria
vinha palrando com o moço da quinta” – estruturada em torno da
05. RESOLUÇÃO:
locução verbal “vinha palrando”; e “que segurava a arreata” –
estruturada em torno da forma verbal “segurava”. Lembrem0-nos de que a locução adjetiva estabelece com o substantivo
uma relação de posse, tipo ou agente da ação expressa pelo nome.
Letra D – ERRADO – Analisemos o segundo período: “Amélia adiante,
Sintaticamente, a locução adjetiva equivale a um adjunto adnominal.
calada, chibatava a sua burrinha, enquanto d. Maria vinha palrando com
Diferentemente, a junção de preposição e substantivo que estabelece
o moço da quinta, que segurava a arreata.”.
com o nome uma relação de alvo da ação expressa pelo nome não
Na oração “Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha”, o sujeito configura uma locução adjetiva. Sintaticamente, temos um
da forma verbal “chibatava” é “Amélia”. Já na “enquanto d. Maria vinha complemento nominal.
palrando com o moço da quinta”, o sujeito da locução “vinha palrando” Analisemos as opções:
é “d. Maria”; por fim, na oração “que segurava a arreata”, o sujeito da
forma verbal “segurava” é o pronome relativo “que”, que retoma por Letra A – CERTA – A expressão “do homem” estabelece com o
coesão “moço da quinta”. substantivo “preocupação” uma relação de posse, configurando, assim,
uma locução adjetiva. Sintaticamente, trata-se de um adjunto adnominal
Letra E – CERTO – No 1º período, a oração “quando d. Maria e Amélia e equivale ao adjetivo “humana”.
voltaram para a cidade” tem valor adverbial de tempo. Já no 2º período,
Letra B – ERRADA – A expressão “do homem” estabelece com o
tem valor temporal a oração “enquanto d. Maria vinha palrando com o
substantivo “criação” uma relação de alvo da ação expressa pelo nome
moço da quinta”.
– no caso, o homem é paciente da ação “criar”. Não se trata, assim, de
Resposta: E uma locução adjetiva. Sintaticamente, temos um complemento nominal.
Letra C – CERTA – A expressão “do homem” estabelece com o
02. RESOLUÇÃO: substantivo “inteligência” uma relação de posse, configurando, assim,
Termos preposicionados ligados a substantivos abstratos podem uma locução adjetiva. Sintaticamente, trata-se de um adjunto adnominal
exercer função de adjuntos adnominais ou complementos nominais. e equivale ao adjetivo “humana”.
Para diferenciá-los, devemos ter em mente que os adjuntos adnominais Letra D – CERTA – A expressão “do homem” estabelece com o
estabelecem com o substantivo abstrato uma relação de posse ou se substantivo “amores” uma relação de posse, configurando, assim, uma
portam como agente da ação expressa pelo substantivo. Já os locução adjetiva. Sintaticamente, trata-se de um adjunto adnominal e
complementos nominais se portam como alvo da ação expressa pelo equivale ao adjetivo “humanos”.
nome. Letra E – CERTA – A expressão “do homem” estabelece com o
Note que “palavras” e “ideias” são alvo da ação expressa pelos substantivo “memória” uma relação de posse, configurando, assim, uma
abstratos “formação” e “análise”, respectivamente. Já “almas” é agente locução adjetiva. Sintaticamente, trata-se de um adjunto adnominal e
da ação expressa pelo abstrato “comunicação”. Dessa forma, os termos equivale ao adjetivo “humana”.
“de palavras” e “de ideias” exercem a função de complemento nominal, Resposta: B
ao passo que “das almas” exerce a função de adjunto adnominal.
Resposta: C 06. RESOLUÇÃO:
1ª oração: “Hoje, esse termo denota, além da agressão física,
03. RESOLUÇÃO: diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
Na letra A, ”dos nossos sentidos” exerce a função de complemento da familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
forma verbal “desconfiar”. Trata-se de um OBJETO INDIRETO. determinados indivíduos e, ainda, o desgaste”
Na letra B, ”dos outros” exerce a função de complemento da forma 2ª oração: “causado ( = que é causado) pelas condições de trabalho
verbal “esconder”. Trata-se de um OBJETO INDIRETO. e condições econômicas”.

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A 1ª oração é desenvolvida em torno da forma verbal “denota”. Já a 10. RESOLUÇÃO:
segunda oração se apresenta na forma reduzida em torno da forma Ao questionar qual opção contém um elemento que requer a preposição
verbal nominal “causado”. DE, a questão dá a entender que está em busca de um complemento.
Resposta: B
Sabemos que o complemento nominal está ligado a substantivos
abstratos, adjetivos ou advérbios. No caso específico de estar
07. RESOLUÇÃO: conectado a substantivos abstratos, o complemento nominal é alvo da
Na oração “Nos últimos anos, relatórios produzidos por Comissões ação expressa pelo nome.
Parlamentares...”, o termo “por Comissões Parlamentares de Inquérito” Nas letras A, B, C e D, os termos preposicionados estabelecem com os
funciona sintaticamente como AGENTE DA PASSIVA. nomes relação de tipo, posse ou especificação. Trata-se de ADJUNTOS
No trecho “...têm merecido destaque na mídia nacional por impactos ADNOMINAIS.
das denúncias que investigam.”, o termo “por impactos das denúncias
Já na letra E, o termo “de momentos difíceis” é alvo da ação expressa
que investigam” funciona sintaticamente como ADJUNTO ADVERBIAL
pelo nome “lembranças” - em outras palavras, os momentos tristes são
DE CAUSA. Note que é possível reescrever o trecho da seguinte
maneira: “...têm merecido destaque na mídia nacional DEVIDO AOS lembrados. Trata-se, pois, de um complemento nominal.
impactos das denúncias que investigam.”, o termo “por impactos das Resposta: E
denúncias que investigam”.
Na oração “Algumas das sessões de inquérito são transmitidas por
canais de televisão...”, o termo “por canais de televisão” funciona 11. RESOLUÇÃO:
sintaticamente como AGENTE DA PASSIVA. Ao questionar qual opção contém um elemento que requer a preposição
Na oração “... e acompanhadas por milhares de brasileiros DE, a questão dá a entender que está em busca de um complemento.
interessados...”, o termo “por milhares de brasileiros interessados” Sabemos que o complemento nominal está ligado a substantivos
funciona sintaticamente como AGENTE DA PASSIVA. abstratos, adjetivos ou advérbios. No caso específico de estar
Na oração “...no resultado das investigações conduzidas por seus conectado a substantivos abstratos, o complemento nominal é alvo da
representantes legislativos ...”, o termo “por seus representantes ação expressa pelo nome.
legislativos” funciona sintaticamente como AGENTE DA PASSIVA.
Na letra A, o termo preposicionado “de pessoas” estabelece uma
Resposta: B relação de especificação com o substantivo “grupo”. Trata-se, pois, de
um ADJUNTO ADNOMINAL.
08. RESOLUÇÃO: Na letra B, o termo preposicionado “do ator” estabelece uma relação de
Letra A – ERRADA - Na oração “O Brasil dá Deus a quem não tem posse com o substantivo “trabalho”. Trata-se, pois, de um ADJUNTO
nozes, dentes etc.”, o verbo DAR é transitivo direto e indireto. O seu ADNOMINAL.
objeto direto é “Deus” e o indireto é “a quem não tem nozes, dentes,
Na letra C, o termo preposicionado “de uma vida inteira” é alvo da ação
etc.”.
expressa pelo nome “dedicação” – em outras palavras, uma vida inteira
Letra B – CERTA - Na oração “É preciso passar o Brasil a limpo.”,
é dedicada. Trata-se, pois, de um COMPLEMENTO NOMINAL.
a locução “a limpo” modifica o verbo “passar”, estabelecendo com este
uma relação de modo. Trata-se de um adjunto adverbial de modo. Na letra D, o termo preposicionado “de estar” estabelece uma relação
Letra C – ERRADA – No trecho “...para informar a quem o lê...”, o de especificação com o substantivo “estar”. Trata-se, pois, de um
verbo INFORMAR se apresenta transitivo indireto. O seu objeto indireto ADJUNTO ADNOMINAL.
é “a quem o lê”. Na letra E, o termo preposicionado “do artista” estabelece uma relação
Letra D – ERRADA – No trecho “...pede a Deus que o mate...”, o de posse com o substantivo “profissão”. Trata-se, pois, de um
verbo PEDIR se apresenta transitivo direto e indireto. O seu objeto direto ADJUNTO ADNOMINAL.
é “que o mate”; já o indireto, “a Deus”. Resposta: C
Letra E – ERRADA – No trecho “...para promover os miseráveis a
pobres...”, o verbo PROMOVER se apresenta transitivo direto e indireto.
O seu objeto direto é “os miseráveis”; já o indireto, “a pobres”. 12. RESOLUÇÃO:
Resposta: B Letra A – ERRADA – O termo “de acordo com instruções” exerce a
função de adjunto adverbial de conformidade.
09. RESOLUÇÃO: Letra B – CERTA – O termo “à manutenção da Unidade de Trabalho”
Ao questionar qual opção contém um elemento que não requer a exerce a função de complemento nominal de “necessárias”. Note que
preposição DE, a questão dá a entender que todas as opções, com temos um termo preposicionado associado a um adjetivo.
exceção de uma, apresentam complemento. Letra C – ERRADA – O termo “de informática” exerce a função de
Sabemos que o complemento nominal está ligado a substantivos adjunto adnominal de “recursos”. Note que temos um termo
abstratos, adjetivos ou advérbios. No caso específico de estar preposicionado estabelecendo uma relação de especificação com
conectado a substantivos abstratos, o complemento nominal é alvo da “recursos”.
ação expressa pelo nome. Letra D – ERRADA – No trecho “... disponibilizados pela Instituição e
Nas letras A, B, C e E, os termos preposicionados são alvo das ações os sistemas corporativos e federais.”, o termo “sistemas corporativos e
expressas pelos nomes “racionamento”, “construção”, “capacidade” e federais” exerce a função de agente da passiva.
“fornecimento”, respectivamente. Trata-se de complementos nominais.
Letra E – ERRADA – O termo “institucionais” exerce a função de
Já na letra D, o substantivo “volume” não solicita um complemento. O
adjunto adnominal de “documentos”, estabelecendo com este uma
termo preposicionado “de chuvas” estabelece com o substantivo uma
relação de especificação. Trata-se de um adjunto adnominal. relação de tipo.
Resposta: D Resposta: B

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13. RESOLUÇÃO: 16. RESOLUÇÃO:
O termo “Senhores” representa um chamado, uma invocação. Note que os substantivos “sala”, “máquina”, “bolsinha” e “colar” são
Trata-se de um vocativo, sempre isolado por vírgulas na oração em que substantivos concretos. Isso faz com que classifiquemos os termos
se insere. preposicionados a eles subordinados como adjuntos adnominais.
Resposta: C Já “medo” é um substantivo abstrato e “assalto” é o alvo da ação
expressada pelo nome – ter medo de assalto. Dessa forma, trata-se de
um complemento nominal.
14. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
Lembrem0-nos de que a locução adjetiva estabelece com o substantivo
uma relação de posse, tipo ou agente da ação expressa pelo nome.
Sintaticamente, a locução adjetiva equivale a um adjunto adnominal. 17. RESOLUÇÃO:
Diferentemente, a junção de preposição e substantivo que estabelece Trata-se de um aposto de caráter explicativo, que tem por objetivo
com o nome uma relação de alvo da ação expressa pelo nome não esclarecer o significado do termo “cóclea” para o público leigo.
configura uma locução adjetiva. Sintaticamente, temos um Resposta: C
complemento nominal.
Analisemos as opções:
18. RESOLUÇÃO:
Letra A – A expressão “de renda” estabelece com o substantivo
Os substantivos faixa, dias, faixas e equipamentos, por possuírem
“concentração” uma relação de alvo da ação – em outras palavras,
status de concretos, não são palavras transitivas, ou seja, não exigem
renda foi concentrada. Sintaticamente, trata-se de um complemento
termo completivo.
nominal.
Os termos “de direção”, na letra A, complementa o adjetivo
Letra B – A expressão “das cidades ” estabelece com o substantivo
“indicadoras”, atuando, portanto, como COMPLEMENTO NOMINAL.
“espaço” uma relação de especificação. Sintaticamente, trata-se de um
adjunto adnominal. Resposta: A
Letra C – A expressão “de planejamento” estabelece com o
substantivo “falta” uma relação de alvo da ação – em outras palavras, 19. RESOLUÇÃO:
faltou planejamento. Sintaticamente, trata-se de um complemento Tomemos um contexto ampliado:
nominal.
Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao
Letra D – A expressão “de políticas” estabelece com o substantivo contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos.
“promoção” uma relação de alvo da ação – em outras palavras, políticas
A forma verbal “dizem”, empregada na 3ª pessoa do plural, possui
são promovidas. Sintaticamente, trata-se de um complemento nominal.
sujeito indeterminado. Não é possível identificar no texto quem é o
Letra E – A expressão “das cidades” estabelece com o substantivo agente da ação “dizer”.
“crescimento” uma relação de alvo da ação – em outras palavras, as Já a forma verbal “moram” tem como sujeito “os sentimentos”. Ao
cidades foram alvo de crescimento. Sintaticamente, trata-se de um perguntarmos quem ali mora, a resposta é “os sentimentos”.
complemento nominal.
Resposta: B
Dessa forma, a letra B diverge das demais.
Resposta: B
20. RESOLUÇÃO:
Letra A – O termo “tolerantes”, atributo associado ao verbo de ligação
15. RESOLUÇÃO: “ser”, funciona como predicativo do sujeito.
Letra A – CERTA – Observe o trecho “Não se trata de uma referência Letra B – O termo “intolerante”, atributo associado ao verbo de ligação
às fontes murmurantes” . Nele, o termo “às fontes murmurantes” está “tornar-se”, funciona como predicativo do sujeito.
subordinado ao substantivo “referência”, estabelecendo com este uma
Letra C – O termo “uma praga mundial”, atributo associado ao verbo de
relação de alvo da ação expressa pelo nome. Trata-se, assim, de um
ligação “tornar-se”, funciona como predicativo do sujeito.
COMPLEMENTO NOMINAL.
Letra D – O termo “cada vez mais irracionalmente intolerantes”, atributo
Letra B – ERRADA – Observe o trecho “...cantadas por Ary Barroso em associado ao verbo de ligação “ficar”, funciona como predicativo do
sua Aquarela do Brasil”. Nele, o termo “em sua Aquarela do Brasil” tem sujeito.
valor adverbial de lugar. Trata-se de um ADJUNTO ADVERBIAL.
Letra E – O termo “contra religiões de matriz africana”, alvo da ação
Letra C – ERRADA – Observe o trecho “... estão atualmente em debate expressa pelo nome “ataque”, funciona como complemento nominal.
nos meios jornalísticos e legais”. Nele, o termo “nos meios jornalísticos
Resposta: E
e legais” tem valor adverbial de lugar. Trata-se de um ADJUNTO
ADVERBIAL.
Letra D – ERRADA – Em “sigilo das fontes”, o termo “das fontes” 21. RESOLUÇÃO:
estabelece com o substantivo “sigilo” uma relação de posse. Trata-se Os termos “de figurinhas” – ligado a “troca-troca” – e “de figurinha” –
de um ADJUNTO ADNOMINAL. ligado a “roubo” – são alvo da ação expressada pelos nomes “troca-
Letra E – ERRADA – Em “unanimidade dos colegas de ofício”, o termo troca” e “roubo”. Trata-se de complementos nominais.
“dos colegas de ofício” estabelece com o substantivo “unanimidade” Já o termo “de celular” estabelece com o termo anterior “mensagens”
uma relação de posse. Trata-se de um ADJUNTO ADNOMINAL. uma relação de tipo. Trata-se de um adjunto adnominal.
Resposta: A Resposta: E

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22. RESOLUÇÃO: Na letra C, o termo preposicionado “com pessoas” complementa a forma
Letra A – O termo “os usos da internet” funciona como objeto direto da verbal “trata”, o que faz desse termo um OBJETO INDIRETO.
forma verbal “Tenho comentado”. Na letra D, o termo preposicionado “com mais atenção” modifica a forma
Letra B – O termo “os usos mas os abusos...” funciona como objeto verbal “tenha observado”, estabelecendo com esta uma relação de
direto do verbo “coibir”. modo, o que faz desse termo um ADJUNTO ADVERBIAL.
Letra C – O termo “crimes já especificados...” funciona como predicativo, Na letra E, o termo preposicionado “do público” é agente da ação
associado ao verbo de ligação “ser”. expressa pelo nome “informação”, que é “interessar-se”. Note que é o
Letra D – O termo “injúrias...” funciona como objeto direto do verbo público que se interessa (agente), não alguém que se interessa pelo
“punir”. público (paciente). Isso faz desse termo um ADJUNTO ADNOMINAL.
Letra E – O termo “(que) a comunicação virtual está ...” funciona como Por fim, na letra B, o termo preposicionado “dos dados apresentados é
objeto direto do verbo “dizer”. alvo da ação expressa pelo nome “confirmação”, que é “confirmar”. Note
Resposta: C que é alguém que está confirmando os dados apresentados (paciente).
Isso faz desse termo um COMPLEMENTO NOMINAL.
23. RESOLUÇÃO: Resposta: B
Questão interessante!
Letra A – ERRADA - Faz-se menção a algo ocasional, de ocorrência
na linguagem cotidiana. Abrange, portanto, um grupo de falantes que, 25. RESOLUÇÃO:
na linguagem cotidiana, não fazem distinção entre os dois termos. Há, Analisemos a manchete “Acusaram o torturador de criminoso.”
portanto, uma restrição. A análise isolada da manchete, de fato, transmite uma ambiguidade, ou
Letra B – CERTA - O sujeito de “Vivemos” pode ser subentendido como seja, dá margem a mais de uma interpretação possível. Vejamos:
“Todos nós”. Trata-se de algo incondicionado, abrangendo toda e A primeira interpretação sugere que o termo preposicionado “de
qualquer pessoa. criminoso” seja um adjunto adnominal, estabelecendo com o
Letra C – ERRADA - Faz-se menção a algo ocasional, apenas substantivo concreto “torturador” uma relação de “tipo” (É um torturador
ocorrendo quando se fala de inteligência. Abrange, portanto, um grupo de que tipo? É um torturador de criminoso). Essa interpretação fica bem
de falantes numa ocasião específica. Há, portanto, uma restrição. evidente com a seguinte reescrita:
Letra D – ERRADA – O emprego de “poderemos” expressa uma Acusaram o torturador de criminoso.
possibilidade, dando a entender que uns conseguirão e outros, não. Há, = O torturador de criminoso foi acusado.
portanto, uma restrição!
A segunda interpretação sugere que o termo preposicionado “de
Letra E – ERRADA – O emprego do condicional “se” expressa uma
criminoso” seja um predicativo do objeto, estabelecendo com o
possibilidade, dando a entender que uns conseguirão e outros, não. Há,
portanto, uma restrição! substantivo concreto “torturador” uma relação de “atributo circunstancial
ou momentâneo”. Essa interpretação fica bem evidente com a seguinte
Resposta: B
reescrita:
Acusaram o torturador de criminoso.
24. RESOLUÇÃO:
= Acusaram de criminoso o torturador.”
Há muitas dúvidas entre o adjunto adnominal e o complemento nominal.
Uma forma fácil de identificar o primeiro é associá-lo ao agente da ação Veja que o deslocamento do termo “do criminoso” dá a entender que
expressada pelo nome, enquanto que o segundo é o paciente da ação não se trata de um tipo, mas sim de um atributo circunstancial conferido
expressada pelo nome. ao ser.
Assim, em "empréstimo do banco", o termo "do banco" é adjunto Analisemos as alternativas:
adnominal, pois é o banco que empresta (agente, portanto, da ação Letra A – ERRADO – É um detalhe que torna a essa opção errada. Veja
expressada pelo nome); já em "empréstimo ao banco", o termo "ao que o termo preposicionado “de criminoso” é ambíguo, conforme
banco" é complemento nominal, pois alguém empresta ao banco explicado anteriormente. No entanto, as funções sintáticas assumidas
(paciente, por tanto, da ação expressada pelo nome). por ele são de adjunto adnominal ou predicativo do OBJETO, e não do
Se o termo preposicionado estiver ligado a substantivo concreto, não sujeito.
haverá dúvidas. Teremos um adjunto adnominal. O termo “de criminoso” modifica “torturador”, que é complemento (objeto
Se o termo preposicionado estabelecer com o substantivo uma relação direto) do verbo “Acusaram”.
de tipo (quadro de parede), material (giz de cera) ou posse (casa do Letra B – ERRADO – Não há como o termo preposicionado “de
João), não haverá dúvidas. Teremos um adjunto adnominal. criminoso” ser considerado um adjunto adverbial, pois ele se refere a
Se o termo preposicionado estiver ligado a adjetivo (fiel à profissão) ou um nome (torturador), e não a um verbo.
advérbio (favoravelmente ao projeto), não haverá dúvidas. Teremos um
Letra C – ERRADO – Não há como o termo “de criminoso” ser
complemento nominal.
predicativo do sujeito, pois ele modifica “torturador”, que é objeto direto
A dúvida justamente ocorre quando o termo preposicionado estiver da forma verbal “Acusaram”. Além disso, o contexto da frase não nos
ligado a substantivo abstrato. Daí entra em cena a distinção comentada
permite identificar um sujeito, sendo este indeterminado. Trata-se do
anteriormente: o adjunto adnominal é agente da ação expressa pelo
primeiro caso de indeterminação do sujeito, que consiste em levar a
nome; o complemento nominal é alvo da ação expressa pelo nome.
forma verbal para a 3ª pessoa do plural.
Analisando o trecho “O fascínio por determinados temas científicos
segue a lógica da saturação do termo...”, constata-se que “fascínio” é Letra D – CERTO – Exatamente. Fazendo a alteração proposta, temos:
substantivo abstrato e a ele está ligado o termo preposicionado “por “Acusaram de criminoso o torturador.”. A ambiguidade é desfeita, pois,
determinados temas científicos”. Tal termo é alvo da ação expressa pelo como se vê, o termo “de criminoso” atua como um atributo circunstancial
nome (fascinar), o que faz dele um “complemento nominal”. de “torturador”, exercendo a função sintática de predicativo do objeto.
Analisemos agora as alternativas. Letra E – ERRADO – O termo preposicionado “de criminoso” se refere
Na letra A, o termo preposicionado “de cunho científico” estabelece com a um nome (torturador), e não a um verbo. E pode expressar uma ideia
o substantivo “informação” uma relação de tipo, o que faz desse termo de tipo, não de modo.
um ADJUNTO ADNOMINAL. Resposta: D

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26. RESOLUÇÃO: banco" é adjunto adnominal, pois é o banco que empresta (agente,
Na frase destacada, temos um período simples, cuja sequência de portanto, da ação expressada pelo nome); já em "empréstimo ao
funções sintáticas são assim identificadas: banco", o termo "ao banco" é complemento nominal, pois alguém
Os - adjunto adnominal; empresta ao banco (paciente, por tanto, da ação expressada pelo
nome).
funcionários - núcleo do sujeito;
Se o termo preposicionado estiver ligado a substantivo concreto, não
da fábrica - adjunto adnominal; haverá dúvidas. Teremos um adjunto adnominal.
sempre - adjunto adverbial de tempo; Se o termo preposicionado estiver ligado a adjetivo ou advérbio, não
fazem - verbo transitivo direto; haverá dúvidas. Teremos um complemento nominal.
homenagens – objeto direto; A dúvida justamente ocorre quando o termo preposicionado estiver
aos recém-chegados – complemento nominal. ligado a substantivo abstrato. Daí entra em cena a distinção comentada
Dessa forma, temos: anteriormente: o adjunto adnominal é agente da ação expressa pelo
Letra A – ERRADO nome; o complemento nominal é alvo da ação expressa pelo nome.
Os - adjunto adnominal; Resposta: C
prazeres - núcleo do sujeito;
da cozinha – complemento nominal; 27. RESOLUÇÃO:
não - adjunto adverbial de negação; O termo “de medicamentos” estabelece uma relação de tipo com o
têm - verbo transitivo direto; substantivo “programa”. Trata-se, assim, de um adjunto adnominal.
relação - objeto direto; Já os demais termos – da Lei 9787, dessa lei, de prescrições médicas
– estabelecem com o substantivo a que se referem uma relação de
com a longevidade - complemento nominal.
paciente da ação expressa pelo nome. São, portanto, complementos
Letra B - ERRADO nominais.
O - adjunto adnominal; Resposta: C
futebol – núcleo do sujeito;
brasileiro - adjunto adnominal;
28. RESOLUÇÃO:
me – objeto indireto;
Os termos “da maioridade penal” e “de jovens” são alvo das ações
ensinou – verbo transitivo direto e indireto; expressas pelos nomes “redução” e “inclusão”, respectivamente. Em
muitas – adjunto adnominal; outras palavras, a maioridade penal é reduzida e os jovens são
coisas – núcleo do objeto direto. incluídos. Trata-se de complementos nominais.
Letra C – CERTO Resposta: D
Os - adjunto adnominal;
professores - núcleo do sujeito; 29. RESOLUÇÃO:
da Universidade - adjunto adnominal; Letra A – CERTA – O termo “da Pátria” é alvo da ação expressa pelo
corriqueiramente - adjunto adverbial de tempo; nome “salvadora”. Trata-se, assim, de um complemento nominal.
alegam - verbo transitivo direto; Letra B – ERRADA – O termo “dos governos vizinhos” estabelece uma
descaso - objeto direto; relação de posse com o substantivo “apoio”. Trata-se, assim, de um
adjunto adnominal.
com a pesquisa – complemento nominal.
Letra C – ERRADA – O termo “de várias nações” estabelece uma
Letra D - ERRADO
relação de posse com o substantivo “dinheiro”. Trata-se, assim, de um
As - adjunto adnominal; adjunto adnominal.
promessas – núcleo do sujeito; Letra D – ERRADA – O termo “de dólares” estabelece uma relação de
dos políticos - adjunto adnominal; especificação com “230 milhões”. Trata-se, assim, de um adjunto
sempre - adjunto adverbial de tempo; adnominal.
resultam – verbo transitivo indireto; Letra E – ERRADA – O termo “do mundo” estabelece uma relação de
em críticas – objeto indireto; especificação com “floresta”. Trata-se, assim, de um adjunto adnominal.
dos eleitores – adjunto adnominal; Resposta: A
Letra E – ERRADO
As - adjunto adnominal; 30. RESOLUÇÃO:
respostas - núcleo do sujeito; Na letra D, o termo “de pedágio” é alvo da ação expressada por
do acusado – adjunto adnominal; “cobrança”. Trata-se de um complemento nominal.
nunca - adjunto adverbial de tempo; Já nos demais exemplos, temos relações de posse ou especificação, o
que caracteriza a função dos adjuntos adnominais.
deram - verbo transitivo direto;
Resposta: D
margem – objeto direto;
a dúvidas – objeto indireto;
31. RESOLUÇÃO:
Observação:
Observe o trecho:
Há muitas dúvidas entre o adjunto adnominal e o complemento nominal.
Uma forma fácil de identificar o primeiro é associá-lo ao agente da ação Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando
expressada pelo nome, enquanto que o segundo é o paciente da ação chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa
expressada pelo nome. Assim, em "empréstimo do banco", o termo "do correspondência havia sido violada.

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Nele, duas ideias se opõem: receber a correspondência, porém vi- 35. RESOLUÇÃO:
olada. É possível identificar a ideia de concordância entre as duas orações que
Dessa forma, é possível trocar o conector “e” por “mas”, “entre- formam o período.
tanto”, “no entanto”, etc. Perceba a possibilidade de reescrita a seguir:
Resposta: C “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
Brasil, CONFORME indica um relatório divulgado ontem com dados do
32. RESOLUÇÃO: Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”.
Atenção para esta questão! “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
A FGV entende a alternância não exclusiva como adição. Isso significa Brasil, SEGUNDO indica um relatório divulgado ontem com dados do
que, se há possibilidade de as duas ações ocorrerem simultaneamente, Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”.
tem-se uma ideia de adição. No entanto, se a alternância for exclusiva, “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
tem-se, no entendimento da FGV, uma alternância propriamente dita. Brasil, DE ACORDO COM o que indica um relatório divulgado ontem
com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
Com base nesse entendimento, analisemos as alternativas:
(PISA)”.
ALTERNATIVA A – ERRADA – Veja que é possível associar a ideia de
Resposta: C
adição, haja vista que as luzes indicadoras de direção são conhecidas
tanto por piscas como setas. Não há exclusão, o que, no entendimento
da FGV, implica uma relação de adição. 36. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA B – ERRADA – Observe o trecho: “São condutores ALTERNATIVA A – ERRADA – A locução “assim como”, no contexto,
que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas como piscas indica adição. No entanto, a locução “de modo que” expressa a ideia de
ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para os pedestres consequência.
que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam pela direita – ALTERNATIVA B – ERRADA – Não existe a locução “no entretanto”.
inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as faixas de Existe sim “entretanto” e “no entanto”.
pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores ALTERNATIVA C – CERTA – As duas locuções - “de forma a” e “de
vencidos.”. modo a” – introduzem uma ideia de consequência.
Todos os exemplos de má conduta no trânsito listados podem ocorrer ALTERNATIVA D – ERRADA – A locução “por meio de” explicitamente
de forma simultânea. Não há ideia de exclusão, o que implica uma introduz uma ideia de meio, ao passo que “conforme” introduz uma ideia
relação de adição, segundo a FGV. de conformidade.
ALTERNATIVA C – ERRADA – Os exemplos citados podem ocorrer de ALTERNATIVA E – ERRADA – A locução “sem que” expressa ideia de
forma simultânea. Não há ideia de exclusão, o que implica uma relação negação e modo, ao passo que que a locução “a menos que” expressa
de adição, segundo a FGV. negação e condição.
ALTERNATIVA D – CERTA – As ideias de “prevenção de acidentes” e Resposta: C
“pelo menos a minimização das consequências” são exclusivas. Ora, se
se admite minimizar as consequências, já se está admitindo que não é
possível se prevenir plenamente de acidentes. Como há uma ideia de 37. RESOLUÇÃO:
exclusão, trata-se, no entendimento da FGV, de uma alternância Na letra B, temos uma ideia de condição expressa em “se praticados
propriamente dita! em outros meios” e uma ideia de comparação expressa em “como a (lei)
da imprensa”.
ALTERNATIVA E – ERRADA – As duas condutas citadas – reduzir a
velocidade perto de escolas e em dias de chuva - podem ocorrer de Resposta: B
forma simultânea. Não há ideia de exclusão, o que implica uma relação
de adição, segundo a FGV. 38. RESOLUÇÃO:
Resposta: D Atenção para esta questão!
A FGV entende a alternância não exclusiva como adição. Isso significa
33. RESOLUÇÃO: que, se há possibilidade de as duas ações ocorrerem simultaneamente,
tem-se uma ideia de adição. No entanto, se a alternância for exclusiva,
No trecho “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação decorre tem-se, no entendimento da FGV, uma alternância propriamente dita.
do fato”, há um contraste entre duas ideias: o tempo passa, mas
nenhuma ação ocorre. Nas letras B, C, D e E, as ideias ligadas pela conjunção OU podem
ocorrer de forma simultânea. Como não há a ideia de exclusão, a FGV
É possível, assim, substituir a conjunção “e” pelas formas adversativas entende se tratar de uma adição.
“mas”, “no entanto”, “entretanto”, etc.
Já na letra A, há uma ideia de exclusão entre as ideias “mais cedo” e
Resposta: B “mais tarde” – ou um ou outro, nunca os dois simultaneamente. Quando
34. RESOLUÇÃO: ocorre a ideia de exclusão, a FGV entende se tratar de uma alternância
Em todos os exemplos citados, temos o “e” expressando ideia aditiva. propriamente dita.
No entanto, na letra C, além da ideia aditiva, há uma ideia de sequência Resposta: A
temporal. Note que primeiro deixa de ser uma ferramenta de
sobrevivência, para, na sequência, tornar-se um instrumento da 39. RESOLUÇÃO:
organização. ALTERNATIVA A – CERTA – De fato, trata-se de uma comparação.
A troca de posição entre os termos coordenados entre si, portanto, ALTERNATIVA B – CERTA – De fato, trata-se de uma oposição
geraria incoerência lógica, pois afetaria essa sequência temporal. adversativa.
Resposta: C ALTERNATIVA C – CERTA – De fato, é possível trocar o “que” pelas
conjunções explicativas/causais “porque”, “pois”, “uma vez que”, etc.

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ALTERNATIVA D – CERTA – De fato, é possível a substituição por A consequência expressa na oração subordinada está associada a uma
“bem como”. quantificação ou intensificação expressas na oração principal. Vocês se
ALTERNATIVA E – ERRADA – Trata-se de um conector empegado lembram da construção típica com expressões intensificadoras na
como causal no contexto. Note que é possível a substituição por oração principal - tão, tamanho, de tal forma, etc. - ensejando o
“porque”, “pois”, “uma vez que”, etc. aparecimento do “que” consecutivo?
Resposta: D Já a conclusão expressa na oração coordenada não depende de uma
quantificação ou intensificação da ideia presente na oração coordenada
anterior.
40. RESOLUÇÃO:
Vejamos dois exemplos:
ALTERNATIVA A – ERRADA – A segunda parte se apresenta como
uma causa da primeira. Note: Todos julgam segundo a aparência, Ele se dedicou de tal forma ao projeto, que foi promovido à
PORQUE ninguém julga segundo a essência. chefia.
ALTERNATIVA B – CERTA - A segunda parte se apresenta como uma Note que a promoção está associada ao grau de dedicação ao projeto.
conclusão/consequência da primeira. A oração em destaque expressa uma CONSEQUÊNCIA).
ALTERNATIVA C – ERRADA - A segunda parte estabelece uma ideia Eu e minha esposa vamos mudar de cidade, por isso vamos ter
de contraste com a primeira. Note: Deus fez o amor ENQUANTO QUE que pedir demissão.
o homem fez o ato sexual;
ALTERNATIVA D – ERRADA - A segunda parte se apresenta como Note que o pedido de demissão NÃO está associado a uma
uma causa da primeira. Note: O amor é um grande mestre, POIS ensina quantificação ou intensificação expressas na oração anterior. Ora, não
de uma só vez. é possível graduar “mudar de cidade”. A oração em destaque expressa
uma CONCLUSÃO.
ALTERNATIVA E – ERRADA – A segunda parte se apresenta como
uma soma da primeira. Note: O talento sem genialidade é pouca coisa Analisemos o trecho do texto:
E a genialidade sem talento é nada. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos
Resposta: B visuais que, para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber
o que está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a
propaganda fica cada vez mais agressiva.
41. RESOLUÇÃO:
De fato! A palavra intensificadora “tão”, presente na oração principal,
Devemos assinalar aquela opção em que a conjunção E liga dois termos é o gatilho para o aparecimento de uma oração subordinada adverbial
equivalente, ou seja, não há no termo seguinte qualquer acréscimo de consecutiva, introduzida pela conjunção consecutiva POR ISSO.
sentido em relação ao primeiro.
ALTERNATIVA D – ERRADA – Tem-se uma ideia de tempo, não de
Analisemos os itens:
proporção.
ALTERNATIVA A – ERRADA – Não expressam a mesma ideia os
ALTERNATIVA E – ERRADA – Tem-se uma ideia de concessão, não
adjetivos “suspeitas” e “opostas”.
causa.
ALTERNATIVA B – ERRADA – Não expressam a mesma ideia os
substantivos “solicitude”, “respeito”, “responsabilidade” e Resposta: A
“conhecimento”.
ALTERNATIVA C – CERTA – Expressam a mesma ideia “alegre” e “de 44. RESOLUÇÃO:
bom humor”. ALTERNATIVA A:
ALTERNATIVA D – ERRADA – Não expressam a mesma ideia os Analisemos a reescrita proposta: Dirigir defensivamente é essencial
substantivos “amor” e “amizade”. para a prevenção dos desastres ou pelo menos a minimização de suas
ALTERNATIVA E – ERRADA – As duas orações conectadas pelo E – consequências.
“O amor mata a morte” e “a morte mata o amor” não expressam a Foi mantida a forma substantiva nas duas leituras (prevenção e
mesma ideia minimização).
Resposta: C Deve-se ressaltar, todavia, que seria mais adequada para a clareza da
frase a repetição da preposição PARA, ou seja, a reescritura mais
42. RESOLUÇÃO: recomendada seria “Dirigir defensivamente é essencial para a
O conector “entretanto” é adversativo. A única opção cujo conector não prevenção dos desastres ou pelo menos para a minimização de suas
é adversativo é a letra C. consequências.”
O conector “conquanto” expressa concessão. A forma expressa pelo quesito, por sua vez, não está errada
Resposta: C ALTERNATIVA B:
Analisemos a reescrita proposta: Dirigir defensivamente é essencial
43. RESOLUÇÃO: para que se previnam os desastres ou pelo menos a minimização de
ALTERNATIVA A – CERTA – De fato! A palavra intensificadora “tão”, suas consequências.
presente na oração principal, é o gatilho para o aparecimento de uma Não se mantém na reescrita o paralelismo, pois não há similaridade de
oração subordinada adverbial consecutiva, introduzida geralmente pela estrutura entre os termos coordenados. O correto, dessa forma, seria:
conjunção consecutiva QUE. “Dirigir defensivamente é essencial PARA QUE SE PREVINAM os
ALTERNATIVA B – ERRADA – Tem-se uma ideia de finalidade, não desastres ou pelo menos PARA QUE SE MINIMIZEM suas
explicação. consequências.
ALTERNATIVA C – ERRADA – Cuidado! ALTERNATIVA C:
Galera, tomem cuidado! Da mesma forma que confundimos causa e Analisemos a reescrita proposta: Dirigir defensivamente é essencial
explicação, muitas vezes fazemos confusão entre consequência e para a prevenção dos desastres ou pelo menos para que minimizem
conclusão. suas consequências.

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Não se mantém na reescrita o paralelismo, pois não há similaridade de ALTERNATIVA B:
estrutura entre os termos coordenados. O correto, dessa forma, seria: A oração “para que se criasse uma desigualdade social” está correta,
“Dirigir defensivamente é essencial PARA A PREVENÇÃO DOS haja vista a manutenção das formas verbais correlatas – “foi” e “criasse”.
desastres ou pelo menos PARA A MINIMIZAÇÃO DE suas Construção final: “Ou seja, foi usada para que se criasse uma
consequências. desigualdade social...”.
ALTERNATIVA D: ALTERNATIVA C:
Analisemos a reescrita proposta: Dirigir defensivamente é essencial A oração “para que se crie uma desigualdade social” não estabelece
para que se previna os desastres ou pelo menos se minimize as suas correlação adequada com a frase “ foi usada...”. Não há compatibilidade
consequências. entre as formas verbais “foi” e “crie”.
Note a presença do “se” pronome apassivador, assim classificado, pois ALTERNATIVA D:
está ladeado de verbos que solicitam objeto direto – prevenir e Nesta proposta de reescrita, não existe verbo, portanto não se pode
minimizar. O “se” apassivador tem como missão transformar o objeto chamar de oração. Cuidado com a pegadinha!
direto em sujeito paciente, o que faz com que os termos “os desastres” ALTERNATIVA E:
e “as suas consequências”, originalmente objetos diretos de “prevenir” A oração “criarem uma desigualdade social” conserva o caráter reduzido
e “minimizar”, respectivamente, transformem-se em sujeito paciente. (criarem – forma de infinitivo pessoal), portanto não corresponde à
Isso posto, as formas verbais deveriam estar no plural para concordar solicitação de transformar em oração desenvolvida. Lembremo-nos de
com o elemento sujeito (PREVINAM – MINIMIZEM) que a oração reduzida não é introduzida por conector e apresenta seu
verbo numa das três formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
ALTERNATIVA E:
Já a oração desenvolvida, apresenta sua forma verbal flexionada e é
Analisemos a reescrita proposta: Dirigir defensivamente é essencial introduzida por conector – conjunção ou pronome.
para que seja prevenido os desastres ou pelo menos sejam minimizadas Resposta: B
as suas consequências.
Há erro de concordância em “seja prevenido”. Deveríamos empregar a
47. RESOLUÇÃO:
forma “sejam prevenidos”, para que houvesse concordância com o
sujeito “os desastres”. ALTERNATIVA A:
Resposta: A A forma correta seria “sempre é possível que SE AMPLIEM E SE
REFORMULEM essas respostas obtidas anteriormente.
Note a presença do “se” pronome apassivador, assim classificado, pois
45. RESOLUÇÃO: está ladeado de verbos que solicitam objeto direto – ampliar e
ALTERNATIVA A: A primeira frase deveria ser “Se é possível que reformular. O “se” apassivador tem como missão transformar o objeto
existam redes sociais”. direto em sujeito paciente, o que faz com que o termo “essas
Essa proposição está correta haja vista a formação de plural da forma respostas...”, originalmente objeto direto de “ampliar” e “reformular”,
verbal “existam”, que concorda diretamente com o termo sujeito redes transforme-se em sujeito paciente.
sociais. Semelhante estrutura ocorre na frase seguinte em que o verbo ALTERNATIVA B:
também se conjuga no presente do subjuntivo. Está pronta a correlação. Não se mantém na reescrita o paralelismo, pois não há similaridade de
ALTERNATIVA B: A primeira frase NÃO deveria ser “Se é possível a estrutura entre os termos coordenados. O correto, dessa forma, seria:
existência de redes sociais”, uma vez que não estaria garantido o “sempre é possível que se ampliem e SE REFORMULEM AS respostas
paralelismo. Somente estaria correta se a reescrita fosse: “Se hoje é obtidas anteriormente”.
possível QUE EXISTAM redes sociais; se é possível QUE PESSOAS ALTERNATIVA C:
SE ORGANIZEM em grupos...” A construção não se faz correta, uma vez que não se formou oração.
ALTERNATIVA C: A segunda frase NÃO deveria ser “se é possível a Temos período em que os elementos nucleares são substantivos,
organização de pessoas em grupos”, uma vez que não estaria garantido portanto não se forma oração desenvolvida. O ideal seria “sempre é
possível que se ampliem e SE REFORMULEM AS respostas obtidas
o paralelismo. Somente estaria correta se a reescrita fosse: “Se hoje é
anteriormente”.
possível EXISTIR redes sociais; se é possível PESSOAS
ORGANIZAREM-SE em grupos...” ALTERNATIVA D:
A construção não se faz correta, uma vez que não se formou oração.
ALTERNATIVA D: A segunda frase NÃO deveria ser “se é possível que
Temos período em que os elementos nucleares são substantivos,
pessoas sejam organizadas em grupos”, uma vez que não estaria
portanto não se forma oração desenvolvida. O ideal seria ““sempre é
garantido o paralelismo. Não seria possível a correlação com a forma
possível que se ampliem e SE REFORMULEM AS respostas obtidas
de voz passiva sejam organizadas, uma vez que o verbo existir, por anteriormente”.
ser intransitivo, não admite transposição para a voz passiva.
Deve-se ressaltar que as formas de concordância em C e D estão
ALTERNATIVA E: A segunda frase NÃO deveria ser “se é possível corretas. Em C, a forma verbal concordou com o elemento mais próximo
pessoas organizando-se em grupos”, uma vez que não estaria garantido e, em D, concorda com os dois núcleos, por isso fica no plural (são
o paralelismo. Somente estaria correta se a reescrita fosse: “Se hoje é possíveis...).
possível EXISTINDO redes sociais; se é possível PESSOAS ALTERNATIVA E:
ORGANIZANDO-SE em grupos...”
A noção de paralelismo foi mantida. Observa-se a conjugação das
Resposta: A formas verbais no presente do subjuntivo (SE AMPLIEM E SE
REFORMULEM), o que caracteriza a construção de orações
desenvolvidas. Nessas condições, eles concordam com o sujeito (as
46. RESOLUÇÃO:
respostas), que aparece conjugado no plural.
ALTERNATIVA A: Nesta proposta de reescrita, não existe verbo,
Resposta: E
portanto não se pode chamar de oração. Cuidado com a pegadinha!

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48. RESOLUÇÃO: Gabarito
ALTERNATIVA A: A proposta de reescrita não mantém a correlação 01 E 02 C 03 E 04 D 05 B
entre as formas verbais “escolhe” e “julga”. Uma proposta de correção 06 B 07 B 08 C 09 D 10 E
seria: ... que julga mais convincentes; 11 C 12 B 13 C 14 B 15 A
ALTERNATIVA B: Deve-se manter o tom de impessoal, com 16 E 17 C 18 A 19 B 20 E
indeterminação do agente da ação verbal, que permeia o texto desde o 21 E 22 C 23 B 24 B 25 D
seu início. Dessa forma, ao desenvolver a oração, cabe o acréscimo da 26 C 27 C 28 D 29 A 30 D
partícula apassivadora “se”, resultando em “para que se faça isso”. 31 C 32 D 33 B 34 C 35 C
36 C 37 B 38 A 39 D 40 B
ALTERNATIVA C: A proposta de reescrita não mantém a correlação
41 C 42 C 43 A 44 A 45 A
entre as formas verbais “É” e “tivesse”. Uma proposta de correção seria:
46 B 47 E 48 E 49 A 50 C
é importante que se tenham dúvidas.
ALTERNATIVA D: A proposta de reescrita não mantém a correlação
ANOTAÇÕES
entre as formas verbais “faz” e “fosse”. Uma proposta de correção seria:
o que faz com que um trabalho de investigação seja bom.
ALTERNATIVA E: Note a presença do “se” pronome apassivador,
assim classificado, pois está ladeado de verbo que solicita objeto direto
– organizar. O “se” apassivador tem como missão transformar o objeto
direto em sujeito paciente, o que faz com que o termo “essas dúvidas...”,
originalmente objeto direto de “organizar”, transforme-se em sujeito
paciente.
Resposta: E

49. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A: A reescrita proposta satisfez a correlação entre as
formas verbais “conseguem” e “atendam”.
ALTERNATIVA B: O trecho “para atenção dos ...” não possui verbo,
não constituindo, portanto, uma oração desenvolvida.
ALTERNATIVA C: O trecho “para atendimento dos ...” não possui
verbo, não constituindo, portanto, uma oração desenvolvida.
ALTERNATIVA D: No trecho “para que se atenda os que estão feridos”,
a forma de conjugação da voz passiva sintética exige a concordância
da forma verbal (atendam) com o sujeito (os).
Note a presença do “se” pronome apassivador, assim classificado, pois
está ladeado de verbo que solicita objeto direto – atender. O “se”
apassivador tem como missão transformar o objeto direto em sujeito
paciente, o que faz com que o termo “os” (= aqueles), originalmente
objeto direto de “atender”, transforme-se em sujeito paciente.
ALTERNATIVA E: A proposta de reescrita não respeitou a correlação
entre tempos verbais. As forma “conseguem” e “atendessem” não são
compatíveis.
Resposta: A

50. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A: A proposta de reescrita “relembrarmos este dia” não
resultou em uma oração desenvolvida, pois nela não está presente o
conector.
ALTERNATIVA B: A proposta de reescrita “a relembrança deste dia”
não apresenta verbo, portanto não se trata de uma oração desenvolvida.
ALTERNATIVA C: Na proposta de reescrita “que relembremos este
dia”, ocorre perfeita adequação com o contexto. A forma do presente do
subjuntivo “relembremos” garante concordância e correlação verbais.
ALTERNATIVA D: Na proposta de reescrita “uma nova lembrança
deste dia”, não houve correlação entre as formas verbais “seja” e
“relembrássemos”.
ALTERNATIVA E: A proposta de reescrita “a relembrança deste dia”
não apresenta verbo, portanto não se trata de uma oração desenvolvida.
Resposta: C

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PONTUAÇÃO
01. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia No texto 1, os termos inseridos nos parênteses – na Alemanha
da Informação/2018 (e mais 21 concursos) imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini – têm a
Intercâmbio de alimentos finalidade textual de:
a) enumerar os sistemas políticos fechados do passado;
Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, História em debate. São Paulo:
Editora do Brasil, p. 72. b) destacar os sistemas onde se originaram os regimes trabalhista e
previdenciário;
A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das
c) criticar o atraso político de alguns sistemas da História;
transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres
d) condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário por serem
humanos.
muito antigos;
Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer e) exemplificar alguns dos nossos erros do passado.
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa
03. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018 (e mais 3 concursos)
todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de
alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de Todas as frases abaixo apresentam dois componentes separados por
um sinal de pontuação. Desconsiderando a pontuação, indique a frase
encontrar os tão desejados metais preciosos.
em que esse sinal foi substituído de forma adequada por um conectivo:
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora a) Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer / pois;
e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois diversas b) Não é preciso muito para ser um produtor de coelhos. Você coloca
plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, a dieta um casal numa gaiola e é tudo / então;
dos habitantes das duas regiões foi enriquecida.
c) O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos
“Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a obstáculos / logo;
comer produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo d) Dinheiro é igual a táxi: quando mais você precisa, ele não aparece /
plantas e animais de sua terra natal”. porém;
Na reescritura desse segmento do texto, a pontuação está e) Chega de homenagens. Eu quero o dinheiro / que.
INADEQUADA em relação às regras de pontuação em:
a) Os espanhóis, nos primeiros anos de conquista, resistiram a comer 04. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Oficial de Justiça Avalia-
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e dor/2018
animais de sua terra natal; Texto - A Copa do Mundo da Rússia só começa no dia 22 de junho, mas
b) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer a febre dos álbuns com os jogadores das seleções já se espalhou e
chegou até ao plenário de uma assembleia legislativa brasileira. O
produtos nativos americanos e, por isso, trouxeram consigo plantas e
flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão
animais de sua terra natal; foi divulgado pelas redes sociais e a cena se espalhou.
c) Nos primeiros anos da conquista os espanhóis resistiram a comer No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e no Twitter, o internauta chega a especular que seriam deputados, mas
animais de sua terra natal; a direção da casa esclareceu tratarem-se de assessores. “Votação
d) Os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, nos importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem trabalhando
primeiros anos de conquista; trouxeram consigo, por isso, plantas e e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais, estão trocando e colando
animais de sua terra natal; figurinha da Copa do Mundo em meio à votação. Se eu falasse, ninguém
acreditaria”, diz o post.
e) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer Outro post com mais de 40 mil compartilhamentos traz um vídeo
produtos nativos americanos, e, por isso trouxeram consigo plantas e mostrando que a troca ocorreu enquanto uma deputada discursava
animais de sua terra natal. sobre uma proposta.
A direção da casa legislativa confirmou que as imagens foram feitas
02. FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 (e mais 5 durante a sessão da quarta feira e esclareceu que elas mostram dois
concursos) “assessores de deputados” trocando figurinhas durante a sessão. “O
Texto 1 comportamento não é justificável. Os gabinetes dos deputados aos
quais os assessores pertencem, já foram informados, e cabe aos
Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018, com o nome parlamentares decidir como proceder”. (adaptado)
Erros do passado, o articulista Paulo Guedes escreve o seguinte: “Os “A direção da casa legislativa confirmou que as imagens foram
regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente feitas durante a sessão de quarta-feira e esclareceu que elas
anacrônicos, economicamente desastrosos e socialmente perversos. mostram dois ‘assessores de deputados’ trocando figurinhas
Arquitetados de início em sistemas políticos fechados (na Alemanha durante a sessão”.
imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini), e desde então Nesse segmento do texto, o trecho “assessores de deputados” aparece
cultivados por obsoletos programas socialdemocratas, são hoje armas entre aspas a fim de:
de destruição em massa de empregos locais em meio à competição a) copiar palavras do regimento interno;
global. Reduzem a competitividade das empresas, fabricam b) criticar a atitude dos funcionários da assembleia;
desigualdades sociais, dissipam em consumo corrente a poupança
c) repetir a informação do autor do post;
compulsória dos encargos recolhidos, derrubam o crescimento da
d) corrigir uma informação falsa;
economia e solapam o valor futuro das aposentadorias”.
e) destacar a autoria do delito.
(adaptado)

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05. FGV - Analista do Ministério Público (MPE AL)/Administrador Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias
de Banco de Dados/2018 (e mais 11 concursos) vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão
“Numa democracia, (1) é livre a expressão, estão garantidos o direito de e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era
reunião e de greve, (2) entre outros, obedecidas leis e regras, (3) dela."
lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades, (4) há sempre "Ora", disseram os garotos, "mas você não está num circo. Por que não
o risco de excessos, (5) a serem devidamente contidos e seus tira essas meias vermelhas e as joga fora?"
responsáveis, punidos, conforme estabelecido na legislação”. O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para
Nesse segmento inicial do texto, a vírgula que tem caráter optativo disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:
é a indicada pelo número "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu
continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim,
a) (1).
em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará
b) (2). com ela."
c) (3). Carlos Heitor Cony, Crônicas (adaptado)
d) (4). Ele falou, com simplicidade: "No ano passado, quando fiz
e) (5). aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas
meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo
mundo ia rir de mim, por causa das meias vermelhas.
06. FGV - Analista (TJ SC)/Administrativo/2018 (e mais 7 concur-
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as
sos)
meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar
Observe a charge a seguir: para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas,
saberia que o filho era dela."
Sobre os sinais de pontuação e sinais gráficos empregados nesse
segmento do texto, é correto afirmar que:
a) as aspas são empregadas para destacar um segmento importante da
narrativa;
b) o emprego de vírgula após “Ele falou” é obrigatório;
c) o emprego de dois pontos após “colocar as meias vermelhas” seria
também adequado;
d) o emprego de ponto entre “Eu reclamei” e “Comecei a chorar” é
incorreto, já que se deveria empregar a conjunção “e”;
e) o emprego de uma vírgula antes de “quando visse um menino de
meias vermelhas” é optativo.

Sobre a frase dita por Einstein, é correto afirmar que:


08. FGV - Assistente Legislativo (ALERO)/"Sem Especiali-
a) o termo “Galileu”, por ser um vocativo, deveria ser colocado no início dade"/2018 (e mais 8 concursos)
da frase; O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a
b) o adjetivo “brilhante”, por ser um adjetivo qualificativo, deveria vir espécie sem causar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais
antes do substantivo “mente”; se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura.
c) o pronome “nós”, implícito em “estávamos esperando” se refere a Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
todos os habitantes do céu; casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho
escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava
d) o termo “Galileu” deveria aparecer entre vírgulas, por ser um vocativo;
para a sua caverna. Com o passar do tempo este método foi sendo
e) o emprego da forma “olha” é desaconselhável por pertencer à abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das
linguagem coloquial mulheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O
homem precisava aproximar-se dela, cheirar seus cabelos, grunhir no
07. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC)/2018 seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse
distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.
Garoto das Meias Vermelhas
(fragmento)
(Carlos Heitor Cony)
VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm.
Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. 1994.
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do
procurando alguma coisa. casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado.”
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias O segmento sublinhado entre travessões indica
vermelhas. Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava a) uma retificação de um erro anterior.
meias vermelhas. b) uma explicação de um termo obscuro.
Ele falou, com simplicidade: " No ano passado, quando fiz aniversário, c) uma exemplificação de tradições sociais.
minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas meias vermelhas. d) uma citação de todas as preliminares referidas.
Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo ia rir de mim, por
e) uma enumeração de todas as preliminares citadas.
causa das meias vermelhas.

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09. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018 11. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Regis-
“A pintura transforma o espaço em tempo; a música, o tempo em tro de Debates/2017
espaço.” “Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais, vaidade”.
Nessa frase, o emprego da vírgula se justifica para:
A razão que justifica o emprego da vírgula nesse pensamento é a
mesma que ocorre em: a) separar elementos intercalados ou antepostos;
b) separar aposto ou vocativo;
a) “A pintura é poesia silenciosa, a poesia é pintura que fala.”
c) isolar termos e expressões explicativas;
b) “A pintura é uma poesia que se vê e não se sente, e a poesia é uma
d) marcar a omissão do verbo;
pintura que se sente e não se vê.”
e) evitar ambiguidades.
c) “A crítica rasteja, e a criação voa.”
d) “O artista é mentiroso, mas a arte é verdade.” 12. FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental
e) “Todos pintam com talento e ele, com arte.” (SEPOG RO)/2017 (e mais 1 concurso)
Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário
10. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Arqui- do que dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que
serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
tetura/2017 (e mais 6 concursos)
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue
Texto 1 – Preâmbulo para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim,
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cardiologista do Hospital do Coração.
cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois
ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos campos e das sistemas de bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele
cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os recebe o sangue das veias e lança para as artérias. Para isso contrai e
conhecimentos necessários à interpretação dessa presença se apagam relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o
com rapidez. Com isso, a incompreensão aumenta. amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está
apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimentos
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou cardíacos e a pressão arterial”.
de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, (O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)
contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas
“Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor.”
obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as
Nesse caso, o emprego dos dois pontos se justifica porque
referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas
a) se esclarece a seguir o sentido de palavras anteriores.
obras-primas. Entender os debates mais recentes sobre a colonização,
as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também b) é explicada uma afirmação precedente.
supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais c) se mostra a conclusão de um raciocínio.
da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas d) se explicita o termo “notícia triste”.
da sua adaptação ao mundo. e) se retifica um erro cometido.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas.
Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores 13. FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental
de um vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego (SEPOG RO)/2017 (e mais 1 concurso)
de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário
alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma do que dizem, não é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que
existência real, e, claro, sem intenção de proselitismo. serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue
(História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim,
2009. p.XIII). cardiologista do Hospital do Coração.
“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois
humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um sistemas de bombeamento independentes. Com essas “bombas” ele
conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua recebe o sangue das veias e lança para as artérias. Para isso contrai e
doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o
adaptação ao mundo”. amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está
apaixonada. O corpo libera adrenalina, aumentando os batimentos
O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra
cardíacos e a pressão arterial”.
inclinada. Sobre o emprego das vírgulas nessas duas partes, é
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)
correto afirmar que:
“É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue para todas
a) marcam a presença de enumerações de termos nas duas partes; as células de nosso corpo.”
b) indicam, respectivamente, a presença de aposto e da enumeração O uso de aspas nesse fragmento do texto indica
de termos; a) o destaque de palavras muito importantes para o texto.
c) documentam a presença de apostos explicativos nos dois segmentos; b) a utilização de palavras com um sentido irônico.
d) mostram, nos dois segmentos, inserções de termos; c) a transcrição de palavras que não pertencem ao autor do texto.
e) indicam, respectivamente, a presença de enumeração e de aposto d) o emprego de palavras em sentido figurado.
explicativo. e) o uso de palavras em variante diferente do restante do texto.

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14. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/Engenharia Florestal/2017 (e infelizes, elas estão ansiosas, estressadas, deprimidas e
mais 7 concursos) sobrecarregadas. “As crianças de hoje estão desconfortáveis com a
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo infância”, diz a Coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e
dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste Veja, 12 de fevereiro de 2012.
jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui. Um segmento do texto aparece entre aspas por que
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais a) destaca uma parte importante do texto.
o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de
b) informa ao leitor que se trata de uma ironia.
uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas
são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo c) mostra a tradução de um texto estrangeiro.
prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma d) indica a reprodução de uma fala alheia.
segunda coragem. e) separa um segmento que não tem ligação temática com o texto.
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm
sido tão destrutivos e desagregadores.
17. FGV - Técnico de Nível Médio (Pref Salvador)/Operacional/2017
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma
famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons
traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?
anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal, Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea
primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En- (parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com
Lai respondeu: “É cedo para dizer”. as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é
simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou En- responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais
Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e
francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda. frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências
Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser
para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu
quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos. movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a
(O Globo, 15/9/2017) determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não
No texto, o termo “leitor” aparece entre vírgulas pela mesma razão que sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com
elas são empregadas em: notas agudas.
a) “Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número
citada, que traduz essa noção singular do tempo”; limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já
b) “Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro
lançou a pergunta...”; (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número
infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas
c) “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução
frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem
Francesa?”;
mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de
d) “Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um aversão a esse sons agudos e “crus”.
simples mal-entendido”;
Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
e) “É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de
coluna neste jornal Cristovam Buarque...”. No título do texto, o segmento após o travessão é uma
a) explicação de um termo anterior.
15. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/Letras Vernáculas/2017 b) exemplificação de “sons agudos”.
Sabemos que as vírgulas são utilizadas na língua escrita com c) comparação de “sons agudos” com “unhas arranhando um quadro-
finalidades diversas, mas fundamentalmente para facilitar a leitura. negro”.
Na frase de William Cowper “Deus fez o campo, e o homem, a d) conclusão feita a partir da parte inicial do texto.
cidade”, há duas vírgulas que se justificam, respectivamente, para: e) uma finalidade da produção de sons agudos.
a) evitar ambiguidade / indicar elipse do verbo;
b) separar elementos de mesma função sintática / marcar uma pausa; 18. FGV - Analista (IBGE)/Análise de Projetos/2016 (e mais 25 con-
c) distinguir elementos coordenados / dar realce a certos termos; cursos)
d) isolar elemento de valor explicativo / separar um aposto; A frase abaixo, de Millôr Fernandes, que exemplifica o emprego da
e) destacar elementos repetidos / marcar um adjunto antecipado. vírgula por inserção de um segmento entre sujeito e verbo é:
a) “O difícil, quando forem comuns as viagens interplanetárias, será a
gente descobrir o planeta em que foram parar as bagagens”;
16. FGV - Técnico de Nível Médio (Pref Salvador)/Atendimento/2017
b) “Quando um quer, dois brigam”;
Crianças infelizes
c) “Para compreender a situação do Brasil, já ninguém discorda, é
Uma em cada onze crianças com idade entre 8 e 16 anos está infeliz,
necessário um certo distanciamento. Que começa abrindo uma conta
segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano [2012] pela numerada na Suíça”;
Children’s Society.
d) “Pouco a pouco o carnaval se transfere para Brasília. Brasília já tem,
Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade do Reino Unido,
pelo menos, o maior bloco de sujos”;
especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um
problema exclusivo das crianças britânicas. Para eles, mais do que e) “Mal comparando, Platão era o Pelé da Filosofia”.

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19. FGV - Analista Portuário (CODEBA)/Administrador/2016 (e mais 22. INÉDITA
10 concursos) O emprego correto da vírgula verifica-se apenas na frase:
Fantasma: o sinal exterior e visível de um medo interior. a) Quando as associações representativas falham o trabalhador que é
Nessa frase ocorre o emprego de dois pontos (:) com a seguinte sempre o maior prejudicado, perde, pois grande parte dos seus direitos
finalidade: passa a ser desrespeitada.
a) indicar o significado de um termo anterior. b) A democracia brasileira embora já esteja bastante madura, é recente
b) preceder uma enumeração de termos. pois o Brasil passou por um longo período sob comando de políticos não
c) marcar uma citação. eleitos pelo povo.
d) introduzir uma síntese do que foi enunciado. c) A lei impõe que, todos os indivíduos, independentemente de sua
e) separar o vocativo. condição socioeconômica, possuem direito a um ensino básico gratuito
e de qualidade, mas ocorre que nem todos os brasileiros podem fazer
uso desse direito.
20. INÉDITA
d) O jeitinho brasileiro, vício cultural bem marcante em nossa sociedade,
Assinale a redação que esteja inteiramente pontuada de acordo com a dificilmente é associado a algo prejudicial, isto é, quase nunca a
norma padrão:
população o interpreta como algo que pode ferir interesses coletivos.
a) De acordo com a pesquisa divulgada pela ONU, o Brasil, mesmo
e) Encerrada a discussão foi a vez de todos se confraternizarem numa
tendo reduzido a desigualdade social na primeira década do século XXI,
divertida festa, tradicionalmente promovida pela direção todo final de
ainda não conseguiu extinguir a extrema pobreza, que devido à
ano fiscal.
recessão dos últimos anos, apresentou um expressivo crescimento.
b) Nunca houve na história brasileira, um esforço contínuo no sentido
de eliminar a extrema pobreza, pois políticas sociais não são de ações 23. INÉDITA
de Estado, e sim de governos. O emprego correto da vírgula verifica-se apenas em:
c) Quando comparamos o Brasil a demais países integrantes da OCDE, a) O investimento em educação, estratégia ideal para o
notamos que o Estado apresenta gastos significativos em desenvolvimento de uma nação, requer planejamento de longo prazo, e
aposentadorias, e reserva parcela expressiva do orçamento para o a sociedade deve incentivá-lo.
pagamento de pensões e benefícios sociais. b) A administração das finanças públicas que é uma obrigação do
d) É possível que adotando práticas de governança, similares às hoje Estado, precisa ser controlada, e regulada de forma atenta.
empregadas na iniciativa privada, o Estado consiga atingir patamares
c) Embora sejam ferramentas importantíssimas para a harmonia social
de transparência aceitáveis no mundo moderno.
as leis não garantem a redução da desigualdade, realidade inconteste
e) Os brasileiros insistem em soluções simples demais para problemas no Brasil.
complexos, e os ingleses, em soluções complexas demais para
d) É óbvio, que se pusermos em prática o rigor da lei ao pé da letra,
problemas simples.
muitos brasileiros serão frequentemente penalizados pelos mais
diversos motivos banais.
21. INÉDITA
e) O tempo não para, as transformações sociais são frequentes porém
Assinale a redação que esteja inteiramente pontuada de acordo com a há quem não considere, que isso é uma realidade incontestável.
norma padrão:
a) Durante boa parte do século XX, a mulher ocupou posições
24. INÉDITA
subalternas, restritas basicamente a afazeres domésticos. Isso
começou a mudar no período entre as duas grandes guerras quando, Está plenamente adequada a pontuação em:
ela passou a desempenhar funções até então, exercidas pelos homens, a) As histórias infantis são simplórias? Ora elas significam muito mais
que se encontravam em campos de batalha. do que aparentam, tal como o provou, esse estudo do cientista polonês.
b) Durante boa parte do século XX a mulher ocupou posições b) Simplórias, pois assim o são consideradas pelos corações mais
subalternas, restritas basicamente a afazeres domésticos. Isso gelados. Os contos infantis, na verdade têm profunda significação,
começou a mudar, no período entre as duas grandes guerras, quando exigindo atenção, dos leitores.
ela passou a desempenhar funções, até então, exercidas pelos homens c) Há muitos que julgam, essas histórias infantis, vazias; mas atente-se
que se encontravam em campos de batalha. bem, para seu real significado, e teremos inevitavelmente, grandes
c) Durante boa parte do século XX, a mulher ocupou posições surpresas.
subalternas, restritas basicamente a afazeres domésticos. Isso
d) Não são simplórios, certamente, esses contos infantis, os quais o
começou a mudar no período entre as duas grandes guerras, quando
autor conseguiu evidenciar, para surpresa nossa, um sentido bem mais
ela passou a desempenhar funções, até então, exercidas pelos homens
profundo.
que se encontravam em campos de batalha.
d) Durante boa parte do século XX, a mulher ocupou posições e) Há muitos que julgam simplórias, as histórias infantis, mas é possível
subalternas, restritas basicamente, a afazeres domésticos. Isso constatar o quanto esses contos são capazes, de nos revelar.
começou a mudar, no período entre as duas grandes guerras, quando,
ela passou a desempenhar funções, até então, exercidas pelos homens 25. INÉDITA
que se encontravam em campos de batalha. I. Os moradores das favelas cariocas, que se sentem desamparados
e) Durante boa parte do século XX a mulher ocupou posições pelas autoridades públicas, incendeiam automóveis nas ruas.
subalternas restritas basicamente a afazeres domésticos. Isso começou II. A razão de ser da política, que ilude o mais pobre com discursos
a mudar no período entre as duas grandes guerras quando ela passou populistas, é fria e desumana.
a desempenhar funções até então, exercidas pelos homens, que se
encontravam em campos de batalha. III. Não surtiu efeito apagar as pichações, que ofendiam a mulher e os
filhos do juiz.

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A supressão das vírgulas alterará o sentido de Ocorre que a simples inserção do conectivo muitas vezes não é
a) I, II e III. suficiente, pois, dependendo da ideia por ele expressa, devemos somar
b) I e II, somente. vírgula.
É isso que a questão quer de nós. Se a mera troca do sinal de
c) II e III, somente.
pontuação pelo conectivo, sem qualquer outro acréscimo, já seria
d) I e III, somente. suficiente para considerar a sentença correta.
e) II, somente. Além dessa ideia truncada apresentada no enunciado, a questão
também deveria ter deixado clara a necessidade de se fazerem ajustes
GABARITO COMENTADO no emprego de maiúsculas e minúsculas, ao executar as alterações
propostas.
01. RESOLUÇÃO: Analisemos agora as alternativas, com base nesse entendimento:
A banca considerou a letra E como resposta. De fato, há uma incorreção Letra A – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Sabedoria
de pontuação nessa opção. No entanto, também identificamos erro na é saber o que fazer pois virtude é fazer”. A conjunção explicativa “pois”
letra C, conforme explicado a seguir. A banca deveria, no meu requer emprego de vírgula antes.
entendimento, anular essa questão, pois há duas respostas
Letra B – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Não é
possíveis.
preciso muito para ser um produtor de coelhos então você coloca um
Letra A – CERTA – Empregou-se corretamente a vírgula para isolar o casal numa gaiola e é tudo”. A conjunção conclusiva “então” requer
adjunto adverbial deslocado da ordem direta “nos primeiros anos de emprego de vírgula antes.
conquista”. Além disso, empregou-se corretamente a vírgula para
Letra C – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Não é
introduzir a oração coordenada sindética conclusiva “por isso
preciso muito para ser um produtor de coelhos então você coloca um
trouxeram...”.
casal numa gaiola e é tudo”. A conjunção conclusiva “então” requer
Letra B – CERTA - Empregou-se corretamente a vírgula para isolar o emprego de vírgula antes.
adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Nos primeiros anos de Letra D – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Dinheiro é
conquista”. Além disso, isolou-se a locução conjuntiva causal igual a táxi porém quando mais você precisa, ele não aparece”. A
intercalada “por isso” no período por vírgulas. conjunção adversativa “porém” requer emprego de vírgula antes.
Letra C – ERRADA – Faltou a vírgula após “conquista”, necessária para Letra E – CERTA – Com a alteração proposta, teríamos: “Chega de
isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Nos primeiros homenagens que eu quero o dinheiro”. No trecho resultante, é possível
anos de conquista”. identificar uma relação de causa e consequência: como a pessoa quer
Letra D – CERTA – Está correta a vírgula após “americanos”, pois esta dinheiro, consequentemente ela deseja que as homenagens cessem; a
isola o adjunto adverbial “nos primeiros anos...”. Essa vírgula é pessoa deseja que as homenagens cessem porque ela quer dinheiro.
facultativa, uma vez que o adjunto adverbial se encontra no final da Isso posto, a oração “que eu quero dinheiro” é subordinada adverbial
oração. Além disso, está correto o emprego do ponto e vírgula para consecutiva. Como ela se encontra no final da frase, é opcional o
enfatizar uma relação de coordenação entre as orações que compõem emprego da vírgula antes da conjunção “que”.
o período.
Isso posto, a alteração proposta mantém a correção gramatical.
Letra E – ERRADA - Empregou-se erradamente a vírgula antes do “e”
aditivo. Só é permitida a vírgula antes dessa conjunção, no caso de esta Resposta: E
conectar orações com sujeitos distintos, o que não é o caso. Esta opção
consta como gabarito oficial. 04. RESOLUÇÃO:
Resposta: C/E Em alguns posts, foi cogitada a hipótese de deputados estarem
trocando figurinhas em plena sessão de votação importante. No entanto,
02. RESOLUÇÃO: a Câmara, ao justificar, argumentou que se tratava de assessores de
deputados, e não propriamente deputados.
Os parênteses foram empregados com o objetivo exemplificar/enumerar
alguns dos sistemas políticos considerados fechados pelo articulista. Dessa forma, o emprego das aspas teve por finalidade destacar a
Isso posto, a mão fica “coçando” para marcar a letra A, não é mesmo? correção de uma informação falsa que circulava pelas redes.
Cuidado! Resposta: D
Na letra A, diz-se “enumerar OS sistemas políticos do passado”. A
presença desse artigo dá a entender que a Alemanha imperial de 05. RESOLUÇÃO:
Bismarck e a Itália fascista de Mussolini sejam os únicos exemplos. A Letra A – CERTA - A vírgula isolando “Numa democracia” é facultativa,
enumeração apresentada no texto não é taxativa, e sim exemplificativa. pois se trata de um adjunto adverbial de pequena extensão – até 2
Além disso, o objetivo não é enumerar quais os sistemas fechados, mas palavras.
sim dizer em quais sistemas fechados se originaram os regimes Letra B – ERRADA – As vírgulas isolando a expressão “entre outros”
trabalhistas e previdenciários. são obrigatórias, haja vista se tratar de uma expressão interpositiva de
Isso posto, a resposta é a letra B. inclusão.
Cruel! Muito cruel! Letra C – ERRADA – A vírgula indicada isola a oração subordinada
Resposta: B adjetiva explicativa reduzida de particípio “lastreadas na Constituição”.
Não faria sentido não empregar a vírgula, pois, se assim fosse, teríamos
uma informação de natureza restritiva, dando a entender que somente
03. RESOLUÇÃO: algumas leis e regras estão lastreadas na Constituição, o que geraria
A questão peca demais na clareza do enunciado. O que ela quer? uma incoerência.
Ela quer que, desconsiderando a pontuação entre os dois Letra D – ERRADA – A vírgula é obrigatória, devido ao fato de isolar
componentes, ou seja, eliminando o sinal de pontuação que há entre os um adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Em um regime de
dois, façamos o encaixe do conectivo proposto. liberdades”.

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Letra E – ERRADA - A vírgula indicada isola a oração subordinada Letra D – ERRADA – A enumeração não é exaustiva. É apenas
adjetiva explicativa reduzida de infinitivo “a serem devidamente exemplificativa. Não foram citadas todas as etapas, mas sim algumas
contidos...”. Não faria sentido não empregar a vírgula, pois, se assim delas.
fosse, teríamos uma informação de natureza restritiva, dando a Letra E - ERRADA A enumeração não é exaustiva. É apenas
entender que somente alguns riscos deveriam ser contidos, o que exemplificativa. Não foram citadas todas as etapas, mas sim algumas
geraria uma incoerência. delas.
Resposta: A Resposta: C

06. RESOLUÇÃO: 09. RESOLUÇÃO:


Observe o trecho: A pintura transforma o espaço em tempo; a música,
Letra A – ERRADA – Não há uma posição fixa para o vocativo. Ocorre
o tempo em espaço.
que, esteja onde estiver na frase, o vocativo deve ser isolado por
vírgulas. A vírgula empregada tem como justificativa a elipse da forma verbal
“transforma” depois do sujeito “a música”: A pintura transforma o espaço
Letra B – ERRADA – Não há restrições quanto à posição do adjetivo em tempo; a música (transforma) o tempo em espaço.
antes ou depois do substantivo. A correção e sentido permanecem caso
Analisemos as opções:
posicionemos “brilhante” antes de “mente”.
Letra A – ERRADA – A vírgula empregada separa orações
Letra C – ERRADA – O pronome “nós” faz menção aos personagens coordenadas assindéticas.
retratados na charge.
Letra B – ERRADA – A vírgula antes do “e” se justifica devido ao fato
Letra D – CERTA – Conforme explicado anteriormente, o vocativo de as orações conectadas por essa conjunção possuírem sujeitos
sempre deve ser isolado por vírgulas. diferentes.
Letra E – ERRADA – Não é desaconselhável, pois a conversa Letra C – ERRADA - A vírgula antes do “e” se justifica devido ao fato
reproduzida reflete um contexto coloquial. de as orações conectadas por essa conjunção possuírem sujeitos
Resposta: D diferentes. Nota-se também valor adversativo na conjunção “e”
empregada.
Letra D – ERRADA - A vírgula antes do “mas” isola uma oração
07. RESOLUÇÃO: coordenada sindética adversativa.
Letra A – ERRADA – As aspas foram utilizadas não para demarcar um Letra E – CERTA - A vírgula foi empregada para demarcar a elipse da
momento da narrativa, e sim para sinalizar uma fala do personagem. forma verbal “pintam” depois de “ele”.
Letra B – ERRADA – A vírgula após “Ele falou” isola o adjunto adverbial Resposta: E
de modo “com simplicidade”. Como se trata de um adjunto adverbial de
pequena extensão posicionado no final da oração, a vírgula é
facultativa. 10. RESOLUÇÃO:
Letra C – CERTA – Com a alteração proposta, teríamos: Mas ela disse As vírgulas empregadas nos dois segmentos se justificam por separar
que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas: termos em enumeração, de mesma função sintática.
disse que, se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão... Nos dois casos, os termos isolados por vírgula exercem a função de
complemento nominal de “debates” e “conhecimento”, respectivamente.
É possível fazer essa alteração, pois a segunda frase especifica qual o
motivo considerado forte. Os sinais de dois-pontos servem, entre outras Resposta: A
coisas, para introduzir especificações.
Uma ressalva a ser feita na redação da alternativa é propor o devido 11. RESOLUÇÃO:
ajuste necessário de maiúsculas e minúsculas. A ausência dessa Empregou-se a vírgula para demarcar a elipse da forma verbal “é” no
observação poderia gerar (e provavelmente gerou) controvérsias segundo segmento.
durante a avaliação do item. Observe: “Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais (é) vaidade.”
Letra D – ERRADA – Trata-se de orações completas do ponto de vista Resposta: D
sintático. Há a opção de construir duas frases, como foi feito, ou
estabelecer entre elas uma relação de coordenação. As duas opções 12. RESOLUÇÃO:
são válidas.
Letra A – ERRADA – O que vem após os dois pontos não é o
Letra E – ERRADA – As vírgulas entes e depois cercando a oração esclarecimento acerca de um sentido de uma palavra ou expressão,
“quando visse um menino de meias vermelhas” são necessárias, haja mas sim a especificação do que vem a ser a notícia triste.
vista que ocorre uma adverbial temporal deslocada da ordem direta. Letra B – ERRADA – O trecho introduzido pelos dois pontos não é uma
Resposta: C explicação do trecho antecedente, mas sim uma especificação! Não se
pergunta por que a notícia é triste, mas sim qual é a notícia triste.
Letra C – ERRADA – Não é uma conclusão, e sim uma especificação.
08. RESOLUÇÃO:
Letra D – CERTA – Quando o item fala em explicitar o termo “notícia
Letra A – ERRADA – Não se trata de uma retificação (correção), e sim
triste”, dá-se entender que se busca especificar qual exatamente seria
de uma especificação. a notícia triste. Está-se em busca de uma especificação, de uma
Letra B – ERRADA – Não se trata de algo obscuro, quando se fala em explicitação do que vem a ser essa notícia.
preliminares do casamento. O objetivo dos dois pontos foi explicitar Letra E – ERRADA – Não é uma retificação (correção), e sim uma
essas etapas. especificação.
Letra C – CERTA – O termo “tradições sociais” é amplo, englobando, Resposta: D
entre tantas outras coisas, as tradicionais etapas que comumente
antecedem o casamento.

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13. RESOLUÇÃO: 18. RESOLUÇÃO:
As aspas foram empregadas para fazer menção a uma citação de um Letra A – CERTA – As vírgulas empregadas se justificam para isolar a
terceiro, no caso o cardiologista Sérgio Jardim. É a reprodução das oração adverbial temporal deslocada da ordem direta “quando forem
palavras dele. comuns .., interplanetárias”. Essa oração se encontra interposta entre o
sujeito “O difícil” e a forma verbal “será”.
Resposta: C
Letra B – ERRADA – As vírgulas empregadas se justificam para isolar
a oração adverbial temporal deslocada da ordem direta “Quando um
14. RESOLUÇÃO: quer”, posicionada no início da frase.
No texto, o termo “leitor” foi empregado como vocativo, função sintática Letra C – ERRADA – As vírgulas empregadas se justificam para isolar
sempre isolada por vírgulas. a oração adverbial final deslocada da ordem direta “Para compreender
... Brasil” e a oração adverbial causal deslocada “já que ninguém
Analisemos as alternativas:
discorda”. Ambas as orações foram posicionadas no início da frase.
Letra A – ERRADA – As vírgulas isolam uma oração adjetiva explicativa
Letra D – ERRADA – As vírgulas empregadas se justificam para isolar
reduzida de particípio. o termo interpositivo de valor inclusivo “pelo menos”. Ele está interposto
Letra B – ERRADA – As vírgulas isolam um adjunto adverbial de tempo entre o verbo “tem” e o complemento “o maior bloco...”.
deslocado da ordem direta. Letra E – ERRADA - As vírgulas empregadas se justificam para isolar
Letra C – CERTA – O termo “primeiro-ministro” funciona como a oração adverbial deslocada da ordem direta “Mal comparando”,
vocativo. Note se tratar de uma conversa. posicionada no início da frase.
Letra D – ERRADA - A vírgula isola um adjunto adverbial de tempo Resposta: A
deslocado da ordem direta.
Letra E – ERRADA - A vírgula isolam uma oração subordinada 19. RESOLUÇÃO:
adverbial conformativa. Letra A – CERTA – Trata-se de um detalhamento do que vem a
Reposta: C significar “fantasma” no contexto.
15. RESOLUÇÃO: Letra B – ERRADA – Não se trata de uma enumeração, e sim de um
detalhamento.
A primeira vírgula se justifica porque o “e” conecta orações
coordenadas de diferentes sujeitos. Seu uso é facultativo. Ocorre que a Letra C – ERRADA – Não se trata de uma citação, e sim de um
detalhamento.
ausência dessa vírgula pode nos levar à interpretação de que Deus fez
o campo e o homem. Portanto, a vírgula, nesse caso, é um instrumento Letra D – ERRADA – Não se trata de uma síntese, e sim de um
detalhamento.
para evitar essa outra possibilidade de interpretação, desfazendo,
assim, a ambiguidade. Letra E – ERRADA – Trata-se de um aposto explicativo.
Já a segunda vírgula se dá em razão da elipse da forma verbal “fez” Resposta: A
na segunda oração.
Resposta: A 20. RESOLUÇÃO:
Letra A – ERRADO - Está correto o emprego da vírgula após “ONU”,
pois ela isola o adjunto adverbial de conformidade deslocado da ordem
16. RESOLUÇÃO: direta “De acordo com a pesquisa divulgada pela ONU”. Também está
As aspas foram empregadas para indicar a citação de um terceiro, no correto o emprego das vírgulas isolando a oração adverbial concessiva
caso a Coordenadora da unidade de Psiquiatria da Infância e deslocada da ordem direta “mesmo tendo reduzido a desigualdade
Adolescência da Unifesp. social na primeira década do século XXI”.
Resposta: D Por fim, a virgula após “extrema pobreza” isola a oração adjetiva
explicativa “que... apresentou um expressivo crescimento.”.
Onde está o erro?
17. RESOLUÇÃO:
O erro está na ausência da vírgula após o “que”, isolando o adjunto
Letra A – ERRADA – Não se trata de uma explicação, justificativa. adverbial de causa deslocado da ordem direta “devido à recessão dos
Trata-se de um exemplo de som considerado agudo. últimos anos”.
Letra B – CERTA – O som de unhas arranhando um quadro-negro é Dessa forma, a frase corretamente pontuada ficaria:
um exemplo de som agudo. De acordo com a pesquisa divulgada pela ONU, o Brasil, mesmo tendo
Letra C – ERRADA – Não se trata de uma comparação, pois não temos reduzido a desigualdade social na primeira década do século XXI, ainda
dois seres distintos com uma característica comum alvo de comparação. não conseguiu extinguir a extrema pobreza, que, devido à recessão
Temos sim um segmento mais específico – unhas arranhando um dos últimos anos, apresentou um expressivo crescimento.
quadro - contido em outro segmento mais amplo – sons agudos -, o que Letra B – ERRADO – Deveríamos isolar por vírgulas o adjunto adverbial
caracteriza uma exemplificação. deslocado da ordem direta “na história brasileira”, que está intercalado
Letra D – ERRADA - Não se trata de uma conclusão, e sim de uma entre a forma verbal “houve” e o objeto direto “um esforço...”.
exemplificação. Está correta a vírgula antes da conjunção explicativa “pois”. Além disso,
também é correta a vírgula antes da expressão de retificação “e sim”.
Letra E – ERRADA – Não se trata de uma finalidade, e sim de uma
Dessa forma, a frase corretamente pontuada ficaria:
exemplificação.
Nunca houve, na história brasileira, um esforço contínuo no sentido
Resposta: B
de eliminar a extrema pobreza, pois políticas sociais não são de ações
de Estado, e sim de governos.

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Letra C – ERRADO – Está correto o emprego da vírgula depois de Analisemos letra a letra:
“OCDE”, pois ela isola a oração adverbial temporal deslocada da ordem Letra A – ERRADO – Está errada a vírgula após a conjunção “quando”.
direta “Quando comparamos o Brasil a demais países integrantes da A vírgula, de forma facultativa, teria de ser posicionada antes da
OCDE”. conjunção, não depois.
No entanto, está errada a vírgula antes do “e” aditivo que conecta Além disso, está equivocada a vírgula após “até então”. Ou se isola esse
orações de mesmo sujeito. termo por vírgulas ou se facultam as duas vírgulas haja vista se tratar
Lembremo-nos de que só é possível vírgula antes de “e” aditivo, e ainda de um adjunto adverbial de pequena extensão.
assim de forma facultativa, quando os sujeitos das orações conectadas Letra B - ERRADO – Está faltando a vírgula após “século XX”, para
pelo “e” forem distintos. isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Durante boa parte
Dessa forma, a frase corretamente pontuada ficaria: do século XX”.
Quando comparamos o Brasil a demais países integrantes da OCDE, Letra C – CERTO – Atende-se completamente o sugerido como
notamos que o Estado apresenta gastos significativos em pontuação correta.
aposentadorias e reserva parcela expressiva do orçamento para o Letra D – ERRADO – Está equivocada a vírgula após “basicamente”.
pagamento de pensões e benefícios sociais. Ou se isola esse termo por vírgulas ou se facultam as duas vírgulas haja
Letra D – ERRADO – É necessário empregar vírgula após o “que”, para vista se tratar de um adjunto adverbial de pequena extensão.
isolar a oração adverbial reduzida de gerúndio deslocada da ordem Letra E – ERRADO - Está faltando a vírgula após “século XX”, para
direta “adotando práticas de governança”. isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Durante boa parte
Estão corretas as vírgulas isolando o aposto explicativo “similares às do século XX”.
hoje empregadas na iniciativa privada”. Além disso, está equivocada a vírgula após “até então”. Ou se isola esse
termo por vírgulas ou se facultam as duas vírgulas haja vista se tratar
Dessa forma, a frase corretamente pontuada ficaria:
de um adjunto adverbial de pequena extensão.
É possível que, adotando práticas de governança, similares às hoje
Resposta: C
empregadas na iniciativa privada, o Estado consiga atingir patamares
de transparência aceitáveis no mundo moderno.
Letra E – CERTO – Está correta a vírgula antes do “e” aditivo, pois este 22. RESOLUÇÃO:
conecta oração de sujeitos distintos – o sujeito da primeira oração é “Os Letra A - ERRADO - Deve-se empregar uma vírgula após "falham", para
brasileiros”; já o da segunda, “os ingleses”. Trata-se de um caso se isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta "Quando as
facultativo de vírgula. associações representativas falham”. Já a oração adjetiva "que é
Já a vírgula depois de “ingleses” é necessária, pois demarca a elipse sempre o maior prejudicado" deve ser isolada por vírgulas, por ter
(omissão) da forma verbal já citada anteriormente – “insistem”. caráter explicativo.
Resposta: E Mantém-se a vírgula antes da conjunção “pois”, que introduz oração
coordenada sindética explicativa.
O correto, então, seria:
21. RESOLUÇÃO:
Quando as associações representativas falham, o trabalhador, que é
É preciso empregar uma vírgula após “Durante boa parte do século XX”, sempre o maior prejudicado, perde, pois grande parte dos seus direitos
para isolar um adjunto adverbial de tempo deslocado da ordem direta. passa a ser desrespeitada.
Pode-se empregar ou não uma vírgula após “subalternas”. Se Letra B - ERRADO - Deve-se isolar por vírgulas a oração adverbial
empregarmos as vírgulas, faremos de “restritas basicamente a afazeres deslocada da ordem direta "embora já esteja bastante madura". Além
domésticos” um trecho de caráter explicativo, dando a entender que disso, deve-se empregar vírgula após "recente", para isolar a oração
todas as posições subalternas estavam restritas a afazeres domésticos. coordenada explicativa "pois o Brasil passou por um longo período sob
Se não empregarmos as vírgulas, faremos de “restritas basicamente a comando de políticos não eleitos pelo povo.".
afazeres domésticos” um trecho de caráter restritivo, dando a entender Assim, o correto seria:
que nem todas as posições subalternas estavam restritas a afazeres
A democracia brasileira, embora já esteja bastante madura, é recente,
domésticos.
pois o Brasil passou por um longo período sob comando de políticos não
É facultado isolar por vírgulas o advérbio “basicamente”, haja vista que eleitos pelo povo.
se trata de um adjunto adverbial de pequena extensão (até duas
Letra C - ERRADO - É equivocado o emprego da vírgula após "que",
palavras). uma vez que a ligação do verbo com o seu complemento se dá de forma
É facultado o emprego de vírgulas após “guerras”, para isolar a oração direta.
adverbial temporal “quando ela passou a desempenhar...”. A vírgula é Mantêm-se as vírgulas isolando o adjunto adverbial intercalado
facultativa, haja vista que a oração adverbial não se encontra deslocada “independentemente de sua condição socioeconômica”. Além disso,
nem para o início nem para o meio da frase, casos em que o emprego deve-se manter a vírgula antes da conjunção “mas”, que isola a oração
da vírgula seria obrigatório. coordenada sindética adversativa.
É facultado isolar por vírgulas o termo “até então”, haja vista que se trata Assim, o correto seria:
de um adjunto adverbial de pequena extensão (até duas palavras). A lei impõe que todos os indivíduos, independentemente de sua
Soa coerente não empregar vírgula após “homens”, fazendo da oração condição socioeconômica, possuem direito a um ensino básico gratuito
“que se encontravam em campos de batalha” uma adjetiva restritiva, e de qualidade, mas ocorre que nem todos os brasileiros podem fazer
dando a entender que alguns homens (nem todos) se encontravam em uso desse direito.
campo de batalha. Letra D - CERTO - As vírgulas que isolam o termo "fenômeno
Se houvesse vírgula, a oração seria adjetiva explicativa, dando a generalizado no Brasil" se justificam por se tratar de um aposto
entender que todos os homens estavam em campos de batalha, o que explicativo. Já as vírgulas que isolam a expressão "isto é" se justificam
soaria estranho. Ora, não ficou um homem sequer fora de batalha? por se tratar de uma expressão interpositiva.

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Letra E - ERRADO - Deve-se empregar a vírgula após "discussão", para Letra B - ERRADO - A expressão "na verdade" deve ser isolada por
isolar a oração adverbial reduzida deslocada da ordem direta vírgulas, por estar intercalada entre sujeito – Os contos infantis - e verbo
"Encerrada a discussão". - têm. Trata-se de um adjunto adverbial de certeza. Vale ressaltar que,
Mantém-se a vírgula após festa, isolando a oração adjetiva explicativa como se trata de um adjunto adverbial de pequena extensão – até
“tradicionalmente promovida pela direção todo final de ano fiscal”. 2(duas) palavras -, é possível omitir as vírgulas. Assim, pode-se isolar a
Assim, o correto seria: expressão “na verdade” entre vírgulas ou omiti-las.
Encerrada a discussão, foi a vez de todos se confraternizarem numa Além disso, deve-se omitir a vírgula depois de "atenção", pois se isola o
divertida festa, tradicionalmente promovida pela direção todo final de nome - atenção - do adjunto adnominal - dos leitores.
ano fiscal. Letra C - ERRADO - São equivocadas as vírgulas isolando "essas
Resposta: D histórias infantis", pois elas isolam verbo - julgam - do complemento
verbal - essas histórias infantis - e nome - histórias - do adjunto
adnominal - vazias. Também é equivocada a vírgula entre "atente-se
23. RESOLUÇÃO: bem" e "para seu real significado", pois ela isola verbo do complemento
Letra A - CERTO - O termo " estratégia ideal para o desenvolvimento verbal. A vírgula, depois de "significado", é facultativa, pois o conector
de uma nação" é um aposto e, portanto, deve ser isolado por vírgulas. aditivo "e" conecta orações de sujeitos diferentes. Por fim, o termo
Já a vírgula antes do "e" aditivo é facultativa e se justifica pelo fato de "inevitavelmente" ou deve ser isolado por vírgulas ou estas devem ser
serem diferentes os sujeitos das orações conectadas por essa omitidas.
conjunção – o sujeito da primeira oração é “O investimento em Letra D - CERTO - As vírgulas isolando o advérbio "certamente" se
educação”; já o da segunda é “a sociedade”. justificam pelo fato de esse advérbio estar intercalado entre o predicado
Letra B - ERRADO - Deveria haver uma vírgula depois de "públicas", - Não são simplórios - e o sujeito – esses contos infantis. A vírgula após
para isolar a oração explicativa " que é uma obrigação do Estado". Além "contos infantis" se justifica pelo fato de a oração adjetiva "os quais o
disso, está equivocada a vírgula antes do "e" aditivo, uma vez que o autor conseguiu evidenciar..." ser explicativa. Por fim, as vírgulas
sujeito das orações conectadas por essa conjunção é o mesmo – no isolando a expressão "para nossa surpresa" se justificam pelo fato de
caso “A administração das finanças públicas”. essa expressão estar intercalada entre verbo - "evidenciar" - e
Assim, o correto seria: complemento verbal - "um sentido bem mais profundo".
A administração das finanças públicas, que é uma obrigação do Estado, Letra E - ERRADO - É equivocada a vírgula entre "simplórias" e "as
precisa ser controlada e regulada de forma atenta. histórias infantis", pois esta isola verbo - julgam - e complemento verbal
Letra C - ERRADO - Deveria haver uma vírgula depois de "social", para – as histórias infantis. Também é equivocada a vírgula entre "capazes"
isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta " Embora sejam e "de nos revelar", haja vista que esta separa nome e complemento
ferramentas importantíssimas para a harmonia social ". nominal.
Mantém-se a vírgula após “desigualdade” para isolar o aposto Resposta: D
explicativo “realidade inconteste no Brasil”.
Assim, o correto seria: 25. INÉDITARESOLUÇÃO:
Embora sejam ferramentas importantíssimas para a harmonia social, as
I - Verdadeira - A oração adjetiva "que se sentem desamparados pelas
leis não garantem a redução da desigualdade, realidade inconteste no
autoridades públicas" é explicativa, pois está isolada por vírgulas.
Brasil.
Sendo explicativa, dá a entender que todos os moradores das favelas
Letra D - ERRADO - A vírgula depois de "óbvio" deveria ser posicionada cariocas se sentem desamparados. Se retirarmos as vírgulas, a oração
depois de "que", para isolar a oração adverbial deslocada da ordem se torna restritiva, dando a entender que apenas alguns moradores das
direta " se pusermos em prática o rigor da lei ao pé da letra ". favelas cariocas assim se sentem.
Assim, o correto seria: II - Verdadeira - A oração adjetiva "que ilude o mais pobre com
É óbvio que, se pusermos em prática o rigor da lei ao pé da letra, muitos discursos populistas" é explicativa, pois está isolada por vírgulas. Sendo
brasileiros serão frequentemente penalizados pelos mais diversos explicativa, dá a entender que a razão de ser da política tem como
motivos banais. característica genérica iludir o mais pobre com discursos populistas. Se
Letra E - ERRADO - Deveria haver uma vírgula antes da conjunção retirarmos as vírgulas, a oração se torna restritiva, dando a entender
adversativa "porém". Além disso, é equivocado o emprego da vírgula que há outras razões de ser da política além das citada.
depois de "considere", visto que ela está isolando a oração principal – III - Verdadeira - A oração adjetiva "que ofendiam a mulher e os filhos
não considere - da oração subordinada substantiva objetiva direta - que do juiz" é explicativa, pois está isolada por vírgulas. Sendo explicativa,
isso é uma realidade incontestável. dá a entender que todas as pichações eram ofensivas à mulher e aos
Mantém-se a vírgula após “para”, para isolar as orações coordenadas filhos do magistrado. Se retirarmos as vírgulas, a oração se torna
assindéticas “O tempo não para” e “as transformações sociais são restritiva, dando a entender que apenas algumas dessas pichações
frequentes”. tinham essas marcas ofensivas.
Assim, o correto seria: Resposta: A
O tempo não para, as transformações sociais são frequentes, porém há
quem não considere que isso é uma realidade incontestável.
Gabarito
Resposta: A
01 C/E 02 B 03 E 04 D 05 A
06 D 07 C 08 C 09 E 10 A
24. RESOLUÇÃO: 11 D 12 D 13 C 14 C 15 A
Letra A - ERRADO - Deve haver uma vírgula depois da interjeição 16 D 17 B 18 A 19 A 20 E
"Ora". Além disso, é incorreto o emprego da vírgula entre o verbo 21 C 22 D 23 A 24 D 25 A
"provou" e o sujeito "esse estudo do cientista polonês".

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CONCORDÂNCIA
01. FGV - Contador (SEFIN RO)/2018 Outro post com mais de 40 mil compartilhamentos traz um vídeo
Texto – Do que as pessoas têm medo? mostrando que a troca ocorreu enquanto uma deputada discursava
A geração pós-1980 e início de 1990 só conhece os tempos militares sobre uma proposta.
pelos livros de História e pelas séries da TV. Para a maioria dela, as A direção da casa legislativa confirmou que as imagens foram feitas
palavras “democracia” e “liberdade” têm sentido diferente daquele para durante a sessão da quarta feira e esclareceu que elas mostram dois
quem conheceu a falta desses direitos e as consequências de brigar por “assessores de deputados” trocando figurinhas durante a sessão. “O
eles. Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas comportamento não é justificável. Os gabinetes dos deputados aos
se organizem em grupos ou movimentos e digam ou escrevam o que quais os assessores pertencem, já foram informados, e cabe aos
querem e o que pensam, devem-se essas prerrogativas a quem no parlamentares decidir como proceder”. (adaptado)
passado combateu as arbitrariedades de uma ditadura violenta, a custo
O segmento do texto em que há um erro gramatical na forma verbal
muito alto.
sublinhada é:
A liberdade não é um benefício seletivo. Não existe numa sociedade
quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a a) “No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas
de uns se sobrepõe à de outros. no Twitter, o internauta chega a especular que seriam deputados,...”;
É fundamental para a evolução das sociedades compreender que o b) “...mas a direção da casa esclareceu tratarem-se de assessores”;
status quo das culturas está sempre se modificando, e que todas as c) “Votação importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem
modificações relacionadas aos costumes de cada época precisaram trabalhando e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais...”;
quebrar paradigmas que pareciam imutáveis. Foi assim com a conquista d) “...estão trocando e colando figurinha da Copa do Mundo em meio à
do voto da mulher, com a trajetória até o divórcio e para que a votação”;
“desquitada” deixasse de ser discriminada. Foi assim, também, com
outros costumes: o comprimento das saias, a introdução do biquíni, a e) “Se eu falasse, ninguém acreditaria”, diz o post.
inclusão racial, as famílias constituídas por união estável, o primeiro
beijo na TV e tantas outras mudanças que precisaram vencer os 03. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018
movimentos conservadores até conseguirem se estabelecer. Hoje, Em todas as frases a seguir foram sublinhados o adjetivo e o termo
ninguém se importa em ver um casal se beijando numa novela (desde substantivo a que ele se refere e com que concorda; assinale a frase
que o casal seja formado por um homem e uma mulher). Há pouco mais em que essa referência está indicada corretamente.
de 60 anos, o primeiro beijo na TV, comportado, um encostar de lábios,
foi um escândalo para a época. a) “Ser marido é um trabalho de tempo integral.”
A questão do momento é se existe limite para a expressão da arte. b) “A cachaça de Minas é das mais saborosas do país.”
Simone Kamenetz, O Globo, 18/10/2017. (Adaptado) c) “Os maridos das mulheres de que gostamos são sempre uns
Apesar de bem escrito, o primeiro parágrafo do texto apresenta imbecis.”
uma incorreção, segundo a norma padrão. d) “É preciso realmente que um homem morra para que outros possam
Assinale a opção que a apresenta. apurar o seu justo valor.”
a) O segmento “Para a maioria dela” deveria ser substituído por “Para a e) “Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os
maioria delas”. seus inimigos.”
b) O segmento “têm sentido diferente” deveria ser substituído por “têm
sentidos diferentes”. 04. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Regis-
c) O segmento “a falta desses direitos” deveria ser substituído por “a tro de Debates/2017
falta desse direito”. Assinale a frase em que a concordância verbal está realizada
d) O segmento “É possível existir” deveria ser substituído por “É possível corretamente:
existirem”.
a) Havia acontecido outros acidentes no mesmo local;
e) O segmento “devem-se essas prerrogativas” deveria ser substituído
b) Para o bolo, deve bastar duas xícaras de farinha;
por “deve-se essas prerrogativas”.
c) Vão terminar ocorrendo novos desabamentos;
02. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Oficial de Justiça Avalia- d) Acho que no inverno farão dias menos frios;
dor/2018 e) Embora se tratem de resultados bons, é necessário estudar mais.
Texto - A Copa do Mundo da Rússia só começa no dia 22 de junho, mas
a febre dos álbuns com os jogadores das seleções já se espalhou e 05. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Regis-
chegou até ao plenário de uma assembleia legislativa brasileira. O tro de Debates/2017
flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão
foi divulgado pelas redes sociais e a cena se espalhou. Considerando a concordância nominal, a frase correta é:
No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas a) A professora mesmo advertiu o aluno;
no Twitter, o internauta chega a especular que seriam deputados, mas b) Os uniformes das garçonetes eram cinzas;
a direção da casa esclareceu tratarem-se de assessores. “Votação c) Foi muito comentado pelos jornais a fala do Presidente;
importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem trabalhando
d) Os imigrantes trabalharam bastante dias na obra;
e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais, estão trocando e colando
figurinha da Copa do Mundo em meio à votação. Se eu falasse, ninguém e) A cor rosa-clara da parede ficou bem.
acreditaria”, diz o post.

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06. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Qual- uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da
quer Nível Superior/2017 propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que
Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela?
seguinte frase: Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode
a) Têm havido dúvidas sobre a possibilidade de recuperação econômica fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as
do país em curto prazo; denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.
b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema do INSS Veja, 8 de julho de 2009.
continuar funcionando a contento; A frase do texto em que o verbo sublinhado admitiria a forma de
c) Não se impute aos governos recentes a exclusiva responsabilidade concordância verbal indicada entre parênteses é:
pelas dificuldades econômicas do país; a) “Para o Conar [....] existem a verdade e a mentira”. (existe)
d) Que dúvidas têm divulgado os jornalistas sobre a atuação da polícia b) “Não fazemos isso porque somos bonzinhos...” (são)
nas passeatas? c) “Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça
e) Caso deixasse de haver as grandes bibliotecas públicas, os publicitária...”. (sintam)
estudantes mais pobres sofreriam grande prejuízo. d) “... como acabamos de fazer”. (acaba)
e) “... porque é a única forma da propaganda ter o máximo de
07. FGV - Assistente Técnico-Administrativo (MPE BA)/2017 credibilidade”. (terem)
TEXTO - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA
Rosely Sayão 09. FGV - Auxiliar (Pref Salvador)/Desenvolvimento Infantil/2017
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações TEXTO
científicas, dizem que alimentação é uma questão de saúde. Programas Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século
de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável, passado, havia um menino que, além de muito levado, era também
livros oferecem cardápios de populações com alto índice de muito mentiroso, e que, certo dia, após aprontar muito na sala de aula,
longevidade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos foi colocado de castigo no porão da escola por sua professora.
dietas para cardíacos, para hipertensos, para gestantes, para obesos, Depois de certo tempo, o menino começou a gritar desesperadamente
para idosos. que havia uma cobra com ele, mas, como ele era muito mentiroso,
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar ninguém levou a sério. Dizem que seria uma enorme sucuri, que
a refeição e se encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta devorou o garoto depois de matá-lo por esmagamento; há versões que
de tempo? Talvez as pessoas tenham escolhido outras prioridades: dizem até que, quando a professora entrou no porão, ainda pôde ver o
numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos entrevistados no pé do menino desaparecendo na boca da cobra.
Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam. A partir dessa trágica data, o fantasma do menino passou a assombrar
[....] os porões de diversas escolas.
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque Se colocarmos a frase “havia um menino” no plural, a forma correta será
ocorre com regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais a) “haviam uns meninos”.
podem expressar e atualizar seus afetos pelos filhos de modo mais b) “haviam meninos”.
natural. (adaptado) c) “haviam os meninos”.
“...69% dos entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à d) “havia os meninos”.
TV enquanto se alimentam”.
e) “havia uns meninos”.
Temos aqui uma concordância que envolve elementos de porcentagem;
a frase abaixo que mostra incorreção nesse tipo de concordância é:
10. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas A I
a) 5% da turma vieram ao show; (IBGE)/2016
b) 89% dos brasileiros mostram alimentação pouco saudável; TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13%
c) 1% dos entrevistados demonstraram fraqueza; Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima
d) chegou apenas 3% dos convidados; de 25 anos, mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o
e) compareceram 23% dos artistas. ensino médio completo, sendo que 32% não completaram o ensino
fundamental. Uma graduação universitária é privilégio de apenas 13,1%
08. FGV - Auxiliar (Pref Salvador)/Serviços Gerais/2017 das pessoas (contra 12,6% em 2013).
Os números também chamam atenção para a necessidade de se
Anúncio Publicitário: o Conar
aprimorar o ensino nas escolas públicas, que são frequentadas por
Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que 76,9% dos alunos brasileiros (contra 75,7% em 2013). Mas a frequência
não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos nisso escolar como um todo vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre
por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a crianças de 6 a 14 anos: 98,5% nesta faixa etária estão na escola.
palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um
Quando se contempla a população como um todo, o número médio de
eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos
anos de estudo escolar é de 7,7. Aqui também há disparidades
agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não
regionais: o Sudeste apresenta a maior média, de 8,4 anos, enquanto
acreditamos que exista uma “meia-verdade”. Para o Conar, Conselho
Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6
Nacional de Aurorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a
anos, respectivamente.
mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente
nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? Não arredondamos Fonte:
para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_p
isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais nad_jc_ab

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Uma falha de digitação ocasionou um erro de concordância no 14. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC)/2015
seguinte trecho: A capa da revista Veja, de 7 de janeiro de 2015, mostra uma fotografia
a) “mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino da Presidente Dilma Rousseff cumprimentando o novo Ministro da
médio completo”; Fazenda, que acaba de tomar posse. O texto da capa dizia o seguinte:
b) “32% não completaram o ensino fundamental”; “O poder e o saber. Com eles juntos, temos uma chance de atravessar
c) “Mas a frequência escolar como um todo vêm aumentando”; o tempestuoso 2015. Se duelarem, o Brasil perde.”
d) “98,5% nesta faixa etária estão na escola”; Sobre o texto, a afirmação correta é:
e) “Aqui também há disparidades regionais”. a) as palavras “poder” e “saber” referem-se simultaneamente à
Presidente e ao Ministro;
11. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas A I b) o segmento “tempestuoso 2015” indica uma mensagem positiva para
(IBGE)/2016 a crise de energia;
A concordância verbal que mostra um caso idêntico a “Água e luz c) a forma verbal “temos” mostra como sujeito implícito todos os
avançam” é: brasileiros;
a) “As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no d) o segmento “se duelarem” mostra a certeza sobre um fato futuro por
Centro-Oeste (46,5%)” (Texto 4); parte do enunciador do texto;
b) “De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com e) o adjetivo “tempestuoso” aparece no masculino singular para
esgoto” (Texto 4); concordar com o substantivo oculto “período”.
c) “Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola”
(Texto 1);
15. FGV - Assistente (DPE MT)/Assistente Administrativo/2015 (e
d) “o número de residências com computador teve a primeira leve queda
mais 1 concurso)
em 2014, de 49,5% para 49,2%” (Texto 3);
e) “o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o O texto a seguir refere-se à questão
triplo do número atual” (Texto 2). Horóscopo do signo de Virgem, do dia 01 de fevereiro de 2015.
“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista
12. FGV - Analista de Sistemas (Paulínia)/2016 (e mais 17 concur- em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você
sos) ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção
“Em geral os arquitetos temos de nos ater às plantas que nos redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes,
apresentam os proprietários. Nisso nos parecemos com os médicos. Há repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também,
quem os chame para que diagnostiquem a enfermidade que deseja ter, para revisar equipamentos eletrônicos.”
e lhe receite o regime que deseja seguir.” As opções a seguir apresentam grupos de palavras que mantêm entre
(Jacinto Benavente) si uma relação de concordância nominal ou verbal, à exceção de uma.
Nesse pensamento há um erro de forma verbal, no que diz respeito Assinale-a.
à concordância. a) Interesses semelhantes
Assinale a opção em que esse erro é adequadamente corrigido. b) Novos pontos de vista
a) temos/têm. c) Equipamentos eletrônicos
b) apresentam/apresenta. d) Agregar aliados
c) chame/chamem. e) Mercúrio segue
d) diagnostiquem/diagnostique.
e) receite/receitem.
16. FGV - Assistente Operacional (SSP AM)/2015
“Num posto de atendimento público, alguém espera na fila. Antes do
13. FGV - Professor III (Paulínia)/Português/2016
horário regulamentar para o término do expediente, verifica-se que o
A Realidade e a Imagem guichê está sendo fechado e o atendimento do público, suspenso.
O arranha-céu sobe no ar puro lavado pela chuva Correndo para o responsável, essa pessoa ouve uma resposta
E desce refletido na poça de lama do pátio. insatisfatória, e fica sabendo que o expediente terminaria mais cedo por
Entre a realidade e a imagem, no chão seco que as separa, ordem do chefe. Manda chamar o chefe e, identificando-se como
Quatro pombas passeiam. presidente do órgão em pauta, despede todo o grupo”. (DaMatta,
BANDEIRA, Manuel. Poesia e verso. Rio de Janeiro: Ministério da Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
Educação e Cultura, 1954. Coleção Cadernos de Cultura. Koogan, 1990)
O tipo de concordância realizada em “ar puro” e “chão seco” é Os termos de um texto podem manter entre si relações de concordância
denominado de gramatical ou lógico. nominal ou verbal; os termos abaixo que NÃO estabelecem entre si
Esse tipo de concordância se repete em qualquer relação de concordância são:
a) compramos mesa e banco amarelo. a) resposta insatisfatória;
b) vendemos legumes e frutas frescas. b) atendimento público;
c) chegou o móvel: é amarela! c) alguém espera;
d) chegaram cansados o empregado e o patrão. d) horário regulamentar;
e) a criança ficou apavorado com o estrondo. e) mais cedo.

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17. FGV - Analista da Defensoria Pública (DPE RO)/Analista em Re- parque de proteção ambiental que uma zona de desastre. Sem a
dação/2015 presença humana, bandos de alces, veados, cervos, javalis e lobos são
A opção em que a variação de número está correta é: vistos perambulando livremente entre ruas e construções abandonadas.
a) sessões lítero-musicais; É muito provável que o número de animais selvagens em Chernobyl
b) acordos lusos-africanos; seja bem maior agora do que antes do acidente – diz Jim Smith,
professor da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e
c) águas azul-marinhas;
coordenador da equipe internacional responsável pelo estudo. – Isso
d) paredes verde-claro; não significa que a radiação é boa para a vida selvagem, apenas que
e) roupas rosas-claras. os efeitos da habitação humana, incluindo caça, agricultura e
desmatamento, são muito piores.
18. FGV - Técnico da Defensoria Pública (DPE RO)/Motorista/2015 (O Globo, 6/10/2015)
(e mais 6 concursos) “ruas e construções abandonadas”; entende-se, por essa
Pesquisa realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores e estrutura, que estão abandonadas as ruas e as construções, mas
divulgada dia 23 de agosto, revela que a população confia nos genéricos em caso de só querermos qualificar como abandonadas as ruas, a
e chega a pedir para os médicos prescrevê-los. estrutura adequada seria:
Mas parte da classe médica ainda tem dúvidas sobre esses remédios a) as ruas abandonadas e as construções;
por conta do processo de avaliação da qualidade e falsificação. b) as abandonadas ruas e construções;
Para 45% dos médicos que participaram da pesquisa o processo de c) as construções e as ruas abandonadas;
avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos exigente do
que o que ocorre com os medicamentos de marca. E 44% deles d) as construções abandonadas e as ruas;
acreditam que esses remédios sofrem mais falsificações. Ainda assim, e) as construções e as ruas também abandonadas.
92% deles afirmaram ter recomendado o medicamento no último ano
para reduzir o custo de tratamento ou a pedido do paciente. 20. FGV - Analista da Procuradoria (PGE RO)/Administrador/2015
Uma boa parte dessa parcela de profissionais da saúde não concordou (e mais 5 concursos)
com a ideia de os genéricos serem tão eficazes (30%), nem de terem a Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões
mesma segurança (23%) que os remédios de referência. Quase metade ocorrida na usina nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia,
(42%) afirmou não ter o hábito de prescrevê-los. República federada à URSS, resultou em um dos maiores acidentes
Os farmacêuticos influenciam os consumidores na hora de comprar os químicos e nucleares que a história registra.
genéricos, pois, segundo 88% dos entrevistados, pelo menos uma vez, Uma primeira explosão de vapor no reator número 4, também conhecido
esses profissionais sugeriram a substituição do remédio prescrito por como Chernobyl-4, e o incêndio resultante levaram a uma sequência de
um genérico. explosões químicas que gerou uma imensa nuvem radioativa de iodo-
“Pesquisa realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores e 131 e césio-137 que alcançou a União Soviética, Europa Oriental,
divulgada dia 23 de agosto, revela que a população confia nos genéricos Escandinávia e Reino Unido. Ao contrário do que comumente se afirma,
e chega a pedir para os médicos prescrevê-los. não houve explosão nuclear em Chernobyl.
Mas parte da classe médica ainda tem dúvidas sobre esses remédios As causas do acidente são tanto humanas quanto técnicas e ocorreram
por conta do processo de avaliação da qualidade e falsificação. durante a realização de testes de segurança no reator. O reator foi
Para 45% dos médicos que participaram da pesquisa o processo de destruído, matando no momento cerca de 30 trabalhadores que se
avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos exigente do encontravam no local, sendo que nos três meses seguintes vários
que o que ocorre com os medicamentos de marca. E 44% deles trabalhadores morreram em decorrência do contato com os materiais
acreditam que esses remédios sofrem mais falsificações”. radioativos.
A forma verbal que mostra um erro de norma culta é: Entretanto, em virtude da propagação da nuvem radioativa, milhões de
a) confia; outras pessoas sofreram as consequências do contato com o iodo e o
césio liberados na explosão, resultando em doenças e más-formações
b) prescrevê-los;
das pessoas nascidas de mães e pais contaminados. As áreas que mais
c) tem; foram afetadas foram a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo que este
d) participaram; último país concentrou 60% do pó radioativo em seu território. O
e) acreditam. acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas atômicas
lançadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas
19. FGV - Analista da Procuradoria (PGE RO)/Administrador/2015 de Hiroshima e Nagasaki.
(e mais 5 concursos) (Mundo Educação)
Texto 1 – Sem humanos, natureza prospera em Chernobyl “mães e pais contaminados”; a forma de reescrever-se esse
Os seres humanos causam mais danos para a vida selvagem do que mesmo segmento do texto 2 que mostra um desvio da norma culta
desastres nucleares. Essa é a conclusão de um estudo publicado ontem é:
na revista científica “Current Biology”, que analisou dados populacionais a) pais e mães contaminadas;
de grande prazo na zona de exclusão de Chernobyl, na fronteira entre b) pais e mães contaminados;
a Ucrânia e a Bielorrússia. Em abril de 1986, a área de 4.200 c) contaminados pais e mães;
quilômetros quadrados foi totalmente evacuada após a explosão,
d) contaminadas mães e pais;
seguida de um incêndio, de um reator na Usina Nuclear de Chernobyl.
Centenas de milhares de pessoas foram removidas de suas casas para e) contaminados mães e pais.
nunca mais voltar. Três décadas depois, a região mais parece um

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GABARITO COMENTADO ALTERNATIVA C – CERTA – A forma verbal “vão terminar ocorrendo”
está corretamente flexionada no plural, para concordar com o sujeito de
01. RESOLUÇÃO: núcleo plural “novos desabamentos”.
ALTERNATIVA A – ERRADA – A forma possessiva “dela” faz ALTERNATIVA D – ERRADA – O verbo “fazer”, quando faz menção a
referência corretamente a “geração”. tempo passado ou meteorológico, é impessoal. Isso posto, somente
ALTERNATIVA B – ERRADA - Não é preciso empregar admite a 3ª pessoa do singular.
obrigatoriamente o objeto direto “sentido diferente” no plural. ALTERNATIVA E – ERRADA – O “se” exerce a função de índice de
Lembrem0-nos de que a concordância se dá entre sujeito e verbo, não indeterminação do sujeito, haja vista que está ladeado do verbo
entre verbo e complemento. transitivo indireto “tratar” (quem trata trata de algo). Isso posto, o verbo
ALTERNATIVA C – ERRADA – A expressão plural “desses direitos” faz ladeado do SE deve ser obrigatoriamente flexionado na 3ª pessoa do
correta referência a “democracia” e “liberdade”. singular - Embora se trate de resultados...
ALTERNATIVA D – CERTA – Deve-se empregar a forma plural Resposta: C
“existirem”, para que haja concordância com o sujeito explícito “redes
sociais”.
05. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA E – ERRADA – É necessário o emprego da forma
ALTERNATIVA A – ERRADA – Deve-se empregar a forma
“devem-se”, para que haja concordância com o sujeito de núcleo plural
demonstrativa “mesma”, para que haja concordância com “professora”.
“essas prerrogativas”. Note que o “se” exerce o papel de partícula
Note que “mesma” equivale a “própria”.
apassivadora, uma vez que está ladeado de um verbo que solicita objeto
direto. ALTERNATIVA B – ERRADA – Os adjetivos que indicam cores são
invariáveis quando se pode subentender a expressão “cor de”. É o caso
Resposta: D
de “(cor de) cinza”.
ALTERNATIVA C - ERRADA – Deve-se empregar a forma feminino
02. RESOLUÇÃO: singular “comentada”, para que haja concordância com “fala”.
ALTERNATIVA A – CERTA – A forma verbal “seriam” concorda com o ALTERNATIVA D – ERRADA - Deve-se empregar a forma plural
sujeito oculto que faz menção aos supostos assessores que trocavam “bastantes”, para que haja concordância com o plural “dias”. Note que
figurinha. “bastantes” equivale a “muitos”, atuando como pronome indefinido,
ALTERNATIVA B – ERRADA – O “se” exerce a função de índice de transmitindo a ideia de quantidade.
indeterminação do sujeito, haja vista que está ladeado do verbo ALTERNATIVA E – CERTA – Quando o adjetivo composto é formado
transitivo indireto “tratar” (quem trata trata de algo). Isso posto, o verbo de dois adjetivos, apenas o segundo varia em gênero e número.
ladeado do SE deve ser obrigatoriamente flexionado na 3ª pessoa do Resposta: E
singular.
ALTERNATIVA C – CERTA – A forma verbal “estarem” concorda com 06. RESOLUÇÃO:
o sujeito “os deputados”.
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo principal “haver”, no sentido de
ALTERNATIVA D – CERTA – A forma verbal “estão” concorda com o “existir”, é impessoal. O auxiliar de um verbo principal impessoal se
sujeito oculto que faz menção aos supostos assessores que trocavam torna impessoal “por tabela”. Isso posto, deve-se empregar a forma
figurinhas em plena sessão. singular “tem” – sem acento.
ALTERNATIVA E – CERTA – A forma verbal “acreditaria” concorda ALTERNATIVA B - CERTA - A forma “Têm sido levantadas” está assim
com o sujeito “ninguém”. flexionada, mantendo a concordância com “dúvidas”.
Resposta: B ALTERNATIVA C – CERTA - A forma verbal “se impute” está assim
flexionada no singular, para concordar com o sujeito paciente “a
03. RESOLUÇÃO: exclusiva responsabilidade...”. Note que o “se” atua como partícula
apassivadora, haja vista que está acompanhado de um verbo que
ALTERNATIVA A – ERRADA – O adjetivo “integral” deve concordar solicita objeto direto.
com “tempo”.
ALTERNATIVA D – CERTA - A forma plural “têm divulgado” no plural
ALTERNATIVA B – ERRADA – O adjetivo “saborosas” concorda com concorda com o sujeito “os jornalistas”.
o pronome demonstrativo “as” (= “aquelas”).
ALTERNATIVA E – CERTA - O verbo principal “haver”, no sentido de
ALTERNATIVA C – ERRADA – O adjetivo “imbecis” concorda com “existir”, é impessoal. O auxiliar de um verbo principal impessoal se
“maridos”. torna impessoal “por tabela”. Isso posto, deve-se empregar a forma
ALTERNATIVA D – ERRADA – O adjetivo “justo” modifica “valor”. singular “deixasse”.
ALTERNATIVA E – CERTA – O adjetivo “disposto” concorda com a Resposta: A
forma pronominal “quem”.
Resposta: E
07. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – CERTA – A forma verbal “vieram”, no plural,
04. RESOLUÇÃO: concorda com o numeral percentual 5%. Também estaria correta a
ALTERNATIVA A – ERRADA – Deve-se empregar a forma plural concordância com “turma”, resultando na forma singular “veio”.
“Haviam acontecido”, para que haja concordância com o sujeito de ALTERNATIVA B – CERTA – Deve-se empregar a forma plural
núcleo plural “outros acidentes”. Note que o verbo “haver” não foi “mostram”, seja para concordar com o numeral percentual “89%”, seja
empregado como impessoal. Trata-se de um mero auxiliar do principal para concordar com “brasileiros”.
“acontecido”. ALTERNATIVA C – CERTA - A forma verbal “demonstraram”, no plural,
ALTERNATIVA B – ERRADA – Deve-se empregar a forma “devem concorda com “entrevistados”. Também estaria correta a concordância
bastar”, para que haja concordância com sujeito de núcleo plural “duas com o numeral percentual “1%”, resultando na forma singular
xícaras de farinha”. “demonstrou”.

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ALTERNATIVA D – ERRADA - Deve-se empregar a forma plural ALTERNATIVA C – CERTA - A forma plural “registraram”, flexionada
“chegaram”, seja para concordar com o numeral percentual “3%”, seja no plural, justifica-se pelo fato de o sujeito ser composto – Norte e
para concordar com “convidados”. Nordeste – e a frase estar na ordem direta.
ALTERNATIVA E – CERTA - Deve-se empregar a forma plural ALTERNATIVA D – ERRADA – A forma verbal “teve”, no singular,
“compareceram”, seja para concordar com o numeral percentual “23%”, concorda com o sujeito de núcleo singular “o número de residência...”.
seja para concordar com “artistas”. ALTERNATIVA E – ERRADA - A forma verbal “era”, no singular,
Resposta: D concorda com o sujeito de núcleo singular “o número de crianças...”.
Resposta: C
08. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – CERTA – De fato! É possível a concordância com 12. RESOLUÇÃO:
o núcleo do sujeito mais próximo, no caso “a verdade”. ALTERNATIVA A – ERRADA – De fato! A construção “... os arquitetos
ALTERNATIVA B – ERRADA - É necessário o emprego da forma temos...” não é correta do ponto de vista gramatical. Trata-se de uma
“somos”, haja vista que há concordância com o sujeito oculto “nós”. silepse, também denominada concordância ideológica. O uso da 1ª
ALTERNATIVA C – ERRADA - É necessário o emprego da forma pessoa do plural visa a incluir o autor entre os arquitetos. A correção,
“sinta”, haja vista que há concordância com o sujeito “qualquer pessoa”. no entanto, vai além de simplesmente escrever “... os arquitetos têm...”.
ALTERNATIVA D – ERRADA- É necessário o emprego da forma É preciso, uma vez feita essa modificação, adaptar o restante da frase,
“acabamos”, haja vista que há concordância com o sujeito oculto “nós”. adequando os pronomes à flexão de 3ª pessoa: Em geral os arquitetos
ALTERNATIVA E – ERRADA- É necessário o emprego da forma “ter”, têm de se ater às plantas que lhes apresentam os proprietários. Nisso
haja vista que deve haver concordância com o sujeito “a propaganda”. se parecem com os médicos...
Além disso, deve-se apontar um erro na contração da preposição "de" ALTERNATIVA B - ERRADA – Não há erro na redação original. Note
com o sujeito "a propaganda", resultando na construção "da que a forma verbal “apresentam” concorda com o sujeito “os
propaganda". O correto seria escrever "... é a única forma de a proprietários”.
propaganda ter o máximo...". ALTERNATIVA C - ERRADA – Não há erro na redação original. Note
Resposta: A que a forma verbal “chame” concorda com o sujeito representado pelo
pronome interrogativo “quem”.
09. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA D – ERRADA - Não há erro na redação original. A
forma verbal “diagnostiquem” está no plural, parra concordar com o
O verbo “haver”, no sentido de “existir”, é impessoal. Dessa forma,
deve ser flexionado apenas na 3ª pessoa do singular, ou seja, na forma sujeito oculto “médicos”.
“havia”. Já a forma “um menino” tem como plural “uns meninos”. ALTERNATIVA E – CERTA – Deve-se empregar a forma plural
Resposta: E “receitem”, para que haja concordância com o sujeito oculto “médicos.
Resposta: E

10. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A – CERTA – Com a expressão “Mais de”, a 13. RESOLUÇÃO:
concordância se dá com o numeral que a ela está subordinado. Como Essa é a FGV e seus enunciados enigmáticos. O aluno precisa entender
temos “metade”, a forma verbal deverá ser flexionada no singular “tem” o que a questão deseja. Quando o enunciado fala em concordância
– sem acento. gramatical ou lógica, dá a entender que o(s) adjetivo(s) empregado(s)
ALTERNATIVA B – CERTA - A concordância deve ocorrer com o concorda(m) em gênero e número com o(s) substantivo(s) a que se
numeral indicador de porcentagem, no caso 32%. Isso justifica a forma refere(m).
verbal “completaram”, no plural. Na letra A, por exemplo, a flexão “amarelo” concorda por proximidade
ALTERNATIVA C – ERRADA – Deve-se empregar a forma singular apenas com “banco”, embora se refira tanto à mesa como ao banco. O
“vem” – sem acento -, para que aha concordância com o sujeito de adjetivo se refere aos dois substantivos, mas concorda com apenas um
núcleo singular “a frequência escolar”. deles.
ALTERNATIVA D – CERTA - A forma verbal “estão”, no plural, Na letra B, “frescas”, embora se refira a “legumes” e “frutas”, concorda
concorda com o numeral percentual “98,5%”. apenas com o núcleo mais próximo.
ALTERNATIVA E - CERTA – O verbo “haver”, empregado no sentido Na letra C, há uma silepse, ou concordância ideológica O verbo não
de “existir”, é impessoal. Não há plural, portanto! concorda em gênero e número com o substantivo “móvel”, e sim com a
Resposta: C ideia que ele representa.
Na letra D, o adjetivo plural “cansados” concorda ao mesmo tempo com
os substantivos “empregado” e “patrão”. Como os dois substantivos
11. RESOLUÇÃO:
estão no masculino, o adjetivo segue esse gênero e assume a forma
A forma plural “avançam”, flexionada no plural, justifica-se pelo fato de
plural. É nossa resposta!
o sujeito ser composto – Água e luz – e a frase estar na ordem direta.
Isso posto, analisemos as opções: Na letra E, há uma silepse, ou concordância ideológica.
Gramaticalmente, deveríamos concordar com “criança”, resultando na
ALTERNATIVA A – ERRADA - A forma “estão”, no plural, concorda
forma “apavorada”. No entanto, quis-se concordar com a ideia, dando a
com o núcleo do sujeito simples “médias”.
entender a forma “apavorado” com referência a uma criança do sexo
ALTERNATIVA B – ERRADA - A forma verbal “passaram” está no masculino.
plural para concordar com o termo especificador “casas”. Também seria
possível a concordância no singular com a parte inteira do numeral “1,2 Resposta: D
milhão”.

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14. RESOLUÇÃO: 19. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A - ERRADA – O “poder” se refere à Presidente; já o Excelente questão!
“saber”, ao Ministro. No caso de adjetivo posposto a substantivos, é possível o adjetivo ser
ALTERNATIVA B - ERRADA – O adjetivo “tempestuoso”, derivado de flexionado no plural, no gênero dos substantivos ou no masculino caso
“tempestade”, dá a entender que o ano não será fácil. os gêneros sejam distintos. Também é possível a concordância com o
ALTERNATIVA C – CERTA substantivo mais próximo. Esses são 0s casos das letras C e E.
ALTERNATIVA D – ERRADA – Não se trata de uma certeza, e sim de Já no caso de adjetivo anteposto aos substantivos, deve-se concordá-
uma hipótese. O verbo está flexionado no odo subjuntivo. lo no gênero e número do substantivo mais próximo. É o caso da letra
B.
ALTERNATIVA E – ERRADA – A forma “tempestuoso” concordar com
(ano de) 2015. Nessas letras, o adjetivo “abandonadas” se refere tanto a “ruas” como a
“construções”.
Resposta: C
Já na letra A, fica claro que “abandonadas” se refere apenas a “ruas”.
Já na letra D, fica claro que “abandonadas” se refere apenas a
15. RESOLUÇÃO: “construções”.
Na letra D, a forma “aliados” é objeto direto do verbo “agregar”. Não Resposta: A
há concordância verbal eng5e verbo e complemento, e sim entre verbo
e sujeito, de tal modo que essas palavras não mantêm entre si uma
relação de concordância. 20. RESOLUÇÃO:
Resposta: D No caso de adjetivo posposto a substantivos, é possível o adjetivo ser
flexionado no plural, no gênero dos substantivos ou no masculino caso
os gêneros sejam distintos. Também é possível a concordância com o
16. RESOLUÇÃO: substantivo mais próximo. Esses são 0s casos das letras A e B
A concordância verbal se dá entre sujeito e verbo. É o que ocorre Já no caso de adjetivo anteposto aos substantivos, deve-se concordá-
na letra C. Já a concordância nominal se dá entre substantivo e palavra lo no gênero e número do substantivo mais próximo. É o caso das letras
de função adjetiva. É o que ocorre nas letras A, B e D. C e D.
Já na letra E, tem-se o advérbio de intensidade “mais” e o advérbio A letra E se apresenta equivocada, pois não há concordância entre
de tempo “cedo”. Não há concordância entre advérbios, até mesmo “contaminados” e “mães”, concordância esta que deveria ser
porque são palavras invariáveis no gênero e no número. obrigatória, haja vista que o adjetivo está anteposto aos substantivos e
Resposta: E precisa concordar com o mais próximo.
Resposta: E
17. RESOLUÇÃO:
O plural dos adjetivos compostos formados de dois adjetivos se dá com Gabarito
a flexão em gênero e número apenas do segundo. 01 D 02 B 03 E 04 C 05 E
É o que ocorre na letra A, com a junção do adjetivo “literário” – 06 A 07 D 08 A 09 E 10 C
apresentado na sua forma reduzida “lítero” – com o adjetivo “musicais”. 11 C 12 E 13 D 14 C 15 D
Na letra B, deveria ser empregada a forma “luso-africanos”, por se tratar 16 E 17 A 18 B 19 A 20 E
de adjetivo composto formado de dois adjetivos.
Na letra C, ocorre erro na flexão “azul-marinhas”. As formas “azul- ANOTAÇÕES
marinho” e “azul-celeste” são formas invariáveis.
Na letra D, deveria ser empregada a forma “verde-claras”, por se tratar
de adjetivo composto formado de dois adjetivos.
Na letra E, deveria ser empregada a forma “rosa-claras”, por se tratar
de adjetivo composto formado de dois adjetivos.
Resposta: A

18. RESOLUÇÃO:
A forma “confia” concorda em número e pessoa com “a população”.
A forma “tem” ou concorda com o partitivo “parte” ou com o
especificador “da classe médica”
A forma “participaram” concorda ou com o percentual “45%” ou com o
especificador “dos médicos”.
A forma “acreditam” concorda ou com o percentual “44%” ou com o
especificador “deles”.
Já na letra B, deveria ser empregada a forma “prescreverem”, no
infinitivo flexionado, haja vista que o sujeito “médicos” está explícito na
oração.
Ao se unir a forma “prescreverem” com o objeto direto, representado
pelo oblíquo “os”, o resultado será “prescreverem-nos”.
Resposta: B

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REGÊNCIA
01. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tramita- “A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à
ção/2018 (e mais 1 concurso) clientela.”
Quem protege os cidadãos do estado? Dentre as formas de reescrever um segmento desse trecho, assinale a
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate que está gramaticalmente incorreta.
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações a) Avisou à clientela de que havia conseguido verduras.
internacionais ratificadas pelos países, busca garantir aos cidadãos o
acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras b) Avisou à clientela que havia conseguido verduras.
situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo c) Avisou a clientela de que havia conseguido verduras.
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços d) Avisou à clientela ter conseguido verduras.
públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por e) Avisou a clientela de ter conseguido verduras.
exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a
evitar que haja risco para a vida das pessoas nesses casos, como a 03. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018
Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteiras. “No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais
Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das
em regiões de conflito onde há perigo para a população. autoridades”.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é
de voluntariado em uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. devido ao mesmo fator da seguinte frase:
Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma organização que
pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em a) À noite, todos os gatos são pardos;
conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma b) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
posição política favorável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, c) Entregou o livro à aluna;
seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte d) Saiu à procura da namorada;
bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
e) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é
preciso que as partes envolvidas no conflito respeitem os direitos dos
pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localização de 04. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018
suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é Assinale a frase que apresenta um erro de regência.
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter
a) “Todos amam os bons, mas os exploram. Todos detestam os maus,
humanitário da ação dos profissionais da organização.
mas os temem e lhes obedecem.”
O segmento abaixo que apresenta dois complementos (direto e
indireto) é: b) “Toda arte aspira continuamente à condição da música.”
a) “garantir aos cidadãos o acesso pleno”; c) “Não quero que as pessoas sejam muito gentis: isso me poupa do
b) “coloca a população em risco”; trabalho de gostar muito delas.”
c) “investindo poucos recursos nos serviços públicos”; d) “Culpamos as pessoas que não gostamos pelas gentilezas que nos
d) “haja risco para a vida das pessoas”; demonstram.”
e) “conseguem atuar em regiões de conflitos”. e) “A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios.”

02. FGV - Técnico do Ministério Público (MPE AL)/Geral/2018 (e 05. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Regis-
mais 1 concurso) tro de Debates/2017
NÃO FALTOU SÓ ESPINAFRE A regência verbal está correta na seguinte frase:
A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Mostrou a) Os imigrantes aspiram uma vida mais tranquila;
também danos morais.
b) Os alunos obedeciam rigorosamente o inspetor;
Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A dona, diligente,
c) O guarda presenciou ao assalto de longe;
havia conseguido algumas verduras e avisou à clientela. Formaram-se
uma pequena fila e uma grande discussão. Uma senhora havia d) O assaltante agrediu a vítima sem necessidade;
arrematado todos os dez maços de espinafre. No caixa, outras e) Os patrões pagaram a faxineira o serviço feito.
freguesas perguntaram se ela tinha restaurante. Não tinha. Observaram
que a verdura acabaria estragada. Ela explicou que ia cozinhar e
congelar. Então, foram ao ponto: caramba, havia outras pessoas na fila, 06. FGV - Técnico Judiciário (TRT 12ª Região)/Administrativa/"Sem
ela não poderia levar só o que consumiria de imediato? Especialidade"/2017
“Não, estou pagando e cheguei primeiro” , foi a resposta. Diante de um questionamento de um professor, um aluno declara: “Eu
Compras exageradas nos supermercados, estoques domésticos, filas prefiro um livro do que uma história em quadrinhos. Quando contamos
nervosas nos postos de combustível – teve muito comportamento na uma história com palavras, podemos dar mais detalhes. Se um escritor
base de cada um por si. quisesse descrever alguém que morre de vontade de comer um
Cabem nessa categoria as greves e manifestações oportunistas. omelete, ele escreveria: ‘Ele estava sentado, ele se mexia, se mexia,
Governo, cedendo, também vou buscar o meu – tal foi o comportamento ele morria de vontade de comer’. Numa tira de quadrinhos, veríamos
de muita gente. esse personagem curvado sobre um prato de omelete. Seria pouco
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018. atraente”.

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Nesse segmento do texto há um problema de norma culta; o segmento Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos coloca a par de
em que se mostra um erro gramatical é: incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas disso, que terão
a) Eu prefiro um livro do que uma história em quadrinhos. grande impacto sobre a medicina. Já é possível, por exemplo, fotografar
b) Quando contamos uma história com palavras, podemos dar mais pintas suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que as analisa e
detalhes. diz com mais precisão do que um dermatologista se a mancha é
inofensiva ou se pode ser um câncer, o que exige medidas adicionais.
c) Se um escritor quisesse descrever alguém...
Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma o celular
d) Ele estava sentado, ele se mexia, se mexia... num verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando mais de 50
e) ...ele morria de vontade de comer. exames a uma fração do custo atual. Também é possível, adquirindo
lentes que custam centavos, transformar o smartphone num
07. FGV - Recenseador (IBGE)/2017 supermicroscópio que permite fazer diagnósticos ainda mais
sofisticados.
“Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e
temos de agradecer aos romanos por isso. Foi esse povo, que há mais Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, fará
de dois mil anos ergueu um império com a conquista de boa parte das com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, recorrendo
terras banhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram a ao médico em menor número de ocasiões e de preferência por via
ideia de juntar ao nome comum, ou prenome, um nome. eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar a autonomia do
paciente e abandonar o paternalismo que desde Hipócrates assombra
Por quê? Porque o império romano crescia e eles precisavam indicar o
a medicina.
clã a que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido”.
Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, mas acho
(Ciência Hoje, março de 2014) que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavelmente exagera.
“Porque o império romano crescia e eles precisavam indicar o clã Acho improvável, por exemplo, que os hospitais caminhem para uma
a que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido”. rápida extinção. Dando algum desconto para as previsões, "The
Nesse segmento do texto há o emprego correto do termo “que” Patient..." é uma excelente leitura para os interessados nas
precedido da preposição “a” em razão de estar na mesma oração o transformações da medicina.
verbo “pertencer”, que exige essa preposição. Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 17/01/2016.
A frase abaixo que está correta nesse mesmo aspecto é: “está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão,
a) O prato que mais gosta é lagosta. mas que terá impactos positivos para os pacientes”.
b) O local que fui na semana passada é bastante interessante. Nesse segmento do texto, o termo “da qual” é decorrente da regência
c) Esta é a cena a que todos aplaudiram. do verbo “escapar”; a frase abaixo em que o termo sublinhado está
erradamente empregado é:
d) Esse foi o questionário a que eles preencheram.
a) essa é uma revolução com a qual discordamos;
e) Essas foram as ordens a que eles obedeceram.
b) esses são os fatos contra os quais lutamos;
c) essas são as dificuldades com as quais nos defrontamos;
08. FGV - Técnico de Nível Superior (Pref Salvador)/Suporte Admi-
nistrativo/Operacional/2017 d) esses são os resultados aos quais aludimos;
“Mais importante, esta semana, foi conhecer o aviso da China aos e) essa é a mudança à qual visamos.
Estados Unidos da América do Norte, desencorajando ambos de
qualquer ação militar. Caso Pyongyang opte por atacar primeiro, alertou 10. FGV - Analista do Ministério Público (MPE RJ)/Administra-
o jornal do Partido Comunista Chinês, Pequim se manterá neutra. O tiva/2016 (e mais 1 concurso)
recado para Washington também foi claro: se Trump contemplar a Texto – Problemas Sociais Urbanos
derrubada do regime de Kim, a China se moverá para impedir que isso Brasil escola
ocorra. No fundo já está entendido que seria insensatez histórica cogitar
em opção militar para desencruar um confronto no qual todos os países Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da
envolvidos estão fornidos de mísseis e ogivas nucleares”. segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das
cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de
Assinale a opção em que o emprego da preposição de é fruto da políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A
regência de um termo anterior. especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais
a) “aviso da China” próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande
b) “América do Norte” massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem,
c) “desencorajando ambos de qualquer ação militar” áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras,
o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque
d) “o jornal do Partido Comunista chinês”
por moradias em regiões ainda mais distantes.
e) “a derrubada do regime de Kim”
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de
residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma
09. FGV - Técnico do Ministério Público (MPE RJ)/Administra- vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse
tiva/2016 (e mais 1 concurso) processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as
TEXTO – O futuro da medicina precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das profissões. dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento
As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o de médico. A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior
Até aqui. A crer no médico e "geek" Eric Topol, autor de "The Patient no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos
Will See You Now" (o paciente vai vê-lo agora), está no forno uma lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta
revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá impactos de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não
positivos para os pacientes. possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos

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lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de
Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma
de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse
dengue. processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura
Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas- dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento
ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Acesso em 14 de básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
abril de 2016. A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior
“que vise à promoção de políticas de controle”; nesse segmento no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos
de texto emprega-se corretamente a regência do verbo visar, que lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta
muda de sentido conforme seja transitivo direto ou transitivo de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não
indireto. possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos
lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla
Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo
regência e duplo sentido é:
de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a
a) aspirar; dengue.
b) assistir; PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil
c) carecer; Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-
d) chamar; ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Acesso em 14 de
e) precisar. abril de 2016.
No texto, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase:
“vise à promoção de políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis
11. FGV - Professor III (Paulínia)/Português/2016
à grande massa populacional”(2), “Além disso, à medida que as cidades
Assinale a opção em que a preposição a sublinhada é fruto da exigência crescem”(3) e “que às vezes não contam com saneamento básico”(4).
de um nome e não de um verbo. Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo
a) “A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível definido são:
mesquinho das massas”. a) 1 e 2;
b) “O pessimismo, quando você se habitua a ele, pode ser tão agradável b) 1 e 4;
quanto o otimismo”.
c) 2 e 3;
c) “Se sua única ferramenta é um martelo, você tende a ver todo
d) 3 e 4;
problema como um prego”.
e) todos eles.
d) “Ninguém pode convencer o outro a mudar”.
e) “As pessoas não resistem a mudanças, resistem a ser mudadas”.
14. FGV - Analista (TJ SC)/Administrativo/2015 (e mais 5 concur-
sos)
12. FGV - Professor III (Paulínia)/Português/2016 A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego do acento grave (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:
indicativo da crase é optativo. a) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
a) “O estoque de militares que fizeram a Revolução de 64 está transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.
acabando por força da biologia. Por isso, o governo vai manter os b) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos
sobreviventes até à idade de Matusalém”. países de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos
b) “Os condenados à morte são contagiosos”. demais era tranquila.
c) “Se Deus realmente ajuda a quem cedo madruga, ninguém seria c) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem
fuzilado, eletrocutado ou enforcado às cinco da manhã”. cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil
d) “Copiar a si mesmo é mais perigoso que copiar os outros. Leva à acesso.
esterilidade”. d) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê
e) “Nunca atribua à malícia o que pode ser explicado adequadamente deixado por outro morador inconsciente com a limpeza do local.
pela estupidez”. e) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
13. FGV - Analista do Ministério Público (MPE RJ)/Administra-
tiva/2016 (e mais 1 concurso) 15. FGV - Analista (DPE MT)/Advogado/2015
Texto – Problemas Sociais Urbanos “Brasileiro adora elogio de estrangeiro. Ninguém questiona quando
falam bem da gente. Quando nos criticam, porém, a história é outra.
Brasil escola
Quem nos critica é mal-intencionado – ou quer nos colonizar.
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da
Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de
segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das
foguete, com a manchete ‘o Brasil decola’, é chamada de “a melhor
cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de
revista do mundo”. Se traz o mesmo Cristo Redentor voando
políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A
desgovernado, com a pergunta ‘O Brasil estragou tudo?’, é acusada de
especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais
‘instrumento do capital internacional’.
próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande
massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de
áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, insegurança em relação a nossa identidade nacional. Não sabemos
o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque bem quem somos.”
por moradias em regiões ainda mais distantes. (Alexandre Vidal Porto. Folha de São Paulo.)

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Assinale a opção que indica o segmento em que o emprego da passo que outra, mais recente, agravara ainda mais a situação. A essa
preposição sublinhada ocorre em função da presença de um termo altura, os soldados mais uma vez perderam a calma e quase caíram em
anterior que a exige. desespero.” (Políbio, Histórias).
a) “Brasileiro adora elogio de estrangeiro”. “A(1) esses perigos eles resistiam, pois àquela(2) altura já se
b) “Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma haviam acostumado a(3) tais infortúnios, mas, por fim, chegaram
de foguete”. a(4) um lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes
c) “... com a manchete ‘o Brasil decola’, é chamada de ‘a melhor revista e até para os animais de carga.”
do mundo’”. Nesse segmento do texto há quatro ocorrências numeradas da
preposição A; dessas quatro ocorrências, as exigidas pela regência
d) “instrumento do capital internacional".
verbal são:
e) “Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre
a) 1-2-3;
de insegurança em relação a nossa identidade nacional”.
b) 2-3-4;
c) 1-2-4;
16. FGV - Fiscal de Tributos (Niterói)/2015
d) 1-3-4;
“As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”.
Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, e) 1-2-3-4.
devido à regência do verbo “passar”. A frase abaixo em que a
preposição está mal-empregada em face da norma culta tradicional é: 19. FGV - Analista Judiciário (TJ PI)/Administrativa/Analista Judi-
a) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente. cial/2015 (e mais 9 concursos)
b) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios. “O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os
c) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado. celulares”.
d) A obra a que se dedicou foi bem construída. Trocando o verbo dessa frase, a forma errada quanto à norma culta é:
e) O ideal por que lutou é dos mais nobres. a) O site Cracked separou set\e coisas a que ninguém conhecia sobre
os celulares.
17. FGV - Analista Judiciário (TJ BA)/Apoio Especializado/Adminis- b) O site Cracked separou sete coisas de que ninguém se lembrava
sobre os celulares.
tração/2015 (e mais 2 concursos)
c) O site Cracked separou sete coisas que ninguém esquecia sobre os
“O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo.
celulares.
Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais
rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter d) O site Cracked separou sete coisas sobre que ninguém discutia sobre
lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema os celulares.
é que seus melhores clientes morrem um a um. e) O site Cracked separou sete coisas a que ninguém se referia sobre
A revista The Economist comenta: “Os cigarros estão entre os produtos os celulares.
de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos
(legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos 20. FGV - Analista (DPE MT)/Administrador/2015 (e mais 8 concur-
consumidores e muitas vezes os matam.” Isso dá grandes lucros para a sos)
indústria do tabaco, e enormes prejuízos para os clientes. A partir do fragmento a seguir, responda à questão.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Diminuir a higiene pessoal
Unidos, a vida dos fumantes americanos é reduzida, coletivamente, todo Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,
ano, em uns cinco milhões de anos, cerca de um minuto de vida a acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas
menos para cada minuto gasto fumando.“ O fumo mata 420.000 de economizar água, porque não adianta optar por isso em troco da
americanos por ano”, diz a revista Newsweek. “Isso equivale a 50 vezes saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação,
mais mortes do que as causadas pelas drogas ilegais”. diminuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez
O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.
razão da exigência de algum termo anterior é: “levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
a) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”; Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a
b) “Comanda legiões DE compradores leais”; afirmativa correta.
c) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”; a) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
d) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”; distintas.
e) “cinco milhões DE anos”. b) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
c) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
18. FGV - Analista Judiciário (TJ BA)/Administrativa/"Sem Especi- d) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
alidade"/2015 (e mais 15 concursos) e) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.
Texto – “O caminho para baixo era estreito e íngreme, e tanto os
homens quanto os animais não sabiam onde estavam pisando, por 21. FGV - Técnico Judiciário (TJ BA)/Administrativa/2015 (e mais 2
causa da neve; todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo concursos)
perdiam o equilíbrio e despencavam no precipício. A esses perigos eles “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai
resistiam, pois àquela altura já se haviam acostumado a tais infortúnios, movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de
mas, por fim, chegaram a um lugar onde o caminho era estreito demais carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos
para os elefantes e até para os animais de carga. Uma avalanche que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
anterior já havia arrastado cerca de trezentos metros da encosta, ao rapidamente”.

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O texto mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave 23. INÉDITA
indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo Assinale a opção inteiramente de acordo com a norma culta no que se
em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado refere à regência e ao emprego do acento indicador de crase.
é: a) Fizemos inúmeros elogios a localização, infraestrutura e atendimento
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis; do estabelecimento.
b) começaram à chorar assim que leram as previsões; b) Pagamos os funcionários na data correta, cumprindo, assim, nossa
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer; promessa.
d) o leitor estava à procura de seu destino; c) As mais monstruosas feras se iguala a mulher, ao saber que está
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo. sendo enganada pelas melhores amigas.
d) Todas as decisões de investimento tomadas pela diretoria do fundo
de pensão implicaram em enormes perdas para os seus segurados.
22. FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administra-
ção/2014 (e mais 15 concursos) e) Os direitos que todos nós, durante tanto tempo, lutamos e
conquistamos para as gerações atuais não podem ser abolidos.
XÓPIS
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus
24. INÉDITA
antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na
Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Assinale a opção em que é obrigatória a presença do acento
Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do indicador de crase.
Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades a) Posso dizer que aquela equipe confiei esta missão e, por isso, sinto-
fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, me responsável pela decisão tomada.
variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades b) Preferimos carro a moto, devido aos perigos a que estão expostos os
só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas motociclistas.
exclusivamente às compras e ao lazer – enfim, pequenos (ou enormes) c) Pedimos ajuda a sua família, por acreditar que a amizade de nossos
templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja pais superaria nossas desavenças.
existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem d) Não acreditamos que, daqui a décadas, estejamos aptos a clonar
invadidas pelos males da rua. todo e qualquer ser humano, tendo como objetivo a perpetuidade da
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, existência humana.
que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente e) Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. Não a droga.
artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que,
se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses 25. INÉDITA
bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro
Assinale a opção cuja redação obedece às regras previstas na
Mundo – ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo – se espraia
gramática normativa quanto à concordância, regência, colocação
pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar
pronominal e ao emprego do acento indicador de crase.
num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas
vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa a) As cenas de corrupção as quais assistimos nos motivaram a tomar
nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio uma drástica atitude, hajam vistas as consequências adversas a que se
submetem parcela expressiva da população.
ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem
algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. b) Repercutiu muito negativamente no mercado, o que foi agravado
A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão. pela cobertura sensacionalista da mídia, todas as declarações dos
ministros que contrapunham-se a assinatura do acordo de negociação
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para
da dívida pública.
violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que
os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de c) Sabe-se que é necessário, dentro obviamente de certos limites
outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos morais, a negociação com partidos da base aliada no Congresso,
xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida visando o estabelecimento de uma governabilidade razoável.
em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não d) Não se cogita, nem mesmo diante da mais urgente situação fiscal,
tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual alterações que impliquem aumentos substanciais de impostos.
das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis. e) Quando se analisa, de forma imparcial, a crise pela qual o país
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) passa, constata-se que grande parte dos problemas serão solucionados
com a participação conjunta do empresariado e da massa operária
Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase
brasileiros.
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”
II. “Os xópis são civilizações à parte...” 26. INÉDITA
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”. Assinale a alternativa em que a regência do verbo NÃO esteja de acordo
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção com o padrão culto.
de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido a) A função à qual os candidatos aspiram é muito disputada.
são:
b) Ele assistiu, durante dez anos, em Belém.
a) I-II-III.
c) O combate à corrupção implica em medidas drásticas a serem
b) apenas I-II. tomadas pelo Poder Judiciário.
c) apenas I-III. d) As empresas pagaram aos funcionários na data acordada com o
d) apenas II-III. sindicato da categoria.
e) apenas II. e) Não raro a população esquece o nome dos políticos por ela eleitos.

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27. INÉDITA GABARITO COMENTADO
....... inovadoras teorias, durante todo seu ano sabático, Stephen
01. RESOLUÇÃO:
Hawking dedicou horas de estudo e reflexão equivalentes .... que
Einstein despendeu na época em que formulou a famosa Teoria da A banca considerou como resposta a letra A. No entanto, considero
Relatividade sob .... desconfiança da comunidade científica mundial. também possível resposta a letra C.
Analisemos letra a letra:
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
dada: ALTERNATIVA A - CERTA – O verbo “garantir” foi empregado como
transitivo direto e indireto, com complemento direto representado por “o
a) Àquelas - à – a acesso pleno” e o indireto, por “aos cidadãos”.
b) Aquelas - as – à ALTERNATIVA B – ERRADA - O verbo “colocar” foi empregado como
c) Aquelas - às – à transitivo direto, com complemento direto representado por “a
d) Àquelas - às – a população”. Já a forma “em risco” atua como adjunto adverbial de modo.
ALTERNATIVA C - CERTA - O verbo “investir” foi empregado como
e) Aquelas - às – a
transitivo direto e indireto, com complemento direto representado por
“poucos recursos” e o indireto, por “nos serviços públicos”. As perguntas
28. INÉDITA vindas do verbo “investir” são “investir o quê?” e “investir em quê?”,
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: cujas respostas são, respectivamente, “poucos recursos” – objeto direto
– e “nos serviços públicos” – objeto indireto.
a) Os motivos nos quais se valeu o deputado baseavam-se numa
Talvez o elaborador tenha em mente que “nos serviços públicos” seja
equivocada comparação em cuja pretendia iludir seus fiéis eleitores. um adjunto adverbial de lugar. Puxa! Mas acho meio forçado associar
b) As profissões para cujo desempenho são exigidas muita uma ideia de lugar a “serviço público”. Enfim... divirjo do gabarito oficial!
concentração e paciência não são indicadas a quem não dispõe de ALTERNATIVA D - ERRADA - O verbo “haver” foi empregado como
equilíbrio emocional. transitivo direto, com complemento direto representado por “riscos”. Já
c) Muitos eleitores preferem uma candidatura baseada em mentiras a forma “para a vida das pessoas” atua como complemento nominal de
agradáveis do que uma apoiada em verdades desagradáveis onde nem “riscos”.
todos querem acreditar. ALTERNATIVA E - ERRADA – O verbo “conseguir” atua como objeto
d) O mau juízo de que se imputa aos sindicatos é semelhante àquele direto, tendo como objeto direto a oração reduzida “atuar em regiões...”.
em que se atribui aos partidos políticos. Já o verbo “atuar” é intransitivo. O termo “em regiões...” é um adjunto
adverbial de lugar.
e) A confiança de cuja não se afastam milhares de brasileiros é a de que
Resposta: A/C
a política possa ser exercida segundo à natureza do interesse público.

02. RESOLUÇÃO:
29. INÉDITA
O verbo “avisar” atua como transitivo direto e indireto. Sua regência
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem pode ser assim descrita:
prejuízo para a correção e o sentido original do texto, em: Possibilidade 1: Quem avisa avisa ALGO A ALGUÉM.
a) Vários fanáticos religiosos se entregaram à opressão e ao Possibilidade 2: Quem avisa avisa ALGUÉM DE ALGO.
obscurantismo em suas pregações. ALTERNATIVA A - ERRADA – Aqui não se atende nem a possibilidade
b) Seus escritos e ensinamentos foram, sem sombra de dúvida, o mais 1, nem a 2. Note a presença de dois objetos indiretos – “à clientela” e
belo legado do velho filósofo à atualidade. “de que havia...”, o que torna essa redação equivocada.
c) Suas ações governamentais não só não geraram uma justa ALTERNATIVA B - CERTA – Aqui se atende a possibilidade 1. Note a
distribuição de riqueza, como deram continuidade à miséria galopante. presença do objeto direto “que havia conseguido...” e do objeto indireto
“à clientela”.
d) Não aceitamos que ninguém se submetesse à sua vontade.
ALTERNATIVA C - CERTA – Aqui se atende a possibilidade 2. Note a
e) As crises econômicas impõem à sociedade um rebaixamento de presença do objeto direto “a clientela” e do objeto indireto “de que havia
padrão de consumo. conseguido...”.
ALTERNATIVA D - CERTA – Aqui se atende a possibilidade 1. Note a
30. INÉDITA presença do objeto indireto “à clientela” e do objeto direto “ter
O resultado prático das ações voltadas ...... um desenvolvimento conseguido...”.
sustentável depende, em larga escala, da atuação firme e forte da ALTERNATIVA E - CERTA – Aqui se atende a possibilidade 2. Note a
comunidade internacional. São várias as ações que devem ser tratadas presença do objeto direto “a clientela” e do objeto indireto “de ter
com prioridade, entre as quais estão o estímulo ...... novas fontes de conseguido...”.
energia menos poluentes e o respeito ...... causas ambientais. Resposta: A
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
dada: 03. RESOLUÇÃO:
a) a − à – as O emprego do acento indicador de crase em “à disposição” se justifica
por se tratar de uma locução de base feminina. Especificamente, trata-
b) a − a – às
se de uma locução prepositiva, que conecta as palavras “colocarão” e
c) à − a – as “usuários”.
d) a − à – às Analisemos alternativa por alternativa:
e) à − à – as ALTERNATIVA A – ERRADA – Trata-se de uma locução adverbial de
base feminina, modificadora da forma verbal “são”.

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ALTERNATIVA B – ERRADA – Trata-se de uma locução adverbial de ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo “aplaudir” solicita objeto direto,
base feminina, modificadora da forma verbal “Pagar”. o que torna incorreta a preposição A antes do pronome relativo QUE. O
ALTERNATIVA C – ERRADA – A crase é resultado da fusão da correto seria “Esta é a cena que todos aplaudiram”.
preposição A – requerida pela regência de “entregar” – com o artigo A – ALTERNATIVA D – ERRADA – O verbo “preencher” solicita objeto
solicitado pelo substantivo “aluna”. direto, o que torna incorreta a preposição A antes do pronome relativo
ALTERNATIVA D – CERTA– Trata-se de uma locução prepositiva, que QUE. O correto seria “Esse foi o questionário que eles preencheram”.
conecta as palavras “Saiu” e “namorada”. ALTERNATIVA E – CERTA – O verbo “obedecer” solicita objeto
ALTERNATIVA E – ERRADA – Trata-se de uma locução conjuntiva indireto, introduzido pela preposição A, que deve ser posicionada antes
proporcional de base feminina. do relativo QUE.
Resposta: D Resposta: E

04. RESOLUÇÃO: 08. RESOLUÇÃO:


ALTERNATIVA A - CERTA – Destaca-se a correta regência do verbo Nas letras A, B, D e E, o termo preposicionado estabelece com o
“obedecer”, empregado como transitivo indireto, com objeto indireto substantivo uma relação de posse ou tipo. Trata-se, portanto, de
adjuntos adnominais. Não se trata, portanto, de elementos regidos, e
representado pelo oblíquo “lhe”.
sim apenas modificadores de nomes. Atuam como adjuntos
ALTERNATIVA B - CERTA – Destaca-se a correta regência do verbo adnominais.
“aspirar”, que, no sentido de “almejar”, solicita objeto indireto introduzido
Já na letra C, o verbo “desencorajar” solicita objeto indireto introduzido
pela preposição “a”.
pela preposição “de”. A regência de “desencorajar” pode ser assim
ALTERNATIVA C - CERTA – Destaca-se a correta regência do verbo descrita: Quem desencoraja desencoraja ALGUÉM DE ALGO.
“querer”, que, no sentido de “desejar”, solicita objeto direto.
Resposta: C
ALTERNATIVA D - ERRADA – O verbo “gostar” solicita preposição
“de”, que deve ser posicionada antes do pronome relativo, resultando
na construção: “Culpamos as pessoas DE que não gostamos...”. 09. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA E - CERTA – Destaca-se a correta regência do verbo ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “discordar” pede preposição
“trazer”, transitivo direto e indireto. “DE” – Quem discorda discorda DE ALGO. Dessa forma, deve-se
empregar a preposição DE antes do relativo A QUAL, resultando na
Resposta: D
forma DA QUAL.
ALTERNATIVA B – CERTA - O verbo “lutar” pede preposição
05. RESOLUÇÃO: “CONTRA” – Quem luta luta CONTRA ALGO. Dessa forma, deve-se
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “aspirar”, no sentido de empregar a preposição CONTRA antes do relativo OS QUAIS,
“desejar”, solicita objeto indireto, introduzido pela preposição “a”. O resultando na forma CONTRA OS QUAIS.
correto, portanto, seria: “Os imigrantes aspiram a uma vida mais ALTERNATIVA C – CERTA - O verbo “lutar” pede preposição
tranquila”. “CONTRA” – Quem luta luta CONTRA ALGO. Dessa forma, deve-se
ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “obedecer” solicita objeto empregar a preposição CONTRA antes do relativo OS QUAIS,
indireto, introduzido pela preposição “a”. O correto, portanto, seria: “Os resultando na forma CONTRA OS QUAIS.
alunos obedeciam rigorosamente ao inspetor. ALTERNATIVA D – CERTA - O verbo “aludir” pede preposição “A” –
ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo “presenciar” solicita objeto Quem alude alude A ALGO. Dessa forma, deve-se empregar a
direto. O correto, portanto, seria: “O guarda presenciou o assalto de preposição A antes do relativo OS QUAIS, resultando na forma AOS
longe”. QUAIS.
ALTERNATIVA D – CERTA – O verbo “agredir” solicita objeto direto. ALTERNATIVA E – CERTA - O verbo “visar”, no sentido de “almejar”
ALTERNATIVA E – ERRADA – O verbo “pagar” pede objeto direto para pede preposição “A”. Dessa forma, deve-se empregar a preposição A
“coisa” e indireto introduzido pela preposição “a” para “pessoa”. O antes do relativo A QUAL, resultando na forma À QUAL.
correto, portanto, seria: “Os patrões pagaram à faxineira o serviço feito”. Resposta: A
Resposta: D
10. RESOLUÇÃO:
06. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “aspirar”, no sentido de
“desejar”, é transitivo indireto e solicita preposição A. Já no sentido de
De forma bem evidente, é possível identificar um erro de regência “inalar”, é transitivo direto.
na letra A. O verbo “preferir”, em sua regência, solicita a preposição A
no lugar da construção “DO QUE”. O correto, portanto, seria: “Eu prefiro ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “assistir”, no sentido de “ver”,
um livro a uma história em quadrinhos”. é transitivo indireto e solicita preposição A. Já no sentido de “ajudar”, é
transitivo direto.
Resposta: A
ALTERNATIVA C – CERTA – O verbo “carecer” é transitivo indireto e
solicita preposição DE – carecer DE ALGO.
07. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA D – ERRADA – O verbo “chamar”, no sentido de
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “gostar” solicita a preposição “convidar”, é transitivo direto. Já no sentido de “pedir atenção, ajuda”, é
DE, que deve ser posicionada antes do pronome relativo QUE, transitivo indireto e solicita preposição POR – chamar POR ALGUÉM.
resultando na construção “O prato de que mais gosta é lagosta”. ALTERNATIVA E – ERRADA – O verbo “precisar”, no sentido de “dar
ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “ir” solicita a preposição A, que precisão”, é transitivo direto; já no sentido de “necessitar”, é indireto e
deve ser posicionada antes do pronome relativo QUE, resultando na solicita preposição DE.
construção “O local a que fui na semana passada é bastante Resposta: C
interessante”.

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11. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA D – ERRADA – O nome “inconsciente” pede
ALTERNATIVA A – CERTA – A preposição A introduz o complemento complemento introduzido pela preposição DE, e não por COM.
do nome LEALDADE. ALTERNATIVA E – CERTA – De fato! O verbo “preferir” solicita a
ALTERNATIVA B – ERRADA – A preposição A introduz o complemento regência da preposição A.
do verbo HABITUAR-SE – habituar-se A ALGO/ALGUÉM. Resposta: E
ALTERNATIVA C – ERRADA – A preposição A introduz o complemento
do verbo TENDER – tender A ALGO. 15. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA D – ERRADA – A preposição A introduz o complemento Nas letras A, B, C e D, o termo preposicionado estabelece com o
do verbo CONVENCER – convencer ALGUÉM A ALGO. substantivo uma relação ou de posse ou de tipo. Não se trata de um
ALTERNATIVA E – ERRADA – A preposição A introduz o complemento termo regido, exigido por nome ou verbo. No caso, trata-se de um
do verbo RESISTIR – resistir A ALGO/ALGUÉM. adjunto adnominal.
Resposta: A Já na letra E, o termo preposicionado complementa a forma verbal
“decorre”. Trata-se de um objeto indireto, exigido pelo verbo e
introduzido pela preposição DE.
12. RESOLUÇÃO: Resposta: E
ALTERNATIVA A – CERTA – A crase é facultativa diante da preposição
“até”. Estão corretas as construções “... vai manter os sobreviventes até 16. RESOLUÇÃO:
à idade de Matusalém” e “...vai manter os sobreviventes até a idade de
ALTERNATIVA A – CERTA – O verbo “aspirar”, empregado no sentido
Matusalém”.
de “desejar”, “almejar”, é transitivo indireto e solicita preposição A. Esta
ALTERNATIVA B – ERRADA – A crase é resultado da fusão da deve ser, portanto, posicionada antes do pronome relativo QUE.
preposição A – requerida pela regência de “condenados” – com o artigo ALTERNATIVA B – CERTA – O verbo “discutir” requer a regência das
A – solicitado pelo substantivo “morte”. A crase é obrigatória! preposições SOBRE, ACERCA DE, etc. A preposição SOBRE foi,
ALTERNATIVA C – ERRADA – A crase sinaliza a locução de base assim, posicionada antes do relativo QUE. Há de se ressaltar que
feminina “às cinco da manhã”. A crase é obrigatória! alguns gramáticos não recomendam a anteposição de preposições com
ALTERNATIVA D – ERRADA – A crase é resultado da fusão da mais de uma sílaba diante do relativo QUE. Recomendam esses
preposição A – requerida pela regência de “Leva” – com o artigo A – gramáticos o emprego do relativo O QUAL e variações. Não é algo
solicitado pelo substantivo “esterilidade”. A crase é obrigatória! consensual, o que nos força a analisar as demais opções.
ALTERNATIVA E – ERRADA – A crase é resultado da fusão da ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo IMPLICAR, com sentido de
preposição A – requerida pela regência de “atribua” – com o artigo A – RESULTAR, é transitivo direto. É errada, pois, a anteposição da
solicitado pelo substantivo “malícia”. A crase é obrigatória! preposição diante do relativo QUE.
Resposta: A ALTERNATIVA D – CERTA – A forma pronominal DEDICAR-SE exige
a regência da preposição A. Esta, portanto, deve ser posicionada antes
do relativo QUE.
13. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA E – CERTA – A forma verbal “lutou” exige a regência
Em (1), a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela da preposição POR – Quem luta luta POR ALGO/ALGUÉM. Esse
regência de “visar”, no sentido de “almejar” – com o artigo A – solicitado elemento prepositivo deve ser posicionado, portanto, antes do relativo
pelo substantivo “promoção”. QUE.
Em (2), a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela Resposta: C
regência de “inacessíveis”– com o artigo A – solicitado pelo substantivo
“massa”.
17. RESOLUÇÃO:
Em (3), a crase se justifica para sinalizar a locução conjuntiva Como se pode notar, esta questão é tipicamente cobrada pela FGV em
proporcional “à medida que”. suas provas. A relação de regência, lembremo-nos, se dá entre verbo
Em (4), a crase sinaliza uma locução adverbial de base feminina “às ou nome e complemento verbal, nominal ou adjunto adverbial.
vezes”. Analisando as letras A, B, D e E, os termos preposicionados
Logo, a crase justificada pela fusão de preposição mais artigo se estabelecem com os nomes uma relação de tipo, posse ou
apresenta em (1) e (2). especificação. Não são, portanto, termos regidos. Trata-se de adjuntos
Resposta: A adnominais.
Já na letra C, o termo preposicionado complementa o verbo pronominal
“ORGULHAR-SE”. Trata-se, portanto, de um termo regido.
14. RESOLUÇÃO:
Resposta: C
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “discordar” pede objeto
indireto, introduzido pela preposição DE, que deve ser posicionada
antes do relativo QUE, resultando na construção “DE QUE”. 18. RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “integrar” pede objeto direto, o Em (1), a preposição A introduz complemento do verbo “resistir”, sendo,
que torna errada a preposição DE posicionada antes do relativo O portanto, resultado de uma regência verbal. Já em (2), a preposição A
QUAL. sinaliza a locução de base feminina “àquela altura”. Em (3), a preposição
A é resultado da regência da forma verbal pronominal “se haviam
ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo “trabalhar” pede adjunto
acostumado”. Por fim, em (4), a preposição A é exigida pela regência
adverbial de lugar introduzido pela preposição EM. Dessa forma, deve-
da forma verbal “chegar”, que requer preposição A para introduzir o
se empregar a forma ONDE, justamente a utilizada por verbos que
adjunto adverbial de lugar.
solicitam a ideia de lugar introduzida pela preposição EM. Já a forma
AONDE é empregada para verbos que solicitam a ideia de lugar São, portanto, frutos de uma regência as preposições de (1), (3) e (4).
introduzida pela preposição A. Resposta: D

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19. RESOLUÇÃO: Fizemos inúmeros elogios a localização, (a) infraestrutura e (a)
ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “conhecer” é transitivo direto. atendimento do estabelecimento.
Logo, é inadequada a presença da preposição A antes do relativo QUE. Uma alternativa de redação seria dar artigo para todos os elementos
ALTERNATIVA B – CERTA – O verbo “lembrar”, na forma pronominal, coordenados. Fazendo-se isso, haveria contração ou combinação da
é transitivo indireto, solicitando a preposição DE. Logo, é deve haver a preposição “a” – requerida por “elogios” – com cada um dos artigos
presença da preposição DE antes do relativo QUE. requeridos.
ALTERNATIVA C – CERTA – O verbo “esquecer”, na forma não Fizemos inúmeros elogios à localização, à infraestrutura e ao
pronominal, é transitivo direto. Logo, não deve haver a presença da atendimento do estabelecimento.
preposição A antes do relativo QUE. Note, portanto, que, numa coordenação de termos, ou todos recebem
ALTERNATIVA D – CERTA – O verbo “discutir” solicita a regência das artigo, ou ninguém recebe.
preposições SOBRE, ACERCA DE, A RESPEITO DE. Estas devem ser ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “pagar” pode pedir, em sua
posicionadas antes do relativo QUE. regência, tanto objeto direto como indireto.
ALTERNATIVA E – CERTA – O verbo pronominal “referir-se” é No entanto, impõe o verbo que seu objeto direto seja a “coisa” e o
transitivo indireto, solicitando a preposição A. Logo, esta deve ser indireto, a pessoa. Além disso, o objeto indireto deve ser introduzido
posicionada antes do relativo QUE. pela preposição “a”.
Resposta: A Dessa forma, está errada a construção “Pagamos os funcionários...”.
Deve-se corrigir para “Pagamos aos funcionários...”.
ALTERNATIVA C – ERRADA – A primeira oração está fora de ordem.
20. RESOLUÇÃO:
Colocando-a em ordem, temos que o sujeito é “a mulher”; a forma verbal
Não se deve empregar crase em “à panela”, pois o verbo “levar” é é “se iguala”; o objeto indireto é “às mais monstruosas feras”.
transitivo direto – quem leva leva ALGO.
Sendo assim, é necessário o emprego do acento indicador de crase,
No entanto, deve-se empregar a crase em “à mesa”, por se tratar de resultado da fusão da preposição “a” – requerido pela regência do verbo
uma locução adverbial de lugar de base feminina. “igualar-se”(igualar-se a algo/alguém) – com o artigo definido “as” –
A resposta, portanto, é a letra E. requerido pelo substantivo “feras”.
Resposta: E A frase corrigida seria: “Às mais monstruosas feras se iguala a mulher,
ao saber que está sendo enganada pelas melhores amigas.”
21. RESOLUÇÃO: ALTERNATIVA D – ERRADA – Muito cuidado! O verbo “implicar”, no
ALTERNATIVA A – ERRADA – Não se emprega crase em locuções de sentido de “acarreta”, “resultar”, é transitivo direto.
base masculina. Dessa forma, a redação correta seria:
ALTERNATIVA B – ERRADA – Não se emprega crase antes de verbos. Todas as decisões de investimento tomadas pela diretoria do fundo de
pensão implicaram enormes perdas para os seus segurados.
ALTERNATIVA C – ERRADA – Não se emprega crase antes de
pronomes indefinidos. ALTERNATIVA E – ERRADA – O verbo “lutar” pede preposição “por”;
já o verbo “conquistar” não pede preposição. Fica errado assim
ALTERNATIVA D – CERTA – Emprega-se a crase para sinalizar a
coordenar dois verbos de diferentes regências.
locução de base feminina “à procura”.
A sugestão de redação que tornaria a frase correta seria:
ALTERNATIVA E – ERRADA – Não se emprega crase em locuções de
base masculina. “Os direitos que todos nós conquistamos para as gerações atuais e por
que, durante tanto tempo, lutamos não podem ser abolidos.”
Resposta: D
Resposta: A

22. RESOLUÇÃO:
Em I, a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela 24. RESOLUÇÃO:
regência de “dedicadas” – com artigo AS – solicitado pelo substantivo ALTERNATIVA A – CERTO – É obrigatório o emprego do acento
“compras”. indicador de crase em “àquela”, haja vista que ocorre a fusão da
preposição “a” – requerida pela regência da forma verbal “confiar” (quem
Em II, a crase foi empregada para sinalizar uma locução de base
confia confia algo a alguém) – com o pronome demonstrativo “aquela”.
feminina – “à parte”.
Uma dificuldade de empregar esse acento se dá devido ao fato de a
Em III, a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela
ordem dos termos estar invertida. Observemos:
regência de “ataque” – com artigo A – solicitado pelo substantivo
“civilização”. Posso dizer que aquela equipe confiei esta missão...
Resposta: C = Posso dizer que (eu) confiei esta missão àquela equipe ...
ALTERNATIVA B – ERRADO – No trecho “Preferimos carro a moto...”,
é proibido o emprego do acento indicador de crase, haja vista que não
23. RESOLUÇÃO: se tem artigo masculino para o substantivo “carro” nem artigo feminino
ALTERNATIVA A – CERTA - Observe que foi atendido na frase o para o substantivo “moto”.
critério do paralelismo sintático. O que isso significa? Significa que Trata-se do paralelismo sintático, que consiste na semelhança de
termos coordenados entre si (ligados por conjunção coordenativa) construção entre termos em enumeração ou em comparação. Dessa
devem ser construídos de forma similar. forma, ou se dá artigo para todos ou não se dá artigo para ninguém.
Note que nem “localização”, nem “infraestrutura”, nem “atendimento” Observemos:
foram antecedidos de artigo.
Preferimos carro a moto...
O que ocorre é a presença da preposição “a”, requerida pela regência
>> sem artigo para “carro”; sem artigo para “moto”.
de “elogios” (elogios a algo/alguém). Essa preposição está explícita
antes de “localização” e implícita antes de “infraestrutura” e >> o “a” é apenas preposição, exigida pela regência de “preferir”.
“atendimento”. Preferimos o carro à moto...

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>> com artigo para “carro”; com artigo para “moto”. Repercutiram muito negativamente no mercado, o que foi agravado
>> o “à” é a fusão de preposição, exigida pela regência de “preferir”, pela cobertura sensacionalista da mídia, todas as declarações dos
com o artigo “a”, solicitado por “moto”. ministros que se contrapunham à assinatura do acordo de negociação
Também é proibido o emprego do acento indicador de crase em “perigos da dívida pública.
a que estão expostos”. Na verdade, tem-se apenas a preposição “a”, ALTERNATIVA C – ERRADA – Deve-se empregar a forma “É
requerida pela regência da forma verbal “estar exposto” (quem está necessária”, pois o substantivo “negociação” está determinado pelo
exposto está exposto a algo). Não ocorre artigo. artigo “a”.
ALTERNATIVA C – ERRADO – No trecho “Pedimos ajuda a sua Sabe-se que as expressões é bom, é necessário, é proibido, é
família...”, o emprego do acento indicador de crase é facultativo. Isso permitido são invariáveis, exceto se o sujeito dessas expressões for
ocorre porque é facultativa a presença de artigo antes de pronome determinado por artigos, pronomes, numerais, etc.
possessivo feminino e antes de nomes próprios femininos (nomes de Além disso, está errado o emprego do verbo “visar”, pois este, no
mulher). sentido de “ter como objetivo”, solicita preposição “a”.
Já no trecho “... por acreditar que a amizade...”, a crase não é permitida, Dessa forma, a frase correta ficaria:
haja vista que, antes do substantivo “amizade”, temos penas artigo Sabe-se que é necessária, dentro obviamente de certos limites morais,
definido feminino “a”. Não há preposição. a negociação com partidos da base aliada no Congresso, visando ao
ALTERNATIVA D – ERRADO – No trecho “... daqui a décadas...”, não estabelecimento de uma governabilidade razoável.
ocorre crase, pois “décadas” está no plural, sendo incabível o emprego ou
de crase singular antes de palavra plural. Também não é possível o Sabe-se que é necessário, dentro obviamente de certos limites morais,
emprego da crase em “...aptos a clonar...”, pois não ocorre crase antes negociação com partidos da base aliada no Congresso, visando ao
de verbo. Por fim, no trecho “... tendo como objetivo a perpetuidade da estabelecimento de uma governabilidade razoável.
existência humana.”, também não ocorre crase, haja vista que o “a” ALTERNATIVA D – ERRADA – Deve-se empregar a forma plural “Não
antes de “perpetuidade” é apenas artigo. Não há preposição. se cogitam”, para que haja concordância com o sujeito paciente
ALTERNATIVA E – ERRADO – Interessante essa redação. Dá-se “alterações”.
margem a uma redação com emprego da crase e outra sem emprego. Não se cogitam ... alterações ... = Não são cogitadas ... alterações.
Como assim? Observe que o “se” é uma partícula apassivadora, ladeada de um verbo
Observemos: que solicita objeto direto (quem cogita cogita algo).
Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. (Diga) Não à droga. Dessa forma, a frase correta ficaria:
>> Aqui a crase se faz presente, pois é possível, segundo essa Não se cogitam, nem mesmo diante da mais urgente situação fiscal,
alterações que impliquem aumentos substanciais de impostos.
interpretação, subentender a forma verbal “Diga” antes de “Não à
droga”. ALTERNATIVA E – CERTA – Está correto o emprego da forma verbal
“se analisa”, concordando com o sujeito paciente “a crise” (Quando se
Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. Não (é) a droga.
analisa... a crise = Quando é analisada ... a crise). Também é correto o
>> Aqui não é possível o emprego da crase, pois é possível, segundo emprego da forma “pela qual”, resultado da fusão da preposição “por” –
essa interpretação, subentender a forma verbal “é” antes de “a droga”. requerida pela regência do verbo “passar” (quem passa passa por algo)
Não podemos, assim, dizer que se trata de um emprego obrigatório da – com o pronome relativo “a qual” – que substitui o termo antecedente
crase, haja vista que tanto existe uma interpretação com acento grave, “crise”.
como existe uma interpretação sem. Por fim, nota-se a concordância com sujeito formado por expressões
Resposta: A partitivas, admitindo-se duas construções igualmente corretas: “grande
parte dos problemas serão solucionados...” ou “grande parte dos
problemas será solucionada...”.
25. RESOLUÇÃO:
Resposta: E
ALTERNATIVA A – ERRADA – É preciso empregar a forma “às quais”,
com acento indicador de crase, tendo em vista que ocorre a fusão da
preposição “a” – requerida pela regência do verbo “assistir”, no sentido 26. RESOLUÇÃO:
de “ver”, “presenciar” – com o pronome relativo “as quais”. ALTERNATIVA A - CERTO - O verbo "aspirar", no sentido de "almejar",
Além disso, está equivocado o emprego de “hajam vistas”. A expressão é transitivo indireto e é regido pela preposição "a".
“haja vista” é invariável. Essa preposição “a” deverá ser posicionada antes do pronome relativo
Dessa forma, a frase correta ficaria: “a qual”, que, por sua vez, substitui o termo antecedente “função”.
As cenas de corrupção às quais assistimos nos motivaram a tomar uma A fusão da preposição “a” com o pronome relativo “a qual”
drástica atitude, haja vista as consequências adversas a que se resulta em “à qual”.
submetem parcela expressiva da população. ALTERNATIVA B - CERTO - O verbo "assistir", no sentido de "morar",
ALTERNATIVA B – ERRADA – Deve-se empregar a forma plural "residir", é intransitivo e é regido pela preposição "em".
“Repercutiram”, para que haja concordância com o sujeito “todas as ALTERNATIVA C - ERRADO - O verbo "implicar", no sentido de
declarações dos ministros”. Além disso, deve-se empregar o pronome "acarretar", é transitivo direto. Assim, o correto seria "implica medidas
“se” antes da forma verbal “contrapunham”, pois o pronome relativo drásticas".
“que” atua como fator de próclise (pronome antes do verbo). Por fim, ALTERNATIVA D - CERTO - O verbo "pagar" é bitransitivo e solicita
deve-se empregar o acento indicador de crase antes de “assinatura”, como objeto direto um nome de coisa e como objeto indireto um nome
haja vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela de pessoa (pagar algo a alguém).
regência do verbo “contrapor-se” (quem se contrapõe se contrapõe a ALTERNATIVA E - CERTO - O verbo esquecer, quando não
algo) – com o artigo feminino singular “a” – solicitado pelo substantivo pronominal, é transitivo direto (Esquecer algo). Quando pronominal, é
“assinatura”. transitivo indireto e é regido pela preposição "de" (Esquecer-se de algo).
Dessa forma, a frase correta ficaria: Resposta: C

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27. RESPOSTA: ALTERNATIVA B - CERTO - O uso da preposição "para", antes do
A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma "Àquelas" - com pronome relativo "cujo", é necessidade requerida pela forma verbal "são
crase -, haja vista que ocorre a contração da preposição "a" - solicitada exigidas" (são exigidas para algo). Além disso, a preposição "a" antes
pela regência do verbo "dedicou” (dedicou algo a alguém/algo)" - com o de "quem" é necessidade da regência da forma verbal "são
pronome demonstrativo "aquelas", modificador do substantivo “teorias”. indicadas"(são indicadas a alguém).
Observação: ALTERNATIVA C - ERRADO - O uso de "do que" está equivocado,
Uma maneira prática de descobrir se ocorre a crase nas formas uma vez que a regência do verbo "preferir" é dada pela preposição "a".
pronominais “àquele(s)”, “àquela(a)” e “àquilo” é substituir os É equivocado também o uso do pronome relativo "onde", uma vez que
demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo” pelos também este não indica lugar.
demonstrativos “este(s)”, “esta(s)” e “isto”. Assim, o correto seria: "Muitos eleitores preferem uma candidatura
Se, nessa alteração proposta, aparecerem as formas “a este(s)”, “a baseada em mentiras agradáveis a uma apoiada em verdades
esta(s)” e “a isto”, está provado que ocorre a fusão da preposição “a” desagradáveis em que nem todos querem acreditar.".
com o demonstrativo. ALTERNATIVA D - ERRADO - O uso da preposição "de", entes do
Veja um exemplo: primeiro pronome relativo "que", é equivocado, uma vez que a forma
O professor perguntou àquele aluno se restava alguma dúvida. verbal "se imputa" não a solicita (se imputa algo a alguém = se imputa
Trocando o demonstrativo “aquele” por “este”, tem-se: mau juízo aos sindicatos).
O professor perguntou a este aluno se restava alguma dúvida. Da mesma forma, o uso da preposição "em", antes do segundo pronome
relativo "que", é equivocado, uma vez que a forma verbal "se atribui"
Viu? Como apareceu na troca a forma “a este”, é sinal de que ocorre a não a solicita (se atribui algo a alguém = se atribui juízo aos partidos
fusão da preposição “a” com o demonstrativo “aquele”, resultando em
políticos).
“àquele”.
Assim, o correto seria: "O mau juízo que se imputa aos sindicatos é
Reconstruindo o início do texto da questão, tem-se:
semelhante àquele que se atribui aos partidos políticos.”.
Stephen Hawking dedicou horas de estudo e reflexão ... àquelas
ALTERNATIVA E - ERRADO - O uso do pronome relativo "cujo" é
inovadoras teorias...
inadequado, uma vez que não existe uma relação de posse. É
= Stephen Hawking dedicou horas de estudo e reflexão ... a estas equivocado também o emprego da crase em "à", uma vez que é
inovadoras teorias... solicitado apenas o artigo definido "a".
A segunda lacuna deve ser preenchida com a forma "às" - com crase -,
Assim, o correto seria: “A confiança de que não se afastam milhares de
haja vista que ocorre a contração da preposição "a" - solicitada pela
brasileiros é a de que a política possa ser exercida segundo a natureza
regência do nome "equivalentes" (equivalentes a algo) - com o pronome
do interesse público.”
demonstrativo "as" – que pode ser substituído por “aquelas".
Resposta: B
Observação:
Fique atento à parceria do “o(s)”, “a(s)” com o “que”. Trata-se
corriqueiramente do encontro de um pronome demonstrativo – o(s) = 29. RESOLUÇÃO:
aquele(s), aquilo; a(s) = aquela(s) – com o pronome relativo “que”. ALTERNATIVA A – ERRADA – No trecho “se entregaram à opressão
Fiz o que pude e ao obscurantismo em suas pregações”, é obrigatório o emprego do
= Fiz aquilo que pude. sinal indicativo de crase, haja vista que se trata da fusão da preposição
“a” – requerida pela regência da forma verbal “se entregaram” (se
Comentei o que era necessário.
entregaram a algo) – com o artigo “a” – solicitado pelo substantivo
= Comentei aquilo que era necessário. feminino “opressão”. A presença do artigo se faz necessária, haja vista
Esta camisa é igual à que vesti ontem. que todos os elementos da enumeração requerem o artigo definido – é
= Esta camisa é igual àquela que vesti ontem. o caso de “opressão” e “obscurantismo”.
Este tênis é igual ao que você calçou ontem. ALTERNATIVA B – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja
= Este tênis é igual àquele que você calçou ontem. vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela regência do
Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida com o artigo definido "a", substantivo “legado” (legado a algo) – com o artigo “a” – solicitado pelo
solicitado pelo substantivo feminino "desconfiança". Fica bem evidente substantivo “atualidade”.
a necessidade do artigo, se fizermos uma substituição por um ALTERNATIVA C – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja
substantivo masculino: se empregarmos "descrédito" em vez de vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela regência do
"desconfiança", teremos a construção "sob o descrédito", o que prova a substantivo “continuidade” (continuidade a algo) – com o artigo “a” –
necessidade de um artigo após a preposição "sob". solicitado pelo substantivo “miséria”.
Resposta: D ALTERNATIVA D – CERTA – É facultativo o emprego da crase no
trecho. A preposição “a” é garantida pela regência da forma verbal
28. “submeter-se” (submeter-se a algo). Já a presença do artigo “a” é
facultativa antes do pronome possessivo feminino “sua”. Dessa forma,
RESOLUÇÃO:
é possível dispensar o acento grave, sem qualquer prejuízo à correção
ALTERNATIVA A - ERRADO - Em lugar de "nos quais", deve-se gramatical.
empregar "dos quais", uma vez que a forma verbal "se valer" solicita a
ALTERNATIVA E – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja
regência da preposição "de" (quem se vale, se vale de algo). Além
vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela regência do
disso, não faz sentido o emprego do pronome relativo "cuja", uma vez
que não temos uma relação de posse. “impor” (impor algo a alguém) – com o artigo “a” – solicitado pelo
substantivo “sociedade”.
O correto, então, seria: "Os motivos dos quais se valeu o deputado
baseavam-se numa equivocada comparação que pretendia iludir seus Resposta: D
fiéis eleitores.".

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30. RESOLUÇÃO:
A primeira lacuna deve ser preenchida com a preposição "a", solicitada
pela regência do nome "voltadas" (voltadas a algo). Não é possível a
crase, haja vista que estamos diante de palavra masculina - no caso,
"desenvolvimento". E já há um artigo posto, que é o indefinido "um".
A segunda lacuna deve ser preenchida com a forma "a" ou "às". No
primeiro caso, trata-se da preposição "a", exigida pela regência do nome
"estímulo" (estímulo a algo). Já no segundo caso, trata-se da contração
da preposição "a" com o artigo "as", que pode ser solicitado pelo
substantivo feminino "fontes".
Portanto, as duas redações atenderiam as prescrições da norma culta:
"... estímulo a novas fontes de energia ..." ou "... estímulo às novas
fontes de energia...".
Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida com a forma "a" ou "às".
No primeiro caso, trata-se da preposição "a", exigida pela regência do
nome "respeito" (respeito a algo). Já no segundo caso, trata-se da
contração da preposição "a" com o artigo "as", que pode ser solicitado
pelo substantivo feminino "causas".
Portanto, as duas redações atenderiam as prescrições da norma culta:
"... respeito a causas ambientais ..." ou "... respeito às causas
ambientais...".
Dessa forma, é a letra B que traz a combinação adequada a essas
necessidades.
Resposta: B

Gabarito
01 A/C 02 A 03 D 04 D 05 D
06 A 07 E 08 C 09 A 10 C
11 A 12 A 13 A 14 E 15 E
16 C 17 C 18 D 19 A 20 E
21 D 22 C 23 A 24 A 25 E
26 C 27 D 28 B 29 D 30 B

ANOTAÇÕES

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SEMÂNTICA
01. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar Entre os conectivos abaixo sublinhados, aquele que tem seu significado
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) corretamente indicado é:
Guerra civil a) “Mas violência é uma categoria com amplos significados”. /
Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017 explicação;
O 11º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrando b) “Mas violência é uma categoria com amplos significados”. / meio ou
o crescimento das mortes violentas no Brasil em 2016, mais uma vez instrumento;
assustou a todos. Foram 61.619 pessoas que perderam a vida devido à c) “Hoje, esse termo denota, além da agressão física...” / adição;
violência. Outro dado relevante é o crescimento da violência em alguns d) “...para sobreviver em ambientes hostis” / direção;
estados do Sul e do Sudeste. Na verdade, todos os anos a imprensa e) “Por outro lado, nas sociedades complexas...” / lugar.
nacional destaca os inaceitáveis números da violência no país. Todos
se assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato. Tem sido
assim com o governo federal e boa parte das demais unidades da 03. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar
Federação. Agora, com a crise, o argumento é a incapacidade de em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso)
investimento, mas, mesmo em períodos de economia mais forte, pouco Violência: O Valor da vida
se viu da implementação de programas estruturantes com o objetivo de Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos
enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição de equipamentos, históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
viaturas e novas tecnologias são medidas essenciais, mas é preciso ir A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as
muito além. Definir metas e alcançá-las, utilizando um bom método de sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência,
trabalho, deve ser parte de um programa bem articulado, que permita o estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com
acompanhamento das ações e que incentive o trabalho integrado entre amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física,
as forças policiais do estado, da União e das guardas municipais. diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
O texto apresenta uma série de conectores em suas ligações sintáticas; familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
o conector que tem seu significado corretamente indicado é: determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições
de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a
a) “...que perderam a vida devido à violência” / causa;
violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
b) “Agora, com a crise...” / companhia; outro. Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na
c) “...mesmo em períodos de economia mais forte” / concessão; história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para
d) “...crescimento da violência em alguns estados” / tempo; sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir
violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado, nas
e) “...mas é preciso ir muito além” / conclusão.
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida
02. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria
Violência: O Valor da vida nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que
alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade
históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.
sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência,
“Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou
estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da
amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, população de uma sociedade”.
diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
Nesse segmento do texto, o primeiro termo que estabelece coesão com
familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
um termo anterior é:
determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições
de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a a) fenômeno;
violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a b) em que;
outro. Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na c) essa desigualdade;
história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para d) bens e valores;
sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir e) população.
violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado, nas
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida 04. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia
comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem da Informação/2018 (e mais 21 concursos)
a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria Intercâmbio de alimentos
nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, História em debate. São Paulo:
alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e Editora do Brasil, p. 72.
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das
aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres
tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações. humanos.

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Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer 06. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra-
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e fia/2018
animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa Cada um por si
todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de Paula Ferreira, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)
alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de Ouvir a opinião do outro, trabalhar em equipe e compartilhar
encontrar os tão desejados metais preciosos. conhecimento são habilidades desejadas não só no mercado de
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora trabalho, mas no exercício da cidadania e nas relações interpessoais.
e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois diversas Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, a dieta Brasil, indica um relatório divulgado ontem com dados do Programa
dos habitantes das duas regiões foi enriquecida. Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Os estudantes
Observe os três segmentos abaixo, retirados do texto. brasileiros estão entre os piores, em meio a 52 países ou economias
com dados disponíveis, em resolver problemas de maneira colaborativa.
“por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal”
De acordo com especialistas, há razões claras para essa posição. Por
“Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa...” um lado, o foco em avaliações de larga escala afetou o que é prioridade
“Com isso, a dieta dos habitantes das duas regiões foi enriquecida”. nas escolas do país. Por outro, o modelo de acesso ao nível superior e
Nessas ocorrências, os pronomes demonstrativos empregados: a infinidade de provas desestimulam estudantes a trabalhar
coletivamente.
a) têm sempre por antecedente uma oração;
- Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas de
b) referem-se sempre a termos imediatamente anteriores; aula que promovem maior interação durante o aprendizado das
c) mostram sempre referências a um de dois termos citados; disciplinas comuns. Aulas nas quais há incentivo para a colaboração
d) prendem-se sempre a elementos distantes no tempo; entre pares têm impactos positivos sobre essa competência – afirmou
um dos diretores da Instituição, acrescentando ainda que o Brasil
e) ligam-se semanticamente a elementos já citados.
precisa melhorar em áreas essenciais.
O segmento sublinhado do texto que tem seu significado explicado pela
05. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia situação de produção do texto e não pelo contexto linguístico é:
da Informação/2018 (e mais 21 concursos) a) “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do
A questão baseia no texto apresentado abaixo. Brasil, indica um relatório divulgado ontem com dados do Programa
Intercâmbio de alimentos Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”;
Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, História em debate. São b) “De acordo com especialistas, há razões claras para essa posição”;
Paulo: Editora do Brasil, p. 72. c) “Por um lado, o foco em avaliações de larga escala afetou o que é
prioridade nas escolas do país”;
A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das
transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres d) “Por um lado, o foco em avaliações de larga escala afetou o que é
humanos. prioridade nas escolas do país”;
e) “Os países com bom desempenho nessa habilidade têm estruturas
Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer
de aula que promovem maior interação durante aprendizado das
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
disciplinas comuns”.
animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa
todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de
alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de 07. FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 (e mais 2 con-
encontrar os tão desejados metais preciosos. cursos)
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora TEXTO – Sem tolerância com o preconceito
e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois diversas Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos
plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, a dieta levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar
dos habitantes das duas regiões foi enriquecida. tornando-se irracionalmente intolerante. Ou, quem sabe,
intolerantemente irracional. Intolerância é a palavra do momento. Da
“Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer religião à orientação sexual, da cor da pele às convicções políticas.
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga
animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa
mundial. Líderes políticos, em conluio com líderes religiosos, ignoram
todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam...”.
os conceitos de moral, ética, direitos, deveres e justiça. As redes sociais
O termo sublinhado mostra uma oposição entre os seguintes pontos: assumiram um papel cruel nesse sistema. Se deveriam servir para
a) apesar de nos primeiros anos de conquista os espanhóis resistirem mostrar indignação, mostram, muitas vezes, um preconceito medieval.
aos alimentos americanos, com o passar do tempo passaram a adotá- No campo da religiosidade, o fanatismo se mostra cada dia mais
los; presente no Rio de Janeiro. No último ano, foram registradas dezenas
b) apesar de os espanhóis trazerem consigo alimentos de sua terra de casos de intolerância religiosa por meio da Secretaria de Estado de
natal, não deixavam de alimentar-se dos alimentos exóticos da América; Direitos Humanos. Um número ainda subnotificado, pois, muitas
ocorrências que deveriam ser registradas como “intolerância religiosa”
c) apesar de os espanhóis não se alimentarem com os produtos nativos,
são consideradas brigas de vizinhos.
mandavam esses mesmos alimentos para a Europa;
A subnotificação desses casos é um dos maiores entraves na luta contra
d) apesar de os nativos oferecerem alimentos americanos aos a intolerância religiosa. O registro incorreto e a descrença de grande
espanhóis, os conquistadores não os comiam, enviando todos eles para parte da população na punição a esse tipo de crime colaboram para
a Europa; maquiar o retrato dos ataques promovidos pelo fanatismo religioso em
e) apesar de os nativos comerem produtos exóticos, os conquistadores nossa sociedade. A perseguição às minorias religiosas está cada vez
europeus não só os comiam como os enviavam também para a Europa. mais organizada com braços políticos e até de milícias armadas como
o tráfico de drogas.

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No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de c) “Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do
matriz africana praticados pelo tráfico de drogas, que não só destruíam autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas”;
terreiros, como também proibiam a realização de cultos em determinada d) “Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também”;
região, segundo o desejo do chefe da facção local. e) “E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela
Não podemos regredir a um estado confessional. A luta de agora pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório”.
liberdade religiosa é um dever de todos para garantir o cumprimento da
Constituição Federal. Quando uma pessoa de fé é humilhada, agredida 09. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018
ou discriminada devido à sua crença, ela tem seus direitos humanos e Ressentimento e Covardia
constitucionais violados. Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa, Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da
mas, muito mais do que sermos tolerantes, precisamos aprender a internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica
respeitar a individualidade e as crenças de cada um. que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e
Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em
vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
que não deveríamos ser. Numa sociedade onde o preconceito se mostra imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a
cada dia mais presente, a única saída é a incorporação da cultura do violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de
respeito. Preconceito não se tolera, se combate. apropriação indébita.
Átila Alexandre Nunes, O Globo, 23/01/2018 (adaptado) No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais
A opção em que o conector sublinhado mostra corretamente seu valor cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das
semântico é: autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a
a) “Diante do número de casos de preconceito explícito” / localização; comunicação virtual está em sua pré-história.
b) “Um número ainda subnotificado, pois, muitas ocorrências que Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que
deveriam ser registradas...” / conclusão; diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais
c) “...está cada vez mais organizada com braços políticos e até de comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e
milícias armadas...” / companhia; que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
d) “...e até de milícias armadas como o tráfico de drogas” / texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de
exemplificação; injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade
e) “...somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao
risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante” / condição. contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em
08. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos
Ressentimento e Covardia e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade.
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da
que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica
eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a
apropriação indébita. violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais apropriação indébita”.
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das Nesse segmento do texto, o termo sublinhado que NÃO estabelece
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a coesão com nenhum termo anterior é:
comunicação virtual está em sua pré-história. a) aqui;
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que b) que;
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais c) importante e eficaz veículo de comunicação;
comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e d) abusos;
que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um e) a.
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de 10. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018 (e mais 3 concursos)
injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade Todas as frases abaixo apresentam elementos sublinhados que
propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao estabelecem coesão com elementos anteriores (anáfora); a frase em
contraditório. que o elemento sublinhado se refere a um elemento futuro do texto
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em (catáfora.) é:
nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos a) “A civilização converteu a solidão num dos bens mais preciosos que
e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. a alma humana pode desejar”;
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) b) “Todo o problema da vida é este: como romper a própria solidão”;
O segmento do texto que mostra um problema de coerência é: c) “É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com
a) “Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no alguém que saiba pensar”;
que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral”; d) “O homem ama a companhia, mesmo que seja apenas a de uma vela
b) “...os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que que queima”;
circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso e) “As pessoas que nunca têm tempo são aquelas que produzem
por caso”; menos”.

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11. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar “Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista
A questão baseia no texto apresentado abaixo. de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige
Guerra civil propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017 Nesse segmento do texto os termos sublinhados NÃO podem ser
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:
O 11º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrando
o crescimento das mortes violentas no Brasil em 2016, mais uma vez a) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
assustou a todos. Foram 61.619 pessoas que perderam a vida devido à b) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
violência. Outro dado relevante é o crescimento da violência em alguns c) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
estados do Sul e do Sudeste. Na verdade, todos os anos a imprensa d) Um bom motorista não dá maus exemplos.
nacional destaca os inaceitáveis números da violência no país. Todos e) Um bom automóvel não pode ter maus freios.
se assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato. Tem sido
assim com o governo federal e boa parte das demais unidades da
15. FGV - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RJ) / 2011
Federação. Agora, com a crise, o argumento é a incapacidade de
investimento, mas, mesmo em períodos de economia mais forte, pouco Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica
se viu da implementação de programas estruturantes com o objetivo de No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para
enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição de equipamentos, responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de crimes
viaturas e novas tecnologias são medidas essenciais, mas é preciso ir ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática,
muito além. Definir metas e alcançá-las, utilizando um bom método de dessa possibilidade vem se dando de forma bastante tímida, muito em
trabalho, deve ser parte de um programa bem articulado, que permita o razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na
acompanhamento das ações e que incentive o trabalho integrado entre Lei 9.605, de 1998, que a tornam quase que inaplicável neste âmbito.
as forças policiais do estado, da União e das guardas municipais. A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates
“Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca os inaceitáveis travados no âmbito doutrinário nacional, insuflados pelos também
números da violência no país”. O vocábulo “inaceitáveis” equivale ao acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela
“que não se aceita”. A equivalência correta abaixo indicada é: crescente aceitação da possibilidade da responsabilização penal da
a) tinta indelével / que não se apaga; pessoa jurídica em legislações de países de importância central na
b) ação impossível / que não se possui; atividade econômica globalizada, é possível vislumbrar que, em breve,
discussões sobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo
c) trabalho inexequível / que não se exemplifica;
de responsabilização penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil.
d) carro invisível / que não tem vistoria;
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das
e) voz inaudível / que não possui audiência. empresas - principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de
ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de
12. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra- critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países
fia/2018 de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as
A relação entre verbo/substantivo representativo de ação que está práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a
INADEQUADA é: fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.
a) compartilhar / compartilhamento; Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal -
b) resolver / resolução; que atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo
31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa
c) beatificar / beatitude;
jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas
d) melhorar / melhora; atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas
e) atrapalhar / atrapalhação. também estabelece regras de como essa responsabilização será
aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da
13. FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Administração/2018 (e inoperância de controles empresariais, sobre atividades
mais 22 concursos) desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em
“Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa”; a relação de seu nome). A vigência na nova norma penal já trouxe efeitos práticos no
oposição entre as duas palavras sublinhadas se repete em cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos
a) cuidadosa / displicente. de debates acerca dos instrumentos de controle da administração
empresarial, promovidos por empresas que pretendem implementar, o
b) demorada / lenta.
quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer
c) superficial / desimportante. tipo de responsabilidade penal.
d) afetiva / sentimental. Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode
e) produtiva / reprodutiva. inferir, ganham importância, no espectro de preocupação não só das
empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias
14. Assistente Operacional (SSP AM) / 2015 empresas nacionais, as práticas de criminal compliance.
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a
batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista diversas obrigações impostas às empresas privadas, por meio da
de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados,
propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem com a finalidade de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.
fica indignado e, usando o “Você sabe com quem está falando?”, Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima
identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, do direito administrativo, isto é, vêm-se incriminando, cada vez mais, os
Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de
Koogan, 1990) reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente

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tutelados. Muitas vezes, o mero descumprimento doloso dessas normas consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses das
e diretivas administrativas estatais pode conduzir à responsabilização elites políticas e econômicas de então. Daí a grande tendência fratricida
penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria observada na época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos
responsabilização da pessoa jurídica, quando houver previsão legal episódios conhecidos como Guerra dos Farrapos e Confederação do
para tanto. Equador.
Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das
sistemática de controles internos com vistas a dar cumprimento às amizades. Desmoralizadas, incapazes de se impor, as leis não tinham
normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando tanto valor quanto, por exemplo, a palavra de um "bom" amigo. Além
prevenir possibilidades de responsabilização penal decorrente da disso, o fato de afastar as leis e seus castigos típicos era uma prova de
prática dos atos normais de gestão empresarial. boa-vontade e um gesto de confiança, o que favorecia boas relações de
No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas comércio e tráfico de influência. De acordo com testemunhos de
na Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro - Lei 9.613, de 3 de março comerciantes holandeses, era impossível fazer negócio com um
de 1998 - que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como brasileiro antes de fazer amizade com ele. Um adágio da época dizia
atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação que "aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo". A informalidade era - e
de recursos financeiros, compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ainda é - uma forma de se preservar o indivíduo.
ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar aos órgãos Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta "cordialidade" não deve ser
oficiais sobre as operações tidas como "suspeitas", sob pena de serem entendida como caráter pacífico. O brasileiro é capaz de guerrear e até
responsabilizadas penal e administrativamente. mesmo destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre
Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos cordiais, ou seja, emocionais.
estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas (In: www.wikipedia.org - com adaptações.)
transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido
origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal concebidas de forma coercitiva e unilateral.
compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da Tem significação oposta à do termo sublinhado o vocábulo:
economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse
a) licenciosa.
para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem
como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão b) tirana.
cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. c) normativa.
(...) d) proibitiva.
(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. e) repressora.
29/03/2011 - com adaptações)
Por ínsitos, NÃO se pode entender 17. FGV - Auditor da Receita Estadual (AP) / 2010
a) inerentes. Corrupção, ética e transformação social
b) peculiares. Em toda História do Brasil, talvez nunca tenhamos visto um momento
c) típicos. em que notícias de corrupção tenham sido tão banais nos meios de
d) adventícios. comunicação, e tão discutidas por grande parte da população. Em
e) característicos. qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, por exemplo), sempre há
alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educação e, inclusive,
a crise ética na política brasileira.
16. FGV - Fiscal da Receita Estadual (AP) / 2010
Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto
O jeitinho brasileiro e o homem cordial cidadãos, nós mesmos raramente decidimos fazer alguma coisa pela
O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de pouca transformação da realidade - isso, quando fazemos algo. Certo
influência social. Em nada se relaciona com um sentimento comodismo nos toma de assalto e reveste toda a nossa fala de uma
revolucionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O moral vazia, estéril, que se reduz à crítica que não busca alterar a
que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e sem realidade. Afinal de contas, em época de eleições, como a que estamos
chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também definido como prestes a vivenciar, nós notamos nas propagandas políticas dos
"molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar bem" em uma situação partidos a presença dos mesmos políticos e das mesmas propostas
"apertada". políticas, as mesmas já prometidas nas eleições anteriores, e que
Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial, fala sobre o jamais foram executadas. Logicamente há as exceções de certos
brasileiro e uma característica presente no seu modo de ser: a governantes que fazem por onde efetivar suas promessas, mas esses,
cordialidade. Porém, cordial, ao contrário do que muitas pessoas infelizmente, continuam sendo uma minoria em todo o Brasil.
pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que significa coração. Numa outra perspectiva, é interessante perceber também quão
Portanto, o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas aquele que contraditória consiste ser a distância entre o que nós criticamos em
age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinção entre o nossos políticos e as ações que nós reproduzimos em nosso cotidiano.
privado e o público, detesta formalidades, põe de lado a ética e a De uma forma ou de outra, reproduzimos a corrupção que nós
civilidade. percebemos na administração pública nacional quando empregamos o
Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto chamado jeitinho brasileiro, em que o peso de um sobrenome ou o peso
caráter emocional do brasileiro, descrito como "o homem cordial" pelo da influência do status social passa a ser um dos elementos
antropólogo. No livro Raízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduo determinantes para a obtenção de certos fins. É nesse sentido que
brasileiro teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade. podemos apontar aqui um grave problema social brasileiro, uma das
Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas principais bases para se buscar o fim da corrupção política no Brasil: a
de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes existência de uma ética baseada em uma falta de ética. Como
e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem poderemos superar essa incongruência?

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Com certeza, a Educação pode ser a saída ideal. Mas tem de ser uma “Como estão familiarizados com o sofrimento e os desfechos das
Educação voltada para desenvolver nas crianças, nos jovens e até medidas extremas, querem estar seguros de que, quando a sua
mesmo nos universitários - independentemente de frequentarem hora vier, ninguém vai tentar reanimá-los nem levá-los a uma UTI
instituições públicas ou privadas - uma preocupação para com o bem para entubá-los e espetá-los com cateteres.”.
público, isto é, para com a sociedade. Uma Educação que os leve a No período destacado, a primeira oração expressa em relação à
superar uma concepção de mundo utilitarista, segundo a qual toda seguinte o valor semântico de:
sociedade humana não passa de um somatório de indivíduos e seus a) causa
interesses pessoais, que tão bem se acomoda ao jeitinho brasileiro, será
o primeiro passo para se desenvolver uma sociedade mais justa, uma b) consequência
sociedade em que a preocupação com o público, com o coletivo, será a c) finalidade
forma ideal para buscar a felicidade individual, que tanto preocupa d) comparação
certos conservadores. e) conformidade
Para tanto, sabemos que é preciso não uma "educação política", mas
sim uma educação politizada. Uma educação que reconheça que a
Texto para as questões 19 a 21
solução para a corrupção centra-se em conceber a política não apenas
como um instrumento para se alcançar um determinado fim, A história da clorpromazina (comercializada como Amplictil no Brasil) e
consolidando-se, portanto, numa mera razão instrumental. Uma de outras drogas psiquiátricas, incluindo lítio e várias gerações de
educação na qual a própria política, a partir do momento em que buscar antidepressivos, é contada de forma apaixonante por Lauren Slater em
ser de fato um meio para se alcançar o bem de todos - como ao que se “Blue Dreams” (sonhos azuis).
propõe o nosso modelo democrático -, vai estruturar uma ética que Slater parte de um ponto de vista privilegiado. Além de escritora, ela é
localizará no comodismo e no jeitinho brasileiro as raízes de nosso psicóloga e paciente psiquiátrica. Sofre de transtorno bipolar e diz estar
analfabetismo político, substituindo-os por outras formas de ação social convicta de que foi apenas o uso maciço de combinações variadas de
ao longo da construção de uma cultura cívica diferente. antidepressivos e lítio que a manteve por mais de três décadas longe
(adaptado de MOREIRA, Moisés S. In www.mundojovem.com.br:) das internações de que precisou na juventude.
"Como poderemos superar essa incongruência?" Ela é uma fã desses fármacos, mas nem por isso deixa de exercer o
Assinale a alternativa que não tem significação semelhante à do termo espírito crítico em relação aos laboratórios. O fato de as drogas
sublinhado: funcionarem não significa que seja pelas razões alegadas pela indústria.
a) Inconveniência. b) Incompatibilidade. O modelo da depressão como um desbalanço químico marcado por
c) Indolência. d) Impropriedade. baixos níveis de serotonina, por exemplo, é mais furado do que um
queijo suíço.
e) Inadequação.
Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mas
sem esconder os graves efeitos secundários que elas provocam e o
18. INÉDITA tamanho da nossa ignorância em relação a seus mecanismos de ação.
A BOA MORTE Como bônus, ela fala também de fármacos ainda ilegais, mas bastante
Aparentemente ninguém deu muita bola para a proposta, feita pela promissores para uso psiquiátrico, como o MDMA e o LSD.
comissão de juristas que revê o Código Penal, de descriminalizar certos Hélio Schwartsman
tipos de eutanásia. Esse, entretanto, é um assunto importantíssimo e
que tende a ficar cada vez mais premente, à medida que a população
envelhece e a medicina amplia seu arsenal terapêutico. 19. INÉDITA
Desligar as máquinas que mantêm um paciente vivo pode ser descrito Assinale a opção cuja reescrita mantém a correção gramatical e
como um caso de homicídio, ainda que com o objetivo nobre de evitar preserva o sentido original do seguinte trecho:
sofrimento, ou como uma recusa em prosseguir com tratamento fútil, o Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mas
que é perfeitamente legal. sem esconder os graves efeitos secundários que elas provocam e o
Como sempre, acho que cabe a cada qual fazer suas próprias escolhas. tamanho da nossa ignorância em relação a seus mecanismos de ação.
Mas, já que nem sempre sabemos o que é melhor, convém dar uma a) Slater não só mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos
espiadela em como pensam aqueles que, de fato, entendem do assunto. pacientes, mas explicita os graves efeitos secundários que elas
Num artigo que está movimentando a blogosfera sanitária e já foi provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
reproduzido no “Wall Street Journal” e no “Guardian”, o doutor Ken mecanismos de ação.
Murray sustenta que, embora os médicos apliquem todo tipo de b) Embora Slater não esconda os graves efeitos secundários que elas
manobra heroica para prolongar a vida de seus pacientes, quando se provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
trata de suas próprias vidas e das de seus entes queridos, eles são bem mecanismos de ação, mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos
mais comedidos. pacientes.
Como estão familiarizados com o sofrimento e os desfechos das c) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes,
medidas extremas, querem estar seguros de que, quando a sua hora mesmo não escondendo os graves efeitos secundários que elas
vier, ninguém vai tentar reanimá-los nem levá-los a uma UTI para provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
entubá-los e espetá-los com cateteres. Murray diz que um de seus
mecanismos de ação.
colegas chegou a tatuar o termo “no code” (sem ressuscitação) no
próprio corpo. d) Apesar de mostrar o que de bom essas drogas fizeram pelos
pacientes, não esconde os graves efeitos secundários que elas
A pergunta que fica, então, é: se não são sádicos, por que os médicos
fazem aos outros o que não desejam para si mesmos? E a resposta de provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
Murray é que ocorre uma perversa combinação de variáveis mecanismos de ação.
emocionais, econômicas, mal-entendidos linguísticos, além, é claro, da e) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, à
própria lógica do sistema. Em geral, para o médico é muito mais fácil e medida que não esconde os graves efeitos secundários que elas
seguro apostar no tratamento, mesmo que ele se estenda para muito provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
além do razoável. mecanismos de ação.

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20. INÉDITA Consideradas no contexto, as expressões “lacônicas”,
Slater parte de um ponto de vista privilegiado. Além de escritora, ela é “gestando” e “díspares”, sublinhadas no texto, podem ser
psicóloga e paciente psiquiátrica. substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por:
É possível identificar entre as duas frases que o compõem uma
relação de: 22. INÉDITA
a) Adição Consideradas no contexto, as expressões “lacônicas”, “gestando” e
b) Explicação “díspares”, sublinhadas no texto, podem ser substituídas, sem alteração
c) Comparação de sentido, respectivamente, por:
d) Oposição a) breves; produzindo; parecidos.
e) Conclusão b) prolixas; abolindo; diferentes.
c) simples; criando; distintos.
21. INÉDITA d) sucintas; formando; desiguais
Lendo uma notícia de um jornal, nota-se o seguinte trecho: e) complexas; gerando; dessemelhantes
“Muitas são as pessoas que estão se mudando daquela cidade graças
à violência que lá tem sido tão frequente.” 23. INÉDITA
Um leitor mais atento julgou incorreto o emprego da expressão “graças O gênero “divina comédia” sugere a ambiguidade do procedimento
a”. habitual do dramaturgo, com integração de humorístico e patético,
Assinale a opção que traz uma justificativa coerente para esse elementos trágicos e cômicos, para chegar a um misto de irrisão e
julgamento e uma proposta de correção: desespero. O achado imprevisto é uma deliciosa intuição do absurdo,
a) A locução conjuntiva “graças a” não transmite a ideia de causa. estimulando com rara eficácia o espectador.
Assim, seria interessante substituí-la por “devido a”. (Nelson Rodrigues – Teatro da Obsessão)
b) A locução conjuntiva “graças a” não transmite a ideia de causa. No trecho de texto, o termo “irrisão”, contextualmente, assume o
Assim, seria interessante substituí-la por “em virtude de”. significado de:
c) A locução conjuntiva “graças a”, embora transmita a ideia de causa, a) pânico b) nervosismo
tem uso restrito a causas de tom positivo. Assim, seu emprego no texto c) inteligência d) menosprezo
é inadequado, sendo interessante substituí-la por “devido a”. e) sedução
d) A locução conjuntiva “graças a”, embora transmita a ideia de causa,
tem uso restrito a causas de tom positivo. Assim, seu emprego no texto 24. INÉDITA
é inadequado, sendo interessante substituí-la por “mesmo com”.
Você sabia que o desperdício de alimentos atinge um terço de toda
e) A locução conjuntiva “graças a” transmite a ideia de consequência comida produzida no mundo? Pois é, a produção em excesso e o
exigida na frase. Assim, seu emprego no texto é inadequado, sendo transporte são fatores significativos para esse problema. Mas além
interessante substituí-la por “devido a”. disso, há desperdício de alimentos na cozinha da nossa casa. Vamos
dar uma olhada mais profunda nessa questão.
Texto para a questão 22 De acordo com a FAO (agência das Nações Unidas preocupada em
Uma palavra sobre cultura e Constituição erradicar a fome), 54% do desperdício de alimentos no mundo ocorre
Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar na fase inicial da produção, que são a manipulação pós-colheita e a
das relações entre cultura e Estado. Não creio que se deve armazenagem. Os outros 46% do desperdício, de acordo com a mesma
propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. (...) fonte, ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo.
A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, Quando lembramos que todos os dias 870 milhões de pessoas passam
ao mesmo tempo, um povo mestiço, com raízes indígenas, africanas, fome, esses dados sobre desperdício se tornam aterrorizantes.
europeias e asiáticas, um país onde o ensino médio e universitário tem https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-
alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e um alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-
vasto território cruzado por uma rede de comunicações de massa prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
portadora de uma indústria cultural cada vez mais presente. O prefixo presente na palavra “desperdício” tem o mesmo sentido
O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de do prefixo que ocorre em
homogêneo ou de uniforme. A sua forma complexa e mutante resulta a) impossível. b) discórdia.
de interpenetrações da cultura erudita, da cultura popular e da cultura c) superlotar d) intravenoso
de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no e) reavaliar
trato com a “cultura”, este não será outro que o da liberdade e o do
respeito pelas manifestações espirituais as mais diversas que se vêm
gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa corrente de 25. INÉDITA
experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria O mercado não espera
abster-se de propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque Se as universidades públicas e privadas ainda patinam no caminho a
exteriores à dialética das “culturas” brasileiras. Ao contrário, um certo ser seguido, as corporativas estão avançando a todo vapor.
grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, A fim de capacitar a mão de obra, o Banco do Brasil despendeu 127,1
recomendável. milhões de reais em 2017 com a universidade corporativa, que ofereceu
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: 8 milhões de horas de treinamento; e apenas 10% deles foram
Editora 34, 2013, p. 393-394) presenciais.

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“Essa facilidade permite a disseminação do conteúdo para todos os 04. RESOLUÇÃO:
109 026 funcionários espalhados pelo Brasil”, diz José Caetano, Observe os trechos a seguir:
destacando: “Para a geração mais jovem, um vídeo se mostra mais 1º trecho:
eficaz do que passar horas lendo um conteúdo”.
Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer
Treinamentos com situações reais, videoaulas e jogos também são produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
comuns. “Procuramos uma metodologia mais efetiva, animais de sua terra natal.
independentemente da tecnologia escolhida”, afirma Armando Nesse primeiro trecho, o anafórico ISSO retoma o conteúdo da oração
Lourenzo, diretor da universidade corporativa da EY. A escola tem anterior – “Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a
indicadores de aplicação que traduzem quanto do ensinado em sala comer produtos nativos americanos”.
pode ser usado no dia a dia. 2º trecho
Analisando os sentidos atribuídos aos elementos linguísticos Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer
destacados no texto, é correto afirmar que: produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
a) “Se”, na linha 1, expressa a ideia de condição. animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa
b) “apenas”, na linha 4, expressa a ideia de restrição. todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de
c) “para”, na linha 6, expressa a ideia de finalidade. alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de
encontrar os tão desejados metais preciosos.
d) “mais”, na linha 10, expressa a ideia de quantidade
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa...
e) ”quanto”, na linha 11, expressa a ideia de intensidade.
Nesse segundo trecho, note que a expressão anafórica ESSA TROCA
faz menção não a uma oração, mas a todo o conteúdo do parágrafo
GABARITO COMENTADO anterior.
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora
01. RESOLUÇÃO:
e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois diversas
Letra A – CERTO – De fato! A expressão “devido a” pode ser plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, a dieta
perfeitamente trocada por “por causa de”. dos habitantes das duas regiões foi enriquecida.
Letra B – ERRADO – No trecho “Agora, com a crise, o argumento é a Note que o anafórico ISSO retoma não uma oração, mas todo o período
incapacidade de investimento...”, o termo “com a crise” pode ser anterior.
reescrito da forma “devido à crise”, evidenciando o sentido de causa. Dessa forma, a letra A está errada, pois nem todos os termos
Letra C – ERRADO – O “mesmo” possui valor inclusivo. É possível destacados retomam uma oração; as letras B e C estão erradas, pois
substituí-lo pela forma “inclusive”. os anafóricos não estão se referindo especificamente a um ou mais
Letra D – ERRADO – O termo “em alguns estados” expressa a ideia de termos anteriores, e sim a conteúdos; a letra D está errada, pois o
lugar. emprego dos anafóricos não está relacionado à ideia de tempo.
Letra E – ERRADO – A conjunção “mas”, no contexto, é adversativa. Os anafóricos retomam sim conteúdos já mencionados, o que
atesta a validade da letra E.
Resposta: A
Resposta: E

02. RESOLUÇÃO
05. RESOLUÇÃO:
Letra A – ERRADO – A conjunção “mas” possui valor adversativo.
O primeiro período deixa explícito que os espanhóis não comeram
Letra B – ERRADO – O termo “com amplos significados” guarda a ideia produtos nativos americanos. Já o segundo período traz a informação
de característica, atributo, e noçao propriamente uma ideia de meio ou de que eles enviavam esses produtos para a Europa.
instrumento.
A letra A está falsa, pois afirma erroneamente que os espanhóis
Letra C – CERTO – De fato! A expressão “além de” indica inclusão, passaram a adotar os produtos nativos americanos, o que não é
adição. verdade.
Letra D – ERRADO – A preposição “para” introduz uma ideia de A letra B também está falsa, pois os espanhóis não se alimentavam dos
finalidade, propósito, objetivo. produtos americanos.
Letra E – ERRADO – A expressão “Por outro lado” tem valor de A letra D está falsa, pois extrapola o que foi dito no trecho, ao afirmar
contraste, marcando um contraponto ao argumento anteriormente que os nativos ofereciam alimentos aos espanhóis.
citado. A letra E está falsa, pois afirma que os espanhóis comiam os alimentos
Resposta: C nativos, o que não é verdade.
A letra C é a correta, pois reproduz fielmente os sentidos dos dois
períodos.
03. RESOLUÇÃO:
Resposta: C
Observe o seguinte trecho:
Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual,
acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se 06. RESOLUÇÃO:
complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns Em outras palavras, a questão nos pede que identifiquemos
indivíduos ou grupos desfrutam ... dêiticos, elementos de coesão extratextuais.
Note a presença do pronome anafórico “Essa”, cuja função é retomar Letra B – ERRADA
um elemento já citado. O termo “Essa desigualdade” faz menção à Veja o seguinte trecho: Os estudantes brasileiros estão entre os
desigualdade descrita no período anterior. piores, em meio a 52 países ou economias com dados disponíveis, em
resolver problemas de maneira colaborativa. De acordo com
Resposta: C
especialistas, há razões claras para essa posição.

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Note que a expressão “essa posição” retoma intratextualmente a Letra B – ERRADA - O pronome relativo “que” retoma
informação trazida no período anterior, de que os estudantes brasileiros intratextualmente o termo antecedente “internet”.
estão entre os piores. Letra C – ERRADA - A expressão “importante e eficaz veículo de
Letra C – ERRADA comunicação” retoma intratextualmente “Folha”.
No trecho “... o foco em avaliações de larga escala afetou o que é Letra D – ERRADA – O substantivo “abusos” é uma referência por
prioridade...”, o pronome relativo “que” está retomando repetição do mesmo substantivo já citado anteriormente.
intratextualmente o demonstrativo “o”. Note que “o” é demonstrativo,
pois é possível substituí-lo por “aquilo” (= ... afetou aquilo que é Letra E – ERRADA – O demonstrativo “a” substitui o termo já citado
prioridade.) “lei”.
Letra D – ERRADA – O substantivo “país” retoma intratextualmente Resposta: A
“Brasil”.
Letra E – ERRADA – O pronome relativo “que” retoma 10. RESOLUÇÃO:
intratextualmente o termo antecedente “estruturas de aula”.
Questão relativamente tranquila!
Resta-nos a letra A. Veja que o advérbio “ontem” não encontra uma
referência intratextual. Trata-se, portanto, de um dêitico, uma referência Na letra A, o relativo “que” retoma “um dos bens mais preciosos”.
extratextual. Na letra B, o pronome “este” é catafórico, fazendo menção à expressão
Resposta: A citada após os dois pontos. É a nossa resposta.
Na letra C, o relativo “que” retoma “alguém”.
07. RESOLUÇÃO: Na letra D, o demonstrativo “a” retoma “companhia”.
Letra A – ERRADA – O trecho “Diante do número de casos de Na letra E, o demonstrativo “aquelas” retoma “pessoas”.
preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento...” Resposta: B
pode ser reescrito da seguinte forma: “Devido ao número de casos de
preconceito explícito e agressões, somos levados ao
questionamento...”. Logo, o conector “Diante de” expressa ideia de 11. RESOLUÇÃO:
causa. Trata-se de uma questão que exige conhecimento vocabular. No
Letra B – ERRADA – Existe um erro de pontuação nesse trecho entanto, é possível resolvê-la por eliminação.
que pode confundir o aluno. O conector “pois” tem valor explicativo. Isso Na letra B, a tradução correta de “impossível” não está associada à ideia
fica evidente, ao substituí-lo pela conjunção “porque”. Isso posto, a de posse, mas sim à possibilidade.
vírgula deveria ser empregada apenas antes. No trecho original, não se
justifica a vírgula após o “pois” explicativo. Na letra C, a tradução correta de “inexequível” não está associada à
ideia de exemplo, mas sim à execução. Significa “aquilo que não pode
Letra C – ERRADA – A preposição “com” introduz uma ideia de
modo, e não companhia. ser executado”.
Letra D – CERTA Na letra D, a tradução correta de “invisível” não está associada à ideia
Letra E – ERRADA – O “se” em destaque é conjunção integrante. de vistoriar, mas sim à visão. Significa “aquilo que não pode ser visto”.
Note que a oração “se nossa sociedade corre...” é subordinada Na letra E, a tradução correta de “inexequível” não está associada à
substantiva (... somos levados ao questionamento se nossa sociedade ideia de audiência, auditório, mas sim à audição. Significa “aquilo que
corre o risco... = somos levados ao questionamento DISTO.). Isso posto, não pode ser ouvido”.
o “se” integrante não possui valor condicional, e sim expressa dúvida, Resta-nos a letra A, em que a palavra “indelével” de fato significa “aquilo
incerteza. que não pode ser apagado”.
Resposta: D
Resposta: A

08. RESOLUÇÃO:
Sutil! Muito sutil! Extremamente sutil! 12. RESOLUÇÃO:
Veja, na letra C, o fragmento “Um jornal ou revista é processado...”. Note a similaridade das letras A, B, D e E.
Quando os núcleos de um sujeito composto são conectados pela Na letra A, “compartilhamento” é o ATO de compartilhar.
conjunção OU, temos duas possibilidades: se OU for exclusivo, o verbo Na letra B, “resolução” é o ATO de resolver.
é flexionado no singular; se OU não for exclusivo, o verbo é flexionado Na letra D, “melhora” é o ATO de melhorar.
no plural.
Na letra E, “atrapalhação” é o ATO de atrapalhar.
Como a forma verbal está no singular, concluímos que existe a ideia de
exclusão: ou o jornal é processado ou a revista é processada; não como Por fim, na letra C, “beatitude” não é um ato, e sim um ATRIBUTO de
os dois serem processados. Isso é incoerente! Tanto o jornal como a quem é “beato”.
revista que publicarem trechos não autorizados serão processados. O ato de beatificar seria “beatificação”.
Deveria, portanto, ser empregada a forma plural “são processados”. Resposta: C
Resposta: C
13. RESOLUÇÃO:
09. RESOLUÇÃO: Na letra B, há uma convergência de sentidos entre “demorada” e “lenta”.
Letra A – CERTA - O advérbio “aqui” é um dêitico, isto é, um elemento Trata-se de sinônimos.
de coesão extratextual, que geralmente situa espaço e tempo não
mencionados diretamente no corpo do texto. O advérbio “aqui” não Na letra C, “superficial” e “desimportante” possuem significados
encontra referência intratextual alguma. Sua referência é extratextual, distintos, mas não opostos. A primeira se opõe a “detalhado”; já a
captada não pelo texto, mas pelo contexto. Dá-se a entender que “aqui” segunda, a “importante”, “relevante”.
se refere à coluna escrita periodicamente pelo articulista da Folha de Na letra D, há uma convergência de sentidos entre “afetiva” e
São Paulo. “sentimental”. Trata-se de sinônimos.

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Na letra E, “produtiva” e “reprodutiva” possuem significados distintos, 16. RESOLUÇÃO:
mas não opostos. A primeira faz menção a algo que gera produção; a Mais uma questão possível de ser respondida por meio da lógica.
segunda, a algo que se replica, se repete.
Note que há uma aproximação de sentido entre “tirana” e “repressora”,
A letra A traz duas ideias opostas: ser cuidadoso se opõe a ser o que impede as letras B e E de serem respostas.
displicente.
Restam as letras A, C e D.
Resposta: A
De acordo com o contexto, alega-se que as instituições não dizem
respeito à vontade das pessoas. Foram concebidas não por um acordo,
14. RESOLUÇÃO mas de forma unilateral, ou seja, imposta, à força.
Excelente questão de semântica! Não se opõe à ideia de imposição os vocábulos “normativa” e
Vejamos novamente o trecho selecionado: “proibitiva”.
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas No entanto, opõe-se a esse sentido “licenciosa”, associada à ideia de
batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista "concessão", "liberação".
de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige Resposta: A
propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
O adjetivo "má", em "má sinalização", está empregado no sentido de
"inadequada, inapropriada". 17. RESOLUÇÃO:
Já "boa", em "boa propina", carrega consigo um sentido associado à A palavra "indolência" significa "preguiça", "falta de disposição". Seu
quantidade. Poderíamos substituir por "grande" ou "vultosa". Ademais, significado se distancia, assim, dos demais vocábulos, que apontam no
dentro do contexto, esse adjetivo é empregado com tom irônico. sentido de "erro", "inconsistência".
Por isso, não devemos considerar no contexto "má" - associado a É possível chegar à resposta por eliminação, pois as letras A, B, D e E
inadequação - e "boa" - associado a quantidade - palavras antônimas. apresentam vocábulos que se aproximam quanto ao sentido.
É esse mesmo raciocínio que utilizaremos nos itens a seguir: Resposta: Letra C
Letra A - Os vocábulos "boa" e "má" podem sim ser considerados
antônimos. Note que os seus sentidos são, respectivamente,
"adequada" e "inadequada". Pode-se reescrever a frase, mantendo-se 18. RESOLUÇÃO:
o sentido original, da seguinte forma: Uma adequada fiscalização Questão relativamente simples, que trata do valor semântico dos
reprime a inadequada conduta de motoristas. conectores, em particular a conjunção "como".
Letra B - Os vocábulos "má" e "boa" podem sim ser considerados Para resolver esse tipo de questão, uma habilidade que se exige do
antônimos. Note que os seus sentidos são, respectivamente, aluno é reescrever o texto, identificando as corretas relações lógicas.
"inadequada" e "adequada". Pode-se reescrever a frase, mantendo-se Vejamos um exemplo:
o sentido original, da seguinte forma: Uma inadequada sinalização não Como estava chovendo, não pude ir ao show.
indica uma adequada administração.
= Não pude ir ao show, porque estava chovendo.
Letra C - Os vocábulos "má" e "boa" NÃO podem sim ser considerados
antônimos. Note que os seus sentidos são, respectivamente, Dessa forma, a conjunção "como" assume valor semântico causal.
"inadequada" e "forte" (ou "intensa", ou "grande", ou "veemente"). Pode- Analisemos o "como" no trecho:
se reescrever a frase, mantendo-se o sentido original, da seguinte Como estão familiarizados com o sofrimento e os desfechos das
forma: Uma inadequada conduta é sempre seguida de uma forte medidas extremas, querem estar seguros de que, quando a sua hora
repreensão. vier, ninguém vai tentar reanimá-los nem levá-los a uma UTI para
Letra D - Os vocábulos "bom" e "maus" podem sim ser considerados entubá-los e espetá-los com cateteres.”.
antônimos. Note que os seus sentidos são, respectivamente, "correto" É possível reescrever o trecho acima da seguinte forma:
e "incorretos". Pode-se reescrever a frase, mantendo-se o sentido
"Devido ao fato de estarem familiarizados com o sofrimento e os
original, da seguinte forma: Um motorista correto não dá exemplos
desfechos das medidas extremas, querem estar seguros de que,
incorretos.
quando a sua hora vier, ninguém vai tentar reanimá-los nem levá-los a
Letra E - Os vocábulos "bom" e "maus" podem sim ser considerados
uma UTI para entubá-los e espetá-los com cateteres.”.
antônimos. Note que os seus sentidos são, respectivamente,
"adequado" e "inadequados". Pode-se reescrever a frase, mantendo-se Fica claro, assim, que a conjunção "como" assume valor causal.
o sentido original, da seguinte forma: Um adequado automóvel não pode Resposta: A
ter inadequados freios.
Resposta: C
19. RESOLUÇÃO:
Observemos a conjunção “mas”, cujo sentido é adversativo.
15. RESOLUÇÃO:
Antes de analisarmos as opções, vale a pena ressaltar a diferença entre
Podemos resolver essa questão com um pouco de lógica. a oposição adversativa – o principal representante é o “mas” - e a
Ora, as letras A, B, C e E apresentam sentidos convergentes. Algo concessiva - o principal representante é o “embora”.
característico é algo típico, peculiar, inerente. São, assim, possíveis Vejamos dois exemplos:
sinônimos.
João é um bom funcionário, mas chega atrasado todo dia.
Resta-nos a alternativa D como resposta.
João é um bom funcionário, embora chegue atrasado todo dia.
O vocábulo "ínsitos" significa "implantados", "inseridos", "inatos", etc.
Já na letra D, o vocábulo "adventício" significa "anormal", "exótico", Na primeira, destaca-se, por meio da conjunção “mas”, o fato de João
"estranho", "acidental". chegar atrasado todo dia. Já na segunda, a conjunção concessiva
“embora” relativiza o fato de João chegar atrasado todo dia.
Resposta: D
Na primeira, enfatiza-se o defeito; na segunda, a qualidade.

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Analisemos as opções: Letra C – CERTA – A troca pela expressão causal neutra “devido a” dá
Letra A – ERRADA – Cuidado com essa redação. Nela, empregamos à redação compatibilidade semântica.
o conector “mas”. No entanto, ele não está sozinho. Observemos que Letra D – ERRADA – A expressão “mesmo com” não teria valor causal,
temos a presença da expressão “não só... mas (também)”, que tem valor e sim concessivo, alterando, dessa forma, o conteúdo original.
de adição, e não de oposição adversativa. É preciso identificar a palavra Letra E – ERRADA - A locução “graças a” transmite uma ideia de causa,
“também” subentendida após a conjunção “mas”. não de consequência.
Letra B – ERRADA – Na redação original, a conjunção adversativa Resposta: C
“mas” enfatiza os graves efeitos secundários e o tamanho da ignorância
sobre o tema. Ao mesmo tempo, relativiza-se (atenua-se) o que de bom
os medicamentos trazem para os pacientes. 22. RESOLUÇÃO:
Na proposta de reescrita, utiliza-se a conjunção concessiva “embora”. Inicia-se o texto alegrando que a Constituição tratou de forma
Essa conjunção relativiza os graves efeitos e a ignorância sobre o tema, indeterminada o termo cultura, sem maiores detalhamentos ou
mudando-se, assim, o sentido original. especificações. Isso posto, é possível, não conhecendo previamente o
significado do termo “lacônicas”, associá-lo, por coerência, à ideia de
Letra C – ERRADA – Ocorre o emprego da conjunção concessiva
brevidade.
“mesmo”. Essa conjunção relativiza os graves efeitos e a ignorância
sobre o tema, mudando-se, assim, o sentido original. Já “gestar”, cognato de “gestação”, tem a significação associada à
produção.
Letra D – CERTA - Ocorre o emprego da locução conjuntiva concessiva
“Apesar de”. Essa conjunção relativiza o que de bom os medicamentos O termo “díspares”, por fim, está associado à desigualdade, diferença.
trazem para os pacientes e enfatiza os graves efeitos e a ignorância Resposta: C
sobre o tema, mantendo-se, assim, o sentido original.

23. RESOLUÇÃO:
Letra E – ERRADA – A locução “à medida que” tem sentido de
A questão trata de significação de palavras. Obviamente, se o aluno
proporção, bem diferente, portanto, do sentido original de oposição.
souber o significado do vocábulo, a questão é prontamente respondida.
Resposta: D
Porém, mesmo sem conhecer esse significado, é possível identificar seu
sentido pelo contexto em que se insere. Note que Nélson Rodrigues
20. RESOLUÇÃO: sugere que o gênero “divina comédia” é ambíguo, pois integra o
Cuidado com essa questão! humorístico (engraçado) e o patético (triste, constrangedor); o trágico
(dramático) e o cômico (engraçado); o desespero e a irrisão. Daí se
O enunciado aqui é decisivo, pois se pede do candidato que ele
conclui que irrisão se contrapõe a desespero, da mesma forma que
identifique a relação entre as FRASES.
humorístico a patético e trágico a cômico. Isso já faz com que
O que pode nos confundir é a presença do conector “Além de”, que dá eliminemos as letras A (pânico) e B (nervosismo).
o sentido de adição. No entanto, essa relação de adição se dá entre os
Além disso, é possível identificar uma família de cognatos (mesma raiz,
termos da segunda frase, e não entre as frases. Diz-se na segunda frase
radical) reunindo irrisão, irrisório, risível, riso, etc. Daí é possível
que ela é escritora, psicóloga E paciente psiquiátrica.
associar irrisão a zombaria, alvo de riso, menosprezo.
Dessa forma, o grande risco é marcarmos a letra A. No entanto,
Resposta: D
repetindo, não é de adição a relação entre as frases.
Agora analisemos a relação entre as frases. É possível explicitá-la,
fazendo-se a seguinte reescrita: 24. RESOLUÇÃO:
Slater parte de um ponto de vista privilegiado, POIS, além de escritora, O prefixo “des-”, em desperdício, indica intensidade, quantidade. Trata-
ela é psicóloga e paciente psiquiátrica. se de uma perda grande, excessiva.
A presença da conjunção POIS explicita, portanto, a relação de Deve-se tomar cuidado para não o associar a negação, ação contrária.
EXPLICAÇÃO. Letra A – ERRADO – O prefixo “im-”, em impossível, indica negação.
Resposta: B Letra B – ERRADO – O prefixo “dis-”, em discórdia, indica negação,
ação contrária.
21. RESOLUÇÃO: Letra C – CERTO – O prefixo “super-”, em superlotar, indica
A locução “graças a” introduz uma ideia de causa. No entanto, é intensidade, quantidade. Trata-se de uma lotação excessiva.
compatível com causas de carga semântica positiva, pois a expressão Letra D – ERRADO – O prefixo “intra-”, em intravenoso, está associado
está associada ao sentido de “agradecer”. a interior, interno.
Descartando-se a hipótese de o autor ter se expressado de forma Letra E – ERRADO – O prefixo “re-”, em reavaliar, indica repetição.
irônica, haja vista se tratar o texto de uma notícia jornalística, vê-se Resposta: C
incompatibilidade no emprego da expressão, pois “violência” não tem
valor positivo.
Letra A – ERRADA – A locução “graças a” transmite sim a ideia de 25. RESOLUÇÃO:
causa. Letra A – ERRADO – O “Se” não expressa condição, mas sim enfatiza
Letra B – ERRADA - A locução “graças a” transmite sim a ideia de uma comparação, um contraste.
causa. Além disso, não seria possível a troca pela também expressão Letra B – CERTO – De fato! O termo “apenas” significa “somente”,
de causa “em virtude de”, devido ao fato de esta também pedir conteúdo indicando que nem todos os cursos se deram no formato presencial. Há,
de valor semântico positivo. portanto, uma ideia de restrição.

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Letra C – ERRADO – O “para” não introduz finalidade, e sim
destinatário.
Letra D – ERRADO – O “mais” modifica “efetiva”, dando uma ideia de
intensidade.
Letra E – ERRADO – O “quanto” expressa ideia de quantidade, não
intensidade.
Resposta: B

Gabarito
01 A 02 C 03 C 04 E 05 C
06 A 07 D 08 C 09 A 10 B
11 A 12 C 13 A 14 C 15 D
16 A 17 C 18 A 19 D 20 B
21 C 22 C 23 D 24 C 25 B

ANOTAÇÕES

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REESCRITA
01. FGV - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFIN RO)/2018 produzir violência em escala inédita no reino animal. Por outro lado,
Texto – Há sempre o inesperado nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta
Quem não nasceu de novo por causa de um inesperado? de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida
comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem
Iniciei-me no exílio antropológico quando – de agosto a novembro de a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria
1961 – fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará. nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que
Mas, como os exilados também se comunicam, solicitei a uma alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
respeitável figura do último reduto urbano que visitamos, uma negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade
cidadezinha na margem esquerda do rio Tocantins, que cuidasse da aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um
correspondência que Júlio César Melatti, meu companheiro de tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.
aventura, e eu iríamos receber. Naquele mundo sem internet,
O par de palavras em que a troca de posição acarreta modificação
telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes demoravam
de sentido é:
semanas para ir e vir.
Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando a) amplos significados;
chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa b) determinados indivíduos;
correspondência havia sido violada. c) ambientes hostis;
Por quê? Ora, por engano, respondeu o responsável, arrolando em d) escala inédita;
seguida o inesperado e ironia que até hoje permeiam a atividade de e) sociedades complexas.
pesquisa de Brasil. Foi quando soubemos que quem havia se
comprometido a cuidar de nossas cartas não acreditava que estávamos
“estudando índios”. Na sua mente, éramos bons demais para perdermos 03. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia
tempo com uma atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos da Informação/2018 (e mais 21 concursos)
estrangeiros disfarçados – muito provavelmente americanos – atrás de Orgânico por um bom motivo
urânio e outros metais preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso Chico Junior, O Globo, 25/11/2017 (fragmento)
intermediário ao imperativo de “conferir” a correspondência. O mundo caminha para um consumo cada vez maior de alimento
Mas agora que os nossos rostos escalavrados pelo ordálio do trabalho orgânico. A Dinamarca, por exemplo, começou há 25 anos uma política
de campo provavam como estava errado, ele, pela primeira vez em sua agrícola-ambiental que vai torná-la, até 2020, o primeiro país do mundo
vida, acreditou ter testemunhado dois cientistas em ação. a ter sua produção de alimentos 100% orgânica. Está conseguindo isso
Há sempre o inesperado. graças a um forte trabalho de conscientização e por intermédio de
Roberto da Matta. O GLOBO. Rio de Janeiro, 18/10/2017 subsídios aos pequenos agricultores.
“fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará”. Resumidamente, o alimento orgânico também pode ser chamado de
agroecológico – a agroecologia pode ser definida como o estudo da
As opções a seguir apresentam essa frase reescrita de modos variados. agricultura a partir de uma perspectiva ecológica. É aquele produzido
Assinale a opção em que a reescrita dessa frase não está de acordo de forma sustentável, respeitando-se e não agredindo o meio ambiente
com a norma padrão ou desrespeita seu sentido original. e não utilizando fertilizantes químicos e, muito menos, os defensivos
a) Fiz trabalho de campo, no sul do Pará, entre os índios gaviões. agrícolas químicos, os chamados agrotóxicos. Diga-se de passagem
b) No sul do Pará, fiz trabalho de campo entre os índios gaviões. que o Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo, inclusive vários
c) Entre os índios gaviões, no sul do Pará, fiz trabalho de campo. que são proibidos em diversas partes do planeta, banidos da Europa e
d) Um trabalho de campo foi feito, no sul do Pará, entre os índios dos Estados Unidos.
gaviões. A produção e consumo de orgânicos se dão por duas razões básicas:
e) No sul do Pará, entre os índios gaviões, foi feito por mim um trabalho aumento do que chamamos de consciência ecológica e o desejo de se
consumirem alimentos mais saudáveis.
de campo.
No Brasil caminha-se ainda lentamente, mas caminha-se, o que faz
com que os produtos ainda sejam caros e fora do alcance da maioria.
02. FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar Mas o fato é que a produção vem aumentando ano a ano e os preços,
em Saúde Bucal/2018 (e mais 1 concurso) de maneira geral, diminuindo.
Violência: O Valor da vida “Diga-se de passagem que o Brasil é o país que mais usa agrotóxico no
Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos mundo”; a modificação de um elemento provoca mudança de sentido
históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412 em:
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as a) O Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo, diga-se de
sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, passagem;
estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com b) Diga-se de passagem que o país que usa mais agrotóxico no mundo
amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão é o Brasil;
física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão
c) O país que mais usa agrotóxico no mundo, diga-se de passagem, é
política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento
o Brasil;
de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas
condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos d) Seja dito de passagem que o país que mais usa agrotóxico no mundo
definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo é o Brasil;
impõe a outro. Consideremos o surgimento das desigualdades e) O Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo, seja dito de
econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, passagem.
porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou

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04. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de
da Informação/2018 (e mais 21 concursos) abandoná-las. A desidratação frequente que a gestão pública do setor
Intercâmbio de alimentos vem sofrendo inibe a consolidação de mecanismos de mapeamento
Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, História em debate. São contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da
população aos bens culturais.
Paulo: Editora do Brasil, p. 72.
“A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crise não se dá por
A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das
acaso”; a maneira INADEQUADA de reescrever-se esse período do
transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres
texto, segundo a norma culta, é:
humanos.
a) Não se dá por acaso a resistência ao desmonte da cultura em cenário
Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer
de crises graves;
produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e
animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa b) Em cenário de crises graves, não se dá por acaso a resistência ao
todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de desmonte da cultura;
alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de c) A resistência ao desmonte da cultura, em cenário de crises graves,
encontrar os tão desejados metais preciosos. não se dá por acaso;
Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a d) A resistência, ao desmonte da cultura, em cenário de crises graves
flora e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois não se dá por acaso;
diversas plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, e) A resistência, em cenário de crises graves, ao desmonte da cultura
a dieta dos habitantes das duas regiões foi enriquecida. não se dá por acaso.
“A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das
transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos 07. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra-
seres humanos”. Com base nesse segmento inicial do texto, foram fia/2018
propostas várias modificações no texto; a opção de mudança que Prioridade à cultura
interfere com a correção gramatical ou modifica a mensagem original é: Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)
a) em lugar de “a chegada dos europeus” poderia estar “a chegada A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não
europeia”; se dá por acaso. Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela
b) em lugar da expressão “à América” poderia estar “na América”; extinção de uma série de políticas e pilares que sustentam a cultura
c) em lugar de “uma das transformações mais revolucionárias” poderia brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém. É muito
estar “uma transformação das mais revolucionárias”; comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que
d) em lugar de “hábitos alimentares” poderia estar “hábitos de políticas públicas para a cultura não devem ser prioritárias. Combater
essa generalização equivocada é urgente.
alimentação”;
O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de
e) em lugar de “dos seres humanos” poderia estar “do Homem”.
abandoná-las. A desidratação frequente que a gestão pública do setor
vem sofrendo inibe a consolidação de mecanismos de mapeamento
05. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra- contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da
fia/2018 população aos bens culturais.
Numa audiência pública, um dos participantes fez a seguinte Muitos conectores possuem o mesmo sentido de outros conectores; a
declaração: “O presidente está ampliando o poder do presidente da frase abaixo em que essa substituição foi realizada de forma adequada
Câmara para que esteja aprovando a Previdência”. é:
O setor de revisão modificou essa frase, no sentido de torná-la mais a) “Mesmo num contexto...” / Portanto num contexto...
adequada, para: b) “...trabalhe pela extinção...” / ...trabalha com a extinção...
a) o presidente ampliou o poder do presidente da Câmara a fim de que c) “...as políticas puras para a cultura...” / as políticas puras em direção
ele esteja aprovando a Previdência; à cultura;
b) o presidente ampliou o poder do presidente da Câmara para que ele d) “...ampliar as discussões sobre a cultura...” / ampliar as discussões a
dê a aprovação da Previdência; fim da cultura;
c) o presidente ampliou o poder do presidente da Câmara para a e) “...em vez de abandoná-las” / em lugar de abandoná-las.
aprovação da Previdência;
d) o presidente fez a ampliação do poder do presidente da Câmara para 08. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra-
que ele faça a aprovação da Previdência; fia/2018
e) o presidente ampliou o poder do presidente da Câmara para que a A produção do conhecimento,
Previdência seja aprovada. Flávio de Campos
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um
06. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra- determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior
fia/2018 número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes.
Prioridade à cultura Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter
Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado) dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais
humilde trabalhador.
A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não
se dá por acaso. Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de
extinção de uma série de políticas e pilares que sustentam a cultura organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas. Em
brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém. É muito qualquer área profissional, há sempre questões em aberto, onde as
comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas
conclusivas. A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é
políticas públicas para a cultura não devem ser prioritárias. Combater
possível ampliar e reformular essas respostas obtidas anteriormente.
essa generalização equivocada é urgente.

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A observação pertinente sobre a construção do texto é: comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e
a) em lugar de “determinado assunto” deveria estar escrito “assunto que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um
determinado”; jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um
b) em lugar da repetição da palavre “detetive” no segundo período, texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de
deveria ser usado um sinônimo; injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade
propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao
c) em lugar do demonstrativo “aquele” no segundo período, deveria
contraditório.
optar-se pela forma “esse”;
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em
d) em lugar da expressão “em aberto”, no segundo parágrafo, deveria
nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos
ter sido empregada a forma “abertas”;
e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade.
e) em lugar de “onde”, no segundo parágrafo, deveria ter sido
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
empregada a expressão “em que”.
Muitos termos do texto aparecem ligados pela conjunção E; ocorre
inadequação na troca de posição dos elementos sublinhados em:
09. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigra-
fia/2018 a) “... que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante
e eficaz veículo de comunicação”;
A produção do conhecimento,
b) “... que pune injúrias, difamações e calúnias”;
Flávio de Campos
c) “bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um
recursos de apropriação indébita;
determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior
número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. d) “...os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à
Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter disposição dos usuários e das autoridades”;
dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais e) “Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do
humilde trabalhador. autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas”.
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de
organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas. Em 11. FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018 (e mais 3 concursos)
qualquer área profissional, há sempre questões em aberto, onde as Reescrevendo as frases abaixo, mantido o sentido original, com a
reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas eliminação das formas negativas sublinhadas, a forma INADEQUADA
conclusivas. A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é da nova frase é:
possível ampliar e reformular essas respostas obtidas anteriormente. a) Nada é mais revolucionário que dinheiro sobrando / Tudo é menos
“Em qualquer área profissional, há sempre questões em aberto, revolucionário que dinheiro sobrando;
onde as reflexões e as investigações ainda não obtiveram b) A única certeza do planejamento é que as coisas nunca ocorrem
respostas conclusivas”. A observação adequada sobre os como foram planejadas / A única certeza do planejamento é que as
componentes desse segmento do texto é: coisas sempre ocorrem diferente do que foram planejadas;
a) o segmento “Em qualquer área profissional” deveria ser substituído c) Tudo o que o dinheiro resolve não é problema / Tudo o que o dinheiro
por “Numa área profissional qualquer”; resolve é solução;
b) o segmento “há sempre” deveria ser substituído por “sempre há”; d) Não emprestes a teu irmão com juros / Empresta a teu irmão sem
c) o segmento “questões em aberto” deveria ser substituído por juros;
“questões abertas”; e) É raro alguém ouvir aquilo que não quer ouvir / É frequente alguém
d) os termos “reflexões” e “investigações” podem trocar de posição sem ouvir aquilo que quer ouvir.
modificação de sentido;
e) o segmento “ainda não obtiveram” deveria ser substituído por “não 12. Assistente Operacional (SSP AM) / 2015 / / /
obtiveram ainda”. Texto
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas
10. FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista
Ressentimento e Covardia de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem
internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica fica indignado e, usando o “Você sabe com quem está falando?”,
que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta,
eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da Koogan, 1990)
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a “... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma
apropriação indébita. desenvolvida adequada, do seguinte modo:
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais a) quando prende o guarda;
cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das b) por isso prende o guarda;
autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a c) porém prendeu o guarda;
comunicação virtual está em sua pré-história. d) portanto prendeu o guarda;
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que e) e prende o guarda.
diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais

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13. Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RJ) / 2011 / / 15. INÉDITA
Último Desejo Considerando a norma-padrão da língua e o emprego de forma verbal,
Nosso amor que eu não esqueço é correta a seguinte frase:
E que teve o seu começo a) Embora não concordemos, não nos opomos a que se cobrem taxas
extras dos associados, desde que não inviabiliza a participação nos
Numa festa de São João
principais eventos do clube.
Morre hoje sem foguete b) Não importando de onde provierem os recursos, endossem ou não
Sem retrato e sem bilhete os pareceres dos contadores e auditores, eles iniciarão a construção da
Sem luar, sem violão ponte sobre o rio.
Perto de você me calo c) Aqueles ilustres cidadãos proveem de uma localidade em que a
Tudo penso e nada falo preservação da natureza possui um valor inestimável.
Tenho medo de chorar d) Os funcionários pleitearam que os sindicatos não intervissem na
discussão acerca do acordo entre patrões e empregados.
Nunca mais quero o seu beijo
e) Enquanto o acordo de delação premiada vigiu soberano, não houve
Mas meu último desejo a menor necessidade de impor sanções nem desrespeitar os limites
Você não pode negar impostos pela justiça, que reteve os pagamentos indevidamente
Se alguma pessoa amiga pedir realizados pelo antigo diretor.
Que você lhe diga
Se você me quer ou não 16. INÉDITA
Diga que você me adora A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto da língua é:
Que você lamenta e chora a) Os fiéis católicos reconheceram que Vossa Santidade, apesar da
exiguidade do vosso tempo, manteve uma agenda de eventos relevante.
A nossa separação
b) O assunto lhe sucitou interesse e desejo de pôr em debate diversas
Às pessoas que eu detesto
questões importantes do cotidiano profissional.
Diga sempre que eu não presto c) Alguns estudiosos consideraram ultrage associar o início da
Que meu lar é o botequim modernidade à Descartes, mas a questão não pára por aí.
Que eu arruinei sua vida d) As ponderações do iminente cientista, insertas em sua tese de pós-
Que eu não mereço a comida doutorado, nada têm de polêmicas.
Que você pagou pra mim e) O acusado quer adivinhar o que alguns delatores dirão acerca de sua
(Noel Rosa) atuação à frente do governo, pois crê que essa seja a estratégia para
eles auferirem credibilidade perante as autoridades policiais.
Assinale a alternativa em que a alteração do verso da canção tenha sido
feito com adequação à norma culta. Não leve em conta possível
alteração de sentido. 17. INÉDITA
a) Nosso amor que eu não esqueço (v.1) / Nosso amor de que eu não A frase “Conhecia o assunto como poucos, mas cometeu erros bobos e
esqueço inaceitáveis.” pode ser reescrita mantendo-se a correção gramatical e o
sentido original da seguinte maneira:
b) Que você lhe diga (v.14) / Que você lhe encontre
a) Conhecia o assunto como poucos, por isso cometeu erros bobos e
c) Diga que você me adora (v.16) / Diga que você adora-me inaceitáveis.
d) Às pessoas que eu detesto (v.19) / Às pessoas que não gosto b) À medida em que conhecia o assunto como poucos, cometeu erros
e) Que você pagou pra mim (v.24) / Por que você optou para mim bobos e inaceitáveis.
c) Cometeu erros bobos e inaceitáveis, porquanto conhecia o assunto
14. Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RJ) / 2010 como poucos.
Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político para se obter d) Conquanto conhecesse o assunto como poucos, cometeu erros
uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer dentro bobos e inaceitáveis.
das comunidades, quer entre as comunidades. e) Cometerá erros bobos e inaceitáveis, a menos que conheça o
Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho mantém o padrão assunto como poucos.
escrito culto e o sentido proposto pelo autor.
a) Existe, assim, um grande esforço, um esforço ético-político a fim de 18. INÉDITA
que se obtenha uma distribuição igualitária dos direitos entre os Assinale a opção em que a proposta de reescrita mantém a correção
homens, seja dentro das comunidades, seja entre as comunidades. gramatical e o sentido original do seguinte período: “Em geral, para o
b) Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político afim de se médico, é muito mais fácil e seguro apostar no tratamento, mesmo que
obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, ora ele se estenda para muito além do razoável.”.
dentro das comunidades, ora entre as comunidades. a) Usualmente, para o médico é muito mais fácil e seguro apostar no
tratamento, para que ele se estenda para muito além do razoável.
c) Tem, assim, um grande esforço, um esforço ético-político em obter
uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, ou dentro das b) Esporadicamente, para o médico é muito mais fácil e seguro apostar
comunidades, ou entre as comunidades. no tratamento, mesmo que ele se estenda para muito além do razoável.
c) Correntemente, para o médico é muito mais fácil e seguro apostar no
d) A, desta feita, um grande esforço, um esforço ético-político para
tratamento, conquanto ele se estenda para muito além do razoável.
obtenção de uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens,
quer dentro das comunidades, quer entre as comunidades. d) Fortuitamente, para o médico é muito mais fácil e seguro apostar no
tratamento, embora ele se estenda para muito além do razoável.
e) Existem, entretanto, um grande esforço, um esforço éticopolítico por
e) Frequentemente, para o médico é muito mais fácil e seguro apostar
obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, mais
no tratamento, na medida em que ele se estende para muito além do
dentro das comunidades que entre as comunidades.
razoável.

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19. INÉDITA 03. RESOLUÇÃO:
Assinale a opção cuja reescrita mantém a correção gramatical e Observemos novamente o trecho original: “Diga-se de passagem
preserva o sentido original do seguinte trecho: que o Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo”. Nele temos a
Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mas presença do advérbio de intensidade “mais”, modificador da forma
sem esconder os graves efeitos secundários que elas provocam e o verbal “usa”. Isso se mantém nas letras A, C, D e E. Em outras palavras,
tamanho da nossa ignorância em relação a seus mecanismos de ação diz-se que o Brasil é o que mais faz uso de agrotóxicos.
a) Slater não só mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos Já na letra B, a palavra “mais” expressa não intensidade, mas sim
pacientes, mas explicita os graves efeitos secundários que elas quantidade. Trata-se de um pronome indefinido, modificador do
provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus substantivo “agrotóxico”. Em outras palavras, o Brasil é o país que usa
mecanismos de ação. a maior quantidade de agrotóxicos.
b) Embora Slater não esconda os graves efeitos secundários que elas Resposta: B
provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus
mecanismos de ação, mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos 04. RESOLUÇÃO:
pacientes. No trecho original, tem-se “A chegada dos europeus à América”.
c) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, Note que a América é o ponto de destino dos europeus.
mesmo não escondendo os graves efeitos secundários que elas Na letra B, ao se propor a reescrita “A chegada dos europeus na
provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus América”, dá-se a entender a absurda ideia de que a América seria o
mecanismos de ação meio utilizado pelos portugueses para chegar a algum lugar.
d) Apesar de mostrar o que de bom essas drogas fizeram pelos Isso posto, teríamos uma alteração de sentido, com o
pacientes, não esconde os graves efeitos secundários que elas comprometimento da coerência.
provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus Resposta: B
mecanismos de ação
e) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes,
à medida que não esconde os graves efeitos secundários que elas 05. RESOLUÇÃO:
provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação a seus Analisemos as opções apresentadas:
mecanismos de ação Letra A – ERRADA – O pronome “ele”, sujeito de “esteja aprovando”,
tanto pode se referir a “presidente” como a “presidente da Câmara”, o
20. INÉDITA que gera ambiguidade.
Letra B – ERRADA – O pronome “ele”, sujeito de “dê”, tanto pode se
Assinale a opção que apresenta redação de acordo com a norma culta.
referir a “presidente” como a “presidente da Câmara”, o que gera
a) Os projetos onde atuamos foram muito elogiados pela diretoria da ambiguidade.
empresa.
Letra C – ERRADA – A reescrita deixa é ambígua: não se sabe se “para
b) Foi fácil demais para eu entender Língua Portuguesa com o professor a aprovação da Previdência” expressa a finalidade associada à ação
José Maria. “ampliar o poder do presidente da Câmara”; ou se “para a aprovação da
c) É preciso que se corrija, após a minuciosa auditoria realizada pelos Previdência” completa o nome “poder”. Em outras palavras, não se sabe
mais renomados técnicos, quaisquer falhas no equipamento. se o aumento do poder do presidente da Câmara foi o meio encontrado
d) Os alunos devem, ainda nesta semana, devido à grande procura por para aprovar a Previdência ou se o poder para a aprovar a Previdência
ingressos, confirmarem a participação no aulão de véspera. por parte do presidente da Câmara foi aumentado.
e) É necessário que às pessoas responsáveis se deem os devidos Letra D – ERRADA - O pronome “ele”, sujeito de “faça”, tanto pode se
reconhecimentos. referir a “presidente” como a “presidente da Câmara”, o que gera
ambiguidade.
Letra E – CERTA – Fica claro, nessa redação, que o aumento do poder
GABARITO COMENTADO do presidente da Câmara foi o meio encontrado para aprovar a
01. RESOLUÇÃO: Previdência.
Note que, no trecho original, o sujeito agente da forma verbal “fiz” é Resposta: E
representado pelo pronome “eu”. Na letra D, a figura do agente da ação
verbal se encontra indeterminado: não se diz quem fez o trabalho. Isso, 06. RESOLUÇÃO:
por si, altera o sentido original. Note que as vírgulas na letra D isolam o nome “resistência” do
Nas demais letras, o sentido original é mantido. Note que as complemento nominal “ao desmonte da cultura”, o que é
mudanças consistem no deslocamento do adjunto adverbial “no sul do equivocadíssimo do ponto de vista normativo.
Pará” e no consequente emprego das vírgulas para isolá-lo. Resposta: D
Resposta: D
07. RESOLUÇÃO:
02. RESOLUÇÃO: Letra A – ERRADA – A conjunção “Mesmo” possui valor concessivo,
Note que a expressão “determinados indivíduos” possui a acepção de equivalendo a “Apesar de”. Já “Portanto” possui valor conclusivo. Há,
“alguns indivíduos”, dando uma ideia de partição: não se trata de todos, dessa forma, alteração de sentido.
e sim de alguns. Letra B – ERRADA – A contração “pela” introduz uma ideia de
Se fizermos a alteração proposta, resultando em “indivíduos finalidade, objetivo. Já a preposição “com” dá a uma ideia de
determinados”, cria-se a noção de “indivíduos com determinação”, ou companhia. Há, dessa forma, alteração de sentido.
seja, o adjetivo “determinados” passa a carregar a ideia de atributo. Letra C – ERRADA – A preposição “para” introduz uma ideia de
Resposta: B finalidade; já a expressão “em direção” dá uma ideia de localização,
destino. Há, dessa forma, alteração de sentido.

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Letra D – ERRADA – A preposição “sobre” introduz a ideia de assunto. 11. RESOLUÇÃO:
Já a expressão “a fim de”, finalidade. Há, dessa forma, alteração de Observe que, na letra C, há uma falsa equivalência entre “não é
sentido. problema” e “é solução”. Ora, não necessariamente algo que não é
Letra E – CERTA – Justamente! A expressão “em vez de” significa “no problema é tido como solução.
lugar de”. Não confundamos com “ao invés de”, que significa “ao
Resposta: C
contrário de”.
Resposta: E
12. RESOLUÇÃO:
Letra A - ERRADA - A relação de temporalidade dada pelo conector
08. RESOLUÇÃO:
"quando" estabelece uma relação de concomitância (simultaneidade).
Letra A – ERRADA – Tanto a construção “assunto determinado” como No entanto, no texto original, há uma relação de anterioridade e
“determinado assunto” transmitem o mesmo sentido de “assunto
posterioridade: primeiro o homem se identifica como promotor; na
específico”.
sequência, dá ordem de prisão ao guarda.
Letra B – ERRADA – Até é possível a substituição por um sinônimo,
mas isso não se mostra obrigatório, como dá a entender a redação do Letras B e D – ERRADAS - Os conectores "por isso" e "portanto"
item. introduzem uma ideia de conclusão à oração "prendendo o guarda". Na
redação original, tal relação não faz sentido, haja vista que ocorre entre
Letra C – ERRADA – A utilização do demonstrativo “aquele” dá a
entender que se faz menção a algo externo ao texto, o que não ocorreria as orações "identifica-se como promotor público" e "prendendo o
se empregássemos o típico anafórico “esse”. guarda" uma relação de anterioridade e posterioridade.
Letra D – ERRADO – A expressão “em aberto” tem a acepção de Observação:
“indefinido”, “sem resposta”. Já “abertas”, no contexto, dá entender o A conclusão seria uma espécie de dedução (inferência) a partir de um
sentido de “livre interpretação”. fato ou raciocínio exposto anteriormente, o que não é o caso da redação
Letra E – CERTA – O relativo “onde” deve ser empregado para original.
substituir exclusivamente a ideia de lugar, como preconiza a gramática Note como o raciocínio ficaria ilógico caso considerássemos a oração
normativa. Note que não é o caso, pois esse pronome retomaria reduzida com valor conclusivo: o homem ficou indignado; na sequência,
“questões”, que nem de longe representa uma ideia de lugar. Deve-se ameaçou o guarda com o "Você sabe com quem está falando?",
empregar, portanto, a construção “em que”. identificando-se como promotor; a conclusão é que o homem prendeu o
Resposta: E guarda???
Vejamos um exemplo de conclusão: uma das principais causas dos
09. RESOLUÇÃO: problemas de mobilidade urbana diz respeito à má qualidade do
Letra A- ERRADA – Quando se diz “Em qualquer área profissional”, transporte público; uma consequência disso é a adoção do transporte
está-se fazendo referência a toda área profissional. Quando se diz individual em detrimento do transporte coletivo; a conclusão é que se
“Numa área profissional qualquer”, está-se escolhendo aleatoriamente torna necessário transformar o transporte público em uma opção
uma área profissional. Ocorre que o trecho original é coerente, o que atraente para o indivíduo.
não torna obrigatória a substituição proposta pelo item. Letra C - ERRADA - O conector "porém" introduz uma oposição
Letra B – ERRADA – As formas “sempre há” e “há sempre” são adversativa. Não há, porém, entre os conteúdos das orações “...
equivalentes em termos de sentido, o que não torna obrigatória a identifica-se como promotor público" e "prendendo o guarda” uma
substituição proposta pelo item. relação de oposição. Aliás, há um alinhamento semântico entre os
Letra C – ERRADA - A expressão “em aberto” tem a acepção de conteúdos, e não uma oposição.
“indefinido”, “sem resposta”. Já “abertas”, no contexto, dá entender o Letra E - CERTA - Na reescrita sugerida “... identifica-se como promotor
sentido de “livre interpretação”. Ocorre que o trecho original é coerente,
público, e prende o guarda”, o conector "e" estabelece uma relação
o que não tona obrigatória a substituição proposta pelo item.
temporal de anterioridade e posterioridade - "... identifica-se como
Letra D – CERTA – Trata-se de termos coordenados entre si, cuja promotor público, e prende o guarda (na sequência)”.
ordem de sequência não está ligada a nenhuma produção de sentido.
A possibilidade dessa trica sem prejuízo gramatical ou semântico existe. Resposta: E
Letra E – ERRADA - As formas “ainda não obtiveram” e “não obtiveram
ainda” são equivalentes em termos de sentido, o que não torna 13. RESOLUÇÃO:
obrigatória a substituição proposta pelo item. Letra A - ERRADO - O verbo "esquecer", quando pronominal, é
Resposta: D transitivo indireto e solicita a regência da preposição "de". Assim, a
correta reescrita seria "Nosso amor de que eu não me esqueço".
10. RESOLUÇÃO: Letra B - ERRADO - O verbo "encontrar" é transitivo direto. Portanto, o
Analisando a letra C, a disposição dos termos coordenados “... a seu complemento deve ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo
violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de "o(a)(s)". Assim, a correta reescrita seria "Que você o encontre".
apropriação indébita” dá a entender que a violação dos direitos autorais Letra C - ERRADO - Orações subordinadas fazem com que
e os plágios são, entre outros, exemplos de recursos de apropriação empreguemos a próclise (pronome oblíquo antes do verbo), e não a
indébita. ênclise (pronome oblíquo depois do verbo).
Procedendo à alteração, teremos “... a violação dos direitos autorais,
Letra D - ERRADO - O verbo "gostar" solicita a regência da preposição
outros recursos de apropriação indébita e os plágios”. Nessa nova
"de". Portanto, a reescrita correta seria "Às pessoas de que não gosto".
redação, dá-se a entender que os termos coordenados entre si são
independentes um do outro, alterando-se, portanto, o sentido da Letra E - CERTO - "Por que" equivale a "Pela qual". A preposição "por"
redação original. é exigida pelo verbo "optar".
Resposta: C Resposta: Letra E

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14. RESOLUÇÃO: 16. RESOLUÇÃO:
Letra A – CERTO Letra A - Incorreta - O correto seria: “Os fiéis católicos reconheceram
Letra B - ERRADO - Deve-se empregar a construção "a fim de" - que Vossa Santidade, apesar da exiguidade do seu tempo, manteve
uma agenda de eventos relevante.”.
locução conjuntiva final - em vez da grafia errada "afim de". Além disso,
a construção "ora... ora" exprime ideia de alternância, de exclusão, o Comentários:
que contraria o sentido original de simultaneidade. Independentemente se o pronome de tratamento é de 2ª pessoa (Vossa
Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Santidade, etc), ou de 3ª pessoa
Letra C - ERRADO - De acordo com o padrão formal, não se emprega
(Sua Senhoria, Sua Excelência, Sua Santidade, etc), a flexão verbal se
o verbo "ter" no sentido de "haver". Além disso, a construção "ou... ou" dará sempre em 3ª pessoa. Dessa forma, o pronome possessivo
exprime ideia de alternância, de exclusão, o que contraria o sentido associado ao pronome de tratamento é "seu(s)", "sua(s)", "dele(s)",
original de simultaneidade. "dela(s)". Cuidado, moçada!
Letra D - ERRADO - Em vez de "A", deve-se empregar a forma verbal Letra B - Incorreta - O correto seria: “O assunto lhe suscitou interesse
"Há", flexão do verbo "haver". e desejo de pôr em debate diversas questões importantes do cotidiano
Letra E - ERRADO - Deve-se empregar a forma verbal "Existe" - no profissional.”.
singular -, para que haja concordância com o sujeito "esforço". Além Comentários:
disso, a conjunção "entretanto" tem valor semântico de oposição, Cuidado com a grafia de algumas palavras. Temos a mania de pôr "s"
diferente da conjunção "assim", de caráter conclusivo. A expressão onde não há e de não pôr "s" onde há. Paciência!
"mais ... do que" traz uma ideia de superioridade que não consta na Fique atento nas seguintes grafias: consciência, propiciar, descendente,
redação original. beneficente, acariciar, etc
Resposta: A Letra C - Incorreta - O correto seria: Alguns estudiosos consideraram
ultraje associar o início da modernidade a Descartes, mas a questão
não para por aí.
15. RESOLUÇÃO: Comentários:
Letra A – ERRADO – Na frase “Embora não concordemos, não nos 1) O vocábulo "ultraje" vem do verbo "ultrajar", que significa "ofender".
opomos a que se cobrem taxas extras dos associados, desde que não 2) Não há crase antes de Descartes, pois se trata de nome próprio
inviabiliza a participação nos principais eventos do clube.”, a forma masculino, que rejeita artigo definido.
verbal destacada está flexionada incorretamente no Presente do Se tivéssemos um nome próprio feminino, a crase seria facultativa (Ex:
Indicativo. Dever-se-ia empregá-la no Presente do Subjuntivo "Fiz uma homenagem à Maria" ou "Fiz uma homenagem a Maria").
“inviabilize”. Isso fica evidente devido à anteposição da locução Não há mais acento diferencial em "para" (preposição) e "para" (flexão
conjuntiva “desde que”. do verbo "parar").
Letra B – CERTO – Na frase “Não importando de onde provierem os Letra D - Incorreta - O correto seria: As ponderações do eminente
recursos, endossem ou não os pareceres dos contadores e auditores, cientista, insertas em sua tese de pós-doutorado, nada têm de
eles iniciarão a construção da ponte sobre o rio.”, as formas verbais polêmicas.
destacadas estão flexionadas corretamente. A forma “provierem” Comentários:
corresponde ao Futuro do Subjuntivo de “provir”; a forma “endossem”, 1) Não confundir "eminente" (ilustre, importante) com "iminente"
ao Presente do Subjuntivo; por fim, mantendo a correlação com a (urgente, prestes a ocorrer). Na redação proposta, o correto é "eminente
formas verbais anteriores, tem-se “iniciarão”, no Futuro do Presente do cientista" (importante cientista);
Indicativo. 2) Está correta a grafia de “insertas” e “têm”. O primeiro vocábulo é uma
Letra C – ERRADO - Na frase “Aqueles ilustres cidadãos proveem de variante do particípio “inseridas”. Já o segundo vocábulo corresponde à
flexão de 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo do verbo “ter”
uma localidade em que a preservação da natureza possui um valor
(Ele tem x Eles têm).
inestimável”, a forma verbal destacada está flexionada incorretamente.
Letra E - Correta.
Deve-se empregar a forma “provêm”, que corresponde ao Presente do
Indicativo do verbo “provir”, derivado do verbo “vir” (eles vêm >> eles Comentários:
provêm). 1) Muita atenção com a grafia de "adivinhar" (com "i").
Letra D – ERRADO - Na frase “Os funcionários pleitearam que os Outras grafias que causam dúvida quanto à presença ou ausência do
"i": bandeja (sem "i"), prazeroso (sem "i"), manteiga (com "i"), etc.
sindicatos não intervissem na discussão acerca do acordo entre
patrões e empregados.”, a forma verbal destacada está flexionada 2) Não confundir "aferir" (fazer estimativa) com "auferir" (conseguir,
obter, colher).
incorretamente. Deve-se empregar a forma “interviessem”, que
corresponde ao Pretérito do Subjuntivo do verbo “intervir”, derivado do Resposta: E
verbo “vir” (se eles viessem >> se eles interviessem).
Letra E – ERRADO - Na frase “Enquanto o acordo de delação premiada 17. RESOLUÇÃO:
vigiu soberano, não houve a menor necessidade de impor sanções nem Letra A - ERRADO - Ocorre uma alteração do sentido original, uma vez
desrespeitar os limites impostos pela justiça, que reteve os pagamentos que a locução conjuntiva "por isso" tem valor conclusivo. Na redação
indevidamente realizados pelo antigo diretor.”, a forma verbal destacada original, a conjunção "mas" estabelece uma relação de oposição
adversativa entre as orações por ela conectadas.
está flexionada incorretamente. Deve-se empregar a forma “vigeu”, que
corresponde à 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo Letra B - ERRADO - A locução conjuntiva "À medida em que" está
grafada erradamente. Simplesmente não existe essa redação. A
do verbo “viger” (eu vigi; tu vigeste; ele vigeu; nós vigemos; vós vigestes;
locução "À medida que" tem valor semântico proporcional; já a locução
eles vigeram). "Na medida em que" tem valor semântico causal. Nenhuma dessas
Resposta: B opções, no entanto, atende ao sentido original.

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Letra C - ERRADO - A conjunção "porquanto" tem valor semântico Na primeira, destaca-se, por meio da conjunção “mas”, o fato de João
causal, equivalendo a "visto que", "porque". O emprego desse conector chegar atrasado todo dia. Já na segunda, a conjunção concessiva
contrasta com o sentido de oposição adversativa presente na redação “embora” relativiza o fato de João chegar atrasado todo dia.
original. Na primeira, enfatiza-se o defeito; na segunda, a qualidade.
Letra D - CERTO - A conjunção "conquanto" é concessiva e equivale a Analisemos as opções:
"embora", "apesar de". Na redação original "Conhecia o assunto como Letra A – ERRADO – Cuidado com essa redação. Nela, empregamos
poucos, mas cometeu erros bobos e inaceitáveis.", com o emprego do o conector “mas”. No entanto, ele não está sozinho. Observemos que
conector adversativo "mas", destacam-se os erros bobos e inaceitáveis. temos a presença da expressão “não só... mas (também)”, que tem valor
Com o emprego do conector concessivo "conquanto", obtém-se o de adição, e não de oposição adversativa. É preciso identificar a palavra
mesmo sentido com a seguinte construção: " Conquanto conhecesse o “também” subentendida após a conjunção “mas”.
assunto como poucos, cometeu erros bobos e inaceitáveis.". Continua Letra B – ERRADO – Na redação original, a conjunção adversativa
como destaque os erros bobos e inaceitáveis, permanecendo o sentido “mas” enfatiza os graves efeitos secundários e o tamanho da ignorância
original. sobre o tema. Ao mesmo tempo, relativiza-se (atenua-se) o que de bom
Observe a diferença entre oposição concessiva e oposição adversativa os medicamentos trazem para os pacientes.
João é um bom funcionário, mas chega atrasado todo dia. Na proposta de reescrita, utiliza-se a conjunção concessiva “embora”.
João é um bom funcionário, embora chegue atrasado todo dia. Essa conjunção relativiza os graves efeitos e a ignorância sobre o tema,
Na primeira, destaca-se, por meio da conjunção “mas”, o fato de João mudando-se, assim, o sentido original.
chegar atrasado todo dia. Já na segunda, a conjunção concessiva Letra C – ERRADO – Ocorre o emprego da conjunção concessiva
“embora” relativiza o fato de João chegar atrasado todo dia. “mesmo”. Essa conjunção relativiza os graves efeitos e a ignorância
Na primeira, enfatiza-se o defeito; na segunda, a qualidade. sobre o tema, mudando-se, assim, o sentido original.
Letra E - ERRADO - A locução "a menos que" tem valor condicional e Letra D – CERTO - Ocorre o emprego da locução conjuntiva concessiva
contrasta com o sentido original de oposição adversativa. “Apesar de”. Essa conjunção relativiza o que de bom os medicamentos
trazem para os pacientes e enfatiza os graves efeitos e a ignorância
Resposta: D
sobre o tema, mantendo-se, assim, o sentido original.
Letra E – ERRADO – A locução “à medida que” tem sentido de
18. RESOLUÇÃO: proporção, bem diferente, portanto, do sentido original de oposição.
Letra A – ERRADO - O advérbio “Usualmente” significa Resposta: D
“Frequentemente”, “Habitualmente”, “Geralmente”. Traduz, dessa
forma, o sentido original da expressão “Em geral”.
No entanto, o conector “para que” introduz ideia de finalidade, não 20. RESOLUÇÃO:
correspondendo, assim, ao sentido de “mesmo que”, que é de Letra A – ERRADO – Cuidado com o emprego do pronome relativo
concessão. “onde”. Só se emprega esse pronome para se fazer referência à ideia
Letra B – ERRADO - O advérbio “Esporadicamente” significa de lugar. Observando a frase, notamos que “onde” se refere ao termo
“Raramente”, “Ocasionalmente”. Não traduz, dessa forma, o sentido antecedente “projetos”. Este, no entanto, não se refere a lugar, o que
original da expressão “Em geral”. torna equivocado o emprego da forma pronominal.
Letra C – CERTO - O advérbio “Correntemente” significa Como corrigir? Deve-se empregar a forma “em que” ou “nos quais”.
“Corriqueiramente”, “Frequentemente”, “Geralmente”. Traduz, dessa A redação corrigida ficaria assim:
forma, o sentido original da expressão “Em geral”. “Os projetos em que (nos quais) atuamos foram muito elogiados pela
Além disso, o conector “conquanto” introduz ideia de concessão, diretoria da empresa.”
correspondendo, assim, ao sentido original de “mesmo que”. Letra B – ERRADO – Está equivocado o emprego do pronome reto “eu”.
Letra D – ERRADO - O advérbio “Fortuitamente” significa “Raramente”, Por quê? Os pronomes “eu” e “tu” não admitem ser solicitados por
“Ocasionalmente”. Não traduz, dessa forma, o sentido original da preposição. No seu lugar, devemos empregar as formas oblíquas
expressão “Em geral”. tônicas “mim” e “ti”.
Já o conector “embora” introduz ideia de concessão, correspondendo, Veja que a frase está fora de ordem. Observe:
assim, ao sentido original de “mesmo que”. Foi fácil demais para mim entender Língua Portuguesa com o professor
Letra E – ERRADO - O advérbio “Frequentemente” traduz o sentido José Maria.
original da expressão “Em geral”. = Entender Língua Portuguesa com o professor José Maria foi fácil
No entanto, o conector “na medida em que” introduz ideia de causa, não demais para mim.
correspondendo, assim, ao sentido de “mesmo que”, que é de Letra C – ERRADO – Há um erro de concordância na forma “se corrija”.
concessão. O “se” em destaque exerce a função de pronome apassivador. Veja que
Resposta: C ele está ladeado de um verbo que solicita objeto direto: corrigir (quem
corrige corrige algo). O pronome apassivador “se” é responsável por
transformar o objeto direto do verbo em sujeito paciente.
19. RESOLUÇÃO: O termo “quaisquer falhas no equipamento” seria objeto direto do verbo
Observemos a conjunção “mas”, cujo sentido é adversativo. “corrigir”. Com a entrada do “se” pronome apassivador, esse termo se
Antes de analisarmos as opções, vale a pena ressaltar a diferença entre transformará em sujeito paciente.
a oposição adversativa – o principal representante é o “mas” - e a Como o núcleo do sujeito está no plural – falhas -, é necessário flexionar
concessiva - o principal representante é o “embora”. a forma verbal no plural – se corrijam.
Vejamos dois exemplos: A redação corrigida ficaria assim:
João é um bom funcionário, mas chega atrasado todo dia. É preciso que se corrijam, após a minuciosa auditoria realizada pelos
João é um bom funcionário, embora chegue atrasado todo dia. mais renomados técnicos, quaisquer falhas no equipamento.

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Letra D – ERRADO – Numa locução verbal com verbo principal no
infinitivo, deve-se flexionar apenas o auxiliar. O verbo principal
permanece na forma de infinitivo não flexionado.
Observe a locução verbal “devem ... confirmarem”. Apenas o verbo
auxiliar deve ser flexionado. O principal deve permanecer no infinitivo
não flexionado “confirmar”.
Note que o fato de haver um trecho intercalado entre o auxiliar e o
principal dificulta a visualização dessa concordância.
A redação corrigida ficaria assim:
Os alunos devem, ainda nesta semana, devido à grande procura por
ingressos, confirmar a participação no aulão de véspera.
Letra E – CERTO – Está correta redação da frase. É importante
destacar o emprego do acento indicador de crase, fruto da fusão da
proposição “a” – requerida pela regência da forma verbal “se deem” (se
deem a alguém) – com o artigo definido “as” – requerido pelo
substantivo feminino “pessoas”.
Dificulta a visualização da correção a inversão da ordem na frase.
Pondo-a na ordem direta, temos:
É necessário que se deem os devidos reconhecimentos às pessoas
responsáveis.
Resposta: E

Gabarito
01 D 02 B 03 B 04 B 05 E
06 D 07 E 08 E 09 D 10 C
11 C 12 E 13 E 14 A 15 B
16 E 17 D 18 C 19 D 20 E

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