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Trabalho de Bovinocultura Leiteira

Docente: Michele Gabriel Camilo


Discente: Derlaine Almeida Fernandes

Questão 1- Descreva as mudanças que ocorreram na pecuária leiteira nos últimos anos e
como foi esse impacto no agronegócio. Na resposta comente sobre os principais
entraves e sobre o crescimento da produção de leite no Brasil.

Resposta:

Quando Getulio Vargas assinou alguns decretos como Riispoa, SIF e introduziu a classificação
A, B e C lá em a 1952 se deu inicio a corrida para um melhor qualidade do leite produzido aqui
no Brasil dando abertura para outros programas em 1990 como PNQL onde o leite tipo B e C
pasaram a ser considerados como leite cru refrigerado, o padrão nacional foi alinhado ao
internacional.
Em 1967 foi crida a ABCZ que ampliou e abrangeu os negócios que extrapolaram pela primeira
vez a fronteira do país.
Na década de 70 todo leite passou a ganhar embalagens descartáveis o que fez que os
produtores ganhassem com a redução recolhimento e da lavagem de embalagens.
Nessa mesma época começou a produção de iorgutes e sobremesas lácteas com essas
embalagens, além da pasteurização.
Em 1980 teve uma grande oscilação onde a capitação erafeita em latões e os rebanhos eram
pouco especializado.
Foi ai que a produção deu o primeiro grande salto passando de 7,9 milhões de toneladas para
12 milhões de toneladas em 1985.
O tipo B tornou-se lider de mercado nas regiões metropolitanas e o tipo A começou a disputar
com o UTH.
O ciclo do leite UTH tornou o mais vendido do país proporcionando expansão do produto a
áreas como Norte e Centro Oeste onde as estradas eram ruins e carente de rede elétrica.
Impacto na pecuária:
Os anos 90 foram muito ricos para o Brasil e para a pecuária leiteira. Em 1990, a Sunab baixou
a Portaria 43, que acabou com o tabelamento do preço do leite e embora a abertura econômica
tenha provocado grande  desnacionalização das empresas brasileiras e invasão de produtos
estrangeiros em nosso mercado como os lácteos, fez com que o país se tornasse mais
profissional, pois essa é a lei da globalização econômica.
Nessa década também foi iniciada a coleta de leite granel e nessa altura a ordem era ser
moderno, competitivo, estar preparado para enfrentar a concorrência.
Aconteceu o boom da informática e da internet e o Brasil criou o Código de Defesa do
Consumidor, onde a sociedade passou a ter uma postura mais crítica em relação aos produtos
que comprava.
Ao longo dos últimos 20 anos o setor lácteo passou por diversas transformações e mesmo nos
diferentes ambientes de intervenção, a produção sempre cresceu. Somente nos últimos 10
anos a produção de leite cresceu 55% no Brasil. As empresas de beneficiamento de leite estão
apostando no crescimento do setor abrindo fábricas com capacidades bem acima do volume
processado hoje.
No período entre 2006 e 2010, o Brasil foi o segundo país em aumento absoluto na produção
de leite, com 1,3 milhão de toneladas, ficando atrás apenas da Índia com 2,9 milhões de
toneladas. Este crescimento fez com que o Brasil se aproximasse da Alemanha, da Rússia, da
China e do Paquistão, podendo vir a ocupar, na próxima década, o posto de terceiro maior
produtor mundial, atrás da Índia e dos Estados Unidos.
Como opção de volumoso conservado em mais de 70% das propriedades, a cultura do milho,
na forma de grão e silagem, participa de forma significativa na evolução da pecuária de leite
brasileira. A intensificação dos sistemas de produção para a exploração do maior potencial
genético dos rebanhos e a alta nos preços dos grãos e seus derivados foram fatores
determinantes para o aumento dos investimentos dos pecuaristas na produção de volumosos
de qualidade.
A engenharia genética ampliou os limites do melhoramento das sligens como minlho. Com
menos uso de agroquímicos, as silagens se tornaram mais baratas e com melhor qualidade.
Ademais, os grãos OGM's têm baixa incidência de micotoxinas decorrentes dos danos
causados por lagartas, reduzindo o uso de medicamentos e melhorando o desempenho dos
animais.
O cenário que se desenha para a pecuária de leite é promissor. Por ser a vaca um
transformador de grãos e forragem em leite, nossa eficiência na área agrícola com
produtividades crescentes de milho, soja, algodão, cana-de-açúcar e outros, certamente nos
conduzirá a custos de produção cada vez mais competitivos frente a nossos concorrentes. O
ciclo das exportações de produtos lácteos brasileiros chegará porque é uma condição inerente
à nossa pecuária leiteira, devido a suas enormes vantagens comparativas em relação aos
grandes produtores mundiais.

Questão 2- Fale sobre o leite A2A2. Descreva a diferença presente nele e dê o seu
ponto de vista sobre a importância da seleção de animais que produzem esse leite.

Resposta:

Na década de 90 na Nova Zelândia alguns médicos indentificaram uma diferença na fração da


caseina e investigaram. A B-caseína do leite da vaca possui 209 aminoácidos, sendo que as
variações A1 e A2 diferem apenas por um aminoácido na posição 67.
As fêmeas mamíferas produziam apenas a B-caseína A2, mais ocorreu uma mutação genética
a cerca de 10 mil anos as vacas passaram a produzir a B-caseína A1 e por isso a B- caseína
A2 é considerada a "natural".
Existem 3 genótipos possíveis A1A1 onde o animal produz somente o tipo B-caseína A1, com
genótipo A2A2 onde produzem apenas B-A2 e vacas que possuem o genótipo A1A2 que
produzem os 2 tipos.
O que é o leite A2?
O leite A2 contém apenas a B-caseína A2, enquanto o leite convencional possui tanto a B-
caseina A2 quanto a B-caseina A1.
A caseina é a principal proteina presente no leite.
Meu ponto de vista sobre a importâcia da seleção de animais que produzem esse leite é que
garante que o rebanho inteiro seja exclusivamente de vacas A2A2 e os touros que irão doar o
semêm também seja A2A2, assim  será comercializado somente o leite A2, sem misturas.

Questão 3- Considerando a cidade de Campos dos Goytacazes - RJ, qual raça você
recomendaria para ser utilizada na região. Leve em consideração os fatores climáticos e
o nível tecnológico das instalações.

Resposta:

Eu recomendaria a raça Gir por serem originárias da Índia, são bastante rústicas, se adaptam
bem a altas temperaturas e umidade do ar,uma vez que Campos é bem quente. Além disso
tem uma boa conversão para pastagens de baixo valor nutricional com eficiência e são
resistentes ao calor, animais bem dóceis e com bastante habilidade materna.
E de quebra a raça tem uma boa produção de leite e fornece de carne.

Questão 4 - Analisando as fotos abaixo, comente sobre algumas características leiteiras


desses animais, a importância e qual a necessidade de um técnico saber avaliar essas
características.

Resposta:
Úberes  bem inseridos, com boa textura e irrigação, com profundidade máxima na altura do
jarrete e com ligamento central bem demarcado e forte e ossadura bem planas.
Um técnico conhecendo essas características evita problemas futuros como baixa produção,
lesões de jarretee ou derrames nos mesmos.

Questão 5 – Um sistema de bovinocultura leiteira vai ser instalado na região de Campos


dos Goytacazes - RJ. O que é necessário avaliar para começar a construir as instalações.

Resposta:
Começando por algumas características do terreno onde será construido, deve ter uma boa
localização, boa drenagem, ser levemente inclinado,firme,ensolarado e protegido contras
ventos frios. Deve contar com abastecimento de energia elétrica e de água potável, ser sevido
de vias de acesso e dimensões que permitam ampliações futuras.
A obra deve está no sentido Leste-oeste e as instalações devem ter um bom fluxograma e não
deve exceder a 1 km dos pastos das vacas leiteiras.
O manejo adotado é que define as instalações, e dessa forma, podem ser citadas algumas
instalações necessárias ao processo produtivo de leite: Currais para volumosos, currais de
Espera,
- Anexos aos Currais: Seringa, lava-pés, pedilúvio e brete pulverizador
Divisórias de Curral onde as porteiras podem ser feitas com madeira, arame liso, cordoalha de
aço
O estábulo deve conter sala de ordenha, sala de leite, farmácia, escritório,
almoxarifado,sanitários e plataforma de embarque do leite,bezerreiros, baias para touros em
piquetes, maternidade, tanque de chorume, esterqueiras, lagoas, biodigestores, silos para
forragem, comedouros e bebedouros e depósitos para alimentação (ração, feno...).

Questão 6 – Qual a importância do manejo adequado de bezerras leiteiras e quais os


principais cuidados a serem tomados?

Resposta:

A taxa de mortalidade de bezerros até 60 dias é bem alta e para reduzir este problema nas
fazendas, algumas ações devem ser tomadas: Cura eficiente de umbigo, boa colostragem nas
primeiras 6 horas de vida. Cuidados como boa hegiêne dimuem abrupitramente essas perdas.
Seguindo em frente a atenção deve ser redobrada pois é um período de muitas mudanças o
que costuma gerar muito stress nas bezerras.
As principais são: a alimentação muda de líquida para ingredientes sólidos onde a bezerra se
transforma em ruminante e tem que se adaptar a novo processo de digestão e fermentação. A
quantidade de matéria seca da alimentação é reduzida drasticamente e ocorrem mudanças de
ambiente,vacinações, maior contato com parasitos,convivência com outros animais, entre
outras. Todos estes fatores predispõem as bezerras a inúmeros problemas, principalmente de
ordem sanitária, como o aumento do índice de mortalidade e morbidade, causadas por
doenças respiratórias e pela tristeza parasitária.
É importante deixá-las nas casinhas antes de serem transferidas, por pelo menos sete dias,
momento em que o estresse ao desaleitamento é potencializado devido à adoção de outras
práticas de manejo. Durante esse período o consumo de concentrado aumenta e estabiliza,
favorecendo a adequada ingestão de nutrientes pelo animal. É importante também manter a
mesma composição do concentrado quando as bezerras forem transferidas e colocadas em
pequenos grupos.

Questão 7- Quais os principais sistemas de produção utilizados no Brasil? Caracterize


cada um deles.

Resposta:
Vou discorrer sobre os sistemas de produção utilizados no Brasil suas vantagens e
desvantagens.
Existem 3 tipos o intensivo, o extensivo e o semi-intensivo.
INTENSIVO
Nesse sistema de criação os animais ficam confinados durante todo o ano, recebendo
alimentação adequada (volumoso, feno e ração), durante todo o período produtivo, em
comedouros localizados em instalações de confinamento.
Vantagens:
O sistema intensivo de criação, o confinamento de vacas leiteiras tem vantagens como a
colocação de um número bem maior de vacas na mesma propriedade, uso racional e intensivo
da terra e pouco desgaste das vacas. Normalmente se consegue produção constante ao longo
do ano, sem interferência significativa da sazonalidade climática.
Desvantagens: Como o maior investimento em instalações, maior incidência de problemas no
casco e contaminação devido à concentração.
Vantagens: Animais podem ser separados em grupos para um melhor controle.
EXTENSIVO
Nesse sistema não há muitos investimentos em instalações e equipamentos, pois o gado é
criado livre em pasto, na maioria das vezes o gado é mestiço, rústico e de dupla aptidão.
Vantagens:Pouco investimento
Desvantagens: É feita apenas a suplementação de minerais, as vacinações não são
sistemáticas, não é feito o controle de cobertura e a eficiência reprodutiva é baixa. Sendo assim
não tem um bom controle.
SEMI-INTENSIVO
Nesse sistema, no período seco do ano é feita a suplementação alimentar para os animais e no
período das chuvas, a alimentação é feita à pasto, adotando-se pequeno suplemento de
concentrado durante e complementação de
volumosos e concentrados após a ordenha. Vantagens: Tem um bom controle de de doenças
e a produtividade é boa.
Desvantagens:Tem que ter galpões mais elaborados o que gera um custo maior e requer
animais um pouco mais selecionados para valer a pena

Questão 8 – Comente sobre o período de transição em vacas leiteiras.

Resposta:

Vacas no período de transição precisam de um cuidado especial, pois ocorrem várias


mudanças no metabolismo o que leva a doenças com maior frequência se não forem bem
acompanhadas.
Esse período dá do fim da gestação e início da lactação, onde ocorre mudanças hormonais e
metabólicas geralmente associadas à diminuição da ingestão de matéria seca, isso somado
balanço energético negativo, acaba tendo maior incidência de problemas metabólicos levando
queda na produção de leite.
Para minimizar déftis energéticos e manter condição corporal adequada das vacas e que
cheguem bem final de gestação e ao período de lactação é nescessário apostar na nutriçao
como forma de previnir futuras doenças e esses nutrientes são importantes porque vão ser
direcionadas para a mantença, crescimento do feto e tecidos anexos e glândula mamária entre
outros.
Essas três semanas pré parto e as 3 pós parto são de suma importancia para saúde, produção
e rentabilidade da vaca leiteira.
Esse período envolve alterações em alguns orgãos, tecidos e musculos , além disso tem ação
de muitos hormônios que estão envolvidos na lactogênese e manutenção da lactação .
O período seco dura 60 dias e o consumo de matéria seca de uma vaca diminui no final da
gestação acompanhado por um aumento da mobilização lipídica de depósitos de gordura
corporal e propícia ao desenvolvimento de uma lipidose hepática e cetose severa.
Vacas com uma pontuação 4 ou mais em tendem a mobilizar excessivamente suas reservas de
gordura tendem a ter síndrome do fígado gorduroso.
Uma das medidas que pode ser adotada é o aumento na concentração energética dos
alimentos ingeridos,  fornecer volumoso de vacas lactantes e início do fornecimento de
concentrado o que diminui também o risco de acidose no início da lactação, causada pelas
mudanças bruscas na alimentação.
Vacas leiteiras de alta produção apresentam balanço energético negativo, pois a alta demanda
energética não é suprida pelo consumo de alimentos. O pico de consumo de matéria seca não
ocorre antes de oito a dez semanas
pós-parto, entretanto, o pico de lactação ocorre entre a 4ª e 6ª semanas.
O sistema endócrino, os sistemas nervoso e imune atuam na regulação metabólica e partição
de nutrientes.
Próximo ao parto as concentrações de insulina diminuem e as do hormônio de crescimento
aumentam facilitando a liberação de energia dos
adipócitos, desempenhado um papel na homeorrética da utilização de reservas corporais,
numa fase em que a ingestão de matéria seca encontra-se abaixo do necessário para
fornecer nutrientes requeridos para produção, o aumento do estrógeno pode também
influenciar em maior mobilização de ácidos graxos do
tecido adiposo durante os últimos dias de gestação e, portanto estaria implicado na etiologia do
fígado gorduroso em vacas leiteiras. Observa-se aumento rápido nas concentrações de
glicocorticóides e prolactina, que alcançam um pico no parto, e retornam às concentrações
originais no dia seguinte. Já as concentrações de
estradiol aumentam com a aproximação do parto, enquanto a progesterona diminui
rapidamente durante a última semana de gestação. A tiroxina (T4) aumenta gradativamente no
final da
gestação, e diminui aproximadamente 50 % no parto depois do parto com o a lactação, os
níveis de insulina aumentam, a produção de leite reduz e o consumo de alimento retorna ao
normal. Assim a vaca ganha condição corporal. Onde a insulina e IGF-I, agem diretamente no
ovário e aumentam a sensibilidade a hormônios ligados à reprodução agindo na condição
corporal no retorno à atividade reprodutiva da vaca.

Resposta da questão 9:

Dicorrerei sobre os tipos de ordenha.


Existem dois tipos básicos de ordenha: manual e mecânica.
Ordenha manual
Nesse tipo de ordenha, o leite é retirado pelas mãos do ordenhador e depositado em um balde.
Os instrumentos necessários para esse procedimento são muito simples: balde, filtro ou
coador, tanque de refrigeração, banquinho para o ordenhador e peia (para conter a vaca).
Esse é o sistema que exige menor investimento em equipamentos, mas depende mais de mão
de obra. O leite costuma apresentar alto grau de contaminação por causa do manuseio
errôneo.

Ordenha mecânica
Já na ordenha mecanizada, o leite é retirado por meio de um aparelho que simula a mamada
do bezerro. Ela possibilita, é claro, a retirada do leite de forma mais rápida e, quando bem feita,
apresenta menor risco de contaminação.

Balde ao pé
Nesse método as vacas são ordenhadas individualmente, por meio de um sistema de vácuo. É
o tipo mais simples e o custo de implantação é o mais barato. Por ter baixa eficiência, é
comumente utilizado em rebanhos pequenos.

Ordenha tipo espinha de peixe


Nesse tipo de processo, o ordenhador faz a limpeza e a inserção do equipamento no fosso, e
as vacas ficam posicionadas diagonalmente (em um ângulo de 33°) em relação ao fosso. Isso
favorece a visualização do úbere e dos tetos, fazendo com que os animais ocupem menos
espaço na lateral do fosso.

A sala de ordenha espinha de peixe pode ser unilateral (com as vacas mantidas em apenas um
lado do fosso) ou bilateral (quando alocadas nos dois lados).

Ordenha tipo Tandem (fila indiana)


Na ordenha tipo Tandem, os animais são dispostos um à frente do outro, paralelamente ao
fosso. As vacas são manejadas individualmente, sem interferência no tráfego das demais.

Esse é o único tipo que permite a ordenha mecânica com o bezerro ao pé. Contudo, as vacas
ocupam um espaço maior ao lado do fosso, tornando mais difícil empregá-lo para grandes
rebanhos. Isso por que é necessária uma sala muito comprida, dificultando o trabalho do
ordenhador.

Ordenha tipo lado a lado


Nesse sistema, as vacas permanecem posicionadas perpendicularmente ao fosso, uma ao lado
da outra. Com esse ângulo, o produtor reduz o espaço ocupado por vaca durante o
procedimento, porém, como os animais ficam de costas para o fosso, a visualização completa
do úbere e dos tetos é mais complicada.

Existem outros tipos de ordenha mecânica, tais como ordenha em carrossel e ordenha
robotizada. São sistemas mais sofisticados e, como exigem maior investimento do produtor,
não são muito comuns no Brasil.

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