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Afecções do sistema

endócrino
Prof. Esp. Bárbara Katherine Ataide
Hipotireoidismo
• Acomete de 1 a 3% da população;

• Caracterizado pela diminuição ou pela baixa


produção dos hormônios T3 (triodotironina) e
T4 (levotiroxina);

• O hipotireoidismo pode provocar


fadiga, aumento de peso.
Causa
• Inflamação crônica da tireoide (Doença de Hashimoto);

• Doença de Hashimoto: condição autoimune em que o


organismo fabrica anticorpos contra as células da
tireoide.

• Pós-cirurgia (retirada parcial ou total da glândula);

• Falta ou excesso de iodo na dieta.


Sinais e sintomas
• Lentidão mental;

• Sonolência;

• Bradicardia, hipotensão;

• Ganho de peso;

• Diminuição da sudorese;

• Pele fria, pois gera intolerância ao frio;

• Cabelos e pele secos, queda de cabelos, unhas fracas.


Sinais tardios
•Diminuição do paladar, olfato e rouquidão;

•Rosto, mãos e pés edemaciados;

• Fala lenta;

•Espessamento da pele;

•Sobrancelhas afinadas.
Exames
• Um exame físico pode revelar uma glândula tireoide menor que o
normal, embora às vezes a glândula tenha o tamanho normal ou
até mesmo ampliado (bócio). O exame também pode revelar:

• Unhas frágeis;
• Partes grosseiras no rosto;
• Pele pálida ou seca que pode estar fria ao toque;
• Inchaço dos braços e pernas;
• Cabelo fino e quebradiço.
Os exames laboratoriais para determinar a função da
tireoide incluem:

• Exame de TSH (hormônio estimulante da tireoide geralmente


é alto);
• Exame de T4 (baixo).

Tratamento:
• Reposição oral de hormônio específico (Levotiroxina-T4),
uma vez ao dia, preferencialmente pela manhã em jejum.
• Ao iniciar o medicamento, o médico poderá verificar seus
níveis de hormônio a cada 2 ou 3 meses.
HIPERTIREOIDISMO
• Caracteriza-se pela elevação da atividade da glândula tireoide,
com o aumento de secreção de hormônio tireoidiano.

• A causa é desconhecida e os fatores desencadeantes registrados


são choques, tensão emocional infecções e tumores.

• A sua incidência é cinco vezes maior em mulheres do que em


homens.

• Perda ponderal é um fator com maior prevalência.


Sinais e sintomas
• Pele quente, corada e eritema palmar;
• Emagrecimento;
• Tremor;
• Fadiga muscular e fraqueza (Astenia);
• Baixo poder de concentração;
• Evacuações frequentes;
• Bócio (glândula tireoide visivelmente aumentada) ou nódulos na tireoide;
• Sudorese;
• Menstruação irregular nas mulheres;
• Olhos saltados (exoftalmia);
• Coceira geral.
Exames
• O exame físico pode revelar aumento da tireoide,
tremor, reflexos hiperativos ou frequência cardíaca
acelerada.

• Exames de sangue também são feitos para medir os


níveis de hormônio da tireoide.

• O nível de TSH (hormônio estimulante da tireoide)


geralmente é baixo;

• Os níveis de T3 e T4 livre geralmente são altos.


Tratamento
• O tratamento específico deste distúrbio ainda não foi
idealizado; entretanto, a redução da hiperatividade
tireoidiana permite o alivio dos sintomas.
Esse tratamento envolve três formas:

• Tratamento farmacológico (metimazol – inibindo os


hormônios tireoidianos);

• O iodo radioativo pode ser administrado por via oral


para destruir parte da tireoide.

• Cirúrgico, removendo parte da glândula, procedimento


chamado de tireoidectomia.
DIABETES MELLITUS
• Resulta de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo
processos patogênicos específicos, por exemplo:

• Destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina);

• Resistência à ação da insulina;

• Distúrbios da secreção da insulina, entre outros.


• Classificação:

• Tipo I (insulinodependente, mais comum em jovens, incidência de


5 a 10%).

• Tipo II (geralmente é tratado com medicação oral ou injetáveis,


pode ocorrer agravamento da doença ao longo do tempo, mais
comum em idosos, incidência de 90%).

• Tipo III (gestacional, quando a produção de insulina é insuficiente


para mãe e feto, pode ou não persistir após o parto).
Fatores predisponentes
• Idade acima de 45 anos;

• Obesidade;

• História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;

• Diabetes gestacional;

• Hipertensão arterial sistêmica.


Sinais e sintomas
• Polidipsia;
• Popliúria;
• Polifagia;
• Perda de peso.

Sintomas menos específicos:

• Fadiga, fraqueza;
• Visão turva;
• Prurido vulvar e inflamação da glande.
Diagnóstico
• Normalmente é feito usando três exames:

• Glicemia de jejum;

• Hemoglobina glicada (proteína dentro do glóbulo vermelho


que se liga a glicose, 90 dias em média).

• Curva glicêmica (mede a velocidade com que seu corpo


absorve a glicose após ingestão).
Tratamento
• Mudanças no estilo de vida e alimentação;
• Hipoglicemiantes orais (metiformina e sulfonilureia);
• Insulina;
• Monitoração dos níveis glicêmicos diariamente.

• OBS: Quem tem diabetes também pode sofrer com a


hipoglicemia. Quando for praticar exercícios é importante
verificar o controle glicêmico antes do início da atividade,
para então escolher o melhor alimento.
Complicações
• Retinopatia diabética;

• Alterações nos vasos sanguíneos dos rins;

• Neuropatia diabética;

• Pé diabético;

• Infarto do miocárdio e AVE;

• Infecções.
Pé diabético
Referência bibliográfica
• BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Basica Nº 36.
Diabete Mellitus, Brasília, 2012

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