Revista de Trabalhos Acadêmicos UNIVERSO São Gonçalo – Vol. 1 – Nº 1 – 2016 – ISSN 2179-1589
Thiago Alkmim1
Robson Damião de Souza2
Edmar Jorge Feijó3
Giulliano Spnelli Parrila4
Rene Spzani dos Santos 5
RESUMO
O tema abordado nesse trabalho está relacionado à linha de atenção do Atendimento Pré Hospitalar
(APH), mais especificamente na atuação dos enfermeiros militares do Corpo de Bombeiros do
Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), como líderes das ambulâncias intermediárias dessa
corporação. O objetivo geral da pesquisa foi o de conhecer o serviço dos oficiais enfermeiros do
CBMERJ, especificamente nas ações práticas de suporte à vida no APH móvel dessa corporação.
Os objetivos específicos foram: Analisar a conduta dos oficiais enfermeiros do CBMERJ nos
atendimentos a urgências e emergências; avaliar a autonomia dos enfermeiros quando na função de
líderes de ambulâncias intermediárias do CBMERJ e Descrever os fatores que favorecem a tomada
de decisão dos enfermeiros do CBMERJ no atendimento a urgências e emergências. Foi realizada
pesquisa de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Para a coleta de
dados aplicou-se um questionário aberto a 8 (oito) enfermeiros líderes de ambulâncias de suporte
intermediário de vida da região metropolitana do CBMERJ. Posteriormente, para a análise dos
dados usou-se a técnica de análise de conteúdos com a categorização dos dados, na qual se criou
duas categorias: Procedimentos e protocolos e Tomada de decisão. Concluiu-se que, no
atendimento, esses profissionais têm segurança e conhecimento para realizar adequadamente os
procedimentos necessários à estabilização das vítimas; que graças aos protocolos usados na
corporação eles adquirem alguma autonomia para trabalhar além de respaldo ético e que devido ao
seu conhecimento técnico-científico e prático, demonstram competência e segurança para a tomada
de decisão.
Descritores: Atendimento Pré Hospitalar; CBMERJ; Enfermeiros.
ABSTRACT
The issue addressed in this paper is related to the attention line of Pre Hospital Care (PHC),
specifically in the performance of military nurses of the State Fire Department of Rio de Janeiro
(CBMERJ), as leaders of the interim ambulances that body. The overall objective of the research
was to meet the service of nurses CBMERJ officers, specifically the practical facts of life support in
the mobile APH this corporation. The specific objectives were: To analyze the conduct of nurses
CBMERJ officers in calls to emergency care; Assess the autonomy of nurses when the function of
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intermediate ambulances leaders of CBMERJ and describe the factors that favor the decision
making of CBMERJ the nurses caring for emergency care. Descriptive research was conducted with
a qualitative approach of a case study. For data collection was applied an open questionnaire to
eight (8) nurses leaders intermediate support ambulances of life in the metropolitan region of
CBMERJ. Later, for the analysis of the data was used the technique of content analysis with the
categorization of the data, which was created two categories: procedures and protocols and socket
decision. It was concluded that, in service, these professionals have safety and knowledge to
properly perform the procedures necessary for the stabilization of the victims; that thanks to the
protocols used in the corporation they acquire some autonomy to work as well as ethical support
and that due to its technical and scientific knowledge and practical, demonstrate competence and
security for the decision making.
Key words: Pre Hospital Care; CBMERJ; Nurses.
1- INTRODUÇÃO
O tema abordado nesse trabalho está relacionado à linha de atenção do Atendimento Pré
Hospitalar (APH), mais especificamente na atuação dos enfermeiros militares do Corpo de
Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), como líderes das ambulâncias intermediárias
dessa corporação.
O interesse para o estudo ocorreu no contexto da trajetória de trabalho deste autor,
enquanto militar da ativa do CBMERJ, que ao exercer a função de condutor de ambulância dessa
corporação e participante da equipe de APH, constatara, em diversas conversas de militares deste
meio, comentários quanto às qualidades e deficiências do serviço, bem como, as sugestões para
possíveis melhorias na atuação dos oficiais enfermeiros com o consequente avanço na qualidade do
serviço prestado pelas ambulâncias intermediárias.
O Atendimento Pré-Hospitalar ou socorro pré-hospitalar é o atendimento emergencial em
ambiente fora do hospital, sendo também conhecido como primeiro socorro ou resgate. Pode influir
positivamente na redução das taxas de morbidade e mortalidade por trauma ou violência. É um
processo feito por profissionais especialmente treinados, fora do ambiente hospitalar, destinado às
vítimas de trauma (acidentes de trânsito, acidentes industriais, etc.) violência urbana (baleado,
esfaqueado, etc.), mal súbito (emergências cardiológicas, neurológicas, etc.) e distúrbios
psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção para uma unidade hospitalar adequada
(Dutra e cols, 2010).
Segundo Gonzalez (2013), a preocupação com a assistência a essa clientela deu origem ao
Pre Hospital Trauma Life Support (PHTLS). O protocolo de atendimento PHTLS visa a aperfeiçoar
a avaliação e o tratamento das vítimas de trauma, e tem princípios básicos, como o atendimento aos
pacientes segundo a sequência do ABCDE. Acrescenta-se que cada letra representa um
procedimento e que a sequência das “letras” indica a prioridade do atendimento, onde o doente com
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problema de vias aéreas é tratado antes do doente com problema de circulação, e direcionam o
profissional socorrista para que não esqueça e/ou cometa erros na assistência ao paciente,
contribuindo para um cuidado mais seguro.
O Ministério da Saúde, no decorrer das últimas décadas, elaborou legislações com o
objetivo de difundir os conceitos, as diretrizes e as ações do APH, que foram motivadas pela
demanda dos serviços de urgência e emergência. (Portaria GM/MS nº814, de 1° de junho de 2001).
Dentre as normativas do Ministério da Saúde, destaca-se a Portaria nº 2048 de 05 de novembro de
2002, por meio da qual foi instituído o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e
Emergência, com a finalidade de ordenar o acesso a esse atendimento, com garantia de
acolhimento, atenção qualificada e resolutiva para as urgências de baixa e média complexidade,
além da referência adequada dos pacientes graves dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Através dessa portaria, que regulamenta e normatiza o APH, são definidas as funções do
Enfermeiro, o perfil desse profissional, bem como de toda a equipe que deve atuar nesse serviço. Os
enfermeiros de APH são responsáveis pelo atendimento de enfermagem para a reanimação e
estabilização do paciente no local do evento e durante o transporte. Cabe também ao enfermeiro,
dentre outras funções específicas, supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no
APH móvel, ou seja, nas ambulâncias, quer sejam aéreas, aquaviárias ou terrestres, de acordo com a
Portaria GM/MS de nº 2048 de 05 de novembro de 2002.
Os primeiros indícios de ambulâncias datam do final do século XVIII, na França, criadas
devido às necessidades causadas pelas guerras do exército napoleônico como uma forma de atender
os combatentes ainda no campo de batalha. Posteriormente, no início do século XX, foram
motorizadas e aprimoradas, num momento em que já eram usadas por diversos outros países.
Afirmam ainda que, da mesma forma, o serviço de APH brasileiro tem seu histórico ligado a
instituição militar, sendo pioneiro o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em 1899, quando
colocava em ação a primeira ambulância (de tração animal) para realizar o referido serviço. (Silva e
cols, 2010).
Então, o APH é um serviço novo no Brasil, porém inova e ganha eficácia ao misturar
modelos de atendimentos de diferentes países. Observa-se que, no Brasil, a formação das equipes de
profissionais e a forma da abordagem no atendimento às vítimas, que chamamos de “protocolos de
atendimento” foram baseadas no modelo americano e modelo francês de APH.
Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV) são as duas divisões
que existem no tradicional APH móvel brasileiro. O SBV é a estrutura de apoio oferecida apenas
por profissionais técnicos em enfermagem ou socorristas, por meio de medidas conservadoras não-
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também não pode ser tão invasivo ou prescrever fármacos como o médico, poder-se-ia levantar o
questionamento sobre quais as vantagens de se criar esse novo tipo intermediário de ambulância;
em quê esse suporte intermediário se diferenciaria de uma ambulância básica e/ou considerar que a
sua autonomia seja extremamente reduzida.
Problematizando esse contexto institucional, refiro-me às palavras proferidas pelo então
comandante do 1º GSE, Coronel Obeid, por ocasião do 2º Congresso de Emergências Médicas que
aconteceu em julho de 2014, no Centro de Convenções Sul América, na capital fluminense,
enquanto se referia ao novo projeto apoiado pelo grupamento:
"Atualmente, inovamos mais uma vez, aumentamos a experiência de ambulâncias comandadas por
enfermeiros, classificadas como ambulâncias de suporte intermediário. Estamos trabalhando neste projeto,
preparando protocolos que possibilitem que estes profissionais tenham maior autonomia e qualidade no
atendimento prestado no ambiente pré-hospitalar”.
Como podemos ver essa problemática ganha força ao constatarmos que a necessidade de
autonomia do enfermeiro no socorro pré-hospitalar móvel já vem sendo percebida pelas autoridades
do CBMERJ. Dessa forma, esperamos que a criação e implantação desses protocolos possam
evidenciar vantagens para esse tipo de atendimento ao ponto do Suporte Intermediário de Vida ser
ampliado para outras esferas, inclusive a federal.
2- OBJETIVOS
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3.1- HISTORICO
Condições de risco para a vida das pessoas sempre existiram e junto com esses riscos, pelo
instinto de preservação da vida, o ser humano teve a preocupação de buscar o mais precoce
possível, um suporte para manter as condições vitais do indivíduo. Ao longo do tempo percebeu-se
que vidas poderiam ser salvas se fossem rapidamente atendidas por pessoas treinadas e qualificadas,
ainda no ambiente fora dos hospitais e transportadas a um local onde pudessem receber atendimento
com suporte mais específico para cada caso. (Silva e cols em Martins e cols, 2010). Tem sido
enfatizado como fator crítico para a sobrevivência da vítima ou para o retorno às atividades
habituais sem sequelas, o tempo gasto até que o tratamento definitivo seja instalado. O período
entre o reconhecimento e resposta quando o indivíduo está em risco, fará diferença entre “vida e
morte” e entre “sobrevivência intacta e sequelas” (Silva e cols em Timerman e cols, 2010).
Ainda de acordo com Silva e cols (2010), tecnicamente, o marco da criação da ambulância
projetada deve-se ao médico Dominique Jean Larrey (1766–1842), considerado “Pai da Medicina
Militar”. Como cirurgião do exército napoleônico, identificou a necessidade de resgatar os feridos
não apenas após o término do conflito, mas ainda durante a batalha. Larrey, necessitando
estabelecer atendimento imediato, projetou Unidades de Transporte de feridos, que batizou como
“ambulâncias voadoras”, pois tinham como características serem leves e velozes. O aumento da
velocidade deu-se pelo uso, inicialmente, de dois cavalos lado a lado e posteriormente perfilados,
bem como madeira leve, rodas pequenas e teto arredondado para evitar retenção de água na madeira
durante a chuva. Para conforto do paciente havia ainda duas perfurações laterais para ventilação,
acondicionamento de maca, cobertores para aquecimento e guarda de instrumentos. As ambulâncias
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passaram então a buscar feridos imediatamente, tendo obtida importante redução na mortalidade.
Com o advento da era industrial, no final do século XIX, surgiram os motores a combustão,
imediatamente incorporados a modelos confortáveis e seguros. A partir de 1900, com os primeiros
modelos motorizados, principalmente após as experiências das I e II Grandes Guerras, as
ambulâncias foram aprimoradas e melhor adequadas ao serviço, primeiramente pelas equipes
especializadas como da Cruz Vermelha Internacional e depois assimiladas pelos serviços do Corpo
de Bombeiros brasileiro. As equipes já eram compostas por condutor, pessoal de enfermagem e
eventualmente, o médico.
Técnicas e protocolos foram aprimorados à medida que novas situações de emergência
apareciam, mas o maior destaque era dado às situações de guerra e militaria. Observa-se então a
incorporação militar nos serviços de emergência, como o Corpo de Bombeiros. O primeiro registro
pode ser observado em 1899, quando o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBERJ), capital do
país na época, colocou em ação a primeira ambulância de tração animal, para realizar atendimento
no ambiente fora do hospital. Em 1975, com a Lei 6.299, o município ficou com a responsabilidade
do atendimento às urgências, que contava com veículos e motoristas para o transporte rápido. Já em
1985, surgiu o Grupo de Socorro e Emergência (GSE) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro (CBMERJ), incorporando médicos ao quadro de socorristas e implementando
viaturas de suporte avançado de vida com recursos materiais específicos a este fim. (Pereira, 2005)
Somente em 2002, o Ministério da Saúde veio normatizar esse serviço no Brasil através da
Portaria nº 2048 de 05 de outubro, que regulamenta as urgências e emergências. Esta normativa dá
ênfase ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, contudo não contempla
especificamente os Corpos de Bombeiros quanto à configuração das suas ambulâncias. Apesar
disso, no Rio de Janeiro, o GSE segue inovando cada dia mais, aumentando a experiência dos
enfermeiros no APH, criando configurações diferenciadas para o seu atendimento e inclusive
atuando juntamente com o SAMU municipal.
Quanto ao modelo de atendimento, percebe-se que hoje, no Brasil, os serviços de APH
móvel são na maioria realizados pelos Corpos de Bombeiros, pelo Serviço de SAMU e por equipes
de empresas particulares de emergência, todos através de um sistema de atendimento que mistura o
modelo dos Estados Unidos e da França. No protocolo de atendimento Norte-Americano aplica-se o
conceito de chegar à vítima no menor tempo possível, realizar manobras essenciais para estabilizá-
la e removê-la o mais rápido possível a um hospital adequado (princípio conhecido como “golden
hour” hora de ouro), usando para isso socorristas que não são formados na área de saúde. No
protocolo Francês adota-se o princípio de ofertar o atendimento médico no local de atendimento até
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a estabilização da vítima e conduzi-la ao hospital com todo o suporte avançado de que precisar,
usando exclusivamente profissionais da saúde como técnicos, enfermeiros e médicos (princípio
conhecido como stay and play). No Brasil fez-se um misto desses dois protocolos. Para seguir o
primeiro modelo estabeleceram Unidades de Suporte Básico de Vida, que são tripuladas por pessoal
não médico treinado em APH e, para seguir o modelo francês, criaram Unidades de Suporte
Avançado de Vida, nas quais se encontra presente o médico. (Silva e cols em Cordoba, 2014)
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assim o PHTLS (Pre-hospital Trauma Life Support ou Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma).
Ainda na década de 80 este protocolo foi além das fronteiras dos Estados Unidos e ganhou o mundo
sendo conhecido e utilizado em mais de 50 países. No Brasil, a partir de 1997, começaram a ser
oferecidos cursos para o atendimento pré-hospitalar com base no PHTLS, só que isso é atual,
motivo pelo qual, a abrangência ainda é pouca devido à falta de cursos oferecidos, todavia tem
aumentado gradativamente a cada ano. (Pereira e cols, 2014).
O PHTLS tem como objetivo, aperfeiçoar a avaliação e tratamento da vítima de trauma e
para isso se utiliza de princípios básicos, como a sequência do ABCDE:
A - (Airway – Via aérea): Manter vias aéreas pérvias com proteção da coluna cervical;
B - (Breathing – Respiração): Avaliar e manter respiração e ventilação adequadas;
C - (Circulation – Circulação): Controlar sangramento externo e iniciar reposição volêmica;
D - (Disability – Incapacidade): Avaliar o estado neurológico;
E - (Exposure/Environment – Exposição/Controle ambiental): Despir completamente o doente para
que nenhuma lesão passe despercebida, protegendo da hipotermia
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13. Uma vez adequadamente tratadas ou descartadas as lesões com risco de vida, obter a história
médica do paciente e fazer o exame secundário.
14. Acima de tudo, não causar mais danos.
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referência. Tem o objetivo de estabilizar as condições vitais e reduzir a morbimortalidade, por meio
de condutas adequadas durante a fase de estabilização e transporte, assim como as iatrogenias que
possam culminar com adventos variados, desde as incapacidades físicas temporárias ou
permanentes até a morte. (Silva e cols em Lopes, 2008).
Segundo Schweitzer e cols (2011), os cuidados pré-hospitalares em vítimas de trauma,
podem fazer a diferença entre a vida e a morte, entre uma sequela temporária, grave ou permanente
ou ainda entre uma vida produtiva e uma destituída de bem-estar.
Na prática, o serviço pré-hospitalar móvel, é o conjunto dos diversos veículos chamados de
ambulâncias. Eles podem trafegar nos meios terrestre, aquaviário (embarcações) ou aéreo
(helicópteros), todos com o intuito de chegar rapidamente ao indivíduo que foi vítima de um
acidente ou agravo à saúde, dar um primeiro atendimento ou primeiro socorro e transportar o
paciente a um hospital de referência.
A atividade profissional do Enfermeiro na assistência direta ao APH vem sendo
desenvolvida a partir da década de 90, com o início das unidades de suporte avançado, tornando o
enfermeiro participante ativo da equipe e responsável direto pela assistência prestada. Outras
normativas foram publicadas, mas foi a Portaria GM/MS 2048/2002 que regulamentou essa
atividade concentrando o foco no APH móvel do SAMU. Entretanto, o CBMERJ inovou nesse
ponto, quando, além das configurações de ambulâncias contempladas na portaria 2048/02, criou a
ambulância de Suporte Intermediário de Vida (não contemplada na portaria), que é liderada por um
profissional enfermeiro, somado ao técnico de enfermagem e o condutor.
Atualmente, o atendimento pré-hospitalar prestado pelo CBMERJ é voltado
exclusivamente aos casos de trauma e mal súbito que ocorram em via pública, ao passo que as
emergências médicas que acometem o paciente em residência como os casos clínicos e obstétricos
são atendidas pelo SAMU.
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domiciliar, visto que as emergências que acometem os pacientes em residência deverão ser
atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Devido a essa definição de responsabilidades, as ambulâncias do CBMERJ comumente são
solicitadas para atendimentos a traumas como atropelamentos, agressões, acidentes com veículos e
quedas, contudo, nada impede que sejam solicitadas para situações de emergências clínicas desde
que a vítima esteja em via pública ou em algum estabelecimento não domiciliar.
4.5- LEGISLAÇÃO
O Ministério da Saúde, no decorrer dos últimos vinte anos, elaborou portarias com o
objetivo de difundir os conceitos, as diretrizes e as ações na área de APH, que foram motivadas pela
demanda dos serviços de urgência e emergência. (Castro e Tourinho, 2011). Dentre as normativas
ministeriais, destaca-se a Portaria nº 2048 de 05 de outubro de 2002, por meio da qual foi instituído
o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, com o objetivo de
ordenar o acesso a esse atendimento, com garantia de acolhimento, atenção qualificada e resolutiva
para as urgências de baixa e média complexidade, além da referência adequada dos pacientes graves
dentro do SUS. Essa mesma portaria estabelece regras que vão desde a especialização da equipe até
as características dos veículos e equipamentos a serem utilizados nas ambulâncias. (Portaria
GM/MS nº2048 de 05/11/2002).
Posteriormente, visto a relevância social da implementação de normas para a organização
dos serviços públicos e privados de atenção às urgências, bem como a adoção de estratégias de
promoção da qualidade de vida, a identificação dos determinantes e condicionantes das urgências, o
Ministério da Saúde publicou, em 2003, a Portaria nº 1.863, instituindo a Política Nacional de
Atenção às Urgências, que define, dentre tantos outros temas, a organização de redes locorregionais
de atenção integral às urgências; o estabelecimento de um componente pré-hospitalar, unidades não
hospitalares de atendimento às urgências; a criação de um componente pré-hospitalar móvel
representado pelo SAMU e os serviços associados de salvamento e resgate, sob regulação médica
de urgências; e a utilização de um componente hospitalar caracterizado pelos serviços de urgência
das unidades hospitalares. (Portaria GM/MS nº1863 de 29/10/2003).
Em setembro de 2003, com a Portaria GM nº 1864, foi instituído o componente pré-
hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação do
SAMU em municípios e regiões de todo o território brasileiro.
Thomaz e Lima (2000) apontam que a atividade do Enfermeiro, voltada para assistência
direta no atendimento pré-hospitalar no Brasil, desenvolveu-se a partir da década de 90, com início
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das unidades de suporte avançado. Nos dias atuais já existem normativas exclusivas para a atividade
do enfermeiro.
A resolução COFEN nº 375, de 22 de março de 2011, diz que:
(...) Art. 1º: A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre,
aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de
risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro.
§ 1º A assistência de enfermagem em qualquer serviço Pré-Hospitalar, prestado por
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, somente poderá ser realizada sob a supervisão direta do
Enfermeiro.
No ano de 2001, a Portaria GM nº 814 de 01 de junho de 2001, no estado de São Paulo,
definiu quais são os tipos de ambulâncias e quais seriam os profissionais a tripulá-las.
Posteriormente, em 2002, o seu texto veio a ser contemplado na Portaria 2048/02.
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4.7- TRIPULAÇÃO
Considerando-se que as urgências não se constituem em especialidade médica ou de
enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente,
entende-se que os profissionais que venham a atuar como tripulantes dos Serviços de Atendimento
Pré-Hospitalar Móvel devam ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, cuja criação
é indicada pelo presente Regulamento e cumpram o conteúdo curricular mínimo nele proposto.
Ambulância do Tipo A: 2 profissionais, sendo um o motorista e o outro um Técnico ou
Auxiliar de enfermagem.
Ambulância do Tipo B: 2 profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou auxiliar de
enfermagem.
Ambulância do Tipo C: 3 profissionais militares, policiais rodoviários, bombeiros
militares, e/ou outros profissionais reconhecidos pelo gestor público, sendo um motorista e os
outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e suporte básico de vida.
Ambulância do tipo D: 3 profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um médico.
Aeronaves: o atendimento feito por aeronaves deve ser sempre considerado como de
suporte avançado de vida, e:
- Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel primário não traumático e secundário,
deve contar com o piloto, um médico, e um enfermeiro;
- Para o atendimento a urgências traumáticas em que sejam necessários procedimentos de
salvamento, é indispensável à presença de profissional capacitado para tal.
Embarcações: a equipe deve ser composta por 2 ou 3 profissionais, de acordo com o tipo
de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de
enfermagem em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de
suporte avançado de vida (Portaria GM/MS nº 2048 de 05 de outubro de 2002)
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5- METODOLOGIA
O presente estudo é de caráter descritivo, segundo Gil (1994), as pesquisas desse tipo têm
como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno,
ou ainda, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser
classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de
técnicas padronizadas de coleta de dados como questionários ou observação sistemática.
A pesquisa terá abordagem do tipo qualitativa, este tipo de abordagem é a que melhor se
aplica ao nosso objeto de estudo, pois, segundo Triviños (1987), a pesquisa qualitativa assume um
caráter exploratório, isto é, estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema,
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objeto ou conceito. Mostra aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo
conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a
natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.
Consideramos que o estudo de caso foi a melhor alternativa para desenvolver o problema
abordado. De acordo com Marconi e Lakatos (2003), o estudo de caso refere-se ao levantamento,
com mais profundidade, de determinado caso ou grupo sob todos os seus aspectos. Contudo é
limitado, pois se restringe apenas ao caso que estuda, não podendo ser generalizado.
O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências
biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira
que permite seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros
delineamentos já considerados.
Os sujeitos selecionados para realização desta pesquisa serão enfermeiros líderes de
ambulâncias de suporte intermediário do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Serão selecionados apenas enfermeiros atuantes na região metropolitana do Rio, cujos atendimentos
não se relacionam com o SAMU e que não têm tanta interferência da central de regulação médica.
As ambulâncias de suporte intermediário são uma criação exclusiva do CBMERJ que vêm
dando certo. Este serviço pioneiro desafogou o atendimento médico de APH no Rio de Janeiro e
vem proporcionando, às vítimas, um melhor atendimento devido ao diferencial do enfermeiro
graduado. Essas viaturas fazem um intermédio entre o suporte avançado de vida (SAV) e o suporte
básico de vida (SBV). São tripuladas pelo condutor, por um técnico de enfermagem e por um
enfermeiro que exerce a função de chefe de guarnição e responsável pelo atendimento prestado.
Acreditamos ser importante salientar que não têm uma regulamentação específica, pois tal
configuração de ambulância não consta na portaria GM 2048/02.
A coleta de dados será feita através de um questionário composto por 05 questões abertas
relativas ao Atendimento Pré-Hospitalar da ambulância intermediária do CBMERJ; como ocorre o
atendimento, quais os principais procedimentos realizados, o que diferencia o suporte intermediário
do básico, quem define as intervenções a se realizar e os principais problemas enfrentados. As
perguntas foram direcionadas ao conhecimento de rotinas e protocolos, somando um total de 08
enfermeiros.
Na visão de Andrade (1999), o questionário de perguntas abertas permite mais liberdade de
respostas, porém, traz maiores dificuldades face a apuração mais complexa e impressa de fatos
levantados.
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O quadro acima apresenta uma visão geral do sexo, idade, tempo de experiência no APH e
nível de instrução dos enfermeiros que participaram do estudo.
Pode-se perceber que os enfermeiros do estudo têm a média de 36 anos e que o sexo para
esse cargo é bem dividido. Muitos buscaram se aperfeiçoar fazendo pós-graduação e até mestrado e
todos têm o mínimo de 7 anos de experiência no Atendimento Pré Hospitalar, pois é o tempo que se
passou desde o último concurso para enfermeiro dessa corporação.
A coleta de dados foi realizada no período compreendido entre 01/09/2015 até 10/10/2015,
sempre nos dias dos seus plantões nos quartéis e em horários que variavam de acordo com a sua
disponibilidade. Em alguns casos a entrevista fora interrompida devido à necessidade de a
ambulância sair para atendimento de socorro; nesses casos, sempre voltava horas depois, de forma
que interrompia o raciocínio dos entrevistados. Apesar disso e do cansaço que às vezes
demonstravam, sempre fomos atendidos de forma muito cordial e solícita. Percebeu-se que, ao
saberem do assunto, todos queriam demonstrar o seu orgulho, suas insatisfações e/ou suas
expectativas.
Posteriormente à coleta dos dados, o primeiro procedimento executado foi a leitura
minuciosa de cada uma das entrevistas buscando interpretar as respostas de cada enfermeiro e
identificar a visão e expectativas que cada um deles tem em relação ao serviço que realiza. Num
segundo momento procurou-se analisar as 8 (oito) respostas para cada questão e fazer um
comparativo entre elas; dessa forma pudemos estabelecer as ideias mais presentes nas respostas a
cada pergunta.
Essa análise das ideias possibilitou evidenciarmos os temas mais relevantes para os
enfermeiros entrevistados, levando a criação de duas categorias principais, que serão discutidos a
seguir. São elas: Procedimentos e protocolos e Tomada de decisão.
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Sobre essa ação, que trata sobremaneira de segurança, realizada antes de qualquer
intervenção, Prudente e Gentil (2005) definem que é a primeira atividade do enfermeiro no local da
ocorrência, a avaliação da cena, em que verifica a segurança e a cinemática do trauma com o
objetivo de garantir a segurança da equipe no acesso à vítima, obtendo informações pertinentes para
o atendimento e devendo ter cuidado com o trânsito, com chamas, gases tóxicos, fumaça e para o
risco de desabamentos e explosões.
Nessa avaliação inicial o enfermeiro vai definir se o local está seguro para a intervenção
dos profissionais e coletar dados pertinentes ao evento, como o número de vítimas envolvidas, há
quanto tempo ocorreu o evento e a cinemática do trauma, que permite supor quais os tipos de lesões
adquiridas pela vítima de acidente a partir da observação de como ocorreu o acidente.
“Antes de fazer qualquer coisa a gente avalia a cena pra ver se está segura, caso contrário um de
nós, que chegou pra socorrer, pode acabar se tornando outra vítima...” (M.C.)
“Fazemos a avaliação da cena (...) e a avaliação da cinemática do trauma, procurando entender o
mecanismo do trauma para melhor definir as intervenções a serem feitas...” (R.D.)
Segundo Pereira e Lima (2006), no atendimento propriamente dito, o enfermeiro participa
da previsão de necessidades da vítima; da definição de prioridades, como a segurança da equipe; da
interrupção do fator de risco; da avaliação primária e secundária, considerando a vítima como
politraumatizada; do início das intervenções necessárias; da estabilização, reavaliação do estado
geral e realização do transporte da vítima para tratamento definitivo.
Com a cena já segura, os sujeitos citaram, randomicamente, os procedimentos realizados
por eles nos locais de atendimento, sendo citados: exame físico, extricação, imobilização, manter
vias aéreas pérvias, oxigenoterapia, acesso venoso de grande calibre, avaliação do nível de
consciência, observação do padrão respiratório, circulação, monitorização dos sinais vitais,
respiração cardiopulmonar – RCP, utilização do desfibrilador – DEA, intubação orotraqueal com
máscara laríngea, contenção de hemorragias, curativos, administração de algumas medicações
protocoladas e o transporte seguro até o hospital de referência.
“Aqui no Corpo de Bombeiros, o profissional enfermeiro sempre segue os protocolos de APH.
Dentre as atividades desenvolvidas no atendimento destaca-se: extricação, exame físico primário e
secundário, contenção de hemorragias, reposição volêmica, acesso de vias aéreas com máscara laríngea,
RCP, DEA, administração de medicação conforme protocolos pré-definidos. ” (J.M.)
Quanto às intervenções que devem ser executadas pelo enfermeiro no local do sinistro,
Pereira e Lima (2006), dizem que logo após o término da conferência da cena, o enfermeiro deve
fazer a abordagem à vítima, realizando a avaliação primária do paciente, que auxiliará a equipe nas
etapas seguintes de imobilização e transporte ao hospital. A avaliação primária determina se há
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para ser adotadas, o uso de protocolos torna-se essencial, pois permite que o Enfermeiro atue com
um maior grau de independência e interdependência, gerando otimização na assistência prestada.
Informam ainda que cada instituição pode criar protocolo próprio para sua equipe, desde que,
garanta a avaliação rápida, possibilitando assim menor tempo gasto no atendimento, eficácia e
possibilidade mínima de erros. Para isso é necessário que em seu conteúdo estejam presentes as
intervenções e estabilização dos estados respiratório, circulatório e neurológico, seguido de
imobilização, transporte rápido e seguro para o hospital adequado.
Os protocolos utilizados pelo CBMERJ, são protocolos internacionais que se diferenciam
de acordo com a natureza do problema enfrentado. Quando a viatura se depara com um caso clínico,
utiliza-se o protocolo BLS/ACLS e, nos casos em que o paciente é vítima de trauma, o protocolo
utilizado será o PHTLS. Isso pode ser confirmado na afirmação de um dos entrevistados:
“No CBMERJ, nas emergências clínicas, usamos o protocolo do ACLS, o suporte básico de vida
que consiste no ABC, que agora, em 2010, mudou para CAB, além do exame físico completo. Nos casos de
trauma, aplicamos o protocolo PHTLS com utilização do ABCDE e mais o exame físico completo. ” (P.P.)
Existe uma gama de condutas que é muito bem estabelecida nos protocolos, é
imprescindível o conhecimento dos protocolos para exercer o APH. (Thomas e Lima, 2000).
O protocolo de suporte básico de vida (BLS) foi alterado pela American Heart Association
no ano de 2010, passando a sequência de atendimento de A-B-C para C-A-B e assim, dando maior
ênfase a importância das compressões torácicas de alta qualidade. De acordo com o Guidelines
AHA (2010), na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto
o socorrista abre a via aérea para aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de barreira
ou reúne e monta o equipamento de ventilação. Com a alteração da sequência para C-A-B, as
compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo.
Dessa forma, de acordo com Falcão (2012), o protocolo BLS pode ser traduzido da
seguinte forma:
Alerta = acessar responsividade; checar a respiração;
Pedir ajuda
C – Circulation - checar pulso (para profissionais de saúde); Compressões torácicas;
A – Airway - Abrir vias aéreas
B – Breathing – ventilações
Desfibrilador (DEA); Choque.
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Esse é um protocolo mais básico que ensina a abordagem a vítima sendo realizada por
qualquer pessoa. Outrossim, o protocolo de atendimento clínico, ACLS (suporte avançado de vida)
tem a sua sequência de intervenções, porém são cuidados mais intensivos, que requerem
equipamentos e técnicas especializados. Assim, devem ser realizados apenas no APH fixo ou dentro
de uma ambulância preparada para isso, não podendo ser realizados na rua e nem por leigos. É
representado pela sequência A-B-C-D, que é tratada por Facão (2012) como ABCD secundário.
A “Airway” – via aérea avançada (Intubação Orotraqueal)
B “Breathing” – respiração (oxímetro)
C “Circulation” – acesso venoso (monitorização)
D Drogas – medicações / diagnóstico diferencial.
Ressalta-se que as prioridades do exame não mudam mesmo que as vítimas sejam
diferentes. Crianças, idosos e gestantes apresentam peculiaridades importantes de anatomia e
fisiologia, que devem ser conhecidas pelos profissionais, porém as prioridades são as mesmas para
todos eles (Araújo, Teixeira e Coutinho, 2008).
A grande vantagem da implementação do programa PHTLS, particularmente entre os
profissionais de atendimento pré-hospitalar, é que ele permite uniformizar a linguagem e prestar
atendimento sistematizado à vítima de trauma, evitando perder tempo ou deixar de dar, em cada
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momento, o melhor atendimento possível. Com outras palavras, quando o atendimento é feito,
desde o início, de forma adequada, melhora muito o prognóstico do doente traumatizado, que é o
objetivo do atendimento (Araújo, Teixeira e Coutinho, 2008).
Os serviços de APH são pautados por intervenções inconstantes, situação na qual existe a
necessidade de recorrer a procedimentos técnicos embasados em protocolos assistenciais nos quais
se valorizam habilidades, como: agilidade, tomada de decisões, trabalho de equipe e liderança.
Estas são capacidades fundamentais para alcançar um objetivo em comum, que é o de desenvolver
ações para salvar vidas em situação de emergência (Amthauer, 2012).
Nas entrevistas, pudemos evidenciar que apesar de se tratar de um suporte Intermediário de
vida e não de um suporte Avançado de vida, o protocolo da instituição, até certo ponto, permite aos
oficiais enfermeiros transbordarem as técnicas básicas de apoio a vida e usar procedimentos mais
complexos que a graduação e os seus conhecimentos os permitem. Procedimentos mais invasivos
como a intubação traqueal com utilização de dispositivo supraglótico, a máscara laríngea, e
procedimentos mais discutidos por serem de domínio exclusivo dos médicos, como a administração
de medicamentos, são utilizados pelos enfermeiros, líderes de ambulâncias do CBMERJ.
“O procedimento específico do enfermeiro aqui no corpo de bombeiros é a utilização da máscara
laríngea e o uso de algumas medicações. ” (L.M.)
“(...) Dentro das intervenções no APH, há necessidade de procedimentos mais invasivos, como o
uso da Máscara Laríngea ...” (G.S.)
A utilização da Máscara Laríngea como Dispositivo Supra Glótico (DSG) na intubação
traqueal é um procedimento de destaque para o enfermeiro.
A máscara laríngea consiste em um tubo semelhante ao endotraqueal, com uma máscara
inflável na extremidade distal apropriada para adaptação à faringe posterior, selando a região da
base da língua e da abertura laríngea, e que quando utilizada de maneira adequada, tende a
minimizar complicações, tendo como desfecho o estabelecimento de uma via aérea segura,
possibilitando maiores chances de sucesso na ressuscitação (COREN/MS, 2015).
Verner e cols (2012) relatam que a manutenção de uma via aérea adequada é uma das
maiores preocupações durante o APH. A presença de via aérea difícil, então, é um dos maiores
desafios às equipes, exigindo alternativas de recursos para sua abordagem, a fim de assegurar sua
pervidade. A Intubação com Tubo Orotraqueal (IOT) é considerada o método ideal para assegurar e
manter a via aérea permeável e segura, porém estudos comprovam que sem o treino e experiência
adequados a incidência de complicações é elevada (...). A máscara laríngea demonstra ser menos
operador-dependente, mais fácil de ser introduzida que os tubos orotraqueais, desprender menos
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tempo durante seu posicionamento e, ao contrário, da IOT, em geral, podem ser colocados sem
interrupção das compressões (em PCR), estabelecendo uma via aérea temporária eficaz.
Da mesma forma, Pedersoli e cols (2011), em seu estudo, objetivou identificar as
evidências disponíveis na literatura sobre a abordagem de vias aéreas por meio da máscara laríngea.
Seus estudos demonstraram que a máscara laríngea é de fundamental importância para o manejo das
vias aéreas em situações críticas, e que se mostrou eficaz, atingindo taxas de sucesso em sua
inserção e nas ventilações próximas a 100%. Ressalta ainda que as diretrizes de ressuscitação
cardiopulmonar publicadas em 2010, pela American Heart Association (AHA) corroboram com o
exposto, pois caracterizam a Máscara Laríngea como vias aéreas avançadas na RCP, reconhecendo-
a como instrumento de grande valia, a ser utilizado na intervenção controle da via aérea.
Apesar do exposto, a utilização da Máscara Laríngea por enfermeiros não é unânime em
todo o país. O amparo legal do seu uso praticado pelo enfermeiro, em cada estado, depende de um
parecer técnico do Conselho Regional de Enfermagem (COREN) local autorizando o procedimento.
Ainda assim, mesmo que seja sob condições muito específicas, como no caso do COREN-SP que só
permite a utilização da intubação traqueal pelo enfermeiro “(...) em situações de risco de morte
iminente de paciente, na qual exista a impossibilidade de se contar com profissional médico para
realizar a intervenção (...)”, mesmo sob condições severas, muitos conselhos já autorizaram o seu
uso, como é o caso do COREN-BA, COREN-DF, COREN-RS, COREN-MS, entre outros.
O Parecer Técnico N.020/2015 do COREN-MS, diz que o enfermeiro é o elemento
importante da equipe de saúde, já que possui competência técnica e legal para iniciar os
procedimentos de RCP, de forma que deverá estar familiarizado e capacitado para executar tais
manobras, atendendo às diretrizes estabelecidas pela American Heart Association (AHA). Em
condições em que a ventilação está difícil e a oxigenação prejudicada, a abordagem das vias aéreas
é um desafio durante a RCP podendo ser necessários, uso de dispositivos artificiais como
dispositivos supraglóticos, sendo a Máscara Laríngea uma delas. Esta por sua vez é descrita como
uma opção intermediária entre a máscara facial e o tubo traqueal, dispensando o uso de
laringoscópio, ou instrumentos especiais para a sua inserção (...). Somente esta recomendação já
evidencia a importância da máscara laríngea, uma vez que a técnica de utilização é bastante simples
e sua aplicação pode ser feita sem a interrupção das compressões torácicas. Conclusão: (...) somos
de parecer favorável à realização do procedimento de introdução da máscara laríngea em situações
de emergência pelo Profissional Enfermeiro, auxiliado pela equipe de enfermagem e na ausência de
profissional médico, desde que sejam elaborados protocolos e ou normas técnicas que
regulamentem de forma interdisciplinar o procedimento em questão. E ainda, que sejam capacitados
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pela instituição em que se está inserido o profissional, pois assim o profissional está amparado por
lei.
Dando prosseguimento às questões discutidas na pesquisa, além do uso da máscara
laríngea, o procedimento que se mostrou mais questionável foi o uso da intervenção farmacológica
realizada pelos enfermeiros das ambulâncias se suporte intermediário do CBMERJ. Esse quesito
causa dúvidas devido às declarações contraditórias dos sujeitos da pesquisa quando não deixam
claro se a sua utilização é permitida por um protocolo institucional ou se é legalizada a partir da
utilização da regulação médica via contato telefônico.
“O enfermeiro tem mais autonomia para utilizar alguns medicamentos como, isordil, captopril,
AAS, Hioscina... visando estabilização do paciente. ” (R.S.)
“Um dos problemas enfrentados é a não existência de protocolos de medicação que daria mais
autonomia para o enfermeiro, como permissão para usar adrenalina em PCR. ” (L.M.)
“O procedimento específico do enfermeiro aqui no corpo de bombeiros é a utilização da máscara
laríngea e o uso de algumas medicações. ” (L.M.)
“Apesar de ter medicações na viatura intermediária, não podemos fazer sem autorização da
regulação médica. E: isordil, captopril, AAS, glicose hipertônica. ” (J.H.)
“(...) o profissional enfermeiro sempre segue os protocolos de APH. Dentre as atividades
desenvolvidas no atendimento destaca-se (...) administração de medicação conforme protocolos pré-
definidos. ” (J.M.)
A Resolução COFEN nº225/2000 dispõe sobre o cumprimento de prescrição/terapêutica à
distância:
Art. 1º- É vedado ao Profissional de Enfermagem aceitar, praticar, cumprir ou executar
prescrições medicamentosas/terapêuticas, oriundas de qualquer Profissional da Área de Saúde,
através de rádio, telefonia ou meios eletrônicos, onde não conste a assinatura dos mesmos.
Art. 2º – Não se aplica ao artigo anterior as situações de urgência, na qual, efetivamente,
haja iminente e grave risco de vida do cliente.
Art. 3º- Ocorrendo o previsto no artigo 2º, obrigatoriamente deverá o Profissional de
Enfermagem, elaborar Relatório circunstanciado e minucioso, onde deve constar todos os aspectos
que envolveram a situação de urgência, que o levou a praticar o ato, vedado pelo artigo 1º.
Portanto, essa resolução torna legal, para enfermeiros, a prática de cumprir prescrições
médicas via telefone tão somente em situações de urgência, na qual, efetivamente, haja iminente e
grave risco de vida do cliente.
Ainda sobre a prescrição de medicamentos por profissionais enfermeiros no Brasil, em
nota, numa revista eletrônica, Dulce Bais, então Presidente do Conselho Federal de Enfermagem
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informa que a prescrição de medicamentos por enfermeiros está prevista na Lei Federal n°
7.498/86, como atividade compartilhada com integrantes da equipe multiprofissional em saúde,
mediante protocolos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotinas aprovadas pelas
instituições de saúde. Esta norma legal reflete a realidade mundial dos países em que, a exemplo do
Brasil, a enfermagem integra o conjunto de profissões regulamentadas, cujas atividades são
estabelecidas por lei. Não há respaldo legal para o enfermeiro prescrever medicamentos de forma
independente e inicial. Este prescreve mediante protocolos nos programas de saúde ou nas situações
rotineiras do processo de assistência à saúde. Tal procedimento é legalmente antecedido pela
consulta de enfermagem e pelo diagnóstico e prescrição de enfermagem que, em hipótese alguma,
conflitam com as atividades privativas do médico. O Conselho Federal de Enfermagem está em
processo de revisão das resoluções que tratam do assunto em pauta, adequando-as tão somente ao
que preceitua a Lei n° 7.498/86, não havendo respaldo legal para enfermeiros efetuar o diagnóstico
de doenças e a prescrição de medicamentos fora dos protocolos do sistema de saúde.
Destarte, considerando que a intervenção farmacológica supracitada, no âmbito do Corpo
de Bombeiros, seja realizada através da regulação médica e não por protocolos que deem
independência aos enfermeiros. Podemos observar que os medicamentos reportados pelos
entrevistados, sejam eles isordil, captopril, AAS e glicose hipertônica, são tão somente usados em
situações de extrema emergência, configurando iminente e grave risco de vida, de forma que se
enquadram na exceção citada no art. 2º, da resolução 225/2000 do COFEN. Talvez por isso as
reclamações/solicitações dos entrevistados, no sentido de serem incluídas medicações do tipo
analgésicos e/ou adrenalina na PCR, não sejam atendidas, por ferirem as determinações da
legislação vigente.
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estratégia de ação, porém esta condição (regulação) só é aplicada, na prática, em casos que o desfecho de
resolução do quadro seja muito complicado, o que não nos respaldaria caso conduzíssemos somente por
iniciativa nossa. ” (R.D.)
Para Oliveira, Parolin e Teixeira Jr. (2004), o desenvolvimento profissional e pessoal
proporciona ao enfermeiro a confiança necessária para que o atendimento seja mais efetivo.
Apesar de se tratar de um Suporte Intermediário de Vida e não de Suporte Avançado, os
protocolos da instituição e a região metropolitana, onde atuam os sujeitos, dão a oportunidade para
esses enfermeiros irem além das técnicas básicas de suporte a vida e adotarem intervenções
complexas, com tomada de decisão que só é possível devido ao conhecimento adquirido por esses
militares. Além dos conhecimentos técnico-científicos oriundos da graduação, atribuímos essa
experiência à educação permanente oferecida pela corporação, traduzida através de treinamentos e
cursos de capacitação e aperfeiçoamento periódicos, que se mostram extremamente necessários e
eficazes
“(...) anualmente participamos de treinamentos de APH/PCR no CEPAP (Centro de Educação
Profissional em Atendimento Pré Hospitalar). ” (L.M.)
Acreditamos que esse ponto merece destaque devido ao fato de que no Atendimento Pré
Hospitalar com maior abrangência no país, o SAMU, não dão essa oportunidade ao enfermeiro, pois
a sua figura só aparece na configuração da ambulância avançado estando sempre aliada à presença
do médico, e, dessa maneira, influenciando para que nunca se preocupem com a responsabilidade
da tomada de decisão.
“Eu atuo na cidade do Rio de Janeiro. Lá, onde infelizmente o Corpo de Bombeiros assumiu o
serviço do SAMU, há uma regulação médica mais enfática, através do 192, onde todos os atendimentos
realizados por viaturas intermediárias e básicas devem ser regulados, sendo o médico regulador da central
o responsável pelas orientações e prescrições via telefone. Já aqui na região metropolitana a gente tem mais
liberdade para trabalhar e independência para tomar decisões. ” (G.S.)
Em se tratando do Suporte Intermediário de Vida, cujo enfermeiro é o líder e profissional
mais diferenciado devido os conhecimentos oriundos do nível superior, acreditamos que se deve
atribuir confiança a eles devido a sua capacidade de autonomia e tomada de decisão no local de
socorro, até porque é isso que vai diferenciar o serviço de suporte intermediário, que atende a
eventos de baixa e média complexibilidade, do serviço de suporte básico, que atende apenas eventos
de baixa complexibilidade, sendo composta apenas por técnicos e auxiliares de enfermagem.
Sobre isso, o comitê Executivo da Divisão PHTLS da NAEMT (National Association of
Emergency Medical Technicians) acredita que, tendo uma boa base de conhecimento, o enfermeiro
pode tomar as decisões adequadas no atendimento do paciente. (Elsevier, 2007)
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7- CONCLUSÃO
É importante salientar que este trabalho foi realizado com um grupo restrito de enfermeiros
e não se pretende generalizar os resultados. Conquanto, acredita-se ter sido importante na medida
em que permitiu conhecer as experiências dos enfermeiros militares que atuam como líderes de
ambulâncias no Suporte Intermediário de Vida e seria desejável que outros trabalhos nesta área
fossem desenvolvidos de forma a comprovar e reforçar a importância da contribuição social
imprescindível dos cuidados prestados por esses enfermeiros no atendimento pré-hospitalar.
Avaliando a conduta dos enfermeiros militares do CBMERJ nos atendimentos às urgências
e emergências, constatamos que, no universo dos procedimentos realizados, a avaliação da cena
aparece em primeiro lugar, antes de qualquer atendimento, pois visam prevenir quaisquer outros
tipos de acidentes. Assim, os enfermeiros demonstram que, na posição de líderes de equipe, são
responsáveis e se preocupam integralmente com a segurança da equipe. Da mesma forma, a
pesquisa revela que esses profissionais têm segurança e conhecimento para realizar adequadamente
os procedimentos necessários à estabilização das vítimas. Executam procedimentos como
extricação, imobilização, avaliação do nível de consciência, manter vias aéreas pérvias inclusive
utilizando-se da intubação orotraqueal com máscara laríngea, se necessário, oxigenoterapia,
avaliação do padrão respiratório e a circulação, acesso venoso de grande calibre, reposição
volêmica, reanimação cardiopulmonar – RCP, utilização do desfibrilador – DEA, monitorização dos
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