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Imperialismo
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História geral
O imperialismo é caracterizado por uma política de expansão de uma nação sobre outra, e sua
manifestação no século XIX é chamada também de neocolonialismo.
Ilustração que retrata colonizadores europeus em contacto com povos de uma região da África
Central. (SILVA, 2002, p.49)
O termo imperialismo é utilizado para referir-se às práticas da política em que uma nação
buscava promover uma expansão territorial, económica e/ou cultural sobre outra nação. A
utilização da palavra imperialismo pode ocorrer em contextos actuais como, por exemplo,
quando um país resolver intervir militarmente em outro.
O termo “imperialismo” também é muito utilizado para fazer referência ao processo de
colonização da África, Ásia e Oceânia, que se iniciou na segunda metade do século XIX. Esse
processo também é conhecido entre os historiadores como neocolonialismo. Durante o
neocolonialismo, segundo o historiador Eric Hobsbawm, cerca de 25% das terras do planeta
foram ocupadas por alguma potência imperialista.
Eric Hobsbawm também exemplifica por meio de dados estatísticos a dimensão da expansão
imperialista na época.
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Causas do Imperialismo
O imperialismo, na definição dada acima, surgiu como consequência das transformações
causadas pela Revolução Industrial. Essa revolução foi iniciada pioneiramente na Inglaterra, na
segunda metade do século XVIII, e causou transformações profundas. A partir dela, houve o
surgimento da indústria, e mudanças nos modos de produção e nas relações patronais
aconteceram. (RÉMOND, 2009, p.90)
A Revolução Industrial resultou no surgimento de novas máquinas, novos meios de
comunicação, novos meios de transporte e foi responsável pela utilização de combustíveis
fósseis. Com o desenvolvimento da indústria, o comércio transformou-se, não somente em nível
local, mas também em escala global. (Barbara, 2006; p.47)
Essa expansão do comércio por meio da Revolução Industrial aconteceu, porque o processo de
produção de mercadorias cresceu consideravelmente. Com o crescimento na produção de
mercadorias, as nações industrializadas precisaram ampliar seu acesso às matérias-
primas utilizadas na produção e também de ampliar a sua capacidade de venda, isto é, eram
necessários novos mercados consumidores.
Uma causa que explica, em grande parte, a expansão colonial da segunda metade do século XIX
é a busca por novos mercados consumidores, segundo aponta Eric Hobsbawm|. Isso porque
acreditava-se que a grande quantidade de mercadorias produzidas seria absorvida com a
expansão dos mercados consumidores. (HOBSBAWM, 2014, p.72)
Hobsbawm também fala que “o ‘novo imperialismo’” foi o subproduto natural de uma economia
internacional baseada na rivalidade entre várias economias industriais concorrentes, intensificada
pela pressão económica dos anos 1888”. Motivadas pela expansão económica, as nações
europeias, principalmente, iniciaram o processo de expansão territorial. (HOBSBAWM, 2014,
p.84)
Imperialismo na África
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Dentro do processo neocolonialista que aconteceu no século XIX, a ocupação do continente
africano teve grande destaque. Isso porque o continente africano foi amplamente impactado pelo
imperialismo, uma vez que, no auge do ciclo imperialista (entre 1884 e 1914), o continente teve
apenas dois territórios que não foram ocupados: Libéria e Etiópia. (HOBSBAWM, 2014, p.63)
O historiador Valter Roberto Silvério aponta que três acontecimentos entre 1876 e 1880 foram
cruciais para iniciar a corrida de ocupação do continente africano:
1. A Conferência Geográfica de Bruxelas, encontro promovido por Leopoldo II, rei da
Bélgica, com o objectivo de desenvolver os interesses dos belgas na região do Congo;
3. A política francesa para promover sua expansão colonial em regiões da África como
Egito, Tunísia e Madagascar.
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lançaram dura resistência contra a presença europeia. Neste texto é encontrado um dos exemplos
de resistência ao imperialismo. (HOBSBAWM, 2014, p.81)
Consequências
O imperialismo foi muito forte no mundo, durante o período citado (entre 1884 e 1914), mas a
presença de europeus como colonizadores na África e na Ásia ocorreu até a segunda metade do
século XX. (HOBSBAWM, 2014, p.90)
O imperialismo deixou graves consequências nesses locais, expostas a seguir.
A demarcação de fronteiras artificiais gerou impactos negativos até hoje na África e
causou inúmeras tensões entre as nações africanas.
Durante o neocolonialismo, surgiu uma série de disputas étnicas influenciadas por acção
europeia. Um dos casos mais notáveis aconteceu em Ruanda, região que havia feito parte
do Congo Belga. Em 1994, um massacre de grandes proporções aconteceu no país, e
hutus foram responsáveis pela morte de aproximadamente 1 milhão de tutsis.
A exploração económica deixou marcas profundas e, até hoje, a maioria absoluta dos
países africanos sofre com economias instáveis.
Os nativos foram sujeitos a uma violência escabrosa. Um caso notável foi no Congo
Belga, quando 10 milhões de pessoas morreram fruto da violência colonial dos belgas.
Conclusão:
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Assim, se chega no fim do trabalho para além das diversidades de actuação entre os pólos a um
novo modo de incitar os mecanismos de acumulação, hoje baseados certamente sobre atitudes
financeiras e sobre os investimentos em imobilizações imateriais, mas também em busca de
novas áreas de penetração, de novas saídas através dos investimentos produtivos funcionais ao
paradigma da acumulação flexível e da produção esbelta.
Entretanto, actualmente, não há espaço para o “super imperialismo” unipolar estadunidense, não
há o contexto económico apto, pois existe a forte concorrência de outros pólos, e a potência
militar dos EUA, embora predominante, não é suficiente nem capaz de se impor, mas evidencia,
principal. e claramente, as contradições interimperialistas. Isto porque a União Europeia não
pode ver sufocados seus objectivos expansionistas e não pode aceitar um papel predominante dos
Estados Unidos nos Bálcãs, na Eurásia e na Ásia Central, que são áreas de interesse estratégico
para a Europa. De outro lado, a China, a Rússia, assim como a Índia e o Iran, não podem aceitar
uma presença de longo prazo, com assentamentos militares com finalidade de conquista
económica, dos EUA, já que a Ásia constitui a área de sobrevivência e de expansão
relativamente aos países emergentes.
Referencias Bibliográficas:
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Barbara Bush. (2006). Imperialism And Postcolonialism (em inglês). [S.l.]: Pearson Longman.
p. 46.
HOBSBAWM, Eric J. (2014). Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991;
HOBSBAWM, Eric. (2014). A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 97
RÉMOND, R (2009), Introdução à História do Nosso Tempo: Do Antigo Regime aos Nossos
Dias, Lisboa: Gradiva, 3ª edição
SILVÉRIO, Valter Roberto. (2013). Síntese da colecção História Geral da África: século XVI
ao século XX. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, p. 341.