4.

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1ª EDIÇÃO

PREFÁCIO
A Indústria 4.0 surgiu e junto dela diversas outras inovações. A cada
dia, surgem novos termos, novas tecnologias e muitas vezes acaba
sendo difícil acompanhar tudo o que está acontecendo e manter-se
atualizado.
Esse glossário foi criado para ajudar gestores inovadores como você
a entender todo esse novo mundo que surgiu, inclusive de termos já
conhecidos, mas que possuem uma nova abordagem nesse contexto.
Qual é a diferença, por exemplo, da “cibersegurança” no contexto da Indústria
4.0?
O “Glossário Descomplicado da Indústria 4.0” surge exatamente para
te ajudar a entender as novas abordagens de termos já conhecidos e
a entender outros ainda não tão conhecidos, como “gêmeo digital”, e
tudo isso com uma linguagem descomplicada.
2
Nós adotamos uma linguagem descomplicada, sem perder o rigor
técnico. Mesmo assim, alertamos que este é um material de divulgação
técnico-científica, e, como tal, não tem a finalidade de apresentar uma
ampla revisão acadêmica.
Por exemplo, a explicação do termo “big data” na tese de doutorado
do nosso CTO Gustavo Lacerda ocupou 5 páginas usando mais de 15
referências e ainda assim não conseguiu abordar o termo em toda a
sua complexidade. Aqui, você vai encontrar conceitos operacionais
simplificados, mas suficientes para você navegar com competência
nesse oceano.
No mais, estamos à disposição para te ajudar, caso você tenha interesse
em aprofundar no assunto para uma conversa ou indicando outros
materiais.
Boa leitura!

QUEM ESCREVEU
Para o desenvolvimento e escrita do glossário, escolhemos cinco pessoas dos Novos
Negócios da Enacom: pessoas com níveis de conhecimento distintos no assunto, de
maneira a manter a clareza, garantindo também a qualidade técnica do material, com o
olhar de quem estuda e atua há muitos anos no mercado da Indústria 4.0. *
Douglas Vieira
Com pós-doutorado em computação pelo Imperial College London, doutorado
em Machine Learning pela UFMG, e pesquisador assistente na Universidade
de Oxford. Douglas trabalha com as tecnologias da Indústria 4.0 antes
mesmo da criação dessa terminação. CEO da ENACOM, ele está à frente dos
projetos desenvolvidos pela empresa. Conversa diretamente com os gestores
ajudando no entendimento dos projetos, dos cálculos complexos por trás
deles e de todos os termos técnicos presentes.
douglas.vieira@enacom.com.br
Paulo Uliana
Com mestrado em Bioengenharia e Engenheiro Químico pela UFMG, Paulo
acompanha ecossistemas de inovação há 3 anos, já tendo sido pesquisador
visitante na UC Berkeley na área de empreendedorismo. Como Especialista
em Vendas Técnicas na Enacom, tem contato direto com as tecnologias da
indústria 4.0, além de ser entusiasta de muitas delas, como Inteligência
Artificial, Impressão 3D e Biologia Sintética.
paulo.uliana@enacom.com.br
* Agradecimento às contribuições de Vinícius Fernandes, Thais de Bessa, Cristiane Gonçalves e Michele Carvalho.
3
Tarcísio Alves
Estudante de Engenharia Mecânica na Pontifícia Universidade Ca-
tólica de Minas Gerais, atua como estagiário na equipe de Novos
Negócios da Enacom. Contribuindo para a pesquisa, mapeamento
de novas oportunidades e desafios ligadas as tecnologias da indús-
tria 4.0, além de oferecer suporte aos outros membros da equipe.
Possui interesse no estudo de tecnologias disruptivas, gestão de
projetos, aplicabilidade das ferramentas de produtividade, e de-
senvolvimento profissional na área de venda consultiva.
tarcisio.filho@enacom.com.br
Angélica Laktini
Formada em Engenharia Civil no Centro Universitário UNA, atua
como Analista Comercial na ENACOM, fazendo parte da equipe de
Novos Negócios. Contribui para organização da documentação,
inscrições em desafios, e no auxílio de elaboração de propostas
comercias, nos quais esses processos envolvem diretamente as
tecnologias propostas pela Indústria 4.0. Sua área de interesse é
atuar em projetos voltados para o campo da engenharia e afins.
angelica.laktini@enacom.com.br
Carolina Mello
Formada em Design Gráfico no Centro Universitário UNA, atua
como designer na ENACOM. Produz conteúdo, desenvolve inter-
faces, cria artes gráficas e colabora com os projetos de marke-
ting. Não tinha conhecimento prévio dos termos e do mercado da
Indústria 4.0, mas têm interesse em aprofundar no assunto. Suas
áreas de interesse são o design research, design estratégico e
desenvolvimento sustentável.
carolina.mello@enacom.com.br
 4

Com mais de 12 anos de mercado, desenvolvemos soluções

inovadoras com Big Data, Inteligência Artificial e outras tecnologias
da Indústria 4.0 para diversos clientes, presente em 6 países. Este
nosso trabalho foi reconhecido por meio do prêmio Mercosul de
Inovação que teve como tema a Indústria 4.0, no qual ganhamos o
2o lugar. Também recebemos, pela segunda vez consecutiva (2019
e 2020), o prêmio de Top 10 na categoria “Big Data” do ranking da
100 Open Startups.

O “Glossário Descomplicado da Indústria 4.0” reflete nossa cultura de

compartilhamento e cocriação de conhecimento com nossos clientes e
parceiros. Sempre buscamos adotar uma linguagem que possibilite o
entendimento do que desenvolvemos, independentemente da área de
atuação e do background de cada um. Ressaltamos que termos técnicos
podem ser abordados de forma que facilitem o seu entendimento,
aproximando todos e derrubando as barreiras ao conhecimento.

Reforçamos que todos nós da ENACOM estamos à disposição para te

ajudar, seja sugerindo materiais que possam te auxiliar a aprofundar no
assunto ou em conversas para discutirmos soluções para seus desafios.
Prefácio
02
Quem escreveu 03 Pilares da Indústria 4.0 19
A ENACOM 04 Interoperabilidade
Descentralização
Introdução 05 Capacidade em Tempo Real 20
Modularidade
Tecnologias Habilitadoras 06 Virtualização
Segurança
Indústria 4.0
Big Data 07 Algoritmo 21
Cibersegurança 08
Computação em Nuvem 09
Gêmeo Digital
Aprendizado de Máquina
22
10 Autenticação e
Impressão 3D/Manufatura Aditiva
11 Detecção de Fraude 23
Integração de Sistemas
12
Inteligência Artificial
13 Autônomo 24
Interfaces Avançadas Homem Máquina
14
Internet das Coisas
15
Biologia Sintética
25
Realidade Aumentada
Robô Autônomo
16 Bitcoin 26
17
Sistema Ciber-físico 18 Blockchain 26
Business Intelligence 27 Manufatura Inteligente 41
Cidades Inteligentes 28 Manufatura Avançada 42
Computação Cognitiva 29 Manufacturing Execution 43
System
Criptografia 30
Manutenção Preditiva 44
Criptomoeda 31
Máquina a Máquina 45
Data Analysis/Data Analytics 32
Mercado Único Digital 46
Data Lake 33
Mineração de Dados 46
Encriptação 34
Nanotecnologia 47
Fábrica Inteligente 35
Neurotecnologias 48
Inovação Disruptiva 36
Near Field Communication 49
Inteligência Aumentada 37 Objetos Inteligentes 50
Internet dos Serviços
38
Internet Industrial
Otimização 51
39 Otimização Multiobjetivo 52
Job Shop
40
Orientado a Serviço 53 Tecnologias de Detecção
64
Infraestrutura como Serviço de Localização
Plataforma como Serviço / Plataformas Inteligentes 54
Software como Serviço Teoria de Decisão 65
Pesquisa Operacional Visão Computacional 66
55
Realidade Virtual
56
Wearables
67
Rede Elétrica Inteligente
57
Redes Neurais Artificiais
58
Robótica

Self Healing
59
Simulação
60
Sistemas de Produção
61
Ciber-Físico
62
Sistemas Embarcados

Smart Buildings
62
63
 5

Por que 4.0?

A máquina a vapor e a construção de ferrovias, em meados do século
XVIII, aparecem como pontos chave para o início das produções
mecânicas em larga escala e foi classificada como a primeira revolução
industrial. Já a partir do século XIX, com o aparecimento das linhas
de montagem ligadas à evolução da eletricidade, deu-se início ao que
ficou conhecida como a segunda revolução industrial.
Na sequência, com o advento da eletrônica, a partir da década de 1960,
surge o que veio a ser conhecido como Revolução Digital, impulsionada
pelo desenvolvimento dos semicondutores, da computação, inclusive
para o uso pessoal, bem como da internet.
A quarta revolução industrial, ou, como apresentada por alguns autores,
a Indústria 4.0, é uma continuação desta evolução, trazendo o conceito
de sistemas e máquinas conectadas.
Esse conceito não se resume a máquinas conectadas, mas sim uma
fusão das tecnologias e a integração entre os pilares físicos, digitais e
biológicos. Toda essa complexidade, e muito mais, você poderá conferir
neste material.

ANOS 1700 ANOS 1800 ANOS 1900 Atualmente

VAPOR ELETRICIDADE COMPUTAÇÃO INTELIGÊNCIA

1ª Revolução Industrial 2ª Revolução Industrial 3ª Revolução Industrial 4ª Revolução Industrial
 6

TECNOLOGIAS Indústria 4.0

Industry 4.0
HABILITADORAS A Indústria 4.0 representa um resultado da quarta Revolução Industrial, sendo
caracterizada como um novo padrão de produção desenvolvido nas empresas,
pois trata-se de uma continuação da evolução desse setor.

Essa revolução está transformando a comunicação entre as máquinas, a ma-

neira com a qual enxergamos os dados, e tem tido como resultado processos
de produção mais rápidos, flexíveis e mais eficientes. Com isso, cada vez mais,
as mercadorias são produzidas com maior qualidade e a custos reduzidos.

Uma combinação harmoniosa de Sistemas Ciber-Físicos, Inteligência Arti-

ficial e uma gama de tecnologias habilitadoras torna possível a Indústria 4.0.
Essas tecnologias e os pilares por trás desse conceito serão detalhados a se-
guir.

Exemplo:
Não é ótimo saber quando a sua comida vai chegar? Antes, sem as ferramen-
tas da Indústria 4.0, você conseguia, no máximo, ter uma estimativa de quando
seria a entrega, mas hoje essas tecnologias possibilitam que você veja o en-
tregador se movimentando pelas ruas da cidade, desde a retirada do seu pe-
dido, até o caminho da sua casa. Mesmo com várias pessoas realizando os pe-
didos simultaneamente e em diferentes localizações, a escalabilidade dessas
tecnologias possibilita que cada um consiga acompanhar os detalhes da sua
própria entrega.

Referência :
https://www.erplan.com.br/noticias/industria-4-0-quando-a-internet-toma-conta-da-fabri-
ca/
 7

Big Data
Tecnologia que pode ser usada para melhorar o planejamento e controle da produção de uma
fábrica. A conectividade da Indústria 4.0 induz a geração de um grande volume de dados, e Big
Data é a tecnologia que permite a análise, processamento, armazenamento e interpretação deles,
mesmo que não estejam organizados. É composta por 6 Vs: velocidade, volume, variedade, valor,
veracidade e visualização.

Como diz o nosso CEO Douglas Vieira: “Se cabe no seu computador não é Big Data.”

Exemplo:

O Google Analytics é uma ferramenta clássica de análise de big data. Ele monitora o número de
visitas a uma página da internet, o tempo nela despendido, os botões que geraram mais cliques
etc., e simplifica o resumo dessas informações. Sem uma ferramenta como esta, dificilmente
seria possível processar todos os dados gerados por um website e identificar os pontos para
melhoria.

Referência:
https://www.ibe.edu.br/conheca-5-exemplos-de-sucesso-com-o-big-data-nas-empresas/
 8

Cibersegurança
Cybersecurity
A Cibersegurança é um conjunto de ações e técnicas para proteger sistemas, programas, redes e
equipamentos de ataques digitais. Visa reduzir ou impedir ataques nos arquivos armazenados
digitalmente em equipamentos, sistemas ou aplicativos de empresa. Para isso são utilizados
métodos como a criptografia, política de segurança que oriente os usuários quanto ao limite
e privacidades de acesso, gestão de senhas, uso de certificados e assinaturas digitais,
atualização dos sistemas em dia, configuração da rede VPN, realização de backups em nuvem,
definição de um plano de contingência em caso de ataques ao servidor, controle do acesso à
rede. Sua relevância aumentou, porque a Indústria 4.0 considera que tudo vai ser digital.

ALERT Exemplo:

A autenticação em dois fatores do whastapp e outros aplicativos, são ações da cibersegurança, que
funcionam como uma camada a mais de segurança das suas senhas. Caso sua senha seja roubada,
para a verificação em duas etapas serão necessárias informações que só você sabe.
O facebook, como exemplo, caso perca a senha, oferece a possibilidade de identificar seus amigos,
conectando fotos de pessoas com nomes, informações que somente o titular da conta poderia
saber.

Referência:
http://english.oxforddictionaries.com/Internet%20of%20things
https://www.kaspersky.com.br/resource-center/definitions/what-is-cyber-security
https://support.google.com
 9

Computação em Nuvem
Cloud Computing

A Computação em Nuvem já está no nosso dia a dia com atividades desde armazenamento de fo-
tos a transmissão de mensagens. É o uso de recursos de computação - servidores, armazena-
mento de dados, rede, aplicativos de software, entre outros - pela Internet, em vez de possuir e
operar esses recursos você mesmo, localmente.

Exemplo:

O WhatsApp, o Netflix, a Uber e outros serviços que fazem parte da nossa rotina utilizam cloud
computing. O Google usa da computação em nuvem para armazenar nossos dados. Quando você
busca por algo na internet, carrega uma imagem etc., saiba que esses dados foram carregados
através da nuvem. Além disso, o Google tem seu próprio serviço de computação na nuvem, o
Google Drive. Você consegue acessar as informações do Google Drive de qualquer lugar e qualquer
dispositivo, pois estas estão armazenadas nos servidores.

Referência:
https://www.brascloud.com.br/blog/5-exemplos-de-computacao-em-nuvem/
 10

Gêmeo Digital
Digital Twin
O Gêmeo Digital, ou digital twin, é uma cópia digital de um produto físico, serviço ou processo. Essa
representação digital funciona como uma simulação detalhada de objetos ou modelos de atuação,
substituindo a criação de protótipos reais. Trata-se do componente virtual do Sistema Ciber-físico, e
utiliza simulação muito rápida, em tempo real.
É um conceito muito útil para a indústria, na medida em que permite testar a funcionalidade de
um produto com o cliente antes mesmo de ele ser produzido. Com isso, é possível aprender com a
experiência com o produto virtual para aperfeiçoar o produto físico final.

Exemplo:

O HydroPower Optimizer (HPO) é um Gêmeo Digital desenvolvido pela Enacom que faz a otimização da geração
de usinas hidrelétricas, atendendo a várias restrições operacionais e ambientais e aumentando a produtividade
em pelo menos 5%. Atualmente, a Optimal Energy, empresa do Grupo Enacom, realiza a comercialização e
o suporte do HPO, em um modelo de SOFTWARE AS A SERVICE. 16 usinas se beneficiam desta solução e,
recentemente, foi fechado um contrato com a usina de Belo Monte, maior empreendimento hidrelétrico 100%
nacional.

Referência:
https://www.ibm.com/blogs/internet-of-things/iot-cheat-sheet-digital-twin/
 11

Impressão 3D / Manufatura Aditiva

Sigla: AM 3D printing / Additive Manufacturing
Tradicionalmente, os processos de usinagem partem de um bloco de matéria prima e a removem
através de corte, mandrilamento e retificação para se obter uma peça final. Na Manufatura Adi-
tiva (Impressão 3D) os objetos são criados por meio da deposição sucessiva de material em uma
plataforma, a partir de um design digital. Ótimas para prototipagem rápida, as impressoras 3D
mais comuns funcionam por meio de cabeças de injeção que depositam sequencialmente mate-
rial numa plataforma onde o objeto será formado. Entre os materiais possíveis, os mais comuns
são plásticos (polímeros), mas pode ser também em resina, metais (por um processo denominado
Laser Sintering/Sinterização a Laser), concreto ou até mesmo chocolate.

Exemplo:

Na medicina, a manufatura aditiva permite a fabricação de diversos tipos de próteses de

baixo custo. Impressoras 3D serão capazes também de fabricar medicamentos, tecidos como
cartilagem, artérias, ossos e até pele sintética. Os arquitetos e engenheiros criaram matérias-
primas biodegradáveis e não poluentes para utilizar em impressoras 3D na construção de
abrigos. A NASA também se beneficia dessa tecnologia na fabricação de componentes de
foguetes e estuda levar essas impressoras para a Lua e Marte.

Referência:
https://medium.com/tend%C3%AAncias-digitais/manufatura-aditiva-e-suas-diversas-poss%C3%ADveis-
aplica%C3%A7%C3%B5es-870bf2452817
 12

Integração de Sistemas
System integration
Integração de sistemas é o processo de reunir os subsistemas de componentes vinculando-os a
um sistema, física ou funcionalmente, e garantir que atuem como um todo coordenado. Através
das técnicas de integração de sistemas, é possível criar uma comunicação entre um dispositivo
IOT na sua fábrica e um Gêmeo Digital na nuvem.
Atualmente, adotar plataformas de sistemas integrados não é uma preferência apenas de empre-
sas de grande porte. Há a tendência de expansão cada vez maior do seu uso também em peque-
nos e médios negócios.

Exemplo:

Uma integração interessante é quando você busca um destino no Google Maps e ele dá a opção de
chamar um Uber. O PIX, criado pelo Banco Central, é outra forma de integração de sistemas,
desenvolvido para pagamento e transferências instantâneas, que permite a integração com as
instituições bancárias.

Referência:
https://link.springer.com/referenceworkentry/10.1007%2F978-3-642-35950-7_16790-1
https://nfe.io/blog/integracao/exemplos-sistemas-gestao-integrados-erps/
 13

Inteligência Artificial
Sigla: AI Artificial Intelligence

Inteligência Artificial refere-se à criação de máquinas que são capazes de perceber padrões com
base em dados e tomar ações que não foram previamente programadas, de maneira a maximizar
o alcance dos seus objetivos. Inclui, mas não se limita a, máquinas programadas para pensar
como seres humanos, imitar suas ações e aprender com experiências.

Exemplo:

A Enacom desenvolveu, juntamente com o Instituto Hermes Pardini, uma ferramenta chamada
Sclera, que decodifica tomografias computadorizadas para identificar se um acidente vascular
cerebral (AVC) é hemorrágico ou não-hemorrágico, agilizando o atendimento do paciente.
Para criar a ferramenta, redes neurais foram treinadas com imagens de tomografias laudadas, e,
sem interferência humanda direta aprenderam a separar os exames com 95% de acurácia.

Referência:
https://www.ibm.com/cloud/learn/cloud-computing
 14

Interfaces avançadas homem-máquina

Advanced human-machine interfaces

As Interfaces Homem-Máquina (HMI) são componentes que permitem que as entradas do usuário
sejam traduzidas como sinais para máquinas, como por exemplo o teclado do seu computador,
que traduz em letras os seus cliques no teclado. As Interfaces Avançadas Homem-Máquina são
uma evolução da HMI, é quando a tecnologia é ainda mais avançada e te permite, por exemplo,
controlar o seu computador com o olhar.

Exemplo:

Stephen Hawking dispunha de vários recursos tecnológicos que o auxiliavam na fala e na

comunicação, permitindo que ele interagisse com outras pessoas apesar do estado avançado de
sua doença degenerativa. Com poucas funções motoras do lado esquerdo do rosto, ele dispunha
de uma avançada interface homem-máquina que traduzia seus poucos movimentos. Desse modo
ele era capaz de se comunicar com o computador e com a cadeira de rodas. O cientista controlava
todas as funções de um computador em forma de tablet com apenas um comando.

Referência:
https://www.howitworksdaily.com/how-stephen-hawkings-wheelchair-works/
 15

Internet das coisas

Sigla: IoT Internet of Things
A IoT se refere à interconectividade entre quaisquer dispositivos que se conectam à internet sem ter,
necessariamente, o propósito de navegação do usuário. Tal conexão permite que os dispositivos enviem
e recebam dados, se comuniquem entre si por uma via segura e executem ações. Você já deve ter ouvido
falar das casas inteligentes, em que as lâmpadas, eletrodomésticos etc. podem ser controlados pelos seus
moradores, a quilômetros de distância, por um simples toque no smartphone.
Qualquer objeto físico, não somente os que estão ligados à nossa rotina, pode ser ligado à internet.
Quando conectamos o maquinário industrial, temos um elemento característico das Fábricas Inteligentes.
Quando conectamos semáforos e veículos, avançamos rumo às Smart Cities. E quando conectamos
objetos ligados à prestação de um serviço, como elevadores e escadas rolantes, podemos ter um caso de
Internet dos Serviços.

Exemplo:

A Philips, na sua divisão de produtos para o setor de Saúde, possui biosensores que se comunicam
com o Inteliview Guardian Solution®, uma plataforma que concentra os dados dos pacientes. Por meio
dos biosensores, os profissionais de saúde podem monitorar os pacientes à distância e receber alertas
quando o quadro de um deles se tornar crítico.

Referências:

https://www.philips.co.uk/healthcare/clinical-solutions/intellivue-guardian-solution#:~:text=Our%20IntelliVue%20
Guardian%20Solution%20with,time%20for%20early%2C%20effective%20intervention.
 16

Realidade Aumentada
Sigla: AR Augmented Reality
Tecnologia que expande nosso mundo físico, adicionando camadas digitais a ele, como informa-
ções visuais, auditivas, táteis, somatossensoriais e olfativas. Isso permite uma visualização simul-
tânea do mundo real e do mundo virtual. Uma possível aplicação de AR para a indústria é a criação
de um software em que você pode ver o motor de uma máquina detalhadamente, sem a necessi-
dade de desmontá-la.

Exemplo:

Um exemplo são os filtros do Instagram que aplicam efeitos em uma imagem real, como maquia-
gens ou orelhas de animais.
O designer Omer Haciomeroglu projetou o C-Thru, um capacete tecnológico que tem quatro
ferramentas principais para ajudar na hora do resgate: um visor com sensor térmico que mostra
as zonas de calor do ambiente em tempo real; um sensor que consegue definir a forma do
ambiente e do mobiliário, permitindo a movimentação do bombeiro mesmo num ambiente com
fumaça; recurso de cancelamento de ruído seletivo que bloqueia o barulho das chamas e enfatiza
gritos de socorro; e um sistema de comunicação simplificado entre os bombeiros da equipe.

Referência:
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/realidade-aumentada
https://neilpatel.com/br/blog/realidade-aumentada/
 17

Robô Autônomo
Autonomous Robot
Já encontramos robôs em grande parte dos processos produtivos, mas, além de estarem em ambientes
controlados, normalmente as atividades que eles realizam são repetitivas e bem definidas.

Diferentemente dos robôs comuns, o robô autônomo executa tarefas com alto grau de autonomia (sem
influência externa) e pode ser inserido em um ambiente não controlado e dinâmico, já que através da
Inteligência Artificial ele consegue se adaptar e tomar novas decisões, podendo trabalhar em ambientes com
a presença, por exemplo, de seres humanos sem oferecer risco.

Exemplo:

O cão-robô Spot, da Boston Dynamics, é um sucesso na internet. Trata-se de um robô móvel

e ágil, capaz de navegar com mobilidade por diversos tipos de terreno, ideal para situações de
resgate. Isso permite automatizar tarefas de inspeção de rotina de plantas fabris, bem com
capturar dados com segurança, precisão e frequência.
A startup Kiwi Campus, fornece entrega de alimentos em alguns lugares da Califórnia, utilizando
robôs autônomos, conhecidos como “Kiwibots”. A empresa opera com 3 tipos de robôs : um para
coletar o pedido dos restaurantes, outro que funciona como um triciclo semiautônomo que leva
bem próximo ao local, e por fim, o “Kiwibot” que pode transportar até cinco encomendas por vez, e
percorre os últimos 300 metros para a entrega.

Referência:
https://www.bostondynamics.com/spot
https://techcrunch.com/video/kiwis-robots-deliver-food-to-hungry-berkeley-students/
 18

Sistema Ciber-Físico
Sigla: CPS Cyber-physical systems

Junção do mundo virtual com o mundo real, tendo como base a internet das coisas e o digital
twin. Os sensores comunicam com o Gêmeo Digital, atualizando o gêmeo com as situações reais,
enquanto o gêmeo comunica com o mundo real dando novas instruções e comandos.

Exemplo:

Os CPS podem ser usados para controlar o trânsito de uma cidade, por exemplo. O Waze é um
sistema ciber-físico, que abrange um mapa virtual equivalente ao real, telemetria para ler o sensor
GPS e bússola para direção. Calcula a velocidade de cada usuário, usa da IoT para se comunicar e
passar informações para um servidor na nuvem (cloud computing). Ocorrendo mudanças no mundo
real, novos calculos são realizados no gêmeo digital, definindo uma nova rota, se necessário.

Referência:
https://www.bcg.com/pt-br/capabilities/operations/embracing-Industry-4.0-rediscovering-growth.aspx
https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2018/09/02/what-is-industry-4-0-heres-a-super-easy-explanation-for-

PILARES DA INDÚSTRIA 4.0
Interoperabilidade
Interoperability
A interoperabilidade é a possibilidade de conectar
sistemas e máquinas com tecnologias diferentes,
ou mesmo produzidos por empresas diferentes,
com o compartilhamento de informações.
Conceito muito conectado ao pilar modularidade.
Exemplo:
Os fones bluetooth são um exemplo de
interoperabilidade, já que, mesmo sendo de uma
marca diferente do seu celular, conseguem se
conectar a ele.
Descentralização
Decentralisation
A descentralização ocorre quando a tomada de
decisão é repartida, por exemplo, ao longo de uma
organização e não é mais centralizada em só um
escritório. O Uber é uma empresa descentralizada.
Apesar de ter diretivas para os motoristas e os
passageiros, os dois tomam as decisões de forma
independente.
Exemplo:
No contexto de uma fábrica inteligente, a
descentralização acontece, por exemplo, quando
robôs autônomos tomam suas próprias decisões,
fazendo com que fiquem espalhadas ao longo da
fábrica e não mais centralizadas em um só local.
19
Capacidade em tempo real
Sigla: RTC
Real-Time Capability
Os RTCs são sistemas com a capacidade
de coletar, analisar e transmitir dados em
tempo real, fornecendo, imediatamente, as
informações derivadas.
Exemplo:
As videoconferências são exemplos de
RTCs. Conseguem captar informações,
transmitindo-as de um ponto a outro e em
tempo real. Outro exemplo são as câmeras
dos radares de trânsito, que devem ser
capazes registrar um veículo milissegundos
após ele passar por um sensor de
velocidade ou de avanço de sinal.

PILARES DA INDÚSTRIA 4.0
Modularidade
Modularity
Flexibilidade presente em fábricas inteligentes
que possibilitam a alteração de tarefas previstas
para as máquinas, permitindo que módulos de
produção sejam acoplados ou desacoplados para
melhor suprir as demandas produtivas.
Exemplo:
Podemos pensar nesses módulos como se
fossem peças de blocos de montar, como
Lego, que você tem a possibilidade de montar e
desmontar conforme a sua necessidade.
Muito conectada ao pilar interoperabilidade.
Virtualização
Virtualization
Refere-se ao ato de criar uma versão virtual (que
representa muito bem o real) de algo. Uma cópia
virtual da Fábrica Inteligente é criada vinculando dados
do sensor com modelos virtuais de plantas e modelos
de simulação. Isso permite a rastreabilidade e o
monitoramento remoto dos processos automatizados.
Exemplo:
As maquetes 3D, muito usadas por arquitetos, são o
exemplo virtual de um projeto de arquitetura e muitas
vezes até parece uma foto. A maior diferença desse
tipo de virtualização para o tipo de virtualização dentro
do contexto da Indústria 4.0 é que elas não são em
tempo real.
20
Segurança
Security
Conjunto de medidas visando à proteção contra riscos,
perigos ou perdas a pessoas ou coisas. Na perspectiva
da Indústria 4.0, a segurança busca evitar que alguém
não autorizado tome algum tipo de decisão no sistema,
como, por exemplo, interferir na produção de uma
máquina que possui conexão sem fio.
Exemplo:
Segurança que as empresas de comércio online tomam
é guardar cada dado do seu cartão de crédito em um
servidor diferente. Assim, para um hacker ter acesso
aos seus dados, ele teria que invadir vários sistemas.
Muito conectada aos pilares descentralização e
capacidade em tempo real.
 21

A
Algoritmo
Algorithm
O Algoritmo é uma sequência de etapas lógicas para resolver um problema ou executar uma tarefa de
forma automática. Podem ser usados em várias situações que abrangem a otimização de processos até
o raciocínio lógico. Uma forma de estruturar um Algoritmo é através das linguagens de programação,
como a Python.

Exemplo:

Pesquisadores da IBM criaram um Algoritmo capaz de prever o aparecimento da doença de Alzheimer

nas pessoas, apenas observando os padrões de escrita, que podem indicar os primeiros sinais de alerta.
Por meio da comparação de amostras da escrita dos participantes da pesquisa, ao longo do tempo, a
sequência lógica antecipa o princípio de Alzheimer com 75% de exatidão.

Referência:

https://revistapesquisa.fapesp.br/o-mundo-mediado-por-algoritmos/
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/o-que-e-algoritmo
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210424-novo-algoritmo-ibm-preve-alzheimer-analise-escrita.htm
 22

A
Aprendizado de Máquina
Sigla: AR
Machine Learning
Machine Learning é um dos recursos da Inteligência Artificial (IA), e consiste no aprendizado
de tarefas a partir de dados. Está relacionada a dar capacidade de aos computadores de
resolverem problemas sem serem explicitamente programados. Dois tipos básicos de
aprendizado podem ser considerados, o supervisionado e o não supervisionado.

Exemplo:

O YouTube utiliza machine learning para recomendar vídeos aos usuários, identificando
possíveis conteúdos que irão agradá-lo, com base em seu histórico e perfil. Os usuários
funcionam como os tutores do algoritmo, pois, cada recomendação aceita é contabilizada como
um acerto do algoritmo, e as não clicadas como um recomendação inadequada. Estes dados são
utilizadas para treinar a máquina de aprendizagem.

Por exemplo, quando o Netflix define em seu algoritmo o perfil do usuário, o processo pode
ser realizado utilizando métodos não supervisionados. Para o algoritmo são indicados quantos
perfis devem ser gerados, sem indicar a característica de cada perfil, e o agrupamento é então
realizado.

Referência:
www.significados.com.br/machine-learning/, https://fia.com.br/blog/machine-learning/
 23

A
Autenticação e
Detecção de fraude
Authentication and fraud detection
São métodos de autenticação, detecção de fraude, riscos e prevenção de fraudes. Um
exemplo desse tipo de autenticação são as medidas de segurança biométrica (facial,
impressão digital e voz).

Exemplo:

No Android e no iOS, o usuário pode ser identificado com ajuda do leitor de impressões
digitais ou então o reconhecimento facial, o que torna a biometria uma forma de
autenticação de usuário bastante segura, evitando assim possíveis fraudes, dando mais
confiança ao usuário. Sistemas que utilizam biometria e são bastante conhecidos, são
o sistema eleitoral, transação bancária usando identificação biométrica nos caixas
eletrônicos, ponto eletrônico, e entre outros.
Quando uma compra é bloqueada pela operadora de cartão de crédito, mecanismos de
detecção de fraude são aplicados. Eles detectam anomalias de uso para evitar as fraudes.

Referência:
https://cio.com.br/gestao/uso-de-dados-biometricos-aumenta-a-seguranca-e-tambem-os-
riscos/
 24

A
Autônomo

Autonomous

Autônomo é a característica de um sistema capaz de tomar decisões sozinho a

partir dos dados. A competência de saber agir e reagir, em geral, utiliza a programação Autonomous Car Normal Car
tradicional, mas também pode fazer uso de Inteligência Artificial, como o Aprendizado
de Máquinas.

Exemplo:

Veículos autônomos estão em expansão em inúmeras frentes. O Self é um veículo

autônomo, do tamanho de uma van, para entregas em domicílio. Atualmente, está em
fase de testes nos EUA. No mercado de caminhões autônomos, a Aurora, empresa
estadunidense, adquiriu a ATG da Uber em 2021, para rumar à liderança neste setor.

Referência:
www.ebusinessconsultoria.com.br/infonews/o-impacto-das-tecnologias-autonomas-nas-empresa
https://solutis.com.br/2020/08/19/os-avancos-das-tecnologias-autonomas/
 25

B
Biologia Sintética
Sigla: SynBio
Synthetic biology
Esse campo da ciência redesenha sistemas já encontrados na natureza, projetando-os
para ter novas habilidades. Pesquisadores e empresas de biologia sintética de todo o
mundo estão aproveitando o poder da natureza para resolver problemas em medicina,
manufatura e agricultura.

Exemplo:

Microrganismos utilizados para a biorremediação para limpar poluentes da nossa água,

solo e ar são exemplos da aplicação da biologia sintética, mas esta área do conhecimento
relativamente nova vai muito além: tecidos mais resistentes que o aço são produzidos com
bichos-da-seda modificados com genes de aranha; cervejas são fabricadas sem lúpulo ao
se utilizar leveduras engenheiradas para suprir este sabor; probióticos com lactobacillus
modificados digerem os efeitos da ressaca.

Referência:
www.genome.gov/about-genomics/policy-issues/Synthetic-Biology
https://news.berkeley.edu/2018/03/20/brewing-hoppy-beer-without-the-hops/
www.forbes.com/sites/johncumbers/2019
www.kraiglabs.com/spider-silk/

B
Bitcoin
Bitcoin é um tipo de criptomoeda. As criptomoedas são
moedas como o real, dólar, euro e a diferença é que são
moedas digitais descentralizadas sem um Banco Central
ou administrador único. Possuem valor no mercado da
internet e podem ser enviadas de usuário para usuário na
rede, ponto a ponto, sem a necessidade de intermediários.
São protegidas por criptografia e e construídas com
blockchain.
Exemplo:
É como se fosse uma espécie de dinheiro da internet, mas
que não apresenta um sistema centralizado de controle
sobre as suas trocas comerciais, tais como um Banco
Central, ao contrário do que acontece com as moedas do
“mundo real”.
Referência:
26
Blockchain
É uma espécie de banco de dados formado por uma cadeia
de blocos que distribuem as informações em diversos
computadores ligados a ela, garantindo a autenticidade e
imutabilidade das informações. A natureza descentralizada do
blockchain torna-o uma tecnologia da igualdade, que pode ser
usada para expandir a liberdade, e para a realização de todas as
entidades no mundo, humano e máquina.
Exemplo:
Imagine ser capaz de saber tudo sobre a sua comida. Ter acesso
a toda a cadeia que ela passou, onde cada alimento foi plantado,
pesticidas usados, saber de todas as etapas até ela chegar a sua
mesa. O blockchain, por ser rastreável, possibilita que isso se
torne realidade.
Referência:
https://blog.toroinvestimentos.com.br/bitcoin-blockchain-o-que-e
www.ibm.com/downloads/cas/D2L1BJVA
 27

B
Business Intelligence
Sigla: BI
Inteligência Empresarial
Aplicativos e tecnologias que ajudam os usuários a tomar melhores
decisões empresariais. O software de Business Intelligence (BI) é
projetado para ajudar as empresas a descobrir e visualizar seus
dados e gerar melhores resultados de negócios. Esses aplicativos
amplamente implantados incorporam várias práticas, técnicas e
tecnologias.

Exemplo:

A Microsoft fornece uma versão gratuita de seu programa de

Business Intelligence, o Power BI Desktop. O serviço de análise
baseado em nuvem é projetado para profissionais não técnicos que
desejam manter o controle de seus negócios, explorando dados mais
profundamente por meio de relatórios visuais interativos, conectores
integrados e relatórios de uma ampla variedade de fontes.

Referência:
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação gerenciais. 11.
ed. São Paulo: Pearson, 2014. E-book
 28

C
Cidades Inteligentes
Smart cities
As cidades inteligentes utilizam as tecnologias da informação e comunicação (TIC) para aumentar
eficiência operacional, compartilhar informações com o público e melhorar a qualidade dos serviços
governamentais e o bem-estar dos cidadãos.
É uma cidade que usa tipos diferentes de sensores eletrônicos para coletar dados e usá-los para
gerenciar recursos e ativos eficientemente.

Exemplo:

No Brasil a cidade do Rio de Janeiro possui sensores e câmeras que são usadas para o
monitoramento de trânsito, segurança e outros aspectos, o que faz dela uma cidade inteligente. E
esses sensores quando ligados a centrais meteorológicas, permitem que ações preventivas sejam
tomadas rapidamente em casos de tempestades ou qualquer outra situação que fuja do planejamento.
Outro exemplo no Brasil seria Curitiba, onde foram instalados mais de 100 semáforos especiais para
pedestres. Esses semáforos são equipados com sensores para cartões magnéticos (que são usados
por idosos e portadores de necessidades especiais), onde eles podem permanecer abertos por mais
tempo para que pessoas com mobilidade reduzida tenham mais facilidade nas travessias.
Cidades ao redor do mundo como Málaga, Paris, Amsterdam, Viena, Toronto, Songdo (Coreia do Sul) e
Nova York também são exemplos de smart cities.

Referência:
https://www.tecmundo.com.br/futuro/79468-smart-cities-tecnologia-melhorar-cidade-proximos-anos.htm
 29

C
Computação Cognitiva
Sigla: CC
Cognitive computing
É a combinação de diversos métodos da Inteligência Artificial e implementação de
algoritmos para simular processos do pensamento humano. Podendo incluir o uso
de hardwares e softwares que empregam técnicas como Machine Learning, visão
computacional, reconhecimento de fala, dentre outras. Essas técnicas assimilam as
informações do cérebro, funcionando como uma extensão capaz de absorver, aprender e
utilizar todas essas informações coletadas.

Exemplo:

A computação cognitiva e o seu avanço tecnológico, pode ser visto com o desenvolvimento
do robô Sophia. Sophia é um robô humanoide desenvolvido pela empresa Hanson Robotics,
capaz de reproduzir quase 60 expressões faciais, tendo a capacidade de aprender, adaptar-
se ao comportamento humano e trabalhar com seres humanos. Em outubro de 2017,
tornou-se o primeiro robô a receber a cidadania de um país.

Referência:
https://searchenterpriseai.techtarget.com/definition/cognitive-computing
https://dspa.pt/glossary/computacao-cognitiva-cognitive-computing/
https://www.totvs.com/blog/negocios/computacao-cognitiva/
 30

C
Criptografia
cryptography
A criptografia digital é uma ferramenta que protege informações de forma complexa
e segura por meio de algoritmos. O processo de criptografar é caracterizado
pela conversão de um texto simples em texto incompreensível, como uma função
matemática. Pode ser usada para autenticação do usuário ou proteção de dados,
contra alterações e roubos.

Exemplo:

O WhatsApp utiliza a criptografia de ponta a ponta para garantir que somente quem
está na conversa possa ler ou ouvir as mensagens. Nem mesmo o WhatsApp tem
acesso: trata-se de um processo automático que não exige ativar configurações de
segurança.

Referência:

https://blog.nubank.com.br/o-que-e-criptografia/
https://economictimes.indiatimes.com/definition/cryptography
https://faq.whatsapp.com/general/security-and-privacy/end-to-end-encryption/?lang=pt_br
 31

C
Criptomoeda
cryptocurrency
Criptomoeda são moedas digitais, que carregam a tecnologia da criptografia para confirmar
transações e para proteger dados. A tecnologia que permite essa troca de dados é chamada
de Blockchain.
Além de possibilitar fazer pagamentos, a criptomoeda é uma opção no mercado de ações,
atraindo investidores em busca de rentabilidade. As cotações desta moeda são atualizadas a
cada segundo, 24 horas por dia.

Exemplo:

A primeira Criptomoeda criada foi o Bitcoin, que é a mais estabelecida do mundo. Com valor
de mercado de US$ 168,5 bilhões, é 3 vezes maior do que somado das outras 9 criptomoedas
que compõem o ranking das 10 maiores.
Por muitos anos, o mercado olhou para o Bitcoin como uma nova moeda de transação. No
Brasil, imobiliárias anunciaram que aceitariam a moeda digital como forma de pagamento.
Hoje as criptomoedas são vistas mais como um ativo financeiro.

Referência:

https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/criptomoedas
 32

D
Data Analysis / Data Analytics
Análise de Dados
Conceito formado por processos e tecnologias aplicados à análise aprimorada de conjuntos de dados,
com o objetivo de modelá-los para extrair conclusões relevantes. A partir do cruzamento desses dados
é possível melhorar resultados e trazer clareza para a tomada de decisão. As técnicas de análise de
dados podem revelar tendências e métricas, insights que podem ser usados para otimizar processos e
aumentar a eficiência geral de um negócio ou sistema.

Exemplo:

Na área financeira existe a tendência de se usar técnicas avançadas de Data Analytics para ir além dos
relatórios trimestrais ou anuais do desempenho financeiro do negócio. Esses relatórios olham para a
série histórica das atividades, ou seja, para o que já aconteceu. Com as empresas se tornando cada vez
mais digitais e os dados cada vez mais disponívels, os diretores financeiros (CFOs) estão sendo desafiados
a progredir para resultados em tempo real, com projeções baseadas em Inteligência Artificial, e com a
possibilidade de seccioná-los por segmento de cliente, tipo de produto ou localização geográfica.
Um dos softwares mais popularmente conhecidos para a Análise de Dados é o Power BI, da Microsoft.

Referência:

https://www.forbes.com/sites/jimdeloach/2021/02/11/its-time-for-cfos-to-get-comfortable-with-advanced-data-
analytics/?sh=5845c85f59ec
 33

D
Data Lake
Lago de dados
Sistema ou repositório que permite armazenar dados com ou sem processamento (raw data)
em qualquer escala e sem a necessidade de já ter um uso definido para eles.
É a evolução do data warehouse, em que os dados já precisavam estar processados e sendo
usados.

Exemplo:

A Microsoft oferece o Azure Data Lake como um armazenamento de dados escalável. Isso
ocorre em situações quando se tem um aumento do tamanho ou volume de dados, e esse
aumento não compromete a capacidade e nem a funcionalidade de armazenagem desses
dados. Diferentemente de um armazenamento de dados não escalável que é quando não
se suporta e não se tem capacidade para suportar esse crescimento/aumento. E o Azure
Data LakeAnalytics como um serviço de análise paralela no formato Data Analysis e Data
Analytics. Este é um exemplo de quando o termo data lake é usado para se referir a uma
tecnologia específica em vez de uma estratégia.

Referência:
https://aws.amazon.com/pt/big-data/datalakes-and-analytics/what-is-a-data-lake/
 34

E
Encriptação
Encryption
Na criptografia, encriptar é o processo de codificação de informações por meio de algoritmos.
Esse processo converte a representação original da informação, conhecida como texto sem
formatação, em uma forma alternativa conhecida como texto cifrado. Os algoritmos permitem
saber a origem da mensagem ou arquivo, uma forma de conseguir sigilo sobre informações nos
meios eletrônicos.
A diferença entre criptografia e encriptação, é que a primeira representa um campo de estudo com
várias técnicas. Já a encriptação é uma operação matemática, em si, que codifica mensagens.

Exemplo:

Muitos aplicativos e sites usam da Criptografia, principalmente bancos. Essas instituições

financeiras têm muito interesse em proteger os dados dos seus clientes, e através do modelo de
Criptografia. Ao realizar uma operação bancária no mobile do Banco Bradesco, a autorização será
realizada através da criptografia assimétrica, gerando par de chaves criptografadas para cada
usuário.

Referência:
https://www.psafe.com/blog/encriptacao-dados/
http://www.differencebetween.net/technology/difference-between-encryption-and-cryptography
https://www.securityreport.com.br/overview/banco-adota-padrao-de-criptografia-do-blockchain
 35

F
Fábrica Inteligente
Smart factory
Fábricas inteligentes são aquelas que possuem as tecnologias que as tornam capazes de
coletar e processar dados para tomar decisões de forma autônoma. O grande potencial das
fábricas inteligentes não são somente ferramentas tecnológicas e estratégias inovadoras,
mas a integração da tecnologia com a otimização de processos, para lidar com o vasto
volume de dados. Como uma inovação das fábricas inteligentes surgiu o Gêmeo Digital,
representação visual de um processo, produto ou espaço.

Exemplo:

A Enacom desenvolveu um gêmeo digital para uma fábrica da Gerdau, no setor

siderúrgico.
Os modelos matemáticos desenvolvidos representam diversos detalhes de cada
equipamento e a iteração entre eles. Por exemplo, um tipo de aço deve passar
na máquina A, e depois na máquina B, com um tempo de transporte entre elas.
Todas as iteração são mapeadas e representadas no sistema, da maneira mais
fidedigna o possível. Com o gêmeo digital foi possível otimizar a sequência de
produção, maximizando o volume produzido.

Referência:
https://www2.deloitte.com/us/en/insights/focus/industry-4-0/smart-factory-connected-manufacturing.html
https://www.unisoma.com.br/industria-4-0-e-smart-factory-no-setor-automobilistico/
 36

I
Inovação Disruptiva
Disruptive innovation
Um serviço, produto ou tecnologia é dita disruptiva quando promove uma mudança radical em
determinada indústria ou mercado devido à sua inovação tecnológica. Há um rompimento com
os padrões, já existentes no mercado que podem ser em razão de um novo modelo de negócios
ou pela tecnologia em si. Como contraponto, a inovação incremental é aquela que tem um grau
de novidade moderado e gera ganhos relevantes, sendo uma continuidade de algo existente,
direcionada para um mercado pré existente.

Exemplo:

Talvez você ainda se lembre da experiência da ir a uma locadora para pegar um filme em
VHS. Na locadora, o tamanho do acervo era limitado, e apenas dos super lançamentos havia
mais de uma fita disponível. Esse serviço foi praticamente extinto pelo streaming. A última
Blockbuster® existente no mundo se tornou um Airbnb disponível para os mais saudosistas. No
mundo contemporâneo, o líder Netflix disputa nossa atenção com outros concorrentes, como
Amazon Prime e Disney+, e o mercado de locação de filmes nunca mais será o mesmo.

Referência:
https://fia.com.br/blog/inovacao-disruptiva/
https://news.airbnb.com/store-manager-lists-worlds-last-blockbuster-on-airbnb-for-local-residents/
 37

I
Inteligência Aumentada
Augmented Cognitive Intelligence
Também conhecida como intelligence amplification, utiliza a ciência de Análise de Dados
e a Inteligência Artificial para aprimorar o trabalho humano, com o propósito de tornar
informações úteis para as pessoas. É a habilidade dos computadores para estimular e
complementar a inteligência humana, que apoia suas análises e planejamento, auxiliando
no processo de tomada de decisão.

Exemplo:

Um exemplo de aplicação é o IBM Watson, que é um conjunto de serviços, aplicativos e

ferramentas de IA que pode fornecer ideias para prever e moldar resultados. Ele é capaz,
inclusive, de formular petições judiciais. Outros exemplos são a automação de atividades
administrativas, como a folha de pagamento, facilitando o trabalho do setor administrativo/
RH.

Referência:
https://www.otempo.com.br/interessa/inteligencia-aumentada-poe-o-ser-humano-a-frente-da-
maquina-1.2173261
https://blog.in1.com.br/por-que-a-inteligencia-aumentada-e-o-futuro-da-ia
 38

I
Internet dos Serviços
Sigla: IoS
Internet of Services
Chamamos de internet dos serviços quando o foco da utilização da tecnologia está no
desenvolvimento de novos modelos de negócios baseados em serviços. Quando falamos de
IoT, a preocupação está na conexão dos dispositivos (infraestrutura, volume de informação),
enquanto na IoS o foco é o valor agregado.

Exemplo:

Um termostato conectado a um IP pode revelar formas de economizar nas contas de energia

ou realizar ações inteligentes com sistema de controle de estoque para ajudar a controlar e
gerenciar os movimentos de ações dentro da empresa para garantir a máxima rentabilidade.
Todos nós já chegamos a um elevador e nos deparamos com a plaquinha “em manutenção”
ou “fora de serviço” (resta encarar as escadas). Para prevenir essas indisponibilidades,
a gigante do setor de elevadores e escadas rolantes Otis criou a plataforma Otis ONE.
Na prática a empresa comercializa elevadores com sensores que enviam dados para a
nuvem e essas informações são analisadas em tempo real. Assim, essa mesma empresa,
adicionalmente, tem condições de oferecer um pacote de serviços de manutenção preditiva.

Referência:
https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/JMTM-02-2018-0057/full/html
https://www.mom-institute.org/the-internet-of-services-in-industry-4-0/
 39

I
Internet Industrial
Sigla: IIoT
Industrial Internet
Equivalente a IoT para a indústria. É a rede de uma infinidade de dispositivos industriais
conectados por tecnologias de comunicação, que resulta em sistemas que podem
monitorar, coletar, trocar, analisar e, como nunca antes, fornecer novas informações
valiosas. Essas ideias podem ajudar a conduzir decisões de negócios mais inteligentes e
rápidas para empresas industriais.

Exemplo:
Agora sensores e outro tipos de inteligência podem ser adicionados aos novos projetos
de planta ou aos já existentes, de maneira que seja possível monitorar parâmetros
externos – como o consumo de ar condicionado e níveis de vibração nas máquinas – por
meio de um processo de escaneamento para buscar falhas em bombas que necessitem
de manutenção ou que já se aproximam de uma falha iminente.
Em muitas indústrias já é possivel saber quando a pressão de ar estiver baixa em
uma esteira transportadora, sensores alimentados por bateria podem coletar dados
e transmiti-los via wireless a uma central de controle para informar que uma falha
ocorreu ou pode ocorrer em breve.

Referência:
https://www.ge.com/digital/blog/everything-you-need-know-about-industrial-internet-things
 J
40

J
Job Shop
Otimização do fluxo de tarefas
É a otimização do fluxo de tarefas (jobs) que compartilham recursos, de acordo com um determinado objetivo.
A redução do tempo total de produção ou do consumo de energia elétrica são alguns exemplos recorrentes.
É ideal para quando existe um conflito sobre qual decisão deve ser tomada; por exemplo, qual ordem de
serviço deve ser realizada primeiro, levando em conta o seu tempo, processo de produção e a data de entrega,
podendo sofrer alterações conforme o aumento ou redução da demanda.

Exemplo:

A Enacom resolveu esse tipo de problema para a Gerdau, desenvolvendo um Gêmeo Digital para otimizar
a sequência de operações de uma de suas aciarias. O projeto teve como objetivos manter as máquinas de
lingotamento (uma etapa da produção do aço) em funcionamento contínuo, com o menor número de pausas
possível e, ao mesmo tempo, atender as datas de entrega da produção.

Referência:
https://www.enacom.com.br/blog-post.html?slug=otimizacao-do-plano-de-producao-no-contexto-da-industria-4-0
 41

M
Manufatura Inteligente
Sigla: SM
Smart manufacturing
A manufatura inteligente é o processo de dar inteligência à produção para que ela seja capaz
de tomar decisões autônomas, buscando melhorar o desempenho da fabricação.

Exemplo:

Uma fábrica pode fazer uso de um programa de computador que automatiza o pedido de
matéria-prima à medida que detecta que os estoque estão baixos. Nenhuma intervenção
humana é necessária nesse pedido de matéria-prima.

Referência:
https://internetofthingsagenda.techtarget.com/definition/smart-manufacturing-SM
 42

M
Manufatura Avançada
Advanced manufacturing
A fabricação avançada, ou manufatura avançada, é um misto de tecnologias e processos
capazes de fabricar bens por meio de tecnologias inovadoras. Alguns definem a fabricação
avançada como a própria Indústria 4.0. O termo indústria 4.0 tem origem na Alemanha,
enquanto o termo manufatura avançada nos EUA.
A diferença para a fabricação tradicional é que as tecnologias avançadas e os processos
inovadores permitem o gerenciamento de grandes volumes de fabricação ao mesmo tempo
que permite a produção de produtos personalizados, adaptados às demandas dos clientes.
As tecnologias mais utilizadas na fabricação avançada são a Inteligência Artificial, Big
Data, Robótica colaborativa, Nanotecnologia, Computação em Nuvem, Realidade Virtual,
Internet das Coisas, transportes autônomos.

Exemplo:

A Tesla, fabricante de veículos elétricos, utiliza robôs de fabricação avançada em sua unidade
de Fremont para atender a demanda. Além de poupar os funcionários de tarefas mais
árduas, o tempo de instalação caiu pela metade. Ao liberar os colaboradores para focar nos
aspectos mais cruciais da montagem do veículo, a força de trabalho se torna mais enxuta e
inteligente.

Referência:
 43

M
Manufacturing Execution System
Sigla: MES
Sistema de Execução da Produção
É um sistema de controle da manufatura que coleta automaticamente diversas informações da produção
em tempo real, ou seja, no exato momento em que os eventos acontecem, com a precisão das informações,
assim possibilitando tomar ações mais rápidas e assertivas. Um dos seus principais objetivos é a melhoria do
processo produtivo, como na Indústria 4.0.
Um modelo de software de execução de manufatura robusto suporta uma ampla diversidade de setores e
processos de manufatura – o MES é capaz de suportar fluxos de trabalho de processos muito complexos,
além de possibilitar a coleta de dados automatizados de alto volume, produção por encomenda, processo em
lote e muito mais.

Exemplo:

Este sistema pode ser encontrado na Dell, empresa estadunidense de hardware de computadores. O processo
de produção é iniciado pelo cliente final na venda através do site, proporcionando para a empresa a diminuição de
perdas e a possibilidade de fazer produtos customizados.
Através da IoT coletam-se dados, que são enviados para a nuvem, depois são processados através de Big
Data, sendo assim transformados em informações que geram ações autônomas ou robotizadas, prevenindo
problemas de performance, qualidade ou disponibilidade.

Referência:
https://www.prodwin.com.br/pt/blog/sap-prodwin-mes-oee-sap-b1/
https://www.industria40.ind.br/artigo/16718-o-controle-de-producao-mes-na-industria-40
 44

M
Manutenção Preditiva
Predictive Maintenance
A manutenção preditiva, diferentemente da preventiva e da corretiva, acompanha em tempo
real o desgaste dos componentes, informando quando os mesmos devem ser trocados,
evitando paradas inesperadas na linha de produção.

Técnicas de manutenção preditiva são projetadas para ajudar a determinar a condição do

equipamento em serviço, e usa isso como base para estimar quando a manutenção deve ser
realizada.

Exemplo:

As técnicas mais utilizadas para manutenção preditiva são, a análise de vibração; ultrassom;
inspeção visual, técnicas de análise não destrutivas.

Referência:
http://www.mmtec.com.br/manutencao-preditiva-importancia/
 45

M
Máquina a Máquina
Sigla: M2M
Machine to machine
Comunicação direta entre dispositivos usando qualquer canal de comunicação, incluindo
com e sem fio, sem a necessidade de participação humana. Esta comunicação pode ser, por
exemplo, entre sensores de um processo industrial e o software que realizará alguma ação
caso o parâmetro em questão não esteja dentro do esperado. A comunicação M2M é o que
possibilita autonomia na Internet das Coisas (IoT) e Internet Industrial.

Exemplo:

A Amazon está testando um sistema de entregas por meio de “aeronovas não tripuladadas”
mais conhecidos como drones, que se comunicam com um dirigível central para distribuir
as encomendas. A empresa divulgou que os produtos seriam entregues em até 30 minutos e
que os drones suportam uma carga de até 2.2 kg. Para entrar no mercado, os drones estão
passando por um processo que engloba protocolos de segurança e treinamentos.

Referência:
https://internetofthingsagenda.techtarget.com/definition/machine-to-machine-M2M

M
Mercado Único Digital
Sigla: DSM
Digital Single Market
Política da União Europeia que visa a criar um mercado único
para dados, facilitando o acesso e a transferência de dados entre
indivíduos e instituições dos países do bloco. Esta iniciativa viabiliza
a padronização da comunicação para serviços digitais,
fortalecendo o mercado de produtos e serviços digitais. O
DSM abrange o marketing digital, o comércio eletrônico e as
telecomunicações de maneira unificada.
Exemplo:
Pagamentos, assinatura de documentos e a transação deles por
uma via segura comum entre os países que fazem parte da UE
estão entre as possibilidades dessa iniciativa.
Referência:
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/api/files/attachment/862109/
European_data_strategy_en.pdf.pdf
https://ec.europa.eu/digital-single-market/en
46
Mineração de Dados
Data mining
É uma área do conhecimento que reúne Estatística e Ciência da
Computação. O seu objetivo é de identificar padrões em grandes
volumes de dados, por meio de uma série de técnicas que são
compartilhadas com a área de Aprendizado de Máquina e Data
Analytics. Como o nome sugere, o seu resultado é extrair informações
relevantes dos dados, as quais, à primeira vista, podem estar ocultas.
Exemplo:
Supermercados podem cruzar dados de padrão de consumo dos clientes
para identificar quais produtos são comprados em conjunto. Com isto,
é possível promover uma disposição dos produtos pelos corredores
e prateleiras de uma maneira mais inteligente. Também é possível
detectar quais tipos de promoção tiveram mais adesão do público ou quais
geraram mais receita. A Enacom desenvolve um projeto para uma rede
de supermercados ucraniana, a Silpo, em que técnicas de mineração
de dados são utilizadas para reconhecer esses padrões e auxiliá-los na
previsão de estoque e na programação das promoções
Referência:
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação gerenciais. 11.
ed. São Paulo: Pearson, 2014. E-book
 47

N
Nanotecnologia
Nanotechnology
Estudo e a aplicação de coisas extremamente pequenas. Podem ser usadas em todos os campos da
ciência conduzida em escala nanométrica. A fim de comparação, um nanometro é um bilionésimo
de metro (10-9 m). Uma folha de jornal, por exemplo, tem cerca de 100.000 nanometros de
espessura.

Exemplo:
O uso da nanotecnologia são as finas películas desenvolvidas para óculos, computadores,
câmeras, janelas e outras superfícies para fazer com que os objetos ganhem propriedades como
impermeabilidade, antirreflexo, autolimpeza, resistência a raios ultravioleta e outros.
Nanopartículas também podem ser usadas para catalisar reações químicas, reduzindo a quantidade
de catalisadores usada para produzir as reações químicas necessárias na indústria. Isso economiza
dinheiro e ainda reduz a quantidade de poluentes lançada na atmosfera. Isso já é usado na indústria
petrolífera, no refinamento do petróleo; e na indústria automotiva, nos catalisadores automotivos.
Outra tecnologia criada com o auxílio dos estudos em nanoescala foi a dos displays OLED, presentes
em várias TVs e smartphones. Esse tipo de tela oferece imagens com brilho maior e consumo
reduzido de energia. Os displays flexíveis de e-readers, como o Kindle, também são resultado de
pesquisas da nanotecnologia.

Referência:
https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2019/12/20/58994/
 48

N
Neurotecnologias
Neurotechnologies
Há mais de um entendimento sobre o que são as neurotecnologias. Um deles é que são
quaisquer tecnologias que ajudam a compreender o cérebro, como as que permitem
aos médicos e pesquisadores capturar imagens cerebrais. Segundo a outra definição,
elas seriam tecnologias que permitem uma conexão direta de componentes eletrônicos
(eletrodos, computadores, entre outros) com o sistema nervoso. Eles destinam-se a registrar
sinais do cérebro e “traduzi-los” em comandos de controle técnico ou manipular a atividade
cerebral aplicando estímulos elétricos ou ópticos.

Exemplo:

O Brainwriter é um exemplo de aplicação da Neurotecnologia. Ele permite que qualquer

pessoa com algum tipo de síndrome neuromuscular consiga escrever e desenhar em um
computador, utilizando rastreamento ocular e leitura de ondas cerebrais. Esse, inclusive, é
um exemplo de Interface Homem Máquina Avançada.

Referência:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5733340/
 49

N
Near Field Communication
Sigla: NFC Comunicação por campo de proximidade
Essa é a tecnologia que possibilita a comunicação sem fio entre dois dispositivos
eletrônicos a uma curta distância. O NFC oferece uma conexão de baixa velocidade
com configuração simples que pode ser usada para inicializar conexões sem fio mais
capazes.

Exemplo:

O pagamento realizado através da aproximação do cartão de crédito na máquina

de cartão é um exemplo de aplicação de NFC. Em celulares da Apple, os sistemas
iOS podem usar a digitalização NFC para ler dados de etiquetas eletrônicas (tags)
anexadas a objetos do mundo real. O celular vai procurar as tags sempre que a tela
estiver iluminada. Por isso, em funcionalidades como Apple Pay não é necessário abrir
a aplicação no celular, basta que o celular seja aproximado à maquininha de cartão.
Quando o celular localiza a tag, ele envia uma mensagem ao usuário, para que autorize
a transação.
Em épocas de pandemia, a possibilidade de fazer compras sem nenhum contato com as
maquininhas parece bem interessante: basta aproximar o celular e pronto!

Referência:
https://developer.apple.com/design/human-interface-guidelines/ios/user-interaction/near-field-
communication/
 50

O
Objetos Inteligentes
Smart Objects
Têm a capacidade de analisar e se comunicar uns com os outros e com seus colegas de
trabalho humanos. São usados ​​para enviar e receber dados que aprimoram a interação
entre as pessoas e com outros objetos inteligentes por uma interface de internet bem
definida e podem ser monitorados, projetados, testados e controlados por meio de seus
gêmeos digitais.

Exemplo:

Os robôs domésticos são também exemplos de objetos inteligentes, com uma mangueira ou
um pequeno aspirador, começando com a iRobot e a Electrolux em 2002. Enquanto o nível de
inteligência não é alto nesses sistemas, eles são capazes de limpar pisos, com sensores de
toque que orientam o robôs a mudar de direção para evitar quedas, obstáculos, etc.
Alguns exemplos de objetos inteligentes são brinquedos robôs como o exemplo mais
avançado é a série de robôs Aibo da Sony, os quais são capazes de se auto recarregar.

Referência:
https://books.google.com.br/books?id=tZfYDwAAQBAJ
 51

O
Otimização
Optimization
A otimização é um conjunto de princípios matemáticos e métodos usados para resolver problemas quantitativos, indicando a forma mais eficiente de
utilizar os recursos, dado um objetivo. Ela se caracteriza pela presença de três elementos fundamentais. O primeiro é uma função objetivo, que deve
ser maximizada ou minimizada. Esse objetivo pode ser o aumento da produção hidrelétrica, aumento da carga de soja transportada etc. O segundo
elemento é uma coleção de variáveis, que são quantidades cujos valores podem ser manipulados para otimizar o objetivo (como a vazão de água
nas turbinas de uma usina hidrelétrica, ou a quantidade de vagões disponíveis para o transporte de carga). O terceiro elemento de um problema
de otimização é um conjunto de restrições, que são limitações aos valores que as variáveis podem assumir (a quantidade de água no reservatório
depende apenas da chuva e das correntes afluentes, a malha ferroviária tem limitações de quantos trens podem passar por ela, inclusive limites
de velocidade). Se você tem um problema em sua atividade que precisa de uma melhor alocação de recursos (tempo, insumos, investimentos),
considerando algumas variáveis e respeitando algumas limitações, seu problema pode se beneficiar de uma abordagem de otimização.

Exemplo:
Em um projeto para a empresa Gerdau, a Enacom desenvolveu um simulador/otimizador para auxilio da tomada de decisão da logística ferroviária,
sendo considerado desde o recebimento de insumos, o processamento interno desses insumos até a expedição de produtos. A otimização objetivou
em maximizar o mix de produtos transportados, sem ultrapassar o horizonte de tempo, sendo esse tempo um dia ou um mês. E para isso, foram
consideradas restrições como as capacidadesdos equipamentos, os tempos de movimentação, os tipos de produtos transportados, os locais que podem
gargalar, entre outros. O HydroPower Optimizer (HPO) é um produto desenvolvido pela Enacom que faz a otimização da geração de usinas hidrelétricas,
atendendo a várias restrições operacionais e ambientais e aumentando a produtividade em pelo menos 5%. Atualmente, a Optimal Energy, empresa do
Grupo Enacom, realiza a comercialização e o suporte do HPO, em um modelo de SOFTWARE AS A SERVICE. 16 usinas se beneficiam desta solução e,
recentemente, foi fechado um contrato com a usina de Belo Monte, maior empreendimento hidrelétrico 100% nacional.

Referência:
https://www.britannica.com/science/optimization
 52

O
Otimização Multiobjetivo
Multi-objective optimization
É a otimização levando em conta mais de um critério/objetivo. Considera as relações entre
eles e também que todos têm um grau de importância. Se você deseja alugar um carro e
está preocupado tanto com o conforto quanto com o preço do aluguel, então você tem um
problema multiobjetivo. Na maior parte das vezes, os objetivos são conflitantes, o que exige
uma busca por um quadro de condições que deem alternativas para se tomar uma decisão.
Como qualquer problema de otimização, também está sujeito a restrições. A solução dos
problemas de otimização multiobjetivo consiste em determinar, entre as condições que
não violam as restrições estabelecidas, quais delas atendem satisfatoriamente os critérios
desejados, ou ainda, quais respondem ao problema de maneira ótima - oferecendo o
melhor resultado para pelo menos um objetivo dentre todas as possibilidades.

Exemplo:

A Enacom desenvolveu um software para a otimização do portfólio de compra e venda de

energia, o Mape, hoje utilizado pela CEMIG e pela Aliança Energia. O sistema foi construído
a partir da análise de várias características para descobrir quais mais influenciam na
precificação futura da energia. Essa ferramenta visa atender a dois objetivos: maximizar o
lucro na venda, e reduzir o risco do retorno ser muito abaixo do esperado.

Referência:
https://blog.enacom.com.br/2018/10/25/o-que-e-otimizacao-multiobjetivo/
 53

O
Orientado a Serviço
Service-Orientation
Na época digital, foi desenvolvida a ideia de orientação ao serviço, que ocorre
quando o cliente não deseja ter o produto, mas sim ter acesso à funcionalidade
que agrega valor. O cliente não quer ser proprietário de um bem, mas ter
acesso à funcionalidade dele que gera valor. Essa nova relação orienta a própria
SaaS Software as a Service

concepção de um programa de computador, e a relação entre o desenvolvedor

e o usuário.

Exemplo: PaaS Plataform as a Service

Um exemplo é quando você quer escutar músicas e usa o Spotify. Antes você
possuía o produto (CD) e hoje pode usar um software que entrega o mesmo
valor (ouvir música), mas sem a necessidade de possuir a mídia física.
IaaS Infrastructure as a Service
Os SaaS, PaaS e IaaS são exemplos da aplicação dessa metodologia.

Referência:
https://www.csu.edu/humanresources/empdev/documents/CustomerServiceOrientation.pdf

Infraestrutura como Serviço
Sigla: IaaS
Infrastructure-as-a-Service
Infraestrutura de computação instantânea,
armazenada e gerenciada pela Internet. O
provedor selecionado pelo usuário oferece toda a
infraestrutura de TI automatizada, uma terceirização
de data centers e servidores. Com o IaaS, busca-se
reduzir a preocupação com recurso computacional,
com foco principalmente em servidores,
armazenamento e segurança de rede. Em outras
palavras, é poder pagar pelo processamento,
armazenamento de dados, redes e outras
funcionalidades sem ter que adquirir computadores,
cabos e servidores físicos. Paga-se pelo que se usa.
Exemplo:
É um dos tipos de serviços em nuvem, junto de
Software como Serviço (SaaS) e Plataforma como
Serviço (PaaS). As empresas que dominam o setor
são a AWS (Amazon Web Services), a Microsoft, o
Google e o Alibaba.
Referência:
https://azure.microsoft.com/en-us/overview/what-is-iaas/
https://4linux.com.br/o-que-e-iaas/
Plataforma como Serviço/Plata-
formas Inteligentes
Sigla: PaaS
Plataform-as-a-Service/
Smart Platforms
Este termo é mais familiar para desenvolvedores
de sistemas. A PaaS é intermediária entre a IaaS
e o SaaS. São ferramentas da computação em
nuvem que permitem aos desenvolvedores criarem
novos aplicativos - de modo geral, novos softwares
- que serão disponibilizados e geridos online, ou
seja, se tornarão SaaS. As PaaS possibilitam aos
desenvolvedores o teste de novas funcionalidades,
o conserto de “bugs” (falhas), e a criação de novos
produtos inteiramente do zero somente estando
conectados à internet.
Exemplo:
O Serverless Bot Framework é uma PaaS
da Amazon Web Services (AWS) dedicada à
configuração de chatbots para novos sistemas.
Empresas de telecomunicação e do varejo poderiam
utilizar essa plataforma para facilitar os canais de
comunicação com os seus clientes.
Referência:
https://transformacaodigital.com/mercado
54
Software como Serviço
Sigla: SaaS
Software-as-a-Service
O SaaS permite ao usuário se conectar e usar
aplicativos baseados em nuvem pela Internet.
Existem diversos tipos de aplicativos que podem ser
alugados para sua organização e são usados pela
Internet, normalmente por um navegador da Web,
como ferramentas para envio de e-mail marketing.
Exemplo:
Exemplos comuns são e-mail, calendário e
ferramentas do Office, como o Microsoft Office 365.
Alguns exemplos de SaaS são as ferramentas do
Google: Google Drive, Google Fotos, Google Meet,
Analytics e etc. O HubSpot é um CRM baseado
em nuvem, voltado a produtos de software para
marketing de entrada, vendas e atendimento
ao cliente. E o Zoom é uma plataforma de
videoconferência, que funciona pelo navegador, ou
seja, é um SaaS.
Referência:
https://www.softwareadvice.com/resources/saas-10-faqs-
software-service/
 55

P
Pesquisa Operacional
Sigla: PO

Operational Research
PO é o desenvolvimento e aplicação de métodos científicos avançados para auxiliar o
decisor na análise dos mais variados aspectos e situações de um problema complexo. Pode
envolver a criação de simulações e modelos para a tomada de decisão.

Exemplo:

Um exemplo de aplicação é quando a análise descritiva é utilizada para poder ajudar a

identificar pontos fortes e fracos e fornecer informações sobre o comportamento do cliente.
Para empresas que possuem uma filosofia estratégica de gestão, a pesquisa operacional
se torna uma metodologia de fundamental importância para ter alta eficiência e alta
performance. Desta forma é possível relacionarmos com metodologias como Lean
Manufacturing, Seis Sigma, WCM (World Class Manufacturing) e até mesmo o Power BI.

Referência:
https://www.sobrapo.org.br/o-que-e-pesquisa-operacional
 56

R
Realidade Virtual
Sigla: VR

Virtual Reality
Trata-se de um ambiente virtual no qual o usuário pode se inserir como se estivesse, mesmo, naquele
ambiente.Mas tudo não passa de um sistema computacional. A tecnologia induz efeitos visuais e sonoros,
permitindo total imersão no ambiente simulado virtualmente. O usuário pode interagir ou não com o que vê
ao seu redor, dependendo das possibilidades do sistema.

Exemplo
O mundo dos games tem feito grandes contribuições para os avanços em realidade virtual, na busca
por uma experiência completamente imersiva. Assim, equipamentos como headsets Samsung Gear
VR ou o Oculus Rift se integram aos softwares, permitindo que o usuário veja e ouça. Existem também
equipamentos que lembram esteiras de corrida omnidirecionais, com sensores de movimento integrados,
que permitem simular movimentos completos do usuário em ambientes virtuais. O Virtualizer, da Cyberith,
é um exemplo desse tipo de plataforma. Psicólogos também utilizam óculos de realidade virtual para tratar
fobias em pacientes, prática que vem mostrando resultados positivos. Outro campo em que a VR vem sendo
utilizada é em treinamentos de segurança, protegendo a integridade física dos indivíduos enquanto eles
realizam as ações no ambiente simulado.

Referência:
https://canaltech.com.br/rv-ra/o-que-e-realidade-virtual
https://www.oculus.com/rift/
https://www.cyberith.com/
 57

R
Rede Elétrica Inteligente
Smart Grid
As redes elétricas inteligentes objetivam otimizar produção, distribuição e consumo de energia, viabilizando
a entrada de novos fornecedores e consumidores na rede, com melhorias significativas em monitoramento,
gestão, automação e qualidade da energia ofertada, por meio de uma rede elétrica caracterizada pelo uso
intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TIC). A necessidade de tornar o sistema de entrega
de energia mais interativo pode diferir em cada país ou região. O Smart Grid é também a infraestrutura mais
adequada para acomodar a necessidade crescente de incorporar diferentes fontes de energia na rede, em
especial fontes geradoras descentralizadas, renováveis e intermitentes, bem como para introduzir novos
consumidores, como as estações de abastecimento de veículos elétricos.
Trata-se de um conceito com múltiplas definições, que variam de acordo com a perspectiva adotada, tais
como: tecnológica, ambiental, socioeconômica ou político-regulatória.

Exemplo:

A Enacom tem forte atuação no setor elétrico, já tendo desenvolvido 14 projetos de Pesquisa e
Desenvolvimento da ANEEL, além de várias outras parcerias com universidades e empresas do setor. Em um
projeto para a Light, foi elaborado um algoritmo para reconfigurar a rede elétrica de distribuição, de forma
a diminuir as perdas elétricas e a sobrecarga da rede. O programa utilizou de Otimização Multiobjetivo e foi
capaz de dar respostas rápidas para suavizar a tensão em uma rede com diversos alimentadores.

Referência:
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/2927
https://www.enacom.com.br/L50.html
 58

R
Redes Neurais Artificiais
Sigla: ANN
Artificial Neural Networks
As Redes Neurais Artificiais (RNA) são algoritmos computacionais que empregam modelos
matemáticos inspirados no funcionamento do cérebro humano e no sistema nervoso. Portanto,
a exemplo do cérebro humano, a RNA é capaz de aprender e tomar decisões baseadas em seu
próprio aprendizado. A RNA corresponde a um esquema de processamento capaz de armazenar
conhecimento baseado em aprendizagem e disponibilizar este conhecimento para a aplicação à
qual se destina. Ela é a abordagem do Aprendizado de Máquina que foi inicialmente inspirada em
tentar reproduzir o comportamento do neurônio humano.

Exemplo:

As redes neurais têm a capacidade de considerar simultaneamente várias variáveis, como

demanda do mercado por um produto, renda de um
cliente, população e preço do produto. Por isso, podem ser usadas na previsão de vendas em
supermercados. Um outro exemplo de aplicação são softwares de reconhecimento de voz, que
precisam aprender a conhecer a voz de determinadas pessoas.

Referência:
https://www.verypossible.com/blog/machine-learning-algorithms-what-is-a-neural-network
https://blog.statsbot.co/neural-networks-for-beginners-d99f2235efca
 59

R
Robótica
Robotics
É a parte da tecnologia que abrange mecânica, eletrônica e computação, que atualmente
trata de sistemas compostos por máquinas, partes mecânicas automáticas e controladas
por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados
manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos.

Tem surgido uma nova geração de robôs, mais sofisticados, capazes de fazer atividades
mais diversas e de interagir com o meio ambiente e os seres humanos.

Exemplo:

Na robótica industrial, uma das principais aplicações é a Transferências de Itens, em que

robôs são projetados e programados para realizar transferências de materiais, peças e
produtos ao longo da linha de produção de uma fábrica, conceito que vem sendo conhecido
como Logística 4.0. Dessa forma, robôs industriais substituem a atividade de humanos na
realização de tarefas perigosas ou exaustivas.

Referência:
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/orcv/materialdeestudo_introducaoarobotica.pdf
https://www.people.com.br/noticias/robotica/4-inovacoes-da-robotica-q
 S
60

S
Self - Healing
Auto Regenerável
É a capacidade que um sistema tem de detectar, analisar, responder e restaurar falhas
na rede de energia elétrica de forma automática quando acontece um problema. Esses
sistemas utilizam informação em tempo real gerada por sensores dispostos na rede de
distribuição para responder de modo reativo ou pró-ativo aos problemas ocasionados na
rede.
Uma funcionalidade dentro do conceito smart grid.

Exemplo:

Quando uma árvore atinge a rede elétrica, o self-healing pode ajudar a isolar o trecho que
foi atingido e reabastecer a área que seria prejudicada através de outro alimentador da
mesma subestação.

Referência:
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/17172/3/CT_CEAUT_V_2014_14.pdf
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/71780
 61

S
Simulação
Simulation
A simulação consiste no uso de técnicas matemáticas, tais como expressões ou alguma
especificação, que são empregadas em computador com propósito de imitar um processo
ou operação do mundo real.
Pode ser usada em muitos contextos, como simulação de tecnologia para ajuste ou
otimização de desempenho, engenharia de segurança, testes, treinamento, educação e
videogames.
Com as novas tecnologias, por exemplo, Big Data, é possível se fazer simulações com
riqueza de detalhes e mais rapidamente. Quando existe uma simulação em tempo real,
temos o Gêmeo Digital.

Exemplo:

Algo que pode ser visto corriqueiramente que simula um sistema ou ambiente no sistema
ciber-físico, são os jogos eletrônicos, que cada vez mais, se tornam mais realísticos,
simulando comportamentos do mundo real. Os gráficos do game Assassin’s Creed Unity
serão utilizados para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, em Paris, pois simulam
com detalhes a Catedral que foi parcialmente destruída por um incêndio.

Referência:
https://en.wiktionary.org/wiki/simulation
 62

S
Sistema de Produção Ciber-Físico Sistemas Embarcados
Sigla: CPPS Embedded Systems
Cyber-Physical Production System
Sistemas que realizam a interface entre processos físicos e digitais, gerando a Eles são programas e sistemas que executam tarefas específicas
informação que dá subsídios a outras tecnologias relacionadas a conectividade e que estão embutidos em um sistema mecânico / elétrico maior,
e inteligência. Sensores estarão envolvidos em cada estágio do processo de geralmente transmitindo dados em tempo real. É necessário ter
manufatura, fornecendo os dados assim como o feedback que são exigidos pelos um sistema de computação em seu meio.
sistemas de controle. Os sistemas de controle industrial se tornarão cada vez
mais complexos e amplamente distribuídos, possibilitando um processo flexível e Dentro da Indústria 4.0, eles evoluem para sistemas ciber-físico,
minucioso dos processos. Tecnologias de RF interligarão os módulos de controle conectando tecnologias de produção de sistemas embarcados e
distribuídos em redes sem fio, habilitando os sistemas a serem reconfigurados em produção inteligente à nova era tecnológica.
operação, de uma forma que não é possível com sistema conectados por fios e em
sistemas centralizados de controle.
Exemplo:
Exemplo:
A General Electric implementou em seus processos uma série de soluções de Os equipamentos de geolocalização (GPS) que atuam em conjunto
sistema de produção ciber-físico, em áreas como aviação, logística, manufatura, com os softwares de rastreamento de veículos e cargas são um
saúde e produção de energia. Todos os dispositivos foram conectados a um
exemplo de sistema embarcado.
software principal que analisa os dados e produz feedbacks para as equipes. Nas
operações da área de aviação, as soluções geraram uma melhoria de 5% no ciclo
de produção e uma redução de 8 a 10% no retrabalho. Com os dados mais precisos
sobre os equipamentos, a General Electric também conseguiu mudar 25% dos
esforços de manutenção preditiva de um método baseado em cronogramas para Referência:
um método mais eficaz baseados nas condições dos equipamentos. https://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/sistemas-embarcados/
https://www.axiomtek.com/
Referência: https://iedi.org.br/media/site/artigos/20170721_iedi_industria_4_0.pdf
https://a4.systems/3-real-world-examples-of-cyber-physical-products-in-action/
 63

S
Smart Buildings
Smart Buildings
Construções que têm IoT e IA para otimizar o conforto e a usabilidade do ambiente,
reduzindo os impactos ambientais e custos. Utilizam tecnologias da Indústria 4.0 para
controlar automaticamente as operações do edifício, como ar condicionado, iluminação e
segurança.

Exemplo:

Esse conceito pode ser aplicado em aeroportos, com verificações de segurança em alta
velocidade de todas as áreas do edifício, localização de carrinhos em tempo real e redução
do consumo de água e energia elétrica.
Em hospitais, essas tecnologias permitem uma melhor administração dos pacientes e
conforto na sala de espera, manutenção preventiva e integrada a sistemas de forma a
entender equipamentos que precisam de manutenção antes da falha, além de permitir que
os médicos e pacientes convivam em ambientes com maior conforto térmico, lumínico e
acústico, entre outros.

Referência:
https://www.rcrwireless.com/20160725/business/smart-building-tag31-tag99
https://www.seedsolution.com.br/post/explicando-os-smart-buildings
 64

T
Tecnologias de Detecção de Localização
Location detection technologies
Tecnologias de detecção em tempo real da localização dos dispositivos e, portanto, a
localização dos usuários dos dispositivos. São incluídas como recurso padrão em celulares,
laptops, assistentes digitais pessoais e consoles de jogos.

Exemplo:

O GPS, ou Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), foi criado pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos e tem como função básica identificar a
localização de um receptor, na superfície terrestre, que capte sinais emitidos por satélites.

Referência:
https://policies.google.com/technologies/location-data?hl=pt-BR
 65

T
Teoria de Decisão
Decision Making Theory

Estudo sobre tomadas de decisões, levando em conta diversos critérios (quantitativos e

qualitativos) e ponderando riscos e ganhos de cada alternativa.

Exemplo:

Por exemplo, ao buscar soluções para um determinado desafio que sua empresa enfrenta,
você pode optar por investir numa solução complexa, que retornaria altos ganhos, mas que
demandaria mais dinheiro e tempo de produção. Outra alternativa seria investir em uma
solução menos complexa, que demandaria menos tempo e dinheiro, mas que produziria
ganhos menores. A Teoria de Decisão busca garantir que a solução escolhida seja a mais
apropriada para o objetivo da sua empresa.

Referência :
https://www.wiley.com/en-us/+Decision+Making+Under+Conditions+of+Uncertainty%3A+A+Fuzzy+Set+Perspe
ctive-p-9781119534921
http://pro.poli.usp.br/wp-content/uploads/2012/pubs/aplicacao-da-teoria-de-analise-da-decisao-na-avaliacao-
de-investimentos.pdf
 66

V
Visão Computacional
Computer Vision
É a ciência e tecnologia que dá capacidade ao computador de “enxergar” objetos, movimento, texturas,
cores, entre outros.

Exemplo:

A capacidade das câmeras e redes sociais de identificarem rostos nas imagens é um exemplo de
aplicação de Visão Computacional.
As aplicações da visão computacional vão da medicina à astronomia. Na medicina, o processamento
de imagens de microscopia, de radiografia, de angioplastia, de ultrassonografia, de tomografia e de
ressonância magnética visa fornecer diagnósticos mais precisos sobre os pacientes.
Na astronomia, uma grande quantidade de dados e imagens são utilizados para mapeamento de uma
vasta extensão do céu, o que facilita o estudo de buracos negros, super novas, descobrimento de novas
estrelas, planetas e galáxia.

Referência:
https://www.enacom.com.br/blog-post.html?slug=is-computer-vision-an-application-of-machine-learning
https://www.enacom.com.br/blog-post.html?slug=aprendizagem-de-maquina-e-reconhecimento-de-imagens
 67

W
Wearables
Dispositivo Vestível
Os dispositivos vestíveis são uma especialização das IoT. Quando vestimos
o objeto físico conectado à internet, sabemos que estamos diante de um
dispositivo vestível. Há aplicações desses dispositivos na área da saúde,
consumo, trânsito, economia, entre outros.

Exemplo:

São óculos, pulseiras, adesivos colados à pele, ou qualquer dispositivo

alimentado por microprocessadores, aprimorado. Os smartwatches, são
relógios inteligentes, que além de mostrar as horas têm outras funcionalidades,
como exibir notificações do celular, contabilizar o seu batimento cardíaco em
tempo real, e alguns possuem câmera para fotos.

Referência:

https://www.investopedia.com/terms/w/wearable-technology.asp
https://administradores.com.br/noticias/voce-sabe-o-que-e-
wearable-conheca-as-tecnologias-vestiveis
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