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Ano% I X Leiria, 13 de Janeiro de 1931 N.

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Dlrntor • Pro,rieürlo: - Dr. Manuel Marque8 doB SantoB I Ad•i11i1trader: - Padre A"it6nio do• Rei•.
l!mprêstz Edi~ra e Tip. União Grâflca, T'aressa dD D1spaeho, 16- Ll•boa ~ R.edaeçlo 1 Admlnlst,açlo: Semln.rlo de Leiria

de Fátima '
13 DE DEZEMBRO

sa os seus sentimentos de :r>:ro!unda irradiam constantemente as graças pugnável para a defesa c!o tesouro da
O inverno em Fátima e vivissima gratidão. preciosas que inundam em caudais fé e da moral cristã contra todos os
Fátima tem sido, com efeito, a es- imensos a mimosa terra de Portugal. ataques da impiedade e da corrupçlio,
Com o inícl() da quadra triste e me- cola mais alta, mais perfeita e mais Fátima, a Lourdes portuguesa, está mantendo sempre a dista.ncia, a-pe-
lancólica do Inverno é cheiada a épo- completa, de formação rellg1osa BP, posta na nossa querida Pátria como sar das suas formidáveis investidas,
ca do frio, da chuva e da lama, em nosso pais, o foco ~tensissimo do{)nde cidadela do bem, como fortaleza inex- o exército dos inl.migos de Deus.
que o movimento das pereirinações Milhares e milhares de crentes alt
afrouxa c~s1deràvelmente e quási conseguem fortalecer a sua fé e in-
uesaparece por completo. tensificar a sua piedade ou encon-
Já não se faz a procissão nocturna tram, sem e~rarem, a sua diWsa
das velas, já não se adora, .durante estrada de Damasco.
horas consecutivas, Jesus-Hóstia ex- Através dos séculos ignorados do
posto num trono de flores e de lumes, porvir, êsse nome uma e mil vezes
já cessou o{) vaivêm das multidões nu- bemdito, ooará oomo \ m canto :ma-
merosas de romei.ros que circulam na gnifico de triunfo em honra de Je-
Cova da Iria nas quadras encantado- sus-Hóstia, como um hino celeste de
ras da Primavera e do Estio, impri- gratidão e de amor para eom a Au-
mindo-lhe aquela nota de vicl.a inten- gusta Rainha do Santlssimo rtosl\rlo.
aa que é a feição caracteristlca dos SObre os montes áridos e esealTados
crandes Santuários Mari.anos . . da serra de Airc, sopram doie Tenros:
Mas, em compensação, os grupas de um é o Tento natural Que purifica a
JDeregrinos e os peregi'lnos isolados atmosfera e tonifica os pulmões, o ou-
cue, neste parlado desagradável e por tro é a rajada ~rtlssima. de 8('1bre-
Tezes lúgubre do ano, acorrem ao re- natural que invade, penetra até às
cinbo das aparições, encontram um fibras ma~ intimas, purifica e toma
ambiente mais próprio para a prática mais generosas as almas e oa oora-
elos actos d'e culto particular, um si-
lêncio mais favorâvel ao aferTora- çôes. Os actos religiosos oficiais
mento da sua piedade uma solidão
propicia ao recolhimento interior e No clla treze de Dezembro último,
~ santos exercícios da oração men-
tal e Tocai. a-pesar da inclemência do tempo, oa
Desta sorte, tudo quanto o ineom ... actos religiosos 'O!icios comemorati-
Pa,rável lab0r'atór1o de vida religio- vos das apar1ções e dos snceseoa ma-
sa, que é Fátima, perde em extensão, ravilhosos de 1917 realizaram-ae ao ar
canha-o{) de-certo em intensidade, ele- livre, no altar d>O pavllhA.o dos doen-
vando sem cessar para o Céu as súpli- tes.
cas fervorosas de milhares de almas, Foram em grande número •s fiéis
sacudidas pela forte rajada do sobre- que se aproximaram da mesa euearfs-
Jta.tural que sopra, como uma grande tica, tendo-se confessado muitos dê-
bênção de Deus, nas cumiadas da ser- les na igreja da Penitenciaria, onde
ra de Alre para salvaçft,o de Portugal. os conlessionáttos est!-remm ~empre
:1!: ali, naquele cantinpo abençoado ocupados, desde alta madrugadEt até
da terra de Santa Maria, onde a Rai- depois do melo-dia.
nha dos Anjos ergueu o seu trono de No Posto das verificações médica.a
amor e de misericórdia, que os fl~is, compareceram alguns doentes, cu,tUs
cheios de fé e confiança no seu poder nomes fl.caram <registados no liTro
e na sua bondade maternal, Tâo bus- respectivo e que depois da MiMa ofi-
car ·fOrça e coragem para as lutas da cial receberam a bênção do Santia-
existência, restgna(}âo e conforto nas simo.
provações, ~médio ou lenettvo para Efectuou-se, com a solenidade e o
toda a sorte de males ffsioos e .mo- entusiasmo do costume a primeira
rala. procissli.o, em que a Imagem de Nos-
sa Senhora de Fâtima foi conduzida
Mais um ano aos ombros dos servltas da capela.
das aparições para a capela das mis-
:1!: já decorrido mais um ano sObre sas.
os acontecimentos maravilhosos que Depois do sermão, comeQOu a cair
se desenrolaram na Cova da Iria em uma chuva miudinha e impertinente,
1917, a época bemdlta das aparições que obstou a que se realJzasse a cpro-
da Virgem aJOs hum!J.des pastorinhos clssA,o do adeus).
de Aljustrel. Os peregrinos dispersaram pouco a
Se volvermos um olhar retrospec-
tivo para êsse longo perlodo de treze
.. pouco e antes do fún da tarde já. não
se via ninguém naquele lugar santi-
anos, assinalado por tantas ma.tta.vJr. Ex.mo e Rev."'0 Senhor D. Teotónio, Patriarca das fndt"fr,s ficada pela presenca da Virgem San-
lhas divinas. as nossas: almas de e Arcebispo de Goa que, antes de partir para o Orimte foi, em peregrinação, tfssima e favorecido com as bênçãos
mais Pt'eciosas e mais eseolhidM do
crentes exaltam de alegria e os nos-
sos corações sentem instintivamente. ao Santuár~o de Fátima, onde celebrou a Santa Missa Céu.
a necessidade de taze.r tr:a.nsbordar
em demonstrações de piedade ardoro- na Capela das Aparições Visconde de Montelo

' '
2 VOl DA FATIMA

nariz, que, sendo o que e..ta_T a peor foi o t.rêa a.Té-llariu em memona. das doJ'ee

Graças de N. Senhora de Fátima que pl'imeiro se coroa.


SobreV'eio-lho a terrível coqueluche e a.o
fim dum mes de bastantes sofrimentos
que teTa a Virgem Santíssima quando,
aem lho poder valor, Tia seu amado filho
agonizando na Ü1'11A Ou por isao ou por

•• • •• provocados por tão má doença vimo-la um


dia tão doentinha que a julgámos perdi-
da. Recorri novamonoo a N.• Sr.• e oom&-
outra ooisn. o certo é qll'e me sinto com-
pletamente boa. graça. que já fui agrade-
cer a Nossa Senhora. de F:ttima.
Prfalo de Ventre. xílio doutros colega&, .sem que a do111.te çámos outra novena fazendo eu igual pro-
experimentaue sen1iveis melhoras do seu. mos.'lll. à anterior. Ao segundo dia já ti- Cadavaia- 8. Simão.
Bt~v.•• Sr. e8tado físico e moral. E, &em que os re- nha olívi011 grandes e estes acentuaram-
cwrsos profiuicm.ai& lhe tive3sem dado 'Tt- -se mais. durante a novena. N.• Sr.• to- Maria da Conceiçl!o
I
Em cumprimento de uma. promessa 11ue 8ultado, dude 19t8 que ela se en.contra rnou êste anjinho sol>. a sna protecção,
fiz, peço a graça. de publicar no jornal em magnífico e8tado, com a 31Ja fisiolo- C'roio-o, o, cheia de gratidão o publico. ------~*•*+-----­
.&e Fátima a. graça. que obtive, p<>r inoor- gia 1l0117l'l.almente establecida, cOMoati-te o Se depois destas graçllB N.• Sr.+ enten-
lllédio de N.. Sonbora. de Fátima. tenho confirmado. der que o anjinho deve ir para. o Céu cur- Por falta de tempo 1
uHa doia anos que a. fé me levou a Fá- E por ser verdade pau0 o presente que var-me-hei submissa, e a minha oonfian-
tima na eapera.nço., bem radicada, de obter a81ino. Qa o gratidão para oom a Mãe do Deue Não ttm"o tempo d11 me ocupar de re-
de l!aria Santíssima o que de facto e&- Freamu.n(le 27 de :Vovembro de 1930 Nosso Senhor, será a mesma I ligião, dizes tu.
tou Jlllenamonte convencma ter obtido, subscrevo-ma Olha que desculpai No entanto (fica
embora indígnamente. Sentia, já há mui- Alberto ("arneiro Alv~ da. Cruz lllaria do Carmo Ribeiro Correia :>nbendo) trata-se da. eternidade e destas
to, fortes dores no ,·entre -lado direito coisas ignora tudo qnem cá no mundo pas-
- seguidas de vómitos e prisão de ven- Sofrimento dos ouvi"os. sa sem religião.
tre. Consultei o meu médioo Snr. Dr. Al- Duas graoas espirituais obtidas por N. Não. Não temos o direito de tratar a
berto Cruz que, durante 2 ãnos, me tra- Alwtro Pereira Soares, Maior, S. Pau- Senhora da Fátima com a lmposlolo da religião como co1sa de somenos import4n-
~u do figado, sem resultado genctvel. lo - Tlrasil, diz o &eguinte: cia, como uma questão ac&Ssória, como um
medalha milagrosa. simples zero colocado em frente da uni-
Algum tempo depois peorei bastante, DOo;(lO a. minh.a infância sôfro dos dois
dando-me duna cólicas que me prenderam Dolll doentes, um homem e uma mu- dade.
<Juvidoo (inflamação). sofrimento &se Poderemos na verdade chamarmo-nos
o andamento da perna direita. Recoondo agravado durante o período (14 anos) em lher, há muitos anos que não recebiam os
que fôsse uma apendicite levaram-me homens se ignoramos o que somos, donde
que e.rt,ave no l>Orviço militar .cuja. ar- Sacramentos mas, por uma. graça especia- vimoo e pa.ra onde vamos, -ou, se o sa.-
ao Porto, ao Rai X, onde o Sr. Dr. ma foi - artilharia. Daí a causa da mi- líssima obtada pela Virgem Santíssima, a
Pinto Leite di~~<~e ser uma inflamação nos bemos, vivendo como se o não sou~
nha redW~ida audição, a qual a despeitO mulher rooobeu os últimos Sacrameàltos mos ?
intestinos e OTários. Nova receita ~;em re- de ragoroso e prolongado tratamento não no dia da Uonceação Imaculada da San-
sultado. E tu a dizer que não tens tempo de te
logrei melhorar ... Conformado e ta~bém. tí.&'!inta Virgem, e o homem 3 dias de- ocupar de religião!
rooignado com êsse sofrimento, não maia poi~ de oolocar a medalha ~ilagrosa, re- Estarás tu mais esmagado de ocupa-
dolip;ênciei minora-lo. cebto-os também com muito boa disposi- ções que o rei S. Luís que tinha todo um
Eis que ultimamente comecei a sent•r ção. Bemdito seja Deus e a Sua Mãe Ima- reino para governar? Havia quem o cen-
melhor as V07.CS e os ruados, não sabendo culada I surasse por dar tanto tempo aos exerci-
u que atribuir ês.~ agradável facto. Veri- Cbimbra - L. A.. cios de piedade, despre7~'1ndo assim os ne-
fiquei, poi11, ter aumentado bastante a gócios do estado. A isto respondeu êle: «se
sensibilidade (los meus ouvid011, porquun- eu pass..'!sse o mesmo tempo a caçar ou a
António Joaquam do li'éttl da. mesma
w ob~>Crvei que Otltava ouvindo oom maior freguesia diz o seguinte: Tinha perdido
jogar, como tantos fa~em , todos achavam
facilidade, quer quando em conversas bem».
a voz há já. muito tempo o de tal manei- Terás tu mais que fazer que Lamorici&.
quer o bater <L! horas, businaa de auW:
ra que difJCilmento mo percebiam a. falar. re que comandava os exércitos do Papa?
móveis, apitos de locomotivas e tráfetto
Trist.o oom isto pedi a Nossa Senhora de Um dia Pio IX citou-lhe um texto de S.
de veículos de qualquer eapécie. O que até
Fátima, que me curasse prometendo-lhe, Agostinho. O general acabou a citação e
entli.o, não mo ucontooia com a factlidade
!>O <·onseguib.SO a graça, dar uma. volta. do fez o mesmo a um texto de S. Irineu. Pio
e nitidez de agora. Como acabo de oxpõr,
joelhos cantando por todo o recinto sagra.. IX admirado preguntou-lhe: "Onde é que
conclui, que, efO<·tivamente estou com a
do, junto i\s paredes interiores do mes--
minha. nud.i ção muito m~IIl()rada, cuja o general estudou as Obras dos Santos
cauqa acredito resultar de Nossa Senhora mo, começando junto ao portã.o central Padres?»
o terminando lá tumbém. Quatro dieta - uNos campos da. batalha», respondeu
do l!'átima. ter atendtdo a prom~sa que
depois já sentia algumas melhoras 8 dez Lamoriciêre. A gente não está. sempre em
a meu ret~peito lhe fêz a. minha. boa mãe.
Al:;ira da Gosta Brito E, crente como ~Ju, na infimta. bonda- dias depoi~ estava a minha voz comple- fogo e t'u consagro o tempo de descanso a
tament-e clnral estas leituras em que encontro sempre mui-
de de ~us, 011pero que :Ele mo dará a.
al("grJa de rm·uperar Inteiramente a cura A tr·M..e de Julho do 1929 fui a Fátima to enc.'lnto. E tu não tens tempo?
Cunçada de tantas con~;ultaa e, 8obre- t•umprir ~~ minha promessa. :Acompanha- - E olha qne a. religião não é coisa
ju.do, levada pelo amor da pu.rero che- milagrosn. dos nwns ouvid011 oomo sempre
vam-mo de pé algumas pessoas compade- supérflua, qt48 tu possas dispmsat'.
guei o. pedir a. Mario. SantíBB•ma. q~e me dO!;Ojei o do.-.(•jo. Concluida como está. a mi-
cidas do mim e que me davam água. de Estás tu a.o abrigo da dor? Não tens
Jevaseo para. Ela, livrando-me o.ssim de nha. declarnção, fica o amigo autorizado paixÕf>s a combater, desgraças a prevenir,
a fazer dela o u!ia que lhe convier para vez em quando porque estava. muito ca-
nova co.n.~ulta que, em razão da doença, l.or. No entanto en continuei sempre de filhos a educar, mortos a chorar? Se boje
para num era custosa. Entretanto fo•-me maior gl<irin. de Deus, e da Virgem Ma--
ria. que l!endo Raínha dos portugueses, se J~l!ws, cantando e graças à Virgem San- tens !!aúde e vives prosperamente não es-
nascendo a esperança. de que se fôsse a tiss•ma, nem então nem daí em diante tás livre das eventualidades de àmanhã:
Fátima eoria curada. Este desejo domi- compadO<·e também dos seus filhos dM ou- a morte de um !ilho querido, a ruína ines-
tras nações. a minh11. voz tornou a desaparel'el'.
nou-me tornando-se em certeza. Fot então perada duma !<.'lúde de ferro, o esquecimen-
flue, o~tida a. liconçl!' de meus pais, en- to e a ingratidão dos teus semelhantes, a
.orporet-me com um trmlíc meu numa pe- Um quisto• DOENÇAS INTERIORES perda da tua reputação, um revez de for-
regr!nnQão que, em 13 de Maio de 1928, tuna.... catástrofes de todos os dias, depois
partiu do Porto. Voltei contente. Come- :e com grande satil!fação o alegria que l!aria do Jesus de 60 anos do lugar
da!! quais não há outro apoio no mondo
eei a comer de tudo sem que isso me fizes.. me dirijo a V0811a Re,·erência para. man- de Cadavuis, freguesia de S. 'simão so-
senão a cruz, nem outro asilo senão a
116 mal. dar publioar no jornal A voz d-a. Fátima fr ia há muitos anos do doenças interio- igreja. nPm outra consolação rt>al senão a
um milagre que a Virgem Santíssima me re.~. Consultara já mwtos médicos esta.n-
Os vómitos e a prisão de ventre desa- oração.
parec:-eram, só de longe em longe sentia fez. du todos do o.côrdo em que devia. ser ope- Eu vO!I hstimo, 6 ricos e grandes do
Durante cinco anos sofri dum quisto na rada.
aa dor0<1 que antes me atormentavam. Na. mundo. eu vos la.'ltimo a vós, operários e
inoerteza. ainda do milagre novamente e.~Jlinha,, Repugnava-mo Imenso sujeitar-mo a Yrvo!l <oe os vosws olhos ao levantarem-se
invoquei com mais fervor ~inda pedin- Não uhegueí a. mostrá-lo a011 médicos uma opora<-ão e por isso fui adiando-a da terra não sabem olhar para o lado da.
-lhe que acabas.'e de realizar a cura que porque ti':o vergonha., mas em modo de mas por as.~o mesmo fui peorando de tal crm:, --- se, quando tudo vos falta, os V08·
já aentil!-, af~m-<le cumprir as prolll.éa8as conversa Í111-lhe saber do que sofria. ao que maneira que jt\ nem podia ir à missa. sos pés não conhecem o caminho da igre-
que btt.via fotto. E graças a. mmha Mãe me responderam que neoe.'lSitava de ser Meu marido convidou-me a. ir a. Fátima, ja,- se, nas horas em que soluçais, os vos-
operada, ma.~ eu tão doente como estava não ti- sos lábios não teem o hábito da oração,-
}faria. Santíssima. já lá vão perto do 2
anoe aem que note o minino sintoma. do . Fiquei nflitíssima e temia as dores que nha coragem paro. empreender tal via-- 11e, quando a terra jâ não tem nada que
que antes padecia.. Convencida, portanto, t1nha do sofrer. Recorri então a Nossa gem. Enfim lá fomos. Ao passar por S. vos dar, a religião não é para vós uma
de que aquilo que os médicos não fízeram ~n hora do Rosário de Fátima, prome- Catarina. ia já mais morta do que viva porta à. qual não sabeis bater, um país
o Céu mo fft, venho por êste meio, hu- tl fazer-lhe uma novena e ao tbrminá.-la de maneira. que foi necessário descança; cujos caminhos vos são desconhecidos!
mildemente agrad00t1r, glorif1cando Aque- estava curada.. Agora grata. rooonhe- af um pouco. Entrai dentro da Igreja e E tu não tens tempo de te ocupar de
la que debaixo da invocação de N. Senho- cida à Virgem So.ntís.'!ima (saúde dos en- foi I~ deante de Jesu~ Saeramontado que religião!... •
ra de Fátima é a consoladora dos aflito.. ferma;;) me confesso sua fiel serva Bea- tomoa o meu dOileanço. Passadas algumas - Mas que falar é êsse? A teu lado
E asaim cumpro a última. das minhas triz df. BalrtrO! Pinto Brocha.d~. -For- hora.a retomámos o caminho de Fátima há outro!! que teem temp<> para isso, para
promeiBal. jães, E&pozende. onde chogámes algumas horas depois do se ocupar de religião, não para a respeitar
novo quási do:>falecida. Apenas fitei 011 e praticar mas para a ferir e exterminar.
De T. R.• 16 mens olhos nos da Virgem Sa.ntíssima as Há no mundo, nest~ tempos, uma vasta
lngrimas começaram a. oorrer-me pelo ros- t' misteriosa propaganda. de blasfemias •
lf.to att.• Ten.•• obrig.d•
Duas graças a favõr duma creancinha to abah::o I impiedade, qn, não afrouxa nem um ins-
Aparooendo numa manha. filhinha com Rozlai o meu ter<'O e mais orações e o tante.
Fre:ununde, 16 de noTembro de 1930. poucos dias do edade uma inf~Ío na meu mal desapareceu sem mais medica- Aquele que a Sagrada. Escritura chama
pele do ca.rMtor suspeito, a. qual depois mento algum !. .. o príncipe dêste mundo tem o seu exérci-
Al~ira oo Costa Brito dalgumas evoluções tomou o aspecto dum De então para. cá já. lá fui 6 vezes e to de missionári011 que por tôda a parte
sempre com relativa fMilídado cheia de artnnciam que o céu está vasio, que ne·
feio ~ma, em todo o corpo (principal-
grande alegria\ pelo benefício que me con- nhum Deus Já est\ a receber a.s nossas
monte noo olhos e naria) e sabendo-ae de oraç(5("s e que o nada é o fim de tudo. A
ATESTADO DO MJEDICO oodeu Nossa Senhora. a quem quero IUJUi
casos semelhantes que levaram anos a cu- religião é batida com um furor tal que es-
rar, começámos uma novena a N.• Sr.• agradorer publicamente.
Alberto Carneiro AlviM da Cruz - mll- panta os próprios inrliferentes e scéptlcoe.
da Fátima. pedindo a cura da pequenina. Maria de J uu.~ Portanto se queres guardar a religião, ~
diM ete.
Prometi a N. Sr.• publioar a graça das pr11ciso d~fendl-la.
A.tuto palavra d'koMa ter sido o
10b suas melhoras se ao fim da novena elas ae Casimiro Períer, no leito da agonia, M-
tt&mtentt~ da E:r: ..... Sr.• D. Alzira da Coata notassem. DORES NOS OSSOS sim dizia ao jovem médico que o tratava:
Brito, filha tk Ant6nio Joll! <k Brito t1 Âconteoou mais e melhor: no fim da uMeu can: e jovem doutor, a religião, a re-
de Henriqueta Moreira Düu da Ooata <k novena estava com.pleta~nte C11irada. Se- Sofria. gravemente oom um triste mal ligião. i~ ~ que é importante! Sem ela,
~ anos ck idade, natural e reliden.te em guim06, é ve!'dado, as pi'OScriçõee do nos- estar o oom dores agudas noe oOBSOS. Estea narlal Sou eu que lho digo e tereis oca-
Fream.u.nde, do concelho <k Paço• ck FeJO. so médico. mas iBBO não impede de oonsi- meus sofrimentos eram-me mais doloro- sião de o observar. Tenha, pois, caldado!»
reira, a quol desck 19!6 vinha •ofrmdo derar como uma. verdadeira graça de N.• sos ainda. porque tinha. duas criancinhas Fala.m a.ssim os sábioe quando encaram
dt1 grdve, peTtu.rbaç6e• giUtro-iMtedinoil. Sr.• as melhoraa e oura tão rápida duran- de peito e a.BBim não as podia alimentar. as realidades.
ffllmi/t~atando-~t~ por vue 8 com.pllcaç6e• o te a novena, pois o tratamento qne 88 Depois de consultar, aem resultado, al- Não demos. p<>i!l,- ao mal que nos rodm
figâdo ti rin.t que mail vinham 1ombrear lhe fez foi o que já 88 fazia antes, aem guns médicos, oomeoei a tomar todoe os um assentimento aparente calando-nos ou
o Pro(lnorlico do •eu erl4do. Efwaialram.- resultado favorável. Tomou água. da Fáti- dias umas aotuinhaa da água de N0888. abstendo-n011. Não atraiçoemos a cansa. re-
··'' 116rio~ tTatam.,.tos e •oltcif0'V41J o av- ma • laTávam-4e-lhe oom ela oe olhos • Senhora. de F'tima e a rezar o terQo e lig!OS:l pela nossa inacção e nosMS retlcên-

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VOZ DA FATIMA 3

cias. Ninguém tem hoje o direito de dizer Quando se suprime o domingo, eu temo nava a trabalhar na grande vinha Dois m~ses depot.s, longe da tamUia.
que não teDI tempo para se ocupar da re- duas coisas para o operário: tenho medo do do Senhor. e cUle finara-se de m(}7'te qttltsi re-
ligião. seu trabalho e do seu repouso. Receio o Ah./ qtu1ndo viria essa hora t4o pentina e misteriosa a rapariga que o
• • • seu trabalho se êste não tem interrupção desejada deles e de mim!? transtornara.
e receio o seu repouso se êle não é santifi- Quando o sol nos deixava e o sino Num momento tombava-se todo
uNão t~'tho tempo ele pe11sar em Deus cado, se não é protegido, tornando mais tocava as 'IIlindades cte fé resáva- aquele castelo edificado no ar.
n11m na alm•'' di:r:es tu ainda. pesado o cansaço da. alma e do corpo. mo-las e a seguir começava--se o ter- Ela conquistara-o a Deus.
Não tens tempo? Ora vamos lá ver! O - E a mã~ de Jamllia não terá tempo. ço ou de joelhos deante do ss.ro ou Colhendo-a em flor, quebrava Deu•
que é que Deu~ te pede? Ao ouvir certa. Desculpa-te com os serviços da casa e os passeando em volta da ture1a. o encanto de todos os sonhos doira-
rente parece que os deveres religiosos ab- cuidados a dar aos filhos. Perdão! Primei- Era certa a repetiçlio da Visita que dos. E nada ficava naquela alma . em
sorvem 11tn tempo imenso e que só são pos- ro que tudo o que tu deves a teus filhos fizéramos ao chegar. vez de Deus.
slveis para quem não tem nada que fazer. é o exemplo do cumprimento de todos os Nlio se c.omp.reendia que estando •
Nada disso! Cinco minutos para a oração deveres... e se desobe-deces a Deus, como alt o Mestre t4o perto o deiXássemos • •
tia manhã e outros tàntos para a da tar- podes tu esperar que os teus filhos te obe-
sem lhe dizer adeus.
de; total: dez minutos. Uma hora ao do- deçam? E lá se vão por água abaixo todos
E com a bênçlio d'Ele se findava Esta história. contou-ma há tempot
mingo e dias santos de guarda para assis- os vossos cuidados e projectos. Os teus fi- um sacerdcne cujo nome n4o estou
tir à MisAA de obrigação; total: sessenta lhos te encher-ão de amargura e terás de docemente o dia, parttndo cada qual
para S'tta casa. autorisado a publicar.
horas (ou pouco mais). Juntemos a isto responder no tribunal de Deus pela tua al- Ao ouvt-la, ia pensando de mim pa-
uma hora para a confissão e comunhão pas- ma e pela dêles. ra comigo.
cal e... pronto. - E nós, port•gueses, não teremos tem- • • Pelos sacerdotes há 1á, louvado
F. depois, a religião é muito menos uma po de santificar o domingo? Será verdade? Deus, muitas almas que se sacrificam
questão de tempo que mna orientação de Há povos · mais activos. mais ind~stri~is, O Jolio Luís e ·a um rapaz ingenuo e
bom que me conhecia desde que, crean- e imolam tazendo subir as suas pre-
pensamento e da vida. mais ricos, para quem o tempo é dmhetro. ces e mortificaçlJes junto de Deua· .
Por muito que os te-us deveres de esta- E em muitos dêles, como na América, logo ctta, começara a conhecer alguém.
que o sino anuncia o dia do Senhor, cessa N4o havta retolhos naquela alma. E pelos Seminaristas- os futuro•
do te absorvam, quem é que te impede di'
levantar o teu coração para Deus algumas tudo. Forjas, carros, corrf'ios, apenas al- Alegria ou tristeza, medo ou confian- miniStros do Senhor?
vez~ por dia, de lhe ofereceres o teu tra- guns comboios. Cafés, bilhares, tudo está ça, socego ou inquietaçlfo tudo se lhe Pelos Seminaristas- a esperança d4l
balho, os teus cuidados, penas e privações? fechado. vtnha espelhar nos grandes olhos Santa Igreja, os senhores da tutura
Quem é que te impede de lançar para J?eus O pn:sidt>ntc american'i Grant dizia que castanhos dando-nos dele uma cer- Evangeltzaç4o?
0 grito cle.s tuas dores e das tuas alegrias? o que tinha visto de mais belo na velha teza que n4o falha. Quem ora? Quem se imOla e iacrl-
O que é que te _im~e ~e lhe consagrares, Europa eram as grandes cate-drais, obras Habituara-me a ler-lhe nos olhos. flca?
por uma ascensao mtenor, os estudos da primas de arte religios.'l. e acrescentava: uO (que na verdade, nlfo é tflo diflctl, ler Ah! Que de vocaçlJes se perdem por-
tua juventude,- os trabalhos e inquieta- passado não produziu todas estas maravi- nos olhos, como à primeira vista pa- que nas férias vtvem abandonados! ...
ções da idade mndura, - os passos vaci- lhas senão por cau~a elo domingo e o do- rece). Quantos que o demónio cresta ou
lantes d:~ tua v~lhice, - - a tua voz que de- mingo é o dia em que J)(-u« rega a planta do O q~re mais vezes se lia alf e~a a quebra quando o Senhor estava pres-
saparece. o teu ardor que se extingue, o trabalho para que êstc produ7A'I. os seus fru- alegria confiada e t-ancruila da crian- tes a taz~-las desabrochar! ...
teu último su~piro que se exala? tos». ça que por mais que pense nada w Oremos pelos Seminaristas! ...
QuC'm te· impe-de, ou quem te pode im- Bt>las palavras e grande lição! que a preocupe. Outubro de 1930
pedir de trab:'llhar e sofrer, de viver e mor- - Demos à religião, a Deus, à nossa al-
rer por ~le? ma, ao domingo, o respeito que lhe Je•·c- • Galamba de OliYeira
Não pode ser ,éri:'l nem verdadeira essa. mos. Não perderemos o tempo wm ..pt~ • •
tua de.«culpa d(') falta df' tempo.
- Que não tens tt·mpo de pensar na
compramos a paz da consciência, a hon~a
do lar, a ~egurança social. as prosperidades Passaram-se anos. O Jolio Luis esta- ---**·- --
t11a alma? ' St· jgso é verdade, lastimo-te da terra c as alegrias eternas do Céu. va entao nos 18. li.ra uma Linda estam-
sinceram~:nte. .
Um missionAria fazin. um dia a seguinte
pa de raJXLZ.
A-pesar-de qua.squo.~r dificuidades
Movimento religioso
pregunta: uQuant;l~ horas gastas tu por , dia
a cuidar do teu cavalo para o teres e-m bom
------~*•*+------ la ia e ia bem.
Certo dta aquele!) olhos deixaram de
na Cova da Iria
estado?
- Pf'rto de duas- E a tua alma) Já
pen!'l.'l~te nisto?
Em vez de Deus I I I
me fitar e de me pennttlr que os fi-
tasse.
P01qué?
Comunhões mensais
Em Ago~to d~ 19:! f, primeiro m~ que
-Palavra. que não! O Jodo Luis n4o era o mesmo ra- Ndo houve maneira de o descobrir. na Cova lia Iria existiu o 7Cioso Reitor -
- Visto. pois. que gaatas tanto tempo paz. Ftcara meio sério, cab.sbaixo dema- P .• ::\!anta·! de Sousa, o mímero :tpc.·,dma·
com o teu cavalo e nenhum com a tua Ele sempre tlio alegre, tflo jovial, siadamente socegado. do dt comunhÕC'S foi di' 12.000. 1·m :~t..m-
alma, eu antt·~ queria ser teu cavalo que tao aberto e tranco ... agora era cer- Nfio gosto nunca de ver um rapaz bro de 1927, 1 r .soo; Outubro, t6.ooo; No-
tua alma11, tamente objecto de graves apreen- com gettos de homem. Ê mau dnal. vembro, t.soo; Dt•n·mbro, goo. Em 1927,
- Tens tempo para comer? Com certeza. sões. E naquele caso também. houve aproximadamente ·1 t.\)00 comunhões.
O teu corpo não poderil'l. viver sem comer Por vezes vinha ter comigo, talá- Louca, a tmaginaçtto con ia à rédea
e se o teu patrão te não desse tempo tu o • • •
arranjarias ou lhe abandonarias o estabe- mos Z.Ongamente.
Nas longas tardes de férias gran-
solta.
Com ela os sentidos prescindiam de
'
Em Janeiro de 1928 r.ooo;
1 Fevereiro,
lecimento.
Faz, pois, tanto para a tua alma como ctu- tardes saúdosas que nflo vol- freio. Soo; :Março. t._soo; Abril, 4.000; Maio,
fa~:t>s para o corpo, visto que ela é a parte tam mais eu e ~le com um outro A ruína era tatal. 2o.ooo; Junho, IJ.ooo; Julho, 12.soo:
iamo-nos para ó adro da igreJa pa- cQuem ama o perigo nele perecerá.-. Ago:;to, q.ooo; Sdemhro, 12.000; Outu-
mais nobre e principal de ti m•·sr..o. bro. 1S.ooo, Novembro, r.soo; Dézembro,
Sustenta-:1 com as crenças e pr.hicas re roquial absOrrver a largos haustro.s o Um ano depois, o Jo4o Luts sata do
encanto daquela mans4o de paz. Seminário. Sou. Em 1928, houve aptoximadamt"llte
ligiosas que s.'io o seu alimento e vida. !)<l.Ioo cornunhõus.
Olha que a /tta alma 15 imortal. ''-~sf'gt.n­ Havta pell11 banda do norte um
-lhe uml'l. eternidade fl'li7.. Nunca pensas banco tosco, cavado na muralhn da • • • •
nisto. De manhã até à noite preocupado tOrre. • •
Em JaneHn de 1929 1 goo comunhões,
sõmente com o trabalho, com os olhos fi- Era ali, naquele 1 ecanto isolado Está casado tem já trés filhos e vi- Fcvt'rf'iro, r.ooo; ~farço, r.-zoo; Abril,
xos num fim a atingir, numa fortuna a e S'ilencioso, que, cansados de lhe ve do seu trabalho nlio longe daqui. 2.500; Maio, z6.ooo; Junho, 16.ooo; Julho,
adquirir, num papel a desempenhar, vais passear em volta, nos iamos sentar Que se passara? IJ.ooo; Agosto, tz.soo: Setembro, 9.soo;
para a frente com um ardor que nada aba- na conversa. Parece ressaltar do que aí fica. Con- Outubro, Jo.ooo; Novembro, 2.000; Dezem-
te e que o caminhar dos anos parece au- Do que entflo se talava be-m me tudo a história é bem divensa. bro, 1.200. Houw, pois em 1929 1 &pro:ri-
mentar. O suces.o;o corOa • os teus trabalhos lembro eu. A companheira da sua v.da •te•n se- madamente 9·1·900 comunhões.
e uma alegria íntima, profunda, invade o Recordaçoos de in!tlncia histórias quer o conhecera em seminarista.
teu coração ao ver que os teus negócios
prn•peram e q• a fortuna aumenta.
da vtda. de s<eminárto entnemetava.- Que houve entlfo? •••
-as com doces sonhos de apostolado Em Jam•iro d«' 1930, 1.200 comunhões,
E eu, cá por dentro, censuro-te e lasti- tutur.o e de traba~ho atwrlallo em • Fevereiro, t.So '; ~fúço, 2.ooo; Abrtl,
mo-te porquu vejo que s:1.crificas o princi- prol das almas. • • :z.wo; !\1aio, 1S.ooo; Junho, to.ooo; Julho,
pal, no aces~rio. As preocupações da terra .E os olhos dos meus amigos abri- Na igreja aonde tódas as semanas ia 9 .500; Agosto, S.soo; St>tt·mbro, 7.000; Ou-
fazem-te esquecer os pensamentos da fé.
Ganhando um mundo, perdes a alma. Isto
am-se abriam-se como se 1á l/l.es ensinar a doutrina crista prenderam- tubro, rt.ooo; Novf'mbro, 2.200; De~C1ll­
não é cristão; não é razoável.
esttvesse àeante a vtsc'l.o gentil que -se-lhe os passos q~re o levavam ao al- bro, r.8oo. Houve, pois em I9JO, aproxi·
E há na semana um dia que pertence eu lhes criava ao talar. tar. tn<Ldame:-ntc 75.200, comunhões.
a Deus e 11. alma. Que fazes tu ne-sse dia? Pa1'eC'la quJe as almas se lhes Havia uma rapa1-tga gentil como ~le,
Serás tam~m dos que dizem: abriam como corolas dt> rosas b-an- mais piedosa do que êle mas sem sa- • • •
cas à luz eto sol quando mais alvo- ber o que s4o os 20 anos que ela con- Extr:tcto do .M.Lpa do .Movimento de doon-
rece. tudo estava a Jazer. t~ em dias tJ de C.."'ld.L m~. no Sa11tuário
• • • Calava-me e ~les ficavam-se mu- Também ela ia ensinar a doutrina. d( Fátima.
n.Vão tl'nlro temPo dt .çantijicar o do- dos em seguimento de alguma cot.sa Um olhcu- e outro ...
mil,go,. . que de zon1e lhes acenava. Ano de 1926, desde :\!aio, g6s: 1927,
De vez em quando duas palavras a IS46; lÇl8, IÕJ9 ; 1929, 1336; 1930, 1195;
Se isto tive...se fundamento, ~ena grave. DePCJI,s ctortava eu o &Uencf.o para fugir: eis o que se passava. Soma 6 .681.
Não creio, porém, que o tenha, ao menos oo: tazer falar com algtfma das Pouco a pouco, atraz da Simpatia
fta maioria dos CMOS· muttas lértas que gostavam de me veto a ajetçlfo e depotl.s o amor. Denue o~ 5 486 que foram obsecvados
- Tu rico di:r:es que não tens tempo de ouvtr contar. Rdpidamente o J04o Luis deu ordem d6llcle Maio de 1926 at6 ao fim do ano de
santific:1~ 0 'domingo. Não acredito. Tu , Mas ctl por dentro gosava eu tam- 1929, - 473 trouxeram atestadO& passados
41JUe tens tt.mpo para. ta.nta visita inútil,
de despejo ao coraç4o e instalou nele,
bém. o amor daquela rapariga. pelos respectivos ml>dicos assistentt.-s e den-
de te entregar a tantos ajuntamen~s de Com que carinho os nlfo ia eu tra- tre o~ r. 195 que foram examinadol> no
prnzer que dão em nad?-, de fazer Vlagens
de recreio ou de negóciOS que bem pode- tando e cu{dando! ...
o jardineiro, se tem flores cte es- • ano de T9JO,
mesmos a testados.
r 13 vinham munidos dos

riam ficar para o outro dia, não tens tem- • •


po pam santificar o domingo! Portanto, timaçt!JO, mal amanhece vai logo W-
-Zas e o 1lltimo rato do sol ao despe- - E o altar? • • •
11e quiseres, tens tempo de. ?bservar o re- Em :\faio de IQ:!S, vtsitaram e pre~t.'l­
pouso dominical e de o sa.ntif1car. d-Dr-se dei~a-o imerso ~ cutdaãoo - E o sacerãócto~
que o absorvem. - E as almas? ram sernços no pOsto de verificaçõee m~­
- Tu, operdrio. não terás . tempo de dicas, na Cova da Iria, os seguintes Ex .....
eantific.."'lr o domingo, tu que runda repli- Que havta de eu fazer se o Senhor - E Deus?
mas confiara se as via crescer, de- Para o altar e o sacerdócio para Mkiicos: Dr. José Marii\ Pereira Gens, De.
cas que tendo de comer todos os dias, terás Eurico Lisboa, Dr. Américo Cort!s Pinto,
tam~m de trab:tlhar todos os dias. E eu senvolver-se para daf a pouco flori- cuidar das almas n4o faltariam rapa-
zes. Dr. Franci!ICO Cort~ Pinto, Dr. Gilberto
respondo-te que comendo todos os dias é rem no altar do SenhOr? Veloso, Dr. Wei'!s de Oliveira e Dr. Ga-
fo~ d~ ao doJ?ÚDgo e !le não se Com que amorosa ternura os í.l vt- Ele... ia 1tl aspirando em devaneios
briel Ribeiro.
a encantadora paz do ninho a tun-
descanAA. na igreja lá se tr:\ para outra par-
te nesse ou noutro dia.
otando, tOrrmand.o e instruindo!
Den~o daquela. a.lm4 em bot4o fff dar. • • •
Conheço muitos operá.rios arruinados pe- P<ntco e f1()UCO derramando o que na -E Deus? ... Em Outubro de 1928, prestaram sen-i~
lo deboche e não conheço nem um que o mtnha havia de meno.t matt. Deus olhou-os, esperou e ... riu-se. ou visitaram o pósto de verificações o~ se-
esteja PÇ>r ruat:dar o domin«o. Revia-me neles quando os lmagf- Com Deus n4o se brinca. gttintes:

'
VOZ DA FATtMA

Dr. José Maria Pereira Geas, da :!la!:a--


lha; Dr. António P;uH, do Pôrto; Dr. Weiss Voz da Fátima " Ojesus Peque11ino, Depois ~a Suta ComUAUt seja•ts
de Oliveira, de Lisboa; Dr. Jacob Maros ~~~~ educadas
Pinto Corrm, de Tremês - Santarém; Dr. Despêsa I"~ meaina d:e 10 anos, \ Ue tinlt.lil ai-
uR~ceber um à óspede como Jesus-Cristo,
Pereira Continha, de Cascais; Dr. Manuel de leTada. por uma. companàeira. aua. a. não em uaa laospedaria de passagem, mas
Pi.Dte Moreira Ramos, de Vina Nova de 'f1·anep e1·te ... .. . 28~.272fi5 uma. das ~essas catequeses, estlindo u•
Pa.pel, compo~il;ã.e e i a- na. sua casa esColhida. e, mal recebido, vol-
Gaia; Dr. João Lo,pes Cardoso, de Gondo- dia 110sinh:l. •a pobre mansarda. da. aua. fa- tar-lhe as costas, como faz o convidado pa-
mar; Dr. Américo Cortês Pinto, de Leiria; Pl'66S~o do • ·• 9! ~ i 3.i" • íJia, demasia.damente chegada. ao fo-
el:emplare•) ... ... .. .... ra o entêrro, que, mal baixado o defunto
Dr. Joaquim Hermano Mendes de Carvalho, &io, pegou o fog,o a.os ieua TestidQa. Os à. cova, lhe volta o dorso e se retira.!...
.lfra.nquia1, ea ltala,;en:~,
de Lou?.ada; Dr. Au&'usto de Azevedo Men-
des, de Torres Novas; Dr. António Parrei- t1·ansport.e, ~r·a.,uru, ol:a-
Tiiiinboe coneram a.oe seua &rito&, é jun- Jesus, o
inefável conviva, é filho de boa
tando-se à. Tolta dela, procuram fazer-lhe família • de pais nobres pela ascendência. ...
ra Cabral, de Lisboa; Dr. António Luz tas, placali par:.~. endere-
bem. Sejamos polidos. Não usemos para com :Ble
Preto, de Vila Nova. de Ourém. · ÇOII • ":.~.vetas pua. as O corpo da pobre criança é uma. chaga da grave descortezia de que não usaria.aos
mesm:.~.a .. . .............. . 1.306$ 80 Tiva.... E' estendida 11ôbre um montão de para. com um titular ou um cavalheiro qual-
• • • Despeza. com 'a ad.llli:aistt-a-
fanapos , Jeito habitual de tôda a famí- quer da. simples burguezia., que nos viesse
Qio em Lei1ü .. . .. . 1.117$ 20 visitar a. nossa casa. Certamente o recebe-
Em Maio de 1929 estivera1n em serviço lia.. Os seus gemidoa coi·tam a alma ...
•o pôsto médico na. Cova. da Iria os se- Seu pai e liua mãe, pobres jornaleiros, riamos com urbanidade, o manda.rfam.os
guintes Clínicos: 24046$ 05 sentar e lhe faríamos sala. com os melllores
estão inteiramente desolados. Pregunta.m
Dr. Augusto Mendes, Torres Novas; Dr. à. criança. o que lhe poderiam fazer para termos de um carinhoso a.iasalho.
António Luz Preto, de Vila. Nova de Ou- Donativo• vário• Façamos sala ao Filho de Maria, ao Mil-
a ali.,iar. A pequena responde com gran-
rém; Dr. Eurico Lisboa, de Lisboa; Dr. nos durante êsse curto espaço em que, atraí-
D. fu>.alina de Je~us Batista (cliaLri- d6lõ esfO!'Ços, que queria. ver a sua senho-
Teles Sampaio Rio, de Leiria; Dr. Améri- do pelo amor e pela forma sacramental às
co Cortez Pinto, de Leiria; Dr. Francisco l>uiçiio do B~lLo), 100SOO; Joaquim' Alves ra catequista. Foi ira.nde o espanto e em- espécies do pão e do vinho, estas permane-
Tinoco- Pôrto, 20$00; Irene da 1?. Cruz ba.raços desta pobre gente que nunca ti- cem incorruptas no nosso interior>>
Cortez Pinto. de Lisboa; Dr. António San-
Rocha- l!'. de C, Rodrigo, 20$00; Au- nha ou'l'ido f:~Ja.r dela., julgando mesmo
tos Saraiva, de Leiria; Dr. Duarte Proen- P.• s~nn• Frelt'-S
ça, de Tomar; Dr. Tavares da Mata, de rora Ma.r1so- M. Estoril, 20$00; P.• Au- que a sua filha não pensal'a nisso.
Tomar; Dr. Wéiss d'Oiiveira, de Lisboa; gusto Durão .A.t....ee - •rurcifa.l, 60$00; uma companh~ira. sua, atraída pelo . . c;:. c-
Diversos de llhavo, llU~(lO; Ma1·ia Silva acontecimento, explicll-lhes o caso, e en-
Dr. Gabriel Ribeiro, de Lisboa; Dr. Gil-
berto Veloso, de Coimbra; Dr. Adrliano - América, 40$00; Elisa de Lo urdes Mes- carrega-se de chamar .:a ~:~enhora, não s a-
Más companhias
Pimenta, de Alvorge; Dr. Jerónimo Car- quita- Lisboa 40$00; Carmina. Vieira- bendo contudo a morada dela. Sabe uni- Utn pai tinha um filho, iá fl'l'andote,
los da Silveira, de Tomar; Dr. Reis Mata, Palhaça. (distribuição de jornais), 50$50; camente que não habita. aquele bairro; e que parecia ooo ervveredalr por bo•
da Barquinha; Dr. Vaz Pato, de Oliveira Aida de Agu1a1: Ferraz- Palhaça (dis- mas guiada pelo de~eio de conseguir sa- OOIIfVinho.
do Hospital. tribuição de jornais), 75$00; J osé Gon- bê-lo chega a encontra-la leva~do-a em - Ande cá1 M<muel/ Eu 1ei que a.
(Dos outros mêses niio há registo). çalves Governo- UasaJ J . Dias (distri~ breve a vêr a doente. A senhora. mal re- da,s por àí m etido cou~ a nw.tu.la,ue111: <ia
buição de jornais), 15$00; .Af.ánso de conheceu a sua aluna, de tanto que esta- peol' e&péciel 2'eJn cautela, meu Ttlhe l
No livro respectivo faz-se já menção de Albuquerque- Li r boa, 15$00; Imício de va. desfigurada. Aproximou-se dela., abra~ Olha que os meninoo~ llão como as 'naçiü.
6 turnos dos exercícios espirituais dados na M. C. da S, Montenegro - J;,isboa1 20$00; çou-a, e preguntou-lhe o que a poderia Se pornos lu•ma. maçã bôa ao pi doutras
Cova da Iria por diversos sacerdotes no- Amélia. Ferrei1·a Peixoto- Leça. de Pal- alegrar ... À criança respondeu como num podrt s, no /im, tóda.s apodwecem:
taveis por sua sciencia e virtude. meira, 20$00; Eugénia QQmes Melo e Cos- suspiro: uJesus I Jesus lu Levantando-se - Esteja descan_wdo, meu pu, que ew
Estes exerclcios têm sido dados aos ser- t a - Pavolide, 15$00; P.• Virgínio Lopes com grande esfôrço, repetia ainda «Je- não sou maçã. ne'/\h.wm.a/
vitas dum e doutro sexo (em turnos dife- 'l'.avarlf!6 - Açores, 80$00; Maria. Luiza sus ln e depois, estendendo os pobres bra- Se não quiser ser mau, não sou.! E Ht
rentes), a diversas pessoas que isso pedem, d 'Amorim e Castro - Açores, 15$00;
e ultimamente houve também um turno ciios cobertos de chagas exclamou: por andar jun,to t;cmt os out'ros, isso não
Mar·garida Monteiro Sousa - Pôrto, - Mas, peço-lho, d&-me o Jesus peque-
dado a I I distintos médicos da nossa jaz ao caso, porque êles não são capaze4
20$00; ]'nJ.nci~<·o Gonçalves Torce- Aço- nino, aquele que me prometeu no cate-
terra. res, 50$00; Guilhermina da Costa Freitas
de m e obrigar a lazer o mal.
Deram estes exercícios os Rev. doo Pa- cismo; eu não preciso senão dEle, não - Olha, filho, sei que não és maça,
- Famalicão,30$00; Olga M. Pereira, A. quero senão a Ele.
dres - Haúl Dias Sarreira, António Vaz Nobrega da l!'onte e Maria da Nativida- mas, ac1·edita que racioçinao8te agora como
A êste último apêlo a senhora compre- a,nm

------------
Serra e Luís Gonzaga da Fonseca. de Vieira- Madeira, 130$00; Umbelma uma ab6bara! Tenho pena de que
Amélia Barbosa- Alqueribim (destribui-
ende, e clesliKando o Crucifixo que trazia sejas! Eu iá n.lL0 verei, mas agouro mal
ao peito, dá-o à criança. de ti.
c,:ão), 8.'3$00; P.• José Rod. da Costa-
Então o rosto da criancinha ilumina-s~ E in/eTizmenft a.!sim foi. Como se nllo
Valbt1m, 122$00; Manuel Gonçalves Via-
com uma expressão de indef\nível felici- livro1t dos amigos podre,,, apodlreceu ce-
O Pároco na- Espozende, 20$00; Joana E. da Z.
V. C. Rranco- Pôrto, 15$00; Joaquina dade, agarra a cruz apertando-a ao &eu
coração, e depois levando-a aos lábios,
mo a., maçãs.
J)ize~me ·rom qtll'm andas, dirte-hef
Hosa Ramalho- Lisbon. (distribuição)
murmura docemente, sEnn mais a deixar: qtum l,s,
Palavras de Lamartine: 30$00; Elvina Nunes da Fouseca-Lisboa
(distribuição), 50$00; A posto!ado da Ora- -Jesus, que eu amo tanto, que mor~ Lembrai-vos bem de.~ta mdxima e 1ldo
ção-Vila Viçosa, 50$00; António Gued- reu por mim, ... como eu sou feliz! gueirai.~ 111t1nca acompanhar '/Mm tratwr
«Há em cada paróquia um homem AlgumM semanas depois, contra tôdaa
que não tem famtlia, ma.s que perten- Perosinho, 15$00; Margarida da L. M. Go- com aqueles que troçam de Deus e àa.l
mes-Sintra, 15$00; Angelina. da C. Marti- as provisões humanM, a criança estava coisas wnta.B, gut n/Io !reqúentalm os s.,_
ce a tôàas as famílias; que se invoca curada. Seus pais, graças à caridade da•
como testemunha, como conselheiro nho-Sintra, 15$00; Joaquim A. Pereira- cramentos, que passam a .,ida, MI ca/1•
R dos M.oínhos, 20$00; Maria da C. M. senhoras catequista_q deixaram o seu apo, e nos bortleü, 11o.t centros de cavaco e 11a.
ou como agente, nos actos mais so~
lenes da vtda; sem o qual ninguém
pode nascer nem morrer; que toma
Banela-R. Maior, 50$00; Dr. Luís de A.
e Silva-V. N. de Ourém, 15$00; João
Sanches Barjona de Freitas- Lisboa.,
sento miserá'l'el. Pediram por sua vez,
para conhecer também aquele, que tinha
tornado a 1ua. filha tão feli:a, mesmo no
________......__ ------
tabernas.

conta do homem no seio materno, e


nflo o larga sentLo na campa; que 15$00; Miss Behnira Rebelo - Estados- meio dos maiores sofrimento•. O REMORSO
Unidos, 20$00; Maria dos Prazeres San-
benz8 ou consagra o berço, o leito nu-
pcial, o da morte e o túmuw; um
tos - Roma, 20$00; L. Augusta da S. P. ---**--- Conta-M que um rei d:.~. Dina.mare& ti-
Esmol'iz- Maiozinhos, 15$00; Ca.daval nha. a.ssassinado seu pai para reinar em
homem que as c;iancinhas se afazem
a amat·, respeitat· e temer; aos pés do (distribui~ão), 20$00; Mariana J. R. Como se pe,.de a fé ..• "u luglU'.
Parecia. feliz, porém não o era.
Claudio- Açôres, 15$00; Casa de Saúde,
qual ~ crtstO.os vão derramar as suas de S. Miguel- Açôres, 40$00; P.• Xa- .A.ndaTa. interiormente aterrado, o seu
Uma menina declara um dia a. um pa.-
mais intimas confidências, as suas vier 'Madrug>t - Pico (distribuição) coraçã-o estrell1A'lcia de pa'l'or, negras Tisõee
dre que lê muitos romances, • outra" pu-
ma't3 &ecretas lág;imas; um homem 120$00; Emília A. de S . G. e Castro- blicações friTolas, sem ter escrupulo al- ~e cruzaTam .liante elos suu~ olho~·
que é' por oficio o consolador de tôdas F do Zeoor, 50$00; Maria G. d'Oli. Soa- gum na escolha. Uma. noite, no meio de um baile, come-
as dores da alma e do corpo; o me- res- Ovar, 20$00; António P. R. Teles - Mae p<lrqu e procede assim? diz o çaram a. tremer-lhe as pel'nas, a sua froa-
dianeiro forçado da riqueza e da indi- -Coruche, 20$00; Ahni1·o José Pinto- padre. ]!j tão perigoso para a eua. al- te empalideu, e do peito escapou-se-lhe
gência; Que vê o pobre e o· rico vir Macieira da. Cambra; 70$00; Maria. Jul1a ma!... • i ste ~rito: .Apaguem as luzes. O que fô-
alternadamente bat-er à sua porta, o M. Ferreira- Pôrlo, 20$00; João J. -Afirmo-lhe que não me fazem mal ra? - O rei pat•ricida juliára Ter a som-
rico para liberalizar a esmola, o pobre Druen de Silveira - Açôres, 20$00; Es- nenhum; ser'l'em-me até de distração. bra de seu pai.
para a receber sem rubor; que, nlLo <·ola João de Deus- Braga, 30$00; Ade- - Está bem cet·ta. disso? 1 Ma&, apoga.d11.5 as lu?..cs, a 'l'isã.o nio
senão exclusivo de grau algum social, laide Brnaucamp de M. B. - Santarém, -Oh I perfeitamente. d~saparecéu. Parecia-lhe estar Tendo, ae
pertence igualmente a tôdas as clas- 20$00; HortênC'ia de .M Lemos e Mene- - Se a.s&im é, continue e lê-los; úni- fundo de um salão, iluminado com lu•
su, às classes interiore6 por sua vtd.a zes- Pôrto, 20$00; Joio Francisco An- camente tôdll.ll as vert.es que fôr abrir um sinistra, um fantasma de olhos scintila.u-
pobre, e muitas vezes pela humildade gelo - M. do Ribat.ejo, 30$00; Elvira A. desses livros, ajoelhe-se e die:a a. Deue: tea q11e se dirilil:ia par~t êle. Cheio de me-
do seu nascimento, e às altas cíasses M. M. Falcão - Lagôns, 501 00; Maria ]\[eu De1Ls, vou ler um ?'OmtUl.Ce para Vos de exclamou :
pela ed.ucaçtlo, pelo saber, e pela no- do C. Pires - Pôrto (distribuição), agTa.dar; sei qtu contem más doutrinas, - Queon. és, 6 sombra, que me perae-
breza de sentimentos, que uma reli- 15$50; Superior do Colégio da Serra.- ma1tà exetnplos t maus coMelhos, tna, gues? Es meu pai P
gitlo tõda de am01· inspira e manda; Gôa1 39$80; Manuel V. Tavares Junior- que me importa, vou l8-lo para cumprir -Não, réapondeu o fa ntasma com T Oil
um lwmem finalmente que sabe tu- Portalegre, 50$00; Azilo dos Cegos- Cas- as minhas rn·omessas do baptismo, pro- que o ('nrhftu lo c>;;pont.o: Sf' fi>1 a iro1 pa i
do, e tem dft•eito de tudo dizer, e .c u- telo de Vide, 50$00; Madalena Rêgo- ruTa1· a Vossa. glória, e a salva-ção da mi- perdoar-te h ia.. Mas eu não te perdõo :
ta palavra cai do alto sôbre as inteli- Lisboa 20$00; P.• António Joaquim Fer- nha alma. aou o r emorso.
gências e os coraç(Jes com a autorida- reira- Carvalhos (distribuição), 100$50; - Mas eu não posso dizer esTia. oraçã.o,
de de uma mtsstlo d!vina, e como o Manuel José L. Dia.s- L isboa, 18$00; seria escarnecer de Deus ...
império de uma fé sem réplica. 2st~ Distribuição em Pardelhas,100$00; ~a­ -Não, certamente; se essa leitura. é UMA PROVA
homem é o Pároco., ria Izabel M. da C. Russo- C. de V1de boa, pode e deve fa?,er essa JJro.ção.
( distribuiQão), 25$00; Libauia M. R. Pe- -Mas ... Estava; pro/etisado desde mais de 5 &t-
Estas pa~avras do ~Wande poeta e res- Lisboa, 15$00; José dos Sa~tos­ - Ah I certamente essa. leitura não t ulos a.11.tes de Jesus Crüto vir ao mwndo
eso11tor conse1~vam ainda hoje tôda ~ . Martinho 15$00 · Izabel da P1edade lhe é indiferente, como pensava antes. que Ele ha11ia de descender de Abrah4o,
a !NA actualidade. Vieira. - T~rr!Els-Vedras (distribuição), Fnle-me com franqueza: Em outros tem- Isaac, J acob e David; que havia àe ncu-
Quantas pessoas que passatam a 42$50; M aria A. das D ores S. Ah;neida- po!~, não era mais piedosa e também ma1s cer de uma Virgem, qu.e hanJia de rnucer
vida, nos dias de prosperidade, a per- Faro (distribuição), 65$00; ~linda V. feliz? em 'Belem, 70 semanas depois da recoM-
seguir a Igreja e o padre, quando che- Gonçalves- Põrto 20$00; Glóna da. Cos- - Sim, na verdade. tt'lLçlto de J ~1'1J.!álem; que se chamaria
ga a hora da. desgraça é ao. padre t a - Vouzela, 20$00; Ant6nio JOl!é V a- -E lia. então, esses romances? Emma111t~el, o admirdvel, o con&elheiro, o
que vêem pedir auxmo, conselho e ... lente - Mafra, 15f00. - Não, nunca. Deus forte , o Pai do século futuro, o
pão. Esmolas obtidas em várias I grejas por -Não e:ostava então mais dos estu.. Prin.cipe da paz; que entraria. no &egu.ndo
ocasião da. distribuição de jornais: dos sérios, dos trabalhos úteis ? Nã.o fre- templo; que à sua voz os cegos, os MWâo•,
Na Igreja de S. Mam ede, em Lisboa, qüentava com mais gosto os sacramen- os m.wdos &eriam cwrado&; que seria co-
Deu& defende e livra o hwmildt; ama-o no mês de Novembro de 1930, pela Ex.m.. tO!! com mais fervor e alegria espiritual P berto de chagas, seria tra.!pauado, Q"Ue fi-
e dá-lhe consolaç4o, incli'IUl-se pa.ra eze, S1·.a D .. L a.ura Gou,·eJa, 10$00 ; Na Igre- - Oh I E bem a.ssim, oonfesso-o. cariOJ sem formosura como um lepro&o,
concede-lhe graça e depois do &eu ooati- ja d o Sngfado Coração de Jesus, em L is- - Pois bem; nada. mais quB!l'o dizer- qtu lht~ iolJariam os ve&tid.os. que lhe da-
men.to o levanta a uran<k h,OM'(l.. boa, no mês de Dezembro de l930, pela -lhe; acaba de &e condenar, e reconhecer riam 11inagrl! para beber; Que no sepul-
Ex.m• Sr.• D. M aria Matilde d a Cunha que é perigoso para a. sua alma proce- rro seria glo-rioso; e tudo se realiz011. a le--
Imitação, L iv. II, oa.p. II. Xavier, 27$80. der como até aqui. tra.
\
,
I
'
Ano IX Leiria, 13 de Fevereiro de 1931 N. 0 101

( COM APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA)


Dlr11br • Pra,riet6rla : - Dr . Man uel Marques dos Santos Aduletrad~r : - Padre Ant6nio dos Reú.
I!mpl'lsa Editol'a e Tip. Uni l o G r ãflc a , Traressa do Dtspacho, 16- Ll•boa Re~lo t Admlnlstl'açlo : S emlnlrlo de Leiria

Cróni'ca d .e 'Fátima
Aepopeia sagrada de Fátima é um dos mais assombrosos prodígios de misericórdia
e ternura do Imaculado Coração de Jesus
•POde bem dizer-se que Fátlmo. é dade eclesiAstica, sObre a Lourdes seja licito transcrever aqui êsse do- pá!"oco de Fátima, rev. Manuel Mar-
um grande crisol onde a Vlrgo>m que- Portuguesa. A tltulo de informação, cumento, que é um oficio enviado ao ques Ferreira, encar~·egando-o de fa-
re formar na piedade e na vida cris- zer um inquérito aos acontecimentos.
tã o velho e glorioso Portugal dos É do teor seguinte:
missionários e doa navegadores, o
Portugal que desperta hoje remoça-
do e fortalecido pela graça de Nossa ci.' .ruo e Rev.n•o Sr.
Senhora.»
(Dum artigo de «L'Osservatore Ro-
Para os fins convenientes seja v.
mano• órgdo da Santa Sé, no seu Ex.a Rev.tna servido p··oceder a um in-
numero de 14 de Junho do ano p. p., quérito consciencioso s~b: e os tectos
sob o titulo •Os prodfgios de Fáti- ocorridos nessa paróquia a seu digno
ma:t).
cargo, no dia 13 do pa.ssado més de
O Inverno em Fátima- F rio, vento Outubro, ouvtndo testemunhas fide-
e chuva - A naturez.a morta- Triste- dignas, e principalmente as .=riança,
za e mela ncotra. que se dizem favorecidas de graçcu
singulares ão Céu.
Mais uma vez, em pleno coração do
Inverno, o dia treze amanheceu som- Deus guarde a V. Ex.• Rev ......
brio e triste. Durante tOda a noite- Ltsboa e Paço Patria t(al, 3 de no-
noite frla e tempestuosa, - fortes bâ- t•embro 1917.
tegas de âgua, acossadas pelo vento ll.'"~ e Rev.u ·~ S r. Pároco de Fáti-
que sibilava furioso nas gc.rgantas da
serra, encharcaram as estradas e os ma.
caminhos, tornando umas e outros raJ J oão, Arcebispo de Mitilene•
quási impraticáveis. .t
Raiaram entretanto os primeiros Uma a nedota histórica - O Conee-
clarões da aurora. O frio era cortan- lhelro Campoe Henriques- Acertada
te e quási glacial. De repente, como escolha - Defeito que de-pressa se cor·
por. encanto, a chuva cessou de calr. r lge.
Mas as nuvens, negras e pesadas,
continuavam a toldar o céu, cOr de Quando o Senhor D. João era ain-
chumbo, parecendo envolver também da professor de sciências eclesiásti-
a natureza morta num ténue e va- cas no Seminár~o de Coimbra, já cor-
poroso manto de luto magoado e de ria por todo o pais a fama do seu ta-
suave melancolia ... ento peregrino, da sua vasta e sóHd&
cultu~ a e das suas preclaras ' ;u tuC1es.
Uma grande figura de Pre lado - D. Era na vigência do antigo reglmen.
joi o Evangelista de Lima Vida l. Sobraçava então a pasta da Justiça
O facto culminante da peregrina- c dos Cultos o Conselhel.l'o Campos
ção d·o dia t eze de Janeiro foi a pre- Henriques. Oompetia-lhe indica.r ao
sença na Cova da Iria da augusta e rég'.o Padroeiro o nome do sacerdote
Teneranda pessoa do sábio e santo D. que devia ser proposto à Santa Sé
J oão Evangelista de Lima Vidal, Ar- paxa a vaga deixada em a bel to na
cebispo-Bispo de Vila Real e Supe- Sé de Angola pela transferência de D.
rior interino dos Co"ég'()s das Missões Antóni·o Barbosa Leão para a diocese
religiosas dos padres seculares por- de Faro. o ministro, atendendo às
tugueses. O nobre Antfstitc, que visi- singulares virtudes e méritos •lUe nê-
t ava pela primeira vez o Santuârio t> concorriam, resolve apresentar o
Nacional de Fátima, di_gnou-se presi- nome do novo mas já distintl~mo
dir às solenidades religiosas dêste professor para o govêmo da igreja da
dia, imprlminào assim um bri1ho e nossa mala vasta provlncia ultrama-
um realce extrao:1diná.rio à comemo- rina. Alguém, que teve conhecimento
ração festiva das aparições e dos su- disso, apressa-se a procw·ar o rr.inls-
cessos maravllhosos. tro e pretende convencê-lo de que
era inconveniente e contra as praxes
Um offcfo h fetórfco - lnquirito pa estabeledidas fazer ascender ao epis-
roqaia l. copado um sacerdote tam novo como
Foi Sua Ex:ta Rev.m.., quando era o padre Lima Vidal.
Mas, - obtempera o titular lla pas-
Arcebispo de Mitilene e exer$ o car- t a da J ustiça, depois de ouvir pacLen-
go de Governador do Patriarcado de Ex."' 0 e Rev."' 0 Senhor Arcehispo~Hispo dr Vlia Real temente a. longa exposiçâo do seu
Lisboa, na ausência do Ex.mo Cardial e actual Superior das Missões Portuguesas interloooror sem o interromper, -o
D. António Mendes Belo, de saúc!osa padre tem ma.is algum defeito àlém
memót:la., que redigiu o primeiro do- ~ua Ex." R ez•.'"" visilo11 o Sa11tutírio de Fátima 110 dia I J dt jam!irn p. p., 1111 compa-
cumento oficial, emanado da autori- nhia de dois R eu.o• Missionát'tOs Jtalia11os, e ai celebrou a mi ssa dos domtes 11 fe• a llomilia dêsse que lhe aponta da sua pouca
,
VOZ DA FATIMA

idade?- Não, não tem, respondeu o A benção dos doentes- A trlna b~n- Maria tem um trono em cada cora- Reitor Honório da Silva- Melo s&
tnterlocutor- Então, se tem só êsse ção geral- A última procissí\o. c;ão -Insultos e blasf~miàa- justa ln· cuJo de vida paroquial- Á sombra do
defeito, nã.o importa, porque se emen- dignação de Deus. Santuário de faitima Oração e apos-
da dêle de-pressa. Termtna.do o sermão, realizou-se a tolado- A hora da recompensa.
O outro calou-se e não ousou in- tocante cerimónia da bênçllo dos Em todos os corações portugueses se
sistir mais. doentes. :mstes, que eram em peque- eleva um trono de devoção acnsola- Um sacerdote venerando pela Ida-
no número, ocupavam um espaço da à Rainha do Céu. Em todos... não de e distinto pelo talento e pelas m-
Doia miaalonlfrios italianos- Trinta muito restrlto dentro do respecuvo infelizmente! Há filhos indignos e tudes que o exornam fixou no prin-
e tr~a anoa na China- Orataa lmprea- Pavilhão. A bênção foi dada a cada desnatu.ados que não se pejam é cipio do corrente al\O a sua restdên-
aõea- flor da saúdade. um deles em particular pe o se.1hor renegar a:· sua Mãe celeste, há-os até cia junto do recinto das aparições. J!l
D. João, que levava a Sagrada Cus- que, na sua cegueira e .,et versão o rev.do Honório da Graça e suva,
O Senhor D. Joâo acompanhou a tóclia debaixo da umbela. Dep l.S de inauditas, o~.:sam ins.u ltá-la e blas- antigo pároco de S. Sebastião da ci-
Fâtima dois beneméritos sacerdotes cantado o Tantum ergo e de encer- femar o seu nome mil vezes bemcli- dade de Setúbal e reitor e arcipreste
italianos, port.encente.s à Associação rado o Santissimo, o ve.a~.ranciJ Pre- to! de Estarreja na diocese do POrto on-
Missionária Apostólica, os rev. Mário lado deu ao povo a trip. ce bêr.çâo Nosso Senhor está indignado com de também pet tenceu à prestimÓsa e
Parodi e José Carabe.ll, que durante do Pontifical. Terminaram as cere- as ofensas que se fazem à sua acgus- benemérita. Associaçâo dos Prêgado-
trinta e três anos exerceu as funções mónias oficiais do dia com a recon- ta Mãe, especialmente no adorável res-missionários, instituida pelo sau-
do seu ministélio na China, para on- dução, feita process~onalmente, da mistér!p da Imacula'da Conceição ... doso e grande Bispo D. António Bar-
de tenciona V{)ltar. Jtste:; dois ilustres branca estátua da Virgem do Rosá- roso. Alquebrado pelos anos e pelas
peregrinos estranj eiros, que nessa rio para a cape~a das apa.lções. De~agravo e reparação nacional - doenças e exhausto pelos seus árduos
madrugada tinham partido de auto- Filhos perversos e ~ngratos- Treze de trabalhos apostólicos, de que toram
móvel, dó Seminário das Missões, de Definiçll) do dogma da Assunçlo de Maio. teatro as duas dioceses mais "astas
'l'omar, de que eram hóspedes, fica- Nosaa Senhora- AdesOes do mundo e mais importantes do pais, resolveu
ram maravUhooamente imptessiona- católico - O M~xico e a Santa :,t, l!: mister desagravar a Virgem, Mãe ir acolher-se à sombra protectora do
dos com tudo quanto viram, a-pesar- purlssima, cheia de graça e de en- manto da Virgem bemdita, no san-
Os leitores da cVoz da Fátima~. que canto, urge dar uma satisfação con- tuário da sua preclilecçâo.
-de terem visitado o Santuário num se presam de ser devotos da Rainha
dos dias treze em que o concurso de digna à justiça de seu Divino FLho, Passando os dias entre a oração e
dos Anjos, não podem deixar de aco- que clama vingança contra os ultra- o servtc;o do confessionário, no mele.
fiéis oostuma ser menos numeroso. lher com o maior júbUo e alvorOço
Gratas, gratlssimas até, foram as re- ges de que ela é objecto por parte de duma populaçâo ~fundamente re-
tôdas as noticias que, de longe ou de tantos homens tng1atos e pen·ersos. ligiosa que o venera e estima como·
cordações que levaram da sua roma- perto, se relacionam com a sua glo-
gem a êsse centro de piedade, um Impõe-::,e como indispensável um êle merece, vai-se preparando, se-
rificação sObre a terra. Uma das mais acto de expiação colectivo, um acto gundo as suas próprias pa'avras, pa-
dos maiores do mundo, recordações gratas e consoladoras é a da próxi-
tanto mais vivas quanto é certo que de verdadeira reparação nacional. E ra o chamamento do Senhor, quando
ma deflnição .do dogma da sua triun- que dia mais p, óprio para essa amen- soar a hora suspirada da recompen-
as perfumava o aroma suavisstmo da fal Assunçâo ao Céu.
saúdade, mimosa e delicada nor que de honomble oficial e solene do que sa. Que o Divino Rei de Amor, pelos
Diàriamente e:st.ã.o chegando à San- o dia treze de Maio prOximo, e:.n que mérltos de sua Mãe Santlssima, pro-
só em Portugal ostenta em tOda a ple- ta Sé novas e en'tusié.sticas adesões
nitude os seua Incomparáveis f:ncan- se comemora o décimo quarto ani- longue a vida e melhor a sailc!e do
do mundo católico a essa definição. versário da primeira aparição da dign{) e piedoso sacerdote para bem
tos ... Até agora tem manifestado a sua Rainha do Céu em terras de Portu- r"a._ alma'l, que tant 1eem anda a
Aa conflssõea na PenitenciAria- PI· adesão 12 Cardiais, 209 Bispos, todos gal e em que se realiza a maior pe;~­ esperar do seu zêlo e da sua dedica-
edade edificante- A primeira procis-- os Congressos Eucarísticos interna- grinação depois de publlcada a Ma- ção!
eilo de l'lloasa Senhora- A nyao~ta dos c!onais, as Federações das Juventu- gna Charta de Fátima, a carta pas-
doentea. des Católicas de muitos países, mais toral do ilustre e venerando Bisp~ <ie Diocue de Portalefl!re.- Peregrina•
de 150 jornais católicos, muibos cató- Leilia cA Providência Divina~? ção de tret seminários. - Um fi!rande
Durante tôda a manhã, numerosos licos, associações e tnstltuYções reli- Bispo - MI asa solene de Pontifil"lll.-
sacerdotes atendem os fiéis que na giosas, etc. Os votos individuais re- Meio mllhJo de peregrinos- Côrtes Bela e fel z iniciativa -Banho de sol
igreja da Penitenciaria purificam as gistados orçam por mais de meio mi- gerais da naçlo. sobrenatural.
suas almas, pela confissão sentida lhão.
das culpas cometidas, para poderem Do México acabam de chegar ao Nêsse dia, que ficará gravado a le- No dia vinte e cinco do :>róximo
receber com as devidas clisposições o Vaticano 200 blistas de adesões com tras de oiro na história glo:·iosa de mês de Març-o, resta da Anunciação
Pilo dos Anjos e com êle o alimento, mais de 130.0 O nomes. Portugal e nos fastos imortais de Fá- de Nossa Senhora, efectuar-se-à uma
a fOrça, e a consolação de que p.eci- Os leitores da «Voz da Fátima:. det'.ma, cêrca de meio mi hão de cren- grande peregrinação cliooesa.na. ao
sam para as lutas Incruentas, mas certo hão-de pedir a Deus com todo tes, de tOdas as idades, classes a con- Santuário Nacional de Fátima. l!: a
porfiadas e por vezes temerosas, da o fervor das suas almas que chegue dições sociais, e de todos os pontos do peregrinação dos professores e alu-
sua existência neste va.:e de lágrimas de-pressa o dia tão ardentemente de- pais, encontra-se-ão reilriidas no al- nos dos três seminários cliocesanos
e de misérias que é a terra. sejado em que a Santa Igreja engas- to da serra de Aire, constituindo, por de l'lortalegre: os pequenos semlná- -
Entretanto o venerando Prelado de te na corOa de glória da Rainha do assim dizer, as grandes cOrtes gerais rios do Gaviâ.o e de Alcains e o gran-
Vila. Real, de joe:hos junto do altar- Céu mais êsse rico e explêndido tlo- da nação. de seminé.rio de Portalegre. Esta pe-
-mor, reza rervor~samente, com uma rão. regrinação será presidida pela ex-
piedade edificante, fazendo a sua pre- A Divina Padroeira -Portugal sob Pleblscfto nadonal- junto do vene- traordinária figura de Prelado, que
paração próxima para a celebração o manto da Vfrgem · Testemunho de rllndo Episcopado- Consagração de é Sua Excelência Reverendlssima o
do Santo Sacriffcio da Missa. gratldlo e preito de amor. Portugal ao Sagrado Coração de Ma· Senhor D. Domingos Maria Frutuoso,
J!l quási meio-dia solar. ria - Deua o quere. ilustre ornamento da g oriosa famí-
A-pesar-do !no, a multidâo que se Maria Santlsslma é a nobre e glo- lia espiritual do portentoso apóstolo
aglome~a em volta do altar do Pavi- rlosa Padroeira da naça.o, a celeste e Desde já, vamos todos, todos nós, do Santo R{)sário, S. Domingos de
lhâo é enorme. Realiza-se a primeira Imaculada Rainha dlos portuguêses. que nos presamos de portugueses e de Gusmão.
procissão de Nessa Senhora de Fáti- Desde o berço da nacionalidade, em tilhos de Maria, em cada diocese, Não está ainda organizado o pro-
ma com a ordem e o entusiasmo do testemunho de gratidâo e em preito ju'I\to d·os nossos venera.ndos Prela- grama definitivo, mas jã sabe que o
costume. O Senhor D. João paramen- , de amor, Portugal quls constituir-se dos, supUcar que se dignem consentir venerando Bispo de Portalegre cele-
ta-se, sobe ao altar e, acolltado pelos pela vontade dos seus Reis e pela que no dia treze de Maio Portugal brará Missa de Pontifical no local das
dois missionários ita'tanos, celebra a vontade do seu Povo, feudo ~:~agrado Inteiro, já consagrado ao Santfssimo Aparições. J!l a primeira vez que aU
Missa dos doentes, que é acompanha- e perpétuo da augusta Mãe de Deus. Coração de Jesus, se consagre tam- se realiza um Ponti!lcal.
da de explicações, preces e cânticos. Nas horas festivas de júbilo e de bém, oficialmente, no santuário má- Embora esta peregrinação seja.
Wlunfo, como nos lances arriscados ximo da nossa Pátria, em protesto própriamente uma peregrinaçlio dos
O eermlo oflc.-faf- Por1ugal é o rei· das grandes emprêzas da navegaçâo solene de desagravo, de veneração e seminé.rios, o Senhor D. Donttngoa
no da Mie do C~u j4 nlo é preclao e da conquista e nos transes angus- de amor, ao Purlssimo e Imaculado deseja que os fiéis da sua diocese
Ir a Lourdee ... Pátfma, centro do cul- tiosos da adversidade, a alma da Pá- Coração de Maria! tomem parte em grande ntímero nes-
to Mariano- A VIrgem, medianeira de tria abrigou-se sempre sob o manto Iniciemos neste sentido, sem de- ta romagem de fé e piedade à Lour-
tôdaa •• graças. da Virgem, ofertando-lhe lts palmas longas, que não se compadecem e des portuguesa.
floridas das suas vitórias, as flores com o no!l.'l() amor à V'rgem, um Bem haja o IncUto Prelado, modê-
O nobre Prelado de Vila Real pre- verdes das suas esperanças ou o.s lá- grande plebiscito nacional! 1{) de Prelados sábios e santos, pela.
ga ao Evangelho. São simples mas grimas sentidas das suas dores. Avante, porque Deus o quere! sua be'a e fecunda iniciativa de le-
belas as palavras que saem do seu co- var aos pés da Rainha do Rosário, no
ração de Bispo devotiss'mo de Maria. A rfevoçlo doe portugueses a Nossa D• .Joa~. Bfsno de Lefrfa Um anf· Santuário nacional de Fátima as es-
Um santo proclamou, diz êle, que a Srnhora- Sumptuosas Igrejas e hu· verdrlo n11talfdo- Homen11gem da peranças da sua diocese para ali
França era o reino da Mâe do Céu. mlldea capelie. «Voz da Fátima».- Chuva de graças e receberem o banho de sol sobrenatu-
Com mais raz!i,o nós podemos dizer o de bhçAoa. ral que aquece e tonifica as almas •
mesmo do nosso Portugal. A Virgem Por tOda a parte, na vasta extensão puri!ica e eleva os corações I
veio consagrar 0 amor que nos tem, do território nacional, dàquêm o dà- Na quinta-feira, quinze de Janeiro,
fazendo do Santuário de Fátima 0 lêm-mar, erguem-se, nas cidades, vi- passou mais um aniversât1o natalt- ViSconde de Montez.o
centro máximo do seu culto, dêsse las e aldeias, ora alcandoradas no elo de sua Excelência Reverendlssl-
culto que há tantos séculos os seus cume dos montes, ora escondidas no ma 0 Senhor D. Josl> Alves correia
tJihos lhe prestam nas sumptuosas fundo dos vales, sumptuosas Igrejas d l 8 lva, ilustre e Tentt ando Bispo
catedrais, nas grandes Igrejas e nas ou slmples ermldas, que atestam pe- de Leiria.
humrdes capelas e ermldas espalha- rante as gera<:ões que vão surgindo a .Ao nobre e apostólico Pre·arlo. que Uma receita . . . í.til
das ·com p~·ofusâo por todo 0 territó- piedade das gerações Que já passa- a Rainha do Céu constituiu pregoei-
no nacional. Agora Já nào precisamos ram para com a Virgem venerada e ro das suas gló ias e executor dos Se quizt'ree gozar uma perfeita anftde,
de p.ocurar a Santlssima Virgem bemdlta. seus deslgnios materna!s e que tem tanto na alma, como so corpo, tomarás
longe, fora das frontetrac;, nos gran- f'o C"lu 11 Serra de Afre _ 0 trono posto ao seu serviço os dons duma 011 sE>~rnintes mf'dirnmento!l:- Rnfz6f! d•
des santuários do estranjeiro; temo- da Rainha dos Anjos- fonte perene lntcl'gênc•a privilegiada e o mas de- 1~. fôlhM verdes de e&pn'lfn('a, ros11s da
-la aqnt, bem perto de nós, em Fá- de graças. dlcado esfOrço dum zêlo prudentlssi- raridade, vlo1(>tlls da humildnde, !frios
ttma, no centro do nosso Pais, no co- I mo e duma act!vidade Incansável, a ela rmreza, ahsinto de ronfrirllo, mirra
ração de Portugal! Na crise mais do'orosa da nossa cVóz da Fât'm:u, que lhe deve tantas de morf fi,·ar(Jo e lenho do rMIZ: tudo isto
Só o Senhor podia fazer tam gran- 1 existência de nação livre e indepen- !lnczns, obséquios e atenções, nos no- nt11do com o fio do re.~ionnrilo ~<e põo a
de marnvtl<ha: coloca:· entre êle e dente, como Mãe amanLlsslma quE: se ve anos da sua existência, apresenta ferver no ÍÔIZO do amor no VII'IO da ora-
nós, como med'anefra de tôdns as rondol dos infortúnios dos filhos respeitosos e cordiais cumprimentos, ~iio, <'Om li<'or de nlegrin e njZUa mine-
graças, a Snnttss1ma VIrgem, e1'sa queridos do seu coração, digna-se pedindo 9. Deus Que se digne prolon- rnl de tt>mpernnça hem fe<-hrlC!n <'om tnm-
crlnturl\ admirável. que se aorox1 ma baixar a um recanto Ignorado da gar por dllatados anos a sua preciosa pa de ~ililnrio, dflixnrnR tndo no ~~ereno
d~le pela sua d 1smldade e poder ln- serra de Alre e ali, emquanto pela I vida tOda consag adn à causa da dn mC'<Iita~iio e E'm se~rnirln tomRrl(s um
comnaráveic; de Mãe de Deus e que se boca inocente de t:-ês crianças nos Igreja e da g: e! que lhe foi confiada ropo J'l('ln mnnhii f' ontro à tnrde, e aa.
aproxima de nós pela sua natureza, aponta o caminho do Céu, faz brotar pedindo à brnnca Rainha de Fr.tlma Rim fiC'nriÍ'! IZOZnndo hoa snUde quo de
puramente humana como a nossa, um manancial pe· ene e abundante haja por bem conceaer-lhe as suas todo o cora<:ão te desejo.
para compreender as nossas fraque- das suas graças e das suas misericór- melhores graças e as suas bênçãos
zas e mtsérias e condoer-se delas. clias. ma.ls escolhidas. .+migo l~t01'
VOZ DA FATIMA I

Graças de N. Senhora de Fá fim a


meus olhos, achando-me hoje completamen- nós como em terras estranjeiras, e lo\, co-
te curado e Tendo tão bem como anterior- mo aqui, vai dando os mesmos frutos de
mente.

··--·
bençãos para os confrades que nela se obs-
E, pois, a minha alegria tão il'ande que tam, e que fiéis a seus estatutos, se tornam
•• • • me .torna um eterno devedor à Virgem
pois devo-lhe a minha cura repentina qu~
me eQ.che de mais saúde e de alegria.
mais dignos das bençãos do céu.
Os anais de Confraria de Nosso Senhora
da Fátima que me foram enviadoe dur.ua-
Meningite. : de publicar a graça caso obtivesse a cura;
I e COIIltl a V1rgem lhe conCf'deu o grande Cipriano MaTquu te o ano de 1930 perfizeram um total de
Elvino da Crnz Pinto, aos 13 anos de 4·495S6z. Desta quautia foi necessário gas-
idade, foi atingido pela meningite que favor de uma cura instantânen e completa Palavras de reconhecimento
e levou a estudo lamentável. vem agora pateut.~ar e e,·idenciar como ~ '• tar ú77$oo, de maneira que houve um lu-
Virgem de Jo'átima intercede sempre em ~p~l~o Augusto Mourato, casado, pro- cro do 4·428$':2 a favor da Confraria. O
Sua família profundamente católica, pnt~tano, natural da tràguesia da Ribei- artigo 4 do~ estatutos determina que meta-
Tendo o progresso da doença man1f~tar­ favor daquele:, que se lhe recomendam em
horas de angústia ~ aflivao, qnando já. não ra de Ntsa e re:,iuente na Cidade de P ur- de do rcdirnento seja empregado em mis-
-se de dia para dia, chamou o pároco para t alegre, na freguesia de S. Lourenço rua. sas, segundo os fiéis da mesma Confraria,
há. nada a esverar do~ recursos naturais.
lhe administrar os sacrameutos, o que êle Marquês de Pombal, n.• 9, padece~ de fins•que vem emprcssos no artigo 2. 0 dos
faz imediatamente levado pelo seu zêlo in- Doença intestinal. reumatismo mais de quinze anos, fazen- mesmos estatutos, e que a outra metade
cansável. Depois disto deram-lhe 3 ataques do o trataiOOnto que vários médicos da seja para o culto de Nossa Senhora. Em
que o destituíram do uso dos s.~utidos fi- Há 10 anos que eu sofria duma doen- conformidade com êstc artigo, com a quan-
ça horrível nos intestinos, a-pezar-de ser mesma cidade de Portalegre lhe indica-
cando sem fala, vista e sem ouvir. ram e preiscreveram, e tendo, durante tia de 2.214$3r, metade do tota.l, f6ram ce-
tratada por muitos médicos d 1stintos. lebrados pelo Rev. Clero do Patriarcado
'T riRte era o seu estado actual. Sua mãe quatro anos, ido a banhos, não obt4i!ndo
Por isso abandonei os med•oa.mentos to- 369 missas, e igual quantia 2.214SJr foi
e família chorava e chorava muito ao ver nunca ~Ulívios para. a. sua enfermidade.
dos, e chtúa de fé recQrri a Nossa S&- entregue ao Ex.mo e Rev.mo Prelado de Lei-
nhora de .l<~átim a, pois é Ela que nos aco- Nestas oircunstfmcias, bastnnte afliti-
ria, para ser aplicada no culto de Nossa
de nas nossus grandes athções. Uomecei vas, sujeito ao !oito e bJ!hiclo de movi-
Senhora da Fátima. Tiveram parte em tô-
a beber a água miraculosa; e pouco tem:. mentos, nas pernn.s, recorri com tôtla a das estas 369 missas os confrades vivos e
po depois <.:omeoei a encontrar-me m&- fé e confiança, a Nossa Se~l10ra do Ro- defuntos, e se, como a. fé nos ensina, uma
lhor mas mu1to · tentaru.. nte. Em 13 de sádo de Fátima, em Julho de 1927 pro- só missa é suficiPnte para santificar toJo
Maio de 1929 fui a Fátuoa e na vesp&- metendo ir, pcss.oalmente, agrad~r-Lhe o mundo e até milhares de mundO!!, que
ra de partir fui apenas uosped lr-me du- com a minha família, se me curasse. riquezas espirituais nos não terão advindo só
ma uma awig1\ e voltei logo para casa por Nossa Senhora atendeu o meu pedido da confraria no ano q ne passou?! l\1as es-
não 'poder andar. Nas estu~·ões t•nhum e as minhas lágr •mas. tando no principio do novo ano procu-
de me 'subir e descer da carruagem. Em outubro de 1927 :fui à Oova da remos aumC'ntar nosso zêlo. E' certo que
Quando cheguei à l"reja da Fátima des- Iria, com a minha família em reconhe- os Srs. Colectores e Colectoras tl'em s1do
ci do automovel sozinha e fui VIsitar N. cimento da graça da cura ~ue Nossa 8&- muitíssimo zelosos no espinhoso encargo
Senhora. l?icámos lá naquela noite e no nho~a me fêz, pois até boje nunca mais que têcm, mas a Virgem Santlssima não
dia seguinte de manhã. fui a pé à Co- sofr1 de dores reumáticas e tenho conti- lhes deixará sem recompensa a mais peque-
va da Ida. nuado a ir à Cova da Iria. nina aq·ão que por ela fizer~m. e com êste
Apenas avistei N. Senhora senti-me I sto que declaro é a expressão da ver- pensamento mais zêlo terão ainda se is-
completamente curada e cheia de forças dade. so fôr possível.
apesar-dos meus 73 anos. Tôdns as graças que dou o 11 minha fa-
mília. são poucas <>m re<·on het·i mentn dês-
• •
Agradeço r600'Dheeida e9ta grande O pagamento dos anuais pode ser feito a
graça à. S. S. Virgem de Fátima e p&- te benefício que Nossa Senhora me con-
cedeu. qualquer altura do ano, mas talvez, para
ço-Ihe que continue sempre a dispensar- evitar complicações; aos colectores, porque
-me a sua Bênção de Mãe I Leopoltlo Augu3to Mourato muitos, não sabendo escrever, tem de pe-
dir a quem lhes tome os aponta.mentos, pa-
Panarfclo. Agrndecem mn1s a Nossa Senhora as ra evitar essas complicações, digo, talvez
Lucinda Viana, de Espozende, diz pessoas ~Seguintes:- fósse pratico o sPguintP: -fazerem-se os
o seguinte: Depois de usar, aem r&- - Albina dos Santos, a saúde alcança- pagamentos das quotas, de prtferencia em
sultatlo, um rewédio inJioado como da para uma pessoa sua amig:\. dois meses, por exemplo em Junho e De-
excelênte para tôdas as fer1das, oo- -José Augu:;;to B. C. P•uto, dos Açô- zembro.
mo continuaase a sofrer sempre as mes- res, uma graça teJniJOral. Se assim se fizesse tinham menos traba-
mas dôz·es, recorri com a ma1s ardente - D. Rosa M. do S. Vieira. Marques lho os Colectores c àlém disso teriam tam-
ELVINO DA CRUZ PINTO fé, e cheia de eo;perança a N. S. do Ro- de Lisboa, agrade<.-e a Nos:>a Senhora ~ bém suas contas bem organizítdas, o que
r sário de Fátima, ter proporcionado um mécllco que · desse é muito para estimar.
Uma. manhã. ao 1evantar-me sem ter com a doença de uma pessoa sua amiga, Isto é apenas um parcere meu, de ma-
L o seu filho em tais sofrimentos. O médico conciliado o sono, lembrando-me que ha- quo há três anos apenas se alimentava de neira que, praticamente, aceitar-se-hão es-
tinha.-a desenganado dizendo-lhe que a m&- via trazido qu~ntlo fôra a ~~1hima, uma. leite porque trntatnentos errados lhe ha- sas esmolas em qualquer altura que ve-
élioina não podia com todos os meios ao ~u
alcance curá-lo. Pobre mãe I. ..
Seu mnrido tinha sido a ssassinado há
pequena por~·ão da milngro~t\ água dês-
se Santuário, nela mergulhei o dedo
doente, e qual não foi a minha admira-
viam causado intoxienções e a obturação nham.
do p 1loro.
-Maria da Piedade Fernandes, agradece
.........,.
poucos meses ainda, injustamente. O seu
único filho que Deus lhe dera e em quem
ção quando me senti sem dores e com-
pletamente boa.
a Nossa Senhora o tê-la livrado de ser su-
geita. a uma operaçüo cujo dia estava já
Voz da Fátima
punha tôdns as suas esperanças, entrara combma.do. Ao chegar êsse dia. sentin-se Despêaa
Dend;ta e louvada seja Nossa S. do
ia em agonia. Rosário da Fátima. quási restabelecida do seu mal anterior. Transporte 244.U6$0õ
O incansável pároco que desde o princi- -Emília Cortez Marque.~, agrndece a Papel, compos1çao e impres-
pio o não abandonara, assistia-lhe aus úl· Congestlo. Nossa Senhora o ter um seu filho c.-onser- são n. 0 100 (61.000 exem-
íimos momentos da vida, auxiliando-o na Ribeirão Preto, 11 de Outubro de 1930 vado a vista nos dois oli10s a pezar de plares) . .. . . . .. . . . . ... . . . 3.277$00
sua pa1'tida para a eternidade I Ex.mo Sr. ~um deles ter entrado um estilhaço de Franquias, embalagens, trans-
Ao ver tão triste desenlace aquela mãe metal dum tiro de espingarda com que porte, gravuras etc... ... ... 1.(75$70
• oom sentida mágoa e debulhada em lágri- E com a maior alegria, e chata de T&- fora at1ngido cnsualmente. Despeza com a a.dm1nistração
mas juntamente com algumas pessoas de oonhecimento paro. com a Santíssima -Maria do Unstelo Ribeiro TeleS, em Leiria ... .. . . .. ... ... ... 798$00 \
fomília e amigas, ujoelharam-se às 11 ho- V1rgem, que venho relatar-lhe a grande agra.dece uma graça recebida por interces-
ras da noite diante dum quadro da S.S. graça que 1-ecehi, esperando da sua bon- são de Nos~a Senhora. Total 24.9.697$65
• Virgem pedindo a cura para o agon1zante, dade, 16 para cumprimento aa minha -António de Almeida e sua esposa, Donativos vários
prometendo ir à. Fátima se a Senhora o promessa vê-lo publicado no muito apr&- dos Açôres, agradeeem a saúde alcançada Manuel da Silva Quintas- França, 50 .
ciado jornal da '.Fátima. para sua f 1lha Ana que há dois anos so- francos; D. Cândida Mota de JtJSu~­
wrasse.
O meu f1lho de nome Rynaldo, foi aco- fria continuamente. Tramagal, 20$00; Ma.r1anu Lopes- Ma-
A Senhora acolheu as preces e lágrimas
da pobre mãe e restituiu rà.pidamente a metido de uma cong&~tão mu 1to forte, -Maria do C. M. Barrela, agradece tozinhos, 20$00; P.• Joaquim Matias Si-
saúde ao seu extremoso filho. vendo-o muito mal, a bmços com a mor- duas curas em fu\'or de sua. filha Maria mões - Avit~, 100$00; Joaquim da Silva
Já forum a Fátima e agora reconhecidos te. Roguei a N. Senhora, sua protecção, Júlia. Uo.rvalho Júnior- Lisboa, 15$00; D. I r&-
à consoladora dos aflitos, mãe e filho qu&- e fiz uma novena em honra de N. 'Senho- - Augusta da Costa Lobo, agradece a ne Borgiauui- Brazil, 41$5U; D. Maria
rem por meio desta publica\·ão honrar mais ra de Fátima. cura duma doença que teve em Maio de Júlia J. d'Ol•veira- E vora, 2U$UO; U. !to.
'llma vez o poder da Raínha do Suoratísai- Por milagre, o meu filho ficou bom, 1929. sa Pa1s Vieira -•Fronteira, 2U$00; .P.•
não ficou defeituoso, e nuca mais se lhe - Maria José Ida, Zelndora do Apos- João R. 'feixeira. ele Mu·a.ndli- Brarál,
1110 Rosário.
Uma pes&Oa de família repetiu o ataque. tolado em Avis, agradece diversas graças 521$00; D. Muria Saturnino M. U. Barri-
Nunca deixarei de ter uma fé ardente que Nossa Senhora lhe alcançou. ga- B. Beira, 20$00; P.• lUunuel Mari-
Cegueira. na protecção de N. Senhora, que foi o -Maria José Zumitt de Passos, agra- nho- Foz do Douro, lOú$00; D. Lucinda
Venho pedir muito encarecidamente a V. meu sublime conforto nas horas da maior dece uma grnnde graça que alcançou por Magriço Uout.nho Martins- Ahurelhos,
Ex.a se digne conceder-me um cantinho tristeza que pode ter uma mãe. Pedirei intremédio de Nossa Senhora. 20$00; D . .l<'e!icJana P .a de Lacerda Ca.u-
nas colunas do seu muito com·eituado jor- sempre à Ruínhn do Santí~simo Rosário, - Uma pessoa que sol'riR dolorosamen- per -Lisboa, 50$00; António (;oelho de
nal, a-fim-de publicar um facto autêntioo, que me socorra e nos meus, nus horas de te da gnrganta agradece a Nossa Senhora Sousa- Paredes, 105$00; António Gon-
tne foi obtido pelo uso da água da Fátima. perigo, e que rogue sempre pelos que a sua cura e pede tU>e leitores da uVoz da çalves Vart~la Ramos- S. (ÀJmbad..~o,
Em oertn aldt~ia das Flôres há uma &&- teem verdadeira fé. Fátiman que lhe ajudem a agradecer 17$60; D. Alzira 1'11nenta de Sousa Gumes
!!hora que vinha sofrendo horrivelmente Agradecendo subescrevo-me com tôda a também. - Braga, 15$00; D. Maria das Dôres de
iluma viata há alguns anos, e depois de hn- consideração. - AmPlia Ferreira, dos Estados Uni- Castro P .• Lopes- V. Nova de t'osl·ôa.,
Yer empregado wdos os recursos da medi- Irene Boruiami dos, agrndece a cura duma menina f ilha 20$00; Heitor P.• de Brito- Porto,
eina, nenhuns ou quási nenhuns alívios ex- Do~nça dos olhos. dum prote~tante dos E'!tadoa tTnidoe a 15$00; António Martins Pereira- Vula-
penmentou, e pasaudo algum tempo agra- Cipriano Marques, natural da fr~gu&­ <1ual sendo doida e quási cega ohte"e de do1 20$00; D. Amália 1\tendt~s de ~!acedo
Taram -~ então mais os pade<•Ímentos, ch&- sia de Rio ele Couros, concelho de V da Nossa Senhora a ruro. de!!tE's dois mnles - Trus os Montes, 30$001 D. 1\faria do
cando em Ahril último a eatar quási cega No1•a d'Ourém, lendo •do uo hospital da pelns orn~-ões da mesma Améba Ferreira (:armo ('ôrle Real - Põrto, 20$00 ; D.
da vista esqnerd~. Estrela consultar os Ex.moa méd icos, esp&- E' de mais pessoas de bem. Fernanda Lopes de Melo - Pôrto, 20$00;
Foi então que essa senhora se lembrou
de invocar o palr<1cínio da Virj.!;em de Fá-
ciuhstas das doen~·ns dos olhos, pelo>~ 'mes-
m<lfl médicos foram -me rEl<~itad~ vár ioe ----+*•*---- D. Rosa de Olive1ra Miranda - L sl>otl,
2<'~00; Mn nuel C.:oelbo de ReE<-~n Rnrl!eS-
lima, usnndo a sua água, e depois de ha-
Ter Invado tl vista durante dois dias com
me<lieamentos os quuis me deram poucos
nlívioa. Contas da Centraria de Nossa Penafiel, 50$00; D. Pnlm1ra U. 1\l.,unnho
Seixas- E'nro, 15$00; P .• JoRé tle L1ma
a mesma água, ficou completamente boa.
Este facto deu-se em Abril últ•mo numa
Coo,1o fie aproximasse o verão, eu e ll'li-
nhas filhas fomos (His~nr os meses de 8&- Senh:Jra de Fá lrna Machado - Vila do Conde, 272$.)0; D.
Beatriz d'AsRnnçiio Cnrduso P.• - Jlh avo,
aldeia das ·Fiôres, facto presenciado por tembro, Outubro e parte de Novembro à Como já fiz o ano passado, venho neste 20$00; D. Maria floclr ll!lles Mac i4>i ra-
lôdas as pe~soas da frpguesia e que deixou minha terra natal; pel'to <·Orl'!() estava da mês prt>star cont.'\!1 do rendimento da Con- Lisb<Ja., 15$00 ; O 1\Iaria l<'ilomE'na Maciei-
tpdoo os habitantes da mesma aldeia aa- Fátima, re.'IOld fnzer o ~rulamento d()s fraria e levnr ao conhecimento de todos o ra- LiRhoa, 20$00; "Cm polire políC'ia de
l!Ombradoe e maravilhados. mellB olhos com água de NoAAn Renhorn, e, fim que tiveram as mens.o'\lidades que par~ Rra.ga, 20$00; Jn1me de O.- Semim\rio
 peMOa mirnculada pediu-me para eu gruçu à Vir~em lhria, na m1nhas melho- l'la démos. Esta arvorezinha plantada de- de Funchnl 60$00; D. Mnria Cri, t •na Vi-
fav,er conhecido êste facto já paS-'>ado há
quáai um ano, pQis que tinha feito o voto
ras fornm-!le acentuando gradunlmente e
aumentando à medida que mais laTa'fa oa l
baixo das vistas da amavel Senhora da Fá· cente- Barcelos, 150$00; D . 1\fRrin Aur&-
tima vai lançando suas raizes tanto entre lia Franco Cunha Matos- Deira Daixa,
VOZ DA FATIMA
15100; João Bernardo Matos- B. B., tas naves da maior Basfli":: da Nova são levados, em triunfo. aos hombros o inferno lhe impõe o dever de se oonfea-
15$00; D. Maria Emília Teixeira Berneaud Roma. dos fiéis, 'à luz de archotes. Cristo ven- snr, n. mim impõe a. dupla obris,taçâo d4
- Lisbu·J, 20$00; Manuel Marques Morga-
do- L•~l ,a, 15$00; D. Elvira da Cruz O metropolita Nestório, a quem cos- cera a heresia, Maria, a dôce Mãe de me confessar também e de ouvlr da c:on-
fissão os ou troo...
Côrte- F, nchal, 150$00; José ::\1aria Ma- t umav;:>m recorrer as suas ove)h as, que Jesus, triunfara de Ncstório. De todos -Padre, fala a sério ou está n. zombar
l~eiro- Ma.'eira, 20$00; D. Conceição da tremiam ~iante das blasfêmias ccdos no- os corações, saia êste grito unânime, de mim?- Sério, mou nmigo. (Jull hene·
S~lva Povoas - R•o Tinto, 15600; Elias da. vos judeus c partidários de Caifaz)) _ cm tom de saüdação e de súplica: fício posso eu tirar em comfe,qur e em
S•h·a Machado,- Guimarãos, 60$00; D. os Arianos, acabara a função litúrPica Santa Maria Mãe de Deus... mentir, afirmando que há 'lm infornr., be
Ema Santos Alvo.. - Odivelas, 15$00; D. Q' ôle não existo I Simplesmente, lhe H ·cc>-
Maria Clementina. .:. "-reu Magalhães- e subia vagarosa c solenemente a Cáte- mendo uma coisa. Não venha. com duvi-
- J,isboa, 15$00; Condessa ao •\ova Goa- dra da Verdade. A sua eloqüência ar- • * das, porque sabe que, em caso de duvida
Lisboa, 20$00; M.m• Maria do Livramen- rcbatadora fascinava os ouvintes- o se há inferno, ou se não há, é preciso to-
tiJ- Senegn, 15$00; D. Maximia.na Viei- seu todo de majestade dominava a Eis, a leves traços, o acontecimento mar o part'd 1 o m.'l.ls seguro, para. se nao-
ra da Motn. ·- J>orto, 20$00; D1rectora. do que, há mil e quinhentos anos, encheu expor a cn.ír no fogo eterno.- Fique des-
Ho..•pital do Alpedrinha, 115$00; D. Rosn rcligiosa assembleia. Todos os ouvidos de alegria a cristandade inteira c se cançado. Eu interrogarei as pessoas maia
Gertrudes- Lishoa, 20$00; D. Mana Fo· se preparavam para o escutar. Mas eis repercutiu pelos séculos em fora, CUJ.O ilustres a. respeito do que há no corto só-
licidade Figueira do Sousa e D. Felicida- que, nêste dia, uma desilusão amarga bre t,tl ns~unto o deixarei de lado tudo o
de :Figueira de Sousa · - Guimarães, 50$00; ia ferir todos os corações. Nestório Centenário é, para todos os cristãos, que 11ouver to 1 mcer
· to on d uv1'd oso. -
D. Rosa &abra· da Cruz- Curin., 15$00; um motivo de renascimento espiritual, Pot's hcn1 Interrogue ou ·~us •a'bt'os ~ res
P.• António }'ialho Prt>go Calaoote- Al- transforma a Cátedra de Verdade, em · ·' ·~ · ~ - -
pela devoção a Nossa Senhora, sobre- peito das coisas seguintes:
caoor do 8al, 20$00; D. Herminia Teixei- Cátedra de pestilência. Os. fiéis entreo- tu d o para n ó s, que somos o seu povo }.o Se eles podem provar com. eviden-
ra Loncn.<stre- Lisbo:l, 15$00; D. Maria. lh am-se: aquêle sentimento íntimo que c1a que Jesus Cristo (quo tantas vozes f~
lzn hei Mendes da Costa J,opes Russo - o Espírito Santo derrama nas almas e P redilecto. 1ou d o m · f erno ) , nos en~anou ou se en-
Ca.ber,·o do Vide, 25$00; D. Maria da.<; Dõ-
re:; Guichar- Taboaço, 15$00; P.• J()l;é
. • ti -
as f az prescn ti r o erro, a mcn ra, nao
** ganou a si:
2.o Se eles pro,·am que também, foram
Dias Vnz Mapolooim- -V. Franca. de Xi- chegara ainda a compreender o alcan- M •t •d d f impostores os doze Apóstolo~ e todos oe
ra, 25$00; Jacinto Corroia - Geraldes, CC das obscuras afirmações do seu Bis- uI o cu I a o . Santos doutores, sábios e filósofos da
20$00; P.• Tomaz do Aqumo Silvares- po. Só se sentia que aquilo ' não estava Igreja, que, durante dois mil anos, tem
Carvalhos, 150$00; Zulmira. dn. Mota Go,. b em. ,... d · ôd ' UJO.'l. manhã. da quuresnm de 1870, en- \'indo ensinando êsto dogmn;
lhn.rdo- Penamaror, 115$00; D. Inêz da momentos epo1s, t a a dúvida trou nn i~rejn. de Santa Maria, om Ma.- 3. 0 Se demonstraram que a 111 · r·1m'dad e
Fonseca- Foz, 25$00; Maria da Concei- se dissipa: Nestório blasfemava de Ma- drid, um operário, chamado João. Diri- de mila~rt>s, feitos para acreditar a ver-
ção Corron.- Mntozinhos, 15$00; Distri- ria. Eusébio Dorileu, um simples fiel, giu-:,e para o confessionário dum bom re- dado cnt61ica, que t>nsinn. a existência do
buição na Foz do Douro, 25$00; P .• Ave- levanta-se, no meio de ovações de tô- ligioso, que pelo seu zêlo e esmolas quo inferno, não passa dum êr ro e duma men-
lino Domingues- Tnvira, 20$00; Manuel da a assembleia e proclama as grande- dava, ern. o p rincipal sustcntaculo duma tirA.
Sabino Marques- Oeiras, 70$00; :Mi,<;<; grande casa de Beneficência . Apenas a- 4.• Se julgam o dizem se é contrário ou
F lora Marques- América, 2 dolars; D. zas de Maria. Nestório, não responde : joelhado, João disso a.o confessor: Dô-me não á razão e jnsti~·a que os mn.us e os la-
Candida Corlêz- L isboa, 50$00; TI. Ma- vocifera injúrias e ameaça. liCt'nça, padre, de dizer que não venho clrões, que não fornm castigados neste
ria Augusta Pato- Touro, 20$00; D. Ma- Terminada a pregação, o povo sai. confessar-me. - Elítiio, que fazer ? - mundo, sofram noutro;
ria Basto Vasconceid,'>- Porto, 20$00; O assunto das conversas eram os acon- Ouça: Ilá. muito tl'mpo quo minha mulher 5. 0 Se eles provam, finalmente, queRo-
P .• Raúl Cnmacho- Ohina, 20$00; Jcr andt\ a instnr comigo para me vir confos- que Gn.rcia, e companhia, tem mnis aut~
~e de J,imn~~ Machado - Açoros, 20$00; tecimentos daquêle dia. sa r . Todos os dias me repete n. mesma t·idodo para. definir êstc nrti~o t> merecem
D. Maria do Na.~imf'llto Madruga- Aço- Nestório, apesar de tudo, não tinha c·antiga, chamandcrme hcreje, ímpio o ex- mais <"rédlto do que Jesus Cristo t> do que
~. 20$00; D. 1\farin. Corren.- Forragu- sido bastante claro c preciso nas suas comung:tdo; e eu, não podendo viver nes- os Apóstolos e todos os doutores t> sábios
do, 30$00; D. Belizanda. do J esus Miran- afirmações. Mas avolumava-se a fama ta situação, resolvi vir ao confessionário, do <"atolicismo.- Não sei, padre, se po-
da- Brazil, 30$00. afim-de que minha mulher, que me acom- del'<'i obtl'r tôdas c>Rsas provas quo são em
de que não eram rectas as su as ideias pa.nhou à igreja, im.aginn.<;SO que me con- número do coinco, como os dodos da mão,
àcêrca da União H ipostática e da Ma- fessoi o me dt>ixe em paz desde agorn.- mas che~nndo a cnsn, tratarei do as es-
------~*•*+------ ternidade D ivina, de Nossa Senhora. Mas, diga-m<', João, porque é que tendo corevt>r para me não esque<>er nenhuma.
Era necessário ouvi-lo, de novo, c vêr cumprido todos os anos êste de>er de cri~;- Du rante oito dias o pobre J oíio trouxe
AMaternidade de tão, vem hoje representar uma comédia?
até onde chegaria a sua audácia e im- - Padre, já que mo pergunta, vou di-
n cabeça em apuroq, lendo o relendo o li-
l'l'o ele Roque Garcia., questionando com
Maria Santrssima piedade. O momento não se fez espe- zer-lho com franqueza..
rar. Ncslório, por boca qum seu repre- De todas a!! verdade!'! rehgiosas a do
os seus amigos do Club. Entretanto, não
podo encontrar nenhuma daquelas cinoo
sentante, afirma categoricamente a he- infcorno em. o que mais me f:~z1a conter e provas, que desejava para satisfazer o pQ..
l QUINZE SÉCULOS DE ÉFESO and:tr ma1s direito .... mns, como t>st:í ago- dre o dar-lhe a certeza de que não há in-
resia: Nossa Senhora não é Mãe de ra~pro 1 ado que- não há inferno. dis'>e co- ferno. Voltou no f1m dn. semana ao sou
Santa Maria, Mãe de Deus_ Deus! I I migo: Para que hei-de ir conf('t;sar-me? conf('o;sor e disse: -1\tt>u pn.dre, nunca
Um grito de horror e reprovação se Tanto mais que nada f1z cont.ra a lei na.- temi t.nnlo o inferno como nestes dias.
O scctro de David passara para mãos levantou unânime cm plena Basílica: turnl. .. - E coomo que ''t>rifiquei que não Ninguém pode dar-me as provas C'!a.ras e
h:í 1nferno? Li-o num !Jvro do Roquo sati~fntórias, que V. Rt>v.m• mo pl'din, po,.
de estranhos: governava, em Israel, N cstório, ?l~femo! E os. ?éis armai?- Garcia (Jinc pt>nsaclor espanhol) 0 em ra não crêr mnis 110 inf<'rnO e V Rev.ma
Herodes o grande, idumcu. do-se da umca arma Ieg1tima em tats outra~ fõlhus que no ('Jub distribuem gra- pode dedicar-~ a. outros trabalhos e ocu-
As 70 Semanas de Daniel eram pas- ci~cunstâncias, protestam saindo da Ba-~ tuitnm~nte nos ope_rános. -;:E r.in-se no paçiws.
sadas: era chegada a plenitude dos tem- sílica para não mais lá entrar cnquan- <t.~w chvRm essas fol!1ns e usse h no? -:- TPnho interrogado os meus amigos do
pos. to ali fôsse h . · Sun, padl'<', porqno dtzRm a verdade e ~no Cluh, e, Pm lugar de me apres~ntarem
O etestarca. 0 t>vangelho elo po,·o, melhor do que os rnzõe~, H""JlonclerÍim com mofos o insul-
E foi envtado, da parte de Deus, M'rmõe-s dos Padres. - Ohri~nclo pelo tos, rindo dt> mim t> do inferno ... Eu, po-
o Anjo Gabriel a uma Vtrgem despo- * * t·umprimnto que mo faz t Mns ~;ai)C quem rém, enh•nclo que não basta r1r do infer-
sada com um vartio por nome José, 1
. . é Iloquo Garcia e os outros, que ensinam no Jlllt'n nos vermo<J livres dele. Sem o
da Casa de David, e o seu nome era Pas.c;aram se dOIS anos. :Éfeso VIa cn- tais coisas?- São homens sábios, tanto deixar finda r, o padre abra~~tlll estroita-
trar, pelas suas portas, cêrca de 200 <'()mo vó<>l- Pois Yá J:í. l\fas, diga-me: monto João 4' lhco disse:- Está bem,
Jfaria.
E aproximando-se d'Ela o Anjo, diz: I Bispos de t odo o mundo. L á chegaram ~ào mais sábio~ do quco S. Agostinho,. S.
também os enviados do Pap S C
. . . . .
_ Tn.maz, D~lmes ,c todos os gran~es f1ló-
a ·. e 1es sof~s de nnte se<·ulos, que ucoredltaram 0
meu filho, ,.t>jo que compreendes o que
resta faz(\r a um homom sensato, que se
ach<l no horroro perigo elo condenação
.Ave, 6 Cheia de graça, o Senhor é con-
tigo, Bendita és tu c11tre as mulheres tmo. dots B1spos Ar cádio e ProJecto e cons1nut·nm 0 dogmn. elo inferno? ls..o;o não etenm . .Joíi.o confc..qsou-se e tôdns os suaa •
O presbítero Filipe. o direi; mas dizem-no~ tão s:íb.o-< qn~ nó'l clth·idns e reN>ios desapareceram. Voltou
Tu conceberás e darás à luz um filho As sessões multiplicam-se; esclarece- podemos bem cr?r neles, nós que tomos par11. casa, e desde então te,·e alegria. no
que chamarás Jesus. Este será grande se a doutrina f t'd t estudos dessas co1sas.- E d1z-so 1gual· rom~·íio co... Pnil' com a mulher. Quanta&
e será chamado o Filho do Altíssimo - • azem-se repe 1 as en- mente que são tão virtuosos e tão santos pessoa-; IHí por aí nas mesmns Clrcunstân-
O Espírito Santo descerá sobre ti e tativas junto de Nestório para que se que para não diz-erem uma. mentira. s~ cias, com ns mt>~>mas dtívidas que João no
submeta e se apresente ao Concílio. capav.e, de se deixo r mntar e quo fazem 1 com<'<.'O dosta hist6ria I
por isso o qtte nascerâ de ti, Santo, se- Tudo inútil. O heresiarca persiste no mila~res para. provar o. verdade elas suas 1
rá Chamado Filho de Deus. E Maria ê noYa!l doutinas? Jsso ninguém o dirá.- 1
disse: eis a escrava do Se~Zhor: faça-se rro: o seu orgulho não lhe permite Então, porque ,·os fiais nêl<'s mais do que
em mim segundo a tua palavra. baixar a cabeça. nos doutores da Igreja, nos ApÓstoloe e
Finalmente o dogma é defenido e n.té mesmo om .Je~us Cr1sto? ... - Não sei
BAILES
Estava consumado o mistério: o Fi- Ncstório deposto. <tuo hei-de dizRr a 1sso; mn.q nssl'guro-vos cUma ~;enhora da sociedade per-
lho de Deus, a quem o Pai gera desde
tôda a Eternidade, será também, do-
E' ' com o coração a sangrar, dizem edres tenho ou>ido tantM coisa!'! contra os pa-
t> contra o inferno, têm-me dado tan- gunfxnt. um dia a St!o Franc isco de
os Padres do Concílio, qtte nós, instru- tas razões, que ó impossíYel que sejais Sales se para tazer a vontade a se11.
ravante, o filho dos homens. A nature- martdo, ela pode;ria assisttr uma ve6
mentos de Nosso Senhor J estts Cristo, vós que tenha i!! razão . -Mas, quais são
za divina c a humana, embora per- a qttem Nest6rio ultrajou, 0 declara- t>~saq razões?- Nesta. hora não as t<mho ou outra ao batle.
manecendo sempre as mesmas e incon- d p t d ber.n presente~. mas dir-Yo-las~i quando - Dou-lhe licença, respondeu o
fundiveis, começarão a subsistir numa mos e os O a dignidade episcopal qniZI•rclc-;, e vereis quo o infrrno não pns- Santo, mas com a eondtçao de pen-
e de todo o corpo dos Bispos. sa duam lendn. indigna de ser acr ooitnda sar na mo, te durante rodo o tempo
só e mesma pessoa, a Pessoa preexisten- que lá estiver.
<CSe alguém negar... que a Santissi- em nossos tempo<~. - Po1s olhe meu filho,
te do Verbo, a Segunda Pessoa da San- ma Virgem é Mãe de Deus, seja aná- e~sn <lesoobertn, int.cressn-me mail! a mim I nterrogado, um outro dia, s6bre o
tíssima Trindade. J esus Cristo, Aqttêle tema)) . do que a. si. que éle pensava dos bailes, o santo
Homem que os Judeus apontavam co- Rabo que não ganho nada em <'"tar aqui respondeu:
mo o carpinteiro e filho do carpinteiro, A carta do Papa S. Celestino ao horas e horas, de manhã até ~~ t:1rde, a «0 que penso dos cogume!os; os me-
Concílio, mandada lêr por S. Cirilo, gastar a saliva o a exrrcitar n. minha pa- lho;es nt!o valem nada, !
é verdadeiramente o Filho de Deus, é seu representante, confirma as decisões ciênc~a. romo J oh. Encontramos as mesmas idéias, 8'6-
Deus. Maria, a esposa de S . J osé, Nos- tomadas. Os Padres, ao findar a lcitu- Também poucoo interes»<' tenho em ir b~e a dança, expostas por um mun-
sa Senhora, é a Mãe de J esus, é a Mãe confessar os nndrajosoc; dn. casa do hone- dano que sabia muito bem o que se
ra do precioso documento, exclamam: ficência e os tís1~ do hospital. .. , e, se passava no baile: as suas palavras
de Deus. Esta sentença é justa. Glória ao novo me chamam n do.'lhorns do. noite, outro st!o as seguintes: «Nunca duvtdet de
• * P aulo, Celestino. Glório a Celestino, não enoontro que não ~ja algum catarro, que os bailes e as danças ncfo t6ssem
d d Fél ou uma pneumonia dupla, <"orno a que a- muito per igosas. Encontram-se aJ
Corria o ano 429 da era cristã. Ou- guar a a ... · panhei à três meses, indo sob neve e água. pessoas que apenas poderiam resistir
via-se ainda o eco das diabólicas afir- L á fóra, comprim e-se a massa enor - confrssar um pobr<" V<"iho que estava. nas na solidt!o, e por isso elas n t!o pode-
m ações de Ario e d os m aniqu eus . me d os fiéis que, ao ou virem a boa últirn.as ... Enfi~, enoarreg~, J oão, de rt!o satr vencedoras de um lugar on-
Num dia d e festa, em Con stantino- n ova d a conden ação d o h eresiarca Nes- penetrar bem nas r azões que se tem des- de t udo est a disposto par a excitar cu
pla, os fiéis, ávidos d e o uvir a sã d ou - tório , irrom pem em gn'tos d e alegria. coberto para. não acrooitnr no in fer no. suas patxões.,
Voltará domingo que vem, com esses ar- Quem quiser vivar como c:rtstt!o neto
trina, ench iam, por complet o, as vas- Os Bisp os, acla m ad os d elirant em ente, gumentos, p ois quero oprocia-los bem. Se pode treqúent ar os bailes.,
Ano IX L e i r i a, 1 3 d e M a r ç o d e 1 9 31 N. 0 102

(COM APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA)


Dlr1etor • Pro~ri•t6rlo: - Dr. Manuel Marques dos Santos Ad•l•l•triHr: - Padre Ant6nlo ·dos Reis.
l!mp,lsa· I!ditonife Tlp. UniAo Grãflca, T'aressa do Dtspaclw, 16- U11boa Redutlo 1 Atlmlnlstraçlo: Semlnlrlo de Leiria

'

Crónica de
Fátima é o trono mais belo e mai·s esplendoroso de piedade
a amor filial erguido ·sôbre a terra ao Sagrado Coração
de Maria Imaculada, Rainha do Santíssimo Rosário.
":f.'óra ávante Fátima élindestrutivel. Seguindo as pisadas de sua irmã mais velha- Lo urdes, que há quási um século,
do alto da sua basílica, lança um repto ao positivismo ateu, Fátima torna-se cada vez mais gloriosa e arrosta, tam-
bêm ela, vitoriosamente, com o ódio e a incredulidade.,
~ .., _ F~cho do optisculo «Notre-Dame de Fátima»:por GasJ>a".Pisarro, S.J.

A liturgia da Igreja no dia da pri· to dos Prelados diocesanos e com a corrência desta festa com o primeiro aniversé.rio da primeira aparição da
meira apariçio. aprovação do Santo Padre o Papa Ur- dia das aparições. , Virgem Santfsstma aos humildes e
bano sexto, sendo a festa da sua de- De-certo será. permitido ver em inocentes pastorinhos de Fé.tlma..
A Primeira aparição rea.l.izou-se no dicação celebrada em Roma no mes- tam singular co:íncldêncla mais um Portugal Inteiro será consagrado, 80-
d1a treze de Maio de mil novecentos mo dia em que é celebrada em Lis- lndfcto da sua sobrenaturalidade. lene e oficialmente, ao seu Punasúno
e dezassete, à hora do meio <!ia so- boa. e Imaculado Ooração. Assim foi, mer-
lar, quando os pastorinhos andavam Portugal e o I maculado Coraçio de cê de Deus, definitivamente resol't'ido,
brincando e não podiam prevêr o que Privilégios da i~reja dos Mártires. Maria. na mais perfeita unan.im1dade de vis-
ae ta passar de extaordinârto. tas, pelos nossos venerandos Prela-
Fâtima estava, na ocasião das apa- Esta igreja é a primeira da capital No dia treze de Maio do con-ente dos, na sua última reUn1Ao extraor-
rições. incorporada no Patriarcado de portuguesa em que, depois da recon- ano, em que passa o décimo quarto dinária..
Lisboa. O calendé.rto diocesano marca quista, se celebrou o culto cristão. Já consagrado ao Santlsatmo Cora-
para êsse dia, como festa própria e Por êsse motivo, a pedido diOs Bispos ção de Jesus, cuJas chagas estão gra,-
privativa, a festa. da dedicação da seus titulares e dos reis de Portugal, vadas na gloriosa bandeira das qutnu.
igreja de Santa Maria dos Mé.rtires.,~.. os Sumos Pontifices conferiram-lhe tomava-se mister que o noSSo pala
Na época da reconquista crista. da prJ.vllégl.os extraordiné.rios. fOsse lgua.lmente consagrado 11.0 Q>-
Peninsula Ibérica, o fundador da na- A partir do ano de mil oitocentos ração da sua Mãe Imaculada..
cionalidade portugúesa, D. Afonso e cinqUenta. e um, por concessão de Esta noticia tão grata e tão co~Ui>­
Henriques, tendo Já conquistado aos Sua Santidade, o Papa Pio IX, de ladora, percorrendo de norte a sul e
mouros quásl tod'o o território si- saUdosa memótia, esta festa, que pos- de leste a oeste todos os recantos do
tuado ao norte da foz do Tejo, pOs sui oficio e missa especiais, celebra-se terrttórto nacional, faré. sem dúTlda
cêrco à cidade de Lisboa, e, com o com rito duplo de primeira classe e vibrar de intensa alegria e de arden-
auxmo que lhe prestou uma annada oitava na própria igreja e oom rito te entusiasmo a alma cristlan1sstma
de cruzados que se dirlgtam à Terra duplex de segunda classe sem oitava da Pátria, tão profundamente p!edoaa
Santa, apoderou-se dela depois duma em todo o Patriarcado. e tão devota da augusta Mãe de Deua.
luta renhida, em que pereceram tam- Impõe-se desde já,. wogentemente, a
bém muito cristãos. orgar.rlzação dutna cruzada de oraçOee
Um grande sinal no Céu
e de sacriffcios, para que êsse fausto
A protecçio da Rainha dos Anjos acontecimento constitua o penhor
As primeiras palavras do próprio,
O valoroso primeiro rel da dinastia no oficio divino, sâo as que fonnam auspicioso duma chuva coptoslsstma
afonsina tinha implorado fervorosa- o verslculo e o responsório de véspe- de graças e bênçãos de tOda a ordem
mente a protecçâo da augusta Mâe ras: cSatstes para salvação do vosso sObre todos nós e sObre o mundo In-
de Deus para a sua heróica emprêsa povo, alegra.l-vos, para salvação com teiro. Nesta hora de grandes lncer-
e prometido que, se ela fOsse coroa- Cristo, alegrai-vos~. tesas, em que se debatem os proble-
da de êxito, mandaria ediftcar duas A primeira antifona de laudes diz mas mats angustiosos para a vida daa
basflfcas em honra da Santfsstma. que apareceu no Céu um grande si- nações e em que a humanidade des-
VIrgem, uma na parte ocidental e ou- nal: uma mulher que tinha o sol por vairada se encontra à belra dum
tra na parte oriental da cidade con- manto, a lua por escabelo e na cabe- abismo sem fundo, no mais temeroeo
QUistada. Conclufda a emprêsa, com ça uma corOa de doze estrêlas. tournant da sua história multl-mlle-
felicidade, deu-se pressa em cumprir O hino de vésperas proclama que a nar, nAo há que contar senão com
o voto que fizera e ordenou que na Virgem Santfsslma se eleva entre os a fOrça espirltual e tncoercfvel dos
basUlca ocidental fOsse colocada a astros. O versfculo e o responsório imponderáveis para impedir que ela
Imagem da Virgem San tfssima, cuja tnslstem no motivo da sua vinda. Fi- se precipite e pereça sem remédio e
presen<:a no campo de batalha, aonde nalmente a antffon.a. do Benedtctu8' para sempre.
fOra levada por um dos chefes, quan- dtz: cBemdito seja o Senhor, que por • A sociedade portuguesa, d1v1d1da
c1o o êxito era ainda incerto, tncutlu meio da bemaventurada Virgem Ma- em numerosos partidos e facções, que
nos soldados cristãos uma coragem rta visitou o nosso pOVO e a nossa ci- se degladta.m mutuamente oom o mata
tam grande que lhes te~ alcançar dade e nos libertou da mão de todos vivo encarntçamento, assenta, como
ntórta. aqueles que nos odiavam e d1rtg1u os o resto do mundo, na sua calma apa-
Como nesse tempo era costume nossos pés para o caminho da paz~. rente e llusória, sObre um vulcll.o ace-
ehamar mârttres aos soldados cristãos De resto, por todo o oficio, são con- !Vl de ódios e de ressentimentos a eua-
que morriam em combate contra os tinuas as alusões à acção benéfica da to represados.
lnfléls e esta. basfllca tivesse sido Rainha dos Anjos em prol do seu po- Só a Virgem Bemdita, excelsa Pa-
construlda no local onde os seus ca- vo, de quem é Padroeira, e à alegria, droeira de Portugal, que, desde o int-
c1âveres estavam sepultados, começou confiança e entusiasmo com que êle O. José da Cruz Moreira Pinto clo da nossa naclonalldade, nos am-
a ser vulgarmente des1gnada pelo no- a aclamava nas suas apoteoses de Fé Sua Ex. ela visitou o !:Jantuário de parou sempre com a sua eficaz pro-
me de igreja de Santa Maria dos e piedade. tecção maternal, nos poder!\ salvar de
!41\rtires, titulo que se conservou até E' em extremo consoladora para to- Fátima, no dt'a rode Novembro de tantos e tão grandes perigos tm.lnen-
aos nossos dias com o consenttmen- diQS os católicos portugueses a con- I9JO e a{ celebrou a Santa Missa tes, restituindo àa almaa i. pu e a
2 VOZ DA FATIMA

tranqüllidade perdidu e 1n8pirando cNos.sa. eeanGn~. de Fátima:. e o subti- vento, esteve no Bom Pcutor do POr- Prometi voltar pa.n. nLI!ulDOS ,. leTar
aoe corações ulcerados pelo ódio e pe- tulo cBreve noticia das aparições da to e durante a doença da Irmli Mal1a cousas sObre Fá.tlma. Oh! como elu
la cólera sentimentJos de benevolêncla Santisslma Vl1gem do Rosário em do Divino Coraç~o foi sua dedicadll falarão com entusiasmo dêste eul~
e de carldade crlstf.. Portugal, no ano le 1917.:. enfermeira. E' natural de Gala. Lem- que vai avassalando o mundo, às auu
Oremos, pois, para que, por sua va- Eis como o autor exPlica a génese bra-se de multas coisas do POrto e educand.as e às suas companheiras em
Uosa tntercess~o. como celeste Media- desta publicação numa carta dirigida entre elas do Cónego Correia da SU- rellgtlio!. ..:.
neira de todas as graças, o Senhor, ao venerando Prelado de Leiria. cPor va de quem lhe. falei como sendo o
na sua 1nt1n.tta mtserlcórdla, se com- êstes dias enviarei a V. Ex.• Rev.m• Bispo d~ Nossa Senhora de Fátima. Vtsaonde de Montelo
padeça das nossas desditas, fazendo uma brochurazlnba ilustrada sObre os
que, a terra de Marta, em pleno cora- acontecimentos da cova da Iria. Fi-
çlio da terra de Santa Marta, todos zeram tantos pedidos de cnotfces des
oa prtugueses, prostrados a seus pés, apparitions:. que não tive outro remé-
numa homenagem solenisslma de pie-
dade e amor fllial, se abracem e fi-
quem unidos para sempre num am-
dio senlio refundir e corrigir um pou-
so os artig-os publicados, reduzindo-os
à fonna de brochura. Desta sorte, Graças de N. •Senhora de Fátima
••
plexo verdadeiramente fraternal.
As oomemorações oficiais.
visto nlio se. tratar de nova redacção,
nlio foi necessârta nova censura. E
como Nossa Senhora abençoa vislvel-
•• •
Garrotllho mesma Senhora a quem recorreu muito afii-
mente a propaganda, o impressor ln- ta.
O dia treze de Fevereiro, &O con- teressou-se pelo trabalho e tomou Ovar 8 de Dezembro de 1930. Venho
Graças infinitas à Virgem Santíssima.
'rárlo do que se esperava, amanheceu a peito fazer uma brochura tanto por êste meio agradecer à S. S. Virgem
chuvoso e fro. A-pesar-disso, a afluên- quanto posslvel elegante, Uustrada. um grande milágre que fez a um filho meu Doença na garganta
ela de fiéis ao recinto dos santuários, com quatro ~tograflas. Mandei 1m- de 8 anos de idade. No dia 23 de Feverei-
foi a.ssâs considerá.vel, na medida ern pr1m1r mU exemplares, que ficarão Francisco Pereira, casado, cabo da guar-
que costuma ser nos meses ma.fs con- por uns oitocentos francos. Mas 0 edi- da fiscal, natural da frbguesia do Caniço,
corridos da. quadra tnvernosa.. tor disse-me espontâneamente que Concelho de Santa Cruz, Dha da Madeira,
Mercê da chuva, os actos religio- guardava a compOSição, pois eE:tava sofrendo há anos da garganta e recorrendo
sos comemorativos das aparlçOes rea- certo de que teria de fazer em breve a alguns médicos do Funchal que me di.-
Uzaram-se na .igreja da. Penttênciá- nova ediçlio:.. ziam uns ser da barriga outros da lannge,
outros diziam-me qut'l não apanhasse flia.
ria, que regorg1tava de peregrinos. A
mlssa oficial, celebrada por um dos 0 ~lheto tem trinta e duas pãgi- se quizesse que o mal passasse, o que nlo
capelães dos servltas, acolttou 0 sr. Dr. ra.s e estâ dividido em quatro capitu- no:lia fa1er devido ao meu serviço. Ven--
Fernando Ribeiro Vieira de Castro, los: do-me assim pelos conselhos médicos im-
juiz apesentado do Tribunal de Rela- I As aparições. - As peregri- possibilitado de sair de casa lembrei-me,
como eu não me confessava há mais de 25
çO(:ls do POrto e presidente do Conse- nações -Curas prodigiosas - anos talvez, de prometer à VIrgem N.• S.•
lho Superior das Conferências de S. ·- _ ·
VIcente de Paulo de Portugal, que Expa';lsao da devoçao no es- do Rosário de Fátima que mandaria dizer
tem a sua sede naquela cidade. :S:ste trage1ro. As gravuras esplê n- uma missa e uma novena e me confessaria
Uustre, veneran<lo e benemérito Vl- didas e de página, r epresentam por essa ocasião e me continuaria a confe.-
sar pelo menos uma vêz por cada ano na
centtno é irmão do grande Bispo Nossa Senhora de Fritsma.- Os três Quaresma ou na Páscoa da Ressureição, •
Missioná.rio o Ex.mo e Rev .mo Senhor n · h A · -
D. Teotónio Ribeiro Vieira de Castro, ras1orm os. - pe1 egt tnaçao d~ N.• S.• de Fátima intercedesse junto do
Patriarca das tndias Orientais. treze de Julho de I9J O.- A peregn~ nosso Pai Celestial para que me CUl'a!M
pois já sofria há muitos anos sem ter na
nação Nacs'ottal de treze de Maio de terra quem me curasse. Graças a N .• S.• de
A festividade das Cinco Chagas. I92~ • Fátima Mãe tão boa obtive do Nosso Pai
A estação da missa, prêgou um O humilde cronista de Fátima agra- José de Pinho Saramago do Céu a minha cura quási completa. Cum-
substa.ncioso sermll.o o rev. Augusto de dece muito penhorado a gentileza da pri logo a minha promessa e boje graças ao
' Sousa. Maia., secretârlo de Sua Ex.• oferta dum exemplar com que o dts- Altíssimo Deus e a minha Boa Mãe do Céu,
ro do ano passado às 9 horas da. noite foi ando de noite, apanho frio, e já não sofro
Rev ..... o Senhor Bispo de Leiria e pro- Unbo escritor se dignou honrã-lo. atacado por um grande ataque de garroti-
fessor de sciências eclesiásticas no Se- lho e eu, muito aflita, corri logo ao médico como sofria. As vezes ainda sofro um pou-
miná.rto Eplcopal da mesma cidade. quinho mas sei bem que às vezes os que elo
Fátima na Bélgica, mais próximo que me disse já estar o mal
saúdaveis também constipam, mas a :minha
O distinto orador dissertou durante muito adiantado; que lhe ia aplicar as in-
cêrca de meia hora sObre a solenida- tosse já não 6 como era dantes.
de Utitrgica do dia, profundamente Duma carta do sr. Bernardo Xavier jecções mas que de nada. valeriam. Graças à Virgem Mãe do Céu N.• S.• de
Coutinho, português residente na. Lembrei-me então de pedir a N.• S.• do
crtstli e eminentemente patriótica-a. Fátima que assim me concedeu a sna di-
festa das Cinco Chagas de Nosso Se- Bélgica, para o venerando Prela~o de Rosário de Fátiml\ que lhe valesse. Comecei
a fazer uma. novena e a dar-lhe água de gna e amável protecção.
nhor Jesus Cristo. NA.o se efectuaram Leiria, datada de 8 de Dezembro úl- Fátima. Passadas algumas horas já podia. L"lo oardlaoa
as procissões do costume, porque o timo, transcreve-se o seguinte trecho falar e no
tempo não o permitiu, nem foi dada bastante interessante: cRecebi os U~ chegou ficoudia.muito seguinte quando o médico
admirado de uma tão Rogo a V. Ex.• a fineza de mandar P•
a bênção aos doentes, mas só a bên- vros a que V. Ex.• Rev.m• se refere e a repentina mudanÇf- dizendo-me que o mo- blicar na Vo.r d~ Fátima a seguinte graça
çll.o geral, porque nenhum tinha sido que resolvi já. destino. Um irá no fim nino estava salvo o que foi verdade por· que recebi e atribuo a Nossa Senhora.
tnscrito para êsse fim no respectivo das férias para um colégio francisca- que passados 3 dias estava completamente Todo o verão andei muito doente com
registo pelo Posto das vertficaçOes no brasileiro aqui existente pecto da. bom graças à Mãe do C6u. faltas de ar e cansaço não podendo fau1·
médicas. Muito antes de cafrem as fronteira alemll.. Neste colégio falam nada, e quási não saindo de casa. O m6-
primeiras sombras da noite, com a rã~ quá.sl exclusivamente o alemll.o. Dor aolátloa dico classificou a minha doença de lesão
plda debandada dos peregrinos, já a Será um bom melo de penetraç~o: Evaristo de Medeiros residente cardíaca.
Cova da Irta tinha voltado a ser a o que dá mais resultado é mostrar a naAntónioIlha. do Faial frbguesia de Castelo Bran- Vendo eu que os medicamentos iá pouo.
estância sllênciosa e recolhida propi- luz e deixar que os outros a consigam co contando 50 anos de idade, venho por me faziam e tendo a. minha primeira filhi-
cia ao trabalho fecundo do esptrlto pelo seu esfOrço. Nós, os portugueses, êste meio declarar, publicamente, que so- nha apenas com alguns meses, recorri com
ele todos os que a procuram para as temos de ficar atrá.s da cortina, aliás fri durante 15 anos duma dor sciática nu- confiança à minha querida Mãe de Fll.ti-
grandes e salutares reformas da vida correremos o risco de passar por ma perna, conseguindo com muito custo ma, prometendo publicar esta graça' ee a.
ou para os intensos e preciosos afer- chauvinistas, patriotos exagerados, e o agenciar meios para sustentar a minha nu- médicos em Coimbra me não encontra.seem
voramentos da piedade. nosso esfOrço ficará sem resultado, merosa famllia. nada no coração.
pelo menos senslvel. Fui tratado pelos melhores . médicos des- Graças a Nosso Senhor assim mo declara-
Apóstolos de Fátima. Os demais exemplares irlio para ta Ilha. mas nunca foi possível obter a cu- ram quando lá fui, dizendo também o m._
onde Nossa Senhora qutzer. Vou adop- ra; e como a minha doença foi de longos dico assistente que estou com o coração
O rev. Gaspar Pizarro, S. J., sacer- tar a pràtica de penetraçA.o por meto anos fui peorando mais até ao ponto de fi- sem o aceleramento que tinha, e podendG
dote português residente em Louvatn, dos conventos e casas de educaçll.o. car com uma coxa saida de maneira que já andar bastante, ler, rezar e ocupar-me
faz parte ~a numerosa plêiade dt> es- Um dos folhetos da cRevue du Rosai- quando ia para tomar as refeições não era todo o dia da. minha. obrigação de mãe,
critores e jornalistas, que no estran- re• fi-lo circular pelos alunos do Se- possível sentar-me e só me podia servir do embora tenha ainda às vezes uns bocaditoe
jeiro téem sido os apóstolOs de Nossa minário Leoo XIII, outro vou entre- alimento deitado ou virado de lado. dêsse mal estar que nada é para compa-
Senhora de Fátima. gá-lo com a tradução portuguesa do Mais tarde cheguei a não poder trabalhar rar com o antigo.
Dotado dum zêlo ardoroso e duma Dr. Flsher ao convento do Bom Pas- absolutamente nada. Resolvi abandonar os Julgo pois, cumprir assim um dever de
actividade incansável, pub'tca e pro- tor. médicos por não obter cura alguma e por- consciência para com a. minha Mãe do ~.
move a publicação de artigos sObre os que sendo pobre não toe era possível an- e contribuir para sua maior glória.
acontecimentos da Cova da Il1a em Uma enfermeira da lrml Maria do gariar dinheiro pa.ra comprar os medica- Doença no sangue
jornais e revistas dos pafses da Eu- Divino Coraçlo. mentos.
ropa Central e Setentrional, especial- Sabia no entanto que um vizinho meu Há 12 anos que venho sofrendo de uma
mente na Bélgica e na Holanda. Cousa interessante! Conseguimos tinha mandado buscar uma garrafa de água doença forte no sangue, doença esta qae
Ao mesmo tempo, aproveitando to- descobrir três re1iglosas portuguesas à gruta de N. Senhora de Fátima e pedi- me provocou várias outras: debilidade no
dos os momentos livres das obrigAções extladas hã dezassete anos. Amam a -lhe uma pequena quantidade dessa água peito, sofrimento no estômago, e por tUti-
para tomar com a maior f6 que me foi pos- mo uns suores frios que me retiveram de
do seu ministério, percorre vârlas Pátria, rezam par ela e estiLo separa- sível ter.
terras, fazendo conferências eom pro- das dela. Suspiram pelo dia em que cama durante 5 meses, sendo necessário
jecções e distribuindo por toda a par- possam respirar ar português. Aguar- daGraças a Deus a. minha f6 não foi balda- mudar de roupa constantemente. Fui pri-
te estampas impressas em diversas dam os destgnlos da Providência e es- gotaspoisde logo que comecei a tomar umas meiro tratada. pelo sr. dr. Silva, m~ico
água principiei a. sentir alívios! que residia então em tlhavo, depois pelo
llnguas, à semelhança do prfnctpe dos peram confiadamente. Fui Jã lã-ao Agora graças e louvores sejam dados em st. dr. Jos6 ruto e vários outros, sempre
apóstolos de Fátima, o grande hf.c;to- Bom Pastor-duas vezes; na última todo o mundo e em todos os séculos à. Nos- sem :resultado algum. Por último fui a
riador alemão e lente da Universidade falaram-me de Fãttma... que tinham sa Mãe do Céu. Já vai em 2 anos que nunca Coimbra consultar o sr. dr. Rosête o qual
de Bamberg, rev. Dr. Lufs Fisher. ouvido umas referências... As suas mais S('Dti dor na perna e o meu corpo es· me declarou que a minha doença era in-
Há pouco encomendou cêrca de vin- mAos pouco mais chegara que uma tá perfeitamente direito como era antiga- curável.
te e cinco mil estampas em cinco Un- pequenina estampa com um resumo mente antes da dot'nça. Um dia !alando com um homem meu co-
guas e organizou, com fotografias, que em francês. Era a propaganda do Em acção de graças todos os meses no nhecido, pai dum sacerdote, fui por ~.le
lhe foram enviadas de Roma, um no- nosso P. Pizarro. Que nada saolam ... dia 13 me apoximo da. Sagrada mesa da aconselhada a. que fOsse a Fátima e que de
To filme de Fátima em substltuJcll.o Nossa Senhora teria aparecido em comunhão. lá viria curada. Vim para ca.'la e disse ao
do primeiro de que se utillzava nas Portugal?... Eu dl~-lht>s, contei-lhes ml'u marido; mas êle não concordou dizen-
auas conferêncla.s e Que jã era de!1- o que sabia e como sabia. Menlnslte do-me que não aguentaria a viagem, devido
c1ente. Ficaram contentes, radiantes. Teresa Calhau Rolim muito reconhecida ao grande estado de fraqueza em que me
As pobreztnhas, coitadas, Já nll.o sa- à Virgem da Fátima vem publicar uma encontrava; mas eu tanto insisti que êle
A génese dum op6scuJo sôbre Fi· bem falar a nossa lfngua. uma sobre- graça recebida: tendo uma filhinha com S('mpre cedeu. Fomos então lá no dia t3
tJma. tudo; e por s1nRI, uma destas pessoas. um ano de idade com uma meningite sini- de Maio de camionete. Ia cheia de f6 no
que no seu rosto. no seu todo, de!:fAm tica e tendo o mt'dico que a tratava con- poder da Santis~ima. Virgem; porém fui
Ultimamente deu à estaml)a em Jogo t-ansparecer qualquer coisa de siderado o caso fatal a VIrgem lhe con- sem me preparar porque eu nem meeme
francês um opúsculo com o tJtulo extraordinário, é assistente no con- cedeu a. era.ça da. cura poc meio da áill& da. aabia em que consistia a preparação.
VOZ DA FATIMA 3
Mas quando cheguei à. ~ de Leiria sen- eem me custar muito, e quando n!gressei cos; Igreja de Maceira, Leiria, 46$40; An- Tornou-se elude enta0 um grande
ti tamanho desejo de me confessar que n1o sentia-me tão bem disposta, que comecei a gelina C. Rosa, ~vora, 2o$oo; P.• Cario libertino. Sentiu-se uma noite cuaal-
pude resistir, e disse ao meu marido que comer de tudo e até ao dia pesente nada Jorge de F. e Castro, Funchal, 25o$oo; Deo- tado por uma doença desconhectaa. A
fOMe chamar um sacerdote, porque com- me tornou a fazer mal. Hoje, graças ao linda Pinto de Almeida, Gaia, 2o$oo; Ma- tamtlta, assustada, cerca-o de cari-
preendi então que o confessar-me era a ver- meu Deus e à minha Mãe Santíssima, en- nuel Pinto Moreira, Gaia, 2oSoo; Maria nhos e cuidados.
dadeira preparação. Confessei-me, pois, e contro-me como antes da doença. Leonor Coutinho, Viana do Castelo, 2o$oo; Tentam socego-lo; um sacerdote
eegui para Fátima. Estou em Airica desde Junho a-pesar-do C. 0 Luis de Almeida, Braga, zoo$oo; Can- chamado a t6da a pressa, tncztna-ae
Logo que cheguei à Cova da Iria incor- clima ser mau tenho-me dado sempre bem, dido dos Santos Olivei~. Boticas, 17$50; s6bre o seu letto e pergunta-lhe a
porei-me na procissão das velas conforme é muito raro sentir qualquer dor nos rins. Alberto Julio Monat, Lisboa, 2n$oo; Crian- causa do seu sotrtmento repentmo; e
pude; porém sentia uma grande secura e Agradeço mais a Nossa Senhora a éura dum ças do Colégio de Ponte de Lima, 16$oo; o jovem auási moribundo la"ça-lhe
queiltei-me; então uma mulherzinha ofere- meu Tio. João Albino Custodio, Moledo, 35$oo; Ma- um olhar desvairado e PI anuncia com
eeu-me água que recusei com receio de me Maria do Carmo Silva Portela ria da Encarnação Barão, A. de Pera, voz terrivel estas lúgubres palavras:
ázer mal devido a estar muito suada; po- I7S5o; P .• Joaquim Beirão, F. de Ca- desgraçado daquele que me perdeu!. ..
~m a mulherzinha insistiu comigo dizen- Dlvenaa sraou pa reitos, 142$50; Corporação do Culto Ca- -Socega, meu ftlho, disse-lhe o pa-
•o-me que bebesse pois aquela água não - D ..Palmira da E. Mou.rinho Seixas, tólico, Bragança. Ioo$oo; Henriqueta da dre; e o jovem, desesperado, repetiu:
fazia mal a ninguém. Bebi. Depois da pro- agradece diversas graças concedidas por N. F. T. Viana, Santarém, 15Soo; Joa- desgraçac!o daquele que me pe.deu.
tbsão e de tudo estar concluído, chegou- quim Duarte, Cortegana, 2o$oo; Gracia-
me vontade de comer e comi com verda-
Senhora em transes dillceis e perigosos que
no F. G. Palha, Cartegana, 2o$oo; Maria -Meu filho tem conttança, volveu-
ieiro apetite, coisa que até ali não acont&-
num parto sofreu.
C. G. Palha, Quinta do Rocio, 20Soo; So- -lhe o sacer dote; e o mancebo, apencu
- D. HorUncia Gomes, do Funchal,
aia, e graças a Deus e ao poder da Sant!ssi- fia de Melo, América, (I dalor); Maria da de 12 anos, repettu pela últtma vea :
Glória Medeiros, América, (I dolar}; Fe- desgraçado daquele que me perdeu e
agradece a Nossa Senhora o ter-lhe alcan-
m& Virgem nada me fez mal, ao contrário çado a cura de diabetes que há 3 anos so-
cio que se dava dantes. fria. lizbela. Henriques Loureiro, Nelas, I5$oo; exptrou torturado por horrtvets re-
O que é certo é que vim de lá bem fi- - D. Maria da A ssunção Sousa Pinto, Franscisco C. Seramago. África (Io shi- mo,sos ...
MDdo apenas com uma afliçãozita no es- lings); P .• Tomaz de Aquino Silvares, Gaia, -A h/ se os pats vigiassem mat....
tOmago, a qual acabou de desaparecer na
'fiaita que fiz em 13 de Maio passado a
teae Santuário bendito.
de Marco de Canavezes, agradece a Nossa
Senhora uma cura de que foi objecto.
- D . Gtmerosa Farinha, agradece a cura
xsoSoo; Casa de Saúde de uS. Rafael>>, AçO-
res, 5o$oo; Manuel Domingos Frrreira, Bra- ---**___
Trabalho, governo a minha vida e como
de uma sua filha que há muito tempo so-
fria com uma ferida purulenta.
sil, 50Soo; Sofia Maria S. Regalão, Abru-
nheira, I5$oo; Conceição Marques, Porto, A Santa Missa
4e tudo tanto frio como quente e nada me - D. Raquel da Encarnação Lopes, de 15Soo; Manuel de Nobrega, Madeira, 2o$oo;
iaz mal. Abílio Bandeira Dias, Ermezinde, 2oSoo; «Tôdaa aa bons obras reüntdaa nàe
Lisboa, agradece duas curas, uma a. seu
Peço-lhe, pois, mais uma vez que se di- marido e outra a sua filha Adélia . Luís V. P. da Cost.•. Coimbra, 2o$oo; José equivalem ao santo Sacrificio da Missa,
me publicar esta grande graça na Vo.r da - D . Angelina Joaquina de Olitteira, do J. P. Ribeiro, Viana do Castelo, 20$oo; Jo- porque são as obras dos homens e a Mis-
Ftltima para maior honrn e glória de Jesus POrto, agradece a Nossa Senhora o tê-la li- sé F. de Almeida, Brasil, 2o$oo; Izalina sa. é a obra de Deus. O martuio não po-
e da Santíssima Virgem Sua e nossa Mãe vrado de ser sujeita a uma operação cirúr- de Ab. Sarmento, Mact'do de Cavaleiros, de comparar-se-lhe: é o sacrifício que
Bendita. gica, e os notáveis alfvios em uma doença 20Soo; Maria J . C. Frazão, Santa rem, do. suo. vida o homem faz a Deus! A Mis-
declarada incurável pelos médicos. 20$oo; B enjamim António Fereira, Borba, sa é o sacrifício que Deus faz ao homem
QUisto -'- Uma Attónima precisava uma opera- 2o$oo; António D. Falagueiro, Lisboa, do seu corpo e do seu sangue. (diz o
Maria Guiomar M. Lobato de Sousa, ten- ção e pediu a Nossa Senhora por intermé- 20$00; Filipa Eugénia e Silva, Fora, 15Soo; Santo curo. d'Ars).
4o-me nascido um quisto na pálpebra sup&- dio das almas do Purgatório que lhe va- Duqueza de Palmela, roo$oo; Piedade Pri- Oh I como o padre é alguma coisa. de
rior do olho esquerdo e tendo-se desenvol- lesse e a doença desapareceu não sendo ne- mavera, L. Marques, 5o$oo; Joaquim Lopes grande I (continua êle) I Se o compr~n­
..-ido extraordinàriamente e quási resolvida cessária a operaQão. A mesma agradece ou- da Silva, Cabo Verde, 25Soo; António Vi- desse, morreria... Deus obedece-lhe: ditas
a deixar fazer a extracção que os médicos tra graça em favor de um moribundo. cente, Chainça I5Soo; Maria Izabel M. L. duas palavras, Nosso Senhor desce do
me impunham recorri com tOda. a confian- - A Senhora Condessa de !tfargaride, Russo, Castelo de Vide, 25Soo; Guilhermi- Céu à suo. voz e encerra-se numa peque-
fll. e devoção a Nossa Senhora prometendo Guimarães, agradece um favor que lhe foi na A. Lemos, Gaia, rsSoo; P.• Manuel R. na hostia. Deus põe os seus olhos no al-
publicar a graça se ela permitisse que o concedido por Nossa Senhora. Pontes, Póvoa de Varzim, II7S5o; P.• João tar o diz: uEis aí o meu Filho muito
mal desaparecesse sem intervenção cirúrgi- Cesar de Lacerda, Penedono, 15.Soo; Maria amado em quem tenho tôdns as minhas
- Inácia de jesus V.•, da Tórre, e Ma-
• · Principiei a colocar sóbre o quisto pa- de Jesus P.•. Penedono, rsSoo; Margarida eomplaeênciasu.
nuel R odrigues da Silva, do mesmo lugar,
.bos de água de Nossa Senhora e com tão tendo recebido grandes favores de Nossa dos Santos Silva, Lagares, 21$00; Francis- Aos méritos da oblação desta ..-ictima
feliz resultado que em breve o quisto abriu Senhora vêm agradecer-lhos publicamente. co d~> P. Rocha, Coimbra, 20$oo; Guilher- nada podo recusar. Quem t•ver fé, verá
eomeçando a despejar o pus até ficar in- - D. Beatriz Amália dos Santos CortAs, me Plantier Martins, Lisboa, 2o$oo; Igreja Deus oculto no pndro t'Omo uma lu11 atraa
teiramente curado. da Gr.tça, Lisboa, zooSoo; Maria dos Anjos dum vidro, como vinho misturado com
de Macau, sofria de reumatismo infeccioso
Hoje estou completamente bem. Bendita F. da Silva, Parede, rsSoo; Igreja. de Pe- água.
a ponto de nem para comungar poder ajoe-
eej& Nossa Senhora de Fátima. lhar-se. Fez uma novena a Nossa Senhora drouços, L isboa, 12oSoo; Igrt'ja da. Ajuda, Ap6s a consagração, quando tenho nas
e obteve a cura que vem publicar e agra- Lisboa, 4o$oo; Maria Emília M. Rosa, Por- minhas miios o santíssimo corpo de Noa-
carta de agradecimento decer a Nossa Senhora. tall'gre, 2oSoo; C<Lt.-trina. B. Peralta, Niza,
-Maria Júlia Cace/a Gaio, de Leiria, 2oSoo; Júlia S. Ventura, Gáfete, 2oSoo; so Senhor e quando uns minhns borns de
Benguela (Africa Ocidental) 26 de De- agradece uma graça temporal alcançada por Clara Ferreira, Gáfete, 20Soo; P.• José Dias 1 desanimo, não me julgando digno senão
.embro de I930.
Nossa Senhora da Fátima. V. Napokia, V. F. de Xira, 15Soo; Igreja do inferno, digo a mim mesmo: ccAh I se
Ex. 1110 Snr. - José Luis Patrlcio, de Póvoa de Var- da Madalena, Lisboa, 4o$oo; Beatriz Silva, no menos eu pudesse levn.-lo comigo I
zim, agradece a cura de uma dor sciática Lourdes, 2o$oo e P.• António dos Santos Junto dele, o inferno seria. sua,·e; não
Cheia de reconhecimento e gratidão para Alves, Córtes, 2o$oo. mo custaria ficar lá tôda. a eternidade a
que há 14 meses o afligia; e a cura de gar-
eom a Santíssima Virgem, venho para sua rotilho e surdez de que durante muito tem- Esmolas obtidas em diversas igrejas, sofrer, se estivesselllOI! juntos... Has já
flória e cumprimento da minha promessa, quando da distribuição de jornais: niio ser io. o inferno: ns chamas do &mor
po sofreu.
pedir para mandar publicar na Vo.r da Fá- Na Igreja de São Tiago de Cezimbra, nos npngnriam as da justiçau.
- D. Laurinda do Carmo, agradece a Como é bolo I Depois da consngraçio,
"ma a graça que Nossa Senhora me con- meses de Novembro e Dezembro de I930 e
eedeu. Nossa Senhora a vida de sua mãe de 94 J an~>iro de .1931, pela Ex.ma Sr.• D. Ger- o bom Deus está no altar como no Céu 1...
anos que tendo dado uma queda mortal em
Estava em Coruche, havia já alguns me- trudrs do Carmo Pinto, 86$oo; na Igreja de Sa o homem conhecesse bem êste misté-
cujo curativo houve a rutura duma arté-
1611 em casa de pessoas de famOia. Adoeci
ria, se considera livre de perigo. S. Mamede, em Lisboa, nos meses de De- rio, morreria d'amor. Deus oculta-se por
em I5 de Fevereiro de I929 com uma gra-
..-e doença de rins, que me obrigou a estar
alguns meses de cama, chegando as pes-
............ zembro de 1930 e Janeiro de 1931, pela causa da nossa fraqueza.
Ex.ma Sr.• D . Laura Gouveia, 20$oo; na Um padre, depois da consagração, du-
igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lis- vidada qne algumas palavras suas pu-
IOae que me tratavam e as que sabiam o
meu estado, a dizerem que era impossível Voz da Fátima boa, no mês de Janeiro de 1931, pela Ex.m• de!lllom fazer descer No!ISO Senhor ao al-
Sr.• O. Maria Matilde da Cunha Xavier, tar. No meRmo instante viu a hostia tô-
eecapar, a-pesar-do grande cuidado do meu Desp!aa I7$70. da vermelha e o corporal tinto de san-
médico. sr. dr. Virg!lio de Campos, a quem
eu fiquei também para sempre grata, pela
alta sabedoria e carinho com que sempre
Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . .. 249-697865
Papel, composição e impressão
do n. 0 IOI . ........ , .... ... .
-----+*•*+--
Aos pais
gue.
Se nos dis.~essem: «A tal hor& ha-do
ressuscitar um morto, correríamos pnra
me tratou. As crises continuavam. Julgan- 3-369$50
Franquias, embalagem, trans- ir vê-lo. Mns a consagração que muda
do-me muitas vezes nos últimos instantes porte, gravuras, etc. . . . . . . . .. 9BS8o Há em t6das as casas de educaçtlo o pão e o vinho no corpo e no sangue
4& minha vida cheguei a receber os últimos Com a administração em Leiri.a . 62$50 alguma destas pestes vtvas, désses de- dum Deus, não é um milagre maior do
I Sacramentos; enfim preparei-me para mor- móntos em carne, que só t1 atam de que a ressurreição ~um mortoPu
Jer. Tinha crises horríveis, e foi numa dessas Total. .. co romper o que h4 de mais amnvel
aflições, que eu com o pensamento naqu&- no mundo, um mentno ou menina
Ja que é a saúde dos enfermos, lhe pedi a Donativos vários inocente. Assim como o ferro metido no fot• lfll'-
craça de me curar, e que eu ainda tivesse P.• Manuel Antunes Dourado, Lubanga, Por uma desgraça mtlfto !requente, de a ferrugem e s11 fa.r r•splandecenttl, as-
a. felicidade de voltar à minha terra natal, 200$00; Maria do Carmo S. Portela, · Ben- travou um colegial re1açOes com um sim o homem, qu11 inteirament11 se converti
abraçar os meus entes queridos. Se Nossa guela, r7S5o; Georgina Ramos Lopes, Azo- companheiro corrompido, escravo dos a Deus. ~ livre de tóda a tibie.ra e mudad•
!enhora ouvisse a minha súplica, mandaria rara, 20Soo; Joaquim Silva Carvalho, Va- actos mais vergonhosos, 0 qual acen- 11m novo homem.
publicar a graça no seu jomalzinho; e, ain- gos, n5S8o; P.• Evaristo Correia Gouvêa, deu no coraçtlo do companheiro o togo
4& que muito indigna, a Santíssima Virgem AçOres, 6oSoo; Luiza Maria Teixeira Bor- crtmtnoso aue o abrasava. Imitação de Cristo, Liv. II, Cap. IV.
IIUfOu-me. Fiz também a promessa de logo ges, Lisboa, 5oSoo; Maria Noémia de F.
~ue pudesse ir ao Santuário da Cova da Col'lho, AçOres, 15Soo; Guilht>rme do C. Pa-
Iria aos pés da Consoladora dos aflitos, checo, Vila Flor, 2oSoo; Maria de J. de
agradecer-lhe a graça recebida, o que já fiz P. B. do Amaral, Coimbra, rs$oo; Virgí-
em I3 de Outubro do mesmo ano. nia Amália C. Lampreia, Salvado; 15Soo;
Tanto o meu médico as!\i~tente como as
pessoas que conheciam a minha doença, já
lnez M. Sequeira Coelho, Diu, 3oSoo; Doen-
te'! do Sanatório Rodrigues Semide. Pprto, a Lourdes
4epoi~ de eu estar em convalescença diziam 35Soo; João Caetano, Praia da Victoria,
•ue teria que ter uma dieta permanente,
evitar excessos e ter sempre um grande cui-
24Soo; Domingos de J. BniTos, Marinha G.,
15Soo; Maria A de Olivrira, Soure. 15Soo;
Portuguesa
•ado comigo, de contclrio podia vir uma Maria Leonor de Freitas, Soure, 15Soo; Hoo- Impressões de viagem pelo Doutor LUIS FISCHER
riqueta do R. Coelho P.•. Golpelheira,

I
eomplicação e ser fatal.

Tradução do Ret. P~o~~·;;~,A~ u;té~;~; ;~l;~;~·;~·r~;~e;;j;; Catedral de Leiria


A's vezes entristecia-me com isso, mas 2oSoo; Maria Amélia Marques, Viseu, 1
te Deus assim o qui~csse resignar-me ia 2oSoo; Maria Rosa Cunhal, Coruche, 2o$oo;
oom a. sua santa Vontade. Maria do Carmo Peres, Porto, 15$oo; Ro-
Regre~• depois tl minha terra natal ain- bt'rto Luís Monteiro, Madeira, eo$oo; Al- Preço 5$00 i ,elo correio, 5$70
da muito fraca. e com febres l~>ntas, ao mais lx-rtina Julia da Silveira, Lisboa. 3óSoo;
pequeno excesso ficava fati!(:\ua, mas sem- Fran~cisco de Albuquerque e Ornl'las, Al-
pre com fé que a minha Mãe do Céu me cains, 2o$oo; Maria Ribeiro da Silva, Gui- Rste livro muito interessante. cuja primeira ediçlo aleml de
havia de curar completamente. marães, 2oSoo; Condessa de M:lrgaride, Gui- JO.!XlO exemolares se esgotou na Alemanha em 4 mese• encontra•lle
Aproximou-se o m~s de Outubro e eu já marães, 2oSoo; P.• Francisco F. da Silva, l venda na tJN)AO ORAFICA. Travessa do Despacho. 16- Ltsboo.
cm sentia com fOrças para ir a Fátima cum- 1-'óvna do Var?im, 6oSoo; Margarida Viei- n~< VOZ DE FATIMA, em Leiria e no SANTUARJO DE FATIMA.
prir a minha promes.'la. Nessa data já ti- ra, Vila da Feria, 15Soo; José Silva, Cali-
nha. abandonado quási tôda a dieta, e a-pe- fomia, 21$90; Maria Furtnclo, Califomia,
sar-de ser orna grande di~t.'\ncia de minha 2119<>; Maria Rezendee, Cnlifomia, :ul9o;
~ a Fátima, fiz a via&em de camioneta, P.e Etienne Heu&ebaert, Palestina, 20 fran-
4 VOZ DA FATIMA

- N&>, eu enlamacei Q nome de ~~ A cândida ingenuidade e franqueza de


Lágrimas bemditas. • •
filho• e de&tro( a t>eputaçl!o àe meua
pai&. Nil.o mereço a tua amizade.
Santo Aptinho foram lavada& de lá-
grimas.
Duns lágrimas grOBBas s6 aa senti caír, Pouoo a. pouco moveram-no ...
que em voz levemente nublada rema-- Fez-se lu~ e luz esplendorosa.
tou:
Todoa oa •"lrimentoa '*decepç6., IU.U O /ilho dum pobre aldel!o tf'atW/orma- - Olha. Quando podef'ee man~e • • •
mvndo n4o a4o afinal ltn4o m•ioa d• noa o~ Evangelho, e a. Ep{&tolaa. Queria Um dia dêstes, em eompanhia da mu-
la•rr cornproender a única f'ealid&de: o amof' do em propagador de bolche11i.mo.
di J ••1u
Of'lfCo.
(Dum autor contemporA.neo)
Ma.s era a 11alet>. ler.
E agora 11ai-te... 11ai-te embo'Ta... que
lher, que se conservara bôa, e dos filhi-
tos,. que choravam sem saber porquê, re-
?Jm que&tõea &ociai&, em f'eligil!o e ndo
&ea se em co&tume& também. i&to faz-te mal. oebia a SagradJI. Comunhão depois de
O João da. Carvalheira. era um rapaz Era combati11o. • • • ee confessar,
,:le estatura mediana e bem np6680ado. Reun~o onde ~le se encontra.fle du· Mandei-lhe o que me pediu e, junta-- Jeeús d~ àquela alma. ineeperada.-
Te.r.~ morena, cabêlo preto, olhos quási rante meia-horo havia neceuàriamente mente rehav1da. e faz da. mansão do cri-
mente aquela. jóia de literatura. e pieda-- me um novo trono donde em fulguran-
eempre encobertos pola. aba. do chapéu de lhe ouvi,. babo&eira&, expo&ta~ pof'ém de que são as uConfissõee de Santo Agos-
puxado IIÕbre a testa. poucos o viam rir com tal at'dor que muito3 u calat~am, co- tinhou. te sointilação se apresen~ às almaa tra--
em público. mo &e aquilo fOase if'f'e&pondivel. V isitava--o todoa os oito dias ·e ia as- balhadas pela. dôr, oomo a única. fonte
Na. intimidade mudava. um pouco e to- A maneira &arcdstiça, ucarnif!ha àe sim seguindo a. acção da. graça na alma. segura e inesgotável de perdão, de paa e
mava por -vozes atitudes que eram ver- que &e 1ervia no ataque da11~lhe uma Amor.
dadeiroe requintes do delicadeza mesmo dele.
vipli!ncia temíueZ. . A. beleza sublime das páginas aagra-- Leiria, Dezembro do 1930.
com adversários. De3armava 0 ad11e,.sário Mai& bem dll6 de que êlo andava. de há tanto tem-
De tal maneira sabia estampar no ros- twevarado. po divorciado encantaram-no.
to a aparência. dum sorr~o einoero e • • • Galamba de Oli11eit'G
amigo que muitos lh'o julgavam natural.
Ao prostar um serviço parecia querer
humilhar-se como um servo diante do se-
Um turbilhão de ideias de hipóteses
e susposições fervia-me na imaginaçlo
"ENSINAI
, peito para a espada dum guerretro
nhor. quando o meu interlocutor como a advi- ilustre, ou POtra a pena dum esc:rltor
Parecia..• nhá--lo elucida: notável, asstm também deve cmn r~
Que na realidade o João da Carvalhei- -Era um 1'apaz mal·/o'f'ff~Pdo. J
T
zao olhar amorosamente para a crua
ra ora muito diferente das aparências. - Ah! ls&o fUlo/ imagem daquela em que Nosso Se-
Pobre& pais/ ... Foram lemPf'e tl/.o h~ Pelo sinal da Santa Cruz · nhor venceu o Sew e o nosso zntmfgo
• • • f'ado& t4o cuidadoso& na. educaç<to do& /i- ftdagal.
Conheci-o como aos dedos das minhas lhoa. Nil.o! Nilo o& laça& relfJOtWd.vei1 da.5 O fim desta secção
mioa P011.ca& 11eroonhas de&&e /Ilho degenera-
O sinal do cristlo
Somoa da mesma aldeia.. Brincámos do. N ao
há muttos anos ainda que em
Quando os crtstaos tiveram da e~­
juntos tanta vez... Tanta vez ri moa e -Contudo .•• plena Lisboa ao longo àuma rua jTe-
qúentacla e ladeada de ricos estabele- colher um sinal e distintivo da n0110
chorámos ... - Oontudo... o quU
Já lá vão anos mas &ses dias despreo- - Or(J) ouva ..• cimentos com montras, descia um reltgtflo nlto encontraram nenhum
grupo de rapazltos do povo. que melhor se prestasse do que o M-
cupados não passam da memória e, re- • • • Em trente duma dessas montrtU nal da cruz.
oordadoa, são do uma infinda doçura. EU; estava sufocado. Precisava de ar. E a cruz levanta-se h()je como um
Chamavam-lhe como ao pai e ao avô o estacam de repente e ficam-se a con-
LevantámG-nos e viemos para uma. va- templar admirados. stmbolo de amor e de paz no alto cuu
João ou o Joãozito da. Carvalheira, por- randa d~nde a vista se perdia ao longe nossas t6rres, na frontaria das Igre-
Era na Semana Santa.
que, junto da casa, num pequeno largo, nu~ hor1sonte límpido de céu' e mon~ jas, s6bre a campa e s6bre o Zeit~, na
se levantava frondosa e gigantesca. car- No centro levantava-se magestosa
am.lad~ e, ali ao pé podia deecansar em casa cri3tfl e no altar do Senhor.
valheira. que era ao meelll() tempo como do1s hndos e:remplares de roseira. chá e atraente a ttgura do Santo Cruci-
fixo. • Quando as nosstU cw avezas sulca--
que a protectora da família. e o elo de em plena floração outonal. vam os mares descfinhecldos levavam
ligação de muitaa gérações. Um dos pequenos ante a admiraç4o
Como ou gostava de lhe brincar à som-
-Que linda& f'O&a&!... E qu-e lortu comovida ma3 ignorante do grupo a- nas velas impresso o sinal da crua;
que e&tilo a, ,-o&eirae/ era eze que marcava os Zimttes do ter-
bra! Mas como. pelo meu silêncio julg&lll8 plfca a stgniticar:ao da imagem e a
história de tal morte. ritório descoberto ou conquistado e
Que doçura imensa a daquelas tardes, que não ouv1a reata. a conve.rsa. ainda h()je, se novos feitos de glória
de verão pa.ssadaa ao pé dela, em mil de- -:- ccNll.o é a&sim que ae educa t.Mna~ Ao ouvtr a narraç4o Simples ma3
calorosa mats do que um chorava veem honrar a Pdtria, é ainda sob o
vaneios e passatempO& infantis I. .. crwnça., que 1e forma um homem. stgno redentor da Cruz de CriSto/...
Dávamo-Ms bem. Eu tinha gc§nio mas ~egaram nele e meteram-no entt'e cai- com pena dAquele Jesus a quem só Como é trtste ve-la QUebrada e au-
êle sabia levar-me. Os pequenos amúoa, ze•ro& de moral fácil e de religillo muito agora começava a conhecer e que ao-
trera assim por amor dele. ja, J>Olutda e despresada pela no1111
não duravam sequer o tempo dum Pa-- rua. Terra e pela nossa Gente que, se al-
dre N01111o. O rapaz ef'a. tímido. Tanta~ 01Wiu que A história contou-a numa linda pá-
gina a pena scintilante dum sacerdo- guma cOisa foi e é o deve 4 Crua.
A inflncia liga sempre e muitas vezee por fim cedeu. E m.a48 trtste ainda quando úse~
para eempre. A. carvalheira, a escola que Pf'miei'co fora.m cef'ta~ CQnee&&6e.t 1!er- te que só de vez em quando faz uma que a ofendem pertencem ao pooo
ambos frequentámOs a doutrina, a que gonho&a& a que os companheiro& o lUTai- breve sortida do seu retiro para logo humilde. Ah!
fomojs juntos aprender, primeiro, e de- taram Depois da ca.stid<&de, ef"a ine'llitá- nos deixar cheios de saíldade e de
pois ensinar, fizeram-nos sinceramente vel, foi-se-lJi,e a fé. pena.
. ..... c:Dealembram•se
amigos. Na livraria os piore& autore' et>am pa...
• • • ra ~le.
Quantas almas nao htl que nos
De que a paz doméatlca a pureza
Cada um depois seguiu para seu lado. Emflio Ro11i, Réna11-, Zola Strau11 do leito conJugal bruta vlollncla
zeem, sem conhecer a pessoa Adort1-
Ele para o comércio, eu para o San- Karl Ma-rx, Lenine e o& bárbar,;& idiologú~ vel de Nosso Senhor Jesus Cri3to nem nlo vem contaminar, •• a filha virgem
tdrio. ta, da Rm&ia 61'am &eu& conhecido& e a sua doutrina. do humilde camponês nlo é ludibrio
Nunca. maia nos vimos. Ouvi falar de- amigo&. do opulento, do nobre, oh cruz, t•o de-
Fóra fUlo tinha ninguém que o ampa-
Pouco a pouco na humildade elas
le uma ou outra vez. suas páginas a cVoz da Fátima:. sert1 veml:t
Escrevi-lhe a. dar-lhe os parabens por f'(J&ae.
também a voz dum pequenito 'l ta-
ocasião do casamento. A lamUia. confiava e&tupidamente nG (Herculano -Harpa do crente)
Ha diaa recebo esta notícia fulminan- &antidade do pequeno an;inho que lhe lar de JestU, das sutU cotsas e da sua
te: &aif'a a pof'ta da ca&a, nilo imaginando doutrina a tantas almas pequeninaa
f(O Jollo da Car11alhei1'a e.t<i vrtao .. .n &equér que nllo podia ;á f'eabri,. aen4o a espalhadas por esse mundo além ... Como se hA de tratai' a Cruz
- E impoa•f11ell um gf'(Jndf11imn diabo em carne e ouo.
Abandono, companhia& e Ze1tunw ati- Para que servia a Cruz O bom crtstao há-de, pots, mostrar
- E o que te digo.
- Engana&-te com ce'rleca. t'Gram-no ao fundo da prisl!on. Dantes nao havta pela cruz 0 a'TTWT sempre por ela um grande amor, t~e­
Ai ha con/tU(/.o ••• Caklu-so por um P<Juco e olhava--me que h()je hd. nerar;ao e respeito.
- (?ual oonftt&/J.o YI Acabo de o labe,. demorada mente. Entre os vt1rios géneros de morte Na sala, na casa de tora, ou na ctJ-
ccm.fidencia~merite pof' uma peu8a qu.e Eu precisava de descansar IIÕbre a agi- Violenta: o apedrejamento, a decapt- sa de entrada e nos quartos deve 68-
tação daqueles momentos. taç(Lo etc., um dos mats cruéis senao o tar sempre a santa e;ruz.
"em tle X. Deve-a trazer sObre o peito como •
- O qu8 o J o(J.o da Carvalheira Pf't- Dei-lhe três dos mai 11 lindos botões de mats cruel era o da cruclfi:ct%o.
roaa. que êle levou à mie. Levavam o condenado tora da po- cotsa muito querida.
•ori .•• E fiquei-me aiL. Mas nao, como muitos a plJem, Ir-
Ela um rapaz tl/.o a&&ente em cr~, voaçao e ali o atavam ou pregavam
de pés e mt%os aos braços da crul. reverentes, 4 mtatura com stmboloe
tlJo bonzito, tl/.o bem educado pelos pai& .•.
- Que quere& t Sllo coiaaa •.•
• • • Levantavam-na ao alto e nela c!ef- de bru:cedo e supersttçflo e outros ob-
- Mae afinal pof'que loi I Três dias depois, apoz grande luta fui :cavam a vftima. Porlsso ela era nos jectos indecorosos, que é grande pe-
- Muito rimplea. Acuaado de IU~t~iaf' à prisão visitar o João da Carvalheira. tempos antigos objecto do mesmo cado tratd-la a.sim.
uma& d ezenas de ctmto& da emPf'e&a JKWG
Estava. abatido. horror e do mesmo ódio que ainda ho- Hflo-de t!escobrtr-se ao pasaar por
que tTabalh4,a.
O cabelo comprido, e desgrenhado, os je se tem pela fOrca e cotsas seme- ela, 4 beira dos cam!nltos ou ~
-Que hof'f'or!... Pobre• pai1. Oomo Mo cantos da. bôca descidos, os lábios salien- lhantu. quer que sefa.
tes, os olhos fundos mas vivos a scintilar Era um instrumento de morte: to- Hl!o-de tazer com que a cruz, tor-
da &of"a" com ilto. irrequietos davam-lhe o aspecto dum ver- nada objecto do seu entranhado
- Ainda n~o 3abam nada,. dos tugiam dela.
Ma. quando o &oubeJ"em•••
dadeiro criminoso. amor, seta ao mesmo tempo o slmbo-
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .........
Senti repulsa por êle.
Mas venci-me e entrei.
Porque a estimam hoje tanto? lo e a imagem de t6da a sua Vida nu-
ma tmolaçao constante, numa entre-
Quem me contava isto conhecia-na. Mais do que nunca devia agora mos- Ao empreender a obra de nossa sal- ga absoluta de todo o seu ser nu
aos dois. Não havia que duvidar. Qni1 trar-lhe que era amiKo. vaçao e resgate quts Nosso Senhor mt%os de Deus de maneira que, cru-
aaber do que ee tratava. 86 quando mo viu junto dele, me re- Jesus Cristo completa-la com a sua cificado, com Cristo Nosso Senh.or
Convidei-o a sentar-ee. conheceu. Pat:cao e Morte dolorostssima no alto com ~le possam glortosamente re81U-
-uMa1 afinal, continúa 8le ao pumr Abracei-o afectuosamente. do Caivctrio- uma pequena colina 4& citar e ser coroados.
a cadeira, afinal fUlo ha que admi1"01r. A Niio queril\ ... portas de Jerusalém.
.emen-te c&tav<Jo lançad<Jo, o frocto Aavio - Nll.o me toque&, d ie tle, &OU um la- Por maldade e ódio dos Judeus tcn Uma alma peQuenina
de 'llfr.)) dr4o ... A tua batina pode mancha1'-1e de o Senhor in1ustamente condenado 4
Esmagado com a notícia não ti'fe cora- encontro d bata do f'eclu&o. morte de cruz.
gem para retorquir. - Ptlo amor de Dtu1 fUlo /alea ni11o. Levou-a aos ombros, através deu
uDe ha uma temporada. id. que eU 16- E~quécerte da noua amicade de infdn- ruas de Jerusalém e nela O pregaram Q~ ~elhor te dispões para patüur
guia a vida daquele ,-apas. csa. de pés e maos. tanto mais fJN~dentementtJ obras, e ta11to
ll'a•ia.-me elfJ~cie aquela todo dele. - NfJ.o, meu amigo. Jla1 eu nllo IOU Porque ' a cruz foi o mefo e tmtru-
o J o(J.o da Car11alheira, do e1cola e ela mento de que o DiVino Salvador se
mais mheces; tJ levards tudo facilmeflt•.
Ou1tava a compreendeJ".
Ha11ia nele contf'(Jdiç6u ffacrrante•. doutrina. serviu pa,.a, morrendo nela, nos re- tendo prt~parado o tt111 4nimo com o cosi•
Nllo imagjooa por nemplo a vropa.- Tu fUlo det~Ílll ""' aqui. mir,· portsso é que os crf&tt%os lhe me • a const4ncia.
ganda 1J1H 8le /asiG de ideia& eztt>M7lÍI- -Se JWtCÍ&af"ll lU mim J)Cira alguma téem tanta utfma 8 amor.
fae. coi~a~..• As.ttm como a gente olha com ru- Imitaf4o eh Cristo, Liv. III. MfJ. XIX.
Ano IX L e i r i a, 1 3 d e A b r i I d e 1 9 31 N. 0 103

(COM APROVAÇAO ECLESIASTICA)


Dll'lltar • Pre,rietblo : - Dr. Manuel Marques dos Santos Ad•i•letredDr: - Padre Ant6nio do• Reis.
~lllpfl$ll l!dito,a•t 1/p. Unllo GrAflca, Tfartssa do Dtspaclw, 16- U1boa R,.~ltl • Admlnlst,aç&l: Semlnirlo d e Leiria

CRÓNICA DE .F ÁTIMA

Maria Santíssima e Imaculada, excelsa Rainha do Céu


e da terra, augusra .imperatriz do universo
o primeiro instante da sua exisWncia como tcs cada vez se torna mais evidente, à me- direito de herança, o nlto domínio sObre
AVirgem Mãe de Deus é, pela lei homem,mereceu e obteve o domínio do uni dida que a. Virgem bemdita é proclamada, tudo quanto 6 lnierior a Deus, isto 6, a
de sucessão e por direito de herança verso, segundo se lê 110 livro dos salm<r.~: nos cânticos da liturgia e nas súplicas dos mais perfeita e n mais sublime realeza.
Rainha do MUNDO uA terra e tudo o que ela contém é do Se- fiéis, Rainha e Senhora de todos.
nhor; o universo e tudo aquilo que o habita ]Mus, Filho de Deus e Filho de Maria,
O nome de Maria. significa senhora, so-
berana, e, em harmonia com esta. interpre-
Uma das orações mais belas, mais vulga- é dêle». Domini est terra et plenrtudo BJilS; quis que o poder de sua Mãe igualasse dal- tação etimológica, podemos com o grande
rizadas e mais queridas do povo cristão orbis tll"arum tJt u11iversi qui habitant 111 gum modo o podl'r de se•t Eterno Pai. Por doutor da Igreja S. Bernardo, no seu Tra-
~ aquela que é chamada. a. ccSalvf', Rainha»,
tJO. ( Psal. XXIII, r). i~so todos os seres, seja qual fOr o grau que tado De glorioso mnmu Mariae, considerar
porque com~a precisamente oor <:stas duas A concepção puríssima do Vt•rbo Eterno, ocupam na escala da criação, como estão e três cousas: primeiro, a natureza da sobe-
palavras. Todo~ os dcvocionários e livros ele Filho unigénito do Altíssimo, é, pois, o ti- porque estão sujeitos ao poder de Deus, es- rania, depois a extenção dessa soberaniA e
piedade a io·,l·rt>m uas suas páginas e todor. por último a sua multiplicação.
os fieis a sabem de cor, não hav!'ndo ne-
nhum que a não tenha aprendido, a;nda na Indole jurfdica da realeza de Maria
infância, dos lábios de sua mãe. Nessa ora-
ção, que traduz dum modo admirável os Estudemo<;< em primeiro lugar, a natur&-
s.ntimentos mais vivos, mais íntimos e mais za da soberania. O domínio verdadeiro e
profundos da alma genuinamente cristã, nas propri\).mente dito é aquele que não tea
suas rela.çõe$ de piedade com a augusta Mãe igual, isto 6, que não está sujeito ao domí-
de Deus e Mãe dos homens, que !>ào filhos nio de outrem, não carece de auxílio ea-
adoptivos da sua dor legados pelo filho (Continua na pdgtna Slltui"ttl}
tnico no transe da agonia, momentos antes
• expirar, a S.1.nta Igreja Católica, Mestra
infallvel da verdade, proclama a Virgem ------~*•*+------
Santíssima pura e simplesmente Rainha,
ltaínha sem restrições nem reservas, e, por- Apêlo .aos devotos de N. Senhora
tanto, verdadeira Rainha do Céu e da Ter-
ra, Soberana Senhora do universo. A Espos.1. de Fátima
mlatica do Corde;iro sem mancha, imolado
u. Cru:r: em expiação dos pecados da huma-
aidade, não podia confl'rir àquela que, r.o O ve ne r a ndo Episcopado
inefável mistério da Anunciação, o mensa- po rt uguês, sob a presi d encia
l eiro divino denominou cccheia de graça• ,
eutro título que fOsse, simultâneamente, d e S ua Em in ência R evere n -
1io sublime e tão pomposo. Com efeito, co- d íssima o Senho r Ca rdial P a-
mo diz o graude doutor S. Bernardo, eco
a ome de rainha é um nome de honra c de
tri ar ca d e Lisboa, r eso lveu
Jlória, de adOrno e de magnificência, de do- t omar pa rte na próx ima pe-
çura e de piedade, de amor e da grandeza, r egrin ação d e m aio, in cor po-
4e elevação e de poder, de govêrno e de
ju.atiça, de defesa e de graça». r a nd o-se t ambém S. Excelên-
O domínio supremo do univer.;o pertence cia Rever endíssima o Se nh or
à Virgem Santíssima por titulo de nobreza,
pela lei de sucessão e por direito de heran- Nún c io A postólico, r e presen-
ça. Ela 6, t-m tOdas M esferas da criaç.'i.o, t a nt e d o Sa nt o P a d re e m P or-
a pessoa mais nobre que jámais existiu e,
~~ ao fim dos séculos, jámais existirá, por t ugal.
unpossível , quem a exceda em dignidade e V ee m agra d ece r à Vir gem
perfeição. Dir-se-ia q ue o Senhor esgotou
a e&.n maravilha da natureza e Ja ~r~.a S a ntíssim a a prec iosa visita
~os os recursos da sua sabedoria infinita., q ue se di g no u fazer à nossa
~os os tesouros da s ua bondade inetável e O. DOMINGOS MARIA FRUCTUOSO
tOdas as en ergias fecundíssimas da sua omni- VENERAI\ 00 BISPO OE PORTALEGRE t err a e as g r aças imensas q ue
potência. QUE PRESIDIU À PE-REGRI NAÇÃO DA SUA DIOCESE t em espalh ado sob r e nós.
Maria Santís~ima. é a obra }Jrima das
mãos do Criador. Rainha como Mãe q ue 6 Nesse d ia Portugal deve
de Deus, - de Deus, Rei dos Reis c ~enhor tulo em virtude do q ual compete à Virgem tão igualmente sujeitos ao poder da Santís- ser um só c o r ação aos p és d a
dos senhores, RtJx RtJgum t~t Dominus do- Santíssima o domínio supremo do m undo. sima Virgem. E Jesus não abriu uma única
m tnalltium - a sua grandeza e a sua perfei- Além disso, quando Jesus expirou pen- excepção: êle, q ue era Deus, igual em tudo bo a M ãe d o Céo.
ção, sob todos os pontos de vista, são de dente da cruz de ignomínia no cimo do Cal- a seu Pai, aBqualís Patn secundum divini- Aos q ue não po d er e m vir ,
tal .ordem, que, mesmo sem a excelsa prero- vário, não tendo mais ninguém que ,>udes- tatem, como se lê no símbolo de Santo Ata-
gativa da maternidade d ivina, não deixaria ser legitimamente in5tituldo seu herdei- násio, quis submeter-se a sua Mãe. ccE es- ro go que se un a m e m es pírito
de ser Soberana Senhora do universo. ro sObre a terra, sucedeu-lhe segundo todos tava sujeito a êles>>: Et /lrat subditus illis a Su a Eminê ncia e aos t xce-
Rainha, mercê da nobreza da sua condi- os direitos, sua augusta Mãe, q ue por is.~ (Luc., II). Todos estão sujeitos ao imp6-
ção, d a grandeza da sua dignidade e da ex- mesmo alcançou para si o domínio do mun- rio de Deus, mesmo a Santíssima Virgem; le ntíss im os Pre la d os.
celência das suas pedeições, é-o também, do inteiro. todos estão sujeitos ao império da Santíssi- Leiri a, 13 d e Abril d e 1931
9egnndo as leis q ue regom o m undo, por di- E êsse direito de s uceder a seu Filho na ma Virgem, até o próprio Deus.
reito de h erança, porque seu Filho, desde realeza d o universo n unc.1. foi revogada, an- Portanto Maria, Mãe de J esus, tem, por t JOSf':, Bispo de L eiria.
2 VOZ DA FATIMA

tranbo, não dcpcnçle de ninguém e é cheio das as direcções e por tôda a parte é consi- duzir-sc êsses subditos a quatro classes: os Lembrava que N. Senhora apareceu
de generosidade c munifidncia. E, como es- derada como Hafnha.; percorre o Céu por- st•rvos, os amigos, os filhos e os inimigos. na nossa Terra Portuguesa para no~
tas características se verificam no domínio que ela está no!> santos e eo.volve-o, c ex- E' por isso que se diz misticamente no li- pedir que fizessemos penitência.
de Deus, elas cncontram·se também, neces- cede-os na glória eterna, visto que é a Mãe vro dos Cânticos, VI: «Quem é aquela que cA terra que pisamos é terra de
• sàriamcntc, em Maria, o que se vê com cla- de Deus. caminha como a a urora que nasce, formosa santos.
reza, desde o momento cm que se examinem Maria é a Mãe de Jesus, o Rei de tôdas como a lua, brilhante como o sol, terrível Atravessamos hoje uma das regiões
tôdas cs:;as condições da verdadeira sobera- as coisas, c, como Jesus, o Filho de Deus como um exfrcito disposto em ordem de ba- mais histórtcas do nosso histórico
nia. Com efeito, cm primeiro lugar, a ver- feito hot~o:.cm, só pode ter uma mãe segundo talha?" Portugal.
dadeira soberani:~. é aquela que n ão está su- a natureza, a sua dignidade é incomunicável Reina sôbre os servos, isto é, sôbre aque- Tudo aqui nos fala do Beato Nuno.
jeita a n inguém. c necess.c\riamente úruca. Sendo assim, a les que, daixando a senda do êrro e do pe- Mas neste dia e neste 1ugar tudo nos
Tal é a da Santíssima Virgem, porque ela Virgem Santíssima está sentada sôbre um cado, voltam para Deus. Exercendo sôbre fala da Virgem S.S.m&. Queria ter co-
n ão é dominada por nenhuma simples cria- trono real c colocada acima de tôdas as êstes o seu poder, Maria é como a aurora meçado com o ~ agnificat e afinal veio
tura. Como poderia estar sujeita a u ma ordens dos servos e dos mirustros, porque que se eleva, alastando c expulsando as a começar com o terço do Rosârio-
criatura aquela que é a Mãe d o Criador ? a sua dignidade s<• avantaja à de todos êlcs. trevas da culpa passada e trazendo a luz da a devoção por excelência.
Mais ainda. A Mãe de D eus, q ue é o Cria- Além disso, a alma santíssima de Jesus e graça. Mas é preciso terminar pelo Ma-
dor e o Senhor Supremo de tOdas as coisas, Jesus emquantQ homem excedeu tOda a or- Maria reina sObre os amigos, isto é, s(.bre gnificat. ,
tomou-se, p recisament e porque é a Mãe do dem da natureza criada; mas, como o grau as almas piedosas e devotas. A êste respei- Incita ao agradecimento e à ora-
Criador, Soberana Senhora de tOdas as cria- da dignidade da mãe não pode deixar de ser to, é bela como a lua, porque distribui por ção pelo Sumo Pontffice, pelos Se·
turas. E até, se é lícito dizê-lo, ela não se conforme com o grau da dignidade do fi. essas almas a luz da sabc.>doria divina e o nhores Bispos- pela Santa Igreja,
tomou só a Senhora de tOdas as criaturas, lho, a .Mãe de Cristo-homem excede o orvalho da graça celeste. pelos nossos parentes, pela nossa Pâ·
mas do próprio Criador, como atesta S. Lu- grau de dignidade de tôda e qualquer cria- Reina sôbre os filhos, isto é, sôbrc os an- tria..
cas: «Erat subdittts illis». P ode, pois, di- tura, por mais elevada que "seja. jos. Assim brilha como o sol e ilumina a Pede que agradeçam à Virgem a
zer-se com verdade, que tôdas as criaturas Ela encarnou no seu seio virginal aquale multidão dos espíritos bem-aventurados. sensibil1ssima protecção dispensada
estão ~ujeitas a Deus, incluindo a Santíssi- que o universo não pode conter. Com razão, Sendo, como é, a Rainha do Céu e a Mãe aos seus Seminá.dos que de 32 viram
ma Virgem, e que tOdas as criaturas estão pois, disse a Santíssima Virgem: Só cu per- do Filho de Deus, tem no Céu tantos súb· aumentar-se a população até aos 180
sujeitas à Santíssima Virgem, e também corri a órbita do Céu: Gyrum coBli circl4ivi ditos quantos são os p uros espíritos. Todos que hoje contam.
o próprio ·Deus. Maria é, pois, incontestá· sola. Por isso S. Bernardo exclama: «0' seio êles se prezam de ser os ministros da Vir- Pede pelos Bemfeitores dos Semi·
velmente, Rainha e Soberana. mais vasto que o Céu, mais extenso que a gem gloriosa e bemdita. E como não ha- nários e da Diocese.
Em segundo lugar a verdadeira soberania terra, mais largo que os elementos, que pô- viam de ser servos daquele cujo Filho os Estava presente também Sue. Ex:
não precisa de nenhum auxilio. Tal é a so- de conter aquele que o mundo inteiro não criou, adornou de tantas perfeições natu- Rev.m• o Snr. Bispo de Leiria que ali
berania da Santíssima Virgem. Efectiva- é capaz de conter e que sustém o globo ter- rais, E'levou ao estado sobrenatural e confir- acorrera. a receber t âo ilustre pere-
mente, de quem é que pode precisar aux1Jio restre em três dos seus dedos (Homil. su- mou em graça?
aquela que é amparada e sustentada pelo per ul\.fissus est») . Ela pode, pois, com tOda a verdade sc.>r
grino.
próprio Deus, Rei omnipotente e eterno ? O domínio de Maria é, pois, muito vasto; chamada Rafnha c todos os espíritos celes-
o Snr. Bispo de Portalegre saúda
Ela é, misticamente, Ester, que quere di- por isso ela merece o título de Haínha. 1tes reconhecem esta realeza universal de
o de Leiria pedindo-lhe que aceite as
zer «elevada no meio dos povos», figura da Maria Santíssima diz que reina no mais Maria e a confessam, dizendo: «Nós somos
suas mais intimas felicitações JX>r
Virgem bemdita, Rainha de tOdas as n:~.­ P.rofundo dc;>s abismos: Et profundum abys- vossos sc.>rvos, nós fazemos tudo o que nos
ser 0 Anjo da Diocese onde apareceu
ções. A sua fôrça é a do braço de seu Filho s• penetravt. ord.enardes: Servi ttti sullltts, quaeque jtts-
a Virgem S.S.m".
muito amado, o Filho de Deus, origem de Não exerce o seu domínio apenas sôbre os sens faclemtts (.1 Heg. X.). Terminou aquela devoção pelo can-
todo o poder, fonte de tôdas as graças, ma- demónios que pairam à superfície do abis- E', pois, com tôda a justiça que Maria to do Magnificat.
nancial de todos os bens, de tOdas as doçu- mo, nem apenas !lôbre os que se encontram é chamada Rainha e Soberana do Céu. Fi-
Foram em seguida cear e às onze
ras e consolações. Por isso os Anjos excla- como que no meio do inferno, mas, mm- nalmente, é Senhora c dominadora dos seus e meia começavam a sua hora de
mam no auge da admiração. «Quem é aque- bém e dum modo especial, sôbre aqueles adversários e dos seus inimigos; é por isso ad.ornçA.o presidida pelo Snr. Bispo
la que se eleva do meio do deserto, cheia que estão no próprio pavimento do infer- que. se diz no livro dos C'tnticos que ela é de Leiria.
de delícias, apoiando-se no braço do seu no. Efectivamente, não diz que penetrou terrível como um exército disposto em ordem cComo os antigos crtstãos nas vigl-
muito amado?» (Cant. VIII, 5). Quae tst oa superfície ou no meio, mas na profunde- de batalha: terribilis ttt castrorttm acies or- lias nós vamos meditar os mistértos
ista, quae ascendit de deserto, dBliciis af- za dos abismos Eln é portanto Soberana, dinata. do s .s.mo Rosário, desfolhar rosas an·
fluen s, innixa super dilectum suum? Senhora - Domina, porque doma, domina, Em conclusão: Se a Virgem Santíssima, te os pés da que1i da Mãe do Céu.
Portanto, Maria é, evidentemente, Rai- subjuga as mãos cruéis do demónio e o seu augus~ e gloriosa Mãe de Deus, possui um E lá foram recitando o terço en·
nha c Soberana. poder. Por isso, depois da queda dos u.1s- autên.tico poder real, pleno, independente e .t remeado de piedosos c.Antlcos e da.
Em terceiro lugar, a verdadeira wberania sos pril_l'leiros pais no Paraíso terreal, o Se- supenor ao de qualquer simpiC's criatura se explicação dos mistérios feita por S.
não necessita de se s ubmeter a ninguém. nhor d1sse ao demónio que os tentara dis- a sua autoridade soberana se exerce em' to- Ex.a Rev.m•.
Tal é a da . Santíssima Virgem, porque ela farçado em serpente: Ela t e esmagará a ca· dos os domínios da criação, no Céu, no In- A mela hora. depois da · meia noite
tem o seu Fllho, no qual estão tOdas as coi- beça: l psa conteret caput tuum (Gen. III. Cem~, _no Purgatório e sôbre a terra, se a o Snr. Bispo de Leiria dava comêço
sas. Possuindo, pois, tudo em seu Filho, co- 15). E a mesma Virgem bemdita chsse pela multidao dos seus súbditos compreende to· à Santa ~issa a que todos 'OS Semi-
mo lhe_ poderia. faltar alguma coisa? Que é boca do Eclesiástico: Eu pisei aos pés com o dos os seres saídos das mãos de Deus ela naristas comungaram.
que nao possut esta Soberana do mundo, meu poder os orgulhosos (Ecle. XXIV, u). é, verdadeiramente, excelsa Rainha do' Céu • • •
ela q~e é proola.mac:b. cheia de graça pelo Porque, como a serpente venceu o género e da terra, augusta Imperatriz do Uni·
ArcanJO S. Gabncl? Ela é a Mãe de todos humano por meio do pecado de Eva que verso. As 61/2 da manhã já. êles se en-
os bens (Sapientia, VII, 12); portanto ela induziu Adão a comer do fruto proibido da P.• Manuel Servita do S. C. contravam espalhados por todo o lo-
tem tudo. árvore da sciência do bem e do mal, o que de Maria. cal a visitar cada uma das constru-
Com tOda a razão, pois, Maria Santíssima c~nsumou a ruína, assim, pelo mérito d a ções.
é chamada Rainha e Soberana. Em quarto
Ioga:•. a verdadeira soberania é generosa e
V1rgem, que atrafu Deus a si a-pesar-de se
revestir do pobre senda! da nossa carne, co- ---**-=---- As 7 1/2 depois de tomado o café
começava na capela do Hospital o
mumftcente. Tal é a soberania da Santíssi- meçou a obra do esmagamento d e ~atanás canto de TércJa e em seguida faziam
ma Virgem. E' próprio de quem exerce o
poder supremo distribuir com profusão dá-
divas e benefícios.
e d a nossa reparação e operob-se a consu-
mação dessa obra por meio da encarnação
do Verbo de Deus.
Portalegre na fátima a procissão oom a imagem para o
Pavilhão dos doentes onde logo co-
meçou o solene Pontifical ao trono.
Por isso S. Bernardo diz: «ela faz-se tôõa Maria .Santíssima acrescenta que reina no No dia vinte e cinco de Março, dia Era a primeira vez que se realiza-
para todos, ela abre a todos o seio da sua Purgatóno. Por isso diz: Caminhei sôbre as oonsagrado pela Santa Igreja a come- va um pontifical nos domínios de
misericórdia, para que todos recebam da ondas do mar: ln flttctibtts maris ambulavi. morar o adorável mistério da Anun- Nossa Senhora do Rosãrio, na Fáti-
soa pl~nit?de: Omn~bus omma facta, omni- As penas do Purgatório são chamadas on- ciação, realizou-se a peregrinação dio- ma, e justo era que o celebrante
b'!s ~1sen~ord1aB. ~lnt4tiJ aperft, ut de pl~­ das, porque são tansitória$, c ondas do mar, cesana de Portalegre aos santuârios fOsse o glorioso Bispo do Rosá.rto.
mtudme e7us acc•P•ant universi». porque são amadssimas. da gl~rJosa Lourdes portuguesa. Pre- Não se pode descrever a impressão
E, se alguém não recebe um benefício de Ora a Virgem Santíssima livra dos tor- sidia à peregrinação o ilustre e vene- que êsse acto tam solene e tam ma·
que precisa, não é por falta de bens mas mentos do Purgatório os seus servos devo- rando Bispa de Pnrtalegre, Ex.mo e jestoso do culto católico produziu em
porque põe obstáculo à sua concessão: Em- tos e fiéi~ .. E' exactamente o que ela afirma, Rev.mo Senhor D. Domingo!t Maria tódas as pessoas que a êle tiveram
quanto há. vasos, ela, com o auxílio de seu quando dtz: Caminhei sôbre as ondas do Frutuoso, brilhante ornamento da a ventura de assistir.
Fi~o~ enc~e-os com o óleo da alegria e da mar, isto é, consolo e alivio essas almas mi- Ordem Dominicana e honra e lustre Ao Evangelho, S. Ex: Rev.m• o Snr.
IDlsencórdta, como se diz, misticamente a tigo os sofrimentos dos meus servos. ' do Episcopado Português. Bispo de Portalegre fêz uma homi11a
respeito dela no 4. 0 livro dos Reis, cap. 'rv. Ela é, pois, no rigoroso sentido da pala- Faziam parte da imponente roma- sObre o Evangelho do dia apllcado
Como a Rainha da Sabá, que levou a Jeru- vra, Soberana Senhora e Rainha. gem os professores e os alunos dos aos louvores do Rosá.rl~a devoçâo
salém 'preciosos perfumes, ela d errama na Maria Santíssima acrescenta que é a Rai- três seminârios diocesanos, os de pre- das deV'oções--ou na frase de Leão
Santa I geja todos os dons das virtudes so- nha da terra: Sentei-me em todos os lugares paratórios do Gavião e de Alcains e XIII-a alma das devoções.
brenaturais. (3 Reg. X, 2). da. terra e no meio de todos os povOs, tive o de teologia de Portalegre. Com vá.rias alusões à História Uni-
~. pois, com razão que Maria Santíssi- o 1mpério de tOdas as nações: ln omm terra Além de alguns fiéis formavam o versal e à da nossa terra faz uma
ma é chamada Rainha e Soberana. steti, et in omni populo et in onmi gente grupo de peregrinos o Rev. Cabido fr.á.plda explicação do sentido ger'al
prunatum habui. da Sé Catedral de Portalegre 12 Sa- d:e cada grupo de mlstértos e do va-
Extenslo territorial do reino de Maria No mundo há três espécies de homens : cerdotes e 180 Seminaristas dos três
seminârios.
lor dogmático desta grande devoção
os bons, os maus e os tíbios. Maria reina sô· e tirando partido até da frase de
Consideremos agora a extensão do r eino bre os maus, conduzindo-os ao arrependi- Do Entroncamento até aonde ti- N. Senhora cEu sou a Senhora do
de Maria, porque ela é grande como Rai- mento e à penitência. Por is50 diz; «eu co- nham vindo de com11olo safram cêrca Rosá.rto> mostra a necessidade que há
nha em proporção com a grandeza e imensi- loquei-me em todos os lugares da terra''· Os das duas horas da tarde do dia vin- de intenslficor e aperfeiçoar esta de-
dade do seu reino. pecadores, na verdaâe, são terra, não se te e quatro, em camionetes e automó- voç!Lo.
O livro do Eclesiástico, falando da Vir- ocupam senão das coisas da terra; ora a Vir- veis em direcção a Torres Novas e da- No fim do Pontifical fa.i a imagem
gem, diz-nos qual é a extensão, dêsse rei- gem salva-os, proteg~os, tira-os dos vícios. qui à Batalha. par Minde e POrto de reconduzida à capelinha no· meio dos
no, quando, põe na sua bôca as seguintes Ela reina sôbre os bons, conservando a ~ós. I cânticos dos Seminartstas e de mui-
palavras: graça de Deus nas suas almas e fazendo Feita uma râplda visita às partes tos fiéis que já. tinham chegado.
SO~inha percorri o círculo dos céus, pe- crescer cada ver. mais essa graça. Por isso mais notáveis do Monumento encami- Houve cêrca de 1:000 comunhões.
netrei na profundeza dos abismos, cami- diz: Eu detive-me no meio . de todos os po- nharam-se para a Fá.tima aonde che- Depois do Pontifical foram almoçar.
nhei sôbre as ondas do mar; sentei-me em vos. Porque o povo é a multidão reunida garam cêrca das nove horas. As 11 1/2 cheios de consolaçA.o e
todos os lugares da terra e oo meio de todos em sociedade de direito, de consentimento, O primeiro acto foi a recltacâo do saüdade partiam de novo felizes oor
os povos tive o império de tôdas as nações. de comum acôrdo, o que significa os bons terço em comum na Pen1tenciarta. lhes ter sido dado pisar a terra bem-
(XXIV, 8-g-ro): Gyrum coeli circuivi sola, em que há união de vontades. Sôbre êsses • • • dita de Fâtima em dia tão so'ene co-
el profundttm abyssi p11netravi, in flttctibus Maria reina plenamente e os mantém na mo o da Anunciação de N. Senhora.
maris ambulavi, et in omni terra stBti, et graça de Deus. Finalmente, ela reina sôbre No fim do terço S. Ex." Rev.m• o
iu omni populo et in omni gentil primatum os tíbios, arrancando-os à s ua tibieza e ele- Snr. Bispo de Portalegre que chegara Visconde de Montelo
llabtli. Ela mostra nestas pelavras a imen- vando-os ao fervor da caridade. de Châo de Maçãs por volta das qua-
~idade do seu império, porque reina sôbre tro horas da tarde dirigiu a. palavra
qu~ttro reinos: no Céu, no I nferno, po Pur- Multidão dos st'tbditos de Maria aos seus Seminariristas. -.w.-,..
gatório e sôbre a terra. ~ostrava S. Ex.a o grande prazer de
El:J. reina no Céu; por isso diz: Percorri Em terceiro lugar, consideremos a multi- poder praticar a devoça.o da Senhora A Vo.r tla Fátima foi visada p<'la comis-
sõzinha a órbita do Céu: Gyrum ciruivi so- dão das ptssoas sObre as quais a Virgem do Rosârto nos dominlos de N. Senho-
la. Como Rainha do Céu, percorre-o cm tô- Santíssima exerce o seu domínio. Podem re- ra. são de Censura.
VOZ DA FATIMA a
vMháo para. receberem a bênção de brm os peregrinos podem tirar o mesmo bi- mãos) aue os trantiport.am à Vila de Torre~~
O Episcopado Português Jesus Sacramentado, não passavam lhete, bilhete que lhes dá direito ao trans- Novas e daí a. Fátima, sendo necessário.
porte até Chão de Maçãs e ao comboio des- Prometeram ser atencioso:; para com
de algumas dezenas.
em Fátima Vtsconde de Mont~io
ta estação até à.auela. oara onde tenham ti- os perellfino~. As carreiras dessas esta-
rado bilhete. Act-n;Urn~>nt"" dA ti')das as esta- ções siin· elo Entroncamento à.s ~-'>O h ..
ções se podem tirar bilhetes para Fátima- 10,15, 13,30, q,30, 19,50 e 23,20 c de Tor-
No dia treze do próximo mês de
Maio, realiza.r-se-á, como nos anos an-
teriores, a grande peregrinaçã-o n~c>io­
_..*•*+-- - Cl·ntral, assim como de Fátima-Central se res Novas às 13.30 h.
podem tirar bilhetes !"'ra i-Mos as estações Os nr""''Q rln cada lugar são: id;a "" volta
na.l a Fátima. Mas, no corrente a.no,
essa peregrinação revestirá, sob di-
Indicações úteis aos do país.
Chegados à. estação qe Chão de Maçãs,
4Soo; \dà: e volta 7$oo.
Preços de serviços dlll automóveis 11m qual-
versos aspectos, uma imp:mência e um
esplendor singularment3 extraord!ná-
Peregrinos o:; passageiros, devem dfrigi.r-se ao Sr. An- quer dia:
tónio Rodrigues de Deus que os levará a Automóvel da vila de Torres Novas a Fá- •
rios, assumindo as proporções duma Fá lima. tima, ida e volt..1. no mesmo dia, com 4 ho-
Nota- As indicações que aqui damo:; Em Chão de Maçãs também se pode tirar ras de demora na Fátima, para duas pea-
apoteose sublime, col<ossal e incompa- são sObre os meios de transporte que exis-
rável à gloriosa Padroeira da Nação. bilhete para Fátima-Central, e êsse bilhete, soas, 70Soo. Idem, como acima, para qua.-
tem quando êste guia é impresso e nos fo-
A ela devem assistir todos os Bispos se fôr só de ida, custa 15Soo. e, se fOr de tro pessoas, goSoo. •
ram fornecidas oficialmente ou por pessoas Automóvel para ir buscar ao Entronca-
portugueses, sob a persidência do ilus- ida c volta, custa 25$00.
amigas). O Sr. António Rodrigues de Deus está mento, até à Vila de T. Novas, para dua.s
tre Ca.rdial Patriarca de Lisboa, e ove-
nerando Núncio de Sua Santidade o x.o- Linha d11 Oest11- Estação de Lei- na Estação à. chegada de todos os comboios pessoas. rsSoo; idem para quatro pessoas.
Papa Pio XI acreditado junto do Go- ria. Leiria, Córtes, Reguengo do Fêtal, Fá- correios e nos dias 12 e 13 também faz car- 2o$00.
vêrno da República. tima. rcim píJ.ra os rápidos que parem em Chão de Esta mesma sociedade «João Clara & C.•n
Nesse dia. glorioso, que será. para 2.o (caminho mais curto). Leiria, Barrei- Maçãs. compromete-se a alugar por preços módicos,
sempre memoráve 1 e ficará registado ra, Reguengo do Fêtat, Fátima. Em algumas estações há à. venda bilhetes camionetes desde 9 a 36 lugares.
em letras de ouro nos anais do san- 3.o (com vantagem de passar pelo Mos- de ida e volta e noutras só de ida, devendo
tuá.rio má.ximo da Pátria acorrerão teiro da Batalha). Leiria, Batalha, Reguen- os bilhetes para a volta ser tirados em Fáti- Aos senhores condutores de
de todos os pontos do pais ao bEmdi· go do Fêtal, Fátima. ma-Cl·ntral.
4.o (Por Alcobaça com vantagem de visi- automove!s, camionetes, ca-
to local das aparições numerosfssimas Nota - Os bilhetes de ida e volta de miões, carros e quaisquer ou-
peregrinações, em que se hão de en- tar os Mosteiros de Alcobaça. c Batalha).
corporar as élttes crentes e piedosas Estação de Valado, Alcobaça, Batalha, Re- Lisboa, Campanhã e Porto são válidos por tros veículos.
guengo do Fêtal, Fátima. 4 dias. Os de Coimbra e Santarém são vá-
das nossas cidades e das nossas al- lidos por 3 dias. Afim de facilitar a tôdas as pessoas e elõ·
deias. · 5. 0 Linha do Lena- Martingança. Bata-
lha, tomando aí transporte ou seguindo a pecialmente aos doentes o acesso ao Santá-
A Cova da Iria retinirá almas das
mais belas da nossa terra que, ven- pé (x61<) por Reguengo do Fêtal, Fátima. Por Leiria rio pt-dr-se o seguinte:
cendo com coragem e generosidade 6.o- Linha do Norte- Estação de Al-~ . . . . I.0 - Quer do lado de Leiria, quer do la-
bergaria: (com paragem de todos os com- l~á 2 care1ra~ .dtánas de cam1onete entre
todos os obstáculos, irão depOr junto boios). Albergaria, Caranguejeira, estrada. a c1dade de Lema e Pombal para o rápido do de Ourém os veículos seguem até a.e
do trono da Rainha do Céu as home- de Caldelas até perto dos Cardosos, estrada do Porto-Lisboa, às u,31 e para o de Lis-
Santário e dão a volta no terhmo em fren-
nagens do seu respeito, da sua grati- de Leiria a Vila. Nova de Ourém até ao seu boa-Porto às 20,45 h.
te à entrada, vindo em seguida juntar-se
dão e do seu amor filial. . entroncamento com a desta vila à Fátima c O pn'ço de Leiria a Pombal é de ro es-
no lugar que lhes compete só. dum lado da.
A missa dos doentes será. celebrada, daí por estrada até à Fátima. cudos por pessoa.
estrada, e aí ficam até serem n·clamados pe-
ao ar livre, no alto da escadaria que 7. 0 Estação de Caxaf'ias, apeadeiro de Em Pombal há automóveis de aluguer.
los senhores Pcn·grinos.
dá. acesso à Basllica, activando-se os 2. 0 - Feita essa reclamação, vão buscá-
trabalhos para que ela já esteja apro- Ceis~a - Ourem, estação de Chão de Maçãs -los ao terreno rc-;crvado em frente do San-
priada nessa ocasião. a Vila Nova de Ourém e daí à. Fátima. Estação de Leiria à cidade tuário e seguem o seu caminho.
8. 0 Estações do Entroncamento e Torres 3. 0 - Em tudo os doentes tccm a prima-
Novas a esta vila; e daí pelo Pedrógão, Há 4 carreiras de camionetes por dia ao
sia.
As cerimónias oficiais Ameixoeira à. Fátima. preço de I escudo por pessoa.
Os automóveis custam 10 escudos. NA FÁ TI MA- Santuário
No dia treze do mês de Março fin- Em Leiria há automoveis de aluguer.
do, o tempo apresentou-se frto e chu- Por Chão de Maçãs O automóvel de Leiria à. Fátima para 4
O Santuário não fica situado na povoaçú
voso, o que contribuiu para que a Serviço combinado com a Fátima pessoas custa go escudos com pouca demo- da Fátima, mas no sitio denominado Cova
afluência de peregrinos fOsse mais ra. A demora costuma pagar-se a 5 escudos di). Iria, 3 quilómetros àquém de Fá.tim1.
reduzida do que era de esperar nêste Aos peregrinos que vierem a Fátima pc- por cada hora. para quem vem de Leiria e a igual distân-
fim de inverno. A-pesar-disso, as ca- lo caminho de ferro, convém saber que lhes Há automóveis na praça de Leiria que se cia além desta povoação para quem vem de
mionnetes de carreira fizeram apre- é mais económico e fácil tirarem bilhete na~ alugam com melhores condições de prémios. Vila Nova de Ourém ou Torres Novas.
ciável serviço, sobretudo entre Vila respectivas estações para FátJma-Central.
Nova de Ourém e Fá.tima e entre Lei- Este bilhete dá-lhes não só direito ao com-
Por Vila Nova de Ourêm Hoteis
ria e Fá.tlma. Viam-se também mui- boio até à estação de Chão de Maçãs mas
toe automóveis., tanto de aluguer como dá-lhes tambtlm direito ao transport!J) dessa Automóveis da vila à Fátima 40 escudos. Perto do Santuário há um hotel e pessoas
particulares, vindos de longe e de estação até à Fátima sem que seja necessá- De Caxarias ou Chão de Maçãs à Fátima que forneéem comida e dormida, mas para
perto. Celebrou a missa dos doentes rio pagar mais além do bilhete de comboio. 70 escudos. os dias 12 e 13 é preciso reservar lugares
um dos capelães do Santuário. Ao Este contrato feito entre a C. P. e o Sr. com antecedência.
Evangelho pregou o rev. dr. Galamba António Rodrigues de Deus, de Vila Nova Por Torres Novas Eis a lista dos que existem actualmente:
de Oliveira, prollessor de sciênc1as de Ourém é, sem dúvida, digno de ser apro- -Hotel de No.- ;a Senhora de Fátima;
eclesiá.sticas no seminário de Leiria. veitado pelos peregrinos que viajarem na li- Os peregrinos que preferirem desembarcar - Pensão Católica;
Os doentes, que tinham sido inscritos nha do Norte. Só vale para quem, tendo ti- nas rstações de Torres Novas ou Entronca- - Pensão Ouriense;
no POsto das verificações médicas e rado o bilhete para Fátima-Central, desem- mento teem em qualquer dessas estações as - Pensão modesta;
ocupavam lugares reservados no Pa- barcar em Chão de Maçãs. Na Fátima, tam- camionetes dos Srs. João Clara & C.• (ir- - Café Leiria.

(Pede-se o favor de ensaiarem estes hinos Terra de Santa~ Maria! ij'-Amén.


nas diversas terras, 1)ara serem cantados no dia E' na fOrça do teu mal Y- Protegei, Senhora, a minha oraç4o,
Que desce à Cova da Iria ~-E chegue até Vós o meu clamor.
13 de Ma·io pela multidão dos peregrinos diante Tua. Rainha Imortal. Y- Bemãtgamos ao Senhor,
da iinagem de Nossa Senhora de Fátima). ~- D~mos graças a Deus.
Bemvlnda, Virgem Senhora! Y- AB almas dos ttéfs defuntos por mtsendr-
MATINAS Nas pregas désse teu manto cUa de DeU& descansem em paz.
Aoolhe, Mãe, desde agora, ~-Amén.
1- Eia, entoai agora, lc1bios meus,
~-Glória e louvor à Virgem Mtle de Deus. Portugal que sofre tanto! LAUDES
\
Y- Em meu socorro acode 111, Senhora, Luz bemdlta. do Nascente, Y- ~a. entoai agora Zdbios meus, etc.
~-Do inimigo me livra, vencedora.
Y- Gló•"'ia ao Padre, e ao Filho, e ao Espí- Alumie o teu fulgor (Oomo a Matinas>
rito Santo; Estas praias do Ocidente
~- Asstm como era no princípio, seja agora
Tão tristes como a sol-pOr... Hino
e sempre por todos os séculos dos séculos. Que o teu olhar, Virgem pura.,
Amén. (Aleluia). Como luz de mat'lrugada,
Mal em Portugal fulgura
Hino Faz das trevas alvorada!. ..
Y -E erguendo-se Maria tm caminho da
montanha;
~-Donde a mim que me vtstte a M4e do meu
Senhor?
y - Protegei, Senhora, a minha oraçtlo.
~-E chegue até Vós o meu clamor.

Oraoto
~ Senhor, que pelos mtstérios da vtda, morte e

J W') J I
ressurreiçl!o de vosso Filho unigénito nos prepor-
clonastes o prémio da vtda ete~a: concedei-nos
que honrando êstes mesmos mfstéríos, ao come-
~;,~~ morarmos o aparecimento em Fc1ttma da Rainha
do Santts!imo .Roslirio, ímitemos os exemplos que A vtsâo poisa ao de leve
! (}.}] ~les conteem e álcancbmos as graças que nos
prometem. Pelo mesmo Jesus Crtsto Senhor Nos-
Na a.zlnhe1ra, entre toja.ls,
Vestidos brancos de neve,
ao. Feições do céu, diVinais.
VOZ DA FATIMA

Nos lábios· paira um sorriso Penitência! Penitência! VtSPERAS


Abrindo em falas de amor Que Deus dará. valimento. 1- Ei a, entoat agor a lábiO$ meus, etc.
Ouvidas no Paralso A sua eterna clemência ~ oomo a Matinas)
A Jesus nosso Senhor. 36 pede arrependimento!
Como Deus é nosso amigo! Hino
Falas dos lábios d!vinos
Amigo como ninguém .. .

~·~ ~·~
~
Nos lábios de nossa M!l.e ...
Como t1lhos pequeninos -Em vez de eterno castigo,
Mandou-n os falas de Mãe!. .. ,
Vamos ouvi-las também!
Vem falar em voz amiga
Nossa Mlie, nossa Senhora? ...
Y- Levantei
~-Donde
os m eus olhos (} montanha,
me Virá o auxtlw . ! ~4;2 •m Jl
~J;?~fon4~
~
-Qual o filho que não siga (Oraollo, etc., como a Matinas).
Falas de Mãe, vida fora? ... j'!J i!' : ! .. l
:t'- .A. aua tace resplandecia como o sol;
SEXTA
C: -li/wt 5"""_.,W,}.,.:).
r= __,
brancoS~ Y- Eia, entoai agora ltibios meus, etc.
~ l J 8:: @ J-:I JI
_. - l : 08 aeus vestidos eram como a
M1)e. (Como a Matinas)
1o raoão, · etc., como a Matinas). Hino p,;:..,. ,rn
_o;..t/........ ,
PRIMA
! l j•) 1~1
Y- &ta, entoat agora ldbtos meus, etc.
(Oomo a Matinas> ~a.ufic&~P"'a??Z~ ;~
li: Marial Ei-la que passai
Hino A terra, que era um deserto,
Abriu e floriu em grnça,
c;t;L77~Cb Mais parece um céu aberto!. ..

;r-ll)'iii.
~~~ ~nt/PA~cvu:~
u h~
São Imenso santuârio
Montes agTestes e nus,
Onde a Virgem do Rosário
Derrama bênçãos a nux:
Aos mudos- poder rezar,
f J l OE l l' ) Ôl J l Ji j h Aos cégulnhos -luz do dia,
Aos surdos- ouvir cantar
Louvor à Virgem Maria!
~~ ?71~'/ft, e/1!!:.~ -&~11-4~
E?'
&.rrne-/-tl
r; rlal-
J'O ; liJll
A.ÚiõrAd v4 ~
Anda o mundo em dura guerra,
E a Virgem Mlie que nos traz,
Se trouxe do céu à terra
li: alivio dos peregrinos
Que de tão longe aqui vem,
Dos grandes e pequeninos
Jesus,- Prlnel,pe da Paz? Porque de todos é Mãe I

;l?:J j J j J J ()l Jl A paz, em coro celeste,


Cantada outrora em Belém ,
Y -Vinde a mtm todos os que me de:re1ab
e saciai-vos de meus frutos,·
~-Porque a mi nha lembrança é mais doce
Foi êsse o dom que nos deste
fLk- ve~.r..Tct4 a ~azk~lht Em teu amor, Virgem-Mãe! que o mel; e possuir-me mats iWce que ttm
tavo de mel.
Sustenta lindo rosário Por nossa boa vontade (Oraolo, etc., como a Matinas) .
Nas mãos erguidas a orar, Em Portugal nos sorria
Os m.lstérios do Calvário A paz que a Mãe de bondade COMPLETAS
Em seus lábios anuncJa.
Deve estar a contemplar... Y- Eia, entoat agor a lábios meus, etc.
Aos pastores, inocentes Vivamos em paz, amigos,
Sem fazer mal a ninguém, (OOmo a. Matinas)
Como meninos de bêrço, Que Deus. em vez de castigos
Lembra que façam ferventes Nos manda falas de Mãe!... ' Hino
A santa reza do têrC}O.
1 -Na$ nuvens colocarei o meu arco·
Em seus mistér los ensina ~-Serti o stnal da mi nha altança ronvosco.
Como havemos de viver (OraQAo, etc., como a Matinas) .
Da eterna vida divina
Que Jesus velo tjrazer.
NOA
Nossa mestra e nossa Mãe 1 -Ei a, entoat agora ltibios meus, etc.
Do céu nos vem ensl.nar,
Ensina como ninguém (COmo a Matinas)
Os fllhinhos a rezar.
Hino
y -l:ll'tti em mtm t6da a graça d.o camtnho e
da verdade:
~r'e ::t A'trc:Z-
9'\~ l l :P ~~
ay l v'f ~0-?=rnjf.e-Üen~;.n-.Ü?hn'el.r
-.-Flori como a rosa plantada (} margem d4
4gua corrente.
(Oraoao, etc., como a Matinas). -4~ .at'!1''""·
-(, ';!.·
?leu. .... ..,.....
l ê ~ J--:i J J I
TtRCIA J j J~ J7J1 #(JfJ1 ~ /~ Hnae~ ~ ~ ~Rltl''"j

1 -lUa, entoai agora lt1bfos meus, etc.


;.;cy -g..re.ara- .~ ~ Almas há sem fé, cêguJnhaa,
Não vêem o sol- Jesus?
~ ~ f ;)51 J :(7 Jl
(Oomo a Matinas) A Virgem Mãe encaminha-as,
Por sua mão as conduz.
Hino
;;;za.4'R .n"..;pt jzafu -&i
''
~
~- )\ :l'- J j ·J . .} J j
fJ4~ J. J
·"4 ma
:r:·
- · ZM M
Jlcj;r;. J
;l k:,
Sobe com elas em calma
A agreste senda da Cruz,
Matando-lhes sêdes de alma
Na fonte da Eterna Luz.

~.{/;ú.[;~,.,., r~~ ~~e


E se alguém não acredita
.1' J :ts õt :J1 J JSJ''J I Na celeste apariçt\Jo,
Repare no sol, palpl,ta
~ .t'ej"' ~ 4i -
7?"U q ./l.l' Ód
Qual humano coraça.o!

) ) J ;E J ) ) J·j Que mUagre! que seria?.. .


Quem é que na.o adivinha? 1
COnfirma a Virgem Matla
'-4/..eut;_a /a ?n·tU AÚ ln>· .da •~ A fala da Pastot1nha.

íP ~ j J J J (!h! J A Pastorlnha n!l.o mente!


A Senhora apareceu.
k; .a >0tf)'t' 771 7U7' &;- é:Ú -{fl':n
O que nos diz a vidente
Foi-lhe ditado no céu...
Vem triste a Mãe de piedade A esta divina Escola
Como o céu escurecido? ... Onde é a mestra, Ma.r.la,
-Mas palavras de bondade Vamos pedir uma esmola
Traz a Vlfgem no sentido. De eterna sabedoria.
~-Os céus narram a glórta de Deus:
Ao ver-nos, fUhos queridos, ~-E o firmamento dá a conhecer as obras
Na senda da perdição, ele suas mtJo$.
Vem falar-nos oom gemldos
De amor e reparaça.o ... (Oraolo, etc., como a Matinas).
AftQIX LEIRIA, 13 de Maio de 1931 N.· 1M

COM APROV AÇAO ECLESIASTICA

Di,...._ • Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Emprêsa Editora: Tip. " Unilo Gréfica " T. do Despacho, 1&-Lisboa I Administrador: P. António dos Reis I RedaoqAo e Administraolo: " Seminário de Leiria"

Portugal aos pés da Virgem, Padroeira da Nacão


,
PORTUGUESES, A FÁTIMA!
As aparições da Virgem reino pelas mãos de Maria, Rainha do Bareelos. Organizou-a o sr. Joaquim Luis Os peregrinos hospedaram-se no Hotel Esta peregrinação foi a primeira qn•
Céu e da terra, Raínha de Portugal! .Monteiro e foi seu director espiritual o de Nossa Senhora do Rosário, de que é ofereceu ao Santuário o seu estandarte.
Qulai três lustros são passados depois rev.do José Gonçalves Cascão de Araujo. proprietário o sr. Marquês de Rio Maior, A missa solene do dia 10 foi cantada
1,0e a :Rainha dos Anjos desceu dos esplen- A Póvoa de Varzim em Fátima Antes da partida para a Lourdes por- grande amigo de Fátima, sendo gentil- pelo Rev.do Reitor do Santuário, acolitade
clores da glória, e veio pousar, pela vez tuguesa, os peregrinos reüniram-se na ca- mente servidos pelo respectivo pessoal e pelos rev.doo Reitor de Fátima e CarlOii
primeira, os seus pés virginais sôbre a co- No dia sete de Abril último chegou pela de Nossa Senhora das Dores, onde merecendo elogios a sua gerência, confia- Francisco, que acompanhou a per~­
pa dnma pequena azinheira, no cimo árido à Cova da Iria um grupo de sessenta e ouviram missa e comungaram, dirigindo- da à benemérita senhora D. Maria Fran- ção.
e esca.IYado da serra de Aire. cinco pessoas, da Póvoa de Varzim, que -lhes o rev.do Cascão uma pequena alo- cisca Palmeira. Ao evangelho, pregou o r ev.do José Gon-
Foi em 1917. iam em piedosa peregrinação a Nossa Se- cução, em que lhes explicou o significado A procissão do Santissimo Sacramento çalves Cascão de. Araujo director das Fi-
O mundo debatia-se, havia quási três nhora de Fátima. daquela r omagem e o modo como deviam que nos dias 8, 9 e 10, percoreu o vasto lhas de Maria, que falou sôbre esta pas-
anos, na mais espantosa das guerras de Esta devota romagem foi promovida pe- proceder durante ela. anfiteatro da Cova da Iria, foi uma cere- sagem do Evangelho: uF~os aqui trê&
que at~ então tinha sido teatro e Portu- la Pia União das Filhas de Maria e es- À despedida estavam presentes muitas mónia inédita nos anais de Fátima, tór- tabemáculos: um para ti, outro para Moi-
pl. dando o esfórço generoso e a carne sã treou um rico e lindo estandarte bordado pessoas e os sinos da capela repicavam fes- nando-a ainda mais semelhante a Lour- sés e outq> para Elias». Dissertou larga-
e forte da sua juventude para essa for- pelas Irmãs Missionárias de Maria, de tivamente. des. • mente àcêrca das aparições de Fátima e
.midá Tel hecatombe, erguia as mãos e os de Lourdes e incitou os seus ouvintes a
olhos ao Céu, numa prece colectiva e fer- recitarem o terço do Rosário, oração pre-
TO.rosa, implorando o termo rápido do hor- dilecta da Virgem, que ela recomendo•
rivel &gelo. tantas vezes aos videntes e por interm~­
Ao mesmo tempo, a Igreja, mãe cari- dio deles a todos os portugueses.
Jlbosa e mestra infalível da humanidade,
cernia dolorosamente, entre os ferros da O dia 13 de Abril em Fátima-As
mais dura e cruel escravidão, neste pais peregrinações dos dias grandes
que ela fizera tam grande e tam respei-
ie,_do. As solenidades religiosas oficiais dêstt
Raiara, nesse ano de bênção, o dia tre- dia tiveram a emoldurá-las um tempo es-
ze de Maio, alegre e cheio de sol. Ao plêndido e um céu cheio de luz e de cór.
\
m eio-dia, um zagalete e duas pastori- Já se adivinhava a proximidade do gran-
llhas, humildes e inocentes, viram cortar o de movimento de peregrinos que durante
o>paço o clarão fulgurante dum relâmpago seis meses, de 1\faio a Outubro, fazem da.
/
e surgir de repente, circundado duma luz Cova da Iria o santuário mais freqUenta-
.,!estia! o vulto encantador duma don· do do mundo inteiro.
liCla, resplandecente de pureza e deslum- Antes das torrentes caudalosas do es-
N-ante de graça. tio, que transformam o local das apari-
ções num vasto oceano de cabeças huma-
Portugal em Fátima nas, vêem-se agora os rios mansos e abun-
dantes de águas, mas sem a violência for-
1t lloje, treze de Maio de 1931, que Por- midável e irrevrimivel das avalanchas d011
tugal inteiro vai ajoelhar-se aos pés do Air-es e das cataratas do Niagara.
trono de Maria, no santuário máximo da
Pátria, numa homenagem de fé, confian- A primeira peregrinação estraojeira
ça. c amor filial, que revestirá as propor-
ções duma verdadeira apoteose, para lhe O facto culminante dêste dia, a sua no-
agradecer efusivamente as ifaças e bên- OS VENERANDOS PRELADOS PORTUGUESES COM O REV. PADRE MATl!:O. ta mais saliente e ;nais característica, foi
çãos derramadas sôbre esta terra que foi, Da esquerda. para a. direita: sentados- Padre Ma.téo, Prelados da. Guarda., VUa. Rea.l, Braga, Lisboa, Evora, sem dúvida a presença da primeira pere-
é e será sempre a terra de Santa Maria. Funchal e Colmbra. De p é - Bispo Coadjutor de Lá.mego, Vlaeu, Porto, Algarve, Coadjutor de Colmbra, Lei- grinação estranjeira. Coube à poderosa re·
O Tenerando Cardial Patriarca de Lis- ria, Portalegre, BeJa, Bragança e Auxiliar da Guarda. pública imperial da Alemanha a honra su-
boa, rodeado da luzida côrte do nosso ad- mamente apreciável de enviar, antes de
miráTel Episcopado, fará com os seus lá- qualquer outro pais, uma embaixada a
bios de fogo a consagração solene e ofi- Fátima. Fazia parte do grupo de pere-
cial de Portugal ao Coração Puríssimo e
Imaculado da sua augusta e excelsa Pa- ; ~L0 significado da ida do Episcopado Pç:>rtuguês grinos aliás pouco numerosos, que trazia
também alguns doentes, o ilustre médico,
droeira. dr. Oscar Müller. Eram todos de Munich ,
Estão reünidas as córtes gerais da Na- a Fátima, no dia 13 de Maio na Baviera. Chegàram a Leiria às 12, h. 30
ção nêste local bemdito que é o coraç!o da noite de 12 para IJ, tendo dormido na-
geográfico do pais e o polo magnético quela cidade. Às zo h. da manhã, pisa-
das almas e dos corações portugue<"...es. Que vão fazer a Fátima, no próximo dia IJ de maio, os B ispos de Portugal? vam já a terra sagrada do local das apa-
Acham-se presentes inúmeros represen- rações. Presidia à peregrinação o rev. d•
tantes de tódas as classes sociais, vindos Vão agradecer oficialmente, como os Pontífices do seu povo, a graça que Nossa Se- Mons. Miguel Hartig, cónego da Sé de
de todos os pontos do continente. nhora lhe fez de descer até junto dêle. Munich.
Tendo regressado no mesmo dia à ci-
O ap,stoJo pobrezinho - As dele· A Raínha do Céu baixou à nossa terra- que desde o comêço já era dEla: T erra de dade do Lis, visitaram no dia seguin-
gações estranjeiras Santa Maria - e pôs o seu trono de misericórdia em Fátima, donde a todos mostra J esus, te de automóvel os monumentos nacio-
nais de Alcoqaça, Batalha e Tomar, se-
O rei'.do P.• Matéo Crawley, o grande o Salvador do mundo. guindo depois para Lisboa, donde par-
apóstolo do Coração de Jesus, pregando Fátima tornou-se em certo modo a nova Belém lusitana: aí se dignou aparecer a Mãe tiram, pelo caminho de ferro, para o seu
as glórias do Santissimo Rosário, e as de- país.
legações estranjeiras, tomando parte nas de Deus, para dar, por esta especial manifestação de graça, seu Filho j esus ao nosso
manifestações colectivas, testemunham e
Portugal desvastado pelo tufão anti-cristão. A peregrinação paroquial do
ratificam perante o mundo, para os arqui- Socôrro
vos da história, êste acto solenissimo da Depois de se ter pronunciado, após longo e escrupuloso exame, a Autoridade com-
nossa Vida nacional.
-A· nação, e com ela o universo inteiro,
petente, que é o Bispo da feliz Diocese das aparições, já não há lugar para qualquer reser- Na forma dos anos anteriores, a fregue-
sia de Nossa Senhora do Socorro, da ci-
aclamarão a Virgem, &:nhora do Rosário, va por parte dos Chefes espirituais da Nação portuguesa. dade de Lisboa, fez, como de costume,
Rainha gloriosa e brmdita de Portugal. Representantes consagrados e oficiais de D eus e do povo cristão, a sua voz era ne- neste mês e neste dia, a sua peregrina-
ção anual a Fátima.
O Núncio de Soa Santidade cessária no côro de acção de graças, para que êste tenha verdadeiro carácter católico e nacio- Organizou e d1rigiu a piedosa romagem,
nal. em que tomaram parte cêrca de cem rere
O Vigário dç Cristo, representado pelo grinos, o rev.do João Filipe dos Reis,
seu embaixador, Monsenhor Beda Cardi- Os Bispos de Portugal vão a Fátima para agradecer a N assa Senhora a sua visita zeloso pároco da freguesia e fervoroso de-
nale, porá o sêlo definitivo nessa gran- voto de Nos.o;a Senhora de Fátima.
diosa manifestação de fé e piedade para
à terra portu.guesa. ' Os peregrinos chegaram na véspera, àa
E consagrar-lhe hão, em homenagem de filial devoção, a nossa Pátria, a fim de que
com a Virgem .
I
AdTeniat, adveniat, adveniat regnum a Raínha do Céu a guarde e proteja como cmsa sua.
tu um... per manus Mariael
4 h. da tarde, indo logo fazer uma visi-
ta ao santuário das aparições, onde re-
zaram e cantaram alguns cânticos apro-
Ve.DU, 6 Senhor, venha a nôs o vosso t M., Card. Patriarca priados.

'
2 VOZ DA FÁTIMA

Se Deus ~ a bon dade por esséacia., o

M~ri~ ~antíssim~ ~ lmuula~~ .


Às 9, h. 30, realizou-se a procissão das nizou uma. série de conferências sôbre Fá-
velas, que foi seguida de exposição do tima, que foram feitas pelo rev.do dr. bem incria.do e infinito e, com o tal, •
Santíssimo e adoração nocturna, que du- Fischer no fim de Março e principio de doador de todos os bons, Maria. Sant:íal-
rou desde as I I h . até às 4 h. da manhã e Abril . ma. é a criatura q ue, em mais larga me-
dida, participa da bondade infinita, re-

u
terminou com missa e comunhão geral. No dia I I de Fevereiro último, fes-
produzindo na. sua. augusta pessoa, ta~­

1~1esu Raín~ ~ortunl


Na peregrinação tomaram parte dois ta da aparição de Nossa Senhora de Lour-
des, "-SSinou como representante da Cú- to quanto ~ possível a um ser con tingeo-
• oentes da frêguesi.a. te, tôdas as íne{áveis perfeições do Cria-
Os peregrinos regressaram no dia 13 à ria Episcopal de Leiria. os contratos, re-
produzidos noutro lugar dêste mensário, dor.
capital, tendo partido de Fátima às 2 h. e
para a constituição duma. secção de pro- Por isso, a. Virgem, invocada peiQS peca-
30 da tarde.
paganda de Fátima. (Fátima-Verlag) na dores com confiança filial nas calamida-
Ceguinhos de Castelo de Vide Ottoverlag, importante obra diocesana. de Raínha por herança - Raínha por conquista- des públicas e nas necessidades particu-
Bamberg, fundada. pelo respectivo Prela- lares, foi sempre para com êles duma. bou-
Um missionário doente
do e destinada à difusão de tudo o que
Raínha por defesa - Raínha por libertação- da.de e duma munificência a. · tôda a. p ro·
::-;0!' registos do Pôsto das verificações interesse à acção católica na Alemanha. Raínha por eleição - Raínha por bondade va, <>sparzindo profusamente sôbre tod~
mé<licas inscreveram-se cêrca de cincoen- Raínha por amor - Rafnha por consagração as graças mais preciosas e mais escolhidas
ta doentes. No mesmo Pôsto inscreveram- Versão alemã da Carta Magna de dos tesouros celestes, de que ~ tam fiel
Fát ima depositária como generosa dispensadora.
-se e obtiveram o cartão de ingresso no Regnum Lusitaniae, R egnum Mariae
Pavilhão dos doentes seis cegos e seis ce- Ela criou assim, . nos corações dos seus
filhos, um titulo irrefragável a uma. grati-
gas do conhecido Asilo dos cegos de Cas- Escusado é encarecer as vantagens des- (A terra lusitana é um feudo de Maria) dão profunda e perene para com ela, que
telo de Vide, a pitoresca Sintra do Alto ta fundação, que de-certo contribuirá pa-
_<\lentejo, que eram acompanhados pelo ra que Nos.o;a Senhora de Fátima. seja. ca- Nossa Senhora de Fátima, rogai por n6s e pela nossa Pátria I é a ~lãe de misericórdia e a Medianeira
respectivo regente. o rev.do Severino Di- da. vez mais conhecida e venerada nas na... poderosíssima junto do trono de seu Di·
ções da. Europa Central. vino Filho.
nis Pôrto. Entre os doentes inscritos me- Maria , Rainha por hera nça mas favorecidas com os pnvilégios do
rece especial referência o rev.do Jerónimo, Brevemente serão publicadas em Fran- i\laria Santíssima é pois, pela sua. bon-
Céu. dade c munificência, Rainha. de Portu-
que foi durante muitos anos missioná- ça. e na Hungria traduções do livro «Fá- Maria Santís:;ima e Imaculada, excelsa l\'laria Santíssima é, pois, Ra.ínba de
tima., a. Lourdes portuguesa>>, do grande gal.
rio na nossa possessão de Timor e que es- Rainha do Céu e da terra, augusta Impe- Portugal, por direito de defesa.
tá atac.'ldo de amnesia total. apóstolo de Nossa Senhora. Maria , Rainha por amor
ratriz do universo, é, por título de ordem
O sábio professor está preparando a Maria, Rainha por libertação
geral, Raínba. de Portugal. D<:pois do Sagrado C.Orção de J esus, o
A missa dos doentes tradução ·alemã da Catta Pastoral «A
Efectivamente, sendo a. Mãe do Filho de Divino Rei de Amor, não há coração ma1~
Divina Providência>), a Carta Magna de As culpas individuais e as iniquida-
Deus feito homem, ela é, em virtude da. santo, mais temo, mais amante, do q ue
A missa oficial foi celebrada, ao meio- Fátima., que será a. primeira publicação sua. maternidade divina, Ra.ínba da nos- des colectivas, desafiando a cólera do Al-
da Fátima-Verlag e que terá a. precedê-la tíssimo três vezes atraíram sôbre nós os o Puríssimo e Imaculado Coração de Ma-
dia e meia-hora pelo rev.do Tomás Fer- Pátria.
uma introdução do tradutor subordinada castigos do Céu. ria Santíssima. O Coração da. Mãe de
nandes Pinto, ilustre vice-reitor do Semi- A Virgem Mãe de Deus é, pela lei de su- Deus é uma fornalha ardente da mais v i-
nário Episcopal de Coimbra e cónego da à epígrafe <<Fátima, à luz da autoridade Em 1383, por morte de D. Fernando,
cessão e por direito de herança, Raínt. va e mais intensa ca. idade para com Deu~
Sé da mesma cidade. Acolitaram à missa eclesiástica>>. último rei da primeira dinastia., o mo-
do mundo. narca de Castela reclama para. sua. espôsa e para com os bom~ns.
os rev.doo João Ferreira Quaresma, vigá- Ela reina sôbre tôdas as criaturas, não
Fátima na Bélgica D. Beatris o trôno português e preten- .Tendo-nos sido dada como Mãe por seu
rio geral da diocese de Leiria, e dr. Ma- só sôbre os Anjos e os demónios, mcl3. tam- F1lho pendente da cruz de ignomínia e111
nuel dos Santos Canastreiro, pároco da de fazer vingar os direitos que lhe atri-
bém sôbre os homens. E, como no mundo qu~ agonizava, no cume de Golgota, ela
importante vila de Alcobaça e vigário da O rev.do Gaspar Pizarro, S. J., após- bui com a fôrça imensa dos seus exérci-
há três classes de homens, os bons, os a.ce1tou-nos como filhos adoptivos da sua
vara do respectivo distrito eclesiástico. tolo de Nossa Senhora de Fátima na Bél- tos. A nação dividida em facções, deso-
maus e os tíbios, a Virgem conduz os dor e desde então esmera-se em cumpnr
Nas duas procissões a condução da ve- gica, tem continuado com extraordinário rientada e desmoralizada, parece não estar
maus ao arrependimento e à penitência., todos os seus deveres maternais para con-
neranda Imagem de Nossa Senhora de fervor ·a sua. benemérita propaganda. em condição de oferecer a mínima re-
conserva a. graça de Deus nas almas dos nosco .
Fátima foi feita pelas servitas em qua- Por tôda. a. parte, êle tem espa)hado, sistência às poderosas e disciplinadas
bons e faz crescer cada vez mais essa gra- Os portugueses, conhecendo a ternu ra
tro turnos. com um zélo indefesso, água de Fátima., legiões castelhanas. ~ então que a Vir-
ça e arranca os tíbios à sua tibieza e imensa dessa Mãe divina. para. com os ho-
O rev.do Marques dos Santos, càpelão milhares de exemplares da. sua brochura os eleva ao fervor da. caridade. gem mais uma vez intervém e vale ao
em francês «Nossa Senhora de Fátima» e seu povo predilecto, suscitando na pessoa. mens, e gratíssimos às inúmeras e incom-
director dos servitas, anunciou, no fim Assim, em conclusão, se a Virgem San- paráveis finezas do seu amor, quiseram,
da missa, a ida do venerando episcopado dezenas .de milhar de estampas, fotogra- tíssima., a.ugusta e gloriosa Mãe de Deus, do Santo Condestável, D. Nuno Alvares
fias, estátuas, medalhas e postais. Pereira, modêlo consumado de heróis e pagando amor de Mãe com amor de Ii-
português a Fátima, juntamente com a possui um autêntico poder real, pleno, in- lhos, que ela fOsse sua Senhora e Sobe-
grande peregrinação nacional de Maio, e Numa das suas cartas, com data de 13 dependente e superior ao do qualquer sim- de santos, o salvador da Pátria..
de Abril, refere-se a uma cura obtida em ples criatura, se a. sua. autoridade sobera- Em 1580, Portugal cai nas mãos dos rana e . proclamaram-se, cheios de júbilo
fez vários e importantes avisos relativos e entu.s1ásmo, ~ainha-Mãe de Portugal.
a essa peregrinação. Engbien e que é considerada por tôda a. na se exerce em todos os domínios da inimigos da Pátria, e em 1910, cai nas
gente como miraculosa, tendo sido oca- criação, no Céu, no Inferno no Purgatório mãos dos inimigos de Deus e da sua. Igre- Mana SantíSSima. é, pois, por amor, ex-
sião duma nova graça feita em favor du- e sôbre a terra, se a multidão dos seus ja. celsa Raf.nha de Portugal.
O sermão oficial
ma pessoa paralítica havia quatro anos e súbditos compreende todos os seres saí- Em ambos os lances, q ual dêles mais
Ao evangelho da missa da hora das apa- que depois duma novena a. Nossa Senhora dos das mãos de Deus, ela é, verdadeira- angustioso, da vida nacional, a Virgem Maria, Rafnba por consagração
rições prêgou o novel sacerdote, rev.do de Fátima pôde levantar-se e começou Santíssima, ouvindo as súplicas dos seus
mente, não só excelsa Ra.ínba. do Céu filhos, corre em seu auxilio e livra-os Dia 13 de .Maio de 1931.
Francisco Vieira da Rosa, que, há me- a andar. e da terra, augusta Imperatriz do Univer~
A propósito da notícia da ida de todo do jugo cruel que os oprime e esmaga. M;\ria Santíssima, excelsa Rainha. de
ses, celebrou a sua primeira mi~. Eis um so, mas também gloriosa Rainha de Por- Portugal, por vocação, por conquista, por
breve resumo da sua alocução: o venerando Episcopado Português ao As datas de 1385, 1640 e 1917 são três
Santuário de Fátima no dia treze de Maio tugal. das datas mais gloriosas do nosso calen- defesa, por libertação, por eleição, por bon -
«0 coração humano pode viver sem as dade e por amor, vai sê-lo também, des-
caricias dum filho, sem o amor dum ma- diz que essa visita o enche de júbilo e Maria, Rainha por conquista dário patriótico e cristão, que "-SSinalam
de hoje, por consagração pública, solen"
rido, sem a ternura duma espôsa, sem o acrescenta que tal acontecimento concor- a. intervenção misericordiosa da Rainha.
n•rá grandemente para o aumento da Logo no inicio da nossa nacionalidade do Céu em nosso favor, no meio das des- e oficial.
afecto dum amigo; mas há uma pessoa a
cujo coração nos sentimos perdurável- devoção a. Nossa Senhora de Fátima. e que a Virgem Santíssima. digna-se estender o ditas e a.margura3 da Pátria. No cume da Serra de Aire, teatro dr
mente unidos - a nossa querida mãe. aos olhos dos estranjeiros terá o valor du- seu braço protector sôbre o novo esta- Em 1385, 14 de Agosto, vigília da As- tantos prodígios do Céu, reún&-se todo o
Porém Deus satisfez esta exigência do ma aprovação colectiva das aparições e do em via de formação e ajuda-o a cons- sunção de Nossa Senhora, trava-se a ba- venerando Episcopado português sob a
do culto, sendo por isso de sumo alcance. tituir-se através de todos os obstáculos e talha de Aljubarrota, em q ue seis mil por- presidência. do Eminentíssimo Senhor Car-
coração, dando-nos uma mãe incompará- dificuldades, em nação livre e autónoma. tugues se defrontam heróicamente com dial Patriarca de Lisboa, com a. "-SSistência
vel; essa Mãe única, à sombra de cujo ~ sob a égide da. Rainha. do Céu que os do Excelentíssimo Senhor Núncio de Sua
manto se veem refugiar as almas aflitas, Uma cura em Enghien trinta mil inimigos.
reis valorosos da primeira dinastia. condu- Graças à protecção da Virgem que o Santidad~. para dedicar a. nossa Pátria,
os corações dilacerados pela dor, os corpos zem os exércitos aos campos de batalha., Santo Condestável com o seu exército in- por voto espontâneo e livre de todos os
debilitados pela doença, - é a sua pró- Duma carta do grande pr opagandista, para defender os seus domínios das pr e- portugueses. ao Puríssimo e Imaculado
pria Mãe. Assumindo hipostáticamente a datada. de 28 de Fevereiro, seja. lícito tensões dos monarcas de Leão e Castela vocara· cheio de confiança, segundo u ma Coração da augusta Mãe de Deus.
natureza humana, o Filho de Deus tornou- transcrever o seguinte interessante trecho: e alargá-los à custa dos mouros, até que tradição respeitável precisamente em Fá- Neste dia, solene entre os mais solenes,
-se nosso irmão. Desta forma, Maria San- «Enviei há dias ao rev .do Director da o pendão das q uinas tremule ao vento, tima., no local das aparições, o exército celebram-se em Fátima as côrtes gerais
tíssima, sendo Mãe do nosso irmão Nosso «Voz da. Fátiman mais 16 inscrições para substituii}do o crescente, nas ameias de to- português derrota os castelhanos, nos cam- da Nação, em q ue cêrca de meio milhão
Senhor Jesus Cristo, é igualmente nos- a Confraria. Bem pode ser q ue o n úmero dos os castelos ao norte e ao sul do Te- pos de Aljubarrota, numa. das mais me- de pessoas, o escol de Portugal católico e
sa Mãe. Mãe da humanidade inteira, Ma- dos confrades aumente, sobretudo depois jo até às praias meridionais do Algarve. moráveis batalhas da história, consolidan- devoto de Maria., proclama a. R ainha. do
ria Santíssima é também Padroeira de Por- de se tomar conhecida a graça concedida Na. tomada. de Lisboa, D. Afon so Henri- do assim definitivamente a. independência Céu e da terra Rafnha de Portugal.
tugal. Os inimigos das suas tradições não a. uma. m ulher de Enghien, perto de B ru- ques, em peri~o iminen te de ser vencido, de Portugal. Eclesiásticos, aristocratas, oficiais do
se poupam a esforços para derrubarem a. xelas. E!<tou à espera do relatório e do faz o voto de erigir uma igreja. em honra Em 1640, Maria Santíssima inspira uma
exército e da marinha, altos funcinários
Casa Lusitana, solar dé grandes caracte- atestado mé<lico, se o conseguirem, para de Nossa Senhora, se ela alcan çar vitória pléiade de bravos portugueses, que, num do Estado, representantes de tôdas as clas-
res, fortes como o ferro, prontos a acudir publicar a. referida graça. Esta mulher, para as nossas armas, e a Imgem da Vir- esfôrço de audácia. sobrebumana, despe- ses sociais, humildes filhos d o povo, vão
à voz da Pátria, quando esta os chama- que está prestes a. ser mãe, começou a no- gem, transportada para o meio d os com- daçam os grilhões que nos algemaram d u- hoje, n uma. apoteose im ensa, incompará-
va à luta em sua defesa. tar q ue a criança se deslocava no seio batentes, alenta os portugueses, que in- rante o longo cativeiro de sessenta anos. vel, única, constituir, por aclamação unâ-
Portugal não morrerá. Fá~ é o matemo. Isto causava-lhe grandes dores, fligem aos sarracenos, numerosos e aguer - Depois, nas lutas da Restauração, insu-
nime, a Virgem Santíssima a.ugusta Sobe-
campo sagrado de Deus, onde a Rainha sem que o médico lograsse melhorar o seu ridos, uma formidável e inesperada. der- fla nos peitos dos defensores da. Pátria a rana 'da. nossa Pátria.
estado com os remédios que r eceitou . Re- rota. coragem e o valor de q ue precisam para
• presta um novo arraial em demanda da À hora do contacto místico entre a. ter-
solveu por isso chamar um especialista. consolidar a. gran de empresa da liberta-
grandeza da Pátria>>. Con qu istada. aos mussulmanos, mercê ra e o Céu, quando a voz do ilustre Pur-
Na véspera da visita dêste, à tarde, o ma-. da poderosa intercessão de Maria. Santís- ção de Portugal do jugo castelhano. purado, que é o E minentíssimo Senhor
rido da doente contou o caso a. um sacer- sima, a. cidade que mais tarde h avia de E, por isso, concluídas as negociações
A morte dum justo Cardial Patriarca, de Lisboa, D . Manuel
dote português do Colégio d os· J esuítas, ser, d um modo definitivo, a. capital do de paz, D. J oão IV, em test emunho de re- II, I?ronunciar a fórm ula. da consa.graçãD
Faleceu no dia. 12 de Abril e baixou à onde êle é o alfaiate. O sacerdote falou- país, a Virgem n unca m ais d eixou de ser conhecimento, proclama a. Virgem San- à Vugem , todos os corações, cheios de
sepultura no dia 13 -os dias de Fátima. -lhe de Nossa Senhora d e Fátima. e deu -' invocada pelos reis, pelo exército e pelo tíssima, com j úbilo e aplau so de todos j ~bil~, en tusiasmo e r econhecimento, pal-
- um jornaleiro do lugar da Moita Re- lhe uma. pequena porção de água da fonte povo, para a libertação completa de Por- os seus súbditos, augusta Padroeira da p ltarao em uníssono com o coração dói
<londa, frêguesia. de Fátima., de nome Ma- do local das aparições, aconselhando-o a. tugal do poder dos sectários do I sla.m, Nação. Pátria ajoelhado na. Cova da Iria, e des-
n uel Carreira. ministrar algumas gotas à mulher e a. co- inimigos implacáveis d o n ome cristão. E, por isso, por voto unânime do vene-
rando E piscopado e em nome d a Nação, de êsse mom ento, Portugal ficará sendo
:este exemplar chefe de fa.mflia. e fer- meçar ao mesmo tempo uma. novena. As- Maria. Santíssima é, pois, R afnha de mais q ue nunca a terra bem dita de San-
voroso cristão foi uma. das pessoas mais sim fizeram e, quando, na manhã seguin- P ortugal por direito de conquista. Portugal é boje consagrado, dum modo
solene e irrevogávelmente, ao Coração Pu- ta Maria!
dedicadas à Obra de F átima., podendo di- te, v eio o especialista, a. criança tinha. re-
tomado a. posição normal no seio matemo. ríssim o e I maculado da. sua au sgusta Pa- P.• Manuel Servita do S. C
zer-se com v erdade qu e lhe cabe a. h onra Maria, Rainha por defesa droeira. de Maf'ia
de ser o iniciador fervoroso, embora bu-
mikle e obscuro, da devoção popular a Uma peregrinação da Flandres Nos transes mais dolorosos da. nossa
história, quando a independência da Pá- Maria, Rainha por eleição
Nossa Senhora nesse bemdito recanto de
milagre, que é a Cova d a I ria. A p ropaganda. de Fátima vai despertan- tria ou a integridade do t erritório n acio- ~- -
Por tugal, nascido em Ourique sob a.
A-pesar da. sua pobreza, m eteu om bros do dia a dia novos entusiasmos. Ontem nal corria. grave risco, Maria Santíssima p rotecção especial do Céu e t omando pa-
mesmo veio falar comigo um pároco coad- velava com maternal solicitude pela. t er- ra divisa. do seu brasão de armas as cinco
EXERC1CIOS ESPIIUTUAIS
à empresa, para êle gigantesca, de pro-
mover a construção da pequenina cape- jutor duma vila situada. próximo de Lou ra que é sua, defendendo-a eficazmente chagas de Cristo, colocou-se por isso mes- ÀS SENHORAS
la, padrão comemorativo das aparições. vaio. Chamara-lhe a. atenção um artigo de tôdas as maquinações dos seus inimi- mo sob o manto da Virgem Santíssima..
Após a. missa dos doentes, recitado o em flamen go, p ublicado há dias num dos gos. São n umerosos os monumentos eri- Desde êsse momento, se J esus foi o ver - No dia 20 de maio, à tarde, começam
terço do Rosário, orou-se colectivamente principais jornais da. F landres, e desejava gidos em honra da Virgem bemdita e es- dadeiro Rei de Portugal, Maria. Santís- os exercícios espirituais para. as Senhora~
pelo seu eterno descanso. pormenores. Pediu-me q ue lhe fornecesse palhados com profusão de norte a sul de sima. ficou sendo a sua. Rainha. Tôdas as Servitas e outras qu e neles q ueiram tomar
Que descanse em paz no seio de Deus todos os documentos que me fôsse possl· Portugal, que atestam, com a. fé e a. pie- classes sociais, o clero, a. nobreza e o po- parte. Terminam no dia 25, de manhã
a sua bela alma! vel arranjar relativos aos acontecimentos dade dos nossos reis e do n osso povo, a vo, assim o quiseram, escolhendo a a u- Para inscrição e informações d.irigir-Sf'
da Cova da Iria, tanto escritos como foto- valiosa protecção que ela. benignamen te gusta Mãe de Deus para essa altíssima. ao Rev. P. 0 Manuel de Sousa, R eitor do
Fátima na Alemanha - A Fáti· grafias, e isto sem atender às despesas nos tem dispensado, através dos séculos. dignidade. E, se Portugal reconheceu es- Santuário de Fátima.
que seja. preciso fazer. No cume dos montes e no fundo dos va- pontânea e livremente a. realeza da Vir-
ma· Verlag de Bamberg ~ste mesmo sacerdote de que venho fa- les erguem-se, com as suas tôrres esguias, gem, submetendo-se de bom grado a. es-
O rev.do d r. Luis Fischer, lente da Uni- lando pensa em organizar u ma peregrina- lindas e pequeninas, voltadas para. o Céu, sa celestial Soberana., por sua vez a Vir-
versidade de Bamberg (Baviera), conti- ção de flamengos à Cova da Iria. Veem a como em súplica perene e fervorosa, ca- gem bemdita dignou-se aceitar Portugal Lembf'a-te semfwe do fim, e que o tt!m-
nua a. desenvolver uma actividade incan- ser uns quatro mil francos por pessoa, por pelas e ermidas, testemunho da grati- como seu reino e os portugueses como po pe'f'did.o n4o volta.
sável e verdadeiramente prodigiosa na êsse motivo não haverá m u ita gente; en - dão dos povos, que a Virgem salvou da seus subdltos, exercendo os direitos q ue
propaganda. do culto de Nossa Senhora t retanto é de esperar q ue alguém possa peste, da fome ou da guerra. lhe competem e cumprindo os deveres que Bemaven tuf'ado o que entende o qtUJ se·
dispôr da. quantia. necessária. Vamos a ver Quem percorrer os numerosos santuários lhe incumbem, em virtude da sua. sobera... ja amai' a j esus, e desfwesar-se 11 si, por
da. Fátima. nos paises de língua alemã.
Ultimamente realizou na. Tcheco-Siová- se podemos conseguir isto já para o próxi- Marianos q ue cobrem como uma. vasta re- nia. amor de j esus.
q uia treze con ferências ilustradas com pro- mo mês de Maio ... de tôdas as parcelas do território portu-
Desde que apareceu a brochura sôbre guês não poderá deixar de admirar na Maria, Rainha por bondade Não te cU cuidado sabe" quem é fXYr t1
jecções sôbre as aparições e as grandes ou cont f'a ti, mas s6 deseja e jwocuf'a qp
manifestações de fé e piedade do povo as aparições já se fizeram oito conferên- multidão dos ex-votos pendentes das pa-
cias e estão organizadas mais cinco ou redes, a. imensa bondade da Mãe de Deus, Como ensina a. filosofia cristã, o bem é Deus seja contigo. em t udo o q ue fisnes.
português na Cova da Iria.
O redactor do Wiener Kirchenblatt seisn. a. efusão maravilhosa das suas graças e o por natureza difusivo de si mesmo- bo-
Visconde de Montelo profundo e eterno reconhecimento das al- num est diffusivum sui, (Da. I mitação de Cristo)
Mensageiro eclesiástico de Viena) orga-
VO.Z DA FÁTIMA
/
de ninguém convidei-os logo a da- Graças Infinitas sejam dadas à ss.

G~AÇAS DE N.A S.A DE FATIMA


nha cura. Voltei multo bem; até hoje. e
rem graças a Nossa Senhora de jé. lê. vl!.o quásl quatro anos. nunca mail! Mãe de Deus e dos ·pobres peca.dores.
Fátima pela grande graça que me tive doença. :tste facto torna. bem evi- Lourenço Marques 18/ 2 /930
acabava de conceder. De então pa- dente a graça de Nossa. Senhora da Fáti-
Evandra Conceição E. Ferreira
ra cá. tenho continuado sempre a ma em meu favor, de que venho dar tes-
tratar da minha vida como se nada temunho público. Loucura
tivesse.
Estando prestes a dar à luz o refúgio dos pecadores foi quem o Maria do Fetal residente na Cha.lnça, Adellno Pinto, de 22 anos, !Ilho de An-
meu 4.0 filho, assumiu o facto tal converteu. Amoreira de óbidos. fréguesla de Santa Catarina da Serra, con- tónio Pinto e 1!! Marta Pinto, de S. Bomãe
gravidade que foi necessâria a in- Rosalina de Jesus Tomé celho de Leiria vem pedir a V. Rev. para dos Vales, Castendo, enlouqueceu em Se-
tervenção médica. Logo que o Ex.mo Uma anómina diz o seguinte: ser publicada no jornal A Voz da Fé.ttm.a tembro de 1928. fugia de casa doa pail,
Sr. Dr. Arcosa chegou ao pé de Uma minha irmã hã anos enfra- Diversas graças uma graça. que Nossa Senhora do Rosário dormia. no campo, aparecia todo ra8ifadO
mim, viu achar-se em frente dum quecida por longo tempo de traba- da Fátima lhe P.lcançou. e ferido.
caso excepcional e desesperado, re- -Angelina Cabral Rosa, agrade- A pobre Mãe multo desgostosa con~u
lho e canseiras escolares viu-se a Em 1925 comecei a. sentir-me doente
cusando-se a operar-me. ce a Nossa Senhora a cicatrização a sus desgraça. a uma Pess<n que a. aoon-
braços com uma tamanha enfermi- de cinco feridas que uma forte com multas dores de estômago. COnsultei
Condescendeu, porém, instado por dade que receavamos por ela. vários médicos estando todos de acOrdo lbou a que tlzesse uma Novena a Nossa
uma minha irmãJ submersa na queimadura lhe fizera num braço Senhora do Rosário da Fé.tlma., dando-lhe
Passados mais de sete meses du- havia apenas 10 horas. Obteve êste que era uma úlcera. Tomei vários remé-
maior aflição por me vêr quâsi ma constante cura ~ .... repouso, uma dios durante quatro anos ma.s nenhum uma. medalha para colocar ao pescoço do
morta. . resultado depois de apli('.ar âs feri- filho, uma poucochlnha de é.gua. da Fá-
recaída veio prostrá-la com tama- das água da Fâtima. A mesma se- me aliviava.
Depois da operação fiquei aflltls- nha veemência que o médico rP.- No ci"ta 3 de Junho de 1929 deitei mui- tima., e também uma estampazlnha. de N.
$lma com muitas dOres e vómitos, nhora agradece à Virgem Santíssi-
ceoso por ela decretou uma cura na ma o ter ficado sem lesão alguma to sangue pela boca. Fui novamente a. Lei- S. do Rosário da Fé.tlma.. que elê no melo
julgando todos que me viam, ser Serra da Estrela. ria consultar o Sr. Dr. Pereira e êle :la sua loucura. beijava.
chegada a minha última hora. O depois duma queda mortal.
Receava-se a viagem, porque o -Elvira Martins agradece a Nos- mandou-me lmectlàtamente para Coimbra Em Novembro do mesmo ano. recupe-
médico tanto disso se convenceu, mal havia-se agravado de tal for- para ser operada. Parti 'ogo sem Ir despe- rou a razão e até hoje está em I>erfel'<l
que ao deixar-me nem ao menos sa Senhora uma graça espiritual e
ma que a não ser uma mUagrosa ln- outra temporal que obteve por seu dir-me dos meus 8 filhos que eu julgava Juizo. Não tenho duvltla em considerar
prescreveu o tratamento necessârio terferência da Virgem a minha po- não tornar a ver. Quando cheguei a Col~ êste facto uma das numerosas graças da
em tais casos; disse e repetiu mais intermédio.
bre irmã estaria em breve a braços -Margarida dos Santos da Sil- bra fui confess.\~-me e comungar à Igreja Virgem Nossa St>nhora do Rosário da Ft-
duma vez:-cTehho grande pena com a terrivel doença que nada tima.
de não a poder salvar, mas é de va, agradece também uma cura que de Santa Cruz e lê. fiz a seguinte promes-
perdoa-a tubercq.Iose ... obteve tocando uma imagem de sa a Nossa. Senhora da FAtima., se melho- E. C. F.
todo impossível. Não resiste, ali só Foi então que aconselhados por
a morte:.. Nossa Senhora da Fátima. rasse sem ser operada levaria. em procis-
uma amiga nos valemos da Virgem -M. P. de S. agradece a Nossa -Maria J . Fernandes agradece uma
o Pâroco da freguesia chamado e era tanto o fervor com que via- Senhora diversas graças concedi-
são a imagem ie Nossa Senhora da Fé.tl-
ma que se venera na capela da Chainça. graça. que N. S.• lhe alcançou e pede 806
para me administrar os Sacramen- mos invocar a Mãe de miseri.cór- leitores uma oraçl!.o pela conversão dum
tos, fê-lo a toda a pressa, receando das a si própria e a pessoas da sua (uma légua distante da Cova da Iria) até
dia e dos aflitos que tínhamos de famllia. ao Santué.rlo Je Nossa Senhora e recebe- grande pecador.
encontrar um cadá.ver, pois era só antemão a certeza da sua cura. -Uma. anónima. agradece também uma.
êsse o meu aspecto! Meu marido, - Rosâria da SUva de Alva:taze- ria lá com tõda minha família. Nosso Se-
Passados quinze dias o médico re, agradece a Nossa Senhora, a nhor. cura por intremédlo de "'f s.•.
dois filhinhos de tenra idade, e to- auscultando-a admirou-se do pro-
da a familia, loucos de dOr pran- cura dum seu filho, mediante uma Dei entrada no hospital no dia 29 de -Isaías Fernandes Sa.rdo de Parde-
gresso das melhoras e parecia de- novena de visitas, terços e comu- Novembro. Fui logo ao Ralo X e todos os lhas, atribui a. N. Senhora ~ graça
teavam-me como se tivesse faleci- sistJr já da ida para a Serra. nhões na Cova da Iria. l~lgne que agradece.
do. Enfim a triste scena da. morte Um mês mais tarde indo ao Raio
médicos declararam que eu tlnha de ser
com todas as suas negras cOres. -Dr. João Correia da Silva, juiz operada. Repugnavarme Imenso sujeitar- -M.• Pires, do POrto, agradece a inter-
X voltou animadls..<1ima. não exis- de diJ"eito em Ponta Delgada, agra- venção de Nossa Senhora a seu favor, num
Sucedia isto na manhã do dia 18 tindo das cavernas que a doença -me a uma operação; contmuel a. Ir re-
de Julho. dece a Nossa Senhora a sua cura ceber Nosso Senhor na. capelinha do hos- incidente multo perigoso de que foi Une.
havia cavado nos pulmões senão
Nessa altura apareceu a visitar-
-me certa pessoa de famma que
lembrou pedir-se a minha cura a
leves cicatrizes.
Mêses passados um médico que a
auscultoU declarava que, se não ti-
radical duma doença que o teve às
portas da morte bem como a cura
duma sua filha.
-Uma devota dos AçOres, agra-
pital e renovava a mesma prcmessa. que
tlnha feito em Santa 0rU7 Pedi aos mé-
diCOS para .1ue experimentassem a cu-
.........
N. Senhora do Rosârlo de Fâttma. rar-me sem operação, Aplicaram-me uma
Só ela, a querida Mãe do Céu, a
vesse a plena confiança no médi- deçe reconhecidamente uma graça sonda pela. boca mas eu sempre a vomi-
PROGRAMA
co que lhe relatou os estragos da muito insigne que de Nossa Senho-
eunsoladora dos aflitos, podia va- doença, não acreditaria nêles, pois tei. As dores P,.am sempre mais. O Sr. Dr. da peregrinação a Nossa Senhora da
ler-me, que dos recursos humanos ra da Fátima acaba de receber. vendo que não me po1la. fazer o trata..
nada tinha a esperar. Assim ·Iiz, dêles não restavam sequer vestígios -Matilde Costa da Oliveira,
pedindo-lhe com a mais viva fé, e
alguns por mais leves que fOssem. agradece a saúde que alcançou 1e mento pelo melo da sonda disse que não Fátima em Maio de 1931.
Nossa Senhora para sua filha e seu havia outro remédio senão ser operada.
tomei âgua milagrosa da Fâtima Doença do estômago Levou-me outra vez ao Ralo X no dia 21
que uma piedosa senhora me for- irmão. (Hora oficial)
- Maria Dias Moreira-Senhora de Dezembro e fiquei sentenciada a ser
neceu. A primeira colher ingerida Sofria muito do estômago a pon- operada daí a poucos dias. No dia 22 no Dia 12- IO hora~ da noite:
senti um grande aUvio. No mesmo to de não poder fazer nada nem da Hora, agradece a cura repenti-
na que obteve para sua mãe que melo de multas dores renovei a promessa.
dia 18 se principiou a fazer pela conservar nêle as comidas. Meu Pai Terço do Rosário.
foi a Fátima em 1917 e chegando a num braço tinha uma ferida que que já tinha !elto. Ao concluir a. promes-
mesma intenção uma novena a N. sa senti em mim alguma coisa. estranha Ofício de Nossa Senhora da Fáti-
Senhora do Rosá.rio, assistindo &. minha casa disse-me: Nossa Se- lhe causava a paralis:a e dôres
ela todas as pessoas de familia nhora é que te podia melhorar· quâsi inSuportáveis. desap!irecendo as dores lnmedlàtamente. ma, cantado, rogando-se aos grupos
que podiam. vol~-te para ela com confiança ~ -Uma Anónima agradece a Nos- Isto fol no dia 22 de Dezembro pelas 10 das peregrinações o favor de o ensaiar
Desde o comêço da novena que depb'.s iremos a Fátima agradecer sa Senhora o desaparecimento râ- horas da manhã; no dia 23 o Sr. Dr. ao
conforme foi publicado no número de
eu ia melhorando; ao sexto dia, a tua cura a Nossa Senhora. pido e completo das dores que in- pregunta.r como tinha passado respondi
teriormente a sacrificavam a pon- que tlnha. melhorado on·.em &e só se ria abril de ((A Voz da Fátima», para ser
porém, sobreveio-me um suor gela- Pai por diante todos os dias pen-
do, que alarmou todos, julgando-o sava em Nossa Senhora, procuran- to de passar grande parte do tem- e nada mala dl.6se. cantado por todos.
precurso da morte. Mas, oh! boa do saber quando lã podia ir. po grltando tnconsolàvelmente. Como eu continuasse a dizer que não Procissão das velas.
Mãe! Ao contrârio foi o sinal :ia Passados dois anos pouco mais Agora sente-se completamente bem, era preciso ser operada e que estava~. me-
misericórdia de Maria, a saúde dos ou menos, parti de minha casa no graças a Nossa Senhora da Fâti- lhor o médico não me levou à operação Dia 13 - À meia noite - Adoração
enfermos! dia 11 de Outubro em companhia ma. sem Ir outra. vez ao Raio X e qual não nocturna.
Acabada a novena desapareceu ~"~ de meu pai e de minha mãe. Eu 19. - M. A., agradece a cura duma foi a. admiração dos Srs. Drs. ao verem
:ouor, a minha cura acentuou-se dia num estado tal que algumas pes- sua bemfeitora, cura que obteve por que estava curada. 5 horas - Missa para os servitas.
a dia, e no fim dum mês abandonei soas consideravam-me quâsi morta. intermédio de Nossa Senhora da No dia 13 de Janeiro pedt para sair do 6 horas - Bênção do Santíssimo;
o leito, retomando quâsl logo as mi- Chegando lã dei graças a Nossa Se- Fâtima, do S.S. Coração e de St." Hospital pois tinha a certeza de que esta-
'!'eresinha. Missa e Comunhão geral.
nhas ocupações habituais. nhora; e no outro dia comi alguma va completamente melhor. O sr. dr. Alber-
O meu reconhecimento para com coisa sentindo-me ainda peor, e -Maria Inâcia-S. Catarina da to COSta disse que sau.se mas que voltasse 8 horas- Procissão com o S. Sa-
Nossa Senhora será. eterno, dell- quando foi à missa dos doentes Serra, agradece a Nossa Senhora a lê. dai a 2 meses para verl!lcar se a cura. cramento e Comunhão aos doentinhos.
genciando não o ofender ao menos vi-me tão aflita, e pedi a Nossa cura duma doença interna. Os mé- tUlha sido verdadeira. Voltei lê. no dia 15
Senhora que me desse algum ali- dicos de Coimba tinham-lhe acon- II, 30 h.- Cumprimentos do Rev.
gravemente. de março seguinte e !ui outra vez ao
Arminda dos Anjos Gabrtel-Fer- vio, e acabado isto chega meu oal selhado uma operação que ela re- Raio X não por ter necessidade dlS50, Clero ao Em.mo Sr. Card.ial Patriarca
mdosa para nos irmos embora. geita.va, jamais que tinha 69 anos. pois desde o dia que recebi a graça senti- de Lisboa, ao Ex. mo e Rev.mo Sr. Nún-
Doença nos intestinos Por vontade de Nossa Senhora Por intermédio de Nossa Senhora -me sempre boa, mas para satls!azer o de- cio Apostólico, e aos Ex.moa Srs. Ar-
vim cheia de dOres. Quando che- está. completamente curada, dizem sejo do Sr. Dr. médico. Novamente confir-
Viseu, 22-Novembro 1930. guei a casa comecei a comer de os médicos, sem ter sido operada. cebispos e Bispos.
Havia já. 12 anos que sofria for- maram que. estava curada. Desde então
tudo sem mais incómodo, e graças - Maria Emilla Rodrigues Bro- I2,3o h. - Cortejo dos Ex. moe Pre-
tes dOres no estômago e intestinos. tenho tido saúde, trabalho como antes,
à Santíssima Virgem nada me tem gueira - Golegã, agradece a Nos- lados e Rev. Clero para a frente da
Ef1\ rara a semana que não tives- sa Senhora o ter alcançado a cura alimento-me bem, e jé. tive outro tllhlnho.
feito mal. Agradeço a Nossa Senho- Afirmo que melhorei de repente nas nova Igreja em construção.
&e cólicas. A medicina recomenda- ra a concessão de outras graças para seu marido que hã tempo so-
va-me grande dieta. fria gravemente duma doença pul- vésperas do dia em que devia ser operada,
que do céu recebl por intercessão sem tomar nenhum remédio e tenho a 13 horas - Procissão de Nossa Se-
O ano passado, com a maior de- de tão boa mãe. monar. Agora, encontra-se beni, be- nhora.
voção que me foi posslvel, fiz uma neficio que agradecem a Nossa Se- certeza. de que foi Maria. Santisslma
Marta Jose quem me alcançou e&ta graça..
novena à Virgem Mãe do Céu Nos- vua ca nhora. Missa e alocução por Sua Eminên-
aa S.• da Fátima, e bebi três dias COmpn a promessa no dia 13 de Setem- cia.
Parali ..ia Uma úlcera bro próximo passado levando como pro-
sua mllagrosa âgua, encontrando
logo rãpidas melhoras, pois não 1!; com grande alegria e satisfa.: Florinda Chaves Marujo, da freguesia. meti a tm.agem de Nossa. Senhora em pro- Terço do Rosário.
mais tive cólicas. Agradeço de to- ção que me dirijo a V. Rev.• para de Alcaravela., concelho de Sardoal, sofria. cissão da capela. da Chalnça. ao local das Consagração a Nossa Senhora.
do o meu coração à Virgem Nossa mandar publicar no jornal «A Voz de uma úlcera no estômago. Além do so- aparições reconduzindo-a à tarde em pro-
Senhora da Fâtima, tão grande de Fâtima:. uma graça que a Vir- frimento constante tlnha. vários ataques cissão à mesma capela acompanhada. por Bênção dos doentes com o S. Sa-
graça que me concedeu. gem Nossa Senhora da Fâtima me com vómitos de sangue; nl!.o me podia muitos vizinhos que também tlnham pe- cramento.
Fernanda Franco alcançou: alimentar com coisa. alguma a nl!.o ser dido a. Nossa Senhora. por mim. Eu e tO- Bênção geral.
Sofria duma doença de paralisia da a mlnha famUia, nesse dia. recebemos
Conversão que me tolheu por completo os mo- leite.
Nosso Senhor cm Fátima.. Procissão de Nossa Senhora.
consultei a. medicina por várias vezes,
Maria do Carmo Moça - Lomba- vimentos sendo preciso vestirem-
meão-Vagos.
No ano de 1929 fui a Fátima e
vendo lá tanta fé lembrei-me de
-me e despirem-me sempre que era
necessârio arejar um pouco a ca-
ma.
tomei vé.rlos medicamentos. mas tudo sem
resultado. COntava com a morte próxima.
e deixava sete filhos orfãos na. miséria.
Chalnça., 13 de Março de 1931
Maria do Fetal --- ~~-

com multa fé recorri à Santlssima. Em cumprimento de uma. promessa. e para


11m tio meu que andava há mais
de sete anos em Lisboa sem se con-
fessar nem cumprir os outros pre-
Fui tratada pelo Snr. Dr. Formo-
sinho Sanches a quem sou deved,o-
ra de multas r:nezas pois empregou
VIrgem de Fatima. e resolvi Ir lá no dia 13
de Maio de 1927 pedir-lhe a mlnha cura.
honra. e glória. da Mãe d • Deus, venho
pedir a publicidade na Voz da Fátima. da Fátima, o Paraíso
Meu marido que então estava em To- seguinte graça que Nossa Senhora me con-
ceitos. Desde então nunca mais me
esqueci de pedir a Nossa Senhora
da Fâtima que o converta e pro-
todos os esforços para me curar
mas sem resultado. Visitou-me um
dia uma filha que tenho para os
mar com os meus dois !!lhos mais velhos
esperavarme ali. com mult& devoçl!.o êles
cedeu:
Ré. un834 anos que sofri uma. tremen-
na Terra.
fizeram então uma novens. a Nossa. se- da pancada na. cabeça sObre a parte cere- pelo Visconde de Montelo.
meti ir outra vez visitar aquele lados de TOrres Vedras. nhora do Rosário da Fátlma pedindo a bral donde resultou abundante perda de
Santuãrio, partir de minha casa e Minha Mãe, disse ela; porque minha cura. No dia 11 do mesmo mês sangue.
ir até lã sem comer nem beber não recorre ao patrocfnio de Nossa Preço de cada exemplar . . . . . . Esc. 7$50
qualquer coisa. No dia sete de Maio Senhora de Fátima? Tem feito tan- quando eu devia partir para Tomar e F&- Com- os tratamentos da oca.slão a te- Pelo correio... . . . . . . . . . . . .. . . . ,. 8$Io
fui à nossa capela e ao sair encon- tos milagres! ! Recorramos a Ela tlm.a com os outros peregrinos. senti-me rida sarou com facUldade.
pior, nl!.o pude marchar; fiquei prostrada Porém hé. uns 3 anos comecei a sofrer Todo o produto liquido da venda dêst~
trei-me com uma minha afilhada rom conf 1ança que há de ser servi- livro é destinado à Obra de Fátima.
que me dizia: venha depressa que da. a melhorá-la. Assim fiz, duran- na cama com um violento ataquei horrlveimente, não podenJ.o tocar na par-
o meu pai velo agora. Fui ter com te três dias recorri a Nossa Se- No dia 14, próximo da noite ouvi uns te afectada nem com uma pena ao de le-
êle. Disse-me: pensei nunca mais nhora com toda a confiança e ao cânticos, e preguntel, o que era? Respon- ve, tendo dias (jUe julgava enlouquecer.
deram-me que eram os peregrinos que vi- consultei al!f\lllll espec~fllste.s mas to- Depositários do livro para venda:
aqui vir, mas ultimamente não sei terceiro dia pareceu-me ouvir uma União Gráfica, T. do Despacho, r6, Lis-
Que lembrança me obrigou a voltar. voz que me dizia: levanta-te e an- nham da Fé.tlma. Fiquei animada; VIe- dos os tratamentos aplicados toram nu-
- Não sabe o que foi? Foi N. Se- da. Comecei de me vestir. No quar- ram dar-me é.gua de Nossa Senhora, água los, até que me lembrei de fazer uma no- boa.
nhora da Fâtlma a quem tanto to apenas se encontrava um neti- que bebi com multa fé. De então para cê. vena a Nossa Senhora tla. Fátima aplican- P.e Joel de Deus Magno - Seminário
tenho pedido por sl.- Pois quero nho a quem pedi me trouxesse um não mais tornei a. sofrer do estômago; do algumas go:.as da sua milagrosa àgua, Patriarcal - Santarém.
confessar-me e comungar e tam- pauzinho para me ir amparando, e sou ainda bastante fraca. como jé. antes o todos os dla.!l ~ novena., finda a. qual me
era, mas tique! a poder comer de tudo e encontrei radicalmente curada. podendo P.• Manuel Pereira da Silva, Câmara
bém quero ir a Fâtima.Confessou- fui ter com minha familla a uma
-se, recebeu a Sagrada Comunhão cutra casa, onde estava tomando a nada. me faz mal. carregar com !Orça sObre a parte doente, Eclesiástica - Leil"i:/..
e a Extrema-Unção e pouco de- refeição do a.lmOç.::>, f;caram admi- Em Agosto .tto mesmo ano fui a. Fátima não sentindo a mais leve impressão. Também se encontra à venda nos esta-
pois expirou na pa7o de Deus. Nossa radisslmos, ao verem-me ali. De- com meu marido e meu filho mala velho Já lá vão 19 meses depolll desta graça. belecimentos de Fátima.
Senhora a Mãe de miserciórclla e o pois de me ter yestido sem a.ux1lio agradecer a Nossa. Senhora a graça. da mi- obtida, sem que tornasse a. sofrer.
VOZ DA F.AT I MA

Geada- Lisboa, 2o$oo; José Gaivão Ca-


Voz da Fáti ma naveira- Brazil, ro6$oo; Henrique A.
ra, S. Cirilo de Jerusalém- de quem
nos havemos de ocupar ainda, mais Fátima no Brasil que agonizante, assistida ~la Su~ e
cliversas outras Irmãs. Consegui meemo
Nascimento- Setubal, 2o$oo; Marcelino assim falar-lhe e ser por ela reconhecido,
DESPESA Francisco- ll-fafra, 7oSoo; Raqut>l D. Ser- de espaço na Epístola 14, ad Aca- anunciando-lhe a água de N. • S. • de Fá-
ralha- Toliza, 2o$oo; Erigida Biscaia - cium - u Vejo que o Bispo Ataná- tima que ali lhe trouxera e que por inter- 1
MARÇO Toliza, 2o$oo; P.• Joaquim Peralta -Ni- sio, de eterna memória, Lhe chama médio da clita Senhora íamos pedir a llu&
Transpol"te 245.116$45 za, 2oSoo; Constantina Angt>la- Lisboa.
Mãe de Deus, como também os bem- Se o que sob esta epígrafe veio publi- cura. Deu-se-lhe logo um calicez.inho e ali
Papel, compoSição e im- 2oSoo; M.• C. C. Leal- V.~- de Ourém, cado na «Voz da Fátima» de Novembro mesmo, acto contínuo, principio • nove-
pr~ssã.o do n.o 102 . . . . .. 3.446$30 15Soo; Balbina da C. Barata -Lisboa, t-aventurados Padres Teófilo, Basí- último demonstrava bem positiva e evi- na. Foi tão surpreendentemente eficaz •
Franquias, embalagem trans- 2o$oo; Freguezia do Socôr--:> - Lisboa, lio, Gregório, Atico e muitos outros dentemente o progressivo desenvolvimento resultado obtido que a doente, que instan-
5soSoo; Ana. da C. Azevedo - Torres- V e-
porte, etc. . . . . . . . . . . . . . . . 807$40 Santos Bispos que viveram naque- que em Pernambuco ia dia a dia tendo a tes antes quási não dava. sinais de. Tida,
Com a administr'a.ção em d.ras, 15$oo; M.• C. B. A. Freire- Es-
tarreja, 22S5o; M.• Mesquita da Silva - les tempos . Porque, se Nosso Se- devoçãa a N.• S.• da Fátima e a benefi- começa. com ar de gracejo, se bem que eiii
Leiria . . . . . . . . . . . . . . . 221$25 cente e genero~ correspondência da Mãe tom de lamento, a dizer para os ali pre-
Mação, 15$oo; Distribuição- Canas Je nhor Jest'-S Cristo é Deus, quem po- do Céu aos seus numerosos devotos, a sentes com voz bem inteligível: «Ora eu
ABRIL Senhorim, 30Soo; Guilhennina de J. G. de duvidar qt~e Aquela que o gerou pouco mais de 2 meses de então estamos já estava com um pé lá dentro e S. Pedre
Papel, composição e impressão Rebóla- Estremoz, 15Soo; José do J. seja Mãe de Deus?, agora e o entusiasmo sempre crescente tornou-me a mandar para baixo; antes me
do n.• IOJ ................. . Júnior- Estremoz, 2oSoo; Distribuição não encontrou ainda limites, como muito deixassem entrar de vez, estando como flli-
Franquias, embalagens, trans- no Casal do Esp. Santo - Louzã, soSoo; Mas temoc; mais na Sagrada Es- menos os encontrou em seus maternais e tava tão bem prt>parada».
porte, gravuras, cintas etc .... I.JI9$6o Maria do Céu a Paiva - França, 2oSoo; critura. portentosos benefícios a Virgem Mãe bem- N. Senhor porem tinha outros desígnios:
Com a administração em Leiria Dr. Joaquim Reis Torgal-Lisgoa, 3oSoo;
J2o$oo É por demais conhecida a mensa- ditíssima. Tanto assim é quanto à pri- glorilicár sua Mãe naquela tão eTidente-
Lucr('Cia Pelegão- Pedrouços, 20$oo; Ja-
cinto da F. Braz- Pedrouços, 2o$oo;
gem do Arcanjo S. Gabriel à Virgem meira parte desta dupla asserçã • que o mente maravilhosa interven(ào e poupar
Total... 254·753Sso ince;;sante crescimento da devoção mesmo àquela Comunidade e Congregação o des-
Maria José da Silva- Tortozendo. 2o$oo; de Nazaré. quanto à sua parte extrinseca já fez se gOsto de terem que chorar a perda de tã•
Donativos vários Feliciana G. Hall- Oliveira do H ospi- - «Ave, ó cheia de graça ... desse maior amplitude ao altarzinho, on- . estimada Irmã. Melhoras que tais princí-
tal, 2o$oo; Henriqueta Tadeu- Almei Tu conceberás e darás à luz um de, ao menos nos dias festivos, se possa pios tiveram, que muito é que se fOssem
MARÇO
da 2o$oo; Anonima. agradecida- Lisboa, em maior escala mostrar aos olhos o que sempre mais e mais acentuando para maior
Elisa do Resgate Ferreira.-Belas 2o$oo; Casa de Saude - Telhai , _3o$oo; que chamarás ] esus.
17$00; Carminda de J. T. de Sousa o coração dos devotos vai cada vez mais satisfação de sua Superiora e Irmã.a e pa-
José Mendes- Telhai, 2o$oo; Mana Ro- O Espírito Santo virá sobre ti e te sentindo. Vê-se desta forma e sente-se ao ra cada vez mais esplêndida glorificaçã-
-Montalegre, 20$00; Felicidade M.•
de Jesus-Lagos, 20$00; P.• Jo~o
sa do 1\1. Teles- Estremoz, 2o$oo; Carlo-
ta M. Teixeira- C. Verde, (1 dolar; Ma-
cobrirá com a sua sombra. mesmo tempo o sem parar da devoção, co- de N.• S.• ao Rosário de Fátima!, ..
Ooulart Cardoso-AçOres, 20$00; E, por isso, o que nascer de ti, mo se &ente em seu doce aroma o recen-
ria Helena Rocha B. J. C. da Costa-
Maria Carmen Ga.rcla - Faial, Porto, 2o$oo; Emilia Augusta de C. Cos- Santo, será chamado Filho de Deus,. der das vicejantes flores que, nunca me- III
15$40; Ana do Carmo Morais-AçO- nos de 3 vezes por semana, devotas fa-
ta - P. de Ferreira, 2o$oo. Alguém, glosando estas, aliás ela-. mílias ali trazem sempre novas em subs- Em meados de Julho de 1930 px- oca-
r es, 20$00; José Paulo da Sllva.- Esmolas obtidas em várias Igrejas ríssimas palavras, faz dizer ao Ar- tituição umas das outras, mal lhes dando sião de um retiro I'Spiritual dado u Filhas
AçOres, 20$00; Laura Soares da quando da destribuição de tornais:
Fonseca-POrto, 20$00; P.• António Na igreja do Sagrado Coraçao de Jesus, canJO. tempo de murcharem. de Maria do Instit ...o de N .• S.• do Car-
Gomes S. Miguel-Penela, 100$00; - «0 Filho do Altíssimo, 6 cheia E que lindo êle estava no dia 13 de Ou- mo do Recife, tive conhecimento do gra-
em Lisboa, no mês de Abril de 1931 , pe-
tubro!. .. Qual gracioso trono à portuguesa ve estado de saúde em que se encontrava
Ana Garcia Pulldo de Almeida.-Vl- la Ex.ma Sr.• D. Maria Matilde da Cu- de graça, Deus como Seu Pai.. será ficou tão telo que alguém só soube com- uma ex-aluna do mesmo Instituto, 1e no-
dtguel.ra, 20$00; P.• Manuel Martins nha Xavier, 3o$7o. tet4 filho; tu serás Sua Mãe, serás pará-lo ao Santo Sepulcro. E clisse bem, me Ligia., então normalista de 2.• ano.
Cêpa.-Alvai'ads, 51$00. Dlstribu'tção
elevada à grandeza, quási infinita, não porque inspirasse qualquer ideia fú- Na idade de 16 anos em que se encont:Ia-
~m Louzada.-, 70$00; António Ma.I;- --"'""""" de Mãe de Deus)). nebre, mas porque copiava admiràvelmen- va, ainda não fizera a t.• Comunhão, DJ.M
tins dos Santos-POrto, 50$00 ~ Luís
Lopes Abegão,Tramagal 15$00; Dts- A QUINZE SÉCULOS DEt ÉfESO te o sublime encanto e o fino primor de tão sômente a promessa de a fazer na pri-
E, se não fôra abusar da paciên- semelhantes tronos em que a. arte rivali- meira oportunidade. Acometida de um ti-

A\Matorni~aao ao Marif
tribuYçlí.o no Tramagal-,25$00; P.• cia do leitor insistindo na prova d'u- sa com o bom gOsto. Ao nosso empres- fo de péssimo carácter, não foi precise
Martinho Pinto da Rocha.-Santa-
rém, 20$00; António de Abreu- Lis- ma verdade de que nunca duvidou, tou-lhe o céu para forrá-lo o seu azulado muito para que ficasse em estado gravís-
os testemunhos da Escritura, embo- manto que tanto realce dava à imacula- simo. Foi neste estado que a pedido da
boa, 15$00, Emflla de Castro Fra-
z!lo-Castendo, 20$00; Rosa Herdei-
ra de Jesus-Ovar, 54$00; Francis-
sannssima ra indirectos,
da alvura das flores Que de cima a baixo Directora do dito Instituto a fui Tisitar.
multiplicar-se-iam. o adornavam e por entre as quais à guisa a ver se haveria possibilidade de assiiii
Pois ninguém desconhece os freqüên- de estrêlas numerosas nelas irradiavam seu mesmo a dispô r a fazer a sua I.• comu-
co .Marques-Benavente, 20$00; M.· II nhão.
.Joaq• •,na de Al. Garret- C. Branc.J, tes episódios da vida do Senhor em brilho!. ..
que Maria é proclamada Sua Mãe; Se bem que menos esplendorosa, nem Muito bem acolhido pela famll~. fui en-
20$00; D'stribuição em Castelo de Se alguém negar... que a Santíssi- por isso foi menos devota a festinha de contrar a doente em tal estado qne, abra-
P aiva, 20$00; P.• Manuel Vleira.- ma Virgem é Mãe de Deus, seja os testemunhos tão solenes do Após- despedida que a N.• S.• de Fátima se fez sada. em altíssima febre, entre continuad08
Ramalhal, 20$00; Distribuição em tolo das gentes:- aos romanos pro- no Domingo que serviu de encerramento gemidos, de nada dava acôrdo do que se
Pardelhas, 80$00; Arminda Lencart anátema. clamando Jesus Cristo, da estirpe dos aos catecismos para o povo que é de pra- passava à roda de si. Com os olhos fito5
da F. e Sllva.-POrto. 20$00; Manuel Geme. Efes•no, can. 1, D . liJ.
Abreu da Sllva Neves - Lisboa, judeus segundo a carne, filho por- xe interromper durante os meses de férias, em mim, não tinha consciência de na-
Já acomodado à ampliação do altarzinho da. Impossível portanto fazer qualquer
30$00; Leonilde Belo Ribeiro-Al-
d e1ada Mata, 15$00; Esmolas de E, de feito, só uma requintada má tanto de Maria, Deus bemdito por to- foi inaugurado um novo e vistoso fron- tentativa a não ser por intervençã•
dos os séculos; aos cristãos da Galá- tal que com o conjunto das variegadas flo- sobrenatural. Ainda que, por motiv010
cibo:. Afrtca Oriental, 175$00. Antó- fé podia negar verdade tão clara- res e o esple~dor da.s velas constituía no particulares, as circunstâncias não eTaiil
nio Bernardo T avares-F. da Fóz, mente expressa nas Páginas Sagra- cia, perturbados por judeus menos- seu todo um verdadeiro mimo, cuja lem- muito favoráveis, não hesitei em metec
25$00; Colégio do Sacrée Creur de das, como na Tradição Católica já prezadores da Divindade Infinita· de
brança não mais se apagará da memiSria, de permeio a Nossa Senhora de Fáti-
Marie-Brasil, 50$00; M: Eugénia Jesus, da Sua Divindade e por isso ao passo que o coração conservará d~Ja a ma. Dei à mãe e à irmã uma novena •
C. Braga Reis-M. Estoril, 20$00; desde os primeiros alvores do cristia ·
mesmo da. Maternidade Divina de mais viva saüdade. um frasquinho de água milagrosa que foi
Faustino Teixeira de Lima--AçO- nismo. Pelo que toca à correspondência da Mãe devidamente utilisada, e, com notável sur-
res, '20$00; P.• Ant.o da Fonseca P. Nem admira: se ela pertence aos Nossa Senhora, escrevendo: «mas,
bemditíssima, até que ponto é benéfica e presa de todos, inclusive do próprio m~
Gutmarâes-Felgeiras, 20$00; Dis- dogmas fundamentais da Revelação quando chegotl a plenitude dos tem- exuberantemente generosa, fàcilmente o dico, a doentinha arribou e pôde mnit.
tribuição na «Creaçã.o Velha- pos, mandou Deus o Seu Filho, nas- verá quem ler as narrativas seguintes. à vontade preparar-se e fazer maill tardo
AçOres, 90$00; Vasco Teixeza Dó- Cristã!. .. cido da Mulher)), nascido de Maria. com solenidade a sua 1.• Comunhão :n&
ria.-Aladeira, 20$00; P.• Manuel !ntima e indissoluvelmente ligada Capela do mesmo Instituto em que 110 co-
Joaquim Máx'imo-Açôres, 100$00; ao dogma da Divindade de Jesus, à Não admira, pois, que, desde os I
ração lhe fôra anos antes lançada a se-
Dr. Clemente Ramos-Evora, 30$00; verdade da Redenção, a Maternidade primeiors tempos, a S. Igreja, os mente que tais frutos de bênção, em ~
P.• Francisco Barreiro-Paredes :ie FOra um patricio nosso, de nome Plá-
Santos Padres, os fiéis não tenham excepcionais circunstâncias, ao diante ha-
Ooura, 20$00; Distribu1cão no Patão Divina de Nossa Senhora não pode cessado nunca de afirmar, de defen- cido Alves de Faria, acometido de gravís- via de produzir.
--120$00; M.• José Aguiar Leal-Al- negar-se sem desfazer, na inanidade sima doença que, apesar de uma solíCita
vominha, 20$00; Distr.tbu1ção-Ca- dum puro mito, tôda a economia di- der esta prerogativa inefável de Ma- assistência médica e dos mais carinhosos P.• João de Mira11d. S j.
beco de Vide. 25$00; Filomena Loni vina da Redenção do mundo. ria, prerogativa que é a fonte, o prin- desvelos da dedicada familia, a nada ce-
-Belas, 20$00; Maria da Concei- dia, ia. apresentando sintomas cada vez
cípio de tôdas as suas glórias e a co- mais
ção Looes-Coruche, 30$00; José O que dizia S. Paulo a propósito assustadores, chegando a ter a gar-
loca, em dignidade, acima de tôdas ganta e a língua em tal estado de inflama-
Matias de Carvalho - Portimão, da R essurreição de Jesus, podemos
20$00. Carlos Costa.-Brasil, 76$00; nós aplicá-lo, com igual razão, à as criaturas não só existentes, mas ção que inspirava deveras compaixão, im- O Bra sil'~a
N.a Senhora
Júlia Simões de Carvalho-C. da Maternidade Divina de Nossa Senho- possíveis. possibilitado não só de falhr mas até de
Ratnha, 25$00; Ana dos S. Antunes Assim é que, já no primeiro sé- engulir ainda mesmo qualquer liquido sem da Fátima
- !Jouzlí, 25$00; Margarida S. Pe- ra: se Maria não é Mãe de Deus, é culo, S. Inácio, o gigante da Igreja gravíssimo incómodo. Foi neste estado que,.
c!roso-Odivelas. 20$00; Esmolas em vã a nossa pregação, vã é também um outro patricio, Tomás José Ribeiro,
Pato Pires, 20$00 ; Esmolas em Lis- a nossa Fé! É vã essa Fé que vin- de Antioquia que, devorado pelo zê- olhefoipareceu encontrar, e tão grave o achou que
por milagre poder-de salvar. Visão lk Luz, Senhora apare~~
; boa, 20$00; João Martins de Freitas te séculos de lutas, de defecções, lo da salvação das almas, nos legou Lembrando só nesse momento de que no dia Em Portugal, barquinha à bei~-tu;
- -Guimarlíes, 30$00. essas joias primorosas do seu cora- seguinte chegaria de volta de Portugal um Levanta je"o· a estetra é co11heeid.,
Esmolas obtidas em diversas não alcançaram destruir; é vã a Fé ção, as suas sete cartas escritas na amigo
Igrejas por ocasião da distribuição que bebemos com leite de nossas que lhe traria água de N.• S.• de E à nossa Terra vem desembauu' •
de jornais: viagem para Roma, onde ia procu- Fátima, animou o doente com a promessa
mães, radiantes de nos ver balbu- de que apenas a recebesse sem demora lhe
Na Igreja do Sagrado Coração de ciar, em pequeninos, o doce nome rar o martírio, porque tanto ansia- traria alguma a ver se N. S.• lhe restituia Terra que é 1144, a te"a brasileira ,
Jesus, em Lisboa, no mês de Feve- va, proclama, na Epístola aos Efé- a saúde, o que os médicos, ou não conse- Reconheceu-te estando ainda àlim ...
reiro de 1931, pela Ex.ma Snr: D. da Mãe de Deus; é vã a Fé, tão lin- sios, Nosso Senhor Jesus Cristo Deus guiriam, ou só com muitíssima diliculda- Se é para todos terra hospitaleira
Maria Matilde da Cunha Xavier, damente cantada pelos poetas, tão
25$00. e Filho de Maria, em cujo sacratís- de o viriam a fazer. Cumprida a palavra Como não sé-lo vindo sua Mãe?
fortemente proclamada pelos prega- pelo dedicado amigo, não fez N.• S.• espe-
Na Igreja de S. Mamede, em Lts- dores, tão estudada e sôlidamente simo seio fôra gerado, por virtude rar o prodígio, pois tomar o doente as pri- A ,h corrYam multidões ditosas ...
boa, no mês de Fevereiro de 1931, do Espírito Santo. meiras gotas e começar den~ em pouco Vão receber-te em ânsia febril;
pela Ex.""' Snr.• D. Laura Gouveia, provada pelos teólogos. Em vão se Pouco depois, no 2. 0
século, outro a sentir e manifestar visíveis melhoras foi
10$00. reünirarn Concílios, em vão lutaram uma e a mesma coisa com espanto até do Na capital caiu chuva lk 1'0Sas
Na Igreja do Sagrado Coraçlío de com a palavra e com a pêna os inu- luminar da Igreja, S. Ireneu, afirma, próprio médico assistente que, sem saber Com boas-vindos rosas do B1'asil!
Jesus no mês de Março de 1931, pe- meráveis e invictos campeões das por sua vez, no livro ~<Adversus a causa, o veio contra tOda a espectativa
la Ex.ma Snr.• D. Maria Matilde da
Cunha Xavier 33$50. glórias de Maria, em vão o povo fiel, H aereses)): - «Aquele mesmo que encontrar notabillssimamente melhorado. De Po,.tugal-pequeno o amor 111tMr->o,
o cristianismo, invoca a Virgem - nasceu de Det4S Pai e não doutro. E estas melhoras se foram daí em diante O culto e a língua, o sol e o cirt azul,
Donativos vários mais avultados Santa Maria, !tfãe de Deus ... nasceu da Virgem ... Filho de Deus, cada vez mais acentuando, não tardando Tudo aqui tens no Portugal-imHso,
muito o querido doente a ficar completa-
Sob o Cruzei,.o mágico do Sul.
ABRIL .Mas não. São claros demais os Nosso Senhor é, ao mesmo tempo, o mente restabelecido, confessando-se então,
Distribuição na C. da Sebastião - Vi- textos dos Livros Santos para que Verbo do Pai e o Filho do homem,. como ainda hoje, sumamente grato pela
Estrelas de oiro adornam teu vestido,
seu, 3oSoo; M.• Celeste Fabião- Idanha- possam sofrer a mais leve dúvida. E Tertuliano, da Igreja Africana, feliz lembrança de tão bom amigo e por
-a-Nova, 3o$oo; Maria Luisa Aguiar - tão prodigiosa intervenção de N.• S.• do Contas de esmalte pendem-te ti& tfUio;
Cte, 15Soo; Distribuição na C. da Vera E, de feito, quando eu leio no em frase lapidar e enérgica - ~<0 Rosário de Fátima. Contas nas mãos, te ,.eza um povo unido,
Cruz- Caudal, soSoo; Maria das M. Gou- Evaneelho de S. João que aquele
que Ela (a Virgem) concebeu, êsse
Vinte estrelinhas tens no teu pendão!
Cruz- Caudal, soSoo; li-faria das M. Gon- me,;mo Verbo, que no princípio es- mesmo deu à luz... Ora o que 11asceu II
çalves- Açores, 156$oo; Maria de J esus
M. J . Marques "-- S. João da Voz, 15Soo;
tava junto de Deus e ~le mesmo era é Deus)) . Cotlsigo trouxe out,.ora a independbrc1a
No hospício da Tamarineira estava posi- Vmdo ao Brastl o 1'et de Portugal;
Aliredo Marques Barreiro--Lisboa, 15Soo; Deus, por Quem tudo fôra feito, que Mas, para que multiplicar os de- tivamente moribunda a Irmã Angela, es-
Maria Izabel M. Reinas - Vilar Formo- era a Luz que ilumina todo o homem poimentos em favor do Dogma Ma- timada religiosa da benemérita Congrega- Vem pois também, Raínha de Clemência,
. so, 15$oo; Celestino José P. Leite- C. vindo a êste mundo, digo, quando riano, tão caro aos cristãos, se êles ção de S. ta Ana. Fora já dos recursos E independentes jaze-nos do mal!
de Basto, 15$oo; José Bastos A. S.- médicos, não se lhe procurava mais outra
Lisboa, 2o$oo; Maria do Carmo Pires - leio que êsse mesmo Verbo, chegando são tantos quantos os escritores, os assistência que a religiOsa, tendo sido cari- E mats florida a te'rra da beleza;
Porto, 15$oo; Maria do Carmo P.•- a plenitude dos tempos se fez carne apologistas, os Padres, os simples nhosamente assistida por diversos Sacerdo· Sob os teus pés floriram os serlõe~;
America, 2rS6s; Joseph S. Wihite- Ame- e nasceu de Maria Virgem: posso, fiéis? ... tes e até pelo próprio Prelado que tam- Quão larga jot convosco a natu,.eza
rica; 21$65: l\faria C. Fazendeiro- Alen- acaso, duvidar que Maria seja a Mãe Não admira pois que os cristãos bém lhe quis levar a que com razão se O seja a graça em nossos coraç~s!
quer, 2o$oo; Alfredo C. Gomes- Aço- podia s upor última. bênção de despedida.
res, 2o$oo; Maria E. M. Rodrigues - Lis- de Deus? Se Maria é Mãe de J esus e do 4. século, ao ouvirem as blasfê- Sabendo quanto era estimada e quão sen-
0

boa, 2o$oo; Maria Izabel dos S. P.• de ] estiS é Deus, Maria é Mãe de Deus. mias de Nes'tório e dos seus cúmplices. tida seria a sua perda, acabando de re- (De ~<0 Echo» de Port.
Vasconct>los - Porto, 2o$oo; Maria de Alegre - Brasil)
É, afinal, o raciocínio dos Santos tapassem horrorizados, os ouvidos ceber de Fátima um garrafãozinho da
Cone. Maldona do P.• - Porto, 2oSoo; Padres. às suas impiedades e levassem, pelo água milagrosa, tomando dela um frasco
Doutor do Sanatório ~<Rodrigues Senide - juntamente com uma n ovena da mesma
Porto·, 3oSoo; C. 0 M.al F. Nogueira- Ouçamos já o imortal campeão da contrário, em triunfo, os imortais de- Senhora fui levar uma e outra coisa à Este número foi visado pela comis-
Coimbra, 2o$oo; P .• Francisco da Silva Maternidade Divina de Nossa Senho- fensores das gl~rias de ·Maria. doentinha que já encontrei pouco menos são de censura.
ANO IX LEI R I A, 13 de .Junho de 1931 N. 0 135

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director e Propriet á rio : Dr. Ma nuel Marques dos Santos I Emprl sa Editora: Tip. " Uniã o Grá fica" T. do Des pa cho, 1&-Lisboa 1 Administradorr P . António dos Reis 1 RedacQAo e Administração r " Seminá r io de Leiria..

A Sagrada Epopeia .de Fátima


Portugal, terra de S~nta Maria. -Agrande pere~rinação nacional de maio.- Ovenerando episcopado
em Fátima.- Consagração de Portugal ao Imaculado Coração de ·Maria.- Scenas paradisíacas.
..
~--~·~·.,..

:-; ;-/

PEREGRINAÇAO DE MAIO DE 1931 - Procissão de Nossa Senhora com os prelados portugueses Incorporados e presidida por Sua Eminência o Senhor Cardlal Patriarca.

O mais belo santuário do mundo va da Iria>~. em que se elevava a azinhei- espaço de três lustros incompletos, como de culto à Santíssima Eucaristia e a mais ximo Oriente como dos palmares da lndia
ra sagrada, havia de ser, a breve trecho, se essa voz fOsse uma voz dominadora de bela estância de devoção à augusta Mãe e das florestas do Novo Mundo e das Dhas
Dia 13 de maio de 1931 ! teatro de tantas scenas bíblicas, estância comando, exércitos pacíficos de centenas de Deus. da Oceania, lu zidas embaixadas sucedem-
}1ecorreu mais um ano depois que a au- de tão assombrosas maravilhas divinas, de milhares d e homens, que já hoje consti- Já não é apenas Portugal inteiro que -se urnas às outras, cada vez mais nume- •
.gusta e gloriosa Rainha do Céu se dignou manancial perene e inexgotável de pre- tuem no seu conjunto uma soma de alguns ajoelha e reza na santa montanha das apa- rosas, para virem depôr aos pés da mise-
aparecer, pela primeira vez, aos humil- ciosas graças e bênçãos do Céu. milhões. rições; os demais povos, neste quadrante ricordiosa Senhora Aparecida, preitos de
des e inocentes pastorinhos de Aljustrel, A voz débil de três crianças rudes e Fátima, com as s uas peregrinações, com único da história, tão cheio de dolorosos homenagem, tributos d e amor e petições
Lúcia, Francisco e Jacinta, privilegiados ignorantes, tornando-se mais poderosa c os seus mistérios, com os seus prodígios, pontos de interrogação, voltam-se instin- de graças.
e ditosos videntes de Fátima. mais eficaz que a dos maiores potentados com as suas graças, com os seus doces e tivamente para o nosso sol de graças que O' Virgem celeste, bemdita sejais, mil
Há catorze anos ninguém era capaz de do mundo e a dos mais célebres generais inefáveis encantos espirituais, é hoje o desponta no horizonte por sôbre o cora- vezes bemdita, vós que em Fátima, entre
prever que aquele local árido e deserto de que nos fala a história de todos os tem- m:lls extraordinário de todos os santuá- ção geográfiCÔ da "nossa Pátria e eis que urzes e azinheiras. levantastes o mais for-
conhecido pt>la designação popular de «Co- pos. fêz desfilar por essa terra virgem, no rios da terra, o trono mais esplendoroso dos grandes centros da Europa e do Pró- moso santuário da terra, onde acolheis.
2 VOZ DA FATIMA

com ternura verdadeiramente maternal, exp1açao de tantos e tão grandes desva- jeiros de Espanha, da Inglaterra, da Ale- As coras extraordinárias sésseis mostrar que é na smitação dos
todos os portugueses, filhos desta terra rios individuais e colectivos. m:~nha c atl: da América, assistiam mudos mistérios da vida de J esus, que o
de asombro e de comoção, àquele espectá- Os Prelados vão tomar uma pequena
q ue é vossa, porque é e quere ser sempre, «Mãos em súplica,, exclama o ilustre refeição na Casa dos Servitas e depois fo- vosso R esário recorda, que nos torna-
a gloriosa terra de Santa Maria. Prelado; peçamos à. Virgem Santíssima culo paradisíaco.
Du.lrnte o percurso, a multidão, impul- estão retinidos entra um venerando octo- remos semelhantes a Ele; e na com-
tografam-se em grupo. Na sala cm q ue
que ouça êstc: brado e veja as nossas lá-
A grande velada de armas grimas e escute as nossas preces. sionada pela sua fé e pela sua piedade, genário do Pôrto q ue. à bênção dos doen- paixão das vossas Dores que apre1~r
uRainha do Céu, Haínha e Padroeira de rompe de todos os lados em vivas e acla- tes se sentiu curado duma paralisia que deremos o horror ao pecado e o am ,,.
Pprtugal, pela voL do ~u vene~ndo Portugal. que Ela salve e redima a gran- mações a Nossa Senhora, à Igreja, ao Pa- havia um ano o retinha imobilizado no lei- à mortificação; e na oraç® e na pe-
Episcopado, - o mais adnurável ~plsc.o­ de família portuguesa». pa, à Pátria e aos Prelados Portugueses. to.
Cá fora, no recinto do Pavilhão e na es- Repete-se, uma e muitas vezes, a scena nitê1zcia da mística montanha do Car-
pado do mundo, na frase .do E~ID:entls­ Fazia parte da peregrinação de S. ~la· mo que nos purificaremos e a. a ··r 'l-
simo Cardial Locatelli, antigo Nunc1o em planada, o côro das vozes, alastrando pe- clássica, ~obremaneira comovente, do ace- mede da Infesta.
Lisboa, - vai consagrar-se. solene e ofi- la multidão imens.'\, correspondi.,, numa nar dos lenços. Há momentos em que o Um dos Prelado'!;, ao vê-lo caminhar tão remos misericórdia:
cialmente ao Purissimo e Imaculado Co- apoteose intraduzível, à súplica veemente entusiasmÕ sobe ao àuge, atingindo as pro- depressa, com uma agilidade e um de- Senhora do Rosário, cujo Coração
ração da ~ua Augusta Padroeira. Por isso, do Venerando Antístite. porções de delírio. sembaraço tão raros numa pessoas de ida- é a fiel imagem do Coração de V osso
de todos os pontos do país, as multidões Adv<·niat! Que o vo~ Reino, ó J esus, Div('r;o~ aviões milit..1.res aparecem de de avançada, exclam.l. graBiosamente: «Di-
de fiéis dirigem-se para Fátima e aquelas, Hei de amor e de p:lZ, venha a nós pelas w1 em quaudo por sôbrc a Cova da Iria
zem que anda! :e.1e não anda, corre ... >~ .
Filho, pois nele vivestes tão Í1ltima
cujos recursos não lhes pcmúte viaja~ dou- mãos de Maria, a Virgem Padroeira da e os tripulantes acenam com os seus len- Nos diversos grupos qut· se fo rmam, e perfeitametzte a vida de Jesus, que
tro modo, fazem a pé longos trajectos, );ação, a augusta Rainha de Portugal! ço~. sendo correspondidos pela multidão. antes da dispersão final, para troca. fugi- o Salvador brilha no vosso peito co-
às vezes de dezenas de léguas. Sucederam-se as adorações até às seis .:-;'um altar improvis1.do, <'m frente da tlv.1. de impr~ssões, coml·ntam-se outras
No dia 12, vé:<pera do décimo q~arto horas da manhã, sempre com a mesma átrio da Ihsilica, Sua Eminência o Senhor cums que corre terem-se verifieado m.- mo uma Encaristia sem véus, sen-
aniversário da primeira aparição de ~oss.'\ assistência de fifi~ . a-pesar-da baixa tem- Cardia! Pat:iarca, acolitado p<'los rev.dos qucle dia. tambêm por ocasião da bênção do certo que é por Vós que se chega
Senhora, a Cova da Iria transf?rma-se, lo- peratura que fazia ;,, primeiras hons da Cóm·gos ~!artins do Rego c Silva Garcez. dos doentes e, entre eb~ a cura dum á Jesus:
go às primeiras horas da manha, num vas- madrugada. cd<·bm a miss::t dos dorntt·s, <lUC é acom- cego.
panhada de cânticos pc·l:t muitidão.
Senhora das Dores, cujo Coração
to oceano de cabeças humanas. Durant~ O êxodo dos peregrinos
o dia e sobretudo às últimas horas da tar- Mais de 200 missas - Trinta e três Tt·rmin:ula a missa, foi rxposto num foi trespassado por t4m gládio de dôr,
d e, as camio1mettes c os automóveis enxa- mil comunhões trono o Santíssimo Sacramento e recita- Os [Wrcgrinos começam a ret1rar-se da sofr~ndo nele todos os sofrimentos de
meiam as estradas que conduzem à Lour- do o terço do Rosário bOb a presidência do qucle local de maravilhas. Dos pt'itos. Vosso Filho, afim de com o preço
des portuguesa, indo ocupar numa exten- Às 5 horas Su:1 Ex .• Ht-v ,ma o Senhor r<·v.do Cónego João Francisco dos Santos, profundamente comovidos, sai o cântico:
são de muitas centenas de metros, a um Bispo de Leiria c<'l<-brou a missa, a que ;~lnde da Sé do Pôrto
do Seu sangz4e e das vossas lágrimas
Um terno adeus de saud!lde obterdes misericórdia para nós e 1lOS
sinal dos polícias de trânsito, os terrenos assistiram e comungaram os servos <· as
Te d<io hoje os f•lho; tdlt>
adjacentes da grande estrada de \'ila );o- s<'rvas de ~OS!:.'\ S<:uhora do Hosário, ten- Alocução do Eminentíssimo Cardial livrardes do fogo do inferno:
va de Ourêm à Batalha. do feito ao 4Evangdho uma pequena pra-
Patriarca-A consagração de Porto· Adeus! Adeus! Se1zhora do Carmo, cujo Coração
O espectáculo que oferecem os campos tica s:)bre a virtudt• da caridade. Às 6
marginais repletos de veículos de tôdas as horas, o vem·rando Primás dao; Espanhas gal ao Imaculado Coração de Maria O d<'bandar da multidão, daquela mul- matemal não esquece nenlu~m dos
formas e tamanhos impressiona pela s?a celebrou, no altar <'m frente da Basílica, tidão imensa que se assemelha a um po- seus filhos, a/lseia por os reunir a·
grandiosidade. Parece que se .~tá_ assJ'i- a primeira missa rezada nesse local. Nou- O v<>nv·<mdo Cardial Patriarca aproxi- dcros3 <'xército faz-se rm silêncio, no todos no Paraíso, mesmo os que nós
tindo a uma gigantesca mob1hzacao de tros altares ofcrtcl·ram o santo sacrifício ma-se d<·pois do microíone e profere uma. meio da maior ordem, quási' automática- já esquecemos, aliviando as almas
tropas ou, para melhor dizer, ao desloca- os restantes Prelados e os sacerdotes pere- vibrantt· t: sentida alocução. mente, como s<- tratass<· de d<·~locar um
mento formidável dum povo que, por mo- grinos cm número superior a duzentos. ~Ic·io milhão de portugueses estão ah grande acampamtnto militar à <'rdem im- do Purgatório, especialmente as mais
tivo de fôrça. maior, tivesse de ~~ando­ Durante três horas c meia, vinte e cin- prt·>;<·nH•s , pre~os do "erbo de fogo da sua periosa e prontamente a.::~.ta<h dos r<"i- abandonadas:
nar aliás na melhor ordem, a reg~ao que co 6.1cerdotes, rcvt·stidos. de sobrepeliz c- bôc.'\ de oiro. :e. êste t.'\lvez o momento p<-ctivos comandos. Os Pastores escolhidos por Vosso
até' êsse momento habitara. estola distribuíram o Pão dos Anjos a mais m'lis wlcne de tóda aqut'la jornada magní- .\gQra das centenas <.lc milhares de vozr·s
Graças ao Senhor, ainda há fé c pie- de trinta e três mil pessoas. fica. dt fl~rt'grinos apen:ts et;Oam nos nosws Fi!J o para guardarem e apascetzta-
dade, ainda se crê e se reza nesta boa ter- Os fiéis et;tavam dispostos em longas O ilu~tre Prehdo não f;~la; com a su'\ ouvidos, como rumor vago de oceano lon- rem em Seu nome as ovelhas que Ele
ra de Portugal! filas, uma das quais media cêr<;a de tre- vo1 comovida, fazendo a largos traços a gínquo, o murmúrio das prrces, os càn- adquiritt com o Seu Sangue, nesta
zentos metros de comprim<'nto, pois ex- hi~tória sublime de Fátima, canta um for- t icos, os vivas e as palmas. terra de Santa Maria, cujo nome se
A procissão das velas tendia-se desde· o limiar da futura igrrja moso, um extraordinário poema: o poema Portugal, desde hoje, conta m;~is um
atf ao pórtico principal do Santuário. th bondade c do amor do Coração de Ma- dia que ficará assinalado <·m letras de ou- não pode pronunciar sem pronunciar
:e. noite. São dez horas. No Albergue de Noss::t Senhora do Ro- ria para com os portugutses, sintetizado .m n1s páginas da sua. história, dia de o Vosso veem hoje solenemente con-
Estão presentes quási ~odos os Bispos sário foi o rev .do Augusto de Sousa .Maia na <:~trofe maravilhosa e incomparável da glória para Deus. de triunfo para a Vir- sagrar-vos, como os representantes
de Portugal. Faltaram apenas três que, secretário do Senhor Bispo de Leiria e pro- Cova da Iria! g<'m, c de promessas fagueiras, de espe-
mau grado seu, não puderam comparecer: fi'Ssor no Seminário daquela cidade, quem Principia a leitura do texto da consa- ranç:~.s radiosas e de inefáveis consola- ungidos e oficiais dos seus rebanhos,
os Prelados de Lamego e Bragança e o distribuiu a Sagrada Comunhão aos doen- graç..to. Aquela mole imensa de povo cai ções par:~. todos os filhos desta bemdita a Nação Portuguesa ao V osso Cora-
Auxiliar da Guarda. O venerando Cardial tes. de· joelhos. Faz-se um silêncio sepulcral. terra dr Santa :Maria! ção I macttlado, t~um acto de filial
Patriarca de Lisboa, exuberante de moci- Pance que se aspiram eflúvios do Céu. Visconde de ] f 011/elo vassalagem de fé, amor e confiança
dad e e de vida, atravessa a custo por en- No Posto das verificações médicas. Estão ali reunidas as côrtes gerais da Na- - afim de qt4e vós, tomattdo-a de
tre alas compactas de povo, que, pou~ ção, em qne tomam parte representantes Notas várias
horas antes, lhe fizera uma verd~dc1ra Merc~ da afluência extraordinária de de tôdas as províncias, tôdas as cidades, nossas mãos frágeis nas Vossas, a de
apoteose, à sua chegada aos domiruos do doentes, foi preciso resc·r\rar o benefício da vilas e aldeias da terra de Santa Maria. - Muitas senhoras trouxeram lindas fendais e guardeis como coisa pró-
Santuário. Seguem-no os outros Prelados, hospitalização e o direito de entrada no Portugal, consagrado em Fátima por todo flores dos seus jardins para desfolhar sô- pria vossa, fazendo que nela reine,
que formam como que a sua côrte de hon- recinto correspondente ao do Pavilhão em o ve-nerando Episcopado, oficial e solene- bre a imagem da SS. Virgem à passagem vença e impere J esus, fora do qual
ra. Vão todos ocupar os lugares que lhes frente da rntrada da Basílica só aos doen- mt·nt<', ao Coração Puríssimo da Virgem da procissão.
estão reservados na varanda da capela das tes que se achavam em estado mais gra- Imaculada, sua augusta Padroeira, sob as - O Rev. P.• :\latéo que muito dese- não há salvação.
missas. ve. No Albergue foram destinadas duas invocações do Rosário, das Dores e do Car- java tomar parte na peregrinação, mas
Rezado o terço, aquela imensa mole de e-nfermarias para os homens e outras dua~ mo, como ela se manifestou aos três vi- não pôde por causa dos seus trabalhos
Nós, os P ontífices do n osso povo,
fiéis semelhante a um oceano sem praias, para as mulheres. Por falta de leitos, mui- dente~. é hoje e será dora àvante, mais apostólicos, mandou ao Sr. Bispo de Lei- sentimos rugir em tôrno a P,ocela
põe-~ em movimento. dahdo assim início tos doentes ficaram em camas no chão ou que nunca, e irrevogàv<'lmente, um feudo ria o seguinte telegrama: - De joelhos no temerosa, que ameaça dispersar e
à procissão das velas. São dezenas, talvez em cadeiras. As inscrições nos registos do sagrado e inviolável da augusta R ainha meio da m ultidão fervorosa peço com ela perder o rebanho f iel dos que vos
centenas de milhares de lumes, que trans- Posto elevaram-se ao número de t rezentas, do Céu! a Nossa Senhara da Fátima a santificação
formam de repente, como que por encan- sendo os casos mais vulgares os de tuber- do querido e venerando clero português. bemdizem por serdes a Mãe de J esus.
to. num lago de fogo, o recinto sagrado culose pulmonar , mal de Pott, tuberculose À bênção dos doentes P.• ?.fu.téo. e aflztos erguemos para o Vosso Filh-,
d as aparições. óssea, lepra, coxalgias, paralisias, hemi- - O Sr. Bispo de Leiria resou com a as mãos suplicantes, gritando-Lhe:
O espectáculo que então se contempla plegias, flebites, nefrites, doenças do cora- Sua EminêncJa, após a consagração dt> multidão 5 Avé Marias pelas intenções do salva-nos, Senhor, que perecemos!
não se pode descrever e é daqueles que ção, das artérias e do sistema nervoso. Portugal a Nossa Senhora de Fátima. deu Rev. P.• Matéo e pela santificação do
nunca mais se esquecem. Entre os médicos que prestaram servi- a bênção do Santíssimo Sacramento aos Clero. Ergtlei-as connosco , ó Virgem Sacer-
Entre dezenas e dezenas de outras pe- ço no hospital, gratuita e desinteressada- numerosos doentes, que ocupa~·am a parte - A-pesar-da m ultidão enorme da acu- dote, pois qt4e elas são omnipotentes
regrinações passam agora em frente da mente, como sempre, podem ser mencio- da esplanada junto da escadaria da futura mulação e veículos de tôdas as formas sôbre o Coração misericordioso de
varanda do Albergue de Nossa Senhora, nados os seguintes. que foram d um zêlo e igreja, abrigados por toldos que os p reser- e lugares não houve a minim<\ desordem Deus, a Quem Vós oferecestes a H ós-
levando à frente os seus estandartes, as dedicação inexcedlveis e duma paciência vavam dos raios d o sol. nem desastres a lamentar .
do P atriarcado, Juventude Católica Femi- a tôda a prova: dr. Pereira Gens, da Ba- Esta cerimónia-;- sempre bela e semprP - Pela estrada do Reguengo passaram tia frr"a que dá ao Altíssimo tôda a
nina de Lisboa, Bemfica, Pôrto, S. 1\fu.- talha; Remo de Noronha, da India Portu- comovente, foi, desta vez, mais bela f desde o nascer do sol do dia 1 2 até à honra e tôda a glória: afim de que
mede da Infesta. Grupo das Mulheres Cris- guesa; Fernando Costa e Almeida, da Ana- mais comovente do que nunca. meia noite do dia 13 - 6582 v eículos. se nãn perca para nós o Sangtte de
tãs aos pés de Maria, do Pôrto, Paredes dia; Américo Cortês Pinto. de Leiria; 11a.- Irnoressionavam sobremaneira a sereni· Não sabemos quantos passaram pelas
Vosso Filho e as vossa lágrimas:
de Coura, Fundão, Caldas, Almeirim, Por- nuel Sereto Moniz, de :e.vora; Artur Al- dade' dos doentes, a sua fé viva e a su·1 estradas de Tomar, Ourêm, Entroncamen-
talegre, Evora, com mais de seiscentos meida e Melo, de C1.rnide; Luis Antunes piedade ardente. Em fervorosas súplicas. to, Torres Novas e ~linde mas calculando Intercedei por Portugal, Senhora,
peregrinos, Alvorge, Ancião, Troviscai, Serra, de Lisboa; João Baptista Gonçal- imploravam da Hóstia Divina. que o• por baixo outros tantos dá o numero for- nesta hora gravíssima em que sopram
Vila Franca. Alhandra, Algarve com cêrca ves, de Bragança; José de Carvalho, José abençoava, de dentro da custódia que :~. midável de IJ.164. do Oriente ve1ttos furiosos qtte tra-
de oitocentos peregrinos, Várzea, Arrima!, Simões de Figueiredo, Armando Abreu continha, a esmola da cura ou a graça do - O Sr. Bispo de Leiria recebeu o se-
zem gritos de. morte contra Vosso Fi-
Aguim (Cu ria), · Vila Chã de Ourique, etc. Freire, de Avanca; Manuel Lopes Falcão, confôrto celt>ste e da resignação cristã. Os guinte telegrama do Ceará (Brasil): Co-
Do Minho e Trás-os-Montes ao Algarve, de Alhos Vedros; Abel Chaves, do Pôrto; olhos de todos os que asistiam a esta SCP lóni:l. portuguesa inaugurando culto Se- lho e a cultura fundada..sôbre os seus
Portugal fêz-se presente em Fátima. Luís Adão, de Li~bo.'\; D. C'\rlota Múrias, na inolvidável marejavam-se de lágrime.3. nhora da Fátima sauda V. Ex.ct&. - Co- ensinamentos, desvairando as inteli- •
A meia noite, tôdas as luzes se con- de Lisboa; Augusto Vaz Serra, de Coim- O ven<'rando Cardial de Lisbo:l., sem em· missão. gências, peroerte11do os corações e
centram de novo em tôrno da capeh das bra; Laureano Sardinha, de Portalegff'; b:~.rgo do esfôrço violento que fazia sôbrt-
Missas. Domingos José de Carvalho,- de S. Brás 5i mesmo, deixava transparecer no rosto ~----~~-~----------- inflamando o mundo em chamas de
Canta-se o «Credo» em latim, num côro de Alportel; Augusto :\fendes. de Tôrres a funda comoção que lhe ia na alma, nJ ódio e de revolta, - Socôrro dos
formidável, em que milhares de vozes pa- ~ovas; António Domingos da Silva, Gon- sua alma tão nobce como delicada e sen- ACon ~ agração de Prtl!r I ao Cristãos, rogai por nós!
recem fundir-se numa só voz - a voz de çalo Peixoto de Bourbon, Manuel José de sível c·m <'xtremo.
Portugal crente, de Portugal, que aclama Macedo
Queirós,
Barbosa,
José
de
Salva<lor
Vila Verde;
Vieira,
Gualdino
de Torto-
-
Concluída a Mnção dos enfermos, é da Imaculado Goração de Maria Intercedei por Portugal, Senhora,
nesta hora conturbada em que as va-
Jesus, o Rei de amor, e Maria, sua :Mãe d:l a bênção g~ral com o Santíssimo Sacra
Santíssima, excclsa Padroeira .da Nação. ~endo, e Francisco Dias. mento c em seguida os vrnerandos Preh· Depois da rmssa dos doentes, no gas inumdas dttma imoralidade já
Extintos os tíltimos acentos do uCredo», Os servos e as S<'rvas de Nossa Senho- dos alxnçoam em conjun1o a multidão. dia tr ·zc de Maio, terminada a alo- sem véi4S, que perdeu até a noção do
v ão-se apagando, pouco a pouco,. os ci- ra do Rosário rivalizaram com os médi- cução, <l::! Sua l:minência, todos os pecado, pregando dia1zte da Cruz de
rios que durante três horas encheram de cos em solicitude e desvelo para com os O cortejo do adeus
luz e côr todos os recantos da vasta es- doentes, quere transportando-os, quere Prelados foram pro!>trar-se diante do Vosso Filho a rehabilitação da came,
planada do recinto das aparições. atendendo-os na..s suas múltiplas necessi- On;.uuza-seo JY·r fim a procissão de des · altar de Nossa Senhora de Fátima. ameaça afogar no mundo o lírio da
dades. pedida, o cortejo do adeus. em que alma- Ajoelhou-se, por sua Y<'Z, a multi- virtude que se alimenta do Sangue
A adoração nocturna gem de Nossa Senhora é reconduzida, dão dos peregrinos. E o venerando eucarístico de ] esus. - Virgem pode-
grande procissão de Nossa Senhora. com a mesma solenidade e com o mesmo
Já passa da r:•.eia noite. Começa a to- entusiasmo, da Basílica à Capela das Apa- Senhor Cardial Patriarca, em voz rosa, rogai por nós!
cante cerimónia da adoração pública e so- Pouco antes do meio dia, começou a vibrante, transmitida pelos megaf6· Intercedei por Portugal, Senhora,
lene do Santíssimo Sacramento. organizar-se na capela do hospital o cor- rições.
De novo palmas, vivas, flores e lá- nios a todos os fiéis, leu o seguinte nesta hora torva de paixões e de in-
R eza-se o terço do Rosário. Na primeira tejo dos Prelados. Estes, de mitra e capa grimas!
hora, consag~da à reparação nacional, dourada, tomaram lugar na magnífica acto de consagração à Santíssima certezas, em qu e até os bons correm
No momento em que a veneranda
prega Sua Ex.• Rev.ma o Senhor Arce- procissão pela seguinte ordem: Bispo ti-
Imagem, precedida dos Prelados e do res- Virgem: risco de perder-se .. .
b ispo de :e.vora, nos intervalos das deze- tular de Gurza, Bispo de Vizeu, Bispo Nossa Senhora de Fátima que vo:> U n! todos os portugueses na obe-
tante clero e seguida pelos servos e servas
nas, sôbre os mistérios gloriosos do Ro- Coadjutor de Lamego, Bispos do Pôrto,
de Nossa Senhora do Rosário e por uma dig1zastes descer à nossa terra, com o a diência ao Vosso Filho e no amor da
sário. Beja, Portalegre, Leiria, Algarve, Coadju-
incalculável massa de povo, passa junto bemdita estrêla da m anhã, que anun· I greja e no culto da virtude e no res-
As palavras do venerando metropolita tor de Coimbra, Bispo da Guarda, Bispo
da fonte miraculosa, alguêm solta u m nu-
são palavras estuantes de fé e de pieda- Conde, Arcebispos de Vila Real, :e.vora e cia depois da cerração da ttaite a au- peito da ordem e na caridade frater-
de. ~le recomenda que se ore pela nossa Braga e Cardial Patriarca de Lisboa, ro- meroso bando de pombas brancas que rora da lz'z e da esperança, elevand•J na. - Raínha da Paz, rogai por nós!
Pátria, que se faça penitência reparadora deado de· cónegos mitrados. voam em tôdas as direcções, indo mui-

. .
pelos erros e crimes dos portugueses. A frente seguem as dignidades eclesiás- tas delas pousar no telhado do Albergue aqt4i o vosso trono de misericórdi.1
Maria Santíssima é Rainha do Céu e da ticas, sacerdotes de sobrepeliz, deputações dos doentes.
T erra, é Rainha de Portugal. Nós somos dos seminários de Santarêm, É vora e Lei-
seus vassalos, mas prezêmo-nos sobretudo ria, irmandades e con fraria..s com os seus
Durante a procissão era quási inces-
sante a chuva de pétalas que a multidão
para repetir a Portt,gal inteiro o que L embrai-vos, emfim, ó Padroeira
dissestes em Caná · (( Fazei tudo o que da nossa terra, de que, Portugal en-
meu filho vos disser!n para achardes sinou tantos povos a saudar-vos bem-
d e ser seus filhos. amando enternecida- guiões ou estandartes. O majestoso e im- esp:~.rgia sôbre o andor da Virgem e sôbre
men te a Mãe carinhoslssima que Ela é. ponente cortejo, depois de ter passado pe- a cabeça do nobre Cardial Patriarca de perdão e paz e felicidade: dita entre tôdas as mulheres. E m me-
Amêmo-la, cumprindo a lei de seu Divi- la capela das aparições para levar a Ima- Lisboa. Vós que aqui vos m amfestastes a mória do qz4e fez pela Vossa glória,
no Filho, proclamando a sua Realeza de gem dá' Virgem de Fátima, subiu pela ave-- São três horas da tarde. olhos inoce1ttes sob a tríplice invoca- salvai-o, Senhora de Fátima, dando-
facto nos cornções, nas familias e na so- nida esquerda até à entrada do recinto dos Estão concluídas tôdas as cerimónias
ciedade de P ortugal. santuários, descendo em ~guida pela ave- oficicais desta jornada esplêndida e glo- ção de Senhora do R osário, das Do- -lhe J esus, em quem êle encontrará a
Amemos e soframos. imolando-nos, em nida cen tral. Grupos de peregrinos estran- riosa. res e do Carmo - como se nos qui- V erdade, a_Vida e a Paz .
VOZ DA FATIMA 3
Há por lá muito malandro com fali- Oontru~ de coquilho loiro em mãos ca- mil em Ganda, na provlncla de Angola
Alocução de Sua Eminência o Contas de Benção nhas adocicadas que são s6 veneno. losas de camponeses p ios: que lindo or- e a missão da Fátima na Zululandla, na
Depois nem deante de camaradas nem nato, que magnífica prova de piedade Alrlca Meridional.
Senhor Cardial Patriarca de Era à tardinha . . . deante de superiores seja de que paten- cristã 1. •• A 1:rimelra é dtrlglda pelos ben emér!-
A grande multidão já tinha debanda- te forem, nunca tenhas medo de confes- tos Padres do Esplrtto Santo, a segun-
Lisboa no dia 13 de ma10 do havia muito.
Rezadas pelos pais à frente dos filhi-
sar e profes:;ar a nossa fé. Isto desde o nhos, pelo operário ao f indar d o dia, da pelos zelosos Padre!! beneditinos.
Dos milhares de fiéis que, desde o princípio. Em cartas que publlcaremos paten-
em fátima. a:voreoer, alí tinham manifCl.tado a sua
lo padre entre os labores apostólicos;
M&mo os que não teem fé gostam de pela religiosa dentro do claustro ou pe- team os bons Mlssloné.rtos a vtsfvel pro-
fé, poucas dezenas restavam teimosa- es encontrar com homens de carácter. pelo jovem-em sombra que avança são tecção que Nossa Senhora da Fit1ma tem
Terminada <l missa dos doentes e reza- mente apegadas às pedrJ.s duras da Ser- - E vive segundo a fé, rematei eu. sempre- concedido à!l suas obras.
do o têrço do Rosário, Sua Eminência Re- ra. - Sim I continuou o outro: Hásde lu- A missão em Ganda vai transforman-
veremlís~ima o Senhor D. Manuel II, Car- Conta& de bênção&
Alguma graça importante que o Céu tar e com que violência por vezes Santo do-se pouco a pouco num centro de pe-
dial Patriarca de Lisboa, dirigiu aos fiéis pareclll negar, tribulaçõe~ ou necessida- Deus! Abril de 1931 regrinação onde os novos cristãos já fa-
a seguinte alocução que lhes foi transrni- des urgente:>, quem. !>abe o que os pren- Mas fica certo de quem luta por Deus zem a procissão das velas, comunhões,
- tida pt-los mcgafónios: dia ainda naquela solidão ao declinar do Yence sêmpre. canto!! etc., tendo-lhes a Confraria de
Os Bispos d~· Portugal, os vossos Pas- dia? .. . • Nossa Senhora da Fátima oferecido wn
tores, reii111ram-se hoje aqui para agra-
daer a Nossa Senhora de Fátima a visi-
ta que se dzg11ou jazer à nossa terra. .
Humildemente recolhidos deante da
imagem na capelinha das aparições, ora-
\'all\ sem oessar.
• •
O ro~to do futuro soldado desanuvian-
------ harmónlo que será estriado nos dias 12
e 13 de maio.
Desde já recomendamos IIUJtantemen-
!'ara que ~eja completa esta cenmóma De quando cm qu"ando, ora um ora ou- do-se daquela apreensao de momento re- N o ssa ~en h ora d a Fát im a t" a todos os nossos leitores nos auxi-
de acç.io de graçczs, êles vão consagrar tro, v~o po~do fim à sua devoção, que toma>a a sã a!egria habitual. Acalora- e as Nl.ssõe s liem com as suas orações e ofertas prnn-
os .<eus trabalhos e os destmos de Portu- . o cammho e longo c: o kmpo não sobra. : do o outro continuava. ainda: tlllcanc.o-nós a enviar aos beneméritos
gal "" C()raçcio Imaculado de .Uaria. A E agora a ,·ez dum rapaz esbe:to e - Eu também fui tropa. Rainha dus Apóstolos, or"J por nós mlssloné.rlos tOdas as esmolas que nos
cousagraçtiu ao Coração Imaculado de Ma- de»empenado. De pa~so rápido e andar J:í sei o que issg é. queiram e~tregar para êsse fim tão no-
ria é o complemento da co1zsagração na- decidido ,·enHne passar em frente da 1' .,..eram-me um· cêrco até ao último Tem Sido admirável e abundante de bre e tão santo.
cional ao S.lgrado Coraç<io de jesus feita l>al-r<wa dos jornais. I d•,, 1 ara me perderem. frutos o apostolado exercido em Portu-
pelo epzscof•ado português .
. Crisl<ios: .Voss<l Senltora, descendo a
Reconheci-o ao longe.
Raro é o dia 13 em que não vem à
.'> ,. nca. dtscut1 com êles.
1e o que lhe dizia?
gat pela devoção a N~ Senhora de Fá-
tima. ----·-
Fátrma. Jer dela COIIIO que a 11ossa Belem
portuguesa. I F:ítima.
E sabe vir à Fátima...
?... , Povoações Inteiras, adormecidas na
<Oh rapazes tenho um am~r muito t..rátlca da religião, vão sendo acordad:!.>
Voz da Fátima
Se a l'ugem .lfuria em Belem deu je- Confessado da sua freguesia é certo :..:· •. nde ao meu corpo para o de1xar por pela San.J.Sslma Virgem que da Cova da
;us ao muudo, jesus que é ve~dade, vida, r:r eomungar à primeira comunhão. a1 :.os bocados>~ . Iria faz ouvir a sua voz por tOda a pnr- DESPESA
perdiio e pa., desce11do a Fatama como . E como êle comunga I? E que ouvindo o:. repetidos conselhos te.
que nos je:: uma nova doação de seu Rapaz da aldeia põe contudo em todos de minha mãe eu soube defender-me· Os próprios pagãos começam a ser to- MAIO
Frlnu: os seus a,·to~ de p1edade um tal aprumo sempre com galhardia: rezando a Nos- c&dos pelo Coração da boa Mãe do Céu
Fátmw tomou-se; um santuário nacio- Transporte ... 254·753$50
uma tal gravidade que a gente se com: sa Senhora e comungando. com a fundação de novas missões. Papel, composição e impres-
11 tle onde Ela repete a todos nós: - peúetra de q•1e ele sabe bem o que faz -Mas isso também eu heide fazer. A conversão dos Infiéis é a maior
Faze1 tudo que meu Filho vos disSer. são do n. 0 104 ... . . . ... .. . 6.203$00
o porque o faz. Nossa Senhora bem sabe que eu sou de- preocupação do Santo Padre Pio XI, ho- Franquias, embalagens, trans-
:1/iie de Deus. 11ós não recebemos a -Foi porisso que, mal o vi, parei com voto dela de>de crenncita.. Je fellzmente reinante.
jesus senâo por seu intermédio, senão portes, gravuras, cintas,
o trabalho e chegando-me à frente o con- Contou-me um dia minha mãe que, 1 o r.ugusto Pontiflce não perde oca- fretes, etc. ... . . . . . . . . . . . . . . . 1.5I1Sil1
pelas suas m(ios. videi a entrar. ainda.pequenito, me Consagrara a Nos- s;áo alguma de manlfe&tar 0 seu empe-
() seu Coraçàll e o Coração de jesus Com a administração t!m
est,io tão unidos que o dela é bem o
refiem do de jesus. jesus vive no se~t duas .éguas _para andar... I
-E impossíve( Tenho ainda umas sa Senhora. ' nho e zêlo para que o nome e doutrina
Desde que me conheço tive sempre por de Nosso Senhor se estendam por tOda
- Oue é isso para as pernas de um ela uma grand~ devoção.
Leiria 2go$00

peito como Eucaristia sem véu. E:, pois,


nuesstirío que quem quere ir a fesus vá rapaz?...
- Sé r o, sério I - E a minha gente
-Olha cá e rezas-lhe o terço.
-Todos os dias I

I
a terra e o reino do Dlvlno coração pene-
trc nas almas.
A preocupação do Santo Padre actt:al Donativos vários mais avultados
a .lfana.
A co11sagração que de Portugal inteiro pode ficar em cuidados .. . Já não vou I
-Então d~nsa que a vitória é tem sido a preocupação da Igreja em to-
os Pastores aqm reü11idos vão Jazer é um nada adiantado. Cuidam que me fui fa- tua. c'os os tempos P.• Augusto da Silva, 5oSoo; Mari1. Isa-
compleme~>to da consagração que há três zer frade.. . • Pouco antes do nosso dlv!n~ Mestre bel l\1. da C. Russo- Cabeço de Vide,
anos fizemm ao Coração Santíssimo de - E então? I... • • sublr ao céu. ordenou aos seus dlsclpu- 5oSqo; Francisco Jo~ V . Gomes- Lis-
jesus. - Por :\gora ainda não. Sabe vou pa- l(E e fiéis: fde, eruínat t6das as gentes boa, 2o$oo; José Maria. de Amorim -
A fórmula então reCJtada e todos os ra á tropa antes do fim do mês e vai Ao largo e f'lll trente da barraca ia (Mat. 28,19), p r egai o Evangelho a t6da Pombal, 2o$oo; Maria. E Rêgo - Rio de
a11os re11ovada já invocava a Maria para quis-me vir despedir de Nossa Senhora. apressado o <.Scnho1· da Fátiman como a cr iatura (Marc. 1il.15). Janeiro, 25$oo; Conceição Baptista- Rio
que jesus viesse por Ela. P orisso é que me eu demorei ma1s o povo lhe chama. E 011 disclpulos do senhor cumpriram de Janeiro, 25$oo; Arminda 111. Coelho-
já que não somos puros e sa11tos, hós- um bocado. Alto, fortE>_. cabeleira farta., sobrance- :1 sua ordem; toram por tOdas as terras Porto, 2o$oo; Esmolas coibidas por Marh.
t:as sa11tas a oferecer ao Pai Etemo, Quem sabe quando cá voltarei? lhas habitualmente descidas a descansar então conhecidas e ~regaram com tanto E. Coelho- Porto, 3oS5o; E11ter M.• l'.
collfiamo-nos nas suas mãos maternais, E levo saudades d a Fátima. sôbr e os óculos, é na I~átima uma figu- zêlo e com tanto !rut:> que, passados Sant os - Fundão, 3oSoo; Celeste F .• Cos-
para queo ·tiOS apresente, 110s lave e purifi- -Tens medo de por lá ficar .. . r a inconfu ndível. apenas trinta anos, s. Paulo podia cll- ta - Lisboa, 2o$oo; M.6 J . Patrício-
que· no seu sangate, e, tomados hóstia - l\:1edo não. Eu nunca me lembro de I nconfundível tambt<m a s ua persona- zer que a !é era anunciada em todo 0 Coruche, 2o$oo; L<iura T . C. Branco-
pura, sa11ta, imaculada, nos ofereça de ter tido medo. Nom revoluções, nem a lidade moral. tr.undo. (Rom. 1,8 ) e, volvidos 3 séculos, Coruche, 2oSoo; Ana Bárbara Xavier-
novo a seu Filho a quem é devida t6da a p rópria guerra me fazem impressão... Ao avistar-me de longe diz a despe- a Cruz de Nosso senhor Jesus Cristo Porcbes, 2o$oo; M.6 de J. L. P . da Sil-
lwnra, todo o louvor e t6da a glóna por talvez po1· não estar metido nela, mas dir-se: t.asteara-se por tOda a parte, substituiu· veira - Canelas, 2o$oo; Casa de traba-
todos os séculos dos séculos. é verdade. - Adeus oh :~doctor praeclarissime ln do as !nslgnias gent111cas. lho de S. José- Caxias, 5oSoo; M.~ OU-
- Outra coisa não há que temer. - Adeus amigo I Bôa viagem I No 5.• século os missionários penetram via de Santo António Neto-Cereal. I _,$<.'<>;
~ ~ ~,·~~~ Leonor de Carvalho - Bueno~ Aires,
- Ora essa?·· · na As!a oriental, nos séculos 11 e ~2
-Sim! Pode haver um desastre um • evangelizam o norte da Europa e chegam 15$oo; Maria Augusta N. Peixoto- Por-
Indul gências concedirl:ts peta Santa atentado urna desordem uma doença: lá • • até à América cujo camlnho marft!mo
to, 15$oo; Henrique Elias - Coimbra,
I oo$oo; Eivira de Carvalho - Lísbo:t,
Sé. Sagrada Penitenciaria Apostólica isso é verdade . s . mais te.rde seria descoberto p'lr Crls- 5oSoo; Delrnir" Pais- Porto, zoScn: :0.1. 6
-E claro. Mas ainda não é isso que -Vêem aquele cavalheiro que alí tóvão Colombo e Pedro Alvares Cabral.
da Encarnação Rocha - Lisboa. 15$v0;
Beatfssimo Padre. eu mais temo, na tropa. Isso também eu vai ? Com as decobertas dos Portugueses e Lourenço Paulo Ptnto - L. 1\tarques.
posso apanhar na minha terra. - Sim I Espanhols um campo de maior acttvt- 100Soo; Emília Mouta- Pc.rto. :.ooSoo;
O Presidente da Pia União dos Servos· - Não percebo. - Um dia aqui na l:'ãt:rna não me dade se abriu ao& trabalhos apostólicos Jomai-; em Ancora, 15Soo; Luísa M. R.
de Nossa Senhora, canonicamente erecta - Percebe sim. Não lhe vem à lem- lembro já bem em que sítio <'Ontou-me dos missionários. de Almeida- Paiol, 15$oo; Assin. n."
no Santuário de Fátima, da Diocese de brança agora. ê-le em duas palavras a história da su a contlnentes Inteiros foram Hn: •.,eli- 2410- Matozinhos, 2o$oo; M. 6 da C . 111.
IA>iria, pro5trado aos pés de Vossa Santi- Ora se percebe... vida de Coimbra. zados. Ltma- Carapinha!, 15Soo; P.e António
dade, humildemente pede, em favor da E edifica nte e cheia d e lições. Talvez Mas a seara é Imensa e os operàrlos de J . Magaia- Moncarapacho, 4.5Soo;
mencionada Pia União, as &eguintes In- • te valha a t i e a tantos r apazes que 1 ~ao poucos. Corlno Pinto Abreu- Porto, 15Soo; AI-
dulgências: dum salto se encontram arrancandos <:; Uma. estatlstlcn. rcc<mte diz que o
• • da A. Sepulveda - Porto, 2o$oo; M.•
I - Ple11ária, a lucrar, sob as condi- seio da família c lançados cm •· dOS exército mlsslonllrlo de Cristo-Rei ~e com- ~ da Encarnação 2o$oo; Barôa-Ar de Pera
ções ordinárias: Tinham chegado entretanto mais dois absolutamente coutrários à sua U·, a sua põe actualmente de 121.752 pessoas. sen 1\l.' E. F. de S. Cabral - Baião. 2oSoo;
1) por aqu<'ies que se inscreverem na rapazes conhecidos. Pararam perto de moral, à sua virtude. de> 12.712 sacerdotes. 4.456 coadjutor.!!. Z1ta Gonçalves R.1poso--Bragança, 20Soo;
Pia União, no dia. da entrada;- nós a ouvir. Depois duma pequena pau- Ao recordar os tempos de Coimbra, 30.756 religiosas. 73.828 roadjutoras. Branca da S. e Silva - Estoril, 2oSoo;
z) por cada um dos associados, nas sa como a reflectir, mais sério e mais dizia-me êle. E:ste exército mlss!onàrto está dlstrt- Egídio P. F. Barbosa- Vila do Conde,
fest1.s seguintes: ·- a) Sagrada Família;
q) Imaculada Conceição, Natividade de
Nc>ssa · Senhora, Apresentação, Anuncia-
conoentrado o meu interlocutor conti-
nuava: I Olha, a luta é condi;ão de vidn. O butdo pelo m•tndo da forma !!Cgu!nte:
Centro Académico de Democracia CriQ- 7; .165 na Asta; 37.651 na Jltrtca; 5.761
-Eu oonhe;o, na ~in~a terra, mui- tã oue nós fundámos, surgiu, numa épo- n·. América: 3.175 na Ocean!a.
15Soo; M.6 Isabel de Almeida - Serpa,
5o$oo; Adriana F . Rascão- Salv. do Ex-
treme, 15Soo; Rita de Jesus B. e S:\-
ção, Visitação, Purificação, Assunção, tos rapazes que toom 1do a tropa. Eram <:a de luta da necessidade de nos unir- 1 Parece grande o exército? Rio Maior, 15Soo; José F. de Oliveira Mm-
Xns<a S.·nhora das Dores (S('xta-feira de- rapazes fol"l'.c~, vigoroso~, traballw(lore~ 1 mos e def~ndermos. Pois saiba-se Que cada m!ss!noár:·J des-Porto, 2oSoo; José F . de O. 'lendes
pois do Domingo da Paixão), Medianeira e crentes. Se a luta era viva tudo tudo ia bem· tem diante ·f' si Pllra converter 80.000 -Porto, oo$oo; José F. d:'l Costa Pin-
Universal de todas as graças, Nossa Se- E vieram de l:í. alguns Deus sabe co-~ Sf' esmorecia estagnava-se. ' JJagáos Na AEia para 870.000 000 pagl!·:~ to- C. Daire, 2o$oo; Ana Patrocínio Ne-
nhora do Rosário. mo... Os r apazes timbravam em se apresen- he «6 8.155 eacerdotes cristãos. ves- Lisboa, 5o$oo; Beatriz R. da Silva
II - P/endrJa em artigo de morte, a
lucrar pelos associados que, tendo-se con-
fessado e comungado ou, pelo menos, ar-
tropa.
Qu~ndo mais tarde f~sse fal~r a uma
I
Ora eu também gostava de ir para -a ta r duma maneira irrepreensível por
amor da sua Fé-
Avaliam-se em 1.042.000.000 as almas
que nun"~ ouviram falax: em Nosso Se-
Havia uma virtude que então como nhor J~8W Cristo e que nem ao menos
- Agueda, 95Soo; Ana da Concl'ição Ne-
ves- Avenca, 125~; Cecflia Castro P."
- Lisboa, 2oSoo; Pompeu Vida! Portela
rependidos de suas culpas, invocarem de- rapanga para casar nao quer1a que os hoje era brutalm~>nte atacada e comba- ~ sabem c!tzer como o cego de Jericó: -Lisboa, 2o$oo; l\1. 6 da G . Moreira-
votamente com os lábios, sendo possível, pais suspcit.•ssem que eu não pudesse tida- a Castidade. «Senhor, Fflho de Davict, tem com- Ancora, 2o$oo; l\1. 6 A. Roquete- S:llv.
ou no menos com o coração, o Santíssi- trabalhar para a sustentar. Vi caír 110 meu la<lo alguns dos me- paixão de mim.• • de l\Tagos. 2o$00: Francisco de Alm<'icla
mo Nome de Jesus e aceitarem resignados Quando. :~Jl:~reci na inspeeção e OU\"J lhores combatentes. Hapazes que nunca Quem háde valer a tantas almas? Valério - Vale da Pinta, 2oSoo: P.e An-
a morte da mão do Senhor, como pena logo os of1c1a1s todo~ à uma I tinham saído do lar Ham magnífica Peçamos ao Senhor da seara que mande tónio F .• da S. Duarte-S. J oão do Mon-
drvida ao pecado. : «Q_u.e belo ~a paz! Dá u~ magnífico ar- p rêsa nas mãos da <'&oulba. mwtoli operános, multas vocações m!s- t e, 5o$oo; Jornais em Paranhos, 5oSoo;
tllhetro ln .fo1 uma nlegna enorme para Era necessária u ma luta heróica de slonár!as para a sua seara. José J. Ant. Lôpo - P ortalegre, 65oSoo;
III - Parcial de 7 anos e 7 quarente- J osé Lopes Conde - Gafanha, 2oSoo;
nas, a lucrar, cm qualquer dos dias do! mim como se me tivesse saído a sorte anos p ara um rapaz se manter p uro. Cada um de nós tem de ser coopera-
grande. _ . For mei um plnno, exe<'u tei-o. dor neeta grande obra. Ant.o M. Falhares Junior-V . do Caste-
pbrt:grinação, por cada um dos associados, lo, 15$oo; M.a Hosa Magro - Lisbo1.,
ao menos com o coração contrito, se cum- Era certo que n:1o ttnha mazela ne- F o i Nosaa Senhora que tue defen deu Exige-o a religião, para. chamar tan-
nhuma. Fiquei contente. _a a r ma foi 0 te ~. tas almas imersas nas trevas do paga- 4oSoo: j oal!a Ang. H. Nunes- Extremôz.
prirem o seu ofício segundo os Estatutos 15Soo; P.e Tomás da C. Ram:'llhn- Ca-
da Pia União. Vou para_ a tropa. .. D epois de serenatas, de estórdiM, df' nlsmo ao culto do verdadP.Iro Deus;
ria, 78Soo; Manuel J. Barros - Rebdoza,
E Deus, etc .. . Mas quer1a voltar como ~ou: Com ês- ceias p rolongadas o:~ de p as:.eios pelos _ Exige-o a caridade, porque a conv~>r­ 2oSoo; P .e Julio Dias C. Soares - Espo-
I I de Março de 1931.

A Sagrada Penitenciaria Apostólica be-


oom a !.aÚde ganha na. minha aldeia e a Ço nunca ' me deitei sem rezar 0 meu S! lhes pode fazer;
fé e a virtu_de que ?u amo tanto I terço_
I
te oorpo forte que meus pats me der am, arredores por maior que fôsse 0 cansa- sao dos gentios é o maior beneficio que

Exige-o a pdtrla, porque hav"_ad.o nas


zende, 39810; Julia M. Leitão- Idanha-
-a-Ncva, 32S5o; Manuel Fern. da Silva
-Póvoa do Varzim, r5Soo; Ant.o F. d:t
nignamente conc('<leu, as ·graças, segundo -Oh am1go, gnta do lado u m qu e F oi 0 terço q u e me guardou 1 nossas colónias a!nc\a tantos pagãos, n S . Lage- Rio de Janeiro, 15Soo; Manuel
o pedido, por sete anos, não obstante voltara o ano passado, quem quere ser el·angeltzação dêles ligava com o ma1s da S. l\fatias- Aveiro, n6Soo; Manuel
qualquer disposição em contrário. bom é-o em tôda a parte I... • ~oderoso dos laços à nossa nac!onal!dll-
Vieira Verdasca- Gondemaria, 2oSoo;
de. Exige-o Nossa Senhor a que depo~s ; •
Lugar dQ Sêlo Joaquim C. Polido -Alentejo, r5Soo; Cla-
- Bem sei I E Deus sabe se o quero • •
S.Luiso S. P. Reg. ser ... ra da M. Mendes- C. Branco, 2oSoo;
P. R. -Pois bem I Fica descansado, atalhei EnternC<'ido e confiado, o futuro sol- Ascensão do Senhor ~1M·~ n o me! dos Francisco C. C. Leite - Arcos de Valde-
S. de An~telis, Substi. eu, Deus hade njudnr-te. Não falta com dado despediu-se e com êle os out ros Apóstolos para como re1nha estender ao vez, 2oSoo; F rancisco da C. Par<'nte - \

Visto a Sua j!rnça a ninp;uém. d ois r apazes en vo!tos n a luz doir ada que longe e ao largo o reino do seu d ivino Cartaxo, 30Soo; J osé F. de Almeida-
E a V irgem Nossa Senhora h ade am- lhes v inh a do poen te. F"llho. Vimeiro, 15Soo; M.a Leonor F ialho-Evo-
parar-te. .. E eu f iquei-me a pemmr na epopeia Esta missão augusta tem sido atr'l· ra, 15Soo; J osé dos S. Barata - Fundão,
t JOS~, Bispo de Leiria Confia i bemdita do R osário, na chuva de graças vés dos tempos exercida pela VIrgem 2o$oo; Luis N. Afonso-Castelo Branco,
- Se me dás licen ça, volv&-lhe o ou- que êle f a z. descer sôbre o género h om.a- &antlss!ma a quem os ded!cadOll m!ss!o- 3oSoo; Eugénio Barroso- S. V . da Beira,
tro, quero dizer d u as coisas sôbre a vi- no. nárlos . recorrem nas suas afilções. 2o$oo; Laura Quaresma - Porto, 20.~00;
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~- da militar.
E neeessário que tenha!\ sempr e \:m
Con tas de vidro em mãos inocentes de
criancinhas onf' mal sabem ainda balbu-
ü ltimamente correspondendo à visita
que a Santlss!ma Virgem !êz a. nossa
Edrnira Judit Afonso- P. de S. Iria,
3oSoo; I nácio M. da C. P.6 - Felgueiras
grande amor à disciplina e respe!to ~ ci ar a Avé-Maria ; tt·rra pelo menos 2 missões Já se cobri- 2oSoo; l\fanuel F rancisco L . Tavares-
Êste núm ero foi visado pe los superiores. Contas de oir o ou prata em mãos ra- ram debaixo da. protecção r..e Nossa Se- Ovar, 2o$oo; Augusta Alv. dos Santos-
la com tssão de censura. Acautela-te dM rompanhias. Nem tu- liçaa de bur gueses r icos ou entre os d&- nhora de Fátima. Lisboa, 2oSoo; Esmola, 32Soo; Anselmc
do o que luz é oiro. dos finos de d amas genti.; A missão de NO$!a Senhora d e Fáti- Alves Borges (distribuição) - Paços d "
4 VOZ DA FATIMA

nas- Vilar Formoso. 5o$oo; André Chi- ciali!lt.'\S e o resultado era nulo. Um dêles Rosário da Fátima, pedindo-lhe que me te, do Porto, constatou-se a úlcera cica-
Sousa. 15o$oo; Manuel da S. Jordão-
F. da Foz, 2o$oo; Igreja da Misericórdia chôrro Marcão - Monforte, 2o$oo; Dist:n- disse-me que. com o errado tratamen- desse ânimo para me sujeitar a uma ope- trizada.
_ Póvoa do Varzim, 142$50; Vitória buição em Vila F. de Xira, 35Soo; Veri- 'to que me tinham feito, me haviam pro- ração em que havia uma pequenina espe- Agora os nOtiSOS corações ardendo de
Massora- P. do Varzim, 15Soo; P.• Au- diana M.• Carneiro- Vendas Novas, vocado uma infecção num ouvido. De- rança de êxito. Animado e confiado em amor pela Virgem Soberana, cheios da
rélio M. de Faria- P. Varzim, 15Soo; 2o$oo; Celestina dos Santos R~inas - Vi- sanimada já da medicina que não conse- Nossa Senhora fui instar com o meu mé- mais santa gratidão só desejam que o re-
Esmolas no Sardoal, 15Soo; José F. dos lar Formoso, 15Soo; João Albino Custódia guia suavisar-me o Calvário em que vi- dico, assistente, o grande operador Ex.mo conhecimento de todos nós corresponda ao
- :\foledo, 5o$oo; Distribuição em Odive- via, n:corri, com a maior devoção que Sr. Dr. Joaquim Bartolomeu Flores a que benefício, à graça alcánçada, vão assinar
Santos -Gesta, 4oSoo; M.• B. Vinagre
las, 2o$oo; Distribuição na Igreja dos An- me foi possíwl, à Divina protecção de me operasse. êste agradecimento público:
Preto- Setubal, 15$oo; José de M. Sar-
mento- Chaves, 4ó$oo; Angelina D. do jos - Lisboa, 226$95; Colégio da Imacu- Nossa Senhora da Fátima. Tomei parte Fui atendido e o dia 12 de Março, vés-
lada Conceição- Inhambane, 197Soo. na peregrinação de 1928, e a 13 de Maio pera de Nossa Seahora de Fátima, foi o· Ana Joaquina Fwnandes Pereira
Esp. Santo- Lisboa, 2o$oo; Emília V.
Rebelo- Faro, 15$oo; P.• Manuel Rib. Esmolas obtidas em várias Igrejas de 1929 levei a minha filhinha a fazer a dia escolhido para a operação. Maria da Conceição Fernandes
Coelho (distribuição) - Fomos, noSoo; quando da distribuição de jornais: sua 1.• comunhão. Antes de começar a operação, o Ex.mo Pereira.
M. • do t. da S. Bartbolo - Semache do Na Igreja de S. Mamede, em Lisboe., Por autorisação de Sua Ex.• o Veneran- Sr. Dr. Joaquim Bartolomeu Flores, dis- Rosa Maria Fernandes Pereira.
Bonjardim, 15Soo; Eponina Teixeira- no mês de Abril de 1!1)1 pela Ex.ma Snr.• do Prelado de Leiria, consegui que ela fi- se-me que, atendendo ao meu estado de
fraqucr.a e à gravidade da minha doença, Francisco Teixeira Perezra.
Brasil, 4oSoo; Maria Alzira de S. Nobre- D. Laura Gouveia, 1o$oo. zesse sua z.• comunlião no altar-mór
Na Igreja de S. Tiago de Cezimbra, da Capela das Missas e af suplicasse à só por milagre escaparia. Albi119 Teixeêra Fema11des Pereira
ga, 15Soo; Marquês de Rio ,Maior - Lis-
boa, 1ooSoo; Hotel de N. • Senhora da Fá- nos meses de Fevereiro a Maio de 1931, Mãe do Céu piedade e Misericórdia para E assim foi. Nossa Senhora da Fátima
tima, 1oo$oo; António Baptista - Outei- pela Ex.ma Snr.• D. Gertrudes do Carmo a sua Mãe da terra. Então mais do que atendeu ao pedido do doente, e. hoje pas- Agradecem graças a Nossa Senhora as
ro da Cabeça, 15$oo; M.• Isabel M. Rei- Pinto, 108$oo. nunca eu confiei no auxilio da Virgem. sado um ano c achando-se de perfeita sau- pessoas seguintes:
Regressei da Fátima sem as melhoras de, vem publicamente agradecer a Nossa
que tantas creaturas ali tem começado a Senhora a grande graça que lhe fêz. Gertrudes Faustina agradece o bom re-
sentir, mas vim mais resignada com o Angra do Heroismo. sultado duma operação a que sua prima

GRACAS DE N: S.A DE FATIMA


meu sofrimento, mais cheia de coragem Rosalina da Conceição foi submetida. Tra-
para o suportar, e mais animada a pedir Ma11uel Paula de Silva tava-se duma apendicite.
a protecção do céu. - António de Abreu, de Lisboa, agra-
Desde então nunca mais deixei passar Desaparecimento de bacilos de Kock. dece a Nossa Senhora e ao SS. Sacramen-
um só dia sem ter rezado o meu terço to a cura de sua filha Valentina que so-
Nossa Senhora pedindo-lhe que me curas- fria em parte muito perigosa do seu corpo.
ra Nossa Senhora, Herminia de Oliveira Venho pedir a fineza de publicar na -Loisa da Conceição Pereira, das air-
Cancro se por ela própria ou por meio de qual- ccVoz de Fátima a graça seguinte: - Adoe-
Pinto e Ermelinda Tavares, da Cidade do quer médico. Passados algt~ns meses um tes, agradece a cura duma dispepsia e ill-
Porto, pedem que V. Ex.cla publique que ceu com uma infecção intestinal uma pes- te,colite.
médico do Porto receitou-me um medi- soa da minha famllia; quando esta enfer-
Maria Rosa Esteves, dos Altares, Ilha !'.faria do Rosário Simas, da R. da Cons- camento que suavisou logo as dores que
Terceira, mulher de João Coelho Esteves midade parecia quási debelada, mais qua- -Urna «filha de Maria>> agradece uma
tituição n. 0 236, desta mesma cidade, so- continuamente me atormentavam. Conti- grande graça particular que obteve por
e mãe de dez filhos, obteve uma cura fria horrivelmente uma complicação de tro doenças ainda de maior gravidade vie-
nuei a aplicá-lo e a rezar com maior fer- ram complicar o estado do padecente. intermédio de Nossa Senhora da Fátima.
que, atendendo à natureza maligna da afecção intestinal, figado e coração, a pon- vôr ainda, e graças a Nossa Senhora
doença e às circunstâncias melindrosas Como êste se encontrava num estado de - Alice dos Santos Monteiro, de S. Ma-
to de receber os ultimos sacramentos e de que abençoou este medicamento estou ~ede de Infesta, agradece a Nossa Senho-
em que se manifestou, bem se pode ter se desenganar da vida. fraqueza extrema, o Ex.mo Médico assis-
completamente cu.rada. ra da Fátima uma grande graça temporal
como uma graça extraordinária, devida Aquelas duas senhoras recorreram à Em testemunho do meu eterno reco- tente mandou analizar a espectoração,
à intercessão misericordiosa da Mãe de cuja análise cusou bacilos de Kock. que por Nossa Senhora alcançou. Enviou
Virgem da Fátima principiando uma no- nhecimento à Nossa Mãe do Céu, ofere- uma esmola.
Deus, Virgem Nossa Senhora da Fátima. vena segundo esta intenção; desde o pri- ci à Catedral de Lamego uma imagem de Foi no meio da mais cruel angustia que
Sofrendo duma bronquite desde tenra ~e dirigi a N?ssa Senhora de Fátima, pe-
- Clotilde Raposo de S. d' Alte, de
meiro dia da novena a doente sentiu me- Nossa Senhora da Fátima que af é mui- Alenquer, agradece a Nossa Senhora da
idade, não se pode dizer que gosasse sem- lhoras, e, ao terminá-Ia estava livre de to venerada. • dindo-lhe chem de confiança a cura de
pre boa saúde, mas ia levando uma vida aquele ente querido. Fátima uma graça temporal que lhe al-
perigo e o seu estado continúa satisfa- Que o exemplo de tantas graças con- cançou. Enviou a esmola de 2o$oo.
um tanto adoentada, umas vezes quási tório, o que atribuem sOmente a Nossa Muitas graças a essa Mãe bemdita, por-
bem e outras bastante mal. Em Abril de
cedidas pela Virgem Santíssima da Fá-
que a minha súplica foi ouvida porquanto -V. L. V. M. agradece a N~ Senho-
Senhera, visto falharem tôdas as espe- tima ilumine todos os que sofrem para ra uma graça temporal e envia a esmola
1927, sentiu-se, porém, fortemente abala- ranças humanas. que o! santa e prodigiosa oração do ter- o doente encontra-se completamente cura-
que prometeu.
da por dores no baixo-ventre; tão violen- ço encontrem a consolação para as suas do segundo a opinião de diversos abaliza-
tas eram que lhe provocavam vómitos pro- dos clinicos, alguns especialistas. -Mariana Vieira Pinto agradece uma
P.• Joaquim A. dos Reis amargnras, e a Fé e confiança na Vir- graça que obteve tle Nossa Senhora da
fundos e gritos lancinantes. gem Santíssima que a todos socorre co- Por isso venho cheia de reconhecimen- Fátima.
Consultado o médico da família, a êsse Pleurite. me a mais tema e a mais querida das to J?Ublicar esta grande graça como pro-
tempo o Sr. Dr. Ramiro Machado, pro- meti, sendo minha intenção dar honra e -Carolina A. V. de Pinho, do Esto-
Mães. ril, agradece duas graças temporais que
fissional distinto e gozando de geral sim- Cheia de reconhecimento e gratidão glória a Deus e â Virgem Santíssima da
patia entre clientes e colegas, várias ve- Júlia de Castro Costa e Cunha Fátima. obteve por intermédio de Nossa Senhora
para com a S.S. Virgem Senhora da Fáti- de Lamege da Fátima.
zes se manifestou indeciso no diagnóstico ma e em cumprimento da minha promes-
da nova doença, sempre misteriosamente Uma devota de Nossa Senhora -Uma anónima agradece a Nossa Se-
sa venho pedir a publicação desta gran- Criança que recupera uma vista. nhor<~: da Fátima a cura repentlna. dum
velada ao saóer proficiente do expel'imen- de graça qye Nossa Senhora me alcan-
tado clinico. E assim se passaram algnns seu filho de 7 meses que padecia muito.
çou:- tendo adoecido minha mãe em Rev.mo Sr. Director
Agradecimento à .Santíssima Vir- -Um assinante da ccVoz da Fátima>>,
meses na alternativa de poucos alívios e 15 de outubro p. p. com uma ple-urite,
muitos padecimentos. gem da Fátima. de Coimbra, agradece a Nossa !!lenhora a
e encontrando-se gravemente enferma, da ccVoz de Fátima"
Atingindo o mal o seu pleno desenvol- protecção que lhe dispensou no meio do
~Ilita recorri à Nossa boa Mãe do Céu, No cumprimento do mais sagrado de- seu infortúnio, pois que tendo perdido
vimento, pode-se enfim averignar que se zmplorando-lhe a sande e a vida para Rogo-lhe a fineza de publicar no seu
tratava dum tumor muito adiantado em jornal, para maior honra e glória fia SS. ver. de rec_onhecimento e gratidão a San- um braço quando andava no estranjeiro,
aquela que é amparo do meu CO!õp<> e tíssuna Vugem da Fátima venho hoje viu-se sem esperanças de poder susten-
região excessivamente melindrosa. A' or- também da minha alma. Virgem a seguinte narração:
dem do mMico a doente veio imediata- Há tempos uma criança de 4 anos, fi- tomar público uma grande graça. que à tar-se e à sua família. Nossa Senhora da
Passados dias, começou a sentir ali- sua grande misericórdia devo. Ei-la: Em Fátima abençoou-lhe uma humilde em-
mente para a cidade com o fim de ser vios, afastando-se depois o perigo por lha dos meus paroquianos Sebastião Di-
operada e recomendada á cirurgia do dier e D. Maria Gonçalv~ Didier, apa- 31 de janeiro de 1927, meu marido, que há presa que tomou e agora vive, não rico
completo. Durante os tlinte e dois dias muitos anos vinha sofrendo de fortes dores mas com o pão quotidiano para si e para
Ex. 1110 Snr. Dr. Manuel de Menezes. que esteve de cama, bebia quási só receu com um defeito numa das vistas,
Uma vez examinada, foram-lhe receita- supondo-se que fôra algum ferimento em no estômago, sofreu mais a rotura de uma os seus.
água da Fátima e dizia comigo esta ja- úlcera com fortes hernatemeses que o dei-
dos uns paliativos, e em conferência com culatória que eu lhe ensinava: - Nos- brinquedos de criança. - Adelaide da R. Torga!, agradece a
seu marido, o médico declarou-a irreme- O mal agravou-se, porem, e a criança xaram entre a vida e a morte durante cura de alguns achaques que a afligiam.
sa Senhora do Rosário da Fátima socor- tr~ mêses. Na sua morosa convalescença,
diávelmente perdida, anunciando para rei-me e melhorai-me. Agora já trabalha perdeu a vista ferida -Urna devota, agradece urna graça
breve um desenlace fatal, visto o estado A mãe da criança, cujo pai estava au- co~a de crises mais ou menos graves, temporal.
há quatro mêses, a-pesar-da sua idade co':ltinuou a sofrer violentas dores, que
de muita debilidade da doente, a idade avançada. Para honra e glória de Nossa sente, levou a sua filha aos médicos e a - M.a T~resa H. Simões, de Mofnbos,
de 61 anos, e acima dé tudo a natureza um especialista do Porto, a vêr se conse- ffs1ca e moralmente o definhavam e aca- agradece diversos favores que Nossa Se-
Senhora ~umpro hoje a minha promessa, brunhavam. Sofrill. atrozmente e com ela
maléfica do mal,-que era um cancro. dando mil graças à S.S. Virgem por se guia remédio para um mal que tanto nhora da Fátima lhe alcançou a si, a sua
A ciência tinha dado a sua ultima pa- afligia o seu coração matemo. As infor- sofria eu e os nossos quatro filhos que Mãe e a outra senhora sua amiga e por
dignar atender e despachar o pedido des- por u~ extrema dedicação e amor por
lavra e,.. perentóriamente. Mas a fé que ta sua indigna filha de Santarem. mações dos médicos foram péssimas, a quem pediu a N.• Senhora.
tem asas e não desarma, voou e encon- sua filhinha não recuperaria a vista. Es- ê~e. v1vemos horas de verdadeira angús· -Ana TOrres Monteiro, de Senouras,
trou medicina mais alta. Participado ao Mari<t Lídia Crus tas informações mais apunhalaram o seu tia. Por mercê de Deus foi-se restabele- agradece a Nossa Senhora o tê-la favore-
doente o estado grave em que se encontra- coração. cendo para no dia 22 de Abril 6o ano cido numa situação muito afliti~a.
va, logo ela, com...sua família e algumas Chorando, recorre cheia de confiança passado, se lhe agravar de novo o sofri- - Alcina L. Calejo, de Mogadouro,
Uma grande graça. mento. Com uma nova rotura da úlce-
pessoas devotas, 9C encomendou fervoro- a Nossa Senhora de Fátima, cuja ima- agradece a N.• S.• a cessação duma dôr
samente, numa novena, a Nossa Senhora gem se venera já nesta freguesia com ra, a gravidade do seu estado foi maior que horrivelmente a atormentava e o res-
Conceição Soares da Silva, solteira e ainda do que da primeira vez. Tanto bas-
da Fátima, fazendo ao mesmo tempo uso n:toradora no lugar de Ordenhe, L-êgue- muita devoção - e com muita surpreza tabt:iecimento completo depois duma
interno e externo da sua água miraculosa. sua e com suma alegria vê a sua filhi- tava para isso o estado de fraqueza em doença que a deixara extremamente debi-
SJ.a. de S. ~rtinho de Argoueilhe, conce- que se encontrava, e por outro lado o
As dores foram desaparecendo a pouco lho da Feua, vem por êste meio paten- nha recuperar a vista, centra a opinião litada.
e pouco, a inflamaçãe passando, e, che- dos médicos e a espectativa de todos. adiantado da idade.
gado o termo da novena, a doente en-
contrava-se sensivelmente curada por Nos-
tear o seu reconhecimento profundo pa-
ra com Nossa Senhora da Fátima de quem
obteve um assinalado favor em um mo-
Prometeu publicar esta graça, o que
pede agora por intermédio deste jornal-
Teve durante quatro dias hernateme-
ses até que ao quinto se lhe obstruiu o ----·-
sa Senhora da Fátima.
Em Novembro do mesmo ano, o dito
mento aflictivo da sua vida.
Vendo-se sem esperança de qualquer
zinho, órgão das maravilhas da Mãe do
Céu e prometeu tawbém promover uma
pilóro. Não havendo livre comunicação do
estômago com o intestino, tudo quanto Famílias numerosas
médico da Cidade, confirmava, admirado, festa em honra Ele Nossa Senhora de Fá- ingeria lhe provocava vómitos, que obri-
socôrro humano, no meio duma grande gando as paredes do estômago a contraí- Eis um11 das glórias das famili.as tui-
a cura radical daquela que êle julgara tima, o que fêz no dia 13 do mês de
incurável li
necessidade, voltou-se espiritualmente pa-
Abril. rem-se faziam que a ferida sangrasse mais me1'osas em que muito eertamente '"'nca
ra a Cova da Iria, e, suplicando da Vir- intensamente. Havia, pois, além da grande pensaram, e> que contudo i bem lógica:
Graças sejam sempre dadas a N. Senho- gem o seu valioso socôrro sentiu imedia- Que esta publicação constitua mais
ra da Fátima! A Qla devemos esta cura, uma pedrinha para o monumento de gra- dib.culdade de obstar à perda de sangue i nelas q~ se 1'ecrutam os sa11tos.
tamente o seu efeito. Agredece, portanto, a dificuldade de alimentação. O coração Citemos: S. Bernardo era o terceiro de
a ela comovidamente a agradecemos. tidão a Nossa Senhora.
com o maior reconhecimento e humildade extremamente enfraquecido pulsava tão sete filhos; S. Tomás de Aquino, o último
este importante favor do Céu. Fão.
(Um filho da CU1'ada) P.• António Alves Nogueira debilmente que nã@ obstante as repeti- de seis filhos; S. Vice11te Ferrer, duma
das injecções, já mal se aguentava. O seu família de oito filhos; Santa Joana d' Are,
Conceição Soares da Silva médico assistente, tão distinto como ami- duma família de cinco filhos; Santa Tere-
Pu numa família Doença do estômago. gQ, e mais dois abalizados colegas decla- sa, a sexta de onze filhos; S. Carlos Bor-
Doença nos ouvidos raram não haver remédio. Foi nesta de· romeu, duma familia de seis filhos; S.
Havia numa das Beiras uma famflia Padecia do estômago e intestinos desde desesperada situação com todos os desen- Vicente de Paulo, duma famllia de cinco
que não vivia bem porque os esposos não Em cumprimeito dum voto venho, no criança, agravaram-se Ultimamente duma ganos da sciéncia que o Rev. 0 Snr. P.• fJlhos; S. Luís de Gonzaga, duma família
se davam um com o outro. O marido aca- mensageiro dos grandes prodígios da Fá- maneira terrível os meus padecimentos. Arnaldo Henriques de Sousa que então pa- de oito filhos; Santa Margarida Maria,
bava de intimar a esposa a que prepa- tima t9mar publico o testemunho da Considerava-me já sem cura, sendo roquiava. a nossa freguesia e que sempre quinta de sete filhos; Santo Afonso de
rasse o que lhe pertencia e saísse de casa mais profunda gratidão à Virgem S .S. também esta a opinião de todos os médi- nos honrou com a sua amizade, junto do Ligório, duma família de sete filhos; San-
quanto antes. A pobre espôsa desolada e da Fátima. Durante ano e meio, devido cos que me tratavam nosso querido doente moribundo já o pre- to Cura d' Ars, duma familia de seis fi-
chorosa contava a sua mágua a suas ami- a um tratamento errado que um clinico Nesta aflitiva circunstância, estando já parava para a viagem à eternidade. lhos; bem-aventurada Catarina Labouré,
gas. me fez, sofri cruciantes dôres nos ouvidos. impossibilitado de sair de casa, recorri com Em tão triste conjuntura cessaram as nona de onze filhos; Venerável Bernadet-
Eu, cheia de compaixão por ela, dirigi- Consultei muitos medicos e alguns espe- muita confiança e fé a Nossa Senhora do esperanças na terra mas não faltou coo- te Soubirous, duma família de oito filhos;
-me a Nossa Senhora da Fátima, pedindo- ----------------~--~~--------~-- ~ fiança no Céu!.Em todos os cantinhos dá Santa Teresa do Me11íno jesus, duma


· lhe, com o maior fervor que me foi possí- nossa ·casa o eco repercutia ~ Santíssimo família de nove filhos.
":el, res?tuisse a paz àquela pobre faml-
ha. Pedi a outra5 pessoas orações no mes-
mo sentido, e, graças a Nossa Senhora
passaram já dois anos e os esposos vive~
•••• FATIMA a Lourdes ••
Portuguesa •••
nome de Nossa Senhora da Fátima. De
dia e de noite, êste dulcíssimo nome era
invocado. E as nossas preces,- bemdita,
mil vezes bemdita, a Nossa Augnsta Mãe
Levam a palma' a estas, as famílias de
Santo Inácio de Loiola (treze filhos dos
quais Ale o mais novo); de S. Bento Lo
bre (qui11ze filhos); de S. Paulo da C1'uz
ainda juntos e mais amigAvelmente do
que até então. Por isso, venhe, reconhe-
:I ••
- forar:;:;. ouvidas, e o nosso querido doen- {dezasseis filhos); de S. Fra11cisco de Btw-
cidfssima, agradecer a Nossa boa Mãe, es- •• Impressões de viagem pelo Doutor LUIS FISCHER
te salvou-sei! I Em vinte de Novembro gia (dezassete filhos de dois matrimónios);
• próximo passado, data em que foi radio- de Santa Catarina de Sena (vinte tJ dois
ta graça e pedir-lhe que nos conceda o
seu divino auxilio em todos os transes da
nossa penosa existência.

Uma filha de Maria, Maria Domingas



•••• Professor da Unlvenldade de Bamberg, (Alemanha l

Tradoçlo do Rer. SEBASTIAO DA COSTA BRITES, p6roco da Sê catedral de Leiria


Preço 5$00; pelo correio, 5$70
•••• grafada pelo Ex.mo Snr. Dr. Pinto Lei- filhos).
m~~~~~mmmm~~m~m~m~~~mmm~mmmmmmmmmmmm

Encontram-se à venda no «Santuário da FátimaJ> e na «Câ-~


•• •• mara Eclesiástica - Seminário de Leiria», Opúsculos com o Ofício
Doença nos intestinos, figado e tste livro muito interessante, cuja p rimeira edição alemã de ••
••• Menor de Nossa Senhora da Fátima .
c:oraçio.

IO.(XX) exemplares •e esgotou na Alemanha em 4 mese~ encon~111e
1 venda na ONlAO ORAFICA, Travessa do Despacho, 16 - IJsboa..
• I
••
I
Para agradecer a Nossa Senhora da Fá-
tima, cumprindo um voto, e por ventura
associar-me ao côro geral de hosanas pa·
• na VOZ DE FATIMA, em Leiria e no SANTUARIO DE FATIMA.
Custam $50. Pelo correio mais $15.
~mmmmmmmmmm~m~~~mmm~m~~m~~mmmmmmmm~mmmmmmm~
ANO IX LEIRIA, 13 de .Julho de 1931
·. N.0 108

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director e Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Sa ntos U Empr6sa Editora1 Tip. " Unilo OrAfica" T. do Despacho, 16-Lisboa U Adminis trador• P. António dos Reis D Redaoçlo e Administraçlol "Seminário de Leiria"

Fátima
flor -da terra e perfume do Céu ,
Santo António de Lisboa - O sé· de. No dia em que se comemorava o pri- Legado do Papa às festas antonianas, ce- realizou-se, com uUla assistência selecta tou sôbre S. Francisco de Assis e o Apos-
meiro aniversário da sua morte, celebra- lebrou missa de pontifical, seguida dum e numerosíssima, sob a presidência do tolado de Santo António; cónego dr. Joa-
timo centenário da sua morte va-se tambêm a primeira festa religiosa solene Te-Deum, com a assistência de Chefe do Estado, que tinha à sua di· quim Martins Pontes, que discursou sô-
à sua santidade heroíca. únze meses ape- Sua Excelência o Senhor Oscar Carmona., rcita Sua Eminência o Senhor D. Manuel bre o homem medieval e o homem mo-
Santo António de Lisboa, o mais po· nas após o seu ditoso trânsito, a Igreja Presidente da República, Núncio Apostó· II, c à sua esquerda o Sr . General Do· demo. e dr. D. António Pereira Forjaz,
pular de todos os heróis da virtude que elevava-o pela canonização solene às hon- lico, quási todos os Senhores Bispos de mingos de Oliveira, Chefe do Govêmo da que desenvolveu o tema - Santo Antó-
constelam o firmament<· do Cristianismo, ras supremas dos altares - glorificação Portugal, Govêmo, Corpo diplomático, Nação e estando presentes ministros de nio, mestre da oratória cristã e da ciên-
é, como justamente disse Sua .Santidade jàmais autorgada tam cêdo a qualquer Câmara Municipal, Reitores e Lentes das Estado, a sessão inaugural do Congresso cia portugueza.
Pio XI, felizmente reinante, ua glória de outro dos seus filhos. Universidades, altos dignatários das vá· Antoniano Nacional, d urante a qual dis- No fim o Eminentíssimo Cardial Le-
Portugal e a honra de tôda a Igreja». Portugal, a terra que lhe foi berço, e rias Ordens Militares nacionais e extran· cursaram alguns dos mais notáveis ora- gado encerrou o Congresso, realizando-se
O Papa Gregório IX chamou-lhe arca a Itália, sua segunda pátria, que guarda geiras, oficiais de terra e mar, represen· dores do clero e do laicado católico por· em seguida um solene Te-Deum na igreja
do Testamento, referindo-se aos profundos religiosamente os seus despojos mortais tantes da aristocracia. e uma enorme mul- tuguC-s. _ de Santo António da Sé em acção de
conhecimentos bíblicos de que dera pro- em rico e formoso altar de sumptuosa tidão formada por pessoas pertencentes Sua Eminênc•a o Senhor Cardial Le- graças pE'lo bom êxito do mesmo Con·
va, c S. Boaventura afirmava dêle que B:J.Sflica, iniciaram já as homenagens co- a t&las as clases sociais. gado fez um pequeno mas substancioso gresso.

·~

PEREGRINACAO DE MAIO DE 1931-Sua Eminência o Senhor Cardial Patriarca dando a benção do Santlssimo aos doentes.
conduz a umbela o Snr. Dr. Lopes da Fonseca, ex-ministro da República Portuguesa.

«abarcava todo o saber dos antigos». Foi memorativas do sétimo centenário do Durante :1ma hora, Sua Excelência H.e- discurso de abertura, dando em seguida Em tôdas as dioceses do país, assim
sem dúvida o maior orador e o maior mis- passamento do glorioso taumaturgo. verendíssima o Senhor D. António de a palavra ao Ministro da Justiça, dr. AI· como nas da Itália, efectuar-se-ão, den-
sionário do século XIII, dêsse século cm Castro Meireles, Bispo do POrto, fez o meida Eusébio, que fez um magistral tro do ano do centenário, solenidades re-
que a Igreja teve grandes santos e gran· Semana Antoniana - O solene penegírico do glorioso taumaturgo, ver· discurso sôbre Santo António, mestre de ligiosas e cívicas destinadas a. glorificar
des sábios, como S. Domingos, S. Fran· Pontifical em S. Domingos de Lis· sando as questões do capital e do traba· humildade, de bondade e de espiritua.li· a memória vcneranda do vulto mais gran-
cisco de Assis, S. Domingos, S. Tomaz lho, da autoridade e da liberdade, do dade, apontando-o como o maior portu· dioso e mais belo da nossa história, que
de Aquino e S. Pedro Nolasco. boa amor da Pátria e da cooperação interna· guês de todos os tempos. se ergueu logo na manhã da nossa nacio-
Sete séculos são passados depois que ~s­ cional, as grandes questões que, no di· Falou depois o Senhor Arcebispo de nalidade e que é, incontestávelmente, o
se grande vulto di!- história pátria, cujo Depo~ duma esplêndida semana an· zer do sábio professor Yves de !e Briere, ~vora, sôbre a acção nacional do nosso maior e o melhor embaixador de Portu·
nome encheu a sua época e cuja. fama toniana, em que pregaram a lguns dos caracterizam o nosso tempo. Santo na idade média. gal, junto de tôdas as nações do mundo,
de virtudes e de milagres ainda hoje ecOa nossos melhox:es oradores sagrados dos Nos dois dias seguintes fizeram tam· o expoente máximo da nossa cultura e a
por todos os recantos do mundo, passou dois cleros, regular e secular, no dia tre· O Congresso Nacional Antoniano bl'm magistrais discursos os srs. dr. Luís síntese mais perfeita e mais admirável
desta vida a gozar para sempre dos es· ze de Junho último, no vasto e magesto- :\Iaria Lopes da Fonseca, ex-Ministro da do génio, do valor ~e das virtudes da nos-
plendores da bem-aventurança. Nunca, so templo de S. Domingos, o maior de No dia catorze, à tarde, na igreja de Justiça, que falou sôbre Santo António, sa raça.
em tam pouco tempo, nenhum santo Lisboa, Sua Eminência Reverendíssima o S. Vicente de Fóra, transformada em sa- o Santo Português, Santo de todo o mun·
conquistou tam grande fama de santida· S!o'nhor D. Manuel II, Cardial Patriarca, lão para êstc preito a Santo António, do; dr. Leonardo de Castro, que dis..c;er-
VOZ DA FATIMA

Santo António, Padroeiro de Fá-


tima
Em seguida assinala os males do vi·
cio contrário, punido com terriveis cas-
I
Sagrado Viático e a Extrema Unção. O de honra, um longo e substancioso estu-
seu estado inspirava a rna.is viva compai- do subordinado à epígrafe «Fátima e
Em.mo Cardial Secre-
tário de Estado - Ci-
tJgos no Antigo e Novo Testamento. xão a todos os que se aproximavam do Lourdes», àcêrca das aparições e curas
Fátima, que se orgulha de ter. Santo ~stes males são para o indiyíduo a ce- seu leito de dor. 1 entraordinárias de que há catorze anos dade do Vaticano.
gueira da inteligência, o enfraquecimento a esta parte tem sido teatro o que é ac-
António como seu augusto Pa~oeu:o. r e-
Confiança na Virgem tualmente, sem contestação, o mais cé-
jubila com o esplendor extra.ordmário que da vontade e a duresa do coração, para
lebre santuário do mundo.
Milhares ae peregrinos San-
revestiram as festas centenárias e faz vo- a família discórdias, desordens e a de-
tos ao Céu para que o exemplo das suas sorganização, e para a sociedade o avil- No coração dos doentes há sempre do- ~sse primeiro trabalho histórico-críti- tuário Nossa Senhora Fátima
preclaras virtudes e o mérito da sua va- tamento, a perda do caracter e o enfra- ce esperança de cura. Carmina da Con- co, que ocupa as primeiras treze páginas sentindo amarguras Santo
liosa intercessão assegurem a paz e a ~r­ quecimento contínuo das energias vitais ceição possuía-a, bem viva, na interces- de texto da famosa revista, é devido à
dem e o cumprimento dos d everes cns- da raça. são, a seu favor, de Nossa ~nhora de pena do ilustre filósofo e naturalista, dr. Padre pedem liberdade I gre-
tãos nesta terra que lhe foi berço e q~e O ~bio e piedoso Prelado termina com Fátima. Joaquim da Silva Tavares, sócio efectivo ja protestam filial submissão
seu coração, grande como o coraçao uma ardente exortação à pratica da vir- Com essa doce esperança, partiu de da Academia das Ciência.'!, de Lisboa. 1:
9
dum santo, tanto amou e tanto engran- tude da pureza a exemplo da Santíssima Lisboa, no dia 12, para Fátima, dizendo sábio de renome universal. rogando Bênção Apostólica.
Virgem, apontando os meios que se de- Al~m da introdução e da conclusão,
deceu. à familia que tinha a certeza de que
vem empregar para isso: a frequência dos Nossa Senhora a curaria. contêm o notável artigo sete capítulos BISPO LEIRIA
o dia treze de Junho em Fátima sacramentos, a fuga das más companhias Cheia de dores foi instalada numa ca- com os .títulos seguintes: ..fguas abençoa-
e das más leituras e a devoção a Nossa deira de viagem e conduzida para um das, As apar~ções em Lourdes, As apari-
Dia esplêndido, verdadeiramente pri- Senhora, Rainha dos Anjos e das Vir- automóvel. Que horrivel sofrimento o da ções em Fdtima, Os três v1dentes, COII - O Santo Padre dignou-se
maveril, o dia 13 de Junho, em que a gens. pobre menina durante aquela viagem tratllçõt·~. As peregrinações e O evito em responder por intermédio do
natureza parecia querer emoldurar com_as A bênção com o Santíssimo Sacramen- em que se gastaram dez horas! Fátima.
suas galas e louçanias as c:omemo~çoes to aos doentes foi dada pelo nosso ilus- A cadeira ia. suspensa por cordas e :Sn mesmo núm1:ro, !óm do tt·xto do Em. a•o Cardial Secretário :
festivas do sétimo centenáno do d1toso tre Prelado. :tmparada pela. Mãi e por sua irmã, de artigo, inserr a rt'vista um:~ lind::t estam-
trânsito do grande taumaturgo português. n anos, ::\farh da Conceição Barlamachi. pa <la No"-;." Sl·nhora que se vt'nera em · Cidade Vaticano, 2], IJ,
Do automóvel foi transportada em ma- Fátima e mais <l<'z gravuras, algumas
Nem sequer o mais pequeno farrapo de nu-
vem embaciava a pureza irnacul:ula. do
Fátima e Sua Santidade Pio XI -
Mensagem ao Papa ca pam o hospital por quatro servitas. ele página, represent.mdo diveroos aspec- IS. •
~a viagem teve várbs homoptises. tO'; do local sagrado t' das pl'rrgrinações
céu azul diáfano. de ::\faio de 1926 e dt· ~!aio de 1929.
O ambiente era refrescado por uma _1~­
Após a bênção geral ~ua Ex.<Lo Rev."'' Bem haja o grande Naturalista p1:la Agradecido pela filial ho·
ve bri!>a que wprava sem cessar, miti- 'I mha ~ido dada a bênção do Santíssi-
gando os ardores do sol quente de Junho. o Senhor Bispo de Leiria dirijiu-se nos mo. A branca Imagem de Noss..1. Senho- publicação do seu precioso trabalho, tiio menagem de adesão o Santo
seguint<·s termoo; à imensa multidão de ra de Fálima fôra já levada procissional- con-<encioso e autorizrtdn. escrito com Padre abençôa de todo o co-
A procissão das velas
fi<'is que se extrndia pda v:tst.1. explan:t- mcnte, entn· c.ull1cos e viv:ts e o acenar a \'Cracidade, elevação I' imparcialidade
da do local das apariçÕ<'s: uVós sabl'i:; de milhan·s tle knços e uma chuv:t co· próprias do carácter do autor l' da indo- raçéio os peref!.rinos do Sa·~­
Na véspera à noite a procis.~o das v~­ qua várias vl·zrs Sua Santidade o Papa pio:;;L d<· Hort'S p<tr:t o singl'lo padrão co- li· th rrvist.a qu" s1· honra iu-;rrindo-o tudrio de Fátima.
las realiza ra-se com uma ordem perfei- Pio XI se tem ri'Comendado à'! nossas memorntJvn das ap niçõ!':S. Tôtia a espt·· n·•s :-uns páginas.
oraçõl'~ nc·ste Santuário dl' Fátima. Mas Do magnífico :trtigo !oi fcit01 uma '"''-
ta e admirávt'l. O terço que a prccedru ranç1. d•• cu!"' l"' r•<'ia perdida. CARDI,AL P ACELLI
<'U qu<·ri'l que nt>• hojt· dum:~ maneil"'' p;trat:l•, ri'Ct·ntt·nwntl' publicada. qu1· :-•·
e a ~doraç:io que se lhe st·guiu deçnrrtram t·ncontn it vt·nda n:•s princip i- livr:trias.
no mcw do maior re<:olhimento I' pirda- t·spt-cial orássrmos pelo Santo Pndre , pe- Um diálogo com a doente
dindo a ~oo;so Senhor que lhe dê fôrç:ts --------~.-~.--------
de. . para sustrntar como trm sustrntado. in- E m terras de Santa Cruz -- Casa
Era enorme a multid<io postada J_un~o ::-.:l'~l.a oca~i.io :tproxÍinou-~c da uO!·nt<·
trepidaml'nte, as lut.'ls t·m dc!es.1. da liber- de Nossa S enhora de Fátima
dos megafónios e l'm volta. do p;tvJihao
dade e dos direitos da Santa Igreja. um sact·t~lott•, o rcv do Jo'l' Loun·nço do' NOSSA SENHOR& DE FiTIMl EM ROMA
dos doentes. onde se pfrctua,ram todQs s S:mtos l':tlrinhas , prior da Figueira ela
Eu quiTia m:tndar um telegram:t ao Foz, a quem a \i~ta tlaqndl· cspcctáculo ;:\a citl:ldt· dt· S. Luis tio ~I:trólnlüo
actos religiosos dos dias 11 e 13. Chega a Sua linda imagem no dia·
Os megafónios funcionaram sempre ma- Scmto Padrn l'lll ml'u noml' ,. no de todos de tanta dõr tinha comovido pro!un<h· urna das mais impm tant1·" da nobre . <'
vós dizrndo-llw qu1· estamos aqui todos gloriosa nação irmã de Ali'm-Atl:lntico. da festa de Santo António
gnificamente. unidos com Ele st·ntindo as suas mágu:ts mrnte c que lhe diz: acaba dt· s1· abnr uma casa de,. artigos rc-
A assistência, mesmo de vPspera, era Quere-s1· cumr a ~ério?
e sofrendo com Ele. lij!;io ..;o5. ohjt"Cto.., de pil'datle c boa im- Do ilustre correspondente das
enormlssima vor motivo da fe-sta <'fi hon- Eu qutria.
Uma ~alva tlc p:~lmas r \'iva~ abafa-
ra de Santo António. Não qul'ira! T<·m :t ml'lhor parte . pn·nsa, 1}111' \'I'Ío pr<'('nchrr um:~ lacun:t cNovidades~ em Roma respigamos a
. mm a voz do <·minl'llll' Pn•lado qur :t 5<'-
E rápidanwntl' justificou a sua afir- qu<· havi:1 muito s(' notav:1 11:\ capital seguinte noticia não transcrevendo
guir rezou pt·lo Papa, pelo Sl'nhor Bispo do t•,:taclo do mt·<;nH> nonw. O dono ou o art'go todo por falta de espaço:
As peregrinações organizadas de Gurza, qu1· tinh:L vindo clt-sprdir-se mação.
- Olhe: Jesus Cri~to (: o chrfe da hu- antes o chdc d(·sse e"tahtkc•mentn (: o
Entre as peregrinações mereceu_ espe- de ~os.<;.'\ S<·nhom di' Fátima antl·~ de mólnidade, da cri~;tandad<•. Tem dois bra- honrado l' activo com<'rcianle sr. Joa-
cial referência as seguintt•s: a da Confra- p;1rtir p:tra a India l' !inalmrnte pelos ços, um d<><:ntt· <· o outro ~o. Qu:~l do• quim Pinlwíro Cunws, proprietário •la Foi a mãe que veio à procura do
ria do Sagrado Cora<,;ão de Maria do Con- doentes. dois J<·sus Cnsto cstima mais? Agí·nci:t Gome" com ~é<le naquela cida- filho, disse o nosoo Ministro junto
vento da Encarnação, fregul'~ia da P<·na, O doentinho. de. Católico convicto c fl-rvoro,;o. pondo do Vaticano. Foi Nossa Senhora de
Lisboa, com 70 pcs:>Oas, presidida pl'lo rt:S-
Uma cura extraordinária então? I na d<•!esa das suas crl'nças todo o entu- l''á.tima que veio cooperar na glori- •
pectivo capelão r ev. do João N unts Mon- siasmo e ttxla a energia dum conv<·rtido ficação do patríci:> S anto A!ltón!o,
teiro a de Sintra, com too pcs.<;O.'lS, pre- Em sq{uida, cm conclusão dos acto" :tqut'le <lcdicadi~simo filho d:t Santa Igre- d igo eu. F oi por milagre, dizem to-
A cura inesperada
sidi& pelo rev .do Carlos Augusto Teixei- o!icinis, realizou-sr a. procissão com a ja. que todo o norll' •le Portug'll conht- dos.
ra de Azevedo, pároco de Santa Maria e lm:tg<'m de Nos.'N1. Senhora para a c.'lpe- Cnn\'l·ncid:t c n·signad'l, :t feliz pnvl- cc pdas suas h•·n<'mt·r(·ncia-<, dNt :\ nov.t E eu lhes digo porquê.
de S. Miguel, a de l\1inde, p~meira pere- linha das apariçÕ<-s. Estava a Imagem a
S<'r coloca ela <;6brr o seu pudestnl. q uan- l<'giada da \'irgrm entrrgava-sc com in -. ca":L conwrcial, "por um:t <Jtll-stão 1le ft< O Sr. Dr. Trinda de Coelho havia
grinação oficial da frêgucsta, com 700 teiro abandono à vontade ele Dc·uo;, quan- c patriotismo>~, s<·guntln a ~na fra'>l', a encomendado ao Sr. José Ferrei ~a
pessoas. entre as quais uma doente, pre- do U<' vários pontos da Cova. da I ria co- do d<· n·prnte se acha· rnl'lhor. sug<'stiv:t dt nominaçio d•· .. (as•t d<· Nos· Teclim, de Corona do, Santo 'l'irso,
sidida pelo pároco rev.do ~fanuel Antó- meça o povo a correr em direcção ao pa- S.·nt:t-"' na cama. De pois põe-St.· em .,, Senhora de F:ítima». uma imagem de Nossa Senhora de
nio Querido, a de Espite, segunda pere- vilhão dos doentes. p~. O povo ncorrl'. (),.; servitas conteem-
O s1•u ohj<·ctivo principal, como tle l'" 'átlma para a Igreja nacional de
Qu<' se tinha p:tssado?
grinação oficial da frêguesi:t, com 1.500
~um:t C.'\ltl'l do lado esquerdo de quem -no a distância. Carmina da Concrição próprio diz, I! inundar o ~!aranhão dt: Santo António dos Portugueses. O
pessoas. presidida pelo pároco rev.do An- I'~ ta ,.a curada. Por duas vt·?.es se levan- bons livros . livros sãos, que tôda a g<·n- generoso e hâbil artista enviou- a;
tónio Pereira Simões, q ue trazia um ex- sob<· para o alt.'lr está urna menina cerca- te possa. lt-r com real :tproveitamento.
da cl~: vári01s p<·~so.'ls. Tem de7A'lsete anos t:~ tle novo a pedido do, circunstantes e, como são morosissl.mas as dé-
celente grupo coral de cêrca de 30 ele- Acompanham-na. :to Albergue, onde f- O sr. Pinheiro Comes :tbalançou-se a 1marches para levantar das alfânde-
mentos, a de S. Simão de Litêm, com de id:1de. :1:1: n:1tural de Alrnostrr, conce-
mais f•stc t·mpr<·t·ndimento, tão útil co-
ex:tmin:tela e interroE::tda 1x•lo •Ir. Pcrei- gas as encomendas, pensou-se que,
roo pessoas. a d a Sé Nova de Coimbra lho dt Santart-m, mas vive há muito tem- ' ra Gens, din'Ctor do P ôsto das verific.'l- mo ben<'mérito, de acôrdo com alguns só daqUi a um mês, ela estaria na
po t•m Lisboa, onde mora na freguesia
com 68 pessoas, e a <le Ameixial, Tôr- çõc.-s m1~dicas , qu~: antl·s tia cura a tinln amigos, todos bons católicos t :ttl: con- igreja, e isto oom grande pt-sar p a -
res Ved.ras, tambêm com 68 pessoas, que de S. Sebastião da PNlreira, rua 0 Mar- obst·rvado e const.'\tatlo a extrema gra,·1 frades da Conf<·rênci:t d<' S. Vicente de ra o Sr. Ministro.
qui-s de Sá da Bandeira, ~.o 14, 4. D.\0 Paulo.
se tinham tOdas confessado nas suas ter-
Chama-se Carmin:t da Conceição e é fi- datlr do seu estado. Ao vêr a doente · Bem haja o ilustrt• portugut·s, que nas · ·· · · · · ·· ·· · · · · · ·· ··· · · · · · · ··· ··· · · ·
ras antes da partida para Fátima. lha de Manm·l Vitorino Júnior e de D. j!;ressar por seu pé, sem a uxilio de nim-
Inácia da Concrição B:trlamachi. Tem gu/lm. o d r. Gens, pálido d<· surpreza e terras longiquas cl<' Sant.'l Cruz tanto E por isto projectava-se uma fes-
Uma alcateia de «<obitos. dois irmãos e duas irmãs. Há cerca de cin- comoção, di?. para os outros mN!icos :·e honra a sua Pátria. pela sua magnífic:t ta para mais tarde.
co meses que está doente. Foi visitada e s<·ntes: uQue é isto? ... Pare<:e impossivt'\ iniciativa que levou :t rf<'ito por um:~ N .sto e de surprêsa vem 0 caixão.
Punha uma nota extremamente sim- tratada por três médicos: os drs. João uma doente que veiu de mac.'l e VOI?'• questão de Hica religios.'l e que tem as Yem minutos antes de se 1n1ciar a
pática e encantadora no conju nto geral Gonçalves, Azevedo e Nazaré, que não por seu pé•>. bênçãos de Deus, a :tprovação e o apoio solenidade do último dia. Abre- se
um grupo de 14 lobitos, dirigidos por eram co~ordes no diagnóstico da doen- Tl'rmina<lo o 'interrogatório da. feliz aplauso moral da autoridade I'Clesiástica e o
unânime dos católicos do ~tara- c. caixão e a imagem linda, branca,
dois chefes, da Alcateia de Nossa Senho- ça. Sofria dôres horrh·eis por todo o cor- menin:t, s.'io em seguida interrogadas a nhão! mimosa, portadora das saUdades de
ra do Fetal, do R eguengo do F etal , agre- po e sobretudo nos pulmÕ<'S, no peito e Mãi e a irmã.. Como e<~erev 1• just:tmrnte 0 jornal ,, 0 Portugal a o s portugueses de Roma,
gado ao Corpo Nacional de Scouts. nos rins. Tempo,, diirio que Sfo public.'l na cidade aparece a encantar e a da!' ense-
Por causa da festividade do Sagrado Perdeu a faculdade dos menores mo- Agradecimento à Virgem - Lá· d M h. Jo a ser logo b enzida.
Coração de J esus, realizada quási por tô- vimentos. Teve de ir para a cama, onde o aran ao, no seu número de 15 de E la chegou no último dl.a da fes-
da a parte na sexta-feira, houve falta permaneceu quatro longos meses. Passa- grimas de comoção Abril passado, em longo e primoroso ar-
tigo devido à pena cintilante do dis~n- te: a Santo António, nos últimos dias
de confessores e por isso no dia 13 foram dos quinze dias começou a ter ataques
relativamente poucas as comunhões, que convulsivos e a sentir dores fortíssimas Após o interrogatório, deu algum:ts to jornalista brasileiro rev.tlo Arias Cru?. da estadia em Roma do Sr. Minis-
C!'sa. iniciativa constitui uuma edificação tro, quando a igreja estava em
se elevaram apenas a pouco mais de cin- nas costas e no peito. Não podia ter o voltas por -.eu pé dentro do hospital e de propósitos nobilis.~imos. em cujo am- grande gala, quando todos os por-
co mil. depois foi à capt>linha das aparições ag":t-
.No P ôsto das verificações médicas fo-
tronco nem a cabeça erectos. decer a Nossa Senhora a sua cura. )lu•- biente a infância ~" a mocidade, carrega- tugueses estavam dentro dela,
Apoderou-se então dela um.'\ profunda tas pessoas choraram de comoção ao v ê-l:t das de esperanças, só deparam elementos quando à porta do Instituto Por-
ram inscritos 128 doentes, dos quais 13 e invencível trist eza. Os r emédios rec<'ita-
receberam hospitalização. de pé em cima duma cadeira a rezar com de vida, e não o tóxico violento a cor- tuguês descia do seu automóvel,
dos pelos mkiicos e que a desvelada fa- todo o fervor, em acção de graças. rupção da virtude, que tantas ~ezes se acompanhado da sua cOrte, o Sr.
mília ministrava à doente não produ-
A missa dos servitas - A missa da ziam nenhum efeito apreciável e até p;1- noNo regresso à capital, já veio sentada perd~ quando se pretendia adqu irir ga- Cardial Locatelll que eu e nós todos
automóvel, entre a mãi e a innà, e, rantJas para as convicções e os bons srn- temos na conta de precioso amigo
Comunhão geral - A missa dos reciam agravar o seu melindroso estado. ao apear-se à porta da sua residência, ti meu tosn. "'"'"'').
doentes
P urgatório cte trevas
era objecto de admiração e de entusiás- A uCasa de Nossa Senhora de Fátima. I Chamem a isto milagre; chamem-
mo para os vizinhos que choravam quan- t·stá instalada no número 2 5 x da rua Tar- -lhe coln.cidência; chamem- lhe ac&-
A missa dos servitas, às 5 horas, foi do partira para Fátima, julgando que quinir- Lopes. so que é sinónimo de Providência;
celebrada pelo capelão director dos ser- Entretanto a doença que o dr. J oão não voltaria com vida. Sua avó, ao vêr O "Tempon termina o artigo acima ci- chamem- lhe o que quiserem; cã
v<:>S e servas de Nossa Senhora do Rosá- Gonçalves diagnosticou como sendo dô- a cadeira de viagem na rectaguarda do tado com estas palavras: uParabens aos por m1m classifico Isto de gentileza
rio, rev.do Dr. Manuel Marques dos San- res nervosas no coração e re umatismo veículo, supoz que su:t néta tinha morri- católicos do Maranhão! Paraben s à Igre- [do céu, elegância maternal daquela
tos. nos ossos, progredia de tal forma que a do. ja Maranhenceln grande Senhora que resolveu em
A missa da Comunhão geral, às 6 ho- doente não podia suportar o menor rui- Vida e sande A uVoz da Fátiman , fazendo tambêm 1917 converter o nosso pais e c on -
ras, foi celebrada pelo Ex ...0 e Rev.mo do nem vêr o mais ténue raio de luz, seus esses parabens, felicita cordialmente vidâ-lo miraculosamente para rea-
Senhor D. Manuel Ferreira da Silva, Bis- chegando a pobre mãi a lastimar-se de Felizmente, porém , ali estava, cheia o sr. Pinheiro Gomes, pedindo a Nossa tar o fio histórico das nossas tra-
po titular de Gurza e coadjutor de Sua viver, como ela dizia, num upurgatório de de vida e sande. Apenas amparada por Senhora de F átima se digne abençoar e dições de glória, ligar amorosamen-
Ex .ct.o Rev.ma o Senhor D. T eotónio Ri- trevas,. Aquele ilustre Médico, vendo uma senhora subiu as escadas do prédio coroar de feliz êxito a sua obra a que te o n()S.$) passado de ~tocrãti­
beiro Vieira de Castro, Patriarca das !n- baldados todos os o utros recursos, em- até ao quarto andar. No dia 15 foi sózi- presidem os mais nobres e generosos in- cas virtudes ao nosso presente que
dias.

Leiria, Ex.mo e Rev.mo Senhor D. ]094§ pior.


Alves Correia da Silva.
pregou a sugestão como meio terapêuti- nha por seu pé à I greja paroquial agra- tuitos.
A missa dos doentes foi celebrada ao co e obrigou à fôrça a sua cliente a le- decer novameute a Nossa Senhora a sua
meio-dia solar pelo venerando Prelado de vantar-se da cama. Mas a doente ficou cura.
Carmina da Conceição que é de cons-
tituição fraca, apresenta-se normalmen-
Esperanças perdidas - Incurável te, sem vestígios da tosse que tanto a fa-
---···--
Homenagem dos peregrinos
tem fome e sêde de Deus.
Seja como fOr, o facto é que Nos-
sa S enhora chegou na hora em que
devia chegar; e, foi no meto da
mais intensa comoção de todos nós
e da admiração da assistência ita-
O sermão do Senhor Bispo de Gnr· zia sofrer, falando sem esfôrço e alimen-
da·Fátima ao Santo Padre liana e c om gra nde júbilo do Emi-
Passaram-se êstes factos há um m ês, tando-se de tudo, causando o seu estado nentisshno Cardial que a imagem
ZIJ - A virtude da pureza-A WD•
ção dos doentes
pouco mais ou menos. Por fim , o mesmo actual .l.queles que a tinham visto duran- O Snr. Bispo de Leiria an- se benzeu e que os queridos alunos
cl!nico, depois de a ter auscult.'ldo cuida- te a sua doença a admiração e o assom- do Colégio Port uguês entoaram oom
dosamente, diagnosticou urna tubf>rculo- bro pelo poder e peh bondade da San- tes de terminar a peregrina- alma, com dellrto de fé o hino a
À missa dos doentes, o Senhor Bispo se galop;1nte, declarou à famllia que a tíssima Virgem que se dignou curá-L'l di- ção de Junho e depois cte orar Nossa Senhora de Fá.tima, a san.ta
de Gurza falou durante meia-hora sôbre doença era incurável e mandou separar vinamente. dos nossos pensamentos, a Santa
a virtude da santa pureza. Fez o elogio tudo o que era do s1:u uso para evitar o pe1o Sumo Pontífice, como que é a mesma S anta Maria dos
desta angélica virtude por meio duma contágio.
série de lindas comparações que a defi-
Fátima e a Ciência Sua Santidade tem recomen- nossos ataques à moirama, a mes-
Carmina ainda niio tinha recebido o ma S anta Macia da nossa indepen-
nem e engrandecem. R efere-se à predi- s..'lcranwnto do b.'lptismo. Vendo-a às por· A grande e 1mportante revista portu- dado, propôs que fôsse envia- dência politica, a mesma S anta Ma-
lecção do Divino Mestre pelas almas cas- ta.s da mortl', a f:tmilía pediu os socor- guesa uBrot~ri.'ln, na sua ~rie mensal. F~. do para o Santo Padre o se- rta das n ossas descobertas e con-
tas: Nossa Senhora, S. José, S. João Ba- ros l"'pirituaL'i cl\ Igreja ao n."!'pectivo pá- Sciências e Letras, • vol XII, fase. \' . de ouistas, a mesma Santa Maria da
pti!:'ta e S. João Evangelista. roco. que lhe administrou o bapti'<mo, o \Iaio do corrente ano, instrt', · l'm lug:tr guinte telegrama : no.c;sa rel>surreição para C risto Rei.
VOZ DA FÁTIMA
.. 3

Cá está em Santo António, che- podem bem dispensar-se de crer e ram de morrer. Tinha de passar vor Dotada de um carácter demasiado viril 1Nossa Senhora de Lourdes. ccQue prazer,
gada e benzida no dia máxmo da praticar a religi4o, vtsto que tantos onde passam todos os outra&. e um tanto ãspero, empenha-se numa lu- escrevia depois ao seu Direc-tor Espiri-
testa do seu fideUssimo servo que outros vivem na indiferença. Se se Um outro exemplo mats recente. ta corajosa contra êste defeito, recorre tua..l, que prazer estM !:õem!Jre sob a pro-
em terras de França e da Itália a lhes pergunta a raztJ.o da sua abs- O tamoso romanctsta Balzac que, ao exame particular e vai de vitória em tecção de Maria, da querida Mamã ceies-
cantou, a propagou, a defendeu e a tençao reztgia&a respondem que fa- na& seus ztvra& tanta& personagem vitória até conseguir uma delicadeza e te, ser a sua filhinha, poder-me abando-
exaltou com aquele entusiasmo de zem como os outros. Efectivamen- ttzera morrer, nunca imaginou que mansidão inalteráveis nar entre os seus 'Jraços, estreitar-me
um santo que tem nervos portu- te, lá vão eles arrastados, na cor- também éle tinha de morrer. Nas crises da prolongada enfermidade. àqut>le seio purlssimo!>•
gueses, alma portuguesa, arrojo rente dos negócios e dos prazeres, Doente, pergunta ao médico: Maria Filippetto sobe três vezes ao leito A Virgem-Mãe não tardaria de facto
português e abençoado atrevimen- insensive~ aos rebates da sua cons- cquanto tempo poderet eu ainda operatóno. O seu estado não permite em descer à terra pa1a, em seus braços,
to português. ciéncta, inatentos aos interesses da viver? Seis meses ... sets semanas ... anestesia. Cena comovente numa criança levar para junto de Jesus a filhinha pre-
Cá está, dizia eu, na nossa tgrej a vida futura, embriagados pelo tu- seis dias? ... :. de tenros anos! cena digna de imortali- dilecta.
nacional. Não fazia sent~do que ela multo, pelo movimento e pelo ba- zar no mármore o sofrimento cristão! O mês das flores passara: a flor do céu,
-Quem pode, néste mundo, asse- O ferro penetra-lhe nos membros deli- rica de méritos ia ser transplantada no
cá não estivesse. Era preciso que rulho, ocultando, ou mal deixando gurar-nos uma hora de vida, diz o
estivesse para irradiar as suas gra- vér, o estandarte da fé. cados, raspa-lhe os ossos, e ela estreitan- celeste vergel. Assistamos-lhe aos últimos
médtco sorrindo enígmáticamente. do na mãozinha o crucifixo, saboreia o momentos dando a palavra, quanto pos-
ças pela capital do cristianismo, pa- ~ assim que a causa religiosa vat -Nao viveret, pofs, mats de seis
ra ser nossa companheira, para ta- perdendo terreno, por estas absten- horas (exclama Balzac espantado)! cális de agonia sem um lamento. Dos sível, à mãi forte e generosa da afor-
lar a esta gente da nossa terra, co- lábios sufocados pela dOr só brotam ja.. tunada menina na carta que escrevia ao
ções dos que por palavras ou por Cái s6bre o travesseiro. Estava mor- culatórias.
mo Lourdes tala da França. obras vllo dizendo: depois veremos. to. seu filho, religioso da Companhia de Je-
Estou absolutamente convencido :Mais tarde escreverá: <cde olhos fitos sus: cca nossa Maria já não está entre
Malesherbes, que caiu ttJ.o nobre- Fia-te em sapatos de defuntos!
de que Nossa Senhora de Fát:ma, no Crucifixo, pensando sómente nEle pos- nós. Quanta razão temo:; para chorar,
mente sob os golpes da Convenção ~ verdade que nem todos morrem so suportar tôdas as provas. Que vem a não por ela que já goza da visão beatifi-
mesmo em Roma, vai fazer muito depois de ter defendido o intortu- de repente, mas sabes tu se não és
bem a Portugal. O Santo Padre já ser o meu sofrimento defronte do de Je- ca de Deus,. ma.s por nós que a perdemos!
1lado Luís XVI, participara antes um déstes? sus crucificado?,
a conhece e não ignor-ã os procU- dtsso dos erros dos filósofos do seu A febre consumia-a râpidamente sem
~os de fé que está operando em 3." - Yraticarei a religião quando A cruz da enfermidade é para ela fon- lhe alterar a ~erenidade. Seu meigo sor-
tempo. Como director de ztvrarta te preciosa de méritos: ccno meu leito, es- riso confortava-nos sempre. No dia I de
Portugal. éle mesmo tinha encorajado a En~ est1ver doente, teu útt,mo recurso creve, posso ser um Apóstolo, oferecendo Junho, nas horas <·m que a febre baixa-
Daqui a pouco saber-se-á a sua cyclopédia e t6das as publicações de àe mau pagador. de contínuo a Jesus os meus sofrimentos ra pediu ao R. P.• Rosi S. J ., seu con-
histó~ia e como a nossa igreja na- Rousseau. Depois, iluminado velos Sim. Pode acontecer qu.e antes da
cional é uma das mais lindas de pela salvação das almas. Sou uma viti- fessor, que lhe administrasse a Extrema-
erros da Revolução, exclamava um morte tenhas uma doença demora- mazinha».
Roma, situada no seu antigo bairro día: «foi ~sta filosofia, de que eu fui da em que o trio da morte vai su- -Unção para ser completamente de Jesus,
aristocrático onde se encontram cs bindo gradualmente até atingir o Quanto são comcventf'S <>" brados g~e­ tõUa pura, tôda ab.>ndonada a ~le. En-
também JOguete, que nos precipitou nerosos desta menina-vítima! uA .for é quanto o Padre a ungia, ela sorridente ia
mais imponentes palácios romanos e neste abismo de destruiçdo~ Pala- coração. uma bênção. Dizer: Fiat é muito pouco: rrspondendo às oraç(k~. Tinha-se a dôce
onde moram os descendentes das vras tardias que mostram o mal Mas quem te diz que terás as tor- dc·vt>mos agrade-cer ao S<>nhor as cruzt·~ ilusoio de assistir a uma festa, não a uma
nobres famllias do sacro império, mas ntJ.o o remedeiam! Ah! quanta ças e o conhecimento necessário pa- que nos manda•>.
a fama de Nossa Senhora de Fáti- C<'n·mónia triste. E' um espectáculo que
gente imita .hoje os antepassados ra tratar da tua. alma? A maior ccE~tou contente de sofr~:r; sou o cacho lf·mbra o paraíso, dizia o qcerdote en-
ma correrá ràpldamente e contri- do século XVIII! parte dos doentes ilude-se a respei- de uvas que se okrece nas mãos de Jt·- trml'cido.
buirá pa;.a que ela seja um centro Posto que nao se associem dirP.- to do seu estado e encaminham to- "US para ~cr esprt>mido·•·
de atracção, de conqu~ta. de revi- ctamente a projectos de impiedade do o seu pensamento para a espe- uJesus, fazd de mim o qu<' vo, aprou- A noo>sa \Iaria que na\JUde raiar do
go:-amento de fé. deixa que ela se organize e chegn~ rança de se curar. •1 gente que o ro- v<'r. .. crucificai-m<'; t-st<'ndo os braços, mês do Sagrado Coraç.io c-;colhera para
Começaram as festas maravt:ho- ao resultado que rleseja. deia, os amigos e o médico, temen- ofereço-mi' tôda a Vós, mas ... <lai·me ai· todo ele a jaculatória: Fiat voluntas tua
samente bem e a trezena de pon- !fe não atacam a religitJ.o, não a do desgostar o doente, não lhe ta- mag~.
-fa~a-se a vossa vont.de - sent'•-~e
tificais terminou com chave de ou- defendem. Calam-se, absteem-se, es- lam com tranqu.eza. E assim, por Prcguntei-me a mim mesmo ao kr a
tão cont<·ntc que me CCp<'tia com voz .,,
ro celest;al porque Nossa Senhora peram e vdo dizendo: «Mais tarde, uma falsa delicadeza, para poupar biografia desta angélica donz<·linha, e movida: uquant.L ~uaviclade, n. rn.i .
de Fátima quis chegar no último dia veremos~. emoções, lá deixam partir o pobre pr<'guntar-se hão os kitore<;: onde apn·n· quanta suavidade!••
para ter a presença do Ministro de E depois? Depois, já será tarde doente sem sacramentos. O doente deu tal generosidade, tal amor ao sofri· Na manhã do dia 3 rect-l>Cu como Je
Portugal, que teve a fellz lembran- quando tudo já estiver pnr terra ·;d irá decaindo a pouco e pouco nu- mento e às almas uma criança de tPnros costume a SagraJa Comunhão. Enquan-
ça de a mandar vir, e para ser ben- nc'lo é ocasião de agir. Chorarás s6- ma depressc'lo mental e prostraç(io anos? Quem lhe inspirou v\brações tão to o P. Hosi erguia a Hóstia santa pa-
zida pelo Sr. Cardial Achtlles Loca- bre as ruínas mas ntJ.o stl.o as tuas ttsica de tal ordem que seria difi- ardtntes que nos tra?em à mente Teresa rt·ci1. querer devorá-la com os olho~. Pre-
te:Ji que, como antigo Núnc'o Apos- láQrimas que conseguirtJ.o levantd- cílima a sua reconcíliaç(io com de Jesus, Catarina d!' &-na, }faria :\fa. guntei-lhe pouco depois, se sofria muito.
tólloo de Sua Santidade em Lisboa -las. Dize entdo, se te parece : «ve- Deus. daleoa de Pazzi e em nossos dias, a Vir- Fitando o Sagrado Coração respondeu-
e grande amigo nosso, quis dar-nos remos mais tarde-:.. gem de Lisieux? -me: ccE' o seu dia, a primeira sext.• fei-
a honra da sua presença e, ma\s do Além disto quem pode estar segu- ra do wu mês. Disse-lhe que faça hoje
que isto, da sua colaboração às nos- • ro de que Deus, repelido e desobede- de mim o que quisl'r, que estou pronta
sas testas. • • cido há tanto tempo, dará nos úl- para tudo, mas que me dê alguma alman.
J. Santa R :ta timos momentos a graça da conver- Às duas da tarde entrava improvisa.
Palavras imprudentes estas, ntJ.o são? Um dia perguntaram a um solt-
mente em agonia. Mandei chamar o P.•
só contrárias d consciéncia mas até Rosi e o médico.
d simples raztJ.o e mais elementar tár-to: Conservava-o;e sempre calma. Pregun-
bom senso--Vats já v~-lo. - Quando é que devemos conver- taodo-lhe o Padre, depois de falar-lhe
MAIS TARDE VEREMOS ter-nos? longo tempo e de dar-lhe a absolvição e
1.0 Praticarei a religido mais tar- -Um dia antes da morte. a Indulgência plenária, se desejava rece-
Palavras imprudentes que n(io
tens o direito de pronunc:tar. de. Isto ntJ.o é razoável. Ora ouve. -Mas eu n4o sei quando ela vem ber ainda o Sagrado Viático: usim, sim.
Suponhamos çue queres ir fazer - Portanto, a volta para Deus de- respondeu, traga-mo e dê-me tudo, tud'>
-Em primeiro lugar, a reltgi4o é
uma viagem ao estranjeiro e que ve ser hoje, porque amanhtJ. pode o que puder•. O Padre saiu apressado.
uma ccnsa muito séria e não é per- Na breve ausência, a moribunda com um
mitido a ninguém repeti-la como me vens pedir conselho. Levo-te à ser muito tarde.
uma bagatela ou cotsa de pouca estacllo, entto-te num vagor. de t.• >oUpremo esfõrço tentou sentar-se no lei-
classe. to, e com os olhos scintilantes, o rosto
li•mport4ncia. Talvez conheças a8j iluminado, o sorriso nos lábios exclamou·
palavras htstórtcas atribuídas a Ar- - Um momento... Para onde \Jai
chias, t1rano da cidade de Thebas. ~ste com bóio {perguntas tu)?
-Ntl.o te importes (respondo eu).
LIRIO ENTRE ESPINHOS uQue beleza! estou contente, muito con·
tente... Estou contente de ter feito sem-
Estava d mesa, cheio de vinho, ro- pre o que pude para dar gOsto a Jesus .
deado de companheiros alegres. Tens de passar cinco horas neste {c<.l!aria Filippetto» 1912-T92i)
carro. senta-te d tua. vontade. Aqui Oh! se o mundo todo fizesse o que pode,
Levaram-lhe um documento pa- como Jesus estaria contente!... todos..
ra ele lér imediatamente. tens cigarros e iornats e... pronto. Um lírio. com a alvura das pétalas pu-
:\1ARIA FILIPPETIO todos anjos... todos... Mamã, mamã».
Archias pondo a carta debaixo -Está tudo muito bem, mas fsó rlssimas, com o delicado do aroma, é um
uma preguntaJ onde é que eu hei- dos quadros mais belos que nos pode Foram as últimas palavras. Cafu sô-
do travesseiro respondeu: cNegó- A n·sposta dá-no-la um ilustre purpu- bre o travC$5Ciro, consciente ainda, mas
cios sérios teem de ficar para dma- -de desembarcar? orerecer a natureza. E essa flor mimosa
rado bem conhecido pela sua piedade e incapaz de falar.
nhtJ.~. E continuou o festim que ta - Nao te importes com isso, ilUe sobe ainda de prêço quando ostenta. as profundo saber, o Em.mo Card. Camilo
selo coisas que incomodam (respon- suas galas entre espinhos que pungem, Entrava o Santíssimo naquele momen-
acabar por uma morte violenta. Laurt>nti, Prefeito da Sagrada Congrega- to mas a nossa Maria já não o podia re-
Assim procede mutta gente, pen- di eu). Vive a hora presente, e ho- para entre espinhos vir a fenecer. ção dos Ritos: ccNos fulgores eucarísticos ceber. Então o P.• Rosi inspirado do
sando ter muito juizo. Só pen~am ra da viagem. O resto depofs se Um lírio, não da natureza mas da gra-
verá~. ça, desabrochado sob o céu da Itália , H- viu a divina beleza do Filho da Virgem <' céu, colocou a sagrada Hóstia sObre o pei-
nas honras, nos bens de fortuna,
Feito ~to, aperto-te pela última rio de inocência virginal que entre os es. consagrou-se-Lhe para subir com ~le ao to imaculado da vitimazinha. Assim per-
nas fantasias do bem estar. Adiam
vez a mao techa-se a porta e o pinhos de um sofrimento atroz e prolon- Calvário. E teve a sua corOa de espOsa maneceu por duas horas estreitando Je-
sempre as cotsas sérias, tsto é, o lfer-
combóio parte. gado, embalsama por 15 primaveras uma do Crucificado, corOa tecida de lírios e sus ao seio com a mão já quási fria. ).s
viço de Deus e o cufdado da .sua .U- família modêlo, e boje desde o céu di- de espinhos». nove menos cinco minutos expirava do-
ma. Num belo dia chegam ao fim - Que dirias tu a uma cotsa des- O próprio Santo Padre Pio XI, que cemente. Ante aquele corpo exánime, ver-
tas? uma cofsa absurda. funde encanto por tOda a t erra, vão con-
do banquete, vastos dos falsos bens templar por breves momentos os nossos lendo a biografia de Maria Filippetto ex- dadeiro altar, onde ainda repousava Je-
que lhe escapam e dos verdadeira& Ora é tsto o que se passa conti- clamara comovido: <~Estas vidas de crian- sus Sacramentado, em vez do uDe pro-
nuamente no mundo. Caminha-se estimados leitores.
bens de que nc'lo souberam enrique- Maria Filippetto era o nome da don- cinhas santas fazem tanto bem!" acres- fundis" recitou-se em cOro o uTe-Deum .. :
cer-se. Veremos depois!... Terás tu ao acaso, sem se saber nem querer
saber para onde. zelinha. santa, colhida para os jardins ce· centou ainda: ueis um fruto da Comu- um novo anjo dera entrada no Paraíso ...
o direito de dizer uma cofsa dea- lestes aos I 5 anos de idade no dia 3 de nhão freqüenteh• Estava completo o sacrifício. Começa-
tas? A religftJ.o é uma cofsa séria, Vive-se sem se querer saber para Maria era tOda para o seu Amado. Re- va o dia eterno do triunfo. O corpo da
onde se vai depois de se ter vivido. Junho de 1927 .
capital, essencial, que ntl.o podemos Nascera em Pádua, à sombra propícia cebera-o a primeira vez com ardores an- angélica menina revestido de branco, es·
deixar para a semana dos nove Veremos depois, mas quando?
do tanmaturgo português, na serla-feira gélicos, deseja depois acolh6-lo diària- teve exposto durante quãsi 6o horas, sem
dias.
-Deus não quere esperar. E Ele
z.o Praticarei a religt4o à hora da- santa, 5 de Abril de 1912 . Notável coin- mente no coraçãozinho puro. a mínima alteração, coberto de rosas e
Não lhe consentindo a doença conser- l1rios, no mesmo leito onde agonizara.
.norte. Isto n(io é sério. Quem é que cidência! Vinha ao mundo para amar e so-
é o senhor da nossa vida t6da. Ser- te dtsse que n(io morrerás de re- frer no dia. consagrado ao sofrimento e var..se em jejum muito tempo, obtém do Todos queriam tocar nele terços e meda-
vindo-me duma expresstJ.o célebre pente? amor mais sublimes. Sumo Pontífice a faculdade de comun- lhas. O en~rro foi uma apoteose. Deus,
venho perguntar-te: que lugar tem Já lá vão tantos teus amigos de Decorriam-lhe alegres em exuberân- gar todos os dias ainda mesmo depois de que na expressão do actual Sumo Pontl-
tfdo Deus até agora na tua alma? int4ncia. cia de vida os anos infantis, quando tomar algum alimento em forma de be- fic, mostrou em nossos dias particular
- Nenhum. E que lugar deve ~le A erva cresce s6bre o túmulo de o seu Anjo lhe veio imprimir na fron- bida. complacência em glorificar as almas sim-
lá ter? Todo. E tu a dizer que ve- mortos mats novos e que pareciam te o sinal da Cruz. E ei-la passar Outro favor insigne lhe concede Je- ples, mostrou depressa quanto lhe fOs-
remos depots. Dás a entender que mats robustos que tu. repentinamente da. estrada florida da. pri- sus, descendo do céu, Vítima Eucarlsti- se grata. a alma desta vítima pura e es-
desejas oferecer a Deus os resto1 Olha em volta de ti. Quantas meira idade para o caminho duro e espi- ca, ao altar pequenino do quarto onde condida.
da tua extsttncia. Ora os restos, os mortes repentinas todos os dias I nhoso do Calvário. Uma doença lenta se imolava a sua espOsa. Oh! a 1\fissa ~1.\ria FilipJ'('tto prometera à sua mãi
ossos, sabe-se a que é costume lan- Há seis mil anos que tsto se diz. mas inexorável inicia a obra fatal de de:!- junto ao leito de dOr como ela a recor- ao seu confessôr, pouco antes de morrer,
çá-los. Deus ntJ.o pode descer até E na verdade um morre d mesa, ou- truir aqueles membros que pareciam pro- dava saüdosa e confundida! que do céu uolharia sempre para a terra» .
éste ponto. meter-lhe uma vida sã e duradoira. E' Do Sacrifício de Jesus aprendia a sa- Os três anos que decorreram após o seu
tro é encontrado estendido d volta
Suponhamos que tens um deve- de uma rua, um outro que d noite baldado o recurso a todos os remédios. crificar-se, do Pão dos Anjos tomava o passamento comprovam a realização da
dor que combinou contigo pagar-te se deitou na cama cheio de saúde, Maria com o sorriso nos lábios presta-se confOrto que a fazia sorrir e exultar no promt:Ssa. Graças de todo o géenro, curas
uma dívida importante durante
apareceu de manhtl. cadáver trio. a tudo pacientemente para contentar os prolongado martírio. extraordinárias, conversões notáveis ain-
cinco anos, trimestralmente. To- pais aflitos, mas repete: ccse Jesus quiser Ao Jádo de Jesus queria sempre a Mãe da mesmo em países protestantes, lem-
Aqui um pedreiro no andaime de
dos os trés meses vats a casa dele dar-me a saúde conhece bem o remédio•. celeste. Dirigia-lhe ternos colóquios ce-- bram a mística chuva de rosas de S.ta.
um prédio em construç4o vai can-
para receberes a quantta estipula- Aos 9 anos lê a ccHistória de uma Alma•• lebrava-lhe o mês de Maio com fervor de Teresinha. O nome desta menina trans-
da. 1Ue, porém, de cada vez, em vez tarolando uma cançtJ.o da sua terra e faz-se imitadora da açucena de Lisieux anjo, falava dEla assim: ccSou a filhinha pôs de há muito os confins da sua pátria
de te pagar, dfzta-te: choje nao. Ve- e n4o vé uma corda a desatar-se. chamando-lhe a sua ccirmãzinha». A vida de Maria como sou o cordeirinho de Je- A sua. biografia singela e comovente re-
remos outro dia~. Perante esta brin- Essea vtajantes do caminho de ter- da inocente menina é de manhã à noite sus. Maria ampara-me sob o seu manto. passada de um aroma celeste, as folhinhas
cadeira dé mau g6sto, tu ntJ.o te !i- ro pensam que o maquinista vai só entretecida de sacrifícios que busca àvi- Ohl assim protegida nã.o temo a tempes- impressas com a sua imagem e os seus
cartas assfm mas recorrer-tas aos e ntlo veem a seu lado a morte: e... damente e oferece a Deus pela salvação tade! Como Vós pura, como Vós boa, ma- pensamentos são pedidos não só para as
tribunais. Pofs bem! Nós somos de- pr01/.to, dois comboios que se cho- das a..lm'l.S, pelas Missões longínquas: são mã celeste!" várias nações da Europa mas até para a
vedores para com Deus. Reclama as cam em plena noite. as injecções freqüentes e dolorosas, as di- Nnm ímpeto de amor, ao alvorecer do Africa e Austrália.
nossas homenagens, exfge as nos- Quem quer que sejas ntJ.o podes ficuldades de respiração, a comida sem- último ano de vida consagra a Deus pe- A biografia italiana va.i já em 4 edi-
sas adorações a nossa obedMncia e dfzer: cdaqui a um ano, a tal hora, pre amarga e de rigorosa dieta.. Um dia las mãos de Maria Santíssima a sua vir- ções com r6.ooo exemplares, a inglesa em
nós. ntJ.o temos o direito de lhe di- ainda estarei viv~. que parecia livre do mal a mãi apresen- gindade. Sublime espectáculo! Num quar- três. Esperamos vê-la também para brevt'
zer: cmats tarde veremos~. Luis XI era rei e tfnha um médo t~•-lhe dois frutos saborosos. Maria que to silencioso, soerguida na cruz do seu traduT.ida no belo idioma que falou S
Além dtsto, vendo-nos proceder e horrível da morte, procurando bar- havia tanto tempo <>" não saboreava re· leito e amparada pela própria mãe, ante António. ·
pen.sar assim, que dirtJ.o e que ta- r-tear-se contra a sua vtsita, implo- cebe·<>", contempla-os e sem os levar à a Hó~tia Sacrossanta que o sacerdotc ' ton Portugueses, que neste ano centenário.
rc'lo os nossos contempor4neos e os rando, para a conjurar, todos os an- boca diz: "nã.o seria melhor oferd-los a nas mãos, a vitimazinha entrega a Je. ireis a Pádua venerar o filho mais ilustre
nossos vtstnhos, a quem damos um jos do céu e todos os santos da ter- Jesus? o A mãi enternecida com as lá- sus o coraç.'ío ilibado que j:\mais amor da nossa terra, deponde também uma
exemplo tão pernicioso? ra. Nem os remédios, nem as ora- grimas no:; olhos, admira a fortaleza da terreno maculara. saüd.>de no túmulo já ~lorioso da angf-
Pensam que no fim de contas, ções, nem as precauções o impedi- filha. Era o dia I I de fevereiro, festa de lica donzelinha que J..erpa<.<;<>u ant!' vO<>'IO':.
4 VOZ DA FÁTIMA
...
olhos; visitai o quarto, hoje veneranda re hora~ da madrug::~dá e as duas senhoras car na t<Vóz da Fátlmall um milagre que -me nas minhas oraçõe; e ;1s numerosas
liquia, santificado pelo seu prolongado que -a acompanhavam viram-se aflitas, a Virgem Santíssima. me • f~z: pessoas amigas que por m1m pediram AVISO
martírio; pç-di-lhe que alcance para os me- ao constatarem que àquela hora •tardia, Parti a rótula do joelho a meio há também. •.
não havia moços na praça e que elas quatro ·m~._ Estive.. em casa 43 dias as- As pessoas que desejarem água da
ninos e meninas, para os jovens e donzelas Rt"Conhecidfssima à boa 'Mã~ do Céu,
de Portugal aquele ardente amor a Jesus eram impotentes para conduzir a doente si~tida pelo xr.klico, dep~:n" levaram-me venho tornar pública esta graça. quaisquer objectos reli-
e :\Iaria que lhe abrasaram o coração pu- ao z. 0 andar, onde residiam. para o Hospital da Póvoa de Varzim
ríssimo, num ideal sublime de sacrifício :\las eis que, ao deliberarem mandar ond~ vários médicos me as;;istiram e dis- Peritonite tuberculosa giosos não de,·cm dirigir-se a esta
e de apostolado. vir um colch."'to para (:·]a passar o resto da seram que não pa;;sava scm fazer opera- administração, mas sim ao Snr. An-
]. de T . F. uoitt,, no pat.<mar, esperando aí os pri- ção. O l<cv.mo Sr. P.• Aurélio, capelão Ana. Ro<.lrigu<-s Tavares. de- 15 anos,
meiros alvôrc·s da manhã - a doente da Igreja da ~Iiericórdh e do Ilopital de filha de _.\lanud ~ranchco Lopes Tava- tónio Rodrigues Romeiro - Santuá-
NOTA: Remetemos aos leitores que dese- que <·ntào, não ~e St:gumva de pé, le- Póvoa de Varzim,. veio confessar-me, c res, sofria de Peritonite tuberculosa. rio da Fátima- Vila Nova de Or•-
jem mais pormenores sôbre a vida desta vanta-se agarra-se ao corrimão e sobe trouxe-me uma garrafinha de água de O médico havia-lhe extraído. por duas
angélica menina a sua Biografia singela e lentamente a t:scada, sózinha! !! Nossa. Senhora da Fátima, e disse-me vezes o liquido •do ventre; mã.~. a-pesar- rém.
comovente. No dia seguinte- muito fatigada fi- que. pedisse co1n muita Jevorão à Virgem -de todos os cui<L.1.dos clínicos, ela conti·
Consta-nos que a tradução portuguesa cou de cama e, no outro dia, quando Santíssima, pois qúe ela me faria o mi- nuava sempre pt:orando .•
todos almoçavam na casa de jantar, apa- hgrc de n;Ío st·r prt:cis:t a operação. E Seus pai:; rt-corrcram então a .Xossa
estA sendo preparada em Lisboa.
E' um livro digno de ser lido por tôdas rece ela, sem auxilio do que quer que assim foi. A enfcrm<:ira D. :\Iaria Amé- SenhJra da Fátima pedtindo-lhr- a cura Voz da Fátima
as meninas e donzelas da nossa Pátria. fôsse, apenas amparando-se com as mãos lia começou a lavar-me o joelho com es- Senhora da. Fátima pedindo-lhe a cura
às paredes do corredor. graça, se Xossa St'nhora lha côncedesse,
Despesa
sa água, e eu fi'Sa\'a sempre três Avc-
Todos extáticos, caíram de joelhos -:\Iaria com muita - fé e devoção à nossa e mandar celebrar 9 missas cm nove pri- Transporte 262.7õ8$3-!
chorando e bendiT.endo à Yirgem Santís- :\Iàe \'irgem Santíssima, e ao faztr quin- meiras sextas-feiras, ouvi-las e comungar Papel, compos1çuo e
impre,.~ão do n. 0 105, 4.643$00
Graças de N: s.· de sima da Fátima, que acabava de fa7.er ze dias comecei a andar sOzinha e não
m:~is uma das suas graças!.. .' fo i preciso fazer operação, e agora ando
A partir desse dia faustoso, começou a completamente bem, graças a Xossa Se-
nas mesmas. Foram atendidos, pois a ra-·
pariga está -
Dr Xuncti da Silva -
na opinião do médico,
completamente
Franquia:,, embalagens,
transportes, gra,·ur a,, cin-
Fátima melhorar progressivamente dos seus sofri- nhora da Fátima. curada. Xo próximo mez lá irão todos tas, frete,. etc., 1.52-2$40
mentos, até hoje. que apenas conserva. lAuri11da de Jesus ajoelhar aos pés dA que é dispensadora Com a. administração em
~1aria Isabel da Rocha, de Lisboa. Hu- dos seus terríveis e antigos males uma de tôdas as graças. Leiria., 292i )()
mildemente prostrada aos pés de N.• Se- ligeira f~que7.a no cérebro e um pequeno P. A11t6nio Sa11fi11s Pmto dos Santos
nhora da Fátima, vem agradecer-lhe uma entorpecimento na extremidade dos de- Total 269.215$74
grande gra~a relatando o seguinte: dos dos pés, o que a fórça a apoiar-se a Tumôr
Havia 15 anos que sofrera u~a grave uma bengala quando anda na areia. De Donativos vários mais avultados: -
afecção do estômago e, tendo ~Id? trata- resto, move-se bem e vai a tõda a parte Tendo adoecido gravemente com um Helena Gome"- Aldeia :X. de S. Ben-
da por um dos melhores eopeclahstas da c, as pessoas que a viram nas suas crises tumor maligno, que impedia o funciona- to, 20$00; Igreja de S. l\1. Madalena --
Capital, melhorou considcrávelm~nte. medonhas, incluindo os próprios médi- mento regular dos intestino:; e me causa- Lisboa, 40$00; .M.• dos R. X. Proen~·a
observando, contudo, uma rigorosa dieta, cos, - ao contemplarem o seu belo as- va dores agudíssimas, consultei o Sr. Dr. -Pinheiro da Bemposla, 25$00; Sala-
Porêm, a 7 de Janeiro de 1927, após pecto, onde se divisa um infinito bem-es- Raúl Cardoso, da Póvoa, que, depois Je zar X Ooutinho-Sernancelhe, 25$00;
ter ingerido um copo de chá muito frio, tar, não podem deixar de constatar uma me tratar durante quinz<• dias sem resul- 1\I.• E. F. de Vrissinfo-Lourinhii.
e muito forte, sentiu-se subitamente afh- intervenção sobrenatural - uma graça tado algum e agravando-se o mal, acon- 20$00 · M.• da C. R. Bru;to-Algan·e,
t1., apres<:ntando sinais aparentes de con- singular de Xossa Senhora da Fátim:t selhou-me a ir ao Porto consultar um es- 30$00; Igreja de S. Sebastião da Pt~
gest<io cerebral. · pecialista. Examinado pelo Sr. Dr. Abel dreira-Lishoa, 80 00; Manuel d'Ol-
Acudindo o médico, que st> chamou Jleumatismo Pachêco, foi-me dito por Sua Ex.•la que ;eira-Alpiarça, 16$90; Ana de Den"
imediatamente, êste declarou que se tra- o meu estado inspirava sérios cuidados, P.'"---Guarda, 20$00; Ermelinda de lle-
t1.va de uma intoxicação, P955Ívelmente \'cnho respeitosa.mente pedir se dign<' e que resistisse de ser radiografado, por- lo-América, 22$00 ; Ermelinda Luz--
provocada pt'lo chá forHssimo, que bebe- publicar no jornal «Voz da Fátima» a que, atento o mf.'u mal. não me opera- América, 22$00; l\1.• do Carmo C. ['.
ra. . graça a lcançada por intermédio de ~OSS:l va. Chegou até a aconselhar -as pessoa~ Linde--(;oja, 20$00 P.• Ant. 0 de ){e..;..
Os sofrimento~ horwrosos por que pas- Senhora e que passo a expôr: Há 5 anos que me acompanhavam a levarem-me pa- pia-S. Paio de Ta,·ões, 20$00; )1.•
sou durante o ano que se seguiu, são in- adoeci . gravemente com um ataque de ra casa com cuidado, pois receava que Bettencourt Limas-Ac;ôreo., 20$00; l\1."
tt·iramente indt"<critíveis!!! Chamados 3 reumatismo. Estando tolhida, com fortes morresse p•lo caminho. Xesta conjunctu- Eugénia Sarmento- F do Douro,
dos mais abalizados clínicos de L isboa, dôres chorava de noite e de dia sendo ra tratei de me preparar para a mortf'. 20$00; ::\larcolina L. Santos-Sintra.
cm vão esgotaram todos os recursos de preciso pagar a uma mulher para me tra- Recebidos os Sacramentos, o meu Páro- 20$00; Corina dos P. Ribeiro (distri h.
ciência, procurando debelar afincadamen- tar, porque sou viuva e só tenho dois ir- co, condoído de ficarem o rfãos tão cêdo em V. do M inho), 81)$00; Dist ribuição
Carmina da Conceição, a mi- meus oito filhinhos, sugeriu-me a ideia
te a doença, que se apresentava sob múl- mãos. Vendo que o mal cada vez era raculada do dia 13 de Junho, a em ::\lonção, 120$00; Distribuição. <>m·
tiplos aspectos ... mais fui a uma cura d'aguas em <:aldas de recorrer a Nossa Senhora da Fátima
que noutro lugar nos reterimos. Faro (D . Alit'e Almeida) , 60$00; Jos:í
Privada• de alimentos, em conseqüên- da Rafnha, mas nenhum rt>sultado tirei fazendo uma novena. Comecei-a logo
Ah·es Sequeira-Açôres, 15$00; Maria
cia do estômago não poder suportá-los, e de lá vim para a cama. Chorava incon~ com minha esposa e filhos, ma~ duran-
Uma Graça da Estrela D ias-América, 21$00; uSa-
alimentada apenas a injecções, chegou a te ela as dôres aumentavam e a cada mo-
so!ávclmcntc a minha triste sorte. Uma
mento esperava o desenlace faltai. Aca- natório 1\Iaritimo d'Oulão, 650$05; 1\1.•1
um grau de fraqueza geral, que causa"a mmha prima sabendo o meu estado veio Para maior glorificação da SS. Virgem R . Gonç3(h·es-Gu111rda-Gare, 20$00:
espanto a todos: enfraquecimento, que trazer-me um frasco de água de Nossa bada a novt!na as dôres agudíssimas, qu~
do Rosário da Fátima, Gilberta e Célia P .• António Baptista de M ira.nda.-Al-
lhe afectou intensamente o cérebro, pro- Senhora d:t Fátima. Pedi à Mãi dos de- Miranda, n·sidente!; em Recife {Brasil), me torturavam há tanto tempo, desapa-
ceram como por encanto e comecei a to- cains 20$00; uBt>lo H orizonte», 128$90:
duzindo -::risi'S medonhas c atingindo samparados que alcançasse as minhas me- vêm dar publicidade a uma especial gra-
mar algum alimento, que me não causa- Adeli'a Costa Santos ( distrill. em Bra-
igl}almente as pernas que, completamen- lhoras e promPti ir visitá-la no Santuário ça, que a \'ir~<·m Maria lhes concedeu:
te imobilizadas, perderam tôda a acção. -va os incómodos que durante dois mêsts gança), 20$00; M.• do P. Manso-
da Cova da Iria. Noss-:1 Senhora atendeu- Estando Maria Eugénia de' :\Iirand:1, lnhambane 50$00; M .• M. da Sih·a-
Os médicos já sem esperança alguma -me e lá fui em Julho pas.'lado sati~fa­ sua progenitora, em <>st.ado gravíssimo me fiT.cram sofn·r horrivdmente. Aos dias
de a !oalvar, mandavam, no entanto, apli- de tri.sttzas indiziveis sucederam dias de Recarei, 2Ó 00; P. J osé F. R. X O\'aL>s
zer essa promt>ssa à Virgem Xosq Se- de disenteria bacilar, n·correrarri com fer- -V lia. Cova, 42~90; l\1.• A. V. Carva-
car-lhe contínuas injecções, chegando a nhora. vor à Virgem da Fátima, afim de pou- íntillla; alegria, e família,• parentes e -ami-
h:var 14 por dia. gos proclamavam por tôda a parte que lho V ieira-Porto, 20$00; José da Cos-
par vida t;io pn·ciosa . Quando a enferma ta. Sampaio-Louzada. 1:5$00; ,,cluh r~u~
A 7 de :\larço, um dêles declarou qu~'< Intestinos atravessa va a fa~c mais aguda da molés- Xossa Senhorn da Fátima ha\·ia alcan-
da não chegaria à noite, que a morte çado mais um milagre. ~itanou-Hong Kong, 20~00; Joaqu1_m
tia, tendo ~iclo dcsmganada pelos mé- l\1. L. J unior-Campanhã, 20$~; Dt--
t•ra certa c fa hl! dicos assistentes, rdx·ntou a revolução Venho, pois. por t;;te mt·io, patentear
Tendo tido meu querido filho :\Ianuel tnbuic;ão em Cc>JIIl'E'S ~P.•, Joaq~um _L.
As duas amigas com quem vive, não Armando aos tr~s mezes de idade com de -1 de Outubro. que após vinte dias ue a :Nossa Senhora o mt>u reconhecimento
puderam conformar-se com o terrív<'l por tão grande graça 'fecebida. Embol_"~ Seixal), 150~00: l\1. lne- l'. A. :\o~ueun
uma grave crise intestinal n·corri à San- comlxlte, cons~guiu ~ub~"tituir todos os -Valadnres, 20$00; P.• &:rnardlno ua
diagnóstico, e cheias de aflição prostra- govc·rnos do p;~íz. Um dos principais ~e­ ainda não <·~teja completamente bom Ja
tí5sirr,a ,Virg<;m p<·dindo-lhe que concedes- S. Rihe'ro-Cebolae, de C~llla, 20$00:
ram-se aos pt>s da Virgem da Fátima, dutos n·volt~os, ficara situado cm lo- cuido da administração da minha casa
se a saude a meu filhinho, e prometi que José Gomes H . de .Arnujo-Fumhal.
s uplicando ardentemente a salvação da e da roucação de meus filhos, e espero
no ~aso de ser atendida a minha prece cal próximo :\ residl'ncia da •'t-nfcrma, 20$00 · Raimundo Y i<·entc da Silm-
amiga querida, fazendo beber à doente ir a Fátima na peregrinação do mt-s de
alguns goks da água milagrosa. da';~ tcste~unh~ público d~ gratidão hav<·nclo ali tortes fusilarias, privando -1 Ah·eg;, 30$00: Filipe ('(':, ar.f!· de B~­
~ \ 1rgcm Santíssima por intermédio do assim elo repouso absoluto aconselhado. Outubro lcvo.r 111m1 fotografia do men
Melhorou um pouco, mas sempre sem estado de doente, ele que fui curado por cap;c--Atnlain, 20$00; Sehastlao Henn-
JOrnal «V07. da Fátima». t• tamb~m dr médico~ e medicamentos, que.s-Freixial de Cima, 1!5$00; on - !
espcranç::t alguma. isto dura.nttl- 48 hOfilS, justamente no pe- intermédio de Nossa St'l!hora, Saúde dos
Foi sacramentada por quatro vezes, Como meu filho recuperou ràpidamen- quim H. da Co.sta.--C. de BesteJr(lS,
te .. graças à Grande :\làe de Deus, a sua rícxlo c·m qut• :\laria Eugénia ucigia os enfermos c Rainha dos portugueses.'
pois os médicos todos os dias, quando a Desejo muito que esta _graça scj~ pu- 20$00; .M .•l C.· Bernardino--Brazil,
saud~, vt·nho com muita alegria e n ·co- maior<·s cuid.1dos. Acre;;crntamos •que a
visitavam, diziam que não chegaria ao nwsm<\ tomou água d1• Fáti;na clurante bliçada. na uVoz díl Fátlmn.>L , 1:5 00 ; Bencdieta <lo Carmo Bran~o­
n.hccJmento à Virgem do Rosário de Fá-
dia seguinte:
tima cumprir a minha promessa. todo o uecorrcr da moléstia. • Alcains, 30$00; Julio Ant.• Cardos.:r:-
•·Era .um\l lâl!lpada que lenta e fahl- .llaria llelenct Rocha Brito Guimanil'< F(·lizmcntc após bastantes or.1ções fo- La.mego, 30$00;, pistribuiç..i.o cm B~I­
mtlnte se extinguia» diziam êles. • Casiu11ro tia Costa. , mos ouvidas,' pois tenninou a revoluç-d.o r iz 30$00: ~t\.merica J. T. R. da-, ~e­
A 11Saúde dos enfermos" contudo, não sem que a <·nfcrma sentisse nenhum cho- Diversas graças ve::-Tomai· 20 00; Yiscondessa de Cn-
a abandonava! os c!ias iam decorrendo e Jleumatismo que e dentro de poucos dias entrava em merati .-B;aga, 15$00; l\1.•1 da Sil>a-
a predição médica não se confirmava, Edr,lira Judith Afonso, agradece :1
fr? nca convalesc<:nça, estando hoje per- Nossa/' Senhom. 'uma graça. ~m·portante Braga, 20 00; Fram·i~o de P • Bolé;J
t•mbora a doente continuasse abalada por feitamente curada. Por êste motivo vi- que por d<1. .ale 1nçou do Céu. Enviou -Coimbra lõ 00: P. 6 ::\lunuel ~egre,­
terríveis crises cerebrais, o oue levou um Em cu~primento de uma J:.romessa. ror-Bra.sil 1&) 10; D istribu ição -'!m
mos !azer públicar esta graça para pro-
dos clínicos , a dPC!arar que ela ficaria venho pedir o favor de publicar no jor-
varmos à Haínha dos Céus a DOI<sa in- uma e.-.mola. (.de Vid~, 25$00; José Cri~o,·am. Ot.·
anormal, se porventura ~e salvasse... n;I uVoz da Fátima» uma graça que -llari:.~. :\lart.ins Ramos de Torres r em--corut'he, 20 00; FranC"•s,·o VIcen-
A famüia, por~m. esperava semJ>rc, ::"io~sa Senhora do Rosário de Fátima me findJ. gratidão c aumentar cm ~cus de· Vedras, agradece a Nossa Senhora, o
voto~ a f~ que lh<· tccm. te (distrib. em Vizeu), 2:5$00; _L aura
animada pela sua fé ardente, suplicando concedeu c que passo a narrar: desaparecimento de um tumor num dos Ynrgas-Lisboa, 20$00: :\Iargarida G.
em lágrimas a intervenção de ~ossa Se- Xo mez de Agosto do .ano transacto RfCije, 29-1-19Jr. membros mfcriores e a áção dum braço de Sousa-Negrelos, 15$00: 11.• ?os
nhora da Fátima pelo dia I4 ou 15 pouco mais ou menos' que 1m um ano tinha paralisado por com- P. Amaral-L. ~!arques, 15$00: Olno
Começou a melhorar, a !!ntrar num<l minha mãi, Santana da Conceição Afon: Ferimento pleto V. der 1\Ieulen-L. Marques, . 15$00;
fasC' manifest.:1mentc mais serena mais· ~o Gonçalves, natural da freguesia de V(·nho por C:ste meiO pedir a \'.a - A. l\1. agradece duas graças a ~i Bento J. M. Gucrra-L. Marques.
benigna, que_fez reluzir muito ao' longe, Habal, concelho de Bragança, caíu no Rcv.<l• a fine1.a de publicar no jornal concedidas. 15$00; Concei~·ão C. P.&-.L. 1\farllu~ .
um t~nue clarão de esperança! ll'Ito vergada ao pêso de varias dôres reu- a seguinte graça que Nossa Senhora nos - Maria da Conceição Folgado, agr:l- 25$00: Aurora :\L de S. Valente-~.
As pernas, porém. continuavam imó- máticas que, impedindo-lhe o movimcn- concedeu. Xo p1·incípio dêste ano apare- dece uma graça. Enviou uma esmoh pa- Marque:;, 100.. 00; M." Ali~e H_. de ~n­
veis parecendo desconjuntadas! Nova- to das pern.1s c dos braços, muito difi- ceu-me uma ferida. numa perna; a prin- :a o culto. to--L. :\!arques, 20$00; Guilhermina
mente lhe foram aplicados todos os tra- cultusamt·nte a d<·ixavam respirar. cípio não líz maior caso, mas a ferida - 1\Ianud Tt·iwira de Carvalho, de W. l\lartins-L. .)farqu('jo,, 30$00; Dr.
tamcntos aconselhados pela ciência, sem Empregadas ti'Jtlas as receitas medici- foi r.deantando até que já não podendo 59 anos, que desdt· criança. sofria. l.lo es- José A. Soare~-L . Marques. 50$00; El·
rC'~ult.1.do algum, dizendo um dos médi- n:-tis, as dôrcs, <m vez de afrouxarem suportar a:s dôres fui consultar o médico tomago a · ponto de ter de observar uma vira B. Loho--L. )!arques, 30500; Leo-
cos que eh jámais andaria~. tomaram-se tão agudas e insuportávei~ qut me declarou ter Q.e ser operado. rigoros.1. dieta, agora vem publicar a cu- nida Valente-L. l\la!'{J ues, 30SOO; M .•
'\',·,;tas alternativas de esperança c de- q_ue ria di7h que só um milagre a pode- Voltei para casa triste, e cont~i a minha ra radical que X05sa. Scnhüra lhe alcan- Amalia L. Fonte.-;-L. Marques, 50$00;
sr·spt-ro, decorriam os dias, tristemente na sJ!var. mulher o que se p..<ssa\·a, e ela respon- çou. Já pode comer de tudo e nada lhe Evandra da C. Ferreira-L. Marque;;,
para a bmília c dolorosamente para a .\"est.a conjunctura, com minha família, deu-me: tem feito mal.
<loentc, até que as suas dedicadas amigas lembrei-me de recorrer a Nossa Senhora - Ma;ria Carmelita. C. da Albuquuqu", 20,.0ll; Laura. da O. Grac:a-L. Marques,
\ 'amos faT.<·r um triduo a Xossa Se- 15$00: No<·mia Barata-L. :\!arque,,
resolveram conduzi-la à Fátima a 12 de da Fátima, fazendo-lhe entre outras pro- nhora da Fátima e ela te curará. do Recife - Brasil, ngrad<-cc a cura du-
15$00; Olinda da F. T. Dias-L. Mar-
Junho de rg28. E, no trajecto, ora de messas a de relatar a cura no Pregoeiro As;im, foi; fiT.emos o triduo e lavou- ma ferida grave a uma doenté · que tra- ques, 25 00; Adelina F. Leitão-Cas-
combóio, ora de automóvel, encontraram das suas misericórdias, se ela a obt1vesst>. -me a ferida com água da Fátima. De- tava. ca.cs, · 20~00: Henriqueta :\1.• A. H.
ilustres cavaJheiros que, com tôda a cari- Oh! ~bravilha! Tínhamos em ca.5<l. pois fui ao médico e êle ficou admira- • - Aurého Nunes Pardi7.a e sua espo-
dade cristã, a transportavam ao colo, água miraculosa de Nossa Senhora da Gouveia-Funchal, 30.. 00; Te:xeira &
do de· estado em que me encontrou e sa, agra?eccm a :Noss.1. Senhora uma gra- Castro L . d&-.Madeira. 50$00; }faria J.
como uma pobre criança... Fátima qu~ minha mãi começou a beber disse-me que eu tivera uma úlcera mas ça feita a sua filha Maria do Céu. Esta
Chegaram, enfim, a Fátima a verda- em peq uena quantidade, mas repetida•; Viçôso-Morccana, 20$00; Ana T. Frr-
que já estava bom. Continuei ainda o criança de 2 anos, nascera êom um pé r eira-Beiriz, 200$00; Leonor da C'.
<l<·ira terra de milagre para 0~ enfermos vezcti, e as dôres começaram a iilniamr mesmo curativo alguns dias e graças a aleijado. Consultaram-se clínicos, sem
do corpo e da alma! tão ràpidamcnte, que pass.1.dns ap'nds resultado, e por fim conseguiram de :Nos- ~ta-Porto, 20$00; Leonor Ro~a. de
Nossa Senhora da Fátima estou bom. Viterbo--Algarre, 15$00;
Aí, foi transportada pelos servitas com dois dias, minha mãe encontrn •a.-~, ~cm sa Senhora o que já não esperavam con-
to<.lo o carinho, em maca, para 0 pavi- a mais pequena dôrll Peço-lhe, po1s mais Fernando de Santana Nunes seguir, - o pé tornou a posição Qatural lmportaneias r ecebidas para assina-
!hão dos doentes, aonde se conservou uma vez se digne publicar tsta ~rande e tem-se mantido assim. turas e donativos:
deitada tõda a noite. gra~ no «Voz da Fátima,, p ~ra honrar Angina diftérica - M. da C. - Ponte da Barca, agra- D. Julia de Sousa Nunes, 20$00;
No dia seguinte, assistiu à missa e e glorificar Jesus e Maria Santíssima, dece a Nossa Senhora uma graça muito Marquesa. do Funchal, 10$00.
à bl'nção dos dóentes, chorando e implo- Sua e nossa Mãe bendita. Maria Angelina Maia de Albuquerque importante concedida a uma sua filha. Esmolas obtidas em diversas I gre-
rando f<:rvorosamente a sua cura, à Dô- Maximiano Attgrtsto A. Go11çalvt'.~, alu- - Viseu - tendo estado em perigo de - 1\fanuel Dionizío, de S. Eufemia, ja<> quando da. d istribuição de jornais :
ce usaude dos eniermos>l... no no Colégio das missões Ultramarinas vida com uma anginia diftérica - garro- agradece a Nossa Senhora duas graças ~a Igreja da Sagrado Coração de Je-
Não expeámentou, porém, ~!horas de Cocujães. tilho - prometi a Nossa Senhora da Fá- que Nossa Senhora lhe alcançou para· si sus, em Lisboa., no mês de Maio último
algumas, e, tristemente desolada, mas tima, se escapasse, publicar esta grande e outra para sua mulher. pela Ex.ma Snr.• D. Maria Matilde da
fulgurante de fé; retomou o caminho de Fractura duma rótula graça no seu jornal e de enviar uma es- - José Fernandes, de Loulé, agrade- Cunha Xavier, 28$50.
Lisboa, na companhia das suas amigas e mola para as obras do Templo. ce a Nossa Senhora diversas graças tem-
ucsveladas enfermeiras. ~ com grande satisfação e alegria que Tendo sempre ao peito a medalha mi- porais e espirituais de muita importân- 2ste número foi Visado pela
Chc!f.lra"m à Capital por volta das ~· me dirijo a V.• Reverência, para publi- lagrosa, Nossa Senhora dignou-se ouvir- cia. Comtsslfo de Censura.
ANO IX LEIRIA, 13 de A&osto de 1931 .... 117

COII APROVAOAO ECLEIIAITICA

Dlreotor e Propriet6rio a Dr. Manuel Marques dos Santos 1 Emprlsa Editora 1 Tip. " UniAo Qr6fioa" T. do Despacho, 15-Lisboa I Administradora P. Ant6nlo dos Reis I RedacoA.l • AdministraçAoa "leminirie de Leiria'

Fá-tim~ - Consolação dos que creem


e lenitivo dos que sofrem.
das, que estavam pnsentes, reUniram-se em grupos para fa-
A procissão das veJas zerem as demais horas da adoração. Entretanto os altares e
as suas imediações começavam a ser ocupados pelos sacer-
Favorecida por um tempo eaplêndido, em que o azul dotes que celebravam rmssa ou aguardavam a sua vez de a
do céu, purlssimo e sem nuvens, se casáva harmoniosamente celebrarem.
com a amenidade da temperatura e com a serenidade da at- A multidão era menos compacta que no dia treze de
mosfera, apenas perturbada por uma ligeira brisa, a procis- Junho. A-pesar-disso, as confissões foram numerosíssimas,
são das velas desenrolou-se através das longas avenidas da durando tOda a noite as dos homens, e o Pão dos Anjos foi
Cova da Iria, constituindo com o5 seus milhares de lumes, distribuído a muitos milhares de fiéis, devidamente prepara-
uma apoteose entusiástica, imponente e formidável, à glorio- dos.
sa e bemdita Rainha do Santíssimo Rosário.
Milhares de pessoas de ambos os sexos e de tôdas as ida-
des e condições sociais tomaram parte nesse assombroso cor- As procissões, a missa e a bênção dos doentes
tejo, rezando e cantando, em homenagem à augusta Mãe de
Deus, que, em nossos dias, tão misericordiosamente se dignou Pouco depois do meio-dia solar, realizou-se a primeira
manifestar o seu amor à nossa Pátria, agora mais do que procissão com a Estátua de Nossa Senhora de Fátima, a que
nunca, terra de Santa Maria. se seguiu a missa dos doentes.
. Antes de se pôr em marcha, a imensa mole de povo, Acolitaram a esta Inissa dois servitas de elevada cate-
que estacionava no local das aparições, a uma ordem do ca- goria social.
pelão-directct dos servitas transmitida pelos megafónios, aglo- Em frente do altar, deitados em macas ou sentados
merou-se em frente do pavilhão dos doentes e recitou com em bancos, estavam os doentes, que prêviamente se haviam
fervor o terço do Rosário. No fim da procissão, tomou a inscrito no registo do POsto da verificações médicas e que
reunir-se no mesmo local onde cantou em unísono o Credo, eram aproximadamente cento e cincoenta.
como protesto veemente da sua fé contra as blasfémias soe- Ao Evangelho o rev. do Palrinbas fêz a respectiva ho-
zes da impiedade e as negações gratuitas e impotentes da des- milia, que durou vinte e cinco minutos.
crença. Durante a tarde, visitou a Santuário, tendo assistido Depois da missa, rezou-se o terço e deu-MJ a bênção com
também à procissão das velas, o ilustre Ministro da Marinha, o Santíssimo Sacramento, primeiro a cada um dos doentes
sr. comandante Magalhães Correia. e depois a todos os fiéis. Por fim encerraram-se os actos re-
ligiO&OS oficiais com a procissão do adens, que recond uziu
a Estátua de Nossa Senhora de Fátima à capela das apari-
As peregrinações ções.
Assim concluiu, em Fátima, que é sem contestação a
Entre as peregrinações que se incorporaram na procis- Lourdes Portuguesa, mais um dia de glória para Deus, de
são das velas, merecem ser postas em especial destaque a de alegria para a Santa Igreja e de graças e bênçãos para tan-
tas almas!
Belém, Lisboa, com 56 pesseas, dirigida pelos rev.doto Mons.
Gonçalo Domingos Nogueira e Domingos Bernardino Videira,
a do POrto, com 200 pessoas, sob a direcção dos rev.4oo Ma-
tos Soares e Abade de Bomfi.m, a de Setúbal, com 200 pes-
Um peregrino alemão
soas, presidida pelo vigário da vara, rev.do Fran.cisco Carlos
Nunes, a de Gouxa.ria (Alcanede). com 130 pessoas, a de Entre os peregrinos estranjeiros, que no dia treze de
Rio de Couros, com 75 pessoas, sob as ordens do rev.do An- Julho acorreram a Fátima, para assistir às imponentes ma-
tónio Ferreira e a de Águeda, organizada e dirigida pelo nifestações de fé e piedade de que é teatro a Lourdes Portu-
rev. 40 José Bernardino dos Santos e Silva, com 70 pessoas, guesa, merece especial referência um ilustre sábio alemão,
e composta, na sua grande maioria, de operários de fábricas. que veio de-certo atraído pela propaganda in~ de Fáti-
ma que tem sido feita em todos os países de lingua alemã pe-
A peregrinação de Gonçaria foi promovida pela Pia
União de Nossa Senhora de Fátima, instalada na freguesia lo dr. Ludwig Fischer, lente de ciências históricas na Uni-
versidade de Bamberg. ~se sábio alemão é o di. Josef Som-
e levava um guião e dois lindos e vistosos estandartes.
mer, de Hamburgo, lente do Instituto Superior do Comér-
Os peregrinos de Rio de Couros fizeram a viagem a pé cio daquela grande cidade da Prússia oriental.
num percurso de mais de quatro léguas, tendo-se todos con-
O ilustre peregrino não ocultava a admiração de que se
fessado na saída da frêguesia e comungado na Cova da Iria.
achava possuido perante a série magnifica de espectáculos em-
polgantes que tivera a ventura de presenciar e que excede-
A adoração nocturna ram sobremaneira a sua ansiosa expectativa, assim como a
intensa e funda comoção que o dominava, fazendo vibrar
as cordas mais íntimas e mais delicadas da sua. alma.
Depois do sol posto, a temperatura do ar ambiente na Que a augusta Vugem do Rosário se digne cumular das
Cova da Iria desceu consideràvelmente e mais ainda às pri- suas melbores graças e bênçãos o estranjeiro ilustre, que de
meiras horas da madrugada. Por êsse motivo a assistência tam longe veio venerá-la no Santuário de Fátima, durante
aos actos religiosos nocturnos representava um penoso sacri- a longa viagem de regresso às regiões setentrionais da Euro-
fício para os peregrinos, mesmo para aqueles que tinham pa onde habita, para lá ser uma testemunha entusiástica
conseguido instalar-se, aliás bem pouco cõmodamente, no das suas maravilhas divinas e um apóstolo ardente das suas
pavilhão dos doentes. glórias incomparáveis.
A adoração nacional, que durou da meia-noite até às
duas horas, foi presidida pelo rev.do di. Manuel Marques dos
Santos, que rezou o terço do Rosário, alternadamente com o A estátua do Beato Nuno de Santa Maria que será lnausurada
no mosteiro da Batalha no dia 14 de agosto de 1931
Um novo livro do dr. Luís Fischer
povo. Nos intervalos das dezenas, o rev.do José Lourenço
dos Santos Palrinhas, pároco da Figueira da Foz, explicou O grande apóstolo da Lourdes Portuguesa nos paJses
os mistérios gozosos, fazendo reflexões e exortações apropria- A estátua representa Nun'Alvares discursando ao exército português
onde mUitos havia tranzf.doa de mê do à vista da multidão dos 1nlm1gos. de lfngua alemã- o rev. di. Luis Fischer, professor da Fa-
das sObre o cumprimento dos próprios deveres, a fuga do pe- culdade de Teologia da Universidade de Bamberg (Baviera),
cado e o exercício das virtudes cristãs. - acaba de trazer à luz da publicidade mais um livro da sua
autoria. lt uma primorosa ~ rica brochu-
DOM NUNO ALVARES Como1 N4o .oü 1161 f1ld4 o.! ducendentes Detenãeret da f(Jrça dura e ff&/Uia
As práticas durante a adoração Daqueles, que debab:o da bandeira A terra nunca de outTcm S'Ub11l(lc4a;
ra, edição da Fátima- Verlag, ultima-
mente fundada por iniciativa do distinto
(Camões - Lua. canto IV est. XIV)
f;m virtude do Bd, ela pcitna mumz.
nacion~ De. qranãe Hennqu~. ter6s e varent~.
venceram esta gente tlio guerreira1 Dn lealdade, 14 por 1)Ó.t negada,
professor naquela cidade, e que honra so-
ReprOtJa'llào 48 vont!Uf~ incomtant~,
bremaneira a casa editora, pela perfeição
Quando tantas bandefras, tantas gent~ Vencerei, n4o 86 Utu adtJers4rfo8, técnica com que foi executada. O seu tí-
Os megafónios, que funcionavam a pri- Aquelas duvfclo.!as gentu dfue, Pmeram em fu(lfda, de 1714neira Mas quantos a meu Rei /&rem contrcftiOIJ tulo é 11Fátima im Lichte der Kircblichen
mor, transmitiam a todos os recantos do
local dãs aparições a voz clara e bem
Com palavras mai8 duras que elegant~.
A m4o na espada, frado e n4o tacundo,
1 Que sete ilmtres Cond~ lhe tTouxeram
I Pruos, atura a prha que tttJeram?
,............ .................... ...... Autoritãtn, que quere dizer, na tradução
portuguesa, c<Fátima à luz da autorida-
timbrada do distinto orador, que por Ameaçando a terra, o 17Wr e o mundo: 1 (então) E as mãi8 que o .rom t~rrlbil u- de eclesiástica». De grande formato e Di-
. vezes fustigava severamente as atitudes c.-uftaram, tida impressão e em óptimo papel, cons--
dúbias e os actos incoerentes de tantos cComo? da gente flu.7tTe Purtuvue8a Ao.! 1Jdto.! os /WI.fnhoJ apertaram. ta de oitenta e duas página e é ilustrad~
e tantos que se prezam de bons cató- Ha-d.e hatJer quem retuse o pátrio Marte? E se com mo enfim V08 n4o mot1erde1
com magnificas gravuras de pá~ en-
licos em face dos princípios doutrinais Como, desta provfncia, que princeza Do penetrante m&lo que tomcutu,
FOi das gent~ na guerra em tMa 11 parte, Atat as m4os a rosso tJ4o recefo tre as quais a da capa, que rep~nz ·a
que professam e da orientação e das di- r•~e dtue) •O turt~ companheiro.!, 6 ru- cOres ~ scena inefável das aparições, a fo-
rectrizes da autoridade eclesiástica, cujo H4-de 8afr quem negue t er detua, Que eu 86, reNtfref ao ft.I(IO alheto,
bfdoa tografia da Imagem de Nossa Senhora de
poder reconhecem como legítimo e com- Quem negue a 1~. o an;Or, o ~J(Jrco e arte Cavaletro.!, a quem nenhum se tguaZa, Fátima que se venera na capela do Co-
petente. Em seguida à adoração nacio- De Portugu.U, e por nenhum r~ffo Eu 16 com ~ ~~CUalo8, e com esta Detendet vossas terras; que a uperança légio Português, em Roma, e que 6 obra
nal, as diversas peregrinações organiza- O próprio refno queira tJer S'Ufelto? (; dfzendo üto arranca meia e.,adaJ v~ liberdade ~td na ros&a Zanca. do escultor Tedim, de S. Mamede do eo.
2
VOZ DA FATIMA
ronado, o retrato de Sua Ex.a Rev.ma o Bem haja o grande historiador alemão,
Senhor D. JOSIS Alves Correia da Silva, oração, e, depois da vitória, fez ca vendeu trigo que os seus imensos vida para amparo de seus filhinhos. A
tam benemérito da Igreja, de Portugal
Bispo de Leiria, e a estampa qt•e repre- e da causa de Fátima, pelo amor inteli- construir a Igreja de Santa Maria de domínios produziam. Dava tudo. febre que até ali por vezes se elevara
senta a grande procissão do adeus " dia gente, dedicado e indefesso, com que se Armamar. Em anos de fome estendia a sua ca- acima de 40 gráus, baixou agora rápida-
treze de Maio último, em que tomaram entrega à propaganda da «Pérola de Por- mente e dentro em pouco a doente esta-
Em Valverde. em pleno território ridade até aos inimigos reconhecen- va restabelecida. Considerando que o
parte quási todos os Prelados portugue- tugaln e que justamente o consagra como
ses. O livro, que é dedicado pelo autor «Príncipe dos Apóstolos de Nossa Senho-
inimigo, é o exército português ata- do que todos somos filhos do mesmo que se passou fôra um favôr de Nossa
ao venerando Prelado de Leiria, contêm, ra de Fátima!" cado por fôrças espanholas muito su- Deus. Senhora de Fátima vem aqui agradecer
além do prefácio, oito capítulos, subor- periores. à sua celeste Benfeitora.
Seguindo o conselho do Divino
dinados aos seguintes títulos:
Para a Pátria Peregrinação de Serra do Bouro <l> Começa o combate muito cêdo, Mestre auxiliava a ocultas principaÍ- Ana Augusta de Castro Mata.
Lírio entre espinhos (em latim) apenas bruxuleava a aurora. mente a pessoas horadas e nobres
O Anjo da Virgem (em latim) No dia treze de Junho último, a pe- Mesmo nesse momento crítico o Paralisia
que tinham caído em miséria.
O som da sua voz ecoou por tóda a quena frêguesia de Serra do Bouro (Cal- nosso Bem-aventurado não omite Dizia muitas vezes: «os pobres sã' Manuel de Araujo, guarda-fiscal, de
terra (em latim) das da Raínha efectuou a sua peregrin.l. S. Pedro da Torre, quando ~va em ser-
Fátima na Cidade Eterna ção paroquial ao Santuário de Nossa Se-
oração. E de joelhos, diante da sua os cofres dos ricos e que com ne- viço no quartel deu-lhe um ataque q ue
A «Magna Chartan de Fátima nhora de Fátima. Tomaram parte nes- espada em cruz, onde estava gra- nhuma outra coisa se grangeia me- lhe paralizou todo o corpo. Esteve 2'1
Dom José Bispo de Leíria-{:arta Pas- sa piedosa romagem setenta pessoas dos vado o nome de Maria Santíssima lhor a misericórdia divina que com a horas sem dar acordo de si. Chamou-se o
toral sôbre o culto de Nossa Senhora de dois Jogares, que formam as frêguesias: e junto à bandeira com as insígnias virtude da esmola)). médico que lhe receitou alguns medica-
Fátima Nadadouro e Foz. mentos, sem resultado, repetindo-se o
do Carmelo, Nun'Alvares ofereceu Distribuiu pela filha e pelos com·
Não sei falar (em latim) A peregrinação levava dois estandar- ataque 2.•. 3.• e 4.• vez. Sua es-
O novo trabalho do sábio professor de tes, lindos e vistosos, de Nossa Senhora a Deus o seu coração e o mosteiro panheiros de armas todos os seus ha- posa vendo seu marido sem esperanças
Além-Reno constitui um precioso contri- de Fátima, um de cada logar, e era do Carmo que depois fez construir veres, e, não tendo mais que dar, en de .melhorar, à meia noite em ponto lem-
buto para a bibliografia de Fátima e um acompanhada pelos seu zeloso pároco, em Lisboa com a igreja magnífica brou-se de Nossa Senhora da Fâtima a
rev.do João Henrique dos Santos Veríssi- trou como humilde donato para •·
poderoso instrumento de difusão dos su- hoje em ruínas. quem pediu com muitas lágrimas que o
cessos admiráveis da Lourdes Portuguesa mo, que promoveu e dirigiu tão bela ma- convento do Carmo, de Lisboa, ain· salvasse. /
nos países em que se fala a lingua de nif~tação de fé e piedade, Todos os pe- da em pleno vigor da vida. Fez-lhe o mesmo pedido duas noites se·
Goeth e de Schiller. r:_gnnos se prepararam para a peregrim.- Devoção à S. Eucaristia
E então Nun'Alvares que tinh1 guidas e ao fim das duas noite fez à
~ essenc!almente uma obra de propa- çao, confessando-se prêviamente na Virgem Sant:Issima. uma promessa.
ganda, que encerra um breve resumo da igreja da sua frêguesia, e todos ~mun­ Era muito devoto da Sagrada Eu- subido 115 culminâncias das honras,
Desde esse momento, seu esposo come-
história das aparições, põe em justo re- garam no dia treze no Santuário de Fá- caristia. das grandezas e das opulências, êle çou a sentir melhoras consideráveis en-
·, lêvo a multipla e assombrosa actividade tima. que era o imediato dJ rei, o Condes- contrando-se hoje completamente bem.
Ocorrendo o dia do Corpo de Deus
do «Anjo da diocese de Lema• em prol Visconde de Montelo tável do exército vitorioso, Conde de Por este motivo vem cumprir a promes-
de Fátima, insere na íntegra a Carta Pas- quando estava em batalha, mesmo sa que fez à Virgem Santíssima a quem
toral uA Providência Divinan sôbre o cul- 'à vista do inimigo, não deixava de Ourém, de Barcelos, de Arraiolos, jàmais poderá esquecer.
to de Nossa Senhora de Fátima, refere C1 l Pede-se a tOdoe oe aacerdotets d1reo- celebrar esta solenidade. percorria as ruas de Lisboa estenden-
as visitas de numerosos Prelados e outros tores de peregrlnaçõea a ttneza de comu- do a mão à caridade pública para Dõr ciátira
nicarem por escrito à rvoz da Fátimu, Ouvia duas e três Missas por dia
personagens ilustres à Cova da Iria, ex- o Il;lal.s tarde até ao dia quinze do res- socorrer os pobrezinhos de quem era
põe episódios interessantíssimos sucedidos pectivo mês, tOdaa as noticias que julga.- às quais não se dedignava de ajudar. Permita que venha cumprir o sagrado
em Rolll3. e relacionados com a Loutdes rem interessantes relativas a essas pere- Comungava freqüentemente e aos uma verdadeira providência. dever de publicar mais uma grande gra-
rrtnaeões, para que delas se possa fazer o ça que a Virgem da Fátima acaba de
Portuguesa e finalmente descreve com as devido relato no órgão oficial do Santuá- que estranhavam a freqüencia com Sua morte Santa
côres mais vivas e mais impressionantes rio. Assim o exigem a glória de Deus, a conceder na frêguesia do Sobral.
que recebia Nosso Senhor, respon- Tendo sofrido duma terrível dôr ciática
as scena paradisíacas que se desenrola- honra da Bant1.ss1me. VIrgem e o bem das
ram no local das aparições no dia treze a.imas, para quem taL! relatos são doce dia: «Que se alguém o quizesse vêr Tal vida, tal fim, e, por isso, a já desde um mês inteiro, mandei chamar
de Maio último. contO,rto, .POderoeo estimulo e Justo moti- vencido, pertendesse afastá-lo daque- morte do Beato Nuno de Santa Ma- o médico do meu concelho por várias ve-
vo de edl1icaç4o,
la Sagrada Mesa, em que Deus , ~ zes, mas não foi possível acertar com al-
ria foi preciosa na presença de Deus. gum medicamento que me abrandasse a
dá em manjar aos homens, porque Transcrevemos o decreto da sua dôr. rao aflita me vi que resolveram
CENTENARIO DO BEATO dela lhe resultava todo o esfôrço, e beatificação. <<Vividos cêrca de dez mandar-me para Coimbra a-fim-de me
fortaleza com que vencia e debelava anos de vida conventual, sentindo aplicarem um aparêlho de gêsso para le-
NU~O DE SANTA MARIA os seus contrários» . vizinha a morte, preparou-se com ~ a perna ao seu lugar porque com a
VIolénc13. da dôr a perna tinha descido
«Para que o S. Sacramento esti- mais frequentes actos de virtude pa- sei~ centímetros. Fui aos especialistas de
O B'eato Nuno de Santa Maria cu- Entretanto, os ~stelhanos passan- vesse com a devida decência nos tem- ra a derradeira hora. Chegado o dia Cormbra mas o meu padecimento agra-
jo centenário passa êste ano é incon- do por Soure e Pombal, invadem plos de que era donatário dava par- do falecimento, depois de feita a pro- vou-se ainda mais. Voltei para minha ca-
testàvelmente uma estrêla de primei- sa desenganado. Ao chegar lá aproxima-
Leiria. ticulares esmolas para cálices, cus- fissão dt> fé ortodoxa recebeu com ram-se logo de mim os meus seis filhi-
ra grandeza no céu puríssimo da re- Temendo que o inimigo lhe fuja, tódias e paramentos)). alguns dos grande devoção o S. S. Viático e a ~os, mas. eu.. pensando que por breves
ligião e da história portuguesa. transfere o seu arraial para as pro- quais ainde se conservam hoj:.:. seguir a E xtrema-Unção. Assim con- dias os de1xana orfãos só chorava diante
A sua crença viva pode resumir-se Tinha uma particular devoção 'i fortado e fortalecido, tendo na mão deles. O meu estado era gravissi..mo. Na
xunidades da Aljubarrota, na cumea- cama nem podia voltar-me sem awtllio
na linda estância que Camões põe na da onde está a Capela de S. Jorge. No~-.a Senhma. Do afecto, da exí- esquerda a vela benta e na direita o de alguém que me voltasse a perna; en-
boca de Vasco da Gama: Aí passou a noite de 13 para 14 m..;_d. piedade, diz o decreto da Con- Crucifixo, que devotamente fitava e fim, ninguém me julgava vida., mas co-
de Agosto de 1385 em oração com firmação de seu culto, com que ama- beijava, enquanto um religioso lhe mo o .poder de Nossa Senhora 6 grande,
«A úi tenho dAquele, a cujo imp~rio va a Santíssima Virgem são esplên- lia a paixão de Nosso Senhor J esus recom a ela a procurar nova medicina.
Obedece o vssibil 11 o invislbil: os seus companheiros de armas. Pe- Comecei a rezar o meu terço todos os
Aqve~ que criou todo o hemisfério, la manhã receberam a Sagrada Co- didos documentos e provas, a ima- Cristo, segundo S. João, ~palavras: dias, confessava-me e comungava todos
Tudo o que sente, e todo o insenslbil; munhão e esperaram em jejum até à gem da mesma Beatíssima Virgem Eis ai a tua Mãi, rendeu o espíri- os dias 13 de cada mês, e, graças a Nos-
Que padeceu desonra e viturp~rio, tarde. Eram ao todo uns seis mil e que auspiciosamente trazia pintada to a Deus». sa Senhora, de dia para dia as minhas
Sofrendo morte injusta e insufrlbil; melhoras eram mais sensíveis. Comecei a
E qu11 do C~u à te"u enfim desceu, quinhentos homens. nos estandartes militares; seis tem- O Santuário da Fátima associa-se andar de mulêtas. Desde então minha
Por subir os mortais da te"a ao Céu>l; O exército de Castela, que aban- plos, dos sete por êle erguidos, con- com todo o entusiásmo 115 festas co- mulher pediu com fé mais viva ti. Mãi
donara L~· · , seguia o caminho de sagrados à Virgem Mãi de Deus, as memorativas do centenário da mor- dos aflitos e prometeu que iriamos visitá-
(Lusíadas Cant. I. est. 65). Lisboa e c punha-st: Juns trinta P missas que perpetuamente se deviam te do Beato Nuno não só porque foi la a Fátima logo que eu tivesse a sande
suficiente para isso. Em outubro lá fo-
À pátria sacrificou tudo - a fanú- dois mil ens bem apetrechados, celebrar nos altares-móres dêsses tem- uin grande devoto de Nossa Senhora mos. Para lá fui a cavalo, mas para
lia, os haveres a vida que tantas ve- contando flor dos cavaleiros espa- plos, e os jejuns rigorosos por Nu- e êste Santuário está situado no Con- aqui percorri todo o caminho a p6 sem
nhois e muitos de origem portugue- no fielmente observados nos sábados dado de Ourém que pretencia a Nun' grande dificuldade! Hoje, graças à Vir-
zes expôs aos golpes dos inimigos. gem Santíssima, trabalho como se nada
A mãi de Nun' Alvares temendo sa. do ano e nas vigílias das festas de Alvares, mas também, porque no
tivesse tido, e por isso, sempre que me
Em condições tão diversas travou- Maria, ainda quando destinados a centro de Portugal, faz suas as gran- seja possível. irei a Fátima agradecer a
pela sorte dêste filho, aceita da par-
-se o combate entre os dois exércitos. combate» . des glórias nacionais. tão boa J.\.1ãi o grande favor que me fez.
te do rei de Castela o encar ~o de lhe
oferecer o condado de Via t e ou- A batalha durou pouco mais de meia Sobral de Mortágua.
hora. Amor à pureza
tras terras e rendas· para abdnr:lonar
o partido nacional e passar pa.ra o
estranjeiro. A esta pregunta respon-
O exército espanhol foi desbara-
tado, abandonando na, fuga um rico
O seu amor 'à santa virtude da pu-
reza é outra característica do Beato
Graças de N.· s: Doença grave
Joaquim Marttns.

de o Bcatf' Nuno: espólio de que se guardam ainda ho- Nuno.


de F á tima Joaquim Gaspar, de S. Martinho de Ar-
«Deus não queira que por dádivas je algumas preciosidades nas igrejas Não só a praticava com entranha- Coxalgla vore, diz o seguinte: encontrando-me com
e longas promessas (''1 vá contra a e museus. do afecto como não consentia a li- uma doença muito grave, recorri aos so-
António Nazaré de Castro Pinto, envia corros médicos, mas o mal longe de di-
terra que me criou. Por ela darei os Em reconhecimento li protecção r:le cenciosidade de costumes nos seus o seguinte atestado médico comprovativo minuir aumentava cada vez mais. No dia
meus dias e derramarei o meu san- Deus por tão assinalada vitória, tô- soldados expulsando as mulheres de da cura da doença a que o mesmo se refe- 7 de Agosto encontrei-me de tal modo
das as Sés catedrais portuguesas fo- re, cura que atribue em grande parte á que pe_rdi por completo as esperanças de
gue)). mau proceder e tratando com decô- intercessão de Nossa Senhora da Fátima.
ram dedicadas à Virgem Santíssima eura, já não falava, dizem, e não tinha
Estas palavras calaram tão fundo ro e respeito as dos vencidos. conhecimento algum de qualquer coisa
no coração da Mãi que, não satisfei- no mistério da sua Assunção glorio- Usava clizer aos seus companhei- ATESTADO deste mundo. Já nada podia tomar de
ta com aprovar o procedimento do sa, e D. João I mandou construir o ros de armas. «Que tanto teriam de maneira que a cada passo se esperava
mosteiro da Batalha que é o mais Eu, ]os~ Mendes Moreira, médico pela um desenlace fatal. Tôdas as pessoas
filho, ainda alistou o outro, chama- vitoriosos como de honestos; e o Ca- Faculdade de Medtcina da Universidade
formoso monumento de Portugal e amigas que me assistiam, tódas diziam
do Fernando, no exército português. pitão que não amava esta angélica do P6rtv, atesto pela minha honra que que o eu ter escapado fora milagre de
À fé e ao esíôrço de Nun' Alvares um dos mais belos do mundo. virtude, entrava na batalha meio tratei duma coxalgia (direita) o peqUBno Nossa Senhora. Com efeito, minha espo-
devemos a nossa independência. Por seu turno, o Santo Condestá- vencido)). António de Nazaré, digo, Antónto NazariJ sa e meus filhos, ajoelhados pediam com
vel quiz assinalar o lugar onde du- de Castro Pinto, de 7 anos de idade, filho grande fé a Nossa Senhora de Fátima
As hostes de Castela tinham in- Exemplo bem a considerar por do Sr. Arlindo da Costa Pinto, da Fre-
rante a batalha tremulou a bandei- que me valesse prometendo-lhe a minha
vadido Portugal, país pequeno, po- tantos de nossos contemporâneos que guesia de Castelões d11 Cepeda, Concelho corrente de ouro e uma esmola em di-
bre, sem exército e cujos principais ra portuguesa, erijindo a capelinha fazem dos prazeres, mesmo os mais de Paredes, Distrito do Porto. nheiro, conforme lhe fosse possível, es-
chefes tinham ido engrossar as fôr- de S. Jorge que, pobre como Portu- grosseiros, o único fim da sua vida! Pode-s11 considerar clinicamente curado e molas que lhe haveríamos de ir levar a
gal, se conserva através dos séculos talvez sobrenaturalmente, tão rápi/UJs e Fátima logo que eu o podesse fazer.
ças irúmigas. São desgraçados que aos 20 anos es- completas foram as melhoras que uperi-
a atestar a fé dos gloriosos comba- . Louv~res a De~s, em bc.a hora ela pe-
Como uma torrente que tudo leva tão gastos pelo vício!... m811tou, não obstante os prognósticos re- dm, po1s que, diZem, daí a 5 minutos
diante de si, assim os castelhanos tentes de Aljubarrota. Como devem meditar no respeito servados que vários clínicos de nomeada seu marido começou a falar e daí em
invadiram a Beira e, caminhando ttO Ainda em comemoração da mesma com que o grande Capitão português fizeram. diante suas melhoras aumentaram con-
longo do vale do Mondego, apode- batalha, o Beato Nuno mandou cons- cercava as mulheres, tantas que no Paredes, 10 de Março de 19Jl· siderávelmente dia para dia.
raram-se de Coimbra para se dirigi- truir, no condado de Ourém, a igre- nosso tempo ostentam mesmo públi-
ja de Santa Maria de Ceissa que con- J~ Mendes Moreira Iiiiercolite
rem a Lisboa. camente modas inpúdicas e uma nu-
serva ainda hoje traços de edificação Peço me conceda um cantinho da
Contra a opinião de todos, Nun' dez que parece venall ... (Segu.J o reconhecimento) Voz da Fátima, para que todos os seus
Alvares, então de 25 anos apenas, primitiva. leitores fiquem conhecendo uma graça,
resolve pôr um dique à invasão. Caridade Pulmonla que Noc:sa Senhora me concedeu, e que
Fé do Beato Nuno é mais uma a juntar a tantas outras, que
Reüne um pequeno número de ho- Dentre as outras virtudes que es- Ana Augusta de Castro Mata, de Lis- têm sido concedidas, aos devotos que
mens no Alentejo e vem a Tomar on- A fé de Nun' Alvares era a chama maltavam o coração do Beato Nuno, boa, achou-se gravemente enfêrma com com fé a invocam.
de espera o rei com os elementos que de que se alimentava a sua dedica- não devemos esquecer a sua carida-
uma pnlmonia ( a 3.• que teve) Sofria há muitos anos de uma interco-
conseguira recrutar no norte. ção patriótica - a alma da sua al- Rodeada de 4 filhos menores, e com o lite, com perturbações renais. Como con·
de, o amor do próximo. seu mfellz marido com uma doença incu- sequência da minha doença andava mui-
Nun' Alvares não perde um mo- ma. Quando alcançava alguma vitória, rável, sem poder tomar conta dos filhos, to fraca, e não podia. trabalhar.
mento. De Tomár passa a Ourém e Antes de principiar a batalha dos tirava logo do espólio a décima par- nesta conjuntura aflitiva prestes a morrer, Consultei 3 médicos, e todos classifi-
e Qali a Pôrto de Mós para cortar o Atoleiros, todo o exército - com o te para os pobres.
implorou a Virgem da Fátima com M sin- caram a minha doença de intercolit11 cró-
passo ao exército invasor. Condestável ~ frente - se pôs em cera e fervorosa confiança pedindo-lhe que nica, não me dando portanto a menor
Todos os anos vestia os nus. Nun- se dignasse conceder-lhe a continuação da esperança de cura.
VOZ DA FATIMA 3
I
O meu estado de fraquesa chegou a penso. porque tem uma ferida por fechar, curso desta aldeia) mas não estava em cado o momento em que à cristãmente re- Eugewa. Miranda, que, àlém da qualida-
tal ponto. que era para mim um enor- jâ fomos a Fátima o ano passado agra- casa. Então, nessa hora de suprema an- signada doentinha foi dado voltar tam- de da doença inspiradora de sérios cui-
me sacrilicio ir ao consultório médico, decer a Nossa Senhora. Prometi dar pu- gústia, qma tia da criança prostra-se de bém ao uso da fala. E que viva conserva dados sobretudo em pafses quentes, ti-
a pouco mais de um quilómetro de mi- blicidade a esta graça o que boje faço. joelhos ânte uma imágem da SS.,... Vir· ela tão sensacional lembrança com nha contra 51 a já assás avançada idade
nha casa. gem e invoca N. Senhora da Fátima! A uma circunstância que com grato pra- menos apta para resistir às violentas cri-
Recorri então, cheia de fé, e com tô- Maria da Conceição Rocha Basto sua súplica foi atendida! a criança, sem zer se compraz em pôr bem em desta- ses que soem acompanhar a dita doença.
da a devoção à Virgem Santíssima da Prof. Oficial em outro auxilio, expele o arame e depois es- que, a de serem as primeiras palavras di- Sem descuidar os socorros médicos, uma
Fátima, e, foram tão rápidas as minhas tende os bracinhos para sua tia a quem rigidas a sua filhinha que por especial das filhas achou mais seguro valer-se dos
Portimão
melhoras, que poude fazer a pé, e sem sorri. E hoje encontra-se bem disposta. deslgnio da Providência junto dela veio do alto e, debulhada em pranto vem à
a menor dificuldade, o trajécto de Lei- Dôr ciática Devo acrescentar que nesse dia tinha- fortuitamente para lilas acolher, mais que nossa Capela implorar com fervor a pro-
ria a Fátima, e de Fátima a Leiria. mos celebrado uma pequena festa em nos ouvidos, no coração. como dos lábios tecção de N.• Senhora de Fátima. Obtem
De então para cá; maio de 1929. não tor- Palmira Maria atacada de dor ciática honra de SS.ma Virgem da Fátima, e es- ao coração da mãe também baixaram pa- a novena a que ali mesmo dá principio an-
nei a sentir a menor perturbação, estan- que a prostrou no leito, fez uso de alguns sa senhora e outras tínhamos recebido a ra nele, como em cofre seguro. permane- te a devota imagem e a vai depois repe-
do agora convencida da minha completa medicamentos receitados pelo seu médico Sagrada Comunhão. cerem para eterna memória de tão assi- tir em casa com os restantes membros da
cura. Dr. Fernando da Cunha, mas, sem resul- Que estas graças se tomem conhecidas nalado beneficio. Honra e glória e aci- famflia, dando ao mesmo tempo à doen..
Volto lá novamente no próximo dia 13 tado. Rtlceitou-lhe depois, pontas de fô- para avivar a fé de nossos irmãos para. ma de tudo filial amor ~jam por tOda a te umas gotinhas de âgua milagrosa. Isto
para cumprir a minha promessa em ac- go. que Já não utilizou porque, tomeçan- com tam boa Mãi. parte e sempre tributados à Mãe carinho: foi perseverantemente repetindo sem ces-
ção de graças a Nossa Senhora. do uma Novena a N. Senhora de Fátima sa que de Fátima estende até nós aqw sar e acabou por conseguir o que deseja-
Bemposta do Douro
e tomando a água milagrosa achou-se tão longe os influxos do seu maternal ca- va, ver sua mãe livre de perigo e não
Aradas,' (Aveiro).
curada, e no seu estado normal. Ana Maria Guerra. rinho!. .. muito depois em franca convalescença.
Maria Rosa Dias da ConcesfâO Agradece humildemente a N. Senhora, v t'iedosa como' a boa Senhora pediu e r&o
tão grande graça que lhe alcançou. - Dorlinda Marques. da Ribeira de cebeu amiüdadas vezes o confOrto dos
Odivelas. Frades, há 6 anos que andava em trata- A pedido de um amigo ~ui vi~tar um Santos Sacrámentos, auxiliar poderoso sem
Doença nervosa
mento médico. Por fim, desenganada dos cavalheiro que, vftima, há Já vários anos. dúvida para tomar mais ràpidamente efi-
Cheia de gratidão para com a Mãi de Duas curas e um pedido médicos que a declararam tubercalosa de graves padecimentos. faltando-lhe a caz a acção benéfica de N.• Senhora de
Deus Maria Santíssima, venho cumprir chamou por Nossa Senhora, e agora sen- coragem para assim con~uar a sofrer, Fátima.
parte da minha promessa tornando pú- Uma Anónima agradece do coração te-se completamente boa. Cheia de grati- ora dava livre curso a tétricos pensamen- VIl
blico mais uma das inúmeras graças que uma cura que o seu médico Dr. Fernan- dão agradece publicamente a Nossa Se- tos de suicídio, ora. no auge da impaciên-
Nossa Senhora da Fátima se dignou con- do da Cunha julgou impossível; e outra cia, se safa com imprecações e bJa:>fêmias Maria Amélia Pires de 4 anos de ida-
nhora. de começou não há muito tempo ainda a
ceder, como tantas que tem concedido a cura na pessoa de sua filha que foi vfti- Justina Maria, de Bemquerenças, que faziam arrepiar os cabelos. A lSSO era
todos aqueles que recorrem à sua protec- ma dum entorce num braço e que, apli- agradece a cura duma doença grave que levado tão sõmente pelo excesso das dô- sentir uma inflamação na. espinha dcnsal
ção com verdadeira fé, com a certeza cando com muita fé a água de N. Senho- há dois anos a flagelava. Esteve a mor- res, pois fora dessas crises. seus senti- que dia a dia lhe ia aumentando sen-
que, pedindo-Lhe, serão atendidos. ra senuu-se, na Ipanhã seguinte, repenti- rer. recebeu os sacramentos e assim pre- mentos eram inteiramente outros. como sivelmente o mal estar. As dôres cada vez
Há perto de 4 anos soíri de uma doen- namente curada, Dá público testemunho parada esperava a cada momento partir. me tinham informado e eu pude fàcilmen- mais intensas iam subindo desde a re-
ça nervosa. que me levou a um estado de conforme prometeu. para glória de N. Se- Entretanto começou a dar-lhe a beber te verificar logo à primeira entrevis~. gião ilíaca até à altura da omoplata, mal
abatimento que me julgaram perdida, - nhora e pede às boas almas uma prece água da Fátima rezando ao mesmo tem- Incutindo-lhe sentimentos de resigna- podendo já a doentinha executar sem
cheguei a receber Nosso Senhor como pela conversão de seu marido. grandes dôres qualquer movimento de pé.
po por ela, e Nossa Senhora houve por ção e conformidade com a vontade de quanto peor sentada ou deitada. Qual
sagrado viático. Tendo sido tratada por bem dispensar-lhe seu auxilio. Deus, que por si mesmos muito lhe sua-
vários médicos entre êles os Ex. moa Drs. não foi o susto do desvelado pai quando
Agratücem grafas a Nossa Senhora as - Maria da Piedade Vasco, agradece vizaram os sofrimentos, procurei levan-
Simões Alves, Sobral Cid, João Faria e pessoas seguintes: a Nossa Senhora a cura de diversas doen- tar-lhe ânimo com a ideia do prémio com à vista dos simples sintomas externos
verificou, além do avOlumado inchaço
Virgílio Paula, que depois de algumas ças que lhe martirizavam a vida. Anda- que tudo lhe seria vantajosamente com-
conferências, todos foram de opinião que !\faria Preciosa dos Reis-Amoreira- va continuamente cheia de pontadas e pensado. ' muscular, uma pronunciada curvatura da
minha doença era incurável, resolvi re- Fátima, ·a cura de uma febre intestinal tosse fortíssima. Os medicamentos de na- Da bondade e generosidade de N. Se- espinha de mais de 5 milímetros para a
correr a Nossa Senhora da Fátima, pon- de que estava atacadíssima. Há dias que da valiam, de maneira que resolveu ofe- nhor a conversa descaiu muito natural- direita do seu eixo vertical.
do de parte todos os medicamentos pa- estava quási como morta. Recebera os recer a Nossa Senhora uma novena de mente nos mesmos iminentes predicados Preguntando-se a si mesmO' na sua an-
ra os substituir pela sua bemdita água. Sacramentos e recebera a última visita Comunhões e outros votos e agora sen- de N .• Senhora em todos os tempos e pa- siedade o que faria, hesitou em confiar
fiz uma novena. e após as minhas súpli- do médico que, convencido de que estava te-se curada. ra com todos os povos, mas muito par- sua filha aos médicos que lhe exigiram
cas obtive a saúde que julguei para sem- perdida, já nada lhe mandou fazer. - Virgínia Pereira, de Lamego, agra- ticularmente em nossos dias, e nomeada- uma fortuna para muito provavelmente
pre perdida, grandiosa graça que eterna- Por fim unidos em oração a Nossa Se- dece a Nossa Senhora a cura que obteve mente para com os portugueses. tanto os lhe acelerarem a fatal desenlace. Como pai
mente fica devendo uma humilde serva nhora, seus Pais e visinhos obtiveram a por sua intercessão. porque sofria do es- que ainda perseveram na ocidental praia genuinamente cristão e ardente devoto de
de nosso Senhor Jesus Cristo, à sua' Mãi sua cura. N. Senhora de Fátima a ela correu ansio-
tomago há muitos anos. Agora sente-se lusitana, como os que há mais ou menos
Amantíssima que jàmais é invocada em A mesma criatura havia já recebido perfeitamente curada. A mesma agrade- tempo. transpondo os mares, fizeram do so e confiante em busca de remédio.
vão. outro favor de Nossa Senhora, a cura de ce o desaparecimento dum quisto de que Brasil um vastíssimo prolongamento de Morador a pequena distância. do Col&-
Bemdita, para sempre seja bemdita; seu solhos de que sofreu muito chegando estava para ser operada. Por intermédio Portugal. Narrando-lhe as aparições de gio Nobrega, vem pressuroso ao mesmo
a carinhosa mãi de Deus e minha dignfs- a estar quási sem poder ver. solicitar uma novena de N .• Senhora con-
da mesma criatura alcançaram de No.."Sa Fátima e algumas das maravilhas por N.•
sima protectora. -Maria Soeiro Paiva, agradece a Nos- Senhora duas graças importanres os Srs. Senhora af e mesmo cá operadas era su- juntamente com um frasquinho de sua
sa Senhora o ter-lhe curado umas ferida.s José Seabra e Manuel Pinheiro Guedes mamente consolador o vêr e quási apal- milagrosa água.
Lisboa Ao passo que com tôda a famflia vai
que há muito tempo a atormentavam, mediante a promessa de se confessarem' par a transformação que sensivelmente se
Josefa Domingues d4 Fraga mediante lavagens com água de Nossa -o que já. fizeram e agora sentem-se feli~ ia operando naquela natureza até ha pou- fazendo a novena, vai por ocasião da mes-
Senhora. uma missa na Cova da Iria e císsimos com a saúde no corpo e na al- cos instantes cansada de sofrer e agora já ma dando à doentinha umas gotazinhas
Doença na pele a publicação da graça se fOsse alcançada. ma também. animada e confortada por uma esperan- do precioso liquido. O prémio da sua fé
- Maria dos Remédios, agradece di- ça nova de vir talvez a ser objecto dos recebeu-o mais cedo que esperava. Estão
Engrácia de Jesus Tavares, casada, de versas graças alcançadas por intermédio apenas no ~. 0 dia da novena e com que
59 anos de idade do Pinheiro da Bem- de Nossa Senhora da Fátima. carinhos de tão boa Mãe. Nem foram frus-
tradas as suas esperanças. surpresa não reconhece a filha que as dô-
posta, sofria ha 36 anos de doença na - A directora do Colégio ttSacré Calor res por completo desapareceram, o pai
pele causada por um resfriamento. de Mariell de Minas Gefais-Brasil, agra- NOSSA SENHORA DE FHIMA NO BRASIL eu
Assentou-se
voltaria para
logo
o
que no
cenfessar
dia
e
seguinte
dar-lhe a que a pronunciada curvatura da espinha
Durante muito tempo foi tratada por dece a Nossa Senhora da Fátima o res- retomara o seu primitivo aprumo não
Sagrada Comunhão, que recebeu com reais
vários médicos sem resultado. Nas Cal- tabelecimento de sua saúde e o ter vindo IV mostras de sensível devoção. Aproveitei restando de tão molesto e assustad~r in-
das de S. Jorge onde esteve por muitas em seu auxilio em Outubro do ano pas- c?modo mais qQe uma ligeira protuberan-
vezes sentia algum alivio, mas no prin- sado, conseguindo levar a cabo um «de- O dia 15 de Agosto de 1930 assim como tão excelentes disposições para lhe levan-
Cia muscular que nada afectava a doenti-
cipio da primavera voltava a agravar-se sideratum, de grande importância para o ficou memorável na história religiosa do tar o espírito e exortá-lo à confiança em nha tão prodigiosa manifestamente bene-.
o mal, Tendo peorado bastante ha 4 Colégio. Envia por este motivo zoo$oo Colégio No~rega. assim também fóra, pie-. N.• Senhora de Fátima cuja novena lhe
ficiada pela Mãe benditissima, N.• Senho-
anos voltou-se para a Virgem Santíssima para as obras do Santuário. dosa famflia houve para quem êsse dia, deixei, bem como um frasquinho da pro- ra de Fátima?!... Após tal verificação
digiosa água. aconselhando-lhe que em
a quem suplicou a graça da sua cura não - Amélia Ferreira Peixoto, de Leça da se por um lado evocará tristes e sentidls- se com fé veio a abençoada famflia ~
tanto para deixar de sofrer como para Palmeira agradece a Nossa Senhora o ter simas memórias, não deixará por outro de qualquer das antigas crises, se por ven- a. eficaz protecção do céu, com que sen-
não causar repugnância às pessoas com livrado seu marido duma grave enfermi- constituir um marco indicador do primei- tura lhe sobreviessem tomasse como leni-
timento de profunda cn.tidão não correu
quem convivia e como uma senhora ami- dade. ro elo de uma nova cadeia de sucessivos tivo umas gotinhas dentro de um copo a mesma antl! a ima~tml da Senhora a
ga lhe ofereceu um pouco de água da benefícios de Deus N. Senhor e da Mãe de água. Fiel a tôdas estas indicações, não
-Maria da Anunciação, de Midões, prestar-lhe o eeu tributo> de teeonbecida
Fátima bebeu algumas gotas e aplicou o agradece a Nossa Senhora a cura de uma bemditíssima sob o auspicioso título de só nunca mais voltou aos antigos exces- homenagem com a MIÚ~.ncia ao Santo
resto em loções sentindo-se curada rápi- ferida agravada num dos seus pés, Che- N.• Senhora do Rosá.rio de Fátima. Des- sos, mas, sem deixar de desejar que N.
Sacrifício e um fervorosa Comunhão co-
damente. No ano seguinte apareceram-lhe gou a perder toda a possibilidade de mo- de a noite de 13 que D. Emília Lacerda Senhor o chame para o descanso, mostra- lectiva?!. .. De então aH a.~ra não mais
sintomas da mesma doença e então pro- ver a perna, dificaldade que desapareceu de Menezes, em conseqüência de um la- ~se cristãmente conformado com a Sua
reapareceram tão assustadores sintomas
meteu ir em peregrinação agradecer a depois que pediu a Nossa Senhora da Fá- borioso parto cujo fruto felizmente se sal- Santíssima vontade, primeiro efeito bem donde com razão 116 PQde concluir a defi:
sua cura a Nossa Senhora ela. Fátuna e tima a cura e prometeu agradecer-lhe vou, depois de ter perdido seu esposo vi- manifestado da benéfica intervenção de ni~va e ~cal efici.cta de tão prodigio-
comungar no local bendito onde a boa publicamente na Voz da Fátima e parti- ~n:a<lo por um implacável tifo, estava po- N.• Senhora de Fátima Maior surpr&o sa mtervençao. Mil g~-s e louvores lleJ&m
Mãi se dignou visitar os 3 pastorinhos e cularmente na Cova da Iria onde havia Sitivamente agonizante sem esperança hu- sa porem ainda o esperava, e que gran- dados a tão bOa Mãe que assim 116 com-
ainda publicar esta graça para maior hon- de ir em peregrinação. mana de se poder salvar. As 1 h. da noi- demente maravilhou a todos que, ou a praz em tão ma avdnosamente demoll$-
ra e glória sua. presencearam (como os da famfiia) • ou
- Joaquim Pinto da Rocha e sua ir- te fizemos na nossa Capela com a possivel trar que é realmente Ela a verdadeira
Depois desta promessa ficou completa- mã Luiza, de Viana do Castelo, agrad&o pompa a inauguração solene da nova ima- dela tiveram conhecimento por informação «Saúde dos enfermos».
mente livre deste padecimento e ha 3 cem diversas graças concedidas por inter- gem de ~.ã Senhora de. Fátima. A Capela da mesma. Foi o caso que 3 dias depois,
~nos não tomou a sentir o mais ligeiro cessão de Nossa Senhora da Fátima. estava literalmente cheta. Houve escolhi- às 11 h. da noite, sentindo que algo o in- P.• João d4 Miranda, S. ].
comodava na gengiva, com uma tesoira
mcómodo pelo que pede se digne por in- - Filomena Maria Martins, da Bene- dos cânticos, prêgação acomodada. e Ben- de unhas (único instrumento que encon-
termédio do seu jornal publicar esta dita, tendo sido desenganada pelos médi- ção do SS.mo. Já prestes a findar o acto,
graça que Deus lhe concedeu por inter- cos que julgaram incurável uma doença um dos nossos Padres, que dedicada e trou à mão) tanto fez que conseguiu ex-
cessão de S"" Mãi Santíssima que a atormentava, pediu a Nossa Senho- piedosamente vinha assistindo à prolonga- trair uma lasca de raiz ocasionadora do
ra que lhe alcançasse a sande que que- da agonia da supra-mencionada Senhora,
mal estar, determinando porém conseqüen- NOSSA SENHORA DE FATIMA NOS ACORES
lnfecç!o grave ria empregar servindo a Deus num esta- pede-me que a recomende às orações dos temente uma tal hemorragia que nem êle,
nem as filhas de quem se pretendeu va- A Voz ela Fdtima, piedoso e Udl-
Venho pedir se digne publicar a gra- do mais perfeito, e agora gosa de boa fiéis ali reünidos, pedido que acto conti- ler, nem os visinhos chamados em auxilio mo pregoeiro da GlOria da nossa
saude. nuo teve a sua realização, elevando todos
em unísono uma ardente e confiante pre- apesar do adeantado da hora, puderam Terra, não se dedlgna.rá de dar
ça alcançada por intermédio de Nossa Se-
ce até ao trono de N.a Senhora de Fátima estancar. No auge da aflição chegaram guarida a uma. pequena nottcla sOA
nhora da Fátima e que passo a expOr: ,. árias graças
Em outubro de rgzg. Jerónimo Mendes
dando-lhe ensejo de assim solenemen~ a tocar para a Assistência que só fêz au- tre o cUlto de Nossa Senhora de
Basto, de 52 anos, de Portimão, devido Tomo a liberdade de dirigir-me hoje a mentar a angustia com a resposta de não Fátima nos Açores. lt uma voz de
a uma injeção que lhe deram numa có- Vossa Rev.ma relatando-lhe diversas gra- evidenciar o seu poder comunicado sObre poder naquele momento intervir. Tudo de- longe, mas tão forte e tAo fervoro-
xa, ou porque a injeção estivesse estra- ças obtidas pela intercesão da Santís- a vida e a morte, e mais que tudo o seu
gada, ou porque o seu corpo não podesse sima Virgem da Fátima. desvelado amor para com os que sofrem. sígnios da Providência divina para mais sa e tão portuguesa como as que
O primeiro efeito dêste pedido reconhe- evidenciar a maravilhosa intervenção de sem cessar rezam na bendita Oova
recebê-la resultou uma infecção grave, Em 13 de Maio de 1929 fui visitar a ceu-o bem depressa lá em casa a doenti- N. Senhora. Só então, como recurso ex- da Iria.
que teve de ser lancetada em onze par- N. boa Mãi ao Seu Santuário na Cova
nha quando ao sentir os ameaços de vio- tremo, se lembra soa filha de valer-se da Foi no dia. 13 de Maio p. pas-
tes, falando-se que estava completamente- da Iria. Não sei descrever-lhe a comoção água de N .• Senhora de Fátima. Hume- sado, em Santo António do Monte
lenta crise nervosa que muito naturalmen-
perdido, e esperando a todo o momento que senti nesse Jogar abençoado; apenas dece no bocal do frasquinho uma mecba.- frêguesia da Caudelarla da llha d~
um triste desenlace. Fizeram-se várias possa dizer-lhe que a SS.m• Virgem me te lhe poderia ser fatal, vê no mesmo ins- zinha de algodão em rama e com um pa- Pico. No mesmo dia em que todo o
conferências, e durante cinco mêses que curou dos meus padecimentos; - insom- tante contra tOda a expectativa entrar-
lito a leva ao lugar donde ainda em fio Portugal afluiu à Cova da Iria a
esteve de cama, num sofrimento doloro- nias e nevralgias na cabeça quási cons- -lhe no quarto o médico que lhe pOde as- corria o sangue; e, o que a nada até ali fazer a Nossa Senhora uma apo-
so, foi tratado por três médicos drstin- tantes. Trouxe algumas medalhinbas to- sim prestar o indispensável auxilio. Con-
tinha cedido, àquele simples contacto ces- teOse raras vezes presenciada na
tos. cadas na sua lrnda e milagrosa Imagem. tinuaram-se as preces por esta intenção sa instantemente, sem correr nem mais terra, na pequena aldeia de Santo
A todo o momento desenganavam meu medalhas que ofereci a pessoas amigas e na Capela e fóra, e a famflia em casa fa-
uma gotinha, e, para mais realçar ainda o António do Monte, da llha do Pico,
marido, sendo o seu estado cada vez mais a doentes. Uma sarou duma grave doen- zendo repetidas e ininterruptas novenas prodlgio. o algodão que af fOra introdu- inaugurava-se comovidamente o
desesperádo. Como é de calcular perdida ça. outra. melhorou considerávelmente. com o uso ao mesmo tempo da água mi-
zido, a-pesar do muito sangue de que a cUlto de Nossa Senhora da Fátl-
de dOr, chorei abundantes e amargas lá- Uma outra graça obtida no dia 13 des- lagrosa, e, se bem que lentamente. a boca estava cheia, alvo como entrou as- ma. A linda Imagem foi benzida
grimas, e sem esperanças na medicina, te mês, veio decidir-me a dirigir-me & doentinha foi constantemente melhorando, sim permaneceu sem uma miníma mancha por Sua Ex.• Rev... o Senhor D.
'?sto os pró~rios médicos me dizerem que V. Rev.•. sentido paralelamente e como que apal-
que lhe tirasse ou diminuísse a alvura. José da Costa Nunes, venerando
Já nada podiam fazer, recorri à SS.ma Vir- O último caso foi o seguinte: tendo pando a acção benéfica da incessante in- Bem haja tão boa :Mãe que com seu ex!- BlsP<> de Macau, tlgura de invul-
gem da Fátima, a quem fiz várias nove- Fernanda Celeste (de 8 meses de idade) tervenção ·de N.• Senhora de Fátima. mio poder aproveita ocasiões como esta gar prestigio no Episcopado Portu-
vas, bem assim a Santa Rita de Cássia na sua imprudência infantil introduzido Vai longe já o perlodo do restabeleci-
para ser a verdadeira <~Consoladora dos guês, e que presentemente se en-
TOdas as noites, e a todo o momento eu na boca um arame em espiral, este lhe mento, mas como a paciente e piedosa Se-
nhora se compraz em ir evocando a me-. aflitos» a quem os beneficiados não ces- contra em descanso na sua terra
pedia ao maior tesouro que possuo em escorregou para a garganta onde se fixou. sam de render os mais entusiásticos louvo- natal- Candelâria do Pico.
minha casa. que é a imagem de Nossa mas de forma tal que se não via, e don- moria das mais insignificantes minucias res, tributo da mais filial gratidão. A proc!ssA.o das velas em que to-
Senhora do Rosário, que me fizesse a gra- de, em mãos enexperientes, era impossí- das suas ininterruptas melhoras! No pri- mou parte Sua Ex.• Rev.•·, fol uma
ça de o curar, para irmos a Fátima. vel tirar-se. Entretanto, a criança com~ meiro perfodo sentindo apenas sem. pri- VI tocante manltestac:a.o de fé e amor.
Fui ouvida nas minhas súplicas, e con- çava a asfixiar-se, tinha já as faces e vada da fala, poder extemar com pala- Com uma perigosa e dolorosissima in- Cantava-se e chorava-se.
vencida que foi uma verdadeira graça do olhos inchados. A mãi louca de dOr, 1&- vras o que lhe ia na alma. Lá estava nos
fecção intestinal jazia presa ao leito D. Ao ent.rar na Unda llreJa o Avt
.céu, a-pesar-de ainda hoje fazer-lhe o va-a a casa dum enfermeiro, (único r&- desígnios amorosos da Mãe bemdita mar-
4 V OZ DA F ATI MA

ma à hora da morte um sacerdote e re- nos p rimeiros anos pelos sacramentos da. --Sim, não me queimará, mas ene-
redobrou de entusiasmo e calor, à
vista do pequenl;no sacrariol Eu te•
AVIS OS cebe piedosamente o sagrado viitico e a penitência, da aucaristia, da confirmaçãogrecer-me-á as luvas brancas.
nho assistido já a muitas procissões -O preço anual da assinatura da extrema-unção. A ceptico Volney, amea- e mais tarde no casamento. -Pois assim - disse o pal - te
de velas. 11: uma novidade para os çado por uma tempestade no max, recita acontecerá na sociedade aonde pre-
Foi-te oferecida em xnil impressões, xnil
Voz da F átim a são IO$oo para Por- devotamente o terço com os outros pas- tendes ir. Com certeza. não te per-
convites, xnil episódios e atrativos ext&-
AÇOi"eanOS, e que se casa bem com
o seu temperamento melancólico e tugal e colonias e r sSoo para o es- sajeiros riores ou interiores da graça q ue apenasderá logo, mas exercerá !.'108. má
piedoso. tranjeiro. «Uma coisa (diz êle) é filosofar no ga- era necessário seguir. influência sôbre a tua alma.
Resultam sempre destas procis- - Como os Ex. mo• Srs. Assinan- binete de trabalho e outra estar em alto Desta forma , aquilo que te serve de Outro tanto, acrescentamoa. suce-
sões. comovidas manifestações de max açoutado por uma tempestade• . desculpa é isso mesmo que t e acusa. Mas derá oom os bailes, teatros e diver-
tes e leitores viram, em Maio último, Dupuytren, uma das maiores celebri- serás na verdade incrédulo? Não me pa- timentos nocivos, que trazem, algu-
fé. aumentou o formato do J ornal, e
E, mercê desta sementeira de en- dades médicas do último século, depois rece. mas vezes, fatais cc.nseqüênclas, e
t umasmos, o culto de Nossa Senho- por conseguinte aumentaràm as des- d e ter vivido como materialista, qniz que são outras tantas minas de car-
r& da Fátima nos Açores val to- pezas, com poderão ver nas contas morrer como cristão tendo-se confessado • • vão a enegrecer-nos a alma e a ser,
mando proporções consoladoras e e comungado, piedoso como uma crian- multas vezes, causa da ru1na do nos-
no mesmo jornal publicado. Porém, ça, entre os braços de um humild e sacer- ~·.o Não é provâvel. Pelo contrário so corpo~
que não são apenas um fervor es-
téril e momentâneo. Há vida reli- o preço da assinatura ficou sendo o dote de aldeia a quem êle antigamente é bem p rovâvel que tenhas fé. O que po-
mesmo, de maneira que muito se tratara e d e quem ficara amigo. de é estar solapada, não ousa mostrar-
giosa, Intima e sincera nestas so- Nos Et11de.s de fevereiro de 1902, M. -se ou não tem coragem de se traduzir
lenes manifestações da lncomparâ-
vel fratemldade cristã.
agradece qualquer esmola que a esta Pedro Suan conta a respeito de Victor em actos. UMA LIÇÃO
administração seja enviada para que H ugo a segninte anedota que fez o gi- - E m muitos homens ela está latente,
Fol assim a procissão das velas a Voz da F átima possa continuar a ro da imprensa: «um antigo actor, gran- escondida, ad ormecida, mas não está certo soldado, depois de vários
em Santo António do Monte da de admirador de Victor Hugo e amigo morta. O q ue é extranho nêles é a in- os de serviço, voltou para a casa
Candelária do Pico, nos Açores I A ser publicada e sempre em grande paterna. Chega o primeiro dia SIUl-
do seu criado de q uarto, foi admitido crédulidade.
festa solene celebrou-se no Do· tiragem. ·a ver o poeta uma hora apenas antes de A-pesar-de se pensar q ue ela está d e to.
mingo seguinte, para maior como- morrer. Ficou surpreendido com a sua posse do campo por uma longa posse, -José, diz-lhe a mãe, vens co-
didade, prêgand.o com a competên- expressão d e angústia terrível e deses- não pode prescrever contra a fé contra migo à m1ssa?
cia e calor da sua alma de apóstolo perada, manifestada na sua face e na- os seus títulos imortais, contra o nosso - Eu! ora... ! deb:e-me câ. Olhe,
o Rev. Pároco P: JoA.o V. Xavier SERl YERD&DE QUE MIO TENS Fl? crispação das suas mãos d e moribundo. amor inato pelas verdades santas. A in- minha mãe : eu tenho viajado mUl-
Madruga e assistindo o Senhor Bis- «Mas em que estado êle está! diz êle ao crédulidade para muitos é menos a mor- to, estive multo tempo em IJaboa e
po de Macau. A aquisição da famo- E esta uma objecção que a cada pas-
so nós vem ter aos ouvidos. criado de q uarto. Ah l senhor, respondeu te de que o sOno da fé, cujo acordar no POrto, etc .. e aprendi por lá
sa imagem de N.• S.• da Fátima êste, no momento de morrer, M. Vítor tem às vezes lqgar d uma maneira tão multas coisas, adqu1r1 mu1toa co-
deve-se aos esforços da l!:x.... snr: Para se desculpar ou dispensar d e pra-
Hugo levantou-se com UDÍ ai desespera- inopinada a tão súbita. Não é pois pro- nhecimentos que a gente câ da al-
D. Laureana de Castro Neves. irmã ticar a religião hâ muita gente que diz:
do, mãos crispadas e gritou d uas vezes: vâvel, que sejas um incrédulo convicto. deia não sa.be. Eu acho-me Jé. bas-
do saUdoso e falecido Bispo de Ma- «não tenho fé»
Mas... será. verdade que não tens fé? «um padre! um padre!» O actor retirou- - Pode também ser que não ouses tante lnstruido, para estar agora
cau, D. J oã.o Paullno de Azevedo e -se comovido e diz a sua filha: «Eu não mostrar a fé q ue tens, o que boje não para af a rezar, oomo fazem úS
Castro. H averá. incrédulos con victos e serás tu é raro.
um dêles? quero morrer assim. Quando eu estiver beatos.
Aceite, Sr. Director, esta humilde doente, tu irás chamar o P .• Mousabré:t. Os tempos estão dif1ceis para os cris- -De modo que quem jé. esteve
e pequenina quota de água espiri- • tãos. Tudo lhes é recusado ou regateado:
t ual do mar dos Açores que vai Jun- • • E ajuntou : «eu não desejaria que isto se
divulgasse, mas é o mesmo, 6 horrlvel,. os lagares, as honras. o sucesso, a popu-
em IJsboa, nAo tem mala predSáo
de pensar em Deus?
tar-se ao mar imenso de almas que - Que muitas pessoas se dizem incré- Não posso garantir a veracidade desta laridade, a p rópria liberdade. - Nl.o é bem faso, mlnha mA.e.
em Fátima não cessam de rezar. dulas e assim se apresentam, é inegável. anedota. O que eu posso dizer sômente Que fazer ? Ocultar-se, abster-se, tomax mas... reza.r, para quê? Olhe, as-
Às vezes uns rapazelhos, uns colegiais hâ é q ue ela foi contada pouco depois da ares de anti-clerical. stm. como ass1m. o que tiver de me
pouco escapados da escola q ue se apre- morte de Victor Hugo pela filha do actor Muitas pessoas dizem: «Não tenho. fé•. a.cbllltecer hã-de acontecer, e por
sentam como incrédulos. Nada estuda- a u ma pessoas que ma contou, dand o- Mas deveriam dizer se fossem sinceros: isso é lndtil estar a pedir e a in-
Voz· da Fátima ram, nada examinaram. Atiraram apenas -me nomes e detalhes que eu por descri- «tenho mêdo de manüestar a minha fé,. comodar a Deus.
ao chão com um pêso que os esmagava, ção omito. O actor jâ morreu e a filha Não será. a tua incrédulidade apenas a - A mãe nl.o respondeu e partiu
Despesa que lhe pesava enormemente sobre a habita em Paris onde casou em 1894. mâscara para te impores à galeria.
Transporte . .. .. . ... .. .. .... . só para a missa. Voltando a casa
consciência. Nada me perxnite duvidar da sua perfei- Poderá., pois, ser que a tua fé não te- não preparou nada para o Jantar.
Papel, composição e impres- Cavalos fugidos, transfugas da moral, ta veracidade, nha coragem de se traduzir em actos, 11
são d o n.o :106 ... ........ . mais que d o dogma. Não se pregunta Poderíamos p rolongar indefenidamente até às suas conseqüências. Chegou a hora da refelçl!.o e a me-
Franquias, embalagens, trans- por convicção onde bâ apenas apetites e a lista d e pessoas q ue â hora da morte Eu me explico. Decerto acreditas em
sa estava vazta.
portes, gravuras, cintas, Deus. Não pode ser de outro modo. Cus-
-Como é isto, mãe? Vamos ho-
paixões. São apenas uns fanfarrões da deixaram a incredulidade que professa- je Jantar fóra?
fretes, etc. . . . . . . . . . . . . . .. impiedade que se fazem peores d o que vam . tar-te-ia, porém, adorá.-lo, agradecer-lhe,
Com a administração em Lei- na realidade são, q ue afectam d esdém Não, não existem m nitos incrédulos orar, pedir-lhe perdão, ajoelhar-vos no -NAo.
ria ......... .. . ..... . ··· ··· pela religião para afirmai a sua indepen- sinceros e convencidos. seu templo. Tens fé mas falta-te a cora- -Mas... nAo veJo nada na me
dência. Não merecem ser tomados a 56- 2.0 - Apelo agora para o testemunho gem d e a praticar. saL.
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276.861$49 rio. da st1a consciência. Seja como fOr e di- De certo acreditas na alma nem d úvi- -E' porque... emftm.. . as tua~
Donatwos desde zsl oo - Porfirio Gon- - E ntre os homens maduros que se gam o que disserem, o que é certo é que das da sua espiritualidade, da sua liber- renexOes de hã pouco, fizeram-me
çalves--Lisboa, 15$oo; Deolinda Charters proclamam incr&lulos e procedem como o incrédulo, em certas horas, não pode dade, da s~a responsabilidade, nem da compreender melhor a.s cofsas ~o
-Lisboa, soSoo; P.• António J . Ferreira tais, haverá. centenas e até milhares cu- furtar-se à preocupação do problema do sua imortalidade. Custar-te-ia, pomn cui- que até agora; estou mafs nustl'a-
-Madeira, 2oo$oo; José Porfirio da C. ja irreligião ~ puramente superficial. além, devorado pelo tormento do sobre- dar dela, preservâ-la, purificá-la. Custa- da, como tu. Eu deitei estas contas:
J ardim-Madeira, 2o$$oo; José Moreira Umas vezes 6 a ambição, outras 6 o na~!. em germen na sua alma pelo ba- taria evitar o mal e fazer o bem, humi- para que hei-de eu fazer o jantar?
Lopes--Lagares, 2o$oo; P.• António J. medo que os leva a uivar como os lo- ptismo. E célebre o dito de Musset: lhar-te e levantar-te depois das quedas. Assim como assim, meu filho, ee ti-
Ferreira-P. de Varzim, 6o$oo; P .• Au- bos e a proclamar o seu livre pensamen- «A-pesar-de eu não querer, o infinito me Acreditas na Igxeja Católica (é claro). ver de comer hei-de comer, e se
gusto T. Soaies-Açores, 2o$oo; Maria J. to atormenta e eu não posso pensar nêle Se tiveres u m negócio embrulhado acre- na.o ttver, também escuso de me
de Andrad~América, 22$oo; Distrib. na Ficariam embaraçados se se lhes pe- sem pe~bação e sem esperança ... » ditas no q ue te diz o notário ou a advo- cansar. Já vês que as tuas doutri-
Ermida da Fátima-Madeira, 107Soo; Ma- disse que justificassem com argumentos Um livre pensador gabava-se a Diderot gado. «Faça isto, e tu faze-lo porque nas me aproveitaram.
ria do C. 01. Machad<r-Açores, 15Soo; sério~ a sua falta de crença. de ter chegado à certeza da não existên- acreditas na sua p robidade e saber . O filho desnorteado compreendeu
M .• C. Soares-Açores, 25$oo; M.• do Car- Simples poltrões que não teem cora- cia de sanções eternas e êste respondeu: Ora o Papa, os Bispos, os sacerdotes, bem a llção e logo a pOz em pré.-
mo Tavares-Lisboa, 15$oo; C .• Ant. 0 gem de resistir à corrente, ou vulgares «Aposto que não és capaz de o provar» . em matéria espiritual, não m erecem, com Uca, dizendo para a ma.e: prepare
P .• Pint<r-Paradela, 2o$oo; Distrib. em arrisvistas para quem o sucesso tem a E a um dos seus familiares que preten- certeza, menos confiança. o Jantar, que domingo vamos am-
S. Cmz do Douro, 93S5o; M.• Baptista primazia sobre a consciência. dia ter a mesma certeza Voltaire dizia: Mas como a Igrej a te manda coisas di- bos à mlssa.
L. Piedad~V . do Conde, 25$oo; Ernes- A verdade é esta: um grande n úme- <lfu mui to feliz , eu não tenho tal cer- fíceis, laboriosas, cruciantes tais como o
tina Cortez Lapa-Barcelos, 2o$oo; J osé ro d e pessoas são incrédulas apenas por teza». jejum, a abstinência, a confissão dos
dos Sant~imbra, xsSoo; J esuina Aug.
Vieira-Açore57"' 2o$oo; M.• Leonor Tomé
fóra, à superfície.
- Mas haverá. incrédulos ainceros e
Os renegados fazem todo o esforço pos-
sível para se esquecerem do que êles
pecados, c usta-te obedecer. A coragem
é que te falta. Não és incrédulo mas um
P adre N o sso...
-Cedovim, 2o$oo; Distrib. em Pardelhas, convencidos a q uem as qualidades de es- chamam terrores enfantis e das supers- cristão inconsciente, tímido perante a Um escritor c:Qebre, F rederico Soubie,
97$oo; Casa Sameir<r-Oleiros, 3oSoo; P.• pfrito, os seus talentos, a sua idade pa- tições d eprimentes da religião. Não o opinião dos outros ou fraco perante ti estava li. morte. Educado fora da reli-

-.-...
António M. Parreira-S. Eulália, 6o$oo; recem dai d ireito de serem tomados a conseguem. Ficam inquietos, tristes. mesmo. E sta é que é a verdade. gião, nem o Padr6 N osso sabia. No en-
Distrib. em S. Ped.ro de Faio, ·so$oo; Dist. sério ? O filósofo J ouHroy contando o fim tanto mandou vir uma religiosa para o tra-
em Sever do Vouga, 3o$oo; Missão de Parece-me -poder afirmar que hA bem quâsi trágico da sua fé religiosa, diz tar.
Landana ( 212$oo angolares); Brazilina poucas... e para o provar apelo para o q ue lhe parecia entrar numa existência Ora. uma tarde, ajoelhada li. cabeceira
Junqueir<r-Brazil, 15$oo; P.• António testemunho da morte e para o da sua sombria e despovoada. ltle acrescenta: Pai criterioso do leito do enfermo, ela resava e, alto,
Roliz- Macau, 375$00, P.• J oaquim Ro- consciência. «eu era incrédulo mas d etestava a incré- dizia: «Pai nosso q ue estais no ~u ... :t
liz-Macau, 375$oo; L uis A. H . Neves- • dulidade.>> cUm pai vendo a filha pron ta, pa- Que linda coisa está a dizer (fez notar
Vila de Rei, 2o$oo; Distrib. em Foz do Que havemos d e pensar d e uma in- ra, com um belo vestido branco, as- o doente) I Faça favor d e repetir, sim ?
Douro, 26o$oo; Domingos Silva Ferreira • • crédulid ade q ue produz o mal estar, a sistir a uma reUnião numa socieda- E a religiosa voltou a dizer: «Pai nosso
-Foz do Douro, 2o$oo; Delfina M. Fer- A morte é a grande reveladora dos
I. 0 tristeza, o desespêro? Tenho de dizer que de dUVidosa.. mostrou-lhe aa tncon- que estais no ~u ... »
nades-F. do Douro, 2o$oo; Rosa Mar- corações. Ora, quantos que se dizem es- tal incrédulidade não tem fundamento, venlênclas de tais reünlOea e fez-lhe Cada vez mais comovido com estas be-
tins V .-Meadela, 2o$oo; Elisa da C. e pfritos fortes, éhegados a esse momento pois que a convicção produz a paz. ver os perigos e seducções a que se las palavras o escritor quis também dizê-
Silva-F. do Douro, 2o$oo; J. de Almeida terrlvel não teem a coragem de susten- No segrêdo da sua co08ciência, a expõem os que eJ vl.o. -las. P ediu à religiosa q ue o ajudasse e,
-França, 3o$oo; P.• J oaq. M. Simões- tar as suas pretendidas convicções? maior parte dos incrédulos confessam As sérias obJecções do pai, a fllha como uma criança que começa, di.rla êle
Sousel, 5o$oo; Ant.° C. d e Oliveira-Ma- A sua incrédulidade postiça d esvane- que a sua irreligião não repousa em na- respondeu: também: «Pai nosso que estais no C6u ... »
tozinhos, 2o$oo; Maria H. Rig<r-Benavi- ceu-se e a sua fé que apenas · estava ador- da e essa variedade de crenças e falta de - Não me farão mal! P ouco a pouco, os sentimentos admirá.-
la, 2o$oo; António dos S. Batalha-Sou- mecida aparece como por encanto. Cha- convicções torna-os d esgraçados. · Portan- O pal, tomando um carvl.o. apre- veis que as palavras exprimiam iam r-e-
sel, 2o$oo; Luísa Ricoca-Dhavo, 2o$oo; mam um sacerdote e estão em aflição to, se hâ incrédulos, devem ser em nd- sentou-o à filha e, como ela recu- netrando a sua alma e comovido pedh.•
Manuel Ratola- Ilhavo, soSoo; António enquanto não recebem os sacramentos. mero muito reduzido. sasse a pegá-lo, com receio de man- que o inst:missem na religião. Daí a pou-
F. Saragaç<r-Fomos, 5o$oo; Emília Bo- Al_gumas vezes retratam elequente e pu- char as luvas brancas, lhe c1ls8e: co, algumas semanas depois, Frederico
nharde-Porto, 2o$oo; Rosa F. Machado blicamen te todo um passado sem religião • - Pega, minha filha, não te quel- morria, tendo recebido os sacramentos nas
- Porto, soSoo; Maria Vidal- Agueda,
8o$oo; Alice M. Osóri<r-Açores, 2o$oo;
e algumas vezes morrem desesperados se
alguêm véda a entrada ao ministro de • • ._,..
maré.. melhores disposições.

Joana Serena-Ilbavo. xso$oo; Maria Car-


lota-Ilhava, 3o$oo; Maria Andrad~
América, 22$oo; Maria C. Pei.xe-Ilbavo,
2o$oo; Ana Ang.• de Oliveira-Evora,
Jesus Cristo. Os exemplos abundam. Poderás, pois, tu ser um incrédulo
Voltaire, o ptíncipe dos incrédulos, na sincero e convencido?
perspectiva de comparecer diante de 1.o Se isso fosse verdade eu te lastima-
Deus, mandou chamar o Padre Gau thier ria e censuraria.
•••• FATIMA a Lourdes
Portuguesa
•••••
•••
2o$oo; Distribuição em Cabeço de Vide, para se confessai. Mas os seus péssimos - E u te lastimaria porque se não és
25$oo; Joaquim da S. Carvalh<r-Vagos, amigos Diderot e d' Alembert, apõem-se católico, se não crês na Igreja, em que •
95S2o; Distrib. em Paços d e Ferreira, à visita do ~cerdote e Voltaire morre é que tu poderás acreditar? Na filosofia?
••
lmpressoes de viagem pelo Doutor LUIS FISCHER •••
•••• ••••
5oSoo; Isabel de Almeida C. P."'-Lisboa,num tal acesso de desespêro que os seus Mas o que é a filosofia? Dúvidas, nega-
2o$oo; Manuel de Oliveira-America, médicos declararam nunca ter visto na- ções, trevas. Prolenor da UD!yenldade de Bambtrg, ( Aiem lllba)
2o$oo; Maria P. Rosa-America, 2o$oo; da tão medonho. Escolherias a religião protestante, o ju-
Distribnição em S. Tiago de Almada, Cinco anos depois, o mesmo d' Alem- daismo, o islamis.mo, o budismo, a ido- Tradaçlo do Rn. SEBASTIAO DA COSTA BRITES, páReo da Sé catedral dt ltlrla
5o$oo; Doentes do Sanatório Rodrigues bert expirava punido do mesmo modo. latria? E irias escolher ao acaso? Seria - Preço 5$00; pelo correio, 5$70
••
Semid~Porto, 32$5o; Dist:I!ibuição em
Obidos, 25$oo; Distribuição em Setubal ,
Tinha êle dito a Diderot: «se assistires à pouco rasoável isso e virias depressa cair
minha morte não deixes ~ntrar nenhum na indiferença ou na abstenção total. Se- ••
xoo$oo; Carmina Calixto-Ilbavo, 2o$oo; sacerdote para junto de mim». Chegada ria pouco glorioso e pouco firme, porque, ••
t&te livro muito interessante, cuja) primeira ediçio aleml de
IO.tro exemJ?lares •e esg~tou na Alemanha em 4 meaeA encontra-se
••
••
· Distrib. no Colégio de Cucujães, 85$oo; aquela hora suprêma e d' Alembert ar- afinal, os anos avançam, caminhando
••

Distrib. em P aiJ1jlh6, 5o$oo. lvenda na O'NJ.AO ORAFICA, Travessa do Despacho, 16- Llaboa..


repende-se e suplicou ao seu amigo que na vida sem guia e sem luzes para o fu-
Esmolas obtiããS em várias igrejas quan-
não cumprisse aquela antiga ordem. turo. Vem o termo fatal, abre-se a co- Dã VOZ DE FATIMA, e m Leiria e no SANTUÁRIO DE FATIMA.
do da distribuição de jornais: Diderot foi inflexfvel. «Se não estou va... faz-se sílência a teu respeito e a
Na igxeja do Sagrado Coração de Jesus,
lâ, dizia êle, d' Alembert roía a corda •>. justiça de Deus começa. Arriscar a eter-
em Lisboa, nos meses de Junho e Julho, O ímpio Toussaint, no seu leito de nidade ? Que aberração! Se fosses, pois,
pela Ex.ma Sr.• D. Maria Matilde da morte, retrata os escândalos e a sua vi- um incrédulo convicto, eu te lastimaria Encontram-se à venda no <<Santuário da Fátima» e na ((Câ-
Cunha Xavier , 47S65; na igreja de S . Ma-
da e recebe com fervor os últimos sa- sinceramente.
mede, em Lisboa, nos meses d e Maio e cramentos. «Atesto diz êle, diante de Além disso eu te censuraria também mara Eclesiástica - Seminário de Leiria». Opúsculos com o Oficio
Junho, pela Ex.ma Snr.• D . Laura Gou- Deus que eu v ou receber e diante de porque se não tens fé, jâ a tiveste e d e-
Menor d'e Nossa Senhora da Fátima.
I
veia , 2o$oo. q uem vou comparecer que se pareci pou- vias tê-la conservado. Ela te tem sido

E ste número foi v isado pela comtssão


de cens11ra.
co cristão nas minhas acções e nos meus oferecida um cento de vezes.
escritos, não foi nunca por convicção». Foi-te dada nos t eus antepassados e
Laplace, depois d e ter pendido para a na tua raça de cristão. Foi-te dada no 1
Custam $5o. Pelo correio mais $15.
incrédulidade durante tOda a vida, cha- nascimento e no baptismo. Recebeste-la ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~m~~mm~~mmm~m~m~
ANO IX L E I R I A, 13 de Setembro de 1931 N.• 108

o-
---
COM APROVAÇAO ECLEIIAITICA

Dlnetor e Proprietirio• Dr. Manuel llarqu11 dos Santos I Empi'Ma Editora• Tip. " Unllo Qrifioa" T. do D11paoho, 15-Liiboa 1 Admini1trador1 P. António dos Reis 1 Redaooao e Admini•traolo• "leminirlo de Leiria"

HERÓI E SANTO
~
,
OUREM -- FATIMA -- BATALHA -- ALJUBARROTA
Aperegrinação de treze de agosto eocentenário da morta do B. Nuno de Santa Maria
Em Nun' Alvares, à . bravura igualava-se a abnegação. Alma ardente tJ Quem, como D. N uno Alvares Pereira, aliou no mais alto grau o fervor
solitdria, as grandezas da t erra nenhuma presa tiveram s6bre Ale. Quando o religioso, a santidade da vida e o heroismo posto ao serviço e grandeza da
não ocupavam as armas, e sem nenhuma paixão ruim as tomava, absorvia-o Pdtria, bem merece as consagrações da Nação • ser considerado coma o mais
a Fé, que de singular espiritualidade aureola a vida dQ singular soldatio q~ genuíno representante da raça portug~sa.
foi o Santo Condestabre.
Junho de 1918. Junho de 1918.
DR. GINESTAL MACHADO
DR. FERREIRA DA Sn.VA
(Ex-presidente do Ministério e Professor e antigo Reitor do
Liceu de Santarém). (Lente da Faculdade de Sciências do POrto)

OSANTO CONDESTÁVEL com a Itália, pátria adoptiva do grande sa história. Como disse um grande escri- castelo de Ourém. Foi na Sé da pequena
taumaturgo, celebrou já em esplêndidas tor dos últimos tempos, Oliveira Martins, povoação assentada à sua sombra que se
emoção religiosa e de entusiasmo patrió-
tico, Q Senhor Bispo de Leiria.
manifestações de fé e piedade, a suas gló- o Santo Condestável é a mais pura con- realizou a primeira parte do programa das Concluídas as solenidades, a multidão
Neste quadrante, por ventura único na rias, os seus méritos e as suas excelsas substanciação da alma nacional. Modêlo homt'nagens solenes ao Santo Condestável. dirigiu-se na sua quási totalidade para Fá-
história do mundo, em que as ideias se virtudes. D. Nuno foi Conde de Ourém. de tOdas as virtudes, como cidadão, como No dia doze, ao meio-dia, estando pre- tima, precedida e seguida das peregrina·
entrechocam e os indivíduos se degladiam Era justo que as comemorações nacionais chefe de Camllia e como religioso, êle apre- sente o vt'nerando Prelado diocesano, ce- ções das outras freguesias da vigararia de
com uma violência nunca igualada, a do quinto centená.rio da sua morte tives- senta-se como o protótipo de todos os por- lebrou a missa solene o rev.do Faustino Ourêm, que abrange precisamente os do-
humanidade tende a dividir-se em dois sem início nos seus antigos domínios. A tugueses, n os diversos estádios da vida Jacinto de Almeida, Vigário da vara de mínios do Santo Condestável.
campos diametralmente opostos. Dum la- benemérita Cruzada Nacional Nun' Alva- social. Com uma. juventude casta e gene- Ourêm.
do estão os defensores dos princípios fun-
damentais e eternos em que assenta uma Aprocissão das velas
sociedade regularmente constituída: Deus, Durante tôda a tarde vão chegand o nu.
Camllia, pátria e liberdade, de outro to-
merosas peregrinações que desejam tomar
dos os que p reconizam a subversão omni-
parte na procissão das v elas. Entre elas
moda da ordem moral e social estabele- merecem especial referência as de Lisboa,
cida pela eliminação pura e simples dês- POrto, Coimbra, Setúbal, VálegaJ Mostei·
ses mesmos princípios. Catolicismo e bol- ró (Vila do Conde), Alvornínha, Aljubar-
chevismo são as duas únicas fOrças orga- rota, Gondomar e sobretudo a da viga-
nizadas que se hão-de encontrar face a raria de Ou.rêm. Desta última só a parte
Cace num período mais próximo do que correspondente à freguesia do Olival com-
se pode imaginar, disputando palmo a preendia mais de mil e quinhentas pes-
palmo a hegemonia do universo, numa soas. Tôdas as freguesias enviaram com
luta gigantesca e de conseqüências in- os seus peregrinos as crianças da primeira
calcu láveis. comunhão vestidas de branco, irmandades
Os princípios e as doutrinas intermé- e confrarias e muitos e lindos estaudartes.
dias, que já fizeram a sua época, desa- A procissão das velas durou das de'
parecerão como por encanto e dos seas horas até à meia-noite. Menos grandiosa
partidários uns aliar-se-ão com as fOrças e menos imponente que a de treze de Maio
conservadoras da Igreja ou irão engros- constituiu,. no entanto, um especitácul~
sar as hostes extremistas que, à seme- deslumbrante com os seus milhares de ln·
lhança dos bárbaros da I dade Média, tudo mes e com a ordem e a regularidâde que
hão-de assolar na sua marcha aterrado- teve e que não são possíveis nos dias tre-
ra, _ficando atrás delas só ruínas, devas- ze de Maio e Outubro.
taçao e morte... A ténue claridade das velas no meio da
As llOCiedades, que desprezaram os pre- escuridão profunda que reinava n a Cova
ceitos sublimes da moral cristã, deixan- da Iria, a uniformidade nos cânticos re-
do-se avassalar pela onda crescente dum ligiosos entoados pela multidão, a voz
paganismo mais hediondo que o de Gré- poten~ dos megafónios que funcionavam
cia e Roma, porque mais refinado, mercê maravilhosamente transmitindo ordens e
dos requintes da civilização moderna, re- regulando ?S cânticos, as doces explosões
ceberão o justo castigo da sua prevarica- da fé e p1edade dos peregrinos produzi-
ção, expiando no sofrimento e no sangue ram um conjunto admirável que encanta-
os seus vícios, os seus crimes e as suas va e com~via até às lágrimas todos aque-
iniquidades. les que tinham a ventura de presenciar
Portugal , por bondade do Senhor, cujas tão belo e tão sublime espectáculo.
ehagas estão graVildas na sua bandeira, a
gloriosa bandeira das quinas, e graças à
protecção especial da Virgem Imaculada,
A adoração nocturna
sua augusta Padroeira, parece destinado A meia-noite, pouco mais ou menos, co-
a sair mais forte e mais remoçado do meio meçou a adoração nocturna do Santíssimo
da tremenda conflagração geral que já se PEREGR INAÇAO DE AGOSTO DE 1931• A imagem de Nossa Senhora conduzida processionalmente e cercada pelas bandeir as Sacramento. ~ durante esta cerimónia, ao
descobre no horizonte. da Victória, Mestre de Aviz, Cruz de Cristo, Aviz e Ala dos Namorados. Conduzem o andor os Srs. Doutores Trinda de Coe-
lho, ministro de Portugal no Vaticano, Afonso Lopes Vieira, CapiUlo Afonso de Miranda e Senhoras da Cruzada Nacional mesmo tempo tão solene e tão tocante,
As aparições de Nossa Senhora do Ro- Nun'Aivarea Pereira- que a piedade dos fiéis se intensifica e as
sário na Serra de Aire, em pleno coração almas de élite se reúnem em volta do tro-
da Pátria,· com o seu interminável cor- res Pereira, na forma dos anos anteriores, rosa, que siga fielmente as pisadas do he- O povo dos antigos domínios do Beato no do Divino Rei de amor, oculto na
tejo de mistérios, graças e milagres, são, tomou a iniciativa dessas comemorações, roi e santo, - o mais santo dos herois e Nuno restaurando um costume antiqüfs- Hóstia Santa, para lhe oferecerem tribu-
incontes1àvelmente, o doce e amoroso pe- solicitando a cooperação valiosa e indis- mais heroico dos santos, - Portugal há· simo 'que com o decorrer dos anos desa- tos de fé, amor e reparação.
nhor da preservação dos males formidáveis pensável de Sua Ex.• Rev.ma o Senhor -de triunfar nas pugnas do futuro, há.-de parecera, foi prestar vassalagem ao herói As duas primeiras horas são destinadas
que se acastelam no firmamento. D. J osé Alves Correia da Silva, veneran· ser a nação predilecta de Cristo que a ado- e santo, levando-lhe em tabuleiros ricas à adoração nacional recitando-se nesse es·
Dois vultos gigantescos - as glórias do Bispo de Leiria. A convite do ilustre ptou nos campos de Ourique, há-de ser ofertas de trigo. paço de tempo o terço do Rosário. Presi-
mais belas da terra heroica e cristã de Prelado de Fátima, Sua Em.• Rev.m• o sempre a terra bemdita de Santa Marial Depois da missa, organizou-se uma vis- de Sua Eminência o Senhor Cazdial Pa·
Sattta Maria - apontam o caminho a se- Senhor Cardial Patriarca de Lisboa di. tosa procissão que deu a volta ao Castelo, triarca e faz a explicação dos mistérios
guir como guias poderosos e seguros, às gnou-se aceitar a presidência efectiva de conduzidt:lo em triunfo a Imagem do Sal- no intervalo das dezenas, em práticas
geraÇões presentes e às gerações do por- todos os números do programa das festas, No castelo de Ourêm vador da Pátria. cheias de elevação mas acessíveis a tOdas
vir: Santo António de Lisboa e B. Nuno imprimindo-lhes com a sua presença um A tarde, cêrca das sete horas, cantou- as inteligências, Sua Excelência R everen-
de Santa Maria. brilho e esplendor incomparáveis. SObre o cume esguio dum monte tão al- -se um solene Te-Deum, a que presidiu díssima o Senhor Bispo de Leiria.
Portugal, em união de sentimentos com O Beato N uno de Santa Maria é uma to, que se avista de muito longe em tOdas Sua Eminência o Senhor Cardial Patriar- Das duas horas às três fizeram a ado-
as demais nações do orbe, e sobretudo das mais belas e gloriosas figuras da nos- as direcções, ergue-se o célebre e histórico ca. Proferiu um discurso, repassado de ração os peregrinos de Alvominha, das
2 VOZ DA FATIMA
três às quatro as de Setúbal e Arrima!, alunos do Seminário de Beja e os alunos se realizasse a união de todos os portu- Eminência é d:lS proximidades da cidade mar sem fundo de Tirtude, de Santi-
das quatr, e r. ei • às cinco a de Aljubar- do Seminário de Santarêm pertencentes à gueses. Depois de recordar a batalha de invicta, fez lá alguns dos seus estudos e ...
rota, e da ... ciL.:o às seis os alunos do Se- vigararia de Tôrres Novas, em número de Aljubarrota. frisou que nessa luta se de- foi seu aluno. dade, a Dendita entre todas as mu-
min1rio d~ Beja, 'indos de Tomar, onde vinte e cinco. frontaram apenas seis mil portugueses com lberes-<l.eve-o à dignidade qu.W
estão veraneando no Convento de Cristo. No dia treze às dezoito horas, êstes gru- trinta mil espanhois. infinita de Mãi de Deus.
ÀS cinco horas o rev.do dr. Manuel Mar- pos de seminaristas fizeram uma hora de Como foi passivei a vitória das nossas Alocução do Sr. Cardial Patriarca
ques dos Santos celebrou a missa dos ser- adoração ao Santíssimo Sacramento, na
Se Ela é a éor:-edentora do Gé-
armas? Todos os soldados se tinham ali-
vitas. As seis, fez-se o encerramento com igreja da Penitenciaria, com a assistência mentado do Corpo de Cristo ... Quando o Senhor Bispo de Leiria aca- nero humano, a Medianeira de to-
a bênção do Santíssimo e o rev.do Vice- do Eminentíssimo Senhor Cardial Patri- O momento que passa, continuou o ora- bou o seu discur.so, algumas pessoas ma- das as graças; se Ela é no Céu a
Reitor do Seminário de Beja celebrou a arca. dor, é tambêm de luta e há-<ie ser de vi- nifestaram o desejo de o uvir Sua Eminên- Imperatriz do universo, a Omnipo-
cia que se dignou satisfazer êsse desejo,
missa da comunhão geral.
Tõdas as peregrinações tiveram a sua
Na vila e no mosteiro tória. Vindes pagar uma divida de skulos,
colocando a imagem do Beato Nuno em que era o de todos os presentes, profe- t~ncia suplicante. se foi após su.i
missa oficial com comunhão, a hora pre- da Batalha lugar de honra nt:ste mosteiro e vinue~, co_ rindo uma bela alocução, cheia de concei- morte levada ao Céu em Corpo ~
viamente marcada. Disseram missa cêrca mo êle, comungar. lt êste o segrêdo de to- tos e de primores de estilo. alma, é ainda à Sua Maternidade
de oitenta sacerdotes e elevou-se a sete mil dos os triunfos. O penhor das nossas vitó- NestPs tempos em que o povo é sobe-
A vila da Batalha, que teve a sua ori- moo, disse o ilustre e venerando Cardial
Divma que o deve.
o número de comunhões. Às nove horas, gem no recontro épico entre portugueses rias está a li naquele a ltar. Jt Cristo. Re-
o venerando Prelado de Leiria celebrou e castelhanos nos campos de Aljubarrota. cordai o que dizia Nun' Alvares: uSe que- de Lisboa, até um Príncipe da I greja lhe De feito, decretando Deus Pai en-
a missa dos peregrinos da vigararia de há quinhentos e quarenta e seis anos, pa- reis ver-me vencido, privai-me da Santa tem de obedecer... Curvo-me de muito viar Seu Filho ao· mundo median-
Ourêm. , comunhão». bom ~do a esta como que imposição do t~ a Virgem Santíssima, associan-
gou uma dívida de gratidão para com o sufrágio popular... Tenho de dizer uma
Quem quiser estudar Fátima no que ela herói máximo da independência nacional, A)Jroximaram-se da mesa eucarística cêc- do-A dêste modo ~ Sua Paternid>l-
tem de mais belo e de mais íntimo - a fé inaugurando a sua imagem no altar-mór ca de mil e quinhentas pessoas, tendo sido palavra au!' seja como que o fecho des-
viva e a piedade ardente das multidões - distribuído o Pão dos Anjos por Sua Emi- tas solPnidades. dt inefável, com.> a não encherta
do mosteiro de Santa Maria da Vitória e Um'\ festa reli~osa e patriótica não po-
vá assistir com olhos de ver a essa solene uma nova avenida com o seu nome. nência e por mais quatro sacerdotes. de graças, como a não prepararia
velada de amor e prolongue a sua estada de deixar de enlear o príncipe da I greja para a tornar ~<Ôigno habitáculo ie
A estátua do Beato N uno de Santa Ma- que, oor mercê de Deus, eu sou.
junto do pavilhão das missas até às nove ria, de tamanho maior que o natural, foi Seu Filho•? I Por seu turno tendo
ou dez horas da manhã. Que admiráveis feita nas oficinas do notável escultor sr. Na Sala do Capítulo -Homenagem Rf'li!!i'io e Pátria são tennos que sem-
pre a ndam lil!:adO<!. Nestes dias em que o :F ilho de Deus-o Verbo que por
exemplos de espírito de sacrifício que ofe- José F erreira Tedim, de S. Mamede de
recem aos seus olhos êsses milhares de pes- Coronado, concelho de Santo Tir.so, e re- aos Soldados Desconhecidos "~ b"~f'S ..da civilização cristã são mina- geração eterna rrocede de Deu~
soas de tõdas as classes e condições so- presenta o Santo Condestável, em plena dos, ~ 11''\Ígio ~ro a IgreJa que prêga -Pai-a prerogativa de escolher a
ciais ajoelhadas nas pedras e sóbre a ter- juventude, empunhando numa das mãos Depois da missa, os dois Prelados, as a oht>dillncia à :~utoridade. E, assim, bem
ra nua, fazendo a sua preparação e a sua a bandeira desfraldada e brandindo com ti on!' ~qui SI' fi zesSPm reprt'St"ntar as au- que dentre todas as mulheres de-
autoridades e o povo dirigiram-se para.
acção de graças num recolhimento que co- a outra a espada, em cuja lâmina estão a Sala do Capítulo, onde se encontram tnrid,dec;. Tõdas as homenagens d as auto- veria ser Sua Mãi - o que não ~
move e com uma devoção e um fervor gravadas estas palavras da Sagrada Es- perenement e a lumiados pela lâmpada da ridarles à TI!TI'~a revertem a favor delas. dado a nenhum filho dos homens
Qu!'re t.ambêm di7er uma P,.'l):wra aos
que encantam! critura: «Excelsus sempe" omnes gentes Pátria, as sepulturas dos dois soldados
mna?e<; Ollf' SI' votaT:~m ao culto do Santo -como não escolheria a mais ':>~
Dominus». desconhecidos, mortos por ocasião da
Grande Guerra, um em Africa e o outro Condec;t-l vel. N:io pode deixar d e o como- la, a mais rica em graça, a mais
A procissão da Virgem Para a aquisição desta imagem e Órga-
em França. ver a vist.'t dêsses rapa7es. digna de si se, como é ve•dade, a
hização das comemorações do quinto cen- E u já fui o que vós sois, diz Sua Emi-
e a missa dos doentes.. tenário da morte de Nun' Alvares, formou- Em nome da Cruzada Nacional Nun' Al-
vares falou o capitão dr. Afonso de Mi- nllncia. Diz-se que a vida é a realização
glória dos filhos são seus pais?
se. uma comissão que era constituída pe- dum sonho da mocidade. E de facto, dos privilégios que
Ao meio dia solar, realizou-se, na Jorma las seguintes individualidades: rev.do Pe- randa, membro da direcção daquela bene-
mérita colectividade. 1t na vossa idade que se faz a grande ornaram a alma Santíssima de Nos-
do costume, a procissão com a imagem reira Gonçalves, prior da Batalha, eng:e- mannbm de que depende a vida inteira. s:l Senhora e enchem de inten<Ja
de Nossa Senhora de Fátima desde a ca- nheiro Oliveira Simões, alferes Duarte Mi- Na sua curta mas vibcante a locução,
afirmou que, se tudo passa no mundo, há A sociffiade portuguesa põe em vós os alegria todos os seus filhos, uns
pela das aparições até à capela das mis- litão, dr. Pereira Gens, Nicolau Barreto olhos, cheia de esperança. A lgrf'ja põe
sas. Levavam o andor os srs. dr. T ri[\- J oaquim Ferraz de Carvalho, Daniel Lu!~ uma coisa que perdura e se reveste de são exigidos-por conveniência ao
imortalidade - a virtude. tambêm em vós os seus olhos. Na medida
dade 'Coelho, ilustre ministro de Portugal e Manuel Ferreira. f'm que vos deixardes dominar pelo ideal menos--pela Maternidade Divina,
junto da Santa Sé, dr. Afonso Lopes Vi- Os monumentos da arte e da inspira-
ção • não podem em rigor considerar-se de Cristo, contribuireis para melhorar, pa- outros são sua Corôa gloriosa.
eira dr. Afonso de Miranda e Teodósio
de Gouveia. À passagem do andor, os pe- Chegada dos Prelados - Bênção obras imortais. Passarão tambêm. A vir- ra elevar o mundo.
A própria Igreja de Deus, diante da mo-
Na verdade, não se compreende
tude, essa, permanece e é ela que nos li-
regrinos lançavam flores . sóbre a imagem da Imagem de D. Nuno- Cor- ga aos heróis do passado. cid~c!e, sente alvoroçar-se-lhe o coração. que a Mãi de Deus, a Mãi d'Aquê-
e saudavam-na entusiásticamente com o 1l': agora, nos vossos floridos vinte a nos J~ que na luta com a ~erpe Auti-
acenar incessante dos lenços. . tejo para o mosteiro Nós vimos, diz o orador, prestar ho-
menagem ao soldado desconhecido e, atra- que se faz a grande sementeira no vos~ ga deveria esmagar-lhe a cabeça
A m issa dos doentes foi celebrada pelo coração. Se deixardes que o vosso cora-
Senhor Cardial Patriarca, que à estação vés dêle ao exército português e através com o Seu Pé, estivesse por um
Cêrca. das dez horas da manhã, chega- do exército a Nun ' Alvares. Festeja-o, ho- ção e o vosso espírito seiam enflorados
do Evangelho fez a respectiva homilia, ram à Batalha, vindos de Fátima, o Se-
je como outrora, mais que as entidade~ ""r êss!'s altos ideais - e lião há nenhum instante sequer sob o dominio ~i­
enaltecendo os singulares privilégios de nhor Cardial Patriarca e o Senhor Bispo mais alto,--=nseguireis modP!ar no bar- tânio do eterno .inimigo do Géne-'
oficiais., o-povo humilde que tão bem com-
Maria Santíssima, o valor da sua inter- de Leiria, que se dirigiram imediatamen- -o h umano a própria imagem de Deus.
cessão poderosíssima junto de Deus e a te para j unto do edifício da escola pri- preende os exemplos de virtude e se em· ro llum.ano.
penha em os seguir. Nun' Alvares é um A vós não é oreci"' prê~tar a ltntfsmo, . l\ ão se compreende igualmeme
devoção do herói e santo D: Nuno Al~a­ mária oficial, onde se encontrava a vene- como agora se di z. Estais na quadra bel.\
símbolo vivo e augusto da nossa inde-
res Pereira à gloriosa Padroe1ra da Naçao. randa imagem.
pendência nacional. Como diz um poeta "m que tndo se dá ~rneTOMmPnte. As como Nossa. Senhora, seu do a Mãi
Durante a missa foram cantados vários Alêm de mu1tas outras pessoas de re- •belhas doiradas andam à voltn do cálice du Autor de toda a virgindade, por
cânticos litúrgicos acompanhados a órgão. presentação, aguardavam a li a chegada nosso, uPortugal sublimado chama-se
Nun' Alvares». ln vosso comção. Mas, cnic!adol Entre '\S isso mesmo perdesse a Sua virgin-
Terminado o santo sacrifício, fez-se a dos ilustres Prelados os srs. Governador •hf'lh'ts :-"ci'lm as horbolf't-'lS oue foram
exposição_do Santíssimo SaCramento e di- Civil substituto de Leiria, capitão J osé Bem cabidas são, pois, estas homena dade ou subseqüentemente a macu-
gens ao herói que noo legou tà;> altos exem· vt"rmf'S. Nilo con ~in ta is on!' elas vos fa-
ante dele rezou-se o terço, tendo em se- P ereira Pascoal , coronel Lacerda e Olivei-
pios de virtude. ·~ m o mf":rnn que às flores primaveris lasse.
guida Sua· Eminência dado a bênção aos ra, comandante militar de Leiria, capitão em oue nois.'lm. Não se compreende como a Mãi
doentes e a bênção geral. O orador foi vivamente aplaudido, ten-
Gomes Pereira, do regimento de artilha- do o seu discur.so, eloqüente e de fino re- Alumia: o mundo, er,n1f'ndo bt"m alto de Deus e por isso mesmo a Ra.í-
Depois da bênção, o Senhor Bispo de ria 4. alferes Duarte Militão, administra- o facho r~rdi'Pte da fé. E Mtareis sendo
Leiria pediu duas Ave Marias, uma pelo dor do concelho da Batalha, major Pe- corte literário, calado fundo no ânimo nha de todos os Santos e Anjos,
dos assistentes. nhrt>irn~ dum P ortus<ll melhor que a todos
Senhor Cardial Patriarca e a outra pela reira dos Reis, uma deputação dos sargen- no<; rP1\na como nm herc-n de 11mor e em uão fosse um abismo de graça, Je
paz na E spanha. Por último falou o Senhor Bispo de
tos de infantaria 7 e artilharia 4. de Lei- Leíria para agradecer a Sua Eminência que todos nos sinta mo<; · mais fpJizf'S. 'ittude, de santidade.
ria, a corp<>ração dos bombeiros voluntá- o brilho que deu com a sua presença ~~~ Po••co df'nni~ c!e concluir o seu di<:enr- ~ão se compreende como Maria,
rios de Alcobaça, a a lcateia de lobitos do
Peregrinos estrangeiros C. N. S. do Rcguengo do Fetal, as con-
festas comemorativas do quinto ct"nt en:l- sn, Sn:\ E""inênch, tf'ndo-se d PSpffiidn
rln Sf>nhor Bi<;on de Lt-iria e d a" Pntida- por quem nos foi dado Jesus e com
rio da morte do 5.o'l nto Condes'táv(·l. Se
frarias de Nossa Senhora do Rosário, d:. em alguma parte de Portugal ~e dt>via dt"'5 o'ici,tis. partiu no seu 11ntnmóvel com .f:le toclas as g~aças, não cout.inua~
Entre as pessoas que no dia treze de Ba talha, e de S. Vicente, de Aljubarro-
t:vocar essa data, neste mosteiro que é de<:tinn a Li~hoa, no mf'io de v ivas e en- s& êRte ofício de .Misericórdia dté
Agosto .v isitaram o santuário nacional de ta, vinte e cinco seminaristas de Santa-
uOs Lusíadas em pedra», tem a comemo- tusiá~ticas acl:1mações da multidão.
Fátima, importa destacar um ilustre sa- rêm com os rev.doo António Campos, Fer- ao fiuclar dos Séculos, .Ela que,
cerdote btlga, que ali foi pagar um voto na ndo Duarte e Nunes Ferreira, vigário ração um significado especial. Nun' Alva- Assim tf'rminou a tríplice jomõlda de
res jurou à população de Lisboa que os r2-n- r 4 de A!(osto, jom:1da de ftl " na-
por ser Mã.i de Cristo, é Mãi tle
que fizera. ~sse peregrino é o Cónego Des- da vara de Tôrres Novas, a Cruzada Eu- toclos os seU!> membros, de lodos )8
sain, irmão do burgo-mestre Cle Malines carística de Mosteiró (Vila do Conde). a castelhanos não irhm Já e cumpriu o seu trintismo, de homt"n~iem à Virg:!'m c!f' F:L
e secretário de S ua Emmência o Cardial Cruzada Eucarística do Reguengo do Fe- juramentó aqui. Sua Eminência represen- tima e ao Re'ltn Nnno dt> s~ntr~ Mnria, homens.
Van Roey, a rcebispo da mesma cidade, tal, etc. tava ali o povo de Lisboa e o ~Pu 13ispo P-.drOt"im~ dt> Portulf.ll. em cnmemnmção
~ iio se compreenrle, finalmentE',
depois de ter s ido também secretário do que foi um valoroso herói da independên- do o••intn c-•·ntf'nário da mnrtf' d nqut>le
Um piquete de bombeiros de Alcohaça cia. • nnP foi a m:Ji<; pum e a m nis bela consu-' como Nossa Seu hora--a jJf iit··-nã.>
grande Cardial Mercier. O cónego Des- fez continência à chegada dos PrPiados c lttst!e, após Sua worte, gosar, elú
sajn era acompanhado de três sobrinhos: · a multidão irrompeu em entusiásticos vi- O Senhor Bispo de Leiria agradE'Cf'U ain_ bstanciaçào da alma nacional.
o rev .do J osé Dessain, aluno da faculdade vas. da às autoridades civis e milit.'tres, ao corpo e alma, da visão beatíficat.
clt:ro e ao povo que quis com<'morar o ·Visconde de Montelo «'CJ /:'ilho ua Glória.
de fílosofia da Un1versidade Católica de Denzidõt a imagem por Sua Emin~ncia
Louvain, Carlos João Dessain, noviço da com a.:~ preces do ritual, or~r.1nizou-se o
Congregação do Oratório do Cardial New- cortejo para o mosteiro, seguindo os Pre-
man em Birmingham (Inglaterra) e Pa: lados dt>ba1xo do pálio, a cujas varas pe-
tnce Dessain, estudante na abadia bene- gavam as (>f'SSoas de ma ior c.~teg:ori't.
anivt>rsário. da gloriosa b~ta lha de Alju-
b'\rrota com uma comunhão numerosís-
sima. ...... .E se, como acabamos de vêr, a
~[aternidade Divina foi ua m·dem
teal, o pl'Íncípio de to•la a graude-
ditina de Maredsous. A certa altura, o cortejo· intt-rrompt"U
Hospedou-se no hotel de Nossa Senho- a sua marcha para se prncffier à inau-
Em Aliubarrota - Na Capela de A qumze séculos de Efeso Z'\ tle :Kossa Sennma-porque, pa-
ra A preparar, ou para a enrique-
ra do Rosário e tomou parte em tôdas guração duma avenida , abt"rt.'t Pm frPnte Santa Maria e S. Jorge cer cl iguameute, Deus lhe coul'edett
as solenidades religiosas oficiais uma dis- cio m~tt>iro oor iniciativa do :ldministra- l'MATERNIDADE DE MARIA SlNTfSSIMA
tinta família espanhola, que veio de pro- cior cio cnPcf')hn t" a que foi dado o nome Cêrca das duas horas da tarde, a mul- o.. privilégios que a tornaram di-
pósito a Fátima presenciar o espectáculo do s.~nto CondestávPI. tidão aglomerava-se em volt.'t da Ca(>f'h 111 gna mansão ele Se.t Filho, e como
grandioso da peregrinação do dia treze. O nHPrr<; Dunrte Milit.'io fe7 t>ma h~Pve de S.'\nta Maria e S. J orgt" erguida no pró- conseqüência da .Maternidade lhe
~lncnçiio em que evocou os fPito<; ~piro~ prio loc'\l onde esteve hast mda a bnndei- outorgou as graças e privilégios
ra do Santo Condestável durante a bata-
No modesto artigo q11e, rom ,,
Peregrinos portugueses· do hPrói-s.-. ntn e exr>Ô$ o ~icmific.~dn do~
f)reitn~ ren:lidos no C.'lmJ"''in ciP ttxla a lha de Aljubarrota. htu(o nrima , publirámoA na e r-sz subset{üentes,-na onlem lógica.
<Trlfldt"n itn conct>lho d~ B~tal""· e por Sua Eminência, acompanhado do Se- tio Ftiti ma • de )feio último, pro- foi igua:mente da Maternitlane Di-
Entre os peregrinos portugueses alêm 'im convidou o comandante militar ciP
doutras pessoas d e categoria, cujos nomes T Pi ria n dt""CPnrtr a 1:\ni!IP pm o•"' <;t>
nhor Bispo de Leiria e das. entic!ades ofi- t·urámos focar, à luz da E s«·ritur.t vina que os Sant..~ P:ulres e Don-
ciais, entrou na Capela por entre vibran-
se omitem por brevidade, merecem espe- t> dos Santos Paclrell, o dog-ma l,e. tores da Igreja oe«ltt?.itam o "u-
Jpem est-.~ onlavras: uAvenida D . ·Nuno t es achmações da multidão e começou
cial mensão o ilustre ministro de Portu-
1\tv~rf"' Pf'~i"'l ( r.nr-rQ1r l ''· por benzer o novo estandarte dos Le~io­ (,, e f'onso1a«lor .}a Maternidade ·~~ r.hecimento «le tais privilégios. Ela
gal junto da Santa Sé, dr. Trindade Coe- RP~H?~ rl,., ~tP act n. a multirliin T<'mn<>n nários de Nun' Alvares, da cidade do Pôr- :X os:<a Senhora. é o grande foco .le lu?. com que ·~
lho e sua ex. ru& Esposa, o grande poeta to.
f'm "rl~rn~':';;~"'< !' c~"tnn cnm !'f1 tn ~h~m,., N t>stus po1was li n bas que vão se- ilumina o Céu daquela alma San-
nacionalista Afonso Lopes Vieira, a utor Find't P5ta cert>mónia , o rt>v.do dr. Cos-
o h ino do S.-.nto Conc!es~vf') continuando tíssi ma e os astrónomos CJUI' estu.
da letra da oratória «Fátima>~, de Rui Coe-
rlepois o cortljo a sua marcha. ta C.'lndal . pro fessor no Seminário Teoló- g ui r-!"t' estudá-lo-emos nas stus
lho, e che~e d e.ser vitas, e o venerando dr. gico daquela cidade, fez um breve dis- «:onsPq iiências para a Virgem Sa.u- daram e estudam há Ji) séc•ulos n.'i
Francisco Rodrigues Cruz. cur.so em que dechrou que os pPregrinos maravilhas nêle ront itlas, Fão •S
ttssima.
Da peregrinação do Pôrto fatiam par-
te representantes da Juventude .Católica e
No mosteiro d1 Batalha - A mis- do Pôrto, cidade d'\ Virgem, que se ufa-
• l'ad res, os noutores, os t eólogoq,
na de ter por brazão a imagem de Noss.'\
dos Amigos de Santo António e a Ala dos sa, a comunhão e o sermão Senhora entre d uas tôrres, vit>ram a êste • • os mesmos fiéis.
Legionários do Santo Condestável que era terreno duplamente sagrado hastear a sua E pois com ra?.ãn C]lll' a ~anta
presidida pelo rev.do dr. Costa Candal. Qu~ndn o pálio tran~o6s as porM~ cio bandeira e receber, com a bênção da igre- Irrreja, no «·on!Pmplnr, nPFIP ano
Um dos grupos de peregrinos da Murtosa, tt>mplo, abertas de par f'm p'lr, a «Schoh ja, uma li ~ão de fé e patriotismo. A Materniclacle Divina de N o!ls.l
em número de cem pessoas, presidido pe- Cantnrumn do Sem inário de Leiria, cantou Conclm agradecendo aos venerandos ~1'11 bom. com razãõ> se pode com pa- C'r.nten:í rio, a joia ma is pri morena
lo rev.do António Fonseca, ficou em Fáti- o uFcce s~cPrd~ Magnus n. Prelados o bom acolhimento que lhes dis- !:u a um astro hrilhante em volta que eng-astou uo tlilHlt>ma tlP )Jaria
ma para assistir às solenidades do dia ca- Foi su~ Eminllnch o11e celebrou a mi<r pensaram. :Efeso, se t! U<·he til' .híhilo P,
.;,, qual gravitam, como em tôrn'l l'm
torze na Batalha. ~a. Ao uCommun ion prêgou o rev.olo dr. O Senhor Bispo de Leiria, responden- pela VOZ de P êdro, do Pana Pio X r
Ficou também em Fátima para o mes- r.~Jamb't c!e Olivf'in que com~ou por di- do ao orador, agradece à Ala dos Legio- «I•! seu centro, tantos outros nstr·1s
mo fim o grupo de Mosteiró (Vila do Con- 7er C111f' lhe oart"Ch estar contf'mplando nários de N un' Alvares a prova de reli- fulgurantes quantos são os prh· i :.~­ chama toclo o r.:nmdo CatúliC'o a
de), presidido pelo rev.do Moreira das Ne- um lindo sonho naqueh maravilhos.'\ co- gião e patriotismo que ali veio trazer. rrios de Nossa Senhora. E que, ~e C'elehr:tr concligonamPnte a glórta
ves. memoração. Mas era mais que um sonho E. depois de se referir em termos carinho- imortal da Mãi do Deus.
Assistiram aos actos religiosos oficiais - a graça de Deus numa realic!ade forte. Kossa Senhora é a Imaculada na
sos ao Pôrto. de cujos habitantes tece u m
de Fátima no dia doze e no dia treze, Deus reunia ês.«es milhares de fitlis soh o caloroso elogio. fazendo eruditas d ivaga- sua Conceição, se E:a é a llaínhn. A «Voz da Fátima>> foi visada pela Co-
;\Jêm dos seminaristas de Leiria, quarenta signo de Nun' Alvares, para q ue melhor ções históricas, termina frisando que Sua das Virgens, a cheia de graça, um missão de Censura.
VOZ DA F ATI:\tA

Graças de N ... s: 1
depresRa o mnl clevenerou em t:ri~.,
umtiuuucla, cleveJJCio o JUéclie·n nr
qnele estnclo, ;ljoelhei e pecli n
1'\us:sa Senhurn da }'átiwa qtte uÜ•'
Incão.
nunca mais sentiu dores no pul-
Lá iremos b1evemente agra-
mos 3 m~cli<·os J~ fnmn, nenhum
deles conseguiu 111..ertar com a
de Fátima twloó u,; Jia.s dar-1ue iujet·"ões .it~ ciei xasse morrer minha mui sem clecer aos pés de N o!lsa Senhora tão doen\a.
1uodiuu. Um cliu, n1~11 uwr·Jol•• n:ceber os Sautos Sacramentos. l>e- grande graça que lhe deYemos. Nos fins de tJutuhro f.--çe novl
\otluu tio (;uléghJ eluó l'atllt!S .lt•- pois mel i-a comigo•> num automóvel Maria Emília Ft.rnw de Torres ataque e mais r.>rle J>f't-la V??. 0
MILAGRES DE ONTEM E DE HOJE ~lllitaó {unclt~ é .alfaiate) t·um UIU ' <! l1 uuxe-a para Utiuha casa; dei- l'edra. ' n1édico rlecutrou 4ue se tmtuva du.
Nem por i~ w uJa1 aw 011 ho- i UHllo{tlUI e UIIJ pouco <I e ág-ua ld ltli-a uu minha cama e fui l~hamar ma mening1te e maneJou o dewnte
~ooSI>U ::ieuhoru de Jo'átiwa, que •uat -. .,;acenlote da minha freguesia. Tumor para o llospital e sem demora.
mellll ...
U11 milagres mais bem fundad JS J'uclre Portuguêd lhe dera, com Este sacerdote sacramentou-a e ~l'endo-me aparecido um tumor
Lembrámo-nos então de pt>clir a X.
encontram :."W!J"' i~tcrédulua, eiu· recomendações de me dar algum·.s preparou-a para a última viagem. tco peito, consultei alguns médicos &.• da Fátima que nos vales~~e. Co-
Lora na 1eaHJaJe êste11 incré- gotas e de começar comigo umtl JJepois fui chamar o Sr. Dr. Sér- meçámos a fazer uma novena e lo-
dizendo-me um médico radiologis-
dulos careçaw Jtl uma ooa UOde Je novena. gio que, depois de examinar minha go no 3.0 dia desaJ.aref'.f'U a febre,
ta que me examinou, que o tumor
Assim fizemos, o uma hora :!e- mã.- me disse que a mandasse ro- e no 5.0 dia foi autorisaclo a sair.
creuulidade para acreditar as ex- 11ão desapareceria .com o simples
phcações que do.i milo.grtlll por ve- pois totlas as dores tinham desapa- eolher ao Hospital porque o seu tratamento de rttdioterapia, mas Hoje, está completamente <'Ura-
recido. No dia seguinte o médico, tlstado era mui to grave, e eu, po- do sem ter mais dores de estoma-
:t.es aí se dão. que era necessário que fosse opera-
Hoje a "Àp!icu._:ão da moda é a ao vet-me, mal pt~dia acreditar na l·re, não tinha meios para a tra-
da; no entanto, que experimentas- ~ desde então at~ aqui.

dae jorçus fli:lict.Jn heculas. .E::!tl.s mudança em mim operada. DesJe tar. Atribuímos esta cura rápicla du-
se. Recorri então oom fervôr a Nos-
fórça~~ uwgue1u u11 viu, ninguém então pude continuar com as mi- .Eu, porém, receando que minha ma doen~a tão pPrigosa sónwntP a
sa Senhora e comecei a aplicar so-
o has ocupações lt! antes, sem ter J.f'ãe me falecesse no Hospital, re- N. Senhora du Fátima. - Shang·
as palpou~ coJUtudo preferem- bre o tumor panos embebidos em
sofrido até ao presente a mais pe- <·orri a Nossa Senhora da Fátima hai, Maio de t9:H.
-nas à U111nipotência divina, cujos água da Fátima, começando ao
quena crise. 1-edindo-lhe a cura. de minha mã~.
eteito11 são tau u~aui festo11. ruesmo tempo umas boas religiosas Joaquim M." C. de Sou&a
Em fé do que subscreve a pre- e fui fazendo uma novena tratan-
Uutróra iguura vam-tle as forças a fazer a sagrada comunhão por
desconhecidas, 1uas acr!lditava-&e sente declaração. tl-> minha mãe com a UJ.ilagro~ minha intenção e uma novena de Duas c:uras
Laura Defrere água de Fátima. Resava o terço
nos demónios e era à 'IIWJJÍa que se crações a Nossa S.• da Fátima. O
todos os dias a Nossa Senhora, e António de Oliveira, ela fregue-
atribuíam Ul! rrodigiotl inverOtlÍ· tumor começou wmbém a dimi-
Tumor e frac:tura aú fim da novena fui receber a sa- sia de S. Catariu l tia ::)erra, de ;,
weis upe1 a elos pei.Js 11antcs. uuir a tal ponto que o médico fi- anos de idade, &tava eutreva.lo
grada oomunhão como tinha pro-
S. Pant.aleà•l. martirizado em Ni- Amélia de Matos Moreira. diz cou admirado e ~ó com duas apli- havia um mês tetJdo sido inuw1s
metido. Nessa altura. já minlta
comedia à vit1t~ Jo JH'Óprio Diocle- ter sofrido muitas dôres na perna cações e sem intervenção cirurgica
mãe se sentia melhor. Ao fim de cs esforços do médico para o ;u-
ciuuo, triunfou do.s animais fero- direita desde 28 de Dezembro de e·• fiquei completamente curada.
20 dias voltou o sacerdote dar-lhe rar.
zes, saiu indemne de um banho Je J 927, pelo aparecimento dum tu- Agora venho agradecer a N. S." No dia 13, inesperadamente, ao
a sagrada comunhão e achou-a e~­
chumbo uen eti:l->, restituiu os mor na mesma. d&. Fátima o favor que me alcan- ser colocado em c~sa depois de s~r
traordinàriamente melhor. Prome-
membros a um paralítico conheci- Andou a tratar-ao muitos mêzes çou do Céu.
ti então publicar na Voz da Fáti- le>ado a Fátima, começou a andar
do ;-Diocleciano rendeu-se à evi- com diversos lllédicos, que por U 71W devota, .ie Braga.
ma a graça que :~. Senhora me ~i. fjcando bem daí por deante.
dencia, reconheceu os prodígios, fim lhe impuzeram uma operação. c.ançou e pedi-lhe muito que con- Havia exactamente um ano que
mas atribuiu tud~ isto à magia... Diz: recolhi ao hospital de Vila· Tuberc:uloso
vertesse minha mãe e que a fizes- com uma pleure.i<J. purulenta e111
E não se converteu. K ova de Cerveir.i em 13 de Mar- se uma grande devota sua. Tam- -Pedro :Francisco, de Alfeize- eminência de intervenção cirúrgi-
vo. No dia 14 fui operada a l." b~m aqui fui ouvida porque desde rão, encontrando-se doente, di~, ca, quando o levava para êsse firn
• vez, mas fiquei sofrendo muito que pôde sair de casa tem assisti- resolvi ir ao médico a Alcobaça. ao Hospital, foi er:contraelo perfdi-
• • mais do que sofria. Em 13 de Maio
elo a muitas missas mesmo de o~· Examinado pelo médico, fui .an· tamente são pelos médicos que,
Há hoje em dia pessoal! que tle- fizeram-me a. 2. • operação m11s mana e tem-se confessado e ~o­ conti-ado com os pulmões enfraque- ruas antes, haviam afirmado que
sejariam ver prodígios no Céu, co- continuei com c·inco orifícios a mungado freqUentemente, co1sa cidos. Ot. medicamentos receitados só 6 meses depois da operação .fi-
mo os fariseus do Evangelho. r-urgar continuamente. Operaram- que já não fazia havia 37 anos! nada me fizeram, de maneira que caria curado.
Ora nós tivemos em França a -me pela 3: vez ~ 20 de ~ovem­ Venho hoje, agradecer a N. S.· tiio resolvi consultar outros médicos.
cruz de Migué no princípio do ~~ bro de 1928, e sempre com o mes- grandes benefícios tornando-os pu- .:Fui a Caldas da Rainha. e lá t.>- Nevralgia
culo passado. Portugal teve em mo sofrimento. Sstive 15 mêses J•o blicos para sua honra e glória. dos. os médicos me declararam tu-
1917 o grande prodígio da Fáti- Hospital. Passado esse tempo vim Josefina de Jesu1 dos Santo1, de
Escolastica de. J esus Nunes, de berculoso e em estado já bastante
ma, de que foram testemunhas ocu- para minha. casa. com 8 feridas a 70 anos, da freguet~ia de Ourém,
Lisboa. adiantado.
lares mais de 70:000 pessoas. purgar continuamente e sem esp~­ sofreu cêrca de c1nco auos 1le for-
Tudo isto ~e passou em 1928.
-Estes factos maravilhosos trou- ranças de melhorar. Neste estado, tes nevralgias ua cara, que nã.>
Doença no nariz Vindo para minha casa, muitõ
xenun com certez.\ muitos pecado- lembrei-me de ~. S ." da Fátima triste, recorri a Nossa S: da Fáti.
ol•edeciam a nenhuns medi1·umen-
rt-s ao camiuho d." Nosso Senhor; c pedi-lhe com grande fé e banha- Amalia Mateus, de N ozelaM, sn- tos. Além clisso apareceu-lhe u1u
ma. Toda a família da minha ea-
mas a multidãq, a grande multi- da em lágrimas que me desse saú- fria há muito tempo, do nariz, carôço suspeito na (·a na do bt-a('o.
sa e com êles os meus parentes reu-
dão passa incliferente sem natla de, que me tirasse de tão grande te.ndo ocasião em que nem podia Ouvindo fa:ar lias curas tla 1-'áti-
niram-se e prometeram rezar o ter-
ver, sem nada querer compreen- sofrimento, ou então que me levas- respirar por ele. ma, prometeu pubhcar a grnça e u
Çv um ano inteir~ todos os dias ~')..
der. s·· para si. Nossa Senhora aten:lou- Consultou um médico que lhe a Fátima em pert-grtna('ào em lo-
guidos e, se eu melhorasse, de tôda
Hoje como sempre se poíle repe- -me e comecei a sentir alguns ali·· d1sse necessitar duma operação que dos os dias 13 que lht- fôs!le poRsí-
a família ir agradecer a graça a N.
tir o que dizia S. João no come- vios, mas quando só tinha 2 bura- st) em Lisboa ou x;o Porto poderia vel, achanelo-se quási logo euJ·a,Jn,
Sr. • da Fátima. Agora encontro-
ço do seu Evangelho •A luz bn- cos a purgar parti a perna de que ser feita. Consultou mais três mé- não voltando a sofler da mesma
-me bem e fortalecido. Já fomos
lh01t no me1o da.f trewu, mtu as sofria. Então é qu€. me diziam e!'- dicos e todos disseram a mesma doen~a.
n Fátima e cheios de alegria agra-
trn•fu nnn a romflreenrleram-. tar perdida e os n:·édicoa eram de coisa. Nesta altura, uma pessoa. decemos a N. Senhora a graça que
Oh! Por f:n-or niio dig-ais: uQue- opinião que só cortada a perna po- amiga aconselhou·'• a fazer uso de Cura dos pulmões
me concedeu. Uma das pessoas da
rerinmos vt-r mi ln gores! • deria viver algum tempo. água da Fátima Cjue lhe forneceu Peço o obséquio de puhlicar O()
minha. família foi de joelhos des-
A lwi os olhos--e ficareis deslum- Recorri então :1. Nossa Senho·:a e a recorrer com f6 a N." Senho- seu jornal u begutute gt<A~a que ··e-
de o portão até junto do altar de
braelos! c•m maior fé ainda a pedir-lhe a ra. Nossa Senhora da Fátima, a quem cebi por inte1·méú1o ele .L\o~><>a ::it!-
l'ersiio do Pilerin, de 2 de agof- graça de não ser necessário que Assim se fez; começara o trata- rhora da l •'átiwa.
devo a minha sande.
to de J!J31 - 7t.0 2836 me cortassem a minha perna, e mento com essa á.gua e as orações Há UI anos cvmecei a sofrer dos
prometi ir a Fátima agradecer-lhe (la. doente e das amigas prometeu- Pedro Francisco
pnlmões pelo que fiz tru tametllo
Uma cura na Bélgica logo que fosse rapaz de o fazer . do todos enviar-lhe uma esmola em sn.uatót·io e lousegui gwntl!ls
Até então tinha dôres incn.lculá- SP a groça lhe fos'513 concedida den-
Cura dum defeito de nasc:ença
melhoras, em hora cou tiUIHlSlle a ue-
(Tradução) wis j?ritando e gemendo de noite tro de 3 mêses. Mas, graças a ~. Artur Simões, da freguesia de ct>SBitar de viver (;(Jm totlns os c·ui-
P f]e dia, míls ho.Je, gra~as àquela Senhora, a doente sentia-se com- .Ancião, nasceu com. um grave ele- dados costumados em ca::>ut! t!emo-
Eu, abajxo assmada, espôsa rle ::U:ãi do Céu estou curada I não me pietamente curad:l 10 dias antes feito. Os médico~, pouco depois, lhantes.
Gusta\"o Jnuninux, residente em cortaram a perna t' já trabalho, · !l d~ findar o 3. 0 mês! Agora, ,];z aconselharam uma operação im~­ .l!:m principi.>s de Abril deste
l!:nj?h ien (Bélgica), declaro que, J::Onlo de causar admiração ás pes- nada sofrer e agradece a N.• Se- diata, sob perigo provável de mor- auo, devitlo a uma forte t·ont~tipa­
e~tando j?ráYitla de há uns sete soas que me eonheceram quanrto nhora o tê-la livrado de tantas dô- te dentro de pouco tempo no caso ~ào peorei muitis:1imo t.,ndo to,;se
meses, comecei 11. sofrer contrao- Rofria. Yenho, agora, aj?radecer a res e despezas. de se não sujeitar ~ opera~ão. ~ expecto1 ação n bunda nte. Tom.~i
"N S." da Fátima a grancle gra•:.a Al. • da Conceição Lope.' A/alheiro A família, a quem a ideia da ope- Yários medicamentos, ums em vão.
que me fez e pedir a todos os lei- ração deverafi atemorisava, recor- .Eutão pecli muito n miuhu t·u··a
tores que me ajudem a agradecer
Cura dum pulmão
reu N. s: da F;itima com mui- ia Irmã M:a riu elo Di ,.j uu Co1 ac.-iio
•arubém. tas orações, promessas, e passn1lo e ao ~. l'ndre l,io X ~~em 1·ou1 utlo
-Venho pedir a publicação du- algum tempo o defeito desapare- ser aten<litla. YelllltHne cnela vez
AmPlin de Matos Moreira, ma grande gra\a que a Virg-e!ll
de Caminha. ceu. Consultados novamente os 1uais <loente e já IJUát~i sem espt!-
Santíssima fêz à minha filha Ma- médicos quási nã1> acreditaram ne' rnn~as ele me pussar n tosse e ex-
ria da Assunção. que viam, não sabendo expli1·ur pectmnt:ão, voltoi!Hlle para K O:i~\
Cura do corpo e d.1 alma Adoeceu em De~embro de 1923. cúmo a cura se tiuha operado sem Senhma 1la }í'átin•·• l'Ol\le~anelu t:'lll
Em 13 de Outubro de 1929 fui a Foi ao médico e c1 exame acusou interven~ão cirurg-1cn.. ~ de .Maio do corrente ano n fazer
Fátima pedir a 1'\. Senhora a co'n- a dt~Lilita\ão do pulmão direito. A família agradece muito a Nos- t.:ma uovena em Rua honrn <llll'flll-
versuo ele minha mõi. Com~ou-se logo um tratamento s.\ Senhora a quem sempre deseJa tt: n qual niio tomei meelit·nmf'nl lS
A 26 tio mesmo mês adoeceu t'll· cuiJaelo de alimenta(.'ão e termo amar. t. prometi puLlit·ar n gu1"a 1lu mi-
b com uma zuwu IIWitÍfl e pou.•.> eautério. Ko dia l :l de Junho de
José Simõe1, de Ancião nha cum se a boa ~lã i do Céu on-
elepuis mandaram <'hamar-me por- ano passado fui lt )! is~a à minha
viS!Ie ll!l minhns súpliNl'l. Ao tor-
•ttte ela estn-ça quási a mnrrer. freguesia, e minhn filha nPRSP elia C'eiro tlia tlu nn-çen.l ~~CIIti- me mui-
l~uanclo che:!uei .iá ela me não "IJ· não foi cnpaz de me a<·ompauhar·. Meningite
lo m~lhnr e a }:\, último 1lia, cl.-sa-
A miraculada de Enghien nht~f·eu. Corrend•> à Quinta fl.:>s Qunnelo en. t-es!ie 1lin \"oltanl JHlr:-t Yeuho rog-nr-llw o fn-çiir flP mn:t-
l'a rec'eu-me a tos~ c n expPC·torn-
A pó:.;tolos 01111e 1esi1le, eu fui pil- cnRa, n.iMlbei no raminho yoJtn•ln c!ar puhlie·nr n gm<:n que N . S.'
f, ÜII, pelo que l't>hla, l'IIIIJH'ir o Yo
ei ir n lllf>u tio que me fôsse chamar pnm mult- julgn'"a ser n Cm·a ela l'<•nc•efleu a meu filho .)o~P, cl~ !l
to q11e fjy, e n~~·uhw~r pah;wa-
<;.úes conYulsi'"as f!• . esttlmago. Cha- 11m flae·enlote. 1rin, reel inelo l' 1'\oR!i:l ~Pnhnrn llttt•, :•nos de itlucle, rurnnelo-o em citt.·o
menle parn mnior hnnra e ,cbna
m:uln o médico, averig-11ou êle cJUd Mas meu tio, clescrente, rt-ru- se se elign:t!i!ie <'lll'flr n milha filha, elin~. flumn meninj?iiP.
da ' "ir·gem Suutíssima. ·
l'. 1·rian('a, que t>U tlazia no Rel •l, sou-se porque, d izia êle, minl:la iria ('Oill eln a F.Hinm llaí n lllll l>escle Ag-osto 11 Ouhthm, o re-
se desloNt ra eom pri lll i 111 lo o est O. ~1ãi jn não neeP~sitn\a dele por- nno. Orn('n~ n llPII!I, ~oqo.:n SPnhorn qneno teve Yários ntnqnes de dôres Pinla,.iro da Uempostn-Judith
magoo. Eulrt'lnnt•l eu niio pocli.l GUe estaYa moril,umln. Yencl,o-me nteneltm-me e mirHn filha hoie ~r.· ro Pf:ti1mngoo, ataques tlio forte!! q11e Me•quil.d Pac/,eco
conservar nenhum alimento, e bem assim, só, e com minha. miii na- H boa; - come bem, trabalha to 1o deixavam prostrado. Consultá- I
4 VOZ DA FATIMA

Agradecem graças a Nossa Senhora Maria do Carmo C. Real-Ponte cia Ernestinho Roesler, que se achava bem ia o bom pai receoso de que com tanta de- Amélia estranhava tü dta J)ara
.1~ pessoas seguintes Barca, 20$00; Vlrgin!a Carrilho-Al- doente. Conforme a promessa então feita mora não fO::.se mais tempo de prestar o dia; o trabalho aumentava porquE
modonr, 15$00; Georgina Almeida torno público tão assinalado benefício e necessário auxilio a sua filhinha. Necess!- ficava só; os cutctados e desgostos
-Margarida Carmo e Cunha, TavareS---Mafra, 20$00; Marta Caro- ofereço a quantia de 1o$ooo para o San- rio dizia bem e talvez até indispensável, traztam-na Oprimid.a. Aquela de
se na sua ansiedade não se tivesse lembra- quem todos dantes d:ztam que cm-
de Lisboa, agradece a N. S.• uma Una Caetano- L. da Beira, 183$00; tuário da Senhora. do de meter de permeio a protecção de via como peiJ:inho na água:. nl!o pa-
~raça muito impcrtante que ihe
JGão G. Júnior-Portalegre 100$00; Recife, 17-1<>-930.
Franc.o Martins-Alvorninha, 20$00; .Maria Carmelita Carneiro tU Albuqunqw N.• S.• de Fátima. Ao mesmo tempo po- r ecia a mesma: magra, negra e por
concedeu mediante a reza do tel'- Helena T. Rebouxo-Setubal, 20$00; rém que ia procurando o natural socôrro, vezes até mal vestida.
ço. Josefa de Jesus -Casais Robustos, foi também fazendo a promessa de, se sua Esta situaçao prozongava-ae; qulisf
6) Rosa Mendonça Santos Oliveira, re- filhinha não corresse perigo, mandar ~ se perpetuava.
80$10; Mariana de Jesus B. Casa- sidente na Soledade, n.0 26, agradece a
-Madama Jorge Godinho, de lt'iro-Mafra, 30$00; Anselmo A. Bor- N. • S.• do Rosário de Fátima uma graça lebrar uma Missa a N.• S.• de Fátima e A boca de Amélta porém nunca se
Lisboa, agradece a N. S. • d11ae ges-Paços de Souza, 15$00; Rosa especial obtida com promessa de publi- oferecer para o seu altar 4 quilos de ve- abria numa queixa, numa ZQst1ma.
Amélia da SUva-LourtnhA., 15$00; cá-la no jornalzinho uVoz da Fátima». las. O êxito não podia ser mais feliz, pois, Os lábios nao perdiam por um mo-
.traças temporais. chegado a casa depois de tantas canceiras mento sequer aquele geito t4o aeu cü
José M. Viana-V. do Castelo, 20$00; e aflições, aí o esperava a agradável sur- sorrir. Se alguém a lastimava sor-
-Felix Ferreira, agradece a N. Marta da Encarnação A. e Sil'va..- Recife, 3-12-9aO.
presa de ver sua querida filhinha não só ria-se; se a puxavam a terreiro mu-
~- • a paz dada à sua terra, há tem- M. Redondo, 20$00; Joaquina Duar-
pos agitada por fortes <:OnnliÕea te-Rogel, 120$00; Marta da Assun- S. •7) deAgradeço de todo o coração a N. •
Fátima a grande graça que por
fóra de todo o perigo, mas alegre, ra- dava de conversa; se a interrogavam
diante e expansiva como nos seus melhores despedta-se sacudidamente.
ção de Azevedo-Viseu, 20$00; D1S- sua intercessão
políticas. tn1butçã.o em S. Sébasti!i.o-Vlseu,
alcancei com promessa de dias. Escusado é di.z er com que satisfação Atacavam o marido?
publicá-la no jornal uVoz da Fátima». a promessa foi logo após cumprida inte- Defendia-o ela.
-Maria Benedita de S. Sequei- 20$00; Marta do Carmo Pires-POr-
to, 15$70; Julla de Moura e Costa- Recife, 20·12·930- gralmente e com a assistência da benefi- ~m casa nunca um vizinho ou al-
ra, agradece reconhecida uma gra- Sertã, 40$00; Josefina Manso P. de jutdlio ct. Morms ciada que q>m sua infantil viveza pareceu guém ao passar lhe ouvia uma pa.
('a temporal. dar mais vida ainda ao piedoso acto, -em lavra por entre os destemperos dO
Melo-Pombal, 15$00; M.• Laura dos seguida ao qual foi a mesma consagrada martdo.
Santos-Cerdeira, 60$00; Olimpta Se- X
-R. V. da Silva, que h' mui- queira Canelas -Alpalhão, 15$00; maravilhosa protecção de N. s. do a S.ta Teresinha, segundo promessa tam- Porisso também, ~le, no meio do
fOS anos sofria do nariz, agrade\le bém feita por outra pessoa da famflia. bebedeira tinha ainda razao suti·
Cristina de Jesus Santos-Varatojo, Voem estes relatos além dos mares, ci ente para exclamar:
~ sua cura alcançada por interces- 15$00; Esmola de Bougado, 300$00; Rosário da Fátima
DtstrtbuYçA.o em Anha-V. do Caste- ecôem pelas Terras de Santa Maria re- cTenho uma mulher que nl!o me·
l!âo de S. Filomena e N oesa Se- percutindo nesse abençoado céu-na-terra r eço a Deus.
lo, 250SOO ; H. da Mlsericórdia..-Pe- Bem pouco há aiBda, por ocasião da
nhora da Fátima, depois de ter de Fátima, testemunhando aí à Mãe bem- A minha mulher é uma santa!>
naflel, 32$50; Dlstrlbutçã.o em Avan- recente revolução de Outubro que se viu dita quanto lhe querem também os filhos E era. E é.
gasto muito com a medicina da
___ _. ........
ca, 70$00: Ana M.• Morais-Moga- e apalpou bem a real valia da protecção da Terra de S.ta Cmz, e como, em troca Que na verdade só a graça do Se-
terra. doW'O, 20$00. de N.• S.• de Fátima. E' do domínio p'6-
blico no Brasil e fóra dêle que no Recife dos seus insignes favores, com o mais in- nhor servida por uma vontade de
-A. L. agradece a Nossa Se- os revolucionários fizeram o seu princi- tenso e filial amor lhe patenteiam a sua ferro, por uma virtude firme pode
nhora o ter-lhe curado a vista que pal reduto e ponto de apoio no Colégio imorredoura gratidão. tazer com que uma rapariga cheia
j8 quáei havia perdido. Deu a P~
KOSSl SENHORA OE F1TIMl NO BRlSIL Nobrega, compreendendo tanto o prédio Colégi~ Nobrega - Recife. de mimos e transformada num far-
novo como o seu vasto quintal, ou sítio, rapo tenha estampado no rosto sem-
mola de 100$00. (Continuação) como cá se diz, o que, se para êles consti-
Dezembro de 1930. pre tranco o sorriso perene que o
-Maria Batista Leal Piedade, VIll tuiu uma enorme vantagem, que lhes as- dor nl!o amortece nem a taga.
P.• j oãc de Miral«la, S. j . Que maravilhas se nl!o paasam na
segurou e acelerou o triunfo, para nós com
agradece a cura auma pessoa ia
.;ua família que estava desengana-
. ln doe médicos. Fêz a promessa 1la
D. Virgínia Tavares agradece de todo o os aproximadamente 150 alunos internos
coração a N .• Senhora de Fátima uma im- que comnosco tínhamos e de quem nos
portante graça obtida por intermédio da não era por forma alguma possível des-
·sua bemdita novena. em favor de uma fazermo-nos, representava isso um incalcu-
--- ~~-
alma de uma mulhtr que, como Amé-
l' a, sabe aotrer e imolar-se por
amor! ...
O sotrfmento regenera e dd vida
publicação que hoje vem cumprir. pessoa amiga que em risco iminente de lável perigo. Que fazer?- Retirar os ditos Mulheres, sêde assim! O de Amélia ccmverteu o marido.
perder a. vista viu tão grave mal debela- alunos do prédio ocupado que ficou à in-
do pela p~giosa intercessão de tão boa teira disposição dos revolucionários, e con-
Em vez da costumada hi8tórf4 trl! •
hoje um quadro vivo e vivido a ser-
Mãe. centrá-los nos baixos do antigo palácio, vir de modelo a tanta mulher, a tan- •
AVISO Semelhante prodígio se deu bem paten- onde passámos as 48 horas que durou o
temente com o porteiro do Colégio Nobre. mais ac&o da revolução. Af todos reüni- ta esposa crl3tl! que, ds vezes, arr as- o segr~do desta vitória reside num
ga. Apareceu um dia inesperadamente ta uma vida inteira de sofrimento,
nos confiámos à valiosa protecção de sem tentar ou saber valoriZar e apro~ profundo amor ccmjugal. _,
-0 preço anual da assinatura da com o olho direito de tal maneira infecta- dos N .• S.• de Fátima com a recitação em veitar ~sse tesoiro esccmdtdo que o Embora talvez no intimo reccmM-
Voz da Fátima ~ão 10$00 para do que totalmente perdeu a visão. côro do terço seguido do ctLembrai-vos• cesse sinceramente os defeitos que no
l'ortugal e col6nÍR.S e 15$00 para Vai ao hospital consultar um médico o com 3 A. M. precedidas da invocação «N ... Senhor lhe deu ds m4os. marido nl!o eram poucos nem peque-
qual lhe declara que com menos de 3 me- S.• do Rosário de Fátima, rogai por nós». Para elas, as rainhas do lar, tor-
o estranjeiro. ses não recuperaria a visão. nadas tanta vez em e$cravas, silo as nos. diante dos outros era ela a pri-
O resultado foi quanto podia ser prodi- meira e encobri-los, a oeultd-los.
-Como os Ex." .. Srs. Assinan- Calmo e paciente me comunica o resul- giosamente manifesto. Quanto aos Sacerdo- palavras que se seguem. Quando elas Que linda atitude!
tes e leitores viram, em Maio últi- tado da entrevista, o que me sugeriu a souberem sotrer caladas e alegres
tes, alguns dos quais no exercício dos seus curtindo em sU~ncio a sua dor, ~ E qu4o diversa da de tantas que
mo, aumentou o formato do Jornal, ideia de propOr-lhe o recurso a N .• S.• de ministérios andaram em evidentíssimos pe- que só elas e o Céu teem conheci- por fmpaci~ncia, por falta de eapfri-
Fátima. Começa nesse mesmo dia a sua
e por conseguinte aumentaram as novena utilisando além disso a água mi- rigos, de todos saíram incólumes; e entre mento, ter-se-hllo tramt0Tm4do num to de abnegaçl!o e de renúncia ae
alunos, bastantes dos quais crianças pOderoso tman que atrai as bençl!os tornam em verdadeiras profanadoras
dt"spezas, como poderão ver nas lagrosa de que botava no olho afectado os pequeninas, nem o pânico tão próprio da de- D eus s6bre a tamflta, serl!o uma do santuário da tamtzta cujo.~ segr~ ­
rontas no mesmo jornal publicado. umas gotinhas, e o prodfgio não se fez es- sua natural timidez. Se bem que do seu hóstia Viva a imolar-se continua- das mais fntímos vl!o assoalhar por
Porém, o ·preço da assinatura fi- perar, pois o que o médico não dava por refúgio durante os sucessivos e violentos mente por aquele a quem se entre- ouvfdos de vizinhas!
possível antes de 3 meses, N .• S.• o re- Que exemplo admirável o desaa
•-:ou sendo o mesmo, de maneira duziu ao curto praso de 3 dias, começan- tiroteios, sobretudo da noite de Sábado, garam, por aqueles a quem deram
4 para 5 de Outubro, repetiam sem ces- o ser-anjos de luz divinal no mefo mulher que torma os tUhos no cum-
que muito se agradece qualquer ce- do desde logo a enxergar os objectos, se sar P. N. e A. M., terminados êstes, logo clci lar. primento do dever, no respeito da
mola para que '\ Voz da Fátima bem que não com toda a nitiaez, a qual se sucediam os gracejos inocentemente pi- Só, com sua ml!i que, de há mui- autoridade, no espfrfto de sacntúifo
dia a dia se continua daí em diante a
possa continuar a ser publicada e precisar cada vez mais para consolação do torescos com que amenizavam a situação. to 11.cára vtuva, com a mOcidade dos e no amor do trabalhO!
11empre em grande tiragem. Mercê de Deus nenhum correu o mínimo seu 19 anos bem prendados de do- Mas também que cor6a de glória
bom Fiávio ( êste é o seu nome) e de to- ril3co. a nl!o esperava no céu quando hd
dos os que lhe apreciam os serviços e con- tes tfsicos e morais, Amélia era a
Ao menos o prédio. onde os revolucio- pouco o Senhor a chamou e a viu
juntamente para glorificação de N• S.• nários tiveram que sustentar freqüentissi- alegria da vfsinhança, 0 sol da sua apresentar-se-lhe diante com a htv
do Rosário de Fátima a quem o beneficia- mos e renhidos ataques dos 4 flancos ao casa e da ml!i, o enlevo das frml%8 mfldade êto bom servo do Evangelho
Voz da Fátima do não cessa de render as mais sentidas mesmo tempo, era naturalíssimo que fi- 14 casadas. Nilo havia testa a que -somos aervos intlteis- e com a al-
homenagenq do seu incondicional reconhe- casse bem danificado; pois a verdade é que nl!o 16sse. Descamizada nas eiras ou ma do marido e o coraçl!o dos filhos
DESPESAS desfolhada nas t erras por mais lin-
cimento. são raríssimos e insignificantes os estragos da que estivesse a notte, por mais cla- que ela no sofrimento e na dor con-
Transporte ............. .. 2'16.861$49 rx produzidos, o que por todos é e com ra- ra que a lua brilhasse, sempre lhe quistara e educara para DP.US! Df-
Papel, composição e im- zão, tido na conta de insigne' maravilha. faltava alguma cotsa se Amélia com zfa-o a 11M sincera dos que a ha-
pressão do número 10'1 r) HuiDildemente apdeço a N.• S.• de E que muito é que, se isto sucedeu com as outras n4o cantava ao desafiO. viam ccmhecfdO; dfzfa-o a tri&teza
(87.000 ex.) ............ 5.929$50 Fátima uma graça que alcancei com a o prédio, outro tanto tenha sucedido com Nas modas da aldeia, nos atavios qucts-f louca do marido que desejava
FranquiaS. embalagens, -promessa de publicá-la no jornal «V01! os respectivos combatentes? Milhares sem vfver agora para a tamflta e para
do seu trajar, tinha sempre a pri-
transportes etc. .. . .. . 1.283$95 da Fátima,. dúvida foram os que dali êeceberam e re- mazia. Deus; dfzia-o o tom do semblante
Com a adm1n1straçã.o em Recife peliram numerosos ataques; pois, dos de A ml!i era doida pela tuha, sem angélfcamente composto num l eve
Leiria ............. .. 527$2~ Maria j ose d~ Andracü.- P. M. dentro, de dois apenas consta que fossem comtudo perder como outras os sa- aorrl3o que nem a morte ae atrevera
atingidos, e um tão levemente que roçan- grados direitos da autoridade ma- a roubar-lhe.
Total . .. ... .. . ... 284.602$19 :z) Confesso-me devedora a N.• S.• do do-lhe ligeiramente a bala na cabeÇa, mal ternal.
Rosário de Fátima de três importantes lhe tostou o couro cabeludo. Este no ter- Para a missa e oraçl!o como para
Donativos desde 15$00 graças por seu intermédio obtidas: t.• - ~ s~~rior. Um outro na galeria infe- o trabalho e divertimentos a sua •
a de, apesar de bem fundados receios, ter nor f01 mesperadamente ferido numa per- companhia era a ml!i. Prouvera a
Dcmatfvos desde 15$00-Dlstrtbul- sido feliz na extracção de 7- dentes; 2.• na ~r uma bala perdida, mas após ligeiro Deus que tOdas as ml!is assim tos- sotre-se na Vfda matr!monfal no
ção em Santos Reis-CamPO Gran- --a de ficar bem depressa livre de um gra- curativo voltou logo à linha de fogo a vin- sem! vida de tamflta?
de, 50$00; Mariana M. B. Arruda-S. ve incómodo e cruciante dOr numa face: gar nos de fóra o insulto apesar· de não Nl!o teriamos certamente a lamen- Sotre-se muito até?
Marta., 15$00; Joã.o de Araújo-Aço- 3.• - a de n:ie ver completamente resta- propositado. tar tanta queda, tanta miséria... -Sim é verdade.
res, 20$00; Iná.cia S. Gomes-Braga, belecida de uma enorme fraqueza e afliti- De outras famílias soube terem goza- Entre os rapazes que na aldeia Ht1 tamflias cuja vida é um tnter-
20$00; Distribuição em canelas - vo nervoso que muito me fez sofrer. Por do de idêntico privilégio, atribuível da aspiravam 4 m4o de Amélia foi. pre- no de sofrimento?
Régua, 100$00; P.• Alberto P. de tudo rendo hoje mil acções de graças à mesma forma a N.• S.• de Fáti.nla. Uma ferido um rapaz bem posto e bem- - Só é interno para quem n4o aa-
Sousa, S0$00; Manuel Correta-Bra- bemdita Mãezinha do Céu que tão pro- sobretudo, a do Snr. José Gonçalves da -talante que, pela torça e pelo gar- be sotrer.
ga, 20$00 ; P.• José Porflrlo-Fun- digiosamente me valeu. Costa, residente em Tigipió, à rua de S. bo do porte exterior, nl!o temia me- O mais duro sofrimento ~~ tram -
chal, 20$00; Dlstrtbutção em Cas- Miguel, 635, que em sucessivos ataques, ças com ninguém. torma em prazer quando se rotre 811'•
Isaura Tavar~s
cais, S0$00; Glória Esquivei-Mou- cruzando-se-lhe as balas por cima da casa, E um belo dfa, aljofarada com as unü!o com Deus- numa palavra.
rão, 20$00; Erminla A. Esquivel- Tendo recorrido em ocasiões várias tOda a família saiu incólume, benefício Z4grlmas da ml!i, sob os olhares htl- quando se sotre por amor.
Mourão, 20$00; M.• da C. Braz- de3)grandes Espfrito de rentlncia, de aacriffcto,
aflições á Virgem N.• S.• do que dias depois com tOda' a famflia êle midos das vfzfnhas, Amélia saia de de abnegaçl!o- a resfgnaç4(1, a con·
AçOres, 15$00; Jorge Lopes Marques Rosário de Fátima, implorando o seu so- veio à nossa Capela agradecer a N.• S.• sua casa pela vararnl'fta baiXa toda
- Alvega, 50$00; José O. Martins- corro e sendo por Ela atendida, venho de Fátima mandando celebrar uma Mis- cheia das suas tzores e sob os olhos tormfdade. a alegr.a no meio do .~o­
América, 22$00; Joaquim de Oli- testemunhar-lhe a minha gratidão e pro- sa em acção de graças e oferecendo 5 qui- vivos e e.sperançoso!J das amigas que frlmento tudo isso vem com o amor
veira-Carregal, 20$00; Distribuição los de velas para a mesma Senhora. a iam acompanhar até 4 fareja. E tDda a dor se tramt01"'1na assim
o seu grande valor.
em Pademe, 65$00; Marta da Pie- clamar Envio 20$ooo ~ste mesmo e respectiva famflia é as- · Amélta casou. com uma suave unçl!o que a torno
dade-Niza, S0$00; Amélia Rosa Fal- síduo em vir, a-pesar da distância, assis- bals4mfca.
cão-Amarante, 20$00; Flranclsco J. Rio de Janeiro - Outubro de 1930. tir à Missa em honra de N.• S.• de Fá-
• Oh quem dera que t6das as mu-
G. Camelo -Extremos, 20$00; José Maria S. de A. e, Castt'o tima todos os dias 13, e como N.• S.• lhe lheres, tôdas as esp6saa soubessem
FrHI.es-V. N. de Gaia, 15$00; Maria vai pagando avalie-se entre outros pelo aotrer por amor- por amor de Detu
Barbara Almeida.-Ovar, 15$00; Lau- · 4) Tendo eu sofrido 7 anos do fígado facto seguinte. Estava êle na sua casa co- Passados anos o maridO, que nun- e por amor dos seus!
ra Granado, 15$00; Dtstrtbutçã.o em e tomado por êsse motivo muitos rem6- mercial entregue aos seus negócios, quan- ca tõra piedoso. levado p0r mas Que de verdadeiros mflagres se n4o
Manhente, 85$00; Mariana da S. M. dios sem nunca ficar boa, lembrei-me de do é inesperadamente informado pelo tele- companhias, apoz uma estada no darfam no mundo das almaa dentre
Belo-Alandroal, 20$00; Judith Fer- recorrer à Virgem do Rosário de Fátima, fone de que uma sua filhinha de tenra ida- estranjeiro, deixou de praticar. dos nossos lares.
nandes-Alandroal, 15$00; Elvfna o que fiz, achando-me hoje completamen- de estava com assustador ataque. Na an- E até ela para cumprü- as suas Mulheres, sMe assim!
Nunes da Fonseca..-LlsbOa., 50$00; te curada. gústia de tão inopinada informação corre obrigações de cristl! e de educadora
JoaqUina Rooa Ramalho-Lisboa, Venho agradecer à SS.ma Vrrgem êste imediatamente a buscar o médico da famí- tinha de escolher as ocasMes. Letrta, Julho de 1931
S0$00; António F. de Mel<>--Outma- grande benefício, tornando-o público pa- lia que por cúmulo de desdita não estava Com o vfnho, o marido tratava-a
rães, 15$00; Ventura José de Cam- ra Slla honra e glória. nem em casa n em no consultório, o mesmo 1r.al, disparatava diante dos filhos Galamba de OUveira
pos-Murtoza, 15$00; DlstrtbutçAo
em Murtoza, 100$7•l; Distribuição em
Freamunde, 250$00; Etelvina de J.
Recife- 12-1<>-930.
Estefdnia Maria da Conceição
sucedendo com diversos outros de quem se pronurnf.ando palavrões.
pretendeu valer, tendo assim que ir até ao O ganho do seu trabalho e dO da
extremo oposto da cidade e daf ainda à mulher gastava-o na taberna e em
---= er•

Cascalho - Lavre, 20$00; António Assistência, conseguindo afinal depois de grandes comezaínas que a mulher s~ contt'a a Ot'thm de Deus desejas os
Guedes-Gaia, 20$00; Distribuição 5) Agradeço a N.• S.• do Rosário de tanto tempo c trabalho obter um médico tinha de preparar pa..a ~le e para b~t&S fwe>Stmtes e terrenos. perderás os ce-
em Vera Cruz-Aveiro, 35$00; Dis- Fátima a grande graça que me concedeu que em sua companhia se dirigiu à casa certos amigos que logo aparecem lestes e eternos.
tribuição em Cabeço de Vide, 25$GO; de ter restituído a saúde ao meu sobrinho, da doentinha. Com que ânsia porém não nestas ocasiões. (Da Imitação de Cristo)
ANO IX LEIRIA, 13 de Outubro de 1931 N.o 109

COM APROVAÇAO ECLEIIAITICA

Dlrleter 1 Propriettrlot Dr. Manuel Marqu11 doe lantoe 1 Emprlla Editora• Tip. " UniAo Drtfloa" T. do D11paollo, 15-Lieboa 1 Admlnlltrado" P. Ant6nio doe Reia 1 RedaotAo 1 AlllminiltratAo• " lemlnirio de Leiria"

FATIMA-- terra de mistérios, de graças e de milagres


A missa q11e celebrei na Cova da Iria no dia onze de Agosto constitui uma das impressões mais profundas da
minha vida religiosa e por isso eu dou graças à Santíssima Virgem por me ter proporcionado tão grande ventura.
O espectdculo do povo em oração, a treze de Agosto, unido em volta dos seus chefes espirituais, encheu-nos de
entusiasmo e foi para nós 11m motivo da maior edificação.
(Cón&go Dessain, secretdrio do Cardial Arcebispo
de !ofalines, em carta ao E.r.mo e Rev.mo Senhor Bispo de
Leiria).

Catorze anos atrás A procissão das velas terminou à meia- quais 130 fiezram a viagem em seis ca- des do nosso país em que a devoção a duas primeiras horas foram destinadas à
-noite pelo .canto do Credo. mionnettes e 190 a pé, num percurso de Nossa Senhora de Fátima lançou raízes adoração nacional.
Eram quási dez horas da manhã. Aber- cêrca de oitenta quilómetros. mais fundas. Por isso todos os anos ela Como de costume, rezou-se o terço do
tas de par em par as cataratas do céu, As peregrinações e os grupos de pe· A freguesia de Vila de Rei faz a peregri- envia a Fátima numerosas peregrinações, Rosário. Nos intervalos das dezenas, ex-
a chuva despenhava-se torrencialmente, regrinos nação a Fátima em períodos consecutivos estuantes de fé viva e de piedade ardente. plicou os mistérios gloriosos o rev.d• dr.
inundando os campos e convertendo a.~ de três anos com interrupção doutros três Esta peregrinação visitou durante a Clemente Ramos, distinto professor no
estradas e os caminhos em lameiros in- Entre os grupos de peregrinos que êste anos-. Por ser o ano da aprovação oficial sua viagem, feita em camionettes, o San- Seminário de ll:vora. Das 2 às 3 horas,
transitáveis. À voz débil de três pobres mês foram a Fátima merece especial men- das aparições, realizou-se uma peregrina- tíssimo Milagre de Santarêm, a igreja e o foi a hora de adoração para a peregri-
e inocentes crianças, Portugal despovoa- ção o da Ilha da Madeira. Era presidido ção extraordinária no último ano do inter- mosteiro da Batalha e o convento de nação de Vila de Rei. Das 3 às 4, para
ra-se. Contavam-se por dezenas de mi- pelo rev.do Manuel Vasconcelos da Encar- valo, tendo sido esta a mais numerosa de Cristo em Tomar. a peregrinação da freguesia de S. Julião,
lhar os peregrinos de tôdas as idades, nação, vigário da Ribeira Brava. Da Ilha tôdas as que tem feito até hoje. Todos A peregrinação da Serra (Tomar) era de Setúbal. Das 4 às 5. para a dos Mar-
classes e condições sociais, que de tôdas de S. 1\figuel (Açores) estava presente o os peregrinos se tinham confessado antes formada por 700 pessoas presidida pelo razes (Leiria). Das 5 às 6, para a do
as províncias acorriam, impulsionados Candal. Das 6 às 7, para a da freguesia
por uma fé e piedade indescritíveis ao da Serra, de Tomar.
local bemdito das aparições. P arecia que Durante essas horas Gle bênção, passa-
tinha sido ordenada uma mobilização ge- das junto do Divino Rei de glória oculto
ral dos cidadãos válidos, na iminência no seu Sacramento de Amor, milhares
duma guerra com alguma potência es- de almas ofereceram em união com J e-
tranjeira. sos-Hóstia o incenso das suas preces, o
Uma. gra.nde multidão, ava.liada em ouro dos seus louvores e a mirra dos seus
setenta mil almas, estacionava na Cova sacrifícios em reparação das ofensas fei-
da Iria, aguardando na mais viva ansie- tas pelos homens à majestade divina.
dade que se verificasse no céu o sinal tan- Que imenso caudal de graças, mercê
tas vezes predito pelos videntes e prome- dessas súplicas e dessas expiações, des-
tido pela gloriosa Virgem como prova da ce do Céu como chuva bemdita sObre
realidade das suas aparições. Portugal e o mundo, apagando culpas,
Ao meio-dia solar, logo que os videntes curando feridas, enxugando prantos, for-
acabam de rezar o tereo, corta o espaço talecendo corações, banindo temores, es-
a claridade fulgurante dum relâmpago e timulando energias, santificando e salvan,
a radiosa Visão pousa os seus pés virgi- do muitas almas.
nais sôbre a copa da azinheira sagrada
e fala aos humildes pastorinbos.
De repente, terminado o celeste coló-
Missa dos servitas - Mlssa da Co·
quio, as nuvens rasgam-se, a chuva cessa munhão geral
de cair e ·o sol aparece glorioso e triun-
fante em pleno zénite, espadanando luz e A missa dos servitas foi celebrada pelo
calor. rev.do dr. Manuel Marques dos Santos,
Três vezes o astro-rei rodopia sôbre si vice-reitor do Seminário de Leiria.
mesmo, com uma velocidade assombrosa, A Missa da Comunhão geral foi cele-
parecendo querer desprender-se da abó- brada pelo rev.do dr. José Galamba de
bada celeste, e, em explosões COD.tínuas, Oliveira, professor de ciências eclesiásti-
emite feixes de luz viva e intensa que cas no mesmo Seminário.
reveste sucessivamente tOdas as côres do A-pesar-de ser Domingo, celebra-
arco-iris. ram-se mais de 40 missas e as comunhões
A multidão, como que electrizada à foram em número superior a 5000. Como
vista dêsse fenómeno inaudito, cai de sempre, a piedade dos fiéis, ao aproxi-
joelhos, chora, soluça e reza, misturan- marem-se da mesa eucarística, era inten-
do-se, n aquela hora única e inolvidável sa, edificando e comovendo os que assis-
em terras de Portugal, os cânticos de tiam a essa cêna incomparável em que
louvor e gratidão das almas piedosas com Jesus dá em alimento às almas a sua car-
as stlplicas de perd~o dos pecadores e ne imaculada e o seu sangue preciosíssi-
com os gritos de jtlbilo dos incrédulos mo.
convertidos pelo golpe formidável da gra-
ça divina como Paulo de Tarso no ca- Missa dos doentes - A homilia
minho de Damasco ...
A Virgem bendita, Padroeira da Na- Celebrou a missa dos doentes, ao meio-
ção, abrira, na ternura inexgotável do -dia solar , o rev.do António dos Reis, ad-
PEREGRINAÇAO DE AGOSTO DE 1931:- Sua Eminlnoia o Senhor Cardial Patriarca ministrador da «Voz de F átima>>, que,
seu Coração maternal,. mais uma fonte
dtl misericórdia, de graças e de bênçãos dando a bênçAo do Santíssimo Sacrament o aos doentes após a missa, deu a bênção com o San-
para os seus filhos queridos, nesta terra tíssimo Sacramento a cada um dos doen-
Conduz a umbela o Sr. Dr. Trindade Coelho, M inistro de Portugal no Vaticano.
que se preza e ufana de ser a terra de tes em particular e a tôda a multidão
Santa Maria.
• de peregrinos, cujo ntlmero entretanto
aumentava consideràvelmente. Assistiram
A procissão das velas rev.d• Teófilo de Oliveira, pároco da dio- da partida da sua terra e comungaram pároco, rev.do José Dias Rodrigues, fazen- 179 doentes inscritos.
cese de Fall-River, nos Estados Unidos em Fátima. do parte dela um numeroso grupo de Fi- À estação da missa, fez a respectiva
R ecitado o terço do Rosário alterna- da América do Norte. :Este venerando sa- As peregrinações de Vila de Rei distin- lhas de Maria. homilia o celebrante da missa da Comu-
d amente pelo clero e pelo povo defron- cerdote quis visitar o santuário de F áti- guem-se pela gravidade e compostura e Foram também a Fátima peregrinaçõ~ nhão geral, que, a propósito do evan-
te do altar do pavilhão dos doentes, rea- ma antes de partir para a sua terra onde pela piedade fervorosa dos seus mem- do POrto, de Viana do Castelo, do Can- gelho do dia falou sôbre o mandamento
lizou-se a procissão das velas, conforme vai descansar durante algum · tempo das bros, o que é motivo de edificação para dal (Vila Nova de Gaia), da Ericeira, da guarda do domingo e dos dias santos
o costume. Eram cêrca de dez horas fadigas da paroquialidade, regressando de- tOdas as pessoas que assistem aos actos dos Marrazes (Leiria), etc. e das sanções terríveis para os que trans-
quando teve início a marcha feérica e pois à América. colectivos dessas peregrinações. gridem êsse preceito ocupando-se em tra-
deslumbrante da multidão imensa que ia Estes dois eclesiásticos prestaram bons A peregrinação da freguesia de S. Ju- balhos servis.
percorrer os dominios da Virgem numa serviços no dia treze, auxiliando tanto lião, de Setúbal, era dirigida pelo res- Adoração nocturna A super-produção, disse o orador, a {ai·
apoteose grandioslssima de fé, amor e quanto puderam os capelães do Santuário. pectivo pároco, o rev.do dr. Pedro Filipe ta de trabalho, a paralização das fábri·
glória. A-pesar do vento que soprava e A peregrinação de Vila de Rei, presi- dos Santos Gradil, distinto professor no A adoração nacional principiou à meia- cas fazem à fOrça o que não se quis fa.
do frio que fazia, a concorrência foi gran- dida pelo seu pároco, o rev.do Rafael Ja- liceu daquela cidade. -noite, assim que se extinguiram os úl- zer a bem.
i:le. cinto, era composta de 320 pessoas, das Setúbal, é sem dúvida uma das .cida- timos lumes da proci~o das velas. As A violação do descanso dominical b
2 VOZ DA FATIMA
um acto de revolta contra De11s e cuna sain. Está encantado com Fátima e com sacrlffcio da missa, passava horas segui- na Ordem Terceira de S. Domi11gos, to- trabalharmos pela convenlâo dos Uúel.i-
fonte de maldição para todos. o q ue viu em Portugal. Pensa em org~ das no confessionário e pregava a pala- mou os seus graus unwasitários na E s- ses pagãos.
Estiveram presenleoo e prestaram ~­ nisar uma peregrinação cada ano, se a vra de Deus. çala Normal Superio" e, finalmute, fell- A exposição colonial de Paris oade
viços durante a missa e Os outros a.ctos Virgem Santfs:;ima dispu1er bem as coi- Agora chora ~em consolação a perrla -.se do1mnicano. urna grande parte é reservada às Mi89Õe:l
ohciais muctos seminaristas e os pagens .sas. Sua Reov."'• vai ~rever a V.• Ex.• irreparável do homem de Deus que o Se- A s~~a irmã foi chamada, co1no lle, ~ católicas e entre nós o brilhante Coa-
do S:wtissimo da freguesia do Reguengo Rt:v.ma e oferecer ao santuário urna lem- nhor lhe enviara para a edificar e santi- vida r•lsgwsa e f'&Ssou po, v1as extraor- gresso Missionário de Barcelos em que
do Fetal. brança da sua primeira peregrinação. ficar com a sua palavra, com os seus dinártas. ·Fundou os conventos das Car- tomou parte o ve nerando Episcopado
Encomendei ontem mais 45.000 ima- exemplos e com a sua acção sacerdotal. melitas de Meaux, cU Fonttunebleau e de português, presidido por Sua Em.ota o 5&-
Monumento ao Sagrado Coração de gens de NOSsa Senhora de Fátima d esti- Na manhã do dia 19 a sua alma, des- Epe,,..y 6 morl'llu com fama cU sa1etida nhor Cardia.l Patriarca de Lisboa, lega-
.Jesus nadas ao Brasil. O movimento está bem prendendo-se do frágil invólucro da car- tU». do do Sumo Pontífice, mostram como os
lançado, por isso já pouco tenho de me ne, voou para o seio de Deus. --.,..,.,...- - - - df'St'jos do Santo Padre Pio XI se vão
Estãe la nçados os alioecces para um preocupar com este assunto. Estou dis- Os leitores da ccVoz da F átima•> Jláo se realisando, pouco a pouco. Nossa Senho-
grandioso monumento ao Sagrado Cora- pondo tudo para que a propaganda con- esquêcerão de a sufragar nas suas preces. ra, a rainha dos Apostolas, visitando-nos
ção de J t:sus no centro do recinto das tinue sem intervenção nenhuma da mi-
aparições. . nha parte.»
À sua irmã a senhora D. Antónia Se-
radio e a seu sobrinho sr. Domingos Gon-
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA em Fátima, não só avivou as almas para

E AS MIS~ÕES
a f#J em Portugal mas no estranjeiro e
A estátua st-rá sustentada por uma pt- çalves da Silva Dias apresenta êste hu- nos próprios países de Missão.
lastra, qut' ficará assente sôbre a parte fátima na Alemanha milde padroeiro das glória~ da Virgem a& Já nos referimos à Missão de Nossa Se-
SUllt'rior d a pnmeira fonte de água mira- suas mais sentidas condolências. nhora d<j Fátima de Ganda., na província
culosa. O rev.do dr. Luís Fischer, professor do Na Zululândia. fllt.. '\ngola.
E ra justo que no mais belo centro de curso teológico da Universidade de Bam- 11:-tje queremos transcrever, traduzida,
Por inspiração do Rev. Dr. Fi!cher, os
dt'voçào à Santíssima Eucaristia em -~r­ berg e autor de vários livros em alemão uma carta que um dos R. Padres da
R.R. Padres Beneditinas criando uma
tu)f<ll se ergut'Sse a imagem do Dtvmo sôbre Fátima, escreveu também ao Ex."'"' Congrt"o~ ição missionária do Espírito San-
Missão na Zululãodta colocaram-na de-
Rei de amor, dominando o local sagrado, e Rev ."'0 Senhor Bispo de Leiria, em da- to !'SCrt-,~u ao Re v. Sr . Dr. L. Fischer,
baixo d a protecção de N. Senhora de Fá-
acolhendo todos os peregrinos e espalhan- ta de 19 de Agosto último, uma carta,
do prof~samt:nte sôbre as almas torren- da qua l se transcrevem os trechos que
Estás a dormir, Mimi? tima. o grandf' c-tntgo de Fátima, e que dá
Eis a tradução do apêlo que o zeloso uma ideta d • abundantt'S graças alcan-
tt'S de graça e de misericórdia que tras- seguem: çadas pela su.. excelsa Padroeira àquela.
ecOs caminhos tü Deus são im pendrá- apóstolo de N. Senhora na Alemanha di-
bordam do seu amantís.~i7!o Coração. uO Fatima Verlag já encomendou o fa- Missão:
veis e, quando lhe apraz, do mator mal rigiu no jornal Schildwach4.
Uora-àvante, portugueses e estranjei- brico duma reprodução lindíssima da es- Ex.mo Sr Professor:
faz sair o bem. A conflnná-lo podemos .. Anunciámos há tempo a fundação da
ros ao entrarem na Cova da Iria, em tátua com que Vossa Excelência teve a Permita V. Rev.cla que um pobre mD·
aqui apresentar um epi$Pdio ~~~e se lé na Missão "Fátima» em Africa. Não obstao-
visita ao Santuá rio predcleto da Virgem . bondade de me presentear.. A estátua sionário africano lhe dirija as poucas li·
vtda dtmt santo religioso ~ ortüm cU te a crise económica actual vimos, ma.is
Mãi de Ot-us, volverão, cheios dé sur- tem estado para kse fim em Munich, mi- ohas que se seguem.
S. Dommgos, o P.• Dovssot. uma vez pedir aos leitores da Schtldwa-
prP7.a e rlf> júhilo, Os o lhos, o pensamen- nha terra natal. Desde que o escultor Li no n .• 95 do jorna.lsinho portuguê$
Este sacel'dote nasceu em Epe,.,w.y, em cJ>e se dignem oferecer uma pedra para
to e o coração. para Aquele que do seu deixou de prt-eisar dela, encontra-se de- nA Voz da Fátima•> que V. Rev.• acaba.
Fl'ança. a construção da p<"queoioa Igreja. Os nos-
truuo !'a• t:Ct' rt:!Jt"llf, tl~o~lu~osa e . terna: positada em casa duma excelente senho- O pai, um excelente magistrado, Ma, sos leitores já conhecem a Boa Mãe de de fazt-r um apelo no &•u pt-riód.ico I• DiE
mt-nte, t'Sta queixa tão St'nttda: e<EtS aqw ra, viuva dum médico já falecido, o dr. como se diz ago,a. um livre pensado,, ou, Fátima que, aliás, ~ pouco conhecida Schildwchf"» tendente à fundação duma
o Coração que t<.uto amou 06 homertS Marie Gromm<-s, München 19, Leonrodst m1ssào africana sob a dt'Signaçào de «Fá:
como se dizia e1etão, um voltana1to en- !' ainda e que nesta Hora em que se d&-
e que da maior parte dí>les não nleebe 47· Esta piedosa viuva, organizadora dt' ti ma ...
carniçado. A mãi, qtU descendta 11m IJ- ci.de da vida das Missões quere erguer o
.,.-não ingratidões e desprezos!" 15 grandes conferências que fiz em Mu- Cumpre-me, pois, dar a V. Rev.• a
nha recta, de uma irmã de Ru;hel.eu, St'u trono de glória, lá ao longe, entre os
oich sôbre FAtima, merecia ser honrada grata noticia de que essa projectada mis-
l lma cura e).lraordinâria parttlhavu da ittuedulid.ade de seu mar~- pagãos.
com uma est.1.mpa de Nossa St·nhora de são é já hoje uma realidade. A dita mis-
do Por ~to,. Gaston Dousset não recebeu, 1 Desde o tempo das perseguições aos
Estavam concluídas as cerimónias reli- Fátima, rubricada por Vossa Excelência 'lào foi por o~ fundada l'm Cauda (pre-
(ou com uma fotografia de Vos.«a Exce- na sua infáncia nenhuma tnsti'UÇM l'elt- cristãos da Igreja' primitiva, desde as in-
~osas ohclais da !'t:regrinaç~ mensal do feitura Apostólica de Cubango- Angola,
leoncia) . Ela tem cêrca de 6o anos de giosa no lar doméstico. vasões dos povos bárbaros, desde os tem-
da Coogrl'gação dos padres do Espírito
J 1a treze. Os !'t:regnuo:;, d.-!JOIS de se des- Qr•ando tivesse vmte a11os, diziam os !JOr terríveis da reforma e da con tra ce-
idacle, é muito pobre, não t!'m rendimen-
pt-direm da Virgt'lll ~a _com~>Vente cêna pais segumdo o cntério de Rousseau, tl'a- forma talvez a Igreja não tiv!'SSt' nunca Santo), t.t'ndo-a colocado sob a proreção
do adt:us após a !JrOCISsao hnal, foram- tos lixos e vive à mercê da Providência tasse éle disso e- seguisse o que lhe pa- atravessado uma hora tão grave para a dE' N .• S.• do Rosária da Fátima.
-se reuraodo, pouco a !J<>Uco, para as suas Divina. sendo grande devota do Sagrado Já que V. Rt-v.• se inten-ssa tanto pe-
Coração <!e jt'Sus e de Nossa Senhora de "ecesse melhol'. vida das suas Missões como hoje. E' por
las missões mas duma forma muito espe-
terras, próximas ou dista_ntes. Aos sete a11os só ti11ha elltl'ado uma i,-so m!':>mo que o Padre Pio XI, o grao-
Fátima. Du' ntas e quarenta e seis pes-
Eram já seis horas da tarde quan~o VIlll na tgreja M ocasião de um casamtJn- de papa das Missões diz: cial pela missão "Fátima" permita--me
soas visitaram a estátua entre 15 de Ju- que lhe dê algumas informações sObre-
um !'t'Queou grupo de pes~s traosF. 4;. e<As missões são dia e noite o Nosso
lho e IJ de Agosto. A estátua tem cor- essa sua missão, se assim é licito expri
0 pórtico princi!Jal do SantuáriO. No meco rido alternativamente os coo-ventoo de Mas vêde os prodígios da grOfa! Pol' peosam..nto constante. A conversão do
delas dois servttas conduzem aos ombros Munich (ll,.mas Inglesas, Capuchinhos, w"a contradição comum a muitos bur- mundo, a propagação da fé, dizei-o a tô- mir-me.
uma maca em q ue estava deitada urna O território dessa missão abrange uma
Irmãs do B')m Pastor). Presentemente gues<>:> a quem tudo cor"' às mil mara- da a gente, proclamai-o por •Ma a par- area ele 27:000 K.• com uma população de
St'nhora; Era uma doente do POrto que, vilhos, descrtJntlls em l'eliglào, mas con- te, é o Nosso pensamento domir~a.nte, é
t'Stá na poss.! da!' Irmãs do Bom Pastor.
dev 1do a uma pa1me do aulom_óv~l que servado,es em pollt1ca, Mr. Do~sot, que a coisa que mais preocupa o NUS90 espl- 17 j:ooo habitantes ainda todos pagãos
A senhora Grorr.rnes escreve-me o seguin- no momt:oto da sua fundação, em r927.
a transportava a Fátima, onde 1a. Implo- não queria que se impusesse uma cr~ya rito e que faz pulsar mais intensamente
te: •· Munich, rs de Agosto, 1931. Que nem a seus próprtos filhos ( àlém de um o Nosso coração».
rar a graça da sua cu~ •. chegou tarde Segundo o preceito de N. Senhor <dan-
dt'ma.is para podt:r ass1stu a qualquer dia poderia ser mais própr io do que o filho tinha também uma filha} , peft!iava Não é sem comoção que lemos na Sua ça.i as VOS.."'ls redes etc." começamos imt'-
de hoje, festa da padroeira da no~..a fre- diata.meote, na medida das nossas for.
acto do culto oficial. guesia, para agradecer a V. R ev.• o fa- 1W eHtanto que se devia dar uma religião Enclclica de 28 de Fevereiro de 1926: ças, a missiOnar essa extensa e povoedís-
Havia multo tempo que se encontrava aos filhos do povo e, com Asse fim, fwo- «Enquanto Deus Nos conservar um sôpro
vor de ter deixado ficar em nosso poder sima região.
paralítica 6 sofrendo dE' d~nça dos rins tegia os Irmãos áas Escolas Cl'istãs 8 ch4- de vida será esta parte do Nosso Apos-
a sua bela f'Státua de Nossa Senhora de Quem estas linhas escreve, teve a f~
e doutros incómodos de saude, teodo-:C
Fátima! Que a nossa boa Mãi do Céu lhe mou um para ensmar em sua casa a gra- tolado cumprida sempre com temor e com licidade de ser encarregado de proceder
submt!tido ultimamente a uma operaça.o mdttca a seu filho. tremor. Consideramos continuamente em
d~ a recompensa do agradecimento de ao reconhf'Cimento do tE-rritório e de en-
ba.stant~ mellndrosa. A. P~'tncipiar no primeiro dw., ~sse bom espírito que há ainda mil milhões de pa-
246 visitantes e 16 órfãos, com que êlt'S cetar os trabalhos preparatórios para o
Como devia ser grande a mágua da po- mestre desempenhou a sua fult.Çào entl't- gãos e 0 Nosso coração não encontra re-
ennoraram as -;uas orações! Eu teria o
bre ..nfhma ao verilicar que lhe seri": Í?J- maior pra~Pr !'m enviar a V. Rev. • o meu meando-a com ~'•flexões pacdosas, como pouso pois sentimos no Nosso Intimo es- estabelecimento da missão. Mercê di' Dens,
possível chegar . ~ local. da~ apançoes livro de hóspedes, em que mandei in">- cra seu costume. ta:~ palavras aterradoras: Clama, Jtào ctts- encontraram-se logo muitos profeseores
a tempo de asstsur à m1ssa. comungar cr~ver os nomc>s ..hs Vhltantes de Nossa 0 aluno ouvra-ab com a maio" admira- ses, levanta como tf'Ombet~ a tua VO!l. indígenas que, voluotll ria mente, nas au-
e receber a bênção dos doe'1t~l S.·nhora de Fáti .. ta para lhe dar, meu
ção e CUMOSICÜlde. Sou be assiJn que IXIS- (Is. s8. I.}• xiliaram na nO!ISa ohra. O que com a SU<l
Hev.do Padre, uma lraca ideia do grande tta um Deus, cru~do" e salvador, manda-
Conformada com a voutadf' de O!'us, Praza a Deus que êste apflolo encontre ajuda (temos actualmenw 75 catequis-
já não ousava pt-<iir a sua cura ~ coottm- 'n·conhecimento, da v~ueração e do amor me11tos drvmos 4 cumfwir, que existe • eco nos corações dos amigos das Mi9SÕes tas) e com a pv>teçào dt" De us e de Ma-
t;l w•·,e de 1r depor ao>- pés de J esu" !:>a- alma ll qtU devemos merece" o céu. e dos devotos da Mãi de Dc>u!l. 0:f do- ria, foi ~ivel coo.;eguir nestes 3 anos
filial com que os o~s adoradores ooc- consta da seguinte estatística:
cram.-ntado e ela V!rJi:em Saotb-,tmd o Nada dtSse 4 seus pais mas a «ia11f4 nativos devem ser enviados com a dt'Si-
turuus, que a.;s,~tuam quál.i todos à sua
tnhuto da sua d.-voçào e do ,eu amor . SBntlu-se t!W anteressada qtU imedaata- gnação ttFátima» para a Abadia da.~ Mis-
conft-rência, honraram a Ramha do Ro- Baptismos 1t77/U 1ft3,tt 1t2t 11
Ma, a Hamha du Ct<u , na 'ua bo.ndade s;\rio de Fátuoa. O que terá ~ta está- mente quis dll tueüJ dai' parti a sua w- sões Beneditinas em Mtinsterscharzach ,
maternal. qu1s rec<Hll!Jt:Usar a su<o re.~i­ tua de extraordinário? Ela trouxe consi- nlà.rtnha. Nürnberg.» I) de moribundos: 5 .. ll 97
guaçàJ.> e a sua generosidade , porque, te !(O muitos dos encantos de Fátima! Por- I'·H asso à notte, lU pois qtU a crioda 2) de adultos; 3 17 IH
rt'Jknte, estando ainda na m aca, a !'Obre qut' na verdade a estátua vive! Houve os deatou a ambos e se ret~ro u, o peqtU- Transcrevemos a seguir trechos duma J) de cria.nças: 115 l7Ó
"o Gastão (de sete anos) levanto-u-se sem 37..
do~nce achou-se curada.
muitas pt:!JSOIIS, mesmo rio sexo mascu- fazu barulho " · - ~ bu;os dos pés, foi carta que o R ev. Thomas Spre1ter O. S.
&mdita seja a augusta Mã.i de I 'euli lino, que deixa ram concr as lágnmas B., vigário apostólico na Zululãndia di- Total
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173 ..J9 .. 12
que não esquece os seus filhos adopt vo,. l'nquanto rezavam diante dela. ter com a in" i l'lo~m. ( tÜ cinco anos) . rigiu ao Sr. Dr. Fischer: Comunhões
que sofrem e os c ura, aliVIa ou ench.- de entreabnu a;, "oH mas rlo leito e, mutto Inaugurei a dita missão no dia 13 de r ) 1." comunhões
Hesumindo as nossas impressões, direi· baaxanlw, num tom g • .~ue, du-lhe ao ot~­ 8 31 163
con-.olação e confônol nós pudt'mos sentir um pouco de Fáti- vldo: Agosto com a Santa Missa mas, infe- 2) Pascais 6j 85 134
ma. l.raças a Deus pela bondade de lizmente, só mais tarde soube pela Schtl- J ) Durante o ano J.-568 7-620 12-005
Fátima na Bélgica - Estás a dormir, Mimiil
V. f{ev .•.,
- Não, aanda não.
dwache que nesse dia não houve apari-
ção alguma.
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o r~ v do Cónego D~!oaio, ~retário de - !>a/Jt~S uma cursa, Mimiil Olha: h4
Total 3·641 7·736 r.-.902
Sua Eminência o Cardial Vao- ltoey , ar- llt:itor Honório da Graça e Silva Não temos ainda senão uma pequena
um /Jeu5 que nos crtou e i muito bom. casa de adobos com um telhado de zinco. Confirmações
ce!Ji>.po de Matines, que no passado mês 4 72 117
de Ago~to visitou, acompanhado de três No dia 19 de SE'tembro rendeu a Deus
- A h/ E o que U
A vida ali não #J, por enquanto, nada
E Ga.t-io r~peta u-1/u tudo o qve tinha agradável.
Casamentos 7 5 ,..
sobrinhO<>, o santuário de Nossa Senhora , -ua bela alma o rev.d~ Honório da Gra- ,,~ ., urdo at.. ... sstr,.
de Fátima, escreveu ao Ex.mo c Rev."'" \'a e :'ilva, numa humilde casa dn povoa- Uma senhora protestante, esp6sa dum A proposito d!' baptisad06 de adultos
No d1a ,, ; um/e, a mBsma dna,
SE'nhor Bispo de Lt-iria, em data de 5 de çà" stt u;uia mais perto do local das apa- alto dignitário eclesiástico, manifestou, julgo bom faze r notar que excgimos 2 anos
- M1m1, Bstás a donml'il
Setembro, a carta ele que se reproduzem riçé, '!' - Moita Hedonda. na Quaresma de 1930, o d~jo di' fazer completos, pelo mt:oos, aul> ddult.os exter-
-Não.
os ,.,guintes períodos: h·• tt>:! ~ estudos eclesiástic-os no $f>.. alguma coisa por Deus N. St-nhor e, de- nos, isto é, os que vivt·m na.~ ~uas liba.tas
- Ora ouve: u Irmão diSSB qau Ira
uEu queria, autes de sair de Portugal, miná r>' de Portalegre e ordenado ~ preciSO re!ltlr au bom Devs. pois de muito pensar, lembrou-ae da nos- ou aldeias, e ano e meio a dm!' anos ao3
escrt-ver duas pahvras a Vossa ExCt'lên- pn.'Sbítt-ro, t>xerceu o ministério p,roquial :>a Missão, oferecendo-nos o terrt-no ex- nossos internos da missão
- Poi> sim, mas o que é re!lal'?
ci.'\ para lhe agratlect-r tndns os favores em várias frl>l!'ut'Sias elo Pat.rinrc.'ldo, -Eu vou-t11 e:nsrnal'. Escuta , di!l C()- traon.lioàriamente_ barato. E' claro que Duma carta de 18 de Jan .o do corrente
e atençõt's que lW cli!(nou dispensar-me, donde era "riun•!o, pois tinha nascido m 0 tu: aceitei logo devido à sua exCt'leute situa- ano de 1930 copio para aqui " sef(uinte; A
as-sim como aos mc·us :sobnnhos, mas o na fregu~ia u • Serra, de Tomar. 1 e<Padre N osso ... » ção, perto do caminho de ferro. O terre- nossa festa do Natal foi linda e consolado-
ll"vin qu.. clt-vi" condu?ir-nos ao !lavre f'a,;.on..ou, .-ntre l'utras as frf>guf'Sias - Padr• N osso .. . no abrange uma superfície de 400 ares e ra. Ho uve 49 baptisados de adultoq (os
dt-i'Cou Li-.llOil um dia mais ct<do e as.~im cil' Carregut iras, S. Pedro da Bc·herriquel- - uQue estaiS no C~u ... ». presta-se admiràvelmente à cultura de primeiros das nossas escolas), 53 pnmeiras
a ru»<AA partula foi precipitada. ~ - me gn- ra e S. SE'bnsllào d" Setúhal. t-ios ólti- a~ úcar e a lgoJào e ainda à cria~;ào de ga- comunhões, 20 baptisados de cnan,.ag,
- Que estais no Céu ...
tn comuni~tr a Voe;sa Excelência que nos mos anos do antigo regímen foi cohdo Dl!f'uiS do Padre r-.iosso, Gastão 6nf~ dos. Desta forma tornamo-nos aS~< lm mais umas 153 comunhões, de 700 a 8oo pretos
JW•nhnrnu irn"n"" a ~ua condescendl'nte na frêguesia de S. Tiago de Beduido, Es- nou u Noemi a Avê Maria. E os dois i1W- independentt'S da pátria para a su,tenta- à <~ missa do galoll, no dia 26 tivemos arn-
bo>nclaclf' para conn~o e que apreciámos tarrep, diocese do Pórt'l, onde 5<! conser- ceJ&tes jazeram ass•m dul'ante mt~itos md- ção do Vicariato. Só o terreno custou da 5 casamentos. Em todo o ano de 19:2Q
d.-vcdamt·nt~ as finezas de que fomos ob- vou até 1919. se~ a sua oração dtJ noite em comum.
z8.ooo m.'lrcos, ou seja, 70 marcos por (de 1 janeiro a 31 de dezembro) cootà-
jc-cto da , ua parte e aqui lhe renovamos Neste ano, foi uotoPado missioná rio Até aos nove a110s a pequentla não hectare. Os terre nos v1sinhos custam mais mos 8826 com unhões, (sendo 92 primeins
o nosso mais profundo reconhecimento. tliocesano, tendo percomdu a rlincese no aprtmdeu mais nada. Até l$ntão ela não do dôbro. E o dinheiro que se irá agora comunhões). 467 baptisados e 64 conür-
A no«'lél viagf'm foi uma série ininter- c·xerc1cio do minislério d.1 preg-•.;ào. Fo- tinha assi.stado à Missa nem uma wmca gastar com os amanhos... Tudo aqui #J mações. Glória a IJt..us.
rupta de impressões maravilhosas de que mm os tmbalhos e fadt g·•~ do apost..lado ve!l. extraordinàriamente caro, o que dificulta Quatro meses mais tarde, com a data
con,;ervan•mos uma record<\Çào viva e io- que nessa época já a.liantula da scn vi- Assistiu depois a t~ma po, acaso ~ inwnso o trabalho das missões. As estam- de 29 de maio, chegava-me outra carta,
dl'lc!-vt'l. Eu co loco, como é natu ral, aci- da mais contrit.uiram para o agravamen- n ..us. revela11do-se-lhe, conquis!ou-a du- pas de N. S. de Fátima que V. Hev.• te- em que se lê: Louvado seja Deus, que tem-
ma d!' tudo o mais. os grandíssimos be- to das <IOf'nças ele que sotr:a. ma t:e.r pa,u semprt~. ve a bon<ladl' de me mandar amamentam pt:ra com as suas consolações, que não
neffcios ~pirituais qu6 DOs proporcionou Bastante eolê'lllo e exa u:<to ,J!' fi -ça.s. Gastão foi para o coi!Kio e como sun agora a S.'lla onde se celebra a santa Mis- merecemos, os nossos dissabores! Assim,
a "''"~ peregrinação a Nossa Senhora de foi, há cêrca dum ano, hxa~ a sua rt->iÍ- familia o deixava à vontade como !>t! sa. Incluindo a cosinha só há na casa 4 na festa da Páscoa tivemos 45 baptismos
Fátima. clência junto do Santuário dt> F:\uma Jl&· f~su um adu lto, aos de!l anos cmneçoH pequ!'nnti compartimentos. Confio, porém, de adultos (de 7 escolas diferentes), 20 de
............... ..................... ra, oomo êle próprio diS>oe ao sii(H:l. t \ rn por sua liv re " espontânea vontatü a fr~­ ah...->lutamt:nte qui' N. S.• da Fátima con- crianças, 54 primetras comunhões, e 108
Já t>Spalhl'i, em tôrno de mim , a boa clf'St.as linhas, de quem era grande ame!" qilental' o pri1neiro cnt11cismo do pt~rtS­ tinuará a ajudar-nos. à missa, r casamento, cêrca de 1.000 pre-
nova das maravilhas de Fátima, e, !>I' e que tanto lhe dPvia, descansar e pr.- quia, depois a segunda tarte, at~ ao mo- tos à missa e à bênç.ào. Para o dia 13,
IJeus o permitir, espero organizar e diri- f>.'\rar-se para a morte sob o manto da mento em que decla rou a sua mài qa.e Thomas S[weitu, V. A . que é a nossa festa (Nossa Senhora da F~
gir um dia uma peregnnaçàu belga à Co- :\lài di' Deus. queria fa11e" a sua primeil'a Comunhão. lima) houve om triduo dt preparação aos
va da Iria». A população da Moita Redonda con- Os pai.s, sem lhe responder nem uma Em Ango la. . 70 internos, a que assistiram também 50
Por sua vez o rl'v.do r.:lspar Pi7.arro, siderou como uma grande bênção ,1., Céu palavl'a, deixamm-1to à von tade. catequista.~ e alguns catecúnu·ml<i. No dia
S. J . , em carta Pndereçada ao mesmo , vinda para o S('U seio daquda v• · u~ra n­ A graça que assim tinha preve1tid·? Uma dns maiores preocupações do San- IJ honrámos a Nossa Boa Mài, of!'recen-
vf'nerando dl"!!tinatário, dat.c'\da Jo mes- ci;l fi~ra de sacerdote, notáve, pt'la rua Gastão tüsde tão tenl'a idt~de, cont1nu0t1 to Padre são as Missões. do-lhe um ramalhete de 14 baptisadoe de
mo dia, C!'Creve de LouY<tin: cultura, pela sua virtude e pela sua pie- a protegê-lo na adolesc~ncio e cUpoi.s. A exposição missionária no Ano San- adultos, 6 de crianças, 18 primeir-as co-
.. No P""o;ado dia 2 tive oca.qiiio dl' fa- clacle. Na Capela noY<t do lugar o r!'v .do E~ ttiVe em Paris ll ali cnnhl'rt'11 1.nror- to "'" Hnrna deu brado em toclo o mun- munhÕf"s, al/om df' cento e tanta.q ordiná-
l;u, em Matines, com o sr. Cónego Vt!s- Honório celebrava diàriamente o santo datre, O.ra.rwm e o P .• P1tllut. Entrou do, m():!trando a lodos a ntlCt:SSidade de rias, 2 casamentos e 65 coniirwa.ções.
VOZ DA FATIMA I

Porque afugenta o demónio e afasta as Graça ~plritual


Na linda festa do natal de!!te ano, re-
gistamos:
terminando aqnêle acto de amor à Vir- :Este facto tem sua explicação: mas o que
gem do Rosário pela Bênção do Santís- mais importa é que as férvidas preces di-
simo e pela distribuição de 750 estam· rigidas incessantemente ao coração da
Itentações, devemos marcar-nos com
sinal bemdito ao começar a nossa oração
et'ISe
Peço a fineza de tomar pública. uma
50 baptisados de adultos, grande graça espiritual que recebi por lll·
54 primeiras comunhões, pas e fotografias de N. Senhora. Gloriosa lmpt·ratriz, transformem aque- na igreja ou fora d ela e sempre que prl>-
cisemos de invocar o auxilio àivino. termédio de N.• Senhora da Fátima.
5 casamentos. Em 31 de Maio, ao fazer-se a conclu- le humilde pedestal levantado à celeste Ha ano e meio vi-me tão aflita e des-
Nas primeiras sextas feiras temos sem- são do mês de Maria, de novo a devoção Padroeira Ja lusa gt"nte, em aqueducto E não nos envergonhemos nunca do
mais augusto, do tpais nobre e mais hon- consolada que ninguém da terra era ca-
-pre para cima de 100 comunhões. dos católicos da missão a N .a S.• da Fá· de bênçãos para tantos e tanto5 filhOb paz de me valer. Comecei então uma no-
Para esta missão, à qual quero tanto tima se manifestou por uma linda pro- extraviados. roso sinal e distintivo de quantos exis-
tem. vena a N.• Senhora da Fátima, e no tU-
como à menina dos meus olhos, tinha eu cissão, em que a linda imagem, e um Uma Franci.5wna. H. P. timo dia fui atendida pela CoMoladcra
<Omprado u ma estátua de Nossa Senhora andor lindamente enfeitado pelas IrmãS Quando tantos se orgulham de coisas
degradantes saibamos nós ter no devido dos Aflitos. A vida em minha casa era
da Fátima. Ao receberem-na ficaram lá Missionárias de Maria, percorreu a espia· (Do Boletim mt'nsal)
apreço uma que nos dignifica e eleva, tão desassocegada e cheia de martirios a
todos encantados e escreveu-me o superior : nada do internato da Missão, por entre inquietações que, se não fôra a minha fé,
Que belal Que encanto! Quanto mais a arcos e bandeiras, mostrando-se aos seus -----..-.,.....--- - -- pois nos toma assinalados para Deus.
Quando? seria insuportável: - meu marido, então
-contemplo, parece que mais me seduz. filhos, e espalhando as graças do seu ma- sujeito ao pecado que tira a paz a tan-
- Com muita frequência! Muitas vezes
Quero ter aqui nesta missão todas as p u-
blicações relativas a Nossa Senhora da Fá-
ternal amor por todos eles.
Na procissão, S. Ex.ola Rev.m• o Pre- Ensinai .. . ao dia! tas famflias, transformou-se já no que dl>-
veria ter sido sempre. Por isso agradece
tima. Quero propagar esta santa devo-
ção. 1t necessário forçar Maria Santíssi-
lado, que presidiu à encantadora cerimó-
nia, levava o Santo Lênho, debaixo do Pelo sinal da Santa Cruz ... Recordando ... hoje a Nossa Senhora com todo o cora-
ção esta il!digna filha de Maria de
ma a fazer desta sua missão um Jogar de pálio.
Uma da, Ul«l::. ::.ugo:::.uvas gravuras Acompanhar-nos-á pela vida além a Tor,.es-Novtu. - ].
-peregrinação, cópia da de Portugal. Os O Rev. P.• Fernandes pregou de novo que «L'lllustrauon~ vaucana• tem pu-
sôbre a devoção a N.• Senhora. amorosa recordação de tahta cruz traça-
brancos desejam fazer uma grande festa, bhcado é a 1otograua lia cruz do Coliseu da sôbre a fronte pelo carinho de mãe ou
a quando da bênção e inauguração desta De manhã tinha havido missa cantada .lloo meio da areu«. que ::.e ob::.erva por
! nação nos ombros
descrita no ar com a autoridade paternal.
estátua. Digne-se fazer a Santíssima Mãi e uma comunhão numerosa de fiéis. um dos grande::. VOmlLOOO::. desp1d0 dos Peço que tenha a bondade de publicar
E esses sinais da cr-uz transformam-se
-do céu com que êles voltem às práticas Na procissão eocorporaram-se as es- seus bronzes e dos seus mármores, levan- na Voz da Fátima uma graça que No&-
-nos em bênçãos pela vida fóra.
religiosas, de que andam tão arredios, colas, masculina e feminina, da missão ta-se a do!Illnar e atentar o mortal si- sa Senhora me alcançou.
Em bênçãos de Deus se hão-de trans-
-desde que vieram para as colónias. Que com 280 crianças, tocando a banda da lêncio do conjunto o signo sagrado da fot:trulr também os sinais de cruz que sô- Desde o dia 13 do corrente que me
grande milagre não seria! missão uma linda marcha. Redenção. bre a multidão de centenas de milhar de achava prostrado de cama com dôres taÍll
Depois de isto tudo havemos de con-
cluir que esta querida missão de Nossa
I As boas Irmãs Missionárias de Maria Caíram as Tribunas das Vestais. ruiu o
cabe uma grande parte do brilhantismo camarim Imperial, pulverisou-se o luxuo-
pessoas apinhadas à sua volta, os Senho-
res Bispos de Portugal, todos à uma, fiz:e-
que me impediam todos os movimento.
do corpo, pernas e braços. Os meus mem·
Senhora da Fátima voga num mar ' desta linda festa a Nossa Senhora de Fá- so velabro: aquela terra amassada com ram na Fátima no último dia IJ de Maio bros pareciam de chumbo! Remédios e
de rosas? Oh! não. Há dificuldades, e tú:na, que ficou tendo, em terras portu- sangue de feras e de gladiadores, santifi- e que pelo inesperado e imprevisto e cons- frixões aplicava-os continuamente !DM
grandes. O demónio, conforme acaba guesas do ultramar, mais um altar, mais cada com o dos mártires serve hoje de pe- tituíram um dos mais empolgantes e inol- sem o mínimo resultado. Por fim veio-me
-de me escrever o actual superior da uma Cova da Iria, onde em todos os dias destal ao troféu glorioso dos grandes lu- vidáveis espectáculos de fé e amor . uma febre muito elevada. Com esta im-
(;anda, não se resigna ao ver que lhe es- e especialmente todos os dias 13 de cada tadores de outrora. possibilidade grave e sendo chefe de
capa o domínio, que durante tantos sé- mês, os seus devotos da Missão de Mu- A cruz levantada sobre as ruínas da- Uma ulma pequeniM uma familia numerosa e em parte ainda
culos exerceu nesta terra da Ganda; tra- n~uana vão orar, render louvores, agra- quele Monumento é um lindo símbolo: sô- menor, recorri à Virgem Mãi da Fátima
balha como dest.' Sperado e serve-se dos decer favores e pedir graças. bre as ruínas do mundo Romano atacado e prometi que, se no dia seguinte me
maus para nos guerrear (às vezes até de Todos são portugueses! e onde está pelos bárbaros ontem. hoje sôbre os des- ----.,..........-- - - achasse melhor, havia de publicar 0 fa,.
elementos da nossa côr; e não só às ve- uma alma portuguesa, está um filho de troços da reconquista pagã, dentro em brl>- vôr do céu no Jomalzinho da Fátima.
ze;., sempre ou quási sempre); mas dl>-
positamos as nossas esperanças em Ma-
Nossa Senhora de Fátima. ve talvez Sôbre os restos da civilização do
Oxalá que. Ela proteja os pobres mis- ocidente a cruz erguer-se-há como o si-
Gr aças de N .· s.· Isto · foi prometido, ontem, e hoje estou
de tal forma que parece não ter estado
ria. Ela vencerá. E é com tôda a con-
fiança, que no meio dos ataque3, por
sionários e missionárias de Moçambique, nal pacífico do domínio inauferível e da
lhe conceda muitas graças e bençãos, e vitória eterna do Bem sôbre o mai.
de Fátima doente!... sinto-me bem disposto e sem
dôres e môvo perfeitamente os membroe;
desliais que sejam, entre as procelas por salve e convem os infiéis. enfim, julgo-me curado, graças a Nos.ta
agitadas que se nos deparem, cantamos:
Congestão Senhora da Fátima.
(De O M i.5sionário católico) É fonte de graça e de defesa Brasil, Sant' Ana dos Olhos d ·Agua,
A ti, ó Mãi adorada, Venho pedir a fineza de publicar o I8-ó-I9JI.
Pelo sinal da cruz entra o homem na seguinte no Jomalzinho de Nossa Senho-
Eis entregue a nossa sorte,· --------,~-------- vida da graça com a regeneração do bap- Joaquim F11rreira Lavos
ó linda Estrela do n orte, ra da Fátima.
tismo. Há uns três anos, aproximadamente,
ó linda Estrela do mar! ASENHORA DA FATIMA Pelo sinal da cruz impresso na fronte Doença no estômago
De olhos fitos em teu brilho, implorei com a maior confiança possf-
e indelevelmente marcado na alma o ar- vel a SS. Virgem em favor de um filhi- Maria Gonçalves, da freguesia da C&-
Cativos do teu sorriso,
Ao porto do Paraíso
NO BRASIL mam soldado de Cristo no Sacramento do nho meu de 18 meses que estava muito la, concelho de Alcôbaça, diz:
Crisma. aflito,
Havemos de enfim chegar. Pelo sinal da cruz lhe lança o sacer- Sofri há t empos do estômago. Por
No dia 28 de Dezembro p. p., acha- Estavamos todos à mesa quando a fiill as águas espalharam-se-me no cor-
P. ]. M. Figuei,.Bdo S. Sp. va-se eogalanada a capela da nossa casa dote a alma ua posse renovada da graça criaf:1cinha nos apareceu na sala de jan- po a ponto de os médicos não consegui·
da Bala. Ia entronizar-se a formosa ima- e o reconcilia de novo com Deus no Sa- tar congestionada e aflita com qualquer rem tirar-mas! ...
gem de Nossa Senhora da Fátima. To- cramento da Penitência. coisa que tinha engulido e que nunca. Tive de estar coberta de gêlo o espaço
dos quantos são leais devotos de Maria Com o sinal da cruz traçado pelo Corpo
E m Moçambique. soubemos o que seria. Chegou a cair por de 15 dias, ao fim dos quais os médi-
culculam o que é a inauguração de um Augusto do Senhor se lhe acresce e inten- terra q uási asfixiada 1... Vendo o meu cos declararam a minha família que não
A a!Iua cristã da Missão secular de altar à Mãi Celeste; mas é necessário sifica a vida interior e se alimenta a al- querido filho quási morto e num tormen- se entendiam com a minha doença, jà-
:Santa Ana de Munhuana vibrou, arden- ser português, viver longe do p;::.·fs natal, ma neste vale de lágrimas. to tão grande, ajoelhei e pedi misericór- mais que se tratava de uma doente de
ter ouvido narrar poemas de amor da Vir- :€ ainda o sinal da cruz que na orde;:n
te de fé, no mês de Maio, em manifes- espiritual e na ordem temporal preside à dia Aquela a quem a Igreja chama a 61 anos de idade. Desenganada na terra,
tações de devoção e amor por Nossa 5&- gem bendita para a lusa gente, para fan- Consol<Jdora dos aflitos, e dai a pouco voltei-me então para Nossa Senhora da
nhora de Fátima. tasiar o que sente o coração ao erguer formação daqueles a quem <:c;~mpete a con- a criancinha descançou e tudo lhe desa- Fátima a quem hoje venho agradt:eer a
Quando, em janeiro de 1928, o seu Sôbre um altar a imagem da Senhora da tinuação da vida nas almas (pela Ordem) pareceu para sempre. Nunca serei capaz minha cura, porque graças a Ela e a !ell
Fátima . e nos corpos (pelo Matrimónio) .
.actual superior, Rev. P.• Fernandes, um Do berço ao túmulo, da Mesa da co- de agradecer convenientemente tão gran- bendito Filho, sinto-me bf>m e julgo-me
z:eloso e antigo soldado voluntário no Na ocasião da bênção, estava. magesto- de graç.a que eu atribuo à intercessão de curada. Os remédios d a minha cura foram
munhão ao altar do sacrifício, da pia
campo das Missões seculares, tomou pos- sa e cativante a linda imagem, entre pro- Nossa Senhora. orações, água da Fátima e a Misericór-
baptismal aos ritos nupciais o sinal da
se da Missão, encontrou já o culto de fusão de flores naturais. As almas ferviam cruz é o sina.l sensível da protecção Quero agradecer-lhe também a cura de dia de Nossa Senhora a _quem quero sem-
N .• S.• de Fátima, e era então freqüente, em santas alegrias, e os olhares fixavam- e acção de Deus sôbre nós. meu Pai que se encontrou muito doen- pre louvar ua terra enquanto v1ver e no
nos baptismos, ser Ela escolhida para -se demoradamente no vulto da prodigiosa Quanto amor não develll06 pois ter a te do coração e de que já há tempo se céu depois da minha mort~.
madrinha dos ueófitos. Rainha, mensageira de um mundo de re- este santo e devoto sinal! encontra bem não tendo feito mais do
cordações .e esperanças! Jlarill Ga,.çalws
Na àrea d esta Missão há famílias cheias Não nos recorda só o drama augusto que pedir a N.• S.• de Fátima o alívio
-de fio que, permanentemente, têem uma A bênção da imagem efectuou-se às 16 da Paixão e Morte do Redentor mas lem- para o seu padecimento.
pt>quena lampada acesa em frente duma horas. A convite de um protector desve- bra-nos continuamente uma chuva. pere- Chalet Castelo Branco- Valadares Graça particular
e;, tampa ou pt"q uena imagem de N. • S. • lado das Irmãs, o Ex.mo Snr. Armando ne de bênçãos que com êle e por êle o José da Anunciação Arta iate, aluno do
d~ Fátima. As suas medalhas são as mais Almeida, muitos portugueses comparecl>- Senhor derrama Sôbre as nossas almas. Maria lnBz Figuea,.a Andradtl Nogueira
Seminário de Nossa Senhora de Guadalupe,
procuradas: e, nas doenças graves, tais ram ao acto, presidido pelo E.x .,mo e Por ela os mártires faz:iam em pe- diocese de Beja, diz: utendo recorrido
como partos difíceis e outros casos, a Ela Rev.mo Snr. D. Eduardo Herberhold, O . daços os ídolos blasfemos. Diversas graças com grandf> couiiança à protecção de
rt:eorrem com pleno êxito. F. M. , Bispo auxiliar da Prelatura de Por ela se apaga o fogo devorador; por Nossa Senhora da Fátima numa circuns-
Assim f01 cresc!'ndo a devoção ~ Vir- Santarém (Pará). Falou de Fátima, das ela se muda em doce libação o mais vio- Um meu filho sofria de albumina e tAncia bf>m difícil e aflitiva da minha
gem Nossa Senhora da Cova da Iria, aparições da Virgem, etc., o Rev. P.• lento veneno; por ela foge o demónio cor- de uma outra doença interior, e por cau- vida, e tendo sido atf>ndido na minha sú-
que. em troca, multiplica as suas graças Luís Cabral, que empolgou o auditório rido de medo e vergonha, por ela cessam sa duma dieta rigorosíssima que lhe im- plica, venho cumprir o grato dever de
aos que nEla confiam. durante uma bora. ou abrandam as tentações, por ela se des- puzeram tomou-se tuberculoso. publicar esta graça para honra f' giória
A devoção tornou-se geral, e por isso Ao entrar no Colégio, Sua Rev .... de- vanecem os perigos, por ela se robora a Eu tinha uma doença num rim e esti- da Santíssima · Virgt"m e edificação de
se pensou na aquisição de uma imagem clarou unicamente porque se havia com- alma periclitante. ve no Hospital de Coimbra para sofrer quantos isto lerem.
para a Igreja, diante da qual todos pu- prometido. Afora a proibição médica Je uma operação, mas a bex1ga e o rim e&- Seminário de Serpa.
pregar durante êstes meses, achava-se tavam de tal maneira que o meu médi-
dt"Ssem estimular a sua fé e elevar as
suas súplicas confiadas e agradecidas. doente, resultado de uma queda sofrida Como devemos fazê-lo co, um especialista de rins, disse q ue não j osi du Anunciação Alfaiau
O.. Senhores Jacinto David dos Reis nesse mesmo dia. Portanto, acrescentou, Como tantos que usam de trejeitos e podia fazer operação devido ao mau es-
e sua Espõsa D. Maria V. Neto dos Reis. o meu papel está fortemente comprometi- momices ridiculas? Como tantos que pare- tado em que estavam. Como me vi e a Doença grave
l't'Cf'ntemente casados, foram os iniciado- do. Contudo a protecção de Maria revelon- ce queimarem-se, tão depressa e a correr o ~u filho únieo às portas da morte pe-
res desta piedosa ideia, Jogo patrocinada -se bem manifesta. S. Rev."'" falou du- faz:em? di muito a Nossa Senhora da Fátima A. Ferreira, de Lamego. em uma grd-
rante uma hora; e em vez de mostrar Pelo amor de Deus! que nos salvasse. Ela, sempre boa, o u- ve doença recorrt'u ao auxilio da Santís-
pelo seu zeloso Pároco, P . Fernandes.
q ua lquer fadiga, à medida q ue o seu belo Esses nem sequer sabem o q ne estão a viu-me salvando-me e a meu fi lho. sima Virgem da Fátima e tendo sido
Os ou tros paroquianos aceitaram-na tam-
sermão prosseguia, parecia que cobrava faz:er . Continuo com o meus trabalhos es- atendido vem patentear o seu profundo
bfm com f>ntu~iasmo e, dentro em pou-
novas fôrças; declarando no fim que se Distraídos, inconscientemente movem o colares e só q uando me sinto um pouco reconhecimento e enviar uma esmola pa-
co. estava rf>alizada tão santa aspiração
encontrava perfeitamente bom. braço automátrcamf>nte e ma l. incomodada tomo um remédio para de- ra ajudar as despezas das obras.
com a aquisição de uma linda imagf>m
de 1 m4o pela avultada q uantia de Esc.
J.6ooSoo, nas oficinas do Sor. Fanzeres.
Mas, acima de tudo, causou grande
júbilo a esperança que ficou em muiws
corações do regresso do Snr. W. à reli-
Se ao menos bvessem a intenção ...
O demónio ri-se ...
Como nos d!'vemos benz:er e persinar ? ...
sinfetar o rim, e o mau estar passa logo.
l\leu filho está com pletameu te .;.'io dos pul-
mões. Continuou a estudar mas um pou-
I A.
Ferreira

Em 19 de Abril o Senhor D. Rafael, Febre tlfoide e bronquite


Prelado de Moçambique beozf>U solene- gião de seus primeiros anos. Com geral - Com atenção, com fé, com piedade, co fraco de vista. Em seteml.>ro de 19Jl'
mt'nte a imagem de Nossa Senhora da surpresa observou-se que êsse venerando com reconhecimento. quis ir a Fátima a cumprir a minha pro- Cheia de gratidão para com a Augus-
FAtima, e logo então se fez uma n umero- cav-dlheiro procurou informar-se se de Cada <~inal da cruz pode e deve ser messa de entregar o meu cordão de oiro ta Mãi de Deus - Nossa Senhora da Fá-
!13 comunhão, de umas too pessoas, pa- facto la expôr-se à veneração, no Colégio uma prece um acto de adoração, um pi&- que devia, mas no dia 11 o meu filho, tima, venho pedir o favôr de publicar
ra atrair as suas bênçãos sôbre a .Missão de S. José uma Senhora muito milagro- doso agradecimento, um acto de íntima que também devia ir, teve umas hemor- no Jornal Vo.r da Fátima a grande
da Munhuana., sa aparecida no seu Portugal. Ciente da convicção da presença de Deus. ragias ua vista, e não foi pos>;ivel acom- graça que a Virgem bendita se dignou
Foi a imagem colocada num altar, sim- verrlade, vai ao Colégio, pede que lhf> E assim é impossível fazê-lo mal. panhar-me a Fátima. conceder-me. Em 20 d!' Ahril de 1930
ples, mas bonito, leito em chanfuto, mostrem a Santa e promete ir à bênção Ah como edifica ver um sinal da cruz Antes de ir confessei-me e comunguei, um dos meus filhos foi acometido pela
madeira da terra, nas oficinas do grau- da imag<'m. bem feito!... e lá incorporei-me ua procissão das ve- febre tifoide, sobrevindo-lhe pouco depois
di' industrial. Sf. Paulino dos Santos Gil, No dia prefixo lá está o Snr. W .; po- ~ que o exterior é a manifestação do las, estive mu1to tempo junto de N .• uma bronquite pulmona r. Consultei al-
m u ito conhecido dos leitores do nosso rém equivocou-se na hora: a festa era de interior. Senhora, ouvi muitas missa.~ entre outras guns médicos St-m obter resultado sen-
M <Ssionário. tardl!. - uNão há dúvida, diz êle, vol· O cristão q ue devotamente faz sôbre si a do Ex. 180 Sr. Bispo de Leiria, assisti à sível, até que um dPles chegou a dizer-me
Do lado do Evangelho, outro novo e tarei de tarde. Meus negócios urgem: sou o sinal da cruz mostra quP tem a sua al- bênção do SS. Sacramento, e durante que não conhecia remklio que o curasse.
igual altar foi ofert:eido ao S. S. Coração intransigente no tocante às minhas refei- ma ordenada e a bem com Deus. êstts actos fui sempre pedimJo a N .• 5&- Que grandf> desgosto sofria eu e o pai.
de Je5us. ções e horas de descanso; contudo hojf' O sinal da cruz toma-se assim num ma- nhora pelo meu filho. lnff>lizmente, ao jàmais que êRte meu filho tinha começa-
São êstes os dCiis primeiros a1tares tudo será preterido porque, dê por onde gnífico atestado para aquele que o faz e chegar a casa t:ncontrei-o cego! Foi Nos- do em Outubro último os !lt"us estud08
der, quem assistir à festa da Santa». um excelente instrumento de apostolado sa Senhora que assim o permiti u talvez no Seminário de Leiria que teve de aban-
que. no g~nero, se fazem em Lourenço
Marques. As despezas de um foram cus- E assistiu tão comovido que todos para aqueles que o vêem fazer. par« aumentar a minha perseverança em donar! Cheia de muita confiança voltei-
teadas por subscrição promovida pdo creram que o primeiro milag~ da Senho- Façamos bem o sinal da Santa Cruz! lhe pffiir e depois o meu amor em lhe -me para Nossa Senhora pedindo-lhe a
Rev. superior da Missão, as do outro ra da Fátima, D<<quela capelinha, se es- E ensinemos as creancinhas a faz:l>-lo igual- agradt'Cer. Peço, pois, para publicar as cura de meu filho para honra e glória
([. roo.o.o) pela Sr.• D. Maria Sant' Ana tava operando. Nem só em Portugal a mente bem! graç.<s já concedidas para que N .• -Senho- da SS. Trindade. Promf>ti ir a Fátima
Lobo. Virgem filhos tetn ...
~nhtyO no Brasil se há u m altar
Equando? ra seja honrada e me conceda agora a cu-
ra da Ct'gueira de meu qut:rklo filho
os meses que pudesse e comungar em de-
sagravo elas muitas off>nsas que se fa-
A cerimónia da ~nçiio da imagem foi
ch f>ia ele devoção. tf>ndo pregado o Rev. levantado à Virgem da Fátima; não afir- Se ele é uma oração, que o primeiro Ceira, 2joÓ-19Jl. zem a NOS60 Senhor e Jwla convt'rsão dos
mo que não exista. Quanto às nO&o;as ca- 'leto do dia e o s\ltimn ao tomar o des- pt:eadores, e graças à SS. Vtrgem, as
P .• Femanclt'S. Resou-se o Terço. e can-
5ali daqui. a da Baía t.omou a vanguarda. canso, seja o sinal ela cruz. Maria da AssNISÇ~· _S ant' AJaO melhoras vieram ràpidamt:llte. O Sr. Dr.
tou-se a Ladainha e . diveniOS cânticos,
VOZ DA FATIMA

António da Luz Preto, delegado de saú- to ao mercado para aí fazerem as suas general Frossard, sem razão nenhuma, riá-lo chamando-lhe papista. Éle levrunta-
de em Ourém já o declarou curado. J á vendas. No caminho encontraram um ho- pensando que perdia, foi vencido. se e exclama: uSim, sou papista e glorio- Cuidado! Com Deus não se brinca ...
freqüêntou novamente o Seminário du- mem que lhes disse que era asneira irem Assim é vencida muito boa gente e me disso, porque papista quer dizer que
rante todo o ano passado sentindo-se ambos a pé e o jumento assim tão leve. até cristãos nos combates da verdade e a minha fé, por meio da sucessão não in- O semanário Católico espanhol uGali-
sempre muito bem. Montou um mas dai a pouco nova cen- do bem. terrompida de Papas, remonta até Jesus cia Social» de zzo de Agosto último CO::Ita-
Imensas graças e louvOres dou à SS. sura ao filho que deixava ir o velho a Creem vêr um dar de olhos, um me- Cristo, em quanto que a tua não vai va o seguinte:
Virgem por se dignar atender õ pedido pé. Desce-se o filho mas . daí a instantes near de hombros, um movimento de lá- àlém de Luthero, de Calvino, e de Hen- Numa das igrejas incendiadas há tem-
desta sua indigna filha outros censuravam porque a criança ten- bios, um sorriso equívoco e .. . aí ficam rique VIII e· de Isabel. pos, figurava o famoso Crucifixo debuxa-
Pontes, frêguesia de Ceissa. rinha ia a pé. Para nova experiência, êles derrotados, num estado lastimoso. Sim, sou papista. No entanto se tu ti- do por Pedro de Mena, grande escultor
Carlota de Je~ montam ambos o bprro mas não tarda- Ficam sem pernas sem voz, sem co- vesses uma faisca de bom senso, saberias espanhol. Quatro desgraçados, pelas ideia3
ram as censuras coJ ·· ti( tão grande cruel- ração, adeus convicções; já ali não está que, em matéria de religião, é melhor de- professadas, foram buscá-lo ao sítio on-
dade para com o jumento. um homem! pender do Papa que do rei, da tiara que de se encontrava e conduziram-no para
Dh·ersas graças Creio que ainda experimentaram levar Hesitam, recuam. Julgam-se vencidos da corOa, do báculo que da espada, da a rua. Um dêles, despedaçofl o divino ros-
o burro às costas mas então é que o pú- e, porque assim o pensam, são vencidos. batina que da farda, dos Concílios que dos to, e cada vez que depois de isto inten-
Agradecem-se a Nosso Senhora as gr.v blico riu a bandeiras desp;egadas. Parlamentos. Envergonha-te de não te- tava dar-lhe novos golpes, retrocedia in-
ças seguintes: Obedeçamos, pois, a Deus, e pouco • res fé nem inteligência e cala-te» . voluntáriamente, movido por uma fOrça
Augusta Lopes, agradece a Nossa Se- nos importa a opinião dos' homens. •
nhora a graça de uma pessoa, por q uem • O outro calou-se e não tinha outra coi- desconhecida.
Contentar a tOda gente é absolutamen- sa a fazer. Dirigiu-se aos seus companheiros e ~
se interessava, ter recuperado a fala que te impossível. Lembram-se daquela sogra No entanto aquilo que êle teme é me- Imitemos o general de Miribel. Acon- se-lhes:
havia per dido. A graça foi pedida por que dizia para o genro: uPorque man- nos que .nada. selharam-lhe que não praticasse ostensi- -Voltai-o e colocai-lhe a face por ter-
intermédio de ' Santa Terezinha e de Nos- daste cortar o cabelo tão curto? - Cur- - Quem é que vos causa tão grandes vamente os seus deveres de cristão pa- ra, • pois parece que me olha de uma ma-
sa Senhora da Fátima. to? Mas eu não mandei curtar o cabelo! sustos? um ignorantão que, com duas ra que isso não entravasse a sua ascen- neira!. ..
Maria L opes, agradece a Nossa Senho- - Está bem, mas então porque espe- palavras, se reduzia ao silêncio. são às honras. A isto respondeu êle: uTe- Obedeceram os três amigos e aquele:
ra uma graça particular que lhe alcan- ras para o mandar curtar, que tanto pre- Um valente soldado de artilharia fa- nho dois deveres a cumprir: o dever de continuou a sua sacrílega destruição, par-
çou. cisas?>> zia a sua oração da .noite, de joelhos, cristão e o de soldado, que lonje de se tindo-lhe os braços e, por fim, as pernas.
Maria da Conceição Paula, dos Ria- Ou então o caso do encarregado do re- junto do seu leito. Um camarada que- exc;luirem se ajudam e fortificam. Terminada a sua inqualificável obra,
chos agradece a Nossa Senhora o ter-lhe gisto civil em uma aldeia que, fazendo rendo fazer espírito e rir-se à sua custa, Estou sempre pronto quando fOr pre- dirigiu-se a uma taberna onde fez gala da
alcançado a cura da garganta de q ue so- um casamento, lia a lei aos noivos: ua diz-lhe: ua tua mãi deve ter sido uma , ciso, a dar o meu sangue e a sacrificar sua valentia, até que chegada a noite saí-
fria havia muito tempo. Tomou algumas esposa seguirá o seu esposo para tOda grande beata por ter feito de ti tão a minha vida, mas a minha consciência ram para suas casas.
gotas de água da Fátima, fez algumas a parte para onde êle fOr». bom cristão.» ÉSte st.m se perturbar, e a minha alma, isso nunca!» O que tinha destruido o artístico Cruci-
orações e Nossa Senhora atendeu-a. Agr.v - Mas isso é impossível (exclama a aproxima-se do escarnecedor, fita-o des- Imitemos para tenninar, um outro fixo ao encontrar-se na rua, disse:
dece reconhecida. esposa) porque o meu marido é revisor de os pés até à cabeça e replica-lhe: ué exemplo de mais perto, acontecido nu- Que noite tão escura! Não se vê na-
Ana Maria de Morais, do Vale da no caminho de ferro!» preciso que tua mãi seja um réles ani- ma cidade visinha que um destes dias da!
Madre, agradece a cura de sua Mãi que Eu lastimo aqueles que souberam ser mal para dar à luz um tal macaco.» TO- foi abordado por uma chusma de livres- -Enganas-te! A noite está clarissima,
estava desenganada pelos médicos. pos~ível seguir sempre a opinião dos ou- da a camarata desatou a rir. -bebedolas. - respondeu um dêles.
Belmira Mendes, de PousaflOres agra- tros. E ' mais digno de dó que o genro - Quem é o que vos causa tanto pa- uConheces o prior de? . .. E não se falou mais durante o trajec-
dece a Nossa Senhora o ter-lhe alcançado que queria seguir a opinião da sogra ou vor? -Conheço sim, é o meu confessor>>. to, ficando aquele em sua casa e seguin-
a cura do seu estômago de que sofria que a esposa que fosse condenad~ a se- Uma desgraçada criatura que só me- E tOda aquela povoação do café me- do os outros para as suas.
muito. guir por tOda a parte o seu mando, re- rece o vosso desdém. Aqui está um jo- teu a lingua no saco. Os que iam para ir Deitou-se satisfeito pela sua obra e, no
Maria Genoveva Drumond- Ilha T er- visor· de comboios. vem operário muito instruido que conhe- à lã ficaram tosquiados. dia seguinte, como não se levantasse o
ceira- Praia da Vitória, agradece & A opinião de ontem não é a mesma ce bem a sua religião e os seus deveres. Aquelas simples palavras desarmaram que d estruiu a imagem, sua mãi chamou-o
Nossa Senhora o ter sido bem sucedida de hoje e esta não será igual à de àma- Sabe que todos os grandes tratantes, to- aqueles que se julgavam espirit.os supe- e, abrindo as ja nelas, diz-lhe;
numa operação perigosíssima a que teve .nhã. A opinião de Pedro é opos\3. à de dos os fautores de desordens, tOdas as riores. Ah! O poder do homem, dum ho· -Levanta-te que é tarde e está um
de sujeitar-se. A operação correu b em e Tiago e esta é oposta à de João. SObre ~nteligêndias desviadas, todos 'os corar mem que tem fé e que tem a coragem dia formoso.
a convalescença foi rápida o que v em o mesmo objecto um diz sim e outro diz ções corrompidos gritam contra a r eli- da sua fé! O filho abriu os olhos; porém, como não
agradecer a Nossa Senhora a quem deseja não, e um terceiro nem u ma coisa nem gião e que quási todos os grandes pen- Sejamos, pois, homens de fé e confes- visse o formoso dia em que lhe falava
sempre a mar. outra. Cada cabeça cada sentença. sadores, quási todos os grandes escritores semo-la sem mêdo l sua mãi, sentou-se nervoso no leito, es-
Existe um Detus ou não existe? O ho- e, em particular, todos os grandes ben-
-...............- -- -: mem tem uma alma ou não? O culto re- feitores da humanidade foram homens ----..-..-.,...- - - -
fregou as pálperas fortemente, dizendo:
- Não sei que tenho na vista.
ligioso é necessário ou é inutil? O cris- profundamente religiosos, ou ao menos, Levantou-se mais excitado ainda, di-
tianismo é verdadeiro ou não é? E' ne- profundamente respeitadores da religião.
AVISOS cessário ir à Missa ou não é? Sabe que o seu dever é ir à Missa e à VOZ DA FATIMA zendo à mãi que levantasse a cortina,
pois êle não via o sol.
Por favôr não consulteis a opinião dos desobriga pela quaresma. Sim, mas êsse A mãi f~z-lhe a vontade e êle fitando-
I filósofos nem as multidões I Acreditai no operário de dezoito anos trabalha perto Despezas o firmamento, preguntou todo convulso:
que vos diz a consc~ência, na pa~vra dum caixeiro de quinze anos. Ora o ga- - Aonde, aonde está o sol que eu não
Assinatura anual da «Voz da Fá.- da Biblia e na da I greJa. Socrates tinha- rOto, que traz já a marcar-lhe a fronte Transporte . . . . . . . . . . .. o vejo?
-se acostumado ao mau génio e ralhos os sinais dos seus vícios, atirou um dia Papel composição e impres-
timal>: uma palavra contra a r eligião, contra as são do n. 0 108 79.000
E, convencido que não o via, caiu nos
da mulher como nos acostumamos ao braços daquela que lhe deu o sêr, excla-
Portugal e Colónias ro$oo tic-tac d um relógio ou ao movimento de suas crenças e práticas. exemplares.. . . . . . . . . . . .. 5·458S8o mando angustiosamente:
Estranj eiro . . . . . . . .. rs$oo uma máquina de costura. Tratai assim a Ora, uma palavra saída de tal boca •Franquias, embalagens, trans- - Minha mãi, estou cego!
opinião dos outros. Ter mêdo delas é que vale? Era despresá-la e ... pronto. portes, .etc. . . . . . . . . . . .. I.Jg8S35
Corno os Ex.mo• Snrs. assinantes e - Por desgraça, é verdade, meu filho,
querer contentar a tOda a gente, querer -Terás mêdo da opinião dum fraco Na administração de Leiria. 134$50 trocando-se um estreito e demorado abra-
leitores notaram, em Maio último au- Q. impossível. E' uma loucura. que foi educado cristãmente, que conhe- ço de amargura!. ..
mentou o fo~ato do jornal e por con- ce o seu dever mas não tem a coragem Total... . ..
Assim foi castigada a sua maldade.
seguinte aumentaram as despesas, co- • de o c umprir, que vê na vossa fidelida-
Donativos d esde 15$00 Meditem nêste caso todos os vândalos
mo se vê nas contas publicadas no • • de uma amarga lição e uma repreensão
viva pela sua apostasia e que procura
d < "éculo XX.
?.• Francisco Xavier- Torres Vedras, ·
mesmo jornal. O preço da assinatu-
ra ficou corno era, de maneira que
Ter mêdo da opinião é temer uma qui-
méra, uma coisa vã.
fazer-vos apostatar pensando que assim
se livra de um remorso? soSoo; Ilda. Duarte Rodrigue~ - Lisboa;, I --.,............- - - -
muito se agradece qualquer esmola Quem receia a opinião tem mêdo do - Será o receio de um poltrão que .5oSoo; Mana Stlva - Amépca, zx$ro;
nada ou menos que nada. se ri de ti em público mas te imita às Ana. J. Corey - A~érica, zxSro; Man';lel Um meio de exercer o apostolado
para que a Voz da Fátima possa con- É uma aparência, um fantasma, uma escondidas?
Mana Lucto- VIla Nova de Gata,
tinuar a ser publicada com numProsa zoo$oo; Um devoto do POrto, zÔ$oo; Jo-
imaginação, um nada . Um caçad~r pôs- A um galucho que não tenha as botas
Um propagandista do excelente
tiragem. -se a caminho e, por um esqnoctmento devidamente engraxadas preguntou o ca- sé dos Santos e Silva- Baião, zo$oo;
imperdoável, não levou cartuchos para bo: « que fazes tu de manhã quando te P.• João Tavares Correia- Porto, 15$oo; jornal La Cro1x, deu-se a correr
II a espingarda. Levanta-se uma lebre, uma levantas?». O galucho respondeu: «Fa- Henriqueta A. Rodrigues - Tarouca, mundo em busca de assinantes, e ·
zo$oo; Azilo Calipolense -Vila Viçosa, teve o seguinte diálogo n uma al-
linda lebre. Quando o caçador se prepa- ço o sinal da cruz».
A pessoa encarregada de expedir 70Soo; Assinantes em S. Tiago de Cus- deia com um velho pároco octoge-
ra para atirar diz-lhe o companheiro que Tudo se largou a rir e o pobre rapaz
teias - Porto, noSoo; Maria José M. nário:
água da Fátima e objectos religiosos a espingarda não está carregada. uCa.la- ficou desconcertado.
-Bons dias, senhor Prior. Então
é o Snr. António Rodrigues Romei- -te homem, que a lebre não o sabe» . . O O sargento que tudo tinha observado C. da Silva- Porto, 4o$oo; João Viei-
r a Vivo - Ca.lifornia, I dolar; Leopoldi- que me diz? Arranjam-se por aqui
caçador deu ao gatilho e a lebre... cam. aproxima-se, aperta-lhe a mão e 1iz
ro - Santuário da Fátima. É neces- diante de todos em voz alta: uPor vêres na F . do Carmo- Palhaça, go$oo; Ai- algumas assinaturas para o nosso
Estava môita de... mêdo!
sário que os pedidos venham acom- Infelizmente não é no mundo dos qua- os outros a rir talvez penses que disses- da d' Ag. Ferraz - Palhaça, 6sSoo; Car- jornal catóUco?
panhados da direcção bem legível e drúpedes que o mêdo mata! te alguma asneira.
mina Vieira - Palhaça. 38$oo; Colégio -Quem dera, meu caro senhor!
que nela se indique a estação em Um certo homem está em plena idade
Sacré Coeur de Maria. -
Desengana-te, meu amigo: o que tu fa- Esmola de Ilhavo, zo$oo; Maria L. de
Brasil, zsSzo; Mas não acho elementos para is -
madura na inteira posse da sua inteli- zes também eu o faço todos os dias. E Moura- Lisboa., rs$oo; P.• António B.
so.
que os Ex.mo• Clientes desejam rece- -Quem sabe? Talvez com algu-
gência,'' da sua fortuna e da estima de os que se estão a rir também o fazem
ber a encomenda que, por vezes. tem seus semelhantes. mas não teem a coragem de o dizen>.
Gonçalves - Sem.0 d o Rachól, 355$10; mas visitas que fizessemos ...
de ser despachada pelo caminho de Só os maus se riem de quem cumpre
Igreja de S. ta Maria Madalena- Lis- - Pois experimente.
Terá mêdo de quem? E de quê? Será boa, 4o$oo; Aires Gomes - S. Pedro do Efectivamente o propagandista
ferro. do seu subalterno, do seu criado, do fi- o seu dever.
Ter receio da opinião é sacrificar o es- - Louzada, 30Soo; Maria Amélia S. de da boa imprensa pôz-se a fazer vi-
Sul, 3o$oo; P.• Vitorino José de Pirlho
III lho? Será de ti que mal o conheces?. E
tu terás mêdo dum que te conhece am- sencial ao acessório e portanto_. uma Albergaria - Foz do Douro, soSoo; Ma- sitas tôda a tarde.
irlsensatez. As oito horas da noite já tl,nha
da· menos? E aí então os dois a tremer, tilde · Teixeira - Sabrosa, zo$oo; Ama- feito quinze e recolhido onze assi-
De hoje para o futuro só se publi- um diante do outro, sem saber porquê, Procede racionalmente aquele homem deu da Conceição ROxo -
que transgride a lei divina para agradar zo$oo; Maria de Jesus Mendes - V. No- nantes novos. Ao recolher-se a ca-
cam graças cujos relatórios venham Bragança,
tirando um ao outro a liberdade do
assinados pela pessoa que as recebeu bem, matando um ao outro a dignida- a um imbecil cuja libertinagem reprova va de Baronia, xsSoo; Igreja dos An- sa, encontrou-se com um gru:po de
lá no fundo do seu coração? mulheres, e disse-lhes que vinha de
ou por outra pessoa a rôgo seu, sen- de da vida, pendência de uma alma ho-
E há-de perder a sua alma para obe- plona C. Real - Açores, zo$oo; :p.• Ro- propósito de Paris para propagar o
jos - Lisooa, 235Soo; Teotonia Pam-
do necessário também vir o nome de nesta!
-Esse soldado doente lá vai para o decer a essa gente sem consciência e · ' ..o· berto Maciel - Braga, zoSoo; Maria Iza- bom jornal. Foi 10 melhor meio que
suas terras. pre sem mandato? êle podia empregar para que logo
hospital morrer sem sacramentos.. Tem bel Fernandes - Braga, zo$oo; Efigénia
A redacção receio dos camaradas da enfermana que Sacrifica o essencial ao acessório, a sua dos S. Carvalho - Gaia, zo$oo; Georg em tôda a povoação se soubesse do
se ririam dêle. eternidade a um inte resse mínimo e passa- Pfarrer - Oststmk, 31S38; Elena A. da fim a que vinha. Volta a casa do
pároco.
---..-..-..-..---- Mas um dêstes aproximando-se do mo- geiro, a aprovação de Deus à. opinião dos
homens.
Silva - França, xsSoo; Igreja de S. Se- -Boa noite, senhor Prior.
ribundo lhe segreda: uque pensas tu que bastião da Pedreira - Lisboa, x8$4o; Dr. -MUito bem vindo. Então nâO
- Será If-SOável êsse doente que vai Henrique de Queiroz - Vizeu, xsSoo;
TEMO QUE SE RIAM DE MIM nós somos? olha que não somos nenhuns
pagãos. Ha já dois dias que nós pregun- morrer e não se atreve a mandar cha- Manuel R. da Costa - Guarda, 1oo$oo; lhe tinha eu dito que ná{) arranja-
va nada?
tavamos que se tu querias para aí mor- mar um sacerdote? Candido Prior - Vila de Rei. zo$oo;
Muitas pessoas deixam de praticar a r&- Mas êle tem m êdo. Recorda-se que num - Não é tanto assim. Olhe que
rer como um cão ou como cristão.» Peditório em Alenquer, 4o$oo; Distribui-
ligião por esta simples consideração que Uma hora depois, o moribundo, cu- certo enterro um convidado censurou ção em Extremoz, x8oS8s; Maria Augus- já. tenho onze assinan~s.
fazem a si mesmas: «rir-se-iam de mim». um dos seus amigos gue recebeu os Sa- ta Cunha, 15$oo; Luís Lemos - Beja, - Onze assinantes! Então po-
rado da doença do mêdo, confessava-se, nha-me lá a mim também, e com-
Mêdo e mais nada. Muitas vezes temos recebia 0 Sagrado Viático e a Extre- cramentos e treme da amanhã sêr obje- zo$oo; João Cofre -
· Maria da Conceição Vieira - Lisboa, plete-se a dúzia.
Madeira, rsSoo;
observado êste fenómeno. ma-Unção e morria santamente. cto das mesmas céticas censuras.
Vamos, pois, fazê-lo compàrecer no Sacrifica o essencial ao acessório, o soSoo; Dr. Carlos M. Ribeiro - Brasil, No outro dia contlntlaram as vi-
O ídolo dos selvagens não é . senão um
. tribunal da razão. bocado de pau ou de metal, mas o sel- seu dever ao seu amor próprio mal en- rsSoo; Saneia de S. Moreira - Calçada, sitas até às onze horas e recruta-
Ninguém quere passar por falto de in- vagem trata-o como se fosse um Deus, tendido, o juízo de Deus à opinião dos xsSoo; Maria I. S. Batista - Montoito, ram mais oito assinaturas, entre
teligência e tOlo. Pois eu digo e vou pro- homens. elas a dona da hospedaria e a ven-
teme-o e resa-lhe. zo$oo; M. José dos Santos Moreira- dedora dum jornal pa.rtsiense: e
var que quem obedece ao respeito huma- É um insensato . É a in.versão do mail! L. da Palmeira, zoSoo; Igreja do Me-
no e tem mêdo da opinião dos outros O poder do ídolo não vem da sua na-
elementar bom senso. ainda se esperava a resposta defi-
tureza mas dos seus adoradores. xia!, 75$oo; M. Urbano Alves - Fa- nitiva de m~ cinco pessoas. Em
pratica um acto de estupidez e loucura. ro, zo$oo; Maria Rita P. da Cunha -
Da matéria, o idólatra faz um Deus. suma, de todos aqueles a quem <'
É assim a opinião. É uma ideia que nós Viana do Castelo, zo$oo; Maria Bensan- propagandista falou, só cinco o re-
T er mêdo da opinião é querer conten-
mesmos forjamos e diante da qual tre-
• • de - M. Real, so$oo; Maria Ferreira Fi- cusaram_
tar todo o mundo e isto é uma insensa-
tez. memos. Destruamos esta vã ideia. Em conclusão, não é rasoável t!lr mê- gu-eiredo- Lisboa, 13o$oo; Madame En- Quem déra à nossa imprensa re-
Ouvi. Deixai-me contar-vos uma ane- - Uma batalha perdida é uma bata- do da opinião, isto é, querer contentar carnação - Lisboa, zo$qo. ligiosa propagandistas tão dedicados,
dota muito conhecida mas que contém lha que nós previamente julgámos per· tôda a gente, com mêdo duma quiméra, activos e perseverantes!
dida, dizia um general. sacrificando o essencial ao acessório. Lembrem-se que a. propaganda
uma verdade muitas vezes esquocida. E'
Imitemos antes o grande O'Connel. Um
Este número foi visado pela Comis- da boa imprensl\-. é o grande apos-
a história do moleiro, o filho ê. o buf'1'o. Numa batalha, qnási ·derrotado, um
O moleiro e o filho conduziam o jumen- general não querendo ser, não o foi. O dia no parlamento inglês, quiseram inju· são de Censura. tolado dos tempos modernos.
ANO IX LEIRIA, 13 de Novembro de 1931 N.• 110

DOM APAOVAOAO ICLEIIAITIDA

•eruter 1 Propriettrio• Dr. Manuel Marqu11 dos lantoa 1 Emprtaa Editora• Tip. "Unilo Qrtfioa" T, do Dnpaollo, 11· Liaboa 1 Administrador. P. Ant6nio doe Reia 1 Redaoolo 1 Allmlnntraelo• "lemlntrle 111 Leiria"

,
FATIMA, excelSo tróno da M _ãe
·de Deusf em
. terras de Portugal
Fátima, Joga,. querido dos católicos pof'tugueses, pois não é centf'O de piedade meramMt#e ,..p,.ol, é um sonluári. nacional,
centf'O de que Íf'radiam os eflwvios da graça até para aUm das fronteiras!

(Sr. Conselheiro Fernando de Sousa, em editorial do jornal uA Vozn número d e 1-4 de Outubro último).

(Põrto). de Extremoz, de Rio de Cou- dem, não há respeito pelo próximo. Os zendo evoluções e satldando os pecegri·
O dom do Coração de Maria Ao Evangelho o venerando celebrante
ros (Leiria), da Ordem Terceira de S. proferiu um eloqüentíssimo sermão, que católicos são a guarda avançada do exér- nos.
Francisco a Jesus {Lisboa), de Cela (Al- foi ouvido pela multidão imensa que cito da ordem. No fim da missa o Senhor Bispo df'
Maia uma vez, Fátima, a gloriosa Lour- cobaça). da Lousã, de Bemfica (Lisboa), àquela hora enchia a Cova da Iria gra- Não existe vida cristã sem um alto Macau deu a bênção com o Santíssimo
.tes portuguesa, escreveu páginas de ou- do Patri:ucado de Lisboa, de Pou· ças aos potentes megafónios colocados em pensamento de fé a presidir a todos os Sacram~nto aos doentes. Levava a um·
ro, engastadas de trechos sublimes, no safiores (Ancião). de Nespereiral {Sin- diversos pontos do vasto r ecinto. nossoS actos. O catolicismo é um con- bela o sr . Con selheiro Fernando de Sou-
livro maravilhosamente belo da sua divi- fães), de Alcobaça, de Valverde (Al- O ilustre Prelado agradece à Virgem junto de verdades e preceitos que é pre- ea.
na história de catorze anos. canede) e da Emr.resa de Cimentos de a graça que lhe concedeu de poder visi- ciso abraçar e praticar. Todos devem ser
:e ali, no vasto recinto dos santuários, Enquanto um sacerdote fazia as invo-
Leiria. Estas peregrinações precedidas dos tar Fátima, laboratório celeste, oficina católicos em casa e f6ra de casa, dentro cações do costume, correspondidas pela
aos pés de Jesus-Hóstia e da Virgem Ma- respectivos ~tandartes e acompanhadas multidão dos peregrinos, os doentes re·
ria, que está piedosamente aloelhada, em pelos seus directores espirituais, dirigi-
sentida homenagem de adoração e amor, a zavam e choravam, suplicando a J esus-
ram-se primeiro para a capela das apari- -Hóstia a cura ou alivio dos seus mal~
alma religiosa da Pátria, o coração cató- ções, cantando em córo o Ave, junta- ou a resignação e o confõrto necessári~
lico de Portugal. mente com a multidão que, abrindo alas
Os crentes, impulsionados pela sua [é para levar a cruz do seu sofrimento com
à sua passagem, assistia ao desfile cheia mérito para o Céu.
e pela sua piedade, acorrem em multidio de entusiasmo e comoção.
à Cova da Iria, para haurirem, na con- Depois de recitado o terço do rosário,
templação das grandes manifestações re-
ligiosas de cada dia 13 que passa e nas
intercalado de jaculatórias, o maravilho- A procissão da despedida
SO cortejo percorreu o itinerário do cos-
graças que irradiam daquele trono de tume e dissolveu-se em frente do pavi- Cantado o Tant"m ef'go e dada "
amor e misericórdia da Mãi de Deus, a lhão dos doentes, onde se cantou o Cf'edo bênção geral com o Santíssimo Sacra·
[ôrça indispensável para as lutas da alma de Lourdes. Ao Cf'edo segÚiu-se a mento, o Senhor Bispo de Leiria pediu
e para as tormentas da vida.
a recitação dalgumas Ave-Marias por di
Há quási três lustros que Fátima, si-
tuada precisamente no centro geográfico Adoração nocturna versas intenções, entre as quais a inter·
cessão de Nossa Senhora de Fátima pa·
do país, é o polo magnético poderosíssi-
A adoração nocturna, que principiou à ra se obter a paz religiosa em Espanha
mo que possui o mago condão de atrair como tinha sido solicitado pelos SenhorC}
dum modo irresistível todos os que téem meia-noite, foi presidida pelo Senhor Bis-
po de Leiria, que teve a assisti-lo os Se- Bispos de Tuy e Barcelona.
fome de ideal, sêde de virtude e perfei-
nhores Bispos de Macau e de Beja. Da Depois 05 três Prelados presentes ben·
ção, anelos de paz, ânsia infinita de lu7.,
meia-noite às 2 horas realizou-se a ado- zeram 05 objectos religiosos apresentad~
amor e vida. pelos peregrinos e deram juntamente a
Enquanto o mundo se agita e convul- ração nacional, tendo o Senhor Bispo de
Beja explicado os mistérios do Rosário, bênção geral. Por fim realizou-se a pro·
;iona,. em mutaçõ"S de cêna súbitas,
das 2 às 3, a da peregrinação de S. Ma- rissão do adeus, afim de transportar a
inesperadas e formicáveis, derruindo tro-
mede de Infesta, das 3 às 4. a da pere- veneranda imagem da Virgem para o seu
nos, desencadeando ó...!ios, revolucionan-
grinação de Rio de Couros, e das 5 às 6, altar na capelinha das aparições. Esta
do povos, produzindo lutas fratricidas e
a da peregrinação da Ordem Terceira de procissão, que percorreu o itinerário do
suscitando em· todos os espíritos as mais
S. Francisco, de Lisboa. costume, revestiu, como sempre, uma be-
;érias apreensões acêrca dv futuro da ci-
leza e uma imponência extraordinárias.
vilização, Fátima ergue-se para o Céu,
O adejar contínuo dos lenços, os cânti-
'>Õbre a predestinada terra de Santa Ma-
ria, como um paraíso gigantesco, a des-
As missas e comunhões cos piedosos, as aclamações à Virgem, ~
lágrimas de intensa comoção que brotam
viar os golpes da justiça divina, irrita- Celebrou a primeira Missa, a Missa dos de tantos olhos, a fé e a piedade de tan-
da com as culpas individuais e as ini- servitas, o rev.do dr. Marques dos San- tas dezenas de milhar de pessoas, tudo
quidades colectivas e a atrair sõbre Por- tos, capelão-director das associações de isso constitui um espectáculo sobremodo
tugal e o universo as misericórdias de servitas. impressionante que prende, comove e en-
Deus pelas mãos da Virgem sem mancha, Às 6 horas, o Senhor Bispo de Beja canta, enchendo as almas e os ccraçõPs
Padroeira da Nação! celebrou a 1\.fissa da Comunhão geral. daqueles que teem a ventura de o pre-
Fátima, páramo de luz, estância de Depois, entre outras, rezaram-se as mis· senciar, da mais pura e intensa alegria t
paz. foco intenso de amor divino, que sa.s privativas das peregrinações de Ex- das mais suaves e perduráveis consola-
caldeia as almas e os corações, purifican- tremoz, de Rio de Couros, de S. Mamede ções.
do-os e apontando-lhes os seus eternos de Infesta e da Ordem Terceira de S.
destinos, bemdit.a sejas, como bemdita Francisco.
seja também, mil vezes bemdita, Aquela Os homens e rapazes que se aproxima- O monumento ao S. C. de Jesus-
que te concebeu e fez nascer, numa ex- ram da mesa eucarística para receberem o
plosão de ternura misericordiosa do seu Pão dos Anjos tinham-se confessado du- Uma surpresa das mais agradáveis c
coração maternal, em favor dos seus fi- rante a noite e pela manhã na capela mais inesperadas para quási todos os pe
lhos queridos de Portugal! da Penitenciaria, onde numerosos sacer- regrinos foi o monumento recentemE'nh
dotes estiveram sempre à sua disposição erigido na Cova da Iria em honra do Sa
A procissão das velas para êsse fim.
Calcula-se em cêrca de quinze mil o
S. Ex.• Rev.ma o Sr. Bispo de Macau celebrando a missa dos grado Coração de Jesus.
doentes em frente da nova IJ!reja em construção. A formosíssima imagem assenta sôbn
Ao cair da tarde do dia n, já uma número de comunhões, a avaliar pelas uma alta coluna de mármore branc<), ac
multidão de muitas dezenas dl' milhar partículas consagradas que se distribuí- centro do depósito da água da fonte ~·
de fiéis cobria como uma enorme man- ram. raculosa, que tem a capacidade de cento
cha negra á parte mais central do lugar de m1lagres. Fala das nossas tradições e e fóra de si, no templo e na praça. Im- e sessenta pipas, precisamente no ponte
das aparições. Missa, sermão e bênção dos doentes das ôossas glórias missiónárias. Diz que porta cumprir sempre os deveres que de convergência dos dois planos inclina·
Essa multidão foi engrossando cada vinha ali trazer as homenagens do povo Deus e a Igreja nos impõem. :e mister dos do recinto das aparições, ·em frente
vez mais, até às dez horas da noite com A missa do meio-dia solar, vulgarmen- cri11tã0 do Extremo Oriente e ao mesmo ,que todos os peregrinos levem daqui por da Basílica.
a. che.gada de novos peregrinos, vindos de te conhecida pela designação popular r\e tempo aquecer a sua devoção ao contacto toqo o Portugal o amor e a devoção à Os peregrinos, ao entrarem no· loca
tôdas as direcções. missa dos doentes, foi celebrada pela se- da d!i tatJtos milhares ode portugueses. Virgem. sagrado, ~tacavam de súbit~, admiradOt -
· A •. essa hora iniciou-~ ·a procissão das gunda vez no altar improvjsado defrocte Tendo· precorr,ido ás tegiões onde nasce o O distinto orador, que chorava e fazia e extáticos, na contemplação muda e a.d
velas, sempre antiga e sempre nova, que da grande Ba.silica em construç-ão. Foi sol, encontrou por tôda a parte, na 'Ma- chorar· de .cpmoção,. terminou o seu mo- mirativa da linda e encant~.Q.ora' está
.>e, desenrolou através. das .av.cnidas do celebrant,e. o ilustre Bispo missionário, lásia, na 'Fonkim, • na China, '110 Japão, .nm;n<:ntal discurso, implorando a bênção tua do llivino Rei de J\,mor.qne, de b~
recinto .dD Santuário, enchendo-o de luz Senhor D. José, .da Costa Nuces. Momen- um vivo sentimento de devoção para·çam da. Virgcl]l d_e Fá~a para 1l-S cristanda- ços estendidos, .parece çstar convidapdc
• e ,de . vida. · tos antes de principiar a missa, tinha si- a, ~irg.cm, . cujo. nome foi levado pelos des do Extremo Oriente, especiíilinente . iod,ps, :f.l. ...~cglhe!~:se. !M>b o PJ.aQto pro
. Duran)!e ~:.P~oci§SiW.~-~ f.i!as ~ipbjl.­ dq • feito processio~l.ment,e , o tz:ansporte pprtu~s~ _àque!as Joqgínquas parag~ns para as da sua diocese. · · tector d'a. sua realeza de paz, amor e. JI\!.
das, viam-se as peregrinaÇões de ·Arrabal da imagem de Nossa Senhora âe 'Fátima juntámente com a fé cristã. Ao Credo um avião nVikern passou vá- sericórdia.
\Batalha), de S. Mamede de Infesta para um trono junto do altar. Sem religião não há paz, não há or- rias ve7.es por cima da Cova da Iria, fa-
2 VOZ DA FATIMA

ma, J osé Bonifácio, Luís Carlos da Con- Famílias cristãs... . . . ::4 re,;, massacrados pelo ódio bolchevista minhas aflições estão passadas, o menos
No albergue de N: S: de Fátima ceição, Alberto Lôbo de Abreu e Abílio Familias catecúmenas 8 na China. que posso fazer é recitar os mistérios glo-
Tomé. Cristãos baptizados... 66 Com o os antigos cristãos fugiam para riosos 'em honra daquela que é Mãi de
Foram cêrca de duzentos os doentes ~ digna dos mais rasgados encómios a Catecúmenos ... ... ... ... 32 Macau no t empo das perseguições, assim nós todos. E é assim que eu passo os
que, depois de prévio exafie no Posto dedicação dos servos e das servas de estes, ainda hoje, vieram procurar nesta meus dias.
das verificações médicas, obtiveram o Nossa Senhora de Fátima, aqueles su pe- No dia da inauguração da Capela foi cidade um asilo seguro contra a persi- « - Está bem, já conversámos muito,
respectivo bilhete de ingresso no Pavi- riormente dirigidos pelo sr. Major Perei- ali administrado o p rimeiro Baptismo a guição comunista. murmurou m eu marido, dá lá o terco a
~hão para assistirem à missa do mcio-di'l ra dos Reis, coadjuvado pelo sr. dr. Car- uma recém-nJ.SCida menina, a quem foi 11. escola fundada pelo R. Monteiro, essa mulher e deixa-a ir.n
e receberem a bênção do Santissimo Sa- los Mendes, e estas pela sr.• D . Piedade dado o nome de 1\.laria do Rosário da Fá- encarregado desta Missão, é frequentada Nenhum de nós cuidou mais de falar
cramento. Lemos, directora do Pensionato de Nos- tima, senêlo também sua Madrinha, por por crianças ainda pagãs. mas que apren- das coisas admiráveis que tínhamos ouvi-
Entre as enfermidades de que sofriam sa Senhora de Fátima, de Leiria. devoção, Nossa Senhora da Fátima. dem a conhecer Deus, Nosso Senhor. do, m as eu me perguntava a mim mesmo
predominavam as do aparelho respirató- Prestaram também os seus serviços co- O copo dt> água o u ágape fraternal. Está debaixo da protecção de N.• Se- se era esta a religião que me ensinaram
rio. Foram tamb.ém constatados alguns mo uservitasn o sr. dr. Afonso Lopes a desprezar.
casos de lepra e de cancro. Vieira e sua Espôsa, que raras vezes fal- Muitas vezes mais voltei a falar com
Dura nte a inscrição dos doentes pres- tam em Fátima no dia treze de cada a velha Maria que, quando eu lho pedi.
taram gentilmente os seus serviços os mês. me deu da melhor boa vontade o seu Ro-
srs. drs. Pereira Gens, director do Pôsto, sário.
Luz Preto, Augusto Mendes, António Li VJScond~ de Monte/o E, finalmente, chegou o dia em que t:u
pedi a um sacerdote para me instruir ~
preparar para a recepção do baptismo.

Oculto de Nossa Senhora de Fátima Depois de o receber na Igreja Católi-


• ca, "diS!:e-o a meu marido que ficou tão
irritado como eu nunca o tinha visto.
Mas eu esperei, rezei e no fim dalgumas
EM MACAU semanas, êle me diz:
«Vai lá tu à tua igreja, se assim te
Da revista - Religião e Pátria - que Nos aterros conquistados ao ma r, a apraz, que eu e os nossos filhos TalllOs
se publica em "Macau, transcrevemos o nordeste da Ilha Verde, depois do violen- à nossan.
seguinte para conhecim~to e edificação to incêndio de há dois anos que ali re- O t empo foi passando até que nm dia
dos nossos queridos leitores e como home- duziu a cinzas centenares de barracas de eu lhe digo: ·
nagem a S. Ex .ola Rev.ma o Senhor Bis- ola, surgiu, como por milagre, nesse lo- " - H enrique, vem hoje comigo».
po D. José da Costa Nunes, o grande de- cal purificado pelo fogo, com o valioso :€1e cedeu e no fim désse ano tive a in-
voto da Senhora de Portugal, como à auxílio prestado pelo Govêmo da Coló- disível felicidade de ver os meus sete fi -
Virgem da Fátima chamam os cristãos do nia e por alguns chineses abastados, um lhos e o pai recebidos no seio da. única
Oriente. formoso bairro, de espaçosas ruas, já ar- verdadeira Igreja.
O dia 13 de maio, 2. 0 aniversário da borizadas, as quais, crescidas as árvo- A senbera parou .
Colonizaç«o de N. a Senhora de Fátima res, serão lindas alamedas. Conta já 420 «-E é assim q ue V. Ex.• trar; to-
em Macau, foi um verdadeiro tri1!nfo da casas de tijolo e é destinado a ser n
MACAU- Alunos da Esc:ola da Missão de N. S , da Fátima.
dos os dias êsse Rosário da velha irlande-
mesma Senhora, e urna manifestação so- maior bairro do operariado de Macau. sa? lhe disse eu, depois de uns m omentos
lene e entusiástica do bom povo Macaen- Foi nesta parte nova da cidade, ha- de silêncio.
se para com Ela. bitada por uma população chinesa, quá- nhora de Fátima e é sustentada por ben- " - Sempre, padre, e muitas ...ezes
A igreja de S . Domingos que a Senho- tanto em uso entre os cristãos chineses
se totalmente pagã, superior a 3.000 al- feitores de l'>lacau e Hong Kong. · nas soirées ou r ecepções, algumas senho-
ra escolheu para sua «Cova de Irian aqui, em semelhantes festas, foi, pela escassês
!J!as, que, no dia 13 de Maió, 13. 0 aniver- O $r. Bispo de Leiria enviou medalhas ras das minhas r elações veem examinar
sário da primeira aparição de Nossa Se- do tempo, celebrada com sumÇ> júbilo
esteve todo o dia, pode dizer-se, cheia de de Nossa Senhora de Fátima para as as contas.
povo que ia orar diante dela. Em tôdas nhora em Fátima, Macau , depois , de ha- de todos no domingo seguinte .
A muitos dos cristãos desta Missão cir- crianças. para a sua desvelada professo- «-Que extraordinárias joiasl Vieram
as Missas se distribuíram muitas comu- ver sido a primeira cidade do Extremo- ra e para o R. P adre Missionário. da I ndia?n
-Oriente a propagar entre os seus filhos cula-lhes nas veias o sangue de mârti-
nhões. «-Não, não vieram da I ndia .•
De tarde, d epois das Vésperas sole.nes, o culto e devoção a N.• S.• do Rosário « - E valem muito?
formou-se a procissão das v elas. Eram 7 de F átima, pode hoje !Jfanar-se também «-Caríssimas! P ara mim yalem m ui-
h. quando se começou à mover a procis- de ter sido a primeira a dedicar-lhe um porta. Não tenha mêdo que nós não lhe tos contos.»
são em direcção à Penha. santuário. pôsto que, por ora, seja sim- O Rosário da irlandesa fazemos mal». E logo que está satisfeita a curiosida-
Encorporaram-se nela mlihares de <te- plesmente uma pequena e humilde capela Ela fez uma reverência à velha moda. de da minha interlocutora, con to-lhe a
votos, quási todos com velas na mão. construída pelo zêlo infatigável do Sr. ccDurante urna missão prêgada em Lon- « - Fazer-me mal a mim? Quem é história que acabo de contar a si e é as-
A estátua da Senhora ia num carro dos Bispo de Macau auxiliado pelo seu coo- dres, o P.• Conway, velho missionário, que no mundo me quererá fazer m al?n sim que o Rosário da minha boa. Telhi-
bombeiros, ricam ente ornado de lírios e perador Rev. P.• José Monteiro. foi convidado a visitar uma nobre famí- "-Certamente ninguém , mas entre!•• nha irlandesa vai ainda fazendo bem e
iluminado com profusão. Cercavam-no · A sua superfJcie interior mede II ,m8o lia. A dona da casa trazia, junto com os Lá se convenclu e entrou, seguindo-se t'xercendo o seu apostolado».
a njinhos lindamente enfeitados e as Fi- de comprimento por s.mss de largura, seus adereços. um modesto Rosário de logo a seguinte cêna:
lhas de Maria de N .• Senhora de Fáti- tendo anexos dois quartos que lhe ser- carva lho da I rlanda; e, como o missio- « - Boa mulherzinha, vocemecê per- ---.,..,.,.,.- - - -
ma com o seu primoroso uniforme . vem .de sacristia . nário se mostrasse um pouco surpreendi- deu alguma coisa?n
Du.r ante o trajecto, o Seminário. os Na capela-escola cm cujo altar se ve- do, diz a senhora: «- Se perdi, não o sei. E que é que
CongregadO'! Estudantes, os colégios dos • nera uma rica e linda estátua de N. s « - V. R ev .• quere que lhe conte a eu posso ter perdido?» A religião já fez o
Salesianos, de Santa Rosa d e lima. da Sr.• de Fátima. oferecida por um grupo história dêste Rosário?" u - Veja lá; vocemecê perdeu alguma
Beneficl'ncia com seus estandartes, bem de devotos de Hongkong, celebra-se o -«Com o ma ior prazer, minha senho- coisa! Perdeu o seu Deus. seu tempo
como a Confraria do Rosário foram sem- Santo Sacrificio da Missa, nalguns dias ra.» « - Perder o meu Deus! ~le me livre
pre cantando, sendo acompanhados en- festivos, e os cristãos recitam em comum E a nobre senhora começa assim: de tal! Que é que quere dizer com isso?n Não é muito raro ouvir por a.í eeta · to-
tusiàsticamente pelo povo. as oraçÕes nos sábados à tard~ e nos do- Em primeiro lugar devo dizer-lhe que " - Não se zangue. Perdeu uma coisa la expressão.
Era m 8 I/4 quando o andor entrou no mingos; nos dias feriados funciona uma a família de meu marido era do núme• que vocemecês, os papistas, adoram ». E Quererão talv ez dizer que a. reli.giã<>
adro da ermida da Penha, que estava aula de chinês elementar, frequentada ro d os mais fanáticos entre os protestan- apresentei-lhe o Rosário . não satisfaz já as necessidades moder-
profusamente iluminada. No lado que olha por 36 crianças de ambos os sexos, cuja tes e que as minhas ideias a respeito dos «-Oh! Acharam o meu rico terço? nas e que terão coisa que a substitua
para a cld.ade lia-se - Protegei Por- professora exerce simultâneamente o mu- católicos eram certamente falsas . Ti- Que Nosso Senhor lhes pague, minha se- com vantagem.
t ugal. nus de catequista. nham-me ensinado que a ignorância e a nhora, e é tudo quanto posso dizer-lhe. Vamos provar que Jesus Cristo 6 in-
A iluminação da fachada era rematada Nas duas casas, alugadas, da aldeia, idolatria eram os seus grandes defeitos. « - Mas olhe lá: vocemecê pão sabe, dispensável ao mundo e que a su. reli-
pelo monograma de Maria artisticamen- mal.s próximas da capela-escola, residem Por isso eu e meu marido tínhamos todo o mulherzinha. que é pecado adorar os ído- gião 6 insubstituível.
te debuxado, e encimado pela corôa que a mestra-catequista e a médica-catequis- cuidado para que nenhum católico vies- los?»
lhe é própria. ta, encarregada do dispensário. Uma ca- se para nosso serviço ou tratasse dos nos- « -Mas eu não adoro ídolos» . E a po- • • •
F eito silêncio no adro da ermida que sa serve-lhes de dormitório para elas e sos filhos. bre irlandesa, pondo-se muito direita, ex- Temos vma alma e esta alma tem um
t>stava coalhado de povo, bem como em criadas, a outra de sala de visitas, sala Um dia a minha creada de quarto vem plicou que fôra o Padre Mahoney, q ue destino que não pode regular-se fóra de
baixo na esplanada, que se estende adian- de doutrina e de dispensário. No dispen- ler comigo e diz-me como que fora de si: Deus ha ja, que lhe ensinara a rezar o Jesus Cristo. Qualquer dia desaparece-
te da gruta, começaram os Sermões, em sário foram já baptizadas 5 crianças, de - ccú minha senhora, quere ver o que Rosário e a sua significação. remos mas a morte não é o nada. ~ a
Português pelo R. P. António M. Alves, pais pagãos, que, regeneradas pela gra- eu achei?n Eu sorri com piedade e retorqui: conclusão da vida presente e o principio
e em Chinês pelo R . P . Domingos Yim ça bap~mal. dali partiram para o céu. «-Que é isso?" « - Leia a sua B íblia, creaturinha, e da vida futura .
«-Não vê? ~ um dos terríveis ídolos não se deixe escravizar e enrodilhar pelos Ora, nessa vida futura quem ~ q ue nos

.- dos papistas!"
E estendendo a mão entregou-me o Ro-
sário que V. Rev.• aqui vê.
seus padres!»
A piedosa irlandesa, esquecida da sua
timidez, desatou a rir:
receberá e colocará no nOS&O lugac? Tô-
das as vozes da terra, se calam e nós te-
mos de responder à voz do nosso Juiz ...
« - À porta da entrada. a porteira « - Oh! minha senhora, eu não sei este Juiz t em um nome: chama-se Nosso
diz que êle pertence a uma velha irlan- nem urna letra mas isso não me faz falta Senhor Jesus Cristo. E J esus Cristo 6 o
desa que vem todos os dias vender para conhecer a minha religião». rei das almas.
agriões.» E entretanto ia deixando passar pelos - Temos uma inteligencia e esta pÕft
Levei o Rosário ao salão onde estava dedos as contas negras do seu t erço, di- questões que só J esus Cristo pode resol-
H enrique, meu marido, com Clara, sua zendo: ver.
innã m ais nova, e, enquanto nós nos ría- « - Eu bem sei que as senhoras St" «Quando se não quer ovvir (dir: Bos-
mos à vontade das superstições de Roma. riem de mim! Deixá-lo, mas vou dizer o suet), cada um arm11. um tribunal d en-
foram anunciadas duas visitas. que leio no meu terço e o que é que êle tro d e si mesmo em que se toma o árbi-
O Rosário foi minuciosamente exami- me ensina. tro da sua crença e como a licença não
nado. No fim, a minha cunhada excla- E com uma voz alta e firme, de olhar tem freio, uns não cessam de disputar
mou: vivo, começa: toma.ndo os seus sonhos por inspirações.
cc - Mandem cá vir a velha amanhã e « - Veem êste crucifixo? Pois bem! emquanto outros vão procurar um repou -
vai ser um pagode, uma coisa pândega Quando olho para êle penso como Jesus so funesto na indüerença e no ateísmo.
a valer». . morreu por mim no Calvário, penso em Os absurdos em que caem negando a re-
Aprovei a ideia de Clara e, depois de tôdas as suas chagas, om t odos os seus ligião tomam-se mais insustenta..-eis que
a lgumas hesitações, o me u marido con- sofrimentos e digo: uMeu doce Jesus, li- as verdades cuja altura os espanta e pa-
sentiu também. vrai-me de v os ofender!n; e beijava com ra não seguirem mistérios incompreensí-
As duas visitas foram convidadas a as- fervor a cruz do seu terço. veis, vão caindo, uns atraz dos outros,
sistir à cêna para gozarem com ela e " - Vêem agora esta conta grande e em erros incompreensíveis.•
um d os criados foi encarregado de traze( estas três pequenas? Dizem-me elas que Ah! como com pena magistral Bossuet
MACAU - Capela de N. S. da Fátima. anexa à paróquia de a velha no dia seguinte de manhã. há só um Deus e tres pessoas. Estas dez descreve bem os desvios intelectuais dos
SY' An tonio Nesse dia a uma hora excepcionalmen- contas pequenas lembram -me que há dez descrentes! Jesus Cristo é o Doutor das
te matinal lá estávamos todos r eünidos. mandamentos da lei de Deus que eu de- inteligências.
H enrique tinha entrado em cheio no es- vo guardar. » Temos uma vontade e esta v ontade
que foram ouvidos com grande atenção ~ realmente visível a bênção e a graça pírito da brincadeira e eu, cá por dentro E a santa mulher se pôs a contá-los, e t em deslizes, falhas, fraquezas que só
por tôda a multidão que se apertava em celeste, trazida a êste torràozinho por- pensava que seria facllimo converter es- depois, parando um pouco para tomar fô- Jesus Cristo pode curar. Bem sei que o
volta dos respectivos púlpitos, colocados tuguês, na China, pela Padroeira e Mãi ta pobre e ignorante criatura. 'lego continuou: homem honesto sem religião se traça nm
defronte d a capela e da gnrta. dos portugueses, Nossa Senhora de Fáti- << - A1 vem ela, exclamou repentina- « - O Rosário em si mesmo é com- programa de dignidade moral. Mas, em
Seguiu-se dentro da Capela o Te Deum ma. mente o meu marido, e todos fomos para posto de quinze mistérios em honra da presença das mil tentações que o a gitam
e a Bênção do 55.•0 ., que foi dada tam- A t erceira casa é destinada a servir aos a janela para ver aquela velhinha, de Mãe de Deus: cinco gozosos (e enume- por dentro e o assediam por fóra, falta-
bém aos enfermos. homens, de reünião, de recreio e de ca- fraca aparência, vindo pelo jardim fora rou-os); cinco dolorosos (e nomeou -os) e -lhe a força e a sua virtude acaba, pois
A imagem da Senhora só à meia-noite tequese. ao lado do nosso criado, rapaz de alta cinco gloriosos, e, elevando a ..-oz en- qu e só Deus não acaba. E, novamente
recolheu para dentro da ermida, pois te- A mestra-catequista é subsidiada pela estatura. · quanto os contava, ajuntou: me vem à memória o incomparável Bos-
ve sempre até àquela hora muitas pessoas paróquia de Santo António. A médica-ca- Ela parecia discutir e protestar ..-igo- « - Quando vou por êsse m u nd o a v er suet . uCausa horror e fa z tremer , diz ele.
piedosas a orar devotamente j unto dela. tequista, o dispensário e aluguel das ca- rosamente. se ganho a vida h onestamente digo os quando se consi~ o que pode fazer o •
A procissão de N .• Senhora de Fátima sas são pagos pela caridade dum grupo u - E ntrar assim n esse lindo salão com mistérios gozosos. Quando o dia corre esquecimento d e Deus e este terrível pen-
como aparece daqui, está sendo a x.• pro- de Bem-feitores e Bem-feitoras, de Ma- os sapatos cheios de lama, isso não o fa- mal e eu m~ pregunto a mim m esmo on - samento de não ter nada acim& da ca-
cissão em Macau . Bem haja pois êste cau, de H ongkong e de Shanghai. ço! Não, isso não. A senhora q ue façA fa- de é que h ei de cear. r epito os misté- beça.•
bom povo e todos aqueles q ue vêm tra- O número de famllias cristãs e cate- vor de -rir cá baixo e dizer-m e o que rios dolorosos e digo a mim mesma: Ma- Procu~se fóra de Jesus Cristo al~­
balhando com zêlo de apóstolos em pro- cúmenos presentemente ali estabelecidos q uere. ria Feenam, para q ue te inquietas? Um m~~o coisa que nos d omine, q ue no. regu-
mover cada dia m ais esta d eYOÇi.o eotre vem a Bel": • - Não, não, mulherzinha. Entre. t-n- dia. t 11do há d e acabar e Deus te dará le, que nos faça parar na ladeira, que
.nóa. t:re, lhe disse ow encaminhando-. para a a craça para acabare~~ bem. E quando as no. reprima. que noe lennte. Nio 1111 eo-
VOZ DA FATIMA 3

contra nada ou quási nada. J esus é o Se expulsais o Evangelho, pensais que -PorquU luta terrível lá por dentro, mas no fim elevada da religião que possuem certas
regulador das vontades vacilantes. a humanidade possa viver das negações -Entrei hoje numa igreja. de quinze dias de missão, mesmo na vés- cristãs, um pequeno sorriso cheic de
- Temos um coração e no coração !la de Renan ou das porcarias de Zola? E como a fisionomia da rapariga mos- pera de se retirar com o patrão, em um ate11ção:
feridas que só Jesus Cristo pode tocar Abatei a cruz, mas que mal vos fez trasse admiração, aproxima-se dela e e"- último assalto, João rendeu-se e de tal -Com todo o gosto, se11hor
. com a sua mão acariciadora e divina. ela e para que suprimir esse sinal adorá- fiando-lhe os bigodes nos ouvidos diz-lhe modo que êle mesmo disse que se que- .. . Dez horas e cinquenta... A pet~vl­
Foje a fortuna, vem a doença, a ca- vel de imolação, esta única esperança dos a rir: ria confessar. tima mulher não acaba... Só faltam cinco
lunia rásga-nos a r eputação, as flôres que que choram? - .Mas olhe que foi por estar a chover A professora f.oi para ~le um guia ao minutos.
ornavam os berços fenecem, cavam-se Se fechardes as escolas cristãs onde e eu não tinha guarda chuva! pt! do qualquer o Baedeker não valeria E então êle arrisca ainda humildemen-
sepulturas, fazem-se ruínas, abrem-se encontrareis o dinheiro e a dedicação que E mostrou o estado desgraçado a que nada, e quando o viu partir, sério, gra- te um segundo pedido.
abismos, saltam fontes perpétuas de lá- baste às necessidades do povo? o vento e a chuva lho tinham ,.eduzido. ve, livro na algibeira, a pobre pequena. - llfit~ha senhora, diz êle à última mu-
grimas dum coração já atravessado por Se expulsais as almas consagradas a - Seja c.omo f6r entrou... E vai ver que lia oito dias jejuava a pão e água, lher que devia passar antes dele, não po-
mil espadas. ú homens atingidos nos vos- Deus, é a flôr da humanidade que se vai que se vai converte,.! ... chorou de alegria. deria fa:;.er-me o favor de me deixar con-
sos bens, feridos na vossa honra, na vos- e quem é que ficará depois para rezar, - Pobre pequ~na! ... fessar antes de si? ...
sa carne, nas vossas afeições mais legíti- para pregar, para ensinar, para se dedi- E, indo-se, com um gesto de quem não * -Não, senhor .
mas e mais santas, que será de vós? Em car heroicamente? acreditava e em tom paternal, passou-lhe • • - Mas eu tenho muita pressa.
que braço vos ides precipitar? Pretendereis passar sem o cristianismo o jornal pela cara, desceu ao páteo a dar Uma igreja dia de desobriga. -Também eu.
J esus Cristo que conta tantos inimigos mas fóra dele não há um sistema que ordem a uns serviços enquanto a profes- Todos os confessionárics estão cerca- - Estou ha duas horas à espera.
porque é puro, porque é intransigente tenha valor nem mesmo pedras para edi- sora, vendo-o partir, murmurava: dos. - E eu ha mais tempo.
-contra o orgulho e contra a malicia im- ficar um bocado de parede, um abrigo. -Pois sim, mas has-de converter-te, O feitor, que espera com paciencia já E enquanto o pobre homem, obri8a-
penitente, tem, no entanto, um imortal Demolir sem po-der construir. Uns bárba- meu velho pagão... Tenho a certe6a ... lia hora e meia, dá agora sinais de in- do pela hora, toma t1'istemente o seu
defensor, um cúmplice impenitente que ros. quietação porque tem de estar ao pé do chapeu e parte todo preocupado, com os
assegura o seu império neste mundo ... ~ Em lugar da religião ides por a leitu- • patrão às 11 horas . seus trinta e sete anos de pecados a car-
o pobre coração humano, são os olhos ra, a escrita, as contas. E sereis assim • • Tira e volta a tirar o relo&io: dez ho- regarem-lhe na consciencia, a senhorinhfl
molhados de lágrimas! A impiedade nun- mais honestos, mais fortes? ras e meia ... dez e quarenta... e emfim, que acaba de lhe recusar a sua vez, co
ca consolou ninguem. Só é boa para des- As letras, as ciências, as artes; mas o Uma pese4 de primeira ordem. Um só faltam três mulheres. meça com serenidade a sua confissão:
povoar o ceu e tirar os encantos à terra. que são elas sem Deus, senão brilhantes grande robalo. Mação não era, mas quan- -Minha senhora, pergunta êle a uma - Mell pad1'e, 1m oito dias que me con-
Jesus Cristo é o consolador de todos os inutilidades ou instrumentos de corrup- to ao mais! ... Ora imaginem. Havie. trin- que está ao lado, pode dar-me a sua vez? fessei!... etc.
-corações rasgados. ção? ta e sete anos que se não confessava, ca- Ela o olha um segundo e com esta in-
- Nós não estamos sós no mundo. O bem estar! Mas ele não existe em sado civilmente, t r~s filhos por baptizar, tuição, esta presciencia, esta concepção (Adaptação de Pierre l'Ermite).
Pertencemos a uma família. E se a nos- parte nenhuma. Além disso não é com além doutras inúmeras faltas mais peque-
sa família se escapa a Jesus, será esta o bem estar que se faz uma civilização nas que não impediam que dormisse a
mais unida, mais moralisada, mais feliz? ou um grande povo.
Já · se viu alguma vez algum lar de oé Novas leis. Mas se estas não forem
sono solto.
Terei vma alma? Existe Deus?
Graças de N.· s.· da de quatro meses, que lhe exgotava hora
a hora as suas fôrças cada vez mais dé-
sem ser encostado ao altar? J á alguma impregnadas de espírito cristão serão le-
vez se viu a mocidade deixar as crenças vadas como poeira deante do vento. Fora
Isso ... não o preocupa.
A mulher é poupada, as acções do Ban-
Fátima beis. Ainda se êle se alimentasse! dizia o
médico.
e as práticas religiosas para se tomar do cristii:mismo construis sôbre areia. ln- co vão subindo ... isso é que o interessa. Comecei então com algumas pessoas
mais casta, mais disciplinada, mais ami- sensatos. Isto é que são para êle questões sérias. Tumor uterino amigas uma novena a N.• S.• da Fátima,
ga do dever? • Quanto ao resto... pode interessar a al- Laurinda Ferreira de Sousa: roa dos no quarto do doentinho, dando-lhe a be-
Não, nunca tal fenómeno se passou • • gum que esteja para dar o salto para a Bragas n° 103, Porto, vem agradecer ber da sua milagrosa água.
outra banda ... mas ele, gordinho, cheio muito reconhecida a Nossa Senhora da À medida que os dias da novena iam
debaixo do sol. Quando Jesus Cristo se Falais-me da razão pura e da consciên-
vai duma alma joven, veem logo as pai- cia. Palavras, só palavriado, pois que se de saúde, todo pimpão, ganhando um be- Fátima a grande graça da sua cura em avançando, progrediam visivelmente as
xões substitui-lo. lo ordenado, ele, de tnãos nas algibeiras, 30 de junho de 1930. Sofrendo, havia melhoras da criança. Começou a alimen-
a religião -de Jesus Cristo não regula, de-
Quando a fé baixa n a vossa casa, a pura· e transfigura a razão e a consciên- segue descansado nà caminho da vida. 5 anos, de grande dôres no ventre com tar-se com apetite e no fim da novena
virtude não sobe. Deixando de ser cris- Além disso, não tem vagar, preso à grandes e frequentes hemorragias, foi exa- radicou-se em nós a certeza de que N.•
cia. sua ocupação de manhã até à noite. Den- minada pelo Ex.mo Snr. Dr. Abel Pache- Senhora o havia curado; parecia já ou-
tã, a família nada tem a ganhar e tudo Falais de justiça, de caridade, de sv·
a perder. Jesus Cristo é o conservador e lidariedade. Mas fora,.....dos pafses onde a tro de alguns anos pensa em retirar-se co que constatou a existência de um tu- tro!
restaurador do lar doméstico. para a sua aldeia, viver o t"esto da vida mor que era necessário extirpar. Tendo Hoje está bem e considero-o milagrosa-
cruz foi plantada ignoram-se esses bens '"
- Mais alto que a família es~ a Pa- perdem-se desde que se afastam de Jesus em paz. Depois lá irá o seu corpo adu- recorrido com muita fé a Nossa Senhora mente salvo por intercessão de N.• Se-
tria. E o que faz a prosperidade dum po- Cristo. bM os sete palmos de terra qu11 el11 com- da Fátima, tomando um pouco de água nhora de Fátima.
·
vo é, em primeiro- lugar, o se u nivel m,,_ prou no respectivo cemitério. de F átima por ocasião da bênção do S.S. Louvada seja Marlfl. _5antfssima.
· Fal::lis de liberdade, de igualdade e ~t.:·
raL O abaixamento do · nível moral é o ternidade. Palavras vãs se se isolam do E ... pronto! Sacramento, no referido dia, .e na capela
sinal e a causa da decadencia mesmo ma- Evangelho, o . ~nico qúe po-de dar a estas de Nossa Sellbora dos Anjos, sentiu-se Coimbra, 1931.
terial. São as crenças fortes que fazem os palavras realidades verdadeiras e vivas. • • repentinamente muito mell;lor, julgando- Maria '.E.s ter da Silva P,atas
bons costumes. ~ J esus Cristo que ele- -se curada, não tomando a sentir dores
Direitos do homem. Mas os direitos do E não se lembrava da professora.
va o nível moral. nem af11Iecendo mais hemorragias.
homem são inferiores e posteriores aos
O que faz em seguida a prosperidade direitos de Deus ~ o cristia.nismo que Ora quando se fazem certos calculos é
Contudo a instancias várias deu entra- úlcera no estômago
dum povo é o amor fraterno que une os promulgou os direitos de Deus, restaurou preciso calcular duas vezes. ~_o caso. Ela da no hospital da Lapa para ser opera- Herrninía Fernandes, f9 anos de ida-
cidadãos. Por muito ajustadas que este- os direitos do homem. tinha lá bem a1'1'eigada esta resolução na
da, mas não se realisou a operação por- de, nátural de Portimão, internada no
jam as engrenagens duma máquina, se sua alma de cristã. que o médico reconheceu que a causa do colégio de Regeneração em Braga, so-
Falais de paz, de ordem; de progres- O feitor há-de este ano desobrigar-se,
o oloo não ade:ça os movimentos, as pe- mal tinha desapareé:ido. fria ha muito tempo duma úleera no es-
~ social. Mas tudo isso são frutos do
ças gripam-se e partem-se. Por muito cristianismo. Quereis os frutos e regeil:ais dê por onde der. tômago, não po-dendo tomar nenhum ali-
bem aparelhadas que estejam as pedras Ha-de ser, ha-de ser, ha-de se1'! Laurinda Ferreira d11 Sousa
a arvore que os produz. mento, apenas o leite mas não o con-
dum edifício, enquanto o cimento ou a Ha onze meses que ela o atana~a. o Abono a identidade da signataria e a servava, tudo vomitava, deitando muito
Foi a religião cristã que depoz na alma cerca, o pica, aproximando-se, recuando,
argamassa os não· liga, não formam se- moderna tudo o que ela tem de melhor. veracidade do seu relato. sangue pela boca. Tinha dores muito for-
não uma justa posição de materiais sem Se um só dia a religião desaparecesse, se ladeando, conforme lhe parece convenien- tes. Se tentava tomar algum alimento,
te. Ha-de ser êste ano. ~ que no dia 10 O Pároco de Sandim
coesão. O oleo da máquina, o cimento do um só dia esta fortaleza pudesse ser der- as dores no estômago eram insuportáveis
de abril êle tem de sSJir com o patrão e P.• Art..r da Assvnção Saude
edifício social é a caridade e a caridade tendo de passar horas deitada de costas.
rubada, se Deus na sua justiça nos re- se o deixo, tenho depois de recomeçar no-
vem de J esus Cristo. tirasse a luz, po-der-se-ia então apreciar vamente. O Médico do Colégio, o Ex.mo Sr. Dr.
Tudo istG é verdadeiro sobretudo no
o que valem as crenças cristãs e pela Chegada a quaresma a professora
Graças temporais
preci-
Leitão, que a tratava com o maior inte-
nosso país. Foi por J esus Cristo que Por- resse declarou que era absolutamente pre-
obscuridade medonha que se seguiria pito1l a sua acção: resou, jejuou, sofreu, Venho pedir o especial favor de pu-
tugal se formou e é quando se afasta
medir-se-ia o esplendor do sol que se apa- mas a valer e não simples arranhaduras blicar duas graças que recebi de Nossa ciso fazer uma operação ao estômago,
d'~lc que se sente fraquejar. A pátria sem isso nunca teria melhoras. Então
gou. na epiderme, mas dêste sofrimento que Senhora da Fátima.
não desce quando é católica mas quando a doente recorreu a N.a Senhora do Ro-
o é menos. J esus Cristo é o agente ne-
o· homens, vós deveis ao cristianismo atravessa a alma. Sentindo no lado uma dOr importuna sário da Fátima, fazendo uma Novena
tudo o que tendes de mais precioso e vol · Isto lhe dava força para as grandes que não me deixava descançar nada, pe- diante da Imagem que teem no colégio,
cessário do ressurgimento nacional. Mas,
tais tôdas estas luzes, tôdas estas forças, audácias, indo direita ao fim. di a N.~ Senhora que me valesse, pro-
subamos mais um degrau. pedindo-lhe com todo o fervor que a cu-
todos êstes progressos que deveis ao -Senhor João, quer dar-me um pra- metendo publicar a graça.
- Acima da patria está a humanida- I"asse. Ao fim da Novena estava com-
de e nós pertencemos a uma humanida- Evangelho, contra a divindade do mes- zer? ... A dOr passou-me como por encanto e pletamente curada, já ha perto de 2 me-
de, a uma civilização. Quem a fez senão mo Evangelho. Ingratos. Em yez dele, -Pois não, menina? não voltou mais.
ses que come de tudo e alimenta-se mui-
Jesus Cristo? O seu berço é o ponto de palavras palavras, nada. -Pois bem. Vá comigo liSta tarde à A confiança que tenho em N.• Senho-
to bem sem sentir o menor incomodo.
paragem do antigo mundo. e o ponto de Missão. ra da Fátima veio-me de outra graça Está completamente curada o que
partida do novo. Quarenta séculos a és- * -Ao sermão? Nunca na vida! bem mais importante, que recebi ha uns
• vem publicar para manifestar a sua gra-
te o conduzem e vinte séculos daí pro- * Não é ao sermão, é À Mtssão. Não sete anos. Tinha um incómodo interior
tidão a N.• Senhora do Rosário da Fá-
cedem. é a mesma coisa. com sintQmas de cancro a tal ponto que
Há homens que nasceram ontem e tima que com tanto amor e misericóraia
A origem é pequena, quási imperce- morrerão amanhã mas que pretendem - Que diferença ha? resolvi ir ao hospital catt~lico d6 Lurípam a atendeu.
ptível mas tôdas as verdadeiras grande- destronar Jesus Cristo e substituir a sua -Vai ver. (Guiana holandesa) onde havia um té-
zas saem de lá. Desde que apareceu me- religião. O que são êsses homens compa- Não gosto dos franciscafWS. lebre operador que tinha curado várias Bemdita · seja N. • Senhora do Rosário
-Não é francisC4nO. pessoas que foram de Demerara. da Fátima.
nino em Belém, milhões de homens teem rados com Jesus Cristo? Os seus pensa-
derramado o seu sangue para atestar a mentos realisaram maior soma de bem - ~ um jesuíta? Aquele médico começou em mim uma
sua divindade e proclamar os seus be- no mundo? As suas virtudes foram maio- -Menos ainda. operação mas viu as coisas em tal esta-
nefícios, Depois que apareceu Jesus, <:~s res, os seus costumes mais castos, _a sua - Seja como f6r í um prior. do que deixou tudo como estava e disse Graça espiritual
letras, as artes, os costumes, as leis re autoridade mais alta? ... E todos juntos, -Não, não é um prm. qu~ não me dava senão um mei de vida. Sendo meu desejo há quási 7 anoe en-
depuraram e aperfeiçoaram. Úesde então um dia e numa ideia, pesarão eles tanto -Então quem é? O R. P. J . Nazareth S. J. veio visitar- trar num convento, para poder cumprir
a escravatura começou a partir as suas como Jesus Cristo com os séculos e as - ~ um missionário. -me, quando voltei de Lurinam e ficou com os meus deveres religiosos com mailo
cadeias e !!~to os seus discípulos quem pro- obrns que dele dimanam? quando a im- - E isso o que é? com muita pena de me v er 1ão mal e facilidade, não me foi isso permitido, ape-
cura inutilizar os seus últimos e sangui- piedade tiver feito a décima milionessi- - 1it um homem que tem vflljado mui- sem esperaDças de ser curado. sar de ter ido, a todas as Ordem Reli-
nolentos aneis. Desde que apareceu, a ma parte do que Jesm• Cristo fez no to e conta muitas coisas mteressantes. Por esta ocasião pessoas da ~ia que giosas fazer êsse pedido. Tendo sempre
mulher, a creança, o pobre, os pequenos, mundo, poderemos então conceder-lhe o Estou certa que havia de o ouvir com tenho na Madeira, fizeram-me conhecer muita confiança em Nossa Senhora da
todas as fraquezas foram reabilitadas. O direito de o diS<>utir e a infantil ambição muito prazer. N.• Senhora di!. Fátima, mandando-me Fátima, pedi-lhe com muito fervor Yies-
apostolo, o martir, a Yirgem. tôdas as de o substituir. - As mulheres! ... a água e fazendo uma noveoe. p<>l' mim. se em meu auxílio. Nos dias 10, II e 12
belezas morais, tôdas as Yirtudes heroi- - Nem mulheres t1e1n m11ias mulheres; Tomei a água e Ioga comeceá a melhorar de Maio comunguei e jejuei rigorosamen-
Até lá, não, e nós ficaremos ajoelha- de maneira que agora fá voa por meu pé te e no dia 13, durante a sagrada comu-
cas germinaram como uma seára de oiro dos, entenyecidamente reconhecidos dean- trata-se de ir ouvir um viajante.
na humanidade. - .. . De batina! ... confessar-me áqu.ele dito Padre e não sin- nhão, fui em espírito a Fátima, apesar
te do divmo Menino de Belem. Vamos - E depois? to nada do meu incómodo. Fie viagem d~ nuuca lá ter ido pessoalmente, e pe-
Produz homens novos' e sociedades no- para ~le, permaneçamos junto d~le, vi-
vas. Creou uma civilização que tem o seu vamos d~le . - E se me veem? para a Madeira e da Madeira fui a Por- dt a Nossa Senhora com muito fervor que
nome. - Diga que é tarde e eu tinha m~do tugal visitar a Cova da Iria para agra- me concedesse a graça de entrar num
Natal, Belem, J esus Cristo ... é aí que
se firma a salvação das almas, a reno- ----·- e que para me ser agradável, por corte- decer a graça recebida.
sia, me acompanhou ...
convento, ainda que en fOsse uma exce-
Agora em agradecimento mando inclu- pção à regra, porque não me ateitavam
E depois, çom uma paciencia de an- sa uma pequena esmola pa~ o templo devido à minha situação um tanto incon-
vação dos lares, o futuro da pátria a ci-
vilização humana. ~ que Jesus Cristo e
Duas mulheres ... jo, tendo arredado uma a uma todas as que se está edificando. veniente, e se fosse atendido prometi que
indispensável no mundo. pedras da fortaleza onde a irreligão do mandaria celebrar uma missa e publicar
O feitor voltou naquela tarde em um seu protegido se abriga, lá o conduziu à Georgetown - Gviana Brita-nica
Maria Amélia Lopes a. graça na Voz da Fátima. Pois logo no
• estado deplorável, molhado e a escorrer artilharia pesada dos missionários . d~ 15 de junho tive parte para entrar
• • como um pinto; o vento tinha-lhe tirado
.. nao num convento como pedi, mas nou-
o chapéu fazendo-o dar mil voltas pela
Além de indispensavel é insubstituível. lama; o gt4arda chuva virou-se para trás • •
Infecção intestinal tra casa religiosa onde posso à minha
Tenho um filhinho de quatro anos que vontade cumprir com os meus deveres
Nestes quási dois mil anos mnitas vezes e êle, de bigodes eriçados, em que cada
quizeram substitui-lo mas tôdas as ten- cabelo parecia um prego de enripar, mal Logo ao primeiro assalto João ficou foi atacado de uma prolongada e perigosa religiosos como era meu desejo. Eu não
tenho palavras com que possa agradecer
tativas caíram miseràvelmente. Ainda ha podia ainda respirar de ofegante e can- aturdido: pr~gov-se s6bre a necessidade doença: uma gravíssima infecção intes- êste grande favor à Nossa querida Mãi
quem teime ainda mas não conseguirá sado. da salvação. tinal com várias complicações, qne o pôz
mais. - Ora isto é que 11stá o cão cü 11m Ao segundo, revoltou-sll: falou-se da às portas da morte. Tanto o médico as- do Céu. A missa já foi celebrada. Pedia
Ruínas, ruínas é tudo quanto deixa- tempo!. .. morte. sistente como outros dois médicos, com agora o favor de publicar esta graça:
ríio atraz de si. Sacudiu as botas cheias de lama e C/1111- Ao terceiro estava vencido: o mais ter- ~ quais aquele conferenciou por duas ve- Porto.
Haverá alguma coisa superior à reli- do a professora que descia com vmas C4r- rivel dos missionários pregara s6bre o zes, -todos professores distintí.ssimos
gião de Jesus Cristo? que é que po-dere- tas na mão, di6-lhe 4l queimtJ roupa: inferno. da Universidade de Coimbra e clfnícos
Ainda que vencido o feitor não esta- práticos e abalisados, - foram da opi-
mos pôr em :!CU lugar? Nada. Se se pre-
tende extinguir a fé , que extranho meio
- Mem114! .••
-Senhor )oão! ... va convencido, resolvido . O homem ve- nião de que o meu filhinho não podia re- Fracton
de iluminar e. tecra • ãxar oe espíritos - Alt~gre-se! Vá -44w IIUfUlw tk6 lho tllntava IU11da desesperadam1111tl pa-- sistir a uma luta tii.o desesperada e 'fio- Colégio .~ de lf.ario,o
- lnzl r• d•fntdH 11 . _ tr-q•ilidad#. ft11m4f lenta, · como era aquela terrinl doen~ Copacabana, R. de Janeito
" '""'... vittu "'""' ...
4 VOZ DA FATIMA
Venho pagar um tributo de gratidão a no pescôço, cara e cabeça. Esta inflama- Porto, 1oo$oo; distribuição em Alcoba-
Lírios de inocência entre os espinhos O frade obedeceu bem etmtro/en•, ~
N. • Senhora de Fátima pela cura com- ção renitente aos medicamentos huma- ça 303$20; P.• Manuel Coutinho - veio dar con.ta ao Abade da ordetn Nm- •
pleta duma fractura que sofri na perna
direita, em consequencia duma queda, a
nos desapareceu logo que sôbre ela foi
aplicada a água de N.• S.• da Fátima.
Espozende, 5o$oo; Maria de Seixas Pa-
trício- Gavião, 15$oo; Guilhermirla Ono-
do vício prida. -
- Agora, meu caro, 1:1olte ft&'Damen-
qual, no entender dos médicos, não só Marcelina Gomes Burnett Lapido, da fre - Alenquer, 2o$oo; Maria Eugenia Há 25 anos, um padre da cidade de te ao cemiUri.o e elogie oa morto&.
era dificilima, mas até quási impossível R. de Pedrouços 29- Lisboa, agradece Sarmento- Foz do Douro, 2o$oo; Mr. Municb, na Alemanha, foi chamado para Foi cumprida à 'riaea a. n.ova oràe~n.
devido à minha idade (63 anos) e a ou- a N.• S.• a protecção que lhe dispensou Manuel Marinho-Fo:~: do Douro, roo$oo; sacramentar uma doente. Soube, pelo - Deata vez, pregunta o Abade, qu~
tras circunstâncias agravantes. por ocasião em que teve de sofrer uma F:lvira C. Real- Vizeu, 2oSoo; João H. portador, que a moribunda era empreg-l.- reaponderam 01 morto&, meu amigo r
Prometemos então, minha boa Superio- operação no fígado donde lhe foi arran- de Figueiredo- V. N. de Tazem, 2o$oo; da numa espelunca onde o vicio reinava. - Nada, meu Padre, nada abaoluta-
ra e eu, enviar a N.• Senhora de Fáti- cado um !cisto. Apesar da gravidade da Caodida Carvalho - V. N. de Tazem, Era um caso extraordinário; mas não mente ..•
ma um dotativo de 4o$ se houvesse por operação, porque já havia outras compli- 2o$oo; Ana Trigueiros - Alcains, 4o$oo; duvidou em acudir à chamada. - E da primeira tJez 1
bem fazer-me a graça que lhe pediamos, cações tudo correu otimamente e agora 'Maria A. Coutinho - Vouzela, 2o$oo; ((No céu, diz o Evangelho, haverá - Tamb~m ficaram calado&, como t
a de ser curada. A nossa querida Mãi do sente-se curada. Margarida de M. Côrtes - Valega, 5oSoo; maior júbilo por um pecador que fizer natural...
Céu ouviu benigna as súplicas da sua fi- Maria dos Santos Almeida, da Amo- Luís M. Ribeiro - A. dos Francos, penitência, do que por noventa e nove - Poia meu caro i'rmão, laça tamb~m
lha portuguesa, ba vi.nte anos desterra- reira- Fátima, agradece a N.• S.• a cu- 2o$oo; Dr. Angelo Neves Tavares- Re- justos a quem não é ner-essária a peni- ani.m quanto à opinião alhela... I mitt
da de sua pátria. ra de sua filha que sofreu de graves ata- dondo, 2o$oo; P.• Silverio da Silva - tência" (Luc., 15 7 -) Qa morto• que ouvem em ailêncio a~
Mil graças sejam dadas a tão boa ques no coração. Chegaram a tê-la co- Sêrro Ventoso, 2o$oo; Francisco L. Lou- Numa morada muito pobre, o jovem injú'riaa e oa elogio• e terá aoclgo e o
Mãill mo morta, depois mediante várias pro- ro - Alcacer do Sal, 2o$oo; Distribuição sacerdote foi alegremente acolhido. paz do coraÇ(lo/1
Também não posso deixar em silêncio messas a Nossa Senhora cuja água lhe em V. F. de Xira, 4o$oo; Distribuição Tendo recebido os santos sacramentos Belo e:r:emplo e útil liÇ(lol AprotJeitl-
uma outra manifestação do _I?Oder miseri- deitavam na boca recuperou a vida e em Cabeço de Vide, 5o$oo; Maria Perei- e rezado as orações que concedem a in- mo-lo.
cordioso de N.• Senhora de Fátima. agora vive bem de saúde par;a amparo ra, - Espanha, 5o$oo; Colégio D. Ma- dulgência plenária no momento da mor- Nn tocante biografia do Banto Oura
Foi o seguinte: Quando após a queda de seus 6 filhos o mais velho dos quais ria Pia - Ponte do Lima, 35Soo; Ana te, pediu a moribunda: D' Ara, eacri.ta pelo P. Monin li êate fa -
que dei tentava lWl esforço para me le- tem apenas I I anos. de C. Souza - Evora, 2o$oo; Distribui- -Agora, Vossa Rev.ma tenha a bon- cto q~ 17em aqui, bem a propósito:
vantar, vi que at€ o mínimo movimento Basilia Cabral T. de G. Menéres, da ção em Obidos, 25Soo; Maria da R. Ba- dade d e abrir aquela gaveta e de me dar Num doa aeu.t interea.tantea catlecia-
me era impossível porque espetando-se- Praia da Agua, agradece a Nossa Senho· rata - Alcains, 2oSoo; Ermelinda Quin- a minha grinalda da Primeira Comunhão. mo.t populare&, o Santo Curo, diuc ao
-me os ossos nas carnes causavam-me ra uma graça espiritual que muito esti- tela- Guarda, 15Soo; Bernardino Alm. O padre satisfez-lhe o desejo. Ela aca- povo :
dores agud1ssimas; minhas irmãs em reli- ma. d'Oliv.• - Bordonhos, 22$50; esmola da riciou a grinaldazinha e disse: - ''Meus irmãos, .hoje recebi du~
gião em nada me podiam valer. Eu en- Francisca de Jesus Ferreira, da Azoia Sr.• Prof.• de S. Pedro Fins, 5o$oo; M.• Tinha apenas I I anos, quando me vi cartas. ~uma diz.em que sou um ho-
tão, cheia de fé, exclamei três vezes: Leiria, agradece a cura de um mal es- I. Sampaio - Lordelo, 75$oo; António forçada a ganhar o pão. Por 12 anos, mem nrtuoso, um verdadeir o santo.
uNossa !Senhora de Fátima, valei-mel, tar liOntinuo motivado por tosse e falta Monteiro·- Louzada, 2o$5o; Mr. Carlos fui empregada nesta estalagem onde não noutra que n ão passo de um comedian:
E, caso maravilhoso! logo me pude . le- de ar. Agora encontra-se bem, graça que Costa - Lourdes, 1oo$oo; Distribuição reina a virtude, mas o vicio. Porém, le- te, um grande char latão)>.
vantar e seguir para o meu leito encos.- atribui a Nossa Senhora. em Alcaria (B. Baixa), 1oo$oo; M.• vo a minha grinalda ao túmulo, tão in- E o .tanto leu. ao pov0 aa duaa Ulr-
. tada a duas pessoas!! Maria do Carmo da Rocha Peixe, de Fonseca Godoy - Campinas, 3o$5o; tacta como no dia da minha Primeira taa bem interea.ante, 11 contraàit6ria.t
Quanto a mim, penso que houve aqui Ilhavo, tendo recebido diversas graças Aot.o F. Vieira- Brasil, 2g$6o; Distri- Comunhão; posso guardá-la no sepulcro terminando : ·
graça extraordinária. Mas seja como for, vem pedir que lhe ajude a agradecer a buição em S. Tiago de Cezimbra 8o$oo. e também no céo. Tal felicidade devo-a « Â p rimeira carta, nada me acreACen·
o meu amor e a minha terna grati- N.• Senhora tão grandes favOres que lhe às aulas de catecismo e a minha mãi, tou; a ~gunda nada me tirou ...
dão para com N.• Senhora de Fátima alcançou. doente por longos anos, para quem me Sou atnda o mesmon.
não tem limites e render-lhe-ei eterna- Maria Pereira Vilhena, de Aveiro, agra- cumpria ganhar o dinheiro com que pa- E com. eata /iloaofia Mda aolwenatu
mente contínuos louvores pelas duas gran- dece a cura de uma pessoa da sua famí- gava ao médicoll. ral que oa .antoa acolhem in.diferen.tu
des graças recebidas na minha doença.
Que N.• Senhora de Fátima, Rainha
lia que sofria dOres muito impertinentes.
José Fernandes Homem da Costa, da
AVISO Hoje, esta alma, que se conservou pu- elogio& ou iniúriaa, d eapruoa ou aten:
çtJea.
ra no meio do mais vil e impudente vi·
de Portugal, seja por todos conhecida e Ilha Terceira - Açores, sendo acometi-
Como estamos quási no fim do cio, com a sua grinalda, pode celebrar Nilo &omo, .tanto•, ~ vtTdade, Mal le
amada, eis o meu ardente anhelo. do por uma doença çave que chegou a nhamo& velo m eno1, um eap{rito IUPe-
Segue um atestado médico: ser considerada incurável, invocou Nos- ano de 1931 e ainda há muitós Srs. as bôdas de prata no céu, emquanto o ~or._ ~e11emo--no, acima de tMoa 68ta,
seu exemplo preservou outras meninas
sa Senhora da Fátima, e hoje encontra- assinantes que não satisfizeram a da queda. tntngumha,~ l &tfJI mezmco• de aldeia.
Eu, abaixo assignado Doutor em Me- -se restabelecido. ímportâ.ncia de suas assinaturas, Prova-o êste mesmo sacerdote, com Vença. tuao a n.ouo pa.ci~ncia, e triun-
dicina pela Faculdade dGI Rio de Janeiro, Francisco Cardoso, do Vale de Canada
muito se agradece que a satisfaçam o seguinte facto: fe a candade de JeiU, Cri&to em n.oa~a~
Cadaval, agradece a Nossa Senhora a cu- C01"GGÇD u I
Atesto que em 12 de J aneiro do cor- mandando tal importância em carta Costumava cl!lntar êste acontecimento
rente ano tratei da religiosa do Colégio
Sagrado Coração de Maria de Copacaba-
na I rmã Marina, com 63 an os de idade,
ra de dOres nervosas que chegaram a ti-
rar-lhe a vista. Hoje, depois de fa:~:er com
sua famllia uma novena a Nossa Senhora
e beber água da Fátima, encentra-se li-
ou vale do correio.
nas aulas de catecismo e, 15 anos depois
da morte da referida jovem, foi sacra-
mentar uma empregada que lhe disse:
----..: ...............
(de a uÂY' Maria• )

que vitima de um acidente sofrera fra-


vre das dOres e a vista foi recuperada,
- Agora dê-me a minha corOa da P ri- Uma mula .:ompassiva
ctura do collo do femur direito, - fra. meira Comunhão, pois sempre me lem-
ctura confirmada pelo exame radiologico
favOres que agradece a Nossa Senhora da brava da história da rapariga que V. Havia e~ Roma um célebre ruo-
e que desta molestia a mesma ..enhor•
Fátima. UM CASO ESPANTOSO! Rev.ma nos contou no catecismo, e foi sofo, Martlnho Azpllcueta, a quem
acha-se completamente restabelecida, ten- esta lembrança que me guardou do mal. J>Onti!ices e reis folgavam de pres-
do podido exercitar a marcha no .fim de
30 dias.
VOZ DA FATIMA
-------- O «Corriere della 5era, e outros jos:- Fale êste exemplo também às donzelas
nais europeus descrevem um facto que se dos nossos dias que, com leviandade des-
deu na Espanha, a 12 de Maio último necessária., expõem ao maior perigo o
tar homena~em.
Era homem de saber e ao mesmo
tempO de grande virtude.
Rio, 26 de Julho de 1931. por ocasião dos incendios e assaltos pra- tesouro mais precioso que possuem, o li- Jejuava freqUentemente e com
Dr. Estevão Gonçalves Castelo Br•~ Despesas ticados contra as instituições católicas rio da pureza, e curvo.m-se às ordens da Jejum tão rigoroso que muitas ve-
(Segue o rllconhefiimmto)
e conventos pelos ímpios, comunistas e moda imoral e anti-dvilisadora. zes n ão comia nada a té ao sol pOs-

Doença no estômago
Transporte... ... ... ...
Papel , composição e impres-
são do n.• 109 - 93.500
anticlericais. A faria diabólica rlestes re-
probos não podia escapar nem o «Domo•,
de Sevilha, templo magnífico que se er-
........ to.
Mas êste homem., tão rigoroso
consigo, era liberalissimo para com
exemplares... .. . .. . gue naquela cidade, maravilhoso santuá- os pobres. O que tinha de melhor
~fria do estômago havia mais de qua-
tro anos; - tinha dOres quási continuas
Franquia embalagens, trans- rio para onde se convergem os fiéis em UM CPMSUHO Ol «IMIUtlO» à mesa, guardava-o para o dar aos
portes, etc....., peregrinações de fé, piedade, e amor tri- pobres, e êstes já conhecedores da
e o mais leve alimento aumentava os Na administração de Leiria Com mutta• sabedoria diz a Imitação
butado à famosa imagem da Virgem do de Oriato : - Não faças consistir a tua sua caridade, esperavam-no de um
meus padecimentos. Tomei vários remé-
Carmo que ali se venera. paz na boca dos homens ; se pensarem lado e do outro do caminho por
dias, fui dois anos a Vidago, mas os re- Justamente no momento em que al-
sultados foram nulos. Por fim prometi 299·757$59 de ti bem ou mal, não serás por isto onde êle tinha de passar, e às ve-
guns fiéis oravam diante da Virgem, pe- zes tão sOfregos ca.~m SObre êle
a Nossa Senhora que durante um ano
Donativos desde 15$00 netrou na templo um grupo vandalico homem diferente,,. que chegavam a atropelá-lo e a
inunterrnpto iria comungar todos os m~ de comunistas e de scelerados que de-
E o meamo pensamento de S . F1'Qn-
deitá-lo por terra. E êle, em vez de
ses e dar uma esmola para o culto. Dei- Gracinda de Souza - C. de Senborim. ram inicio aos seus trabalhos de des- çiaço de Bale•, <ll&oe c:o&ty.mava dizer: se zangar, ria-se ainda por cima
xei os medicamentos que até então usa- 15Soo; Estarnarinda Aug. Madeira- Ro- ,,Pouco se me dá qu e falem de mim bem
truição. ou mal. Com isto nem fico melh.or, nem do caso.
va e comecei a beber de vez em quando choso, ~:o$oo; Maria da Conceição Ma- Eram cêrca de duas horas da tarde.
um pouco de água da Fátima rezando deira - Jarmelo, 2o$oo; Distrib. em Re- Centenas de lampadas e cirios ardiam,
p ior. Serei tão sómente o que sou dian- Quando às vezes sucedia passar
cada vez que bebia a água três Av~-Ma­ guendo Grande- Moledo, 5oSoo; Colé- como símbolos de fé e amor, cercando o te de Deusn. por um pobre sem o vêr, ainda as-
rias e uma Salve Raínha. agora julgo- gio Luso- Inglês- ~vora, 2o$oo; P." altar da Virgem do Carmo. Todo o n.ouo mal 176m de no1 preo- sim não ficava frustrada a sua ca-
-me completamente curada, pois que co- Ant. 0 Calabote- Alcacer do Sal, 3o$oo; Estrugiram na igrf'ja, pantl'ras do av..:r- c:uparmo& em demaria com. o que pen-
ridade, porque a mula em que pOr
mo e bebo de tudo me5mo das coisas que Igreja de Guimarei, 17S5o; Sanatório no, os sacrflegos revolucionários aplican- sam e dizem de nó&.
via de :regra andava montado, sa-
o médico me proibira e, graças a Deus, ''Rodrigues Semide" - Porto, 45Soo; Ma- do logo fogo ao orgão, ao altar mór e à Daí, meu Deu&! tanta intriga, tanta bedora POr exPeriência, dos usos e
nada me tem feito mal. ria do C. da Rocha -Odivelas, 15Soo; histórica capela da Virgem. malqu-ere!lça. vingança.&, inq14ietações, costumes do seu amo, mal topava
Aos pés de Nossa Senhora agradeço-lhe Maria da C. Vieira Alpiarça, 15Soo; Alguns dos ma.is exaltados soqiram e a paz do coração lá u vai.
com um pobre, parava, chamando
aqui publicamente a graça que me al- P.• José A. Dias- Cal. da Rainha, acima do altar e atiraram ao chão a es- A raridade m ata:, ~ calma, pacífica, assim a atenção de Azpllcueta., e :-6
cançou do Céu. 2o$oo; M.• Isabel Raposo - Macáu, tatua fazendo-a em pedaços. doce, aua17e; de1culpa1 perdda, eaquece tomava a andar depOis de o pObre
Maria Vieira Catarina 15Soo. M.• Filomena )1iranda- S. Tir- Um destes desgraçados profanadores a.a iniuriaa; paira ac1ma deata 1 ninh~J.­ ter s!do remediado.
so, 15$oo; Fr. Miguel A. de Aguiar- pegou na cabeça da imagem e a levan- riaa e 'ridícula& intrigas, nlfu ae nute Ditosos aqueles que andam na
Brasil, 150$oo; António Neto- Brasil, tou para cima, proferindo inauditas blas- em tra11tfl& de enredos e m e:r:eri.co1. E graça do Senhor e a quem os pró-
Graças diversas 15$oo; António Lopes da Silva - ~rasil, femias e palavras de supremo ultrage. mister um pouco de nobreza de caracter prios animais ajudam a fazer o
Venho agradecer à SS. Virgem duas 15Soo; Domingos da Assun~o - Bra- Era o supremo triunfo do orgulho hu- e de •entimen.toa para ae afaatar do am- bem!
graças corporais e urna espiritual. sil, 15$oo; Feliciano Ferreira - Brasil, mano que tripudiava, com alegrias do biente dos intrigante& que hoje infdiE- São os mais ricos dentre os ho-
A 1. • recebi-a h a 3 anos aproximada- 15Soo; Maria Zelia de Morais- V. Ben- inferno. mente. silo muitos. mens, mas dessa riqueza que os la-
mente. Um dia ao receber a 'J'on..,;i• \lo feito, 2o$oo; António Rodrigues - Cam- Deus, porém, não qui:~: mais ser pa- Falam bem. de n6a 1 drões não podem roubar, nem a
S. S. depois de ter já recebido a Sagra- po Grande, 3oSoo; Bernardino Gomes - ciente e disse: bastai Nem sempre a to- - DI'1J,S atia lowvado I traça nem a ferrugem destruir, ces-
da Comunhão pedi, por intem.Mio df' Negrelos, 15$oo; esmola de Celorico de lerancia é bondade! -Falam malt sa riqueza que encanta. sempre
Nossa Senhora, a Jesus que suavisasse os Basto, 5o$oo; anónima de ~vora, 2o$oo; Não havia ainda aquele satanaz em - Tamb~m... Lou11ado aeia Deu&! vida..
meus sofrimentos ao menos os que mais Maria Izabel da Rocha- Lisboa, 4o$oo; carne humana acahado de vomitar t ( Com iato n.ilo ficamo& n tm melhore&.
me afligiam. Graças a Deus, a-pesar da Maria Neto- Anadia, 2o$oo; Lídia J e das as suas blasfemias quando dá um nem peorea do que somos.
minha indignidade, desde aquele dia fi. M. Ferreira - Porto, 15Soo; Distribui- uivo, como que um urro de animal feroz , Há pe&aoa3 preocupa.daa em derna~a Des canso dominical
e cái pesadamente no solo, fulminado, com a opinillo alheia, vivem a in.terro.
quei livre de uma dôr agudfssima que ção em Praia da Ancora, 33$50; Maria
me atacava todos os dias e que medi- da J. Leal - Carvoeira, 15$oo; Joaquim morto' gar, a preacrutar, a inquirir an.cioaa- «0 Domingo é o
dia marcado ao
homem pela divina Providência,
camentos diversos não conseguiram st- P. Gomes - Maranhão, 1oo$oo; Caroli- A .assombrosa coincidenda de uma mente:
quer minorar. na M. Soares- Arcas, 2o$oo; Angela V. apoplexia tinha. vindo pôr termo aos seus -Que dizem? Que pensam de mim ? para fazer-lhe conhecer sua vf!'--
A segunda graça que quero aqui agra- Taveira- Porto, 15Soo; Amelia F. Pei- miseráveis insultos a Deus, que avisa, es- Nada mai"' inútil e por 17ezea aU ridÍ- dadelra grandeza. Nesse dia, to-
decer a Nossa 5enhora foi o amparar-me xoto- L. de Palmeira, 20$oo; José Pi- pera, mas castigai culo. mando Deus pela mão o trabalha-
numa operação do ventre a que fui sub- res- Monção, 15Soo; Adelaide Days - A esta scena pavorosa fugiram todos, A opinião doa homtns é varidvcl, in.- dor dos campos ou das cidades -
metida, e que ia sendo fatal a ponto de 4 América, 26S5o; Francisca Pamploua- gritando com desespero e terror. •tnnte, arbitrdria 11 t olo ~ quem ne- diz-lhe:-cVem, deixa por um dia
horas depois da operação ainda estar Açores, 4o$oo; Luiza Fagundes - Aço- Os bons fiéis, prostraram-se por ter- la cri . êsse fato grosseiro, fato do peca-
sem sentidos. · res, 30$oo; Cesarina da Piedade - Lis- ra, reconhecendo o milagre e rezando Hoie, pelo mund·J aomo., canonizados, ão, do trabalho, da penitência, das
Apenas os recuperei pedi muito a Nos- boa, 25Soo; José G. Papanate- Louzã, com os olhos banhados em lágrimas de declarados aantoa, elevadoa aU a, hO'n- lâgrimas; toma as vestes da alegria
sa Senhora da Fátima que me alcanças- 2o$oo; Sindazunda Ribeiro- P. da Bem- contrição. "raa do altar. Amanha, uma ruapeita, e de festa: Ouves êste sino Que des-
ie melhoras prometendo-lhe 12 missas e posta, 2o$oo; assinante n.• 3.047, 2o$oo; O miserável vandalo jazia cadaver ao uma calúnia ~ o au.jiciente para que ve- pertou com a aurora? l!: para cha-
uma visita ao seu Santuário na Fátima. Artur Leitão - C. Daire, 20$oo; Efige- pé de uma coluna, olhos esbugalhados, nha abaixo todo o castelo do noaao ele- mac-te à mmha casa, que é tam-
Fui atendido e já lá fui cumprir as nia Pinto- Castro Daire, ::'O$oo; Erme- feições horrt>nda.mente contrafeitas no ól- vado apre!;'O ê consideração, construido bém tua. Somos chegados ao dia da
minhas promessas. Foi lá que a Virgem linda Neto F.•- Chamusca, 2o$oo; timo ~asmo d aqnt>Ja morte ho'Tivel sobre ao areia mo11edir4 da opi.n.illo oração das orações, ao dia do gran-
Santissima me alcançou uma graça es- Amalia de Oliveira -Lisboa, 15Soo; Tinha apertada nas mãos rígidas a ca- nlheta de Sacri!fcio. Vem, ouvirâs as mi-
piritual que ha 12 anos lhe pedia e de Deolinda Maia- Oiã, q8$6o; José M.~ beça da estatua. Foi durante a noite re, Portanto aigamos o r01lo$Plho da I mi- nhas palavras, reoolherãs as mi-
que lhe ficarei eternamente grata. C. de Oliveira- Nespreira, 2o$oo; Al- movido daquele lug:tr e sepultado. tltrlló: • nhas lições e, enquanto as tua~
Ana do Val Quaresma bina de Oliveira Coelho - Cascais, Rápidamente se difundiu por tôda a --<(Não faças consistir a tu11. paz na fOrças se restauram em repouso
15$oo; Delfina Pires- Agueda, 2o$oo; cid:tde a voz do milagre espantoso, sus- bot'a. âós bomensn ... bem merec'de, o teu esp1rlto se ali-
, Sin.{ães - Piães. ·w Luciano de Almeida Monteiro - Lisboa, citando em tOdas· as pessoas a mais puu• O Sa'r!.to· Abade de um Moateiro, dtrn mentará de pensamentos graves e
300Soo; P:" Joaquim Mota Pessoa-Can- gente impressão. a um fráde que se queizat•a de initíriM o teu coração goza.rá desta paz que
tanhede, 2o$oo; Augusto de S. Doria- Havia MSun Deus manifesbdo a sua recebida! ~stp lindo l}rigim~T l"Qn.t e..t sí se encontra no meu prórrio Co-
Lisboa, 2o$oo; João Canavarro- Santa- tremenda .intervenção' para punir- a· ou !la; lho: ração.-.
M~:'Ii!~, de M, .·B... 'de Portugal e r61D'; zoSoo; Distribttiçã.o em ·Grigó - :.rua hum:ma e defender a honra de sua ·-4 -'~-'l~u ><amif7", 1lá ao umíf1rio e -g ri-
Castro, de, .:f<t.C?.nteir;j. d,o AJ.eP.t-tlio _àgra- Galã; zoo$oo; .Dr. Weiss d{} Oliv.éirii - ~: S ..Mãi-ultràjadh. mooli1Bmen't:e por um tl' bastante rontra os m'&ftos, tare
tnal Este número foi vizad>1 pela Comis..~ri1
dece a cura duma inflamação que teve Lisboa, 2o$oo; P.• Joaquim dos R('is- impio inc('ndiário tão miserável! delea. e iniurit-oa quanto peatr. de Censura.
ANO IX LEIRIA, 13 de Dezembro de 1931 No 0 111

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Oireotor • ProprietArio1 Dr. Manuel Marques dos lantoa 1 Emprlaa Editora• Tip. "Unilo Gráfioa, T. do Despacho, 1f>·Lisboa 1 Administradora P. António dos Reia 1 Redacoao e Administraoao• " Seminairio de Leir ia,.

Crói:~.ic~ de Fá-tim~
(13 DE N _OVEMBRO)
A quadra invernosa -As Arnaldo de Magalhães, director espiritual glórias da Virgem sem macha, é o mês em virtude dos seus méritos infinitos, do e de amor: t<Bemdita seja a Santa ~
do Seminário de Leiria, sacerdote de rara em que o universo cristão celebra, em pecado original, que todos os homens con- Imaculada · Conceição da bemaventurada
peregrinações piedade, e de notável cultura, que du-
rante cêrca de vinte minutos teve o nu-
transportes de júbilo e de fervente entu- traem em Adão.
siásmo, a mais bela prerogativa da Mã.i
Virgem Maria!"
Essa criattJra priveligiada em que se acu-
Com o mês de Novembro, o Mês d<>!4 meroso auditório suspenso dos seus lábios de Deus: a sua Santa e Imaculada Con- mulam com profusão os tesouros inefá-
santos e dos finados, começou a quadra
comentando o evangelho do dia em lin- ceição. veis do Céu, esmaga com o seu pé vir- Fátima na China
guagem simples e acessível a todas as in- Jesus, o Verbo de Deus incarnado em g;nal a cabeça da serpente infernal que
invernosa para o Santuário Nacional de
teligências. Maria, apareceu, por meio dela sôbre a debalde tenta morder-lhe o calcanhar. c.Religião e Pátria ou Estrela de Ma ·
Nossa Senhora de Fátima e para os
seus peregrinos, portugueses e estranjei- cau., é o título duma explendida revist3
ros. No vasto recinto do local das apa- que se publica na Pérola do Oriente, -o
rições, povoado de templos e monumen- cidade do Santo Nome de Deus de Macau.
tos, graças à inicia tiva do ilustrt> Com o nómero de 10 de Máio entra es-
Prelado diocesano e à munificência dos sa revista numa nova fase, passando a
fiéis, já não se vê o movimento empolgan- ser publicada semanalmente e continuan-
te das grandes peregrinações do Estio do a ser distribuída gratuitamente to-
nem se ouvem os vivas e as aclamações dos os domingos em Macau e Hong-Kong.
entusiásticas das multidões que desfila- lt precisamente nesse número q1.• se
vam incessantemente, noite e dia, perante encontra um longo ~ importante artigo
Jesus-Hóstia, no seu trono de amor, e pe- doutrinal e histórico subordinado à epi-
rante a Virgem bemdita, representada pe- grafe ttDevoção dos Macaenses a Nossa Se-
la sua linda Imagem, na capela come- nhora de Fátima11.
morativa das mesmas maravilhas de O autor mostra a razão de ser dessa
1917. Dir-se-ía que às torrentes caudalosas devoção, frisa que não é ofensivo para Je-
e rumorejantes dum grande e magestoso sus Cristo, nosso único Mediador, que se
rio sucederam de repente as águas mansas procure a intercessão da Santíssima
e tranquilas dum lago pequeno mas en- Virgem e .prova que é lícito não só in-
cantador. vocar a sua protecção mas também
Sem embargo, porém, da intempérie da prestar culto às suas imagens, não haven-
nova estação que, a breve trecho, vai do na Sagrada Escritura passagem algu-
e cujos prenúncios já se fazem sentir, o ma que proíba o culto das imagens co-
número de fiéis que tanto das povoa- mo o entendem e praticam os católicos.
ções mais proximas de Fá ti ma como das Seja !feito transcrever alguns períodos
terras mais distante do pafs, acorreu à da última parte dêste trabalho tão cons-
Cova da Iria no dia 13 de Novembro foi ciencioso como útil:
verdadeiramente extraordinário, e sobre- ((O Senhor Arcebispo de Braga, Portn·
tudo ao meio dia e meia hora, durante gal. num sermão que pr~gou na sua Ca-
a missa e a benção dos doentes, a as- tedral disse: - As nossas festas religiosas
sistência era bastante considerável, ocu- estão profanadas, estão viciadas, estão
pando o espaço adjacente ao Pavilhão nu- corrompidas. lt preciso remediar tantos
ma extensão de muitas dezenas de m~ males graves, é preciso purificar as fes-
tros quadrados. tas, para que Nossa Senhora do Sámeiro
Bem hajam os fiéis devotos da Virgem faça milagres como faz em Lourdes. A
Santíssima que não recuam diante de Virgem fugiu do Sámeiro... e fugiu por-
nenhum sacrifício que seja preciso fazer que não podia ver as danças desonestas,
para poderem ir prestar as homenagens o toque de pandeiretas em requebros in·
da sua fé e da sua piedade à Mãi de decentes, as cançõea obscenas, o alarido
Deus no santuário da sua oredilecçãol satânico em um arraial desabrido no
meio de pipas de vinho. A romaria é C"
baixo apetite satisfeito, é o desejo mate-
As cerim6nias oficiais do rial atendido. As nossas romarias culti-
vam uma religião diabólica. Não digo
dia 13 que se acabe com elas; digo ·que se refor
roem, que se remedeie o mal. E podem
O programa usual dos actos religiosos voltar ao seu destino santificador.
oficiais no dia 13 foi integralmente cum- Não se podia dizer o mesmo, mutatis
prido. Não se realizou, na véspera, a pro- mutandis, de tantas festas por êsse mun-
cissão das velas, nem se fez, durante a do fora?
noite, a velada de adoração e reparação Que edificante não é o que se passa em
ao Santíssimo Sacramento- cerunónias Fátima que conservou desde o primeiro
tocantes e imponentes que são suspensas dia o seu carácter exclusivamente religio-
em Novembro para só recomeçar em so gJ;).ças à vontade firme do Sr. Bispo
Maio ou, excepcionalmente e com carác- de Leiria! Não há foguetes, não há arraial,
ter particular, em Abril do ano seguin- não há bandas de música.
te. Em Braga organizou-se uma Comissão
De9de as primeiras horas da manhã, arquidiocesana de peregrinações que aca-
numerosos sacerdotes atenderam na vas- ba de elaborar relativamente ao Santuá·
ta igreja da Penitenciaria os fiéis do se- rio do Sámeiro o seguinte: ttSendo estas
PEREGRINAÇAO OE OUTUBRO DE 1~1
xo masculino que querem purificar as manifest:açõe9 de fá destinadas a dar gló-
A aviaolo portuguesa presta homenagem a Nossa Senhora de Fétima
suas almas no banho salutar do Sacra- O monumemo em çonatruoao ao S. CoraçAo de oleaus cuja imagem já está colocada. ria a Deus e à Virgem Santíssima, d~
mento da Confissão. vem ser feitas com espírito de verdadei-
Entretanto, as missas sucedem-se umas A proc1ssao destinada a reconduzir so- terra, cheio d e graça e de verdade. Se- Nela e por ela a morte e o inferno são ra piedade, penitência e caridade.
às outras sem interrupção nos diversos lenemente a Imagem da Virgem do Rosá- meando palavras de vida eterna, curando vencidos e Deus reina ntla pelo seu amor. Não se vai ao Sámeiro por divertimen-
altares dos santuários. rio ao seu trono da capela das aparições tl\da a sorte de doenças e enfermidades. Desde o primeiro ID~tante da sua Con- to, mas mais para cantar louvores à Mãi
Ao meio-dia solar realiza-se a procissão pôs remate, como de costume, aos actos e consolando tõdas as mágoas, passa fazen - ceição, cheia de graça divina, mais que de Deus, pedir as suas gaças e receber as
com a imagem de Nossa ~nhora de Fá- cerimónias religwsas oficiais do dia 13 de do só o bem e estabelt-ce o seu impé· todos os anjos e que todos os santos, suas bênçãos. Recomenda-se com o maior
tima que se venera na santa capela das Novembro. rio de vPrdade e justiça, de pureza e bon- Maria é a 1\lài da divina graça, o foco empenho a todos os peregrinos que, tan-
aparições. Terminada a procissão, come- dade, de santidade e amor, sflbre tô- de luz e de amor cujos raios inundam o to na ida como na volta, evitem tudo
ça a missa oficial, que 6 Sf'guida da rt"'Ci- das as criaturas, vencedor da morte, do mundo intt'iro. quanto seja contrário ao espfrito religio-
tação do tt-rço do Hosário e da ~nção A Imaculada Conceição inferno e do coração humano, que êle pu Raínha dos Anjos, Rainha e Mãi dos so e à modéstia cristã, sendo absoluta-
do Santís.~imo Sacr:tmento dada a cada rificou e santificou. homens, Cort><lenwra do gPnero humano, o mente proibidos descantes, bailados ...
um dos doentes presentes e por fim a O m~s de Dezembro, em que vai à luz Mas esta grande obra de n'paraçào o Céu e a tPrra .,audam incessantemt-nte es- Todos os peregrinos marcharão pel~
todo o povo. da publioi.l:!de o presente númt>ro da Divino Salvador tinha-a já r<'alisado l'm ta brilhante aurora do Sol divmo, pro- margens da estrada formando alas e pek
À estação da Missa pr~go• o Rev.• t.Voz da Fátima>~, humilde pr~goeiro das Maria, isentando-a por um dom singular, clamando. num brado unisono de triwúo meio seguirão as bandeiras e o Círio. Do

/
2 VOZ DA FATIMA
rante o trajtcto reza-se o rosário e a la-
dainha de Nossa Senhora e cantam-se o!t
teriOAAS facetas, Interrogar as pc"Ssoas e
descohrir a trama por vezes nebulosa de
Em Gúbio as senhoras d-n Acção Ca-
tóli<·a est:io preparando uma bandeira
Graças de N: s: da radicada nesta santa esperança de qne a
Santíssima Virgem da Fátima fosse o bal-
cânticos Marianos que superiormente fo-
rem designados. Durante a marcha da pe-
I suces.<;OS e de incidentes, que à primeira
vista poderiam parect:r indiferentt:s».
com a !;{<ena da apnr'ção aos pastori-
nho'l, dest1nnda a sen ir nas peregrina-
ções que elas me-.mas resoh·eram pro-
Fátima samo seguro e eficaz para os seus sofri-
mentos, Isabel Rodrigués pediu cheia de
amor e confiança a sua cura à Santíssi-
regrinação nunca será permitido deitar fo- Reumatismo nos ossos
gos, nem tocar qualquer banda de mú- mover nos dias 13 de <>ada mês à <'Rile- ma Virgem da Fátima, que nós venera-
Em dezembro de l9JO tive uma dor na mos na nossa Igreja todos os meses, no dia
sica ou tuna. :e necessário que o Sámei- Fátima na Alemanha la onde os alunos do Colégio Portu- espinha, que não me deixava fazer o me-
treze, com comunhão de tôdas as filhas
ro, como Lourdes e Fátima, seja aos guês fizeram a festa à Senhora da Fá- nor movimento que me obrigou a estar
olhos de todos, para honra e glória da A importante revista de Breslau uKa- tima, e na qual, antes de ,·oltar pnra de Maria e demais povo. Começava a so-
de cama muitos dias. Consultei o médi- frer muito e a enfraquecer de dia para
Santíssima Virgem, salutar antídoto con- tholísches Sonntagsblatt», no seu núme- Roma, inauj!uraram um lindo quadro co que me disse ser reumático nos ossos. dia a tal ponto que seus velhos pais
tra a religião das romarias pagãs.» ro de 21 de Junho, publica um artigo da mesma Senhora. Apliquei os remédios indicados por êle, foram obrigados a ir com ela a um dos
intitulado uUma peregrinação a Fátima>~ mas sem resultado. Cheia de confiança
devido à pena do rev.do D. Schilling, di:l- • • • pedi a Nossa Senhora que me salvasse,
médicos mais distintos, da cidade de Cha-
Fátima no Brasil tinto ornamento da Ordem de S. Fran- ves. Auscultando-a achou-a num tal esta-
tomei água da Fátima, e fiz uma no- do de fraqueza que dt:elarou aos pais ser ·
cisco, de que é membro. Em Pádua, junto ao sepulcro do maior vena. Tudo isto se passou sem que sen-
As ccVozes de Petropolis», revista quin- Nesse artigo descreve com cO~ I ri snnto purtuJ,!nês. encontrou a Senhora inevitável a morte, porquanto os pul-
tisse melhoras. Já muito desanimada co-
zenal n:ligiosa, scientífica e literária, que lhantes e vivas, embora a trc<<'JJ rápi- de Fátima uma propagandit~tn admirá- mões e intestinos estavam completamente
mecei nova receita com remédios caseiros,
se publica na Sintra de Alêm-Atlântico, dos, a grande manifestação <lt- f,; e ).lie- vel na pes.'IOO da Sr.• J). Emíl'n ~'ilip­ sem concerto, e portanto a morte seria
mas sem esperança de obter resultado.
insere no seu número de r6 de Janeiro petto, ditosa mãe de l\laria Filippetto breve. Vendo-a tão nova e dotada de tão
dade de que a Cova da Iria fo1 teatro n'> No entanto recorri novamente ao auxílio
último uma longa e interessante carta de de cuja biop:rafia demos nmn breve no- belas qualidades morais, amiga dedicadís-
dia IJ de Maio .•\ parte mais iuter<'~san­ de Nossa Senhora, fazendo a seguinte
Portugal subordinada à epígrafe uNossa tícia em Julho do corrente MIO. sima de todas, as filhas de Maria fize-
te é a sintese admirável que nela se ta.-. promessa: - que se me passassem as dô-
Senhora de Fátima,, };ssa Senhora, qne é sem dúvida uma ram promessas e novenas e todos os dias
de tOda a divina história de Fátima. res mesmo com qualquer remédio, em pro-
O autor da carta, que a subscreve com das mais dedicadas e ac-tivas do grupo se orava por ela. O nosso director Sr. P.•
Através das palavras do ilustre escritor va de gratidão para com a Santíssima Elias Alves, prometeu uma missa a Nos-
as iniciais C. V., refere-se à Magna Char- alemão, a Lourdes portuguesa aparece da A~ão Católi<>a Feminina de Pádna, Virgem, mandaria publicar a graça, o
ta de Pastoral ccA Providência Divina,, da acaba de public-ar um lon!(o e belo ar- sa Senhora de Fátima, que seria celebra-
aos olhos dos S<·us leitores como real- que agora faço cheia de reconhecimen- da quando ela sentisse melhoras, e nes-
qual transcreve algumas das passagens mente é, um cantinho privilegiado da tigo sôhre FÁtima na rev;sta uLn nos- to, pois fui ouvida. Passados dias já me sa missa comungariam tôdas as filhas de
mais importantes, fala com justo louvor terra, em que o Céu se dignou estabele- tra viau (0 nosso caminho), 6rgão da- levantava e, graças à Saúde dos Enfer- Maria, seus velhos pais e suas irmãs.
do ilustre e venerando Prelado de Leiria, cer um manancial inesgotA vel de graças quele oentro de Ãoçào Católica.. mos, já estou bem.
cuja acção criteriosa põe em devido relê- Nas vésperas do dia IJ de maio, deste
e bênçãos, uma fonte perene de consola-
vo e dirige os seus sinceros e fervorosos ções para as ;Umas e de lenitivo para os • • Vila de Rei. ano, ela começa a sentir melhoras e no
parabens a todos os portugueses e espe- Antónia de Sousa Dias dia IJ de junho é cumprido o voto e
corpos. ela aparece curada. De então para cá, ca-
cialmente aos numerosos devotos que Nos- A peregrinação que justifica o título Muitos outros jornais e revistas têm
sa Senhora de Fátima tem no Brasil. dado amplas notícias sôbre Os acont.e- Bronc:o-Pneumonla da vez se tem sentido melhor, julgando-
do artigo foi uma romagl'm que fizeram -se agora completamente curada.
Depois de dizer que a Carta Pastoral ao local das aparições alguns membros cimf'ntos do Santuário de Fátima.
sôbre os acontecimentos de Fátima fica- Havia na minha família um enfermo,
da colónia católica alemã de Lisboa, com Mas, de entre todos, o artigo que com 78 anos, atacado de bronco pneumo· Lu!sa Rodrigues Alves Calvlin
rá sendo deveras histórica e que conso- o seu capelão o rev.clo Wurzer, o autor e maior sensação cau!!Ou nos meios culLos
lou de maneira assombrosa os que tinham nia dupla e bastante perigosa. Preguntei
o dr. Segmüller, lente da Universidade da Itália foi certamente o que publirou ao médico assistente o estado do meu Cura duma perna
em Fátima o seu coração e as suas espe- de Friburgo. a uOiviltà C'atólicau, revista scientífí-
ranças, escreve: doen • • e respondeu-me que só um mila- Achei-me com os nervos duma perna
O uHerfsche Weltn, semnn!lrio rt"digido ca de relebridade mundtal, em 15 de gre o poderia salvar, de outra maneira c:sforçados e cheguei a um purgatório hor·
ccA decisão do venerando Prelado veiu Ag01>to pa::.sado.
em língua alemã que se publica em Lis- lhe parecia completamente impossível. Ora rfvel. Isto foi peorando e, passado algum
mesmo a tempo, nem podia ter vindo an- Sõbre êste capítulo haveria ainda
boa para Portugal e Hespanha, dedica eu que não queria que o meu único tio tempo, tinha uma parte da perna pó-
tes. Assunto de tanta ponderação e ma- não pouco que di?.er e contar. l\Ias o
gnitude não podia ter uma solução rá- uma página do seu número de 26 de Ju- me falecesse, pedi a Nossa Senhora da dre. No meio de tantas dôres, tantos
nho à história dos acontecimentos de Fá- não querermOs ga11tar de uma vez a pa- Fátima o milagre exigido pelo médico, ais e tantas lágrimas, lembrei-me de Nos-
pida e açodada. Fazia mister pensar o ca- ciência dos nC6SOs leitores levou-nos a
so maduramente, entt'e o vestíbulo e o al- tima. O longo artigo em que se el'<Creve dando ao meu doente água de Nossa so Senhora do Rosário da Fátima e pedi·
essa história tem por título ccF:H-ima, a deixar o resto para outra ocasião, se Senhora e prometendo mandar celebrar -lhe, do fundo da minha alma, que me
tar; convinha consultar a Deus e consul- Deus fôr servido c concluír êste ped·n-
Lourdes portuguesa, e é ilustrado com nu- uma missa e ir com tOda a minha famí- valesse, e ela assim o fez, pois passado
tar os factos; impunha-se um estudo sé-
merosas e esplêndidas gravuras. do a N. Senhor~ de ' Fátima qu~ se di- lia à confissão e comunhão em ação Je algum ttmpo levantei-me um bocadinho
rio, profundo, demorado, . de circunstân- gne abenr:oar e tomar sob a sua pro-
cias e de factos, vulgares e extraordiná- graças. da minha cama. Depois cheguei a um hor
tecçãc especial todos aqueles que tanto Pois, por graça de Nossa Senhora, o meu rível tormento. Passado mais algum tem·
rios; era imprescindível ir ao fundo do Viscond6 de Montelo
se esforçam por torná-LA cada vez mais tio está bem e a minha promessa foi já po, apodrece-me mais um bocado da per
assunto, tomá-lo sob tôdas as suas mis- conhecida e amada em terras de Itália. cumprida. Já lá vai muito tempo e a na. No meio da minha aflição, penSO!.
saúde do meu tio é boa graças a Nossa em morrer! Numa noite, aflitíssima, mi-
----..-.,.,....---- Senhora da Fátima que sempre nos aco- nha mulher e eu voltámo-nos para Nos-

Nossa Senhora de Fátima na Itália ASSIM SE RESOLVE A


de e ouve as nossas preces.
Manulll do Senhcw
sa Senhora da Fátima, a quem prome-
temos ir ao Santuário da Fátima e le-
var as arcadas de ouro da minha mulher
Já mais de uma vez nos temos refe- O Tríduo preparat6rio foi pregado
CRISE ECONóMICA EM PORTUGAL Decla,.ação do médico se Nossa Senhora me curasse. Agora
graças a Deus e à Virgem Maria, já eston
rido ao progressivo· desenvolvimento que pelo Rev P. • Gonzaga da Fonseca, pro.. Tratei o Sr. Agostinho de Sousa de bem e já fui a Fátima cumprir as minha!>
a dev()('ão a Nossa Senhora da Fátima fessor no Instituto Bíblico de Roma. uO nosso oolaborador Rev. prof. Dr.
Fischer, d~ Bamberg, reQebeu de Por- bronco-pneumonia e em certa altura da promessas, eu que nem me podia mexer
vai tomando àlém-fronteiras por ê8se No dia 13 de manhã houve comunhão doença julguei-o perdido. Hoje encon- na carnal
mundo fora, gru;as aos esforços de mui- geral muito ooncorrida, não obstant'l ~upl a seguinte carta que poz à dis-
posição da SchildwMhe. A carta é do tra-se perfeitamente curado e soube d~ Vila do Rei, Brejo.
taa ·dedicações generosas, fecundadas ser dia de trabalho. Às 10 horas- Mis- pois que tinha tomado água de Nossa Se-
evidentemente com aa bênçãos maternnis sa cantada. À tarde- têr('o, bênção o..l.I"-Ctor técnico duma fábrica de ci- António Domi11gcn
mento, e engenheiro X, que viveu lon- nhora da Fátima..
dAquela que na Cova da Iria se cha- solene e sermão pelo mesmo ilustre pro- Manuel Viana
mou a Senhora do Rosário. fet!SOr, que descreveu cheio de entusias- g·,.. anos na Alemanha, <>uja lingua co- Fimose
Hoje não resistimos à tentativa de mo as cerimónias do dia 13 na Cova da uhe.:e perfeitamenne e que em 13 de
Maio de 1929 at>ompanhou o Dr. Fis- úlcera Em setembro de 1930, ao levantar-me
dar aos nossos leitores e assinantes uma Iria, mostrando 110 mesmo tempo e fri- notei, em certa parte do corpo, uma pe-
breve notícia dessa <>onsoladora campa- sando bem que a mis.~ão doe Nossa Se- cher nn destr. buição da S. Comunhão Em comprimento de uma promessa pe-
em Fátima (>Et;a-56 o li,·ro do prof. ço a V. Rev.el& um cantinho na Voz do quena escoriação não sabendo a que atri·
nha de propaganda pró Fátima, que, há nhora não fôra dirigida só para Por- bui-la.
alguns anos a esta parte, se vem inten- tugal mns r•nn todo o mundo. Sim, a Fischer ccFátima, a Lourdes portugue- Fátima para ajuntar mais êste favor a
sau no capitulo ccTenho compaixão do Foi alastrando, e, com desinfectantes
tantos alcançados por intercessão da San-
sificando em vários centros de Itália, missão da Senhora de Fátima é na. ver-
pôvou). Extraímos da refer.da carta o fui-me tratando. Deu em resultado ~
não excluindo o próprio coração da criS- dade e tem que ~~er uni,·ersal. tíssima Virgem: Havia 28 anos que so-
que !>6 se~ue que mu1to deve interes.~ar situação anormal. Consultado o médico,
tandade. E fazêmo-lo com o maior pra- Por fim, o h1no de Fntima, cantado fria horrivelmente de uma úlcera no es-
todos os de\'otos de N. S. do R06:Írio e declarou que era uma ccfimose» e para a
zer e ap:raclo, porqne sahemoe já por em lín101u itnlinnn por tôcla a M'>istên- tomago; não podia socegar e todos os m~
qual não havia remédio sendo necessárict
cartns vindas de Roma que o dia 13 cia, veio pôr sniilloso remate àquele dia os leitores da t:Jcll ildtr'o"h e, poi~ nos dicamentos eram inúteis. Com o pilam
mostra como por meio du fé se reeoh·e uma operação cirurgia. Alarmei-me, em-
de Outubro passado foi renlmente mai s de paraíso, pas'<IJdo todo noq pés, oa completamente tapado resolvi sujeitar-me
a l'rise el·onómil·a em Por I u~a I. bora me garantisse que era simplíssima.
um dia de j!lór· u e de triunfo para a melhor, no rej.!n~·o dn llliii Celeste, da a uma opernç.'\o. Não podia viver mais.
Após esta cosuJta ouvi mais quatro médi·
Senhora da }'átima em terras de Itália. Vir~~:em Senhorn dn Fntima. F.sta,·a ter-
..Ao re!(ressar do goso de il<>en.;-n en- ~o dia 6 de abril de 1928 dava entra-
contrei aqui a sua olertn env nlla por cos. Todos eles me aconselharam diversos
minnda a fe.,ta, mns niio o entus·asmo da no hospital de Santa Marta em Lis-
inoormE'clio elo Dr. I. Mil vezes ool"i- tratamentos, dos quais fiz uso, mas sem
boa. Fui operado no dia 28 de Maio en-
• • • pf'la no\'n clen)(;iio, que foi nrolbidn por
gado. t:uusoo-me imcn<m alegrl'h a lei- quanto que aqui não cessavam os pedi-
resultado algum. Então tomei a resolu-
tôda a rn rte t>Nno 11m mens:wei ro de ção de ir a Fátima, se Nossa Senhora me
Na Cidlule Eterna o décimo quarto paz, espnlhnn!lo '16 em poU«'O!! clin!l por tul-u da l:>Ua última obra uFátima à dos, ornçôes e novenas. No dia 13 de
uz da Autor.claue Ede!>i:ística.u curasse e evitasse a operação, agradecer
nnh·er~á rio da última apar1~ào de N. uma p;rnmle parte ela Umhria, merc~ junho já me encontrava no meio deste
lntt:ressam- me sobt~emaueira tôdns à Mài do céu e dar-lhe zoo$oo para as
~enhura ela Fátima foi celebrado com da intensn propnj!nnda feita C'Om nmn povo que chorava de alegria. Nos dias
as publica..-ões sôhre F:íttma. Conhe~,'O obras do Santuário.
um hrtlho espe.:ial na Igreja de S. An- dedic·n('ão admir:h·el por aquelas almns que se seguiram à operação nunca tive
Fátima desde 1920 onde vou quási to- febre nem qualquer outro sintoma alar- No dia l4 de março último preparei-
tónio elos Portugue!fCS, onde desde Ju- da Acçiio Cutólil·a. Di!!<~era-lhes o Sr. -me e comecei uma novena a Nossa Se-
nho do rorrente ano se en<>•mlra expos- P.• Fnnsec-n que a mi...siio dn ~enhorn dos os d1as 13. Como director le<'ni- mente. Em agradecimento desta grande
co da fahri<·a de c•1mentos de 7.. moro nhora da Fátima, e precisamente no dia
ta à ,·eneração dos fiéia uma linda es- da F:ítimn niio fôra s6 para Portugal, graça, nos dias 12 e lJ de agosto passa-
a 30 kilometros clo IOt1ll (e agora com 23, último dia da novena , notei que me
tátua da mesma Senhora, qunsi em ta- ma.~ tam/,ém Jlllra , lttlliu, Jlnra o mun- do, cêrca de duas mil pessoas com a ca-
as estrudns reparada, I) e na minha encontrava curado e completamente livre
monho natural. Durante a novena de do inte;ro. Foi qunnto bnston pnra fn- tequese de!-ta feguesia, composta de IJO
qualidade de Ser\'ita não clero falhar. do incómodo que me afligia, pelo que v~
preparação o Rev. P.• Dr. Teodó!!io de zer dêles antros tnnto!l R(lÓ'\tolos 1la crianças vestidas de branco, foram à Fá-
J) is.'le me o Dr. 1. que V. llev.• ten- tima juntamente comigo agradecer à San- nho hoje, IJ de outubro de I9JI, agrar
Gouveia, Vit>e-Reitor do Colégio Por- devoção à Senhora do Jl~:írio cl11 Fá- decer de todo o meu coração à Virgem
tug:uês em Roma, fez distribuir entre tima. Por sua vez os Pároc·os acolhem- cionava visitnr-nos onlra vez em Mn "o. tíssima Virgem éste favor que me alcan-
O facto causou-nos grande alegria çou. Ainda considero uma graça espe- Nossa Senhora do Rosário da Fátima as
o povo al~rumas dezenas de exemplares -na ccm~ todo o rnrmho. ,.,.ndo neln nm graças concedidas por sua divina bondade.
dum livrinho publicado ultimamente pois V. Rev.• é aqui, no me'o católi- cial tanto povo e principalmente tanta
meio ele fomentar a pif'<lnele e atrnir o
em Itália. sôbre as aparic,:ões e uconter·i- co, muito estimado e conhecido, por criancinha sempre todo o caminho em Viseu.
povo à igrejn e à freqiiência dos sm·rn-
mentos de Fátima. mento!l, oh!<t'r\'a n<lo como noutras par- C'ausa da sua obra ccF:ítima, 11 Lour<les duas fileiras sem se cançarem nem haver Casimit'o Dias - Chefs dos Co,.,.eios
No dia 13 hou\·e missa cantada às 10 tes rte aproximn tnnta. gente do tribu- Portup;uesnu. E para nada omitir cum- desastres de qualidade alguma o que dei-
horas, e à tarde Rên.;-ão solene com o nal da Penitência e da sngradn Mesa pre-me informá-lo que ou('o direr a ca- xou os povos, por onde passavam, mui-
da passo, asso<'iando-me en tamhém a to admirados. Fica aqui exarado o meu A~radecimento a Nossa Senhora
Santíssimo. Assistirnm al~~:uns diploma- movidn pela dev~ão a Nossa SenhÓra da Fátima
tas portugue.<;es acreditados em Roma, es<~e côro de louvores: O. li no rlo Dr. profundo agradecimento à Virgem San-
de Fátima.
drias religiosas portuguesas e italianas Fisc·her é a ohrn prima, até hoje, es- tíssima da Fátima. Sofria ha um ano dum abcesso. Depoi.!
e muito r>ovo.. • • • crita sôbre Fátima. Freixianda. de muitos tratamentos, banhos de sol, etc.
Alí, como em tôda. a pn~. N. Se- Quando teremos. ent1io o prazer de fizeratn-me duas punções.
P.• Manuel ca,.,.ei,.a !Meio
nhora soube desde a primeira hora, con- A propaganrla foi muito fac-ilihliln 0 \'êr de novo em Fátima? prova,·el- Andei muito tempo em tratamentos
quistar os corn('Ões dos fiéis. A atestar com a publi<'ll('iio ele pnJ!elas <>ontenclo, mente dentro em breve. sem resultado algum, enfraquecendo de
T<>rei imenso prnzer em lhe m~trar ·: uhertu!ose dia para dia dum modo assustador, de
a p ednde ele muitos, é rai"Q a hora do àlém da imaj!em da St>nhora, um resu-
dia 11ue niio estejam, dun11, quatro, s<>is mo da h"stórin das npnri~'lies e a no- a nossa f:íbrirn sob o ponto de \'io;t n ra- São realmente verdadeiras as palavras maneira que uns julgavam-me tuberculo-
velas ardendo e consumindo-se aos pés venn à Senhora de Filtima, ela~ quai~ tólico A ftíhrira está em plenn lnhorn- que a nVnz dn Fátima" dirije à Santl~­ sa e outros cancerosa. Um dia resolvi
da ooln "Madonna di Fátimau, que a já foram cli'>trihuiclas <>êr<·a de sei'! mil. ção de!>de 1923. }<'útima e mnqnitHI• sima Virgem. Vós, ó Virgem, Pura e Ima consultar os Srs. Drs. Antero Brochado e
tlxlos consola com a mesmo sorriso de De gr:~nde nuxílio foi tamhém o apnre- fnram hC'nzichs nC'In Snr. Dom Jc:o;EÓ. culada, sois a consoladora dos que creem Mário Monterros que exigiram uma opera-
mãi.
. . .. eimento dnm lininho em língua i'nl a-
na, com o título: uAs mnrnvilhn'! de
Fátimnu, rt>lntando as apllri('ões e os
Em Junho de 1927 foi tamhE'm a fá-
brica Con,.agrnda no S. ('ora~·ão de Jot'-
~u<~, senclo a f mRI!em solenemente hf'n-
c o lenitivo dos que sofrem. Na verdade, ção a uma costela que já estava careada.
muro regnum Dei et justitinm ejus et vo-me seu f'el comfYIJnheiro na destrí-
Em GIÍhio, pequena rirlacle da Um- zida. pelo F.x.mo Prelaclo no refeitório munia u<IJiciC'ntur vohis. (Math. VI, buição da S. c~munhão em Fátima..••
aconteeimentos.
bria, situada a uns 4Qkm no norte de elo op,.rariaclo. A prote('no doe Dl•ns 3.1). Na <'n1.ela da no"'l.'l fáhr l'n, dedi-
A pr' meira edi.;-ão (de 2.000 exem- Será pre<>iso sentirmos, na Alema-
Assis, e onde os nlunos do Colég io Por- tem siclo tão visível que m~mo n~ora , <·nda a N. S . do Rostírio dn Fátima
plares) exgoton-tõe em dnis lll{'Sf'S; de
tuguês se encontrn,·nm em gôzo dê fé- moclo que j1í estão preparnndo segnncla no meio desta horrível cl'ise em que temos uma 1mn~rem precisamente iguai nha, o pesado jugo da tirania bolehe-
rins, a festa em honrn de Nos~a Senhora nos debatemos e que ob1·igou innmerns aquela qut> foi bensidn oem Roma por vista para qu-e comprt>endamoe, enfim,
edi('iio muito mais de.<lf'nvolv-ida e mais
da Fátimn tomou por as.<> m d ' zer uma f:íbricas, nqui à volta, a pnral sar to- S. Santidade, o Pupa Pio XI, e cuja que s6 o regrcs.c;o a Cri~>to-Rei e o re-
ilustrada, dado o intC'rPs.-.e ('um que o
feição genuinamente portugttoesa, ·çj ~to tal ou pnn·in)m{'nte, temos nós encon- fotogmfia se encontra reproduzida no conhecimento franco, sinrero e leal da
públ1co reeebeu tal puhlica.;-ão. qne es- Sua Realeza, não s6 na vida privada
que aqtteles briC60S rnpazes há muito trado sem pre rápida saicln para ca no-.- SC'U lino. A d ita Imagem foi também
tá destinndn a fazer um ~rnncle hem e exe<'utada pelo escultor Thec\im e é do mas também na social e eoonómica, n08
se consideram obrigados por grat1dão a atrair um Rem número de devotos à sos prn<lutos, niio obstante a enorme
e patriotismo a celebrar as festas da Se- produ~ (400 toneladas dinrias). mO!>Illo tamanho daquela a que me re- pode salvar?n
Senhora do Rosário de Fátima..
nhora de Fátima com a maior scdeni- JC!!us prometeu esta prot,e(.ão em pa- firo.
rny-le-1\Ioninl, e por isso, nem outra Cem os meus mais sinC't'rO'! ap-nrleci- (Traduzido da uSchiltkwach,, que 1t
<lade, que lhes é possível num país es-
•ranjeiro. • coisa seria de especar: uQ11-aerite pri- m.ent.os pela sua gentil of-erta, subscre- publica na Al-emanha).
VOZ DA FATIMA 3
Realmente fiquei assustada, mas que fa- ,
Na v espera do Natal
Amélia Ferreira Peixoto, de Leça da Braga, 3oSoo; Adelino Augusto Pires
~er? Em 14 de Junho de 1929, parti pa- Palrut:ira, agradece a !'lossa ~IÚlora orna Brasil, 15Soo; Amélia Pequito Valent&-
ta o POrto para o Hospital de Santa Ma- graça temporal. S. Domingos, 23Soo; Julio Dias Gonçal-
ria, onde fui internada. Nesse mesmo Angela da Silva Vieira F . de Nevo- ves - Brasil, 2o$oo; P.• Maouel Rodá-
dia, fui examinada pelo médico do Hos- gilde - Porto, agradece a cura duma (CONTO) gues de Carvalho - Sedielos, x6oSoo;
pital e no terceiro dia fui tadiografada. grave e prolongada enfermidade que te- Distribuição em Peniche, 15oSoo; Manuel
Constatou-se que havia um butaeo na cos- ve e de que se encontra curada. «Era de noite; fazia frio; 'Uma brisa Alves de Brito-Viana do Castelo, 15$oo;
de Natal, lM enviara este desgraçadinho,
tela. Estive lá 25 dias em tratamento, Umbelina Antunes, de Lisboa, agra- glacial levantava por nwmentos nuvens e compreendeu qwe havia ali uma b6a José Vicente Pita - Madeira, 2o$oo; Ma-
mas sem resultado. dece a cura do seu irmão Sebastião An- de neve dura, que batia rws rostos dos obra a fazer. ria da Piedade Antero - Porto, zoloo;
Desanimada, disse que queria ir mor- tunes que sofria havia 6 anos e que pre- numerosos parisienses que passeavam a - uTens fo~ pequenito( Alzira de Almeida - Brasil, 15$oo; Jo-
rer à minha terra. sentemente se encontra curado. esta hora tardia, por ser vespera de Na- -Tenho sim, senhor>~. eé J . Ftaga - América, 28l2o; Maria
Ao despedir-me, em J ulho, da Sr.• Di- Adelaide Vaz da Silva, do Estoril, agra- tal. O bom homem tirou da algibeira 'Um dos Prazeres Meneses - Veiros, 2o$oo;
rectora, recebi desta uma medalha de dece a Nossa Senhora o tê-la curado d u- As lojas numa luz deslumbrante, upu- bocado cU pão com queijo e depois de Inês Coelho - Nova Goa, 3oloo; Manuel
Nossa Senhora da Fátima dizendo-me ao ma complicação interior que a ameaçava nham com luxo os seus mais brilhantes se ter sentado como poucU sobre o para- MedeirOs - América, 27$50; António D.
mesmo tempo que fôsse a Fátima logo muito. arlagos. Os brinquedos sobretudo, com peito da pante, p6z a criança no colo, Andrade - América, 27$50; Amélia Be-
que me fOsse possível. Para lá parti no Maria da Graça Poças Carmona, de Cas- maravilhosos mecanismos, tanham um deu-lhe cU comer, e agazalhou-a com a lindrinha - Agueda, 2o$oo; P.• Joaquim
dia 12 de Agosto com umas 22 pessoas e tro Daire, agradece uma graça temporal. grande exito e numerosas crianças .<e capa. O orfãozinho comeu avidomente e N. Barroso - Senhora Aparecida, x,51oo;
entre elas iam 4 sacerdotes. Feliz viagem António Gonçalves, do Montelo, agra- agrupavam junto das montras, solicitan- bem depressa adornuceu nos braços do seu P.• João Abranches - Seminário do Fun-
pata os sãos, mas de muito sacrifício pa- dece a Nossa Senhora o alívio multo S<·n- do de seus pais, alguns para a arvore -lo benfeitor. dão, 2oSoo; Maria José Sousa - Sabugal,
ta uma doente como eu a quem os ba- sivel que lhe alcançou duma complicação Natal e para os sapatinhos postos na cha- O operário levou-o cuidadosamente, e 15Soo; esmola de Braga, 5oSoo; Elvira
lanços da camionete causavam dores hor- interior. Sente-se muito melhor e com es- min4. depois de um quarto de hora de caminho Neves Feçreira - Estoril, 2oloo; Maria
riveis. peranças de recuperar a saúde para am- Os sirws começavam a repicar alegre- chegou enfim a sua casa que era num da Encarnação Pinto - Casc<.is, 15$oo;
Comungámos na Sé do POrto, donde paro de sua famflia. mente para a missa da meia noite, e quinto andor. Via-se ali a pobreza, mas Cecilia C. Costa - COja, 2o$oo; P.• Ado-
partimos às 9 horas, chegando a Fátima Júlia Furtado Bulcão, de Califomia, pareciam cantar a esperança c a alegria. A não a mis4ria. lino Alv. da Silva - Vela, 2o$oo;
precisamente quando se estava a organi-
zar a procissão das velas. No dia seguin-
agradece a Nossa Senhora duas graças multidão ia, vinha, cruzava-se numa das
que lhe alcançou .
• Abade d' Anta, 2o$oo; Maria do C. Piree
- Porto, 15Soo; Maria da Assunção Fi-
ruas mais frequentadas da cidade. e nin-
te não me foi possível inscrever-me co- Joana V. Neves de Oliveira Menezes, guém prestava atenção a uma pobre men- • gueiredo - Bemfica, 2oSoo; Manuel Al-
mo doente, e pedi a um servita que me do Porto, agradece uma graça concedi- diga, que segurando com uma <Ws mãos Uma m'Ulher air.da nova preparava C'Ui- ves Mateus - Mafra, 55$oo; Fernan-,
deixasse aproximar mais dos doentes, que da por Deus por intermédio de Nossa Se- um peqll6nito de cinco anos, com a outra dadosametlte alguns cartuchinhos para da. C. Vivas-Vilar Formoso, 3o$oo; Mau-
queria ver Nossa Senhora pois que fôta nhora da Fátima. implorava o soc6rro dos que passavam. os meter em duas botas que estavam jun- rício Brochado Neto, 15Soo; M. Rodrigves
ali, como doente. Teve compaixão d11 .Maria da Glória Leal, Filha Boa, Car- uUma esmolinha, por caridade, uma to do lareira. Quando o marido apareceu Palma-Sines, 15$oo; Alice da Silva Palma
mim e pôs-me à frente dêle. Estando lon- voeira, agradece a cura dum seu pade- esmolinha, mtinhas boas senhoras! ... » levantou-se vivamentB: ~ Sines, 15$oo; Ana Machado e Serpa.-
ge do SS. Sacramento, não poude rece- cimento. Fez entre outras a promessa de Mas as bôas senhoras passavam indi- - ccQue tarde qutJ vieste! f á começava Lisboa, 2oSoo Laura de Esmoriz- Mato-
ber a· bênção directamente como os ou- fazer durante um ano uma novena cada ferentes, senão desdenhosas diante da a dor-me cuidados a tua demora. ltfas, zinhos, 15Soo; Fernanda Alexandre Bar-
tros doentes, mas Nossa Senhota bem sa- mês e agora encontra-se curada, favor desgraçada. uTenho fome, tenho frio, o que trazes at? reto - Trancoso, 2o$oo; P.• João de
bia que eu fõra ali e que estava com que atribue a Nossa Senhora. meu filho não tem nada para comer; uma -Aqui tens, trago-til 'Um presente dn Oliveira Gomes - Ovar, 2o$oo; Maria
muita fé. A certa altura fui às torneiras :Maria de Jesus, da Bajouca, .Monte Re- esmolinha fKr1 caridade>~. A súplica re- Natal, para ti t1 para os nossos gemeos: Boaventu~ - Cadaval, 15$oo; Angela
embeber na água da Fátima um pouco dondo, agradece a Nossa Senhora a cu- nova-se com angustia, o pedido torna-se Costa ldahna Nunes - Feira no$oo·
de algodão que apliquei na parte afecta-
da, e principiei a sentir algumas mPlho-
ra duma mordedura dum animal. Este- mais instante 11Uma esmolinha, um11c es-
um Menirw Jesus, um Emmanuel.>1
A mulher soltou um grito de surpreza. distribuição em Passos - Cab. de Basto:
55S5o; Maria J. Polvora - evora 2o$oo
ve determinada uma operação que não molinha, por caridade!" E todos passa- uComo é isto?... Onch foste buscar es-
ras. Levei água que continuei a aplicar chegou a ser necessária, favor que atri- vam sem ao menos olhar para aquela ta criança r ... )) An_gelina Espírito Santo - Lisboa.' 15$oo;
e hoje sinto-me muito bem I Bendita se- bue a Nossa Senhora. A mesma agrade- profunda miséria ... O operário contou então a triste histó- Joao Ma.z:ques - Viseu, 2o$oo; Norberta
ja Nossa Senhora da Fátima! ce a Nossa Senhora a cura do seu filho De repente, a pobre estremectu, como ria que acabava de compreender e ajus- Monteiro Palma - Evora, 2oloo; Carlos
A IZ de maio fui do Candal em pere- que esteve muito mal com duas Pleure· se uma idéa súbita lhe assaltasse o cé- tou: ccAmanhã irei à policia; farei o que Aug. Sarmento - Campolide, 2o$oo; An-
grinação a Fátima agradecer a Nossa Se- sias das quais agora se encontra curado. rebro, e olhando em rodo com olhos des- me f6r possível para qll6 procurem os tónio de Figueiredo - Viseu, 2oloo; Ma-
nhora a graça que me concedeu. Durante Virginia Graça, Colégio da Providên- vairados, tomou nos braços o filhinho e parentes do pequeno, e se ninguém o re- ria I. da Costa Russo - Cabeço de Vi-
a viagem rezou-se e cantou-se a Nossa cia, das Irmãs da Caridade, Brasil, agra- fugiu para longe desta gente deshumana. clamar ficaremos 11ós com lle. Onde ha de, 25$oo; Maria de Almada e Cruz -
Senhora. Houve uma novena . de prepa- dece a Nossa Senhora o ter curado uma Para onde irá, assim com o seu tesou- para q uatro também haverá para cinco. Lisboa, 15$oo; Ana Virginia de Morais -
ração e antes de partirmos, assistimos à sua Prima Adyr Gomes Pereira, que se ro! ... Ai! toma a direcção do edis, adian- VOs t'U mulher, creio i]U6 esta caridode Lisboa, 2o$oo; Adelaide Chambers - Boa
Santa Missa, comungamos e tivemos ben- encontrava mal de saúde. Depois de al- ta-se para a p(mte mais próxima, e pon- nos trará a felicidade. Se um dos nossos Vista, 2o$oo; Maria José e Silva - Avei-
ção do SS. gumas orações e votos recuperou a saú- do no chão o filhinho, depois cU o ter gemeos stJ achasse no caso desta crian- r o, roo$oo; Emídio Sena - Lisboa
Antes de ir agradecer a Nossa Senhora de que havia perdido. beijado com transporte, a desgraçada, vic- ça. não ficaríamos reconMcidos pelo que 2<>1oo: Francisco Duarte-Lisboa, 15$oo;
fui aos mesmos médicos que me trataram tima dum ataqll6 cerebral, deita-se ao por lle fizessem( Pois bem, Deus, que FranCisco Vicente - Viseu, 2oloo; P.•
tJara que examinassem se eu estava cu- ---.,.........,-- - - Sena. Ninguém ouviu o ligeiro ruido cau- é o Pai dos orfãos, nos recompensará tu- Augusto Durão - Turcifal, 7oloo; Ar-
rada, e depois da resposta afirmativa 6 sado por lsse frágil corpo ao cair na do o que tivermos feito por lste pobre manda Batista - ~vora, 15$oo; Francis-
que fui agradecer a Nossa Senhora. Gra- ca Batista - ~vora, 15$oo; José Gonçal-
ças a Nossa Senhora já trabalho no ser- UMA VISITA água, senão a criança abandonada cujos
gritos 11gudos lhe despedaçavam o peito.
pequeno.
- T11ns razão laomBm, dwenws se"'- ves. Governo - C. João Dias, 15$oo;
viço da casa e nada sofro presentemente «Mamã, Mamã, parqll6 me deixaste( ... pre· fazer aos outros o qll6 qll6riamos qll6 ~a do C. da Rocha-odivelas, 17$8o;
desde que fui a Fátima. Um dia sereno. Saf de casa e fui fazer Mamã, mamã, vem ~car-nu,. rws fizessem». E pegando na cl'ia"fa bei- Clotilde Raposo - Alenquer, 2oloo; He-
Amarante. uma visita. Uma scena edificante se me jou-a com tern11ra. lena Carneiro - Porto, 15$oo; Joana
deparou. Emilia C. Branco - POrto, zoloo; P.•
Madalena da Purificação dos Anjos • • David Fernandes - Vila Maior, r oo$oo;
Hepatite Uma pequena casa de aldeia, a Clt5a Emília da_ C. Sá - Vila do Conde, 25$oo;
Maria Joana Silva, residente na cida- da. tia Cristina, uma boa velhinha, doen- O cais estava deserto, e os gritos do pe- M.• Carohna de .Melo - V. N. de Gaia,
de de Setúbal, vem tornar público a gra- te há dez anos, sempre na cama, quási qll6nito ficavam sem resposta. Mas, co- Esta não despertou. Lindos caracoi.s xooSoo; M.• Generosa - Veiros 2o$oo·
ça da cura dum seu filho que se encon- sem se poder virar, atacada de paralisia. mo o bom Samaritano, um bom operá- loiros lhe pendiam da cabecinha, e a bo- Confraria de N. S. • da Fátima __.: Vila Vi~
trava gravemente enfermo, em caso de- A ti.a Cristina passa o dia quási sempre rio, voltando do seu trabalho, passou per- ca entreaberta parecia sorrir aos A11jos. çosa, xooSoo; Elfsio Focha - .Brenha,
sesperado. Sofria já há 4 meses de uma he- só porque só tem uma filha para a tra- to e o chorar da criança abandonada ccComo os pequenos vão ficar contentes! xj$oo; Ana Abreu -Gouveia, 15Soo;
patite, doença que o seu médico assisten- tar e esta passa quási todo o tempo no atraiu-lhe a atenção; aproxi1nou-se e to- Será o seu melhor presente; vou deitar r> Amélia Roque - Gouveia, 25$oo; M.•
te Snr. Dr. Pereira Machado, dizia ser campo. No casebre reina a pobreza e a mou-a rws braços. pequenino num berço junto da cama dl- Guimarães Correia - Mota, 15$oo; Antó-
de difícil cura. solidão, mas na parede defumada, perto - uQU6 tens, peqll6nito, para gritar les para que o vejam logo que desper- nio Farinha - Madeira, 2o$oo.
A ponto tal o estado se agravou que do leito onde a paralftica agoniza há dez dlsse nwdoJ tem>~. Pela manhã, quando os gemeozi- Arlete Nunes - Tete, xoo$oo; Rosa
em certo dia o médico julgou-o tão mal anos, vê-se um velho crucifixo e algu- - Quero a minha Mamã. nhos abriram os olhos, viram logo o no- Azevedo, 5o$oo; llda Taveira, 5oloo;
que lhe déra vida só por 24 horas. Com mas imagens de santos. - Onde está a t'Ua Mamã? vo irmãozinho, que a mãi, para tornar A. A. Aires, 5oSoo; J. Rocha, 5oSoo;
a declaração dos médicos, .a aflição na Conheço que é um bálsamo para mim - uAii, ali». E apontava para o rio a surpreza ainda mais a~radável, havia Beatriz Silva, 3oSoo; Jaime Lino, 3oSoo;
família foi tão grande que só pensou em o entrar em casa da doentinha, tão edi- qt~e corria tranquilo por deb!Jixo da pon- rodeado de rosas do Natal ccAh! um Me- Alda Pontes, 25Soo; Rosa Fino, 25$oo;
um milagre por intervenção de Nossa Se- ficado e consolado fico. Sempre a mesma te. nino j esus vivo!... Que bonito!- Este J. Figueiredo, 25Soo; Basilio Fisher,
nhora, fórma única de salvar o perdido calma, o mesmo sorriso, nunca um quei- -«Como, a tua Mamã está ali( .. ,, não é de cera. - Nem de gesso. 25$oo; M.• A. Dias, 2o$oo; M.• T . Abran-
doente que sofria com resignação as do- xume. - uCaau à água! Aproximou-sB da - llfamã, q14em no-lo dá de presente? cbes, 2oSoo; Francisco Bolotinha, 2oSoo;
res atrozes que o torturavam, a tal pon- -Como vai isso boje, ti.a Cristina? ponte e depois fez assim.» E esforçou-se - Foi vossn Pai qll6 vo-lo trouxe hon- Henriqueta Sardinha, 2oSoo; Virgfnia
to que as contrações faziam supor a to- -Oh! Não vou pior. como se quizesse atirar-se. tem, ou antes 4 Deus mesmo que vos Schwalbach, 2oSoo; Irene Lopes, ~;
dos os presentes que estava chegada a - Tem sofrido muito? O operár;o então compreendeu qll6 a manda lste presente. Dr. Silva Graça júnior, 2oSoo; A. J. Fer-
sua hora última da vida. - Um poucochinho. desgraçada llfãi se lançara voluntdriomen- - 011! obrigado mBu Pai, obrigado meu nandes, 2oSoo; F. Ribeiro, 2o$oo; J.
O inchaço que se apoderára do meu fi- -Não acha o tempo muito longo? te ao rio, e uma grande compaixão lhe Deus!n Abreu e Silva, 2o$oo; M. Eiras, 2o$oo;
lho era de tal natureza que nunca mais - No princfpio, quando era mais no- inv11diu o coração. ccE o teu papá, on.de E cada qtUJI se extasiava mais, rw au- J. Sampaio, 2oSoo; A. Fidalgo, 2oSoo;
o deixára repousar na cama, obrigando-o va, custou-me muito, mas agora tudo es- BStá? >1 ge da alel(ria e do runnhecimento. J. Marques, 2oSoo; L. Santos, 2oSoo; Sa-
a permanecer só numa cadeira, e como tá bem. O peqll6nito lwantou o dedinho para - uF.u hei-de ensinar-lhe a ler, quando ra Fernandes, 15Soo; Adelino Gonçalves,
o horrivel sofrimento provinha do esta- -Como? Tudo está bem? o c4u. lle tiver sete anos. xsSoo.
mago, local onde se acumulavam as do- -Sim. Eu penso que Deus aceita o - ul.á em cima! - F. eu a escrever e a contar. M. • Ferreira Rodrigues - Paredes,
res agudíssimas, foi ahi e já depois de o meu sofrimento como expiação dos meus -Como se chamava llel -Ensinar-lhe-hemos, sobretudo, meus 2oSoo; Condessa de Margaride, 2oloo; M.•
meu filho se encontrar quási inanimado pecados e dos pecados dos outros. Unin- -Não sei. filhos, a conhecer e a amar a Deus>>. Ribeiro da Silva - Guimarães, 2o$oo;
e sem falar, que apliquei urna cataplas- do a minha imolação à de Jesus na c(Uz, - F. tua Mamã( - Sim, sim, minha ltfãin . António da C. Melícias - Buliqueira,
ma feita com linhaça e água da prodi- sinto coragem para sofrer e até isso me -Fina. A polícia não poude dar indicação ul- 2o$oo; Ludovina M. e M. Jorge - Vale
giosa fonte da Fátima; foi tão grande a dá certo prazer na esperança de que por - Queres àizer Josefina? guma a resp(!ito do orfãozinho, e foi ado- Formoso, 2o$oo; Henriqueta de Morais
confiança na Santíssima Virgem, quan- êste meio Nosso Senhor distribuir.\ graças -Sim, sim. ptado completamente fKr1 aqU6les que o Ferreira - Lisboa, 15Soo; Em.flia Fer-
do fiz a aplicação da cata(?lasma e tão espirituais e temporais a outras almas que - E o outro nome, o apelido} tinham recolhido na véspera do Natal. F., nandes Carvalho - Estoril, 5o$oo.
fervorosamente lhe roguei a sua interven- delas careçam, não esqupeendo nunca as -Não sei. como pressentia o caritativo operário, lle
ção para que salvasse meu filho, que almas do Purgatório, é claro. - E tu como te chamti.S( lhes trot4XIl a felicidade. Deus p6s o ger-
prontamente atendeu o meu rôgo a - Mas há de lhe custar bastante estar -llfenel. men da vocação sacerdotal na alma dos
ponto do doente imediatamente falar, há tanto tempo nesse pobre lt:ito, não é -Como? Menel 1'..ão 4 um 1Wmll; qll6- deis ~:emeos. As benfeitoras duma esco- A quinse séculos d e Efeso
sentir alívios apreciáveis e tal trans- verdade? res direr Mant4el? la apostólica, tJncarregaram-se de os fazer
formação se operou que causou assom- - e menor dor do que a cruz sõbre - Sim, sim Manuel» admitir nela e de lhes paf!or as despezas
bro no próprio doente que preguntou o que Jesus mOITE'U. Três horas esteve ele com os estudos. Em breve terão ambos A MaterniJa~e Divina de N. Senhua
que lhe tinham colocado no estomago na cruz com os pés e mãos cravadas. a felicidade de serem ordenados Sacerdo-
que fizera desaparecer as dOres e a in- .T:\ antes o hnviam flagelado. Em volta tes, ambos no mesmo dia! Os pais estão Maria 4 Mãe th Deus - revela-o
chação. Foi, pois, grande a alegria e dele os inimigos insultaram-O. E esta cheios de aleJ?ria com lste pensamento, e o Espírito Santo nas Páginas Sa-
admiração de t<">das as pessoas, que co- scena. parPCe renovar-~e todos os dias. o jotoem llfanuel, feliz e contente, apren- gradas.
nheciam o estado quási desesperado de E eu, na minha solidão, não tenho nada O operdrio, q'Ue era bom cristão, sa- de já para ajudar-lhes às suas primeiras Maria 4 Mãe de Deus - procJa..
meu filho, incluindo o próprio médico daquilo. bia que Emanuel quere dizer Deus con- mis~sn. mam-no os Santos Padres, g6·
- Não tPm alguns momentos, ao me- nosco, e que era assim que o Messias era Thér~ Borronne. nios imortais da Igreja.
assistente que admirado o contemplou e
disse que só um milagre o podia ter sal- nos de desânimo? chamado e esperado. Pensou logo que, Maria é Mãe de Det~S- definem-
vo. Em ação de graças por tão grande -Não, porque pt'n!;O que, dl>pois di~- sem duvida, o menino jesus esta noite (Do BolPtim da obra expiatória n. 196} 0
-no os Concílios.
favor rendemos nosso tributo à Mãe de to, há de hav<>r o Céu, e o Cfn, o pa- 1 - - - -- -- - -- - - - - -- - -- -- - - - - - -- - - -- - - - - - ccSonta Maria Mãe de Dsus ... , - reza,
Deus e amparo dos que sofrem, não ces- rafso eterno, não se compra muito caro por fim, a piedade cristã, a Liturgia Ca-
sa_ndo de render el?gios a tão grande ben- pelo preço que o p;tgo. VOZ DA F ATIMA D onativos desde 15$00 tólica.
feitora da humamdade e por isso, aqui - E essa solidão? Demonstrá-lo, pareceria, por im~­
venho apon_tar . a todos os desesperados -A solidão também tem as suas ale- P.• Horncio M. de Sousa - Vizeu, vel, inútil. Pois, se há verdades que, por
grias porque, de tempos a tempos, tra- Despesas 7oSoo; Distribuição em Alquerubim - excessiva clareza, não sofrem demonst:ra.-
a quem a sc1f-nc1a da terra não pode valer,
que implorem a Virgem da Fátima com zl'm a Sagrada Comunhão e eu passo o Awiro, 75Soo; Alice de Quintanilha - ção, esta seria uma delas. Basta analisar,
fé e confiança, que estou certa, Ela não meu tempo em união íntima e a dar gra- Transporte... .. . .. . .. . .. . 299.757S59 Guarda, 2oSoo; Virginia. Lopes - Cllldas ao de leve, o Calendário eclesiástico, con-
ças a Jesus. papel, composição e im- da Rainha, 3oSoo; Igreja de Baltar, frontá-lo com o depoimento constante da
. os desamparará, como não me desamparou
"'m momentos de tão grande angústia. - Então a ti.a Cristina não se pertur- pr. do n. 0 IIO (65.000 2rS2o; P.• Xavier Madruga- Açores, tradição, para ver como o culto à Mãe
Setúbal ba? exemplares} ........... . 4·759S75 r2o$oo; João Goulart- Açores, 2o$eo; de Deus, nascendo com o dealbar do cris-
Maria Joana Silva -Para quê? Deus quere o mPu bem. Franquias, embalagens, Esmola de Lubango, 5oSoo; P.• José Ri- tianismo, se foi espalhando e acentuando
Basta isso para me consolar, apesar do transportes, etc. ... ... t.I9C)$IO beiro da Cruz - Oleiros, 25Soo; Maria até penetrar tôda a vida litúrgica da
Graças diversas meu sofrimento. Na administração em Lei- da Conceição H. da Silva - Oleiros, Igreja; para ver como a piedade cristã
Isabel Ornelas de Oaklanda, Califór- Aqui está como se pode viver alPgre e ria ................. . x6o$oo 25Soo; Maria Pinto Antunes - Sertã, não tem limites quando se trata da ma-
nia, agradece a Nossa Senhora duas gra- feliz no isolamento, na pobreza e no sofri- r5$oo; :Maria Alice Almeida - Faro, nifestação dos sentimentos m:üs belos,
ças que lhe alcaoçou. mento. 5oSoo; Lourenço de Oliveira Machado - mais puros em honra da Mãe de Deus.
... VOZ DA FATIMA
A par de cada festa em que a Liturgia
celebra os mistérios de Crist~entro de
ou se escondem humildes DOB vales, não
t6em sido erigidos em honra da Mãe de
I I~to pa...~rn-~e em Junho d.tpou do
apariçlio dêste mS1.
«ENSINAI ... » • •
toda a Sua vida - lá está tam~m a me- Deus I Pode calcular~e a curioaidade d.a. m4e Orai assim. O Padre Nosso. Que ela Reja de manhã e à noite e pc-
mória dos princípais factns e prerrogati- A poesia, quer na soa forma culta, quer 1 em jtU;e do que ouvia dizer. lo dia adeante a nossa oração favorita'
vas da Mãe de Deus. na não menos inspirada forma simples e Pois na linha 15.• do me.tmo interro- Desatem as criancitas a língua a apreu·
A Incarnação do Verbo no Seio purusi- sentimental do povo bom e cristão; a mú- aat 6rio poutk com ,erdade afirmar-.te : O Padre Nosso!... Quem ha ai que o de-la.
mo l!le Maria, tem, a seu lado, a festa da sica, a pintura, tõdas as artes, como que uA mãe de Lúria ndo foi porque o não saiba, que o não oiça, que o não Junte-se com ela a famflia em volt&
Imaculada Conceição de Nossa Senhora; à porfia, cantam e rezam as glórias da Btnhor Prior a acon•ellwna a qúe n4o reze? da mesa e com ela se separe terminada a
o Natal de Jesus traz consigo a Nativida- Mãe de Deus, as Suas prerrogativas, as fo&~e.n
Dum extremo ao outro do mundo so- refeição.
de de Maria; a Paixão de Jesus pede a festa suas misericórdias. Mu.ito forte teria lido eua f'ecomen- be esta prece continuamente deante do Rezem-na ricos e pobres, novos e -..
das Dôres de Sua Mãe; a Morte de Jesus Nossa Senhora da Ajvda, do Amparo, dação para 11encer a curioaida<h de vma trono de Deus. lhos que todos a1í teem que pedir.
- o Trânsito amoroso de Maria, a Ascen- da Guia; Nnssa Senhora do Bom Consll- mulher:.. e f11ril11/ ••• E os homeDB ao dizerem Padre Nos- Mas rezemo-la bem.
são de Jesus - a Assunção gloriosa de lho, da Lv:~, da Graça, da Boa Hora, dos so - Pai NC"3!l0 - sentem-se realmente Ah que glória imensa não pod~
Nossa Senhora ao C6u. Prazeres, das Vitórias ... são outras tantas • • • irmãos porque filhoa do mesmo Pai - dar a Deus se rezássemos essa oração eaJo
Vê-se que a Santa Igreja não sabe glo- invocações que traduzem o agradecimen· Deus- que está nos C6us. condições.
rificar o Filho sem glorificar a Mãe. Co- to ou a prece à Mãe de Deus, em momen- Tinha 01 con.tciSncia de que procedia Um doce sentimento os invade e pe- Deixemos a rotina e rezemo-lo com
mo 6 belo e fecundo êste paralelismo en- tos difíceis ou de glória. bem e tiS? Jhe baJtu11a. E o que ile a/ir- netra suavemente o da fraternidade não atenção e com fé, com amor e confiança
cantador, índice de graça e misericórdia, O que é Fátima, o que é Lourdes, o ma num ofício tfl'lliado ao E:r:."'o e daquela fraternidade oca e falsa mas da- Então sentiremos tOda a beleza indá-
que o sentimento da Igreja propõe a Seu.'l que são todos os Santuários do mundo, Re11.- Senhur Arrebiapo de MitileM, a queloutra ~ e verdadeira cimentada vel dessas palavras bemditas a balsanu
filhos I senão outros tantos teatroS, nan ..,J.nrv, 15 de Outubro de 1917, a dois ditu apoz com o Sangue de Cristo - que os faz sarem-noe as agruras da vida:
Não se contenta a S. Igreja com estas eloquentes que cheios de magnificência, a última cpariçao, a dar-llws conta do sentir as d0Ge8 alheias e alegrar-fie com o • Padfo• Nosso qf.U liStais tW c~.....
festas em honra da Virgem Senhora; mas, onde a piedade do bom povo cristão se aucediáo . . rtc fr~a~ e a Ptàir im. prazer dos outros.
Ao espírito e coração lsumano abre-se Uma alma pt~qtUftiM
zelosa das grandezas de Maria e agrade- expande e entõa, agradecido, os louvo-
cida de SUílS benemerências, todos os mc-
eee alegra os fiéis com repetidas festaa
Marianas.
res da Mãe de Deus?
Se louco 6 - no dizer da Escritura -
negar a existência de Deus, louco seria
troç"e•.
«Tenh.e MGfl.tido o nl~io que B pro..
~ncia me tem aconaelhado.
Nilo tenho dado parte ao E:e.- Pre--
assim um horizonte de que os descrentes
não podem gozar. o duma familia imen-
sa formada de tantns filhos quantos re
-.-....
Mais, a sua Fé e gratidão não lhe per-
mite deixar passar a semana sem consa-
também negar, diante de tão copiosa e lado ha tnau tempo JIOf'21U uperova, ceberam a graça de invocar a Deus por
Pai.
ACABA DE AfARECER
insofismável soma de testemunhos, a fé no dizer da. criança•, a últim& Apari-
grar à Mãe de Deus um de seos dias, o da Igreja na Maternidade Di~ de Nos- ç110 que foi no dia 13 prmmo panadon. Quando o homem subiu a essa con-
sábado; e recomenda insistentemente aos sa Senhora. Documento: 1.•- pág. 1 lifl-h.a 4.• a templação Divina da humanidade !lente- A P~ROLA DE PORTUGAL
seus filhos lhe consagrem os três momen- Cantem, pois, todos e sempre, em côro contar do fundo. -se de momento mais perto de Deus do
txls mais importantes do dia com a reci- com a Igreja Universal, as grandezas da E a Autoridade Ede•iáatüa que mE que dos homens e como arrebatado pe- pelo Visconde de Montelo
tação das Av&.Marias. Mãe de Deus, na certeza de que serão conate flunca o c~rou por uao. Mui- lo amor de tão bom Pai só cuida no que
Se do campo da Liturgia passamos ao correepondidos pelas vozes das gerações to ao contmrio. Lhe diz respeito pedindo o que ma~ de- Subsídios para a história da Lourdea
da simples piedade cristã, que de monu- que passaram e de que o eco da sua voz O povo porém •em.pre prope.nao a e~­ seja que as creaturas dêem ao seu Deus: Portuguesa. - Pr~ço sloo - Pelo co" eio
mentos, desde as mais soberbas e amplaa seJ:á repetido, séculos em fora, pE>las ge- tremiamoa convenctu-ae de que o párO- Amor, respeito, Obediência. 5170.
Basílicas, às mais pequeninas e pobres er- rações futuras- «Santa Maria, Mãe de co não via com boM olho• oa aconteci- «Santificado seja o Vosso nome, Ve- Depositários: - União Gráfica - Trav.
midas que branquejam nos altns mOntes Deus ..... mentos da C011a da Iria. E.,ta qpiniilo, nha a nós o Vosso reino. do Despacho, 16- Lisboa; P.• fotJl d#
d.t principio e1t.eoberta, nplodiu a quan. Seja feita a Vossa Vontade assim = DtJus Mag7W, Seminário Patriarcal - San·
do da priado doa tmkntea cheaando o terra como no CéU». tarém; P.• Manuel Pereira da Silva, Cã
FATIMA A PROVA po110 a tomar o Prior da Fátima po-r
cúmplice do Admini~tra<.Wr.
Porquê?
Porque a honra e gMria de De#S so-
mara Eclesiástica - Leiria.

NOTA PRÉVIA o prindpio, ~ durante lU apariç6u,


Acmaram-ftO puhlicam.tfl.te diuo e o
pobre do padre teve de publica-r uma
brelevam tudo e tudo vencem.

• •
-----.-.
Com O tftuw IUJ)f'a> tftdicodo ÍftÍCÚJt!IOI
"oie a publiCGç4o dum pequmo aubddio
vissem uma batina a «orientar t a d~
riairn.
carta a IU/tfl.àer-ae de tais acumçlles,
q~te, e~ruando 1erin dizl-lo, careciam do
moia peque11o /u11.damento.
Depois de ter pedido para Deus na
terra t udo o que pode pedir como que
A oração da noite
para a futura hiat4ria doa acontuin..,.toe A atitude do clero foi em cef'to mo-
da ldtima. Da carta J111hlirada flO n. 0 104 do K0u..
acorda e lembra-se de si e dos outros e - Joaninha, deixa tudo e vai diz,er ao
0GUpar·nD4·Mmo1 16 do ll'U ,.e.,eitG u do para o• ftU;to• da Fátimff 0 proc,.~ rien~en c.k t-9-19l7 e que maia adeante pai que vamos já rezar.
contrariedade• • opoaiçõee ifl1Gftta.laa COft- ·'O rritiro q11e a incredulidufk de 84• pede para todos o pão que lhes susten-
pttlllirnrem~s na inttara utraimoa o& ta a vida. - Mãesinha, porque é que fazemos
tra a Fdtima, abranomdo o pt.rw.Jo GQI· Tomé foi para a reu~treirt1o rle Nono
tado dai apançõe• e per1egu~•1. período, •eauifltu que ,eem a prop6ai. Não com a fúria do avarento que gas- juntos as orações da noite?
JI~Wo aubaldio, tem prurtdoa de ora11de·
Senhor JeMu Cri~to: .4 ~ati1/uçdo dw to. - Por três motivos, minha filha.
espíritos tnaU txi!1efltU, do• h.ipef'Cfi.. ta de ter mas com a humildade do pobre
ea ou de valor, lete trabalho t>ai eontu<lo u ... ,tnho repeTir tifo ifljusta como in- Primeiro, para maior união da famf.
ao encofttro doe deaejo• de mKitoa doe fttle· ticoa. que deseja viver.
aidiow calúflia hrndando ao mundo in- uO pão nosso de cada dia nos dai ho- lia, pois mais unidos estarão, com certe-
aoa le•toree.
Feito aoe pedaço• ftO pouco tempo Uvn • • • teiro que nlfo fomer pnrte por mínima je. za, os cora._:ões que se juntam numa mes-
que de outra• ocupaç<iea no1 roatG trd qut jfJ:Me, q11er direrfa quer indirecta~ Mas ah I um tão bom Pai que com ter- ma prece, pedindo as mesmas graças,
cheio de me11itdveie tmper/eiçõee de QIU jd a,
AI qual foi a/iM.l a atitude do mrnte no odio.,o e aarríleoo nrto.n · nura mfinita cuida do homem e da ave- agradecendo os mesmos benefícios, num
poúimoa antecipuàa áLICulpa.
Uma q110hdade porllm quenmoa que ,,._ cleror E a fu11rlamnrtar e n t:rplirar a aua sinha do céu e da florinha do campo, da mesmo acto de adoração.
ftha: •erd um eat.uto Gbjutivo nnparcaal, Res-ume-" em trl~ pala,raa: pru- au&Snria do lural da a apnrirõe•, dir;: parte de tantos a quem enche das suas Em segundo lugar porque Nosso Se-
fundado em docum~ntoa de que ••o•u•do dente de~U'On/iar~ça, a/I.L.'ltUII•t~nlo e So a minhn au~2nria, como pároro, 1graças e favores só recebe ofensas e agra- nhor prometeu que ase dois ou tr!s ~
aa pouibi1idaáea •• d4r4 a ••taçolo ou a trunqüila ezpl'ctufioo. 110 local, ae jaz lt'ntir ao4 crente.~, -ntlo unirem para orar, em meu nome, em ver·
reproduçdo otn ext.enaoo. vos.
Ao• noa1101 alltnQilttoa, Uitoru e amiQOI Isto em aerul, pula hou,e, 10hretudo menoa ae fpria aentir a minha preaeflf!l Até aquele que dia a dia para ~le es- dade vos digo que meu Pai os atenderá ... •
oferecemo• eate trabalho CO?nO vr..Wa de entre o rltro u·tranho à diureae de nn.. de11rrnrfP~, em ck1prim.or da ,t"f'd<V tende as mãos e levanta o coração num -e verdade! Há dias o snr. Prior ex-
Nu tal, deeeja,.do que por III• ae conl••1 a Leiria, nlgrm1 r<UOI de curiu~idade de doa jactos. grito de prece - ati! esse o oiende e es- plicou lá isso no catecismo.
ou recorde " COI\jUftto de circuftatâ"euu ou de eatudo cuidmiMo pela imporri<1l
que acompanhou ou •~ou.t~ de perto G A Vir11em Alile 11/fo prt'ri~a do fl(iroro
quece. -Então não te devias admirar dêstt'
ApMíçào de No••a Sefthora na terra bem- ub~ervaç1lo doa fenómf!n.o, cuja fama pnm mo.~trar a Srtn hondnde, e é nue&- Ao aparecer como mendigo diante d ele nosso costume.
diLa de Fdtm1a • mGII •• aJ)f'ecie a oraçG ia correndo de Mra em bóca em f'ela- &drio q11e o& iftimti10ll da reli11ié1o nlfoo homt>m recorda a sua situação miserá- O terceiro motivo da nossa oração em
e;etraordittdria que ali ae dio·,.ou eoncedff· to, tulvez já adulferadoa. ptu.~m áe11ltutrar 0 brilho de St1a Ren'-. comum é a edificação mútua que dev~
ftoa a noNO qunida. JliU do Cllu. vel e sem mais ninguém a quem recorrer
Ma• np<~rte IJ.'I!(U ruri.uima~ tXCtP- t~olhcia atrnbufndo n rrtnça doa povn~ prostra-se por terra e clama com dôr e mos dar e sobretudo qua11do consegui·
ÇÕI!I, cujo~ -nomea quá~i ae poderium d pre~tn('a ou conlt'lh 0 dn pároro por- mos que os criados tam~m tomem par-
pezar:
O clero e as aparições da Fátima citar, o gro~.1n dn clero •eauiv o cam~ qui! a /é é um dom de neua e w1o d(la uPerdoai-nos as nossas dividas como te.
nh.o acimG ~po•to. pndrel: - eia o ,erdndeiro mo tiro da nós perdoamos aos nossos devedores" is- - Então, mãizinha, voo tam~m cha-
E nlo ae diga que a :fjLtfma minha aWI;ncia e aparente indiferença to 6 aos nossos irmãos que nos ofende- mar a cosinheira?
foi uma iuTencao do clero ...• em fel o 111hfime e marnvilho~o aJI!Illnfo:ram pois não faz sentido que numa la- - Certamente. Mas, como temos de
(P(Ut07'GI do Sr. llttpo do Learaa, •d Pro·
11idllncia DivaM•, p4Q. 1f ac mew.)
O Pároco - ei1 porque n<to tl'nhn d/ldo meu r1nrn mOia o Pai perdOe aos filhos que se não
dar bom exemplo, 6 preciso teres mais
pnrecer da mil intfrrogaç6ea e carta.a cuidado contigo e não estares a brincar
perdOam entre si.
Era enté10 párorn da Fátima o Re,.0 que •e me teem diriaido.n ~ bem triste a lembrança do t empo
com os cabelos como fizeste ontem. Além
Costuma Detu freq Uentemente per. do mau exemplo serves de distracção aoe
Sr. P.• 1\Junutl Marque& Ferreira, ho-
Mitar que as .Suaa o!rra~ ou a~ que Ele
apr011a e abençóa 5eJC.W~ cuntru~tu.áa• je da freauesia de Sllo Simão lh•ta
...... ... ...... ...... passado longe da casa paterna.
Que o diga o pródigo entre os animais
outros.
- Então é pecado?
e contrariada~, durante alaum tempo, Dioce•e. ccNdo foram oa A pó~foln1 o~ primtirna imundos.
A~ primeira• nofftia.t do que ae pa&-
-Claro! Antes de irmos para a ora·
por allna& bO<U e ncta.s ch.eiaa de ~a• a anunrinrem a Rearurreição do Filho Se aqui no lar tudo é amor, luz e ale-
.ara na Co~a dn Irra deixaram-no per- ção devemos-nos recolher e pensar no que
tal inte~u. da Viraem!n gria ... vamos fazer que é agradecer a Dens as
Quere a.1~im Deu• ov permite que, plexo e P'n.w.nd0 t1a atitude a tomar A ocu11ação e de•cen/innça por partt Porisso o homem com emorso, e temor graças e os favores que nos concedeu du·
muttu.a ,ezes, a mator cruz du, ~anto& 11iu a pena• uma fJOUÍvel: ob.~ervnr do po11e era tão arande que a vida ~e~­ de recair, confiadamente 6e acolhe ao rante o dia, pedir perdão de nossos peca.
aejam outroa .anto•. fielmente e ~r~tpo-r completo à mar- te .acerdote ch.eaou a eJtar em penao. seio do Pai e implora o seu auxílio. dos e encomendarmo-nos à sua protec-
A• bioarafiaa de alma~ piedoaaa ea- gem de tudo. E ~le próprto que no-lo afirma na «Não nos deixeis cair em tentação mas ção durante esta noite.
tão ch.eia~ dêltea exemplo, q1U não De facto nunca o Re11.• Prior apa.. menna caria: livrai-nos do mal~>: do grande, do único - E porque é que devemos pedir per
aauzimo~ por abreviar. receu na ('ova da Iria num dia treze. "· ..ooo foi meno• providencial a acal- mal que é o pecado, do grande máu que dão dos pecados antes de dormir?
Permitiu também o Se-nh.or, na Sua O afastamento tra premeditado, ,o- maçã0 doa 4nimol euitado1 pelo diab?- é o demónio: Wlimigo nato dos filhos dll - Porque podemos morrer durante o
Amoroaúsima Provid,ncia, qull o~ jac- luntário e ai.~emáfiro. lico boato- aliáa te1·ia e•ta freaueaw D11us. sono e devemos estar preparados para
to• maravilhoso•, deae-nroladoa na Fá-- A quem lhe extranha,a tal atitude h.oie a lamentar a morte c.k •eu pároco Assirn seja! Assim será porque não de- comparecer diante de Deus.
tima de M de Maio a M de Outubro respondia qt1e mai& tarde tinha muito como cútnpliu (do f'apto da.a cre~a.s).n sampara nunca os que n~le confiam. - Mas, se tivermos algum pecado mor
dll 1917, tiveuem de 10/rer a primeira tempo de lá ir. tal e não nos pudermos confessar?
pro,a Mnde humanamente meno• .te De~ta $U(J tnafleira de •er e rupec- • • - Mais uma razão para nos excitar-
e1perova- d.a. parte do clero. tivo proceclimento ftllo fazia "e nelft. • • -mos a uma verdadeira e sincera contrição
Que linda oração!
podia fazer •ear,do. Diffcil, a lit~lfo do pároco era f'eal- E como não havia de ser bela se o seu considerando a bondade de Deus para
• • • No depoimento de Joa~ Al11ea folha ''""'fl.Ce e1t6: ou paaaaJT por uum explora.- autor é a própria Beleza Increada? comnosco e a nossa ingratidão, prometen-
!.• -linha 10.•, U..ae o aeauinte 21U tlor• aoa olho• dos incrédulo• que apro- do confessarmo-nos logo que seja possl·
bem o compr011a: Porisso lhe chamam também Oração
Poi~ fk'Jo ae trata11a de coiro• muito veitariam tal atitude, far.endo-a render, Dominical e Oracão do Senhcw. vel.
linda-a e muito &anta~: A Virgtm que uUm dia a Senhor Prior eate11e em ou paJaar por Jivre pen.l(làor d~ante ~~ E já que estamos neste ponto quero
IU(l C<Ua e diue que aquilo ou era co~
Um dia depois que o Senhor lhes pre-
a.pwrccia, o• ,identea que f'erovam o ji~i~ por tlào tomar pa-rte nas ar?n<ho- gou sôbre a oração os Apóstolos volta- dar-te alguns avisos que servirão para
terço, a multicl4o ajoelhada em prece, ro muito má ou cotSa boa. Achou-o ba&- aas manifutaçõea ck fé ~ se ,.nh.am ram·se para ~le e disseram-Lhe: Ensinai- tOda a tua vida. Convinha que depois
etct ... tànte descrente. realizando na sua freauesia. da oração da noite cessassem t6das ~
·IIOS a orar.
Como se eom.pretndia entao que o Ele dia1e ao Be-nhur Prior: nCoi~~a Para .wa honra e glória e melhor co- distracções. Se temos necessidade de fa.
má -não, porque •e fó~se não mandal'a E ~le então: Pois heis de orar assim.
clero não eatnJeue à frente de tudo, nhecimento do que ali 1e pa.asa,a foi u. zer algum trabalho bom era fazê-lo reli·
reror Urro• nem fazer orn{'llon. E o E dos seus lábios Divinos saia essa
diriaindo, orientando, auia?Wo, inc~ ta a e~rolhida. .4 inda bem. maravilhosa oração do Padre Nosso.
giosamente, diante de Deus, como uma
tandot Senh.Of' Prior retorquiu: .tEstá tflOit- No próximo artigo ,eremo~ a atitude homenagem e em resgate das nossas cul
na&on E acreRrentou: «o diabo 3er,iu- Quando rezamos deviamos lembrar-nos
E havia fiai ,erdade leiaoa piedoaoa do f'e•tante clero. pas.
que os lábios que primeiro a pronuncia-
que u in.ruraiam contra o rlero actr le atá do., aarromentoan do ~ ADo Depois, tendo-nos despido com tOda a

....._._
110#ei de Ott'l)irn. «Um observadorn ram foram os lábios do Homem Deus.
rondo.o de tímido, de comodiata e não Mas ha ainda faladores tão estraga- modéstia, deitar-nos-emos fazendo o sinal
ui quanta~ coisa~ md&. Nã0 ae eontenta,a do seu proadi- da cruz, invocando o nome de Jesus t:
mento pe•.,oal, ae~ que vrocurn11a, dos que a não sabem saborear, que nã > Maria, dizendo qualquer jacolatória ati
E~ta era a conclmão a que cheaa- sabem apreciar o encanto daquelas pala-
,am, 0a que, à primeira vista, penaa- como ~e vi f)l'la citaçlfo rupra, criar a que venha o sono.
meama m.tntnlidade. vras bemditas. - E se acordarmos de noite devemO!
,am melhor.
A ,erdade e a iustiça, lhlla ,ee n4o . Recomendando e /a11orecenào a AVISO Quem pode deixar de sentir a divina
melodia de almas que viQram nos mes-
também rezar?
eata~am, porém, do lado dêlt~. maior moderarno uauia COfl.tudo o ca- - Sem dúvida. Devemos lo~ voltar o
minho que ae propuura.. mos e mais àltos sentimentos? coração para Deus e recitar algumas ora-
A atitu.de do clero ne~ta diffríl co-n-- Mais uma vez se pede aos Srs. , Repeti·la? Porque não? Quanto mais ~
;untu.ra foi a mau nobre, a maia pTlr Porque tt /amflia de Lúcia ndo olhn- ções se o sono custa a voltar.
dente, a tínica poa.rlvel deante de Dtt~a ,a bem o que ae e~tav:~ paaro11ào e por. Assinantes que ainda não satisfize- repete mais agrada. Qnant;t~ mai~ vezel< - E se tivermos mêdo?
o;e pronuncia tanto maior sabor se lhe en-
e doa h.omen~. qtU alallma coiro d. mornduu à mde ram as suas assinaturas de 1931 o fa- contra. -Nesse caso, filhinha, chama pelo teu
Mal de nó~ ac o clero •e tivuse me- e~ta unsurm'-a e bat .,..,.lhe. Anjo da Guarda, entrega-te à protecção
vôr de o fazerem logo que lhes seja Ahl que paz não lança na alma atri-
tido na que~t/1o. uO l'nrnro d1~~t qli3 n<in batl'ue na bulada aquele ccseJ• felta a Vossa Von-
de No~sa Senhora e repE"te as palavra~
Se aM~m nllo fnJtou, e talt·tr; a;nda filha nem andos.•e a mder-lht m,tf., qne possível. de No~so Senhor na cruz: <tMeu Deus,
ele a apanh11ria em mentira ee realmtu tade asi.m na terra como no Céu! f •.. " na:o~ v~o;as mãos entrego o meu espírito».
hoje haja, qutm afirme, que a l-'át1m.n é São dores, desgostos, calunia:s doen-
<mma exploração rearcionária e jesuí- te f'lll fos-.e mentitosan. Agradece-se muito qualquer esmo-
Interrogatóric,., ofici11is: de Mari11 Ro- ças, a morte?
tican "im·enção de p11rlresn e intru/i- la para. auxiliar nas grandes de.pezas Quf- importa se isso representa a Ven- E5tll número foi vuado P•ll. Comi.•
Ce arrnn iada upnra f11n~tiznr o povc sa- 1'1" •·n- ( Jlãe ele Lúcw) tulha 3.• s.io IÚI C11nsur11.
da Voz da Fátima. tado de Deus? ...
ignoranten, tue ndo dtnum, ae deade -llflha 9.
Ano X Leiria, 13 de .Janeiro de 1932 N.• 112

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Oireotor e Proprietário: Dr. Ma nuel Marques dos Santos 1 Emprêsa Editora : Tip. "Unil o Gráfica, T . do Despacho, 16-Lisboa 1 Administrador : P. António dos Reis 1 Redacçao e Administração: "Seminário de L1iria,.

CRóNICA DE FATIMA
(I 3 O E O E Z E M B R O)

Chegou Dezembro, o mês tradicional go e dum recolhimento que não é possí- cmts no meio da mais encantadora sim- Santíssima Virgem permitiu viesse a Por- Reverendíssima o Senhor Bispo de Lei-
do frio, da càuva e da neve, não, como
nos demais anos, com o seu cortejo in-
vel encontrar se não fora dos dias treze.
A alegria das crianças viva e intensa
plicidade.
Pouco depois, antes que o sol se escon-
tugal visitar o seu maravilhoso santuário,
para celebrar as suas glórias pri.p.cipal-
Iria teve a bondade de me oferecer. Jl:
a primeira vez que Nossa Senhora de Fá-
terminável de dias enevoados e tristes, mas comedida. nas suas manifestações, o desse por detrás da serra, aquelas almas mente nos países de lingua alemã, conti- tima é honrada com êste costume ver-
mas cheio de luz, de côr e de alegria, ~ se- talhe e as cores diversas dos seus unifor- juvenis iniciaram a viagem do regresso, nua a fazer a mais intensa e a mais lar- dadeiramente digno de ser imitado. Nós
melhante aos meses mais tépidos e mais mes ao mesmo tempo simples e elegan- tristes e saudosas, presas para sempre do ga propaganda da Lourdes Portuguesa temos razões de bastante peso para ex-
formosos da quadra primaveril. tes, a. sua piedade sincera e ardente, a encanto portentoso das divinas maravi- pela imprensa e por tôdas as outras for- piar os ultrages dos Betlemitas moder-
Por isso, o dia treze foi, sem contes- ordem 1,1 compostura que guardavam em lhas de Fátima. mas de apostolado moderno, sob o im- nos (S. Luc., II, 7) que não querem dar
tação, éntre todos os dias treze de De- todos os seus actos colectivos, a solicitu- pulso dum zêlo esclarecido e duma dedi- pousada à sua misericordiosa Mãe do Céu
zembro, desde a época inolvidável das
aparições da augusta Virgem do Rosário,
de verdadeiramente maternal das mes-
tras, tudo punha naquela peregrinação
Os actos oficiais do dia 13 cação tenaz e incansável.
Para a uVoz da Fátima>~ enviou expres-
nem nas suas casas nem nos seus cora-
ções.,
aquele em que o concurso de peregrinos à Como já se disse, a concorrência de
Cova da Iria assumiu proporções mais
sui generis uma nota característica de
fervor de mocidade, de exuberância de fiéis à Cova da Iria neste último dia tre-
samente o ilustre professor, em data de
r6 de Dezembro, um interessante comu-
Fátima Madeirense
grandiosas.
O jovem missionário rev. Agostinho
O sol, um lindo sol de Inverno, ilu- Vieira, actualmente pároco do Paul, na
minava e aquecia levemente com os seus Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, te-
formosos raios o recinto maravilhoso dos ve a feliz ideia de fundar j unto ao Cabo
santuários, convertido pela varinha de Girão, na ilha da Madeira, um pequeno
condão dum grande Prelado, de charne- templo a que deu o n ome de Ermida
ca árida e estéril, onde só medrava a ur- da Cruz de Fátima. Eis como o uCorreio
ze e a azinheira brava, ·em escrinio riquís-
da Madeira>~ no seu ntamero de 31 de Ou-
simo de templos, de monumentos e de
tubro, se refere à grandiosa ma11ifestação
imagens sagradas.
de fé e piedade que ali se realizou no dia
Já durante a noite precedente, alguns 13 do mesmo mês com a assistência das
piedosos romeiros, chegados na véspera à
autoridades e convidados de categoria,
tarde, tinham passado a noite nas ime- tendo à frente a figura respeitada e que-
diações, uns hospedados no Hotel de Nos- rida do Governador:
sa Senhora do Rosário e os outros dentro uUns curtos chuviscos vieram embaciar
dos seus automoveis, o que a temperatu- a manhã rutilante do dia esplendoroso de
ra do ambiente, por via de regra, só nos 13 de Outubro do ano corrente, na nos-
meses da quadra estival permite fazer sa querida e formosa Ilha da Madeira.
sem prejuízo para a saúde e sem incó-
Eram 7 horas da manhã já a Ermida
modo apreciável. minúscula e o vasto Adro se encontra-
Com o mês de Novembro findo come- vam repletos de fiéis.
çou a época menos movimentada mais A pouco e pouco engrossava a onda do
tra nquila do ciclo das peregrinações men- povoléo, que invadia em avalanches, de-
sais.
pois em catadupas, as imediações do San-
Os fiéis que acorrem a testemunhar à tuário de Fátima na Cruz da Caldeira, li-
gloriosa Senhora Aparecida a sua filial de-
voção são em menor número, mas há no
seu conjunto mais homogeneidade, a fé
I mite ocidental da extensa e populosa fre-
guesia de Câmara de Lobos.
As nove horas principiou a Missa,
é mais viva, a piedade mais ardente, o acompanhada a órgão ~ cânticos.
silêncio mais profundo e o recolhimento Comungaram cêrca de 200 pessoas, de-
mais fácil e por isso mesmo mais inten- baixo duma imensa aglomeração de gen-
so. te. A custo, a muitíssimo custo, rom-
A torrente humana dos grandes dias pia-se por entre a multidão compacta;
da Primavera e do Verão transformou- por essa razão inúmeros fiéis ficaram
-se, de repente, quási que por encanto, privados de abeirar-se da Sagrada Mesa
num rio que corre suavemente e sem do Pão Celestial, descido do Céu à Terra.
ruido, até que, voltando, na roda do tem- Decorreram pausadas tôdas as Cerimó-
po, o mês de Maio, que inicia o período nias do Santo Sacrifício da Missa.
comemorativo das aparições, êsse rio Às dez horas principiaram as tocantes,
manso e tranquilo, se converte de no- emocionantíssimas invocações de Fátima,
vo num Ródano impetuoso, num Nilo que terminaram pela bênção dos enfêr-
trasbordante ou num Amazonas largo. mos, comprimidos no apertão da plebe.
e imenso como o mar.
Distribuíção, mensal gratuíta da Voz daFátima, no Santuário, nos dias 13
Uma numerosa peregrinação de
colegiais vida e de irradiação de paz e ventura ze do ano foi considerável graças à ame- nicado, que ela se compraz, com muita
que encantava e comovia em extremo. nidade do tempo devendo t er contribuído satisfação e reconhecimento, em inserir
Quem, no dia doze de Dezembro, de Às oito horas, pouco depois da chega- também para êsse facto a circunstância nas suas colunas.
manhã cêdo, se dirigisse a Fátima pe- da dos primeiros grupos de jovens pere- de o dia treze ser Domingo. uNa Baviera do Norte, especialmente
las estradas que de Leiria ou de Tôrres grinas, o rev. João Nunes FerreiraJ aba- Durante a manhã, desde as primeiras nas dioceses de Bamberg e de Würzburg.
Novas lá conduzem, ficaria agradávelmen- lisado ecónomo do grande Seminário Pa- horas, celebraram-se numerosas missas e há um formosíssimo e encantador costu-
te surpreendido ao ver n.umerosos ban- triarcal. rezou a santa missa na capela administrou-se freqüentes vezes a Sagra- me no santo tempo litúrgico do Advento.
dos de meninas, alegres e buliçosas, re- das aparições, administrando o Pão dos da Comunhão nos diversos altares do San- Desde o dia da Imaculada Conceição ( 8
zando e cantando, em louvor da Virgem. Anjos a numerosas pessoas. tuário. Os homens e os rapazes, em de Dezembro) ou desde o dia 16 de De·
Eram alguns dos mais acreditados co- As onze horas, o rev. Manuel de Sou- grande número, enchiam p. igreja da Pe- zembro (novena do Natal} até ao dia 24
légios femininos do nosso país que, de sa, zeloso e activo Reitor do Santuário, Ílltenciaria, esperando pacientemente a leva-se uma estátua da Santíssima Vir-
comum acôrdo, tinham promovido um celebrou na igreja da Penitenciaria o san- sua vez de se aproximarem do Sagrado gem cada dia de casa em casa o u de fa-
passeio do seu pessoal, mestras e alunas, to sacrifício a que assistiram todas as co- Tribunal. núlia em familia, de maneira que Nossa
ao mais célebre e mais concorrido san- legiais que no fim ouviram uma breve prá- Ao meio dia e meia hora, depois de Senhora «procurando pousada>~ (S. Luc.
tuário nacional, - à Lourdes Portugue- tica sôbre as aparições. realizada a primeira procissão de Nossa II, 7) encontre alojamento para um dia
sa. As três horas, na mesma igreja, acom- Senhora, rezou-se a missa dos doentes , e uma noite. A família que recebe no seu
Entre outras t erras, Anadia, Coimbra panhadas pelas suas mestras, rezaram em que eram muito poucos, tendo-lhes sido lar essa querida hóspede venera-a e hon-
e "Tôrres Novas fizeram-se representar comum o terço do Rosário, ouviram uma dada no fim a bênção com o Santíssimo. ra-a rezando em comum, cantando e Ermida da Cruz de Fátima
no rendez-vous aprazado para o dia doze prática do rev. Nunes Ferreira e recebe- Ao Evangelho, na forma do costume, adornando a imagem com velas e flores.
de Dezembro na Cova da Iria. ram a bênção do Santíssimo. houve sermão, sendo orador o r ev. dr. Para cumprir um tão santo costume,
Algumas centenas de pessoas, na sua A yrocissão que antes da bênção se Galamba de Oliveira, ilustre professor no no dia r6 de D ezembro veio a Ii:únha Viam-se cegos, aleijados, paralíticos.
grande maioriA crianças entre os oito e organizou, partindo do pórtico em direc- Seminário Episcopal de Leiria. casa o meu caro amigo rev. João Diêm- gotosos, diabéticos, tuberculosos, etc. aos
os quinze anos de idade, ajoelharam na- ção à igreja da Penitenciaria, e em que ber, pároco de Zeil, cidade pouco distan- quais a Virgem Santíssima lançava um
quele dia aos pés da Virgem para lhe tomaram parte tôdas as colegiais com os O grande apóstolo de Fátima rev. dr. te de Bamberg, e vigário da vara, e le- sorriso de bálsamo nas suas almas sofre-
ofertar o singelo tributo da sua gratidão seus lindos e vistosos estandartes, reves- Luís Fischer, lente da Universidade de vou consigo a pequena estátua de Nossa doras e nos seus corpos doentes.
e do seu amor filial, n~ meio dum sossê- tiu um brilho e urna imponência espe- Bamberg, Alemanha, que em boa hora a Senhora de Fátima, que Sua Excelência Bastante comovedora esta scena, que
2 VOZ DA FATIMA

arrancou lágrimas a muitos corações do- As 9 horas da noite começou a desfi- que abrazava as almas de todos. Belo e
ridos e fez explodir muitíssimos soluços
de fé, contrição e amor.
Bemdita e louvada seja a Virgem Se-
lar pelas ruas da cidade a procissão das
velas, empunhadas por milhares de pes-
soas, dentro de balões e copos de papel
surpreendente espectáculo! Levantámos
vivas à Religião Católica, a S. Santida-
de, ao Prelado Diocesano, à Pátria por-
Graças de Nossa Senhora da Fátima
nhora do Rosário de Fatima.!-exclamou de cOr. Dentro em breve aquela multidão tuguesa e ao bom povo de Cabo Verde,
dicos que confirmaram a cura. Estava
a multidão em cOro uníssono, por três enorme, computada em 10.000 pessoas, que foram delirantemente correspondidos. Sofrimento no coração realmente curada apresentando apenas os
vezes. espraiava-se pelas ruas do precurso, co- Bateram as I I horas e ainda se cantava
Em Março deste ano, encontrava-se sinais interiores de oue em mim tinha
Senhora do Rosário de Fátima obtende municando-se, continuamente, um tal en- o uAvé, Salvé nobre Padroeira>> etc ... mas
minha esposa gravemente enferma, pas- havido uma pleuresia..
a cura dos nossos doentinhos! tomou a tusiasmo e ardor nos cânticos, que. dir- cantava tOda a gente, professores e estu-
sando as noite sentada numa cadeira, Por uma tão grande graça recebida
repetir a multidão, prostrada de joelhos -se-ia, tOdas as classes sociais da terra dantes do Liceu, Doutores, gente humil-
de e pessoas de maior representação; o sem poder descançar por lhe faltar a res- venho assim publicamente agradecer à
em terra. queriam primar em mostrar a s ua devo-
ufrisson» da fé, e a grandeza do espectá- piração, devido aos graves sofrimento:> Virgem Santíssima, para sua maior hon-
Num impulso irresistível de Amor à ção a Nossa Senhora da Fátima. {'ara
maior realce, o andor em que era leva- culo tiveram o- condão de não deixar cardiacos acompanhados de horriveis cri- ra e glória.
Virgem Santíssima, o povo irrompeu em
da a linda imagem, (de que junto uma uma alma indiferente. ses que quási lhe faziam parar o coração. Consuelo Alvares Rodrigues
cOro formidável o cântico tão popular
e conhecido do Salvé Nobre Padroeira. fotografia), iluminado a luz eléctrica, por Esta expansão de amor a Nossa Senho· Os médicos julgavam a doente perdida e Rua da Caes do Tojo 14-1.0 (Conde
As onze horas eram já passadas, quan- meio duma bateria especial, era de um ra prolongou-se até à meia noite, que foi afirmavam que o desenlace era inevitável. Barão) Lisboa.
do o povo se acoitou à sombra acolhe- pois naquelas condições a vida era impos-
dora dos pinheiros para comer dos seus sível. Nesta conjuntura e já sem esperan-
fameis, arranjados à pressa em casa an- ças na medicina implorei o auxflio de Nos- Doença na boca
tes da partida. sa Senhora da Fátima. Prometi-lhe uma
Peço o favor de publicar na Voz da
visita de agradecimento na sua capelinha
Fátima uma grande graça. que pelas
...Entre todos 11scolhido e uma pequenina oferta, caso me con-
mãos de Nossa Senhora da Fátima, re-
Para o povo do Semhor cedesse a graça que implorava, e a publi-
cebeu minha filha Gormecinda Fernan-
cação da sua misericórdia.
Estes versos sonoros e harmoniosos des. Esta criança chegou a um estado
De facto, poucos dias volvidos, minha
ecoavam como tímbales, constantemente, horrendo, -caíram-lhe não só todos os
esposa principiou a melhorar e boje pas- dentes da maxila inferior, mas até o
nos nossos ouvidos, enlevados de tanta sa bem apesar dos seus 73 anos. Devo
fé e entusiasmo religioso. próprio osso dentário!
pois as suas melhoras a Nossa Senhora
Graças a Nossa Senhora vive sem do-
Outro grupo recomeçava: da Fátima por cujo motivo, com o maior
res, o que agradecemos com o maior con-
prazer venho hoje dar público testemu-
tentamento.
-Oh! glória da Nossa Terra nho.
Que tens salvado mil vezes... Joaquim Fernandes Bugalho
S . Vicente de Pereira.
Serra de Santos - Brasil.
Inesquecíveis momentos passados ju n- José Maria da Fonseca
to à Ermidinha humilde e singela de
Nossa Senhora de Fátima ... TUIDor aderente ao ôsso
Bronco-pneUIDonia Venho pedir-lhe o favor de publicar
.. .Enquanto houver portugueses
Tu serás o seu amor! António Alexandre, casado, de 67 anos, na Voz da Fátima, o favor seguinte que
de Vila Cova, concelho de Ceia, deseja recebi de Nossa Senhora. Minha mulher
Depois rompe um cOro de vozes argen- tornar pública a seguinte graça que a ~ Luísa Silva Gomes esteve gravíssima-
tinas: Virgem Nossa Senhora da Fátima lhe mente doente. Dois médicos esforçaram-
No cimo do Pico alcançou. No dia 20 de Abril do corrente -se por lhe debelar o mal, mas por fim,
Alveja branquinha, ano, adoeci gravemente. Chamado o mé- vendo que a doença era resistente decla-
A Ermida de Fátima dico Snr. Doutor Ferrão, declarou ser raram a medicina impotente perante
Tóda galantinha. uma bronco-pneumonia. Empregou todos doença tão grave. Uma operação seria o
os meios para destruir tão terrível doen- único remédio, mas no sítio onde se en-
Respondem todos: ça, e não lhe foi possível, pois o meu mal contrava o tumor era quási impossível
Avé, Avé, Avé Maria. chegou ao maior extremo, a ponto de o fazê-la. A doente esteve nove meses sem
médico declarar que não havia esperança comer absolutamente nada e dêsses, um
Indescritível o entusiasmo que se apo- de melhoras. Na noite de 29 para 30 do mês nada bebeu também, sendo alimen-
derou de todos os corações e o enlêvo mesmo mês, rezam-me o oficio da ago- tada apenas por injcções! Em es~do tão
que enterneceu tOdas as almas q uando, à nia, preparam-me a mortalha e arruma- desesperado voltámo-nos para Nossa Se-
hora exacta do meio dia solar, saiu da ram uma sala para ser para lá conduzido nhora da Fátima a quem fizemOs muitas
Ermida em Procissão a Imagem da Senho- logo que expirasse. promessas, que apesar da nossa indigni-
ra do Rosário. Mas cu, assistido pela Virgem Mãe de dade foram ouvidas. J á fomos a Fátima
Aquela hora solene perfazia catorze Deus, Senhora da Fátima, <'m quem to- agradecer a Nossa Senhora a graça que
anos certos que a Celeste Aparição se re- do o meu pensamento se concentrava, nos alcançou, porque embora minha mu-
velou aos três rudes e inocentes videntes pedi às pessoas que me tratavam com lher esteja ainda muito fraca, considera-
de Fátima, na Sagrada Estância da Cóva todo o carinho, um copo de água de Nos- -se já livre do tcrrivel mal. Fez a viagem
da Iria. sa Senhora da Fátima, que elas também de ida e volta de Vila de Rei e Fátima,
Muito a custo seguiu a procissão, entre com muita. fé tinham já ido buscar e en- de camionete, sem sentir abalo apesar da
cantos e rezas, devido à grandíssima tão uma delas chegou-me aos lábios uma sua fraqueza. Rendo, pois, graças infini-
aglomeração de povo e à estreiteza do Nossa Senhora de Fátima no seu lindo andor pequena colher de água. Eu bebi parte tas a Nossa Senhora pelo grande favor
caminho. Durou uma hora no curto per- dela, e disse que queria beber o resto. que nos alcançou.
curso de cêrca dum quilómetro. Imediatamente comecei a· cantar a Avé
A cena que mais empolgou a massa Maria, e depois disse que me dessem Joaquim de Matos Gomes
efeito surpreendente, atraindo por isso os quando a proc1ssao deu entrada na Igre-
compacta dos crentes foi o sentido ace- olhares embevecidos de tOda a gente. ja. No fim todos se olhavam admirados mais água e elas imediàtamente me sen- Relva, Vila de Rei.
na~ dos lenços, qual bando alado de Quatro devotos rapazes ofereceram o an- e surpreendidos dêste verdadeiro milagre taram na cama e estando a segurar-me
pombas brancas, em despedida à Virgem, dor, que lhes custou 7ooSoo. e a Virgem de fé em S . Vicente, comentando ca<L como sempre, a conselho do médico, eu
que entrou recolhida na sua linda. capela, resplandecente de luz parecia sorrir pa- um a seu modo êste facto extraordinário. disse que me deixassem e fiqu ei sozinho, Angina diftérica
depois de a circundar, levada em triunfo ra a. multidão como a estrela. da manhã Foi realmente uma apoteose à Religião e sentado, como se tivesse saúde, peguei Venho agradecer à Santíssima Virgem
pelo povo que chorava, rezava e canta- no meio das trevas da noite, que é esta à Virgem Santíssima, e como tal, mais no copo de água da Fátima e disse que do Rosário da Fátima a grande graça
va: vida. Um côro forte e numeroso, de ho- uma prova do milagre, incontroverso das se retirassem para eu ver bem a clarida- que me fez concedendo a vida a minha
Um terno adeus de Saildade mens, rapazes, senhoras e meninas, pr~ Aparições da Cova da Iria. Aqui, os mes- de que penetrava na meu quarto. TOdas
Te dão hoje os filhos teus; viamente ensaiadas cantavam os hinos, mos indiferentes ficaram subjugados e as pessoas obedeceram e eu ràpidamente
Adeus, ó Mã11 de Bondade, «Avé de Lourdes e S~bre os ramos d' Azi- comovidos perante a grandeza da mani- levei o copo à altura da vista e da luz e
Rainha do Céu, adeus! nheif'a» e outros, alternados com a reza festação e com a piedade e ordem que disse com satisfação e a voz clara: ai
do Terço. Chegados à praça em frente da nela reinou. Portugal é verdadeiramente que linda! Cheguei o copo aos lábios e
A tarde do dia 13 de Outubro foi de Igreja, subi ao corêto da música, trans- a terra de Santa Maria, e por isso Ela bebi tOda a água. TOdas as pessoas pre-
cânticos e preces, em honra da Senhora formado em púlpito, e dali, recitado o nos guarda e defende dos seus inimigos. sentes disseram umas para. as outras: J á
do Rosário, da Bemdita Mãe de Jesus>>. «Deus seja bendito» e cantado o «CredO>> Não me admiro pois de duas notícias, não morre. As minhas melhoras foram
pelos cantores que estavam a. meu lado, que agora me chegam e aqui deixo como aumentando, e boje sinto-me bem, é à Vir-
Visconde de Montelo falei com ardor e satisfação ao maior au- remate desta carta: o centro espírita fe- gem Nossa Senhora da Fátima que eu de-
ditório da minha vida sObre o motivo da- chou, e o Pastor protestante, que aqui vo a minha vida. De parte do que fica di-
quela jornada gloriosa. Do púlpito senti, estava há muito, retirou para a Inglater- to tenho eu plena lembrança e a outra
ainda mais viva, a impressão de estar ra... Ajude-me a honrar a SS. Virgem, parte contaram-me as pessoas que trata-
M
: na Cova da Iria deante daquele umare
SENHORA Dl FíTIMA EM CABO VERDE magnum» de gente, e do tremular dos
e a pedir-lhe as suas bênçãos para êste
bom povo, e creia-me todo seu in C. J .
rajD de mim.
Agradecendo a publicação do que fi-
milhares de velas que mais pareciam um ca expos to subscrevo-me
De «0 Missionário Católico» transcre-
P.• Lucas Machado
vemos com a devida venia a seguinte lago de fogo agitado de contínuo pela fé António Alexandr•
carta dirigida pelo Rev.do P.e Lucas Ma-
chado a um seu colega.
Pleuresia
«A minha última carta !achava com meiras comunhões. Acabo de passar qua- Por considerar uma graça extraordiná-
a notícia dos preparativos de uma fes- DA MISSIO DE N : SENHORA DI FlTIMI, tro semanas fóra, em excursão apostó- ria o que comigo se passou e que vou re-
ta em honra de Nossa Senhora da Fáti- lica, e distribuí umas 6oo. Vá lá mais ou- latar, muito grata lhe ficarei se publicar
ma, e boje venho dar-lhe algumas notas DI GAMBA tra notícia: A festa de Nossa Senhora no seu jornalzinho o seguinte:
do que se passou, que certamente alegra- de Fátima. foi muito linda. ccAdoeci; o que tinha não sabia expli-
rão os numerosos devotos daf. Tivemos Com a devida vénia transcrevemos Deu-nos 75 novos cristãos, que fizeram car. Dores nos pulmões e um estado de
uma deslumbrante procissão das velas no aqui uma carta do Rev.do P.• José Brei- logo a seguir a primeira comunhão. Du- grande fraqueza geral levaram-me a su-
dia 13 de Maio, e era tal a concorrên- tenstein, dirigida ao Rev.do P.• Figuei- rante a minha última viagem baptizei pOr que estaria tuberculosa. Fui obser-
cia do povo, tão grande o entusiasmo, redo, e publicada nas «Missões de Ango- mais 42 adultos, sendo esta cerimónia pre- vada por sete médicos cujos nomes não Menina Maria Otília FeYreira
e tamanha a devoção e piedade dos as· la e Congo>> n. de Dezembro de 1931.
0
cedida de retiro na escola ruràl. cito porque lhes não ped1 autorização
sistentes, que eu cheguei a ter a impres· Fundaram-se mais 20 escolas novas. para o fazer. Todos disseram a mesma
são de que estava na Cova da Iria! Con- TOdas a.s libatas (aldeias) dos vimbun- filha Maria Otflia Ferreira de 4 anos de
Caro P.e Figueiredo coisa. Uma pleuresia estava declarada. idade.
corrência, pompa, brilhantismo e entu- dos querem ter a sua escola; a maioria Quiseram obrigar-me a entrar num hos-
siásmo, nada faltou. da gente nova. (rapazes e raparigas de 12 Estava ausente em Castelões, Beira-
pital para fazer operação imediata. Es- ·Alta, no dia 31 de Agosto quando foi
Nunca esperei tanto nem melhor. Foi «A Deus sejam dadas muitas graças, a 25 anos) querem ser cristãos. Entre tremeci... Horrorisei-me ao pensar num
simplesmente admirável e comovedor. que a nossa Boa Mãi do Rosário da outros, tive a. felicidade de administrar atacada com o garrotilho, chegando a es-
hospital, e eis que me lembro da ccSalus tar na agonia, e dizendo o médico uestar
Como preparação desta festa realisou- Fátima, continua-nos as suas bênçãos. o baptismo a dois velhos de mais de 50 infirmorum>>. Voltei-me para ela com tO·
-se um triduo, que foi sempre muito con- Entre vários beneíícios, de que somos anos, os quais encontrei muito bem pre- por momentos».
da a confiança e começo uma novena à Nestes transes prometi publicar no jor-
. corrido. Chegado o dia 13, logo de ma- devedores a tão excelsa Rainha e Senho- parados e respondendo às diferentes pre-
Senhora da Fátima. Acabada a novena
nhã a Igreja regorgitava de fiéis, a tal ra, conta-se o seguinte que nos fêz su- guntas do catecismo, como talvez o não nal da Fátima, a graça da cura de mi-
achava-me restabelecida. Para provas nha filha se a Virgem Nossa Senhora
ponto que, à hora da missa, muita gente bir aos olhas lágrimas de agradecimento: pudesse fazer muita gente na Europa,
concludentes procurei novamente, os mé- lha concedesse. Momentos depois, com
ficou de fora, por falta. de lugar. Eram A Confraria de Nossa Senhora da Fátima apesar de nascida e criada no meio de
9 horas quando começou a festa solene, ofereceu-nos um harmonio para a nossa cristãos, e onde nada falta para se che-
tendo sido destribuida a. comunhão a nu- capela. Com tOda a franqueza, agrade- gar ao conhecimento das verdades eter-
merosas pessoas devidamente preparadas. cemos muito, mas contávamos com es- nas. Um dêstes velhos todo se ufanava ao correio e remeterem com a seguinte di-cês, ou em alemão e os nossos pretinhos
O altar de Nossa Senhora estava um pri- ta ajuda da nossa Padroeira. Quere crer por ver ao seu lado, baptizada também, recção: -Angola. - P. Superior da Mis- não os percebem.
mor. No fim da missa cantada fiz uma que não me atrapalham as dificuldades? ao mesmo tempo que éle, a mulher, com são Católica da Ganda Daqui a três dias, se Deus quizer, tor-
prática adequada, e logo então pude ver Digo à Senhora da Fátima, que esta ?.fis- quem casara, nem êle sabe dizer há que no a sair e tenciono visitar as escolas
pela comoção e pelas lágrimas dos assis- são é dela. E sempre me tem valido. Co- tempo. São sinais dos tempos. Se hou- por Lobito - Ganda. rurais de Balombo e Bocoio, que pare-
tentes, entre os quais se viam as pessoas mo não tenho tempo para longos artigos vesse por aí velhas revistas, em portu- cem andar ao desafio, qual se 1mostrará
-gradas da cidade, que esta festa tinha (não é assunto que me falta, pode crer), guês e como muitas figuras, como seria ~ o que de mais simples uma pessoa melhor.
-caido admiràvelmente no ânimo de to- aqui lhe resumo só o número das comu- por exemplo, a Almanaque de Santo An- 'pode imaginar. Também receberia da Recomendo tOdas estas obras às fervo-
dos. O gupo de cantõres já muito nu- nhões. De I de Julho de I930 a I de Ju- tónio ou outros semelhantes, e se encon· melhor vontade, e com muito reconheci- rosas orações dos amigos das missões•.
meroso, acompanhado a orgão, deu, co- lho de 1931 distribuimos 20.168 comu- trasse quem os quizesse mandar para a mento, santinhos, com os dizeres no ver-
mo sempre, um realce extraordinário à nhões (é bom notar que estamos numa Missão da Ganda... Olhe diga-lhes que so em português. Teem-me chegado da
.festa. missão fundada em I927) , sendo 290 pri- não teem que se enganar. Basta irem minha terra, mas com palavras em fran- ..P.• ] osi BYeitenstei"
VOZ DA FATIMA 3
grande admiração de todos, a criança tre facultativo, que me tratou durante mente no coração de todos os confrades da
via-se como que reviver a pouco e pouco! essa longa doença e com o assentimento Angina Pectoris sua querida Mãe a Virgem Senhora da Fá-
o ano 1:151 doentes dos quais 109 tra-
ziam atestados de seus médicos assisten-
Por êsse motivo venho cumprir o meu do meu pároco que sempre me acompa- Maria Ferreira Leandro e Irene Ferrei- tima, graças que, um dia, no céu perante tes.
voto, e juntamente agradecer outra gra- nhou e tudo testemunhou, interessando- ra Coelho. todos os eleitos serão trocadas por glórias No dia 13 de Maio prestaram serviços
-ça de restabelecimento de outro meu fi- -se muito pela minha. cura, ingrata seria Tendo nosso pai sido atacado de doen- e gozos que não mais acabarão. no Albergue 25 médicos.
lho, qut. há anos vinha sofrendo. se publicamente não viesse render as mi- ça súbita angina. pectons, chamamos o Quanto aos outros dias 13 não existe
Rua das Flores 281. Porto. nhas homenagens e a minha gratidão de médico que nos desenganou. Aflitas re- Esperamos em Deus e na Virgem Maria, nota algtlma dos méd1cos que hajam
Teodemira Pinto Ferreira filha submissa de Maria, que o sou, a corremos imediatamente à Santíssima que daqui a um ano se poderá anunciar p restado serviços.
Nossa Senhora do Rosário da Fátima. Virgem oferecendo-lhe as nossas orações que foi celebrado um número de Missas
Atest ado e prometendo publicar esta graça o que mais elevado do que o déste ano .
.Maria Nogueira Coelho hoje fazemos. NoSSO' pai encontra-se bem, Não ficou em caixa dinheiro absoluta-
Carlos Luís Gonzaga Braga Real, Dou-
tor em Medicina e Cirurgia pela Faculda-
de de Medicina da Universidade do Porto
(Segue a declaração do médico)
Eu abaixo assinado, médico-cirurgião
continúa. nos seus trabalhos e dá gran-
des passeios sem que se canse. Mais uma
mente algum pois que a Confraria não
quere as esmolas de seus confrades se não RESPONDENDO
vez prestamos os nossos reconhecimentos para as mutiar em graças em benefício de
e Facultativo Municipal do Partido do do Porto, atesto e juro que Maria No-
à Santíssima Virgem. suas p róprias almas.
Porque é que tantas pessoas não téem
Campo de Besteiros- Tondela. Atesto gueira Coelho, solteira, de trinta e dois
que pelas dezasseis horas do dia 30 de anos de idade, natural e residente na fre- Lavre. religião?
Agosto de 1931 foram reclamados os guesia de Lagares, concelho de Penafiel, 'l!aria Ferreira Leandro e Irene Ferreira
meus serviços clínicos para a menina tendo sofrido de hemoptises durante dois P orquê Y Sdo fáceis de encontrar oa
Maria Otília Ferreira de 4 anos de Coelho.
anos, desde junho de 1927 até maio de Movimento religioso no Santuário de motivos: Haverá quOOJ. se desculpe com
idade, residente acidentalmente em Fa- 1929, se encontra desde então completa- Agradecimento a falta de tempo e outros não terão a
lorco, onde constatei ser portadora du- liberdade precisa para a praticar. O
ma angina diftérica., que se tinha já de-
mente curada, o que por ser verdade
atesto e juro.
Encontrava-se minha bis-tia, Ana Luí- Fátima maior núm.tro não pratica a religião
sa Dias, de Valdreu, Vila-Verde, doen-
clarado no dia anterior mas a oue a Fa-
mília não ligou importância julgando ser
Font' Arcada, 10 de outubro de 1931. tissima já havia muitos dias. A doença Ano de 1931 porque a desconh.rcem. l gr.oram as ver-
dades, as provas e aU a neceuidade da
uma angina banal, em conseqüência do es- Aloysio José Moreira avançava dia a dia. Como ela. tinha 8J
anos esperavamos já o desenlace fatal. religião e nmguém pode deaejar o que
tado adiantado da doença e do estado da I3 de janeiro - Missas 22. Comunhões
doente já cianosa.do, falta de conhecimen-
Pneumonia Nem remédios nem orações a melhora- cêrca de 1:zoo. Comunhões nos outros
desconhece.

to do mundo exterior, etc. fiz-lhe uma Peço-lhe encarecidamente a publicação vam. ··
desta carta nas colunas do seu jornal pa- Entretanto parece entrar em agonia!...
dias, 528. Comunhões em todo o mês,
1.728.
• •
aplicação de 30 centímetros cubicos de sô-
ro antidifterico, coramina 1/z c. cubico, ra que, sendo lido o seu conteúdo, seja co- Tôda a família desanimou e já chorava I3 de fevereiro - Missas 18. Comu- E uma triste verdnde que muita gen-
mas com poucas esperanças no resultado nhecida do público mais uma das gran- aquela que tanto amava. nhões cêrca de goo. Comunhões nos ou- te ignora as verdades da religião. Nada
da terapeutica, às dezanove horas voltei a des graças que a tOdas as horas a Vir- E u lembrei-me da minha. Mãi d o céu tros dias , 561. Comunhões em todo o mais /úcil. de verificar.
ver a doente o estado mantinha-se na mes- gem Santíssima nos dispensa. que nunca me tem desamparado nos di- mês, 1.461. Que é que o povo sabe desta& coisas Y
ma,estando mais cianosada e as falsas Minh · - M · d Gló · F
a Jrma, ana. a.
· !iceis transes da. vida e voltei-me de joe-
na erreJ.ra, lhos Fáti t d bli
I3 de Março - Missas 15. Comunhões Quási nada. Aprendeu-se (quando se
membranas aumentadas em superfície, no- em janeiro do- corrente ano foi atacada para . ma~ prom_e en _o pu car cêrca de 1.200. aprendeu) alguma. coisa até aos doze
va aplicação de 20 cc. de sôro. No dia se- por llma paratifoide e por uma pneumo- a cura. de minha_ tão qu~nda bJ~-tia se_ ela 25 de .Março - Missas 10. Comunhões anos. Aos quinze já cada u.m tomou o
guinte de manhã o estado da criança agra- nia elevando-se a febre a 40 gra s e d _ lhe fosse conced1da. Fu1 atend1do. Minu- cêrca de 1.000. Comunhões nos outros seu lugar na fábrica ou 11a oficina. Aos
vou-se; repito a terapeutica. da véspera c rante' cinco dias permaneceu cobertau • u
de tos passados • entro
. n0 aposento ond e ela ~ dias, 505. Comunhões em todo o mês, 11inte, serviç~ militar. Vem depois o ca-
aguardo os resultados, com tôda a espe- gêlo e já sem haver esperanças de a sal- encontrava e ~e:_ uvoltem-se para_ F átí- 2.705- ,amento com aa consequentes neceaaida-
rança de salvação perdida, às 15 horas co- var daquelas terríveis doenças. mau ... Ela_ p~clp!ava a falar, a nr-se e I3 de Abril - Missas 12. Comunhões des do pão de cada dia. Nesta aUura
F 01. então que recom. à v·1rgem Santis- be
mo o estado da criança se mantivesse peor
repeti mais 10 cc. de sôro e dispuz a Fa-
mília para o desenlace que esperava dar-se
.
Srma da Fátim.a. pedindo-!he que me d1s-
ta d .
. I
daí a dOis dias estava completamente
favor
A d
m 1·· ·. gra
u:
eço-vos, .....e
Sa. ti ·
n ss1ma, o
coneedido, cootio ua.J. a rogar por nós
cêrca de 2.000. Comunhões nos outros
dias, 856. Comunhões em todo o mês
2.856.
quási tudo está. esquecido e entre cem
opçá.rios ou aldeões apena& haverá
meia duzia que conserve uns r estos de
~nsasse es ~ça e que a man ana pu- que recorremos sempre a Vós. I2 de Maio - Comunhões cêrca. de
e fatal e a pouco mais duma hora, pois a bhcar no seu JOrnal. Nessa altura, após catecismo.
.cianose era enorme, o estado respirató- a entrada da doente no Hospital Walter Braga 1.6oo . E as cl0.$ses médias f Não vão maia
rio na mesma, o pulso fraquejava havendo Bensaude, começou a entrar em conva- ] . Anu~deu Dias I 3 de Maio - 1\fissas 250. Comunhões à(.ém, se é que atingem a. altura do
uma tiragem enorme. Iescença e continuou dia a dia a ficar Graças diversas cêrca de 32.000. Comunhões nos ou tros
dias, 1.135. Comunhões em todo o mês,
slmples p~vo.
Encontram-se ind'U3triai& e comer-
Com grande admiração minha e de to- melhor, e graças à Virgem Santíssima es-
dos o~ que assistiam àquele quadro horrí- tá perfeitamente bem. Cumpre-me agora Maria Rodrigues, de Berçõ Laguaça, 34·735· ciantes inteligentes, rmédicos habezs, ho-
I2 de junho - Comunhões cêrca de 300.
vel, p<'las 15 horas e 30 minutos, vemos a agradecer reconhecid.íssima à Virgem tão agradece a Nossa Senhora uma graça que mena experimentados em negócios, ad-
I3 de junho - Missas 15- Comunhões
.criança começar a reanimar-se e pelas 19 grande graça que julgo ser devida à sua obteve por sua intercessão. ministradores muito seguros e compe-
horas estava completamente boa., só bas- intercessão. Inês de M. Sequeira e Coelho, de Pon- cêrca de 7.000. tentes. Em geral a sua sciencia religio-
tante cançada e com sono. Hoje está per- dá, India., agradece a cura. duma pessoa. 2I de junho -Missas 12. Comunhões sa, se extSte, é rudintentaríssima.
Horta, 15 de Outubro. de suas relações, vítima. dum ataque de cêrca de 1.000. Comunhões nos outros A um dêst1 s que um dia se poz a
feitamente boa, tendo eu atribuiJo esta
quási ressurreição à virtude que Nossa Se- Margarida do Rosário Ferreira e Silva paralisia. dias, 814. Comunhões em todo o mês discuttr religiào houve quem replicasse:
nhora de Fátima lançou na minha terapeu- Deodato A. Cabral de Melo, Seminário 9- II4- Olhe, meu amigo, para se falar du.ma
tica. em conseqüência dos pedidos que à Nevralgia, pleuresia e tifo de Angra., diz o seguinte: - Cheio de gra-
tidão venho publicamente agradecer à Rai-
I3 de julho - Missas 32 - Comu-
nhões cêrca de 8.000. Comunhões nos ou-
sciéncia é prectso conhecê-la. Conhece
a religião? Sabe as suas verdade& ele-
Virgem todos os presentes faziam.
Por ser verdade e me ser pedido passo Albina Pereira. Valente sofreu durante nha. de Portugal, Nossa Senhora da Fáti- tros dias, 1.324. Comunhões em todo o mentares? Sabe dizer-me quais slio o&
o pr~nte que assino. 4 anos a. princípio de pleuresia algo san- ma, uma. graça particular que se dignou mês, 9.324. seus principais mistérios f Pode. recltar-
guínea e por fim de tifo em que durante alcançar para êste seu indigno servo. I 3 de agosto, Comunhões cêrca de -me os doze artigos do credo ?u
Campo de Besteiros, 24 de 3eteml>ro :!~
dois meses apenas se alimentou da far- Joana V. Neves de Oliveira :'.1enezes, R. de 10.000. Comunhões nos outros dias, Balbuciou umas cotsas inmteligíveis
1931 mácia 90bretudo a injecções. do Breyner, Porto, agradece a Nossa Se- 866. Comunhões em todo o mês 10.866.
Carlos Luis Gonzaga Braga Real e queria prossegu.tr na discussão. 1t.Não,
Resignada no meio do sofrimento com nhora uma graça que lhe concedeu. I 3 de setembro - Comunhões cêrca de não, meu anligo, edude e mais tarde
que a doença tanto a martirisou, falava 9.000.
Anemia Maria Fonseca Godoy-Campinas - Bra-
da morte contente, a sorrir, porque após sil, agradece uma graça que por Nossa Se- I4 de setembro - Comun.Bões cêrca
11eremos.u
E as cúuses cultas? Bem pouco sabem
Humildemente peço a fineza de publi- ela, dizia, 11vou para. o céu» e resava nhora alcançou e que muito estimou alcan- de 200. Comunhões nos outros dias, 539· à& vezes.
car no jornal a 11Voz da Fátima» a graça com a irmã todos os dias o têrço do ro- çar. Comunhões em todo o mês, 9-739· Não é d.t/fcil qu.e um prof essor da.
que de Nosso Senhor recebi por interces- sário a Nossa Senhora da Fátima. Emilia Mendes - Gaia, agradece a cura I I de outubro - Comunhões cêrca de universidade ou. de qualquer escola. su-
são de sua Mãe Maria Santíssima. Carregada de febre sem se alimentar dum sofrimento que há 4 anos a tormen- 400- perior saiba menos de religião do que
Maria Nogueira Coelho, solteira, de 32 há dois meses, já co~ os últimos sacra- tava. Rebelde à medicina, desapareceu com I2 tis outubro - Comunhões cêrca de qualquer humilde peasoa do povo, com-
anos, da freguesia de São Martinho de mentos e julgada de todos perdida, pois a intercessão de Nossa Senhora da Fáti- goo. pletamente analfabeta.
Lagares, Penafiel, declaro que, adoecen- que lentamente lhe desapareciam os sen- ma. I3 de outubro - Comunhões cêrca de Falando dos seus colegas, o ilustre 36-
do no ano de 1927 com fraqueza geral, tidos e arroxeava.m as pontas dos dedos, Gertrudes da Conceição Martins, dos 13.000. bio Ghevreul dzz•a :
seguida de hemoptises freqüentes e pede água de Fátima que bebe com mui- Casais do Vale Bemfeito, agradece a cu- I4 de outubro - Comunhões 3o8. Co- 11São, em geral, excelentes pessoaa,
muito abundantes, cheguei em breve es- ta fé e acompanha com o pensamento a ra dum atroz sofrimento que tinha nos munhões dos outros dias, 827. Comunhões gente cheia de espfrito, sábios 11otá11eia
paço, a um tal estado de prostação, que irmã que junto do seu leito resa. o terço rins. Atribue a cura. à água de Nossa Se- em todo o mês 15-435 · na sua especialidade ma& qu.e supma
me impossibilitava o menor movimento, do rosário. Não comia há dois meses· e nhora da Fátima. I3 de novembro - Comunhões cêrca ignorância em tudo que diz respeito a
chegando por vezes a julgar terminada depois de beber a água da Fátima tem Francisco da Silva Costa, de S . Tiago de goo. Comunhões nos outros dias Ô95· Deus! E difícil imaginar até onde ela
a minha. existência na. terra. Outra coisa vontade de comer e pede que lhe tragam. de Estarreja, agradece a Nossa Senhora Comunhões em todo o mês, 1.595· chega.!u
não esperava. minha familia e todas as Come contra o preceito do médico e o o ter-lhe restituído a saúde que, devido I3 de dezembro - Comunhões cêrca
de r.6oo. Comunhões nos outros dias até

pessoas que me visitavam, inclusivé o alimento nunca lhe fez mal; lentamente a. uma queda, havia perdido há muito
24, 492. Comunhões no mês de Dezembro
• •
Rev. Pároco que, por vezes me adminis- readquiriu a saúde que fervorosamente tempo. No 3. 0 dia, depois que começou
trou os Santos Sacramentos. Com muita pedira e pede à Mãe do céu. Hoje, com- a pedir o auxilio de Nossa Senhora, sen- (até 24) 2.092. Número total das Comu- Jluitos homens igno1·am aa provas d4
fé em Nossa Senhora, no leito, me con- pletamente de saúde, muito grata a Nos- tiu-se capaz de retomar os seus trabalhos. nhões no ano, 101.650. reltgião.
tavam os prodígios maravilhosos que sa Senhora da Fátima a quem atribui a - La H arpe, convertido à religillo
24 de dezembro de 1931.
por intermédio de Nossa Senhora da Fá- saúde, toma pública, em cumprimento ~~~~~·~~,~·~~~
d.epoia de longos anos doe in.credulid:ade
tima, se operavam no lugar da sua apa- dum voto, a graça da sua cura com que dizia a seus camarada&: uGomecei a. cre;
-· P.• Manuel de Souza
porque e:wminel; examinai como eu e
rição. Tendo resolvido o digno pároco or-
ganizar uma. peregrinação a Fátima, des-
a Mãe do céu lhe dera a saúde e a vida. Confraria de crereis tamb~m.u Ora, entre 01 qu.e n4o
de logo senti imenso desejo de nela me
incorporar. A dificuldade, porém, estava
Tordilho,
Albina Pereira Valent" N.· s.· da Fátima Movimento de doentes no Santuário praticam a reltgião quantos ha qu.e não
a e:I)Q,minaram ou examtnaram mal./
em suportar a longa viagem até lá, em Pleuresia purulenta Mais uma vez vimos perante os leitores de Fátima Não estudam. São incredttlos sem sa-
camionete (há dois anos que não saía da dêste jornal , e duma maneira especial pe-
ber porquê. Nem seriam capazes de jus-
cama), pois convencida estava que uma No ano de 1928, nos princípios de rante os membros da Confraria de Nossa Ano de 1931 ti f icar a sua. incredulidade.
vez lâ, e aos pés de Nossa Senhora da Fá- março, adoeceu uma afilhada minha, Senhora da Fátima, apresentar as con tas Esta religião tão magnífica na& &uaa
tima, a minha cura seria uma realidade. Amada Maria de Lourdes Nunes. do rendimento dos anais no ano de 1931
promessas, tllo pura ftQ.I aua moral, tão
Em 13 de janeiro foram observados
Organizou-se essa peregrinação em Setem- Durou a doença mais de um m ês, no próximo passado. r6 doentes. Não traziam atestados Médi-
fecunda em 'Virtud-e, tllo potet~.te .obr•
bro de 1929. Nela tomei parte, fiz-me fim do q ual , o médico declarou tratar-se Durante o ano de 1931 o rendimento to- o coração doa povos que ela sucessiva-
cos.
acompanhar do atestado médico, que en- de uma pleuresia p urulenta q ue só por tal foi de s.4o2S6s. Em I3 de fevereiro foram examinados
mente v em chamando a si... esta reli-
treguei a quem de direito. Ali fiquei hos- meio de uma operação poderia ser cura- Com as correspondências relativas à mes- I I doentes. Não traziam atestados Mé-
gião t ão admirá1!el pela aua exterwin
pitalizada do dia 12 para o dia 13 do dito da. Sujeitou-se a. ela no mês de Abril se- ma confraria foram gastos 42$oo, ficando dicos.
que abraça o mu ndo e pda lUa. imobtl
mês. Passei a noite muito mal sem ali- ~inte. mas continuou sempre mal, sendo livre um total de 5·36oS6s. Ora, segundo Em 13 de março foram examinados duração no meio da& revoluções huma,-
mentação alguma, por não poder recebê- preciso fazer nova operação. o artigo 4. 0 dos estatutos da mesma Con- 13 doentes. Não traziam atestados mé-
naa... e&ta religião tão imponente pe-
-la. Eu então lembrei-me de Nossa Senhora fraria, o lucro total deve ser dividido em dicos. lo número e qualidade do& uus ad~
Assisti à missa. e bênção dos enfermos da Fâtima, arranjei um pouco da sua duas parte iguais, uma das quais será apli- Em r3 dt1 abril foram examinados 58
ptos... merece-l.he& um interuse muito
com grande dificuldade. Recebida a bên: água que levei ao hospital e disse a sua cada no culto de Nossa Senhora. da Fáti- aecundáno.
doentes. 4 traziam atestados médicos.
ção do Santíssimo Sacramento, pareceu- mãe e família que fizessem uma novena ma, e a outra em Missas celebradas por to- Em 13 de Maio foram examinados 274 Oa ae1a partidários representam o
-me recuperar algumas fOrças. Comecei a Nossa Senhora, e que todos os dias dos os confrades vivos e defuntos, cujos doentes. 53 traziam atestados médicos. que em cinte séculos tem havido de
a comer, sabendo-me bem os alimentos nessa ocasião lhe dessem a beber um anuais tenham sido satisfeitos. Em I3 de Junho foram examinados mais eminente no génto como na 11irtu-
que me deram, e já na tarde dêsse dia, pouquinho daquela água de devoção, que Foi o que se fêz;-fora.m entregues para 128 doentes. 6 traziam atestados médicos. de, de mais extraordinário Ptlo 3aber
sem custo algum ou fadiga, percorri todo tinha fé que Nossa Senhora da Fátima serem gastos no culto de Nossa Senhora da Em I 3 deJ julho foram examinados 143 e pelo talento de mais exigente nas pro-
êsse largo- espaço destinado às manifes- havia de curar a doente . Fátima 2.68o$p e com igual quantia fo- doentes. 22 traziam atestados médicos. 'lla$ . .. isto não lhes merece atenção.
tações de Fé a Nossa Senhora. E, assim aconteceu; em pouco mais de ram celebradas 432 missas, dez das quais Em I3 de agosto foram examinados 135 Não vale nada para elea a opinião d e
No regresso suportei a viagem admi- um mês ficou restabelecida de todo!. .. foram por alguns confrades reünidos, e as doentes. II traziam atestados médicos. fão su blimes espíritos.
ràvelmente; dia a dia. sentia mais fOrças, Não mandei publicar esta graça há restantes por todos os confrades vivos e Em I3 de setembro foram examinados uQu.e ignorância. a. sua (exclama B oa-
mais apetite, terminando as hemoptises mais tempo, conforme tinha prometido, defunt os. 139- doentes Não traziam atestados mé- suet) ! ... , penmm ter visto melluw (Js
até hoje, graças a. Nossa Senhora do Ro- porque me diziam que ela não ficaria co- Tão grande riqueza espiritual deve-se à dicos . dificuldade s a cujo peso sucumbem e
sário da Fátima.. mo tinha sido, mas q ue havia d e ficar fé e generosidade dos bons confrades, mas E m IJ de outubro foram examinados pela& quais os outro& paasaram aem fa-
·Enfim, julgo-me e sinto-me completa- com algum defeito. Não aconteceu, po- também ao zêlo dos Snrs. Colectores e Co- 129 doentes. 13 traziam atestados médi- zer casoY
mente curada. Propositadamente, e a rém assim. Hoje tem 7 anos, está de lectoras a quem publicamente se agrade- cos. Não, não viram nada, nem percebe-
conselho do meu pároco, demorei êste saúde perfeita, forte e esperta como era cem todos os trabalhos e talvez desgostos, Em I3 de novembro foram examinados ram nada ..... E &e r ealmente t inham di-
relato, para melhor se acentuar a minha antes da doença, por isso rendo muitas - quási sempre a única recompensa que 17 doentes. Não traziam atestados médi- ficuldade& deviam procurar resolv~-laa,
cura. Passados já dois anos, sentindo-me graças a Nossa Senhora da Fátima por neste mundo alcançam os que trabalham cos. int errogando e estudando.
cada vez mais forte, voltando aos meus tão grande benefício recebido. pelo bem das almas. Em 13 de dezembro foram examinados Os mini3tros da r elioillo sao oa &tua
afazeres quotidianos, fazendo .caminha- O bom Jesus Sacramentado, descendo 25 doentes. Não traziam atestados mé- ~torea e interpretes autorizado&. Nas
das (nem à minha igreja pude ir durante Francisca Nunes do Couto 432 vezes ao altar com as mãos cheias de dicos. questõe& eapinho$0.$ da& lei&, dirigimo-
dois anos) . Obtida a declaração do ilus- Ilha T erceira- Açores. graças, th-las-á espalhado abundante- Foram pois ex aminados durante todo -nos a. um ju.risco-n$U.lto: ftO.$ aci~nciaa
4 VOZ DA FATIMA
confissões no triduo de preparação
naturai3 ouvimo3 08 $ábio3 que lhe& p e--
netraram 03 3egredc3; em a3$unto3 agrí-
cola$, tndu&triai& ou militare&, inttrro-
u so de nullo ou os que iá a peTde'Tam.>>
Quá.,i aempre una cegos oa descrentes. FATIMA À PROVA para a festa do S. Coração de J e-
sus.
gam03 o& agr6nomo3, 03 engenheiro 01 • Conversou largamente e dessa
oficiai&. • • A frieza do clero êle fomentava, animava e apoiava. conversa entre outras coisas que re-
Em t6da, a3 controver&iaa a -última Mas podemos vê-lo mais clara- fere, diz:
Ciiide cada um, dentro da, suas pos- mente ainda.
palavra pertence à& capacidadea e àa sibilidade&, de faz: er ces&ar esta ceguei- No artigo precedente vimos a ati- cLembro-me mesmo que um dos
competenc1a3 e, 3e eu quero mo&trar ra, procurando com as suas palavras e tude do pároco de Fátima ao tem- Rev.•• Padres cuj o nome ntJo con-
que tenho juizo, nàq vou mandar fazer
uma pqrta a um alfaiate m<J3 a um car-
sobf'etudc com os 8eus exemplos, fazer po das aparições. O «Ouriensen servo, me disse - cno meu i nterro-
um pouco de luz em volta de si. As vezes há porém certos feitios gatório f iz de polfcta, procurei por
pinteiro. Façamo8~hes vér que a r eligião e a so- que só estã.o bem na opooição, que Ptlblicava·se ao tempo em V . Nova de muitas vezes atrapalhá-las ma.3
Ora, em a&sunto de r eligião, há quem ciedade s{lo solidártas .e que os perigos tudo vêem ao invez dos outros dei- Ourém com o nome de u0uri6nsen, com o mantiveram sempre as suas afirma-
se di&pense de&ta regra elementar, de&· duma ameaçam tamb~m a outra . xando-se tomar do esp1rito de con- sub-título de uBoletim do concelho de Vi- ções.:.
d enhando da& lu zea. do saber e da dla.- TJ~ palavra dita a prop6&ito, a lei- tradição... la Nova de Ourémn um pequeno jornal d8 Não se tratava de meros inquéri-
recçdc do3 ministro$ da· religi4o. tura dum bom livro podem abrir larga3 Quem sabe, pensará alguém, propaganda religiosa. tos frios como os oficials em que
Se consultam alguém, com quem ,i!o clareiras, discipando muitas treva3, t ra. quem sabe se o antigo prior de Fá- A primeira aparição dera--se em Maio, a friamente se pregunta e rrtamen-
êles ter Y com qualqu.er livro frívolo que zendo con f6rto a tantas alm~ qu e &6 tima não era um dêsses feitios? ... segunda em Junho e a terceira em Julho. te se redige a resposta do interro-
dá gracinha3 em vez de razõea, - co1n esperam alguém que as guie .. Era poss1vel que êle procedesse Pois passa-se Maio e Junho e só no núme- gado.
qualquer camarad{l imbecil que procu. asim sem cont udo ter consigo o cle- ro de 29 de j ulho vem a primeira refe- Nem também de habilidosas pre-
ra n{l descrença a justificaçã.o da sua ro das redondezas réncia. gp.nta.s lançadas à maneira de rede
conduta, - com um palrador qualquer Referbrcia entusiástica e apaixonada? para apanhar a vitima.
que de tudo f.ala &em nada 8aber. Poss1vel era sem dúvida. Mas co-
O que é verdade é que entre cem pe&. VOZ DA FATIMA ferença, não se afirmará que foi
Era natural se tuda aquilo f6sse obra da
mo do poder ser ao ser, vai sua di- clero ...
ou
Ancioso por descobrir a fraude
a ilusão passavam até, talvez.
80a3 extranluu à vida cri&tã, ~i& de Ora a noticia vem t6da numa pequena
n.oventa e cinco não estudaram a reli- Despezas assim sem para isso haver argu- local em metadtJ da primeira coluna da um pouco além dos justos 11m1tes
gião ou a examtnaram muito &uper/i- Transporte .. . .. . .. . ... 305.867$44 mentos suficien tes. 4.• página. · que deante de uma criança de 10
cialmente, tendo dito lá para si me3- Papel. comp. e impr. do Ora êsses argumentos faltam em Desejamos reproduzi-la na Integra dada anos é necessário respeitar.
mo3: HA rcltgião é exigente de mai&. n.o III (6o.ooo ex .) ...... 3.2go$oo absoluto. a autoridads especialíssima da jornalzinlro O zêlo do bom nome da Igreja
Impõe muitos deveres e sacrificio3. De- Franquias, embalagens, trans- Há porém argumentos muito só- - órgão da v1gário e do clero da vigararia. empresta a alguns dêstes Sacerdo-
ve ser regeitada. E 3erá ela nece&$ária, portes, etc. .. . .. . .. . •.. I.3Ô9S50 lidoo para afirmar o contrário. tes um certo calor que demonstram,
não 3e poderá viver sem ela I Fulano e Na administração em Leiria 357Soo Senão vejamos qual foi a atitu- uReal Aparição ou suposta... ilusão sobretudo, nos interrogatórios.
fulano jazem-no. Nã.o poderei eu l azer de do clero da vigararia. de Ourém Fátiman A onze anos de distância quando
o me3mo ?u E assim se passa a vida fa- Total... .. . 310.883$94 a que Fátima e o seu prior perten- já o Senhor chamou a Si parte dês-
Esta freguesia experimentou no passa- tes Sacerdotes apraz focar nestas
r;endo como tanta gente sem nunca· 3e cem. do dia 13 o espectáculo mais maravilhoso
Donativos desde 15$80
inqutetarem com.. a &olução dum pro- O Vigário da Vara e comovente, que a imaginação podia idea- linhas essa nobre atitude de amor à
blema tão &ério. Maria Augusta de Oliveira - Soure, lizar. verdade.
• 2o$oo; António da C. R uivo- Porto, Presidia entã.o à vigararia de Ou- Quererá a Rainha dos Anjos fazer desta É Lúcia, a vidente mais velha,
• • 20$oo; José Gonçalves Duarte - Viana rém o Rev.o Sr. P.• Faustino José freguesia ttma segunda Lourdes?! ... que, na sua. linguagem simples de
Muito& nunca chegaram a perceber do Castelo, 2o$oo; Afonso de Albuquer- Jacinto Ferreira , prior do Olival. Ali! Quem o merecera?! serrana nos vai pintar a tintas for-
que a religião é necessária. N ece3$ária que - Lisboa, 15$oo; Aida de Figueire- Figura distinta dos velhos tem- A Deus e à Virgem Mãe MO é impossí- tes o quadro em que revivem essas
ao individuo, 'à famaia, à &ociedade. do - Feira, 15Soo; J osé Urbano de An- pos, o P.• Faustino entrava com o vel. venerandas figuras de padres e no
Ela é uma muralha de def ew e é u ma draqe - Açores, soSoo; Francisco da mesmo à vontade e cercado da mes- Não foi possível fazer o cálculo aproxi- centro o vulto impreciso e indefini-
fonte. Silva - Beira Baixa, I5$oo; Distribui- ma simpatia na. cOrte, no Paço Pa- mada do número de pessoas que vieram do da própria vidente.
Uma muralM contra a in11awo do ção em Vila Nova de Foscôa, 6o$oo; J o- triarcal e no mais humilde casebre à distância de tantas léguas, desds o hu- Depois da aparição de Junho cfui
sé de Sá Couto - França, 22$4o; Clara da sua freguesia. milde pastorinho, rude lavrador, aos que visitada por mut tas pessoas, e en-
mal que nos ameaça e contra e3&a onda
Monteiro- Pombal, 2o$oo; Maria do
de &ensualismo que vai manchar até a
Carmo - Pombal, 2o$oo; Nirola u de Al-
Trabalhadas com o seu labor fazem agradáveis passeios em velozes au- tre elas alguns Sacerdotes que me
candura das criança.t. Uns ventos de in-
meida-Covilhã, 2o$oo; Rosa da Cruz- apostólico, tinha visto surgir mui- tomóveis para tomarem fé de alguma pro- apertaram com preguntas e me ra-
dependência e insubordinação impelem
Curia, 15$oo; Maria da Costa Martins -
tas gerações e dos padres que entã.o va dtJ tão propagada Aparição de N. Se- lharam muito, dizendo-me pessoas
nhora a 3. crianças desta freguesia.
a juventude. pastoreavam as freguesias da. viga- da minha famflía que eu mentia e
Mamadeira, 2o$oo; António Pereira Ro- (3.• vez IJ·7-1917). a m inha Mi!e chegou a bater-me
Os caractere& amolecem, 03 crime&... sa-Brasil, 2o$oo; Augusta Nogueira - ra.ria, a muitos dirigira-lhes êle os
&do um pavO'T. A população diminue, A T6das as pessoas ou, pelo menos a maior com o cabo de uma vassoura>:.
S. Mamede, I5$oo; Maria Assunção - primeiros passos no caminho do parte, ficaram satisfeitas só em verem a
luta entre as classe~ é cada vez mais agu- Funchal , 25$oo; Rosalina Gorges - Cas- santuário.
<Interrogatório oficial de Lúcia de
d:a. A febre do ouro e dos prazere& ex- maneira como as crianças se apresentaram Jesus. feito em 8 de Julho de 1924
cais, 15Soo; J osé Cardoso-Douro, :o:'O$oo; O clero fonna.va ali uma como e falaram -perguntando ... pedindo.. . e
ctta febrilment e todos os cérebro&. P o&- António Inácio H enriques-Lourinhã , grande famllia, cujo chefe não por esperanda tempo de resposta sem que mais
pag. 3 -linhas 2: e seguintes.
to iüo eu desafio quem quer que se- 4o$oo; Assinantes de S. Cruz-Madeixa, simples disposição da autoridade, • • •
ja a q~e ponha um diqu e a e&te tra&- ninguém as ouvisse.
141$50; Dr . J oaq uim Mendes -Lousada, mas por eleição de am.isade, reve- Isto - dizem , pois MO fui testemunha Vigário da Vara, pároco de Fáti-
bordar de paix<'Je& que não seja dentro 2o$oo; P.• Hermano Mendes - Lousada, rência e esttma, era o P.• Faustin.o. - na presença, segundo os diversos cál- ma e restante clero da Vigararia
dos principio& r eli gioso&. 2o$oo; Maximina Brás - R. de Monsaraz, Todos confiavam plenamente nê- culos, de 8oo, de I.ooo, de muito mais de seguiam pois a mesma norma sem
Mas a religião é t ambém wma fon te 2o$oo; J oão Lopes-Vizela, 15$oo; Maria le : determinação que tomasse, bas- r .ooo e de mais de 2 .ooo pessoas que no esmorecimen tos e sem excepções.
viva que prot:Wz a virtude, a probida- Júlia Ferreira- POrto, 2o$oo; Esmola no tava ser sua para ser acatada e a mais admirável dos silêncios ora rezavam, Não parece que durante as apari-
de, a unido, a paz, a f elicidade públi- POrto, :o:o$oo; J osé Correia de Sá - sua opinião seguida sempre com res ora suplicavam, ora choravam; por últi- ções nem nos primeiros tempos de-
ca. Ermida, 2o$oo; Brites Alves - Setú- peito e amor. mo foi necessário que almas piedosas, pa- pois o clero da Vigararia que mais
Se, correndc de t6das as parte& s6bre bal, 15$oo; Padre Francisco Fernan- Era para. êles mestre, modêlo e ra livrarem as cnanças de; confusos intBrro- devia. exultar com os sucessos se
êste solo invidvel que se cMma a alma des- Póvoa de Varzim, 6o$oo; Antó- amigo. gatórios 11 de graves incómodas que pode- destacasse entre o doutros centroo ...
duma nação, ela f9T111a como que a co'r. nio Fonseca- Dice-France, 15$oo; J ú-
Tente geral, tudo caminha bem . Se esta Basta lembrar a.s grandes reu- riam ter no meio de tão grandB multidão, Muito pelo contrário!
lio Antóni<>-Macau, 1oo$oo; Maria da niões do clero na sua residência pegassem nelas e as metessem em automó-
f onte &agrada baixa e, &obf'etu dc ,. Encarnaçã<>-Ann. de P êra, 25$oo; J oa- do Olival, para se ter disso as. mais vel e as afastassem a distância de 2 e meio Um Observador
&éca, tudo caminM ~. tudq v~cila, quina da Cunha- Mau, 28$oo; J osé João inequ1vocas provas. quilómetros para junto da igreja onde fo-
tu.dO mcrre. Nunes - Beiia-.Africa, 15$oo Benta Ma-
O ceu tem ainda o seu azul, o& &eua Que a sua. !1gura. se destacava en- ram fo tografadas.
deira - E vora, 2o$oo; Maria Carl• ta - tre o clero paroquial prova-o !acto Foi simplesme:nttJ admirável, por ora
raiO& !tl ~s &uas claridade&, a terra con-
se1·va amda a sua primit iva fecundi-
Fundão, 2o$oo; Maria Urbana- Alf. da de ter sido escolhido para o primei- mais nada digo.n
Fé, 2o$oo; Emilia Augusta- Vila Nova ro grupo de consultas diocesanas. •
AVISOS
dade, as mlmtanhaa est ão aind:a d e pé de Ceira, 30$oo; Maria Almeida - Miran-
em t6da a sua magest ade, as mesma& dela, 2o$oo; Maria da Conceiçã<>-Açó-
De rara memória e inteligência Até aqui o cOuriense:. com uma I
ondas veem bater contra as mesmas perspicaz, conhecia de nome cada tal economia de espaço e de por-
res, 2o$oo; Dr. Manuel Rocha, 3o$oo; A Voz de Fátima é distribuida gra-
praias, as mesmas bTisas f(Ú,em ondear l\1aria de Faria- Açores, 2o$oo; M.• da um dos seus quási 7.000 paroquia- menores como o faria qualquer jor- tuitamente na Cova da Iria todos os
as searas, as muralhas das cidades es- Silva. Angel<>-Barcelos, I8o$oo; F rancis- nos e tinha sempre presentes a.s nal neutro da época.
t~o aznda intactas, a raça transmite co Rodrigues- Açores- I5Soo; P.• José várias circunstâncias da sua vida Não se pode, na verdade, dizer que dias 13. Ninguém deve levar para a
amú t, com o sangue, os seus sinais ca- Pinb<>--5. M. de Infesta, 2o$oo; P .• Joa- !1sica, moral, civil ou religiosa. a dois meses e tal da primeira apa- mesma casa mais do que um jornal.
racl ' rísticos, a língua tem ainda a mea. quim da Rocha- Infesta, 15$oo; Inácio A virtude excedia no P.• Faustino rição, e já após a terceira o cronis- Levá-los pára embrulhos seria um rou-
ma harmonia... mas à alma do povo dei- Moura-Lisboa, ~oSoo; Ana Cardoso - os dons da natureza. ta esteja apaixonado pelo que es- bo feito às esmolas de Nossa Seshora.
xou de palpitar como anttgament e. A Estremoz, 3o$oo; Manuel Martins - B ra- A notável piedade, a. devoção a creve!
fonte secou, as tradiç<'Jes &agrada& e as sil, I5Soo; José dos Santos - Brasil, Nossa Senhora e às almas do Pur- Era assim que o clero do Arcipres- As pessoas que de lá levam rôlos dê-
crenças augustas morreram e d.eante da 15$oo; Ana Candida - Brasil, I 5Soo; gatório, o zêlo pela casa de Deus e tado falava pelo seu órgão ofiCial les não dêm mais d'o que um a cada
nossa vista temos apena3 as aparências Manuel Duarte-Brasil, I5$oo; Maria J . pelo esplendor do culto divino !1- de larga difusão no concelho. família, poque dizendo todos as mes-
e o cadá11er de um povo. I sto é evidente. Pereira- Beira Alta, 2o$oo; Francisco zeram c:têle a honra da sua. terra e Quando me ponho a pensar nesta mas coisas seria um desperdício louco
-No entanto muitos homens não v e- Fernandes-S. Tiago, 2o$oo; Maria Emí- o !dolo do seu povo. admirável atitude e reflito que não
em isto, não compreendem a impqrt4n- lia-Mangualde, 2o$oo; Maria Leal-Vila Porlsso é que na mudança. de lns- h avia. entre os seus membros nem dar um ao pai, outro à mãe e outro
cia nem a neceuidade da vide Teltgiosa Nova de Famalicão, 2o$oo; J osé Dias- tltuYções ou pouco depois por 1911 grandes teólogos nem profunda cul- a cada filho. São dados gratuitamen-
nem para éle& nem para a naç4o. ' S. Paulo-Brasil, 15$oo; J osé dos Reis - quando os jacobinos locais quizeram tura fico convencido de que jun~.o te mas agradece-se muito qualquer es-
l!'ogem e ninguém os 'llé nos t~los, Brasil, 15$oo; Manuel de Aisis-E vora, afrontar a religião católica não ti- a uma prudência singular e a um mola porque as despeza.s são todos os
nem nas festas solenes, na3 gran des as- I5$oo; P.• J oão Mascarenhas- Algarve, veram melhor melo do que enxo- notabil1ssimo bom seiLSb também meses de alguns contos.
sembleias nligio$01, ndo dandc assim soSoo; Margarida da Silva - Cascais, valhar a venerando figura do Prior havia. sObre aqueles padres uma es-
e~emplo d4 rua / é actuant e, opondo a 2o$oo; Artemisia. Cunha-5a.bugo,2o$oo; do Olival conservando-o preso por pecial acção do Esp1rito Santo.
vuta das suas crenças santas à& con- Emília Augusta- F. do Zêzere, 5o$oo; umas horas nos calaboiços da séde II
Adelaide de Melo - Santarém, 2o$oo; da Comarca.
Não se I>ode com efeito atribuir
juraç<'Jes do inf erno. só a dotes natura.ls esta placidês e Nes dias de Carnaval haverá no
A ssistem. apenas coimo ex pectadO'Tes, à. João Ferreira -Braga, I oo$oo; P." F ran- • fleUIIOática tranqüllidade de espf- Santuário da Fátima um turno de
{}'rande batalM de bem e do mal, c~ cisco Lucas - Fuzeta, I r-.z$40; Isaura
um HMbituéu dcs teatros vendo desen- Nunes - Ribatejo, I5$oo; Fr. B runo de Era grande o seu conhecimento rito com que assistem ao mais ex- Exercícios Espirituais destinados aos
Tolar-se diante de si as p eripécias do Lima-Espanha , 62$50; Maria Dolorosa- da.s oo1sa.s e dos homens, e sabia traordinário dos fenómenos do seu Servitas e aos membros masculinos
Coimbra, 2o$oo; Elvira Fa.lção - Douro, dar tempo ao tempo.
século.
drama 01.1 o m ommento doa actO'Te&.
5o$oo; Maria Isabel Russo - Alpiarça, Foi porisso um dos. escolhldoiS • das Conferências de S. Vicente de
Quandc muito lançarão s6bre a3 nos&aa Paula, podendo ser amitidos outros
ruínas sociais e Teligio&as uns utérei& 25$oo; P.• J osé August<>--5. Pedro de pelo Sr. Bispo de Leiria para fazer Com o Prior o restante clero da.
e passageiros gemidos. Se alguém oa im- Alva, 5o$oo; Isabel Sousa - Lousada, parte da grande comissão encarre- Vigararia procurava estudar, inqui- homens se houver lugar.
pqrtuna e adve'Tts do perigo encolhem 25Soo; Albano Costa-Bragança, 2o$oo; gada de averigUar o que se passava rir, certificar-se. Os exercícios começam no dia 6 de
os h~nnbros e ... deixam-se af~gar. Natália Canêdo - Vouzela, 2o$oo; Fran- na Fátima e de formar o respectivo Parecia terem-se deixado tom.er Fevereiro à noite e tenninam no dia
cisco Boléo - Coimbra, 15$oo; Padre processo. de certo feitio inquisitorial. 10 de manhã com a imposição das
• António dos Santos - Ericeira, 5o$oo; Não quis Nosso Senhor dar-lhe cá A este respeito quero aduzir aqui
Maria Fernandes - Lisboa, I C>O$oo Jo- na terra a consolação de ver termi- parte do depoimento do Ex.- Snr. cinzas.
• • Quem desejar ser inscrito deve, até
seph Fraga- América, 31$ Io; Esmola de nados os trabalhos dessa. comlssã.o Dr. Carlos de Azevedo Mendes fo-
Ora esta abstenção niio prova nada. Fátima, 62$65; António Dias - Lisboa, pois o chamou à Sua Santa Glória lha 1, verso, linha 18 e seguintes ao fim de daneiro, dar o seu nome
A noite é a noite e ela ndq di z qu e o 2o$oo; Olinda E ugénia - Porto, ~'O$oo; a 10 de Julho de 1924. que nos trás muita luz. e morada ao Sr. Dr. Carlos Mendes
· dia niio aeia o dia. Por muito numero- Maria da Cunha-Lisboa, 15$oo; Elvira Era na 1.• sexta-feira. de Agoo- -Torres Novas, ou ao Sr. R eitor do
Sa$ que S'ejam as pessoas que niio prati- do C. de J esus-Cadaval, 2o$oo; E lisa • to de 1917.
cam a Teligião porque a não conhecem,
isto em nada inval1da as 1'azl1ei dos que
Rios - Estremos, 6o$oo; F rancisco Var-
gos-Santarém, I5$oo; Maria Alzira - A sua atitude em face dos acon- o depoente viera em passeio até Santuário d'a Fátima, ou ao Sr. P.•
a conhecem e praticam. A incredulida- Penafiel, 4o$oo; J osé da Rocha- Viana tecimen tos da Fátima encontra-se
à Fátima e quisera ouvir a opinião António dos Reis - Seminário de
do Castelo, 2o$oo; José Fernandes - S. espelhada na do Rev. Prior, que
do Rev.mo Clero ali reunido para Leiria.
-.-..-.
de de muit os f unda-se na ignorc1n cia.
Não tem, pois valor.
Quantas vezes Mo op(Jem à. religião
argumentos tam estúptdos como êste:
1tPara que me hei-de ir confessar I Se-
Marta, I5Soo; Distribuição em Viana do

da Foz, 20$oo; Maria Silva -


-
Castelo, 95$oo; Manuel da Silva-Figueira n ardo Fernandes - Lourenço Marq ues, Maria Santana-Lourenço Marques, 15S;
Sertã, 2o$oo; António de Sousa-Lourenço Mar- Rosada de Sousa - Lourenço Marq ues,
8x$oo; Directora do Hospital de Alpedri- ques, 2o$oo; Armando da Costa-Lou- 15$oo; Paulo Pinto - Lourenço Marques,
Uma lágrima de arrependimento basta
para aplacar o Coração de ] ISUS.
ria preciso ter cometido pecados e eu. nha, 115Soo; Maria Henriques--Funchal, renço Marques, I5$oo; Lourenço F ernan- 15$oo; Esmolas de Lourenço Marq ues, Santo Afonso
niio os tenhon. 2o$oo; Elvira de Sousa - Lisboa, 4o$oo; des-Lourenço Marques, 15Soo; Benedito 24$oo;; Maria do Carm<>-POrto, 25$oo
uSenhor, Tesponde um sa~dcte, há l\1aria l\1atos-Lisboa, 66$oo; Igreja de de Sousa - Lourenço Marques, 15$oo; Esmola de l\1atacães- TOrres Vedras,
dua3 qualidade& de pessoas que não pe- Belém-Lisboa, 2I6$3o; Sancha da Con- João de SouSa.-Lourenço Marques, I 5S; 5oSoo; Igreja do S. S. CoraçãO' de J esus Este número foi vizado pela Comissão
cam: os que nii() chegaram aind{l ao ceiçã<>-Lourenço Marques, 2o$oo; Ber- Inês Pinto- LE>urenço Marques, 15Soo; -Lisboa, 26$oo. de Censura.
Ano X Leiria, 13 de Fevereiro de 1932 N.• 113

COM APROVAÇAO ECLEIIASTICA

Olreotor , Proprietário• Dr. Manuel Marqu11 dot Santos 1 emprlsa Editora• Tip. "Unilo Qrifica,. T. do Despacho, 1&-Lisboa 1 Administrador• P. António dos Reis 1 Rldaoqlo 1 Administraolo• "Seminllrio de Leiria,.

CRóNICA DE FATIMA
(13 de Janeiro)
renço, pároco da Serra, falando cêrca de homens e rapazes que em grande núme- ExcelêBcia: Com o máximo respeito, permita-me
Três lustros de história meia hora sObre o evangelho do dia. ro se aproximaram do sagrado tribunal. V. Ex.• Rev.ma que, com os meus cum-
Na vida gloriosa do Santuário N(l.cio- Como acima se disse, foi o venerando H á dias partiu meu irmão o Dr. Fis- primentos, lhe beije o sagrado anel
nal de Nossa Senhora de Fátima, princi- Senhor Bispo do Funchal que deu a bên- Fátima na Alemanha cher de Bamberg para Municb, afim de
realizar ali conferências sObre Fátima, e, I da Fischen,
pia, com o mês de Janeiro, um novo ano ção com o Santíssimo Sacramento aos
que será de-certo cheio de graças e de doentes que, apenas em número dalgu- Com a devida. vénia arquivam-se nas nessa ocasião, entregou-me o presente
Do sr. Fritz Thüringer, director do
bênçãos, como foram todos os outros que mas dezenas, ocupavam em filas as pri- colunas da uVoz da Fátiman os seguintes que V. Ex.• Rev.ma se dignou enviar-
Banco Comercial Italiano de Carrara
o precederam. meiras bancadas do Pavilhão. interessantes documentos, demonstrati- -me.
Terminaram as comemorações oficiais vos da extensão e intensidade do culto Que imensa alegria me causou a. linda (Itália.):
Em Maio próximo quinze anos terão
decorrido depois da primeira aparição da uCarrara, 23 de Dezembro de 1931.
Virgem berndita aos humildes videntes Ex.mo e Rev.mo Sr. Dom José Alves
de AIj ustrel. Correia. da Sjlva. Leiria
Renovar-se-ão, a partir dêsse mês, as
grandiosas e imponentes manifestações de I,.i o livrinho do Dr. Fischer uFátima,
fé e piedade, em que tomam parte cen- a Lourdes Portuguesan e como residi em
tenas de milhar de pessoas de todos os Lisboa de 1912 a 1914, permita-me V.
pontos do país, de tôdas as idades, clas- Ex.• Rev.ma que lhe envie junto uma
ses e profissões, para t estemunhar o seu pequena oferta para N. S.• do Rosário da
amor ao Rei dos reis no au gustíssimo Fátima, com o pedido de me recomendar
Sacramento do altar e a sua devoção à às orações dos peregrinos.
Virgem Santíssima, padroeira ll advoga-
De V. Ex.• Rev.ma com a máxima ve-
da dos portugueses.
neração
Entretanto, numerosos fiéis acorrerão Fritz T hüringerll
todos os meses, no dia treze, ao planalto
sagrado de Fátima, e ali darão desafO- Da. grande devota de Nossa Senhora de
go à sua devoção, em louvores, preces e Fátima D. Maria Grommes:
cânticos, num silêncio mais profundo, uEx.mo e Rev.mo Snr. Dom J osé Alves
num recolhimento mais íntimo, numa
Correia. da Silva, Bispo de Leiria
paz mais suave e mais tranqüila.
Naquela estância de mistérios e de pro- Feliz com a alta distinção com que V.
dígios, as almas crentes e piedosas, imer- Ex.• R ev .ma se dignou honrar-me- a
sas numa atmosfera saturada de sobre- mim pobre creatura- enviando-me a Sua
natural, renovam as suas energias espi- bênção Episcopal, permita-me que ajoe-
rituais, voam mais alto e sentem-se mais lhe a Seus pés ç lhe diga: muito obriga-
longe da terra e mais perto de Deus. da., muito obrigada, muito obrigada.
Hoje, no lindo dia. da Imaculada Con-
ceição, depuz eu as minhas orações e o
Um ilustre Prelado meu agradecimento junto do Tabernáculo
No dia doze de J aneiro a impren- do Senhor pelas intenções de V. Ex.•
sa noticiou que na véspera tinha chegado Rev.ma
pelo vapor Sierra Morena a Lisboa, vindo Confesso-me, porém, envergonhada pe-
da Madeira. o Ex.mo e Rev.mo Sr. D. An· lo pouco que até hoje tenho feito em lou-
tónio Manuel Pereira Ribeiro, venerando vor de Nossa Senhora do Rosário da. Fá-
e ilustre Bispo do Funchal. tima. Tudo isto me faz lembrar a Veró-
O nobre Antístite, que era acompanha- nica, que, só pelo simples trabalho de
do pelo rev.do António Félix de Freitas. chegar o Sudário ao Senhor, recebeu uma
ilustrado e zeloso pároco da freguesia dos tão grande recompensa.
Prazeres, do concelho da Calheta, logo Teresa Neumann diz a cada passo qne
que desembarcou, foi instalar-se no Gran- uJesus é bom>l. Sim, Ele é bom, imensa-
de H otel Borges, na Rua Garrett, donde mente bom para comigo.
partiu, no dia seguinte, para Leiria. Eu não sei, nem tenho palavras para
Na estação do caminho de ferro, aguar- agradecer suficientemente a V. Ex.•
dava a sua chegada. o venerando Prelado Rev.ma, mas fá-lo-ei todos os dias nas
de Leiria, que o acompanhou até ao Pa- minhas orações.
ço Episcopal, onde ficou hospedado. Ajoelhada., pois, aos pés de V. Ex.•
No dia. treze de manhã cedo seguiu de Rev. ma e possuída do mais profundo res-
automóvel para a Lourdes portuguesa, peito e agradecimento. peço-lhe, mais
onde celebrou o santo sacrifício e, no uma vez, me conceda. a sua bênção em
fim da missa oficial , deu a bênção rlo honra da Rainha do Rosário de Fátima.
Santíssimo aos doentes. A mais humilde serva da Mãe de Deus
O Senhor D. António, depois de se tex Maria Grommes»
demorado alguns dias na. capital, seguiu
para Viana do Castelo, a-fim-de visitar Do sr. Mielert, digno émulo do dr.
sua extremecida. Mãe, tendo regressado Luís Fischer na propaganda do culto d.e
directamente, no dia. vinte e dois, pelo Nossa Senhora. de Fátima:
vapor uMassílian à sede da sua cristia-
níssima diocese.
Altar de Nossa senhora da FATIMA na cidade de CAMPINAS, Estado de S. Paulo, BRASIL, /lo santuário
. uMaria. vencei
Breslaux Werderstr, 35
Os áctos religiosos oficiais no Sagrado Coração de Jesus
Dia de Natal de 1931.

Posto que o firmamento se conservas- Ex.mo e Rev.mo Snr. Bispo:


se sempre nublado e ameaçando chuva, Por intermédio do meu qnerido amigo
os fiéis acorreram em grande número no com a proc1ssao do adeus, presidida. pelo de Nossa Senhora de Fátima no grande imagem de N.• Senhora do Rosário de e director espiritual, p rof. Dr. Luís Fis-
dia treze à Cova da Iria. mesmo ilustre Prelado. país da Europa Central que é a Alema- Fátima) cher, de Bamberg, recebi eu a admirável
. Desde muito cedo celebraram-se várias O andor de Nossa Se\)hora de Fátima nha: De todo o coração, pois, agradeço a fotografia da Imagem de N. S. do Rosá-
missas e os confessionários da igreja da foi conduzido aos ombros de quatro be- V. Ex.• Rev.ma a. sua bondade e prome- rio de Fátima com uma dedicatória de
Penitenciaria estiveram ocupados tôda a neméritas religiosas da Casa. de Saúde De D. Ida. Fischer, irmã do rev.do Luís to-lhe - a-pesar das grandes dificulda- V. Ex.• Rev.ma. Do mais íntimo do cora-
manhã. por penitentes do sexo masculino. da. Idanha, entre as quais a. sua. ilustre Fischer, o grande apóstolo da Lourdes des que meu irmão e eu encontramos a. ção agradeço a. V. Ex.• esta tão alta co-
Próximo do meio-di:! solar, a multidão,
que rodeava o pavilhão dos doentes, era
e santa Superiora.
Entre· os sacerdotes peregrinos via-se
Portuguesa nos países de língua alemã: êsse respeito - continuar ª colaborar,
para o futuro, na medida das minhas
mo imerecida. honra. A referida fotogra-
fia. benzida por V. Ex.• Rev.ma, ficará
mais compacta. a. figura ascética do venerando e venera- uEx.mo e Rev.mo Snr. D. José Alves forças na propagação do culto de N.• Se- sendo doravante um inestimável tesouro
A estação da missa oficial. fez a. res- do dr. Cruz, que passou longas horas Correia da Silva - Bispo de Leiria nhora da Fátima, como «dedicada e fiel de família, e constituirá para mim mais
pectiva homilia. o rev.do Benjamim Lou- na. igreja. da Penitenciaria confessando secretária de meu irmãon. um incentivo para levar a. consoladora.
2 ... VOZ DA FATIMA
nova das benemerências de N. S.• do Ro- Portugal, e que são uma feliz imitação minava com a artística e expressiva ima-
sário da Fátima, aos mais afastados re-
cantos da Alemanha.
Até hoje fiz já 23 conferências sóbre
das antigas e afamadas faianças portu- gem do Colégio Português, benzida pelo
guesas do século XVIII. Santo Padre Pio XI e a primeira vene-
Revestiu grande solenidade o acto da rada em Roma, o orador exortava os ou-
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA
Fátima e no dia 31 dêste mês parto para inauguração e bênção da imagem, em vintes que o tinham seguido com o maior
Viena onde, no dia de Ano Bom, reali- que foi celebrante o Snr. Vigário Geral interesse, a colocarem a sua confiança,
Agradecimento Dispepsia
zarei mais uma. Fui convidado pela uLi- da diocese de Campinas, Monsenhor Luis nesta hora de amarguras e incertezas Em sinal de reconhecimento a Nossa Uma minha filha, Maria Candida No-
ga dos Católicos Alemães da Polónia>> pa- Gonzaga de Moura, havendo pregado ao o ' Aquela que é a salvação do povo cris- Senhora da Fátima pela cura duma doen- vais, sofria muito do estômago, dispepsia.
ra ali falar de N. S. da Fátima. evangelho, com muita elevação e geral tão, vida, doçura e esperança nossa. ça grave, venho pedir se digne publicar ocasionando-lhe enjôos, vómitos, dôres,
Por tôda a parte se nota um grande agrado, o padre português, Rev. Fran- Um prolongado aplauso acolheu as úl- esta graça alcançada. por intercessão de etc. Também sofria do pulmão esquer-
entusiasmo da parte do bom povo cató- cisco Cruz, ilustrado Vigário de S. Pedro timas palavras do orador. Nossa Senhora. do. Durante muito tempo pediu e fez pro-
lico por tudo o que diga respeito a Fáti- de Piracicaba. Um numeroso grupo de A Virgem SS.ma terá recebido com ter- Quando estava para sofrer um dos messas a Nossa Senhorn da Fátima que
ma e as conferências e fotografias ficam- distintas meninas, portuguesas e brasilei- nura de Mãi esta homenagem dos seus maiores desgostos da minha vida, a mor- lhe obtivesse a graça de se curar, ou ao
-lhe para sempre gravadas na memória ras, executou belos trechos de música sa- filhos de Roma. te humanamente inevitável, da minha fi- menos de melhorar de maneira que po-
como mo teem asseverado. cra e os cânticos próprios dêste culto, Desde o seu trono da Fátima a Senho- lhinha, dirigi-me a Nossa Senhora da Fá- desse governar a casa e cuidar da sua
Em geral preguntam-me sempre se eu como os que se ouvem na Fátima. ra do Rosário cobrirá sempre com as me- tima, rogando-lhe fervorosamente a gra- família. Graças a Deus, as dores no pul-
já fui a Fátima. Infelizmente sou obriga- Foi um dia de festa para Campinas, ci- lhores bençãos do seu coração materno ça de ma curar. A medicina tinha sido mão passaram-lhe completamente iá há
do a responder-lhes com um unão,, mas dade aliás de grande religiosidade, e em a paroquia de Santa Teresa. que foi a pri- impotente, pois eu tinha já recorrido a muito tempo; e dos incómodos do esto-
talvez que Nossa Senhora permita ainda que a colónia portuguesa, bastante nume- meira a prestar-lhe na cidade Eterna um 'vários médicos, espe«ia:listas até, sem mago melhorou tanto que, diz, quási se
que visite um dia o seu Santuário. rosa, poude realizar uma fraternal reü- solene tributo de amor, os RR. Padres obter resultado algum, e, por isso, com pode dizer curada.
De todo o coração desejo a V. Ex.• nião de piedade, iluminada pela saudosa Carmelitas que tão dignamente a dirigem, Por isso peço o favor de fazer chegar ao
Rev.ma felizes e santas festas e para ter- lembrança dêsse recanto querido da pá- e a piedosa menina que com sua inicia- seu destino a esmola de 1oo$oo e de pu-
minar peço a V. Ex.• a bênção episcopal tria longínqua- Fátima. tiva e amor a Maria foi a promotora e blicar esta graça na «Voz da Fátima».
para mim e para tôda a minha famllia Fundou-se uma Liga cultual que em a alma desta homenagem à celeste Rai- Marco de Canavezes.
M. Mielert todos os dias 13 de cada mês p romove nha no coração do orbe católico.
devoções apropriadas, missa e recitação António Augusto Novais
~~~~~~~~~~~
Doutro fervoroso apóstolo da devoção do terço.
a Nossa Senhora da Fátima, o rev.do Pe- Missões de Nossa Senhora da Fátima Febre e paralisia
dro Maria Weilmann, pároco de Lambs- FÃTIMA EM ROMA Peço o favor de relatar no seu jornal
heim: A Senhora de Fátima escolheu em Para as Missões colocadas debaixo da uma graça alcançada por Nossa Senhora
protecção de Nossa Senhora da Fátima da Fátima: Tive um filhinho gravemen-
uLambsheim, :04 de Dezembro de 1931 Roma uma dedicada propagandista e in-
fatigável zeladora do seu culto na piedo- foram mandadas as seguintes esmolas: te doente. Uma febre violenta acompa-
Ex.mo e Rev.mo Snr. Bispo sa menina Elena Dei Giudice. Sr.• D. Joaquina Martins, dos nhada de privação de movimento fez com
Esta excelente donzela que conta na E. U. da América do Nor- que o distinto médico que cuidadosamen-
P ermita-me V. Ex.• que venha, por ês-
te, 5 dolares ... ... ... 18::~ te o tratava o julgasse em perigo de vi-
te meio, testemunhar-lhe o meu mais pro- sua família três irmãs Carmelitas e um
fnndo agradecimento pela Imagem de N. irmão sacerdote da Companhia de Jesus, Um anónimo ... ... ... ... ... ... 27$50 da. Pedi então a Nossa Senhora da Fá-
S.• do Rosário da Fátima com uma de- logo que teve notíc..ia dos prodigiosos tima, à qual tenho especial devoção, que
dicatória de V. Ex.• Rev.ma, acontecimentos da Cova da Iria sentiu-se 20<)$50 mo salvasse: comunguei, e comecei a fa-
Esta especial deferência de V. Ex.a. atraída para a bela Senhora e deu-se a Que foram distribuídas: zer uma novena, ao mesmo tempo que
Rev.ma constituüá mais um incentivo pa- t omá-la conhecida e amada não só entre Missão de Nossa Senhora da Fá- dava ao pequenino umas colherinhas de
ra de futuro, me dedicar com maior fer- os seus, mas no vasto e distinto circulo tima, de Landa... ... ... ... ... 82$oo
água da Fátima. A febre até ai tão tei-
vor à propagação do culto de N. S.• da das suas relações. Foi a primeira a es- mosa, desapareceu depressa e a criança
1\Iissão-escola chineza de Nossa começou a alimentar-se. Além desta, mui-
Fátima e para, por meio dela, contribuir palhar em Roma imagens da Senhora
Senhora da Fátima, na Ilha tas outras graças tenho obtido por in-
para o advento do Reino de Cristo. com a oração por Ela ensinada aos pas- Verde, (Macau) ... ... ... ... 82$00
Não encontro palavras com que possa torinhos, e a promover a prática de reci- tercessão da Virgem da Fátima, pelo
agradecer ao meu querido amigo, Dr. Luís tá-la entre os mistérios do Rosário. Fez Escola de Nossa Senhora da Fá- que desejo por êste modo, manifestar-lhe
Fischer, o haver-me relacionado com Fá- girar de mão em mão, de família em fa- tima na missão de Angoxe... 45$50 a minha gratidão.
tima e o ter-me facultado fotografias re- mília o livrinho italiano editado pelos R. Canas de Senhorim.
lativas ao Santuário. R. Padres Lazaristas de Casale Monferrato Eflgénla dos Santos Carvalho Maria Pessoa de Campos Monteiro
Estas conferências sôbre Fátima der- «Le Meraviglie di Fatima>> e distribuiu
ramam terrentes de bênção. entre as pesseas amigas numerosas page- Da. melhor boa vontade distribuiremos
Tenho encontrado por tôda a parte o las-imagens editadas últimamente em Gub- as esmolas que nos enviarem para êste a fé confiante que uma mãi religiosa po- Doença no coração
maior entusiasmo, não passageiro efé- bio, com a novena da Senhora e um re- fim tão santo e tão de agrado do Sumo de sentir, dirigi-me a Nossa Senhora da Peço o favor de p ublicar no seu jornal-
mero, mas autêntico amor de Maria que sumo das aparições. Pontífice. Fátima. Prometi que mandaria publicar
Se nos 'fôr possível ajudemo-las para esta graça se me fôsse concedida, junta- zinho a graça que recebi da SS. Virgem.
reverte sempre em amor de Jesus. Não ficou por aqui o zêlo empreende- Sofria de uma doença de coração; pal-
Com estas conferências sôbre Fátima dor desta amante de Nossa Senhora: que os maus nos não vençam em zêlo. mente com a fotografia da minha filhi-
pitações aceleradas, muita canceira a
tenho eu muitas vezes preparado o terre- Promoveu uma conferência na vasta e Ajudêmo-las com a oração pedindo ao nha e que assinaria a «Voz da Fátima,,
ponto de já não me ser possível o fazer
no para futuras missões Eucarísticas. florescente paróquia de S. Teresa de Je- Senhor da Ceara que envie para ela mui- enquanto ela existir. Durante nove dias, qualquer trabalho por mais leve e sim-
V. Ex.• Rev.ma ha de, por certo, sen- sus, a que pertence, uma das maiores de tos e bons trabalhadores, e ajudemo-las à meia-noite, rezei o terço diante da ples que fôsse. Consultei alguns médi-
tir grande prazer em ouvir falar das bên- Roma (conta 6o.ooo almas) situada não também com as nossas esmolas para que imagem de N.a Senhora e como medica- cos aqui em Setúbal, onde resido, mas
çãos de N. S. da Fátima sôbre a Ale- longe da Porta Pia, num dos melhores possam adquirir o necessário para ins- mento fiz uso da água da Fátima. A cu- não vendo resultado, fui a Lisboa con-
manha. e mais populosos bairros da Cidade Eter- trução daquelas pobres almas. ra foi rápida, pois em breves dias a mi-
sultar um médico que me indicaram co-
Há cêrca de um ano escreveu V. Ex.• na. Quão poucos são os nossos missioná- nha filhinha estava completamente bem,
mo especialista em doen{'as de coração.
ao Dr. Fischer: upraza a Deus que N. Esta realizou-se no Domingo, 10 de rios para converter tantos infiéis!- um - favor da Virgem que nunca esquece- Disse-me que fosse vivendo como pudes-
S.• de Fátima derrame também as suas Janeiro, festa da Sagrada Família, subor- missionário apenas para 71 .500 almas!! rei. se, que não trabalhasse nem me inco-
bênçãos sôbre a Alemanha assim como dinada ao têma uAs Maravilhas de Fáti- Se Deus os não ajudasse pouco poderiam Perosinho - Gaia.
modasse, mas que era necessário resi-
as tem espalhado sôbre Portugal>>. ma- Aparições, peregrinações, milagres". fazer. Efigenia dos Santos Carvalho gnar-me porque o mal era incurável.
N. Senhora cumpriu inteiramente os Para a conferência fizera a menina Dei Oremos muito pedindo à Rainha dos
Tendo uma casa de família que preci-
desejos do seu fiel Bispo e continuará, de- Giudice inúmeros convites. Tinha sido, Missionários - N.• S.• da Fátima, que úlcera sava dos meus cuidados, vim para casa
-certo, a cumpri-los para o futuro. além disso, anunciada na igreja e no Bo- abençoe de tal maneira os seus trabalhos Esta carta tem o fim de lhe pedir a cheia de dor por me ver em tão triste
Na primeira semana de Janeiro farei letim paroquial que publicara também que o Sangue de J esus não seja inútil pa- fineza de publicar na c<Voz da Fátima" situação. Chegado que foi o dia 13 dês-
duas conferências sôbre Fátima e um tri- um artigozinho sóbre Fátima ilustrado ra êles.
o seguinte: se mês, fui assistir com a maior con-
duo Eucarístico. com a imagem da Senhora. fiança possivel à procissão das velas na
Como apóstolo de N.• S.• da Fátima Foi convidado para fazê-la o Rev. P.• Tive uma filhinha que desde os dois
meses de idade sofreu o incómodo de uma igreja de S. Julião desta cidade; de lá
peço a V. Ex.• Rev.ma me envie uma Dr. Luís Gonzaga da Fonseca S. J. Pro-
bênção muito especial e que se lembre fessor n 0 Pontifício Instituto Bíblico e
APÉROLA DE PORTUGAL úlcera. Esteve tão mal, que os seus de- trouxe um jornal uA Voz da Fátima"
jectos contínuos era apenas sangue! En- que me puz a ler com tôda a atenção.
sempre de mim junto de N. Senhora. Director Espiritual do Colégio Português. pelo Visconde do Montelo tão recorri a Nossa Senhora da Fátima O mal agravava-se, mas eu não desani-
Ligado a V. Ex.• Rev.ma no grande O vasto salão anexo à igreja de San- mava. Ia sempre rezando e pedindo à
amor para com N. Senhora de Fátima ta Teresa ficou repleto de pessoas de tô- Apareceu há pouco pelos prelos da be- ~piorando que. desse melhoras à minha
SS. Virgem a cura do meu mal. Tanto
subscrevo-me com o máximo respeito. das as idades, sexo e categoria social. Lá nemérita uUnião Gráfica>> mais um livro filha, e prometi fazer uma novena, dar pedi, tanto chorei que um dia ao levan-
Pedro Maria Weilmann, pároco.» estava o M. R. P." Geral das Carmelitas com que o ilustre sacerdote mal enco-1 à. minha filha o no~e da Maria da Fá- tar-me, depois de ter passado uma noi-
desca-lços com vários membros da Cúria berto sob o pseudónimo de Visconde de tima e m,;andar publicar esta ~ça. . te muito tranquila, senti-me muito bem
~~~~~~~~~~~
Generalicia, estudantes do Colégio Interna- Montelo veio enriquecer a já abundante Graças a Nossa Senhora as minhas su- disposta. Tinham desaparecido todos os
cional Carmelitano, membros do clero se- bibliogr.úia da Fátima. pli~ foram ouvidas. Minha .filha esl!:
N: S... DA FÃTIMA NO BRASIL cular, as diversas associações .paroquais Mal nos ficaria a nós não dizer duas mu1to melhor e tenho fé na Vugem Mã1
meus sofrimentos.
Corri a casa de uma irmã que tinha
. Na cidade de Campinas, estado de S. da. uAcção Católica>>, oficiais do exército palavras sinceras que 0 autor e sobretu- do Céu que ela há-de restabelecer-se de- água de Nossa Senhora da Fátima, pe-
Paulo, Brasil, inaugurou-se em 13 de ou- de Itália, numerosas famílias da aristo- do os nossos leitores esperam como apre- pressa. di-lhe que me desse um copo dela, e de
tubro último um altar dedicado a Nossa cracia romana etc. etc. ciação crítica da obra. Elvira Coelho Teixeira de Sousa
Senhora de Fátima, que cremos ser o pri- O orador, testemunha ocular das ma- 1 Aí vão pois despretenciosas, como sem- Vila Lobito - Africa Ocidental Por-
joelhos, entre lágrimas de alegria, fui be-
bendo e rezando em agradecimento à SS.
meiro erguido em território brasileiro, ravilhas da Cova da Iria, com sua pa- pre. tuguesa. Virgem por tão grande graça que me al-
posto que haja já várias imagens receben- lavra entusiásta e vibrante prendeu du- Do valor literário de A Pérola de Por- cançou restituindo-me a saúde.
do culto em algumas capitais dos estados rante hora e meia o numeroso e selecto tugal diz eloqüentemente a pena brilhan- úlcera no estômago Agora sinto-me bôa de todo. Já há
da união e até mesmo em cidades do in- auditório. As belíssimas projecções a cô- te que pouco a pouco o burilou com arte mais de 3 anos que isto se passou. Ten-
Manuel Tavares, de Aguas Boas, con-
terior. res, que em número de 75 passaram na e carinhoso amor de poeta e zêlo de es- cionei logo publicar a minha cura no
A igreja escolhida para êsse altar foi, tela permitiram aos assistentes viver a critor vernáculo. celho de Oliveira do Bairro, pede que se
.seu jornalzinho, mas só agora me foi
por indicação do ilustre Prelado de Cam- ,realidade consoladora dos acontecimen- Do seu valor intrínseco diremos que publique o seguinte: Em 7 de Novembro posível fazê-lo. Já há 3 anos seguidos
pinas, D. Francisco de Campos Barreto, tos de Fátima. O Rev. Dr. Gonzaga da embora não seja ainda a tão ansiosamen- fui consultar o Snr. Dr. Albano Pereira que tenho ido em peregrinação à Fáti-
o Santuário do Sagrado Coração de J e- Fonseca depois de conduzir os seus ou- i te esperada história crítica dos aconteci- dos Santos, de Agueda, por causa de uma ma, e t enciono ir lá enquanto puder. Alis-
sus, onde uma comissão patrocinada pe- vintes através de Leiria, Ourém, Bata- mentos da. Fátima, A Pérola de Portugal úlcera que me atormentava. Receitou- tei-me na confraria de Nossa Senhora da
lo prestigioso médico português Dr. Fal- lha, Tomar e Alcobaça e de lhes mostrar é contudo mais um subsídio de valor para -me alguns remédios. Comecei a tomá-los Fátima, nas associações das filhas de Ma-
cão de Miranda, levou a efeito a edifi- os grandes monumentos de arte dissemi- essa história. e ao mesmo tempo recorri a Nossa Se-
ria, das almas, do S. Coração de Jesus e
cação, havendo conseguido os nt>Cessários nados por aquelas regiões e que recor- Nesta obra enfeixa o autor uma série nhora da Fátima e ao milagroso Santo mais algumas em prova de gratidão para
fundos para a dispendiosa obra e para a dam os melhores feitos da História por- de Crónicas já publicadas na Voz da Fá- António que ali se encontram numa ca- com tão bôa Mãi.
escultura da imagem, graças à acção per- tuguêsa, subiu com êles à Serra de Aire, tima. pelinha próxima. Comecei também duas
sistente de madame Falcão de Miranda, pobre de belezas naturais e sem atavios Porque a muitos não chega o jornal- novenas; uma a. Nossa Senhora da Fáti- D elfina Rocha Simão
incansável em remover tôdas as dificul- de arte, e, transposta a pequenina fre- zinho ou tendo-o lido o não conservam, ma e outra a Santo António para que NOTA - O Pároco confirmou esta nar-
dades que se antepunham. guesia da Fátima entrou no anfiteatro é útil na verdade coleccionar em volume os remédios fossem abençoados, e graças ração.
O traçado da obra, desde o desenho da abençoado da Cova da Iria. Descreveu êsses riquíssimos e opulentos retalhos da a Deus, agora encontro-me muito bem,
imagem, baseado em fotografia vinda de com viveza as cênas encantadoras das vida da Fátima para que se não percam. curado por completo. Aos pés de Nossa
Portugal, até o projecto do altar, estilo aparições, a prudente e longa reserva do Através dessas páginas revivem alguns
Senhora agradeço-lhe aqui publicamente Tifo
gótico-manuelino, deve-se ao pai do mes- clero, a oposição sem tréguas dos inimi- dos mais deliciosos momentos da nossa a graça que me alcançou do Céu. Venho hoje tomar público na uVoz da
mo Dr. Falcão, António Bernardo de Mi- gos do sobrenatural. A assistência foi de- vida e da vida religiosa da nossa querida Águas Boas. Fátima" duas grandes graças que devo
randa, que, como amador, se prestou a pois convidada a associar-se em espírito Pátria nos últimos ten;~pos. Relembrá-los, Manuel Tavares à intercessão de Nossa Senhora.
executá-lo. Nesse projecto foi incluído, a. uma. dessas grandiosas peregrinações lendo-os é um prazer e um dever. Tumor Ha apróximadamente 6 anos, esteve
como detalhe ornamental, um painel em que em Maio e Outubro transformam meu marido atacado da terrível febre ti-
azulejos formando o frontal do altar, cu- Fátima num recanto do céu, no maior Custa 5Soo. Tendo minha sobrinha Maria da Con- foide. Foi tratado pelo seu médico as-
jo assunto é a adoração dos pastorinhos, teatro das glórias e do amor de Maria. ceição Fernandes, um tumôr de mau ca- sistente, Snr. Dr. Manuel Francisco Al-
após a primeira aparição na Cova da Iria. A procissão das velas, adoração notur- rácter, pedi a Nossa Senhora da Fátima ves, já falecido. Declarado incurável por
Foi confiada a execução dêsse detalhe ao na, as comunhões sem número, as apo- Deus tudo sabe aproveitar que a curasse sem que tivesse de sofrer êste clínico, só o céu lhe podia valer.
exímio pintor português Jorge Colaço, es- teoses à imagem milagrosa entre cantos, Sorriso , lágrima, perdão, operação algum<j,, e prometi que depois Eu, numa grande aflição, recorri, cheia
pecialista em tais decorações, que produ- lágrimas, flores e esvoaçar de lenços bran- A mais pequena e humilde acção, mandaria publicar a graça. Sem a opera- de confiança à protecção de Nossa Se-
ziu um encantador e artístico quadro, di- cos, a bênção com o Santíssimo a cada Um beijo, um gesto, um bom olhar ção encontra-se curada e hoje venho pu- nhora, que ouviu a minha suplica, alcan-
gno do maior aprêço. doente, tudo perpassou ao olhar extasiado Nada se há d.e esperdiçar, blicamente agradecer a Nossa Senh<na çando a saúde para meu marido. Há pou-
O conjunto, de um belo efeito estéti- e atónito do numerosíssimo auditório. Nada na vida será vão ... tão grande mercê. co mais de um ano tendo 4 filhos ataca-
co, é ainda realçado por acessórios e ador- A última parte da conferência foi des- Deus tudo sabe aproveitar. Logar dos Governos - Pombal. dos fo~emente pela tosse convulsa, com
nos, entre os quais figuram belas jarras tinada a relatar algumas das curas ex- grande fé e confiança em Nossa Senhora,
de faiança artística, com o emblema da traordinárias principalmente dos últimos E I ora Passo lo Maria da Conceição Rodrigues meu marido dirigiu-se à Cova da Iria, a
Cruz de Cristo, feitos expressamente em mêses. Por fim, enquanto a tela se ilu- (Poetisa brasileira) pé, buscar água da Fátima. A medida
.VOZ DA FATIMA a
·que iam tomando essa água, ia a tosse em poderem ganhar o pão de cada dia às Os seus louvores foram até à admira- descansar tranquilamente entre o seu ves - Avanca, 6o$oo; Maria de J. de
desaparecendo. Prometi ir com minha fa- ordens d~le. ção quando um amigo da casa, que for- manto acolhedor, ao longo da vida e na Pina - Coimbra, 15$oo; Maria E. Ber-
mllia à Cova da Iria e dar uma esmola ~ que ~le. além de empreiteiro cons· necia a pedra, a areia e o tijolo para a hora decisiva em que se nos abre a eter- neand - Lisboa, 2o$oo; Cacilda Mota
·conforme pudesse, o que sumpri no dia ciencioso e competente, era também um construção, lhes disse: nidade. - Aveiro, 15$oo; Maria do Céu Lopes -
católico fervoroso. - ~ um homem singular 4ste papista Pôrto, 2o$oo; Maria da C. Coelho
• • •
13 de Outubro p. p.. Por isso venho
reconhecidfssima, agradecer à Nossa bôa Na sua fé fielmente praticada obtinha que voc6s teem em casa! Quando eu lhe - Olivais, 15Soo; Mons. Manuel Marinho
Mãi, estas graças, além de tantas outras, ~le as virtudes que atraiam a si tanto os apresentei a factura das coisas forneci- Em lábios de filho que mais linda pa- - Foz do Douro, 1oo$oo; Elvina N. da
e pedir-lhe que nos conceda o seu divi- que ~le empregava como os que traba- das, ~le comparou-a cuidadosamente com lavra se pode ouvir do que o elogio da Fonseca - Lisboa, 7o$oo; Adelino Je
no auxílio em todos os transes da nossa lhavam às suas ordens. o seu livro de contas e entregou-ma di- própria mãi? Oliveira - Póvoa de Lanhoso, 2o$oo;
vida Era freqüentíssimo começar o dia pela zendo: «Verifique essa lista, que ela não :e porisso que a piedade cristã com uma Olimpio Rebelo - Póvoa de Lanhoso,
assisUncia à Santa Missa e recepção da é exacta» . santa indústria vai intensificando a reza 2o$oo; José Calvário - Valhascos, 25$oo
Marinha Grande.
Sagrada Comunhão, donde voltava, cada EfectivameJ,te, lhe repliquei eu olhan- da Avé Maria, tornando contínuo o cân- Cónego Virgílio Pita - :evoca, zoSoo;
Júlia Rodrigues Fonseca dia, com maior soma de energias para o do-o malicwsamente, 1wo edá, mas de· tico das glórias da Senhora. Elise Marie - Chile, 15$oo; Maria Guiei-
trabalho e mais compassiva caridade pa- -certo a não acha muito elevada; q11anto saro! - Tabuaço, 15Soo; Maria Leal Ro-
Agradecimento ra com os operários. quere que se aumente?
«Ao contrário, replicou ~le, tem de ser
• • • drigues- Barbacena, 3o$oo; António dos
Hemtinia Neves e filhas, de Lisboa
Exercendo éle a sua arte em New-Iork Formemos das Ave-Marias como dou· S. Vieira - Brasil, 145$87; A-faria J.
não tinha um momento de descanso. diminuída de mais de 300 dólares que na tras tantas rosas uma grande corOa que de Oliveira - :evoca, 2o$oo; Carlos Vic-
vem por êste meio agradecer a Nossa Se- Naquela época as construções jaziam- sua factura veem a Jnais». toriano - Válega, 192$50; Manuel Mar-
nhora do Rosário da Fátima a graça dia a dia a família lhe vá ofertar.
temporal e espiritual que lhe concedeu
-se em séries de dez, quinu e vinte ca- - Eu bem o sei (lhe disse eu), mas é Rezemos com fidelidde e amor a de- ques - Grandola, ~; José A. Calado
por intercessão de S. José, de Santa Te-
sas, tão parecidas umas com as outras costume que o fornecedor e o empreiteiro vota cadeia de orações que A prenda a - Gavião, 1,5Soo; P.• Domingos Frago-
como gémeos, às vezes na mesma rua, dividam entre os dois estas quantias que nós e nos prenda a Ela. so - Brasil, 75$oo; P.• André Avelino
rezinha e diversos outros Santos assim vão 1narcadas a mais.
como pede a tôdas as pessoas que as aju-
dando-lhe um ar de monotonia. Rezemos a Avé Maria com o piedoso re-, - Faial, 132$oo; Carmen Garcia - Aço-
-dem a agradecer a Nossa Senhora.
Jerry dirigia por vezes quási um bair- «Eu sou católico, me respondeu ~le, se- colhimento e devoção do Divino Mensa- res, 24$oo; Manuel M. Morgado - Be-
ro e se se não faziam coisas belas, fa· camente, e não aceito essas combinações. geiro diante da Virgem. lém, zo$oo; Maria J. Miranda - Açores,
ziam-se construções sólidas que era o que Não recebo senão o que ganhei e não con- Que ao menos, o terço do rosário se- 15Soo; Casa de Saúde de S. Miguel -
~feu marido sofria duma apoplexia nos
os proprietários então mais desejavam. sinto que se pague a ninguém senão o que ja diàriamente em família uma cadeia Açores, 4o$oo; Angelina :Martinho - Sin-
intestinos, e por intermédio de Nossa ~
A sua aplicação tão constante valeu- se lhe deve. Não sou um cristão de no- forte a unir, em Cristo, todos os seus tra, 15$oo; Margarida Gomes - Sintra,
-lhe o que agora se chama neurastenia. me somente, mas de jacto, aqui, na igre- membros. 15$oo; Maria de Vasconcelos - Sintra,
nhora do Rosário da Fátima obteve tam. ja, em minha casa, em t6da a parte. rsSoo; Aristides Mendes-Louvain, 5o$oo;
A palavra é nova mas a doença é ve-
bém a sua cura completa. Glória à SS.
Virgem . lha, desde que depois do paraíso terreal Apresente-me uma factura nas devidas • • • Sanatório <<Rodrigues Semidi» - Porto,
os homtms tiveram de trabalhar e suar condições se quere que eu a assine e lhe Dantes ao toque do sino, de manhã, 25$oo; José Luis Raposo-Açores, 25$oo;
para ganharem o pão de cada dia. seja paga». Ana C. Antunes - Lousã , 27$5o; Julia
ao meio dia e à noite tôda a gente pa-
'Graça temporal A mulher de ]erry não o largava para ~ste homem é um fenómeno (e~ clama-
rava e se descobria para rezar as Avé Ma-
C. Carvalho - Caldas da Raínha, 27$50;
Venho pedir-lhe o favor de dizer na que descansasse afim de poder trabalhar va ~le) e não encontrei ainda ninguém Elisio Costa - Porto, zo$oo; Luis Lo·
rias.
uVoz da Fátima» o seguinte: para ela e para os filhos. ltfas como ar- como éle. pes Abegão - Tramagal, 15$oo; José F.
Que encantadoras recordações de in·
rancar-se à multidão de pedidos que de Muito tempo depois de jerry se ter iá Evaristo - Ovar, 25$oo; José Valente -
uCaeta!l4 Ferraz Alve.s vem agradecer fància me não acorrem agora à memó-
t6da ~ parte o assediavam e qu.e o recla- retirado para New-Iork a retomar a sua Al.mofala, 17$oo; Pedro Correia - Lis·
a Nossa Senhora da Fátima uma graça ria!. .. boa, zo$oo; Igreja da Graça - Lisboa,
mavam para dirigir construções? vida ordsnária, falava-se ainda tUle com O labor dos campos paralizava num 1oo$oo; D'uas esmolas, 28S55; A-faria Hen-
temporal de muita importância e que a t6da a est1ma em casa da Senhora Isabel
livrou de grandes tormentos. Num mo- A Providência, que não abandona os momento; os mercados refreiavam a febre
seus, veio em seu auxilio. Um missioná- cobrindo-o dB louvores, admirando a sua riqueta Lobo - Lisboa, 2o$oo; l\-faria J.
mento de grande aflição recorreu a Nos- do negócio e tOda a gente se recolhia pa-
rio andava colhendo esmolas em New- fé católica que o fazia tão virtuoso. Patricia - Coruche, 2o$oo; Laura Tei-
sa Senhora prometendo dar uma esmo- ra rezar. xeira - Coruche, zo$oo; Ana H. Bar-
·lorh. para a construção de uma igreja Há apenas só alguns meses que morreu Que lindo e que cristão!
la e publicar a graça e, pouco depois, Catar~= O'Sullivan, já de idade avan-
via os seus desejos realizados». católsca em Charleston, na Carolina do :e em honra da SS.ma Trindade e em reto - Pedrogam Grande, 35Soo; Zulmi-
Sul, Estado ainda hoje em grande parte çada . Foi na igreja construída por Jerry lembrança dos Augustissimos Mistérios da ra Galhardo - Penamacôr, 13o$oo; Au-
Galêgos - São Martinho. protestante. que se celebraram as exéquias, tendo em Redenção; mas é também por amor à gusta C. Macedo - Lisboa, 15Soo; Rosa
Caetana Ferraz Alves volta do seu caixão uma centena de pes- Miranda - Lisboa, ~; Colégio de S.
Jerry deu-lhe uma generosa esmola, Virgem.
soas entre filhos, netos e bisnetos, todos António-Caminha, 1oo$oo; António Lou-
pedindo, em troca, as orações do sacer- Renovemos o fervor antigo nessa tão reiro - Pôrto, =<>$ao; Distribuição em
Marw Marques de Sousa de Valongo, dote pela sua saúde. Travando-se depois católicos. Converteu-a a vida tão irre- formosa devoção das Avé-Marias ou Trin-
-diz o seguinte: <<tendo-me Nossa Senho- preensível do empreiteiro que tão vigia- Baltar, 102$50; Virgínia Gomes - Mon-
conversa entre os dois veio o sacerdote dades.
ra da Fátima concedido uma graça tão do f6ra. ção, 3o$oo; Belizanda .Miranda - Brasil,
a saber a origem do mal e a inadiável ne- Longe com o respeito humano!
grande que lhe pedi, envio como pro- Ela ganhou os seus pais à nova fé, nãu 3o$oo; Custódio Lopes - POrto, 15Soo;
cessidade que o empreiteiro tsnha de dei-
va de reconhecimento esta esmola para xar a cidade por algum tempo. quis por marido senão um católico pra· • • • Maria Paiva - Lisboa, 4oSoo; Matilde
o seu culto em Fátima». ticante e os seus descendente.s foram fiéis Cabral -Lisboa, 4o$oo; Corina Ferrão--
- ~ Deus que vos envia para mim, E de manhã e à noite que a lembran·
Coimbra, 15$oo; Hilário Barbosa - Bra-
respondeu o missionário. Tenho necessi- à verdadeira Igreja. ça de Maria e a certeza do seu valimen- sil, zo$oo; uAvé Maria,, - Brasil, 5o$oo'
~raças diversas dade de um homem hábil e de confiança No sitio onde Ale tit,ha construido o
templo material, ]t!rry, que só tinha pre·
to nos acompanhe sempre. António Miranda - Brasil, 15Soo; Lau-
para a construção que eu sonho. Venha :e Mãi ... ra Barbosa - S.• da Hora, 15$oo; Gui-
- Manuel Furtado da Rosa, da llha comigo e terá só uma obra e poucos ope- gado com o exemplo, tinha ganhado al- Avé Marial
do Faial - Açores, vem cheio de ale- mas para o encher. Um grande msssiO- lhermina Lemos - Gaia, 15$oo; Distri-
rários a dirigir. Se os Anjos a cantam, se a rezam os
gria, agradecer a Nossa Senhora da Fáti- náno sem o saber e qu111 podem e teem buição em Cabeço de Vide, 25$oo; Joa-
Não terá engenheiros a importuná-lo. santos com angélico fervor rezemo-la nós quina Calado - Aldeia da Mata, ~;
ma duas graças especialíssimas que por Tenho cá uma planta cuja execução só o dever de imitar. também muitas vezes ao dia.
-sua intercessão alcançou. João Hilário - Borba, 2o$oo; Dr. Ro-
eu d~rijo. Eu mesmo poucas vezes po-
- Maria Augusta da Silva, de Monti· derei estar consigo . Eu exerço um minis- ----+·~--- Uma alma pequenina berto Luís- Madeira, 2o$oo; P.• Manuel
jo, agradece a Nossa Senhora o seu Rodrigues - Valada, 5o$oo; Ir. Maria
tério ambulante. O Vigário Apostólico
maternal auxilio em circunstâncias di-
fíceis da sua vida e da de sua família.
confiou-me uma parte do seu vasto dis· ENSINAI... da Redenção - Brasil, 15$oo; Distribui-
ção em Escapães, 5o$oo; Frauleim Hocber
trito; deu-me um cavalo e um carro di- Baviere, 15Soo; Distribuição em Avan-
- Maria Assunção, do Funchal, en-
viou uma esmola a Nossa Senhora agra-
zendo: «Aqui tem um altar portátil e vá
de quinta em quinta onde houver cató-
A Avé Maria VOZ DA FATIMA ca, 8o$oo; Firmiano Alves - Moura-
-decendo ao mesmo tempo duas graças morta, 2o$oo; Joaquim da Silva Carva-
licos. Numa sala, se tiver quem lha em- O que é a Avé Maria? Despezas lho - Vagos, 1o8$5o; P.• Manuel Sabi-
que diz ter alcançado do céu por sua in- preste, ou ao ar livre, pregue, diga Mis-
tercessão. :e uma saudação e uma prece, um lou- Transporte ........... . no - Oeiras, 72$oo; Bento Gomes -
sa, confesse, dê a Santa Comunhão, aben- vor e uma oração. Braga, 2o$oo; Ana de Sá Carneiro -
- Maria IrenB de Moura Coutinho, de ç6e os casamentos e baptize as crianças. papel, comp. e impr. do
Braga, agradece a Nossa Senhora, o ter· Louvor e oração a que os lábios cris- Barcelos, zsSoo; Condessa de Azambuja,
Os S<tUs anos vão passar-se 1UJSte cami- tãos de tão longa data se acostumaram n.o II2 (6o.ooo ex.) ..
-lhe alcançado uma graça particular que 15$oo; Maria de Almeida Garrett - C.
nllar continuo sem resid~ncia fixa». que nem sabem de quando a começaram franquias, embalagens, trans- Branco, 2o$oo; Tenente P.• Gomes -
<:am grande interesse lhe pediu. Naquelas regiões as coisas passam-se portes, etc.... . . . . . . . . . . .. 1.295$oo Alaadroal, 2o$oo; Igreja da Madalena -
- Albi= dos Santos, de Coimbra, a recitar.
ainda hoje assim, a não ser quanto ao Se ela já existia em parte antes de Na Administração em Leiria 899$90 Lisboa, 25Soo; Etelvina B. dos Santos
agradece a Nossa Senhora o ter-lhe cura- carrinho que foi substituído por um
-do dum tifo uma creancinha de Extre- haver cristãos... - Lourosa, 15$oo; Eugénia do Sacra-
«Ford» já passado de moda 1114S que jaz Prece e elogio tão meigo e amoroso que Total ...... mento Climaco, 2o$oo; Igreja de Mata-
mOz com cuja família viveu algum tem- ainda belo serviço.
po. O menino estava desenganado pelos a boca cristã o saboreia longamente, cães- Torres Vedras, 5o$oo; Igreja de
Jerry aceitou. Iria assim descansar pa- quando o recita, como se fOra um deli- Donativos desde 15$00 S. Tiago de Cezimbra, 105$oo;
médicos e todos esperavam a sua morte
que parecia próxima. Mas perdidas tôdas
as esperanças na terra, ainda lhe restava
o auxílio do céu, e êsse veio por interces-
ra o campo sem deixar de ganhar a sua
vida e a dos seus, ao mesmo tempo po-
deria e estes prazeres juntar o de ir tra-
balhar pelo seu Deus e pela sua fé.
cioso favo do mais fino mel.
Mas porque assim?
Porque tudo isto o faz a alma cristã
Joaquim Honorato -
2o$oo; Salvador N. de Oliveira- Richal-
deira, 2o$oo; esmola de Longos Vales,
Richaldeira,
- .....-......
em louvor de sua Rafnha e Mãi que e, 15$oo; esmola em Pardêlhas, 27$oo; dis-
são de Nossa Senhora da Fátima.
- Maria das Neves Barbosa, de Pó-
Graças às facilidades de "avegação en- ao mesmo tempo, a Mãi do próprio Deus, tribuição em Pardêlhas, 134Soo; Maria AVISOS
tre New-Iork e Charleston poderia ir ao a quem nomeia logo à segunda palavra. Rosalina Rocha - Aço}es, 17$oo; Elisa
voa de Varzim, vem agradecer a cu'b seu trabalho e voltar de vez em quando P. S. Gomes-Braga, 2o$oo; João S. G . I
dum sofrimento rebelde à medicina, e
que há muitos mêses a incomodava hor-
a ver os seus. Na aldeia onde ia traba- • • • da Câmara-Açores, zo$oo; P.• Manuel
lhar não havia hotel. Os poucos católicos Lábios angélicas a compuzeram em par- de Avila-Açores, 4oo$oo; José Maximia- As pessoas que desejarem obter,
rivelmente o estômago. Agora sente-se, que por lá havia trabalhavam em casa
-diz, perfeitamente bem. te, em parte os Santos e a Igreja, e a no - Almeirim, 2o$oo; Maria Lucila Me- pelo correio, água ou outros objectos
de protesCantes. Avé Maria tomou-se o cântico agrade- nezes - C. de Besteiros, 15$oo; Tiberio da Fátima, devem dirigir-se ao Snr.
- Maria áa CoJ,ce4ção dos Santos, de O empreiteiro terá, pois, de procurar
Ponte do Rol, «agradece, diz, profunda- cido e entusiásta em honra da Virgem. Teixeira- Castro Daire, 3o$oo; Ana dos António Rodrigues Romeiro - San-
hospitalidade em casa de uma família di- Ao aparecer-lhe diante, para tratar do Prazeres e Vai - Mouraz, 2o$oo; José
mente reconhecida à Virgem Santíssima
da Fátima, diversas gra<;:as que lhe têm
rigida por uma robusta matrona (Isabel Mistério Augusto da Incarnação sau- de Medeiros - Açores, 152S5o; Bento tuário da Fátima, e enviar em letra
O' Sullivan). dou-A dizendo: "Avé (eu Vos saúdo) Ma- Delgado - Luso, 2o$oo; Distribuição em bem legível o nome da estação para
sido concedidas.
-Jaime Dória Brazão Gomes, da Ca- Ainda que ~le pagasse adiantadamen- ria cheia de graça. O Senhor é convosco. Ilhavo, 5o$oo; Abade do Olival - Gaia, onde querem que vá a encomenda.
lheta, Madeira, agradece a Nossa Senhora te a sua pensão da primeira semana, foi Bendita sois Vós entre as mulheres!» go$oo; José Antunes Júnior - Alvaiaze-
recebido com bastante dificuldade. Depois, quando a Virgem se encontra re, 25$oo; Benjamim António Ferreira -
o ter corrido bem uma operação muito
A senhora Isabel e os seus eram todos
II
· perigosa a que teve de sujeitar-se. A con- com a prima Santa Isabel sauda-a esta. Borba, zo$oo; Coronel Sande de Lemos
valescença foi rápida, encontrando-se, protestantes a quem os católicos só ins- "Bendita sois vós entre as mul!-eres e - Lisboa, zo$oo; Amadeu S. de Passos Na Semana Santa haverá no San-
diz, agora completamente boa. piravam desconfiança e despr~zo. Sem o bemdito é o fruto do vosso ventre·1. - Mafra, 15$oo; António D. Canas - tuário da Fátima, um turno de Exer-
- Faustino Lopes dti Sousa, do Olival, saber, era minuciosamente vigiado na sua E o resto lho ajuntou a l t,rt'ja, no de- Mafra, 15$oo; António J. Valente - Ma-
encontrando-se no Brasil, achou-se com conduta. Catanna, u1na filhita ainda bem correr dos tempos. Se os ceus e a terra fra, 1,5Soo; Júlio Ivo- Mafra, 2o$oo; CtClOS Espirituais reservados aos
uma nascida muito perigosa na cara. Diz nova da senhora Isabel, expiava-o mes- se juntam e se é preciw cu., <iecorram Maria S. do Passo - Mafra, 15$oo; Eu· Ex.moo Snrs. Médicos que a êles quei-
serem poucos aqueles que tendo tais nas- mo dura1,te a noite pelas fendas das por- séculos para se pôr o [ecbo a uma prece génia Gomes Pereira - Pemes, 25$oo; ram assistir. Começam no dia 19 de
cidas não morrem com elas, apezar de, re- tas e da casa, que era de madeira. tão pequenina é forçoso que de~:.a longa Abel G. de Freitas - Brasil, 2o$oo; Março, à noite, e terminam no dia
gra geral, serem operados. A sua desapa- O empreiteiro vivia ais do mesmo mo- elaboração tenha saído uma verdadeira Amadeu R. Amado - Brasil, 2o$oo; Jo-
receu em pouco tempo, graça que êle do que em New-Iork: um cristão práti- maravilha. sé Ribeiro - Brasil, 2o$oo; Pedro P. 23 de manhã. A inscrição deve ser
co, completo, sem respeitos humanos. Santiago - Brasil, 2o$oo; Augusto P. feita até ao dia IJ de Março e para
atribuiu a Nossa Senhora a quem pediu
muito desde que notou em si tal flagelo. No retiro do seu quarto começava e • • • Santiago - Brasil, 2o$oo; José Pereira isso os Ex.mo. Snrs. Médicos dirigir-
- Maria do Carmo, de S. Martinho acabava o dia pela oração. Não se punha Canta-lhe a glória, a grandeza e a be· Nobrega - Brasil, 2o$oo; Maria da C. -se-ão ao Ex.mo Sr. Dr. Henrique
do Bispo, agradece duas graças, recebi- à mesa nem a deixava sem se benzer de- leza, dizendo de Maria o que de maior Saraiva - Brasil, 2o$oo; Manuel da
das de Nossa Senhora uma por si e outra votamente. Nos dias de abstin6ncia só se lhe pode atribuir. Silva - Brasil, 2o$oo; Maria S. de Frei- Bernardo Gonçalves- Cem Soldos
por sua filhã. Depois de durante 3 mêses comia alimentos de magro. Os domingos Cheia de graça não num momento mas tas - Brasil, 2o$oo; Domingos Ribeiro -Tomar, ou aos Rey.do. P.• Manuel
estar de cama sem esperança alguma de e dias de preceito, eram para 6le tempo sempre, desde que é. - Brasil, 3o$oo; António J. Pacheco - de Sousa - Reitor do Santuário da
melhorar encontra-se agora quási bem. de repouw. de orações mais longas, de lei- Cheiga da graça porque nela não te- Brasil, Jo$oo; Manuel R. do Vale - Bra- Fátima ou P. • António dos Reis -

---
•••
turas sérias e, quando lá havia sacerdo·
te, ajudava à Missa e recebia a Sagrada
Comunhão.
ve nunca o demónio poder algum.
Cheia de graça porque a graça do Se-
nhor a tem repleta.
sil, 3o$oo; Francisco P. Ferreira - Bra·
si!, 3o$oo; José Teixeira - Brasil, 3o$oo;
José Gonçalves - Brasil, 27$oo; Adriano
Seminário de Leiria.

Missionário sem o saber As maldições blasfematórias tão habi- E dito isto mais não há a dizer pois Ferreira - zo$oo; João J. Felicio - ------~·+-------
tuais nas conversações inglesas, nunca vi- Que uma alma assim chegou aonde po- zo$oo; Manuel Dias - 2o$oo; António Santa Teresa de J esus encontrava-se
Jerry Dinovan não era mais que um nham aos seus lábios. Afável para t6da dia subir. R. Cristovão - 2o$oo; David Artur - em Medina del Campo. Visitavam-na
simples oficial empreiteiro de obras de a gente, ganhava os corações de todos. Os dogmas sucedem-se e permeiam-se Brasil, zo$oo; esmola, em Santos - Bra· muitas pessoas. Dentre estas certo cava·
pedreiro. Desempenhava esta ocupação A família O'Sullivan ia, a pouco e pouco, ao longo dela. si!, 17Soo; Elisio Costa - POrto, 3o$oo; lheiro disse-lhe:
com tanta habilidade, honestidade, e bon- perdendo os seus preconceitos contra os A Imaculada Conceição, a sua realeza Joaquim Manuel - POrto, 2o$oo; Maria -Venho ver-vos, porque me disseram
dade aue os proprietários que queriam católicos e com os que compartilhavam incontestada abaixo de Deus, a sua po- José P.• - Igreja, 2o$oo; Maria S. Bar· que sois formosa, discreta e santa.
fazer a·lguma casa, e os respectivos enge- de sua fé e quando Jerry ia a New-Iorh derosissima intercessão Maternal tudo é riga - Tinalhas, 2o$oo; Maria das Dô-- - Se sou formosa vós o vê-des; se sou
nheiros - todos disputavam o seu auxí- ver a família sentia sinceramente a sua focado, para mais fazer resaltar a gran- res Lopes - FozcOa, zo$oo; Elmina da discreta... não me parece que sou parva;
lio e os operários consideravam-se felizes aus~ncia. deza e glória de Maria, e poder, alfim, Cruz - Madeira, 15o$oo; Ana da C. Ne- se sou santa, a Deus pertence saM-lo.
4 VOZ DA FATIMA
A nós int81'essa-nos de momento ape-
FATIMA À PROVA nas a dos apyessados que julgavam que o
primeiro acto do Prelado e1'a subir ao
Fátima e Lonrdes (Separata da Broté-
ria)- 1931.
Da Pastoral ccA Divina PYov~ncia»
-Os filhos são bons para os ricos.
• • •
Revoltei-me contra aquela poltroneria.
nuar a honrá-los com Sua estima e amor púlpito e proclama1' ccuYbi et orbi» que há além da edição oficial: uma edição aviltante e deante dos cinco, o meu com-
A Autoridade Eclesiástica Paternal. Nossa Senhora realmente aparecua na portuguesa em Macau; uma tradução in- panheiro, a fregnesa, e a pequenita, o-
Na longa ~ v<IStissima Dioc~s~ lU Lis- Prostrados submissa e reverentemente Fátima. glesa edição de Madrasta e de Bombaim. patrão e a mulher que acorrera com in-
boa a Viga1'aria de 0u1'bn, desm~mb1'a­ a Vossos pés imploramos os abaixo as- Ora valha-nos Deus! Augusto de Santa Rita teresse dei largas à minha indignação.
da do bloco da antiga Dioc~s~ de Lú- sinados o perdão de V. Em.cia para as Havia nesta classe gente muito piedosa Poema de Fátima. ccNão sabe quem fêz a guerra?
11 boa mas pouco escla1'8cida e até mes- úopoldo Nunes
ria, e1'a como que a guaYda avançada nossas faltas. mo alguns sacerdotes. Fátima.
Pois vá lá pedir soldados quando da-
da Extremadu1'a média e do Patria1'ca- Que o Céu ouça diàriamente a. prece qui a anos a Alemanha lha declarar de-
que tOCos os dias Lhe dirigimos junto do Foi uma desilusão quando p81'ceberam D. Maria Augusta SaYaiva Viei1'a de novo.
do. que o novo Prelado queYia i1' devagar Campos
Bem conhecida ~m L isboa pela gene- altar e que a bênção de V. Em.cia cáia para ir com segurança.
A Alemanha aumenta continuamente
1'0sidade dos seus filhos, pelo nú~1'0 do sObre êstes filhos que pela última vez A minha peregrinação a Fátima - de população; v~ deminuem.
seu clero tJ pela abuncútncia de vocações, vêm ajoelhar aos pés de V. Em.cia e 1-ei- Era ainda em resposta a essa maneira 1917 (esgotada). A Itália tem cá 1.300.000 homens. A
era tida como uma das mais pYeciosas jar-lhe o sagrado anel como a seu í'rela- de ver, que julgava a demora um pye- D. Maria Feio Saboia está quási ocupada por italianos.
joias e um dos melhoYes pontos de apoio do muito Amado e querido». juíso paya a fé, que, a páginas 5 da sua Romagem de Fátima- 1931. A indústria, o comércio, o operariado é-
paya t6da a acção .,~ligiosa. A saudade da sepayação empana:Ja a céleb1'8 pastoral, escrevia: Em lingua francesa: italiano. Só falta a bandeira.
Podia--se conta' com o cle1'o e os fiéis alegYw. imen-a aa rutauYação da sua dto- Vicomte dd Montelo Você percebe?
cese. cDevemos notar que a Santa. Igre- Dentro em pouco alemães e italianos
dtJ OuYém em qualquer conjuntu1'a. ja nunca tem pressa, especialmente Les grandes merveilles de Fátima -
Po1' ocasião da publicação da úi de • nestes assuntos melindrosos, por 1931. hão-de dizer-lhe se os filhos são precisos.
Separação, porque alguns párocos se evi- • • maiores que sejam as impaciências G. Pizarro S. J. ou• não».
denciaram na Yesistencia a essa lei injus- Notre Dame de Fátima - 1930. E retirei-me enjoado com tudo aquilo.
Era natural, pois, que os cuidados 1'8- dos homens. Era repelente.
ta, foram presos e enviados para o Li- Caminha através dos séculos nu- Révue du Rosairi!JI - ccNotre Dame du
moeiro como quaisqu81' criminosos com~ns. dobYassem e aumentasse a cautela quan- Era apenas um quadro do mundo ho-
dB viu que partel do rebanho estava em ma lentidão majestosa., assistida pe- Rosaire de Fátima».
dierno.
Assim prrnde1'am os Rev.doo P. P. lo Divino Espírito Santo, com a
Faustino Jacinto de Almeida e Abel Ven- fóco. Em italiano: Egoísmo, comodidade, gO~o, p~er
Friam~nte organisou-se um plano e co-
consciência da sua perpétuidade, ou- Le meraviglie di Fátima- 1931. bestial- o materialismo ma.ts grossem>
tura do Céu Faria - aquele, pyior da vindo a todos, tudo apreciando, pa-
Freixeanda e ~ste, ao tempo, prior tU meçou de se pór tlm execução. levantado como norma de vida.
Devagar porque~ a Igreja nunca tem ra resolver confonne as leis sapien- Em espanhol:
Ceissa, e actualmente, de Santa Margari-
da do Arrabal. pressa. tlssimas que lhe deixou o seu Fun- P.• César Femandes • • •
Deus é paciente porque é eterno, diz
dador>. Nuestra Seiiora del Rosario de Fátima. Há três anos numa famllia amiga. Ma-
Da p.,isão, onde foram visitados por - Sus maravillosas apariciones. rido, mulher e duas filhitas encantado-
muitos amigos e espteialmente pelo Ve- Santo Agostinho e a Igreja compaytilha Que queria ir com segurança mostl'a-o
da paciência divina. o jacto seguinte. Em flamengo : ras de vida e de graça.
nerando Sn.,, Dr. Cruz, escrevia um de-
les com tóda a liberdade a Yespeito das A Igreja sabe esp81'ar. Ent1'a1'a em Agosto de 1920. G. Pizarro S. J . Enquanto as pequenas, feitos os cum-
Era preciso porém itwestigar, saber o Passa-si!JI o 1'esto ~sse ano, todo o de Fátima - 1931. primentos, brincavam numa outra sala,
suas declarações: os três iamos recordando pessoas de fa-
«0 que disse foi sempre com muita di- que se pauara. I92I e só a 6 de Maio de I9ez publica a Em alemão:
gnidade, firmeza e sem respeitos hum?Jnos A I9 de Outubro em resposta ao ofí- notável Provisão nomeando uma comis- mília coisas passadas quando, de repente,
Dr. Ludwig Fischer a conversa recai sõbre os filhos.
alguns e ao me.smo tempo sempre com cio do Rev.6o Pároco da Fátima S. Ex.ola são oficialmente encarregada de ouvir Fátima- im Lichte des kirchlicbeo
Rev.ma o Sn1'. AYcebi.spo de Mitilene E a rematá-la, porque iamos almoçar,
1'8speito para tudo e para todos. O que tod8s quantos quizessem depór àcê1'ca dos Autoritãt.
fôr s~Jará esperando em Deus que os nos- oficiava as Rev. Snrs. Arciprestes de Ou- numa delicada intimativa, volto-me para
acontecimentos da Fátima cca favor ou Fátima - Das Portugiesische Lourdes. êles dizendo:
sos inimigos hão de ser confundidos " ro- 1'bn e Porto de Mós e ao Rev.do Prior da contra, na mais ampla liberdade» e apye- P.• Heinrich Wohmaas S. S. C.
lhados». Fátima, pouco mais ou menos nos mes- -Muito bem! Mas .. . sabem? Quere-se
sentar-lhe em seguida o 1'8latório dos seus Fátima. uma casa cheia. Só dois não tem geito.
(Carta de 30 de Maio dtJ. I9II escrita mos t81'mos, mandando recebsr " 1'8me- trabalhos.
-Não os peço nem os :tecaso. Se Deus
do Limoeiro ao Snr. AYcipyeste de Ou- t81' paya Faço PatriaYcal os depoimen- Atrooés das páginas dlllSsa Pastoral, só- Nota. - A Administração encarrega-se
tos que pudessem alcançar s6b1'tJ a Fá- de mandar vir do estranjeiro as obras mos mandar aceito-os, termina a esposa.
rém). bria de expressies mas cheia de sentido, Era a penetração materialista em mui-
Clero e fiéis foYmavam um bloco for- tima. adivinha-se a tranqüila satisfação com aqui anunciadas, sujeitando-se os que as
O do Snr. Vigário da Vara de OuYém pedirem às oscilações do câmbio. tos lares cristãos.
midável que enraivecia os s~us inimigos que pode afirmar (pag 3).
impotentes. único que temos pre;sente é como segue: -Nosso Senhor há-de ajudá-los creia.
cA Auctoridade Eclesiástica tem- Obras publicadas s6bre Fátima com a Um ano depois enflorava-se aquele lar
Quando, presos de súbito e levados a com uma. nova vida e já outra o veiu
corr6r, os padres passavam para a séde -se mantido na expectativa. O Rev. aprovação de S. Ex.• Rev.ma o Sr.
ru.mo e Rev.mo Snr. Bispo de Leiria aumentar.
do Concelho as fregt~esias, como outrora Clero desde o pt1nc1pio absteve-se
de tollla.Í' parte em qualquer mani- Um lar cheio de filhos é a maior ri-
a Igreja de J erusalém em favor de P~­ Para os efeitos convenientes seja V. Visconde de Montelo quesa, a maior honra e glória dos pais
dro, elevavam, com lágrimas, a sua pye- S. R. servido receber, enviando-no-los festação: apenas Ultimamente per- As Grandes Maravilhas de Fátima -
mitimos que houvesse lá uma Missa que a formam.
ctJ ao céu, pelos pastores queridos. depois, os depoimentos do maior núme- 19Z7· Bemditas as esposas que compreendem
Eram dias de luto e de oração. ro possível de pessoas fidedignas que te- rezada e sennão nos dias de grande Fátima, o Paraíso na Terra- 1930.
concorrência popular,. bem e amam deveras a sublime missão
Pelos c~inhos joelhavam os fiéis m~­ nham sido testemunhas presenciais dos A Pérola de Portugal - 1931. de mãe e a ela sacrificam beleza física,
ma linda evocação da dna bíblica à por- factos ocorridos em Fátima no dia 13 do Foi também essa a idtJia qu~ de Sua socêgo e descanso.
ta da Cidade Santa, tantas vezes repyodu- corrente mês de Outubro. Ofício Menor e Novena de Nossa Se-
Ex.•la Rev.m• formou o Sn1'. Dr. Luís nhora da Fátima- 1930 . A mãe só descansa bem ao pé do ber-
.Uda pelas cristãos da pyimeiya idade Deus guarde a V. S. R. Fischer e que exprimiu nas seguintes pa- ço do filho.
diante tlos seus heróicos irmãos na fé Manual do Peregrino da Fátima -
Lisboa e Paço Patriarcal, 19 de Outu- lavYas: 3.• edição - 1931. Ser mãe é ser comparticipante da su-
os mártiYes de tmtão. bro de 1917. Não serei indiscreto se disser que o blime dignidade do Creador pois que aos
A união faz a força! Doutor Luís Fischer
Ill.mo Rev.mo Snr. Vigário da Vara de Bispo Snr. D. José se mostrou, a prin- Fátima a Lourdes Portuguesa (Tradu- pais, Deus os tomou dispensadores· e
Nunca nem a mal nem a bem, se Ourém cípio, bastante reservado relativamente multiplicadores da vida no mundo.
ção de 2.• edição alemã), pelo Rev.do
conseguiu durante êsse periodo agita-
do, organiza' o arrolamento dos bens da
t João Arcebispo de! Mitilene às Aparições da Fátima. E a prova é que Dr. Sebastião da Costa Brites- 1930. Bemditos os pais que, no cumpri-
só dez anos depois das Aparições, em 26 mento dum dever sagrado vão, quando
Igreja, no território da VigaYaria. O papel tem ao alto um sêlo branco de Junho de 1927, a quando da bênção Nota - Estas obras que se encontram preciso, até sacrificar a própria vida pa-
Que eu saiba, foi a única de Po1'tugal! que diz «Patriarcado de Lisboa Secreta- das estações da Via-Sacra, ao longo da à venda na Administração da Voz da ra não sacrificar a do filho!. ..
Tanto podem os fiéis em peryeita união ria Particular». estrada Leiria-Fátima, S. Ex.• ali foi ofi- Fátima -Leiria e que serão enviadas à Vozes do mundo, ídolos de carne, sen-
com os s~s pasto1'8sl .. . • cialmente, pela. primeira vez. (Fátima, a cobrança a quem as pedir, são utilissimas tir de animais tudo se curve ante a di-
~
• • Lourdes Portuguesa, pág. 65). a tOda a gente e indispensáveis a quem gnidade heroica das que morrem por não

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E logo mais abaixo, explicando a acção quiser conhecer de algum modo os factos deixarem ceifar uma vida!
• • Podia o cltJro num mal ente,.pido mo- do Prelado, conclue: da Fátima. São mártires que o Senhor cor&. e que
Sabia-o bem Sua Emi~ncia e po1'isso vimento de zêlo fomentar a crença nas Esta prudente reserva do responsável, pela eternidade fora sentirão a divina
não extranhava que, por fora, a Maço- aparições. perante Roma e o orbe católico, pela evo- beleza, o inefável encanto e a glória
naria e, por dentro, o pyóprio demó-
nio, procuYassem perder aquela terra quá-
Era preciso impedir a todo o transe
um tão gYande inconveniente .
lução dos acontecimentos, corresponde
perfeitamente aos usos da Igreja. SOmen-
FILHOS ... imortal da maternidade!

si sagYada quel fóra outro1'a de Nun' Al- Foi então que, selgundo o Seu próprio te a seqüência dos acontecimentos, os • • •
Era em Lourdes, há cinco anos. Agora a atitude genuinamente cristã,
vares e onde nascera, vivera e morrua testemunho em conv81'sa com o sr. Bis- frutos abundantes de Fátima e, sobretu- Já de noite o campo fechado e dado o
a simpática figuYa de Santa Teresa de Ou- po de úiria, do, a mensagem de Maria ao Bispo por a única que se coaduna com os sentimen-
toque de silêncio profundo, com licença tos de mãi, com os princípiós da ra~o.
rém. intermédio de Jacinta, a mais nova dos do chefe scout, resolvi sair com o meu
~uando leu o ofício do Rev.do Prioy da cSua Eminência o Senhor Cardial ' pastorinhos, consegniram fazer de com ~luzes da fé e com a Vontade San-
amigo Dr. X a cumprimentar no hotel tíssima do Senhor.
Fátima em que sumáriamente lhe dava Patriarca D. António Mendes Belo, S. Ex.• o grande amigo de Fátima. que alguns padres amigos.
conta do que aU se ia passando Sua Emi- que Deus haja, proibiu o Rev. Clero boje é, na sua qualidade de Prelado Dio- Estava a Raínba D. Filipa de Lencas-
Abafava-se com o calor. tre gravemente doente e eram os médi-
nência teve um estremeção de angustiosa de animar e tomar parte em quais- cesano. (Op. cit. Ibidem). Entrar àquela hora numa cervejaria
inc81'te:za. quer manifestações religiosas rela- Ah! sim uma razão ponderosíssima o cos de opinião que só com o sacrifício do
não quisemos. filho se poderia salvar a mãi e, mesmo
·O Seu coração de PoYtuguês e de cm- tivas à Fátima, sábias prescrições levava a um porte à primeira vista. tão E, como a sêde era grande, vá de en-
tão faziam-lhe adivinha' a realidadtl mas que conservámos ainda algum tem- estranho diante dos factos da. Fátima. assim, em dúvida.
trar numa casa de fruta a comer uns ca- Prepararam a droga assassina e apres-
a inteligência e prudente vigildncia do po depois da nossa entrada nêste Queria dizer com verdade e com ra- chos de uvas.
Pastor punham-no de s6breaviso. Bispado,. zão qu só ccdepois de termos estudado tavam-se para lha dar quando a virtuosa
Atráz de nós entrava uma pobre mu- Rainha se volta para El-Rei seu marido
E assim ficqu. atentamente durante dez anos os aconte- lher do povo com uma criancita pela
Que fazer? (Pastoral do Snr. Bispo d'e Leiria «A ci~ntos vimos dar a nossa se:ntença ... , mão. e com nobreza lhe diz assim:
Confiar no bom senso do cle1'0 da Vi- Providência Divina, sôbre o culto de N. (A Divina Providência: pág. 8). ccSenhor! Não queirais que onde eu
-Queres nvas? diz-lhe o meu com- em nenhum caso consentira de ser homi-
gararia? Senhora da Fátima edição oficial pag. Dez anos, dez longos anos se passaram panheiro.
Sim. E podia fazê-lo como vimos. 12). na expectativa. cida agora o queira ser de minha pró-
E, a apagar a alegria daqueles olhi- pria carne.
O cl81'o pagava-lhe com uma estima E durante êsses 10 anos a Providência tos francos e sinceros que aceitaram, a
profundamente sinc81'a o amor que o O Senhor Bispo de Leiria foi suavemente trabalhando o ambiente o mulher não deixou que lhas déssemos. E mais vos digo que, por viver o fi-
lho eu haveria minha morte por bem em-
ilustre Cardial lhe dispensava. o espírito do Prelado de maneira que a -Tem graça. Porque não deixa a pe-
Quando, à restauyaçã0 da Diocese de Uma vez entrado na posse da diocese, verdade emergisse clara e insofismável. pregada, e quando a Deus aprouver,
que ansiosa o esperava, S. Ex.ci& Rev.ma quena comer uvas? com o filho morra a mãi, mormente que
Lei1'ia e1 entrega à jurisdição do novo Mas, após êsses 10 anos, não foi ain- -Fazem-lhe mal.
Prelado, o clero se teve de despedir de teve de defrontar o estudo do mais in- da sem uma nova moção do alto que se Deus é poderoso para a ambos dar vida.
teressante e transcendental problema 1'8- abalançou a dar a sentença tão ansiosa- -Qual? I Não acredito. se sua mercê fôr ... »
Sua Emi~ncia, não o fez secamente. Olhe eu sou médico.
O cle1'o da VigaYaria todo 1'8Unido en- ligioso do nosso tempo el da nossa terra. mente esperada. . E entendeu El-rei seu bom e santo
Que atitude tomou o Prelado? · Tenho já quatro filhos e dou-lhes fru- propósito; lançou em terra o xarope que
viou-lhe uma mensagem nos seguintes ter-
mos: A prutUncia que sempye o caracterisa- rasO e nome da Fátima galgara as frontei- ta todos os dias.
voara de nação em nação.
na mão tinha para lhe dar a beber e
ra quando simples padre tinha agoya um -Quatro filhos?!. .. - pregunta a mu- mandou... pelo precioso lenho da cruz ...
Em.mo e Rev.mo Senhor Chegou a Roma. E Roma fez enten- lherzita com espanto.
magnífico campo onde se e;xercer. d er que desejava uma solução. e aprouve a Deus que ao cabo de dias a
De jacto a primeira impressão de con- -Sim e espero mais. Rainha houve mui bom e seguro parto».
Só então a solução veio. -Ui! Santo Deus.
Os abaixo assinados, párocos e mais tacto com a questão da Fátima foi má. E assim ficámos devendo ao heroismo
Não se pode n a verdade dizer que a -A propósito. Porque será que aqui
clero da Vigararia de Ourém sentindo O aspecto Yude de Lúcia a única vi- Fátima foi uma invenção do clero ... » dessa mulher, grande Rainha e grande
apróximar o dia em que devem separar- dente que conhecera, ceYtas contradições em Lourdes se vêem tão poucas crian- mãi a vida preciosíssima que os médicos
(A Divina Providência , pág. 12). ças?... Fomos hoje a Gavarnie. Gostá-
-se de V. Em.cla Rev.ma, em virtude da aparentes, o ridículo que à primei1'a vista queriam ceifar, a vida do Infante Santo.
restauração da Diocese de Leiria, a que aprestlntavam certos factos e ditos, a ga- Um observador mos imenso. Pelo caminho e lá muitas Praza a Deus que do lar e do Matri-
hoje pertencem, vêm respeitosamente de- t~dncia de alguns possuidores dd terrenos crianças por tôda a parte. Eram um en- mónio, todas as esposas que não que-
clarar a V. Em.cia que não é sem intenso do sítio onde se de1'a a aparição, uma ~~~~,.~~~~~99 canto... Aqui não. rem ser monstras se resolvam a colher
desgosto e viva saudade que se separam tal ou qual semelhança do que se conta- Porquê?... não só fáceis rosas mas também os
do seu Amantíssimo Prelado de quem va com outras aparições antigas, o pulu- ALGUMAS OBRAS PUBLICADAS SOBRE FUIMl • • • espinhos que exigem por vezes duros sa-
sempre têm recebido eloquentes provas lar por ess~ tempo de falsas aparições tJ A mulher cala-se e entra em cêna o ~rifícios, mas que Deus cor&. sempre
de paternal estima e muita consideração visões através de todo 0 PoYtugal, a res- Em Português: dono da casa um bazulaque para quem com a Sua protecção!
sem que para isso tenham merecimentos ponsabilidade t1'8menda duma decisão in- Visconde! de Montelo a beleza da vida e a grandeza das ideias Que elas saibam ser mães e sentir que
próprios. tempestiva, o vazio parecer dos seus co- Os episódios maravilhosos de Fátima se mediam pelo diâmetro do bôjo. tOda a glória lhes vem dos filhos a quem
Ao clero e mais fiéis d esta Vigararia legas no Episcopado tudo obrigava o Sn1'. - 1921 (esgotado). Encostado a uma cantareira respon- por Deus e para Deus tiverem dado a
tem V. Em.cla Rev.ma sempre e em tOda. D. José AlvtJs Co1'1'eia da Silva a proce- Os acontecimentos de Fátima - 1923 deu cinicamente: vida e a educação!
a parte feito as melhores referências sen- der com muita circunspecção. (esgotado) . -Os filhos não são precisos. Dezembro de 1931.
do porisso maior o nosso profundo reco- Todos, embora com vária intenção, se Dr. Gonçalo de Almeida Ga1'rett Uma série de argumentos morais, hu-
nhecimento para com V. Eminência. preguntavam: «Que fará o Snr. Bi.spo?ll Fátima. - A miraculosa nuvem de fu- manos e patrióticos que o meu compa- Galamba de Oliveira
Vai V. Em.oia desligar os signatários Em volta da Fátima já a esse tempo mo- 1922 (esgotado). nheiro e eu descarregamos sôbre o ho-
de Sua jurisdição Prelatícia mas esperam ( 5 de Agosto de I920) se haviam forma- P.• Dr. foaquim da Silva Tava1'Bs S. J. mem obteve num sorriso bestial uma fra- Este número foi visado pela Comissão
os mesmos que V. Em.•la se diKDe conti- do as clássicas categoYias de pessoas. da Academia das Ciências de Lisboa. se semelhante: de Censura.
Ano X Leiria, 13 de Março de 1932 N. 0 114

COM APROVAÇAO ECLEIIASTICA

Dlreotor • Proprietários Dr. Manuel Marqutt doa Santos 1 Emprtsa Editoras Tip. "Unllo Gralfioa,. T. do Despaoho, 1&-Lisboa 1 Administrador. P. António doa Rele 1 Redaotlo o Admlniatraqlo• " leminirio de Leiria,.

-cRóNICA DE FATIMA
13 DE FEVEREIRO

Celebraram-se bastantes missas. Ao O tradutor é o rev.do Rafael Cesar Fer- Jogo do livro encarecendo as vantagens manifestavam o desejo de conhecer Nossa
Sob o manto da Padroeira meio-dia e meia-hora, realizada a procis- nandes, religioso da benemérita Ordem da devoção ao Santo Rosário, tão reco- Senhora de Fátima, a uLourdes portu-
Três lustros são passados depois que o são da Virgem, um capelão do Santuá- dos Padres Prêgadores e membro do cor- mendada pela Santíssima Virgem nos guesa».
relâmpago precursor das celestes apari-
rio celebrou a missa oficial, que foi acom- po redactorial da conhecida revista uEI santuários de Lourdes, Pompeia e Fáti- •
ções da Virgem bemdita inundou de cau- panhada a harmónium e cânticos em que Santíssimo Rosario». ma, que êle considera os mais célebres
dais de luz suavíssima os páramos deser- tomou parte tôda a assistência. Ao evan- Escreveu um breve prefácio expressa- santuários Marianos de todo o mundo nos A uRevista paroquial de Nossa Senho-
tos e áridos da Lourdes Portuguesa. gelho subiu ao púlpito o rev. 4 ° Francisco mente para a tradução o rev.do Pauhno tempos modernos. ra da Boa Nova», de Paris, Le Sentier
Desde então, a gloriosa terra de Santa Vieira da Rosa, pároco de Alvavos, que Alvarez, da mesma Ordem. no seu número 54 correspondente ao mês
Maria, saindo do profundo letargo em que fez a respectiva homilia, falando duran-
te cêrca de vinte minutos. Depois da mis-
O rev.clo Fernandes dedica o seu traba-
lho «a la buena memoria do P. Fr. Be-
Fátima em França de Janeiro do corrente ano, inicia uma sé-
rie de artigos àcêrca de Fátima devidos à
jazia havia quási cem anos, sem esperan-
ça de humano remédio, foi caminhando, sa rezou-se o terço e, exposto solenemen- nito :Mateos, O. P., primer apóstol de Na · magnifica revista 11Notre Dame» pena magistral do rev.do P.• Richard, vi-
com passos seguros e firmes, numa mar- te o Santíssimo Sacramento, deu-se a Fátima en nuestra querida Patria». um distinto jornalista que se encobre com gário da freguesia do mesmo nome e es-
cha verdadeiramente prodigiosa, até à bênção aos doentes e a todo o povo, que, O prefaciador, depois de se referir às o pseudónimo de Max Roub publicou critor e jornalista de vasta e sólida cul-
fase presente de intensa vitalidade e pu- à estação da missa, era mais numeroso aparições de Fátima e de lamentar que um estudo pormenorizado sôbre os acon- tura.
jança religiosa de que numerosos ç con- do que no dia treze dos últimos três mê- não seja ainda conhecida em Espanha tecimentos de Fátima. O grande diário O primeiro artigo é precedido duma
soladores episódios são ao mesmo tempo ses. como devia sê-lo essa obra da Onipotên- católico de Paris <<La Croixn, nos seus gravura que representa uma rapariga tu-
o sintoma e o expoente. berculosa amparada por um servo e uma
Não foi debalde que a Rainha do Céu serva de Nossa Senhora do Rosário e su-
baixou à Cova da Iria e pousou os seus bitamente curada no dia 13 de Outubro
pés virginais na copa da azinheira sagra- de 1931 no momento em que recebia a
da. bênção do Santíssimo Sacramento.
Aos humildes videntes, surprezos e em- O ilustre autor descreve a traços largos
bevecidos perante a Visão de celestial be- a visita que fez ao Santuário de Fátima
leza, fez avisos e deu conselhos, em coló- num Domingo do mês de Julho de 1931,
quios divinos da mais encantadora sim- traduzindo em termos da mais íntima
plicidade e do mais elevado alcance. comoção e do mais vivo entusiásmo as
A palavra da misteriosa Aparição, gal- f~ndas impressões que essa visita produ-
gando os espaços, chegou a breve trecho ziu na sua alma sacerdotal.
aos confins de Portugal e o seu eco, doce O artigo, que vai transcrito em verná-
como uma esperança, mavioso como uma culo noutro lugar do presente número da
promessa, foi ouvido com alegria e alvo- «Voz da Fátiman, é dedicado, como diz
roço nos quatro cantos do mundo. o rev.do P.e Richard, «a Sua Excelência
Basta volver um olhar retrospectivo s6- Reverendíssima o Senhor D. José Alves
bre a situação religiosa do nosso país an- Correia da Silva, l3ispo de Leiria, o di-
tes das aparições e cotejá-la COII! o seu gno Pastor a quem a Virgem do San~
estado actuâl para se conhecer desde Jo- simo Rosário de Fátima confiou os des-
go a mudança profunda, radical, operada tinos do seu novo Santuário>>.
na sociedade portuguesa, em cujo seio O douto articulista conclui prometen-
existe hoje uma ~lite católica mais satu- do que, se aprouver a Deus, em artigos
rada de espírito cristão, mais esclareci- subsequentes falará novamente de Fáti-
da e fervorosa na sua piedade, mais uni- ma-«Fátima, terra da Hóstia que resplan-
da entre si e mais perfeitamente sujeita dece, Fátima, terra da legenda dourada
à hierarquia. (porque êste nome era o duma princeza
A-pesar da tremenda crise religiosa, mo- moura), Fátima, terra de intensas recor-
ra] e económica em que o mundo presen- dações históricas, Fátima, terra das apa-
temente se debate, provocando a instabi- rições da Bela Senhora luminosa, terra
lidade das instituições politicas e sociais de maravilhas e de bênçãos.
e agitando e convulsionando os povos,
Portugal, a nação fideUssima, terra de
Santa Maria, olha com serenidade o futu-
Fátima na Alemanha
ro, pondo uma confiança inabalável e ili- Com a devida vénia reproduz-se a se-
mitada no poder e na bondade da sua guinte carta do director da Fátima-Ver-
excelsa Padroeira que, vindo a Fátima, lag de Bamberg para o venerando PreJa.-
mais uma vez o protegeu e salvou. do de Leiria:
Bamberg, I de Fevereiro de 1932.
Os actos oficiais do dia 13 Ex.mo e Rev.mo Sr. Bispo de Leiria.
O dia treze de Fevereiro apresentou-se Por intermédio do rev.do dr. Luís Fis-'
frio, agreste e chuvoso. Durante grande Regresso da Imagem de N. Senhora da Igreja em construção à Capela dali Aparições, em Outubro de 1931. cher recebi uma Imagem de Nossa Senho-
parte da manhã, um vento áspero e Ao centro veem·se os Ex.m•• Prelados de Macau, de Leiria e de Beja. ra da Fátima com uma dedicatória de V.
cortante, que sibilava furioso por entre as Ex.cl& Rev.ma. Por esta prova de bon-
gargantas da serra, trouxe consigo gros- dade venho manifestar a V. Ex.cta o
Por fim, efectuou-se a procissão do cia de Deus e da bondade maternal da números de 6 a 14 de Novembro findo, meu mais profundo agradecimento.
sas bátegas de água que inundava as es- adeus, tendo a formosa estátua da Vir- Virgem, realisada, não a mil léguas de reproduz em roda-pé, dando-lhe assim um A dita Imagem ocupará na minha ca-
tradas e regelava os corpos.· Às dez ho- gem de Fátima sido levada processional- distância, mas a quatro passos da frontei- especial relêvo, êsse esplêndido trabalho, sa o lugar de honra, a-fim-de ter sempre
ras, pouco mais ou menos, a chuva im-
mente aos hombros das servas de Nossa ra espanhola, escreve: verdadeira joia literária tão valiosa pelo presente a bondade de V. Ex.cta para co-
pertinente deixou de cair, o céu desanu-
Senhora do Rosário para a capela das «Correm aos milhares os nossos com- fundo com pela forma. migo.
viou-se quási. por completo e o sol, com
aparições. patriotas a caminho de França para vêr O belo estudo de Max Roub que' bem Até boje nada me tem sido possível fa-
os seus raios pálidos e levemente tépidos,
com a sua ténue poalha dourada, ilumi- e venerar a Virgem de Lourdes e não vai merece ser reimpresso em separata, tem zer na Alemanha em prol de Nossa Se-
sequer uma alma à vizinha Fátima a por título «Fátima, a Lourdes portugue-
nou as manifestações de fé e piedade que
se realizaram no local das aparições.
Fátima em Espanha prostrar-se aos pés da Virgem Portugue- san e ocupa-se, em breves mas numerosos
nhora da Fátima. O que está feito é de-
vido única e exclusivamente à activida-
Como de costume, os homens aproxi- Acaba de sair à luz da publicidade sa, porque França é França ... e Portu- capítulos, das aparições, dos videntes, dos de extraordinária do dr. Fischer.
maram-se em grande número do tribunal em Vergara, Espanha, a tradução do gal é Portugal. .. ainda que uma Virgem interrogatórios dos videntes, da atitude Em todo o caso, para juntar ao pou-
da Penitência. opúsculo «Notre-Dame de Fátima», pu- não seja mais digna de veneração do que da autoridade religiosa perante os acon- co que tenho feito, prometo, para o futu-
As comunhões. de pessoas de ambos blicado em francês por iniciativa da «Ru- a outran. tecimentos, das grandes peregrinações ro, trabalhar com redrobrada actividade
os sexos, elevaram-se a algumas centenas. vue du Rosaire», dos Padres Dominica- Faz votos por que, lendo o livro do das cerimónias oficiais dos dias treze e nesse sentido. Mas para isso peço a V.
S6 as primeiras filas de bancadas do nos de S. Maximino. (Var). rev.d• Fernandes, os católicos espanhóis da influência crescente de Fátima sôbre a Ex.•la Rev.ma a sua bênção para que
Pavilhão estavam ocupadas por doentes, ~ uma explêndida brochura de 88 pá- se resolvam a ir em peregrinação ao Jo- vida religiosa em Portugal. «La Croixn Deus proteja a Fátima-Verlag a-fim-de
que tinham sido prêviamente observados ginas, nitidamente impressa em ótimo gar que a august:a Mãe de Deus se dignou viu-se obrigada a transcrevê-lo nas suas que ela possa cumprir a missão que se
e inscritos no registo do Pôsto das verifi- papel e ilustrada com numerosas e ma- escolher para a santificação dos povos. colunas, mercê da pressão exercida sObre propõe.
cações médicas. gníficas gravuras de página. O ilustre prefáciador conclui o pró- ela por muitos dos seus leitores que lhe Meixner
2 VOZ DA FATIMA
ças obtidas pela. intercessão da mila-
Fátima na lndia
0 importante mensário The Catholic Re-
grosa Senhora.
A colónia portuguesa do Ceará a.ca-
ba de oferecer uma bela estátua da Se-
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA •
Duas graças
Peço a fineza. de publicar duas graças
de Nossa Senhora que prometi fazer publi-
gister, que vê a luz da publicidade em nhora da Fátima para a. sumptuosa
Tétano I que desejava agradecer o melbor possí- car na Voz da Fátima se me fossem con-
S. Tomé de Meliapor. insere nos seus igreja de Cristo-Uei, acabada de l'Ons- vel. Como posso tào pouco, peço a todos cedidas. Estando meu sobrinho, António
números de Abril e Maio do ano findo truir pelos Jesuítas portuguêses na ci- Em Agosto de 1930, tendo minha mãi. os bons leitores da Voz da Fátima uma Gregório Neves, aluno da Faculdade de
Jongos artigos sôbre os acontecimentos Idade de Fortaleza. Placidia do Amaral Espinho, de 52 anos «Avé Marian a Nossa Senhora em acção Medicina de Lisboa, muito doente com
de _Fátima. Neles. f~z a de~rição porme- Da rorre:spondência particular -de um de idade, dado uma queda no quintal, fe- de graças por êste beneficio que me con- febre tifoide, na altura em que ali se en-
nor:zada das a~ançoes da VIrgem do Ro- Padre brasileiro da Companhia de Je- riu-se, espetando um gravêto na costa da cedeu. contrava em estado muito grave, com
;;Ano, repr~uzmdo e~ grande parte. os sus, residente no Santuário do oagm- mão direita. A-pesar-de se lbe terem Lubango vómitos incessantes, recorremos confia-
mterrogatónos dos videntes. Os artigos do Coração em Santos transc.-en•PJ'lS prestado todos O!' socorros e desinfeções dos no poder de Nossa Senhora da Fátima
estào subordinados às seguintes epfgra- com a devida vénia a ~guinte not1~ia: que nestes casos se aplicam, isto não im- Angela do Amaral Candeizeiro
que por intermédio da miraculosa água
fes respectivamente: «As aparições de uNão é para se passar em silêncio pediu que o ferimento agravasse. Não da Fátima nos concedeu a grande graça
Nossa Senhora do Rosário aos três pasto- um facto que muito nos consolou Le- obstante ter dores horríveis, e a incha- Tifo e pneumonia de o melborar ficando competamente
rinhos em Fátiman e uAs aparições de vantaram na Catedral um altar cm ção ser tanta, que nem mal podia mo- bom.
Nossa Senhora do Rosário em Fátima», honra de Nossa Senhora da Fátima. Venho agradecer à Virgem Nossa Se-
ver os dedos, nada nos fazia prever as tris- nhora da Fátima a cura duma febre ti- Recebi uma outra graça que foi conce-
ocupando o do número de Abril cinco co- A pet!SOa que ofereceu a estátua. t~vc tes conseqüências que podiam advir do dida a minha mãi, Amélia de Jesus Si-
tunas e o do número de l\'laio quatro co- a feliz ideia de pedir que a r•rocis- nosso deplorável descuido em mandar foide que me obrigou a estar 7 sema-
nas no h()l;pital. Tive também uma pneu- m~: em março foi acometida de um for-
lunas em tipo miudo. ~ste útimo artigo são que devia. levar Ma.ria Santíssima ch~mar ~ médico, po~ supormos que não tíssimo ataque cardíaco, tào forte que por
é ilustrado com o retrato dos videntes e
com três gravuras que representam o ma-
I
para o seu novo trôno de misericórdias, sena cotsa de gravidade. Continuámos
saísse do Santuário. Na véspera com ' sempre com os tratamentos e saragens
monia.
Senti-me muitas vezes 'tào mal que três vezes esteve prestes a expirar.
me parecia, a cada instante, que a mor- Julgando-a às portas da Eternidade re-
ravilhoso fenómeno solar de treze de Ou- efeito, para cá 'eiu Maria SantÍssima. três vezes por dia, até que passados 15 corri à Virgem, confiada no seu grande
tubro predito pela Rainha do Céu e pre-
senciado por cêrca de setenta mil pessoas I
sobre rico andor, passar por assim di- dias, numa das saragens, deitou uma far-
zer a noite, carregando-se de tesoiros pa de 2°m de comprimento sentindo-se
te me tirava a vida. Pedi à Virgem que
me desse a saúde e ela ouviu a minha I
poder, dando-lbe a beber a milagrnsa
água de Nossa Senhora da Fátima, e as
de tôdas as classes e condições sociais e que ao depois haverá de derramar, ti- muito aliviada das dores terríveis que prece e concedeu-me essa graça tào gran-
de. melhoras não se fizeram esperar; entre
de todos os pontos do pafs. ra.dos do Cora.ção de seu bemdito Fi- até entào tivera. três dias estava em convalescença tendo
As fotografias do sol. que The Catlwlic lho, sôbre a cidade de Santos. No dia. Como prometi, agradeço à Virgem Se-
nhora da Fátima estas e muitas outras ela todos os sintomas de morta. Graças
Register reproduz, ao contrário do que seguinte às 4 horas, com~ou a desfilar à minha querida Mãi do Céu pela gran-
diz o articulista, não foram tiradas no a imponente procissão, vindo no fim graças que dela tenho recebido.
Agradeço também muito reconhecida a de ventura de conceder a preciosa vida
dia treze de Outubro de 1917. mas só a. Mãe das Misericórdias aos ombros à minha boa mãi da terra.
alguns anos mais tarde, num dia treze, dos nossos Congregados, vestidos todos cura do meu irmão Manuel Ferreira da
em que o fenómeno se repetiu. como ai- em traje de rigor, orgulhosos por tão Silva. Moledo--Reguengo-Grande.
gumas vezes tem sucedido. grande honra, entoando hinos e cân- Maria da Glória Ferreira
Helena de jesus Simões Neves
ticos e formando batalhão compacto em
Visconde de Montelo redor da sua cele::.-tial Raínhan . Cura de um entrévado Apendicite
Bem hajam os que assim sabem atraír
----4·+-- - - para a Nac;ão irmã tantas bençãos da
Meu marido, Manuel Apolinário Fer-
reira e Silva, em 1926, nas meus braços
Em 1925 descobriu-se que uma prima
Mãe Comum de todos nós e do nosso minha tinha uma apendicite em estado
FÃTIMA NA ITÃLIA amável Jesus.
e nos de um homem que nos levou no seu
automóvel, das Caldas da Raínha, onde
perigoso. Os médicos diziam que tinha
de ser operada. Sujeitou-se então à ope-
Sobranceiro a. Gubbio, num dos ri- estava a fazer tratamento, pois estava
dentes montes que lhe servem de di~ FATIMA EM ANGRA DO HE- completamente tolhido, entrou na peque-
ração e eu recorri a Nossa Senhora da Fá-
tima prometendo, se ela se curasse, ir
dema, ergue-se num tundo verdejante nina Capela das aparições em Fátima.
o. anr.igo convento de S . J'erónimo, ou- ROISMO Depois de uma pequena súplica, mas
com ela de joelbos. aos pés de Nossa Se-
nhora visitá-la e rezar o terço. Graças
trora. centro das lides missionárias de cheia da fé ardente daquelas oca-
Foi em novembro de h.a três anos, à ?>:fãi Santíssima, minha prima agora
S. Leonardo de Porto Maurício. Foi siões, de lá saiu perfeitamente bom, e
que o atual Senhor Bispo de Angra, está completamente boa. Minha promes-
naquêle remanso de paz que os alunos graças à puríssima Virgem, já lá vão 5
l) . Guilherme Augusto, benzeu, na sa já foi cumprida. Já lá vai muito tem-
do Colégio .Português de Roma. passa- anos, sem ter tido a mais pequena
ram as térias do último verao. Como Igreja da Misericórdia, uma linda Im~ ameaça de tào grande mal. Peço-lhe que
po e a saúde de minha prima é boa, gra-
gem de Nossa Senhora da Fátima, des- ças a Nossa Senhora da Fátima que sem-
lembrança. da primeira. festa lá celebra.- publique no seu jornal êste facto. men-
tmada à Sé de Angra., adquirida pelo pre nos atende nas nossas súplicas.
da a 13 de Outubro, ficou na. igreja de cionando os nossos nomes, pois não de-
S, Jerónimo um belo quadro da Senho- Rev. 0 Pároco da Sé, por subscrição vemos deixar ignorados os milagres que Campêlos- Tôrres-Vedras
ra da l<'átima. Foi quanto bastou para abei-ta. entre pessôas amigas. Nossa Senhora com a sua grande carida-
Em seguida à benção, foi a Imagem Gertrudes de Jesus Faustino
que um grupo de fervorosas senhoras de e poder, se digna fazer aos pobres
cQDduzida processionalmente para. a. Sé,
da Acção Católica. de Gu~bio irma.n~
das com os peregrinos da Cova da Iria, acompanhada pelo clero da cidade, se-
pecadores I! Túmor
se lembrassem de orwanizar mensalmen- minaristas, e muito pôvo, que depois Mangualde No dia 10 de Outubro, encontrei-me
encheu, litera.lm.ente, o ·vasto Templo Placid ia do Amaral Espinho :Mario Emilia Silva
te no dia. 13, nma devota peregrinação com muita febre e na parte onde há um
da. Sé, onde houve missa. e ser mao pe-
àquele santuário.
.Ãcêrca da última, assim escrevia pa·
lo Rev.0 Pároco. l>'las nessa noite, como já nas outras Graças diversas ano havia sido operada pela 2.a vez, co-
mecei a sentir imensas dores. Chamei o
Já antes a devoção à Virgem da. Fá- anteriores, por diversas vezes, sentira Em 1927 vi-me numa aflição muito
ra o (;olégio Português a. Snr.• Lúcia. médico, constatou novo tumor, que era
tima, se começava. a. espalhar, pelas al- grandes contrações no braço lesado, a grande; e como não encontrasse solução
Sm.a.cchi, alma de apóstolo e devotíssi- necessário extrair por meio duma ope-
mas crentes, por meio de notícias de ponto de ficar quási num arco, e na ma- possível recorri cheia de fé a Nossa Se-
ma da Senhora da J.!'átima: ração daí a dois dias. Cheia de dores, gri-
jornais, sobretudo pela uVoz da. Fáti- nhã seguinte, tinha os queixos muito pre- nhora, e no dia seguinte vi realizados
uHoje, 13 de J aneiro, tenho grande ma.» sos, a ponto de mal poder falar, por tando tôda a noite, encomendei-me com
prazer em comunicar-lhe que a fes- os meus desejos. fervor a Nossa Senhora da Fátima e pro-
Mas uma nova era de Fé e amôr, se ter também a língua muito inchada. Cha- Mais tarde tendo uma pessoa de famí-
ta religiosa. no monte de S. Jerónimo, meti publicar esta graça se não fôsse ne-
a.bria. nos corações dos angrenses e mámos o médico, que ao examinar a lia com uma doença na garganta e re-
em honra da querida Senhora. da J!'áti- cessária intervenção cirúrgica. Nossa Se-
mesmo em tôda. a. ilha, com essa. nova. doente, declarou estar atacada do c<té- ceando um caso grave, pois estava sofren-
ma, se pôde realizar devotamente com nhora ouviu as minhas súplicas e na ma-
lmagem da Santíssima. Virgem, que, tanon. Imediatamente mandou à farmá- do muito, recorri cheia de fé a Nossa Se-
plena ratisfa.ção de todos os que nela. drugada que o médico devia vir, abriu-
na Sé de Angra ia. ocupar lugar no cia. buscar uma injeção de sôro auti-te- nhora da Fátima implorando as suas me-
toma.ra.m parte. Até ontem, 12, o tem- -se de repente um buraco no lugar do tu-
a.lta.r que era da. Virgem do Rosário, tónico, e aplicou-lha, prescrevendo o tra- lhoras e principiei uma novena; a-pesar
po deixa.v.a.-nos na incerteza de poder mor e todo o meu mal desapareceu. O
junto ao alta.r do Santíssimo, e peran- tamento a seguir. No dia seguinte veiu de ser grande pecadora Nossa Senhora
efectuar-se a piedosa romagem, porisso médico, avisado, ficou surpreendido, e
nãQ se fez publicação oficial como da. te os quais se confundiriam as súplicaa aplicar-lbe nova dose. mas como o mal ouviu-me, pois o doente melborou repen-
a. Jesus e a Ma.ria Santíssima. progredia tomando-lbe parte do corpo, dentro dum mês fiquei radicalmente cu-
''ez passada em que a. neve e o gêlo tinamente, causando surpreza a todos, rada. Venho boje cheia de reconhecimen-
vieram a desiludir-nos; m.as limitámo- Em todos os dias há sempre uma. con- verificou que as injeções a aplicar tinham até ao próprio médico que não esperava
corrência de fiéis a. orarem perante os de ser mais enérgicas, pois que estas já to agradecer a Nossa Senhora a graça que
-nos .a. convites sob condição, à.s pes- melhoras tào rápidas, pois um abcesso me alcançou.
soas mais intimas e devotas que acudi- dois altares. não debelariam o mal. que estava na garganta desapareceu com-
No dia treze de ca.da. mês a conror- Sem esperanças nenhumas o médico as- G. A. -Rua de Cedofeita. 205. Porto.
ram de boa. vontade ao nosso apêlo em pletamente. Venho, pois, agradecer a
rência é sempre muito numerosa. desde sistente. empregou todos os esforços ao
número de 35. Nossa Senhora estas e outras muitas gra- Agradecimento
Tôdas, tirando uma ou duas, recebe- o alvorecêr do dia. até à noite. ÁS co- seu alcance, injectando 4 ampolas de ca- ças que me tem dispensado, e pedir-lbe
ram a Sagrada Comunhão com muito munhões nesse dia contam-se por cen- da vez. a ver se atenuava o mal. que a minha fé aumente dia a dia pelas
tenas. Falhados os recursos da ciência ape- José Moreira Fernandes, solteiro, apren-
recolhimento. Às 1 1/2 começaram-se as
orações da manhã, como usamos fazer I ÀB oito e meia há missa no altar da nas nos restavam os do Céu.
graças que me dispensa. diz de serralheiro, de Abrantes, quando
n• Oratório de S. Domingos, seguindo-
-se a. recitação do Rosário de 15 mis-
Virgem, aplicada pelos doentes que,
pessoalmente, se recomendam, ou por
É foi então quando vi minha mãi per-
dida, sem que nada podessemos fazer pa-
Lisboa.
Elisa Miranda
trabalhava na sua oficina, saltou-lhe um
pedaço de ferro para o olho direito, fi-
cando de tal forma maguado que tôdas as
intermédio de a.l!Ulém foram recomen- ra a salvação de tão horrorosa enfenhida-
téri<>s, intercalados com a oração ensi-
nada. pela Senhora. Celebrou a. seguir dados às ·nossa5 orações junto da Irna.- de, de que só por um milagre podia es- Hemoptises pessoas e a própria enfermeira do hospi-
gem de Nossa. Senhora. da. F~tima. capar a uma morte tào cruel, que com o tal de Abrantes, onde recebeu o primeiro
a Santa. Missa. o Rev. P. Luiz Cencet- Júlio Domingues, de 41 anos, casado,
ti, na ausencia. em Aquila, por motivo De, t!lrde há sempre devoçao, cqm ~ I coração dilacerado pela mais pungente do lugar de A-do-Borbas, freguesia de
curativo. receava que perdesse a vista!
Santu;s;m~ Sacramento exposto,. pratl- das amarguras. caí de joelhos aos pés A mãi do sinistrado, no meio da sua
de prég~ do Rev.mo Snr. Cónego 1\fuceira (Leiria) estando dois anos a so- aflição, invocou Nossa Senhora da Fáti-
Origenes Rogari. ca e canhcos pelas crea.nças e povo. de l\'laria. implorando com todo o fervor frer dos pulmões. com hemoptises, can- ma, e em tào boa hora o fez que o seu
Ao fim da Missa, o Sacerdote leu as Que para. esta .ter~1 • chamad!l' des- dum coração amantíssimo de filha que sado de tomar medicamentos deixou-os; filho ficou completamente curado e sem
três orações da Novena, cantou as la- de o se~ alvorocer, • .lJ!l& Te~ceU"a de pede a vida de sua mãi, oferecendo a sua recorreu mais tarde a Nossa Senhora e o menor defeito na vista. Prometeu man-
lainhas e deu a. bênção. Encerrou-se a Jesus Cnsto, a. Sa~t1ssuna VU"gem al- em troca. para que a salvasse e não a no mês de Junho último começou a dar publicar esta graça no jornal a uVoz
cerimónia com o canto do hino da Se- cance de Deus, mu1~ graç~s para. as lavasse duma maneira tào cruel. achar-se melhor. Agora encontra-se bem da Fátiman, que vem cumprir e desde
nhora. almas, e .a. saude tão suspuada para E no auge da aflição recorri a todos os e vem agradecer a Nossa Senhora.
tantos a.fhtos que a Elia recorrem. santos da Côrte Celeste suplicando-lhes já muito agradece.
o altar estava. bem preparado e a.
que juntassem as suas e minhas petições,
igrejinha. asseada. Eu mesma lá tinha.
ido três vezes com um seminarista a
P. Eduardo de Sou3a Marque$ para, junto do trono da Raínha dos Céus,
Febre intestinal Maria do Carmo Moreira

dispor e arranjar tudo. Coloquei o qua.-


dro da Senhora. numa. peanha. doirada
e mandei vir de Perúgia jarras para
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-~~~--
terem mais valimento os meus rogos.
A todos rezava. A todos pedia. E cada
gemido que ouvia, eram outros tantos
José de Mendonça Elias e sua mulber,
Maria Elena Elias, veem agradecer a
Nossa Senhora da Fátima a cura de seu
Doença nervosa
Como prometi à nossa boa mãi do Céu.
flôres. Porisso o altar dava. um belo AVIS O punhais a atravessarem-me o Í>eito, e mais filhinho, l\'lateus José Elias, de 21 mê- venho cumprir a minha promessa, e oxa-
efeito. ainda redobrava de fervor nas minhas ses de idade, que esteve quási morto com lá que o meu humilde agradecimento pos-
Constando-nos que se fazem subs-
preces, até que exausta de forças, che- febres intestinais, e hoje. graças a Deus sa fazer palpitar de cincero e ardente
guei a perder a noção de tudo o que me e à Mãi Santíssima, está curado. amor a Deus, o coração de todos os que
Voltarei lá tôdas as semanas a reno- crições a favor do Santuário de Fá- cercava; tal era a minha angustiai Que lerem, pelas esmolas contínuas que do
var as belas flores do alta.r. Esperamos horas amargas passei! Amparada porém Conceição - Faro - Algarve. Céu recebemos sem que sejamos merece-
assim poder repetir cada. mês, no dia tima, albergue, etc. estamos autori- por amigas dedicadíssimas, que me incu- fosé de Mendonça Elias dores. Durante um a.no sofri duma doen-
13, a querida. festa, até à volta do Co- sados a declarar que o Santuário tiam coragem, cheia de fé na misericór- ça que os médicos classificavam de ner-
légio. dia daquela que é a Saúde dos enfer- vosa, mas a que os medicamentos nunca
Estou preparando um estandarte pa.- nunca as promoveu nem delas toma mos, ia-lbe misturando em todos os re-
Graça particular davam completo alivio; eram umas afron-
~a a. procissão que espero organizar no a responsabilidade. médios e nos alimentos que ingeria, água Peço o favor de publicar um beneficio tas. um desassocêgo tal que tinha mo-
Dom1ngo 13 de Março na. qual também de Nossa Senhora da Fátima, na qual era dispensado por Nossa Senhora à minha mentos que parecia perder a vida. o que
tomará parte o Oratório." Até aqui a. As ofertas que os devotos oferecem fervida também todos os dias a seringa irmã, nêste ano, curando-a duma mui- me fazia gemer e chorar de dor aos pés
dedicada cronista de Gubbio. Nossa Se- voluntàriamente são empregadas nas para a injeção. to grave doença que a acometeu. Seu no- da minha Santa Mãe da Céu, pois tinha
nhora. da Fátima deixe caír sôbre ela e A SS. Virgem fez-nos passar por uma me é Antónia Duarte. Peço confiadamente, um filhinho de ~ anos e esperava outra
sôbre as suas cooperadoras da. nobre ca.u- obras e no culto de Nossa Senhora. provação bem dolorosa. querendo expe- para ser publicada esta grata notícia, pa- crianças em breves tempos. Nos momen·
sa da Acção Católica as bençàos mais rimentar até onde chegava a nossa fé, ra maior honra e glória da Nossa Mãi do tos de mais angústia, graças a Deus, era
eleitas do seu coração de Mãe e Raí- e atendendo às centenas de preces que se Céu, e aumento de fé nestes sítios. Eu é o meu maior consolo e fé a minha Vir-
nh.a. dirigiam ao Céu por intermédio de tan- que sou testemunha do que ela sofreu, gem Santíssima da Fátima, mas não sen-
FÃTIMA NOBRASIL Os que dos próprios bens derem a Cris- tas almas boas que, condoídas da nossa sendo visitada por médicos de Bombar- tia melhoras e via aproximar-se a. altura
to nos seus pobres, receberão abundantls- aflição, pediam também o prolongamen· ral. Caldas da Rainha e até um de Lis- do nascimento da criança sem quási ter
E consolador o incremento que vai sima recompensa do Senhor quando vier to desta vida tão preciosa. boa, e nenhum poude dar-lhe alivio. Re- fôrças para andar. Porém, oh dita do
tomando em terras de Santa Cruz a Graças à Virgem Santíssima, que aten- correu à SS. Virgem da Fátima, e logo Céu I deu-me Deus a esmola duma filhi-
a julgar o mundo. Os que assim não pro- nha que na maior tranqüilidade veio ao
devoção à celeste Senhora da Fátima. deu tantos pedidos, o mal desapareceu se sentiu melhor, e por fim curada.
A importante revista. uMaria." orgão cederem serão castigados. e hoje está completamente bem como até mundo e que logo entreguei à proteção
Columbeira (Oeste).
ao momento em que deu a queda. :e gran- da Santíssima Virgem Senhora da Fátima
das Congregações marianas, no Norte
do Brasil regista freqüentemente gra- (S. Mat., XXV 34.) I de a minha giatidão a Nossa Senhora e P.• Marcelino Notário que é sua Madrinha e cujo nome tem. Sen-
VOZ DA FATIMA 3

tia-me muito feliz com os meus queridos «Não se pretende combater a Igreja••, trina cristd na igreja da .Assunção, da ros estranjeiros, 65$oo; Distribuição em do Rosário da Fátima, mas nêsse dia. de-
filhos, mas o meu mal-estar continuava mas volta-se à guerra aberta, à viola- cidade de V era-Cruz. Arganil, 35$oo; Maria da Rocha - Odi- sapareceu o fundamento da dúvida, vis-
em parte, até que fiz uma promessa à Mãe ção infame da liberdade, à opressão da Não podia ser inais bem escolhida a. velas, 17S5o; Distribuição em Carvoeira, to que o Ex.m• Senhor Bispo de Leiria
Santíssima, àquela que junto de Deus tu- consciência dum povo inteiro», ao qu.U ocasião para exaltar a Igreja de J esus 32S5o; Joaquim Pereira - Rio de Moi- publicou uma Pastoral permitindo oficial-
<lo pode. Hoje, encontrando-me bem, ve- se procura arrancar à viva fôrça. o que Cristo, fundada sôbre o sangue de nhos, {Les~e) 2o$oo; Francisco Teodosio mente o culto de Nossa Senhora da Fá-
nho cumprir a minha promessa, agradecen- êle tem de mais caro. «Depois de r.dn- tantos mártiree, vítimas do mesmo 6dio - Santarém, 20$oo; Maria Gonçalves tima.
tas promessas e declarações oficiais de que vós tendes a Deus e a sua Igreja. - Porto, uoSoo; M.• Cunha Pio - Al- Portanto Nossa Senhora da Fátima. ofi-
do publicamente a Nossa Senhora da Fá-
tima as graças que me dispensou e pro- tolerânc1a e liberdade, depois do céle- ... ... ... ... ...... ............. ......... garve, 22$50; Plácido Pinho - Brasil, cialmente não tem a. invocação do Ro-
2o$oo; Maria Délivrande - A.frica Oci- sário.
testar perante todos quantos estas linhas bre ctMod:us vivendi» de 1929, que ccago..
Sr. Tejeda; Vera-Uruz foi ensopada dental, 18$50; M.• Borges - A-dos-Cu- ~ certo que o vemos nas suas imagens.
lerem que sempre a quero amar e servir, ra. se rasga oamo um simples bocado de
no sangue de m!irtires, e êste, ha-de nhados {Oeste), 3oSoo; Maria. August\ Mas não acontece o mesmo com as ima-
ensinando quanto possível os meus filhi- pa.pelu, sem respeito algum pela pala-
trut1ticar para que resplandeçam a Baldo - América, 5o$oo; Igreja de Cas- gens de Nossa Senhora de Lourdes, cu-
lhos na santa escola dos dois grandes vra. dada nem pela honra dos contra-
Verdade e a J ustit,:.a ; e para que a Re- cais - Cascais. 2o$oo; Maria do Carmo ja invocação ninguém até hoje con.Wn-
amores- o de Jesus e o de Maria. tos, volta--se de. novo à aplicação rigo-
ligião, regada com o sangue dos dois Pires - POrto, 15$00; Rosalina Tinoco diu com a do Rosário?
rosa das injustas como ímpias e wc~
Idanha-a-Nova. marLires, tloresça ainda mais viçosa - POrto, 2o$oo; Maria da Conceição Portanto a. estátua, que António quere
leoas di.!posiçii~:s da tristemente. céle-
Maria Balbina nesta minha amada Diocese. Freitas - Açores. 2o$oo; Maria Constan- oferecer, pode ser exposta à veneração
bre. Vonshtuição de 1917, que, além de
outras prescrições oontrárias à doutri- Nunca, oomo hoje, deseJei mais que tina Soares - Açores, 2o$oo; Maria do dos fiéis, roas sómente depois de se ter
Deus me conserve a. hda para seguir,
Graças diversas na católica, desconhece a Hierarquia Pal>SO a passo, a subida do meu Reden- Carmo Machado - Açores, 15Soo; P.• obtido a licença exigida pelo c. 272 do
Eclestástica, declara (U igrejas PTQ.- Evaristo Gouvêa - Açores, 12oSoo; João C.P. P.».
-António Vaz Rato, de Alter do Chão, priedo.de elo Estado, atribuindo tam- tor para. o <:c.lvário. No entanto, pela Batista - Brasil, 15Soo; José Lusitano ~~~9~~~~~
agradece a Nossa Senhora uma graça que bt7n ao& governadore& dos Estados o di- forma. mais solene, perante todos os ha.- - Brasil, 15$oo; António Português -
bitantes da nossa República e do mun-
lhe alcançou para si e para seu filho Ma- retto de regularem a seu talante a acti-
nuel. do inteiro, em tõda a parte onde ea-
Brasil, 15Soo; Sá Pinto - Brasil, 15Soo; Sonho de uma mãi
vuiade dos sacerelotes católicos,, Q.bri- ta minha mensagem for conhE!Cida, eu José das Pedras - Brasil, 15Soo; Bene-
-Matilde Costa de Oliveira, de Ama- gando-os a dar os se.u& nomes à au.- dito Pellegini - Brasil, 15$oo; Rosali-
rante, agradece a Nossa Senhora graças toriàade civil jazendo-se inscrever fliUm me com_prometo a apresentar-se p8!;80al- na. Simões - Brasil, 15$oo; Albino R.
«Puro entre os puros»
temporais e espirituais que por sua inter- registo especial - o 'registo civil elo 1 mente díante de vós para. que me tireis Júnior - Brasil, 15Soo; António Portela ccPuro entre os puros, tal é o desejo
cessão alcançou. a VIda, se em troca vos comprometeis
cLero; e isto, noth-se, não com fins de a. deixar ao meu povo católico o livre - Trófa, 275Soo; Leonor Branco - Amé- que forma o meu coração inclinado s6-
-Delmira da Cruz Sousa, de Vila No- recensamento ou estatísticau, mas pa- rica, 31$50; Maria Viegas Dias - Amé- bre o berço de meu filho nesta noite de
va de Gaia, pede que pela ccVoz da Fá- ra que o poder civil podasse escolher à exercício da sua Fé e poupardes o san- rica, 15$oo; Margarida Martins - Dou- inverno.
gue dos meus queridos sacerdotes fi do
tima» se agradeçam a Nossa Senhora as vontade os mini.stl-os do culto, ~m ro, 2o$oo; M.• Queiroz de Lima - Ma- ccO meu filho, o meu menino, 110mo es-
graças que dela recebeu. meu amado pov0.11
qualquer intervenção da Igreja. tozinhos, 2o$oo; Maria de Magalhães - ta palavra é d6ce à minha boca e ainda
- Ilda Simões, de Mafra, pede que se E, como se estas determinações ainda ••• •·• ••• •·• ••• LisboJ., 15Soo; Esmola na Cova da Iria. mais ao meu coração de mãe!
pubHque a cura que Nossa Senhora al- n ão bastassem, o Parlamento acaba de 2o$oo; P.• Francisco Nunes - Setúbal, Contemplando o azul d~stes olhos qU4
cançou para o Pai de uma sua amiga. Es- votar uma lei segundo a qual não po- 1oo$oo; Felisbela. Loureiro--Nelas, 2o$oo; fazem lembrar o firmamento acima du-
ta Senhora pede uma oração para alcan- derão continuar abertas ao culto senão • J osé A. Cesar - Rezende, 2o$oo; Distri- ma paisagem, esta boca encarnada w-
çar a conversão dum pecador de sua fa- 25 igrejas na cidade e no distrito fede- Uomo desafronta das vi&ênci.oa que buição em Manteigas, u5Soo; Margarida mo uma rosa, estas covinhas encantado-
milia. ral do México, que conta 1.300.000 ha- sotre injustamente nesta. hora a. .cons.- Vieira - Feira, 15Soo; P.• Domingos e res que se desfazem em sorrisos, esta fron-
-Maria da Purificação Godinho, orfa- bitantes. ciência católica do povo mexicano, não três assinantes - Guimarães, 5oioo; Mar- te tão pura que não foi ainda empanada
nato de N. Senhora do J\.filagres, agradece Determina outrosim que sõmente vin- deixará a cVoz da Fátima.n de unir garida Gomes - Aviz, 15Soo; P.• Ba- nem pelos cuidados nem pelo pecado, eu
muito a. Nossa Senhora o ter-lhe dado te e vinco sacerdotes - escolhidos sem- também ? seu protesto ,aos clamores silio Morgado - Penacova, 2o$oo; An- ponho-me, a sonhar tempo esquecido:
grandes sofrimentos agradecendo também pre pela autorida-de civil, sem inter- que de tõda a p~ se _levan~, pro- dré Braga- Braga, 15Soo; Maria da Cu- (creio que é permetido a uma mãe sonhar
a fOrça que lhe alcançou para os supor- venç-..lo alguma, nem respeito pela testando contra a tua.ru.a. sootána que nha Matos - Beira Baixa, 2o$oo· Maria junto do berço de seu filho! ... )
tar com alegria. Hierarquia Eclesiástica.- possam exer- ~t~ oprimindo. não só a. liberdad~ ~ 1da Conceição Machado - Monção' 2o$oo; No entanto ~ste sonho é freqü~ntemen­
-Palmira Ribeiro Lopes, de Monte Es- cer o sagrado ministério e só na Igreja hgH~sa., mas até enxovalhand-o a proptla M.a Costa Husso--Cabeço de Vide, 25Soo; te interrompido. O· menino solicita uma
toril, agradece a cura de Ida Lousada, de que a cada um for determinada pelo -dLg.nidade humana dos nossos irmãos Francisco Gomes - Mafra 2o$oo· Maria caricia ou reclama alimento em altos gri-
Lisboa, cuja saúde muito recomendou a govêrno. Conseqüentemente ~()() sacer- católicos do Mé~co. 1da DOres Chantre - Cabo. Verde,' r5Soo; tos. Dou-lho da melhor vontade mas ain-
Nossa Senhora. Hoje não sofre, favor que dotes ficarão pro\bick>s de ~rcitar E, enqua.~to .nao c~~~a a hora do r~ João Sanches de Freitas - Oeiras, :;:;5Soo; da de melhor vontade lhe ofereceria o ali-
vem agradecer. qualquer actividad& pastoral· serão fe- gate e da )USttça, dir~1amos todos, ~m- Maria Corrêa - Companhia do Douro, mento da alma, o leite espiritual que fi·
-Maria P.a da Cunha, R. das Janelas chadas cêrca de 200 igrejas: Em fôr- dos pelo mesmo sentrmento ~ solida- 2oSoo· Francisca Marques - Benavente zesse déle um santo.
Verdes, 88-Lisboa, agradece uma graça ça de tais disposições, um único 118.- riedade cristã, as nossas preces fervo- 2oSoo: Ana da Costa - POrto 2o$oo: Tem uns mlses apenas e já esboça o
temporal concedida por Nossa Senhora da cerdote e uma. •Ó igreja hão-de l;ar.t<tr ro:.as a. Nossa Senhora do Rosário de p • ~lvador do Prado - Matra' 4o$oo: sinal da redenção, talvez dum modo pou-
Fátima a uma pessoa da sua família. para as necessidades relig'l.lsas de .>l• :••.)) ~,áti.Ina:; _para que Ela, como a~ilio
-Luís Augusto P.• Dias, aluno do Se- habitantes.
p:e António Calabote - Alcácer' do Sal: co litúrgico mas (ou estarei eu iludida?)
dos cnstaos e consoladora dos a.flitos, 2oSoo; Ana Rodrigues _ LagOa, 2o$oo; convicto.
minário do Lamego. agradece a Nossa Se- Convém advertir que noutros Esta,- f~a chegar bem depressa. essa hora de Sára Oliveira - Paiol, 2o$oo; Luisa de Junta as suas mãosinhas rechonchudas
nhora a cura dum incómodo grave na dos da Confederaçãd Mexicana a liber- liberdade e. de paz,. que s~rá ao mesmo Almeida - Paiol, 2o$oo; Albertina J. AI- e balbucia com a sua voz angélica, esta
garganta que se não desaparecesse ràpi- dade de culto tem sofrido restrições se- tempo glóna e trm~o de Cristo-Rei. buquerquc - Lisboa, 15$00; Adelaide oração tão agradável ao Sagrado Cora-
damente lhe causaria grande transtorno. melhantes e nao menos arbitrárias, Dias Cardeal - 2o$oo; Joaquim Manuel ção de J esus: ccJajus, abençoae o Papá>~.
Com a intercessão de Nossa Senhora tal pois em alguns dêles, e a-pesar-do ccMo-
incómodo passou dum dia para o outro. àus vivenáiu, a que aludimos, não s6
-Maria. Teresa da Silva, de Leiria, não conseguiram os Bispos reentrar nas
agradece a cura duma infecção geral no suas Dioceses, mas nem sequer foi po~ VOZ DA FATIMA
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de Sequeira - Brasil, 5oSoo. Com os dedinhos, passados primeiro
pela boquinha em flor, envia um beiji-
nho a esse ccJajus, que o menino supõe
sível restabelecer o culto público. estar ali perto, invisível, a olhá-lo aten-
corpo motivada pela picada duma silva. Obras publicadas sõbre Fátima oom a tamente.
Os remédios não me curavam. diz ela, No Estado de V-era-Cruz, onde a per- DESPE IAS aprovaçao de S. Ex.cla Rev.- o Snr. Depois cresce.
mas curou-me o poder de Nossa Senhora. seguição tem sido mais violenta e por- Transporte ... Bispo de Leiria Daqui a alguns mAses o bébé saberá o
-José do Rêgo Barbosa e Estefania fiada, os sacerdotes têm sido fusilados Papel comp. e impr. do Padre Nosso. Ensino-lhe a saudar a m~
Amélia Barbosa, de Ponta Delgada. Aço- uns, e exilados o.u tros; de modo que n.• II3 {61.000 ex.): ..... Visconde de Montelo do Céu: ccAvé Maria, cheia de graça .. ...
res, agradecem a cura de sua filhinha naquele Estado já. o culto público se Franquias, embalagens, trans- As Grandes Maravilhas de Fátima. - Aos quatro, se Deus quizer, já há-de sa..
Maria da Fátima, que esteve quási mor- encontra suspenso e o povo privado de
tôda. e qu.alquer assistência religiosa.
portes, etc. 1927. ber o creao.
ta por falta de alimento, falta motivada Na administração em Leiria Já quatro anos! Como o tempo pas-
por uma doença que atacando sua mãe a No Estado de Chiapas foi estabeleci- Fátima o Paraiso na Terra - 1930.
sa!
impediu de aleitar sua filha. Agora, mãe do um sacerdote para 40.000 fiéis. Total ... ... 321.288$59 A Pérola de Portugal - 1931.
O menino vai cresctntdo. Já folheia wm
e filha encontram-se cm óptimas condi- No de Yucatan hão-de bastar 9 sa- Ofício Menor e Novena de Nossa Se- todo o interesse a Bíblia em imagens, sa-
ções de saúde, graça que, cheios de re- cerdotes para. 360.000 habitantes. Etc. nhora da Fátima - 1930.
Donativos desde 15.00 be já uns rudimentos de catecismo.
conhecimento, agradecem a Nossa Senho- etc. Manual do Peregrino da Fátima - 3.•
ra da Fátima. • Amélia L. Alves - América, 2 dolares; Levo-o muitas vues à igreja e Ale não
-Maria dos Anjos Pereira, S. Miguel, • • Conceição Moura- Rio Tinto, 15$oo; edição - 1931 . se cança de preguntar: o bom j esus está
escondido atrás daquela porta pequenini-
Açores, agradece a Nossa Senhora a sua Maria Maiato - Castelo de Vide, 4o$oo; Doutor Luis Fischer
Ora quem não vê que tais atitudes Azilo dos Cegos-Castelo de Vide, 55Soo; nha? Ele ouve-me, Ele está a vér-meí'
cura e a dum seu filho, agradecendo tam- e disposições vão directamente contra Fátima a Lourdes Portuguesa {Tradu- - Sim, meu filho, J esus vA-te, ouve-
bém uma graça particular muito impor- a constit.üição divina da lgreja, ferin- Maria Fialho - Peniche, 15$oo; Distri-
ção de 2.• edição alemã), pelo Rev.do Dr. te e abençoa-te tanto mais quanto me-
tante que Nossa Senhora lhe alcançou. buição em Vila. Franca de Xira, 2o$oo;
do-a nos seus direitos mais essenciais? Distribuição em Moledo, 3oSoo; Maria de Sebastião da Costa Brites - 1930. lhor tu f6res. Tu has-de ser sempre mui-
E sendo assim, cla.ro está que oe Bis- Penalva - Lisboa, 2o$oo; António Sala- to amiguinho dEle, não é verdade? De
----+·+---- pos mex1canos não podiam deixar de zar - Bragança. 2o$oo; Carminda Tei- todo o teu coração?
protestar e repelir indigna<Ws tão in- xeira - Montalegre, 2o$oo; Julie Fabre Nota - Estas obras que se encontram -Oh! sim, mamã.
RECOMEÇA A PERSEGUIÇÃO JUstas como sacrílegas vexações da. collll- à venda da Administração da Voz da Fá-
- França. 28$30; Maria Garcia - Bicas, tima - Leiria e que serão eviadas à co- Aos seis ou sete anos o Joãosinho ( cha-
ciência católica. no seu pa.ís.
RELIGIOSA NO MÉXICO 2o$oo; Rosária de Magalhães - Porto, brança a quem as pedir, são utillssimas ma-se João como o Precursor S. foão Ba..
E certo, que esta atitude não deixa-
2o$oo; J osé Nunes - Cadaval, 15Soo; a tôda a gente e indispensáveis a quem ptista) fará a sua primeira comunhão.
rá talvez de exasperar ainda mais a Preparo-o para ~sse grande acto com
Georgina Ramos - Azurara, ~oSoo; Ma- quiser conhecer de algum modo os factos
Novos Mártires audácia dos partidos extremos, que nas tóda a minha alma.
suas maquinações satânicas não têm riana Júlia - Açores, 2o$oo; Mariana. da Fátima.
.Machado - Açores, 15$oo; Maria Olím- Faz já uns belos sacrificiosinhos, pois
Não vão longe ainda os últimos ecos outro fim em vista senão a descristia.- pia - Porto, 15Soo; Ermida da Fátima. ~~·~i~~1~i~~~~9 que, querubim ainda, a sua mãe lhe ensi-
da perseguiçã{) violenta e brutal, mo- nização completa do pobro México, dês- - Açores, goSoo; Clara Leandro - Aço- nou a servir-se contra si mesmo da arma
vida pela crueldade de Calles contra se belo país bem digno de melhor sorte. res, 2o$oo; Maria Virgínia - Açores, Sôbre o culto de Nossa Senhora da mcrtificação. Preparo assim a sua fe-
os católicos do México, e já naquela in- Mas não importa; porque os católicos 15Soo; P.• Virgínia Lopes-Açores, 15Soo; licidade no futuro . E qU4 só a alma for-
feliz República se está desencadeando mexicanos, sejam êles sacerdotes ou lei- Emilia Rêgo - Rio de Janeiro, 25Soo; da Fátima 1emente temperada. rude para consigq
mais uma tempestade de ódios, tiranias gos, que durante três anos souberam Conceição Batista - Rio de Janeiro, mesma, será feliz e serena no meio das
e opressões sem número espezinhando defender tão galhardamente o tesoiro 25Soo; l\faria Barros Alexandre - :Mal- De a ccAcção Católica.,, boletim da Ar- provas.
impunemente os interê~s mais legíti- I d_a su~ fé contra as violências de Calles, veira, 15Soo; Maria Rosa Cunhal - Co- quidiocese de Braga. Fevereiro de 1932 T6das as minhas instruções e exorta-
mos, os direitos mais sagrados de tan- 1la estão p~ontos outra vez a dar o ?a~­ ruche, 2o$oo; Alzira Vieira - Viseu, n. 0 2, pag. 89, transcrevemos com a. de- ções no momento da Comunhão e no se-
tos milhões de almas cujo único crime gue e a. .Vl~ na defesa dos seus direl- 2o$oo; Delfina Cortez - Porto, 2o$oo; vida vénia a seguinte consulta e respecti- guinte, que éle conservará gravado no
é professarem a fé e a doutrina de re- tos de cnstãos e soldados de Cristo-Rei. Distribuição em Ovar, 18o$oo; P.• Carlos va resposta, que em casos idênticos livra- fundo do seu coração e qU4 tantas vezes
denção, de paz e de justiça que o Fi-
• de Antas - Funchal, 75Soo; Felicidade rá de dúvidas e embaraços os Rev.moo Pá- lho tenho repetido são estas: «jesus que
lho de Deus veio ensinar aos homens.
• • de Jesus - Lago, 2o$oo; José Malheiro rocos que porventura não tiverem bem tu vais receber, ama-te com um amor
- Madeira, 2o$oo; José Camilo - Via- presente a legislação relativa a tal con- imenso, um amor maior que o da tua mãe-
• • • Invicta coragem e generosa oblação na do Castelo, 2o$oo; António Martins· & sulta. sinha qU4 tanto te quer, maior que o do

ccNão se pretende, dizem, combater


a religião, nem fazer guerra à Igreja
I de s·
U.Dl ISpO
Irmão - Carrozelas, 2o$oo; P.• Raul Ca-
macho - China, 25Soo; José l\facbado -
Açores, 25Soo; Francisco Camacho--Aço-
Sôbre Nossa Senhora da Fátima
papá, o do avó, de t6da a gente.
Em troca Ele quer qU4 tu lhe dAs to-
do o teu coração. Oferece-lhO e nada te-
C'lat6lica, mas só acabar de uma vez res, 25Soo; Bernardo de Figueiredo-R. P . ) «António deseja oferecer uma ima- mas senão desgostá-lO e ofendA-lO.
para sempre com o fanatismo••· S. Ex.• Mons. Guizar Valem:ia, Bispo
I
Sim, não se pretenderá combater a de Vera-Cruz, irá até ofereoer a sua
Igreja; mas, entretanto, nós vemos própria cabeça. para que a trôco da sua
de
Rio
Janeiro,
de
15$oo;
Janeiro,
D.
15Soo;
Sebastião
Constança
Cunha-
Barro-
gem
ser
de Nossa Senhora da Fátima para
exposta à veneração dos fiéis na
A maior das desgraças, a úxica mes-
lll.Í- mo, é ofender a Deus ... J oão fixa-me com
os seus lindos olhos azues por onde pas-
que em pleno século XX se repetem vida seja garantido aos cidadãos cató- ca - Rio de Janeiro, 15Soo; Constança nha Igreja. Mas, como há nela. uma ima- sa um clarão de gravidade. João com-
mais uma. vez no México as bárbaras licos o direito de praticarem livremen- Machado - Rio de Janeiro, 15$oo; Edi- gem de Nossa Senhora do Rosário, com preendeu.
th de Barros - Rio de Janeiro, 15Soo; confraria canónicamente erecta, desejo
cenas de perseguição, que assinalaram te a sua fé e religião.
os prime~ros séculos do cristianismo. Citaremos apenas algumas das pas- Elisa Castro - Rio de Janeiro, 15$oo; saber se posso aceitá-la ou não.

A luta anti-religiosa aumenta. de dia sagens mai.s comoventes da carta que Evelina Silva - Rio de Janeiro, 15$oo; (De um pároco da Diocese de Portalegre)
• •
para dia na imprensa, nos comícios, êste grand~ Bispo dirigiu ao Ga~erna,­ Hortencia da Silva - São Paulo, 15Soo; R.) ~ proibido colocar na mesma Igre- O sonho segue .
no próprio Parlamento. Os atentados dor de Vera-Cruz, em da.ta, de 25-7- Hugo da Silva - Rio de J aneiro, 15$oo; ja e a fortiori no mesmo altar duas ima- O meu filho tem agora dez anos. O pai
e violências, reais ou pessoais, pode di- -1931, após as barbaridades cometidaa P.• José Nunes - Rio de Janeiro, 15Soo; gens do mesmo Santo ou de Nossa Senho- quere que ~le vá para o colégio (e talvez
zer-se que estão na ordem do dia. ln- naquele Estado contra os católicolt---58.- Leonor Pinto - Rio de Janeiro, 15$oo; ra sob a mesma invocação {S. C. dos Ri- tenha razão).
cendeiam-se os templos, lançam-se bom- cerdotes e leigos. Rita Liberato - Rio de Janeiro, 15$oo; tos, 20 de Maio 1890, n.• 3732) . . Vai aprender portug'lds, inglAs, francAs,
bas em muitas igrejas e até em casas ccRecebi pelo telefone a triste notí- Sára de Castro - Rio de Janeiro, 15Soo; Ora a Senhora do Rosário e a Senhora latim, matemática e tantas outras wisas
particulares de familias católicas q•,e cia de que, em virtude da lei tirânica. Distribuição em Feira, 5o$oo; M.• Pon- da Fátima não são a mesma invocação. de que eu pouco ou- nada sei.
desaprovam a política antireligii)B.l do que V. Ex.• está disposto a aplicar tinho - Viana do Castelo, 2o$oo; Dis- Até ao dia 13 de Outubro de 1930 ain- A esta ideia senti o meu coração aper-
Govêrno. Assassinam-se barbaramente contra a Igreja. e por motivo de ordens tribuição em Castelo de Neiva, 62$5o; da se podia ter a dúvida que atormenta tado. O meu filho longe de mim, longe
os sacerdotes depois de terem lant;a~ expre&&<U 110&&118, doi& dos meus queri- Lucinda Guerra - Tras-os-Montes, 2o$oo; o Rev. Consulente, porque nas conver- da sua mãezinha! Não posso, é um suri-
do contra êl~, e até contra o Vigário dos &acerdotes /oram as&<Usinodoa na Celestina Cesar - Elvas 15Soo; Serafim sas, nos púlpitos e na imprensa Nos- ficio demasiadamente duro . No entanto o
de Cristo, as mais vergonhosaa calú- I presença de !.000 criançaa no momen.- de Matos - Coruche, 15Soo; P.• José da sa Senhora da Fátima era invocada ou meu marido exige-o. E verdade que esco-
nias. to em qu.e 8le& lhes enainavam a dou.- Costa - Porto, 1oo$oo; Venda de dinhei- designada sob o titulo de Nossa Stmhora lhemos um colégio excelente, onde, com
4 VOZ DA FATIMA
uma instrução sólida se dá também uma Seria a existência destas duas particu- vir, êsse nome uma e mil vezes bemdito,
educação cristã. Alguns professores são laridades - centro do país e aridez do soará como um canto maguffico de triun-
aU sacerdotes. João pode escrever t6das solo--que determinou a Mãe de Deus a fa-
as semanas e depressa veem as /irias pa- zer aqui as suas aparições de 13 de maio
ra ~18 se retemperar junto da família, no a 13 de outubro de 1917?
fo em honra de Jesus-Hóstia, como um
hino celeste de gratidão e de amor para
com a Augusta Rainha do Santíssimo
FATIMA APROVA
afecto dos seus. Respirará alguns dias ~ um segrê<lo de Deus. Rosário». IV cimentos da Fátima; sob o nervosismo-
junto do s8u papá (quando o papá puder Mas o que ~ certo é que as orações (ali- E mui recentemente numa carta data- das notícias da guerra t1 das dificuldades
aten~-lo. livre de outras ocupações,) jun- resadas) fizeram jorrar água cristalina em da de Leiria (Portugal) em 2 de Janeiro internas a Fátima era o assunto obriga-
to de sua mãe, d8 seus irmão.1inhos e dt1 abundância; o que é certo é que na ho- de 1932, dirigida ao cronista destas li- Ainda o Clero do de t6das as conversas.
E porisso que os artigos publicados a
s11as irmãnzinhas, já em número respt~itá­ ra actual (actualmente, presentemente, ,ho- nhas, o próprio Bispo diocesano escrevia
vel. je em dia) a aridez de milhares de almas esta frase... encantadora: o movimento r6 e 17 de Outubro qu~trem «assentar al-
Nos artigos anteriores vimos a atitu- gumas ideias» pa1'a «niio deixar que a
Contar-nos-á então os seus progressos se transformou em floração de vida cris- da Fátima continua sempre com maior de do Pároco da Fátima e restante clero
escolares, os seus jogos que encherá dt1 tã. E a maior maravilha da Fátima é grandeza assim como com maior piedade. da Vigararia e da Autoridade Eclesiás- opinião se desvaire».
tmtustasmo os irmãos mais novos dir- que êsses milhares de almas que volta- ~ uma insigne graça que a Virgem Nossa
Admite M plena possibilidade do mi-
tica. lagre>> mas quere provas. E em abono-
me-á que, segundo a sua promessa, tem ram a ser cristãs ou se afervoraram mais Mãe se digua conceder-nos, chamando Hoje par-a encerrarmos o nosso estudo
t6da a confiança em seu director espiri- no Divino Amor - deixaram-se conduzir tantas almas a Jesus no Sacramento» ... s6bre a Fátima nesta primeira parte que da sua atitude aduz o procedimento da
tual a quem diz tudo, que comunga fre- pela mão da Mãe do Céu até junto do em português «~cramentado» termo su- se refere ao clero veremos como procede- Igreja nestes casos IJ particular-mente no
qíi8ntes vezes, muitas vezes, todos os Divino Filho, Cristo Eucarlstico. Hóstia blime pela qual a lingua do Camões ex- ram os eclesiásticos de fóra da Vigararia caso de Lour-des.
dws! Ora comungando ~le todos os dias que irradia salvação. prime a presença real, na Hóstia, do Fi- de Ourém. Contra o que viu na Fátima e depois
(como eu me sinto feliz) o meu filho ~ste é que é o fruto da Fátima. lbs de Deus feito Homem.
de referir que observara num outro dia
E claro que não podemos hoje sem um um fenómeno semelhante ao verificado
será um santo, o meu coração tem a cer- E que dizer das impressionantes cênas ~ste particípio - sacramentado - re- trabalho qUll as nossas ocupações nos não
teza disso. miraculosas operadas no momento da sume só por si (que riqueza nesta pala- permitem faz8r uma investigação pes-
no dia• 13, na Fátima, diz:
• bênção do s.s.mo Sacramento? vra única!) todo o dógrna da vinda de soal de sacerdote em sacerdote. <<Eliminado pois o único facto extraor-
• • Mas não nos antececipemos. Jesus pelas palavras sacramentais, tran- Os poucos documentos qUll temos à
dinário, que fica?
uPor ora as afirmações de tr~s crian-
No auge. substanciando o pão, de que não fica se- mão irão basear as nossas considerações
• ças. e mais nada.
Qe~inze anos: O meu filho tem quinze • não as aparências. e fornecem preciosas indicações . «E muito pouco»
anos, a idade do despontar das paixões. Entre mil assinalamos aqui duas esta-
Com bastante inquietação minha desco- Eu nunca esquocerei a estranha co- tísticas do «facto da Fátima» Entre o «Continuemos pois na expectativa be-
bri núvens na sua fronttl aU aqui tão pu-
ra. Fala menos. O seu humor tornou-st1
I
moção que senti quando pude verificar.- mês de agesto de 1927 e dezembro de
que digo? palpar êste facto eucari~co 1929, as comunhões distribuídas foram:
Padres e seminaristas névola SIJ quiserem, mas nada mais».
E no segundo artigo para resolver dú-
um pouco caprichoso, zanga-se algumas por ocasião da chegada duma peregnna- 1.240:000. vidas qu~t haviam surgido:
Er-a em 13 d~ Setembro de 1917. As uOra que dissemos nós àcdrca do caso-
vezes. Ontem bateu rudemente na irmã- ção à Cova da Iria. E notemos imediatamente que êste nú- férias grandes iam terminar dentro em
zinha Rosa que lhe jazia meiguices. Era um domingo do mês de julho de mero representa sõmeote as comunhões da Fátima?
breve e nós, os seminaristas de então, «Que nós, obscuro autor destas linhas,
O meu filho! Ah! meu Deus! ter-se-la 1931. Logo de madrugada, alguns pere- feitas no dia 13 de cada mês! dia de gran- não queriamos dt1 fórma alguma voltar
Altl afastado do caminho da virtudtli' Os grinos isolados tinham vindo animar a de peregrinação segundo o desejo da San- ao Seminário sem ter pisado num dia 13 não tinhamos observado jacto algum que
seus companheiros, talvez? E qUll aU ampla cova rochosa: homens e mulheres tíssima Virgem. nos levasse a supor o sobrenatural».
essa terra da Fátima de que tanta coi- E no fim:
nos melhores colégios se encontram por (algumas destas com os seus filhinhos ao Em 13 de outubro de 1930 (data bistó,. sa se ia contando já ao longe e sobretu-
vezes companheiros detestáveis. Mas tlu- colo) davam voltas de joelhos em roda do rica em que foi promulgada a célebre pas- «Terminemos pois como ontem: Con-
do nas aldeias das freguesias limítrofes.
espero que o meu filho teria o bom sen- pequeno Santuário das aparições; a ca- toral o Senhor Bispo, declarando autên-
Num grupo de 4 ou 5 fomos, a pé, a vém substituir ao entusiásmo prematurt>
so de fugir desta gente. Pedi tanto a ~la das confissões não se es":asiava; ticar as aparições) zS:ooo fiéis se apro- ver o que se passava. a mais prudente reserva. Se em Fátima
Deus qut1 mo guardasse puro! Tantas ve- outros iam beber água à fonte uuraculo- ximaram do banquete divino, havendo
Fomos e voltámas cansados mas con- alguma ~oisa ha de sobrenatural não se-
zes repeti a Jesus-Hóstia na minha Co- sa. saldo um númeroso grupo de sacerdotes tentes. rá essa reserva qUll impedirá a marcha
munhão diária: Entretanto já por algumas vezes lá ao a distribuir o maná celeste entre a enor-
Havia na Fátima muitos seminaristas dos acontecimentos qUll Deus tenha dt~­
«Antes a morte que meu filho caia em longe, o eco das colinas parecia trazex:-me me multidão. - perto de JO - de vários Seminários. terminado em sua infinita Sabedoria».
algum pecado". E nÕ fim de contas... versos da «Avéu de Lourdes. Fátima, terra eucaristica! Nem admira. O mesmo sentimento os
Nada. nã8 pode ser. João, nas suas fé- Seria ilusão? ltlvara lá. Os artigos ltlvantaram grande celeuma.
rias de Natal. com uns ares misteriosos Não, não era. De ouvido à escuta, eu
ia percebendo cada vez mais distinto o
• • Padres só me recerdo de ter visto dois Houve quem as taxasse de inoportunos
qUll me intrigaram t1 bastanttl me angus-
tiaram veio procurar-me para ·me falar. cântico tão simpàticamente popular em Esta revista nunca se cansará de repe- ou trAs. num jornal católico e até quem s6bre
todo o universo; Mas lá nessa «Serra tir que ninguém pode agradar à Mãe ce- Se havia mais não os vi. a doutrina deles lançasst1 o labl!u de me-
«Entra aqui para o meu quarto para Durante muit{J tempo andámos de pe- nos ortodoxa.
falarmos à vontadeJI. d' Airen êle tinha uma vibração especial leste sem se dedicar pelo Filho que ela
gerou e que continua a residir nos nossos dra, em pedra saltando muros e moitas, Em defesa desta atitude surge ainda
Como no tempo da sua memmce, o por causa da melodia que é muito pura, Tabemáculos, oncle ~le não tem senão a observar e comentar o que se nos de- o clero.
meu filho sentou-se s6brt1 os meus joe- mas sobetudo por causa da lentidão ex-
lhos. Já me parecia demasiado grande pa- um desejo, o desejo imenso de irradiar parava. Dois párocos veem apoiar os artigos
cessiva com que os portugueses cantam o seu amor sObre as almas. Um dos padres por-Am chamou-nos ~ re- mencionados.
ra se sentar s6bre os joelhos da sua mãe, o «Aven.
mas para uma mãe um filho é sempre pe- Eu não posso deixar de confessar que Devíamos, pois, dar a primazia às coo- comendou-nos que não nos puzéssemos Do bilhete do Rev.mo Senhor P.• José
queno. Lançou-me os braços ao pescoço e êste «Avé cantado tão lentamente, tão siderações sObre Jesus-Hóstia por Maria, muito em fóco porque isto podiam ser GomeS Loureiro pároco do Pedrógão (Tor-
nesta nova série de artigos. Era um de- .coisas do diabo e que certamente ia dar res Novas) extraiu os seguintes per-ío-
com uma voz trémula, disse-me ao ou- vagarosamente (nós, os franceses, canta- ver de honra, era uma divida de reco- um grande «fiasco». dos:
vido: «mamã, tenho pensado muito Astes mo-lo demasiado depressa. quási como Esta era a mentalidade de muitos.
dois m~ses e... quero ser sacerdote. Se o nhecimento; era uma homenagem da Boa «Nem tudo sejam censuras.
uma canção)-produzem em nós uma sen- Nova à Fátima! De facto retirámo-nos para o alto on-
papá e a mamã aprovarem t1u considerar- sação surpreendente e agradável, é como Estou perfeitamente ao seu lado e ain-
-me-ei muito feliz se puder dar-me todo se fOra uma caricia da alma. Se a Deus aprouver, nós voltaremos a de hoje surge a frontaria da igreja e da- da por aqui está mais alguém. Parabens
Finalmente _ eram pouco mais ou falar ainda de Fátima, terra da Santa lí ficamos a olhar.
a DeusJI.
Oh! inefável noticia! Como o meu co- I
menos I I horas - depois de descrever Hóstia, Fátillla, terra da legenda doura- Mas daí a pouco não foi possível re-
váriQs zig-zags, eis que chega a procissão da (êste nome de Fátima é o duma prin- freiar a curiosidad~t e à hora da aparição
e muito sinceros pelo seu artigo.
Sou pároco de uma freguesia vizinha
de Fátima; muito propositadamente me
ração batia apressado. Foi um instante muitos tinhamo-nos aproximado das
emquanto chamei o papá a quem disse que passa so'lt os pórticos da entrada pa- cesa moira), Fátima terra de intensas re- crianças tanto quanto no-lo permitia o tenho abstido de ir aquelas manifesta-
. . . b . vis6 . cor~ç_?es católicas, Fátima terra das ções: não fui a nenhuma, não estou ar-
tudo. A sua alma como a minha ficou na- ra d
se . mg1r ao a ngo pro . no em apançoes da Bela Senhora, luminosa aglomerado dt1 gent~ qUll as cercava.
dando num mar de alegria. Com t6da a que devta ser celebrada uma mtssa ao ar t d vilh d '-A - rependido de lá não ter ido; parece-me
ternura apertou o seu Joãsinho contra o
coração, beijando-o quási religiosamente.
.
livre.
Eu esperava um certo desassocego da d 0
Ierra e mara as e e u.::nçaos.
E que o digno Pastor a q11em a Virgem
t R 0 sári0 d Fátim nfi •
que foi imprudentfssima a presença lá
de colegas meus ...
Sacerdote! A vocação do nosso filho sa- parte daquelas ~as que, tendo parti-
-
~ 0
destinos do seu aovo
e a. co ou os
Santuáno, S. Exce-
• • E o Senhor P.• António Coelho de
Barros, pároco da Azambuja escreveu a
tifaz os nossos mais íntimos desejos. Não d o d e suas casas, à s 6 h oras d a m anha. • · R dí · D J sé c · da Na visinha fregUllsia de Santa Catari..
d · ta f ti d 1cDCJa everen sstma . o orreta ZJ-X:
ha alegria egual à nossa fiAste mundo. ev1am es. r ~m _pouco . a ga as; coo- Silva, Bispe de Leiria, em seu coração na da Serra o R~tv.do Pároco sentia-se
Os irmãos 8 irmiisinhas, ao corrente tudo um St~ênCio unpressJOnant~ nos re- tão paternal, se digne aceitar estas ti- no dever dt1 publicamente acautelar os Ex.mo Senhor
desta novidad8 saltam de alegria. velava a . ptedade d!ss~ pere~_nos e, 0 nhas que nós respeitosamente lhe dedica- seus fiéis contra os acontecimentos da
Só a Rosa, a mais novinha, fiz esta que é maiS, tendo partido em JeJum quá- Fátima jazendo-lhes do altar certas con- Não tenho a honra de conhecer pes-
r-estrição: «mas tu. depois, não m8 bates mos.
si todos comungaram à missa. E eram siderações qu~t t~scantlalizaram algumas al- soalmente a V. Ex.•1• mas em virtude
quando eu f6r ao teu catecismo?" (Traduçãc» da revista - Le Sentier -
perto de 400, sendo de notar que muitos Paris)

---
mas piedosas. do artigo de boje ... não posso deixar de
O irmão mais vell1o sorriu, ainda que
um pouco maguado.
Mas ... todos os sonhos teem o seu des-
tinham feito o trajecto a pé. E não fo-
ram só mulheres: era um espectáculo su-
mamente edificante ver aqueles homens
--- «Que não fossem lá à Cova da Iria por-
qUll às vezes também o demónio se veste
d~t A11jo da Luzn.
comunicar a V. E.••• que como sacerdo-
te católico que me préso de ser... estou
plenamente <le acordo com o modo de ver
pertar.. .
Eu... sonhava acordada.
em tais circunstâncias comungando o Três amigos de V. Ex.ola a respeito do caso da Fáti-
Corpo e Sangue de Jesus Cristo, Filho de ma.
O menino está ainda ali no seu berço ..." Maria. Um homem tinha três amigos que Os Padres e a Imprensa Milagres não se presumem, provam-se;
Josefina Payret
• • andavam sempre a oferecer-lhe os
seus semços.
e a Igreja não precisa da benevolência
Dt1 regresso da Fátima aonde «como de seus filhos para impOr a sua autori-
Sim, o facto de Fátima ~ o facto euca- -Vê lã! Se eu te fOr prestável curioso» f6ra no dia 13 dt1 Outubro de dade.
ristico provocado pela devoção marial. para alguma coisa ... 1917, a pedido de «A Ordem», de Lis- Considero mais pernicioso afirmar que
Todos os peregrinos mais ou menos 1&- Ora sucedeu que um dla, acusado boa o Ex.mo Senhor Dr. Domingos Pin· um acto é miraculoso, sem provas sufi-
Fátima, terra eucarística trados que confiaram à pena as suas im- dum crime teve de comparecer pe-·
pressões -são unânimes em descrever és- rante o t7rlbunal, e foi-se ter com
te feliz acontecimento. - os amigos para lhe irem servir de
to Coelho descrevtl as suas impressões
em dois artigos assinados por A. de F.
cientes, do que admiti-lo tal como se
deu na expectativa de provas ulteriores».
A orientação geral dos artigos que aca- Era assim que escrevia a Ordem -
Impressões dum peregrino parisiense o Jornal do Santuário, Voz da Fátima, testemunhas de defesa. bo de reler era um eco da orientação do «jornal dos padresn, era isto que ~les sen-
' f't• no seu número de 13 de janeiro de 1931. Mas um dêles escusou-se logo, clero. · tiam a respeito da Fátima.
a a liDa muito bem punha em relêvo êste mesmo dizendo que tinha afazeres, no T6da a imprensa falava dos aeo11te-
I
facto num artigo de elevada inspiração campo.
Pequena povoação, ignorada outrora e mística, do Visconde de Montêlo, tão
boje tão célebre, Fátima encontra-se pro- conhecido em França:
Outro ainda aceitou, mas no dia
da julgamento tingiu-se doente e
Um Observador

videncialmente quási ao centro de Por- Se volvermos um olhar retrospectivo não apareceu no tribunal.
O terceiro, finalmente, aceitou,
tugal. Tomamos uma carta geográfica e para êsse longe periodo de treze anos, as-
sigamos a linha internacional do cami- sinalado por tantas maravilhas divinas, compareceu no tribunal e de tal
Há homens piores que as Lição tremenda
nho de Ferro: as nossas almas de crentes exaltam de maneira falou em favor do seu «As mãis que tudo permitem às suas
Biarritz, Irun, Medina, Vilar Formoso, alegria e os nossos corações sentem instin- aml~o que COD5egu1u do Jutz a ab-
feras filhas, como os caprichos da moda, os pe-
Coimbra. Desta cidade partem camione- tivamente a necessidade de fazer trans- solvição. rigos da dança. as inconveniências do ci-
tes que por Pombal numa magnffica es- bordar em demonstrações de piedade ar- - Ora, agora sim, disse então o Leiam esta noticia: nema, a liberdade dos passeios e o vene-
trada nos conduzem até Leiria, residên- dorosa os seus sentimentos de profunda reu absolvido, a~ra já. sei que te- Há perto de cinco anos, uma pobre nos das más leituras, leiam isto com tO-
cia t~pi'ICOpal e de Leiria faz-se um pe- e vivíssima gratidão. nho s6 um amigo verdadeiro! mulher de uma aldeia, na Turquia da da a atenção, leiam pelo amor de Deus.
qut~nn trajecto da 27 quilómetros que Fátima tem sido, com efeito, a escola São assim os amigos desta vida! Europa. tendo deixado sózinha, enquan- Uma mulher franceza, chamado Na-
nos lt'va a Fátima, na árida serra de Aire. mais alta, mais perfeita e mais completa Muita testa, muita festa, quando to ia procurar lenha numa floresta vizi- gin, condenada a três anos de galés por
Mllll ninguém se C!lflSe a pretender des- de formação religiosa no nosso pais, o nós na.o precisamos dêles; quá.si to- nha, uma filha, da idade de alguns me- ter morto um filho disse no tribunal:
cobrir Fátima nos seus mapas de geogra- foco intensfssimo donde irradiam cons- dos a tugir, quando procuramos o ses, não a encontrou quando regressoa nPerdOo aos juízes a sua sentença 6 jus-
fia: é pequena demais para que possa ne- tantemente as graças precisas que inun- seu auxflto. pouco depois. tíssima. PordOo igualmente à policia:
les figurar. Se nos dirigirmos, porém, à dam em caudais imensos a mimosa terra Só hã um amigo que nunca nos Ora, há uns dias, uns caçadores tendo cumpriu a sua obrigação, levando-me ao
Casa de Portugal, na sua Scribe, em Pa,. de Portugal. abandona, nem na felicidade, nem ouvido a um canto dessa floresta. gemi- cárcere. Nesta sala, porém, está presen-
ris, serão postas à nossa disposição pros- Fátima, a Lourdes portuguesa. está na desgraça, nem na vida, nem na dos, descobriram num covil duma loba, te uma pessoa, uma senhora, à qual não
pectos de propaganda turística que con- posta na nossa querida Pátria como ci- morte, nem no tempo, nem na então ausente, uma criança, de quatro a quero perdoar. Af está. Olhem para ela:
têm já cartaz em que a Agência oficial dadela do bem, como fortaleza inexpu- eternidade: é Deus! cinco anos, em estado semi-selvagem, que ~ minha mãi. Cometeu o crime de edu-
inteligentemente mandou notar Fátima, gnável para a defesa do tesouro da fé e Amemo-lO, pols, de todo o nosso recolheram à aldeia mais próxima onde car-me no meio de mil frivolidades, ali-
pequ~na aldeia que se tomou em terra da moral cristã. contra todos os ataques coração e sObre tôdas as coisas, ~e sua pobre mãe a veio procurar, louca de mentando a minha vaidade e favorecendo
de maravilhas eucaristicas e que se en- da impiedade e da corrupção, mantendo queremos cumpM'r os deveres que prazer e de ventura. o desenvolvimento de tOdas as minhas
contra a uma escassa meia hora da igre- sempre a distância, apesar das suas for- nos são impostos pela gratidão, e Esta loba. tomando conta da criança e paixões, satisfazendo todos os meus ca-
ja paroquial, no sitio denominado «Cova midáveis investidas, o exército dos inimi- garantir a nossa felicidade. criando-a, deu lição a muitas mãis, reve- prichos».
da Iria» um terreno pedregoso que não gos de Deus. Infelizmente poucos se importam lando instintos mais humanos do que cer- Que lição tremenda! Talvez sirva a
é amenisado pelo mener múrmurio de Milhares e milhares de crentes ali coo- rom êstes deveres e por isso o Se- tas mulheres desnaturadas que matam os tantas mãis que não sabem dar às suas
qualquer fio de água. Nenhum ser hu- seguem fortalecer a sua fé e intensificar nhor que é o mais dedicado, o mais próprios filhos, antes de nascer ou depois filhas uma conveniente e cristã educa-
mano se sentiria atraido para lá esta- a sua piedade ou encontram, sem espera- terno, e o melhor dos nossos ami- de nascidos». ção.»
--~--~~~~~~~~~
belecer a sua morada. rem, a sua ditosa estrada de Damasco. gos. é o mais desprezado e até in- Este número foi visado pela Comissão
Através dos séculos ignorados do por- juriado. De «A Cruzada» 6-12-1932 da Censura.
• •
Ano X Leiria, 13 de Abril de 1932 N.0 115.

0011 APROYAÇAO ECLEIIAITICA

DlrHtor • Proprietir lo• Dr. Ma nuel lla rquu doe lant oe - Em prha Editora • Ti p, "Unl lo Gráfloa., T. do DHI)alllo, 11-Liaboa - Adm ln iatrador~ P. Ant6nio doa Reia _ Reei••• 1 Atlmin lat raoto• "lemlntril di L1l r ia,.

CRóNICA DE FATIMA
13 DE MARÇO

Estão quási passados os meses mais cias eclesiásticas no Seminário de Lei· esplêndida. e comovente manifestação creio háde chegar ao C.Su aos péa da São Tomé de Meliapor, Madraata, l n-
rigorosos do inverno, em qne o frio, a ria. Ao Evangelho, o piedoso e ilustra- de fé e pi~e, que contribua em lar- Virgem cujas Imaculadas Mãos o irão dia, 13 de Maio de 1931.
chuva, a geada e a neve impOOEl!ll 88 do sacerdote falou por espaço dum ga escala para a santificação dos mem- depôr nas ~ seu divino ~ amado Filho
grandes peregrinações ao magestoso quarto de hora, desenvolvendo êste te- bros das conferências de S. Vicente de que fará descer mil bênçãos sôbrt~ to- Meu prezado amigo Fernando Alvai ...
santuário da serra de Aire, a custo per- ma: unecessidade e maneira de santi- Paulo que nela tomaram parte e para dos nós. r.al1!,
mitindo que alguns centos de romeiros ficar os sofrimentos.>> o aum~to do seu zêlo e da sua dedica- Destas paragens longínqu as estou re-
isolados lá vão satisfazer as exigênci88 À · bênção dos doentes dada pelo cele- ção pelo bem espiritual e material dos rordando as atenções qu~ V. Ex.• e Escrevo-lhe do cnme de uma frond()-
da sua fervorosa e acrisolada piedac;le. brante, levou a umbela o sr. dr. Lino desprotegidos da fortuna. Ex.ma familia aí me dispensou neste aa floresta tropical do Sul da I ndia on-
Tudo anuncia. a chegada. iminente da Neto, professor no Instituto Superior m4!8Jli.O dia, faz boje um ano, indo a'W de ~ encontro a veranear na compa-
encantadora quadra primaveril. Técnico e presidente do Centro Católi- ao extremo de me convidar para sua nhia de outros coleges miasi.onárioe
A partir do próximo mês ~ Abril, co Português. Terminados os actos re- • casa onde fui r~bido com essa genti- (Nilgiris).
o vasto anfiteatro da Cova da Iria ani- ligiosos oficiais, começou de novo a cho. • • leza, igual à qual só oonheço a da Quin- li: assim que anualmente conseguimo&
ma-se e movimenta-se cada vez mais ver, o que concorreu par & que a multi- ti. . refazer-nos das agruras do resto do
com 88 impo.nentes maniiest~ôes de fé dão debandMSe mais depressa, deixan- Com a devida vénia tranacrevem.-se & NiQ me eequ~ também a atmosfera ano escolar , visto aa férias coincidirem
e píedad~ das multidões vibrantes de do a Cova da Iria entregue ao silêncio seguir três cartas do rev. do ~bastião de piedade que encontrei nesse seu 80- naturalmente com o ~odo mais e.
entusiasmo e com as scenas empolgan- e à solidão habituais. Rodrigues dos Santos, missionário na lar das Hdimas tradições; sinto apenas quentado do ano (maio e junho).
tes das cerimónias religiosas oficiais J á agora o meu prezado amigo se d&-.
dos dias treze. ve ter lembr ado da minha promessa
Portugal, pátria de herois ~ de san- de propagar por estas paragens o culto
tos, criada e engrandecida sob o man- ~ N . S. de Fátima: remeto pelo ror-
to da Virgem sem mancha, sua augus- reio uma separata da Tradução da Pa.&-·
ta :Padroeira, prepara-se desde já para torai do Snr . Bispo de Leiria publica-
as grandiosas e incomparáveis peregri- da por extenso no Orgão mensal da Dio-
nações dos meses esplendorosos do ve- cese, há já uns mi!SCS; falando com o
rão. Fátima, estância. de graças e de Redactor dêste Jornal chegámos à con-
prodígios celestes, rontinua a ser o po- clusã.o que era esta uma boa base para
lo magnético das almas, o iman pode- propagar a devoção. O mesmo jornal
roso que atrai e empolga dum modo traz quási todos os meses qualquer ref~
irresistível milhares e milhares de co- rência que se julgue oportuna e edifi-
rações crentes e devotos de Maria.. cante. E'ltá agora (Abril, Maio... ) pu-
O corrente ano será decerto assinala- blicando uma tradução quási literal daa
do por um e:,.cepcional concurso de pe- aparições e do ~xame feito à.s crianci-
regrinos e por um maior fervor de de- nhas Videntes.
voção nos actos do culto, vieto como a Temos aqui agora um Seminarista
treze de Maio se comemora o décimo de Seissa (oriundo de uma igreja agre-
quinto aniversário da primeira apari- gada a Seissa, (Aljustrel?), Inácio
ção. Lourenço P~reira) que recebe de Fáti-
:e êste, por excelên('ia, o ano rosaris- ma 100 ~xemplares da Voz todos os me-
ta de Fátima, o ano que perfaz ex.a.- ses que eu tenho estado a endereç"&r a
ctamente o número das dezenas e dos ~aa e Instituições conhecidas; o que
mistérios do santo rosário. mais vale é que a minha devoção a N.
A Virgem Santíssima, gloriosa Pa- S. do Rosário de Fátima. também tem
droeira de Portugal, há-de por certo aumentado bastante desde que no ano
derMmar, durante o ano que passa tor- passado por aí estiv~ e principalmente
rentes de graças e de bênçãos sôbre as aesde que a Igreja estampou o seu sê-·
multidões reünidas na. Cova da. Iria lo sôbre essa devoção - tão lisongeira
para lhes renderem as suas homenágens ao nosso coração ...
e para lhe testemunharem o seu amor Acabo d~ ler na imprensa. portugue-
e a sua dedicação filiais. sa àcêrca da- Oratória-Fátima repre-
• sentada no S. Carlos; <'Orno o meu ami-
go percebe mais de dramaa do que eu,
• • seria favor se me ~etesse um exem-
Após uma noite tempestuosa, de ven- plar. -
to agreste e de chuva abundante, o dia Aguardo com pressa antecipado a
treze de Marc;o amanheceu cheio de luz, sua resposta a estas linhas ditadas por
iiormoso e tépido, permitindo que as nma grande saildade.
cerimónias religiosas se realizassem sem
incómodo para os peregrinos que eram São Tomé de Meliapor, Madrasta, 13
em número dalguns milhares. Por mo- de Maio de 1931.
tivo da solenidade do dia., Domingo da
Paixão, não se fez a procissão com a Ex... Bnr .• D. Maria Celeete,
Imagem de Nossa Senhora. Peregrinos de 13 de Outubro de 1931, cumprindo os seus votos na Cova da Iria
Foram poucas as missas que se cele- Ao fim de um ano inteiramente pfe()-
bral18m nos diversos altares do Santuá- cupa.do com a Direcção temporal e es-
rio, porque, ocorrendo o dia treze num piritual de 160 Orfãos que f~Uentam
Domingo, os sacerdotes, presos pela India ~ director da Escola--Liceu de que essa visita fôsse tão curta mas a uma das nossas ES('ola&-Liceus onde te-
obrigação de dizerem a missa nas suas
• São Tomé de M~apor. culpa foi tôda minha ou antes das cir- nho de também dar aula., encontro-me
igrejas paroquiais ou nas suas capelas, • • cunstâncias em que me encontrava, em agora com mais 3 Colegas da mesma
fi('aram impossibilitados de ir êste mês S. To!OO, de Melia.por, Madrasta, ln ablativo de viagem de regrE:SSO a esta Escola (High School) a passar aa fé-
a Fátima.. Por isso, também houve fal- No dia sete do próximo mês de Maio, dia, 13 de Maio de 1931. minha Missão, onde, graças a Deus, rias (Maio e Junho) numa rins regiões
ta de confessores, tendo ficado por con- ao mesmo tempo que doutros pontos nada me tem faltado. mais pitor4}'3Cas da India. (Nilgiris) que
fessar muitas pessoas do sexo femini- do país partirá da estação do Rocio Ex.ma Snr.• Baronesa de Alvaiazare Conservo como souvenir de V. Ex.•, fica a 8.500 pés de altitude (3000 m.),
no. Auxiliou com muita de<Ücação o um comboio especial conduzindo vicen- o seu Credo Eucarístico que recito de- refúgio dos calores da planície, que
serviço de confissões o rev.do Artur Gon- tinos, pessoas de suas famílill8 e subs- EscrevQ ~tas letras com o pensa- pois da. Missa. Vou também agora es· custa a cada um de nós à razão de 32
çalves, de Macau, membro da missão critores que ~ tenham previamente mento nas multidões de Fátima, nas crever à. M. • Celeste e ao Fernando a escudos por dia. Tudo por aqui fica ca-
de Singapura. ,Já de véspera tinha aten- ÍDS('rito, para Fátima, em peregrina- Servita.s onde V. Ex.• ocupa um lugar quem quero ('omunicar alguma. coisa do ro a quem tem gôstos e n~dades de
dido muitos penitentes. No regresso ês- ção, sob a presidência de honra de Sua de honra que a Virgem do Rosário não que por aqui se tem feito para propa- Europeu.
te· r.eloso missionário passou por Lei- Eminência Reverendíssima o Senhor D. deixará dQ marcar. Néste dia de gló- gar o culto de N. S. de Fátima. Nêstes dias o tópico das nossaa <'OU-
ria, onde disse que levava. de Fátima Manuel li, Cardial Patriarca de Lis- ria da. Mãe de r eus, quanb a IgreJa versas e a nota das nossas ora~Õ&.! tem
boa. Muito estimarei receber notícias da sido a Grande Peregrinação de Fátima-
as melhores impressões e que as havia Portuguesa e todo o Portugal presta, Quintã, apesar de há pouco ter recebi-
de tornar conhecidas na. missão em As inscrições podem ser feitas por pela primeira vez, oficialmente as hon- do carta de lá. que para mim tem a recordação viva
que trabalha. intermédio dos Presidentes das Conf~ ras da. Liturgia à Padroeira. de Portu- de um Aniversário de família... pois é
gal - também eu m~ associo em esprrt- Mais uma. v~z me recomendo à.s suas assim qu~ eu gosto de olhar tudo isso :
Celebrou a missa oficial o rev.4o dr.
Galamba de Oliveira, profE:SSOr de sciên.
rênciaa. Como nos anos anteriores, é de
esperar que esta. peregrinação ~ja uma I
to a êsse brado de Fé que piamente piedosas orações. Festa de Família. Nacional, de Fnmí-
2 VOZ DA FATI MA
1._, Cristã, quero dizer, Festa de tantos ~ e prometi a N056ll. Senhora alumiá- repetição do hino de N.•
irmãos e irmãs da Fé, que ali vão a re- -la com um círio da minha .altura a pri- Fátima.
zar aos pés da Virgem do Rosário com meira vez que ouvisse missa no seu al-
a; simplicidade de uma grandQ família tar. No dia que benzeram a capelinha. •


GRAÇAS DE N.SENHO~ D~ FÃTIMA
r~ünida, como eu rezei faz um ano. pedi para a vêr. Trouxeram-me em bra- A di •t Conversão
'Agora que as aparições foram decla- çÓs e, chorando e rezando olhei para lá. A do portão, destinada principal- pen Cl e
rada.s Fidediona& por quem de direito .De•clP entiio eomecei a. ~entir menos do- mente aos alunos externos, teve lu- A 23 de Abrtl de 1929, minha .fi- Nota- Por ser lnt.ereliSUllte reproduz-
df.'ix(>-me dizer com o nos.<;o poeta: «C~ re,.. ,Já l:í fui cinco vezes à missa. e àma. gar de tarde ao tenninarem as au- lha Maria Ade:aide Dias deu entra- --se a carta seguinte cuja direcção perdl
com grande pesar, e que há tempo rol
se tudo o que a. antiga musa canta, que nhii lá torno, por meu pé, outra vez. 1as, sob a presidência do P. Direc- da no hospital de S.'"' Marta em enviada a esta redacção.
O)ltro poder mais alto se levantan. I A nossa roda um grupo de visinhas, tor, R. P. cabra!, que em caloroso Lisboa para ser oPerada de uma
• E por i~;so quo \'enho pedir à minha · erguendiJ as núios, disseram em côro: improviso mais uma vez patenteou apendicite. A a.nãlise acusou uma cSão inúmeras as graças.. que te-
Ex.m• Amiga, a. fineza de me dar as -Foi graça. do Nossa Senhora! Bim- as impressões que da Fãtima trou- grande fraqueza no sangue. Saben- nho recebido de N. S. da Fãtima
s.as impress~ pessoais, não só desta dito l:.eja Deus! xera. do eu o grande sofrimento que mi- nesta terra e por isso desejava ver
Grande Peregrinação, mas também de Na Quintá Grande todo.s conheceram O nicho, se bem que rustico, fõra nha filha tinha, jUlguei que ela propagada por cá a. sua devoção.
q~talquer fen6m&no extraordinário de esta infeliz & a graça qu& a. Virg&m artisticamente preparado e enfeita- não agüenf.!lria a operação. e nes- Nossa Senhora. da Fátima arran-
CJUo t<•nha sido testemunha visto ter ti- do Fátima,- é fé do povo- nela obrou. do pelo R. P. António Simas, ao lsa altura dirigi-me à Igreja. de S. cou-me das mã-Os do demónio, nes-
do o privilégio de ter p~esenciado a
maior parte deles desde o princípio.
Para. não parecer que lhe estou a. pe..
•+- tempo prefeito dos externos.
No seu conjunto é um trabalho
mimoso e inspirador de devoção,
JOSé, ajoelhei deante de uma ima-
'""'
sa diabólica feira de fanto.sias do
espiritismo, de que fui grande in-
fluente. Só Nossa querida Mãe do
dir um liHo, IH."',"O que ao mesmo tem-
po dê ordens para m& ser mandado, a
NOSSA SENHORA DA FÁTIMA NO tendo até o Padre no seu génio de
artista ideado para servir de ba-
céu me poderia arrancar de tão
grande preciptcio em que estava
pagar pelo <·orreio, o melhor livro que; BRASIL se à peanha da Imagem uma imi- irremediàvelmente perdido, como
Vi. Ex.• conh~a. sôbre as Aparições. tação da. histór!ca azinheira feita de tantos outros que lá deixei, e pelos
Como sabe, !iou assman~ da Voz, li- um galho seco, se não milagrosa, quais choro, Perante mim o dem6-
também o liHo do Dr. Fischer, mas con- Quando em Janeiro do pr. findo :.o menos graciosamente reverdeci- I1l<> foi desmascarado; pena é que
fes»<> que estou longe de conhecer bem fui transferido de Pernambuco para do pelo bom gosto das Innãs de o não seja por quantos militam em
o assunto, tanto mais qu~ tenho oportu- a Bala forçoso me é confessar que Salette. Se bem que, como fica di- til.<> grande desgraça. Ficou o mes-
nidade de o divulgar aqui na. imprensa. não obstante a mais Integral con- to, esta Imagem era particulannen- n;.o satana.z muito raivoso contra
Sôbre êsste assunto d& propagação do formidade com a vontade dos Supe- te reservada aos externos (com cu- mim, pela perda da preza, mas
culto de N. S. de Fátima. algnwa coi- riores, um pesar, e mui profundo, jo dinheiro aliás foi adquirida), e nunca mais foi capaz de me fazer
~;A aq_ui tenho conseguido uirecta e indi- eu não soube dominar, pela simples de facto !ã vão êles numerosos, quer o mal que me fazia antes de eu o-
rectamente como pahl:.o a dLzt.r a >'6\1. ir- lembrança de ceixar a N.a s: da na entrada, quer na so.ída, a implo- conhecer. Resta-me a pena de não
mii.o Fernando. Fatima, cujo cplto pelos relatórios rar as valiosas bênçãos da Mãe do saber escrever condignamente, pois
Em conc!ns1io peçl• ·• fi.'l~;o;ll. âe '"!:e re- antetiores bem se deixa ver que de- Céu. Além dêles, avultado número que sou fraco de cabedals scientl-
1
comenda r à. Snr.• IJ. J ::li,, ·ampl!:ic e senvolvimento ia tendo, e sobretudo de pessOas de. tOdas as classes ali ficos, para lhe expor devida e deta-
ao Snr. Capitão Pa.tacho, assegurando· com que fruto comprovado pelos \'ãO sem respeito humano, de ma- lhadamente as graças que tenho
lh~ que m~ não tenho esquecido de re- factos. nhá à noite, fazer suas preces. Ao recebido de N. S. da Fãtlma a. dar-
zar pelo seu Yivíssimo Petiz; tamoém No Colégio 4António Vieira~ da escurecer é o nicho iluminado por ·lhe também uns ·tópicos dos a.ta-
me recordo com sa.i.idades da capela on- Bala minha nova resi.dencia co- 4 lampactas eléctrica-;, uma delas c;ues do dragão quando vê ir-se-lhe
de celebrei esperando que me re.:'lmen- nhecia-se N.• S.• de Fatima ou não cos pés clareacdo um transparente a presa.
dar:i também ao Ex.mo _Dr:. AlVlm e fosse seu Director o R. P. L~is Gon- em que se lê: Maria Adelaide Dias São mü!tas as pessoas a quem
gx.m• ~.spo~a, be':1 como a trma da Sn:. zaga Cabral que, tendo presidido a ,Maria, sêde o meu amparo e a mi- tenho dito isto e por isso se V.
l>. ~uha Campeao. Sobretudo ~que 1 uma das mais importantes pere- nha guia~ . Outra iluminação tem Torres-Vedras Rev.wa achar que vale a pena refe-
~ nao OMl~~a de re~r por mun a N. ~rlnnções a de Maio de 1930, de lá ainda para os dias de festa. a dos ri-los por escrito no jomalslnho a.
S. do Rosano d~ Fatuna... yeio, como era na~urallssimo, pos- contornos do nicho, Imitando uma gem de N. Senhora da Fãtima, e cVCYT. da Fátima~ pOde fazê-lo que
· • 1suldo de um indlstvel entusiasmo capelinha rural, feita por numero- com muita fé pedi-lhe por minha eu tenho muito prazer nisso.
QUe não sabia ocultar qner nas pa- I sas lampadazinhas em seri1!S, tra- filha e prometi ir com e!a a Fãti- Não me proponho agradecer :POr
• • lestras quer mesmo nas pregações baiho executado às custas do Ex.'"" rna se ela fOsse feliz na operação. ~ste meio a N. S. da Fátima, po-
, . . que, rom sua natural e conhecida snr. Frank Hart pai de dois alu- No dia 15 de Maio foi feita. a ope- 1 ém tudo me parece pouco para. o
DDo nubero -it~respdruiÕtj ao ldG .2 I t:loqüêncla. sObre N • S.• da Fãtima nos externos. Numerosas velas além ração, e graças a N. Senhora cor- fazer. Não seriam bastante a. vida
d.e ezem ro u 11ll:0 e " orna ra.- , teve ocasião de fazer. disso a!i deixam acesas os próprios reu tudo bem. Já fomos -a. Fátima e os haveres se porventura tudo
flcóu, suple~ento ilustrado ~e. «O Jor- ~~óra do Colé6io soube logo por devotos, na mãxima parte revela- agradecer tão grande graça que N. isso lhe desse.
n.~h>d qde Fe a.h~uz daJublictdad.e ~-a entrada que havia dela uma esta- doras d'e benefícios recebidos. Dia Senhora. me concedeu e boje venho Não obstante, ofereço-lhe o meu
ct a e ? uuc '.repr u~ um ar l- tua c.· 80 cms. num Colégio de utnas e noite ali arde uma lampadada de pub1icamente agradecer tão grande Coração, como mais uma graça que
âo · qu? u~sere áe .enche as tres colunas Irmãs Francisca_-:.::s portuguesas re- óleo sem com isso sobrecarregar favor, bem como outra insigne gra- dela espero, coração que ela aceita-
a pnme!r~ P gma; sldentes na Calçada, um dos arre- as despesas do Colégio pois um co- çn que N. Senhora me fêz tirando- rã e dará. a Seu Santissimo Filho.
" Essa pagma conté!fl qua.tro .gravuras dores da Bata, perto da celebre Ba- f i h 0 0
1 d 'd nich0 e -me umas dores que há muito me Rogo por tudo isto a V. Rev.- a
<f\1 ~ :epresen~m Guilhermma: de Jes~s s1llca de N. Senhor uo Bónfim. e~e~o~tr a q~e e~ q:e ~s gevotos v~à atormentavam horrivelmente. • fineza de pedir uma Avé Maria. em
Heretra, a muaculada por mtercessa.o Lã a fui visitar • verificando po- 1ançan d o· o seu tos tãozinho, dá pa - Carvalhal de Torres-Vedras acção de graças pela minha con-
I V .trgem de F•'t'
<a.· a una, 0 panora . a
m do
rém que o seu culto quási se limita- isso il -•~~ --o para versão ou pelo livramento de mi-
Cabo Girão onde no ponto Qenommado ra . para a Uuu.u..ça , Maria Antónia Dias nha alma d33 mãos do demónio,
. d G' f '· t d 'd va ás pessOas de dentro, dando-lhe o comprar flores e ainda sóbra para
1
P tCo o a 1o 01 evan a a a eriDJ. a
0111 honra de Nossa Senhora de Fátima, pessoad
1 d fó ~ ·to f ' ·
se ta Fraát'po_ LmáUllh lavor o o mais que fOr mlStér. Alé~ de quê
Ag radecamen
· to onde por sem duvida, se encontra-
no alto da Cruz da Caldeira e o nome e · tma. . e a mes- r:ores poucas vezes é preclSO com- va, irremediàvelmente perdida.
>- A t"nh v· . . . . . mo assim um ou ouho trazendo de prar pois mui freqüentemente as António Bernardes, ue Covelo Pe- Guüherme da Costa Brites
I ~v.o gdos ' o tetrta. ~ cduJa tnlctal: vez em quando um::t velinha, sinal trazém e geralmente por suas pró- nacova, diz o seguinte: Em princí-
tiva se eve 't' .a.. cons ruc;ao a cape- d e graça imp 1orad a. ou ma1s · g,_ra-
.. 1 prias mãos ali as dispõem os ofer- pios de 1929• quando J'á a c-'~~
~-....,.,
co -
Cruz e F a un.a..
d P. S.-Fialtou-me dizer a V. Rev.ma
mente agradecida. Fóra dali, que eu tantes. Nem tem sequer faltado rr.eçava a fazer-se sentir encontra- que mais se me abriram os olhos
Sogúe 0 artigo: chegasse a saber, havia umas esta- qu.:!:n. por dedicação a N.• sr.•, por va-me no Brasil, doente e sem re- da. alma depois da confissão e co-
A ermida. que serv~ de. crista ao Pi- tuaslnhas pequeninas para culto 1n- suas próprias mãos se tenha encar- cursos para voltar para Portugal. munhão que não re<:ebia já hã 20
co do Galo, no Cabo Girão, construída timo trazidas mesmo de Portugal regado de fazer a mais escrupulosa Havia 6 meses que nada fazia. Em anos, e é ponto de fé para mim
e dedicada a. Nossa Senhora de }'átima pela familla Pedreira, alg_umas, ain- limpeza no nicho e suas !media- tão grande aflição fui prostrar- que são, pelo menos em parte, es-
pelo Padre Agostinho Abreu Vieira, da mais pequeninas, tr3.Zldas ou re- ri'íes. deixando tudo um primor de -me aos pés de N. Senhora na Igre- tas faltas a causa. de tantas almas
atraiu a si o condão sobrenatural da. cebidas por poucas pessõas mais. acelo. :té o próprio chão, na fren- ja do Bom Jesus do Braz, em S. pe,rdidas por aquele lamentável ca-
Cov.a da Iria. e a. fé viva do povo da Ma- nomeadamente da fanúlia do Snr. te e à volta do nicho, ciscando (co- Paulo, onde todos os domingos ia à minho.
doira.. F. um santuário com três mes(lS Comendador Catarino, e temos dito. mo aqui se diz). varrendo, etc. etc. missa, pedineo-lhe me deparasse al- Brites
ap<'n.as de existência e mais de três sé- • ·• . ! - \.Ul Isto da parte das pessOas de fóra, gum melo para que pudesse ir pa-
<'ulos já de popularidade. Ungiu-o a gra- não faltando porém também de den- ra. junto da minha familla. As mi- Doença pulmonar
ça da Virgem, que tQdos os meses, co- • • tro .Quem se esmere em- competir nhas súplicas foram ouvidas, graças Humildemente rogo o obséquio
memorando a. apatição de Nossa S~nho- eorn elas. Quero referir- me a um a N. Senhora. Embarquei em San- de publicar na. cVoz da Fãtim~
ra em Fátima, 0 povo corre em pere- Confrontando pois o que encontra- empregado, camareiro da divisão tos no dia 15 -de Março de 1929 e uma extraordlnãria graça que a
gdnação de tôda a parte cantando e re- va com o que deixara, ainda que só dos Medios, que por devoção, logo no dia 21! do mesmo mês estava em Virgem "S'áiltissima pela sua infi-
zando louvores à Mãe de Deus. E a ma- no Colégio cNóbrega~. que saüda- depois da Missa, antes de entrar no Lisboa. nita bondade me concedeu. Adoen-
ré-eh~a de fé que se levanta pelo im- des!. .. Graças a Deus, que encontrei serviço obrigatório, val consagrar as E não só a viagem foi uma difí- cendo em maio de 1931 com dOres
pulso sobrenatural da c~nça popular, dentro e fóra as melhores diSP<>Si- primlcias de seus quotidianos labo- culdade, mas ao chegar a Lisboa nos pulmões e fraqueza gel"al, che-
cresce cada vez mais em volta da Cruz ções para a aceitação e desenvolvi- res com 0 primeiro arranjo do que encontrava-me curado! Não sei co- ~mu-se à conclusão que os dias da.
de Fátima alcandorada no mais lindo ment<> de tão simpática devoção pa- toca ao nicho de N.~ Sr.•, varrendo, mo agradecer a N. Senhora tão minha vida na terra seriam bre-
rniradoiro da Ilha, arrastando milhares ra quemquer em cujas velas corra endireitando, regando as plantas. grande beneficio . .Além dêste outros ves, pois tã.o fraca me encontrava
de peregrinos, a l3 de cada mês, às m~s- sangue português. Dentro fomos dês- etc. Para tenninar só acrescentarei mais tenho recebido de N. Senhora que o menor movimento me can-
mas práticas religiosas da Cova da Ina. de logo começando com a mesma que tudo ali é estimulo à devoção. e é minha intenção deixar aqui o sava extraordinAriamente. Tinha
0 ambiente é de penitencia e de ora- pequenina imagem de 23 ·cms. com sem excluir os restos e pingos das agradecimento por todos êles. ns forças completamente perdidas;
ção. Ali s6 se ajoelha, canta, reza. e que teve inicio o culto do Recife. Pa- velas ali ardidas que, tantos, quan- António Bernardes nem falar podia! por pouco que
chora.. ra fóra, o tempo propicio foi o Mês tos, são levados 'por pessõa ou pes- falasse e em VCYT. baixa que fôsse
Ea Virgem, dizem, afeiçoou-se tan- de Maio. Coube-me a sorte, que eu sôas devotas que, derretendo-os
Lo àquêle lugar, é-Lhe tão grato morar tive POI' suprema ventura, de o pré- os transfonnam em novas velas na-
Pneumonia era o suficiente para. me deixar
num grande estado de prostração.
ali, que agradece já ao povo com mila- gar intelrinho na nossa Capela pú- ra ali voltarem a alumiar N: Sr.• Um meu filhinho de 2 anos ape- Recorri então, cheia. de confiança,
gres ~ outros dons. blica. E a quem o havia eu de de- Para se avaliar da afeição que o nas foi acometido duma cruel pneu- à boa Mãe e Senhora da Fátima
Visinha da ermida vive Guilhermina dicar, senão a N: Sr." da Fátima? novo já lhe tem, e precisam-ente monia e juntamente duma infeção que atende sempre tão carinhosa-
de Jesus Pereira, que esteve quási dois Encomendadas de Recife com a ne- àquela Imagem, tendo sido neces- intestinal. mente as preces fervorooas e sin-
rulo.s no grabato da sua miséria, sem se cessãria antecedência duas estátuas sário tira-la por breve espaço, su- Recorri logo à medecina, mas a ceras que lhe dirigem os seus fi-
podcr mov~. Aos 70 de idade tolheram- de 60/cms., uma rica, em tudo igual bstituindo-a aliãs por outra bem doença tornava-se renitente. Vendo lhos, por mais indignos que sejam,
-se-lhe todos os membros e nunca. mais à do Colégio cNóbrega~ para a Ca- mais rica, apesar disso os devotos meu filho em tão grandes sofri- e comecei com a minha mãe uma
poudo comer nem aga.salhar-se sem as pela, e a outra com t>intura mais durante essa curta ausencia, sem mentos recorri à SS. Virgem N. S. novena., bebendo todos os dias um
mii.os da irmã. Quand() soube que a. Vir- simples para ser colocada num ni- deixarem de continuar as suas de- da Fátima cujo jornal prometi as- pouco de água da Fátima que uma
gero de Fátima vinha lllDrar à. sua bei- cho ao lado do portão de entrada do voções, não cessavam também de pa- sinar. E graças a Ela meu filho co- Senhora muito boa fêz o favor de
ra, ~chen-se-lhe o coração de alegria Colégio, ambas tiveram a sua inau- tentear as suas saüdades pela que meçou a sentir saúde, graça que se me dar. Sempre ao fim de cada.
e a fé resuscitou-lhe na alma a esperan- guração solene no dia l.o. ali se acostumaram a ver e a ve- reconhecidamente agradeço. dia da. novena. sentia ligeiras me-
<a. da. sua. cura. A. d<t C~oeln t~ve-a logo re')()iS da nerar, e, tanto assim, que na oca- Sevres, França. lhoras, até que ao fim dos nove
- Senhor, - disse-nos a Guilhermina, Missa dos alunos com a bênção da Sião em que se efectuou a restitu1- Lúcia Alves Barata dias comecei a aumentar de pêso
Qilcla.vinhando as mãos para o ceu - eu Imagem em altar acomodado linda- ção da antiga, um grupo de pes- e a febre desapareceu quãsl. por
,·ivia num mar de dores e não me po- mente adornado com plantas e flo- sõas que ali se achava, após efr·
dia mexQr... - res naturais, oferenda e trabalho de tuad.a a transilerênc!a, levantand,..
Queimadura completo readquirindo as fOrças.
Tenho recebido de N. S.• diver- Em novembro os Ex.moo médicos
-Não podia sequer compor o roupa pessõas já antlcipadamente ganhas r-ara ela as mãos e ex'J)andindo o que me tratavam. com admiração
sôbre si - acres<'elltou a irmã. à. causa de N: Sr.• da Fãtima. Não seu regosljo, exclamaram: cah! es- sas graças que muito desejava fos-
sem publicadas, declararam que de facto a minha
. - E n~nca. se tratou, é para se passar em silêncio uma ta sim ... é ela mesmo!! ... como es- cura era completa.
- O meu mal não tinha. cura, disse- circunstância por não poucos ob- ta não há outra!!! ... ~ E assim fl- A primeira foi que estando uma
pessoa amiga em perigo de vida Já lá vão alguns meses e sinto-
t:am-me os doutures. Bem chorei ... quan- observada de, terminada a benção caram longo espaço como em ex- -me como se nada tivesse tido, de
do me trázia.m Qm braços e me sentavam da Imagem, ao ser colocada no ni- tatlco arroubo. com uma das faces queimada e já
tão inchada que nem via nem po- perfeita saude. Por isso muito sin-
a.a sol por ali, sem nada. poder fazer... cho do altar, ao mesmo temt>o que gularmente venho reconhecidissi-
-E como SQ sente agora? no cõro se dava principio ao hino (Continú.a) dia falar, tendo-a recomendado
-Como o senhor vê, j:i posso andar... de N: Sr.•, por uma das portas la- muito a N. s.• da Fátima, quando ma agradecer do coração a N. Se-
todos esperavam a noticia da sua nhora tão grande graça. Bendita
- Graças a Deus, -corroborou a. ir- terais do Altar-Mór entrar uma
mã - já. trabalha. e ganha alguma coísi. réstea de sol que, incidindo exacta- -------4·+------- morte vieram dizer-nos que quási
repentinamente tinha. desinchado
seja mil vezes a Augusta. Rainlta
do Céu Saude dos enfermos e nes-
nha para a gente comer I mente sôbre a está.tua, deu ao con- Não te dê cuidado saber quem é sa doce esperança.
-E a. que atribui a sua cura? junto um verdadeiro aSPéto de vi- e estava livre de perigo.
- À ~raça. de Nossa. Senhora.. Quan- são, que mais e mais fêz realçar a
po1· ti, ou contra ti, mas só deseja. Recebi diversas outras graças Maria Teresa Neves Claro, de Beja
do me disseram que se ia fazer a ca-- beleza da já de si linda Imagem. e procura que Deus seja contigo, que cheia de gratidão quero con-
t>elinha de Fátima., respondi;- Se eu Seguiu-se log<> a pregação, termi- em tudo o que fizeres. fe6Sar serem devidas à intercessão Quisto
cheg.ar ao dia. dela ~ a.brir levem-me lá nando, como todos os mais dias do de N. S. da Fátima.
Cheia de reconhecimento e gra-
antes que seja. num lençol. Comecei are- mês, com a Bênção do ss_mo e a (Da Imitação) Candida Sanches tidão à Virgem. Santisslma, venho
~OZ DA fATIMA 3
pedir para publicar na Voz da Fá-
tima uma graça que N. Senhora
nha que tenho e que durante mul-
to tempo surportou graves sofri- Graças de N: Senhora da Fátima Missões de N: s: da Fátima e são êsses d.iD.heiros que depois vAo
ser a justa recompensa. dos suores
.me concedeu. Havia já 7 anos que mentos.
sofria dOres horrfveis no ventre.
no Brasil -u.spendidos pelos operários nas
Já nos foram entregues mais três es- obras do Santuário de Nossa. Se-
S. Paulo-Brasfl molaa para as Jfi&!õe& de No&sa Senhora
Por conselho de meu marido fui 1) "'Cm jovem dos seus 18 anos foi aco- da Fdtima, esmolas que ~rão distribuí- nhora do Sameiro.
consultar o médico. Receitou-me N1coZfna Lopes da Silva metido de um paratifo que por bastan- das em benefício de tão santas obras.
alguns medicamentos, mas não ob- te tempo pareceu zomb&r da. perícia dos •
tive resultado, cada vez os sofri- Tuberculose Uma delas veio da América do Nor-
mentos eram maiores. Meu marido
médicos, inspirando por isso mesmo sé- te, outra da. Ilha. da Madeira. e uma. ou- • •
Queixava-me hã multo dos pul- rios recei<,?S à família.. Começou por ês- tra. de llha.vo. · ~ não só no Sameiro Nossa Se-
faleceu e eu com o desgosto não fiz se tempo a ser conhecida na Baía. a. de-
mais tratamento durante 4 anos. mões. Já não descansava de noite, As três ~molas dão o total de Es.
voção a N. • s·. • da. Fátima, e utna. sua. 36$50. Esperamos em N. Senhora. que nhora, é amparo dos operârtos; é-o
Passados estes 4 anos por já não tinha temperaturas elevadas, de- irmã, piedosa Filha. de Maria, obtem outras esmolas venham aumentar esta também em multas outras partes
poder sofrer tanto fui consultar a minula de pêso e enf.raquecia. a. uma novena. e um frasquinho da. água. quant1a, e ccA Voz da Fátima.,, terá pra- e· sobretudo na Fátima.. Pois se Nos-
médica Snr.• D. Maria de Freitas olhos vistos. O médicc que até ali milagrosa., e lá vai confiada. dar com a. zer de ser a. distribuídora das ~olaa sa Senhora é a mesma e as neces-
Plmentel que disse ser um quisto me dava certas esperanças, agora família prinoípio à dita novena, da.Jtdg da caridade já dos fiéis de Portu~al, já sidades dos operários geralmente são
nos óvarios que em breve se tor- desenganou-me dizendo que só por conjuntamente umas gotinhas da. água dos lá de fora. em benefício de obras a.s mesmas, igual é também a cari-
nariam cancerosos nã() podendo Já milagre poderia ser curado. Voltei- ao doen~, que poucos dias .após co.lll&- muito do agrado de N.• Senhora. dade para. com elas, caridade ali-
ser operada., tendo por Lsso o quis- -me então para o céu já que a. mentada com as esmolas que à Vir-
to de ser destruido a pontas de fo- terra nada. me podia. fazer, e ago-
go. ra sinto-me completamente bem.
çou a manifestar sensíveis molharas, di-
minuindo-lhe ràpida.mente a. febr~ e en-
trando pouco depois em franca convales-
.................. gem são oferecidas.
Mais de 150 operários trabalham
Com a ajuda da Mãe SantLssi- Como de tudo, trabalho todos os cença, não tardando muito a ficar com- Peregrinação vicentina ao Santuário dláriam.ente, •regra geral no Santuá-
ma, agora, acho-me completamen- dias, descanço bem e até agora na- pl.ota.mente bom. rio querido de Nossa Senhora da
te boa, e venho a.gradecer a N. S. da. me tem feito mal ~unca serei de N: Senhora lia Fátima e as- Fátima. Em cada semana. é distri-
da Fátima a grande graça que me capaz de agradecer a. N. Senhora • buída uma média de cinco ll sete
fêz e pedir a todos os leitores que da Fátima tão grande graça que • • sembleia de Vicentinos no mesmo dos con.tos no pagamento das folhas
me ajudem a agradecer também. me alcançou, pois .que foi por meio 2) O mesmo jovem, pouco tempo pas- diversos tra.ba.lhad.ores. E não se
FZamengcu
dela que Jesus se diplOU curar-me oado, vÊH!e a braços com uma. pleuresia., Santuário julgue que o dinheiro está amontoa-
Arneiro Merceana que de Si já inspirava cuidados, quanto do; não está: por durante a sema-
Mana da Luz Garcia mais vindo-lhe a pouca distância do pa- Boletim Português da SoeiQdade de na receia-se n!l.o haver para paga-
ratifo, do qual, se bem que e.stava cu- 0 . mento no fim da mesma semana.
Abcesso Joaquim de Sousa rado, era. natural não obstaJlte que lhe S. V1cen~ de Paul?, n. 0 285 a págiilas Mas N. S. a divina Mãe da. Cari-
Peço publique no seu jornal esta Graças diversas resta.ss.a ainda uma. bem sensível ira- . ~ e 69,, <!illl o segumte, que. oom a d&- dade sobretudo para com os neces-
graça: «Minha filha Isabel, de 4 queza. E foi precisamente isto que fez nd!L T~n1a e pa~a. CC?nheOJme~to do srtados lã sabe os meios de a des-
anos de idade, foi há pouco aco- -António N~ Romualdo, de mais recear. O tratamento mais simples ma1or numero de Vu:~tin~, a.qu1 trans- cobrir e é então qué quando pare-
metl.da duma doença, que pelo seu Ermida. agradece a.. N .• Senhora o qu~ ocorria era 0 da. punção, para ex- crevemos 08 períódos segumtes: ce que as obras n!l.o poderiam con-
médico assistente foi julgada ln- ter curado sua esposa antes de ~er trair a. água. d~ pleu:t;,a. teria, porém, tlhuar por falta de mefos a Virgem
curável. Nasceu-lhe num dos coto- submetida a. uma operação que os êle, resistência para a. suportar? Na. an- · -«Xos dias 7 e 8 de Mnio próxi· tra.z a seus pés criaturas gen.erosas
velos um abcesso de tão mau ca- médiCos lhe haviam imposto como ciedade da fa.míli:a; ii do próprio médico, mo deve realizar.s~ mais uma Pe· que, a. trôco de favores que do c~u
indispensável. Poucos dias antes lembrada <lo feliz êxito do anOOJ-ior re- regcinaçiio Nacional de Yicentinos e receberam, oferecem de suas jol.as
rater que lhe prendeu completa- daquele em que a. o~ção devia C'Ilrso a N,• e.• da. l'átima, por inspirrt- dinhe~ necessário para. qUe
ser feita desa~n o mal que a. ção da me~ irmã começam outra. no- uma assembleia geral vicentina ao~ ou
mente o movimento do 'braço. ~
tad.a. pelo médico, chegou a cicatri-
za.r, mas ficou o braço sempre sem
movimento e ainda. -com a. a.gra-
l'ante de que êste esta.do se oomu-
I motivara.
-Amélia. Lopes do Rio Mau. Lagrosa., ~· de um dia para outro com gar bendito onde Ela se dignou apa- fOsse J)or outros, só pot êstes mo-
•a & '
por falta de meios as obras não
1nma aoomp1lnhada. do U!;O da água mi- pés de Nossa Senhora, lá nêsse lu- sejam mterronipldas. Embora não
l
agradece a ~- S. uma gra.ç~ espi- grande surpresa e l$3.tisfação notam que recer aoá pastorinhos, desde M~io tivos a Fátima. seria digna do cari-
nlcou à perna do mesmo lado que
também não podia mover-se. O
médico aconselhou-me a que fOsse res Novas, agradece a N.' Senhora. mal.
I
~~':;.por ela recebeu de Nos- sem punç.ão .nem qualquer outro remé- a Outubro de 1917, e onde desde nho de todos.
dio o líquido desapareceu e o doente
.....Júlia Antunes BarrOso, de Tor- passou a um estado a.bsolutrunente nor- então até hoje tautas graças tem deMas considerada no seu conjunto
espiritual e temporal a. Fá.tlma. é
- dispensado. • áctualmente um admirável centro de
com a pequena. aos raios, X mas quâ- 0 ter seu irmão recuperado a. vis- •
si sem esperan_ça. dela se curar. Na ta que quási havia perdido o re- Os programas da peregrinayiio e caridade em Portugal; Caridade de
contlngência de ver minha filha médio, diz, foram orações é algo- • • assembleia geral vicentina serão pu· aJesus que todos os meses ali desce
paralitica para. sempre, ou de ter élão embebido em água da Fátima. centenas e por vezes milhares de
3) Na. mesma. familia a.inda, um so- blicados no nosso Boletim de Abril. corações que ou ali retemperam.
de a suJeitar a uma operação, tal- -Maria Luisa. Teixeira de Per- brinho da. ~ p~ Senhora,. de No mesmo Boletim o.e verão vir energias perdidas, ou se esmaltam
Vt!Z dispendiosa e de resultado du- 'DAAI4 ' idade P,e 11 anos, havia. temw já ~ue
vidoso, recorri com muita fé à po- nambuco, ~e, agradece a N. vinha sofrendo de uns ataques que o as indicações de comissões locais com novos fulgores da. virtude; Ca-
derosa. intercessão de N S d Fá Senhora. diversas graças que dela. ridade de Nossa Senhora que ali
tim · · a - alcançou para a sua terra. em mo- prostraV-!IlJl por terra entr~ QOnvul.ljj5es encarregadas de orgnnizar a. pere- atende as súplicas dos que sofretn
a, e prometi-lhe, se ela a cu- mentos de grav~ apreensões poli- que por vezes oust8J'I8.Ill muito a termi· grinação nos vários pont{ls do país. fis~ca ou moralmente, levando ao céu
rasse, fazer em sua honra uma no- tico-rellgtosas. nar fazendo sofrer, tanto ao doentinho, Digria-se presidir a esta Peregri. os pedidos dos homens a quem de-
vcna de terços, missas e comu-
nhões, dar-lhe uma esmola em di-
v como
-s. Ramos ermelho, de Cada.- Imais diligências à família.. que não acertava por
qu~ para iSSQ ~. nação, acompanhando-a, Sua Emi· pois os vem trazer transformados
nheiro e mandar publicar no seu
jornal esta graça. N Senho
val, agradece multo a Nossa. Se-
I em graças, vindas do céu também;
nhora da. Fátima a cura duma en- com o remédio. Ap6s 06 dois casos do nência o Senhor Cardial Patriélrca. Caridade dos homens, que ao senti-
viu-me, pois logo nÔ dia ~~~ fermidade que durante 15 anos te- jovem acima., á a criança acometida de Tudo leva a crer que esta inicia- rem-se beneficiados pela MAo de
minha. filha já tinha movime to ve na boca. Hoje, diz, encontra-se um novo ataque, cujo remédio desta vez tiva resultará brilhantíssima e Je. Deus dão largas à sua. generosidade,
b n completamente curada, graca que procuraram em N.• S.• da. Fátima por
no raço e na pernâ. Levei-a ao atribue a N • Senhora da. Fâtima. meio de terceira. novena. ~ da água. mi- vará aos pés de ~ossa Senhora da esuas assim são levados a sacrificarem
comodidades, seu descanço e
médico que ao vê-la ficou tão sur- Ôi
preendido com tão rápida trans -Maria as Moreira, de Leça. lagrosa,
bidas aa
e com tâo feliz êxito que, be- Fátima a grande maioria dos vi- seu dinheiro
primeiraa gotas, voltou o doen- até, para se most'a.rem
f"'""""'"ão centinos do país. ~a mesma data
rh•.......,.. • que declarou, depois de- do Balio, agradece reconhecida. a
saude que sua. mãe ·obteve por in- tinho a ai, cessando-lhe por completo deve realizar-se a V Assembleia :Ka- agradecidos Senhora.
aos favores de Nossa
~~só0 ~~en:a::O~· f~~ o ataque, e, o que é mais, de então pa-
seEpodia ter dado. .
.,. • como o prometido é devido, Já
~o dos Santos, de Senou-
ras (Almeida) agradece a. N • Se-
I
tel'Oe&ão de Nossa Senhora da Fá- ra cá, há já bons 8 meses, não se lhe cional.
tornou a repetir. · que
Se a caridade é a unlca virtude
há-de subsistir por toda. a eter-
nidade no meio dos eleitos do Eter-
• O President-e do Cons<'lho Parti. no Pai, bom é que todos os que de-
fL a novena referida, envio agora nhora uma. grande graça reéebida. culru· de Lisboa sejamos ser no céu do número des-
~are&n.ola e peço a fineza de publl- e v~m cumprir a promessa de pu- • • sa multidão de escolhidos, que no
d esta graça, o que multo a.gra- blicar a graça e entregar uma. es- 4 ) Um caso indêntico a. ht<e ~ deu José Augusto Paes Ferreira dizer de S. João, na t.erra ninguém
eço. mola para o c!ulto na Fátima. numa outra fauu1ia em q•.1a úma meni- pode contar, bom é digo, que come-
Ovar-Rosa Maria de Oliveira -Armind.a Eulália do ~ral l'~a. também de 11 para 12 anos era ví- cemos, não só no Sameiro e na Fá-
de S. Cruz das Flores, agradece di~ tuna d~ freqUentes ataques epiléticos Nota- a correspondência respei-
Quisto
Lefte
I tima mas em todo o Portugal, por-
versas graças temPOtais concedi- que lhe davam quando menos se espa- tante à Peregrinação deve ser diri- que todo êle é Terra de S."" Marta.,
das a sua m.ãe e a uma sua visi- rava, em casa., na rua, em qualquer par- gida ao Ex.mo S1·. Dr. Mário Neu· bom é digo ainda que comecemos
Achando-me com um quisto ce- nha multo necessitada. · te, a. ponto ~ nunca. poder andar ~rn parth-R. Nova de S. António, a S. a exercer tão nobre virtude cujo
baceo na cabeça, hã 13 anos, fize- - Ana da. Glória Silva, da Ribei- alguém que a. acompanhasse. cumprimento ou não cumprimento
C-onhecedora. a mãe elos prodígios que ~Iamede, 61, 2. Lisboa.:a
0

ra diversas novenas sem nunca rinha, Açores, agradece a N.a Se-


obter a graça que pedia. Jâ estava.
conformada com a vontade de
nhora a cura duma enfermidade por tôda. a parte vinha operando N.•
que há tempos a molestava.. S. da Fátima, assentou consigo implo-
................... motivará no grande dia de juízo as
sentenças de Deus a resoeito de ca-
da um de nós. - Afastai-vos de
Deus quando de um momento pa- - Franc.lsco Manuel Pacheco, de rar dela. a cura. de sua filha. dando pa- mim... porque não fostes caridosos.
ra outro o quisto começou a. crescer Beja, agradece a. N.• Senhora uma ra isso princípio a uma novena. con· Nossa Senhora, am- Vinde comigo ... porque tivestes cari-
muito e a infla.m.a.r. Tive então de graça espiritual que considera a juntamente com o uso da bemdita água.
ir ao médico que declarou ser ne- ma.ior da sua. vida. E tão feliz foi, que logo após a. primeira. paro dos operários dade. Nota-Ainda. hã poucos dias o diâ-
~o UDU\ opernção. Não tendo - M.• Moreira Freitas, de Cam- \·ez que bebeu umas gotinhas da. água ric católico «Novidades, nos deu a
coragem para deixar rasgar o meu Panhã, agradece muito reconheci- milagrosa ficou completamente livrf: dos O nosso estimado colega., cEcos noticia da inauguraç!l.o de dois ins-
00.'1>0, pedi ao médico que me des- da, uma graça. temporal. . . mencionados ataques, cm pleno uso de to- do Ba.meiro, pUblicou no seu nú- titutos de caridade em favor dos po-
se um remédio a. ver se não era - Maria Garcia, de R1ba Mar, dos os seus movimentos, e assim me foi mero de Marçe p. p., em artigo do bres. Foram êstes:
Dece&sá.rta a. operação. Deu-me um sofreu durante 10 anos ataques apresentada. dias depois para. se confes- fundo intitulado cObras do Samei- •a obra de Assistência médica aos
remédio mas disse que nada. vale- a~léticos. Desenganada pelos mé- sar e no dia. seguinte comungar em a.c- ro,, a resolução caridosa. que a con- pobres da freguesia de Sanros-o-Ve-
ria por que três quistos só se extir- dlCOS foi a Fátima implorar a N. ção de graças a N. S. por tão insigne fraria dêsse Santuário tomou sObre lho, em Lisboa. Esta. obra., inlciati-
pam cortando e raspando para não Senhora a sua cura. Levou água benefício. :ot de dar desenvolvimento às obras vo do Rev.mo Prior Mons. Fernandes
voltarem. Apesar do desengana que bebeu em sua. casa durante · • a realizar ali, tendo em vista êstes Duarte, foi colocada sob a. proteção
voltei com o remédio para casa, alguns dias, e então os ataques clois fins bem dignos de nota e imi- de Nossa Senhora de Fátima e pro-
nunca. mais voltaram. • •
entretendo-me no caminho a ler tação -aumentar o culto a Nossa põe-se fornecer · gratuitamente ass•s-
a Voo da Fátima. Lendo lá tão 5) Um jovem do povo, casado nã.o ha- Senhora pelo aproveitamento dêste tência. médica e respectivos medica-
grandes graças, recorri a. N. S. com --------~·,~------ ,·ia muita ainda, cai um dia no terrei- seu Santuârto, e dar a.os operários mentos aos doentes pobres da fre-
uma novena e prometendo um pe- ro em frente de sua casa com um ata.- oca.sião para que honra.cl.amente guesia.. A inauguração assistiram
queno óbulo para ajudar as obras
do Santuário. Durante algumas se-
AVISOS que que por todos 08 que acorreram foi possam ganhar o ne<:essário susten- além de outras individualidades de
tido coma de mau carácter. Inf{llizmente ttJ para si e para os seus. Honra destaque cinco Ex."'... médicos e uma
manas fui orando e aplicando o I não era católico, mas sim espirita o SE"ja. dada. a esta confraria que as- ~.- médica bem como Sua. Em.o~•
remédio até que apareceu um pe- A crise pecuniária chegou tam- que mais fazia. recear com relação à ~ua sim diàriamente dá pão a uma cen- o Senhor Ca.rdia.l Patrtarca. que pro-
queno orificio Junto ao quisto, ori- alma. De uma casn. visinha. uma Senhora tena. de operários: Certamente aque- feriu um discurso todo repassado da
fício que pouco tempo depois fe- bém à Voz da Fátima. Em diver· de distinção advertindo no sucedido, le:; cem operários ao regressarem a sua caridade paternal. Depois da
chou por si mesmo. Voltei de novo sos meses já a despesa tem sido chama. uma creada, corrQ ao oratório on- suas pobres choupanas cançados de inauguração dirigiram-se todos ao
ao médico que confirmou o que ti- superior à r eceita. Mais uma. vez de tinha. uma. eo.tàtun.sinha de N ... Sr.• seus trabalhos sentiram o doce pra- consultório onde sua Em.•'• obser-
nha dito;~ra necessário a opera- de Fátima e, dando-lha., diz-lhe que vá zer de com aquelas bâgas de suor vou minuciosamente r..s vãrtos ob-
ção. Ainda agora. não tive cora- apelamos para a generosidade de com ela para onrlc está o doente t! (jUe transformadas em moedas poderem j&etos de uso cllnico.
gem e recomecei as novenas e o seus leitores para que se possa lá junto dele vá resando o terço para matar a fome a uma esposa. talvez A outra obra de caridade fot cA
mesmo tratamento. Na tErceira conservar êste jornal que só vive que N.• Sr.• nã.o o deixe morrer ~m . enfraquecida. pela. falta de a.limen- cozinha económica, inst!tulda na
novena, com grande alegria. de to- das esmolas que lhe dM. confissão. Oh I valiosa. protecção ~ Ma- to e a um mais ou menos numero- freguesia. da. Sé, no bairro mais PO-
da a fa.m1lla., quando se estava. fa- ria I Quando todos o julgavam expiran- so grupo de criancas a quem a bre da. cidade do POrto. Assistiu
zendo o curativo o quisto saiu in- do, o doente volta a si e, dirigindo-se fome tornou raquiticas e fêz per- também à inauguração s~ Ex.!•
teiro e sem eu sentir a. menor dOr! II com intimativa a. sua esposa. que ali es- der o frescor juvenil. Rev.m• o Snr. Bispo do POrto que na
O médico disse que era o primei- 1:Iais uma vez se lembra a t,odos tava. d~eita. em pranto, ccjá. chamaste A Nossa. Senhora do Sameiro de- ocasião teve palavras de louvor e
ro· caso Que se dera. com êle. que seria roubar as esmolas de Nos- o Padre, diz-lhe, manda pedir-lhe que vem os ol'lf'rárin~ êste benefício, incitamento a esta obra de carida-
Tão grande graça deve ser atri- venha. já ... jáu Deu tempo a que o Padre oorque se n!o fossem as graças que
buída à mãe de Deus. Hoje com- sa Senhora o levar para cada casa viesse, rece~u tranquilamente ~ Sa~r:v esta Mãe bondosa a.'cança a seus de em beneficio dos pobres desem-
pregados. Oxalá Nossa. Senhora. da.
pletamente cura.d.a, venho pedir a mais do que um jornal cada mês. mentos, e, como quem nada. JD.IUS espe- devotos a sua confraria não teria Fátima cubra. de bênçãos estas e
publicação para honra e glória. da Procedem, pois, mal as famílias que ram, plàcidamente expirou. com que pagar aos operários. 1!: a. outras obras semelhantes a estas
Virgem Sant.Lsslma. e para animar querem um para cada pessoa da (contimía) gratidão dos devotos de Nossa Se- que porventura noutras partes se
os que sofrem. Aproveito também sua casa quer saibam quer nüo sai- ColÁmo Ant.o Vieira, Baía.. nhora que os leva a. oferecerem- venham a. fundar.
a ocasião para, agradecer a sa.ude ...,. -lhe os seus dinheiros em agrade- 1!: que, realmente como diz São
que N. S. alcançou para uma. ne~- 1bam ler. P.• João Miranda S. J. cimento dos favores dela recebidos Paulo, a. caridade é enpnhosa.
4 VOZ DA FATIMA

VOZ DA FATIMA pessoas. confrades da Conferência de Por lembrança do Venerando Prelado • Liberdade do Domingo
Nossa Senhora da Encarnação, de Nossa procedeu-se a uma colecta entre os as-
Senhora do Socorro, de S. Domingos, sistentes em favor do cofre do Conselho • •
DESPEZA de S. Sebastião da Pedreira e da Obra Superior, que produziu 55S75. Ao peito das crianças quem não A primeira e mais necessdria de
da visita aos presos da Penitenciária, tO- A esta reünião seguiu-se a refeição da tem visto uma pequenina cruz gra- todas as ltberdacü>.s populares é CJ
Tranaporte 321.288159 das da cidade de· Lisboa; das Conferên- noite presidida pelo Venerando Prelado ciosa e elegante como um pequeni- liberdacü do Domingo.
papel, comp. e imp. do n.• cias de Nossa Senhora da Encarnação de e em que tomaram parte os exercitantes. no brinquedo? Homem há que ndo compreen-
114 (60.000 ex.) 3.710100 Leiria, de Santa Catarina da Serrra e de São de tOdas as idades e posições sociais: Mero adorno? Não. dem a necessidade que a alma e o
Franquias, embalagenB, Cristo Rei, de Ceic;a, todas da diocese o velho magistrado aposentado e o estu- Jt o resto duma funda tradição corpo teem de descamo. Sdo os
transportes, etc. 1.270140 de Leiria; da Conferência de Nuno AI· dante de capa e batina; oficiais do exér- que levava santos a gravarem-na a que mandam trabalhar e n4o tra-
vares, de Santarém, de Nossa Senhora cito, advogados. engenheiros, proprietá- ferro ou a fogo sObre o próprio pei- balham, os que em descamo rece-
Na administração - Lei.· bem os lucros, os que n4o eman-
ria 229150 do Pópulo, das Caldas da Rainha e do rios e negociantes a par dos modestos t.... para assim se consagrarem ãque-
Pedrógam (concelho de Torres Novas), agricultores e empregad06. Durante esta le Deus cuja m emória recorda. güentam as m4os nas oficinas, nas.
total 326.498149 tôdas também do Patriarcado; da Con- refeição não houve já leitura como nas Como eu gosto de a ver assim duras asperezas da matéria, os que
ferência de Nuno Alvares de Elvas (ar- outras, nem foi já guardado • silêncio, pendente de um fio subtil na airo- ndo curvam, durante sets dtas, CJ
Donativos desde 15$00 qui-Diocese de ~vora) da Conferência antes houve mais animada conversação sa formosura.. duma tão grande sim- fronte molhada em suor, e s6bre
de Nossa Senhora da Conceição da Mar- entre os conYivas. Aqueles que faziam plicidade! um terreno ingrato; CO"lpreendem-
Irene Fernandct> - Lisboa"' 15100; ça (diocese de Portalegre) e da Conferên· o retiro pela primeira Te& re...elaram a Mas como me enerva também -se as suas objecções contra a lef
:Ha.ria Ramos - A.merica, 15•00; Vir- cia de São Nicolau da cidade do Porto. sua grande satisfação. Os outros princi- quando a vejo supersticiosamente do repouso, as suas oposiçõu 4 zt-
gínia Teixeira.- Chaves, 50$00; Maria Foi conferente o Rev. P.• Magalhães, palmente os que haviam Tindo ao retiro misturada com figas e meias luas berdacü do Domingo.
Vitorina- Chaves, 20$00; Maria Ra- S. J. Na primeira conferência na tarde do ano passado recordaTam-o evocando e cinco salmões numa promiscuida- Mas o operdrio sempre que se v~
malho - Aiamonte, 15$00; Luzia Fon- do sábado de 6 de Fevereiro, o piedoso com saudade os nomes dos exercitantes de avlltante! ... • livre da violéncfa material ou mo-
tes- América., 31$00; Maria. MaldO- e douto conferente fez salientar o quanto que haviam faltado. Não a uzeis assim nem permitais ral, sempre que o deixam entregue
nado- Pôrto, 20$00; Maria de Vaa.-
conoolos - Pôrto, 20$00; Adelai~ Da.z
-América, 31500; Manuel de Oliveira
de bem moral se obtem nos retiros, prin-
cipalmente num retiro fechado. Na medi·
tação e na conferência de cada manhã e
................... que assim a uzem os de vossa casa
e famllial

a si mesmo, reclama como dirette»
seu e mui sagrado a guarda déste
dfa que o torna livre verdadeira-
- América., 30$80; Maria. Roea. -
América., 30$80; Maria Resend4t -
de cada tarde dos três dias de Carnaval
foram sucessivamente tratados os gran·
ENSINAI ... • • mente, esposo e pai, e filho M
Deus. g o sentimento da dignidade
E nas casas e nas fazendas uza1 humana que o requere, é a exigm-
.A.mérica, 30$80; Maria Furtado -
A.m.éric&, 30$80 Norberto Sá- Am&-
des assuntos dos retiros: as relações do
homem para com Deus, seu principio e Osinal do cristão da mesma simpliCidade ilustrada cfa da famUia, é a necessidade re-
ri<'a, 30$80; Fre.nk Santos - Américe.,
30$80; António Roche. - América,
seu fim; a enormidade do mal do pecado;
a morte; os meios de readquirir a graça,
I O sinal do cristão é a Santa CrUz
respeitosa.
Nl!.o poluais, não mancheis a san-
ligiosa das almas, é o grito cü tu-
do o que hd de mais nobre e im-
30$80; J ooquim Martina -América, a confissão; a necessidade de orar para porque nela morreu Cristo Nosso se- tidade da cruz de Cristo com a pre- perioso na nossa natureza.
156$80; Me.ria Macieira. - Lisboa, se libertar de maus hábitos e adquirir as nhor. • sença de simbolos e de coisas con- Arautos da democracia, vós que
15$00; Igreja dos S. Reis- C. Gran- virtudes, etc. trãrias à fé ou vergonhosamente ztsongeais o povo desprezando-o oo
de, 60100; P .• Tomás de Aquino - Car- Os exercitantes ficaram instalados nas • • opostas à razão e à decência. mesmo tempo, acreditai que êle
valhos, 100800; António Martins - Re- dependências do Hospital do Santuário, A cruz é o sinal do cristão! tem alma. Sim, a lei do Domingo~
carei., 25100; Francisco Viceate - Vi- em cuja capela se realizaram as confe- Assim no-lo ensinaram os nossos tdo religiosamente democrtltica, t
~~eu, 25$00; Heitor Brito - Pôrto, rências e tiveram lugar as meditações e pais porgue lho haviam enslnado a • hoje por muitos desprezada ... e cm
êles; assim ensinamos nós e serâ
15100; Maria Gonzaga- C&beçudos,
20$00; Maria Mesquit&- Figuein. da
onde, de manhã eram recitadas em co-
mum as orações e era celebrado o Santo ensinado sempre porqae ~ a Igreja • • nome da liberdade!
Voltai um olhar aos patsu de
Foz, 20$00; P.• António Oeiça - Sa.crif.fcio da Missa; de tarde era feita que assim ensina, ou o mesmo Jesus Dantes. pelas nossas aldeias, nos maior liberdade : todos observam o
Paião, 135$00; Maria da Gl6ria - P. também uma leitura espiritual por um por ela pois só Ele 6 Mestre. largos, nos caminhos nas bl!Urca- preceito Dominical. Demos o Do-
de Varzim, 15$00; Georgina Amaral - exercitante e as visitas ao SS. Sacramen- E contudo quanta ignorância sob ções, nas frentes das casas, a cada mingo ao operdrfo, demo-lo para o
P. de Varzim, 20$00; P. • Aurélio Mar- to , e à noite, o terço glorioso, e B!nção tste ponto de vista, quanta falta de passo se via o sinal da ~ Re- seu Deus, sua tamUia e seu repouso.
tina- P. de Varzim, 15100; Igreja com o SS. Sacramento, a.ntes do exame lógica quanta falta de caracter. denção.
da Misericórdia - P. de V arràm. e oração da noite. O terço gozoso, de Ah! sim, é bem verdade que a Ao encerrarem-se as missões le-
210$30; Maria. Engrácia. - Lisbo&, grande crise é a crise de ca.ra.cter vantava-a o povo tlel como padrão
20$00 · Elvira Ramos- Açores, 2'~150;
manhã, e o terço doloroso, de tarde após
o jantar, eram recitados fora do Hospi- em que hoje se está. • comemorativo dessa chuva de gra- De interêsse para. as que buscam
João Órmonde-P. da Vitória, 25$00; tal, na Capelinha das Aparições. A cruz é o sinal do cristão, o ça. DOIVO
Maria. Romba - Mertola., 20$00; Fran· Que saudosas recordações dessa vida seu distintivo externo, f !slco, mate- E como os fiéis respeitavam sau-
oisco Braga - Açôres, 15100; P. • Ma.- em comum dos exercitantes, guardando rial, pais que o vf'rdadeiro sinal dando com amor essas cruzes ben-
n.uel de Medeiros - Angr&, 20$00; ,.n.,stitutivo da cU.IttnçAo entre o ditas. Havia muita animaçlfo numa sa-
recolhimento ·e silêncio mesmo nos mo- la de baile. Via-se retirado a um
Adelina Faria - Caldas da. lta.ín.ha., mentos de cctempo livre» e no passeio pe- cristão e o gentio tem de estar mui- Pequenito, lembro-me ainda de,
30$00; Elisa do Resgate - Belas, to acima dum simples sinal exterior. cada vez que lhe passava deante, canto um jovem muito simpdtico.
lo vasto recinto do Santuário, mas vi- que parecia estar indiferente a tu -
15$00 · Graciano Palhas- Cortegana, vendo na mais perfeita comunhão de re- E está.. me ir ajoelhar no s6co duma dessas
20$00; P. • Manuel Cêpa. - Caparei roa, ciproco afecto como se todos fOssem ir- • venerandas cruzes levantada a. dois do quanto ali se passava.
55$00; Angelina Rosa- Evora, 20$00; passos da minha Igreja e alt, com Uma menina desembaraçada e
Feliciana Ca.upers - Lisboa, 20$00;
mãos! Que saudades desses felizes mo- • • minha avó, rezar pelas almas. um pouco atrevida, que mal o co-
mentos, quando todos juntos, no Alpen- nhecia, aproximou-se dele e disse-
Hortense de Barros- Lisboa., 15$00; dre da Capelinha das Aparições se pros- Foi o Divino Mestre QUe um d1a Que de perfqm.a.da lembrança se
Maria da. Gr~a - Negrelos, 20$00; pronunCiou aquelas benditas e tan- evolam saüdosas dessas pedras ne- -lne:
travam aos pés de Nossa Senhora, no -Ent4o o Senhor n4o quere dan-
lgrej.a. da V era. Cruz - Caudal, 30$00; mesmo local em que ela se dignou apa- tas vezes tão esquecidas palavras: gra, sombreada de carvall.os gigan-
MáriO Jordão - América., 23 dolars; Todos hão-de conhecer que sois tes! çar?
recer. -O baile nlfo é digno do homem,
Josefina ll~ernandes- Bragança, 20$00; meus discipulos pelo facto de vos De iguais ou ma!s interessantes
Maria Silveira- Calüornia, 1 dola.r ; No último dia, ao fim da tarde, apa- amardes uns aos outros. recordacões são tesoiro outra~ ~­ disse o jovem.
Distrib. em Obidos, 25$00; Maria Mar- receu no Santuário o Venerando Prelado 1!: a caridade fra tema e recipro- zes, todas as cruzes dêste nosso -0 senhor vem com chalaças?
ques - Angóla, 17$50; Angelina dos da diocese, o Ex.mo e Rev.mo Snr. D. ca, a caridade sobrenatural e sem querido Portugal. -Nlfo; um homem nlfo deve cha-
Santo& - Sabugo, 15$00; Armindn da José Alves Correia da Silva, o que foi eYcepções que nos hã-de destinguir Cruzes velhas de granito com o lacear nem dançar I
Fonseca - Pôrto, 20$00; Francisco Sa-- motivo de todos os exercitantes acudi- dos pagãos, que nos há-de tomar seu Senhor enegrecido pelo temno -E porqué?
ramago - Africa., 10 scilings; Esmola rem a saüdá-lo. Passado algum tempo conhecidos no melo deste mundo semeadas pela terra cristã do Minho -Porque Jesus Cristo que é o
de Lisboa, 20$00; Rosa. Erdeira - realizou-se, como no fim do retiro do perverso e odiento em que temos de e das Beiras; cruzes, branca::. como nosso modélo nunca danQOU nem
Ovar, 51$30; P.• Bra<'o Mich~e- Oe- ano anterior, uma reünião dos exercitan- viver. noivas, do coração de Portugal a chalaceou.
tes presidida por Sua Excelência Reve-
nova, 16$20; Julieta Morais- Põrto,
rendíssima. Foram recitadas as orações Sem caridade - o amor do pró- Uuminarem de esperança a alma co Esta resposta pós meio envergo-
15$00 · João de Deus- Chaves, 20$00; ximo por amor de Deus - é impos- viandante: cruzes artisticas e gar- nhada a menina, no entanto prose-
Maria' Eugénia - Estoril, 20$00 i Je- como se fOsse para o começo de uma ses- ridas dos pe1ou:tnhos e catedrais: guiu.
são vicentina; foi feita também a leitura sivel agradar a Deus.
rónimo de Melo - MOÇambiqu~ 15f_OO ; Sem caridade nl!.o ha cristlanis- cruzes singelas de, cantaria. cruzes -Se J esus Cristo é o modélo dos
Maria. de Samões - P. de .1rerre1ra, espiritual que recaiu sObre uma folha sol- de bronze e de ferro de mãrmore homens, quem é o das mulheres?
ta mandada imprimir pelo Conselho Su- mo.
20$00 i Henriqu~ta Adelaide - Tarou- Um cristão sem caridade é pelor e de pedra tosca: todas foram le- - A Virgem Maria, minha senho-
perior, como meio de propagação vicen-
ça 20$00 · Eulália de Sá- Cortegana,
tina, e intitulada ccHistória da fundação do que um pagão e gentio; porque vantadas pela fé dos nossos maio- ra.
30SOO. nla de Sousa-Ca.mpolide, 3.'5$00 êste, se não conhece a Cristo Nosso r es e slio um sinal de Que é cristã Aqui a menina baixou os olhos,
P.• J~ de Avila- Ac;ôres, 100i00; de uma conferência». A seguir tendo sido
Senhor, como Lhe hâ-de seguir a esta terra que pisamos. agradeceu ao jovem e retirou-se.
P.• José Alberto - Açôres, . 30$00; concedida a palavra ao presidente do D eade aquéle dia sempre se mirou
Conselho Superior, êste agradeceu ao Ve- doutrina? •
Distrib. em Ava.nca, 75i00; F1lomena. Mas o cristão que, conhecendo-a no espelho do modtlo das mulhe-
Leoni - Belas, 20$00; Améli!L Lou- nerando Prelado a subida honra de vir
r~ço - Açôres, 15$00 i Carw;ht.a. Fer- tomar parte no encerramento dos exer- a não segue, despreza-a.. • • res.
Amemo-nos pois uns aos outros Um ano depois os interlocutores
reira - Madeira, 15$00; Jose da Luz cfcios espirituais e de presidir à sessão; Quantas delas baquearam à mão estavam ligados pelos sagrados la-
congratulou-se com os demais exercitan- como manda o Senhor e como se 1
sacri ega que jâ Deus a esta hora Ços db matrimónio, sendo perfeito
- Oadima., 15$00; Distrib. em Vila N .• amavam os primeiros cristãos a
dé Fozcôa 50$00 · P .• Santos Alves - tes pela graça concedida pela Divina pro- castigou! modtlo de esposos felizes.
ponto de os gentios exclamarem ad-
Cortes, 20$00 i T~más Põrto - Améri- vidência de poderem ter feito um retiro;
mirados:
Erga-as de novo a nossa fé.
ca 60~00 · Cel~tin.o Leite-C. de Bas- falou sObre a necessidade de se celebrar Fazei ressurgir, com amor, as cru-
no ano próximo, em 1933. o primeiro cVêde como se amam! ~ zes de Portugal!
to' 20$00 ·' Ma.ria. Gil-Canelas, 70$00;
Maria ~Íedeiros - América, 1 dolar; centenário da fundação da Sociedade de •
Um exemplo

-----
Agostinho Ribeiro - Guimarães, 20$00; S. Vicente de Paulo, e anunciou para o Uma alma pequenina Nem sempre castiga Deus desde logo
Maria Trigueiros - Fundã~, 15$00; próximo mês de Maio uma peregrinação • • as injúrias que lhe são irrogadas: tem a
nacional vicentina àquele Santuário, es-
Manuel de Nobrega.- Mi!.deJra, 20$00;
Beatriz Silva - Lo urdes, 20$00 i Di&- tando já organizada uma comissão em Mas não vos esqueçais nunca de
que a cruz é o sinal do cristlfo.
.... eternidade tôda para isto. As vezes po-
rém o castigo é imediato, para manües-
trib. em Cabeço de Vide, 25$00; Gui- Lisboa para tratar dos trabalhos prepa- Obras publicadas s8bre Fátima com a tação do seu poder e para escarmento
ratórios. Sinal exterior mas... sinal. aprovação de 8. Ex.cta Rev,,. o Snr.
lherme Porfírio - Açôres, 15$00 i Ma· Sinal tisico mas... verdadeiro e dos homens.
ria. Veríssimo - Turcifal, 20$00; Ger- Uma das melhores formas de solenisar real. Bispo de Leiria Há não muito tempo, ocorreu em Cas-
trudes Pinto- Estoril, 20$00; Artur o centenário da fundação da nossa queri- Distintivo autêntico do cristão, telnuovo, perto de Lodi, na Itália, o
Fernandes - L. Marques, 50i00; M~r da Sociedade, disse o orador, será a de porque foi a cruz o instrumento da Visconde de Montelo seguinte facto, narrado pelo próprio vi-
ria Bastos - Barcelos; 20$00; Anónimo aumentar mais e mais o número das con- nossa Redenção e o Troféu da vitó- gário da localidade:
de Parada - Braga, 15$00 ; P.• Ger.nrd ferências. E por êsse modo corresponde- ria de Jesus sObre o demónio êsse As Grandes Maravilhas de Fátima - - O sino da igreja anunciava a ben-
Marie - Franç&, 20 francos. Anómm& ríamos também à intens.ificação da vida sinal pertence-nos como a seus dis- 1927. ção do Santíssimo.
20$00; P. • Artur GonQalves - 15$00; de caridade tão necessária no momento cipulos e coherdetros do reino dos Fátima o Paraíso na Terra. - 1930. Na venda ao lado, os freguezes inter-
P.• José Pinto Pimentel-Douro, 20$00; presente, tão instantemente recomenda- céus. A Pérol.a. de Portugal- 1931. romperam por um momento o seu jego
.Maria Guilhennina Sampaio 15f00. do pelo Santo Padre na sua carta Pon- Ofício Menor e Novena de Nossa. Se- de cartas. Um deles, rapaz forte, de 28-

---····- ---
A nós- a mais ninguém!
tifícia de 2 de Outubro de I9JI, ccNova Se não sois cristão porque usais nhora da Fátima. - 1930. anos, não gostou disto e começou a blas-
impendent>>. um sinal que vos não pertence? Manuel do Peregrino da. Fátima. - 3.• femar e, repreeendido pelos companhei-
Depois falaram vários exercitantes, ~ição- 1931. ros, gritou:
Se as vossas obras são obras de
anunciando um confrade de Lisboa que pagãos porque quereis aparentar do uEu digo o que quero contra o Sacra-
EXERCICIOS ESPIRITUAIS EM estava em via de formação mais uma que nl!.o sois? Doutor Lufa Fi3cher mento, e êle que me mande um cancro.
conferência naquela cidade, a Conferên- à garganta, se é capaz».
FATIMA cia de Queluz. Outro exercitante de Man-
Isso é hipocrlsla e falta de carac-
ter.
Fátima. a Lourdes Portugu'EISa. (Tradu- A tão horrfvel blasfémia, todos senti-
gualde, diocese de Viseu, comunicou à ção de 2.• edição alemã), pelo Rev.do Dr. ram gelar-se-lhes o sangue.
O cBoletlm Português da Sociedade de
Ah! E ver agente senhoras despu- Sebastião da Costa Brites- 1930.
S . VIcente de Paulo• publicou no seu
assembleia que se estava também prepa· doradamente decotadas, impudica- Pouco tempo depois, o pároco é cha-
n.• 286, relativo ao mês de Março p. p., rando o aparecimento de uma conferên· mente desV'estidas a ostentar so- mado com urgência para sacramentar
o relatório dos exerciclos espirituais em cia naquela vila de Mangualde. bre as carnes mias a cruz de Nota- Estas obras que se encontram um doente. E' o blasfemador, a quem
Fátima dados nos três dias da Carnaval Por vários exercitantes da diocese de
aos sócios masculinos das Conterêncl118 Cristo!. .. à venda. na Administraçdo da Voz da um cancro fulminante fecha e roe a gar-
de S. VIcente de Paulo, e que é do t.eor Leiria foi feita a promessa de novas con- Melhor fOra que trou:Xessem a Fátima- Leiria e que serão enviadas à ganta e lhe faz correr um sangue escuro-
eegulnte: ferências rurais nas freguesias de Amor, Imagem de Cristo sem cruz que de cobrança a quem 118 pedir, são utilíssimas da boca e dos ouvidos. ~le vê e reconhe-
1\laceira, Pousos, Souto da Carpalhosa. cruz e grande Lhe servem elas! a tôda. a gente e indispensáveis a quem ce o castigo de Deus, e recebe os últi-
- ccComo fOra anunciado, realizaram- O Presidente do Conselho Superior lem- Que escârneo I qui~r conh ecer de algum modo os factos mos Sacramentos com viva fé e arrepen-
-se em Fátima os exercícios espirituais brou ainda que por ocasião da referida Não se recordam ou não sabem do. Fátima. dimento profundo. Munido pelos con-
no Santuário de Nossa Senhora, por ocá- peregrinação vicentina a Fátima, em
sião do Carnaval, começando na tarde Maio, houvesse também uma reünião dos
de 6 de Fevereiro e terminando na ma- vicentinos para se tratar da celebração
que nara ser cristão nlio basta ter
recebido o baptismo mas é preciso
viver em Cristo, viver em união
.................. fortos da Religião, pede ainda ao páro-
co para dizer no seu enterro algumas
' palavras, publicar os sentimentos com
drugada do dia 10. do centenário vicentino, o que mereceu Este número foi visado pela co- que morreu e desfazer assim o escândalo-
com Cristo cumprindo a Sua santa
Neles tomaram parte além de outras plena aprovação. Lei? missão de censura que dera.
• •

I
Ano X Leiria, 13 de Maio de 1932 N.• 118.

COII APROVAÇAO ECLEIIASTICA

Oireotor 1 Proprietário & Dr. Ma nuel Marques d os San t os - E mpr • sa Ed·t


1 ora& Ta·p. " UniAo Clráfi•"L
_, T. do Despaoho, 1..Li·- ..- - - Administradorr P. Ant6nio dos Aeis _ Rtda-"•o
...,.. 1 Adminlstraolo& "llminário de Leiria,

FATIMA, estância bemdita de mistérios,


de graças e de prodígios ..
<<Em Fátima, úrra de maravilhas e de bênçãos, Maria Santís-
sima atrai as multidões a seu Filho adorável, a ] esus presente -na
H 6stia E ucarlstica)).

• Rev.do P .• Richard, redactor da revista u Sentier, de Paris

do seu amor, de Maria e da sua bondade e da sua augusta Pessoa, irá dizer depois
Um novo Tabor e um pequeno jubileu misericórdia! Quantos tesouros nela se en- ao Papa e ao mundo que P ortugal conti-
Fátima! Três lustros... qu.i.oze anos - contram, quantos benefícios ela nos depa- nua a ser a nação fidelissima e que sôbre
tmtos quantos os mistérios e as dezenas rai a terra não há povo algum que tenha mais
do Saltério de Maria, o Santíssimo Rosá- Jt a cidade dos desejos e é a cidade das amor ao Papa e seja mais dócil aos seus
rio - correram já na roda do tempo, des- saudades. Quem lá entra uma vez, exulta !'nsinamentos ~ a os seus preceitos do que
de que a Rainha do Céu se dignou pou- de alegria, quem ae 1á sai, chora e suspi- o nobre, leal e heroico povo português.
sar os seus pés virginais sôbre a copa da ra e só anseia por 1-\ voltar. E, ao partir dos páramos misteriosos
azinb~ sagrada, na scena encantadora Nossa Senhora de Fátima! Neste dia de de F átima, ao apartar-se, por ven~ pa-
e inolvidável da primeira aparição. triunfo e de glória, em que, faz quinze ra sempre, do bemdito local das apan-
O relâmpago precursor dessa aparição anos, vós, sob a invocação de Rainha do \·ües, com as lágrimas a embaciar-lhe os
- raio fulgurante e esplendoroso do Sol Sàntíssimo Rosário, vos dignastes aparecer olhos e o espinho agri-doce da saüdade a
Divino - que inundou de caudais de luz pela primeira vez no planalto sagrado da pungir-lhe o coração, preso, eternamente
celestial o vasto recinto' da Cova da Iria, Serra de Aire, como penhor seguro de no- preso, do encanto supremo das scenas inol-
havia de projectar, a breve trecho, um vas graças e de novas bênçãos, - neste vidáveis de q ue foi testemunha, o ilustre
claião intenso sôbre Portugal e o mundo dia, em que as multidões vindas de todos Prelado ouvirá ainda ecoar aos seus ouvi-
inteiro para iluminar as almas e aquecer os pontos de Portugal, t erra de Santa Ma- dos a voz sincera e sentida de milhares de
os corações, atraindo-os até junto do tro- ria, vão depOr a vossas pés o tributo da peitos lusitanos bradando, como uma pro-
no da Virgem, Mãe de misericórdia e Me- sua fé, do seu amor e das suas esperan- messa, como uma reparação e como um
dianeira de tôdas as graças, e aos pés de ças. estendei as mãos generosas sôbre esta protesto:
Jesus, Rei de Amor, presente na Hóstia grei que vos é tão cara e derramai com Viva o Papa·Rei!
puríssima e imaculada do Sacrifício Eu- profusão sôbre as ovelhas e sôbre os pas-
carístico. tores as riquezas espirituais dos tesouros Viva. o Núncio de Sua Santi<!ade l
Alí, naquele formoso cantinho do Céu, inexauríveis do Céu !
outrora desconhecido, sem movimento e ú augusta Rainha de Portugal, piedosís- Missa nova na Cova da Iria
sem vida, e hoje célebre entre os mais cé- sima Senhora de Fátima, perdão para as
No dia 2 de Abril, dia da festa da Anun-
lebres da terra, as previsões humanas fa- ingratidões da Pátria! Justiça, glória, in-
dependência, liberdade para a Santa Igreja ciação de Nossa Senhora transferid;l. ~o
lharam, a ironia e a mentira, a blasfé- dia 25 de Março, por ser a serla-feua
mia e a impiedade foram desarmadas, o e para o seu augusto Chefe, o grande Pa-
pa Pio XI, felizmente reinante! Santa, cantou a sua primeira missa, no
impossível tomou-se realidade e as pro- santuário d& Fátima. o novo presbítero
fecias de três crianças, rudes e ignoran- Luz, coragem, fé ardente, esperança,
Augusto de Sousa, aluno do quarto ano do
tes, cumpriram-se. concórdia, amor para todos os católicos
curso teológico do Seminário Episcopal de
Seis aparições da Virgem do Rosário, portugueses, de sorte que, abrigados sob o Leiria.
constatadas em virtude dum rigoroso pro- vosso manto maternal, êles tenham sempre
O celebrante foi acolitado ~os seus
cesso canónico, fenómenos maravilhosos como divisa, nas pugnas incruentas mas
dois irmãos sacerdotes, os rev.d"" Manuel
presenciados por dezenas de milhar de acérrimas e dolorosas da vida um só cora-
de Sousa, reitor do Santuário de Fátima,
pessoas, um sem número de prodígios ve- ção é uma só alma: Cor unum et anima e J osé de Sousa, professor no Seminárió,
rificados e reconhecidos pela sciência co- una! sendo presbítero assistente o rev.do Agos-
mo humanamente inexplicáveis, águas sa- Nossa Senhora de Fátima, Senhora do tinho Marques Ferreira, pároco da fre-
lutares abundantíssimas, admiráveis e sun- Rosário, Senhora das Dores, Senhora do gnesia.
tuosos monumentos que povoam o local Carmo,-rogai, rogai por nós, pobres pe- Ao evangelho o rev.do J oaquim Louren-
das aparições, uma esplêndida Basílica que cadores, agora e na hora da nossa morte...
ço, pároco da Mendiga, fez um sermão
se está elevando impulsionada pela fé àcêrca da solenidade que se esta"ª' reali-
e grandeza de alma dum ilustre Prelado e
pela generosidade dum povo crente e de-
O Embaixador do Papa em Fátima zando.
Antes da missa, a Imagem da Virgem
voto da Virgem como nenhum outro, uma Hoje, treze de Maio, décimo qu.i.oto ani- foi levada processionalmente aos ombros
multidão incalculável de peregrinos que se versário da primeira aparição, Sua Exce- de q uatro sacerdotes, da capela das apa-
sucedem sem interrupção, transpõem lon- lência Reverendissima Monsenhor Beda rições para a igreja da Penitenciaria de
gas distâncias e chegam à Cova da Iria: Cardinale, Núncio Apostólico de Sua San- Nossa Senhora do Carmo. -
tais são as primeiras páginas dos anais de tidade o Papa Pio XI junto do Govêmo Na procissão incorporaram-se, além do
Fátima, tais são as suas legítimas e in- português, a convite do venerando Prela-
contestáveis glórias. celebrante e de todos os outros sacerdotes
do de Leiria, digna-se assistir aos actos ofi- presentes, muitos seminaristas, zeladores e
Fátima é, na realidade, um novo e pe- ciais da grande peregrinação nacional co- zeladoras do Apostolado da Oração, cate-
rene Tabor, onde as almas crentes e pie- memorativa dessa data gloriosa. quistas, crianças da Cruzada Eucarística e
dosas se comprazem em estar: bonum est Fátima, a Lourdes portuguesa, honra-se muitas outras pessoas.
nos hfc esse. Ali também se vê o invisf. e ufana-se sobremaneira de possuir neste Depois de ter comungado por suas pró-
vel, ali também se respira o sobrenatural, dia. jubiloso dentro dos muros do augusto prias mãos, pela primeira vez, o rev.••
ali também Deus se revela, quer pelo santuário da Virgem Aparecida a figura Augusto de Sousa deu a Sagrad;~. Comu-
poder da sua graça, operando autênticas gentil e distinta do nobre Antístite e ilus- nhão a seus irmãos e outros membros da
ressurreições morais, quer pela fOrça do tre diplomata. sua família.
seu braço onipotente, realizando curas as- Monsenhor Beda Cardinale, passando ho- No fim da missa foi exposto o Santís-
sombrosas de corpos triturados pela doen- je, uma e muitas vezes, através das multi- simo Sacramento, cantou-se o Te-Deum
ça. de míseros e confrangedores farrapos dões reunidas na Cova da Iria, que lhe em acção de graças e deu-se a bênção eu-
humanos. prestarão as suas mais respeitosas homena- Clá-ística.
Fátima, terra mil vezes bemdita, que só gens como a embaixador do Vigário de Seguiu-se a tocante cerimónia do beija-
fala de Deus e da sua glória, de Jesus e Cristo na terra, tomará mais íntimos e -mão que correu com muita ordem e en-
mais afectuosos os doces laços de amor cheu de lágrimas os olhos de grande nú-
filial que desde o início da nossa nacio- mero de pessoas presentes.
Aos peregrinos da Fátima nalidade prendem os corações dos portu- Após o beija-mão, a imagem da Vir-
gueses ao coração do Papa. gem foi cond uzida novamente para a...
Aos peregrinos da Fátima conce- Alí, naquele lugar de maravilha, em
demos no dia 13 de maio dispensa que a Pátria ajoelha e reza aos pés de Ma- Imagem de N. Senhora de Fátima capela das aparições. Ali orou-se por di-
versas intenções, leu-se um acto de consa-
da abstinência dentro da Diocese de ria, num êxtase perene de Fé, confiança
Foi benzida no dia 8 de Maio por Sua Emlnlncla o Senhor Cardlal gração a Nossa Senhora e cantaram-se vá-
Leiria. e amor, o Príncipe da. Igreja põe-so em rios cânticos.
tacto directo e íntimo com a alma popu- Patriarca de Lisboa e encontra-se à veneraçlo dos fiéis na capela do AI· T Odas as cerimónias foram dirigidas pe-
Leiria, I de maio de 1932. lar, crente, piedosa e amiga do Pontífice,
bersue a bela lmasem de Nossa Senhora ele Fátima, do lnslsne escul· lo rev.do dr. Marques dos Santos, vice-
e, vendo a alegria e o entusiasmo desperta-- -reitor e professor de Teologia do Seminá-
t JOSt, Bispo de Leiria dos em todos os peregrinos pela presença tor Snr. Teixeira Lopes. rio diocesano.
2 VOZ DA FATIMA

giu-se o Senhor D. José à nova escola


Tocou o órgão o rev.do Manuel de Oli-
veira, pároco de Albergaria dos Doze, ten-
do sido a parte cotal desempenhada por
um grupo de sacerdotes e seminaristas sob
O monumento ao Sagrado Coração
de Jesus
que êle próprio benzeu. Um mimoso Co-
po de água foi oferecido e servido ao nu-
meroso grupo de alunos da nova escola
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA
Precisamente no meio do vasto anfitea- (cérca de cento e vinte) pelas activas e ta com sinais de lesões do tipo produtivo
a regêacia. do rev.do dr. Venâncio, prefeito
e professor no referido Seminário. tro da Cova da Iria e em frente da ca.· zelosas cooperadoras desta Missão. Dig- Bacilose pulmonar em todo o lobulo superior e concomitan-
pela das aparições, cortando em dois tro- naram-se também assistir a esta festa te scisurite. Meu marido nunca. me disse
ços iguais a avenida que conduz do pór- missionária o Senhor Vigário geral da No dia. 23 de Junho de 1930 dei en- o resultado da radiografia.. -
A grande peregrinação vicentina tico até a.o limiar da suntuosa Basilica. diocese, :Manuel Patricio Mendes e os trada no Hospital de Santo António dos Entretanto cai de cama com uma pneu-
em construção, ergue-se, sôbre uma colu- rev. doa Jaime Garcia Goulart, secretário Capuchos para ser operada de uma. apen- monia., que não chegou a desenvolver-se
Nos dias seis e sete do corrente mês rea- dicite já muito adiantada. A operação foi muito, por ter sido logo atalhada pelo
lizou-se, como estava anunciado, a grande na de mármore branco da. serra, cujo pe- particular de Sua Ex.ola Rev.ma, e Antó-
destal assenta no depósito superior da fon- nio Ngan e Grogan e o respectivo ?tfis- feita pelo Ex.mo Sr. Dr. Balbino Rêgo. meu médico assistente sr. Dr. Raúl de
peregrinação nacional das conferências de Graças a. Deus, correu muito bem, e sai Oliveira Feijão, que ci;.o mais se abando-
te miraculosa, uma grande e bela está- sionário que sumamente penhorado agra-
S. Vicente de Paulo. no dia 14 de Julho apenas um pouco fra. nou; :Ele sabia. já o meu estado, pela ra-
tua do Sagrado Coração de Jesus que, de dece o bom êxito da inauguração a tô-
Como os leitores sabem, estas simpáti- braços estendidos, parece repetir as dul- das as pessoas amigas e bemfeitoras des- ca. por ter perdido muito sangue. Passa- diografia., e fêz tudo quanto poude para
cas e beneméritas instituições, devidas à císsimas palavras que saíram dos seus lá- ta missão de Nossa. Senhora. de Fátima. dos 15 dias fui para a Covilhã, minha me pôr bôa.
iniciativa duma grande alma do século bios divinos d.urante os dias da sua. vida terra natal. Passei uns dias muito bem, Meu marido vendo-me já muito desani-
passado, Frederico Ozanam, professor na. mas depois comecei a sentir-me um pou-
Universidade de Pa.ris, teem por fim a san·
mortal: uVinde a mim todos os que sofreis
e estais oprimidos e eu vos darei conso-
A grande peregrinação do Brasil co mal: muita tosse e alguma febre. Fui
mada disse: não te aflijas, acima da sciên-
cia dos homens, está a. misericórdia. de
tificação individual dos seus membros pe- lação e confôrto». Os jornais de larga circulação de Por- peorando até que foi necessário chamar Deus; se ele o quizer pode dar-te a saú-
la prática. da caridade espiritual e mate- Ali, naquele recinto maravilhoso co- tugal e do Brasil já há meses que anun- um médico e então já estava bastante de e eu como sou um servita de nossa
rial para com a pobreza envergonhada. mo não há outro em terras de Portugal, ciam a vinda duma grande peregrinação mal. Constatou o Médico que eu tinha Senhora de Fátima, vou pedir-lhe em pa-
O conselho superior das conferências de seis vezes consagrado pela presença da da nação nossa. irmã de Alêm-Atlã.ntico
Portugal, que tem a sua séde no Pôrto, Raínha. dos Anjos, Jesus estabelece e fir- ao Santuário máximo da nossa. Pátria, à
resolveu, de acôrdo com o conselho cen- ma o seu domínio nas almas, empolgan- gloriosa e bemdita terra de Fátima.
tral de Lisboa e com os diversos conse- do-as com a fôrça misteriosa da sua gra- Essa. luzida e numerosa embaixada de-
lhos particulares disseminados pelo pais, ça e com os encantos suavíssimos e irre- ve trazer ao nosso país- alguns milhares
organizar êste ano uma numerosa peregri- sistíveis do seu amor. de brasileiros e de portugueses emigrados
nação em que tomassem parte representan- No centro geográfico do nosso pais, no em terras de Santa Cruz.
125 de tMa.s as conferências a-fim-de for- local abençoado, que Maria Santissima, Devida à iniciativa dum dos mais im-
talecerem a sua fé, afervorarem a. sua de- lação e confôrto». portantes jornais. da grande Rbpública
voção e intensificarem a. sua. caridade pa- Mãe de Deus, converteu num polo ma- da América. do Sul, que já contra.ctou al-
ra a maior eficiência. e expansão do espí- gnético dos corações e escolheu para tro- guns transatlânticos para ésse fim e que
rito de S. Vicente de Paulo. no de glória de seu Filho e para teatro não se tem poupado a esforços para que
Ao grupo de vicentinos do sul dignou-se das suas misericórdias, Jesus vence, Je- essa romagem religiosa e patriótica seja
presidir Sua Eminência. o Senhor D. Ma- sus reina, Jesus impera. coroada do mais brilhante êxito, será
nuel TI, Cãrdial Patriarca de Lisboa., e a.o Do santuátio formosíssimo de Fátima, presidida por um dos mais ilustres e elo-
do norte Sua Excelência Reverendíssima. onde pairam eflúvios misteriosos do Alto, quentes membros do Episcopado brasi-
o Senhor D. António, Bispo do POrto. onde se respira uma atmosfera saturada leiro.
A peregrinação nacional vicentina dis- de sobrenatural, onde as almas se cal- Há a fundada esperança de que o
tinguiu-se pela ordem, pontualidade e fer- deiam no cadinho da fé, da contrição e maior orador sagrado do Brasil, o rev.do
vor, com que executou todos os números do amor de Deus, partem para tMa. a dr. Luís Gonzaga Cabral, tome parte \
do seu programa, constituindo uma es- parte, até a.os limites da Pátria, até aos nessa. peregrinação, o que lhe pennitirá
plêndida. e edificante manifestação de fé cousfins do mundo, torrentes invisíveis de ser, com o seu verbo fluente e inflama-
e piedade, que de-eerto produzirá abun- graças e bênçãos, que purificam e trans- do, o intérprete da alma do Brasil e da
dantes frutos de bênção. figuram, que elevam e consolam. alma de Portugal, duas nações irmãs, pe-
ó terra incomparável de Fátima, pre- rante o trono augusto da branca. e bela
ciosíssimo escrlnio de mistérios, de gra- Rainha de Fátima.
As comemorações religiosas do dia ças e de milagres, que a. augusta Padroei- Bem hajam os nossos presados irmãos
ra de Portugal sagrou para altos e inefá-
13 de Abril veis destinos, bemdita sejas tu que és, no
de Alêm-mar que, em formosa romagem
de fé e piedade, estreitando ainda mais
deserto do mundo, um verdadeiro oasis es- os vínculos que ligam os dois povos,
Na véspera à. tarde tinha chegado a Fá-
piritual, para onde convergem em multi- veem depôr a.os pés de Maria, a doce e
tima um numeroso grupo de romeiros de
dão sem conto, almas inocentes, consciên- querida M.ãi do Céu, o preito da sua
Lisboa. Era a peregrinação da freguesia. cias arrependidas, corações aflitos, corpos
do Socôrro que há três anos sucessivos se vassalágem, o tributo das suas s11plicas
macerados pela dor, existências sedentas e dos seus agradecimentos e as homena-
realiza no mês de Abril ~ precisamente de ventura, de paz, de bondade, de Vida,
nos dias 12 e 13. Organizada e dirigida gens do seu acendrado amor filial!
amor e luzi ó Fátima, bemdita sejas, mil
pelo rev.do João Filipe dos Reis, activo vezes bemdital
e zeloso pároco daquela freguesia, distin- Visconde de. Montelo
guiu-se pela ordem e regularidade dos seus
actos colectivos e pela piedade edificante
Fátima em França - - - - +e,+-----
dos seus membros. Transportados em ca- O rev.do P. Richard, antigo peregrino
mionettes e automóveis, desde a capital, de Fátima, continua, a fazer, com inte-
ao contrário dos anos anteriores, em que ligência e com zêlo, a propaganda da Lour-
AVISOS
fizeram a maior parte do percurso em des portuguesa em terras de França.
combóio especial, os peregrinos, logo que No número da revista ú Sentief', de Pa- I
chegaram à Cova da Iria., apearam-se, ris, correspondente a.o mês de Fevereiro
iniciando, pouco depois, a procissão das último, publica. um novo e interessante A assinatura da «Voz da Fátima>>
velas. Incorporaram-se nela algumas cen- artigo, em que remonta às origens da po-
tenas de fiéis que se encontravam já no voação que tem o nome de Fátima e fala custa por ano, no continente e ilhas
local das aparições entregues aos exerci- da lend4 dou"ada que se prende com ro$oo e no estranjeiro rs$oo. Agrade-
cios religiosos inspirados pela sua devo- aquele nome. ce-se qualquer donativo que possa ser
ção. O mesmo número insere uma carta de enviado a esta administração, pois
Àquelas horas mortas da noite, no pla- Sua Excelência. Reverendíssima. o Senhor que a <cVoz da Fátimau já tem um
nalto árido e deserto da serra, sob um D. José Alves Correia. da Silva, Bispo de
céu estrelado e sem nuvens, imersa numa Leiria., em que o venerando Prelado feli- deficit de algumas centenas de escu-
atmosfera impregnada de fé viva e de pie- cita o rev.do Richard pelos seus magnlli- dos. Radiografia de Aurora Cardona Sêna
dade ardente, a linda e encantadora pro- cos artigos sôbre Fátima, «recordação es- II
cissão desenrolou-se majestosamente a.o crita da sua bela peregrinação a.o San-
som mavioso do canto do A.vl de Fáti- tuário das maravilhas da Santíssima Vir- • . •
ma, no meio duma comoção e dum entu- gem••, e pede il Rainha dos Anjos que Quem deseJar água i:fa Fátima ou uma pneumonia. Julgaram-me perdida ir- ga dos serviços que lhe tenho feito, a tua
siasmo indescritíveis. se digne alcançar do Coração de Jesus tõ-
No dia. 13 a multidão dos peregrinos da a sorte de graças para êle e para os
a.tilnentou consideràvelmente logo às pri- seus q~er?-dos leito~ c1e <<Le Sentien•:
Iqualquer objecto religioso que se refi-
ra ao Santuário deve dirigir-se ao Sr.
António Rodrigues Romeiro_ San-
remediilvelmente. Chamaram meu marido
a tMa. a pressa. a ver se ainda me en-
contrava com vida, e no dia. seguinte lá
cura, e ela ha de ouvir-me.
Fomos a Fátima. na peregrinação do dia.
13 de Abril de 1931. Chegados a Fátima,
meiras horas da manhã. O dtstinto escntor, nas breves linhas . . . estava êle junto de ;mim a ver quando o passei muito mal. Estive essa noute até
Entre outras peregrinações, que então de que faz preceder a carta de ilustre tuário da F átima - VIla Nova de deixaria ficar viúvo. Deus não pennitiu às 2 horas no pavilhão adorando o SS. Sa-
chegaram, merece especial referência. a de Antístite, exprime o seu profundo re- Ourém. que eu morresse ainda e comecei melho- cramento. Depois recolhi ao Hospital por
Cem Soldos (Tomar), presidida pelo pá- conhecimento pela prova de benevolén- III rando até que a.o fim de duas semanas estar muito frio, mas a tosse não me dei-
coco, rev.do Manuel Caetano, antigo ca- cia. paternal, concedida pelo grande Bis- estava convalescente. Meu marido já me xava. No dia. 13 apresentei-me ao médico
pelão militar e herói da Grande Guerra. po de Fátima., considerando-a como um Na Cova da Iria só queremos dar não deixou ficar, e vim com êle para Lis- do Hospital sr. Dr. Pereira Gens, e meu
Durante muitas horas seguidas, os sa- precioso incentivo para a tarefa que uma boa. Passados mais alguns dias, voltei marido apresentou-lhe o relatório da ra-
cerdotes disponíveis ouviram de confissão revista de Nossa. Senhora deve realisa.r: um jornal para cada casa, por isso novamente a. sentir-me mal com fortes dô- diografia para assim ele me admitir no
homens e rapazes, que se aproximavam <<fazer conhecer e propagar o culto de aqueles que para a mesma casa le- res no peito e costas do lado direito, au- pavilhão dos doentes e ao acabar de o lêr,
do tribunal da Penitência., a-fim-de se Maria que conduz os seus filhos da ter- varem mais dum jornal roubam as- mentando a tosse bem como a febre; fui disse-me: mal empregada, ainda com um
prepararem, purificando as suas almas, ra ao seu Filho do Céu euca.rfstico». sim as esmolas de Nossa Senhora. novamente consultar o Ex.mo Médico que pulmão tão bom I
com o arrependimento dos pecados e o me tinha operado. Aconselhou meu mari- Chegou o momento da miss;L dos doen-
Fátima na China
perdão dado em nome de Deus pelo seu
ministro, para a recepção do Pão dos An- Do número de l'rlarço do boletim da
jos. Entretanto nos diversos altares da diocese de :Macau, «Religião e Pátria»,
-----.
Obras publicadas s8bre Fátima aom a
do a que me mandasse tirar uma radio-
grafia. Assini se fêz. Após a. radiografia.
tirada, meu marido levou-a ao Ex.m• Sr.
tes. Meu marido nesse momento não se
separou de mim: que lágrimas tão cheias
de súplicas eu e meu marido não chorá-
Igreja de Nossa Senhora do Carmo cele- transcreve-se a seguinte interessante no- Dr. Balbino Rêgo, que a.o ler o relatório mas em frente do Rei de amôr que nos es-
bravam-se missas, distribuindo-se a Sagra- tícia relativa a uma festa realizada na aprovação de S. Ex.oJa Rev.""' o Snr. e ver a chapa disse a meu marido: não tava a abençoar!.. .
da Comunhão no altar-mor daquela igre- Missão de Nossa. Senhora da Fátima: Bispo de Leiria lhe mostre esta carta; e nunca. a con- Acompanhei Nossa Senhora na procissão
ja e no altar principal da capela do pa- trarie em nada; pode ser que ainda se para a sua capelinha, e pouco depois re-
vilhão dos doentes. Escola de Nossa Senhora de Fátima Visconde th Montelo ache boa, porque é nova... e meu marido gressámos à estação de Torres Novas.
Ao meio dia solar, a veneranda Imagem No bairro <<Tamagnini Barbosa», jun- As Grandes Maravilhas de Fátima. -.,.. muito aflito, leu o relatório da chapa Na estação enquanto esperavamos o
de Nossa Senhora de Fátima. é conduzida to à llha. Verde, no último domingo, 21 1927. que é do teor seguinte: 11Exame Radioló- comboio os meus companheiros de viagem
processionalmente da capela das aparições do corrente, foi inaugurada, na :Missão de Fátima o Paraíso na Terra - 1930. gico do torax feito em inspiração e com preguntaram-me onde ficara a minha tos-
para o Pavilhão. Seguin-se a missa ofi- Nossa Senhora de Fátima, a escola ai re- A Pérola de Portugal- 1931. incidência postero-anterior. se pois já não tossia. Cheguei muito bem
cial, fazendo a.o Evangelho a costumada centemente construída. Às 8,30, Sua Ofício Menor e Novena de Nossa. Se- Torax ligeiramente assimetrico por es- disposta a minha. casa, comecei a sentir-
homilia o rev.do dr. Manuel Marques dos Ex.cl• Rev.ma o Senhor Bispo, celebrou nhora da Fátima - 1930. coliose esquerda com predominência dos -me mais alegre, e a tosse e a febre ti-
Santos. o santo Sacrifício da Missa. na Capela da Manual do Peregrino da Fátima- 3·" diametros longitudinais, do tipo lonjilenio. nham desaparecido quási por completo;
Depois da missa o celebrante deu a Missão. À comunhão aproximaram-se da edição - 1931. Na região infraclavicular direita, vemos ao fim de 8 dias meu marido arranjou pa-
bênção aos doentes inscritos que ocupt- sagrada mesa cérca de cincoenta pessoas, uma imagem ca.vitaria de grandes dimen- ra que eu fosse novamente radiografada
. vam a maior parte dos bancos alinhados notando-se entre elas um bom número de Doutor' Luls Fischer' ~. de contornos muito bem marcados para ver se assim teria. melhoras. Veio a
na vasta área daquele recinto de dor, co- bemfeitores e bemfeitoras da Missão. No por um anel de tecido fibroso. Sôbre o radiografia. e fui então ao meu médico as-
Fátima a Lourdes Portuguesa (Tradu- vertice dêste mesmo campo pulmonar e sistente Ex.Dio Snr. Dr. Raul de Oliveira
movente exposição de tõda a sorte de fim da missa, o Senhor Bispo agradeceu
misérias fisicas que afligem a pobre hu- aos cooperadores e cooperadoras presen- ção de 2." edição alemã) , pelo Rev. do Dr. em volta da imagem ca.vitaria. já descri- Feijão. Auscultou-me como sempre, ~ fi.
manidade. tes desta obra de evangelização, nasci- Sebastião da Costa Brites - 1930. ta, notamos a existência de sombras opa- cou admirado em encontrar melhoras tão
A procissão do 11adeus•> pôs um remate da nêste bairro povoado de gentios, co- cas bem limitadas do tipo fibrOso. O li- sensíveis. Foi então que lhe mostrei a ra-
condigno aos actos religiosos dêste dia. de mo por milagre de N. Senhora de Fáti- mite inferior da alteração do parenqui- diografia Ultimamente tirada, e viu pelo
bênçãos, que foi, inegilvelmente, um pre- ma, o valioso auxilio que lhe estão pres- Nota - Estas obras que se encontram ma pulmonar é marcado pela scisma supe- seu relatório que as melhoras eram de fa-
lúdio dos dias maravilhosos e incompará- tando. 110 Senhor Bispo de Leiria, acres- à venda da Administração da Vo1 da Fá- rior, que se encontra esclerosado. cto grandes dizendo-me: dou-lhe os meus
veis do Verão,- época. das grandes pe- centou Sua Ex.ola Rev.ma, conserva com tima - Leiria e que serão enviadas à co- No campo pu:tmonar esquerdo não nota- parabens, encontro-a completamente cura-
regrinações nacionais e das mais imponen- grande carinho e estima a fotografia. des- brança a quem as pedir, são utillssimas mos a existência de sinais radiológicos que da; agora não arranje outra porque desta
tes manifestações de fé e piedade de que ta capelinha, o primeira Santuário ergui- a tõda a gente e indispensáveis a quem possam corresponder a lesões da pleura está livre. Graças a Deus e à Virgem San-
é teatro o maior dos santuários portugue- do em tMa. a. China e consagrado a Nos- quiser conhecer de algum modo os factos J ou do parenquima. tíssima desde que regressei de Fátima não
ses. sa Senhora de Fátima.». A seguir diri- da Fátima.. · Conclusão: - Imagem cavitaria à direi- mais me doeu o peito, não tive mais pon-
VOZ .DA FATIMA a
tadas nem mais qualquer outro incómodo: mos atendidos! Tendo percorrido a. pé os tal de S. Marcos. Como o caso urgia, ime- ligião era êle infelizmente o que são tan- --8) Digno também de mensão é o caso
cada. vez me sinto melhor; tôda. a. impres- 360 quilómetros que neste dia me sepa- diatamente foi radiografada, resolvendo- tos outros da sua idade e no seu meio. que me foi narrado por uma Senhora que
são que sentia. no peito desapareceu; de raram do meu lar, aonde deixei a mulher -se proceder à amputação do braço direi- Concordou por isso fàcilmente na I.• e 2.• havia pouco perdera seu noivo, mas em
mês pa.ra. mês aumento de pêso, emfim, e os filhos, eis-me na Cova da Iria aos to, único meio para lhe poupar a vida! parte da proposta, rejeitando porém a 3.• circunstância tais que, longe de conside-
sinto-me completamente bem. pés da Nossa. Mãe do Céu a pagar a mi- Foi nesta dolorosa. conjuntura, a mais Alguma coisa sempre era, e assim a moça rar isso como uma desdita, o tinha na
nha dívida porque meu irmão está salvo grave da sua vida, que, debulhada em sem demora cumpre a. sua promessa, vindo C9nta. de uma ventura. Estava êle já bem
Aurora Cardona S~na-R. Josefa. d'óbi- e no pleno exercício do seu munus paro- lágrimas e cheia de muita confiança re- ao Colégio buscar o frasquinho. De volta, doente, quando ela o levou a recorrer a
dos, 27, 2.0 , D .-Lisboa. quial. Bendita Ela seja. correu a. Nossa. Senhora da Fátima, para junto ao leito do doente, pregunta.-lhe Nossa. Senhora da Fátima, conselho que
Na Cova da Iria aos 13 de Abril de que · lhe valêsse, curando-a miraculosa- se quer que ela ali junto dele rese as ora- êle aceitou até com entusiasmo. Suzna-
ATESTADO 1932. mente, pois, tam nova como era, ficaria ções da novena de Nossa. Senhora para de- mente resignado, vendo que o mal ia se-
Manuel NMciso da Cunha Coutinho de inutilisa.da pa.ra. tOda a sua vida traba- pois t omar a. água. A tudo anuiu, conten- guindo seu curso, aceitou de muito boa
Ratíl d'Oliveira Feijão, Doutof' em Me- Paredes do Coura. ' lhar, como desejava, no meio das suas tando-se porém com ouvir resar. Pouco vontade os Sacramentos que recebe com
dicina e Cimrgia pela Faculdade de Medi- companheiras do Colégio! A sua prece che- a pouco a mesma necessidade foi nele au- nada vulgar piedade, e no decurso da
cina de Lisboa. Atesto que a Ex.m• Snf'.• Tumôr gou ao trOno da Virgem, que, como Mãi mentando o interêsse de ganhar a bene- doença, longe de esmorecer na confiança
D. Auf'ora Cardona S~na, m oradora na e Refúgio dos pecadores, ouve sempre os volência de Nossa Senhora, e não foi pre- em Nossa. Senhora, creou-lhe antes uma
Tenho uma nora que pouco antes de
R. Josefa d'Obidos 27-2."- D."", foi por ser mãe, foi acometida por um tumor de que n'Ela confiam! No dia seguinte, exa- ciso muito para que já também por si tal devoção que, quando já lhe ia faltan-
mim observada em outubf'O tU I9JO, cons- minada a ferida. da mão e o braço pelos mesmo se associasse às orações. A noite do o acordo, e, aproximando-se dêle a
muito mau carácter.
tatando a presença de sinaes clinicos de médicos operadores, reconheceram êstes após o 1.0 dia que assim passou, foi para noiva., lhe dizia com carinho: «Olha que
bacilose pulmonaf'. E sta doente esteve em O médico dizia ser um caso perigoso
não haver já necessidade de intervenção o doente, e por causo dêle para a fa.mflia, é tua noiva. quem aqui están êle indican-
observação e tf'atamento pumanente sob visto o estado em que a doente se encon- cirnrgica., e, desde então até hoje, sente- extraordinàriamente agitada. Ao amanhe- do com a 111ão a imagem de Nossa. Senho-
o meu contrólel clínico tendo sido ultima- trava. Eu, muito aflita, pedi a Nossa Se- -se, graças à Santíssima Virgem da Fáti- cer, porém, manda que txxl.os os da famí- ra da Fá tima, dizia com sentida ternura:
nhora em nome dos Mártires do México, e
mente por mim observada e constatando ma, completamente curada. Fiel à sole- lia se retirem para a sós com a moça de «esta é que é agora a minha. noiva., é ela
que se encontra presentemente cuf'ada cli- prometi se o tumor rebentasse e não fOs- ne promessa de tomar publica. esta graça que acima fa.lá.mos lhe comunicar .uma vi- quem me vai fazer feliz!. .. n e dizendo isto
nicamente, como de f'esto se observa nu- se preciso ser lancetado, de mandar pu- no jornal a ccVoz da Fátiman assim o fa.z, são que de noite tivera, em que N.• S.• da abraçava carinhqsa.mente a dita imagem,
ma J'adiografia mandada fazer. blicar esta graça; e naquela madrugada.
proclamando, bem alto, aos crentes e des- Fátima já o ia levando para o céu dos me- acrescentando freqüentes vezes com os
Po,. ser verdade e me ser pedido passo o tumor rebentou e purgou muito. Agra- crentes em religião - Bemdita seja. Nossa. ninos, mas depois resolveu novamente dei- olhos fitos nela como em ar de visão: <<ohl
o presente que assino e juro nos termos da deço também outra graça que Nossa Se- Senhora do Rosário da Fátima. xá-lo, com a. promflSSa porém de qu~ às beleza!... maior formosura eu nunca
lei. nhora alcançou a. uma filha minha que
há muito sofria duma infecção no peito. to h. do dia ficaria de todo bom. Nisto a vil! ... ))
Raúl d'Oliveira Feijão Isauf'a Pinto confidente lhe pregunta se nesse caso êle
Moncorvo. ~- assim entre os mais temos colóquios
(Segue o reconhecimento). Maria das D01'6S Graças diversas não teria gOsto em que o Padr~ de que com Nossa Senhora, com os olhos nela e
antes lhe fa.lara viesse assistir à sua cura. um meigo sorriso nos lábios, entregou por
Albino Ribeiro de Deus, de S. Pedro,
úlcera no estômago úlcera no estômago Brasil, quando transportava sObre si um
Obtendo resposta afirmativa., corre logo ao mãos de Maria sua bela alma. a Deus.
Peço a fineza de publicar no jornal Colégio a prevenir-me de tudo, a ver se a
O Snr. P .• ãntónio Luis da Cunha Cou- grande pêso, ca.íu, ficando durante três {continúa)
minha ida lhe poderia fa.zer algum bem.
tinho, pároco da freguesia de Formariz ccVoz da Fátima>~ a seguinte graça: Minha dias com dores horríveis e sem poder mo- Colégio António Vieira - Bafa.
Eram cêrca. de 9 h. Com a devida au-
do concelho de Paredes de Coura, Minho, filha, Maria -da Conceição, casada, do Va- ver-se.
torização dispus as coisas para ir quanto
sofrendo há cêrca. de 25 anos de uma dis- le do Porto, freguesia de Ourém, havia Quási desa.niinado recorreu a Nossa Se-
antes, chegando junto do doente af pelas P.• Joãc de Mif'anda
pepsia ácida, padecia dores horríveis, vo- mais de dois anos que se achava muito nhora da Fátima e hoje atribue a Ela a.
9~· Ver-me e mandar safra todos pa.ra.
mitava. a cada instante, j á não conserva- doente. Foi consultar diversos médicos
va. alimento algum, nem sequer as peque- que lhe declararam ter uma ulcera no es-
cura que obteve, pois encontra-se, diz,
perfeitamente bem. ficar só comigo foi uma e a. mesma coisa.
Começa por me contar a mesma visão já
---••ur---
nas quantidades de leite que os médicos tomago e que tinha. de ser operada. Quan- Rosa. Martins Moreira, de Fanzeres,
lhe aconselhavam misturado com alcali- do eu tal coi~ soube, e vendo a grande agradece a Nossa Senhora o ter-lhe cura,. acima referida, sugerindo-lhe eu semInais VOZ DA FATIMA
nos, e arrastava uma vida cheia de me- falta que ela fazia a seu marido e 4 filhos d o seu marido duma forte eólica. no figa- demora a ideia de se preparar pa.ra. me- J
pequenúros, pedi-lhe que resa.ssem todos lhor merecer tão grande favor. Com- DESPEZA
do que há muito a martirisava.
os dias o terço a. Nossa. Senhora. Eu Laurinda Carvalho, dos Carvalhos, preendendo a que eu me queria referir, T rte
fiz também uma novena a Nossa Senhora retorquiu: <<ahl sim, já prometi que ape- ran~po ·· · •·· :·· , .. d ... ••· 3 26 ·4g8$49
diz o seguinte: t endo Nosso Senhora da nas ficar bom irei logo com tôda. a fa.- pape • comp. e rmp. o n.o
da. Fátima, pedindo-lhe as melhoras para Fátima ouvido a minha súplica para a
minha filha. Graças a Deus e à Virgem milia. confessar-me e comungar na Capela II5 _(6o.ooo ex.) ··· ··· ···
cura duma doença que muito fazia sofrer do Colégio em acção de graças a Nossa franqUJ.a.s, embalagens, trans-
S.S., a doente melhorou sem ser operada. minha filha, venho agora mostrar a Nos- 1 ·028$15
Para cumprimento da minha. promessa Senhora da. Fátiman. Isso está muito bem, portes, et c .... ··· •·· ··· ··•
sa Senhora todo o meu reconhecimento
peço a finesa de publicar esta graça e replico eu, mas uma coisa não tira a ou- Total ··· ··· ··· ··· 33I. 238S2!4
pelo grande favor que nos alcançou.
ainda outra particular que já há tempo Rita de Oliveira da Gf'aça, de Ovar, tra; esta agora é para como que forçar a Donativos desde 15$00
recebi de Nossa. Senhora. agradece a Nossa. Senhora da Fátima Nossa Senhora a cumprir a palavra, pois Igreja. da Anunciada - Paio Pires,
Fátima, duas graças, uma temporal concedida a já suponho que... Compreendendo o alcan- 45Soo; Confraria. de Nossa Senhora do Car-
Anastácio Fe"eira da Moita si mesma, e outra espiritual concedida a ce da minha. reticência, «sim, acrescenta, mo - Braga, Ioo$oo; António Lourenço
é o meio... » Agora porém que estamos fó-
Eczêma uma. sua irmã.
Maria Angelina do Couto Gaf'cia, de ra dêsse meio, continuei, é sumamente
-4:ertã, 3o$oo; Maria Alodia- Armamar,
2o$oo; M. Carneiro-Armamar, 2o$oo; Jo-
António Matias da Costa, de Vale de Guimarães, diz: «humildemente agradeço oportuno aproveitar o ensejo, ~ eu mesmo sé da Graça - EstremOz, 2o$oo; Guilher-
Matouco (S. Martinho da Cortiça) tendo à minha boa Mãi do Céu, Nossa. Senhora o irei ajudando. Está de acOrdo? <<Pois mina Rebolo - EstremOz, zo$oo; Manuel
um eczema num ortelho, durante muitos da Fátima, a cura duma doença que ti- não, Reverendo... , e sem mais demora en- Bezerra - Ca.lifornia, 56$8o; Clotilde do
anos, não houve medicamentos de que não ve em janeiro de 1929. Fiz a promessa tramos no assunto. Fez a sua confíssão com Bercelo - Açores, I6o$oo; Cândida Mo-
fizesse uso, mas sem resultado. Mais tar- de publicar a cura, o qull. hoje venho as melhores disposições, e o acto de Con- ta - Tramagal, 2o$oo; Maria Carlota -
de, lavou-o com água da Fá~ e im- cumprir. trição, que supunha êle não sabia, disse-o Casais dos Penedos, 2o$oo; doentes do
plorando a. protecção da Virgem, achou- Maf'ia Isabel Covas Lima, de Beja, agra- sósinho sem lhe faltar uzna palavra. Pre- Sanatório R. Semide - POrto, 4o$oo;
-se completamente curado. Dá por isso dece a Nossa Senhora uma graça parti- guntando-lhe eu ao terminar se era con- Esmola do Brasil, 5o$oo; Maria Alice -
muitas graças a Maria Santíssima. cular de grande utilidade para si. tente de que lhe fOsse logo buscar a Nosso asilo de Santa Isabel - Faro, 65$oo; Mar-
Jerónima Zulmira Marques Madeif'a, Senhor, e sendo afirmativa. a sua resposta, garida Vieira- Matozinhos, 5o$oo; Fran-
António Matias da Costa. do Seminário dos Meninos desamparados fui sem mais demora, de modo que pou- cisco da. Silva. - Coruche, 2o$oo; Al-
cos minutos passavam das IO quando es-
Quisto - POrto, agradece a Nossa. Senhora a
grande graça que lhe alcançou curando tava de volta e antes das IO~ estava êle
bertina Morei - Lisboa, 2o$oo; C.• M.
Fernandes Nogueira - Coimbra, 6o$oo;
Tendo minha filha mais velha um quis- seu filho Fernando Manuel duma bronco- inteiramente confortado com os Santos Sa- M.• Almeida - Brasil - 2o$oo; Ma:ria.
to, consultou diversos médicos: Todos di- -pneumonia. cramentos, realizando-se assim quanto à Pereira - Lisboa, 5o$oo; Brazilina J un-
ziam que tinha de ser operada. Estava. Estava. desenganado pelos médicos e alma o que êle esperava. para o corpo. queiro - Brasil, 15$oo; Henriqueta Tadeu
já marcado o dia da operação e como o quando parecia. estar já no erlortôr da Na. tarde do dia seguinte começou a per- - Almeida, zo$oo; Dda Rodrigues -
médico mandasse dizer que só podia fa.zê- agonia sua. mãi, cheia de dOr lembrou-se der o acOrdo e veio a fa.lecer durante a Lisboa, 5o$oo; Leonilla Rangel - Brasil,
-la dai a um mês, invoquei confiadamen- noite após uma agonia muito suave du- 15Soo; André Marção - Alentejo, 2o$oo;
P.• António Lufs da Cunha Coutinho de lhe dar a beber umas gotas de água
te a. protecção de Nossa. Senhora pa.ra. que da Fátima rezando ao mesmo tempo com rante a qual sentia. prazer em abraçar e Freguesia do Beato - Lisboa, 95Soo; Ma-
ela ma curasse sem ser preciso ser ope- algumas pessoas amigas. A criança come- beijar, como repetidas vezes fêz, um qua- ria do Carmo Pires - POrto, rsSoo; An-
~colias e tristezas porque já julgava. rada. ça a desca.nçar, a reanimar-se ll. passados dro de Nossa. Senhora da Fátima que ti- tónio de Castro - POrto, 2o$oo; Cristina
rmpotentes os recursos d a medicina para - Aplicou-se a. água de Nossa Senhora da alguns dias, estava salva.. Hoje está com- nha junto do seu leito, e bem se pode Gomes - Gaia., 2o$oo; Maria Mercês
debelar o seu mal. Em julho de 1930 por Fátima e resámos todos o terço durante pletamente cheia de sallde. esperar dêste cunjunto de circunstâncias Gonçalves - Açores, Iz7$5o; M.• Aguiar
conselho médico, procurou no uso das mais de um mês. que então se realizasse a. t.• parte da sua Leal - Alvominha, 2o$oo; Maria Vas-
Alice Ubaldo dos Reis Duaf'te, de Por-
águas minerais d o Pêso de Melgaço, o ali- Graças à Virgem Santíssima está com- suposta. visão. concelos e Sá - Abrunhosa Velha, 25$oo;
ches, agradece a Nossa Senhora o t«:r
pletamente curada.
vio do seu enorme sofrimento. Em 19 do corado sua. m ãi <iue por graves compli-
ª • Maria Simas - Açores, 2o$oo; José ·nu-
mesmo m ês foi de repente acometido de
uma dOr tão violenta, seguida de hemor-
António Matias da Costa cações se encontrava prestes
último suspiro.
exalar o • • tra - Açores, 2o$oo; Amélia Dias - Pôr-
to, 3o$oo; Joaquim Forte - Açores,
ragias, q ue julgou chegada. a hora supre-
ma da sua vida. Socorrido imediatamente
Cura duma chaga Maria P. Ff'eif'e de S. P aio, agradece -?) Um empregado do Banco Italiano
ao voltar um dia do Banco, após ligeiro
3oSoo; Maria Paiva.- ~rança, 2o$oo; P.•
~ çom o maior reconhecimento para
a Nossa. Senhora da Fátima, diversas gra- Joaquim Maria. Falcão - Seminário Ga-
com grande dedicação pelo director clí- ças concedidas a si p~pria e a.. pessoas da desca.nço foi tomar banho. Quando porém vião, 3o$oo; Distribuição em Seixo de
nico das Aguas, o Ex.mo Snr. Dr. Gomes com Nossa Senhora da Fátima, que ve- dentro da banheira, sentiu uma aflição e
nho contar-lhe uma. valiosa. graça - ia a sua. família. Uma fo1 concedida a uma Côa - Guarda, 65$oo; Joaquim Negrão
da Costa, juntamente com mais dois mé- criancinha de 2 anos que com um abces- prinCÍpios de vomito sa.guineo. Saiu co- - Lourenço Marques, 15Soo; Convento
dicos dos mais distintos do país, um de dizer milagre - que a. Mãe do Céu se di- 111-0 pôde o mais ligeiro possível, mas ape-
gnou conceder a uma pessoa de minha so no peito estava. para ser operada. Um do Bom Sucesso - Belém - Lisboa,
Lisboa. e outro de f:vora, que faziam a dia antes do dia marcado para a opera- nas conseguiu alcançar um sofá que ali 5o$oo; P.• J osé Augusto da Costa - Al-
sua. cura de Agu3.10 na mesma estância, família: Há cêrca. de 20 anos que o meu junto estava. onde já eram golfadas sObre
irmão mais velho, António Xavier Ma- ção imploram o auxUio de Nossa. Senho- vominha., 2o$oo; José Bastos - Lisboa,
foi r econhecida a gravidade do mal, e, ra e ela alcança a saúde para aquela golfadas, perdendo assim enorme quanti- 2o$oo; Maria Tinoco - Oliveira do Hos-
d ruga., ausente em California., se viu quá- dade de sangue, o que o levou a enfraque-
diagnosticando uma úlcera perfurante, jul- criancinha. inocente. pital , 2o$oo; Ana da Conceição - Tor-
si impossibilitado de trabalhar e ganhar cer tanto que cheg<!.ram a d á-lo pbr perdi-
garam ser urgente uma. intervenção ci-
o pão para a sua numerosa. fa.mflia, por res Vedras, 15Soo; Joaquina da. Silva. G~
rúrgica. imediata, para o que, movidos de do. Uma Senhora, sua parenta, muito pie- meiro - Brasil, 15Soo; Esmola de Lis-
causa. duma funda. e purulenta chaga nu-
muita caridade, removeram o doente pa- ma perna. A medicina americana, a quem dosa e devota de Nossa. Senhora da Fáti- boa, 25Soo; Casa. de saúde S. J oão de
ra o hospital de Monsão. Enq uanto Suas
Ex.ola se preparavam para lhe fa zer a
repetidas vezes recorreu, torturado, foi Graças de N: Senhora da Fátima ma. de quem possuía uma pequenina es-
tátua , informada do sucedid o, corre junto
Deus - Barcelos, 3o$oo; Distribuição em
Barreiro, 5o$oo; Virgílio F erreira - Lis-
sempre impotente para o livrar dos seus
operação, estando o doente já deitado sO- males. no Brasil dêle com a referida estátua a. ver S!l por boa (n.) 7o$oo; esmola de Paredes de Cou-
bre a mesa das operações, eu e mais al- Alguém da minha famflia lembrou-se meio dela conseguia salvar o querido en- ra - 147Szo; Constantina Carvalho -
gumas pr.ssoas piedosas orava.mos junto de lhe enviar desta ilha para a California. (Continuação ) fermo. Tinha êle pouco antes tido uma. Lisboa, 2o$oo; Marquês de Rio Maior -
dum altar consagrado â SS. Virgem: elas uma gotas de água da Fátima. Em pou- crise mais violenta em que chegaram a Lisboa, Ioo$oo; Hotel de Nossa. Senhora
pedindo o bom êxito d a operação e eu pe- cos d ias, o meu feliz irmão se encontrou 6) Um outro jovem académico de m~­ dá-lo por morto, comunicando para fóra da Fátima, roo$oo; Maria Clementina Leal
dindo que a. operação se não fizesse por- curad o e apto para, de novo, prover a o cina em p rincípios de Dezembro próltliilO a notícia pelo telefóne, chegando até a. Vila N ova. de Ourém , 15Soo; P.• António
q ue o debelitamento do d oente era tal q ue sustento de sua família. ~le e nós todos, passado, sentindo uzna indisposição gas- comparecer parentes e amigos já de luto Carreira BoniJácio - Louriçal, 3o$oo;
julgava. impossível sobreviver-lhe. .. Não reconhecid íssimos à nossa. Divina Mãi, de- trica, por conselho de pessoa que se su- e outros a mandar corOas mortuáriãs. uma. paroquiana do SocOrro, soSoo; Maria
sei que d ificuldade surgiu no m omento sejamos ver publicado êste favor celes- punha entendida., tomou um laxativo de Com a entrada porém de Nossa. Senhora Isabel R usso - Alentejo, 25Soo; P.e Ho-
Ex.m•• clínicos desistiram do seu bom in- te no Mensageiro das glórias da Virgem, q ue lhe resultou nada menos q ue um en- tudo mudou. No meia da. aflição em que rácio F ernandes - Coimbrão, 2o$oo; Er-
t ento e a operação não se fêz !l Era a q ue é a ccVoz da Fátima>> que aqui é mui- venenamento geral. Chamou-se o m édico estavam, com fé viva. a invocam em fa- melinda Leão - Paços de Ferreira,
Providênci_a Divina q ue velava.! P edimos, to apreciada.. que pôs em campo t Oda a sua solicitude vor d o doente. E i-lo pouco a pouco rea- 45Soo; Maria Luísa. Coelho - Cete, 15Soo;
então, a todas as pessoas nossas amigas sem que o doente desse sinal de melho- nimando-se, volta inteiramente a si ~ acei- Assinaturas do Brasil, 256$00 Deolinda
q ue orassem com fervor. Fizeram-se nove- Candelaria - Pico - Açores ras. Residia êle no pavimento inferior de de Almeida, 15Soo; Cecília Morais-Mon-
ta de muito boa vontade que lhe chamem
nas, comunhões, celebraram-se muitas mis- um prédio em cujo 1.0 andar morava um Sacerdote ílmigo da famflia, o qual côrco, rsSoo; António T avares-Figueira
P.• X avier Madruga da F oz, 25Soo; Maria Martins da Silva -
sas e fizeram-se imenso votos. E t Odas outra família com q uem estava nas me- após a confissão feita com excelentes dis-
as vezes que passava em frente da igreja lhores relações. Desta uma moça com posições lhe ad ministra também o Viático Pôrto, 30Soo; António Simões - Brasil,
matriz da vila de Monsão, entrava. e ora- Flegmão na mão direita q uem se habituara a tratar como se fOra que o doente recebe com sensível piedade. 3oSoo; Director da C. de S. - Telhai,
va diante d a imagem d a S.S. Virgem com Isaura Pinto, de 20 anos de idade, na- sua irmã, aproveitando-se desta sempre Pareceu depois disso melhorar bastante, 3o$oo; Maria Carvalho, Telha!, 2o$oo;
todo o fervor de que era capaz. De dia tural de Felgueiras, presentemente inter- respeitosa intimidade, sugeriu-lhe o recur- chegando a inspirar confiança de o salvar, José Mendes - Telhai, 2oSoo; Clotilde
para dia o doente ia melhorando e dand o nada no Colégio de Regeneração, em B ra- so a Nossa Senhora da Fátima. que tanto~ porém a influência de Nossa. Senhora con- Sá - Telhai, 15$oo; P .• António S. Mi-
novas esperanças de salvação de sua vida. ga, devido a uma infecção na palma da milagres vinha fazendo, e que se êle q ui- sistiu em lhe assegurar o principal , que guel - P udentes, n2$5o; Ana L una -
Foi numa. destas visitas à S.S. Virgem mão direita, que, de repente, se trans- zesse lhe arranjaria um frasco de água foi a salvação da alma, como piamen~. Tendais, 2o$oo; João Coelho Reis - Lis-
que eu prometi uma peregrinação, a pé, formou n uma flegmão a ponto de lhe in- milagrosa da mesma Senhora, a qual, se dadas as circunstâncias, se pode c_rê.r. boa, soSoo; Emilia Q ueirós - Faro,
ao local das aparições na Cova da I ria, fecionar todo o braço, por , ordem d o êle achasse bem, lhe poderia ser trazida. 3o$oo; Alfredo Barreiro - Lisboa, 2o$oo;
E x.mo Snr. Dr . L eitão, distinto médico por um P adre muito influído na propa- Carlos Garcia - Congo Belga, roo fran-
se Ela se dignasse interceder perante Seu
Divino F ilho pela vida de meu irmão. Fo- do Colégio, t eve d~ recolher-se no Hospi- ganda da devoção à dita Senhora. Sob re- • cos; I greja de S. T iágo de Cezimbra, go$oo.
• •
4 VOZ DA FATIMA

sim conseguiu o seu intento: não caíram tuno as mandou subir para o ca"o e, di- quistas e alunos, administrando os Sacra-
·A perseguição à Fátima na mais pequena contradição.
A narrativa de Lúcia, a mais velha dos
videntes, é simples e colorida ao mesmo
:~endo aos pais 11 circunstantes que as leva-
va ao local das Aparif~lls, part11 à desfi-
lada para Vila Nova iU Our11m.
mentos, lutando também o melhor que po-
de, contra as trevas do paganismo e os er-
ros do protestantismo. -Em muitas mis-
ccAs apariyã6s da Fátima MO faltOtl história da vida dêsse homem apenas um tempo. Escolheu a min}Ja casa com que fins? sões nossas os missionários já recorrem.
tou também o argum11nto das persegui- episódio d<! l1;1ta travada pela Maçonaria Entendemos que é Illelhor reproduzir Para se furt'4r -às vias que seu acto iria e com ótimo resultado, a um meio mo-
ções que são um sinal das obras iU D11us.,. contra a Igreja em Portugal e em que ês- as suas próprias palavras na integra. provocar? demo de Apostolado do ensino, (mui~
(Pastoral ccA Divina. Providência• te personagem representou de títere ou ccQuando chegámos a Ourém facharam- Para que o povo se amotinasse, como importante para os nossos primitivos que-
pá~. II)
roberto manobrado pelas lojas. -nos num quarto e disseram que não sai- amotinou contra mim como cumplice? teem sempre olhos, mas nem sempre ou-
riamos dali enquanto não declardssefllPs CJ Para... outro fim? vidos): o cinema. Trata-se de um pequo-
A evolução fatal Primeiras tentativas segrêdo; iUpois levaram-nos para a Ai:lmi-
nistrafào, oniU fomos iU novo inte"oga-
Não sei. -Mas só o que sei, I, que iU-
clino t6da a responsabilidaiU que cabe a
no aparelho da casa da ccBonne Presse•
em Paris (Representante em Portugal: 20,
Diante dos fenómenos, que se iam rea- 1t a própria Lúcia que conta no inter- dos, ojer11undo-nos peças de ouro para tal modo de proceder, e, que Deus poiU Rua dos Carmelitas, Lisboa). Com uma.
lizando na Cova da Iria, todos ficavam rogatório oficial feito no POrto a 8 de revelarmos o segredo. Voltámos para ca- sempre velar pelos seus. despesa mínima em proporção com o bem
maravilhados e de tal maneira tomados Julho de 1921, páginas 3 ao fundo. sa do Senhor Administrador, oniU tinha- As obras iU Deus ninguém poiU p~r obtido mostram aos pretinhos da mais re-
de espanto, que, nem entre os católicos Antes do dia IJ tU Agosto, eu 11 meus mos ficado na noit11 anterior, e iU tarde entraves. cuada aldeia: a Vida de Nosso Senhor
nem entre os jacobinos, se tomava uma primos fomos chamados à administrafãO; fomos outra vez interrogados s~bre o se- Não foram nec11ssárias, di:~em milhares Jesus Cristo, de Santa Teresinha, de S.
atitude definida. o meu tio não levou lá os filhos, mas 11u grêdo. iU testemunhas, as crianças para a Rai- Tarcisio, etc. - Também nesta missão.
Quando muito, podemos dizer que, no fui com meu pai. O Senhor Administra- nha dos Anjos revelar o seu poiUr, vão tão nova ainda mas tão cheia de espe-
dor interrogou-me, quis insistentementll Levaram-nos à cadeia e ameafaram-nos
primeiro momento, o católico e o jacobi- de lá ficar, se não disséssemos. Tornamos elas tnesmo, atestar os factos extraordiná- ranças (caso conseguirmos cctoman> a terra.
no duvidam igualmente embora por mo- que e'u lhe revelass11 o segr~do da Senho- rios e os fenommos de que deram fé 11 que antes dos Protestantes) precisaríamos~
ra, o qu11 eu não fi:~; depois de escrever, para a Administrafào 11, como não disses-
tivos diversos: êste por má vontade, semos o se,grAdo, prometeram que nos iam mais arreigaram sua crenfa. tante dêste meio moderno de Apostola-
aquele por prudência.
mandou-me embora. Agora não são as 3 cria71f4S iU 9 a I I do. Confiamos à Nossa boa Mãi, Nossa.
fritar em azeitll.
Depois, o católico estuda e observa pa- anos, são os milhares tU pessoas iU Mdas Senhora da Fátima, êste nosso desejo.
ra ver, o jacobino admite e aceita tudo, O rapto dos videntes O senhor Administrador mandou-nos re-
tirar e disse a um llomem qu11 aprontasse as idades, classes e condições, vindas dos que, estamos certos, inspirará almas ge-
na expectativa de escândalo grosso, que Chegou o dia 13 de Agosto. uma caliUira com azelite quente. Chamou diferentes pontos do país. nerosas que nos ajudem a fazer conhe-
lhe vá servir para mais uma exploração- A multidão composto de devotos, de depois a Jacinta dizendo que 11ra a primei- Se a minha ausência como pároco no cer e amar ao Seu Divino Filho e a Ela.
sinha contra a Religião Católica. curiosos e descrentes vinha aumentando ra a ser queimada. Ela foi prontamentll local se faz sentir aos creintes, MO menos Antes de terminar queria aproveitar a.
Finalmente, diante da evidência dos de mês para mês. Nêsse dia estavam na sem se de'spedir. Interrogaram-na e mete- se faria sentir a tninha pr11senfa aos iUs- ocasião para pedir, por intermédio da
fados, o católico curva-se humilde e a~ Cova da Iria umas cinco a seis mil pes- ram-na num quarto. Chamaram a seguir crentes, ttn desprimor da verdaiU dos fac- ccVoz da Fátima>t a cada peregrino de>
decido, emquanto o jacobino se enraivece. soas anciosas pela vinda das criancitas tos. dia 13 de Maio de 1932: uma ccAve Ma-
o Francisco; disseram-lhe que a Jacinta
A fúria cega-o. 1t o diabo a trabalhar. afim de examinarem o que se ia passar. iá estava queimada e que êle teria a mes- A Virgem Mã11 não precisa da pres~m­ ria» por esta missão de Nossa Senhora do
Jornais, revistas, panfletos, com1cios, vio- Mas Deus escreve direito por linhas tor- ma sorte s11 não declarass11 o segrêdo. In- fa do pároco para mostrar a sua bondade, Rosário da Fátima, da Ganda.
lências, despotismos, ataques criminosos, tas, diz o ditado. ~ _é necessário qu11 os inimigos da religião Depois de escritas estas linhas vem-nos
terrogaram-no el mandaram-no para o mes-
calúnias e sacrilégios eis o vasto arsenal Na verdade o que devia reverter em mo quarto. Foi iUpois a minha vez; disu- nao possam d11slustrar o brilho iU Sua um registo com Impressos da Casa Nune>
das suas armas que iremos passar em desprestigio dos factos e desautorização ram que os m11us primos já listavam quei- BenevolAncia atribuindo a crllnfD dos po- Alvares, do POrto, e com a carta seguinte:
revista. - das pessoas foi antes a mais perfeita de- mados e que eu teria a mesma sorle se vos à presença ou conselho do pároco por-
que a fé. é um dom iU Deus 1t não dos pa- ccPera - Algat'Ve - Portugal - 13-I-32.
A batalha começa. Uma perseguição em monstração do carácter dos pequenitos e não dissesu o s11gr~do. Embora pensasse
mrma, decretada nas lojas maçónicas e do desinteresse do pároco e das famflias que era certo, não tivtl m~do. Mandaram- dres:-elS o verdadeiro motivo da minha Ex.mo e Rev.mo P.•
levada a efeito, ponto por ponto. dos videntes. -me para o pé dos meus primos e um ho- ausê~ia e apare~tll indifllrença em tão
Era forvoso abafar êsse movimento da O que se passou? mem disse qu11 não tardava a sermos quei- sublzme e maravilhoso assunto:-eis por- Sentindo no coração o vosso apêlo, re-
Fát;ima. que, por três criancitas, bem po- Muito antes da hora de partirem para mados todos tr~s. que! ~ tenho dado meu claro parecer meto, por êste correio, 195 Novenas da
dena VIr a ser para o colosso do livre- a Cova da Iria o Administrador do Con Levaram-nos para casa do Administra- d.s mtl tnte"ogafões e cartas que se me
Um dirigido. Nossa Mãi da Fátima para serem distri-
-pensamento e do indiferentismo a pedra celho vem a casa dos videntes a quem dcw, e lá ficámos aquela noittJ no mesmo buídas pelos seus muito queridQS preti-
bemdita e fatal. interroga longamente. ~ inimigo não dorm11. Ruge como o
quarto. Uão . nhos, e nossos irmãos em Jesus Cristo.
Meios? ..• Em seguida fá-los vir ao presbitério No dia seguint11 foi quási a m11sma coisa:
Não. foram os Apóstolos os primeiros a pedindo a Nossa Senhora da Fátima, que
- Todos servem. sob () pretexto de ali colher novas infor- interrogatórios d11 manhã e iU tarde, com me conceda a graça de sempre a poder
mações. anune1ar a Ressu"eifão do Filho da Vir-
muitas promessas e amllafas. No dia de- louvar com verdadeira fé.
OPlano Mas demos a palavra a Lúcia: ;asselis, fomos outra vez à AdministrtlfãO
gem.
Abstenho-mil iU fazer a 7Ul"ação dos
No dia treze, iamos para o sítio da pelas du horas, mas nada conseguiram iU De V. Rev.cla sua humilde serva
Dentre todos, o plano de mais fácil rea- ca"asqueira, quando nos disseram que fenómenos dados no local das Aparições
lização era levar as crianças a desdize- nós, como das outras vezes. Então o se- porque. esta já vai longa, iU que peço iUs- Uma assinante da ccVoz da Fátima».
primeiro tínhamos iU ir a casa do stmhor nhor Administrador mandou-nos subir pa-
rem-se e desmentirem-se e assim cobrir Prior. Lá fomos subindo para a varan- ~ulpa~ e, porque certamente a esta hera
tudo de suprêmo ridículo. ra um ca"o· e deixou-nos em casa do Se- A. do C. R.>>
da da casa. Depois de estarmos algum nhor Prior, na varanda». 7á a zmprensa Sll iUve ter feito eco disso.
Crianças rudes, incultas e analfa'OOt:as tempo à espera, apar11ceu o senhcr Ad- Creia-mtJ muito àgradecido.
simples como a vida da serra, tímidas cr:_ 1t posível que nem tudo tenha sido di- Em nome dos nossos pretinhos agrade-
ministrador que nos mandou entrar para to e feito pelo Snr. Administrador mas é De V. Ex.• ço comovido; vou distribuir estas lindís-
m_o as. ovelhitas que pastoreavam, quem um ca"o, dizendo qutl assim íamos mais absolutamente certo que as ameaças de M.to At.o V.or e Ob.o
simas Novenas por todas as nossas esco-
nao V13. o sucesso da semelhante tentati- iUpressa para a Cova da Iria.
va? ... que falamos lhe foram feitas ou directa- las afim que todos - cristãos e catecú-
Meu pai disse que nós íamos a pé, mas mente por êle ou por alguém da Adminis- P.• Manuel Marques Ferreira menos - façam uma novena de prepara-
Depois, .. sendo feito tudo de chofre ... o Senhor Administrador teimou qu11 era tração do Concelho. ção a cada dia 13 do mês, e peçam muitas
pela autoridade... longe da famflia e de melhor irmos no ca"o, porque íamos li- P. S. - Ch.egou no dia IS, a autorida-
A negação gratuita da parte dos inte- graças e bênçãos para a cara bemfeitora.
todos os conhecidos... muite. melhor ain- vres do povo. Então por oriUm do me1u d~ com as crzanfas a minha casa onde se
da. ressados não tem fOrça alguma. aJuntaram os pais das mesmas e muitas

-----...
pai, subi para o ca"o com os meus pri- Não devo omitir um particular interes- P.• José Britenstein C. S. S. P.
Far-s&-iam promessas, depois amea- mos. sante.
outras pe.ssoas perante as quais preteniUu
ças... e a tão desejada confissão de im- O carro deu uma volta e seguiu na di- com Melas as amabilidades 11xplicar 0 seu
postura havia de ser feita pela certai ... 1t que, durante o tempo que estiveram modo d11 proceder».
recfào tU Vila Nova tU Ourém, ccNão é em sua casa, a esposa do Administrador
Se bem o pensaram melhor o fizeram. para ~ste lado>> diss11 eu, mas o Senhor
Administrador respondeiu qu11 íamos a Ou-
despensou aos pequenos os maiores cari-
nhos.
No próximo número descreveremos 0 cé- Retiro espiritual aos Médicos n~
OProtagonista "~"': a casa do Senhor Prior e que ainda
lebre cccomício da Fátiman
• • Santuário de Fátima, de 19 a 23 de
-.-.-.-.-...
O administrador de quem se vai falar vzrzamos a tempo, porque vínhamos iU Utn Obse:rvador
automóvel.
era ao tempo o Snr. Artur de Oliveira
Santos um rapaz relativamente novo, já
A1 fica a reevocação simples, despreten-
ciosa e at6 talvez deselegante mas verda-
Março de 1932
casado e com filhos. O pároco que, com alguns parentes das deira duma das mais comovedoras pági-
crianças e amigos, presenceára o facto da SObre a direcção do Rev.mo Sr. P.•
Vivia duma pequena oficina de funilei-
ro e latoeiro em Vila Nova de Ourém. varanda da residência paroquial fica estu-
nas da história da Fátima. Encerrá-la-
-emos publicando na íntegra a carta em
Missões de N. Senhora da Fátima Mariano Pinho, sábio director de ecO
pefacto. que Rev. Prior P. • Manuel Marques Fer- . ~m carta de 22 de Fevereiro último, Mensageiro de Maria» houve três dias de
Natuialmente vivo e hábil inclinado à exercícios espirituais, no Santuário da
acção e ambicioso, embora com um fun- Não sabia que dizer e conhecendo a reira se desculpa e defende da acusação de dtzm o Ex.mo e Rev.mo Snr. Bispo de
má vontade de muita gente contra êle cumplicidade no rapto das crianças. ~u ao ~x.mo e Rev.mo Prelado de Lei- Fátima, a que assistiram alguns Ex.moe
do naturalmente recto, cêdo foi desenca- Médicos de Portugal. Encerrou o retiro o
minhado, pondo-se de alma e coração ao pelo facto de nunca aparecer na Cova da 1t um decumento notável pelo nervo- na, o segutnte: Ex.mo Prelado de Leiria.
serviço da Maçonaria que em Vila No- Iria estava muito preocupado. sismo que o domina. ccRecebi ontem a presada carta de V.
O povo revoltou-se realmente contra êJe No dia 22 pelas 20 h. e meia, foi pelo
va de Ourém tinha um triângulo. Veio publicado no ccOuriensen, n.o 104 Ex.•la Rev.ma e juntamente os 82$oo pa- Ex.mo Médico, Dr. Henrique Bernardo
As poucas ideias adaptou-as à nova tomando-o por conivente e esteve a pon- 4.• página 3.• coluna, ccMensageiron, e ra a escola chinesa anexa à. capela de N. Gonçalves- Cem Soldos - Tomar, lida
orientação. to de o agredir. Senhora da Fátima, Junto da Ilha Verde
ccA Ordem», de Lia~ uma conferência feita petlo Ex.mo Médi-
Prc:ci:;amente onte~ fui àquela incipien:
Os filhos só foram baptizados sem êle
saber e, no registo civil punha-lhes nomes
AImpressão geral te rmssao celebrar rmssa e, terminada es- co Dr. Paiva Boléo, que infelizmente não
Ex.mo Snr. Redactor ta, benzi e inaugurei a referida escola. pôde assistir porque nesse mesmo dia
que bem mostravam os seus amores. A noticia do rapto correu veloz leva-
Por ocasião destas cerimónias tive oca- teve de ir assistir à morte de sua Ex.ma
Atrevido e seguro da protecção do al- da à Cova da Iria por um biciclista.
Esposa. A conferência foi em seguida pos-
to, fêz, durante alguns anos, um sem Ao ter conhecimento do facto o povo Venho rogar a subida honra de publi- sião de me referir às Maravilhas da. Fá- ta à discussão dos Médicos presentes,
número de tropelias, mandando prender ficou irritadíssimo. car em logar comum do Duriense o seguin- tima e à minha peregrinação em Outubro cêrca de 15, presididos pelo Ex.mo Sr.
párocos, um dos quais esteve incomuni- Muita gente chorava de pena e de in- te:-Aos crentes e não crentes. à Cova da Iria. Estou trabalhando no
dignação. · Bispo de Leiria.
cável durante oito dias, proibindo o exer- Com t~do a repulsão do corafào iU pa- desenvolvimento da Missão de Nossa Se-
cício do culto público e externo, o toque A mãi da Lúcia chegara, havia pou- dre católico, venho torMr patente 11 as- nhora da Fátima, tendo esperanças de A tese - O abortamento chamado tera-
dos sinos, as funções religiosas depois do co, da Fátima à Cova da Iria e estava severar perantll todos os que tiveram co- em breve inaugurar outra escola e um p~utico,foi sàbiamente dividida e trata-
sol posto etc. convencida de que o Snr. Administrador nhecim~~nto ou o possam vir a ter do boa- asilo para inválidos, que serão entregues da nos pontos seguintes:
Donde lhe vinha tal ousadia? Era o do- lhes não faria mal. to tanto mais infamantll e repelente quan- às religiosas Canossianas». 1.
0
- Posição do problema e sua im-
no do concelho. - A minha Lúcia fica lá, respondia to mais perigoso para a minha existência portância
Dominava então na politica o partido ela a alguém, para irem a preguntas à e dignidad11 paroquial de que fui cumpli- Da Missão Católica, da Ganda foi-nos
democrático que sempre se distinguiu pe- Fátima e Ale disse que depois as trazia cá. cll no biusco a"ebatamento das crianci- enviada a 13 de Fevereiro último' a carta 2. 0 - A interrução da gravidez por
los seus furores anticlericais. Apesar de Mãi, a notícia da prisão não nhas, que dizem ver Nossa Senhora nesta seguinte que transcrevemos por ~ referir indicação médica, e a Moral Católica.
Nas suas fileiras militava êle e com a transtorna. freguesia, à autoridade iU seus pais 11 à sa- aos leitores da Voz da Fátima.
3.0 - Razões de ordem Moral e socioló-
tal ardor que de facto se tomou o cho- Conserva a tranqüilidade. tisfafão qu11 desejavam as 5 a 6ooo pessoas gica da condenação da terapêutica abor-
fe do partido, no Concelho. Reinava nela a serenidade de uma al- ccA Ex.ma Redacção da ccVoz da Fátima».
(segundo os cálculos) que, müitas à dis- tiva, pela Igreja.
De frente encontra apenas duas fOr- ma pofundamente cristã. Bem sabia que t4ncia de tantas léguas 11 com enormes sa- ~sse jornal tão lindo e consolador re-
ças: uma aparente, em decomposição, a Deus vela continuamente pelos seus. crifícios, vieram para as ver, falar 11 ouvir feriu-se já várias vezes a esta missão de 4. 0 - Conseqüências físicas e morais do
Só assim se explicam os seus sentimen- Nossa Senhora da Fátima da Ganda (An- abortamento terapêutico.
dos que ainda quebravam armas pelo an- falar - digo - venho repetir tão injusta
tigo regímen, sob a bandeira do partido tos de então. como insidiosa calúnia bradando ao mun- gola). - Muito gratos ficamos aos caros 5. 0 - Razões clinicas a favor e contra
monárquico; a outra, cheia de coesão e Quando lhe disseram que a filha fOra do inteiro que não tomei part11 por míni- bemfeitores que, no seu amor às missões o abortamento terapêutico. ValOr dos ar-
dedicações do clero e fiéis - o grupo ca- presa respondeu: Se foi por D~s. D11us ma que f~SSII, quer directa quer indirecta- e à Nossa boa Mãi, nos mandaram um gumentos proibitivas.
tólico que pugnava pelas doutrinas do os guardará! Se mentiu é bem feito para mente no odioso e sacrilego acto. harmonium, e contribuíram assim muito
não ser mentirosa. 6.o - Conclusão:
Centro, à ordem dos Senhores Bispos. O Administrador não confiou o segr~do para o culto da Rainha da Fátima nes-
Da sua acção, influência e propagan- Admirável confiança na Providência for- de suas intenfões. tas terras longínquas de Portugal ultra- O abortamento terapêutico não se jus-
q.a a sede do concelho sofreu um grande tíssimo amor da verdade e da luz, que E s,j foi Providencial-que foi-a auto· marino. 1t um modo de Apostolado. tifica nem sob o ponto de vista moral.
abalo. a essa mulher forte lhe faz recalcar, no ridade levar furtivamentll e sem ocasião iU O outro modo, basilar, é o ensino do nem social, nem clinico.
A vida religiosa diminuiu. fundo da alma, os mais fortes e mais lo- resisUncia as criancinhas, não foi menos catecismo, fazendo conhecer a Boa Nova
gítimos sobressaltos de um coração de Providencial a acalmação dos dnimos ex- a êstes pobres filhos pretos do sertão.
Muita gente deixou de praticar.
Mêdo? Ameaças? Falta de convicções? mãil citados pelo diabólico boato-aliás teria Espalhamos nêste intuito as nossas esco-
----+e+----
las de catequese por tóda a parte, às
Respeitos humanos? Talvez um pouco
de tudo.
A atitude dos videntes esta freguesia hoje a lamentar a mort11 iU
seu pároco como cumpliu.
Quando jesus 11stá prestnte, tudo I sua-
vezes a 100 km. e mais de distância da VIl 11 nada par11C4 dificultoso; mas quan-
Nas freguesias rurais, porém, da luta Chegados a Vila Nova de Ourém o Ad- Mas iUsta vez ainda a cilada do demó- sede da missão. Catequistas indígenas en- do Jesus está aus11nt11, tudo I iUsabrido
veiu a união e da perseguição o amor. ministrador levou as crianças à Adminis- nio não logrou ferir d11 mort11 devido cer- sinam a Doutrina cristã, voluntàriamen- 11 pesado.
A vida religiosa intensificou-se e o po- tração do Concelho. tam~mtll à Virgem Mãe!. te, por amor de Deus e do próximo, con- (Da Imitação)
vo, já muito cristão, uniu-se mais, cer- Queria êle a tóda a fOrça descobrir a A autoridoiU depois do longo inte"oga- tando só com a recomPf:nsa dos Apósto-
rando fileiras em volta dos seus pasto- interferência e manejos secretos dos pa- tório das criancinhas em suas casas, as fu los no outro mundo. São actualmente, do-
res, - sacerdotes zelosos, trabalhadores e dres e jesuítas. conduzir a titulo iU informafões para mi- pois de 4 anos e meio de existência des-
amigos do seu povo que os estimava pro- Usou os clássicos meios de que sempre nha casa; di;, para elas lh11 cl4scobrirem ta missão, g8 os centros de catequese.
fundamente. se teem servido todos os perseguidores. um segr~do que ainda lhe MO haviam re- - O missionário, encarregado destas es- Est11 númho foi visado p11la Comissão
Os acontecimentos da Fátima foram na Alguns choram com mêdo mas nem as- velado--dondll em tempo qu11 julgou opor- colas, vai visitando-os, animando cate- iU Censura.
Ano X Leiria, 13 de dunho de 1932 N.0 117

COII APROVAÇAO ECLEIIASTICA

Dlrtetor e Proprietário• Dr. Manuel Marques dos Santos _ Emprtsa Editoras Tip. "Unilo Qráfioa, T. do Despacho, 11-Lisboa _ Administrador• P. António dos Reis - Reda*o e Administraçloz "Seminário de Leiria,.

FATIMA, assombrosa e incomparável lição de Fé


A GRANDE PEREGRINAÇÃO NACIONAL
«Nunca assisti a um espectáculo como o que se me apresentou em
Fátima no dia IJ de Maio. Fátima é uma verdadeira bênção
para Portugal»,
(Das impressões d4 Sua Ex.ola Rev.ma o S61Chcw Núncio
Apost61Jco escritas expressamente para a 11Yo.r da Fátima»).

Fátima e a oraça-0 da lgrei:a.


s-
Inos
que
do terceiro, é a própria Virgem
reclamade nós uma devoção ar-
1905, ficando desde então sujeitos à
sua. obediência. e vlg1lànc1a os mostei-
Maio, mês de M::uia., mês das fio- dente e fillal para com ela. prome- ros beneditinos da Istr1a. e da Dal-
res, mês de graça e de encantos! tendo-nos em recompensa a graça mácia.
Em 1907, foi eleito por Sua Santi-
I
Foi nesse mês bemdito que a Rainha de querermos o bem e a fOrça de o
do Céu quis inicl:l.r a. série das suas praticarmos.
aparições aos humlldes e inocentes Na antifona do Benedictus, bem-
dade o Papa Pio X Bispo de Come-
to e ctvttaveccquia., tendo sido, du-
pastorinhos ãa Serra de Aire. No dia diz-se o Senhor, cque por meio da rante o exerclclo dêste cargo, Vlsl-
treze, quando o astro-rei, no seu Bemaventurada Virgem Maria visJ,- tador Apostóllco dos Seminários do
carro de triunfo, atingia 0 zénite,, tou o nosso povo e a nossa terra e Piemonte, Lombardla. e outras dio-
um relâmpago de luz deslumbrante nos libertou do poder dos que nos ceses.
cortava o espaço por cima da Cova odiavam e nos concedeu o dom da Foi promovido a Arcebispo titular
da Iria ccmo sinal precursor da Vir- paz.:. Na capitula de Sexta, roga-se de Laodicea em Fevereiro de 1910 e
gem radiosa que, logo depois, vesti- à Augusta Senhora que afaste para transferido para a arquld'ocese d~
da de âureos esplendores e ntmbada longe das nossas cabeças os castigos Perusa em Novembro do mesmo ano.
de graça divina, pousava os pés im1nentes e obtenha o perdâ.o dos O Santo Padre Bento XV no-
imaculados na copa da azinheira sa- pecados para todos os que se arre- meou-o Arcebispo de Quersona no
grada. Nesse dia para sempre me- penderem dêles, fizerem penitênc!a e dia 25 de Julho de 1922, enviando-o
morâvel, a Santa Igreja Patr..arcal, orarem naquele lugar. como Ntmclo Apostólico junto dos
de que fazia então parte o condado Na capitula de NOa declara-se que Govêrnos da.s Repúblf.cas da Argen-
de Ourém, feudo do Santo Condes- aos verdadeiros e fiéis devotos de tina., Uruguay e Paraguay.
tá.vcl, onde está. engastada a jota Maria serão dispensadas não só as Sua Santidade o Papa P'o XI, glo-
riosamente reinante, nomeou-o Nún-
I
preciosa de l''âtlma. celebrava uma. graças espirttu~. mas até grande
das suas festas mais solenes, a da número de graças temporais.
dedicação de Nossa Senhora dos Flna.lmente, lUS segundas Véspe-
cio Apostólico em Portugal no dia 21
de Junho de 1928, tendo-se realizado
Mártires, de Lisboa, comemorativa da ras, na antifona da Magni/icat, ln- a cerimónia da apresentaçã.o das
conquista daquela cidade aos mouros voca-se a «Virgem se111 mancha, dit- credêncta.is ao Presidente da Repú-
por D. Afonso Henriques, aux liado tosa Mãe nossa e gloriosa Rainha do blica., Senhor General Oscar Carmo-
em tão diffcll e arriscada empresa Mundo,, suplicando-se a sua pode- na, no dia 16 de Agosto de 1928.
pelos cruzados duma armada. que se rosa intercessã-o junto de Deus a O Ilustre e venerando represen-
dir1gia à Terra Santa. I nosso favor, como Medianeira de tO- tante do augusto Pont1f1ce no nosso
pais, tã.o respeitado e considerado
No o!fclo próprio de Vésperas, as . das as graças.
primeiras palavras, as da prime'ra I Misteriosas e felizes coincidências nas esferas oflcla.is e entre o corpo
antl!ona, parecem uma alusão clarts- verdadeiramente providenciais, que diplomático acreditado junto do nos-
sirna ao prodlgio estupendo que a tecm o condão de avivar a nossa fé, so Govêmo, mercê dos seus dotes su-
Virgem predisse e que, meses depois, robustecer a nossa confiança e acrl- periores de inteligência e de coração
a treze de Outubro, se havia de ve- solar a nossa devoção para com a
rificar perante uma multidão mara- branca e bela Senhora de FâtJma,
I e das suas peregrinas e acrisoladas
virtudes, assim como do seu trato
vllhada de cêrca de setenta mil pes- I~nha e Mãe dos portugueses, que, 1 extremamente afâvel e cativante,
soas de tOdas as idades e de todas através de dez séculos de história,
as classes e condições socta!8 , e aos nos tem cumulado de graças e mil.
I O Ex.mo e Rev.mo Senhor Núncio Apostólico dando aos doentés a
trouxe do santuário má.xl.mo de Por-
tugal as mais vivas e mais gratas
sucessos assombrosos que desde en-~ vezes salvado! 1 tmrres~~~ :<> que se dignou traduzir
Mnçào com o SS. Sacramento, a 13 de Maio de 1932. na~gu.tna.:> .tnhas pe(iidas para serem
tã.o até hoje sE> teem desenrolado na Nossa Senhora de Fá.tlma - Se- · Leva a umbela o Sr. Ministro da Justiça e aco·mpanha o Santlsslmo
Cova da Iria.: cUm grande sinal apa- nhora do Rosário, das Dores e do publicadas no presente número da.
receu no Céu; uma mulher vestida Carmo,- bemdita sejais, para. sem- Sacramento o Sr. Governador Civil de Leiria. cVoz da Fât!ma:..
de sol, tend!> a lua debaixo dos pés e pre bemdital A procissão das velas, a Comunhão
Confesso sinceramente que 11unca assistí a um espectác ulo geral, a bênçã.o dos doentes, a pro-
=·,coroa de doze estrêlas na ca.- 0 Núncio de Sua Santidade em ctssã.o do «Adeus,, e, sobretudo, a fé
como o que se me apresentou em Fátima 11.0 dia treze do corrente
A capitula contém esta sublime Fátima viva e a piedade ardente do nosso
mês. povo, manifestadas por tantas for-
declaração atribuída à Virgem e di-
rigida. ao seu povo: cOuvi as súpll- Acompanhado por Mons. César Aquela multidão enorme aclamando a Virgem lllãe num de- mas no recinto sagrado das apari-
cas que fizeste na minha presença; Ferrel.ra dos Santos, secretârio da. lírio de fé e de amor, 1aultidão em que desaparecem tôdas as dis- ções, gravaram com traços Indelé-
santifiquei esta casa que edificaste Nuncla.tura, o augusto embaixador tinções sociais, porque todos se settt-em filhos de Maria e todos estão veis no seu nobre e gentil espirito a
para que puzesse nela o meu nome do Papa junto do nosso Govêrno, D. lembrança suavlssima dêsse d'a inol-
para sempre, e os meus olhos e o Joâ.o Beda Card.nale, Arcebispo Ti- unidos ern invocá-la e honrá-la, é coisa que, comovendo até às lá- vldâvel, cravando para sempre no
meu coraçã.o hão-de permanecer al tular de Quersona, dignou-se vl.sitar grimas, e:z:erce sôbre o espírito uma i1npressão profunda, inesque- seu coraçã.o o espinho agri-doce du-
todos os dias até ao fim dos tempos. no dia treze de Malo último o recin- cível. ma funda e lndlzlvel saüdade.
0 hino proclama-a Estréla do Mar, to sagrado e os santuários da Lour- Nada há em Fátima que possa atrair sob o ponto de vista Bem haja o venerando Ant1sUte
/elfz Porta do Céu, Virgem singular, des portuguesa. por se ter dignado honrar a Lourdes
gloriosa Mtle de Deus, e· nela se im- Foi a primeira vez que o Nllnc!o humnno.d perevrinação a Fú.tima consl·itui um verd~leiro sacri- portuguesa. com a sua presença ofi-
piora que no3 livre do pecado, con- Apostólico presidiu oficialmente às fício; e, não obstante, o número ele peregrinos au11tenta contínua- cial, que era, já. agora, por assim di-
verta os pecadores, ataste de nós to- cerimónias comemorativas das apa- mente. & u111a /ôrça interior que os atrai a éste lugar bemdito, zer, a única nota que faltava à con-
do o mal,.nos alcance todos os bens, r!çOes e c!os sucessos maravilhosos omle a V irge·n~ Mãe dispensa os seus fuvores, onde as almas que
sagraçlo religiosa de Fâtlma por
ao Céu. I
se mostre nossa Mãe e nos conduza da Cova da Iria..
Monsenhor Beda Cardinale nasceu
o versículo e o responsórlo cons- em Génova, Itâlla, no dia 30 de Ju-
tornam a Deus são inumeráveis, onde t-odos ·vão haurir uma fôrça
e.,piritual que, renovando as suas energias e fortalecendo a sua
parte da. hierarquia eclesiâstlca 1
Monsenhor Beda Cardlnale, tendo
regressado ne~ mesmo dia à capi-
tatam que ela desceu da mansão dos lho de 1869. Entrou no mosteiro de vo~tfvule, lhes assegura a perseverança na prática das virtudes tal, expediu ao Senhor D. José Al-
eleitos para salvação do seu povo, S. Jullão, stto naquela cidade, da cristãs. ves CorreJa da Silva um telegrama
para reconclllaça.o das almas com Congregação Beneditina Cassiana da do teor seguinte:
seu Divino Filho mediante a graça pr"mltiva observância, tendo feito a Fátima é uma verdadeira bênção para Portugal. E eu es-
sant1flca.nte. sua profissão solene em 10 de Feve- e.,fou ro~tvencitlo de que Maria protegerá sempre esta Nação, que Ez.- BiStJo de Leiria
Em Matinas, no versículo e no res- rel.ro de 1893. Foi ordenado sacerdo- conlfl 11a sua história milenária tantas glórias sinceramente crú- Comunico santas e inesquecível$
ponsório do primeiro nocturno, at!r- te no dia 1 de Abril de 1893 por ftl1, e n salvará dos perigos que nesta hora grave ameaçam a so- recordaçOU. Agradeço -otvamente
ma-se que não só o povo, senão tam- Monsenhor Tomàs Rcggto, Arcebispo ciedwle inteira. VNsa Ezceléncia acolhimento aJec-
bém os nobras e os ricos, a hão-de de Génova. Deixou depois o mosteiro tuom.rimo, Jazendo votos pelas prO.!-
invocar, nos do segundo nocturno de S. Julião para exercer o cargo de Lisbôa, J!i de Maio de 1032. perfdades Vcssa Exceléncta e suct
anunc·a-se 'JUe ela, como Mãe, nos Abade da Grande Abad a de Pragl!a, t João Deda Cardinale dtocue J)riVUegtada de Marta.
acolhe nos seus braços misericordlo- próximo de Pâdua, onde recebeu a
sos para nos defender dos perf&os, e, Mnção abacia.l no dia 3 de Ma.lo de Núncio Apost6lico · Ndnc:fo ApostóliCO).
2 VOZ DA FATIMA
A procissão das velas 1e de que faziam pa.rt~ a Juventude tes, revestidos de sobrepeliz e estola, I de entusiasmo fremente e exultam reune 08 seus filhos para os entregar
Católica e a Pia União das Filhas cUstrJ.buiram durante horas conse- de vivissima alegria., que se reflecte a Vós. Por Maria, perdoat- nos, se-
Quando as primeiras sombras da de Maria da respect!l.va freguesia. cutivas o Pão dos Anjos a cêrca de em todos os rosto.s. De repente, con- nhorl
noite caem sObre a Cova da Ir1a e as vinte cinco mil fiéis. Foi esta, sem cluida a cerimónia, ue entre a mui- Vossa bemdita M4e recomendou:
estrêlas começam a aparecer no fir- Os Açores em Fátima dúvida, uma das scenas mais encan- tidão imensa, aglomerada no vasto cfazei tudo quanto Jesus vos disser>
mamento, o E-spectáculo que se con- tad.oras e mais empolgantes dêste anfiteatro da Cova da Iria., irrompe e asSim queremos ser Vossos, obser-
templa é já assaz impress'l.onante. A segunda hora de adoração dia inolvidável. Jesus-Hóstia, o Rei do um grito veemente, caloroso, entu- vara VOBsa Lei, protestando que de
Centenas de velas acendem-se co- preside o rev: Canto e castro, di- Céu, oculto sob os véus eucar1sti.cos slástico, sinte.se admirável do senti- ora em diante procuraremos correa-
mo por encanto e brilham quais p1- Jrector espiri,tua.l da peregrtnação 1 passa, como outrora, cheio de bonda- mento unânime de todas aquelas ponder às finezas ào Vosso amor
rllampos ou esquivos fogos-fátuos dos AçOres, que o vapor Carvalho de e de mJserlcórdla, fazendo o bem, almas: cViva o COração de Cristo- sem f im, nada fazendo que ndo seja
em tõda a vasta extensão do local Araujo transportou de Ponta Del- e desce às almas, unindo-as a si, no -Rei, Senhor do mundo!:. pc,ra honra e glória Vossa.
das aparições. gada a Lisboa e que se compõe de seu sacramento de amor, para que Milhares de mãos, num movimento Protegei, ó amantissimo Senh,or, a
Pouco depois das dez horas, os me- perca de zmcoenta pessoas. Dis:le vivam mais intensamente da sua. vi- febril, agitam, sem cessar, lenços Vossa Igreja, o Santo Padre vosso
gafónlos fazem ouvir as vozes de o d..stinto orador oficial da pere- da. sobrenatural e divina. brancos, que parecem pombas en- Vigário na Terra, os Bispos dé todo 0
comando e aquele exército de pere- grtua.çao que, pela primeira vez, a I Pouco depois subiu ao altar o su- sa.lando o vOo para as alturas. soam mundo, o Clero, os Seminários as
grinos, q:~e se extende desde a Basill- alma inSular de Portugal, a alma perior dos Dominicanos do Luzo, se- vivas e acla.ma.ções, que se repercu- , Ordens e Congregaç6es religiosaS.
ca até . ao portão central do recinto Ac,\")1"63.r.~ rv;inba. ,Juntar as suas guindo-se-lhe vá.ri.os outros sacerdo- tem ao longe e ao largo, acordando Abrasai no Vo~so Santo Amor 6
sagrado, lrucia a recitação do terço preces às da alma de Portugal con- tes. os ecos da montanha. A branca e Divino Coraç4o, os nossos BiSpos,' os
tmenta.l, aos pés da sua Padroeira, 1 Emquanto êstes actos se realiza- formosa estátua da Virgem de Fáti- 1 nossos Párocos, os nossos Padres, pa-
do Rosário.
I
São moonentos de fé vibrante e de tamoém a Vi.Lgem Santlss.una., por- vam, unindo intimamente a Deus sa- ma, em que o inspirado escultor Te- ra que mais e mais :;e santifiquem e
piedade viva e intensa, em que as que, se PortugaL era a terra de San- cerdotes e fiéis, três aviões do grupo dlm, de Santo Tirso de Coronado, se empenhem em promover a glória
preces de dezenas de milhares de al- ta Maria., os Açores o eram dum de esquadrilhas de bombardeamento gravou, tanto quanto o seu ta!ento ar- do Vosso Amor.
mas sobem para o Céu, cheias de 1 modo muito particular, pois oo evolucionaram por cima da Cova da tlstr.co e a sua piedade acrisolada lhG
unção e fervor.
I Aben çoai-nos, Senhor, nós Vo-lo
$us descobridores, portugueses de Iria., deixando cair ramos de flores permitiram, os traços mais salientes suplicamos pela tntercessc'lo da Vossa
Do alto do seu pedestal, na Santa lei e almas cristãs, qwseram cha- I sõbre vários pontos do recinto dos da celeste Aparição fixados pelos vi- Mt!e e Mc'le Nossa, peZ~ merecimen-
Capela, a Virgem bemdita parece mar à primeira 1lha. descoberta. santuários. dentes, parece sorrir de novo, do alto tos da Vossa Pafx4o e Morte e pela
sorri.r de bondade e de amor para os D.ha. de Santa Maria, por ser êsse do seu anc!or, contemplando o triun- Vo~sa Infinita Misericórdia. Assim se-
filhos do seu coração que de todos o dia 15 de Agosto, !esta da As- No Pôsto das verificações médicas to magnifico de seu Divino Filho sO- ja.
os pontos de Portugal, vão ali, a seus sunçllo da .\iâe do Céu. bre aquelas dezenas de milhar de al- Coraç(!o divino de Jesus: perdoai-
pés, levar-lhe piedosamente, depois Fala em beguida da fé portugue- Entretanto no POsto das verifica- mas que o aclamam por seu Rel. Efe- -nos, porque confiamos em Vós (3 ve-
duma longa e penosa. jornada, os sa e de como F'átlma era a respos- ções médicas, instalado numa das ctivamente, hoje como nunca, m.a!.s zes).
testemunhos da sua. devoção filial. I ta do Ceu, verdadeira e directa, salas do Albergue de Nossa Senhora do que nunca, e a-pesar-de tudo, Coraçllo divino de Jesus, perdoai-
Mas a recitação do Sa,tério Maria- ao grito blasfemo que ousara pro- de Fátima, destila, durante horas a firmando o seu trono de amor nos -nos, salvai e reinai em Portugal que
no chega a.o seu termo e aquela clamar que em duas ger-.u;ões a Re- fio, a séri.e interminável dos doen- corações dos homens, Cristo vive, em Vós confia (3 vezes).
mole gigantesca de povo movimen- ligtao desaparecer!& dle PortugaL tes, que, de todos os recantos de Cristo reina, Cristo impera! Coraçllo divino de Jesus, convertei
ta-se em passo cadenciado e grave, :Nao, Portugal, vive agora, mais Portugal, veem suplicar à Virgem para Vós e dai a paz a todo o mun-
tformando uma linda e magestosa. Que nunca, de !é, e essa !é aumen- bemdita, no ~eu santuário privillgia- A missa campal- A bênção dos do (3 vezes>.
procissão, dum efeito ao mesmo ta cada vez mais, porque a Virgem do, a graça da cura, das melhoras d
tempo surpreendente e emocionante. em Fátima, naquele lugar (apiOn- ou do conforto e da resignação crts- oentes Terminada a C<>nsagração, o Se-
Os servos de Nossa Senhora do tando para a capela das aparições), tá. n.'lor D. José, a pedido, do rev. dr.
• Rosári-D, de correias a tiracolo, va.o aparecendo e.os três hum1des pas- I Os se~s de observação e ins- Defronte da Bas1lica em constru- Luis Fischer, professor da Unlversi-
dlrigindo, bondosa e pacientemente, tormhos, 'veio ~er: cl!Gzal., reza.!., crição ~ feitos pelo dr. Pereira ção, ao fundo da escadaria, em lon- da.de de Bamberg, na Baviera, e gran-
êsse cort..ejo tão grande e tão belo ' ·fa2".61 ~nela. e :Portugal serál Gens, director-chefe do POsto e por gas e multiplicadas fllas, sentados de apóstolo de Fátima nos paises de
como nenhum outro jàmais se viu salvo,. muitos outros médicos, coadjuvados em bancos ou deitados em macas, ll::.gua alemã, reza. juntamente com o
em terras de Portugal. A comoção que sente, acrescen- por alguns óll!erme'l.ros e servitas. estão centenas de doentes, assistidos povo uma Ave-Maria por sua lnten-
Milhares de velas abrasam num ta 0 distinto orador, é grande ao Entre os médicos que gentilmente com unia dedicação lnexcedivel pe- ção. Depois expõe-se o Santlssl.mo no
grande incêndio de luz têda a coUna ver êste imenso espectaculo cOO prestam serviços no POsto, vêem-se ~~.o~~.rvos de Nossa Senhora do Ro- trono, canta-se o Lauda Jerusalem
sagrada que tem a Baslllca por co- piedade e fé nacional. DepolS rete- os d.rs. Eurico Lisboa e Weiss de Oli- <><UJU música do Maestro Darros, de Lour~
rOa e remate. re-se à fé doo portugueses na sua veira, de Lisooa, Augusto Mendes, de O cortejo sobe, através da espla- des, faz-se a incensação litúrgica e
Milhares de vozes enchem o espa.- querida terra Natal, os AçOres, es- 1 Torres-Novas, Abel Pa.i.<i Cabral, de nada, até ao á.trio. A imagem da Vir- o Núncio de Sua Santidade, tomando
ço de melodias celestiais cantando peciallza.ndo as duas grandes de- NeLas, Manuel de Oliveira Barbosa, gem é colocada sObre um pedestal nas mãos a SagraJa Custódia, pro-
com a mais ardente devoção o Ave voções açoreanas ao Senhor Santo de Viatodos, José de Azevedo Antu- improvizad.o. Os estandartes das di- ~ à bênção individual dos doen-
de Fátima. I Cristo dos Milagres e ao Divino Es- nes, de Silve:>, Quirino Ribeiro, de versas peregrtna.ções, em numero de tes, levando a umbela o Sr. Ministro
Milhares de almas vibram de en- pinto Santo. E, naquele dta, véspe- Portalegre, ·e José Eusébio Pontes, de muitas dezenas, ocupam os dois la- da Justiça.
tusiasmo e elevam para as alturas ra da festa da terceira Pessoa da Olhão.
os anelos mais veementes e as pre- ::;antissima Trindade, chamaria a
ces mais fervorosas.
I dos do átrio, diante do altar. O Se- É a mais comovente, a ma.1.s im-
D...ante dos médicos pa.ssa.ra.m mui- nhor Núncio ajoelha num genufle- pressionanbe, a mais patética de to-
1-~ um verdadeiro cenáculo, tas centenas de doentes, dos quais xório do lado do Evangelho, logo das as scenas que se desenrolam na
Pelas avenidas da nova Lourdes \o,nde os portugueses, contlnental'i apenas trezentos foram inscritos pa- abaixo do supedâneo. Cova da Iria. Os olhos de todos os
vão passando sucessivamente, entre e açoreanos, reunidos, persevera- ra terem o direito de receberem ln- PróX1mo vê-se 0 sr. Governador circllllSta:ltes estão marejados de lá-
outras, as peregrtnações de AlvOrge, vam unan1miter em oração, jun- dividualmente a bênção com o San- Civil de Leiria. Do lado da epistola grtmas. Chora-se e soluça-se. Brados
Abiul. Açores, Pousa Flores, Mação, tamente com Maria, à espera das tissimo Sacramento. estã.o, junto dos Senhores Bispos de de fé e confLança saem de mil peitos,
Olivais (L!sboa), Ourém, Ancião, graças do Céu, do orvalho celeste SObre as mêsas e nas prateleiras Lel.ria e do Algarve, 0 Ministro da fazendo doce violência ao Céu. Re-
Carvide (Leiria), V:1lega, diocesana QUe viria. encher os corações dos dos armários acumulam-se os ates- Justiça, sr. dr. Almeida Eusébio, e 0 za-se fervorosamente
ça), Bomfim (Pôrto), Santa Eufé- Jesus-Hóstia, di~:
'Ill1a (Pinhel), Bemflca (Lisboa), Ri-
I
do Algarve, Carris de :evora (Alcoba- dons divinos. E, virando-se para tados médicos, muitos dos quais ex-Ministro sr. dr. Ribeiro Castanho. O Senhor Núncio, a· seu pesar, dei-
fi.rmados pelas maiores sumidades O Senhor D. Marcelino Franco, Bis- 1xa transparecer no rooto a comoção
cVós, meu Jesus, numa queixa clinlcas do nosso pais. As numero- po do Algarve, que acompanhou a intensa que lhe vai na alma.
ba.ma.r, Vila Franca de Xira, Alhan- tão sentida dissestes aos três Após- S2.S doenças de que :1. esplanada da Fátlima seiscentos peregrin?S da sua É já finda a pj.edosissima certmó-
d.ra, Coruche, Albergaria dos Doze, tolos no Jarrllm das Oliveiras: cNão Bas1lica. vai .oor dentro em pouco a diocese, celebra a missa. oflCial, aco- nia.
Jarmelo (Guarda), Oliveira do Hos- pudestes vigiar comigo uma hora?:. patética e confrangedora exposição, litado pelo rev.do cónego Veiga. O nobre embaixador do Papa vol-
I
pita.l, Ida.nha-a-Nova e Vidual, d.1.r1.- :bssa. queixa não podeis fazer a estes são, entre outras, as seguintes: gas- A Cova da. Iria está 1.it:ralmente ta para o altar. Canta-se o Tantum
gidas pelos respectivos párocos e le- vossos filhos que, tendo vindo de tão tro-entrostonla, tetAnia, úlcera jux- coberta de gente. A multidão, piedo- ergo e dá-se a bênção geral. Os ve-
vando à trente os seus ricos e Vfsto- longe, estão, não uma hora, mas ta pilórica, ptase visceral, atetose sa.mente recolhlda, reza e. canta, ai- nerandos Prelados benzem em con-
sos estanda.rt~ em número de ci.n- duas, três, LOda a noite, orando, vi- dupla, parali&a., lesões no estomago, ternada.mente. Após a IIUSsa, 0 Se- junto os objectos rellgiosos apresen-
Qüenta aproximadamente. giando comvosco, e, numa prece paraplegia espástlca, paraplegia flá- nhor Bl.spo de Leiria aproxima-se do tados pelos fiéis. Forma-se de novo o
Por fim todos os peregrinos, con- cne...a. de cont1.ança pedem os dons cicia, tumor cerebral, paresia, coxal.- microfone !" f~ a consa~ção sole- cortejo e a estátua da Virgem é re-
centrando-se em volta da capela do do Espirita Santo para os governan- gia, artritismo, diabetes açucarada, ne do Santuário de Fátima ao Sa- conduzida à Santa Capela das Apa-
Pavilhão dos doentes, rezam em voz tes de Portugal e para a sua terra c611ca.s epáticas, encefallte, miellte, gra~o Coração de Jesus. rições. Pela L>Oca do rev.do dr M::trques •
alta o Credo, como protesto veemente dos AçOres. Alude dum modo espe- 1 hiporpadios femlnil, epilepsia, ce- ~ a fórmula da Consagração, cu- dos Santos, a multidão consagra-se
da sua !é e testemunho solene da sua cial à saúde do seu Prelado, supli- guelra incurável, bronquite crónica, ja leltura 0 ilustre Prelado fez prece- a Nossa Senhora e por fim canta
esperança, em face das blasfémias cando ao senhor que lhe dê multa varizes, cordiopatl.a., lesões bacl.Iares, der de algumas palavras, breves mas em cOro o Salve nobre Padroeira.
da lniqü.ldade e dos so!l.smas do sep- para que a diocese de Angra tenha o meningo-ence!all.te, artério-esclero- eloquentes, apropriadas ao acto que Com êste acto ficou concluida uma
ticismo e da descrença. seu Bispo com fOrças para trabalhar se, hemiplegta, óstio-mielite cróni- se ia rea.l.1za.r: ' das mais belas e mais gloriosas jor-
e pede em seguida pelos Seminários, ca, arltm.ia completa extra-slstolica Senhor Deus onipotente, que por nadas de Fátima.
Adoraça-0 reparaça-0 e amor a Jesus- pela imprensa, pelos pobrezinhos, e crises de hipos.lstolla, colite muco- um mero acto da vossa vontade nos Pouco a pouco, os peregrinos dei-
' , • por todos os enfermos que tra_zia na membranosa, tribromioma uterino e criastes à Vossa imagem e sfmtlhan- xam a Cova da Iria, felizes e saudo-
·Bostía 1 sua peregrin~ão, peta salvaçao dos I neoplasia. ça para Vos conhecermos, servirmos sos, com a sua fé mais viva e com a.
AçOres, para que a Rainha do Céu Pessoas cultas e de elevada repre-~ e amarmos; sua piedade mais afervorada, levan-
A meia-noite astronómica prlncl- os defenda do terrível protestantis- I sentação soci.al, homens e mulheres Vós, que, por nosso amor, deixas- do a todos os recantos de Portugal
pia a hora tie adoração e reparação mo e espiritismo, que tantos males do povo, velhos, rapazes, meninas e tesa Vossa glória e assumiStes a na- as 1.mpressões dêste dia maravilho-
nacional. Na varanda do Pavilhão vã.o fazendo. Termina com· um apêlo crianças, todas as idades e condições 1 tureza humana nas puríssimas en- so e incomparável e despertando em
vêem-se os Senhores Núncio Aposto- ao Espirito Santo, para Que espalhe, socl.ais estão largamente representa- tranhas da Virgem Maria, Ml!e nos- muitos milhares de almas o desejo
lico e Bispos de Leiria e do Algarve. como no cenáculo, as suas luzes e os das nesta embaixada dolorosa, mas sa, e vivestes pobre, derramando o ardente de visitar a estância bemdi-
0 Divino Rei de Amor, oculto sob os seus dons, da sabedoria, da castida- crente e CC~nflante, dos grandes vosso sangue e morrendo por nós na ta onde a Rainha dos Anjos se d1-
véus eucar stl.cos, é exposto à adora- de, do entendimento, sObre todos. O doentes de Portugal à Virgem de cruz; gnou aparecer e falar a três pastori-
I
QA.o dos fiéis num pequeno trono de orador, no decorrer de. seu disCurso, Fátima, Saúde dos enfermos e Mãe
luzes e de flores no altar-moc da provou à evidência que sO a Igreja de Misericórdia.
capela dos doentes. O venerando católica, só o Evangelho, poderia
Vós, que permaneceis no Santfssi- nhos palavras de salvação, conver-
mo sacramento da Sagrada Euca- tendo-a em trono augusto das suas
ristia, embora muitas vezes abando- glórias e em fonte perene e inexgo-
Prelado de Leiria começa a re-zar o resolver o grande problema social, A procJ"ssa-0 da Virgem _ A bênça-0 nado e sujeito ao.s mais horrendos tável das suas misericórdias.
terço, alternadame:tte com os ftéis. dizendo aos ricos: colha! para os sacrilégios ...
explicando, nos intervalos das deze- vossos trmlos pobres:., e a êstes: da Imagem do Coração de Jesus Eis- nos aqui aos Vossos pés humt- Piedoso gesto duma majestade no
nas, em llngu&gem clara e acessivel csotrei com resignação a cruz que
a todas as inteligên~as. OS misté- ~ Deus vos deu!> Aproxima-se a hora solenissima da
Zhados e contrftos.
Nós VOS reconhecemos como nos- eXÍ 10-
t• os h DM l
en Or • anue e 0
n
rios dolorosos do Rosário. A multi- A tocante cerimónia da adoração missa ofic!.al. os venerandos Prelados so Deus, Bemfeitor e Rei, e pela Santuário Nacional de Fátima
dão, pendente dos lábios do ilustre nocturna em que tomou parte a saem da capela do Albergue, em cu- grandeza do Vosso amor vos pedimos
orador, comprime-se em torno do I grande ~aioria dos peregrinos, ter- jo altar se ergue uma linda e artisti- que nos perdoeis as nossas faltas e Em carta datada de 27 de Outubro
Pavilhão, imersa num grande si- IDJ.nou às seis horas com a bênção ca estátua de Nossa Senhora, obra do que ?Uio nos tratets, conforme a Vos- findo e dlr:.g.da ao venerando Prela-
lêncio e no mais completo recolhi- . do Santissimo sacramento. grande escultor Teixeira Lopes, que sa justiça e nossas 1niquidades, mas do de Leiria, o Senhor D. Manuel II
mento. Sua -Ex." aev .... conclui o foi benzida no dia 8 de Mal.o por S. conforme a Vossa mfsericórdfa. dá testemunho da sua devoção para
seu fonnoso discurso, pedindo as O Senhor Núncio_ As Missas_ Eminência o Senhor cardial Patriar- Por Maria, Vossa Mtle, perdoai-nos, com a nobre Padroeira de Portugal
orações dos fiéis pelas necessidades ca de Lisboa, durante a peregrinação Senhor/ e, em seu nome e no da sua augusta
. da Santa Igreja, pelo Sumo Pon- Amissa da comunhão geral nacional vicentina. Organiza-se, pou- Grandes teer.; stdo as nossas faltas, Esposa, oferece um valioso donativo
tifice, por todos os Bispos, pelas co a pouco a procissão da Virgem. O mas infinitamente maiores sc'lo os ex!. para o altar-mor da Basili.ca de Fà-
missões e por várias intenções par- Como era bastante elevado o nú- Senhor Núncio, revestido de capa de tremos de amor do Vosso Coraçl!o, tima.
t!culares. mero de sacerdotes que desejavam asperges, rica e reluzente, preside ao santuário de misericórdia& infinitas, Essa carta, que a cVO'l. da Fátima:.
A adoração nacional segue-se celebrar o santo sacriflclo, as missas, grand.oso, imponente e intermJnável fonte perene de gráças e Mnçc'los. se honra de arquivar nas suas colu-
imediatamente a adoração por pe- por uma concessão especial, come- cortejo. :mste, depois de descer a Ave- É dêsse manancial inexaurível que nas, é do teor seguinte:
regrinações ou por grupos de I>&- çaram às dua.s horas e mela, tendo nlda. CE-ntral, pára junto do Fonte- nós esperamos a graça de sermos cReverendissimo Senhor:
regrinações: das 2 às 3 horas, AçO- 0 seu número subido a mais de du- nário, e o ilustre representante do preservados da ruína e morte eter- Dirijo-me ao ilustre B :spo de Let-
res e AlvOrge ; das 3 à3 4, Olivais; zentas. Vigário de Crsto procede à bênção na das nossas almas. rta para lhe pedir que aceite o mo-
das 4 às 5, Anclão; e das 5 às 6, As sels horas, no altar exterior da da linda Imagem do Sagrado Cora- Somos cristãos e portugueses, des- desto óbulo que a Ratnha e eu lhe
Carv!de, Mação e Oliveira do Hos- Basllica principiou a ml.c;sa celebra- ção de Jesus que encima a gigantes- 1 cendentes dos heróis e santos que enviamos para a Igreja, que se está
pita!. da pelo Senhor Núni.!io que era aco- ca coluna assente sóbre o depósito conquistaram esta terra aos inimigos construindo, de Nossa Senhora de
outraw;; peregrinações associam- lltado por Mons. dr. suveira Barra- superior da fonte, rezando as ora- do Vosso nome e levaram a Santa Fátima: há mafs tempo que o devia
;..se a estas para a adoração no- das, director da peregrinação de ções do Ritual Romano apropriadas Hóstia por todo o mundo: por aQui ter feito: tnteztzm.ente, as ctrcuns-
cturna, entre as quais a de Jarme- ÉVora, e pelo rev.c1o Curado. Foi a ao acto. A cerimónia tem o que que- passou, aqui orou o Vosso servo Bea- tdnctas nc'lo o permitiram. O Dr. Fer-
lo (Urgueira), Guarda-Gare, dlr.',.. esta missa que se real!zou a Comu- re que seja de simultâneamente to Nuno de Santa Maria; esta terra nandea de Oliveira, meu Administra-
gida pelo rev.o Manuel dos Santos, nhão Geral. Vinte e cinco Sacerdo- simples e tocante. As almas vibram é de Vossa J1c'le, Senhor, que aqui dor Geral, entregar-Zhe-á a soma de
VOZ DA FATIMA a
dez contos de réfs, que V. ExceMncia
.Reverendfssfma dedicará ao altar de
Nossa Senhora de Fátima, pela qual
temos uma tll.o profunda devoç4o.
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA Doenças nos rins -Maria Felicidade Leite da Sllva..
de Póvoa de Varzim, agradece a N.•
Maria Abilla de S. José, religiosa. Senhora o tê-la curado duma doen-
portuguesa, hoje residente em Bom- ça que diz ter tido.
vida com uma bronoo-pneumonia baim, !01 acometida por um rrran-
Pedimos unicamente ao Reveren-
díssimo Prelado que, diante de No_ssa
úlcera com os do!s pulmões atacados, e so-
- Zulmira Galhardo, de Penama-
de mal estar nos rins. Consul- côr, agradece a N.• Senhora diversos
Senhora de Fátima, reze por nós e lhe Desde 1924 que sofria horrivel- breveio-lhe também uma congestão. tou o médico que, depois de a exa- favores que por Maria alcançou.
rogue que nos abenç6e. mente do estomago, não podendo Vendo seu grave estado recorremos minar e fazer o diagnóstico da doen- -Josefina Helena Matias, de Sa-
Com o mator respeito, beijo o Sa- alimentar-me e tendo frequentes che:os de r~ e confiança à S.S. Vir- ça, lhe disse: se, dentro de 5 horas, bugo, agradece a N. Senhora uma
-!)rado anel do Reverendtsstmo Bispo vómitos sangillneos. Recorri a vá- gem por intermédio de S. Rita e S. não se encontrar melhor. é urgente graça espiritual.
de Leiria.
rios médicos, sendo radiografado José. t.ransportar-se a um hospital e su- -Ma.r'..a. do Rosário Casanovas,-
Manuel R.-. pelo Snr. Dr. Donas Boto, que ve- Principiei a dar-lhe água da Fá- geitar-se a uma operação. Foi nêste Av. da Liberdade -Lisboa, agrade-
rificou ter uma úlcera no estoma- t:ma e hoje tenho o prazer de ver o tranze que eu, por ordem da minha ce a N.• Senhora o ter curado seu
Comoveu-nos e respeitosamente agra- go. Fui depois tratado pelo Snr. Dr. meu netinho já bom. Venho agrade- Superiora, r:z uma promessa a Nos- marido que sofria de anemia cere-
decemos a carta do augusto exilado Se- Abel Paclleco, mas sem resultado. decer a Nossa Senhora o ravôr que sa Senhora da Fátima, orei com to- bral e que já estava desenganado
!flhor D. Manuel que, como é sabido, Consultei depois o Snr. Dr. Morais me alcançou e pedir-lhe que conti- do o fervõr da minha alma para que pelos médicos, pois diziam que cer-
usa no estran)elro o titulo de Conde de Sarmento, que novamente me ra- nue sempre a ajudar-nos nas nossas me valesse. E Ela-bendita seja pa- tamente morreria dentro em pou-
1>ur6m a que pertence a Fátima. diografou, verificando egualmente diíiculdades. ra sempre!-nã.o se fêz esperar, acu- co ou acabaria por completo de
a existência da ulcera. Novamente diu pronta com o seu auxillo e a enlouquecer.
segui o tratamento do Snr. Dr. Armamar operação não foi necessária.
Visconde de Montelo -António Pinheiro - Monta.rgis-
Abel Pacheco até que perdi a espe- Maria Alodia da Silveira Maria Abtlia de S. José France, agradece uma graça temP<>-
-------+·~·------- rança de me curar com os médicos ral que NOISSa Senhora lhe alcançou.
e voltei-me para Nossa Senhora da Infecção Tetano
FÁTIMA NA ITÁLIA Fatima.
Em 13 de Maio de 1928, depois de
Estando em Vila do C'.onde adoeceu Albina Martins de Flgueitedo, ~~~~~~~~~~
Gubbio é-nos comunicada a repentinamente meu marido com achando-se doentle, foi observada
De
seguinte noticia:
cCelebrámos esta manhã, 13 de
me recomendar com uma novêna
de orações e comunhões de minha
espôsa, filhos e pessoas amigas
uma infecção num pé que lhe pro-
vocou uma 11nfag1te horrorosa·
por dois médicos que declararam es-
tar atacada por um tétano, e que só voz DA FATIMA
Abril, a função no monte de S. com phlebite, tomando a perna até por milagre se salvaria.
fui a Fátima com grande sacrifi- ac~ma do joelho umas proporções e Sabendo isto fui com outra pessoa. DESPE IA
.Jerónimo, em honra de Nossa Se- clo mas com tOda a confiança na cõres tais que causavam mêdo. Sen-
nhora da Fátima. a sua casa levando água da Fatima, Transporte .. . . . . .. • . . . . ..
cSaúde dos Enfermos-.. Ai, logo de- tindo-se tão mal chamou imediata- e ao vermos o seu sofrimento, come- 331.238$24
Ontem. como de costume esthe pois da Sagrada Comunhão, senti mente o Sacerdote e o médico, e ten- çámos a fazer uma novena a N.• Se- papel, comp. e imp. do
lá a preparar tudo e esta manhã às um grande alivio mas ainda algu- do-se confessado foi examinado pe- nhora dando todos 06 dias um pou- n.o 116 (93.000 exJ ... 6.581$00
7 112 começámos o S. Rosário, in- mas dôres persistiam. franquias, embalagens,
teiro, depois das orações da manhã, lo médico que achando-o gravemen- co d~ água da Fátima à doente.
Estas porém, depois da Bênção, te doente desejou que mais dois mé- Durante os dois primeiros dias a transportes, etc. .. . ... 1.181$25
como costumamos fazer no Orató- desapareceram completamente. Fui dicos o examinassem. Vieram, con- pobre doente sofreu dores horrive.is, Na Administração em
rio de S. Dom.n_os. Muito siler...c.o para minha casa ainda com tôdo Leiria ........... . ..... . 265$00
olhimento. ferenciaram e d1..qseram que se trata- mas ao t.erceiro já se sentia melhor,
o cuidado, mas sentindo-me com- va, realmente, dum caso grave que, achando-se no fim da novena, diz,
As pessoas presentes eram em pletamente bem. Comecei a comer Total ... ... 339.265$49
maior numero que nos meses pas- dentro em pouco, podia ser fatal!! completamente curada, graças a Nos-
de tudo e nunca mais sofri do es- Aflitissima recorri a N. Senhora de sa Senhora da Fátima.
sados. Houve umas 40 comunhões. tomago. Fátima, e antes de mais nada enso- Donativos desde 15$00
Celebrou Missa o Snr. Cónego D. Por mais de uma vez fui examina- pei um lenço em água da Fátima e Alquerubim.
Or:Igenes Rogari que fez um belo do pelo Sr. Dr. Abel Pachêco que Esmolas de Galveias, 70$00; esmo-
discurso. No próximo 13 de Maio, ateio-o na perna doente acima da Maria Lucinda da Graça
um ano depois da cura me passou inchação, pedindo a N.• Senhora que las de Viseu. 40$00; Duarte de OlLvei-
apezar de ocupado com prégações o atestado que envio. Como êste ra - Alenquer, 20~00; Domingos Vi-
em Perúgia, voltará para oficiar na não permitisse que a infecção subis- Cólica renal
era duvidoso ainda detxei passar o se mais e se generalizasse, como 06 cente - Foz do Douro, 20$00; Dis-
festa, que deseja seja mais solene largo espaça de quásf quatro anos médicos receavam. No dia 24 de Julho de 1926, achei- trib. em Foz do Douro, 230$00; Ant:
visto recorrer o mês da primeira e não tomei a sofrer do estomago. Nossa Senhora ouviu a minha pre- -me imensamente incomodada com Marinh~Rio de Janeiro, 15i00; Dr.
aparição. · Por isso venho publicar a graça re- cólicas nos rins, que aliás eram rre- A. de Lacerda - Rio de Janeiro,
Pensamos portanto em celebrar ce, e, com espanto dos médicos, a in-
também uma procissão com o es-
cebida como prometi. fecção não passou àlém do sitio em qüentes, mas agora duma intensida- 15$00; Beatriz de Azevedo - Rio de
tandarte da Senhora.
Avenid~Lousada, Joaquim Car- que estava, e o mal começou a de- de única. Sofri horrivelmente. Foi Janeiro, 15$00; Carolina Cardoso-
Será uma festinha com duas Mis- doso P."" da CUnha. clinar. Tenho a convicção de que de- chamado o Sr. Dr. Branco, de San- Rio de Janeiro, 15$00; Laura Car-
vo a sua cura a N.• Senhora da Fá- tarém Enquanto esperava o médico, doso - Rio de Janeiro, 15$00;
sas, muita gente e muitas flores ... -. ATESTADO tima, e por isso, em prova. de grati- ia pedindo a Noosa. Senhora da Fá- casas & c: - ruo de Janeiro,
dão, venho tornaJ.' público êste insi- tima, com a maior fé possível, que 15$00; Clemente Armando - Rio
Uma graça da Senhora em Napoles Abel de Sousa Pacheco., médico
cirurgião pela Escola Medico cirur- gne favôr. Hoje meu marido encon- me aliviasse de tão grandes sofri- de Janeiro, 15$00 ; Hercilla de Cas-
Cura de pleurisia gica do Pôrto. tra-se completamente bem. mentos. O que foi não sei, mas o que tro - Rio de Janeiro. 15$00; Jose-
Atesto sob palavra de honra que Guimarães. sei é que as dores começaram a de- fa Fragoso -Rio de Janeiro, 15$00;
Em fins de Janeiro do corrente o Sr. Joaquim Cardoso Pinto da saparecer de forma tal, que quando Julia Salvini-Rio de Janeiro, 15$00;
ano, uma fervorosa devota. da Se- Cunha foi por mim tratado de ul- Condessa de Margaride o médico chegou estava já completa- Sup.r• do Col.o de S. Teresa - Rlo
nhora da Fátima, a Sig.na Cicellyn mente bem, e desde então até hoje Janeiro, 15;!;00; Manuel Tomé -
cera gastrica, tendo tido um longo
Concettina assim escrevia para o peri.odo Tumôr Passaram já quási seis anos sem que Rio de Janeiro, 15$00; Manuel Ma-
Colégio Português de Roma: cRev .mo de novo de silencio até que vo tou A meu fllho Mário, que na Póvoa tais dores se tenham manifestado. rinho- Rio de Janeiro, 15$00; Ma-
Padre: Envio-lhe est;!. pequenina corrido a aFátima.exacerbar-se, tendo re- de Varzim estava a banhos, apare- nuel Torres- Rio de Janeiro, 15$00;
oferta em nome da Senhora De Be- ze mezes durante São passados do-
os quais o doente
ceu um tumôr junto a um ouvido. Santarém. Manuel Magalhães-Rio de Janeiro,
nedictis, cuja filha foi curada pela &~ supõe curado, pois Consultados três médicos todos F . c. Teodósio 15$00; Maria xavie~Rio de Janei-
Virgem da Fátima de uma longa que de nada disseram ser necessária uma opera- ro, 15$00; Mosteiro de S. Bento -
doença. Recomende-me ao Senhor se queixa.. Convem registar que há
por . ezes longo ; period s de c lma ção sem o que, era prové.vel que o Tifo Rio de Janeiro, 15$00; Miguel
e à Virgem Santissima.:. !7<J. ~ • em ei~'encas de ta nature- tumõr purgasse para o interior. No Em Outubro do an.o passado, en- campos - Rio de Janeiro, 15$00;
Tendo-lhe sido pedidas informa- ~. dia 13 de Outubro fui mais uma vez contrando-me com minha famllia. Noémia de Castro - Rlo de Ja-
ções pormenorizadas assim tornava do passo Por ser verdade e me ser pedi- ao médico que disse ser absoluta-
o presente que assino. na minha terra natal (Pedrógã.o de neiro, 15$00; Luis Cardoso - Va-
a escrever-nos: mente necessário fazer-se a opera- Torres Novas) ai adoeceu gravemen- lença do Douro, 15$00; José Mei-
Porto, 8 de Maio de 1929 ção no dia seguinte. Pedi ao Sr. Prior te um meu filhinho de 4 anos de reles - Valença do Douro, 15$00;
N ápales 30-3-32 de Barcelos que fô.:ose conosco à Igre- idade com febre tifoide. Durante os Dlstribu!çã.o em Colares, 100$00;
(a) Abel de Sousa PacMco
Rev.mo Padre ja rezar o terço diante da Imagem primeiros oito dias conservou sem- Margarida da Silva - Fã.o, 35$00;
de Nossa Senhora da Fátima. Assim pre a temperatura de 40 a 41,5 graus. Jonh Souto - América, 15$00;
Peço mil e mil desculpas por não Paralisia Se fez, muita gente amiga rezou o Por duas vezes julgámos que estava António Maclel - América; 15$00;
lhe ter escrito antes: não o pude Estive no leito, sem me poder me- terço conosco à hora do meio dia para expirar. No meio da maior afli- P .• António de Sousa - Recarel,
fazer porque quando re<.ebi a sua xer, durante 13 meses seguidos. Fui em união com os peregrinos da Fáti- ção recorremos a N.• Senhora da Fá- 20$00; Ant.0 Apolinário - Carvl-
carta a agraciada da Senhora da tratado por diversos médicos de Ar- ma, e, nêsse mesmo dia o tumôr pur- tima., fazendo-lhe algumas promes- ça.i.s, 20i00; Dr. Ant.0 Taborda-car-
Fátima tinha mudado de a?es para coa de Vai de Vez e de Paredes de gou abundantemente para a parte sas, e, graças a Ela, desde êsse dia viçais, 20$00; João Aguiar - Satan.
melhor se restabelecer. Tendo ela Coura, mas sem resultado sensivel. exterior, evitando-se assim a opera- meu filho começou a melhorar. Den- 20$00; Joaquim RamalhD - Lis-
voltado, comunico-lhe 06 pormeno- Por fim já nem queriam vir, dizendo ção. tro em pouco o médico declarou-o boa, 25$00; Maria Julia - Funchal,
res do milagre para que o possa ser inútil, pois tinham já feito tudo Quanto não devo a N.• Senhora! I livre de perigo e a convalescença foi 100$00; P.• Manuel Augusto -Aço-
1nsertr no jornalztnho cVoz da quanto lhes era posstvel. Assim de- A ela quero agradecer publicamente rápida. res, 50$00; Albano Machado - Aço-
Fátima:.. São os seguintes, me:hor, sanimado e che!o de dores, pedi, com esta e outras graças que me tem Hoje está muito bem. res, 15$00; Joaquim da Cunha -
são as autenticas palavras da mira- minha !amilla, a Nossa Senhora da feito. Lousada, 35$00; Maria da Glória -
culada: Fátima que me alcançasse melhoras S. João do Estoril.
Barcelos. Lamego, 15$00; Adelaide Engracla
cMaria de Benedictis foi acometi- ou me levasse para o céu. António da Silva Geada -Torres Ved.ras. 15$00; Carlota
da de forte pleurisia, com um litro A Virgem Mãe atendeu-me, e co- Maria Bastos
Teixeira - Ca.bo Verde, 1 dolar;
e meio de liquido. Tratavam-na os
dois médicos Dr. Deliponte e Dr.
mecei logo a sentir alfvios. Hoje es:-
tou perfeitamente bem, conseguindo
úlcera Graças diversas Isabel VÚ!ira - T. Vedras, 25$00;
Capaldi; êste queria por torça ex- já ir a Fátima agradecer a Nossa Havia 15 anos que sofria incó- -Adelaide Gomes Pelóte _ case- Distrib. em G André - Extremõs,
trair o liquido. A doente e sua mâi Senhora t ão grande graça, sem difi- modos no estomago. Alguns médi- vel de Santarém, agradece duas gra- 156$00; P.• Ant.• de Sousa - Lufrei,
começaram a novena à Senhora da culdades ma~ores do que as que teria cos diziam ser ddspepsta, outros, ça.s temporais. 100$00; M.• do Carmo - Odivelas,
que talvez fôsse uma úlcera. Há 22$50; Joaquim de Lencastre -Lts-
Fátima, receb~ da da Sig.ma Cicellyn se não tivesse estado paraUtico. três anos agravou-se de tal forma -Eugén1a Carvalhal,- Monforte, boa, 21 osoo; Maria da snva _ Re-
Concettina que tinha voltado de Arcos de Val de Vez a doença que resolvi consultar o Dr. agradece uma graça concedida a carel, 2o$OO·, Francisca Lopes- AI-
Roma, creio que em Outubro ou No- uma pessoa de sua famJlla..
vembro do ano passado. No segundo N areiso Dias de Araujo António Câ.malit, operador em Pon- -Maria da Conceição Melo,-de dela da Mata, 20$00; Venina Peixo-
dia da novena a febre começou a ta Delgada. Aconselhou-me a que Santarém, agradece a N.• Senhora to - Braga, 15$00; Porfirio Oon-
mandasse tirar uma radiografia. uma graça temporal. çalves - Lisboa, 15$00; José de
baixar e o liquido a absorver-se gra- Tumôr Poucos dias depois voltei com a ra-
dualmente até desaparecer por
completo sem ser mais precisa qual- IresPadecendo minha mãe graves do-
provenientes dum tumor maligno
diografia que acusava realmente a
exiStência duma úlcera de que era
_ Lino Cardoso Rodrigues, de Es- Oliveira - Coimbra, 20$00; Sofia de
pozend e, a gradece a cura de D . P a-
1 de~itas - Coimbra, 20$00; Elstler
Oliveira - Portalegre, 20·$00;
quer operação ou extração. Mãi e mira Gonçalves, para amparo de
que tinha nos intestinos, eu cheia necessário ser operado. Fiquei de- quatro filhinh06 que tem. P.• Ant.o Miranda - Alcains, 15$00;
filha agradecem sempre à Virgem de afllçãc por ver o seu sofrimento, veras consternado, mais peJa falta
por esta graça, e esperam ainda -Maria C?rlota Trigueiros, do BI'.\tes TeLes - Fronteira. 20$00;
recorri com todo o rervôr a Nossa de meios do que pelos sofrimentos Anónimo - Fronteira, 25$00; P.•
Fun dão, agrad ece a Nossa Senhora o Manuel
receber outras pelas quais prometem Senhora de Fát!ma, pedindo-lhe o que iria suportar. Comecei com mi- Ribeiro - Fomos, 110$00·,
uma oferta. Agradecem também os ter-lhe alcançado melhoras para uma
seu d:vino auxll1o em favor de mi- nha familia a pedir muito a N.• aguda dôr que há muito tinha num N.0 5.601 - América, 1. d~lar: N.o
lindos santinh06 recebidos. nha pobre mã.e. Senhora que nos auxlliasse. TrêS
t..~t •s as n · t elas }::edidas. Reco- dos ouvidos. Fêz uma novena de 6910 -América, 1 dolar, N. 3237-
meP~"-,...,e ao F:P,.,hnr e à Vire"m
Fiz uma novena de comunhões, meses depois disse 0 médico que e~ orações lavando também diàriamen- 1 América, 1 dolar; Inês Guimarães
dando sempre à doente a beber água estava muito melhor mas que se- te o oÚvldo com água da Fátima, 1-F. do Douro, 20$00; P.• Cesário da
de Fátima. respeitosos obséquios. trazida do Santuário da Fátima.. A ria bom ser operado, não fôsse ca- e hoje, diz, está completamente bem. Silva - C. d'Aire, 20$00: ~ernando
Virgem Santissima compadeceu-se so que o mal se agravasse repen- -António de Paiva -Gondomar de Araujo - Grijó, 50100, Farmé.-
Dev.ma C. Cicellyn de minha mãe pois que as dore:> de- tinamente e a operação depois se agradece a N • S.• u~ graça par~ ela Marques - Nespereira, 50$00;
-------+••+------- sapareceram o que causou verdadei-
ro espanto ao médico que a tratava..
tomasse imposs.!vel.
Ass1m se !êz. Tudo correu multo
ticular.
I
Maria Mesquita - Mação, 15~00;
-Maria Lídia Cruz, de Santarém, Joaquim de Sá Couto - Oleiros,
Bendita seja a Mãe do Céu por esta bem, 15 dias depois já passeava pela
AVISO tão grande graça que me fez e de rua sem incómodo algum. O médi-
agradece diversas graças temporais. 30$00; Guilherme Pacheco - V.
- Josefina Martins Moreira, de Flor, 20$00; Maria Rocha - Laza-
Mais uma vez se repete o que que lhe ficarei sempre devedora de co que me operou não era meu co- Gondomar. agradece uma graça tem- reto, 15$00; Rita de Jesus - Rio
tàntas se tem dito: -só é permi- gratidão. nhec1do nem alguém lhe pediu por poral concedida a seu marido. Maior. 15S~OO; Manuel Rebelo -
tido levar 11m jor!lal da Fátima R. do Registo Civil, 34. 5.0 Lisboa mim e depo's da operação disse-me - António de Almeida e sua mu- Açores, 20~00; Perpetua Furtado-
que não queria que lhe desse absolu- lher. da Dha Terceira. Açores, agra- Lisboa, 20$0J: Ant.o Baptista-Bom
para cado. casa, embora lá haja Capitolina de Nápoles Braga tamentE- coisa alguma, favôr que ain-
da atribuo a Nossa Senhora a quem decem diversas graças temporais sucesso. 1~$CO; Enúdio Gomes -L.
muitas pessoas que saibam ler. que Nossa Senhora lhes alcançou. da Palme1ra, 20$00; António Mo-
Quem para a mesma casa levar Pneumonia tanto pedi porque sou muito pobre. - Maria Augusta de Oliveira, de 1 reira - L. da Palmeira, ~0$00;
mais do que um, rouba as esmolas S. Miguel - Açôres. Avanca., agradece uma graça tempo- . Duarte Figueiredo - satan, 20$00;
o meu ÚIÚCO netinho de 3 an06 e
de Nossa Senhora. meio esteve em perigo eminente de Guilhermina Por/irlo Cabral ral. 1 P.• António Casteleiro - Sabugal,
4 VOZ DA FATIMA
30$00; Ester Cabral - Nelas, 15$00; Há gente que mesmo nos momen-
João Mendes - Chão do Couce,
15$00; P.• Cesário da Silva- Mões,
pelas crianças a quem se dignou
aparecer e por nós os portugueses
apesar de tão ingratos ao seu amor.
FATIMA ÀPROVA tos solenes néfo perde a b6a dispo-
stçéfo de esptrito. Foi o caso que
20$00; esmola pelas almas. 60$00; Cremos bem que êste novo livro um engraçado habitante dêsse lu-
João Simões - Foz-Porto, 2u~ú0; do Sr. Dr. Fischer terá a mesma A PERSEGUIÇÃO gar contando com a vtnda dos cco-
Henrique Pinto - Caldas de Aregos, aceitação que o primeiro entre os miceiros~ d Cova ela Iria rcso·veu
l5:ii00; Clara de Matos - Castelo devotos de Nossa Senhora de Fá- pregar-lhes uma partida.
Branco, 50$00; Maria Trindade - tima..
n pequena capela da Senhora da Or- Em virtude da conjtguraçlio da.
T. Vedras, 25$00; Josefa de Jesus tiga, a dois bon8 quilómetros da terreno e da facilidade de alimen-
A tradução portuguesa clara e Fátima.
-Alcanena, 20$00; Manuel Estu- c~dada deve-se ao Sr. Dr. Sebas- O Comício da Fátima o Pároco néfo voltou a casa em
taçc'fo usam alt muito os burros pa
ra os serviços do campo e sobretu
dante - Alpiarça, 20:f00; Maria de tião Brites, pároco da Sé de Lelr todo aquele dia nem lá ficou na.
carvalho- Favais do Douro, 20$00; que mais uma vez revela os SE'' 1 (Agosto de 1917) do para transportes.
José Monteiro - Guarda-Gare, noite seguinte e veiu depots a sctber Era fácil juntar em pouco tempo
conhecimentos da llngua alemã e O primeiro ponto do programa clq que a casa, onde se recolhera, t6ra, um grande número deles.
20$00; P.• AbUlo Jericota - Beira, sobretudo o amor a Nossa Senhora. naquela noite, rcm.dada, às ordens
30$00; P.• Joaquim DomLngues - perseguição contra a Fátima t6ra Foi o que tez indo depofs pren-
da mais completa tneticácúl como ou, pelo menos, sob o olhar com- dt-los nas PTóximidades da estra-
Bogas de Cima, 100$00; Manuel Vl- «0UR LADY OF FÁTIMA» placente de Franctsco da SUva, in-
larlnho - Aveiro, 15$00; Ana Rol- vimos no último número. da por onde os vtsttantes deviam
~ Mrs. H. Concannon, M . A. D. Nem as promessas nem as mais fluente democrático da terra e tal- passar.
dana. - Cuba, 15$00; P .• Julio Soa- vez ao tempo, regedor da /Téguesia.
res - Marinhas, 60$00; Manuel Ma- Litt. temíveis ameaças lograram qualquer A passagem dêstes um burro co-
pequeno etetto. O plano abOrtava mais uma vez. meçou a amear e com tle todos os
tias - Avel.r.>, 108$00; P.• João Lou- DUBLIN 1982 o l6gro era comp!eto.
rf'nço - Caparrosa de Beste:.ros, As crianças, com a morte diante oufros com grande arrelia pare os
Aprovado por Sua Ex.ol• Rev.mo. dos olhos, não se desdiziam, neto se A única soluçéfo razoável, num viandantes.
20$00; esmola., 20$00; Ernestlna casa dtstes, era, ou mandar chamar
Lopes - Avis, 20$00; Pompeu Vidal o Senhor D. Eduardo, Arcebispo de contradiziam.
Dublin e Primáz da Irlanda foram Aquelas caras de escárnio e de os seu, partidários polfttcos da tré- Junto da azinheira a assisttncia
-Lisboa, 20$00; Anónimo, 50$00; ódio, aquelas salas e prisões que guesia--fraca meia dúzia espalhada era a mesma da Fátima. Ninguém! ...
José J. Antunes Lopes - Portale- reunldoo em livro os artigos que
oo Senhores H. Concannon M. A. e nunca tinham vtsto, aquelas insts- pelos lugares e cordialmente detes- José elo Vale toma ccm.tudo a pa-
gre, '140$00; José doo Santos- Gies- ttndas temerosamente repettctas, a tada pela ma vtda e relações - ou lavra e taz um dtscarso aos cabes
ta. 42~50; Marta Fernandes -Bar- D. Litt pub' icaram prinÍelro no
«Irish Messlngen. própria certeza de que iam morrer, !lar meta volta e ir ta.zer o comfcio e policia.
celos, 20$00; Luclanll Almeida Mon- (azem-nas chorar, ccm.tradizer, néfo. na vila cm.de os apaniguados do Ad- Entretanto o povo voltava da mis-
teiro - Lisboa, 4211$00; Delfim t: uma narração resumida dos ministrador dariam fartos aplausos
acontecimentos de Fátima, a prin- A prisc'fo revestia asstm num cttas- sa da Ortiga e chegando a um ou-
Ruela- ouveira de Azemels, 20i00; cipiar nas Aparições de N. senho- co:. monumental para o Adminis- ao palavriado de José do Vale. teiro próximo, talvez aquele cm.de
;Igreja da Madalena .- Usboa., ra às crianças e a terminar nas trador num aumento de prestigio e Mas isso brigava com o seu orgu- hoje se acha plantado um eucalip-
50$00; Adelaide Canadas - Santa- notoriedade para os videntes e accm.- lho. tal na direcçlio de mdeste taz-lhe:
rem, 15$00; Anselmo Alves - P. de curas maravilhosas que Nosso Se-
Sousa 115$00; Sebastlana Noguei- nhor por intermédio de Maria San- tecimentos da Fátima.
Era urgente neutralizá-lo de qual-
O fnn da farça uma tremenda apupada.
José do Vale perde a ztnha exal-
ra -'v. Chã de Ourique, 15$00; tlssima, at tem realizado, em doen-
tes da alma e do corpo. quer maneira. Et-los pois, policia, Administrador ta-se e, a berrar, manda que pren-
João do Carmo - Taberna Sê ca, Os zelosos Autores dêste livrinho Foi assim que surgiu a ideia de e o orador elo comício, José elo Va- dam os populares.
15$00; Maria da Sllva - . Guima- têem principalmente em Vista es- um comicto no próprio local aonde Ze em cde9ota:. peregrinaçllo a ca- Os cabos de ordens retiram-se
rães, 50$00; Amélia Rodrigues palhar estre os católicos a devo- os fiéis acorriam. minho da Cova da Irta. como para cumprir o mando, mas
? 15$00; P. · David Ramos - Ara- ção do Rosário recomendada tão Ali diante da multtdllo desta- Queriam ver o célebre lugar e, uma vez junto do Povo tazem cau-
das '10$00; Ana Patrocinlo - Lls- illStantemente por a Virgem San- riam tóda a glória da Fátima nu- (quem sabe?J talvez o cpovo libe- sa comum com éle e provocam uma
ooa' 100$00; Lulsa. Farta - Lisboa. tJsslma aos felizes videntes de Fá- ma ztng,Lagem despejada e conscien- rab tivesse antes acorrido azt como algazarra ensurdecedora.
20$ÔO; esmolas na Fátima, 262$10; tima. temente inmltuosa. lugar mais apto 4 reaztzaçao elo co- Foi assim que tenninou o segun-
José Duarte - Angola, 50$00; An- micto. do ponto ào plano de perseguiçllo à
gelma da conceição - Lamego, «LE MERAVIGLIE DI FATIMA» Os preparativos Da tgre1a A Cova da Irfa 1tto aofl Fátima retirando-se todos ao som
200$00; Manuel Rlbau - Gafanba quilómetros. Quem ho;e taz tsse dos apUpas da multidllo do alto do
20$00; José Ribau - Gafanba, Novo lhe chamamos e com ra- percurso apesar da aridez da serra outeiro e ao compassado ornear dos
zão, pois que de tal maneira .se Realmente, POUCOs dias após a
20$00; P.• José Ribau - Moita, reentrega das crianças às tamUias, já dificilmente imagina o cenário burros d beira da estrada.
25~50; Américo de Queitós-Braga, apresenta. aumentado e refundido em Torres Novas e noutras terras de ent4o. Como final de comício maçónico
50$00; Isabel Brâs - Vila.rin.ho da que mais parece um novo livro do Estrada deserta, cercada dos mes- estava bem.
Mó, 20$00; Ana Ferreira - BeJ..rlz, que a segunda edição do primeiro. em volta, e provávelmente também
mos murfls de pedra solta que ain- M ats uma vez o demónio safa ven-
100~00; Ciprtana• VIcente - Sabu- Em poucas semanas, oo editores em VUa Nova de Ourém, toram lar~ da limitam e defendem do gado os cido!
-a bepemérita «Propaganda Marta- em gamente distribufdos uns panfletos
go 15$00' Ablllo Dias - Algena., que José llo Vale cdizia mu im- pequenos talhos cultivados.
JoSé Mel~ - Cantanhede, 20$00; na~ de «Casale Monferrato-viam Estrada tflo deserta e pouco tri- Um Observador.
propérios contra as aparições:. al-
2o$OO; Luis Cipriano -Alenquer,
15$00; Laura Quaresma -Porto.
exgotar-se a 1."' edição. Qu1zeram cunhando-as
a segunda.
Com o entusiasmo de portuguêS, e terminava
de cobra dos jesuítas~
por convidar o povo li-
lhada que ao lcm.go do macadame
se via verdejar em certos mtses do
ano.
-.-.....-.-.......
15$00" Marla Amorim - Porto,
com o tu"dor de jesutta e com a beral a comparecer no Domingo se-
15$00;' Dlstrib. em Bellnho, 22'1$50;
Albertlna Nogueira. - Ribetra.dlo, piedade ardente que lhe dá um sa guinte na Fátima, d safda da Mis-
paroquial, às 11 horas, a fim de
Só uma casa-taberna qudsi 4 bei-
ra da estrada cortava, por um pou- Devoção a Nossa Senhora do Rosá-
grande amor e devoção à Nossa se Jazer co, a eremtttca monotonia da pai-
15$00; Corina de Abreu- Revoga-
to, 15$00; Ermell.nda Mtra.nda -S.
Querida Mãe, a Virgem SS....... o os fiéis aum comtcio para desiludir
respeito das Aparições e sagem a que várias construções, rio da Fátima na Freguesia de Para-
ilustre professor do Pontlficio Ins- da ida d Cova embora desalinhadas já ho;e dc%o
Tirso, 20$00; Maria Filomena -
S"' Tirso 15$" Egldio Barbosa-Vila.
tituto Biblico da Universidade Gre- da Iria.
A hora marcada ttz-se ali uma vida e c6r.
nbos-Pôrto
goriana de Roma, que, há anos, concentraçlio
do eond~. 15ioo; Marta do cannc
Porto, 20$00. Marta Izabel- . \Le
o;- ali vem cobrindo de glória a sua va de Ourém, de policia de vua No-
Torres Novas e Letrta
A cava. da Iria era uma enorme
depressao de terreno que descendo No dia 22 do passado mês de ~o­
terra., o Rev.m• Snr. P.• Luis Gon- e toram intimados a comparecer d de todos os lados fazia lembrar vembro realizou-se com t6da a J.m-
Vide, 25$00; P. António Colabote, zaga da Fonseca S. J. tratou de porta da igreja os cabos ponêncla. na Igreja paroqulal desta.
15$00· esmola de José P."'- Valen- de ordenspela contormaç4o uma pequena
preparar materiais para esta se- da treguesta. cratera extinta ou a abertura dum Freguesia a. festiVidade anual a
ça dd Douro, 85$00; José Ourém- gunda edição, que acaba de satr algar monumental. Nossa Senhora do Rosário de Fáti-
Coruche, 20$00; Clotilde Antunes- dos prelos. Acompanhava-os o Administrador ma.
Como os terrenos em volta, parte,
Tondela, 20.LO; Clotilde Almeida - Não vimos fazer do livro nem que era a alma de tudo aquflo.
Pelo caminho tudo eram cautelas no tundo, era cultivada parte esta- Esta festa tam cheia de piedade
candal. 15$00; Maria de Figueiredo uma critica porque nos falecem contra va a mato, para creaçilo de azi- e devoção para com a Mãe de Deus.
_ Bemfica, 20$00; Alda 5epulveda ataques imaginários.
qua'idades e autortdad~ para tsao. Qual nllo é porém o seu espanto nheiras e pasto do gado. foi precedida de uma novena e trt-
-Porto, 20~00; Baroneza de Sarno- nem um aparatoso elogJ.o, porque a quando, ao chegarem à Fátima, Muros caractertsttcos numa rede duo preparatório que foram extra-
Correia, 50$00; J'Cllla Nunes - Lis- obra não precisa dêle. emmaranhado cortavam-na em to- ordlnàrlamente concorridoo.
vtem tudo deserto.
boa, 25$00.
.................. São apenas umas Impressões de
leitura. Bastaria o nome do snr. ainda
P.• Fonse~ na portada do livro sadas as
Imaginam a principio que estarflo
à missa, mas, quando, pas-
primeiras casas e entran-
das as direcções, marcando assim,
pela dtvts4o, os vários donos da ter-
ra.
Comungaram cerca de 200 pessoas
e durante o d1a. não só de manhã
como de tarde a Igreja encheu-se
NOVAS PUBLICAÇõES SOBRE A seco. para garantia do seu valor intrín- do no adro,
0 veem sem ninguém
o mato esgachado e a erva esma- por completo.
gada pelos pés dns caminhantes, A linda imagem de Nossa Senho-
FÁTIMA e a igreja fechada e fechada a re-
O apuro do artista e o cuidado sidencia paroquial, baratustam en- mcm.tes de pedras desmoronadas e ra ostentava pela primeira vez um
do homem de sciêncla revelam-se raivecidos. um arco rústico formado de trts terço, cuJos Padre-Nossos e Ave-Ma-
«FÁTIMA À LUZ DA AUTORIDA· ao longo do livro, no meticuloso d~ barrotes pregados em torma de u, rias eram simboUsados por tampa-
DE ECLESIASTICA:» observação Imparcial e da informa- emA que uns cmircm.es:. que queriam ve1
aquUo ta dar e algtms dos invertido só~re a cepa da azinhei- das eléctricas respectivamente azuis
ção pormenorizada, emolduradas quais haviam sido enviados pelo pd- ra indicavam-lhe com precistlo o e brancas, formando no seu conjun-
Pelo Dr. L. Ftscher, professor uni- naquela maneira de dizer simples e roco preguntam por tste e, descon- centro topográfico dos já tllo céle- to um todo belo e admirável, terço
vets.tário em Bamberg (Alemanha) elegante que o itallano não conse- fiados. mandam pór guardas d re- bres acontecimentos da Cova da que foi oferecido por piedosas ze-
Tradução do P .• Sebastlã.o da Coota guiu encobrir apesar da correcção sidéncta. Iria. ladoras.
Brites, doutor em Direito Canónico, vernácula com que está redigido. Nem paredes em volta, nem casas As práticas du:rante o trfduo e os
ex-aluno da Universidade de Inns- Esptrttos cultos e gente simples Que sucedera1 dentro ou fóra do recinto, nem bar- sermões no dia 22 foram feitos pelo
bruck lAustrla), Pároco de. Sé Cate- do povo devorarão, com igual pra- racas, nem avenidas, nem caminhos, sr. Dr. Francl.ico Rodrigues da Cruz,
dral de Leiria. zer, do Trentlno à Sfcllla, ·e, quiçà Avisado com antececUncia de dois nem poços, nem monumentos, nem de Lisboa, ttue nesta freguesia tan-
o Sr. Dr. Fischer, peregrino da às próprias colónias americanas de ou três dias, o pároco à missa d'al- sequer um Principio da capela que tas e tantas simpatias tem conquis-
Fátima, tem sido um ardente após- emigrantes Italianos, as 120 pági- mas determina que a missa do dia só mais tarde foi edJficada. tado, pela sua. extrema bondade e
tolo das maravilhas de Nossa Se- nas dêste opúsculo, gentil pregoei- nlio seja celebrada a:i na igreja pela ;santidade que se revela em
nhora em todos os palses de ungua ro das graças de N... Senhora da mas na Capela de N. Senhora da Um particular humorístico todos os actos da sua vida apootó-
germanica. Fátima e arauto das glórias de Por- Ortiga e, em conformidade com esta lica.
Em c.'Únferêncla.s feitas na Ale- tugal em terra estranjelra. determinaçéfo, pede a todos os ca- A quem vem da F átima depara-se :mste centro paroquial, já. agrega-
manha, Austria, Polónia, Techecolo- Bem haja o Snr. P.• Fonseca, pe- pelaes que, às missas da manhél, fá perto da Cova da Iria e enciman- do a Fât1rna, conta presentemente
vaqula e Sulssa, em artigos de re- lo carinho com que tratou esta sua disso previnam o povo. do uma Zomba que porisso mesmo cêrca de 300 associados e todos os
vista e jornais, em sermões e prá- obra, de tão grande alcance para Nilo admira pois que, 4 hora da dá ao lugar o nome de Lomba da meses, no dia 13, manda resar uma
ticas e em livros o Sr. Dr. Fischer a difusão do culto de N."' Senhora missa, o povo se ajuntasse, nlio no t:gua uma pequena povoaçllo da lll1sba havendo comunhão geral e no
tem aprégoado oo assuntos das pe- na Terra de Itália e reabilltacão da adro da igreja, mas em .volta da treguest.a da Fátima. fim ladainha e bênção com o ss.-
regrinações à Fátima como únicas Pátria esquêctda ou ignorada!. .. Sacramento.
no mundo. E Deus queira que, em breve, pos-
A sua primeira. publicação. «Fá- samos ver vestida em bela lingua-
tima a Lourdes portuguesa~ tem já gem portuguesa essa jola que a pie-
2 edições em alemão de 10.000 exem- dade e a arte do Snr. P.• Fonseca
FÁTIMA ã Luz da Auctoridade
Eclesiãsf ca --·-··············
plares cada uma e foi vertida em quis ofertar aos nossos irmãos - oo Pelo Dr. Luis Fische'f, professor da Universidade de Bamberg O homem vê as apar2ncias e
várias Unguas. A tradução portu- católlcos ltallanos. (Alemanha)
Deus o coraçéJo: o homem conside-
guec;a de 5.000 'exemplares está quA- Na verdade o Uvro parece-me Tradu ção do Reu . Ssbastião da Costa Brites, doutor em direito
si exgotada. uma das melhores slnteses históri- Canónico. ex-aluno da Universidade de lnnsbruck (Austria) PAroco ra as obras, mas Deus pesa as in-
o Sr. Dr. Fischer qulz num novo cas da Fátima feitas até hoje. da Sé Catedral de Leiria. - Preço 5$00. tenções.
Hvro descrever os antecedentes da Abre o livro pela evocação da Este livro encontra-se à venda na União Gráfica - Trau. do
Pastoral do Sr. Bispo de ~ rormosa lenda de Fátima e Gonça;.. Despacho - r6-Lisboa, na Voz da Fátima -Seminário de Leiria,
aprovando otlclalmente o culto de lo Aermingue, acompanhado da enu- e no santuário da Fátima. Aquele que não busca o teste-
Nossa Senhora de Fátlma e as con- meração dos grandes feitos que ti- No mesmo Santuário encontram-se também à venda, por conta munho dos homens em seu abôno,
scqUéndas que dai resultaram e de veram por teatro a região de que de Nossa Senhora, qu~si todos os artigos religiosos que até agora
uma maneira especial a romagem Fátima ocupa o centro. evidentemente mostra que se há de
têm aparecido sóbre Fátima; como estampas, medalhas, placas, ter-
de todos os Ex.moo Prelados portu- Depois vêem as aparições, Inter- ços, unagens de diversos tamanhos, ete. todo entregado a Deus.
gueses a Fátima, presidida por Sua rogatórios e exame dos videntes.
Eminência, o Senhor Cardlal Pa- Em capitu1os sucessfvoo trata nu- Dirigir-se a António Rodrigues Romeiro. - Santuário da Fáti-
triarca de Lisboa, em Mato de 1931. ma forma atraente e sugestiva dos ma - Vila Nova de Ourém. (da lmitaçéJo)
t: um livro cheio de Vida e colo- efeitos das Aparições, sorte dos vi-
rido. dentes, perseguições da autoridade Um pequeno devocionário com a merosisstmas gravuras que tornam
O seu esptrito observador levou- civil, acção da AutoridPde Eclesiâs- novena, invocações e cânticos, en- o Uvro ainda mais encantador.
-o a rebuscar nos documentos que tlca, desenvolvimento do culto e cerra o precioso livrinho. Tais são as impressões que nos '};,t,e númtrro foi 'Uisado pela Co-
póde haver à mão a explicação da grandes peregrinações, curas flslcas A edição é em papel seml-couché ficaram após uma primeira e rápi-
t>redlleçli.O da Virgem Santlsstma e morais, Fátima e as MiSsões. e esmaltada de magnificas e nu- da leitura. c
multlo tk enntra.
Ano X Leiria, 13 de Julho de 1932 N.• 118

COM APROVAÇAO ECLEIIAITICA

~---------------------------~d~,--~T=,-~.~U~I7
DlrMtor 1 a~ftr•f~,.
Propriet6r ioa Dr. Manuel Manau11 dos l antos - Emprtsa E tora• p, n o • • - T.•oo-aoho,11-Lisboa-Adm•
.. -... ·nw~~~~~~~~~ -R~~~~ inWn~• ~~~~~·~~

O Santo ~e todo - O mundo-Padroeiro de Fátima


(13 DE JUNHO DE 1932)
uFátima é um santuário única no seu género. H á uma só Ft~­
tima no m utcdon .
( ln. Lufs Fischer, lente da Universidade de Bamberg na .A.lemanhll,
no seu livro uFátima, a Lourdes portuguesa)) )

Fátima a pérola de Portuga.l, alcan- I À mei.&-noite oficial os ~regrinos, a. umbela um ilústre oficial superior ccDurante as últimas semanas estive grande interesse a duas das minhas
dorada c~m os quarenta povoados da tendo càntado o 0Tedo, dirigem-se pa- do nosso exército com o peito constela- em Viena. capital da Áustria. onde fiz conferências e queria.nws escrever a
sua freguesia nas abas da Serra de Ai- ra o pavilhão doe doentes, onde pouco do de numerosas e altas oondeconaçõee. muitas conferências sôbre Fátima. O Vossa Excelência um cartão postal,
re ufana-se de ter como seu Padroeiro depois começa a hora de adoração e re- , Por fim realizou-se a procissão do povo daquela cidade é bom e recebeu mas por causa daa mi.nh.'\s ocupações
S~nto Ant6nio de Lisbôa. paração nacional. «Adeus», tão bela como comovente, em. com entusiasmo a mensagem de Nossa contínuas não nos reünimoe pra.ra reali·
O glorioso taumaturgo português, a Durante a recitação do te~ o rev.do que a Imagem da Virgem de Fátima Senhora de Fátima. Estou convencido ~r o noeso plano. E4 incum_biu:me d&
quem Sua. Santidade o Papa Leão X I II, dr. Galamba de Oliveira, professor de foi reconduzida ao seu pedestal, na ca. de que uma peregrinação de devotos o ~mend~r a Vossa ~xceleneta.
de saüdosa memóFia., chamou e<O Santo sciências eclesiásticas no Seminário · de pela das aparições, aclamada. pela mui- de ~ossa Senhora de Fátima irá a.! F1Z tam~ o oonhecun~to pesso~l
de todo 0 mundou, nasceu a 15 de Agos.. Leiria explicou nos intervalos das res- tidão e inoeSSI\ntemente alvej:ada por Portugal, a-pesar da grande pobreza. d~ Conselheuo. escolar ~npyner. :J?et-
to de 1195 e expirou docemente no Se- pectivas dezenas os mistérios doloro- uma chuva de flores: daquele JllllÍS. Convidaram-me a ,·oltar xet-lhe uma sérte de J!rO)ecç<>es lummo-
nhor no dia 13 de Junho de 1231. Pas. sos do Santo Rosário. Durante as cerimónias oficiais algu- a Viena e à Áustria no outono. Foi pe- sas e .o ~u te3.to. ~ ele lia.rá ~ora as
sa., pois. êste ano o sétimo centR,:lário Diversas peregrinações dividiram en- mas bátegas de água incomodaram bas- na que Sua Eminência o Cclrdial Piffl, ~nferenetas . em V tena, Áustna ~upe­
do seu ditoso trânsito. tre si as horas seguintes, constituindo- tante a as.~istência que a-pesar disso !'e arcebispo de Viena, tivesl!e morrido a rtor e .Infertor (Obefl!-nd un~ Ntede·
A. vida dêste herói da santidade, que -se em grupos queJ!lziam, por turnos, conservou sempre fi~ no seu posto, 21 de Abril. Sua Eminência quís assis- roesse~tch e na S.tyna (St~:nerwark).
Ele nao é uma Mtclert ou um cura.
enche o mtmdo com a fama das suas vir.
tudes e o explendor dos seus milagres,
é, mesmo liberta da p~ira das lendas 1
I
Weilmann com o seu profundo amor
Mariano, mas parece-me que tem boa
que a envolvem, uma das mais belas vontade. A viagem foi muito fatigante.
e maia admiráveis, constituindo uma
síntese completa da perfeição <'ristã de
que ela atingiu as mAis ele.ts~a.a 'culmi-
nâncias.
l
.lt'iz duas conferências na Suíssa, umoa
ein Salzburgo (Áustria) ~ uma· em
Lw (Áustria), em Viena onze confe-
rências, cada uma de três horas. Ti-
Por isso não há templo grandioso ou · ve de recusar muitae conferências, por·
modesta ermida que não t~nha. sôbre que fui atacado, em plena v~em, po1
algum dos seus altares a simpática. efí- uma. forte constipação que durou qlll·
gie do mais popular de todos os santos ze dias
e não lhe renda um culto fervoroso to-
do feito de simplicidade e candura.
I Dentro de poucos dias espero poder
enviar a Vossa E:tcelência a. ~diçã.o
alemã do pequeno ofício de Nbssa Se-
NeBte ano do sétimo centenário do
seu glorioso passamento, a cristandade nhora de }i'átima. Será uma. bela edi·
inteira ~rgue o seu nome aureolado de çã.o do Fatimaverlag.
mil bênçãos num magnífico pedestal de Peço instantemen~ a. Vossa. Exce-
glória, prestando-lhe todos os po\·os ho- lência o favor de 1ll6 fazer chegar às
menágens nacionais que revestem as mãos fotografias de acenas tocantes de
propol\Ões duma verdadeira apoteo.;e. treze de Maio prÓ:tÍIDQ (uma vista ti-
rada de avião, se fôr possível, e da no.
Nas imponentíssimas solenidades re-
ligiosas, que serviram de remate às fcs. lva estátua. do sr. '1'eixeira Lopes. As
tas comemorativas do centenário reali. scenas tocantes, que Vossa Excelência.
zadas na cidade de Pádua., que reco- 1me enviou depolll de 13 de Outubro,
lheu o seu último suspiro e guarda cio- , fazem um~ gna.nde impressão no povo
samente os seus despojos mortais, o Go- nas conferências. O auditório está per-
vêrno Portu~uês fez...se representar con. feitamente tranquilo e contendo a. res-
dignamente, enviando à segunda pátria pira.ção quando mostro essas fotogra-
do Santo uma embaixada ~special pre- fias. Antes de tudo recomendo-me es-
sidida pelo ilustre Ministro de Portu- pecialmente às orações de Vossa Exce-
gal junto da Santa Sé, o !!r. Dr. Trin- lência e d~ todo o povo a 13 de M:uo.
dade Coelho, espírito largo, coração de Eu peço, se é possível, que faça re-
ouro, nobre figura. de patrióta que, zar simplesmente uma Avl! Maria por
JUnto do maior poder moral que existe todo o povo por minha. intenção. Tenho
sõbre a terra., tem sabido, com o raro presentemente mui~ dificuldades.' E
talento de grande diplomata que é. sub- claro que aquele que quere ser um
limar t.ão alto o nome auguso e bem- apóstolo de Nossa. Senhora. tem contra.
dito de Portugal. si tôda. a roiva. do inferno. Sinto-o cla-
Fátima, a Lourdes portuguesa, que ramente Àlêm disso o bom povo reco-
é, por títulos diferentes, feudo do San- Peregrinação ~a 13 de Maio de 1932 mendou-se insba11.temente às orações de
to Candestáv~l e feudo de Santo An- Vassa Excelência, especia.lmente o bom
O Senhor Nú11cio ApostuJsco e os Srs. Bispos do Algarve e Leiria abençoam o povo. povo de Viena,,
t6nio de Lisboa, une-sa de alma e cora-
~ão, neste ano inolvidável, aos preitos
de admiração, amor ~ reconhecimento a adoração e repar~ã.o de Jesus-Hós- dando aS~.im uma prova inequívoca da tir pessoalmente à primeira conferência Fátima na França
que o mundo inteiro depõe aos pés do tia. sua viva piedade e do seu espírito de e já há muito tempo que se entere~a-
glorioso Taumaturgo. No número de Maio último da revis-
Às 6 horas pr incipiou a missa da Co- sacrifício. va. pe\as coisas de Fátima. ta Le Sentier boletim paroquia.! da
Viena é uma cidade ~ mais de dois freguesia de N~ Senhora da ~a.
As cerimónias religiosas do dia 13
munhão Geral, aproximando-se da sa-
grada mesa milhares de pessoas.
Entre as. peregrinações organizadas
I
que êste mês acorreram a. Fátima, pre- milhões de católicos. Há parÓquias de Nova (Paris), o rev .do P.• Richard, um
.Ao meio-dia solar. real.iza.da. a pri- sididas pelos respectivos párocos, viam-
Ao fim da tarde do dia 12, era. já meira procissão da Virgem, sobe ao a.l- -se as da Figueira. da Foz, Águeda. 60 e 70 mil almas. A mais bela, confe- dos mais distintos rednctores dessa. m.a-
considerável a multidão de peregrinos tar Sua Excelência Reverendí~>Sima o 1 rência foi a de 23 e 24 de Abril, a. QUP gnífica revista., insere om nov;o artigo
. Santa Eufêmia (Tôrres Novas), Vila
que estacionavam na Cova da. Iria ou Senhor D. José Alves Correia da Sil- Maior (S. Pedro do Sul), Postigo do assistiram os 160 teólogos austríacos do sôbre a Lourdes portuguesa. E ii 0
Grande Seminário de Viena e 4.6 teólo- quinto artigo do. série que tem por tí-
bEl cruzavam, num contínuo '·ai-vêm nas va, venerando Bispo de Leiria, que ce- Sol (~õ~), Valado de Vouga, Cintra, gos húngaros do uParmancumn (Colé- tulo geral uA boa nova de Fátimau
suas imediações. As 10 horas, depois lebra a. missa oficia.!. Oarapmhetra do Campo, Vagos, Valado gio Húngaro em Viena). Os húngaroo sendo a. epígrafe do presente artigo
da recitação do terço do Rosário. em A estação do Evangelho, fa.z a ho- de Frades e Espite. 1
frente do pavilhão dos doentes. orga- milía do costume o rev.4o dr. Galamba querem traduzir os meus livros em hún.. uFátima, terra das apariçõesn. No al-
Duma carta. do rev.do dr. Luís Fis- garo. No outono quero ir à Ungria, es. 1 to da primeira página., antes de prin-
niza--se a procissão. das velas que per- de Oliveira, que prendeu a atençãÕ do cher, o grande apóstolo de Fátima nos
I
numeroso que no mês anterior, êste nutos.
cortejo nocturno distinguiu--se pela fé 1
Após a mi88a fez-se a exposição do zem-se os trechos seguintes, que os lei- meu texto ~ntre o povo.
viva e piedade ardente das pessoas que Santíssimo e recitou-se o terço do Ro- tores da. «Voz da Fátima.>• de-certo ga-'1--
.
I
rorre o itinerário do costume. Menos audit6rio durante cêrca de vinte mi- países de língua alemã, dirigida ao ve- pecialmente a Buda.pest para me encon- cipiar o texto, v&.se nma linda gravu-
t trar com um padre, que faz ns confe- ra que representa uma procissão em Fá.
nerando Prelado de Leiria, reprodu- rênciaa com as minhas gravuras e o tima com a estátua miraculosa da San
tíssima Virgem.
nele tomaram parte, oferecendo à vis- sário. Nesta ocasião tomei conhecimento O ilustrado autor comeQa por fazer
t&rão de ver arquivados nas colunas do pessoal do bom D. Prior P.• Alberich uma sfn~ viva e animada. dos acon-
ta um espectáculo tão encantador co- Em seguida o augusto celebrante humilde pregoeiro das glórias da. Vir- Rabensteiner, da Ordem de Cister, que tecimentos de Maio de 1917. Frisan-
mo emocionante. pr(){'('deu à bênção dos doentes, levando gem: já esteve em Fátima. Assistiu com I do qne não é sua intenção relatar to-
2 V OZ DA FATI M A

dos os pormenores daa seis aparições, ma\"eril de rescendentes flores, trans- 1 vestindo o pensamento das roupagens I ~is como o amô~ dos engubinoa pro- proposta e execução foi quási uma e a
procura de..cobrir o que nelas há. de oa.- plantado ali do uCampo d.ti Fiorin, mas finíssimas dum italiano clássico, entre- gnde cada vez roats para com a Senha- mesma coisa. SOmente por um imprevis-
raterísti('() e próprio para estimular os que antes parecia arrancado no ujar- teve cêr~ de !D~ia hor~. l!' numeres~ 7a da Fáti.ma, que d? ~u trono v;r~e- to atraso a estátua não chegou para o
redactores duma revista de Nossa Se- dim da. Europa à beira-m.ar planta- assistência, cohgmdo prtmetro num so Jante ergUJdo na mms hnda e mtstlca desejado dia, tendo que se fazer a fes-
nhora, no desempenho da sua taref~ que don... ramalhete as circunstâncias que concor- região da Itália. _deixará jorrar sôbre ta do dia I ainda com a antiga. O AI-
é fazer conhecer cada vez mais a No sermão do triduo o Rev.tl• P.• Ma- r em para a solenidade de então, desfo- ela as ben~ãos coptosas do seu materno tar porém já próprio, integralmeno.e pre-
Virgem Santís:;ima na. sua missão m~­ nuel Nunes deliciou-nos sõbre as mara- !bando depois as pétalas da flor que coração. parado para a nova, estava um verdadei-
terual de conduzir os homens, seus fi- vilhas de salvação que a Rainha do Ro. · campeia nêsse ramalhete: o XV ani\'er- ro primor. transformado num mimoso
lhos, a Jesus. O meio de que se serve Bário trouxe a Portugal descendo à sário da 1.• aparição de Nossa Senhora +-- canteiro de alvissimas e odoríferas angé-
para êsse fim é a recitaçM do terço, Serra de Aire. em Fátima. E tomando para tema ad&- licas, felicfssima ideia, generosa oferta
que ela recomenda com particular em-
"


quado a um auditório na grande maio-
ria académico, uma pétala-simples na
NOSSA SENHORA DA f ÁTIMA NO e artístico trabalho de uma insigne e
assidúa devota de N.• s.ra da Fátima e
penho quere expressamente, quere pro-
clama~do-se. por ocasião da última apa- 13 de Maio I Eis chegado o grande apnrencta • · mas fecund e. de ensinamen- BRASIL de há muito J'á dedicada e generosa bem-
rição a Senhora do Rosário. tos - vai buscar a uma das palavras . feitora. Falhando pois a dita inaugura-
D~revendo a atitude da imprensa dia I À m&ma hora em que na ()ova da dirigidas por Nossa Senhora a L úcia, ção para o dia I , tomaram-se desde logo
anti-católica ~ a acção das autoridades ! ria dezenas de millllar <.Ie almas, re- sua confidente: uQuero que aprendas (Continuação) as necessárias provid!ncias para que por
ceoentlo a Jesus. SIICl·amentado na
. maia a lern. Mostra como Maria a <<Sedes forma a1guma 1' a1•-~~
......,., para o dia IJ, co-
civis, especialmente no dia treze de
mtrma-e por lSSQ mesmo. mau estu- , 8a ientiaen nos ensina 0 apreço da Sa- Já é tempo porém de voltarmos à Ima- mo de facto não faltou. Deslgnios da
Agosto, ~ arti~u~te. põe em z:e~êvo a
inspiração maçoruca da perseguiÇaO de- pen<.ta- apo~ euclu-•::.Lica, reza.•aw I t>e<foria Increada.-o Seu Divino Filho, gem da Capela que, por todos os moti- Providência para N.• s.ra tomar posse
sencadeada d&..de o princípio contra. a ..:antando e cantavam c_horando, em -da sabedoria. virtude, da sabedoria. vos, justo é que tenha, como merece, do seu Altar no dia a Ela especialmen-
obra maravilhoea da Raínha do Céu. que longas e mtermmávEUS tilas d~ aa- dom do Espírito Santo. E de como em a preferência. A Imagem dall, das mes- te consagrado. Desde a véspera que pu-
Referindo-se à firmesa assombrosa cerdo~ esp~ram ~ su_a ~ez de oel~brar Fá.tim.a essas lições de sabedoria Sf' vêm mas dimensões da do portão se bem que, ~eram em campo tõda a sua actividade
dos videntes em manter as suas afir- o Augus~I&;Ullo &crilí~10, também ,o aproveitadas, descreYe-nos 8. ~·- como fica dito, muito mais rica, foi as Filhas de Maria como era de esperar.
mações, não obstante as promessas mais a:ltar tlon~o de .N~ Seah~~ da Fa.- em traços de fulgurante eloqüêncta: 20 custeada pelos alunos internos e por di- mas sem faltarem a associar-se-lhe oa-
fagueiNs e as ameaças mais terríveis tliD& do Qolégio, Via quas_i uunterrup_: ou 30.000 almas que hoje n a Cova da versas pessoas de fóra dentre as mais tras e outras pessoas. não só como aa-
que lhes foram feitas pelo administra-- ta~en~ d~e. as 5 e mel& da manha Iria 86 aproximam da Mesa Santa a dedicadas à nossa Capela. xiliares, mas como quási competidoras à
dor ~ Vila Nova de Ourêm quando os até ao me1o dia suced':rem~ oe sacer- receber 0 Filho de Deus e Filho da Vir- Desde o x.• dia de .!Maio, que todo o porfia quem melhor demonstraria a sua
teve presos ~ sue. case., exclama no dotes celebrantes. e na.o so oa alunos gem . centenas de milhar que ali vão tempo que a Capela permanece aberta. dedicação à. causa de N.• s.n E o resul-
auge da admiração: m~ out:as peswaa. estranhas rece~rem rend~r suas homenagens à sua Senho- quer de manhã, quer de tarde, numero- tado foi que, enquanto no dia I a zelo-
uQue heroicas crianças, n.as quais um ali o !'ao dos AnJOS eiD; comunbao d~ ra e à custa de inauditos sacrifícios- sas são as pessoas que, umas após ou- sa e ardente devota se encarregava só-
funcionário público, abusando da sua afecto com a Cova da l na: porque a Fátima vai-se para orar e fa- tras, se vém ajoelhar em fervorosa pre- sinba do Altar de N.• S.•. as demais
autoridade, não tinha podido surpre- Um favo.r:, porém, ~pecial n~ r~- zer penit,§ncia; eniim 0 ressurgir de ce ante o Altar da Senhora. rezando distribuíam o seu zelo pelos outros al-
ender nem mentiN., nem contradição, vava. o , cannho de <tão boa Ma1 : . (;he- todo um povo para. uma vida. integral- umas sua Novena, outras o Terço. ou tares, não se dando relativamel)te ao
nem retrata(,ão. nem felonia lu gada. h_a. pouco de. ~ortu~~l essa f~u.ra mente cristã-o maior milagre da f'á- qualquer mais breve súplica, trazendo dia IJ mais que uma simples inversão
Depow de afirmar que a perseguição p~~tiglOS& ~ missionnan? _de DUSSio- tima ao lado dos grandes milagres fí- não raro flOres para lhe adornar o AI- de termos, sem faltar assim campo apro-
teve o m,érito d~ reforçar a con vicção nanos, que e o Sr. D. Mol&eB Alves de sicos. tar, ou, mais freqüeutemente ainda, ve- priado para a como que necessária ex-
geral de que as crian(,as diziam a ver- Pinho, llispo eleito de Angola e Congo, Terminando, exorta-nos a gravar no las para lho iluminar. Há até quero pansão d~ ardente, melhor diria apai-
dade e que de-certo a devoção que elas digna-se S . Ex.• Rev.ma de nos vir oe- espírito estas lições para nos tornar- desde o começo todos os Sábados man- xonado afecto c1e todos a N.• s.ra da
tinham ao Santo Rosá.rio foi um títu- lebrar a missa da comunidade e dir igir mos bem a força apologética da Igreja, de lindo e farto ramalhete de brancas Fátima.
lo ao pridlégio das ap.arições da Vir- .algumaa palavras nêtite dia de festa como 80 expressava ontem 0 Santo Pa- rosas. A medida porém que eom as pre- A benção da nova Imagem foi com
gem o rev.do P.• Richard conclui o seu para todo o Portugal. E essas palavras dré na audiência à Universidade Gre- gações do Mês de Maio iam tendo cada t&la a solenidade feita pelo R. P. Ca-
maglstral artigo nos aeguintes termos: transbordando de um coração inflama.- goriana. vez mais exacto conhecimento da histó- bral imediatamente antes da Missa dos
uQue tudo isso nos recorde a obriga- do de zêlo e experimentado n as lides Que as palavras da douto filho de ria das aparições, e, acima de tudo, pe- alunos, sendo Jogo pelo mesmo celebra-
ção fili.al de rezar à Mãe de Deus de uma profícua sementeira de vooa- Santo Inácio, lustre de Portugal no los feitos narrados, iam como que apal- da a S.ta Missa no seu Altar. havendo
Uma das mais doces consolações do ções missionárias, calam bem fundo no estranjeiro, não foram em balde, esta- pando os beneficies tão exímios com que durante ela comunhão geral e em se-
cristão deve ser o terÇ(). Que uma de- nosso espírito. S. Ex.• Rev.ma que é mos certos. 0 amor da Virgem da Fá- N.• S.• ia cumulando seus devotos, não guida Benção solene do ss.m•
zena do Rosário se acrescente tôdas as um ardoroso apóstolo de Nossa Senho- tima arreigou-se mais nos <'Orações da- só lá em Fátima e em Portugal, mas já O resto do dia foi uma continua ro-
noites à O'l"açào da /amUia; que ela ve- ra da Fátima, fala-nos de como ao ver queles jovens que ali representavam em tão grande escala também no Bra- maria de gente que de todos os pon-
nha utilizar espiritua~ente os nossos de perto ainda há pouco a sêde de luz quási a terra inteira e que nos seus paí- sil, tudo isso constituiu um cada vez tos da cidade vinha venerar a Senhora
momentos livres, os nossos deslocamen- que devora as almas na nossa colónia ses serão os arautos das maravilhas da mais. poderoso incentivo ao rápido desen- e admirar o verdadeiro encanto de tão
tos nas ruas tumultuosas em que tan- de Angola, e a falta de obreiros para Fátima. Estava a Europa represe~ta- volvtrnento da devoção nêste novo meio. linda e rica Imagem. A noite, mais
tas almas teem necessida.dQ d~ma gra- tão vas~ m~, mand?~ intenMficar da pela nossa vizinha Espa.nh.a (que a De facto fazia gosto e era em extremo uma vez as Filha!! de Maria quizeram
ça de Deus: graça d~ luz. de conver- ~os semmários do Esv~nto Santo er:n saudar a_ Virgem enviou quási todo 0 consolador vêr como à. porfia se esme- solenizar o dia cantando pela 2. • vez
são de coragem na prova(,ão ~ de con- Portugal, .o culto da. Vugem da Fáti- seu colégio), .,lo'rança, Itália, Alemanha ravam em obsequiar a N.• S.•, quem o Novo Offcio de N.• S.• da Fátima,
fiMça n' Aquele cuja bondade IU'II es- ma, especialmente nos d~as 13. Era a e por quantas nações escondidas sob a angariando donativos para a aquisição cujo complemento, aliás bem merecido,
pera incessantemente no limiar do ~
Tabernáculo Euearfsticon.
Viaconde de M01t.telo.
abundantíssuna colhe1ta. I
t!Bperança 9Ue lhe .sorria para uma roupeta da. Qompa.nhia de Jesus, sob de ricas e elegantes jarras para o seu foi a Benção do ss.m•.
0 cordão dos mínimos ou sob as ves- Altar, quem doando-lhe lindo tapete, Porém o remate mais simpático das
Fala-nos ainda S. ~x.• Rev.ma da tes talares dos Escolápios. do Verbo Di- quem oferecendo e obtendo doutros solenidades do dia foi a procissão das
...........-.
....,. grande ~poteose, colectiva de Portugal. vino e de tantos outros que não aco- abundância de flores que no Mês inteiro, velas que dentro do Colégio realizaram
d~d~ ha. u m seculo, da sua vocação dem' à memória. Estava a Ásia ínclita- como nunca dantes, adornaram copiosa à noite os alunos internos. Partindo da
~1onána, para a q~al !". Provid~n- mente repret~entada pela Arménia, a. e elegantemente o Altar da Senhora so- Capela, onde, após uma invocação a N.•
FATIMA EM ROMA cta. lh~ prepa~ara um i.mpe~io colonial 1gloriosa nação aureolada de um Mar- brando ainda para os restantes. Mer~m s.ra e umas estrofes do «Av~ da Fáti-
que a.w.da. hoJe causa lDVeJa às gran- ~ tirio constante sob 0 allange da Meia nêste particular mui singular e elogiosa ma» demos princípio ao terço que con-
10 de Maio 1... Em pleno mêe de gra.. des potêncUI.S. Lua. Estava ainda a pleiatle de nações mensão as Filhas de Maria, que, apesar tinuámos a rezar processionalmente em
c;as e flores e sorrisos de Maria, come- Mas Portugal ressuscita e acorre ao americanas com 0 Brasil irmão na van- de terem coroo Padroeira especial N.• direcção ao nicho do portão farta e
ça o tríduo preparatório para a gran- ~u posto de honra, graf,as à Mai Di- guarda. Estavam enfim, para. comple- S.• de Lourdes, isso não obstou a que elegantemente iluminado. entoando sem-
de festa do dia 13 em que se comemora nna, ~ue para .? salvai; desceu a Fáti- mento da guarda de honra da Mài dessem as mais insignes demonstrações pre alguma estrofe entre um e outro
o tríplice lustro desde que a Augusta ma. D1z-nos enhm, de como se pode e Santissima da l<'átima as irmãs claque. da sua generosa dedicação a N.• S.• da mistério.
Senhora desceu dos Paços celestes à deve .ser missionário, sem ir para as la qua Ela escolheu para sua embai- Fátima. Seja disto boa prova. além do Saudada N.• s.ra do nicbo com uns
Terra de Santa Maria, cuja Rainha e colón1as, com os auxílios materiais e xatnz junto do povo Luso-as Doro- que já fica ditx:l, o terem-se habilitado versinhos, fiz aos alunos uma ligeira alo-
Soberana é, e fixou a sua côrte na Oo- sobrenaturais e sobretudo com a. ora- tea.s. (não certamente sem notável sacriflcio) cução alusiva ao acto, recitámos · um
Vl8. da Iria. ção-mola-real da acção do missionário. A romagem, porém, não cessou, mas a no dia IJ de Maio se unirem tão real- mistério e continuámos dando a volta
O Colégio Português, no centro da Às dez e meia celebrou a Missa sol~ prolongou-~ pelo dia seguinte. E pro- mente aos córos da Fátima cantando na pelo páteo interno, para na mesma ar-
cristandade uma fibra do coração que ne M:ons. Reitor do Colégio, acolitado longar-se-á num crescendo contínuo in.tegra o .Novo Oflcio de N.• .s.• que dem de novo recolhermos à Capela, on-
ao rimo das águas do Oceano deveria pelos Rev. 4' P.• Manuel Nunes e Fran. porque essaa 300 pe:;soas que nestes vtera pubhcado na uVoz da Fátima, do de diante de N. • S.•• se recitou a la-
pulsar estuante nêsse grande dia, ajo&- cisco Maria da Silva. Na assistência lu- dias desi'ilaram ante a linda imagem mês de Abril. Outra demonstração, bem I dalnha e se rezou um Acto de Consa-
lhado ante o verdadeiro altar da Pá- zid.a e selectíssima. avultava S. Ex.• tle Nossa Senhora da l<'átima. ficaram positiva também, da sua adesão à cau- gração, terminando com as últimas es-
tria Lusa,-a montanha de Fátima,- o Sr. Dr. Trindade Coelho Ministro presas do seu encanto e tornar-se-ão sa de N.• S.ra da Fátima, foi o pedido trofes do Avé. Foi um pequenino arre.
não poderia olvidar aquela Mãi bondo- de Portugal j unto da Santa' Sé e sua apostolas daquela belíssima .llladonnina que me fizeram ?e,_ ~nquanto eu perma- medo do que com tanto esplendor e im-
sa que veiu até Roma a. estabelecer Ex.m• Esposa., Conselheiros e C~nsulto- que do seu trono na. capiLal do orbe ca- 1 nece_sse na substitUJçao do_ ~u Director, pon~ncia soe fazer-se em Fátima, mas já
nele uma sucursal dos seus carinhos da res das dua.~ Legações portuguesas mui. tóli..:o se dignou desdobrar 0 manto de • comt~o terem :rempre presidmdo às suas deu para atear mais nos corações dos
Cova da Iria. tos membros distintos da Colónia' Lusi- sonisos e graças sôbre a cidade e sôbre re!moes um~ hnda e nca est~tua. de N.• I nossos jovens o amor a N.• s .ra Quem
No primeiro dia do tríduo pregou o tana, uma deputação brilhante de alu- 0 mundo. S. da Fátima que me havta stdo ofe- no meio de tudo isto ficou com bem
recida de prt;>e-nte pelo artis~. patrício sentida pena foi o povo devoto a quem
1
aluno do 4.• ano de teologia Rev.tlo nos brasileiros do Colégio Pio-Latino
Francisco M.aria da Silva, sôbre a li-~ Americano e muitos outros alunos de
ção de r~lbimento e oração qu~ .a Vir. Colé!Pos e (;ongrega~ religiosas que 1 ,

.


. _
I
nosso •. que fizera a enca:naçao da do forçoso foi contentar-se com apreciar de
Colégto uNóbre~, e a. vmha fazend~, junto do portão, por o acanhado do
gem Santlss1ma nos deu em Jfatima. frequentam a Gregonana. Estava ali Tambem Gubbio, a pitoresca cidade além das duas Já menc10nadas, de mui- espaço não permitir se associassem ao
• a Pátria inteira ajoelhada em preito do vale da Umbria e terra de sanLos, tas outras d& que, após as nossas, vinha cortejo.
• • d~ homenagem. e gratidão aos pés da n,ão. esqueceu a sua t'~l.!a .lll~nna di sucessi~mente receben_do encomenda. ~ Pelo que fica dito (e muito se pode-
VIrgem, com o ilushe representant~ da l•dhf71G que os alunos do Colégio Portu. êste ahás um outro smal bem deroons· ria ainda acrescentar) parece facilmen-
11 de Maio I :e um dia. todo ~e pre- Nação à frente; e num mesmo côro de guês lá. deixaram no. altaneiro ID?~te trativo do ~pido e _intenso desenvolvi- te se poder concluir que não têm sido
paraçào externa, sobretudo no melo aca- hosana~ estavam os nossos irmãos de de S. Jerón1mo ao fmdar das tena.s mento da dita devoçao no povo de São baldados os esforços e detlicações a tão
démico. Sendo o último dia. de aulas Além mar e outras nações que acorre- estivais. Salvador. São nt~nca menos de oito as santa propaganda. Por minha parte não
antes das téria.s do Espírito Santo, é ram ao convite apesar de se realizar à Eis como a Sr.• Lúcia lmacchi a al- ~s de artigos religiosos que têm ven- 1 deixo de com humildade reconhecer quão
necessário aproveitá.-lo I Os al~os do tnólsma hora o Pontifical em honra de ma da. devoção a Nossa Senhora. de Fá- d1do estátuas de N.• S.ra da Fátima, superabundantemente N .• Senhora me
Colégio. tra~orm.ados em palathuos da S. Roberto Belarmino. time. na uCidade do Silêncio,, nos re- desde IJ cms. até 1,1820. E, tanta extra- I compensou o sacriflcio da salda do Re-
Virgem, inundam a. Universidade Gre- Ao Evangelho. l\fons. Porfírio Cor- fere como celebraram ali o dia 13 de ção têm elas tido, que sendo pouco efec- cife, o que aliás mais clara e explici-
goriana de folhas volantes contendo, deiro fez em italiano a homilia sôbre Maio: tuar sua contagem por dezenas, é já rois- tamente ainda se deduzirá do relato que
além da gravura da .Nossa Senhora, o o Evangelho da festa relacionando-o uHoje, 13. XV aniversário da apari- ter fazê-la por centenas. Basta dizer a seguir envio das multi plas e impor-
programa da festa no Colégio e o co~- com a maternidade divi~a e hum.ana de çio de Noeaa Senhora em Fátima, tive. que, para não faltar aos quási incessan- tantes graças já até agora recebidas.
vite aos estudantes para no dia 13 Vl- Maria mostrando em Fátima 0 seu mos a cerimónia do costume, assistiu- tes pedidos, resolveu o artista criar na
rem rezar ante a Senhora da Fátima.. amor materno. do maior número de pessoas, com duas Bala um depósito permanente na Agên-
Os programas desaparecem num instan- O último número do programa deve- missas e a procissão coro o estandarte cia da C.l& Luso-Brasileira. Relativa-
te sob ? .quadripórtico m.agnífi~ .da. 1 ria à tarde encerrar coro chave de oi- benzido pelo Sr. C6nego Origenes Ro- mente à. nossa Capela os progressos da
Aula Ma:uma, despertam o maior 1D- ro as comemorações da Fátima. Já ao gari que prégou um ~rmão aproprta- devoção podem aferir-se pela coropara- Já leu a últi m a novi-
ter&se, voam de mão em mão. , c?rr~m come~.ar da rc.-citação do têrço os alu- do sôbre Nossa Senhora e o Seu Rosá- ção feita entre a x.• estátua com que se d a de lite r á r ia e crfti c-a
tôdas as Faculdades ~h I audacia JU- I noo do Colégio não puderam ocupar rio. Comungaram quási todos os assis- inaugurou o culto a N .• S.ra em Maio, e
venil-sobem até às cátedr~ dos ,l~n- os seus lugares na Capela por estar li- tentes. a actual que a substituiu a partir de IJ s ô bre a Fátima ?
tes I Uns falam como de coisa notórta, teralmente cheia. A Congregação 1\!a- I , .
Assistiu também o Sr. Luts Mtnelh, de Outubro.
outros prometem não faltar. êstes pe- riana do Colégio-que em tôdas as fes- Vice-Podestá (autoridade civil) a quem Enquanto a I.• media oocm•, já a 2.•
1
dem ulteriores .. informações, aqueles tas de Nossa Senhora vai sempre na se atribue a graça _que vos foi. narrada mede 1,m2o. E, como perfeição de tra- Mande 5$00 ao SANTUÁ-
procuram concihar a sua presença.-- \' anguarda do fenor- também tinha pelo fotógrafo Rossi (de Gubb10) e de balho, no pensar de todos os que a tém
sem milagre de biloca~ão,-;-~ festa de um númer~ especial para aquela hora.. quem -eu procuro ha\'"er uma. declaração admirado, não deverá ficar atrás das RIO DA fÁ TI MA ou à VOZ
Nossa Senhora .e a~ Ponttfl_cal de 8. Era a admissão de um congregado, que formal.
Robe~to Belarmmo qu~ OO?rna no me~- se fez com tõda a solenidade.
mo. d!a, e a que a Un.iversldade devena
I . que até agora tenham merecido maiores
Entre os que se aproximaram dos san- elogios. Foi feita com verdadeira mes- DA FÁTIMA= LEIRIA.
Terminada ela, ia agora falar 0 seu tos sacramentos e~ta.va um jo_ve~ tra~s- tria aliada a um bem sensível carinho,
assisttr. hen.rando ass1?J .o grande Dou- Diretor delegado e Director espiritual vindo, ali conduzido pela propna. mae. pois o seu autor não só é artista consu- e peça já a tradução portu-
tor da Igreja, seu ~XiiDlO professo_r. do Colégio, 0 Rev.d• Dr. Luís Gonzaga IEl>peramos 1>ode r 11~1menta~ t:ada vez mado senão conjuntamente um antenti-
A pregaç11o no tr1duo coube hoJe ao da Fonseca lente do Instituto Bíblico mais a devoção a Mana Santisslma e ao co d~voto de N.• s.ra da Fátima. Dado guesa do
.alun? .de 2.• ano de ~irei to Rev .4• P.• de Roma, ~ujo recente li no em i ta lia.- seu. Rosário, no lindo Mo~ te de S. Je- pois o entusiásmo geral sempre crescente
António !'1aldonado Ptres, que nos e!l- no sôbl'e as Aparições, não é mais que rón1mo, onde todos d~Jam que vol- lançou-se a ideia de para Outubro fa-
trett:ve sobre o amor l!laterno de ?t~a:1a um capi\ulo,-brilhantíssimo, diga--se teis na próxima estação de verão, com- zer a substituição da Image.m peguena Fá:ima à luz da Autoridadl
mamfes~ado em especial naa apan.çoee de passagem- de uma grande ohra que prando até a casa, para poderdes es-- pela que agora está,_ com a. i~tençao de
da Fátima.

tem sido o seu apostolado incansável e tar entre nós todos. os anos. • que a s~a tnaugu~çao C:Oinctdisse _com a
abnegado sôbre a Virgem da Fátima I O quadro que deixastes está em Ci- celebraçao do aniv~rsário natalicio. do
Eclesiástica
• • na terra das Mndonna 8 • S. Rev.ma é ma, muito adornado de flores natu- R. P. Cabral que tinha: lugar ~o dia I, O L , f' h
12 de Maio!... Activa preparação in- um Mestr&-perdõe-me a sua modéstia rnes. Mais; Uma pessoa. piedosa. quere e a Quem a ~tátua .sena ofereCJda como pelo r. UIS l SC er.
da Fátim.t. é um mimoso canteiro pri- 1 bios os auditórios. Foi assim que, re- 1 aa própnas maoe.11
I
terna. O altar da. encantadora Senhora. -e quando fala suspende dos seus lá- engrinal~a-lo c:_om 15 rosas que fará. com preX:da de anive~o. . . .
Tao bem acolhida foi a 1dem, que a
3
VOZ DA FATIMA
iminentes duas e provuvelmen~ até objecto de tão extraordinário prodígio,
Graças de N: Senhora da Fátima trêa mortes. Em taes extremos, dtz, ~o­ bem como seu desvelado marido.
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA no Brasil
(Continua~ão)
sigo Fr. Luís, 8Ó N.• ~r.• da Fa~1ma
me poderá auxiliar. yal ~lo .cam1nho
invocando-a com a fe ma1s VlVa e o
(continua)
P.• Jo4o de Miranda
---~-------
da Fátima, que se dignou fazer-me um 15) Dentre os casos revelador~ ~ pro.. maior fervor de que era capáz, e tão fe-
úlcera no estômago tão extraordinário favor! tecção de N.a Senhora da Fat1ma no liz despacho teve a sua prece, que l?~o Mudanças de endereços
Tenho 49 anos. Outróra era robusto Valença do Douro. que diz respeito à saúde corporal, o a 1.• pesSôa implicada a quem se dlr~­
forte, saúdável. que passo a narrar merec::e se~uramen- giu rendendCH!8 às poucas palavras tt.- Os Srs. Assinantes quando necessi-
Luis dos Santos Cardoso
Há uns t8 anos, comecei a sentir dO- te uma. preponderante pnma.z1a.-l m_~ ra 'do bolso um' frasco de cian.ureto ~· tarem de qualquer mudança nos seus
• res e azedúmes no estômago. Consultei Senhora já de avançada idade. após va... entregando-lho, diz: uaqui estava. a. mi- indereços, é absolutamente necessá-
vários médicos que constataram ser dila- Melhoras súbitas de uma doença rias fazes de uma pertináa doença., ape- nha liquida<,ão. dou porém por minha rio que enviem o número de sua as-
tação no mesmo. Fiz vários tratamentos sar dE! todos os esforços humanos por parte 0 caso p~r solucio~ado e só dese-
sem que chegasse a obter um resultado pulmonar sua dedicada filha empregados. o mal jo que tudo se harmonize . ., Faltava. o sinatura que vai no mesmo endere-
eficaz, e há aproximadamente nove que João Meireles, de IS anos de idade, foi sempre por dianw, levando a. doen- outro comparte da iminente tra.gedi~, ço. Sem êste número não nos res-
tive uma hemorragia formidável, que natural da freguesia de Valença do Dou- te a tal extremo que chegou a ser ue· 0 qual informado pelo mesmo Fr. Lu:s ponsabilisamos pelas mudanças que
se seguiu a trinta e tal horas consécu.ti- ro, do concelho de Tabuaço, sofria des· clarada por morta, Já QS circustantcs da decisão da outra parte também nao desejam lhes sejam feitas.
va.s de contracções espasmodicas do dia- de há bastantes meses de uma doença a pranteavam e começ4va a circulnr a custou muito a se render. entregan~o
f:lagma. Obedecendo ao diagnóstico d~ pulmonar. A-pesar-dos esforços empr&- notícia do seu paasamento o que pare- uma pistola com que provávelmente .li- ~~~~~
meu médico assistente, não havia dúvi- gados por alguns médicos dêstes arredo- cia confirmar, entre outros sinais, o quidaria um 3.0 , voltando-~ e!D ategu1da
das de que uma úlcera gerada no meu res para sua extinção, nem porisso dei- ter já os lab1os e as extremidad811 uo.s contra si mesmo. E quem a VlSta ~e se- VOZ . DE FATIMA
estômago acabava de rebentar, de tal xou de ser prostrado no leito, lançando dedos com aquele arroxeado cadavérico, melha.nte prodígio não procla.mará bem DESPESA
sorte que o referido clínico declarou ser por diversas vezes hemoptizes. A-pesar- quando sua tiilia inconsolável, lembran. alto por tão maravilhosa intervenção !l- Transporte ...............
«êste um dos casos em que só um por -de pouco versado em medicfna a minha dCH!8 no meio da sua. angústia dum pro.. ex~pcional valia. de N.• Sr.• da Fáti- papel, comp. e imp. do n.o 339·265$49
cento dos atingidos poderia escapar ~ opinião inclinava-se para tuberculose em digioso caso dêste género por mim na r- ma PI... b 117 (72.000 ex.) ........ .
morte». Com tratamentos, porém e n- último gn\u. Depois de estar os últimos rado no mês de Maio e que já veio pu- 18) Era aí por fins de Novem ro. Franquias, 4·314Soo
embalagens,
gorosas diétas, consegui algumas melho- dias sem tomar qualquer alimento, os blicado na uVoz da Fátima>~, com fé Uma criancinha de poucos ~os anda.va
. transportes, etc.... ... . .. x.678$70 '
~. pais viam quebrar-S&-lhe o fio da vida. viva invoca também ela ~m favor de muito entretida nos seus bnnquedos ln- Na administração-Leiria... 175Soo
Chegado o inverno de I930 encontrei- Desoladamente recorrem à bondade infi- sua mui a proteeçã.o de N.• s.a da .E:á- fantís, correndo e saltando num páteo
-me novamente mal e com muita difi· nita da Virgem do Rosário da Fátima, tima., e de ~ frasquinho que possuía onde havia uma quantidade de lenha
(;Uldade eram digeridos os alimentos q~e prometendo-lhe que seu filho iria a seus da água milagrosa deita-lhe nos lábios rachada.. Em dado momento tropeça e 345·433$19
tomava. Os sofrimentos aumentavam dia ~ agradecer-lhe, se se dignasse curá- umas gotinhaa. Olha anciosa a ver qual cai aôbre a lenha. Aos gritoe agúdos .~ Donativos desde 15$00
a dia, a digestão cada vez mais dificul- -lo... Ohl extraordinário favOr. Quási o resultado; apesar porém de não no.. crl&DQ& acodem a levan~-la e venh- Mariana Vilar - V. Santarém, 1_s$oo;

mente. I
tosa e a crise acentuava-se momentanea- momentaneamente o doente sente-se ali- tar alteração alguma, nem por isso de- cam qne tão desastrada fo1 a queda que Antónia Romão - Pera., I5loo; Cetina
viado, pede a confissão, e depois de to- sa.nima. lntens1tlca mais ainda a sua. ficou com várias farpas espetadas no
Consultei alguns especialistas do POr- mar o Pão dos Anjos muda-se para ou- contiança, e com mais ardo.r repete a. globo ocular, e uma delas mesmo ren- ra - F. da Espada à Cinta, 2o$oo; Car-
Pais - Pademe, xs$oo; António Madei-

to e, conquanto houvesse divergências tra cama, pede de comer e começa a súpúca, deitando pela 2.a vez outras te à retina. Que horror para os pobres mina Azevedo - Califomia, I dolar; Ma-
entre as suas opiniões, concluía-se que sentir sensíveis melhoras. gotinhas nos lábios da mãi. Espera a.l. paee 1... ria da Luz - Lisboa, ro$oo; Josefina
todos se inclinavam para uma. doença - Decorridas algumas semanas estava guns instantes como da 1.a vez. porém, E que fundado receio de que aquele Manso - Pombal, 2o$oo; Margarida da
de estômago em grau assaz adiantado. curado continuando activamente no seu como ~nt.ão. também agora. tudo per- olho estivesse perdida, eobretud_o ~r Conceição - Cascais, 25$oo; P .• Tava·
Muitos medicamentos, muita diéta. A mister primitivo. Esta miraculosa cura, severa na. mesma. Longe, porém, de causa da farpa q_ue encostava a x:etl- res Correia - Pôrto, 17$50; Leonor Cos-
doença teria de seguir o seu curso? Já foi constatada por muitas pessoas dês- desanimnr a pied~a lilha ~entra. na t 1... E se não estiveSSI) já ofendida, ta - POrto, 2o$oo; P.• António Ferrei-
nem pequenas porções de leite com ágna.s tes sítios. em si tõda a energia do seu afecto pa.- não 0 viria a ser com a extração? C~a.- ra - Mogege, 2o$oo; Manuel Dutra -
de Vidago podia ingerir. O meu estado ra com as duas mais, e com todo o fer· ma-se com tôda a urgência um especla.- Açores, 15Soo; João Agostinho - S.
era doloroso. Sentia extinguir-se-me a vi- Valença do Douro vor de que foi capaz invoca em transe lista· por menos porém que ê~ d~o­ Cruz, 2o$oo; P.• José Tavares - Sever
da. Como baldados eram todos os meios Luis dos Santos Cardoso tão angustioso a Mãi do Céu em favor ~a chegar, que momentos de anele- do Vouga, 3oSoo; José d' Almeida -
que procurava na sciência, e por cer:to I França, 15Soo; Irene Rocha - Figuei-
por inspiração celestial, recorri à V1r- Graças Diversas
da da terra, deitando-lhe pela 3.a vez dade para os carinhosos paisP !. .•
outras gotinhas nos lábios resequidos. Devoto de N.• Sr.a da Fátima e lei- ra da C. Rodrigo, 2o$oo; Distribuição •
gem do Rosário da Fátima, rogando- A~inal a constância. e a confi~~ tor 18BSíduo do seu jornal, o pai em tran- em Midões, 5oSoo; Maria Amélia - Foz
-lhe instantemente se dignasse cus;ar os - Laurinda de Castro Guimarães, de tnunf-aram. Mal ~aVlam !L~uelas ui~~- se tão engustioso confi~lhe desde logo do Douro, 15Soo; P .• José Cacela -
meus padecimentos. Fiz, com todos da Sobradêlo, diz o seguinte: - «agradeço mas gotas ~umedec1do os lab1os da ma1, a sorte de seu filhinho, mvocando-a com Nova Iorque, 2 dolares; Maria Marques
minha casa, a Novena a Nossa Senhora. publicamente a N.a s.a da Fátima vá- quando o mfenor taz uma dupla con- todo 0 fervor e confiança. Mais uma vez - POrto, 5o$oo; Maria Guimarães - Pa-
da Fátima na Igreja paroquial desta fre- rias graças que obtive por sua inter- traoc;ào o que despertou u~a bem fun- N.a Sr.• comprovou com um novo e si~. redes de Coura, 2o$oo; Maria da Purifi-
guesia, fazendo também uso da. água cessão, e mais uma vez imploro o seu dada ~perança de ver realizada a gra.- gularíssimo prodígio a incomparável eh- cação - Castelo Branco, xsJoo; Antó-
milagrosa. A maneira que iam decor- maternal auxilio diante de Deus. ça ped1da. Sem despregar os olhos da cácia da sua protecção. Fez.ee a ~xtra.- nio da Rocha - Cete, 5o$oo; Mariana
rendo os dias no período da Novena, - Olímpia Cruz, de Lisboa, agradece mãi, vê !oito que•. à ~aneira de 9uem ção com a máxima telicid~~e. sem ~ue a da Mota-POrto, 2oSoo; Dr. Eurico Lis-
assim ia. sentindo alívio em meus pade- a. Nossa Senhora da Fátima a cura de ~ espreguiça, VB.l suavemente disten- criança ficasse com a IDlDllDa lesao; e boa-Lisboa. 2o$oo; D. António-Bispo
cimentos. Convém, porém, notar que um seu filho perigosamente doente, co- dendo os braços e pouco a pouco o cor- I nem· só isso senão que, para. comple- do Funchal, 142$oo; Celestina Reinas-
terminada a novena não me encontrava mo diz. p9 todo, parecendo assim que a vida ia mento do i~igne prodígio, tendo-lh.e .o Vilar Formoso, 2o$oo; Maria Izabel -
curado. Antes, porém, uma crise maior - A Cruz, R. Arroios, Lisboa, a~ lentamente toJII:8lldO posse dos membros pai lançado uma.s got.inhas da água. ml- Vilar Formoso, 5oSoo; Ana Machado -
se fêz sentir e a morte parecia avizinhar- dece a Nossa Senhora da Fátima uma q.ue parece haVla. aba~donado. 9 entu- lagrosa, 00 dia segu1nte o olho estava Lisbtla, 2o$oo; Lúcia Revocata - Bel-
-se. Mas nem por isso deixei de ter con- graça que lhe alcançou e envia uma es- s1asmo que tudo 1sto 1a produZindo na completamente são sem restos sequer d~ ver, I5$oo; Manuel de Jesus - L. Mar-
fial!lça na Virgem, e alguns dias depois mola para o culto. filha ~da vês ~is ~heia de fé, ~ácil se inflamação. Quem' com o !enturoso pa1 ques, 2o$oo; Lucinda Aguiar - Avintes,
incorporo-me na peregrinação de 13 de - Maria da Conceição Cardoso,-Ter- rá supo-lo, e malB amda quando 1nstan- da criança não há-de aqu1 com todo o ro$oo; P.• Manuel Dourado - Huíla,
Maio ( 1931) promovido pelos irmãos de ceira, AçOres, declara-se devedora a N .a tes depois ela reabria os olhos ainda entusi.asmo exclamar: bendita mil ve- 2oo$oo; Laura Fonseca - POrto, 2o$oo;
S. Francisco, de Lamêgo. A viagem era Senhora, duma grande graça alcançada. que com um olhar vago, que se ia tor- zes seja por todos e para sempre glo- Alunos do Colégio de Ermezinde, ros$oo;
feita em camionetas. Durante as pri- -lide de Lemos Soares- F•nchal, nando mais consciente, até, não muito rifioada' Nossa Sepora do Rosário da Manuel Tavares - Carreiras, 6o$oo; Joa-
meiras horas da viagem senti uma dis- Madeira, atribue também a N.• Senhora depois, reconheeer as pessôas e poder Fátima!! I ... na Neves-Amoreira, 15$oo; Luciano Pi-
posição maravit:1osa, chegando a esquecer- 0 ter alcançado do Céu um grande favor. pouco após falar-lhes. E o que é mais, ) Pr~urava. eu por indicação. ~e um res - Braga, 5o$oo; Adriaua Rascã.o -
19
-me dos meus sofrimenos. Súbito, ao che- -Virgílio Antunes Ferreira- Lisboa, as melhoras foram-se C?nstantemente amigo d~ Pernambuco uma fam1lia re- Salv.a do Externo, 15$oo; Henriqueta

I
gar perto de Viseu, sinto uma transfor- agradece a cura de uma doe~ça que por acen_t~ando, e a ~oente so e:.pera a ne- sidente em Brotas, quando, logo por eiL- Bazalc'K:.o -
mação inesplicável! Vómitos horrosos e três meses. ? atormentou rerutente a. tO- cessar.ta r~a!-'ra<,a.o das ~orQaa par~ po.. trada, recebo a triste notícia dada pe- ta 5o$oo; Filomena Peurry - América,
uma. segregação de matérias vêrdes, da a med•cma. der vu a.ssu.tu a uma M1ssa de açao de 1 d
Freixo de Espada à Cin-

da casa dj que sua Senhora ví. 1 dolar; Maria Barão - Armação de Pe-
coloca-me numa espécie de letargo. Era -Francisca Caetana,. da. ~atalha, g.raças a N .a S.a de Fátima. por tão as- ti~nde um a~que cerebral, tinha,' ha.- ra, zs$oo; Augusta Pinto - Arganil,
impossível continuar a viagem. Chegado a.gradece a cura dum sofnmento mtemo.ls1nalado favor. . tempo sido internada no Hos- 2o$oo; lzabel Constança - POrto, 2o$oo;
a Viseu, fui carinhosamente conduzido - Adelina Filipe- de Coimbra, tu- 16) Bem revelador da valiosa protec- vl_a. poducoS Joa-'o de Deus Oompadeci- Sebastião do Rezende - Milheiros,
ao Hospital da Misericórdia onde CC'"' berculosa desenganad a pe1os m édicos ~o- -
1 çao e d N :a S d "' 't.
.• a .., a 1m~ e , ta m em o do da sua . sorte, a título . de confôrto, 105$oo; Maria C. Real - P. da Barca
b. plClO e
carinho me foram ministrados os so:or- tou-se para Nossa Senhora da Fátima caso se~u.mte que. me fo1 nar~ado por logo me ocorreu indioar-lhe 0 recurso a 2o$oo; Maria da Figueiredo - Oeiras,
ros de que carecia que I?e alcan~ou a. cura. I um. Reliposo ~o Convento d~ Carmo ~a N .a Sr.• da l:o'átima, contando-lhe para 2o$oo; P.• Manuel Pontes - P. do Var-
De manhã, um pouco melhor, pr"'<'ll· Ve1o a Fátima _durante um ano todos Ba1a, l:o r. Lu1s Go~zaga. Vem um. d~..a. 0 mover alguns dos muitos prodígios de 1 zim, I 101$oo; Maria Candida Dias - ·
11
rei meio de seguir viagem, ua e!>petanyt os meses em acça.o de graças, e agora a.o ~~vento c~aw_a-w com a. max_ ~wa. tõda. a sorte por ela operados em favor Angra do Heroismo, 5oSoo; Apostolado
de poder incorporar-me cm Coimbra na sente-se bem: . urgencta para tr ver, e se poss1~e osse dos que a invooam. Isto foi das 3 para da Oração - Vila. Viçosa, 1oo$oo; Ma-
minha peregrinação. - FlorênCla Jamens, de ~berga~, t;~c~amentar uma m,oç!l- normahsta que as 4 da tarde, e à noitinha já. lá estava ria Fernandes - Angra do Heroismo,
Baldadamente o procurei fazer, se- agradece a. cura. de um sofnmento m· dizu>:m ~tar 1_1as ultun.as, tornando-se Colégio 0 dito cavalheiro em busca 4oSoo; P.• Manuel Máximo - S. Luzia.,
guindo então para o POrto, na especta- temo que lhe atormentava. todo o lado por 1sso m1ster 1r logo. logo~ sob pen_a de 00 da novena e do fNsquinho d'água. La- 1ooSoo; Mariana Parreira - Angra,
tiva de ser operado, pois desoladamen· esquerdo .. Prometeu ~ezar um terço to- com qu~lquer demora IDUI.to prova.vel- va-o dia seguinte ao Hospício pedin- 2oSoo; Assinantes de S. Tiago de Cus-
te pensava que Nossa Senhora me ha dos os d~as da sua v1da e No~. Senb_?- mente nao a encontra: ~alB ~o~ v1da. do às00enlerm.eu·as que, quando a Senho- toias, 1oo$oo; Lucinda Valente - Coim-
via abandonado. Não deixo tamoém c.le ra tirou-lhe as dOres que e med1cma nao Da~ a ell.."tr~ urgenc1a, dlSpoe-se a ra pudesse, rezassem com efa, dando-lhe bra, 15Soo; P.-. Francisco Limas - Aço-
dizer que a minha viagem até ao Pôr- conseguira minorar. partir sem m.alB preparos. a.&>UD. me~mo em seguida umas gotinhas d'água miJa- res, 2o$oo; Manuel de Sousa - Açores,
to foi horrorosa. Chegado por~m A c:l- -Maria de Sousa- Rio de Janeir~, como estava com u~ hábito de servlço, rosa. quando porém ela não pude"sse 2o$oo; João da S. Mendes - Brasil,
sa onde me hospedei, sinto uma mani- Brasil, agrad~ a cu~ de um.a.. sua anu- pergu!ltando-se a Sl mesmo. de ~ue se ~ezass'em elas junto dela, dando-lhe se~­ soSoo; Leonor de Carvalho - Buenos
festa vontade de comer. Jantei com ex- ga que há mutto sofna. de ensapela. podena. valer para em ~I sltuaçao sal- re as ditas gotinhas. O resultado nao Aires, 5 pesos; José J. Henriques - Bra-
cessivo apetite, o que já não fazia. ha- Fizeram um tríduo de orações dura.n- v~r a. pobre moça._ Tln~a-lhe poucos ~odia ser mais satisfatório. Ainda a no- sil, I5Soo; Maria Vidal-Ague-da., 25Soo;
via alguns meses. Comi de tudo, inclu- te 0 qual só bebia água de Fátima e des- dias antes chegado as ~os um ~~~- vena não findara e já a doentinha se Ana Antunes - Lousã, 5o$oo; Manuel
sivamente refogados. Só depois pensei de então nunca mais sentiu o mal anti- plar das. uGrandes Maravilhas da F.atl- achava completamente bôa. Avisado dis- Simões - Sintra., 2o$oo; Assinantes da
no dispa rate cometido, pensando tam- go apesar de já ter passado muito tem- mau ,conJun~amente co~ um fr~umho to o marido para que a viesse buscar, Aguada de Baixo, 8o$oo; Luiza Ricóca
bém que seria aquela noite a derradeira po. de agua milagrosa.. 'I ao ent~s1a.smado I to se rel.Olveu a. convencer-se de - Ilhavo, 2oSoo; Quilhermina Tavares
-da minha vida.. _Laura Domingues de Almeida- ficár? .êle ~m a lett.ura do !ivro ~ os :u:u:ra verdade. achando mesmo mais - Tomar, roSoo; Júlio Cardoso - La-
Antes de deitar-me não deixei de fazer Grijó, Faia, agradece a Nossa Senho~ prodlgt~s at relatados,& quea nao h~~ltou prudente deixá-la mais algum tempo a mego, 2oSoo; Manuel C. Bernardino -
.as minhas orações, como se ainda con- 0 tê· la livrado de terríveis cólicas remus em wnflar o ca~ a N · Sr. c;la F:J·'~a. ver se seria. cura definitiva . Brasil, I5Soo; Maria Portilheiro - Por-
tinuasse em peregrinação para Fátima. que horrivelmente a faziam sofrer. Leva o frasquinho e 1á vat co 1a o. Interveio nisso o médico do Hospício talegre, 2o$oo; Catarina Peralta - Nisa,
Acordei de manhã ao toque dos sinos _João Souto, América do Norte, Ao entrar em c:a.sa da doente, .reconhe- dizendo que dado 0 modo como se efec- 2o$oo; Júlia BarrOso - Riachos, 3oSoo;
-da igreja da Trindade. Fiquei admirado agradece a N.• Senhora a cura duma ce, como lhe d1SS;6ram, a grandade da tuou a cura não podia ser efeito do tra- Amélia. Soares - Borralha, 36$65; P.•
JX>r não ter morrido, pois não pensára sua {ilha que sofria há muito de uma doen~-a q_ue. parecia de fa<:OO ter a doen- tamento, nem o tempo que lá passa~a. António Falhares - Lambeses, 2oSoo;
-de véspera que assim me acontecess~. lesão no coração. Estando desenganada te n_as ultimas. Invoca ~~n.to d~a dm era pana isso suficiente. mas que podia. P.• Manuel Feliciano - Outil. soSoo;
Duvidando ainda do meu estado, fiz dos médicos recorreu a Nossa Senhora seu fa,' or a N_.a Sr.a da a~ml&, an o- levá-la com seguranc:a pois a cura era José da Costa - Lousada, 15$oo; Ana.
uma ligeira análise a.o meu corpo, e pa- bebendo água da Fátima durante alguns -l~~ acto, contmuo u!Da.s g~ti~has da pro.. radical. Fê-lo assim o marido. e o tem- Reinão - Covelas, 2oSoo; P.• Heinrich
receu-me não sentir mal algum. Como se dias e agora encontra-se bem. diglOsa agua. O e~elto foi d~~t surpS~n- po já decorrido desde então vae confir- Wehnhaas - Alemanha, 3o$oo; P.• Mac
uma mola oculta me impelisse, saltei • dente qu.e, tend.o ISto suce I o no n ~ mandct a- veracidade da asserção. E o nuel Fernandes - Envendos. 3oSoo; Ma-
fora o leito e dirigi-me a.o referido tem- do, no 1ha segumte a f~bre a. abandon.a- mais interessante 6 que a Senhora lem- ria da Conceição - Envendos, 2o$oo;
plo onde tomei a Sagrada Comun?ão, ra por completo, e sent1a-se tao bem dt~ bra-se de tudo: quando rasavam, (sa.- Hospital de Alpedrinha, 8o$ooo; Distri-
.assistindo seguidamente à Santa M1ssa. posta que o pa.• chegou a pensar em tt- I ) como lhe da>am buição em Vila. Nova. de Fozcôa, soSoo;
Sinto-me cada vez mais transformado. á I d leito e traz~la a passar o Do- bendo que era por e a ' lh
O movimento da Fátima, r -a 0 d I . parte da água a beber e a outra e Helena Gomes - Aldeia Nova de S.
Dirigo·me novamente à casa onde estava mingo na sala, s6 não o levan o ~ e el- a' licavam nas fontes, quando se sen- Bento, 2o$oo; P.• Augusto Durão Alves
hospedado, almoçando com o mesmo conhece-se pelo livro to por conselho do mesmo Fr. LUis que tp 1 t mente bôa etc Tanto as.- - Turcifal, 3o$oo; Maria C. Russo- C.
apetite com que de véspera jantara: Em · d te n·o precipitar os lU comp e a ' •
ac h ou ma1s pru en a , • f sim que quando da 1.a visita que lhe de Vide, 25Soo; Júlia de Castro - Ton-
seguida acompanhado do meu particular aconteci!Dcnt.os. o. que po~em ~ao .se ~~ r de ois do sucedido, nem por sombras dela 2o$oo; Maria da Conceição - P.
amigo Ex.m Snr. Francisco da Mota
T~rres, então quartanista de medic!na, Fátima aLonr~~s Portn~uosa no Dom•ngo, 2 d1a~ depois,_ 3. ,feira. Ja
era uma pura realidade nao so descen- 1 q
::S !ria tocar no caso, depois de ter- de Í.ima, 2o$oo e Zulmira Ferreira -
d b ta te so"bre Na Sr • Brasil, 15Soo.
fui consultar o Sr. Dr. Azevedo Mana e
depois fui analisado ao acrau do raio X
do Dr. Lufs Fischer
J· 1 mos con,·ersa o as n
do a doente a passar o la na s~ a, m~s da Fátima a certa altura mostrei-lhe
andando à vontade pela .casa tô~~ ah- um frasqui~ho de água perguntando-lhe
· ·
---- -~~-
pelos Ex.moe Srs. Drs. M. da Silva. Leal mentando-se bem e Untmd';j~ ~!:: se sabia da eficácia da dita água, ao .que Agradecemos
·e Espregueira Mendes, que verificaram Peça-o já à cobrança, ou en- ta como nos seus me •ores . · ela respondeu com énfase: uoh I se sei 1...
não haver no meu estômago qualquer Agradece-se muito a oferta que
doença, mas apenas uma pequena in- 5$00
vie SAN=fUÁRIO
ao nhecida à sua excelsa Bem!mtora, con- Pois então quem me pôs bôa senio ela P. 1
fessa-se-1~~ devedora. de tão portento- E começou narrando tud'? pormenon- nos foi feita de alguns livros para
flamação ua ponta do fígado. Dos me-
dicamentos receitados, quási não cheguei
DA FÁTIMA ou à VOZ &o benef1c1o. ·- sadamente como arima hca eJtposto. a Voz da Fátima, bem como algu-
17) Por e.ssa. mesma ocas1ao _é o mes- Bem se pode imaginar quão reconheci- mas esmolas pequeninas e grandes
a. fazer uso, e desde então sinto-me bom, DA FÁTIMA- LEIRIA. mo Fr. Lu1s chamado com D!l? menos d Noss Senhora da. Fátima está. a
cOmo de tudo e continuo na minha vida
activa.
urgência a casa de .uma. fa~Il!ha, onde f a ~lia
por causa de umas divergenc1aa estavam am1
tôd a
e mais que todos quem foi para ajuda dêste pobre jornal.
Glória, pois, à Virgem Nossa Senhora.
4 VOZ DA FATIMA

Um Protesto
Raínha dos Apóstolos FATIMA APROVA Como crentes e como cidadãos, com~
filhos duma pátrià que foi grande, pe-
Missão de Nossa Senhora de Fátima na Zululândia A PERSEGUIÇÃO la f~ dos nossos guerreiros 11 pelo herois-
mo elas nessos santos; como habitantes.
duma c1dade que timbrou sempre em
Só depoas dos 15 dias é que o carro manter fóros de culta e civilizada, vi-
Os Rev .<~oe Padres beneditinos alemães 1da protecção da. Santa Maria Virgem
fundaram, há pouco rempo, na Zululan- que apareceu em Portugal_
O roubo dos objectos da Cova da começou a trabalha,.. mos levantar bem alto o nosso protes-
dia uma missão 'P'IJ"a a conversão dos
1
Esta. missão está ainda na sua infân- Iria e a paródia da procissão em Lá o que foi não sei mas o qu11 sei to, sincero e stmtida, enérgaco e vibrall-
é q11e a minha gente e eu considel'ámos te, contra o igJWbil cortejo que, na noi-
gentioa e protestantes colocando-a. d&- 1cia., mas com a protecção de Deus há-
baixo da. protecção de Nossa Senhora de vencer e converter os pagãos destas Santarém isso como um castigo,. te de 24 do eorrente, percorreu as prin-
da Fátima.. regiões. cspais ruas da cidade de Santarém, com
A viagem para a Fátima . A exposição I a tolerdncia das representantes da auto-
1 ridade.
Na tarde do dia 22 de Setembro de A visita à exposição era a dinheiro, ! Nésse cortejo macabro eram exibidas.
1917 partia de Santarém, em direcção à revertendo o produto a favor das Canti- ,· com uma irreverência própria de selva-
Fátima, um grupo de indivíduos daque- ~ E_scolar~ da. cidade mas a direc- gens, os objectos que alguns carbollário.o;;
la cidade, que, à pas:;agem por Vila çao nao quiz ace1~. . capitanendos, segundo consta, por .An-
Pou~ gente lá foi. e ~ssa. da laia deles. 1 tón}o Fialho, regedor da freguesia d~
Nova de Ourém, levaram dali mais al-
guém em sua companhia. A c1dade estava mdignada com tudo 1 Salvador, António Ganto e outro indivi-
A grei maçónica anunciava, ao mes- isso. j duo vulgarmente conhecida pelo Fran-
mo tempo, grandes festas em honra da Quando se apresentaram ao Provedor cisco do Cemitério, tinha ido arrebata"
Senh9ra da Fátima, em Santarém, c da Misericórdia a oferecer-lhe
0 produto furtivamente na ante-véspera à noite à

I
convidava o povo a ir esperar os auto- das entradas, êste recusou-se terminan- 1 freguesia da Fátima, próximo de Vila
móveis que mandara à Fátima buscar a temente a aceitar pois era uo produto Nova de Ourém, no local a que no d1a
dum insulto e duma mixórdia». 13 déste mês, concorreram, na atitute
carrasqueira.
Quem eram os heróis? E não ac.eitou. ' mais pacifica, ordeira e correcta, cérca
Os mandantes não sei nem será fácil Apezar de tudo ainda havia gente de cincoenta mil pessoas de todas as
vir a sabê-lo. de caracter e de coragem em Santarém .. · classes e condições sociais e dos ponto$
mais distantes e opostos da pais.
Os executantes êsses dizem os jornais
do tempo (A Ordem de 3I-X-1917) que
A procissão Perante uma população inteira, as-
eram: uAntónio Fialho, regedor da fre- (Da uOrdemn de 27-X-1917 e infor- sombrada, à vista de tão vil degrada-
guesia do Salvador, António Ganto e mações particulares) . ção do sentimento moral d~ meia dúzia
outro individuo vulgarmente conhecido ÀS 9 horas da noite de 23 para 24 de indivíduos que são verdadeiras pvs-
pelo Francisco do Cemitério,,. um grupo de populares forma um cor- tulas da organismo duma sociedade, des-
E no número de 28 dêsse mês (se- tejo à laia de procissão pelas três prin- filou esse arreméda hedionda de procis-
gundo creio) sob o titulo uUma nova tor- cipais ruas da cidade de Santarém, con- são religiosa, em que a veneranda crNz
pezan diz que os que tomaram parte na duzindo alguns deles os objectos trazi- da Redentor, que cobre, com a sua som-
procissão eram autl:nticos democráticos e dos da Fátima. bra protectora, as sepulturas de 110ssos.
que tudo foi patrocinado por certa auto- Um levava os ramos de carrasqueira, , avós e a aupsta imagem da Vif'gem que,
Os neo-cristãos agradecem em Zululu a estátua de Nossa ridade que, na sua taberna, distribuía um outro acolitado por dois a fingirem · em todas as épocas da Hist6ria pairov
Senhora da Fátima vinho à larga. de eclesiásticos, conduzia sob um cha- Isempf'e como uma benção, s6bf'e os desti-
A ida decoqeu sem incidentes. péu tle sol uma cruz e por fim uns ou- nos da nessa nacionalidade, for'am alv~
Iam munidos de um machado com o tros transportavam a estampa de uma das mais infames sacrilég«Js e das mai$
O Sr. Bispo de Leiria enviou para a O número de católicos já convertidos
qual cortaram não a carrasqueira ou azi- 1 imagem religiosa; por cima ia o arco e insólitas e horrendas profanações.
i greja da. MiMão a. estátua de Nossa é de 64 e temos 40 ca.t-ecúmenos. nheira (de que apenas existia um resto as duas lanternas ao lado. A ladainha da Vi,.gem, cujo nome tf
Senhora d:a Fátima.. O número de missionários é de 3 sen- Ao som do badalar duma campaínba a espt11'ança e conforto das 11ossos solda-
do tronco rente ao chão tendo o res-
O R.ev.4o Padre Gordiari Schmid, su- do um sacerdote e 2 irmãos leigos com to sido levado como relíquias pelos pere- e do rufar de um tambor drca de 100 das que se estão batendo, como Mrois,
perior da missão, agradeceu com a ae- um catequiBta. grinos) mas rames de várias outras que (cem) populares entoavam as ladaínhas nos campos da batalha, ef'a entoada~
guinte carta cuja tradução publicamos: A Santíssima Virgem. .a.traia sobre nós depois fizera~ passar como sendo da à desgarrada. com voz escarninha e avinhada, pelo$
Missão de Santa Maria de Fátima, as gr~as de Deus para a conversão d-.
4 de Maio de 1932. tas pobres almas. azinheira sôbre a qual se dizia ter apa- I Pedaços de linhagem fingiam de opas energúmenos qu~ compunham a satani-
recido Nossa Senhora. · e um pano de azeitona em cima de va- ca bacanal.
Assim deve ser corrigido o relato do rejões fazia as vezes do pálio. Não há memória dum atentado tã~
Diário de Notícias transcrito na uOr- De quando em quando paravam, um abjecto e repugnante contra as crenças
demn de 27-X-1917 sob o título: uUma orador empoleirava-se diante do grupo e do povo e contra as tf'adições e a digni-
torpeza livre pensadeira com o consen- fazia com afectação grandes elogios à dade duma população que se preza de
timento da autoridade... Senhora da Fátima, rindo-se todos em bem educada tft de f'espeitaàora das cren-
Demos agora a palavra ao correspon- seguida, às gargalhadas. ças alheias!
dente do D. de N. enquanto se respeita a Ai de nós se não ef'guessemos altiva-
verdade dos factos. A autoridade mente o nosso protesto indignada contra
uTrouxeram uma mesa sôbre a qual uTOda a gente estranha ao cortejo e
tão inaudita provocação!
alguns crentes haviam a-rmado um mo- especialmente os católicos comentam ver- Ai de nós se não ,.epelissemos com a.
desto altar, onde foi encontrada a fo- berantemente a indiferença ou consen- maior energia das nossas almas t6da e
tografia de uma 1magem religiosa (Nos- timento de tal desacato por parte da au- qualquer solidariedade com os miserá-
sa Senhora) , um arco que a encimava toridade administrativa,. veis promotol'es e autores de tão horri-
feito de rama de murteira. duas lanter- uO facto de ontem que representa um
vel paródia!
nas de folha, duas cruzes, sendo uma vibrante desacato à lei de separação da A i de nós se não traduzíssemos de
de madeira e outra de cana envolta em Igreja do Estado e ao livre pensamen- um moda bem público e bem sol4ne a
papeis de seda.n to dos que não pensam como o Snr. Ad- amargura que dilacera os nossos cora-
uTodos êstes objectos assim como dois ministrador do concelho deveria ter-se ções, em face da inqualificável injt;ria
vasos com plantas deram entradan em evitado, porque desde manhã que se tor- infligida à Religião das nossos maiOTes,
Santarém às 9 horas da manhã do dia nou do domínio do público,. que é também a nossa, e ao brio e pun-
23. uencontrando-se em exposição num Assim falava a uOrdem>l loc. cit. donor dos habitantes desta cidade, q-
primeiro andar do largo do Seminárion. algu~s garotos de pé descalço pl'ettndem,
Ficava pwtanto bem fundamentada a
à VIVa f6rça, fazer passar por intolel'an-
convicção da maioria, de que todo o de- te, fanática e selvagem!
À vinda - O dedo de Deus? ... sacato fOra, senão fomentado, pelo me-
Se o não fizéssemos, se não desagt'a-
nos, permitido pelo Administrador do
uO automóvel, na ocasião da partida
Concelho e Governador Civil, de acor-
vássemos as nossas Cf'enças e a nossa
do com as ucbafaricasn da terra a tal- d.igni~de. vilipendia~~· dariamos jUSJ
do referido local teve uma upanne» não
ganhando o ••chauffeunl e seus compa- vez com as de Lisboa. a n~etOI~aas e estran7earos para que nos
As meni1Zas da Missão agradecendo a Jmagem de Nossa nheiros para o susto, receosos de serem co11stderassem os mais cobardes e os mais
ali encontrados,,. desprez~veis de todos o portugueses.
Senhora da Fátima
Que foi? ... Que houve? ...
Uma mulher forte Be!'dtta a Religião, que féz grande e
E o próprio uchaufieun, e proprietá- Indignada com tudo aquilo, uma mu- glonosa. a nessa pátria e que é o c071for-
Excelentíssimo Senhor: A estátua. da Santa Maria da. Fáti- do do carro, mecânico muito conhecido lher da cidade, quando a procissão de to da tmensa maioria dos portugueses
ma está patente a todos e os próprios em Santarém quem nos vai contar. escárneo lhe passava junto da casa, pró- nas agt'uras da vida individual e nas ca-
A estátua de Santa Maria da Fáti- pagãos gostam muito de a ver.u Há uma pequena divergência quanto à ximo da ourivesaria Lemos, despejou um lamidades públicas!
ma chegou a esta missão no dia 15 de Por seu turno, o Senhor Bispo titular altura da viagem mas p facto fica de balde de água ou qualquer outra coisa Bendita a Cruz d~ Cristo que outf'o-
Abril ~ foi solenemente inaugurada no de Tlia.enit., Thomas Sproiter, vigá- pé. sôbre os manifestantes e um policia ci- :ra tremulava ovante no topo dos mastros
nosoo oratório no dia 1 de Maio. rio apostólico de Eshouwe. na Zululan- E numa taberna de Santarém na pre- lvil. das nossas caravelas, quando iam c071-
AgradecemOs de todo o coração a lin· dia, a cuja jurisdição está sujeita esta sença de alguns amigos, à noite, que a Houve grande borborinho com insul- qutstaf' no_vos mundos para a fé e para
propósito de vários disparates ditos pe-~ tos e. blasfémias. o convfv1o dos povos civilisados!
los colegas a respeito de milagres conta Foi multada. Be-ndita Virgem, excelsa Padroeif'a de
o que segue. Chamada à Administração do conce- Portugal, que, atf'av~s de todas as des-

I
«À salda d~ Fát1ma para a Cova da , lho no dia seguinte, recusou-se terminan- graças e provações, velou sempre com
lria o carro pára-me de repente apesar' temente a pagar a multa enquanto a mate;na solicitude pela sorte da nossa
de o motor continuar a tra9alhar. não pagassem também os promotores da- qtttf'.rda J>_átria e pela realização dos seus
Às instdncias dos passAgeiros três ve- , queles in.sultos e ofensas à sua religião. destmos rmortais!
zes e já com médo tento fazer andar o 1 O mando manteve a resolução da mu- Deus perdóe aos fmpios sem delicade-
carro.

que a parte dianteira se leva11tava e de-


I
I lher no propósito de fazer escândalo no za e se'!' educação que, dominados por
À terceira vez deu-me a impressão de tribu~l.
E nao pagaram.
~ma raJVa. de precitos, tão cega como
Impotente , blasfemam aluarmente da seu
pois começou a andar. A• - } ~e adorá~el, e não permita que a sua
O ,.esto da viagem deco"eu sem novi- Impressao gera JUStiça ful~une os terrlveis castigos que
dade. O facto produziu grande pena e re- os sacnlllf10S e as profanações públicas
No dia se.guinte quiz tif'ar o carro da volta no espírito dos católicos da Fáti- c~stum.am atrair s6bre as nações que
garage para trabalhar mas não consegui ma e suas cercanias, de Santarém e de ta1s cnmes consentem.
p6-lo a andar. tôda .a parte aonde a notícia chegou. Santaré'!!, 28 de outubro de 1917.
Examinei o carro e não encontf'ei ne- A Imprensa de grande informação e Um grupo de católicos»
nhtmra avaria. acatólica dividiu-se, aprovando uns o Um Observador
Desmonto-o, examina-o e< trato dJle facto atacando-o outros com energia. ~~~~~~~~-~~~~--~~
duf'ante I 5 (quinze) dias! Eco dessa. indignação de tOda a gen-
te séria e principalmente dos católicos Fiquem só com um jornal!
~~~~~~~·~-.~·-.~~~~ é o manifesto que a 28 de Outubro um Já não devia ser necessário reco-
grupo de católicos publicava, em Santa- mendar que não peçam mais do que
rém, protestando contra os factos aci-
Recomendamos ma transcritos. um jornal para cada casa, mas co-
Que a import4ncia das assinaturas Com a sua transcrição na íntegra en- mo ainda há tantas pessoas que vão
Altar dedicado a Nossa Senrora da Fátima na Missão da bem como as esmolas colhidas na cerramos este artigo pelo qual se vê co- à Cova da Iria roubar as esmolas de
mo a perseguição à Fátima não era obra
Zululândia distribuição dos jornais pelas pes- de meia dúzia de exaltados num momen- Nossa Sénhora levando mais do que
soas que reeebem rôlos dos mesmos, to de fanatismo mas plano minuciosa- um jornal para cada casa, por cau-
da est.átu.a, prometendo orar pelos bem- missao, agradece também ~ diz que em devem ser enviadas p3.r3- a Admi- mente delineado e realizado sob os aus- sas deles se recomenda de novo: le-
feitores e pelas necessidades do Santuá- breve espera visitar aquela. missão, nistração da Voz da Fátima - Se- pícios das próprias autoridades que, tan- vem só um.
rio. administrar o Santo Crisma aos nos- minário de Leiria, em carta regista- tas vezes, eram apenas simples manda-
sos cristãos. e terá então ooasião de ve- tárias das lojas. Este número foi visada pela Comissão
A nossa missão foi colocada debaixo nerar a nossa imagem. da ou vale do Correio. O manifesto é como se segue: da Ce11sura.
Ano X Leiria, 13 de Agosto de 1932 N ."" 119

co• APROYA~AO ICLEIIAITIOA

Dl,_.r • Proprlettrloa Dr. • anuel • arque• doe l antoe _ Emprha Editoraa Tlp. "Unllo 8 r6fl-.. T. de DHpaollo, 1•Ll•boa _ Adminietradora P. An16nlo dot Rele - Rida-• e Admlnletra•• • • "lealn6rlo di Leiria.,

FATIMA, o novo Saltério de Maria


((E Fátima traduz a devoção mais bela,
do povo português que a Virgem anela,,.
Do Poema de Fátima, por Rui Cordovil.

sé celebrou missa por alma do Senhor Je Se túbal e director da peregrinação da Virgem o tributo do seu amor e da
Dom Manuel 11, HO Desditoso» quadra estival, o frio naquele Jogar e
àquela hora do dia, era intenso e o ven- D. Manuel de Bragança, que como sua daquela cidade. sua gratidão filial.
Quando a uVoz da Fátiman repro- to soprava rijo, foi resolvido efectuar augus ta E sposa, era tão devoto de Nos- ~a esplanada em frente da Basílica Tendo chegado à Cova da Iria ao cair
duziu nas colunas do seu número de os actos religiosos nocturnos do costume sa Senhora de Fátima e que tão gene- tinha m sido armados catorze toldos que da tarde, as piedosas jovens católicas da
Junho a gentilissima carta que o Senhor na capela do Albergue de Nossa Senhora roso se tinha mostrado para com o San- abriga va m dos raios do sol cêrca de cidade de Leiria dirigiram-se processio-
Dom Manuel de Bragança escreveu ao J e Fátima, em cuja entrada ge armou tuário . cem doentes, alguns do.~ quais se acha- nalmente, precedidas do seu estandarte,
venerando Prelado de Leiria, comuni- um altar para êsse fim. .\ peregrinação de Junho tinha trazi- vam em estado bastante grave. O vene- para a capela das aparições, rezando o
cando-lhe a oferta de dez contos de reis A procissão das velas, menos concor- do a Portugal c a Fátima um distinto rando Prelado de Leiria assistiu ao san- terço do Rosário durante o percurso.
para o altar-mór da Basílica nacional de rida que nos dois meses anteriores, per- escritor alemão, o rev.do Heinrich \Voh- to sacdflcio próximo do altar. O prêga- Em seguida fizeram a visita ao Santís-
Nossa Senhora de Fátima, ninguém se- correu o itenerário habitual, mas não nhaa~. tia Congregação dos Filhos do Co- dor, que foi o mesmo da hora da adora- simo na capela do Albergue. lncorpo...
quer suspeitava que, decorridas apenas teve o brilho e a imponência que re- ração de Jesus, professor no Seminário ção nacional, à estação da missa falou raram..se na procissão das velas e to-
duas semanas, o nobilissimo espírito do veste quando o tempo é favorável. das Missões de S. José, em Ehwangen, ao microfone, explicando o evangelho do maram parte na adoração nacional. No
seu autor, desprendendo-se dos frágeis Entre as peregrinaçõelj organisadas, Württemberg. dia. dia treze, às oito e horas e meia, as-
liames do corpo, voaria, em suave ade- viam-se as de Setúbal, Alcanedc, Póvoa Por sua vez com a peregrinação de Após a Missa, o Senhor D. José deu a sistiram à missa celebrada pelo seu z~
jo, para o Céu, a cingir uma corOa mil de Varzim, a Juventude Católica Femi- Julho veio outro sacerdote alemão, o bênção com o Santíssimo aos doentes. loso assistente eclesiástico, o rev.do Au-
vezes mais bela e mais rica do que a do gusto de Sousa Maia, secretário do ve-
reino que na terra fôra seu. nerando Prelado e professor de sciências
Grande no trono, donde uma revolu- eclesiásticas no Seminário de Leiria. Tó-
ção o despenhou, maior ainda no exilio, das receberam nessa missa o Pão dos
que lhe permitiu patentear aos olhos Anjos.
de todos, nacionais e estranjeiros, os Juntamente com o grupo conduziram
preciosos quilates da sua alma de ouro, a Fátima duas doentes, sendo uma delas
o último rei de Portugal foi sempre um sócia da Juventude. A tarde, depois da
católico fidelissimo e um exlmio patriO- procissão final, retiraram para Leiria
ta. por Ourém, aonde foram, em visita de
Inúmeros rasgos de bondade cingem estudo, a-fim-de vêr os monumentos que
de luz intensa e brilhante a sua fugaz se relacionam com a história do Santo
existência sôbre a terra, tôda consagra- Condestável D. Nuno Alvares Pereira.
da à prática das mais sublimes virtudes A direcção da prestimosa Juventude
religiosas e clvicas. Católica Feminina de Leiria 6 atualmen-
Em todos os lances delicados da vida te constituída pelas senhoras D. Raf.ae-
da nação, o amor da Igreja e o amor da la Leitão Rito Estrêla, presidente, D.
Pátria eram a nota dominante das suas Bemvinda do Carmo Goes, secretária, e
palavras e dos seus actos. Dom Manuel D. Maria Idalina Marques da Cruz, te-
morreu apenas com 43 anos de idade, de soureira.
uma morte santa, piedosamente abra-
çado à cruz, símbolo daquela que du-
rante a vida tanto lhe pesara sôbre os
Peregrinação diocesana de Leiria
ombros e que com tanta resignação e Por iniciativa de Sua Ex.ota Rev.""' o
nobre za de sentimento soubera levar. Senhor D. José Alves Correia da Silva,
As exéquias que por sua alma se rea- ilustre e venerando Bispo de Leiria, rea-
lizaram em Londres, na Catedral de liza-se, nos dias 12 e 13 de Agosto cor-
Westminster, assistiram milhares de pes- rente, a primeira peregrinação da sua
soas, entre as quais, em lugares de des· diocese ao Santuário Nacional de Nossa
taque, a s Rainhas, Viuva e Mãe, D. Senhora de Fátima.
Augusta Vitória e D. Amélia, os reis A escolha daqueles dias para a reali-
Jorge da Grécia e Afonso XIII de Es zação da peregri.n ação tem por fim co-
panha. o duque de Gloucester, represen- memorar o centenário do Beato Nuno
tante do rei de Inglaterra, o ·almirante de Santa Maria, Condestável de Portugal,
Miraglia, represontante do rei de Itália, vencedor da Batalha de Aljubarrota em
e os embaixadores de Portugal, França, 14 de Agosto de 1385.
Brasil, l3ulgária, etc. No dia 13, às nove horas e meia, ha·
Por iniciativa do Govêmo da Repú- verá, pela primeira vez no Santuário de
blica, serão oportunamente trasladados Fátima, Missa de Pontifical seguida da
para Portugal, a-fim-de repousarem no procissão do Santíssimo Corpo de Deus.
solo dos seus antepassados, os restos Peregrlnaolo de 13 de Maio de 1932 - O Snr. Núncio benze o mOI&u- As pessoas que queiram tomar parte
mortais daquele Rei, grande na virtude mt~t~to
do S. CoYação de jt~sus diante da lmagt~m de N. S. de Fátima. Junto do na peregrinação devem confessar-se an-
e grande no infortúnio, que fechou com Sr. Núncio e-stão os Snrs. Bispos do Algarve e Leiria. tes, dar os seus nomes aos rev.- Páro-
chave de ouro a última série de sobera- cos cujas indicações seguirão, e, duran-
nos pertencentes à Serenissima casa de nina de Leiria e um grupo de alunas do rev.do Ludwig Valdmüller, de Hilpolts- Assistiram à missa o os doentes o :rev.do te o caminho, rezar o Rosário, entoar
Bragança. Patronato de Alcanena envergando os tein, Baviera. dr. Francisco Cruz, vários professores e cânticos, se passarem por alguma igre-
Para as duas augustas Senhoras, Viú- seus uniformes. Este mês estavam também presentes prefeitos do Seminário de Santarém, nu- ja, entrar e visitar o Santíssimo e, se
va e Mãe do Senhor Dom Manuel, feri- A meia-noite começa a adoração noc- três minoristas austrlacos, estudantes da merosos alunos dêste Seminário e do de passarem pelos cruzeiros, fazer a l'üa
das por um golpe tanto mais duro quan- turna de Jesus Sacramentado. Companhia de Jesus, que se destinam Leiria e o rev. 40 José Ferreira de Lacer- SacYa.
to inesperado, vai a expressão sentida Durante a primeira hora destinada à às missões da grande República do Bra- da, pároco da freguesia dos Milagres e E bem conhecido o zêlo inteligeote e
da dor e da piedade dos redactores e dosadoração nacional, prêgou o rev.do Joa- sil. Eram os rev.d.,. João Domstander, de director do semanário «0 Mensageiro,, indefesso do venerando Pastor da dio-
leitores da .uVoz da Fátima», como ca- quim Lourenço, prior de Mendiga, com Wels, Francisco Gaismayer, de Pyros- de Leiria, antigo capelão do Corpo Ex- cese e do seu clero, como 6 bem conhe-
tólicos e como portugueses que se pre- a assistência de Sua Ex.cl• Rev.""' o Se- vorth, e Jobaim Trachta, de Linz, Ur- pedicionário Português em França e uma cida igualmente a piedade esclarecida e
zam de ser. nhor D. José Alves Correia da Silva, ve- fahr. das pessoas que primeiro e dum modo a devoção acendrada dos habitantes da
Que Deus, infinitamente misericordio-nerando Bispo de Leiria. Já depois de concluldas as cerimónias mais completo interrogaram os videntes diocese de Leiria para com a Santissima
so, se tenha dignado acolher entre os es- A segunda hora, reservada para a pe- oficiais, chegou um jocista holandês, sôbre as aparições e os sucessos mara- Virgem.
plendores da sua glória a bela alma do regrinação de Setúbal prêgou o Vigário pintor, que pesaroso pela demora invo- vilhosos de Fátima. Atentas estas circunstAncias e tendo-
último rei fidelissimol Geral, rev.do Francisco Carlos Nunes. luntária que o inibiu de assistir aos ac- -se em linha de conta o privilégio sin-
Pie Jesu, dona ei requiem sempiter- A quarta hora prêgou o rev.do dr. Ga- gular!ssimo com que a Rainha do Céu
naml lamba de Oliveira, professor de sciências
tos da peregrinação, resolveu ficar em
Portugal até ao dia treze do próximo .AJ. C. F. de Leiria distinguiu aquela diocese, dignando-se
eclesiásticas no Seminário Episcopal de mês de Agosto. aparecer numa nesga abençoada do seu
Os actos religiosos oficiais Leiria. Pouco depois das seis horas, ter- Ao meio dia solar principiou a missa A Juventude Católica Feminina de território, 6 de esperar que essa pere-
Leiria enviou a Fátima, na peregrinação grinação revista as proporções duma
No dia doze de Julho, às últimas ho- minada a adoração nocturna com a bên- dos doentes, que foi celebrada no altar
dêste mês, uma numerosa e brilhante
ras da tarde, era já considerável a mul- ção do Santíssimo, o mesmo sacerdote provisório exterior da Bas!lica. Acolita- grandiosa manifestação de f6 e piedade.
delegação. di~a da Virgem e honrosa para a dio-
tidão que, num vaivém contínuo, circu- que naquele local tinha celeb;ad~, ha'?a ram a essa missa os rev. doo Cónego
lava na Cova da Iria, na estrada adja- precisamente anos, a sua pnme1ra • IIllS- Francisco Maria Felix, Reitor do Semi- Tendo por sua padroeira especial Nos- cese, para os seus fiéis, para o seu clero
cente e nas suas imediações. Todavia, sa, rezou a missa da comunhão geral. nário Patriarcal em Santarém, e Fran- sa Senhora de Fátima, essa. benemérita e para o seu Prelado.
como, a-pesar-de se ter já entrado na As nove horas e meia o Senhor D. Jo- cisco Carlos Nunes, prior da freguesia colectividade resolveu ir depôr aos pés A peregrinação da. dioceae de Leiria n
2 VOZ DA FATIMA
o pagamento da divida de gratidão que •Num vaato campo agreste, um pouco ao
a mais pequena diocese de Portugal con-
traiu para com a augusta Mãe de Deus,
que se dignou baixar os olhos para a hu-
mildade da sua serva, quoniam r8spexit
sul de Ourém,
era. a. Cova da Iria.. E é certo inda. nin-
guém
pensa.va, um só instant.e, em 'l'isltar, na.
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA criancinha o nome de sua Madrinha -
Maria do Rosário da Fátima.
No dia 8 de Fevereiro deste ano, co-
mo minha mulher me dissesse qne se
serra, sentia tão bem como se nada tivesse
llumilitatem ancillae sua.
Qual será o habitante da diocese de
tal ponto sem valor, tão solitária. terra. Pleuresia pumlenta «Depois de rogar à Virgem a graça
desejada e de beber a água Milagrosa,
tido, aconselhei-a a que com sua mãe,
Sbmcnte algum pastor, ao ver a. erva. mani- Irene Henriques Antunes, de Marruas fOsse à Igreja, onde se achava exposto
Leiria que prezando-se de cren te e devo- nha, operou-se nesse mesmo dia a minha cu-
-Torres Novas, aos trinta meses de o SS. Sacramento, e que lhe agradeces-
to de Maria, se recuse a pagar a sua levara o seu rebanho a.lf, pela tardinha.. ra radical." Nunca mais senti qualquer
quota parte desta divida sagrada, fican- 'lú8 'e$88. t.erra. brava, assim, triste e som·
idade foi acometida duma pleuresia pu- mal estar interior não sendo necessária se lá tão grande graça.
rulenta. A criança definhava de dia Saíram com esse destino, mas anda-
do em casa, quando nada o iniba de bria, a operação. Estas palavras não só tra-
para dia. Todos os que a viam a julga- dos alguns minutos, minha mulhr sen te
se incorporar em tão piedosa romagem? em terra de mila!n"e ia tornar-se nm dia. I duzem o meu eterno reconhecimento de
A Virgem do Rosârio, & Santa Mãe de Deus,
vam cm breve na sepultura. gratidão, confessando-me devedor a dOres tão violentas nas pernas que tem
pedindo penitência., al( dt>~eu dos Céus ! Em fins de Agosto de 1931 agrava-se de retroceder e recolheu à cama, onde
Raio de luz E falou e sorriu a uns pobres paatorinhos, ainda mais a sua doença. ~ chamado o
Nossa Senhora, duma dívida que jamais à noite, surpreendido, a vim encontrar
poderei pagar, mas também servem pa-
almaa brancas •• 'ãa quai~ outros cordeiri· Sr. Dr. Carlos, de Alcanena, que lhe gritando e contorcendo-se. Estava mi.
Esta magnífica publicação, revista nho!! !... ra testemunhar publicamente perante os
tirou da z.a' vez meio litro de puz, e crentes e os que o não são o que S. nha sógra preparando panos embebidos
mensal de Senhoras, órgão de comunica- O milagre ecoou na sua singeleza. ,
e Fâtima. surgiu na tPrra port mroesa !. .. • doutra vez mais de um litro! em água qnente para lhos aplicar nas
ção e propaganda da Liga de Acção So- Beruardo diz de N.• S.•- <<que nin-
cial Cristã nas suas diferentes secções, Não obstante isto, o seu estado era guém recorre a Ela que não tenha sido partes mais doridas quando eu entrei.
cada vez mais grave, de maneira, que ouvido., Eu então disse: - o remédio que a cu-
insere no seu número correspondente ao
Verdadeira chave de nuro d e abertu- já desenganada pelos médicos, foi le- ~ está aqui; - e pégo num pouco de
mês de Maio último três artigos sObre Alberto Leal ]unior- Guarda Livros água da Fátima, aplico-lha nas regiões
Fátima. O primeiro, intitulado A jorna- ra do Poema de Fdtima h ta delic io~ e vada ao Hospital onde foi sujeita a
magnífica introdução, que bastaria, só uma operação cirurgica no dia 19 de Diplomado-R. de S. Braz, 30 -Porto doridas e as dOres cessam como por en-
da de Fátima, encerra a descrição por- canto!.
por si, para consagrar o seu ilustre au- Outubro. Dois meses depois, depois de
menorizada da peregrinação da Liga -
Senhoras e Juventude - ao Santuário tor como muitas orações e votos a Nossa Senhora Salpingite Hoje, minha mulher vai criando a
de Fátima nos dias 12 e 13 de Maio, pe- a criança adquire o seu estado normal, Tendo minha irmã sido atacada gra- criancinha e fazendo com regularidade
«inspirado cantor, rei da harmonia>>.
regrinação em que tomaram parte gru- encontrando-se agora perfeitamente boa, vemente de uma usalpingitell recorreu os seus serviços domésticos.
graça que atribuímos a N.• S.• da Fá- a N.• S.• da Fátima, prometendo-lhe, <<Virgem Soberana: o meu reconheci-
pos da Liga de Lisboa, Põrto, Leiria, Visconde de Montelo
Viana, TOrres Novas, Santarém e Algar- tima, que nos atendeu quando no meio se fOsse cura<;la, mandar publicar a gra- mento será eterno, e não tendo mais
ve. da nossa dOr lhe pedíamos que aben- ça obtida e assinar o jornal <<Voz da que vos oferecer, ofereço-Vos o meu co-
Com o grupo de Lisboa foram tam- çasse os medicamentos, a operação e Fátima,, o que gostosamente boje vem ração de filho agradecido, os corações
o tratamento com a água do Santuário fazer porque se considera curada. de minha mulher e de meus filhos, su-
bém a Fátima o Assistente Geral, rev.do
dr. Cónego Carneiro de Mesquita, secre- OS POBRESINHOS da Fátima. plicando-Vos os abrigueis sob o Vosso
P.• José da Costa Leonardo - Faial- Manto e vos digneis abençoar a vossa
tário de Sua Eminência o Senhor Car- Depois dos pecadores, eram os pobres Maria do O Cordeira- Marruas AçOres inocente afilhada.
dial Patriarca, o Promotor Nacional, quem mais ocupava o pensamento do
rev.do Sebastião Pinto da Rocha, a Se- santo Cura d' Ars. E pobres não são só os Dores nenosas Diabetes Joaquim Lopes David - Mata do Chou-
nhora Presidente Geral, D. Maria Amé- que andam de porta em porta, sendo às Venho pedir-lhe o favor de publicar Sofri muito da terrível doença-<<Dia- pal de Coimbra
lia de Lemos Santos, e a Senhora Tesou- vezes êstes os que teem uma vida menos no jornal da Fátima a seguinte graça betes" - e já sem esperança em médi- Confirmo a veracidade do que fica
reira e Correspondente Geral da Liga, aflitiva. que N.• Senhora me alcançou. co algum, pedi à Virgem Maria da Fá- dito.
D. Maria do Canno Ferreira de Mesqui- Ora o santo Cura d' Ars amava-os por- Um meu filho sofria horríveis dOres tima que viesse em meu auxilio, prece
nervosas que, parecia, lhe queriam ar- que foi ouvida por Nossa Senhora da S. Martinho do Bispo, 24 de Abril
ta de Moura. Dentro dos muros da Basí- que Nosso Senhor também os tinha ama- de 1932.
lica efectuou-se uma reünião em que do e porque êle compreendia que não rancar a vida. Numa dessas aflições Fátima.
falaram sObre os trabalhos e os interes- tendo nêste mundo senão privações, pe- pedi com grande confiança à Mãe do Graças a Ela e a Deus hoje estou cu- O prior - Mons. José Rodrigves Ma..
ses da Liga os rev.doa Assistente Ecle- nas e repulsas de tôda a ordem, tinham Céu que nos valesse e prometi ir com rada e sinto-me muito bem. tUira
êle a Fátima agradecer à SS.ma Virgem Agradeço à Virgem Maria a minha
siástico Geral da Liga, Promotor Nacio-
nal e Assistentes eclesiásticos de Leiria e
mais necessidade de ser auxiliados, hon-
rados e consolados. a graça da cura, se esta lhe fOsse con- cura nesta doença, como também mui- Graças diversas
Braga e os dirigentes dos vários núcleos Muitas vezes lhe ouviam dizer: cedida. tas outras graças que dela tenho recebi- -Maria do Carmo-Ancião, agradece
da Liga e Juventude ali representados. Como nós somos felizes em que os po- Desde então, graças a Deus, não tor- do do Céu e que nunca espero esquecer. a N.• S.• da Fátima a cura de sua fi-
A missa celebrada pelo· rev."" Assis- bres venham assim pedir-nos caridade. Se nou mais a ter aflições nervosas e hoje Rosa Amélia do Amaral - Fa.ial-Açó- lha Maria do Céu.
tente geral comungaram duzentas e cin- não viessem, deveríamos n ós ir procurá- está, diz, de todo restabelecido, favor res - Hermínia Melo - New Bedford -
co sócias. -los, e para isto nem sempre há tem- que nunca quero esquecer. América, agradece a cura de sua mãe
Noutro artigo, subordinado à epígra- po». Teresa Júlia Vaf'ela Vieira- Algarve
A uma mãe cristã Maria C. Luís e oferece três dolares pa-
fe Fátima, trono da Virgem, uma ilus- «Há quem não faça esmola senão para Encontrando-se minha mulher gravi- ra o Santuário.
tre escritora tece um hino de amor e gra- que os vejam, os louvem e admirem ...
e há quem imagine que os pobres lhe não
Dores da, em Maio de 1931 principiou a sofrer
horrivelmente por causa de ser cardía-
- Alda Machado da Silva, Santarém,
agradece a N.• S.• da Fátima, o ter-
tidão à Virgem, que se dignou aparecer Há m~. de noite, fui atacada de
agradecem suficientemente. Isto não de- ca, doença esta em tal adeantamento, -lhe concedido as melhoras duma pessoa
em Fátima para justificar 'mais uma· dOres tão violentas numa perna, que de famflia.
vez o seu título de celeste Padroeif'a da v e ser assim!... que vários médicos me tinham afirma-
parecia m'a esmigalhavam a martelo! do que um parto lhe causaria a morte. - Maria do Carmo da Rocha - Odi-
Lusit4nia. Se é pelo mundo que fazeis a esmola,
Tais dOres foram aumentando com tan- Vendo pois que minha mulher sofria velas, agradece a Nossa Senhora o ter-
Estas linhas escritas numa bela for- tendes razão de vos queixar, mas, se é
ta intensidade, que eu, não podendo já tão atrozmente, levei-a a Coimbra a um -lhe alcançado de Seu Amado filho uma
ma literária e cheias de conceitos e por Deus, que vos agradeçam ou não,
aguentar mais, recorri à Minha Mãe Ce· médico que, depois de a examinar, re- graça muito importante.
imagens felizes, são repassadas dum vi- que importa! ~ necessário fazer todo o
leste - Nossa Senhora da Fátima, pro- ceitou qualquer coisa, recomendando - Maria OUvia de S. António Neto-
vo sentimento de piedade unido a um bem que pudermos e a tOda a gente, sem
metendo-lhe uma pequena esmola e pu- que voltasse 8 dias depois, para ver o Cereal, agradece a Nossa Senhora uma
amor acrisolado da Pátria. esperar recompensa senão sômente de
blicar esta graça, se Ela me valesse. efeito do medicamento. Voltámos. O graça espiritual.
Finalmente, na secção Notícias da )u- Deus.
«Quando nós damos esmola é preciso Poucos minutos depois, passaram-me as clínico encontrou-a em estado que lhe - Manuel Augusto Vieira e Rosa da
ventvde uma jovem e distinta escritora dôres, podendo desde logo descançar.
imaginar que a damos a Deus e não aos aconselhou a que entrasse no Hospital Conceição - Alqueidão da Serra, agra--
traduz as suas impressões sObre a per&- Nunca mais senti dOres horríveis como
pobres. Pode acontecer que imaginemos para aí lhe ser provocado o abôrto, decem a cura de seu filho Alécio, en-
grinação de .Maio num primoroso arti- as que até ali me amarguravam a vida,
estar a consolar um pobre e ser Nosso Se- mas que, não querendo sObre si a res- tão de tenra idade. Por duas vezes,
go, que revela em cada período uma por isso, venho agradecer a tão Boa aos três e aos oito meses, foi desengana.-
alma feminina, plena de vida e moci- nhor. Vêde S. João de Deus: tinha o cos- ponsabilidade, lhe dava uma carta para
tume de lavar os pés aos pobres antes Mãe, cheia de reconhecimento o grande outro seu colega especialista em partos. do pelos médicos, mas graças a Nossa
dade e de santo e salutar entusiasmo. favor que me alcançou. Senhora que atendeu várias promessas
de os pôr à mêsa. Este, depois de examinar a doente, de-
Um dia inclinando-se sôbre os pés dum Maria das Dóres Botelho - Cabeceiras clarou ser da opinião do seu colega, e dos pais desta criança, boje encontra-se
Poema de Fátima pobre, viu que êsse pobre tinha os pés de Basto com uma carta devolveu minha mulher a mesma completamente bem.
-Maria Folesta Barosa, agradece a
Escritor de raro mérito, jornalista de atravessados por uma chaga. Levantou a
cabeça cheio de emoção e exclamou:
Doença no coração ao primeiro médico, que insistiu com
que minha mulher desse entrada no Nossa Senhora o ter-lhe concedido a
vastos recursos, músico exímio, critico Havia já muito tempo que era em- saúde de que muito carecia bem como
musical distintíssimo, mimoso e inspi- «Sois Vós, Senhor!» (e aqui o santo Hospital para lhe ser expelido o feto,
cura d' Ars estava banhado em lágrimas). pregado Comercial em Taboaço; mas no visto ser esta também a opinião do seu a sua família.
rado poeta, o sr. Rui Cordovil, que ano de 1928 comecei a sofrer no cora-
Nosso Senhor lhe replicou: <<João, tenho colega. - Margarida Jorge Sequeira - Fi-
alia à sua fé viva e activa de católico ção. As dOres eram horríveis e o mal gueira do Castelo Rodrigo, teudo sua
integral uma fervorosa piedade filial prazer em ver como tu tens cuidado dos A isto respondi eu: - <<pois se é essa
meus pobres ... » estar geral. Parecia que o coração se a opinião de V. Ex.• e de seu Exmo Co- filhinha com um eczema que não cedeu
para com a Virgem Santíssima, de quem me despegava do peito! Consultei a me- a vários tratamentos mklicos, agradece
6 servita, no seu Santuário máximo, E desapareceu. lega, não é a minha.
«Vêde êsse bom S. Gregório que senta- dicina, mas sem resultados sensíveis Não consinto em tal. Matar um ino- a N0551;. Senhora a sua cura rápida de-
quis pagar-lhe o tributo do seu talento porque os sofrimentos aumentavam ca- cente? I Nunca.» pois de uma novena que fêz em houra
e da sua devoção escrevendo e dando va todos os dias doze pobres à sua mesa.
Um dia viu que eram treze e disse ao da vez mais. Nêste estado grave e quá· Ralhou comigo chamando-me assassi- da Mãe do Céu.
à estampa um formosíssimo esboceto a si desanimador, resolvi ir a Fátima nu- - Quiteria de Jesus - Espite, agra-
que pOs o titulo de Poema de Fátima. criado: <<olha que são treze». O criado, no de minha mulher, etc. (e não se lem-
no entanto respondeu que só via doze. ma camioneta que daqui foi a essa ter- brando que queria cometer o mesmo dece a Nossa Senhora a cura de seu ir-
Em dísticos de rima emparelhada, dis- ra bendita. A viagem foi muito incomo- mão mais novo que esteve prestes a
O santo notou então que o décimo ter- crime num inocente).
tribuídos por sete pequenos cânticos, o da para mim que sofria, e para os pere- morrer. A famllia, cheia de mágua orou
autor celebra as aparições de Fátima e ceiro mudava de cOr, aparecendo umas Vendo, pois que a medicina só salva-
vezes encarnado, outras branco como n e- grinos que tiveram de me ouvir e de ria a .minha mulher a troco dum crime, a . Nossa Senhora e no dia seguinte a
faz a história de alguns dos episódios gastar mais tempo na viagem. cnança pede para se levantar. Hoje está
.· maravilhosos que se teem desenrolado, ve.
Em Fátima assisti às cerimónias tô-
recuse1-a e saí para me dirigir... a
completamente boa.
naquele teatro admirável do poder e da Acabada a refeição, o Papa, chaman- quem?- A Consoladora dos aflitos, à
do o pobre à parte, pergunta-!}le: <<quem das, embora com alguma dificuldade, Virgem do Rosário da Fátima. - Albertina de Jesus - S. Tiago
bondade maternal de Maria. mas à volta, senti-me muito bem já. da Guarda, agradece a Nossa Senhora
O Sr. Rui Cordovil pertence incontes-
sois?»- «Sou um anjo (novas lágrimas Desde então a. minha vida, em tOdas
do santo Cura d' Ars) e Nosso Senhor me Comia, rezava e cantava com os ou- as horas que as minhas ocupações me a graça que lhe alcançou em favor da
tàvelmente à pleiade, infelizmente pouco tros companheiros de viagem, e desde sua Mãe doente num Hospital. Hoje es-
numerosa, daqueles ditosos I;lhos das- enviou para vêr de perto o cuidado que deixaram livres, pode dizer-se que tem
tendes com os seus pobres. Sou eu quem então até agora não mais senti sofrimen- sido uma prece contínua. Por esta in- tá boa graça que atribue a Nossa Se-
musas que escrevem com a inteligência e to algum no coração, graças a Nossa nhora mais do que à medicina da terra.
com o coração em versos que ressumam apresenta a Deus as vossas orações e as tenção orava continuamente e comun-
vossas esmolas». A estas palavras desa- Senhora da Fátima que foi quem me cu- gava tOdas as vezes que me era possí-
verdadeira poesia. Dificilmente, em tão rou. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
pareceu. vel, não falando já nas orações que pe-
poucas páginas seria possível dizer tan- Uma outra graça temporal que alcan-
to e tão bem, a. quem não tivesse um au-
Esta mêsa, à qual o anjo esteve senta-
cei quero também agradecê-la a Nossa
dia a almas piedosas e que se interessa- O movimento da Fátima,
do, vê-se ainda em Roma. vam no bom despacho, deste pedido.
t!ntico temperamento de artista, como na «Há quem diga aos pobres que êles Senhora da Fátima.
Puz de parte todos os medicamentos conhece-se pelo livro
realidade tem o mavioso cantor dos pro-

-Fáfima aLonr~os Portnonosa


teem cara de saúde, que são preguiçosos Pinhão - Oliveira de Azemeis para simplesmente dar à doente, como
dígios assombrosos da Virgem de Fátima. e podiam muito bem trabalhar, que são remédio, água do Santuário da Fátima.
Manuel Dias da Silva
Nessas estâncias, feitas de tintas si- novos e teem bons braços''· Apesar da opinião dos médicos de
multâneamente simples e fortes, vibra Ora vós não sabeis se a vontade de Apendicite que ela morreria fatalmente no parto, do Dr. Lurs Fischer
com intensidade a alma portuguesa e pa- Deus é que eles mendiguem o seu pão e Em 5 de Agosto de 1930 fui violen- a minha fé e esperança eram tão gran-
triota, estuante de amor à augusta Rai-
nha do Céu e de gratidão pelas gra-
vos expondes assim a murmurar contra tamente atacado por uma cólica nos
intestinos que durante 5 horas me ator-
des que por diversas vezes e a diversas Peça-o já à cobrança, ou en-
a vontade de Deus. pessoas afirmei como certo que minha
ças que ela se tem dignado derramar sO- «Vêde S. Bento José Labre: todo o mentou o corpo. mulher havia de ser feliz. No dia 18 de vie 5$00 ao SANTUÁRIO
bre esta terra que se preza de ser a ter-
ra de Santa Maria.
mundo o repelia. Diziam que era um O meu médico Dr. Fran.k lin, disse-
-me ser necessária uma operação em
Janeiro deste ano acabei uma novena a DA FÁTIMA ou à VOZ
mandrião. Os pequenõs atiravam-lhe pe- Nossa Senhora da Fátima, a cuja nove-
O Poema de Fátima é um gracioso ra- dras. Ora êsse bom santo sabia que fa- virtude de uma apendicite de que sofro. na, assistiram minha mulher, minha só- DA fÁ TIMA - LEIRIA.
milhete de flores, puras, belas e fra- zia a vontade de Deus e por isso nunca Como sempre tive horror às interven- gra, e meus trôs filhos, e, no dia 19 de 9999999999999999QQQ999999
grantes, deposto aos pés do trono da respondia nada. ções cirurgicas, invoquei como o maior madrugada, minha mulher, num parto
Mãe de Deus, no seu santuário predilec-
to, pela devoção dum poeta, crente e
piedoso, cuja alma de artista a cidade
Um dia, o seu confessor disse-lhe:
«meu amigo, eu penso que faríeis melhor
fervor possível a N.• S.• da Fátima,
para que não tivesse de ser operada.
felicíssimo dava-me mais uma filhinha
que 8 dias depois era purificada das
VOZ DA FATIMA
em seguir outra vida, porque assim dais Passei alguns meses muito mal, mas manchas do pecado original na Igreja
da Virgem enleou e prendeu para sempre ocasião a que se ofenda a Deus. O mun- nunca desanimei, e em 13 de Maio de
Preço da assinatura por ano
da minha freguesia - S. Martinho do
com os seus suavíssimos e celestiais en- do diz que é só a preguiça que vos leva 1931 estive em Fátima muito doente e Bispo - sendo madrinha a Virgem Nos- Continente e ilhas... ro$oo
cantos. a mendigar». sob uma dieta muito rigorosa. sa Senhora da Fátima, recebendo a Estranjeiro . . . . . . . . . rs$oo
Dêsse magnífico hino sagrado, finíssi- S. Bento Labre lhe respondeu com tO-
ma e preciosa joia literária, cujo qui- da a humildade: «Meu Padre, é vonta-
late ortodoxo é garantido pelo impri-
matwr de sua Ex.ci& Rev.ma o Senhor
de de Deus que eu mendigue. Afaste um não estaremos deante de um caso seme- faça o que quizer, que N. Senhor lhe • • •
pouco as cortinas do confessionário e ve- lhante? ~ preciso, pois nunca repelir os
Bispo de Leiria, transcreve-se a seguir rá. . . » O sacerdote assim fêz e viu uma
tomará contas disso. Vós só sereis jul- Não se faz a cobrança pelo cor-
pobres. Se nada pudermos dar-lhes, pe- gado da esmola que podíeis e devíeis dar
a introdução, para que os leitores da Vo.r luz que iluminava tOdas as Capelas. De- diremos, ao menos, a Deus que inspire e não destes.
reio, e por isso a importância dos
de Fdhma, por essa pequenina amos- pois disto, o confessor não voltou a in- outros a dar. «Nj.o devemos desprezar os pobres por- assinantes deve ser entregue nos dias
tra, possam avaliar o mérito de tOda a sistir ... «Outros dizem: «Não lhe dou esmola 13 na Fátima, ou enviada a esta
que ~te desprêzo vem recair sObre Deus
obra. Pois bem, meus filhos, quem sabe se porque êle faz mau uso delall. Que êle e é como se fOsse feito a :Ele». administração em vale ou carta.
VOZ DA FATIMA 3

Graças de N. Senhora de Fátima no intima a no prazo manmo de 3 dias,


dar entrada com 200$000, para. o mais
olhos, que, por mais diligências que
para isso fizesse, Q por mais rem~dioe
Bartholo - Sernache, 2oSoo; Ernesto
Leite - Braga, 15o$oo; Armando Batis- o noivo escolhido
Brasil tardar. 8 dias depois, depositar o resto
da quantia isto é, 1.000$000.
que empregasse, não só não tendia. a
diminuir, mas cada vez se ia agravan-
ta - ~vora, 2o$oo; Francisca Batista
- ~v~ra. xsSoo; Sanatório Rodrigues
Nunca a minha amiguinha Regina
tinha parecido mais bonita e graciosa.
20) Uma respeitável Senhora. Viuva Por mais tentativas que a Senhora do mais, tornand~rse-lhe por isso mes- Semide - Pôrto, 32$5o; Elvira de Sou- As suas primeiras palavxas foram pa-
Isabel .Aí-iani Machado, tem um filho fizesse para procurar qualquer airosa mo cada vez mais penosa a aplicação sa - Pôrto, 15Soo; Firmino Abrantes ra me dizer:
que havia 6 anos já vinha lutando com solução, estava na véspera para a en- a qualquer trabalho. Tendo notícia das - Mangualde, 15$oo; Maria da Concei- - Sabes? vou casar-me.
uma impertinente lesão que bastante o trega da. 1.a. verba. e sem ter nem muitas e especiais graQas que na Baía ção - Carapinha!, 2o$oo; Maria V. Vi- - 0 quê? ...
.fuzia sofrer, send~rlhe infrutíferos t<r sombras ~ possibilidade para isso. Em. mesmo se vinham conseguindo POr in- vo - California, 15Soo; Fr. Bruno de - ~ verdade. Está o caso dedicido.
.dos os remédios empregados. extremo aflita., como é natural, por ins. termédio de N ... S.a. da Fátima, obtem Lima - Espanha, 30S1o Sebastião "Hen- -A tua notícia dá-me imensa satisfa-
Tendo conhecimento da devoção a N .• p~o certamente do céu, lembra-se uma novena e um frasquinha da água riques - Freixo de Cima, 15Soo; Fili- ção, tanto mais que te vejo tão cheia
Sr... da Fátima ~ das iusignes graças que de confiar o caso a N.a. S.• da. Fátima. milagrosa, e, sem perda de tempo, in- pe Carneiro - Atalaia, 2o$oo; Sr. Bis- de alegria...
por meio da sua novena e água mila- V em par~ isso ao nosso Colégio e dian- troduz também ela a sua súplica. po do Funchal, 13g$oo António Antã<r- - Encontrei, finalmente, o noivo por
grosa se vinham obtendo, adquirindo te da Imagem do nicho da entrada. re- Não só não foi frustrada a sua. fé, Veiros, 4oSoo; Sebastião de Jesus Ma- quem esperava, o que vai ser uma feli-
uma e outra coisa, comec;a desde logo sa com o maior fervor de que foi ca- senão que, com o prosseguimento da cau, 3oSoo; Francisca Vitipaldi - Lei- cidade para mim.
com wdo o fervor a implorar o seu pro. paz, o terça de N.• S.• pedindo-lhe que novena e o uso de umas gotinhas da ria, soSoo: Eduardo Amado - Paredes Será indiscrição preguntar-te quem
iligioso auxílio. Tanto bastou para, em lhe valesse em tão angustioso transe. água, já eram sensíveis as melhoras da Beira, 15$oo; Maria Xavier - Ma- é?
bem curto praso, obter d'Ela a cura na.- Isto foi quási ao anoitecer. Volta em que ia experimentando, e terminada deira, 15$oo; Maria L. e Castro - Aço- Nada disso. Tu conhece-lo...
ilical de seu filho, graça que com o mais seguida para casa confiada em que não ela, nada mais lhe restava já da antiga res, soSoo; Ana Augusta de Oliveira, Eu p>nheço-o?
profundo reconhecimento de todo o co. seria frustrada a SUa. súplica. Era já e tão incomodativa inflamac;ão, pelo - ~vora, 2o$oo; Joaquina Carneiro - - Conheces! ~ o Cipriano.
ração agradece a tão bôa e compassiva bem noite quando lhe chega a visita que rende as mais afectuosas graças Porto, Ii$oo; P.• José M. da Cunha -
Mãe pedindo seja publicada no seu jor- de uma pessoa muito amiga que nem -. Quem? O Cipriano?
a N .a. Senhora do Rosário da Fátima. Covilhã, 42S2o; Maria ViçOso -Aldeia- - Não digas que não o conheces. Sei
nalsinho ~tA Voz da Fátiman. por sombras poderia então esperar. 26) Priciliana. Evangelina de Jesus gavinha, 15Soo; António da Cunha - que o conheoes pessoalmente e;. além
21) O R. P ..• João Batista Gonçalves Como conseqüência da. natural inti- agradece a N .• Senhora da Fátima uma Pedralva, 15$oo; Igreja da Conceiçã<r- disso, tôda a gente por cá o conhece.
S. J., natural de Coimbra, ~ntigo Su- midade, pouca após os usuais cumpri- importante graça que por meio de sua Porto, Ioo$oo; Igreja de S. Sebastião da - Não admira. ~ um dos nossos
perior da Missão dos Jesu1tas portu- mentos, entrqu a angustiada Senhora. santa novena alcançou. Pedreira - Lisboa, 105$oo; João de Al- grandes sábios. ~ o nosso maior quími-
guêses no Norte do Brazil, era ainda ~m em desabafos àcêrca da sua tristQ si- 27) A seguinte graça, copJ.O a ante- meida - Gnarda, 3o$oo; Tereza Ferrei- co e ainda há dias os jornais falaram da
princípios de 1931 Superior de uma Re.. tuação, não sendo preciso mais para rior ::em etipecificação, foi-me 1Pe1os ra - Bragança, 2o$oo; José Henriques comunicação de uma descoberta sua
sidencia em S. Carlos do Pinhal Estado que a visitante que. àlém de amiga, próprios peticionários comunicada em - Pecegueiro de Vouga, 25Soo; Bene- apresentada à Academia das Sciências:
de S. PllJllo. Havia muito que ele vinha era de posses. lhe resolvesse sem mais carta. particular. :€ do teor seguinte: dicta Antunes - Oleiros, 2o$oo; esmola
sofrendo de umas dôres no figado, que, démoras o embarac;o relativo à La. ver- - Pois é com êle que eu vou casar!. ..
dum anónimo, ro$oo; P.• Henrique Peguei na mão da minha amiga, fi-
nem ele, n~ o médico. sabiam bem a ba para o dia seguinte. Ex.mo e Rev.mo Snr. Garcia - Almalaquês, 15$oo; Antmcia-
.que a:tribuír. Sendo já cada vez mais tei os seus lindos olhos e disse-lhe:
Restava, porém, o conto de ré-is que ção Rocha - llhavo, 8g$oo; Luís Pei-
sensível o seu .mal~star, foi transferido deveria impreterivelmente ser entregue Temos ~ grata satisfação de comuni- xinho - Viana do Castelo, 2o$oo; Prior
- Minha querida Regina, tu tens
para o Colégio «António Vieiran da no. princípio da semana seguin~. On- car-vos que obtivemos a vitória de al- muito espírito, mas a gente nunca sabe
de S. Pedro - Funchal, 2o$oo; P ... se estás a brincar ou se falas a sério.
Baí.a., onde às 1. a.a auscultações o médi· de ir buscá-lo? À mesma tonte ... não cançarmos um graça particular pela António e Joaquim Roliz - Macau e
co da casa., Dr. João Pondé, fàcilmente titlha coragem para tanto. Lembrav~se eficacíssima protecção da Bemaventu- Essa história do teu casamento com
Shanghai, I .ooo$oo; Maria Izabel Russo um... sabio, parece-me uma brincadei-
reconheceu tratar-se nada menos que de de que uma outra Senhora tinha para rada Virgem Maria do Rosário da Fá- - Castelo de Vide, 25Soo; Joaquim da
u.m cancro e em estado já tão adeanta- consigo uma dívida muito superior. tima Muito nos tinhl).Jllos já anterior- ra. Nem sei o que hei de pensar...
Rocha -;- Valpêdre, 2o$oo; Maria Cara- Regina não evitou o meu olhar e res-
do que não hesitou 6Pl declarar natural- Mas essa_ estava residindo no Pará, e, mente recomendado à valiosa protec- monete - llhavo, 12o$oo; Joana Serena
meu~ impossível a sua cura. Tr.J6U._xe peor que 1sso, mesmo emquanto na Baía, ção de todos os Santos e A,.njoe, tl com pondeu-me com a maior seriedade, fri-
- llhavo, Ioo$oo; José M. Lopes- Lo- . sando bem as palavras:
ainda um outro colega, insigne es- diversas veZe.s instada para a. satisfa- mais particular devoção ainda 4a0 nos- riga, 2o$oo; Zulmira de Magalhães -
pecialista em doenças daquele género, zer, pareceu semprQ desdenhar de sem&- so especial Protector, o S. C. de Jesus. - Vou casar com o Cipriano. E: por-
Lisboa, 15$oo; P.• João de Miranda - que não havia eu de casar com êle?
o qual nada. mais fez que confirmar ple. lhante instância, e às cartas que sôbre Tomámos finalmente como nossa es- Col. 0 Ant. 0 Vieira - Brasil r .J12Iso;
namente o diagnostico já fei~. Empre- isso lbe escrevera depois da transferên- pecialíllllima. medianeira a Bemaventu- Enquanto ela falava desenhava-se no
Maria da Luz - Lisboa, 3oloo; Joa- meu espírito a imagem de Cipriano:
garam-se daí em diante todos os IOOios, cia, nem resposta sequer dera. Inutil, rada Virgem Maria do Rosário da Fá- quim da S. Carvalho - Soza, 88$30;
se não para o. curar, ao menos para pro- portanto parecia querer interpôr n<r tima e logo obtivemos o feliz despacho Um homem alto, de quarenta anos,
Ermelinda C. Ribeiro - Cambridge, 3 magro, um pouco curvado, mas com
porcionar ao qu~rido doente o m~or vo recurso, nem sequer o tempo para do nosso pedido. A Jesus e Maria pois dolares; Mary Gaspar - América, I d~r
alívio possível. .Na certeza moral de que isso !Mlria suficient.Q. que tão benignamente :nos ouviram, uma voz insinuante e uns olhos admirá-
lar; José de Morais - Vila Flôr, 15$oo; veis; mãos longas e finas e uma con-
-os remedios pouco ou nada fariam, Assim permaneceu na crítica e ao pedimos nos abençoem e façam f~IU.ee Natividade de Jesus - Porto, 2o$oo.
deu-se princípio a uma vercladeira cam- parecer insoluvel situação, quando no Jlesta vida e no Céu. Em cumprimento versação encantadora, apesar de um cer·
panha ~ orações, não só DQ Colégio. co.. sábado daquela mesma aemana lhe é da prome8M que fizemos .a N.a. Senh<r to acanhamento. Enfim, um homem des-
ra, dirigim~rnos a. v.a. Rev.ma com to- tinto e um espírito superior, porém mui·
mo em tôdas as demais casas da Mis- entregue 1,1ma. carta do Pará. vinda por
são e Província, retorçadas ainda pel.aa avião, contendo nada ~os que o p~ do o 1'9Speito, pedindo-vos façais publi-
UMA HISTóRIA INTERESSANTE to longe do aspecto que se poderia ima-
fervorosas preces de inumeraa pessôas gamento integral da supra mencionada car na uVoz da FátimaJ, acreditado e ginar no noivo duma menina nova e Jin.
~ fóra que lhe dedicavam subida e me. santo jomalzinho, esta carta a vós di-
Sôbre o sinal a Cruz da como Regina.
dívida de 6.000$000, com que a já dit<r A · Cruz foi o berço da nossa. redenção; - Não percebo bem!. .. Que razões
recicla. estima. Interpôs-se mui especial- sa. Senhora pôde solucionar a sua e fi- rigida...
mente a. valia. de N. a. Sr.a. da Fátima.. cando com um, tanto mais apreciado, por isso, quão grande será a virtude tens tu para casar com êle?
Baía, 26 de Nt>vembro de 1931. do sinal do cristão I. .. - Tenho uma e muito grave.
& qual, se bem não nos oonoedeu inte-
quan~ menos esperado subsídio para Periclu Andrade Coita e Alaria C. - Muíto gostaria que ma dissesses.
gralmente a graça pedjda, da conserva.- as demais despesas da casa. Quem pu- -Um dia, o Reverendíssimo Padre
~ão e saúde do doente, nem por isso dei- L. d~ Atl&aycü. J andei (da Ordem dos frades pregado- - Vou dizer-ta já. ~ que não posso
dera sequer im~ar tão prodigiosa in- (Continua) res, tnais terdt~ GeN.l da mesma Or- suportar os cumprimentos dos rapazes
xou de lhe dispensar bem insigne favor. tervenção? 1••.
Logo d.a. 1.a. vez quQ o. médico acima re- dem), ao pregar na Catedral de Leão que me fazem a côrte. E Cipriano se-
Reco.nhece-o e sente--o bem a pied~r (França). teve .,.. inspiração de falar guiu outro caminho...
conheceu a natureza da doença, disse sa Senhora, não perdendo desde então,
para o enfermeiro: use êle agora já so- ocasião de manifestar o seu mais ínti- Já leu a última novi- aos fiéia sôbre o sinal da ·cruz. - ~ a primeira vez que ouço uma
fre, o que será quando entrar no perío. mo reconhecimento para com sua So- dade literáda e crrtica homem Ao sair da igreja, !aproxima-se um rapariga a lastimar-se de ouvir cumpri-
do agúdo ?n Pois a verdade é que ele le- berana Bemfeitora, já por meio dQ fre- que lhe diz: - Senhor abade, mentos\ ...
vou o dito período até mesmo a extre- qüentes e fervorosas preces de acção de sôbre a Fátima? você acredita no que acabou agora de - Já estou cansada de elogios aos
mo, sem que a cancro, que atingiu pro.. gnaça.s, já cuidando com particular ca- ensinar? - Se eu não acreditasse, nãa meus cabelos e aos meus olhos...
porções desmesuradas, produzisse nêle rinho de que não faltem flôres nem ve- Mande 5$00 ao SANTUÁ- o teria ensinado, respondeu êle; a vir- - Mas como é que tu queres que não
outro efeito mais que um sempre pro.. las para ornar e alumiar sua Imagem RIO DA FÁTIMA ou à VOZ la tude do sinal da cruz é reconhecida pe- reparem e admirem os teus cabelos de
Igreja ~ eu proclamo-.a. verdadeira. ebano, finos como a sêda, e os tens
gressivo definhamento., q~ o não impe- diante da qual em tão boa hora fez a
diu de manifestar sempre o mais inal- sua prece que tão maravilhoso despacho DA FÁTIMA = LEIRIA. -E verdade... replica o interlocutor olhos de um azul profundo, como safi-
admirado... está certo disso? Pois bem I
terável sOC'êgo, conservando até quási teve.
ao último alento um ar expansivo que e peça já a tradução portu- eu sou ma~ónico e, por conseqüência., ras- emoldruadas nos cilios negros? ...
Ahl Também tu? Queres pedir-me
24) Idêntico a êste, se bem que em
lhe era mui peculiar. E a quem~ senão
muito menor escala. é também o caso guesa do não creio; mas, visto que fiquei tão em casamento? ...
surpreendido pelo que V. nos ensinou,
a N.a. S.a. da Fátima, se deve atribuír - Não, minha Regina, mas tenho de
que passo a narrar. - Uma piedosa ne- venho convidá-lo a pôr à prova o sinal confessar a verdade.
tão extra.ordinário e inesperadO! etei-
to? Mil vezes seja Ela e para. sempre
grinha v!via em suma. paz na sua po-
bre casinha alugada, quando lh~ bate
Fátima à luz da Autoridade da cruz... Nós, os maçónicos, reünim~r - Mas para que falas tu nessas coi-
-nos tôdas as tardes em tal rua, na c~ sas? que importância tem isso? Será
bemdita, qUQ por modos tão diversos
sabe beneficiar seus devotos 1.
à parta o senhorio exigindo quanto an.
tes o pagamento do aluguel, sob pena.
Eclesiástica sa número tal... e é o próprio demónio por eu não ter outro valor nem melho-
que vem presidir à reünião. Ora, venha res qualidades?
2'2) Por causa da enorme crise que
no Brasil. como em quási tôda. a parte, de lhe pôr os trastes na rua. A pobre pelo Dr. Luís Fischer. comigo hoje à tarde: V. fa.Jl o sinal da -Não, não é isso, mas ...
se vem sentindo, não pouCDs casas se negrinha, sem o necessário para. o exi- cruz sôbre a assembleia., e então hei-de - Conhecendo-me tu desde criança
viram, por motivo de economia, forç~ gido pagamento, e sem saber que gei- ver se é verdade...-Para isso. respon- foi só nisso que reparaste. Ntmca. pen-
das a. dispensar alguns dos seus funcio.. to lhe dar, acostumada a rezar diària- Nossa Senhora lhes pague de o Reverendo, preciso de um consen- saste se eu seria boa e inteligente, afec-
nários, os quais por isso mesmo ficavam mente à N ... Senhora do Nicho, lá vem timento superior; permita,..me três dias. tuosa e dedicada; ntmca reparaste se eu
não raro lutando com seriissimas difi- com mais fervor que nunca implorar Têm-nos sido enviadas algumas O sectário concordou e deu a sua di- teria da vida uma ideia sã e séria, o
culdades, sobretudo os que tinham que da mesma Senhora lhe desse um geito esmolas para auxiliar êste pobre jor- recção ao dominicano. que podem valer para mim a religião, o
responder pela sustentação e mais inte- par·& não passar por um tal vexame, nalzinho que só vive da caridade de teólogos Contado o caso ao Arcebispo, alguns casamento, a família ..•
resses da fa.mília. Um destes, que por rezando nessa intenção um terço. Ter- foram consultados; e por fim, - Não digo que não, mas...
mais diligencias que empregasse não minado êle, sai confiada de que N.• Se. seus leitores. A todos os benfeitores o Ex:.mo Prelado deu-lhe, com a sua - Ora eu queria um marido que pen-
via saída para os apertos ~ que se en- nhora lhe valeria; senão quando, de dizemos um sincero ccmuito obriga- bênção, a seguinte résposta~ «Vá., meu sasse mais nisso do que nos meus olhos
contrava, teve a sorte de ter entre os volta da .sua prece passa por uma casa. do» desejando sinceramente que filho, Deys séja consigou. azues e nos meus cabelos pretos...
membros de sua família uma irmã mui- onde havia um jogo que aqui chamam Nossa Senhora lhes pague.
Faltavam dois dias, e o Rev.do P.• - Então Cipriano soube encontrar as-
to devota de N.• S.• da Fátima. Su- ujogo do bicho11. Olha casualmente p~ J andei começou a orar e a fazer pe- sim o caminho do teu coração?
bjugado pelo mais completo desânimo, ra dentro e vem-lhe êste pensamento:
vai, mais para desabafar, que com qual- ue se N.• Senhora abençoasse um n.•
quer esperança, conversar com ela sôbre que eu alí fôsse tirar p,, E, sem esperar0 VOZ DA FATIMA
•• nitência. Na tarde do terceiro dia, sem
dar sinais de Religioso, (porque tinha
- Exactamente.
- Nunca te falou na côr dos teus
vestido um fato de leigo) levando to- olhos? Nunca reparou no contraste ad-
o assunto. E sta porém, longe de esmo.. resposta, entra e tira aa calhar um n. davia um Cruxifixo escondido, o domi- mirável dêsse azul transparente com a
recer com êle. lembrou-lhe o recurso a com tão feliz sorte, que de facto aaíu DESPESA nicano, cheio de confiança em Deus, noite profunda dos teus cabelos?
N ... S.• da Fátima. Dão nêsse intúito premiado, dando o prémio não só pa- Transporte. .. . . . . . . . . . . . . 345·433SI9 põe-se a caminho, com o maçónico lev~ - Não sei se reparou ... mas o que é
princípio a uma novena, e com tanta ra a dívida, mas para ficar ainda com Papel, comp ..e imp. do n.• do pela. curiosicl_ade. Depois de alguns certo é que nunca me falou nisso. Em
felicidade, que donde menos esperavam uns cobrezinhos que lhe fizeram muito n8 (69.000 ex.) ......··· 4.188$oo minutos de viagem, entram em uma tudo quanto me disse, na gravidade ~
lhe veio o necessário auxílio, sendo fà,.. bom geito. A boa- negrinha estava ra- Franquias, embalagens. sala luxuosa., tôda iluminada, e ficam doçura das suas palavras e das suas
cilmente aceite para uma excelente co- diante de alegria I Com qué entusiasmo transporte etc. ... . ~ . ... 1.230$40 junto da porta, prestes a saír quando ideias fêz-me avaliar bem a diferença
locação numa casa, onde êle estava mui- me não contava ela o sucedido? 1... E Na Administração - Lei- julgarem conveniente. que existe entre um homem superior e
to longe de supôr pudesse obter tão fe- isto depois de ter passado á manhã ria.. 255.50 Dentro em po-qco tôdas as cadeiras um homem vulgar.
liz despacho. Quão reconhecido não es- quási inteira rasando fervorosamente ficam ocupadas, excepto a do presiden- - Para não vêr a tua beleza, natu-
tá êle hoje, a sua irmã por tão acer- sem cessar diante de N.a. Senhora. Ain- Total 351.I07So9 te; mas esta vai ser ocupada pelo de- ralmente deve ser míope!
tado conselho, e mais ainda a N. S.• da da não eram 8 horas quando lá che- Donativos desde 15$00
mónio que apareceu logo m.agestoso em - ~ possível, mas viu muito melhor
Fátima por tão inesperada solu~ão !. .. gou, e só depois do meio dia, passando forma humana. -Pobre traste 1•• : nem que todos os outros porque viu a minha
23) Diz também respeito ao lado eco- eu lá. por perto, é que saíu para me Candida Ribeiro - Moncôrvo, 2o$oo; sonhou que a confusão o esperava alí... I alma, em que nenhum dos outros pre-
nómico, -sem por isso merecer ser tido contar o que fica dito, terminando a Guilhermina Rosa - Macau, =o$oo; Ma- Logo que o viu, o disfarçad9 domini- tendentes tinha pensado.
como de somenos importância, o caso narrativa com a segumte pregunta: ria Dias - Borba, 2o$oo; Maria Perei- cano puxou pelo Crucifixo e fêz. com - Não admira. Anda sempre tão fora
seguinte:- Uma Senhora de distin~ão uagora diga-me uma. coisa., P.• Mes- ra - França, 3o$oo; José Barbosa - êle o sinal da cruz sôbre a assistência. do mundo ...
tinha, havia já tempo uma dívida de tre, êle é pecada jogar no bicho P11 A Brasil, 15$oo; Dr. Luís Baldaque - -Àpre I nem ·a rapidez de um coris-
- ~ porque sabe conhecer o mundo
1.200$000; que, por causa precisamente tão inesperada como pitoresca pregun- Porto, 2o$oo; Deolinda Lacerda - Pe- co I!... No meio de um ruído infernal, do pensamento que muitos outros igno-
da crise geral e d~ outras circunstân- ta, achei que a. mais adequada resposta nela, 3o$oo; Maria Lucia - Açores, as luzes apag13.m-se, as cadeiras caem ram. Julguei que ao menos tu fOsses ca-
cias particulares, se via absolutamente era: upor esta vez certamente que não, 15$oo; P.• António Avelar - Açores, umas sôbre as outras; e quanto a seres paz de me compreender...
impossibilitada de pagar emquanto não do contrário N.a. S.• não .a.bençoaya, 8o$oo; Casa de S. Rafael - Açores, humanos... tudo foge. Os dois culpados
- Tens razão, minha querida Regi-
conseguisse melhorar a sua precária si- mas para o futuro é mais seguro não 3o$oo; Ermelinda da Luz- América, do acontecimento foram os primeiros a
na, creio que acertaste na tua escolha e
tuação. Diversas vezes instada pelo cré. jogar senão a polícia pode prendê-la.11 15Soo; Maria Ferreira - Pedrouços, saír · e quando já se encontravam lon-
que encontraste realmente o caminho da
dor. quq havia de fazer a angustiada O certo é que ela ficou tão agradecida 16oS7o; Maria S. de Matos - Lisboa, ge, ~m saberem como tinham escapado
felicidade ...
Senhora, se não tinha, ao menos por a N ... Senhora, que dificilmente lá fal- 75Soo; M. L. V. P. - Lisboa soSoo; à raiva diabólica, o adepto de Satanás
então, donde pudesse haver a necessá- tará um só dia a resar-Lhe com visível Emília da Oliveira - Lousã, soSoo; --o maçónico, cai aos pés do Venerando
ria quantia? Ele, por~m, intransigente piedade. Maria G. da Cunha - Porto, soSoo; P. • J audel, dizend~rlhe estas palavras:
e impiedoso, decidido a não esperar 25) Havia já tempo que D. Elza San- P.• Joaquim Simões - Sousel, 2o$oo; -<c Agora creio, meu padre!... ore por
Este número foi visado pela Comisslio
mais, entrega a questão a um advoga- tos de Aragão, moradora no Rio Ver- Joaquim T. de Carvalho - Avis, 3o$oo; mim 1... Converta-me!... Ouc;oa.-me !...1>
Manuel Tavares - Ovar, 15$oo; Maria (Da vida do Venerável P.• Jaudel) da Censura.
do, o qual. sem mais contemplações a melho, sofria de uma inflamação nos
4 VOZ DA FATIMA
gosto ta11to delas ... tvda são grGÇQS q.u
OBRAS ... }ISVS mil cU. Peregrinação da Diocese de Leiria Se o demónio tem tantos que c•
servem ...
A Marqus11has i uma rapariga de . so- Q!Uf'o ver u com a graça de D6115 con- Nlfo será o Senhor Jesus mais di-
úedade, alegre e jrama como uma cnan-
ça, cheia de silo e de amor das almas,
sigo desvsar as cr~anci11has do mau ca-
minho jesus não desampara os que
ão Santuário de N. S.a da Fátima gno de que o sirvamos? ...
Nilo haja sacrtftcfo que se nlfo ta-
ardente 11um altíssimo espirita de apos- nEle co,.jlaml ... ça por amor d'2Ze.
tolado. • Nos dias 12 e 13 de Agosto de 1932 Ahl C07TU) ~·e paga generosamen-
Mal imagi11a, quem a v4, de que es-
tojo ~ aq.ula alma cujo corpo toma, por • • Comemorativa do Centenário do BEATO NUNO DE te a quem o serve com amor I ...
As consolações que se recebem
vues, aspectos verdadeirame11te i11jan- Esta riJpariga vive hoje muito mais SANTA MARIA, Conde de Ourem. Condestabre de depois de um pouco de trabalho.
tis. felit do que há m~ses porque conseguiu acreditai, sllo tantas e tamanhas:
Tem zz a11os mas, por enquanto, não aumentar a felicidade daquelas trls de- Portugal, vencedor da Batalha de Aljubarrota em 14
que há até o perigo de a gente tra-
pensa em casar. zenas de criancitas. de Agosto de 1385 balliar por amor delas.
A sua vida ~ a mais simples que s1 Tem um pouco mais dll trabalho! ... Nunca esquéceret os prazeres tne-
pode imaginar. . Que lhe importa isso se o fruto d4s- tdveis que, ao contacto dessas al-
Levanta-se de tnanhãzi11ha, na aldllsa s~ trabalho lhe perjutna a exisUncia e
mas a florir, o Senhor me deu nos
em q.ur vive, e vai d m~a e d comu- lhe doura a vida} ... anos ainda próxtmos da minha 1u-
nhão, demora11do-s1 depoiS largo espa- Não tuma parte com as raparigas do ventude e até agora me conttnúa
ço. em acção de graças, mergulhada na sua idade e condição nos divertimentos Dia 12-A' tardinha-Entrada dos peregrinos no Santuá-
rio, presididos pelo Ex.mo e Rev.mo Sr. Bispo de Lei1ia. . e dar fazendo-me ver que Mnçllos
contemplação do seu jesus. e passatempos do costume? resefva aos que se entregam a essa
E i talvez dai que lhe vem ao. pl~r Que se lhe dá de todas essas coisas se A's 22 horas ( 10 da noite)- Terço em comum e procissão faina ditlina de ensinar as crtanci-
um não se-i qu4 de profundo e mJSteno- afinal 1111contra ali um 1111canto q.u o das velas. tas.
so. . mundo não tem, nem pode ter para ela? Ponde-vos desde hoje 4 dfsposi-
As ocupações da casa e . algumas PIB- Alegf'ia, a alegria comunicativa 1 sã, A' meia noite- Exposição do Santíssimo Sacramento e Ado-
ração nocturna. çlfo do vosso pdroco.
dosas leituras durante o d~a ocupam-lho alegf'ia real e continua tem-na ela co- Vinde e ensinai-as por amor de
todo pois a não ser no verão as visitas mo ninguim. Det/.8/
não 1111 tiram tempo . Por tnais que andem d caça do gozo Dia 13 -A's 6 horas-Missa e comunhão geral.
Docete 1... Ensinai!...
Uma visita ao S.S. 1110 d tardinha, na tJ do prazer nunca uma rapa,-iga do mun- A' 7 horas -Miss_a e c~munhão aos. ~oentinb<?s albergad<_>s.
igreja paroqwial, nvm outeiro, a um pe-
queno quilómetro da c~a, o terço em
famllia já muito redsmda B lá se lhB
vai o dia.
do pode ter utna parcela sequer da ale-
gria,: intensa dB que ela goza.

A's 9 horas e meia-Missa de Pontifical seguida d~ procis-
sição do S. Corf>o de Deus recomendando-se aos peregnnos que
acompanhem Nosso Senhor com vela.
____...............
Uma alma pequenina

• • • A's 12 horas- Trtço em comum e procissão de Nossa Se- Fiquem só com um Jornal!
• • nhora.
A sua pi11dad.11 4 uma piedade fecunda Mais uma vez se repete êste pedi-
Mas a Marquinhas, aqui há uma tent- 111 activa, zelosa e caritativa. A' s 13 horas- Missa dos doentes, seguida de Benção aos
porada, sentiu q.u não tinha o direit? Ao mesmo tempo que, pe'ta frequ4n- peregrinos. do que se fôr posto em prática re-
de viver asssm, inuhlm1mtB ou quáss, cia de sacramentos recebidos com amor, presenta uma economia de algumas.
para si ' para os outros. procura formar a Cristo em si, vai com
centenas de escudos nas despezas da
Algvim a chatnava naq.ules doces co- alma de apóstolo dando almas a Deus. UBSERVAÇOES-As pessoas que quizerem tomar parte na pe-
lóquios do sacráno 1 4su algvim era. Canalixou a sva actividade, deu utna regrinação devem: Voz da Fátima.
]1svs. nobre finalidade d sua vida, s6br~atv­
ralixando-a. Por isso cada familia fique com
Q.u lhl q.uria}.•. 1.° Confessar-se antes;-2. 0 Dar com antecedencia os seus
- Q.u lhl dessB almas. Só isto. Vive.
nomes aos Rev. Párocos cujas indicações seguirão;- 3· Durante
0 um e só com um Jornal cada mês.
- E ela} Dá vida a outras almas.
- Ouviu, quiz p~ar, r11solver ... o caminho rezam o Rosario, entoam canticos e, passando por al-
No dUJ s•guiJJtl 110 fu11do da alma o • guma Igreja, entram, visitam o Sant1ssimo. Os que passarem pe-
mesmo pedsdo ~nsistentB. ·
D1 dsa para dia parecia-lhe q.u o Se-
• • los cruzeiros, fazem a via sacra. O poder da esmola
nhor lhe exigia 4sse serviço e começou B11m Sli que nem todos são chamados Na vizinhança de Ars residia uma
de ficar um pouco concentrada, se~ . sa- às obras, que nem todos tee1n geito pa- Sim aos pais como gravtssima. mentos em frente do sacrário en-
tamtlta que désde algum tempo se
ber como satisjaur lsse pedsdo DIVInO. ra elas ... obrigaçao compete dar aos ftlhos, sinam coiSas que os livros nlfo tra-
descuidava do cumprimento dos
Mas, entre os q11e frequentam os sa- seus deveres religiosos. O pároco es-
• cramelltos, quantos que poderiam, faze, juntamente com o aUmento do cor- zem e os lábios humanos nao sao
forçava-se por a converter, mas em
• muito bem se se deixassem inflamar de po, os alimentos duma fecunda e capazes de dizer.
v4o. Nlfo sabendo que mais havia
• amor de Dllus e das almas?/ ... poderosa educaçao e tormaç4o crts- Experimentai.
de Jazer, o pároco foi visitar o san-
ta. Procurai sentir.
A volta dela tantas almas abandona- Qull de frutos se não poderiam colher to cura d'Ars.
Os pais que o nllo s(lbem ou nao Depois-ahl depois ..• deixai que o
das e sós no meio do mundo como bar- se muitos quizessem ocupar-se um pou- querem jazer .'ltlo pats a metas, pois -Que devo fazer, perguntou-lhe.
co dos outros que não teem fé ou que coraçt!o tale a essas crtancttas da-
quitas d tona da água!... . desPrezam nos filhos a mais nobre para converter essa tamilfa?
Tantas criaminhas ai11da snount«s e estão em perigo de a perder!? quilo e d' Aquele a Quem sentis e
Almas deslocados, incompreendidas e e valiosa parte do seu ser. amais, e vereis maravilhas. -Manda-lhe um pobre (foi a res-
boas mas que, dentro em breve talvez, sao criminosos, porque de.trau- posta).
estariam perdidas de todo. incompletas Quem nifo sabe fa:ar de quem
Parecia-lhl em sonho v4-las todas no Almas sem amor, sem abnegação sem dam os filhos num direito de que ama? ..• -Mas talvez o nlfo queiram re-
nem os filhos podem abdicar, pots Amat a valer e sabereis ensintU". ceber.
meio dum fogo enorme que as consumia dedicação ... se trata dum direito natural que
Almas fechadas, estéreis, inúteis para !Mo sabeis ler?
envolvendo-as por todos os lados. promana das próprias relações de
-2 possivez (retorquiu o santo)
Como dum pesadllo levantou-se dum os outros... e talvez para si ...
1! pena mas ..• paciéncfal mas talvez lhe deem alguma cotsa
salto e encostou-se à paredB do alpendre Procurai a Deus nos outros e fazei que paternidade. No Coraçlfo de Je3Us todos podem ainda que tOSse sómente para se ve-
A tormaç4o crtstc'l começa no lar, ler: até os analfabetos •.•
da capBla lá no alto. . eles vejam a Deus em vós. rem livres dele. Se o fizerem, Deus
La~SfOU a vista s6bre o campo e des- E o segrAdo de todo o apostolado! ... na família, embora haja de ser Tempo? Tempo ntlo falta quando se compadecerá déles, dando-lhes a
Leiria, Maio de I9JZ. aperfeiçoada Pe~a Igreja. se quere.
xou-so como embriagar do odor acre que graça da conversao.
Os pais sc'lo, pelo enstno e pelo
dali IIII ViAha. exemplo, os primeiros e os mats Requisitos do catequista Assim foi. O pobre recebeu uma
Dum lado o rio que já alagara os cam-
pos marginais; do outro a mancha in-
termiftávll de pinhais a que uma grande
..............,..•-.
Galamba de Oliveira
. eficazes obreiros do caracter e da
virtude dos seus filhos. o Primeiro, o fundamental é essa
piedade sincera, consciente mas pie-
esmola e pduco depots a tamflta es-
tava convertida e levava uma vida
edificante.
alameda de acácias em flor punha, ali
perto, uma 11ota colorida e formosa co-
ENSINAI Beleza de tal ocupação dade de sacramentos.
Depois, espírito alegre e amigo
~ que ca esmola (diz a Sagrada
Escritura) livra do pecado e da mor-
mo barra de chita em saia simples de
riscadilho.
(Euntes docete ... ) E que linda, que s-..tblime nllo é
essa mtssc'lo de, em certo modo,
das crtancitas como era Nosso Se-
nhor quando com a alma a sangrar,
te, fTobtos IV-11).
E11trou de 110VO ll a sós na capela si- cgerar para Cristo, essas almas cu- suplicava: cDelxat vir a Mim os
Mandado divino pequeninos,. -----+·~---
lencsosa e doirada pelos raios do sol poen- jos corpos geraram para o mun-
te, aproximou-se da balaustrada e deixou Ao assumir a nossa natureza e do/ ... Depois, um grande espfrtto de
cair a cabeça s6br1 as mãos apoiadas na viver como homem nesta terra de Como devem sentir-se teltzes os renúncia, uma grande dedicaçao Atenção
gra€U. exflio e de misérta, ntlo vetu o Filho pats crtstaos, tornados, a..~sim, coo- trabalhando para Deus e por amor
Sentiu a i1lejável doçura que anteci- de Deus p6r de parte a Lei eter- peradores de Deus na obra da Cria- de Deus sem· a mais pequena espe- Quando necessitardes de alguma
padam•ntl o Senhor lhe jazia provar por na dada por Deus ao homem mas çtlo e, agora, na do Apostolado! rança ou desejo de glória mundana mudança nos endereços das vossas as-
lhe cumprir o Yo11tade e satisfazer os apenas aperfeiçoá-la e realizá-la. Que inefavel consolaçao a da mlle que iria estragar tudo.
a1111los. sinaturas, não vos esqueçais de en-
E nessa mtsst!o sublime de nos re- que, com o leite, dá ao ftlho, no
.· Quando ao depois se levantou lem- velar os mistérios inefáveis da vida exemplo e na palavra, o inebriante Um grito viar com o pedido para a mudança o
brava Saulo a caminho de Damasco. Dtvfna em si mesma e em nós e de pertume de uida criStl%--<bonus odor e grito de angústia é o que me número da vossa assinatura. Doutro
Do fundo da alma tambbn ela disse- nos inculcar os preceitos dulcissi- Chrlstl!,
,a o seu: ccSenbor, que quereis que eu mos da Sua Vontade quis o Filho de Rejubila o pintor quando ao fim sái da alma quando estendo os
olhos sObre uma multidllo imensa
modo é quási impossível o serdes
faça?» Deus passar os trés anos da Sua Vi- de méses de trabalho Pode contem-
• plar terminada a obra prtma que o de crianças de todas as classes e atendidos.
da pú.b ·ica . condições nas cidades, nos burgos e
• Podia o Senhor ter Pregado a to- cobrtrd de glória. aldeias, crianças famintas de Deus,
~~~~~~~~~~~
do o mundo mas nao quis. Com quanto matar razllo nao de-
Já lá vão mlses. sedentas de doutrina sem terem
Prégou apenas às ovelhas da Ca- vem a'egrar-se os pats que, forman-
De acordo com quem de direito, uma sa de Israel a quem especialmente do na alma dos filhos a imagem do quem as ensine. A confissão pública duma bruxa
casa visinha abriu as portas e deixou-se tOra prometido como Salvador e Filho de Deus, podem dizer, com Ocorre-me o queixume sentido do
profeta: Os pequeninos pediram cEu Enrlqueta Hohembcrger, de-
enxamear d11 crianças de que ela iria deixou aos Apóstolos, que escoLhera, mais verdade do que o Imortal Gre-
cuidar com carinhos de mãi. pão e não havia quem lho parti- claro aos habitantes de Helmbrecht
os cuidados de evangelizaçilo dos go, cPlnto para a eternidade, cAe- se!. .. e circunvinhanças que durante anos,
Pot~eo depois de começar já ela escre- povos gentios. ternitatl pingo?!. .. , desnorteada pelo poder da mentira
via: Os padr~?
Ao subir para Seu Eterno Pai U"'na
ccYenho dizn-lhe q.u jd comece-i a mi- das recomffldações que lhes repe- Necessidade de catequistas -Slfo tao poucos e tdo ocupados e das trevas, menti conscientemen-
nha obrasitJha de que lhe falei 1 fiz prl- tiu foi essa: Ide, ensinai todas as em mil obrigações do seu mfr.isté- te a todos os que quiseram conhe-
cisamente como me Bnsi1loll. Mas, sendo indispensável, o en- rio, muitos com duas, tres e mais cer o seu futuro por melo das car-
gentes. sino dos pais n4o é su/ictente. freguesias ... tas. Por uma maravUhosa interven-
Não calcula como as cría11f/U 1stão ção divina, reconheci o meu êrro e
C()JIUJitiiS/ Em que consiste ~ preciso que, na Igreja, se com- Os pais?
-Mcu se tem tos ncnn lef[tlw fttl- renunciei às minhas obras de pe-
Teem vindo a pouco e pouco 1 id til- ~ no cumprimento desse preceito pletem éss~ prtncivtos de tnstru-
çao, dados na tamflta. peitam ter semelhante obrigaçc'lO? 1... cado. Rogo a todos que enganei que
Se outros sc'lo absolutamente in- me perdoem.,
mos tmta • duas '" 1 a mi11ha amiga especial do Senhor que a Igreja
lfig~nia: ela e11Si1la costun~ e ev ~ vem desde a sua tundaçt!o, desen- Daf a necessidade de catequistas
capazes de, por falta de preparaçllo, Tal é a confissão pública duma
trina e as primeiras letras. Nos recreios volven'do uma admtrdvel obra de que ajudem os sacerdotes e sobretu- célebre bruxa, dentre as mais céle-
ministrar ésse ensino...
ensino e de apostolado missionário. do os párocos nessa miss4o nobtlfs-
Se outros finalmente, ou contra- bres da BaViera.
bri1tcamos com elas.
,Algumas cria,.ças costumam ir comigo Em todos os tempos, e hoje pode sima da catequese ou ensino da dou- Velo há. pouco publicada num jor-
visitar 1 jazer um bocadinho cü campa.- dtzer-se em todas as nações e ltn- trina crtst4. dizem a doutrina com a t/!tda, ou
~ preciso que acorram homens e procuram até positivamente afastar nal de Helmbrecht, cidade bávara
nhia a Jesus. guas do mundo, se prega o nome de os filhos de quem os pode ensinar.•• da Alta Francónia, localidade onde
Um dia d4stiS levei-as, como de cos- Nosso Senhor Jesus CriSto e a dou- mulheres, rapazes e meninas que Henriqueta Hohemberger explorava
lume, • upliqNii-lh6s que Nosso 541lhor, trina bemdita do seu Evangelho. tomem as vdrias classes em que,
a crédultdade pública pela especial
o Bom jesus, quando andava cá na ta- Bispos e padres, religiosos e ir- com método, se tem de ditlidfr os Almas de elefçc'lo, predilectas do aptidão para ler o futuro por meto
ra, gostava muito dos me11i11os e pega- mc'los leigos, espalhados pelos qua- disciPttlOS. coraçlfo de ·J~sus vfnde, acorrei a de cartas. Um dia a sua consciên-
va-lhes • fazia-lhes meiguices. tro cantos da terra, vlfo chamando Um padre, só, que pOde fazer engrossar o número dos que ensi- cia clamou mais alto e lembrou-lhe
Uma dos mais peq_,.as diz: oh Mar- as almas d luz da fé. ~ a mtssc'lo da deante de 50 ou de 100 crtanças? nam a doutrina crtstlf nas igrejas e que o seu modo de vtda era incom-
quinhas faça-m~~ lá como Ele fazia. Igreja é o seu dever. capelas, nas casas e escolcts parti- pativel com a honestidade. Arrepen-
Acarinheia-4 • 4C011cheg~Ui-4 ao pei- E em terras cristas nlfo cessa és- Facilidade de ensinar culares, nos cantos das fábricas e deu-se, lealmente qutz reconhecer
to. se trabalho de fnstruçlfo. A clêncla-Fácflmente se adquire. até nas praças P!ibltcas. e confessar a sua cU:pa num jornal
As outras olhavam com certa pontita Crianças, jovens e adultos sc'lo su- Com cuidado, atençlfo, método e Graças a Deus já há de tudo is- da sua terra, dando como motivo
de i11ve;a tanto que uma não se teve cessivamente tomados como 3Ujeito muita piedade aprende-se depressa, to na nossa terra-almas bemditas da su"l conversão, uma maraVilhosa
q.u não uclamasse: uEu ta.mWm qu«>- do en.~ino da doutrina crtstlf. depressa se compreende bem. que se deixam contagtar da sublime intervenção divina. Esta interven-
ria.... / Dever sacratissimo que incumbe Piedade sobretudo... Loucura da Cruz. ção fot simplesmente o que no ca-
Sinto-me tiio bem com as cria11citas, aos pais e 4 Jgre,a. .ú vezes o crucifixo e uns mo- Mas queremos mais, muitas mais! tecismo chamamos a graça de Deus.
Ano X Leiria, 13 de Setembro de 1932

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Dir.otor e Proprietário: Dr. Manuel Marques dos · Santos - Emprba Editora: Tip. "Unilo Gráfica, T. do Despaoho, 16-Lisboa _ Administrador: P. António dos Reis _ RedaoçAo e Admlnistraoão: "Seminário de Leiria,

FATIMA~terra da Virgem e do Beato Nuno


. - diocesana de Leiria
A grande peregrinaçao
Fátima. assombrosa e incomparável lição de beleza moral!
Fátima, est4ncia bemdita de prod!gios e de graças!
Fátima, fl~ da teTTa que traz perfume do Céu!
( Rev.6o R~rdo BosJ:mans, director da revista ctLe Seneier», de Pa-
ris, na sua alowção em Fátima à m issa de Pontifical do dia 13 de Agoslo
último) .

mais pequena das grandes circunscriç~


Adiocese de Leiria em Fátima dos Prelados da terra de Santa !.faria, e
Jesus descia ao peito de centenas de eclesiásticas do país.
rizá-Ja em extremo uma ordem, uma Do alto da varanda da capela do Pa-
compostura e urna piedade verdadeira- vilhão três ilustres Prelados contemplam
Como tinha sido anunciado e consta- fiéis, que agradeciam fervorosamente a Ensaiou..se a t<Missa dos Anjos,, apren· mente edificantes. presos de doce encanto o imponente e
va do programa publicado no último sna misericórdia e a protecção da Vir- deram-se vários cânticos religiosos e fi- Que lindo espectáculo o dessa multidão formosíssimo espectáculo: Suas Excelên-
número da tcVoz da Fátima•• e profu- gem dispensada à DOSSa querida Pátria. zeram-se as bandeiras que havia.:m de inumerável que, rezando o terço do Ro- cias Reverendíssimas os Senhores D. Jo-
samente distribuído em separata, reali- acompanhar as peregrinações paroquiais sário ou cantando o Ave de FátimaA sé Alves Correia da Silva, Bispo de Lei.
zou-se nos dias 12 e 13 de Agosto a
primeira peregrinação diocesana de Lei.
Os preparativos da peregrinação ao Santuário de Fátima.
Tais preparativos feitos com ardor e
sobe e desce como uma longa e intermi- ria, D. António Antunes, B ispo Coadjn·
nável fita de fogo pelas avenidas do tor de Coimbra, e D. Moisés Alves de
ria ao Santuário Nacional de Nossa Se- No dia 7 de Junho último, a convite entusiasmo por um povo profundamen- vasto anfiteatro ou ajoelha, humilde e Pinho, Bispo de Angola e Congo.
nhora de Fátima. Sua Excelência Reve- do venerando Prelado, reuniu todo o cle- te crente e fervorosamente devoto da contrita, aos pés da Virgem bemdita, Terminada a procissão das velas e reu-
rend!ssima o Senhor D. José Alves Cor- ro da diocese no ediflcio do Seminário Virgem Santíssima não podiam deixar de num transporte de júbilo indizível e de nidos os fiéis em frente do pavilhão dos
reia da Silva, ilustre e venerando Bispo Episcopal de Leiria para festejar a con- atrair com profusão as bençãos do ~o santa e dulcissima confiança na sua pro- doentes, o clero e os alunos do Seminá-
de Leiria, foi quem teve a iniciativa clusão das obras do referido ediflcio e a e de ser coroados do mais completo e tecção maternal. rio de Leiria cantam o Credo de Lo#r-
dessa bela e piedosa romagem, não se inauguração da nova capela, dedicada a feliz êxito. Entretanto escurece rápidamente. Tu· des, produzindo êsse côro de centenas de
poupando a trabalhos e sacrifícios, para Nossa Senhora de Fátima. do indica que o tempo vai mudar. SObre vozes um efeito admirável que simultâ-
que ela redundasse, como de facto re- neamente entusiasmava e comovia as a.J..
dundou, numa gran<tiosa e magnífica mas.
apoteose da augusta Rainha dos Anjos., Já passa da. meia..noite oficial. No al-
Pode dizer-se com razão que foi esta tar-mór da capela do Pavilhão é feita
a primeira peregrinação oficial verdadei- a exposição do Santíssimo Sacramento.
ramente <tiocesana que se efectuou at,. Começa a adoração nocturna de J~
hoje ao Santuário da Lourdes Portugu ... -Hóstia. A primeira hora de adoração e
sa. Algumas dioceses, como o Patriar reparação nacional é reservada para a
eado, ltvora e Faro, enviaram já, por peregrinação diocesana de Leiria. Princi-
várias v ezes, grupos de peregrinos à ter- pia a recitação do terço do Rosário. N0t.
ra santa das aparições da Virgem, m~ intervalos das dezenas Sua Excelência R'!--
o número dêsses peregrinos elevava-~e v erendfssima o Senhnr Bispo de Ango!:.
apenas a algumas centenas, ao passo e Congo e..'tplica o respectivo misténo.
que a peregrinação diocesana de Leiri;~ O venerando Prelado, depois de des-
condu ziu a Fátima dezenas de milhar crever a largos traços a nossa gloriosa
de fiéis. epopeia missionária, fala das missões I103
Era um espectáculo bastante como- vastíssimos territórios das nossas coló-
vente o daquela multidão imensa que I nias e possessões ultramarinas: sua ne-
durante dois diíiS enxameou recolhida ~ I cessidade, sna organização e pessoal do-
devota, na Cova da Iria, e<tificando "' t cente e discente. A segunda hora de ado-
4Srelltes que ali acorreram também, em I ração é privativa da peregrinação de Se-
çande número, doutros pontos do pai!>. túbal e a. última da peregrinação de Al-
Cincoenta e cinco freguesias, que são vorninha (Caldas da Rainha} . As três
as que constituem o bispado, fizeram- horas e meia principia nos doze altares
·-se representar pela grande maioria do~ disponfveis a celebração das missas que
seus habitantes, naquela, se assim "" são em grande número.
lhe pode chamar, assembleia geral di o- 't Às cinco horas, houve a !'.fissa e a Co-
cesana. Houve algumas que se despo- .
voaram quási por completo, como a frf'
guesia de Amor, pertencente à vigararta
I munhão dos servos e servas de Nos.s<.
Senhora do Rosário. As sete horas o Se-
nhor D. Moisés reza a Missa da Comu-
de Leiria e uma das mais próximas ct .• , nhão geral, sendo o Pão dos Anjos dis·
cidade do Lis. As peregrinações par<>· tribuido ininterruptamente d urante du<>.>
quiais, presididas pelos seus pastores .. 1 horas por dezenas de sacerdotes a cêrca
levando à frente os seus estandarte·. I de vinte mil fiéis, devidamente prepara-
com as irmandades, as confrarias, a.~
congregações de Filhas de Maria e a~
crianças da Cruzada Eucaristica oficial·
I dos para êsse acto pela confissão sacra-
mental.
Foi o augusto celebrante que deu •
mente encorporadas, lá iam subindo, du · Sagrada Comunhão às crianças da Cm-
rante a taide do dia 12, as estradas da . zada Eucarística e a outras que, unifor-
serra, rezando o terço, fazendo a devo- mizadas, assistiram A sua missa.
ção da Via Sacra ou cantando os !ou. Às sete horas foi administrada a Sa-
vores da Virgem bemdita. FATIMA - PerearlnaçAo de A101to de 1932. Procllllo Eucarlstlca grada Comunhão aos doentes internadO&
E no dia seguinte, essas torrentes no Albergue de Nossa Senhora de Fáti-
que, tendo conv ergido _para o vasto aa- ma.
fiteatro da Cova da Iria, formavam ~
vasto mar de cabeças humanas, reali- Foi nessa retmJao que ficou assente a
A procissão das velas a. Cova da Iria caem, a espaços, algu- Missa de Pontifical
zavam uma ·das manifestações de fé e organização da primeira peregrinação a mas gotas de água, grossas e pesadas. Às nove horas e meia o Senhor Bis-
piedade mais bem organizadas e mai~ Fátima de tOda a diocese de Leiria. Na tarde do dia 1 2, de todos os pon- O firmamento, carregado de nuvens den. po de Leiria celebra a Missa de Ponti..
encantadoras de que o local das apan- Como o Condado de Ourêm, o vasto tos da diocese, prinClptou a concor- sas e negras, que a escuridão da noite ficai. Tem como diácono e subdiácono da
ções tem sido teatro. feudo do Santo Condestável, tinha a rência de peregrinos organizados por fre· torna ainda mais densas e mais negras, missa os rev.doe dr. Fernandes de A}.
Na manhã do dia q, sob as abóbadas sua sede na diocese e Fátima está situa- guesias em procissões que demandavam a ameaça, nuns prenúncios temerosos de meida, de Leiria, e dr. Manuel Antunes,
históricas e sagradas do templo-monu. da na área dêsse Condado, foi também pé e com a maior ordem o recinto sa. tempestade, perturbar a magnffica apo- de Coimbra. Ao sólio tem como presbí-
mento da Batalha, a grande peregrina- determinado que a peregrinação seria grado da Cova da Iria. Reunidas junto teose e converter a noite de vigília de tero assistente o rev.do João Quaresma,
9áo diocesana tinha o seu lógico com· comemorativa do centenário do ;Beato do pórtico fazem solenemente a sua en- dtilce passagem pelo Tabor em dolorosa Vigário Geral da Diocese de Leiria, e
plemento e o seu fecho de ouro, quan- Nuno de Santa. Maria, conde de Ourém, trada. sob a presidência do venerando cruz de martírio. diácono e subdiácono assistentes respec-
do, em comemoração do centenário do vencedor da Batalha de Aljubarrota. Prelado. De repente, porém, o vento, mudan- tivamente os rev.doa Augusto de Sousa
Beato Nuno, Conde de Ourêm, Condes· Durante cêrca de dois mêses houve Ao pôr do sol, já se encontram milha- do de feição, varre as nuvens e limpa o Maia, secretário do venerando Prelado, e
tável de Portugal , vencedor da batalha em tôda a diocese um trabalho in- res e milhares de pessoas no vasto local céu como qu1; por encanto e a lua apa- Faustino Jacinto de Almeida, pároco de
de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385, tenso e continuo a-fim-de preparar e or- das aparições. rece, melancólica. e meiga, emprestando Freixianda e Vigário da Vara de Ourém.
a Hóstia Santa era erguida por sôbre ganizar tão importante manifestação de Pouco depois das ro horas efectuou- ao quadro maravilhoso da procissão das A ((Missa dos Anjos, é cantada por sa-
o altar pelas mãos ungidas do Bispo- fé e piedade que devia constituir uma -se a procissão das velas qu e revestiu ex- velas, para maior beleza e realce, os tons cerdotes e seminaristas e pelos peregri-
-missionário, D. Moisés, o mais novo das páginas mais belas e mais gloriosa da traordinária imponência e teve a valo- brandos da sua luz ténue, suave e pura. nos da diocese que, como acima se dis-
2' VOZ DA FATIMA

se, se tinham ensaiado durante dois me- da missa os rev.do. dr. José Fernandes de ceando qualquer ~ível intuito de ex- gavam de todo os últimos ecos da pere- II Fátima! estância bemdita de pro-
ses pa.ra êsse fim. Aimeida, professor no Seminário de Lei- ploração da. sua parte, recusa-se sob fá- grinação dêsse dia. dígios e1 de graças!
Ao Evangelho sobe ao púlpito o rev.do ria e Manuel do Carmo Goes, pároco da ceis pretel:to~ a favorecer a. realização de Bastante contrariado com tal decepção, III Fátima! flor da ttn'ra q~ trás per-
Ricardo B oshmans, flamengo, vigário fregue.;ia da Barreira. semelhante emprcz:t tão difícil como ar- tão dolorosa como inesperada, depois de fuml do CAu!
da freguesia de Nossa Senhora. da Boa Foi mestre de cerimónias o rev.do dr. riscada e por ventura só própria dum tantos trabalhos e sacrifícios, não perde
Nova, da cidade da Paris, e director da .Manuel Marques dos Santos, vice-reitor espírito irrequieto e aventureiro. o ânimo a-pesar disso e, contando com I
revista paroquial «Le Sentier» que, pela do Seminário. Mas o moço herói, confiando no poder os recursos inexgotáveis da caridade cris- Todos vós sabeis de que maneira in-
segunda vez, veio expressamente a Por- Dirigiram o canto, antes e durante a c na bondade da Mãe de Deus, não desfa- tã, resolveu demorar-se um mês em Por- trépida, a bela e casta viuva Judite con-
tugal para. assistir às scenas maravilho- Missa, os rev.doe dr. Correia, professor lece um só instante nem desiste do seu tugal para poder assistir ao espectáculo seguiu salvar o seu povo da deshonra. da
sas e empolgantes dum dia treze no bem- no Seminário, e :Manuel Pereira da Sil- intento. da grande peregrinação diocesana de Leria
Uma senhora protestante, rica de bens escravidão com que o ameaçava o san-
dito local das aparições. va Gonçalves, pároco da Batalha. em treze de Agosto.
de fortuna c rica de generosidade, que guinário Holofernes.
O ilustre e piedoso sacerdote e notá- Pela manhã tinha sido distribuído o Nt-sse dia, o jovem e piedoso romeiro, Conheceis também a epopeia de Es-
vtll escritor e orador sagrado, expres- Pão dos Anjos a seiscentas pessoas. êle põe ao corrente do que se passa, cheio de júbilo e de reconhecimento para ter, que expôs a sua vida para obter
sando-se em português ao microfone, A comissão administrativa do municí- prontifica-se a pagar-lhe as despesas da com Deu~ e para com a Virgem Santfssi- a vida de seus conterrâneos exilados e
canta as glórias da Santíssima Eucaris- pio da Batalha fêz-se representar nesta viagem até Paris. m:~. cngolfa-se de alma e coração na at-
'já condenados pelo despótico tirano
tia aliadas às glórias da Mãe de Deus e solenidade pelo seu presidente, o ilustre Naquela vasta e grandiosa capital, on- mo~fera saturada de sobrenatural da Cova
de todas as pessoas lhe são completamen- Ama.n.
às maravilhas estupendas da Lourdes médico dr. José Pereira Gens. da Iria para se deliciar com o doce per- Emfim, quem ignora. a conduta varonil
portuguesa. À estação do Evangelho subiu ao púl- te estranhas, um pastor protestante, fume de mila~e e de graça que se evola da Mãe dos Macab1os, que, pela sua pa-
pito o Senhor Bispo de Leiria, que, to- · com quem se encontra por acaso e a dos altares sagrados do Santuário máxi- lavra. doce e forte, animava os seus filhos,
Procissão eucarística mando .QOr tema as palavras gravadas quem comunica o seu grande embaraço, mo da nossa Pátria. a~ o mais novo no terrível momento da
abona-lhe a. quantia de que há mister pa-
A Missa de Pontifical foi seguida. da na espada do Santo Condestável, cuja E agora, o novo e denodado campeão da
morte do martírio?
ra se fazer transportar até Lourdes, a
procissão do Santíssimo Corpo de Deus, imagem é venerada no altar-mór da igre- Virgem de Fátima em terra. estranjeira, Pois, estas três figuras, tam l!ublimes
mística cidade da Imaculada.
que percorreu as avenidas do recinto do ja, falou largamente sôbre aquela gran- qual cavaleiro andante da Idade Média, na sua tocante realidade, não são o re-
Alf, outra alma caritativa, condoída da
Santuário, sendo, no fim do imponente de figura da nossa história, as suas prin- vai com o seu vivo e ardente entusias- trato vivo de Maria, Mãe dos homens?
sua situação assaz angustiosa, oferece-lhe mo conquistar novos devotos para a Rai-
cortejo, o augustfssimo Sacramento d:~. cipais virtudes e os seus três grandes ~ impossível relatar tôdas as ve-
tresentos francos e com êsse valioso do-
Eucaristia aclamado por muitos milhares amores: Deus, manifestado na. Eucaris- nha do Céu, vai cantar num hino perene zes que a Mãe de Deus intervém para
nativo, o jovem peregrino consegue che-
de pessoas que se comprimiam, enchen- tia, Nossa Senhora e a Pátria. As ceri- as glórias de Deus e os triunfos de Ma- salvar os seus filhos dum terrível flagelo,
gar a Leiria no dia treze de Julho úl-
do de lés-a-lés as largas e longas ave- mónias religiosas comemorativas da Fes- timo.
ria na estância bemdita das aparições, duma. escravidão diabólica, duma morte
nidas. ta da Pátria e do Centenário do Beato vai espalhar por tôda a parte o aroma infame. :Estes factos históricos de solici-
Logo que se encontra dentro dos muros
Na procissão iam cincoenta e seis ban- Nuno de Santa Maria terminaram com o da formos.."\. princeza do Lis, parte sem de-
suave e delicado das místicas flores que tude marial perante os seus devotos em
se colhem, vivas e belas, no Eden deli-
deiras, seguindo à frente a do Reguen- hino do Santo Condestável cantado por mora para Fátima, mas só logra trans- perigo, lêem-se não sõmente nas crónicas
cioso e encantador da maravilhosa Lour-
go do Fetal e depois as de Barreira, Al- todo o povo. ~r o pórtico do recinto do Santuário pre-
dos povos, mas também nos anais íntimos
bergaria, Alvados, Olival, Arrimal, Lei- A poucos passos de distância, na Sala des de Portugal! de tantas e tantas almas.
Cisamente no momento em se que se apa-
ria, Regueira de Pontes, Coimbrão, Col- do Capítulo do velho mosteiro rasaria- Visconde de Montelo Nessa ordem de ideias, que dizer das
meias (2), Souto da Carpalhosa, Pôr- no, em campa singela e rasa, o soldado Aparições da Virgem em Fátima? Que são
to de Mós (2), Arrabal (2). Benedita, desconhecido dorme tranquilamente o so-
Amor, Mendiga, Alvorninha, Espite, no da morte, proclamando com o seu si-
Azoia, Batalha, Calvaria, Carnide, Min-I lêncio, porque os mortos também falam,
de, Serra de Santo António, Vila Nova que é um nobre e doce dever lutar e dar
A voz da França em Fátima
Alocução proferida. pelo rev.do Ricardo Boshmans
elas? Nada. menos do que uma resposta
- suavemente maternal, sim - à Revo-
lução perseguidora. da Religião de seu Fi-
lho. Af, como em tantos outros aconte-
de Ourém, Barrosa, Parceiros, J uncal. a vida. pela Pátria. vigário da freguesia de Nossa. Senhora da. Boe. Nova e di: cimentos da história humana, onde se
Caranguegeira, Côrtes, Vermoil, Alcaria, E no altar-mor da histórica igreja vo- rector da revista. fLe Sentle~. de Paris, à estaçlio do vê o triângulo demoníaco esforçando-se
Pataias, S. Simão de Litêm, Milagres, tiva, a bela e máscula imagem do he- Evangelho da _Missa de Pontl!lcal. em Fátima, no dia por esmagar almas de Jesus Cristo, af,
13 de Agosto último, por ocas!~ .> da grande peregrinação
Seissa, Freixianda, Marinha Grande, róico vencedor de Aljubarrota, de olhos diocesana de Lelrla. de novo, Maria mostra-se Judite, formo-
erguidos para as alturas, desfraldando a samente casta, Ester, intrepidamente de-
Maceira (2), Santa Catarina da Serra.
Ourém , Marra.zes, Alqueidão da Serra. bandeira e empunhando a espada, pare- I Pulchra ut tuna. -ei dum dever imperioso e público: isto dicada, Mãe d1 MacablliUS, heroicamente
oe, querer lemb~ a todos os portu~ Ele~t4ut sol.
(3). Aljubarrota (Prazeres e S. Vicente), é, o~recer as minhas homena~ns de maternal!
gueses. repetindo os versos do poeta, Temb11is ut castrorum acies ordinata. respeito filial e de carinhosa gratidão ao
Pouzos, Fátima, e a da Cruzada Euca- 1 Bela como a lua A mais bela. entre tôd.as as mulheres
rística do Reguengo do Fetal que era. que Eleita como o sol
venerando Bispo de Leiria, Sua Ex.cla escolheu uma pequena azinheira da Cova
seguida de crianças da Diocese agremia- uquando Roma em culto alçava Rev.ma Dom José Correia da Silva. Jul- da Iria e três humildes pastorinhos ile-
Ttf'1'ivel como um lxbcito em ordem
das na Cruzada. Dom Nuno a trono de luz, go como favor assinalado a gentileza in- trados devotos do Terço, para nos lem-
~ batalha
Seguia-se o clero e, debaixo do pálio, veio a Fátima sorrir-nos dizível com que fui acolhido pelo Pre- brar-mos das verdades necessárias à vida:
conduzindo a Sagrada Custódia com a a doce Mãe de Jesus, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo lado que preside aos destinos desta a) a formosura espiritual que é a cas-
Hóstia-Santa, 1o tvenerando Prelado dq de Leiria Lourdes portuguesa. Considero como vin-
veio diter-nos, na bruma tidade, não se alcança senão pela
Leiria. da nossa tarde sombria, Excelências Reverendíssimas do de Nossa Senhora êste favor q ue me humildade, cantada nos versos da
Por fim foi dada a bênção com o San- Reverendos Padres, ' t.nz viver ~mentos inolvidáve5.s, tam
que ora do Céu por nós velam ltfagnijicat marial!
tíssimo Sacramento. Queridos irmãos, perto dos encantos celestes de Fátima!
frei Nuno e Santa Maria!, b) as graças divinas são canalizadas
Procissão da Virgem, Missa e bênção por intermédio de Maria, Mediado·

d~e M:~~!J~ I ra - Corredemptora.


dos doentes Como se do último c) O Terço 6 uma arma terrívil con-
número da ccVoz da Fátima, Sua Exce- tra os inimigos que nos assaltam
Terminada a bênção de Jésus-Hóstia, lência Reverendíssima o Senhor D. José, de tôda parte.
chega à Cova da Iria a peregrinação venerando Bispo de Leiria, na peregrina-
muito numerosa da freguesia de S. Ma.. ção de Julho, celebrou no Santuário de Fátima! pois, é uma assombrosa " i~C­
mede da Serra. (Batalha). comparável lição de fonnosu'a mof'al!
Fátima a Santa Missa por alma do Se- Virgem formosíssima, ensinai-nos!
Ao meio-dia oficial, é recitado o ter- nhor D. i\1anuel II, assistindo muitos pe-
ço em comum e em seguida realiza-~ regrinos.
a procissão de Nossa Senhora da Cape- II
Tanto a Rainha ~1ãe Senhora D .
la das aparições para a B asílica. Alf Sua Amélia de Bragança como a Rainha O quadro que apresenta o mondo ac-
Excelência Reverendissima o Senhor D Viúva Senhora D. Maria Vitoria escre- tual é assombrosamente triste.
António Antunes, por volta das trezE.\ veram ao Senhor Bispo de Leiria, agrade- 1 A ~ossa época que se ufana de ser ul-
horas, celebra a Missa dos doentes, au- cendo a Santa Missa e as orações em su- 1 tra-moderua, que é senão corrução? Aqui-
xiliado pelos rev.doa Augusto de Sousa frágio do Senhor D. Manuel no Santuário lo que os versados em Economia Social
Maia. e Jacinto Faustino de Almeida. de Nossa Senhora de-Fátima de quem era chamam «crise» não é crise, mas infe-
Assistem à Missa os Senhores Bispos muito devoto, como as duas augustas Se- lizmente uma epidemia de putrefacção de
de Leiria e de Angola e Congo, prégan- nhoras notavam. consciências. Pondo de parte o verdadei-
do êste último à estação do Evangelho. ro Deus, são adoradas tôdas as divinda-
Segue-se o Tantum ergo.
A bênção com o Santíssimo Sacramen-
Fátima na Itália des do vil pagantsmo. Ouve-se na bôca
de homens de govêmo, universitários, jor-
to âos doentes que eram em número de Duma carta do rev.•0 António Antu-
nalistas, industriais e outros o grito in-
cento e dezasseis, e no fim a todo o po- nes Borges, aluno do Seminário de Lei- fernal: uNão precisamos de Deus! Nós-
vo, é dada pelo Sen_h or Bispo Coadju- ria actualmente no Colégio Português em -outros somos deuses». A sociedade, doen-
tor de Coimbra acompanhado pelos Se- Roma. para Sua Excelência R everendís- te de nervosismo irrequieto, fala cons-
nhores Bispos de Leiria e de Angola e sima. o Senhor Bispo de Leiria recortam- tantemente em paz. E não há paz! Por-
Congo. -se e transcrevem-se os seguintes perío-
quê? Porque a humanidade na sua lou-
Os três venerandos Prelados benzem, 1 dos: cura, despreza o único, capaz de trazer
os objectos de piedade que os fiéis teem «Há dias rcebi uma carta da Sicília, a paz, o Príncipe da paz, que nesceu da
consigo e a seguir abençôam os peregri- na qual um sacerdote daquela ilha dizia Virgem-Mãe e que, na noite do seu nas-
nos. que, depois de ter lido vários artigos re- cimento, mandou cantar aos anjos: «Paz
ferentes a Nossa Senhora. de Fátima, an- · aos homens de boa vontade». E os diplo-
Por fim a augusta imagem de Nossa siava por adquirir o livro sôbre as apa-
Senhora de Fátima é reconduzida para rições. Tendo-o alcançado, depois de re- matas, em lugar de seguirem a estrêla
a sua capela, onde é feita a consagra.. volver vários catálogos, segundo dizia, dos Magos que conduz a Belém, parecem.
ção de todo o povo à Virgem Santíssi- começou a passá-lo por diversas famí- FATIMA - Peregr inação de Agosto de 1932. O Rev. Pllre aoshmans, fechar Oil olhos à luz do Alto.
ma e é cantado o <<Salvé nobre Padroet- lias, em que a sua leitura produziu gran- de Paris, a pregar na Missa de Pontifical Estranho seria que nestas condições o
ra),. mundo não se tivesse transtornado. O
de impressão. A oração ensinada por mal estar de nossos dias 6 uma conse-
AFesta da Pátria Nossa Senhora aos pastorinhos tomou -se
INTRODUÇÃO: DISTRIBUIÇÃO. quência horrorosamente lógica das criatu-
comum naquela região. A seu pedido en- ras que, expulsando o Criador, estão en-
As soleniaades religiosas dos dias 12 viei-lhe diversas imagens e pagelas de Talvez seja a primeira vez que ressôa Nunca houve, nunca haverá alma
tregues a si mesmas. Eis a desgraçai Não
e 13 em Fátima tiveram o seu lógico propaganda e uma ampliação de 50 x 6o a voz, fraca demais, dum padre estran- mais bela do que Maria.
Pulchra ut luna. é económica, nem monetária, nem de su-
complemento no dia seguinte sob as da fotografia de Nossa Senhora de Fá- jeiro, nêste recinto bemdito de Fátima. perprodução. ~ crise de almas!
grandiosas abóbadas do templo-monu- tima. Desde já peço desculpa da imperfei- Por causa desta beleza, foi eleita pa-
E para nos convencermos dêste facto .
mento da Batalha. Ao mesmo tempo Semelhante a esta recebi uma carta ção desta minha palavra. ra que nela se realizasse o mistério da
não é preciso descrever: a imoralidade pú-
que em Lisboa, junto das minas do em que me pediam várias imagens e um Porém, o que fica catolicamente cer- Incarn:lção.
blica que está animalizando os corpos- a
mosteiro do Carmo, os contingentes da quadro grande de Nossa Senhora de Fá- to, é que êstes dizeres, sem eloquência, Electa ut sol.
falta de honestidade que reina nos negó-
guarnição da capital apresentavam ar- tima para expôr numa igreja da Sarde- são dizeres de sacerdote de Nosso Senhor E. Mãe de Deus, foi o instrumento do cios,-a impiedade insolente que asfixia os
mas às preciosas relíquias do Heroi- nha em cumprimento da promessa duma Jesus Cristo, de servo humilde da Mãe Poder divino, não sõmente em favor de espíritos. Basta lançar um olhar para o
Santo, Sua Excelência Reverendíssima o senhora que obteve por sua intercessão a de Deus. seus filhos, mas também. contra os ini- campo dos próprios católicos! Quantas
Senhor D. Moisés, Bispo de Angola e cura dum filho. O que eu sinto comvosco, é a mesma migos do nome cristão. coisas podíamos dizer sôbre certas atitu-
Congo, celebrava a sua primeira Missa
d e Pontifical em honra. do glorioso Pa- Odisseia dum jovem peregrino ho- crença num Deus todo poderoso, cheio
de bondade, único Deus em três Pessoas!
Tembilis ut castf'orüm acies or- des que deviam ser fustigadas severamen-
te, sôbre actos incoerentes de tantos e
ladino da Independência Nacional, o dinata.
landês O que eu sinto, é o mesmo carinho pela tantos que se prezam de bons crentes e
Beato Nuno de Santa Maria, à sombra
Há. meses, numa das maiores e mais lin- Verbo de Deus, feito homem no seio pu- - Séd; dogmática de formosura mor~; que não põem em prática os princípios
das pedras do sumptuoso monumento ci- ríssimo da Santíssima Virgem, e sacra- - Receptáculo eleito para receber as doutrinais professados!
mentado com o sangue dos heróis de das cidades da Holanda, um prestigioso mentado na Hóstia que adoramos e de graças divinas e irradiá-las; O mal é profundo!
1,385 que tão generosamente o ofereceram sacerdote daquele pafs membro da bene- - Fortaleza inexpugnável, cujas armas Não obstante, é impossível que um
mérita Companhia de J esus, fez, perante que nos alimentamos.
em defesa da Pátria querida. O que eu sinto, é o mesmo carinho pela são rosas perfumadas; Maria é tudo devoto de Maria, considerando o que de-
As onze horas e meia, os Senhores numeroso e selecto auditório, uma notá- senvolvemos na primeira parte dêste dis-
Bispos de Leiria e de Angola e Congo vel e interessante conferência sôbre as mais tema das mães: Rainha do Céu e isso.
da terra: Maria que é mãe dos Lusitan os Facto que várias circunstâncias da his- curso, não tenha confiança!
entraram no templo, acompanhados de aparições e os sucessos prodigiosos d e Fá- Dissemos que em tôdas as épocas di-
tima. como é mãe dos Flamengos, aos quais tória põem cm relêvo.
numerosos sacerdotes e seminaristas. Facto que novamente se realizou nes- fíceis, Maria, consultando o seu coração,
A Missa de Pontifical começou ao Entre os seus ouvintes, que o escuta- pertence o meu sangue, como é mãe de
todos os fiéis. ta uTerra. de Santa Maria», que é a cuja ternura é inexgotável, veio em socor-
meio-dia. oficial, depois de cantadas a ram atentos e maravilhados, achava-se linda terra portuguesa, n êste recanto da ro da humanidade à beira. do abismo.
hora de terça e a. saudação <<Ecce Sacer- um jovem imberbe que, !:ncerra.da a ses- Se quiserdes, pois, prestar alguns ins-
tantes de atenção ao mais indigno dos Serra. d ' Aire, onde se dignou aparecer a Pois é certo que há de intervir também
dos Magnos» pela Schola Cantorum do são, se dirigiu ao conierencista. manifeS- no nosso século que sofre de abatimento
sacerdotes, falaremos da nossa querida Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Fá-
Seminário de Leiria e pela multidão dos tando-lhe o desejo de ir a !.:átima e soli- nunca atingido até agora.
fiéis, em número de alguns milhares. citando o seu precioso concurso a -fim-de Mãe, sob o ponto de vista da sua doce tima!
influência nos destinos das almas. Logo, por favor de Maria, proclamar- Que digo? Mas já interveio! Mas já
Serviram de diáconos assistentes ao angariar os meios indispensáveis para a apareceu! Foi nas suas próprias terras (a
&6lio os rev _,c~.,.. Masse, missionário de viagem. -se-á:
HOMENAGEM. I Fátima I assomb,osa e admirável uterra. de Santa Marian) terras ilustradas
Ulle, e Boshmans, vigário de Notre-Da- O sábio e virtuoso sacerdote, não co-
Antes de mais nada, desempenhar-me- lição de bleza. moral! pela Rainha Santa Isabel, mãe dO& po-
me des Nouvelles, de Paris, e de diáconos nhecendo pessoalmente o mancebo e re-
VOZ DA FATIMA 3
Beleza marial - Pillchra ut lx1ta! anos lhe tinha qnási desapa.IV.;ido. Os
bres, - por Santo António de Lisboa, o
GRAÇAS DE N, SENHORA DE FÁTIMA
I.
Santo do mundo inteiro, - pelo varão Uma linda Senhora luminosa vt:io remédios foram o lavar os olho:; com
heróico Gonçalo de Ourém, morto cister- do Céu para nos ensinar em Fátima ágaa da Fátima, e o encomendar a sua
cime da Abadia de Alcobaça, - pelo san- a formosura moral - Judite castís- cura a Nossa Senhora..
to Condestável, Nuno Alvares, que vi- sima!
Cura na rista la. do lado direito. Estive quarenta e seis - José Ferreira. - Carris, agradece a
bram tõdas juntas, de lembranças histó 2. Mediação marüll. - Electa ut sol! meses de cama tendo um abcesso três Nossa Senhora. uma graça que lhe conce-
ricas, na terra encantadora. da Fátima! A eleita de Deus na economia da Sofri dos olhos durante dois anos. De- anos a purgar( Durante êsse tempo lia deu. Sofria há muito dos intestinos, in-
E falou a três pastorinhos de Aljustrel Redenção escolheu Fátima para. aí pois de muitos tra.tamentos inúteis acon- quási todo:, os meses na uVoz da Fátima, cómodo que os médicos não conseguira.m
~ neles a todos os portugueses e nestes distribuir graças assinaladas. Ester selharam-me a fazer uma novena a Nos- as graças que Nossa Senhora fazia a seus tirar-lhe, e por fim alcançou de Nossa Se-
aos fiéis de tõda a terra.
E todo, aqueles que escutara.m a voz
celeste e ofereceram preces ardentes à
iUdicada!
3· Poder marial. - Terribilis ul acies
sa Senhora da Fátima. Fi-la, mas sem
resultados sensíveis. No entanto, senti
mais fé em Nossa Senhora e comecei lo-
I devotos. Desde então comecei também a
pedir-lhe o favor da minha cura.; mas os
meus rogos não eram despachados. Um
nhora a graça que tanto desejava.
- Maria Rosa Vagos Richão, - Ilha-
vo, agradece uma graça temporal con-
Virgem de Fátima, receberam graças.
Assim a. Cova da. Iria ficou sendo tes-
Judite castí~ima. Ester dedicada,
mostrou-se em Fátima, Mã6 incom- go outra. novena com o maior fervôr que
me foi possível. Dura.nte os dias da se-
I dia, porém, em que o meu desgosto era
mais profundo por estar assim tão doen-
cedida a sua filha Deolinda, por inter-
médio de Nossa Senhora da Fátima.
parável de Macabeus cristãos de-
temunha de prodfgios inúmeros. . clinando o seu nome: ' gunda novena comecei a sentir sensíveis te, há tanto tempo no Hospital e tão longe - Raquel Xavier Pereira - Viseu,
Prodígios nos corpos, pelo número iDeal- Nossa Senhora do Rosário: melhoras, e agora, graças a Nossa Se- de minha família, tendo junto do meu agradece a Nossa Senhora a cura de uma
no astronómico-meteorológico do dia 13 nhora, leio já sem incómodo algum, o que coração uma imagem de Nossa Senhora furunculose rebelde aos medicamentos e
-arma certeira contra. os inimigos;
de Outubro de 1917. até então me era impossível fazer. da Fátima, pedi-lhe com o maior fervOr que dura.nte muitos mêses a inutilizou
-lenitivo dos que sofrem;
Prodígios no solo, pelo jorrar de águas
cristalinas nesta serra, onde nunca se
tinha achado nem sequer uma gota.
- introdutora do Palácio eucarístico
de J esus!
José Pires - Angola África Ocidental
possível que me concedesse também a
mim a. gra.ça da cura desejada.
Agora Nossa Senhora ouviu-me e as mi-
I para os tra.balhos domésticos.

Prodígios nos corpos pelo número incal-


Logo:
-Perante a indiferença com que a
Asthma cardíaca nhas melhoras foram tão rápidas que no
espaço de três meses obtive licença para. I
culável de curas que surpreendem a sciên-
<:ia.
ignorância nos envolve; - No princípio do mês de Abril tive o
primeiro ataque desta terrível doença. sair do Hospital, onde estive tantos anos,,
Graças de N. Senhora da Fátima no
-no meio dos espinhos que cercam o
Prodígios nas a.lmas, pela obtenção de e ir juntar-me a minha família.
benefícios inefáveis, de conversões ines-
caminho da vida; Pedi à minha Mãe do Céu q ue me acu-
disse, resando-lhe, e bebendo da água Já ~ra.m quatro anos e até agora
Brasil
- em presença da imoralidade ímpia
peradas, de restabelecimentos de seres que se levanta pelo mundo; que a. presença de Nossa Senhora da Fá- nunca maiS voltei a ter o minimo incómo-
-doente da tuberculose da impureza, do do. Por tudo isto dou ardentes graças a ( ContinUQf(io)
- ten:os que prestar uma acção pú- tima ali abençoára.
cancro da ambição das riquezas, da pa- blica, solene e forte de fé, temos Durante a novena tive uns assomes do Nossa Senhora qne se dignou ouvir e des-
ralisia do orgulho. pachar a minha pobre oração. 28) Não quisera de modo algum omi-
que fazer apostolado de tudo o que mal, e, no último dia um ataque muito tir uma outra. graça que também me foi
Mas, o facto mais prodigioso que nos é belo, óptimo e nobre! maior ainda do que o primeiro; - foi a T. dos Poiais, n.o 45, Lisboa
tra.nsporta aos tempos fervorosos das Ca- comunicada por escrito, nestes ingénuos e
::€ste apostolado exerce-se por meio minha Mãe do Céu a chamar a minha Elisa Marques da Silva singelíssimos termos: «Milagre de N.• Sr.•
tacumbas, o facto de Fátima é o grandís- atenção para a graça que ia conceder-me
das duas devoções inseparáveis: da Fátima a Graziela e Waldemar Gomes.
simo número de comunhões, é o facto
eucarístico. devoção a ::-l'ossa Senhora do Rosário,
- o libertar-me de tão terrível sofrimen- Quisto -I-II -I93I». Vem isto escrito num pos-
to. Daí em diante nunca mais senti ab-
Pois o papel mais verdadeiro, mais
.augusto, mais maternal da Mãe dos ho-
devoção a Jesus Sacamentado.
Virgem castíssima, ensinai-nos!
solutamente incómodo algum.
Venho pedir um cantinho no jornal que tal em cujo verso está o retrato dos ~ ir-
V.• Rev.ot• dirige para publicar, agrade- mãosinhos no dia e trajes da sua r.• Co-
,
A minha alma se eleva aos pés de N.• cendo, uma grande graça que alcancei por munhão. E foi de facto a. sua r.• Comu-
mens, não é o de convidá-los para o ban· Virgem eleitíssima, guiai-nos! S.• da Fátima num acto de agra.decimen-
quete da Hóstia sagrada que é o seu Virgem fortíssima, defendei-nos! intermédio de Nossa Senhora. da Fátima, nhão a insigne graça (que não duvidam
to que desejo exteriorisar publicando na graça que em mim ficará gra.vada com chamar milagre) de que com razão !~e
próprio Filho adorado? Assim seja! Voz da Fátima esta gra.ça que para mim
Fátima! Est4ncia bemdita de prodígios, le~ de ouro e que nunca mais esquece- confessam devedores a N. a Senhora. da
foi tão apreciável. rei. Fátima.. Ha.via já bastante tempo que
de bênçãos e de graças! P.• Ricardo Boshmans
Virgem eleitíssima, guiai-nos. Htmriqxe Marq.us de Carvalho (Farma- Minha filha, Deolinda Guerra Brito pelejavam com seus pais para. q ue lhes
ceutico) -Nespereira Morai!;, há alguns anos que com pequenas concedessem fazê-la, sendo porém infrutí-
intermitências sofria um mal horrível. feros os seus rogos e baldados todos os
III Agradecimento . Pouco a pouco o mal agravou -se tendo esforços. Insistiam opportune et importu-
De 9-ue maneira: Nossa Senhora quere
Fátima, o Paraíso na terra Em princípios de Agosto comecei a s1do aconselhada, depois de devidamente ne, já com carinhos e meiguices, já com
<:onduzrr os seus filhos ? No meio e a-pe- observada pelo seu médico assistent-Dr. lágrimas e soluços, sem nunca obterem
sar das misérias mundiais que nos cercam,
e sentir-me doente. Fui consultar o Sr. Dr.
Sepulveda que me receitou umas injéções Mascarenhas de Melo, a ser opera.da de outra resposta senão o sistemático e fri-
~uais são os meios preconizados por Ma- Apendicite. gidíssimo não.
na, para. que gozemos de fôrça de luz de
A Pérola de Portugal, das quais se originou na minha boca uma
infecção tal que me impediu completa- Porém, apesar de todos estes tra.ba.lhos Isto só um milagre, disseram consigo,
lenitivo? ' ' mente o comer. A minha cara tomou-se em fins de I93I voltou a sentir-se grave: o que foi o mesmo que lembrarem-se de
A resposta a estas preguntas achamo-la são dois livros sôbre Fátima, ~mpletamente disfo~e; nem a boca po- mente mal, tendo sido internada, com Nossa Senhora. da Fátima, a quem desde
aqui em Fátima! dia fechar. As gengtvas cobriam-me os ~ a urgência, no Hospital da uEste-, logo confiaram a solução do caso. Co..
~ dupla: a Hóstia! O Rosário! pelo Sr. Visconde de Monte- dentes e pedaços de 'carne pendiam-me fârua» por determinação do mesmo médi- meçam nêsse sentido uma novena termi-
co. . nada a. qual, fiados no apoio de N~ssa Se-
U~ crente não pode agradar a Maria., da boca exalando dela um cheiro nau-
se nao agrada ao Filho de Maria. lo, que pelo preço de sioo
ca- seabundo ao mesmo tempo que dela safa Pelo cirurgião Dr. Vas<:oncelos Dias foi I nhora, afoitam-se a reiterar o pedido tan-
I
sujeita a uma operação que pode ser ~ vezes regeitado. E qne alegria não
Um crente não pode ser objecto de uma baba nojenta!
complacência aos olhos de Jesus, se não da um se enviam do Santuário Durante dois meses não consegui dei- considera.da uma das mais difíceis da fo1 a deles quando, depois de uma intér-
se empenha em sê-lo aos olhos da Mãe tar-me, descançando às vezes um pouco ciência cirurgica. Foram-lhe encontrados mina seria de nãos, desta. vez ouvira.m em
de Jesus. ou da Redacção da «Voz da recostado a um almofadão. dois úteros, um dos quais contendo dois lugar deles o mais confortante e consola-
dor sim! Com semelhante desenlace, não
Ora, qual é o desejo de Maria? Chamaram-me o Sr. Dr. Craveiro Lo- quistos.
Qual é o voto de Jesus? Fátima», a quem os pedir e pes que, ao ver-me, ficou admira.do do Em face disso cheguei a perder as es- cabiam em si de contentes. Daí até o dia
peranças duma possível salvação. I de Novembro, em que viram realizadas
~ c~aro que o ente que ama, de~.:ja estado em que me encontrou. Nunca, diz,
C?murucar algo de si mesmo ao ser que- enviar a respectiva importân- tinha encontrado uma boca como a mi- Aflito, orei aos pés de Nossa Senhora. suas ardentes aspirações, mais que na ter-
~do. Que_ prazer, por exemplo, para. uma nha. da Fátima e do Santíssimo Sacramento ra., só lhes parecia viverem no Céu com
JOvem mae, dar o seu leite ao filhinho cia. Receitou-me uns comprimidos mas, ne- implorando piedade e pedindo auxilio pa- os Anjos! E que diremos do momento di-
que acaba. de nascer! nhum bem me fizeram também. ra um caso tão grave e monstruoso. Gra- toso em que de facto pela vez r.• deu
Assim, Maria! A sua grande felicidade São interessantes, principal- Não falava, não comia, não dormia, de ças à Misericórdia de Jesus e de Maria, entra.da em seu peito o verdadeiro pão dos
é vêr que os homens aceitam o que ela maneira. que todos se admira.vam como não foi em vão que fiz os meus rogos. mesmos Anjos? I Comunhão, abençoado
~hes apresenta com sorrisos de ternura: mente para quem não tem si- ainda podia viver. Condoída com os pedidos constantes fruto de tão insigne «milagre», bem se
tsto é, a carne puríssima que o Filho de Por fim o médico declarou-me perdida. dum pobre pai aflito, a Virgem Santíssi. pode supor com que piedade e fervor não
Deus tomou no .seu ventre virginal; isto do assinante da «Voz da Fá- Então, não podendo falar, dirigi-me ma alcançou a saúde para. aquela por deve ter sido feita! Bem ~aja Nossa Se-
é, o sangue rntilante que de suas veias em espírito a Nossa Senhora. da Fátima quem tanto pedi. nhora da Fátima que tão prodigiosamente
correu para as veias de Deus feito homem. tima». ~ra. que me salvasse como já outra vez Sem dúvida foi uma grande gra.ça esta ab~dou a d~za dos pais, e para.bens
:€ste alimento de anjos, é o nosso, se to· f1zera curando-me duma doença interior salvação que todos julgavam impossível. às p1edosas cnanças que tão portentoso
mames a ~óstia, consagrada pelo mila- considerada como fatal. Aqui fica a. expressão sincera. dos factos favor alcançaram da Mãe do Céu!. ..
gre eucarístico. Cheguei a desanimar com tantas dô- que prometi publicar na uVoz da Fáti- 29) Fecharei a já bem longa série de
Por ~utro lado é incontestável que se· TUDOVEM DE DEUS res e por não ser atendida tão depressa ma.,, para glória de Nossa Senhora e con- especialíssimas graças de Nossa Senhora
rá um mcenso de louvores à Trindade se como desejava. Mas Nossa Senhora não solação de todos os que sofrem doenças da !átim.a co~ uma outra. carta em que
saudarmos a Filha de Deus Padre a Í.fãe Um bom llomem, sapateiro por sinal, me esqueceu. Atendeu as minhas súpli- embora muito graves. a smatá.ria atribue a sua especial mercê
de Deus Filho, a Espôsa de Deus' Espíri· para todos os incomodes lf' tribulações cas, e fêz-me a grande gra.ça de me cu- Terminando, deponho nas mãos de V. a resignada e piedosa morte de uma
to Santo, com as mesmas palavras com tinl1a 8ste tnvar1ável estribilho: <<isto r.u;. graça que causou admiração ao pró- Rev.cla êste donativo para. ajudar as sna irmã. Quando já ela estava muito
obras de Nossa Senhora da Fátima. mal mandou-me a dita sinatá.ria pedir
que o ar~n!o S. Gabriel se desempenhou vem de cima,. prio médico e às pessoas que foram tes-
Assim o ouvira muitas vezes a sua ve- temunhas dos meus padecimentos. Por ao Colégio uma novena e um frasquinho
de sua m1ssao de embaixador divino. Estrada de Benfica, 450 r f c - Lisboa.
lha mãe e assim se habituára a dizer. não poder alimentar-me cheguei a extre· da água da Fátima, a ver se Nossa Se-
Ave Maria, cheia de graça!
ma fraqueza. José de Brito nhora quereria fazer-lhe o milagre de a
Estas saudações, pronunciadas, dez ve- As vezes caçoavam-no mas Ale não se
zes, em cada uma das quinze dezenas do importava.
Ros_ãrio, dur~te a contemplação dos epi- Um dia estava com os companheiros
Agora, por Misericórdia de Nossa Se-
nhora, a quem quero sempre louvar na ter-
Graças Diversas I salvar ainda. Foi-lhe integralmente satis-
feito o pedido, cujo resultado a mesma
- Firmino l'.farques - R. do Paraíso, carta no-lo dirá.
sódios da v1da de Maria, nos mistérios na oficina, quando de repente entra um ra, enquanto viver, e no céu depois da
Lisboa, agradece a Nossa Senhora a cura
~ sua alegria, da sua dor, da sua glória cão pela porta aberta e lh8 roubou !I minha morte, estou completamente bem. Ei-la:
~do a c_umprir as minhas promessas que
de um mal-estar que por muito tempo
sao como outra.s tantas rosas com as quais carne do almóço. Q atormentou. Rev.mo Senhor
coroamos a nossa Rainha. -Deixa ir, homem, que isto vem de Julgo mu1to pequenas para tão excelente
- Abilio Antunes dos Santos de Fer-
E que estas corOas constituem um pre- cima (gritaram os companheiros, ca-
sente agradável a 1\faria, está provado pe- çoando).
favOr.
Lisboa, R. do Arco da Graça, 55. 4 .o
reira do Zezere, agra.dece a N~ Senhora
um grande favor que lhe alcançou.
I
Venho comunicar-vos que minha irmã,
que se achava enferma, faleceu ante-on-
las aparições da Fátima! No entanto 616 corr8t4 atrás do cão 8, tem, r8, e se enterrou ontem, dia de
Maria do Cé• Morais Port11linha - Maria Nunes da Rocha, - de Avei-~ S. José. Nossa Senhora da Fátima se
E como poderia suceder que a Rainha mal tinha chegado f6ra, caíram três tá- ro, agra.dece uma gra.ça que lhe foi con- não. quiz que ela vivesse, é porque bem
Mãe, recebendo as homenágens dos seus buas do forro que feriram bastante os
súbditos, não as apresentasse perante o rompanheiros.
trono de seu Filho Rei? O nosso hom~. porém, ficou ileso,
E o trono de Cristo-Rei é o tabernácu- continuando a pensar que tinha vindo
Dôres e inchação
Um meu filho, ainda novo, foi ataca- - Manuel Nunes Batista - de Copa,
I
cedida por intercessão de Nossa Senhora. sabta que estava prepara.da para. ir ter
da Fátima. com Ela e Jesus. Comungou freqüentes
do de fortes dôres na côxa esquerda, agra.dece diversas gra.ças que atribue a vezes dmante a moléstia e teve uma
lo eucarístico, onde de dia, onde de noi- de cima o auxilio. acom panhadas de grande inchação. morte muito resignada. As suas úl-
- Deus mandou o cão para me livrar Nossa Senhora. timas palavras foram recomendar ao
te, onde a cada instante, o seu amor nos Fni com êle ao médico da família.
diste perigo, por intermédio do meu -José Gonçalves dos Santos - de Al-
espera. com delicadeza e solicitude. Depois de algumas semanas em que fiz caria, Fundão, agra.dece a Nossa Senhora Vigário o marido e os filhos para
Sim! O Rosário não é sômente uma An;o da guarda, pensou Ale. continuo nso dos medicamentos que êle uma graça que dela alcançou numa doen- que não deixassem de fazer a Comunhão
sau~ação, mas também uma consolação, Agora, os outros que digam se não prescrevera, poucos ou nenhuns alívios se ça que o afligia. pascal, acrescentando em seguida: «Meu
e amda uma arma terrível contra os ini- veio tudo de cima, 118m mesmo as tá- fizeram sentir. Jesus, eu Vos pedi a minha cura Vós não
Nesta altura., pessoa amiga, deu-me beça, agradece a cura duma grave doen-, quizestes, seja feita a vosas ~ontade».
migos (Fátima nos <:onvence disso - re- bu;u. O que é verdade é que não volta- António Baptista - Outeiro da Ca- 1
petimo-lo -); a Comunhão frequênte, ram a caçoá-lo. um pouco de água da Cova da Iria, água ça de que sofreu durante muito tempo. Beijou o Crucifixo e a medalha de Filha
fervorosa e frutuosa, ensina-nos a for-
mos~ como a fôrça da religião de Je-
.••.,...ti'.-.-..... que, com muita fé, comecei a aplicar ao Foi tr.arcado o dia para. uma operação, de ?.faria, e, passados ro minutos, estava
membro afectado da criança, pondo de I pois tinha os intestinos deslocados, mas nas mãos de Deus. Agradeço a Nossa Se-
sus Cnsto, que não é uma fórmula fria, parte o uso de qualquer outro remédio. fazendo com tôda a família muitas ora- nhora da Fátima o ter-lhe dado tanta re-
mas essencialmente uma Vida. Atendam No dia seguinte, sensíveis melhoras se ções e promessas a Nosssa Senhora obte- signação e desapego. Recomendo a V.•
Vida, ã...pesar das contradições do ini- manifestaram, e passados três dias, o mal ve a saúde antes do dia marcado para. a Rev.""' a alma dela (Alice), e peço, se
migo; fôr possível, me envie umas novenas e uns
Vida, que ama a cruz de Cristo;
Quem pretender água ou tinha desaparecido por completo.
operação. Hoje sente-se muito bem. registos de Nossa. Senhora da Fátima, pois
Atribuo simplesmente à intervenção de
Vida, que se desenrola entre as Rosas quaisquer objectos religiosos - Luís Matias - Ferreira do Zezere, foi um dos pedidos da falecida, que nós
Nossa Senhora esta gra.ça que, como pro-
de Maria na irradiação da Hóstia branca. agradece a. Nossa Senhora. a cura duma propagassemos a devoção de tão boa
meti, peço seja publicada na Voz da Fá-
Esta vida foi Fátima que a renovou e da Fátima, deve dirigir-se ao tima para o que mando uma pequenina
doença depois de ter sido desenganado Mãe. Donde lhe veio uma resignação tão
é. Fátima que a renova em dezenas de pelos médicos. santa e uma morte tão edificante? Foi
esmola.
milhares de seres humanos. Sr. António Rodrigues Romei- Ilha das Flores, Açores
- Aurora. de Jesus - Sanatório Rodri- de ~essa Senhora, não resta dúvida. Ben-
Fátima! Flor da terra e perfume do ro, empregado do Santuário, gues Semide, Pôrto, agradece a Nossa dita seja pois a Virgem Maria Nossa Se-
C~u! Luísa G. de F. Castelo Senhora. a. cura. que lhe alcançou, con- nhora da Fátima!
e não a esta redacção, que es- Abcesso tra. todas as esperanças, porque tinha uma
Virgem fortíssima, defendei-nos. Itapagipe, 2o-3-93I
tuberculose já muito adeantada. Hoje tra.-
PERORAÇÃO. tá a 5 léguas do Santuário e Sofri nma gra.ve doenÇa de que resul- balha diàriamente, ganhando o seu pão Herrnelinda Yalverde
tou um abcesso de grande profundidade e para si e para os seus.
Está acabada a nossa tarefa. Esta.mos por isso não pode enviar com muito perigoso. Se fOsse feita qualquer -Maria José Gomes Coutinho- Gou- Colégio António Vieira-Baía, 13-3-932.
penetrados da Terdade no tocante à in· pressão sObre a pele o pnz saía imediata- · veia, agra.dece a Nossa Senhora. o ter re-
fluência de Maria sôbre as almas. urgência as coisas pedidas. !
mente por um orifício junto a uma. coste- cuperado a sua vista que ha.via nove P • foàc de Miranda S. J.
4 VOZ DA FAT IMA

VOZ DA FATIMA gos da 1,.,.;. qiu ul4 j4 fi• o u. tem- Há vinta súulos, S. Paulo ucrevia GC
po • ISÚÍ a dois passos da ndna Ujiniti- povo qve crucificára o DivifW Nasa~:
por êle profunda e sincera. simpatia...
Um pedido impossível, uma cilada à
Alguns favores
va. Há mil 1 SISÍSUJdos anos q111 Jras6s SIS· -jesus Cristo 1ra ontem 1 I hoje, • honestidade daquela rapariga; - um
DESPESA m1lhanus a essa se retftem 1t0 mundo. ~~ sMá o mesmo tambhn em todos os <<não» sêco, decisivo, sem apelação, da 1.o -levar só um jornal pa-
E quem cai tJa ruina 1 no olvido são séculos. parte dela; e o ódio sucede ao amor e o
Transporte................. . 35I.I01So9 precisamente aqve~s qwe as pronuncia- Eis a profecia que ft4m os slculo.s nem idílio passa a tragédia. O namo- ra cada casa.
Papel, comp. e impr. do n.• ram. os factos desmentBm. rado transforma-se em aventureiro oca- 2.o - Mudar de direcção o
ug - (7o.ooo ex.) ..... . V/Sjamos os factos: Se os Govlmos ou os homens ousam sional e, já que a prêsa tenta. escapar-se,
Fzanquias, embalagens, trans- No aJW 305 da 110ssa era. Diocleciano, fa:~M outra, pr1di!I~Jndo a mortlll do Eter- êle procura aniquilá-la, disparando um menor número de vezes possí-
portes ... .... .... .... .. . um das maiores imp.rador~Ss de Roma, no VIVO, não anu11ciem o dia dos fune- tiro que podia ser fatal, se a mão tré-
Na administração - Leiria .. . mandou cufthar uma medalha com esta rais dEle. j>orqtU aconte'cef'á talves qtU mula do criminoso não tivesse desviado vel.
in.scriç<ic: o povo. acumulaJiào-u d b~Sira dos cami- involuntàriamente o projéctil do alvo
Total .. . 357·<433154 - À memória do cristianismo desapa- nhos para ver passar o entlrro de jesus. escolhido. 3. enviar sempre o núme-
0
-

recido. assista sem o p111-Sar aos funerais tUsses A rapariga. ensangüentada, recolheu ro da assinatura quando for
Donativos desde 15$08 Algun.s aftos depms, o pagantsmo ficou Govlncos, tUsses homens, tUss~Ss sisu- ao hospital e aí passa longas semanas
ferido de morte na batalha da Po1lte Mil- 71141••!. no meio de cruciantes dores; ao mesmo necessano fazer-se qualquer
Zulmira de Carvalho - L. de Palme~ra, vio e desapareceu. O crütianismo triunfa· tempo uma intermi.ná.vel romagem de
5o$oo; Maria do C. Tavares - Lis~. va definitivamente. lllllh III 11111111111111111111111111111111111111111 11111 raparigas da vila vem junto ao seu lei- mudança nas direcções.
15$oo; Francisco Goes - Aveiio, 25$oo; to branco saudar a mártir gloriosa e a 0
?.faria L. Lopes - Lourenço Marques, • Já há poucos exemplares do partilhar com ela as alegrias da pureza . 4. auxiliar as grandes
-

5o$oo; Lucinda Coelho - Lourenço Mar- conservada no seu primitivo candor, despezas dêste jornal com as
ques, 15$oo; Bento de Moura - Louren. Tr~s século~ depoJS, um
Arábia. ~ Maomé. Tomando o Crescente
gilmo surge na livro ccFátima a Lourdes Portu- ainda mesmo debaixo da prova do fogo.
ço Marques, 25$oo: Conceição Camila - A jovem de Castegnato pertencia tam- vossas generosas esmolas.
Lourenço Marques, loo$oo; Vivelin<la como símbolo, erguendo-o contra a Cru6, guesa» pelo Dr. Luís Fischer. bém à Juventude Católica; como tam-
Leão - Lourenço }.:farques, 3o$oo; Noe- substituindo o Evangelllo pelo Alcorão e bém era glória da nossa juventude fe- )l.lillilllllllillilllllllllll llllllllillilllllllllllll
mia Barata - Lourenço Marques, 15$oo; avançando contra o ocidente garantlll aos
Quereis ainda obter algum minina a professora de Albizzate morta
seus que o cristümismo desaparecerá da
Laura da Costa - Lourenço Maxques, exemplar dêsse interessante li- e pisada, há cêrca de um auo, a alta
EXAME FINAL
xsSoo; Olinda da Fonseca - Lourenço face d4 terra. noite, nas ruas de Brianza, por se ter re-
Marques, 25$oo; Dr. José .Alberto Soares o~ campos de Pmti#s, das Navas, do vro? fazei já o respectivo pe- cusado a ceder às loucas pretenções dum Conta-~ que um estudan-te <U melti-
- Lourenço Marques, 6o$oo; Maria Ali - Salado, as muralhas de Viena e de B el- desgraçado; como se ufanava do título cma, que dtu.rante o ano não peg<JITa em
ce Henriques-Lourenço Marques, 2o$oo; grado e as águas iU Lepanto demonstra- dido e enviai s$oo ao Santuá- de, «jovem católica>> a rapariga as- li1n o a$seáiado com preguntas dO$ e:w-
Aurora Mimoso Valente - Lourenço Mar- ram ao mtmdo que a Cruz continuava a rio da Fátima,- Vila Nova sassinada em Gorla, perto de Milão, nu- minadQre$, v1a-ae 11.4 eminí!ncia de apa..
ques, 1oo$oo; Leonida dos Prazeres Va- iluminar os homefts com os seus fulgores ma quinta solitária, durante uma neva- nltar uma Taposa.
lente - Lourenço Marques, 3o$oo; Olive dit11nos. de Ourém, ou à uVoz da Fáti- da no inverno passado,. -Qua11tos meios há de excitar ou pro-
Vau der Mulen - Lourenço }.:larques, • • • Até aqui "L'Osservatore Romano>l. Se vocar o suor ?-Depois de o e$tudante cá-
... 15$oo; Maria A. Leão - Lourenço Mar- .Vos começos do ><culo XVI, .ltartinho ma» - Seminário de Leiria. dum lado é desolador vêr a corrução e bula indicar alguns, inaiste Q ezamina-
ques, 5o$oo; Evaudra Ferreira - Louren- Lutero, revoltando·Stl> contra o catolicís- 1 licenciosidade de costumes em que apo- dOT: E se í!asu meios n.lfo /o36em e/iro-
ço Marques, 2o$oo; esn;olas avulsas - mo, apoiado nas paixões e nas f6rças de lllllllilllllllllllllllllllllll 11'11111111111 111111111 drece a sociedade de hoje, também é ze.~ pm·a activar a tran.spiraçllo f -que
Lourenço Marques, 38S4o; Clarice Calva- muitos príncipes alemães, escreve orgu- grande motivo de esperança vêr como ,;enha P,ara aqui o doente jazer ezame~
lho - Lonrenço Marques, 2o$oo; Horteu- lllosamente ao Papa Martinho V: ainda hoje há heroínas que sabem pôr
cia Augusta. da Silva - Lourenço Mar- - «Durante a minha vida fui o vosso Cênas de Heroísmo acima da própria vida física, a desabro-
que, dtcerto, hd. de suar.
ques, 5o$oo; Berta Pestana - Lourenço flagelo. Depois da minha morte, serei a char como o sorriso duma rosa, o dita- •
Marques, 25$oo; Olivia Pinto - Louren- VOsSa ruína>l. o
(Pureza ou morte) me da sua consciência e a glória que a •
ço Marques, zo$oo; João Albino - Lou- De Martinho V a Pio XI, cittqüenta e morte não consegue apagar de guardar Por êstu apêrtos tU mo.,.es passam
rinhã, soSoo; Mons. Manuel Marinho - trls Papas se sucederam sem intMrução Os leitores da «Voz da Fátima» hão- intemerato o maior tesouro que o Senhor todos 08 estudantes preguiçoso& qu.and~
Foz do Douro, 1oo$oo; Joaquim M. Grilo na cadeira de Pedro. Pio XI terá úm su- ·de lembrar-se ainda com certeza dum lhes confiou: a virgindade e a pureza. não sabem dar conta áe si e a"""n.a.& po-
- Porto, 2o$oo; J. C. V. Ribeiro - cessor tamblm. E assim aU ao fim dos caso contado nêste mesmo jornalzinho Casos de atentados contra a honesti- yv

Hongkong, 34$65; C. O. Batista. - Hon- séculos. O Catolicismo triunfa, deslum- duma donzela que, vendo-se assaltada dade de almas moças não são só da Itá- dem esperar a linda nota d/1 reprovado.
Mas quem poderia calcular o gran.d~
gkong, 34$65; J. E. Rocha - Hongkon~. brando o mtlndo com os esplendores do por um vencido da carne, preferiu mor- lia ou de outras partes do mundo; há-os terrO't com que os malU tremerêlo quan-
34$65; J. J. Remedias - Hongkong, Papa®. rer como mártir nas águas do rio a per- também entre nós, e, infelizmente, num do chegar a hOra do e~ tU t6da a
34$65; José N. Coelho - Tortozendo, Air~da nlsse m~smo século, Henrique der o tesoiro imenso da sua pureza e tal grau progressivo que nos deixa deve- rua vida no .tu.,..e~ tribunal d• Deus r
2o$oo; Joaquim Vicente- Tortozendo, VI/1 e Isabel de Inglaterra afirmavam virgindade intemerata. Foi uma prova ras alarmados. Parece até ser êsse um "" "'
3oSoo; P .• José Rodrigues dos Santos - ter feito tksaparecer a lg'l'eja Romana, sublime do que pode uma vontade forte dos aspectos mais caracterlsticos dessa qtu poderá r~r o mal,~ qua~
Anha, 25o$oo; Brites Andorinha - Se- afogada e!m torrentes de saftgue. guiada pela Graça e pelo amor à virtu- guerra mundial que 0 comunismo tem do lhe fór la~ em r6sto aquilo mel-
túbal, 15$oo; Alberto Quita-Quita - A Igreja Romana não morreu. Se res- de, a propósito do qual aqui vamos dei- levantado contra tudo o que é de Deus ~ de que iá a 1'1141 ccmacií!ncio o acuao~
Ale. do Sal, 2o$oo; Confraria de Nossa Stlscitassem lsu pai • essa filha, veriam xar arquivados outros de igual beleza e e tem o sinete de virtude. Jovens donze- tantas 'lltzU 1
las, estai· atentas. Também entre nós t Maldito!
·bil · lhe· diTá
· No&so Senhor com
Senhora da Fátima- Vila Viçosa, 1oo$oo actualnunte, só em Lt>ndres, mais de ce'm fulgor.
Lourenço Machado - Braga, 4o$oo; Jos6 igre;as católicas. VIriam o desfi~ triuJCfal Há tempos, em Monza (na Itália)
F. Melo- Am&ica, 3ol5o; José dos Reis do Santíssimo Sacramento piStas ruas d4 uma jovem teve a nobre coragem de ex-
- Brasil, 15$oo: Maria Barbosa- Gon- capital da Inglaterra. E morreriam de pôr a própria cabeça às balas despedidas
há feras humanas - e nem sempre in-
conscientes-que, servindo-se até do seu
munus social, que tem sempre a ela-
mar um título de justiça, espreitai&
I !"'' ísstma mdtgnação,. que impeT/ei-
r,oo encontraste tu na m1~ santa lea
para a ~uprezaT com tanta 111.1e~tee r
N~ sabuu por ,entura, ~ue de~a rei-
domar, 2o$oo; Alda M. de Noronha - novo tJa des~Sspho, Veftdo, 110 dia 3 de pela mão criminosa do sabujo que pre-
Aveiro, 25$oo: Deolinda de J. Cbarters - Dl'ztmbf'o de 1926, a Cdt1141'a dos Co- tendia manchá-la; e, há menos tempo
Lisboa. so$oo; Luisa Manso- Monte~ muiiS fWfUw lodo& os dirlitos aos ca- ainda, em Castegnato (também na Itá-
toril, 3oSoo~ Maria Carmen - Faial, tólicos in~les!ls, ntttna !$i que aprovada dai lia) se repetia a mesma cena com uma
ocasião própria para conduzir consigo
ao inferno as almas para quem a vida é
talvez uma aurora sorridente, porque
Ipe,tar a Deu& que te cnou e ttTou do
nada 1 E b~/ema,cu dEle amutando
seu 3antíuimo nome pela lama <Uu
25$oo; António Pais e Jerónimo Vieira - a pouco pela Câmara dos Lords e san- outra. Eis como o órgão oficioso da S. ante-vêem o Sol de Infinita Justiça que ~. .
Piães (esmola). 2o$oo; Dr. Carlos de Oli- cionada p.lo Rei, dava à Inglaterra a Sé, uL'Osservatore Rmnano» , se ocupa as há-de guiar e conduzir à realização lgnoran<u ~e oa domingo• a ditu
veira Pegado- Nova Gôa, 4o$oo; Antó- paz rsligiosa 1 ao catolicismo mais uma dêstes dois casos. do supremo ideal da vida - a santidade. de guar® de111a~ &er aanti/icadoa 1 E
nio da S. Oliveira - Ervedosa, xs$oo; retumba11te vit6ria. -«Não se extinguiu ainda o eco do . ~ pois bem oportuna a lição que aí tu . e~peravas por í!ue• dia& para ~ ~
M. P. Henriques - América, 45Soo; Je- bárbaro crime de Monza, onde uma ra- hca. Oxalá que tôdas as raparigas saibam brtagares e entr-egare& a t6da a ca.sta
snina Rodrigues - América, 45$oo; es.. • • • pariga, pertencente à Acção Católica, se enfrentar com a mesma coragem e cons- de 'DÍcioa!
mola de Izabel Louro - Lisboa, 5o$oo; No dia 30 de Muro de 1758, VoltairB deixava varar o cérebro de preferência tância os inimigos que porventura lhes N4o é verdods q~ o teu pr6prio &en-
Josefa A. de Araújo - Régua, 2o$oo; OUSOU ISCNVIf': a consentir nas desatinadas propostas possam surgir deante. ao naturol Teprova a tua vida tam licen..
Luciano Augusto Rosa - ~vora (esmo- - <tEm vinte anos, o Galileu terá mor- dum miserável devasso. Em tais contingências deve-se pôr aci- ciosal'
la avultada); P.• Francisco Xavier dà: rido de vez». A altas horas da noite, no amplo edi- ma de tudo o amor de Deus, a própria E apesar diuo, lá te deizavaa iT 1 em
Silva- T. Vedras, 5o$oo; Fernauda J~ Precisa-u vint~ 11nos depois, no dia fício, encontraram-se frente-a-frente duas honra e glória imarcessível de guardar in- te imporlare• comigo nem... con.tigQ
mins de Freitas - Funchal, 3o$oo; Sibi- JO de Maio de rna. - 110te-se a coinci- vontades: a do vicioso que de há tem- tacto o maior tesouro e a maior fonte de me1mo.
la P. Fernandes- Monção, 22$5o; Bel- dblcia elas datas - Voltair~S morria de- pos tsperava a solidão para consumar a energias da mocidade. N4o é veTdade que o teu pr6prio ct>-
mim Vieira - Viseu, 15$oo; esmola de s~sj>lf'ado 1 o Gali~u. jesus Cristo, con- sua orgia; e a da pobre rapariga que ro-l Às que se deixam arrastar pela triste Tação repudiava o furto e a cobiça dos
Joaquim Castro - Guimarães, 4oSoo: Mi- tmuavo • ,.8Íftar tloriosamente 110 univer- deou o seu frágil corpo de tôdas as bar- e vaporosa ilusão dum prazer momentâ- bens alheio• 1
guel M. Correia - França, 2o$oo; Augus- so. reiras num ímpeto de superior energia. neo, posto acima de interesses bem mais Foste a veroonha de teu pai, 0 veràu-
to João de Caxvalho - Gerêz, rsSoo; Ri- • • • Ninguém teria notado a sua derrota, ~ uobres, ou de dôces palavras que só têm go de tua espo&a e a perda de teua /i-
ta Linhares Brum - l3iscoitos, 20$oo; P.• tivesse cedido; o mundo estava talvez um sentido verdadeiro: corromper, enga- lhos.
Agostinho Vieira - Paúl, 5oSoo; Manuel Em 1854, Vitor Cous111, mete#-se tam- pronto o usar de compaixão - fácil como ntmdo; a essas, digo, cabe apenas uma llenegaste a minha religi{Jo amaldi-
de F. Lucio - Flores, ro$oo; Ant. 0 Ro- bém a ... trof.U.. é em conceder o perdão às vitimas da heran~: chorar irremediàvelmente por çoaste a minha Igreja, pro/~fW.ste os
drig. Palmeira-Tomar, 15$oo; José Ber- - «0 cristianis111o durará quando mui- brutalidade humana. Mas naquela inte- tôda a vida a perda da sua maior rique- meus Sacramentos, foste a ruína do•
Bardo - Vila de Rei, soSoo; ArtUI dà I to cinqüenta. anos,. merata. donzela ergueu-se, como instinto, za. e penhor, quando não têm ainda de inocentes, 0 mau eZ~;mplo doa novos e •
Silva - Gaia, 15$oo; P.• Manuel Pita. - No fim do slculo. isto ~. c111qllenta e a vontade férrea de salvaguardar a todo o pagar no outro mundo o mau uso que fi- escd.ndalo doa mais velhos.
Chaves, so$oo; Maria José Vieira - Par-I cinco 41f()f d.pois, desfrvlava em todo o custo a sua honra. ainda à custa da pró- 1eram daquilo que devia constituir o maior
delhas, 7o$oo; Distribuição em Pardelhas, ' mundo uma pujança de vida como jamais pria vida. E não trepida no meio da ba- título de glória, mesmo aos olhos do JuJ.gas talvez que vie~te ao mundo pa_
i2$oo; Henriqueta Santos - Varatojo. I até .então conls«::N. talha; no esfôrço da sua suprema tena- mnndo. ra praticar o mal Y E que tem sido a tua
3o$oo; Mariana Coelho - Borba. 2o$oo; 1 cidade contra a fOrça bruta, disposta Para essas aqui ficam êstes exemplos infame vida senão uma continuada c4.-
~faria do C. Pires - Porto. 15$oo; P.• , • até ao extermínio; no inesperado as.-alto, de heroísmo sublime que as deveriam en- deia de CTimes e maldades?
.-'.ntónio de Freitas - Vila Verde, 2o$oo; Em 1903, o livre pensador franc~s. Ar- sem os auxílios e protecção da prudên- vergonhar vendo-se tão cobardes ou tal- Nasceste num país cristão e tens obra-
Rosa Amélia - Vimieiro, 15$oo; José F. fttr Ranc. ucrBVia no «Radical, de Paris cia humana, assistida unicamente do seu vez tão levianas, deculpando-se com um do sempre como um mouro infiel.
(Íe Almeida - Vimieiro, 15Soo: esmola du- o seguinte: anjo e do sublime ideal duma vida pu- «n_ão pude"- verdadeira resposta de pol- Dei-te paia, mestre& e &acerdotcs que
ma anónima, 2o$oo; }.faria L. de Moura ra imolada a Deus como hóstia de sa- troes que provocará da parte do Coração tP apontas.,etn a estrada do bem e nã•
- Lisboa, 15$oo; !\faria S. de Matos - crifício, deixou-se aniquilar e matar. C: stissimo de Jesus êsse outro <<não>>, os qt~Üeste ouvir.
Pedrouços, soSoo; Dr. António Victori.no 1 you. - "Em 1905, ou o mais tardar em terrível e funesto pelas sua~ irremediá- Muitas vezes bati à porta do teu co-
o , .., •iiCISu.o sf'rá enterrado. Venceu, morrendo. A sua alma pura
Coelho - S. do Bom Jardim, 3o$oo; es- entrou no Seio de Deus como os már- veis conseqUências: ut~eseio vos>>, não vos ração mas fizeste-te ·suTdo. Esperei alt
Em 1908, o ... profeta morria sem te-r conheço.
mola de Ernesto Dias - Ceissa, 55$oo; tires dos primeiros tempos, como Inês 0 !Íltimo 1nomento da tua "!>ida pela tua
Joaquina Vieira - Barcelos, 6oSoo; Dr. tido a satisfação de assistir a~ entlrro de Roma e Luzia de Siracusa, ao mesmo Às donzelas que souberam ou souberem conversão e, obstinado e i1uensivel, att
Francisco P. de Almeida-Coimbra 2o$oo; que predissera. O catolicismo continuava
a su11 carreira gloriosa. tempo que os anjos desciam àquela mo- pôr acima de tôdas as contingências-até 03 últimos Sacramentos tksprezaste,
Francisco Luis Louro - Alcácer do Sal, rada deserta., a cobrir de lírios brancos o mesmo deante duma bala assassina - a preferindo morrer com um réprobo.
2oSoo; António Rodrigues - Caldas da ••• corpo imaculado sôbre cuja fronte a estima da sua própria honra e honestida- Afasta-te, pota, de mim, maldito, que
Rainha, 27S5o: Ester Pimentel - Brasil, malvadez humana tecera inconsciente- de, respondendo com um «não quero" as tuaa pr6prias oln'as te condenam.
15$oo; Mary Cordeiro - América, 2 doia· Em 1904. Emi/io C~mbes diZia num mente a coroa rubicunda do martírio. impelável as diabólicas sugestões dum co-
res; Mariana Rosa Palma - Vila Viçosa, diswrso: ração cego, aqui ficam ainda os mesmos 111111111111111111111111111111\llllllll\llllllll.ll"\ll
O povo pôde contemplar no facto não
2o$oo; António M. Almeida - Lagos, - «Dentro de dez anos não haverá um só o horroroso do crime inqualificável, exemplos de fortaleza para que se censo-
2o$oo; Casimira da Luz - Satão, 3o$oo; só religioso em França,. mas também um episódio de supremo lem e animem a prosseguir com alegria No Santuário encontra-se já
Maria de Oliveira Soares - Ovar, 2o$oo; Em 1914 precisamente, ao som do ca- heroismo, e vinte mil pessoas prestaram generosa no maior combate da vida - o à venda a última novidade
Maria Elvira C. Branco - Foz, 15$oo; r~hão, todos os religiosos exilados volta- homenagem à inocente que se abraçara da pureza - na certeza de que a cons.
Maria de Quadros Almeida-Ovar, 15$oo; vam para a pátria chamados pelo govlr- à morte para repelir de si a culpa. Ma-
110 que lhes pagou as despesas da viagem.
ciência do dever cumprido gera mais paz literária sôbre Fátima
Aliniro José Pinto - Arões, no$oo; Dis- gnifico exemplo o da vítima; eloqüente e doçura no coração do que a satisfação
tribuição em Almada, so$oo; Manuel Ro- Para lá foram e 14 estão ainda ~ apoia- a vor. e o gesto da multidão que inun- de milhares de paixões do porte inferior Fátima à Luz da Autoridade Ecle-
que - Gonçalbocas, xsSoo; Distribuição dos pelas massas da população franc~Ssa. dou de lágrimas o féretro duma sua fi- do nosso ser.
ém Cesimbra, 97$oo: D. Maria Vilas Boas Combes morreu em 1921. No dia em lha, heroína da pureza, ceifada apenas Oxalá que tôdas as JOvens, que lerem siástica, pelo Dr. Luís Fischer.
Miranda, 2o$oo. que o encarniçado perseguidor exalava o de quinze anos pela mão assassina duma êstes edificantes episódios, lhes pusessem ~telivro será enviado li-
tkrradeiro suspiro em meio da indiferen- fera humana. como remate e conclusão uma promessa
ça dos franceses, jonnart partia para Ro- • ~olene e eterna feita aos Pés da Virgem, vre do porte do correio a
ma, afim tk reatar com o Vaticano as re- que apareceu em Fátima a recomendar
Deus não morre lações oficiais que Combes rompera ... mortificação e pureza, de serem antes mil quem o pedir mandando jun·
Por nos parecer interesaute para tod• ·S O caso de Monza não é único. Uma vezes mártires do que flOres emurcheci-
os católicos, transcrevemos aqui os seguin-
••• jovem de Breseia-da freguesia de Cas- das. tamente s$oo.
tes dados históricos publicados nas «No- Há un.s bons dezoito ou desa110ve anos, tegnato -,para salvaguardar a sua ino- Também se encontra na Re-
vidades,, de 30 de Maio de 1932. o ministro da justiça do GovlrJW provi- cência, afrontou uma pistola armada.
Embora conh~Scidos de muitos, são ~~­ s6rio da República portuguesa, garantia N~o se trata ja do assalto dum desco- A CrU!I é um tJavio; ninguhn pode dacção da <<Voz da Fátima»,
t~Sressantes. assim ju~tos, como os ve- a desaparição do catolicismo de Portugal nhecido violador que busca as trevas pa- atravessar a salvo o mar diste mundo, fo-
mos no Jornal da Beira, os s1guintes fac- em duas ou trls gerações. ra a realização dos seus intentos; trata- ra da barca de Cristo. - Seminário de Leiria.
tos: O catolicismo reina, ilumina, civili:~a -se dum rapazote da aldeia, bem conhe- Se hei-de converter-mtJ àmanhã, porque
A Ulda passo lemos em jortJais inimi- e prospMa na Pátria portugtUsa. cido da intrépida heroína que ganhara não há-de ser hoje} llllllllllllllllilhlllll~llllllllllllllllllllllllllllll

Ano XI Leiria, 13 de Outubro de 1932 N.0 121

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director • Proprietáriot Dr. Manuel Marques dos Santos - Empresa Editorat Tip. "Unilo Gráfica" T. do Despacho, 16-Lisboa Administrador: P. António dos Reis _ RedaoQio e Administraoãot " Seminário de Leiria,.

FATIMA -puríssimo raio de luz e de amor·


do Coração. Imaculado de Maria
«A Raínha do Céu baixou à nossa terra - que desde o comê-
ço era dela: Terra de Santa Maria- e pôs o seu trono de miseric6r-
dia em Fátima, donde a todos mostra Jesus, o Salvador do mundo».
(Palavras da Em.mo Senhor D. Manuel II, Cardial Patriarca d8 Lisboa).

treze de Setembro foi sem dúvida a par- sala do capitulo do v etusto mosteiro, à sidida• pelos seus párccos e pr<:cedidas do>S à face de todos, a sua crença firme e ina-
O mês de Setembro em Fátima te activa e preponderante que nelas t omou luz pálida e mortiça do lampadário da seus estandartes, as peregrinações de Be- balável em tOdas as verdades reveladas
No formidável movimento de vaivêm, a peregrinação diocesana de Vila Real de Pátria. ja. Setúbal, Extremoz, Maxial, TOrres por Deus e ensinadas pela Santa Igreja.
tumultuoso e incessante, das grandes mui. Trás-()5-Montes. Vedras, Serra de Tomar, Atouguia da Ba- Lá ao longe, nas cidades do mundo,
tidões que, durante a quadra mais bela Presidida por Sua. Ex.c!& Rev. ma o Se-
nhor D. J oão Evangelista de Lima Vida!,
Mons. Jerónimo do Amara) leia. e outras.
A de Setúbal, que se efectua todos os
bramem raivosas as imprecações da des-
crença e rugem formidáveis as blasfémias
do ano, acorrem, de tOda a parte, ao re-
cinto sagrado da Cova da Iria, há, todos ilustre e venerando Prelado daquela dio- Da peregrinação diocesana de Vila Real anos no mês de Setembro, foi promovid•1 e as vociferações da impiedade.
os anos, no mês de Setembro, como que cese, que era acompanhado pelo seu jovem fazia parte entre outras pessoas de des- pela freguesia de S. Julião daquela cida- Aqui, na mística cidade da Virgem,
uma pequena pansa, uma suspensão brus- Bispo auxiliar o Ex .mo e Rev.mo Senhor taque o ilustre Vigário Geral da dioce- de e f'ra acompanhada por cinco sacerdo- milhares de peitos entoam um hino de fé,
ca que fàcilmente se explica, caracteri- D. António Valente da Fonseca, recente- se, Ex.mo Mons. dr. Jerónimo T eixeira tes, sendo um de Palmela e quatro da vibrante e entusiástico, como protesto vee-
zada pela diminuição considerável do mente elevado às honras do Episcopado, de Figueiredo e Amaral, Protonotário formosa princesa do Sado. mente contra as negaçôes impotentes do
número de peregrinos. e organizada pelo grande pregador, rev.do I Apostólico uad instar participantiumn. A da freguesia da Serra de Tomar, or- ateísmo e os vãos sarcasmos da increduli-
De Maio a Agosto, Portugal inteiro VO- I.uís de Azevedo Castelo Branco, sobrinho Respeitável pela sua idade, venerando ganizada e dirigida pelo seu zeloso pároco dade!
mita no vasto anfiteatro do local das apa- de c~Jebre escrit:>r, Camilo C.1stelo Brnu. 1 pelas suas acrisoladas virtudes, beneméri- rev.do José Dias Rodrigues, recebeu a bên-
rições dezenas de milhar de peregrinos que co, a peregrinação diocesana de Vila R eal to pelos relevantes serviços prestados à. ção do Santíssimo Sacramento na igreja A adoração noc:tuma
vão pedir à Rainha dos Anjos, no seu san- foi a mais numerosa de tOdas as pere- causa da Santa I greja na sua diocese, paroquial de Fátima por ocasião da sua
grinações diocesanas que até hoje se teem aliando aos mais peregrinos dotes de in- chegada, às 6 h oras da tarde, seguindo À meia noite oficial foi exposto o San-
tuário predilecto, doce lenitivo para os tíssimo Sacramento no altar-mor do Pa-
males físicos de que sofrem ou precioso efectuado ao Santuário Nacional de Fá- teligfincia .e de coração uma grande afabi- depois numa bem order:ada procissão, pa·
vilhão dos doentes para a adoração dos
confOrto para as provações morais que fiéis.
os assoberbam. Do lado da epístola estão quatro ilus-
Espectáculo admirável e sobremodo co- tres Prelados que vieram dar com a sua
movente! presença um realce extraordinário aos
No dia 13 de cada um dêsses meses vê- actos religiosos comemorativos do dia tre·
-se e dir-se-ia que se apalpa a alma no- ze.
bre e piedosa da Pátria, do velho e cris-
São os Ex.moa e Rev.moo Senhores D.
tianíssimo Portugal doutras eras que, na-
quela nêsga incomparável da serra de Aire João Evangelista de Lima Vida!, Arcebis-
tantas vezes santifi::adª" pela presença ia po-Bispo de Vila Real e Superior Geral
Virgem sem mancha, dobra os joelhos, das Missões do Clero secular português,
põe as mãos e franze os lábios, erguendo D. J~ Alves Correia da Silva, Bispo
f~rosamcnte as suas preces para o Céu.
de Lema, D. José da Cruz Moreira Pinto
Tôdas as classes sociais confraterr..izam Bispo de Viseu, e D. António Valente eh
pelos seus representantes, ali, naquela es· Fonseca, Bispo titular de Céramo e au-
xiliar de Vila Real.
tância bemdita, junto do trono misericor-
dioso de Nossa Senhora de Fátima, rivali- Já dali, da varanda do Pavilhão dos
zando nas homenagens de filial devoção a doentes, tinham todos êles assistido ao de.
prestar-lhe e suplicando-lhe que guarde e senrolar da procissão das vela3, espE'Ctácu-
proteja esta terra de que ela é a augusta Jo sempre belo, sempre novo e sempre cu.
e excelsa Padroeira c que se preza. e ufana movente, que os olhos jàmais se cansam
de ser a gloriosa terra de Santa Maria. de contemplar.
No mês de Setembro, o fluxo e refluxo Depois dalguns actos de desagravo a
das peregrinações afr-1 uxa e atenua-se sen- Jesus Sacramentado, feitos pelo rev.do dr.
sivelmente, mercê do elifOrço extraordiná- Manuel :Marques dos Santos, vice-reitor do
rio feito nos meses precedentes, graças à Seminário Episcopal de Leiria e capelão
-director das Associações de Servos e Ser-
intensificação dos trabalhos agrícolas nesta
época do ano e em virtude da preparação
para a segunda das grandes peregrinações
anuais, a peregrinação nacional de Outu-
I vas de Nossa Senhora de Fátima, foi re-
zado o têrço, expondo, em forma de me.
ditação, nos intervalos das dezenas os
bro, destinada a comemorar o encerramen- mistérios dolorosos do Rosário, o r~v.do
to do ciclo das celestes aparições de Fá- Luiz de Azevedo Castelo Branco, organi-
tima. Grupo dos Rev.doa Sacerdotes Superiores e Professores em alguns dos Seminários de Portugal, que de 4 a zador e pregador oficial da peregrinação
:e en1ião, nêsse mês de graças e de bên- 11 de Setembro fizeram na Fátima os seus Exerclcios Espirituais, pregados pelo Ex.mo e Rev,mo Senhor Bispo de diocesana de Vila Real.
çãos, o mês por excelência do Santíssimo Viseu e P.• Marinho. A primeira hora, destinada à adoração
Rosário, que, pela segunda vez no ano, e reparação nacional, prolongou-se até de-
um vivo sentimento de amor e piedade pois das duas horas, tendo tomado parte
faz vibrar de santo entusiasmo, até às fi.tima. à excepção da de Leiria, que levou !idade de trato, essa extraordinária figura ra a Cova da Iria. Veiu também a Fátima, nela os peregrinos da diocese de Vila
bras mais íntimas, o coração generoso de ali cêrca de quarenta mil almas. de sacerdote que desfruta de justo e ine- a-fim-<ie tomar parte nas comemorações Real.
Portugal fidelíssimo, impelindo dos quatro A peregrinação, composta de setecentas gualável prestígio em tôda a região de rE-ligiosas do dia 13, o Patronato de Santa A esta hora de adoração seguiram-se ou-
pontos cardiais multidões sem número pessoas aproximadamente, partiu de Cha- Trás-os-Montes, impõe-se ao respeito e à Teresinha, de Tortozendo. tras para as peregrinações de Setúbal ,
para o lugar abençoado que; sendo o cen. ves na segunda-feira, 12, às 6 horas da admiração de crent es e descrentes como Compunha-se êste grupo de piedosos ro· Atouguia da Baleia e Serra de Tomar.
tro geográfico do país, é, ao mesmo tem- manhã, em comboio especial, fazendo-se um modêlo de abnegação, zêlo e solicitu- I meiros de vinte e quatro educandas que A pieÇos:l. velada nocturna, que durou
po, e será sempre, o seu polo moral e reli-
acompanhar de grande parte do clero da de pastoral de tOdas as virtudes cívicas, eram acompanhadas por tOdas as suas pro- até cêrca das seis horas, terminou com o
gioso. . região e reunindo-se-lhe em Vila Real os morais e religiosas. fessoras e pelos rev.doa António dos Santos canto do Tantum srgo e a bênção do San-
O mês de Setembro em Fátima é ver- dois venerandos Prelados da Diocese. Figueiredo e José Alfredo da Cruz e Sousa. tíssimo Sacramento.
a'
dadeiramente, o átrio, o vestíbulo, ante- A maior parte dos membros desta pe- Outras peregrinações
-câmara do mês de Outubro, que, há d~ re~ção nunca tinham visitado o San-
[ tuán? d~ Nossa Senhora de Fátima, sendo
zasseis anos, foi assinalado pela derradeira Como guarda avançada da peregrinação
A procissão das velas Missa e bênção dos doentes
aparição' da augusta Mãi de Deus aos hu. ~r ISSO grandes e pr~fund~s as. Impres- do dia treze, chegou no dia 5 a Fátima Às dez horas da noite, depois de rezado Desde alta madrugada os sacerdot~ .
mides e inocentes pastorinhos de Aljus- soes q~e receberam e IDolvJdáveis as :e- um grupo de romeiros de Pico de Regala- o terço em frente do altar do Pavilhão dos que nêste dia 13 eram em grande número,
trel-e pelo maravilhoso fenómeno solar pre-
cordaçoes que levaram da sua longa e pie- dos da Arquidiocese de Braga. doentes, realizou.se a procissão das velas, uns celebravam a santa missa e os ou-
dito pela Virgem e presenciado com as- dosa romagem. O grupo eta composto de cêrca de ses- que percorreu o itinerário do coStUme. .\ tros ocupavam os confessionários prepa-
sombro por uma multidão de cêrca de se- O cor:nbóio es~ial que conduziu senta pessoas e presidido por dois sacerdo- noite serena e aprazível, duma amenidade rando os homens e os rapazes para a
tenta mil pessoas de tOdas as classes e os peregnnos a Fátima só regressou a tes. · encantadora, concorreu sobremaneira para grande Comunhão Geral da manhã.
condições sociais e de todos os pontos, Trás-os-Montes no dia 14, para que pu- Os piedosos romeiros retiraram no dia 7 o bom êxito desta piedosa manifestação Às dez horas houve missa cantada,
ainda os mais distantes, de Portugal. dessem vêr e admirar o templo e monu- de manhã, depois de terem realizado co- em honra da Virgem Santíssima. mandada. celebrar por um devoto de Be-
mento da Batalha, comemorativo do he- lectivamente e com um fervor edificante Terminada a procissão, a grande massa ja, sr. Manuel Guerreiro da Costa Branco,
Peregrinação diocesana de Vila Real roico feito de Aljubarrota. o mais glorio-
so da nossa "história, e visitar piedosa-
os actos religiosos próprios das peregrina- dos peregrinos, em número dalguns mi-
lhares, reune-se de novo diante do altar
em cumprimento duma promessa.
Ao meio-dia, depois de reza.do o terço

i
ções.
O facto culminante e mais digno de re- mente o túmulo do soldado desconheci- No dia 12 à tarde fizeram a sua entrada do Pavilhão e canta com fervor o Símbolo em honra de Nossa Senhora defronte da
gisto nas comemorações festivas do dia do, cujos restos mortais repousam na solene no vasto recinto dos santuários pre- dos Apóstolcs, profes.«ando pilblicamente, capela das a}:5arições, foi a veneranda


2 VOZ DA FATIMA
Imagem da Virgem conduzida processio- íício pertencente ao Santuário e situado

GRAÇAS DE Na SENHORA DE FÃTIMA


além disso fazer publicar a graça que me
nalmente para o Pavilhão dos doentes. em frente da entrada da avenida central. fôsse concedida.
Ali, no altar-mor da respectiva capela. T enho feito isto todos os anos, termi-
Sua Ex.el& Rev.ma o Senhor Bispo Au-
xiliar de Vil~ Real celebrou a missa ofi-
O rev.do dr. Loiz Fischer nando esta promessa em 1 3 de Maio cor-
rente. Cumpri com rigor todas as mi-
N"ossa Senhora da Fátima atend eu seus
cial, tendo o Ex.mo e Rev.mo Senhor D. Não há de-certo nenhum católico em Sordêz pedidos. E por ~~ com grande satisfa- nhas promessas pois só ali encontrei a
João Evangelista de Lima Vida! pregado Portugal que não conheça, ao menos Venho pedir a publicação de uma gran- ção foram cumprir o seu voto, tomando verdadeira cura, graças à S. S. Vir-
ao Evangelho, dirigindo a palavra princi- de nome, êste grande e infatigável apósto- de graça q ue Nossa Senhora fêz a um parte nas procissões as filhas de Maria., gem, bem como as de minha m ulher que
palmente aos seus diocesanos. lo de Nossa Senhora de Fátima nos paí- do meus filhos: - Ficando surdo, por zeladores e zeladoras do S. C. de J esus, tanto padeceu pela minha c ura, o q ue
Aos sacerdotes presentes lembrou que ses de língua alemã. uma grande constipação que teve, fui m uitas outras pessoas da freguesia e ou- julgo ter sido ela a atendida visto ser
esta geração de levitas é destinada ao O :-ev,do dr. Luí~ Fischer. leu te da cad:!•· com êle ao médico que me disse que meu tras limítrofes, levando na frente astea- muito devota e dedic<l,da à mesma Rai-
martírio. atontas as duas grandes fõrças ra de História Eclesiástica na Faculdade filho precisava de ~er operado no nariz da a bandeira de N.• S.• da Fátima, nha dos Céus.
que hoje ;;e degladlam sõbre a terra. :e ne- de Teologia da Universidade de Bamberg o que só depois da operação ficaria bem. no dia 13 de Maio de 1932 .. Actualmente não possuo ainda a ver-
cessárh que se preparem para êle e por is- (Baviera), tendo vindo há dois anos a Fêz-se a operação, e ficou bem por dadeira fé, apesar da. graça maravilhosa
so recomenda-lhes a perfeita união com o-; Espanha, a-fim-de consultar os livro~ e algum tempo, mas pouco depois voltou II que desde o r. 0 dia em que fui a Fáti-
seus t>relados e com a Santa Igreja. Ali os códices das suas bibliotecas e, ouv10do a surdez. Corri novamente aos médicos • ma se apoderou de Inim, pelo que pe~
devem fazer a Nossa Senhora a promes- ali falar do Santuário de Fátima, resol- especialistas que me disseram que a pri- Glória da Prulade, natural e residen- a N. • Sl'nhora me perdoe e me ilustre
sa de ler e meditar dois Breviários: o das veu não regressar . ao seu país sem fazer meira operação tinha sido mal feita e te na freguesia de Valega, concelho de o espírito com a luz da fé se disso me
horas canónicas e o das determinações primeiro• uma breve vi~ita a fosse célebre que necessitava duma outra. Com muito Ovar, vem pedir o favor de publicar julgar merecedor.
do Concílio Plenário Portuguh S:10tuário. sacri..fício fêz o pequeno segunda opera- na uVoz da Fátima·• uma cura por in- Lisboa -Campo de Santa Clara, 55.
Dirigindo-se dt,pois aos fiéis quere que Tendo estado cm Fátima no dia I3 de ção. Sentiu-se um pouco melhor mas du- tervenção de N.• S.•, pela qual se con- 4·o Dt.
êles prometam sair dali desprezando as Maio, onde pre~enciou as grandes mant· rante pouco tempo. Voltei-me então para fessa imensamente reconhecida a Nossa Martinho Candid•
seduções da moda e com o propósito de !estações de fé e piedade que nêsse dia Nossa Senhora da Fátima. Senhora. Dera à l uz uma criança e fica-
cristianizar a~ festas de Portugal, não ali se desenrolaram com o maior esplên- Comecei a rezar o r<'sário durante no- ra b(·m; ma< passadas horas, sobrevie- Quisto
concorrendo, não subsidiando festas que dor e magnificência, reüniu, alguns meses ve dias e durante e$ses nove dias tive raro-lhe uns ataques, que a deixavam Humildemente prostrado aos pés d~
não sejam feitas em conformidade com ns depois, as suas notas e impressões num uma Imagem de Noss,_ Senhora alumia- como morta, sem ver, nem ouvir, nem N.• Sr.• da Fátima venho agradecer-lhe
instruções dos Senhores Bispos, qu~: não livro admirável, que foi vertido e publi- da e ofereci-lhe um fio de ouro que êle fahr. uma grande graça relatando o seguinte.
descansarão, êles e os s<'us sucessores, em- cado em portugués, numa primorosa tra- tinha trasido ao pescoço quando peque- , Chamado o pároco e o médico a tôda a Apareceu-me um quisto na garganta
quanto Jesus Cristo não fôr entronizado, dução, pelo rev.do dr. Sebastião da Cos- no e p·..,meti publicar a graça da cura pressa, êste disse que se os ataques se sendo eu ainda criança. Meus pais não
mas perfeitamente, nas festas que se rea- ta Brites, pároco da 511 Catedral de Lei- se a Boa 2\Iãi do Céu ouvisse as minhas repetissem, aprontassem o que devia !e- compreenderam a gravidade do mal,
lizem em terra portuguesa. ria. súplicas. Nossa Senhora atendeu-me e var para a sepultura, e se sob revivesse, mas à medida que eu ia crescen do o meu
Refere-se ainda o sábio e piedosíssimo Todos os leitores da «Voz da Fátima» hoje venho cumprir e agradecer a Nos· ficaria doida. Os ataques continuaram mal ia agravando-se cada vez mais.
Prelado aos Seminários das missões· e à se deliciaram já. com a leitura da primo- sa Senhora. a repetir-se durante três dias e três noi- Fiz tanto pela minha saúde que me.
devoção missionária, encarecendo a neces- rosa joia literária que é «Fátima, a Lour- Figueira da Foz trs. a ponto de todos se admirarem <ie internei no hospital de S. José em Lis-
sicbde de tâdas as pessoas, incluindo as des Portuguesa••· Alberti11a Correia ser possível o viver. boa para ser operada. Os médicos decla-
crianças, se inscreverem nas diversas as- Mas, não satisfeito com a publicação Foi então que a família e amigos in- raram-me que visto o mal ser já tam
sociações missionárias. d~se valioso subsídio para a história das Cegueira vocaram Nossa Senhora da Fátima. 1antigo poderia reaparecer-me e seria en-
Muito a propósito conta o caso dum
Bispo que na sua diocese não favorecia
as vocações missionárias com o fundamen-
maravilhas de Fátima, o sábio e piedoso
escritor, ainda há poucos me~es, a pro-
pósito da Carta Pastoral, «a Providf:ncia
Venho por êste meio agradecer a No,-
IMolhando os olhos e lábios da doente tão necessário sugeitar-me a segunda
sa Senhora da Fátima a grande graça com água e colocando-lhe a medalha ao operação. De facto reapareceu o meu
que concedru a meu filho Artur Amaral pescoço, prometeram, se N.• S.• lhe res- mal, mas à operação é q ue me não atre-
to da necessidade de clero para a sua Divina», cm que o venerando Prelado de de 5 anos de id::tde. J á. tinha sido decla- tituisse a saúde, pedir esmola pela frc- vi a sujeitar-me. Recorri fervorosamen-
diocese. Emquanto as~im procedeu, o Sr Leiria declara como dignas de crédito as rado incurável, por 3 médicos. Uma vi- guesia e entregar o produto para as te à Mãe Celeste Senhora da Fátima que
minário não tinha frequência, afluindo visões das crianças na Cova da Iria e per- zinha mandou-me umas go.tas de água obras do Santuário, indo em peregrina- não esperou que eu lhe terminasse uma
grande número de candidatos ao sacerdó- mite· oficialmente o culto de Nossa Senho- da Senhora da Fátima, água q ue lhe ção a mãe e o filho. Graças mil à. Mãe novena, porque ao fim de três dias es-
cio quando o Prelado mudou de atitude ra de Fátima, nos deu uma nova c não dei a beber e com que lhe lavei os olhos do Céu! Dentro em pouco a doente abre tava curada.
para com as missões. menos be:la e valiosa produção literária porque o meu filho estava cego. Coisa os olhos e começa a articular palavras Já lá vão três anos depois desta gra-
admirável: momentos depois de ser apli- melhorando ràpidamente até que hoje ça e encontro-me perfeitamente boa. Pe-
cada a água o ceguinho começou a ver !! acha-se completamente sã. Muito agra- ço-lhe, pois, mais uma vez, se digne pu-
Eu Maria P. Amaral e meu marido decida cumpre o seu voto. blicar esta grande graça na «Voz da Fá-
João Amaral - seus pais, com tôda a Agradecimento, glória e louvor a ~os- tima•, para honrar e glorificar Jesus e
família agradecemos a Nossa Senhora da sa Senhora da Fátima! Maria Santíssima sua e Nossa Mãe ben-
Fátima a grande graça. \'alega dita.
East Providence - América. P.• Domingos J osé dos Reis Ilhavo
Maria Serróa de Castro Magano
Tubercolose Agradecimento a Nossa Senhora
Fui visitar Nossa Senhora da F átima,
e quando cheguei a casa fiquei muito Cheia de gratidão para com a Mãe de Crupe
desgo~tosa, porque meu filho Manuel .de Deus, ::'>faria Santíssima, venho cumprir Venho prestar o meu grande reconhe-
Carvalho, doente até ali, estava agora a minha promessa de agradecer na uVoz cimento a Nossa Senhora da Fátima p u-
a deitar sangue pela boca. Tratou-se com da Fátiman a grande graça que Nossa blicando uma grande graça que Ela me
alguns médicos mas não alcançava me- Senhora se dignou conceder-me: a cura fêz:
lhoras Primeiramente trataram-no dum de um grande erisipelão que me obri- - Minha filha, de 3 anos de idade, es-
pulmão; cm segundo lugar procuramos gnu a estar umas semanas de cama. teve gravemente doente com a terrível
tratar-lhe do coração e por fim os in- Senti-me muitas vezes tão mal que me doença, chamada 11Crupn. Tinha fortes
testinos tiveram também o seu tratamen- parecia a cada instante que a vida de- acessos de falta de ar, ficava completa·
to próprio. Mas o mal continuava e já saparecia. Recorri à. Virgem Santissima mente rôxa, rebolava-se pela cama, n u·
me diziam que meu filho estava tuber- que me acudisse em tão grande aflição, ma aflição terrível. E u receava que nu-
culoso. graça que Nossa Senhora fo i servida ma dessas ocasiões minha filhinha mor-
Pedi a Nossa Senhora que abençoasse conceder-me, assim como outras graças resse; invoquei então N.• S.• da Fáti-
a medicina para saúde do meu Filho de que me tem dispensado. e que eu do ma com muito fervor, pedindo-lhe, não
o Senhor Bispo Coadjut or de Vila Real celebr ando a missa dos I I anos de idade. Prometi-lhe de o le- coração lhe agradeço. só a cura do seu mal como também p a ·
var a Fátima logo que as melhoras se Portalegre ra. que essa molestia não contaminasse
doentes. os meus outros dois filhos. N .• S. • da F á-
~entissem. Hoje, graças à Santíssima Vir-
Assistem à Santa Missa os Ex.mo• Prelados de Leiria, VIla Real e Dalila de j cstts llfamão Morgalho tima quiz ouvir-me alcançando-me tam
Viseu . gem, já se acha com saúde.
Nunca poderei agradecer tantas graças grande graça: - Minha filha n um prazo
que por sua intercessão tenho alcançado. Doença nervosa de 15 dias ficou boa e os outros nada
tiveram.
Depois da missa, o Senhor Arcebispo- igualmente traduzida cm vernáculo pelo pois foi E la quem mo curou. Em I9I7, quando a pneumónica. devas-
Vento~o Bêco- Ferreira de Zezere. tava urna grande part<: da população Recife - Pernambuco
-Bispo de Vila Real deu a bênção cucaris- rev.do dr. Sebastião da Costa Brites e su-
tica a cada um dos doentes, sendo acom- bordinada ao titulo de «Fátima, à luz de Portugal eu, caí de cama; e como se Olívia T eixeira Reis de Sousa
Jtaria Rosa Freitas apoderasse de mim o horror da morte,
panhado nessa tocante ceremón ia pelos ou- da autoridade eclesiástica».
apanhei uma terrivel doenç11. nervosa,
tros Ex.mo• Prelados. No dia 1 I do corrente mês, pelas 8
Pegava à umbela o sr. dr. António Li- horas da manhã, o ilustre professor uni- ~a
Graças de N: S: Fátima em que no meu cntendcr não há pior, pois Pleurisia
no Neto, ilustre presidente do Centro Ca- versitário a lemão, depois de ter atrevessa- cheguei a pensar em pôr termo à exis- No dia 15 de Outubro de I9JO dei
tólico P ortuguês, e levava nma das lan- do em caminho de ferro a Europa Ociden- Valega tência, visto não encontrar remédio pa- entrada no hospital de Santa Marta, em
ternas o rev.do dr. Luiz Fischer, profes- tal e de ter embarcado em Bolonha no ra tal doença. Apesar de .ter consultado Lisboa com uma pleurisia purulenta,
sor catedrático na Universidade de Bam- uSierra Nevada>~ com rumo a Portugal, vários médicos da Capital e de fóra, bem no lado direito.
entrava no pôrto de Lisboa, seguindo no como vários ucurandeirosn que várias Estive 3 meses na enfermaria do Snr.
~rg.
Depois da bênção dos doentes, foi can- Domingo à tarde pela linha de Oeste pa- Em 2\iarço de I9JI, o Sr. P.• Domin- pessoas me indicaram, andei assim até Doutor Polido Valente, tratado pelos as-
gos José dos Reis, então- pároco de Va- Outubro de I<)27 não conseguindo en- sistentes, Snrs. Doutores Camacho e
tado o Tantum ergo e dada a bênção ge- ra Leiria e na segunda-feira de automóvel
lega, concelho de Ovar, adoeceu grave- contrar remédio para lenitivo do melU Raúl de Sá. No fim dos 3 meses, sen-
ral a todos os fiéis. de manhã para Fátima, a terra dos seus
Em seguida, os venerandos P relados encantos mente, sendo empregados em seu favor mal. Aproveitando a licença q ue anual- tindo algumas melhoras, pedi para me
benzeram os objectos religiosos que os pe- O rev.do d r. l.u's Fisct>er tenciona úem<' I
todos os recursos da medicina. Já não
regrinos tinham consigo e que ainda não rar-se dois mE'Ses no :1osso país, onde veiu 1 sentia a última injcção, que se lhe po-
mente me é conced ida, bem como o en- deixarem sair do hospital, mas o direc-
sejo do médico que ultimamente me tor Snr. Doutor Polido Valente não que-
haviam sido benzidos e por último aben- colher os elementos necessários para o seu dia aplicar ,em caso tão de~e~perado; tratava, fui passar esta licença a Mafra. ria deixar-me sair por ter ainda um bo·
irmãos e sobrinhos, acercando-se do en- Uma vez ali, como a doença ainda mais cadinho de febre. Por fim dizendo eu
çoaram todo o povo. :ivro em preparaç.ão «As aparições de Nos·
Após vários avisos, feitos pelo rev.d• sa Senhora de Fátima». fermo esperavam o próximo passamen- se me agra...-assc, aconselharam- me, al- que iria para a Beira-Alta, minha terra
dr. Manuel Marques dos Santos por meio Que Deus lhe prolongue a preciosa vida to! até por fora, já se dizia que tinha gumas pessoas de Fé, a que eu procu- natal consegui deixarem-me sair. Passa-
do microfone, a Imagem de Nossa Senho- e lhe dê a saúde e fôrças de que carece expirado. Duas zeladoras do S. C. de rasse remédio para a minha doença em dos 2 dias depois de chegar à minha
n foi reconduzida para a capela das apa- para continuar a ser o apó<tolo de Nossa J csus e filhas de Maria, sem uma se <~Nossa Senhora da Fátiman, pois só ela terra, comecei logo a sentir-me muito
rições, onde se rezou o acto de consa- Senhora de Fátima, zeloso e indefesso na entender com a outra e quási no mesmo certamente me podia curar, visto os mé- mal não podendo andar tendo por isso
gração à Santíssima Virgem, começando propaganda do seu culto, e a mimosear-nos momento, como depois se verificou, em dicos serem impotentes para isso. Como de voltar novamente ao médico. Fui
em seguida a dispersão dos peregrinos. com as produçõrs admiráveis da sua inteli- acção de graças, prometeram a Nossa não era crente nem descrente em religião ao Sr. Doutor António Augusto dos San-
Imediatamrnte antes da recondução da gência privil<'giacla e do seu p:"<losíssimo Senh cra da Fátima fazer-se uma pere- algum:~ naquela data, foi difícil conven- tos, de Mangualde. D isse-me que a sua
Imagem, o Senhor Bispo de Leiria rezou :-oraç:io! grinação ao seu Santuário, acrescentan- cerem-se a tomar tal resolução, aceden- opinião era que fôsse para um sanatório.
com os fiéis por intenção do Sumo Pontí- Visconde de Monte/o do uma delas, o rezar-se o rosário e do por fim, vbto que desejava experi- Fiquei muito desanimada. Quis ainda
via-sacra em viagem e lá rezar-se , , ler- mentar por ser êste o último recurso que conhecer a opinião de outro médico e fui
fice, dos Senhores Bispos presentes e pe·
las suas dioceses e por algumas outras in- ço e haver missa celebrada pelo r• feri- me restava. Prometi, então, a Nossa Se- ao Sr. Doutor António da Costa Pais,
tenções. do doente, se êste recuperasse a saude. nhora da Fátima se ela me curasse, fa- de Viseu, com quem me tratei muito
e apezar dos seus 7 I anos, podf' se con- zer-lhe uma visita durante cinco anos tempo. Mas não encontrando melhoras e
As comunhões foram aproximàdamente
s.ooo. Um Rei Cristão tinuar a exercer o seu sagrado ministéno, segu1dos e dar-lhe uma certa esmola e vendo-me já sem recursos, recorri a Nos-
O número de doentes foi de 128, sen- sa Senhora da Fátima, ao sen Patrocí-
A alocução do pároco de Twlckenham,
do 47 homens· e Sr mulheres, tendo sido ao anunciar o falecimento do Senhor «Aqui, pondo de parte as tentações S<'JI'm. revelá-los. Bastará afirmár que na nio e junto fiz uma novena, tomando
hospit;.lizados 2 homens e 11 mulheres. o. Manuel mundanas que se ofereciam come pana- vu J 1 • era assim que essa alma sofria, umas gotinhas da sua água milagrosa.
Entre os médicos que visitaram o PôS-
to das verificações médicas, instalado no O rev. O'Brien, pároco de Twicke-
cea para o· seu sofrimento, vimo-lo se-
guir uma vida de recluso, de estudan
I e qut -; anos não puderam mitigar es- Passado algum tempo voltei ao mesmo
"-1. dôr constante, nem alimentar qual- médico, que ficou admiracüssimo de me
ver tão rápida ê completamente curada.
Albergue de Nossa Senhora de Fátima, nham amigo e confessor do senhor D. te, de modesto católico. Assistia à mi><,.:a • quer esperança na vida. Pode ser -
contam-se os srs. drs. Alexandre Correia l'.la.nuel de Bragança, ao anunciar aos paroquia.!, ccmo o ruais simples cid:HJ:..>, quem sabe? - q ue êste estado de es- Como já. há um ano q ue me encontro
de Lemos. de Franzoeira, Ferreira do Zê- fiéis, congregados na igreja de S. Jai- confessava-se ao padre desta igrej .\, e pírito ap;:essasse a sua morte. Todavia, boa, Já fui a Fátima, agradecer à Virgem
zere, e Luís Monteiro da Costa Soares, me, o falecimento do rei de Portugal, ajoelhava-se com os demais para receber, a sua mabalável fé em Deus e na igre- Mãe do Céu, a grande graça que me con-
tenente-coronel médiro, sub-director do t eve para a memória dêste estas sen tidas com recolhida piedade, êsse Deus que ja católica acompanharam-n o sempre até cedeu. E para maior honra venho publi-
Hosp1tnl Militar da Estrêla, de Lisboa. palavras. morreu para redimir os principes e o po- ao fim. A Casa d e Bragança, que tan- 1cá-la no seu jornalzinho.
:l;;ste ilustre clfnico, a-pesar da fadiga da uVeio para nós ainda quási imberbe, vo. tas paginas brilhantes escreveu na histó- Córga - B eira Alta
viagem, apresentou-se no Pôsto às primei- esmagado sob o pêso da d upla tragédia «Quem poderá falar das horas que ria da E uropa morre com um padrão Maria da Conceição Andrade
ras homs da noite da dia 12, oferecendo que sofreu, antes mesmo de perder o passou, a sós, com os seus pensamentos? de fé triunfante, dominando a dôr, que
os sens serviços profissionais aos doentes trono. Herdeiro de elevada!' e nobres Com as recordações de dores sofridas, representa uma das páginas mais bri-
pobres. tradições, encentou u ma nova vida num de ambições legitimas esmagadas e sau- lhantes dessa história. Que o último Lesão cardiaca
Nos dias IZ e I3 funci onou em be- país estranho, onde a maioria do povo dades dos da sua raça e da sua Pátria? príncipe de.."Sa nobre Casa descance em Em I 9I5, meu pai J oão Manuel Afon-
n efício d os peregrinos o novo posto tele- mal conhecia a sua Pátria e despreza- Os padres a q uem êle confiava os seus paz ln so Gonçalves foi atacado d e uma pneu -
gráfico-telefónico-postal instalado num edi- va a sua Fé. pensamentos não podem a inda que o de- 1 monia-dupla. Como conseqüencia dessa

,
VOZ DA FATIMA 3

doença, ficou-lhe uma lesão cardiaca, cu- Lisboa, agradece a Nossa Senhora a sua Augusto voltou para o seu pdroco aque- Ficou para ali imóv6l uns bom dois Em cumprim611to de uma promessa f6i-
jo primeiro ataque se lhe manifestou nos
primeiros dias da convalescença. Foi seu
assistente o Sr. Dr. António Gonçalves
Rapazote, de B ragança, que, aplicando-
cura duma doença muito incómoda.
- Agradeço reconhecidamente a Nos-
sa Senhora da Fátima, diversas graças
que dela alcancei. Figueirosa, $. P6dro
les ssus dois olhos negros, onde se lia a
decisão e< replicou:
((Disse e faço-O».
- Isso é q:ue é mau!
I minutos a olhar para os filhos. Pelo seu
espírito passou repentinamentts uma luz
que lh6• explicou mil coisas: esta camara-
dagem.. . és te ardor no trabalho para o
I
ta desejo glorificar também publicam611-
te essa flór do Carmelo Santa. Teresinha
do Menino Jesus, porque foi a sua in-
flldn~ na mi11ha alma o que mais con-
-lhe a terapêutica aconselhada pela medi- do Sul, Maria Carolina de Almeida. E dito isto despediram-se. contentar e prender... esta obediéncia que correu para a minha sincera conversão,
cina recomendou -que, quando os ataques -Maria Branco, de Lisboa, agradece o admirava... estava agora tudo e.xplica- bem como o amor misericordioso da San.
lhe sobreviessem, se lhe friccionasse a Nossa Senhora da Fátima duas graças • do! tfssima Virgem qus nunca tM abandonou
também fortemente o peito a-fim de rea- que por ela alcançou. • • ((Pois sim! T_oca a andar jd para o Se- mesmo nas noit6s mais sombrias da mi-
nimar o coração. Assim sofreu, com ata- -Carolina Serrano de Sousa, do Va- O Augusto ld se foi a ruminar a sua mindrio, abandonem-me a casa porque nha apostasia.
ques sucessivos durante cêrca de 10 anos, le de Santarém, agradece a N.• S.• da vingança 6 apressadamente procurava su- se os deixo por cd continuar são capazes Muitas almas, incluindo sacerdot6s pie-
cbegando por vezes a perder os sentidos. Fá tima diversas graças concedidas a si bir a encosta no cimo da qual está uma de m6 levar também o Jaime para os pa- dosos, oraram sempre pela minha con-
Um dia, vendo no jornal de Nossa Se- própria e a pessoas da sua familia. estátua de Maria. dres e a vossa irmã Maria para o conven- VIlrsão durante ést6 longo período de tre-
nhora da Fátima as miraculosas graças - Mariana Castro Pereira, de Angra Junto ao momunento estende-se um to! vas 6 êrro; quero agradecer-lhes comovi-
que a 1\lãi Santíssima concedia aos que do Heroismo, agradece a Nossa Senhora largo e formoso panorama. O Augu.stito - Muito obrigado, pai,» exclamaram damente, pedindo a Deus q~ recompense
sofrem, mandei vir água da fonte mara- três graças que lhe foram concedidas. contempla mais uma vez esta admirdvel os dois irmãos. o s6u sacrifício 6 o seu amor pela salva-
vilhosa. Com fé a bebeu e se recomen- - Rosa Lopes Varela, de Aviz, agra. paisagem que tantas vezes o tinha en.lu- E saindo imediatamente da oficina diz ção do mais vil p6cador que agora volta
dou à prot<·cção da Virgem. Nunca mais dece a N.• Senhora diversas graças que siasmado. D11pois lançando as vistas para Augusto ao irmão: bastante arrependido à Casa Paterna.
sofreu os perigosos ataques ficando pois dela tem recebido em seu favor e em, o lado da cidade episcopal que dorme ld ((Vés il já estou vingadoh> Funchal. 5 6e Agosto de r932.
a louvar a Deus e Sua Santíssima Mãi favor de outras pessoas de sua família. 11m baixo, atraz das colinas, saúda de lon-

----------------~
por tão grande graça. - Luiz de Oliveira, de Lourais--Q)l. ge o Semindrio, essa terra da promissão Júlio Viterbo Dias
\'inhais. meias, agradece a N.• Senhora diversas qu11 lle talvez nunca lograsse disfrutar... Fátima à luz da Autoridade Ecle-
graças temporais. "Ele tinha escrito ao Sr. Reitor e o seu lu- Depois de IJ anos num caminho de er.
Cremilde da Glória Gonçalves -Emília da Conceição, de Lisboa, gar estava reservado mas ... iria ficar va- siástica ro e apostasia e convencida de que a
tendo implorado uma graça tão necessá- zio ... Igreja Católica Apostólica Romana é a
Eczêma ria e tendo-a alcançado, agradece a N. " E no entanto, que grande necessidade Este belo livro do Dr. Luiz Fis- única verdadeira fundada por Nosso S6-
Senhora da Fátima, e com a maior grati- havia de sacerdotes na diocese! ... Augus- cher, encontra-se admiràvelmente nhor ]6sus Cristo, abandono a Igr6ja
A mesma Senhora diz u seguinte: dão a publica no seu jornal ((Voz da Fá- to conta as torres das igrejas que daí Só Protestante retractando todos os meus
Xa mesma ocasião, uma sua filha e mi- tima>~ como prometeu. descortinam... duas, trés, cinco, sete .. . traduzido em português pelo Rev. erros, voltando arrependida ao seio da
nha irmã Ana Augusta Gonçalves, que -Laura Ferreira, de Paço de Sousa, que magnífico campo de evangelisação! .. . Dr. Sebastião da Costa Brites. Igreja Sa11ta de Deus fora da qual não
vinha sofrendo, há mais de 12 anos, de agradece a N.• Senhora a cura de uma Nestas férteis planices, nestes vales Envia-se, livre do porte do cor- há salvação.
um terrivel ueczema>l que começando por broncllite asmatica que, rebelde a todos aprazíveis, nas cidodes, nas aldeias... A Deus a quem ofendi e a todos quan-
uma perna, lhe invadia já quási todo o os medicamentos, a atormentou durante quantas almas se perdem por falta de sa-
reio, a quem para êsse fim enviar
tos 6scandalizei com o meu desvio da
corpo, tomando-se verdadeiramente afli- 19 anos. Por íim, começou uma novena cerdotes! ... 5$00 ao Santuário ou à Redacção Igreja Católica peço humildemente per-
tivo, principalmente entre os dedos das
mãos, que não podia meter na água, ven.
do que os medicamentos e recursos mé-
a N ... S.• da Fátima, e durante ela sen-
ti u-se- ràpidarnente curada.
- Eglantina Vergas Rocha de Matos,
I Tinha sonhado que havia de ser um
dêles. .. e lá se vai ésse belo sonho pela
dgua abaixo, desvanecido como fumo.
da «Voz da Fátima». dão.
R6tracto-me também de tudo quanto
pela imprensa ou pela palavra fiz contra
dicos lhe não valiam, chegando mesmo,
um dos médicos que a tratava nos últi-
agradece a Nossa Senhora a cura de sua
filha Maria Leonor, bem corno outras
- Fumo? Não, não pode ser. E levan-
tando a voz a tóda a alt~ra d4 sua ida-
ABJURANDO O PROTESTANTISMO a I greja Católica, prometsndo trabalhar
para que o tempo perdido no érro e na
mos tempos, o Snr. Dr. Alípio Al_bano
de Abreu, de Bragança, a prevemr a
graças que de Nossa Senhora alcançou.
- :\-Iaria EmHia da Silva Santos Gon.
de de criança, repete:
((Hei de vingar-me!,.
E VOLTANDO À VERDADE hsresia seja recuperado pela peniUncia e
por um t rabalho constante em favor da
fa mília de que o mal não tinha cura e çalves. de Almeirim, agradece uma gra- La11çando-se depois de joelhos diante Do diário católico «Novidades, temos Santa Igreja de Deus.
que o futuro apezar de meros paleativos
forrnacologicos viria a ser dolorosamente
fatal preparou-se durante uma novena
ça particulár, alcançada por intercessão
de Nossa Senhora da Fátima.
- M::tria da Conceição, de S. Tiago da
da imagem de Nossa Senhora, rezou as-
sim:
«Mãe do Céu, Rainha dos Sacerdotes,
o prazer de transcrever as seguintes hon-
rosas retratações, já n ele transcritas de
((O Jornal>~, do Funchal.
. Creio j1rmemente tudo quanto ensina
a Santa Madre I grllja e rejeito tudo quan-
to ela condena, crendo sem dúvida algu-
com orações e o terço de Nossa Senhora
d; , Fátima, lavando as feridas, que pe.
netravam já até aos ossos, com a água
Guarda., agradece a Nossa Senhora o de-
saparecimento de horriveis dores que con-
tinuamente a atormentavam. Assim doeu-
ajudai-me a realizar esta minha vingan-
ça!>~
Augusto, certo de que a sua extranha
P:üblicou «0 jornal>~ , do Fu11chal, com
muito aprazimento os documentos que se
léem a seguir, assinados pelos seus pró-
I
ma que a Igre;a Católica é a única ver-
dadlira.
miraculosa da Virgem. te, foi a Fátima, hvou-se lá com a água oração ia ser atendida, deixa aquele pla- prios, autores, o sr. Júlio Viterbo Dias e Funchal, 5 de Agosto de I932.
Poucos dias depois, feita u~ peque- j do Santuário, e, diz, de então até hoje, nalto, desce rdpido a encosta e segue pa- 1
sua esposa a sr.• D . Maria E. Viterbo Maria Espiridia Viterbo Dias
na oferta a Nossa Senhora, vtu-se com nunca mais sentiu as suas dOres. ra a casa paterna. Dias, que depois rfe haverem durante mui-
as feridas completamen~e cic:atrizadas, - João Lucas Moreira, da Mata do • tos anos praticado e ensinado o prCitestan-
nunca mais sofrendo de tão ternvel doen·
ça. A ama que a amamentara q~ando
Rei - Alcanede agradece a Nossa Se-
nho~ uma graça' que por sua interces.
• • 1tismo naquela dioce.se, acabam, felizmen-
crian~. morrera completamente mmada são recebeu do Céu.
. Passados alguns dias; o bom pdroco, te, d6 r6conh6c6r a senda errada que lia .
mq_uieto com as disposições de Augusto, viam trilhado 11 voltam à prdtica do ca-
Bons conselhos
por tão d oloroso mal. - Maria das Dôres Marques, do Bár- va1, sob qualquer pretexto, à oficina do tolicis~o. Carlos! Deus pode castigar-te!
Vinhais. rio, - Cela, agradece a Nossa Senhora carpinteiro. Sabia que o pequeno tinha Nada mais honroso, mais nobre, do
c 'ld d -Gló · G 1 es a cura de um grande sofrimento do estO- um temperamento resoluto e estava a te- que o arrepeudmJe11to e a retratação de- cNo combóio nocturno de volta
reml e a na onça v mago de que há muito tempo sofria con- mer a tal famosa vingança. pois da culpa. Sômentll as pessoas de md da visita ao sogro, a esposa acorda
tinuamente. - Bom dia, snr. Baptista. fé ou escravas de soberba sat4nica não assustada.
Tumôres nas accilas - Bom dia, snr. Prior. confessam o erro .
O acto que praticam o sr, Vit erbo - Não me achas muito nervosa,
- Venho pedir.llle o favor d6 me sr Carlos? Desde que tenho a certeza
Ao mesmo tempo, 'eu, que estava SO-
frendo de d oloroslssimos tumores accilares, Alguns favores colar novamente uma gaveta do apara- Dias ll " " ' esposa é sumament6 honroso
para "es, porque é um acto que reabili- de termos em breve o segundo fi-
que há mais de meio ano me apareciam 0 dor da casa de ;antar. lho, que vivo em constante desa.sso-
I. -levar só um jornal pa- - As suas ordens. ta e regenera, 6 a Igreja Católica, fiel
todos os meses, consultados vários_ médi- depositdria 11 intérprete do espirita do cêgo.
cos , como o Snr. Dr. Alvaro Leite, de ra cada casa. . - E, como vai isto por cd, snr. Bap- -Não sei para quê. Não serâ ho-
tista? Eva11gelho, só pode regozijar-se com es.
Vinhais, que foi de opinião ser tal doen- 0 te feliz regresso à Casa Paterna de fill1os je nem amanhã..
ça proveniente de uma enterite que m_e 2. -Mudar de direcção o - Tudo muito bem, snr. Prior. -Mas chegará o dia e será pre-
- O Augusto trabalha? qu6 dela se haviam afastado, talvez le-
ficara depois de uma penosa febre ti- vados por meras dúvidas qu~ o tempo, o ciso decidir se queres baptisar o teu
foide, animada de grande fé e confian- menor número de vezes possí- - Como um an;o, se é que os an;os I estudo segundo filho ou se o deixas crescer
6 a graça de Deus dissiparam.
ça na bondade infinita de N.• Senhora vel.
trabalham, respondeu rindo o bom do
I Sejam bem-vindos e que o seu exemplo como o primeiro - sem Igreja nem
da Fátima, ao saber que meu pai ti- l1omem. Nu11ca imaginei que éle se amol- religião.
nha mandado vir água miraculosa e que 3-o- enviar sempre o núme-1 dasse tão d~pressa, nem ... tão alegremen- frutifique! RETRACTAÇÃO -Crio meus filhos como me con-
já se encontrava na estação do correio, te, ao serv1ço! vém - foi a condição do nosso ca-
orei a N.• Senhora, e nessa mesma oca- ro da assinatura quandO for - Ah! Ah! exclamou o Sacerdote, en. Depois duma longa jornada de I7 anos samento!
sião, antes mesmo da água ter chegado a tão éle tem geito? num caminho de érro e de apostasia e -Então, será possivel? nã{) bapti-
casa, os tumores superaram espontanea- necessano f azer-se qua1quer - EspUndido! E inteligente e brioso!>~ após diversas discussões, estudos e con- sar tam pouco esta criança? Não
mente deixando-me um grande ali'{io. mudança nas direcçÕes. E o pai sublinhava esta frase com um f6rlncias particulares com um mui vir- está.s vendo que sOfro com isto? Não
Lavei .no dia imediato as feridas com certo orgulho. tuoso 11 sábio teólogo da Santa Igreja e suporto a educação pagã..
água de N.• S.• as quais logo me cica- 4. - auxiliar as grandes <<Mas à noite, depois do trabalho, U, isto por um perlodo de I I anos, durante
0
-Tolices! Não acabará.s de tomar
trizaram e nunca mais me apareceu tal " . ou o que fa z éle? o qu6 percorri diversas seitas, anolizando juizo?
doença. despezas deste JOrnal COID as - Nad4 disso, snr. Prior! Brinca com os prinâpios d6 qudsi tódas, venho pu- -Carlos, não blasfemes! Deus po-
Por tantas graças fiquei eu e tOda a o irmão Felix, aquele que anda sempre blicamente fazer a r6tractação de todos de castigar-te.
minha família louvando N.• S.• da Fá- VOSSaS generosas esmO1as. com éle e que, como V.• R ev.• sabe, an- os meus erros, abjurando o protestantis- -Ora, Zuleika, sempre a mesma
tima, à qual nos recomendamos diària- da aí pelos treze anos ... um brincalhão! mo 6 voltando ao grémio da verdadeira lenga-lenga! Pois, que o teu Deus
mente com o seu terço pedindo-lhe nos - Sim, sim; bem conheço. Aprende Igreja ftmdada por Nosso Senhor j esus me venha castigar e converter!
continue a amparar com a sua Protecção UMA VINGANÇA ôtimamente o catecismo!" Cristo. Horrorizada, a esposa deita a mã.o
oferecendo-me, em prova de gratidão, O pai, todo lisonjeado, continuou: Lame11to que como pregador e escritor à boca do marido blasfemador. Nis-
uEntão, que é qu" teu pai te disse? - E verdade, snr. Prior, o Augusto e tivess6 atacado tanto e tão violentamente
para tudo como sua filha e zeladora. -Disse que não m6 dava l1cença,. to o combóio vai entrando na es-
Vinhais O bom do sacerdote ficou pasmado:
o Felix são dois insepardveis. A tarde a I greja de D6us, tendo mesmo arrasta- tação da Capital. Recebe-os um ve-
brincam, ao dom.ingo passeiam, nunca do muitos para o mesmo abismo em que
Que é que tu me dizes, Augusto? Não questionam; lho criado pálido, de lábios trému-
Cremilde da Glória Gonçalves estou encantado. me havw afundqdo; retracto-me de todos los, sem poder proferir uma pala-
te dá licença? Ora aí está uma coisa - Ora isso é que é uma coisa ótima! ésses ataques dirigidos contra a Igreja
que nem pela cabeça me passou! vra.
Graças diversas Adeus Baptista ... ta11to pela palavra como pela imprensa. -Que há?
-Mas é verdade! ..... - Adeus, se11hor prior, e sempre ao pedindo a Deus sabedoria para que eu
- Rosa da Rocha, de Valbom, Gon- O venerando sacerdote mirava e remi- -Patrão, seu filho ...
seu dispór! Logo que possa
rava a criança... Boa presença, alma rei para lhe concertar o aparador. por ld passa- possa trazer novament6 ao bom redil to- -Pelo amor de Deus, João, que
domar agradece a N.• Senhora diversas
graças' temporais alcançadas por intermé- aberta 11 franca ... mas sobretudo uma - Estd dito>~.
dos aqueles que, com a minha acção dis- há com meu filho? interrompe a
dio de Nossa Senhora da Fátima. ;oia de coração e firmeza de vontade ... solvente, como é o protestantismo, ajas. senhora.
"Este Augusto, que só tinha quatorze O sacerdote afastou-se mas ia triste: tei dos braços dtl j esus para os da Re- -Há cêrca de mela hora a ama.
- Maria de Almeida Pestana, Valega. «Augusto, que parecia teJ' abandonado forma.
agradece a cura de ataques estéricos que anos, era um rapaz que prometia ... tinha saldo do quarto, um momen-
A pároco voltou a preguntar· tudo para ir para o Semindrio, é agora Choro o meu 4rro, lamento profunda e to só, o Carlinhos trepou a uma ca-
freqüentes vezes a atormentavam. um bom aprendiz ... amigo de brincar... sinceramente a minha apostasia e por is-
-Maria do Rosário Jorge, Praia do ((Ora vamos lá, em que termos falou deira, a janela estava aberta ...
ntio abre um livro .. so peço primeiramente perdão a Deus e D. Zuleika solta um grito, cha-
Almoxarife, Açores, agradece a Nossa teu pai? Que palavras te disse? .. vingança ao avesso. Quando eu o p1lblicament6 a todos quantos escandali-
Senhora uma graça espiritual em favor A cria11ça, depois de se recolher um vir,~ aquero saber o caso a sério e tirar zei com o meu desvio da Verdade e com
mando a atenção dos passageiros.
de seu pai pouco antes de expirar. pouco a pór em ordem as suas reminiscén- -Caiu da janela à rua?
cias, respondeu. daqt'i o sentido ... , todos os erros qüe doí provieram. -Sim, senhor; o médico ainda es-
:'\Iorreu depois de recebidos os sacra-
mentos, graça que se atribui a N.• S. " ((Disse-me assim: Tu queres ir para o E o bom pdroco concluía assim: Tendo-me Deus dado a su4 graça que tá com êle.
Seminário para seres padre? ... Pois não "~ bastante difícil o recrutamento sa- operou em mim e em minha família uma -0 automóvel leva-os, num ins-
da Fátima que no leito da morte o dis-
pôs para isso. · vais!" Depois repetiu: «Ouviste bem: não cerdotal., conversão verdadeira11wnte maravilhosa e tantes, ao palacete. D. Zuleika voou
-Maria Irene Guerra de Andrade vais!, Ah! lste «não vais>> sinto-o cá • miraculosa, confesso também publicam6n- para o quatro do filhinho. o médi-
Costa Brego, R. de Brito Capelo 246 ainda a fervilhar nos ouvidos! • • te qu6: co embarga-lhe o passo:
Matozinhos, agradece a Nossa Senhora - E disse-te só isso? Passou-se um a11ó. Vem ai o~'tubro a) creio qu6 a única e verdadeira igre- -Desculpe, minha senhora, por
da Fátima a cura alcançada para sua fi_ - Não, senhor prior. Disse mais o se- Uma manhã, em ji11s de setembro, Au- ;a fundada por Nosso Senhor_Jesus Cristo ora não a posso deixar entrar.
lha que diz estivera muito mal. guinte: «Tenho também os t6.!1S dois ir- gusto e Felix, os dois insepardveis, vol- é a Igr6ja Católica, Apostólica Romana; Ela cambaleia e cai sem senti-
- Maria do Carmo Amorim de Quei- mãos, Felix 6 Jaime e a tua innã Maria tam de casa do pdroco e. entram na ofi- b} creio que a Igreja Católica, tendo dos nos braços do doutor.
roz Pinto Montenegro, de Marco de Ca- para mandar educar. Tu serás carpintei- cina onde seu pai está entregue ao seu como Seu Cllefs visível o Papa, é a úni- o pai, penetrando no recinto, vai
nave7(S, agradece a N.• Senhora a cnra ro como eu e irás trabalhar para a ofici- trabalho. ca verdadeira Igre;a fora d4 qual não lld à ca.mlnha do pequenino e não o
<!c u:n eczema de que sofria, diz, há mais na!, Os dois rapazes não riem e mostram salvação; encontra. Mas sObre o divan jaz al-
de' vinte anos. - Podia ter sido menos ríspido! E tu até ter o ar de quem tem alguma coisa c) creio tudo qüanto a Santa Igreja guma coisa, coberta com um lençol.
-- H nrique Leal, de Fontelas, agra- que respondeste? séria a comunicar. ensina 6 repudio tudo qttanto condena. Apróxima-se, estende o braço para
r.<'r<' a ;.: .• Senhora o auxilio prestado a -Que é qt~e lhll respondi? Foi assim: uPai, (diz f'espeitosamente Augusto), Abandono pois a heresia, absoluta < afastar o pano. Vacila um momen-
um st:u vi7.i:lho, que por ter espetado c<ah! o pai não quer deixar-me ir para o Felix e eu vimos, com a aprovação do se- sincerament~ convtcto de qu6 a Igreja to -suspende - e cal de joelhos
n um pé um.1. agulha de costura suportou Seminário? Pois fique certo que vou vin- nhor Prior, pedir-lhe uma licença. Católica Apostólica de Roma é a única ao pé do cadáverzlnho do primogé-
~ra vi~simos padecimentos. gar.meh> - Que. é que quBrem? verdad6ira, o que demonstrarei nalgumas nito, balbuciando com a l1ngua em
- Queremos entrar ambos no dia qua- obras que darei d estampa, nas quais convulsão: - cDeus! Meu Deus:.!
l eão Maria da Fonseca, Lourenço
Marques, sofrendo d e bilis, agradece a
N.• S. • a sua cura, de que sofria horri-
- Tu disseste-lhe isso?
- Disse, sim, senhor prior.
-Sim, mas tu não fazes nada disso,
tro de outubro, para. o Seminário, para também narrarei a minha conversão para
sermos padres. completo 6sclarecimento de todos e para ."
Sst6 nl1m6ro foi visado pela Comissão
Se um raio caísse na ocasião na ofici- ~onra e glória dll Deus e ~ Santa I gre-
velmente.
-Rosa de Jesus, Calçada de Santana
porqu~J isso não é modo de p11nsar de
quem aspira a S6r sacerdote. na, não tllria causado maior espanto. I
,a. de Censura.
VOZ DA FATIMA
4
trés Padre Nossos e i r-vos- eis con- - N 4o t erei éS&es prazeres que
AVISO
efeito causadc pel4 sua mefltira) fliio per-
cebo porque 6 qtlil o Snr. Guimarães an-
voz DA FATIMA tentes e a paz habitar á n o vosso co- vos transportam ; m as, t ambém essa
r aç4o. ~ conselho que m e deu o meu vaga inquietude e esscur esperançcur
DESPESA
Passando no dia 13 de Outubro o dou mal danll.o um jantar... c onfessor e há trita anos que eu fiz desfeitas que. vos acompanham ntlo
--0 snr, Guimarães 6 que precisa sab11r Transporte . . . . . . . . · · · · · · · 351.107$o9 a sua t eltz ext)eriéncia. 1794. Ana. me atzígir do mats.
décimo quinto ano depois da últi- s11 andou berm ou mal respondeu D. Ma- Papel, comp. e inlp. do n. 0 Não verei mais o brilho das tes-
ma Aparição de Nossa SenhOra na ria despedindo-se das peqilenas. Semblaclu
II9 (70.000 ex).... · ·· ··· - A boa senhora. limpou a imagem tas nem a pompa das pra ças: mas.
Fátima, como agradecimento a tan- _ Quando a senhora saiu, Cecília deu Franquias, embala~ns. do Salvador da espêssa. camada. de essas intrigas vis, e essas invejas
tos benefícios concedidos, manda uma gargalhada e disse à i~: a D. ~a­ transportes .............. . poeira que a. cobria, contemplou-a. baixas n4o me tar4o entristecer i a-
ria está f'uriosa por não ter s1do co~vida­ Na adnrinistraçã<r-Leiria .. . atentamente e sentiu-se singular- mais.
Sua Ex.cla Rev.ma o Senhor Bi~po _de da. o mundo que me seduziu, a gló-
mente comovida.
Leiria que além dos actos ordinários Foi bem feito. Total... ... 356.599$77 Dêsse d1a em diante seguiu escru- ria que encheu o meu coraçlíO ndo
da peregrinação haja. ~a solene -Fazes mal em mentir assim, respon- pulosamente o conselho de sua a.vó me agita.r4o mais; mas, u m outro
procissão com o Santíss1mo Sacra- deu Julieta. . Donat ivos desde 15$00 e tOdas as vezes que se levantava amor que nlíO o passaoeiro, uma ou- .
Ora! Fartei-me de rir e não fu mal P.• Joaquim Matias ~imões - Bena- uma disputa entre ela. e o marido tra glória que n 4o a que tanto ch6-
mento, precedida de Missa às 9,30 a -ninguim... . vila. 6 4Sso; Maria Que~oga - ~~ora. retirava-se para a capela. e ajoe- ro e sangue custa, encher4o minha
horas -Fazemos sempre mal quando menta-~ 2oSoo. Francisco V1cente - V1seu, lhando-se deante da. imagem do alma, dar- me- tiO nova 1nda.

............,....-.
Leiria, 13 de Setembro de 1932. mos e murmuramos, (retorquiu /tdieta). ~- Maria Rosa Teles - Extremôs. Ecce Homo, contemplava a. face do
Cecília não suspeitava seque_r o . ~re- ;~; Manuel de Almeida. - Lourenço Salvador. tão dolorosa. e todavia tão
mendo mal que as suas ment~ras mam Marques, 5o$oo; Maria Luua - Almo- doce e tão calma, e sentia uma. se-
..............
TRISTE RF.SULTADO DE UMA causar...
O snr. Guimarães devia quarenta co~
dovar 21 $oo; João Lima - Funchal, rena e suave tranquilidade descer
o$oo: Maria da Assunção Lopes - Bra- sObre a. sua a.1ma. e o seu coração
Visão pavorQsa
MENTIRA tos ao snr. Al~es e lste, tJ.e_pois de mua- ~il, ISSo<>; 1\fu.ria Amél~a Vieira.- Pôr- tornava-se pacifico e resignado. Segundo informações colhidas nos
tos pedidos, tmha-se resolv1~ a esperar to, 2o$oo; P.• Antómo S. Migu~l - Esta singular e completa mudan- livros de r egisto dos presos, só nos
Cecilia tinlla o defeito de falar muito quinze dias, resolução ~ue tmha salvo o Pudentes. I02Soo; Alunos d? ColégJO de ça não passou despercebida. ao ma- últimos dez anos, ~aram pela
e tU nsm sempre dizer a verdade. _Ao comerciante porque devaa ganhar nu?' ne- Cucujães, nsSoo: P.• Antóruo Duart~ :- rido. Sua mulher, que era tão iras- Cadeia da Relaçdo, do Pórto, n ada
contrário, a irmã mais nova, a full~ta gócio, dentro desse tempo, a quantia ne- Tondela, 15Soo; Florinda d_a Conce1çao cível, dum têmpera. de fogo, toma.- menos de 6.427 maes, assassinas dos
não a imitava e era uma pequena multu cessária. . - Tondela, 65Soo; P.• Lwz de_ Sousa da. de repente tão condescendente, próprios filhos.
ajuizada e disC1'eta. o snr. Guimarães, qu~ e~a mtnto h~- Rodrigues_ Porto, 137S5o; ~muna~- tão amâvel e reslgnada, era na ver- ~ pavoroso/ 6.427 :filicidas, e iSso
Um dia, as duas irmãs foram C?m .os nesto fazia todos os sacnfícws para endt- listo _ Ilhavo. 1 sSoo; Joaqwm Franci~- dade singular. Um d1a perguntou- só na regt4o do P6rto/ Estenda- se
56US pais jantar a ca.sa de uns amigos tn- reitar a sua vida. . co Veloso, 2o$oo; Manuel Victor - ~­ -lhe, num tom cheio de complacen- o pensamento por ésse país àlém ,
timos. Vivia-se em casa com a maaor econo- baldeira, 2o$oo; Maria da Roc?a - Odi- te natura.lidade, como conseguira. avalie-se o número de mães deSna-
Foi um jantar pouco alegre porque _os mia, privava-se de tudo e apenas .c~- velas, 25$oo; António J. Martins - An- vencer e modificar tão súbita e ra- turadas que logram ocultar o seu
I donos da casa tinham os seus negóe~os prava o que lhe era absolutamente 1ndas- gola, 15Soo: José Gamboa - Olhalvo: dicalmente a. sua 1ndole exaltada. crime e' avalie-se que t ragtca vislíO,
muito embrulhados. pensável. . . . 15Soo: Elvira Cardoso - Braga, 2o$oo: -Encontrei um excelente mestre se n4o desenrola a os nossos olhos! ·
Quando se lev~ntaram da mesa, Ceci- No dia seguante ao da vasda de D. Ma- P.• José M.· da Cruz-Bragança. 1oo$oo: de paciência - respondeu ela com Ora éste m ar de crimes e de sen-
lia, a irmã e a filha dos donos da casa ria às duas pequenas o senhor Alves. en-~ Joaquina da c. Duarte -- Rogel, n6Sso, um sorriso. sualiSmo necessita de um contrape-
foram brincar para a sa14 enqua~to Qs trou na loja de mcdas do senhor Gumw- Alberto Abranches - Lisboa, 2o$oo; :Ma- -Um mestre? 1 como um mestre?! so de pureza, de amor e de imola -
pais conversavam. Às IO heras retiraram- rães e disse: nuel Lourenço - Algarve, 15$oo; s:. -Vais ver . vem comigo. ~ volunt~ast.
·SiJ os convidados. - O senhnr sabe que me deve quaren- Bispo do Funchal, 325Soo; José ~e Oli- E conduziu-o à capela., diante da.

=
E ai do mundo se elas n4o exis-
No dia seguinte- estavam Cecília e a ta contos. . _ veira _ Ermida, 15$oo; ?.~ria ~~ das piedosa imagem do Ecce H0'1no e
irmã a conversar na sala quando apareceu _Mas (respondeu o snr. Gu.maraes Dô _ Faro 6o$oo; Cecilia Sunoes - tissem!
mostrou-lhe o bilhete de' sua avó,
à porta uma senhora milito amiga da muito admirado) o Snr. Alves tinha-me C 2o$oo. J~ da c. Sampaio- Lou- que junto enoontrára.
mãi das pequenas. . prometida esperar quinze dias. ~' 1 ~. P.• Augusto da Silva - o marido compreendeu a lição.
A senhóra entrou na sa14 t1 depcns de _Tinha feito essa promessa mas mu- ~vão de ~bo. 4z$oo; João Lage - Dai por diante também êle se tor-
beijar as meninas, disse que sabia que a dei de opinião. POrj:O. tsSoo: Manuel Inacio -::: Guarda. nou disclpulo do divino Ensinador TESTEMUNHOS AUTORISADOS
sua amiga tinha saído com p014ca demo- _ Mas eu não posso pagar essa quan- zo$oo· Viscondessa de S. GJaO - T · da paciência. E quando algum acon-
ra e que esperaria por ela. tia de um dia para o 014tro! Novas' o$oo; Distribuição em Coru~e tecimento vinha perturbar a ~ da Quando rezais não sentis o vosso ~­
Esta senhora tinha tambllm os seus de- _Quem tem dinheiro para ~r _Zifutos e Sal~aterra 4 de Magos. 225$oo; ~ famllia não era raro vêr os dol& es- ração mais aliviado e a vossa-~ maJS
feitcs. · . . . jantarels, deve estar em. cond1çoes de Relvas _ Crato, 3o$oo; M~_uel God~o poso aJoelhados ante J esus pade- contente? A oração torna a afliçao menos
Era tão faladora como Cecílta, InveJO- satisfazer os seus compromsssos... _ Alvito, 15$oo; José Fnaes - V~ dolorosa e a alegria mais pura: .a u.rna
cente.~
sa e p014co benévo14. _Eu? ... Dar lautos jantares!... Nova de Gaia, 1sSoo; ~ola d_e Vila 1 mistura mn não sei quê de fortificante,
CuUia pensou logo que poderia entr~- _Eu sei tudo. Não tem de que estar Nova de Gaia, 35Soo; Glóna Esqmvel - .lllllllllllllllllllllllll'lllllllllllllllllllllllllllll de doce, e a outra um perfume celeste.
ter a sua amiga contando-lhe o 1 1 ~ se ti- admirado. D. Maria de Mendonça , q~ Mourão, soSoo: Maria ~· - C~ves, J á há poucos exemplares do Que fazeis no mundo? E não tendes nad:1
nha passado nc dia antecedente. é minha cünhada, contou-1M com todos oSoo Margarida de Almetda - Lisboa. a pedir Aquele que vos cri~u ? Sois um
-Estou admiradc!- exclamou a se- os pormencres a festa que se realizou em :~. Júlio de Almeida - França. livro «Fátima a Lourdes Porto- viajante que procura a pátria..
nhora, a quem parecia interessar muito sua casa há trAs dias. Quem assim fa~ de- 123$oo; Anninda Pereira-~isboa. 2o$oo: . Não caminheis de cabeça baixa; 6 pre-
o que a pequena dizia. - Então esus se- ve estar pronto a saldar as suas dív1das. Maria da Conceição - Ltsboa, too$oo: guesan pelo Dr. Luís Fischer. ciso levantar os olhos para reconhecer o
nhores dão agora jantares?... . E saiu furioso sem qtlllre~ a_te~ o Josefina. da Condeição Macêdo, z_s$oo. A vossa pátria é o Céu; o q~­
Cecflia qflll não gostava de D. Marta tk snr. Guimarães qtlil se defendta 1nutalmen- Madalena Folgado - Porto, zs$oo. Má- Quereis ainda obter al~ caminho. do contemplais o Céu, dentro de vós nao
Mendonça, lembrou-se de a arr~liar por te . ' . rio Justino - Maxial. 45Soo; P.• Antõ: exemplaf dêssE. interessante li- se agita nada? Nenàmn desejo vos cons·
lhe part-cer que estava contrar~ada por Daí a instantes a Cecílta entrou em ca- nio Calabote _ Alcâc.er _do Sal. 25Soo. trange? Ou êste desejo é mudo? Algun~
não ter sido. convidadl}'· sa do snr. Guimarães e vendo a esposa a Manuel da Costa - Brastl, 45$oo;. Tere- vro? fazei já o respectivo pe· dizem: uPara que serve rezar? ~us _está
-.C:: que ~antar, mmha senhora! ... Ex- chorar perguntou-lhe o qi«l tinh~. za Berta - Lebução, 2oSoo; Mana Se- muito acima de nós para ouVll" cnatu-
plOnd•do (disse a. pequena)· . 1 -Niste mundo há gente mutto má, ueira _ Sanguinheira, 25$oo; 2 esmoi~. dido e enviai s$oo ao Santuá- ras tão miseráveis?>~ E quem criou estas
--:-O quU ~m 1a!'ta~ expUndtdo. · · · fre- minha filha. Disseram ao snr. Al~es me?'- ~oSoo; Esmola do Brasil, 3oSoo; ~·0 L~nz criaturas miseráveis? Quem lhes deu o
pettu D. Marta empa!adecendo).
I tiras abomin4veis a nosso respeato. Dss- Carvalheiro _ Moncorvo, 2o$oo, Ai~ rio da Fátima, - Vila Nova sentimento. o pensamento, a palavra, se
-Se a senhora vsssel ..: q~ luxo.1 A se1'am-lhe que em lugar de economizar- Florinda - Macau. 36S7S: P.• Antómo de Ourém, ou à «Voz da F áti- não Deus? E se ~le foi tão bom para
mesa estava coberla. de cnst~ls e M pra- mos para pagar as nossas dívidas, gasta- Alagaia--Moncarapacho, 75S75: c.o Ma- com elas, seria para depois os desampa-
tas. de_ rosas e or~htdeas:·· . 1 • vamos 0 dinh6iro em festas, jant~res . e nuel Nogueira - Coimbra .. 2o$oo; C.~ man _ Seminário de Leiria. rar e repelir para longe de Si? Em ver-
E que e-xpll_ndtdas aguanas. ... Per~s. bailes. Agora exige que paguemos lmed~- Augusto da Trindade -. Vtseu, 35Soo~ dade vos digo, quem pensa. no seu cora-
g~lad~s ... Dev1a ter-lhes custado mutto tamente os quarenta contos e como _nao c.o João Crisostomo - Vtseu, 2~; c .• llllllllll! 111111111111111111111 h1111111111 i111;! III hII ção que Deus despreza as suas obras,
dnthe~rol. .. . . os temos, vai ser declarada a faUncw e António Carreto - Guarda, ~. ~· blasfema Deus.
-Não aC1'edlte no que_ a Cecílta está a estamos ar"I'Uínados para sempre. João de Matos - Soalheira, zo$oo: Oh~- E DEPOIS? Ha outras que dizem:
dizer, minha _senhora _{Interrompeu ]v- Que maldade a dessa pessoa qtUJ ncs pia Sequeira _ Alpa.lhão, 15Soo: P.• ~~r- tcPara que serve rezar? Deus não sa.~
lúta). Não fOt nada ~so. . caluniou! gilio Pita _ ~vora, SsSoo; Bernar~o -cComo és teliz!-dizta S. Fili- melhor do que nós aquilo que carece-
-AC1'edito no qtUJ dtz a Cecll'? po~que Cecília caiu então em si e ouviu tudo Gomes - Negrelos, tsSoo: M.• I . Ba~s- pe de Nery a um jovem. Estudas mos?" Deus sabe melhor do que vós do
deve ser ver~ade (respondeu amekltata- com 0 coração angustiado. .. ta _ Montoita, zoSoo: M.~ L. ~lhruro direito e, sem dúvida, b?'"eve virá o que• careceis, e é por isso que ~lo quere
mente! D · Man~) · . _ Sem ter a coragem de dizer a verdade _ Vila Flor. 35Soo: Améh.a. Pruxoto - doutoramento; Em segutda·:· gran- que lho peçamos; IX?rq~e Deus é. por ex-
Com qflll _entao o Sn~. Gmmaraes ofe- à desditosa senhora, saíu sem dizer nada L. da Palmeua, 2 o$oo; Sofia. de Mel_o des ser4o os lucros; seráS nco, ~or­ celência a vossa pmneua necesstdade, e
rec~ aos amtgos _tantos, 1antares! ... E eram e, quando chegou a casa, foi ter com os _ América, 31 s4o; Maria Ferreua _de FI- nar-te-ás ilustre ... Oh! serás teltZ_~~ pedir a Deus é principiar a possuir a ~·
mudos os convadados. . pais a quem contou a chorar a falta q116 gueiredo :- Lisboa. 8~$30; Amélia Val Apertando depois contr'!- o pet o O Pai conhece as necessidal:l.es do seu fi-
-~sta~a rea_lm&nte m~ata gente. Eu tinha cometido, pedindo ao pai para re- do Rio Henrique - Ltsboa. 15Soo. 0 jovem que tomara a seno as pa-
lho· e por causa disto o filho não deve
até {1que1 admmula de nao vir lá a D. parar 0 mal que ela tinha feito. .......,....____ lavras do Santo, disse-lhe ao ouvi- nu~ca ter uma palavra de súplica e de
Mana.·· Depois de a repreender severamente do ·-cE depois?~ agradecimento para seu pai?
-nep?is ~ ;an_tar 'dançou-se por~ue. o disse-lhe o pai:
Snr. Gun~araes 11110 se esqueceu do 1ndss- _:E preciso que repitas ao s':r. Al~es
O ".1ESTRE DA PACI~NCIA Nunca mais essa palavra saiu do Quando os animais sofrem, quando sen-
lVI seu ouvido. . . tem temor, quando sentem fome, soltam
pensável 1azz band. . . fUI me tUilbas de dizer. E, 11110 se 1m- cHouve em tempo.s dois espooos, Francisco Lazara, reflecttu sena- gritos queixosos: estes gritxls são a ora-
Depois foram senJidos l~eores, champa- P0 ;tando com as lágrimas da filha, levou-a ricos de bens da fortuna, senhores mente
0
entregou-se ao serviço de ção que êles dirijem a Deus, e Deus ~u­
gne. etc. N~o faltou ~~· . à presença do cunhado da D: Ma~a. do va:stos teres e rodeados de todos Deus é morreu como um justo na v~s. Havia de ser o homem, na cna-
-Tudo uso 6 _muato 1nteressan_te•. das- obrigando-a a confessar 0 que tinha d1to. os confOrtos da. abundância, mas congregaç4o do Oratório. ção, o único sêr cuja voz nunca devesse
se ain~ D. Mana ~-e~ha ~ 1ndlgna- _ 0 senhor Guimarães conti~a. a ser comtudo infelizeS, porque as suas De mil maneiras nascem as voca- subir aos ouvidos do Criador? Às vezes
çãe. Fu bem em v~r aqu• hcje.. . para mim um homem honesto (d1sse o indoles eram o mai5 diversas e mes- ções. As vezes, ouve-se a voz incons- passa nos campos um vento que seca as
-Mas não aet"ed1te no q_ue d•~ m1nha snr. Alves ,upois de ouvir a humilhante mo adversas que imaginar-se pode. ciente cías cousas: a voz da dOr que plantas, e então veem-se as ast.es murc:-has
irmã, m in_ha s~nhora (refetlu ]uliAta). _:E confissão}. Vou f.á dizer-lh~ q~U~ _espera- Mal entendidos, disputas, dissen= instrue da alegria que cansa, do inclinadas para a terra; mas humedec1das
par':' se davert1r qtUJ ela 1nventa estas 1us- rei pelo dinheiro não só qumze d~as mas ções continuas azedavam-lhes to_ perigo ' que ameaça ou do mundo pelo crvalho retomam a frescura e le-
tór~as. .
I
um mAs se f6r preciso, mas a memna tem dos os dias a vida. A mulher, ape
-Eu bem sei que a memna gosta de de tUJ se envergonhar/ Por causa das za.r de jurar cem vezes por dia não
que engana.
Em todos os lugares se podem en-
desculpar aq"eles que procedem mal suasq mentiras ia arruinando um comer- dar ensejo a novas desavenças, não contrar eleitos de Deus, até mes~o sam sôbre a alma do homem e a secam.
vantam a cabeça abatida.
Há sempre ventos abrasadores que pas-

(continuou~· Maria).. . ciante honrado... tinha mão em si que moderasse o nas casas ou paróquias menos relt- A oração é o orvalho que refresca.
- Mas ( dssse Cecílta radwnte com o Cecília ficou tão IUsgostosa que adoe· seu génio impetuoso, chorando de- giosas. Muitas violetas brotam até
ceu. pois, sempre, amargas lá.gri.mas. em terreno pedregoso ou mata es- Lamenais
A peqU4na resolveu emendar,_se e em- Entre os seus livros, havia um ma- pessa.
Fátima, o Paraíso na terra pregov todos os esforços pa;a asso mas nuscriptô, intitulado o L ivro de ta- Lacordaire abandona a adroca-
teve de esperar muito tempo pa~a voltar mflia do punho de sua avó, conten- cia ordena-se dominicano e vem
e a readquirir a confiança e estima dos do um grande número de conselhos, coriterenciar em Notre-Dame de Pa- voz DA FATIMA
A Pérola de Portugal, seus amigos. receitas e expedientes para todas riS onde se eleva aos mais altos Preço da assinatura por ano
E qtUJ, uma mentira descoberta, desa- as circunstâncias, quer na ordem gráus da eloqüéncia crtst4.
credita quem a disse. lfisica, quer na ordem mora.l. Uma Ravignan resigna suas funções de Continente e ilhas... 10$oo
são dois livros sôbre Fátima, tarde, em que a atrtbula.da dona de adv~gado e vai esconder seu nome,
Estranjeiro . . . . . . . . . 15$oo
pelo Sr. Visconde de Monte- • • • • - - • - • • • • • • • • - minada casa. procurava neste livro, deter- talentos e fortuna na roupeta de
receita, encontrou, escritas jesuíta.
lo, que pelo preço de s$oo ca- A tendam à margem estas palavras: -cO me- Schouvaloff, habil e sábio diplo- • • •
lhor remédio contra os àesgóstos mata abandona a c6rte da R].LSsia
da vida, escondi-o eu na nossa ca- Não se faz a cobrança pelo cor-
da um se enviam do Santuário Quem pretender água ou pela, a traz da imagem de Jesus pa- ese ose salões da aristocracia parisien- reio, e por isso a imporlancia dos
vai encerrar-se numa cela bar-
ou da Redacção da uVoz da quaisquer objectos religiosos decente~. . assinantes deve ser entregue nos dias
Impaciente por saber o que sigru- nabita. ~ste depois I3 na Fátima, ou enviada a esta
Fátima», a quem os pedir e da Fátima, deve dirigir-se ao !icavam aquelas enígmatlcas pala- é que converteu Fran-
cisco Xavier, laureado estudante da administração em vale ou carta.
enVIar a respectiva importân- vras, a jovem senhora dirigiu-se na
Sr. António Rodrigues Romei- manhã. seguinte à capeia fa.núlla.r, universidade de santo e
de Paris naquele gran-
apostolo que mais tarde ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
c1a. afastou a J.magem chamada cJesus
ro, empregado do Santuário, padecente, e começou a procurar toi.E tu jovem amável que sent es em A Ct"UZ formamo -la nós, atravessando a
com actividade. Ao cabo de pouco nossa vontade à de Deus, que 6 sempre
São interessantes, principal- e não a esta redacção, que es- tempo, encontrou um papel em que teu coraç4o outras palpitações que uma linha recta.
reconheceu a letra de sua avó as _do Não egotsmo ... pensa. Se a nossa vontade caminha parale14 à
mente para quem não tem si- i:á a 5 léguas do Santuário c logo e no qual se liam estas palavras: - desejas seguir o Mestre de Deus nunca formará uma cNlz porque
do assinante da «Voz da Fá- por isso não pode enviar com cSempre que 1:os encolertsardes, mais de perto? duas paralelas jàmais se cruzam.
contemplai atentamente esta ima- vem e junto de um Sacrário po-
(Paula Frassinetti)
timan. urgência as coisas pedidas. gem_, durante tr~s minutos, recitai derás dizer aos Q"!Le te rodeiam:
Ano XI Leiria, 13 de Novembro de 1932

COM AI'ROVAÇAO ECLEIIAITICA

Dii'Mtor e Proprietário c Dr, Ma nuel Marque• doa lantoe - Empr..a Editora c Tip. "Unilo Qráfloa" T. do Despaotto, 11-Lisboa- Administra dora P. António doe Reie _ Redaoo&o e Admlnistra91oa "Seminário de Leiria,.

Agrande peregrinação nacional de Outubro


~

FATIMA e uma nova época na história de Portugal


((Apenas quinze anos são decorridos depois da aparição de N os-
sa Senhora e já hoje a divina mensagem de Fátima se espalhou por
todo o mundo, da lndia à China, da América à African.
(Da alocução proferida pelo rev.do Dr. Luis Fischer, lente de T eologia da
Universidade de Bamberg, no Santuário Nacional de Fátima, em I 3 de Ou-
bro último) .

sóbre Portugal e sóbre o universo, luz, tempo, elevou-se a muitos Inilhares o nú- lado, não veiu apresentar-nos doutrinas ram depois das aparições e revestiu UIP
cujo fulgor inicial foi tão intenso que mero de peregrinos que à hora habitual novas, veio apenas recordar os nossos srrande brilho, mercê do bom tempo
chegou a ofuscar a do próprio sol. da procissão das velas se reuniam na deveres. As provas da realidade da sua que fazia e do grande número de per&
A Ralnha dos Anjos seis vezes falou Cova da Iria para se incorporarem nessa aparição são, entre outras, o concurso grinos que àquela hora já se encontra
a três pastorinhos, Lúcia, Francisco e grandiosa maniféstação de fé e piedade. assombroso de peregrinos ao local das vam na Cova da Iria.
Jacinta, verdadeiros anjos da terra, des- Nessa procissão, que começou cêrca aparições, a propagação rápida e inespe- Foi simplesmente belo e dum efeito so-
vendand~lhes, nas poucas palavras que
proferiu, os desígnios adoráveis do seu
I das u horas, tomaram parte algumas
peregrinações muito bem organizadas,
rada do seu culto em Portugal e no mun-
do inteiro, as curas miraculosas, as res-
bremaneira encantador, o espectáculo
daquele cortejo imponente em que J e-
coração maternal. presididas pelos respectivos párocos ou surreições morais, a admirável resigna- sus, no seu sacramento de amor, era leva-
Uma nova época começa na hist6~
de Portugal. O exército da Virgem, dos
I seus representantes e levando as suas
bandeiras à frente.
ção dos doentes no meio dos seus sofri-
mentos e os actos heróicos de muitos en-
do em triunfo, nos sagrados dominios de
sua Mãe Santíssima, através das multi-
que combatem em prol do seu reino, que Entre essas pe.r egrinações, merecem es- fermos que renunciam à cura dos seus dões que o adoravam e aclamavam como
é o reino do seu Filho, tem em Fátima pecial referência as seguintes: S. Mame- males para que essa graça seja concedi- seu Deus e seu Rei, rezando e cantando à
o seu quartel general. de de Infesta, da diocese do Pôrto, Al- da a outros enfermos. Que efusão de porfia ...
Debalde o inlemo assesta as suas ba- cobaça, Extremôs, Bem.fica de Lisboa, amor do Imaculado Coração de Maria,
terias contra o baluarte formidável da Lamego e Alijó, Louzã, Tortozendo (Ar- que derrama graças a flux sôbre a nossa A missa oficial - A bênção dos
Lourdes portuguesa, debalde o mundo e quiconfraria do Im~ulado Coração de querida Pátria e sôbre todos os povos do
a carne enviam para o conquistar as snas Maria), Águas, da diocese da Guarda, e mundo. doentes
melhores tropas de assalto. Mosqueiros e Casal Velho, da freguesia Por tôda a parte a gloriosa Mãe de Ao meio-dia, depois de rezado o ter-
Cada dia que passa traz novos flo- de Alfeizerão. Deus é invocada com amor e confiança ço do Rosário na capela das aparições,
rões para a coroa de glória de Maria, que A bandeira da peregrinação de Alco- sob o titulo de Nosso Senhora de Fáti- foi a veneranda imagem da Virgem San-
alcança triunfos sem número sóbre os baça era levada pela senhora D. Maria ma. tíssima conduzida processionalmente pa-
seus encarniçados inimigos. José, que foi instantaneamente curada, Ela desceu dos esplendores imarce.;sl veis ra o átrio da grande Basilica em CODS-
Como outrora na Palestina, durante a o ano passado, no Santuário de Fátima, da glória à estância bemdita da Cova da trução, onde Sua Excelência Reverendis-
vida pública do Divino Redentor, os duma tuberculose pulmonar em terceiro Iria para consagrar dum modo definitivo sima o Senhor Bispo de Leiria celebrou
cegos vêem, os surdos ouvem, os mudos grau. o seu titulo de Ralnha dos portugueses. a missa dos doentes. Por tOda a rampa
falam, os paralíticos andam, os leprosos A procissão das velas constituiu, como Três pontos sobretudo ela inculcou nos descendente da vasta esplanada do Rosá..
são curados e aos pobres 11 anunciado o sempre, um espectáculo impressionante, seus colóquios com a vidente privilegia- rio, extendia-se, ao longe e ao largo,
Evangelho. Da rocha viva da Cova da tendo decorrido com a maior ordem e da: a prática da penitência, a necessida-
Iria brotam águas salutares que correm compostura, não obstante o terreno da de de com bater o pecado da carne e a
até à vida eterna ... Cova da Iria estar em vários pontos do oração.
Nas piscinas miraculosas da penitência percurso encharcado e enlameado por ~ preciso que ouçamos a voz da San-
operam-se assombrosas ressurreições mo- causa dali chuvas que tinham caldo d u- tíssima Virgem.
rais ... rante o dia. A luxúria perde tantas almas! ~ es-
Jesus, oculto na Hóstia Santa, é leva- Após a procissão, a multidão dos pe- pecialmente pela imoralidade que o de-
do em triunfo, por entre as multidões regrinos, reunida em fren te do pavilhão mónio procura actualmente arrastar os
de peregrinos, cheios de fé e de amor, dos doentes, cantou o c,.~tio , dando as- homens à sua condenação eterna.
q ue se curvam à sua passagem, adoran- sim um testemunho público e solene da Fóra, pois, com as modas indecentes,
Sua Ex.cla Rev.rn. o Senhor Dr. dO-o e aclamando-o. A Virgem do Rosá- sua fé sincera, viva e ardente, como foi livros maus, cinemas de scenas lúbricas.
]acobus Von Hauck, Arcebispo de rio passeia igu:Umente por meio do sêu sempre a fé de todos os bo!lll e verda- E Sua Excelência Reverendíssim'l, nun:;a
Bamberg, Sucessor do grande povo, saudada e abençoada em verda- deiros filhos de Portugal. breve e quente peroração, conclui a ma-
Apóstolo da Baviera S. Otão, Edi- deiras apoteoses de piedade e ternura gistral introdução às suas prátJCds e"pli·
ficou o grande Seminário A1'quidio-
cesano e aprovou tm II de feve-
filial.
E milhares, milhões de almas, recupe-
Adoração nocturna cativas dos mistérios do Santíssimo Rosá-
rio, proclamando que o divino Saltério
t'eiro de 1931 a fundação da Fáti- rando ou intensificando as energias es- Pouco depois da meia-noite, no altar de Maria é uma luz que ilumina a nossa
ma- verlag. pirituais naquela atmosfera sobrenatural do pavilhão dos doentes, foi exposto o alma se o soubermos rezar e cantar, se
em que mergulham as suas fibras mais Santíssimo Sacramento para a adoração o soubermos principalmente meditar e
íntimas, vão por êsse mundo fóra, irra- dos fiéis. Feita a exposição, o rev.do dr. viver.
Terra de Santa Maria diando luz e calor, num apostolado in- Marques dos Santos, capelãe-director dos
Foi precisamente há quinze anos. Era tenso e constante, que, prendendo e servitas, leu alguns actos de desagravo As missas da manhã - A procissão
em 1917. Portugal e o mundo atravessa- transformando os corações, dilata o im- a J esus Sacramentado. Seguiu-se a hora
vam nessa época de tristíssimas recorda- pério de Jesus e o reinado de Maria 96- de adoração nacional, que foi presidida do Santíssimo Sacramento
ções uma das crises mais pavorosas de bre a terra. por Sua Excelência Reverendíssima o As cinco horas da manhã do dia 13,
que reza a história. ú Virgem mil vezes bemdita, porque Senhor D. José Alves Correia da Silva, celebrou-se na capela do Albergue de
Três flagelos terríveis, a peste a fome escolhestes vós êste pobre e pequeno pais, Bispo de Leiria. Nossa Senhora de Fátima a missa des-
e a guerra, açoitavam cruelmente a hu- tão esquecido e tão desdenhado das gran- Porque se estava no mês do Rosário e, tinada aos servitas e às sen-•t'\!', que
manidade, produzindo formidáveis heca- des potências do orbe, para trono das especialmente, porque se completavam uma hora depois precisavam de estar
tombes, ceifando milbõe;l de vitimas. vossas glórias e para teatro das vossas então quinze anos- o número das de- livres para começarem a exercer a sua
Dir-se-ia que o anjo de extermínio que, misericórdias? I ~ um segrêdo inexplicá- zenas do Rosário - depois da última tão benemérita como simpática missão.
na época dos Faraós, por ordem de Jeo- vel da ternura imensa do vosso Coração aparição da Santíssima Virgem, foram Às seis horas houve a missa de comu-
vah, feriu de morte, numa só noite, os ma tema! para com os filhos prediletos rezados todos os mistérios do Rosário, nhão geral no altar do Pavilhão dos
primogéóitos egípcios, descera de novo à de Portugal, desta terra privilegiada que tendo o ilustre e venerando Antlstite pr~ doentes. Comungaram a esta missa mi-
terra para com o seu gládio de fogo re- é e foi sempre e sempre há-de ser a ter- gado nos intervalos das dezenas, me- lhares de fiéis, devidamente preparados
novar, em larga escala, a última e a mais ra de Santa Marial ditando cada um dos mistérios gozosos, pela confissão para êsse acto, tendo-lhes
terrível das pragas bíblicas. Por tôda a dolorosos e gloriosos. sido o Pão dos Anjos distribuido por nu-
parte reinavam a dor, o luto, a maior Procissão das velas A esta hora de adoração nacional se- merosos sacerdotes revestidos de sobrepe-
consternação. Súplicas fervorosas, gritos guiram-se horas de adoração privativa liz e estola.
dilacerantes de angústia, subiam sem ces- O dia doze de Outubro foi um verda- para diversas peregrinações. Muitas outras missas foram celebradas O Ex.mo e Rev.m• Senhor Dr.
Sar para o Céu, procurando fazer vio- deiro dia de inverno. O vento, o frio e Na prática de introdução à recitação nêste dia nos diversos altares do Santuá- Adam Senyer, Bispo auxilia,. de
lência ao Coração compassivo de Deus. sobretudo a chuva, que nesse dia caiu do primeiro terço do Rosário, o Senhor rio. Sua Ex.eta Rev.rn. o Senhor A1'ce-
Foi, então, nesse ano para sempre me- por vezes com abundância, tomaram, D. José Correia da Silva convidou os Às nove horas e meia, como c.stava bispo, vigária geral, dedicado sum-
morável, que a Virgem Santíssima, au- como é natural, muito menos numerosa peregrinos a bemdizer o Santíssimo Sa- anunciado, realizou-se uma procissão eu- mus custos da catedral de Bam-
cramento pela aparição de Nossa Senho- carística, levando o Senhor Bispo de Lei- bel'g que, entf'e outras preciosidades,

I
gusta Padroeira de Portugal, se dignou que de costume, a peregrinação nacional
baixar dos esplendores da glória a uma de Outubro, que é a que mais se asse- ra que se realizara quinze anos antes e ria a Sagrada Custódia. Esta procissão, guarda as relíquias do santo Im-
charneca árida e estéril da Serra de Ai- melha à de Maio em concorrência e em que naquele dia se comemorava com par- que poucas vezes se tem feito no loca} perador Henrique z.• (Iooz a roz4)
re para aí estabelecer o seu trono de mi- esplendor. ticular solenidade. das apanções, era destinada a comemorar e o túmulo do Papa Clemente z.o
sericórdia, donde irradia uma nova luz Todavia, a-pesar do mau estado do Nossa Senhora, disse o augusto Pre- o número rosariano dos anos que decorreo ( 1046 a I047).

'
2 VOZ DA FATIMA
~ma. massa. enorme e compacta de pere-
grinos, em número de muitas dezenas de
ção de Deus e arrancar-lhe uma graça de
milagre, .. Sermão no Santuário da Fátima, à Quando aquele santo patriarca me
olhou com uns olhos que penetravam
milhar. Eram pessoas de tôdas as clas-
ses e condições sociais, irmãmente mis-
- ó Deus, vinde em nosso auxilio,
vinde depressa socorrer-nos!
Missa dos doe ntes no dia 13 de Ou- até o fundo da. alma para nela desc~
brirem os mais íntimos e recondito& mi.
turadas e confundidas, perante o altar• -Senhor, aquele a quem amais está tub ro de 1932, e pregado p e lo Rev.do térios, exclamou: uSenhor Professor, •
cristão, o altar da. verdadeira igualdade, doente! Senhor bebeu numa boa fonte.,, A fon-
onde só as virtudes e as boas obras cons- - Senhor, fazei que eu veja! D r . Luiz Fischer, a lemão. te a que êle se referia era a fonte de
tituem títulos de valia., de mérito e re- - Senhor, fazei que eu andel graças de Nossa Senhora da Fátima.
compensa. A multidão, religiosamente si- -Senhor, fazei que eu oiça! Em tôda a parte onde Maria, de f,.,_
lenciosa e recolhida, assim quf" se desva- Louvado seja Jesus Cristo! fidelidade a Jesus e de amor a Maria
E o Adoremus in aeternum, o ParctJ, Nossa. Senhora da. Fátima, rogai por cto, aparece, brota sempre uma fonte.
neceram os últimos ecos das aclamações que 01 meus compatriótas, e com razão,
Domine e o Monstra t6 esse matrem in- nós. tanto têm admirado por ocasião das
Essa fonte é o sinal externo e sensível
à Virgem feitas durante a. procissão, as- terrompem, de espaço a espaço, as invo- daquela fonte invisível da. graça com
Ex.m• e Rev.mo Prelado: minhas conferências.
sistiu com uma. piedade edificante ao ac- cações, como se as cordas mais íntimas que Mar ia desscdenta. os filhbs seua
to mais sublime da. nossa Santa Reli- Rev.oe Confrades: Mas como poderia eu ousar, meus ca--
da alma se partissem subitamente, sol- quando eates, cheios de confiança e
gião, a renovação incruenta do augusto Caros peregrinos : ros peregrinos, falar-vos no. bela lfngua
tando gemidos e soluços de dor. amor, se prostram a seus pés, uHauri-
Desde há muito que era meu desejo de Camões e de Vieira, com algumas se-
sacrifício do Calvário. A multidão volta-se agora para a Vir- ardente voltar de novo em peregrina- mana.:; de permanência neste lindo país?
te aquas in gaudio de fontibus matris...
Ao Evangelho, subiu ao púlpito o gem bemdita e invoca., em preces vee- Como vós sois felizes, <:4roe peregri-
rev.do dr. Luis Fischer, professor de his- ção a esta maravilhosa, a esta única Foi, mais uma vez, 8. Ex·• Rev.ma o
mentes, a Divina Medianeira de tôdas nos da uTerra de Santa Maria11, por
tória eclesiástica na Universidade Cató- e inolvidável Fátima onde, depois da Senhor Bispo de Leiria que me ani-
as graças, que os Padres e Doutores minha. primeira visita, em Maio de 1929, mou a subir a. êste púlpito confiado na p_oderdes vir tão amiude j unto desta
lica. de Bamberg (Baviera). chamam a OnipoUncia suplicante e a uhoa. fonte~>, onde Marin, dum modo
O grande apóstolo do culto de Nossa deixei impresso um pedaço do meu co- bondade maternal de Maria.
Santa Igreja proclama Saúde dos enfer- ração. Agradeço-o, em segundo lugar, a o muito especial, acorre, pressurosa em
Senhora de Fátima nos países de lingua mos e Mãe de misericórdia. vosso auxílio.
alemã proferiu então, junto a.o microfo- E daquele templo imenso, que tem por Não resta sombra de dúvida: Vós sois
ne, o formosíssimo disourso que vem pavimento a. charneca árida e escalvada os filhos queridos de Nossa Senhora da
reproduzido integralmente noutro loga.r da Cova da Iria e por cúpula gigantesca Fátima.
dêste mensário. a abóbada celeste coroada dos esplendo- A vós pois, caros peregrinos, e a t&-
Na sua. magistral alocução, o ilustre res de astro-rei, sobem para as alturas do.s os portugueses, dum recanto a.o ou-
orador focou, além doutros pontos tam- novas invocações plenas de fé viva e re- tro de Portugal, desejaria eu dizer : Tóe
bém interessantes e dignos de relêvo, a passadas da mais doce confiança filial. bebestes numa. uboa. fontell.
fidelidade dos portugueses a. J esus , e o - Rainha do Santíssimo Rosário, ro- Não é raro assediarem-me com a JJ&-
seu amor à Virgem Santíssima. gai por nós! guinte pergunta: porque razão é que
Depois demonstrou dum modo admirá- - ó Maria consoladora dos aflitos, ro- Nossa Senhora apareoeu em Portugal?
vel a sua tríplice vocação de cruzados gai por nós! Porque não teria ela antes aparecide
e cavaleiros de Cristo contra os infiéis, -Minha Mãe, Maria Santíssima, ten- no centro do Europa, num lugar fàcil-
de missionários através dos mares e dos de piedade de nós! m~nte acessível a todos?
continentes até aos confips do orbe, e de ~ Nossa. Senhora do Rosário de Fáti- A tais perguntas costumo eu respon-
apóstolos e defensores do reino de Maria ma, dai-nos saúde por amor de Deus e der:
que é também o reino de Jesus. Por'fim, para glória da Santissima Trindade! :e uma verdade de fé e da experiencia
sublinhando que a. Lourdes portuguesa é - Nossa Senhora do Rosário de Fáti- quotidiana qne cada individuo tem a
uma nova época na história de Portugal, ma, convertei os pecadores! sua. vocação espectai. A vocação é aqu~
disse que a. divina mensagem de Fátima - Saúde dos enfermos, rogai por nós! le lugar, aquela. esfera. de acção que
se espalhou por todo o mundo, da !ndia -Socorro dos doentes, rogai por nós! Deus atribui a cada um para o ãecur-
à China, da América à Africa, e mostrou - Nossa Senhora de Fátima, salvai- so da sua vida mortal. Feliz, pois da-
que Fátima é o caminho directo para Je- -nos e salvai Portugal! quele que é fiel à sua voca~ão. Esse cu ~
sus pelas mãos de Maria Santíssima. Ter- De repente, do meio da coorte inume- pre à risca aquela súplica do Padre
minada a missa, que foi, COIQ.O de costu- rável dos enfermos, ao descer sObre um Nosso, useja. feita a vossa vontade11.
me, acompanhada a harmónio e cânticos, grabato de dor a bênção de Jesus-Hóstia, Tem havido sempre, mas especialmen-
o ilustre celebrante deu a. bênção euca- sOa um grito de esperánça e de júbilo, te nos nossos dias, criaturas infelicíssi-
rística. a cada um dos doentes, levando a. prontamente sufocado. mas por não quererem abraçar ou por
umbela, a. convite do venerando Prelado, <~Virgem Santíssima, fazei que seja es- não corresponderem à vocação para que
o sr. Tenente Carvalho Nunes, Ajudante ta a minha última. dOri>1 Deus as destinou. Assim como os indi-
de ordens de Sua Excelência o Senhor Meia hora depois a doente que soltara víduos, teem também as naçõe:; a sua
Presidente da República, general Oscar êsse grito comparecia no Pôsto das veri- vocação. E isto uma verdade da histó-
Carmona. Os doentes eram 177, sendo ficações médicas, radiante de alegria e Dr. Ludvig Fischer, sua irmã Ilda Fischer, Elisabeth Geldnsr e ria. E IS6Ilão vejamos:
38 homens e 139 mullteres, os quais to- transbordando de reconhecimento. Elisabe.th Hoeckner, de Munich-Alsmanha.
dos tinham sido previamente inscritos no Ali tinha entregado de manhã, ao ser Olimpia, mãe da Tacinta ~ Francisco Marto. Ao vocações das nações segundo a
respectivo registo do POsto das verifica- inscrita, a declaração do médico assisteD- Maria, mãe da vidente Maria Lúcia de j esus, hoje religiosa de San-
ções médicas. . te necessária para ser internada no Al- ta Dorotea. vontade de Deus
Terminada a. comovente cerimónia, foi bergue durante a noite e admitida. no Maria Filomena, servita, que serviu de madrinha, no Crisma, à Ltlcia . uAo império Romano que no tem-
cantado o Tantum ergo e dada a bênção recinto reservado aos enfermos na. oca- po do nascimento de êristo Tivia em
eucarística a. todo o povo. sião da missa oficial e da bê·~o euca- paz, outorgara Deus a vocação de apla-
A seguir o ilustre Prelado benzeu os Se me apresento hoje diante de •ós, a:m.ável representante da lingua al~ nar o caminho do Evangelho. Porém,
rística. como embaixador de milhares e miJ.ha.- mã na Cúria Episcopal de Leiria, Rev. quando, mais tarde, o paganismo do Es-
object?S de piedade que os peregrinos ti-
nham consigo e deu a bênção episcopal Hospitalizada há catorze meses no res de veneradores de Nossa Senhora fta dr. Sebastião da. Costa Brites, o brilhan_ tado se opoz~ com tôdas as suas fôrças,
à multidão á.joelhada. a seús pés. Depois hospital duma. cidade importante da Bei- Fátima em países de língua alemã, ~e­ te tradutor dos meus lh ros sôbre Fáti- à difusão ao crisitianismo nascente,
rezou, com os peregrinos, por várias in- ra-Baixa, minava-lhe o organismo já bas- vo-o antes de tudo, a.o amável connte ma, que deu às minhas pobres palavr as chamou Deus, lá do norte, as tribus ger_
tenções sem esquecer Sua Santidade o tante combalido pela doença, a tuberculo- e à nunca desmentida bondade de S. a linda fotma. portuguesa. • manicas que, nas suas emigr~ões ani-
Papa. Pio XI, que tanto se tem recomen- se pulmonar, de que sofreu durante deza- Ex.• Rev.ma o Senhor Bispo de L eiria, Para os êrros de pronúncia que vier quilaram o Impéri o preparando ~im o
dado às orações dos peregrinos de Fáti- nove meses. Nesse longo espaço de tem- o uservo fiel e prudente que Nossa Se- a cometer e para. aqueles que já come- caminho à livre expansão do cristianis-
ma. po, a febre oscilava entre 38 e 39, 0 5. nhora constituiu sôbre a sua família ti, antecipadamente vos peço perdão. mo. Sôbre as ruinas das emigra~ões dos
Em seguida agradeceu a.o rev.do dr. Respirava com muita dificuldade e não para dar a cada um, a seu tempo, a. Boa vontade não me falta e o resto se- povos edificou depois a Igreia. a idade
Fischer a. sua dedicação e os seus traba- podia. despir-se sósinha. ração de trigo11. rá suprido pela vossa benevolência. média católica.
lhos, proclamando-o justamente o maior Na oca,sião da bênção sentiu no peito Por isso cumpre-me, em primeiro lu- Depois o orador diz:
uma pontada muito fina, como ela dizia, Na idade média, tinha o povo alemão
apóstolo de Nossa Senhora de Fátima no gar, agradecer, de todo o meu cora- - ccEm 1929, ao regressar de Fátima a vocação do império. O Santo Império
estranjeiro. que era bastante freqUente e que nunca ção, a. S, Ex.• Rev.m_a, o jllilável e hos- com o coração a transbordar de alegria Romano da Nação Alemã presidia ao
Por último, foi feita. a recondução da mais tomou a repetir-se. pitaleiro arolhimento que teve a bon. e felicidade por me ter sido dado o al- equilíbrio católico doe povos de então.
imagem de Nossa Senhora para a. capela Era--lhe quási impossível andar, tão dade de dispensar-me. tíssimo prazer de ajoelhar aos pés de Na Catedral de Bamberg está sepultado
das aparições, onde se leu o acto de con- falta de fôrças estava e tão grande era Dign~se, pois a. Virgem Maria r e- Nossa Senhora do Rosário visitei u m o Imperador Henrique, o mais nobre
sagração final à Santíssima Virgem, do- o incómodo que lhe causava a marcha. compensar o guarda e protector do seu santo sacerdote, o padre Julio Joseph, representante desta monarquia católica-
pois do qual começou a debandada dos Agora, graças a Deus e a sua Mãe San- Santuário cumuland~ de graças e bên- que, na fronteira de três nações - da romana.
peregrinos. tíssima, já caminha de-pressa e sem cus- çãos sem fim. Alemanha, da. França e da. Suíça -
to, já respira com facilidade, já pode Na idade média., tinha 0 povo italia-
era o guia e conselheiro de milh&res e no, duma maneira. eminente, a vocação
Uma graça de milagre despir-se sem auxflio de ninguém, sentin- Os portugueses e a sua fidelidade milhares de pessoas. do sacerdocio. Roma. incarnava nesta
do fOrças, apetite à comida e uma boa
O Anjo da diocese de Leiria vai aben- disposição fisica e moral. a Jesus e o amor a Maria Santíssima Este venerando ancião reoebia, por época a ideia do sacerdócio abrasado na
ano cêrca de 15.000 cartas de pessoas ansia de anunciar a verdade aos povos-
çoando, um a um, na vasta esplanada, sob O pai, que acompanha a feliz privile- ccNão era menor o desejo acalentado de ~os os estados e condi~ões sociais e
um céu banhado de luz, os mfseros far- giada da Virgem, exulta de alegria ao por mim, há muito, no mais íntimo do Na idade média, tinha o povo fr an-
ppssuta não só o prestígio mas também cês a. vocação da ciência. A Universi-
rapos humanos, alinhados em filas in- vêr sua filha curada da terrível doença meu coração, de ter um dia o grato en- os dons sobrenaturais do santo Cura dade de Paris foi, durante séculos o
termináveis que ali tinham ido implorar, que a teve às portas da morte e objecto sejo de dirigir algumas palavras aos pie- d' Ars. Era, no dizer de Mons. Roberto empório da ciência. católica. Erll dali
animados de doce confiança, o poder de das atenções dos peregrinos assombrados dosos peregrinos da Fátima a.-fim-de l\laed~r, escritor católico de reputação que as luzes do Catolicismo irradiavam
Jesus pela intercessão de Maria. e comovidos perante uma manifestação agradecer a êste bom e since~o povo o mundial e granpe venerador de Nossa para todo o mundo.
O Divino Rei de amor passa. oculto na bem patente do poder e da bondade da sublime exemplo de fé e piedade de es.. Senhora de }'átima o maior tauma.tur- Também as duas nobres nações da
hóstia branca e pura exposta na custó- augusta Virgem do Santíssimo ·Rosário. pírito de penitência e de carid~de, de go do século XX. '
dia de ouro, semeando bênçãos, difun- A excelsa Rafnha de Fátima não po- península Ibérica. - Portugal e Espa-
dindo graças, consolando e confortando, dia deixar de assinalar com um traço in- nha - tiveram na idade média a sua
fazendo o bem. confundível da sua ternura maternal lhos apostólicos nas regiões do ultramar, gal e da. qual se reproduz aqui o seguin- vocação especial que lhes fôra o'utorga-
Que espectáculo comovente e confran- o dia treze de Outubro do décimo o rev.do José Vicente do Sacramento te excerto: da por Deus.
gedor o daquelas centenas de vítimas des- quinto ano depois das aparições, o ano voltou pela segunda vez a Fátima e nes~ A sua vocação era a. de Cruzados e
ccVenho participar-lhe que estivemos em Cavaleiros de Cristo. Causa. assomb~o
ditosas de todos os flagelos que afligem rosariano do Santuário Nacional de Fá- ta ocasião com a demora que a. sua de-
Munich, onde fizemos a vigéssima ter- como êstes dois povos numa cruzada
a pobre humanidade e que são o fruto tima. voção acrisolada há muito exigia.
ceira conferência sObre Fátima. Reali- de mais de 800 anos, foram, em duros
da maldição lançada no Eden contra uma Bemdita seja ela, para sempre bemdi· Ali, aos pés da sagrada imagem da
Gámos também a primeira conferência prélios conquistando, palmo a palmo
raça herdeira do pecado!... ta! radiosa Visão de Lúcia de Jesus, naque- em Augsburgo na presença de trezentas terreno aos mouros, até os expulsar~
Olhos hermeticamente fechados à luz, le cantinho privilegiado da terra portu-
ouvidos para sempre obturados, lábios
Um missionário peregrino guesa, o fervoroso devoto de Maria -
senhoras.
:€ à Senhora Asain que se deve esta
da península.
emudecidos, rostos deformados por lu- Entre os sacerdotes portugueses que no coração de ouro e alma de diamante - - cc.E um designio da Providência o
honra tributada a Nossa Senhora de Fá-
pus e cancros, braços e pernas atrofia- dia 13 de Outubro último visitaram o havia de sentir, mercê do seu tempera- tima. estarmos aqui, em Fátima, sôbre um
das, pulmões a desfazerem-se em sangue Santuário de Nossa Senhora de Fátima e mento de artista- mavioso poeta e mú- terreno onde, a pequena distancia, se
sico inspirado - que o amor de Deus e A referida senhora levou em 13 de desenrolaram os feitos mais heroi'lll!J da
e pús, carne e ossos carcomidos pela le- assistiram a.os actos litúrgicos que ali Setembro a sua linda imagem de Nossa histótia. de Por~ga.l· O <..léu colocou
pra, corpos paralizados, eis o vasto esten- se realizaram com um brilbo e uma im- da Virgem sublimou, impressões vivas e
fortes, havia de experimentar sensações Senhora de Fátima para. Hobel onde o Fátima precisamente no <'entro dos mo-
da!, aliás incompleto, das grandes enfer- ponência invulgares, merece por todos os rev.do Oblinger a colocou na sua igreja. numentos nacionais deste povo como
midades e misérias que se viam naquela titulos uma referência especial o rev.do das_ mais altas e das mais puras, que os
lábtos humanos não sabem traduzir e que eObre um altar, fazendo, em seguida, o sol no meio dos planetas. '
estâ.ncia de dor e angú$tia e de que a José Vicente do Sacramento, benemérito uma prática a propósito das aparições
pena mal pode dar uma pálida ideia. missionário da nossa importante colónia s6 o coração tocado pela graça divina, Não devia ha.ver um só português que
é capaz de compreender. de Fátima. fechasse os olhos a esta consoladora ~ea..
A bênção já vai bastante ad.ianta.da. A de Moçambique.
multidão, impulsionada por uma fé vi- O ilustre e venerando sacerdote é, co- Que a branca e bela Rainha de Fátima Disse que as mulheres de Lechhauser !idade.
Va. e por uma. piedade ardente, implora mo se sabe, o autor da letra e da. mú- haja. por bem dispensar ao grande bem- já há anos que vão todos os meses, no Aqui, sôbre êste chão bemdito sao-
com veemência a compaixão do Senhor. sica do célebre hino popular, hoje conhe- feitor: do seu Santuário, com a restaura- dia. 13, a Kobel fazer a sua devoção a dam-vos as sombras doe e&valeir'oe de
-Salvai-nos, Jesus, aliás pereceremos! cido em todo o Portugal e no mundo in- ção da sua preciosa saúde abalada pe- Nossa Senhora de Fátima. Cristo, de Tomar, os mais nobres e lidi-
-Senhor, se quiserdes, podeis curar- teiro, que começa pelas palavras S"brll los rigores do clima africano, as melho- A Senhora Asain vai oferecer para Ko- mos representantes dos portugueses da
-mel os braços da azinheira. res graças e as bênçãos mais preciosas bel uma imagem de Nossa Senho~ de idade média.
- Senhor, dizei uma só palavra e eu Devotissimo de Nossa Senhora de Fá- e mais escolhidas do seu coração ma- Fátima. Aqui, a. dois passos, evoca-nos a Ba-
serei salvo! tima, acompanhou sempre, cheio de in- ternal! Voltei ontem de Rosenheim, onde a talho. uma. vitória de Maria - uma vi-
minha conferência sObre Fátima teve tória que demonstra a. superioridade da
- Jesus, Filho de Maria, tende pieda-
de de nós.
terêsse e santo entusiasmo, lá das longín-
quas plagas africanas, o movimento reli- Uma carta da Alemanha um grande êxito. Ao regressar a casa, fé sôbre a força n umérica e material.
A oração toma-se mais intensa e mais gioso de Fátima e por várias vezes con- Uma das senhoras que na Alemanha encontrei o seu lindo postal de Portu- Aqui, atravez destes sêrroe, passou
fervorosa. A confiança aumenta nos cora- tribuiu para o culto e obras com avul- muito tem difundido o conhecimento das gal. A v.• rev.c:l& e a Sua Ex.cla Rev.""' outrora o Santo Condestável, Nuno Al-
ções de todos, sãos e doentes. tados donativos que a sua piedade alia- Aparições de Fátima e o culto da San- o Senhor Bispo de Leiria os meus mais vares Pereira, heroi' máximo da vossa
Dir-se-ia que aquelas dezenas de mi- da a.o seu coração generoso o levavam tíssima Virgem é a Senhora Maria Grom- sinceros agradecimentos>~. epopeia e precursor dos portugueses no
lhar de almas, tomadas de santa audá- a oferecer. mes que escreveu ao rev.do dr. Luis Fis- caminho das missões e doa deeoobrimen-
cia, resolveram fazer violência ao Cora- Depois de ~uarenta anos de traba- cher uma carta que recebeu em Portu- Visconde lU Montelo tos ma.rítim()S.

VOZ DA FATI MA 3
Principia então uma grande e glo- o povo a destruir Igrejas e a. insultar
riosa. época para. o povo português- a
sua. segunda vocação. Esta segunda vo-
cação consiste em levar o nome de Cria-
sacerdotes; a honra e 0 bom nome da
vossa. Pátria estão nos vossos bispos e
nos vossos sacerdotes que ensinam 0 po-
FÃTIMA NA ITÃLIA
13 de Setembro.
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA tempo, em uma noite, quando ela mais
to através dos mares e dos continentes vo a ver na Igreja e nos seus minis- O firmamento apresentou-se logo de Agradecimento
até os confins do orbe. Pela segunda ve1. tros os guardas das verdades eternas manhã triste e nublado, conservando me afligia por ser mais intensa do quo
ganha ê:;te povo a cruz ~·ermelha do seu a os dispensadores da vida divina. sempre até à. noite o &eu sobrecênho José da Silva Santos, ajudante do Ofi- nunca, lembrei-me de recorrer à Vir&em
escudo de armas. Temos que resar e trabalhar ainda carregado e amea.çador. Todavia, duran- cial do Registo Civil na freguesia de S. Mãe-Senhora da Fátima implorando..lhe
0 período dos descobrimentos é, si- muito até que, em todo 0 Portugal, te o dia inteiro, nem uma gôta de chu- Mamede da Serra, Concelho da Batalha, a minha cura com a promessa da publi-
multaneamente, o período aureo das brilhe aquela suave e meiga luz que ir- va orvalhou a terra. vem por êste meio prestar público tes- cação da mesma na Voz da Fátima. Ohl
missões. radia do corac;ão de Maria e que cura Acabavam de soar, nos sinos da igre- temunho de agradecimento a. Nossa Se- favOr da minha Mãe! desde a manbã S&-
A &te, seguiu-se infelizmente para o as feridas que as passadas décadas abri- ja de S. Jerónimo, compassadas e gra- nhora da Fátima. guiate, ao levantar-me, não mais senti dOr
povo português, um período wmbno ram no coração do pavo. ves, as badaladas que anunciav~m . as Estando em abril passado completa- alguma em meus rins.
que vai do meado do século XVlll até 6 1/2 horas. la começar o pnmell'O mente desenganado dos médicos que Carlos da Rosa, _ Shangai _ China
o século XX. Nomes não Citarei, porque A divina mensag;m da Fátima espa- turno de missas que será seguido de o trataram e o consideraram inteiramen-
&te lugar é sagrado de mais para o..-. mais três. te perdido- o que mais tarde tenciona Fraquesa geral
pronunciar aqui. E o tempo do absolu- fhou-se por todo O mundo, da (o- Por tôda. a extensão da estrada, que provar com os respectivos atestados, se
tls~. Manieta o clero com indignas al-
gémas e ainda por cima o cell!lura por
dia a' China, da Ame'n'ca a' ll.l
' 'n'ca da. cidade de Gubbio, serpeia o monte
de S. Jerónimo, numerosos peregrinos
lhe forem passados,-e a tal ponto que, Valentina do Nascimento Catarina, do
para se avaliar a gravidade da sua doen- Ferreira-Macedo de Cavaleiros, diz, em
não pooSuir aquela maleabilidade que A IgreJ·a chama a Maria uelecta. ut jCaminham va~arosamente, imersos ,na ça, se pode citar, entre outras, esta fra- carta, o segumte:
lhe era necessána como mestre educa- contemplação da dolorosa. paixão de Je- se de um dos seus médicos mais assis- C1Valentina do Nascimento Catarina,
dor do povo. E o tempo do pseudo li- splu - brilha.nte como 0 sol. Apenas sus, representada ao longo da íngreme tentes, dita a um seu irmão: uEntão qtU~ adoeceu gravemente com fraqueza geral.
beralismo em que os grandes SIUltuários quinze anos são decorridos depois da subida. quere, o seu irmão tem o coração p~dre!, Esteve assim durante três meses, não
na.clOn~is_da Batalha e Alcobaça, e, com aparição de N. Senhora 6 já hoje a A igreja está já quási cheia.. Ouvem- recorreu a Nossa Senhora da Fátima. recorrendo a médicos por falta de recur-
6.\ltes, mumeros outros, foram conver- divina mensagem de .lt'átima se espa- -se suaves r~res que, a pouco e pou- Acabando de tomar um medicamentxl sos. Recorreu, porém, a Nossa Senhora
tidos em desoladoras ruínas. lhou por todo 0 mundo, da India à. co, vão aumentando, distinguindo-se fi- que em último recurso lhe foi receitado, da Fátima, prometendo, se melhorasse,
A ltáli~ já hoje reconhece que a Car- China, da América à .Africa. nalmente as maviosas palavras da Sau- com a mais rigorosa prescrição de que pedir uma esmola para o Santuário. Gra-
tuxa. de .Pavia. é, sem monges, um cor- Sabeis o que nos outros países se diz dação Angélica. E um grupo de senho- nessa noite e dia seguinte não tomasse ças à Virgem Santíssima, dentro em pou-
po sem alma. hoje da vossa Pátria? E o seguinte: ras que em piedosa romagem vêm tribu- o quer que fôsse depois do remédio, nem co estava restabelecida, com fOrça como
A !<'rança começa também a reconhe- uLouvado seja Deus, que já se ouvem tar à Virgem de Fátima os seus lou- mesmo água, mandou a altas horas da dantes, bom apetite e com fOrças para
oer que a grande Chartreuse ã ""'lll coi~;Us consoladoras de Portugal! Até vores. À frente vem um lindo estanda.r- noite--obrigado pelas securas que o di- trabalhar. Aqui fica esta declaração e
monges, uma mancha negra. no in~to aqui só se ouvia fala.r em regicidios te representando a Senhora de Fátima to medicamento lhe produziu e ~vido juntxl com ela o meu agradecimentxl a.
de arminho da sua cultura. revoluções, disturbios e perseguições": com os pastorinhos. pela sua fé viva.,-buscar água à Cova. Nossa Senhora».
O .Portugal d 6 h 0 .6 tol te O brilho celestial de Nossa. Senhora São J'á se+- horas. Vai come"or a mis- da Iria, resolvido a morrer com menos
. l , eran e pro- da Fátima inunda n vossa Pátria. ...., .... aflição. Durante largos dias e noites até Vauntina do Nascimento Catarina
gre&>tvo, ha-de decerto, apressar-se tam.. g sa da Comunhão Geral. Sobe ao altar
bé f te' te ' _.__
m a es Jar o cen nar10 ....,. extinção
E para terminar permtti meus ca-
TOIS peregrin01:1, que voa a~adeça do
a celebrar o Santo Sacrifício Sua Rev.cta ali não tinha tido posição nem alívio. Doença nervosa
Enquanto o portador foi e veio, as
das ordens religiosas, em 1934, dando, funtlo do corarão a vós e a. todos A~>ue- o Snr. P.• Luís Gonzaga. da Fonseca,
de novo, alma aos seus santuarios na- Y ..... ilustre lente do Instituto Bíblico em Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus Um dos meus filhos sofria duma doen-
cionais da Bat.1lha e Alcobaça. les que até hoje têm vindo em pe,regri- Roma. -Maria Fernandes de Oliveira e Diolin- ça nervosa que lhe causava. umas aflições-
Fátima é uma nova oca na histo'-
ep' nação a Fátima, pelo exemplo alta- Continua-se o Rosário iniciado pelas da da Silva - recitavam piedosamente
o terço em volta do seu leito, e rogavam
tão grande que, por vezes, parecia estar
mente consolador que nos dais. piedosas senhoras ao transporem a úl- à morte. Numa dessas aflições violentas
de po .
rlél rtugal DeseJo atnda agradecer-vos em nome
de milhares e milhares de ouvintes
tima porta da cidade. l ne.-speradamen- mais com lágrimas do qne com palavras,
a protecção de Nossa Senhora em favor
voltei-me para Nossa Senhora da Fátima
te, tôda. a. assistência emudece. e prometi-lhe, se meu filho obtivesse a
uA aurora de 13 de Maio de 1917 meus na Alemanha., na. Austna, na. Sui- Acabava S. Rev.oia de lêr 0 aanto do moribundo. Ele mesmo, abraçado ao cura do seu mal, irmos ambos agradecer
sobe de novo no hortzonte e COm ela ça c na. Cheoo-Eslovaquia.. Evangelho e ia agora falar. Crucilixo, e já várias vezes sacramenta- a graça a Nossa Senhora da Fátima pu-
~~a nova 1~ irradia sôbre PortugaL Quando eu lhes falo no espírito de Começa por recordar como no entu- do, pedia com instancia a brevidade da blicando no seu jornal o favor recebido.
:SeJ.S Yeze:, brilhou essa luz neste bendi- penitência das camponesas de Portugal siásmo ardente da sua fé viv~ e no fer- morte. A Mãe do Céu atendeu-nos, curando
to local, e faz hoje precisamente 15 anos e !}a:' su~ fatigantes caminhadas, a pé, vor intenso da sua. devoção acrisola- Tinha já disposto a sua vida e havia-se meu filho, graça que já lhe fomos agra-
que o lulgor dessa luz foi tao intenso até a Ji'aLtma; quando lhes falo na ca- da, a diocese privilegiada da Virgem despedido de todos os conhecidos. Veio a decer há dois anos no seu Santuário da
que ofuscou a do próprio sol. ridade dos Servos e Servas de Nossa em piedosa romagem, comemorou no água. Apenas a bebeu, sentiu-se aliviado. Fátima, agradecendo-lha boje publica-
uQuem é esta que vem raiando co- Senhora para. com O!t pobres doentinhos; mês de Agôsto p. p. os maravilhosos No dia seguinte, todos quantos o ti- mente por meio do seu j ornalzinho.
mo a nascente aurora, formooa como a quando lhes falo na. huntildade de al- sucessos de 1917, precipitando-se em nham visitado por vezes e que o conside-
Estxlmbar- Algarve
lua., brilhante como o sol terrível co- gu_ns peregrinos que, rastejando pelo torrentes caudalosas sôbre os pára.mos ravam no !llundo apenas por horas, fi-
mo um exercito ordenado ' em linhn de chao, envoltos em nuvens de po' se en-
Q áridos e escalvados da serra d' Aire. caram admirados. O mesmo aconteceu Teresa Julia Varela Vielra
batalha ?11 caminham de J.oelhos para a dpelinha. com os médicos.
Foi assim que à. mesma hora em que
E Maria., a rainha. do Rosário. das a.paric;ões; quando lhes falo do fer- nós comemorávamos aqui a 4.a apariç.10 Ainda hoje sofre, mas anda de pé e Tuberculose
.Portugueses, ouvi I Ouvi, dum recan- vor na recepção da S . Eucaristia; quan- da Virgem, lá, na. Oova da Ir ta, em já foi à Cova da Iria, e também nunca
to ao uutr~ _de l~ortugal, o que vos diz do lhes falo da perseverança durante comunhão de afecto, numa grandiosa e pediu a Deus a cura completa, para, diz Em Março, a minha única filhinha de
êle, se não esquecer que tem de morrer, 2 I meses, adoecen gravemente com uma
um estranjetro, um que não é vosso: a adoração nocturna; quando, final- magnífica. apoteose à Augusta Rainha
Com o ano de 1917 começa uma nova mente, lhes falo das procissões triunfais dos Anjos, dezenas de milhar de almas, mas sômente que possa ir ver as suas pneumonia e intente slea. Comecei a tra-
propriedades. tar dela o melhor possível segundo as ín-
epO<'a na história. de Portugal. Eu não com a Imagem de Nossa Senhora. fi- vindas de todos os recantos do país, co-
bOU profeta nem preciso s&.lo ao dizer: oom profundamente edificados O:,mo- mo um exército que obedece à ordem Ainda boje o povo exclama: c<Como a. dicações do médico, mas a criança pare-
Com o ano de 1917 principia uma no- vcm-60 até às lágrimas e a.dmu-'am as- gente o viu! Bemdito seja Deus que dos cia..me cada vez pior.
de comando, recebiam a Jesus na mais mortos faz vivos!>~ Passados oito dias, os dois médicos
va Voca<;ão principJ.a. a terceira YOCa.çào ta fé a.rd~o~nte, êste entusiástico amor Última apoteose euçarística, rezavam
de Portugal. A bandeira de Maria foi a M~ria, do bom e piedoso povo por-
desfr~dad.a. na pátria portuguesa.. O tug,ues.
beu remo, que os santos dos últimos sé-
. •
E, todaVIa, este VOSSo nobre exem-
cantando e cantavam chorando.
Passa depois o ilustre orador a des-
crever em breve:; traços a 5.a aparição.
S. Mamede 13 de Julho de r 932

Doença
P.• ]os~ da Cunha Gomes
DO f~gado
I
do concelho--Drs. Henrique Souto e Licí-
nio de Abreu F reire, de novo ausculta-
ram a doente, a firmando, d epoJS
· d o exa-
me, q~e se ~tava. de. uma tub.ereulou
cul.o,; tão saudosamente predisseram pio, que projecta ondas de luz sôbre o Exorta-nos a gravar no coração as . . na espinha, CUJa cura Julgavam IIDpossí-
terá., em Fátima, o seu quartel gen~ ~os:;<> Portugal, não Passa. ainda duma lições que a celeste Senhora nos dava.: .HaVIa. ma.ts de quatro meses que so- vel. Vendo a minha dOr uma pessoa mi-
ral. 111!-ftma par~la. d_?S ópti!llos frutos que, a. perseverança na recitação do rosár1o fria uma doença grave, que os médicos qha amiga e vizinha of~receu-me um co-
Sup~m~es, talvez, que exagero? Poi~o a~nda. um d~a, hao-de VIr a ser produ- para obter a cessação da guerra. Sim, diziam ser doença de fígado e com sinto- po de água da Fátima para que minha fi-
bem, 1re1. pr~var que não. ~Idos pela arvor~ frondosa e gigantes- é preci&a orar ainda hoje e talvez mais mas de gravidade. Tomava. diversos me- lha a bebesse se fôsse possível.
A Igreja diz, de Maria, que ela. é ca ~lan~da ~Ul por Maria. do que nunca, para. que a Virgem de dicamentos, mas não sentia melhoras al- Antes de lha dar pedi a. Nossa Senho-
ccterl'lllllts ut castrorum acies ordinatau ~mguem, amda que se trate do Fátima atraia sôbre nós as bênçãos 86- gumas. No dia 2o de Março tive uma ra da Fátima, com a. maior fé e confian-
-:-que ela é terr1vel como um exér- maiOr e mais profundo místico, é capaz lestes e afaste tantos males que amea- crise gravíssima seguida de vómitos de ça com que fui capaz, a cura da minha
Clo ~rdc~ado em linha de batalha. Sim de pre~er ou calcular os frutos de gra- çam a sociedade moderna, que louca- matérias escuras. pobre doente, prometendo ir a Fátima
Marla e terrível não para seus filhos' ça destmados por Maria a esta árvore. mente desprezou e expulsou do seu seio Acalmados os vómitos recebi os Sacra- agradecer a Nossa Senhora e publicar 0
mas para os seus inimigos. ' ~n 1· 5
1De ano para ano se irá vendo ' ...... o Creador, entregando-se a si mesma. mentos e despedi-me dos meus, pois jul- favOr no jornalzinho de Nossa Senhora.
O_ lnferno previu que, da Fatima, o c ar~mente, que Fát~a. é o ponto de V.amos a. Maria, saüdem~La. com as pa- ~va.-me na hora da partida para a eter- Fiz estas orações e esta promessa de
h~vta. de _ameaçar um perigo, que Fá- parttda duma nova mtssão mariana. em lavras com que o Arcanjo S. Gabriel se rudade. Restava-me, porém, aínda a. con- manhã, começando a dar-lhe a água na
ttma h~vta de ser o acampamento on- Por~ugal. . desempenhou da sua divina missão e fiança em Nossa Senhora da Fátima; e tarde do mesmo dia. No dia seguinte
de a. ra.mha. do Rosário concentraria os Am~a mats ~ P~avra, mens caros Ela virá em socorro da humanidade que então, com minha família, recorremos a voltaram os dois médicos, examinaram
?Ombaten.tes em prol do seu reino. Por ~regrmos: . N ao deu~is arrefecer o cegamente caminha para o abismo: Avé Ela com viva fé. Minutos depois adorme- novamente a. doente, e, com grande es-
~'. o mferno se aliou, presto, aos osso el?-tuslásmo na. difusão do reino Maria cheia de graça! ci, o que já não fazia há muitos dias. panto seu, encontram-na muito melhor
lntmJgos da IgreJa e principiou então de Mar.1a.. P?r causa do desdem e mo- Eis a oração mais bela, a oração por Durmo durante algumas horas e, gra- dizendo-me em seguida:-«sua filha res-
aq'!e!e terrív~l combate contra o San- fa dos. minugos da Igreja. excelência, que podemos dirigir à nos- ças a Nossa Senhora, acordo já sem dO- suscitou!»
tuano que amda. está na memória de Maria, esta boa. 1\iãi, recompensa sa Mãe Celeste. res. Passaram·se já alguns meses de en- Contei-lhe então o que se passou, e
todos, sob~etudo dos mais velhos. sempre com , an;tor megualável o mais Finalmente, S. Rev.cla termina para- tão até agora sem que as dOres me te- êles, que são bons cristãos, declararam
A IgreJa chama a Maria uaurora p~q.ueno ~bsequlO que se preste a seu fraseando o Padre nosso, a oração das nham causado o menor incómodo. haver ali um auxilio sobrenatural, sem 0
c~nsurgens.u Quando raia a aurora d.is- dt~mo Ftlho. ,na , prop~anda do seu orações que podemos fazer a Nosso Se- Apesar dos meus 84 anos, faço ainda qual a doente não poderia ter recupera-
!ilpam-se as trevas onde Maria poisa remo que, alias, e tambem o seu. _nhor, não só por têr sido ensinada pe- alguma coisa na minha oficina de mar- do tão depressa a saúde tão estragada
os seus bemditos pés é mister que o
~c~do ceda. Ora. é ~ que vemos em
Fátima caminh
-
J 1
para esus pe a
O
lo próprio Filho de Deus, mas porque
nela está contido tudo o que desejamos,
ceneiro, sendo o meu primeiro trabalho
um · quadro para Nossa Senhora de Fáti-
ainda na véspera.
Hoje, minha filha encontra.-se de per-
.1< at1ma.. mao de Mana
- • San , • tíss quer para a. Vl' d a espJiltUa
· · 1, quer mes- ma. Agora, reconbecidíssimo, venho ma- feita saúde. Já fom~ a Fátima agrade-
Como são admiráveis as conversões una ruo para a temporal. nifestar a minha gratidão a tão carinho- cer a Nossa Senhora o favOr que nos
aqui operadas! Como são frutuosos os O ~minho di~to para Jesus é pe- Nela, Jesus nos ensina que Deus é sa Mãe por me ter tirado tão graves so- alcançou, e agora peço o favor de txlrnar
exercícios espirituais aqui realizados I! la mao de Mana. , . nosso pai - e que bondoso pai -sem- fri.mentos que quási não podia suportar. ptiblico esta tão grande graça de que me
. Q~~ querer~ Maria com estas extraor- ~~ venha a Fattma quem o não pre pronto a satisfazer aos nossos pe- Algarve. confesso devedora a Nossa Senhora da.
dman~ man1festações de graça?
Ma.na quere em primeiro lugar san-
U'F -;~· .
~:ma, com os seus Illllhares de co-
didos; a. tributar os louvores, de que so-
mo~ devedores a Deus ;-a pedir 0 pão
Manuel Migusl Fátima
Confirmo o qu~ acima se diz. O Páro- Sa.lreu - Estarreja
tificar-vos, m~us caros peregrin~ pa- m oes, com ,.as suas n.oites Eucarístt- cotidiano: não apenas 0 pão material co - P.e Gabriel Duarte Martins
~a que leveis de Fátima o seu ~eino c~, com as suas grandiosas peregrina-
lll~presso nos vossos corações, o implan- r· com a sua como.vente bênção dos
teiS nas VO>iSfl.S famílias o transmitais to~ntes, é uma formtdável resposta a
mas principalmente o pão eucarístico
para alimento das nossas almas, par~
que com o seu auxílio e graça. não caia-
Doença de rins
Ana Marqtl4s da Silva
úlcera na estômago
ao vo:;so próximo e o k,rneis amado e f' os a:qu~le~ que receiam que Jesus mos nas ciladas que continuamente o Sofrendo há meses uma dOr de rins Durante todo o ano de 1929 o meu
respeitado no ca.m.po, na. fábrica. e na ~que_ ~mmwdo honrando-se sua Mãe mundo, demónio e a própria carne nos que me perseguia havia uma porção de marido sofreu horrivelmente. Os médi-
oficina 13antJsstma.
.. , h . Terminando. armam. Finalmente Jesus ensina-nos a.
F a.t tma, e OJe, a aurora da vossa · . pedir a Deus que ~os livre de todo o
Patna, mas Maria. projecta para ela nh-uC_ar~ peregrmos, também na mi- mal e nos conceda todos os bens. Ora- amor, Jesus nos espera dia e noite e a. Santos Anjos e Area.njos
coisas mais assombradas ainda a pa.tna se trava. hoje uma luta tre- ção esta, a mais sublime a mais bela cada instante. Vamos a. Jesus por Ma- Vinde em nossa Companhia
A Igreja. chama. a Maria upuichra ut menda. .F'undámos por isso, há dez de todas as orações. E Je~us quem no-la ria. O séu Coração e o de Jesus estão Ajudai-nos a louvar
lunan - formosa como a lua por cau- :mos, em Bam~rg, a cidade do santo ensina, e é Maria quem no-la ra- unidos que o dela é o reflexo do de Je- A Divina Eucaristia
sa da sua suavidade e doçura.. Esta tmp~rador Henrt~ue, a Ordem dos Ca- co~enda. ao falar aos pastorinhos de sus. :€ pois necessário que quem quere Apesar de ser dia de trabalho, a igre-
suave e meiga luz é o símbolo da do- valell'os ~ Marta. AlJustrel. Ofereçamos a Maria a linda ir a. Jesus vá a Maria. ja não esteve deserta nos dois turnos
çura e bondade de Maria. O seu ftm ~ a ren~vação espiritual coroa. de cento e cincoenta cândidas ro- -Continua-se a recitação do terço, de Missas que seguiram à da Comunhão
-No dia. da minha chegad~ a Por- da nossa pátna.. A patria. é um dom sas, m.archetadas de outras quinze ro- agora com mais devoc;ão, amor e espe- Geral. Terminou, finalmente, a última
tugal, ao percorrer, em hábitos tala,. de De~ ~ o amor d~ pátria uma vir- sas purpúreas, representadas pelos quin.. rança na expectativa de que serão Missa e Jesus desoera. a repoisar em
res, as ruas de Lisboa fui, por diversas t~de cnsta.. A nossa linda divisa é: Ma- ze Padre Nossos, nos quais se comemo- atendidas as súpliC'aB, pois que todos cerca de 85 corações amigos.
vezes,. ins~ltad? duma forma tão ex- na vencei . . . ramos merecimentos de Jesus· presen- aqueles que escutaram a voz celeste e À tarde houve a recitação do terça
traordmárta. e msolita como iáma.is me Que admuável diVIsa para. -vós ta.m- te êste, sem dúvida, agradáv~l à .Au- ofereceram preces ardentes à Virgem e bênção solene com o SS. Sacramen-
aconteceu no decunJO dos mens 18 anos bém, homens e jóvens de Portugal! gusta Raínha. do Céu como está prova- de Fátima receberam graças. to, fechando-se assim com chave de oi-
de sacerdócio, tendo-me .aconÚjilcido 0 Assim como, daqui, deste chão aben- do pelas múltiplas aparições e ultima- Chega finalmente a. hora em que Je- ro as comemorações da quinta audiên-
mesmo ultimamente em Pombal. Pro- QOado, partiram, outrora, os cavaleiros mente pelas de Fátima. Maria. Sa.ntís- sus vai descer aos corações famintos e cia da Virgem aos vegentes de Fátima.
vàvelmente fui tomado, por êsses infe- de Cristo para combater o bom oom- sima apresentará as nossas homenagens sequiosos do seu amor. Oxalá a Virgem da Fátima continue
lizes, por algum jesuíta espanhol. Não bate, parti vós hoje também, caros pe- a Jesus aeu divino Filho e virá Ela. Emquanto o Rev.mo Celebrante destri- do seu trono verdejante, erguido na
era esta, decerto, a linguagem de Ma- regrinos de Fátima, não para conquis- mesma a preparar os nossos corações bui a Sagrada Comunhão, cantlwe em mais linda e mística região de Itália, a
r~. Maria detesta ódios, abomina. pai- tardes novos países mas para conquis- para, ~en~ro em breve, nos podermos: italiano a incomparável melodia. euca- atrair a si os engubinos e a jorrar aa
xoes. A honra e o bom nome da vossa tardes almas imortais para Cristo-Rei menos mdtgnamente, avizinhar do San. rística tantas vezes repetida nos pára- copiosas bênçães do seu materno oora.-
Pátria não estão naqueles que ensinam e para Maria sua Mãe. Maria vencelu tQ Tabernáculo, onde, com seu paternal mos celestes da Cova da IriA: ção.
4 VOZ DA FATIMA
mento - Campolide, 25$00; Amancio Padres Dominicanos da Província de
cos, após maiuros exames, deram com a
causa do seu mal:--era uma úlcera no
3.• - Luísa Cavalcanti Marinha agra-
dece entemecidamente uma graça a Nos-
É BOM dos Santos - Rio de Janeiro, 11i$00; França, perto de Amiens.
estômago. Aflita e quási desesperada ao sa Senhora da Fátima. não esquecer que quem 15$00; Ana Mac-Dowel - Rio dtJ Janeiro, Georges Renard, cuja Inãe era sobri-
ter conhecimento do grave mal do meu 4.•- Família Amiga vivia em grande Carmen de Castro - Rio de J a..- nha do antigo arcebispo de Paris, e cujo
marido, num último esfOrço, voltei-me angústia por desgostos causados por uma pretender água ou quaisquer neiro, 15$00; Chiqnita de Melo - Rio pai, advogado em Nancy, se apresentou
para Nossa Senhora da Fátima, cheia de filha. Recomen.dou-se o caso a Nossa Se- objectos religiosos da F átima, de Janeiro, 15$00; Djanira Coelho várias vezes no Parlamento como repre-
confiança na sua bondade e na fOrça de nhora da Fátima e desapareceu imedia- -Rio de Janeiro, 15$00; Elvira de sentante do partido conservador, ocupou-
sua intercessão junto de Deus em favOr tamente a causa do desgOsto. deve dirigir-se ao Sr. António Oliveira Silva. -Rio de Janeiro, 15$00; -se durante tôda a sua vida de acção so-
4ie todos os que sofrem. s.•- Celina Guedes de Barros vem Rodrigues Romeiro, empre- Felicidade da. Fonseca - Rio de J a..- cial e de 'polibca.
A Mãe do Céu ouviu os nossos rogos e penhorada agradecer a Nossa Senhora da neiro, 15$00; Inácia de Castro - Rio Publicou numerosos artigos de revista
alcançou-nos o que desejavamos obter. Fátima uma grande graça alcançada em gado do Santuário, e não a de Janeiro, 15$00; SupPriora. do Col. o e várias obras sObre filosofia do direito,
Hoje meu marido encontra-se perfeita- favor do seu marido José Francisco de esta redacção. que está a 5 de S. Izabel - Rio de Janeiro, 15$00; em que acentuou a actualidade em direi-
m ente curado, graça que devemos sômeo- Barros, mediante uma novena feita em 1\laria Elotária. - Rio de Janeiro, to natural da doutiina de S. Tomás de
-., a Nossa Senhora da Fátima. honra da mesma Senhora. léguas do Santuário e por is- 15$00; M.• de M . Ribeiro - Rio de Aquino.
R . do Nogueira, 127 - Porto. 6. • - Guiomar de Melo Serpa, agra- so não pode enviar com ur- Janeiro, 15$00; M.• ~osé Soares - Rio O professor Renard que foi, durante
dece a N. • Senhora da Fátima uma gra- de J aneiroj 15$00; M·• Dutra e Sih'a muitos anos, conselheiro municipal de
Natividatk de Je~U~S Pnt!ira ça particular. gência as coisas pedidas. -Rio de aneiro, 15$00.; Erdras Via,. Nancy, nunca teve filhos.
na-8. Paulo - Brazil, 15$00; Mada- O ilustre catedrático é ainda cunhado
Graças diversas Colégio Nobrega - Brasil.
me Encarnação - Lisboa, 20$00. do professor ~ny, deão honorário da Fa-
- Maria A . Souto, da América, agra-
4ece a Nossa Senhora da Fátima a cura
P.• Manuel dll A.reved• Menlu
VOZ DA FATIMA culd'\de de Direito, e do rev. P.• Pedro
~ny, S. J ., e tio de Lexot, também
professor na Faculdade de Direito.
4ie su. filha Ana, q ue sofria a trozmente
CODl uma inflamação nos intestinos, mal
1
A pobreza é digna de compaixão
DESPESA Fátima à luz da Autoridade Ecle-
356.599i77 Entre os seus numerosos cunhados e
Trauaporte .. . .. · .. ·
que os mMicos diziam não conseguir cu-
Pa,pel, Comp. e imP· de
e por isso a uVoz da F áti- n.• 121 (85.000 ex) ....
siástica cunhadas, já falecidos, contavam-se ain-
da a antiga Superiora geral das Irmãzi-
rar. 5.156,40
- lrfariana de Mendonça, de Arruda Este belo livro do Dr. Luiz Fis- zinhas dos Pobres, e o rev. P.• Paulo
4os Vinhos, agradece ~ N06!1a Senhora man, já com alguns contos de Franquiaa, embal. vaas-
etc . ......... l.!iS$00 cher, encontra-se admiràvelmente Gény, professor de filosofia na Universi-
...a çaça temporal. déficit, pede os seguintes fa- Naportea admini11traçiio ... ... 210i00 traduzido em português pelo Rev. dade gregoriana, assassinado por um
-Raimundo António de Macedo, de louco, numa rua de Roma, em 1 2 de Ou-
Al'Y&rães, Viana do Castelo, agradece a vores: Total 368.851117
Dr. Sebastião da Costa Brites. tubro de 1925.
Nossa Senhora uma graça particular pa- Envia-se, livre do porte do cor-
ra si de grande importlncia. I.
0
que levem só um jornal DonatiVOS desde 15$H reio, a quem para êsse fim enviar
- Manuel de Oliveira, da América do para cada casa. 5$00 ao Santuário ou à Redacção
Leopoldin• Curado-Obidos, 25$00;
Norte, gradece a cura de seu filho João,
que durante muito tempo sofreu de tal 2: que mudem de direcção Clult
Manuel
Luaitano
A.
-
Mateua
Hoogkong,
- M afra,
20100;
i0$00;
da ••Voz da Fátima». A «mascotte» do doutor
maneira que nem descansava um mo- o menor número de vezes
mento nem deixava descansar pessoa al- An-tónio Ferro - Pernea,. 20$00; An- Num qúarto do hospital está há dias
«WDa da casa. Fizemos uma novena a possível. tónio Carreira - S. Martmho do. Por- a D. Felisbela, recentement~ operada. O
Tende amor ao vosso terço Dr. Parral realixou nela um dos maiores
Nossa Senhora da Fátima no fim da 3.0 que enviem sempre o to, 20$00; Quintino de Gouv.ma -
qual se começou a sentir melhor. AgO- Madeira, 20$00; M."' do c. Pl!es - Não será porventura o terço, ou me- prodígios da cilncia médica.
ra, diz, encontra-se completamente bem. número da assinatura quan- Pôrto, 20$00; José P .• "!'~ureuo - lhor, o rosário uma contínua e fiel recor- D. Felisbela ~ viuva, nova ainda mas
-José Tomás de Freitas Júnior, de do for necessário fazer-se Castanheira, 15$00; p.• Júlio ~r­ dação de ]e~? Não será éle j esus me- muito piedosa.
Morros das Lages - Açores, agradece a Pôrto 20$00 · Elisa Ogando-LlSboa, ditado, Jesus contemplado? . Antes da operação, D. Felisbela pediw
N. • Senhora a cura de uma sua filha que qualquer mudança nas direc- 20$00 ~ António X. Falcão-Arcos de T~da a vida e mistérios d~ jesus all qu1 a empregada lhlll trouxesse uma ml-
sofria muito da garganta. Depois de vá- ções. V. de' V~. 20$00; M ..z D. Lag~Ar­ estão encerrados. dalha de Nossa Senhora de Fátima.
rios medicamentos inúteis tomou água da ruda dos Vinhos, 20$00; Antómo D. A alma ali contempla o Verbo de O Dr. Parral, que era ateu, tku uma
Fátima e obteve a saúde desejada. 4.0 que auxiliem as grandes Andrade - América 30$00; Luísa Deus saido do seio do Pai, atravessan- risadinha significativa e olhou de soslaio
- Mrs. Poggi, da CalifórÍl.ia, agradece despezas dêste jornal com -Palhaça.,Leão - Louzada, 15$00; .!:ida Ferra~ do c~o um gigant1 o abismo qu_e ~ para os colegas.
a Nossa Senhora o ter-lhe curado sua fi- 53$00; Leopoldin~ Fer~­ $epara da sua criatura culpável, amqil1- - A cha graça, doutor (perguntou D.
lha Anita com a água do Santuário da suas generosas esmolas. ra. - Palhaça 50$00· Carm1na Vlel- lando-SI tk amor por ela até morrer na Felisbela)?
Fátima. ra - Pa.lhaça'; 58$00; Rita Pimentel Cruz, subindo depois ao Céu a direita - Efectivamente não esperava qu a
-Maria José Lourenço, de Vilar For- -Taipas, 20$00; Júlio de Assís - do Pai, seguido do formidável cortejo senhora acreditass1 nessas patacoadas dos
moso, agradece a Nossa Senhora diversas
graças particulares que dela tem alcança-
Oratória da Fátima l\1a<'.au 100$00; Artur Borges - Ma..- das almas resgastadas que permanece- Padres.
cau 100$00 · Teotónia Pamplona. - rão sempre na visão da Trindotk e qu~ Uma senhora instruída e que tem via-
Entre as obras publicadas à roda da
Fátima o<'upa, sem dúvida, pelo seu Açô~es, 20$00; Margarida Mlf~eiros-­
do. são os gloriosos troféus do seu amor mi- jado tanto, ainda pr~sa a essas bagate-
- Margarida da Conceição, de Lisboa, caracte; e pelo seu valôr, um lugar Ac;ôrea, 20$00; Man~el A a1ate - sericordioso. la! ...
agradece a cura de seu Pai, que, sofren- primacial o livro ha pouco saído a lu- Mouriscas 20$00; Adnano Mendes -:- O Rosário é jesus contemplado a luz - Mais admirada tstou eu que o dou-
do do coração, estava desenganado pelos me sob o nome de «Oratória da Fá- América ' 60$00; Carlos Miranda - do Evangelho. E esta a ra:zão porq~ tor, homem de ciAncia, ignore qu1 o re-
mMicos. Em duas crises que teve julga- timan . França, ' 18$20; Lucia Barata-Fr~­ éle leva tão alto e tão d.e*fwessa aos CI- trato tk uma pessoa amiga nos seja alí-
ram-no já morto. Reanimou-se, contu- :1!: com o maior prazer que vimos ho- ça, 18$20; Matusalem Gomes - Grua, mos da Santidade, as almas que por vio nos momentos críticos da vida.
do, e, com o auxilio de Nossa Senhora je dar aos nossos leitores a agradável 20$00 José lt,urtado -Açores, 20$00; meio déle aprenderam a viver da lem- E, se não, diga-mi, doutor, não leva no
da Fátima, agora consideram-no cura- notícia do aparecimento dum livro pe- Matilde de Almeida - <..:andai, 30$00; brança de Jesus. seu automóvel a imagem de S. Cristó-
do. P.• António C. Poças - Lourinhã, Uma Santa Germa114, humiltk pasto- vão, padroeiro dos chaufeurs?
lo qual havia a mais justa expectati· - O que eu levo é uma boneca ou
- Luciana Joaquina de Jesus, de va. 30$00 · Joaquim da Guarita - Brazil, ra de Pibrac. não sabendo nem uma le-
Arouca, agradece a Nossa Senhora a cu- Foi no dia 13, décimo quinto ani-
15$00 i l>iomsio de Abreu - V. Ji'iguei- tra nunca teve outro livro senão o Ro- um macaquinho que m" acompanha noi-
ra de seu marido, forte e frequentemente versário da última aparição de Nossa ra, 20$00; Dit!trib. em V. de Figueira sário. Foi aqui que ela alcan~ou o ~e~ te e dia.
atormentado por violentas e insuportá- Senhora na Fátima, que o livro fui e S. Vicente de Paúl, 120$00; Joa- profundo conhecimento das co1sas ~IV-1- - Agora compreendo a razão porqu
Yeis cólicas. quim 'f. da Fonseca - Sabugal, 60$50; nas. Foi no Rosário que uma multldao naquela sua grand1 viagem de há dias
posto à venda. de santos encontraram a ciéncia dos mis- fex retroceder o carro depois de ter já
- Maria das Dores Pessanha, de La- P.• Francisco de Assis-Gaseais, 96$00
A edição da casa alemã Breitkopf e Amélia Brochado - Amarante, 20$00;1 térios de Cristo. andado trAs quilómetros.
A"ôa, Algarve, agradece a Nossa Senhora esmeradissima.
da Fátima a cura duma infecção num de- Carolina Soares - Arcas, 20$00; Dis- Com S. Carlos Borromeu, todos o - Efectivamente a «Patroa, tinha-s~
Do valor intrínseco da obra está trib. em P raia de Ancora, 15$80; :Mis- teem considerado como cca tkvoção mais esquecido de colocar a mascotte no car-
do e que muito a afligiu.
dito tudo pelo público que, em suces-
- Tereza Júlia Varela Vieira, de Bra- 'livas exibições, encheu por completo o são de Cabinda - Congo Português, divi114 depois do Sacrificio da M~sa». A ro e eu, sem isso, não dou um passo.
~. agradece a Nossa Senhora uma gra- 100$00; Distribuição em Freamun..Ie, razão é simples. E que o Rosáno é o - Ora aí 1stá: o doutor não acha ri-
teatro de S. Carlos em Lisboa e o do 3G2i50; S1\natório Rodrigues Sem ide Evangelho meditado e nada, depois da dícula a protecção de um macaco 1 ttmt
ça espiritual.
S. João no Porto, onde a Oratória foi -Porto, 32$50; Guilhermino Borges- divi114 Eucaristia, nos faz tocar melhor nele t6da a confiança; eu tenho-a em
- Margarida Maria Varela, de Bra-
A"&. agradece a Nossa Senhora da Fá-
por várias vezes executada. A culta Açf.res, 50$00; Ermelin ta t-. Ltdte - Jesus que o Evangelho. Maria Santíssima. Mã~ de Deus e dos
tima a conversão duma pessoa de famí- assistência que a escutou desde a el!o. América, 15$70; Leo~ oldina Moraes - ccEu gostei sempre imenso das pala- homens.
lia. treia, levantando-se em exclamações América, 15$70; Júlia Bulcão - Cali- vras do Evan&elho, dizia Santa Teresa, O doutor, ria, se quiser, da minha
entusiásticas aos dois ilustres autores fórnia, 43$00; l<,rancisco de Carvalao- porqu1 elas recolhem a min?a alma m~­ crença racional 1 científica que •u em
- A directora do Colégio da Pena,
Sintra, agradece a Nossa Senhora uma deu bem a entender quanto a Orati Baião, 15$00; Maria Liza.rdo-Coruche, lhor qtU outra qualquer' c01sa por malS troca só lhe digo isto: nunca imaginei
A'faça temporal feita ~ alunas do seu ria agradou e se impôz no ânimo de 30$00 ; Beatriz Brandão-Porto, 50$00; bem composta que seia•>.
que a tDgueira e fa114tismo do doutor
coléfio. todos os portugueses dotados de crité- Maria Osório - Penajoia, 50$00; An- Santa Teresinha do Menino jesus fa- chegasu a tal ponto. Cr~ 114 protecção
de um bicho e descr~ da mediação tk
- Maria da. Conceição Matias Lima, rio são e indiferente. gela Taveira - Porto, 15$00; P.• Ma- zia Um4 afirmação semelhantl: <<E so-
•o Carapinha!, agradece a Nossa Senho- Mas, porque apelar para os senti- nuel Coutinho-Paços de Arcos, 50$00; brltudo o Evan&elho que m1 alimenta Nossa Senhora!
ra da Fátima o tê-Ia curado duma có- mentos dos ouvintes e opinião dos crJ- Igreja de S, Andr~Erlremõs, 110$00; durante as minhas orações».
lica renal que frequentemente a ator- ticos? I :Manuel Jordão - Carritos, 20$00; Au-
mentava. Bastava olhar para os d9is nomes gusto Lopes - Brazil, 15$00; Maria
Elisa Pessoa de Lacerda, do Re- que a assin1un para sabermos de a.n- da G. Guedes - Lamego, 15$00; lfa..- U ma desgraçad a
cife, Brasil, agradece a Nossa Senhora temão do sep grande e indiscutÍ'f·el ria da L. N apoies, 30$00; António Va-
tina graça muito importante concedida valor. Os merecimentos e a obra rea- lente - Mafra, 15$00; António Canas
f'átima, o Paraíso na tem
Acaba de morrer, quási repentinamen-
a sua filha Maria das Dores, que Deus lizada de um e outro são 'penhor de -Mafra., 15$0<]; Maria Pereira-Ame- e te, uma mulher espanhola que dera que
acaba de chamar para si. que atendendo às suas responsabilida..- rica., 150$00; virginia L. Neto - Ga..-
falar pelas suas propagandas dissolven-
• • • des produziriam obra que de cada vez vião, 15$00; Maria Perpetua. - Ga..-
mais os firmasse.
A Pérola de Portugal, tes contra a Igreja e demais coisas sa-
vião, 15$00; José Monteiro - R<><'ho- gradas.
Graças de N: Senhora da Fátima Passando a uma sumarissima ana..- so, 15$00; Igreja da Graça - Lisboa, são dois livros sôbre F átima, Quando um dia dêstes falava num co-
lise da obra diremos apenas que na 100$00; Francisco Duarte - Lisboa, m1cio sObre o problema sexual, advogan-
no Brasil letra, simples como o canto do serrano 15$00.; Tenente Alípio-Braga, 20$00; pelo Sr. Visconde de Monte- do a falta de pudor como virtude mo-
pegureiro, se vê estilizada a carinhosa Henrzque Fernandes - Setúbal, 20$00;
devoção e o apauonado culto df'. be- Laurinda de Sousa-Gondomar 35$00 · lo, que pelo preço de s $oo ca- ta que a levou em poucos minutos à
1.• - Um paralitico, vendo-se conde- derna, sentiu-se tocada pela morte súbi-
nado a passar o resto dos seus dias prê-
so ao leito, recorreu a Nossa Senhora da leza que não passa, da alma. do Sr. Distrib em Grij6, 100$00; Aclcio W: da um se enviam do Santuário presença do Supremo julgador dos vivos
Fátima fazendo uma novena em sua hon- Dr. Lopes Vieira. :1!: na verdade uma pes - Junqueira, 20$00; Júlia Leitão e dos mortos.
ra e tomando com f6 umas gotas da pequena obra prima, se é l!!le as obrai -8. Miguel de Acha, 25'$00 ; A.n tónio ou da Redacção da «Voz da Que triste morte a desta desventura-
água do seu Santuário. As melhoras vie- primas teem tamanho. de Carvalho- P. do Botão, 20$00; Jo-
Fátima>>, a quem os pedir e da mulher.
ram ràpidamente, favOr que vem publi- Da part~ musical do Maestro Ruy sé da Silva - Costa do V alado 20$00 · Que Dens lhe tenha perdoado os seus
camente agradecer. Coelho, àlém duma perfeita adaptação P.• D a niel Roma - Aveiro,' 35$00~ enviar a respectiva importân- desvarios!
• 2.• - Levada pelo desespêro, uma ao teatro e interpretação dos senti- Ermelinda da Gama-chamusca 20$00:
pobre senhora lembrou-se de ingerir um mentos nela expressos, devemos notar António Alexandre-Ceia, 30$00; Joã~ cia.
pouco de veneno para se suicidar. Uma como, sobretudo os córos, são uma Oanavarro - Santarém, 20$00; Elvi- São interessantes, principal- s. .ToiJ.o Ori3óstom.o: c.Se alguém me
outra senhora; zelosa propagandista de admirável explosão da alma portugue- ra de Sousa - Pedrouços 70$00 · Eu-
Nossa Senhora da Fátima, ficou profun- sa que o autor tão formosamente sou- génia Núncio - Aloaoer d~ Sal 2Ôi00 · mente para quem não tem si- oferecera o Céu ou a3 cadeia3 de S.
damente contristada ao saber o in.for- be compreender. António de Melo - Guimarães' 15$00:
~nio <f:a suicida que o mMico julgava
:1!: de esperar, portanto, que a edição Carlos Alberto - Vizeu 15$00 · Nar~ do assinante da «Voz da Fá- Paulo, preferia esta3. Se alguém me
liTemedtàvelmente perdida. Veiu-lhe à (muito restricta) dentro em pouco es- cisa. da Silveira - Po~, 15$00; M.• des3e a e3colh.er um trono no meio dos
lembrança levllr-lhl umas gotinhas da teja esgotada, sendo adquirida por da C . . Russo - C. de Vide, 75$00; P .• timan. Anjo3, ou e3tar com Paulo prisionezro,
água da Fátima, mas, receando não dar tantas pessoas que nem sempre teem J oaqmm Grave - Arronches 50$00 · preferia o cárcere; e 3tl alouém me <Us-
bom exemplo, ficou pedindo a N.• Se- para o seu piano ou para. os seus or- M.• S. Bernardes - T. Vedra~ 20$00: se a escõlh.er o e3tar entre aqueles es-
nhora da Fátima que, ou livrasse da feões músicas sérias. Maria Meireles - Baião 20ÍOO; P.~
morte ou, pelo menos, não permitisse A parte musica.! contém as vozes Franc.co C. Nunes - Setdbal DE CATEDRATICO A DOMINICANO
100$00· píritos cele3tiaü que rodeiam o trono
que a infeliz criatura não morresse sem com acompanhamento para harmonium Henriqueta da Fonseoo. - Santarém' O professor Georg4es Renard, titular de Dem, ou com Paulo entre cadeias,
ter arre~n.dimento do seu pecado e ter ou piano. 15$00; Maria Rita da Cunha - Tortu: da cadeira de direito administrativo na preferiria e3tar encarcerado com é.,te.
dado reparação ao escândalo por si cau- _ Â letra é em português com tradu- zelo, 20$00; M.• de J . Pinto - Luz Universidade de Nancy, cuja mulher mor- Nada h.á mai$ feliz do qut 3tmelh.antes
sado. çao francesa de M.me Guite de Sousa de Tavira, 15$00; Glória G. Grilo - reu num desastre de automóvel, tinha-se
Enquanto assim rezava alguém lhe ba- Lopes. Ernêlo, 20$00; Francisco Vicente - decidido há já algum tempo, a abando- cadeialll.
teu à porta pedindo um pouco de água O J!reÇo é de 40$00 escudos. Vizeu, 25$00; ?tf.• Inês Vieira - Lis- nar a sua cátedra de professor de ensino
da Fátima. A infeliz já quási a expirar Sera I't:metido franco de porte a boa, 50100; P.• Martinho p_ da Ro- superior para entrar na Ordem de S. Do-
bebeu essa água, e, graças à Mãe do Q';lem, envtand? .esta importância, o pe- rha - T. Novas, 40$00; Ana da. C. mingos.
Céu, o veneno não sentiu o efeito que dir ao Santuar1o ou à administn~ção Sousa - Evora, 20$00; Júlio do Ama- Com a idade de 56 anos, acaba, com E3te número foi vilado pela fJomi~s.lo
era de esperar. da Voz da .h'átima. ral - Chamusca, 20$00; Carlos A. Sar- efeito, de ser admitido ao noviciado dos de Oen..rura.
Ano XI Leiria, 13 de Dezembro de 1932 N.0 123

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Dir ector e Pr opriet ário : Dr. Manuel Ma rques dos Sa ntos Emprêsa Ed it ora : T ip. " Unilo. Gráfica, T . do Despacho, 16-Lisboa Administr a dor : P. António dos Reis RedacçAo • Administração: " Sem in á rio de Leiria,

CRóNICA DE FATIMA \

{13 de Novembro)

A noite de doze para treze de Novem- ao barmónio o Rev. P.• Corti, auxiliar nhado amor à Pátria, não movido de pré- No dia 9 dêste mês, à noite, começa- Dizendo que a tôrre da grande Basí-
bro foi uma noite de forte ventania, que do Sr. D. João Evangelista. na direcção mio vil mas alto e quási eterno. ram, no Santuário de Nossa Senhora do lica ba-se ter, aproximadamente, 70 me-
ameaçava transformar-se em tempestade. dos Seminários da Sociedade Missionária 5 horas da tarde: à frente surge o Rosário de Fátima, exercícios espirituais tros, disse que ua casa da almall de ca-
O dia 13, porém, amanheceu sem nu- Portuguesa. Castelo de Leiria que desperta novas aos operáros que trabalham nas obras do da um deve ser, incomparàvelmente, mais
vens, fazendo bom tempo. Depois do almôço que generosamente energias e novo coração tôda a sua vida mesmo Santuário, dados pelo Rev. P.• alta., tão alta., tão alta. que chegue ao
A concorrência de peregrinos foi como lhes foi oferecido pelo sr. Bispo de Leiria, a Portugal! Dommgos Maurício Gomes dos Santos, Céu.
costuma ser no dia. 13 dos meses de inver- desceram à capelinha das Aparições, on- O sol declina, devemos aproveitar bem que durante três dias, falou aos operários Ao terminar disse que lhes não pedia.
no. de recitado o terço, se fêz a Consagra- o tempo para visitar a cidade. Às 6 ho- sôbre o cumprimento dos seus ·deveres, dinheiro, nem trabalhos gratuitos, mas
Como êsse dia era Domingo, houve ape- ção Colectiva do Colégio a N. S. de Fá- ras e meia celebram-se na Sé as Misericór- para se tornarem cada vez mais pedei- sim lhes pedia que cada um trabalhasse
nas sete missas. A dos doentes foi celebra- tima. dias de Deus em favor de Portugal e as tos para que, dando honra e glória a de forma a fornar-se digno do salário que
da pelo rev. dr. Galamba de Oliveira, Nas passagens pelas várias terras que virtudes heróicas do Condestável Santo. Deus, cá na terra, o vão, depois, gosar recebe; que obedecessem aos seus superio-
professor no Seminário de Leiria. recordavam D. Nuno, o Rev. P.• Joa- Fr. Nuno de Santa l\furia; não poderia- no Céu. res; se amassem e respeitassem uns aos ou-
Prégou o sermão o rev. Dr. Maurício quim Lourenço ia mostrando aqui S. Ma- mos faltar e eis que o Colégio com a sua Falando a solteiros, casados e viuvos, tros; que dessem empre bom exemplo em
de Oliveira, redactor da revista. «Broté- ria de Ceissa, àlém a Quinta. dos Namo- Bandeira toma parte oficial nas solenida- lembrou bem, a cada um, os deveres do todo o seu módo de proceder; que visi-
riau de Lisboa.. rados, onde estacionava na véspera do des Religiosas. Às 8 horas e meia reali- próprio estado. tassem todos os dias e, podendo ser, mais
As comunhões foram aproximadamente grande encontro de Aljubarrota. a famo- zou-se no Salão da Biblioteca do Seminá- Que a casa de cada família deve ser de uma vez, o Santíssimo Sacramento,
em número de 2:500. sa Ala dos Namorados, acima a histórica rio daquela cidade urna Academia em hon- como a casa de Betânia, em que todos os que todos os dias rezassem o terço, em
Deu a bênção a 31 doentes inscritos o Vila de Ourém solar de D. Nuno seu ra do B. Nuno. Por especialíssima de- seus moradores se amem mútuamente e comum, podendo ser, junto da Capelinha
celebrante da missa, levando a umbela o Conde, mais próximo de Fátima, Atou- ferência do Sr. Bispo de Leiria, foi o amem a Jesus. de Nossa Senhora.
sr. dr. Américo Cortês Pinto, médico de Em seguida foi exposto o Santíssimo
Leiria. Sacramento, e, depois de se rezar pelo
bom fruto dos santos exe~ícios e pelas
Umilustre peregrino holandês intenções recomendadas ao Santuário, foi
dada, por Sua Ex.• Rev.ma, a bênção eu-
Por indicação do rev. Van der Sheer, carística, e, por fim, a bênção Apostólica
apóstolo de Nossa Senhora de Fátima na com indulgência plenária, e assim foram
Holanda, veio de propósito ao Santuário encerrados estes santos exercícios.
o Sr. Wim Dreesmau acompanhado do Seguiu-se a ceia, tendo o Sr. Bispo cea-
rev. Leon Oosterlaou, no dia 15 de No- do com os operários, mostrando, mais
vembro. :e jovem ainda. uma vez, que é uo grande amigo do ope-
Foi em casa dêste ilustre membro do rariado".
laicado católico da Holanda que se hospe- Foram em número de 138 os operários
dou o Eminentíssimo Senhor Cardial Van que tomaram parte neste santo retiro
der Rossum, legado do Santo Padre ao (mais 2 do que, por engano, foi comuni-
Congresso Eucaristico de Amsterdam. cado ao Jornal uNovidadesll pelo tele-
O ilustre visitante e o seu respeitável fone, no dia 12).
companheiro da viagem levaram do San- Todos se mostravam muito satisfeitos,
tuário as melhores recordações, embora bendizendo os três dias passados no santo
não tivessem presenciado nenhum dos ad- retiro, e desejosos de que, em breve,
miráveis espectáculos de fé e piedade que lhes seja proporcionado novo retiro.
se desenrolam no dia 13 de cada mês no Os operários, que tomaram parte neste
recinto das aparições. retiro, pertencem a 15 freguesias, 6 con-
celhos e 3 dioceses, a saber:
COLÉGIO DAS MISSõES DE TOMAR Freguesias de Fátima, Ceissa, Vila No-
va de Ourém, do concelho de Vila Nova
Romagem de piedade e jornada de de Ourém, Santa. Catarina da Serra,
Souto da Carvalhosa, Arrabal do Concelho
patriotismo de Leiria, Batalha, São Maméde, do con-
celho da Batalha, tôdas estas da dioce-
Em correspondência de Tomar para as se de Leiria. ·
uNovidades>> número de 14 de Novembro, Assentis, Pedrógão, Santa. Eufêmia, Vi-
faz-se a descrição, que a seguir se trans- la do Paço, do concelho de Torres Novas,
creve, da peregrinação do Colégio das Mis- Besélga, do concelho de Tomar, estas
sões de Tomar ao Santuário Nacional de do Patriarcado.
Fátima: Alvorge, do concelho de Ancião, da
uA seis dêste mês, data. em que se co- Diocese de Coimbra.
memorou o encerramento do V centená- D os 138 operários, são 2 empregados
rio do passamento de Fr. Nuno de S. Ma- na venda de artigos religiosos por conta.
ria, foi o Colégio das Missões Ultramari- Grupo de operários do Santuário de N.• Senhora da Fátima que em número de
140 fizeram, voluntàriament e, o seu retiro esplritUjl fechado desde o dia 9 a 12 de do Santuário, I pintor, 32 canteiros, 28
nas de Tomar a Fátima fazer a sua Con- pedreiros, II carpinteiros, 2 serradores, 17
sagração à Virgem, J.l.fãe de Deus e dos Setembro de 1932. Foi d irector o Rev. Mauricio.
cabouqueiros, 5 carreiros, 40 serventes.
portugueses. N .• S. • é invocada pelos fiéis O Senhor Bispo de Leiria foi no dia 12, à tardinha, encerrar os exerclcios, fazendo
como Ra!nba dos Apóstolos Protectora uma prática, dando a Benção do Santlssimo e depois ceou com os operários.
desvelada das Missões e Missionários e de Fátima na Itália
facto, do alto trono que em Fátima lhe
consagra Portugal a Virgem SS. prega a ~com o maior prazer que a uVoz da
guia das Cabras, onde veio morrer às Colégio das Missões convidado a assistir. Que deve ser como a casinha de Nazaré Fátima" arquiva nas suas colunas a se-
Verdade e o Bem a tantos infiéis e cha- mãos de D. João I o veado foragido. Que ta.! sessão foi verdadeiramente so- onde S. José manda, Maria Santíssima
ma filhos seus às lides do Apostolado.- Ei-los agcFa. avançando para a Batalha. lene e brilhante já se sabe a estas ho- obedece-lhe, e Jesus obedece a José e Ma- guinte carta do rev. do dr. Luís Gonzaga
Não podia faltar ao chamamento esta. pe- Padrão de vitória, cujas pedras deixam em ras em Portugal inteiro, pelas ((Novida- ria - erat subditus illis - mas para que da Fonseca, lente do Instituto Bíblico
quenina grei, e eis que em dia tão auspi- vibrações a nossa alma para cantar hinos des». Era de esperar porque os oradores assim seja, é necessário que os filhos imi- e director espiritual do Colégio Por-
cioso se põe a caminho do Santuário Na- de louvor ao B. Nuno de S. J.l.furia! Viu- convidados eram muito distintos e a As- tem a Jesus, obedecendo a Deus, aos pais tuguês em Roma, que é justamente
cional, seguindo o trilho de Nuno Alvares -se o Monumento, por instantes se deu sembleia o não era menos. Acabada que e que êstes sàibam mandar como man- considerado o apóstolo máximo das mara-
Pereira das margens do Nabão para o graças ao Senhor dos Exércitos, que as- foi a Sessão regressaram a Tomar. Tô- dava S José. vilhas da Lourdes portuguesa em terras de
campo de Aljubarrota.. Tempos e pessoas sistiu com sua graça e Misericórdia, aos da a viagem correu 'Sem. Os jóvens se- Itália: A carta é endereçada a Sua Ex-
No dia 12, às 17 horas, chegou ao celência Reverendíssima o Senhor Bispo
diversas mas o espírito que anima é o heróicos esforços dos nossos homens pa- minaristas ficaram satisfeitíssimos. Du- Santuário o Ex.mo e Rev.mo Sr. Bispo de
mesmo de D. Nuno. A mesma fé em ra deixarem livre a sua terra. À vista. rante a viagem cantaram rezando e reza- Leiria, para encerrar êstes santos exer- de Leiria.
Deus, a mesma confiança em Maria, o da Coroação de N . S. das Vitórias os ram cantando a Deus e à Virgem. cícios.
mesmo amor a Portugal. jóvens Seminaristas ofereceram a S. Maria Foi na verdade romagem de piedade .uEx.mo e l'tev.mo Senhor:
Falou aos operários lembrando-lhes que
A partida do Convento de Cristo, ou- o incenso de suas préces e o pedume de e uma jornada de fé e patriotismo, que são servos de Nossa Senhora, e que é Ela 11Recebi a última carta de V. Ex.•
trora viveiro de Navegadores e Missioná- seus corações em flôr, pelas necessidades ficará indelevelmente gravada nos cora- que paga a todos, pois o salário que rece- Rev.ma, (ro de Outubro) e depois a Ora-
rios, estava indicada no programa da via- da Pátria. S. Jorge à vista., coração fre- ções de todos. bem provém das esmolas que lhe ofertam tória-Fátima. Quando da minha passa-
gem para as 8 horas. Às 10 horas che- mente; era bem o mesmo sangue, o das os seus devotos. gem a caminho da Inglaterra, encontrei
garam a Fátima e às 10 e mefa. estava
ao altar o rev. P.• Reis Lima, Reitor
suas veias e o que decerto em 14 de
Agosto de 1385 borbulhou do corpo dos
Exercícios espirituais Disse-lhes que eles têm ali construído aqui os exemplares de uFátima à luz da
grandes casas, feito grandes obras, e que Autoridade Eclesiástica" que V. Ex.ct•
do Colégio, para celebrar solenemente o portugueses, tingindo as armas e enso- Do número de 17 de Novembro do diá- outras, ainda maiores, hão-de construir, teve a bondade de me enviar.
Santo Sacrifício da missa. pando a terra! Mais uma lição de glórias rio católico de Lisboa 11:Novidades», trans- mas que a maior casa que cada um ha- V. Ex.cla desculpar-me-á todo êste atra-
A parte coral estava ao cuidado dos de luz, de feitos sublimes que só podem creve-se a seguinte correspondência de -de construir, deve ser ua casa da sua zo em agradecer tantas finezas; mas há
noveis seminaristas, tendo acompanhado explicar o Milagre de Céu e um entra- Fátima, datada de 14 de mesmo mês: alma». quási mês e meio que não tenho meio dia
2 VOZ DA FATIMA
livre. Primeiro os exercícios em Leicester, Foi tal o agrado que só preguntavam A Sagrada Congregação dos Ritos, pelas so, qus foi obngada a tra:~er durante O povo, em grande número, tomou parte
depois os meus, depois duas con.ferên- se havia mais alguma,: porque desejavam faculdades que lhe foram especialmente oito mes8s. Esse aparelho foi-lhe tirado nas devoções então realizadas em honra
cias em Gubbio sôbre N. Senhora de Fá- conhecer melhor todos os acontecimentos. concedidas pelo mesmo Santíssimo Padre, em Janeiro passado. de Nossa Senhora da Fátima, e mostrava
tima. logo a seguir, de z6 a 23 de Out. Devido à falta de tempo não se poude dignou-se benignamente prorrogar por mais Porém, agora está completamente cu- imensa satisfação ao saber que a imagem
os exercícios aos Alunos do Colégio, e fazer mais nenhuma, ficando porisso re- cinco anos o Rescrito concedido em 31 de rada e já pode andar e correr durante de N.• Senhora da Fátima iria para sem-
de 23 de Out. a I de Nov. outros aqui servadas para o próximo ano. janeiro de 1927 sObre a Missa de Nossa todo o dia. pre ficar junto da sua Igreja, de mãos
em Roma, não me deixaram vagaz nem A festa de Nossa. Senhora de Fátima Senhora do Rosário celebrada na Igreja ou Ha trAs semanas voltei, de novo, com erguidas para o Céu como q ue a en-
cabeça paza outra coisa. foi muito concorrida. Aínda não eram 6 Santuário de Nossa Senhora da Fátima ela a Viena. O seu médico assistente dss- viai para lá as orações que na Igreja
Nossa Senhora recompense a V. Ex .cJ• horas da manhã e já várias pessoas se pelos sacerdotes peregrinos e chefes de pe- se-me que estava defenitivamente curada e fóra dela seus filhos costumam diri-
Rev. ma por toda a sua bondade. encontravam junto da Capela. As 7 hou- regrinações; observadas, porém, as cláusu- e que só necessitava de voltar lá daqui gir ao bom J esus.
As zooo estampas de N .• Senhora de ve missa rezada com Comunhão geral. las e condições da Concessão precedente, a uns seis meses para observação. Há graças muito importantes alcança-
Fátima suponho que são como a amos- Ao Evangelho o Snr. P.• Fonseca fêz Contrariis non obstantibus quibuscumque. O ano passado prometi eu a N . s.· de das por Nossa Senhora aos povos desta
tra, a cOres. Se fossem das outras (só uma prática, narrando a última aparição Aos 9 de Julho de 1932. Fátima de lhe construir uma capela, co- freguesia. Doentes da alma e do corpo
Nossa Senhora), temos agora alguns mi- em breves palavras, passando depois a mo penhor de gratidão, se Ela se digna- por Ela teem sido curados. Uma das úl-
lhares de duas novas edições: uma em explicar o valor do S. Rosário. (Lugar do sêlo) C. Carnil. Laurenti -se curar-ma. timas graças, foi a cu:a d um alienado já
fototipia (ou coisa pazecida), outra em Esta missa que fora precedida duma Logo que o médico me comunicou a con- íntemado num hospício próprio para tais
fotografia. Creio que o Borges enviou a outra, foi seguida de mais duas. As co- VISTO soladora noticia, dirigi-me imediatamen- doentes. A família, já q uási sem espe-
V. Ex.•l• as primeiras amostras. Saíram munhões atingiram o número de 8o, nú- te .a um escultor de Viena a quem man- ranças de o v er curado, ao ouvir falaz
bonitas, as mais bonitas que até agora mero, sem dúvida, bastante elevado se Leiria, 23 de Outubro de 1932 de! executar uma estátua com tudo igual das graças de Nossa Senhora da F átima
se puderam obter. - Vou escrever ao se considerar que o dia 13 era dia de à que S8 vensra em Fátima. De combi- nesta freguesia, num último esforço co-
editor das estampas em fototipia que man- trabalho. Às dez horas houve missa can- t Jost. Bispo de Leiria nação com o meu pároco será a dita está- m~ou uma novena, durante a qual só
de 1000 a V. Ex.cla Rev.ma - e que se tada e ao Evangelho Mons. Reitor falou tua benzida em minha casa no próximo davam a beber ao doente a água da
ponha em relação directa com V. Ex.•l•. novamente durante 20 mínutos. Às três dia 12 de Outubro, à noite, e em segtti- Fátima. Em todos os dias da n ovena se
- ~ o Sr. Santiago Mumbrú, Barcelo- da tarde recitou-se o terço, seguindo-se a. da transportada processionalmente para faziam orações em tOda a famflia pelo po-
na. ~te desejava que o pozessem em Bênção solene do SS. Sacramento.
relação com livrarias ou casas de objec- Terminada esta Mons. Reitor de novo
NOSSA SENHORA DA FATIMA NA a Igreja paroquial e ali exposta s~bre o
altar à veneração dos fiéis. Na noite de
bre doente, e o que é facto é que acaba-
da a novena a doença acabou também.
tos religiosos, em Portugal para colocar toma a palavra e agradece a todos em AUSTRIA 12 para 13 haverá adoração nocturna e, Agora goza perfeita saúde e é a alegria e
o amparo da sua família.
a edição das estampas de Nossa Senhora nome de Nossa Senhora de Fátima a con- de manhã cedo. será celebrada a santa
de Fátima e talvez outra. Queria também corr~ncia à sua festa. A Capela. mesmo O Rev. Dr. Fischer recebeu de Burgen- MISSa em honra de N.• s.a da Fátima. Uma outra graça que em comum t odo
saber que título poderia pOr em portu - ao terço estava quási cheia. Famílias land, ua fronteira hungara da Austria, a Com a Mnção da Imagem será também o povo desta cidade atribue a Nossa &>
guês. Eu respondo-lhe que se ponha em houve que passaram o dia todo aqui no seguinte carta muito interessante que, lançada a primeira pedra da capela de- nhora da Fátima, é o tê-lo livrado d os
comunicação com V. Ex.•ia, porque as monte de S. J erónimo. com a devida vénia, publicamos: d~cada a N . S.a da Fátima que, no pró- horrores do bombardeamento na época da
estampas de Nossa Senhora é melhor, que A devoção a Nossa Senhora de Fátima XImo ano, se Deus quiser, já deve estar última revolução braziieira a pezar de se
se vendam em Fátima, e quanto ao títu- vai-se difundindo com grande íntensida- St. Margarenthen - Burgenland-Áus- concluída. encontrar em situação muito perigosa.
lo, é preciso ver se não aumenta demais de, não só por aqui, mas por t ôda. a tria z8 de Setembro de 1932. Queremos assim festejar condignamen- Estas e outras graças tomam Nossa Se-
as despezas de alfândega. Estas estampas Itália.. Ainda há pouco recebi da. Sicília te o 15.0 aniversário da -última aparição nhora cada vez mais q uerida e estima-
saelll muito baratas, talvez mais do_ que uma carta dum sacerdote de quem fa- !>enhor Professor: em que a Virgem declarou ser N . S .• do da pelo povo da freguesia da Cachoeira.
lei já a V. Ex.•l• Rev.ma noutra carta, Rosário.
feitas aqui em Roma. Como grande venerador de N .• S. • do
V. Ex.cJa não m e disse a quem desti- dizendo ter lido o livro do Snr. P.• Fon- Rosário da Fátima cumpre-me fazer a V.
A Imagem continttará, de futuro, a ser
seca, no quinzenário que precede a As- tran~portada _processionalmente para a
nava os exemplares de «Fátima à luz da Rev .• a seguinte agradável comunicação:
sunção; pedindo ao mesmo tempo que lhe IgreJa paroqu1al nas noites de 12 para
Autoridade Eclesiástica». Até agora só dei
enviasse estampas grandes porque o po- A primeira vez que ouvi falar em N. IJ dos respectivos m eses. Às vezes Deus castiga mesJIW) nes-
dois ou três, esperando ordens. vo queria ter em casa a imagem de N. S .• da Fátima foi num artigo de V. Rev.• Fóra disso quero-a na minha capela pa-
O P. Avidans, director da Propaganda. Senhora de Fátima. Na mesma carta publicado no .Mensageiro do S. Coração de ra que eu e minha famflia a poss4mos
te mondo
Mariana, e editor das 11Maraviglie N . S. anunciava que continuaria a preparar o Jesus, de Innsbruck. venerar todos os dias.
F. tornou-me a falar nas medalhas de povo para a festa de Outubro. Na primavera desse ano li, nos jornais Até agora já destribuf para cima de «0 Colégio das Artes e Ofícios d e Ma-
Nossa Senhora de Fátima, e pazece-me que Apareceu também agora uma revista católicos, que V. Rev.• fuera, em Viena, cem estampas e medalhas de N. S.a da drid, quando da queima dos conventos,
le6tá com vontade de mandaz c,u.nhllll' -uMaria in Famiglia" onde doravante uma série de conferAncias sóbre Fátima Fátima. tinha uma linda capela e nela uma ima-
algumas, pois que me preguntava que se publicará todos os meses duas pági- e que na Volksbund - Verlag estavam No outono do ano passado estive em gem de S. José. Após a consumação do
imagem devia ter no verso', e se poderia nas sôbre Fátima - assim haja tempo. à venda livros. estampas e medalhas de Konnersreuth de visita a Tere:~a Neu- crime, um infeliz operário gloriava-se, no
pOr o Coração de Jesus. Nós não temos Satisfazer-se-à deste modo aos constan- N.• S.' da Fátima. Obtidos os livros li, mann. meio de grosseiras e blasfemas galhofas,
aqui exemplares das que se vendem em tes pedidos que de todas as partes nos com interAss1, a maravilhosa descrição das De então para cá tenho recebido vá- de haver cortado as mãos à formosa e pie-
Fátima, e talvez fOsse bom, se V. Ex.cla dirigiam pedindo-nos a uVoz da Fátima" Aparições que deram origem ao novo San- rios con~ites para fazer, a Asse respeito, dosa estátua. E gritava, em a r de grande
assim o julgar, mandar-lhas das mais boni- em italiano. Nesta mesma revista co- tuário. conferAnclas com projecções luminosas triunfo: e dizem que os santos castigam
tas, para que as faça semelhantes. meçou -se já a publicar uma reprodução E sempre no momento oportuno que N.• tanto aqui como nos a"edores. Nessas os que os maltratam ...
Creio que já escrevi a V. Ex.cla que o scénica musical das aparições, em três S.a vem em nosso auxllio. ocasiõ~s levo sempre comigo algumas fo- E ria, ria, brutalmente.
Sr. Arcebispo de Bombaím me propôs quadros, tendo como actores os três pas- Facultei os livros s~bre Fátima ao nosso tografias_ da Fátima e nunca me esque- Dias volvidos, o desventurado operá-
imprimir lá a tradução ínglêsa das Ma- torinhos, o governador de Vila Nova de Rev. Pároco que, por sua vez, ficou tat'n- ço de duer alguma coisa s~bre Asse San- rio deixou de freqüentar a associação.
raviglie. Já deve esta.r pronta; logo que Ourém e um cOro representando a uVoz btm profundamente sensibilizado com a tuário. O povo mostra sempre vivo in- Ninguém mais o viu em manifestações ja-
o esteja mandar-se-lhe-á. Se depois apa- de Nossa Senhora). Esta composição mu- história do Santuário e com o culto ali ter~sse por tudo. o qu_e lhe diga respeito .
cobinas e revolucionárias.
recer quem a imprima em Inglaterra, tam- sical começou a publicar-se em Julho prestado a N. Senhora. Se os prometidos l1vros <<Aparições de E um dia, o operário entra num dos
bém não haverá dificuldade. passado, mas apenas há dias tivemos co- Prontificou-se logo a fazer tambtm, nas N. Senhora aos trAs pastorinhosn e <<Cu- hospitais de Madrid, servido por religio-
Prometeram-me fazer uma tradução em nhecimento dela. Aínda não terminou. no1tes de Iz para 13, a adoração nactur- ras miraculosas da Fátima" já estiverem ~- la pedir remédio às Innãzinhas, que
polaco até ao fim dêste ano. Vamos a Envio duas amostras de imagens que na com exposição do S. Sacramento. se publicad~s peço a V. Rev.• o favor de msultara, para uma chaga asquerosa que,
ver. acabam de ser publicadas. As fotografias f6sse possível conseguir para ~sse fim um mos envsar. em dOres horríveis, lhe comia tOda a mão
Por aqui na Itália a. devoção vai-se foram feitas em Monza- ~filões. Embora pequeno grupo de adoradores. Dias de- direita.
Duma maneira muito especial peço a
propagando, como o «Comité pro Fátima» a edição não fOsse feita à conta do Co- pois, numa prática aos fiéis falou-lhes s~­ V. Rev.• o obst!quio de me conseguir uma O caso era grave, e o padecente foi le-
terá informado a V. Ex.ct•. mitato, o que seria difícil, entretanto bre Fdtima e convidou-os para uma hora peqmnina pedra, ttm ramo ou um peda- va~o à presença do médico que, após li-
Queira V. Ex.cla Rev.wa abençoar o seu para que esta se pudesse fazer, tivemos de adoração nocturna. Contra o que era cinho d~ madeira da árvore s~bre a qual geiro exame, declarou que era mister cor-
ínfimo servo em J. C. de nos comprometer a ficar logo pela pri- licito esperar, muitas pessas corresponde- N. Senhora apareceu aos pastorinhos. tar a mão, que estava cheia de gangrena,
meira vez com 6.000. Quanto ao preço ram ao apAlo e por isso na noite de 1z Quando V. Rev.• tiver a felicidade d8 e já, para não comprometer o braço e a.
foi estabelecido de princípio entre 20 e para 13 de Junho, da meia noite à uma vida.
Luiz Gonzaga da Fonseca se encontrar de novo em Fátima. peyo-
22 centésimos cada uma, mas o fabri- hora, realizou-se na nossa Igreja paroquial -lh& - e neste pedido vai todo o meu O ínfeliz curvou a. cabeça em gesto d e
cante houve por bem elevar-nos o preço a primeira adoração nocturna com exposi- coração - para se lembrar lá de mim um constrangimento estranho. E chorou,
Fátima e o Colégio Português de Ro- até 30 centésimos. Mas nós estamos na. ção do S. Sacramento. No primeiro dia no «mem~nton da sua Missa, mas dum
chorou copiosamente.
nossa e não as aceitamos por tal preço, assistiram 8o pessoas e, no último, Asse E, como o médico quizesse inquirir da
ma em Gubbio como nos foi aconselhado pelo Snr. P.• número elevou-se já a 160. Entre a assis-
~odo mUlto especial daquela pobre doen-
tmha em que atra:~ lhe falei . razão da estranha atitude, o desgraçado,
O antigo seminarista de Leiria, hoje alu- Adriano, editor do livro do Snr. P.• Fon- ttlncia viam-se homens, mulheres, jovens Por ttt~o. de antemão, lhe agradeço em soluços convulsos, tirou do bOlso, onde
no do Colégio Português em Roma, rev. seca ao menos até os 25 cent . de ambos os sexos e até crianças das es- com um smcero uDeus lhe pague>~. a guardara até então, a outra mão, hirta,
António Antunes Borges, em carta data- As gravuras foram feitas em Barcelo- colas . Era ttm espectáculo encantador ver sêca, sem movimento nem vida, e mos-
da. de 13 de Outubro último, e dirigida na, mas o preço ao certo aínda não sa- todos os fiéis com velas acesas na mão. Emmerich Unger trou-a. ao médico, dizPndo com o seu si-
ao Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo de Lei- bemos porque ainda não chegou a factu- O nosso Rev. 0 Pároco aproveita sempre lêncio: \'!'ja que desgraça a minha. O mé-
estas ocasiões para fazer uma prática 16- Irmão da ordem J.• dos <<Servos de dico, tomando na sua a mão do operário,
ria, que a seguir se transcreve, fala du- ra.
ma festa realizada pelos alunos do Co- Falaram-nos antes de as fazerem em 5 bre N. S.• da Fátima e para explicar '>S Maria" exclamou: infeliz! Essa mão tem de ser
légio em honra de Nossa Senhora de liras ao cento - De maneira que com o mistérios do santo Rosário. O Terço é igualmente cortada, se quizer conservar
a vida.
Fátima durante as últimas férias grandes transporte irão quando muito para 8 Li- sempre rezado com a oraçãosinha «0 meu
e da propaganda do seu culto na Itália: ras. Jesus perdoai-nos etc». Por último são NOSSA SENHORA DA FÁTIMANO E na sala das operações do Hospital
no dia seguinte, eram amputadas as mãos'
«Ex.m• e Rev.•• Senhor Bispo
Mandarei também o relato da festa pa-
ra o Snr. Dr. Carreira para ser publica-
da na uVoz de Fátima" se o acharem
rezadas as invocações e é dada a bAnção
do S. Sacramento. O <<Ave>> da Fdtima é
também cantado sempre.
BRASIL que haviam cortado as da imagem de
José.
s:
conveniente. Assim festejamos nós, em união com os ~ pároco da freguesia da Cachoeira-S. Simples acaso? Eventual coincidência?
O dia de hoje, 13, foi todo de Nos-
sa Senhora de Fátima, não só para os
As férias estão a acabar e dentro em milhares de peregrinos da Fátima, 11uma Paulo, Brasil, há já 15 anos, o Rev. Mons. Não queremos responder, que não pode-
breve partiremos para Roma para. come-
alunos do Colégio mas também para çar o nosso labor. Domingo, 16 começa- santa noite no meio dum mundo corrup- José Soares Machado. Em 8 de Dezembro mos entrar nos segrêdos da justiça de
tO>~. de 1930, por iniciativa sua, foi na ire- Deus.
muita gente da cidade de Gubbio. A fes- rão, ainda aqui em Gubbio, os exercí- Mas são já tão numerosos os c:al!05 em
Oferecemos esta hora de adoração pelas
ta devido a várias circunstâncias entre cios espirituais de maneira que só para o Espanha, que bem parecem castigo de
intenções do Santo Padre, pelas necessi-
as quais avultava a do mau tempo, que dia 24 ou 25 partiremos. Deus.»
dad•s da santa Igreja, pelos doentes, pe-
tornava muito difícil o acesso ao Colégio, Graças a Deus, as férias correram ma- cadores. etc. Oramos em parti~tlar por
não poude ser precedida de tríduo sole- ravilhosamente, conservando sempre o uma pobre doente da nossa freguesia de-
ne. Entretanto a. falta dêste foi compen- meu bom estado de saúde. clarada incurdvel por todos os médicos.
sada com duas conferências com projec- Queira V. Ex.•l• Rev.ma desculpar o
ções feitas pelo Snr. P .8 Fonseca, sempre ter-me alongado demasiadamente.
Sofre duma doença no sangue.
O pho do baço é quatro ou cinco ve-
Oratória da Fátima
íncansável pela difusão do culto de Nos- Beijo humildemente o S . Anel de V. zes superior ao normal. Para cúmulo de
sa Senhora de Fátima. Ex.cl• Rev.m• e peço se digne abençoar infelicidade • perdeu ainda, a partir da Vozes corais e piano ou harmonium
A primeira realizou-se no dia 26 de êste vosso muito grato filho em Nosso festa do Espírito Santo d~ste ano. com-
Setembro, no seminário de Gubbio, à qual Senhor
assistiram todos os alunos, superiores e
pletamente o sentido do ouvido. A letra, do Sr. Dr. Afonso
As pessoas de família só se podem fa-
alguns cónegos da. cidade. Levar-me-ia Gubbio, 13 de Outubro de 1932.
zer compre•nder escrevendo tudo numa Lopes Vieira, vem em portu-
muito longe se tentasse del;Crever as ex- António Antunes Borges» lousa. A sua idade é de 28 anos. guês como foi composta pelo
pressões manifestadas espontâneamente ao Dei-lhe uma estampa e uma medalha
passar no alvo quer os belos monumentos de N. S.• da Fdtima as quais ela muito poeta, e traduzida em francês
VISCONDE DE MONTELO
pátrios quer as ·grandes peregrínações. venera e traz sempre consigo. Antes dis- por M.m• Guite de Sousa Lo-
O certo é que a admiração pairava so estava continuamente de cama mas
sObre todos e terminada a conferência, agora já se pode levantar indo todos os
pes.
enquanto se punham as coisas em ordem, dias à missa e comungando com freqüAn--
vários dos assistentes vieram patentear Renovação do privilégio de cele- cia. A música, do maestro Ruy
verbalmente a su:J. admiração, dizendo
brar a Missa do Rosário no Santuá- O nosso pároco é de opinião que. N. S.a Coelho, vem, como a letra,
que não sabiam que em Portugal houves- da Fátima tem alguma coisa em mente
ôtimamente impressa tanto as
se coisas tão belas, sobretudo monumen-
tos tão finamente trabalhados como o da
rio de Fátima a seu respeito, e qus logo que conclua-
mos a 6.• noite de adoração se hd-de ope- partes corais como o acompa-
Batalha. rar qualquer transformação no seu estado Monumento a Nossa Senhora da Fá-
O Ex.mo e Rev.mo Ordinário da Diocese
A segunda conferência foi realizada no de Leiria, em Portugal, humildemente d• saúde. t ima, ao lado Igreja Paroquial de Ca- nhamento.
dia 9 do corrente mês no círculo dos jo- prostrado aos pés do Santíssimo Padre o Que a vontade de Deus seja feita! choeira - Estado de S. Paulo - Brasil.
vens da Acção Católica. Assistiram além Papa Pio XI, pediu reverentemente, lhe E agom uma outra notícia consolado-
Encontra-se à venda no
dos jovens, !uas famflias e muita gente fôsse prorrogada por mais cinco anos, a ra. guesia inuagurado o culto a Nossa Senho- Santuário e na R edacção da
da cidade. O salão estava repleto. Aqui faculdade que lhe fOra concedida, pela A minha filhinha, de idade de tr~s anos, ra da Fátima cuja imagem, sôbre uma «Voz da F átiman.
mais do que na primeira se manifestou a qual todos os sacerdotes podiam todos os sofria, de nascença, duma deslocação nos coluna simples e humilde como humilde
admiração de todos a ponto de interrom- dias celebrar a missa votiva de Nossa Se- dois quadris. O ano passado foram Astes foi sempre a Virgem Santíssima ~ a ver-
per a confrrência, de quando em quando, nhora do Rosário, na Santuário de Nossa ajustados num hospital de Viena sendo- dadeira fé do povo cristão, ficou publica-
Será enviada a quem a pedir
pelas espontâneas exclamações. Senhora da Fátima. -lht~ colocado então um aparelho de ges- mente exposta junto da Igreja. Paroquial. e enviar a quantia de 40$00.
VOZ DA FATIMA 3

nhora da Fátima e à água do seu San tuá- da, 5oSoo; Maria J . Leandro - Lavre,
Apendicite
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FATIMA O meu neto António J osé Carneiro J or-
rio.
- Ana E . Reis, - Matozinhos, esçreve
ge, de 9 anos foi fortemente atacado de o seguinte: uVenho por êste meio agrade-
apendicite a ponto de o m6dico lhe impor cer à Virgem Nossa Senhora da Fátima a
15$oo; Francisco Maria Ferreira - L .
Marques, 5oSoo; Antónia C. Varela - Es-
tombar, 5oSoo P .• l'>lanuel de Matos Lages
- God1m, 3o$oo; l'>laria Monteiro Lamas
balha até no campo. Graça tão grande
Sofrimentos nos nos, pele e reu- causou admiração em todos quantos conhe- como necessária uma operação. graça que me fêz restituindo-me a vida
Eu, com dó de que meu neto tão novi- num momento em que com várias com-
- S. M. d' Infesta, 2o$oo; Distrib. em
Ervedosa do Douro, 162$oo; Distrib. em
ceram o grave estado da pobre doente.
matismo nho tivesse de ser operado, recorri a Nos- plicações interiores, estava prestes a se- Cabeço de Vide. 25$oo; 2 esmolas do Cea-
Há meses, sem que eu saiba a razão, sa Senhora da Fátima a quem fiz diversas cumbir. Tendo alcançado de Maria outras rá - Brasil, 2o$oo; Maria Aguiar - Al-
comecei a sofrer horrivelmente dos rins. 11- Quisto promessas se o menino se curasse sem ser graças, embora aparentemente de menos vorninbà., 2o$oo; 1\laria das DOres - Lis-
T inha também fortes ataques de reu- Minha Avó, Angélica Teresa J acob Ma, operado. Assim aconteceu. Os sofrimentos importância do que esta, quero hoje agra- boa, 2o$oo; Margarida Mota - Veiros,
matismo. A violência das dOres p rovocou lheiro, de Cabreira, Alfândega da Fé, ha- abandonaram-no por completo já há mais decer-lhas todas p ublicamente no seu jor- 15$oo; Francisco J . Pinho - Almada,
alterações no meu sangue, a ponto de se via já 4 anos que tinha um quisto no d e um ano sem que n este espaço de t em- nalzinho.>> 2o$oo; Luciano Almeida Mont eiro - Lis-
abrirem feridas no meu corpo! Durante n ari.z, sem a incomodar muito. Depois co- po tenha sofrido qualq uer ligeiro incómo- -Narciso Dias de A raújo, de Padroso- boa, 2oo$oo; Maria de J . Graça - Rama.-
3 meses estive de cama sem pod~r des- meçou a inflamar e todos os anos rebenta- do. -Arcos de Val de Vez, agradece a N.• Se- lhal, 5o$oo; H orácio d e Gouveia - Gou-
cansar quer de noite quer de d1a. por va. Consultou um médico que lhe aconse- Rua da Cruz da Carreira - Lisboa nhora da Fátima uma graça m uito gran de joim, 5oSoo; Nicolau F erreira - Covilhã ,
causa da violência dàs dôres reumáticas, lhou a não tocar oo quisto que era de mau Gertrudes da. C011ceição Jorgtli concedida em favOr de sua esposa em u ma 15$oo; Carlos Teixeira de Azevedo -
nos rins e nas feridas que tinha no cor- carácter, a ver se atendendo à sua idade ocasião muito grave e perigosíssirna da Cintra, 15o$oo; Maria Apolináro Leal -
po. Nêste estado lastimoso invoquei N05- (78 anos) podia passar sem operação. As- sua vida de mãe de familia. Abrantes, 15Soo; P.• J osé de Oliveira Go-
sa SenhGra d<t Fátima que cheia de bon- sim se fez, mas o quisto cada vez aumen - Agradecimentos -Maria da Anunciação do V . Santos- mes - Ovar, 2o$oo; António Nunes da
dade me atendeu, encontrando-me agora tava mais e já lhe dificultava a respira- No Paço de Ilhas, freguesia de S. Isido- Ponto do Rol-Torres Vedras, agradece a R ocha - .Califórnia, 32S5o; ·Maria l'>latos
já completamente bem, favôr que quero ção. Passaram assim outros 4 anos. Come- ro, Mafra, uma mãe aflita ao ver um fi- Nossa Senhora a cura de seu marido já - Corvo Rezende, 5oSoo; Virgínia Bar-
publicamente agradecer a Nossa Senhora cei então a assinar a Voz da Fátima ecos- lhinho de poucos meses fortemen te ataca- desenganado pelos médicos. reiros - Carrazede d e Anciães, 2o$oo;
da Fátima porque foi Ela quem me va- tumava ler-lhe as graças aí narradas. E la do de tosse convulsa agravado com uma Maria Vuiato - Algarve, 2o$oo; :Maria
leu. I principiou logo uma novena a Nossa Se- bronquite de que já sofria e com convul- da Ponte - Almodovar, 6o$oo; Glória
São Veóssimo de Tamel - Barcelos nhora da Fátima que também se venera sões de dentição, recorreu a Nossa Senhora Fernandes - S. Tirso, 15Soo; l'>laria Ro-
na nossa Igrt>ja, mas parecia que o quisto da Fátima que atendeu seus rogos, cu- A pobreza é digna de compaixão drigues - S. T irso 15$oo; l'>laria J osé e
Pablo Vicent6 (Espanhol) cada vez aumentava e a incomodava mais. rando-lhe o filho de cuja vida já tôda a fa- Silva - Aveiro, 8o$oo; Fernanda Zamora

Tumor na cabeça
Sofrendo horríveis dOres de cabeça,
Minha avó não desanimou e pedia cada
vez com mais devoção e esperança em Nos-
sa Senhora.
míia desesperava.
Em Ribamar, da mesma freguesia, uns e por isso a «Voz da Fáti-
pobres pais que tinham um filho militar ma», já com alguns contos de
____.............._
- V. Formoso, 5o$oo.

Um dia de manhã, estando a lavar-se no meio dos revoltosos, na revolução de 26


consultei alguns médicos que me disse- sentiu que o quisto se despegava pouco a de Agosto, imploraram para êle a protecção déficit, pede os seguintes fa-
ram que precisava de ser operada, por- pouco, e daí a momentos êle caía inteiro de Nossa Senhora da Fátima, promet en- vores: Uma combinação
que tinha u m tumOr na cabeça; q ue, se na bacia onde se estava lavando . do-lhe ir agradecer-lhe pessoalment e n o
I. que levem só um jornal
0
fôsse operada ficava bem, e, se n ão fOs- Começou logo a chamar-n os para que p róprio Santuário das aparições, caso lhes ecO lha cá, j oãosinho, aquilo que tu ~~
se, em pouco tempo ficaria cega ou de- fôssemos ver o acontecimento que foi ad - fOsse restituído são e salvo aq uele filho para cada casa. dissest~ hoje de manhã não era a sérto,
mente. Isto foi-me dito por médicos de mirado por todos os presentes. querido, o que felizmente aconteceu, gra- pois não?» .
2. que mudem de direcção
0
Lisboa, onde fui de propósito para con- -Desde então para cá anda completa- ça que já foram agradecer a Nossa Senho- A mãi, com um gesto d~ possu•dora
sultá-los.
Regressando a minha casa, em Chaves,
meonte bem e sem vestígios do seu so-
frimento a não ser uma pequena cicatriz.
ra da Fátima. o menor número de vezes ciumenta e inquieta, apertava. con tra ela
a criança que se conservava silenciosa.
O mesmo fazem a respeito dum outro
onde resido, apossou-se de mim tal fra- Vila Flor. filho gravemente doente e que melhorou possível. v~do obstinação naqu6la estranha re-
queza cerebral, que fiquei no leito qua- Maria da Conceição Lop~s Malheiro graças à poderosa protecção da Virgem 3. 0
- que enviem sempre o serva animava-o e, brincando, dizia:
tro meses e meio, perdida tOda a minha ~ossa Senhora da Fátima a quem se c<E;sas lembranças costumam vir, de
lucidez, não conhecendo ninguém, nem Angm' a m'fecci'osa acostumaram a recorrer n o meio das suas número da assinatura quan- vez em quando, à cabeça dos m1ninos
as pessoas de família, e de nada me lem- aflições e desgostos, e sempre com ótimos do for necessário fazer-se co bonzinhos da tua idade, mas duram pou-
brando. Não falava e nem abria os olhos Minha neta, Outubrina de Almeida Moo- resultados. tem po. As meninas também isso acon-
- estava como um corpo morto! Era teiro, já casada, adoeceu gravemente recO-
P.• Salvador Pedro do Prado
qualquer mudança nas direc- tece. Talvez tu não saibas que eu, na
preciso virarem-me na cama, meterem- lhendo ao Hospital da Ordem do Carmo
-me a comida na bOca, não me sustinha no dia 2 de Abril próximo passado. O Sr . Prior de Santo l zidoro ções, sem o que se não pode tua idade, a.os I.f. anos, também pensei
em ser religiosa!»
assentada, e, quando o fazia era só en- Dr. Angelo das Neves aprmou que o es- responsabilisar pela execução Perant6 a admiração do pequ~no, ela
costada a muitas almofadas e, assim tado da doente inspirava sérios cuidados. Graças diversas do pedido. desatou a r ir.
«Pois é verdade: veiO-mil um dia de
mesmo, caía para todos os lados! Uma Dias depois declarou-se uma angina infec- Ana Pinto, de Lourenço l'>larques, agra- 0
miséria, realmente! ciosa e pouco depois um outro sofrimen- dece reconhecidamente a Nossa Senhora 4. que auxiliem as grandes repente à cabeça como costuma apart-
~ma dór dt dentes, ~ isto atormen-
Meu marido e filhos, desenganados da to. Mal podia falar e a muito custo engu- da Fátima o ter-lhe alcançado para Si e despezas dêste
medicioa. e não tendo mais recurso ne- lir alguns goles de leite.
jornal com cer tava-me tanto que nem podia dormir .
para sua família a si confiada diversas
nhum, voltaram-se para a Senh ora da Teve várias hemoptises que muito a graças que lhe pediu. suas generosas esmolas. Felizmente, um dia confiei Ast~ grande
Fátima, pedindo a minha cura. A bon- prostraram, e o seu médico, reconhecendo - /nAs Alves Pinto, de Lourenço Mar- segrOdo à minha profess~ra e e~ ta levou-
do~a Mãe do céu atendeu-os, pois, que, a gravidade da doença mandou-a para a ques, envia também a N. Senhora os pro- m6 a.o capelão do colégao e deu·ou-me a
desde logo, comecei a vir a mim, recu- enfermaria dos tuberculosos dizendo que testos da sua gratidão por diversas gra- VOZ DA FATIMA sós com Ole. Era um bom paizinho t~spiri­
perando os meus conhecimentos, vendo ni- a julgava irremediàvelmente perdida. No ças que por Ela alcançou do Céu. tual que conhecia todas as ideias diverti-
tidJmente os objectos e falando bem, pa- domingo do Bom Pastor foi sacramenta- -Leonel da Piedade, de Alcanede, es- DESPEZA das que podem germinar no cérebro d11
recendo-me que tinha ressuscitado dum da, e o Rev. Capelão daquela Ordem, P.• tando gravemente doente, pediu a Nossa uma pequena como eu era. Agarrando-m~
sepulcro! Alberto Pinto de Sousa, teve a caridade de Senhora a cura de que tanto carecia, e Transporte .............. . as mãos e esforçando-se por adoçar o
As pessoas da minha família, bem co- lhe dar depois da Comunhão um frasqui- hoje encontrando-se bem agradece o favor Papel, comp. e imp. do n.o mais possível a sua voz de natureza ás-
mo tOdas as das minhas relações, diziam nho com água da Fátima, recomendando- recebido. 122 (58.oo ex.) ........ . pera, diz-me assim: «Tu, religiosa? Seria
a uma voz: milagre! milagre! -lhe que todos os dias, ao tomar uma co- - António Dantel I gmo, do Arelho de rranquias, embalagens, trans- tão engraçado como se me fizessem a
Foi uma grande graça que a Virgem lherinha daquela água, rezasse três Ave- Obidos, estava gravemente doente. Rece- portes .............. . mim cebo de esquadra!»
me f~z. na verdade! -Marias a Nossa Senhora da Fátima. bera já os últimos Sacramentos. Os médi- Na Administração-Leiria cc- Mas, senhor Padre, olhe que eu
Eu. continuei a pedir a saúde comple- • A doente agradeceu e cumpriu isto reli- cos Drs. Adriano Carvalho e José Rodri- estou a falar a sério. . .
ta, publicando a graça que me fêz e co- giosamente. O bondoso sacerdote todos os gues, receavam que a doença fOsse fatal. total ........ . cc-Está bem, mi11ha menma, acredtto,
meçando a assinar desde hoje o jornal dias ia à enfermaria visitar os doentes ani- Invocou-se Nossa Senhora da Fátima, e mas. como és nova, temos muito tem-
«A Voz da Fátima11, onde são publica- mando-os sempre a confiar na bondade de pouco depois o mal começou a desaparecer Donativos desde 15$00 po de pensar nisso. Agora vai dormir,
das tantas e tão extraordinárias graças. Nossa Senhora. e hoje encontra-se perfeitamente bem vai para a caminha qu~ já para lá estão
Por êste meio, pois, eu quero agrade- Com minhas duas filhas fiz em casa uma aquele que então sofria os incómodos da Mons. Portugal - Ericeira, 66$oo; E l- as tuas companheiras. Daqui a um ano,
cer à Senhora do Rosário da Fátima tão novena a N. Senhora da Fátima imploran- doença. vira Ferreira - S. Pedro do Estoril, s~ Ass6 desejo persistir, voltaremos a fa-
grande graça que me concedeu. do·lhe a cura da minha neta. Passavam-se -Maria Celeste dos Prazeres Monteiro, 25Soo; Blandina Rubitios - Tuy, 39Soo; lar no caso . Por agora, bóa noite e vai
Chaves os dias e a-pesar-de todos os cuidados e de Caxaria, Dois Portos, diz 0 seguinte: Adelaide Braancamp - Santarém, 2o$oo; sonhar com os anjinhos».
Isabel Baptista carinhos prestados naquele Hospital a do- cctendo estado muito doente, depois de ter José P ires - Monção, 2o$oo; Igreja do ccNo dia seguint~ já tudo aquilo tinha
ente peorava sempre Não vacilou, porém, recorrido a vários médicos, sem resultado, Campo Grande, 7o$oo; P.• João T. Correia passado e fazia-me rir só o lembrar-me.
Dirijo-me a V.• Ex.cla a pedido de a nossa fé na Consoladora dos Aflitos, e co- obtive as melhoras tomando água da Fáti- - Pôrto, 2o$oo; Manuel de Oliveira Mar- Contigo há-de acontecer o mesmo.
uma pessoa muito minha amiga pedindo meçámos segunda novena. Agora a febre ma e recorrendo a Nossa Senhora. 11 tins - Campolide, soSoo; Uma anónima, A todos os meninos bons vem um dia
a fineza de publicar na Voz .da Fátima começa a declinar lentamente, não havendo -Maria Alice dos Santos, freguesia da 20Soo; Ana Pinto - L. 1\larques, 675Soo; à cabeça serem padres. E, depois, sem
dua3 graças alcançadas por intercessão ainda esperanças fundadas de salvar a do- Feteira - Açores, escreve dizendo: cchu- 1\laria Macedo - Castelo de Vide, 15Soo; darem por isso, aquilo passa-lhes como
de N.• Senhora. ente. mildemcnte agradeço à minha boa Mãe do José F. Potes - Evora, xoo$oo; Amélia passa uma constipação. Percebeste? Dei-
Desanimada, minha neta pediu à Mãe Céu Nossa Senhora da Fátima, a cura du- Ramada - Pôrto, I5Soo; Maria J . M xa lá todas essas histórias».
E apertando·O mais fortemente, pro-
1- Sífilis para a levar para oasa, contra a opinião ma doença que tive. Fiz a promessa de Ferreira - Porto, 43Soo; N.o 8859 - P.
do médico que receava que ela sucumbis- publicar a cura 0 que hoje desejo cum- de Brandão, 18$90; Distrib. em S. Ro- guntava:
Tida Emeslina Frutuoso, de 22 anos, se no trajecto. Não obstante, a mãe fez-lhe prim. que - Funchal - 32oSoo; João Goulart «Prometes?» João, que tinha um co-
de Adegante-~foncorvo, sofria desde os a vontade e retirou-a do Hospital no dia ração nmito terno, encolheu-se e depois,
8 anos de idade duma doença a que os 1 de 1\laio.
- Maria Glória C. - Olivais-Lisboa, - Açores, 2oSoo; Henriqueta Godinho -
agradece a Nossa Senhora uma graça coo- Barcelos, 4oSoo; l'>laria Filomena - S. levantando os seus límpidos olhos res-
médicos chamavam «sífilis>~. No mês de Poucos dias depois a febre e as hemopti- cedida em seu favor. Tirso, 15$oo; Estevão Proença- Covilhã, pondeu:
Outubro os seus sofrimentos aumenta- ses desapareceram e a doente começou a - Maria Te,esa da Silva,-Leiria, agra- 2o$oo; Corina Baptista - Açores, 2o$oo; ccSim, mamã. - Peço-lhe principal-
ram consideràvelmente. Durante sua comer com excelente apetite. - dece a N. Senhora a cura duma ferida Joaquim P. Gomes - TravassO, 2o$oo; met~te que não diga nada. ao papá».
doença foi tratada pelo Snr. Dr. Fran- No mês seguinte foi examinada pelo Dr. muito perigosa provocada pela mordedura José Maria Gomes - TravassO, 2o$oo;
ci~co Rodrigues, de Moncorvo que em- Angelo das Neves que ficou admirado de a dum suíno. Inês A. Pinto - L. Marques, 107$50; Sa- • • •
pregou todos os esforços para a curar. encontrar tão bem disposta e livre da
- Teodora de Jesus Gom~s Lima, - tira de Mendonça - L. l'>larques, 2o$oo; Daí por diante, João poucas vens se
No dia 5 de junho deu entrada no Hos- doença que êle julgou fatal. Prossas do Minho, agradece a cura de Lourenço Pinto - L . Marques, 87$50; lembrava do caso e sobretudo nunca fa-
pital de Moncorvo onde foi tratada por Graças a N.• Sr.• da Fátima continua Gervásio António Pereira. Rebélde à medi- Virgínia LoJ>es-Caldas da Rainha, 15Soo; lava nele.
3 médicos. Aí permaneceu 3 meses de bem, entregando·se aos mesmos trabalhos Também Ole, como todos, imaginou o
cina, a doença desta criança desapareceu Elvira Coife Real - T. Vedras, 2o$oo;
cama, sempre de costas sem se poder domésticos que desempenhava antes de incidente liquidado.
voltar para qualquer lado. Tinha no adoecer. Muito reconhecida à Mãe do Céu ràpidamente após a intercessão valiosa de Ana da C. Neves - Avanca, 2oo$oo; Ma- As vezes até s~ ria a.o pensar como é
sua família a Nossa Senhora da Fátima. ria da Silva - Guimarães, :2o$oo; Maria
seu peito e ventre dez orifícios a pur- por tão grande benefício, venho publica-
-Hortense Pinheiro, de Lisboa, tendo- do C. Nunes - Campolide, xoSoo; João que uma tal lembrança lhe ve;o à cabe-
gar!

do Hospttal não obteve melhoras algu-


mas, até que a família, temendo que a
Porto
I
mente testemunhar-lhe a minha eterna -lhe sido concedidas três graças, vem sin- I.. Teixeira - Calif~mia, I do!ar; Guilher- ça. E quando uma ou outra vez a ideia
Apesar de todos os esforços do pessoal gratidão.
ceramente agradecer a Nossa Senhora da mma ~ Apresentação -:- PeD!che, 97$~o; acordava no fundo da alma, era ~l~ nu:s.
Fátima. Uma delas foi a cessação total Albertina Lagoa - L1~~· 2o$oo; Rt~ mo quem r~trucava: «11 como a mamã,
que também quiz ser religiosa>~.
doente morresse no Hospital, a levou pa- Guilhermina da Conceição Monteiro duma dôr que há dez anos a atormentava do Sacramento - Covilha, 2o$oo; l'>lana No entanto, uma coisa o impressiona-
no lado esquerdo. FOra-lhe aconselhada da C. Vieira - Alpiarça, 2o$oo; Coronel
ra casa no dia 3 de Setembro. Aí se
uma operação, mas a doente antes de a Sande Lemos - Lisboa, 2o$oo; Virginio va e era que nem o sono das suas noi-
conservou, sempre na mesma posição
sem se poder voltar.
Pneumonia ela se sujeitar recorreu à bondade de N.• Ferreira- POrto, 15Soo; anónima- Tor- tes tranqüilas, nem o estudo, nem as fé-
Meu marido, já de 69 anos, em Março Senhora da Fátima, em cuja honra come- res Vedras, 2o$oo; Maria S. Matos - Lis- rias, lhe varriam completament6 da al-
Era um sofrimento horrível chegando
çou uma novena de orações. Em cada dia boa, 55Soo; Isabel Seixas - POrto, 2o$oo; ma aquela antiga. r.spiração
a ter 20 orifícios a purgar nauseabun- teve em sua vida uma pneumonia pela 4.• As férias! Este ano vão ser uma delí-
da novena aplicava pachos embebidos em Henriqueta C. Pereira - Golpelheira,
do puzl! No mês de Outubro começou a vez. Tão grave se tomou o seu estado que
água da Fátima no lado onde sofria, e 2o$oo; Eduarda Sant'Iago - Laja do Lo- cia! Percorrerá meio Portugal. Passará
ser tratada pelo Snr. Dr. João Baptis- o médico que o tratou não duvidou dizer- algum tempo na praia, talvex na Figuei-
ta Lopes Monteiro, desta Vila, mas sem• -me claramente que certamente desta vez desde o último dia da novena, a dôr que bo, x6$oo; Maria de Sant'Iago - Lapa do ra ou S. Pedro de .Muel, onde poderá
o doente não seria capaz de recuperar a durante 10 anos a martirizava continua- Lobo, 15$oo; Maria da Ascensão - Lapa
pre seni resultados sensíveis. Todos jul- à vontade vOr o mar que tanto falava à
mente, não mais a atormentou. do Lobo, 15Soo; Gracinda de Sousa -
gavam a morte próxima. No entanto, a saúde. Recorri então a Nossa Senhora da sua alma pela nota de grandexa e imen-
4 de Outubro de 1931, a família, as pes- Fátima, em honra da qual, em companhia -Maria Luísa C. de Sousa Mesquita, Lapa do Lobo, 15$oo; Amélia de Pina, -
de pessoas de bem, minhas amigas, come- de Lisboa, agradece a N. Senhora da Fá- Lapa do Lobo, 25Soo; Ana Augusta - sidade .
soas amigas e a própria doente começa- Passará por Leiria, visitará a Batalha
tima uma graça particular que por sua Lapa do Lobo, 15Soo; Francisco Capêlo -
ram uma novena a Nossa Senhora da cei uma novena de orações. Durante a
intercessão o céu lhe concedeu . Madeira, 2o$oo; Distrib. em Manhen te, e Alcobaça, onde, por uns momentos co-
Fátima e a fazer uso de água do Santuá- novena, o seu único remédio era água do
rio. Ao mesmo tempo fizeram-se à Vir- Santuário da Fátima, até que, no último - Ermelinda Soares de Melo, da Am~ri- 65Soo; P.• Domingos Fragoso - Brasil, m o qu~ reviverá mais de metade da nos-
"gem várias prome;ssas em favor da po- dia da novena a febre desapareceu de to- ca do Norte, agradece três graças a Nos- 272S5o; Alice de Quintanilha - Guarda , sa gloriosa história.
do. De então para cá meu marido tem sa Senhora da Fátima. Uma delas foi coo- 2o$oo; Hospital de Penafiel, 4o$oo; Maria Estava-se nos princípios de agosto
bre doente. qt~ando já por tóda a parte se tratava
Graças a. N.a Senhora da Fátima, des- continuado sempre bem, a-pesar-da sua cedida a si mesma, outra a seu genro e a Polvora - Evora, 2o$oo; Maria Isabel -
dos preparativos para a peregrinação do
de o primeiro dia da novena começou a idade avançada, graça que já fomos agra- terceira a um de seus netos. Tanto o gen- Macáu, 15Soo; Manuel da Silva - P. de dia IJ a Fátima.
melhorar progressivamente, e hoje en- decer a Nossa Senhora no seu Santuário ro como o neto estiveram gravemente in· Gondarem, 40Soo; 1\laria Sarmento - Joãosinho não tev6 grandes dificulda-
contra-se completamente curada. Já da Fátima. fermos, chegando a ser desenganados pelos Gondarem, 2o$oo; Matilde de Nobrega -
Lamego médicos. Hoje, que se sentem bem, atri- C. de Lobos, 15Soo; P.• David Coelho - dts a vencer para que os pais o dei-
passaram 10 meses e não teve mais qual-
quer sofrimento. Come de tudo e já tra- Maria de Jesus Peixoto buem sua cura só à virtude de Nossa Se- Vila Maior, 82$oo; Tida Rodrigues- Aju- xassem ir.
VOZ DA FATIMA
4
cdntico de humildad8. Ela aproxima-se
sacerdócio. Ele, porllm, resolveu melhor Foi ali, no ttJpo de uma modesta uazi- criada pela maravilha marial de Fátima
As vezes o pai preguntava à mulher: 6 a maravilha eucarística. assim da humildade da uazinheira>l como
e permite que eu vd morrer. nheira>~ que a Virgem lhes apareceu seis
uTens a certeza dB quB o pequeno jd com a simplicidade dos pequenos vid8n-
vezes, d1 13 de mato a 13 de outubro, in-
não pensa em ser padre?
- Olha para 6le e repara naquela de-
Mas 11 o mesmo, porque algullm me
substituird. Olhe qu11 uma promessa 11 dicando o seu nome: •• tes, tão f'UFOS e conclui com esta tercei-
ra liçiio marial:
uma coisa sagrada; eu jd não posso, uEu sou Nossa Senhora do Rosárion ... Doutrina bela que transporta a ima-
senvoltura, naquela vivacidade, naquela A beleza moral que 6 a casti~ade não
mas ... >l .. . E aquele canto escondido torAou-se ginação aos fervorosos tempos das Cata- pode ser alcançada senão pela humildade,
cabecinha. Ah! Estou bem certa que
tudo aquilo passou>~. João tinha-se aproximado do moribun- um canto do cllu! E os prodígios se acu- cumbas e aos tempos evanglllicos. cantada no 1\fugnificat.
mulam em tão grand8 11úmero e com uma Fátima, o vale encantador dum no-

...........
E era assim mesmo. do. (P.• Richard, no Sentiér, de Paris, n.o
Tudo tinha sido varrido pela aragem Novamente o seu antigo sonho acor- tal rapidez que não nos parece superfluo vo Caná. 6o, de setembro de 1932).
dou na sua cabeça aturdida e iluminou a resumir o que 14 se passa e tem passado, Fáttma, o punlwdo de colinas do aco-
iodada do mar e pela conviv6ncia alegre
com os outros companheiros da mes- sua alma, onde estas palavras passavam numa palavra só: maravilha! lhedor albergue de Emmaús.
como um llco da voz de Deus: « ...mas ... Maravilha de favores celestes que o foi Fátima, o planalto das sublimidades
ma idade.
jd que, sem me conhecer, aqui vieste a série de aparições de Maria, Ralnha do rec011fortantes do Tabôr. Leiam e cumpram
Nada ou qu4si nada. Santo Rosário!
guiado por Aquele a quem se não resis- Será necessário recordar aqui o episó-
De vez em quando, apenas um vago e
brusco ap6lo da sua uilusão>~ e somente te ... jd qtle lls tu quem Elll' escolheu ... Maravilha nos ares, que o foi o fenóme- dio de Caná, que nos pinta, com fortes P ara evitar atrazos é neces-
façamos uma combinação ... , no meter8ológico astronómico de 13 de dlltallzes, a feliz intervenção dll Maria sário não esquecer que :
para se rir das estranhas ideias dos tem-
João estremeceu. Esta palavra... ~ste outubro d8 1917, em que o sol se torna junto da omnipotencia dll seu Filho?
pos felizes da sua ingllnua e inocente
bondade. uA mamã tinha razão; estas convite, esta ordem, era a sua vida in- em uma roda magnífica de fogo deante de O facto 11 por si mesmo bem eloquen- Quem pretender água ou
coisas vão-se como vieram, sem a gente teira que ~les reclamavam... um com- 6o.ooo espectadores, entre os quais havia te para que a Mãe divina seja proclama- ~uaisquer objectos religiosos
dar por issc». promisso supr6mo, um dom que se não muitos curiosos e atll dllscrentes. da: canal dispensador das graças.
Maravilha nas terras que o foi o apare- As crónicas de todos os povos cristãos da F átima, deve dirigir-se ao
...... ...... ......... ....... ...... ... pode retomar.
Uma vaga inquie.tação inundou o seu cimento de uma fonte clara 8 abundante nos relatam em quantas outras circunstan-
uOnda está o João? coração, mas depois, uma onda de ale- de água a alguns metros da uazinheira>l cias a Rc;ínha do Cllu veio em socorro Sr. António Rodrigues Romei-
- Não sabes que o chamaram ( es- gria o levantou. ~ aparições, no dia em que em 1922, de seus filhos aflitos. A terra portugue-
tava-se na Fátima) para o serviço de Agitado, não ousou no entanto pro- alt foi celebrada a primeira Missa! sa que os sllculos chamam a uterra da
ro, empregado do Santuário.
servita auxiliar? Ficou doido de alegria nunciar o uta.lvezn da incerteza. Esta Maravilha nos corpos, constituída pelo Virgem e do Santíssimo Sacramento>~·
por encontrar alguns outros rapazes co- mão, qu6 estreitava a sua, o retinha pri- n~mero incalculável de curas admirávtis achava-se d beira de um abismo, em se- e não a esta redacção, que es-
nhecidos. E tudo isto - este belo mo- sioneiro dum juramento que ~le não ti- que desafiam a c~ncia! qfl8ncia da revolução franco-maçónica de i:á a 5 léguas do Santuário e
vim8nto d4 multidão, ~ste viril entu- nha ainda pronunciado mas q.u sabia Maravilha sobretudo nas almas, efec- 1910. Quando tudo já parecia perdido, a
siásmo dos servitas, esta decisão dos jo- que seria de futuro inevitável e definiti- tuada pelo nt4mero ainda mais incalculá- Esperança dos desesperados faz em Fá- por isso não pode enviar com
vms. a piedade fervorosa dos jillis. tu- vo. A voz, ouvida h4 tempo, v ibrava vel de inefáveis benefícios espirituais! tima as suas aparições. tendo nas mãos
do isso correspondia aos seus sonhos de agora, imperiosa e solene, ao Mlito qu4- Quantas conversões inesperadas! não armas morHferas mas um terço bran· urgência as coisas pedidas.
actividade e dll ... generosidade. si apagado daquele cuja morte próxima Quantos corações intUferentes se Um
Por isso os pais o viram todo entre- suscitava o com6ço duma estrada nova ... voltado para Deus! Quantas tibiezas trans- quinho .
Sete anos de perseguição se tinham
gue ao serviço dos doentes, ajudando-as para o sacerdócio.
a transportar nas macas, dispensando Inclinou-se para o amável agonisante e
formadas em fervor! passado. E , repentinamente, grafas à de-
A til mesmo punições desconcB'Ytantes in- voção a N. Senhora, uma jorm1dáve~ re-
A tempo ...
-lhes todos os serviços. t(Jda a atevção e depois, num esftJrço enllrgico, re'&alcando fligidas a criaturas que, desviadas por um novação cristã sacode ttJda a naçao 6 Um pequenito, t8ndo acompanhado
carinho. o soluço que lhe apertava a garganta, sectarismo odioso tinham ousado man- isto apesar dt t(Jdas as f6rças postas em seus pais a um sarau, ali adormeceu.
El8 tambllm pode ser 'litil no mun- disse: char com a lama das suas injúrias a acção pelas Portas do Injerr.o (censuras Acabada a ftJsta, a mãi trouxe-o ao
d• sem ser padren. uSim .. . pometo... podes contar comigo. Virgem Imaculada! oficiais, atentados, panfletos diabólica- colo para casa e deitou-o sem que 418
- E atll mais, respondeu a mulher>~ . Tu serás o meu Anjo lá em cima e eu Tudo isto - sem falar nas maravi- mente idiotas. escritos por uhomens li- acordass8.
- Enquanto que padre, perdido lá no serei o teu padre cá em baixon. lhas operadas -no mais recondito das vresn}. Em poucos anos, Fdtima con- Quando ela se preparava para u dlli-
fundo dB uma aldeia, em um casinholo Então, tendo longamente cOntemplado consciências ao conhecerem a Deus - verte-se num centro magnlltico para to- tar ouviu chamar:
infame... Nada, não pode ser11. aquele rosto predestinado em que o res- tudo isto provocou uma torrente, um dos os fiéis da ttsrra, devotos do Rosdrio. Mamã!
E a voz da mãe afinava nas mesmas plendor do olhar reflectia uma alegria rio. um oceano de almas humanas que A lição a tirar 11 esta: Por interm6dio - O que é isso, Julinho? q.u que-
ideias: imensa, João o beijou na fronte, dizendo: invadem agora, a 13 de cada m~s. as de Maria, dispensadora de todas as gra- res?
uNão, não, lá sacerdote não>~ . uAtll à vista. Vou confiar à Mãe do Cllu d6ces coli_nas de Fátima. ças. o terço 6 uma arma terrível contra - Q:te coisa engraçada! Ainda h4 pou-
. .. . . . ... ... ... .. ... ... ...
.. . . .. ~ o objecto da nossa promessa. Todas essas almas, às dezenas de mi- os inimigos que nos assaltam de tôda. a co estava noutra casa e agora 8stou na
.. . Como 6ltA estava comovido, o nosso - E eu vou dizer a Nosso Senhor que lhar, se sentem ali fundidas em uma parte; 6 também um poderoso lenitiv? minha cama!
Joãosinho, quando entrou a 1>rimeira desde agora seremos irmãos por ttJda a só, palpável, edificante, comunicativa, nas nossas penas. Mas se realmente Fáh- - T" adormeceste e 1u trouxe-t8 ao
oferecendo um espectáculo tão empolgan- ma 11 um outro Caná em que a Virgem colo e deitei-t~.
vez nas salas do hospital e viu depois, eternidade'~'·
te de que não podllriamos adivinh<lr o Mãe se dignou intervir em favor de seus -:--- Mas 8u , m amã, ainda não fiz a
num conjunto que lhe apertava o cora- encanto se o não tivessemos visto com os filhos, no interior dos corações deve ter m tnha oração da noite.
ção, tantos doentinhos, no pavilhão res- nossos próprios olhos.
pectivo. a assistir aos actos oficiais do resoado a ordem outrora dada aos cria- - Amanhã a farás . Quando a gente
E tanto mais verdade quanto todos dos do ba11quete: uFazei tudo o que Ele 58 esquec8 duma coisa, fá-la depois.
meio dia e à espera da benção do San- Fátima, o Paraíso na terra quantos teem tido a felicidade de assis- E se a mamã se esquecer de m e
tlssimo, da passagem de J8sus vivo, que tir a essas diversas cé11as: à entrada so- (]Ora, esus) vos disSeT>I.
tem ai11da a mesma ternura antiga 8 qu8, e lene, imp?nentíssima, dum cortejo que
o que 11 que o Mestre nos pede? dar o almoço tambllm guarda para CJ
uComei o meu corpo, bebei o meu san- outro dia?
só El8, pode curar ou consolar tantas
misllrias! A Pérola de Portugal, nunca mats acaba, de peregrinos, prece-
didos do tlispo do lugar. entrando pelo gue e tereis vida em vós". . Vencida por este argumento, a mãi
Nunca ~le tinha podido imaginar que Já dissemos 8 voltamos a repehr 9ue apressou-s8 em fazer recitar as orações
pórtico principal na estancia do santuá-
58 sofresse tanto e houvesse no mundo sao dois livros sôbre Fátima, rio. cantando num conjunto tocante. -num o que em Fátima d4 melhor nota ~ JUS· da noite a est8 anjinho que ela abraçou
tantas coisas tristes. tamente esta edificante florescencsa do com efusão.
tom plangente: - à procissão das velas
TtJda essa gente, novos e velhos, al- pelo Sr. Visconde de Monte- que, ao cintilar das estrelas, se move1~ culto eucarístico sob todas as suas for-
guns d4 sua idade, como eles tinham lo, que pelo preço de s$oo ca- sob a brisa, ondeando em meandros ex- mas. E porque a ordem de Maria: uFa-
um aspecto d(Jce e resignado! Meu Deus, zei o que Ele vos disser>~, foi executada
cess~vm~ente graciosos, que sobem aqui,
porq.u 11 que eles estão assim cheios de da um se enviam do Santuário se snclsnam ali, 58 abaixam acolá se- com tanta delicadeza em Fátima, Caná Fátima à luz da Autoridade Ecle-
enfermidades 8 eu não?
Um, estd de cabeça e membros hir-
ou da Redacção da «Voz da guindo as largas 8 belas avenidas ~rtis­ delicioso tornado, cada vez mais, em um
Cenácuzd de ardor eucarístico . Aí. as siástica
ticamente desenhados naquele imenso tea-
tos sem poder nem sequer volver os Fátima», a quem os pedir e tro nattlral da Cova da Iria; - aos exer- almas caminltam para um idllal de verda-
olhos. deira beleza, precisamente porque se ali-
e~viar a respectiva importân- cícios de Adoração nocturna, entrecorta- mentam com o Pão dos fortes. do vinlto ~ste belo livro do Dr. Luiz
Outro, parec8 antes um esqueleto pro- tados de terços, meditações, c4nticos dll F ischer, encontra-se admirà-
visoriamente coberto com a pele. A/IIm, cia. uma melodia tão penetrante que, passadas que jaz germinar as virgens.
uma figurinha pálida com um olhar tão Ê o albergue de Emmaús onde os fati- velmente traduzido em portu-
doce, refletindo ternura que lhe turva o
São interessantes, principal- semanas e atll meses ainda as sentimos no gados do caminho, os tristes. os desco-
para quem não tem si- ouvido: roçoados, 58 saciam finalmente, reconhe- guês pelo Rev. Dr. Sebastião
- à Missa pontifical, cantada
coração. mente em pleno ar, n1tm profundo recolhimen-
Como eram atrae-ntes e eloqUentes es- do assinante da «Voz da Fá- to, por todos os milhares de vozes d~sse cendo tambtlm eles o Mestre ao partir da Costa Brites.
ses dois grandes olhos ard8ntes que sor- povo; - à Missa tão comovente dos do Pão. Envia-se, livre do porte do
riam! João não deixou mais este doen-- tima». doentes e a Mnção de Jesus-Hóstia a
Que os cansados modernos qtle não
teem podido saciar-se com os prazeres correio, a quem para êsse fim
tinho por quem sentiu logo uma parti-
cular 8 inexplicável estima. Parecia-lhe
I
cada um em particular; - e finalmen-
do nosso mundo corrompido, - que os
tristes que não foram favorecidos com enviar s$oo ao Santuário ou à
te à procissão do adeus, em que a está-
que já o conl1ecia · h4 muito tempo pos- tua de Nossa Senhora da Fátima, vol-
to qu8 nunca o tivesse visto. bens da terra, - que os desenganados Redacção da «Voz da Fáti-
taf!~O para a sua minúscula capelinha
Tinha o tBTÇO entrelaçado nos seus edtftcada pela piedade popular. 11 sauda- arrastados pele orgulJ1o income-nsurável ma».
dedos brancos e via-se logo que resatta ABOA NOVA DA FÃTIMA e não somente por milhares de lenços
do nosso século, que todos invoquem -
com todo o jtJrvor. brancos, que, vistos de longe parecem a Estrela da Fáttma! Que recuperem con-
João quiz afastar-se, libertar-se des- Fátima, terra de belos ensinamentos bandos de pombas brauas, mas pri-nci- fiança.
ta tristeza que o enternecia, ao mesmo palmente por tantas lágrimas de suave Maria, para &alvar os seus filhos,
tempo receioso e fascinado por aquele uSeria necessária uma pena de cristal alegria qu8 descem de todos os olhos co- ata-os com o seu terço e introdu-los as- RESPEITO PELOS SACERDOTES
olhar que parecia chamá-lo com o seu para transcrever as lições, as admiráveis mo pérolas d8 reconhecimento;... todos sim na habitação eucarística de seu Fi-
8stranho sorrir silencioso. E eis que uma lições da Fátima. os que encheram os olhos com estas cenas lho que lhes dará a paz. Bonald, filósofo ilustre da França ti-
pequena mão se levanta 8, com um ges- E qtu na bass dos a~;ontecimentos, ( ~ nós omitimos muitas outras) são un4- DOce Fátima, porque é que quando nós n~ um filho padre. Conta-se que ~erto
to suplicante, atrai-o sem qu8 ele ouse que desde 1917, SB dllsenrolam naquelB m~es en1 d8clarar que só em Fdtima lhes pomos os plls s6bre o teu solo sagrado e dia um dos seus amigos foi encontrá-lo
resistir. recanto bendito da terra portuguesa, e fot posswel experimentat emoções tão que passiamos no meio das tuas «azinhei- a conversar com o filho, conservando-se
Depois, com uma voz dóce, quá.~i im- donde decorrem essas lições - como água s~aves e profundas! Sentiram a sua alma ras>~. irmãs da que serviu de pedes- respeitosamente de chapéu na mão.
per~ptível, cüz-lho!l ao ouvido: uComo fresca duma fonte fecunda, - estd a vtbr~r com a alma dessa massa de pe- tal à tua Bela Senhora luminosa, por- Eetirou-se o filho e Bonald, ficando a
foi providencial o vir aqui, pois tenho aparição d' Aquela a quem a Escritura regrtnos. de , quem saborearam o espírito que 11 que o coração sente t-ntão emoções sós com o amigo, disse para êste:
tantas coisas para lhe dizer! ... ,, proclama ubela como o soln, Maria, nos- de pemtencsa e reparação, de quem vi- inefáveis, porque 11 que ele se torna tãO - Entre nós não há cerimónias, não 6
E os seus dedos apertavam os d6ste sa terna Mãe. ram o e'ntusiásmo crescente da fll. pequenino e bate tão forte? verdade? Ora com meu filho o caso m uda
rapazinho cuja alma perturbada procu- E essas lições são ditados com uma .Subamos um pouco acima d8stas ma- DOce Fátima, porque 11 que debaixo das de figura. Depois que êle recebeu a unção
rava Bm vão a razão duma tal confid6n-- clareza tão suav8, com uma eloq~ncia mfestações, quB algumas vezes poderiam telhas da tua capela tão minuscula mas sacerdotal 6 maior do que eu.
cia. tão irresistivel, que necessitariam efecti- ser c~nsideradas como tendo um valor só tão grandiosa na sua inexpresslvel peque- Já nos podemos cobrir.
«Eu estava à sua espera e tinha a cer- vamente dB um estilete de fino cristal pa- ex tenor! nez, porque 11 que nos sentimos com von-
teza que havia de vir». ra que possam ser dadas com t(Jda a sua Em Fátima do santo Rosário, tem-se tade de chorar, perto da estátua miracu-
Desta vez, João ficou na maior 85- suave lucidez! a impressão clara de que esses milhares losa que nos oll111 com uma indisivel ter-
tupefacção: Fátima pode resumir-stll numa palavra de almas - no meio do múrmurio das nura, em que o sorriso se alia a uma cqm-
uA minha espera? Não pode ser, pois ~nica: maravilha! uAvii-Mariasll quando elas evocam na padecida melancolia? FAMllJA AO SERVIÇO DE DEUS
qu8 nem sequer me conhece!... » Diamante resplandecente, não foi ela "'!editação, a vida de Maria nos ,;isU- DOce Fátima, amável aldeia de Caná, No mosteiro de Beneditinas do Rochet-
O enf6rmo levantou lentamente os seus lapidada pela própria solicitude de Maria nos das suas alegrias, das suas dtJres e acolhedor albergue de Emmaús, serás tu te, próximo d? Lião, França. tomaram,
grandes olhos azues para o cllu e disse: para quB o fogo das suas diversas facetas dos seus triunfos - ouvem interiormen- ao mesmo tempo um Monte Tabor de Ma- há pouco, háb1to duas jovens irmãs, que
<!Foi Nossa . Senhora da Fátima que se reflita na alma de todos os que se aban- te um bem dóce convite: o de se deixar ria em que sabe tão bem estarmos? pertencem a uma família privilegiada.
vos trouxe a mim. Não, não estou en- donam ao seu amor maternal? conduzir pela Mãe Celeste para a morada Sim! No vosso ambiente celestemente O pai fOra farmaceutico em Orleans. O
ganado! Nesta modesta revista temo-nos nós 85- do !ilho. adorável, para a Hóstia que ir- singular, a alma sente-se transportada, ú_nico ~lho que tivera, foi para o seminá-
Pedi-lhe com tanto fervor que me fi- forçado por mostrar os seus diferentes as- radta, vtva e vivificante ... persuadida que Aquela que ali apareceu 11 no. Ve10 a guerra, e o seminarista foi mo-
zesse encontrar aqui aquele que devia pectos, qual deles mais maravilhoso. :·· E o convite foi bem aceite. Na bem a Eleita da Santíssima Trindade pa- bilisado e morreu em combate, defenden-
ficar no meu lagar!... verdade, o que constitue o facto mais ra a obra da Redenção humana, a cheia do a Pátria.
- No ssu logar?n
Algullm . o chamou_ de lado para ,qual- • • • emp~lg_ant8 da Fátima, é precisamente a de graça. saudada por um Arcanjo em Pouco depois morreu-lhe a esposa e o
pro~tfrtOsa multiplicação dos pães euca- missão de Embaixador, a Mãe divina em farmaceutico entrou no Seminário e or-
quer serotço mas nao houve forças que O que era a Fátima antes daquele dia
rísticos, 11 bem o número extraordinària- que o Salvador tomou esta carne virginal denou-se. Foi êle que teve a ventura de
o arrancassem da beira do doent8 onde memorável da primeira aparição? Peque- mente elevado das comunhões. e esto!l sangue rutilantB que nos alimenta conduzir as filhas ao convento e de rezar
se conservava por uma ftJrça sup8rior d tia aldeia ignorada, perdida numa dobra
quando se reflete nisto, v~-se que 11 na Comunhão, a missa da cerimónia da tomada do há-
sua von_tade. Então o doente, jazendo-o da mo11tanha, a 27 quilómetros da cidade Na tua atmosfera saturada de sobrena- bito.
de Leiria. Num dos seus pobres logarejos, lógzco. E que o papel mais verdadeiro
sentar JUnto do colchão com um olhar
mais augusto, mais mat8rnal de Mari~ tural, a alma sente o braço da Mãe de ~ uma família totalmente dedicada ao
luminoso de uma alegrid radiante disse- em Aljustrel, viviam, uma vida simples, Deus que o su.sUm, que aperta o filho serviço da Igreja.
-lh8 baixinho: ' três pastorinl1os, analfabetos mas devotos não será o de conduzir os seus filhinhos
contra o seu coração virginal. Infelizmente são tantos os católicos que
<<Sim, substituir-me porque eu vou do ttrço; apascentavam as suas 20 ovelhas ao Banquete dos Anjos em que Ela lhes N6sse teu 11.ale, nos flancos dessas coli- se recusam dar os filhos a Deus!...
p~rtir ... Vou, como por cá se costuma num sitio próximo chamado Cova da Iria,
pode dar o seu próprio Filho feito Jiós-
nas, s6bre Asse planalto, a alma pensa
d1nr, para a nos.a casa... para sem- terra árida e inculta, .~em nenhum atracti- tiaJ E esta, na minha modllsta opinião, numa viageira que no termo dum longo
pre. Olhe que 11 um milagre o eu estar vo, completamente desprovida de água uma prova suficie-nte da veracidade das trajecto atravlls dos monta11has, entoa os
ainda vivo. Eu vim com a esperença de apesar das tentativas feitas pare~ a encon-- aparições. Este número foi v isado pela Censura .
me curar porque Deus me chamava ao trar. Oh! sim! A maravilha mais sublime initnitáveis versinhos do uMagniticat>1,
Ano XI Leiria, 13 de Janeiro de 1933 N.0 124

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Direotor e Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Empr6sa Editora: Tip. "Unilo Gráfica,. T. do Despacho, 16-Lisboa Adm inistrador: P . António dos Reis Redacção e Admi nistração : " Seminário de Leiria.,

CRóNICA DE FATIMA
( 13 de Deze~bro)

lial e as súplicas dos seus corações ansio.- Foram ao todo inscritos neste dia no cer o coração humano tem que baixar do munhão Eterna que teremos um dia no
sos ou angustiados aos pés da Virgem respectivo livro de registo vinM e sete Céu, já que a tl'rra a não possui. Essa Paraíso».
bendita, Mãi de misericórdia, Refúgio dos doentes que sofriam de diversas doenças: vida já desceu; chama-se a Eucaristia.
pecadores e Medianeira de tOdas as gra- laringite crónica, bronquite asmática, adi- No fundo dos seus Sacrários, onde é pri-
ças. Foi durante o ano de 1932, precisa- pose, doença da espinha, diabétes, par- sioneiro de amor, wpete às almas que pas-
Peregrinos do estranjeiro
mente no dia treze de 1\ia.io, que o ve- quinson, rinite. lues, reumatismo, asma, sam: Tomai e comei, a minha carne é ver- Entre os peregrinos que estiveram no
nerando Núncio de Sua Santidade em Lis- paralisia da face, surdez. parafimose, lu- dadeira comida... Eu sou o vosso Mestre, dia treze de Dezembro em Fátima, mere-
boa, Monsenhor Beda Cardinale, Arcebis- pus tuberculoso na facç, cegueira, pleu- o Caminho, a Verdade e a Vida... As al- ce especial referência Monsenhor Auto-
po titular dé Chersona visitou oficialmen- risia, enterocolite, artrite do joelho e mal mas que se assentam à mesa dos Anjos nino di Maria, de 65 anos de idade, de
te o Santuário de Fátima e presidiu às de Pott dorsal. tornam-se participantes da luz e da fOr- nacionalidade italiana, que, no regresso
grandiosas manifestações de fé e piedade Os doentes eram na sua grande maioria ça de Deus. Só o pão dos fortes lhes dá do Brasil, onde esteve alguns anos, quis
que ali se realizaram nesse dia memorá- das povoações limitrofes de F átima: a fOrça sobrehumana com que se há-de visitar o Santuário da Lourdes Portugu&-
vel. Vila Nova de Ourém, Loureira, Ademó vencer o bom combate. Comunguemos to- sa.
Fol também nesse ano que a Cova da (Alqueidão). Boieiros, Ourém, Olival, dos os Domingos, todos os dias, se puder O ilustre romeiro ficou maravilhado com
Iria viu dentro dos seus muros a maior Breiro, Vermoil, Tonnal, S. Mamede, Tou- ser. Que a nossa vida no exílio da terra, tudo quanto viu e que excedeu a sua
peregrinação diocesana até hoje efectuada, cinhos (Ourém) e Azoia. vivificada e enobrecida e gloriosa pela co- expectativa e prometeu voltar novamen-
a grande peregrinação diocesana de Leiria, Ao meio dia oficial, depois de rezado munhão freqüente, seja o começo da Co- te do Brasil, para onde parte em breve.
que conduziu até junto do trono da Vir- o terço do rosário, organizou-se a primei-
gem cêrca de quarenta mil pessoas de am- ra procissão, sendo conduzida a Imagem
bos os sexos e de tôdas as classes e con- de Nossa Senhora de Fátima da. capela das
dições sociais. aparições para a capela do pavilhão dos
Foi ainda no ano rosariano que os mais doentes.
distintos personagens estranjeiros das di- Cantado o Credo pelo clero e pelo povo,
ferentes nações da Europa e da América principiou a missa oficial, que foi acom-
vieram presenciar, no meio da maior co- panhada a harmóuio e cânticos. T en:cinou
moção e assombro, scenas maravilhosas a missa, como de costume, com a bênção
que nunca imaginaram fOssem tão belas dos doentes e a procissão do adens.
e tão tocantes. Ao evangelho subiu ao púlpito o rev.do
:Mas é absolutamente impossível fazer Francisco Vieira da Rosa que fêz wna
Jlonstmhor R. Maeder, pároco da neste logar nma resenha dos factos mais breve alocução da qual aqui se arquiva
paróquia do Espírito Santo, em Ba- notáveis ocorridos no decurso do ano que um largo resumo.
sileia (Basel) na Suissa, editor da findou.
Die Schildwache (Sentinela). sema- Três lustros são já passados depois que
nário cU! reputaçãQ e difusão mun- Fátima, a Lourdes portuguesa. nasceu, O sermão oficial
dial. entre afectos, súplicas e lágrimas, para
Esta revista publicará a partir de uMais alguns dias e a Santa Igreja ce-
glória de Deus, para honra da Virgem , lebrará a grande festa do Natal, o nasci-
IJ de j aneiro de 1933 um suple- e para bem das almas.
m ento mensal à Sentinela com uma mento do Deus Menino, que à terra vêm
Fátima é hoje nm facho ardente que para resgatar a hun-.anidade pecadora.
tiragem de 10000 exemplares. Será paira por sôbre Portugal e o mundo, ilu-
4 edição em alemão da · u Voz da Logo que êste acontecimento se reali-
minando as inteligências com as luzes ex- za, abrem-se os céus. Os Anjos descem
Fátima•• e mtitula-se Na escola de plendorosas da f6 e abrasando os cora- em revoada, anunciam a boa n ova da che.
Maria.-Mensageiro de Fátima. ções com as chamas purificadoras da pie- gada do Salvador e cantam: «Glória a Deus
.Monsenhor Maeder poz à disposi- dade e do amor.
ção do Rev. Dr. Fischer as pági- nas alturas e na terra paz aos homens de
Fátima não é apenas uma risonha es- boa vontaden. E os pastores, que lá vão
.as d4 sua revista onde foram pu- perança ou uma promessa fagueira, é wna tangendo os seus rebanhos, encaminham-se
blicados os primeiros artigos em realidade palpável, viva e palpitante, so- em direcção à gruta de Belém.
U11gua alemã s6brtJ o culto de Nos- bremaneira consoladora, plena de frutos
so Senhora de Fátima. uE os 1\fugos do Oriente, guiados pela
sazonados e abundantes, que depuram as estrêla que lhes aparecera, na orla do ho-
Bem haja! consciências, elevam as almas, confortam rizonte, deixam as suas terras e partem
os corações, refazem os corpos. redimem em demanda da PalestiJla.
os indivíduos e salvam os povos. Mas, afinal, a que vão os Pastores e os
Salvé, Fátima, mil vezes salvé! Magos, os humilde e os grandes, os ru-
A grandeza de Fátima des e os sábios?
O dia treze na Cova da Iria Vão vêr Jesus, prestar os tributos da
Com o triste e sombrio mês de Dezem- sua vassalagem ao Rei Imortal d os sécu-
bro, o primeiro da quadra invemosa, mês O dia treze de Dezembro amanheceu los que Maria lhes mostra.
do frio, da chuva e da neve, é chegado imerso numa neblina densa e húmida que Em Fátima, rincão sagrado de Portu-
ao seu termo mais um ano, o décimo cobria a surperfície da. terra e não dei- gal, terra bendita, santificada pela pre-
quinto depois das aparições e dos fenó- xava vêr os objectos a distância. sença da Virgem, perfumada pela ora-
menos maravilhosos. À medida que se subiam as estradas ção dos fiéis, rubricada pelo sangue da
O ano de mil novecentos e trinta e dois, da serra que conduzem ao local das apa- penitência, regada pelas lágrimas da dOr
o ano rosariano por excelência, ficará pa- rições, o nevoeiro tornava-se cada vez mais e do arrependimento - neste logar. onde
ra sempre assinalado nos fastos gloriosos espesso e mais opaco, obrigando os auto· se respira uma ambiência saturada de so-
da Lourdes portuguesa por wna série de móveis a. nma marcha menos veloz e por benatural - congregam-se milhares de
acontecimentos importantes que merecem isso mesmo mais segura à beira de preci- fiéis, vindos de todos os recantos do país
ser postos em relêvo. pícios profundos e talhados quási a pique e de várias partes do mundo, de tôdas as
Nunca talvez como durante o ano que nos contrafortes da montanha. classes e condições sociais.
ora finda, nos serm~. homilias e práti- Mas às dez horas, o sol rompe as nuvens, Porém, a que veem êsses peregrinos,
cas, que se fizeram por ocasião das ce- o nevoeiro desaparece como que por en- visitando esta Cova árida e triste, sem
rimónias religiosas que tiveram por tea- canto e o dia apresenta-se formoso e bri- comodidades nem atractivos como Belém?
tro a Cova da Iria, foi sublinhada tan- lhante, como se fOra um verdadeiro dia Vêm chorar, cantar e rezar aos pés de
tas Ve%es e com tanto encarecimento e tão de primavera. Maria Santíssima que lhes aponta a Je-
vivo entusiasmo a extraordinária grande- Desde alta madrugada os sacerdotes sus: Jesus que opera milagres, dando a
za da graça inefável que a Rainha dos atendem os fiéis q ue em grande número saúde aos enfêrmos; Jesus comungado e
Anjos se dignou conceder aos filhos que- se apróximam do santo tribunal da pe- vivido pelas almas boas, onde o seu amor O Rev. Dr. Fischer celebrando a Santa Missa no dia 13 de Outubro
ridos da terra de Portugal, justamente nitência, para se reconciliarem, por meio faz maravilhas de piedade e apostolado fe-
chamada a terra de Santa Maria. da acusação sincera e sentida. das suas cundo; Jesus que aperta ao seu coração de 1932 no Santuário da Fátima.
Seis vezes, de Maio a Outubro, no dia faltas, com o Deus de bondade e de mi- tantos pródigos que, perseguidos pela gra- O Rev. Dr. L. Fischer, ardente apóstolo dB Nossa Senhora da Fátima na
treze de cada mês, descendo dos pára- sericórdia que pouco depois vão receber ça, aqui veem bater à casa paterna, es- ~uissa, na Alemanl1a, na Austria, na Chekoslovachia, na Polónia ondtil f8z
mos da glória, ela pousou os pés virginais nos corações escondido sob as espécies de molando a paz e a ventura que o mundo mais de zoo confer8ncias, autor dos livros: - uFátima a Lourdes Portugt4B-
sôbre a copa da azinheira sagrada, para. pão no seu sacramento de amor, a. San- lhes negou. TOdas as cerimónias litúrgicas san; - «Fdtmta d luz da autoridade eclesidstica•> - com numerosas edições
derramar profusamente com as suas mãos tíssima e Augustíssima Eucaristia. que se desenrolam aos nossos olhos e que e versões e que trabalha num novo livro - História critica das aparições de
puríssimas nas almas e nos corpos os dons Entretanto, no POsto das verificações tanto falam à alma, são coroadas !Jcla Fátima-, é o fundador e redactor pri11Cipal do Mensageiro da Fátima -
mais preciosos dos tesonros do Céu. médicas, o dr. Pereira Gens director do bênção do Santí~mo Sacramento que é uNa escola de Maria>•, suplemento mensal à Sentinela, de Basileia. O primei-
Por isso, dnm extremo ao outro da referido POsto, procede ao exame e re- a Vida dos Corações. ro número é publicado em 13 de ja11eiro de 1933.
nossa Pátria, as multidões acorrem, im- gisto dos doentes, coadjuvado pelos en- O coração foi feito para amar, mas o Pedimos aos nossos queridos leitores as suas orações para que o no-
pulsionadas pela fé e pela confiança, a fermeiros Joaquim de Sousa e António Per amor sem Deus é ilusão e mentira. vo orgão das glórias de Maria na Fátima atraia as almas e as aqueça no amor
depôr as homenagens da sua piedade fi- reira das Neves. A vida que há-de informar e engrande. de Deus por intermédio da Boa Mãe do Céu.
2 VOZ DA -FATIMA
a-fim-<le mais uma vez visitar o Jogar no dia da festa de X. S.a elo Ro<>ário
abençoado pela Virgem de Fátima. de 1916. NOSSA SENHORA DA FÁTIMA SO- dos subditos de Cristo-Rei, fazendo dos
povos angolanos bons portugueses; mas
to d 'Aquele de quem tudo recebemOs
ofereçan:tos-Lhe ainda o dôce calor d~
Visitaram igualmente o Santuário de Fawr tun.a resenha da ;ma acção
Fátima, no m<:smo dia, D. Leão Dias Fer- como p:íroco desta freguesia seria. de BRE OATL.OOICO portugueses de lei - amantes devotados
do Santíssimo Sacramento e de Nossa Se-
nossa nda e o sopro tépido do nosao
hálito. :.\Ieno.s insensível que os habi-
reira, monge beneditino, e o rev .do José todo impossível. A seu lado ,~ou eu na nhora da Fátima! tantes de Belem, o frio há.-de abr;ut-
Rodrigues Coimbra, de Viseu, que tinham medida. das minhas for~;as, exe1·c~ndo (Excerto de uma carta)
P.e Cdndido Maia dar-se assim para o Menino Jesus.
regressado poucos dias antes do Brasil no o apostolado laico. Já. conse<Juimos as- E nós Vos rendemos gr~as, Jesus
vapor ••:\Ionte Sarmento». Foi a primei- ~iar tpdos os habitantes da fregue- Xo dia l! de Outubro, embarcámos
su1. O., mpazes na Juventude Cat6li- em Lisboa com o Sr. D. Moisés, novo - -- --+e+--- -- pelos dons de graça e docilidade co~
ra vez que estiveram em Fátima e leva- que entre 0:s outros animais nos distin-
ram consigo desta nesga de terra da Pá oa.; as nLparigas nas filh:11; de Maria; bis-po de Angola c Congo, dez sacerdote~.
tria santificada pela. presença e pela graça os homens li<\ União Popular (;atolica. t?<fos destinados às Missões da provín- E u quizera ... guiste.s e nas dispuze.stes para. o tra.
balho. Comtudo ê.-sw dons nâo passam
da Virgem as mais doces e mais profun- e as mulheres na União das · Mãls c•a de Angola, a saber: P.• João An-
Uhrbtãs. tuncs Duarte Serra, da. diocese da Guar- O ilustre JOmaltsta Louis Weuillot dei- de singelas imagens d&ses maravilho-
das recordações. .rot~escrito 110 seu testume11to o seguinte: sos dons di,·ino:> que cm Vós adoramos :
Por esta pequena amostra já. V. da; P.e Cândido de Sousa Ma ia, do Pôr-
Ro\".a podo fawr uma ideia do traba- to; P.• J oão Martins Lopes, de Porta- uEu qmzera que assi111 como antigamente a. ,·ossa omnipotência ,·eluda sob a. po-
Fátima no Brasil lho c:om que cst:í. :-obrecarregado 0 nos- ~egre; P.• Alberto Domingues Barata, se cUIVil o caldo tl porta dos conventos breza das ,.O.>~>HS faxas e a vos-;a. sub-
;,Q pánx:o. O seu ideal é 0 preconisa- Jdcm; P.• J oaquim Martins dos Reis, asstlll seJ destribuisse hoje à porta e den- missa obediênda. a Deus Pai e aos ho-
Dum ilustre sacerdote português que se tro tills tgrejas o jornal católico. mens--obediência que Vos !ui-de levar
do por 1:;. Sa ntidade o papa Pio XI - idem; P.• Luís Roque Antunes idem·
encontra actualmente no Brasil recebeu o .l cçcio Gatúlím. P.e _Adria no da Rocha, do Pôrto; P.~ uEu quizera que OS testadores cre11tes por <ÍIS]lero.-. C'aminhos de Belém ao Oal-
rev.do Arnaldo de :\fagalhães, director es· deixassem legados para a imprensa cató- ,·ário.
~ para pôr em prática êste ideal l sahno Jo~é Alves Gomes, de Bra-
piritual do Seminário de Leiria, uma car- lica.
ta interessante, da qual se reproduzem
construimos, ha. t•·ê<. anos um g rande ga; P.• J osé Domingues Terças, idem;
<~Eu qruzera que 11as lojas. nos arma-
Os pastores
edifício do.-.tinado à;; noss~s aswc1açõe., P.• Eugénio Hablitz, da Alsácia sendo
neste lugar alguns períodos: e dêle tazcmo.; a nossa oficina. êstc::~. últimos quatro da Congreg~ção do zens, nas farmácias, nas oficinas, princi- lJenediciff, lw111íle~ corde, Dlimmo
Todo ê.ste arrazoado tem por fim Espmto Santo e outros seis seculares. Se· palmente em todos os sítios de vendas se ..'\ó:s Vos bemdiwmos, Divino Pastor,
<~Fortaleza, 25 de Maio de 1931. cou~P_r~sse o jo~nal católico, como se faz
fawr-U1e (,lonl~'<(cr, em rápidUt; pala- gut-m. também um tcrcciranista do curso que pela. voz dos anJO.s reunis os pasto-
uas, o lugar que ~. S.• da Fátima t<;<>lóg~co - Jos~ Gonçalves ~fartins, da prov1sao de art1gos de alimentação e mais re,. para lhes revelar o uuninho do ce-
Rev.mo cm C.to P. Magalhães escolheu pnra ~:~e r 'enc1·ad.a neste recan.l <h<><:est de ~rag.•;,. e dois segundanistas - coisas da vida. lestial apriseo. Vós ~>ois, ó Jesus Infan-
to da Áustria. Albmo Martins de Sousa Fernandes e J o- uEu qu1zera que no livro de. contas de te, o Senhor do uni,·ei:~o: dai às ove-
"Na semana passada enviei a V. R.a E a~ora permita-me que passe a rel>- sé Gomes_ Tavart:s, ambos do Pôrto, que cada famflia houvesse esta verba: para lhas a lã e o pasto, !!:Uardai-as dos lo-
" o jornal católico dêste Estado de Nor· pondc1· it .sua muito estimada carta c?mplctarao os sf'us estudos no Seminâ- aSSI1klt14ra de jornats católicos, tanto ... bos vorazes-Vós que sois o amigo e
,, deste que fala da festa que a colónia •·ecobida aqui no dia 31 de Outubro n~ de Angola. Acompanham-nos ainda «Eu quizera que os meus companheiros salvador do!> rebanhos e dos pastores.
"portuguesa daqui fêz a N.a s.a da Fáti- com inde:-.criti\·cl alegria. Deus lhe pa- sc:s Irm_ãos Auxi~ar~s que, além do mais, de fé se compe11etrassem bem desta ver- CÀ>mo o proclamaram os anjos no
" ma. H ouve um tríduo na Igreja do Ro- gue, centuplicado, o raminho da azi- vao ensmar aos md•genas a grande lei do dade: a boa ut~prensa é a ma10r necessi- seu cântico, Vos Yindes re~tituir· a.
" sário desta. capital, que fica no centro nhe ira. sôbre a qual N. Senhora. apare- trabalho . . __, . dade actual. Deus a sua glória de:scou.hc<:ida e tra-
,, da cidade, nos dias 14,15 e 16 dêste ceu ha 15 anos aas pastorinhos . Vene- Nos pnmCJros dtas tivemos de deíron- <~Eu quizera trazer os bolsos cheios de zer o fogo do seu amor aos home ns de
"mês e no dia 17 foi a Imagem de N.• ra-la.- ei sempre como uma reliqu•a. tar-nos com um mar tempestuoso que nos escri~os e folhas soltas católicas para as boa. vontade. Oxahí os nossos lábios
" S.• da Fátima conduzida processional· muito querida. O liuinho junto inti. fêz passar um mau bocado, não havendo di.Strtbuír pelos combóios, pelos carros, possa1!1 rep~t~r. sem fim a mensagem
" mente da Igreja do R osário para a nos- tulado uDer Klingende Tagn serdr-nos- quem não enjoasse: foi o nosso baptismo pelas ruas, pelas visitas, pelos templos, an~e hca: Glona a Deus por Jesus
"sa Igreja de C.to Rei. Foi grande ,a -á de muita utilidade . de água.·. salgada. ~ias tudo se modificou pelos mercados, pelas escolas, por t6da a Cnsto e paz na terra. - entre os ho-
" concorrência no tríduo, mas muitíssimo O nosso pár<X'Q agradece do coração a pa~ do terceiro dia. parte. nlens.
" maior na procissão. Nela se incorpora- os cumprimentos que V. Rev.a se di- No dm IO, conmeçamos, pelo fim datar- 11Eu quizera que nenhum pobre pudesse Deixai-nos, Senhor oferecer-Vos as
" ram quási tOdas as associações piedosas gnou endar-llte e pede-me para lhe di- de, a avistar a ilha da 1\fadeira, mas, fazer esta queixa: 11ào leio jornais católi- primicias dessa paz na serenidade
" desta. capital, predominando as das Fi- wr que logo que venha. à Austria não com grande arrelia de todos, só às sete cos porque tlào tenho dinheiro para os desta. velada banta. e na simplicidade
" lhas de Maria, que durante o percurso, se esqueça de nos visitar para fazer horas e meia, já noite serrada, o <~Mouzi­ comprar. dos nossos coraçõe.,, e não deixeis de
"iam cantando o Ave de Fátima. ~am~~ aq~1 uma conferencia com pro- nho» la~ça fe_rro no pôrto do Funchal. uEu quizera que, ao passar pelas ruas, dar a todas as almas--assim as desa.B-
" Depois de entrar a procissão na Igre- J~oe:s lummosas wbre N. S. de Fáti_ Como na~ pod1amos fàcilmente e proveito- t6da a minha popularidade, t6da a mi- soeeg!lda~ como as tranqüilas---essa paz
" ja de C.t.o Rei, prégou o R. P. Celesti- ma. samente u a terra,. veio o Snr. Bispo do nha fama, se resumisse nestas palavras: d~ ceu qu~ brota do vosso amor e que
" no, superior da Missão, como já o tinha C'Qmo já disse, temos a(J.ui uma gran- Funchal, D. Antóruo Pereira Ribeiro vi- uOlha: ali vai um jornalista católicon . ha-de sac1ar o., bem-aventurados por
" feito no tríduo. Em seguida ao sermão de sala oom tudo o que é necessário sita.r 0 Ex.mo Snr. D. Moisés, com quem 11Eu quizera que quando o meu corpo tôda a eternidade.
"foi dada a bênção do ss.mo ~como coo- para. êsse fim, incluindo um cinema. se demorou algumas horas. descesse ao seio da terra, a mão de um
" clusão cantou-se o hino de Fátima.
" A nossa Igreja é ampla, pois tem 50
Convidaria.lll.<lb nessa. ocasião não só os Vieram também alguns sacerdotes da
habitantes da freguesia. mas também cidade do Funchal\ um dos . quais está
amigo gravasse ao pé da crus bemdita
que há de guardar a minha transitória
Os anjos
" metros por 24, mas ficou completamen- QS das fregue..ias airoum·isinhas pois preparando as suas coisas para vir ter morada, esta inscrição: Be1tedicite, Angeli. llomu~i, Dom ifte
" te cheia, o que ainda não tinha aconte- ha aq ~ um vivo interesse por tudo 0 connosco a Luanda. Oxalá não se demorei ..Aqui espera a Bsmola de uma oração Adoremos e exaltemos a Jesus Cris-
" tecido noutras ocasiões. A multidão não que d 1z respeito a .l!' á.tima. A curta Pouco antes do «Mousinho» levantar um jMnalista cat ólicon. to, ~osso ~nh~ e nosso R ei : que a
" se cansava de contemplar a Imagem da distância daqui fica Eisenstadt a ca- ferro, o Ex.mo Senhor D. António despe- akgna do ceu munde a terr a como os
"N.• S.a de Fátima e muitas pessoas não pita! da região, onde v. R ev.'a seria diu-se do Sr. Bispo de Angola e de to- n ossos j uliilosos cantares enchem de gô-
"!õ<liam da Igreja, enquanto lhe não da· IK'\mbém recebido com prazer. dos os novos missionários, abençoando-nos so as colinas de Belém.
" varo alguma flôr das q ue serviram para
" enfeitar o andor.
E agora algumll!> palavras sôbre a e encorajando-nos.
forma como decorreu a nossa. festa em Do Funchal a S. Tomé são dez dias de
CMmCO DAS CRIATURAS EM HON- Mas como receberá. a terr a o seu
Re?ento~ ?_ Recon hecerá. n 'Ele 0 seu
" A colónia portuguesa, como o mesmo
" jornal notou no outro dia, portou-se
honra de N. S,.a de Fátima.. A está- viagem ininterruptas, sem que o «Mouzi-
tua foi feita por Angelo Bertolli 0 nho» se digne visitar qualquer outro por-
RA DO MENINO JESUS R e1 PactfJoo ?_ A h J esus- que t rôno vos
reserva a. tnste humanidade :-as t á-
"bem». mais acreditado escultor de Viena.' A to. Mas estes longos dias passados aqui boas duma mangedoura e depois 0 le-
Visconde de 1Jfontelo execução é .~berba. imitando perfeita- a _bordo, ~ntemplando apenas mar e céu, A noite nho duma cruz!
mente o ortgmal de Fátima. Ohegou nao têm Sido desperdiçado por nós, e aJ. . '?h! Que um hozanna sem fim glo_
aqui no dia 10 de Outubro e no dia 12 guns até mesmo têm sido bem aprovei- B enedicite, noctes, Domino nftque nos oeus a Trindade Santíssi-
à tarde, foi solenemente benzida pel~ tados: estão neste rol os dias 12 e 13 de Abandona.da do calor e da 1ida, eu ma p~r ~ta _grandiosa. maravilha da
nosso pároco. Foi, para. êsse fim eri- Outubro. chorava a minha negra. sorte,---e Vós, sua. !'dtserJc6rdJa, no passo que na ter-
NOSSA SENHORA DA FÃTflWA NA gido um altar no centrQ da Igreja. No dia 12, o Snr. D. Moisés reuniu-nos 6 Divino Infante, ao de&..'erdes à. ter- ra hl_!l~ triunfais irromperão dos nos-
Durante a benção entoou 0 nosso or- a todos no salão que foi adaptado a cape- ra, esoolhestes-me por companheira, sos lab1os per')uemente l Sim a nr>ssa
AUSTRIA feão masculino um cantico a Maria, la, e fez-nos uma subst:ânciosa conferência porque viestes para sah·ar aqueles que adoraç~ fervorosa há-de ac~mpa.nha.r
tendo em seguida o R~n·.o Pároco pré- em que falou longamente de Nossa Se- desfalecem ou morrem- ,.6s que sois a o Menmo Jesus ao exího o M:essia
Publical:MS mais iuma oorta dirigi- 10
gado u:m comovente sermão. nhora da Fátima, sob cuja protecção de- re:>nrreiçâo e a. vida. ao deserto e a Vítima. ao Calvár io.
da. ao ilustre Professor da Universi- V 6, me preferistes à luz do d!a,
dade de Bamberg Rev. Dr. L. Fischer, Pouco depois foi a Imagem conduzi- VJa_mos colocar os nossos trabalhos apos- pepois virão os Aleluias da Ressur-
da. ~ prociss.ão até à praça princi- tóhcos, para serem mais frutuosos e con- apesar da. minha escuridão-é 4ue vm- reição e os vossos primeiros ador ado-
benemérito a.p6stolo de Nossa Sen hora des curar os cégos e sôbre a noite das res nâo _são mais que os arautos dê.;_
de Fátima. em países de lingua. ger. pal tendo-se encorporado nela inúmeras vidou-nos a fazer a nossa velada 'de ora-
crianças druJ escolas, juventude Cat6- ções em união com todos os peregrinos almas trant.viadas, fazeis romper a au- se corteJo deslumbrante de santQs e
mânica. rora do esplendor do Pai.
A carta vem de Burgenl and que, co- lica, fill1as de Maria, homens e mulhe- que nessa noite estariam reunidos na Co. sant.'ls 1_1.ue ~.x?rnam a vossa Igreja.
res, todas com velas acesas na mão. O va da Iria, entre os quais devia encon- Na minha pobreza. e na minha soli- ~~ensag~u-os ftéts através dos séculos,
mo dissemos no número anterior da
orfeão entoou o «Avé de Fátimau sen- trar-se o rev. Padre Provincial da Congre- dão,~ão me desprezast es, porque nos gma.remos para Vós os povos re-
..voz da Fátiman, está. situada na
do secundado por todos, em côro. Era gação do Espírito Santo - Dr. Clemente vindes roc-olher no am.plexo do vosso generados ; sentinelas vigilantes do no-
fronte ira hungara. da Austria.
um espectáculo comq1·edor até às lá- Pereira da Silva, qne seria dos mais fer- amor todos os desampara.dos e todos os vo paraíso n6s franquearemos de par
St. l\largal"ethen grimas mesmo para. os nossos adversá- vorosos, e com a maior devoção e interes- oprimidos, para. fawr deles um tesou - em par a. entrada. às almas que V6s
rios que o oontempla.,·am de longe. se pediria por nOs. ro de alegria eterna. reconquistardes para a bem-aventu-
3-11-1932
C ma. coisa a.~sim. nunca a nossa. freg ue- Combinou-se que no dia seguinte (dia 13 rança eterna.
Senhor Professor: ~ia tinha 'isto. Vieram também mui- Outubro) as onze missas fôssem celebradas As estrêlas A Virgem
tas pessoas das freguesias limítrofes. A em quatro turnos, para que os passagei-
Acabo mesmo agora de chegar da noite estava. calma e serena., de sorte ros que desejassem assistir à missa neste Benedicit~, steúre coeli, Domino
Ig reja onde fui assistir à uHora San- que o:, <:ânticos chegavam ao longe di- dia tão solene e tão grato ao coração dos F ostes Vos, Verbo de luz, que acen- JlagJti}lto.t, anime mea Dcmunu.m
tau que se realiza na. véspera das zondo depois a.s pessoas que os ouvi- portugueses, podassem comodamente fa- destes no firmamento os nossa:> facho:. . Jlistério _YOMSo: Aos melodiosos can-
primeiras 6.•• feiras. Este dia é desti- ram : "até parecia que o Céu tinha des. zê-lo. q intilantes, para espancur as trevas :~~ do ceu correspondeu na terra o
nado exclusivamente a homens e jo- cido à teiTan. À meia noite hou\"e ado- A mim tocou-me o turno das nove ho- d:~ noite e anunciar a paz infinita do mefá.,·el sorriso do Divino Infante-e
,·ens. Assistem sempre de 80 a. 100. mção nocturna com a. Igreja quási r e- ras_ que foi bastante concorrido. Eu tí- Ceu . a Terra inteira estr emeceu de alegria.,
Que consoladora devOÇão I E exposto pleta. e de manhã cêdo foi celebrada a ve a felicidade de celebrar a missa mesmo ~Ias erã preciso que V6s baix11sseis J><>rctue_ ~g~ ndo u promessa do profe-
o S. Sacramento e o nosso pároco faz santa Missa em louvor de N. S. de Fá- em honra de Nossa Senhora da Fátima, até à terra-até junto das almas en- ta, a m1qmdade foi destruída e o hi-
sempre uma pequena. prática. O resto tima. A Imagem encontra-se outra \"ez em cumprimento dum voto. tenebrecidas para. irradiar sôbre elas n.? dos anjos é bem o preludi~ de a.c.
do tempo é preenchido com meditação no lugar de honra. da. minha. casa. Durante a celebração do santo Sacrifí- as bênc:ãos da vossa paz e as chamas çoes de graças que perpetuamente en-
oração o cânticos extraídas do livrinh~ Estou con~ncido qtOO iN. Senhora cio experimentei Uina estranha comoção do \"OSSO amo r. tQará o amor vencedor da. morte.
a "Hora Santau do P.• M:atheo. Pro- me auxiliará na. execução do meu pla- que não sei exprimir: um mixt.o de amar- Fostes V ós, Verbo crcador, que n os Mistério dolo•roso: A humanidade
cedendo assim julgamos cumprir, na no e que a capela que prometi erigir ga saüdade e de doce confiança - saü- semeastes pela amplidão dos ceus e r ecusou pousada à Mã~ e ao Filho. A
medida do possí,·el, a vontade de N. em sua honra estará. concluida no pr6- dade de Portugal, minha estremecida pá- enchestes o espaço com o fulgor dos vossa. vinda ao m~mdo, ó J esus, é a
Senhoo-. .São homen s, sobretudo, que x imo ano. Até lá irá. a. Imagem todos tria, que Nossa Senhora tanto protege, a nossos clarões - E para. V6s, Senhor, ent~ada no sofrunento; V6s vindes
Ele deseJa ver reünidos em volta. do os dias 13 p::Lra a I greja paroquia l a- qual deixei, já no declinar da vida; com que agora mais que nun<'a queremos abnr as portas do Ccu aos degreda-
seu Tabernaculo. -fim-de ser exposta à \"eneração dos uiLa firme confiança no seu valimento brilhar; mas a mats bela de n6s tôdas dos filhos de Em e êstes oferecem-Vos
Estes, apezar de serem lavradores, fiéia. Também aqui, estou certo, Ela para levar a cabo os trabalhos de eva.fi- é apenas um pálido reflexo da pura um estábulo e preparam-Vos um se-
trabalhadores de -enxada. é operários espalllará abundantes graças. gelisação, na nossa magnífica província claddade do vosso olhar di,· ino. pulcro.
vêm sempre da melhor vontade mesmo E para terminar peço a V. Rev.a o de Angola. Ela abençoará os nossos esfor- Com a vo~sa mão omniJ><>rente for- Mistério glorioso: Em sua Providên-
nos dias de maior trabalho. E louva- obsequio <1.~ me anvia.r um livro em ÇOS e fará frutificar a boa semente que mastes os coros harmoniosos das cons- cia quís o Dh·ino Salvador velar a
do Deus, vem também o nosso' profes- que se descrevam, oom exatidão, as generosamente lançaremos àquela terra, telações para guiar a humanidade pe- sua glória ao descer a esta. terra mor-
sor ! los caminhos do mundo; mas apesar tal; mas a glória de J csus Cristo há-
Aparições de N. Senhora. e bem assim ainda tão inculta e tão carecida da ope-
A freg~esia tem u~ população de do brilho das estrêlas as almas podem -de encher de brilho os séculos e as
2.500 hab1tantes, todos católicos. Mas um outro que trate das curas mira- rários!
culosas. O nosso pároco poderia servir- Todo o nosso empenho será levar ao co- extradar-se n o caminho da sal\"ação e nações: As estrêlas revelam-na. à noi-
os católicos de verdade não vão infe- Vós viestes, Divino Farol, apontar o te, os anjos revelam-na aos pastore&--
-se dêles para. as suas préga.ções. «Fá- ração dos Angolanos - afinal também
lizmente, além da terça parte. Ó pior tima, a Lourdes · portuguesau e .. Fáti- portugueses - !ffil3 grande devoção a rumo segur o que leva ao Paraíso. e os pastores acorrem pressurosos a
porém, é termas uma I greja tão aca: ma. à luz da autoridade eclesiásticau Nossa Senhora -- Mãe e rainha de todos ofertar ao Cordeiro sem mancha os ne-
nhada que comporta, quando muito, dios cordeirinhos dos seus rebanhos e '
700 a 800 pessoas. Este facto deve con-
já n6s possuímos. os portugueses, certo de que Ela os levará
Antes de me deitar vou ainda. rezar logo aos p~s de Jesus - seu Filho e nos-
A vaca e a jumentinha lá do fundo do Oriente os Santos Reis
tribuir, . em parte, para que metade Magos afoitam-se a uma. longa viagem
dos hab1tantes da. freguesia seja remis-
o meu Terço a N. S.• de Fátima e n ão so Redentor, cujas Chagas ainda brilham Ros C'Og1WJ:it pOSSCSSOTIL111. suum
sa. no cumprimento do preceito domi- me esquecerei de v. R ev.a junto de na bandeira de Portugal. Bcmdito SJ)jais, Senhor, que nos fi_ para render o preito devotado das
nical. N. Senhora.. Que Nossa Senhora da Fátima nos guar- ~e~tes servos fiéis do homem, creado suab homenagens ao Rei dos Judeus e
Eu, e tôda. a. minha familia nos eu- de, nos proteja, e abençõe os nossos tra- à vossa imagem e semelhança; - mas fawr a oferenda. das suas mais opu-
Dito isto é fácil compreender a. luta
<Joroondamos àe oraQões de V Rle~.a balhos, tão entusiásti=ente empreendi- hoje a. nossa condição humilde e o lentas d~i,· as ao R ei Imortal dos sé.
que somos obrigados a travar mas cu los.
graç~ a Deus, já. muito t emos con: Cumprimentos do nosso pároco. dos!.·· E, em t odos os dias 13 dos mêses nosso humilde préstimo são postos ao
em que tiveres a felicidade de subir à ser- seniço do Homem-Deus. E esta. gl6ria. há-de r esplandecer
segmdo.
~ de Ayre, não te esqueças de ajoelhar E v6s, ó Virgem 1\Iãe, já que não de~lumbradora. no dia da ressurreição
. Em compensação concedeu-nos a Pro- ptedosamente na Cova. da Iria e pede fer- tendes um berço para. reclinar o vos- t nunfante e ela. há-de ser a luz e ale-
vidência. um pároco zelozissimo A sua. De V. R ev.a vorosamente a Nossa Senhora pelos pobres gria do Paraíso.
so Amantíssimo Filho, - dignai-\·os
divisa é: ..s. C. de J esus, e~ confio miS;Sionários qu_e vieram para Angola com aceitar o melhor recanto da. nossa man.
em v6s lu Tomou posse desta. freguesia Emmerich Unger o firme propósito de aumentar o número gedoura: E por~ue estamos aqui jun- D. L. D.
VOZ DA FATIMA 3
da do médico Ex.mo Sr. Dr. J osé Lo-
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA pes Dias. Em um mês aumentou cin-
co quilos de pêso.
Em outubro estava. a servir no hos-
poucos são os que não morrem, quei-
mando-as imediatamente, quanto mais
depois de estar no estado em que êle
está. A morte é quási inevitável. Mas
MOVIMENTO RELIGIOSO EDE DOEN-
TES NO SANTUÃRIO DE FATIMA
Passados alguns dias, prosseguindo pital de Abrantes. a novas instâncias da mãe e das pes-
Pleurisia a moléstia em sua marcha a inflama. soas presentes o médico queimou-lhe a NO ANO DE 1932
Rio de Janeiro, 18-9. ção atingiu à plena, do que resultou Chagas ferida e fez-lhe o curativo. Quando se
Achando-me hoje perfeitamente res-
tabelecida da grave enfermidade que
uma pleurisia.
Com isto muito sofl'i., pois eram
«E com o maior reconhecimento pa-
ra com Nossa Senhora de Fátima, que
1·etirou ainda repetiu; é escusado gas-
tar mais com êle porque êle morre.
Movimento religioso
soh·i e.sc1·evo a êste jornal com o fim freqüentes os acessos de tosse e asfí- \'enho contar-lhe uma grande gra.ça, Com efti'ito a criança teve logo QJ.a Realizaram-se no decorrer dêste ano
de l~nu ao conhecimento de todos, o xia que muito me molestavam e enfra. que peço a fineza. de publicar no jor- farmácia, onde foi feita a operação seis turnos de Retiro Espiritual, sendo
poder verdadeiramente milagroso da queciam, pois sentia-me quási sem nal «Voz da Fátima" porque tenho uma violenta crise e o percurso daqui o primeiro para os servos de Nossa Se-
bondade de M aria, sob a particular \'ida que era sustentada por grandes muito que agradecer a Nossa Senhora para casa foi muito dificultoso. Assim nhol·a do Rosário de Fátima o segun-
invoca~ão de Xossa Senhora de Fáti- d~ quotidianas de oleo canforado, de Fátima. E é a seguinte: esteve entre a vida e a morte até que do para Médicos, o terceir~ para as
ma. ~ôro glicerado e muitíssimas outras in- Já havia mais de 20 anos que sofria a mãe, no dia 10, num momento em servas de Nossa Senhora do Rosário de
Em aluna do colégio da Assump~· ão jeções empregadas para cura e sus- dumas chagas que me martirizavam que o viu mais aliviado, lhe disse que Fátima, o quarto para magistrados e
em l:ianta Teresa, e aí acha,va-me es- tento do organbmo. Meu Pai a pedi- horrivelmente todo o corpQ. E 'a mi- era melhor chamar o sacerdote, ao que professores, o quinto para sacerdotes
tudando no m ês de Junho de 1929, do de minhas irmãs, chamou então o nha filha mais \·elha, chamada Ana êle anuiu gostosamente, confessando.se :p1·ofessores dos seminários do país e o
quando fui a cometida do mal terri,·el, Dr. Henrique Roxo, acreditado pro- Carolina Afonso, padeceu também das e re<:ebendo todos os sacramentos, que sexto para o pessoal e mpregado no San-
ouja cura foi desacreditada pelos me. fessor de psychiatria, o qual aconse. mesmas chagas por espaço de 2 anos. tõda a gente dizia seriam O'> últimos. tuário. •
lhores médicos desta Capital. lhou punções, as quais se tivessem si- Eu e minha filha já não sabíamos o Nesse mesmo dia. teve outra crise ::\estes Retiros tomaram parte duzen-
l<'mdos os exames dJo Trimestre e, do feitas teriam apressado o desenla- que havíamos de fazer, pois já nos tí- ainda ruais violenta que metia colllr tas e sessenta e oito (268) pessoas.
sentindo4ne um "tanto indisposta, di- ce. Xeste estado desesperador a sciên- nhamos utilizado de muitos remédios e paixão a todas as pessoas presentes.
rigi-me à Innü Enfermeira pedindo- A pobre mãe estava como louca com
-lhe que me desse algum remédio. Dei-
cia deu-se por vencida, pois foram es-
tas as palavras dos médicos: Agora só
nenhum nos fazia bem.
Então um meu filho que está no se. quási a certeza da. perda do filho ex-
Movimento religioso nos dias 13 de
tei-me, sem que nada de maior acon-
tecebfie. •
milagre, disse Ull'L; outro disse que minário de Macau, vendo os tantos
milagres que Nossa Senhora de Fáti-
tremecido quando a miraculada Ilda
.l!'l'Utuoso lhe trouxe uma.s gotas de
de cada mês
dentro de ,·inte e quatro horas esta.-
A meia-noite, porém, acordei com ,.a indubitávelmente morta.. ma. tem feito, lembrou-se de me man- água de Fátima e lhe disse: dê-lhe es- 13 de Janeiro - Missas 15. Comu-
muitas dores pelo ventre e lançando li: necessário dizer que nem um só dar- vir uma garrafinha de água de ta água a beber e vamos fazer uma nhões cêrca. de 1.300.
sem cessar. Às duas horas da tarde do dia a partir da referida quinta-feira .I!'átima, aconselhando-nos _a que nos novena. Não vê que N. Senhora tam- 13 de Fevereiro - Missas 14. Comu·
dia seguinte cheguei à minha casa, de jull.;o deixei de tomar diàriamente se1·vissemos dela e que dentro em bre- bém me curou a mim? nbões cêrca. de 1.350.
pois era dja da saída geral das me- pela m~hã e pela noite uma _colher- ,.e ficaríamos curados. Pois se bem no- A pobre mãe deu-lhe logo umas go- 19 de Março- Missas 7. Comunhões
ninas. zinha de chá. de água santa; d1zendo: -lo disse, melhor aconteceu . Eu come. tas de água ao doente e ali mesmo, cêrca de 1.400.
Oito dias depois tornaram-me as do- X ossa Senhora do R osário de Fátima cei a tomar todos os dias algumas go- com os vizinhos e os outros filhos, co- 19 de Abril - Missa.:; 14. Comunhões
res agudíssimas sendo então chamados curai-me. Comunguei diversas vezes, tas dessa água milagrosa e minha fi- meçou a novena. cêrca de 1.500.
os dois médic~ da família: Dr. Fre- sempre fazendo a .mesma slÍ.plica à lha fazia o mesmo molhando também De repente o doentinho começou a 18 de Maio - Missas cêrca de 200-
derico l\Iac Dowell e Dr. Afonso l\1ac- Virgem- Santa e Elia no fim da nove- com a milagrosa água as chagas e fez melhorar a olhos vistos e passados pou- Comunhões cêrca de 25.000.
-Dowell. O que sentia então é indes- na dignou-se ouvir-rue. Eis que ?OID duas novenas. Passado UIDI mês, já, cos dias deixou o leito, cheio de vida 13 de J unho -Missas 17. Comunhões
critível, qualquer movimento acarreta- espanto geral dos médicos comece1 a tanto eu como a minha filha, não tí- e saúde, graças a N . S."' que se dignou cêrca de 10.000.
,.a como conseqüência dores em todo melhorar visivelmente dia a dia, sem nhamos mal nenhum. As chagas, que -operaa· tão grande milagre de que a 19 de J ulho - Missas 57. Comunhões
o <lorpo. Perdi o sono e assim passava que se realizassem as hipoteses sus- estavam espalhadas por todo o nosso mãe e tôda a família se reconhecem cêrca de 9.000.
noite e dia a gemer, sem que melho. tentadas pelos niédicos: estado cróni- corpo e que já. havia tantos anos que indignos. V eem pois agradecer humil- 19 de Agosto - Missas 23. Comu-
ras aparecessem para a lentar-me com co do mal existente ou morte certa. nos martirizavam horrivelmente, desa. demente a N. Senhora êsse insigne fa- nhões cêrca de 9.000.
as suas esperanças. Diziam que a cura. radical era de pa.I<eceram por completo, p ara nunca. vor pedindo-lhe que continue a derra- 19 de Setembro - Missas 45. Comu-
Disseram os médicos, a prinCipiO, todo impossível, a não ser milagre . mais virem. J á passou um ano e as fe- mar as suas graças sôbre êles e sôbre nhões cêrca. de 7.000.
tratar-se de uma colite aguda; porém, Vejo-me hoje radicalmente curada, e ridas sem voltarem. mim que escre\'O estas linhas. 19 de Outubro - Missas cêrca de
os síntomas desta desapareciam e o como prova de meu agradecimento a Como prometi · publicar es4 graça, illa1·io da Co-nceição L opes Malheiro. 150. Comunhões cêrca de 12.000.
caro complicava-se assustadoramente.. Maria S. S., faA(O esta _comunic_a~ão ao se se r ealizasse dentro dum ano, venho 19 de Novembro - Missas 7. Comu-
F eitos todos os exames bacteriológi- santuário para os dev1dos efe1tos. com o maior reconhecimento para com nhões cêrca de 1.500.
cos exigidos peLa UJ,edicina~ seus re- Maria de J esus Mac-Dowelt Passos a Virgem, cumprir a minha pr~mes~a. 19 de Dezembro - Missas ~- Comu-
lmltados de nada serviram para escla-
Miranda Muitas graças sejam dadas a Vlr- Confraria de nhões cêrca. de 1.700.

N: s: da Fátima
recer a causa do mal a.os olhos obser- gem Santíssima pelos muitos favores Número aproximado de Missas cele-
,·adores dos médicos assistentes. bradas em dia 13. =558.
ChegOIU o d ia. 4 de julho, quinta.
Hemorragia que nos tem feito.
Número aproximado de Comunhões
«Um devoto de N.a S.a da Fátima, R emondes, 21.8-32- Mais uma vez vimos perante os lei-
-feira, vespera da primeira sexta-feira em dia 13=80.750.
do mês. Pedi então ao meu Pai que ;,ofrendo duma hemorragia há mais de Maria <k. Anunciação Variz tores dêste jornal, e duma 'Jll.aneira
oito anos e tendo consultado vários m,é- especial perante os membr os da. ~n­
trouxesse um padre J esuíta, porque
d~java ·comungar. Meu Pai acedeu dicos apesar das indicações e trata- Tuberculose fraria de Nossa Senhora. da Fat1ma, Número de Comunhões nos restantes
ment:,s clínicos não obtinha a cura de- Maria da COnceição dos Reis Cor- apresentar as contas do rendimento
prontamente a êste meu pedido, o que
me aliviou um tanto. Nesta. mesma sejada reoorre~do Àquela que é Saúde reia, de Lisboa (Travessa da. Senhora. dos anuais no ano de 1932 próximo dias de cada mês
noite de quinta-feira. deu-se um facto dos enfermos dentro em pouco acho~­ da Glória, à Graça, 30-1.0 ) , teve no passado. Janeiro - 904; Fevereiro - 1 .095;
de máxima importância: às 9 horas -se muito meÍhor e há já mais de d~ns dia 15 de junho de 1930 uma pneumo- Durante o ano de 1932 o rendimen-
Março - 941; Abril - 1.048 · Maio -
da ~ oite, minha tia D. Gina Mac- meses que não tem aquela hemo~ag1a. nia de que resultou uma afecção pul- to total foi de 6-883$50. 5.208; Junho - 1.132 ; Julho ' - 1 .164;
Ag;adece também à S. S. V1rgem monar chegando a ter uma caverna, Com as correspondências relativas à
_Dowell foi ao meu quarto ver-me e Agosto - 980; Setembro - 1.151 · Ou-
preguntou-me se já tinha ouvido falar outra graça mui especial_ que lhe _con- o que 'foi observado por dois médicos. mesma confraria foram gastos 44$50, tubro - 1.487; Novembro - 988 ~ De-
nos milagres operados pela Virgem de cedeu, pelo que reconhec1~o P<?r . estes 'l'eve algumas congestões pu!;mona- ficando livre um total 0de 6.839$00. zembro - 507 até ao dia 20. '
Fátima. grandes benefícios que atnbue a mter- res que a. faziam expectorar sangue. Ora segundo o artigo 4. dos estatu- Número exacto de Comunhões fora
Di~lhe eu que na verdade já ti- cessão de N. S. de Fátima, ~m por Ela. e os tios recorreram a N. Senho- tos 'da mesma Confraria, o lucro total dos dias 13=soma 16:605.
nha lido no refeitório do colégio diver- êste meio tornar público o seu reco- ra, usando da água de Fátima. Há deve rser dividido em duas partes Número aprorim~ de comunhões
sos artigos referentes à Fátima, mas nhecimento e agradecimento.>> u;m ano que se considera. curada., con- iguais uma das quais será aplicada em todo o ano=97.355.
tinuando, no entanto, todos os meses no culto de N ossa Senhora da. F átima,
que sinceramente, não IDe _havi~ d~ Paredes da 13eira,
a fazer uma novena a Nossa Senhora. e a outra em Missas celebradas por
pertado maior atenção. :M:mha tla m-
sistiu muito para que eu tivesse fé,
Manuel Paiva Castilho Em outubro vEio a Fátima agradecer todos os oonfrodes vivos e defuntos, Movimento de doentes
e pedir a cura duma irmã. cujos anuais tenham sido satisfeitos.
dizendo-me que se confiasse em Nos. Tumor canceroso Foi o que se fêz ; - foram entregues Foram observados no po.sto Médico do
oa. Senhora dJe .ll'átima, Esta certa- Em agosto de 1929 apareceu-me no • para serem gastos no culto de Nossa Santuário durante êste an 0 mil cen-
mente h a veria de cur:u·-me. Tirou da seio esquerdo um caroço com todos os João Ftancisco da Cruz, de Santo Senhora da Fátima 3.419$50 e com to e sessenta. e dois doentes assim dis-
bolsa um pequeno frasco contendo água sinais característicos dum tumor can- Antão de Cabo Verde, sofrendo, há igual quantia. foram celebr adas 549 tribuídos: ' ·
da gruta de Fátima, deu três colhe- peroso. Fu~ ,exa.nu\nada pelos . ~x:.mos muitos anos, quási sempre, de uma missas 14 das quais foram por alguns Mez de Janeiro 15, Fevereiro 17
res de chá do líquido para beber e em Drs. Abel Pacheco, director chmco. e angina, diz que:-T~ndo const~tado as confrades reünidos, e as restantes por Março 32, Abril 70, Maio 345 J unh~
seguida., repetindo três vezes ~ . invo- operador no hospital da. Lapa, no Po~­ inlÍ.meras curas obt1das pela mterces. todos os confrades vivos e defuntos. 137, Julho 67, Agooto 116, Setembro
cação: ::\' ossa Senhora do Rosano de to, e Couto Soares, operador ~o hospl- são da Santíssima Virgem do R osário Tão grande riqueza espiritual de- 128, Outubro 177, Novembro 31, De-
Fátima curai-me. A inten-enção da tal do Terço também da c1dade do de Fátima à Mesma recorreu com es- ve-se à fé e generosidade dos bons zembro 27.
Virgem Santa foi imediata: dormi, Pôrto e pelos .Ex.mo• Drs. Eduardo pírito de ~onfiança orando quási s~ confrades, ma.s também ao zêlo dos Dêste~ foi grande parbe albergada.
cousa que não fazia havia vinte dias Torre~ e A. de Souza, clínicos . do hos- cessar, e o mal desapareceu. Conta .la Snrs. Colectores e Colectoras a quem no hospital do Santuário sendo trata-
e ao acord:u·, às duas horas da ma- pital do Bom Jesus, de Matozmhos. 8 meses em paz e, como prometer_a publicamente se agradecem todos os dos pelos servos e servas de Nossa Se-
nhã da sexta-feü·a percebi que estava Todos hJram U!Jlânimes 'em que eu a publicação de mais uma graça obtl- ijrabalhos e tlalvez desgostos, - quási ~ho_ra _do Rosário de Fátima, sob a as·
bem aliviada das' dores. Notei então tinha de ser operada imediatamente, da quando visse a. cura real1zada, vem sempre a única recompensa que neste SistênCla. ~o Ex.mo Snr. Dr. Pereira
que ' havia eliminado durante o sono ficando o prazo marcado para a ope- rogar a. caridade de a mesma ter lu- mundo alcançam os que trabalham pe- Gens, med1co do Santuário.
uma grande quantidade de matéria ração, daí a 8 dias. . _ . gar na Voz de Fá.tima. lo bem das almas. Santuário de Fátima
cebosa, a qual estava ainda sôbre a Na minha grande afhçao rogue1 a Só Ela me concedeu o que ~or entre O bom .Jesus Sacr8llll,IElntado, des- 20 de Dezembro da Í932.
minha cama. Nossa Senhora de Fátima que me va- a· medicina, debalde, prooureL- cendo 549 veze5 ao altar com as mãos
Por motivo de força maior os meus lesse fazendo-lhe a promessa da pu- P. • Manuel de Souza
Santo Antão, (C. V.) Ribeira da. ~ôr. cheias· de graças, tê-las-á. espalhado
tios chamados não puderam compare- blica'ção do seu milagre e jun~mente re-Freguesia. de N.a s.a do Rosano. abundantemente no coração de todos
cer 'vindo um 'médico da Casa de Saü- 0 voto de lhe rezar todos os dws um os confrades da sua querida Mãe a
de Pedro Ernesto. .Feitos os primeiros têr~'O emquanto fôsse v_iva e. um rosá- João Fmncisco da CT'lLZ
Virgem Senhora da Fátima, graças
curati,·os e aplicados os medicamen- rio nos dias 13. Tal fo1 a fe com que
tos de maior urgência disse o doutor lhe pedi e a crença que tive na mi- Doença grave na garganta que, um dia, no céu perante todos os
eleitos serão trocadas por glórias e go- Oratória da Fátima
tratar-se da rutura de um abcesso lo- nha Santa Mãe do Céu, que o caroço Venho mais lllila. vez pedir a publi- zos que não acabar ão.
calizado na trompa, do que podiam de dia. para dia ía desaparecendo até cação duma grande graça_ que N .. S. Esperamos em Delus e n a Virgem Vozes corais e piano ou harmonium
resultar gradssimas conseqüências, se que foi por completo. Quando compa- concedeu a uma pessoa m1nha am1ga: Maria, que daqui a um ano se p<>derá.
não houvesse uma intervenção cinu- reci no dia designado para ser opera- l\lanuel António Valente Paulo, de anunciar que foi celebrado um núme-
gica imediata. Meu Pai deliberou es- da (no hospital do Terço) já o meu 14 anos, filho de J osé António P aulo ro de M issas mais elevado do que o
perar at~ às 9 horas da mesma ma- mal quási não existia, ficando t~os e de Deolinda Valente Paulo, de Ade- dêste an~ A letra, do Sr. Dr. Monso
nhã para saber a opinião dos médicos, os médicos admirados com o fen,ome- ganho, concelho d~ Moncorvo, adoeceu Lopes Vieira, vem em portu..
Não ficou em caixa dinheiro absolu-
a cuja assistência estava confiada. no. no dia 5 de Abnl do ano corrente. tamente algum pois que a Confraria
As sete horas recebia. eu a Sagrada Em virtude do que o meu médico Apareceu-lhe na garganta um furlÍ.n- não quere as esmolas de seus confra- guês como foi composta pelo
Comunhão, dada por um Padre J esuí- operador, Snr. Dr. Couto Soares, ob- culozioo de que os pais não fizeram ca- des senão para as mudar em graças
ta. o que me ocasionou sensh·el bem servou, ficou a operação adiada cinco so- No dia sete de manhã a mãe olhou em benefício de suas própr ias almas. poeta, e traduzida em francês
estar. dias. por acaso e viu~lhe a garganta. muito
Para conferências com meus tios io- Voltei lá. passada mais uma semana inchada e o dito furunculo Já com por M.m• Guite de Sousa Lo-
ram chamados vários médicos, entre dizendo-me êle que me encontrava grandpg dimensõles. \Alartma,d a, parti~ pes.
outros o Dr. Queiroz de Barros, gran- completamente curada. Desde êsse dia cipou o caso às vizinhas que a aconse- Fátima a'luz da Autoridade Ecle-
de ginecologista. Meus tios concorda-
ram no tratamento que se devia fa-
até hoje nunca. mais notei nada de lharam a partir imediatamente para siástica A música, do maestro Ruy
suspeito apesar dos exames minucio- o médico . Ela assim fez. Partiu para
zer, opondo. se a. qualquer operação ci- sos que' tanto os médicos como eu te- aqui, para Vila Flôr, a procurar afh- ltste belo livro do Dr. Luiz Coelho, vem, como a letra,
rurgica. A opinião geral era ser o ca- mos feito. Agradecendo, etc... ta um médico. Encontrou o senhor Dr.
so muitíssimo melindroso e de cura as- M,aria Almerinc.fa GUimarães Carvalho António de Azevedo que logo que exa- Fischer, encontra-se admirà- õtimamente impressa tanto as
saz duvidosa, não contribuíndo a ope- minou a criança disse que era uma velmente traduzido em portu-
ração a não ser para abreviar o de- Rua. do Alto-Mearim 99-Matozinhos. fístula e se recusou a. queimá-la por partes corais como o acompa-
desenlace. Como vedes, foi Maria a já estar muito adeantada, pois a incha- guês pelo Rev. Dr. Sebastião nhamento.
quem aepois da noite de quinta-feira Tuberculose ossea ção j.á lhe tomava quási todo o peito. da Costa Brites.
não mais deixei de invocar, que, fazen- Rosalina Alves, de 23 anos, de Cas- A pobre mãe (imagine-se a aflição de-
Envia-se, livre do porte do Encontra-se à venda no
do vasar o abcesso orientou os médicos telo Branco, veio no dia 13 de Maio la !)pediu, suplicou debulhada em lá-
que desde aí, conhecendo o mal em- a Fátima. pedir a Nossa Senhora. a grimas que fizesse o possível para sal- correio, a quem para êsse fim Santuário e na Redacção da
pregaram remédios eficazes. cura de tuberculose com fístulas em '' ar o seu filhinho. O médico, condoi- ccVoz da Fátima».
Com~ou-se a fazer uma. novena à uma. côxo. Ela, que havia tempo ti- do da aflição e das lágrimas daquela. enviar s$oo ao Santuário ou à
Xossa Senhora de Fátima segundo as nha temperaturas ·muito altas, chegan- mãe disse-lhe: olhe, eu vou queimar- Redacção da «Voz da Fáti~ Será enviada a quem a pedir
orações do fascículo impresso, com o do a mais de 40 graus, voltou sem fe- -lha mas quási era. escusado martiri-
fim de obter de Maria a minha cura. bre a. Castelo Branco onde era crea- zar a criança porque com estas feridas ma». e enviar a quantia de 40$00.
4 VOZ DA FATIMA

voz DA FATIMA nária,, como nunca se nra. outra Ex.mo Senhor

DESPESA FATIMA À PROVA igual.


Tal era o boato em que al!lum<!- Hr-
dade se 1nisturat:a cout mu1ta tnven-
A Federação Portuguesa do Lhre-
Pensamento vem perante Y: Ex.• pa-
tentear-lhe a sua mais profunda siiD-
Transporte . . . . . . . . . . .. 36.1.827S47 patia pela forma. altamente republica~
ção. . d
Papel, comp. e impr. do n. 0
.12 3 (58.ooo ex.) ........ . 4•I75$oo
A violência U /i1n emerue logo do meto e~~a:s na e livre pensadora como agiu den-
alan:iclades que aí ficam: obter a prot- tro da. questão do pretendido mila-
Jfranquias, embal., transpor- devoto à Administra,çüo e lhe proibe bição da pereunnarão t"umo reulme1de gre de Fátil.lla com que a reacção je-
tes, etc.................. . I.37I$6s Preparando o terreno que sáia com a imagem para a Fáti- obtiveram. suítica e clerical pretende explorar a
Na Administração - Leiria 35o$oo Estáva.-se em Maio de 1920. ma. Era necessário tr pelu 3e(luro. lJo ignorância popular.
})e 1917 a 1920 lUivtam-se passado Cercflm-lhe o casa con~ tropa par~ 1nais alto uo mais bai.co todos afina- Certos de que V. Ex.• saberá ava-
Total .. . . . . . . . . . . . . . . . . 367.724$12 t'QIIl pelu mesuto diapasão. liar quão certa e dedicada é a no~
110 Voncelho de Vila Nova de Ourém 0 obriuar a ct1mprir a ordem recebt- Auora s6. faltava a última deutão.
uutros acontecimentos que se i11tegra- da. . . admiração pelo seu procedimento con-
Donativos desde 15$00 11am perfeitamente no quadro das per- .llas a imageu~ sempre satu... e pe- E c' ..Jlaçonariau ven~ dá-la. fo.">l>amo-nos com a maior consideração.
Caridade Monteiro - Moçambique. seyulçues U. l!'átima. lo meto du tropa com0 outrora Jesus tl :c14 de tlbril recebw, o Administra- De V . Ex.a.
75$oo; Cassiano Leal - Porto, IIo$oo; Prisões de padres e intimações des- por wtre o.~ .~erls patrícios junto do do-r do Voncellw de Vila Nova de Ou-
réu~ umu carta que transcrevemos na
etc."
P.e Francisco Farinha S. Eulália, 70Soo; príticas da parte da autoridade suce- despenhadeiro de Nazaré.
Maria. Saraiva - Figueira da Foz, 15Soo; diall~-se quás~ ininterruptamente. U pai do de11uto 11endo o apêrto ent i,nteg'ru, pelo extraordinário interes- E1u a mawr recompensu que A ,-tuJ
Francisco Pedro Júnior-Merceana, 2o$oo; O Ad1ninistrador pretendia a tóda a qtte se encuntrava o filho vai ao pá- se d.e que se reveste. · de Uli1itira .Santos podia desejar.
Maria. Rosa. Moura - Porto, 15$oo; Ber- fôrça esbulltar u pároco da Fátima _da teo, põe os bois ao carro e ne~te, logo Aí vai. Se ele ficava nes~e docume1~to com
nardino de Oliveira - S. Pedro do Sul, posse da residência e nesse senhdo no fundo o çai.cote com a tmagem, Ex.mo Senhor direito e.cclusivo à corôa de glória con-
2o$oo· Floras Vargas - América, 2 dó- uw.ltiplicava os ofícios e as intimações coberto c~~~~ cárias alfaias agríco~ l'o1· mtcrmédio do seu e nosso ami- quistada pelo esforço conjunto do Es-
lares;' José Govêmo - Pedrogão, 15$oo; a cotnparecer na Admmistra,ção do como se /ôMe para u11~ fazenda aon- go Snr. Ltno de Sousa soubemos que tado, d(l Maçonaria e do latoeiro ...
Maria da Rocha. - Odivelas, 15$oo; Ma- coMei/to. de realutente se encaminha. os element.Ob reaccionários de55e con~­ Podia auora descansar socegadamen--
nuel da Silva - América, 44Soo; :Ma- :)er-lhes-ia o presbité1·io precl3o pa- l!'6ra. do alcance da tropa o caixote lho l>e prep.aram para co~grar a v~­ te à sombra dos l6!lros conquistados.
ria. da Silva - América, 33Soo; P.e Jo· ra algu11ta obra de utilidade pública( é uwdadu e le1:ado para a Fátima em d,ente de ~'á~ima., já falec1da, _ cont~­ S cio era porém da raça de estar
sé Leal - Algarve, 45Soo; Francisco da .Vos documentos que tenho à Jnão cuja iureja se benze a imagem. nuando ru.sim a torpe ex}Jloraçao reli- quedo e parado.
Silva. - Proença-a-Nova., 15$oo; Berta n«0 aparece isso nem Por so-mbras se- já em Ul:iO: Pedi~ os, p~is,_ a V. Coberto de tão triste glória o ho-
Madeira - ~vora, 2o$oo; Angelo Neves que?·. «A grande parada reaccionária» giO!>a Ex.• a fineza de &e dtgnar informar- ''tem não se esquece das obrigações da
- Redondo, 2o$oo; José Gomes - Ma- E 11esta iltgl6ria tarefa cada Admi- J)um lado e doutro da Cova da Iria, -nos até que ponto vão e&;es manejos vida social e agradece.
deira, 2o$oo; P.e António Figueira -Ma- mstrador que1-ia exceder o antecessor. forn111-ndo cordões, havia-se postad~, afim de vermos se em conjunto nós, E assin~ o agradeci1nento datado de
deira, 2oo$oo; Joaquim Rodrigues J. - Artur de Oli11eira. Santos de quem de 1nanhã um forte destacamento mt- o goveruo e V. Ex.• podemos rea.~izar 5 de junho de 1920.
Madeira, 2o$oo; Isabel de Almeida. C. Pe- nos temos de ocupa-r largamente ao lita?· comPosto de infantaria e cav~~ aí a.lgwt11 trabalhos qjlle neutra.hsem
reira - Lisboa, 2o$oo; Bispo do Fu~chal lonuo cl"este artigo tet•e no seu ante- 1·ia do exército e da Guardo. Rel)'ttblt- essa mancha. jesuítica. "Federação do Livre Pensamento..
- Madeira, 213$95; Esmolas de Miran- cessor de Abril de 19 a princípios de car{a com. ordens de não deixarem pas- Certos de que nos não negará o seu Largo do Intendente 45-1. 0 -Lisboa ..
dela 5o$oe; Devotos de Pademe;- 3o$oo; ll!aio de 20 um digno competidor.
P.e Artur Saude - Carvalhos, 6o$oo; Ma· E dêsse personagem cujo nome não
sar ~inuut1n em direcção à C011a da valioso auxílio subscrevemo..nos com a.
considera~ão desejando-lhe
.
ria Pires - Porto, 3o$oo; Inês Sequeira pude obter o seguinte documento que Iria. . . maior Saude e .l!'raternidade·
Acuso a recepção do ofício de 15 do-
Era orden~ do govémo 1?01' mtermc- me.z findo próximo passado e agrade-
- India. Portuguesa, 3o$oo; P.e Joaquim o honra até como exercício de 'redac- dio da auto1'idade concellna. ço as felecitaçôes com que se dignaram
O Secretário Exterior
Barroso - Douro, 15$oo; Helena da Sil- ção em português. E os pobres peregrinos tinham de honra.r-me embora imerecidas.
va. - França, 15$oo; Helena Moreira - Júlio .Bento U) ~'erreira (?)
Manuel Marques Ferreira. sair da estrada e atravessar o barro A reacção sofreu no dia 13 de mato-
França, 15$oo; :Maria Barreto - Guima- Pároco da Fátima das terras, saltar os muros das sebes graças às providências do go\'êrno da.
rães, 41$oo; Alguns assinantes - Porto, d «t:ldente de .b'átimau de que ~e
12-V-1919 e escolher um uu outro carretro_ que, /a~a era a. pequena Jacinta cuja tras- presidência do grande patriota e ré-
12o$oo; Afonso de Albuquerque - Lis- publica.no ilustre cidadão António ?ala-
Queira V . .Ex.cia tomar as suas pro- livres da tropa, os deixasse segutr. ladação se vretendta efectuar e se efe-
boa, 15$oo; Joana Emília Viegas -Porto, ,·idências para que no mais curto pra- Uma forte trovoada com chuvada ctuou para o cemitério de Vila Nova ria Baptista um grande golpe que lhe
5o$oo; Alunos do Seminário de Viseu, destruiu a projectada pa.rada com que
:.o de tempo abandone o presbitério abundante obriga o povo ?- mexer-se de Ourém onde e,tá.
121$oo; Francisco Vicente -Viseu, 27$50; e a procurar seguir o camtnho natu- pretendiam não só explorar maia UlilA
Rita. de Jesus Dias - · Cartaxo, 15$oo; em que estando, digo, que está resi- l!'ui romo quem deita azette n(l can-
dindo que é como V. Ex.•ia sabe, pro .. ?·al. deia. vez com a ingenuidade do povo incul-
Emília Rebêlo - Faro, 15$oo; Distribur- . d d
çã.o em Fragoso, s9Soo; Joaquina Rosa -
prieda.d.e do Esba.dD, embora. ainda Ha 1to adro um princ~pto_ -~ esor- .Sem fins políticos (e que fins poli- to como também preparar um fio de-
não esteja feito o respectivo arrola- dem por os soldados dt.st.nbutrem es- ticus pudta ter u er~Urro duma pobre onde faziam os seus ataques odiento&
Lisboa, 3oSoo; Rosalina Gertrudes - Lis·
mento que vai fazer-se dentro em bre- padeiradas sôbre os pe1·eg~mos que,. em criança I) uma das n~is distintas fa- contra a República.
boa, 15$oo; Amadeu Roxo-Porto, 2o$oo; v·e. urande 1111Ímero, se refugtam na tgre- mílias do tenno de Ourém a familia Não desarmaram ainda. os prometo-
Leopoldina Moris - América, 4 dola-
Oaso V. Ex.•1• &e entenda com direi- ia. . t dos JJariJes de Alvaiázere promoveu a
,·es (sic I) da Fátima (todos êles a.u-
res; Saneia Moreira - Douro, 15$oo; Mas a chu11a também mol~11a a. ru- trasladação dos ustos mortais da pe- têntieos inilnigos da República) pois.
to a continuar residindo no referido
Maria Guerra - Casteleiro, soSoo; Mi-
presbitério queixa V. Ex.•ia apresen- pa e esta, pc1· sua vez, Tehra deu:o.n- quena Jacinta, de Lisboa, donde Deus que pre~dem fazer com todo o apa-
quelina de Assunção - A. de Cima, tar os respectivos dooumentos.n do liv1·e u caminho a quem quena a vhamara a :)i, pa1·a o co~elho don- rato a trasladação de um cadaver de
2o$oo; Leonor Viterbo -Algarve, 15$oo; uma infeliz creança. falecida à tempos
Maria. Gouveia - Madeira, 25$oo; Dist- pp,ssar. d de fôra natural, c para matS depres~a
E, não rontente com isto sete dias · Era inte1·essa.nte ver os solda os a mandou-(!. colocar no seu jazigo 1)'Tiva- em Lisboa a quem atribuem internte-
em S. Cruz - Madeira, 102S5o; P.•
António Ferreira - Goia, go$oo; Ana
cbepois puJ,e novamente a 'in/orll~çào 111<1rchar e lendo a0 mes!"'o . te'!I'Po as tLvo. dora (sicl) da. Virgem e ainda se ser-
da data em que pode abandonar o estampas que alguém d1Stn~nra pe- vem da chamada vidente Lúcia de J&-
Formigai - Lisboa, 2o$oo; António Car- presbitério. Era e e mo1tárquica esta família. sus crea.nça de 13 anos, uma. pobre
lo povo e que continham os dados das 1'anto bastou para, á volta dum
valho - Ermesinde, 2o$oo; Emília Au- aparições. . ilwfensi~;o cadave1, se fazer nos $ecto- doente, para melhor explorarem o po-
No fim
gusta - F. de Zezere, 5o$oo; Maria 80, intima o pároco a comparecer na
do mês, e precisamente a
Na Vova da Iria já tun outro n-u- 1'e& opostos, sectários e jacobino~, a ".'O ignorante.
Coelho - Olivais, 15$oo; Casa de Saú- Administração no dia 2 de Junho. cleo militar f6ra pela lama e pela chu- mais estúpida explura.çà<J polí.tica e Mas os seus negregados projectos
de de S. Miguel, 4o$oo; P.e António de ficaram (sic) de vez sem efeito em-
Havia certamente wna grande mo- 1!a obrigado a retirar. reli.gwsa.
Sousa. - Recarei, 2o$oo; P.• Martinho Antes de parhr, os soldados, . tendo qu.a.nto no nosso País govêrnos como
la embora oculta a fazer agir a auto-
da Rocha - T. Novas, 2o$oo; Clotilde ridade desta- fn!lneira- d carta que aí /tca queria ser, e o atual e Associações como o Livre
d.estroffido por -um .PQ'YCO, cornam a
Almeida - Gaia, 2o$oo; Etelvina Car- era, numa espécie rie toque de clarim Pensamento cumprirem com a missão
valho - Lavre, 2o$oo; Olinda Gonçal- De jacto porém o pároco wo saíu da1· largas ao coração, Tezando naque- a senttdo.
le lugar bemdito e a procurar aluu- augusta. de combaterem a mentira e
ves - POrto, 2o$oo; Maria Olinda Fa- da residilncia que o seu sucessor ai1t-
da ocupa, ma recordo.,ção da .sua estada alí. O Adutinistrador lllm todo o seu an- defenderem a Liberdade.11
ria. - Açores, 2o$oo; Esmola duma pes- A um bom camponês, estugandu u ticlerali,mo não p1 ecisava de ânimo E, como bom bom organizador dese ..
soa de Arronches, 2o$oo; P.e Agostinho A acçãc da.s al/urjas maçónial3 ia para agir. Açulado vejam aonde ia iando imortalizar
alastrando § crescendo de intensidade passo para a forma. se ouvia dizer: 0 seu. feito, dá or-
Nunes - Baião, 27S5o; Maria. da Pieda- de dia para dia. uN um guero chaboer... o. ch.antinha dar! ... dens ao cooperador-mór-o ·regedor da
de F. - C. de Besteiros, 2o$oo; Maria. Toca logo a reunir para formar as /reguesi<, da Fátima enviando-lhe or-
Preparava--se na sombra um ataque já eu cá lebo. · ·"
Castelino - Lisboa, 2o$oo; Corpo Na- em ponto grande. Foi 11isto que deu a «grande pamda hoste.s dos seu~ e ma1·cha1· contra a ne- den8 precisas ne.5te sentido.
cional de Scouts de V. do Conde, 46o$oo;
Nao se perdia um ensejo não se 1·eaccionártan de 19 de Maio de 1920 gregada reacÇãO. .
P.e Jorge Lima - V. do Conde, 20~; despreuwa uma arma. e.m que 0 próprio exéretto
· aca ba por Do que ele tenha re11pondido. e em "Pa.ra os devidos efeitos devo infor-
Maria J. Mendes - Cabeço de V1de, se fazer peregrino! ... que termos, bem o pode11ws conJectu- mar~ de I)Ue, dje futuro, nenhuma
25$oo; Elvira Falcão - La.gôas, .so$oo; Foi assim que os próprios católicos rar pela n~netra como opera.
inconscientemente foram lançar mais (sic) préstito religioso se poderá rea-
Jos6 Alves - Brasil, 15$oo; Mana OU- lenha na fogueira. A Maçonaria em campo 11 :JO dt ,Abril e1wia.va a todos os\ 1i.Mr nes$ freguesia sem que esta
via. Neto - Cereal, xsSoo; Izaura Nu- reuedoru a seguinte ci.rcular_: . Administração seja ouvida. Pelo ex-
Quem, desde o principio tive·r uPor motivos de serVIÇO pubhco ve-
nes - P. do Ribatejo, 2o$oo.
Igreja. das Flamengas - Lisboa, 21$95;
A imagem acompanhado o que se tem pa.ssado 1~ nho rogar a V. Senhoria. .compa~a. posto de (talvez deve) V. S.• preve-
nir o parecho (sic) da. freguesia e pro-
.Fátima já a esta hora terá formado o
Ana. M. Lurine da. Silva. - L isboa, 2o$oo; la pa1a três anos que Nossa Senho- seu juízo .sóbre a origem da persegui- n~ta Admnistração na. proXliiUI. Qum .. motores de qu.alquer manifestação re-
Teresa Cardial - Lisboa, 2o$oo. ra, apa.ncendo na Cova da Iria Tevo- ção odiento. de que a Fátima tem si- ta-.l!'e1ra. 6 do corrente, digo, de Maio.11 ligiosa, desta minha determinação de-
hucionara Portugal, agitando-o nump. do objecto. A per.seguiçãq à Fátima Realizou-se a Teunião em que o ,·endo V. S.• informar-me devida-
grande onda de fé e d.e afervoramen- é apenas um capít>ulo da àist6ri.a da. gMnde esteio do regime terá eloquen- mente de qualquer mistificação ou es-
to religioso, e, nesse local bemdito, os Igreja em Portugal. temente discreteado sóbre o grande pe- péculação da natureza do chamado
Leiam e cumpram fiéis não tinha1n ainda uma image111 riuo que 1~ Fáttma surgia para a Re- milagre da Cova da Iri&ll.
que lhe~ concretizasse os /actos alí E u111<1 demonstração cfu. influência pública e da necessidade urgente que
Para evitar atrazos é nece~­ ocorridos. · maçónica de mais de u.m século nas ha1:ia de extinguir por completo esse Foi o canto do cisne 11a gloriosa ac-
nossas es/era'l gove'T71.ativas. çãp da Fátima.
sário não esquecer que : Resolveu-se então -u-m torrejano 1·e- mais 1l·ma pr011a da nefasta ac-
joc0 da reacção etc., etc. Um ano depois já a admini~traçii.o
Quem pretender água ou zer centemente convertid'O, a mandar la- pdoE da Maçonaria no ata.qye contra
Os homenzinhos foram pa1·a casa e do Concelho estava ocupado, por outru.
uma imauem de Nossa Senhora da a Igreja e contJ-a a nação. ele, desconfiando do ê:cito da -'1.t.a. alo- E a ureacç40ll cfu. Fátima contra a
auaisquer objectos religiosos l<'átüna. Se algué1n ainda tinha drúvidas de-
cução, envia no dia _8 '!'ma nova etrcu- cretino. estupidez livre pensadora co-n-
Poi essa encomenda feita à ca.~a la.r insistindo nas 1deta-s apresentadas
de hoje e1n deante. A l\La,- e 1~ resoluções tomadas dois d·ias an- tinua ainda.
da Fátima, deve dirigir-se ao Teixeira Fánzens e a execução do tra- ponha--as, çorUJ;ria perde a cabeça e, levatando Um Observador
balho _confiada a um i ovem arti-sta o a másca1·a, põe-se em campo claramen- te8; e trt,tzend0 talvez 1nais a.lguma
Sr. António Rodrigues Romei- S11r. José l'erreira Tedim. coisa que os ventos do sul lhe ftzeram
te para acabar de vez com ua torpe
ro, empregado do Santuário, sen~ Piedoso e culto, embora ainda entao explora,ção religiosa", como diziam os lembrar em noites de pesadelo.
nome jeito, soube sentir conceber adversários. A circular é concebida nutes termos:
e não a esta redacção, que es- e nalizar a 11eneranda imagem santi- uPor ordem de Sua Ex.• o Minis- SABEM?
ficada e canonizada pelas lágrimas, ós-
i:á a 5 léguas do Santuário e culos e fervorosos toques de milh.lJes de O boato tro do Interior é determinado que se
evite repetição mistificação ca~ da
pereg1 inos como a feliz perpet-uação da ~ o p7·imeiro passo na ualiza,ção dês- Fátima que se prepara para o dta. 13 A «Voz da Fátima» tem tan-
por isso não pode enviar com mais querida e sublime glória da nos- te novo ponto do largo programa. do oorrente.
urgência as coisas pedidas. ~u terra, através dos tempos. Em Lisb~ ai por meiados de Abril, Queira v. Senhoria info~ma.r de:;~e tos assinantes que há um e
Seja muito embora nulo o seu valor desencadeia--se uma forte campanha de Já. esta. Administração qu:us os dm- dois anos não pagaram as suas
artistico concentra-se nela e desvren- boatos adrede çreados para despresti- gentes e propagandistas !le55a fregue-
--~--~··~------ ~e-.~e p~ra nós um projti/TI.do sel.}tido gio da Fátima. sia que pretendem orgarusa.r qualqu~r assinaturas e que se o fizessem
E o boato, filho da rua, corre veloz, ma'nifesta~ão sob aquele ponto d~. VI.s-
Muito obrigada místico que faz reviver dentro da al-
ma a evocação das inolvidáveis cenas sempre remoçado sempre mais cres- ta afim de em caso de desobedienCia a livrariam da crise ! ! !
Há pessoas que cheias _de a que a rama verde escura das azi- cido, sempre atrevitk e cal-u.niador à 'Lei ' lhes' serem aplicadas asd penas
sert•iu de fundo, e1n 191~. qua1wo n«Ó ridículo: respectivas remetendo-os ao po er JU- . -- E alguns recebem rolos
caridade procuram anganar nheiras .1. ill~(lem - a mesma que h01e se uque de Tôrres Novas para. a Fáti- dicial com~ desobedientes.11
esmolas dos leitores da «Voz 11cnera na capelinha das Aparições na ma em Quinta Feira de Ascenção se Deixamo& ir tudo com o mesmo sa- tão numerosos aumentando
do. Iria - cheuura a Torres No- faria uma. grande romaria a acompa- bo-r original pa1·a que os nossos leito- assim tanto as despesas do
da Fátima» para que êste jor- Cova vas uns dias antes do dia 19 de Maio nhar a imagem comemorativa das res possam melhor ajuizar do estófo
nalzinho se possa manter atra- que naquele ano de 1920, caia à Quin- .a.r.~a.riçi)es; intelectual moral e cultural de quem jornal!!!
ta-Íeira e P'l'ecisamente a da Ascen- uq'Ue viriam milhares de autom6- escreve ta:s coi.sa.s.
vés da crise que a todos ame- ção de Nosso Senhor ao Céu. Yeis de Lisboa e outras partes e mui- A peregrinação Tealizou-8e como vi. -Ao menos não os deixem
dronta. A tais pessoas, que por Tóda a gente a ia 11er e 11inha de- ta outra gente em carros, a cavalo mos; a acção da autoridade foi exteJt.- por lá sem os distribuírem por
sua humildade não querem tando pois dar largas à sua admiração con- e a pé; tqmariam parte nessa ro~ari~ sa e intensa a ma.is não.
aos amÍ(lo& e 11izinhos como era centenas e centenas de padres, J85Ul- Pois a Federa~ão Portuguesa. do Li- quem os leia.
seus nomes publicados, tôda a linda. tas é crianças vestidas de anjos; vre Pensamento, a mais velha. filha da
redacção da «Voz da Fátiman. Foi uma autêntica Tomaria. uemfim que a reacção se ia. pôr em Maçonaria., resolveu agradecer-lhe.
Eis 3enão qUIJndo o Administrador c~o em cptbenas de milhar, f_ar E envia--lhe a 15 de Maio o seguin-
fica muito obrigada. do concelho de Torres Novas chama o zendo uma parada de forças reacc1o.. te o/feio. Este número foi visado pela Censura.
Ano XI Leiria, 13 de Fevereiro de 1933 N.o 125

COM AP ROVAÇAO ECLESIASTI CA


Director e Propr ietário: Dr. Manuel Ma rques dos Sa n tos Emprêsa Editora: T ip. "União Gráfica, T . d o Despa cho, 16-Lis boa Admi nistrador : P. Ant ónio dos Reis Reda cçao e Administração: "Se mi nário d e Leiria.

CRóN I CA D E FATIMA
( 13 DE JANEIRO)

Extinguiram-se já de todo os derra- presentes estiveram quási todos atenden- ·pondo em relêvo as virtudes da Santís- escritos em língua alemã sôbre o culto dução, devido à pena õe Sua Excelência
deiros ecos das solenidades religiosas co- do nos confessionários da Penitenciaria sima Virgem e apontando-a como modê- de Nossa Senhora de Fátima. Reverendíssima o Senhor D. José Alves
memorativas do ano rosariano de Fátima dos homens os peregrinos que desejavam lo que devemos imitar e como poderosa 'Por iniciativa do rev.do dr. Luís Fis- Correia da Silva ilustre e venerando Bis-
por antonomásia - o décimo quinto ani- preparar-se, com a confissão sincera e intercessora a quem devemos recorrer cher, lente de Sagrada Teologia na Uni- po de Leirio, o qual em duas largas colu-
ve,rsário das aparições da augusta R!J-ínha contrita das suas faltas, para receber confiadamente em tôdas as nossas ne- versidade de Bamberg, na. Baviera, au- nas, emoldurando uma linda gravura ee
do Céu aos humildes e inocentes pastori- frutuo5alllente, à mesa do banquete eu- cessidades espirituais e temporais. tor dêsses artigos, e graças à generosi- No;;sa ~ora de Fátima, ocupa a pri-
nhos da serra de Aire. carístico, o Pão de Vida, descido do Céu. Terminado o sermão, foi exposto sole- dade de Monsenhor Roberto Ma.eder, pá- melra pág1na da esplêndida revista em
Precisamente há três lustros, a gloriosa No Pôsto das verificações médicas, a nemente o Santíssimo Sacramento e, de- roco da freguesia do Espírito Santo em tôda a sua extensão.
Padroeira da Nação escolhia nos vastos partir das nove horas, o dr. J osé Pe- pois de cantado o Tantum ergo, foi da- Basileia, e editor e director do referido A segunda página e parte da ter.-ei-
dom1nios do Santo Condestável a nesga reira Gens, director-chefe do Pôsto, exa- da a bênção com a Sagrada Hóstia a to- semanárig, começou êste a publicar, a ra inserem a crónica do dia treze de
de terra em que se dignava erguer o tro- mina os doentes que se apresentam pa- dos os doentes, que estavam desta vez partir de treze de Janeiro do corrente
reduzidos apenas a algumas dezenas, e ano, um suplemento mensal com uma. ti- Janeiro na Cova da Iria. O resto da ter-
no esplendoroso da sua glória, das suas ra receber a bênção especial do San-
tíssimo Sacramento e, depois de inscre- ragem de dez mil exemplares. :e uma es- ceira página e a quarta página publica.m
graças e do seu amor de Mãe de Deus por fim a todo o povo.
várias notícias relativas ao culto de Nos-
e Mãe dos homens. ver os seus nomes no livro de registo, Durante tôda a manhã e mesmo de péci~ de edição da Voz da Fátima em
I sa Senhora de Fátima. na Alemanha.
Quem poderia dizer, nessa data memo- Alêm da gravura de Nossa Senhora de
rável, a repercussão retumbante que o Fátima, contêm mais duas estampas cu-
lfaGto assombroso de Fátima, passados ja nitidez é impecável. Uma dela~ re-
poucos anos, havia de ter em Portugal, presenta o. Senhor Núncio Apostólico de
na Europa e em todo o mundo? Sua Santidade, Mons. Beda Cardinale
De norte a sul do. país, dum extremo Arcebispo titular de Chersona, e os Se~
ao outro do universo, o nome de Fáti- nbores Bispos do Algarve e de Leiria, no
ma é pronunciado com respeito e ter- acto de darem, conjuntamente, a bênção
nura por milhões de lábios e a Virgem ao povo, depois da missa dos doentes
de Fátima invocada sob êsse nome por no dia treze de M~io do amo próxim~
tôda a parte, com uma. confiança coDS- p~do. ~ outra reproduz um grupo de
tante, inabalável e ilimitada na sua bon- rmss1onários da estação missionária be-
dade, na sua misericórdia e no seu amor. neditina de Nossa Senhora de Fátima.
Para aquele recanto abençoado da na Zululândia, tendo ao centro o Bis~
montanha sagrada volvem-se os olhares Mons. Tomás Spreiter, e tirado o ano
de todos os crentes, suplicando graças passado, por ocasião da celebração das
e bênçãos, curas do corpo e da alma, a suas bodas de diamante sacerdotais.
salvação dos povos e a paz das nações. J\ Voz da Fátima rejubila com o apa-
Fátima é, sem contestação, o pólo má- recrmento da sua irmã mais nova e faz
gnético das almas e o centro de atrac- seus os votos do ven~rando Prelado da
ão de todos os corações, portugueses e Lonrdes Portuguesa para que sôbre 0 no-
estranjeiros. vo pregoeiro das glórias de Maria S:mtís-
As multidões acorrem em ondas com- sima e sôbre o seu benemérito fundador
pactas ao Santuário Nacionai por exce- desçam incessante e copiosamente as me-
lência e, ali, aos pés de Virgem sem lhores graças de JesuS-Hóstia e as bên-
mancha., lançam-se de joelhos, prestan- çãos mais escolhidas da Rainha do Céu.
do-lhe com fervor o tributo do seu res-
peito, o testemunho da sua. devoção e o
preito do seu amor filial. E, no recin-
Duas gran~es f1g11ras de sacerdotes
to das aparições, cada dia ~zJe que No número dos sacerdotes peregrinos
passa, desenrolam-se scenas comoventes, que no dia treze de Janeiro foram a Fá-
verdadeiramente patéticas, que recor-
~ depôr .aos pés da Virgem das Apa-
dam os tempos bíblicos, avivando a fé nçoes o pre1to do seu amor filial há dois
e afervorando a piedade . dos peregrinos, que merecem referência especial. São os
preparando-os para as pugnas incruentas rev _doa drs. Tomás Fernandes Pinto e
da vida cristã sôbre a terra.
~el dos Santos Canastreiro. O pri-
Começa agora um novo ano. O augus- merro, que o sábio e pied~ Senhor BiS-
to Santuário de Fátima vai ser outra vez, po Conde de Coimbra houve por bem es-
sobretudo depois de terminados os rigo- colher para vice-reitor do seu Seminário,
res do inverno, estância. de graças, tea- é um dos sacerdotes mais inteligentes e
tro de prodígios, fonte inexbaurivel de mais cultos da sua diocese, que ~.le Lon-
grandes e inefáveis ~sericórdias. Dir-' ra sobremaneira com as fulgurações do
-se-ia que, ainda boje, como há quinzé seu talento, o prestígio da sua piedade
anos, a Virgem bendita sorri, cercada. de e o exemplo das suas virtudes.
esplendores e divinamente bela, do alto Altar e trono de N. S.• da Fátima na Missão da ZuluUindia.
O segundo, que o venerando Senhor
da copa da azinheira sagrada, esparzin- Esta missão foi fundada sob a protecção e Invocação de N. S.• da Fátima . Arcebispo-Bispo de Vila Real veio bus-
do, profusamente, ao longe e ao largo, car a uma das mas importantes paró-
com as mãos virginais, os dons preciosos quias do Patriarcado, para fazer dêle o
da sua munificência de Rainha e os do- entrega a cada um dêles uma senha que tarde, depois da missa oficial, numero- língua alemã e intitula-se Na escola de reitor dum dos seus três Seminários, o
ces carinhos do seu coração de Mãe. lhe confere o direito de entrada no res- ~s fiéis confessaram-se e receberam ain- Maria - Mtmsa.geiro de Fátima. Seminário de Sernache do Bomjardim, é
pectivo Pavilhão. dà a Sagrada Comunhão, na Penitencia- O fundador e redactor principal do dos melhores elementos do clero diocesa-
Ao meio-dia oficial, o rev.do dr. Mar- ria e na capela do Albergue de Nossa novo pregoeiro das glórias da. Lourdes
O dia treze em Fátima ques dos Santos, vice-reitor do Seminá- Senhora de Fátima. portuguesa, cujo primeiro número saíu
no, que honrou sempre com o seu admi-
rável tacto e bom senso, com as suas ex-
rio 'Episcopal de Leiria., preside à reci- As cerimónias religiosas oficiais, COf. à luz da publicidade no dia treze de Ja- traordinárias faculdades de trabalho e,
O dia treze de Janeiro, a-pesar da qua- tação do terço do Rosário, feita publi- neiro, é o rev_do dr. Luís F,iscber, o
dra in.vernosa em que está enquadrado, memorativas do dia treze, tiveram o seu dum modo especial, com a sua inteli-
camente na histórica capela das apari- remate na procissão do adeus, em que a granle apóstqlo de Nossa Senhora de' gência e com o seu savoir faire, no go-
foi encantador e delicioso, cheio de sol ções. . Fátima na Suíça, na Alemanha, na Áus-
e de alegria, como um dia verdadeira- augusta e veneranda Imagem de Nossa vêrno da vasta circunscrição eclesiásti-
Concluída a recitação do terço, reali- Senhora de Fátima foi reconduzida. para tria., na Chekoslováquia e na Polónia., on- ca de Alcobaça, onde foi pároco e vi-
mente primaveril. za-se a procissão da Virgem, cuja ve- de fez mais de duzentas conferências, e
a capela das aparições, onde foram re- gário da vara.
Não obstante, porém, a amenidade do neranda Ima~m é levada aos ombros zadas as últimas preces e feitas as des- autor dos livros Fátuna, a Lourdes Por- Praza a Deus que êstes dois veneran-
tempo, o concurso de peregrinos ao lo- dos servitas para a capela do pavilhão pedidas dos peregrinos à Virgem. tuguesa e Fátima à luz da autoridade dos sacerdotes, preclaros ornamentos do
cal das aparições não excedeu o núme- dos doentes. eclesiástica, traduzidos em várias lín- tlero secular português, possam ir mui-
ro normal dos meses do Outono e do In- Pouco depois, em seguida à recitação guas, incluindo a portuguesa. tas vezes à estância bendita de prodí-
verno. Só ao meio-dia é que os fiéis dos do Símbolo dos Apóstolos, feita por to- Mensageiro de Fátima O primeiro número do Mensageiro de. gios e de graças, que é o augusto San-
diversos lugares da freguesia de Fátima do o povo, celebra-se a missa oficial, as- Fátima é um verdadeiro mimo de graça tuário de Fátima, atear nos seus peitos
e das freguesias circunvizinhas abando- sistindo a ela, entre outras pessoas de Como os leitores da Voz da Fátima já e encanto, tanto sob o ponto de vista o fogo sagrado da devoção à Virgem
naram em massa as suas terra para irem destaque, o rev.do João Francisco Qua- sabem, o semanário Die Schieldwache técnico como sob o ponto de vista lite- Santíssima, a-fim-de o irradiarem para os
assistir, naquela estância de graças e de resma, Vigário Geral da diocese de Lei- (A Sentinela). revista de reputação e rário. De formato um pouco mais peque- corações dos futuros ministros do Se-
maravilhas divinas, à procissão de Nos- ria. Após a missa, o rev.do Higino Lopes difusão mundial, que vê a luz da publi- no que o da sua irmã mais velha. Voz nhor, cuja formação intelectual, moral
sa Senhora, à missa oficial e à bênção dos Pereira Duarte, prêgou um breve · ser- cidade em Base! (Basileia). Suiça, foi de Fátima, rivalizando com ela na qua... e religiosa., os seus respectivos Prelados
doentes. mão, discorrendo sôbre a mesquinhês da o primeiro periódico que inseriu artigos !idade do papel e em nitidez gráfica, se dignaram confiar ao seu zêlo e à sua
Durante tôda a manhã, os sacerdotes vida presente comparada com a do Céu, abre com um prirnoro~ artigo de intro- dedicação.
2 VOZ DA FATIMA

Grande Peregrinação diocesana de FÁTI.MA NA ZULUWIDIA Seu irmão muito agradecido em


Jesus Cristo
~- S.
FÁTIMA NA ITÁLIA si a oração vocal e mental. Explica em
seguida, pormenorizadamente os Misté-
Coimbra Do - Bote von Fátima - (Mensagei- t Tomas Spreiter O Sr. D. João, Arcebispo Bispo de \'i- rios do Rosário, e termina exortando a
todos a honrar a SS. Virgem diàriarnen-
Datada. de oito de Dezembro último, ro ds Fátima) que começou no mês passa- O Bispo T omas Spreiter é não só um la Real e Superior dos Seminários das Mis-
do a publicar-se 11a Suissa, transcrevemos te com a recitação, ao menos, do terço do
festa da Imaculada. Conceição, acaba de grande amigo da. <<Schildwacheu mas tam- sões portuguesas, passando em Napoles em
o seguinte: Rosário, como outrora em tôdas as famí.
ser publicada. nos números de nove a on- bém um grande venerador de N. S.• de direcção a Roma para a visita ((ad Sacra
lias se fazia, o que hoje se tem despreza-
ze de Janeiro do diário católico Novida- Fátima. Por isso, nós, os católicos ale- Limirw», realizou no Seminário urna con-
«A boo.-nova da Fátima tem-se espalha- do, tomando-se, por isso, estas, de san-
des urna carta Pastoral de Sua. Excelên- lnães, devemos considerar como ponto de ferência sôbre as Aparições de Nossa Se-
do por todo o mundo. Até os pobres ca- tuários à sombra. dos quais floresciam tO-
cia. Reverendíssima o Senhor D. Manuel honra contribuir na. medida do possível nhora da. Fátima.
íres da. Zululândia possuem uma missão Tanto os Superiores como os alunos do das as virtudes, em centros de desunião
Lufs Coelho da Silva, ilustre e veneran- para a manutenção da missão beneditina. e ódios.
do Bispo Conde de Coimbra, pela q~ intitulada. ~<Missão de Xossa Senhora do de N. Senhora. da. Fátima. Seminário, em número de 120, ficaram ad-
Rosário da. Fátima». Seguiram-se depois mai! duas missas.
o apostólico Prelado consagra a sua. dio- Para que ela pois não desapateça e pa- mirados e contentíssimos.
O Sr. Bispo de Leiria mandou para os As comunhões feitas neste dia foram 8o,
cese ao Sagrado Coração de ~!ari~ San- Na primeira oportunidade se referirá o ra que milhares de almas nã.o morram es-
número, sem dúvida bastante elevado se
tíssima. e ordena uma peregnnaçao ofi- ((Bote von Fatima» à fundação desta mis- piritual e temporalmente fica, desde hoje, Seminaristas estampas de Nossa Senhora.
se considerar que era dia de trabalho.
cial ao Santuário Nacional de Fátima. nos são alemã em Africa. Por hoje, limitar- aberta no nosso jornal uma subscrição in- da Fátima e o belo livro do R. P.• Lufs
dias doze e treze do próximo mês de Ju- -nos-emos a publicar uma carta de S. Ex.• titulada <<Subscrição Bispo Spreiter». Os Gonzaga, dignissimo Professor do Institu- Às dez horas houve missa cantade. Ao
lho. Nessa estância. bendita, êle ou o seu Rev.ma o Bispo Tomás Spreiter. donativos devem ser enviados à ((Schildwa- to Bíblico na. Universidade de Roma Evangelho M.ons. Reitor novamente to-
digníssimo coadjutor recitará o Acto de che» com a designação «für Fatima im Zu- ((Le maraviglie di Fátima». ma a pa.I~vra. aproveitando um versícu-
Missão Inkamana. P. O. Vryheid, Natal lo do Evangelho da. festa do dia para.
Consagração da. diocese a Nossa Senhora, 19 de Novembro de 1932. luland». Abrimos a subscrição com o do-
renovando assim a. consagração que será nativo de 50 fr. dum anónimo». Fátima em Narni- Umbria texto da. hoiLilia. Exorta a todos os cum-
primento àos seus deveres de cnstãos,
feita em Coimbra, solenemente, na. Sé
Nova no dia 4 de Junho, primeiro Do- Senhor professor:
• • Duma correspondência de Itália recor- mostrando claramente a obrigação que
min~ do mês, na conclusão da. devoção
Secundando a apostólica iniciativa do tamos os passos seguintes referentes à todos temos de os cumprir. Se Nosso Se-
Bote von Fatima faremos chegar ao seu aceitação ali do Culto de Nossa Senhora nhor, diz S. Rev.cl&, tanto sofreu, ofere-
do Mês de 'Maria. Como penhor de gratidão envio a V. destinq quaisquer donativos que os nossos
A seguir transcreve-se um trêch<! da. da Fátima. cendo-se volunt:àriamente pela satisfação
Rev.• duas fotografias da nossa missão. presados leitores nos queiram mandar para dos nossos ·pecados ao seu Divino Pai
magnífica Pastoral, que traduz a pleda.- Uma é a da Imagem de N. S.• de Fátima socorrer espiritual e temporalmente os po- 10 de Janeiro de 1933.
de ardente e o zêlo admirável do grande O Cónego Penitenciário da Catedral de a quem somos devedores de tudo e por
recebida. aqui por intermédio de V. Rev.•, bres infiéis abrido as suas almas à luz da.
Prelado que ora preside felizmente aos Nami, na: Umbria, D. Michele Cominola, isso obrigados a cumprir os seus manda-
e a outra é a do altar onde está colocada verdade cristã, tanto mais que o zeloso mentos, se até Sua. Mãi SS. tanto quis
destinos do Bi~pado de Coimbra, trêcho prêgou, por ocasião do Natal, na. Igreja
a dita Imagem, feito na nossa carpintaria. Bispo desta região colocou a missão de- sofer, cooperando na. Redenção, indican-
em que o clero e os fiéis de tôdas_ as paroquial de Rocchette, comuna de Torri
Fotografias iguais enviei eu também a baixo da protecção de Xossa Senhora da do através dos séculos o caminho mais
classes e condições sociais são paterna e na Sabina., uma Missão, encerrada no dia
S. Ex." o Senhor Bispo de Leiria. Fátima. 8 de Janeiro corrente. recto do paraíso e há quinze anos pela úl-
veementemente exortados a tomar parte Aproveito a ocasião para lhe desejar Como suave parêntesis na. explanação tima. vez em Fátima, não teremos nós
na. grande romagem que deve ter, se-
gundo a vontade do nobre Antístite, um
um novo ano cheio de prosperidades e de FÁTIMA NA BAVIERA das grandes verdades Cristãs, S. Rev.• obrigação, o dever de cumprir os man-
triunfo para Nossa Senhora da Fátima. Perto da. cidade de Augsburg (Ioo.ooo narrou, à massa rural do pequeno centro damentos de Deus e seguir os conselhos
caracter especial e acentuado de repara-
ção e penitência: Na nossa Missão não correm infeliz- habitantes), onde os protestantes apresen- aldeão, os maravilhosos acontecimentos de de nossa Mãi celeste? Vamos pois a Je-
uMaria Santíssima, aparecendo em Fá- mente, as coisas tão bem como ~ria pa- taram a celebre - confissão de Augsburg Fátima. sus por Maria, certos de que nos levará
tima, na. Cova da Iria, transformou és- ra desejar. Em muitas regiões, sobretudo reüniram-se no Santuário de Kobel 12~ Foi grande o entusiasmo daquele povo a gozar eternamente no Paraíso.
se logar árido e deserto num imenso tem- aqui, não tem chovido e por isso iremos peregrinos no dia 13 de outubro passado, simples, cuja devoção a Nossa Senhora. é Às três horas da. tarde começou-se a
plo, talvez na. maior basílica do mundo, ter outa vez uma péssima colheita. A co- comemorando a última aparição de Nos- bem conhecida.. Logo :rgo pessoas do bur- recitação do terço seguindo-se depois a
onde Portugal inteiro deve pedir perdão lheita espiritual seria também mais abun- sa Senhora em Fátima. go assinaram o seu nome num pequeno benção solene com o SS. Sacramento.
e clemência. dante- se tivessemos meios para abrir to- O Rev. Dr. Fischer realizou em Augs- registo e o enviaram ao Reitor da. Fátima Também desta vez o povo acorreu em
Vamos nós todos os que pudermos, va- das as escolas que são necessárias. ~las burg nos dias 4 e 6 de dezembro 2 ma- para ser colocado aos Pés da. Virgem Mã~ grande quantidade. Mons. Reitor apro-
mos a Fátima em espírito de penitên- as necessidades são tão grandes que em gníficas conferências com projecções lu- de Deus, no seu grandioso Santuário. veitou a ocasião, para. agradecer, em no-
cia e reparação; vamos a essa terra sa- vez d? edificannos teremos, talvez, que minosas sôbre a Fátima. Particular curioso: me de Nossa Senhora, a concorrência à
grada testemunhar a nossa gratidão à destrwr. Em 20 de novembro o mesmo incansá- No dia do encerramento da Missão, 8 sua. festa. Mais uma vez cita a mensa-
Mãe de Deus e pedir-lhe que nos condu- Espero, todavia, que a Divina Providên- vel R. Dr. Fischer íêz uma conferência de Janeiro, houve a Primeira Comunhão gem celeste da Virgem SS. da Fáti.ma: -
za todos a Jesus. cia venha em nosso auxílio já que pouco em Hassfurt, cidade de 6oOo habitantes das crianças. Tinham sido diligentemente ((que era Nossa Senhora. do Rosário, que
Vamos... todos os que pudermos, que podemos esperar dos homens. - na sua maioria católicos sôbre a Fáti- p~eparadas 37· Por motivos diversos, 7 viera a exortar os fiéis a mudar de vida
esta manifestação colectiva de fé e amor ~ão se esqueça de se lembrar de mim ma, assistindo 500 pessoas. Ficou exposta nao apareceram. E foram exactamente 15 e que não afligissem mais com o pecado
fará bem aos nossos corações, levantará nas suas oações por ocasião das suas con- à veneração urna estátua de Nossa Senho- meninos e 15 meninas que se aproxima- a Xosso Senhor já tão ofendido! que
as nossas almas. ferências sôbre Fátima. ra da Fátima ida. de Portugal. ram, pela primeira vez, do Banquete Di- recitassem o Rosário e fizessem penitên-
Quem confessa publicamente a l\!aria vinolll cia pelos seus pecados».
Santíssima, Mãe de Deus, confessa a Je- ~ão seri~ urna homenagem, casual tal- Assim terminou a festa em comemora·
sus, e Jesus disse: Aquele que me con-
fessar perante os homens, também eu o
FATIMA EM MALANGE vez, mas nao menos real, aos 15 !llistérios
do S. Rosário, tão queridos da Rainha Ce-
ção do XV aniversârio da. última apari·
ção, e com tal contentamento de todos
confessarei perante meu Pai». (Mat. 10, Nesta cidade de Mahnge, capital do dis- Nossa Senhora da Fátima, leste que triunfa na Fátima?,, que continuamente se nos dirigiam a per·
32). trito do mesmo nome, são veneradas duas Formosa Estréia do mar! ltfarcellino guntar se continuavamos a passar as fu·
Vinde por isso a Fátima... vinde vós, imagens de Nossa Senhora. da Fátima: uma Vossas graças, neste dia, turas férias aqui em Gubbio, para se
na. capela do Seminário da. Missão Cató- Vimos crentes implorar. poder ILais e mais divulgar a devoção a
chefes de família, vinde, mães cristãs;
e no aux:O.io de Maria Santíssima, en- lica dos RR. PP. da Congregação do Es- Fátima em Gubbio ~ossa Senhora da. Fátima.
contrareis o antídoto contra. o veneno da- pírito Santo, e outra na capela do Colé- A ~lissa da Comunid:1de foi, nêsse dia, Gubbio, rJ de Outubro
queles que querem desorganizar o vosso gio-anglo, das Irmãs de S. José de Cluny. celebrada em honra de No~>:1 Senh Jra da O XV aniversário da. última aparição
• • •
lar, contras aqueles que podiam em cor- No dia 13 de Novembro p. p. lá fui en- Fátima, em satisfação dur:1 vot<.. ÍJ.7en<lo de ~ossa. Senhora. aos pastorinhos da Fá-
contrar a imagem de Nossa Senhora. da o celebrante urna pequena alocução, ten· tima revestiu um explendor desusado. A devoção à Virgem SS. da. Fátima,
romper o vosso coração, contra aqueles não se estende sómente a esta reg~ao,
que querem estancar as fontes da. vida. pa- Fátima, no seu altarzinho, tôda rodCflda dente a interessar as educandas pela sor- Apesar da. festa. não ter sido precedi-
de velas e adornada de flôres que as me- te das almas do Purgatório (era o mês da de trfduo solene, devido sobretudo às mas também se vai dilatando com gran·
ra assim dar a morte à sociedade, vin- de intensidade por tôda a Itália como o
de e colocai os vossos filhos sob a pro- ninas internas dispuzeram com todo o ca- da Almas), principalmellte das m~Jis aban- chuvas torrenciais nos dias precedentes,
rinho e arte que a sua devoção lhes ins- do11adas, como recomendára N.• Senhora. a concorrência a todos os actos litúrgi- atestam as continuas cartas e postais que
t~ão da Mãe do Céu, e na vossa casa afluem ao Colégio pedindo imagens, li-
haverá obediência, ordem e paz. pirou. Terminou esta fervorosa devoçãozinha cos foi muito elevada.
vros, quadros, água. da Fátima etc ....
Vinde a Fátima, jovens de ambos os Deve-se isto a duas conferências com Eis um excerpto duma carta, enviada
sexos, vinde; a Mãe de Deus aceitará es- projecções feitas por S. Rev.cla o Snr. por um Sacerdote da. Sicília, contando
sa especial prova de amor e vos alcan- P. Fonseca, incansável apóstolo de Nos- como celebrou o mês de Outubro em
çará fôrças para imitardes as suas vir- sa Senhora. da Fátima. honra. de Nossa Senhora da Fátima:
tudes: - a humildade, a pureza, a mo- A primeira realizou-se no dia 26 de « ... muitas vezes falei sôbre as apari-
déstia... Setembro no Seminário de Gubbio a ções, e no terço rezado em público inter-
Vinde a Fátima, académicos desta que assistiram todos os alunos, suPerio- calava sempre entre os mistérios a jacu-
grande Diocese; vinde, representantes do res e alguns cónegos da cidade. A se- latória: uó meu Jesus, perdoai-nos ... »;
comércio, da. indústria, dos operários, de gunda foi feita no dia 9 de Outubro no fêz-se a novena em preparação do dia
tôda.s as associações de apostolado, de círculo dos jovens da. Acção Católica. A r3; convidou-se o povo a comemorar o
caridade e piedade; e Maria Santíssima esta assistiram, além dos jovens suas fa,.. XV aniversârio da. última aparição com
abençoará os vossos trabalhos e será a mílias e grande quantidade d~ pessoas · a Sagrada. Comunhão; os hinos da. Fáti-
vossa protecção no meio de tantos peri- da. cidade. O Salão estava literalmente ma eram cantados por 'todo o povo. Sou-
gos e seduções. repleto. be que no dia 13 se fêz a Comunhão e
Vinde, rev.doa Párocos e mais Sacerdo- A admiração, quer numa, quer nou- houve prêgação sôbre Nossa Senhora da
tes, vinde a Fátima; e aí mais uma vez tra, pairava sôbre 'todos os assistentes ao Fátima. Na manhã do dia 13 lembrei-me
vos convencereis de que não deveis ter verem passar sôbre o alvo os principais de pedir aos fiéis para que ao meio dia
outra paixão que não seja amar a Deus monumentos da região de Leiria e as se recitasse o Rosário ou algumas deze-
e fazê-lo amar; ai se inflamará o vosso grandes peregrinações. Foi sobretudo na nas, ou mesmo as <<Ave-Marias» em re-
zAlo para a instrução e salvação das al- segunda conferência onde mais claramen- cordação da última audiência de h-faria.
mas que vos estão confiadas, compreen- te se patenteou a admiração, sendo por Eu mesmo andei ~e família em famí-
dendo bem que, como pastores, perten- vezes interrompida. pelas expontâneas ex- lia, por amor a Nossa Senhora da Fáti-
ceis ao vosso rebanho, deveis-lhe tôda. a clamações. A estupefacção atingiu o seu ma, a pedir que efectuassem a minha
vossa existência; aí se fortificará a vos- auge quando apareceram projetados o ideia.
sa coragem para aceitardes todos os so- monumento da Batalha e as grandes pe- Soube depois que cumpriram quanto
frimentos pela salvação dessas almas; aí J"egrinações, abeirando-se de nós vários recomendara. e eu com minha mãi e mi-
reconhecereis melhor quanto o culto fer- Grupo de asiladas educadas pelas Irmãs de S . .José de Cluny, em Angola. dos assistentes, quer numa, quer noutra. nha irmã recitámos, àquela mesma hora.,
voroso de Maria Santíssima é um grande Estão na sua lição prática de agricultura. conferência, a dizer-nos que não sabiam o terço diante do belissimo quadro que
auxilio para conduzirdes essas almas a que em Portugal houvessé tão belos e tão representa a estátua de Nossa Senhora da
Jesus, tomareis a resolução de aumentar ricos monumentos e tanta fé , pedindo ao Fátima do Colégio Português. À tarde
êsse culto nas vossas freguesias, fazendo Nossa Senhora de Fátima é invocada com a Bênção do SS. Sacramento. mesmo tempo que lhes continuassem a agradeci, em S. Domingos, ao povo o
especialmente com tôda a devoção os me- neste colégio desde 1928, sendo, na reci- Brevemente vai ser exposta à veneração fazer mais conferências. ter aceitado e cumprido estas devoções,
ses de Maio e Outubro; ensinareis com tação do terço pela comunidade, interca· dos fiéis, na. monumental Igreja :Matriz O dia 13, que fôra. precedido de cau- narrando-lhe depois a primeira e a últi-
todo o carinho as crianças e os jovens lada. nos mistérios a jaculatória: uó meu da. Missão de Malange, uma bela imagem dalosas e contínuas cbuvas, apareceu ma aparição.
a bendizerem e amarem a Nossa Senho- Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do de ~ossa Senhora. da. Fátima, vinda. de Umpido e alegre, permanecendo assim O mês de Outubro concluiu-se solenls-
ra, promovendo, o mais que puderdes, as inferno; - aliviai as alminhas do Purga- Portugal. até à noite, continuando nos dias se- simamente no dia I de Novembo. O tem-
Congregações Marianas; ai vereis os pro- tório, principalmente as mais abandona- Visitando, num dos últimos domingos, guintes a chuva a caír. :e que a Vrrgem plo, na. função da. manhã, estava reple-
digios da graça operados nos seus con- das». a catequese de Catombe, nos arrabaldes da. SS. da Fátima ao descer à tei'I<\ há 15 to, err. grande parte da. Juventude Cató-
fessionários; ai vereis quanto é grande a Mas só em 1930 foi a imagenzinha en- cidade (a urna hora de caminho) lá ouvi anos, não veio para ensinar o caminho lica. Todo o povo se abeirou da S. Me-
clemência de Maria, quanto é útil pr~ tronizada. no seu logar. Trouxera-a mes- o catequista (se não com muita harmonia, do céu só a Portugal, onde se dignou sa. A Missa foi cantada pela uSchola
ga.r aos pecadores a sua. misericórdia. mo do Sautuário da. Fátima a zelosa e de- com muito entusiásmo) cantar com o nu- baixar, mas a todo o mundo, propor- cantorum» espalhada por todo o vasto
Vamos a Fátima, todos os que puder- dicada Superiora, de regresso da. sua via- merosos grupo de catecúmenos, no final da cionando por isso no dia do XV aniver- templo. De tarde, novamente a igreja
mos; e, com todas as energias da nossa sário da. última mensagem, um fácil se encheu; recitaram-se dois têrços do
gem a Portugal, onde fOra descançar al- instrução,--aqueles popularissimos versos:
a:1rna, com uma só voz saída de milhares acesso ao monte de S. Jerónimo, onde Rosária, sendo o terceiro cantado como
guns meses para refazer as suas fOrças, Sôbre os ramos da. azinheira, êste se comemorava. E o povo engubino
de bôcas, clamaremos: «Esperança nossa, gastas em activo e prolongado labor, nes- de costume. Houve sermão seguido da.
salve. Tu vieste, oh Mãe clemente) correspondeu a êste convite da. Virgem. Ladainha, Te-Deum, e Benção, fechan-
ta nossa tão importante e esperançosa co- Ainda não eram dadas as 6 horas da
Vamos a Fátima, todos os que puder- do-se o mês com o canto do Hino de Fá-
lónia de Angola. Que impressão tão agadável eu senti, manhã já vários dos seus devotos espe-
mos; e, naquela terra santificada pela tima: A treze de Maio ...
Mãe de Deus digamos uma e muitas ve- Actualmente, no dia 13 de cada mês, quando, pouco depois de dar os primei- ravam junt.o da. capela. Às 6 1/2 horas ~ossa Senhora. dignou-se conceder duas
zes: <<Bendita sois vós entre as mulheres, as educandas internas adornam o seu altar ros passos em terras de África, na. cidade celebrou-se a primeira missa. graças: A uma familia que de há muito
porque bendito é o fruto do vosso ven- com as mais lindas flores do jardim da de, Luanda, ouvi cantar na. catedral, en- Seguiu-s\e imediatamente a missa da. vivia no meio de tribulações e trevas
tre, Jesus>>. Missão e cantam com entusiásmo e fervôr t..'í.o repleta de fiéis (sendo os de côr em Comunhão Geral. Ao Ev~ngelho, o Snr.
cânticos em honra de Nossa Senhora da grande número) aqueles mesmos versos, à
levei um dia uma irr.agem de Nossa Se:
A\ Carta Pastoral insere no fim a fór- P.• Fonseca, dirigiu a palavra ao povo. nhora da Fátima. No dia seguinte a Vir-
mula do Acto de Consagração e o pro- Fátima. saída. do Sr.p. Moisés do templo! Começa por descrever a última apari- gem levou-lhe a paz e a luz. A pessoa a
grama dos actos religiosos colectivos da. Lá ouvi, em Novembro, com elDOÇão in- Não há dúvida! Nossa Senhora da. Fáti- ção, passando depois a explicar o Rosá- quem me dirigi Yendo a mudança opera-
peregrinação da. Diocese de acôrdo com traduzível, cantar aqueles versos, tão co- ma conquistou amorosamente o coração de rio assunto já começado a tratar nos me- da. no seu lar, não podia deixar de ma-
o Ex.m• e Rev. 180 Senhor Bispo de Lei- nhecidos em Portugal (aqui então canta- todos os portugueses, mesmo o dos portu- ses anteriores. O Rosário, diz S. Rev.ct&, nifestar-me o seu contentamento.
ria. dos pela primeira vez): gueses de Além-!\br em Africal... é a oração mais bela, quer pelo conteú-
Visconde ds Montelo P.• Cándido Maia do, quer e sobretudo porque encerra em (Continua na pág. 3)
VOZ DA FATIMA 3

GRAÇAS DE No SENHORA DE FÃTIMA Estive 3 meses na enfermaria do Sr. Dr.


Polido Valente, tratada pelos assistentes
Srs. Drs. Camacho e Raul de Sá. No fim
de 3 meses sentindo algumas melhoras, pe-
Já lá vão rs meses sem ter sentido
vestígio algum da dôr que por tanto
tempo me afligiu.
Glória e louvor sejam dados a Nos-
2o$oo; :\faria Dutra - Açores, 2o$oo;
Josefina Godinho - Ourém, 1z8Soo; Ti-
berio Teixeira - C. Daire, 28Soo; Ana
Cardoso -Estremoz, 3oSoo; Emília Mau-
-lhe imediatamente administrados os S. tos di para me deixarem sair do Hospital mas sa Senhora da Fátima.
Tisica bronco-pulmonar Sacramentos. o Sr. Director não queria deixar-me sair Cartaxo - I932
ta - Estremoz, 2o$oo; :\Ianuel Marques
- Oeiras, 72Soo; Frank Caetano - Ca-
- Gavmo Sechi, de três anos de idade, - «Se sou necessária ainda a. meus fi- porque tinha ainda um pouco de febre,
em :\la.rço passado, foi acometido de uma Marits da Conceição Crespo lifórnia, 32$50; Augusto Macedo - Lis-
lhos, - dizia a moribunda ao seu confes- mas dizendo eu que vinha para a Beira boa., rsSoo; Roque Rodrigues - Gôa
tisica bronco-pulmonar. sor - de boa vontade continuarei ainda
Os pais, vendo que o menino emagrecia sôbre a terra; se porém, já não sou neces-
Alta - minha terra natal consegui que
me deixasse sair. '
Tifo e dispepsia rsSoo; Aloísio Viegas - Damão, rsSoo;
Maria Leiria - Algarve, ISSoo; Marga-
de dia para dia e que a doença ~~­ sária, estou pronta. a ir para o Céu: levai- Passados dois dias depois de chegar à Quási no fim das férias grandes do rida Sousa. - Pôrto, ro$oo; :Maria Gui-
necia estacionária, levaram-no à visinha. -me, pois, Senhor!. .. » minha terra comecei logo a sentir-me mui- ano passado, tendo sido acometido por cha.rel - Taboaço, rsSoo; Augustin Ber-
cidade de Sassa.ri para aí consultarem os Nêsse dia, oh! com que fervor redobrá- to mal. Foi necessário voltar novamente uma febre tifoide, pedi à Santíssima nardo - B. Aires, s pesos; Ana Neves
médicos da Universidade Pcdiatrica.. mos as nossas súplicas! ao médico. Virgem me obtivesse a. graça de me res- - Avenca., soSoo; Asilo de S. babel -
No pimeiro exame os médicos atesta- A visita do médico no dia seguinte, deu- Consultei o Sr. Dr. António Augusto dos tabelecer a tempo de regressar ao Semi- Faro, soSoo; Elisio Tocha - Brenha
ram que não podiam pronunciar-se sôbre a -nos algumas esperanças. Temia-se, entre- Santos, de Mangualde. nário de Angra, onde sou aluno, com os ISSoo; José Pinto Rib. 0 -V.a do Castelo'
doença, porque o menino estava muito tanto, que se viesse juntar alguma pneu- Disse-me que a sua opinião era que fôs- demais seminaristas. • 4o$oo; Rosária de Magalhães - Porto:
mal. monia. Assim, entre as mais dolorosas al- se para um Sanatório. Fiquei muito desa- Em pleno estado febril, tomei mais 3SSoo; António Falagueiro - Lisboa,
Foi necessário, por isso, deixá-lo inter- ternativas se passaram os meses, - me- nimada. duma vez ágna de Nossa Senhora e a 2o$oo; Cecília Costa - Cója, Is$oo; Joa-
nado no Hospital das crianças. Depois de ses de angústia para os filhos, e do sofri- Querendo conhecer a opinião doutro mé- febre desceu um pouco. quina da SilVa. - Alandroal 4o$oo; Dis-
14 dias de permanência aí, os médicos de- mento, mas também de grandes méritos dico consultei o Sr. Dr. António da Costa Quinze dias antes da abertura do Se. trib. em Penamacôr, I2SSoo; Hospital de
clararam que o menino tinha uma tisica para a doente que a todos edificava com a Pais, de Viseu. Tratando-me bastante tem- rninário já estava levantado, todavia, Alpedrinha, 6o$oo; Maria Peixoto - Pôr-
bronco-pulmonar, com incerteza de com- paciência e docilidade com que sabia so- po com êle sem encontrar melhoras e ven- receava não obter licença do mMico pa- to, zo$oo; Elvira da Fonseca - Lisboa
pleta cura, e na melhor dos hipoteses, só frer. do-me já sem recunos, recorri a Nossa Se- ra poder entrar com os outros. soSoo; M.a das Dôres Lopes - Fozcôa:
depois de dois anos de assíduo tratamen- Sobreveio depois urna «cistite» com a nhora da Fátima fazendo em sua honra Na sua. primeira visita. depois de me 2o$oo; Puresa Loureiro - Paredes de
to. perigosa conseqüência da ((diabetis». uma novena durante a qual tomava algu- levantar, encontrou-me tão bem que foi Coura, 2o$oo; Ant.° F. Braga - Pare-
Os pais, consternados deixaram o filho A fraqueza era extrema e as insonias mas gotas da água do seu Santuário. logo de opinião que poderia entrar com des de Coura, 2o$oo; LllÍS Abegão -
no Hospital, mas a 17 de Junho a doença terríveis! O médico assistente dizia: - Passado algnm tempo voltei a.o mesmo os demais alunos. Tramagal, 2o$oo; Leonor Manuel - Cas-
agravou-se tanto que se receava a morte ((Se não intervier o sobr~Mtural, não po- médico que ficou a.dmiradíssimo de me ver No Seminário, ainda no primeiro tri· cais, zo$oo; Ana de Deus. P.• - Guar-
dum momento para o outro. A pobre mãe, derá curar-Se; não tem já fOrças; a não ser tão rápida e completamente curada. mestre comecei a sentir umas perturba- da, 4o$oo; M.• Olímpia Margaridar-Pôr-
louca de dôr, volta-se para Nossa Senho- que haja. naquel.: organismo alguma ener- Como já há um ano me encontro bôa já ções no estomago bastante incómod.as. "to, I5$oo; Júlia Pedroso - Bougado,
ra da Fátima. e começa uma novena jun- gia oculta que se disperte com esta vida fui a Fátima agradecer à Virgem Mãe do Tive manhãs quási sucessivas cheio de ISSoo; Angelina Martinho - Sintra,
ifl.mente com sua irmã e duas criancinhas artificial que se lhe inocúla, não vence o Céu a grande graça que me concedeu. nauseas e cheguei a experimentar algu- I5$oo; Margarida do Livramento - Sin-
irmãs do doente. Como é poderosa. a ora- mal; «SÓ a f6rça da oração lhe pode va- Corga -Beira Alta mas vertigens. Um dos médicos que en- tra, I5$oo; Bernardino de Matos - Tou-
ção duma Mãe crente e das inocentes ler! ... » tão consultei disse-me que certamente so- rigo, ~; Filipa E. Serrão - Faro,
criancinhas! Nossa Senhora atendeu-os, e A,«cistite» agravou-se de tal forma que Maria da Co"ceição Andra/U fria de 'lliDa «dispepsia». I5$oo; Maria C. e Castro - Chamoim
na manhã do dia seguinte quando os mé- se teve de recorrer a injecções, intervenais. Tendo procurado os recursos da me- 2o$oo; Elrnina da Cruz - Funchal:
dicos foram visitar o menino, julgando en- Em Agosto, devido a uma. injecção mal Reumatismo dicina ,não deixei de impetrar o auxí- rsoSoo; Fernanda de Melo Lopes--Pôrto,
contrá-lo no fim da vida, cheios de admi- dada, um dos braços começou a inchar e Estando empregada na Pensão de S. La- lio, do Céu, e todos os dias no momen- 2o$oo; José Valente - Almofála, 3oSoo;
ração, notaram que estava melhor:-tinha a febre a elevar-se: - temia-se a gangre- záro, do Porto, de repente adoeci com um to da acç.ão de graças após a Comunhão, M.• da C. Borges - Angra, 2o$oo; P.•
desaparecido a. respiraçã~ ofegante, a. }e- na. ataque de reumatismo que me paralisou pedia ao Divino Hospede que, por inter- André Avelino - Capêlo, 162Soo; Ale-
bre diminuira. e a. afecçao nos pulmoes A 17 do meSm.o mês foi preciso recor- em todos os movimentos sendo necessário cessão de Nossa Senhora da Fátima e xandrino Ramos - Pecegueiro, rsSoo;
(constatada ~los raios X) estava calcifi- rer-se a uma operação, declarando os mé- meterem-me o alimento na boca. Em 27 de de Lourdes, me restituísse a saúde para Neves Nunes & C."'-Feira, I3SS4o; So-
cada. A 4 de Julho a febre desapareceu dicos que a ferida não sararia antes do Janeiro recolhi a.o Hospital de S. António a empregar no seu santo serviço, se isso fia Reis - Elvas, 2o$oo; Distrib. em
completamente. O menino foi reconduzido Natal. Mas, não foi assim, porque nos pri- desta. mesma cidade, e nessa noite às I I fosse do seu agrado. Nosso Senhor ou- Lagos, I3o$oo; Deolínda Mascarenhas -
para a sua terra, fraco ~· mas li~e da meiros dias de Outubro, o braço estava horas, vendo-me · muito aflita, recorri a viu a voz dêste seu indigno servo e ago- N. do Cravo, 17o$oo; Francisco Vargas
sua anterior doença, e hoJe salta., JOga e curado e a. enfêrma sem sinal algnm de Nossa Senhora da Fátima pedindo-lhe mi- ra, de saúde perfeita, escrevo a essa re- - Vilgateira, IS$ot>; Conceição Povoas
corre como qualquer criança que nunca doença. Actualmente mostra-se cheia de sericórdia. dacção rogando a fineza da publicação - Rio Tinto, IS$oo; Adelaide Bastos-
esteve doente. vida, como dantes, e voltou a dirigir e go- E qual não foi o espanto de todos quan- das graças mencionadas, pois o prometi, Lisboa, rsSoo; António da Silva- Sem.o
O próprio menino quando lhe .pergun- vernar a casa de que é o sorriso e a ben- do na manhã seguinte me levantei saindo para maior honra e glória de Deus e da do Pôrto, 27S5o; Celestina de Matos -
tam quem o curou, responde:-<<ÍOl Nossa ção. da cama sem ser amparada por alguém. Santíssima Virgem a quem ficarei eterna- Elvas, 1sSoo; Manuel Morgado -Lisboa,
Senhora da Fátima>>. De então para cá Agradecendo muito penhorada a. Nossa mente devedor e reconhecido. 2o$oo; Valeria da Silva - ll:vora rsSoo;
A doença começada a I3 de Maio po-
traz sempre consigo a imagem daquela ·de dizer-se que terminou a I3 de Oubtbro, Senhora da. Fátima esta grande graça ve- Agua do Alto - S. Mignel - Açores Luiza de Freitas - Caide, s~; Bea-
l\1ãe que o salvou. dia em que nossa mãe, acompanhada dos nho publicá-la para. honra e glória da Mãe José Pacheco de Lima triz Vasconcelos - Lisboa, 2o$oo; Sana-
Codrongianos - Sardenha do Céu e consolação de t<YJos os que so-
Andreana Sotgin
filhos pôde ir, pela primeira vez, à Igre-
ja fazer a prometida Comunhão de Ac- frem. Antrás tório Rod. Semide - Pôrto, 32S5o; Igre-
ja. de S. M.a Madalena - Lisboa, 3o$oo;
ção de graças. Quantas vezes Jesus a ti- .Maria da Conceição de Castro - Porto Um· meu irmão que sofria dores horrí- M~ Barão- Arma~o de Pera, 21$40;
Paralisia, cistite, etc. nha ido visitar no seu leito de dOr! Neste veis motivadas por um antrás, tendo si- Maria Bemeaud - LISboa, 2o$oo; Maria
Sinto-me feliz por PQ<ier, em nome de dia foi ela pagar as visitas ao médico Ce- Tifo exantemático do ob~gado a. recolher à cama, depois
de mwto sofrunento foi resolvido pelo
Caetana - Lagares, 2o$oo; Adelíno de
minha família dar públicas graças a Nos- leste. Encontrando-se minha mãe gravemente Oliveira - Póvoa de Lanhoso, 2oSoo;
sa Senhora da Fátima que, na sua. bonda- ~ossa Senhora da Fátima, que tanta médico que o antraz devia ser lancetado ~ermínia Vasco - Lisboa, roSoo; Etel-
doente com o tifo êxantemático que nela no dia seguinte. Nesta ocasião aflitiva,
de, se dignou alcançar-nos do Coração predilecção tem mostrado para com o meu tomou um caracter muito perigoso por so- vma dos Santos - Lourosa, 2o$oo; José
amabilíssimo de Jesus, a cura verdadeira- Instituto, ao qual se dignou honrar com a pedi com grande coníiança à Santíssima de S. Esteves - C. Branco 2o$oo; Ade-
frer do coração, e tendo-me o médico
mente miraculosa de nossa "Mãe que, na vide~te da Co~a da Iria, proteja sempre feito conhecer que a doente podia fàcil_ Virgem da Fátima que o aliviasse das líno Francisco- Igreja No~. 2o$oo; P.•
idade de 73 anos, nos longos meses da sua. a mmha famlha e Instituto que lhe pro- mente morrer de grave enfermidade re- dores e prometi ir a Fátima agradecer Ab~o Mendes - Barreiro, IooSoo; Hor-
doença, esteve por três vezes no fim da metem eterna gratidão, fidelidade e amor. corri cheia de confiança a Nossa &{nho- à Santíssima Virgem a. graça da cura, tenCia. de Melo - Pôrto, 2o$oo; Joaqui-
vida, recebendo o SS. Viático e a Extre- Roma, 1932. ra d!l' Fátima e prometi à SS. Virgem se não fôsse necessária a. intervenção ci- na Martins - América., I dolar; Maria
ma-Unção. Ada Fontanelli rúrgica. No dia seguinte, graças a Deus Dias - América., I dolar; Aurora Ave-
publicar. esta graça no seu jornalzinho,
Basta. contar simplesmente os factos pa- (Religiosa ds S. Doroteia) se, temuna.da a novena que nêsse mes- e a Nossa Senhora, o antraz tinha reben- lar - América., I dola.r; Distrib. em
ra a gra.ça refulgir clara. mo dia comecei em sua honra minha tado e as dOres diminuído não sendo pre- Mouriz - Pároco de Baltar, 51$20;
Começo por notar que, apenas conheci-
da a gravidade da. doença, todos os sete
Bronco-pneumonia e meningite m~e se encon~ livre de ~rigo. A cisa a intervenção médica, favor êste que
nunca. esquecerei.
Georg Muhr - Wieu, r,so dolar; Dr.
:Maria e Celeste de Jesus Pereira avó e Mae do Céu dignou-se ouvir a. minha Domingos Pulido Garcia- Serpa., 4oSoo;
filhos que criou e tantas boas almas que a mãe de Henriqueta Pereira dos Santos prece, porque no próprio dia em que ter- Quinta do Tronco - Pôrto. M.• Lopes Brás - Lisboa., 2o$oo; Dis-
nós se uniram, voltámo-nos com a maior vimos agradecer reconhecidamente a cu~ mmava a novena, o métlico declarou-a · .l!aria da Glória Seabra Pinto Leite trib. em Varziela., goSoo; Ant.o Luís -
fé possível para Nossa Senhora da Fáti- Longos Vales, zo$oo; P.• Rafael Jacin-
ma, incomendando-lhe ininterruptamente desta cri~nç~ de .3 anos de idade, que 'du- livre de perigo continuando desde en-
rante d01s dtas tivemos quási morta. tão a mel~or~~ progressivamentl\, pelo to - Vila de Rei, 3o$oo; Distrib. em
a querida enfênna. Nos remédios, nos ali-
mentQS, nos actos operatórios e nos dolo- O ~édico assis~nte, o Sr. Dr. Joaquim que rendo mflmtas graças a Nossa: Se- Aos Srs. assinantes Cabeço de Vide, 2sSoo; Feliciana Cau-
pers - Lisboa., 2o$oo; Joaquim da S.
Francisco Alves, de Vila Nova de Ourém nhora da Fátima que nunca. deixa de Lembra-se a todos que a Voz da Fátima
rosos tratamentos usou-se sempre ágna de Carvaho - Sosa, 94$oo; Ermelinda
desenganou-nos por completo. Nós, cheia~ valer aos aflitos que a Ela recorrem com não faz a cobrança das assinaturas pelo
Nossa Senhora da Fátima; e quando a. es- de fé, recorremos então a Nossa Senhora fé. Guimarães - Moçambique, soSoo; Dis-
perança. se alternava com o temor, todos correio, esperando que seus amáveis assi- trib. em Valega, I8o$oo; esmola de Ovar,
a ver se nos valia ao menos até que o Bequião nantes lhe enviem a importância. de suas
diziam: - «Sim, faça-se a vontade de 2o$oo; António S. Dias - Brodosske,
Pai da criança regressasse do Brasil. Je- Herminia Alies Pimenta assinaturas em carta. ou vale de Correio.
Deus! Mas Nossa Senl1ora não pode fazer rsSoo; Ant. 0 M. Português - Brodosske,
sus Cristo dignou-se atender as preces de
fraca figura!»
sua Apada Mãe, e hoje esta. criança que Paratifoide IsSoo; Albino Ribeiro - Brodosske,
E a Virgem Santíssima, na sua bondade
dignou-se conceder-nos o que humanamen- fôra tão doente está completamente bem, Em m~dos de Março de I931 fui Util e necessário tsSoo; Sá Tanoeiro - Brodosske, ISSoo;
Albino de Deus - Brodosske 15$oo;
te não seria _possível. correndo, brincando e crescendo como se acometido pela febre paratifoide. 1.0 - Os pedidos de água devem ser
nunca. tivera estado doente. João Baptista - Brodosske rsSoo; Be-
A grave doença fêz-se sentir precisa- Requeri imediatamente a intervenção feitos ao Sr. António Rodrigues Romeiro neditto Pelegrini - Brod~ke, rsSoo;
mente no dia I3 de Maio, dedicado à sua- Alque.idão de Ourém dum clínico que me tratou oom muito - Santuário Ant.o Jorge - Brodosske, rsSoo; Rosa-
ve recordação da primeira Aparição de carinho e disvélo. Não obstante já 2.0 - Esta' administração não se respon- lina. Simões - Hotel Aurora - tsSoo;
Maria s CelesttJ de Jesus Pereirà eram decorridos ro dias e não havia si-
Xossa Senhora em Fátima. Tinha. nossa sabilisa. pelas mudanças das direcções em Salvadora Marques - Brodosske, 15$oo;
nal de n.elhoras. O médico assistente de-
mãe como de costume, voltado da Igreja Agradecimento sanimou por momentos. Eu, porém, num
cujos pedidos não venha a número da as-
sinatura.
2 esmolas do Brasil, zsSoo; M.• L. Ola-
pa~uia.l onde fôra assistir à Bênção do Estando minha mãe gravemente doente impulso de viva fé, implorei a interven- zabal - Granja, soSoo; Colégio Luso
SS. Sacramento. Todo o dia andou bem. com uma paratijoi~ s congestão pulmo- ção de Nossa Senhora da Fátima pa- Inglês - Itvora, ISSoo; Convento do
De(Xlis da ceia, porém, foi acometida du- nar, durante sete meses conservou tem~ ra. me salvar da morte que se rr.e depa- Bom Sucesso - Lisboa soSoo; n. 0 3S73
ma paralisia facial que, paralisando-lhe o raturas elevadas. Devido à gravidade da rava eminente. Num dos momentos mais VOZ DA FATIMA - Guimarães, 2o$oo; Ana Delf. Perei-
esófago, tomava impossível a deglutição. doença e à sua idade de 66 anos, os Snrs. críticos da minha. doença pedi fervorosa.. DESPE IA ra - América., 6sSoo; Fra.ncisco Lucas
Era um tormento o fazer-lhe tomar uma Drs. José Augusto Veiga da Fonseca. e mente que rr.e dessem a beber água da Transporte... .. . .. . .. . .. . - Fuzeta, 9614s; Teresa da C. Gonçal-
simples gota de água.! Na tarde do dia 21 Ladislau Patrício, fazendo uma demorada Fátima. Papel, comp. e imp. do n. 0 ves - Loanda, IS$oo; Ir. Maria do Li-
de Maio a febre subiu a. 4I graus, sendO- 124 (s6.4oo ex.) ........ . vramento - Dakar, IsSoo; José Dias -
conferência, deram-na como perdida. Nu- Dias depois da intervenção da Virgem
Franquias, embal. transp. Lisboa., ro$oo; José Raimundo - S. Ro-
ma noite em que a crise foi mais inten- Nossa Senhora da Fátima as melhoras
mão, 6o$oo; José Mendes-Telhai, rsSoo;
Fátima em Gubbio sa, não falando nem ouvindo, e ficando começaram a acentuar-se. Hoje, graças etc ............ .
Delfina de Almeida - Fundão, SoSoo;
(Continuaçt!o da pág. 2) sem temperatura algnma, a minha dôr de a )lossa Senhora da Fátima, encontro- Na administração - Leiria
Candida ~rtez - Lisboa, 4o$oo; José
A uma outra família consternada por filha aman~ma subiu ao auge. -me gozando da saúde que anteriorrr.en- Brás - Pôrto, 2s$oo; Maria Júlia.-Itvo-
Mergulhada nessa tão grande dôr, ao te disfruta.va. Estando plenamente con- Total... ... ... 374.!64$17
ver um filhinho nos últimos momentos, ra, 2o$oo; Joana Pedroso - Dafundo,
uma menina correra a consolar, levando- ver que ia ficar sem mãe, mas crente CO- vencido que a minha. cura foi essencial- Donativos desde 15$00 soSoo; P.• José da Costa- Mafra, ISSoo;
-lhe a.o mesmo tempo uma imagem de mo sou ajoelhei junto ao seu leito. Num mente devida à intervenção da Virgem Maria Marcos - Ribaldeira, 2o$oo; Igre-
estase de súplica., pedi a Nossa Senhora Santíssima Nossa Senhora da Fátima, SO- Adelaide F. da Silva - úbidos, tsSoo;
Nossa Senhora da Fátima. Convidou os .Maria E. Garcês - Cascais, 1s$oo; M.• ja de S. Tiago de Cezimbra, Io4Soo.
amargnra.dos pais a recomendarem-se à da Fátima as melhoras precisas; pedi que licito um bocadinho do seu jornal para
salvasse a minha mãe. E se assim acon- a publicação dêste favor. do C. da Rocha - Odivelas, 2o$oo;
\'irgem SS. da. Fátima. Pouco depois o Adozinda Saldanha - Nova. Gôa, 8o$oo;
menino começou a. melhorar e hoje já tecesse iríamos pessoalmente agradecer à 171ácio Cunha •
está bem. Virgem tão grande graça levando-lhe a (Estudante da Faculdade de Ciências
oferta da nossa gratidão. A crise passou. da Universidade de Lisboa).
José M. de J.\.Ia.tos - Alpedrinha, rooSoo;
Júlia de Sá - Colégio da Póvoa, 6o$oo;
Exercícios Espiri-
-Caríssimo snr, tenho lido o jornal,
t.Voz da Fátima>> e compreendo tudo; en- No dia imediato esteve quási todo o dia José Gil - Cadirna, 2o$oo; Laura Bar-
bosa - S. Gens, rsSoo; Prior das Cal-
tuais
tretanto uma grande mágoa me segne: é sem febre, quando de costume todos os
dias tinha de 39 a 40 graus.
Agradecimento das da Rainha, 3o$oo; Elvira Luz - Nos dias 26, 27 e ~s de Fevereiro ha-
que a ((Voz da Fátima» que podia ser o Cheia de reconhecimento para. corr. a Braga 2o$oo; António Lopes da Silvar- verá no Santuário Exercícios Espirituais
orgão de verdadeira e eficaz propaganda Ao cabo de algum tempo não tinha fe- :\Iãe Santíssima, venho, para sua glória
bre alguma, e principiava a entrar em e· cumprimento da minha promessa, pu- Brasil: se,.~; A. M. Lage - China, para os Servitas (homens) a que podeljio
entre nós, não possa ser lida pelo povo. rsSoo; Fr. Bruno de Lima. - Saragoza, também assistir outros homens que se
P~o-lhe e aos seus companheiros que se convalescença. Hoje está completamente blicar a cura completa duma dôr quási
67Soo; Amadeu Simões - Mafra, ISSoo; inscreverem e forem admitidos.
esforce~. para glória da SS. Virgerr., por curada graças à Virgem Mãe.
-contínua. que me sobreveio a um parto l\laria Simões - Mafra, ISSoo; Artur Devem .&Omeçar no dia 2S à noite e
consegutr uma edição da ((Voz da Fáti- Folgosinho - 1932 em 2S de Abril de 1931. Vendo-me ro- Costa - Paris, 38S4o; Guilhermina. Amo- terminar no dia r de Março com a. imposi-
ma» em italiano, porque segurissimamen- deada de muitos filhinhos de tenra ida- rim - Gaia, 2o$oo; P.• Ant. José Jú- ção das Cinzas.
0
te encontrará numerosos leitores. Várias Maria Martins Coelho
de.• e que necessitavam da minha saúde, nior --.: Outeiro, IsSoo; Felisminà Tei- Quem quiser inscrever-se deve dirigir-se
vezes me têm dito que a leitura das ma- Plenresia pedi a Nos.<a Senhora da Fátima que se xeira - Giões, 2o$oo; João .A!b. Cus- a.o Sr. ~eitor do Santuário, pelo mtJnos
ravilhas da. Fáti~a.. uma vez conhecidas, No dia 1S de Setembro de 1930 dei en- apiedasse de mim por causa deles, e, to- tódio - :\Ioledo, 3sSoo; Inácio de Mou- aU ao dw 15 de F evere~ro.
despertam o interesse a todosn. trada no Hospital de S. Marta em Lis- mando algumas gotas de água do seu ra - Lisboa, 2o$oo; ' Mariana Júlia - ~os três primeiros dias da Semana San-
Cimi1111a (Sicília) boa, com uma pleuresia liquida no lado Santuário comecei logo a ter alívios pro- S. Miguel, 2oSoo; 1\taria Teles - llhavo, ta haverá um outro turno de Exercícios,
Sac. .l!ichela11gelo Calcagno direito. gressh"'S. 2o$oo; P.• !'rtanuel Alvernaz - Açores, no Santuário, para ~!édicos.
4 VOZ DA FATIMA

A morte de uma EmJim, asMm. " /oram pauanào 01

filha de Maria
dua • aa 1wro..
A minha sogra chegou e ela, ;6 mail
aflita (nem t.m s6 dia panou tem 'I"Uar
o terço e, ao eabado " 'I"Oidrio, comnouo,
FATIMA A PROVA tomóvel que deixa ver dum lado e
dautro carabtncu em leque, ameaça-
dorcu... •
~ o administrador do concelho e a
Parecendo-nos de grande utilidade es-
piritual para os nonoa leite>rea, não 'I"B·
c Gfll chegando d.Quela hora ae 11ia que
tarda1:amos, ;6 ela perguntatÍa ae não .,.,.
O RESCALDO DUM LOGRO sua escolta,
&tatimot ao desejo de lhaa contar aqui ot •a1:amot o terço) • 4t tr«s • um (I'Uarto
Quem não conhece o seu ódio ves- FOra da.s ordens para não passar
u!timoa momentos e morte ed1/ica11te da
menina Maria da Conceição Pedroz:a Jl.a·
da manh/J começou em 1101:a criu, ma•
de.ta 'Vf'Z, meu Deua, que horror! Come-
A peregrinação de 13 de Maio de go a tudo o que é católico? ninguém da Fátima para. deante.
Uma grande multidão, milhares de
tial Jierreira, de Pedrouçoe. (ll.te comvlc-
tara 19 anoa no dia !! do Dtzemb1'o últi-
r ou logo a diur: •rezem (que eu n4o pos-
so) a contilsllo, acto de contrição o o/i· 1920 Quem ignora que êle é no meio
onde vive o expoente máximo de to- pessoas, enchiam a igreja e o adro
mo e faleceu no diG tB. N éate intuito, pa- cio, m8e•inha, ajudem-me todo• qve eu Constituiu um dos monumentais Nisto vejo eu - continua V. de
receu-llot ainda que o melhor se-ria trans- quero ir bem para Jelt-'&».
fiascos em que, a respeito da Fát.ima, da a acção maçónica disfarçada mas Montelo - a {J'IUZrda r~publicana, de
crev<"T para. aqui a carta em (!'ue a pr6· Di•ia ent4o muitas -r:ezee: cmeu Jeau.e, perseverante? espadcu desembainhadcu, descarre-
pria 111(1;,, dirigindo-se a um wcerdote I!!~ voa amo•. Depois: •Jesus, José e Ma- continuamente estavam a. cair as au-
amigo, conta a morte da
Di• aastm:
•= filhinha. na, o meu coraçllo Voe dou e alma mi·
nha; JeiiUa, José e Maria e.zpire entre V6s
tortdades de Vila Nova de Ourém,
Torres Novas inteira o conhece co-
mo tal e como tal o evitam os cató- gando pancada a torto e a direito
nalguns pactticos camponeses que, d.c
clJeus aabe Quanto agradeço as VOBial a alma minh4; Jet·UI José e Maria 1:aleoi- santarém e Lisboa. licoo daquela vila.
-me na minha agonia; meu Jesus 'eu Vos o homem põe e Deus dispõe, diz guarda- chuvas abertos, f)lhavam me-
pala~ra$ de ambade e as orações pela Estes documentos não veem pois lancólicos pa1U aquilo tudo ... e que,
minha filha, Ela não voe esquêcerd ;unto amo; Santíssima Viro em, ajudai-me G ir o ditado, mas, nesta questão, a auto- senão a confirmar a opinião geral
de Deus. para Jesus.• I•to dito com muito osmor ridade parecia esquécer-se da segun- surpreendidos da agressão inespera-
A minha d6r? Ai I a minha d6r ! ... Maa qt1.e pa•mava, no meio do seu grande so- que vê nele um dos ta.is que ela ma- da, desatavam a correr sem saber
110 meio dela sinto-me imensamente jelis/ tr~mento. da parte. nobra. Não trazem novidade de
Parou um bocadinho e começou a wbir- Dai as tristes figuras que se su- porque eram agredidos.
· Jlou deac-revn·lhe os úttimos diat da
·lhe o estertor; ela <lt-'il arrancGr G e.zpec-
maior. Alg~m se dirige aos guardas a
minha menina, p·oi& só me sinto bem a jeita a fazer.
repetir umpre a merma coila.
Ultimamente Jaltava·lhe muito a ?"esPi·
toração e eu, cheia de coragem disu-
· lhe: •nllo ten.tee, meu amor, porque o n4o Figuras ridículas que, examinadas Os pormenores indagar do que se tratava... Quet-
?"açilo t; ela começou J)or compreender que contegues; POli não 1118 aue se aprozima hoje a sério e a frio, à distância de o Ad.min.istrador recebera e comu- xam-:se de que um homem do povo
uta1:a perto do fim. No dia em que tu a hora de Jesus 11ir buscar-te?• uma dúzia de anos, inspiram pena e nicara as ordens, preparara tudo pa- quena 1Xl</Sar à torça e, como o im-
11J anos pediu a Santa Unção e no dia se- Ftcou. eoceoada, mas redobrou na. ;a.- dó para com os pobres que as quize- ra «esmagar a reacção,. pedissem disso, os ameaçava, e dat
guinte (U) di11e ao nosso Prie>r (q'Ue lhfJ cul.at6nae e de '!"epente dü-771$: •mãe.i-
tro~Uera Nosso Senhe>r) (lUII 11ie11e dar- 'nha, o O/feio•. Ajoelhàmo-noa (elta,am ra.m representar e sobretudo para Mas precisava de tropa, muita aquele alvoroço em que pagava o jus-
·1114 110 dia seouinle ("). • todos os de casa), tt<do me acompanhou com os que se vl.r'am forçad06 a re- tropa. to pelo pecador, como sucede quasi
Este comoveu-se muito, 1:eio tra.er-lhe e, no /un, com o pulto dela agarrado, eu presentá-las. Contra uma parada daquelas... sempre.
·No~o Senhor em 11idtico e deu-lhe o• 1a dizendo: •filha, falta pouco, coragem,
Je1us vem• e quando alguém tentava cho- Andariam todos metidos nisto de Era razoavel... ExPlicado o ccuo e restabelecida a
mait sacramentos. Ela ?"ecebeu-os tão bem
e tão aleore aue por o6sto se a11i.tia a rar alto eu JaeiG sinal para cala1'em. sua. livre vontade? Pediu-a naturalmente, e o Gover- ~ ordem, converso com alguns campo-
tão tocnnt& cerim6nia. Agora começa o /im . Ela: •meu Jew.,
eu I os an~o. meu Je•us eu Vot. amo mui-
A Maçonaria dominava então, por nadar Civil babadinho pela doem- nezes a quem prudentemente aconse-
À tarde, délle mesmo dia, chamei o mé-
dico Que me disse que a acha1:a tão 1»41 to,. mui~o, mt.11to, muito, muito/... ; San- nooso mal, todas as esferas governa- dad.e do seu coperador envia-lhe lho a que se abstenham de passar,
WJe talve1 nem chegasse ao fim da noite. tiurrw ~ lrgem, santos e anjos do Parai· mentais desde o Terreiro do Paço à com a data. de 10-V-920 esta noticia vtsto que é mats merit~rta a obediên-
Calcule ce>mo eu fiquei I Não Jraauejei. 80, tanuf~ vtrgetiB e viuvas, vinde buscar- miserável Administração do conce- telegráfica: Cia a ordens mesmo mjustcu desde
Fui para ;unto dela, embora nada lhe ·llte para Je•us. Não comprefndo. por- lho. No 3 q~ nllo atendam a nossa conseiên-
dissesse, nem ela a mim. Compreendeu o que ainda não tu i para J esua? I A h 1 que
•urpre•a tão agraddvet, (aqui sorTiu·t.e). A Maçonaria (quem o ignora?) « · 78 cm do que a res-istência temerária
e<~u eatado e most?"ou-se sempre muito a1li·
mada. A Concetçdo eetd contente, pensava que atrái com miragens de liberdade que AdminiStrador do Concelho de Vi- Um dos guardcu r~pUblicanos dtz-
À • 9 horas da noite teve uma criu aue deuaua cá alguma coibG mas não deia:a embriagam e estonteiam, capta com la Nova de Ourém - me enttLo num assomo de sincerida-
era de se fugir de ao pé dela. Tivêmoe de a nada, leva tudo, tudo para Je.i.tt, Ainda Vllo ser pootcu sua disposiçao torça de : - Se o senhor soubesse o que
O.BDentar na cama e, nella altura, ela IJerr•; berrt leito!... (tornou a sorrir). enganosas promessas os que se não armada Guarda Municipal '[Xlra ocu- me custa estar aqui!
penaou, e n6a também, que eTa e fim. Age>ra, meu Jesus, aue eu vou comvo• acautelam e depois domina-os e ma- paçllo estrada pontos aw.cmriaàos Cumpro ord(ms e cumpro-cu.à ris-
Pediu (lt.le a ajud~uaemos G '!"esa1' (pe>r· co, coitadinha da màeeinha 1-"0i sofrer nobra-os a seu talante.
que ela mal podia falar com a falte. ave ta11to ! ... Dai·lhe coragem por(l'lle, ae V6a impedindo trdnSíto para Fátima pro- ca: meu creia que cá por dentro tudo
tmha de 'l"elpiração) e dilse: •d'igam G lha. dcrde~ 411es tudo l)Od•m•. Eu dilu-lhe: Oculta-se no mistério e dali envia cisado. isto me revolta/ '
Confi&,ào•. Acabada esta pediu o Acto de •rrnnl;a /Ilha, t~m coragem, 1:ais partir; 06 seus, quer queiram quer não.
(;ontricilo e, em aeguida, começou com ja- o te~t pUIM eúd. a parar meu amor• Asststimoo então ao curioso espec- Governador Civil Eu sou religioso, ienhor, e nllo
culat6riaa mas aemvre Jeaus 4 frente. lllel eu sempre r.heia de cÓraoem. (Det"~ táculo dos tlteres ou robertos de fei- José Dantcu Baracho> compreendo que utilidade haja em
Eu. vi-a tão atlitinha que lhe '!"eaei 0 dabe como eat.ava o meu coração I) estar a prOibir essa pobre gente de tr
Ofício da Agonia.. lato durou uma meia .}) uu,ora, mãe.inha? Então adella, ra. e a 12 na véspera do grande dia te- rezar lá abaixo! ... Isto até dá vonta-
hora, e, panada esta, dil-me ela: •ain- adeut., adeus... • e ficou-te a sorrir. Nem IA Maçonaria mexe os cordéis mas legrafa de novo (n.0 392) sõbre o
dG não foi agora, mas bre1:e ee'l"d•. /o& precllo fechar-lhe os olhinhos, nem a em vez de bOnecos são homens es- de de chorar1...
Oa irmilos eata1:am a cho1'a1' e ekl cha.- b,2ca r~em amarrar os a,ueizos. Tllda a mesmo assunto -Tenho uma irmll, que foi a Se-
mou-oa, J)Tincipia.ndo pelo maia 1:elho, e gente d11 Qbe nunca viu umG caddve1' tllo cravizad06 que ela move. <Administrador C. V. N. de Ourém
lindo, não deitou n em ~~eautr a mail 16· Que triste e profundamente dolo- nhora da Fátima que lhe salvou a
disoo-lhe: .anda cd, não sejas tont inho, vida/
tem eempre muito ;uuinho, lbnca desJ)Te- ve /&umt~~de pelo narü ou bo'a e Qt.tan· Conforme combinaçao ontem aqui
rosa não é uma tal situação!
•e• a no11a aantc 'l"eligião e, quando um do H b611avG não se achava fria tra co-
Pobres loucos! ... comandante da t6rça apenas se pro- E de tacto, pela cara tisnada do
dia pensares em forma?" um lar, vro,ura mo estando a tra118pi1'a1'. ' pobre guarda que ali estava cumprin-
AI unhas, aue ao morreT e1ta11am '1"6·
hibirá qualquer manifestação religio-
uma menina em termoa, não deaea& que
andam nuas e pintadas, mas muito ho- zas, tornaram 4 cllr natural e os lábioe
1'ptaram pe?"/eitamente como quando fi·
O Govêrno e a Maçonaria
sa que será impedida aí, para o que
se retorça posto, e no local, para onde
do ordens, bem contra a sua vontade
deslisava vagarosamente uma gotd.
nesta e 'l"eligiosa, mas que não ee;a a6 '!"e·
ligioaa poraue vai 4 misaa ao domingo. cava ?"ecolhida depois de ?"eceber Nouo Quem mandava era a 1\ti.a.çonaria fOi numerosa torça armada. ~ água que nlio era positivamente
s~uhor.
Não; iuo s6 não é religião. Que p1'atique
Esteve sempre com uma ime.gem de Noe,
não há dúvida.
Governador Civil lrmd daqueLas que esoorriam em
mail. ~ ver a acção dela junto do . Ad-
(Depois qp.is /iCM' 86 com éle e nllo sei •a Senhora do Carmo em cima da mesa borbotões do seu capuz de oleado ...
o at.te mais lhe diria). de cabeceira para, de ve• em quando a ministrador do concelho com os do- José Dantcu Baracho> Era a fé sincera e forte do bom po-
Depeis dilse 4 MaTia de Lourdea: •tu, abraç~,. d beija?", e diaia-me; •ponha-a' de cumentos apresentados no último O primeiro telegrama (n.o 378) é vo POrtuguês que o levava ali a des-
meu amor, t4 sempre humilde, nunca vai- ",Hmetr~• Que ~la. me veja e eu a 11&;G a número.
dosa nem. orgulhoea, Que o Menino Je~~U~ El·t, 11m, maeamha 7• reproduzido tal qual, respeitando ate peito de todas as prohibições e que
nilo gosta de quem tem tail deleito&, e S? meif! dosa sua& grandes afliçõea não Vejamos agora çomo ela chega a a !alta de concordância que não pou- com sacriflcios e lágrimas como as
tv, Nuno, ai bom estudante, não utra· 88. e•auecta de beijar o cruci/fzo que lhe txxlos os sectores. paríamos a um pequeno do 1.0 ano dêsse soldado da Guarda Republica-
aue• papel, apdroa, lapia e tudo o maia d•u o tnr. P.• Rocha (aEt~ último confea- Foi o Govêrno realmente mano- de POrtuguês e que podemos atribuir na punham a mais linda coroa na
aor) que tem indulgencia pa?"a a hora
que pudéres Pot<P0.1', não ?"aiea a m4e.i-
nha, Jooe das mde companhia., e, quan- da morte e flUe foi mesmo beneido pelo
brado? à pressa do telegratista. secular devoção de Portugal à sua.
do alguma 11es 1:irea que vaia cede'!" a Santr. Padre. Absolutamente. Mas aquela cguarda munictpab em Rainha. contra a quel não ha carabi-
qualquer tentaç4o, 'l"ece>rre ce>m U 4 San- O conteaaor dilee-me que tem muita. pe-
na de a n&o ter conhecido hd maia tem-
A 7 de Maio de 1920 enviara o Go-
vernador Civil de Santarém Dr. Jooé
1920 está mesmo a matar... nas nem metralhadoras que possam
tf88imc. Virg em e Ela te ajudará a 'Ven-
cBT.• po~ porau~ a teria feito e8CTB11er algumas No segundo (n.o 392) que era quási resistir.
Danta.s Baracho ao Administrador do ininteligível puzemos duas virgulas,
Mas ilto dito com muita dificuldade
mal muito 18'1"eninhG. Pauado isto, dü-
co11aa, POI& alma como aquelG ainda n4o
encont1'0u. Veio cd, auim aue soube da Concelho de V. N. de Ourém o tele- acrescentámos um a a prohibir {fi- Um benemérito
·me ela: •ai I amanh4 fico aem No111o Se- morte, hontem e celllbrou (pe>r 01'dem do grama seguinte que deu à acção do cando prohibirá) e tirámos um r a Quando anos depois lhe falavam
nhor; s6 h6 ali milaa1 4 moo noite • o t.nr. P .• Durllo) no diG do funeral, por al- Administrador um caracter legal.
Mo1l86nhor amanhll não teTd tempo de ma dela. reforçar ficando retorça. O resto é na Fátima o bom do Administrador
11~r.• Eu di!•e-lhs que eoceqa11e porque ha.- «N.0 356
Este 86 a vt.t e deu a Comunhllo uma do Sr. Governador Civil - a nume- explicava a sua acção.
VIa P'TB1>entdo a Sr.• D. Lucrecia para 0 te• mas ficou a gosta,. muito dela. Hon-
AdministradOr ao Concelho de rosa torça armada e tudo... «Tive medo que aquilo desse em
Sr. P.• Rocha lhe vi1' traser Nosso Senhor tem /ea uma pr6tica 4 miaea allbn a fo1'- superstiçclo e fanatismo e tot porisso
depois doe trés milaas, raso ela eativeue ma como ela morreu. Em!im no meio da Vila Nova de Ourém Da acção dêles na Fátima e Cova
melhor. Ficou animada~ mas sempre mait minha dll1', sinto-me muito ielie. da Iria já Vimos no número anterior. que eu me lá meti,
Stta Ex.c~a Ministro Interior deter-
... Foi vet.tida de 'Virgem com a sua fita E um amigo Intimo entre sério e
ot• menos em afliçiJet. mina que se evite repetiçllo mistifi- A respeito de tudo isso que nada.
Eu 1oelhei-me junto da cama (como fa· d!' Filha de Maria (adoravo·G tanto que a
interessava, na aparência, nem à na- jocoso rematava assim:
•ia ~mpre) e bei;ei-lhe muito as mlf.o1i· caçao ccuo Fátima que se prepara
tmha aempre em cima do tra1:e11eiro) e
«Tens raztlo oh Artur. Quando mais
nhas e caiu-lhe 111uma das miJos uma dG8 foi bei;ada por tllda a gente, como u f ils-
para éste més devendo intimar diri- ção nem ao mundo porque eram coi-
minha• ldgrimas, aue ela beijou, e dil· se umG wnta e.zposta 4 11entraçcto dos sas da Igreja e porque eram contra tarde estudarem bem a tua acçllo
ae-me : •4 uma ld.qTima da minha mileaf,.
gentes e principais responsáveis pa-
/i4ia. H ouve quem lhe tocasse naa mlloa e a respeito da Fátima hliO-de reco-
nha I Neto cho1'e, mlluinh4, não vi que ra não organizar corteja ou qualquer
no& llé& com oa terços e tirasse pétala& os católicos, a imprensa de grande
das Jlllrea (I'Ue tinha na cabeça e lhaa circulação não tugiu nem mugiu. nhecer em ti o mais benemérito de
eu sou do Menino Jeeus? Coitadinha, é présttto religioso sob as penas da L ei tudo aquUo e devem levantar-te uma
m4e, tem 'l"al4o: chore, chore , ao menos chpga11e aos 16bioa
que aplicará em ccuo desobeditncia Apenas um diário da capital o Sé-
dew.ba/a, mas 16 a minha m4eainha tem Porq.u4!, meu DeÚ.7 culo de 14 de Maio de 1920, se digna- estátua.
direito de che>rar; mais ninouAm. Eu n4o remetendo jutso desobedientes com
O que achaTam na minha filha r Nilo Afinal toste tu que sem querer fi-
quero Q~-'4' chorem ao pé de mim, pe>rque autos nottcia devidamente testemu-
ui. Houve peaaoas 'gt"e nunca 'Viram, )101' va dizer na segunda página ao fun-
nllo poderem, um cada1:8T e beijaram a do, em tipo miudissimo: zeste a Fátima.
a carne é fraca e noe últimoa momentos, nhados acompanhados intimações Aquilo deve-se a tb.
posso prendeT-me, • eu ouDTo i1' tllda va- minha filhG e di•em aue ae senti1'am /elf.
'l"a J esua. Depoia pedirei no C41u por todot,
prévicu. Mais determina Ex.m• MiniS-
res. O comercio fechou todo aaui no aítío a 13 de Mato de 1920 Algum bem se lhe deve decerto.
mas peçam muito por mim, aim r :C QUs e o acompanhamento, disem, n4o ha me-tro que éste cusunto seja tratado co- Milagre de Fátima Pelo menos o torná-la mais conheci-
eu POMO, PM quai«UB'I" pett~amentosinho migo directamente sem tntervençllo
m6ria de outro por aqui, e chG11ia bastan- Apenas fOi permitida a entrada da e amada.
de midade, aindG ir esta?" alguns dias te. autrcu pessóas,.
pri11ada do Céu. NIJ.o queTo maie 11fsfta• Esquecia-me de voa diaer que, no fim da na igreja (da Fátima) onde se nota- ~ que Deus escreve <firelto por li-
quCTo deapread~-me de tudo, d6 &.tdo.• ' minha filha da?" o último auspiro, '!"eni· Governador Civil va muita devoçllo, impedindo torças nhas tortas.
- Eu n4o te>rnei G chora?" ao p6 dela e -lhe a oraçllo finai e diue Te Deum la.u- de cavalaria e infantaria da Guarda Só falta agora pOr o remate na
proibi que alou6m o fi# este. As duas ho- damoe, graças V o& dou, mett Deua, pe>rqtle Foi realmente o Govêrno que assim Nacional Republicana, para aqui des-
'l"as da manhã 1'ecebeu No11o Senhor, e&- lWilalte a minha filha para V 6s.. Entllo 4 determ.t.nou? obra e joelhar-se contrito aos pés
t e1:e rempre anciosa aU que chegou o aa- que co1neça1'am aa minhaa !dgrimas. Fui tacadas, que os crentes se aproxtmcu- daquela Senhora que o ama com
cBTdote. eu e a JlGria A noela ([ue a 1:estimo.. Não Decerto. Como se atreveria o Go- sem do local da apartçllo. amor de Mãe e que amorosamente
O 'l"eeto da manh4 não paawu pioT. O quis que ninguém lhe toraase t~mllo n6a. vernador Civil a dizê-lo em docu- Consta que nalguns lugares chega-
dl~ de Natal pauou-o como Nosso Setthor Agora ainto-me doente, porque queria cho- mento oficial se a.ssl.m não fosse? lhe dá a mão salvadora que êle por
ram a prohtbir a saída de vchtculos.,
E não teria o Govêrno protestado, e em correspondOncia de Santarém ignorâncta. queria fazer fechar e que
QUII, Tar mail e as ldorimae n<Io cor'!"em, de
O meu filho. mail 11elho nunca maia modo que sinto maia a dllTo. teimosamente se vai abrindo numa
eaiu de ao p4 dela (era «le e ~tA). NG 1.• Nout'l"a carta dia a m.4t: nêsse caso, contra o abuso de autori- ainda. a 13 juntavam: perene chuva. de graças na terra ben-
f eira cada 11e1 pior, nova crise, e duta •Sofri muito ma& pre/i1'o sofrer 41ate (101· dade do seu subalterno? cForam dispersos d coronhada al- dita da Fátima.
vea mais demorada. Novamente mt4ítat pe por todos os filhos, a aaber Qt.te come- Como é que então não aparece tal guns indivtduos qu,e provocaram a
e>raçiJes e oficio (que ela sempre me
dia). O suor Que a inunda11a corria ~m~.
11•· tem um pecado mOTtal.
... Ent1'ou paTa Filha de Maria no dia 11 documento do Mi.n istério do Interior torça da Guarda Républtcana, sem Um Observador
f i o pelos cabeloe como 88 ti11ease mstido de de•embro de 19!1 • poucos dias depois entre a correspondência r ecebida pe- dizer, é claro, que a provocação con- -------llnlr------
a cabeça numa bacia com doua (id 16 adoecia. No11a Senhora q.ui-la s6 pa?"a Si lo Govêrn.o Civil de 8antarém? sistia apenas num direito que a Lei
se podia alimenta?" por um bule pr6prlo
e, a11im me~m.o, com muita dificuldade).
e para o aeu J eeus•
-Nilo é 11erdade que asrim até apete- ~ muito Simples. de Separação reconhecia, sob o no-
Estes assuntos eram tratadoo por me de liberdade de cultos ...
Oratóna da Fátima
Paseada n.ta no1:a crise, Jica1:a vroat'l"a- ce morrn1
da ma• aempre com pena de n4o te?" lido Para iaao é precit-o também auim 1:i· via confidencial e os documentos lo- Vozes corais e plano ou harmonlum
o fim. 11er e... ter aeeim U1114 mc7e. ... E que as coronhada.s eram da-
Escre1:emot n~ue dia a minha &001'0 pa-
go destruidos. das oom as espadas, como :por ex. A letra, do Sr. Dr. Afonso Lopes Viei-
Ta vir na 11. • feira e ekl ficou contente, ---~·
Provas? por um sargento da Guarda que te- ra, vem em português como foi composta
mar como a 11i11emos cada '~>N maie afli- O texto do telegrama. ria matado um homenzinho, se êste pelo poeta., e traduzida em francês por
ta, çham-ou-se o médico. Ele, ao 114·/a, Pois que quere dizer aquela reco- lhe não apara o golpe com um guar- M.me Guite de Sousa. Lopes.
di.,e-lhe que o melhor em mandar bus-
car um ba14o · de ozioénio para a ali11iar
Fazem mal mendação final? da chuva. A música, do maestro Ruy Coelho, vem,
11m pe>uco. A Voz da Fátima custa em cada mês Cada peça. de correspondência de- como a letra, õtimamente imprenssa tanto
Re8J)orta dela: •nllo quero, Doutor, n4o
quero fugir ao sofrimento pe>raue No"o
dos de menor movimento na Cova da Iria, via pois ser cuidadosamente arreca- Instantâneos as partes corais como o acompanhamento.
Senhor pode ficar tri•.te•. de cinco a seis contos de reis, por isso dada pelo interessado mas, como co Chamamos nós às impressões que Encontra-se à venda no Santuário e na
O Douto?" ficou admirado (é cat6lico) t os que o levam, de gra~. para embrulhos demónio tem uma manta e um cho- dêsse dia deixou ficar no seu livrinho Redacção do «Voz da Fátima».
d iue ll'Ue 'l"eBignação assim ainda não ti- fazem muito mal. calho, ao passo que o Ministro e c:Episódioo Maravilhosas da Fátima::- Será enviada a quem a pedir e enviar
nha encontrado; era a primeira na 8ua Governador Civil se serviam da {1921) pag. 60-'10, o Sr. VIsconde d(; a quantia. de 40..~.
vida de médico.
Como, porém, as aflições fOt$C'TTI. aumen- Manta (e que manta!) o Adminis- Montelo.
tando, cu aconselhei-a a que cruileae~ o
FATIMA À LUZ DA AUTORIDADE trador preferiu o chocalho, e é por Em Vila N. de Ourém:
a?", ao menos pa1'a 11ér BB a a1:6 ainda a isso que hoje podemos tomar conhe-
rncontrava viva, vi8to chegar dai a ho·
f'at-. ECLF.SIASTICA cimento destas coisas que, aliás, fi- .. .carros enormes c:carregados de Fazem bem
A ceitou, mas viu-se que não foi d10 von- cariam para sempre envolvidas no gente a rir como perdida da fiqt(ra A Voz da Fátrma, custa cada mês dos
tade. Qt1ando o m eu pai ou o meu irmao ~ste belo livro do Dr. Luiz Fischer, mistério das alfurj as. do aclministrador que ezt '1Je1o agora de menor movimento na Cova da Iria de
(és te sofre o mais que se pode imagina r;
adorava a sobrinha) iam ;unto dela co-
encontra-se admiràvelmente traduzido em Eram tudo valores entendidos. espécado no meio àa rua ... de pa.Zht- cinco a seis co11tos de ,.eis e vive só ' da
ntovidoe di•ia-lhe&: •não chorem, eu 11ou portugbês pelo Rev. Dr. Sebastião da. Cos- Dantas Baracho ficou célebre. nhas... muito embaraçado ... com um c:1rid<lde dos seus leitores, por isso os qui!
para Je~us e de ld pedirei muito por 1:61, ta. Brites. Triste celebridade ... sorrisinho amarelo a desjra.nmr-lhe a ajudam com suas esmolas fazem muito
mas não t:os esqueçais de pedir por mi11u. Envia-se, livre do porte do correio, a Ao menos é lógico: opera e vive cu comissuras dos lábios ... bem.
:.'\'unca duia: •eu morro•. Era umpre:
11uando fllr para o Céu, ou, quando e-u quem para êsse fim enviar sSoo a.o San· como bOm mação. Vida e ideias ca- No caminho:
f6 r para o J eeus... • tuário ou à Redacção da uVoz da Fátiman. sam-se ás mil maravilhas. c:Passa veloz•. vindo de cima um au- Este número foi visado pela Censura.
Ano XI Leiria, 13 de Março de 1933 N.0 12&

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director • Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Emprlsa Editora: T ip. "União Gráfica" T. do Despacho, 16-Lisboa Administrador. P. António dos Reis Redaco&o • Administraçãor " Seminário de Leiria,

CRúN·ICA DE FATIMA
( 13 de Fevereiro)
te:; de peregrinps a apresentar-lhe E'm seu pera rasgava em farrapos c fazia correr jos com um n-colhimento e um fervor nacional das Conferências de S. Vicente
Os segredos da Virgem nome homenagens de veneração e prei- lentamente nas alturas. De vez c·m quan- edificantes. de Paulo à Lourdes Portuguesa. ,.
Desde que o relâmpago precursor da tos de amor. Dos Pirineus e dos Alpes tlo, algumas gôtas de água calam sôbre No posto das verificações médicas o «Informa-nos a comissão delegada do
primeira aparição da Rainha dos Anjos às vertentes do Himalaia, dos sertões a terra, apagando o pó dos caminhos e dr. Pereira Gens atende os doentes que Conselho Superior para a organização
aos anjos da terra, os humildes e inocen- adustos do continente negro às selvas do tornando o piso mais suave aos peregri- se apresentam a-fim-de lhes solicitar o desta peregrinação que ela se realiza em
tes pastorinhos de Aljustrel, raiou nas Novo Mundo e às plagas da Austrália, nos. cartão de ingresso no respectivo Pavi- 6 e 7 de Maio.
alturas por sôbre a Cova da Iria, Fáti- do Atlântico ao Mar das Indias e ao ~a estrada distrital adjacente à Cova lhão, interrogando-os e examinando-os ~ esta a 4.• Peregrinação Vicentina
ma ficou sendo, em terras de Portugal, Grande Oceano, em todas as regiões do da Iria, num pE'rcurso de cêrca de qui- cuidadosamt>nte, com o seu comprovado que se realiza ao Santuário de Fátima c
um alvo perene de contradição. globo se elevam vozes de júbilo, hinos nhentos metros, vêem-se já, às nove ho- zêlo e a sua nunca desmentida competên- tOdas elas têm marcado pelo cunho de
O espírito das trevas quis, logo de de gratidão e de amor, em honra da au- ras, numE'rosos veículos, <·ntre os quais cia. espiritualidade que as tem revestido.
princípio, apagar o foco intenso de luz gusta Virgem de Fátima, Refúgio dos predominam os automóveis e as camion- Ao meio dia oficial o rev.do dr. Mar- Todos os Vicentinos que nelas se têm
sobrenatural que êsse clarão divino acen- pecadores, Sa.úde dos enfermos, :\fãe de nettes. No vao;to anfiteatro do local das ques dos Santos, vice-reitor do Seminá- incorporado têm reconhecido no seu re-
deu nas cumeadas da Serra de Aire c misericórdia. aparições, de~de o pórtiéo do Santuário rio Episcopal de Leiria, preside na gresso para junto dos pobres que novas.
que, dentro de poucos anos, havia de E, todavia, o poema sublime e mara- até ao Albergue de Nossa Senhora do Ro- capela das aparições à recitação pública fôrças os ajudam na sua cruzada de Ca-
iluminar o mundo inteiro, enchendo-o de vilhoso de Fátima, prodígio incompará- sário, à igreja da Penitenciaria e à es- do tt>rço do Hosário, após a qual se rea- ridade.
alegria, de admiração e assombro. vel de ternura do Coração maternal de cadaria monumental que conduz à gran- liza a procissão em que a Imagem de Outro resultado das preces dos Vicen-
E então, à medida que os dias, os me- Maria, ':linda não é conhecido nos seus de Basílica em construção, circulam gru- Nossa' Senhora de Fátima é conduzida tinos junto da Virgem de Fátima tem
ses e os anos, se sucedem e a devoção à mais belos cantos. nas s uas estânai.as pos de romeiros, sobressaindo, naquela para o Pavilhão. O clero e o povo re- certamente sido o aumento do número de
branca e bela Visão de Fátima se inten-
sifica e se propaga por tõda a parte,
mais admiráveis, nos seus versos mais
comoventes ...
imensa esplanada, a manchà negra da
multidão reunida em frente do altar do
zam o Credo em solene profissão de fé conferências notado nos últimos anos.
e em seguida começa a missa dos doen- Em Lisboa são raras as freguesias que
..
as potências do Inferno desencadeiam os Os segredos que a Virgem se dignou Pavilhão dos doentes. tes, acolitada por um distinto oficial su- não t eem a sua conferência e algumas
ódios mais implacáveis, as campanhas teem três e quatro.
mais ignóbeis e as perseguições mais fe- A peregrinação dêste ano sobrelevará
rozes, contra o santuário que, a breve tre- a todas as precedentes.
eho, viria a ser o Santuário máximo da Decorre o centenário da fundação das
noss.."l Pátria, a gloriosa terra de Santa Conferências por Frederico Ozanam e o
Maria. E seguem-se, formando uma sé- Conselho Superior de Portugal resolveu
rie ininterrupta e interminável, atenta- comemorar êsse centenário com uma Se-
dos de tOda a ordem, que, numa verda- mana Vicentina, de que a peregrinação
deira fúria iconoclasta, visam a destruir a Fátima será o encerramento.
a obra daquela que com o seu pé ima- Oportunamente publicaremos mais por-
culado esmagou a cabeça da serpe in- menores sôbre a organização desta pere-
fernal: a prisão dos videntes, a dinami- grinação, mas desde já podemos informar
tação da capela comemorativa das apa- que a ela presidirá Sua Eminência o
rições, as paródias sacrilegas, as calú- Senhor Cardial Patriarca e que nela se
nias torplssimas, os panfletos de crítica e podem inscrever ilnicamente os Vicenti-
de combate, as proibições das autorida- nos e suas famílias e os membros pro-
des administrativas, os comícios promo- tectores das Conferências.
vidos pelas associações maçónicas e an- A inscrição, que está desde já aberta,
1li-clericais, a intervenção violenta dos faz-se por intermédio d os Presidentes das
altos poderes do E stado e os cêrcos mili- Conferências, que a transmitirá à comis-
tares feitos por destacamentos de infan- são organizadora,.
taria e esquadrões de cavalaria a multi-
dões indefesas de centenas de milhar de
peregrinos.
FÁTIMA NA ITALIA
Mas a raiva espumante do demónio e O ilustre e sábio lente do ~<Pontiílcio
dos SE'us apaniguados ruge impotente con- Instituto Bíblico de Roma,, autor do
tra o trono de graças e de bênçãos que a magnífico livro teLe meraviglie di Fáti-
Rainha • do Céu ergueu misericordiosa- ma,, em que descreve magistralmente as
mente na pequenina nesga de terra desti- aparições da Virgem e as curas miraculo,.
nada a ser a Lourdes portuguesa. sas realizadas na Lourdes portuguesa,
Para essa estância bendita, transforma- escreveu, datada de z de Novembro fin-
da num autêntico cantinho do Céu, vol- do, uma lon~:a e interessante carta a Sua
vem-se, cheios de júbilo e da mais viva Excelência Reverendíssima o Senhor D.
confiança, milhões de almas e corações. José Alves Correia da Silva, venerando
Fátima, pólo magnético espiritual dos Bispo de Leiria, carta, da qual se repro-
crentes, é teatro dos mais admiráveis e <!,?zem aqui alguns pedodos:
mais comoventes espectáculos de fé e de ~<Creio que já escrevi a V . Ex.• Rev.""'
piedade que se têm reálizado sôbre a ter- que o Senhor Arcebispo de Bombaim me
ra. propôs imprimir lá a tradução inglesa
Neste cantinho do Ocidente da Europa FATIMA, 13 DE OUTUBRO DE 1932 - Alguns automóveis estacionando, fora dos muros do Santuário, enquanto das ~<Meraviglie di Fátima,. Já deve es-
até ainda há pouco ignorado repetem-se, os peregrinos estão satisfazendo suas devoções. tar pronta; logo que o esteja, mandar-se-
como em Lourdes, a mística cidade dos
Pirineus, para glória de Deus, prestígio
d:l Igreja e salvação das almas, as sec-
nas bíblicas da Palestina de há vinte
confiar aos videntes reservam de-certo
para o futuro surpresas reconfortantes e
Durante horas a fio, naquela manhã
fria e chuvosa, os sacerdotes. que ocupa-
l
perior do nosso brioso exército. À esta-
ção do Evangelho, sobe ao púlpito o
-lhe-á. Se depois aparecer quE'm a impri-
ma em Inglaterra, também não haverá
dificuldade. Prometeram-me fazer uma
tradução .em polaco até ao fim dêste ano.
profundamente consoladoras, e inefáveis vam os confessionários da igreja da Pe- rev.do dr. Galamba de. Oliveira, profes- Vamos a ver.
séculos. mistérios de expiação e reparação desti- nitenciaria, graças a Deus, não tinham, sor no Seminário Episcopal de Leiria, Por aqui na Itália a devoção vai-se
Os cegos vêem, os surdos ouvem, os nados a prepará-las se estão reali7.ando como se costuma dizer, mãos a medir. que pr~ga um substancioso e eloqüente
mudos falam, os paralíticos andam, tO- propagando, como o ~<Comité pro Fáti.
no recinto inviolável das consciências. Centenas de homens c rapazes suce- sermão sôbre a solenidade do dia Jitúr-
da a sorte de doenças e enfermidades são ma, terá informado a V. Ex.• Rev.m•,.
Almas de élite imolam-se conti.nua- diam-se uns aos outros, em séries sem gico no Patriarcado de Lisboa - a come- Duma carta do rev.do António Antu-
curadas e o Evangelho é pr~gado aos mente sôbre o altar em união com a fim, de joelhos junto do reprcsent~ntc moração das cinco chagas do Divino Re- nes Borges, aluno do Colégio Português
pobres, que têm fome e sêde de ver- Vítima divina para fazerem violência ao
dade e de virtude. · de Deus, no sagrado tribunal da Peni- dentor simbolizadas nas quinas da ban- em Roma, para o mesmo ilustre Prelado,
coração de Deus e atraírem sôbre a ter- tência, para alcançarem o perdão das deira da Pátria.
Do Céu chovem graças a flux sôbre as transcreve-se para as colunas da uVoz de
ra torrentl;s de graças e misericórdia. suas faltas e irem, reconciliados com o Terminada a missa, é dada a bênção
a!mas bem dispostas e as consciências ilu- Fátima, o seguinte trecho:
O fermento divino, que a Rainha dos Divino R<'i de amor, receber o seu abra- a cada um <los doentes e a bênção geral
minam-se, os corações comovem.-sEj, os ~<A devoção a Nossa Senhora vai-~e di-
Anjos depôs com as suas mãos puríssi- ço à mesa eucarística. a tôda a multidão, efectuando-se por fim
ímpios rendem-se, os pecadores conver- fundindo com grande intensidade, não só
mas junto à azinheira sagrada, está le- As horas passam rápidamente e as a última prociss.i.o, destinada a repôr a
tem-se e os justos avivam a sua crença.. por aqui, mas por tôda a Itália. Ainda
vedando, dum modo portentoso, embora mulheres debalde aguardam que acabem veneranda imagem de Nossa Senhora sO-
e afervoram a sua piedade. há pouco recebi da Sicília uma carta dum
ainda invis!vel, os corações dos indiví- as confissões' dos homens. Estes parecem bre o seu trono de amor e misericórdia
. As multidões acorrem cada vez mais sacerdote de quem já falei a V. Ex.•
duos e as entranhas das sociedades. ser cada vez cm maior número e, às na capela comemorativa das aparições.
numerosas à Cova da Iriá., a devoção Rev.ma noutra carta, dizendo ter lido aos
Portugal e o mundo serão salvos pela quatro horas da tarde, os confessionários
à Virgem de Fátima invade as cidades, fiéis o livro do Sr. P.• Fonseca, no quin1e·
vilas e aldE'ias, empolgando todos os co-
Virgem de Fátima ... ainda estão CE'rcados de fiéis cm jE'jum, Peregrinação Nacional Vicentina a nário que precede a Assunção, e pedindo
ansiosos por comungar nesse dia no San- ao mesmo tempo que lhe enviasse estam·
rações, e os povos, tomados de pasmo
à vista de tantas maravilhas divinas e
O dia treze em Fátima tuário. Fátima pas grandes, porque o povo queria ter em
confiados na bondade maternal da Rai- O dia treze de Fevereiro amanheceu Entretanto celebram-se missas nos di- Do diário católico de Lisboa ~<Novida­ casa a imagem de Nossa Senhora de Fá-
nha do Céu para com todos os seus fi- triste frio e chuvoso. Logo às primeiras ferentes alta~es., ao passo que os fiéis, des>~transcreve-se a seguir uma local pu- tima. Na mesma carta anunciava que
lhos, volvem os olhos da alma para a horas' da madrugada. o· céu st! cobriu de cbt·io,; de fé viva e piedade arJente, re- blicada no seu número de 5 de Fevereiro continuava a preparar o povo para a fes -
. Lourdes portuguesa e enviam contingen- nuvens que uma aragem ligeira mas ás- , zam t· r:wt1m ou recebem o Pão dos An- último acêrca da próxima peregrinação ta de Outubro.
2 VOZ DA FATIMA
Apareceu também aqui uma revista- a celeste Rainha dos portugueses, que é gio. Umas vezes com palavras de doçu-
..Maria in Famiglia» - onde dorávante cada vez mais venerada, mais querida e ra e outras com ameaças de violência
Consagração da diocese de Coimbra
se publicarão todos os meses duas pági- mais glorificada, nas cinco partes do procurou o monge conquistar o coração
nas sôbre Fátima, se houver tempo. mundo, graças aos apóstolos das suas da sua discípula. Como, porém, nada
ao Sagrado Coração de Maria San-
Dêste modo se satisfará aos constantes pe- graças, dos seus prodígios, das suas mi- conseguisse min.istrou-lhe secretamente
uma poção misteriosa tendente a fazer-
tíssima.
didos que de tôdas as partes n~s diri- sericórdias e do seu amor.
giam pedindo-nos a <~Voz da Fátima» em -lhe inchar o ventre. Em seguida come-
italiano Nesta mesma revista começou- Visconde de Montelo çou a língua perversa de Remigio a com- Dü:\1 ~IA..."'\UEL LU!S COELHO DA n
SILVA, POR ~tERcr DE DEUS E
-se já. ~ publicar uma reprodução d = pletar a sua vil acção. Em vão procla-
DA SA.''HA S~ APOSTúLICA BISPO
à1aria Santíssima é Mãe de Deus. Dela
peça musical cm três quadros, tendo co- mava Iria a sua inocência. Por fim aca- nasceu jesus; (5) no seu seio imaculado
bou também Brit"lldo por dar ouvidos à DE COD1BRA. o Verbo de Deus, a segunda Pessoa da
mo actores os três pastorinhos, o admi-
nistrador de Vila Nova de Ourém e um calúnia e enfurecido por aquilo que jul- Ao Rev.mo Cabido, Rev.mo. Arcipr~stes. Santíssima Trindade, assumiu a nature-
côro representando a ..voz de Nossa Se- COVA DA IRIA gava uma traição e um perjurio da San-
ta mandou-a assac;sinar secretamente por
Rtv."" Párocos e mais clero e fréis, nos- za humana. •
Sendo por isso Jesus verdadeiramente
nhora»: Esta composição começou a pu- sos amados diocesanos - Saúde, Paz e
blicar-se em Julho passado, mas apenas Do artigo do jut~do do uBote von Fá- um soldado de seu pai e lançar o seu Deus e verdadeiramente homem, forman-
Benção em j esus C1'isto nosso Senho,. e
há dias tivemos conhecimento dela. Ain- tima» - Mensage~ro da Fátima, na Alll'- corpo ao rio. Salvador. do pela união 'rupostática dessas duas na-
manha, traduzimos e publicamos o se- Foi em 20 de Outubro de 653. A cor- turezas uma só Pessoa, 1\.f.aria, Mãe de
da não terminou.>> guinte: rente arrastou o cadáver até ao lugar on- Caríssimos Cooperadores jesus, é realmente Mãe de Deus.
A maternidade divina, baseada na Sa-
FÃTIMA NA INGLATERRA de hoje é a cidade de Santarém, cujo no-
uRefere uma velha legenda portugue- me é uma corruptela de Santa I rene. e Diocesanos: grada Escritura e na constante Tradição,
Em data de 16 de Junho do ano pas- sa que no tempo do arcebispo de Braga, I foi definida solenemente no concilio de
sado o rev.do F. M. de Zulueta escreveu S. Fructuoso, vivia num convento, em • • • Pouco mais de ano e meio depois da
~féso, de que ainda há pouco se celebrou
de Roehampton, Inglaterra, ao proprie- Nabâ.ncia {Tomar). uma linda e santa Uma das particularidades de Fátima o XV centenário com o maior brilho tm
tário e director da «Voz da Fátima>>, co- freira chamada Iria ou Irene. A supre- consiste nas numerosas covas espalhadas minha entrada aqui como Bispo de Coim- tôda a Igreja; e, como recordação dêste
municando-lhe a notícia duma graça ma aspiração da sua alma consistia em à volta do lugar que Nossa Senhora es- bra, pela minha Pastoral de 19 de janei- centenário, o Santo Padre Pio XI decre-
temporal obtida por uma pobre_viuva d~­ santificar-se e instruir-se. colht>u, em 1917, para local das suas apa- ro de 1917 (x) consagrei esta Diocese ao tou para todo o Orbe Católico o Oficio
pois de ter invocado a protecção da mi- Era seu mestre o monge Remigio, do rições. Assim, a leste do Santuário, exis- Sagrado Coração de Jesus, e tive a feli- e Missa dessa Maternidade, para o daa I r
sericordiosa Padroeira da Lourdes Portu- convento de Santa Maria, de Nabância, tem as cóvas denominadas do Chão Bar- cidade de vêr os ótimos frutos dessa con- de outubro de cada ano (6).
guesa. A carta é do teor seguinte: que tinha como abade seu tio Célio. Uma reiro, da Cebola e do Zambujo; a oeste, sagração. Maria Santíssima é Mãe de Deus; é ês-
"Para a glória de Nossa Senhora de única vez por ano abandonavam as frei- a Larga e a das Tormentas; a norte, a O meu acto, porém, está incompleto. te o princípio e motivo de todos os seus
Fátima envio a V. Rev.• esta informação Devia já ter feito explicitamente a con- previlégios, incluindo o da sua Imacula-
duma graça temporal obtida depois de sagração da Diocese também a Maria da Conceição; é êste o fundamento de to-
novenas feitas em honra de Nossa Senho- Santíssima. Deus uniu inseparàvelmente do o seu poder no céu perante o seu Di-
ra de Fátima. no tempo e para a eternidade os Sagrados vino Filho.
Uma pobre viuva do povo, de saúde Corações de j esus e de Maria. Não sepa- Que poderá êste recusar a sua Mãe?
bastante precária, desejava ardentemente remos nós o que Deus uniu. :E:le que disse - honra o teu pai e a tua
ser admitida no Asilo das pobrezinhas, Esta omissão não foi devida à falta mãe! (Mat. 15, 4).
dirigido pelas Irmãs de Nazaré, na cida- de devoção para com Maria Santíssima. Maria Santíssima portanto pode prote-
de de Manchester, Inglaterra. Tive sempre uma devoção muito tema à ger-nos.
Ela não tinha, porém, os recursos su- nossa Mãe do Céu. Bebi dos lábios da Maria Santíssima, realmente Mãe na-
ficientes para essa admissão. Então acon- minha boa mãe da terra aquele benditís- tural de Deus, é por isso mesmo mãe
selheia-a a que fizesse uma novena a simo nome, e a Ela recorri sempre duran- espiritual dos homens.
Nossa Senhora de Fátima. te a minha vida. ~ mãe dos homens porque nos deu J e-
No fim desta novena, solicitou o au- Depois de Bispo invoquei-a fervorosa- sus, nos.c;o Redentor e Salvador, e por
xilio do Senhor Bispo de Salford, dioce- mente logo na minha primeira Pastoral meio dêle nos fêz nascer ~ a vida so-
se a que pertence Manchester. Como (abril de 1915) (2). e propaguei quanto brenatural. 1\f.aria, ao gerar Jesus na I n-
não obtivesse resposta, repetiu a novena, pude o seu Escapulário do Carmo (3). carnação, gerou juntamente com êle to-
e, durante ela, duas I rmãs de Nazareth ~as Comunhões solenes a que presidi (e dos os homens à vida da graça.
procuraram-na para lhe comunicar que o não foram poucas), recomendei sempre O jiat ou consentimento da I ncarna-
referido Prelado tinha falado com a reve- às crianças a devoção e amor à Santíssi- ção involvia já o fiat do Calvário. Maria
renda r.fad.re Superiora, e que ela estava ma Virgem, especialmente a jaculatória era mãe de Jesus. não duma pessoa par-
admitida. - O Maria Santíssima, minha boa Mãe, ticular, mas de Jesus Redentor e Salva-
Talvez interesse a V. Rev.• ter conhe- jaze• que eu hoje não cáia em pecadc dor (7).
cimento de duas brochuras em inglês só- mortal - com a prática das três Avé- A Incarnação, para a qual foi pedido
bre as aparições na Cova da I ria, uma ·.lfarra, que se está agora propagando ge- o consentimento de Maria é a Incarna-
que foi escrita por Mrs. Concannon, dou- ralmente. ção R~entora; donde res;utava logo pa-
tora em letras, e ultimamente publicada As Constituições do Bispado, de q ue ra Man~ Santíssima uma participação
pelo «Apostolado da Oração>> em Du- muito esperava e espero para o bem des- nos sofrimentos do seu Divino Filho e na
blim, I rlanda, e outra que está sendo ta Diocese, foram por mim colocadas sob sua obra de R~entor e Salvador.
.. preparada para a <tCatholic Truth Socie-·
ty>> inglesa pelo signatário desta carta>>.
o patrocínio de Maria Santíssima; pus-
-lhes a data final de 15 de agosto de 1929
Consentindo em ser mãe de Jesus, pe-
lo mesmo acto consentia em ser mãe de
(festa de Assunção de Nossa Senhora); todos aqueles que deviam fazer parte do
promulguei-as a 8 de dezembro seguinte
«Mensageiro de Fátima» (festa da Imaculada Conceição). e a sua
seu corpo místico {8).
u~o mesmo seio de Maria, diz o San-
Em suplemento à revista semanal «A impressão tinha sido concluída no mês to Padrt> Pio X (9), o Verbo não sô to-
Sentinela», de Basileia, saiu já o segun- do Rosário anterior. rnou a carne que uniu a si hipostàtica-
do número do mensário alemão «Mensa- E nessas Constituições inculquei. quan- mente, mas,além disso, assumiu um cor-
geiro de Fátima>>, cujo aparecimento a to me foi possível, o culto da Mãe de po espiritual formado por todos aqueles
«Voz da Fátima>> anunciou com justifi- Deus, e êsse mesmo culto procurei defen- que haviam de crer nele; de modo que se
cado alvoroço no número de Dezembro e der na última Pastoral contra o Protes- pode dizer que, tendo Maria em seu seio
festejou com o mais vivo júbilo no nú- tantismo. o Salvador, trazia também todos aque-
mero de Janeiro. ~ tão magnífico o seu r-tas... mas não fiz explicitamente e so- les cuja vida estava encerrada na vida
aspecto gráfico, como são interessantes lenemente a consagração da Diocese ao do Sa!vador. Todos, pois, quantos esta-
os assuntos que versa e esplêndidas as Sagrado Coração de Maria (4). e dessa mos Incorporados em Jesus Cristo, do
gravuras que o ilustram. falta venho agora penitenciar-me; essa seio de Maria nascemos à maneira do
Além de diversas correspondências falta procuro agora remediar. corpo unido à sua Cabeça; pelo que dum
acêrca do culto de Nossa Senhora de Fá-
tima, enviadas de vários pontos da Ale-
manha, onde êsse culto está tomando um Nossa Stnhora da Fátima 110 Santuário do Santíssimo tia! programa da Cova da Iria. Se as- Em conseqüência disto os livros do
incremento extraordinário, insere dois Salvador, em Holljeld, antiga e pequenina Cidade srtuada a sim fôr o mundo de hoje atascado no Rev. P.• Fonseca e de D. Rolando são
longos artigos, um sôbre a «Cova da 30 qualómetos ao Oriente de Bamberg. lodaçal do vicio e do prazer converter- procuradfssimos.
Iria», e o outro sôbre o livro do rev.do Em 1007 o Santo bnperadcr Henrique II criou o bispado -se-á numa grande e feliz Cova da Paz. Os bons namenses pedem a caridade
dr. Luis Fischer, uAs aparições de Fáti- de Bamberg para cristianizar e germanizar os Eslavos pa- Quem quizer fugir ao castigo de Deus duma uAvé Maria» aos piedosos portu-
ma», prestes a sair do prelo. gãos que habitavam naqueles arredores- uUt Slavorum pa- inscreva no seu coração êste celestial pro- gueses que lerem estas linhas no gracioso
Na primeira página estampa um lindo ganismus inibi <kstrucretur... >> grama e deixe-se conduzir pela mão bem- jornal que não é apenas uVoz» mas um
trecho duma das imponentes procissões Di.r a tradição que um pobre pagão eslavo viera ao si- dita de Maria>>. uLivro» poderoso de reconhecimen to e de
·.<Je Nossa Senhora, que se realizaram na tio onde hoje se eleva o Santuário e que ali lhe aparecera glória; e esperam confiados a benção da
<:ova da Iria em treze de Maio de 1931 o Santíssimo Salvador. Augusta Rainha do Céu.
e em que tomou parte quási todo o ve- Narrada esta aparição ao Clero de Hollfeld baptizou-se
nerando Episcopado Português, q ue com e morreu Cristão. Desde esse tempo o Santuário, cuja Igre-
a sua presença deu um realce e uma im- já ti linda, é antro de m uitas peregrinações. FÁTIMA EM ITALIA (Ma ralino)
ponência extraordinários às manifestações O culto de Nossa Senhora de Fátima Em carta particular de 8 de Dezem-
de fé e piedade de que Fátima naquele vai-se unindo cada veT. mais a t6c1as as bro o Rev.mo Cónego Penitenciário, Mi-
dia foi teatro. ras a sua clausura para irem assistir aos • da Pereira, e a sul, a dos Outeiros, a da
offcios divinos na Igreja de S. Pedro Raposa e a das Parreiras. festas em honra da S.S. Virgem. chele Caminola de Narni diz: uAprou-
Vê-se distintamente nessa gravura a Eis como o correspondente de Narni- ve a Nossa Senhora servir-se de mim pa-
de Nabâ.ncia. A única cova que possue um nome no-
nobre e esbelta figura de Sua Eminência
o Senhor Cardial Patriarca de Lisboa, se- Numa dessas ocasiões foi vista por Bri- bre e distinto é a da Iria, precisamente -Umbria - nos descreve a festa da !ma ra fazer grande bem às
almas. Tive oca-
taldo, filho único do Conde Castinaldo, a escolhida por Nossa Senhora para local culada Conceição: sião de sentir grandes consolações de que
guindo à frente do andor da Virgem, con- rendo graças a Nossa Senhora da Fáti-
duzido pelas servitas vestidas de branco, senhor de Nabância. O nobre mancebo das suas aparições. Narni, 8 de Dezembro ma.
e abençoando a multidão dos peregrinos, sentiu-se irresistivelmente atraído para a ~ possível que esta cova tivesse per-
que se ajoelham à sua passagem. linda I ria. tenci<lo outrora a uma pessoa com o Rev.m• P.•
Na terceira página vê-se a reprodução A paixão que dêle se apoderára fê-lo lindo nome de Iria, mas não repugna na- Hoje com enorme concurso de povo:
da scena mil vezes repetida e sempre no- cair em tão profunda melancolia que se da a acreditar que o nome lhe provenha que desde o primeiro dia da novena fo1 O CULTO A NOSSA SENHORA DE
va, sempre bela e comovente, da bênção chegou a reciar pela sua vida. directamente de Santa Iria por êste ter- sempre aumentando, concluiu-se solene-
dos doentes, no dia treze de Outubro do Os médicos mais afamados da época reDD ter sido pertença de sua família. O mente a comemoração anual da Imacula- FÃTIMA NA INDIA
ano findo, dada por Sua Ex.• Rev.ma o não atinavam com a causa da doença, lugar do seu nascimento (Tomar) dista da Conceição, estando presentes S. Ex.clu
Senhor D. José Alves Correia da Silva, pois o mancebo a ninguém ~elára o se- apenas 20_ 9uilómetros de Fátima.
Bispo de Leiria, e em que a umbela era grêdo da paixão que o consum1a. De pos1tivo, nada se sabe a êsse res-
Rev. mu Mons. Cesare Boccolesi, Bispo
de Temi e Narni e Mons. Paolo Galeazzi,
Carta de Malabar
levada pelo sr. Tenente Carvalho Nunes, Sobrenaturalmente advertida, e cheia peito, .mas o que nenhum português igno- Bispo de Grosseto. Recebemos de Cochim um opusculo em
ajudante de ordens de Sua Excelência o de comiseração pelo mancêbo, saíu a ra é que santa Iria é uma heroína de Uma caraterística especial veio tomar inglês intitulado uOur Lady of Fatima>>
Senhor General Carmona, Presidente da santa do seu convento e acercou-se do pureza. mais atractivos os argumentos dogmáti- (Nossa Senhora da Fátima) no qual o
Repóblica. leito do enfermo a-Iim-de o consolar e Neste nome pode considerar-se um do- cos sôbre o milagre e mistério da Imacu- zeloso Missionário Rev.do J . :Martins, da
Grato e comovido, o uMensageiro de dissuadir dêsse amor pecaminoso e ter- pio símbolo. Como Cova da Iria é o sim- lada Conceição de Nossa Senhora, carac-
reno. Então Britaldo, com palavras re- bolo da pureza, e como Cova da Irene Companhia de Jesus, conta as Aparições
Fátima» fecha a sua terceira página, di- terística que consistiu na descrição diária de Nossa Senhora na Fátima e rehta cu-
~endo que a irmã mais velha uVoz de passadas de dor, exclamou: uSe tu ai- (Paz) é o símbolo da paz. do culto e manifestações no grandioso ras extraordinárias, graças obtidas pela
Fátima» escreve no número 124 de 13 guma vez, ofereceres a outro o coração P~rque raz!io tc;ria Nossa Senhora es: Santuário mariane> da Cova da Ira. intercessão de Nossa Senhora quer na
de .Janeiro último, àcêrca do seu irmão que me recusas a mim serás atravessada colh1do esta m6sp1ta montanha para dali Agradaram até ao entusiasmo as breves Fátima quer em Cochim.
mais novo o «Mensageiro de Fátima>>, as pela minha espada pois não és digua de falar aos filhos sens? ·- práticas com que o orador descreveu as
viver mais um instante». ul..onge de Foi para lhes oferecer ocas1oes em bar- Na secção respectiva reproduzimos al-
palavras que a se!!Uir reproduz em desta- aparições, as curas e as conversões.
mim o pensamento, ó meu irmão, res- da de fazerem penitência e por meio de- gumas dessas graças a favor dos devotos
que e que são estas: uPedimos aos nos- Agradou também muito a aproximação de Cochirn.
sos queridos leitores as suas orações pa- pendeu a donzela, de te oferecer a ti ou la combaterem o espírito de sensualidade que o orador fêz de Santo António de
ra que o novo órgão das glórias de Ma- a alguém um coração já oferecido a e de prazer, e ainda para restabelecer de O livrinho trás o imprimatur do Rev.
Pádua e Nossa Senhora da Fátima: a Administrador Apostólico Fr. D. J. de
ria na Fátima atráia as almas e as aque- Deus>>. Em seguida poisou-lhe as · mãos novo entre os homens a pureza e a paz coincidência das duas devoções no dia 13
ça no amor de Deus por intermédio da sObre a cabeça, orou por êle e voltou de que Iria e Irene simbolizam. Nazareth.
do mês; os treze anos que passaram en- O culto a Nossa Senhora da Fátima
Boa ~lãe do Céu». de novo para o seu convento. O celestial programa da Cova da Iria tre as aparições e a aprovação episcopal
Consta que o ((Mensageiro de Fátimau, A" partir dêsse momento recuperou Bri- consiste pois na subjugação da sensuali- tem tomado tamanho desenvolvimento
do culto de Nossa Senhora da Fátima; que os católicos pensam em levantar em
~ição alemã, cuja tirage~ é de c_êrca de taldo a saúde e abandonou o seu leito de dade e do prazer por meio da oração e os nomes do baptililllo dos pais de Lu-
quinze mil exemplares, vaJ ter mwto bre- dor. da penitência. Cochim um Santuário e continuar periO-
cia: "António.e Maria. dicamente a publicação de brochuras só-
vemente uma edição francesa. . Dois anos decorreram. O demónio, que Que os povos da terra recebam, com
bre a Fátima.
Bendita seja Nossa Senhora de Fátima, não dorme, apossou-se do monge Remi- humildade, das mãos de Maria o ceies- • • •
VOZ DA FATIMA a
ça, graças que quero agradecer a Na&- cimentos no est-ômago e intestinos de
modo espiritual e místico, mas verdadei-
ro somos chamados filhos de Maria, e
e!~ é mãe dos membros de Cristo que so-
mos nós».
GRAÇAS-DE Na SENHORA DE FÁTIMA Começou então um tratamento rigo-
sa Senhora da Fátima.
ValpiiSSa&-Sonim
Manuel Joaquim
que sofreu durante 11 ano.. Acradeoe
também a cura de seus sobrinhos Ama-
ro e Maria da Conceição, - o primeiro
Esta maternidade foi solenemente pro- fficera Cancerosa roso e metódico, e hoje meu filho en- Tuberculose dos quais esteve quási in-emediável-
mente perdido, - que recuperaram
mulgada no Gólgota, quando Jesus, já
prestes a expira~, dirigind?""se a .Maria Venho pedir um cantinho ao Jornal contra-se capa.z de continuar os seus bofn dos pulmões d•u-ante 8 a uu~, ràpidamente a saúde depo1s de algu-
Santíssima, lhe d•s.~e, rtfenndo-se a S. de N<>losa Senhora. para publicar o agra- estudos. chegando por diversas vezes a tleittu mas promessas feitas a Nossa Senhora.
João: -eis aí o !eu fllw, e ao discípulo decimento de uma grande graça que al- Este favôr tão grande quero atribuí- sangue pela bôea. da Fátima.
-eis aí a tua mae (Joan. 19, 26 e 27). cancei por mtermédio de Nossa Senho- -lo à medicina ma3 abençoada por Nos- Consultei diversos médicos e Lodos -Maria B. S. - Chaves, agradece
E S. João representava a humanidade r a da ~'á.tima. sa Senhora sem o que de nada seria me diziam que certamente, mais l:••· a Nossa Senhora diversas graças t.em-
inteira como afirmou o Santo Padre Em meados de Março do ano pM· capaz. de se me manifestaria uma tuber :ul·l~e. poraes.
Leão XIII ( 10) baseado em toda a Tra- qado apareceu-me no pé direito uma Mais duas graças me f01·am COI}cedi- Todos os r emédios que tomava Nam - Rosa Delfina - Terceira-Açores,
pequena ferida, que, suponho, fôra fei- das por Nossa Senhora. Por tôdas elas de nenhum valôr. Vendo, pois que r 1:1 vem agradecer duas graças que Nosaa
dição Católica.
III ta com o contraforte ou algum prégo aqui quero testemunhar o meu agrade- remédios de nada me valiam. ,:u~IU..j'l· Senhora lhe alcan~ou do Ceu.
do sapato. A princípio não fiz grande cimento a. Nossa Senhora. Já fui a dei a minha saúde a Nos.qa Senhora. :!a - Maria da Glória Matias - S.
Desta dupla maternidade de Deus caso. limitando-me a untar a ferida pé ao Santuário da Fátima agradecer
e dos homens resulta que Maria Santís- Fátima prometendo publicar ·~ ~r'l, '• Martinho da Cortiça, agradece muito
com uma pomada receitada pelo far- a Nossa Senhora tão grandes gra~·as. se ela me fosse concedida, e re.zar o ter- reconhecida a Nossa Senhora a cur a.
sima é pa.ra nós a Medianeira de todas maooutico desta Vila.. Mas a ferida V árzea-Santa.rém ço todos os dias, a não ser que isso me dum seu filho muito doente. Conr a~
as graças. foi-se agravando pouco a pouco. Pas- seja inteiramente impossível. ques de reun1atismo e febre intestinal,
~ certo que o único Mediador de direi- Francelina da Graça
sados alguns meses e depois de ter Agora, sentindo-me melhor peço o fa.· rebelde a toUos os mediéa.mentos s6 me-
to entre Deus e os homens é J esus Cris-
to que a si mesmo se entre&ou para r_e-
consultado quatro médicos, dois dos
quais eram especialistas, veio a saber-
Doeaça no fígado vôr de publicar na Voz da Fát1ma es- lhorou quando sua mãe entr egou a saú-
denção de todos (1.• Th. 2, 5 e 6). «Na_o ta graça que tanto estimo. de do filho à Misericordiosa intercessão
-se que 1n tratava duma ulcera can- Em Dezembro de 1931, uma doença de Nossa Senhora da Fátima.
há salvação em nenhum outro, nem atxu- grave no figado, fe~me sotrer horro- S. Paulo-BrMil
xo do céu outro nome foi dado aos ho- cerosa. - Maria da Conceição - Olhalvo,
Os dois médicos especialistas eram rosamente. Tive crises suce.ssivas com Augudo da Oo&ta Lope! obteve de Nossa Senhora a ltfaça do
mens pelo qual devamos ser salvos» dôres atrozes. ~oram empregados vár ios
de opinião que se devia recorrer ur- desaparecimento de dôres muito agu-
(Act. 4 , 12). «Sempre vivo para inrer-
ceder por nós, pode salvar perpetuamen-
gentemente a uma operação e disso medicamentos para debelar o mal sem Agradecimento das que a atormentaram d urante mui-
preveniram minha família. Eu não resultado apreciável. to tempo.
te aos que por meio dêle se aproximam Tendo minha filha bastante doente,
consenti em tal e em 12 de Outubr o Um dia, a. conselho de pel>Soa amiga Não sent indo melhoras com a ap~
de Deus» (Ad. Hcbr. 7. 25). Foi êle o recorri a Nossa Senhor a da Fátima pa-
do ano passado fui a Fátima pedir a tomei água da Fátima, pr ometi a Nos- cação doe medicamentos, pediu e obte-
Redentor, que, oferecendo-se ao Eterno ra que por inter médio de S. Terezi·
minha cura a Nossa Senhora. Não foi :~a Senhora comungar em acção de gra-
Pai como vítima em nome da h umani- nha do Menino J esus e de S . Filomena ve de Nossa Senhora a cura completa.
em vão que eu fiz os meus rogos, por- ças no dia 13 de cada mês, rezar-lhe to-
dad'e decaída, selou com o seu sangue na lhe alcançase a saúde de que tanto ne-
que Ela condoída com os meus sofri- doe os dias 13 Avé-Marias, e publicar
Cruz o tratado de paz do céu com a t er- cessitava .
mentos, ouviu os meus pedidos cons- esta graça na Voz da Fátima, se Ela
ra. :e êle portanto, Jesus Cristo, o úni- me curasse.
Fui ou vida n a minha súplica, e ten-
tantes e alcançou para mim a saúde,
co Mediador principal. Nenhuma graça
se pode obter senão pela sua intercessão encohtrando-me com o pé completa- Hoje q ue me encontro perfeitamente
do prometido publicar a grat<a neste
jornalzinho a.quí venho agradecer-lha
Oratória da Fátima
mente curado e sem o mais leve indí- curada venho cumpr ir a última parte cheia de alegria e reconhecimento. Vozes corais e plano ou harmontum
onipotente. da minha pr omessa.
Isto, porém, não impede que haja me- cio de ferida. S. Martinho do Bispo
Sem dúvida foi esta uma grande .Recebi de Nossa Senhora uma ou- A letra, do Sr. Dr. Afonso Lopes Viei-
diadores secundários, e a Escritura e a tra graça, - a. cura de minha querida Maria do Carmo Augusta Madeira ra, vem em português oomo foi composta
Tradição provam-nos que a grande Me- graça que muitos especialmente os
médicos, julgavam fmpossível, mãe, que depois de ter estado às por- pelo poeta, e traduzida em francês por
diadora secundária é a Virgem Maria, a
Mãe de Deus e dos homens. «Mediadora Aqui fica a narração &incera dos tas da morte com uma grave enfermi-
dade, se encontra presentemente de óti-
Flebite M.- Guite de Sousa Lopes.
A música, do maestro R uy Coelho, vem,
de todo o mundo depois do Media- factos que prometi publicar na Voz Meu pai, por causa duma hernia, te-
ma saúde, o que ninguém já. esperava. como a letra, otimamente impresaa tanto
dor» (u); «Mediadora junto do Media- da Fátima para glória de Nossa Senho- ve de sofrer uma operação cirurgica, e
ra e consolação dos que sofrem. .A Nossa Senhora da Fátima o meu as partes corais como o acompanhamento .
dom ( 12); Mãe da divina graça, Media- eterno agradecimento. quando estava quási curado sobrev!Üo- Encontra-se à venda no Santuário e na
neira universal de tOdas as graças (13). Vila Nova de Famalicão. · lhe uma /lebite. Vendo-o em tão gra- Redacção do «Voz da Fátima.».

-
O Evangelho mostra-nos Jesus Cristo Pico-Açores ve perigo, recorri a Nossa Senhora a
Virginia Gome3 L01.1.reiro. Será enviada a quem a pedir e enviar
distribuindo M suM graças por intermé- Jo&é Muniz Soare& quem tiz diversas promessas, e tendo o a. quantia de 4o$oo.
dio da sua Mãe (14). Assim, foi pela sua
saudação a Santa Isabel que S. J oão
Sofrimento na bexiga Graça espiritual meu pedido sido despachado venho
agradecer publicamente tão grande fa-
Uma pessoa a quem muito devo, du- Vivendo um pobre homem com uma
Baptista foi santificado no seio materno
(Luc. 1, 44); foi ela quem apresentou rante três anos, teve o sofrimento aci- mulher, ~m oorem CMados, e não ha-
ma apontado, sofrimento que ultima- vendo maneira de ele querer casar com
vôr que .nunca mais quero esquecer .
Chaves
VOZ DA FATIMA
Jesus aos Pastores e depois aos Magos Ermelinda do~ Santo& DESPESA
(primíci.as da gentilidade); roi ela quem mente se agravou dum modo assusta- ela por mais esforços que se fizessem,
Transporte . . . . . . . . . . .. 374·164$17
o levou nos seus braços para o Egito, dor, e que por tês médicos abalizados mandámos celebrar uma Missa por sua
foi declarado grave. Recorri à Virgem conversão. Po~se-lhe ao pescoço uma ~ças diversas Papel, comp. e imp. do n.•
onde lançou a semente fecunda da poste- 1:;5 (55-500 ex.) ...... .. . 3-078$70
rior civilização cristã; foi por intermédio Santíssima e com mais algumas pes- medalha de Nossa. Senhora da ~~átima, -Elvira da En.carnação, da. Benedi-
soas fizemos novêfl;).S para que Ela co- continuou-se a. pedir por ela, e, gra- ta, em prespoctiva dun1a operação acon- Franquias, embal., ~por-
dela que Jesus operou o seu primeiro mi- te etc ............ .
lagre nas bodas de Caná, apesar de não roasse de bom êxito a operação a que o ças a Deus, dentro' em pouco a. gra- selhada pelo médico em um parto di-
doente tinha. de sujeitar-se, e que era ça do céu teve entrada em seu coração. neil. invocou a Nos:sa Senhora a quem Na. administração - Leiria.
ter cl1egado ainda a sua hora (Joan. s.
3). E no Calvário, Jesus, proclamando, muito perigosa. Graças a tão bôa Mãe Casaram já religiosamente, é claro, fez algumas promessas e tudo coneu
tudo correu muitíssimo bem e os pró- com grande alegria dos dois e de quan- bem. Total...
como já vimos, Maria Santíssima nossa
Mãe, diz a S. João: - eis aí a tua !tfãe, prios médkos admiraram-se de tão bom. tos trabalharam na sua conversão. -Beatriz Ilharco de Moura. de
êxito. Felizmente o doente encontra-se Coimbra, agradece a Nossa Senhora Donativos desde 15$00
sem limitação de tempo, lugar ou modo, Faial-Açores
isto é, eis aí aquela que será a :Mãe de hoje perfeitamente bem e sem o mais uma graça que lhe alcançou. Alda de Noronha - Aveiro, 2o$oo;
Maria O. Garcia -Henriqueta Blanc de O. e Lemos, Igreja da Misericórdia. - Póvon do Var-
todos os homens na ordem da graça. A leve. sofrimento.
Mãe de Deus é nossa , lltãe na ordem so- Rua da. Pereira.-Lamêgo. Agradecimento Av. Elias Garcia.- Lisboa, agradece a zim, x8s$oo; P.• Aurélio de Faria -
brenatural. A missão principalissima des- ~ ossa Senhora o ter-lhe curado uma Póvoa do Varzim, xsSoo; M.• dos A.
Maria I zabel do& Santo& Meu marido sofre ha muitos anos de Ferreira - Caminha, 7o$oo; M.• F. de
sa Mãe será sustentar, defender e desen- creada de uma grave apendicite1 e uma
bronquite asmática tendo por vezes
:ma filha dum mal também pengoso. Melo - Lisboa, 5o$oo; EIIDlia Adelaide
volver a vida dos seus filhos espirituais
pelas graças de seu Divino Filho, que
Tuberculose graves ataques. O seu médico dissera
- P.• Jo&é Pereira do& Santo& - Al- - Proença-a-Velha. 3o$oo; Augu.ta Or-
por ela nos serão difundidas. Um meu filho, aluno do Seminário já que, se alguma vez tivesse juntamen- cobertôl.S, ~radeoe a. Nossa Senhora di- der Rocha & Irmãs - Proença-a-Velha,
te com as cnses de asmático alguma
«Deus amou tanto o mundo que lhe de Santarém. há. anos sentiu-se um versos benefícios espirituais e tempo- soSoo; A. Cunha. - Proença-a-Velha,
pneumonia., ou pleuresia, certamente raes.
deu o seu Filho único». Mas, se é Deus tanto constipado o com tosse, sem que 2o$oo; Distribuição em S. Domingos -
não poderia. resistir.
que nos dá assim o seu Filho único, êle ao princípio fizesse grande caso dela.
Em Março do último ano, com um
-Maria Manuela D. Braaa, de B. Baixa, 24$oo; Anónima do Ri<• de
no-lo dá por Maria; e se o dom de Jesus, A sua constipação continuada foi to- Coimbra, agradece a Nossa Senhora o Moí.nhos, 2o$oo; Angelina do Espírito
ataque de asmatico, teve uma pneumo-
segundo a palavra de S. Paulo, importa mando porporções que a. certa altura ter-lhe curado uma pessoa de família Santo - Olivais, 15Soo; Ermelinda Me-
todos os bens da graça, desde o nosso me começaram a alarmar, pois que meu nia; e esteve tão atacado das duas que sofria gravemente. A cura foi al- lo - América, I dolar; Ermelinda Lei-
doenças que numa noite o julgámos no •cançada mediante uma. novena feita em
baptismo até ao nosso céu, Deus, dando- filho emmagrecia e enfraquecia a olhos te - América, o;:- dolares; Ema. Nunes
fim da vida. honra de Nossa Senhora da. Fátima e
·nos Jesus por Maria, dá-nos tudo por \·istos. . Na minha grande aflição recorri a - Odivelas, 15$oo; Distribuição em Ar-
:a-taria. Consult<1u dois médicos que lhe dis- durante a. mesma novena. ganil, 132$oo; Superiora do Colégio da
Nossa Senhora da Fátima pedindo-lhe - Renata dos Santos Leão, da V es-
Maria é indissoluvelmente unida a Je- "eram ambos ser apenas um ligeiro can- Covilhã, 5o$oo; M.• da C. Ferreira -
que nos vales.<<e, livrando o meu mari- tiaria - Alcobaça, agradece a Nossa
sus na nossa Redenção. Mas a acção de saço para o que ordenaram o trata- Açores, xs$oo; J oão Severino - Açores,
do daquela crise tão grave dando-lhe
Jesus não terminou à sua morte: no céu nento recomendado para tais casos. S. • a cura de seu neto Armelino. Es- 2o$oo; António Cabral Pinto - Lisboa,
resignação e as melhoras de que tanto teve muito perigoso com u m absesso nu-
êle não cessa de oferecer os seus méritos Eu, porém não e;;tava satisfeita com 55$oo; P. • Victorino de Pinho - Lousa-
carecia, Assim aconteceu: - o seu mal
para nos obter as graças· de santificação a transforma'ção rápida, para pior, que ma gengiva. e com água da Fátima da, 3oSoo; Distribuição em Conceição Ve-
estar passou e de então para cá tem
e salvação. :e preciso pois dizer o mesmo se ia operando em meu filho; e em vis- aplicada sôbre ele obteve r àpida.mente lha, 128$oo; Catarina S. de Jlrfira - Ca-
de Maria. Com Jesus na terra para fazer ta. disto, resolvi consultar algum médi- vivido bem, cheio de saúde e alegria a sua cura. no, xs$oo; Leonel de Medeiros - Açores,
para êle e tôda a família que o esti- -Maria da Conceição Moniz e Sou--
a obra da Redenção; com êle no céu pa- co mais çspecializado. O diagnóstico ma. 15$oo; P.• Claudio do Rosário - L.
ra a. continuar em nós. deste Senhor foi que se tratava de uma. sa, de Alpedriz, agradece a Nossa Se- ?.!arques, rs$oo; ?.furia da Conceição
Maria estava com Jesus na 1.• parte fraqueza geral em estado muito adean- Alvorninha-Caldas da Raínha n.l;!ora. uma graça muito importante. Basto - Porbmão, 4oSoo; Maria Cunhal
da obra Redentora. Se êle ficasse só na tado, sendo absolutamente necessário Maria da Conceição - Benwinda Martin.! - Portalegre, - Coruche, 2o$oo; Distribuição em S.
z.• parte, a unidade do plano divino fi- um tratamento cuidadoso e descanso agredeoe uma graça temporal que Nos-
caria rompida.. :e preciso que a. interven- durante algum tempo. Isto disse-o a.
Loucnra sa Senhora de Fátima lhe alcançou.
Tomé de Covelas, 102$oo; l\furia Engra-
cia Rodrigues - Lisboa, 2o$oo; Francis-
ção actual de Maria se una à intervenção mim, mas a outras pessoas minhas vi- Tinha um filho completamente im- -Maria da Oonceiçdo Vieira - Gui- co Vicente - Viseu, 32Sso; Beatriz Car-
actual de Jesus; estavam unidos no sa- sinhas disse qu"' houvesse toda a cautt>- possibilitado havia dois anos: - per- marães, agradece a cura de uma gra- doso - Vista Alegre, 2o$oo; Ana BalT08
crifício, devem estar juntos na glória. Se )a «Porque se tratava evidentemrote dêra o juizo, e, humanamente, já. nada ve doença uterina que muito lhe fez so- Lamas - Lisboa, xoo$oo; E ug~nia do
o Rei do céu actua por nós, a Ra.ínha de um caso de tuberculose já. bastan- o salvaria. Gastei com êle muito di- frer. Rosário - óbidos, 25S25; Dulce Morei-
deve actuar com êle. Seria estranho que te graveu. nheiro, e agora queria ir oom êle a -Margarida da Conceição Medeiros ra - Arrifana, 2o$oo; João de Almeida
a missão de Maria terminasse no céu; Sabendo isto por uma pessoa amiga. Fátima a ver se Nossa Senhora l11e al- - Pico-Açores, agradece uma graça - Vale de Santarém, 15Soo; Margarida
que ela fOsse lá menos do que na terra, e vendo assim perdidas tôdas as espe- cançava de Jesus a. saúde de que tanto muito importante obtida por interces- Pinto Ferreira - Vila do Conde, 2o$oo;
uma rainha que não reina (15). ranças, recorri com todo o fervôr que necessitava, mas não tinha já meios pa- são de Nossa Senhora da Fátima.. :a.tatilde dos S. Costa - POrto, 2o$oo;
me foi possível a. Nossa Senhora da Fá- ra. as despesas necessárias para. a via- - Maria Tereza Simõu - Moinhos Maria Manuela Teixeira-Molares, rs$oo;
(1) Boletim da Diocue, 2.' , pag. 383 e tima, ajudada nisto por algumas pes- gem. Fiz daqui os meus pedidos e pro- agradece a Nossa. Senhora. a resignaçã~ Ermelinda dos Santos - Chaves, ro$oo;
eeg. ~oas amigas, e, passados que foram dois messas a Nossa S.• da Fátima. e logo numa grave prova a que foi sujeita por Maria Correia Rego - Valverde, 15$oo;
(2) Boletim da Diocea~. 1.', pag. 9. • ou três dias, o meu filho começou a daí a poucos dias o meu filho começou Deus. Elvira do C. de Jesus-Cadaval, 2o$oo;
(31 Boletim da Dioceae, 1.', pag. 85; 10 •,
pag. 132. Publiquei também um opúsculo sentir sensíveis melhoras. a sentir-se bem. - Deolinda. Coelho Oaetane - San- Gãudêncio Gome.'! - Carreiras, 2o$oo;
~bre o E acapouldrio do Carmo. Pasados oito dias o médico socegou- Agora. trabalha, come, e canta como tarém, agradece uma graça particular l'tfuria Eugénia Costa - Estoril, 2o$oo;
(4) F'i·la cole-ctivamente .com os outros -nos mais um pouco. se nunca tivesse tido semelhante doen que lhe foi concedida. Laura Teixeira - Coruche, 2o$oo; Ma-
Er.moo Prelados, a 13 de maio de 1931. Gualdina da Graça Oo3ta - Lobito, ria Patrício - Coruche, 2o$oo; Maria
Yid. Dr. J,ui% Fi~her - Fdtima «\ lu• da
A uctowlade Eclel'idttica. - Lisboa, 1932., agradece uma graça que alcançou me- Alves do Rio - Coruche, rsSoo; Distri-
.»noedido por Bento XV àd dioceses da
celebre uma missa no Santuário da diante a intervenção de N.• Senhora.
pá~. 126. Bélgica, para. o dia 31 de maio, buição em Pa.rdêlhas, 1go$oo; Ana Ca-
(5) • . de · aua natua eat Jeroa (Yath. 1, Fátima.
(12l Leão XIII, Eno. Fidentem, de 20 da Fátima. gigal de Fig.do - Chaves, 2oo$oo; Ma-
16). de setembro de 1896.
161 D. S. " · doR Rito... de 6 de jan.• de Haverá Comunhão de manhã, ter- -América Marque& Granja e Silt:a- ria. Leonor Coutinho - Viana do Castelo,
(13) L. Carriguet - La Vi~rae lllaris- Lisboa, agradece a Nossa Senhora uma
932. na .-teta ' . <;plfia de maio do mesmo
ço às onze e meia e Missa pelos
Paris, 1924, pâ&. 372 e seg.; Primeiro Con- 2o$oo; P.• ?.Ianuel Cêpa - Alvarães,
ano. pag, 151 , 169. areaao Ma'!"iano Nacional - Braga, 1926, graça espiritual muito importante pa- xooSoo; Alcino Coelho - Baltar, nsSoo;
(7) •F. dará. ll. lu1 um filho, e o chama· pll.g. 168 e se&. doentes ao meio dia solar. ra si e para tôda a família. J. José da Costa - POrto, 15$oo; Mar-
rá.s IX'IO seu nome Jesnq, porque ele há. (14) Dict. Apol. de la Boi. CClth. oit..,
de salvar o Feu povo dos seus pecados• pãg. 295.
Não haverá procissões com Nossa -Laura do Carmo de 801J.&a - garida Simões - Odivelas, 15Soo; ?.Ia-
(MM, I, 21). Senhora
(15) Dict. Á pol. clt., pãg. 295. nem benção com o SS. Sa- Coimbra, agradece a N .ll Senhora di- ria Ade!. Lapa - C. de Paiva, 8o$oo;
1!11 P. Jo•é Bover - A Mediac4o Uni- versas graças temporaes que lhe foram Matilde de C. da. Fonseca-POrto, 2o$oo;
r~'r•al d~ llfaTia, trad. port., Pôrto 1930, cramento, mas apenas Comunhões e concedidas. Maria Leonor de Oliveira- Soure, 17$5o;
pão;. 97 : Dict. d P Th~ol. Cath., Paris, 1927,
art. Mar ii' llf fdiatrir~. pâg. 2389; Dict. uma só Missa. - Jlaria de Lourde& Gome& - OH- Maria Augusta de Oliveira - Soure,
(po!. M la 11'oi Cath., Paris, 1916, art. Confessores também não haverá val-Gaia. vem agradecer publicamente 17S5o; Distribuição em Castelo de Vide,
Made, nág. 293.
(9) E.nc. Ad diem illum, de 3 de feT&-
AVISOS certamente, sendo por isso necessá- o rest~belecimento duma séria doença 35$oo; Gertrudes de Oliveira - Esto-
rciro de 1904.
110) F..n<". A d iutricem. popu!i de S de
Como no dia 13 de Abril é s.• fei- rio que
.
os peregrinos_ que lá quise-~ do pe•to.. .
-Mana da Ooncetção Hennque&
. ril, 2o$oo; P.• António Quartilho - Rio
Maior, 2o$oo; André Braga - Braga,
sr!Pmbro d"O 1895. ' ra Santa a Nunciatura Apostólica rem II comung~ vao confessados Nune 3 _ Mogadollro, agradece a Nos- 15$oo; João Edra-Ma.rtingança, 25$oo;
(11) Santo F.frém, tran~crito no Of. de
Vana. Jiedia.ne.;-a de t6da1 a• !P'Bçaa, dignou-se autorizar que nesse dia se das suas freguesias. sa Senhora o ter-lhe curado seus pade- Distribuição em S. Martinho da.. Ganda-
4 VOZ DA FATIMA
gações e pondo sua disposição policia
ra, 1oo$oo; Ana da Costa-POrto, 2o$oo; / rias terminavam em breve e muitos de
P.• Jorge de !4ma -
15Soo; Benjamtm Ferretra -
V_ila do Conde, \ s~us colegas já SB p~eparavam para ~ar-
Borba, tlr. A luta prossegu1a naquela consciln-
FATIMA À PROVA se dela carecer>>.
Governador Civil - Augusto de Castro
20Soo; António C. da Rocha - Melres, cia atribulada.
zooSoo; Júlia de Moura - Sertã, ~; Súbito, porém, um rumor de azas que Em data de treze de Março de mil no-
Ester Airosa - Macau, 3o$oo; José Es- passavam e de qualquer covsa a arras- timento unânime de indignação e de vecentos e vinte dois.
tinta - Brasil, 2o$oo; P.• José de Pi- tar-se por entre a folhagem do jardim
Uma carta protl>sto, pondo mais uma vez em foco Administrador Concelho Vila Nova Ou-
nho - Infesta, 2o$oo; P.• José da R~ atraiu a atenção do jovem, que, rápido, Recebemos há dias, o!m confirm;\ção do essa pitoresca aldeia, graciosamente al- rém Apesar sua informação constante
cha - Infesta, 15Soo; José Dias - Gaia, se chegou ao grad1l. que escrevemos no número anteri<•r, a. se- cantorada num dos contrafortes da ser- ofício vinte e cinco rogo não desistir in-
15Soo; António Cerqueira Lopes - S. As a.::as eram as de uma pomba t(Jda giunte carta que gostosamente publica- ra de Aire>l. vestigações comunicando urgentemente se
Leocádea, 2o$oo; Distribuição em Pe- branca e que, voando assustada rumou mos: «No dia treze do mesmo mês, por ini- precisa policia para prosseguir nelas.
drouços 52S5o; Distribuição em Avan- para o pombal vizinho, de onde pouco Ex.•• Sr: ciativa do rev. Pároco, realizou-se em
ca, 2oSoo; M. Gonçalves Viana - Es- · depois partiu pela amplidão em fora, Fátima uma solene procissão de desagra- Goventador Civil - Augusto de Castro
pozende, 20Soo; anónimo de Fronteira,, inundada de luz. Nos termos do Decreto N.• 12.oo8, devo. Quatro a cinco mil pessoas acompa-
IooSoo; Distribuição na Matriz da P. da O que se arrastava por entre a folha- nha.ram o majestoso cortejo desde a igre- Em data de desasseis do indiêado m.ês
2 de Agosto de 1926, artigo 53 e seus
Vitória-Açores, 3oo$oo; P.• Eduardo de gem era um lagarto imundo e repelente, §§, venho solicitar a publicação desta ja paroquial até ao lugar das aparições, de março.
Sousa - Açores, 2o$oo; Apostolado da [auces escancaradas, dorso tremeluzindo num decurso de cêrca de três quilóme- Excelentíssimo Ministro Interior. Lis-
carta, no N.o 126 da uVoz da Fatiman,
Oração em Vila Viçosa, 5o$oo; Amélia ao sol. Como se acordasse de um sonho, de 13 de Março proximo futuro, na tros. Nesse local estavam já naquele mo- boa - SObre atentado Fátima. Adminis-
TavaÍes - Coriscada, 4o$oo; Conceição Silvio reflectiu: quarta pagina, terceira coluna, a fim de mento mais de seis mil pessoas. Num trador Concelho de Ourém requisita dois.
Marques - POrto, 2o$oo; Aida Figuei- !'-quela pomba branca é a imagem ~ altar improvisado em frente da capela agentes investigação Lisboa para o auxi-
rectificar factos erronoos, ou inveridicos,
redo - Feira 22S5o; Emllia Bonharde mmha alma que, mercê de Deus, nao ofensivos da reputação e bôa. fama, re- celebrou-se uma missa. campal, durante liarem descoberta criminosos rogando
- POrto, 2o$oo; Alfredo Augusto - se contaminou ainda nas impurezas d4 latados no N.• 125 deste mesmo Jornal, a. qual a multidão ajo<:lhada rezou, com Vossa Exceiência se digne atender pe-
Tondela, zooSoo; Marquês de Rio Maior, terra. O lagarto asqueroso e ameaçador de 13 do corrente, na local epigrafada recolhimento e fervor. o terço do Rosá- dido mas sem encargos êste Govêmo
zoo$oo; Albergue de Nossa Senhora da são os prazeres do mundo, que preten-- rio. Civil que não dispõe da. verba suficien-
«Fatima á. prova>>.
Fátima zooSoo; José Gomes - Brasil, dem tragá-la e que, agora, deram o as- Atribui-me beliscões na gramatica, Era sobremaneira comovente o espec- te para despezas.
Jo$oo; 'Rosa F. 1\fachad~POrto, 2o$oo; salto definitivo. Como a pomba anocen- quando redigi os telegramas ali publica- táculo daquela imensa multidão de mãos Governador Civil
Distribuição em Vera Cruz - Aveiro, te e pura, é preciso que ela tome o v(Jo dos. Não é verdade. Em telegramas ci- postas e orando, em que se viam pes- (a) Augusto de Castro
3 oSoo; P.• Edg:u-d C. Branco - Açores, para o seu «pombal» e, de lá, possa par- frados ha apenas algarismos que indicam soas de tôdas as classes e condições so-
2goSoo; André Chicharro - Monforte, t~r P'!ra as alturas sublimes do sacerd_~­ determinadas palavras, frases feitas, ou ciais. Foi uma grande e edificantlssiina Em que parariam as investigações e
~oSoo; Perpétua Fialho - Portalegre, cw, snu!'dada d4 luz da graça tranqu1- grupos de palavras, constantes do Diccio-manifestação de fé e amor à Virgem, que a que conclusões chegariam os agentes
15Soo; Maria Serejo Matos - Zebreira, la e feliz. . . . nario Cryptgraphico, onde os verbos es- não teria revestido tamanho brilho e im- de Lisboa.
5oSoo: Ana Augusta de Freitas - La- I Estava ga~ha_ a batalha. StlV!O part~v tão no infinitivo e os substantivos no ponência, se não fOra o repugnante e ex- Era interessante saber-se.
mego, 6oSoo; l.\faria dos Desamparados para o Semmár10_ e, al~uns anos depoJS, singular. Compete ao decifrador conjugar cecranrlo atentado,. Porque emfim alguma conclusão ha-
- Braga 2o$oo; Maria Silva - Reguen- mn padre a ma1s sub1u os degraus do os verbos e fazer a concordancia. Como ( VJSconde de Jfontelo em «As Gran- viam de tirar.
go Grande, 20Soo; Joana de Menezes - altar e u~a legião imensa_ de almas t~­ o Diccionario era antigo não continha o des Maravilhas de. Fátima>> pág. Se as paredes das adegas e das taber-
Barcelos, 2o$oo; Henrique da Conceição ve garant1da a sua salvaça? _Pelos mén- grupo uGuarda Republicanan, mas sim o nas tivessem ouvidos e língua ...
...:_ Bmgança, 2oSoo; Maximiana Vieira tos B pelo zOlo do t~ovo m1n1stro do Se- qo).
que designava a corporação sua antecés- Um observador
- POrto, 5oSoo; Emília Frazão - Cas- nhorn. sora. Folgo em vêr que o articulista é
tendo, 2o$oo; Victorino Coelho - Fiães, - - - - -..... 4 - - - - - mais republicano do que eu, o que re- Quem eram os bombistas? (r) Os Acontecimentos de Fátima pe-
I5Soo; Duarte Teixeira - Almeida,
3oSoo; Henrique Elias-Coimbra, 50..~;
EXerCICIOS
, • ESplrl
• UaiS •t • presenta o cumulo do exagero. Nunca nestes atentados contra pessoas lo Visconde de Montelo pag. 20.
Afirma <}Ue os católicos me evitam. ou coisas da Igreja se põe a. verdade a
Carmen Pousa, 5oSoo; Alzira Adelaide Nos três primeiros dias da Semana Não é exacto. Toda a gente me aperta descoberto.
- Ovar, 2o$oo; Corina Fontes - Lis- Santa haverá no '>antuário um turno de a mão e mantenho as melhores relações, O
Contudo não há ninguém que não saibl. é?!
que O que é?!
boa, 2o$oo; Maria Segurado - Vila AI- Exercidos Espirituais destinados aos com os católicos, de;;de os mais categori que foi gente de Santarém e Vila Nova 1.• - l t a Redacção da Voz da Fáti-
va, 25Soo; P.• António Calhabote - AI- Ex.moa Médicos que nêles se queiram ins- zados aos mais modestos, sem quebra das de Ourém. ma que está muito agradecida a diver-
cácer do Sal, 15So5; João Hilario - crever. opiniões minhas e deles. Com alguns sa- A voz do povo indica-os claramente e sos bemfeitores que lhe têm enviado
Borba, 2o$oo; Maria da C. Russo - C. Também podem assistir os Srs. enfer- cerdotes tenho relações de cortezia. Al- aftrmava que o promotor deste atentado quantias superiores ao que lhe deviam.
de Vide, 25Soo; Celeste. Costa - Lis- , meiros. gumas vezes fui convidado para janta1 fôra o dos anteriores. 2.0 - é que espera durante êste mês
boa, 5oSoo; P.• João Vinha - Braga, Tanto a uns como a. outros pede-se o (tendo aceitado uma vez), pelo meu co- Houve até quem lho disesse de cara poder registar iguais ou maiores quantias
zooSoo; António de Almeida- Lomba, favor de prevenirem disso o Sr. Reitor lega Dr. Alberto Diniz da Fonseca, ca· a cara sem que êle o negasse. enviadas por outros bemfeitores.
2o$oo; Libania das Neves Vouzela, do Santuário com alguns dias de antece- tólico altamente categorisado. O meu ca- A dois que tomaram parte nesse feito 3.•- é que se todos a auxiliassem
2oSoo; Esperança Barros - Vouzela, dência. racter impõe-me â consideração de ami- suicidaram-se a cada um, um filho. embora poucochinho poderia. viver sem
2oSoo; Augusto Machado - V~)Uzela, gos e inimigos. Um destes, arr!"pendido, i.omáu isso medo da crise pecuniária.
~o$oo; António Henriques - Vtla do
Hei, 25Soo; P.• António Campos - Con- Pelas vocações Mas nem tudo é mau, na local referi- como um aviso e um castigo e mandou
da, porque na mesma é posta em desta- baptizar os filhos.
4.• - que mandem sempre o número
da assinatura quando fOr necessário fa-
deixa, 15Soo; 1\faria da Glória de Sousa «Da porta lateral da sacristia, surge, que a minha coerencia, o que com muito Outro, em virtude das mud.'lnças poli- zer-se alguma mudança. no endereço.
- Guimarães, 5o$oo; Amélia F. <le Sou- paramentado, o novo padre: vai celebrar desvanecimento agradeço, pois me sinto ticas, tendo continuado a tramar foi 5.0 - que façam os pedidos de água e
sa - Guimarães, 2o$oo; João Luís a prime11a missa. elevado nestes tempos em q_ue a falta de preso e, posto de novo em liberdade, jul- objectos religiosos ao Sr. António Rodri-
- Bragança, 2o$oo; Ana Magalhães - Pa- Um mundo de santas comoçõBs lhe in- caracter é apanágio de um infinito nu· gou mais conveniente retirar-se para o gues Romeiro
redes, 2o$oo; Ab!lio D. Cardoso - Fran- vade a alma... E que está prestes a vi· Santuário da Fátima.
mero de safardanas, que por este proces- estranjeiro.
ça, 7oSoo; Angelina Cabral - lt_vo{a, ver os mais sublimes instantes de t6da a so fazem carreira lucrativa. Em Vila Nova de Ourém apontam-se
2o$oo· Manuel A. Correia - Miôma, sua vida.
2o$oo; Manuel de Olveira --: América, Ei-lo d1ante do altar. «Meu Senhor e j Torres Nova.~.· 17 de Fevereiro de 1933. a. dedo os que tomaram parte no atenta-
do.
Valentias de quem não crê em Deus
31$6o; Maria P . Rosa- _Aménca, 31$6o; meu Deus!>>, diz aquele olhar que se cra- O famoso incrédulo Volney fazia a tra-
José Dantas Baracho uTõda a imprensa se referiu a êsse vessia do Havre para Nova York. O
' Maria Rezendes - Aménca, 31S6o; Nor- va no Santuário, penetrante e amoroso.
berto de Sá - América, 31S6o; Fran- Bate-lhe o coração, descompassado, en·
atentado com palavras de viva reprova- rempo estava sereno, soprando apenas uma
cisco Santos - América, 31$6o; Antó- quanto os lábios pronunciam: <ÚAnçat O melhor comentário da carta são as ção, cujo eoo. se repercutiu nas duas suave brisa. Na coberta do navio, rodea-
nio Rocha - América, 31$6o; Laura Pi- sflbre mim Vossa luz e a Vossa verdade, virgulas do Snr. Dr. Dantas Baracho an- casas do parlamento, tendo o govêmo do de numerosos passageiros, aquele fm-
tigo GovM"nador Civil de Santar~m ... prometido pela voz do ministro das co- pio fazia estenda/ da SU<l insolente des-
res Ferreira - Castelo de Vide, 3oSoo; porque elas me conduziram e me intro. lónias castigar os seus autores com todo cre11ça.
Alvaro Alves Monteiro - Brasil, 2o$oo; duziram no vosso monte Santo e nos o rigor das leis c sem nE>nhuma espécie
Distribuição em Runa e Ma.tacães, Vossos Tabernáculos. bomba À De repente desencadeia-se uma tempes-
de contemplaçãon.
Ioo$oo. tade e o mar levanta-se em ondas furio-
Acordes divinos enchem os. ares e das Na noite de para 6 de :Março de

FATIMA À LUZ DA AUTORIDADE . I


I
almas em prece sobem rosános de ora- I
ções, orações que ~e m~ltiP!icam ao ter- ~~22 :::: darm~o;ba de lt~a e Moita
110 mandato: «Oral, ó 1rmaos para que 1 po . d
5
fo ·dá el estam ido acordava

som la luz dum fo


Visconde de Montelo ibidem.

Foi em virtude dessas vozes católicas


sas. O perigo é eminente e todos pen..~am
ter chegado a sua última hora.
Néste mome11to supremo, Volney, a um
o meu e o Vosso s,acrifício sB' ~aça acei- i~e a~~ia'! ':r~essad~ ~s alturas qu~ Ministro do Interior deu ordens ao Sr. canto do navio, tinl1a-se apoderado do ter-
1
ECLESIÁSTICA do Parlam!"nto e do Senado que o Snr.
ço de um religioso, compa11heiro do peri-
:g,ste belo livro do Dr. Luiz Fischer, tável a Deu.s P?dre Todo Po eroso». dominam a Cova da Iria e daí reconhe- Governador Civil de Santarém que por go, e ... rezava.
encontra-sc admiràvelmente traduzido Dentre .os ~uvlntes ~lguéln h.á que lhe cem a Capelinha a arder.
sua vez as transmitia ao Administrador Acalmada a tempestade, os viajantes
em português pelo Rev. Dr. Sebastião segue msnu~lo~amente t?s ptassos e llhh~ Agora em à bomba.
devassa os tnvtos sen 1men os que v i E d · essas bombas elo Concelho de Vila Nova de OuréÍn. puzeram-s6' a rir e preguntaram a Volney
da Costa Brites. agitam o ser - é sua mãe, que ali está, podbeerotasas evJam. serlonge pela Ao Administrador porém não convi- o que é que tinha jeito ao se11 ateismo:
Envia-se, livre do porte do correio, a d filh . · cujo re n r se ouvm ca- nha pôr-se mal com os magnates demo- Ele responde!~ sngemtamente: numa coi-
quem para êsse fim enviar 5Soo ao ~- de . joelhos, contemplan o o ' o pnvl- lada da noite. craticos da terra e vai dai a sinceridade sa é ser ateu, qua11do se está à lareira a
tuário ou à Redacção da «Voz da Fáti- legwdo. ·· . o aproximou-se mas já não en- das informações dadas ao Governador
aquecermo-nos a fogueira, sem perigo e
A missa está na parte culminante. Per- povo ~ edes aluidas e os
ma>>. cebe-se ,.á no olhar do jovem ministro controu senaod . as par ard Civil e o lindo êxito das investigações. outra é quando o raio estala a nossos pés

SEREI • PADRE ?.
«Sentado no largo terraço aa.z. casa pa-
aquela flaJ?a ardente, -~•xto e assom-
As mãos trél~ulas
_
·
bro e confiança de felletdade e temor.··
. seguram ldb.
d

a partícu-
.,...
restos do ma etrame a
. fi~; dgl )
elt~ que
naEstana e a ..mada também.)
1
er.

A seguir e encerrando damos a série


de telegramas trocados por necessidade
_____ ...
Ah verdade, verdade como andas pi- e o mar ahYe os seus abismos e nós vimos
E . ima em de Nossa Senhora que se- sada e desprezada!. ..
a morte diante dos olhos.

terna, Silvio meditava sósinho, disimu- la, e. o coraçao,_ ma'-fp qlaue os d IOSC, r· 0 • Te-la-iam roubado? ...
politica entre o Govêmado Ctvil e várias
lando a custo a Bxcitação que lhe ia nunc~a as místiCas a vras a onsa- Tal foi o primeiro pensamento daque-
entidade sôbre o atentado da Fátima: BEM HAJ"AM
na alma: graçao. .- - la boa ente Em data de dez de março de mil n~ Para a Missão de Nossa Senhora da
Ser padre! sepultar no negror de uma Jnsolíto calor se comunaca ~ntao aos Mas ~o 0 · a1 uém os socega dizendo vecentos e vinte dois envia
batina t(Jda a sua mocidade ardentB e dedos gelados - aquela Hósha lmacu- · g .dg .alm t .., _ _, 0 Sr. Go- Fátima na Zululandia, recebemos de um
b que fOra prov1 enc1 en e reux..ua Ita vernador Civil 0 seguinte telegrama: anónimo a esmola de 5oSoo que para lá
vigorosa! Não teria sido apenas uma lada é Sol ardente de A mor que a rasa és da h ·dade q e ali ~
«Administrador Concelho _ Vila N~ vão ser enviados.
f antnsia que lhe passara pelo cé_rebro e alumia... E i-lo absorto na contempla- ": pera por capodusa. estrauml u
..
inexperiente de criança aquele dese1o ar- ção do sne· fá ve1 m1s · térso.
· mtensa e a ena gar. va Ourém. Excelentissimo Govemadbt- Para as Missões de Angol::L .e Congo ~_?­
dente que a"ancara dos pais o consenti- E a stta voz, pausad4, sincera, ecoa civil, digo, Governador, roga comunique contram-se à ven_da no Colég10 ~e Fr:uao
meJJto para ir em demanda do Seminário por três vezes no amago do~ nossos co· Como foi praticado o atentado urgência, o que há sôbre atentado ca- - Br:a~· colecçoes de 12 posta1s sôbre
logo ao completar os seus doze anos( rações: «Domine no11 sum d1gmssn .. . pela Fátima e se ordenou diligências pa- 1 as _M1ssoes pelo preço de 3Soo cada co-
uOs desgraça<\os arrombaram a porta ra descoberta autores. leçao.

I .
Nqo encontraria no mundo um meio de Por momentos, inteiramente se apaga
praticar o bem, sem o sacrifício dB to-
da capela e a golpes de alvião, abriram
a figura do sacerdote: corre-~he nas veias quatro buracos nas paredes, a distâncias
. . ---------~-----
Secretáno Geral - Serra Ferre1ra
do um futuro que se lhe deparava tãa
brilhante e feliz?
sa11gue precioso; a alma lumsnosa do Sal- iguais dois palmos acima do pavimento,
vador integra-se-lhe na alma; dentro da- introduzindo em cada ~ dêles uma
Coisas tristemente alegres
Em data de. onze ~e Março de mil Conta a Publicitat de Barcelona o se-
E se ~le f6sse um medico, satisfazen- quele minuto divino a personalidadB do bomba de grande potêncta. novecentos e vmte dots: guinte: "Há dias celebrou-se um casa-
do assim a ~piração única do pai B o padre desaparece como a gota de água Essas quatro bombas rebentaram ~ . uExcelentíssim~ Ministro do Interior - mento civil em Gerona. Isto nada tem
natural orgulllo da Mãe querida? E de- no oceano infinito ... municando o fogo ao madeiramento do L1sboa. Referência telegrama Vossa Ex- de especial. O que tem de particular é
pois, o mundo é tão bom, oferece tan- E jesus quem vive! tecto e fazendo-o abater. celência hontem tl>le~ei administrador que a noiva, vestida de branco, levava
tos encantos, tantos actractivos, princi- Sedentbs, os infiéis se aproximam do Uma quinta bomba foi colocada na Ourém, perguntando providências havia na mão o livro de Missa e o terço». E
palmente a ~le filho único, herdeiro de e.Ttraordinário Banquete; como é bom cova, em que se encontra a raiz da azi- tomado para descoberta autores atenta- juntava: "Este facto ficou eclipsado por
um nome ilustre, esperança da famllia,
podendo brilhar tanto na sociedade pela
riqueza e pelo talento!
I pensar que para t(Jdas as criat11ras Ele nheira sôbre a qual, no dizer dos viden- do Fátima, aguardando informações outros ainda mais curiosos.n
concede as mesmas l1onras.
.. .Das mãos do filho queri~ a lt!ãe não explodiu.
tes, pousavam os pés da Aparição, mas aquela autoridade que transmitirei Vossa
Excelêncian.
Há pouco celebrou-se um enUrro ci-
vil na aldeia de !lfontanlla, na região de
Mas, lá no .~eu íntimo, uma voz re- vai receber a Santa Comun1~ao. E tm-
trucava: - De que vale o ouro, se não pos(vel conceber-se mais bela scena: duas danificadas As pa redes da capela embora bastante Governador Civil - Augusto de Castro Cerdanha, onde era costume rezar o ter-
ficaram de pé>> (I). ço.
é o da virtude? De que servem os pra- almas iguais, unidas por um luminoso
zeres e as alegrias d4 terra, se ~les são traço de união: jesus. A quinta bomba não rebentou. Em data de treze de março de mil no- Pois bem: f~z-se o ent6rro civil rezan-
Um homem de Santa Catarina. da Ser- vecentos e vinte dois: do o terço.
como a poeira que se levanta e brilha ao Mas porque está chorando tanto essa
sol, mas não deixa de ser pó e nada? boa Mãezinha, se é tão feliz?, ra t eve-a na mão, depois de lhe ter si- uExcelentissimo Ministro do Interior. Em algumas regiões do Sul d4 Catalu-
Que medicina é mais sublime do quB -,.........,..,....._ do tirada a dinamite e desentarrachou-a Lisboa. Administrador Vila Nova de Ou- nha reclamam o toque dos sinos no en-
aquela qtte trata de curar as enfermida- tirando a. metralha, limas, ferros etc. rém informa sôbre atentado Fátima, que têrro civil se a famllia o pede.
des da alma? FATIMA, O PARAISO NA TERRA Porque não rebentou esta quinta bom- foi praticado dia seis corrente por três O alcaide de uma terra quando chegou
E o terrível dilema permanecia dtJ ba? horas pouco mais ou menos por indivl- o tempo de uma sua filha fazer a pri-
pé: seguir novamente para o Seminário, FATIMA, A PÉROLA DE PORTUGAL Simples acaso? duos cuja identidade desconhece e que meira Co1nunhão, não quis op6r-se ao 1
fa zer vioUncia a oposição dos pais e E stes dois livros: in_teressantes _:;obre- capela é situada num êrmo muito distan- laicismo oficial e perguntou ao governa-
re11utrciar para sempre a todos os bens tudo para quem nao tiver a coleçao da Pelo país te da mais próxima povoação, razão por dor como havia de ser o rito para cele-
da terra, . ou deixar-se ficar no mundo
para viver t~ma a uma, as alegrias t6das
de 11ma ftttil existlncia.
I Voz da Fátima, enviam-se do Santuário uA n otícia do hediondo e sacrílego que se toma difícil descoberta autores brar-se uma primeira comunhJo ... lai-
ou da Redação. da Voz da Fátima a quem atentado voou com a rapidez do relâm- e infrutíferas investigaç~s sôbre caso. ca ...
os pf dir e enVIar para cada um a quan- pago do norte ao sul do país e provocou j Telegráfo: àquela autondade ordenan-
Entretanto, era preciso decidir, as t~· tia de stoo. em tôdas as almas bem formadas um sen- do que apesar tudo não desista investi- Este número foi visado pela Censura.
Ano XI Leiria, 13 de Abril de 1933 N. 0 127

COM APROVAÇAO ECLESI.AITICA

Di rector e Proprietilr iol Dr. Manuel Marquea doa Santo• Emprlsa Editora: Tip. "UniAo Crãfica,. T. do Despacho, ,._Lisboa Administrador. P. António dos Rei• Redaoo&o e Administraoaoa "Seminilrio de Leiria,

CRóNICA DE FATIMA
{ 13 DE MARÇO)

Os milagres da graça J gadas as suas culpas, rezam com fervor


junto do altar e fazem os últimos pre-
pinheiros ou a folhagem quási micros-
cópica das azinheiras. O firmamento, Padre José Vicente do Sacramento, Em outubro passado pôs à disposição
do Rev. Dr. Fischer a sua pessoa e auto-
parativos para regressar aos seus lares
distantes, é altamente consolador vêr ne-
dum azul puríssimo e duma transparên-
cia admirável, sem o mais pequeno far-
Missionário móvel para percorrer as partes mais im-
portantes ligadas com a história das Apa-
Se Lourdes, a mística cidade dos Pi·
rineus, ou, como há anos lhe chamou les a alegria da alma e a paz do cora- rapo de nuvem a ensombrar-lhe a su- Faleceu um dos maiores amigos do rições que em breve será publicada ori-
um grande diário da capital, ..a Jerusa- ção estampadas no rosto transfigurado perfície, constituía um espectáculo, cuja Santuário de Nossa Senhora da Fátima o gináriamente em alemão.
lém do Ocidente••. é, por excelência, se- pela graça divina que os santificou, contemplação deliciava os olhos e encan- Rev. José V. do Sacramento. Do ct?.fissionário Católico» transcreve-
gundo o consenso unânime dos crentes, inundando-os de felicidade. tava as almas. O sol, dardejando os Desde a primeira hora afeiçoou--se à mos as seguintes palavras para serem ar-
o santuário dos prodígios de ordem fí- O fogo celeste que os abraza vai co- seus raios sObre a Cova da Iria, enchia Fátima e esperava vir passar os seus úl- quivadas na <<Vo.r da Fátima»:
sica, Fátima, essa deslumbrante ante-câ- municar-se ao longe e ao largo, provo- de luz e tonificava o ambiente do recin- timos dias junto do Santuário e ali exa- ..so nossos leitores já sabem, pela noti-
mara do Céu graciosamente alcandorada cando às vezes maravilhosos incêndios to bendito das aparições, dispondo os lar o último suspiro. Deus dispôs doutra cia publicada à última hora no último
nas faldas da serra de Aire, é, sobretu- de amor. E as almas e os corações, es- fiéis para a oração e para os outros exer- forma. número do uMi"Sionário Católico,, que
do, e sem contestação, o santuário dos timulados pela fé e pela esJ}erança, pro- cícios de piedade próprios daquele dia. Presando a vida Missionária, propagara faleceu no Estoril êste velho missionário,
milagres de ordem moral . Ali, dentro curam, numa ansiedade iiD~ensa, apró- Durante tOda a manhã, celebraram-se especialmente na nossa África Oriental o cujo nome se tomou tão conhecido em
daquele recinto santificado pela augusta ximar-se, cada vez mais, da Cova da algumas dezenas de missas nos diferen- culto a Nossa Senhora da Fátima. A pri- Portugal, e mesmo além de Portugal, pe-
presença e pelas bênçãos maternais da Iria, para alcançarem ao menos algumas tes altares do Santuário. meira imagem que apareceu em Louren- las suas extraordinárias generosidades e
august."\ Virgem do Rosário, todo o dia benemerências, sobretudo em favor das
e tOda a noite, na capela do Albergue nossas Missões e dos seus Colégios. Con-
de Nossa Senhora e na igreja da Peni- quan!o a sua morte não tenha. sido uma
tenciaria, milhares de pessoas purificam inteira surpresa para aqueles que conhe-
as suas almas na piscina probática do ciam o estado melindroso da sua saúde,
Santo Sacramento da Confissão, acusan- após o insulto apoplético que o acoq~.e­
do e detestando as suas culpas de joe- tera há dois meses pouco mais o!! me-
lhos aos pés do sacerdote que, como nos não se contava ainda assim que,
juiz de misericórdia, em nome de Deus, em' tão breves dias, estaria para termi-
as abwlve e perdoa. nar a vida mortal do pranteado sacer-
Quantas curas espirituais se teem ve- dote. Quem escreve estas linh~ 'teve
rificado naquela estância portentosa, a consolação de o visitar pela segunda
verdadeiras e instantâneas ressurreições vez, poucos dias antes do desenlace, na
morais, cujo conhecimento ficará para' sua casa do Estoril; encontrou-o prostra-
sempre sepultado entre as quatro táboas do no leito, parcialmente tolhido e com
dum confessionário. certa dificuldade e arrasto na fala, mas
Se um sigilo, ainda mais rigoroso que perfeitamente lúcido e até mesmo com
o segrêdo mais sagrado e mais inviolá- uma fagueira jovialidade de espírito, oca-
vel que possa haver sObre a terra, não pado e iluminado pela devoção a Nossa
fechasse herrnéticamente os lábios dos Senhora de Fátima, que parecia, ao apro-
confessores, que prod.igios estupendos ximar-se da morte, tomar um fogo ain-
nos seria dado contemplar operados nas da maior e mais abrasador na alma
almas pela misericórdia infinita do Se- sensível do P.• Vicente. Este aspecto
nhor! da sua piedade à Mãe da Fátima me-
Sõbre a Cova da Iria as graças celes- receria, de quem está mais ao corrente
tes parecem descer com mais profusão, dos seus grandes troços e dos seus de-
formando uma atmosfera intensamente talhes, uma página especial, que não
sobrenatural, em que a fé se aviva e a seria com certeza das menos tocantes e
piedade se acrisola, desabrochando em de menor brilho no livro da vida que
flores de tOdas as virtudes cristãs. se extinguiu. E foi porventura esta de-
~ quási impossível resistir ao influxo voção, esta filial ternura, que lhe me-
salutar dêsse ambiente saturado de eflú- receu da Senhora da Fátima a graça. que
vios divinos em que as inteligências êle ambicionava e pedia, de morrer num
mais obcecadas se abrem à luz da ver- Sábado, como que à sombra da sua azi-
dade e em que os corações mais endu- nheira.
recidos se rendem à fOrça do amor. Todos conhecem o rasgo intrépido que
Por isso, de perto e de longe, as al- teve o Padre Vicente, quando, um dia,
mas inquietas, que o hábito do pecado numa estância de águas, soube que,
inquinou e OS' espinhos do remorso tor- poucas horas depois, ia ser arrematado
turam, vão buscar ao santuário da Lour- em hasta pública o convento Beneditino
des portuguesa a paz e a alegria por que Grupo de servltas, vicentinos, operários e outros homens que fizeram o seu retiro Espiritual na Fátima, nos dias e a cêrca de Cucujães, que o tesoiro pú-
anseiam e a graça e a amizade de Deus, 26, 27 e 28 de Fevereiro. blico, com aquela desenvoltura e sem-
que, numa hora de desvário, haviam -cerimónia moral que os seus homens
perdido. migalhas do maná espiritual que ali é Foram em grande número os peregri- ço ~1arques foi a sua que venerava no seu põem tantas vezes em casos idênticos,
Que espectáculo encantador essa trans- distxibuido gratuitamente a todos os nos que, depois de se terem confessado, oratório e o acompanhava por tOda a chamara a si da mão dos seus legíti-
fonnação assombrosa que o sangue pre- que teem fome de verdade, de pureza e se acercaram da mesa eucarística para parte, nas suas viagens, como reconheci- mos proprietários. Então falseou -lhe na
cioso rlo Cordeiro Imaculado Cristo J e- de amor. receberem com o mais vivo fervor o mento por tantaS graças que Nossa Se- mente·a ideia de adquirir êsscs bens tran-
sus realiza dum modo invisível nos co- Sursum corda! Corações para o alto! Pão dos Anjos. nhora lhe concedera e de que falava com quflos para melhor instalação dos Colé-
rações, em virtude dos méritos infinitos A excelsa Rainha dos Anjos, baixan- Após a recitação pública do terço do emoção. gios das Missões, que renasciam ao tem-
da sua paixão e morte. do dos páramos esplendentcs da glória Rosário na capela comemorativa das apa- A linda imagem que se venera na Ca- po. com auxílios do Estado; e preparar
únicas testemunhas dessas scenas in- à humildade da Cova da Iria, cobriu rições e a procissão de Nossa Senhora tedral de Lourenço Marques foi oferta qualquer coisa à pressa, e partir como
comparáveis, que se desenrolam conti- com o manto da s•·a protecção maternal para o pavilhão dos doentes, foi rezada sua. uma andorinha para o local das opera-
nuamente no recinto sagrado das apari- Portugal e o mundo, para fazer descer a missa do meio dia, a que ajudaram Queria que Nossa Senhora da Fátima ções, bater os pretendentes at6 às últi-
ções, os espíritos celestes hão-de exul- do seu Coração Imaculado sôbre os fi- um brioso oficial do nosso exército e um fOsse considerada como a protectora das mas trincheiras, e finalmente ficar se-
tar de júbilo, ao considerarem a com- lhos da sua dor, nascidos à sombra da distinto engenheiro. Missões portuguesas, pedindo à Santíssi- nhor de todo o campo. foi por assim
paixão misericordiosa e a ternura ine- Cruz no alto do Calvário, caudais de Ao evangelho, S'Ubiu ao púlpito o ma Virgem que amparasse as sociedades dizer uma realização fulminante! a sua
fável do coração de Deus para com os graça e torrentes de misericórdia .. . rev.do dr. Galamba de Oliveira, brilhan- missionárias em preparação no nosso alma em triunfo pOde cantar ao céu o
homens. te professor do Seminário Espiscopal de país. cântico da esperança, o hino da maior
Dezenas de sacerdotes, sentados nos Leiria, que prêgou durante vinte minu- Ideara a decoração do monumento ao alegria! E nem todos saberão porventu-
bancos dos confessionários, atendem, du- O dia treze em Fátima tos, explanando com proficiência o evan- S. Coração de Jesus que coroa as fontes ra da série de benemerências e de lar-
rante horas consecutivas, as pessoas que gelho da missa e fazendo a propósito do Santuário, com quadros alusivos às guezas com que ele foi completando, com
querem reconciliar-se com Deus. No dia treze de Março realizaram-se, uma breve referência às bemaventuradas Missões presididas pela imagem de Nos- o andar dos tempos, o seu acto inicial d e
A igreja: da Penitenciaria regorgita de como de oostume, os actos I'e!iigi060S' Sancha e Mafalda, ilustres e santas prin- sa Senhora da Fátima, sob a invocação Cucujães.
·fiéis. Junto dos confessionários, forman- prescritos pela competente autoridade cezas, filhas de D . Sancho I, que foi rei ..de Nossa Senhora das Missões, obra que Por estes motivos todos, nós sentimos
do verdadeúos cachos humanos, api- eclesiástica e destinados a comemorar as de Portugal. não poude principiar. dolorosamente o desaparecimento de tio
nham-se dezenas de pessoas. esperando aparições da Rainha do Céu aos humil- Em seguida à missa efectuou-se a ce- Foi o falecido P.• Vicente quem man- insigne benfeitor; n ós cumprimos, com
paciente . e tranqüilamente a sua vez de des videntes de Aljustrel. rimónia da bênção dos doentes, que eram dou cunhar as primeiras medalhas de uma espécie de magoada satisfação, o
se confessarem. Às portas aglomera-se a O tempo, contra a espectativa de tOda pouco maiS de três dezenas, e por fim Nossa Senhora de Fátima depois de pro- dever de prestar à sua memória a. nos~
multidão que, ao frio, ao sol ou à chu- a gente, apresentou-se formoso e esplên- a procissão do adeus, em que a linda ceder a estudos no local. sa singela mas bem sentida homenagem.
va, aguarda horas inteiras licenç;. para dido, duma amenidade verdadeiramente imagem de Nossa Senhora de Fátima foi Compôs o hino ..s~bre os ramas da a.ri- Os sufrágios que as nossas trb Casas
entrar no templo. primaveril. Não corria a mais ligeira vi- reconduzida para o seu altar na capela- nheira" que é cantado nas festas e pere- têm feito, logo qen chegou a cada uma
E, depois, quando os penitentEs, apa- ração que agitasse os ramos esgnios dos -monumento das aparições. grinações, por tôJa a parte. delas a. infausta noticia, terio sempre
VOZ DA FATIMA

piedosa continuação; e esperamos ense-


jo oportuno d._. perpetuarmos por qual-
À tarde, às 7 horas, fêz-se com fé vi-
va e piedade ardente a consagração da
cada IJlêS nunca faltou em S. Domingos
o terço e a prática de tarde.
Consagração da diocese de Coimbra
quer forma condigna a gratidão dos co- população de Tete a N.• S.a da Fátima,
a que assistiu imenso povo.
1930. - Nêste ano com o falecimento
do Rl'v. P.• Pintado, tomou conta do
ao Sagrado Coração de Maria San-
r:l<,Õ<:s.
O Padre Vicente morreu, colados os Tete, 24 de Junho de I9)2. culto de N. Senhora da Fátima o Rev . tíssima.
lábios ao seu crucifixo missionário dan- Um devoto de N.a Sr.a da Fátima». P.• António Roliz, que continuou a obra
do-lhe o último beijo. começada com não menos ardor que êle. (Continuação da Carta Pastoral de S. Ex.• Rev.- o Senhor Bispo de
Paz à sua alma! Visconde de Montelo Chegado o mês de Maio de r930 notou-
-se wnda mwor fervor e entusiásmo do
Coimbra)
Cocujãcs, 3 d e ~hrço de I933·
t João Evangelista, Arcebispo Bispo de que no ano pa.sado. Em vez de tríduo
Maria. é a Mãe, no seio da grande fa- tidào, decretou que dai em diante o seu
Vila Real, Sltperior». houve novena solene. O Rev.Promotor
núlia. cristã, a distribuir os beus que ga- reino se chamaria ureino de Maria San-
O Senhor Bispo de Leiria, que era muito
No Santuário das festas obteve autorisação de Sua
Ex.ola Rev.ma o Snr. Bispo para dedicar nhou com o seu Filho; continúa no céu tíssima.»
um dos altares laterais, do lado do evan- a cumprir a missão que por Deus lhe foi No século XIII Maria Santíssima clá
reconhec1do ao Rev. Missionário pelo confiada até à consumação dos séculos. o Escapulário ao Bem-aventurado Simão
seu interesse a favor do SJntuário e pe- Desde a tarde do dia 25 de Fevereiro gelho, a N. S. da Fátima e tratou logo
até à madrugada do dia r.• de Março de o embelesar, começando a celebrar-se uAssim como durante a noite a lua Stock, e o Rosário a S. Domingos de
las suas generosidades, quando soube do transmite à terra os raios que recebe do Gusmão, e o Escapulário e o Hosário são
seu [aJecimento estava em exercícios estiveram reünidos no Santuário da Fá- nêle todas as missas da novena. O al-
tima em Exercícios Espirituais cêrca de tar está actualmente um primor. Colo- sol, assim, durante a noite desta vida, as mais belas provas da aliança de Ma-
espirituais com o venerando Episcopado Maria, colocada entre Deus e os homens, ria com os seus filhos queridos.
6o homens entre os quais se viam algu- cou-se ali um retábulo de Nossa Senhora
português. Celebrou logo 3 1\li.>S"\S pela transmite:lhes os raios da divina graça Mais tarde nova irrupção muçulmana
sua alma e recomenda-o às orações dos mas figuras de alta posição que, enquan- da Fátima que foi substituido mws tar-
to outros dissipavam a sua vida com de pela lindíssima estátua que agora lá que ela recebe de Deus. Deus é o princí- tentada na Itália. para tomar R oma ao
peregrinos no dia 13 de abril como a pio da graça; Maria é o meio ou instru- Sumo Pontilice. O Papa S. Pio V orde-
todos os leitores da Voz da Fátima. as loucuras do Carnaval, se acolheram se encontra. A novena começou no dia
debaixo do Manto misericordioso de Nos- 4· constando de missa às 7.30 com cân- mento pelo qual Deus comunica aos ho- nou vreces públicas, invocando o soror-
Deus lhe dê o eterno descanso! mens a mesma graça,. (r) ro da Santíssima Virgem. Sob a sua ins-
sa Senhora da Fátima preparando as suas ticos apropriados. Às 5 da tarde reza.
almas para gosarem maior glória no Céu va-se alternadamente com o povo- o ter- Desta Mediação universal de Maria piração organizou-se a Liga dos Prínci-
Fátima em Tete (Moçambique) depoi>. de na terra terem servido melhor ço, depois havia prática e bênção do Santissima dá-nos testemunho bem claro pes Cristãos. E pouco depois a grandíssi-
ma frota turca é submergida em Lepan-
a Deus. ss. tanto a Igreja Oriental, como a Ociden-
tal.
Do número 41 do semanário uMissão Be:n hajam, e Deus queira que muitos As comunhões de manhã iPram sem- to pelas poucas naus às ordens de D.
Africanan órgão da Missão de Nossa Se-Ilhes sigam o exemplo na gloriosa con- pre muito numerosas, como tive ocasião Santo Efrém, diácono da igreja da Sí- João de A ustria ( I2) . Começar:1 a bata-
nhora do Rosário da Beira, que vê a quista da perfeição. de ver diàriamente. Tanto de manhã co- ria, chama a Maria Santíssima, como já lha na tarde de sábado, 7 de outubro de
luz da publicidade n a cidade do mesmo mo de tarde a igréja enchia-se sempre vimos, «Mediadora de todo o mundo de- 1571. S. Pio V em reconhecimento desta
nome, reproduz-se a seguir uma carta de fiéis. A novena foi prilgada por três pois do Mediador, ( 2) _ prodigiosa vitória de que miraculosamen-
de impressões enviada àquele semanário\ missionários, Rev.doa P ... António Roliz, S. Germano, Bispo de Constantinopla, te teve conhecimento, foi em procl&;ào
por um devoto de Nossa Senhora de Fá-
tima àcêrca duma festa realizada em Te-
te:
O culto de N. ~enhora João Lucas e Luís G. de Garcia. No dia
IJ, dia da festa, missa da comunhão
15eral às 7 .)o, sendo muito mais nume-
dirigindo-se à Virgem Mãe de Deus, diz:
uNinguém, ó Santíssima, consegue a sal-
vação senão por vós. Ninguém, ó Imacu-
com todo o povo romano à Basílica de
Santa Maria Maior, e ordenou que à La-
dainha de Nossa Senhora se juntasse a

~a Fáti11la em Macau
uO Pároco desta vila e [reJriesia de S. rosas as comunhões. As ro houve solenfs- ladíssima, é live dos males senão por invocação: «Auxílio dos cristãos (auxi-
Tiago MJior de Tete, Rev. Santana Se- simo pontifical, expondo-se a seguir o vós. Ninguém, ó Castíssima, a quem se lium christianorum), orai por nós.,
bastião da Cunha. proporcionou-nos mais Santíssimo. A adoração pelo dia adian- conceda qualquer dom senão por vós. Já no principio do século XIX Napo-
uma festa de efeitos deslumbrantes inau- Com o .fim de mais glorificar N . Senho- te foi muito concorrida. Ninguém, ó Gloriosíssima, a quem a Mi- leão, ten<1o-se apoderado de todos os Es-
guranrlo no da r 2 de Maio doi~ novos ai- ra de Fátima vamos, em breves pala- Às 6, houve vésperas, sermão pelo serjcórdia distribúa o benefício da graça tados da Europa, quis também assenho-
tares laterais e uma Imagem de N ·" S.• vras, falar do seu culto em Macau, - Rev. P.• Luís Garcia, S. J. e bênção senão por vós, (3). rear-se de Roma. Manda um exército à
da F~tima que adquiriu por meio de su- Fátima do Extremo Oriente - desde que do SS., pondo-se em marcha a primeira e Santo Anselmo, dirigindo-se a Maria Itália, e traz prisioneiro para a França
bscrição e celebrando a respectiva festa se estabeleceu aqui a 13 de Maio de solenísima precisão das velas até à Pe- Santíssima, diz-lhe: uó Medianeira nos- o .Soberano Pontífice Pio VII. Este S<Jn-
no dia IJ do mesmo mês. Conta assim 1929 até a:o presente. nha, organi5ada pelo Rev.d• P.• António sa, recomenda-nos a vosso Filho». (4) to velho, na sua via dolorosa, passou por
no seu activo alem de vários m ..lhora-j Todos nos lembramos ainda com imen- Roliz. S. Bernardo, o grande Doutor de Cla- Savona, e poude ir ajoelhar-se perante a

I
ment.G~ já introduzirlos na Paróquia, co- sa saüdade dêl;se dia memorável em que Para haver boa ordem na procissão
mo con,trução do Altar-Mor e da caaa o falecido Cónego Pintado, mi~sionário ze- publicaram-se algumas instruções, apro-
paroquial, instal::tção da luz eléctrica e loso, abrasado de grande amor a N. Se- vadas pelo Snr. Bispo. Nela tomaram
raval, dizia assim: - Considerai com
que afecto de devoção quere que honre-
mos a Virgem Maria Aquele que nela de-
imagem de Maria no célebre santuário
dessa cidade. Diante dela pediu com tô-
da a sua alma o socorro da Mãe de Deus.
I
ahcrtura da escola paroquial, aqubição nhora da Fátima, amante de Portugal e parte, sem exagero, todos os católicos positou a plenitude de todo o bem. Por E lá seguiu para o castelo de Fontaine-
bleau, onde ficou prisioneiro.
de um sino e varias imagens, paramen- de tudo o que era português, aqui iro- de Macau além de muito povo de fóra, conseguinte, tudo o que há em nós de
tos e vários object~ do culto de que a j plantou tão simpática devoção. :,6 pode de Hon~-Kong, Cantão e Shanghai. To- esperança, tudo o que há de graça, tudo Mas pouco depois Napoleão, vtoncido
Igrtoja carecia, mais êsses que a Paró- avaliar bem a imponência das solenida- caram duas bandas e cantaram os semi- o que há de salvação, saibamos que de- pelas potências aliadas, é encerrado na-
quia e a fregue<;ia dev<'m ao~ seus esfor- des religiosas com que a cidade de Ma- naristas e todo o povo sem respeitos: la redunda sObre nós. Portanto do mais quele mesmo castelo. O Papa volta triun-
ços de missionário zt'loso e infatigável. cau iniciou o culto de N~. Senhora da humanos. Iam todos com a sua vela ace- íntimo dos nossos corações, com todo o falmente para Roma, e em reconht'cimen-
Devido à distribuição de roo exempla- Fátima quem a elas asSistiu desde os sa e com as suas insígnias de peregrinos. ardor das nossas afeições e desejos vene- to desta tão grande graça de Maria San-
res do jornal uVoz da Fátiman que, ele primeiros d1as ~ nós, embo~ nos faltem A estátua era levada num lindo andor remos a Maria, porque tal é a vontade tissima vai em peregrinação a Savona, e
há cinco anos para cá, o Rev. Pároco, \ outros dotes, tivemos a d1ta de ver e aos ombros das Filhas de Nossa Senhora d' Aquele que tudo quis nos adviesse por com grande solenidade êle mesmo coroou
cada mês, vinha fazendo na Paróquia, de quási palpar com as mãos_ o fervor que da Fátima. Çhegados à Penha, a estátua Mariall. (5) a irnagem da Santíssima Virgem dêsse
tal maneira se arraigou a devoção a N.• se ateou em todos os coraçoes dêste bom foi colocada perto da de N. S. de Lour- Santo Alberto Magno chama a Maria histórico santuário.
s.a da Fá ti ma que os fiéis estavam ancio- povo macaense. com o advento desta no- des. Seguiu-se o sermão por Sua Ex.cb «Medianeira da nossa reconciliação com Em 1848 o grande Papa Pio IX viu-se
sos por verem erigido um altar e nêle I va devoção para com N. Senhora, _por Rev.ma o Snr. Bispo, com a eloqüência Deus,. S. Boaventura diz que ((a Bem- obrigado a fugir de Roma, ameaçado de
coloca.d.a a Excelsa Rainha para melhor I isso podemos com tôda a v~rdade d1zer que lhe é própria. Deu-se depois a bênção -aventurada Virgem Maria é Medianeira morte pelos revolucionários. No seu exí-
tributarem a sua h omenagem e agradece- o que se vem passando aqw nestes três no interior da capela. aos fiéis e fóra nas entre nós e Jesus Cristo, como Jesus lio em Nápoles ordenou preces públicas
rem os bf'n<'fíci0s rtocebidos, alguns dos anos decorrid~. salas aos doentinhos, que terminou esta Cristo é medianeiro entre nós e Deus seu para obter da Santlssima Virgem o seu
qu.,i~. de curas maravilhosas, já foram 1929. - Inaugurou-se o culto de Nos- devota e imponentíssima procissão das ve- Pai» (6). E S. Bernardino de Sena es- regresso à Cidade Eterna. Em 1850 Pio
publicados no referido jornal «Voz da sa Senhora de Fátima com um triduo las, à semilhança das que se fazem em creveu estas palavras que depois fez suas IX volta para Roma no meio das acla-
F~tim'l.» E esta vontade foi-lhes feita que constou de orações e prilgações fei- Fátima. A estátua ficou exposta à vene- o Santo Padre Leão XIII: uTôda a gra- mações de todos os cristãos, e em 1854,
pelo P~roco adQuirinclo no Porto. na ca- ta pelo Rev.do P.• António Roliz, S. J . ração dos fiéis até à meia noite. Foi sem ça concedida ao mundo segue esta trípli- na presença de 300 Bispos e de enorme
sa José da Silva França, nma linda Ima- que logo no primeiro dia benzeu uma dúvida a maior, mais concorrida, solene e ce gradação: - de Deus a Jesus Cristo, multidão de fiéis, na Basílica de S . Pe-
gem e designando desde logo a sua festa linda estátua de N. S. da Fátima. A devota procissão realizada em Macau des- de Jesus Cristo à Santíssima Virgem, da dro, definiu solenemente o dogma da
para o dia IJ de Maio, data da x.• apa- igreja esteve sempre cheia de fiéis. No de 1904, ano do jubileu da defenição do- Santíssima Virj:(em aos homens: tal é Imaculada Conceição.
rição da Senhora na Cova de Iria. terceiro dia Sua Ex.•la Rev.m• o Snr. gmátic.1. da Imaculada Conceição, como a ordem maravilhosa da sua disposi- ' Quatro anos depois a Imaculada Con-
Como preparaçãq da festa começou a Bispo dignou-se presidir, dando maior dizem todos os sobreviventes. Durante a ção» (7) . ceição apareceu em Lourdes, e ai estabe-
Novena no dia 4 a que assistiu muita realce aos actos religiosos. Raiou em- novena e no dia da festa milhares de cor- Tudo por Maria (8). leceu o milagre permanente.
gente. No dia r2, às I9 horas, a Igreja fim o dia IJ de Maio. De manhã h~uve dões, velas, insígnias e outros objectos de E Portugal?
re!!l'rgitava de fiéis, a ponto de muita muitas comunhões em todas as m1ssas N. S. da Fátima se venderam e distribui- IV (Continua)
gente ter de ficar de fóra, por falta de que se rezaram. Às 9.30 Sua Ex.cla raro em S. Domingos, tudo para aumen-
(1) P . Bovel'- ObrG cft., Piar. 19.
luP."ar. O Rev. Hen Dich, Superior da Rev.m~ o Snr. Bispo celebrou s.olenil- tar o culto da Senhora, cujos devotos en- Consultando a história da Igreja, ve- (2) O r. referido, na llçlo 4.• - Vfd. Diot.
Missão de Mwanza, deu começo à inau- mllntil de pontifical. expondo-se no fim tre portugueses e chineses são numerosís- mos como os grandes actos comprovam de Théol. cit.. pJI.g. 2390.
guração benzendo a Imagem colocada no o Santíssimo no trôno. Acudiram muitos simos ou melhor, são todos. (3) Of. re~l'ldo. na llçi.o S.•
esta doutrina. Recordemos alguns ape- (4) O me81Jlo Santo en•ino que Maria 6
meio do <'orpo da Iireja. num rico an- fiéis a fazer companhia a Jesus e desa- Entre os chineses tem sido grande nas (9). Hil.e de todoq o<0 que Cl'l't'm em J>tona e qae
dor, df'corado pelas Ex.mao Senhoras D. gravá-lo das muitas friezas no seu amor. apóstolo de Nossa Senhora da Fátima Logo no princípio, depois da Ascensão .sem ela nrhtl pietatl• e•t nihilque l>onitnti•.
Alda Pontes e D. Rosa Fino e presidiu De tarde, às 17 horas, começaram as o Rev. Cónego Domingos Jim. A orna- (5) Quia slc eet voluntas ejus onl totom
do Senhor, por ordem dêste os Apósto- aos bahere voluit per ){arlam. naec, ln-
à procissão das velas, que formada em vésperas presididas pelo Snr. Bispo. mentação do altar, que esteve sempre lin- los reü·nem-se no Cenáculo, e ai, no re- quam, voluntas ejus, sed pro nobla. (Of.
duas alas pelas crianças da escola, Se- Findas elas, subiu ao púlpito o Hev. P.• do durante tôda a novena, foi executa- colhimento e na oração, durante dez ref., na llçA.o 6).
nhoras e imenso povo, precedido do an- António Maria Alves, S. J. que, duran- da pelas Filhas de Nossa Senhora da dias, preparam-se para receber o Espíri- (6) Diz ainda que Maria 6 chamada por-
tt:l do ew quia nulla~ pote.."t Jnm CO('lnra
dor que era conduzido, à vez, pelas pes- te uns Z5 minutos teve o !luditório sus- Fátima, inc.1.nsáveis trabalhadoras e pro- to Santo. E a Sagrada Escritura, sempre ,ntrn.re nisi per U:ariam transeat t-anquam
soas gradas de um e outro sexo, e da penso com as suas palavras qu~ntes de motoras desta devoção. Antes da novena tão !>6bria a respeito de Maria Santíssi- per I>Ortam.
banda da mósica da Missão de Boroma, amor à Virgem Senhora da Fátima. Pc- fêz-se um apêlo que foi plenamente ou- ma, diz-nos expressamente que com os (7) Lei\o xnr- F.nn. JuCU>!da aempM,
acompanhando o uAve•> e outros hinos diu o orador, que o dia IJ de cac.la mês vido e correspondido, pois muitas e de 8 de aetemhro de 1894.
Apóstolos estava em oração «Maria, Mãe IRl Esta: mediaçA.o univ4rsal de Maria.
cantados com todo o ardor e entu5iasmo .fOsse consagrado à Virgem com culto e grandes foram as esmolas dadas pelos de Jesus, (Act. 1, 14). Maria Santíssi- esta dontrma de que todas a~ I"NI"IUI aohre-
pela assistência, - percorreu todo o preces especiais nesta c'idade. Findo o fiéis. Pela. grande concorrência à novena ma, no meio dos Apóstolos, orando. por naturals nos são obtidas J>t>la intPJ'Ce8o1lo
adro da Igrt'ja, lindamente enfeitado de sermão foi dada a bênção do SS. organi- e festa se vê que a devoção aumentou de Marta Sa.ntfSAima., nlio encontrou m:tis
êles ·com inefáveis gemidos, obtem-lhes oposi<-io notá.vel denoia da. •1Pfe•a de S:tn·
vf'rclura e bandeimlas, iluminado a elec- sande-se em seguida uma devota procis- consideràvelmente. os dons abundantfssimos do Espírito to A.fon•o de Ligórlo (l.•s r.lt>(r,. de Jln-
tricirlacle e lampeões de variegadas cores. são que, saindo de S. Domingos percor- Continúa Santo, que os confirmam na fé e lhes rie); e com J.eilo XTTI. Pln X e Bento XV
Uma vez dentro a procissão e colocada reu o Largo da Sé, Largo do Senado, permitem o milagre da conversão do ohto'l"e a aJ)rova('llo da [~ja.
a Ima,:tf'm no Novo Altar, ric."lmente or- recolhendo de novo a S. Domingos. Ne1a Tal mediaclo não torna inótll nPm ~O ·
mundo. orime a merlial'llo dos ontr<lf.O Sant01l. Os
namentado p<·lo Snr. António A. Pontes tomaram parte todos os estabelecimen- D epois vemos Maria Santíssima descer SantO'! deJ)ÕPm as s•tas peti<-64• nas mli 011
subm ao pólpito o acima referido Supe- tos reli~iosos da cidade. as confrarias, o df' 1\In ria. para. que <!Is a~ apre•cnt'! 11. Jn
rior da Missão de Mwanza que comemo- Seminário e todo o clero. Foi levada em O culto de Nossa Senhora da Fá- às catacumbas e inspirar coragem aos
seus filhos, os primeiros cristãos, e obter-
sus. f!pmpre. qne ·~ ora !lOR nutrnq S"\ , •..,q.
on DJP~mo ,,..t:.rlA ntente "' Den,. e~tn ora ··~ ,,
rando a gloriosa data, I) de Maio de triunfo a linda estátua de Nossa Seaho-
JOT7, arrebatou o auditório à Cova da ra da Fátima, pouco antes chegada de
tima na Inglaterra -lhes as fôrças para o martírio (xo) . ! .acompanhada d~ ora('~ fie lfnria Vld.
Dtct . . de Thllt>l. cit., pá.g. 2404 e P. Pover-
D epois, na época das heresias, é ela ob. ctt., pág. .u.
Iria, lu~r escolhido pela Rainha do Céu Portug-al. Ia num andor primorosamente Our Lady of Fatima by F. M. de Zul- que vence e conserva a unidade da Igre- (9) Primdro CtYIIgre~IO MariGno clt.,
para manifestar à Nação Portuguesa, de enfeitado pelas catequistas. Para Ela neta S. J. ja (n). pãg. 46 e ~-
que é Padroeira, o seu carinhl) matem.1l, convergiam todos os olhares. A multidão Mais um livrinho sôbre o culto de Depois das grande3 heresias o Islamis- '10) P .• S. Auras..hes- Flo.,ea de Maio-
cumulando-a de imensos btonefícios espi- do povo que a acompanhava era grande Nossa Senhora da Fátima publicado na Port.o. 1916. pág. 283.
mo ataca furiosamente a cristandade, (111 .•.crmctas IIOPrPsea 1ola i>~tn~misti
rituais e temporais. Rt'matou o seu belo e o recolhimento extraordinário. T a nto Inglaterra pelo R. P.• Zulueta, da Com- quere apoderar-se da Hungria e passar in uniP8T80 r.tunifo cor. B. Marie Virg., J.•.
discurso exortando a assist~ncia a afervo- na missa como nas vé~peras e pocissão panhi:l de Jesus, Manreza House, Ro- daí à Itália para destruir o Papado na Noct.).
rar cada vez mais a sua dt>voçào para ai- cantou a uCapela de Nossa Senhora da sua própria séde. Então Maria Santíssi- 112) Eram 300 os navios tnl'coe e 209 oe
champton, S. W . ~omanrlados p•lo filho "" Carln~ V. O• tur-
cançar graças ainda maiores. Fátima». Foi editado pela uCatholic Trusth So- ma rorre em socorro dos cristãos, e as cos p Prd .. ram 2~5 navios e 30.000 hnmpns;
Tt'rminou o acto com o hino «Ave Assim terminaram as solenidades com ciety», de Londres. • hordas muçulmanas são miraculosamente os noasos .\JX'nas 15 galt't"n~ e 8 000 hnm.-n~
Maris SteJa, , cantado a três coros, acom- que se inaugurou em Macau o culto de vencidas pelo exército de Estevão, rei e. libertaram 15 000 cri~tli<>" cativo• (L. )!&:
O piedoso autor descreve a origem da r10n- ffist. tle I'Eol.- Po.ris 1913 L 3.•
. panh~do a Harmonium, sob a direcção Nossa SE-nhora da Fátima, deixando em Fátima e depois as aparições de Nossa da Hungria. e êste, como prova de gra- p.íg. 189 e 190). '
do RPv. Pároco da freguesia que no fim ~odos profunda impressão. A promessa Senhora com os elementos colhidos nos
distribuiu pela assistência lindas estam- feita dt' honrar a Nossa Senhora da Fá-
livros que em diferentes línguas se têm
pas com a novena de N." S.a da Fáci- tima todos os meses no dia I) tem-se
ma. cumprido à risca, louvores a Deus_ A
publicado e principalmente na carta Pas-
toral do Snr. Bispo de Leiria traduzida
«Bote von Fátima)) mão, na Suíssa, além da propaganda,
pode ser um meio de chamar para Deus
No dia seguinte, 13. começou às 9 ho- alma de tudo isto foi o Rev Cónego Pio- para inglês, pelo menos, em 4 edições. As pessoas que conhecendo o alemão almas transviadas ,da verdadeira fé.
r as a mis.<;a solene, cantada pelo mesmo tado, coadjuvado pelo Rev. P.• A. Ro- ou outras que desejem assinar o Mensa-
Superior da Missão de Mwanza, acolita- liz, S. J.
Esta e outras publicações levam aos
fiéis o conhecimento das maravilhas que
geiro da Fátima (Bote von Fátima) po- -----+••----
do pelos Hf'vs. Párocos e superior da Os cultos à Senhora foram crescendo a Santissima Virgem tem realizado em dem dirigir-se à Administração da <eVoz
Missã,l di' Boroma.. -Um grupo de canto- de mês para mês at~ Outubro, em que da Fátima», em Leiria. Dádiva gêne rosa
Portugal e as graças de que somos deve- A assinatura anual custa xo escudos, Para a M1ssão de Nossa SE-nhora da
res da Missão de Boroma cantou a mis- se festejou com grande pompa o dia
dores ao Celeste patrocínio da nossa boa incluindo o correio. Fát:ima na Zululãndia, chegou a esta
sa uTt'rth» acompanhada a Harmonium. I) , último das aparições de Nossa Se-
Mãe. As direcções devem vir muito claras Redação a quantia de sooSoo que um ca-
HouvE' comunhões e Brn~ão do SS.m• Sa- nhora aos pastorinhos. Bem desejou o
craml'nto e no fim da Missa fni distribui- Rev. Cónego Pintado orgamzar nêsse d.ia para não haver enganos. ridoso anónimo houve por bem enviar.
do um bodo aos pobres à porta da lgre- a procissão das vdas até à p.,nha, mas L embra-se aos devotos de Nossa Senho- O seu-nome será e<>nhecido dos homens"'
ja. não pôde levar a efeito. Nos dias 13 de Este número foi visado pela Censura. ra que o jornalzinho publicado em ale- apenas n o dia das grandes recompensas.
V OZ DA FATI MA 3

1 no dia dttermfnado a. fazer a profissão Fátima alcançou para uma sua irmã que ' depressa... um padre! quero confessar-

GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA religiosa,.,


Nada mais foi necessário para que
Nossa Senhora me concec.lesse esta graça
se encontrava perigosamente doente.
-Tendo implor:1do a interCl'S:>ào de
~ossa Senhora da Fátima para as melho-
ras do meu marido que se encontrava
-me».
-
dia!
Que mudança repentina, mas tar-

Em redor dêle, os viajantes confusos


Tinha consigo um pouco de água da tão insigne, graça que muito desejava
Paralisia Fátima que pe5soa amtga lhe mandára ver publicada na Voz da Fátima o mais gravemente enfermo, venho agora mani- acOdem pressurosos a ver o desenlace do
A rninha. irmã, Ana da Silva, adoeceu por favor. Com t.:ssa água lavou por al- brevemente possível. festar a minha grande satisfação e pro- caso, outros sobem aos as;entos do carro
gravemente no mês de Outubro a ponto gumas vezes a ferida e dentro de alguns Viana do Ca:>telo fundo reconhecimento pela graça recebi- para verem melhor o que se passa. Um
de não poder mover os membros do la- minutos o ::.angue estancou para sempre! João llfiguel de Ba"os da.- Helena Vsana de Me&ra- Coim- dos oficiais dirige-se então aos passagei-
do esquctdo. Chegou a achar-se tão mal Tanto eu como a minha esposa acredi- bra. ros, rreguntando se porventura não ha-
que à. meia noite lhe foram adminisua.- tamos que a cura se deve sômt.·nte à. apli- Queimadura - C4ndida de Sousa Nogueira A.rt~ve­ veria entre êles algum sacerdote, que
dos os Sacramentos da ComWlhão e Ex- cação da água da Fátima e por isso aqui do, - Souto-Leiria, teve uma congestão podesse atender o doente e dar-lhe a
trema-Unção. agradecemos a Nossa Senhora a sua ma- Estando sósinha sentada. no lar aleitan- pulmonar em Dezembro de 1929. Recor- absolvição.
Passados alguns dias, quando ainda es- ravilhosa proteção. do uma criancinha de 7 dt::ts, caJ sllll reu a N.• Senhora da Fátima e tendo Muitos olhos se volvem instintivamen-
tava de cama, foi-lhe dada alguma água Pode V. Rcv.• 1 ~ dar a esta carta tOda sentidos no lume e ficando com o peito melhorado, vem agradecer. te para o misterioso viajante que está a
de Nos,;a Senhora da Fátima, que tive- a publicidade que entender, tudo para e as mãos horrorosamente queimadas. - Maria do Rosário de Oliveira La- um canto do carro.
ram a bondade de me dar, continua.ndo maior glória de Nossa Senhora da Fá- A criancinha nada sofreu, felizmenle. vrador, de Beja, agradece a N.~ Senhora Será talvez um Padre? ... E se o fOr
a tomar algumas gotas durante alguns tima. Os vizinhos algum tempo depois me uma graça particular. realmente que partido tomará nestas cir-
dias. Cochim - 1932 acudiram. Julgavam ser impossível que eu -Madalena dos Santos, de Lisboa, cunstâncias críticas?
Graças a Nossa Senhora da Fátima, a J. A. Gomes escapasse depois de tão cruel queimadu- agradece a Nossa Senhora duas graças Era efectivamente um sacerdote, que
minh:1. irmã melhorou consideràvelmente ra. temporais concedidas uma a sua filha acabava de escapar de uma província
Maria Felicia e outra a seu marido João onde a perseguição era particularmente
podendo já caminhar sem dificuldade, fa- Apendice e tumor nos intestinos Quando recuperei os sentidos, com as
lágrimas nos olhos e com a maior devoção dos Santos. atroz, e onde se havia dado ordem ex-
vor que quero agradecer a Nossa Senho-
Há quatro anos deu-me uma forte có- ção possível, pedi a Nossa Senhora da - Amtllia Soares, da Nazaré e mora- pressa de fuzilar todos os eclesiásticos.
ra da Fátima.
lica cuja causa desconhecia. Por indica- Fátima que me curasse para eu poder dora em Peniche, vem agradecer a cura Teria a coragem de se dar a conhecer e
Cochim - 1932.
M. da Silva ção do meu médico Dr. Alberto Cruz fui acabar de criar os meus pobres filhinhos. de seu filho Júlio. Sofria há muito du- de arriscar a liberdade e a própria vida
a.o POrto consultar o especialista Dr. Al- Prometi a Jesus Sacramentado ir ~ ma fraqueza tal que era tido como tuber- em favor daquele perseguidor?
berto Ribeiro. mungar com o meu marido e com a mi- culoso. ADs 12 anos depois de inutil- O perseguido hesita um instante ape-
Tifo Fui por êste aconselhada a internar- nha filha mais velha, na primeira sex- mente ter tomado diversos medicamentos, nas.
O Sr. Agostinho Fernandes veio cha- -me no Hospital do Carmo onde, com ta feira do I. 0 mês em que eu pudesse bebeu da água do Santuário depois de ter Poderia êle, sacerdote, deixar morrer
mar-me para tratar da cura de seu filho brevidade, devia ser operada da apendi- ir à Igreja, e continuariamos todos os abandonado a medicina, e pouco depois um homem, que está em pecado e ~
José. O pobre jovem estava sofrendo du- cite. Assim o fiz embora com muito c~ meses fazendo as nove primeiras sextas- começou a sentir-se melhor. Hoje encon- iminente perigo de se condenar ao m-
ma febre tifoide com tão graves compli- to. -feiras. tra-se perfeitamente bem. ferno por tOda a eternidade?... Poderia
caç6cs que senti faltar-me a coragem pa- Se até aqui muito tinha pedido a Nos- Prometi também ir à Cova da Iria - Emília Gt1edes de Oliveira-Olival, preferir a própria vida à salvação eterna
ra tomar a responsabilidade da sua cu- sa Senhora, agora mais do que nunca re- agradecer a Nossa Senhora a minha cura Gaia, agradece a Nossa Senhora da Fáti- daquela própria alma?...
ra, e sugeri que seria melhor chamarem corri e confiei na sua protecção, e es- se ela me fôsse concedida, desejando ma as melhoras que alcançou para seu Recomenda-se a Deus, levanta-se reso-
algum outro médico. Como porém êles tou. certa que não deixei de ser atendi- também que ela fOsse publicada na Vo.r marido até então doente. lutamente e exclama sem temor: «Senho-
quizessem que eu e não outro tratasse da, pois que, apezar da operação ter sido da Fátima. - Regina Rosa Borges, da freguesia res, en sou um sacerdote. Façam o obsé-
do caso, resolvi aceitar pondo a minha feita não só à apendicite mas também Depois de algum tempo de sofrimentos da Ajuda-Lisboa, cheia de alegria vem quio de se afastar, para que possa ou-
confiança em Cristo Jesus e na Virgem a um tumor nos intestinos com que os bem cruéis cicatrizaram por completo as publicar e agradecer a Nossa Senhora vir a confissão dêste milita!')).
Maria Saúde dos enfermos. médicos não contavam, de tudo sarei feridas, de maneira que já posso cuidar da Fátima o ter levado o seu marido a Enquanto os presentes se iam afastan-
Co~ecPi a tratá-lo com todo o cuida- como uma brevidade que surpreendeu os da administração interna da minha casa, autorizar a celebração do seu casamento do respeitosamente, os oficiais trocavam
do prescrevendo ora um. ora outro re- próprios médicos que me disseram não do meu marido e dos meus filhos. Com a religioso. sinais entre si...
médio conforme os sintomas. contar já comigo. publicação desta graça ficam cumpridas Por muitos anos, diz, viveram ilegiti- O capitão está estendido no chão, co-
Com admiração minha, o jovem come- Em tudo isto, vejo a mão bendita de tOdas as minhas promessas. mamente. Agora, por graça especial de mo se um espasmo supremo lhe tivesse
çou a mt:lhorar com uma rapidez fora do Maria Santissima Minha boa Mãe, e por- Honra, glória, louvores e graças sejam Nossa Senhora, legitimamente unidos distendido os musculos. O sacerdote
comum porque os sintomas eram dos pio- tanto quero proclamar aqui no seu jor- sempre dadas a Jesus Sacramentado e a desde o dia da primeira Comunhão de sua ajoelha-se ao seu lado e diz-lhe ao ou-
res. Eu mt'Smo disse aos pais do doente nalzinho as suas misericórdias para com N.• Senhora Maria Santíssima Mãe de filha mais velha, sentem mais felicidade vido:
que considerava esta cura como um caso todos os que sofrem. Deus e Nossa Mãe! ... do que nunca até então haviam sentido. - «Meu filho, arrependa-se dos seus
extraordinário. Julgo-me, porém, hoje jus- Freamunde Rexaldia pecados e reze o acto de contrição: Meu
hficado cm pensar assim, porque um Aurora Taipa Coelho de Brito Maria Cabeleira Lopes Jesus, Miser~rdiaf,,
pouco m:1.is tarde a mãe disse-me ter ad- Silêncio de morte!
ministrado ao filho ági18 de Nossa Se- Ataques Tifo, enterite, bronquite, etc. Falecimnto de um devoto de N: S·· uVomos, meu filho, tenha confiança
na infinitq misericórdia de Deus 11 con-
nhora da Fátima a quem estava fazendo
uma novena para que os meus medica- Um filho meu, hoje com sete anos, Peço para agradecer a Nossa Senhora
sofria desde criança de ataques nervosos da Fátima, no seu jornalzinho que tan-
da Fátima tesse os seus pecadosn.
mentos íõssem eficazes. Sempre o mesmo silêncio, nenhuma sí-
Estou convencido que houve aqui uma que o atormentavam muito, e por sua to estimo, a graça extraordinária de me Em Augsburg faleceu a 19 de feve- laba, nem um sinal sequer de vida.
intervenção especial de Nossa Senhora vez faziam sofrer os outros com um sem ter curado de várias doenças graves. reiro passado o Rev. Joseph ROsch, vi- Em momento de tanta aflição, o sa-
da. Fátima sem a qual, estou plenamen- número de impaciências. Esta doença Estando simultAneamente atacada de tima da tuberculose e por quem várias cerdote passa a mão pela fronte do ca-
te convencido, o meu trabalho teria sido torturava-me, não tanto por ter de so- febre tifóide, enterite, bronquite e uma vezes se orou nas peregrinações, sendo pitão. Está gelada!... o rosto llvido ...
complctamt.•nte inútil. Agora sinto-me fe- frer os desarranjos do meu filho, como pneumonia, e tendo sido pelos médicos sua Família bemfeitora do Santuário. nem o mais leve movimento 1...
liz por poder apregoar, como médico, a porque já . se ia julga~o que êle seria declarado incurável, a minha boa espô- Da carta em que a sua desolada Mãe Não há lugar para dúvidas: o Pa<lre
todos os meus amigos a valiosa protec- real e habitualmente d<;>1do. sa recorreu a Nossa Senhora da Fátima participava o triste acontecimento ao está ajoelhado ao lado de um cadaverl
ção da Mãe de Jesus. Sempre, mas agora O ano pas:;ado resolv1 levá-lo a banhos pedindo a minha cura e foi imediata- ~ Rev. Dr. Fischer, muito amigo daque- A farça sacrílega e de mau gOsto termi-
duma maneira especial, os mens arden- d~ mar que .o serenaram m:n pouco, mas mente atendida pela Mãe do Céu. la família, boa e piedosa, recortamos o nou em tragédia. DeliS acudiu imediata-
tes votos são que a devoção a Nossa Se- nao por mwto tempo. pols ell:l Março Dois anos mais tarde, atacado de uma seguinte trecho: mente em defêsa do seu ministro e ful-
nhora da Fátima se düunda largamente, dêste ano, apoz .a vm~ do Jll!-1 qu~ re- tuberculose óssea, os médicos imposeram- uO nosso bom filho tinha uma grande minou o militar mistificador com um
assim em Cochim bem como por todo o gressou do Bras~•.senti-o maJS ag~tado ~-me repouso absoluto. Cumpri por muito confiança em Nossa Senhora e faleceu castigo tremendo para si e exemplar pa-
mundo para bem das nossas almas e até tornando-se quásl . !OSuportáv~J. E~gota- tempo a prescrição médica mas sem re- com os olhos fixos na imagem de Nos- ra os outros.
mesmo dos nossos corpos. dos. todos oo remédios, comecei ?0 fim de sultados sensíveis absolutamente alguns. sa Senhora da Fátima que veio de Lei- O rápido continuava na sua corrida
Cochim - 1932 Maio, a Nossa ~nho~ da Fátima, m:na Recorremos depois a Nossa Senhora da ria. vertiginosa por entre as trevas da noite.
Dr. P. Gecwge novena que termmou já em Junho. Fm- Fátima e mais uma vez obtive de sua Está agora com o Divino Salvador que E que noite tão trágica! ... O oficial que
d<~: es~, o pequeno sen~u melhoras to- poderosa e bemfazeja mão a graça tão recebeu, uma hora antes da morte, no havia interpelado os passageiros e pedi-
taiS nao conservando hoje absolutamen- grande de me ver livre daquela tão gra- seu coração puro. Pedimos as vossas ora-
Mão deslocada te nada do que antes o ato~en:n.va.
do um sacerdote para assistir ao capitão,
Alegro-me por poder informar a V .•
Rev.•l~ que a minha filhiQha Celina es-
E como esta graça para =
preendente continúa a dar-me a certeza
ve doença que, sem uma raspagem dos
tão sur- ossos, quási se pode chamar incurável.
Tavarede
ções sacerdotais para que a Santíssima
Virgem nos dê conformidade nesta gran-
de dOn, ,
estupefacto com a cêua inesperada, cai
de joelhos e confessa-se sinceramente
àquele mesmo sacerdote, cuja perda pla-
tá muito melhor desde que começou a da cura de meu filho, apresso-me a en- Manuel de Jesus Rodrigues Aos nossos leitores rogamos se lem- neara. Mais tarde valeu ao Ministro de
usar a água de Nossa Senhora da Fáti- viar o meu agradecimento que muito de- brem dêste devoto de Nossa Sephora nas Deus e facilitou-lhe a fuga.
ma. Agora já pode conservar as coisas na sejo ver publicado no jornalzinho A Voz QuJ"sto suas orações. Sempre é verdade que Deus vela cari-
mão que já pode elevar um pouco o da Fátima. nhosamente pelos seus filhos e Ministros,
que até aqui não podia fazer. Freamunde. Na minha terra - POrto de Mós, tive e sabe transtornar os planos satânicos
Não aplico nenhum outro remédio se- Maria da Conceição Costa há tempos um quisto, cujo tratamento dos seus perseguidores.
não a água da Fátima em fricções, o que confiei ao Sr. Dr. Roque, médico nesta
tem dado resultados maravilhosos. Agra,...
deço a Nossa Senhora tão grande Miseri-
Agradecimento
Estando eu ausente em França, rece-
Vila. Julgava-me perfeitamente curado,
e por isso e porque necessitava de anga-
Justo castigo da justiça (De «0 nosso Seminário,)

córdia para com a minha filha que tan- riar mais alguns meios com que me su~
to sofreu.
Cochim - 1932
bi da minha aldeia natal um telegrama
em que me era comunicado qu.e minha
querida mãe se encontrava prestes a mor-
tentar e à minha famflia - mulher e
quatro filhos, o mais velho dos quais ti- de lleos voz DA FÁTIMA
Agnal Gomu nha apenas sete anos, resolvi ir ao estran-
rer. jeiro. A 23 de junho estava em Montevi· O facto é autêntico.
DESPE IA
Pneumonia Desolado com a notícia, lembrei-me
de recorrer a Nossa Senhora da Fátima a
deu, no Uruguay, e a 7 de julho do mes- Em 1926, quando era intensíssima a
perseguição movida pelo Czar Negro Ca-
,---, .,....
mo ano estava já empregado. T ransporte .. . .. . .. . .. . .. .
De uma carta escrita ao Snr. P.• Mar- quem fiz algumas promessas. Trabalhava havia apenas 3 dias qnan- les contra os católicos do México, al-
tins, de Cochim, foi enviado à Redacção Parti imediatamente para Portugal pe- Papel, comp. e imp. do n. 0
do o quisto, que eu julgava havia desa- guns oficiais federais iam de via&em no 2.996$20
da Voz da Fátima o seguinte excerpto: dindo sempre a Nossa Senhora que ao 126 (53.500) ex.), ........
parecido por completo, começou de novo rápido do México.
uA Dr.~ M. de Sousa adoecera com menos me deixasse encontrar ainda a Era. alta noite, e o espresso corria, Franquias, embalagem, trans-
a crescer. porte, etc............... . I.3o8$oo
uma pneumonia a que se seguiram ou- minha Mãe viva. Numa terra estranjeira, sem . família, atravessando a imensa planície, precedi-
tras complicações. Para aumentar ainda Nossa Senhora da Fátima alcançou- sem dinheiro e sem poder trabalhar, ven- do da luz despedida pelo farol da loco- Na administração - Leiria 249150
o mal, os médicos, incluindo o Médico -me não só o que eu lhe pedi mas mais do-me assim doente, resolvi confiar-me motiva. A alturas tantas, um dos m i-
oficial Maior do Estado de Cochim e o ainda, e foi que quando cheguei a doen- a Nossa Senhora da Fátima pois só Ela litares que trazia os galões de capitão, Total 383.142$o7
nosso Médico-Cirurgião declararam unani- te encontrava-se já um pouco melhor. me poderia ali valer. Rezei-lhe muito e depois de fitar demoradamente um ~os
memente que a doente sofria também do Hoje, graças a Nossa Senhora, ainda vi- passageiros que lhe chamara a atençao, Donativos desde 15$00
fiz algumas promessas, mas não perdi o
coração, tendo por conseguinte poucas ve e goza perfeita saúde, favor que de- tempo, porque apesar da minha indigni- exclamou, dirigindo-se aos companheiros P.• Martinho da Rocha - T. Novas,
esperanças de a salvar. A minha filha e vo e quero agradecer a Nossa Senhora dade, a Mãe do Céu atendeu-me. Uma de viagem: 2o$oo; Cri::;tiana da Silva - Cascais,
uma cunhada da doente foram visitá-la aqui publicamente depois de ter já cum- ocasião em que eu, lastimando a minha -Vocês vêem aquêle sujeito sentado ali 2o$oo; Clotide de Almeida-Gaia, 3o$oo;
no último domingo levando consigo ági18 prido as minhas outras promessas. sorte, mostrava o quisto que tinha na ao fundo do carro? Aposto que é um Pa- Maria Sampaio - Lordelo, 7o$oo; Rosa
de Nossa Senhora da Fátima. Depois de Aldeia de S . António. clavícula a um meu companheiro e ami- dre. de Oliveira Miranda - Lisboa, 2o$oo;
lhe darem a beber a água que levavam Joaquim Tavares da Fonseca go, com surpresa e alegria para mim o - Ora essa! você está com a mania de José António Antão - S. Pedro, 4o$oo;
e de lhe entregarem uma estampa e urna quisto começou a purgar com excessiva ver Padres em tOda a parte. Deolinda Pinto - Avintes, 2o$oo; Ma-
medalha de Nossa Senhora da Fátima, a Graça espiritual abundância. Desapareceu desde então - Creio que não me engano: é um sa- nuel P. Moreira - Avintes, 15$oo; Ma-
doente começou a melhorar tão sensi- sem nunca mais me incomodar, podendo cerdote disfarçado à paisana que procura nuel Vieira - Avintes, 3o$oo; Francis-
velmente que, com admiração dos mMi- Fazia o meu noviciado em terras es- ca Marques - Benavente, 2o$oo; Maria-
agora sem dificuldade trabalhar para meu evadir-se.
cos assistenlt'S, boje considera-se radi- tranjeiras. Aproximava-se já o dia em govêrno e de minha família que deixei - Isso diz você, mas como o prova? no Lopes - 11atozinhos, 3o$oo; José
calmenté curada,. que regularmente devia emitir os meus Gonçalves - Póvoa do Varzim, 2oSoo;
em Portugal. - Vou já prová-lo e ainda havemos
- Noutra carta ao mesmo Sacerdote primeiros votos, mas eu sofria imensa- Montevideu de dar boas gargalhadas à custa do ho- Felizbela Henriques - Nelas, 2o$00; !\ia-
diz-se o S!'guinte: mente, porque os escrúpulos se haviam ria Albertina - Murto1.a, 15Soo; Distri-
Manuel Augusto Vieira menzinho.
uA minha nóra, M. da Cruz, diz ter apoderado de mim. O meu sofrimento Picados pela curiosidade e desejo~os de buição em Lousã, 50$oo; Ana dos San-
sido ela mesma quem deu a água da 'lumentava ao lembrar·mc que, certamen- passar alguns momentos divertidos, os tos - Lousã, 25$oo; Júlia de Carvalho
Fátima duas vezes à Médica Dr.~ M. de te, com tal doença não seria admitido à Graças diversas oficiais foram-se aproximando do passa- - Caldas da Rainha, ~5Soo; António
Sous..'l, quando estava sem sentidos. e profissão. Como recebia o jornal da Fá- - Rosa da Silva Santos, de :Matozi- geiro suspeito. Marques - Varúelas, 42$10; Maria Re-
que foi n!'ssa mesma tarde que começou tima, a minha confiança em Nossa Se- Houve uns sussuros... A ver como aca- go - Rio de Jaoeiro, 25$oo; Conceição
nhos, agradece a Nossa Senhora da Fâti-
aquela maravilhosa mudança para me- nhora aumentava cada vez mais dan- ba a comédia. Baptista - Brasil, 25Soo; Olimpia Tei-
lhor no estado da doente,, Jo-me isto alguma consolação no meio ma a cura de sua Mãe para quem os re-
cursos da medicina foram ab:<Olutamente O jovem capitão cai em contorções, xeira - Ipanema, 2o$oo; P.• José Au-
da aridez dos escrúpulos. gugto Ferreira - S. Pedro da Alva,
Depois de tomar conselho, resolvi fa- ineficazes durante muito tempo. tomado de tremares convulsivos. Geme,
Rotura de veias 7.er a Nossa Senhora da Fátima o voto - Maria do Rosário dos S.'lntos, de os companheiros procuram valer-lhe, 35Soo; Isabel Viera - Assenta, 35Soo;
Brusco<;, pede p.'lra que na Voz da Fáti- quando o infeliz entre espasmos murmu- Luciano José Cutileiro - Lavre, 12oSoo;
A minha esposa sofria ultimamente du- seguinte: uprometo publicar esta graça
ma seja agradecida public1mf'nte uma ra: Júlia l\1arques - Ermezinde, 2o$oo; Ma-
ma rotura nas veias da perna esquerda no seu jornal, se Nossa Senhora da Fá-
tima me c11rar e eu puder SI' admitido graça temporal que de Nossa Senhora da - 11Vou morrer.. . estou a. morrer... ria Constantina -Ponta Delgada, 5o$oo;
pelo que sangrava abundantemente.
4 VOZ DA FATIMA

Maria do Carmo - Ponta Delgada 15$oo; porque vão passar um mês a outra ter- custodiat ammam tuam in vatam aeter- dura logo mudará, ao recordar-lhe as deu comovido, tem-me acompanhado por
ra. Não seria poiiSÍvel urna pessoa de nam.•> sua~ fa~anhas de Africa. tOda a parte.
José F. Evaristo - Ovar, 3o$oo; Amé-
lia Guiot - Elvas, 2oSoo; Distribuição famllia receber e entregar-lhe o jornal uAmen/11 - respondeu o velho almi- Não ob'nante todos me aconselharem Lá em Aftica, em pleno sertão, nas
em Vila F. de Xira, 7o$oo; Maria José sem ser necessâno mudar-se aqui a direc- rante, a chorar. que deixasse preparar o caminho, pois a horas tristes da vida, quantas vezes não
- Vila Franca de Xira, 3oSoo; Matilde ção? Realizou-se • d6c8l mist~rio ... celebrou. minha ida tão repentina podia deitar tu- lhe rezei a Avé-Maria ensinada pela mi-
Noronha - Madeira, 3oSoo; Mariana 3. 0 - é porque por mais que se peça -se a tão desejada primeira comunhão, do a perdt!r, mas eu, temendo que a morte nha mãe, quantas vezes não beijei os
Guilherme - Nova Gõa, 4o$oo; Maria que mandem o número quando neces- cuja acção de graças se f~z no céu. viesse mais depressa do que esperavam seus ~s. pt.-dindo alivio para as minhas
Pegado - Nova Gõa, 2o$oo; José La- sitarem de qualquer mudança nos seus os médicos, dirigi-me à casa do doente, dôres.
gOa - Br-d.Sil. 3oSoo; António Antunes endereços, são muitíssimo poucos os que • encomendando o negócio a Nossa Senho- - E Nossa Senhora ouviu-o sempre,
- Brasil 15Soo; António M. dos San- o manclam e por isso às vezes toma.-se • • ra e às Almas do Purgatório. meu major?
tos - Recarei, 32$50; Emília Rosa Sã impossível atender os seus pedidos.
Chegou o último instante ...
Bati e apareceu a Senhora da véspe- - Sempre, sempre.. . E quantos mila-
- Vila do Conde, 25$oo; Adelaide Ber- 4.0 - é porque às vezes os relatórios ra, que ficou como aterrada ao ver-me gres ela não me fêz, não obstante ser
das graças recebidas vêm duma maneira Os marinheiros tazem o sinal da Cruz. tão depressa à porta da sua casa.
nardo - Proença-a-Nova, 2o$oo; Ma- O Padre levanta a mão para os aben- um desgraçado selvagem que desde a Ini-
ria Eugénia - Turcifal, 2o$oo; Esmola tal que custa a perceber o que querem - Padre, por amor de Deus, vá-se em- nha primeira comunhão só me tenho con-
dizer aqueles que as receberam. çoar. E o Saint Colombant desaparece bora... ~le boje ainda está pior; foi bus- tentado em rezar de longe em longe uma
do Turcifal, 5oSoo; P.• Joaquim Manso tlo meio das ondas embravecidas.
- Lisboa., 2o$oo; José das Neves car a pistola e diz que se as dOres au- Avé-Maria..
De todos os actores dAste dra1na, ajun-
Brasil.. 3oSoo; Elisa do Resgate - ~ tou o da na1Tativa, s6 o capitão sobrevi- mentarem dá um tiro na cabêça, para Um chOro convulso se apoderou do
las, 15Soo; Dr. António Manuel Pere~ veu, salvo num couraçado ingUs. tudo acabar duma vez... Meu Deus, doente procurando eu com palavras con-
- Lisboa, 7oSoo; Júlio Manuel Per~
- Lisboa., 7oSoo; Maria do Carmo PI-
res - Pôrto, :::8$20; Distribuição em Or-
Uma primeira Comunhão FAz-se padre e Asse padre, meus ami-
gos, SOU eU>I.
que desgraçada eu sou!.. . Não é possível soladoras socegá-lo; fui orientando a en-
arrependimento para aquela alma! Vá- trevista para o ponto principal onde
-se embora antes que êle adivinhe a sua queria chegar:
uLampe du Sanctuaire.»
valho, 25$oo; P.• Tomás de Aquino -
Orvalho, 2o$oo; Angelina de Abranches
- Bélgica, 2oSoo; Helena Tavares - Se-
no alto-mar Versão de
MONS. B .
vinda!...
-
- Meu major, socegue: pense bem na
Tenha paciência, minha senhora; sua vida e querendo, hoje mesmo me
mas, já que vim, hei-de vê-lo e não se tem à9 ordens para o ouvir de confissão.
túbal, 2o$oo; Capitolina Novais - POr- Narrativa de nm Sacerdote importe com o que suceder. - Sim, eu quero confessar-me; mas
to, 2o$oo; José J. Nunes - Beira, 15So<?; uHá doze anos o navio mercante - ~le vai tratá-lo mal; vá-se embo- há tanto tempo que deixei êsse dever?!...
Joo.quina Novais - Moreira do Re1, ra que eu depois o chamarei. - Não se perturbe, eu o ajudarei e ve-
25Soo; Aurora do Carmo-Bra~, r_sSoo:
Saint Colomba.,t, vindo da Oce4nia, e
dirigindo-se ao Havre nagegava no mar AVISO Falávamos baixo, mas o quarto do rá como é fácil fazer uma confissão de-
Apostolado da Oração - Vila V1ços, doente era perto, e êle lá conheceu que pois duma longa vida de pecador.

I
lndio.
roo$oo; Emilia de Camões - P. d~ Fer- Manhã serena. O barco brincava, al- As subscrições para empresas e alguém estava à porta, porque gritou - Obrigado reverendo; vou pensar e
reira, 2o$oo; Helena Lobo - Lisboa, tivo, com as •ndas. Os passageiros - obras exteriores ao Santuário na Fá- com voz sonora, como se comandasse logo o mandarei chamar. Isto não vai
3oSoo: Lucinda de Jesus-Lisboa, 2o$oo; dois s6 - espaireciam na ponu. tima têm-se multiplicado extraordi- um esquadrão de cavalaria: longe; portanto será hoje mesmo de tar-
Francisco Brandão - POrto, 2o$oo; P .• Um era o P. Joseph, missionário ma- - Mulher, que diabo de barulho é ês- de. Agora não me abandone.
Lourenço F. da Silva - POrto, 5o$oo; nàriamente no país nos últimos tem- se? Quem está aí? - Esteja socegado; mande-me chamar
rista, já gasto de tf•abalhos na evangeli-
Feliciana Hall - Penalva, 2oSoo; Abade zação dos selvagens. pos. A mulher do m'ajor empalideceu, ~ quando quizer.
de Esmoriz, 86$6o; Luísa Soares - Çha- Regressava agora, para descanço, 4l Umas de caracter piedoso outras de eu respondi cheio de coragem: Cheio de alegria, despedi-me do po-
ves, 3o$oo; Filomena Leoni - Belas, Fraxça. carácter turístico. - lt um amigo, major, que o deseja bre doente, e quando cheguei à. rua,
2o$oo; Eduarda Ma.rcarenhas - ~· d o O outro, era um orjãozinho que 's- ver. Dá licença? ... já havia um grnpo de mulheres à v olta
Sol 2o$oo· Prior do Beato - Lisboa, O Senhor Bispo de Leiria e todas - Entre com seiscentos ... , e vamos lá da senhora do major, comentando natu-
se padre tomara 4l sua conta, por o v~r
7o$oo: Anthnio Farinha ~ Sertã, 5oSoo:. s6 no m undo. as pessoas que, sob sua direcção, a conhecer ésse amigo... ralmente a. minha. demora com o ~
Visconde de Landal - Vila Nova de Ou - Criança tn.cantadoral trabalham desinteressadamente ua A mulher escapulira-se para a rua, dor impeniten~.
rém, 2o$oo; Augusta Alvares - Lisboa, 56 sonhava na S1Ul primeira cot11Unhão. Obra do Santuário da Fátima, dese- aterrorizada; e eu entrei, ensaiando um Ficaram espantadas, quando eu disse.
2o$oo; António da Costa - Pô~, ~: Essa era a sua aspiração suprema. sorriso agradável embora o caso me pa- sorrindo :
Malaquias da Silva - Brazil, 15$oo, jam que aos peregrinos seja dado recesse um pouco complicado. - Minha senhora, até logo.
Falava dela com tanta graça e doçura toda a assistência espiritual e mesmo
Joeé M. Dias - Brasil, rsSoo:. ~ Vi- qne a todos os que o ouviam, comovia, O doente recebeu-me de má cara. Co- - Até logo, Sr. Padre? ... E ntão vol-
gária - Brasil. I5Soo; Amélia Ribeiro O bom padre sorria com as doces e o confôrto compatível com a aridez fiando umas grandes suíças já pigarças, ta cá?
- Brasil, 15$oo; José dos Reis - Bra- inocentes expansões diste menino, um do local e com o carácter de penitên- atirou-me esta à queima-roupa: - Volto, minha Senhora. Repare bem,
sil, 15$oo; P.• José ~tanheir3: - Bra: dia, talvez, missionário, como lle, nas cia que a Santíssima Virgem reco- - Sim senhor, um padre que se atre- que não apanhei com nenhuma bota nem
sil, I5$oo; António Pmt.o-:-Brasil. I5$oo. terras onde passara o melhor da sua vi- ve a entrar aqui, a dizer-se amigo!... fui atingido por nenhum tiro!.. . )
Joo.quim Moreira --: Brasil, 15~; Ma- mendou, mas não se responsabilisam Sim senhor, e se eu lhe dissesse já: Quando o major mandar, cá estarei pa-
da.
nuel Abreu - Brasil, 15$oo; Júlio Mar- • por nenhuma dessas subscrições nem Padre, meia volta... ordinário... Mar- ra o confessar. Podendo, evite visitas
ques--Brasil, r5Soo; Manuel Calças-Br_a-
sil, 15$oo; Maria Clementina Abreu-Lis-
• • pela sua aplicação, a que são comple- che... que é o que fazia?
-Que fazia, meu major?
que o possam perturbar no exame que
vai fazer da sna consciência.
boa, 15Soo; Glória Cruz - Zafra, soSoo:
tamente estranhos. Foi como se rebentasse urna bomba.
;Entre os marinhe;ros, nutava-se o Como tenente miliciano, obedecia,
Dr. Alfredo Saraiva - Amaral, 15$oo;
bretão Zvou L8 Braz, velho lobo de marcava passo por aí fora; um dois... no meio daquele conciliábulo feminino.
Ana de S. Menezes - Açores, 2o$oo:
mar, bom e valente cristão. um, dois ... Afastei-me ràpidamente para fugir a
Elias Machado- Guimarães, 5oSoo: J~­ As suas delicias eram o menino de bor- O major deu uma gargalhada e man- preguntas indiscretas, e fui direito à
.1\ din' . ...
na Loba't:o - ltvora, 2o$oo; Amélia
do. Muitas vezes, nas horas de 6cio, o dou-me sentar. igreja paroquial, agradecer a Maria San-
Lourenço - Açores, 15$oo; Amélia. Be-
!indrinha-Agueda, 5oSoo; P.• Martinho
acariciava com estas palavras: <<Sabes,
meu pequenote? Parece-me que estás fa-
<(ur ano Marche. .» - Sente-se, Padre, que Vod não é tíssima mais êsse milagre do seu amor
como os outros padres... Esta maldita aos pecadores.
Fomer-Brasil, 2g$6o; N. 0 7616-Moura, dado para seres um famoso marinheiro do úlcera do estômago dá cabo de mim, A confissão foi dolorosa e cheia de
5oSoo; Maria da C. Forjaz - Açores,
Senhor e navegares, velas despregadas, uEstavamos nos fins do mês de Maria e já há muito tempo que não me }em- lágrimas. A comunhão, a segunda comu-
15Soo; Francisca Delfina-Açores, 2~; para o Para!zo. do ano de 192.5 ... bro de rir. O reverendo fez-me nr a nhão de sua vida, encantou todos os
Inês Alma - Açores, 45Soo; Maria J ·
Como já disse: manhã serena; mas ao A minha Igreja paroquial estava re- valer com essa história de oficial mili- assistentes, pela sua fé e amor... Era
Miranda - Açores, 2o$oo; Maria Isa-
meio da tarde céu nublado. Não tardou pleta de fiéis e eu preparado na sacris- ci.a.oo, inventada. . . o regresso do pródigo a seu Pai, depois,
bel Russo - Castelo de Vide, 25$oo; P.•
horrível tempestade. tia para seguir para o altar, quando - Perdão, major, não é inventada, duma longa ausência.
Evaristo Gouveia - Açores, 9Q$oo; P.•
Ouviu-se um ranger sinistr;,o. O navio uma senhora vestida de luto, com os mas real; porém enganei-me ainda não As nove da noite dêsse dia, pediu a
António Baptista - Alcains, 15Soo; Isa-fucinhou nos escolhos e começa a tomar olhos cheios de lágrimas se aproximou passo de alferes. imagem de Nossa Senhora, que beijou
bel Farinha - Redondo, 2o$oo; Maria.
grande soma de água pelo bordo. de mim, pedindo que naquele dia rezas- - Mau, mau, reverendo! daqui a pou- ternamente, apertando-a a seguir contra
S. Romba - Mértola, 2o$oo; Satu~ O mar, todo com serras, já sobe 4ls se uma Avé-.1.\:Ia.ria pelà conversão de seu co chega a furriel... . . o coração. Abriu os olhos, que tinha cer-
Barriga - Figueira da Foz, 2o$oo; Feli-nuvens, já desce aos abismos. O capi- marido, um grande pecador. Rimo-nos ambos a valer e continuei: rados, e perguntou-me com voz segura:
cidade de Jesus - Lagos, 2o$oo; Bela tão, a grandes brados, chama pel6S ma- - Onde mora? - perguntei eu. - Já lhe conto, major, a minha car- Estou pronto, reverendo... Tudo
Polido - BarranC06, 2o$oo; Maria. Blan-reantes. Todos f6ra de si, sem juizo, - Aqui perto da igreja: urna úlcera no reira militar e como cheguei a alferes em ordem!? ...
co Fialho - BarranC06, 2o$oo; Maria
sem adverUncia, e sem tino, porque sua estômago fá-lo sofrer horrivelmente e sem marcar passo e sem andar com a - Tudo em ordem, meu major, nada
dos Remédios Peres - Barrancos, 2o$oo; arte e ci8ncia náutica se tinha perdido. de seus lábios só saem blasfémias. Quan- mochila às costas. Foi muito simples; falta ...
Maria Peres, Barrancos, 2o$oo; D . CacildaNão tardou em os escaleres de bordo to sofro, Sr. Padre!. .. Em breve êsse na grande guerra fizeram-me ir de novo - Obrigado, respondeu e que Deus
Vasconcelos--Tete, roo$oo; D . Alda Pon-
serem assaltados. desgraçado comparecerá diante de Deus à inspecção e fui logo apurado para en- se compadeça da minha. alma.
tes-Tete, 5o$oo; António Joaquim Fer- Segundos depois, no alto da ponte, s6 sem arrependimento, e que será da sua fermeiro. Depois, passado pouco tempo, - Deus é cheio de misericórdia, con-
nandes - Tete, 5oSoo; Olencio Teles
alguns marinheiros, o missionário, e o alma?! ... recebo do quartel general de Lourenço fie nêle.
- Tete, 5o$oo; D. Arlete Nunes - Te- orfãozinho. - 1\f.as, minha senhora, porque não me Marques comunicação de que pertencia - Tenho muita confiança nêle, por-
te, 4o$oo; Mârio Colimão - Tete, 4o$oo; - <<Capitãon, exclama o P.• Joseph, comunicou há mais tempo o estado de ao quadro dos oficiais, ficando desde lo- que é Pai, e na minha Mãe do Céu!...
D . Eugéwa Rebelo Cardoso - T~. apertando contra o peito o Relicdrio seu marido; tê-lo-ia visitado, e quem sa- go considerado oficial miliciano, com a Então tudo pronto? ...
35Soo; Anónimo - Tete, 3o$oo; D. Ma- que trazia consigo, uqua11to tempo tere- be o que faria a graça de Deus? ... patente de alferes. - Sim, meu major.
ria Virginia Scbwalbach - Tete, 3o$oo; mos ainda de vidan} - Não ponha lá os pés, Sr. Padre! - Então, também andou por essas - Av:Jnte pois... ordinário, marche ...
D. Lucinda Monteiro - Tete, 3o$oo; D. uDentro de vinte minutos o Saint Co- ~te já me disse que se lá aparecia algum terras malditas de Africa? para a Eternidade.
Maria Martins - Tete, 3o$oo; Arnaldo lombant ficará submergido, a não se dar padre, lhe atiraria à cabeça com uma - Dezasseis anos, meu major, e pas- Fonm as suas últimas palavras.
Ribeiro - Tete, 3oSoo; D. Maria do
um milagre por Deus! Absolva-nosn. bota, porque o não podia correr a pon- sei-as boas, por lá. A fronte tem os vislumbres da angus-
Carmo Almeida Raposo - Tete, 25$oo; «- Um momento" I!! dirigindo-se ao ta-pés ... - Como eu, Padre; não tenho tan- tia agónica, e, sem mais dôres, entre-
D. Alice Beirão - Tete, 25$oo; Anóni- menino assim lhe fala: - Credo, Ininha senhora, que homem tos anos de Africa, mas vim de li com gara a alma a Deus...
mo - Tete, 25Soo; Lucena CoutiDho - <<- Meu filho, vamos mo1Ter. Queres tão mau; mas descanse que êle não me o estômago arruinado; cheguei a êste es-
Tete, 2o$oo; Joo.quim Luís Carrasco - receber Jesus Sacram6ntado, · fazer tua fará galo nenhum na cabeça com a bota. tado em que estou, e agora é marchar P.• A. Teixeira de Carvalho."
Tete, 2o$oo; Agapito Fernandes - Te- primeira comunhão} São horas de ir para o altar, vou pedir para o outro mundo. Os médiC06 an-
te, 2o$oo; Frederico I. Ribeiro - Te-
«- 011! sim, padre. Que felicidade a urna Avé-Maria. pela sua conversão e dam-me enganar, mas eu bem sinto a (Do Boletim Mensal da Ordem 3.•
te, 2o$oo; A. Fonseca Serra - Tete, minhoh> franciscana).
amanhã sempre o vou ver. morte aproximar-se e o remédio é mar-
2o$oo; D. A. Carvalho - Tete, 2o$oo; E cai de joelhos, transfigurado. - Por amor de Deus, não vá! Olhe char...
J. N. - Tete, 2o$oo; J. Alberto Rodri- A morte não o assusta. que êle já me disse: - «Mulher, quan- - Mas o Major, que já viu a morte
gues - Tete, 2o$oo; Mário Pancas - « - Reza, meu filho, reza ao Pai do do me levantar da cama, vou comprar diante dos olhos nas campanhas de
Tete 2oSoo; Ilidio da Silva-Tete, 2o$oo;
José \ia Rocha - Tete, 2o$oo; Luis doa
C~n e a Nossa Senhora. O momento de dois cartuchos de dinamite e vai igreja, Africa, deve encará-la com serenidade, ... E VEREIS!
receberes pela primeira vez seu Divino padres, sinos... e tudo pelos ares... lt sem temor.
Santos - Tete, ~; Albano Augusto Filho Sacramentado, chegou; e v6s, um desgraçado; nem os sinos quere ou- - Isso 6 bom de dizer, reverendo,
- Tete, 2o$oo; Augusto B. Rodrigues Para crer ~ preciso querer, disse La-
meus irmãos, meus amigos, aponta, vol- vir ... mas o pior é êsse mistério, existente cordairlll. ]d se viu algulm que negasse
- Tete, 2o$oo; José Marques - Tete, tando-se para os marinheiros, rezai por - lt a doença, minha senhora, que o para além da sepultura.
2o$oo; Manuel S. Dias - Tete, 2o$oo; a exisUncia de Deus ·antes de haver de-
Ale; rezai por v6s; pensai em Detts!" faz dizer isso, mas verá como êle não me - Nada mais fácil; o meu amigo põe- sejado que Ele não etcistisse?
De 6 subscritores - Tete, 6o$oo; Lu-
Todos em voz alta: trata mal. Hoje oremos por êle e ama- -se de bem com Deus ...
cinda Guerra - Açoreira, 2o$oo; Filome- «- Padre, absolva-nos>>.
E quem negasse a divindad& de Nos-
nhã veremos o que Deus faz com a sua - Pois aí é que está a dificuldade... so Senhor Jesus Cristo antes de haver
na Fernandes - Açoreira, 15$oo; Tere-
O perdão desceu s6bre aquelas fron- graça. O major calou-se, fechou os olhos, desejado que a moral evat~gllica não
sa Abreu - Açoreira, 15Soo: Carolina
tes inclinadas. Segui para o altar, rezou-se a Avé-Ma- vendo-se claramente que uma luta sin- f6sse divinal - Não!
Mariz - Montenegro, 25$oo; Dr. Rober- As ondas crescem mais e mais O ria pelo pecador dinamitista, resolven.- gular se lhe tiavou dentro da alma. O
to Monteiro - Madeira, 2o$oo; Isabel Cllateaubriand arrancOt4 esta confis-
mar todo em se"as levantado ... O P.• do eu, custasse o qeu custasse, aproxi- rosto cobriu-se 6e uma profunda nuvem são insuspe:ittssima a vdrios amigos livres
Gonçalves - Guarda, I5Soo; Joaquim
Joseph, absorto em muda acção de gra- mar-me no dia seguinte do grande im- de triste7.a, as rugas apareciam e desa- pensadores em ocasião bem solene, 11m
Moreira - Gaia, 15Soo; Natalia Canêdo ças por fesus ir entrar no coração an- penitente. pareciam na testa, indicando a tempes- uma assembleia.
- Vouzela, 2o$oo; Guilherme Pacheco- g~lico do seu protegido. No dia seguinte, de manhã, não me tade que surgia no interior de seu cora-
·Vila Flor, 2o$oo; P.• Alipio de Almeida Mas pcxhm-se dar ordens d inteligAn-
u- Padre, observou por último o ca- esqueci no Santo Sacrifício de pedir a ção, a respiração era funda, angustiosa. ciaJ Mais do que se pensa.
- Cerdeira, 2o$oo; D. Carolina Lopespitão, não h4 que esperar, vamos já ser Jesus a conversão do desgraçado, e pe- Eu encomendava a sua conversão a Deus,
Quintas Lourenço Marques, 5o$oo. Era por isso que S. Filipe Nery, aos
devorados pelas ondas. '" di ao mesmo tempo luzes para levar ao quando reparo que sObre uma mesa es- qu& o procuravam para que os esclare-
O bom Missionário vendo o navio qud- fim a minha emprésa. Comecei a arqui- tava uma imagem de Nossa Senhora da cesse, dizendo que tinham dúvidas s6bre
si submerso, tira do seio o sagrado Re- tectar planos, procurando pessoas piedo- Conceição. a r11ligião, exigia antes de tudo que se
licário. onde reservára uma partícula sas para investigar da vida do pobre - Temos homem, disse para o meu ín- confessassem. Depois, Ales próprios se
PORQUE TE VEJO TÃO TRISTE? consagrada, destinada ao menino. :Este,
nos braços de !vou, ao vA-la, exttlta pe-
doente e das suas condições sociais.
Vim a saber que era Major reformado
timo. O revoltado da dinamite e da bo- admiravam de se desvaneceram a tais
ta desaparecia, para só aparecer um po- dúvidas como por encanto.
r.o - é porque soube que na terra la sua tão grandtJ felicidade. do exército, que estivera em Africa e bre doente torturado por atrozes sofri- Humilhai-vos, cot~fessai-vos, fugi do
de... recebem-se 100 jornais que não só que entrara em várias campanhas. mentos, que no auge da dOr dizia pa- pecado, <<Praticai o bem, e evitai o mal>~
não são pagos mas nem sequer são lidos. • Fiquei radiante. Optimol - dizia com lavras incoerentes como um desabafo e... vereis!
A pessoa para quem êles vão utilisa-oe • • os meus botões. nervoso, mas nunca como um ultrage
só para embrulhos. No meio do Oceano que ruge, ouvia- Falo-lhe de Africa, de pretos, de caça- blasfemo. Quebrei o silêncio e preguntei
2.o - 6 porque alguns Senhores assi- -se então uma voz grave. Era o P.• Jo- das, de guerras; êle, como africanista não ao ma.jor onde tinha adquirido uma ima- Tttdo o qu; ;.;• ;;;;a• ;;ia• imprensa ca-
nantes estão contlnuamente a mudar a seph a dizer: resiste. gem tão linda. tólica consideramo-lo feito d Nossa pró-
direcção do seu jornal, às vezes sômente <<Corpus Domini nostri Jesus Christi Se me receber ao princípio de má cata- - lt herança_ da minha mãe, respon- pria Pessoa. (Papa Pio XI.)
Ano XI Leiria, 13 de Maio de 1933

COM APROVAÇAO ECLESI AITICA

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FATIMA, o Santuário dos milagres


( 13 DE ABRIL)
«Os Corações de J esus e de Maria, do Rei e da R ainha de Fá-
tima, fazem a uníssono o milagre da renovação moral e religiosa
de Portugal.))
P.• Mateo
tras de sangue e de dôr pela bondade
Fátima e o Ano Santo misericordi06a do Cor ação do Filho
inflame numa. maior caridade e E1!9ja
levado · por ela a amar, por sua vez,
E nesse dia que a Santa. I greja co-
memora a instituição do Augustíssimo
último dia do mundo, porque J esus
prometeu que não nos deixaria orfãos,
A munificência. admirável de Sua de Deus compadecido das nosaas des- Aquele que, derramando o seu sangue Sacramento dos nossos altares. que ficaria conosco até à consumação
Santidade o Papa Pio XI, felizmente graças. Era na última ceia - a ceia pascal
e CUI~ulando-nos de inúmeros benefí- dos século&.
reinante houve por bem conceder à Durante o Ano Santo, que agora -que Jesus quís celebrar com os seus E J esus assim está presente, ao mes-
cios de tôda a ordem, nos chamou a
Cristand'ade, pela. bula uQuod nupern, começa, recordemos, como recomenda partilhar eternamente da sua própria Apóstolost no cenáculo de Jerusalém, mo tempo e todo inteiro, e sem ser per-
um Ano Santo geral e extraordiná- o grande Pontífice, a sucessão dêstes para se despedir dêles antes de iniciar cebido pelos nossos sentidos, mas ma-
felicidade no Céu.
rio, a-fim-de celebrar dum modo con- benefícios divinos, origem da civiliza- E assim que todos nós, peregrinos e a. sua dolorosa paixão, que estava imi- nifesto aos olhos do espírito iluminado
digno o décimo nono centenário da ção cristã, a mais bela e mais perfei- devotos de Fátima, havemos de cele- nente. Prestes a separar-se daqueles a pela fé, em tôdas· as igrejas do mundo,
Paixão, Morte e Ressurreição de Nos- ta de tôdas as civilizações, que feliz- brar o Ano Santo da Redenção cor- quem mais amava no mundo, a-fim-de em tôdas as hóstias e em tôdas as partí-
so Senhor Jesus Cristo. mente desfrutamos e de que tão justa- respondendo ao apêlo do Santo Padre ir, após a sua gloriosa ressurreição, culas de hóstias consagradas, ver dadeiro
Como o declarou o próprio Vigário mente nos ufanamos. Pio XI que, como justamente disse um para junto de seu Eterno Pai, o Rai Pão vivo descido do ~u para alimento
de Cristo na. terra, ao promulgá-lo E a instituição da Santíssima Eu- grande Prelado português tanto tem Divino encontrou nos recursos inexgo- e confôrto das n08888 almas.
solenemente, é êste o maior de todos caristia e do sacerdódo da Nova Lei, é prestigiado a Cadeira de S. Pedro pe- táveis da sua sabedoria e do 'leu amor Cada ano que passa, em quinta-fei-
os jubileus, porque comemora. a Re- a Paixão, a Orucifixão e a Morte de los fulgores do seu peregrino talento, o meio de ficar sôbre a terra, entre os r a maior, a Santa Igreja, pela voz dos
denção do género humano, realizada Jesus pela salvação da humanidade pela intrepidez dos seus gestos fulmi- seus, sem deixar ao mesmo tempo de seus ministros e de tôdas as almas fiéis,
pelo Augusto Sacrifício do Calvário, prevaricadora, é a Virgem Santíssi- nantes, pelo desassombro das suas ati- subir ao Céu. Tomando nas suas mãos agradece, dum modo bem público e
em que o Verbo eterno, filho de Deus
bem solene, ao Divino R ei de amor ês-
e Deus como seu Pai, tendo assumi-
te teetemunbo sublime e irrefragável
do a nossa natureza, se imolou pelas
da sua bondade, esta pr ova delicada e
suas pobres criaturas, morrendo como
tocante do seu amor para conosco.
homem no patíbulo ingnominioso da
Cruz e oferecendo como Deus o pr~o
infinito do seu resgate.
• • •
Fátima, que é, incont.estávelmente, o
Esta comemoração jubilar principiou
maior santuário eucarístico nacional,
na entrada das solenidades da Páscoa onde Jesus-Hóstia é, tantas vezes, alvo
do corrente ano e terá. por igual seu
das mais imponentes e carinhosas ma-
termo no tempo pascal do próximo
nifes~ões de fé e amor, não podia dei-
ano. xar de se associar neste grande dia. às
Dela espera o Sumo Pontífice abun-
deJIWnstrações de regosijo e de grati-
dantes frutos de santificação, graças e
dão do orbe católico.
bên~ãos de tôda. a espécie, paz e pros-
Com licença especial da Santa Sé,
peridade parl}o o mundo, se no, unirmos o r ev.do dr. Galamba de Oliveira, pro-
numa cruzada universal e fervorosa
fessor de sciências eclesiásticas no Semi-
de orações e penitências, que com:>va nário Episcopal de Leiria., celebrou, ao
o Coração de Deus e o faça. volver sô-
meio-dia solar, o santo sacr ifício da
bre nós os seus olhos misericordiosos.
missa, a que assistiu uma numerosa
Por isso Ele apela para todos os
multidão de fiéis.
fiéis, no universo católico, exortando-
-os a evocar com a alma atenta e a Ao evangelho, o oelebrante fez uma .
venerar com uma ardente caridade as substancioso. prática sôbre o adorável
grandes e (.iOilsoladoras recordaQÕes mistério do dia, a institui<;ão do San-
tíssimo Sacramento, e sôbre as disposi-
dos divinos mistérios da. Redenção e
ções necessárias para. bem comungar.
recomendando-lhes com particular em-
Depois da missa, foi dada a bênção
penho que estimulem em si o zêlo da.
eucarística aos doentee.
oração da penitência e da reparação
Nessa ocasião rezou-se pelos enfermos
pelas ' faltas próprias e pelas faltas
presentes e a usentes, pelo SuJIW Pon-
alheias, individuaiS ~ sociais. Sendo o
tífice e por diversas intenções reco-
augusto Santuário de Fátima o maior
mendadas ao Santuário.
de todos os santuários de Portugal e,
Todos ou quási todos os peregrinos,
neste momento da sua existência, de-
como se tinham confessado préviamen-
zasete anos após as aparições, um dos
te, puderam apróximar-se da mesa eu-
mais célebres e mais queridos santuá-
carística-l. recebendo com edificante pie-
rios do mundo, todos os seus peregri-
nos e todos os seus devotos, que se dade o r ão dos Anjos.
Sua Em.cta o Sr. Cardlal Pat riarca de Lisboa, o Sr. Bispo de Leiria e o Ex,moo Médicos que assistiram ao Retiro Por causa da. solenidade do dia, acor-
contam por muitos milhões, devem
Espiritual na Fátima e ficaram pertencendo à Associação dos Médicos Católicos Port ugueses, ali mesmo fundada. reu à Cova da Iria, como era de espe-
unir-se com as intenções do Sumo Pon-
rar, menos clero e menos peregrinos
tífice e, ouvindo o seu apêlo, celebrar
que de costume.
com o mais acendrado fervor êste Ano Estavam presentes pessoas vindas de
Santo extraordinário. ma, constituida., ao pé da Cruz do seu tudes nobilíssimas e pela sedução das santíssimas o pão ·e o vinho, ergueu os
olhos para o Céu, abençoou-os e distri- muito longe, entre as quais algumas
Depois da queda dos nossos primei- Filho, Mãe de todos os homens, é a suas excelsas virtudes.
buiu-os pelos Apóstolos, dizendo res- dos Açôres e quatro senhoras inglesas,
ros pais Adão e Eva, no Paraíso ter- admirável Ressurreição do Senhor, Aos pés da Virgem de Fátima, pre-
condição e penhor seguro da nossa sentes de corpo ou de espírito, e em pectivamente: uTomai e comei : isto é a. quem foram dadas breves notícias sô-
real, a.' humanidade jazia no abismo
própria ressurreição, é a colação aos umao com as intenções do augusto o meu corpo; tomai e bebei; isto é o bre a história das aparições e sôbre os
do pecado sem esperança de sair já-
Apóstolos, e na pessoa dêles aos seus Pontífice, ergamos suplicantes as mãos meu sangueu. E acrescentou: «Fazei monumentos do Santuário.
mais dêsse abismo. Foi então que o O dia treze de Abril, duplamente sa-
Verbo de Deus, condoído da sua sorte, legítimos sucessores, do poder de per- ao Céu e, por interces8M da gloriosa. isto em memória de mim11.
doar os pecados , é o verdadeiro Prima- À sua voz onipotente, sob as duplas
grado para os fiéis que nesse dia visi-
se ofereceu ao Eterno Pai, dizendo: Mãe de Deus, Medianeira de tôdas as
do de jurisdição conferido ao Vigário espécies consagradas encontram-se de taram a Lourdes portuguesa, ficará
<<Eis-me aq'ui, enviai-me à terra: eu graças, peçamos que êste Ano Santo,
de Cristo na terra, é, finalmente, a. todo velados, mas tão realmente como gravado na alma de cada um dêsses
repararei a culpa de Adão com a mi- que deve ser um Ano Santo de Repa-
gloriosa Ascenção do Senhor a vinda no Céu, a sua carne imaculada e o seu piedosos devotos da branca Rainha de
nha morte e restituirei a todos os ho- ração, como ardentemente deseja o
do Espírito Santo e a segui; a triun- sucessor do Príncipe dos Apóstolos, sangue preciosíssimo, tornados alimen- Fátima como um dia de santo e inefá-
mens a .possibilidade de reconquista-
traga a paz aos espíritos, dê à Santa tos espirituais das nossas almas. Ope- vel prazer esp1ritual, de gr~as e bên-
rem o Céun. E o Filho do Altíssimo, fal e prodigiosa )>rega.ção dos Após-
Igreja uma universal liberdade e con- rou-se então/ pela primeira vez sôbre a çãos especiais, de doces saudosas e
descendo dos esplendores da glória, re- tolos, que converteu e transformou o
terra; a maJOr fineza de amor do Cora- perduráveis recordações. '
vestiu o pobre senda! da nossa natu- mundo. duza todos os povos à concórdia e ver-
reza, apareceu entre nós como um gra- E êste conjunto de maravilhosas dadeira prosperidade. ção de Deus para com os homens--o mi-
cioso menino, sujeitou-se a tôdas as obras divinas, é esta série incompará- lagre assombr oso da transubstanciação, Fátima e o Rev.do P: Mateo
~raqueza.s da. inflância e , depois de vel de factos estupendos, é esta cadeia O dia 13 em Fátima isto é, a conversão da substância do Como de-certo os leitores da uVoz da
trinta anos passados na pobreza, no imensa de dons celestes, que o nosso Pela primeira vez depois das apari- pão e do vinho no corpo e no sangue Fátiman já sabem, o rev.do P.• Mateo
trabalho e na obscuridade de N aznré, espírito, recolhido do tumulto da vida. ções da Rainha do Céu aos videntes do Filho de Deus humanado. Crawley, o grande apóstolo mundial da
realizou o adorável mistério da Reden- quotidiana, deve meditar atentamen- de Aljustrel, - já lá vii:o quási deza- E, graças a esta maravilha da cari- devoção ao Sagrado Coração de Jesus,
ção. te, sobretudo durante êste ano, para sete anos - o dia treze de Abril coin- dade do Homem-Deus, nós temos a dirigiu últimamente um longo e vibran-
E esta a história de quási vinte sé- que, conhecendo melhor quanto o Se- cidiu com um dos dias mais santos e ventura de possuir a Santa Missa, re- te apêlo aos uadora.dores nocturnos do-
culos - história emocionante da hu- nhor nos amou e com que ardor nos mais santificados da liturgia católica novação incru,eota, mas verdadeira, do larn em Portugal, no qual lhes reco-
manidade r egenerada escrita com le- libertou da escravidão do pecado, se -a quinta feira de Endoenças. Sacrüício da Cruz, e tê-la-emos até ao menda -a perseverança e o fervor na.
2 VOZ DA FATIMA
sue. velada perene de amor e os convi- blicações congéneres, nacionais e es-
da, assim como a todos os demais por- tranjeiras, na qualidade do papel de Culto de Nossa Senhora da Fátima no Estranjeiro NOSSA SENHORA DA FATIMA NO
tugueses, a agradecer o dom de Deus,
a paz que, como diz o apóstolo pobre-
impressão, em nitidez e perfeição ~
cnica, na elevação doutrinal dos seus
BRASIL
zinho, ccquando foge de todo • mundo
atormentado, parece refugiar-se na vos.-
artigos, na beleza da sua forma. literá-
ria e em modicidade de preço.
No Tyrol Em Trento (Baía de S. Salvador)
sa pátriau. O bom povo de Tyrol, antiga provín- E universalmente conhecida a cidade Pelo relatório do ano anterior, publi-
O número acima citado contêm, em
O indef8SIIo missionário do amor e série já iniciada num dos números an- cia Austri~ e hoje pertencente à Itá- de Tren~ por aí se ter realizado um cado na uVoz da Fátima,. a partir de
das glórias do Rei Divino, que uma teriores, um artigo subordinado ao tí- lia, depois da Grande Guerra tem gran- dos mais notáveis concílios ecumeni~os Abril, já se começou a ver, não só a.
grave doença reteve últimamente no tulo uFátima, Lourdea portuguesa», de entusiasmo por Nossa Senhora da (de 1545 a 1563), no qual tomaram par- aceitação, mas até o entusiasmo com
leito durante longos meses, deseja a to- em qus o seu piedoso e ilustrado autor, Fátima. te muitos Bispos e Teologos portugué3es que, dêsde a sua introdução, aqui foi
dos os fiéis amigos e consoladores do o rev.do José de Oastro, religioso capu- Damos a seguir algumas notas que e entre outros Fr. Bartolomeu dos Már- acolhida a devoção a Nossa Senhora da
Coração de Jesus um santo, feliz e fe- chinho, descreve a largos traços a vi- demostram como devemos ser reconhe- tires, venerável Arcebispo de Braga e Fátima.. Nêste 2.0 ano da sua divulga-
cundo Ano Santo, frisa que o Papa da de Lúcia de Jesus, a protagonista cidos a Nossa Senhora pelo progresso Fr. Gaspar do Casal bispo de Leiria ção, não só não desmereceu, senão que
prega antes de tudo o mais e de pleno das aplll"ições, no Asilo de Vilar, onde desta santa devoção em países tão lon- que num livro célebre' defendeu a dou- o interêsse com que todos a abraçam se
direito a penitência - penitência-repa- esteve como aluna durante alguns anos, gínquos e afastados de Portugal. trina católica da Presença Real de Nos- torna cada vez mais manifesto e, dia
ração, penitência desagravo - decllll"a e narra o episódio comovente da sua so Senhor na Sagrada Eucaristia, con- a dia, mais se intensifica, à medida que
os prodígios se vão multiplicando em
que tem por evidente que o Coração profissão religiosa, na casa do novicia- Nova Zelândia (Oceania) tra os protestantes e especialmente Cal-
vino. número sempre crescente. Quando no
de Jesus abençôa dum modo especial a do das religiosas de Santa. Doroteia, em
O Rev. P.• J acobus Augustinus Ec- As definições dogmáticas d~te concí- Mês de Maio de 11:131, na nossa <.:apela,
nossa querida Pátria e lhe dá sérias es- Tui, histórica cidade da Galiza, que
cleston, pároco de Tuakau, South Auck- lio e as suas reformas disciplinares cons- dedicado na íntegra a Nossa Senhora
peranças duma paz estável, paz cristã. em tempo foi <Jârte do rei godo Witiza
-a sua paz1 dom inefável, e aponta co- land (New Zealand) tem sido um de- tituem uma das páginas mais brilhan- da Fátima, eu contava como exemplos
e é actualmente sede dum Bispado.
mo causa desse mistério de graça a fi- votado apóstolo da devoção a Nossa Se- tes da história da Santa Igreja. os prodigiosos factos operados por Ela
Intercalada no texto do artigo inse-
delidade ao Coração de Jesus, a quem, nhora da "Fátima na sua freguesia e em O Rev. Cario Zacehia, pároco de 01- nos 2 anos anteriores em Pernambuco,
re uma gravura, duma. nitidez impecá-
por forma. tão solene, em geito de voto vel, que representa a multidão de fiéis geral entre os católiCOs da Nova Ze- trizarco (Bolzano), povoação .da ar- achava o R. P.• Cabral, Director qo
nacional, Portugal inteiro foi consa- landia. quidiooese de Trento, alcançou de S. Colégio, que tais narrativas estavam
e peregrinos assistindo à missa dos
grado pelo Episcopado há três anos, doentes no Santuário de Fátima, no dia Auxiliam-o nêste santo apostolado os Ex.c!a Rev .ma o Snr. D. Celestino Endri- pedindo no ano seguinte idêntico Mês
com a promessa de renovar todos os 13 de Outubro de 1932. Irmãos Maristas e as Meninas do Colé- ci, Arcebispo de Trento, licen~a para a de Maria para comunicação dos factos
anos essa consagração, em união com A série de artigos sôbre as aparições gio das Irmãs de Nossa Senhora das construção duma igreja em honra de de cá, da Baía. Quando assim falava é
o povo, e com a mesma. solenidade. e sôbre os demais acontecimentos ex- Missões estabelecidas em Tuakau. Nossa Sen.hora do Rosário de Fátima bem crivei que S.• Rev.• estivesse bem
E conclui a sua. entusiástica e toca.n- traordinários de Fátima continuará Recomendamos aos leitores da uVoz cujo projecto grandioso teve a bonda- longe de prever-lhes o número; bem co-
te exortação que o diário católico de nos números seguintes da excelente e da Fátimau, aos peregrinos e devotos de de nos enviar. mo a importância.
Lisboa ccNo;idadean insere no seu nú- prestimosa revista segundo a promes- Nossa Senhora as necessidades da pa- A Virgem Santíssima abençôe o seu A verdade é que o Mês de Maria de
mero de 19 de Abril e em que se sente sa do seu veneranào autor, e constitui róquia a cargo do Rev. Eccleston e a empreendimento. 1932 foi, como o anterior, todo dedica-
palpitar o amor de Cristo-Rei que tra.s- uma valiosa propaganda da Lourdes conversão da Nova Zelandia cujos habi- do a Nossa Senhora da Fátima e os
borda do seu coração de apóstolo do portuguesa e da devoção à gloriosa Vir- tantes são na sua maioria protestantes. Em Bressanone exemplos de cada dia todos escolhidos
entre os factos nêste 1. 0 ano de propa-
Amor, com os seguintes períodos, for- gem de Fátip!.a, augusta Padroeira da. A 9 e 10 de abril o Rev. Dr. Fischer
mosos e eloqüentíssimos, que traein a Nação. lndia (Ásia) fêz duas magníficas conferências em ganda por Nossa Senhora operados
aqui na Baía. S6 os publicados no re-
sua dedicação pelo Rei Divino, por Nos- Bem haja o benemérito filho espiri- Já nos referimos na uVoz da Fátiman Bressanone, no Tyrol italiano, sôbre o
sa Senhora de Fátima. e pelo nosso tual do Seráfico Patriarca de Assis pe- latório anterior, correspondentes ao }.o
aos prodígios operados por intermédio culto de Nossa Senhora da Fátima. ano, já chegaram a 29, e quanto não
Portugal, lo seu esplêndido e utilíssimo trabalho de Nossa Senhora da Fátima na lndia. A segunda conferência, com projec-
ccFoi bela, foi esplêndida a consagra- vai já ultrapassado êsse número no que
e que Nossa Senhora de Fátima se di- Estes factos veem narrados numa pe- ~ões luminosas sôbre Portugal e Fáti- diz respeito ao 2. 0 , isto é, o próximo
ção, m.as não basta: é preciso que o po- gne cumulá-lo das suas melhores gra- quena revista intitulada. uOur Lady of ma, foi realizada no Seminário assis-
vo português complete o gesto dos seus ças e das suas bênçãos ma.is preciosas findo? De ~im confesso que, apesar de
]fátimau 'The miraculous Fontain cujo tindo S. Ex.cl& Rev.m• Monsenhor D. esperar mUito, nunca imaginei houvea-
Bispos: dai vós o exemplo, caros adora- e mais escolhidas. 2. 0 número foi publicado há pouco tem- João Geisler, Bispo-Príncipe que mui-
dores nocturnos, tomai a dianteira dos ~m de chegar a tanto. E note-se que
po em Cochin. to se interessou pelas aparições de Nos-
amda o relatório não vai completo fal-
portugueses gra.tos, arrependidos, re-
paradores!
A grande peregrinação nacional Algumas das curas, que teem feito sa Senhora em Fátima. tando diversos factos, aliás bem i~por­
conversões de pagãos e protestantes se- A primeira fôra perante uma enor-
E, como se essa consagração não fôs- No decurso dos últimos meses, a im- tantes, que os mesmos beneficiados me
rão publicadas no nosso jornalzinho' pa: me multidão que chorou ao ouvir a des-
se já uma graça extraordinária para. o prensa periódica tem publicado nume- prometeram enviar narrados de mão
vosso e meu querido Portugal, eis que rosas e circunstanciadas notícias àcêr- ra edificação dos nossos prezados leito- crição das peregrinações e milagres de própria.
se levanta Fátima I ca de diversos grupos de peregrinos que res e para todos darmos graças a Deus Nossa Senhora. • •
pelas maravilhas que espalha no mun- Não tendo muitas pessôas poJido as-
Fátima, Fátima: estou a vêr o San- se estão organizando em muitos pon-
tuário dos milagres - do milagre estu- tos do país e que constituem no seu do por intermédio de Nossa Senhora de sistir por falta de lugar e não podendo No momento em que isto escrevo es-
Fátima. o Rev. Dr. Fischer, pela sua precária tamos dispondo as coisas para efectuar
pendo -onde a Rainha do Amor vos conjunto a grande peregrinação nacio-
saúde e muitos trabalhos, repetir as con- brevemente a mudança do antigo para
atrai os corações, os enche de novos nal de Maio. ferências, foi convidada a Senhora o novo Colégio António Vieira, recém-
benefícios e ratifica e multiplica as
bênçãos do Coração de Jesus- Ela, a
Como nos anos anteriores, o nosso
Portugal, tão devoto da mãe de Deus,
ALEMANHA Grommers, doutora, de Munich, devo- -construído num outro bairro da cida-
tada apóstola de Fátima. de um tanto distante dêste. E de ver
Dispensadora, a Medianeira de tôdas prepara-se para vir, em comovente ro-
as graças ! magem de fé e piedade, depôr aos pés Peregrinação a Kobel - Augsburg Esta Senhora tem feito já muitas
conferências sôbre a Fátima e organi-
os numerosos devotos que de manhã à
noite aqui vém a venerar Nossa Se-
Pio X, falando do Congresso Eucarís- da sua gloriosa Padroeira no maior Augsburg, cidade da Baviera com zado outras em diferentes cidades da
dos Santuários Marianas ' nacionais, nhora e a implorlll" suas bençãos, com
tico de Lourdes, pouco antes da guer- perto de 100.000 habitantes, foi' uma Baviera - Bem haja I que ância perguntam se Nossa Senhora
ra, dizia: um tributo bem solene e bem sentido das povoações da Alemanha que rece- tamMm vai; e à resposta afirmativa
• ccA torren,te dos milagres eacachoará de dedicação e de amor filial.
De treze de Abril a treze de Maio,
beu com mais entusiasmo a boa nova de Em Gries como manifestam o seu pesar; e isto
das mãos de ambos, do Rei e da Raí- Fátima. Na abadia benedictina de Gries, cujo todos sem distinção de idade ou condi-
nha, de Jesus e de Maria ... u que alvoroço, que ansiedade, que en- Há perto dessa cidade um belo San- Superior, o Rev. Alphonse Auguer, tem
tusiasmo vivo e lll"dente, por tôdas as ção. Ainda não há muito um negrinho
Pode dizer-se o mesmo de Portugal: tuário Mariano e o povo começou a con- uma grande devoção por Nossa Senho- dos seus 4 anos, desprendendo-se da
os Corações do Rei e da. Raínha de Fá- cidades, vilas e aldeias, da nossa que-
rida Pátria I mão da mãe, vem ter comigo e, com a
tima fazem a uníssono o milagre da ingenuidade própria de tal idade~ me
renovação moral e religiesa do Portu- Fátima é durante êsses trinta dias,
o nome bendito que se desprende de pergunta: uquando os Padres forem
gal querido, que eu conheço tanto e do para o Garcia (é assim denominado o
qual tenho imensas saudades ... todos os lábios e cujo eco faz palpitar
de intensa alegria e de doce comoção novo bairro) Nosse. Senhora também
Caros adoradores, ouvi a última pa- vai?n
lavra: confirmai a obra dos vossos Bis- as almas crentes e os oorações piedosos l
E, como outrora ,na época das Cru- Claro está que sim, lhe respondi ao
pos, que é, antes de ser dêles, a do Co- que êle acrescentou: ueu fico com t~nta
ração de Jesus, de Nossa Senhora de zadas, os homens válidos corriam, à
porfia, a alistar-se sob a bandeira da saüdade l...n Ora se êste é o sentir dos
Fátima; confirmai essa obra de graça pequeninos, qual não deve ser o dos
por um novo fervor na vossa abençoa- Cruz para formarem o exército cristão
que havia de Libertar os lugares santos demais que na proporção da idade me-
da Cruzada de penitência. e de oração lhor sabem dar às coisas o seu valor?
nos !areal do domínio do Crescente, assim nestes
dias de graças e de bênçãos, os devo- Acostumados já a virem ali desabafar
Cuidado I Não afrouxeis no vosso z&. com Nossa Senhora, nos momentos de
lo I Portugal conta convosco, pequeno tos de Maria dão o seu nome para a
cruzada de paz e de amor, alistando- angústia, e a receber d'Ela o conforto
e grande exército da salvação nacional! e tto assinalados benefícios, bem justo
Perdoai a minha insistência: os Bis- -se no piedoso exército de trezentos mil
soldados cristãos ,que irão ao planalto é que tenharp saüdadea e manifestem o
pos fizeram o gesto salvador: perten~ mais profundo pesar.
vos o torná-lo efioaz, quererdes, pelo sagrado de Fátima revigorar as suas
fôrças e exercitar-se nu armas espiri- A diversos já, ricos e pobres, eu te-
Po.rtugal que não quere, a sua salva- nho ouvido que, só se não puderem ar-
ção em Cristo. tuais para combater com mais eficácia
nas pugnas incruentas da vida de cada ranjar uma casinha lá perto, é que co~
Fidelidade, mais fidelidade: procu- nosco se não mudarão.
rai novos consoladores do Coração dia os seus grandes inimigos: o mundo,
o demónio e a Clll"ne. Digno de especial reparo é também
amargurado de Jesus, mas escolhidos: que, de preferência à da Capela, é à
antes bons do que muitos; sobretudo E dessa sublime e imponente mani-
festação de fé e piedade, dessa. cruza- pequenina estátua do portão que dedi-
amigos, amigos verdadeiros de Jesus, e caram maior carinho, nem é raro ou-
não daqueles que Lhe acendem uma ve- da pacífica e altamente encantadora,
dessa apoteose imponente e incompará- vir-se dizer: ua de dentro é maior e
la, dão lindas flores a Maria, e o cora- mais importante, mas a ma.is milagrosa
ção, sim, o coração ao mundanismo da vel de Jesus-Hóstia e da Virgem do
Rosário, quo é a grande peregrinação Peregrinos de Kobel ouvindo o sermão do Rev. P.• Obllnger é a de f6ra ln Nem admira, pois foi es-
sua sociedade pervertida. .. sa mesma que dêsde o princípio ali se
nacional de Maio, sem dúvida resulta-
••• rá mais glória para Deus, mais pro- acostuiDIIl"am a venerar.
veito para as almas mais paz e mais correr ali nos dias 13 de cada mês em ra de Fátima, o Rev. Dr. Fischer fêz A de dentro são de preferência as Fi-
Hei-de voltar a falar-vos para a fes- união com os peregrinos de Fátima. uma conferência sôbre Portugal e culto lhas de Maria que por Ela se interes-
ta do Coração de Jesus; prometo-vos prosperidade para a' nossa querida Pá-
tria, que será agora e sempre, como Presidiu à peregrinação de 13 de de Fátima. sam, já cantando-Lhe o seu Ofício pró-
uma carta de incitamento. E deixai- março passado S. Ex.cla Rev.ma Mgr. O Rev. Superior do convento de Gries prio em Maio e Outubro, e o comum
-me esperar que, quando eu oferecer ao stlmpre foi, a bend1t, e gloriosa ter-
ra de Santa Maria. Dr. D. José Kumpemueller, Arcebispo é o autor dum ucinema do Rosário,. em todos os Sábados do ano, já orna-
Papa a estatística dos Adoradores no- de Augsburg; pregou o Rev. P.• Char- tendo tido a gentileza de nos oferecer mentando-Lhe o seu altar em todos os
cturnos em todo o mundo, como dádi- les Oblinger, director do Santuário, a um exemplar que muito agradecemos. dias 13, mas com particular esmero e
va do Ano Santo, Portugal tenha nela Visconde de Montelo
uma peregrinação de 3 a 4 mil pessôas. São 72 imagens, uma para cada 2 A ve primor durante o Mês de Maio intei-
um lugar de honra. Mais ainda do que Recomendamos aos nossos peregrinos do Rosário na forma da antiga uBíblia ro e na 1.• quinzena de Outubro. Pela
aos olhos do Papa, haveis de tê-lo aos que nas suas orações não esquiit;am ês- pauperumu, de fóra o interêsse é de todos e cons-
olhos do Rei que vos amou tanto que tes nossos bons irmãos na fé, par!!. que tante: uns lhe oferecem flôres, quer
vos enviou com o seu doce sorriso de
Mãe, Nossa Senhora do Rosário de Fá-
EXERCICIOS ESPIRITUAIS PARA Nossa. Senhora lhes alcance todas as .Na Suíssa- Basileia naturais, quer artificiais, outros óleo
Bênçãos do Céu. Mgr. Maider grande auxililll" do para a lamparina que dia e noite ante
tima. Dai, oh, dai, no JI~eio de tanta SENHORAS Rev. Dr. L . Fischer na publicação do Ela arde, muitos velas que em grande
dor, alegria ao Coração de Jesus;
_com generosidade, deixai-má dizer, uà A principiar no dia 24 de maio à Em Bolsano uMensageiro de Fátiman em alemão, número de manhã à noite alí ardem, e
Nos dias 29 e 30 de março o grande inaugurou no dia 23 de abril, na Basi- boa parte também o seu óbulozinho pe-
portugueaau. tarde terminando no domingo 28, de amigo e devoto de Fátima Rev. Dr. leia, a primeira escola livre dos católi- cuniário, dêsde o minusculo tostãozi-
Fátima em Espanha manhã, haverá no Santuário de F áti- Fischer fêz duas admiráveis conferên- cos depois da abolição das escolas cató- nho à prata de 1.000 ou até mesmo de
ma exercícios espirituais para servi- cias em Bolzano muito concorridas. licas por Bismark, na perseguição reli- 2.000 reis.
Temos presente o número 944, de 15 Entre os assistentes a estas conferên- giosa conhecida pelo nome de Kultur Nem só os de perto, senão que não
de Fevereiro último, do uAdatl Seráfi- tas e outras senhoras que neles quei- cias havia 3 creança de 6 anos - 2 ale- Kampf, após a guerra. Assistiram à poucos de bem longe ali vêm quotidia-
cou, revista católica quinzenal, que vê ram tomar pme e emquanto houver mãs e 1 italiana - A de~crição das abertura da escola o Snr. Bispo de Ba- namente ; de dia uns, desde o abrir do
a luz da publicidade em Sevilha, a lugar. Aparições do apostólico conferente fêz sileia e muitos católicos que exteriori- portão, às 5 e meia da manhã; à noite,
grande e formosa capital da Andaluzia. Prevenirão com a devida antece- tal impressão nos ouvintes que as 3 zavam o seu entusiasmo e alegria. outros, até à hora de fechar, às 8 ho-
Dirigida pelos padres Capuchinhos da crianças reproduziram em quadros a Felicitamos vivamente M gr. Maider ras e meia. Uns ali vêm de J.>rOpósito,
Província Bética, abençoada por Sua dência (bom seria que o fizessem até Aparição de Nossa Senhora em Fátima. e Nossa Senhora da Fátima acumulará outros (muita gente de serviço) apro-
Santidade e dedicada a fomentar a Re- ao dia I 5 de Maio) o Snr. Reitor do V estiram os videntes à moda tirole- de graças a aanta. iniciativa de seu bom
__ .........
v.eitando a passagem, não poucos depo-
ligião e a piedade nas famílias cristãs Santuário da Fátima, ou o Snr. P.• sa e substituíram a azinheira por ár- servo. Sitando o fardo, ou com o taboleiro à
essa esplêndida revista, que insere ma: vore da sua terra. .._ cabeça, ali entram estendendo para a
gníficos artigos e primorosas gravuras, Antóniq dos Reis - Seminário de A Virgem Santíssima as tome de- Senhora a mão a implorar a sua bên-
rivaliza incontestavelmente com as pu- Leiria. baixo do seu patrocínio. Este número foi visado pela Censura. ção.

\
VOZ DA FATI MA 3

Com quanto interêsse não tenho eu


diversas vezes presenciado calorosa ex-
Lembrou o que se estava p888ando
em Fátima naquele memno dia, em que
encorporando-ee nela todos os estabele-
cimentos, confrarias, o Seminário e cle-
Consagração da diocese de Coimbra
posição de pesares em eloqUente desabe.- Portugal era consagrado ao Sagrado
Coração de Maria e convidou-nos a unir
ro. De Hong-hong, Cantão e arredores
veio muita gente assistir &. festa. Na
ao Sagrado Coração de Maria San·
fo com a Senhora? I
Como não deve lá. do alto sorrir be- nossas preces às dos nossos irmãos em procissão os seminaristas, o povo, as Fi- tísslma.
nignamente a Mãe bemdita a almas tão Fátima. Em baixo, junto às grutas, pré- lhas de N. S. de Fátima as catequeses,
bôas e ingénuas por mais escura que gou aos chineses o Rev. C. Domingos tôda a gente cantava, não indo êste ano, {Continuação àa Carla Pastoral àe S. Ex.• Rev.- o Senhor Bispo àe
seja a côr de seus corpos? I Jim, pároco de S. Lázaro. Terminados bem como no ano passado, filarmónica
Agora, com a mudança, um novo cam- os sermões dirigimo-nos à capelinha . alguma. Lindo espectáculo na verdade, Coimbra}
po se vai abrir. Os já ganhos à causa, onde se cantou o Te Deum, seg.uindo-se ver tanto povo rezando, cantando, lou-
sem dúvida, apesar da maior d~ficul­ a bênção aos fiéis que estavam dentro vando assim a N. S.'" que foi levada num
dade, perseverarão; e do novo me10 ou- e no adro, e por fim deu-se a benção aos lindo andor de teca lavrada, pelas Fi- V Es Filha, Mãe e Esposa; e se alcanÇaste,
tros muitos advirão a engrossar as fi- doentinhos que se encontravam nas sa- lhas de N. S. da Fátima. Portugal é o filho dilecto de Maria Uma só, três tão altas dignidades,
leiras dos adeptos de tão excelsa Raí- las visinhas esperando a visita e o con- Às 8,30 chegou a procissão &. Penha. Santíssima. úm amor especial a pren- :.;:oi porque a três d'Um só tanto agre.-
nha, Padroeira e Mãe dos Portugu:ses fôrto celeste, vendo-se muitos olhos me.- A estátua ficou também êste ano vira- deu sempre à nossa. Pátria, em cuja daste.
d ' alem como d'aquem oceano. rejados de lágrimas. Os seminaristas da pa.ra a cidade como que a abençoa- bandeira vê sempre as chagas do seu (Camões)
Baía- 6/1/933. rezaram ainda o terço diante da sorri- -la. Tivemos êste ano o prazer de ou- Filho.
P.• João de Miranda S. J. dente imagem da Virgem, seguindo-se vir prégar o Snr. Bispo sôbre a devo- Devemos-lhe a formação da naciona- Portugal era um grande aantuario
outros grupos até à meia noite. ção a N. S. de Fátima. Narrou com lidade, e por mais duma vez a nossa mariano.
A Penha esteve tôda a noite ilumi- vivas côres o que se passa em Fátima, independência, assim como a expansão Em todo ·o nosso território, nos mon-
nada, vendo-se na frente, formado de o que se sente ali, o que êle próprio ex- dos noSIIOs domínios. A nossa P á tria tes e nos vales, o povo levantou a Ma-
OCulto de N.Senhora luzes, o monograma de Maria encima-
do por uma corôa; do lado da cidade
lia-se «Protegei Portugalu. Eis o que
perimentou quando lá esteve ainda há nasceu da devoc;ão à Santíssima Vu--~ ria poéticas ermidas, capelinhas bran-
pouco.
Ao mesmo tempo prégou em baixo, na oeu (1).
gero, nela se desenvolveu e engrande- cas como bando de pombas, onde espe-
oialmente Il1e fazia as suas festas, lhe
da Fátima em Macau foi a segunda imponentíssima procissão
das velas de N. S. da F. de 1931. Este
gruta, aos chineses o R. O. D. Jim. a) As primeiras terras de Portugal dirigia as suas preces e cumpria 06
Houve a seguir a bênção do SS.mo aos conquistadas a{)S Mouios tomaram o seus votos (5).
(O ontinuação) ano receberam-se também muitas esmo- fiéis e por último aos doente~. A Senho- nome de 'l.'erra de Santa Maria. 0 Por- Na costa marítima, de ~orte a Sul,
las com que se cobriram superabun- ra ficou até à meia noite à veneração to, ainda antes de dar 0 nome ao nos- quási tôdas essas capelinhas eram de-
ANO DE 1931 dantemente tôdas as despesas, a-pesar dos fiéis. De Maio a Outubro celebrou- so País, já era a Cidade da Virgem. clicadas a Nossa Senhora da Boa Vie.-
-De Maio a Outubro dêste ano hou- de não ter sido feito apêlo &. generosi- -se o dia 13 com certa solenidade e hou- Foi ela quem com maternal carinho gero, à Senhora dos Navegantes; no
ve todos os mêses, no dia 13, mi;ssa com dadnde dos fiéis. O amor a N. S. da ve missa em sua honra todos os sábados. guiou o heróico fundador da nossa ne.- resto do país são outras as invocações
cânticos e à tarde têrço, prática pelo Fátima vai aumentando visivelmente, Em Outubro celebrou-se o dia 13, últi- ciona.1idade, o miraculado de üárque- em que se ouve o grito de tôdas as ne-
Director concluindo-se tudo com a bên- como se vê na grande concorrência a mo das aparições, com missa cantada re (2), D. Afonso Henriques. oessidades: - Senhora das Dôres, Se-
ção do Santíssimo. tôdas as cerimónias religiosas e na fre- à.s 7,30 no altar da f::lenhora. A ((Capela 1>. Afonso Henriques, quer nas lutas nhora dos Remédios, Senhora do Pran-
De Novembro a Abril continuou a ha- qUência dos sacramentos. Esta semen- de N. S. de Fá.timan executou a missa com Castela, quer nas guerras com 06 to, Senhora da Agonia, Senhora da
ver missa mas sem cânticos e à tarde tesipha, lançada à terra em 1929, ger- «Quarta.. de Haller, sob a direcção da Mouros, recebeu auxílios singulares de Saúde...
o terço e o mais cumprindo-se assim minou, desenvolveu-se, já. deu e está Snr.'" D. Angelina Borges que, desde a Maria Santíssima. E por isso mesmo, A 15 de agosto (Assunção de Nossa
a promessa feita ~ 1929. A nova está- dando frutos ubérrimos. N. Senhora fundaçã~ até hoje, tem siqo duma acti- para cumprimento do voto que lhe fi- Senhora) e a 8 de de setembro (sua
tua de madeira, vinda do Pôrto, que apoderou-se dos corações dêste bom po- vidade rara eJ:D preparar a cantoria zera na jornada de Santarém, mandou- Natividade) Portugal inteiro era um só
é linda e encanta a todos os que a con- vo de Macau e e êste povo fervoroso que sempre se ouve com prazer. Foram -lhe levantar 0 grandioso templo de templo, uma basílica imensa com grau-
templam pela expressão do rosto e sor- tem correspon5Jido à visita da Mãe do muitas as comunhões. De tarde terço, Santa Maria de Alcobaça. diosas festas à Mãe de Deus.
riso que lhe poisa nos lábios, foi ben- Céu. Que consolação ver Macau em prática pelo Rev. P.• Promotor e ben- b) Quando a independência de Portu- Maria Santíssima era o orago de
zida pelo Director no dia 13 de Novem- pêso diante da Virgem, eutoando-lhe ção do SS.mo. gal esteve em perigo por morte de D. grande número de freguesias, e apare-
bro e colocada no altar em substituição cânticos, dirigindo-lhe incessantes pre- No mês de Novembro houve no altar da ~'ernando, foi Nossa Senhora que nos cia no brazão de muitos conce}hos.
do retábulo. Foi comprada com as es- ces, no meio duJ;D entusiasmo santo Virgem missa em tôdas as segundas fei- fez evitar 0 jugo de Castela. ouvindo As nossas Misericórdias t1nbam-na
molas dos fiéis bem como outros objec- que brota. de corações portugueses, de- ras por almt dos bemfeitores de N. S. os rogos e votos do Mestre de Avis e do como Padroeira (6) e celebravam es-
tos do culto e 'em belesamento do altar. votos de Maria I Terminada. a grande da Fátima. Eis a que ponto chegou em seu grande Condeetável D. Nuno AI- pecialmente a sua Visitação.
E ainda com estas esmolas que sere- festa de Maio não terminou o fervor, Macau a devoção à Senhora de Fáti- vares Pereira. Foi na 'vespera da As- Muitos pais e padrinhos davam aos
za missa todos os sábados no altar da pois todos os meses no dia 13 e nos sá- ma. Muitas coisas omitimos, maa creio sunção que se feriu entre Portugal e seus filhos e afilhados o sobrt>nome de
Virgem por todos os bemfeitores e de- bados lá se reünem os devotos em 1::!. que isto basta para ver que também Castela a batalha de Aljubarrota. D . ~aria - Ant?nio M~ria, José M~
votos que de algum modo concorrem pa- Domingos. aqui no Oriente lançou profundas rai- João I fez voto de e rigir um mostei- na ... - ; e mats vezes awda as suas f•-
ra aumentar o c ulto de N. S. da Fáti- ANO DE 1932 zes esta devoção e se estendeu já. até ro à Mãe de Deus no lugar onde ia dar- lhas e afilhadas honravam-se com êsse
ma. A elas assiste bom número de fiéis. Hong-Ko'lg e Shangai, graças ao ~ -se a batalha se a vencesse . .ll:le mesmo nome - eram Maria da Conceição, Ma-
Nê:stes dias comparece sempre o Rev. A devoção a N. S . da Fátima conti- lo com que tem trabalhado o seu Dire- 0 diz no seu' testamento. ria da Graça, Maria da Pureza, Maria
P .• Promotor para ouvir ~ confis&ies a nua crescendo sempre. Todos os sába- ctor - o Rev. P ..• António Roliz- na D. Nuno lembrava a todos que a da Piedade, Maria do C~rmo::. .
todos os que se apresentam. dos lá. comparece em S. Domingos o R. propagação dela. O esplendor das fes- «Mãe· de Deus, cujas Vésperas então Ao toqu! das Av~ _Martas _nao havta
Nêste ano também o mês de Maio foi P . Promotor desta devoção para pre- tas desde 1929 até hoje são prova evi- eram, seria advogada por elesn. E foi. quem se nao d~br~sse e nao re~ass.?,
celebrado como antes e mais ainda. Lo- sidir às reüniões, tazer a prática e ou · dente do grande amor, fé viva e pro- E lá se levantou logo 0 mosteiro de celebrando os misténos da Anunctaçao
go no dia 2 e 3 se notou grande movi- vir as confissões dos penitenr.e, qu~ fundo reconhecimento para com N. S. Santa Maria da Vitória ou da Bata- e Incarnação.
mento em S. Domingos. De tôdas as querem receber a Sagrada Vo:r.nnilão. da Fátima de todo êste Extremo Orien- lha dedicado à Assunção' de Nossa Se- À noite todos os chefes de família re-
partes chegavam flôres e ornatos para O sacrário é novo e <le how gosto, ~ei­ te. nh~ra. savam com os seus filhos e com os cree.-
dar maior realce à novena e à imagem to de teca. Nêle, com licença do Snr. -((Não nos apareceu Ela aqui, mas c) Depois, 0 Infante D Henrique, dos. (que da família eram~ t~mbém), a
recém-chegada. Bispo, se conserva sempre o SS.mo transladou-se para o pJ.eio de nós, co- dessa inclita geração altos I n/antts Coroa, ou o Terço do Rosarto de nossa
O Rev. P.• Promotor dos festejos au- Em Novembro do ano passado fvr11m Ionizou-se nesta querida Macau, atrai- consolid~ a nossa independência, vol: Se~ora, e em algumas p?voações essa
xiliado pelas congregadas e outras pes- agregadas à. Prima Primaria de Rom11. da também pela inocência do bando in- ta-se para 08 mares e antevê novos Coroa ou Terço ~r!l resado aa portas das
sôas vai dispondo tudo com o bom gos- duns congregações das Filhas de N . ~­ fantil das catequeses, das Cruzadas .Eu- mundos. Antes de iniciar os descobri- casas, com os nz1nhos, em coro.
to de que é dotado e o altar apareceu da Fátima, uma para meninas rle 15 carísticas, das Congregações, da fé dês- mantos marítimos, creou em Sagres a .~ã? se ouvi!IID blasfêm!as. As_ impe.-
ornado com a maior profusão de flôres e anos para cima, outra para as de me- te bom povo de Macau», como muito escola primária dos nautas, mas Je- 01enc1as desfaziam-se em mvocaçoes co-
luzes. No dia 4 oomeça a novena, he.- nor idade. E protectora secundária da bem disse o Rev. P.• António Maria Al- vantou ao mesmo tempo a ermida do mo estas: - Valha.-no1 nossa Senhora,
'l"endo de manhã missas com cânticos primeira S.t.a Teresinha e da segunda •es, S. J., no seu sermão da Penha em Restelo, dedicada a Santa Maria de Jeau.s nol ,;alhal
no altar da Senhora e de tarde o ter- a Beata Beatriz da Silva. Estas C"tJU- 13 de Maio de 1931. Escolheu aqui a Belém (3). •
ço, prática, feita nos três primeiros gregaf,ões têm produzido optimos fru- igreja de S. Domingos como a Cova da A essa ermida iam buscar coragem • •
dias pelo Rev. P.• Elias Marçal, nos tos. Trabalham em conformidade com Iria em Portugal. E com regosijo san- todos os nossos navegadores. Nas suas Coimbra distingiu-se sempre no cul-
três seguintes pelo Rev. P.• Patrício as regras das congregações, na santifi- to que recordamos o feliz dia 13 de naus e caravelas ía sempre a imagem to de Maria Santíssima. Será sempre
Mendes e nos três últimos pelo Rev. P. • cação própria e dos outros. Maio de 1929 e tudo o que até hoje se da -.:- tec - p para ela. glória imotredoura o culto e
Luís G. de Garcia. Os actos religiosos O gx:ande amor a N. S. de Fátima tem dado aqui.. Quantas gra"as tem-
t
• ugem, e com a sua. pro çao or- d f
1 1 to v G ~ d
d I lad
foram concorridíssimos, sobretudo nos vai novamente oxpandir-ae no dia Porais e ~spirituais não tem N. Senho- cobriu
v
uga sup an u eneza e enova, es- _e esa a macu a Conceição.
novos povos e novos mundos, No século XIV um meu antecessor, o
últimos dias. 13 de Maio de 1932. Eis-noa de no- ra concedido nêsses dias em que a. va- e, se mais mt•ndo houvera, lá chegara. Bispo de Coimbra, Dom Raymundo
Também êste ano a parte musical da vo na novena que foi também êste mos honrar I Aqui, como em Fátima, Em substituição da pequena ermida Evrard, em Provisão de 17 de outubro
novena esteve a cargo da uÇapela de ano soleníssima. Às 7.30 houve a missa passam-se momentos sobrenaturais .nês- n.. D M el d edT de 1320, instituiu e ordenou a festivi-
Nossa Senhora da Fátiman, que execu- r ezada pelo Governador do Bispado, ses dia. Bem haJ·a o povo de Macau por do .n.este10 • • anu m.an ou 1
i- d Co · 1
car 0 grandioso mosteiro de Santa Ma- da e da ncetçio lmacu ada de Me.-
tou variados cânticos com perfeição. R. P.• Patrício Mendes. À tarde~ àB tão grandes manifestações de fé e reli- ria. de Belém para eterni:t.ar a grati- da, mandando que todos os anos, a 8
Durante tôda a novena houve à venda 5 terço, prática e bênção do SS. aada gião para. com a Vir2em. da Fátima.! E dão dos Portugueses a Maria Santís- de dezembro, ela fosse celebrada na .sua
cordões velas e vários objectos de Nos- p~lo R. P. António Barreto, dipo Ti- il"aças infinitas também à Senhora por d d catedral - Santa Maria de Coimbra (a
sa Se~ora da Fátima, vindos de Por- ce-reitor do Seminário. As práticas fo- ter fel.to reaparecer entre nós 89 • te es- sima, a estrela guia ora os nossos na-
d · · ~ ·
lh
Sé Ve a como hoje se diz). E ssa festa
tugal e doutras partes da Europa a pe- ram feitas pelo R . P. António Maria pírito tão portu..,.uês de devnt'ão para vega ores mlsslOnanos. 1b
com Ela • -v d) Mais tarde, depois do desastre de ce e rou-se efectivamente aí pela pri-
dido do Rev. P.• Promotor, para espe.- Alves, encontrando-se a iicl"eia sempre :mp t n- ,__ El .M.cacer-Kibir, perdemos a independên- meira vez a 8 de dezembro daquele ano.
lliar mais e mais o culto de Nossa Se- cheia de fiéis, ávidoe de ouvir falar de Mas i or a ao esqu..cer que a · · 1 d · M Foi a velha catedral de Coimbra que
nhora. Os festejos sobem de ponto no N. S. da Fátima. pediu em l<, átima penitência oração e c!a; mas r~upera~o- a e~olSdpor &- teve a honra de ser a primeira im·eJ·a
. ' . • na Santíssima. Fo1 ao gnto e - 111.- ..
No dia 12 chegaram de Portugal as pureza. O remos p01s, façamos penitên- I >--> - 0 ·
dia 13. No altar da Senhora, lindamen- . 1· d va a macu......a oncetç o - que no de Portugal e talvez da Península, oD.-
ã
te adornado, celebram·se Yárias missas, estátuas de S.t.a Teresinha, Beata Bea- Cia e conservemo-nos impos e alma 1 0 d d b d 1640 de se festejou êste singular preYilégio
comungando em tôdas centenares de triz, e S. Luís Gonzaga, sendo Logo pos- e corpo. para assim a honrarmos cada no · e ezem ro e aque1e peque- tie Maria (7).
grupo doa Restauradores quebrou as
pessôas. Às 10 h. iniciou a missa solene o tas no altar da Senhora. Vieram Tárias vez mais e n?s prep~rarmos para ~le- algemas da Pátria e fez ressuscitar A nossa Universidade, sempre, des-
Rev. P.• Patrício Mendes, executando de N. S. da Fátima, vendendo-se logo brar com mais devoc;a.o e pompa :unda p 0 t de a sua fundação em 1290, sempre
no côro os seminaristas a missa uSalve q uási tôdas. O R. P .• Promotor teve a o dia 13 de Maio de 1933. Sejamos após-i
feliz ideia de alcançar licença para a tolos desta deToção para que ela au-
D
· oao
1
u'}a.: JV - h
' nao c egan
d
°· "á professou a doutrina da Conceição Ime.-
l um culada de Maria Santíssima,• e é bem
Reginan, a 4 vozes, de Sthle. O Tatus-
to e amplo templo estava repleto de adoração nocturna, como se faz e!Jl Fá- mente mais e mais em todo êste Extre- templo ~a:a testemu~~:h~r à Vrrgem a conhecido o seu juramento depois de
tima. Foi uma ideia do céu. A igreja mo Oriente e unamo-nos todos em espí- sua _gratidao. e a gratidao do seu povo, 1640 (8) A U . "d d
fiéis. Finda a missa foi exposto o SS.
no trôno, sucedendo-se os adoradores foi tôda a noite muito freqUentada de rito com o Rev. P.• Promotor dêste cul- depoe a co~o~ real aos pés d~ lmacu- 1854 no~eou ~~ê~aDou~~:Sl S:u: qe_:
uns aos outros em grande número até adoradores, sobretudo das 11 à meia to de N. S. da Fátima para conservar lada. ConceiÇao, p:oclama-a nao só Pa- a representassem em Roma n(l.s soleni-
às 18 horas, em que o Rev.mo Sr. \}a- noite hora em que se encheu o templo. sempre acesa em nossos corações esta droerra, mas Ratnha de Portu~Çal, e dades daquela definição dogmática (9).
vernador do Bispado deu comêço às O Director não abandonou a igreja, lá chama sagrada. quere que ela tenh~ um santuário tão Podemos pois dizer afoitamente que
grande como a n.açao, com tantos al-
vésperas, cantadas pelos seminari<rtas. esteve todo o tempo. Também os semi- Maca.u/ 13/ 12/932. tares quantos 08 corações dos Portu- tôdas as gerações portuguesas, desde
Logo após a bênção do SS. com um no- naristas Já foram, oos grupos, demoran- P. A. Roliz gueses. as mais ilustradas às mais humildes,
vo e artístico ostensório, como tan.bém do cada grupo uma hora em adoração, e) .E depois a protecção da Virgt>m passaramJ conclamando num côro imen-

·~
eram novos os paramentos, :>ertenctln- rez:ytdo-se o terço e fazendo outras de- so: Benaita ~& tu entre as mulheru
tes a N. S. da F átima, formou-se 11. pt"o- voçoes em comum. para com 0 nosso País fez-se sentir realizando-se assim o assombroso vati:
ainda na glorio'>ll. batalha de An1.:o1x.eal
cissão em que tomaram parte todoii os
católicos de Macau. A imagem .ia Se-
Rompe o suspirado dia 13. Logo às
5 30 houve uma missa., às 6,30 outra
Import a ntíssimo em 1662, nos combates contra as host.~s cínio de Maria Santíssima (10).
Havia como que um pacto de amor
nhora foi levada êste · ano em carro e' às 7 30 foi a do oferecimento. Em Durante os meses do verão desde Napoleónicas e mêlmo nas 'lão muito
remotas campanhas de África . 4 , •
·
entre Maria Santíssima e os Portugue-
triunfal até à. rampa da Penha e de lá tôdas houve comunhões em grande nú- Maio a Outubro a Voz da Fátima ses. Maria Santíssima era dos Portu-
à ermida pelas Filhas de N. S. da. Fáti- mero aproximando-se da sagrada mesa sairá com uma ~iragem muito maior VI guêses, e os Portuguêses eram de Me.-
ma. O carro ia lindamente enfeitado de home'ns, mulheres, jovens e donzelas. Os ria Santíssima.
flôres brancas e luzes. Todo o povo leve.- confessioná rios estiveram sempre cerca- do que nos outros meses, necessitan- Era grande o aioor de Maria Santís- E hoje?
va velas e insígnias de peregrinos, can- dos de penitentes. Que grande consola- do por isso muito àa caridade dos sima para com os Portugueses, mas (continua)
tando-se com entusiasmo o uAvén, o hi- ção é ver tanto fervor I Como N. Se- seus leitores. também era grande a devoção dos Por-
no de N. S. da Fátima e outros cânti- nhor e N. Senhora estariam contentes I tugueses para com a sua Mãe do céu.
cos apropriados. Chegada a estátua ao Era grande como vimos, a devo1;ão (1) Primeiro Conareuo Mar. cit., pág. 135
Às 10 começou o Pontifical. O amplo e seg. e 263 e seg.
alto da Penha foi colocada ao lado da dos monarcas,' dos guerreiros, dos nave-
de Nossa Senhora de Lourdes recor-
templo, primorosamente ornado, estava.
cheio. Lá se encontravam também as Atenção gadores; mas não era sõmente dêstes, D1ocese de Laml!go.
. (2) Freguesia do conoelho de Rezende.

dando ambas, as visitas de p~rdão e Filhas de N. S. da. Fátima com o seu Quando necessitardes de alguma era também grande a devoção de tô- ao (3) Em Belém Santa Maria deu Je81U
mnndo; de Santa Maria de Belém Pl1l'"
amor com que a Virgem honrou a Fran- uniforme branco. Elas é que cantaram mudança nos endereços das vossas as- das as outras classes sociais, era gran- tiram os Portugueeee para dar Jesus aos
~a e Portugal. Subiu ao púlpito colo- de manhã e à tarde durante a novena, de 1\ devoção de todo o povo. que ainda o nil.o conheciam. Vid. Primeiro
cado no adro, o Rev. P.• António Ma- produzindo grande efeito e devoção os sinaturas, não vos esqueçais de en- A arquitectura, a escultura, a pintu- Conareuo Mariano oit., pág. 268.
(4) NJ.o devemos esquecer Que ll. PTOtec-
ria Alves, S. J. , que durante uns 30 cânticos que executaram. As 6 da tar- viar com o pedido para a mudança o ra honravam-se ao serviço de Maria. As cJ.o de Maria Santíssima ae deve oertamen·
minutos nos deliciou com a sua pala- de começaram as vésperas, presididas número da vossa assinatura. Doutro classes ilustradas defendiam o seu cul- te a iner!cãcia da. inn..são protestante en-
vra fluente, sendo ouvido com tôda a por Sua Ex.'" Ex.'" o Snr. Bispo e can- to, os poetas cantavam as glórias da tre nós até ao século XIX.
atenção que merecem os se us dotes ora- tadas pelos seminaristas. As 6.45 saiu,
modo é quási impossível o serdes Filha de D eus Padre, Màe de Deus Fi- (5) Primeiro Conareuo cit., J.>lli· 150 e
seg.
tórios. pela terceira vez, a procissão das velas, atendidos. lho, Esposa do Espírito ·Santo. (6) Quando, pelo auo de 1498, n& a.Wiên·



4 VOZ DA FATIMA

GRAÇAS DE N. SENHOM DE FÃTIMA de 15 dias. Daí para cá a doente tem


sempre ido de bem em melhor~ e não
ceesa de tributar a Nossa Sen.nora da
Fátima a sua mais profundo e sentida
Freitas - Madeira, 20$00; Rosa Her-
deira - Ovar, 67$50; Inês Redim -
Pôrto, 30$00; P.• Manuel Dourado -
Lubango, 230$00; Virgínia Teixeira -
50$00; Emnia Rodriguee - Vinhaes,
15$00; Augusto Pires -
20$00, Jo~ da. Graça - Estremoz,
Vinhais,

20$00; Guilhermina Rebóla - Estre-


(Pelo Rev.0 P.• J. M. Zulueta S. J. - Senhora, como sois bôa I Eu boto no gratidão. Chaves, 150$00; Henriqueta Couto - moz, 20$00; Lucinda Amllral - Sever
de Oochim foram en11iado" d Redacç4o vosso cofre um tostão, e Vós dais-me Arcos de V. de Vez, 20$00; Hortense do Vouga, 20$00; Mariana de Matos -
1
da cc Voz a.a Fátimau, O-' relat6rio1 de (Oontinúa).
50$000 I... bem haja, minha boa Senho- P.• J. Miranda S. J. Barros - Lisboa, 15$00; Leonilde Be- Espite, 20i00; Joaquim Alvaro - Rio
alguma. graça, de N.• S.•, cuja publi- ra, bem haja, e cá fica outro tostãozi- lo - Aldeia da Mata, 15$00; Maria de Moinhos, 20$00; Maria Luísa Fer-
cação continuaremo3) nho ; ... u Que pêso nii.o devem fazer na José Alves - Mampula, 20$00; Joa- reira. - Paredes, 15$00; P. • António
Abandonada dos Médicos balança da Mãe do Oéu tostõezinhos da.-
dos com êste amôr e fé? 1... VOZ DA FATIMA quim da Palma - Messines, 30$00; Um
grupo de Confrades - Porto, 36$00;
Calabote - Alcácer do Sal, 15$00.
u... E com o maior prazer que peço DESPE IA 1:111:11~~~-.:>~~Q~~
licença para publicar algumas graças Fraqueza geral Transporte . . . . . . . .. . . . . .. 383.142$07
Maria Guimarães da Cunha - Porto,
20$00; Maria Alves da Cunha - Porto, fROGRAMA DA PEREGRNAÇÃO
recebidas por mteroessão de Nossa Se- uma Senhora, já nos seus 84 anos, Papel, comp. e imp. do n .0 50$00; Helena Carneiro - Porto,
nhora da .l<'átima. achava-se muito m,tLl em conseqüência 127 (53.000) ... ... ... . .. 2.967$00 15$00; Joana. de Faure C~ Branco - de 12 e 13 de Maio
A minha esposa, a&mática cró-nica por de grave e já prolongada doença. Franquias, embalagens, Porto, 20$00; Maria de Oarvalho -
• muitos anos e já desenganada dos m&- Sem poder alimentar-se ia enfraque- transportes, etc. . . . . .. 1.015$45 Dia 12- Às 2 2 horas (zo da noi-
Lamego.I.~ 24$10; Arminda Lencart -
dicos, seguindo o seu bondoso COI18elho cendo a olhos vistos. Havia dias que Na administraçã&-Leiria 343$50 Porto, :ru$00; Maria Tomás - Açores, te) - Terço em comum e procissão
começou a fazer uso da água da Fátima não se movia, não falava, nem os olhos 30$00; Francisco .R. Ferreira - Açores, das velas. À meia noite - Exposição
que V. Rev.• teve a bondade de nos abria. Informado disto um dos netos Total . . . . . . .. . .. . . . . . . . 387.468$02 20$00; Jesuma Vieira - Raminho, do Santíssimo Sacramento e Adora-
mandar. Com surpreza e admiração mi- que t;inha no nosso Colégio antes de 20$00; C. Vergilio Pita - Ev9ra,
nha notei que logo desde o princípio partir para férias in,•ocou o auxílio de DONATIVOS D ESD E 15$00 2C$00; P. • M.et Teótilo de Sousa - Aço-
ção Nocturna.
ela começou a sentU" sensíveis melhoras, Nossa Senhora da Fátima, e ao ir pa- Miguel Baía Coelho - Porto, 50$00; res, 50$00 M.eJ d'Almeida e Costa - Dia 13 - Às 4 horas começam as
e desde então até hoje, já lá vão mais ra casa levou consigo uma estampa da Emília Friães - 1:). Tirso, 30$00; :Bea- L. Marques, 50$00 M.• Leitão - Es- missas havendo 30 altares preparados
de dois mêses sem que algum ataque mesma Senhora para oferecer à sua avó triz S tlva - Lourdes, 20$00; Perpetua pozande 55$00; Inês Sequeira - Ma-
a tenha atormentado. doente. Furtado - Lisboa, 15$00; Maria da. C.
à disposição dos Rev.-oo Sacerdotes .
puc;á .Ú$00; Candida Ferreira - V. P .
Do roemo modo um dos meus filhoe Uma vez junto dela com a estampa Rocha - Odivelas, 15$30; Ana Pires d' Ag~iar 20$00; M.• Alves e Silva - Às 5 horas - Missa e Comunhão
que sofria de desarranjo mental obteve na mii.o, a doente que antes nem falava da Costa - Porto, 15$00; Maria da Monte Redondo, 20$00; Narcisa d'Oli- para os Senhores e Senhoras Servitas.
uma cura miraculosa com a aplicação nem abria os olhos, virando-se para o Anunciação - Guarda, 15$00; Oorina. veira - Sou zela, 50$00; Maria do R.
da mesma água da .Fátima. lado do reoem-chegado, diz-lhe com voz Ribeiro - Vieira do Minho 100$00; Às 6 horas - Missa e Comunhão
e Cunha - Alvelos, 20$00; Celestino geral aos peregrinos distribuída por
Comunico a V. Rev. • esta alegre no- assás inteligível: ceDeu.~ te abençoen. P.• Manuel José Pita- Uhav~, 50$00; Leit;e - Cab. de llastos, 20$00; Ma-
tícia pedindo a publique em agrade- Metendo-lhe êste a estampa na mão, Henriqueta. Adelaide- Tarouca, 20$00; ria d' Almeida Garret - C. Branco, uns 30 sacerdotes.
cimento das graças que aJcail.oei do Céu começa a doente a. examiná-la, contem- José Luiz Raposo- Açores, 15$00; P .• 20$00; Adriano José F. - Lourinhã, Às 7 horas - Missa e Comunhão
por intercessão de Nossa Senhora da plando-a demoradamente, e tocando Manuel de Melo - Açores, 20100; Dis- 20$00; J!'reixieiro de Soutelo - Praia
Fátima. com ela em si mesma, na cabêça, no tribuição no Paião, 140$00; M .• do aos doentes albergados no Hospital.
d'Ancora, 90$00; F r ancisco Darbosa -
rosto, no peito, sentia que as fôrças lhe Céu da Silva - :Hoticas ; 20$00; esmo- Praia d'Ancora, 51$00; Dr . J udice Às 9 horas - Missa de Pontifical
NOSSA SENHORA DA FATIMA NO iam volt.ando progressivamente, e daí la de Campanhã, 20$00; Ant. 0 de Al- d'Oliveira - Lisboa, 100$00; Distr ibui- seguida da procissão do S. Corpo de
a poucos dias já se levantava do leito meida Cabral - Fornotelheir o, 60$00;
BRASIL e andava pela casa, e aos que disso se Deolinda Malico - Samora Correia,
ção em S, André - Estremoz, 113$80;
Florinda. Rosa. - Por to, 30$00; Rtigé-
Deus, recomendando-se aos peregri-
admiravam ela respondia mostrando ao 15$0Q; Casa de Saúde de Tr apiche - nia dos Santos - Carvalhos, 15$00;
nos que acompanhem Nosso Senhor
Baía do Salvador mesmo tempo a estampa de N .• S.• da Funchal, 40$00; Joaquim Torga.I - António Fonseca - F rança, 254$20; com uma vela acêsa na mão.
(Relatório enviado pelo Sr. P. Mi- Fátima: ufoi Esta quem me deu tais Lisboa, 20$00; J osefina Fernandes - Maria do Céu - França, 20$00; M.• Às I I e meia - Têrço em comum ,
randa S. J.) - melhorasu. Bragança, 20$00; J oaquim Negrão- da C. Russo - Cabeço de Vide, 32$00;
Lourenço Marques, 15$00; José de Al-
procissão de Nossa Senhora, e Missa
T010or cancerôso Tumor meida - França., 49$60 · Graciano Pa-
Luiz M. Ribeiro - A. dos Francos,
20$00; Ana de V . Trigueiros - A lcains, seguida de Benção aos doentes e pe-
D. Libania Bastos de Silva - Por- D. Maria Cândida Sousa Ferreira, lha - Cortegana, 20ioo ~ Laur ência 30$00; Abílio Bandeira - Alfena, regrinos.
tão da Piedade, 21, ha 7 anos que teve moradora na Ladeira. da Palma, tinha
um tumor canceroso num dos seios, sen- de há muito já na faoo direita aquilo
do-lhe necessário sujeitar-se a uma ope-
ração, da qual resultou a completa ex-
a que vulgarmente chamam espinha
carnal. Esta porém foi-se desenvolven-
RETIRO ESPIRITUAL A MÉDICOS assistiu também o Sr. Cardial Pa- 1 A nova Associação ficou com a se-
triarca de Lisboa, o Sr. Bispo de Lei- guinte direcção:
tração do seio invadido. Ficou, diziam,
livre do terrível mal, mas não defini-
do até formar um verdadeiro tumor ma-
ligno que suporava abundantemente
Fundação da Associação dos Médi- ria, que também estava presente, dirige Snr. Dr. Melo Breyner (Conde de
palavras de agradecimento aos Confe- Mafra), professor da Faculdade de Me-
tivamente curada porque, 4 anos de- com muito incómodo para a pobre
doente.
cos Católicos rentes salientando a Acção do Rev.do dicina, na Universidade de Lisboa,
pois, outro tumor da mesma natureza P . Pizarro sôbre N .• S .a da Fátima na Presidente. Dr . João Porto, professor
reaparece do mesmo lado. Reconhecida Durante dois anos e meio ela procu- A Santíssima Virgem, a quem na La- · Dl-lgica. da Universidade de Coimbra e Dr . .ao-
a realidade do nQvo tumor, o mesmo rou tôda a sorte de recursos médicos dainha chamamos Trono de Sabedoria, Terminado o jantar reuniram-se com drigues, professor da Universidade 1o
méclico que a havia operado afirma ber sem o mínimo resultado. qui!ll "ta.mbém levar junto de Si, no seu Sua Em.oJ• e o Sr . Bispo de Leiria to- Porto, Vioe-Presidentes.
necessária nova operação da qual re- Recolheu por fim ao hospital onde Santuário da Fátima, os representantes dos os médicos que assistiram ao Reti- Secretário - Dr. Henr ique GonçaJ-
sultou a mais completa excarnificação passou 3 mêses, tendo que sujeitar-se a da Ciência Médica para que, ilustrados ro, discutindo sôbre a notabilíssim.a te- ves.
de todos os musculos adjacentes ao lo- 3 operações de bistui"Í e pontas de fôgo pela divina graça, em união com Ela tra- se do Sr. Dr. Mário da Silva Mendes, Tesoureiro - D r. José de Paiva Bo-
cal do tumor. que só lhe aumentaram consideràvel- balhem com maior eficácia na cura dos sôbre a grave questão do Eugenismo, léo.
Passaram-se mais três anos sem no- mente as dôres sem qualquer outro re- pobres doentes. E que Ela também é cujo sumário reproduzimos aqui. S. Em.ola tomando a. palavra mostrou
tável alteração, até que o pertinás tu- sultado positivo. chamada a Satúde do& en/êrmos a quem a importância que esta Associação tem
mor reaparece mas agora no outro seio. Intrigados já os médicos por não deseja valer. I - Definição; sob o ponto de vida religioso, social e
o médico, ao verificar êste 3.0 tumor, acertarem sequer com a causa da doen- Juntaram-se no Santuário em Retiro II - O Eugenismo actual; científico sob as Bençãos de Deus e de-
sem exitação optou por 3.• operação. A ça, fotografaram-lhe o rôsto no estado Espiritual 13 médicos. À semelhança baixo da protecção de Nossa Senhora de
pobre Senhora, porém, é que não aca- em que se encontrava, resolvidos a dos Apóstolos com Nossa Senhora no Metodo& qae u3a: Fátima, em cujo Santuário tem a sua
bava <I(! se resolver, dizendo consigo: mandar tais fotografias para o Rio de Cenáculo em preparação para a vinda. a) Exame prenupcial; primeira reünião e é inaugurada.
de um lado já estou completamente des- Janeiro, S. Paulo e outros Estados on-
carnada, se .me fazem o mesmo do ou- de a ciência médica. estivesse mais de-
tro lado, em que estado irei ficar? 1. •• 11 senvolvida, e até para clinicas estran-
Na anciedade em que estava, sem sa- jeiras, a ver se de qualquer delas lhes
ber que decisão tomar, antes de sujei- vinham indicações que podessem orien-
tar-se a esta nova operação, resolve in- t;á-los. Entretanto, enquanto não vi-
terpôr o recurso a Nossa Senhora da nham as desejadas indicações já tinham
Fátima. por inútil qualquer outra tentativa.
Não exita em pedir-lhe a cura sem Existe na Capela do hospital uma. es-
nova operação, o que fêz em dias su- tátua de Nossa Senhora da Fátima
cessivos fazendo ao mesmo tempo uso a. que freqüentemente recor rem os
da água de Nossa Senhora da Fátima. doentes, sobretudo os de mais gr:~.vida­
E tão bem sucedida foi, que, sem ulte- de. Dese~;perada como estava do valor
rior remédio, em 4 dias o tumôr desapa.- da medicina terrestre, a doente assen-
reoeh. por completo com notável satis- ta consigo interpôr como recurso extre-
fação da venturosa Senhora, e singular mo a. intercessão da•mesma Senhora da
surpresa de todos os que tiveram co- Fátima. Vai-se à Capela, ajoelha. ante
nhecimento de tão maravilhoso facto, a mencionada estátua, e reza com fer-
inclusivé do próprio médico. que, em vôr dando princípio a uma novena, e,
presença. de cura tão assombrosa, inti- sózinha. sem que a podessem observar,
mou imediatamente a Senhora a dizer- afoita~ a tocar com a mão o manto
-lhe qual o incógnito remédio tão pro- da Senhora levando-a em seguida, uma
digiosamente eficaz, para em tão pouco e mats vezes, ao rôsto, na parte ferida..
tempo produzir t ão extraordinário efei- Se a estátua falasse, sem dúvida te-
to. ria dito como outrora o· Salvador : c<ill-
E maior foi ainda a surpreza quau- guém me tocou; 3into que de mim sai
do ela lhe disse que nenhum remédio virtudeu. E saíu de facto também des-
empregara., mas tão sàmente o recurso ta vez, pois que a ferida daí em dean-
a Nossa Senhora da Fátima com a sim- te deixou de suporar, e, tomando des-
ples aplicação de umas minímas goti- de logo um aspecto inteiramente di- I
nhas da água. do seu Santuário na. Co- verso do que dantes tinha, começou a
va da Iria. cicatrizar a olhos vistos, cessando por
completo as dôres e podendo já a doen-
Por um tostão 50$000 brasileiros te dormir coisa que de há muito já
Uma piedosa negrinha estava em não podi~ fazer por causa das contí-
tempo de tirar o luto que vestira por
um seu parente falecido, mas não ti-
nuas dôres e incessante suporação.
Passou-se isto na 1.• sexta feira de
r-
Sua Em.•a o Sr. Cardial Patriarca, no lugar onde deve ficar o púlpito na Igreja em constr ução na cova da Ir ia
nha dinheiro para comprar outra. rou- Fevereiro dl' 1931 e poucos dias basta-
pinha com que substituísse a que ~ra­ ram para ficar de tooo curada com
das luzes do Espírito Santo, assim êstes b) Limitação de nascimentos;
• Foi escolhido como patrono privativo
zia. Vem implorar o auxílio de Nossa grande assombro de todos, inclusivé
13 homens da ciência, debaixo da pro- c) Esterilisação ; da Associação dos Médicos, S. Lucas.
Senhora da Fátima, lançando depois dos próprios médicos que para estabe-
teção de Nossa Senhora da Fátima, pe- III - Argumentos que apresenta.; Era meia noit;e quando terminou a.
da prece um tostãozinho no seu cofre. lecerem o confronto a fizeram fotogra-
lem luzes para s1 mesmos e bençàos pa- IV- Crítica dos argumentos; reünião sendo em seguida tirado o gru-
Tão feliz foi e rápido o despacho que, far neste mesmo estado. Completamen-
ra o seu Ministério. Não resistimos ao V- O Eugenismo e a Igreja Oatólica. po fotográfico que reproduzimos na 1...
de volta. a· casa, logo aparece quem lhe te restabelecida, entrou de novo na sua
gôsto de registar nas colun118 da ccVoz página dêste jornal.
dê 50$000. Pode bem imaginar-se o ju- vida de actividade, ~.em que a ant;ig~ Foi lida pelo dr. José de Paiva Bo-
da Fátimau os nomes dos ilustres exer-
bilo da beneficiada cuja primeira ac- ferida desse mais sinal algum de s1, léo porque o autor não pôde assistir. S. Em.ola admitiu solenemente os mé-
citantes- Dr. João Bentes Castelo
ção foi voltar imedfatamente a agrade- se não quando, 4 meses mais tarde, Antes da leitura Sua Em.ola anima dicos presentes como servitas de Nossa
Branco, Dr. José d'Oiiveira Xavier, Dr.
cer a N.a Senhora nêstes singelos mas por causa duma queda, a. ferida rea- todos os presentes dizendo que tal reü- Senhora impondo-lhes as respectiva in-
Antonino Vaz de Macedo, Dr. António
expNssivos termos: uOh I Minha rica bre-se de novo cicatrizando em cêrca nião ficará celebre em Portugal porque sígnias.
Reis e Mata, Dr. José Maria P.• Gens,
Dr. Júlio Gonçalves Cerejeira, Dr. Ber- dela sairá a Auociaçdo do3 médicos Va- A Hora Santa em presença do S. Sa-
oia de El-Rel D. Manuel, era Regente do l(lreja em Portu(lal, tomo III, parte II. nardo de Brito Ferreira, Dr. José de t6lico& Portugue3e3, fundada ali por cramento foi presidida pelo Em.mo Se-
reino sua irmã, a. Ra.fnha. D. Leonor, viú- 'pág. 476). Paiva Boléo, Dr. Diamantino Ferreira poucos, como é próprio das obras de nhor Cardeal Patriarca, pregando o
va de D. João II - Frei Miguel Contreiras (7) Vid. Dr. António de Vasconcelos-
instituiu a Confra-ria de No~&a Senhora da O Miatlf-rio da. Imaculada Conceição e a Godinho, Dr. Júlio Alves Vieira, Dr. Deus, mas debaixo da proteção de Nos- Rev. P.• Pizarro.
Miamc6-rdia na capela de Nossa Senhora Universidade de Coimbra - Coimbra 1904, Henrique Bernnrdo Gonçah•es, Dr. sa Senhora. A tese que foi muito apre- S. Em.ola celebrou a santa. missa e
da Piedade (Claustro da Sé de Lisboa), págs. 11 e 12. ' Augusto d'Azevedo Mendes, Dr. J osé ciada será publicada na futura revista administrou a S. Comunhão · aos Senho-
também c.hamada de N0698. Senhora de Ter· (8) Dr. António de Vasconcelos, ob. cit. ,
Tavares da 1\:lata. dos médicos católicos. res Médicos exercitantes e a outras pes-
' ra. Solta. r>or ser de terra o seu pavimento.
D. Manuel, ao regressar, aprovou eeta
págs. 41, 44, 45 e 49.
(9) Dr. António de Vasconcelos, ob. cit., Além dêstes médicos alguns enfermei- Foi em seguida presenlie o projecto soas presentes.
bela Obra e pediu ao Papa Alexandre VI a pág. 57 e 97 a 99. ros assistiram também ao Retiro que dos Estatutos da Nova Associação cujos De manhã o Senhor Cardeal Patriar-
ena oonflrmaçAo. E deede loeo as Miseri- (10) ·Tôdrus as gerações me cbama.r!o durou 3 dins- de 9 a 12 de Abril. artig011 foram discutidos, sendo :mani- ca visitou as obras com o Sr. Bispo de
córdias se difundiram extra.ordin~riamente. bema.venturada• (Lno. I, 48).
(Dr. Fortunato d'Almeida - Hiat6rla da Depois do jantar do último dia., a que memente aprovados. Leiria, retirando-se para o Patriarcado.



Ano XI Leiria, 13 de !!~unho de 1933 N.• 129

COM APROVAOAO ECLEIIAITICA


DlrMter e Propriet6riea Dr. Manuel Marque• doa lantoa Emprtaa Editora• Tip. "Unilo Cr6floa" T. de DHJ)aollo, 11-Liaboa Admlniatradora P. Ant6nio dos Rei• Ruaotlo e AdNiniatratlo• "lemin6rio de Leiria,

FATIMA, dom inefável do coração da Mãe de Deus.


A grande peregrinação nacional de Maio
<<Fátima é hoje um grande centro de peregrinação. o maior de t6da a Peninsula Ibérica».
(Do Osservatore Romano, n .0 129, de 3 de j unho de 1928).

na-se soberbo, empolgante, indescritível. devoção dum povo q ue crê firmemente


As radiosas maravilhas da Fé param e consolam, que purificam e afor-
moseiam , que elevam, santificam e sal- Neste oceano humano. prodigiosamen- em Deus e ama com ternura a Virgem ,
regrinação Nacional conjuntamente com
a de l!vora.
O rev.do P.• Màteo, q ue o Santíssimo vam! te colossal, há pessoas de tôdas as ida- a-pesar das blasfémias horríveis da im- O rev.do dr. Marques dos Santos, a al-
Coração de J esus, dignando-se aparecer- des e de tôdas as classes e condições so- piedade e das negações cínicas e alvares ma do Sa.nwário, inicia a recitação do
-lhe no santuário mais antigo e mais ~ A procissão das velas . ciais procedentes dos diversos pontos do da descrença! terço. O venerando Prelado de l!vora faz
lebre que lhe é consagrado, o Santuário Pela primeira vez no decurso dêste pais. São, de-certo, mais de cem mil pe- As portas do Inferno, segundo a pro- a meditação dos mistérios gloriosos do
de Paray-le-Monial, constituiu apóstolo ano, o recinto paradisíaco da Cova da regrinos. messa do Divino Redentor, não prevalecE> Rosário no intervalo das dezenas.
das suas glórias e dos seus benefícios e
mensageiro dos seus desejos e das suas
promessas em todo o mundo, ao diri-
Iria é teatro dum espectáculo q ue como-
ve profundamente a alma e satura de
suave e nústica alegria o coração de to-
I Hinos de fé, câ.~ticos de esperança e rão jámais contra a sua I greja! :Ele asse-
hossanas de glorificação enchem o espa- gurou-lhe a sua perene assistência, a sua
ço ecoam pelos montes e q uebradas da protecção onipotente, até ao úl timo dia
Palavras de doce serenidade, de firme
energia, de apostólico fervor , que os al-
tifóni<>s difundem pela vasta esplanada.
~-se. ainda há pouco, na linguagem dos os peregrinos: a procissão das velas. serra, e sobem para o Céu, no mais belo do mundo. E a palavra de J esus é in- Oração de assombrosa eloquência, fre-
sublime da sua alma profundamente sa- falível. mente de entusiasmo e ouvida em rigoro-
cerdotal, aos uadoradores nocturnos do No recinto portentoso da Cova. da I ria, so silêncio. A esta hora de adoração ser
larll na nossa Pátria, pós em relêvo a junto do padrão comemorativo das apa- guiram-se outras, assim distribuídas pe-
munificência infinitamente misericordio- rições, nesse logar encantado em que a las peregrinações particulares: das 2 àS
sa do Divino Rei de Amor que nos amou Rainha do Céu esmagou, mais urna vez, 3. Lisboa e Beja.; das 3 às 4· Teixooo e
tanto, tanto, a nós. portugueses, que com o seu pé virginal a cabeça da ser- Alcanede, das 4 às 5. Fridão, e das 5
«nos deu, com o seu doce sorriso de pente maldita, a santa Espôsa do Cor- à s 6 , Olivais.
:Mãe, Nossa Senhora do Rosário de Fá- deiro sem mácula, que, depois de cru- Portugal é reu de grandes crimes, in-
tima>>. cificado e morto pela maldade dos ho- dividuais e sociais. A Justiça Divina exi-
Foi esta graça. incomparável. foi êste mens, ressuscitou, glorioso e triunfante, ge que êsses crimes sejam expiados. J e-
dom preciosíssimo, foi esta fineza tão solta um brado entusiástico e vibrante sus é ofendido no seu Sacramento de
mimosa, tão delicada e tão encan-tadora, de alegria e confiança: «Nossa Senhora amor.
do Sagrado Coração de Cristo-Rei que, de Fátima, rogai por nós!, Muitas blasfêmias são proferidas con-
no dia treze de Maio último, P ortugal tra ,..a augusta Rainha do Céu. As viden-
inteiro, de norte a sul, pela voz dos
seus embaixadores, os peregrinos de Fá-
A adoração nocturna tes de Fátima comunicando as mensa-
gens da celeste Visão, proclamam q ue é
tima, quis ir agradecer, rezando, can- O cortejo imponente e majestoso pára, mister desagravar Nosso Senhor, reparan-
tando e chorando, na grandiosa e impo- finalmente, e a multidão vai-se concen- do essas ofensas contra a sua adorável
nente manifestação de fé e piedade que, trando, pouco a. pouco, em frente do Pessoa e essas blasfemias contra sua Mãe
mais uma vez, teve por teatro êsse lin- pórtico da futura Basilica de Nossa Se- Santíssima.
do e delicioso cantinho do Céu que se nhora de Fátima. No átrio, estão, além Na nova Betânia de Fátima, o escol
chama a Cova da I ria. do venerando Bispo de Leiria, o ilustre das almas boas e generosas da terra de
Como sempre, é pelas mãos virginais Chefe da Província eclesiástica. de l!vora, Santa Maria, em espírito de reparação e
de Maria, Medianeira de tôdas as gra.- D. Manuel Mendes da Conceição Santos, desagravo, levantou o mais belo trono de
ça.s. que Jesus nos dispensa as riquezas Arcebispo de ~vora, e os dois Prelados amor a Jes~H6stia e acendeu o foco
<;eUS sufragâneos, D. José do Patroc.fnio
opulentissimas dos seus celestes tesou- mais ardente de devoção à Rainha dos
ros. :Ele bem sabe que sua Mãe Imacu- Dias, Bispo de Beja, e D. Marcelino An- Anjos.
lada é a gloriosa Padroeira de Portugal. tónio Franco, Bispo do Algarve. E é, sobretudo, no c1f. treze de cada
:!.le bem ~be que os portugueses, num Na esplanada, vêem--se as peregrina- mês, que o formidável pá~raios, forma-
transporte de confiança e de amor, a ções de Lisboa, de Benfica, dos Olivais, do por uma gigantesca peanha de cora-
elegeram por :ma. Rainha.. :Ele bem sabe do Pôrto, de ~vora, de ExtremOs, de Be- ções puros erguidos para as alturas
que a veneram e amam, rendendo-lhe o ja, de Faro, de Areias, de Lagarinhos, de na cumea.da da Serra de Aire, faz doce
culto mais tem o e mais aoendrado que lcanede, de T eixoso, de Fridão e Mangual- violência ao Céu, d.es:}rmando a j usta
lhes inspira a sua piedade filial aliada de, de S. Torcato de Guimarães, de Lei- cólera do Altfssimo e canalizando para
~ 110a imensa. e indelével gratidão por ria, enfim, de todos os pontos do país, esta lena de iniquidade torrentes de sra--
tantos e tão grandes benefícios recebi- donde vieram centenas de milhar de ro- ça e de misericórdia.
dOI! das mãos generosas da sua celestial meiros em automóveis, cam ic»aMttls e
combóios, para depôr aos pés da augusta
benfeitora.
A F é :viva e ardente dos peregrinos, Senhora Aparecida o testemunho da As Missas -A Comuhão geral
que de todos os pontos do pafs acorrem, sua fé ardente e o preito da SU3I devoção O Santuário de Nessa Senhora de Fá-
em cada dia treze q ue passa, ao local acrisolada. Acaba de soar a meia noite. tima dispõe já, a partir dêste mês de
bendito das aparições, correspondendo E é, exactamente nesse local e nessa ho- Maio, de trinta altares. Doràvante.
ao maternal apêlo da Virgem, multipli- ra, das mais solenes e mais impressionan- pois, na Lourdes portuguesa, por oca.-
m por tôda a parte, na terra querida tes de Fátima, que Portugal inteiro, pe- sião das grandes peregrinações naciona.i5,
da nossa Pátria, as graças e bênçãos do la voz dos 5e1U representantes, Bispos, cada dia treze, de hora em hora, a Viti-
~o arrancadas pelas preces, suspiros e párocos e fiéis, . proclama, dum modo ma Divina é seesenta vezes imolada às
lágrimas. depostas aos pés daquela que mais íntimo e mais sentido, a sua cren- mãos dos sacerdotes que celebram o Sa.B-
6 justamente chamada «a Onipotência ça em Deus e sua confiança na Vir- to Sacrifício da Missa e oferecida em
suplicante,, <<a Saúde dos enfermos,, gem. expiação dos pecados individuais e das
«a Mãe de misericórdia". «O Refó.gio dos Dos lábios de tOdas estas almas irrom- iniquidades colectivas. As 6 horas da :ma-
pecadores,, <<a Medianeira de ttxias as pe. de repente, em uníssono, estuante de nhã, começa a Missa dos Servitas. A de-
ça.ças». sinceridade, de calor e de vida, êsse hi- voção simples e fervorosa da assistência,
A medida que as orações dos fiéis, no de fé, maravilhoso e sublime, que é constituída na sua totalidade por pessoas
devotos da augusta Rainha de Fátima, o Simbolo dos Apóstolos. Cf'ldo in unum piedosas, edifica e comove. As Servitas,
sobem para o alto, em misteriosas espi- 13 DE MAIO DE 1933 D11um ... qui nat us est d1 Maria Vif'gine ... com os seus vestidos duma alvura ima-
rais de fé, em místicas volutas de amor, A aviação saudando Nossa Senhora da Fátima, deixando cair s6bre a Após o canto do Ct'edo, expõe-se o culada, reflexo da pureza das suas al-
fazendo · doce violência ao Coração da Capelinha lindos ramos de fl6res. Santíssimo Sacramento na custódia sô- mas, põem uma nota alegre em todo aque-
Mãe de Deus, os dons sobrenaturais e os bre o trono de luzes e de flores do gran- le admirável conjunto.
favores celestes descem a flux sôbre as de altar exterior e principia a tocante Na capela de Nossa Senhora do Car-
almas de boa vontade, \iluminando-as, As dez horas da noite do dia doze e mais grandioso dos corais , traduzindo cerimónia da adoração nocturna. mo, a grande piscina probá.tica de Fáti-
confortando-as e acrisolando-as .. . vêem-se já as primeiras ondulações dês- confiança, gratidão e amor. Ao lado, num púlpito móvel, em que ma. numerosos sacerdotes ouvem duran-
se rio de luz e de fogo, formado por P ebalde se tenta pôr em ordem o imen- foi colocado o microfónio, ergue-se a fi- te tôda a noite as confissões dos pe-
Felizes daqueles a quem é dado con-
templar ou pelo menos sentir, durante I
dezenas de mi!hat de fachos, que, num so cortejo. T ôda a organização se toma
fluxo e refluxo incessante, vai deslizando I impossível sempre que a multidão assu-
gura nobre e imponente do preclaro An-
t!stite de l!vora, frente a frente dos seus
regrinos do sexo I1la.8Culino, homens e
rapazes.
às longas horas da manhã dum dia treze
da quadra estival, no maior e mais belo pelas largas avenidas do grandioso e ma- me tamanhas proporções quanto ao nú- setecentos súbditos, que êle teve a ine- Foram consagradas trinta. mil partí-
dos nossos santuários nacionais, as ma- gnífico anfiteatro que é a esplanada das mero de pessoas que a compõem e à ex- fável consolação de trazer à Lourdes por- culas.
ravilhas portentosas e inefáveis da fé! aparições. tensão de terreno por ela ocupado. tuguesa na grande peregrinação da sua A breve trecho, trinta mil peitos se
E felizes, mais felizes ainda, - e, Depois, à. medida que o caudal de lu- Espectáculo estranho, vadadqramen- diocese, que organizou e a que presi- acharão convertidos em outros tantos sa-
mercê de Deus, são muitos - os que lo- zes se adensa, num deslumbramento ex- te assombroso, que eleva e enternece, que diu . crários vivos da Divindade. J esus-Hóstia,
gram ser objecto dessas maravilhas divi- traordinário, e a multidão de fiéis en- delicia e encanta, ao mesmo tempo que O primeiro período da adoração, da o Pão dos Anjos descido do Céu para ali-
nas, que iluminam e fortificam, que aro. grossa cada vez mais, o espectáculo tor- demonstra a pujante vitalidade da fé e meia-noite às duas horas, pertence à Pe- mento e confOrto das almas, terá descido
2
VOZ DA FATIMA
aos seus corações, fazendo dêles tronos a Missa dos doentes, assistindo os demais Tra11sla.ted from the SeCOtld ltalian
das suas misericórdias e escrinios das
suas graças.
Prelados peregrinos.
Do lado da epístola, um côro formado
Editicm. Consagração da diocese de Coimbra
No Albergue de Nossa Senhora do Ro- por numerosos sacerdotes e seminaristas
by Rev. Garrett-Daniel Swt~eney
Referimo-nos em tempos, à obra ori- ao Sagrado de Maria San· Co~ação
sârio, sacerdotes, médicos e servitas,
porfiam em solicitude, dedicação e cari-
canta os Kyries, o Credo e alguns mo-
tetes religiosos. Ao Evangelho, o Senhor
ginal em italiano: nLe Meraviglie di Fà-
tima, do sábio professor do Instituto
tisslma.
nho, para com os doentes. No Hospital Arcebispo de ~vora profere um sermão Bíblico de Roma, grande amigo da Fá-
e no Pôsto das verificações médicas, eloqüente, repassado do mais vivo senti- tima onde já prêgou e de Portugal cujas
(Continuação da Carta Pastoral de S. Ex.• Rev.- o Senhor Bispo de
além do director clínico sr. dr. José Pe- mento. ((Estamos na hora da partida - glórias divulga por tôda a parte. Coimbra)
reira Gens, prestaram serviços e assistên- frisa o apostólico Prelado - hora de saü- A obra do Rev. Doutor Fonseca é nma
cia, entre outros médicos, os srs. drs. dade, mas de consolação, por sabermos das mais interessantes que se teem publi-
Eurico Lis~. Weiss de Oliveira, Ber-
VII todas as assoctaÇ<>eS de apostolado, de
que todos os peregrinos levam os me- tado sôbre a Fátima.
nardo de Brito Fernandes, Corsivo Dias lhores propósitos de vida cristã, piedosa, Hoje êsse pacto de amor parece ter-se caridade e piedade; e Maria Santíssima
Foi agora traduzida para inglês pelo rompido. abençoará os vossos trabalhos e se.rá â
e Bernardino dos Santos Freire, de Lis- superior>~. Em seguida, procede à leitura Rev. Sweeney e publicada. em Bombaim
boa, Arlindo Soares, do Pôrto, Pereira da fórmula da consagração solene da Da parte de nossa Senhora? Não. vossa protecção no meio de tantos peri-
com aprovação do Ex.mo e Rev.mo Se- Da nossa parte? Ai! assim o parece. gos e seduções.
Coutinho, de Cascais, António Martins Província Eclesiástica Eborense a Nossa nhor Arcebispo desta cidade.
da Costa Rangel, de Rebordosa (Pare- Senhora de Fátima. Hoje ainda se fazem festas que se di- Vinde, Revs. Párocos e mais Saardo-
~ uma bela edição em ótimo papel e zem dedicadas a nossa Senhora, maa par- te!S, vinde à Fátima; e aí mais nma vez
des), e José Azevedo Antunes, de Alcan- ~ essa, sem dúvida, a nota caracte- profusamente ilustrada.
tarilha. ristica da peregrinação dêste ano, pois te, talvez uma grande parte, são mais vos convencereis de que não deveis ter
Estamos certos que a tradução in- pagãs do que cristãs; não concorrem pa- outra paixão que não seja amar a Deus
As 6 horas, principiam as Missas da que, à consagração nacional, feita há glesa das (<Maravilhas de Fátima» do ra a glória de Deus nem para a salvação e faze-lo amar; aí se inflamará o voseo
comunhão geral. Os Ex.moe Prelados de três anos, vem agora juntar-se a consa- Rev. Dr. Fonseca há de concorrer imen- das almas, antes pelo contrário; não são z~lo para instrução e salvação das almas
~vora e Beja celebram as Missas priva- gração duma das províncias eclesiásticas so para propagar na Inglaterra, sobretu- meios de santificação; são meios de cor- que vos estão confiadas, compreenden-
tivas das suas respectivas peregrinações. da nossa Pátria - a de ~vora, com as do na lndia-nas antigas possessões por- rupção dos costumes; como dizia, não do bem que, como pastores, pertenceis
Em filas vastíssimas, pelo campo fora, dioceses que a constituem, as três dioce- tuguesas- o culto a Nossa Senhora da l.:á muito, um ilustre Prelado Português, ao vosso rebanho, deveis-lhe toda a ~
os peregrinos começamm nesse momento ses meridionais de $vora, Beja e Faro. Fátima, fazendo acordar nos corações a. religião faz as despesas dessas festas,
a receber o P"ao Eucaristico, prolongan- Após a missa, expõe-se o Santíssimo sa .existência; aí se fortificará a vossa
désses bons católicos a gratidão para mas o proveito e honra são para o d&- coragem para aceitardes todos os sofri-
do-se durante algumas horas a distribui- Sacramento sôbre o trono do altar e, fei- Portugal que lhes levou a luz do Santo mónio.
ção, que foi feita por trinta sacerdotes, ta a tríplice incensação litúrgica, en- mentos pela salvação dessas almas; ai
Evangelho. Hoje, em muitos lugares, nem se guar- reconhecereis melhor quanto o culto fer-
re-.estidos de sobrepeliz e estx>la. quanto o côro canta um motete piedoso,
As 7 horas, um cortejo, sublime na inicia-se a cerimónia da bênção dos doen- da já o dia santo comemoratiVQ da voroso de Maria Santíssima 6 um grande
sua encantadora singeleza, percorria os tes. principal festa de nossa Senboza - a sua auxiliar para conduzirdes essas almas a
cocredores e as enfermarias do Albergue. ~ esta uma das scenas mais belas e Alguns avisos e Direcções para o Assunção gloriosa. ao céu. Jesus; tomareis a resolução de aumentar
Era um sacerdote que, aoompanbado por Os homens, as famílias, a sociedade, êsse ~ulto nas vossas freguesias, fazendo
um 1\-Upo de servitas, levava, dentro
mais comoventes que a olhos humanos é
dado contemplar sôbre a terra.
futuro afastaram-se de Maria Santíssima, dessa especialmente com toda a devoção os
duma píxide de ouro, Jesus no seu Sa- O Senhor Bispo do Algarve, sob a um- (Em u:ma brochura ingl&za sôbre N .• Mlmirável escola de virtudes cristãs. O meses de maio e lU outubro; ensinareis
cramento de amor, aos enfermos hospi- bela, com a Sagrada Custódia nas mãos, S.• da Fátima encontrámos êstea avisos espírito de laicismo e de impiedade tem com todo o carinho as criança.a e os jo-
talizados. vai traçando lentamente uma cmz sôbre que julgamos útil aqui sejam public&- invadido tudo. Tudo se conjuga para aba- vens a bendizerem e amarem a n<>Sl
Todos os doentes receberam o Pão dos cada enfermo. Entretanto difundem-se dos). lar a fé e suprimir a moral. Senho~ promovendo o mais que puder-
Anjos com a mais edificante piedade. pelo espaço os sons vibrantes das invo- 1.0 Quando se aplicar a água da Fá- A licença e paganisação dos costumes des as Congregações Marianas; aí vereis
Um dêles, conveni,entemente preparado cações: tima é bom começar-se também uma No- é fomentada pelo cinema e teatro maus, os prodígios da graça operados nos seus
pelas servitas, comungou pela primeira Senhor, fazei que eu veja! vena a N:• Senhora, rezando o têrço, e, por leituras péssimas, pela moda despu- confessionários (2); aí vereis quanto ~
vez, cheio de devoção e fervor. Senhor, fazei que eu ouça! o que sena melhor, recebendo a Sagra.. dorada, pelas danças à maneira dos sel- grande a clemência de Maria, quanto ~
Próximo das 8 horas, voaram por ci- Senhôr, fazei que eu ande! da Comunhão em graça de Deus, para v~ens . útil pregar aos pecadores a sua miseri-
ma do recinto sagrado dois aviões que, Saúde dos enfermos, rogai por nós! alcançar do Céu o favôr que se deseja Um vendaval de loucura, de insubor- córdia (3).
formando círculos concêntricos, desceram E a multidão imensa, prêsa duma co- receber. dinação, perpassa pelas classes sociais e Vamos à Fátima todos os que puder-
até pequena altura, deixando, num ges- moção íntima, profunda., irreprimível, 2.0 Vêde se ha alguns caminhos tor- anarquiza-as; um egoismo feroz, um de- mos; e com tôda.s as energias da nossa
to piedoso e gentil, cair flores e ramos repete as invocações, rezando e cantan- tuosos ou alguma reforma a fazer na sejo insaciável de riqueza, de luxo e pra- alma, com uma só voz saída de milha-
de flores sôbre a santa capela das apa- do, entre lágrimas e soluços. No rosto vossa. vida de Cristãos - observância ter asfixia tudo. res de bocas clamaremos: nEsperança
rições. dos doentes, emaciado pela dor, nos seus dos mandamentos, fervorosa. recitação E talvez nunca se tenha sofrido tanto nossa, salvé».
olhos febricitantes, nos seus lábios res- do terço diàriamente em família, e fre- como agora, física e sobretudo moral- Vamos à Fátima todos os que puder-
A Missa de Pontifical e a procissão seqnidos, divisam-se clarões de fé arden- qüência de Sacramentos. Depois devem mente. m~; e naquela. terra santificada pela
te, laivos da mais viva confiança, tra- ser tomadas as resoluções necessárias A decadência moral está à vista de to- Mãe de Deus digamos-lhe uma e muitas
do Santíssimo Sacramento ços bem vincados de paz, resignação e para que desapareçam dos cristãos êe- dos, e faz-nos prever dias de maior des- vezes: ((Bendita sois vós entre as mu-
As 9 horas, o Senhor Bispo de Leiria amor. tes impedimentos às graças do Céu.• graça. lheres porque bendito 6 o fmto do vos-
celebra a Missa de Pontifical, no altar São cérca de duas horas. Terminaram 3. 0 Não podendo alcançar-se a água Somos ainda filhos de Maria Santís- so ventre, J eSUSII.
exterior da Basílica. as cerimónias oficiais. A imagem da Vir- da Fátima, comece-se uma novena a sima? seremos filhos pródigos? IX
Em lugares especiais reservados, assis- gem regressa à sua capela, na linda e to- Nossa Senhora com fé, fervor e confian- O pacto rompeu-se evidentemente. Da
tem à imponente solenidade litúrgica os ça na sua protecc;ão maternal. Ha exem- . parte de nossa Senho,ra? Não, repito, Em conformidade com tudo isto ha-
cante procissão do adeus. A multidão vemos por bem determinar e dispôr o
seus veneráveis irmãos no episcopado, os principia a debandar. A breve trecho, pios de muitas graças que se obtiveram ainda não.
Senhores Arcebispo de ~vora e Bispos de como que por encanto, a Cova da Iria de Nossa Senhora mesmo quando é im- Mania Santíssima, vendo-nos assim... seguinte:
Beja e do Algarve. A multidão dos fiéis, possível aplicar-se a água da Fátima. redobra a sua terhura e zêlo, aparece em I. o Desde já consagramos esta Dioce-
imerge de novo no silêncio e na solidão
silenciosa e recolhida, acompanha aten- dos seus dias ordinários. Os trens, os au- 4.0 - A todos, mas duma maneira es- Fátima, no coração de Portugal, e de lá se ao Sagrado Coração de Maria San-
tamente as cerimónias rituais, empolgan- tomóveis e as camionnettes rodam, uns pecial aos que receberam graças de Ma- aos chama, a nós especialmente os Portu- tíssima.
0
tes de majestad.e e beleza. após outros, ao som de preces e de cân- ria. se recomenda instantemente uma gueses, seus filhos queridos, pedindo-nos ::-. No domingo imediato ao dia 31
No fim da Missa, organiza-se a procis- ticos·, pelas estradas adjacentes, envoltos fervorosa Comunhão no dia 13 de cada oração e penitência. de maio próximo (4 de junho), se nosso
são do Santíssimo Sacramento, que dá a em densas nuvens de poeira que os raios mês, unindo-se em espírito aQS milha- Correspondamos ao seu chamamento, Senhor o permitir, celebraremos de Pon-
volta ao enorme recinto. Abrem o corte- escaldantes do sol transformam em fina res de peregrinos que na. Fátima se reü- renovemos o nosso antigo pacto de amor. tifical na Sé Velha (igreja catedral de
jo os estandartes das diferentes peregri- poalha de ouro. nem saqu elt~ dia e lá recebem a Sagra- Santa Maria de Coimbra). A tarde, na.
nações, seguindo-se os membros das ir- E, como escreve a pena brilhantíssima da Comunhão. Isto já se está pratican- VIII Sé Nova have.rá diversos actos religio-
mandades e confrarias, os seminaristas, do em várias das N a(,'ões do Mundo sos e aí recitaremos o Acto lU Consagra-
e de másculo vigor dum dos nossos mais Carissimos Diocesanos:
os sacerdotes e os Prelados, entre duas distintos jornalistas, (•) ((lá dentro, no com grande glória para. Deus e provei~ ção que vai no fim desta Pastoral.
alas, largas e extensas, de fiéis. seu Santuário, a Imagem da Virgem, espiritual para as almas. Volte esta Diocese, tôda esta Diocese § único. Na cidade de Coimbra, depois
O venerando Prelado da diocese de muito alta no seu pedestal de glória, a ser de Maria Santíssima. Consagremo-la do meio dia do referido dia 4, não have-
Leiria leva a Sagrada Custódia sob o pá- manto alvissimo, rosário pendente, olha todos ao seu Imaculado Coração. Ela. rá solenidade alguma religiosa fó~ da
lio, a cujas varas pegam as pessoas de mostra que i no~sa Mãe; mostremos nós Sé Nova para que seja lá o maior possí-
maior representação social. Atrás ca-
docemente, tristemente o seu povo... ,
Dir-se-ia que à dor inconsolável dos fi-
Quem me dera ser assim novamente que somos seus filhos. vel o concurso de Clero e mais fiéis.
minha nma multidão interminável que Na história dos martírios que os Tur- S. Francisco de Borja temia muito pe- 3·" No mesmo dia todos os Revs. Pá-
lhos queridos que partem para longe,
se prosta de joelhos à passagem de J e- cos Mussulmanos fizeram sofrer aos cris- La. perseverança e salvação das pessoas rocos de fóra da cidade de Coimbra na
saudando-a, no lance angustioso da des-
sus-Hóstia. tãos lê-se o seguinte caso pelo qual ao que não consagravam uma devoção es- conclusão do mês de Maria, que deve ser
pedida, com as lágrimas e os soluços dum mesmo tempo cansam admiração tanto pecial à Virgem Santíssima, porque, se- celebrado com a maior solenidade pos-
Devem estar presentes mais de duzen- adeus sem fim, corresponde a V1rgem
tos mil peregrinos. a fé e perseverança dos cristãos como a gundo a expressão de Santo Antonino, sível, diante do SS. à boca do Sacrário,
bendita, chorando e soluçando também,
Durante o percurso reza-se o terço e ferocidade e maus instintos dos perse- (<quem pretende obter as graças sem a ou exposto solenemente, devem recitar o
enquanto, esparzindo sôbre êles mil gra-
entoam-se cânticos. guidores: os turcos, inimigos dos cristãos, intercessão de Maria, tenta voar sem referido Acto lU Consagração em voz al-
ças e bênçãos tiradas do escrlnio do seu
Surgem nas alturas novos aviões. apoderam-se duma pobre mulher católi- asas». E Santo Anselmo chega a dizer, ta de forma a serem compreendidos e
peito, sacrário de amor, os convida a vol- ca da Caldea e dizem-lhe: ,.
1\.gora, durante a procissão do Santís- tar em breve ao seu santuário predilecto, dirigindo-se a ela: (<Todo aquele que vos quanto possível acompanhados pelo po-
simo, é uma esquadrilha de 8 aeroplanos - Não tenhas mêdo de nada: nós que- abandona, perecerá necessàriamenten. S. vo.
perto, bem perto, do seu trono de mi-
que veem trazer saudações aos peregri- remos salvar-te a vida e tornar-te feliz; Boaventura. diz o mesmo: (<quem ne- 4.0 Do mesmo modo procederão os
sericórdia, junto, bem junto, do seu Co-
nos de Fáti.rqa. .Dir-se-ia que chega no ração de Mãe ... mas é necessário que renegues o catoli- gligenciar honrá-la, morrerá nos seus Rev. oe Capelães de fóra desta cidade nas
momento preclso para fazer a guarda de cismo e te faças mussulmana. A mulher- pecados11. (<Pelo contrário, o servo fiel igrejas e capelas onde houver conclusão
Visconde lU MoPJtelo zinha responde sem demora: - ((eu sou Ja. Santíssima Virgem certamente se sal- do mês de Maria, e , não a havendo, re-
honra ao Divino Rei de Amor no seu
(a.) O sr. Artur Portela, em a.rtico de cristã! e cristã hei-de ser sempre». vará», assegura Santo Afonso {I). citarão aquele Acto à Missa depois da
cortejo triunfal. página., publicado uo nlimero de Domingo
No avião-chefe, exerce o comando su- - ((Tu recusas os nossos conselhos? l homilia .
14 de Maio, do •Dla!.rio de Llaboe.!. ' •
premo da esquadrilh-a uma glória da
aviação militar, o sr. Tenente-coronel Ri-
beiro da Fonseca, ilustre e brioso oficial
••
Uma valiosa oferta da Diocese de
pois bem, fica sabendo que vais morrer
queimada».
- ((Pois queimai-me, mas eu não re-
• • 5. 0 Muito desejamos que esta consa-
gração seja renovada todos os anos no
Maria Santíssima aparecendo em Fá- dia 3I de maio se fOr domingo, ou, não
da quarta arma do nosso glorioso exér- negarei a santa doutrina de Jesus Cris- tima, na Cova da Iria, transformou êsse o sendo, ne domingo seguinte.
cito. Os aparelhos fazem numerosas e tv.ora ao Santuário to a quem quero servir até à morte>~. lugar árido e deserto num imenso tem- 6. 0 Muito recomendamos aos Rev.oo
interessantes evoluções, baixando o mais No fim das cerimónias da peregrinação, Recebida esta resposta, aqueles maus plo, talvez na maior basílica do mundo, Párocos e Capelães que exortem os fiéis
possível por sôbre a Cova da Iria e lan- uma Comissão de ilustres peregrinos da embeberam-lhe os vestidos em petrólctO onde Portugal inteiro deve pedir perdão a aproximarem-se da Sagrada Mesa da
çando ramos de flores. Depois de terem Diocese de ~vora procurou o Sr. Bispo e pozeram-lhe fOgo!... e clemência. Comunhão naquele dia, e lhes facilitem
voado, duzante bastante tempo, em acro- de Leiria. - ((Em nome do Padre, e do Filho, e Vamos nós todos os que pudermos, va- previamente a recepção do sacramento
bacias arriscadas, retiram-se em fila, sau- Depois de manifestarem o seu conten- do Espírito Santo, - disse então, ben- mos a Fátima em espírito de penitência da Penitência.
d:'-dos pela multidão que os segue com a tamento e entusiasmo por tudo quanto zendo-se, a heróica defensora e mártir da e reparação; vamos a essa terra sagrada 7. 0 Aqueles que assistirem ao nosso
vista até aos confins do horizonte. tinham presenciado, agradeceram as defe- sua santa fé., testemunhar a nossa gratidão à Mãe de Pontifical a 4 de junho, concedemos
rências havidas para com os peregrinos e Na meio da fogueira cruza os braços Deus e pedir-lhe que nos conduza todos por Faculdades Apostólicas (Faculdades
A missa dos doentes ofertaram para o Santuário os seguintes e permanece de pé, silenciosa e impas- (S. Jesus.
objectos: sivel.
Quinquenais) indulgência plenária com
Vamos... todos os que pudermos, que as condições do costume.
~ já meio-dia solar. Os doentes, que
1 calix, I bolsa de corporais bordada, De lado os perseguidores esperavam an- esta manifestação colectiva de fé e amor 8.0 Have.rá uma Peregrinação Dioe&-
são cérca de trezentos, estão alinhados,
em ~ sucessivas, no sopé da grande veu, amitos, sanguínios. ciosos o momento de se poderem conso- fará bem aos nossos corações, levanta.- sana à Fátima no dia n do próximo
escadana que conduz ao átrio da Ba.- O Sr. Bispo de Leiria agradeceu a bon-llar com o espectáculo da mártir gritan- nl as nossas almas. Quem confessa pil- mês de julho. Lá, eu ou o meu dignis-
sflica, sob toldos · que os defendem dos dade dos peregrinos de ~vora e de Sua do e revolvendo-se nas chamas, e ao vê- blicamente a Maria Santíssima, Mãe de simo Coadjutor, ou Sucessor, recitaremos
raios candentes do sol. Ex.cla Rev.ma o Senhor Arcebispo, fêz -la assim, serena e impassivel, um dêles Deus, confessa a Jesus, e Jesus disse: o referido Acto lU C~agração da Dio-
A veneranda estátua de Nossa Senho- os mais ardentes votos para que as bons pregunta: - (<estás em chamas e não <(Aquele que me confessar perante os ho- cese a nossa Senhora.
ra. de Fátima é transportada, aos om- peregrinos alentejanos levando as suas gritas? porventura não sentes o fogo?» mens, também eu o confessarei pezante Mui'to desejo que tôdas as paróquias
bros dos servitas, da capela das apari- almas cheias de graças de Deus as espa- ((Não!. respondeu a santa mártin1. meu Pain (Mat. IO, 32). se façam representar nessa Peregrina-
lhem entre os seus conterdneos. -{<AI não sentes nada.? pois bem, com Vinde por isso à Fátima.. . vinde vós, ção de reparação e penitência.
ções para o altar campal. No seu novo
andor, de talha dourada, a branca e lin- Terminou desejando-lhes a melhor via- as nossas armas conseguiremos mais de- chefes lU famUia, vinde mães cristãs; 9. 0 No dia 13 haverá na Fátima Co-
da imagem da gloriosa Rainha de Fáti- gero esperando que a peregrinação alen- pressa o nosso fim - que pagues com e no auxílio de Maria Santíssima, en- munhão Gtlral para todos os nossos que-
ma recebe as homenagens dos seus filhos tejana cresça cada vez mais nos anos o sofrimento e a morte a firmeza na contrareis o antídoto contra o veneno da- ridos Diocesanos que lá a possam rece-
futuros. tua fé>~. queles que querem desorganizar o vosso ber. Aos que a receberem lá nas devidas
que a saúdam e aclamam, num entusias-
mo tão vivo, tão sentido e tão fremente Imediatamente tomam nma espada com lar, contra aqueles que porfiam em cor- condições, concedemos indulgência ple-
que as palavras não são capazes de ~ a qual abrem diversos golpes nas carnes romper o vosso coração, contra aqueles nária, por Faculdades Apostólicas (Fa-
traduzir. MAIS UM LIVRO SOBRE FÁTIMA da santa mártir que, escorrendo em san- que querem estancar as fontes da vida culdades Quinquenais).
Com o astro-rei no zenite, a tempera- gue sem tentar defender-se, entrega fiel e para assim dar a morte à sociedade; vin- I0. 0 Para comemorar esta consagração
tura do ambiente é elevadissima, quási Tbe wonders of Fatima- The ApparltloPs and liberalmente a sua vida a Deus em de- de, e colocai os vossps filhos sob a pro- da Diocese solicitaremos à Santa Sé o
tecção da :Mãe do Céu, e- na vessa casa Ofício e Missa de Maria Santíssima Mtl-
insuportável. Mas ninguém procura fu- Mlracles of Our Lady of the Rosary of Fatima fesa da sua fé. haverá obediência, ordem e paz.
gir à acção ardentíssima dos raios sola- by Fr. Lo'Uiz GoPJzaga da Fonseca, S. dianeira de t6das as graças, já concedi-
res que queimam e abrasam. Vinde à Fátima tUadbnicos desta gran- dos. a outras dioceses para o dia 13 de
]. Professor in the Pontifical Biblical de Diocese; vinde, representantes do co- IIUllO.
O Senhor Bispo do Algarve principia Institute at Roma. Este mlmero foi visado pela Cen1ura. mércio, da indústria, dos operários, de Esta Instrução Pastoral será publicada
VOZ DA FATIMA 3
marido encontra~ perfeitamente bem
Graças de N. Senhora de Fátilna da, tendo soa filha. Maria. Teresa. atacada
com uma. bronco-pneumonia e sem espe-
ranças já de a salvar, deu-lhe a beber
como antes da doença ae declarar, fa.-
vor que nunca quero esquecer nas mi-
água do Santuário enoomenda.nd!>-a ao nhas devoções diáriaa a Nossa Senhora
Tendo Ininha. irmã Mariana estado feito, o levaria. ao seu bendito Santuán.>, mesmo tempo a Nossa Senhora da Fáti- da Fátima.
Lesão cardíaca muito doente tendo sido sujeita a uma mandando celebrar uma Inissa e comun ma.. Passadas poucas horas a doente co- -Emília. da P. Lima, agradece a
Proveniente dum grande desgOsto, ~ melindrosa. operação a uma. «mastoid» e gando eu e todos os que me aoompa.nhdl!- meçou a sentir um bem estar desusado e Nossa Senhora uma graça muito impor-
fri, durante muito tempo, duma lesão vendo-a. eu 'tão doente prometi a Nossa sem. alguns dias depois sentia-se já bem de tante que por sua interceesão obteve.
cardiaca que, por vezes me p~ às Senhora, se ela ficasse boa, publicar es- Várias pessoa.~~ juntaram à.s minhas as saúde. Sua Mãe agradece reoonhecida.- - Manuel Pedrosa. - Souto da Car-
portas da morte, com pequenos interva- ta graça na «Voz da Fátima», o que suas orações, e ao menino foram dadas mente ~ N.• S.• da Fátima tão grande palhoea, agradece a Nossa Senhora da
los de sucessivos ataques. Procurei, na. boje venho fazer, agradecendo-lhe mui- duas pinguinhas de água. de N. S. da. Fá- graça. FátiiD& aa melhoraa duma grave doen-
medida do possível, os rec\U'80S da m&- to reconhecida. tima. No dia seguinte, foi feita segunda - Cacilde Braga de VasCOft.Celos - ça., de cuja cura estava desenganado.
dicina, mas sempre sem êxito. TOrres Vedras Ennigeira visita pelo médico assistente e por um Tete, agradece a Nossa. Senhora o ter Uma pessôa. amiga {êll por êle tun& no-
Por fim lembrei-me de Nossa Senho- Maria Silva especialista que veio de Lisboa.. ~te fêz livrado um seu filho dum grave incómo- vena a Nossa Senhora e obteve dela a
ra da Fátima, pedindo-lhe a sua protec- ao menino uma punção para. o liquido ex- do com febres palustres. eaúde que desejavam alcançar.
ção de Mãe, rezando-lhe todos os dias Tuberculose trafdo ir à análise, a. verificar se havia O remédio foi a. água. do Santuário e - Belmira Valente de Almeida -
uma Avé-Maria e prometendo ir ao pró- Encontrando-me tuberculosa no sana- prova de meningite tuberc6losa. a invocação a. Nossa Senhora da Fátima. Pardilhó, vem cheia de gratidão agra.-
pio local da soa aparição agradecer-lhe, tório Rodrigues Sexnide, onde estive 8 Graças a. Deus e a. N.• Senhora da Fá- -Ana Pereira - S. Tirso, agradece decer a Nossa Seshora o ter-lhe tirado
o que cumpri gostosamente no dia 13 de meses internada., em 1928, vendo-me tima a quem pedi com todo o fervor que a. N .• Senhora o ter alcançado a. saúde uma dôr forte que há tempo tinha no
Outubro, por me sentir quási completa- desanimadissima. lembrei-me de recorrer se não confirmasse essa doença, a análise à. doente Lucinda Alves de. Oliveira por peito e que lhe dificultava a. respiração e
mente curada. à Virgem Nossa Senhora. da Fátima. nada acusou. quem muito se interessou. Prometeu pu- paralisava p braço direito. Hoje, dia
Hoje venho acabar de cumprir a Ini- Fiz uma novena. durante 9 noites, e O menino foi melhorando, mas passados blicar a cura se lhe fOsse alcançada e nada sofrer, trabalhando aem dificul-
nha promessa publicando esta graça na. Nossa Senhora da Fátima atendeu-me dias apareceu-lhe ainda uma paralisia no hoje vem cumprir a promessa. dade na sua vida dom'-tica.
t~.Voz de Fátima». fazendo-me tão grande graça que até ao Olho direito proveniente da doença. Nova- - Ant6flio Mencks R. Fernandes - - Maria Monteiro Lamas - S. Ma.-
Monte - Murtosa. dia. de hoje não tenho tido sintóma. al- mente implorei à. Mãe Santíssima que mais Viseu, funcionário pl!blico vem por és- mede d'Infeeta, agradece a N01111a 8&-
Maria do PatrociJJio ck Almeida gum da mesma doença. uma. vez me atendeu não permitindo que te meio agradecer a Nossa S.• da Fáti- nhora da Fátima o deeaparecimento de
POrto. o menino ficasse defeituoso. Hoje encon- ma. uma graça temporal que alcançou um quisto que teve num braço. Estava
Pneumonia e peritonite Isabel Seixas tra-se completamente bem. por sua in~rcessã.o. marcada. uma operação que não chegou
Fui a. Fátima a 13 de Junho agradecer - lnAs de Matos Sequdra - Mapuçá a efectuar-se, visto o quisto ter desapa-
Uma pessoa de Ininha famfii.a adoe-
ceu gravemente com uma pneumonia
Infecção nes rins à Virgem tão enorme graça. - lndia., deseja. agradecer a N.• S.• duas recido entretanto, bontra a opinião dos
Depois de uma aturada e pertinaz graças que lhe alcançou em favor de dois próprios médicos e sem outro medica-
dupla e uma peritonite, elevando-se ~
febre a 41 graus. Agravou-se de tal mo- doença que durante muitos meses pros-
• doentes. mento além da graça de N01111a Senho-
do o seu mal que lhe foram admi.nistra-
trou Ininha Inãe na. caxna., manifest:ou-S&- • • - Ltlàovina dos Santos Miraflda ra da Fátima.
Também publicamente quero agradecer a.
dos os últimos sacramentos. Esteve dois ·lhe uma infecção no rim direito. O mé- Nossa. Senhora da Fátima à cura de meu Algueirão, agradece uma graça que re- - Laura da Enca~ão C&mpoe -
dico asisstente fêz recolhê-la ao hospital cebeu do SS. Coração de Jesus, por in- Caldas da Rainha, agradece reoonh~i­
dias com vida artificial e em perfeito
da Lapa, da cidade do POrto, para. aer Pai que há 3 anos esteve em perigo de termMio de N.• S.• da Fátima e de S. da a Noeea Senhora o U.la corado de
estado comatoso, chegando por vezes a
operada. Esteve a.í vinte dias. Temeu a vida e que por sua. bendita intercessão se Teresinha. do Menino Jesus. uma doença. de ouvidos que por muito
correr o boato da sua morte. operação e pediu para. sair. Voltou para salvou. Glórias infinitas sejam sempre da.·
"Tratado por dois mM.icos que empre- casa.,- mas sempre muito doente. Passou das à Virgem Nossa Senhora que assim - joiW Rodrigues ]11nior e sua espo- tempo a fh sofrer a pontos de quáai d&-
garam todos os esforços para debelar o dois meses um pouco melhor; mas em atende a. quem a. Ela recorre com confian· sa - S. Martinho, Madeira, agradecem sanimar da cura. Depoia de algumaa
mal, acabaram por declarar que só um a. Nossa Senhora da Fátima uma. grande oraçõee e promeesaa a Nossa Senhora
Fevereiro dêste ano agravou-se a. doen- ça apesar da nossa. indignidade. graça recebida para um seu filhinho re- da Fátima obteve a saúde que lhe agra.-
Inilagre o salvaria. Em tão triste con- ça por tal forma. que a infecção ~ Bulegueira, Torres-Vedras, Alexina..
juntura, cessaram as esperanças na. ter- nou-lhe um tumor no mesmo rim. cem-nascido. deoe reconheoidamente.
ra, mas não faltou confiança no ~u. Maria Dias Melicios _ Teresa FernafJcks Moita - Faro, - Ana Albertina Dias de Brito -
Internou-se então no hospital da agradece um favor muito grande conc&- Porto, agradece a Nosaa. Senhora da
Uma noite, de tal maneira se agravou Trindade, no POrto, para. se proceder à
o estado do doente que se esperava a extracção do rim. Sofrimento no útero dido por Nossa. Senhora da Fátima a um Fátima uma graça particular que lhe
cada momento um desenlace fatal, mas Sofrendo há mais de 2 0 anos de uma seu sobrinho orfão de Pai e Mãe. foi concedida por aua. intercessão junto
Depois de radiografada., foi-lhe extraí- de Deus.
a Santíssima Virgem, Saúde dos enfêr- do o puz do tumor pelo lado do ventre. doença no útero, consultei vários médicos, - Leonor Coroelo - Angra do He-
mos, concedeu mais uma graça, sal- Passando um mês passou a infecção pa- sendo todos Ultimamente de opinião que roísmo, agradece a Nossa. Senhora da - Palmira Ferreira Godinho - Alca-
vando-o, e hoje está completamente ra o outro rim, que tomou maior gra.. era necessário submeter-me a. uma ope. Fátima. um favor muito apreciável que nhõee, agradece a Nossa Senhora da
bom. ração sem a. qual da Ininha. doença em lhe alcançou durante uma doença. Fátima um favôr muito importante
vidade. breve se formaria. uma ferida cancerosa.. - Luciflda Ferreira Velasco - Espo- que de Deus alcanQOu. Jl(>r intermédio
Venho, pois, patentear publicamente Então os médicos desistiram de a.
o meu reconhecimento para com Nossa operar por a. julgarem irremedià.velmente Convencida de que não sobreviveria. à sende, agradece diversas graças cuja da Virgem Maria.
Senhora da Fátima, pela graça recebi- perdida; voltou novamente para casa operação, não só por o meu organismo se aquisição atribue a. Nossa Senhora. - Maria da Conceiçlo Vaz Coutinho
da, bem como a cura doutra pessoa de encontrar bastante depauperado devido à - Armeflia Neto - Esposende, tendo -Rojão Grande, agradece a Nossa 8&-
onde tOdas a chorávamos. Eu implorei doença, como também atendendo à. Ini- recebido de Nossa Senhora uma graça nhora a cura de uma sua filha que es-
família., duma gravíssima doença, e vá-
sempre da Virgem Mãe Imaculada da nha. idade, (pois já «anto 6o anos), no temporal pede para. que aqui seja agra- tava desenganada pelos médicos. Assim
rias graças . temporais que tenho obtido
Fátima., a graça de melhorar a minha desenganada pela ciência r ecorreram a
por intermédio de Nossa Senhora, Co~ pobre mãe que tanto sofria. Mas quan- auge da. minha. aflição recorri à Virgem decida publicamente.
ladora dos Aflitos. Senhora da Fátima para que me concedes· - Lldia Calisto Sequeira - Açores, Nossa . Senhora da Fátima e hoje vâm
do pela segunda vez regressava. do Pôr- se com bom êxito, ou ao menos pennitit diz o seguinte: «declaro que só princi- agradecer a graça que lhe foi concedi-
Freixedo. to, parecia já um corpo a. decompor-se, que eu voltasse, para morrer no seio de piei a. sentir melhoras duma inflamação da.
Dionisia do C~u Gouveia da Siva pois havia 19 meses que a doença a minha. fa.mllia; prometendo-lhe entre ou- na. garganta, gargarejando e tomando
Infecção e gangrena atormentava. tras coisas, tomar pública esta ~ça ca· água da Fátima., o que reconhecidamente
A Ininha. dOr foi muito grande, mas so me fOsse concedida.
EM COCHIM
agradeço a. Nossa Senhora.>>.
Venho publicamente agradecer a Nos- a esperança e a. fé que tinha na. Mãe Ao abandonar a minha. casa., renovei a - Mario das Merds da Bianchi C. (Continuação)
sa Senhora da Fátima as melhoras de Santíssima. da Fátima, foi muito maior minha promessa. e com uma grande con- Borges, agradece a Nossa Senhora. da
meu marido, João Inácio Teixeira, de ainda. Volto-me novamente para a Mãe fiança na. Virgem Santíssima, parti pa· Fátima. o ter-lhe feito cessar um grave
Congestão
Hauford - ~óroia, de uma infecção de Deus e disse-lhe: «Se eu não sou mer&- ra Lisboa a. fim de sujeitar-me ao trata· incomodo logo que tomou a. água. do seu D. Felizmina, moradora na Rua dos
e gangrena que seguiram a uma opera- cedora da vossa graça, atendei. a minha mento que me havia. sido prescrito. Santuário. Aflitos teve um ataque de Congestão
ção na perna. esquerda, em Janeiro de irmãzinha.; pois eu com 16 anos e ela com Graças à Virgem Nossa Senhora não só - Maria. Nazaré de Sousa e Teresa que, apeear dos recursos médicos, du-
1931. n, o que faremos sem nossa Mãe?!" Du- me decorreu tudo bem mas encontro-me Bacelar, Ceará-Brasil, agradecem a rante 8 diaa a teve em estado graVÍBBí-
Perdida tOda a esperança de melhoras, rante o mês a. seguir à sua. vinda do POr- agora radicalmente curada da doença que Nossa. Senhora diversas graças. mo. Não obstante a. gravidade do caso
o doente preparou-se para a morte, com to, o sofrimento foi grande, mas eu sem- tão longos anos me ma.rtirisou. Teresa de Jesus Peixoto- Unhas, ninguém oueava falar-lhe em sacramen-
todos os sacramentos, e nesta aflição re- pre confiante na. Virgem Mãe, nunca de. Em cumprimento da minha promessa, agradece a Nossa Senhora a cura de seu tos com receio de mais a indiepôr. Co-
corri a Nossa Senhora da Fátima com a sanimei. venho tornar pública esta. grande graça. marido que esteve paralítico pela segun- meçam entretanto a interpôr a prece a.
promessa de publicar esta graça se me Passado êsse mês, os tumores fecharam Vidual de Cima.. da vez. NoBSa Senhora da Fátima ao mesmo
fOsse concedida. Dei a beber ao doente passaram as dores a pouco e pouco e a.
llfaria da Assunção de Almeida e Silva Durante uma novena em que aplicou tempo em que à doente aplicavam água
algumas gotas da água da Fátima, que febre que era sempre de 38 a. 40 graus, água da Fátima obteve a cura deseja- da Fátima, e... graça sôbre graç-a 1•••
por felicidade me deu uma pessoa ami- desapareceu e desde Julho até agora, as da. Hoje trabalha como se nada tives- à primeira palavra que timidamente
ga, e feita uma novena. à Virgem, me- melhoras são quási completas, tendo já Cistite se tido. lhe é dirigida eôbre confissão a nlllpos-
lhorou meu marido com surpresa dos a. minha. querida Mãe retomado a sua. Inis- Meu Pai, Francisco José de Miranda, - MollB. António dos Santos Portu- ta da doente é: não 8Ó afirmativa mas
médicos, enfermeiros do hospital e de são de a.dtninistrar a. casa. chegou do Rio de Janeiro no dia 30 de gal- Ericeira, agradece a Nossa Ss- entusiástica. Recebeu os Sacramentos e
todos os que o julgaram perdido! Tão grande graça agradeço-a a Nossa Março do corrente ano, vindo completar nhora diversas graças particulares. como se não es~ por outra coisa
Mil louvores e eterna. gratidão à. Vir- Senhora. da Fátima. 82 anos na casa. de soa filha em Lisboa, - Maria Ribeiro - Sobral do M. para melhorar, ràpidamente o mal a
gem da Fátima. · Castelo Melhor no Palácio da. Atalaia. Vinha com uma. Agraço, diz o seguinte: tendo recebi- de~ou encontrando-se já completamen-
Califórnia Maria Odett Mano «Cistite» incurável devido à. sua muito do de N.• S.• da Fátima uma graça te n!Stabelecida.
Mario S. Tlix~ra avançada idade, desenganando-o os me- muito importante venho por interm~
Meningite lhores e mais conceituados médicos, lo- dio deste jornalzinho agradecer a tão Tifoide
Infecção Em princípio de Março do ano corren- go que êle chegou cá à terra.
extremosa. Mãe o ter-me valido numa
Minha cunhada Felicidade Faria Sil- te, adoeceu gravemente o meu filhinho Sofria horrivelmente com a gravidade tão difícil situação. Maria. Manuel caiu gravemente doen-
va, estando muito doente, foi sujeita a Eugénio Augusto, de 4 anos de idade. da. Ureterite pois até os meios mais con-
- António do Nascimento_ de S&- te com febre tifoide. O médico tinha-me
uma. melindrosa. operação a um mioma e Chamando o médico, disse êste tratar- venientes da cirurgia, haviam falhado, Inide, agradece a Nossa Senhora. duas informado particularmente que se cer-
apendicite e sobreveio-lhe uma infec- -se dum caso gripal. com carácter menin- dando-nos mais a. certeza de que nada
ção geral no sangue. graçaa concedidAs a si e a sua esposa toa sintomaa reaparecessem não teria
gítico. Aplicado imediatamente o trata- mais havia a fazer. que se encontravam doentes. mais esperança alguma na cura.. Foi
Não havendo esperanças de a salvar, mento prescrito pelo ilustre clínico, a Principiámos uma novena. de comu- -José FrancÍtiCO Coelho- de Bal- então que ela começou a. aplicar a água
seu médico assistente chamando o Inari- doença não cedeu, agravando-se dia a. dia nhões a Nossa Senhora da Fátima, que
do declarou-lhe que ela se encontrava o estado do doentinho, a. ponto de não se venera numa. capela bastante longe
tar, agradece a N .• Senhora a. saúde de Fátima. Hoje enoontra.-se completa-
concedida à sua mulher e à sua filha. mente curada vivendo já no seu con-
perdida. e que só uma. grande graça a poder dobrar o pescoço nem as pernas. daqui, e no dia 13 de Maio, dia em que maie nova. vento onde estáva internada antes do
podia salvar. Eu vendo-me tão aflita As temperaturas eram altíssimas e tinha findava a novena., eis que ao regressar-
com tão grande desgraça pois deixava aparência cadavérica. - Maria Rosa Aguiar - Rossaa aparecimento do seu mal.
mos a. casa se dá o grande milagre: _
3 filhinhos oría.os, voltei-me para Nossa Vendo o menino tão mal, resolvemos de Meu Pai que durante tanto tempo vivia Arouca, deseja tornar público o seu I •
Senhora da. Fátima., chorando mais do acOrdo com o médico assistente chamar com as urinas detidas, no meio de tantos agradecimento a. Nossa Senhora por lhe Cura mesperada
que rezando, e de todo o meu coração um ~utro clinico. &te disse-me directa- sofrimentos, ei-lo normalmente, come. ter alcan~o a eaúde para sua mãe. Um aluno da nossa Eacola Eduin Ro-
pedi-lhe a. sua. cura, e prometi, se Nos- mente, que entendia não haver ali nada a çando ao mesmo tempo a diminuir a. in- des - Marta da Luz Maranho Fernan- . '
- de Póvoa de Varzim sendo há berto, cau~ gravemente doente e reo&-
sa. Senhora me ouvisse e me concedesse fazer pois devia. declarar-se brevemente flamação, e a convalescença foi breve. muito tempo atacada por' f.reqüentes beu ?S últ1m'?8 Sacramentos numa ~~-
essa grande graça, ir 9 dias à. Capelinha uma meningite tuberculosa, e que o m&- Loucas de alegria por uma graça tão f 0 rtes cóli no ventre por interoea- ta.-feu-a _à no1te. No sabado foram V181-
da. minha aldeia acender a sua IA.mpada lhor era dispOr-me a perdê-lo. grande corremos ao altar da Vigem cho- e_ cas • . tá-lo dots dos nossos Padres, levaram-
e rezar o meu terço diante da imagem Cheia de dOr e angústia. e ao mesmo rando de contentamento. Examinado pe- -se sao de Nossa Senhora da Fátrma. sente- lh á • da d S t á · d Fát:~ft
bem já há tempo para cá. e gua V1D o an u no a. . ........,.
de Nossa Senhora da Fátima que lá se tempo de confiança. na Virgem Santíssi- los médicos verificou-se a sua cura e _Rita de Cassia Linhares Brun, de e recomendaram a tôda a fam~a. uma
venera. ma Nossa Senhora da Fátima., pedi uma até hoje não mais sentiu incómodos. Bisooitos .- Açôres, agradece a N~ noyena a Noss~ Senhora da _Fát~. De-
Agora já se encontra na. sua casa em imagem da mesma. Senhora que coloquei Queria.mos que com esta noticia a. fé Senhora duas graças concedidas a seu P 018 de t~ dias est'!'va o J~Vem Já f?-
companhia dos seus e completamente no qoarto ao pé do doentinho e implorei na. Santíssima Virgem fOsse avivada em filho Fernando, que, até ao momento ra do ~er1go e no ottavo dla aparecia
restabelecida., favor que eu agradeço a com o maior fervor possível que salvasse muitos corações. para que pudessem em em que as graçaa lhe foram concedidas, ele aqut na Escola pa.ra. agradecer a
Nossa. Senhora de Fát:ima. A. mesma Se- o meu querido filhinho. qualquer tribulação recorrer a Ela, na foi sempre muito doente. Hoje encon- N~ Senhora da Fátima. a sua cura
nhora quero ainda agradecer uma outra Prometi à Nossa Mãe do Céu que, se certeza de que as preces sinceras e fer- tra-se bem e deseja. tornar pública a admirável.
graça concedida a uma Ininha irmã. o salvasse e êle ficasse sem qualquer d&- vorosas são por Ela bem acolhidas.
sua gra.tidão. P.• J. Martins
Vieira do Minho. -Maria Adelina. de S. Garcia
Elisa Carmen Miranda - Madalena Açônlll, tendo alcançado
no Boletim da Diocese e lida aos fiéis (2) Por concessão do Ex. •• e Re...-• Sr. de Nossa Senhora a graça da sua cura
pelos Rev.oe Párocos num ou mais do- Bispo de Leiria. os Sacerdotes das Graças diversas
outras
dioce!!eS gosam, nas perecrina.cões ao San·
mingos depois da. sua recepção, à esta- tuiLrio
vem agradecer êsse benefício que nun- Engano involuntário
de FAtima, de tõdae as faeuldadee - Mario Angelina Rocha - Angra, ca mais, diz, ha.-de esquecer.
ção da Missa respectiva. que ])068uam na diocese própria.. agradece reconhecidamente a Nossa Se- - Alice Barros Moreira- Marrocos
Dada. em Coimbra, na. Nossa residên- (3) Os ma.ioree Santos e insignes prilga·
nhora da Fátima o ter-lhe alcançado a -Brasil, diz o seguinte: -tendo o O relatório de algumas graças con-
cia .do Seminário Episcopal, aos 8 de dores nunca. faziam qualquer miu4o que cura duma. infecção e diversas graças meu marido na garganta uma doença
não prilgaasem sObre êste ueunto, e diz S.t'
dezembro de 1932 (Festa da lmacu1ada. Afonso QUS era. êSI!Ie sempre o sermão concedidas a uma. família a si confiada. que os médicos tinham por grave, re-
cedidas em Cochim e que vieram
Conceição) . mais frutuoso, rea.Iizando-se aquelu pala.-
vras de Maria Sautfsslma a S.t• Brigida: - !faria do Rosdrio Nwnes - Bru- corri a N .• Senhora da Fátima, fa- publicadas nos n ..,. 127 e 128 foram
t MANUEL, Bispo de Coimbra •aasim como o íman atrt.i 'O ferro, assim nheiro, agradece a Nossa Senhora o t er- zendo-lhe uma novena e oferecendo uma enviadas a esta redacção pelo Rev. 40
--- eu atrairei a. mim as a.lmaa mais duras.. -lhe curado sua filha Maria. que sofria comunhão em acção de graças se êle
(1) A Sel11a, de Santo Afouo - trad. de Pecadores endurecidos~ insellliÍvela a todoe P. J. Martins, e não pelo Rev. 40 P.
Molll. Marinho - Porto, 1928, pac. 475 e os outros aermOes, voltam a Deus ouvindo graves incómodos no ventre. obtivesse a cura.. Não se fez esperar a
476. celebrar a. m.l.eerioórdia da Sua. )(f.e. - Candida Veiga das Neves Loan- graça de N'Os8a Senhora, e hoje o meu Zulueta.


4 VOZ DA FATIMA
GRAÇAS DE N. S: DE FATIMA NO ses depois realizado estava o que pedira,
com júbilo e reconhecimento de quem
Cete, 15$oo; Izilda da Conceição
Pôrto, 2o$oo; Maria do C. Pires - Por-
5o$oo; Dr. Weiss de Oliveira - Lisboa, ~xamina agora o pri.nclpio e retém o
2o$oo; Baronesa de Samora., 5oSoo: An-
BRASIL com tanta confiança no triplice caso a
havia invocado.
to, 17$oo; Coronel Sande Lemos - Lis- gelina S. de Matos - Louzada, 2oo$oo;
gnto de admiração que vais soltar ao
reconheceres o condenado nêsse antigo
( ContinUIJfão) boa, 2o$oo; Inês Pessoa- Algés, 2o$oo; Distrib. na Cova da Iria, 74o$go; Maria homem de bem, nêsse justo que tens
Maria Vitória - Vila Moreira 2o$oo·
Pulmão enfraquecido Coqueluche M. • Paiva Andrade - Belmon~. zo$oo;
Lucinda Matos - Braga, 25$oo; Vic-
torino Alves - Montalegre, 25Soo; Fran-
agora diante de ti. Procura sempre a
causa da transformação e treme ao le-
Artur Sampaio, filho de uma distinta Rubria Aragão, de 9 anos de idade, António Pinho - V. da Cambra zo$oo· cisco Ribeiro - Cast.o Branco, 2o$oo; res mais uma vez as palavras: um só pe--
família da Bafa e antigo aluno do nosso de dia e de noite era turturada por uma Cristina Nunes - California, ; dolar; Subscrição no Sanatório Semide - Pôr- cado mortal.
Colégio, em meados do ano passado, co- impertinente coqueluche, mais ainda Caridade Monteiro - Gôa, 396S5o; Por- to, 2o$oo; António da Costa - Pôrto, Um só pecado mortal plenamente de-
meçou a sentir um mal estar semp~ agravada por diversas outras complica- firo Gonçalves - Lisboa, 15$<>0; Fran- 2o$oo; António Baptista - Out. 0 da Ca- liberado faz de um justo um réprobo.
progressivo acompanhado de febre quá- ções que já começavam a tomar uma fei- cisco Ramos - América, Z7$oo; António beça, 15Soo; Amélia Martins - ( ?) . Será então uma coisa pequena o pe-
si constante, ora mais ora menos alta. ção perigosa, com febre alta que a na- Marinho _ América, 27Soo; Maria Um- 4o$oo; Dr. Eurico Lisboa, 2o$oo; P.• cado mortal?
Daí a pouco reconheceu-se que tudo pro- da queria ceder. belina - Brasil, 27Soo; N.• 6gro _ Manuel Coutinho - P. de Arcos, 5o$oo; •
vinha do pulmão já atacado, o que dei- . Resolve então sua mãe, inte_rpôr o va-
hoso recurso a N.• S.• da Fátima.
América, 27$oo; Maria Silveira! - Amé-
rica 27$oo; P.• Francisco Fernandes -
Lucinda Valente - Caminha, 15$oo; Ma- • •
xou o doente muito acabrunhado e a ria Eug.• Fragoso - M. de Cavaleiros. Desvia os olhos do triptico e levanta-
família sêriamente apreensiva. Uma soa Era numa segunda feira. Obtém um P. do Varzim, 6o$oo; Helen.a Teles - 2oSoo; Francelina do Esp. Santo_Coim-
frasquinho de água da Fátima da qual Vizeu, 2o$oo; Maria Laia - Sernache, -os agora para a cabeceira da tua ca-
irmã, conhecedora disto vem ao Colégio bra, 2o$oo; esmola de Carreiras - Por- ma. Olha para o teu crucifixo, e vê n!le
contar a sua amargura a um Padre mui- dá à doentinha umas gotas cuja prodi- zo$oo; 5 asinantes de Cochim (P.• Jo- talege, 5o$oo; Rosa Simões - Barcelos,
giosa eficácia bem depressa se ma.nifes- sé Soares Machado). 75$oo; Pároco e as- o que é o pecado. O pecado mato" o Ho-
to íntimo da família, por meio do qnal 3o$oo; Maria José Boto - Carmões, mem-Deus.
obteve um frasquinho de água vinda do tou na sensível e rápida diminuição da sinantes do S . Tiago do Custoias, zoo$oo; Jo$oo; assin. n. 0 4590. 2o$oo; Ermelin-
febre, e tão rápida que na quarta feira Maria Gomes Martins - Pôrto, 8o$oe; Diante do Cadáver de Cristo com-
Santuário da Fátima, com a intenção de da Cruz - América, 27Soo; Maria~ preenderás enfim, querido jovem, quão
começarem uma novena em honra de tinha completamente cessado, cessando Freguesia de Castelo Branco - Faial, Brown - América, Z7Soo; Carlota M.
conjuntamente os seus cruciantes efeitos. grande mal seja o pecado?
Nossa Senhora. a. ver se recebiam o be- 41oSoo; Manuel Silva e José Serpa - Teixeira - Brava, I dolar; M. B. R.-
A pequena passado pouco tempo es- Faial, zo$oo; Maria Marques - Pico, QU1J o Senhor t'o ccnceàa.n
nefício da cura do querido doente. O Pôrto, ~o$oo; Ermelinda Leão - P. de
próprio doentinho, de sentimentos pie- tava completamente bem como antes da 2o$oo; Maria de Oliveira Pires Amen- Ferreira, 5o$oo; C. • Moisés Nora - Bra- Amigo àa ]uvtJnttuJ.e
dosos a..ssocia.-se aos demais membros da sua doença. Por tão grande favor a doa, 15$oo; Maria Mesquita - Mação, sil, 4oSoo; Cristiana de Magalhães
família, todos e6perançados no benefício Mãe não cessa de render graças à Virgem 15$oo; Maria Matos Dias - Marieira, Pinto, 15Soo; Maria Alice Almeida - Fa-
da protecção de Nossa Senhora da Fá- Senhora ((Saúde dos Enfermos». 36Soo; Ana Rêgo - Montalegre, 3o$oo; ro, 6o$oo; José Rafael Marques - C.
tima.
Graça temporal
esmola de Fanzeres-Gondomar, 2o$oo; Branco, 3o$oo; Maria Cavaco - Olhão, LEIAM TODOS
Pa.ra não desprezarem os meios na- Maria do C. Penalva - Lisboa, 2o$oo; 2o$oo; Maria C. Cordeiro - Califórnia, Quereis as vossas encomendas de água
turais que se lhe ofereciam, deixando a Un:a Senhora já idosa tinha um filho Corino de Abreu - Porto Antigo, 2o$oo; 27$70; Pároco de Baltar, 26$oo; Maria e artigos do Santuário despachados oom
Capital vão com êle para uma fazenda que, terminados os estudos superiores Maria Generora - Gaia, 2o$oo; M. Ca- Amorim Pinto - Pôrto, 15$oo; P.• Jo- ma.ior urgência?
que possuíam no sertão de Nazareth, de Medicina, se formara aqui na Bafa., rolina Melo - Gaia, 2o$oo; Daniel Ma- sé de Ceissa - Marrazes, 2o$oo; J osé da Fazei os pedidos ao Sr. António R&-
cujos ares têm fama. de notàvelmente em fins de 1931. chado - França, 2o$8o; J~ Menino- Cunha - Meinêdo, 2o$oo; Maria Isabel drigues Romeiro - Santuário da Fáti-
sadios. Uma vez aí, não foi preciso mui- Precisando absolutamente do arrimo Serra de El-rei, ::o$oo; Joaquim Toste - Russo - C. de Vide, 27$oo; António ma, e não a esta red.acçã.o que dista 5
to pe.ra o doente começar a sentir sensí- dêle procuram uma oolocação aqui mes- Açores, 15$oo; Viscondessa da Granga e Romão - Pera, 15Soo; Assinantes de léguas do Santuário.
veis melhoras que cada. vez se têm acen- mo na Capital. Baldados eram porém Luísa de Pina, roo$oo; «Açoriano Orien- Montalegre (Georgina Morais Silva) - Daqui só deveis pedir livros sôlx-e a
tuado mais, o que tlld.a. a fa.mOia e o os seus esfoJ.VOS. Aqui, absolutameote tal•• - Açôres, 2o$oo; Faustino Lima- 74o$oo; Alunos do Colégio de E rmezin- Fátima e estes ser-voe-ão enviados com
próprio doentinho não oessam de atri- na.da havia a. eepenr. Açôres, 2o$oo; Perpétua Barradas ___: P. de - 127S5o. a brevidade possível. Há -4 diferenb5 a
buir à benéfica intervenção de Nossa. Se- Fechadas uma a uma tôdas as portas do Sôr, wloo; Purifica.ção Lopes - Ce- 5Soo cada um.
nhora da Fátima. cá de baixo, decide-se a bater às do alto lorico da Beira, 2o$oo; Maria Xavier -
Em sinal de reconhecimento resolve-
ram restaurar uma antiga capelinha. que
na mesma fazenda existia, dedicando-a
e fá-lo por intermédio de Nossa Senhom
dã. Fátima. Invoca-a nesse seotido oom
todo o fervor-, to com tão feliz êxito que,
Califomia, rsSoo; António Teodoro - C.
dos Lobos, 2o$oo; P.• António Pinto -
S. Vicente, 2o$oo; Maria A. dos Barros
NO SIL~NCIO DO
TEU QUARTO
........-........_
A Oratória custa 4o$oo.

a Nossa Senhora da Fátima, cuja está-


tua de oo•m adquiriram na Bafa. e cuja
inauguração teve lugar em D ezembro
ao voltar para casa, sai-lhe ao encontro
um dos médioos da Capital, antigo pro-
fessor de seu fiho, oferecendo-se para o
- Câmara de Lobos, 2o$oo; Sara S& -
C d Lobos 2 o$oo Mari Antó ·
. e • ; a
C. de Lobos, 2o$oo; Alzira de Nobrega
ruo -
(Do 881714n6rio •.t J'ollla do Do-
Domingo• eom. ~ devida v4n.ia
tromeT611emoa aa aeouintea eon·
UÇÃO CONJUGAL
de 1931. tomar oomo seu ajudante, oferecimento -C. de Lobos, I5$oo; Eugénia de No- eideTaçae. pr6priaa MO 86 paTa Nui'IW casinha htmtil<U mcrava UMa
A propósito do insigne .favor concedi- em todo o sentido vantajoso, e que a brega - C. de Lobos, Jo$oo; P.• Artur CJ J uvent11d. mot paTa todos 01 familia composta dos pais IJ um filhinho
do por- Nossa Senhora da Fátima ao su- mãe e o interessado aceitaram com re- Saúde - Sandim, 2oo$oo; Adriana Ras- Criatdoa). q~ era o encanto àaqU~Jle lar.
pra meociooado Artur Sampajo, e da conhecimento, como um verdadeiro mi- cão - Salvaterra, 15$oo; António B. ecO grande inimigo da tua alma, que- A esposa IJJ'a mt~ito rtJlig;c>sa, IJ rtJzava
processional condução da imagem de mo vindo do céu. Tavares - Figueira da Foz, 25Soo; Ri- rido jovun, é o pecado mortal. o terço ttJdas as noites com o filhinho.
Nossa Senhora para a Capelinha restau- ta e Sá-Rio Maior, r 5Soo; P.• Joaquim E 'tOdavia com que facilidade tu o ad- O marido, porbn, pouco ou nada rezava.
rada em sua honra, quando junto à Es- Recurso de um prêso a N. S.· da Ramos - Pa.rdilh6, 2o$oo; Julia de Cas- mites ao teu convivio! Talvez até dur- -Olba c4, PtJdro, porq~ é qUtJ não
tação se estava organizando o cortejo, tro - Tondela, 2o$oo; Tereza. Prata_ mas com êlel ~ uma vibora que acalen- re.ras connosco? (perguntou ""' dia a
um protestante que ali se encontrava Fátima S. Braz· ·d' Alportel, 2o$oo; Maria Iza.bel tas, amigo. ~ um veneno que sorves. esposa).
entre a. multidão diz para o Chefe da Es- Em fins de maio, fazia eu uma prá- Ramos _ Silves, 15$oo; p_e Joaquim Foge da vibora, lança fora o veneno. - Sa~s. Margarida, flão tenho vagtu,
tação e os que junto dêle estavam: (<se tica aos doentinhos e dema.is pessoal do dos Reis - Pôrto, zoo$oo; P .• Joàquim Evita e teme o pecado mortal. tenho mt~ito que fa.rtJr .
é verdade que a. Santa é assim tão pode- Hospital uSanta Isabel». Entre os ou- Carneiro - Salzedas, 3o$oo; Filipe Dias E, para melhor o evitares e temeres, - Grande trabalho! Passas horas e
rosa, que ela nos mande a chuva que vintes havia um prêso cuja causa esta- - Benavente, 15$oo; Octavia Marini - pensa bem no que êle é. horas na taberna a jogar a bi.tca, na
tanta falta está fazendo,. va correndo no tribunal, e com anda- Coimbra, 5o$oo; Egidio Barbosa _ Vila Terás deficuldade em vêr a malícia do conv•rsa... Não seria. m elhor rezar paro
Era realmente tempo de grande seca mento nada lisonjeiro. Quási certo de do Conde, 15Soo; Delfina da Conceição pecado em si mesmo, mas vem comigo qUtJ o nosso filhinho se tJdificasse e afwe'IJ-
ali, oomo geralmente no sertão. Assim que a sentença lhe seria desfavorável, - Foz do Douro, ::oSoo; Amélia do Va- e vamos ter com um mestre da vida es- desstJ oom o bom extJmPw do pai?
falava para alardear a sua descrença pensava en: apelar, porém faltavam-lhe le - Gemezes, 3o$oo; António Peres - piritual. Olha que ~IIJ j4 ttJm oito a110s 11 repa-
nos Santos de pau ou de pedra. como os recursos para isso. Ouvindo a narra- Viseu, 15$oo; Maria Azevedo _ Viseu, Não te atemorises com a sua roupeta, ra em Uldo!
êle dizia, mas mal imaginava êle que tiva dos múltiplos prodígios operados 2o$oo; Francisco Vicente-Viseu, 55$go; que é uma veste de glória, apenas odia- - As mulheres não querem qUtJ os
com tais palavras zombeteiras se estava por Nossa Senhora da Fátima pensou e Maria dos Santos _ Gondomar, 2o$oo; da por aqueles que odeiam a mesma ver- maridos dum um passo sem lho dizer.
preparando a mais solene das confusões. disse consigo: «e se eu tomasse a Nossa Manuel da Silva Matias_ Vilar, n6$oo; dade e o mesmo Deus: é Santo Inácio Ora... Não 8 a mulhllr quem manda
Finda a procissão, ainda os fiéis esta- Senhora como advogada minha ante o A. J. M. - Pôrto, 25$oo; Maria Joaqui- de Loiola. em casa. Resa para ai quanto quiziJJ'IJS.
vam concluindo as suas preces diante da Tribunal-Supremo, não me asseguraria na Araújo _ Braga, xoo$oo; Ana Cle- Vem comigo à sua presença e olha A mim doe-me a cabeça dtJ estar a ou-
Ima.gem da Mãe bemdita já colocada no isso muito melhor êxito?., Apresenta mência _ Carapelhos, 21 s5o; José das bem para o que êle te mostrar. vir tJssa intermin4vel C4ntile1aa diJ Padre-
seu novo trono, quando o céu começa. a. isso à. Irmã enfermeira, e com o auxilio Mascaranhas _ Faro, zo$oo; António R. ~ um triptico. Inácio to aponta. Olha -Nossos e Av~Marias.
dela começa uma novena a Nossa Senho- Xavier _ Beira Alta, 3o$oo; Herminia o primeiro quadro. Que encanto!...
toldar-se oom ares prometedores de chu-
ra da Fátima, terminada a. qual sem que da Silva _ Gondomar, 3o$oo; Virgínia Anjos no Céu, belos, felizes, obras pri- •
va.
Terminadas as devoções, quer colecti- ninguém soubesse da sua resolução, apre- Emflia - B dada 2o$oo Ma 1 F mas do poder criador. • •
en • ; nue · Q há bai ) U eh 1 Ss•IJ homem que assim falava era
~
M;:A
vas quer individuais, mal tiveram tem- sentvse-lhe inesperadamente o médico de Sousa - · Gondomar, 15Soo; Adelai- ue agora para xo. ma uva.
po de chegar a casa os últimos devotos com um documento acabado de chegar de Canadas _ Rio Maior, 2o$oo; J osé Mas chuva horrivel! mau IJ era bastanttJ cari11hoso para a [a-
sem que fôssem alcançados por uma chu- em que o doente era considerado e decla- ] oaquim Antunes LtJpo _ Porta~grtJ, São raios, são chamas do fogo sinistro! milia mas indiferenttJ em rtJligião.
va torrencial que por bom espaço de rado como absolutamente isento de qual-
77
a 1oo; Maria da Piedade _ Lisboa, Repara bem. As figuras são as mes- No dia stJguinttJ o pai chama o Pedri-
tempo caiu sôbre aquela zona, o que por quer responsabilidade no caso em que an- 2o$oo; António da c. Portela Bougado, mas. SOmente o que tinham de celes- n.lw • pnpnta-lhiJ:
todos foi tido na conta de verdadeiro dava envolvido o seu nome. o$oo; Um anónimo, r.ooo$oo; Distri- tia1 em cima teem agora de repelente. - A quem é qtU tu quertJs mais: a
35 A causa? Procura-a. Lê essa palavra es- mim ou d miiiSinha?
prodígio de poder de Maria e solene pro- Bem se pode imaginar a entusiástica
alegria da pobre doente que, por tão in- buição em Coruche e Salvaterra de Ma- crita no meio do quadro: Pecado. - Quero melhor ao paisi11ho.
testo do Céu oontra a insolência do pro-
signe benefício se confessa absolutamen- gos, too$oo; Cecilia de Castro - L isboa, Olha mais abaixo: Que vês? O horror - E a quem mais quet'IJS tu be"'?
testante. 2o$oo; Pompeu Vidal - Lisboa, 3oSoo; do inferno, não é verdade? - A mais ningtÚm.
:Este, porém, em vez de se render, te devedor à valiosa intercessão de Nos-
sa. Senhora da Fátima. Maria Izabel de Castro-Lisboa, no$oo; Eis o efeito do pecado. - Ora diz lá outra vez, diz alto para
preferiu ma.is e mais evidenciar a sua
( Ccntiru«a) José F. de Almeida - Vimeiro, I5Soo; Torna a olhar para o meio e vê, antes a mãezinha OIIVir a quem é que tu que-
falta de carácter negando ter proferido Ana do Patrocínio Neves - Lisboa, da palavra pecado, um. rtJs mais?
a supre-menciona.da insOlência.
roo$oo; Maria Augusta Ferreira - Oli- Um pecado mortal faz de Anjos demó- O P.qtU110 /iC04I alxm'tJcido • não res-
Graças temporais voz DA FÁTIMA veira do Bairro, 2o$oo; Maria Olinda
Magalhães - Pôrto, 6o$oo; Maria da
nios, de Lucifer, Satanaz!
Pensa bem nisto e tira conclusões.
j><HuUu.
DIJ 'ef>iJnttJ OIIVIJ-u lá tü detttro, da
No mais aceso da revolução de S. DESPESA Piedade - Castelo Branco, 2o$oo; J oa.- sala de costura, 11 vo.r diJ Margarida:
Paulo, o Tenent~ Lt~Ls Teixeira foi inti-
mado a seguir para o campo da luta
onde certamente correria grave risco a
sua vida, como a de tantos que ali su-
cumbiram varados pelas balas de seus
Transporte ... ... ... . . .
Papel, oomp. e i.mp. do n .o
128 (75.00 ex.) .. .
i'ranquias, emba.l.. trans-
quim Polido - Niza, 2o$oo; Maria Ali-
ce Roquete--Salvaterra de Magos, 2o$oo;
Maria Borges -
quim Vieira -
Germano -
Louza.da, zQ$oo; Joa.-
Barceios, 6o$oo; João
Portalegre, 5o$oo; Emídio
• • •

I - Pedro, IJStds b•m maf4dor. Não


IIJ1t.S t11 dito que a r.p.tiç4o ,duma coisa
Contempla agora êste segundo painel. tiJ fa.r doer a C4Nça? PMa que estds tu,
À esquerda é um para.iso onde duas pois, para ai a 1J11io4r • criança com F·
belas flOres humanas se desenvolvem b&- pnttu?
porte etc...... .
próprios lrmãos. Sabedora disto a sua Na administração Leiria. Sena - Lisboa, 2o$oo; Duarte Figuei- t>c:ndo felicidade: Mas... à direi~. que A oração, 4 resa do t/JJ'ço é filha do
família, recorre a Nossa Senhora da Fá-- redo - Satan, 3o$oo; Maria Iza.bel da tristeza! As lágnmas correm em nos. As amor • o •mor nU umfwtJ o ref>IJtw 0
tima, senão quando 2.• intimação o Silva - Cascais, zo$oo; P.• Francisco dOres avançam em ondas. E, ao fundo, mftWIO.
manda se~ir com urgência. Total . . . 393-0uln Andrade - Ca.scais, 32$oo; Laura Qua- vê aquêle espectro, aquele esquêleto ala- S por isso qw o IIJJ'ÇO f1ão c-sa oqw-
Longe de desanimarem, duas suas ir- Donativos desde 15$00 resma - Pôrto, 15$oo; P.• Alvaro de do: é a morte, a horrivel morte que apa.- les q.,. te- amor 4 Nossa S~JJJ'Jwra.
más começam a intensificar o seu pedi- P.• Basilio Morgado - Presa de Mira, Morais - S. Verissimo, 137S5o; Fran- rece.
do a Nossa Senhora da Fátima com uma 2o$oo; Distribuição na. freguesia. de Be- cisco Mendes - Albergaria Velha, 2o$oo; Busca ainda a causa da mudança de
n<n:'ena de Orações e Comunhões; e tio lém, 136$go; Distribuição na Igreja de Francisco Parente--Vale da Pinta, 2o$oo; cenário e leds as seis letras que tudo
satisfatório fOi o despacho que ine6pCra- S. Sebastião da Pedreira, n9Soo; Inês Rosa da Rocha - Valbom, 22$5o; Rosa isto explicam: - pecado. O TEMPO 2 PRECIOSISSIMO
damente cessaram as hostilidades não Guimarães - Foz, 25$oo; Candida de Zé;lia Vita - ESp~. 5o$oo; J.a,i.Ine O pecado causa das lágrimas. e por isso mandem-nos sempre o
sendo Já necessário ir expôr-se a tão gra- Jesus - ? , 2o$oo; esmolas arranjadas Antero - Nespereira, 3o$oo; António O pecado causa das dôres. O pecado
Te pengo. em França por António Benedito, Alexandre - Vila C. de Cea, 2o$oo; P. • causa da morte. número das suas assinaturas que nos
I saura Weyll, residente em Matatú 126$40; António Benédito - França, Albino Alves Pereira _ Belinho, 2oo$5o; Mas, ha! ouves tu dizer por aí. uO J?&" poupais assim muito tempo.
Pequeno, bem precisada para o Govêrno 15$oo; Tereza. Frazão - Alpiarça, zoo$oo; Teodina Pinto - Pôrto, 2o$oo; H enri- cado? -Não se morre disso,. Não se
da casa do concurso de seus :: filhos Henninia Frias e sua criada - Pôrto, que Pinto - Caldas de Aregos, 15$oo; morre? Mas é a 'dnica causa porque se
maiores, via-os desempregados, um há -4. 6o$oo; Maria Vahia - Fundão, -:zo$oo; Maria de Sousa. - Caxias, 15$oo; Ma- morre.
outro há 3 anos, sem ver meio de encon- Profirio da Silva - Pôrto, 3o$oo; Ana ria Huet Bacelar -C. de Aregos, 3oSoo;
Manuel Pitinha - Cascais, 2o$oo; Ivo-
Pensa bem que tu mesmo morrerás
por causa do pecado de Adão e Eva. Por
Fátima à luz da Autoridade Ecle-
trar-lhes colocação. Azevedo - Torres Vedras, 15$oQ; Maria
Informada por pessoa. amiga de valor Pedrosa. Ferreira - Ped.rouços, 2o$oo; ne Serra - Cascais, zo$oo; Saladina causa dêle morrem em cada dia 140.000 siástica
da intercessão a N.• Senhora da Fáti- Maria Soares de Matos - Pedrouços, Suarés - Lisboa, 2o$oo; Maria Sam- homens! Cada minuto 971!
ma, começa sem demora a fazer-lhe uma 65Soo; José Carreira J únior - Brasil, paio - Anadia, 2o$oo; P.• António de A falta de Adão e Eva é portanto pu- Fátima, o Paraíso na Tem
novena durante a qual continuaram a 44Soo; Joaquim Amado - Brasil, 15$oo; S.• Duarte - Tondela, :;:sSoo; Maria nida qo.ooo vezes por dia!
procurar colocação. Carlos F.• da Costa - Brasil, 21$6o; Leonor Fialho _ ~vora, 15$oo; P.• Jo- Julga lá, amigo, qual será. a malícia
E qual não foi a satisfação da Mãe Serafim Machado - Açores, 15$oo; Anó- sé do Rosário - c. da Raínha, Jo$oo; de um pecado que assim é castigado por A Pérola de Portugal
q~do, . terminada a novena, logo no
dia segumte, vê um dos filhos colocado
e com um ordenada que estavam lon~
nimo de Angra, So$oo; Maria Angelina
~ Angra, 15$oo; Liceu de D. José de
Castro - Lisboa, 5o$oo; Manuel da En-
carnação - Brava, 5o$oo; José de ~
C.• Manuel Cebôfas -
Conceição Queirós -
.
Emestína Lopes -
.
~vora, 5 o$oo;
Custoias
. 2o$oo.'
Avtz, zo$oo; Maria
Juiz,.
.
Aquele a quem S. Paulo chama «Justo
São 3 belos livros sôbre Fátima. ln-
dispensáveis a quem deseje conhecer bem
de esperar, tendo o outro igual sorte 7
dias depois! Animada a boa Senhora com
tão feliz despacho, e anciosa por obter
queira - Açores, 2o$oo; Ermelinda Or-
mond - Açores, 2o$oo; P. • Domingos e
José Pereira - Estarreja, 5o$oo; Miguel
Carvalho - Almeida, 5o$oo; _P.• Júlio
Cubelo Soares, 5~; D. Joao de Por-
1 • •
Contempla ainda o último quadro.
os prodígios de Fátima. Custa cada um
Olha primeiramente para o fim. Vê ês- 5Soo. incluindo já a despesa do correio.
a aposentação do marido, recorre neste Pinho - Amarante, roo$oo; Paroquia- tu_gal, roo$oo; Hennqu11ta da P. Cesa.r- se condenado no meio do inferno. Fixa- Os pedidos devem ser dirigidos ao Sa.ntuá.-
sentido a N. • S.• de Fátima, e dois me- nos de Paio Pires, 32$50; Maria Aguiar Usboa, rooSoo; esmola dos Açores, -lhe as feições. Ijo ou à Redacção da uVo.r àa Fdtima,.
Ano XI Leiria. 13 de dutho de 1933 N.• 130

COM APAOVAÇAO ECLEIIAITICA

DlrHtor • Propriet6rioa Dr. Manuel Marque• dO. lantoe Emprtsa Editoraa Tip. "Unilo QrAfioa" T. do Deapaoho, 11·Liaboa Adminiatradora P. Ant6nio doe Rele RedaiOlo 1 Admlniatra•aor "lemlnirio de Leiria,.

FATIMA - Mensagem de misericórdia


(13 DE JUNHO)
«A mensagem de miseric6rdia que a Virgem Santíssima trouxe a
Fátima não era só para Portugal, como a de Lourdes não era s6 para
França» .
(Do rev.clo P.e Luis Gonzaga da Fonseca, S. J., professor do Instituto
Bíblico Pontiücio, de Roma, no seu magnífico livre: uAs maravilhas de Fá-
tima>>.)

sucessivamente sob a triplice invocação to Condestável, fez reviver nos nossos tinha chegado poucos momentos antes Que scena. encantadora a daquela Co-
Maria, Mãe de misericórdia do Rosário, das Dores e do Carmo, es- dias as grandezas e as glórias doutras ao local das aparições, encontra-se já na munhão Geral na Cova da Iria, em que
«Quando, no extremo oriente da Eu- tabelece na Cova da Iria, precisamente eras, avivando a fé, acrisolando a pieda- varanda do pavilhão dos doentes, onde a multidão dos tiéis ciciava baixinhq
ropa, o Anti-Cristo desencadeava, não no centro geográfico, histórico e monu- de, reformando os costumes, purificando se ergue o grande altar das missas sole- mas cheia de fervor as Slias orações e o
eó contra a verdadeira religião, mas mental da nossa Pátria, o seu trono de as almas, restituindo à nação a ordem, nes. Os peregrinos rezam em comum o numeroso côro entoava os cânticos mais
•ontra a própria ideia de Deus e contra graça e de misericórdia. a paz e a prosperidade, prestigiando a terço do Rosário. Começa em seguida a apropriados à solênidade daquele gran-
a sociedade civil a guerra mais formidá- A sua mensagem celeste, confiada a Igreja, impondo Portugal ao respeito e procissão das velas. dioso acto!
vel que a história regista; no extremo três humildes e inocentes crianças, diri- admiração do mundo e reproduzindo, co- Na tribuna, em frente do microfónio, )l.s 9 horas celebra a Santa Missa o
ocidente aparecia a grande e eterna Ini- gida a Portugal e comunicada às ~inco mo que por encanto, nos seus vastlssi- o re.v. dr. Marques dos Santos, vice-rei- Senhor Bispo de Leiria. Acolitaram o
miga· da serpente infernal». partes do mundo, constitui um facho de mogs domínios de além-mar, a maravi- tor do Seminário de Leiria e capelão di- venerando Prelado os rev.doo dr. cónego
Portugal, que enviara aos campos de rector do Santuário, dirige as preces e Francisco dos Santos, abade da Sé do
batalha na Flandres e em Africa algu- os cânticos da multidão. A voz clara e Pôrto, e dr. Joaquim Carreira, professor
mas dezenas de milhar de soldados, es- bem timbrada do sacerdote, que oito po- de sciências eclesiásticas no Seminário
tava prestes a sofrer as terrlveis conse- tentes megafónios reforçam e multipli- Episcopal de Leiria.
qüências da guerra na esfera da mora- cam, ouve-se distintamente por tôda a Às onze horas e meia no monumento
lidade pública e particular, que viriam vasta esplanada: cem mil vozes respon- comemorativo das aparições, o rev.do dr.
agravar sobremaneira os efeitos deletérios dem em cõro e a oração e o canto prose- Marques dos Santos preside à recitação
' duma revolução anti-cristã que, tendo guem numa ordem perfeita e admirável. do terço do Rosário, em que tomam
logrado derrubar um trono oito vezes Às onze e meia o magestoso cortejo parte milhares de peregrinos. Ao meio-
wcular, pretendia também destruir sa- chegou ao t ermo do seu longo percurso. -dia, realiza-se a primeira procissão de
crilegamente o templo e o altar. A enorme massa compacta de povo, reu- Nossa Senhora, em que a Imagem da
A peste do laicismo grassava por tO- nido junto do Pavilhão, canta o Credo Virgem de Fátima é conduzida proces-
da a parte, invadindo os diversos secto- com fé viva e santo entusiasmo. sionalmente pelos servitas da capela das
res da vida social. Nas escolas públicas Esta melodia entoada por um côro Aparições para o Pavilhão dos doentes.
• particulares era estritamente proibido imenso é simplesmente sublime.
o ensino da Religião, mas, em vez de se
manter em tOdas ao menos uma digna e
O maravilhoso cortejo nocturno, que
circula durante cêrca de duas horas nos
A Missa dos doentes
respeitosa neutralidade, muitas delas extensos domínios do Santuário, consti- Em seguida celebrou-se a missa oficial,
eram focos de hostilidade manifesta e tui um soberbo e tocante espectáculo, a que assistiu o Senhor Bispo de Leiria.
odienta contra a Igreja, contra as suas em que a multidão ora, canta e aclama O celebrante é acolitado por dois ilus-
instituições e contra os seus ministros. a Virgem, numa apoteose explêndida, tres médicos, os drs. Gualdino de Quei-
Associações anti-clericais ostentavam des- única e indescritível. rós, de Serna.che do Bonjardim, e Henri-
pudorada e impunemente, à frente dos que Bernardo Gonçalves, de Cem-Soldos
&:ortejos formados por alunos dos seus Adoração nocturna (Tomar), que, depois de terem presta-
colégios, em bandeiras desfraldadas ao do os seus serviços profissionais no Pôs-
Pouco depois das onze e meia, Jesus
vento, legendas como esta: ccSem Deus to das verificações médicas, quiseram
é exposto sôbre o altar no seu Sacramen-
nem Religião»! Na imprensa, no parla- coroá-los com aquele piedoso acto em
to de amor. Principia então a linda e
mento, nos estabelecimentos de ensino, comovente cerimónia da adoração noc- honra do R ei e da Rainha de Fátima.
nos quartéis e nos com1cios, falava-se ou turna. Ao Evangelho subiu ao púlpito o ve-
escrevia-se sem a mais leve sombra de nerando Prelado de Leiria que diante
O Senhor Bispo de Leiria, que presi-
respeito pela Religião e muitas vezes até do microfónio, proferiu uma bela e co-
de à recitação do terço, explica nos in-
pelas regras mais elementares da moral. movente alocução, que os megafónios
tervalos das dezenas os mistérios dolo-
Por outro lado, os quadros da acção transmitiram com uma clareza admirá-
rosos do Rosário.
eatólica e da acção social cristã acha- vel a todos os grupos que constituíam o
~ nesse instante que, melhor do que
vam-se ainda por organizar. A Igreja, auditório e que no seu conjunto perfa-
nunca, se pode apreciar a fé viva e a
intimamente unida ao Estado, como jà- ziam o número de mnitas dezenas de
piedade ardente dos peregrinos de Fáti-
mais o fôra em país algum do mundo, milhar de pessoas. Após a missa, o Se-
ma. Que silêncio e que recolhimento! Que
manietada, oprimida e quási asfixiada nhor Bispo de Leiria paramentou-se no
fervor nas súplicas que partem bem do
por êle, não possuía a liberdade indispen- altar e, depois de exposto e incensado o
fundo da alma. Que amor e devoção à
sável para proceder à depuração dos Virgem! ... Santissimo Sacramento, deu a bênção eu-
seus elementos humanos e à intensifica- carística aos doentes.
A primeira hora é destinada à adora-
ção do seu apostolado redentor. :Estes estão uns deitados em macas e
ção e reparação nacional. No fim o ve-
A.~ rt:giões do centro e do sul do país outros sentados nos bancos do Pavilhão.
nerando Prelado recomenda às orações
r.:~ganizadas, grande número de templos
dos fiéis o Papa, os Bispos, a Pátria,
São em número de algumas dezenas.
profanados ou destruídos, o clero reduzi- ~ esta a mais tocante de todas as
do nas suas fileiras, os seminários des- tôdas as intenções confiadas aos peregri- scenas.
falcados na sua população, os Bispos e nos de Fátima.
Choram os doentes e choram os cir-
os párocos vexados, presos ou persegui- E aqueles milhares de peitos, pulsando
cunstantes. Mas as lâgrimas que brotam
dos, a onda da impiedade e da dissolu- em unlsono ao impulso de caridade cris- de todos os olhos umas são lágrimas de
ção dos costumes avançando assustado- tã, rezam, com fervor, pelas necessida- esperança e de confôrto e as outras são
ramente e ameaçando subverter a reli- des alheias, como se rezassem pelas suas
lágrimas de caridade e de compaixão.
gião, a família e a próP.ria sociedade ci- próprias necessidades. Jesus, presente na Hóstia Santa, pura
vil, eis o sudário das calamidades nacio- Fazem em seguida cada uma a sua ho- e imaculada, passa através daqueles cor-
nais durante o longo período de pertur- ra de adoração particular as principais pos quebrantados e torturados pela dor
bação que sucedeu à queda do antigo ·re- peregrinações presentes, enquanto o gros- e o seu Coração Divino, cheio de pie-
gimen. · 13 DE MAIO DE 1933 so dos fiéis procura tomar um pouco de dade e de ternura, espalha a flux as suas
Foi então que a augusta Raínha. do .chuva de flores s8bre o andor de Nossa Senhora da Fátima repouso, uns deitando-se na terra nua, graças sôbre as almas bem dispostas e,
Céu, empunhando novamente a arma in- outros, um pouco mais felizes, recolhen- como outrora na Palestina, passa faz«;ndo
vencível do Santo Rosário, se dignou luz que ilumina as almas com o explen- lhosa e sublime epopeia missionária do aos seus automóveis ou camionnettes. o bem. Leva a umbela um dos nossos
aparecer, entre nós, portugueses, num dor das verdades eternas, um !oco de 1antanho! de As peregrinações tiveram a sua hora
mais distintos homens de sciência, dr.
de adoração pela ordem seguinte:
pequeno rincão, ermo e árido, da Serra
calor q~e. abrasa os corações no f?go do
çle Aire, para n êle estabelecer o seu quar- amor divmo, um fermento de VIda so-
Procissão das VeJas Lourinhã, da 1 às z; Socorro, das 2
Carlos Lima, director da Faculdade de
Medicina do Pôrto.
tel general e de lá assestar as suas bate- brenatural, assombroso e único, que faz . Vai realizar-se o grandioso acto pre- às 3; Covilhã (freguesia de S. Martinho), Assistiu a todos os actos do culto um
rias, a oração, a penitência e a fuga do levedar os indivíduos, as fanu1ias e os paratório das comemorações oficiais ao e Nadadouro (Caldas da Ralnha), das peregrino estranjeiro, o rev.cJo Caspar
pecado contra os exércitos formidáveis povos, convertendo-<>S, santificando-os e dia treze. No firmamento, limpo de nu- 3 às 4; Lamego das 4 às 5· Hutter,, missionário alemão, que é ac-
do mal, numerosos, aguerridos e inaudi- salvando-os. talmente reitor duma capela em Reiche-
tamente violentos nos seus ataques.
vens, brilham miriades de estrêlas, que
Bendita seja a augusta. Ra.ínha de Fá- se distinguem a olho nú.
A Missa da Comunhão Geral nau, na Áustria, e que veio expressamen-
Às 5 horas p~cipia a missa da Comu-
• •
• tima, Mãe de misericórdia, vida, doçura São pouco mais de dez horas.
Sua Excelência Reverendíssima o Se- nhão Geral, na capela do Pavilhão dos
te de tão longe para visitar o Santuário
de Fátima.
Mãe piedosa e compassiva dos portu- e esperança nossa, que, n esta terra de
gueses, por êles eleita como sua Padroei- Santo António, o glorioso Taumaturgo, nhor D. José Alves Correia da Silva, doentes, sendo administrada por vários Cantado o Tantum ergo e dada a bên-
sacerdotes a mais de cinco mil pessoas. ção geral, os servitas reconduziram à ca-
ra, a Virgem sem mácula, mostrando-se e do Beato Nuno de Santa Maria, o San- 1 ilustre e venerando Bispo de Leiria, que
2 VOZ DA FATIMA
mo-nos juntamente com ela a invocar
pela das apançoes a Imagem da Virgem
de Fátima num cortejo a que presidiu o
Senhor Bispo de Leiria e em que tomam
FATIMA no Estranjeiro Je.<;;us com a dooo jaculatória. por ela
ensinada a Lúcia. Ao Tantum Ergo se-
todo o número de Maio a Nossa Senho-
ra da Fátima.
Transcrevemos para. conhecimento dos
parte as irmandades e confrarias com os guiu-se a bênção e o canto do Hino nossos leitores o artigo principal da ci-
A. nota dominante do dia 13 passa-se,
seus estandartes, os sacerdotes e os ser-
vos e servas de Nossa Senhora do Rosá-
No Colégio Portu- tarde feita, à hora precisa em que na
ui! 13 Maggio>> <<a treze àe .Maion. En-
quanto se cantava o hino algumas só-
tada revista :
«Facto internacional, acontecimento
rio. guês e m Roma Fátima os peregrinos rezam e cantam,
o adeus da despedida.
cias da Acção Católica distribuíram
pelos presentes bilhetes com números pa.-
mundial, o mais extraordinário dêste sé-
culo oomo lhe chama quem sabe dar o
O convite e a recomendação da Fátima é um nome já conhecido, pro-
nunciado e venerado com muito cari-
A capela está literalmente cheia. E ra sortear a Imagem· de Nossa Senhora. nome às ooisas, a aparição de Nossa Se-
a colónia portuguesa, são os alunos da Não bastaram porque vieram mais pes- nhora. em Fátima, cujo décimo sexto
Virgem nho e afecto por quantos em Roma vi- Universidade Gregoriana com larga re- soas que as que se haviam previsto. aniversário ocorre a 13 do corrente mês,
vem. E a prova está. no que se passou presentação de todos os Colégios mere-
Estão terminadas as comemorações do Enquanto se faziam outros bilheti- dá margem a considerações proveitosís-
no último dia 13 de Maio. cendo especial me~ Colégio Ame-
dia treze. • Como nos anos anteriores e, princi- uhos cantaram-se outraa cançõesinhas. simas.
Os peregrinos vão retirando pouco a ricano do Norte, Colégio Pio Latino, Uma menina tirou um bilhete com um Maio, o mês oon.sagrado à Mãe de
palmente no ano transacto, o uComitato Espanhol e alunos de diversas Congre-
pouco para as suas terras distantes. número, tirou outro: tinha o non1e da Deus, trêze do mês, número fatídico que
Pro Fati'ma» envidou os mais solícitos g~ões Religiosas.
A!> almas apartam-se da Cova da Iria Virgem Santíssima do Rosário. assusta a tantos e tantos, e escolhido
cuidados em mimosear sua Mãe amoro- Depois de rezado o terço dirige-se pa-
com mágua intensa e funda saüdade da- Cresce a atenção de todos. O núme- êste e preferido aquele, não quer dizer
síssima com uma festa tôda portugue- ra o altar, na sua proverbial simplici-
quele abençoado cantinho do Céu. ro que saísse depois designava a pes- que nacionalismos i11.transigentes como
sa, tôda suavidade e encanto. dade e modéstia encantadoras, o Rev.
O silêncio e solidão voltam a reinar Nem faltou o tríduo a prepará-la, soa afortunada a quem estava reserva- prevenç6es de~rrozoada.s n ão devem
soberanamente na Cova da I ria e, a b~ P.• Fonseca, que num italiano elegan- da a Santa Imagem. A Senhora quis ir ter-ae em conta?
nem se regateou dinheiro e esforços em te, estilo persuasivo e bem cuidado, de-
ve trecho, a noite envolverá nas dobras a reclamar devidamente. para as mãos de uma menina a quem ja- Nito é Maio internacional, a começar
do seu manto de trevas os templos e senvolve, sob um aspecto todo original, mais ooubera a dita de haver em sorte pela festa do trabalho, festa que dev&-
O tríduo foi confiado aos Revs. P ... o tema: F'átima e o Ano Santo. ·
monumentos do maior santuário nacio- Imagem alguma. - rá ser tôda. cristã, porque o grande ope-
José Soares da Rocha, Adão Salgado Celebrar Fátima, uma Aparição, num
nal. de Faria e Sebastião Soares de Rezen- A funçãozinha agradou tanto e deixou t·ário é Deus, e o Filho de Deus, Cris-
E, do seu trono de amor e de mise- ano em que todas as atenções do orbe tão bela impressão que, imediatamente, to Senhor Nosso, vindo à terra era cha.-
de. Num plano lógico e bem elaborado se convergem para Roma a ganhar o
ricórdia, na santa capela das aparições, foram apresentados três aspectos da diversas pessoas manifestaram o desejo mado uFilius F a briu o filho do Carpin-
a branca e bela Rainha. de Fátima fica Jubileu, não parecerá cousa extranha? de a ver repetida no dia 13 de cada mês. teiro?
Fátima: Sobrenatural, Missionário e
apontando a todos, peregrinos de facto Mas que é Fátima? Não é Fátima Recitou-ae a Avé Maria pelos doentes, Maio intemaci<mal... onde não é co-
Social. um J ubileu perene, um Ano Santo de
e peregrinos de desejo, a todos, portu- O orador do primeiro dia apresentou pelos zeladores e zeladoras do culto de nhecido êsse mês pelas homenagens à
guesa:; e estranjeiros, o único caminho Redenção que promulgado há precisa- N. S. a de l''átima, pela pa.cificaç.ã o do Mãe de Deus, se é que lá chegou, por al-
o aspecto sobrenatural desenvolvendo o mente 16 anos se prolonga e prolonga-
de salvação: com o seu convite à peni- tema uMihi vivere Christus estn. mundo, pelo Santo Padre, pela Acção guma via, a doutrina da verdade?
tência e à fuga do pecado, especialmen- rá. ininterrupto a todas quantos a Fá- C:at.ólica, pelas Missões Católicas e san- Entremos, pois, nos desígnios da Mãe
Viver Cristo, formar Cristo em nós tima se aconchegam? E em reptos elo-
te do vício impuro e das modas imorais; para o darmos às almas e as darmos a tificação do clero e pela oonversão dos do Céu ao ditar-nos a. sua mensagem
é oom a sua recomendação insistente e Jesus é a vida mais sublime porque tô-
qüentes de uma oratória Apostólica e pecadores a.fim de que a Virgem San- por intermédio de três pastorinhos.
tantas vezes repetida de rezar todos os tinamente literá.ria demonstra. lõgica- tíssima os chame a fazer a Comunhão Foi no meio dum povo quási desconhe-
da sobrenatural e divina. Maria como mente o tema:
dias devotamente o Santo Rosário, que é ninguém realizou em si esta vida, rea- pascal. cida pelo seu pequeno número, um po-
a chave dos tesouros de Deus. Ano Santo é ano de Jubileu, de gra- Noutra igreja redtou-se o Santo Ro- vo que se ia varr endo do oonário do
lizá-la em seus filhos é sua obra na Fá- ça, de conversão, de reparação de re-
Visconde de Montelo tima. Realizá-la em nós com Maria e sário para que a Virgem Santíssima mundo pelos erros dos seus governantes,
por Maria, para com a S... da Fátima
f<?rma.~ . d~ vida sobrenatural, Eucarís- suscite outros zeladores do seu culto. foi num ano em que isso mais se acen-
tiCa, lJIVlll:!,. E a «Voz. da Fátima>~ em Italiano pu- tuava. porque o mundo se achava r evol-
sermos seus mais devotados cooperado- Mas não é Fátima precisamente isto,
res na salvação de Portugal tal deve ser blicar-se-á? to, como nunca, devido a uma guerra
todos os dias em todas as partes em
MISSõES PORUGUESAS DE NOSSA o ideal sublime dos Alunos do Colégio que Fátima é conhecida que são já to-
Encontraria numerosos leitores.
Muito obrigado por tudo.
que parecia interminável, que a Rainha
dêsse p"ovo que seus maiores elegeram
Português. das as cinco partes do mundo r
SENHORA DA FÁTIMA O aspecto Missionário traçou-nô-lo o Que outra cousa faz a Senhora• ela Sac. Micltelangelo Galcagno
sua, dando à terra que Ía!Jio conquistan-
do o nome de Terra de Santa Maria
Do Vener ando Bispo de Angola e Con- orador do segundo dia.
Desde o Cenáculo, quando dos pés da
Fátima senão converter, reform.ar, san- vem dizer-lhe: Confiança; vai findar ~
go recebemos uma carta que aqui t rans-
crevemos em parte para conhecimento Virgem partem os primeiros Missioná-
tificar, dar Jesus às almas, torná-las
outros Cristos para que sendo Eucaris-
Austria guerra, e mudando de vida, o mundo
rios Maria sempre tem sido a Protec- O Rev. Gaspar Hutler, da Diooose de retomará. seu curso normal.
dos nossos presados leitores. tias •ivas espalhem em redor de si por Sim, mudando de 11ida, terá perdão.
Diz assim o Senhor D. Moisés: tora. das Missões. montes e vales de Portugal, por tôda Viena d'Austria esteve na Fátima nos
Portugal, como o prova a história re- dias 12 e 13 de junho onde ,·eio em pe- E o povo não duvidou um instante, foi
uNo dia 13 de ca.da mês oolebro sempre a parte o bom odor de Jesus Cristo. E logo à prática do ensino, e os frutos des-
o Santo Sacrifício em honra. de Nossa. cebeu de Deus um.a especial vocà.ção numa preroção tôda transbordante o regrinação.
Missionária e tem por isso especial prO- .l''icou encantado com o que viu e vai sa prática eram patentes a todos. Foi
Senhora da Fátima em união com os fôgo duma alma intensamente Eucarís- então que a Igreja tomou conta do fa-
peregrinos que lá. se ~eünem nesse dia.. teoção de Maria, que em Fátima o veio tica convida os presentes a serem Euca- escre,·er as suas impressões no novo jor-
chamar à antiga Fidelidade, a qual é nalzinho - uBote von Fá.timan que se cto, averigõu~ maduramente viu-o
Que a Nossa Boa. Mãe do Céu se com- ristias vivas, para com a S ... da Fátima tra.nspôr ràpidamente as frontei~as dês-
padeça de tantas almas abandonadas e impossível se Portugal não cumprir a
sua Missão Evangelizadora. A rápida
espalharem as graças singulares do publica na Suissa.
se povo, entrar nas cinco partes do mun-
admiràvelmente bem dispostas, como Ano Santo de Redenção da Fátima.. do, dando sempre os mesmos resultados
ainda. nesta última. viagem tive ensejo
de constatar. Por tôda a parte, portu-
propagação do culto da Virgem de Fá-
tima nas Missões é uma prova eviden-
Seguiu-se a bênção terminando assim ·
esta festa tão simples mas tão filial que
Espa nha de bênção.
te do aspecto Missionário da sublime A magnífica revista El Adalid Sar a- Assim se cognominou logo de jacto i~
gueses e nativos, insistiam comigo pe- deixou em todos as mais gratas impres- ternaciona.l, de acontecimento mundial,
dindo uma missão, um sacerdote. epopeia da Fátima. sões e que de certo foi ternissima.mente fico que se publica em Sevilha, tem pu-
Traçou o aspecto social o terooiro blicado uma série de artigos subordi- destinado a renovar a humanidade.
Repete-se por aqui a sena descrita por aceita pela Virgem Santíssima. E não pode ser senão assim.
Jeremias uParvuli petierunt panem et orador: nados ao título - Fátima, Lourdes por-
Fátima é o foco intenso duma revo- tuguesa. Qual a causa do mal estar geral? Não
non erat qui frangeret eis.n
Tenho uma grande confiança na. efi- lução, duma grande revolução recoll& Sicília E seu. autor o Rev. Fr. J. de Castro. é porque o egoismo do individuo pas-
trutora; combate o laicismo, gera o Sã.o muito interessantes porque o seu sou a. ser egoi3mo social; o homem em
cácia. das orações e sacrifícios de tantos Cimina, 16 de Maio de 1933.
milhares de neófitos cujo fervor e ge- Apostolado e restaura para a sua linha autor que tem vindo várias vezes à Fá- ponto gronde,-eada nação, se arma de
histórica as forças da intelectualidade Rev. 1110 Snr. A. Borges tima, observou oonscienciosamente os ponto em branco para. suplantar as de-
nerosidade recordam os tempos primi- mais, esquecendo que nelas vivem ir-
tivos do Cristianismo. portuguesa.. O nosso voto bem firme, a factos que narra.
Agradeço muito reconhecido, a. ofer- nossa ramalhete espiritual na festa da Recebi a sua ucartolinan ilustrada do Esperamos fazer uma referência mais mão&, filhos do mesmo' pai- Deus!
S.• da Fátima. há-de ser o de sermos dia 2 do mês passado; no dia seguinte detalhada quando estiverem todos os ar- Não é verdade que a caridade mútua,
ta de uA Voz da Fá.timan e envio a lis- chegou a bilha oom a água da fonte tigos publicados.
em Portugal segundo as directivas dos o amor desapareceu ou tende a desapa-
ta dos endereQOS. milagrosa da Fátima, que o Snr. me recer da terra.
Na Ganda vai COI!l>truir..se uma igreja nossos Ex.moa Bispos, revolucionários re-
dedicada a N.• S.• da Fátima em subs- construtores, cooperadores fiéis da
grande revolucionária da Fátima. Cada
havia prometido no postal.
Extraí a bilha e reputo-me afortuna-
Brasil (S. Paulo) Mudemos de vida, como ensina Nossa
Mãe do Céu, façamo-nos cultores da ca-
tituição da capela provisória na qual (Extracto d~qDA carta)
um, segundo o seu carácter, seguirá. do de a haver r ecebido exactamente co- ridade e da justiça, tomemos por nor-
já. se venera a sua. imagemn. mo tinha sido expedida. Beijei-a e con- Antes de mais nada vou dar-lhe uma ma o preceito do Senhor : uA mai-vos un,s
Até aqui a carta do Sr. Bispo d'An- talvez um S. Roberto Belarmino, D.
Bosco, S . Francisco de Paulo ou S . Ben- servei-a. no,·idade sensacional, muito sensacional: aos outros, como eu vos ameiu e tôda a
gola e Congo. Reservei-me porém para a abrir no vi ontem aqui em S. Paulo o Ex.mo Se-
A Sua Excelência enviámos a esmola to, todos grandes revolucionários sob gente e a humanidade inteira tomará
dia tão caro aos devotos de Maria. San- nhor Dom J osé, Bispo de Leiria I
. • ..
a prot,ec(;ão da Virgem Santíssima. rumos novos e 0s indivíduos, como as
de 437$50 para a Missão de Ganda, tíssima da Fátima - 13 de Maio, 16.0 Não julgue que estou fantasiando ou nações deixarão 'de dar o espectáculo
sendo 350'00 do Snr. Manuel de Saa- Aniversário da. Aparição. inventando uma história. triste, que nos apresenta diante dos
vedra de Carvalho, de Lamego, a pedir Entretanto andava a pensar no me- E ainda não é tudo. Ha algo de mais
No dia 12 pelos bancos das aulas da olhos nesta metade do século vinte.u
orações por alma de Abel Ferreira. lhor modo de oolebrar festa tão singu- sensacional, mais _empolgante: S. Ex.•
Aos nossos leitores lembramos as ne- Gregoriana, pelo átrio, pelos quartos
dos professores com santo ardor e en- lar e a propósito falei com pouCO$ mas o Senhor Dom Jose ergueu o seu braço e
cessidades de Missões em geral e espe-
tusiásmo filial lá vão os ardorosos Con- assíduos freqüentadores da igreja onde levantou a sua voz e também deu a
cialménte das Missões portuguesas e es- celebro quotidianamente- o Carmelo. bençii.o ao povo que o rodeava I II
trang~iras de Nossa Senhora da Fátima, gregados de N... S. • espalhando artísti-
cos programas - oonvites para a festa Um dia avisei os fiéis para que se · Calcule se pode, o meu entusiasmo- PENSANDOEM TUDO. .. MENOS NA
prontificando-nos a enviar-lhes qual-
do dia seguinte. juntassem no Carmelo às 11 1/2 da ma- ao ver~ aqui no Br azil em frente dum
quer esmola que nos entreguem com ês-
te fim. E oh I que bem acolhidos foram! nhã do dia 13 de Maio. Prelado português, o Bispo de Nossa Se- SALVAÇÃO DA SUA ALMA!
No dia 13 de manhã celebrou a Mis- Aos pés da Virgem Santíssima do nhora da Fátima. Calcule a minha emo- uAtYavessando o deserto, um viajante
sa da Comunidade o nosso queridíssi- Carmo podia remtar-se juntamente o ção ao ver erguer o Senhor Bispo de viu mn áyabe s11ntado ao pé duma pal-
mo Padre Espiritual, Rev.mo P .• Luís Santo Rosário : Lúcia na última Apa- Leiria o seu braço e ao ouvir a sua voz. meiYa. A pouca dtst6ncia yepousavam os
NOSSA SENHORA DA FÃTIMA EM Gonzaga da Fonseca, S . J., acompa- rição viu a Senhora do Carmo. -aquela voz que eu também conheço seus camelos pesadam~~.nte caYYegados
nhando ao órgão com suaves e melodio- Prometi sortear pelos circunstant~ a - a cantar a sua bênção: Sit nomen com valiosos objectos.
ÁFRICA sos cânticos a Schola Cantorum do Co- Imagem da Virgem do Colégio Portu- Domini benedictum, e to... APYoximou-se dêle e disse·lhe:
légio. guês. Mas quere saber como foi? Foi assim: - Pa,.eceis muito preocupado. Posso
(Extracto duma carta) Na manhã do dia 13 oelebrei a San- Passando por 1o1ma rua da capital Pau-
O altar era um mimo de primor e fi- ajudar-vos em alguma coisa?
........................ ...... .......... no gôsto das mãos gentilmente filiais ta Missa (pelos zeladores e zeladorD.B lista, vi anunciada a fita cinematográ- Ah! yespondeu o áYabe com tristeza.
No dia 15 de fevereiro cheguei ao Go- dos Congregados. da Virgem Santíssima da Fátima) no fica c<Fátima Milagrosan Muito natu- . Estot' muito aflito porque peYdi a mais
lungo-Alto, uma vila importante do dis- Quando o admirei pela primeira vez altar de de N .• S. • do Carmo. ral.mente comprei uma cadeira. Estava preciosa de todas as joias. ·
trito do Quanza....Norte, em serviço mis- deu-me a impressão dum canteiro mimo- Antes da Missa os fieis cantaram a longe de pensar que ia ver um belo tra- - Que joia era essa? - preguntou o
sionário de visita. às catequeses e com so de flôres de alma balsamicamente Salvé Rainha, durante a Missa uma balho cinematográfioo; mas qual não viajante.
grata surprêsa vi a imagem de Nossa perfumadas, cuidadosamente cultivadas cançãozinha e a Ladainha. foi o meu espanto ao verificar que se -Era uma joia, respondeu o árabe,
Senhora da Fátima. (de meio metro de pelos devotos da Virgem e a ela ofer- De volta a casa abri a bilha de água tratava de ·uma soberba obra do Cine- como jàmais haverá outra. Estava ta-
altura e rasoavelmente trabalhada) a tadas no dia lindo de sua Festa. milagrosa e com tôda a minha família ma português - Fátima Milagrosa - lhada num pedaço de pedya da Vida 6
presidir ao ensino da doutrina cristã De feito viam-se a candura e pureza fizemos o sinal da Cruz eom ela. desenrolando diante dos nossos olhos o tinha sido feita na oficina do Tempo.
(ministrado em português e kimbundo), de alma no branco níveo do odorífero Levei imediatamente depois a água a quadro maravilhoso de uma peregrina- Adornavam-na. 365 brilhantes, em
e aos actos de culto que todos os dias jasmim ; a humildade no azul dos lí- quatro pessoas enfêrmas e às 11 1/2 en- ção em Nossa S~ora da Fátima, e des- volta dos quais se agrupavam 24 mais
e mais demoradnmente ao domingo se rios a caridade apostólica no rubro es- contrava-me na Igreja para a fun~ãozi­ tacando no meio daquela onda humana peque-nos, ciycundados ainda poy 6o mui-
realisam numa pobre capela. carlate das rosas- todas sustentadas nha. Contra tôda a espectativa, atenta a figura querida e bondosa do Veneran- to mais pequeninos .
Foram os catecúmenos do Bondo na Fé viva das velas hirtas para o Céu, o incómodo da hora. grande foi o núme- do Bispo de Leiria. Já vêdes que tenho razão para dizer
uma sangála grandemente povoada, nos na esperança do verde das folhas que ro das pessoas que estavam presentes Desde que o progresso tornou o Cine- que joia igual jàmais podeYá reprodu-
arredores de Golungo - que construí- entremeavam o conjunto de um efeito na Igreja. ma sonoro, aqui tem V. a chave do eni- zir-se.
ram com muitos sacrifícios de trabalhos surpreendente e encantador. Fiz a leitura da. primeira Aparição; gma que transportou a Fátima para S. - De jacto, disse v viaja11te, a vos-
e de angolare& esta capela e a dedica- À · hora da Comunhão abeiraram-se em seguida diante da Imagem do Car- Paulo, permitindo-me ver o Senhor D . sa joia devia sey preciosa. Mas não será
ram a Nossa Senhora da Fátima. E de- da Mesa. Santa além dos Alunos algu- mo (que parecia sorrir-nos por entre lu- José e ouvir a sua voz aqui na terra de possível qt'~ com muito dinheiyo se possa
pois, quando comecei os meus trabalhos mas ReÍigiosas portuguesas, de S .t.a Do- mes e flôres) recitámos cinco décadas Santa Cruz. fazer outra igual?
de missionário, tive a grande satisf~ão rotea. Sucederam-se as Missas até tar- do Santo Rosário. Terminei o Santo Resta-me dizer-lhe que gostei imenso A joia perdida, Yespondeu o árabe,
de dar á. primeira pretinha que lá. ba.- de celebradas por alunos do Colégio e Rosário às 12 e quis saudar com o An- e que a uFátima Milagrosan é uma 1?6- voltando a ficay pensativo, é um ano,
tisei - o nome de Maria da Fátima. outros sacerdotes de fora. gelus a Virgem. Cantou-se a Ladaínha ça que honra o cinema português. e um ano que se perde não se torna a
Fiz lá 115 batismos, · administrei a co- Às 10 horas dirigiam-se para o altar e depois o ccOremus Deus cuius Unige- S . Paulo-Brasil encontrar.
munhão a 945 cristã<>& (pretos e mula- os Ministros da Missa solene cantada nitusu. Abri o tabernáculo para reci- P. Bamo1 Paiva E quantos homens há que não perdem
tos) e assisti a 9 casamenos. A messe é por Mons. Porfírio Cordeiro, Reitor do tar as nove partes da Novena a Nossa um ano, mas perdem a vida inteiYa, pen-
vasta, mas são poucos os operários. sando em tudo, menos no que deviam
Colégio, que ao Evangelho fêz uma
Apostólica homilia incitando os alunos
Senhora de Fátima. Agrada-me muito
esta Nóvena. mas, diante do Santíssi-
(Pará) pensar - na salvação da sua alma!! .. .n
a serem Apóstolos da Senhora da Fáti- mo, encontrava-a mais bela ainda, A magnífica revista - Legionário de
Malange-Angola
ma, como ela foi, pela simplicidade, mais exacta: ad J esum per Mariam. Maria - que se publica em Belem do
P.• Oandido Maia prudencia e santidade sacerdotal. Invocávamos Maria para encontrar- Grão Pará - Brasil - oonsagra quási ~s te número f oi visado pela censura
VOZ DA FATIMA a
Graças de N. Senhora de Fátillla Senhora da Fátima e fiz..lhe uma nove- Passados alguns meses, consultei o Sr.
na juntamente com os meus alunos da Dr. Araújo, de Vila do Conde, dizendo-
escola do curso nocturno e duas irmãs ·me o mesmo. Agora, passados 8 meses
que eu tinha fizeram em casa sózinhas, sem o mínimo sinal de fraqueza, estou
Quando no dia 6 de Fevereiro de 1931
Dores nervosas o seu médico me disse que mais nada ti- Uma graça da Virgem da Fátima também uma novena. radicalmente curado, devido à bondade
Prometi rezar um terço a Nossa Se- da ccSaúde dos Enfermos». Hora e glória
Em 1927, sofrendo já havia bastante nha a fazer-lhe, dizendo mesmo que não uNos momeutos atribulados da existên- nhora da Fátima, um ano inteiro e pu- a Ela para sempre.
tempo de horriveis dôres de cabeça e chegaria ao outro dia, como êsse dia fôs- cia, a alma crente encontra sempre um blicar na ccVoz da Fátima» a cura de Instituto de Nun' Alvares.
não podendo tomar ma.is remédios com se a primeira sexta-feira do mês, foi-lhe lenitivo que lhe suavisa. as dores físicas e minha Mãe, se ela lhe fôsse concedida. Caldas da Saúde - Minho
receio de ensurdecer de todo, como me ministrado o sagrado Viático pelo Rev.o tranqüilisa o espírito perturbado por E então qual não foi a minha admiração.
diziam, ia sofrendo com a maior resigna- Abade, que o encontrou tão mal que em ' tristes e multiplices apreensões, na espe- quando ao começar a novena a minha João Baptista Rodrigues .l...e1te
ção possível. Uma manhã, porém, de- seguida lhe ministrou a Extrema-Unção. rança da protecção de Deus. querida Mãe sentiu logo algumas melho-
pois de uma noite de tormentos, levan-
tei-me aflita, ajoelhei em cima da ca.ma
Eu vende a ciência médica esgotada e
sabendo que a Misericórdia de Deus é
Neste cantinho de Portugal, onde a fé
ainda se encontra viva, com todo o ar-
ras que foram sempre continuando. Hoje
encontra-se bem, como antes da sua
Inflamação
defronte de uma ima.gem da Santíssima. inexgotável recorri a Nossa Senhora da dor dos antigos tempos de apostoliza- doença de há 13 anos. Armando Nunes de Carvalho, residen-
Virgem e bebendo um pouco de água do Fátima para que Ela salvasse o meu ma- ção, desde há muito que se presta cul- te em Alpedrinha, tendo sido atacado de
seu Santuário, com muita fé lhe pedi que rido. to à Virgem de Fátima solicita Media- Leonel de Medeiros Vieira Ponte Garça grave inflamação nos pulmões, pedi por
me levasse para o Céu ou me tirasse Continuando ainda doente no dia 13 nem das graças do Céu . • várias vezes a Nossa Senhora da Fátima
aquelas dOres: Nossa Senhora atendeu- de Maio de 1931 improvisei um peque- A gloriosa padroeira de Portugal tem Penarício e a Santa Filomena a graça de me cura-
-me, pois que, graças a Ela, as dôres no altar no seu quarto com a imagem correspondido aos extremos de afecto da Uma das nossas pagãs convertidas, rem, pois não só era desgôsto para
desapareceram imediatamente e são já da Santíssima Virgem acompanhando to- gante açoreana, com rasgos eloquentlssi- mãe de numerosa família, e cuja filha meus Pais,. como também se aproximava
passados cinco anos sem que elas te- do o dia em espírito os peregrinos em mas de amor maternal, concedendo co- mais velha está ua nossa missão, teve o novo ano lectivo de 1932-1933 que as-
nham tomado a martirizar-me nem mes- Fátima. A Virgem 'Santíssima querendo piosas graças aos que em horas aflictivas, um penaricio num dêdo, logo depois do ~im certamente iria perder.
mo brandamente. provar talvez a minha fé, foi nêsse dia à sua generosidade recorrem. nascimento do seu último filhinho. Fiz promessas, acompanhado de meus
Em 19z8, encontrando-me muito mal que consentiu que meu marido mais so- Nas últimas férias grandes, retido no Alguns dias depois, vieram dizer à queridos Pais, as quais a Mãe Beodita
tive de recolher ao hospital para ser fresse com uma segunda hemorragia na- leito por uma incómoda febre, a Ela sua filha mais velha que sua mãe estava ouvia sem visivelmente conceder a graça.
operada. Durante 15 dias estive d e ca- sal, e com um ataque de reumatismo recorri, pedindo-lhe a cura. muito doente duma mão. Uma das nos- Vindo o meu médico, o Sr. Dr. Alvaro
ma, sempre de costas e sem poder dor- agudo. A gloriosa Mãe de Deus mui justamen- sas irmãs foi com a pequena a casa da Gambôa, para me auscultar, qual não
mir. Tinha comigo um pequeno rosário Não desanimei. Pedi sempre à Santís- te chamada a ccSalus infirmorum» ou- mãe para vêr o que havia. foi a minha alegria, ouvindo-o dizer que
que me trouxeram da Fátima êsse ano, sima Virgem que lhe desse saúde e foi viu minhas preces e os rogos dos entes I
Viram logo que a mãe estava ameaça- estava curado!? ...
e rezava-o constantemente, pedindo a Ela quem lha deu pois hoje encontra-se queridos que me rodeavam, achando-me da de gangrena; e a pobre mulher com Em Outubro, recomecei o meu s.o ano
minha Mãe do Céu que me livrasse de quási completamente restabelecido. Mui- completamente restabelcido a tempo de uma criancinha pequenina e rodeada de em Castelo Branco e agora que me en-
operação e depressa me puzesse junto de tíssimo reconhecida venho agradecer a poder continuar os meus estudos no cor- outros filhos. via-se só, porque o marido contro em férias venho cumprir o voto
minha filha. A Virgem Santíssima não Nossa Senhora da Fátima que me alcan- Irente ano lectivo. estava longe a trabalhar. de publicar a grande graça que a Mãe
me desamparou porque, pouco depois, já çou tão grande bem. Como prometi tornar pública esta gra- A nossa irmã aconselhou-a a ir ao hos- Santíssima e Sta. Filomena me concede-
estava na minha casa ao pé de minha Gonjoim. ça venho por êste meio cumprir meu pital, mas ela recusava-se a isso por cau - ram.
filhinha. Agradeço a Nossa Senhora di- dever, e ao mesmo tempo agradecer a sa dos filhinhos. Nunca. poderei agradecer tantas gra-
versas outras graças que obtive por sua Adosind~ llfarti"s d4 Castro e Nossa Senhora da Fátima a sua bene- Obrigaram-na, à fôrça, a ir e elas mes- ças que dela tenho recebido.
intercessão. mérita protecção, e protestar-lhe públi- mas a acompanharam, pois o ca.so era Alpedrinha, 3o-12-932.
Recolhimento de S. Cristóvão. Agradecimento ca. e sinceramente o meu indelevel re-
conhecimento.
urgente.
O médico examinou a mão e disse que,
Armando Nunes de Carvalho
Rua da Achada - Lisboa. Maria Joaquina e sua filha Maria da Ribeira Grande - Ilha de S. Miguel se passasse assim mais uma noite, não
GRAÇAS DE N. s: DE FATIMA NO
Ida da Silva Bastos Glória Amaral, das Sete Cidades, Dha - Açores. escaparia à morte e que seria provàvel-
do Pico, vendo que o estado de saúde Artur Botelho d6 Paiva. mente obrigado a cortar-lhe a mão, pois
Meningite de seu filho e irmão António, era gra-
Nos fins de .l'.furço do corrente ano adoe- ve, chegando os médicos a duvidar de Cura de alma e corpo
a gangrena já estava no dedo.
Pobre mãe de família com uma só BRASH.
ceu minha filha única., Maria de Lourdes uma cura radical, lembraram-se de re- mão!... ( Conttnuação)
correr à Senhora da Fátima, implorando No dia 25 do mês de Junho do ano de Imediatamente começámos uma novena
Dias, que então tinha de idade treze me· 1925, adoeci com três doenças: Ceguei,
ses. Tendo alguma febre, vómitos e falta a. cura. a Nossa Senhora de Fátima para obter Graça temporàl
de apetite, fomos com ela a um médico Dias depois entrou o mesmo em segu- depois tive uma paralisia e fiquei entré- a cura sem que a mão fôsse cortada.
que nos disse ter sido exCCSIIO de sol, re- ra convalescença, ficando, dentro em vada de pés e mãos; finalmente tive um Terminada a primeira novena começámos Uma Senhora, dona duma pensão, pre-
comendando à mãe bastante dieta, pox pouco, livre de perigo e perfeitamente eczema sifilítico, a pontos de estar cheia outras e graças a Deus não cortaram a cisando fazer as compras do necessário
bem. de chagas, deitando tOdas pus. Como mão nem mesmo o dedo que já estava para o jantar, achava--se absolutamente
causa. do leite com que havia de alimen·
tar a doente e receitou um frasco de re- Verdadeiramente reconhecidas para estava muito mal mandei chamar o mé- atingido pela gangrena. Que mãe tão desprovida do ~necessário dinheiro para
médio para friccionar a Mãe e a filha. com a Senhora da Fátima, por nos ha- dico. Vendo êle que eu era pobre, acon- bondosa e tão terna nós temos no céu! as efectuar.
Como o mal fôsse sempre aumentando, ver a-tendido, pedimos para que a ccVoz selhou-me a que desae entrada no hospi- Graças infinitas lhe sejam dadas para Recorre sucessivamente a diversas pes-
passados dois dias fomos a outro médico, da Fátima>~ se tome eco da nossa imen- tal. Entrei no hospital de S. José, onde sempre! Vimos hoje cumprir a promessa soas que lhe deviam, mas a resposta era
sa alegria. durante dez meses fui tratada pelo Sr. que ·fizemos de publicar esta grande invarià.velmente esta: utambém não te-
Sr. Dr. Joaquim Francisco Alves, de Vila
Dr. Simões Ferreira que empregou todos graça no pequenino jornal ccVoz da Fá- nho,. Recolhe-se então para desabafar
Nova de Ourém, que nos disse logo, ainda
Maria Joaquina e Maria da Glória os esforços para me salvar~ Porém, en- tima>~. com N.• Senhora da Fátima, implorando
mesmo antes de a auscultar que ela tinha
contrava-me cada vez pior. Também fizemos celebrar uma missa dEla ao mesmo tempo o necessário e
uma meningite, já em estado muito pe-
Um dia encontrando-me quási à mor- em acção de graças e em honra de Nos- urgente auxílio. O feliz despacho não se
rigoso; já tinha a cabeça inclinada para Tifoide te apareceu junto da minha ca.ma, uma fêz esperar, pois, chamada inesperada-
trás e ainda não tínhamos dado por isso. sa Senhora da Fátima.
Há meses, o meu paroquiano Manuel senhora religiosa e aconselhou-me a q ue mente ao telefone, achou-se com uma
Ficámos deveras aflitos ao ouvir falar Irmãs de S. José de Cluny da missão das pessoas que lhe deviam e se dizia
nesse mal. Francisco da Rosa adoeceu gravemente me dirigisse com muita fé à Virgem da
com febre tifoide, de carácter perigoso. Fátima e que lhe pedisse a minha cura. d6 I..andana. - (Congo Português) disposta a pagar já parte da divida,
Cêrca das 6 horas da tarde dêsse mesmo
Da 2.• para a 3.• semana o enfêrmo Como não sabia rezar, só lhe pedi que quantia necessária para livrar a Senhora
dia parecia que minha filha nos ia deixax
piorou de dia para dia. me curasse e prometi-lhe que andaria a
Tnmôr dos apuros em que se encontrava.
para sempre, até tôda a familia se chegou
a despedir dela; as suas faces, horas antes Ministrei-lhe os Santos Sacramentos da pedir uma esmola para ir visitàr o seu Pelos princípios de Janeiro de 1932,
coradas, apresentavam agora uma côr ca- Confissão, Viático e Extrema-Unção, de- Santuário. comecei a sentir um incómodo numa per- Colite
davérica; os olhos cerrados, as pálpebras pois de o médico assistente me decla~qr No dia seguinte, comecei a sentir-me na. O mal agravou-se de tal modo que
Edith Sant' Ana Mascarenhas, - Lar-
que não tinha esperança de o salvar e melhor e daí a poucos dias comecei a me forçou a deixar o trabalho.
denegridas, o corpo todo morto, nem go da Palma, n. 0 3. há cêrca de 2 meses
que a sua vida estava no fim. levantar-me. O Sr. Dr. entretanto man- Consultei o Snr. Dr. Alexandre Lima
mesmo a respiração se percebia sem difi- que vinha sofrendo atrozmente de uma
Nesta altura, a Mãe do Manuel Fran- dou-me embora, dizendo que a minha Carneiro, das Caldas da Saúde, onde me
culdade, e chegando até, por algumas ve- Colite que não cedia a remédios alguns
cisco, recorreu a Nossa Senhora da Fá- donça não tinha cura. Fui depois ter com encontrava trabalhando, o qual declarou
zes, pessoas presentes a preguntar se ela dos muitos que inutilmente lhe iam sen-
já tinha exalado o último suspiro. tima e fêz a promessa de publicar na outro sr. médico o qual me receitou mui- tratar-se de um tumor perig050 no ci- do receitados. Pessoa amiga lhe s ugere
Por muito que a chamássemos nem os ccVoz da Fátima>> a graça da cura, se a tos banhos para o eczema, mas nada va- mo da articulação do lado posterior da o recurso a Nossa Scnhom da Fátima, o
obtivesse. leu. côxa. Passados alguns dias foi lanceta- que a doentinha com a familia fizeram,
olhos abria, tal era o estado em que mi-
nha filhinha se encontrava. Imediatamente o doente começou a Depois fui ao Sr. Dr. Luís Sá que me do, segregando mais de meio litro de começando desde logo uma novena de ora-
sentir-se melhor. fêz muitos tratamentos, mas tudo sem pús.
Nesta altura lembrei-me de lhe fazer ções com a aplicação da água do Santuá-
beber umas gotas de água de Nossa Se- Hoje, a piedosa mãe e o filho, radica.l- resultado sensível. A coisa, porem, ia de mal em pior. rio.
nhora da Fátima que sempre tenho em ca- mente curado, agradecem e tomam pú- Uma noite, estando muito mal, foi uma Tirada uma análise clínica, a resolu- Dois dias apenas são passados, e, do
sa, e ao dar-lha, minha filha abriu os blico êste favor recebido do Céu. pessoa informar o meu médico do estado ção dos distintos médicos foi que era for- 2. 0 para o 3.0 , com surpreza e grande
olhos. Como vimos qu} ela ainda conser- Candelaria ~ Pico - Açores. em que rue encontrava. A resposta foi de- çoso entrar num hospital para me sujei- regozijo de todos, começa a doente a
vava um sopro de vida, entre lágrimas e sanimadora em absoluto, dizendo que na- tar a uma operação. No dia 30 de Mar- sentir sensíveis melhoras que de dia pa-
suspiros fizemos algumas promessas a NOS- P.• Xavier Madruga da havia a fazer, que me cortassem o ca- ço dei entrada no hospital da Povoa. ra dia cada vez mais se vão acentuando
sa Senhora da Fátima, se Ela curasse a bêlo e que me dessem morfina. Vendo- Os médicos, porém, negaram-se a fa- e confirmando.
minha filha, e ficasse sem defeito algum. Agradecimento - me perdida recorri à Virgem Nossa Se- zer a operação, em face do meu grave
Ao meio do têrço que à noite rezava nhora da Fátima, e no dia 12 de Maio
Tendo eu adoecido gravemente e .es- de 1927, parti para Fátima com o Sr.
estado. Os dias iam-se passando e o meu
mal piorando. CofD poucas espera.nças na
Fraquesa Geral
com tOda a familia minha filha começou tando de cama havia já quatro meses, de- António Cabral Pinto. Chegados lá leva- Ininha cura, resolvi sair daquele hospital, Teodora Maria do Sacramento, - Rua
a chorar e depois da reza do têrço fomos clararam os médicos que me tratavam ram-me para junto do altar da Virgem
encontrá-la com os olhos abertos, as faces com intenção de entrar num do Pôrto. da Fonte Nova, Senhora já de avançada
que tinha de sujeitar-me a uma melin- Santissima da Fátima e lá fiquei tOda a Soube depois que o Sr. Dr. Carneiro ti- idade, sob o pêso de vários achaques,
coradas, parecia que tinha ressuscitado. drosa operação; mas devido ao meu es- noite. No dia seguinte fui receber a bên-
Minha filha conservou a cabeça inclinada nha declarado . na minha ausência que eu sentia-se desde há bastantes anos impOS-
tado de fraqueza, era necessário ir pa- ção dos doentes e imediatamente me já não tinha cura. sibilitada de aplicar-se a qualquer tra-
para trás até ao dia 27 do mesmo mês. ra Lisboa, afim de me fazerem uma senti melhor e graças a Virgem Santíssi- balho aturado, sem o qual lhe faltavam
Durante a sua doença, não abandonei de Por isso desisti.
transfusão de sangue. O meu estado era ma encontro-me curada. Vendo esgotados os meios humanos, im- os necessários recursos para a vida. Ou -
todo a medicina indo algumas vezes eu tal que mal podia mexer-me no leito.
só, dar informações ao médico para que se Já visitei doze vezes a Virgem Santís- plorei os divinos. Uma pessoa aconse- vindo em fins de Setembro falar de Nos-
Recorri então com mais viva fé a Nos- sima e espero continuar as minhas pro- lhou-me que recorresse a Nossa Senhora sa. Senhora da Fátima e dos prodígios
ela falecesse eu não ficasse com pena de sa Senhora da Fátima, pedindo-lhe a gra- messas.
não ter empregado sequer alguns meios da Fátima, que lhe fizesse uma novena, por Ela operados em favor de tantos ne-
ça de poder ser operada na Covilhã, e Por isso ao dever de uma piedosa ac- dando-me um frasquinho de água da Fá- cessitados, oonfiadamente introduz des-
para a salvar. Todos nos diziam que não prometendo a Nossa Senhora publicar es- ção de graças, juntei a resolução de re-
pedíssemos a sua cura a Nossa Senhora tima. Com a fé de que fui capaz, pedi de logo a sua súplica., e com tão feliz êxi-
ta graça, uma vez que da Mãe do Céu a gistar neste jomalzinho o reconhecimen- à Boa Mãe, consoladora dos aflitos, que to que, poucos dias depois, já com re-
porque ela não escaparia, e se escapasse alcançasse.
que não ficaria sem defeito. to da minha alma que jámais poderá es- me curasse ou me levasse dêste mundo- lativa facilidade se podia entregar aos
- Quem sabe, dizia eu, se Nossa Se- Eu e minha famflia fizemos novenas quecer tão preciosa graça. que se fizesse o que fôsse ma.is do seu necessários labores quotidianos sem notá-
n Nossa Senhora da Fátima, bebendo eu, Beco de S. Luís da Penha, n.o 6 agrado. Prometi publicar a graça, se vel incómodo, continuando sempre a
nhora me não concederá esta graça? Ela
ao mesmo tempo, da água do seu San- Lisboa. fôsse ouvido, e de assinar o jornal da sentir-se cada vez melhor, o que tudo
que tem feito tantos milagres, tenho fé
tuário. Escoldstica Nunes E"átima, porta-Voz de tantas graças ma- confessa dever à maravilhosa protecção
que também nos concederá esta graça.
Dignou-se Nossa Senhora ouvir as nos- ravilhosas da Mãe do Céu em favor de de Nossa Senhora da Fátima, a cujos pés
Ninguém dos que a viram quando ela es-
tava prestes a morrer se convencia que sas ardentes preces, vindo a ser operada Tuhercnlose seus filhos. é freqüente ve-la ajoelhada na mais fer-
ela viesse a escapar de . tal doença. O no hospital da Misericórdia desta cidade, Sendo eu assinante dêste jornal, vi as Experimentei melhoras logo nos pri- vorosa acção de graças.
onde estive durante 3 semanas,com fe- grandes graças que Nossa Senhora tem
próprio médico o disse. Graças a Nossa
Senhora da Fátima a minha filha está liz êxito. concedido aos tl;istes pecadores que a
Regressando, depois, a casa estive Ela têm recorrido com as suas preces.
meiros dias da novena, usando como
único medicamento a bendita âgua! Pas- r~gado, rins, coração, etc ...
completamente boa, pois já lá vão 7 llie- sados 15 dias, estava completamente Isbela Viana, quando ainda presidente
S('S e não-lhe encontro defeito algum. Mil
ainda na cama. durante 2 meses mas já Em 15 de Setembro de 1931, minha bom, apenas com fraqueza na penla. das Filhas de Maria, secção das moças,
graças sejam dadas à Nossa Mãe do céu em convalescença. mãe, que já havia 13 anos que esteve Que reconhecimento eterno devo a existente no nosso Colégio, foi acometi-
que se dignou ouvir-nos. Desde então tenho gozado de saúde prestes a morrer, ficando sempre oom tão grande Benfeitora!. .. da de uma série de complicações qual
permitindo entregar-me já às minhas ocu- ataques de tosse, declarou-se-lhe nesse Glóril. para sempre à Mãe de Deus, delas mais grave, afectando o fígado, os
Casais de Abadia, Ceissa, 1932 pações antigas. dia uma pneumonia. que assim vela pela nossa Terra que foi rins, o coração, etc., receando-se ainda
J oão Dias Reconhecida para com a Mãe do Céu, Era tal o seu estado que o médico de- e será sempre sua, e pelos seus desdita- que tivesse um tumor interno. A medida
sob a invocação de Nossa Senhora do clarou que estava tuberculosa e que não dos filhos! .. .
Tifómalaria Rosário da Fátima, e cumprindo a mi- mais se levantaria do leito, pondo logo
que iam surgindo novas complicações,
Este prodígio deu brado nos meus co- cada vez mais aumentavam os receios de
Meu marido adoeceu em 26 de Dezem- nha. promessa venho tornar pública esta muitas cautelas com o tratamento; que nhecidos, que, incrédulos, duvidavam a não poder salvar e o próprio médico
bro de 1930 com uma doença que só pas- graça e agradecer todas as outras que não se chegassem para junto dela, senão da realidade da cura, devido à gravida- chegou a dá-la como perdida. Foi nessa
sados dias o seu médico assistente dia- Nossa Senhora me tem concedido, pedin- com uma máscara e bem desinfectados; de da doença. altura que com o Director da Congrega-
gnosticou de ccTüómalaria», aparecendo- do que nos proteja sempre. escarros e mais dejectos, tudo fôsse en- Para me certificar, consultei o Sr. Dr. ção a fui visitar, encontrando de facto
-lhe em seguida um obcêsso no fígado se- Rua Conde do Refugio - Covilhã. terrado imediatamente. Eu, ouvindo tudo Matos Moreira, da Póvoa de Varzim, a doente e todos os seus na maior deso-
guido de uma infecção intestinal e uma isto, fiquei com o coração despedaçado e voltando a consultá-lo passado um mês, lação. Singularmente devota como era, a
hemorragia nasal. Rosa de Jesus Mouta virei-me então para a imagem de Nossa afirmando-me que me encontrava bem. doente, de Nossa Senhora da Fâtima, cu-
.. VOZ DA FATIMA
ja imagem de -4oom possui e tinha deante ria Esquivei - Mourão, 2o$oo; Maria das
de si, disso nos servimos para lhe le- D. Vasques - Barrancos, 2o$oo; Maria Acto de Consagração da dioces e de Coim- -Sempre a sala de espera!
- NJ.o acha uto ezquwto t
vantar o ânimo, levando-a à confiança das D. Vargas - Barra.ncos, 15$oo; J<>- -Muito exquuito até, m.ns de quem
em Nossa Senhora, perante a qual pos- sé Vasques - Barrancos, :õ.'O$oo; Luis L.
suia particulares títulos de especial cré- Perdição - ~vora, 2o$oo; P.e A. Gon-
bra ao Coração Imaculado de Maria é a culpar
-- llinhar
dito pela sua dedicação à causa da mes- çalves - Singapura, 2o$oo; P.e António - Julgo que sim.
ma Senhora, zelando e ornamentando Calhabote - Alcácer do Sal, 15$oo; J<>- San tíssima. •
com particular esmêro e carinho o seu sé A. Mendes - Felgueiras, :zo$oo; Ma--
altar. Assentou-se logo que, tanto a doen- ria Bandeira - Faro, 3oSoo; Brazelina •
te como todos os que por ela se interes- Junqueira - Brasil, 15$oo; AD.tónio C.•
savam oomeçassem com particular em- Martins - Pôrto, soSoo; António das S:llltissima Virgem, Imaculada Con- tes, abençoai a Universidade, a nossa .Mais seis meses. C1·i~tirla ~.~teve JiWI-
penho a implorar o valimento de Nossa Almas - C. de Neiva, 4o$oo; José M. ceição, Nossa Senhora das Dôres, do Car- gloriosa Universidade que outrora vos pre à espreita, à e.!pem do prínCÍP' en-
Senhora da Fátima. Entretanto a doen- Plácido - C. de Neiva, soSoo; Maria mo, do Rosário e da Fâtima, Mie de deu tanta glória, abençoai o Centro Aca- cantado que teima em ndo apm·uer.
te iria bebendo da água do Santuário; Zélia de Oliveira - Vale Bemfeito, Deus e dos homens, Mãe da divina. gra- démico e o Círculo Académico Femini- Sempre de atalaia, sempre vigilante
e o facto foi que os receios de fatal de- soSoo; Margarida de Almeida - Lisboa, ça, Medianeira de todas as graças: - a no, para que todos sejam preservados da 11a turre da sua esJlemnra qu~ se obs-
senlace se foram desvanecendo e já den- 2o$oo; Margarida Gomes - Avis, rsSoo; Diocese de Coimbra representada pelos falsa. e pouca ciência. que afasta de Deus. ti1w em não 1/lOrrer.
tro em breve se considerava livre de pe- Maria de S. José Naldo - Vila Nova de seus Prelados, pelos seus Párocos e mais Regina Apostolorum, Raínha dos Após- F: que Cristma é realmente exigente:
rigo. Pouco depois já tôdas as preocu- Fozcõa, soSoo; Maria de S. José Montei- Sacerdotes e pelas suas corporações e di- tolos; abençoai o nosso Seminário, vivei- E11te é bai:l;o demaü aquel~ é muit•
pações se dirigiam apenas a fazer recu- ro - Vila Nova de FozcOa, 4o$oo; J~­ versas classes sociais, neste dia tão sole- ro de Sacerdotes; fazei que todos estes gordo. Fulano não é 'elegante, o nome
perar as fôrça.s em que ficou extrexna.-1 fina Manso - Pombal, 2o$oo; DIS~­ Iene vem aos vossos pés renovar o seu sejam verdadeiros Apóstolos. ó virgem de sirrano é muito ezq1Lisitu. Um OIS-
mente abatida. Recu~radas e:rtas em buição em ~omos, 14o$oo; Clara. de Pi- pacto de amor. piedosfssima: vêde como esta Diocese so- 'tro precisa de ir para o .m na tório ou,
pouco tempo, a sua r.• VJa.gem fo1 à. Nos- nho - Averro, 2o$oo; P:• Antómo Mon- Queremos ser o que fomos outrora: fre por falta de Clero; dai-nos muitos e ao menos, uns tempos no campo.
sa Capela a assistir a uma Missa em ac- teiro - Fafe, soSoo; Mana Rocha - La- crentes, obedientes e agradecidos. Quere- bons Sacerdotes, Sacerdotes de fogo, com -Já sei o que é que llte convém.
ção de graças no altar de Nossa Senho- zareto, 2o$oo; Augusto Sinde - POrto, mos e prometemos cumprir as leis do vos- uma autoridade de ciência capaz de dc>- Um rapaz talhado conforme aos seus de-
ra da Fátima, mandada celebrar pela Con- 2o$oo; A. M. - Angola, 31$50; M. Du- so Divino Filho, nosso Redentor e Salva- minar todos os espíritos, com uma aut<>- aejoa.
gregação das Filhas de Maria.. hão- Inhambane, roo$oo; P.• José Lou- dor, e os preceitos da Igreja por êle ins- ridade de virtude e santidade capaz de - Que quer? Coisas de& tas &6 /lt fa-
• renço - Sobrado da Paiva, :zoSoo; Ma- tituída para nos guiar e para continuar arrastar todos os corações. zem uma vez 110. 1.·ida. Devem., ]JoÍI, fa-
• 'tilde Chuquere ·- Albergaria-~Velba, a sua missão na terra. Suscitai também muitos apóstolos lei- zer-ae bem. Esperarei pois o temp•
• Fazei que os fiéis vivam sempre uni- gos de ambos os sexos, que cooperem que fór preciso.
Para comprovar que as alegrias dêste 15Soo; José Sarmento - Chaves, 2o$oo; E Cri&tina fiql. eaperando quási f iLe
dos aos seus Párocos, fiéis e Párocos uni- com o Clero na restauração da ordem so-
m1llldo nunca &ã.o oompletas, no mesmo Ermelinda Leite. - América, 2 dolares;
dia em que a doente mencionada as- Ana da Azambuja-Lisboa, 2o$Õi:>; Puri-
dos ao seu Bispo, e todos unidos ao Su- cial cristã pela reconciliação das classes, co11tra a esperança.
mo Pontífice, para vos.o;a maior glória e
sistia com intenso regozijo de todos a ficação Carneiro- Fundão, 15$oo; Deo- dedicando a sua acção especialmente aos
nossa salvação. nossos operários tão carecidos, tão aban-
uma outra mL~ festiva da Congregação, linda Chartrs - ? • 5o$oo; Henriqueta •
sentia ao mesmo tempo grande dOr por Godinho - Barcelos, 4oSoo; Celina Pais
Mater admirabilis, Mãe admirável: lan- donados.
causa de uma sobrinha que acabava de - Paderne, 15$oo; Maria Martins - Re- çamo-nos n os vossos braços como o filho Sal!Ls infirmorum, Saúde dos enfermos: Outrw sei& meses. Um quadn dea._
chegar de S. Paulo e que, sujeita a uma carei, 2o$oo; Pároco de Arrifana, 5o$oo; nos braços da sua mãe; protegei-nos a curai os nossos doentes, dai-lhes espe- lador. Todoa os registos da harpa de
operação melindrosfssima, se encontrava Maria Adelaide Lapa - C. de Paiva, todos, protegei especialmente as nossas cialmente a saúde da alm&, a paciência Jeremias aberto&. Lagrimas em fio.
em gravíssimo risco, sem esperança hu- 2o$oo; Joaquim Rarna.Abo - Lisboa, famílias, os pais e mães cristãos e os seus e resignação no sofrimento. Uma dór de alma. Cri&tina e..tá u~ati­
mana alguma de se salvar. Animada, 3oSoo; Anónima da Fronteira, soSoo: filhinhos, as criancinhas que tão queridas Refugium peccatorum, Refúgio dos pe- da de todo e tenho até de fechar a por-
foram de Jesus. cadores: todos nós o somos, ó Maria San- ta da sacrntia ~ra que de /6ra ft.à•
porém, com o que em si acontecera, con- João da Cunha -Chaves, rsSoo; Jú-
fia também a sorte da sua sobrinha a lio Assis - :M acau, roo$oo; Mariana Mater puríssima, Mãe puríssima: aben- tfssin:a, mas vós sois Mãe de misericórdia, pe1·cebam oa seus lamento& e deseapêre.
Nossa Senhora da Fâtima. Aceite por tO- de' Castro - Santarém, rsSoo; Manuel çoai os nossos jovens de ambos os sexos; e a misericórdia não supõe méritos nem - Polwe Cristina!
da a fam1lia o conselho de a Nossa Se- de Nobrega - Madeira, roSco; Seminá- fazei que todos procurem imitar as vos- direitos; pedimc>-vos especialmente pelos - Sim, si111. Pod~ bem rlizé-lo. Coi-
!las virtudes; ponde uma barreira indes-
nhor entregarem a doente, todos à porfia rio Conciliar - Braga, IooSoo; António nossos irmãos extraviados, alcançai para tada da Cristina que já ninguém quer
imploram com o maior fervôr que podem Madeira - F. de E-à-Cinta, :1.'0$oo; Al- tructfvel a essa onda de sensualismo que todos a graça do perdão e da perseve- I<Jbt'T dela, ninguém se interessa por
ameaça submergir-nos. rança.
a protecção da Mãe bendita, acompanhan- fredo Barreiro - Lisboa, 2o$oo; Ma- ela.
do as súplicas com o uso da âgua do ria C. e Castro- Chamoim, 1oo$oo; Ma-
Mater boni consilli, Mãe do bom oon- Jant/4 coeli, Porta do céu: guiai-nos - Ora eua! lntereaso-me eu e estou
~ades, 15$oo; Ir. selho: abençoai a nossa boa imprensa, no caminho estreito da salvação; fazei- desolado de a vêr pauar os mais belos
Santuário que repetidas vezes a doenti- ma Madalena -
nha ia tomando, e o facto foi que, con- Laura Pereira - Missão de Cabinda, as Conferências de S. Vicente de Paulo, -nos compreender que o sofrimento e as ano11 da vida sem jazer nada murcha1
tra a esperança de todos, ela começou a roo$oo; 'Manuel da Rosa - California, as Noelistas, e todas as Obras sociais ou tri-;tezas do tempo presente preparam as como uma linda fl6r do camP<>.
melhorar de tal maneira que dentro em 1 dolar; 2 esmolas da California, 2 dola- de piedade para que a sua acção seja alegrias da eternidade; e no fim desta - Obrigada pela flôr a murchar.
res; Custódio Lopes - POrto, 15Soo: 2 cada vez n:ais fecunda. Inspirai tOdas as vida dolorosa abri a todos nós as por- - O dia de ontem já nil~ exillte mas
breve já era declarada livre de perigo.
nossas emprezas e associações para que tas do céu, e aí cantaremos eternamente existe o. ~ia. de hoje e, st DtUII quiser,
Apezar disso continuou no leito por senhoras do POrto (esmola), 15Soo: uma
causa da extrema fraqueza a que ficou devota - Açores, 2o$oo; Lticia Revoca- nunca abusem dos seus direitos, nunca es- os vossos louvores e os JouV'Ores do vos- ha de exlilhr o de amanhã. Utilise-os.
reduzida. Passado algum tempo, aprO- ta - Belver, 15Soo; Aurora Antunes - queçam ôs seus deveres, nunca percam so Divino Filho. Amen. Não perca a bela oca.!ilio que &e lhe ofe-
ximadamente 3 meses, pede para se levan- Alhandra, 1oo$oo; Manuel Crisologo - de vista o fim último de todos os seus Coimbra, 8 de dezembro de 1932 rece.
tar. Auxilia-a nisso sua Mãe; quando p<>- Lourenço Marques, soSoo; Manuel de F. meinbros. (Festa da Imaculada Conceição). Trabalhe, amanhe, colha os fruto& l<l-
rém, ao pOr os pés no chão se pretende Lúcio - FlOres, 15$oo; Guilhermina Pi- Sedes SapientiatJ, Séde da sabedoria: zonados que pode colher. .4. vida das
abençoai os nossos Professores e estudan- t MAl\TUEL, Bispo de Coimbra
finnar nêles, são tais as dores que expe- nheiro - Lisboa, roo$oo; Gertrudes Pe- obra& religio.sa~~ e sociaia eatá à swt es-
rimenta, que as lágrimas lhe saltam dos naforte - Cascais, soSoo; Julieta de pera.
olhos e desiste dos sellS intentos. Resig- Moura - POrto, 2o$oo; Maria do C. Pi- Volto a repetir-lhe: Há tantas crian-
na-se a permanecer ainda mais tempo no res - Pôrto, 16$2o; esmola de Barran-
leito e a mãe volta a entregar-se aos la· cos, 2o$oo; Ana Luna - Tendais, 15$oo;
bores d omésticos. Sózinha como estava, Directora do Hospital - Alpedrinha,
Emquanto espera um
-Ah/... entiio nlto digo mais nada.
cir~has que seriam td{) felizes em. ti-la
por mestra.
-Sim, não du11ido ...
alguns momentos mais tarde, vem à doen- IooSoo; Margarida Rosado-Aviz, rsSoo:
te êste pensamento proV'Ocado pela visão Manuel Estudante - Alpiarça, 3o$oo;
de um frasquinho de água da Fátima: Elvira N. da Fonseca - Lisboa, 75Soo;
• I E vencido por êste argumento bati
t;m retirada diante do futuro marid~.

lfa11 então é dizer adeus a tudo . .-i
gente que entra nas obra& iá não casa .
Ftca-se prêaa na engreMgem ...
DOIVO
«e se eu friccionasse com umas gotinhas Distribuição em Paranhos, 2o$oo; Lu-
desta água as juntas e os tornozelos on- cinda Sousa - Paranhos, 25$oo; Artur
Lobo - G:üa, :zo$oo; Maria da P. Pom- U·m dia um sacer•lott da cidaàP 1·eio
• •
Depou de três mêses fncontrti tu-
I -.4. Cristina eatá mUlto enganada.
-Não me parece.
-Digo-lhe que está. Entd{) não se
de senti as dores agudas? ... n
Lembrar-se e fazê-lo foram actos con- bo - Cartaxo, 3o$oo; Albertina Simões procurar-me a vêr se lhe indicat·a mno .w.almente a Cridina na sacristia 00 lembra da Matilde, da Franci&cll e da
tínuos. Terminada a singularíssima OJ» - Cartaxo, 2o$oo; Inâcia da Cunha - catequuta. Tinha ali todo um mundo igreja de S. Pedro: Fernanda. e outra.! que trabalhara711 a
ração,chama novamente sua mãe, dizen- Felgueiras, :zoSoo; J osé Rodrigues Pin- de crianças, wnaa abandonadas da rtta - E . então, hse caaamento r 11aler na Ju.ventttde católica e assucict-
- S1mplel1n.ente u.m boat~, senhor
dc>-lhe desejar experimentar novamente to -
se já podia andar, sem nada lhe dizer do -
que tinha feito, nem do pensamento que cias -
Brasil, 15Soo; Francisco Joaquim
Aldea Grande, 3o$oo; J acinto Meli-
Buligueira, 30Soo; esmola de
e também muitas outras de bons fll1trí-
líaa da sua jrtguesia.
lnfelizJMnte (dizia êle) não tenho
I
Padre, um falso alarme e ffl;alll nada.
-Então é agora que vat. tomar co~
r<io das Fil/1.0.11 de Maria e com úto dea-
pertaram a admirardo de t6da a gen-
te, incltuivt dos rapaze11 11érios e ben.
a isso a levou. Como era naturalissimo, Buligueira, 1oo$oo; Manuel Melicias - catequista& para todos aqueles m~udos. t~ do ./leu lugar de catequtsta e. attxt- dotados E encontraram assim um ma-
após o resultado da experiência momen- Buligueira, 2o$oo; Manuel Pires - Sob.• 0 meu amigo co1no Msistente da JUVe?l- lta.r o pobre pároco cada 1!ez mms ata- 'rido e Deu& sabe quanto são bons ma-
tos antes feita, procurou a Mãe dissua- Formosa, 2o$oo; J orge Vareta - Foz do tude católica' t outrM asscciações / e- re/ado . de tra~alho. _ rido&.
di-la, persistindo sempre a filha. em fa- Douro, 5o$oo; Júlio Carioso - Lamego, mininas tal1!ez poasa indicar-me algu- - A.tnda. fUW, Snr. Padre .. Nao pen- -Sim, afinal V. Rev. tem razão.
zer nova tentativa sem querer por então ro$oo; Francisca Rosa - Alvega, 2o$oo; m.a raPariga suficientemente in.•hvf · se que é má 1!ontade. da mtnha parte A.inda asaim vou esperar mais algum
declarar em que é que para isso se fun- Maria Clementina Leal - V. N. de Ou- da com geito c dlo por esta santo mü- mas ... 1!ou e&perar mau um bocado. tempo.
dava. rém, 15Soo; António Cêrca - Ancião, MI~. - Por que.m r - Sempre uta wla de espera. Pare-
Finalmente, dada a persistente recusa 35$oo; Alda Sepnlveda - POrto, 2o$oo; -~ coisa nllo é lá muito fácil. Umas I -Pelo no:vo.. ce que lhe está na mmi<J do san!1>Lt:.
da mãe, abriu-se com ela, declarando-lhe An:tónio Homem de Gouveia.--1\ladeira, ftdo e&tão livres quando é necessário 1 - E se nGO. 1!ter T - EnUJ.o porque se ri de mi~ come
ó que tinha feito relativamente à. âgua da 25Soo; António de Melo - Guimarães , outrqs nãc .!entem ainda em si a ne-1 -Há de vtr. . . 1 se eu n4o fosse iá bem desgraçadat
Fátima, o que decidiu a Mãe a permitir- 15Soo; Distribuição em Midões, soSoo; ctuidade de dar aos outro& da luz q1u
iá sentem na alma.
I Está .bem. Dese1o-lh~ t 6das a/1 1 entu-
".'as e amda eata por cn~a de t6da~. V e-
I -Eu não me rio. Tenho compaixã•
, da IUO cegueira.
-lhe nova tentativa, que felizmente sur- Maria Amélia - Foz do Douro, 2o$oo;
tiu o mais satisfatório efeito, podendo a Maria da C. Russo - C. de Vide, 37Soo;
E possível, no entanto, que mesmo 1a lá, porém, o que 1!at Jazer pot& que I'
f6ra de&sas a~~sociaçiJes se enc011trr nl- nlio deve passar os mais belos anos da •
doentinha, amparada pela Mãe, locomc>- Manuel Brilhante - Lisboa, 2o$oo; He- guém 11a11 condições. juventude numa sala de espera sem /a- : • •
ver-se em diferentes direcções dentro do lena Gomes - AI.• Nova, -:zoSoo; Emflia
próprio quarto e sem dOres de espécie F. M. Carvalho, 2o$oo; Maria Ferreira
- I 1 so é que era um achado! zer nada de geito. . I . .
alguma. Figueiredo, 761oo. -Farei 0 que me f6r possíu/. - De&ta 'IJez tenho um palptte que ' Out1'0./J 1el/l me1e11. E atnda outros seis.
conto não fa~hará. Se não /osile isso, df I E iá lá 1!ão onze ano&. E a Cristina
A mesma doentinha, animada com êste •
primeiro sucesso, no dia seguinte pede
para ir até ao Oratório da casa, ~rca
Fátima à luz da Autoridade Ecle-

Passados poucos dias, no lidar dos
muito boa vontade. Gosto até muito de
me dedicar às criancinha&.
- Não d1Wido.
I sempre à espera. E agora uma senh•.rra
avinagrada, azedaJ dubotada que 11ai
11ecanào, e amareLecendo.
de 2om distante. Vai, reza lá de joelhos
meus trabalho&, encontrei uma menina • Para quert.la. era precillo ser cego.
e volta sem a mínima dOr, o que ela. e
todos consideram como mais uma ma-
siástica dos sem vinte anos, viva, saud4vel, sé- • • Quem ha de querer a. obra de uma pes-
ravilha de Nossa Senhora da Fátima, não
ria, religioi<J, de boa famflia e suficien- Maü três mesea e a Cristina veio pro- soa que em mai11 de onze anos não fez
se cansando a beneficiada de dizer aos Fátima, o Paraíso na Tem tsmente ilu&trada. curar-1M à sacri&tia. nada? Pode gté du1!idar-11e que o pró-
pais e a todos: que, tão desenganada
- A Cristina quer 1er Filha d-e Ma- Vem tri&te 1!é-.se que &ofre. M ete dó. prio Deus queira agora aceitar alguma
como esteve da vida, a que tiver até A Pérola de Portugal ria (perguntei eu) r Olhe que iá per- - ~ntlia d.& coisa.! não correm bem r coisa dela.
tencem à Congregaç{W muitas rapari- - Vdo cada 1!ez pior. 011 rapazes iá A.inda a&.rim, 11ou experimentar ain-
morn·r aen1 tOda de Nossa Senhora da ga~~ da sua idade e ccrndiÇão. Há dt
Fátima. São 3 belos livros indispensáveis a me filio intereuam. Silo realmente es- da e.!ta 1!ez, una pobres a vilifar, al-
gostar. túpidos demais!... Parece-me em/im gun11 trabalho& de co&tura para igrejas
(Continuo.) quem desejar conhecer bem os prodígios ~Se /6r s6 para dar o nome... es- que nd{) sou tiio l eia que meta mêdo e pobres, mas receio a fatídica !rase:
P.• ]. M Mirando S. ]. da Fátima. Custa cada um 5$oo, incluin- tou à& ordens. tenho alguma coisa. de meu. -Não, aind.a nOO.
do já a despesa do correio. Os pedidos -Isso asaim &6, não, menina. E pre- -Tudo uso é certo mas quere-me pa,- E nunca mai11 foi.
----~-+e+------- devem ser dirigidos ao Santuário ou à ciso trabalhar e eu de.!tinava-lhe a recer que Cri&tina é exige11te demais. -Coitada da Cri&tinal
igreja de ... -V. Rev.• ha-de concordar que não
Redacção aa. «Voz da Fdtiman - Leiria.
V OZ DA FÁTIMA
DESPEZA
~~~~~~~~~~~
Olhe que não pode dar melhor desti-
n o ao& seus vinte anos do que, por
meio da cateque&e, revelar J e$U.S àa al-
ma/1 da.& criança.!. E pen&ar depois que
de11o ligar a minha existência a um
estro1na qualquer. O que P.u. pretendo
é um rapaz de boru costumes, inteli-
.............,..._
(Adaptado de uPierre l'Ermiteu)

gente e educado. Senão, não.


Transporte .. . .. . .. . .. .
Papel, comp. e impres. do
393.021$22 LEIAM TODOS há alminha11 de criança~~ que no/1 ficam - .4 Crilltina tem t6d.a a razão. Entendam
n. 129 (64.000 ex.) ......
0 Quereis as vossas encomendas de âgua devendo a . luz e&Piritual que a.11 ilumi- -Não é que nOo tenha &ido pedidn
fla é uma grande conaolação. algumas vezes, ma& quando tomo injor- Esta. redacção não se responsabilisa
Franquias, embal., trans- e artigos do Santuário despachados com
porte etc ......... . maior urgência? A Cristina vai assim contribuir pa- maçiJes um pouco concre ta~~, fico desgoa- pelas mudanças nas direcções cujos assi-
Na administração - Leiria Fazei os pedidos ao Sr. António Rc>- ra. tornar es&a.! criança& felizes n2ste tosa àa vezes, e até enojada/ P1·eso de- nantes não mandarem o número da sua
drigues Homeiro - Santuário da Fáti- mundo e na eternidade ... maia a minha dignidade para ir viver assinatura junto ao pedido para a mu·
ma, e não a esta redacção que dista 5 Ma~~ emquanto eu ia cantando, o me- com um imoral& ou um imbecil. dança.
Total
léguas do Santuário. nos de~<Jfinadamente possf1!e}_, a beleza Ma11 com tudo uso sinto-me insatisfei- •
Donativos desde 15$00 Daqui só deveis pedir livros sObre a da missão de catequi&ta, a urilltina es-
boçou un11 k11es gestos de recusa..
ta s triste. Sido um vazio no coração.
Sofro, 10/ro imenso!
• •
José Augusto Pires - Mangualde, Fâtima e estes ser-vos-ão enviados com
-Não, agora filio, &enhor Padre. - E eu que tenho tllo belas ocupa- Façam os pedidos c!a água e de objec-
15Soo; Beatriz Pires Rebelo - Viseu, a brevidade possível. Hâ 4 diferentes a - E porqu~t
15$oo; Lino Veiga - Samões, 2o$oo; sSoo cada um. çiJe& a dar-lhe-... tos religiosos ao Sr. António Rodrigues
- E que... ( 110U dizer-lhu em &egrê- -Espere ainda mai, algum tempo, Romeiro - · Santuário da Fátima, e não
Maria. do C Lopes - POrto, 15Soo; Gló- A Oratória custa -4o$oo. do) estou para cal4r..• aimt a esta administração.
Ano XI Fátima, 13 de Agosto de 1933 N.• 131

COM APROVAÇAO ECLEIIAITICA


Dlrteter 1 Proprletirlo• Dr. Ma nuel Marqu11 doe lantoe Emprtea Editora• Tlp. "Unllo llrifloa, T. do Despaollo, ••Lisboa Administradorr P. António dos Reis Redaoqlo e AdministraoAo "Santuirio da FUima"

• Fátima~ Estância de Oração e Penitência


A grande peregrinação diocesana de Coimbra Apoteose de fé e apoteose de amor!
«Jfaria Santíssima, aparecendo em Fátima, na Cova da
Iria, transformou lsse lugar árido e deserto n~m imenso tem-
plo, talvez na maior basílica do mundo, onde Portugal intei-
ro deve pedir perdão e clemêncian.
(Da Ca,.ta Pasto,.al do Ez. mo e Rev. mo Ssnho,. Bispo-Cond.B de
Coimb,.a s6b,.e a consag,.ação da sua diocese ao Sagr'ado COTação dB
Maria e s6b,.IJ a perepinação diocesana dB j ulha ao Santuário dB Nos-
sa Senhora d11 Fátima).

As Peregrinações Diocesanas a Fá- I


crença, todos os anos enviam a Fátima, da de ser extinta em duas gerações por bável, cheia de vida e de fOrça, como
em peregrinação oficialmente organizada, um falso profeta qu~ a expoliou dos seus nunca, através das blasfémias e impre.
é_ cingida pela tríplice corôa da pmdên-
Cla, do saber e da virtude.
tima dezenas de doentes e centenas de peregri- bens e dos seus direitos e a perseguiu cações e dos esforços impotentes dos
nos. descaroávelmente, na pessoa dos seus seus inimigos, perdoando, esquecendo e
Ro...«to de bronze, carácter de diaman-
te, coração de ouro, Dom Manuel Luís
Corria o mês de Agosto de 1909, pre. I
Lisboa , Coimbra, Portalegre, Leiria, Bispos e dos seus párocos, com a pri- abençoando, incessantemente dedicada à Coelho da Silva, Bispo de Coimbra e
I
cisamente o ano imediato ao das gran- ltvora, Beja, e Algarve, com os seus ilus- são, o destêrro e tóda a sorte de vexa- sua tarefa divina de ensinar os ignoran-
des festas jubilares comemorativas das tres e venerandos Pre~dos, teem ido, ca- mes, esteia-se e firma-se nas 4litlls tes, de consolar os tristes, de aliviar os Conde de Arganil, é no govêrno da sua
bôdas de ouro das aparições de Nossa queJ;ida diocese a imágem de Deus no
Senhora à pobre e humilde vidente de govêrno do universo: dirige e encaminha
Lourdes, Beata Bemadette Soubirous. para o Céu com firmeza e suavidade -
De 19 a 22 dêsse mês, realizou-se, com
fortiter et suaviter, -pela senda do de-
extraordinária grandiosidade e imponên- ver e da virtude, a porção avantajada da
cia, a peregrinação nacional francesa, grei cristã que Sna Santidade o Papa
que costuma levar à cidade da Virgem Bento XV, de saudosa memória, hoove
mais dum milhar de doentes incuráveis por bem confiar à sua inde!essa eolicitu-
e cêrca de cem mil peregrinos. de pastoral. Português de rija têmpera,
A peregrinação nacional é precedida e como os portugueses de antanho, de an-
seguida de numerosas peregrinações dio- tes quebrar que torcer, alia à doce can-
cesanas durante os seis meses da Prima- dura duma alma profundamente cristã
vera e do Verão em quE) as condições at- e sacerdotal, a energia inquebrantável, o
mosféricas da região montanhosa dos Pi- nobre desassombro e a rude franqueza do
rineus permitem efectuar ao ar livre os apóstolo, que não sabe transigir com o
actos religiosos colectivos. ~o, . que não é capaz de se mostrar pu-
Pela tarde dum dêsses dias de inolvi- s!lâ.nime, que segue impertérrito os dita-
dáveis recordações, um jovem sacerdote mes da sua consciência, amando acima
português, recentemente ordenado, que de tudo a verdade e a justiça e promo-
regressava da capital da Cristandade, on- vendo o seu triunfo através de todos os
obstáculos e de tôdas as dificuldades.
, ..
de passara seis anos a fazer os seus es-
tudos universitários, assistia, na margem Espf.rito medularmente jurídico, mas
direita do Gave, a um sermão que o sá- ao mesmo tempo caldeado pelo fogo da
bio e piedoslssimo Bispo de Valence pre- caridade de Cristo, contempla, à seme-
gou do púlpito da Gruta de :Massabiel- lhança do Divino Mestre, as misérias
le a uma peregrinação de novecentos ho- materiais e morais da sociedade e com o
mens da sua vasta diocese. m~o inte~ e o mesmo disvêlo pro-
O nobre Prelado, depois de dizer que nuncJa. o mtSereor super turbam.
aqueles homens que ali estavam presen- Abrazado no amor de Deus e das al-
tes tinham ido já quási todos a Lourdes mãs, tendo uma ardente devoção filial
no ano antenor, e que, depois dessa pri- para com a Santhsima Virgem, a sua
meira visita ao Grande Santuário da Vir- vida é uma rêde interminável de serviços
gem Imaculada, se tinham tomado, de relevantes à causa sacrosanta da Igreja
bons cristãos que eram, em católicos de é da Pátria, que êle presta generosamen-
fé viva e de piedade ardente, compra- te, a-pesar dos sofrimentos cruciantes du-
zeu-se em acentuar no tom da mais pro- ma antiga doença que sempre o acom-
funda convicção que a França devia a panha, num desprendimento heróico de
sua recristianização às peregrinações dio- :U. ~esmo, numa solicitude e dedicação
cesanas anuais à mística cidade dos Pi- llliDltada pelo bem do próximo.
rineus. O Venerando Antf.stite, que, ao iniciar
Essa afirmação foi como que uma luz auspiciosamente o exercido do seu mu-
que se acendeu no espf.rito do referido sa- 13 DE JUUiO DE 1933·- Os Ex.moe Prllladcs d11 Coimbra e Leiria nus pastoral, tinha consagrado a diocese
cerdote, mostrando-lhe o segrêdo da res- assistindc 4l Missa dcs dcentes no Santuário. ao Sagrado Coração de Jesus, qu!s con-
taura9âo cristã de Portugal, cuja situa- sagrá-la também ao Imaculado Coração
ção, sob o ponto de vista religioso, era, de Maria Santf.ssima, coroando essa pie-
a êsse tempo, simplesmente deplorável, da ano que passa, prestar, por meio de crentes e piedosas formadas em cada que sofrem, de apagar os pecados, de dosa homenagem com uma peregrinação
porque não se enxergava de modo ne. numerosos representantes das suas popu- diocese sob o doce e salutar influxo dà moralizar o indivíduo, a família e a so- diocesana a Fátima, donde, como êle pró-
nhum a possibilidade de cessarem os ma- lações, à gloriosa Virgem aparecida sô- forte rajada de sobrenatural que sopra ciedade, numa palavra, de santificar e prio escreve, «a Rainha do Céu nos cba.-
les incomportáveis de tóda a ordem que bre o planalto bendito da Serra de Aire, da santa montanha de Fátima, e cami- salvar as almas, por entre os louvores e ma•. a nós especialmente os portuguese~o,
oprimiam cada vez mais a Igreja e a Pá- a homenagem bem sincera e bem senti- nha, mercê de Deus, serena e impertur- as aclamações dos homens e sob as pedindo-nos oração e penitência.,
tria, ameaçando conduzir a uma total da da sua veneração e do seu amor filial. bênçãos vivificantes de Deus. A peregrinação diocesana de Coimbra,
descristianização aquela terra que foi, é Ainda está na memória de todos o éxi- que levou ao grande Santuário Nacional
e será sempre, a-pesar-de tudo, a ditosa to colossal da grande peregrinação dio-
terra de Santa Maria. cesana de Leiria, que teve o condão de
A Diocese de Coimbra em Fátima Mariano mais de vinte mil pessoa3 e mais
de cem associações religiOS'LS com os seus
Desde· então, jámais se desvaneceu o fazer ajoelhar aos pés da augusta Raínha Leiam e atendam todos Raras vezes de-certo o Santuário Na- estandartes, foi na verdade uma cruzada
sonho, que êsse eclesiástico começou lo- de Fátima mais de quarenta mil almas, cional de Fátima terá visto prostrar-se de reparação e penitência, como deseja-
go a acalentar, de ver a breve trecho Por- numa apoteose indescritível de fé e de De hoje em deante a Redacção e aos pés da augusta Padroeira e Rainha va o venerando e querido Prelado.
tugal imitar a França, constituindo-se amor, produzindo os mais abundantes e a Administração de «A Voz da Fá- de Portugal, erguida em trono de amor Sua Excelência Reverendf.ssima deve
em cada uma das suas dioceses uma co- preciosos frutos de santificação e salva- e misericórdia na Cova da Iria, uma pe- estar sobremaneira satisfeito com o êxi-
missão de carácter permanente que assu- ção. timan ficam instaladas dentro do regrinação tão numerosa e tão bem or- to incomparável dessa encantadora roma-
Rlisse, com a aprovação do respectivo Coube agora a vez à nobilíssima dio- Santuário da Fátima para onde de- ganizada sob todos os pontos de vista gem de fé e piedade que pelo esmero que
Ordinário, o encargo de promover anual- cese de Coimbra, que ao zêlo indefesso como a peregrinação oficial diocesana houve na sua organização, pela devoção.
mente uma peregrinação diocesana a Fá- de duas eminentes figuras de Prelados
ve ser enviada tôda a correspondên- de Coimbra de 12 e 13 de Julho último. acrisolada dos peregrinos para com a Vir-
tima, que é verdadeiramente a Lourdes deve, em grande parte, a sua actual cia ao Administrador - P .• António Coimbra, a nobre e gentil princeza do gem bendita e pelo grande espírito de sa-
portuguesa. vitalidade religiosa e que, oficial e so-
Esse sonho tão fagueiro é hoje em dia lenemente, foi depôr aos pés da Virgem,
dos Reis. Mondêgo,ª lusa Atenas, ainda hoje em-
balsamada com o perfume suavissimo
criflcio que os animava, foi de-certo larga-
mente abençoada por Deus e deve aer
quási uma reahdade imensamente conso- no santuário privilegiado das graças ce- Os vales de Correio que sejam pa- das virtudes da Rainha Santa, possui a ubérrima em frutos de santificação e sal-
ladora. As dioceses do centro e sul do lestes, o testemunho da sua fé vigorosa gáveis em Vila Nova de Ourém e honra e a ventura de ter à frente da vação para a nobre diocese de Coimbra.
país, que são as regiões onde lavra em e da sua devoção acrisolada. diocese, de que é a gloriosa séde, um Que a augusta Ra!nha de Fátima, M&-
mais larga escala a impiedade e a des- Assim, a Igreja em Portugal, ameaça- não. em Leiria. Prelado apostólico, cuja fronte veneranda dianeira de tôdas ~ graças, se digne re--
2 VOZ DA FATIMA
compensar a piedade e o zêlo do ínclito O Senhor Bispo Coadjutor de Coimbra., vítimas de todos os males de que enfer- de verificar um fenómeno que não é fre- dam numa apoteose imensa e incompará-
Prelado, prolongando a sua. preciosa no intervalo das dezenas, explica os mis- ma a pobre humanidade jaziam prostra- quente e é muito pouco natural em ca... vel de respe•tosa veneração e de acendra-
existência, fortalecendo a. sua. saúde com- térios dolorosos do Rosário, usando du- das em macas ou estavam sentadas em sos cllnicos desta ordem. E por agora do amor filidJ..
balida. e esparzindo profusamente sôbre ma. linguagem acessível a. tOdas as bancos sob toldos impermeáveis na vas- não posso avançar mais». E a Virgem bendita, que passa majes-
a. sua. veneranda. Pessoa, sôbre o seu lial inteligências, piedosa na forma e pro- ta esplanada que se extende defronte da Terminada a proc:issão eucarística, o tosa e bela, parece sorrir maternalmente,
e dedicado Bispo Coadjutor, sôbre o seu funda nos conceitos. As horas de ado- escadaria monumeatal da Basflica. Senhor Bispo Titular de Ritima deu a distribuindo graças e semeando bênçãos.
querido Seminário e o seu não .menos ração que se seguiram à primeira, da Era uma. exposição interminável das bênção com o Santíssimo a tOda. a. imen- No monumento comemorativo das apa-
querido C. A. D. C., enfim sôbre o clero meia-noite à uma hora., destinada à ado- doenças mais variadas e ma.is exquisitas, sa multidão de peregrinos. rições, onde fica definitivamente a Ima-
e fiéis da sua diocese, as bênçãos mais ração e reparação nacional, foram distri- muitas das quais humanamente incurá- gem Sagrada, no seu pedestal de amor
preciosas e ma.is escolhidaS dos inexhau- buídas pelas seguintes peregrinações: da veis, cuja vista confrangia até os cora- A procissão do «Adeus>> e de misericórdia, até ao dia 13 de Agos-
riveis tesouros celestiais de que Ela. é I às 2, Coimbra; das -.: às 3. Alvorge e ções menos acessíveis à compaixão: para- Estão já prestes a findar as scenas to próximo, termmam os actos oficiais da
a munificente e misericordiosa dispen- Pomhalinho; das 3 às 4, Setubal e Al- lisia infantil, sífilis, nefrite, diabetes, tu- grandiosas e comoventes dêste dia inolvi- peregrinação com a linda e emocionan-
seira! vorninha; das 4 às 5, Lisboa. e Tôrres mor branco no joelho, mal de Pott, dável que ficará para sempre assinala- te cerimónia. do Adeus.
No dia doze à tarde Vedras. Durante a. hora. de adoração des- epilepsia, tuberculose, coxalgi.a, idiotia, do em letras de ouro nos íastos glorio- :e a. Mãe que se despede dos filhos que-
tinada. especialmente à peregrinação dio- eczema dos pés, cardiopatia, doença sos de Santuário Nacional de Nossa Se- ridos, são os filhos que se despedem da
Os peregrinos da diocese de Coimbra cesana. de Coimbra, prbgou o rev.do có- de Litte, conjuntivite, hepatite, panto- nhora. da Fátima. Mãe estremecida.
chegaram a Fátima no dia doze, uns de nego Júlio António dos Santos, que foi plose, pleurisia, enterocolite crónica, ble- Vai realizar-se o último acto - dos :e uma despedida afectuosa e tema que
manhã, outros à tarde. Comboios espe- ouvido com a maior atenção e o mais ferite, artrite no joelho, bronquite as- mais belos e mais tocantes - do espectá- a todos impressiona e comove profunda-
ciais, comboios ordinários, automóveis, vivo interêsse, a-pesar da chuva. miudi- mática, cegueira, aortite, paraplegia, fle- culo sublime e incomparável da peregri- mente, fazendo vibrar as cordas mais ín-
caminheiras, enfim, tOda a espécie de nha e impertinente que caía. Aos actos bite, dispepsia hipercloridica, hemiplegia, nação de Julho. timas da alma. E todos quereriam ficar
meios de transporte conduziram a maior desta hora de adoração assistiram, além descalcificação óssea, anquilose dos joe- Os servitas transportam aos ombros o ati sempre, sempre, naquela deliciosa an-
parte dêles até junto do trono da Vir- do Senhor D. António Antunes, muitos lhos, embolia. cerebral, reumatismo, lu- andor com a estátua. de Nossa Senhora te-câmara. do Céu, a rezar, a chorar e a
gem no seu santuário predilecto. 1\~as sacerdotes e seminaristas. Qnási no fim pus do nariz, hérnia operatória, deslo- de Fátima para a Santa Capela das apa- cantar, junto do trono da Virgem res-
houve freguesias do Bispado, como as de dêste piedoso exercício, rezou-se pelas camento da retina, bócio, úlcera. do es- rições num cortejo imponente, cheio de plandecente de pureza e deslumbrante de
Alvôrge, Pombalinho, S. Tiago de Litêm necessidades espirituais e temporais dos tômago, etc.. etc. grandiosidade, de brilho e de beleza. graça, Raínha e Mãe de Misericórdia, vi-
e Abiul, que, na sua quási totalidade e peregrinos e de suas famílias, pelas do À medida que Jesus-Hóstia passa, A augusta Rainha de Fátima é acla- da, doçura. e esperança nossa ...
tendo à frente os seus zelosos párocos, Seminário de Coimbra, pelas dos sacer- encerrado em rutilante custódia de ou- mada por milhares de vozes na sua mar-
realizaram todo o caminho a pé, percor- dotes da diocese e, talvez com mais ro, sob um rico pálio de seda. branca, e cha triunfal e milhares de lenços a sau- Visconde lU M071ttJlo
rendo muitas dezenas de quilómetros e fervor e mais comoção, pela saúde do Se- envolve numa bênção carinhosa e teeon-
gastando dois e três dias na. viagem. nhor Bispo-Conde. fortante cada um dos doentes, a fé avi-
A entrada solene da peregrinação ofi- va-se, a piedade inflama-se, a confiança
cial da diocese de Coimbra. nos domínios
do Santuário efectuou-se às sete horas e
meia da tarde.
As Missas no Santuário
Terminada a cerimónia da adoração
nocturna, a que pôs remate a bênção do
anima-se, e dos olhos de todos os que
teem a ventura. de presenciar êste es-
pectáculo de inefável beleza espiritual
O culto de N. S. da Fátima
Eram inexcedlvelmente perfeitas a or- brotam copiosas lágrimas de dulclssima
dem e a disciplina que reinavam entre
os romeiros e exuberante o fervor reli-
gioso que os animava, traduzido na.S ma-
Santíssimo Sacramento, principiou a Mis-
sa da Comunhão Geral, às cinco horas.
Foi celebrada pelo rev.do cónego di. To-
e invencível comoção.
Do alto do púlpito, à bôca do micro-
fone, o rev.do capelão-director dos ser-
no Estranjeiro
nifestações sentidas e entusiásticas da más Fernandes Pinto, ilustre vice-reitor vitas profere, numa voz íorte e vibran- Guiana inglesa I des : uOrações e penitência)). Logo que
sua fé e da sua. piedade. do Seminário Episcopal de Coimbra.. Du- te que parece fazer violência. ao Céu, as . . . as meninas portuguesas filhu de Ma-
Formou-se um grande cortejo que se rante ~a. um grupo coral da diocese de piedosas invocações de Lourdes, que a Na BntUJh Gutana o Rev. P.• J . Na- ria, tomando aos ombros o andor da Se-
~retb, _natural do Põrto, recomenda-se ~o~a de Fátima assomaram à porta da
dirigiu, entoando câ.nticos, para a capela Coimbxi, sob a regência do rev.do Abílio
Costa, executou diversos câ.nticos reli-
multidão repete cheia de fé ardente, de
as oraçoes _dos devotos de Nossa. Senho- tgreJa, e a procisão começou a marcha,
,
do Pavilhão dos doentes, onde, feita a confiança viva e de santo entusiasmo:
exposição do Santíssimo Sacramento e re- giosos. .Ao Communio desta missa começou <<Senhor, fazei que eu veja!>> ra de Fát•ma. •. sentiu-se um estremecimento de alegria,
zado o terço do Rosário, o rev.do cónego a Comunhão Geral. que foi distribuída ~em e~pa_lhado _ent~e os catóhcos da e todos começaram a rezar o têrço, em-
uSenhor, íazei que eu oiça!»
por vinte e cinco sacerdotes, durante ho- Gut~a livrinhos m_gleses tornando co- quanto um numeroso grupo de meninas
di. Trindade Salgueiro proferiu uma alo- uSenhor, fazei que eu andei»
ra. e meia, tendo recebido o Pão dos nhec1das as maravilhas que Nossa Se- e meninos sob a. direcçãô do zeloso páro-
cução adequada ao acto e às circunstân- O Senhor Bispo-Conde, sem embargo
Anjos vinte e duas mil pessoas. nhora tem espalhado em Portugal e no co Snr. P.• Graneli entoavam 0 Ave
cias. das dOres violentas que sofre, ajoelha e
Algumas das peregrinações tiveram mundo debaixo desta invocac;ão. Maria, acompanhado' pela banda dos
Em seguida o Senhor D. António An- recebe também a benção do Divino Rei
tunes, Bispo Coadjutor de Coimbra,-en- missa f!Special e privativa: Setúbal às de Amor oculto na Hóstia Santa, Pura Salesianos. Pelas 6 h. subiu ao púlpito
carnação viva do zêlo e da caridade do 7,30, Alvôrge e Pombalinho às 8, Tôrres e Imaculada. Os doentes pedem, ma.is Na China o Venerando Bispo Valtor ta, que pre-
discípulo amado - renovou o acto de Vedras às 8,30 e Lisboa às 9 horas. que a saúde do corpo, a resignação do Onze Bispos tomam parte numa procis- gou durante um quarto de hora. No fim
consagração da diocese ao Sagrado Co- Com que fé e piedade, com que devo- espinto. Há olhos ma.rejadDs tJe lágri- o Sr. Bispo auxiliar, que presidiu à f~
são em honra de Nossa StJnhora da Fá-
ração' de Maria, . como tinha sido pres- \ão bem viva e bem profunda, êsses mi- mas. há soluços, há emoções íntimas e tima tJm Kowloon Tong, em 14 dtl
t a, deu a bênção do ss.-.
crito pelo Senhor Bispo-Condt: na sua lhares de fiéis de tOdas as classes e con- profundas. Todos pedem a cura. dos doen- uO facto de Nossa Senhora ter apare-
Maio de 1933
Carta Pastoral, no meio do mai0~ silên- dições, numa promiscuidade que faz tá- tes, todos pedem a conversão dos peca- cido em Fátima, terra de Por tuga l, fa~
boa rasa de tOdas as distinções produzi- Transcrevemos da. revista: uReligião -me recordar, com saüdades, das tradi-
cio, recolhimento e devoção, da selecta e dores, que são também doentes, doentes
das pelas honras, pelas riquezas e pela e Pátria>> que se publica em Macau a ções que a nós - os port ugueses - noe
numerosa assistência. da alma.
O Senhor D. Manuel, devido ao seu categoria social, se aproximavam da me- uSenhor, nós temos confiança em vós!»
seguinte interessante notícia : unem a Portugal !... , Falou-me assim,
sa eucarística, ajoelhando na terra. nua, uSenhor, se quizerdes podeis curar- Antes da saída. da procissão, houve com comoção u m venerando ancião,
precário estado de saúde, não poude
ped!egosa e fria, para. receberem o ali- no adro da igreja. de Santa Teresa. uma membro duma ilustre família macaense.
acompanhar os peregrinos, mas não po- mell!
mento sobrenatural e divino que suscita uNossa Senhora. do Rosário da Fátima, espécie de recepção em honra dos pere-
dendo tão pouco resignar-se a. ficar em grinos que pelo paquete Conte Verde
Coimbra, porque o seu coração não lho as almas fortes e gera as virgens puras! convertei os pecadores» I
iam seguir para Roma: 3 Bispos elei- Na Baviera
consentia, apareceu de surpresa em auto- uNossa Senhora do Rosário de Fátima,
móvel na. Cova da Iria, acompanhado do A Missa de Pontifical e a Procissão salvai-nos e salvai Portugal» I
tos, chineses, e mais 6 Bispos, inclusi- O R. Dr. L. Fischer continúa na su a
ve o Bispo auxiliar de Cantão, 12 sa- propaganda da Fátima,
seu médico assistente, sr. di. Vergílio
Saraiva, o que impressionou profunda- Eucarística Episódio sensacional <'8rdotes, 21 outros peregrinos, entre os Entre outras fê:li uma bela conferên-
quais há 4 senhoras chinesas. Ao todo cia n o Convento do Bom Pastor em Et-
mente os seus diocesanos, dispondo-os As nove horas e meia, num altar pro- Na vasta esplanada, onde os enfermos, onze Bispos, contando os nove acima. tam~nsdrf (Palatinado Superior~ da
melhor parn as horas de oração e peni- visório, armado no pórtico central da dispostos em filas, vão recebendo a visi- mencionado!!, tomaram parte na. procis-
grande Basilica em construção, celebra- Bavtera) com uma grande assistência -
tência que iam passar naquele abençoa- ta de Jesus no seu Sacramento de Amor, são que saiu às 5,30, percorrendo, du- A conferência foi ilustrada. com proj~
do cantinho do Céu. -se com todo o explendor litúrgico que está deitada na maca que lhe foi desi- rante meia hora, as graciosas avenidas
No fim da tocante cerimónia da apre- lhe é próprio a Missa de Pontifical. ções luminosas não só sôbre os aconte-
gnada uma rapariga de 23 anos de ida- de Kowloon Tong. A comunidade católi- cimentos de Fátima como também dos
sentação oficial dos peregrinos, o Senhor O celebrante é o Ex."'" e Rev."'" Se- de, de nome Joaquina Bessa, de Alfa-
Bispo-Conde, visivelmente comovido, so-
ca - mórmente a portuguesa concor- monumentos e panoramas de Portugal.
nhor D. Antóruo Antunes, que tem co- relas, que, há cêrca de sete anos, estava reu tõda. em pêso, em homenagem e cul-
licitou a. protecção de Nossa Senhora. de mo presbítero assistente o rev.do cónego de cama, imobilizada, atacada. de tuber- to tradicional a. Nossa Senhora Pa-
Fát1ma :.au a tríplice invocação do Ro- dr. Tomás Fernandes Pinto, como diá- culose óssea. (mal de Pott). Poucos mo- droeira. de Portugal, que sob a. no:a in- Em Trento
sáno, das DOres e do Carmo, consagrada cono o rev.do cónego di. Trindade Sal- mento.! depois da passagem do Santíssi- vocação de N. S. do Ro&ário de Fátima A magnífica revista <<Bolletino dei
pelas aparições, e dirigiu algumas pala- gueiro e como subdiácono o rev.do cóne- mo Sacramento, essa doente que experi- vem despertando nos corações dos por: Clero, que se publica. em Trento come-
vras de agradecimento aos seus diocesa- go Júlio António dos Santos. Serviu de menta em si o que querf' que seja de tugueses da~tuem e dalém mar, novos
nos presentes por terem correspondido ao çou u ma página mariana no número
mestre de cerimónias o rev.d• cónego Jo- inexplicável, ergue suplicante as mãos pa- impulsos de piedosa devoção. Oxalá os relativo a Junho dêete ano, sôbre a his-
apêlo que lhes fizera. na Carta Pastoral sé Antunes e regeu a Sclwla cantorum, ra. o Céu, invoca a. Santíssima Virgem e católicos, a começar pelos portugueses, tória das Aparições de Fátima.
para irem em piedosa romagem ao San- formada por alunos do seminário de dispõi-se a sair da maca. As pessoas que se dêm com fervor e devoção ao cumpri-
tuárib da Lourdes portuguesa. Coimbra., o rev.... Abílio Costa. Assistiu E órgão da Congregação Mariana
se encontram perto dela e que conheciam mento da. idêntica recomendação que há <ill.egina Apostolorumll do Seminário
Terminou o acto com a bênção do San- à missa no sólio Sna Excelência. Reve- perfeitamente o seu e~Stado, ficam sur- 75 anos a Rainha do Céu fêz em Lour-
tíssimo Sacramento. · Teológico de Trento.
rendíssima o Senhor D. José Alves Cor- preendidas em extremo ao verem a sua
reia da Silva, ilustre e venerando Bispo atitude.
A procissão das velas de Leiria. E, quando lhe preguntam se quere que
As dez horas e meia começou a procis-
são das velas, que decorreu na forma do
costume.
Depois da missa, cêrca das onze horas,
realizou-se a procissão eucarística., que
revestiu a maior imponência e esplendor
e em que se incorporaram elementos de
a. ajudem a levantar-se, sai da maca
abruptamente, e, subindo a escadaria da
Basllica com grandes demonstrações de
Em Macau
Do Boletim Eclesiástico da Diocese de altar da Virgem de Fátima (e foram
Tinha sido precedida da recitação do alegria, vai dar graças diante da i.ma.-
tOdas as peregrinações presentes, repre- gem de Nossa Senhora de Fátima. Macau, relativo a Junho, transcrevemos quatro: a do Rev. P.• Roliz às 5,30 ho-
terço do Rosário, a que presidiu o rev.do sentantes de cêrca de trezentas freguesias a descrição:
di. Marques dos Santos, vice-reitor do Rodeiam-na imediatamente os médicos, ras, a do Rev. P.• Revelard às 6,30,
da diocese de Coimbra., mais de cem enquanto o povo, num dellrio estontean- a do Rev. P.• Alves, às 7,30 e a do
Seminário de Leiria
A procissão seguiu o itenerário habi-
associações com os seus lindos e ricos es- te, tenta acercar-se dela aos p-ri.tos de Festa de Nossa Senhora da Fátima Rev. P.• Goulart às 8,30,) a grade da
tandartes, muitos sacerdotes e semina- uMilagrel Milagrel>t Os imponentes espectáculos e ao mes- comunhão estava sempre povoada de de-
tual, numa ordem tão perfeita, num re- ristas e numerosas crianças das crozadas
colhimento tão profundo e num fervor tão Para. a livra. r da curiosidace ; v;tifica- mo tempo impressionantes manifestações votos que se sucediam quá.si continua-
eucarfsticas de Alfarelos, Alvôrge, Ague- da da multidão que core ..,ivo lli~erêsse de piedade que, desde poucos anos, vem mente.
grande que bem mostrava a satisfação e da e Verride, com as respectivas ban-
o entusiasmo dos peregrinos por se en- desejava vê-la e falar-lhe. t•· lllvu-se mis- assinalando o dia 13 de Maio nesta cida- As 10 horas começava a Noa. Depois
deiras. ter fazê-la seguir imediatamente para. o de do Santo Nome de Deus, tiveram segu.i a-se o solene Pontifical de Sua. Ex.c!a
contrarem no maior santuário nacional, Muitos milhares de pessoas, talvez
ao pé do trono de graças da nobre Pa- pôsto das verificações médic.~·. onde foi neste ano mais uma repetição que não Rev.ma o Sr. D. Henrique Valtorta, Bis-
mais de cinqQenta mil, numa atitude de observada, por vários clfnicos presentes, desmereceu das festas dos anos atrasados, po Titular de Leros e Vigário Apostóli-
dioeira e Rainha dos portugueses. Punha respeito e piedade que sobremodo edifi-
no vasto cortejo uma nota vibrante de que sem demora. acorreram a êsse local. pois vimos o mesmo fervor, igual entu- co de Hong-Kong, que gostosamente se
cava e comovia, assistiram, sob os raios Qnem estas linhas escreve, poude vê- siasmo e crescente amor à Virgem Senho- prontificou a vir cantar o Pontifical. Foi,
alegria, de animação e de vida, o gran- ardentes do sol no zenite, ao desfile do
de número de bandeiras e estandartes ·la nessa ocasião reconhecendo que tinha. ra. de Fátima. porém, com pesar que se ausentou para
magestoso cortejo que constituiu uma No dia 4 de Maio começava a igreja Hong-Kong, sem poder assistir à piedo-
das colectividades que nela se tinham in- recuperado todos os seus movimentos e
sentida homenágem de amor, glória e re- de S. Domingos a encher-se de gente, pa- sa e solene procissão do dia 13, pois, no
corporado. parecendo-lhe que estava perfeitamente
paração, a Jesus-Hóstia. ra a. missa da novena e para. os actos dia seguinte, ia de novo festejar a Vir-
Ciciando preces ou entoando cânticos, bem.
especialmente o. Avé de Fátima, sempre A Missa e a bênção dos doentes O Correio de Coimbra, no seu número
de 18 de Julho, depois de fazer um bre-
religiosos da tarde: - têrço, prática, ora.- gem de Fátiina com um solene Pontifical
ções próprias da novena e bênção do no seu Vicariato.
cantado com fervor e entusiasmo, vai-
-se desenrolando através das avenidas Às onze horas e meia., após a. recita.. ve mas sugestivo relato dêste episódio ex- Santíssimo Sacramento. Presidiu à nove- Ao Pontifical assistiram o Ex.•o e
do local das aparições, numa.· longa e in- ção do terço na. santa capela. das apari- traordinário, conclui, dizendo: <<Espera- na o muito Rev. Sr. Cónego Barreto, Rev.mo Sr. Deão Patrício Mendes, Vigá-
· terminável fila de lumes, êsse magnifico ções, efectuou-se a procissão em que foi mos que a medicina, que conhecia o esta- cantou a <~Capela de Nossa StJnhora de rio Geral da Diocese e Governador do
cortejo extra-litúrgico, que constitui, ca- conduzida a Imagem de Nossa Senhora. do da doente e que agora. verificará o es- Fátima» e fizeram as práticas, que ver- Bispado, o Rev.mo Cabido, Clero, Semi-
da vez que se realiza, uma autêntica de Fátima para junto do altar exterior tado actual, se pronuncie sôbre êste fa- saram sôbre os mistérios do Rosário, os · nário e uma multidão de fiéis.
manifestação de fé e piedade, uma ver- da Basílica, no cimo da grande escada- cto». muitos Revs. Srs. P.• António Henriques Pelas 18 horas, Sua Ex.••• Rev.ma o
dadeira apoteose de amor e devoção à ria do Rosário. Celebrou a missa dos Nes.;e mesmo dia, um ilustre médico S. J. e P.• Elias Marçal S. J. Sr. Governador do Bispado dava princí-
Virgem doentes o rev.do cónego Júlio António que tinha tratado a doente e que tencio- No dia 12, finda a novena, foi expos. pio às Vésperas, seguidas de bênção do
dos Santos, assistindo os três venerandos nava observá-la aos R. X. logo que lhe to o Santíssimo Sacramento num lindo Santíssimo. No cOro a <<Capela dtJ San-
A adoração nocturna Prelados peregrinos. Ao evangelho pr~­ fôsse possível, depois de verificar que o trono de lumes e flores naturais. Come- ta Cecilia, do Seminário, que durante o
À meia noite oficial principiou a bela gou o rev.do cónego Liberato do Nasci- fenómeno sucedido em Fátima se manti- çou então a. adoração .nocturna, feita por Pontifical cantara. uma bela missa de
e tocante cerimónia da adoração t;~.octur­ mento Tomé, que falou das dOres de nha ainda nesse dia, formulou nestes alguns Sacerdotes, Seminaristas e fiéis. Perosi para sopranos e baixos, cantou um
na. Nossa Senhora e da devoção de Portugal termos, em carta dirigida ao articulista, Amanheceu o dia 13 de JI.Iaio. Se du- Tantum Ergo de Zanietti, a três vozes
Exposto o Santíssimo Sacramento no à sua nobre e excelsa Padroeira.. a sua. opinião baseada tão sõmente nos rante a novena foram numerosas as co- viris.
trono, profusamente adornado de lumes A bênção aos doentes foi sem dúvida elementos clínicos que um breve exame munbões, numerosíssimas foram no dia Começou então a procissão a movimen-
e de flores, o rev.do dr. Marques dos San- a cerimónia mais impressionante e mais lhe forneceu: da festa de Nossa Senhora. de Fátima., tar-se. Encorporaram-se nela todos os
tos inicia a recitação do terço do Rosário. comovente. Cêrca de cento e cincoenta <~No momento presente temos apenas pois em tOdas as missas celebradas no estabelecimentos dirigidos pela Autorida.-
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• VOZ DA FATIMA

de Eclesiástica, a Confraria de Nossa Se-


nhora do Rosário, a Congregação das
Filhas de Nossa Senhora de Fátima, o
Seminário, Clero, Rev.mo Cabido e Ex.mo
Culto de N. S. de Fátima em Campinas - Brasil GJU\ÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA
pelos médicos do Instituto Câmara Pes-
e Rev.mo Sr. Governador do Bispado, «Encerraram-se ontem, as solenes fea- I afluência tão grande, apesar da ch_uv~, Tnberculose óssea tana. de Lisboa, onde esteve alguns me-
que levava o Santo Lenho. Atrás uma tividades do corrente mês, no Santuá- que o cortejo chegou a. ocupar quás1 tó- Meu irmão, David Ferreira Lamy. ha- ses ~tacada do garrotilho. Sua mãe fêz
multidão imensa de fiéis. rio do Sagrado Coração de Jesus, no da a extensão da rua A_ndrad~ Neves. via já mais dum ano que tinha uma por ela duas novenas a N.• Senhora da
Não se ouviu nenhuma. banda. de mú- bairro do Dotafogo, em homenagem à O andor de N. S. da Fátl~a fo1 condu- infecção na boca. Devido a isso já os Fátima sem resultados sensíveis, mas
sica, mas ouviram-se cânticos a Nossa Virgem da Fátima. zido por _turnos, por mu1tas senhoras médicos por várias vezes lhe tinham depois de uma terceira novena. a doente
Senhora, ouviu-se a recitação do santo As comemorações dêste culto reves- que se dtsputavam a honra do trans- tirado alguns dentes, e dado 5 golpes na sentiu-se muito melhor. De então em
têrço. Foi, pois, uma. romaria que se as- tem sempre no mês de Maio o seu má- portar. Como ofic~an~, ía o Rev.:"~ Có- cara, sofrendo, noite e dia, dores horrí- diante suas melhoras têm aumentado
sinalou pela sua piedade e recolhimento. ximo esplendor, já por ser o mês de Ma.- nego Oscar de Ohvetra, sob o palio, a veis, e deitando sempre muito pús das de dia para dia, favor que agradece a
Aquele orfeão de vozes cantando a ple- ria já por ser a data do aniversário da I cujas varas pegavam o~ ~rs. Fernan~o feridas. Nossa Senhora.
nos pulmões cânticos à Virgem de Fáti- 1.• 'aparição da Virgem aos pastorinhos Nogueira Filho, dr. Stlv10 de Morms Algumas veies se julgou curado, mas - Maria do Ca?'mo Lima Lopes - de
ma e dirigindo preces a Maria deve ter da. Cova de Iria, em Fátima (Portugal), Sales, dr. Arrud~ Camargo. O. Neto, não tardava que as feridas tomassem a Vila do Conde, por intermédio de Nos-
sido ouvido no céu, onde N. Senhora onde as aparições de 13 de Maio reúnem dr. Falcão . de Mmmda e dr. }'tlanuel rebentar por outro lado, chegando por sa Senhora obteve a cura de um seu
terá sorrido, encantada com a fé de seus sempre uma multidão de ... 250.000 a. Dias da Stlva. Todas as pessoas que vezes a· aparecer por baixo do queixo, filho que sofria sérios incómodos de saú-
filhos. 300.000 pessôas. acompanhavam a proci~o levavam, se- concluindo o médico que se tratava de. Invocou Nossa Senhora por meio de
1\13.5 a procissão lá vai serpeando pela A Liga dos Devotos de N.• S.• da Fá- gundo o costume da. Fatt~a.•. velas. pro- duma tuberculose óssea, muito perigosa, uma novena que fêz em sua honra.
Penha acima. tima da paróquia do Dotafogo tem di- tegidas p~los fachos. propnos. Lmda.- por se encontrar perto da. região pulmo- - Mari4. de Jesus R. Lopes -de Azu-
A ermida está iluminada. No muro fundido de tal modo êste culto no meio mente vestidas de aDJOS a.companha.va.m nar. rára, vem agradecer a Nossa Senhora o
do edifício que olha para a cidade lê-se, católico de Campinas, que as solenida- o andor da Virgem as me~inas ~faria. l<iquei assustadíssimo, quando o mé- ter-lhe restituído o vigor no seu pulso
em caractéres luminosos, esta invocação: des que acabam de realizar-se tiveram do Carmo. Soares ?e 1\lorats, Cel~a. AI- dico me declarou isto. que, devido a um desastre, havia inuti-
uVirgem de Fátima, 1'0gai po1' nóS», e, realmente o cunho de uma verdadeira ves Ferreira. Mana Rosa. Seque1ra e E assim num do!oroso sofrimento se lizado.
entrelaçado nos caracteres de lâmpadas apoteose. Leonor Mar~ Guimarães. . _ . passou muito tempo. - Deodato A. Cabral de Melo - do
brancas, está u:u têrço de lâmpadas ver- Na. 6.• feira. passada, dia 12, teve lu- Depois de recolher a proctssao. sub~u Em 13 de Maio de 1931, tive o pra- Seminãrio de Angra. diz o seguinte: «em
des. No cimo do torreão da Penha, uma gar, como estava determinado, o im- ao púlpi~ o Rev.mo Có~~:ego dr. Emili~ zer de ir visitar Nossa Senhora da Fá- cumprimento de uma promessa, agrade-
cruz luminosa. No frontispício da ermi- pressionante desfilar da grande procis- José Sahm, que pronunCIOU um ma.gn•- tima, à Cova da Iria, e aí junto à Mãe ço publicamente a Nossa Senhora da Fá-
da duas cruzes de Cristo feitas de lâm- do Céu, lhe pedi cheia de fé, que curas- tima, verdadeiramente consoladora dos
padas vermelhas, e, no tôpo da graciosa se o meu irmão;pois se me concedesse Aflitos, uma grande graça que se dignou
capela, o monograma mariano. Junto da essa graça publicá-la-ia no Jornalzinbo conceder à Ininha família>>.
Cruz da ermida a corOa da Rainha dos ccVoz da Fátima». - C~entina M01'eira - de Pernam-
Céus e da Terra. Trouxe-lhe da Fátima uma medalha de buco - Recife, vem muito reconhecida
Recolhida a procissão, prega o muito Nossa Senhora para trazer com êle, e agradecer a Nossa Senhora da Fátima o
Rev. Sr. P.• Alves em português, e em água milagrosa para começar a lavar as ter curado sua sobrinha Clarice que, por
chinês o muito Rev. Cónego Yim. Depois feridas. incómodos provenientes dum parto, se
é dada a bênção do Santíssimo. Começa Depois de várias lavagens, as feridas julgou que iria morrer dentro em poucos
então o povo a retirar-se. Mas a linda começaram a sarar e pouco depois acha- Ill()mentos.
imagem da Senhora de Fátima lá fica, va-se completamente curado, e até hoje, - Maria BeMdicta Tof'f'es Ferrão -
sorridente e encantadora, na Tu1'ris Da- decorridos mais de dois anos sem vestí- de Alenquer, deseja agradecer aqui a
vidica da Penha. Mas não fica só. Fica gio algum do seu sofrimento, tem con- Nossa Senhora da Fátima uma grande
entre flores e luzes. Fica acompanhada tinuado sempre bem. graça que se dignou conceder a sua fi-
de suas Filhas e dalguns devotos. Ficam Nestas palavras, embora simples mas lha numa operação a que teve de sujei-
junto dela os corações de todos os ha- cheias de fé, eu quero testemunhar mais tar-se e na qual, contra tôda a esperan-
bitantes de Macau, que tão belamente uma das inúmeras graças que a Mãe do ça. foi extraordinàriamente feliz.
a souberam homenagear. Ficam a seus Céu tem dispensado e julgo cumprida a -Helena da Paxão Ramos - agrade-
pés virginais as preces de todos I minha pobre promessa. ce a Nossa Senhora o ter passado sem ser
Armação de Pera, 21·12·932- operada numa vista, operação que pelos
médicos foi julgada indispensável. Por
Aida Fef'f'eira Pereira favor de Nossa. Senhora obteve a saúde

VOZ DA FÃTIMA Nevrite sem que a operação fôsse feita. Hoje,


«Josefina Moura Correia, moradora na diz, sente-se completamente bem.
freguesia de S. José de Godim, concelho - J14lia da Silua Guef'f'a - de San-
DESPESA de Pêso da Régua, sofria de uma nevrite tarém, vem agradecer a Nossa. Senhora
Transporte . . . . .. . . . . .. na perna. a cura de sua filha Maria.
Papel, comp. e imp. do n. 0 Quando no dia 12 de Setembro de 193~ - josi Femandes - de Lisboa, havia
130 (65.000 ex.) ... . .. viu ·partir a peregrinação da diocese de muito tempo que era torturado por dois
Franquias, embal. transp. Vila Real, para Fátima, sentiu um pro- qu~tos rebeldes a todos os remédios.
etc ................ ··· fundo desgôsto por não a poder acompa- Desaininado já nos remédios da terra
Na Administração .. . nhar. começou a lavá-lo com a água do San-
Recorreu com tôda a confiança a Nos- tuário que em pouco tempo os fêz desa-
Total ... ... ... ... 402.643$<>2 sa Senhora da Fátima, fazendo-lhe al- parecer. Agradece a Nossa Senhora a
Donativos dude 1&$00 gumas promessas. Sentiu rápidas melho- consecução desta graça.
ras da sua doença o por êste meio vem - Julieta Valente Alves - de Alpe-
Maria José Bragança- Sabugal, 2~; drinha, agradece a Nossa Senhora da Fá-
Plácido Pinho - Brasil, 22$50; Antómo cumprir a sua promessa.
tima a cura de um abcesso na bôca sem
Machado - Prado, 2o$oo; Distrib. em Be- Godim - Régua. que fôsse necessária a intervenção cirúr-
lém - Lisboa, 6o$oo; Albina Tavares- P .• Da11iel Ju?•queiro gica, que se supunha indispensável. De-
Murtosa, 5o$oo; Manuel Crisólogo Gomes pois duma novena feita em sua honra e
- Lourenço Marques, 4o$oo; Maria Salda- Graças diversas de prometer ser assinante do jomalzinbo,
nha e Cruz - Tavarede, 15$oo; Maria Virgínia Fe1'!'eÍ1'a Salvador -de Alma- a Virgem Santíssima alcançou-lhe a gra-
José Bugalho - Elvas, 5o$oo; Catarina da, teve sua filha Odete desenganada ça que lhe era pedida.
Bugalho - Elvas, 5o$oo; Maria Joana
Bugalho - Elvas, 5o$oo; P. António dos
Santos - Anciães, 5o$oo; Maria Almeida
-Mirandela, 15Soo; João Custódio -Mo-
ledo, JOSoo; Duarte de Oliveira - Alen-
quer, 2o$oo; Rita Brum-Biscoitos, 3oSoo;
Alzira Penha - Granja}. 15$oo; José Al- Andor que conduJriu a imagem de No~sa Senhora de Fátima, ~ pro-
Graças de N. S. da Fátima no Brasil
(Continuação) ver se com um tratamento mais esmera-
ves - Califórnia, 25$50; Manuel Martins- cissão das velas realizada em Campinas (S. Paulo- Brastl). na do conseguja melhorar; porém tudo foi
Califórnia, 25S5o; José dos Santos - Ga- paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na noite de 12 de Maio de 1933. Falta de vista inútil.
vinhas, 2o$oo; Clotilde Raposo - Alen- Uma religiosa das lnnãzinhas dos po- Lembra-se um dia de confiar o caso a
quer ,2o$oo; Custódio Fernandes- S. Eu- bres de S. Catarina de Sena - 1nnã Dia- Nossa Senhora da Fátima. Invoca-a com
lália, 2o$oo; Custódio Peres - S. Eulá- são das velas, de significação tanto mais fioo sermão sôbre os acontecimentos já mira, mestra de Noviças no Colégio da fervor e confiança nesse sentido, toman-
lia, 2o$oo; P.• Joaquim Teixeira - S. expressiva e oloqliente, quanto a verda- históricos da Fátima. Providência, na. Bafa, há. tempo já que do conjuntamente umas gotinhas da
Eulália, 5o$oo; Domingos Ferreira - Foz de é que se efeotuou debaixo de chuva, Ontem, houve no Santuário missa ás vinha sofrendo uma série de complica- água da fonte milagrosa; e, se é ou não
do Douro, 2o$oo; Distrib. na Capela de S. a qual começou ainda antes do anoite- 6 1/2 da. manhã, rezada no altar de N. S. ções cuja origem fôra uma forte consti- milagrosa, êle o verificou aos poucos
António -Foz do Douro 27oSoo; Colégio cer trl\zendo a quási todos os que ten- da Fátima pelo vigário da paróquia. pação apanhada numa viagem por mar. dias, que bem poucos foram necessários
• t • • -
Nobrega - B1'asil, r .ooo$oo; Assinantes clOnavam mcorporar-se na proctasao a Monsenhor Jerónimo Bagio, que fêz As dores de cabeça eram contínuas e até para ficar de tal maneira bom que,
do Recife - Brasil, 14oSoo; esmolas do convicção de que esta já se não reali- distribuição de lembranças às pessôas a vista lhe atacou, a ponto de perder a abandonando o regímen particular, co-
Recife - Brasil, 6o$oo; P.• Ad,elino José zaria o que reduziu manifestamente que comungaram; e depois, às 8 horas, visão de um dos olhos e continuar afec- me de tudo como os demais e nada já
Alves-Vela, 15$oo; Francisca da Nativi- muitíssimo o número de pessôas que missa solene no altar mór, sendo cele- tando também o outro. lhe faz mal, maravilhosa conseqüência
dade-Vela, 15Soo; António Palmeira-P. compareceram. Pois apesar disto, e de brante Monsenhor Luís Gonuga de Lutava o médico contra a doença do eficaz recurso a Nossa Senhora da
de Cavaleiros, 15$oo; Capelão de S. Cris- estar chovendo precisamente quando a. 1\loura, vigário geral da. diocese, acoli- procurando com o maior empenho sustar Fátima.
pim-Pôrto, 15Soo; Luciano Augusto Rosa procissão saía da igreja, esta realizou- tado por mais 2 sacerdotes e estando a a sua marcha, sem ver porém o fruto
-Lisboa, 1oo$oo; Manuel Ortigais-Brasil, -se, cumprindo à risca todo o itinerário orquestra e coros sob a' regência do dos seus esforços. Já quási desanimado Paralisia
30Soo; José Souto - Brasil, 20~; Sr. anteriormente marcado, concorrência 1\laestro Brandemburgo. receitava o último remédio que dizia O Sr. Dr. Metódio Coelho, residente no
Bispo do Funchal, 438$75; Carmehna Me- enorme de fiéis, onde havia gente de to- À noite, às 18,30, houve oração so- ter para receitar, dizendo ao mesmo Campo da Pólvora, n. 0 9. foi inesperada-
neses- Larinho, 15Soo; Faustino António das as classes sociais, desde as mais po- lene com os cânticos da Fátima. acom- tempo à doente e à Superiora que, se mente acometido de uma congestão de que
Xavier - Hong Kong, 34o$oo; Francisco bres e humildes até às de mais eleva- panhados pela mesma orquestra e prê- não sentisse o desejado efeito, inevitável resultou a paralisia de todo um lado.
Costa e Omelas - Rio de Moinhos, 2o$oo; da posição e fortuna, e tanto de operá- gando Monsenhor Jerónimo Bagio, a lhe seria a cegueira completa. E a ver- Alarmada tôda a família, procuraram-se
António Apolinário - Cai"oiçais, 2o$oo; rios e trabalhadores manuais de diver- dade é que, de facto, nulo foi o seu re- tôdas as providências que o caso requeria,
cuja diligência como vigário da Paró-
António A. Taborda - Carviçais, 2o$oo; sos ofícios como de intelectuais, irma- quia se deve uma grande parte do êxito sultado. Foi nesta altura que a doente senão quando uma menina de casa. tem a
Emília de Oliveira - Lousa, 5oSoo; Alzira nados todos sob essa poderosíssima. fôr- resolveu entregar ·o caso a Nossa Senho- feliz ideia de correr a buscar um frasqui-
brilhante dlltJ solenidades.
Teixeira - Gaia, ~Soo; Distrib. em Dha ça espiritual que é a fé cristã. ra da Fátima começando-lhe um tríduo nho de água da Fátima que um seu irmã~
vo - Joana Serena, 17oSoo; Carmen Ra- Saíu a procissão do Santuário pouco A decoração belíssima do andor que e tomando ao mesmo tempo umas goti- zito trouxera do nosso Colégio.
malheira- Ilhava, 15Soo; P.•• António e depois das 20 horas, sendo o número de transportava na procissão a imagem da nhas da água do seu Santuário. Asperge com ela o Pai, e ei-lo que sem
Joaquim Roliz - China, 8oo$oo; Maria homens que se incorporaram, sensivel- Virgem da. Fátima merece também ser Melhor sucedida não podia ser, pois demora volta si, recupera todos os movi-
Pratas - Alpiarça, 2o$oo; Manuel Tava- mente igual ao de Senhoras e sendo a citada pelo seu bom gôsto.n já ao 2.0 dia ela se sentiu inteiramente mentos e sem defeito nem embaraço de
res - Furadouro, 15Soo; P.• Joaquim Pe- livre das antigas dôres e a vista recupe- espécie alguma continua suas lides com as
ralta - Niza, 15Soo; Catarina Peralta - rou sua antiga clareza, insigne favor de mesmas disposições de sempre, confessan-
Niza, 2o$oo; P.• António A. Ribeiro - que a piedosa Irmã se confessa devedora do-se por isso êle e tôda a famllia suma-
das pelos Revs. Sacerdotes que acampa.. à Mãe benditíssima que lá da longínqua
Amendoa, 3oSoo; P.• Domingos Fragos!>-
Brasil, I_ooSoo; Maria Deolinda - Açores,
Peregrinação de Guimarães a Fafe nhavam os peregrinos. Os peregrinos co- Fátima estende a sua benéfica influên-
mente devedores a Nossa Senhora da Fá-
tima, a quem fizeram celebrar uma :Missa
15Soo; Distrib. em Almodovar (M.• da Debaixo da presidência de Monsenhor mungaram notando-se em todos éles cia até estas Terras de Santa Cruz. em acção de graças. ornamentando de lu-
Ponte), 125Sgo; Mària Brandão - Veiros, Arcipreste de Guimarães esteve na Fá- uma. sólida piedade o devoção para com
zes e flores o seu lindo altar.
2oSoo; Leonardo Baião - Viana do Alen- tima uma numerosa peregrinação de N assa Senhora. Indisposição geral Arteriosclerose
tejo, 2oSoo; Januá.rio Ferreira - Mercea- Guimarães e Fafe. Terminadas as suas devoções, volta- Oscar Cardoso, aluno do Colégio Ant. 0
na, 2oSoo; Francisco Viçoso - Merceana, Vier"m de combóio no dia. 17 chegan- ram pelo Mosteiro da Batalha, Leiria Vieira - Bala, havia anos já que por Joaquim Pedro dos Santos, de 92 anos
15Soo; Leonor Monteiro - Pôrto, 2o$oo; onde tomaram de novo o combóio que os incómodos habituais se via forçado a de idade, do interior da Bafa (Canaviei-
do a Leiria onde tomaram carros que os
Silvina Alexandre - Lisboa, I 5Soo; Alda levou, contentes e edificados, a suas manter o mais escrupuloso regímen ali- ras) há tempo já vem sofrendo de artérios-
conduziram ao Santuário.
Ribeiro - Lisboa, 15Soo; Abraão Alexan- terras. mentício, do qual, por pouco que safsse, clerose que até o cérebro lhe tinha já ata-
Depois da entrada solene, _fizeram a
dre - Lisboa, 15$oo; José Francisco - Passavam de 300 os peregrinos. logo sentia os nefastos efeitos. Se ainda cado. Complicando-se cada vez mais o seu
Giesta, 35Soo; Condessa da Figueira -Lis- procissão das velas e adora~a<? noctur-
com êle o seu mal-estar era tão notá- estado, que por todos era tido como deses-
boa, 2oSoo; Maria Castelo Branco - Lis- na dirigida pelo bom P.• Domt_!lgos, ~a
vel..., quanto mais quando imprudent~ perado, bem quizera a familia que êle se
boa, 2oSoo; Maria Vidal - Agueda, 8~$50; meia noite às 3 horas da manha do dta
tste número foi visado pela Comlsslo mente dêle se afastava?! Chegou a ir preparasse para a morte. Ele, porém, per-
José Henriques - Tondela, 15Soo; José 18. passar uma temporada numa clinica, a tinazmente repelia qualquer sugestão de sa.-
Augusto Rodrigues - Vilarinho, 36$oo. Começaram então na Missas celebra- de Censura.
• •
VOZ DA FATIMA

4
~ .que quereria, pois, N • Senhora si-
SANTUARIO DA FATIMA
cramentos. Absolutamente desenganado P"·
lo médico, dissera êste à familia que nada
mais havia a fazer senão deixar a doença Diocese de Leiria Exercícios espirituais ao Clero de
gmhcar~nos com estas aparições reali-
zadll8 sempre nos dias 13? Ao que n03
con:sta, a aparição nada revelou aos pa.s-
seguir seu curso e que o caso estaria por
pouco. Acrescentou que, sobretudo, tiv~
• Portugal tonnhos a êsse respeito.
sem grande cuidado em evitar-lhe qual-
Peregrinação diocesana ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima nos dias Desde o dia 3 a 7 ue Julho esteve S. Não ha livro nenhum que nos faça pe-
Ex.cJa Rev.ma o Senhor D. Domingos, netrar tão íntima e profundamente no
quer queda, que, por minima que fOsse,
lhe seria irremediàvelmente fatal.
12 e 13 de Agosto de 1933. venerando Bispo de Portalegre em exer- pensamento e no coração de Maria como
Receosa a famflia de o ver acabar sem cícios espirituais no Santuário de Fá~ a obra admirável uA cidade espiritual
Garoa diocesano& : dianeira de tôdas as graças que a Bon- tima com 83 eclesiásticos da sua. Dio- de Deusu, que tanto tem concorrido pa.-
fazer a paz com Deus, por indicação de
uma sobrinha, Filha de Maria no Nosso A iniciativa do Santo Padre, publi~ dade do Senhor tão liberalmente nos cese. ra nfervorar imensas almas sobretudo
cando um Ano Santo comemorativo do concede. Os Revs. Padres ficaram penhorados de sacerdotes, no amor e nà venerac;ãG
Colégio, confiou o caso a Nossa Senhora O Anjo S. Gabriel saüdou-a ucheia. de c?m o Seu Prelado por lhes ter propor~ por N. Senhora.
da Fátima, fazendo nesse sentido uma no- Centenário da Redenção do Género Hu~
vena e dando ao doente de quando em mano encheu o mundo católico de um graça, bendita entre tôdas as mulheresn c.10nado aqueles dilUI de meditação e re- A sua inspirada autora Maria de
quando umas gotinhas da água do Santuá- entusiásmo que vai aumentando de dia (S. Lucas 5,28) e utôdas as gerações tiro naquele lugar santificado pelas Agreda, tão horrivelmente ;aluniada pe-
para dia.. A proclamam bem~aventuradan (S. Lu- Aparições de Nossa. Senhora prometen- los teólogos do liberalismo descreve-nos
rio.
As festas celebradas em Roma presi- cas 5,48). do voltar no próximo ano. nêste livro não s6 a. assombrosa vida de
Ao mesmo tempo comunicam ~ Vigário Se todos os povos cristãos, reconheci- N. Se_nhora. mas também a. sua sublime
didas pelo p1óprio Sumo Pontífice são
o parecer do médico. Não se faz esperar o
de tal forma grandiosas que não têm dos às graças que têm recebido de tão e glorK>Sa morte. Diz o seguinte sôbre a
dito Vigário, antes corre junto do doente
para uma suposta visita de simples amiza~
similares com as quais se pc.ssam com- boa Mãe, A amam, A veneram, levan- Porque razão teria N. Senhora apa- morte de Maria: uA gloriosa morte da
tam para Ela as suas ptiios humildes, ~ínha do mundo teve lugar numa 6.•
de, terminando sem outra insinuação por parar.
Embora a. nossa diocese seja pequeni~ em preces fervorosas, no lar, nos tem-
recido no dia 13? fetra pelas 3 horllB da tarde, hora a que
oferecer•ao doente os seus préstimos. na, não devemos deixar de contribuir plos, nas peregrinações, nós - os portu- Seis vezes se~idas apareceu a augus- morreu também o seu Santíssimo Filho
~te. que até ali tenaz e a remente r~ guêses - filhos desta. Pátria. que os nos- ta Rainha do Rosário, no ano de 1917, Foi ~ 13 do mês de Agosto. A 15 do di~
para. o esplendor do Ano Santo.
pelia qualquer longínqua alusão a Sacra- Este o motivo porque vos convidei a sos a.vós Lhe consagraram - terra de aos três piedosos paatorinhos Lúcia to mes, ~ semelhança do seu Divino Fi~
mentos, ouvido o oferecimento do Vigário, vir a. Leiria, séde da nossa Catedral Santa Maria - e CUJa protecção se ma~ Francillco e Jacinta. A aparição reali~ lho, sub1u gloriosamente ao Céu depois
diz com inesperada e notória ponderação:
manifestar a nossa crença e amor a J;_ nifestou nos momentos mais difíceis da zou~se sempre nos dias 13, excepto no de. ter. permanecido no túmulo durante
«OS seus préstimos! ... e ~ precisament5 dl-
sus Sacramentado, encorporand~vos na nossa longa história., temos obrigação mês de Agosto em que o administrador tres dias~ •
les qu5 1514 mais preciso/ ... -.. e sem mais procissão magnífica., no dia do Sagrado de não nos deixarmos vencer por ne- de Vila. Nova de Ourém, mação gradua- . O que a grande cantora de Maria nos
delongas, não só aceita mas pede espon~ Corpo de Deus. nhuns outros povos nas nossas homena- do, impediu astuciosamente o encontro ~z no mencionado livro sôbre a sua gl~
tàneamente a confissão que faz nas melho- dos past()rinhos com N .• Senhora.
.A cor~espondência •? apêlo do vosso gens à bendita Mãe do Céu. r1osa morte não é uma verdade de fé
res disposições recebendo em seguida com ~18po fo1 de tal manetra espontânea e Nossa. Senhora escolheu a. nossa Di~ Porque é que as aparições se teriam nem sequer uma verdade histõricamen~
notável piedade e plena lucidez de espíri- 1mponente que a festa do Corpo de cese para nos últimos tempos manifes- realizado sempre nos dias 13? O dia. 13 comprovada ou que possa vir a com-
to os restantes sacramentos. Deus realizada no dia 15 de Junho pas- tar o Seu amor enfranhado de mãe dos é, no. conceito ~opular, um dia. aziago, provar-ae.
• • • sado, ~arca, de certo, ·mna das pági- portuguêses nas Aparições da Fátima um d1a mensageuo de desgraça e de in- Mas se nós festeja.mos êate ano segun-
donde se segue que os diocesanoNle Lei~ felicidade. Daí o não haver nos boteis do detA:rminação de Pio XI o A~o San-
O principal, quanto ao espírito, estavà nas maa bnlhantes da história. da. nos- ria têm uma. obrigação muito especial quarto com êsse número. O número 13
sa Dioceee. to, mu1to embora - como S. Santidade
feito. i: quanto ao corpo? é, em gorai, substituído por 12,A ou en- e:rPre&l!amente o declara - não esteja
Apesar da recomendação do médico de Nunca 11e viu tanto povo nesta cida.- de Lhe serem reconhecidos.
Quantas grac;as a. Virgem Santíssima tãG PllBSa imediatamente para 14. c~entíf1camente provado que N. Senhor
se lhe evitar qualquer miníma queda, no de, e sobretudG com uma unção e pie- da Fátima tem alcançado do Seu Divi~ ~ essa. mesma superstição que leva. os ttvesse morrido no ano 33, e isto sO-
seu próprio quarto deu o doente uma tão dade tão profunda que me comoveu até
no FilhoP 1... mor.adores das cidades a não quererem
desastrada que chegou a abrir o crlneo, àa lágrimaa e a todos causou a maior
mente para que da comemoração da
Curas físicaa e sobretudo conversões hab1tar casas com tal número. Quando morf:e do Redentor resultem para a hu-
caso que todos tiveram na conta de infali- impressão. a uma. mêsa se sentam 13 pessoas uma mamdade maiores frutos de salVRção
.Quero, pois, patentear~vos, queridos morais .••
velmente fatal. O nome de Portugal anda espalhado delas, segundo a crendice popular' mor~ porque não nos ha,..de pois, ser lícito ~
Tal foi também o sentir do médico que Fllhos no Senhor, o meu reconhecimen- por tôdas llB nações da terra pois difi- rerá infalivelmente dentro em po~co
n?s. fazer reverter em nosso proveito es-
deu por inútil qualquer intervenção, acllan- to ainoero e profundo, nestas palavras cilmente se apontará um país que, mais Várias vezes tem sido formulada: a Plrltual aa revelações de Maria de
do que brevíssimo seria o tempo que lhe que me brotam espontâneamente do OC:.. ou menos, desconheça as bençãos mater- pregunta: - porque razãG teria Nossa .AgredaP
ração, e com que os noasos antepassados
podia restar de vida. nais de Nossa Senhora da Fátima... Senhora aparecido 118Illpre nos dias 13?
Jt que êle não sabia estar o doente entre- se oostu~vam saüda.r:
Examinemos, por um momento, a lin-
Seia lou11ado Nono Senhor Juu& Eis porque, meus bons Filhos em Nos- Seria, talv:e~, para. combater a arreiga- d~ oraçã~ que N. S .• dG Rosário de Fá~
gue a Nossa Se.nhora da Fátima, que mais so Senhor, voa venho convidar para~ da. superst1çao popular acêrca de tais t1ma ensmou aos três pastorinhos e que,
uma vez quiz patentear o seu poder. Orntol
A família continua a invocá-la e a dar
• lectivam~nte tomardes parte com o vos- dias? pode ser, maa nllo me parece que segundo .a sua vontade, deve ser reei~
so Bispo na peregrinação de 12 e 13 de N. • Senhora. se ocupe de semelhantes ni~ da dep01s de cada mistério. uMeu Je-
ao doente umas gotinhas da água da Fá~ • • agosto à Fátima como homenagem à nharias. ~· perdoai:~! livrai-nos do fogo do
tima. O resultado foi surpreendente a mais Queridoa diocesanos : Nossa Mãe db Céu, corredentora. do Porque seria então P mfer~o e aliv1a1 as almas do purgatório,
não poder ser, a tal ponto que, logo na A pregunta é um tanto ou quanto di~ especialmente as mais abandonadasu.
ma.nhã seguinte, quando o médico se apre- N~ homenagens colectivas da Di~ Género Humano.
·fícil. As palavras <~livrai~nos do fogo do in-
senta, pensava êle, para verificar o óbito, 88 neste Ano Santo não podemos esque- • Quem se abalançará. a. perscrutar os se- f-:m~m não sãG. mais do que a antiga
com assombro seu e de todos, verificou que oer a nossa Mãe Santíssima • • cretos desígnios da. Raínha. dos Céus e suphca da Igreja a Maria para que nos
o doente estava melhor do que dantes, Efectivamente, foi nas dÔres crucian-
até mesmo enquanto ao desarranjo que a tes do C.alvário que Nossa Senhora nos E co~o N.• S.• é a Raínha. do Clero, e da. Terra? Quem ousará penetrar os concec;ta uma santa e abençoada morte :
artériosclorose lhe tinha já produzido no gerou, f1cando nós seus verdadeiros fi~ êste ano se celebra também o centená- ma1s recônditos mistérios da «Séde da uroga1 por nós pecadores agora e na h~
lhos. rio da instituição por Nosso Senhor Je- Sa.bedoriau P ra da nossa morteu.
cérebro. Da mesma fractura do cdneo, Que saibamos ninguém, até hoje, se
Pregado na Cruz, antes de morrer eus Cristo do Sacerdócio Católico serão Não, ~r~ hoje esta súplica, no tempo
que é sempre grave (muito mais naquele
conjunto de circunstâncias) sem a mínima
o. teu f1lho. Depois disse ao discípulo:
vor que atribuem e agradecem a Nossa Se- e~s a tua Mãe. E dêsde aquela hora
I
«como Jesus visse a Mãe e ao pé 0 ~ aí conferidas ordena a. alguns alunos do a:reveu a responder à. pregunta em ques.. dos swculios e dos fornos crematórios
complicação em pouco tempo se curou, fa- cípulo q.ue amava, disse a Sua. Mãe: eis nosso seminário.
Tereis todos OCilBião de ver o cuidado
oom que a. Santa. Igreja escolhe os seus
tao. mais actualidade do que nunca em qu~
Iremos nós, pois, tentar dar~lhe uma tantos e tantos católicos morr~m cons-
resposta. satisfatória.. ciente e propositadamente como autên-
nhora da Fátima. 0 Tod~s o~ actos de N.• Senhora, ainda ticos pagãos P
discípulo recebeu-a como 3uau (S. João ministros, a. alta dignidade a que são
XIX, 25 a 27). elevados, as tremendas responaabilida~ os mala stmples na aparência, têm sem- ~ão terá o dia 13, segundo os desí-
Explosão S. ~oão represontava-nos a. todos. So- des que sôbre êles pesam e o respeito que pre uma profunda. significação mística. ~os de N. Senhora, precisamente o
E, para ter!llG de comparação, recor~
José Gusmão Pereira, aluno do nosso mos f1lhos de Maria. Santissima. Ela é lhes é devido. f1m de comemorar a sua própria morte
demos em ráp1d11B palavras, as aparições e ao mesmo tempo de pedirmos para nós
Colégio António Vieira, durante as férias nossa. Mãe. À Fátima, pois.
de S. João passadas em casa com sua fa- Esta maternidade está pois aliada à Esta carta será. lida. e explicada aos de N. Senhora no decurso do século e para o nosso próximo, sobretudo por
milia, foi vitima da explosão de uma bom- morte .do Divino Redentor. fiéis pelos Rev.o. Párocos e Capelães e XIX. a9ueles cuja salvação eterna está em pe-
ba de clorato de potassio, que lhe despe- Mana, segundo o pensamento dum cada. um organizará na. respectiva. fre- Em Lourdes apareceu a Imaculada ngo, uma boa. e santa morte? Como a
daçou o dedo maior e/ que foi mister am- grande Santo e teólogo- S. Tomás - guesia a peregrinação à Fátima. nos ci~ Conceição dezoito vezes. A primeira foi morte seria fácil, se durante a vida
putar. A primeira lembrança do jovem 1~ mergulha. no infínito divino; nunca 88 tados dias 12 e 13 de agosto de modo em 11 de Fe,·creiro de 1858 e a últlma pensássemos mais a. sério nela I Ma~
go após o acidente foi recorrer a penetrará até a? fundo das suas glórias que resulte a. maior glória para Deus, em 16 de Julho dêsse mesm~ ano, no di~ mais fácil seria. ainda se nos compene-
Nossa Senhora da Fátima pedindo e. grandezas p01s tem parte nos misté- Nosso Senhor, e para a Santíssima. Vir- da festa de N, Senhora. do Carmo. trássemos do p~nsamento consolador que
ao pai para escrever imediatamen- no~ da.• lnc.arnação _e Redenção que os gem, nossa. .q~erida Mãe do Céu e tam~ Parece não existir na escolha do dia temos em Mana uma boa e santa Mãi.
te ao Director do Colégio para que Anjos )amats poderao sondar. bém a. sant1flcação e salvação para as qualquer simbolismo especial. .â;b~ndonará porventura esta Mãi aman-
lhe mandasse por um portador que indica- Em La Salette apareceu N. Senhora t1ss1ma os seus filhos na maior e mais
A maternidade espiritual de Nossa nossas almas.
va, um frasquinho da água do Santuário. Se_nh~r~ tornou-A corredentora na dis- apenas uma vez, em 19 ·de Setembro de tremenda. de tôdas as necessidades p Não
Leiria, 10 de Julho de 1933 1846, para, com lágrimas nos olhos, será Precisamente então que Ela. acor-
Sucedeu porém que a carta chegou ao ~ tnbutçao dos dons sobrenaturais que
légio depois de o portador já. ter partido, recebemos de Jesus e, portanto, a. Me- exortar \' mundo à penitência. e à ora- rerá pressurosa, em nosso auxílio? Sim
t JOSE, Bi&po de Leiria ção. Foi no sabado de têmporas, vésp~ mas muito especialmente daqueles qu~
toruand~se assim impossível satisfazer-lhe
o desejo. No entanto o jovem com tOda a r a da festa das Sete Dores de Nossa Se- no~ dias 13 tiverem imploradG G seu au~

-
fé suplicava a Nossa Senhora não houv~ nhora. xílio ,Para a hora da morte.
Também em Pontmain Nossa Senhora
se mais complicação alguma. E à real p~
tecção de Nossa Senhora atribue êle e to-
dos os seus a cicatrização do dedo ampu-
tado em bem pouco tempo sem pús de es-
Ano Santo de 1871. '
Muito tempo antes de Lourdea tinha
a. Imaculada. Conceição aparecido em
Parece-nos ser esta a profunda e mis-
apareceu uma só vez em 17 de Janeiro teriosa. aignifica• ão dos dias 13
.. .
Dr. L. Fischer
pécie alguma e sem a mfnima inflamação.
Isto, ao entrar na portaria, de volta para Peregrinação da Diocese de Leiria ao Santuário de Nossa Senhora da Fá- Paris, à beata Catarina. Labouré p:U.a a.
o Colégio, me contava o jovem com a.lv~ exortar à propaganda da. «Medalha. Mi~ Não haja esquecimento
rOço e os olhos rasos de lágrimas, dizendo:
tima, celebrando o Centenário da sua Maternidade espiritual, nos dias lagrosau que, mais tarde, tão celebre se
Mandar sempre o número da assi-
havia de tornar. A primeira. aparição
- uPadre;-mais uma grande graça de
Nossa Senhora da Fátima!...» e me narra-
12 e 13 de Agosto de 1933. realizou~se em 27 de Novembro de 1830 natura quando fôr necessário fazer
va com viveza e devoção o que acima fi-
• não se sabendo, ao certo, o dia das ou: nela g_ualquer mudança.
ca referido. tras aparições. Sem isso não podereis ser atendi~
PROGRAMA As apari~ões a. que acabamos de nos
referir, foram declaradas autênticas pe- dos.
Agradecimento Dia 1 2 - Chegada das peregrinações que logo entrarão dentro do Santuário la autoridade eclesiástica. competente.
Aqui mesmo na Bafa, a própria benefi- fazendo as suas devoções. . Porém pelo que diz respeito à de Lo-
ciada acaba de me participar uma graça
bem extraordinária.
À tardinha reunem-se todos agrupados por freguesias junto do portão prin- cherboden (1871) e àa três realizadas
durante o Kulturkampf em Mettenbuch
últimos conselhos de um pai cristão
cipal, fazendo a entrada solene, presidida pelo Ex.mo e Rev.mo Sr. Bispo de Leiria. Um V5nerável ancião, católico prático e
Diz-me o seguinte: «Júlia Hasselmann, (1876), Marpingen (1876 e 1877) e Die-
Às 22 lloras (10 da noite) Têrço em comum, seguido da procissão das velas.
da Avenida Joana Angélica, agradece de trichs.walde (187!) limitam~nos apenas chefe duma numerosa famllia, próximo a
todo o coração a Nossa Senhora da Fá.ti- À m~a noite -Exposição do Santíssimo Sacramento. Adoração nocturna a rE'gtstá~las aqm sem contudo lhes atri- morrer, f~z reunir em volta do seu leito
ma a graça de ter (icado completamente com prbgaçao. buirmos qualquer valor histórico ou nos todos os seus filhos, e deu-lhes como últi-
curada de uma alteração nos nervos e no Dia 13- Às 6 horas- Missa e Comunhão geral. pronunciarmos sôbre o seu carácter so- ma r~cordação os seguintes conselho:
Osso do queixo de que já vinha sofrendo há brenatural. <~.Ftlhos, notei sempre estas cinco coisas
Às 7 lloras- Missa e Comunhão aos doentinhos albergados.
um ano. Era uma contracção tão forte que
Às 8 e meia horas - Missa de Pontifical e Ordenação. Não nos parece que resulte tambám que .quero deixar-vos em lembrança:
me impedia de falar, de comer, e um sim- qualquer simbolismo do dia. em que se I. - que quem trabalha e falta à mis-
ples bocejo bastava para determinar um . ~ Às 1 I l~oras e meia - Têrço em comum na Capelinha das Aparições e pr~ realizaram. sa ao domingo nunca chega a enriquecer;
estalo que afligia qualquer que estivesse cJ.SSao com a unagem de Nossa Se.nhora. Digna de roenc;ão especial é a apari~ 2. • - qu15 a fazenda mal adquirida nun-
junto de mim. Tendo já recorrido ao mé- .Ao meio dia-: Missa, alocução e bênção com o Santíssimo aos doentes e ção de N. Senhora em Filippsdorf na ca aproveitou a alguim;
dico sem resultado algum, ciente dos gran~ peregnnos. Consagraçao da Diocese a Nossa Senhora. Bohemia, no dia 13 de Janeiro de l886. 3 ·• - que a esmola nunca fAz mais po-
des prodígios de Nossa Senhora da Fáti- Obseroações: As pessoas que tomarem parte na peregrinação devem: Extraordinário é também o facto de ter bre aquele que a deu;
ma, fiz uma novena, aplicando ao mesmo sido subitamente curada a. moribunda 4·• - que a oração da manhã e da noi.
tempo no queixo a água do Santuário, e 1:0 Confessar-se antes, lembrand~se que, sendo domingo o dia 13, haverá t~ nunca atrasou os trabalhos nem preju-
Maria Kade depois das seguintes pala.-
em poucos dias me vi completamente na Fátima menos sacerdotes para os atender; vras de N. Senhora: «Minha. filha a dtcou os negócios;
curada com grande admiração de todos 2. 0 Dar com antecedência os nomes aos Rev. Párocos cujas indicações se- 5 .• - que um filho rebelde nunca che-
partir dêste momento estás curadau'.
os que conheciam o meu estado. guirão; Todavia Fátima sôbreleva. a tôdas as gou a se, feliz>~.
Aqui fica o testemunho da mi.nha gra- 3· 0 Durante o caminho rezar o Rosário, entoar cânticos, visitar o Santíssi- outras pela regularidade .das aparições. Foi a experi~ncia de longos anos que di-
tidão cuja publicação peço para honra de mo Sac~mento, passando por alguma igreja e, os que seguirem a estrada que tem Esta regularidade não foi casual mas tou 5stes conselhos.
Maria Santíssima». os Cruzeuos, fazer a Via Sacra; sim propositada, o que lhe dá uma si~ Qu5m nos dera que lles f6ssem ouvidtu
(Continua) 4-0 Os filhos devem acompanhar os seus pais, não praticando actos que pos- gnificação especial, um sentido misterio- e postos em prática por todos quantos Sl5
P.• ]. Miranda S. ]. sam escandalizar os fiéis ou ofender a Nosso Senhor. soe oculto. dizem católicos.


Ano XI Leiria, 13 de Setembro de 1933 N.• 132

Olr Mter 1 Proprll tl rlo• Dr. Manu11 Marquu ••• lantoa Emprlsa Editora• Tlp. "Unllo llrlfioa" T. do Dllpa oho, 11-Liaboa Admin istrador : P. António dos Reis Red a cçlo e Admi nistraçlo " Sa ntul r io da Fl tima,.

FATIMA- sacrosanto paládio da Pátria


A grande peregrinação diocesana de Leiria
((Da cumeada da serra de Aire, o olhar amoroso e triste da
Virgem Santíssima - amando-nos como 'Mãe, embora triste pelas nos-
sas faltas, - vai-se espalhando por tôd'l a terra, levantando os cora-
ções e avivando a Fé.»
(Da Carta Pastoral A Providência Divina do Ex.mo e Rev.- Senhor
D. ]os~ Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria).

invocações do Rosário, das Dores e do Presentes de facto ou transportadas pe- 12 e 13, que se efectuou, com uma con- dum modo especial, que «nas h omena-
Apostolado e reparação Carmo, pousada cm dulcíssima Visão na lo pensamento à Cova da Iria, junto da corrência que excedeu tôda a expecta- gens colectivas da diocese durante o
O augusto Santuário Nacional de :Nos- copa da árvore sagrada da Cova da Iria, santa Capela das Aparições, aos pés da tiva, a peregrinação anual da diocese de. Ano Santo não fOsse esqubcida a San-
sa Senhora de Fátima, obra-prima do !êz brilhar com o mais vivo fulgor o sol Rainha. dos Apóstolos e das Virgens, re- Leiria ao Santuário Nacional de Nossa tíssima Virgemn.
amor misericordioso do Imaculado Cora- portentoso de Fátima, abrindo no alto da zando, meditando e vivendo o Rosárin, Senhora de Fátima. A maternidade espiritual de Nossa 5&-
ção da Rainha dos Anjos pelos seus serra de Aire entre urzes e azinheiras bra- c.:ssas almas, discípulas generosas e he- Cêrca de cincoenta mil pessoas de am- nhora adquirida junto à Cruz de seu Di-
filhos queridos de Portugal, nascida e vas, uma altíssima escola de apostolado roicas da Mestra Divina, reflectem lon- 'bos os sexos e de tôdas as 1dades e con- vino Filho, no cimo do Calvário, a sua
criada sob o manto da sua carinhosa e reparação. gamente nas salutares verdades da Fé, dições sociais, pertencentes à mais peque- ercelsa dignidade de Co-redentora, a sua
protecção maternal, é, no mais genuino nobilíssima função de Medianeira de t6-
significado da palavra, o sacrosanto pa- das as graças, a protecção singular que
ládio da Pátria. ela nos tem dispensado nos momentos
No cume da montanha sagrada, foco mais difíceis da nossa história nacional,
prodigioso de luz e calor que ilumina e e, dum modo particular, a escolha que
aquece o mundo espiritual, a €loriosa se dignou fazer da diocese de Leiria pa-
Mãe de Deus e :Mãe nossa fundou uma ra nos óltimos tempos manifestar o seu
nova e divina escola, aquela de que as amor entranhado de Mãe dos portugueses
almas transviadas mais careciam para se nas aparições de Fátima, com as suas
converterem e s:1lvarem: a escola do inúmeras graças, com as suas curas ti-
apostolado e da reparação. sicas e, sobretudo, com as suas conver-
Corria o ano da graça de 1917. sões morais, eis as razões poderosas que
A privilegiada terra de Santa Maria, levaram o grande apóstolo das glórias e
berço fecundo de heróis e de santos, atra- fiel executor dos desígnios maternais de
vessava uma das crises mais angustiosas Nossa Senhora de Fátima a promover a
• mais terriveis da sua maravilhosa e peregrinação diocesana à Lourdes portu-
incomparável história oito vezes secular. guesa nos dias 12 e 13 de Agosto cede
Sobretudo nas regiões do centro e sul modo que ·dela resultasse a maior glória
do país, uma propagand~ deletéria, soi- para Deus e para sua Mãe Santíssima e
-disante anti-clerical, mas verdadeiramen- também a santificação e salvação para
te anti-cristã e anti-religiosa, exercida as almas dos que tomassem parte nessa.
por meio da imprensa e dos comícios, grandiosa m'\llilestação de fé e piedade».
tinha descristianizado não · só os grandes Sua Excelência Reverendíssima tev.e
como os pequenos centros de população, um alto e foililOliO pensamento, cuja exe-
semeando por tôda a parte a impiedade, cução deu à peregrinação diocesana um
a descrença e a indiferença em matéria significado e um realce extraordinários.
religiosa. ccComo Nossa Senhora é a Raínha do
Já durante o regimen deposto, a falta Clero e êste ano se celebra também o
de clero tanto regular como secular era centenário da instituição por Nosso Se-
enorme, a vida cristã, e mais ainda a nhor J esus Cristo do Sacerdócio Católi-
vida de piedade, definhava e desaparecia CO>>, conferiu ordens sacras entre a.s
a olhos vistos em muitas paróquias, as quais o presbiterado, a al~ alunos do
romarias e as festas de Igreja revestiam Seminário Episcopal de Leiria. Quis o
um carácter acentuadamente profano, a ilustre Prelado por esta forma que «todos
imoralidade dos costumes aumentava as- tivessem ocasião de vêr o cuidado com
sustadoramente, numa palavra, a nação q ue a Santa Igreja escolhe os seus Ini-
portuguesa, outrora tão fiel a Cristo e nistros, a sublime dignidade a que são
à sua lei, caminhava a passos de gigan- elevados, as tremendas responsabilidades
te para a sua paganização total. que sObre êles pesam e o respeito q ue
Os primeiros governos do novo regi- lhes é devido».
meu, implantado em virtude do triunfo A correspondência a êste caloroso apêlo
duma revolução de origem maçónica, que do seu au gusto Chefe espiritual por par-
subverteu por completo os mais sólidos Procissão de Nossa Senhora da Fátima em Kowloon-Tong (China) em que tonaram parte te dos diocesanos de Leiria foi de tal
esteios de tôda. a vitalidade religiosa, que 8 Bispos sagrados e 3 eleitos pelo sa,.to Padre maneira espontâneo e imponente que, co-
são incontestAvelmente as Ordens e as mo o vCDerando Prelado diz da festa do
Congregações religiosas, elevaram ao Corpo de Deus realizada no dia 15 de
maior grau de acuidade, com os seus de- ~ ali, naquela escola única e incompa- estudam e meditam os dois sublimes mo- na e porventura mais religiosa dt> tôdas Junho último na formosa princesa do Lís,
cretos tirânicos e com as suas medidas rável, sob os raios suavíssimos do sol dêlos, divino e humano, de tlodas as as dioceses do J>il.Ís, foram depOr aos pés ccmarca de-certo, uma das páginas mais
violentas e brutais, os males considerá- divino da Eucaristia, que as almas mais virtudes, Jesus e Maria, absortas nos al- da gloriosa Senhora Aparecida o singelo brilhantes da história da Diocese Leirien-
veis existentes de longa data e sem ces- nobres e mais belas se purificam das suas tíssimos mistérios da contemplação adqui- mas fervoroso tributo da sua devoção e 86».
sar agravados pela !Orça das circunstân- máculas e se vão unindo com Deus por rida e infusa, aprendem a conhecer nas do seu amor filial. Bem haja o apóstolo máximo de Nossa
cias. meio dum trabalho aturado e incessante perfeições inefáveis de Deus e na dolo- Em carta pastoral dirigida aos seus Senhora de Fátima que, no Coração Ima-
Portugal, a nação fidelissima, que por de vida interior, transformando-se nele, rosa Paixão de Jesus a santidad~ iniim- queridos diocesanos, o nobre Pr~do de culado daquela que é justamente cha-
disposição providencial, dilatando a fé e de tal maneira que o amor em que se ta do Senhor, a gravidade e maltci..'\ do Leiria tinha-os convidado ccp<.~;a cc>lecti- mada pela Santa Igreja a Séde da Sa-
o império, dera novos mundos a Deus, abrasam na contemplação, -amor ar- pecado, o valor inestimável c?.:. almas vamente tomarem parte com o seu B:..'>po bedoria, aprendeu, como executor sup~
oferecia agora ao mundo civilizado um dente, generoso, ávido de sacriflcios,- as e a necessidade imperiosa e im;trtscind'- na peregrinação de 12 e 13 de Agosto a mo dos seus desígnios maternais, o se-
espectáculo sobremaneira confrangedor impele a fazer, ao mesmo tempo, o ofí- vel da vida interor como fonte e alimen- Fátima como homenagem à nossa Mãe grêdo maravilhoso de fazer da Lourdes
sob o tríplice ponto de vista religioso, mo- cio de Maria e o ofício de Marta, vivendo to duma vida inteDS:l e perene de repa- do Céu, Co-redentora do género huma- portuguesa a magna escola de reparação
ral e de ordem pública. uma vida intensa de apostolado e de re- ração e apostolado. no». e apostolado nos tempos modernos!
As múltiplas exigências da acção cató- paração para darem Deus às almas e as Bendita seja a augusta Rainha do Céu O venerando Antístite, honra e lustre
lica e da acção social cristã, cada vez almas a Deus. que, num rasgo estupendo de bondade e do episcopado português, quis que cca Chegada dos peregrinos
mais urgentes, não eram atendidas e sa- A Santíssima Virgem desceu do Céu aos amor, apareceu, radiosa e bela, sôbre a sua diocese, a-pesar-de pequenina, não O venerando Prelado de Leiria tinha
tisfeitas. O futuro apresentava-se como páramos desertos e áridos de Fátima para azinheira sagada da Cova da Iria, para deixasse de contribuir, na medida das ordenado a todos os párocos da sua dio-
um céu toldado de nuvens negras e ser a grande apóstola de Portugal e do dar Deus a Portugal e Portugal a Deus, suas fOrças, para o explendor do Ano cese que organizassem nas respectivas
ameaçadoras, onde não despontava o mais mundo inteiro. mais ainda, para dar o mundo a Deus e Santo que a benignidade de Sua Santida- freguesias a peregrinação a Fátima nos
pequeno raio de luz que incutisse ao me- Mas ela quere associar à sua missão Deus ao mundo! de o Papa Pio XI, felizmente reinante, dias 12 e IJ.
no uma vaga esperança. admirável, a êsse apostolado de miseri- se dignou conceder a todo o mundo cató- O seu apêlo foi grata e jubilosamente
Foi então que a Virgem bendita, apa- córdia e de amor, um sem número de A diocese de Leiria em Fátima lico, em comemoração do Centenário da atendido pelos seus fiéis e dedicados
recendo, benigna e compassiva, sob as almas de eleição. Foi durante o mês de Agosto, nos dJa3 Redenção do género humano». :Ele q uis, cooperadores.
2 VOZ DA FATIMA
Efectivamente, as cincoênta e duas ~ rio de Cabo Verde, pregando ao Evan- mo tantas outras simples e vulgar, mas
guesias do Bispado estavam tõdas repre- gelho o rev.do dr. Luis Gonzaga da Fon· dum verdadeiro poema em prosa, dita- O CULTO DE NOSSA SENHORA DE S. Paulo
sentadas, sendo as respectivas bandeiras, seca, cujo sermão o presente número da do por uma alma de grande poeta e ins-
em número superior a setenta, acompa.- «Voz da Fátima>> insere noutro lugar. pirado por um coração palpitante de de- FATIMA NO BRASD. No célebre Santuário de Sumaré, na
capital federal de S. Paulo, foi canOni-
nhadas pelo povo de cada freguesia. Os Falou sôbre o Ano Santo, ano cheio de voção e temura para com a nossa glorio- Da interessante revista «0 Apostólico» camente erecta a Confraria de Nos:;a Se-
párocos não compareceram todos por graças e de bênçãos, e do modo como to- sa Mãe do Céu. que se publica no Baturité, no Ceará, nhora do Rosário da Fátima, dirigida
causa das missas que no dia 13, domingo, dos o devemos comemorar, os devotos Caêla uma das estrofes dêsse maravi- transcrevemos o seguinte: pelos Reverendos Pa.dree Regulares de
tinham de celebrar nas suas freguesiu. de Nossa Senhora e em especial os povos lhoso hino de piedade filial é um grito S. Francisco de Assis.
Sereno e alegre surgiu-nos também o
As peregrinações, à medida que iam da diocese de Leiria, diocese privilegiada do coração, uma súplica veemente, um Instalou-se desde o inicio com mui-
chegando à Cova da Iria, entravam lo- com graças especiais da Rainha do Céu. suspiro, um gemido, um soluço, que co- dia 13 de maio, dia em que se celebra a
primeira aparição de N. Senhora em Fá- tos confrades que vão sempre aumentan-
go no recinto do Santuário, fazendo as Deu a bênção aos doentes, que eram move até às fibras mais íntimas do nos- tima. do.
suas devoções. cêrca de cento e cincoenta, e a todo o so ser humano, fazendo-nos simultânea-
À tardinlul, cêrca do pôr do sol, os povo, com o Santíssimo Sacramento o no- mente rezar, chorar e cantar. Fátima 6 hoje um nome que sôa. mo- Na Ilha de S. Tomé
peregrinos reuniram-se todos, agrupados vo levita ordenado de presbítero à mis- Essa invocação, tão bela, tão sentida, loclioso aos ouvidos dos sinceros devo-
Graças aos esforços e generosidade do
por freguesias, junto do portão princi- sa de Pontifical, rev.do José Francisco tão sublime, que parece ter sido inspua- tos de Maria Santíssima e nos transporta Rev. Dr. .Martinho Freitas da Rocha,
pal, efectuando a sua entrada solene, pre- Pereira Rito. da pelo Céu ao Anjo da Diocese de Lei- em espírito àquela região privilegiada de Pároco da freguesia de Santo Amaro, na
sidida pelo Ex.•0 e Rev.•0 Senhor Bis- ~ um momento solene em que há sce· ria, é uma autêntica e preciosa joia li- Portugal a qual mereceu ser visitada ilha de S. Tomé, foi inaugurada nesta
po de Leiria, no vasto anfiteatro do lo- nas comoventes. terária, feita de vida e sentimento, que pela Mãe de Deus. Igreja uma imagem de Nossa Senhora
cal das aparições. Na ausência do rev.do dr. Marques dos deslumbra e encanta, empolgando os Por isso sonoros cânticos exprimiram o da Fátima.
Eram quási vinte horas. Santos, capelão-director dos servitas, que olhos, a alma e o coração. contentamento que sentimos em celebrar Durante as solenidades quo o R. Dr.
O primeiro acto de piedade colectivo foi em peregrinação à Terra Santa, cliri· Poucas orações à Virgem Santíssima tão gloriosa data, pedindo à nossa queri- Rocha promoveu para celebrar a inau-
e oficial da peregrinação foi a recita- giu as invoc.ações o rev.do :Manuel do haverá tão perfeitas e tão formosas co- da Mãe do céu que abençoe também o guração, destacou-se uma devota comu-
ção do terço do Rosârio, diante da bran- Carmo Goes, pároco da Barreira. mo esta súplica comovida e vibrante do nosso querido Brasil. ..Teu olhar nos en- nhão solene em que tomaram parte mui-
ca e bela estátua da excelsa Rainha de A Imagem de Nossa Senhora de Fá- seu ardente e dedicado apóstolo em que via de Fátima, Nossa terra abençoa tas crianças indígenas - Nossa Senhora
F~tima, na santa Capela das Aparições. tima, erguida sôbre o seu andor, é vol- a elevação das ideias se alia dum modo também!» da Fátima as proteja.
tada de frente para o povo. O Senhru admirável com a beleza da forma e a
A procissão das velas e a adoração Bispo de Leira lê então junto do micro- pureza e candura do sentimento se casa
nocturna
Rezado o terço, organizou-se a procis-
fone a consagração da diocese de Leiria
à Santíssima Virgem.
A veneranda Imagem é de novo con-
perfeitamente com o fervor intenso da
devoção e da piedade filial.
O venerando Antistite, objecto da pre-
Nossa Senhora da Fátima na Ausbià
são das velas, que correu bem, porque duzida para a Capela das Aparições. Re- dilecção da Ranha dos Anjos, e, mercê Publacamos ca sfJguinte interessa11t111 car- de os sens mortos dormiam o !IOllo eter-
o tempo estava SertlQO. Era grande a zam-se as últimas preces e entoam-se os da sua valiosíssima intercessão, favore- ta dirigida M Sr. Dr. Fischer dfJ S.' no. Com o decorrer do tempo foi a fre..
profusão de lumes, o que produzia um últimos cânticos. Está terminada a pro- cido, ao mesmo tempo que a sua querida Margarethem, na Burgenl4nd (fronteira guesia aumentando, vendo-se por isso
efeito magnifico e deslumbrante. Raras cissão do adeus à Virgem e com ela ter- diocese, com a abundância das graças ce- hungara da Au.stria). obrigados, aí por volta do século XVII ,
vezes o número de pessoas que tomam minaram os actos oficiais da peregri.na.- lestes, deixou trasbordar da sua alma a St. Margarethen, 6-6-933 a ampliá-lo e a transferi-lo para outro
parte na procissão das velas tem sido ção. A multidão dos peregrinos, afervo- gratidão de que estava cheia e traduziu local .
mais elevado. rados na sua fé e na sua piedade, e êsse vivo e delicado sentimento numa
Ex.mo Snr. Professor: Ao lado da dita capela construiu-se,
À meia noite, depois de cantado o com a alma a trasbordar de júbilo, vão invocação sublime, cujos perlodos são Só hoje me é possvel responder à car- então, uma pequena Igreja, já d uas ve-
Credo em côro, foi feita a exposição de debandando pouco a pouco e, em breve, pérolas do mais fino quilate, com que ta de V. Rev.• zes ampliada, que comporta actualmente
Jesus-Hóstia no altar colocado à entra- na Cova da Iria, só reinam o doce mis- formou a corôa de glória que pôs sôbre Na minha qualidade de lavrador ve- umas 700 a Soo pessoas.
da da Basílica. Começou então a doce e tério e a paz tranquila e suavíssima dos a cabeça da Rainha de Fátima, ao con- jo-me obrigado a trabalhar todo o santo A antiga capela, depois da construção
encantadora cerimónia da Hora Santa. A santuirios de montanha, como 6 o au- sagrar-lhe dom modo solene a sua queri- dia e, para me dedicar à acção católica, da I greja, ficou servindo de arrecadação
primeira hora, da meia-noite à uma, foi gusto Santuário rle Fátima. da Diocese, em testemunho de venera- só tenho de meu as noites e os domin- de coisas velhas e inúteis, se assim é li-
destinada, como sempre. à adoração e re- ção reconhecimento e amor filial. gos. Além disso a representação da pai- cito exprimir-me.
paração nacional. O Heroi-Santo em Fátima xão de N. Senhora absorve-me de tal for- Foi então que nos veio à mente a ideia
Durante essa hora, o rev.do dr. Luís Fátima, que fazia parte do feudo de Invocação à SS. Virgem feita no ma os escassos momentos livres que mal de abrir de novo ao culto esta veneran-
tenho tempo para escrever. da reliquia da. fé dos nossos antepassa-
Goazaga da Fonseca, professor no Pon-
tifício Instituto Bíblico de Roma e au-
D. Nuno Alvares Pereira, o Heroi-Sa.n-
to, Conde de Ourêm, não podia deixar f110 da bênção ~o Santíssimo Sacra- Desde a Quaresma, até agora, temo- dos e de a destinar a um santuário dedi-
tor do precioso livro intitulado «As Ma-
ravilhas de Fátima>~, explicou os misté-
passar despercebido o dia 14 de Agosto,
em que se comemora um dos feitos mais
mento aos peregrinos -la representado todos os domingos e dias cado a N. Senhora da Fátima.
santos, sempre com grande concorrência. O nosso projecto consiste em restau-
Virgem Santíssima da Fátima! NestfJ A nossa sala de festas que é, aliás, rar interiormente êste belo edificio e
rios gloriosos do Rosário, relacionando as grandiosos da História Pátria, a batalha Ano Santo - centenário da RedtJnção bastante espaçosa, tem-se mostrado aca- construir um altar, com o seu respectivo
suas considerações com a comemoração de Aljubarrota, ganha pelo exército por-
do Ano Santo. Seguiram-se depois, at6 qtUJ jesus Cristo Nosso Senhor nos alcan- nhada, em demasia, p ra conter todos os Tabernáculo, destinado à Imagem de N.
tuguês mercê do g6nio militar e do he-
às cinco horas e meia, outros turnos de ou - vimos - os p6regrinos da Diou- espectadores. Senhora do Rosário da Fátima. ~ 'tem-
roísmo guerreiro e cristão daquele que
se de Leiria e das outras Dioceses aqui Até hoje já assistiram para cima de plosinho deve comportar de 50 a So pes-
adoração ícito6 sucessivamente por di- Oliveira Martins cognominou de a mais
presfJnte.s - manifestar-Vos a nossa gra- 5.000 pessoas, algumas vindas de bastan- aoas.
versos grupos de freguesias a um dos pura conbstanciação da alma nacional.
quais se juntou a peregrinação da ~ Foi Mons. Francisco Esteves, o zeloso tidão pfJlas inúmeras graças qtU a vos- te longe. Na nossa freguesia não existe ainda mo-
guesia de Santa Maria, de Setúbal. com- prior de S. Vicente de Fóra, de Lisboa, sa bondade nos t11m dispmsado. Estas representações exercem sempre numento algum aos mortos da guerra,
posta de 283 pessoas. que, tendo organizado por sua iniciativa Foi nas D6res cruciantes do Calvário uma ~lutar influência sObre o povo. visto o nosso pároco se ter oposto sempre
uma peregrinação da sua freguesia a Fá,. qtUJ nos gerastes, aceitando stJr nossa Entre os assistentes não é raro verem- à construção dum mooumentos que não
As missas: a dos servitas, a da co- tima e à Batalha, presidiu, nêsse dia, Mãe! ...
Graças, muitas graças vos devfJmos, 6
-se sacerdotes e religiosos e até o pró- tivesse ao mesmo tempo carácter reli-
nas duas históricas povoações, às ceri- prio Vip.rio Geral da. Burgenl!ndia nos gioso.
munhão geral e a de Pontifical mónias religiosas comemorativas da gran- MãtJ de Deus e Mãe nossa! ... deu já a honra da sua presença. Pensámos, pois, que essa capela podo-
Durante a adoração nocturna, a partir de data de Aljubarrota. E, stJ todos os povos vos devfJm gra- En aproveito sempre esta oportunida- ria servir para os dois fins, isto é, de
das três horas, celebraram-se numerosas Na manhã de 14, Mons. Francisco Es- tidão imensa, maior I a nossa, porqutJ de para destribuír imagens e o «Mensa- monumento aos mortos da guerra - cu-
missas nos diversos altares do Santuário. teves rezou missa na igreja da Peniten- esta pátria, nascida sob a Vossa prottJ- geiro de Fátima». jos nomes seriam gravados em placas d e
Às cinco horas e meia, na capela das ciaria. Comungaram todos os peregrinos ção maternal, tem vivido 6 rtJalizado a O 13 de Maio dêste ano foi por nós es- mármore dos dois lados d o altar - e
Confissões, houve a missa dos servitas e o digno sacerdote fêz uma breve prá- sua e,spUndida missiü> atravls dos slcu.- pecialmente festejado. Quizemos fazer a de capela expiatória onde, nas noites de ,
celebrada pelo rev.do dr. Joaquim Carrei- tica sôbre a comemoração religiosa e pa- los, só com o vosso auxilio tJ amparo. proci~ das velas no dia 12, à noite, s.• para a primeira 6.• feira de cada mês
ra, professor de sciências eclesiásticas no triótica do dia, evocando a grande figu- Graças, muitas graças vos devemos, mas infelizmente. o tempo não no-lo per- e nas de u para 13, fosse, por turnos,
Seminário de Leiria, à qual comungaram ra de Nuno Alvares, recordando as suas ó Senhora da terra dtJ Santa Maria! mitiu, visto t er chovido continuamente. feita a H ora Santa.
os servos e as servas de Nossa Senhora virtudes e a sua devoção à Virgem San- Tivemos que nos limitar a fazer a pro- Na parte superior da capela será co-
do Rosário. tf!;sima, e exortando todos a seguirem os
Nos tempos calamitosos que atraves- cissão dentro da Igreja. Ainda assim foi locada uma cmz comemorativa d o "Ano
Embora a distribuição da Sagrada Co- samos, a-pesar das nossas infidelidades, Santo de 1933», a qual será iluminada a
exemplos do famoso cabo de guerra, mo- tudo muito lindo.
munhão tivesse começado mais cMo, a dêlo de cristãos e de portugueses. dignaste-Vos, ó gloriosa Mãe do Céu, Em seguida à festa da Igreja houve l uz electrica durante estas santas noites
Comunhão Geral efectuou-se à missa das Em seguida houve missa solene, can- descer a lsttJ lugar para nos recordar os uma sessão solene em honra de N . Se- de oração e de penitência.
seis horas celebrada em frente da Basí- nossos deveres. Eu creio que V. Rev.• se dignirá apro-
tada primorosamente pela Schola Canto- nhora de Fátima no edificio da nossa as-
lica pelo rev.do dr. Luís Gonzaga da rum, de S. Vicente de Fóra, sob a pro- Graças, muitas graças, a Nossa StJnho- sociação, que decorreu com o máximo var êsre nosso projecto.
Fonseca. Uns doze sacerdotes distribuí- ra do RoSário de Fdtima! Antes de terminar ouso pedir-lhe ainda
ficiente direcção de Mons. Esteves. brilhantismo.
ram aos fiéis o Pão dos Anjos, tendo-se ÀS I I horas, os peregrinos partiram Senlwra/ Muitos habitantes das freguesias limí- o obséquio de se pôr em comunicação
aproximado da meSa. eucarística cêrca de para a Batalha, em cujo templo monu- O Vosso Filho, na sua i11finita cari- trofes tencionavam vir assistir a esta so- com S . Ex.• Rev.ma o Senhor Bispo de
treze mil pesseas. mental foi cantado o Te-Deum e em cu- dadtJ. quis que as graças da Reden~o lenidade mas não o p uderam fazer por Leiria, por causa da Imagem de N. Se-
Às oito horas e meia, Sua Execelência jo claustro,- defronte da sah. do Capí- chegassem ati nós. instituindo o Sa11to causa do mau tempo. nhora da Fátima.
Reverendíssima o Senhor Bispo de Leiria tulo onde I8pousam os restos mortais do SacramtJnto da OrdtJm. A devoção a N . Senhora de Fátima ~ imprescindível que ela esteja aqui
celebrou missa de Pontifical, sendo pres- soldado desconhecido, se improvizou uma FosttJs Vós, Senhora, qUtJ "' Calvário vai aumentando dia a dia. por todo o mês de Setembro. Além disso
bítero assiste.nte ~ rev.do Faustino Jacin- pequena sessão patriótica, em que o no- oferecestes ao Eterno Pai o vosso Filho E agora permita V . Rev.• que lhe é desejo do Snr. Prior que ela seja ben-
to de Almeida, pároco da Freixianda e tt:á.vel jornalista e escritor católico Zu- f esus. Fostes Vós o centro dos Apóstolos transmita um pedido do meu pároco e lhe zida em Fátima, no próprio local das
vigário da vara de Ourêm, diácono da zarte de Mendonça proferiu um breve no CfJ11áculo como preparação p~:~ra o Pen- comunique, ao mesmo tempo, uma noti- aparições, e em seguida tocada na Ima-
misea Q rev.do dr. Joaquim Carreira, sub- ruas entusiástico discurso, exaltando a. tecosttJS. cia bastante agradável. gem de N . Senhora que ali se venera.
diácono o rev.do Joaquim da Silva, e diá- memória do Santo Condestável e recor- Sois, com razão, a Rainha do C~f'o. Era, de há muito, nossa preocupação A parte tocada deve ser marcada com _
cono e sub-diácono assistentes os rev.doe dando o alto significado daquela despre- Depois th assistir às cerimónias da Or- constante o lugar onde haviamos de co- com uma pequena cruz para que os fiéis
Manuel do Carmo Goes e Joaquim Lou- t enciosa ruas justa e comovida homena- denação, vimos, Senhora, pedir-Vos pelo locar a Imagem de N. Senhora de Fá- a possam beijar nesse sítio.
renço. gem ao imortal vencedor de Aljubarro- Papa, vigário de jtJSus Cristo 11a tfJrra, tima logo que ela chegasse de Portugal. Pedimos também a V. Rev .• nos
Dirigiu com proficiência consumada as ta. pelos Bispos tJ SactJrdotes de t odo o mun- E, creio que foi inspiração divina, che- queira marcar o dia em qne poderá vir
numerosas e complicadas cerimónias do À mesmo hora em que no grandioso e do, especialmenttJ ~los th Portvgal 11 gámos ambos, separadamente, à mesma aqui. lt conveniente sa.~lo o mais cedo
Pontifical o rev.do Augusto de Sousa magnifico templo da Batalha, próximo pelos qutJ acabam de se1' ord6114d.os. conclusão: Ao lado da nossa Igreja pa- possível para podermos marcar o dia da
Maia, secretário do Senhor Bispo de Lei- da campa ra.za onde jazem os restos mor- Abençoai, SenhOt'a, os StJmin4rios. fa- roquial existe uma velha capela, por festa.
ria. Comemorando o centenário da insti- tais do soldado desconhecido, se presta- zendo dlle alfobres th Santos Sacerdo- certo o mais antigo monumento cristão de Bom seria que V. Rev.• viesse a um
tuição do Sacerdócio Católico, o veneran- va este singelo tributo de veneração e tes, c;oncedei-nos boas 6 pvras vocações, tôda a BurgenlAndiâ. domingo ou então no dia 13 de Outubro.
do Prelado conferiu a sagrada ordem de reconhecimento ao Herói-Santo, numero- protegei as ordens religiosas e as missões, Quando, há cêrca de mil anos, os nos- Para a referida festa iremos convidar
presbítero ao seminarista rev.do José Pe- sos contigentes de todos os corpos da trazei ao redil da verdadeira IgrtJja cató- sos antepassados vieram da Baviera es- também S. Eminência o Cardial Arce-
reira Rito, natural do lugar das Brancas, guarnição militar de Lisboa desfilavam lica as almas tJxtf'aviadas pelo 8rro tJ pfJ- tabelecer-se nesta região, erigiram, como bispo de Viena. Queira, pois, V. Rev.•
concelho da Batalha, e a de sub-diácono em continência perante as ossadas do las paixões de modo qtUJ tfm brevtJ não seu primeiro santuário, uma capela que enviar-nos uma resposta urgente.
ao seminarista Amilcar Martins Fontes, Santo Condestável colocadas sObre um haja senão um só rtJbanho tJ um só Pas- dedicaram a Santa Margarida, mártir.
natural de Minde. andor à porta da igreja do Carmo, ren- tOf'. Em volta da capela era o cemitério on-
Durante as ordenações, o rev.do dr. dendo assim o preito de veneração e re- Rainha do Clu. rogai por nós!
José Galamba de Oliveira, professor de conhecimento da Pátria àquele que foi o
Augusta Senhora do Civ e da terra,
Teologia no Seminário, explicou junto
do microfone à multidão imensa dos
maior de todos os portugueses.
atrai t6das as almas para Vós, prendei- DENTRODO SANTUÃRIO Têm sido também muitos os peregri-
nos que têm vindo satisfazer as suas
fiéis as respectivas orações e cerimónias Um cântico sublime -as QQ vosso coração virginal pelos la- promessas, receber Sagrada Comunhão
litúrgicas. A singela crónica de Fátima fecha ês- ços fortes do amor, alime11tai-nos, Stmho- Misas novas e rogar à bemdita Mãe do Céu ! ua pro-
te mês com chave de ouro, inserindo co- ra, com o Pão Eucarístico - corpo fJ tecção.
Os Reverendos P.• José !\faria Valente
A missa e bênção dos doentes mo remate um cântico de piedade, um sangue do Vosso Divino Filho - qtU nos
Ribeiro e P.• Raul Domingos da Cruz
São onze horas e meia. A essa hora, hino de amor: a linda e encantadora in- dá a fórça tk caminhar através do de-
vieram celebrar no Santuário de Fátima
serto da vida, ati d montanha dtJ DtJus.
como de costume, principia a recitação
pública do terço do Rosário na santa
vocação à Santíssima Vugem composta
por Sua Excelência Reverendíssima o ó Maria, vós sois mi11ha Mãe, a Senho- as suas primeiras Missas.
Pertencem ambos à Diocese do POrto.
AOS INCAUTOS
Capela das Aparições. Depois do terço, Senhor D. José Alves Correia da Silva, ra do meu coração, sois os meus amores.
a minha vida-, o m4u tudo. Acompanhavam-os as pessoas de suas fa- Novamente avisamos de que ftâo
a linda Imagem de Nossa Senhora de Bispo de Leiria. mílias e amigos íntimos aos quais se
Fátima 6 conduzida aos ombros dos ser- Foi o ilustre e venerando Prelado que, Queremos ser vossos tJScravos de amOf', tomamos a responsabilidatk por
juntaram outras pessoas de Fátima
vitas, sob uma chuva incessante de fio. não contente de ter produzido essa.. ma- abandonar-nos sem restrição •o vosso ca-
Que a Virgem Sa.ntissi.ma, Rainha do
quaisquer subscrições, pedit6rios, ri-
res e no meio de grandes manifestações gnífica obra-prima sob o tríplice aspec- rin'llo maternal, ocupar-nos em Vos ser- fas ou outra forma de extorquir di-
Clero, abençõe o seu Apostolado.
de piedoso entusiasmo, para o pavilhão to literário, piedoso e sentimental, quis vir, em Vos glorificar, tJm Vos amar com nheiro que não é para o Santuário
dos doentes. ~tes estão já nas bancadas recitá-la pessoalmente, o que êle fêz jun- t6das as fórças das no541.S pobres almas.
que lhes foram destinadas na vasta es- to do microfone, imediatamente antes de Nós Vos amamos, boa NãtJ mas au- Movimento do Santuário mas para os seus promotores.
planada ao fundo da escadaria da Basí· começar a tocante procUsão do adeus. ;,.ent•i o nosso •mor. •gora, ·,.este vale Todos os dias teem sido celebradas Mis-
llca do Rosário. Como os leitores da «Voz da Fátima» de lágrimas fJ, depois, nos espltmdores da sas pelos sacerdotes do Santuário e por
~ meio-dia. Celebra a missa dos doen- teem o subido prazer espiritual de veri- eterna glória. Assim seja. outros de diferentes pontos do país que EsttJ número foi visado pela Comissão
tes o rev.•o A8ostinho Vieira, missioná- ficar, não se trata duma invocação co- VISCONDE DE MONTELO aqui têm vindo em peregrinação. de CtJnsvra.
VOZ DA FATIMA 3
os es:emplos de todas as virtudes prati-
Sermão pregado pelo Rev. Sr. Dr.
Luís Gonzaga Aires da Fonseca,
cadas por Jesus e Maria na vida domés-
tica, os heroismos de santidade que res-
plandecem na Paixão dolorosa, as visões
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA
de glória e bem-aventurança eterna que Ataques -se-lhe os Santos Sacramentos, pedindo-se
em 13 de Agosto último, em Fátima nos atraem na vida de Jesus e Maria glo-
Tive uma criada, vai para dois anos,
ao Sacerdote para se não retirar por jul-
garmos eminente o fatal desenlace. Mas
rificados.
Estamos em meio do Ano Santo da Re- des domésticas, nem só no recinto do O Rosário é a cadeia de oiro com que que sofria de ataques frequentes, caindo ninguém perdeu a confiança.
denção; e esta grandiosa peregrinação, templo, mas em meio da sociedade e do a Mãe SS. nos prende a si, nos ajuda sem sentidos; e qUándo voltava a si apo- Recorremos a Nossa Senhora da Fá-
em que predomina a diocese de Leiria, mundo, para que a luz do seu bom exem- e. correr pela senda da virtude, nos li- derava-se dela a ideia do suicídio que se tima por meio de diversos Santinhos.
estes cultos tão magest:osos, tão espon- plo brilhe aos olhos doa homens e os vra do inferno, nos sobe ao céu. tomou obsessão. Na 6.• feira das DOres, ao ver sair a
tâneos, tão sentidos, tão filiais que aca- force a glorificar a Deus e a fazerem-se Outro grande meio de fervor e santi- Disse-me um dia, por estas ou idên- procissão de Nossa Senhora, encomendá-
bais de prestar à Virgem Senhora •d~ melhores. ficação que N. Senhora de Fátima aqui ticas palavras - «A ágU4 m1t11-me cu- mos a doente à sua divina proteção. Na
Fátima nêste santuário bendito, tinham Meios efic.acf.llsimos para obter esta nos oferece é a união com Jesus na Eu-
biça,,> A minha preocupação subia por eu volta da procissão a enferma sentindo
por fim principal comemorar e agrade- renovação profunda e completa da vida caristia. Para af tende todo o culto de ter uma varanda de vários degraus pa- tudo, exclamou com tOda a fé e confian-
cer a Deus, autor de todos os bens, um cristã, oferece-os o Ano Santo nas outras Maria em Fátima, todas as graças tem- ra o quintal onde havia um pOço. ça: «Rezemos todos uma Salvé Raínha,,,
dos maiores benefícios da Redenção: o duas fontes principais de graças que nêle porais e espirituais que a Mãe de Mise- Com os ataques podia aleijar-se e até e desde aquele momento repentinamente
ter-aos dado Maria SS. por Mãe. correm, e o fazem ano eh oração, e ano ricórdia aqui dispensa. todo os prodígios morrer de alguma -queda, ou atirar-se cessaram as dores de cabeça assim como
Que imenso benefício êste, meus ir- d& Vida eucarlstica. A divina Eucaris- que opera nos corpos, todos os milagres para dentro do pOço. todo o mal estar que sentia. O médico
mãos, que imenso benefício! Só no céu o tia como Sacrifício e como Comunhão, com que transforma as almas: para nos Tê-la-ia despedido se não tivesse pena ainda disse que seria necessário sujeitar
poderemos avaliar! Só no céu, e por 1:6- Jesus presente em meio de nós, Jesus aproximar de Jesus, para nos dar a Je- e dó dela e ao mesmo tempo confiança a doep.te ~ aplicação de corrrentes elé-
da a eternidade, o poderemos agradecer imolando-se por nós continuamente sobre sus, e para que Jesus se nos dê a nós. em Nossa Senhora da Fátima. ctricas e injeções, mas nada foi necessário
convenientemente! os nossos altares, Jesus dando-ae todo a Unid'lS a :ete pela graça e logo pela co- Comecei com a criada uma novena pe.ra alcançar a sua saúde. ~ esta tão
Como na vida natural devemos tanto nós em alimento das nossas almas, - eis munhão e por uma intensa vida euca~ sem resultado. Fizemos segunda e os ata: grande graça que eu hoje venho agra-
a nossas mães, que nunca lhes poderemos a mais prodigiosa invenção da caridade tica vivem<JS n':ele e :ele vive em nós, ques continuavam. Fizemos uma ten:eiza decer a Nossa Senhora da Fátima.
pagar, nem ainda agradecer bastante, infinita do Redentor, eis o memorial transformamo-nos n':ele por semelhança novena e desde então nunca mais tem P1U11tearcas - Galiza
assim e infinitamente mais na vida sobre- perene e o compêndio divino da Reden- progressiva de pensamentos, de afectos, tido ataque algum perd«mdo já. tam~m
nataral é tanto, tanto o que devemos à ção, eis o meio mais eficaz para con- de vida, para um dia nos transformar- a mania do suicídio.
Mãe SS., que só a luz da glória nos po- servar e deseovolver em nós a vida da mar completa e definitiVamente pela par- Durante as novenas tomava diàriamen- Graças diversas
derá revelar a. imensidade da nossa dí- graça, para vivermos nós em Jesus e Je- ticipação da sua mesma bemaventuránça. te alguns golos de água da Fátima que - Henriqueta Augusta Brigida - Lei-
vida, e só a eternidade nos dará prazo sus em nós durante os dias poucos e maus Não são êstes os frutos que vemos bro- abençoada por Nossa Senhora nos al- ria, tendo em 1930 uma exostose numa
suficiente não para nos desempenharmos, dêste dest!rro, com penhor certo de ser- tar por tOda a parte, onde se propaga a cançaram a graça.
maxila, foi mandada para os especialistas
mas para desafogarmos a nossa gratidão. mos por :ele ressuscitados DO último dia, devoção a N.• Senhora de Fátima? e Bendita, pois, a Virgem Santíssima da de Lisboa. Uma sua filha recorreu a Nos-
Só no céu! na. terra não! nunca! para com :ele e d':ele vivermos na eter- não os vemos nós brotar, há anos, com Fátima que se dignou ouvir os meus ro- sa Senhora da Fátima para que não
Mas se em algum ponto da terra se nidade. exuberância inexcedível aqui nêste San- ge:-' e os da. Eduarda Gertrudes, que, ra- fosse necessária a intervenção cirúrgica.
pode fazer uma ideia aproximada do que Os frutos maravilh090S de todas estas tuário bemditol diante e feliz se afervorou na vida cris- Assim aconteceu, e dai a pouco, contra
é, do que significa, dos bens que nos traz tã prometendo ser sempre grata à sua tôda a espectativa, estava completamen-
o termos Maria SS. por Mãe, é aqui em Mãe do Céu. te curada.
Fátima. Aqui nêste cantinho do céu na S. Tiago de Cacem. - Gertrudes Leonides Gonçalves - de
terra, aqui nêste Santuário de graças Angelina Nogueira Andr6 S. Bartolomeu-Açores, diz o seguinte:
e milagres, aqui nesta fonte manancial «Reconhecida a Nosas Senhora da Fáti-
de misericórdias de Maria. Só aqui, como ma por uma tão grande graça que me
em nenhuma outra parte. Fígado e intestinos alcançou numa ocasião em que quá.si
Olhai. Um dos maiores benefícios que Maria Alice -R. de Vasques .Mesquita moribunda me sujeitaram a uma opera-
a divina liberalidade faz ao mundo em - POrto, ia sofrendo há bastantes me- ção, venho manifestar o meu maior
nossos dias é precisamente êste Ano San- ses de dOres fortíssimas do figado e in- reconhe 'mento para com tão boa. Mãen.
to da Redenção. Disse-o expressamente testinos, chegando a ponto de nada po- -Maria Augusta d' A1Jdrad1 Neves
o Santo Padre, PIO XI, quando em do- der sustentar llO estômago, e estando - de Lisboa, agradece muito reconhe-
cumento póblico declarou, que foi por ?um tão grande estado de magreza que cida a N•. S.• o ter-lhe alcançado uma
especial inspiração de Deus, que êle - Já se supunha ter uma tuberculose in- graça de muito valor.
quási contra sua vontade..._ se decidiu testinal. Eu então, compadecida pelo - Maria dos Reis - de Lisboa, agra-
a proclamar êste jubileu, e quando depois estado em que se encontrava a doente dece a N.• S.• e a S. Filomena um favor
afirmou repetidas vezes, que ao fim recorri a Nossa Senhora da Fátima em que do céu lhe alcançaram.
dêste Ano Santo o mundo estará muito seu favor. - Maria eh Albuquerque Pignatelli,
melhor. Tão boa Mãe do Céu atendeu as mi- agradece a N.• S.• uma graça temporal
E porquê? Porque são tantas, tão sin- nhas súplicas em favor da saúde da doen- obtida depois de uma novena a Nossa
gulares, tão eficazes as graças do céu ~~ mas não. ficou por aqui a compai- Senhora da Fátima.
qoe dia a dia vão chovendo sobre a terra, xao. da Santíssima Virgem. Outra graça -Olinda Mexia Miranda, achando-se
que não tem comparação não só nos anos mwto ~de, . e esta de ordem espiri- em Loanda, já Sacramentada e com he-
ordinários, mas nem ainda nos mais ju- tual, f01 concedida à mesma criatura por mÕptises, recorreu a Nossa Senhora da
bileus. interm~o de .No~ Senhora. :e que es- Fátima bebendo da sua água e sentin-
Nós vivemos na úi da Graça. E pen- ta doentinha Já tinha feito 20 anos e do-se já bem de saúde vem agradecer a
samos nós, pensastes vós nunca a ~rio nunca tinha comungadoll Agora, graças Nossa Senhora ~ sua protecção.
o que quer dizer: viver oa Lei da Graça? à Santfsima Virgem e ao seu Amado - Maria PtJreira d4 Silva - de Leiria,
Quer dizer: viver sob uma chuva con- Filho entrou de muito livre vontade no agradece a Nossa S.• o ter curado uma
tínua, densa, torrencial de graças de Instituto Feminino de Educação e Re- sua filhinha de to mêses que todos ti-
Deus, todos os anos, todos os dias todas generação, do Bom Pastor. Já fêz a sua nham como irremediavelmente penlida.
as horas da nossa. vida. Graças tempo- primeira Comunhão no dia da Ascensão -Ana Palma Duart1 - de :evora,
rais e espirituais, para bem do corpo e de Nosso Senhor sentindo desde então tendo um dos seus cinco filhos atacado
para bem da alma, para a vida tem- grande alegria pela pa% da sua alma. com a varlola e quási já nos transes da
poral e para a eterna; Graças de con- Recorrer a Nossa Senhora é ter mimos morte, pediu a Nossa Senhora que lhe
versão, de santificação, de perseveran- cá na terra e quási a certeza de não desse saúde e perseverasse os outros do
ça; Graças obtidas com os sacramentos, perder a salvação. contágio. Obtida a graça vem agraded-
com a oração, com as obras de piedade, Porto. -la.
com a prêgação da palavra de Deus, até Maria AliC41 da Silva Prata - Júlia Brandão Melo - de Coimbra,
com as acções ordinárias, devidamente O Rev. Dr. Lufs Gonzaga da Fonseca, professor do Instituto Bíblico de Roma, pede para que aqni seja agradecido a
feitas; graças todas elas preciosissimas, pregando na peregrinação ds Fátima Nossa Senhora wn favor por Ela dispen-
porque valem o sangue de Jesus e tendem Meningite tuberculosa sado a uma pessoa. de sua famflia cons-
a assegurar-nos o céu. Durante quatro meses, uma amiga mi- tituída em grave perigo de morte.
Ora se é assim em todos os anos da graças de Deus vemo-los brotar por tô- • • • nha, sentiu-se doente. Chamado o mé- - Maria Fel'l'eira iU Sousa - de Re-
Lei da Grança, nêste Ano Santo bem pode- da a parte desde o princípio do Ano dico julgou-se que seria apenas uma gri- carei. agradece reconhecida a Nossa Se-
mos dizer que rebentaram as fontes do Santo, temo-los visto particularmente em Por isso vós, Fiéis da diocese de Lei- pe vulgar. A doença aumenta mais e, nhora o ter-lhe concedido várias graças
abismo e se abriram as cataratas do céu Roma nas multidões de peregrinos que ali ria, vós mais que ninguém privilegiados chamado outro médico, adordaram em a si e a sua família.
SÔbre a Igreja e sObre todos os fiéis, não têm acudido de todo o mundo, para ga- da Virgem, que em meio de vós quiz le- que se tratava duma tifoide. A doente, - Ermelinda Pir1ira tU Sousa - de
só inundado-os, mas afogando-os em dilú- nharem o jubileu e se retemperarem na vantar êste trono das suas misericórdias, porém, queixa-se ainda de horríveis dô- V18.Da do Castelo, diz: «Venho pedir a
vios de graças de Deus. fé junto do sepulcro de S. Pedro e ao na vossa terra fêz rel' 'ntar estas fontes res de cabeça que não cedem a coisa al- publicação de uma grande graça que
Graças de convn-são e remissão de pé do trono do Vigário de Cristo. mananciais das suas graças, - vós ten- guma. Chama-se então antro médico que, Nossa Senhora ::ne f~. ficando cumprida
pecados. :e a propriedade característica des obrigação de lhe ser especialmente depois de alguns dias de observação, di.5- assim a minha promessa que fiz a Nos-
de todos os jubileus: todos êles são um • • • devotos; vós deveis ouvir mais atenta- se tratar-se de uma meningite tuberculo- sa Seohora da Fátima».
convite matemo da Igreja à conversão, à Ora bem, meus Irmãos: tudo isto, 1:6- mente as suas recomendações, vós deveis sa e que a doente estava irremediàvel- - João A11t611io dos Sa11tos - de El-
penitAncia, à mudança de vida; todos das estas torrentes de graças, todos estes praticar mais fielmente os seus conselhos, mente perdida. Tendo-lhe feito ainda a vas, vem manifestar o seu agradecimento
oferecem a possibilidade de obter o dilúvios de misericórdias divinas que ofe- vós deveis dar, on melhor, deveis conti- análise ao líquido encefálico, disse que, a Nossa Senhora da Fátima por uma ça.-
perdão de todos os pecados, e não só rece ao mundo êste Ano Santo extraordi- nuar dando, como dais já, a todo o Por- mesmo no caso de não morrer, ficaria pa- ça que lhe foi concedida por intercessão
da. culpa, senão tam~m da pena. Mas nário, oferece-os todos os dias e todos os tugal e a todo o mundo católico lumino- ralítica dos membros inferiores. da mesma Senhora.
êste jubileu de modo especialíssimo e anos a Virgem SS. nêste seu Santuário sos es:emplos de vida verdad~en'te Nestas aircunstlncias administ:ramm- - Cacilda Guilhermina Dias - de Ma-
eficacíssimo: não só pelos especiais po- de Fátima. Fátima é um Ano Santo da cristã. Vós viveis num perpétuo Ano San-
deres concedidos o todos os confessores, Redenção, continuado, não por dOze mê- to. O que é para o mundo todo por mer-
e pelas indulgências extraordinárias que ses, mas por todos os mêses e todos os cê de Deus êste Ano Santo, são para vós, nou os primeiros Sacerdotes da Igreja, te, quando tudo vos abandona, hão de
~ podem lucrar, - mas porque nos põe anos. por bondade carinhosissima de N. Se- que foram os Apóstolos. vir em nome de Deus a. assistir-vos, a
diante dos olhos a Jesus penitente! ao Também aqui temos correndo com nhora de Fátima, todos os meses, todos Nesta solene comemoração do Ano San- fortalecer-vos com o Viático da eterni-
Redentor divino que chora as nossas cul- abundância inexcedível as mesmas torren- os anos. Portanto resplandeça na vossa to, o vosso excelentíssimo e querid1ssimo dade, até vos dizerem: «ProficisceriJ a11i-
pas a lágrimas de sangue! E nós vendo-o tes de graças: Graças de conversão e pe- vida o exemplo do uma conversão since- Prelado quiz imitar a Jesus, ordenando ma christianah1: em nome da Trindade
chorar e satisfazer assim pelos pecados nitência. Não foi essa a primeira e mais ra, a prática de uma vida exemplarmen- novos Levitas. Sãntfssima vai, ó alma cristã, tomar pos-
nossoa, como não mover-nos a detestá- instante exortação da Mãe SS.? Exorta- te cristã de uma vida de oração, de uma Grande ~ para êles, - mas grande se do reino que te está preparado dêsde
-los e a &atisfazer por ~les? ção a fugir do pecado, a não ofender vida eucarlstica. dia também para a diocese e para todos o princípio do mundo.
Graças de renovação da vida cristã e mais a Jesus, porque demais o ofendem Não haja uma só família que não reze os fiéis de Leiria! Numa palavra: ~les &ão os póncipais
de fervor no serviço eh Deus: é a segunda os homens, exortação a mudar de vida, devotamente todos os dias, ao menos o A ma.Wr graça que Deus póde fazer a instrumentos de que a Mãe SS. se serve
fonte de divinas misericórdias, de que a chorar os pecados cometidos, a pedir terço do Rosário; não haja ninguém que uma terra, é dar-lhe um bom Sacerdote; para veiS fazer a maior parte dos seus
mais nos fala o Sumo Pontífice em nu- o perdão dêles, perdão da culpa para nós, não se aproxime frequêntemente dos San- como o maior castigo que lhe pode in- benefícios.
merosos documentos. Foram os mi.sUrios e remissão da pena para as almas do tos Sacramentos. fligir é privá-la de bons sacerdotes, ou Demos pois graças infinitas a. Deus, de
da Redenção que ren varam o mundo, Purgatório, especialmente para as mais Costuma dizer-se que nobrlza obriga: permitir que lhe seja dado um mau.
quem procede todo o bem e todo o dom
foi na sua meditação que se acendeu o bandona.das? quem é de nobre linhagem tem obriga- A primeira graça que N. Senhora de
perfeito por mais esta graça de Deus,
fervor de todos os servos de Deus, desde Graças de fervor no serviço de Deus ção de se assinalar por vida honrada e Fátima costuma fazer aos que a invo-
- demos graças à Virgem Mãe de Deus
o simples . fiel que se santificou no cum- para levar uma vida verdadeiramente por grandes feitos. Vós privilegiados da cam é dizer-lhes: vade, ostmcle te Sa-
cerdote; Ide, apresentai-vos aos Sacerdo- e Mãe nossa, dispenseira universal dos
primento dos deveres domésticos, até ao cristã, conforme em tudo à Lei do Se- Mãe SS., vós fillios mimosos de Nossa tesoiros de Deus, - coogratulemo-nos
grande Apóstolo que contemplando a nhor, qual conv~m a filhos dovotos de Senhora de Fátima tendes particular obri- tes!
São êles que vos restituem li. graça de com o nosso auiantfssimo e zelosissimo
Jesus crncificado podia dizer: já não Maria SS., que por nada quereriam des- gação de onvir e obedecer, de honrar e
Deus. São êles que chamam do céu todos Prelado, - demos parabens aos novos
sou eu que vivo, mas é Cristo que vive gostar a sua Mãe e mostrar-se maus fi- imitar a vossa Mãe. Se o fizerdes vereis Levitas, - e renovemos os DOSSOS propó-
em mim,- at~ ao eeráfico S. Francis- lhos. por experiência o que é ser filhos de Ma- os dias, e vos dão a Jesus.
São êles que vos ensinam o caminho sitos de gratidão e fidelidade lL Mãe SS.
co, que na mesma contemplação se - Foco onde se acende este fervor é pri- ria, e o que é ser Maria vossa Mãe.
transformou em imagem viva do crucifi- meiramente a oração e meditação do San- do céu e vos desviam da estrada da per- Virgem Senhora de Fátima, Mãe nos-
sa a,moros.issimo, qua. to amor, quanta
xo. Por isso diz-nos o Santo Padre - to Rosário, que N. Senhora de Fátima • • • dição.
São êles que vos conselham nas dificul- predilecção tendes tido para comnosco...
que todos os fi~is que celebram êste Ano tantas vezes e tão insist:enU:mente nos
Antes de concluir, ainda uma palavra dades, que vos alentam nos trabalhos, Prometemos corresponder ao vosso
Santo devem sair dele completamente recomendou, como quem só conhece bem
renovados, fiéis católicos em tOda e. fOrça e. sua divina eficácia. O Rosário é como sôbre o rito sagrado que tanto aumen- que vos consolam nas tribulações. amor, mostrando-nos bons filhos ... Mcms-
da palavra, cristãos não só de fé mas de um cinematógrafo celestial que todos os tou a. solenidade e santidade dêste dia. São êles que vos Fueram 1!ilhos de tra te esse Matrem: continuai Vós mos-
mandamentos, que se gloriem da sua dias nos faz passar diante dos olhos da Jesus no ano da Redenção, momentos Deus no Baptismo, dando-vos o direito trando qne sois nossa Mãe, ... na vida, ...
fé e a vivam, não só no segrêdo das pe.rê- alma os grandes mistérios da Redenção, antes de dar começo à sua Paixão, orde- ao céu, êles são os que à hora. da mor- na morte,... na eternidade.
4 VOZ DA FATIMA
uma novena com uso JUntamente da água Roufe, 2o$oo; 1\Iatilde Cardoso - Roufe,
milagrosa que uma pessoa amiga lhe for- 2o$oo; Olinda Martins - Roufe, zoSoo;
neceu. Que tal lembrança fôsse feliz pro- Sofia Teixeira - Alenquer, 5o$oo; Di-
va-o o resultado que foi. deveras sur- rectora da Creche - Vagos, 37$50; Se-
preendente. bastião Henrique - Cortcgana, 15Soo;
Ainda mal não era terminada a nove- Alexandrina Lourenço - Freixial, 2o$oo;
na e já, a partir de Outubro do próxi- Irmãs de Missão de Cabinda, 8o$oo; José
mo findo ano, começou a experimentar Cristão - Mossamedes, 1~; Jouben
sensíveis melhoras e tão rápidas, a tão Vlllente - L. Marques, 15$oo; Alunas do
curta distância, que já de novo se en- Colégio do Coração de .Maria - Brasil,
contra entregue aos seus labores, sem 47$10; Onofre Ferreira - Brasil, 23S55;
neles sentir moléstia nem cansaço, pelo Maria de Lourdes - Brasil, 23$55; Je-
que tributa a Nossa Senhora da Fátima rónimo Trigueáros-Moçambique, 4oSoo;
as mais sentidas acções de graças. Maria Carolina - Luanda, x~; Elisa
Amélia. Mesquita - Li:;boa, 4o$oo; Gre-
Pleoresia gório Delfim - F .mchal, x8$5o; MariCJ.
Ascenção - Covilhã, zoSoo; Assinante
D. Carmen de Amorim Araújo come-
de Alandroal, xooSoo; José das Dores -
çou a sentir os funestos efeitos de uma
Lisboii, 15Soo; Filomena Peuny - Amé-
pertinaz pleuresia, que, zombando de to-
rica, z3S5o; Maria Alves - Açores,
dos C\S remédios, cada vez a ia fazendo 23S5o; Conceição dos Santos - Ribcird<l,
sofrer mais, chegando a passar assim um 4o$oo; Joaquina. Ribeiro - Condeixa,
mês inteiro de crise aguda. Falando-lhe 3o$oo; António Pinto - Moura, 2oSoo;
a essa altura uma pessoa amiga dos fa- Aires da Silva - Caxias, 2o$oo; P.• An-
vores obtidos por intermédio de NQssa Se- tónio Gonçalves, 243S6o; Rosalina Mace-
nhora da Fátima e sua água milagrosa, do - América, 23S8o; "Maria Vivo -
para Ele se voltou, implorando com os América, 24Soo; Distribulção em Odive-
demais da famflia a sua cura, dando com las, 2o$oo; José Fernandes - França,
isso princípio a uma novena, com o uso 64$50; João de Matos - Vila de Rei,
da dita água. Foi de tal maneira aben- 15$oo; Emília Rocha - Moçambique,
çoada a súplica, que desde então começou 2o$oo; Maria Leal - Alvorninha, 2o$oo;
a experimentar ~nsfveis melhoras, as Brigida Martins - Leiria, 2o$oo; Maria
quais daf em diante só fizeram ir-se acen- da Costa - Cabeço de Vide, ~5Soo; Ro-
tuando cada vez mais, até de todo ficar
salina Canhola - Pardelhla. 3o$oo; Dis-
dentro em breve livre do penoso incóm~
tribuição em Pedrouços, 7oSoo; Distri-
do que tanto a fizera sofrer, e tão sérios
buição em Pardelhas, 2oo$oo; Esmolas
receios a todos inspirara. em Pardelhas, 6o$oo; José Luís - Póvoa
do Varzim, 3o$oo; Augusta Ferrão - Ca-
cilhas, 6o$oo; António de Campos - Pe-

Um trecho da proc~são de Nossa Senhora da Fátima em Kowloo11-Tong conve'm relembrar niche de Cima, 15$oo; Emília Bonharde
- Pôrto, 2o$oo; Distribuição em Obidos,
I . o - Que a administração de !tA 25Soo; Adélia de Azerede - Livração,
roSoo; Maria Monteiro - Vilar Formoso,
dos portugueses que ali via em tão gran- Voz da Fátima>> não é já em Leiria, 5o$oo; Celestina Reinas - Vilar Formo-
Grandiosa festa de inauguração do culto de Nossa Senhora da Fátima na
Igreja de Santa Teresa do Menino Jesus em Kowloo-Tong (China)
I
de número. Felicitava-os pelas graças que mas no Santuário para onde deve so, 2o$oo; Maria de Miranda - Boticas,
Nossa Senhora de Fátima tem espalha- ser enviada a correspondência. t5Soo; P.• Herculano Mendes - Tabua-
do sõbre Portugal que atravessava uma
z.o- que
- p0 derao
nao
-
.ser a
t d · ço, 3o$oo; Rosa Mota - Pôrto, 2oSoo;
en l- Distribuição em Viseu (F. Vicente).
Os católicos de Kowloon-Tong levan- Mis,;a do Pontifical e às 5.30 da tarde crise terrível moral e material.
taram, há pouco tempo, uma linda igre- Procissão, sermão e Bênção com o Santís- Em Portugal, disse ainda o Senhor Bis- dos nas suas reclamações os Srs. As- 2 5s 7o; Manuel Antunes - Viseu, 15 Soo;
ja dedicada a Santa Teresa do Menino simo Sacramento. po, apesar da campanha que a má im- sinantes que junto ao pedido para P.• António Calabote - A. do S."\1.
Jesus, protectora das missões. Na procissão que percorreu as princi- prensa fazia contra a Religião e crença da qualquer mudança nos endereços não 15Soo; Joana do E. Santo - Moreira,
Um dos altares da nova igreja foi dedi- pais ruas de Kowloon, tomaram parte maioria dos portugueses, campanha por mandem o respectivo número da as- r5Soo: Teodora Neves Amoreira, 15$oo:
cado a Nossa Senhora da Fátima. várias Congregações e entre elas as Fi- vezes violentíssima e apesar dos esforços Beatriz Rodrigues da Silva - Agueda.
Um benemérito português encomendou lhas de Maria. dos livres pensadores não conseguiram sinatura. 8oSoo; P. • Henrique Garcia - Almalaguês,
em Portugal 2 imagens de Nossa Senhora Uma extensa fila de rapazes e meDi- arrefecer a fé ardente dos portugueses. 3. - que no Santuário se encon- 15$oo; Joaquim Lopes- Choupal, 2o$oo;
0

de Fátima uma maior para estar per- nas entoavam cânticos durante todo o Saudando os portugueses que com tan- tram à venda diversos livros e arli- Maria da P. Dias - Açores, -.zo$oo; Ma-
manentemente no altar que lhe foi des- trajecto indo também uma banda de ta devoção assistiram a esta homenagem gos religiosos sôbre Fátima. E encar- ria Carolina Caetano- Lagares da Beira,
tinado e a outra mais pequena para ser música. piedosa e a todos. os que tinham ido to- · r8g$65; João Mendes- Chão do Couce,
conduzida nas procissões. Calcularam que só portugueses vindos mar parte naquela solenidade para glória regado . do Santuán·o
. o Sr. AntónJo, 15~; •-- Idalinda Ma
• ia - Oiã,· 12o$oo; Se-
Aproveitando a passagem para Roma de diferentes pontos e especialmente do da nossa Santa Religião, termina pe- Rodngues RomeJrO que procurara bastião de Almeida - Coimbra, 2o$oo;
de 8 Bispos sagrados e 3 que vinham para Hong-Kong onde se dedicam ao comér- dindo para todos os católicos de Kowlo- sempre atender os peregrinos e outras Joaquim Alves - Cast.• de Pera, 51Soo;
serem sagrados pelo Santo Padre o Re- cio, estiveram 3 mil. on e Hong Kong uma Bênção da San- devotos o melhor posslvtJ. ' Joeé da Luz- Cadima, 2oSoo; Maria Trin-
verendissimo Bispo Valtorta, Vigário Depois de recolhida a brilhante procis- tíssimJ. Virgem de Fátima. dade - Tôrres Vedras, r5$oo; João Bnun
Apostólico de Kowloon convidou-os para são, o Snr. Bispo de Hong-Kong subiu Esta primeira festa em honra de Noo;- 4a Silva. - Pico, 4o$oo; M.el D. Ferreira
tomarem parte na solenidade. ao púlpito e fêz uma entusiástica alocução
sa Senhora de Fátima realizada na Chi- - Lisboa, 15$oo; Joaquina Gameiro -
Acederam todos. em inglês.
na deixou em todos as melhores impres- .
~/{,.......A f 3r:ui1, 15$oo; Anónimo de Coimbra,
Foram distribuídos muitos prospectos em Disse Sua Excelência Reverendíssima o
sões e o desejo de a repetirem. Voz DA ....... -. ~ ~~ 1ooioo; José Melo - Cantanhede, 2o$oo;
inglês convidando todos os católicos a to- seguinte: Ovídio Rito - Nazaré, 2o$oo; Jonquim
marem parte na «Primeira celebração so- Assim como a Santíssima Virgem, apa- Os portugueses exultavam de alegria DESPESA
da Cruz - Cereal, 4o$oo; Maria Deolinda
lene da festa da Santíssima Virgem da recendo em Lourdes, salvou a França e por verem a sua Fé e a sua Pátria en- Transporte ... 402.643So2 Elvas - N.n do Cravo, 55Soo; José Lo-
Fátima para o dia 14 de maioll. espalhou pelo mundo inteiro inúmeras grandecida em- país estranjeiro. Papel. comp. e imp. do pes Ferreira - Mortágua, 2o$oo; P.• An-
A festa foi precedido de uma novena. graças, a mesma Senhora descendo a Fá- Pedimos aos presados leitores que nas n. 0 131 (67.000 ex,) 4 .589$20 tónio J. S. Miguel. 55Soo; Asilo dos Des-
preparatória muito concorrida. tima salvou Portugal e vai desenvolven- suas orações à Raínha dos Apóstolos ro- Franquias, ' ernbal. trans- validos - Coimbra, 2o$oo; Clotilde Al-
No dia da solenidade houve às 7,30 a do por tôda a parte a nossa Religião. guem pela conversão dos infiéis e espe- portes ...•..... 1·658S8o meida- Gaia, 4o$oo; Maria da C. Matias
Santa Missa e Comunhão geral; às 9,30 Que se congratulava com a devoção cialmente pelos chineses. Na Administração ... 2 1
9 $ro - Carapinha!, 15Soo; Dr. António Vitori-
no - Sernache, 15$oo; Emilia Veiga -
409.182$12 Coimbra, 5o$oo; Alvaro Mendes - Bra-
osculado antes uma estampa de Nossa

Graças de No S. da Fátima no Brasil Senhora da Fátima ,durante tôda a ope-


ração a teve junto de si e é à particular
Donativos desde 15$00
sil, r5Soo; Isménia Cunha - Broeira,
2oSoo; Ana. Maurício- Monsanto, 5o$oo;
Prior de Serro Ventoso- P. de Mós, Ana J~ Oliveira- Evora, 2o$oo; P.• Ma-
bênção dela que todos atribuem o bom 2o$oo; N. M.-? 3oSoo; António Ratalhós nuel Vaz - Sobreira Foiii1osa, 15Soo; An-
(Continuação) com grande fé a água do Santuário, rápi- êxito da mesma. Os próprios médicos re- -Souzel, 2o$oo; :Manuel Correia-Braga, gela Albuquerque - Bragct, 15$oo; Anun-
das foram as melhoras e hoje acha-se com- conhecem que em tais circunstâncias e ::'O$oo; P.• Salvador do Prado - Mafra, ciação Rocha - llhavo, g8S4o; João do
pletamente boa, rendendo as mais fervo- com semelhante êxito se deve ter como 35Soo; João Moreira - Tuias, 2o$oo; Vale - Arganil, 3oSoo; José Duarte -
Desenganada pelos médicos rosas acções de graças a tão boa e carinho- caso único. Do principio ao fim nas suas Ilda de Sousa - Lisboa, 4o$oo; Distri- Amadora, 2o$oo; Etelvina de Albuquer-
D. Marieta Dorca, residente à R. Climé- sa Mãe. várias fazes, correu ela com tôda a nor- buição em Aldeia Grande--Coxia!, 3oSoo; que - Mangualde, roo$oo; Maria dos Re-
rio de Oliveira, 23, professora, depois de malidade sem a mínima alteração que Maria José - Cocujães, 2o$oo; Distri- médios -Mértola, 15$oo; P.• Manuel Ca-
prolongada doença que não cedia a remé-
dio algum, acabou por ser declarada em
Sulco no palatino lhe embaraçasse o hito Reconhecida buição em Manteigas (M.' Rabaça). peleiro- Veiros, 5o$oo; Justino Alves-
Luis Alberto, de 4 anos de idade, nas- por tão visível protecção, logo depois da 138$65; Distribuição em Castelo de Vide Montalegre, 5o$oo; Maria da C. Pires -
verda.deiro perigo de vida. cido em Pernambuco e actualmente resi- alta que teve da .dfnica, lá trouxe a (M.• lzábel Russo), 27Soo; Joaquim Sa- Pôrto, 15$oo; Firmfno Abrantes - Man-
Isto em Abril de 1931. Vendo-se assim dente em Botas, arredores 'de Bafa, de piedosa tia o inocentinho aos pés de Nos-
desenganada pelos recursos terrenos volta- raiva - Povoa de S. Iria, 2oSoo; Imilio gualde, 15$oo; C.o João A. de Aguiar -
sa Senhora para juntamente com êle lhe
-se para os do Alto e por intermédio de nascença tinha o palatino fendido numa render as mais sentidas graças por tão Milher - América, 48Soo; José Ourém Lamego, 2o$oo; P.• António Fialho -
Nossa Senhora da Fátima implora com o profundo sulco desde a urba até ao na- assinalado beneficio. - ·Coruche, 15Soo; António Emídio - Ale. do Sal, 15Soo; D. Maria Ferreira de
riz. Coruche, 15$oo; Presbitéria Santiago - Figueiredo, ~5Soo; D. Beatriz Kausem,
possível fervor a sua cura. Até que pon-
De natural espansivo e conversador, :\fapuçá, 8o$oo; Elisa Coutinho - Vi- 2o$oo; D. Carolina Mendes Pereira, 2o$oo.
to foi ouvida, fàcilmente o verificará quem Agradecimento
observar com que vigor e actividade no- impossível lhe era emitir sons bem arti- D. Maria Fraga dos Santos Pereira, re-
seu, 5o$oo; Emília da Encarnação -
vamente desempenha o seu espinhoso car- culados, tornand~se portanto dificil com- sidente na Bafa, agradece efusivamente Lisboa, 2o$oo; Albertina Torquato - Devemos dar ao próximo, POf' justiça,
go. Na proporção da sua nova energia es- preender o que queria dizer. De há tem- a Nossa Senhora da Fátima o feliz êxi- Pôrto, 15$oo; Maria Riquinha - Ovar, o que lhe pertence; POf' caridat:U deve-
tá o afecto com que sinceramente agrade- pos já que uma sua tia, D. Francisca de 2o$oo; Ana Torres Ferreira - Beiriz,
ce a tão boa Mãe graça de tal importância
Assis, tinha implorado sõbre êle a pro- to de uma bem arriscada operação a que 2oo$oo; P.• José Tavares - Sever do mos dar-lhe, muitas vezes, at8 IUJuilo •
tecção de Nossa Senhora da Fátima, e teve de se sujeitar sua fiJhiJtha Tereza, de Vouga, 3oSoo; P.• Manuel Escobar - q" éle não tem direito.
e em tais circunstâncias concedida.
com maior fervor ainda o fêz desde que 10 mêses apenas de idade. Em tal o seu
o médico resolveu sujeitá-lo a. uma ope- ~tado que diversos médicos davam por
Furunculose ração. Antes de ir para a clínica diver- inútil qualquer tentativa. Confiada po-
Beatriz de Maia Queiroz, residente no sas vezes o trouxe junto de Nossa Se- rém na valiosa protecção de Nossa Senho-
Sodré, s8-Bala, agradece a Nossa Senh~ nhora inclusivé na véspera da dita ope- ra da Fátima optou a mãi pela operação.
ra da Fátima a graça que por seu intermé- ração. Foi esta subdividida em três ope- Não foram frustradas as suas esperanças,
dio obteve da cura de uns furunculos que a rações parciais, afectando a x.• (a mais pois o resultado foi p rodigiosamente sa-
obrigaram a permanecer dois meses no lei- difícil e delicada pela posição e nature- tisfatório e a. inocentinha acha-se com-
to e em estado bem perigoso. za) a parte posterior do palatino, a 2.• plenamente boa, sem o mínimo incómo-
Com o recurso a Nossa Senhora por meio dai até ao lábio, e a 3· • do lábio até 1\ do, e sem nada que relembre o antigo
de uma novena e tomando jnntamente parte inferior do nariz. Tendo o menino perigo em que esteve. Por tão insigne
prodígio rende a piedosa mãi a Nossa
Senhora da Fátima as mais fervorosas
cedo de Cavaleiros, agradece a Nossa Se- graça especial por intercessão de Nos- acções de graças, pedindo o obséquio da
nhora da Fátima um favor que lhe al- sa Senhora da Fátima. publicação na <eVoz da Fátimall.
cauçCtu. - A favorecida agradecell.
- Amma Costa - da Califórnia, ten- - Maria Clara Rebelo - de Ponta Pulmão enfraquecido
.I do alcançado de Nossa Senhora da Fáti- Delgada, agradece a cura de sua Mãe José Francisco de Sousa, residente na
ma uma graça muito importante vem por intermédio de Nossa Senhora da Fá- Baia, há um ano que sofria dum pulmão,
aqni patentear o seu agradecimento. tima, bem como diversas outras graças sentindo-se cada vez mais prostrado e já
- Maria dos Reis da PiedadtJ - de particulares concedidas aos membros da impossibilitado de entregar-se ao traba-
Espite, agradece urna graça que numa sua família. lho. Sem recursos, sem pai, nem mãi,
doença lhe foi concedida por intercessão -Maria A. Teixeira.-dc "J>~rto, cheia nem quem por êle acudisse, limitou-se
de Nossa Senhora da Fátima. de reconhecimento para com N.• S.• da a ir algum tempo para o interior onde
- Olga Ferna11des - de Aveiro, diz Fátima, vem publicar a cura de uma o clima lhe fôsse mais favorável e co-
o seguinte: <eNo Estado do Ceará - Bra- pessoa muito querida e que esteve mui- meçou a valer-se da protecção de N.• Se- As filhas de Maria de Kowloon-Tong co11du.zem na procissãÔ
sil, uma filha de Maria alcançou uma to mal. nhora da Fátima fazendo-lhe p;Lra isso o andor ck Nossa Senhora da Fátima
Ano XII Fátima, 13 de Outubro de 1933 H.• 133

•neor 1 Propr11t8r101 Dr. Manu11 Marqu11 11" lantoa EmprUa Ed•tora 1 Tip. " Unilo llr*floa,, T. do Deap81bo, ti-Litboa Adminletradorr P. António dos Rlll R1daooto • Admlnis~rao&o "lantuirlo da "*lima,

FATIMA -admirável epopeia .de fé


«Virgem Santíssima da Fátima!!' Se todos os povos vos de-
vem gratidão imensa, maior é a nossa, porque esta pátria, nasci-
da sob a vossa protecção maternal. tem vivido e realizado a sua
exp1êndida missão através dos séculos, s6 com o vosso auxílio e
amparo.>>
(Da tocante invocação d Santl.ssima Virgem composta pelo ve-
verando Pf'elado de Leiria e por Alt1 recitada no fim da Mnção do Santls-
simo Sacramento aos peregrinos por ocasião da grandtJ pmgrinação dio-
cesana de Leiria, no dia tr6n cU Atosto cU 1933) .

Corria o ano de 1917. que devia fi- almas que penam, as almas sequiosas de As primeiras duas horas são destina- Ao Evangelho sobe novamente ao plU-
car assinalado como um marco miliârio paz, de verdade e amor, vão buscar le- das à adoração e reparação nacional. As missas: duas missas solenes pito o rev.do dr. Galamba de Oliveira que
nas páginas gloriosas e imortais da his- nitivo para as suas dores, consolação pa- O rev.do Manuel Pereira da Silva, se. Os sacerdotes peregrinos principiam a fala da devoção e amor filial que todos
tória da Igreja em Portugal. ra as suas lágrimas, alívio para os seus cretário da Câmara Eclesiástica de Lei- celebrar o Santo Sacrifício da Missa às os cristãos devem ter a Nossa Senhora e
Aproximava.-se o dia treze de Outu- trabalhos, satisfação plena e perfeita de ria, faz a exposição do S3ntíssimo Sa- cinco horas, depois da bênção do Sól.n- se refere à solenidade do dia seguinte,
bro, tão ardentemente desejado por mi- tôdas as suas mais nobres e mais legíti- cramento. O rev.do Manuel do Carmo tíssimo, que foi o remate da cerimónia da a Exaltação da Santa Cruz, exortando
lhões de almas crentes e piedOSls. mas aspirações. Gois preside à recitação do têrço, duran- adoração nocturna. todos os peregrinos a sofrerem com pa-
Dum extremo ao outro do país propa- te a qual se meditam os _mistérios dolo- As missas sucedem-se u rnas às outras, ciência e resignação à vontade divina as
lava-se com extraordinária rapidez a boa Odia doze em Fátima
nova de que a excelsa Padroeira da na-
ção volvera os olhos misericordiosos pa-
ra os seus vassalos e, num prodígio de
bondade e de amor, se dignara aparecer
rosos do Rosário. O rev.do dr. Galamba
As primeiras horas da manhã do dia de Oliveira, professor de sciências ecle-
doze, já se viam, no recinto sagrado das siásticas no Seminário de Leiria, faz uma
aparições, numerosos peregrinos. Uns prática no intervalo de cada dezena, co-
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nos diversos altares do Santuário, sem dores e tribulações da vida presente.

procediam de Fátima e elas povoações cir- mentando o respectivo mistério.


e dirigir a palavra. a três humildes e cunvizinhas, outros vinham de mais lon- O segundo turno da adoração noctur-
inocentes crianças, fazen~lhes importan- ge, e alguns até tios pontos mais distan- na é formado pela peregrinação de Ida-
tes revelações e misteriosas confidências. tes do país. Guardas avançadas do inu- nba-a-Nova e por uma n umerosa repre-
À medida que os dias se iam sucedendo, merável exército de crentes, que no dia sentação do Seminário Patriarcal dos Oli-
a bt-oévola espectativa convertera-se em seguinte havia de realizar as grandes ma- vais.
intensa e ardente ansiedade. nobras gerais no campo dos exercícios es- A êste turno seguem-se mais duas ho-
Só o clero se conservava inteiramente pirituais de Fátima, êsses piedosos ro- ras de adora~o. respectivamente das
alheio ao que se passava, mostrando uma meiros aproveitavam os momentos de me- três às quatro e" das quatro às cinco: a
indiferença absoluta, quando não uma nos ruído e movimento, mais propícios à da peregrinação de S. Julião de Setúbal
hostilidade manifesta, em face dos acon- oração e à meditação, para fazerem tran- e a da peregrinação da freguesia da Ser-
tecimentos que se iam desenrolando na qüilamente as suas devoções, no meio de ra (Tomar).
Cova da Iria. maior recolhimento e fervor . Sua Ex.cla Rev.ma o Senhor D. José
A protagonista das aparições, Lúcia de ~ um facto perfeitamente averiguado Alves Correia da Silva, venerando Bis-
Jesus, hoje Irmã Maria Lúcia de J esus, que muitas almas amantes do silêncio e po de Leiria. que se encontrava no San-
religiosa professa do Instituto de Santa da solidão preferem encontrar-se no gran- tuário desde a ante-véspera à noite, as-
Doroteia, afirmara, com a câ.ndida sim- de Santuário da Virgem sós ou quási sós sistiu junto do altar até ao fim à ceri-
plicidade dos seus dez anos, que a Vir- para renderem, em paz e sossêgo, longe mónia da adoração nacional.
gem Santíssima tinha prometido fazer no das vistas indiscretas das multidões, a ho-
dia da sexta a última aparição um mi- menagem da sua veneração, do seu amor
lagre - o sinal de Dt~us, como ela lhe filial e do seu reconhecimento, à gloriosa Seminário dos Olivais
chamava na singeleza da sua linguágem Padroeira e Rainha de Portugal. E as- A nota característica da peregrinação
de aldeã rude e ignorante, - para ates- sim os romeiros acorrem ininterruptamen- de Setembro ao Santuário Naciorul de
tar a sinceridade dos videntes e garantir te a Fátima para fazerem um estágio dal- Nossa Senhora de Fátima foi a presença
a verdade -das suas declarações. guns dias ou passarem pelo menos al- duma numerosa representação do Semi-
A notícia propaga-se, ràpidamente, gumas horas em doce retiro espiritual, nário de Teologia do Patriarcado nos ac-
mas sem ruído, por tOda a parte, de ci- tos religiosos comemorativos da quinta
nessa mansão privilegiada do Céu.
dade em cidade, de aldeia em aldeia,
Ao cair da tarde, as imediações de Fá- aparição da augusta Rainha do Rosário
de casal em casal, coada através de nar-
tima tomam um novo aspecto. São ·os aos humildes e inocentes pastorinhos de
rativas mais ou menos exatas, transmi- primeiros contigentes da enorme massa Aljustrel.
tidas de bôca. em bôca, acêrca das apa- de peregrinos q ue veern já pressurosos a
rições e dos sucessos maravilhosos. Obra maravilhosa de Sua Em.•la o se-
caminho da Cova da Iria. Nas estradas nhor Cardial Patriarca de Lisboa, D . Ma-
E o mistério em que essa notícia. se é um vai-vêm contínuo, circulando nelas nuel Gonçalves Cerejeira, que pôs na rea-
envolve, empolgando as almas seduzid:1s a cada instante automóveis e camionnet- lização dela todo o ardor do seu coração
pelo encanto do sobrenatural, toma mais
crível ainda essa notícia a que a impren-
tes. juvenil e todo o fogo da sua a lma sacerdo-
Tudo se prepara para a procissão das tal. cheia de zêlo pela glória de Deus e
sa não empresta a luz da publicidade e
v.elas, primeiro acto colectivo das mani- pela salvação das almas, êsse auspicioso
que nenhuma empresa procura fazer co- festações de fé e piedade da peregrinação viveiro de futuros levitas do Senhor cons-
nhecida com sóbrio ou espalhafatoso r~­ mensal durante o período do ano corres- titui desde já uma esperança fagneira de
clamtl. pondente ao das aparições.
O maravilhoso sinal dt1 Deus apareceu melhores dias para a Religião nos vastos
efectivamente no céu, rasgando as nu- domínios do Patriarcado Lisbonense. O Rev. Tomás Pt~ancho, O. P. Pf'egando na perBgrinação ã' Setembro
vens e assombrando as multidões que caf- Anoite de véspera A deputação do Seminário Maior da de 1933 Bm Fátima
ram de joelhos, chorando e rezando. Cêrca das dez horas da noite, começou diocese mais representativa do nosso país
O prodígio anunciado pelos videntes na capela do pavilhão central a recita- era composta dalgumas dezenas de alunos
realizou-se no dia e hora indicados, e o ção do terço, presidida pelo rev.do Ma- e tinha a presidi-la o seu ilustre Reitor
seu eco foi tão retumbante que se ouviu nuel do Carmo Gois, pároco da fregue- Mons. Dr. José Manuel Pereira dos Reis, solução de continuidade, até às dez ho- No fim da missa o rev .do Tomás P~
por tOda a bendita terra de Portugal e sia da Barreira, Leiria, que para êsse cónego arcipreste da Santa Sé Patriarcal res. A esta hora, no altar do pavilhão rancho, membro da ilustre. e booemwta
para além das fronteiras até aos confins efeito ocupava o púlpito móvel situado de Lisboa, figura das mais eminentes en- central canta-se a missa privativa da Ordem de S. Domingos, de nacionalidade
do mundo. do lado da Epístola. tre o clero secular português. deputaÇão do Seminário dos Olivais em espanhola, que tinha vindo a Fátima pe-
Desde entã o caudal das peregrina- Rezado o terço, efectuou-se a procis- Acompanhavam a deputação dois dis- que íoi celebrante Mons. Pereira dos la primeira vez, dirige a palavra aos pe-
ções cresce e avoluma-se cada vez mais, são das velas que decorreu com a maior tintos professores do Curso Teológico, os Reis, tendo como subdiácono o rev .do regrinos. traduzindo em linguagem viva
transformando-se numa torrente impetuo- ordem e regularidade, seguindo o per- rev.doa Constant Hillion e Pascal Piriou, João Nunes Ferreira e subdiácono o se- e entusiástica as impressões q ue tôda a
sa que despeja sem cessar no recinto sa- curso do costume e cantando os peregri- e o zeloso e dedicado ecónomo do Semi- minarista Serafim Ferreira Marques. alma crente sente em Fátima, no local
grado das aparições milhares e milhares nos com entusiasmo e fervor o Avll dt1 nário rev.do João Nunes Ferreira, anti- Comungaram a essa Inissa todos os bondito das aparições.
de almas impulsionadas por uma fé viva Fátima. go assistente eclesiástico do benemérito membros da deputação do Seminârio que Diz que em Fátima todos se sentem
e por uma piedade ardenn,. No fim da prociSIIo das velas, a mul- grupo de Servos de Nossa Senhora de assim solenizou a sua peregrinação ao irmãos, porque se reconhecem filhos de
E hoje, a Cova. da Iria, que tem si- tidão dos peregrinos, reünida de novo no Fá.tima, de TOrres Novas. Santuário Nacional de Nossa Senhora de Deus e filhos de Maria, que ali se en-
oo teatro de tantas scenas admiráveis e mesmo local donde tinha partido, en- A presença dos seminaristas dos Oli- Fátima. contra a paz, a verdadeira paz, que o
de tantas maravilhas divinas, manancial toou o CrBdo, dando assim, num cOro vais, que se distinguiram sempre pelo Ao meio-dia, depois da recitaçãÕ do mundo debalde procura alcançar com a
inexgotável de graças e de .bênçãos ce- colossal, testemnnho público e solene da seu aprumo e correcção e pela sua pieda- terço do Rosário e da procissão com a fOrça dos seus canhões e com as lucubra-
lestes e foco ardente de luz, confOrto e sua fé, sincera, viva e ardente. de, e a sua colaboração no canto litúr- veneranda Imagem da Virgem-Apa.Jeci- ções dos seus congressos e, finalmente
vida sobrenatural, acha-se convertida ~ meia-noite. gico contribuíram em larga escala para da, começou a missa dos doentes, cujo que, em face das perseguições, de q ue
num lindo cantinho do Céu na terra, on- Vai dar-se inicio à cerimónia, sempre imprimir às cerimónias religiosas do dia celebrante teve como ajudantes os srs. a Religião Católica é alvo, e q ue resul-
de as almas que sofrem e as almas que tão piedosa e tão comovente, da adora- treze na Cova da Iria o realce e o brilho Tenente-Coronel Pereira dos Reis e Rni tam inúteis, como prova a história con-
choram, as almas que trabalham e as ção nocturna. extraordinários de que foram revestidas. Cordovil. temporânea de França e de Portugal e
2 VOZ DA FATIMA

VOZ DA FATIMA
em . breve há-de p rovar a de Espanha, DENTRO DO SANTUÁRIO
se verifica a imortalidade da mesma Re-
ligião, única verdadeiramente divina. A primeira das notas desta. secção, não
Chega o momento profundamente to- se passou dentro do Santuário, mas está
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA DESPESA
Transporte... . . . . . . . . . . .. 409-187$12
cante da bênção eucarística dos doentes, ligada com êle de tal maneira que julgo - RoSllina Pinheiro Borda - Fão, Papel, comp. imp. do n.o
que é dada por Mons. Pereira dos Reis. dever registá-la aqui. Ei-la: Doença na garganta agradece a Nossa Senhora uma graça 132 (65.000 ex.) ... 3-227$80
Leva a umbela o dr. Luís Ribeiro Viei- Uma noite subia de automóvel a es- J á de há muito que vinha sofrendo de que alcançou por sua intercessão. Franquias, embal. trans-
ra de Castro, médico do Hospital da La- trada do Reguengo do Fétal em direcção anginas na garganta e com muita gravi- -Henrique dos Santos Camponês, de porte etc ........ . . 1.307$45
pa, no Pôrto. Os doentes são cêrca de a Fátima. Ao avistar um lugarejo co- dade. Duartina - S. Paulo-Brasil, agradece Na administ.ração..... . 897$65
cem. Enquanto a Hóstia Santa, encerra- nhecido pelo nome de ((Val da Seta» vi Bastava constipar-me para ficar logo a Nossa Senhora o tê-lo curado duma
da na Custódia de ouro, paira sôbre as uma luzinha de azeite a tremeluzir jun- por alguns dias sem poder alimentar-me, doença de que ·sofreu durante 6 anos. Total ...
suas cabeças como penhor de graças ce- to do 5° cruzeiro da Via Sacra que está sem poder sequer abrir a boca; foram Estava já desenganado pelos médicos,
lestes, muitos dêles, p resos de funda co- erecta ao longo dessa estrada. Aproxi- passando anos sôbre anos, e eu sempre mas sua Mãe recorreu a Nossa Senhora Donativos desde 15$00
moção, chorain e soluçam, aliviados dos mei-me mais do local e ao passar pelo de quando em quando, com êste sofri- da Fátima e boje encontra-se bem, fa-
seus males e confortados nas suas dores. cruzeiro vi um rancho de gente, de joe- mento. Fui aconselhada por um distinto vor que agradece a Nossa Senhora. Joana Veiga - Lisblu, 15$oo; David
lhos, com o terço nas mãos rezando em clínico a fazer uma operação, pois que Morais - Vila Pouca da Beira, ro$oo;
- Floriana Ferreira Ribeiro - Esta-
Elisa Paulina - Azambuja, 2o$oo; Joa·
Cruz de dor e amor voz alta diante daquele cruzeiro. sem ela não viveria muito tempo; mas, do de S. Paulo-Brasil, teve o pulmão
quim Gomes - América, 4 dolares; Car-
"um dos doentes, simpático jovem de Que bela gente! que linda oração da receando morrer na operação, continuei direito tão fraco que o médico chegou a
15 anos, de Lisboa, parece ser a única noite! O meu companheiro de viagem sofrendo resignando-me com a sorte que dizer que dific:ilmente se restabeleceria. los da Fonseca - Malenga, 20 francos;
nota discordante neste côro elegíaco. diz-me então que já por diversas vezes Deus quizera dar-me. Neste estado recorreu a Nossa Senhora ~lary Silveira - América, 23$oo; Dr.
Deitado na sua maca, rosto pálido e ali passara ao anoitecer e tivera ocasião Há-de haver aproximádamente 4 meses da Fátima a quem fêz algumas promes- Manuel Pombo - Pôrto, 3o$oo; D. Ja-
emaciado pelo sofrimento mas ao mes- de ver semelhante espectáculo. que uma constipação me fêz aparecer no- sas e hoje sente-se bem, graça que vem mira Bouças - Brasil, 15$oo; Inãcia de
--Deus queira que, ao menos dentro vamente as anginas, e poucos dias depois Castro - Brasil, 15Soo; Chiquita de Me-
mo tempo iluminado pelo suave clarão agradecer a Nossa Senhora.
duma grande e doce esperança. olhar vi- de suas casas, todos os cristãos de Por- tinha dois abcessos na garganta. Tinha - ~laria Emília dos Prazeres -(;aldas lo - Brasil, 15Soo; Henriqueta Gomes
vo e brilhante, sorriso à flor dos lábios, tugal façam o que ali, ao ar livre, fa- já sofrido bastante, mas, como desta vez, de Felgueiras, agradece a Nossa Senhora - Brasil, 15$00; Ana Mac Dowel -
Brasil. 15$oo; 1\laria Soares - Brasil.
dir-se-ía que se estava preparando para ziam aqueles fiéis: - recitem o seu terço não me lembro de ter sofrido. uma graça que lhe concedeu.
15Soo; Felicidade da Fonseca - Brasil,
entoar um cântico de júbilo ou um hí- devotamente em família, pais e filhos, Mandei chamar o médico que, achando- - Inês Lopoldina Alva Horta - Faial
15Soo; Leonor Pinto - Brasil, 15Soo;
no de gratidão. :Esse piedoso mancebo para atrairem sôbre todos as graças de -me a garganta em grave estado me man- -Açôres, agradece a N. • Senhora dua s
Dr. Vicente Galliez - Brasil, 15Soo;
queria consagrar a sua vida ao Senhor , Nosso Senhor. 1dou ir ~ra o Ho~pital. Ali, depois de graças que concedeu uma a sua filha Ma- Sara Martins - Brasil, 15$oo; Amancio
no ministério sacerdotal, e, como o seu • • • me exammarem, dtsseram-me que tinha ria Teresa e outra a uma sua neta. Am- Alfredo - Brasil, 15$oo; Carmen Vieira
estado lho não permite, espera confiada- À minha mes1 de trabalho, chegou há já princípios. do tétano. Deram-me uma bas obtiveram a cura de seus padeci-
- Brasil, 15Soo; António Marinho -
mente que êle lhe restitua a saúde pa- dias, uma Senhora da alta sociedade, injecção de sôro antitetânico e mandaram mentos com a aplicação da água do San- Brasil, 15Soo; Beatriz Alves - Brasil,
ra poder oferecer sôbre o altar a Vitima com uma esmola importante para o San- que no dia seguinte fôsse para ser ope- tuário da Fátima.
15Soo; Carolina Cardoso - B rasil, 15Soo;
Divina ou l)i.ça de todo o seu ser tuário. Com sua vo?. um pouco soluçan- rada. Durante essa noite delirei com a - Custódia dos Santos e sua filha, de
L uneta de Ouro - Brasil, 15Soo; Cle-
uma hóstia viva, pura e agradável, pa- te e com os olhos avermelhados das lá- febre. Entxetanto, pedi que me dessem Senouras, Concelho de Almeida, vêm
mente Moreira - Brasil, 15$oo; Hercilia
ra a imolar na cruz da doença e dos so- grimas que junto de Nossa Senhora tinha água de Nossa Senhora da Fátima. reconhecidas agradecer a Nossa Senho-
Vieira - Brasil, 15Soo; Josefa Tasso -
frimentos. derramado, pediu-me que lhe celebrasse D epois de pôr o copo à boca imedia- ra dtversas graças que lhes têm sido dis-
Brasil, rs$oo; J ólia Salvini - Brasil,
Jovem crente e piedoso, que a Virgem uma Missa pela conversão duma pessoa tamente consegui abrir os lábios que há pensadas. 15Soo; Superiora do Colégio de Santa
Senhora de Fátima aceite o teu martí- de família muito afastada da religião. oito dias quási não podia abrir, e depois -José de Sousa-de Oliveira do Bair- Teresa - Brasil, 15Soo; Manuel T omé
rio, tão cheio de dor e amor, para o Pobre Senhora! quanto sofria! e quão de beber a água senti óptima disposição ro, Viseu, agradece a Nossa Senhora u ma
- Brasil, 15Soo; Manuel Marinho - Bra-
transformar, pela virtude do Altíssimo, grande era a sua confiança! e cessaram desde logo as dores na gar- graça que lhe alcançou-a cura de uma
sil, 15Soo; ?.lanuel Torres-Brasil, 15$oo;
numa chuva de graças, que deem a Por- - Celebrou-se já o Santo Sacrifício da ganta. Adormeci profundamente até às doença intestinal. Manuel Leite - Brasil, 15$oo; Maria J .
tugal muitos e santos sacerdotes para ~1issa por essa intenção, e agora a quan- n?~e. horas do . dia seguinte. Quando me - Um sacerdote diz em carta o seguin-
Xavier - Brasil, 15$oo; ?.1iguel Campos
que êstes por sua vez deem Portugal a tos lerem estas notas, ouso pedir que se dm~ ao Hospt~l os médicos ficaram te: uO P.• !\lanuel Martins Cêpa, pároco
- Brasil, 15Soo; Noémia Martins-Brasil,
Deus! lembrem nas suas orações da nobre in- admtrados, pots que me encontraram de Alvarães-Viana do Castelo, vem cum-
tenção desta Senhora cristã. completamente curada e, graças a Nossa prir a promessa de tomar pública na "Voz 15Soo; Bernardo Figueiredo - Brasil.
A procissão fmal Muitas outras intenções têm sido reco- Senhora da Fátima, nunca mais tive so- da Fátima», a wa gratidão para com 15$oo; Cin!ra Bastos - Brasil, 15$oo;
Mas já a Imagem da Virgem de Fáti- mendadas a êste Santuário por diversos frimento algum na garganta, úvor êste Constança Barroca -Brasil, zsSoo; Cons-
Nossa Senhora da Fátima pela cura v er-
ma é conduzida entre lágrimas de como- peregrinos. A todos os devotos de Nossa que nunca deixarei de agradecer a Nossa tança ?.fachado - Brasil, 15Soo; Edith
dadeiramente extraordinária de um1 sua
ção e cânticos piedosos, para a sagrada Senhora eu as recomendo também. de Barros - Brasil, 15Soo; Elisa Castro
Senhora. irmã, gravemente doente durante alguns
capela das aparições. Sôbre a sua vene- - Brasil, 15Soo; Avelina Almeida -
Av. 5 de outubro - Lisboa. meses ...
randa cabeça cai uma chuva incessante • • • Peço a fine?.a e esmola da publicação
Brasil, 15Soo; Fernando Jorge - Brasil,
15Soo; Gizelda Melo - Brasil 15$oo; H or-
de flores. A multidão vibra de santo en- Numa tarde estava recitando o Bre- Júlia da Canceiç4o Sílf!.ll do que fica escrito, no prêgador das gra-
tencia Cardoso - Brasil, xsSoo; P .• Jo-
tusiasmo. Por fim é o adeus à Virgem. viário diante do Santíssimo na capela
Hora emocionante como nenhuma outra! das Confissões, quando ouço junto da
fJebite ças de Maria - , Voz da Fátima».
sé Duarte - Brasil, 15Soo; Mons. R e-
-Rosa E. Rodrigues- Lamego, agra-
Os peregrinos que vão partir rezam, cho- P?~ u~ ruído desusado, um respirar Ermelinda dos S1ntos - de Chaves,
ram e cantam, cheios de funda saüdade, dlfíctl e mcerto proveniente do esfôrço d e diz o seguinte: 11estando meu pai no H os-
I dece a Nossa Senhora a cura que alcan-
çou para um seu sobrinho de 10 meses
zende - Brasil, rsSoo; Mons. J osé Fili-
pe - Brasil, 15Soo; P.• Mário Couto
aclamando a Virgem que fica ali, mas a lguém que, quási sem poder, procurava pita! Militar onde foi ser operado, oito Brasil, 15Soo; Dr. Manuel Moreira -
que julgaram perdido pois que não era Brasil, 15Soo; Clotilde da Rocha -
que os envolve a todos numa grande e caminho em direcção ao altar mór. Era dias depois da operação sobreveio-lhe possível levá-lo a alimentar-se.
carinhosa bênção que os acompanha pa- uma Senhora já vêlhinha e doente, que, uma flebite que muito gravemente o Brasil; xsSoo; 'Maria Matias - Açores,
Ao 3. 0 dia duma novena. que por êle
ra tôda a parte, como penhor seguro das amparada dos lados por duas pessoas de atormentou. Neste momento cheia de soSoo; José UrblDO - P.• da Serra,
fl!z começou a aceitar o alimento e dai
graças mais preciosas e mais escolhidas _família, ~a quási de rôjos porque queria aflição, voltei-me para Nossa' Senhora da em diante st'ntiu-se sempre cada vez
3o$oo; Albano ?.fachado-Açores, 15Soo;
que lhes reserva nos tesouros do Céu. •r rezar Junto do S.S. Sacramento. Fátima. e pedi-lhe a cura de meu Pai. Clotilde Barcelos - Açores, 142$50; Dis-
melhor. Hoje está completamente bem.
E a breve trecho, sôbre o recinto sa- Ao chegar ao último banco sen ta-se Prometi, se êle se cura~e. ir a Fátima tribuição em Passos - C. de Bastos,
-Tendo alcançado uma graça parti-
grado das apirições, cai pesadamente o véu cansada, e passados uns momentos come- com lHe e tôda a família agradecer a Nos- 63S5o; P.• Augusto Gomes - Vagos,
cular por intercessão de Nosn Senhora
qua~ro magnifico e imponente em que
mru.s uma vez se desenrolaram, como dores que, encantada com a Divina Pro-
I
da noite envolvendo nas suas dobras o ça a rezar a Jesus e a Maria. Era tal sa ·Senhora a sua cura e de a publicar
o seu contentamento no meio das suas também no seu jornal.
Graças à Mãe do Céu, a minha prece
no écran dum cinema, as scenas mlgni- vidência, não é Clpaz de rezar em voz foi ouvida e meu pai recuperou a saóde,
da Fátima peço o favor de a publicar 3o$oo: Maria Morais - América, 22Soo;
na uVoz da Fátima», para honra e gló- Ermelinda Leite - América, 44$oo; ?.la-
ria da Mãe do Céu.
ria do C. Pires - POrto, 22S5o; Carmi-
na Calisto - Ilhavo, 15$oo; ?.faria Duar-
I
ficas e incomp:uáveis de que só Fátima baixa. Deixa expandir o seu coração e graça. esta que jã fomos a Fátima agra-
conhece o sublime e maravilhoso segrê- desabafa com Jesus e Maria com uma decer. Hoje venho agndecer-lhe pilblica-
- Maria do Patxoc!no de Figueiredo
e Castro - Oliveira do Hospital, agra- te - Odiaxere, zo$oo; Maria de Paiva
dece a Nossa Senhora o ter-lhe valido em Morais - Frazoeira, 4oSoo; P.• Joaquim
do ... circunstânchs aflitivas da sua vida em M. Simões - Benavila, 13oSoo; Anóni-
eloqüência e um á-vontade tais que che- I ~ente tam~m por meio do seu jomal-
Visconde de Montelo mo de Avis, xooSoo; António David

---'**___ ga a comover alguns dos presentes.


Na verdade, é bem evidente que as
dores e os sofrimentos fazem reacender a
zmho».
Chaves
Ermelinda dos Santos
que a falta de saúde muito a fazia so-
frer. Agradece igual graça concedida a Peniche -
pessoa da sua fam!lia.
soSoo; Maria Miquelina -
V.co dos Azeites, 20$00; M.• E. Tiburcio
NOSSA SENHORÀ DE FÃTIMA NA nossa fé diante da grandeza de Deus- Nefrite Renal -Maria Silva - Setúbal, agrad ece - Açores, zoSoo; Maria Xavier Ventun
- Lisboa, 20$00; 2 esmolas do Brasil,
o Senhor da saúde e da doença ... a Nossa Senhora uma graça pãrticular.
ITALIA - Algum tempo depois, com o mesmo Há doze anos que sofro dos rins. Te- - Foi recebida urna carta nesta re-
2o$oo; P.• Francisco Rocha -
3o$oo; M.• de J . Marques - S.
Vilela,
João da
Da carta dum aluno leiriense do Colé- esfôrço com que entrara, sai da Capela nho consultado vários médicos sujei- dacção que dizia o seguinte: "Tendo re-
gio português em Roma que com os seus e é recebida junto da porta num automó- tando-me sempre às Sijas prescrições em- corrido a Nossa Senhora da Fátima pa- Foz, t5Soo; Júlia Braz - Arruda dos
Vinhos, ~-oSoo; Ester Pimentel - Bra-
companheiros está a passar as férias em vel que cautelosamente a leva à sua ter- bora nunca obtivesse resultados satisfa- ra que me concedesse uma graça tem-
sil, zsSoo; Emflia Soares-Tomar, 2o$oo;
Gubbio, transcrevemos as seguintes con- ra. Nossa Senhora a terá acompanhado tórios. Sempre muito incomodada ia poral, e tendo sido atendida pela Nossa
soladores noticias: e olhado para ela com uos seus olhos Mi- levando a vida embora com bastante Mãe Santíssima, venho por êste meio Josefina l\facedo - Pôrto, xsSoo; Mada-
Com grande concurso de gente cele- sericordiosos». dificuldade, vendo-me obrigada a deixar tornar público o meu reconhecmento, co- lena Folgado - Pôrto, rsSoo; P.• Abí-
mo prometi, para que todos a Ela re- lio da S. Mendes - Barreiro, xoo$oo;
brou-se também aqui, como de costume,
o_ ~ia IJ, em comemoração da 4·" apa-
• • • o meu ofício de costureira. Ultimamente,
por um excesso de frio a que me expuz. corram nas circunstâncias difíceis da sua
João da S. Mendes - Brasil. 5o$oo;
A alguém, que já há dias dava edifi- assaltou-me com tal intensidade a terrí- Padre José ?.latias - Abaças, 2o$oo
nçao de Nossa Senhora em Fátima. Tal- vida. Distribuição no Hospital de Penafiel,
vez à mesma hora em que os sacerdot•s cação no Santuário pelo seu recato e pe- vel nefrite renal que, daí a pouco, tive de Ponta Delgada. 37$5o; Candido Santos - Lisboa, 2o$oo;
levavam a jesus Sacramentado ai atra- la maneira como recebia e agradecia a recolher à cama onde estive durante dois Distribuição em Lagares_ P. de Sou-
uez da grande multidão, também aqui o Sagrada Comunhão, ao dar-me uma esmo- meses. Mal se pode imaginar quanto so- Luzia Armando de Medeiros
sa, 29$oo; Padre Manuel Garcia -
mesmo Jesus descia ao peito das suas al- la para Nossa Senhora, eu preguntei se fri! eu e D eus o sabemos! todo o corpo
mas pre<!iletas, que o hossanavam, qual era de longe, se já aqui tinha vindo mais sofria horrivelmente. I a a ser tomada de - :r.taria de Nazará Antunes - Azam- Açores, 2oSoo; Angelina Rosa - Vila
eco langsnquo dAste córo de milhares de vezes, e se no Santuário se sentia bem paralisia quando :ne chamaram o médi- bujeira· dos Carros, agradece muito re- Real , 25Soo; Laura Filhó - Loulé 2o$oo;
milhares de peregrinos: Viva j esus Sa- espiritualmente. co a tôda a press1. Até então cuidara conhecida a Nossa Senhora da Fátima M. de Quadros Almeida - Ovar, 15$oo;
cramentado, Viva Jesus que é nosso amor/ Quási do extremo de Portugal, diz, de mim um enfermeiro da terra. &te uma graça particular que lhe concedeu . M. Mendes- V.• N. da Barónia, 15$oo;
E deveras consolador, para nós, sobre- viera aqui pela primeira vez nesta oca- era de opinião que me fôsse extraído um - Da. !ndia fazem-nos o seguinte pe- esmola do Pôrto, 15$oo; P.• Alberto Bri-
tudo para _quem já poude assistir às gran- sião, e sentia-se aqui tão bem que a sua dos _rins. Não foi da mesma opinião o dido: 11Alexa.ndre de Noronha, Seminá- to - Freamunde, 352$50; M .• do Céu
des peregnnações a Fátima, ouvir cá tão permanência no Santuário, diz ainda, tem médico que me examinou. Sujeitei-me in- rio de Racho!, Gôa, !ndia Portuguesa, Girão - F. de Algôdres, soSoo; Lu-
lo1Jge, os mesmo hossanas, os mesmos sido para si um verdadeiro retiro espiri- teiramente a dieta rigorosa que me pro- agradece muito reconhecidamente a Nos- cilia Dionísio - Granja!, 30$oo; Mar-
sa Senhora da Fátima o ter-lhe alcança. ta Osório - C. Branco, 2o$oo; J osé R.
hinos, l~uvando 11 bendizendo Aquela que tual! Nunca rezára tão bem... e nunca pôs e com a valiosa protecção de Nossa
nos veto trazer a celeste mensagem de sentira tanto o contacto de Jesus na Sa- Senhora da Fátima a quem me confiei do uma graça particular que pedira a Pascoo! - Brasil, 6sSoo; Henriqueta Ba-
zalôco - Freixo, soSoo; Amadeu Rôxo
paz, muito embora Astes hinos não pas- grada Comunhão... ia retirar-se com pe- obtive, senão melhoras completas, a~ Deus por intercessão da Mãe do Céu.»
se1n dum muito frouxo éco do que se na e saüdade dêste sossêgo que tanto menos sensíveis melhoras a ponto de po- - LuciDaa Coelho-Lourenço Marques, - Pôrto, 2o$oo; Alexandrina Teixeira -
passa nAsse lugar bendito que tf Fdtima. lhe falara à alma!... Fôra já a Lourdes der costurar e auxiliar meus pais nal- vem agradecer a Nossa Senhora da Fá- Brasil, x6Soo; esmola de ?.faria Inês Viei-
Mas nem só aqui em Gubbio Nossa Se- onde não recebera as luzes e consolações guns serviços domésticos. tima uma graça que obteve por sua in- ra, soSoo; Guilherme Plantier - Lisboa.,
2o$oo; Manuel Fernandes-Valado, 15$oo;
nhora de Fátima começa a ser celebrada que aqui está recebendo de Nossa Se- Fica pois aqui o meu vivo e temo tercessão.
todos os mAses. E já conhecida de V . nhora!!. .. agradecimento a Nossa Senhora da Fáti- - Clotilde de Sousa Larcher - Mo- José Bacelar - Cervães, 2o$oo; Arminda
Ex.cta Rev.ma a propaganda que tem Lei- - Que pena causa que nem todos aqui ma. çambique--Tete, reconhecida a Nossa Se- Pereira - Lisboa, 2oSoo; Maria Cristi-
to o Sacerdote ltlicllelangelo Calcagno ·na venham com iguais intenções, - aque- Um meu irmão, residente no Brasil, nhora da Fátima por uma graça que lhe na Barata - Covilhã, tooSoo; José F.
alcançou, vem depôr o seu reconhecimen- Potes- :Evora, soSoo; António V.•• Boas
Sicflia, c~jas cartas tAm sido transcritas cer as almas no regaço de :r.taria por agradece a Nossa Senhora da Fátima vá- - :evor:l, soSoo; esmola de :r.laouel Jo-
na «Voz da Fátima». Ainda não há mui- meio da oração e da Sagrada Comunhão rias graças que dela alcançou. público perante tão boa Mãe.
sué - Lavre, too$oo: Lucinda Rodri-
to tive conrespot~dAncia dAs te sacerdote, bem feitas! 1\fatos gues - Lisbol., 24Soo; ?.faria Bacelar -
onde me dizia ter celebrado, com grande Alguns, coitadinhos, entram na Capela
do Santíssimo, olham para tudo, tudo llfaria de jesus da Conceição Braga, 2~00; Julia Mendes - Castelo
concurso de gente, o dia 13 de julho. Branco, 20Soo; P.• António Calabote -
Entre Ot~tras coisas dizia também q~~e examinam, e não se lembrai)! de J esus
Graças dive:sas
IAOS EX.m.. ASSINANTES E DISTRI- Alcácer do Sal, 15Soo; P.• Gerardo de
Nossa Senhora de Fátima começava a Sacramentado sem o qual o Santuário
prodigalizar as suas graças, não só cor- pouco valor tinha!
- Rezemos por êles, para que voltem
-Rita de Cassia Linhares Brum, de BUIDORES Pina - Moita dos Ferreiros, 143$25; Iria
Cardo~o - Brasil 15Soo; P.eo Bacelar -
porais, mas sobretudo espirituais. Biscoitos - Açores, agradece a Nossa Se- Não fica bem que haj.l quem receba Cervães, soSoo; Maria Brandão - Pôrto,
Também de norte da Itália me pedem aqui à procura. do divino de que neces- uA Voz da Fátima» todos os meses, e 2oSoo; Judit Ribeiro - Lourenço Mar-
nhora o ter-lhe curado seu filho Fernan-
continuamente livros, imagens • água dB sitam, e não como se vai a uma praia pas- do que sofria horrivelmente. que há 3 anos não tenha dado ao menos ques, soSoo; L1ura. da Silva - Louren-
Fátima. sar um pouco de tempo.
- Tendo obtido por intermédio de para as estampilhas. E dentre êstes há ço Marques, xsSoo; P.• Mother - Trans-
Seria necessário começar agora com o Nossa Senhora da Fátima a cura extraor- quem receba rolos de 100 e até de 200 val 5o$oo; Armando Soares - Porto de
Boletim em italiano sóbre as Aparições obra, confiados de que Nossa Senhora nos dinária duma pessoa da minha família, exemplares cada mês! Se pedissem uma Rei, rsSoo; Matilde Soares - Louren-
de Fátima. Sem dúvida que o Sr. P.• auxiliará com as suas graças. venho pedir que no jornal "Voz da Fá- esmo~ pelos leitores e no-la. enviassem, ço Marques, x8Soo; Júlio Assis - Macau,
Fonseca terá já falado a Aste respeito Acabo de copiar à máqui11a a tradu- tima,, torne póblica esta graça que uA Voz da Fátima» viveria mais desafo- 25Soo; Lucinda Pereira - Lourenço Mar-
.com V. Ex.<~• Rev.ma Senão sobrevierem ção portug11esa do livro do Snr. P.• Fon- Nos~ Senhora me concedeu. gadamente e poderia fazer mais propa- ques, 25$oo; Noémia Barata -Lourenço
maiores dificuldades, poremos mãos d seca sóbre as apariÇõts. Hermlnia Grave Rosa- Estoril ganda. \
1\Iarques, rsSoo; L"lura da Costa - Lou-
VOZ DA FATIMA 3

Graças de N. S. da Fátima no Brasil Incremento da devoção a N. Senhora da Coincidências ...


que parecem castigos
(continuaçcw)
Fátima na baixa Baviera O Colégio das Arttls e Ofícios dtl Ma-
drid, qvando da queima dos conventos,
Eczema de terminada, sentiu-se o doente no- No dia 13 de Abril de 1932 foram 13 ba.ch de dedicar um dos sinos da Igreja. tinha uma linda capela t1 nela uma ima-
tàvelmente bem disposto e resoluto a. sub- pesoas de Reisbach et.:. _!)Cregrinação ao paroquial a N. Senhora de Fátima foi
Uma Senhora já de avançada idade te- meter-se à operação. Para maior segu- lugar de Poxau, distante un:. 'Sete quiló- entusiàsticamente acolhida pelos devotos gem de S. J osé. Após a consumação do
ve ~ parte posterior do pescoço uma rança previne-se com os Sacramentos da metros da sede da freguesia, para. ali da freguesia. A origem da promessa é a crime um infeliz operário gloriava-se, no
espécie de eczema que, por mais remé- Confissão e Comunhão, e assenta-se na ven~r.arem a Imagem de N.• Senhora de seguinte: Como se levantassem grandes meio de grosseiras B blasfemas galhofas,
dios e pomadas que lhe aplicasse, cada operação para o dia segninte. dtl haver cortado as mãos à formosa 11
Fátima. dificuldades à aquisição do novo sino o piedosa estátua. E gritava com ar de
vez ia alastrando mais, chegando a to- Por não sei que imprevisto, porém, só ~ste lugar era j~ célebrt: pelo seu Cal- Rerv. Sbngl prometeu a N. Senhora' de
~ar um aspecto feio. Ouvindo, providen- poude ter lugar no outro dia, coincid:u- váno e Capela ded1cada a N. Senhora das Fátima de lho dedicar se tôdas essas di- grande triunfo: e dizem que os santos
cialmente, falar na prodigiosa eficácia
do recurso a N .• Senhora da Fátima,
I
do assim exactamente com o Ultimo tlia Dores. De então para cá tem o número [iculdades fOssem removidas. E, na ver- castigam os que os maltratam...
da. novena.. A operação correu sem no- de peregrinos aumentado de mês para dade, contra tôda a espectativJ., pôde
0
E ria, ria, brutalmente.
. Dias. volvidos, o desventurado operd-
cheia de fé começa daí em diante a su- vidade, sendo o seu êxito o m~!h. ·= que
plicar-lhe a cura, não podendo ser mais se podia desejar, I) que <, hmtlla reco- no de1xou de freqQentar a associação.
bem sucedida, pois poucos dlls eram rhecida não cessa de atrii>••' · ti benéfi- Ninguém mais o viu em manife.staçat~s
passados e o pescoço lhe estava comple- ca intervenção de N.' Sen .ora da Fáti
jacobinas e revolucionárias.
tamente limpo, nem nunca mais lhe vol- ma. E um di4, o operário entra num dos
tou o pertinás e incomodativo eczema. hospitais de_ Madrid, servido por religio-

Ferida num pé Queimadura


Alvaro de Sousa Cruz Rios, vítima de
I sas. la pedar remédio às lnnãzinhas que
insultava, para vma chaga asquerosa qt~e ,
em d6,.es horríveis, lhe CQmia t fJda a mão
}lais maravilhoso ainda que êste é o um incêndio, quando com gazolina prepa- direita.
caso de uma outra Senhora, também já rava uma massa para encerar o pavi- O caso era grave, t1 o padecente foi
idosa, que havia 6 meses tinha num pé mento da. casa, ficando com horríveis l~va~o à presença do m édico que, após
uma ferida que, por mais remédios que queimaduras no rosto, braços e diversas lagearo exames, declarou que era mister
lhe aplicasse, só fazia peorar cada vez outras partes do corpo, vendo a ansiedade cortar a mão, que estava cheia de gan-
mais. Apesar de pobre, que com o seu e aflição da família, foi êle quem a todos grena, e fá, para não comprometer o bra-
trabalho e de outra irmã mal tinha para serenou, pedindo apenas umas gotinhas ço e vida.
o diário sustento viu-se obrigada a re- da água de Nossa Senhora da Fátima e O infeliz curvou a cabeça em gesto de
correr ao médico, indo procurá-lo em seu .acrescentando imediatamente: 11não há um constrangimento estranho. E cho-
consultório. Infelizmente, porém, os no- que recear, tomei a. água da Fátima., sem rou, chorou copiosamente.
vos remédios por êlt1 indicados não sor- dúvida. alguma estarei salvo,. E a verda- E. como o midico quiz11sse inquirir da
tiram melhor efeito que os anteriores, e de !oi que, sem sombras de complicação, razão da estranha atitude, o desgraçado,
a chaga, como dantes, continuou a alas- o seu restabelecimento foi completo e em soluços convulsos, tirou do bolso, on-
trar a tal ponto que lhe tomou o pé to- muito mais rápido do que se poderia es- d~ guardara até então, a outra mão,
do, não -lhe sendo já por forma alguma perar, o que todos atribuem a. Nossa Se- furta, seca, sem movimento nem vida e
possível calçar-se para sair de casa, tor- nhora da Fátima rendendo-lhe as mais n~o_str~u ao_ médico, dizendo com o ;eu
nando-se por isso mister daí em <lli.nte sentidas acções de graças. silen~1o: veJa que desgraça a minha. O
que o médico lhe viesse a casa, o que,
pelos motivos acima, com a previsão das
~ovas despesas, tanto como o próprio
mcómodo lhe inspirava sérios cuidados.
Era no mês de Maio. No dia 28 do
Graças diversas, no Brasil
- Armisia Ferreira de Almeida., agra-

-~à I-... Smo de Nossa Senhora da Fátima

dece uma graça. alcançada por interces- mês, sendo hoje sete • vezes tn.1ior do que sino ser fundido até 13 de Maio de 1932
mitftco tomando ~a s_ua a mão do ope-
rárto, exclamou: mfeltz! E ssa mão deve
ser igualmente cortadá, se quizer conser-
var a vida.
E na sala das operações do Hospital
são de Nossa Senhora da Fátima. era então. e benzido logo no dia 13 do mês seguin-
mesmo a outra sua irmã, por providên- no_ dia seguin~e. eram amputadas a;
cia do Céu, encontrava-se na Nossa Ca- - Walter Ferreira de Almeida com a Na Igreja. de São Salvador de Reisbach te. O dito sino, que é o segundo em
maos, qut1 havaam cortado as da ima-
pela durante a devoção do mês de Ma- maior sinceridade e reconhecimento agra- é também exposta à veneração dos fiéis tamanho, ostenta agora a Ia1agem de N. gem de S. José.
ria, assistindo portanto à prática que, dece a Nossa Senhora da Fátima, a quem nos dias 13 de cada mês, desde as 10 ho- Senhora de Fátima com a seguinte legen- Simples acaso? Eventual coincidncia?
como as demais, versou sObre Nossa Se- especialmente recorreu, o ter ficado sem ras da noite até às 5 da manhã, uma da:
Não queremos .,esponder, porque não po-
nhora da Fátima narrando alguns dos defeito algum num braço fracturado, bem Imagem de N. Senhora de Fátima. «Aindl que eu tivesse mil línguas não
demos entrar nos segredos da justiça de
como o notável alivio das dOres com a ~ste aumento de devõção deve-se, oo- cessaria jamais de cantar o que os anjos Deus.
seus prodígios operados cm favor de seus
de~otx>s. Tanto bastou para ela, simples aplicação da água do Santuário bretudo, à bela e sugestiva conferência no Céu cantam: Avé, Avé, Avé Maria.>> Mas são já numerosos os casos em Es-
cheJa de confiança e entusiasmo ir con- da Fátitn.1. da Snr.• Dr.• Grommes, de Munik, feita (Traduzido do •. Bote voo Fátima•> n.o
panha que não nos atrevemos a chamar-
tar tudo a sua irmã, resolvendo as duas - Adelia Bonfim-Brasil, agradece a em Maio do ano passado. de ag?sto de 1933). -lhe mef'as coincid4ncias.
obter naquele mesmo dia uma novena e Nossa Senhora da Fátima uma importan- A feliz ideia do Rev. Pároco de Reis-
um frasquinho da prodigiosa água, e, sem te graça. temporal alcançada por meio de ................
~ar. Um leve s.ussurro se leva11ta na igre-
perda de tempo, começaram a novena. uma novena feita cm honra de Nossa Se-
O BEUO DO JOÃOSINHO la entre os asststentes.
Terminadas as orações da mesma, limpa- nhora da Fátima..
- António Edwiges de Oliveira - Sí- «0 j oãozinho andava impressionado CQIII - Milagre! diziam uns aos outros es-
Um mártir português do sigilo da
va a doente o melhor que podia o pé
ferido e deitava sObre êle umas gotinhas tio Nov()-Brasi.l, agradece uma graça es- o lindo sonho que tinha tido e só lhe pa- tá ali um rapazito que viu e v4 j es;s no
pecial que por intermédio de Nossa Se- recia que tinha sido ria!. altar! Olhe é aqu8le ...
Confissão
da água do Santuário da Fátima.. O mes-
nhora tla Fátima alcançou do Céu. - O mamã, co ••to eu fiquei consolado Acabada a missa, tfJda a gente quer sa- Ent~e os. vários casos heróicos, narrados
mo fêz nos dois dias seguintes, e, tal
foi o prémio da. sua. fé que, no dia 31 - l\laria José da Costa Ba.stos,-Ca- quando beijei j esus no coração! ber quem é o menino, o que viu, de que pe~a hJStóna de sacerdotes católicos q~ se
choeira-Brasil, agradece a Nossa Senho- -Foi um SOIIItO, meu filho, ;d te família é. deaxam matar a1ates que revelar o sigilo
(três dias depois! ... ) com a ferida com-
pletamente curada, veio com sua irmã co- ra da Fátima uma. graça alcançada em disse! E em volta da pobre mãe forma-se da confissão, não ocupa lugar secunddrio
mungar na Nossa Capela em acção de favor de urna pessoa da sua família. A mãe também andava apreensiva, tan- uma multidão. Intervem o sacerdote. o de_ um padre portuguls do tempo das in-
graças em honra de Nossa Senhora da. - Ilda Carneiro - Brasil, agradece to mais qua11to era preciso satisfaz-er o Chama ] oãosinllo e a mãe à sacristia e vasoes francesas.
Fátima. por tão insigne beneficio. uma graça particular que pediu e alcan- constante pedido, qutin súplica, do ] oão- pede aos circunstantes que aguardem o A um quilómetro ao sul dos Carvalhos
çou com promessa de a. publicar no jor- :inho de 11 novamente à igreja para v4r seu inquérito. perto. do P6rto, na estrada que segu11 p;
nalzinho de Nossa Senhora da Fátima. -Que viste tu, meu pequeno? pre- ra L1sboa, no sítio das Barrancas donde
Tumor interno - Adelia Pereira de Mel()-Brasil, ren-
fesus.
-Meti filho, depois de amanhã é dO- guntou o Prior. se desfiga a e_strada de Grijó que passa a
Agora é a. vez de um venerando ancião de graças a Nossa Senhora da Fátima, mingo e iremo.s ii igreja. - Vi uma hóstia branca nas suas mãos Co~earos, exsste há mais dum século vma
de 62 anos de idade, que durante 3 a. cuja. intercessão atribue o ter alcança- Logo que chegou o domingo, j oãozi- e. a hóstia transformar-se num menino ermtda chamada das 1<Alminhas».
meses sofreu cruciantes dores, sem se do uma gr.1ça muito grande sem a. qual nho acordou cédo, e correu ao quarto da lmdo ... era jesus! Então o Sr. não viu? E ste nome acariciador e terno recorda
lhe acertar, com precissão, ao menos, com certamente já teria morrido. mãe a chamá-la. O. sacerdote abriu uma caixa, tirou uma uma.l.istória cheia de ftJ, de emoção e d11
a verdadeira causa do mal. Vem-se afinal Agradece também a. Nossa Senhora. da. - Vamos, mamã, já estou qudsi vesti- h?stra por consagrar, mostrou-a ao ]oão- patnotismo.
a descobrir que se tratava nada menos Fátima. um importante beneficio alcan - do e pronto para irmQs v6r ] esus. smlto e preguntou-lhe: Reccwda o fusilamento de Manuel de Sd
que de um tumor interno, e que se tor- çado em favor de uma. sua sobrinha. Foram. Ao entrar na igreja, ] oãosi- -Era esta? Rocha, pelos fram;•ses, no dia da Senhora
nava urgente uma. intervenção cirúrgica. - Alvaro Correia Cardim-Oficial do nho fica admirado de v4r tanta gente -Não senhor. Parecia-se cOm esta ~ Hora, a I I de J!aio de r8o9; f'ecorda
Receosa a. família do que poderia. acon- Registo Civil no Distrito da Vitória., na ajoelhada. Olha logo para o altar onde mas a outra tinha Jesus/ amda a morte de sua mãe, que caiu fulmi-
tecer ~ uma. pessoa daquela idade, e, pa- Baía., com o mais profundo reconheci- em sonhos lhe aparecera o Menino J esus. -Quem to disse? nada de ~r. ao ver a morte do filho.
ra ma1s, esgotada com os penosos sofri- mento agradece umJ. graça obtida por in- E, vendo nessa altura um sacerdote, pre- - Vi eu. A minha mãezinha e o meu A mãe foi trazida por mãos piedosas,
mentos de bons 3 meses, só veio nisso termédio de Nossa Senhora da Fátima. gunta baixinho: pai também já me tinham dito que Je- para os Carvallaos, aonde chegou quente e
depois de ter interposto o recurso a Nos- (Continua) - Quem é aquele que com vestes tão sus estava oculto na hóstia, mas et4 vi-a, talvez ~om uns rzstos ds vida ainda.
sa Senhora da Fátima, fazendo-lhe nês- lindas, está no altar?! era um menino muito lindo. O filho morto foi arrastado ati ao Pi-
se sentido uma novena. Dois dias antes P.• ] . Miranda, S. ] . - E o sacerdote, é o ministro de Deus. E ] oãozinllo pegou na hóstia que o pa- nheiro das Sete Cruzes, perto da Vergada,
- E é ministro e Pastor como o meu dre lhe mo~~rou, mirou-a e por fim dsu- e tambim lá pendurado com um irmão.
paizinho? -lhe um beiJO com muita ttlrnura . Esse irmão chamava-se Padre João d11 54
renço J\larques, 15$oo; Clarice Carvalho j Fazer sentinela a Jesus - Não. O teu pai é protestante t1 Aste - Então tu beijas esta que ainda não Rocha, capelão no Convento de Monchi-
- Lourenço Marques, 2o$oo; Olinda Tor- está consagrada? que, onde hoje fica Alf4ndega do P~rto .
res - Lourenço Marques, 2o$oo; Concei- Um missionário passava, certo dia, ps- i católico. - Beijo sim, para qut1 quando dma- Foi vm mártir do segrAdo da confissão
ção Pereira - Lourenço J.\.larques, 50$oo; las f'WlS duma grande cidads indiana, - Que faz Ale no altar, mamã?
Vivelinda Costa - Lourenço Marques, acompanhado dum aluno da missão. Ma- -Diz a Santa Missa. E durantt1 ela nhã j esus baixar s~bre esta encontre ne- aquele Padre.
la o meu beijinho de amcwt» Vagueava por esta região um heroi bem
~oSoo; Leonilde Valente - Lourenço Mar- f'avilhado de tudo quanto via, o pequeno que j esus desce do céu cl terra e fica no triste de aventuras dB roubo e de assassi-
ques, 3oSoo; Alice Muller - Lourenço enfiava perguntas umas após outras, eis altar, oculto debaixo das apar8ncias do ---------A·~-~-~-~·w.·~.~-~-~·~-~·•·~-------
nio, cujos ecos apagados andam ainda na
Marques, 15Soo; Olivia Pinto - Louren- quais o missionário respondia com muita pão e do vinho. AOS INCAUTOS tradição das Barrancas. Chamavam-lhe o
ço Marques, 15$oo; Aurora Nunes - Lou- paci~ncia. Passando em frente do palácio O pequeno calou-se e muito atento à
renço Marques, 2o$oo; Bento Guerra - do Governador e vendo a sentinela, não se missa, admirando, parecia esperar o mo- Novamente avisamos de que não Catafula e era de Olivães, freguesia d11
Lourenço Marques, 25Soo; H ortencia. Fer- conteve que não preguntasse: mento ds v4r je~s desc111 s~bre o altar. tom~mos a responsabilidades por Nogueira.
Um dia, num desf~rço patrióti&o, ma-
reira - Loure~ço Marques, 50$oo; Ber- - Que faz aquAle homem, aCQlá, vesti- Depois segredou: quatsquer Stlbscrições, peditórios, ri- t ou tr4s soldados franct~ses dos muitos qtU
ta Pestana - Lourenço Marques, 35$oo; do de soldado? -Mãezinha, quando je~s descer ao
fas ou outra forma de extorquir di- passavam pela estrada. Prlso com outros,
Dr. José Alberto - Lourenço Marques, O missiondrio satisfez, mais uma vez, a altar avise-me. Quero v4r se i o mesmo
5o$oo; P.• Martins - Lourenço Marques, curiosidade da criança, dizendo-lhe que os do sonho! nheiro que não é para o Santuário acusados de cumplicidade, foram condena-
- Mas nós não o veremos descer, meu mas para os seus promotores. dos cl morte pelas autoridades militares
Br5S5o; Lupo Correia - Guiné Francesa, Gov8rnos e seus representantes costt~mam, francesas .
15Soo; M. Fraga - América. - 25 dola.- não só para sua guarda e segurança, mas filho. Veremos só a hóstia branca em
que Ele está. --~··11. 11••~---­ O Catafula quis confessar-se e mandou
res; Francisco Vicente - Viseu, 28$30; em sinal de muita honra e grande distin-
Lufsa Leão - Louzada, 15Soo; J.\.1. Sa- ção, ter sentinelas cl porta do seu palácio. -Por estarmos lc.nge? Cheguemo-nos A pena e a vassoura chamar o Padre João de 54 Rocha, que ti-
cramento - F. Douro, ~; Zulmira Passando algum tempo, ambos regressa- para mais pertinho ... Eu quero v4r j esus! Um irmão leigo, que acabava de Ur nha vindo cl tet'1'a. Depois da confissio os
de J.\lagalhães - Lisboa, r5Soo: Brigida ram cl missão sem falar mais no assunto. - Está caladinho sim? senão, sairemos. importante obra de teologia, escrita por franceses uigiram ao Padrll a revelação da
Biscaria - Velosa, 2oSoo; Julia Ventu. À noite o missiondrio, visitando o dormi- O ] oãosinho continuou a estar com ilustre membro da Ordsm, encontrando- confissão do Catafula, para conhecerem to.
atenção. O sacristão toca a campainha e -se com o autor, diz-lhe entusiasmado: dos os seus cúmplices. O Padf'e soube cum-
ra - Jafete, 2o$oo; Raquel Serralha - tório, como de costume, não viu ali o ra-
Tolosa, 2o$oo; Eugénia Portilheiro - Por- pozinho. Inquieto, prowra-o por t~da a êle quer preguntar cl mamã, mas como -Padre, haveis ds ser um dia alta- prir o seu dever - respeitar o segrldo da
confissão.
talegre, c!oSoo; Jaime Gomes, 2o$oo; Dr. parte, mas em vão! Por fim vai à Igreja ti ela o tinha mandado calar... Eis que o mente recompensado por Deus, pelos btl- Por isso fOi morto e pendurado como
Horácio Pereira, 4oSoo; D. Maria Tei- qual não ~ o seu t~sponto ao encontrd-lo, sacerdote ajoelha e levanta a llóstia ao los livros que tendes t~scrito. seu irmão !t!anuel, como o Cata.fula e mais
xeira. Figueiredo, 28$oo; D. Gertrudes d o todo perfilado, junto ao altar do SS. Sa- 111lto. ]oãozinho vi a hóstia e d11 repente -Meu amigo, respondeu humildemen-
Carmo Pinto - Cezimbra, 55$00. cramtlnto. esta transformar-se num meni7lO muito te o religioso. no dta do jufzo final os quatro acusados no Pinheiro das Sete Cru-
res.
- Que estás ai a fazt~r? prt~guntou o formoso, radiante de b11leza e de luz, e meus livros e a vossa vassoura terão o A capelinha das Sete CJ'UZtiS e Catelinha
M~----4) ( ( . ))~(- - --· missiondrio. diz em voz alta: mesmo valor; e se a vossa intenção, ao
-Ai que lindo, mamã! Não v4 que varrer, tiver sido melhor- do que a mi- das Barrancas são irmãs, MStll sentido; a
Agua da Fátima - Faço sentinela a jesus, respondeu o
menino prontamenttl. lindo menino?! Olhe ... Ollle! ... Ilha, ao escrever, o vosso lugar no céu
primeira recorda o martírio do Padre João
de Sá Rocha; e a segunda a morte dB seu
Está. encarregado de enviar água do Quantas vezes, nas nossas igrejas, Je- -Tu vAs. meu filhol Tu vi-lo? ... será certamente mais distinto que o. meu.
TfJda a ge11te se t•irou para j oãosi- irmão lt!anuel e da mãe de ambos.
santuário às pessoas que lha pedirem o StlS, o Prisioneiro de Amor, estd completa- Com ~feito, tinha ra;:ão o .,eligioso; hd
Sr. António Rodriques Romeiro - Cova mente abandonado/ Se quizissemos, nós nllo. no céu muitos Santos que passaram aqui, Do 11Notfcias de Beja»
da Iria. tambim, se,. sentinelas de jesus!... - J'ejo mamã... estende os bracinhos na terra, uma vida completamente igno-
- Para o continente será enviada con- Não merece Ele ;nais honras que os reis para nós ... 011111, agora está no altar... rada. E que no !ervir fielmente ao Se- Este número foi visado pela Comlsslo
tra-reembolso. da terra? ... - A mãe, tremendo, começou a cho- nhor tanto faz a vassoura como a plna. de Censura.
/ 4 VOZ DA FATIMA
cisco? E Jacinta? Donde vinha. a Senho-
Os Santuários de Lourdes e da Fáti- ra? A esta última pregunta, a resposta.
foi como às outras singela: uDo Céu>~. E
ma comparados as pregunta.s prosseguiam:- Quando aca-
baria a terrível Guerra? Que sinal daria a
Com a devida vénia transcrevemos da isto se passou muito tempo antes da di- Senhora ao povo para que acreditasse que
excelente revista ((O Rosário, o seguinte tadura do Presidente Carmona. Os agentes ela tinha realmente aparecido, visto que
artigo traduzido da revista inglesa ccCa- da autoridade empregaràm todos os seus não haviam notado nenhum. E a Virgem
tholie Revietw>1: esforços para impedir a entrada na Co- anunciou, para a. sua última aparição um
Até há relativamente pouco tempo, va e pôr termo uà comédia11 como lhe cha- sinal que tiraria tOdas as dúvidas.
não havia talvez um católico inglês em mavam. Tudo em vão. Estas scenas são a. Quando, Nossa Senhora retardou no mês
cada dez mil, que soubesse ter aparecido repetição das ocorridas em Lourdes no sé- de Agosto a sua. visita, que deveria ter
Nossa Senhora, de Maio a Outubro do culo passado. sido do dia 13, se o Governador Civil de
ano 1917, na Cova. da Iria, perto da Fá- Quanto à acção do clero num e nou- Ourém não houvesse retido as crianças.
tima. logarejo situado no centro de Por- tro caso, também se notam analogias. O apareceu-lhes num outro logar, fêz causa
tugal. veneravel prior de Lourdes, o Cura Pey- comum com os seus pobres filhos, que se
Todos nós conhecemos Lourdes, de rama.le, pouca atenção prestou, de princi- lhe queixaram dos maus tratos recebidos,
nome, pelo menos; mas poucos sabem pio, à história de Bernadette; assim tam- e declarou-lhes que, em castigo dessa mal-
que existe há dezasseis anos uma segun- bém o clero português conservou-se duran- dade, o sinal prometido não seria já tão
da Lourdes, com as suas Aparições, as te bastante tempo, por ordem dos seus bis- magnifico, prometendo no entanto maiores
suas numerosas peregrinações, as suas pos, inteiramente alheio a tudo. Só passa- maravilhas aos seus três devotos privile-
águas milagrosas, cnras e inúmeras co- dos quatro anos depois das Aparições, giádos. E que espantoso e terrível sinal
munhões. quando o entusiasmo popular já estava foi dado ver ao povo l
As últimas notícias dizem-nos que as no seu auge e as peregrirlações a Fátima A.q, Aparições de Lourdes alcançaram a.
manifestações de fé crescem ali de dia eram constantes, é que o clero tomou par- aprovação eclesiástica quatro anos depois
para dia. Sem dúvida, muito contribuiu te nessas manifestações. Devemos reconhe- de se terem dado; as da Cova. da Iria, sO
para que o caso fOsse desconhecido do cer que é louvável essa abstenção pois que treze anos depois, quando, a. 13 de outu-
mundo, terem sobrevindo as aparições deve haver, por parte do clero, uma gran- bro de 1930, décimo aniveTSário da últi-
oo meio da Grande Guerra: a confusão de reserva em acreditar em visões e mila- ma Aparição, Sua Execelência o Senhor
europeia não deixou que os ecos desses gres. No entanto, as três crianças eram Bispo de Leiria, a cuja diocese pertence a
acontecimentos maravilhosos tra.nspuzes- inabaláveis quando contavam o qne tinham freguesia da Fátima, publicou a. sua pas-
sem as fronteiras portuguesas. Mais tar- visto. As narrativas eram sempre as mes- toral, declarando que os sucessos eram di-
de falou-se nisso numa ou duas publica.- mas. Por mais ameaças, interrogatórios e gnos de crédito, e sancionando oficialmen-
ções Católicas, mas que não despertaram reprimendas a. que as submetessem, elas te a devoção a Nossa Senhora do Rosário
muito a atenção do público. Só nestes permaneciam firmes. da Fátima.
últimos tempos se divulgou mais o pro- :Estes acontecimentos provocaram os Outra diferença, há; mas esta. diz res-
dígio, pela publicação dum folheto: Nos- mesmos comentários de sempre: peito a Lúcia pessoalmente. Depois das
sa Senhora da Fátima, por Mrs. Con- --(cBem sabemos, é sempre a mesma Aparições, a. vidente foi mandada para ou-
ca.nnon, Doutora de Letras, e dum livro, coisa: O segrêdo que a ninguém se deve tro sítio de Portugal, onde descançasse da
com o mesmo título, devido à pena do revelar; a. visão feita. em geral a uma mu- impressão nervosa que ressentira por cau-
Sr. Zulueta. lher ou criança; os curiosos e os devotos sa de todos os interrogatórios,- oficiais
que se aglomeram e que nada veem, os e particulares - a que tinha sido subme-
Semelhanças incrédulos que negam; o vidente que per- tida, e pudesse aprender a lêr em paz e
severa nas suas afirmações, sofrendo por socêgo, obedecendo assim a. uma ordem
A figura central na história de Lour- isso alguns dissabores. O caso faz falar du- de Nossa Senhora, dada numa das primei-
des é uma pobre e ignorante camponesa, rante uns nove dias e, depois. ninguém ras Aparições. Mais tarde, por sua livre
há pouco tempo erguida por Pio XI às mais se lembra disso». vontade, e com o consentimento de sua
honras dos nossos a.l~res. :Este arguinento da semelhança já tem mãi viúva., entrou como irmã leiga novi-
~ digno de reparo o facto de haver sido mesmo empregado por criticas de um ça num Convento de Dorotea.s, pronuncian-
tantas figuras de pastores e pastoras na critério superior ao do vulgar, por exem- do os seus primeiros votos ali em Outubro
História da Igreja Católica. Dir-se-ia que plo, quanto às Actas dos Mártires; mas a de r928, com 21 anos.
o Divino Bom Pastor do Rebanho Cris- sua refutação é fácil. Como no caso de Bernadette, os re-
tão, que confiou os seus cordeiros e ove- No caso presente basta. preguntar: - porters foram conservados a distAncia, sem
lhas a Pedro e aos seus sucessores, gosta uSerá por acaso muito surpreendente que considerações quanto à sua condição e ca-
de escolher os humildes que têm como Deus, ao tratar com almas simples, mais tegoria. Porém, além disso, à comunidade
modo de vida apascentar o gado, para ou menos da mesma. categoria umas proibiu-se conversar a respeito das Apari-
lhes dar lugar de destaque na sua Igre- das outras, adopte métodos mais ou me- ções, pelo menos na presença. de Lúcia.
ja. Os nomes de Jqana. d' Are. Pasç.al nos iguais, visto serem os que exercem Mas o que se deu com a pastorinha portu-
Bailão, Vicente de Paulo, João Baptista. uma maior influência sObre elas, ainda que guesa, ao contrário do que sucedeu com a
Imagem· de Nossa Senhora da Fátima qus se vener~ na Igr~ja de Santa Vianney (o Cura d' Ars) e Pedro Faber- a não exerçam com igual fOrça. sôbre as dos Pyreneus. é que a Irmã Maria Lúcia
Teresinha do !lenino Jesus em Kowloon-Tong (Chma) e cu1o culto foi o primeiro padre Jesuíta. - afloram-nos pessoas mais eruditas? Quanto aos nove ignora por completo tudo quanto se tem
inaugurado em maio de 1933 cqm a presença d 1 I I Bispos à memória. dias do falatório e à rápida indiferença passado de maravilhoso na Fátima: a no-
Lúcia de Jesus Santos, de dez anos de que, segundo êsses críticos, se lhes segue, va. Basílica, as peregrinações imell.S3.4, os
idade, a mais velha dos videntes da Fá- isso pode provar apenas que não há. qual- milagres, etc. - o que nos parece morti-
tima, era da classe e profissão de Ber- quer propósito divino para com o mundo ficação bem rigorosa, ainda que não te-
I.o) Duas pessoas il'avemente doentes nardette Soubirous e não recebera educa- em geral. o que não significa que o não nhamos o direito de criticar essa medida
Pedidos a fazer a N. S: da Fátima (Hesse) · 2.o) Um grave sofrimento de ção superior à desb!. Os seus dois com- haja quanto à pessoa ou pessoas favore- disciplinar. A circunstâncias diferentes,
por intermédio dos peregrinos corpo e de espírito (Alta Baviera); 3. 0 ) panheiros e primos, Francisco Marto, de cidas pela visão. Pode-se portanto perdoar natural é que correspondam regras dife-
Uma alma. infelú5 (Suábia); 4.0 Um nove anos, e sua irmã Jacinta., de seis, a. quem alcunhe a. objecção apresentada, de rentes.
doente de 86 anos (província renAna) ; encontravam-se em idêntica situação. Lú- prova de falta. de inteligência. A Cova. gosa sObre Lourdes da vanta-
l - Dmn pároco da Baviera 5.o) Uma pobre viuva (Suisaa). cia e Bemardette tinham pouco mais ou Contudo, por amor daqueles que pos- gem de ser rodeado por amplos espaços,
menos a mesma idade; e em ambas se sam deixar-se convencer pelo argumen- de todos os lados, o seu vasto recinto.
1°) Cura duma doença pJ.Ortal; 2.0 ) Da Vestefália: por uma intenção m~­ verifica o dito S. Paulo: - que De·us se
p'o r intenção dum seu paroquiano; 3.0 ) to especial. De Baden: pela fundaçao to, parece-nos útil apontar aqui que as Podem ali reunir-se muitos milhares de
por um creado de servir tambám seu dum convento. seroe dos fracos e ignorantBs para con- maravilhas da Fátima, ainda que tendo al- pessoas. Pelas várias aberturas deixadas
paroquiano; 4.0 ) por uma grave doença fundir os sábios e os poderosos. guns pontos de contacto com Lourdes, por nos muros que limitam a. cêrca, imensas
Da região do Ruhr: pela situação eco- Pelas fotografias, Lúcia, a mais· velha, exemplo, têm, todavia diferenças muito multidões conseguem evolucionar fàcilmen-
física e finalmente para que DeWI aben- nómica difícil que esta região está. atra-
afigara-se-nos a. menos inteligente e a nítidas. te entrando e saindo, durante as procis-
çõe o seu apostolado. vessando. De Treves: pela fundação dum menos simpática das três crianças. Co- sões. Fátima tem também as suas procis-
II - De Berlim
instituto religioso feminino. De Hansas- mo Bernadette, ela foi a confidente es- Diferenças sões de velas. Os que as viram declaram
tads: por um pároco doente e grande ve- colhida por Nossa Senhora. Só a ela, a Assim, na Fátima, a água não surgiu que o efeito desses milhares de luzes on-
Pedidos dos diocesanos, do Ex."'0 Bis- nerador de N. Senhora de Fátima. Da Virgem :Maria falou directamente, ainda espontâneamente do terreno reconhecida- deantes oferece um particular encanto.
po de Berlim, dr. Chriatiano Schreiber, Alemanha: por um pai de família consti- que os seus outros dois companheiros mente rochoso e estéril, durante qualquer muito seu.
para que N. Senhora de Fátima ae dl· tu!do em grave nece:;sidade. Do norte da também vissem a linda Senhora. Jacinta das Aparições, nem por intervenção da Finalmente, o santuário da Cova. é no-
gne curá-lo duma grave doenc;a de cora. Baviera: pela conversão dum livre pensa- ouvia o que Nossa Senhora dizia a. Lú- pessoa que teve a visão ou por ordem di- tável pelas inumerá.veis comunhões reali-
çã0 de quo vem sofrendo ha anos. dor. Da Alemanha Ocidental: por uma cia, porém Francisco apenas sabia que recta da Virgem - como sucedeu nas Ro- zadas ali no próprio local,-sem falar nas
menina epilética. Da Fratlcónia: J?Or _fal- Nossa Senhora falava, pelo movimento chas de Massabielle. No caso de que tra- confissões para as quais foi necessário
III- Da Bavisra ta do trabalho, pela paz entre •rmaos, dos Seus lábios. tamos, só passados quatro anos, em No- construir (*) dois edifícios, um para ho-
por uma senhora doente e por uma fa- Berna.dette fêz-se freira; Lúcia tam- vembro de 1921, após a. primeira missa mens, outro para mulheres, contendo
Um professor alemão enoomenda.-ae mflia infeliz. Da Sulssa: por um doente,
a N. Senhora. e aoa peregrinos de Fáti- pela conversão dum pecador, por negó- bém seguiu o mesmo caminho. Aos pas- campal ali cantada, 6 que apareceu a numerosos confessionários. Há ocasiões em
ma 1.o) para que N. Se~ora resolva cios mal encaminhados, por uma santa. torinhos portugueses, Nossa Senhora con- á~. Por êste tempo, as ordens episcopais se veem não menos de vinte padres a dar,
uma situação grave e comphcada na sua morte, por um pai dado à embriaguês, fiou o segrêdo que, ainda como sucedeu tinham afrouxado e permitia-se já aos sa- desde madrugada até depois do meio dia.
família; 2.0 ) para que N. Senhora de por dois jovens transviados, por um ca- com Berna.dette. êles não deviam revelar cerdotes que ministrassem os socorros es- e quási ininterruptamente, o Pão da. Vi-
Fátima o cure duma gra.ve doença ner- sal que quere separar-se, pela paz, pela a ninguém. Lúcia não o diz e as duas pirituais aos peregrinos ali aglomerados, da aos peregrinos dos quais chegam a. es-
vosa o psíquica e ainda para que N. perseverança na fé; pelo movimento li- crianças mais novas, que morreram san- confessando-os, dando-lhes a comunhão e tar ali reünidos, 150.000 a 200.000, vindos
Senhora lhe mostre a sua vocação. ta.mente dentro dos quatro anos que se oferecendo na sua presença. o Santo Sacri- de todas as partes de Portugal. Um dos
túrgico na Suissa, por um casamento fe- seguiram ê.s Aparições, também não o fício da. Missa, apesar do Bispo ainda não cibórios, que mede quinze polegadas de
liz, por uma pura e santa vida debai- divulgaram. aparecer ali pessoalmente. Logo qne reben- diâmetro, pode conter 20.000 particulas;
IV - De BadetJ xo da protecção de Nossa Senhora e ain- Numa das suas seis aparições, Nossa tou a nascente, o povo improvisou um po- outro, 6.ooo. A!J confissões, segundo um
Para que N. Senhora de ~átima ae da pelas necessidades espirituais e tem- Senhora mandou que se fizesse ali, na Co- ço para a recolher; a água corria tão co- sacerdote que tem partilhado a árdua ta-
digne resolver uma situação grave e in- porais duma famflia, sobretudo por uma va da Iria, uma igreja. E logo o povo piosamente que ao meio dia todos a pu- refa de as ouvir, prolongam-se algumas
suportánl que reina no seio duma famí- doente. Da Austria: por um pai que im- por iniciativa própria, ergueu no local uma deram beber. vezes desde a tarde até de madrugada.
lia - situação que s6 N .• Senhora po- plora de Deus a. graça. de suprir tudo humilde e despretenciosa capela, chamada Mas a nota mais impressionante das ~ preciso não se supôr, pelo que fica
derá reaolver. aquilo que êle por ignorància ou negli- ((Capela das Aparições», o que despertou Aparições da Fátima é talvez a. familiari- aqui dito, que o clero e o povo português
gência deixou de fazer em favor de uma a cólera do Govêmo de então extremamen- dade mat~rnal, a intimidade afectt~esa dB estejam, por assim dizer, a correr ao de-
v - DA SiUsia familia relativamente à sua salvação eter- te anti--clerical. Alguns perversos sacrfle- Nossa Senhora para com aquelas crianças safio, com o santuário mais antigc. de
Para que N.• Senhora de Fátima ou- naPelo restabelecimento da saúde do Dr. gos, da mais baixa ralé, fizeram pronta- de espírito singelo, e a liberdade que lhes Lourdes. Pelo contrário, parecem conside-
ça aa preces duma mãe aflita e dê a to- L. Fischer. mente voar o této da Igreja por meio de permitia nas suas relações com Ela. rar a Cova da Iria como sendo um pri-
dos os membros de sua família uma fé Pela Ir. Maria Boaventura, O. S. B. bombas; mas as paredes não cairam a-pe- Em Lourdes, a. afirmação feita. só de- vilégio puramente nacional, ao passo que
sar-de terem sido descobertos vários des- pois de muito tempo: uEu sou a. Imacula- Lourdes é tida por todos oomo o logar de
viva e ardente. _ do Kloster Leiden Christi, na Suíssa. pa-
ses destruidores e mortiferos engenhos, ali da Conceição>>, o brado de ((Penitência» reünião universal de todo o mundo c;ató-
ra ser curada duma grave doença. várias vezes repetido pela Aparição, e os lico. A situação geográfica e t:o_rognHica
VI -Da Sulssa
Para que N.• Senhora ouça aa preces ---**___ metidos.
A azinheira que servira como que de pe- extasis de Bemadette, tudo isso contribue da Fátima e dos seus arredores, r.om as
destal à Visão, também resistiu aos esfor- para criar uma atmosfera de sublime mis- snas comunicações difíceis, tendo :\ mau
de doia irmãos a.-fim-de que N.• Senho-
ra de Fátima lhes dê a graça da M e
Artigos religiosos ços dos ímpios. Contudo, desapareceu de- ticismo, que quási por completo falta na tê-la num relativo isolamento. Sem dóvi-
A entrada do portão da Avenida Cen- pois, mas por causa muito diversa: a. avi- Fátima. da, quando a. sua fama se espalhar mais
concorra para a solução de dóvidaa gra. dez popular de obter reliquias. No logar Em primeiro logar, Nossa Senhora dis- largamente, os peregrinos virão de outros
ves. tral do Santuário encontram-se à venda
por conta do Santuário artigos religiosos onde se encontrava, existe agora uma co- se aos pastorinhos assustados, que não fn- países, com maior freqtlência do que su-
sôbre Fátima. luna comemorativa. e está. já meio edifica- gissem, como desejavam, mas que se apró- cede agora. ,
VII - Da Sulssa
Também lá são vendidos todos os li- da uma. grande Basílica cuja construção ~ ximassem; louvou-os por rezarem o seu ter- Quem escreve estas linhas não e!>tá. en-
Pedindo a graça duma vida pura e vros editados em português sObre Fáti- financiada apenas pelas ofertas espontâ- ço, ensinou-lhes palavra. por palavra uma carregado de fazer o reclamo da Fátima;
entregue à ora<;ão, e ainda para que N. neas dos fiéis. curta oração para a dizerem no fim de fá-lo apenas para cumprir o dev~r que
ma.
Senhora de Fátima por ooaaião daa per- Como em Lourdes, os sabichões e os cada. dezena, e combinou com êles uma recai sObre todo o Católico, Je o:.ntribuir
seguições que se anunciam não noa dei- · · - - - - ? ) ( ( ·]~(- - - - · scepticos sorriram desdenhosamente da entrevista junto da azinheira no dia 13 de com o seu pouco para glori6.:ar :1. Deus e
xe sem sacerdotes naa nosaaa frepesiaa. Nunca os católicos compreenderão sufi- ((história de fadas», emqua.nto os livres cada mês, incluindo o dia 13 de Outu- honrar a Sua Mãe Jmaculada. Entretan-
cient~mente o pecado qu~ cometem susten-
pensadores troçavam e blasfemavam. As bro. Por sua parte, Lúcia começou ime- to, chegam-nos boatos de VÍ5Õe'l I)<'Orridas
• • tando os maus ;ornais e deixando na in- pobres crianças foram submetidas a diatamente a interrogá-la, com t&la. a sim- em Beauraing, na Bélgica, sObre as quals
dig4ncia a boa imprensa. mans trato3 e a interrogatórios hóstis plicidade e confiança. é ainda muito cêdo 1-ara se Iorma.r u.m.a
Finalmente são ainda recomendadaa
àa orações dos peregrinos de Fátima: (Cónego Schorderet.) por parte das autoridades civis - tudo - Obteria a. salvação eterna? E Fran- opinião.
Ano XII Leiria, 13 de Novembro de 1933 N.•134

. . . . ., 1 ProprlltÚ'io• Dr, Manu11 Marqu.M ... aanta Elltprlea lditora1 Tlp, "Unl lo 8r*f..... T . . . DIIPUIIa, 1..LIIboa Admi niat radort 1', Ant6nl o dOI Rela Rldaec&e I Adlltln latrao&o "lantu.rie da F*tl•a.

FATIMA- glória de POrtugal


Agrande peregrinação nacional de Outubro
prim~o ~n;o,
Fátima e Lisie01 do Booário, das Dore1 e do Carmo, a& ...se, wr um admirá11el pr;oàigio, çomo
mau queridas doa 1l0rtygueael, veio, oa da Raínha Santa, no ouro purbaimo
Já vistes como, em marés de trovoa-
da., das encostas escorrem, de todos os
mistéri08 do
reza com todo o povo.
que logo

E 11m Portugal e na FTança, paúea mail uma 11ez, num Ta&go de bondade e flamejante da caridade que eleva a& lados torrentes,· regatos e fios de água E ao primeiro segue-ae o aegUndo
privilegiados do Ctu., que exutem os do seu Coraçlí.o terno e compauivo, o/e- ~11141 para Deus col.ocando-as tn«U que 'junt.and<rse arrombam o açude e oom as ,oexplicaçõee prévias qne saiem
doi.! maiort& centTOs de piedade, os d'Oi& recer-se para sal11ar a todos, tn.aa, e&pe- longe da terra e ,;laia perto de Deua ... impetuosamente irrompem arrastando naquel.a. Jingungem fluente e cristalina
tocos mau intenaos dt vida interior t cialmente, aqueles je quem é a excel-1 · tudo na. sua corrente, planície além? que todos admiram. E, depois o ter-
solwenatural, que a bondade muericOT- 1 a Rainha e a gloriosa e muito mn.aila V1sconde de Montello Tal era naquela noite, o mnr de lu- ceiro igualmente precedido de aliumaa
àio.m ao Altíuimo fez &urgir de repen. Padroeira. zes formado pouco a pouCQ com dev.!nns palnvraa a ilustrar oe mistérios glbri<r
te. coma que por encanto, &6brc a face
da terra, quá&i ao alvOTecer do sécuto
E ptlr U&O, Portugal inteiro, de Mr-
te ~ aul e de. leste a oeate, ae volta,
C•o'n•·ca da Peregnn·aça-o
I '
de milhar de velas, que a calmn de umn
noite primaveril conserva. acesns e uma
aos. Entra-66 em cada mistério com um
cântico. No fim outras orações. E as-
uinte, o &éC11.lo do Ano Santo da Reden- cheio de fú.bilo e reconhecimento, para ordem impecáv-el ia levnndo atravez do sim passámos a Hora de Ad&ra.ção Na-
çllo. o trono de graÇ(U da Rainha do& A n- Segredos da Providência costumado percurso. E sempre bela. es- cional.
Fátima e Liaieux - o encantador jps erguido em Fátima, Zou11ando a sa primeira cena. d;u. grnndes vigílins A assistência ia rarcnndo. Em Toltn
iaTdim paraduí.aco da augusta Raính.a Virgen~ sem tnancha e exaltando aa Diante de Deus e na Fátima. contam de ]':í.tima. do trono as .almns a~ixonadns pelo Se-
do Santú&imo Ro&drio e o delicioso suas misericórdias ! as suaa finezas de os sacrifícios. Mas, q~ando nlmaa em brasa pa&- nhor.
od&ia espiribual da mi&tica apóstola- amor, e, cada 11no que paasa, no& gran- No dia 13, mais do que nunca, ia is- seiam nas mãos o símbolo d:~. sua. fé,
-mdrtir, - tão distanciada& aob muitos A comunhão geral e as Missas
:Pontos de vi&tll, aliás dum modo mais A seguir à adoração nacional faziam
aparente de que Teal, Q.#$emelb-amrae suoeesivamente a sua hora. de adoração
todavia &ingularmente uma à outra pe- as freguesias de São Miguel e 8."" Es-
la id:entidu.de da mi&~ ~ublime que tavam de Alfama, São Mnmed~ de In-
& Providência lhe& confiou no& seus de-
festa (Pôrto) e Bemficn (Lisboa).
sígnios adoráveis dll antor e muericór- Às 6 horas era a missa da comunhão
iia pam com o& homena e pelo carác- geral celebrada pelo Rev.•o Snr. Cón~
ter perene e uni-rersal de&&a mi&&ão. go Tomás F. Pinto, Digmo V ice-Reitor
A mi&são de Fátima é conduzir pelas do Seminário de Coimbra. Cêrca. de 5.000
m<los de Maria as almas tran~~viadas l>eBSOaB reoebem n sagrada comunhão
aos péa de J esu&, o Filho de Veus ln'-. distribuída. por uma. dezena. de sacerd<r
manado, imolado e morto na cruz e tes emq.uanto muitos outros attendem
aniqüilado e oculto na Hóstia Purissi... os fiéis de confissão na. respectiva. ca-
ma do Sacrifício Eucarístico, por 11mor pela.
de nós, pobres pecaáores, para no& Tedi- Às 8, 8 1/2 e 9 horna tinham a sua
mir e &alvar, pelos méritos da sua do- missa. privativa os peregrinos de Alfama.,
loro&a pai:l:do e morte. São Mamede de Infesta e S."- Isabel.
 miuão de Li&ieu'x é tam1>étn. con_
Antes já no Hospital se havia leva-
verteT e atrair para Deus vela àe11oçao do aolerum~ente a &agrada. comunhão
aCTisolada dquela que prometeu pauar aos doentinhGB que a desejarnm rece-
o st.u Céu a e~palhar btme/ícios &6bre a ber.
terro e que Sua Santidade o Papa Pio
XI, Jtlizmtmte reinante, càam9V Mi- Ao s~ço do Rei
lagre de virtudes e Prodígio de miln-
gres, os que andam longe do caminho
da verdade e da virtude stmtaàos à
sombra do êrro e da morte, bla#eman-
I Eram 11 horas quando na. capela do
Albergue dos doentinhos se passa. uma
cena. cheia de encantadora simplicida-
de e beleza.
do do que ignoram e corrompendc o Nos bancos a quási totnlidade dos
que aabem. servitas mais um ou outro e:rlranho.
E uma e outra, a humilde e graciosa Em frente, de joelhos diante do sacrá-
povoaçQo da Serra de Aire onde a Vir- rio e do Snr. Bispo de LeiriA, 13 8&-
gem bendita dá Jeaua à& almas e w al- nhoras vestidas de branco proferem com
mas a J eaus, e a linda e mimosa cida- voz firme e pausada a fórmula do ju-
dezinha da N ortnandia, onde nasceu ramento de b&Vlt.a. São mais la que
para o Céu a pequenina Jl6r de UtAr- se comprometeram a, na FAtima ee en-
melo, que antu de morrer diue que tregarem a servi~ do u.ei, na pesaoa
havia de voltar à terra paro fat:er dos sell8 irmãoe, os doentinhos.
a1n11r o Amor que n4o é amado,- e&-
ms duw eatâncias de graÇ(U e de mila-
wes,, :vrofect<o.m aem çwar, ~ Zon.g~ A hora de Jesus
e ao largo, atra11és de t6daa as nações, O Ex.m• B Rev.mo Snr. B1spo de Leiria dá a Bênção com o Santíssimo Sacramentos aos ~regri11Cs. E tão eucarística tôda. a viela, todo
aU aos confins do uni11erso, o& Taios tte Assistem S. Ex.ela o Senhor Ministro da Guerra e S. Ex.<~• o Senhor Almirante D. António da Costa (Mesquitela). o a.mbi~te da Fátima, que a gente às
lut: e calor sobrenatural que irradiam ve~ é levada. a crer que se encontra
daa focos potentíaaimo& qu~ o SenhOT num santuário Eucarístico e não num
nelas acendeu para iluminar (U inteli- santuário mariano.
aencia& e aquecer oa coraçt'Jes. des dias comemomtivQI dal 11pariçõu, so ser demonstrado. sem se ver quási um qu.e não tinha vela Mas de tôdas as horas, desde a Adora-
Mas, se Li&ieux foi um dom magn\ realiza es&as auomiA-oaas tnanifestaçDea Os dine que o antecederam foram de acesa ês9e espectáQulo deslumbra co- ção à Comunhão Geral e à pr ocisaão do
fico paro o mundo sem deú:ar de o ser de fé e piedade, euw apotflosea tão au- chuvas torrenciais. mo uina. miragem divina. ss.mo Sacramento, quere-me pereoe,-
para a França, que Deua protege, Fá- blimu como tocante&, que nem L>urdu Só uma devoção ard~nte e uma fé À meia noite começa. a. adoração so- que a. hora. ma.is cnracl!eristicamente
cima, aendo igualmente uma dddiva nem ~-'i!u~, co"!' as. auas arand.twa e muito viva. podia. fazer snir d~ casa,
lene ~ Santís.qimo Sacramento expos- própria de Jesus é esta do meio dia.
precio.rlasima paTa Q mundo é aobretu- ma~m/tcencms, 1dmal3 IQurarão. TtftTO- com um tempo assim e sem esperança to no trono. Milhares de peregrinos vi- De todos os lados o povo acorre dian-
do uma graça de upecial 'prtd-alecçllo dunr. de, ao menos lá se ter sequer um te- nham de véspera. ficar ali. te da igreja em construção.
do Imaculcuto Coração da Di11ina Mile Em Fátima e !fi Litie:!'X, a l~ lba.do para se livrar da chuva. Havia Grandes aglomerações; era urgente Sob o pórtico o Snr. Bispo eobe os
para a terra que foi, é e sempre há-de que o Céu dá à t~a é a. mettna. O ca- de fazer-se uma sel~o. E fêz..se. impedir, to.nto quanto possível, que degraus dum altar improvisado a of&.
aer, uá terra de S11nta Mariau , mi11llo d(l inftincia espintual, aegrêdo Chovia. a. cântaros e quási 'IIJBID uma
surgissem abusos. O uinimicus homoll recer pelos doentiahos e pelas intenções
Santa Ter~sinlla do Memr&o Je~U& e da santidade, quf, !2 Divino Meatre en- abertn. O dia 12 ainda foi assim. Nãoestá sempre alerta. do Santuário 0 Santo Sncriffcio.
ãa ~ag'Tada Face, a /OTmO&a e brilhlln- &inou aoa 8tu& Apó&tolos e que a .mnta havia de vir quási ninguém, dizia-ee. Foi assim que. em boa hora o Snr. :e um segrêdo e silêncio impressio-
te utrêla do Carmelo de Li.rieu:~:, é a Tatktnaturga normanda. 11flÍQ re~dar No dia 12 de manhã poucna centenaa Bispo começou essa reconfortante ocu- nante. Ao Evangelho Sua Ex.• Rev.""'
irmd celeatial de t!Jdoa os que neate va- ao mundo orgulhoso e egoi&ta, que dele de pessoas tinham chegado ainda. pação que nos põe diante dos olhos a vi- o Sm: Bispo expõe e comenta a pala-
l~ d.e lágrimat caminh{lm, clloran<to e ae havia eaqueciàu, ndo é diferente do Mas de tarde o tempo alivia; come- da cristã dos primeiros séculos, quando vra do Senhor e aproTeita. a ocaaião pa-
.gemendo'- em direcçilo à pátria bema- caminho da oraçãq humiLde e confian- çam de chegar peregrinos e à noite o umn assembleia inteira de fiéis - a ra recomendar aos peregrinos a reza do
venturoaa, pela via eatreita doa flla"- te e da i.~lação. da vo.ntadt l)Tóllria recinto sngrado oferecia. um aspecto igreja - permanecia do sol -pôsto ao nas- terço.
damentos, enainando-<Js a amar e ser pela penitência qui! a Virgem Sant-ís- cer do sol em orações e cântiooa ao Se-
agradável, como o das grandes peregri- Recorda na peneguiçõee, a dinamita-
vir a Deus aem di&tinção de roça nem &ima avontQu na Lourdea p(1t'tugyesa naQÕes. nhor. ção da capela e diB que o Ros!rio mani-
como o 'Ú11ico a seguir para cheoar ao
de Zínguaa:
Nossa Senhora de Fátima, aol /ul- p6rto da eterna bema11en.turança. Almas de fôgo Tnmbém agora lá estava Sua Ex.•
Rev.ma o Snr. D. José Alves Correia
festado em Lourdes se oonfirm.a na Fá-
tima:
guT(Ul.tt; que raiou no ntz:emo-o,üten- As rosas de Fátima e w Tola& de LL Àa 10 1/2 juntnrnm-se em volta do da Silva.. No fim da Missa df. a benção aos
te da Europa para alumiar Podugal e &ieuz, caindo das altu"ras e de&/olhan- pavilhão dos doentes para rezarem o E êle que presidi! à Hora de Adora- doentes com o SS. Saaa.mento.
o mundo, aparecendo aob a, in11oçaç6!s do-u por a6bre a terra, tf'O.nl/ormam- têrço. ção Nacional. Ràpidame.nte explica. os Almas mortas, corpoe moribundos
2 VOZ DA FATIMA
agrad&('('m a luz. Tuberculosos, p aralí- da. praia de São Martinho do P or to A coroar o sacr ifício da viagem tive- Causou tanta impressão a primeira poss1vel amar a. Deus sem amar a
t~ ClUlcero&OS adoram a Jesu. que a.companhna sua Ex.- Esp0::1a D. l:á- mos um esplêndido dia 13 soalheiro e vea que se cantou numa. ig.r~:~ja que to- Mãe do mesmo Deus feito homem.
p~. E o J)rvino mestre !.li vai derra- tima, a cumprir uma promessa; O almi- calmo a mais não. do. choraram, afirma o Sr. Dr Fisher. A alguns Já respondi: ca água já
mando pênçãos e graças sôbre todos até rante Sur. D . Bernardo da Costa (Mes- Depois da Elevação um apa.relho Wi- -vos foi despachada, mas como ides
o recolherem de novo no seu Sacrário, quitela) que pegou .à umbeln; Ma.jor
enquanto a assembleia em 1Jêso como de Engenharia Snr. D Luís da Costa
ckers da. escola. de aviação militar de
Sintra passou sôbre o local deixando
NA INDIA INGLESA fazer a Novena., se vós os protestan-
tes não rezais à Santl.ssima Vir-
uma só alma e um só coração O invoca (Mesquitela) professor da Escola Mili- cair um rs.mo de flôres junto de Nossa O R~v. Misaionário J. Martina, S. gem?! Como haveis de recitar o RG-
com orações e cinticos. tar, cujas filhas, um filho e duas sobri- Senhora. J ., em Cochim., d&r~c tor da Santa Cruz sário se o não tendes e se o comba-
nhas vieram de Rio de Moinhos (Abran- • H igh School dirigiu a S. Ez.cà R~,.­ teis?!:.
tell) a p4t, em cumprimento duma pro- o Senhor Bispo de L~iria uma carta da -cEu tenho fé, dizem êles, e om-
A cerrar Fileiras... messa; o grande poeta Snr, Dr. Afon- A benção final com o Santíssimo a qual e::ctratamoa o aega.nnte: reb
Na quietação da Fátima; aos pés da so Lopes Vieira, Snr. Acácio de Pai\·a. todo o pôvo é a ullission daquela ma- «Escrevo hoje, dia 13 de Julho, não cEntão estais a. meio caminho da
Mãi bemdita juntaram-se também nes- e Snr." D. Maria de Carvalho que bri- gnítica. reünião. aziago mas dia de bênçãos por tôda a verdadeira Igreja... mais um passo...
ses dias 11, '12 e 13 um grupo de jor lham com luz própria. e inconfundível Recolhe-se o Santíssimo Sacramento. parte mas sobretudo nas alturas da ser- vinde... e sereis bem recebidos.
nalist-as católicos a lançarem as bases no mundo das letras; o jornalista cató- Os porta-bandeiras pegam nos estnn- ra d: Aire. Beati qui non 11ideru.nt et De.xai-me aQui dizer mais uma
duma uni~ mais perfeita. entre si e lico Sur. Dr. António Cristo que, casa- dartes, logo seguidos do sen·ifas e do , credaderunt. • vez, que para os não católicos a me-
rom " Hierarquia Eclesiáso;ica. do no dia 12, veio nesS{j mesmo dia a clero. Mando por este mesmo corr~10 o n .0 lhor disposição para assegurar a
3 da nossa uRevistazinhan uOur Lady eficácia das sua.c; petições é a pro-
of Fátima" Oures at Fatima and at Oo- messa de ;)E: juntarem áquela Igreja.
chim. Por êle poderá V. Ex." ver com onde Maria. é honrada e venerada.
consolação que a R a ínha de Fátima. A Igreja Católica é a sua. IgreJa. -
também começa a r einar aqui na ln- DeL'Cal que o Rosário seja a Cadela
dia. Dizem-me que uma. Senhora em de prata para <ls trazer para o mes-
Hangalor que alcançou uma graça por mo rebanho.
intercessão de N ." S.• de Fátima, dese-
ja ir a. Fátima com o marido. Escrevi- Novos devotos de Maria estão con-
-lhe ontem pedindo informações. tinuamente a Juntar-se aos mais
Se fôr verdade, não deixarei de dar antigos que aumentam de fervor de
a lguma. carta de recomendação. dia para dia, especialmE>nte na devo-
Isto traz-me à ideia que talvez se ção do Rosário. e prática duma fer-
pode6Se arranjar uma. peregrinaç~ aqui vorosa comunhão no dia 13 de cada
da India para Maio de 1934. Tah•ez mês em honra das Aparições em
proponha a ideia a Sua E-x.cJr. Mons Fátima.
Lima... n Um escreve no dia 14 de Maio:
. • Onteru, eu e tOda a minha fa-
mllia recebemos a Sagraãa Comu-
Our Lady of Fatima nhão em honra de Nossa Senhora
Foi publicado o n.• 3 d esta. r evista- de Fátima:..
zinha que arquiva algumas graças Um outro diz:- cnão podémos ter
obtidas por N . Senhora da Fátmta. comunhão no dia 13 d e Maio parque
principalmente na :tndia. o Sacerdote esteve ausente, mas de-
Esta revista é muito apreciada e vemos comungar E>m honra de Nossa
difundida, pedindo muitos para que Senhora na primeira ocasião que
seja regular a sua publicação. nos seja posslveb
A êste propósito transcrevemos al- Possam outros, muitos outros se-
guns perlodos da página 15 e seguin- guir o seu exemplo. Isto é agradavel
tes. a Maria e agradavel também a Je-
sus.:.
Gratias agamus <Da Revista ~Our Lady of Fatima:.
~Queridos devotos de Nossa S e- do P.• J. Martins S. J. - Cochim)
,nhora da Fátima, vinde dar graças
a Deus pelos grande favores cor..ce-
didos por intermédio de Maria.
Nossa Senhora da Fátima IX'<ie
Devoção a N. Senhora da Fátima no
verdadclramente ser chamada Nossa <<Orfanato do ~tenino Jesusn, (Rio
Senhorã. dos Milagres! Tantas curas.
e algumas na realidade tã.o admirá- de Janeiro), dirigido pelas Religio-
veis confirmam o quanto Ela é ver- sas do «Sagrado Coração de Maria»
Grupo de jornalistas católicos retinidos no dia rz de out11bro no Santuário de Fátima representando Zi jam ais.
dadeiramente Mãe poderosa e mise-
ricordiosa ... de Béziers - França
Que linda ideia I pedir a N. • Sbnhora as bençã~s para o Atrás do Snr. Bispo, fedtando o cor- Há muito tenlpo já, alimentávamo. o
tejo, n imagem da Senhora, no opulen- ... Nossa senhora apareceu em Fá- ?esejo de {"6s~uir no nO:!Iio Orfanato a
A união faz a fôrça. A união da im- seu lar. Havia espanhóis, brJsileiros,
tima como Ra1nha do Santl.sslmo
to andôr de talha doirada que lhe foi 1magem I!Qid1ta de Nossa Senhora da
prell8a católica sob a protecç~ de N. francêses, larga rperesentação das nos-
oferecido em Maio. Rosârio e recomendando muito ás Fátima, a Mãe que se compraz entr&
Senhora da Fátima que aos pastori- sas ilhas da Madeira e dos Açôres. C{)m
três criancinhas e por elas a todos
E a multidão de 40 a. 50.000 pessôas corações inocentes, a Rafuha excelaa do
nhos ·viventes ordenara que aprendes- três dias de viagem a pé vieram pere- nós a sua. recitação , leva-nos a tirar
sem a. ler ... grin~ de Abrantes, Tontlugnl e duas mov~se para. junto da capela das Apa- empírio que se dignou aparecer e fa-
mulherzin"has de São Tiago de Compos-
a conclusão segumte: - que Ele de-
rições, saúda-a, faz-lhe, entre lágrimas, lar a três humildes pastorinhos.
Sim, que o E:;enhor os abençõe e lhes seja muito a difusão de tal devoção.
dê novo alento na grande obra de apos- tela a.t~ ao Porto a pé e de lá de com- os últimos pedidos, despede-se com saü- A história daa apariÇÕes eneantava-
E para que seja mais frutuosa con-
dade, e por todos os caminhos e carrei- -nos. Repl!tida muitas vezes IJelas nos-
tolado a que se entregam I boio. vém que seja recitado da forma que
Estavam representados 26 semaná- Dois Padres Holandê.<;cs da congrega- ros atravez da charneca, volta cada sas mestras, lida em alta voz pelas co-
qual à sua casa. Ela mesma ensinou a. S. Domingos--- legas maiores, fazia as nossas delícias
rios e um diário. ção de S.t.a Maria de Mont.forte e um o Rosàrlo meditado.
carmelita espanhol. Havia. peregrina- A Fátima volta de nôvo a ser a soli- em muttos dos nossos recreios
dão serrana e agrest~ no alto do mon- Enquanto os nossos lábios vão pro- :!~ per~grinações notáveis, cujas des-
ções de Benfica, São Miguel e S.to Es-
Várias notas têvão de Alfama, São Mamede de lu-
nunciando os louvores de Nossa Se-
te aonde a Virgem chama pela peni-
nhora, os nossos corações e esplrtro
cnçoes v1vaa entusiasmavam nO&Ios co-
Entre os peregrinos encontravam-se S. festa Carmelitas do Pôrto, Valbom, Es- tencia os seus filhos queridos de Portu- r~ções, as estupendas graças que como-
meditem em algum d os mistérios da
Ex." o sr Major Luís Alberto de Oli- tarr~ja, Ohveira do Conde, Aroias, Al- gal e tantos outros espalhados por ês-
Vida, Paixão ou R essurreição d e
VIam nossas almas, tudo i&to concorreu
veira ilustre Ministro da Guerra do Go- cobaça, Ferreira do Zezere, Ourém e se mundo. para despertar no nosso orfanato uma.
N~ Senhor ou em algum uústé- devoç~ terníssima para com Nossa Se-
vêrno da República Portuguêaa que, Alfeizerão. G. O.
rio da Vida de Nossa Senhora. nhora da Fátima.
. _ . D e fa.ct:), começamos o Rosário Desejavamos sua imagem; ela mesma
estarem distant~s da. Missão ~. 50, 70 A proc1ssao no ftm do. percurso e:'ta- com a meditação do mis_tkrio de Nos- encarregou-fie de satisfazer 0 nosso a.
MISSõES M NOSSA SENHORA DE cionou no largo da Prae1uha onde, 1un- sa Senhora - a AnunCiação, e aca- sejo

I I
Kilometroll e mais.
FATIMA Desde há um ano encontra-se net;ta to ao corêto, foi -.ntado o Credo do bamo-lo COt:U a sua coroação no O:lu. P~ra realizá-lo começámos a pedir es-
Missão o Seminário maior de toda~ as Lourdes por um grupo de cautorl.'s e No Rosáno MOOitado juntamos a molas às pessoas que nos visitavam
Missões de Angola. e Congo. lufehz- cantoras. Depois de dito com fé o uDeus oral à oraç3o mental. Por outras Qual porém não foi nossa s~rp;~
Missão do Moxico mente temos, por enquanto. só 6 Se- seja. bemdito.. , falei duranto 20 minu- palavras: damos os nosoos lábios a qua11 do' numa' tarde de Maio ao 1_
No vasto distrito do Moxico, no in- minaristas, 3 teóloggs c 3 filósofos; o t{)s ii. numerosa. assistência cantando as Mana, o nosso pensamento a J asus e tarmos 'da Bênção do Santíssi~o Sa;;,._.
terior de Angola, vai fundar-Se a Mis- mais adiantado receberá o Subdiacona.- glória_s de_ ~1a~ia e sondo escutado aom os nossos corações a ambos. mento. se abriram de par em p;r 88
são de Nossa Senhora de Fátima. dQ em breve das mãos do no11110 queri- o mawr stlenc1011. · · · · · · · · · · ·· · · · · ·· · · · · · · · · · · · · · ·· · · · portas da nossa sala e lá, num belo ora-
Os Revs. Padres Benedictinos Pio do Pastor, Senhor D. Moisés de Pinho. - - ... Esta devoção (de Nossa Senhora tório, rodeada de chamas tremeluzentes
Corquéan, António Baptista Vteira Pin.
to, Gregório Mendes e aux1liar Fran-
Funoion,a aqui, também, um ,Postu-
lado para Irmãos indígenas; temos uma ((A Voz da Fa'tima>> de Fátima> está espalhada por tõda
a parte. Muitos dos nossos Cochins
e de flôres pertumad~s, uma imagem
sobremaneira bela ~ perfeita da Rainha
cisco Nogueira, depois de se despedi- dúzia de Postulantes. Este jornal, que só vive da raridade tem mandado a água para parentes do Céu, da Sculwra da. .Fátima t1orria
rem solenemen~ dos seus irmãos em Não falta, é claro, o que é necessário dos seus leitores, agradece algumas es- - amigos em lugares distat~tc.:: - para nós, acolhia-nos com um' ma ter-
Religião, vieram consagrar a futura para a. verdadeira formação dos not!SOs molas que generosamente lhe t~m sido para Madrasta. Calcutá, Rangoou, nal e complacente olhar.
missão a Nossa. Senhora da Fátima. caros pretos. para fazermos deles tra- enviadas para a sua conservação. Bo.-ubaim, Pengalore, etc., e as cu- Olhos extaticamente fitos na 11pari-
Passando por Leiria no dia 2 de ou- balhadores práticos, úteis; temos ofici- Assinatura anual-10$00 para o con- •-as t.êm-se uperado tarr.lJ .t-:-: n~que- ção inesperada, com uma exclamação
tubro o Sur. Bispo acompanhou-os ao nas de carpintaria, forja, alfaiataria, tinente e ilhas 6 15~00 para 0 estran- les lugares. Acabo de r eceber uma de mal contida alegria. acolhemos a
Santuário. Celebraram a Santa Missa s~patari~, ce~âmica; a ug~icult.ura tam- Jeu·o. carta que diz: - ~Novos favores se Mãe que nos abria os b'raços: era um
na Capelinha das Aparições e depois b?m esta ~u1to des~nv_olv1da. o 1ue Yem Agradeoo-se rcconhecidam!Cnte qual- deram há pouco por intervenção dP. presente da nossa boa. Superiora.
partiram. ajudar a v1ver. a. M1ssao quer esmola. que nos enviem. Nossa Senhora de Fátima, usando A convite de nossas mestras e-ntoa-
A Virgem Santíssima. os acompanhe O trabalho e mtenso e consolador - 1 da água bendita do seu Santuário: mos-lhe o nosso primeiro cântico e er -
e proteja. Deus ajuda, Maria Santíssima. proteje. - um surdo-mudo, um cego e mui- guemos-lhe os mais entuásticos vivas.
Aos devotos de Nossa Senhora. pedi- Continuamos a. contar com os fervo-
rosos amigos das Missões_
O CULTO A NOSSA SENHORA DE tos outros foram curados bebendo
desta água com fé.
De.sde então sua. imagem venerável
tem acolhido as nossas preces presidi-
mos as suas orações e esmolas para esta
miasão que vai fundar-se num distrito (Duma carta do Rev. P.• José Brei- FATIMA NA ALEMANHA Possa esta devoção ser conhecida do aos not!SOs trabalhos, santffirndo as
enorme onde há 8 missões protestantes t w sten, da Congregação do Espírito longe e largamente em tOda a :tn- nossas alegrias ~ consolado as nossas
Santo, publicada no uAlissionário Cató- dia, para ganhar almas pura Dt:u:. penas.
e nem um único Missionário católico.
lico))).
«Sôbre os braços da azinheiran por meio dêste livro de orações - Nos primeiros dias dêste ano, preSt>n-
O lindo canto ccsóbre os ln·aços da o Rosário, - o qual pode ser lido
Em Ganda Cabo Verde azinh.eíruu da autoria do falecido e be- por todos, tão temido pelo inimigo
teámo-la com um rico resplendor que
real~·a sua formosura celestial.
Em 1927 foi fundada a Missão da Duma cm·ta do Rev. P.• Lucas Ala- nemérito Missionário P.• Vicente do das nossas almas e tão eflc~ para A coroação foi solenemente feita •o
Ganda, consagrada a Nossa. Senhora de chado, missionário em S. Viunte de Sacramento, que o nosso povo canta nos alcançar do céu aquelas sobre- último din do Retiro pregado pelo Re-
Fátima. Cabo Verde, transcre11emos Q seguinte: com o maior entusiasmo, está traduzi- naturais graças de que tanto carE:ce- verendíssimo Padre Miranda às Reli-
A Ganda era uma região completa- uTivemos cá uma linda. festa de N." do e publicado em alemão. mos:.. ... ... ... ... ... ... ... ... .. . giosas do Colégio.
mente pagã. Senhora da. Fátima com a procissão das A tradução foi feita pela ilustre poe- Cantámos seus louvores ouvimos
E .admirável a transformação que os velas na noite do dia 13 de maio. tisa. Aneilla (Senhora Rosa Hug), gran.
Revs. Missionários, sob a protecção de De manhã hou\"e mis.~a cantada e de devota. de Nossa Senhora da l!•átima Nossos amigos protestantes enaltecer sua glória. e seu poder pelo re-
lato de prodigiosas graças.
Nossa Senhora, ali realizaram. muitas comunhões e às 9 horas da noi- e incansável após tola em Engen Daden. Tendo alguns protestantes ouvido Poesa a Santíssima Virgem encontrar
Tem aetualmente: 1 escola de cate- te saiu a procissão com o andor profu- Esta. Senhora já traduziu o Ofício de a narração de factos e curas mara- no meio de nós o que atraiu sua predi-
quietas com 50 educandas; 210 escolas samente iluminado a luz eléctrica, can- Nossa. Senhora da. Fátima e trabalha vilhosas também nos pediram a água le(ão sôbre os 3 pastc..rinbos: a. pureza,
ou centros de catequese com outras tando-se com entusiasmo. Avé Maria - na composição dum oratoriu.m em ale- da Fátima. Não têm Lourdes nem a humildarle e a simplicidade.
tantaa catequistas indígenas, 3200 cris- Sobre os ramos da azinheira,• e rezan- mão e 31 meditações também em honra Fátima na I greja protestante, e n.ns Poesam suas bênçãos fecundar as DM-
tãos (metade adultos, metade crianças) do-se o terço. Iam incorporadas milha- de Nossa Senhora da Fátima suas aflições e doenças voltam-se sas almas e ajudar-nos a alcançar a
e 4000 catecúmenos. Distribuíram-se res de peasoas de tôdu as classes. Não A música portuguesa foi adaptada à para os nossos Santuários. glória do P araiso.
neste último ano mais de 32000 comu- quis faltar a esta manifestação de fé letra alemã pelo Rev. Padre beneditino Serão sempre bem recebidos. A
nhões. 500 oristãos fazem as nove pri- Sua Ex.cl& Rev .... o Senhor Dispo desta Ambros Schnyder. água não lhes tem sido recusada. No Rio de Janeiro- Copacabana,
m~as serlaa feiras, apesar de alguns Diooeee, D. José Alves Martins. A edição é muito elegante. entanto não se iludam. porque é 1m- 10 de Janeiro de 1m.
VOZ DA FATI MA a
I

ga.s seus como um ta50 raro na sua clínica,

GRAÇAS DE N. SENHORA DEFÃTIMA tanto pela minha idade como pela gra-
vidade da minha doença.
Hoje, devido à. protecção que me dis- ,
Graças de N. S. da Fátima no Brasil
Sofrimento na bexiga sempre cabisbaixo e apreensivo. pensou Nossa Senhora da Fátim1 a quem
Entregamos o caso a Nossa Senhora da rendo imensas graças, encontro-me bem,
(RI O ES.PAULO)
Durante ma.is de 2 mêses sofri horrivel- Fátima a quem fizemos uma novena pela alimento-me normalmente, não sentindo
mente causando-me êste padecimento con- sua cura e graças a tão boa Mãe, pouco vestígios alguns do mal estar doutros ( C011ti"IUIÇtio)
tinuas e atrozes dOres de cabeça. Dois mé- depois o quisto rebentou e desap:ueteu tempos.
dicos que me trataram não conseguir-am sem ser necessária qualquer intervenção Inflamação na Laringe Um meu irmão levando uma pancada
R. Silva Carvalho - Lisboa.
dar-me alívio algum, de maneira que, per- médica. no estômago, disso se lhe originou um
didas as esperanças na medicina da terra, Uma religi068. do (;olégio do Sagrado tumor interno e chegou ao ponto de
Desejaria muito ver publicada esta Clttmentino Alves Tourais Coração de .Maria, do Rio de Janeiro,
encomendei a minha saúde a Nossa Se- graça da nossa queridl Mãe do Céu que perder a fala.
narra uma importante graça alcançada Estava. para ser operado. Alguns diaa
nhora da Fátima. Os únicos remédios com
que Nossa Senhora me curou foram diver-
tantas me tem já alcançado e a quem eu Graças diversas de Nossa. Senhora. da. Fátima, nOs ter- a.ntee daquele que estava marcado para.
desejo sempre amar e venerar como gran- - Maria Monteiro, - Jarmelo, Urguei- mos seguintes:
sos terços que lhe rezei e a. promessa de de auxiliadora do povo cristão que sem ra, tinha um quisto há 8 anos. Os mé- a oper~ão comecei uma novena a Nos-
publicar a graça da minha cura se ela me uHá. pou008 mêees que principi.ei a sa Senhora da. Fátima COm a promessa
Ela mal poderia salvar-se. dicos recomendavam uma operação mas a sofrer de uma terrível inflamação na
fOsse concedid-a. de publicar a graça, se ela oie fosse
Aveiro. doente receando sujeitar-se a ela entre- laringe acompanhada de dôres no pei- ooncedida.. Poucos dias depois tive a
Nunca ma.is quero deixar de amar tão
boa Mãe que me tirou tão grandes sofri-
Cacilda Mota Clemente gou-se nas mãos de Nossa Senhora da to, mal' podendo respirar a ponto de r~ satisfa~o de saber que não era já n~
Fátima lavando o quisto com a água do oear morrer abafada. cessária a operação e que meu irmão se
mentos. IDcera seu Santuário o pouco depois o quisto de- O médico, temendo que o mal deg~ achava quási bom e com grande proba-
Setúbal. Há '20 anos, aproximadamente, que vi- sapareceu sem outro qualquer medicamen- nerasse em tuberculose, recomendou-me
Carlota Augusta Fig#eira bilidade de, muito em breve, ficar com-
nha sofrendo de graves dOres de estoma- to. tôda a cautela, proibindo-me até de Ia- pletamente restabelecido.
go, e consultando, por vezes, diferentes - Maria Antónia Pereira - Lisboa, lar. Um especialista a quem também
Febre tifoide médicos, nada consegui com os tratamen- agradece a Nossa Senhora o auxflio pres- consultei foi do mesmo parecer. Com
Grata por tão grande favôr venho
agradecer a Nossa Senhora da Fátima
Encontrava-se em Agosto do ano findo, tos a que me sujeitaram. tado a um seu filho ainda de tenra ida- diagnósticos de tal natureza ach<:li que o grande benefício que nos alcançouu.
e encontra-se ainda, em terr.as de Fran- O mal, no entanto, ia-se agravando e de e a quem já não julgavam vida. Ho- 0 mais seguro era recorrer a N. a Senho-
ça, como religiosa da. Congregação de S. as dores cada vez mais violentas tortura- je é uma criança robusta e completamente ra. da Fátima.
Bio de Janeiro
Vicente de Paulo, em Bordeus, a minha vam-me a cada instante, física e moral- saúdável. Seguindo além disso o conselho que
Judite Paiva
filha mais velha que em religião se cha- -Joaquina Inácio Dias- Aldeia do
ma Irmã Céline Leitão.
mente deixando-me em tal estado de
pros~ção que somente o meu sistema Bispo, Guarda, agradece uma graça tem-
me deram passei uma fita pelo pescôço
de uma sua estátua, colocando-a em s~
Agradecimento
Era costume escrever-me regularmente Em outra carta recebida de Bebedou-
nervoso e a necessidade de trabalhar con- poral. guida no meu. Desde então principiei
no princípio de cada mês. Passara já, -Maria Monteiro LAmas - S. Mame- ro - S. Paulo, oomunicam-me o seguin-
seguiam levantar. a experimentar dia a dia sensíveis m~
porém, todo o mês de Agosto, e estava A alimentação que podia tomar era fra- de de Infesta, achando-se gravemente lhoro.s, e hoje estou completamente cu-
te: ulvone Godoy Pereira, agradece a
quási a findar o de Setembro sem che- qulssima, - alguns caldos, farinhas e is- doente e tendo alcançada melhoras por fa- Nossa Senhora da Fátima a graça que
rada.. lhe conoedeu curando a mão direita do
garem notícias suas. to mesmo sem leite nem ovos. Daqui re- vor de Nossa Senhora da Fátima, vem Não tenho palavras com que possa
Como o coração das Mães por vezes adi- seu irmão Pedro, na qual, em conS&-
sultou que o organismo se foi depauperan- agradecer-lhe essa graça. traduzir todo o meu amôr e gratidão
vinha o que acontece aos seus filhos mes- - Alecha de Dalman - Liêge, Belgi- qüência de um ferimento, já se havia
do. para com N.• S.• da Fátima, a quem
mo ausentes, eu não podia descançar k>Ot produzido uma gangrena, ficando per-
Desanimei da medicina que só paleati- que, agradece a Nossa Senhora um favor deeejo sejam dadas mil graça~ e todos
t:i.l motivo, presagiando alguma d oença :na vos me ministrava e por isso deixei de muito grande que lhe fêz. feitamente curado sem o mais leve ves-
os louvôres.u
minha filha; estava, porém, bem longe a consultar. O mal, no entanto, avança e - Elvira do Resgate Ferreira - Belas, tígio de incidente, depois dos médicos
de pensar que fôsse alguma doença grave Rio de Janeiro- Colégio de S. C terem dito que ~ra necessário amputar-
mina-me cada vez mais. O ano de 1931 tendo alcançado de Nossa Senhora três de .Maria
que puzesse em risco a sua vida. Ets se- foi p1ra mim de verdadeiro suplício, pois graças para si e para. pessoas de sua famí- -lhe a mão.
não quando me veio ao conhecimento ?e 1Tm4 Amália. Agradece também o ter conseguido &
durante êle raros foram os dias que pas- lia, vem .agradecer-lhas aqui publicamen-
que ela estava na. verd1de enferma c tão
enferma que estava. quâsi moribunda.
sei sem dores. vomitando tudo quanto co- te por intermédio do jomalzinho.
- Maria Josi Guita P.• Garcez - Té-
Tumôr interno Confissão e (.;omunhiio de sua mãe. Es-
tas duas graças foram alcançadas du-
mia., e por fim já não conservava no es- Do Rio de Janeiro foi-me enviada
Tal notícia causou-me um verd~dc1ro t ômago qualquer alimento, por mais le- te, Inhambane, ficou sem acção na perna rante o tempo em que por estas inten-
martírio. Não comia, não dormia, radd uma carta nos seguintes termos: ções se fazia a novena a. Nossa Senho-
ve que êle fôsse. esquerda, devido a uma injeção, resultan- - ccRev. mo Snr. P. • .Miranda: - Em
me podia. du consolação e ia definhando Era um cadáver em pé! do depois ficar com a planta do pé vi- ra da Fátima ,,
ao mesmo tempo que minha filha, sofren- conformidade com a recomendação que, A carta que acompanha & notícia
Os mêses de Novembro e Dezembro fo- rada para cima durante dois anos. Foi por ocasião da sua visita ao Colégio
do em meu coração o que lhe atormenta- ram horrorosos e a violência das dOres enor- tratada pelo médico, mas poucas melho- acrescen t a que o pai também já prom~
v& o corpo. Só quem é mãe pode av.aliar os das Irmãs Doroteas, nos fêz de recor- tera imitar o exemplo da mãe enquan-
me. Eu pressentia que alguma coisa de ras obteve. A mãe então, recorreu a Nos- rermos sempre a Nossa. Senhora da Fá-
tormentos por que então passei. extraordinária gravidade se passava den- sa Senhora da Fátima, e aplicando a água to à receção dos Santos Sacramentos da
Desanimar não fica bem aos cristãos que tima., já tive ocasião de o fazer e ten- Confissão e Comunhão.
tro de mim! do Santuário ao pé da criança, obteve do recebido auxílio de tão boa. Mãe qu~
têm fé, e foi por isso que, animada d a- Chega o dia de Natal e as dOres redo- dentro de pouco tempo as melhoras dese- (Oon.tinua)
.r1:1. que tão grande favôr fosse publica-
quela confiança que só a fé sabe inspirar bnm de violência, a ponto de o passar jadas, voltando o pé para a posição nor-
e que por isso mesmo não existe nos po- do. P.• João de Mirando. S. J.
quási todo na cama. Passam-se os dias 26 mal andando hoje perfeitamente sem de-
bres descrentes, eu recorri na minha gran- e 27 e as dOres continuam na mesma. feito.
de aflição à. Nossa boa Mãe do Céu, que No dia 28, embora as dôres não fôs- Os pais vêm agradecer êste extraordiná-· entronizado no próprio coração aque.-
se dignou aparecr na Cova da Iria para sem muito violentas, sentia, no entanto, rio favor. Movimento do Santuário le mesmo Deus que um dia nos há-de
estabelecer ali o trono das suas munificên- um enorme pêso no estômago: - parecia -O P.e A. da Silva R~go - Missão No dia 17 de setembro esteve no
cias e prometi publicar na nVoz da Fátima~> julgar a todos. Não faltam por ai
que havia ingerido uma pedral! Portuguesa de Singapura (Malaca) agra- Santuário celebrando a Santa Mis.<;a almas necessitadas e t:l.lvez chei2.~
a graça desejada se me fOsse concedi&. A noite, depois das minhas ocupações, dece a Nossa Senhora da Fátima a gra- o Ex.mo e Rev.mo Sr. D. :t'Tei sebast.ião
A resposta não se fêz esperar. Poucos de boa vontade. Então demos-lhe a
chego a casa para tomar algum alimento, ça espiritoal de lhe ter novamente trazi- Thomas, o. P., Bispo titular de Pia- mão e levemo-las a Jesus.
dias depois recebi notícias muito animado- mas deb1lde tento fazê-lo porque as dOres do um cristão que se havia tresmalhado do ter e Prelado da Conceição do Ara-
ras porque minha filha estava livre de voltam e com maior violência do que verdadeiro rebanho de Cristo. guaya {Estado do Pará, no Bra5ll.)
perigo e ia a entrilr em convalescença. nunca. Deito-me para fazer aplicações de - Helena Tavares Rebocho - Setúbal.
Passou-se pouco mais dum mês, e ei-la água bem quente para amortecer a dOr, tendo no peito uns tumOres que muito a
de novo na sua ocupação, absolutamente mas esta a nad.a cede. De repente, pelas faziam sofrer e sendo aconselhada a su- • AOS INCAUTOS
curada, mais robusta e nutrida do que an- 8 horas da noite, sinto uma dOr tão vio- jeitar-se a uma operação sem o que, di- No dia 28 de sembro esteve no Tomamos a avisar de que 1Jâo to-
tes, apta para todos os trabalhos que es- lenta que ia perdendo os sentidos. Com ziam, não alcançaria saúde, durante o Santuário o Senhor Doutm- Oliveira
tão a. seu encargo. Já lá vai mais dum ano mamos a responsabilidade por quais-
dificuldade chamei a famllia a. quem ex- mês de Maio obteve de Nossa Senhora da Salazar. PreSidente do Govêrno da
e ela lã continua sempre trabalh.ando e de pus o que acabava de sentir, e que depois Fátima a sua cura sem que a operação .República. Portuguesa. Sua Exce-
quer subscrições, pedit6rios, rij11s ou
perfeita saúde. de vári.as aplicações caseims, sem resul- fOsse necessária. lência acompanhou uma ilustre !a- outra forma de e~torquir dinheiro
Atribuo esta graça só a Nossa Senhora tado, resolve ir chamar um médico. Reconhecida agradece êste favor. mllia que veio cumprir uma promes- que não é para o Stmtuário mas para
da Fátima porque antes de lbe entregar Chegou eram I I horas. Ouve o que lhe - Luf.s Ferreira- Figueiró, vem agra- sa a Nossa senhora da l<'átima.
a cura da minha filha, esta, apesar de to- exponho sObre os antecedentes da minha decer a Nossa Senhora uma graça tempo-
os seus pro~otores, que assim conse-
dos os cuidados dos médicos e das Irmãs doença, observa e por fim diz, sõmente a ral. tt guem enganar a mtlitos de boa fé.
em religião, encontrava-se cada vez peor minha familia, que eu acabava de sofrer - Olinda lk Jesus de Matos - Outeiro, •
julgando-a todos perdida. uma perfuraçlo gástrica por motivo de também recebeu de Nossa Senhora da Acompanhados de algumas pes-
Aguas - Penamacor. úlcera, e era necessário uma intervenção Fátima um favor '}Ue lhe vem agradecer. soas de !amilla, estiveram no San-
Maria Jos~ Martins Leitão
cirúrgica imediata. - Malaquias da Silva - S. Paulo-
Brasil, pede para se tornar público um
tuário, no dia 9 de outubro, os Ex.mo•
Srs. Dr. António Gouveia Biscaia
VOZ DA FATIMA
favor que Nossa Senhora da Fátima lhe HortaS e D. Lücia Rebelo ME-nezes
Agradecimento • concedeu curando uma ferida horrenda Biscaia. Hortas, do AlenteJo. Cele-
DESPESA
Eduardl Gertrudes, criada de servir, so- A pedido do médico, resolvo acompa- que uma filha sua tinha, havia 20 meses. brava-se nesse dia o 60.0 aniversário Transporte, .. . . . . . . . . . . .. 409-182$12
fria de ataques frequentes de origem des- nhá-lo ao Hospital para ser sujeito a uma Diversos remédios nada lhe fizeram, mas do seu casamento e quiseram assim Papel, comp. e impr. do
conhecida. Pelas circunstâncias que os conferência médica e, diz para me não a intervenção de ~ossa Senhora da Fáti- solenizá-lo com a Santa Missa e a n.• 133 (75.000 ex.) ... 3.889S5o
acompanhavam alguns julgavam-nos de desgostar, se fOsse necessário, fazer uma ma, fê-la desaparecer em 12 dias. Sagrada Comunhão no Santuário Franquias, embal. trans-
origem diabólica. TOda a tendênci.a da lavagem ao estômago. - de Nossa senhora da Fátima. Que porte etc............ .
~~~~~~~~~c..::
pobre rapariga era para se suicidar ati- Antes, porém, da chegada do médico e Ela lhes assista. ainda m'lit.os anos Na administração . . . . ..
rando-se para um pôço que havia junto
da casa de seus pais.
no meio das dôres atrozes que estava so-
frendo. levantei o meu pensamento para
PARA O FOGO ... enquanto viverem no. terra e no dia
da morte os acompanhe para o céu. Total...
Intentei fazer com ela uma novena a Nossa Senhora da Fátima a quem, cheio Contaram-me há tempos a seguinte
Nossa Senhora da Fátima. Começámo-la de fé, invoquei sob o título de <<Saúde dos moralizadora história: .. .. Donativos desde 15$00
ainda, mas, talvez por causa da doença a Enfermos>>; igualmente implorava o au- Nada1:am nas mesmas águas, rio aci- P.• José Bartolo - Oleiros, soSoo;
rapariga pareci.a não ter fé alguma em xilio do Coração Santíssimo de Jesus. E ma, dois peixe~. Um. fá 11elho1 o outro Uma certa pe.<;soa cujo nome não Amélia F. Peixoto - Leça de Palmeira,
Nossa Senhora. lembrando-me que em minha casa existia muito no11o e tnexpenente. Eu que de posso dizer, em cuja. a.lrua arde bem 2o$oo; Club Lusitano - H ong-Kong,
Fizemos segunda novena e os ataques água de Nossa Senhora da Fátima, pedi repente cai-lhes diante uma. üca muito viva a chama do zêlo pela gl~ria df' 1s$oo; Maria Baptista -Montoito, 2o$oo;
continuaram. Terceira novena foi feita por um copo dela. Apenas a bebi as dOres apetitosa. Deus e Salvação das almas, levou ao c.o Luís Cavalheiro - Moncorvo, 2o$oo;
nós em seu favor, e então ela , com mais abrandaram muito. O peixinho ia já direito a ela como Santuário duas criaturas dos seus I P.• João Correi.a - POrto, go$oo; Júlia
fé e tendo-se confessado e comungado,
nunca mais sentiu as tendências para o
Concluída a conferência médica, anun- uma séta quando o mais velho, astuto
ciam-me claramente a necessidade urgen- e hábil na11egador daqueles mundos, o
I
25 a 30 anos. para fazerem suas con- R. Relvas - POrto, 2o$oo; Carmina
fissões e receberem a Sagrada Co- Vieira. - Palhaça, 7o$oo; P.• J osé da
suicídio nem teve mais ataque algum:- te de uma operação. Anuí. detém dizendo: munhã.o. Cruz - Bragança. 1oo$oo; Alice Mendon-
Há quatro anos que se mantem nêste -Não toques nisso que te custará Criaturas um tanto instruidas e ça - Guarda, 2oSoo; José Sampaio -
estado, e vive como boa cristã cumprin- a vida. Há nisso oculto um anzol. Por naturalmente boas haviam sido Lousada, 2o$oo; Guilhermina da Rosa -
do os preceitos de Deus e da Igreja. • éle te prenderão e te arrastarão contra abandonadas pelos pais no que diz Macau, 2oSoo; P.• Joaquim N. Dias -
Como prometi, venho pedir a publica- a tua 11ontade e, num instante, te 11e.
Começam os preparativos e eu vou en- respeito à rellgi:lo. Uma dessas cria- Baltar, 26$00; Júlia de Azevedo - Lis-
ção desta graça da Mãe do Céu, pois estou rás fóra da água, em terra enxuta. Da
tregando tudo nas mãos de Nossa Senho- turas confessara-se apenas em crian- boa, soSoo; Virginia Gomes - Brasil,
certa que nele houve a sua maternal e mi- terra te pas&arão ao fogo, do fogo ao
sericodiosa intervenção. ra da Fátima, pedindo-lhe interceda por cita; a outra nunca se tinha confcs- soSoo; Ana Ferraz - ~vora, 2o$oo; Col~­
mim perante seu Amado Filho Jesus. pratn e por fim à mesa para seres de. sado!. .. Preparadas agora por essa gio S. António - Caminha, ssSoo; João
Sant'Iago do Cacem. O meu estado de fraqueza era deplorá- vorado. alma de fOgo que as levou ao San- Viegas -Cocujães, 103$6o; Clara Botelho,
vel, e o coração não estava bom. - Olá, meu velho I Quem é que lhe tuário. com que alegria~ se deram a 2o$oo; E rmida de Nossa Senhora de Fá-
Angelina Andrt§ Nogueira contou essa história t6da Y Algum pei-
Eram 5t anos, passados sabe Deus com Jesus! I tima - Aç.1res, 193Soo; P.• José de Car-
Quisto que tormentos. xe as.!im pescado iá cá 11oltou do fogo
contar-l/te o acontecido? Deixe-se des..
Como S. Agcstinho só tinham pe- valho - S. Miguel d' Acha, 6o$oo; Eugé-
Havia já muito tempo que meu marido A operação, no entanto, graças a Nos- na de tão tarde terem conhecido as nia Pereira - Pernes, 25$oo; Teotónia
tinha um quisto um pouco abaixo do sa Senhora da Fátima, decorre o melhor sas cuiws! ... doçuras duma alma onde Deus habi- Pamplona- Açores, 4oSoo; Dr. João Ca-
braço esquerdo. possível, embora. durante ela, o coração E o pobre do orqulhoso, desobediente ta e reina. _ navarro - Santarém, 2o$oo; Três Senbo-
Certa ocasião agravou-se mais e tornou- tenha caldo quási por completo. e incauto peixinho, mordendo a i&ca, Quanta.s almas não haverá por ai ras da India Portuguesa, 37$75; Umbeli-
-se muito amarelo. Apoz a operação, contra tOda a expec- foi-se! além nas mesmas condições?! na Barbosa - Alquerubim, 6sSoo; Fran-
O médico que fomos consultar disse-nos tativa, as melhoras acentuam-se rà.pida- Em um momento ei.-lo /ora da água, Oxalá houvesse alguém cheio de cisca Avila- Lages do Pico, 2o$oo; Joa-
não ser coisa de graves cuidados sendo J]lente. posto s6bre a t~rra &eca e da! a instan- amor de Deus que lhes desse a mão, quim A. de Araújo - França, 1 sSoo;
apenas um quisto suporoso. .Mandou pôr A descrença na minha cura era. geral tes no fogo ..• as preparasse e as levasse à recon- Maria Rezendes - América, 36Soo; M.a.-
sObre êle uma determinada pomada e pa- entre os parentes, amigos e conhecidos. clllação com Deus no Santuário ou nuel Medeiros - América, 18$oo; Leonor
~ de linhaça a ver se depois lho extraia SOmente eu confiava na intercessão de A.uim tamb~m acontecerá dquele.s em qualquer outra. parte onde pos- Branco - América, 24$oo; P.• Au~sto
cóm uma lanceta. Esta ideia de ser neces- Noosa Senhora da Fátima que me havia que não procuram eJ;itar os perigo101 sam ser atendidas. Dali, depois de Vieira S. Martinho, 25$oo; Hermínia Pc-
sária a lanceta encheu de mêdo o meu de curar. O próprio médico que me ope- laços armado• à.f alma.s e por 'IIUU dis.. lavadas no preciosfssimo sangua dP. rem - Niza, 4o$oo; Luís Sambo - LI>
marido que dali em diante passou a andar rou me tem apresentado a diversos cole- farçados em coisas aparentemente boaa. Nosso .senhor Jesus Cristo levariam bito, soSoo; Alexandre Rodrigues- Loa-

....
VOZ DA FATIMA
4
-Por Deu~, dovtort ..• das horCl4 cU usdittJ, em qtur wma mãe
renço Marques, _.o$oo; Manuel Gaspar -
Carriço,~; António Pichei- Celorico
NOSSA SENHORA DE FATIMA NO - uAbaolutamente perdide». ft.ti)agie! Milagle! vos pecU, como alívio • &OmO esmola,
a morte do própriQ filho!»
da Beira, 2o$oo; P.• José dos Santos - BRASIL • • •
(Conto) Outros doentes se aproximaram. Os mé-
Pernes, 3o$oo; Maria F. Morais - S. Era um pobre rapar: como tantoa ou- dicos multiplicavam os s~JtU eSforços P•
Tirso, 15$oo; Ermelinda Dantas-Moçam- tro~, com oa quaia crur:amo• ~ontin.ua. Com a devida vénia, iniciamos hoje a ra atencUr ràpidamente todos os que che-
bique, ~; Francisco Tavares-Sardoal, AOratória mente pelas rua, da cidade ... tran.ecrição do eeguinte conto, original gavam.
2o$oo: P.• David Coelho-Válega, 3o$oo; A oratoria- Fátima - , versos do Em um corpo qualquer, ha11ia uma do livrcr uO:li.sas da Vidau esonto por A pobf'e nuii encaminho•se para a
Maria Belo - Idanha-a,.Nova, 3o$oo; Ma- distinto poeta e Servita BDr. Dr. Afon· alma em plena decompoaiç<W.
uma Ser11ita de N.• ~ora da Fátima. porta oncU o marido ~ aguardava.
ria Silvia - América, 2o$5o; Maria Ro- so Lopes VIeira, música do oonhecido Pobre alma/ Formo~a e pura no prin- Saíram sob uma vaolenta bátega ~
drigues - América, 2o$5o; Delfina Cor- e apreciado compositor Sr. Ruy Coelho, cíl'io, havi4 subi'!Lgl!c!Q ~lQ maU/IcQ uQue dias! qtUJ noites! IJue horas cU água. Por me-io cU lamaçais que dificul-
tez - POrto, 2o$oo; João da Costa .- teve, há. pouco, no Brasil glória seme- atractivo da fruto. proibida. tormentosa agonia passadas junto daque- tavam o caminhar com uma criança nos
Rio de Janeiro 8o$oo; J osé A. Lollreli'O lhante à que lhe foi tributada nas su- Tudo o havia tentado... Gamara- u filho! braços, por entre uma multidão compa-
- Castanheira, 15$oo; Maria Franco oessivas audições em Lil;boa e Pôrto, dai... teatros... /o!J.etin~ ... revi§tcu ..• - c<Mor~!» dizia o mtd:ico. cta d11 muitos milhares de pessoas, que
T. Vedras, 3o$oo; Carolina Soares - Ar- onde a emoção entusiástica do público cinem<U ..• ccE bom será que não viva!• apinhando se r11sguardavam da chuvo
cas, 2o$oo; José Friães - Vila Nova d.e a consagrou como obra prima de arte. Havia tropeçado uma vez... duas 11e. E a criança salvou-se e v1via! Ali! mas sob um cerrado docel cU guarda-chuvas,
Gaia, 15$oo; Fr.ancisco Saramago - Bel- A apresentação da Oratoria foi feita zes ... trh 11et:t~ ..• antes voa.sse para o Céu! conseguiram atingir o pavilhão.
ra, 5o$oo; Virginia Ferreira-POrto, 15$oo; ao Congresso Eucarístico no teatro Gua· E afinal caíra no l8do ..• rolando de A pobre Mãi e;m transes angustiosos A pobre senhora não sentia as intem-
lrfaria Teixeira - Corvaceira., 5o$oo; An- rani pelo admirável orador e literato degrau em degrau, fundira-se no1 mau pedia a Dew; que o levasse, aquele filho péries... mas o marido ateu, contrar!_a-
gelina dos Santos - Sabugo, 2o$oo; Ma- que é o Rev. P. Luis Cabral, da bene- bai:z:o1 antro• sociais. estremecido. QtUJ tristeza no olhor va- do, não calava as censuras e acusaçoes
ria do Couto - Gondomar, 2o$oo; Ma- mérita Companhia de Jesus. go... amortecido ceguinho!... Que estra-· por ttldO que se ia passando. O seu abor-
ria Gago - Lisboa, 3o$oo; . Lidia Bra~ A propósito do célebre quadro de Ra- • • • nha expressão a daquelt!l rosto que tão recimento revelava-stl nas palavrt:õS s~cas
Lisboa, xooSoo; Maria Subtil - Barrio, fael- A Disputa do S. Sacramento - Lá, como 01 bacilo~ que lhe roíam os meigo, tão lindo f~ra! As narinas dila- e sacudidas que pronunciava, nas ma-
:.o$oo; n.o 4225 - Algarve, 2o$oo; ~ ~ que figura a Virgem, o Rev. P.• pulmões, todos oa 11í~• se haviam pre. tadas, a boca ab11ta qvási semp11 num neiras bruscas, quási arremessos que aco-
linda dos Reis - Açores, soSoo; Distn- Cabral disse que no brilhante Congres- cipitttdo sobre aquel{l al111a, insta{ando- urictus•> aparvalhado; as faces deforma- lhiam tudo que ia ocorrendo como difi~
buição no Roge~ (J~~ Duarte), so eucarístiCo baiano não podia faltar ·&e nela... das, escureciam; o pescoço em movimen- culdades na passagem, apresentar os bi-
133$oo; Maria Sarruva - F1gue1ta da Foz, uma homenagem à Senhora que se di- Era um feroedhuro de germ{~ imun- tos precipitados, r~tt~irava-se horrorosa- llutes aos servitas em serviço de fiscali-
23$oo; P.• Jacinto Medeiros - Açores, gnou pro~r os nossos torneios de ci- dos formigando como s8bre uma fruta mente; o corpinho, entesava mirrando-se/ zação, procurar lugares ...
2o$oo; Albino Macieira - Lisboa, 2~; vilização cristã. estragada. Perdua o andar! E a mãi confrangida de tlQr, nsigna-
Distribuição em Santos (Abel de Freitas) Essa. homenagem será dada, oonti- Aquela akna havia deg~nerado em Não mais ouviria os passinhos incertos da na sua cruz, tudo aceitava e rojria
- Brasil, 7o6$8o; Luísa Ricóca - Ilha,. nuou o ilustre Sa.oerdote, naquela noi- injecta podrid:II.o, uma p-utrefaçdo. ante• daqVII'ks pesinhos rosados! para obter, para merecer, para atrair as
vo, 2o$oo; Maria Ramalheiro - Ilha- te pela obra do grande poeta Afonso da morte total. Pobre J!ãe! Que amargo pranto te sul- bénçãos de Deus s~bre a carne cUjorma-
vo, xoo$oo; Maria Ferna:ndes Alves Lopes VIeira musicada pelo brilhante T6àas as manhã, 11omitava a li m.ea- ca as faces cavando nelas o traço fundo da e o espirita nttorpecido do filho do
Alagôa, 3o$oo; Inácio de L. Seixas - oompoeitor Ruy Coelho. ma. E t8das a& noitea 11ol11ia a enchar- das grandes dores/ seu coraçlo.
Lisboa, 2o$oo; Maria Miquelina - Sa- uBem podemos proclamar que está. de car-&e no seu pz:6prio 116~ito. Quanto não era mais doce vestir ao
bugal 2o$oo; Ana. Diniz da Fonseca. - parn.bens a Baía, nesta Prem.iere da - E isto tinha aparência de <Zl'e'rer du.. filho a mortalha branca, as vestes do an-

Sabugo, 2o$oo; João de Carvalho- Bra- Oratoria da Fátima- levada est-a. noi-
rar aU a c.atástTfJ/e final. jo qtUJ voou, para DetUl • •
sil, 3o$oo; Herminia Figueiredo - Bra- te no Gua.ranyu. Pensava sempre a pobre mãe que não
sil, 3o$oo; Sebastião de Castro 'Rios - E termina uE tempo que silencie a
• • • resistiria à perda do filho. E ai dela! Devs
Numerosas missas se cllllebraram cons-
Brasil, 3o$oo; Mariana Afonso - Lisboa, minha humilde palavra para que o ful- E depoia/ ... e elepois; uDe pz:ofundis mostrava-lhe quanto pode sofrer o coração tantemente em trls altares.
2o$oo; Maria R. Macieira - Lisboa, gor estético qu9 ela em vão pretendia clamavin ... Do fundo do abilmo lançou duma Mãi. Já conlucia dor mais acerba Milhares de comunhões se ministra-
15$oo; Maria Augusta. Alves - Lisboa, dar à noite da Arte, possa esta reoe- seus clamores..• ram na sua presença. Ah! como desejara
que a própria morte! Sim! abeirar-se da Sagrada Mésa.
2o$oo; Distribuição na freguesia dos S. bê-la como homenagem condigua à Vir- Um dia esta alma deaputQu ~ recor- Qutl peor que a morte, era éste ver o
Reis - Campo Grande, go$oo; Julieta gem,· Rain.h& das artes daqueles qu~ àou.-&e da sua prima11era em flor. So. filho morto vivo/ Mas a presença do marido era-llu 11m
Zenha- Braga, 6o$oo; Clementina Cabe- tremendo pesadelo!... E ] esus passava...
vão realizar, com sua execução primo- nhou em re11iver ... l'omparou. o poua- - 011! Se eu fosse a Fátima com meu E eJa só espiritualmente recebia a visita
ça - Carregueira, 2o$oo; João Alegria - rosa, o nome escolhido para designar a do e o flrtaente. filho, eu sinto, eu creio, eu sei que ~le do Senhor!
Estarreja., 2o$oo; Anselmo Borges - P. sessão do Primeiro Congresso Eucarís- Sentiu-oe inva.dida pel.a M..Atalgia se salvava! Que se curava! Que vivia!
de Sousa, 13o$oo; Otil de Calisto - Ilha-
tico Nacional reservado para. hoje••· que experimentara outrora Q filho pró- Ah! Mas como propor ao marido, um As servitas caridosas auxiliaram-na an
vo, 2o$oo; António Saragaço - Fomos,
No - Diário de Notícias- de 28 de digo, quando no meio da imundície on- impio feroz, uma ida a Fátima? E pas-
dar algumas colheres de leitt!l ao filhinho.
2o$oo; José Araújo - Funchal, 2o$oo; de cuida'IJa dos porcos, evocou a 11is1Io sou-se um ano. Os médicos nada podiam; lião são religiosas as servitas. São al-
setembro último lia--se o seguinte:
Maria Ribau - Fermentelos, 3o$oo; An-
uNo Congresso Eucarístioo da Baía. do pao branco e saboroso e da alegre abandonaram a criança. O Pai vivia no mas devotadas ao serviço cU Maria e de
tónio Cesar de Oliveira - Lisboa, ro$oo;
foi executada a oratoria- Fátima - e risonha ca1a pateTflll. extremo da dor, afastando-se da fé ain- Dew;; ha ali mãis tUi família ~ donzelas
Candida Neves - POrto, 2o$oo; António E como o filho pródigo tamflim dil- da mais, com blasflmias § injúrias, de- espalhando a caridade cU suas almas
com a assistência do Cardlal Legado,
Núncio Apostólico, 53 Bispos, e todas se: ' uLevantax-:r.n~-ei e tQ:ei a. meu pois que o filM adoecera.
Cabral - Lisbea., 3o$oo; Maria de J. bemjazejas, s~bre aqueles seres amargura.
Francisca - Gralheira, 2o$oo; Domingos pain .. . Eu nem admitia a Ft da esp6sa! dos por grandes dores físicas ou morais.
as autoridades civis e militares e nu-
Ferreira - Ermezinde, 15$oo; António
meroso público. O número dos execu· • • • Ah.! mas como arrancar-lha? g uma associação fundada para servir e
Panelas - Ermezinde, 15$oo; Alzira Ca- A dor avivara-lha, e se nos anos cU aliviar as torturas til sofrimentos dos qu~
lado - Juncal, xsSoo; P.• Francisco Bo- tantes foi de 150. Despertou tal entu- O pobre rapaz 'evantara--ae do !lbi&mo
nito - Tourigo, 5o$oo; :Manuel Louren- siasmo a oratória que teve de repetir- da sua podridilo.
ventura alguma cinza envolvera as bra- vão a Fátima, doentes da alma e do
-se no dia. seguinte, apezar de tal facto Erguido sóbre rua abjecç<W, 11olveu s8. zas incandescentes da sua crença, as ho- corpo. E quando Fátima nos tempos vin-
ço - Paradela, 2o$oo; Joaquim Sá Cou- doiros, fo r um monumento sumptuoso de
to- Vale do Vouga, 30Soo; Maria P. de não estar previsto no programa.u bre &i, e foi buscar refúgio em u.m con- ras da aflição varreram os resíduos, e o Portugal agradecido à Mãi de Deus,
fessionário, ao, pé& de um sacerdot~ des. jogo ateara-se em chamas ardtntes, que
Seixas - Gavião, 15$oo; João Moutela. quando na grandiosidade de. seus hospi-
- Lisboa, 2o$oo; P.• Manuel Pinto de • conhecido, ma-a, ao qual chamou logo: bem podiam se"f' a sarça inflamada que tais lidarem pressurosas as Irmãs de Ca-
Almeida - Lamego, 3o$oo; P.• António • • ccPai! ... n nas mãos de Deus incendeasse os corações
ridade, ninguém esquecerá as servitas de-
Manso - Fratel, 5o$oo; Adriana Rebelo Ruy Coelho E o sacerdote o e1cutou... e o auacul- dos seus! Fátima! Fátima! Era o sonho dicadas que por uma devoção espont4-
tou ... dela! O seu desejo mais vivo.
- Lisboa, 2o$oo; Francisco Vargas - FATIMA E se a Virgem não atendesse os seus nea, quando Fátima ainda vivia ocul-
Santarém, xsSoo; Anónimo - Santarém, Como Cristo à1 borda.! do sepulcro de ta sob o véu da dúvida ~ da incerteza,
Lázaro, inclinou-1e s8bre o cadaver de&- rogos?
2o$oo; Manuel Marto - Aljustrel, 2o$oo; Oratória acorreram generosas a prestar o seu au-
w alma oprimida. pelos t entáculos dês. Nisso não pensava! Nem um momento
Laura J. Silva - Cortes, 3o$oo; Maria. Poema de AfonJ~o Lopes VIeira. a dúvida pasrou pelo seu espfrito. xilio desinteressado às multidões!
do Patrocínio - Cortes, 3o$oo; Leonor aes sete polvos que se chamam «pecado&
O futuro bemdirá as servitas de ves-
Moutinho- Ermezinde, 4o$oo; Anónimo, ' Texte franoals: M.m• Gulte de Sousa capitaisn.
36$oo; Peregrinação de Ermezinde, 2o$oo; Lopes. Reconhece as chagas ... feri-u-lhe o ol. • tes brancas, tão modestas, qvdsi monás-
Tomás de A. Silvares-Gaia, 23Soo; E. C. Partitura de Plano e Canto. facto o odor da decom1)o3içõ.o avançada ... • • ticas, de véus simples, coroados de vma
E no dia treze de Outubro, o grande estrlla azul, que como pombas brancas
Real-Barcelos, 2o$oo; Josefina F. Martins • • • adejam no pavilhão em arrulhos de ca-
- Rebordosa, ~14$5o; Joaquim Lourenço Restam ainda alguns exemplares de~ dia das peregrinações, dia de chuva tor-
- Faralhão, 2o$oo; Maria Carolina - E o sacerdote disse à alma moribunda.: rencial, depois de uma viagem tormento- ridade.
ta bela Oratória que vendemos ao pre-
Alvaro, 25Soo; Henninia. Calheiro - San- ço de vinte escudos, devendo os pedidos, -Levanta-te... eatá1 aal11a.l ..• sa pela serra d' A ire, escalvada e pedre- •
tarém, 2o$oo; Directora do Colégio - acompanhados da respectiva importân- do abismo .. .
~Sal-vaY ... Mtu, se 11enhodo/undo gosa, avistando-se abismos profundos, • •
Barcelos, 25$oo; Dr. Eduardo da Cama- cia e ainda 1 escudá para o correio, ser numa <<camionetten onde mais dez pes-
ra - Estarreja, 4o$oo; Carlos Garcia - dirigidos à administração da uVoz da
-Salva, te digo!... Sal-va em nome soas que a lotação se comprimiam, a po- A criancinha soltava uns gemidos qttá-
Mabenga - 20 fral)cos; Ermelinda Lei- Fátimau. dêase Cristo que caTTega. 18bre seus om- bre Senhora lá chegou a Fátima com o si roucos. O seu rosto tinha uma expres-
bros todos os pecados do mundo ... filhinho nos braços. são hedionda. A boca torcida, aberta co-
te - América, 2 dolares; Amélia Belin-
drinba. - Bonalha, 3o$oo; Maria Joa-
··-----4) ((·))~<----· Ia tambtm o marido. mo que desconjuntada, introduzindo-llu
• • • Encaminharam-se para o posto mtdico. as mãozinhas em esgares horrorosos, os
quina da. Silva - Fomelos, 16o$oo; Amé-
lia P. Amaro -Moçambique, xoo$oo; Eli- A VIDA QUE SE E, na verdade, e do me1mo modo que Os médicos, cercados de doentes, mal olhos revirados sem brilho, escorrendo-
Lázaro. que ao sair do &epulcro coTTotn.- se cUtinham com cada um. Um dos clí- -lhtj pelos lábios insensíveis, saliva esp•
sio Tocha - Figueira da Foz, 15$oo; Dis-
tribuição em Cast. Vide, soSoo; Armin- OFERECE pido, bebia com os olhos dilatados a nicos ocupou-se depois da criancinha, in- mosa que a mãe limpava constantemen-
da Coelho - POrto, 2o$oo; Distrib. em Era um dêuea pobrea raptu:u como cálida. luz do 1ol que enfim tornárà a terrogando a mãi e. ditando as informa- te.
Avanca, 2oo$oo; Manuel Lopes - Ovar, tantos outro•, com o& quais crultlmo& encontrar, aquela alma, contricta e ar- ções colhidas a uma servita que aponta- Deram-lhe umas gotinhas cU água de
2o$oo; Joaquim Tosta - AçOres, 15Soo; continuamente pelas nuu da cidQ.d~, e rependido, tinha a imp-reuéiQ de $ZUÇ va ràpidamenttJ no livro dos registos as Fátima, e ela continuava no seu estado
Elvira da. C. Neves - Estoril, 25Soo; r.uio tupecto move à compai:r4o ... a. haviam despojado de todo Q pho da indicações que o médico ia dando. tornado natural... Um borborinho Stil u-
Manuel Jordão -Figueira da Foz, 2o$oo; Rosto pdlido com uma ligeira c6r r~­ lama que att então lhe envolvera o cor. ConseqiUncias de uma meningite, para- vantou subitamente. Todos se voltaram
Anónimo de Tones Novas, 5o$oo; D. u na~ faces saliente•. · po ... lisia nos membros inferiores, mudez, ce- para a capela, pequenino berço de Fáti-
Juan Badia - Vila Franca. dei Penades Oa olhoa brilhante• denunciando fe. .,./J impress4o de q~m >re'Pira com gueira ... ma. Em piedoso cortejo, lá se aproxima-
Espanha, 7o$oo; M. C. Silveira - Cali- bre... As mãoa banbada• de um auor liberdade ..• E o rosto moreno da servita da Vir- va trasida pelos servitas, Nossa Senhora.
fórnia, 45Soo; Anónimo - Califórnia, frio. O peito abatido. Sim/ ... Sal11a.l ..• gem, confrangeu-SIJ compassivamente. Branca muito branca, t6da modestia e
22S~o; Amélia Dias - Caliíórna, 22$5o; Todo o uf6rço lhe era penoao. Mal terminou cU escrever, ergueu-se e rerato, olhar triste fitando a terra, 1111.m
Mana Amélia - Crestuxna, 2o$oo; P.• • • • aproximou-se da pobre mãi, com um sorriso magoado. As mãos erguidas para
Falava com dificlddade, a 110r: entre.
Manuel D.te Neto - Lisboa, 5o$oo; P.• cortada por freqüentu aceuos de uma E tudo isso porque, purificada pelQ cartãozinho azul que colocou no vestido o Céu, dando aos homens exemplo de
\ntónio F. Calabote -Ale. do Sal, 15$oo; toase sêCil que lhe oprimia os pulmDea. arrependimento, 11oUara ~ çncqntrat: no- da criancinha. oração, enquanto pousa na terra os
\faria Marques Ferreira - POrto, 2o$oo; vamente o ~eu elemento que é a ªmiaa. 1:ra uma ntcantadora rapariga, novi- olhos tristes como que dizent:W-nos qtte a
(·smolas do POrto, soSoo; Maria Alice Al- • • • de ele Deu~ .. . nha - apenas vinte anos - rosto re- nuii vela pelos pobres filhos, olhando-os
meida - Faro, 6s$oo; Sebastião Verlssi- Uma noite o pobre rapaz d{aper.tou Perdido! ... diz o sacerdote da ciêneia dondo, boca franca e lindos olhos avelu- c?m ternura e dor nos desvarios !! esque-
mo - Sobral do Campo, 15$oo. humana a tanto• pobre.a en/irmo• que dados: Contemplou o anjinho com uma ctmentos.
---**___ com um g8sto innpido na boca.
Alarmado, acendeu a luz e 11iu com corTem a éle im~ando saúde.
hoTTOT que o seu lenço uta11a manchado
expressão mternecida, e ela através das Precedia o andor o grupo ~ snvitas
Salrol ... diz o sacerdote ele Cristo a suas lágrimas, as mais amargas que bro- desfolhando as rosas dos seus rosários,
Artigos rellglosos de Mngue fre&co ..• e que aquele sangu~ t8da a alm.a de boa. 11onWde, aeja qual tam dos olhos cU uma nuii, viu cair espalhando pelo espaço que a imagena
corria gota a gota••• for a sua molestia-, a sua decompo§içõ.o ... das palpt~bras, e rolor pelas faces da ca- da nuii Imaculada devia atravessar, o
O Sr. António Rodrigues Romeiro, Era a sua ;uventude... a 11ida que Salva/... muitas 11ezea att a pouco• ridosa rapariga, umas lágrimas grossas, perfume da mais linda prtiiCII, que u di-
empregado do Santuário, encarrega--se mirrava aos poucos••• minuto.s da morte/ pesadas, que se sucediam, pr8cipitando-se rige à Mãi de Deus, Avt Maria, cheia cU
de enviar água do Santuário, livros ou E, todavia, ~le não queria morret... s6bre o rosto desfigurado do domtinho. graça... Tocou uma campainha indü:an-
quaisquer objectos religi0808 a quem lho • • • Coitadinho! Pobre mãi! Murmurou. do aos fitis que ia celebrar-se a missa
pedir, sendo conveniente virem as di- ••• Por ilso, quão dignos de compai:z:ão EN um coração t:U mulher cristã que dos doentes. Cantou-s6 o Credo 11n pro-
roeções bem determinadas para evitar Veio o médico. alio os que podendo obter o perd4o, o vibrava perante a dor aguda de vma cUs- fissão soune da fé de todos, e a Missa
extravios nas encomendas. A primeira 11ida julgou a gra11idade desdenharam/ ... os que, .ruprema mut- ve.nturadal Era uma alma de mulher começov no meio da grande ansiedacU
Se os pedidos vierem acompanhados do caso. rial ezcomungaram a ai m.umo1... o• medindo a extensão cU tamanha desdita! dos que numa esptK,tativa dilacerante
das importâncias, melhor será. Um candidato mail à morte. que voltam as costas à m.4o que lhe1 Eram umas entranhas de mullur par- muito esperavam do pocUr dtJ Virgem.
-............... Por 'onstiência VLOf~aiona' GlU~ estende o Padre... e que, ao chegar o tilhando e pressentindo o sofrer cU uma
tou o !nfêr:rrio pa"ra aaber a· que iti aa. júbilo uni11eraaL da Pálcoa, neua Lumi.. Mãi!
Emquanto o Sacef1dote cekbrava os
Divinos Misttrios, ia-se rezando o terço
E aquela, sentindo-se compreendida, do rosário, essa cadeia sublime de Ave-
bia. nosa festa da ReuuTTeiçdo e da Vida,
Aos Ex...... Assinantes Escutou entre oa ombros... a8bre o &entem .rileMio.aamente, no fundo do apertou ao seio o filhinho euvando para ..Marias, elos poderosos que prencUm tu
Mais uma vez se avisa publicamente peito ... E diaae ao pobre rapar:: ccNõ.o é seu 1€r, o piso dolorido de uma alma Deus uma prece de caridacü cristã. almas da terra ao Céu, que comunü:am
que a Administração não se responsa- nada, rapaz ... necesaitaa muito ele ar e que recusa o con11ite do Senhor... do <<Oh! Senhor! Que lstes olhos que ho- as graças do Ciu à terra. A Missa termi-
biliza por qualquer mudança nas direc- de aolu: Senhor Deus/... je choram s~br• a desgraça do me# filho, nou.
ções, se junto ao pedido não vier o res- Mas, ao retiraNe iti nos humbrait Pierr9 L'Ermite lágrimas de comiuração, nunca derra- Vai realizar-se a grande ctrim6nia. O
pectivo número da assinatura. da pom, diue à famíli4 pr2sa de enor- mem s6bre um filho seu o pranto amar- acto mais comovente do culto religioso ~
Quanto menos ver.es exigirdes quais- me ancied4de: go que vós me vecUs chorar pelo meu! Fátima. A Blnção aos doentes.
quer mudanças maior economia. será fei- -uN4o 11oltarei, pois ~ um caso per- ~ste número foi visado pela comlsSio Que o seu coração não conluça o di-
ta a favor do jornal. dido ... u de Censura. laciJf'ar pungente das fibras mais intimas, ( Continva)
Ano XII Fátima, 13 de Dezembro de 1933 N.0 135

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director e Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Emprêsa Editora: Tip. "União Gráfica, T. do Despacho, 16-Lisboa Administrador: P. António dos Reis Redacoao e Administraoao " Santuário da Fátima,

ACÇÃO CATóLICA 'PORTUGUESA


Coloca-se sob a_ protecção de Cristo-Rei 3) Dos corpos gerentes de qualquer a) Liga dos Homens da Acção Ca-
organização da Acção Católica não tólica (L. H . A. C.)
alguma das quatro organizações na-
cionais, a que se refere o n. 0 I da pre-
e de Nossa Senhora de Fátima \,
podem fazer parte indivíduos que b) Associação da Juventude Cató- sente Base.
exerçam actividade incompatível com lica Marculina (A. J. C. M.) 5) Para a coordenação da L. M. A.
Bases para o orgaoisação da «Acção Católica Portuguesa», aprovadas a independência política da Acção c) Liga das Mulheres da Acção Ca- C. e da A. ' J. C. F. e de todas as as-
pelos veoeraodos Bispos de Portugal: Católica Portuguesa tólica (L. M. A. C.) sociações e obras católicas femininas
A) guesa segundo o sexo, a idade e a d) Associação da Juventude Católi- poderá ser criada a 11União Católica
A União das organizações do laica- profissão; D) ca Feminina (A. J. C. F.) Feminina» regida por Estatuto espe-
do católico português que, em cola- c) quadro hierárquico da Paróquia A uAcção Católica Portuguesa», que 2) Promover-se-á também a orga- cial.
boração com o apostolado hierárqui- e da Diocese como base normal de desenvolverá a sua actividade sob a nização das crianças, em ordem a se- 6) Na Paróquia, Diocese e Nação
co, se propõe a difusão, a actuação e cooperação com a Hierarquia; dependência directa e inteira da Hie- rem enquadradas na Acção Católica cada uma das organizações essenciais
a defesa dos princípios católicos na d) autonomia de cada um dos or- rarquia, fica sob a alta direcção e ins- Portuguesa. da Acção Católica terá uma direcção
vida individual, familiar e social, ganismos católicos, segundo os respec- pecção do Episç9pado Português que, 3) Cada uma das quatro organiza- própria constituída em harmonia com
constitue a «Acção Católica Portu- tivos estatutos e regulamentos, relati- para o desempenho mais expedito dos ções mencionadas no número I da os respectivos estatutos, e um assis-
guesa)) (A. C.P.). 'vamente aos fins que lhes são pró- seus poderes, os delega no Eminen- presente Base pode compreender dife- tente eclesiástico.
prios. tíssimo Cardial Patriarca de Lisboa. rentes associações, moldadas nos prin- 7) Os Presidentes das direcções des-
B)
C)
cípios da Acção Católica Portuguesa, tas organizações devem, tanto quanto
A 1<Acção Católica Portuguesa» tem E) a que se refere a Base B, e nomeada-
como princípios de organização os se- I) A ((Acção Católica Portuguesa» possível, ser leigos nomeados pela au-
I) Os católicos portugueses entram mente os formulados nas alíneas b) e toridade eclesiástica competente.
guintes postulados: actuará fóra e acima de tôdas as cor- na !<Acção Católica Portuguesa» ins- c)
a) coordenação e cooperação de tô- rentes políticas sem que contudo deixe crevendo-se numa das seguintes orga- F)
de reivindicar e defender as liberda- 4) Só se consideram de pleno di-
das as associações e obras católicas nizações nacionais, cujos estatutos reito militantes da Acção Católica I) Como orgãos de coordenação e
num plano nacional único, em ordem des da Igreja. serão oportunamente promulgados: direcção para os fins gerais da <!AC-
portuguesa os católicos inscritos em
à efectuação da união católica para a 2) Nos organismos da Acção Cató- ção Católica Portuguesa», haverá na
restauração cristã da sociedade; lica podem entrar todos os católicos, Nação uma Junta Central da Acção
b) especialização das organizações quaisquer que sejam os seus ideais po- Católica, na diocese uma Junta Dio-
essenciais da Acção Católica Portu- líticos. cesana da Acção Católica e na paró-
quia um Conselho Paroquial da Ac-
A VIRGEM E OSANTO CONDESTÃVÉL ção Católi<-a.
2) A 11Junta Centrab1 é, sob a de-
Era chegado o dia de Valverde. O de, transforma a Europa e o mundo num pendência directa e inteira da Hierar-
minúsculo exército portug'l,l~s arrostava vasto campo de batalha, ceifando em con-
épicamente o choque impetuoso dos tro- tinuas hecatombes milhões de preciosas quia, o órgão executivo de direcção
ços castelhanos. Mas súbito estremece, sxistAncias et enchendo os povos de lágri- e coordenação de tôda a Acção Ca-
vacila e cede ante a supenoridade nu- ~nas e de sangue, de desolação e de luto. tólica e representa a colectividade dos
mérica das tropas inimigll3. Desde essa Milhares de portugueses sucumbem em católicos portugueses organizados. Se-
hora a derrota das armas lusas afigura- teffa estranjeira, vitimas do mais doloroso
-se certa, iminente, inevitável... Todos dos deveres, deixando esp6sa e filhos imer- rá constituída por um assistente ecle-
os olhos procuram como que por instin- sos para sempre na amargura inconsolá- siástico e um presidente, designados
to o chefe - Nun' Álvares. Mas o He- vel da viuvez e da orfandade. No seio da pelo Episcopado, um secretário geral
rói-Santo havia desapar&cido. Foram -Pátria, a ambição· e o ódio atiram irmãos e um tesoureiro nomeados pelo Epis-
encontrá~lo momentos depois, sõzinho. c~tra irmãos, acumula-ndo minas s6bre
ajoelhado s6bre .uma pedra nua, tranqüila- rulnas, numa luta feroz de exterminio, copado sob proposta da Presidência,
mente a rezar. «Que fazeis aqui, D. Nu- sem tréguas e sem quartel, qut~ ameaçava e pelos Presidentes gerais das quatro
no?» - preguntou-lhe com vivacidade; eternizar-se. A Igreja tornada alvo de cruel organizações nacionais a que se refere
qtuisi increpando-o. um dos seus subalter- perseguição. 9 principio de autoridade a Base E). O Assistente Eclesiástico
nos. <<Não v~des que! as hostes do rei de profundamente abalado. a ordem e a paz
Castela avançam e nos levam já de venci- sem cessar pe~rturbadas, uma situação fi-
da Junta Central será um Prelado de-
da?» No auge da aflição, perante a im~ nanceira e económica verdadeiramente signado pelo Episcopado.
n~ncia do perigo, o moço ofj.cial tomara a alarmante, perspectivas de visões apocali- A Junta Central organizará além da
liberdade de falar nestes termos ao Anjo ticas num j:uturo mais ou menos próximo. sua secretaria geral, os secretariados,
das batalhas. <<Ainda não é a ocasião de - -tal era o quadro tétrico, o espectáculo comissões, e serviços que julgar con-
intervir. Deixai-m« rezar!» - foi a respos- angustioso e apavorante, que Portugal ofe-
ta do Ccmdestável. Dai a pouco, r6ta a li- recia aos olhos de nacionais e estranjeiros. venientes.
nho de combate, as f6rças castelhanas re- Então a Santa Igreja. por uma inspira- 3) A 11Junta Diocesana>l, sob a de-
tiravam desbaratadas e Portugal inscrevia ção do Céu, coloca em trono de glória o pendência directa e inteira do Prelado
mais uma página brilhante no livro de Condestável. alçando-o ds honras dos al- Diocesano, representa e dirige tôda a
oiro da sua gloriosa história. tares, e os portugueses confiam-lhe outra
A oração do Beato Nuno de Santa Ma- vez a direcção suprema dos sdus destinos Acção Católica da Diocese, em har-
ria, invocando a Virgem, salvara a Pátria! históricos. E ~le. grande devoto da Vir- monia com as disposições estatutárias
gem. o patriota exlmio, a indefectivel ami- e regulamentares e as directrizes tra-
• • • go de Portugal. invoca de novo a excelsa çadas pela Junta Central. ~ consti-
Raio:u o dia memorável de Aljubarrota. Padroeira da Nação. À súplica d' Aquele
S6bret os campos da Batalha, um pedero- que, na fase de Oliveira Martins. é a mais tuída por um assistente eclesiástico e
so exército castelhano .preparava--se para pura consubstanciação da alma nacional, a um presidente, nomeados pelo Prela-
esmagar a reduzida falangll dos soldados augusta Rainha do Céu, num rasgo de do, um secretário e um tesoureiro,
pOrtugueses. Nun' Álvares, que a coman- maternal bondade, desce à Cova da Iria, e propostos pela Presidência e confir-
da, corre, v6a, atravessa como um r'eldm- da pedra t6sca, bruta e informe, em que
pago a Se"a de Aire, mas, antes de medir o Herói-Santo ajoelhara outrora, faz bro- mados pelo Prelado, e pelos presiden-
as suas f6rças com as j6rças inimigas, seis tar um caudal imenso, perene e in"xauri- tes diocesanos das quatro organiza-
vezes mais numerosas, vai prostrar-se de vel. de graça e de Mnçãos que inundam ções a que se refere a Base E).
joelhos, na Cova da Iria, a rezar, invo- Portugal e transbfJrdam pelo mundo in- 4) O Conselho Paroquial representa
cando a Virgem. teiro ...
Era a vigília da festa da Assunção de Mais uma vez. o Beato Nuno de Santa
a Acçãe Católica na paróquia e é
Nossa Senhora. Ao cair da tarlie, Portu- Maria salvava a Pátria, invocando a Vir- constituído por um assistente eclesiás-
gal, salvo por milagre, contava no activo gem. tico que será o pároco, por um presi-
dos seu.s heróicos empreendimentos guer- E. graças à Virgem e graças ao Beato dente proposto pelo párob c confir-
reiros um dos mais belos Jlitos de armas Nuno. quql ponte: de passagem entre a
de que há memória. terra e o Céu, Fátima lá está, alcandora-
mad? pelo Prelado Diocesano, pelos
da nas faldas da Seffa de Aire, coluna presxdentes das associações de Acção
• • • de luz a iluminar as intelig~ncias, coluna Ca!ólica da paróquia e por um secre-
Passam séc~los. A mais horrível ds t6- de fogo a aquecer os corações. coração vi- O Abade beneditino R1v. ]oachim Ammann fazendo a consagração da Igreja tário e um tesoureiro. Nas paroquias
das as tragédias guerreiras, assumindo as vo da Pátria querida, alma eterna. do nos- de Mnero para a Missão de Nossa Senhora da Fátima em Tanganhica em onde não haja associação de Acção
proporções duma catástrofe da humanida- so Portugal! 24 de agosto de 1933 · I
Católica o Conselho paroquial será

'

,
% VOZ DA FATIMA

formado por um grupo de paroquia- so!ador ver como a nossa gente vai aper- Ainda bem que a Mãe Bemdita quis pediu-me para o ajudar a libertar o seu
NOSSA SENHORA DA FÃTIMA EM
nos escolhidos pelo pároco e que terá feiçoando a sua devoção à Eucaristia, mais uma vez tomar-se credora dos nos- secretário, visto a sua exortação não ter
o carácter de orgão promotor da Ac- recebendo-a na sagrada. comunhão.
Foram z.ooo as pessoas que comun-
sos agradecimentos, melhorando-a. surtido o desejado efeito. A muito cnst.o,
consegui a sua libertação, mas só depois
TRÃS-OS-MONTES
ção Católica na Paróquia. Ermelo - Mondim de Basto
5) A séde da Junta Central será
g3ram na Fátima neste dia 13.
Ao partir da promessa formal de que lhes seria en-
viado um sacerdote no ano seguinte. Es- O culto de N. Senhora da ~.,átima
em Lisboa e a de cada uma das J un- Ausências Ao partir pareceu-me ver a Senhora
sorridente e alegre na sua tão devota
ta promessa fêz correr lágrimas de ale-
gria. Mas que decepção! O ano já decor-
nesta freguesia de Ermelo, foi inau-
tas Diocesanas será na séde da respec- Naquele quási familiar ambiente da imagem. reu e a promessa ainda não pôde ser
gurado no dia 25 de Setembro de
tiva Diocese. 1932, Pelo Re;v.m• Senhor P.• .Au-
Fátima notou-se a falta de três pessoas ~ assim que ela quere a Fátima: SOSSt> cumprida.. Sê-lo-á em breve? Deus o quei-
que são características das peregrinações gada, calma, silenciosa e recolhida. ra! gusto de Sousa MaJ..a, Secretário do
6) O mandato de cada organismo di- Ex.m• e Rev.m~ Senhor Bispo de
dos dias 13. - ~ ali que no recolhimento e na ora· Senhora do Rosário, vinde em seu au-
rigente dura três anos, podendo os ção esperam as almas o momento da gra- xilio e ponde os vossos pés benditos sô- LeUia, que preparou o povo para
Visconde d4 Montelo que anda. em lon-
seus membros ser reconduzidos. gínquas peregrinações por outros santuá- ça e da Misericórdia. bre o crescente mussulmano para que a essa festa com um triduo de práti-
rios estranjeiros e que, em breve, virá ~ ali que, sob o manto maternal de luz do sol - que é Jesus Cristo - irra- cas em que mostrou o amor que
G) com a riqueza da. sua linguagem repor N. Senhora da Fátima as almas podem die sôbre aquela pobre gente! a Virgem Santissima tem aos por-
nesta página o brilho fulgurante da suas com mais perfeição conhecer a Deus e a Fátima é um nome querido dos mus- tugueses e nos incitou à prática da
As obras e associações católicas de tão apreciadas crónicas. sua Vontade, e erguer-se a 11ma vida sulmanos, e vós, Senhora, escolhestes virtude para assim atra.1rmos dum
formação e acção religiosa, de ins- O Snr. Dr. Gens o director do posto cristã e apostólica, na conquistl. da. vir- também ~-se nome para vosso titulo de modo especial a protecção da Mãe
de verificação médica que uma perigOSJ. glória. ~.las que diferença, que contraste d~ Deus.
trução e educação, de imprensa, de tude para si e de almas para Deús.
-Nesse dia. foi betmda pela. Rev.
acção social, de assistência e benefi- angina teve às portas da morte, de que As almas sinceras e sedentas de per- entre Fátima nt:sse cantinho abençoado
no-lo livrou o carinho Maternal da Vir- feição não perdem o ensejo de, uma vez de Portugal, e esta Fátima situada nos Senhor P .• Augusto de Sousa. Maia
cência etc., que não sejam as organi- gem Santíssima a quem, de há tanto, vem por ano, se reoolherem num retiro fecha- sertões africanos! Quem estabelecerá a uma linda imagem de N. Senhora
zações essenciais da Acção Católica a servindo com devoção. do a pensar em si e em Deus. ponte de passagem? Senhora, pedi a vos- da Fátima, com os pastorinhos.
que se refere a Base E) devem tam- A Ex.ma Snr.• D. Maria da Pzedade Na Fátima realizam-se cada ano vários so divino Filho que é rei dos povos e O Mordomo desta festa foi o Sr.
bém entrar em íntima colaboração de Lima e Lemos que ao colégio de Nos- turnos de exercícios espirituais ou reti- pedra angular - rex gentium lapisque Joaquim Cordeiro Peixoto.
sa Senhora da Fátima que amorosamen- ros. angularis, qu' facit utraque unum - que Para comemorar o primeiro ani-
com a Acção Católica para a realiza- a edifique, a estabeleça unindo a todos versário da. instittüçã.o do culto de
te dirige rouba, por devoção, o dia 13, Leitor amigo, pareceu-me que a Senho-
ção dum plano único de restauração a-fim de, na direcção da Associação das ra te quere lá êste ano a ti. na mesma fé. N. Senhora da Fátima nesta fre-
cristã. Criar-se-ão para isso os se- Servitas, melhor servir a Senhora na pes- Inscreve-te com tempo, não te esque- Em 4 de Julho último tive ensejo de guesia. realizou-se uma festa em
cretariados que se tomem necessários. soa dos queridos doentinhos. ~ que ças. Foi essa a melhor lembrança que apertar entre as minhas as mãos calosas honra. da Mãe Santlsiima que se
também a ela quis a Senhora provar com trouxe da Fátima neste dia 13. e negras do sultão isla.mita Ngaharu, o dignou aparecer a.os pastx>rinhos la
uma bronco-pneumonia 3. ponto de a che- mesmo que até ali se tinha oposto tenaz- na Cova da Iria e que tem já no
H) garem a sacramentar. G. de O. mente ao estabelecimento de missões ca- Ermelo um culto muito fervoroso.
r) A «Acção Católica Portuguesa» tólicas nos seus domínios. Que emoção, A festa foi preoedida dum triduo
coloca-se sob a protecção de Cristo- que ansiedade! O meu pensamento e o de práticas preparatórias e, apesar
-Rei e de Nossa Senhora de Fátima.
2) O dia da festa de Cristo-Rei se-
N. Senhora da Fátima no Território de Tanganhica meu coração estavam lá ao longe, no
~ário bendito de Fátima. Com a sua
de estarmos em época de plena ac-
tividade agricola, foi sempre gran-
intercessão omnipotente tinha a Virgem de a concorrência à igreja. tanto de
rá, por excelência, o uDia da Acção ( África Oriental ) Santa transíÓrma.d.o o coração impedemi- manhã como à noite.
Católica». O Temtório do Tanganhica, antiga a 240 milhas do litoral, no distrito de do do régulo mussulmano. No sábado à tardú1ha. or~ou­
Africa Oriental alemã, com uma super- Tunduru, antiga Aírica Orientll alemã. Apresentou-nos, a mim e ao meu com- -se a procissão das velas: era um
I) flcíe de 945.400 Kl.'. uma popu'lação de Não houve maneira de convencer êste ré- panheiro, P.• Eduardo Willbaber, os seus espectáculo enternecedor ver a nos-
A Junta Central, para encontrar as mais de 4 milhões de habitantes, esten- guio, que é mussulmano, a que nos seus cumprimentos de boas-vindas e ofereceu- sa veiga alumiada pelos reflexos de
fontes de receita indispensáveis à con- de-se entre o rio Umba, ao norte. e o domínios se estabelecesse uma missão ca- -nos logo a sua melhor propriedade, tantas velinhas e ouvir na quebra-
rio Rovuma, ao sul. O interior é forma- tólica, pedida com tanta instância pelos acrescentando: 11Edificai, pois, a vossa da dos montes os ecos repercutirem
secução dos seus fins: do por um vasto planalto coberto de la- católicos e catecúmenos desta região. missão. Entrego-vos os meus filhos e os
a) criará desde já um organismo o delicioso cântico: - sôbre os bra-
gos (Vitória, Tanganhica, Niassa etc.) e Há já muito que esta pobre gente vi- meus súbditos para que lhes ensineis a ços da azinhe,ira - que o povo ia
que se proponha fazer colecta geral, está confiado pela Sociedade das Nações nha pedindo, com lágrimas nos olhos, vossa fé>l. entoando com todo o entusiasmo.
permanente e metódica, entre os cató- à administração da Inglaterra, tendo si- um sacerdote para os catequisar, bapti- A propriedade oferecida chama-se Nan- DePois da procissão fez-se o exer-
do outrora portatguês e, eva~tgelisado. pe- sar e lhes administrar os restantes Sacra- dembo que, em lingua do pafs, significa c1clo da Hora Santa com a. medi-
licos portugueses de tôdas as classes los nossos ltfisStonários que aí deixaram mentos. mata dos elefantes.
e condições; tação dos mistérios do Rosário. No
vivas tradições. Quando, há dois ~os, o Vigário Apos- - Deus te abençôe, Sultão. A esta domingo de manhã houve missa re-
b) exigirá que cada organização lo- Duma carta do Rev. ]oachim Ammann, tólico para as missões africanas, o Se- missão será dado o nome de N. Senhora sada., estando a nossa. igreja reple-
cal pague à Junta Diocesana, e, por da Ordem de S. Bento, transcrevemos o nhor Arcebispo A. Hinsley, foi em visi- de Fátima, e ela te protegerá a ti, ao t eu ta de fiéis - e foi a.dmil1istrada ~
meio desta, à Junta Central, uma seguinte: 1 ta pastoral a essa região, serviram-se es- povo e aos missionários. comunhão geral, aproximando-se
Ao nome de Fátima o régulo esboçou da Mêsa San ta cêrca de 4ü0 pessoas
percentagem a determinar sôbre a co- um riso de íntima satisfação. Este nome
ta de cada um dos seus associados. era-lhe, decerto, bastante querido, muito
- entre as quais se distinguia um
embora desconhecesse ainda a. aluvião de
grupo de criancinhas que docemen-
graças que dêle iria irradiar sôbre o seu
te evocaV3. a memória dos felizes
país e a sua tn'bu. Sabê-lo-á em breve,
pastorinhos da Cova da Iria-
de sobejo.
Ao meio dia teve lugar a missa
CRóNICA DA FATIMA A ponte está pois lançada duma Fá-
tima à outra. A graça não se fará es-
cantada, sendo executada a missa
«Régia;, por um grupo de senhoras,
sob a direc.;ão da Ex.ma Sr.• D. Bea-
(13 de Novembro) perar.
A nóra do Sultão adoeceu, entretanto, triz Gcnçalves Grilo. E no fim da
Acabo de chegar da. Fátima, aonde gravemente e pediu o Baptismo sendo-lhe missa saiu Ull1a Imda procissão,
f ui na costumada peregrinação de 13 de dado o nome de Maria. Assim, pouco a sendo a imagem de Nossa Senhora
~ovembro. Venho consolado e alegre. pouco, virão vindo das trevas para a levada nurn majestoso !Uldor e du-
Nestes meses frios e húmidos fugiu da. luz, conduzid-l.s pela mão de N. Senhora, rante a procissão foi recitado o ter-
Fátima o seu maior inimigo: o grupo dos não só estas pobres Fátimas mas também ço, alternado com cânticos em hon-
curiosos. os restantes pagãos e islamitas. ra. da MãR de Fátima.
Sim, porque para alguma gente já se Na tarde desse feliz dia ajoelhamos Depois, ao fim da tarde leiloa-
tomou moda. ir à Fátima. Santa moda. todos, cristãos e catecúmenos, pagãos e ram-se as prendas oferêctdas a
se ali se vai com as devidas disposições mahometanos, e rezamos o terço na nova. Nossa Senhora da Fátima. Para re-
de reoolhimento e piedade, por espírito de missão de N. Senhora de Fátima. colher estas prem.das constituiu-se
penitência e devoção a Nossa Senhora. O Sultão estava do lado de fóra olhan- uma comissão composta. da.; Ex .......
Mas como alguns que vão por moda e do, benevolente, através da janela para Sr.... D. Marllia Gonçalves Minhava
à moda é melhor não ir. os que estavam a rezar. Maria Cordeiro, Beatriz Cordeiro'
A Fátima é e continua a ser a. gran- As 240 milhas de regresso pareceram- Iracêma Esteves e Amélia da. Cos~
de casa de oração de Portugal. -me, desta vez, extremamente curtas. ~ ta Borges.
Há-de, por nosso bem, continuar a A chegada do Missionário Rev. P.• Edouard Waldllaber, da Ordem de S. Ben- ' que o meu coração e o meu pensamento, Não foram esquecidas as be:nditas
to. para a fundação da Missão de Nossa Senhora da Fátima é festejada pelos
ser assim de forma que a nuvem de ora-
ções que dali sobem ao céu se mudem em
benéfica chuva de graças sôbre as nos-
sas pobres almas.
-...
~ sobretudo num dia como o de ho- do para os
.
, indígenas com c4nticos e dansas

11Fátima não é um nome desconheci- tes cristão dum meio curioso e desespe-
aborígenes desta região. ~ rado para obter um sacerdote. Estava
inundados de alegril., voavam para a vos-
sa Fátima, para aquela mansão de gra-
ça onde tanta pobreza e miséria espiri-
tuais iriam, em breve, ser transformadas
em doçura e suavidade dh.<i.na.
Almas do Purgatório. Como remate
a esta festa., na segunda feira de
manhã foi celebrada, uma missa pe-
las almas kias obiiga.çõels de cada
um, à qual concorreram os ermelen-
je que a Fátima se nos apresenta assim. êste até, nos lugares onde impera o is- tudo a postos para a CO!Iltinuação da via- Nossa Senhora de Fátima operou és- ses como se !Ora uma missa de do-
O tempo invernoso, os caminhos lama.- lamismo, o nome dado, de preferência, gem. O Sr. Arcebispo já tinha tomado te grande milngre. Quem o duvidará? mingo e comungaram umas 150 pes-
centos, a apanha tla. azeitona aqui, a emi- às islamitas por ter sido o qe uma das lugar na. caminheta, quando notou que Graças e louvores lhe sejam pois tribu- soas.
gração de muitas dezenas de ranchos mulheres de Mahomé. lhe faltava ainda o seu secretário. A pa- tados! Para o esplendor e bom êxito des-
para fora da. diocese, tudo concorreu pa- Onde êle aparece, sabe, por experiên- lhot! que lhes tinha servido de residên- E, por hoje, vou terminar, pedindo a te festa não se pouparam a. esfor-
ra que a freqüência fOsse pequena: 3 ou cia, o missionário que uma barreira quá- cia, tstava cercada duma multidão de ho- todos os leitores do ((Bote von Fátiman e ços a incansável zeladora Ex.ma Sr."
si intransponível lhe embarga a sua ac- mens, mulheres e crianças que exclama-
4:000 pessoas.
vam: uTumenkamata hatumwachi tena!>l
da uVoz da Fátiman não só- as suas ora- D. Beatriz Gonçalves Grilo e os
Mas nessa pequena multidão, que mag- ção. ções, mas também os seus donativos pa- meretissim.os mordomos Sr. AntOnio
níficas disposições: os confessionários O crescente mussulmano conserva os uEstá agarrado e agora não o deixamos ra a nova. misão de N. Senhorsa de Fá- Pereira e sua esposa Cândida de AI-
.sempre ocupados, a mesa da comunhão seus adeptos ferreamente ligados à sua ir embora. Senhor, não nos tireis o pa.- tima, na Africa Oriental. De todo o co- meldal Soares.
<:heia, a distr'~> uição da Sagrada Euca- escravidão espiritual. dre, nós, os vossos pobres filhos, vo-lo ração agradece antecipadamente esses do- Ficou nomeada mordoma., no pró-
ristia continua, atentos todos à palavra Fátima é também o nome da. favorita rogamos!)) nativos, enviando a sua bênção, o indigno ximo. ano, a Ex.m' Sr-" D. Maria
do Senhor e semblantes alegres e fran- do sultão de Nandembo, região situada S. Ex." comoveu-se até às lágrimas e servo de N. Senhora de Fátima. Martins Botelho.
.cos até quando partem debaixo daquela
tão enfadonha chuva miüdinhall... Joachim Ammms O. S. B.
Abade e Ordinário de Ndand
Doentes Nova Zelândia
Quási os não havia. 18 foram os ins- Recomendamos &.sta nova Missão de No território tão longinquo da
critos dentre os quais sobresa.ía, pelo dó Nossa Senhora de Fátima às orações dos Nova Zelândia e especialmente na
que causava, uma criancita de 6 meses devotos da Virgem Santíssima e de bom cidade de Auclanda, de perto de
apenas e já cega, ao colo da mãe cheia grado faremos chegar aos Revs. Missio- 200.000 habitantes, é muiro querida
de dor. · nários as esmolas que nos e~ttregarem pa- a devoção de Nossa senhora da
Quanto aos do corpo. ra êste fim tão do agrado da nossa bemdi- Fátima.
Dos outros, doentes da alma, só Deus ta Mãet do Céu. O Rev. James A. Ecleston, Páro-
-sabe quantos lá estariam, pois d'Ele só co de Santo André, tem sido o após-
são conhecidas as milagrosas curas de al- tolo do culto de Nossa Senhora na
mas a quem o Senhor amorosamente se N~va Zelândia, auxiliado pelas Ir-
mostra. num Tabor de luz e de graça. AVISO mas Maristas de Tuakan e pelas
E é para êsses afinal, que a nossa que- boas irmãs da Missão de Puhekohe
rida. Mãe do Céu quis fazer da. Fátima o Ainda há à venda no Santuário os li-
vros seguintes sôbre Fátima: e pelas Innãs das Dores e Mercês
seu trono predilecto. de Auclanda.
Assim o disse com elegância e sinceri- r.• - Oratória-Fátima ... ... ... 2o$oo Sua Ex." Rev.ma o Senhor D. Ja-
dade o Sr. Dr. Leonardo de Castro na 2. 0 As grandes Maravilhas da
- mes Michael Liston, Bispo da dio-
homilia à missa dos doentes, celebrada Fátima ................. . Io$oo cese de Auclanda, em carta diri-
pelo Snr. Dr. José Fernandes de Almei- 3· • - Fátima, o Paralso na terra 5Soo gida ao Senhor Bispo de Leiria. re-
da., afirmando que já no estranjeiro a 4··- A pérola de Portugal.. .... 5Soo comenda-se e as necessidades da
Fátima era conhecida. como a milagrosa 5.0 - Fátima, a Lourdes Portu- sua Diocese, aos peregrinos da Fá-
terra de cura, sobretudo para. os doen- guesa... ... ... ... ... ... ... 5Soo tima.
t• ·s... da alma. Os ltfissícmáríos beneditinos i11iciam a co11strução da Missão de Nossa Senho- 6.• - Fátima, à Luz da Autori·
Xu!Il3. assembleia tão pequena é con- ra da Fátima em Tanganhica 1 da de Eclesiástica . . . . . . . . . 5Soo ~ste número foi visado pela Censura•


VOZ DA FATIMA 3

GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA NOSSA SENHORA DA FAmtA NO
BRASR.
A oratória foi levada à cena, no
dia 7 de Setembro, dia em que se
celebra a independêncla do Brasil.
O P.• Boubée comentou: cno dia
esta.va num dos maiores teatros do
mundo.
Mais duma centena de vozes de
d.istinttssimos artistas protl$1ona1s
Tuberculose pulmonar depois meu pai ~meçou a melhorar sen- da independência do Brasil, leva-se
tindo-se já há tem)>o completamente bem. e amadores, constituiu os coros.
Tenho um filho que há quatro anos
adoeceu, enfraquecendo por isso sensível- Ca.rdielos-Viana do Castelo. Em Belém do Grão Pará a oratória cFátlma, da autoria de
maestro e poeta. portugueses, en-
!Ao lado dessa empolgante peça ar-
tística, outro deslumbramento emo-
mente. Mana das D6Tes Parente A partedevota. da colónia portu- sa!ana por um português, precedida donou a grande assistência, foi. a.
guesa celebrou a sua. padroeira, as- dum discurso por outro português, alocução do notável conferencista.
Consultou em Lisboa vários médicos e
alguns especialistas que classificaram a
Cegueira sistiu ao tríduo preparatório prega- com um CEnário feito por outro do Brasil, Rev. P.• Luis Gon.zaga
Meu filho Manuel Albino Vieira Guedes, do pelo P.• Leite, e à m.Lssa. celebrada português, num teatro explorado
sua doença de tuberculose pulmonar.
da. freguesia de Pedroso, com oito anos de
Cabral S. J. •
Deixou imediatamente todo e qualquer pelo Sr. Arcebispo, que fêz uma bela por outro português!! Curiosa coYn- Infelizmente o teatro não compor-
idade, cegou por completo. prática. A comunhão foi numerosa.. cidên~!!
trabalho, retirandO-se pli3. a aldeia muito
Tratou-se com düerentes médicos duran- tou o número de pessoas Que dese-
triste e desanimado. De quando em quan- O altar estava um primor. Quatro Além das sessões solenes do está- java ver e ouvir o que há de mais
te 7 anos, mas inutilmente. candelabros de metal, oferecidos dio do Gracia, que comportava mui-
do consultava vários médicos e todos o
Perdida a esperança na ciência humana sublime em arte teatral. 11: de es-
davam por perdido porque tinha já he- pela familla. Alves foram estreados. t-os lllilhare6 de pessoas, houve ain- perar que a cOratória Fátima:. vol-
moptises e era de constituição muito entreguei o caso à protecção de Nossa Se- numinam perfeitamente toda a ca- da de notável a procissão final do
nhora da Fátima. te ao palco para satisfazer a uma
fraca. pela e ornamentam graciosamente congresso, que se desenrolava pela grande maioria da nossa melhor so-
Perdi por completo tôda a esperança Passou-se algum tempo e eis que um
dia o pequeno começou a ver: e, diz, a
o teto. extensão :de 3 a. 4 quilólnetros. ciedade:..
de o salvar, visto que dia a dia a terri- O jornal cEra Nova:. de 8 de Se- •
vel doença o ia minando. Então, na primeira coisa que viu foi a imagem de
Nossa Senhou da Fátima. Esta graça foi-
Ainda a Oratória <<fátiman tembro relatava o que segue: cCons- Ruy Coelho
maior aflição, lembrandO-me que só Nos- tituiu um acontecimento inédito
sa Senhora da. Fátima lhe poderia valer, -lhe concedida a 25 de Julho de rgz8. Já A apresentação da Oratória. Fáti- em a nossa sociedade a cOrató-
passaram mais de cinco anos e a cura tem- 11W-Verso.s do distinto poeta. e ser- FATIMA
cheia de confiança recorri a Ela pedindo rta Fátim.a>, levada ontem à noite
me valesse em tão grande desdita, e pro. -se confirmado, graça que desejo agrade- vita. Sr. Dr. Afonso Lopes Vieira e no teatro Gua.rany, e de autorta Oratória
metendo agradecer-lhe da forma que eu cer publicamente a Nossa Senhora da Fá- música. do ilustre e conhecido com-
do maestro Rui Coelho, especial-
melhor pudesse. tima. positor Sr. Ruy Coelho - teve tal mente cedida para a récita. de gala Poema de Afonso Lopes Vieira.
Nossa Senhora atendeu a minha prece,
e eis que meu filho se entregou já ao ser-
Carvalhos - Gaia .
J.farla do Céu Carvalho Vieira
retumbância. no Congresro Nacio-
nal Eucarlstico da Bala que não
do 1.° Congresso Eucarístico Na.cio-
nal.
Texte trançais: M,me Gulte de Sousa
Lopes.
viço que tivera de interromper durante re.::.istimos a pormenorizar ma.1s a Foi um deslumbrante festival Partitura de Plano e Canto.
quatro a.nbs, encontrandO-se completa- Graças diversas sua execução servindo-no.s, com a
devida vénia, dos elementos que
artistico, que a nossa sociedade, no
mente curado. Eu e êle atribuímos a sua - Berta de Brito Brandão - Coimbra, que de mais significativo tem, Restam ainda aguns exemplares des-
cura à maternal intercessão de Nossa Se- tendo alcançado uma graça especial de uma carta do Rev. Mariz, professor aplaudiu repetidamente naquele ta bela Oratória que vendemos ao pre-
nhora da Fátima. Nossa Senhora da Fátima, agradece favor de música no Colégio Antónto Viei- conjunto de 150 figuras, sob a di- ço de vinte escudos, devendo os pedidos,
Freixieiro de Soutelo tã? singular que nunca mais deseja esque- ra, nos oferece. recção do P.• Luis Gonzaga Aires acompanhados da respectiva importân-
cer. BAtA, 26 -9-33 - Algumas Mtas Mariz S. J. cia e ainda escudo para o correio, ser
Maria Emília Afonso do P.e Mariz s6bre o Con{ITesso Eu-
I
- António Alves - Chaves, agradece A Bata nc seu escol compareceu dirigidos à administração da «Voz da
diversas graças espirituais e temporais que cartstico celebrado na cidade do e teve a impressão exacta de que
Abcesso na bôca prodigiosamente Nossa Senhora lhe alcan- Salvador de 2 a 10 de Setembro de Fátima''·
No dia 15 de Maio adoeceu a minha çou. 1933. Ninguém esperava tanto nem
ainda os mais optimistas. Eti, en-
filhinha l\1a.ria de La. Salette com um ab-
cesso na boca a tal ponto que já não po-
dia ingerir o simples leite nem tão pou-
- Angela S. Tavares - Lisboa, depois
de ter feito uma novena a Nossa Senhora
da Fátima alcançou as melhoras desejadas,
carregado ôa récita de gala, com os
momentos todos tomados com a
FATIMA EM ITÁLIA
co articular qualquer palavra. Recorreu- favor que publicamente vem agradecer na grande responsabilidade dos ensaios •
-se a tudo quanto a terapêutica aconse- uVoz <h Fátima». da cOratória Fátima> mal pUde se- Gubbio
lha em tais casos e não via forma de tal -Natália Carrêdo - Vouzela, tendo- guir o desenrolar dos diferentes e O dia 13 foi sempre festejado com • •
doença lhe desaparecer, pelo que a jul- -lhe Nossa Senhora valido numa grande grandiosos números do Congresso. particular devoção, em Gubbio, no ex- A festa de 13 de Outubro foi mais con-
gava irremediàvelmente perdida. Não sa- aflição vem agradecer penhoradíssima o Todos os momentos, que me fica- -convento de S. Jerónimo, à excepção de corrida do que a dos meses anteriores,
bendo já o que mais fazer e aflita com a favor que do céu recebeu. ram livres, eram poucos para des- dois meses, por causa da neve impedir apezar do continuo choviscar desde as
suposição que minha filhinha única não - Maria Peixoto - Campanhã, tendo ca.nsar. Os ensaies da cOratória.> completamente o trânsito. A devoção a primeiras horas da manhã.
tivesse cura pedi a Nossa Senhora da uma pessoo. de famHia em grave perigo de levaram exactamente dois meses e Nossa Senhora da Fátima vai no entan- O altar estava primorosamente ornado,
Fátima que a salvasse, prometendo a pu- vida devido a um laborioso parto, recor- meio. O elenco dos solistas era es- to crescendo sempre, como prova a con- a ponto de oferecer o aspecto dum liri-
blicação desta graça no jornal "A Voz reu a Nossa Senhora em tão angustioso plêndido. Tinha. _lançadCI os m~us corrência nestes últimos meses. do jardim de flores brotando ao lado e
da. Fátima». Nossa Senhora dignou-se ou- transe e a sua prece foi ouvida. Agradece cálculos para 150 figuras entre or- Em Agosto, às sete horas da manhã a aos pés da Virgem, no meio das quais
vir os nossos rogos e quando amanhe- ainda diversas graças que Nossa Senhora. questra e coros e afinal atingiu-se capela estava já cheia de piedosos pe- flores se elevavam muitas velas irradiando
ceu o abcesso tinha rebentado e já ela lhe alcançou, entre elas a cura de urna a cifra de 200! o nosso maestro Rui regnnos que da cidade subiram ao mon- luz e calor. Para maior solenidad~. a
pronunciava ~lgumas palavras e no dia pessoa de família que estava quási surda. Coelho viu mais uma vez confirma- te em devota romagem, rezando o têr- Missa da Comunhão foi cantada pe]p
seguinte estava completamente boa. - Maria Carlota Trigueiros - Fundão, dos os seus créditos de compositor ço pelo caminho. Iniciou-se a :Missa, du- Rev.mo Mons. Vice-Reitor. Ao Evange-
Venho, portanto, comprir a minha pro- agradece a Nossa Senhora da Fátima uma original e profundo. A orquestra e1:a, rante a qual se recitou o terço intercala- lho, aproxima-se do altar o Rev. P.•
messa agradecendo à Virgem Nossa Se- graça que alcançou por sua intercessão constituída por 40 professores do com o "Ave da Fátima». À altura da Luís Gonzaga da Fonseca, e começa a
nhora tão grande graça. depois de, cheia de fé, beber água do San- Dei à orquestra 20 ensaios de ho- Sagrada comunhão Mons. Reitor, que ce- falar, tomando para tema um versiculo,
Espozende tuário. ra e. meia cada um; foi mais que lebrava a Missa, dirigiu a palavra à nu- do Evangelho da Missa da festa: "Beati,
Silvina da Graça e Costa -Edite Augusta Freitas e Castro - sufictente para obter um conjunto merosa assistência, convidandO-a para o qui 1 audiunt verbum Dei et custodiunt
Fafe, com profundo reconhecimento agra- esplêndido. Os coros eram forma- banquete divino. :e ali, diz o Rev.mo ce- illud». Numa breve síntese recorda a
dece a Nossa Senhora um especial favor dos por quási cem voze.c; femininas lebrante, é ali que temos a verdadeira Mensagem da Sa.ntissima Virgem no dia
Apendicite que Ela se dignou conceder-lhe. e cincoenta. masculina:;. Cantou ad- vida, que nos conforta no trabalho e 13 de Outubro:
O estado de saúde de Avelino Alves -José Jacinto de Castro - Vila Fran- miràvelmente o papel da. Virgem agruras desta terra. :e a Carne e o San- "Eis-nos outra vez, junto de Maria
Ribeiro, provocado por uma apendicite ca do Campo - Açôres, muito reconheci- uma senhora formada na Alema- gue do Cordeiro divino. Só f:le nos pO- Santíssima para recordar e agradecer a
era tal que a cada momento se esperava do a Nossa Senhora d:J. Fátima agradece- nha e na França, que é a profes- de saciar e fortalecer para curnprir- sua visita em Fátima. Nêste dia, esta-
o desenhce fatal. Esteve catorze dias -lhe a cura de D. Armanda Mariana Cos- sora mais conceituada de cantx> que m<'S os nossos deveres. Porque há tanta vam mihares de peregrinos, lá no cimo
coberto de gêlo. sendo sustentado duran- ta que quási esteve a sucumbir, havendo aqui temos. crise no mundo? Porque as almas não da montanha previligiada esperando a.
te êste tempo unicamente com injecções; momentos em que a julgaram defunta. vão a Jesus. Mas quem nos poderá levar última visita da Rainha do Céu. De fac-
A Lúcia foi a cÜscipüiã mais dis-
nem tão pouco se podia mover para mu- - Isabel do Carmo Guerreira - Lisboa, a nós tão miseráveis a Jesus? Aquela to, à hora aprasada, eis que chega a
dar de posição. Apezar da operação a recorreu a Nossa Senhora em momentos
tinta. desta professora. A Virgem 1a Virgem Santíssima. Nas aparições prece-
que tem algo de divino, que atinge os
que foi submetido, como último remédio, de aflição e a sua prece foi ouvida e des- ve~tida de seda. bordada a oiro. As limites da divindade. :e Maria Santíssi- dentes recomendava insistentemente a fu-
o doente continuava cada vez pior. pachada pela Mãe do Céu, pelo que cheia videntes trajavam à minhota· os ma, em cujas mãos o Senhor tudo depo. ga do pecado, mudança de vida, a ora-
Já que a ciência humana era incapaz de gratidão, vem testemunhar o seu a.gra- pastores vestiam de veludo p~eto sitou. :e Nossa Senhora da Fátima que ção pelas almas do Purgatório, a reci-
de fazer mais, dirigi a minha súplica a decimento a tão boa. e carinhosa Mãe. com a carapuça. e a faixa portu~ desceu à Cova da. Iria a trazer a Men- tação do têrço. Desta vez Nossa Senho-
Nossa Senhora da Fátima para que nos -Beatriz da Costa de Almeida Nunes guesas. Só o vestido da Virgem fi- sagem de penitência, perdão e caridade. ra novamente insiste para que não con-
valesse. - Abravezes, receando muito uma opera- cou por 400 mil réis brasileiros· o PonhamO-nos nas suas mãos e Ela- nos tinuem a ofender Jesus, e rezem quoti-
No dia 13 convidei várias pessoas a ção melindrosíssima da qual, contra a es- cenário Ill.lagiúfioo; bastará cUZer há-de preparar para recebermos menos diana e devotamente o Terço, declaran-
resarem o Terço numa capela onde est:l. perança. dos próprios médicos, obteve bom que só êle absorveu 4 contos de réls! indignamente o seu di~o Filho, Ela do, por fim, que era Nossa Senhora do
exposta à veneração a Imagem de Nossa resultado, agradece a Nossa Senhora cuja O aluguer do teatro orçou por 3 nos fortalecerá, como fortaleceu os três Rosário.
Senhora da Fátima, precisamente à mes- protecção invocou. contos. Todos os gastos da cOrató- videntes que embora raptados do lar Mas que argumentos apresenta a Mãe
ma hora em que na Cova da Iria se ce-
lebrava a Missa. dos doentes, unindo as-
sim as nossas às orações dos peregrinos
- Ermelinda dos Santos - Chaves,
agradece a cura de sua irmã Isabel dos
Santos, para quem os recursos da medici-
ria> ficaram por u.n.s 10 contos·
a -pesar-disso ainda se tiraram per:
1x>. de meia. dúzia. de contos de re-
Ipaterno, e submetidos a duras provas,
prefeririam morrer a descobrir o segrêdo
que lhes foi confiado.
do Céu para provar a realidade das apa-
rições? .
O primeiro testemunho dos três inocen-
que se encontravam no Santuário. Entre- na foram absolutamente ineficazes. cata. O interêsse que a cOratórta À tarde, com numerosa assistência, tes, aos quais Nossa Senhora apareceu:
tanto, graças a Nossa Senhora, o doente - Quiteria de Jesus- Arrabal-Leiria, l''átima:. despertou foi em parte de- recitou-se o terço, intercalandO-se entre interrogados dizem singelamente o que
começa a sentir sensíveis melhoras. agradece muito reconhecida a Nossa Se- vido a se terem feito os ensaios com os mistérios o <<Ave da Fátiman em ita- viram; postos à prova, tentados artifi-
Durante nove dias continuámos rezan- nhora uma graça muito importante con- entrada franca. &te foi o maior liano, sendo dada, por fim, a bênção so- ciosamente para cairem em contradição,
do o Terço, e no fim dessa novena o cedida a sua família bem como uma ou- reclame, e o mais barato e eficien- lene do Santíssimo Sacramento. ameaçados da própria morte, e sempre
do&nte estava livre de perigo, quási co- tra graça concedida a uma sua afilhada. te. A procura de bilhetes foi fan- constantes e concordes. Perante tal ar-
mo se nada tivesse tido, apenas como con- - Maria dos Reis Silva Jordão - Se-
túbal, cheia de reconhecimento para. com
tástica. !Até do Rio de Janeiro che-
guei a receber telegra.m.as peQindo
• gumento é impossível dúvidas da since-
seqüência da doença, com um pouco de • • ridade dos videntes. Mas não é êste o
fraqueza que dentro em pouco desapare- a Santíssima Virgem agradece-lhe diversas camarotes e poltronas reservadas único argumento. Logo a. partir da segun-
~eu. graças espirituais e temporais que por sua As cinco da tarde do dia,. da récita.. Em Setembro a concorrência não foi da aparição sinais extraordinários são
Fiães - Feira intercessão alcançou. mandei colocar o cartaz de cLota~ menor do que no mês anterior, a-pezar presenciados por centenares e milhares de
- Estevão Marques da Maia - Rôxo ção exgotada.:.. Meia hora. depois de ser dia de trabalho. pessoas: a luz do sol que diminuiu, a nu-
Maria Angela de Oliveira Santos tenda-lhe Nossa Senhora valido em mo. Como de costume, às 7 horas foi cele-
agiotas desconhecidos vendiam os vem branca que sôbre o recinto se for-
mentos de grande aflição vem por êste próprios bilhetes, comprados a brada a Missa da Comunhão geral. mava, as flOres que do céu choviam e
Doença nos olhos e pneumonia meio mostrar o seu reconhecimento para 15$000, ):>or 35 e 45 mil réls! A por- Chegado ao Evangelbo o Rev.m Mons. vinham pousar no local das aparições, o
Há dois anos foi meu Pai acometido com tão boa mãe. ta. do teatro estacionavam centenas Vice-Reitor fêz aos fiéis presentes uma globo luminoso que através da atmosfe-
por nma doença nos olhos, doença que - Tilia Dulce da C. da Silva - Lisboa, de pessoas a.neiosas de assistir à eloquente e piedosa prática. ra passava servindo como que de côche
lhe roubou por completo a vista, causan- agradece a Nossa Senhora o ter-lhe alcan- Oratória. o aspecto do teatro, su- Começa por recordar as impressões de glória à Mãe Santíssima, todos êstes
do-lhe além disso dôres cruciantes. De- çado a saúde pa.ra uma pessoa de sua fa- per-lotado, era deslumbrante. o que sentira na sua liltima viagem à Ter- factos são outros tantos argumentos que
pois de completamente desenganados pelo mília . F.m..mo Carclial-Legado, o Senhor ra Santa, ao ver-se nos próprios lugares provam a realidade das aparições de
médico assistente, lembrámO-nos de r&- - Alzira Teixeira da Cunha - Maia- Núncio, 53 Senhores Arcebispos e onde nasceu Nosso Senhor, por onde Nossa Senhora. Finalmente, o milagre
correr a Nossa Senhora da. Fátima a quem mude - Gaia, há muito que sofria uma Bispos, o govên1o estadoal, altas pa- passou sofrendo tanto, e finalmente re- solar prometido alguns meses antes.
fizemos uma novena e prometemos pu- infiltração bacilO-pulmonar que a pouco e cordou o Calvário onde a Virgem San- Para quê todos estes sinais? Para sa-
blicar a graça que pediamos se ela nos
tentes do exército e armada o Cor- tíssima nos foi dada por Mãe pelo seu
pouco a impossibilitou de trabalhar. O po consular, a magistratura o alto tisfazer apenas a nossa curiosidade? Tal-
fôsse concedida. seu mal estar chegou a ponto tal que re- Divino Filho no momento em que ia
No fin:Í da novena, o meu pai, que sofria ceandO-se o" desenlace recebeu o Sagrado
comércio etc. etc., davam a.ó teatro deixar a terra..
vez para fazer mostrar unicamente o seu
uma grandiosidade invulgar. poder? Seria indigno, pensá-lo. Maria
já havia mais de um mês dôres horriveis, Vático e a Extrema-Unção. Cheia de con- Recorda em seguida, que Maria con- Santíssima devia ter um fim em vista
recuperou a vista e ficou sem dores al- fiança, invocou Nossa Senhora da Fáti- No momento da aparição da Vir- tinua a ser Nossa Mãe extremosa, como digno dela! queria fazer acreditar a sua
gumas nos olhos. ma de quem alcançou ràpidamente as gem houve entu..c;iasmo indescrití- o prova a sua vinda a Fátima. mensagem divina de misericórdia, que-
Hoje sente-se completamente bem, ape- melhoras, e hoje ocupa-se dos seus traba- vel. Um protestante alemão confes- Quando os seus filhos se debatiam em na que nós ouvissemos e fizessemos o
sar da sua idade já um tanto avançada. lhos domésticos sem cansaço extraordi- sou-me que, ao ver a azinheira a cruéis ltitas, eis que Ela aparece qual que nos vinha pedir: uma vida cristã,
. Pouco depois uma pneumonh., a tercei- n:\rio e sempre com ótima disposição. esga.lh.ar-se para dar lugar à apa- estrêla de paz a apaziguá-los e condu- e a recitação do Rosário. A primeira
ra já que se lhe declarou, veio prostrá-lo Em agradecimento à Santíssima Virgem, rição, sentira o calafrio Ido subli- zi-los a Jesus por meio da oração e pe- parte é o fim, o Rosário é o meio para
no - leito. O médico desesperou de o sal- cuia glória deseja aumentar, pede seja me. .. e que as lágrimas lhe corre- nitência que pediu e recomendou. atingi-lo. :e êste um meio não só exce-
var, atendendo a diversas complicações publicada esta graça que Mãe tão cari- ram pelas faces. o Histórico e os Finalmente, depois de algumas pala- lente, mas eficaz quer no campo espi-
que tomavam a cura, diziam, humana- nhosa lhe dispensou. videntes nã.o deixaram nada a de- vras sôbre a aparição do dia, convida a ritual, quer mesmo no temporal.
mente quási impossível. - Laurência de Jesus Amado Frej- sejar. O povo evolucionou muito todos a amarem a Virgem Santíssima, a :e o Rosário uma oração aprovada
Mais uma vez, recorremos a Nossa Se- tas - Ponb. do Sol - Madeira, vem bem a-pesar-dos poucos ensaios no acederem aos seus pedidos e a propaga- por Deus e ensinada por Maria Santís-
nhora da Fátima a quem fizemos várias agradecer a Nossa Senhora da Fátima teatro. E a procissão final das ve- rem a sna devoção. sima. Além disso, por meio dela nos
promessas e orações. um favor especialíssimo que por sua Ma- las, subindo ao cume da. serra da Encerrou-se a festa com a recitação valemos da intercessão de Jesus e Maria,
A graça não se fêz esperar, pois pouco ternal intercessão recebeu do Céu. aparição, foi uma apoteose. do terço e bênção solene do Santíssimo. dizendo a cada momento: - «Ora por
4 VOZ DA FATIMA

Unta jóia artística - Banqueta Manuelina - a oferecer por


subscrição nacional à Virgent Santíssillla da Fáti1na
A bem conhecida <<Ourivesaria mos todos os anos em comovida ro-
Aliança~>, do Põrto, expoz, há tempos, magem com os nossos confrades vi-
uma preciosa Banqufta manuelina, centinos, vindos de tôdas as provm-
que é uma obra prima tia ourivesaria cias em homenagem à Mãe de Deus,
portuguesa, à qual nenhuma outra ex- fonte inexaurível do amor do próxi-
cede ou sequer eguala. mo.
A alguns católicos, devotos de Nos- São do céu as horas que lá se vi-
sa Senhora de Fátima, pareceu que vem, é uma atmosfera de sobrenatu-
essa admirável Banqueta tinha o seu ral, numa exaltação divina, que nos
lugar na igreja da milagrosa Cova da .toma apóstolos da causa de Deus e
Iria, onde actualmente acorrem mi- de Portugal.
lhares de peregrinos nacionais e mui- ~ste é constantemente lembrado
tos estranjeiros. Fátima é já hoje um nas orações que de Fátima sobem até
facto mundial. ao seio misericordioso e infinito de
E para que aquele piedoso pensa- Deus.
mento possa ter realisação, resolveu- Ali se corrige de certa maneira a
-se abrir uma subscrição nacional, apostasia oficial. Ali se presta o culto
que abranja todos os católicos desta nacional que a Deus é devido.
linda e bemdita terra de Santa Ma- Tem, portanto, de ser nacional es-
ria, mesmo os pobres, que poderão ta subscrição, que é lançada no dia
ofertar o pequenino óbulo da viúva em que a Igreja celebra uma das mais
do Evangelho, tamanho aos olhos de altas prerogativas da Virgem-a sua
Deus. Conceição Imaculada - padroeira da
A oferenda da lindíssima Banqueta Nação Portuguesa.
- beleza que morre aos pés da Bele- Que ninguém falte a êste modesto
za omnipotente e imortal - tem de mas fervoroso apêlo. Que todos con-
ser de tõda a nação, como nacional corram para oferecer a Maria o que é
é o santuário de Fátima, dedicado obra do engenho e do trabalho e de
àquela sobrenatural Senhora, que quis artistas e artífices portugueses.
descer até nós numa hora grave e Que tôdas as freguesias do país, con-
decisiva da vida da nação portugue- correndo como poderem, digam o seu
sa e a cuja aparição anda indissolu- amor à Virgem de Fátima, procla-
velmente ligado o nosso esplêndido mando-A numa explendida unanimi-
joia manuelina de prata a oferecer por subscrição Nacional para o Santuário de
ressurgimento. Nossa Senhora da Fátima dade, Rainha de Portugal.
Mais uma vez a Bênção de Maria E mais bençãos descerão sôbre os
iluminou a nossa gloriosa história. A Aprovamos a generosa iniciativa do ilustre advogado Snr. Dr. Alberto Pinheiro Torres e pedimos à San- nossos lares e sôbre êste privilegiado
glória da Virgem Imaculada e a gló- tissima Virgem alcance tôdas as graças do Céu para os Snrs. Subscritores. solar da Raça, em cuja alma vive
ria de Portugal nunca se separaram imorredouro o culto de Maria.
Leiria, 8 de Dezembro de I933· JOSÉ, Bispo de Leiria
através dos séculos.
Põrto, 8 de dezembro de 1933.
t verdadeiramente abençoado aque- AVISO _As listas numeradas e com o sêlo branco do Santuário podem ser pedidas à Administração da
le logar sagrado e piedoso, onde va- «Voz da Fátima» assim como recebemos as esmolas que nos queiram entregar. Alberto Pinheiro Torres

nobis., - rogai por nós. Finalmente o


Terço é uma oração perseverante porque Calcagno, Mons. Gragiano, Reitor do Se- De quem será tal vulto que de longe Costa - Coimbra, 35Soo; M. Reginaldo volta. de nós. Era um gosto intradu-
repetimos 150 vezes as mesmas invoca- minário de Palermo e muitos outros se não pode ainda determinar? Dias - Mormugão, 367$5o; José Calvá- zivel ouvir a anlmaçã.o, com que
ções. ~ êste um dos requisitos para ser- meus parentes e conterrâneos. A meu pe- - Era, diz êle, um militar que acaba- rio - Valhascos, 25$oo; M.• do Carmo os nossos pretinhos entoavam o co-
mos atendidos nos nossos pedidos. O dido, muitos pensam, durante os qua- va de regressar a casa de seus pais, e Rocha - Odivelas, 15$oo; Angelina Mar- nhecido:
próprio Jesus . Cristo o disse: - «oportet tro dias que estarão em Roma visitar a que na caserna donde acabava de sair, çal - Penedono, zoSoo; António Hono-
semper orare,,, por isso, como para vi- Virgem Santíssima da Fátima. no Colê- em sérios perigos morais por causa das rat<>-Albufeira, 15$oo; António I. Hen-
ver ê preciso respirar assim a. oração não gio Português. Por esta razão desejaria más companhias com quem temia man- riques - Lourinhã, 15$oo; Ana da Cu- Sõbre os ramos da azinheira
é outra coisa mais do que a respiração que estivesse no Colégio nesta ocasião. char a. sua honra nunca até então ofus- nha Fontana - Luanda 5o$oo; P.• Al- Tu vieste, 6 Mã.l Clemente,
da alma. Todavia, já disse ao Rev.mo Arcipreste cada, se entregara a Nossa Senhora da fredo Almeida - Barrancos, :.Q$oo; Amé- Visitar a lusa gente,
~ ainda o Rosário a oração que, apro- a hora em que poderiam visitar Nossa Fátima para que o ajudasse a não ser lia J. Ramada - POrto, 15$oo; n.• De quem és a Padroeira!
veitando tOda a nossa actividade a con- Senhora da Fátima.. Oxalá possam visi- contaminado no meio de tantos perigos. 1466 - Madeira, r5$oo; Maria da C.
centra para o bem, ajudando assim a nos- tá-Ia! - Os factos maravilhas da Fáti- Passou-se o seu tempo de caserna, e Borges - Bragança, 15$oo; P.• Manuel
sa fraquesa. Qual o cristão que, ao con- ma começam já a interessa.r pessoas es- agora já livre, diz, viera por humildade Pontes - Igreja de S. José - Póvoa E com que alma respondiam o
templar a vida oculta de Jesus, não irá tranhas ao meu lugar, as quais continua- e agradecimento agradecer a Nossa Se- do Varzim, 135Soo; João Goulart - Pi- tradicional:
de encontro a tôdas as dificuldades que mente me pedem imagens, maravilhan- nhora a sua maternal protecção e percor- co, zo$oo; Emília .Leite - Barrosas, Avé, ave ...
se lhe opozerem no caminho da virtude? d~ (e isto seja dito para maior glória rer de joelhos aquela terra enlamead,1, 25$oo; Henriqueta Coelho - Golpelheira, Em honra. da BOa Mê.e houve
Quem não será capaz de suportar os de Maria) como é que em Ciminna se mas bem menos nojenta do que a lama zo$oo; P.• Francisco Carlos Nunes - Se-
mais crueis tormentos ao meditar na do- moral com que esteve em perigo grave de túbal, r8o$oo; M.• da Luz Aguiar -
muitas comunhões.
chegou ao conhecimento de tão maravi- I.t'oi prolongado e completo o dia
lorosa Paixão de Nosso Senhor apre- lhosos e celestiais acontecimentos. se conspurcar. Atribue a Nossa Senhora Vermelho, 15$oo José Painhas - Vian1
sentada nos mistérios dolorosos? Quem do Castelo, 2o$oo; Prior da Marinha
13 pela festa, que promovemos no
a quem rezou todos os dias o Terço, o
é que, ao ver o Divino Mestre Glorioso triunfo que alcançou durante tempo tão Grande, 21$oo; M. R. M. - ?, zo$oo; domingo iMediato, 14. Orga.ni.sou-se
uma linda peregrinação de meni-
e triunfan-te. não se animará a sofrer to-
das as contrariedades, sabendo que a
DENTRO DO SANTUÁRIO perigoso.
Que bela alma! pensei eu.
Francisco Martins - Espinho, zo$oo; Co-
riua Bat:isb. - Açores, zo$oo; Adelaide D.JS e meninas, das missões, à qual
mesma glória o espera? Não há muitos dias ainda tinha. já dado Se todos os rapazes o imitassem, quan- de Mira - Estoril, zo$oo; José Hen- se associaram os cristãos todos e
Rezai o Rosário e sereis bons cristãos! o meio dia quando chegaram ao Santuârio tos triunfadores de si próprios não have- riques Garcia - Pôrto, zo$oo; Aida Fi- muitos gentios das aldeias circun-
Não cristãos de piedade egoista, mas três pessoas de condição humilde mas ria?! gueiredo - Feira, 22$5o; M.• do Car- vislnhas. Começou-se por uma mis-
de caridade, cristãos de todos os manda- de fé esclarecida e robusta. Imitai-o e sereis dignos dos louvOres mo Pires - POrto, 25$oo; Laura Gulpi- sa. solén.e, em que houve sermão
mentos, cristãos sempre e em tOda a Tinham percorrido durante tOda a ma- que a êle aqui tributamos. lhares - Portimão, ro$oo; M.• da Cos- sObre as aparições de Nossa Senho-
parte. nhã uma distância de muitas léguas atra- O seu nome e morada Deus o conhe- ta Russo - Castelo de Vide, 25$oo; Lau- ra da Fátima. De tarde poz-se em
Mas para viver bem e cumprir a lei vessando a Serra de Aire que os separa ce agora, e depois, no diJ., das grandes ra Miranda - ? , ro$oo; Eugénia Nun- marcha a. procissão para, um sitio
de Deus é necessária, além da graça de do Santuário. recompensas o conheceremos todos tam- cio - Alcárcer do Sal, 2o$oo; Hermen- escolhido (e selvagem), aqui dos ar-
Deus sem a qual nada podemos, a nos- Vivendo num lugar afastado da Igre- bém. garda Lopes - S. Braz, 2o$oo; Adelai- redores, em que haviamos colocado
Sll oorrespondência - e tudo isto nos ja Paroquial da sua freguesia não têm ----4{·))~-- de Braamcamp - Santarém, zo$oo; uma. estàtuazlnha da mesma. Se-
alcança o Rosário. Amemos, pois, 0 Ro- possibilidade, pois vivem da soa jorm. diá- Henrique P. Torres- Ermezinde, zo$oo; nhora. Era _penosa. a ascensão.
sário, propaguemos esta devoção na cer- ria, de receber todos os dias a Sagrada
teza de que Deus nos concederá. as gra- Comunhão. voz DA FATIMA António Pinto - Lagares, 15$oo; P.•
José da Rocha - Lagares, 15$oo; Dia-
Mas, conforme explicara de manhã.
o pregador, não fOra. uma mensa-
ças de que necessitamos. Oremos sempre, Naquele dia, porém, que roubaram à DESPESA mantino Moreira - Aveiro, 3o$oo; Hor- gem de oração e penitência, que
sejamos cristãos de precisão, e lutemos soa jorna para virem ao Santuário não Transporte... ............ .. . tencia Menezes - POrto, zo$oo; P.• An- nos trouxera a Boa. Mãe?
contra êsse vicio da piedade egoista e haviam de perder a Sagrada Comunhão. Papel. comp. e imp. do n.o tónio de Mesquita - Marco, 2o$oo; Pelas 14 horas alcançámos o lu-
comerciante: - só oram, recorrem aos Era necessário um sacrifício para isso, 134 (55.8oo ex.)... ... . .. 2.855S3o Carlos de Oliveira - Angoche, 5o$oo; gar, onde se eleva a est..átua. Só
Santos, ouvem 1\fissas - se estiverem mas não importa. Para poderem receber Franquias, embalagem, trans- P. • António M. • Lopes - Angoche, quem conhece a Africa, é que pode
doentes, se correm perigo e se os negó- aquele Jesus que por todos desceu do céu porte, etc ......... . 1.269$45 roo$oo; João Aparicio Pinto - Ango- avaliar o que custa. fazer uma as-
cios vão mal; de contrário tudo deixam, à terra, não duvidam percorrer em jejum Na administração .. . 156$80 che, 5o$oo; Emília Vilhena - Faro, censão a ~sta. hora.. Debaixo da. pre-
não necessitando já de Deus. Não é as- a distância- que os separa do Santuário. 15$oo; Francisca R. Branc1. - Podence, sidência do mlssionário, resou-se o
sim que Nossa Senhora deseja, não é Saem de madrugada, caminham vagarosa Total 15$oo; Quilhermina Chaves - Peniche, terço, entermiadas as dezenas pe-
pois assim que devemos .fazer. e pacientemente e, um pouco depois do 1ooSoo; Crisante Figueiredo - ? , zo$oo; lo càntico da Senhora da Fátima.
No fim da Missa, foi celebrada uma meio dia, ei-los junto do bom Deus Sa- Donativos desde 15$00 Laura Gouveia - Lisboa, 2o$oo. e pela ja.culatórla.: «Meu Jesus, per-
outra, à qual assistiu ainda muita gen- cramentadol Cecilia Martins - Cuba, zo$oo; Ana doai-nos! Livrai-nos do fogo do in-
te. · Fazem a sua confissão, recebem a Sa-
A tarde encerrou-se a festa com a re- grada Comunhão com uma piedade de edi-
Roldana - Cuba. 15$oo; Maria do Céu
Valença - Braga, 15$oo; Augusto Ama- ---------........ ferno! Aliviai as almas do Purga-
tório, especialmente. as ma.fs aban-
citação do terço e Bênção solene do San- ficar os anjos, e, dadas graças a Jesus
tíssimo Sacramento. que dentro dêles residia, tratam então de
ral - Viseu, 2o$oo; Francisco Vicente
- Viseu, 15$oo; Albertina Fe=andes -
Odia 13 de Maio de 1933 na Missão donadas!:.
Resámos ainda, no flnal, pelos
. alimentar o próprio corpo com algum ali- Ribeiradio, 15$oo Distribuição em Gni- da Huila benfeitores, pelas necessidades das
Sicffia mento que traziam! lhovai - (António Leite), zoo$oo, 11(.•
Da excelente revista «MisSóes de missões e da diocese de Angola e
Esta ilha continua a. ser teatro de pro- Lindo, não é verdade? L da Rocha - Lisboa, zo$oo; Maria
Sem dúvida. Cristãos assim, embora de Amélia Vieira - Porto, 5o$oo; M. Sil- Angola e Congcn arquivamos a se-
Congo, pelas casas de habllitação
paganda ao culto de Nossa Senhora da mission.árla., em Portugal, pelo cle-
Fátima, graças ao ardente zelo do Rev.o condição humilde, dão a muitos sábias va Vieira - Alpiarça, 2o$oo; Catarina guinte nottcfa:
P.• Michelangelo Calcagno. Da sua corres- lições de sólida piedade que por Deus se Caiado - S. Braz de Alportel, 15$oo; Não passou desapercebido nesta ro lndigena e pelos cristãos.
pondência transcrevo o que segue: sabem assim sacrificar. Maria Emflia Fernandes - América, nossa. Missão da Hulla., o dta 13 de
Foi feita, em seguida, à Santls-
22$oo; P.• Agostinho Nunes - S. Leo- maio, caro a quantos amam a San- sima Virgem, a promessa de cele-
Desejaria que se encontrasse ainda em • brarmos do mesmo modo todos os
Roma. Sei, entretanto, que já saiu para • • cadea de Baião, 47$50; P.• Manuel Ro- tisslma Virgem, e em que na C<:>Va
Gubbio a passar as férias, o que me Tinha chovido torrencialmente durante drignes de Carvalho - Sedielos, 155$oo; da Iria se juntam tantos e tantos dias 13 Ide cada mês até outubro,
causou grande pena. Sabe porquê? ~ tOda a noite. J~ Padrão - Trofa, 15$oo; P. • Rafael a celebrar o aniversário da aparição com devoçâo e em esplrito de pen1-
que no próximo dia 30 (de Julho) par- , Depois de amanhecer, ainda um pouco Jacinto - Vila do Rei, 50$oo; P.• Ma- da BOa MM· tênc1a, em união com os peregrinos
tirá daqui uma peregrinação para Roma, antes do nascer do sol, do lado da Cape- nuel Feliciano - Outil, 1oo$oo; Maria l)e manhã. houve missa com cãn- da. Fátima, pedindo à Boa MA.e se
Lourdes e Terra Santa, dirigida por S. la das Confissões em direcção à das apa- da S. Peixoto - ? , 2o$oo; Ermelinda ticoo, a que a.sslstlram. além dos digne abençoar os nossos tra.balhoo.
Em.• o Snr. Cardeal Lavitrano, da qual rições, vê-se um vulto que, de joelhos, se Leite - América, 2 dolares; Olinda C. tntem.os. a Q.uasl. toba.lidade doo
fazem parte o meu Arcipreste Con. V. arrasta por sôbre a terra encharcada. Moreira - Mira, 4e$oo; José da Cruz nossos cristAos, estabelecidos em P.• João Steinmet2.

'
,
Ano XII FATIMA, 13 de .Janeiro de 1934 N.0 136

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director • Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Emprêsa Editora: Tip. "Unillo Gráfica, T . do Despacho, 16-Lisboa Administrador: P. António dos Reis RedacqAo e Administraçao "Santuério da FJtima"

Crónica de Fátima
13 de Dezembro FATIMA E LOURDES Exercícios espirituais aos operários
do Santuário
Chuvoso e frio como nunca me recordo
de nenhum outro foi êste dia 13 de De-
---:**___ Nos dias 24, 25 e 26 de Novembro os
zembro. operários que trabalham no Santuário,
A chuva miüdinha e persistente parecia Corria o ano de 1858. Por t6da a parte, impõem o sobrenatural ao respeito dos mente a pobres ~ iMcentes pastorinhos, tiveram o seu retiro espiritual diri~do
neve a dissolver-se. Uma nortada cortan- no velho como 7JO novo mundo, em t6- próprios sábios. igualmente pregando oração e pexitAncia. pelo Rev. P.• Gonçalves (S. J .)
te acabava de tornar impossível a perma- das as nações corroídas pelo virus do lai- Por t6da a parte a Fé aviva-se, a pie- E Lúcia de jesus, a venturosa protago- Tomaram voluntàriameu~ parte no
nência fora da capela das Confissões. cismo, o oYgulho desvairava as inteligAn- dade acrisola-se, as élites cristãs jormam- nista das aparições de Fátima, como Ber- r etiro 151 operários, seguindo com fer-
Apenas, em baixo, junto da imagem cias e a imoralidade pervertia os corações. -se e multiplicam-se de tal sorte que o nardette, e, como ela, humilde religiosa, l4 vor os diferentes actos de piedade as
da Senhora na capela das aparições um O pendão da sciéncia era hasteado altiva- prestígio da Santa Itreja cresce extraordi- está, 7JO se1f convento, o atestar a bondade pregações e observando rigorosamente
grupo de devotos mais resistentes porfia- mente num repto formidável e decisivo nàriamente no mundo inteiro e o espírito misericordiosa da Virgem que, depois de o silêncio.
vam em fazer a sua guarda de honra. contra a Igreia, julgada em antinomia fla- religioso avassala um grande número de ter favorecido a França com uma verda- No dia 26 o Senhor Bispo de Leiria
Foi o tempo que reduziu muitíssimo a grante com a causa do progresso e da ci- sectores sociais qU8 até então lhe eram deira graça de predilecção, houve por bem foi encerrar o retiro, jantando C'om os
concorrência: 1.500 a 2 .000 pessoas quan- vilização. Em pleno século vinte, denomi- estranhos e até adversos. QU8 maravilho- dispensar iJ!:Wll mercA aos seus filhos que- operários num vasto salão da casa ane-
do muito. nado por autonomásia o século das luzes, sa epopeia a da peqU8nina cidade dos Pi- ridos da terra de Santa Maria. xa ao Albergue e qui'! então foi inau-
As funções a impiedade envidava esforços titt1nicos
para apagar as estrêlas do Céu, repudian-
rene!ls com as suas peregrinações e os S61'S
milagres, dessa cidade santa, onde a ra-
Fátima i a continuação de Lourdes; i ,
a poucos anos d~ dist4ncia, um novo apA-
gu.rado.
Às 11 horas da noite principiou a Ho-

Fora.ro também suprimidas algumas. ra. Santa fazendo o Senhor B isp_o a ex-
do os dogmas da Fé e os princípios da mo- diosa Aparição de Bernardette, declarlln- lo, ao mesmo tempo doce e vibrante, da
Tôda a gente se concentrou na assistên- ral cristã, que haviam acalentado no ber- do ser a Ima~lada Conceição, respondeu augusta Mãe de Deus, à oração e à peni- plicação dos mistérios gloriosos do San-
cia à santa Miss;L e na recepção dos sa- to Rosário acomodada aos operários.
ço e saturado de seiva vital as socieda- ao or&culo infalível do Pontífice Romano, Uncia, um convite mais instante ainda
cramentos. des modernas. • que tinl1a proclamado, havia apenas trAs dirigido à humanidade transviada para À meia noite principiou a S. Missa

.
Não houve as procissões com a imagem Foi precisamente no centro da Europa anos, d~ alto da sua cátedra- infalível, a comungando das mãos do Senhor Bis-
de N. Senhora mas tudo se fêz dentro
que, cessando de provocar a cólera divi-
descristianizada, nessa nação que pelas mais preciosa prerrogativa outorgada na com os seus pecados e as suas iniqui- po todos os operários que mostravam a
da Capela das confissões. suas benemerAncias para com a Igreja me- Aquela que f6ra escolhida para ser a Miie maior alegria. i'! reconhecimento por tan-
dades, regresse sem demora ao caminho

Às
Por alma do Senhor Núncio
onze horas, como desde manhãzinha
receu ser chamada a filha primogénita da
mesma Igreja, que a Virgem Santíssima,
condoida dos males inúmeros e gravíssi-
do Filho Unigénito de Deus segundo ~na­
tureza humana que Ele se dignou assu-
mir a-fim-de operar o mistério adorável
da virtude e do dever, o único qU8 a po-
de conduzir a~ Céu, depois lhe assegurar
a paz a felicidade s6bre a terra.
_____. .._ ____
tas graças recebidas naqueles dias.

estava anunciado, foi celebrada a Santa mos q1~ assoberbavam a pobre humani- da Redenção! Lourdes e Fátima, as duas estdncias
Missa em sufrágio da alma de S. Ex.cl• dade, veio estabelecer o trono das suas En tretanto Bernaydette, que abr(lfara a privilegiadas da Rainha do Céu, são na MOVIMENTO RELIGIOSO EDE DOEN·
Rev.ma o Senhor D. João Beda Cardina- graças no sopé duma montanl•a perdida na vida religiosa, morre aureolada com a ta- verdade dois formosíssimos poemas de luz
le, Núncio de Sua Santidade junto do Go- cordilheira dos Pireneus. Ali, ttaquela es- ma da santidade. e de amor, duas epopeias divinas que as TES NO SANTUÁRIO DA FÁTIMA
vêrno Portuj:!uês. tt1ncia abmçoada do Céu, dezoito vezes a As SIUIS sublimes virtudes e os milag,.es almas eleitas leiem e decoram e cujas es-
A capela estava repleta. gloriosa Rainha dos Anjos se dignou apa- que Deus operou por sua intercessão es- trofes sublimes as gerações entoam como- NO ANO DE 1933
Todos os peregrinos conservavam ain- ,.ecer a uma pobre e inocente pastorinhp., calaram-lhe as honras dOs Altares. vidas pelos séculos em fóra, celebrando os
da viva a lembrança da comovedora pie- Bernardette Soubirous, que a Santa Igre- Após a sua apoteose sob a cúpula mo- louvores da Virgem sem mancha e exal- ~tovimento religioso
dade de que S. Ex.cla Rev.ma derJ. pro- ja acaba de elevar, pela apoteose deslmn- numental de S. Pedro do Vaticano por tando as suas inefáveis misericórdias!
vas ao benzer a imagem do Sagrado Co- brante da canonização, às honras supre- entre os raios luminosos da glória de Ber- Que Santa Maria Bernardette Soubirous, No decorrer do ano houve cinco turnos
ração de Jesus e na bênção do ss.mo Sa- mas dos altares. A Virgem, nos seus co- nini, a IIUmilde vidente dos escarpados glOriosa confidente da Imaculada ore no de Retiros Espirituais, sendo pelo CJ.rna-
cramento aos doentes em Maio de 1932. lóquios com a angélica menina, depois de rochedos de Massabielle, modélo acabado meio dos esplendores do se!! trono celes- val para os <~Servos de Nossa Senhora da
lhe desvendar segrédos de Deus e de lhe das mais heróicas virtudes, ergue-se ma- te pela conversão de tantos qt~ ainda ho- Fátima», pela Semana Santa pua M~­
oos, em Maio para as <~Servas de Nossa.
Um casamento pro-meter a felicidade eterna, convida,
por intermédio da sua ditosa confidente,
gestosa e bela, numa simplicidade encan-
tadora e empolgante, como exemplo a t6-
je desdenham do sobrenatural de Lourdes
e que as almas boas e piedosas do nossa Senhora da Fátima» depois para o Rev.d'?
Após a missa realizara-se diante do al- Clero da Diocese de Portalegre e final-
t1.r mór e casamento duns noivos de San- a humanidade pecadora a regenerar-se pe- das as almas, s6bre um pedestal de ex- Portugal, juntando as suas preces fervoro-
la OrOfão e pela penitência e prepara pa- celsa grandeza que desafia os séculos e sas às da Irmã Maria Lúcia de jesus, ob- mente em outubro para os empregados
to Tirso de cujos nomes não pude t omar como operários no Santuário.
nota. ra a França e para o mundo torrentes de perdurará até à eternidade. tenham por sua intercessão a de tantos
grayas e de misericórdia. Desde ~sse Jfas eis que, sessenta anos mais tarde, outros que fecham obstinadamente os Nestes Retiros tomaram parte trezentas
A-pesar do mau tempo quizeram vir e onze pessoas.
fundar a sua famflia ali à sombra protec- momento, Lourdes, a míStica cidade da no extremo ocidente da Europa, numa olhos à evidlncia dos assombrosos acon-
tora do Santuário de Nossa Senhora de I maculada, convertida na j erusalim do nesga do minúsculo e desconhecido Portu- tecimentos de Fátima!
Fátima. Ocidente, torna-se um ceatro de prodígios gal, a voz da Virgem se faz ouvir de no- Missas e Comunhões em dia 13 de
assombrosos que jazem calar os ímf!ios e , vo, igualmente no alto duma serra, igual- Visconde de Montelo
Bem hajam e que as bençãos da. Mãi
Santíssima os acompanhe sempre.
cada mês
Janeiro - Missas 12. Comunhões cêrca
A missa dos doeates
l,
de 1.300.
Fevereiro - Missas II. Comunhões cêr-
Pouco depois começava a Missa dos ca de 1.-400.
doentes celebrada pelo Rev. Prior da Ma- Março - Missas 9· Comunhões cêrca de
rinha Grande. I.6oo.
Ao Evangelho f!z a costumada. homi- Abril - Missas 1 com licença especial
lia • Rev.do Dr. Gala.mba de Oliveira por ser quin~ feira-Mór. Comunhões cêrca
que, a propósito da festa da Imaculada de 2.000.
Conceição dentro de cuja oitava nos en- Maio - Mi.ssus cêrca de 18o. Comu-
contravamos, tratou da graça, seu valor, nhões cêrca de 17 .ooo.
apreço em que a devemos ter, maneira Junho - Missas 19. Comunhões cêrca
de a aumentar, guardar e readquirir quan- de 9.000
do perdida, tomando como texto aquela J ulbo - Missas 82. Comunhões cêrca de
~gem do Evangelho: Avtl oh cheia de 22 .000.
grafO! Agosto - Missas 52. Comunhões cêrca
No fim receberam a bênção dos doentes de 15.000.
3 que com grande sacrifício tinham vin- Setembro - Missas -46. Comunhões cêr-
do até ali. ca de 8.ooo.
Notas finais Outubro - Missas 12Q. Comunhões cêr-
ca de 12.000.
Não poude ainda comparecer o Snr. Novembro - Missas 9· Comunhões cêr-
Dr. Formigão. ca de 1.800.
Tivemos, pelo contrário, o grande pra- Dezembro - Mis!WI 14. Comunhões cêr-
zer de ver já a prestar serviços o Snr. ca de 2.000.
Dr. Gen5 que tanto se esforça para que Número aproximado de Missas celebra-
nada falta na assistência aos pobres doen-
das em dia 13 - 543·
tinhos. Número aproximado de Comunhões çm
Já se encontra perfeitamente restabele- ' dia 13 - 91.800.
cida a D~tora das Servitas e do Colé-
gio de N. Senhora da Fátima. de Leiria,
Ex. ma Senhora D. Maria da Piedade de Li- Missas e comunhões nos outros dias
ma e Lemos.
• • de cada mês
Àlém da missa diária celebrada pelo
Quando às 5 n06 retirávamos, a Fátima Rev.do Reitor do Santuário, muitas outras
ficava mergulhada numa escuridão precoce foram celebradas chegando nos meses de
provocada. pelo tempo e reduzida ao no- verão a ser em número avultado por dia.
tável silêncio e recolhimento de serapre, As Comunhões foram assim distribui-
à espera de mais almas que ali vão re- das: J aneiro - 1.305, Fevereiro - I.IOo2,
temperar as forças numa união mais inti· Março - 1.207, Abril - 1.426, Maio -
ma oom Jesus Sacramentado. 151 operários que trabalham no Santuário de Nossa Senhora da Fátima e qiU fizeram o seu retiro fechado nos dias 24, 6.815, Junho - 2.142, Julho - 2.304,
G. lU O. 25 e z6 de novembro de 1933 Agosto - 1.846, Setembro - x.Iog, Ou-
2 VOZ DA FATIMA
tubro - 2.427, Novembro - 1.649. De-
zembro 845 até ao dia 21.
Número total de comunhões fóra dos
dias 13- 24.177·
Expansão mundial do culto de N. S. da Fátima i,·
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA
Número apóximado de Comunhões em
todo o ano - ns :977.
Em Itália
- Tendo sido chamado, há pouco, a
23 conferências nesta região sObre Nos-
sa Senhora de Fátima.
Em LECHHAUSEN, arredores de Augs-
IInfecção intestinal co: cctenha muito cuidado porque está em
grande perigo de ficar sem vista e até
assistir a um moribundo, levei comigo burg, o R. Dr. L. Fisher e, a seguir, a Em Agosto de 1931, adoeceu meu sô- sem o olho esquerdo».
Baptismo uma imagem e urna pagela com a nove- Senhora Dolrtora Gro=es. ambos gran- gro gravemente com uma ~~ intes?- Sem esperança nos remédios da terra
Recebeu a vida da graça. pelo baptis- na a Nossa Senhora da Fátima, para ob- des entusiastas pela Fátima., fizeram duas nal, com graves c:ompli~. Na.o lembrei-me de começar a fazer uso da água
mo neste Santuário, a 13 de Junho, Ma- ter por êste meio a cura do enfermo, pois conferências, a cada uma das quais assis- obstante ter como a551Stentes dots médi- do Santuário da Fátima e entregar a Nos-
ria Angelina de Fáfima Cabral Metelo Ma- que a sciência humana nada podia fazer. tiram mais de 6oo pessoas. cos distintos, _sempre incansáv~s a ver se sa Senhora o negócio da minha cura.
deira de Vasconcelos Portas, da Diocese Voltando a visitar os infelizes pais de- A seguir a. essas Conferências foi inau- I debelavam tão grave enfermidade, por Às bondosas Mad:res Dominica.nas do co-
dai Guarda (Ass. N. 0 53). pois do terrível desenlace, estes recor- gurado o culto de Nossa Senhora da Fá- . êles foi r~lv~do chamar-se ~ dos . me- légio de Nossa. Senhora do Amparo, onde
dando-se da imagem que colocara sôbre tima na igreja paroquial dedicada a S. 1~hores espectaltstas de doenças mf~~· fui aluna, manifestei a minha 'deliberação.
o peito do moribundo, como que esque- Paneratins, aumentando de cada vez Já que o estado do doente a todos 1D5pt- Carinhosamente aprovaram a minha. ideia
Casamentos cidos da sua amarga dOr, pediram que mais os devotos. 1 rava sérios cuidados. • e presentearam-me com um vidrinho da
Realizaram seus enlaces matrimoniais lhes contasse alguma coisa das maravi- Depois de minucioso exame feito pelo águ3. do Santuário de Nossa Senhora da
aos pés da Santíssima Virgem de Fátima lhas da Fátima. especialista, e de uma demorada conferên- Fátima.
neste Santuário a 1 de Janeiro - Agos- Foi isto, sem dúvida, uma graça ce- cia, deram-no como perdido, dizendo que Decorridos oito meses desde que não
tinho Roque e D. Iria da Ressurreição, leste. Onde entra a Virgem Santíssima apenas poderia ter uns cinco dias de vida, fafia uso -de remédio algum, durante non
professores primários em Vila Nova de Nossa Senhora da Fátima, entra a r esi- quando muito. Desolado, com esta afir- dias consecutivos pela manhã e à noite
Ourém, Diocese de Leiria. gna-ção Cristã mesmo no meio da dOr. mação tão amarga, e v endo que o pobre deitava três gotas dessa água no Olho es-
4 de fevereiro - António Pereira de doente já não tomava alimento algum se- querdo rezando na mem1a ocasião três
Sousa Di.:ls e D. Maria Emília Galamba A festa de 13 de julho, embora um não por meio de injecções, não conhecendo Avé-Marils a Nossa Senhora.
de Oliveira, ambos da freguesia. do Oli- pouco menos concorrida devido aos tra- já as pessoas que o cercavam, pedi a mi- Com a maior devoção e fé possíveis
val, desta Diocese de Leiria. balhos campestres, foi suficiente para nha esposa que lhe desse a beber uns go- prosseguiu a novena e eis que ao terminá-
9 de fevereiro - Alfredo de Azevedo honrar Maria. los da água do Santuário da Fátima, o -la sentia profundas melhoras! A Nossa
Mendes Costa e D. Virgínia Nunes Fer- Espero anciosamente a água da Fá- que êle fêz com grande sacrifício, pois boa Mãe do Céu atendeu o meu pedido
reira da Silva, ambos moradores na Vila tima e as medalhas. Aos fiéis que con- quási já não podia ingulir. Com admira- restituindo por completo a vista.
da Batalha. tinuamente acorrem a minha casa, v ou ção de todos, porém, e dos próprios mé- Afirmo sem a menor sombra de dúvi-
25 de fevereiro - José Gil Monteiro dizendo que tenham paciência, fazendo- dicos que melhor que ninguém conhecia.m da a minha convicção de que foi a omni-
Jorge, da. Vila da Batalha e D .. Alcinda -lhes ver que é grande a distancia entre o seu grave estado, o doente começou a potência Divina quem, pela intercessão de
Cordeiro, da freguesia. da Calva.na, desta Fátima, Roma e Ciminna. experimentar sensíveis melhoras, até que Nossa Senhora da. Fátima, operou esta gra-
a Virgem Santíssima, atendendo as nos- ça. e hoje desejo sinceramente agr.J.decer
diocese de Leiria.
15 de Maio - João Pires Moreira e D.
• • sas súplicas, permitiu que êle hoje viesse em público tão grande favor do c6u.
Maria Dorotêa, da Diocese de Portalegre. Não é já raro aparecer na Itália, re- já pessoalmente com sua família agrade- Amparo - Brasil
24 de Maio - Dr. Amandio de Olivei- ferências ou narrações dos acontecimen- cer-lhe a grande graça que nos concedeu Amélia Catellc
curand~. e que eu prometi publicar no
ra Santos, do Patriarc:1do e D. Alice Ra- tos da Fátima. Entre outras são dignas Fmro-Lipomas
mos Simões, da Diocese de Portalegre. de mensão a revista dos Padres Domi- seu jornalzinho, para honra e glória de
22 de Junho- Flausino Nunes Borges, nicanos «II Rosário>> que, no número de Nossa Senhora da Fátima. Atacada de uma doença nervosa, apa-
do Patriarcado e D. Maria da Silva Lico, Ou~bro, sob o título: - «Trítíco: Lour- Altar d6 Nossa Senhora da Fátima 11a Espinho receram-me também dois tumOres a que
de Minde, desta Diocese de Leiria. des, Pompeia, Fátima - dava, uma bre- igreja paroquial d6 S. Pancrácio em LE- .~lfredo M. d~ Oliveira os médicos <teram o nome de fibro-lipo-
31 de Julho - António Heitor Dias e ve mas precis:~o síntese de todos os fenó- CHHAUSEN (perto de Augsburg). mas.
D. Adriana do Rosário Tropa., ambos da menos da Fátima. Ferimentos Segundo a opinião dos mesmos médi-
Diocese de Portalegre.
20 de Setembro -
- Acaba de ser publicado em Venesa,
António Pereira um opusculo com o titulo ((Epifanie di
Em Munich Em Setembro de 1932 feri-me levemen-
cos a cura era humanamente impossível
sem uma operação cirúrgica. No dia seis
Guerra e D. Ana Antunes Duarte, des- Maria>> no qual são descritas tOdas as Uma das Senho~ que mais propa- te na mão esquerda., ferimento de que não de Setembro de 1930 passaram-me uma
ta freguesia de Fátima. mani~ta.ções de Nossa Senhora desde ganda tem feito da Fátima é a Douto- fiz grande caso. Passado algum tempo co- guia para entrar no Hospital, onde no dia
ra Gro=es. mecei a sentir-me mal da mão, fui exami-
~'2 de outubro - Alexandre Hugo de Muret até Fátima. n do mesmo mês havia de ser operada do
Morais Pequeno e D. Zulmira Gonçalves Às aparições da Virgem Santíssima na Realisou êste ano Santo uma peregri- nada por um médico declarando êste ser lado esquerdo, e daí a mês e meio sê-lo-ia
Cova da Iria consagra as últimas pági- nação a Roma fazendo o trajecto a pé. uma infecção, de tão má qualidade elA foi
• da Silva, ambos da Diocese do POrto. do lado direito.
8 de dezembro - Eugénio Lobato Go- nas descrevendo todos os acontecimen- Levou-lhe 33 dias. Duonte o caminho que durante seis meses não fiz absflluta- Durante êsses dias não fiz outra coisa.
mes Moita e D. 11-hria do Rosário Luísa tos. distribuiu cêrca de soo postais de Nossa mente coisa alguma senão tratar da mi- senão chórar porque tenho grande horroc
dos Santos, ambos do Patriarcado. (Duma carta do Rev. Michelangelo Ca- Senhora da Fátima com a seguinte inscri- nha cura. A ferida foi por várias vezes a qualquer operação.
13 de Dezembro - Mauricio Magriço de liagno). ção: Lembrança da nossa peregrinação de b.ncetada e raspada. Passados seis meses No dia 10 disse a meu marido que em
~e tratamento doloroso aconselharam-me a
Munich a Fátima em I933.
Moura Coutinho e D. Herminia Magriço --Com o título «Santuários Mariano:; tirar uma radiografia. Vendo-me, porém, vez de ir para o Hospital para aí ser opo-
Coutinho Ferreira, ambos da Diocese do de Itálil>> foi publicado há pouco, pelo rada, antes queria ir a. Fátima implo~
desanimada, sem esperanças de cura e re-
POrto. beneditino D. Afonso Salvini, um belo Santuário de Maria Eich ceando perder o braço por ter de ser am-
de Nossa Senhora a minha cura. gle coo-
16 de Dezembro - Dr. João Franco volume no prefácio do qual se vê tam- cordou.
Todos os dias 13 de cada. mês se rea- putado, voltei-me IUra Nossa Senhora da
Mesquita de Sá e D. Virgínia Maria Mon- bém uma pequena narração das apari- Para. lá partimos embora com grandes
liza no Santuário de Maria Eich, um d os Fátima fazendo-lhe várias promessas para
teiro Barbosa, ambos do P.J.triarcado. ções da Fátima a.os três pastorinhos de sofrimentos da minha parte porque nem
maii afamados da Baviera, uma. peregri- que me alcançasse a. cura. me podia sentar convenientemente.
Aljustrel. nação em honra de Nossa Senhora da Fá- 'Mil graças sejam sempre dadas a N ossa
Chegámos a Fátima. um pouco antes da
óbito Na Alemanha tima. Senhora da Fátima.
Achando-me completamente curada ve- proc~são das velas. Durante esta já coo-
Pelas 16 horas do dia 12 de agosto, Bote von Fatima (Mensageiro da Fá· Em Tirol nho agra.decer publicamente a Nossa Se- segui percorrer com os demais peregrinO&
poucos momentos d epois de haver chega- tlma). o percurso da procissão, o que eu consi.d~
Na grandiosa igreja de Innsbruck (Ti- nhora da Fátima a grande gra.ça que me
do a este Santuário, confortada com os Entrou no segundo ano da sua publi- ro já uma graça muito grande porque a
rol) realiza-se no dia 13 de cada mês a alcançou e que nunca mais quero esquecer.
Sacramentos da S:mta Igreja, faleceu Ju- cação o interessante jornalzinho uBote minha grande fraqueza já quási me nãe
devoção de Nossa Senhora da Fátima em Faial - Açôres
dite Larcher Roxo Vieira, solteira, da ci- von Fatiml>>, destinado a propagar o permitia andar.
união com os peregrinos da Fátima. Maria Julia Alvernas
dade de Lisboa. amor a Nossa Senhon. debaixo da de- No dia 13 assisti às cerimónias religio-
O Rev. P.• Husser, de Innsbruck, au-
Havia muito que vinha sofrendo de tu- nominação de Fátima nos países da lin- sas, recebi a bênção dos doentes com a
berculose, e, quando já no último grau gua germânica.
;ocilia.do por um dedicado Padre Capuchi-
nho têm feito com maior sucesso con-
Sofrimento nos intestinos maior fé que me foi possível na presença
da doença, manifestou o desejo de ~ seu desvelado director o Rev. Dr. ferências sObre a Fátima, com magnífica Havia já muitos anos que sofria dos in- de Jesus Sacramentado, e desde então co-
vir visitar o Santnário. O seu médico Ludwig Fisher, professor da Universidade concorrência, na. Austria. testinos. Porém, em março do ano pas- mecei a sentir sensíveis melhoras.
assistente opôs-se terminantemente visto de Bamberg, e grande apostolo das mara- sado, as dOres eram horríveis. Meu mari- Não cheguei a ser operada e agora, p-
julgar impossível resistir aos incómodos vilhas de Fátima.
Conferências na Suíssa do quis que fOsse ao médico, - o que fiz ças a Deus e a Nossa Senhora, sinto-me
da viagem em tal estado de fraqueza. Sua O «Mensageiro da Fátima>> publica-se no di.l. 27 do mesmo mês. Depois de me bem. Os médicos dizem que o mal desa-
família, porém, resolveu fazer-lhe a vonta-em Basileia (Sufssa) pelos cuidados de Com aprovação de Mgr. Scheiwiler, Bis- examinar, o Sr. Dr. Arnaldo Taveira, de pareceu por completo, graça esta que nun-
de por ela declarar que nessa altura seu Mgr. Mã.der, e é enviado a todos os assi- po de Saint-Gall, no cantão de St. Gall e Penajóia, disse tratar-se dum cancro, e ca posso esquecer. Enquanto puder irei
maior desejo era vir morrer junto da sua nantes da uSCHILDVACHEu (Sentinela), Appenzell, da Suissa, o Senhor Dr. Fi- que não poderia já ser operada devido à todos o~ anos ao Santuário agradecer a
Mãe do Céu, sob cujo manto esperava distribuído gratuitamente aos ouvintes das sher fará uma ~rie de conferências nes- minha idade de 62 anos, aconselhando-me Nossa Senhora tão grande favor.
encontrar seguro abrigo. conferências relaitivas a Nossa Senhora. ta Diocese, de propaganda da Fátima. apenas águas de Ca.mbres, que eu não R. Barata Salgueiro - Lisboa
Certamente a sua. esperança não foi con-da Fátima, aos devotos que se reünem em cheguei a tomar.
Florinda Pio de Paula Ferreit-•
fundida e a protecção da Santíssima Vir-
gem haverá feito com que N. Senhor a h a-
igrejas ou formam peregrinações a dife- Polónia Desanimada. da medicina, recorri à Vir-
rentes Santuários nos dias 13 de cada mês. gem Nossa Senhora.
ja. recebido em Paz. Principiou com uma tiragem de 12.000
Por iniciativa de Mgr. Dom. Sciskata,
Meu marido pediu a pessoas amigas al- Grave infecção
Foi sepultada no cemitério de Fátima e exemplares e atingiu já os 20.000. pároco em Radom, na Polónia, vai ser Maria do Destêrro Saraiva, de Vila de
guma água do Santuário da. Fátima. Obti-
foi grande o número de peregrinos que Ao querido ((Mensajeiro» ((A Voz da em breve inaugurado o culto de Nossa Se- da esta, principiámos uma novena. Em ca- Conde, pede a publicação du.ma graça coa-
em cortêjo acompanharam seus restos mor- Fátima>> envia. os mais sinceros parabens nhora da Fátima na sua Igreja Paroquial. da dia da novena eu tomava uma colher cedida a sua filha Fanc.isca de Almeida Sa-
tais à sepultura. com os votos pelas suas maiores prospe- Já foi pedida. para Portugal uma estátua daquela água, e fazíamos algumas orações raiva Cruz Pinheiro.
Que Nosso Senhor a. tenha no gôso da ridades. de Nossa Senhora da Fátima. Tendo aparecido na perna. esquerda des-
para alcançar a graça da minha cura.
Eterna Bemaventurança. A «Bote von Fatimau que se apresen- • À medida qoe ia fazendo a novena e ta sua filha uma grave infecção de ori-
ta muito bem redigida e ilustrada susten- No Brasil tomando a água, as dôres diminuíam bem gem desconhecida, cuja cu:ra. era tida pol'
Doentes ta-se com esmolas, mas se alguma pessoa
desejar recebê-la pelo correio pode dirigir- (Belém do Pará)
como o volume do meu ventre. No fim de duvidosa pelo médico, lembrou-se de re-
15 dias estava já completamente boa. correr a Nossa Senhora da Fátima, prome-
No posto médico do Santuário foram, -se ao Rev. P.• António dos Reis--na Fá- Prometi a Nossa Senhora publicar esta tendo publicar esta gra.ça se por Yentum
no decorrer do ano, abservados mil e no- tima que a enviará mediante ro escudos Numa carta recebida de Belém do Pa- graça e ir agradecer-lha à Cova da Iria se curasse.
venta e dois doentes sendo em Janeiro por ano. rá (Brasil) leem-se estas seguintes pala- junto de sua milagrosa Imagem, o que Com tal fé foi feita esta oração que no
24, em fevereiro :rs, em Março 22, em vras: hoje faço de todo o meu coração. dia seguinte quando os clínicos aparece-
abril 42, em Maio, 277. em Junho III, Grão-ducado de Baden ((Nossa Senhora <h Fátima tem sido ge- ram munidos das coisas n ecessánas para
em Julho 169, em agosto 141, em setem- A linda imagem de Nossa Senhora da Maria Pinto Teixeira Osório o costumado tratamento, nada já foi n~
nerosa e roubadora de corações. Tem
bro 81, em Outubro 174. em Novembro Fátima, de 2,m1o de a.ltur.:~,, benzida pelo verdadeiros devotos, louvado Deus. Cegueira cessário porque tinha desaparecido o tu-
23 e em dezembro :13. Snr. Bispo de Leiria e que esteve exposta mor principal com grande espanto dos
Os nossos três altares nos dias 13 fun - Não posso deixar de manifestar publi-
Dentro estes havia cento e treze que à veneração dos peregrinos na Capela das cionam em sua honra e mesmo fora dês- camente uma gra.ça. muito grande que a l- presentes, sendo precisos poucos dias pa-
traziam atestados de suas doenças passa- Confissões, no Santuário, foi despachada ses dias. ra o restabelecimento completo.
das por seus médicos assistentes. para a Alemanha- via. Hamburg - nos cancei de Nossa Senhora da Fátima, me- Esta devota de Nossa Senhora aprovei-
Lê-se o que se publica a Seu respeito diante o uso da água do seu Santuário.
Grande IUrte foi albergada no hospital princípios de dezembro passado. e todas as nossas obras vão a. melhor, gra- ta êste ensejo para agradecer publica-
do Santuário, onde eram dispensados os O Rev. Jolunn M. Schmitt, pároco de Sofrendo de doença no olho esquerdo, mente a Nossa Senhora da Fátima muitali
ças à Dispensadora de todos as grllfOSu. recorri durante oito anos a vários médicos outras graças que tão carinhosamente lhe
cuidados e carinhos dos Servos e Servas Forst, perto de Bruchsal, arcebispado de
de Nossa Senhora de Fátima, superiormen- Freiburg. ducado de B:Jden, adquiriu-a e especialistas a ver se alcançava a saúde têm sido concedidas a si e à sua família.
te dirigidos pelo Ex.mo Snr . .Dr. Pereira para a sua igreja paroquial por intermé-
(Em Minas Cerais) que tanto desejava.
~ens, digno Médico do Santuário. dio da Fatima verlag (propaganda da Fá- O Snr. Bispo de Leiria recebeu a se- Nada porém consegui da medicina du- • •
tima). de Munich, dirigida com o m 1ior guinte carta do Sr. Dr. Francisco P erei- rante todo êsse tRmpo. Longe de melhorar (Um cartão que acompanhava êste re-
Santuário de Fátima, 21 de Dezembro zêlo e dedicação pela S"nhora D. Ida Fis- SE'nti:l-me cada vez peor. Sentindo-me já latório diz o seguinte: «P.• Jorge Maria
ra Rosa, juiz em Brazopolis - Minas:
de 1933. her que já fêz a peregrinação à Fátima. desanimada, veio ainda aumentar mais o de Lima Machado, vem atestar pela sua
Brozopolis, 2 de outubro de 1933.
O Rev. Schmitt quiz que a imagem «Louvado seja. N. S. Jesus Cristo! meu desânimo o seguinte aviso do médi- honra sacerdotal que é verdadeiro o f.ac-
P.• Manuel de Souza
destinad.J. à sua igreja fOsse tocada na Desejando mandar uma oferta de
--~((·))~--
que se venera na Capelinha das Apari- 150Sooo (moeda brasileira) à N. S. de Fá-
ções, no nosso Santuário. tima, em cumprimento de um v oto, fa- los pelo favor e beijando o anel de V. pelo Rev. J. M.:lrtins, da Companhia de
Foi em Friburg que o Sr. Dr. L. Fisher ço-o, por intermédio de V. Ex.ola, e ve- Ex.•, subscrevo-me como humilde servo Jesus.
AVISO fêz magullicas conferências sObre Fátima nho pedir-lhe respeitosamente, êsse obsé- em N. S. Jesus Cristo. ' Esta revistazinha além de artigos
no inverno de 1931/32 com assistência de
Não podem ser atendidas as recla- milhares de pessoas e desde então o cul-
to a Nossa Senhora da Fátima tem au-
quio.
O culto da. milagrosa Nossa Senhora I Francisco Pereira Rosa doutrinais apresenta uma série de graças
concedidas por Nossa Senhora da Fátima
da F átima. já é bem conhecido nesta cida-
mações dos Srs. assinantes que não mentado prodigiosamente em todo o ar- de, onde tem muitos devotos. Queira Deus
Jndia Inglesa a~ seus devotos e até pro~tantes e ~-
gaos que se têm convertido reconhea.-
mandarem o número da sua assina- cebispado. que assim continue, para felicidade de Apareceu o n. 0 4 da revista uOur La- dos aos benefícios de Nossa Senhora
O R. P.• Wilhelm Frank, capelão em Ma- muita gente: - «A Jesus por Maria>>. dy of Fatima>> (Nossa Senhora da Fáti- J No pró~eimo número publicarem~ al-
tura junto à reclamação. nheim, no Grão-ducado de Baden , fêz Antecipando-lhe os meus agradecimen- ma) que se publica em Conchin, dirigida i\lDS excertos da ~<Our Lady of Fatima•.

I
VOZ DA FATIMA 3

to acima aludido, pelo que tam~m pede


a sua publicação para maior glória da San-
tíssima Virgem»). Graças de N. S. da Fátima no Brasil Missões·de Nossa Senhora da Fátima
Graças diversas (Continuação) ções com o pai para o deixar seguir a
AFRICA OCIDENTAL PORTUGUESA (Angola)
vida religiosa para que se sentia chama-
- Maria do Souto Cabral - Pico, Difteria do. O pai, porém; que a princípio se
Açores, agradece a Noss:~. Senhora a cv.- De passagem por S. Carlos do Pinhal mostrava indeciso, por influência de ter-
ra de sua mãe que se encontrava grave- (S. Paülo) tive ensejo de ir visitar a ceiros, assentou em negar pertinazmente
mente doente e que julgavam não resis- S. ta Casa confiada às Irmãzinbas da a pedida licença. Vendo assim frustrados
tiria à doença. Imaculada Conceição. Depois de percor- os seus desejos, conhecido já o valor da
- Cristina Nunes - California, agra- ridas as várias dependências do edifício, intercessão de N." S.• da Fátima, é para
dece a Nossa Senhora o ter-lhe há um leva-me a Superiora a visitar também Ela que se volta implorando ardente-
ano curado o seu marido, e agora pede uma nova gruta de Nossa Senhora de mente a 5Ua maternal protecção. Vendo
uma nova graça muito importante em Lourdes que no dia seguinte ia ser inau- perdidas tôdas as esperanças de bom êxi-
benefício do mesmo. gurada. De caminho ia-lhe eu falando da to, resolve dar princípio a uma novena
_ Maria do Carmo dos Santos Nasci- nossa uLourdes Portuguesa" contando- a N." S.•. ouvindo Missa e comungan-
mento Bruno - Pedrouços. agradece a -lhe alguns dos ~ mais maravilhosos do nesse sentido desde o primeiro ao úl-
proteção de Nossa Senhora da Fátima em por Nossa Senhora da Fátima operados timo dia.
favor de D. Maril. da Piedade da Costa cá mesmo no nosso meio. O êxito foi o melhor que se podia es-
Pestana, de Algés, que teve de se su- Tanto bastou para ela me dizer: uOh! perar:-sendo até ali irrevogáv~l a d.eci-
jeitar a uma melindrosa operação. se Ela nos valesse em dois casos graves são do pai, quando no nono dia o hlho
- Ernesto Amaro - Lisboa., agr<~.­ que presentemente aqai temos!>~ ia a entrar em casa. vindo da Missa e
dece a Nossa Senhora uma graça parti- -Vamos tentar, lhe repliquei, que Comunhão, o pai chama-o e apontando-
cular que do céu lhe alcançou. nenhum mal daí pode advir. Poucos pas- -lhe para a sua mesa de trabalho, diz:
- Maria Luisa Aguiar Coelho - Ce- sos adeante e éstavamos junto da janela - toma aquela carta e lê. Era ela de
te encontrando-se seu filho mais novo de um quarto terreo onde, completa- um seu tio residente em S. Paulo, aliás
e 'um sobrinho em perigo de vida, recor- mente desenganado dos médicos, se esta- bem alheio às práticas da religião, e que,
reu a Nossa Senhora e obteve a graça da va finando um menino de 7 anos, Mil- informado das intenções do sobrinho,
sua. cura, graça que reconhecidamente ton Talarico, vítima de uma. renitente por sua própria iniciativa escreve ao pai
agradece. difteria, que cm 22- dias, apesar de to- do jovem dizendo que de modo algum
- Rosa Rodrigues Bastos Teixeira dos os desveloe de médicos e enfermeiras, deve contrariar a vocação do filho para
Lisboa, implorando de Nossa Senhora o tinha levado áqueles extremos, em que se não arrillear a ser a causa da sua e
uma · graça muito necessária e tendo-a eu o poude observar com a mãe à ca. da infelicidade do filho. Cape/4 de Nossa Senhora da Fátima ~ 50 qt~ilóm~tros d8 Luanda no
ale1nçado, com o maior reconhecimento beceira. e o pai aos pés do leito, debu- Tanto pêsó tiveram perante o pai tão
deseja agradecê-la. lhados ambos em lágrimas à espera do lugar uFazenda T~ntativa» benzida • inawp'ada f>~lo Senhor Bispo d4
inesperadas ponderações, que sem a me- Ango/4 e Congo
- Ana Lobo de Vasconcelos Triguei- deSenlace. Procurei confortá-los exortan- nor objeção deu para logo a tão deseja-
ros - Alca.ins, agradece a Nossa Senho- do-os à confiança em Nossa Senhora da da licença. E de notar ainda que o dito Transcrevemos a seguinte carta. de rubiu ao altar e abraç014-3e à imagem
ra da Fátima diferentes graças espirituais Fátima cuja novena com um frasquinho tio, na falta de recursos da parte do Sua Ex.cla Rev.""' o Senhor D. Moisés, tk N. Senhora da Fátima! Foi preci.!o
e temporais concedidl.s a si e a sua fa- de água prometi mandar-lhes logo que pai, se prontificava liberalmeste a cor- vener ando B ispo de Angola e Congo, ter alguim de guarda ati à noite para
milia. chegasse a casa. rer com tôdas as despesas. enviada ao Senhor llispo ~ Leiria. evitar q,u o caao &6 repefi44e.
- Teresa Puna - Cabinda, agradece Eles e as Irmãs deram logo principio Bem se pode imaginar. com tal suces- Que Maria Santía&ima ae digne 11oZ-
a Nossa Senhora a concessão de duas a uma novena e, mercê de Nossa Senho- so, a intensa alegria do piedoso jovem.
Luanda, 28 de 011tubr0 de 1933 11er um olhar de maternal compai:Uio
graças extraordinárias. ra, o menino começou a reanimar-se e Aproveitando tão favorável oportunida- para eatea pobre. angolano&, n4o per-
- /!faria de Oliveira Neves - Guima- a melhorar tão ràpidamente que no do- de, deu pressa aos necessários preparati-
Ez.mo • Rev.mo Senhor, mitindo que Portugal católico o& uque-
rães, com a maior alegria e reconhecimen- mingo imediato, já se encontrava em sua vos e lá estl. já em Friburgo no Novi- Regre&&P.i há pouco a Lu.nnda, depoü ça e abandone!
to possíveis agradece a Nossa Senhora a casa na mais franca convalescença. ciado dos Padres Jesuítas da Província de ter andad<J meses seguidos pelo inte-
cura de seu marido. rior de visita às missões e principais lo. ~ V . Ex.ala Rev m•, eto.
Italiana.
- Maria do Carmo Mendes - Viseu, Tifo Alegre e feliz na sua nova vida, a N.• calidades. t MoyséJ, Bispo de A. e C.
tendo uma pa.ralish que lhe deixou a bo- S. • da Fátima testemunha sua perene Graçaa à protecçOO de Maria SS. tu-
ca ao lado e uma perna e braço imobili- O outro caso também grave de que do correu. bem. No ca'M·o que me tran.s-
gratidão.
sados, recorreu a Nossa Senhora que em me falava a dita Superiora, dizia respei- portava havia &ido fixado um medalhão AFRICA D'F.STE
pouco tempo a. curou, graça que lhe vem to a uma religiosa, Irmã Eudoxia, que,
agradecer. tratando de uma. outra que pouco Neurastenia
antes
com, a efígie de N. S. da Fátima e não
foi em vão que se invocou. a assistê11cia No número da uVoz da FátJman de De-
- Francisco L . Mergulhão - Navelin, morrera de tifo, se encontrava já sacra- Outro prodígio a inda operado em S. da Mssa Mãi do Céu.. zBmbro referinw-nos à formação da Mis-
agradece muito reconhecido a Nossa Se- mentada e sem esperança alguma de cu- Carlos do Pinhal: A .V. Ex,cl• Rev.ma intere.saurá parti- são de Nossa Senhora da Fátima em
nhora da Fátima a cura de uma úlcera no ra. D. Marla. Francisca do Amaral, de 71 cular11~ente saber que N. 8. da l<'átima Tanganica. Hoje descreve-nos o Rev.mo
estômago. Desde Jogo tôda a Comunidade come- anos de idade, residente à R. AleX.llldri-
é já 1nuito conhectda e invocada por es- Abade benedictino. Superiol' da Missão, os
Depois de vários medicamentos inúteis ça uma novena a Nossa Senhora da Fá- na., 1 01, havia 3 meses que se achava tas terras de Angola.
'tima, dando conjuntamente à doente doente, vítima duma cruel neurastenia ner-
tomou água do Santuário e ficou bem. Yo planalto de Benguela uma mi&são
- Victor Mergulhão - Navelin, tendo umas gotinhas da água do Santuário, e vosa que a forçava a guardar o leito, sem fUJldada há pouco& anos, mas já muito
Primeiros mártires da missão «Fáti-
implorado uma graça importante e ten- o resultado idêntico ao do menino, foi poder entregar-se a ocuplção de espécie florescente, a mi&são da Gan.da é 'on- ma» na África oriental (Tanganika)
do-a alc1nçado agradece a Nossa Senhora que a Irmã, já sacramentada e desen- alguma. Neste estado sofria por vezes sagrada. a "S. S. <4 Fátima, e fá eatão
da Fátima, e com o maior reconhecimen- ganada, venceu a crise, cessou dentro crises em cxtn"'llo violentas, que muito já iniciadas a& obras para uma vaata <.Louvado se1a N. Senhor Jtsm Cris-
to a publica no seu jornal «A Voz da em breve a gravidade de seu estado, lhe intensificavam o sofrimento, fazendo igreja e!l~ sua honra.
nem tardou em manifestar as mais também na devida proporção sofrer os to!"
Fátima». Na: r~gião do E11clo.ve, '10 norte, uma
- António Ribeiro - Casais da Aba- tranquilisadoras melhoras, seguidas mui- seus. Era esta já a 2. • vez que tinha des- aldeta Lágrimas de alegna corriam do&
tmportante convertida ao CT"Utia-
dia, agradece a Nossa Senhora du.olS gra- to antes da mais franca convalescença, sas crises assim violentas. Informada. dis- nismo e dependente da miuão de Ca- olhos de Lúcio, um zelo&o e hllr6ico ca-
ças: a cura completa do reumatismo de Bem haja a Virgem Santíssima que as- so uma sua filha religiosa, manda-lhe tequista numa das aldeias mau di&tan-
sim vai nobilitando também cá no es- uma novena de Nossa Senhora da Fátima
binda, é conhecida pelo nome de «al- te& da taiasdo cat6hca de Ji'ú:ima. A
que sofria havia já 7 anos e a cura duma
bemia. tranjeiro a nova uLourdes Portuguesa»! para que por meio dela peça o seu res- deia de N. S. da Fátima», sua l:'adroei- minha promllssa, feita há tempo, foi
ra. fielmmte cumprida. Fátima, a mi.!&iü
-Elvira Can~do - Vouzela, muito re- tabelecimento, prometendo-lhe que alguns
Tem capela provi&ória, no eatilo das de Naridembo, iá foi inaugurada no dia
oonhecida a Nossa Senhora da Fátim1 Ataques dias depois faria chegar às su~ mãos tam-
bém um frasquinho da água do seu San- casas da terra, 1114s por oca&ião da mi- 4 de Julho próximo pa&sado.
agradece o ter-lhe curado um filho que es- Na cidade de S. Carlos - S. Paulo, tuário em Fátima. nha paJsagem iá estava quási pronta úúcio empreendeu uma viagem tk
tava em perigo de vida, bem como uma tive ocasião de fazer uma conferência de paredes uma ampla ig·r eia de tijolo. dois dias para nos vir cumprimentar.
graça espiritual alcançad:~. no mês de Maio sôbre Nossa Senhora da Fátima a um Eu mesmo fui o portador dêsse frasqui-
por sua Maternal intercessão. nho. Quando porém, de passagem por S. Com grande regos1jo de todos os cri&- 11Dtus seia louvado, exclamou êle já te-
numeroso grupo de jovens de uma flo- Carlos, lhe vou fazer uma visita da. par- tãos visitei es&a. aldeia e a& obraa f ican- mos um padtre para santificar aa' nouas
- Rita da Conceição - Campanhã, de- rescente Congrega.çio llariaDa.
pois de quarenta dias de cama com vio- te da filha religiosa, acho-a não só me- do logo combinado que iria lá cêZebrar, al=ln
No fim da Conferência chega-se a mim lhor mas quási completamente boa, e quando volta.7&e de novo a~ Enclave Estas palavra.5 saíam-lhe do mai& íft-.
lentas dores camadas pela queimadura
dum pé, vendo que o seu estado de saú-
um dêsses rapazes pedindo uma. novena, com o tomar daí em diante a prodigiosa Nas capelaa-e&cola.s do interior G -fUI,. timo do cora{:ão.
e, se fOsse possível, taro~ um frasqui- casa,y dos cristãos encontrei f reqii.ente- Ajoelhou em seguida e pediu-nos a
de se agravava dia a dia, começou uma nho da água do Santuário, porque, di- água se foi acentuando cada dia. mais o mente quadros e imagens de N. IS. da
seu restabelecimento, até se sentir, não b~n.çào para o bom êxito do seu apoa-
novena a Nossa Senhora da Fátima fazen-
zia, havia já anos que vinha sofrendo muito depois, completamente boa, cura Fátima. tolado. O seu trabalho era ~noao e
do o cura.tivo do ~ com pachos embebi- Em várias partes, quando pergunta- difícil (agom iá n4o) entre maomet4-
dos em água do Santuário. Ao nono dia, de uns ataques epiléticos que se repe- tanto mais para admirar quanto é certo
tiam com muita freqüência, sem encon- tratar-se de uma doonça hereditária que já va a alguma peque,.ita como u chama- noa .impedernido& que o peraeg"ia"' t
depois de dôres violeatas, a sua devoção
e confança na Santíssima Virgem cresce-
trar remédio eficaz, por mais médicos havia vitimado várias pessoas da mesma va, era freqüente receber por resposta: lhe 11ota'Vam um ódio satânico por cu.U-
que tinha já consultado em S. Carlos, família. •<Maria da Fátima ... 3a do seu. apostolado. Nunca 1e quei:z:a..
ram ainda mais, e após uma súplica o
mais ardente possível, as dOres desapare- Campinas e S. Paulo. P. • J oão de Mil'anda S . J . Passei o dia lS de Julho em S ...J.ntô- 17a deatas ...2_erseguições, limitando-se
ceram, e o ~ desinchou não precisando Começa por essa ocasião uma novena (continua) nio do Zaire, prime1ra tt:rra a que apenaa a peà!T-1111s oraçõu para <JtU N.
aport~n~. Diogo Cam. Durante muitos Senhora lh.e denll forças para &o/r•~r.
ser lancetado como estava determinado. a N.• S.• da fo'átima tomando de cada
Reconhecida à Santíssima Virgem por vez umas gotinhas da água. do Santuá- - M.• Francisca Ribeiro - Fortaleza anos essa 'Vila teve pároco. Hoje nem lo- A1 crianças amavnm-no comil a um pttJ.
tão grande favor agradece de todo o seu rio, e o efeito não podia ser mais sa- -Ceará, agradece uma graça. cal lá se en.cuntra para o culto I
coração. tisfatórjo, pois que nunca mais se lhe - Maria Franco da Cunha, agradece Masl. nem por i~o pauou. de&percebi-
-Perpetua Barradas de Carvalho - repetiram os mencionados ataques. Ago- outra graça. do o am 13. Armet o meu altar portatil
Ponte de Sor, teve um dos seus filhos gra- ra, dá honra e louvor a tão boa Mãe. -Francisca Onofre - Luixadá - e celeb1·ei. o santo sacrifício ao ar livre,
vemente doente com meningite. Chegou a Um outro jovem, presidente da refe- Ceará, agradece a N.• S.• da Fátima rodwdo de numerosa assistência. Nao
perder o juízo tornando-se deveras incó- rida Congregação, andava em negocia- três graças que lhe alcançou. deixei de lembrar o que neue mesmo
modo o estar junto dêle. Sem confiança dia e a easa mesma h()ra se llstava de-
já na medicina cujas prescrições inutil- senrolando na Cova da Iria e todo& orá.
mente vinha observando, entregou o caso - Maria da Conceição Martins Moreira -Maria José Paiva - Aldeia do Ma- mos em união com tantos milhareA de
a Nossa Senhora da Fátima obtendo rá- e seu marido, de Fa.nzeres - Gondomar, to, reconhecida a Nossa Senhora por mui- piedosos romeiros, que aí im•or.a1:am
pidas e completas melhoras. achando-se ambos muito doentes recorre- tas graças que lhe tem alcançado para si com fé e confianÇa a protecç{lo de Ma-
- Purificação Lopes da Cunha Osório ram a Nossa Senhora da Fátima, e tendo e para sua família, vem agradecer publi- ria Santíuima.
- Celorico da Beira, vem agradecer a cu- obtido a saúde vêm agradecer a Nossa camente a NoSSl. Senhora tão valiosos fa- A confiança filial em Nossa Senhora
ra de sua filha Maria Helena que durante Senhora o ter-lha alcançado. vores. manifesta-se duma forma lldificante nes-
muito tempo sofreu do estômago. Uma - 1\.fu.nuel António Fernandes - Serê- - Joana Martins Cid - Crato, tendo tes pobres filhos da selva há pouco bap.
novena a Nossa Senhora da Fátima foi o lhe, agradece a. Nossa Senhora divers1s alcançado de Nossa Senhora <\a Fátima tizados, com 0 por mai& de uma VI'Z ti'Ve
bastante para alcançar a saúde que a me- graças espirituais e temporais que da mes- a cura de uma. doença que médicos ensejo de ccnstatar.
dicina não pôde dar. ma Senhora recebeu. julgavam incurável, vem agradecer tão tl.ssim na visita ao Maion~be nlnda se
-Maria Marques da Silva -Pico, Aço- - Maria do Resgate Marques - S. Vi- grande favor. t:iajou a custo e à antiga, subindo e
res, viuva. e doente, :tgradece a Nossa Se- cente da Beira, sofreu dos pulmões duran- - Maria Rosa - Sa.ngalhos, teve um descend"O mtmtanltas abruptas, atraves-
nhora a. sua cura para amparo dos seus 6 te muito tempo. Injecções, alimentação quisto sôbre um Olho. Receando a opera- sando rios a vau e ladeando precipícios.
filhos tendo o mais velho apenas 12 anos. especial, resguardo, etc. nada lhe dava ção que lhe fôra aconselhada entregou-se Quando em &!tios perigosos os carrega-
Foi para êste fim que ela invocou o au- sensíveis melhoras. Durante nove meses à protecção de Nossa Senhora da Fátima, dores se auustavam e receavam reS'Va-
xílio de Nossa Senhora da. Fátima. esteve em Lisboa recebendo dum especia- e obtida a cura que lhe pediu deseja a lm·, em vez de qualquer exclamação vul-
- Matilde Leão Costa Simões - Coim- lista diversos tratamentos. Depois dêsse sua publicação no jornalzinho de N.• Se- gar -ai! ou cautela/ etc. owvia-se-!hes
bra, na. noite de 12 para 13 d e Março tempo, desanimada resolveu ir para a sua nhora. simplesmente- Marial
de 1921 teve uma de suas filhas em ago- terra porque, diz, preferia morrer no meio - Amália Conceição Gomes - Monte, D omingo passado fui à l•'a;.enda Ten-
rria, prestes a expirar. Naquele momento da sua família. Isto deu-se em 1926. Funchal, achando-se quási a morrer no tativa, a 50 quil. de Luanda, in.<tugu-
de dOr recorreu a Nossa Senhora da Fá- A vidl., porém, foi-se conservando, de Hospital dos Marmeleiros, agradece a rar uma bela capela em honra de N. Se.
tima, e tendo obtido rápidas melhoras pa- maneira que, embora no meio de mil di- Nossa Senhora da Fátima a grande graça nhora da Fátima. Depois da 111 iua fui O 'atequista Lúcio com seus alunos, tra-
ra a sua querida doente, vem agradecer tão ficuldades, resolveu ir ao Santuário da de se encontrar já com perfeita saúde em a Caxito, povoaçao nntiaa com a sua zendo ao pescoço ttm rosário t: tocando um
grande favor. Os médicos declararam-na Fátima. Uma vez lá, Nossa Senhora com- sua casa junfo de sua família. igreja bem. consen•nda, mas sem páro- instrumento de música..
já como absolutamente curada. padeceu-se dela, dando-lhe a saúde de que - Salete Lopes Henriques - Nelas, co há muitos anos, infelizmente. Esta fotografza é de Julho d• 1933·
- Eugénia de Nobrega - Camara dos tanto necessitava. Foi já examinada por vendo-se doente recorreu a Nossa Senho- Durante éste tempo a muitidllo foi Foi martirizado pela sua N. sendo o pri-
Lobos, agradece a N.• Senhora uma gra- 3 médicos que dizem não lhe encontrar ra da Fátima. e tendo deb. alcançado a deafilando diante do altar. A certa ul- meiro mártir da Fátima .
ça temporal que dEla alcançou. vestígios .da sua antiga doença. saúde pedida vem agradecer êsse favor. t"ra porim hou'Ve -Mvi44de. Um preto Ore a Deus por nós! ...
4 VOZ DA fATIMA
a cri~mça, depoeitou o corpo na. Casa
A aldeia c:k M wikanck tiftha um.
IJJ}6stolo incansá11el c zr.lo&o.
Pôrto 20$00; M..• .Amélia Coutinllo-
Vou~la, 40$00; José João Nu~ell-­
Notas sôbre a doença e morte de Jacin- do Despacho da Irmandade, por cima
A 10 de Setembro pauado, oito dia•
antes do meu regresso à Europa, che-
Beira- Africa Portg.•, 60$00; D t.tnb.
em Vera Oruz - Avetro, :.!U$00; llaria
ta Marto, uma das videntes de Fátima da sacristia, fechou a porta e entregou
a resppctiva chave ao Snr. António Re--
gou à missão um mensageiro tri..,te e Augt.• Gomes- Viana, 20$00; Fr~­ - pelo distinto Médico Dr. EURICO LISBOA belo de Almeiua. s6cio da firma A~
abatido. ((Lúcio, diz 2le, foi tll~rina­ cisco Vicente- Viseu, 'li55; uOurl- meida. & Qumtaà, agentes funerários,
vesaria Aliança»- Pôrto, 50$00 · M.• Em meado de \aneiro de 1920 fomos car e distrair-6e, 0 que fazia passando na Rua da Escola Politécnica, 26, que
do,/ A emoção impediu.-o de continuar/ à Cova da Iria, por termos resolvido pela. vista várias estampas religio~as, tinham sido encarregados de fazer o tu-
Um pouco mais refeito contou.-nos o 3t- Améha. Guimarães - Estremoz, 1S$00;
M.• Rosa Matos- Extremoz, 25$00; que seria com urna tal viagem que ini- uma das quais a de ~ossa Senhora do neral.
guinte: Que Lúcio, ao regressar a casa ciariamos o uso do automóvel que, ha- Sámeiro - que mais tarde me ofere-
depoü da su.a 11üita à mis~, fôra en- l\1.• Isabel Russo- C. de Vide, 25$00; O Sn!". Almeida r~orda-se ainda ho-
Fra.ncisco Duarte-Lisboa, 15$00; Ana via poucos dias, compráramos. ceram como recordação da Jacinta- e je, com grande precisão, de tudo o que
eontrar uma sppultura aiw.la fresca on- De passagem por Santarém fomos que ela diúa ser a que mais lhe fazia então se passou.
de repousava a pequena Melánia, sua fi- Madeira Cardoso- Extremoz, 40$00;
cumprimentar o Rev. 0 P • Dr. Formi- lembrar a. Senhora Aparecid;,~.
lha de idade ck 7 anos. Morrera quási Joaquim da Costa- Pôrto, 15$00; Jo- Para. satisfazer ordeiramente aos inú-
gão, que sabíamos ser quem nos pode- Várias vezes fu1 informado. de que a meros pedidos qu~ lhe faziam para ver
&ubitamente em con&eqiUncia dum~ en- sé Maximiano- Almeirim, 20$00; Al-
ria instruir sôbre tudo 0 que so tinha pequenita deSt'ja.va que eu lhe fosse fa- a criança, esteve durante todo o dia 23
venenamento. A arma de Mahomé é o fredo Costa-LourenQO Marques, 20$00;
passado em l<' átima, e de que tinha. si- zer uma. visita., porque pretendia reve- de fevereiro na Igreja, e ia acompa-
11eneno mini3trado subtutnente. A-;pe- M. a I)ib. Silva- Pôrto, 20$00; Brites
do testemunha presencial. lar-me um segrêdo. . nhando cada um dos grupos O.c pE•,soas
~ar-de todo& os es/01 ços, ntnlmm go1•êr-
Andonnha- Setúbal, 15$00 · Directora
O Snr. Dr. Formigão, que só então ti- Como\ ~ minhas ~upaç~ _clW!icas que reiinia, mas cujo número er..o mui-
no con&egutu até agora extirpar seme- do Col. de S. Ana - Barcelos, 60$00;
vemos o prazer de conhecer, iniciando- eram mu1tns, e como as uottctas que to limitado, para os pod~r fiscalisar e
lhante cancro. Foi esta a primeira 11fti-Maria Cardoso- Estoril, 100~00; .Ber-
-se assim a firme amizade que nos li- me chegavam eram que a Jacinta es- evitar assim algum desacato, que rL>cea-
ma imolada q. Cristo e a N. Senhora nardo Fernandes - Lourenço Marques,
ga, te,·e a gentileza de nos acompanhar tava um pouco melhor, não me apressei va se podesse dar.
de Fátima. 30$00; Paulo Nazário -Lourenço Mar- a l!'átima, sendo por seu intermédio e infelizmente não a fui visitar, rescr-
ques, 15$00; Sancha. Monteiro - Lou-
.4inda o seu lar estava. i11•erso em dor Ficou porém admirado do respeito o
que conhecemos as pequenas videntes vando-m~ para mais tarde. ~rande devol(âo com que acarinhavam e
• luto, quando caiu a segunda víctima. renço Marques, 15$00; Armando da
Lúcia e Jacinta. N11. tarde de 20 de fevereiro, 6.• fei beijavam o oorpinho, na face o nas
Jfoviàos por 6dio sat<inico, procura- Costa. - Lourenço Marques, 20$00;
Depois de termos ido à Cova da. Iria ra, pelas 6 horas da tarde, a pequenita m:>01>, recordando-se ainda nítirlamente
ram os mahometanos ! eri..J.o primeiro Joii,o Natividade- Lourenço Marques,
com a Lúcia, e termos, sob a sua direc- disse que se sentia. mal e que desejava da oôr rosada. das faces do cadáver, que
no seu amor de pai para, em seguida o 15$00; Antoninho Sausa. - Lourenço ção rasado o ~rço, oom uma. inesqu6- receber os Sacramentos. Foi chamado o lhe dava a impressão de ~tar aiuda
t.z.ssassinarem também, l?ropinanà<Hhe Marquell 15$00; Cláudio Carraxo-
cível ternura e devoção, regressámos a digníssimo prior da freguesia dos An- oom vida, e não esquecendo o belo aro-
11eneno fUI comid«. Louren~ Marques, 15~00; Inês .Alvare!'
Fá.tima., onde estivemos falando com a jo!f, Snr. Dr. Pereira dos Rois, que a ma qu(l o corpo exalava.
Sett horas dttrou a açtmia d 0 nosso -Lourenço Marques, 15$00; M~.guel
Jacinta e com as mães das duas videu- ouviu de confissão, cêrca das B horas Finalmente, na 3.• feira, 24. de ft>ve-
heroi no meio de dores horrí1Jeis rupor- Rodrigues- Lourenço Marques, 15$00; tes. da noite.
t~ com rerignaçdo c inteira submu- João Fernandes- Lourenço ~!arques, reiro, às 11 horas da manhã, três dias
Disseram-nos então que o pequeno DiSlieram-me que a !)6'[Uenita insis- e meio depois do falectmento, fo1 colo-
são à 1JOntade de Deus. Foram, pois, 15$00; Hipólito Gonçalves - Lourenço Francisco, também vidente, tinha sido tira para que lhe l ev~m o Sagra.do cado o corpo dentro dum caixão de
i!steJ os primeiros máríire• de Fatima. Marques, 15$00; Lourenço FE>rnandes
vítima da. oélebre epidemia. de gripe Viático com o que não concordou o chumbo e êste encerrado, tendo aasisti-
Senhora porque e:cigtreis 1JÓs da noa-- Lourenço Marques, 15$00; Geraldo pneum6nica, que em tôda a. Europa fez Sr. Dr: Pereira dos Reis, por n vêr do a êste acto, além do soldador e do
sa Missão· acabada de fundar tantos e Andrade - Lourenço Marques, 15$00; grande mortan~, tendo assim ido já aparentemente bem, prometendo levar- Snr. Almeida, as nutoridadt>s c algu-
tão grandes sacrifícios I Caetano Nazaré- Lourenço Marques, ~ com Nossa Senhora, o que, desde -lhe Nosso Senhor no dia seguinte. mas senhoras, entre as quais a Snr.•
Mas não será isto uma grande graça 15$00; Benedito Menezes - Lourenço as aparições, constituía para éle a A pequenita insistiu em pedir a Co- D. Maria. de JellUB de Oriol Pena fa--
de N . Senh(JTat Marques, 15$00; Maria. Santana.- Lou- ruaior aspiração, recusando-se sempre munhão, dizt>ndo que morreria em bre- lecida há oêrca. de um ano que afirruO'U
renço Marques, 1õi00; Lourenço Paulo
t J.óachim A1nmann O. S. B. Pinto, Lourenço Marques, 30$1l0; Dis-
a aceitar quaisquer auxílios ou ofertas ve. E efectivamente pelas 10 1/2 da noi- a várias pessoas, que ainda hoje o po-
Abade de Ndanda que lhe proporcionavam as pessoas que ~ faleceu com a maior tranquilidade, dem testemunhar, que 0 aroma exalado
trib. em Moncarapacho, 94$00; Júlio de nos dias das aparições lhe falavam, am- sem ter comungado. pelo corpo, no aoto do encerramento,
---**___ Asais- Macau, 100$00; M.ol Urbano -
Faro 30$00; Anónimo, 162$50; André
Chichôrro -Monforte, 20$00; M.• R.
bicionando só a morte como a maior
ventura.
Avisado no dia seguinte, de manhã, era agradável como o de flores, facto
do que se tinha passado falei oom a muito extranho atendendo à nature~
A pequenita Jacinta estava muito Snr.a D. Amélia de Sande e Castro, purulenta. da doen(,'a 9 ao largo perío-
VOZ DA FATIMA Moura -Pôrto, 15$00; Lucinda ~~i­
ço- S. Tirso, 20$00; José _de Ohve1_ra
pálida, magrita, andava com dificulda· que diàriamente frequ~ntll.va o meu do de tempo que esteve insepulto.
de, dizendo-me a família que ela esta- qonsultório, para tratamento de uma E na tarde dílsse dia realizou-116 o fu-
DESPESA - Quintãs, 15$00; Antónto Estróc1~, va muito doente, o que os não contris- doença de olhos de que sofria. neral a pé, debaixo dt~ chuva e com
1/2 libra; José F. de Jesus- Brasü, tava1 pois a maior ambição da Jacinta Com a maior solicitude foi pedir à grande acompanhamento, conservando-
Transporte 418.941$87 20$00; João Custódio-Moledo, 30$00;
P<~.pel, comp. e imp. do n. 0 era. u também para Nossa Senhora vis- falecida Snr.• Marqueza. de Rio Maior, ~ o caixãosinho depositado no jazigo
uUma devota» -Montemor, 20$00; to que era esta a vontade da Mãe-Raí- e à Snr.• Marque-za do Lavradio, suas do Snr. Barão de Alvaiázert>, em Vila
135 (52.000 ex) 2.700i60 Distrib. em Fragoso, 72$50; M.• Barão
Franquias, embal. trana- nha do Céu que já. tinha levado o Fran- Primas, sondo-lhe dado peia pnrueira Nova de Ourém.
- Armação de Pera, 28$00. ~ cisoo. ' destas senhoras um vestidinho de pri- Por interessante ~íncidencia reali-
portes, etc. 918$45
Na Administra~tão 172$30 Censurando-os eu por não emprega· meira comunhão, que servia a crianças zou-se, no dia do funeral da Jacinta,
rem todos os esforços para darem ><aú- pobres da sua freguesia e pela segun- uma. das assembleias gerais anuais das
Soma 422.733$22 CONFRARIA DE N: SENHORA DA de à Jacinta, disseram-me que não va-
lia a. pena, porque era d~ejo de Nossa
da roupas branoas e dinheiro para com- ConferênL'ias de S. Vi<'f-nte de Paulo, a
prar uma fita de seda azul, com o que que eu devia assistir.
Donativos desde 15$00 FÁTIMA Senhora levá-la, e · que já. tinha estado fo1 amortalhado o corpinho da Jacinta, Na seguinte asseml>leia geral d:u.
no Hospital de Vila Nova de Ourém que dissera. desejar ser amnrtalha.da de mesmas conferências julguei meu dever
Quantia entregue em 1932 pelo Snr. Como tem sido feito nos anos ante-
durante 2 mezes, sem que tivesse obti- branco e azul como Nossa Senhora. justificar a minha. fn.lta, dcdarando
P. • António Bernarlo Gonçalves - Se- riores, em Janeiro, também neste vimos
do quaisquer melhoras. Informadas algumas pessoM do fale- que uma obra de misericórdia me im-
minário de Racho!, 318$00. Quantia perante todos os leitorell de uA Voz da Repliquei-lhes que a vontade de Nos· cimento da. Jacinta, ràpidamente apa- pedira de compn.rec~r na. anterior, o
entregue em 1933 pelo Snr. P .• Antó- Fátiman e duma maneira. muito espe- sa Senhora é superior a tôdas as forças receram vár1os donativos para as das- que essa obra tinha sido tratar do fu
nio Bernardo Gonçalves - Seminário cial perante os membros da Confraria humanas, e que, }!ara terem a. certez:l pezas do funeral, que se fixou pare~. o neral de uma das videntes de Fátima
do Racho!, 680$00; Maria Joana- To- de Nossa Senhora da Fátima, apre~E'.ll­ Essa declaração provocou uma garga-
de que do facto Nossa. Senhora a que- dia soguinte, domingo, às _1 2 horas, pa-
ledo, 15~00; Vi!:>coud..,ssa de S. João- tar as contas do rendimento dos anuais
ria levar, deviam esgotar todos os re- ra ser transportado o corpmho para um lhada quási geral da assembleia, em
T. Novas, 40$00 ;Artur Jorge da Silva dura.nte o ano de 1933, e mostrar o mo- cursos científicos para lhe conservarem dos cemittírios de Lisboa. que, oomo é natural, tomavam parte
-Viseu, 80$00; Maria Rondrigues- do como tal qua.ntia. foi empregada. a. vida. Quando o feretro ~>aíu da casa mar- pessoas muito categorisadas no meio
S. Tirso, 15$00; José de Morais- Vila Durante o ano de 1933 o rendimento Excitados por êste meu conselho fo- tuária do Hospital, lt>mbret-me de que católico do patriarcado, e entre elall al-
Flôr, 15$00; M.• J. da Silva- Aveiro, total foi de 7 .34~$85; um poucochinho ram ouvir a opinião do Snr. Dr. Por- podia haver mais tarde conveniência guns membros da família Pinto Coe-
65$00; P.e Manuel Alvernaz - Gracio- mais do que o ano anterior, graças a migão, que estava ali perto, e que re- em depositar o corpinho nalgum sítio lho, um do!. quais, em segutda. à últi-
sa, 50$00; M.• Soares de Matos -:- Pe- Nossa &lnhora e ao zêlo dos bons colec- forçou o que eu dissera, ficando logo especial, caso se confirmassem as Apari- ma aparição publicara num jornal um
drouços 70$00; José A. de Sequell't\- tores combinado que viria para Lisboa, onde, ções, se de!.fiZtlSSe a quási gera.! incre- artigo mostrando a sua incredulidade
Açores,' 20$00; Tida de Medeiros -Aço- Durante todo o a.no, com correspon- num hospital, se entregaria. aos cuida- dulidado nelas, e a .\utoridadv E<'lt>· em factos então passados durante a
res, 15$00; José Veríssimo -Ac;ôres, dências e a impressão ue 2.ú00 patentes dos dos melhores clínicos. siástica de63e a. SJla. aprovação e r~o- aparição, o que, até jornàis profano~,
20$00; P.e Ant.° F. Campos - Granja, foi gasta a. quantia de 104$60, ficando Efectivamente poucos dias depois, no nhecimento. descreveram como inel..'plicávcis ou so-
20$00 · Anielina Dias - Amadora, por conseguinte, um saldo positivo de dia 2 de fevereiro de 1920 deu entra- Foi então resolvido fiUtl o caixão com brenaturais.
27$50 ~ Laura da Fonseca- Pôrto, 7.239$25. da. no Serviço N. 0 1 do Ho~pital D. Es- 0 corpo d<L Jacinta fosse depositado na A essa gargalhada associou-se Sua
20$00 ~ Maria X. Vieira.- Califomia, Certamente é já. de todos assaz sabi- tefãnia., ocupando a cama n.• 38, e fi- Igreja dos Anjos attí que se resoh-esse Eminência o Senhor Cardial Patriarca,
8 dóla~es; Elvina M. da Fonseca. - Lis- do qual a aplicação do produto dos cando a ser tratada sob a direcção do a sua remoç-.lo para algum jazigo. D. António Mendes Belo, que presidia
boa, 70$00; Di.strib. em Praia d' Anco- anuais dos confrades: - depoi~ de de- Snr. Dr Castro FrE'ire um dos mail! Fui então procurar o meu querido à assembléia, e a cuja diocese perten-
ra, 15$00; Delfina M. d 'Almeida - duzidas as despesa& feitas com a gerên- distintos pediatras portugue968, sendo amiiO, Snr. Dr. Pereira dos Rei11 que cia então a região de Fátima, antes de
Fundão 80$00; Maria Gomell - Lame- cia da Confraria, o saldo positivo, se o admitida com o diagnóstico: - mostrou ~ dificuldade em rt!Ceber o criada a nova diooese de Leiria, tendo-
go, 15$00; Aida Branco -Lourenço houver, é diTidido em duas partes uP!eurisia purulenta. da grande cavi- depósito na sua. Igreja, o que aliás me -~me porém mais tarde Sua Eminên-
Marques, 100$00; uSanat6rio Rodg. Se- iguais uma das quais é reservada. ao dade esquerda fi.stulisada; osteite das I fdi imediatamente facilidade por uns cia declarado KI"ande admirador de Fá-
m ide>, - Pôrto, 20$00; Directora do culto de Nossa Senhora d;~. l<'á.tima, e 7.• e 8.• costeÍas do m~smo ladou. Irmãos do Santíssimo Sacramento que, tima e ter todo o desejo de não morrer
Hosp de AI pedrinha, 120$00; D istrib. com a outra serão mandadas celebrar Antes de dar eatrada no Hospital es- por acaso, estavam na Sacriatia. da sem ter celebrado missa no altar da
em S. André- Estremôz, 130$00; Fili- Mis.<ms por todos os confradE>s vivos e teTe hosp!'dada, com a. mãe, numa ca- Igreja., com o que depois coacordou o Igreja que a. está construindo na Cova
pe Lopes - Estremôz, 15$00; Palmira defuntos. sa de pessoas religiosas, dirigida pela Snr. Dr. Pereira dos Reis. da Iria.
Silva- Lisboa, 20$00; João dos San- Os membros da Confraria de NOt;Sa Sur.• D. Maria da Purificação, na Rua Pouco depois daTa entrada na Sacris- E curioso e conTeniente recordar es-
too - Liaboa, 15$00; Estefânia Guima- Senhora da :E:á.tima não têm missas in- da Estrêla, 17, junto à Capela dos Mi- tia o oaixã011inho, fiCll.ndo muito modee- tes factos que mostram bem a relutân-
rães M~tldo- Nampula, 120$00 ; Ber- dividuai/! depois da morte, mas ;odos os la~ell. tamente oolocado em cima de 2 pequ&- cia e resistência que houTe em quási t<r
nardino de Oliveirar-Bordonhos 25$00; anos Rm parte nas que por todos são ce- .Aí foi visita.<LJ, por várias pessoaa, en- nos ba.nCOII1 num canto da. &Lcristia. do o clero e católicos portugueses em
Aurora C. Parente - Sabroso,' 20$00; lebradas, pelos iiTos e pelos defuntos. tre as quais a Snr.• D. Amélia de San- Conhecido o facto, o que ràpid:\.men- acreditar nos sucessos de Fátima, sen-
Bernardino ,Gomell- Negrelos, 20$00; No ano de 1932 foram, cel..,bradas v.or de e Castro, que ainda recorda a im- te ~ transmitiu d~ bôca em bSca, come- do raros os precursores na sua creduli-
Diátrib. no CB.rta.xo, 15$20; Rita da todos M9 missas, como foi publicado pressão que lhe deixou a forma como QOU a formar-ae uma romaria de cren- dade,devendo entre êstes destacar-se o
Costa - Cartaxo, 15$00; Rosa de Sou- em •A Voz da Fá.timu» 6m Janeiro de a pequenita Jacinta lhe falava. Assim, tes nos wceeaos de Fátima, que iam Snr. Dr. Formiião, que assistiu àB apa-
sa - Lisboa, 15$00; Fr. Bruno ae Li- 1933. era a vidente de tais ellcrúpulos que, com terços e imagens para tocar nos rições, tesromunhan~ e docu~n­
ma - Zaragoza, 25 peseta&; Ricardo de Com metade do produto dos anuais tendo-lhe a Snr.• D. Amélia de Sande Testidos da pequenita ~ para rezarem tando-as e o Tenernndo e velhinho Dr.
Faria- Negrelos, 20$00 · Maria M . dêste último ano de 1933 f&ram já cele- e Castre pedido para resar pela sua junto dela, o que muito torturou o Sr. Padre ~21, que tenho visto em Fáti-
Ferreira- PedroiiÇ()s, 90~00; P.• José bradas algumas missas e vão ser cele- saúde, então abalada, não conseguiu Dr. Pereira dos Reis, que nã() desejava ma dellde as minhas primeiras visitas a
PÍl'ell Coelho - Constânoia, 15$00; N. o bradas ainda autras até perfnzert>ru o obter da pequenita; êsse compromisso, que a sua. Igreja fosse profanada com êsse lugar, e a quem pela primeira vez
7099 - Senhora Aparecida 15$00; :t>au número de 603 aplicada!! todas elas pelos com receio de se esquecer, e não que- o que podia ser uma paganiaa.ção, ouvi, publicamente numa Igreja de Lis-
lino F. Pereira- Pôrto' 20$00; N .• confrades que pagaram os ~>eus anuais r~r dessa forma faltar à sua. palavra. obrigando-o a actos de energia, que boa, numa exortação para que rezassem
9318 - Foz do Douro, 15tOO; Maria do durante o ano findo. Só depois de repetidas vezes ter resa- muito surpreenderam as pessoaa que o a Nossa Senhora do Rosário de Fáti-
Amaral- Coímbra, 40$00; José da Sá Não fica em caixa dinheiro absoluta- do por essa intenção, é que disse o que conheciam como sacerdote inexcedív(ll- ma, no tempo em que a. generalidade
Couto- França, 19$5~; Antonio Dias mente algum porque o fim desta con- fizera . mente amável, delicado e cortez. do clero tinha receio de exteriorisar
- Tourencinho, 15$00; M.• Vit.• Car- fraria 6 única e exclusivamen~ promo- Durante a permanência no Hospital Tendo resolvido que o depósito se fi - qua!lquer sentimento de credulidade
doso - Marco de Canaveses, 20$00; ver o culto de Nossa Senhora da Fáti- recebeu frequentemente a visita da Sr." zesse num jazigo em Vila Nova de Ou- que já. podesse ter.
Distrib. na Capela de Monserrate- ma e alcançar grii.ÇIU! espirituais para D. Ma.ria. da Purificação, que me pro- r ém, tudo se foi preparando com ês.se Passados anos, e ainda. hoje resta-nos
Lix.•, 50$00; uCasa de S. Miguel,- os seus confrades. curava ameudadas vezes para me dar fim, o que demorou uns 2 dias, fixando- uma grande consolação por termos con-
. Açores, 20$)00; Maria Garcez - Parede, Que Nossa Senhora. os cumul.e a to- notícias do que se ia passando -se para 3.• feira., às 4 hons da tarde, tribuído para. que a pequena Jacinta
20$0U; Joaquim Rettencourt- S. Jor- dos de bênçãos são os nossos maiores Fui então informado de que era o funeral da Igreja dos Anjos para a viesse falecer num Hospital de Lisboa,
ge 20$00; Mariana Claudio - S. Mi- desejos e sinceros Totos. grande 6 sofrimento da pequenita, mas estaçio dos Rocio, para seguir num dos sob a vigilância e assistência do clíni-
guel, 20$00; Clotilde Xavier Gama- Duma maneira muito especial, quere- que sofria sempre com grande resig-na- primeiro comboios para Vila Nova de cos, os mais distintos, e de p~soal de
Gôa, 114$45; Francisca Pit.• Baptista mos agradecer aqui aos bons e dedica- ção. Ourém. enfermagem o mais competente, que
- Evora, 20$00; Margarida Pit. • Bap- dos oolectores todos os trabalhos que Certo dia 3 ou 4 depois de ter dado Entretanto o corpinho continuava no talvez · nã.o soubessem quem era a pe-
tista- Evora, 20$00; Maria Joana têm ~ido na sua espinhosa. Missão, cu- entrada no 'Hospital, contou a peque- caixão aberto, o que pravocou grande quella doente por se poder assim, com
Rapt1sta- 20$00; Distrib. na Igreja jo desempenho exige por vezes um zê- nita que, qua.ndo a11 dôres eram mais inquietação no Snr Dr. Pereira. dos a maior faci(idn.de, destruir a. maldosa
da Graça -Lisboa, 100$00; Ana de lo e uma paciência verdadeiramente violentas, lhe apareoeu Nossa Senhora, Reis, que recenva a intervenção dn~ nu- calúnia que se tem espalhado, e que
Portugal Trigueiros- Alcains, 20$00; ~óicas. a qual lhe revelou várias instrucções, tpri~9. sanitárias. J6 !Continuava a já por três vezes ouvi repetir por pes-
Júlia de Sá.- Póvoa de Varzim, 00$00; Por êles todos pediremos duma ma- falando com freqüência a Jacinta na n& ser incomodado r.om a romnria de vil!i- soas dos mais diversos e afastados sí-
Francisco P1nho -Almada, 15$00; Ma- neira especial junto de Nossa Senhora cessidade de se aperfeiçoar a m;oral tantes," o que o levou a f~har o caixão tios de Portugal, de que as mortes dos
ri.a da J. Medeiros- América., 1 do- da Fátima. das mulheres, diminuindo o exagêro das no Cartório para evitar t'SSas visitas. dois videntes, :F:rancisco e Jacinta, fo-
lar; Antónie MoniE- Amécica, 1 do- modas. Por fim o Snr. Prior, para se eximir ram provocadas pelos cnt.óliros para as-
lar; Ana Virgini.a. de Morais - Lisboa., Com a feliz Aparição, ali em plena à rellponsabilidade de se não encerrar sim evitarem que haja quem contradi-
20800; M. • de Lonrdes Pereira - Gaia, ~ste número foi visado 1'9la Comissão
20$00; Alexandre Milheiro- Sem.• de Censura. Ienfermaria desapareceram por compl~
to as dôreà, apetecendo-lhe então brin-
definitivamt>n~ a urna, e não poden- ga e dellminta. qualquer afirma~tão da
do atender a multidão que desE"java vêr Lúcia sôbre as .A,paric;õee.
Ano XII FATIMA, 13 de Fevereiro de 1934 N.• 137

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA

Director • Proprietário: Dr. Manuel Marques dos Santos Empresa Editora: Tip. "Uniao Gráfica, T. do Despacho, 16-Lisboa Administrador• P. António dos Reis Redacçao • Administraçao "Santuario da Flillma,.

CRóNICA DE FATIMA O adeus à Virgem


A longa ~rie dos actos religiosos ofi-
ciais terminou, como de costume, com

FATIMA E A ACÇÃO CATóLICA a. tocante ~rimónia do uAdeus à Vir-


gem,. Depois da devota procissão em
que a linda es~tua de Nossa ~nhot1- de
Fátima foi reconduzida ao seu altar na
No seu último número, publicado em mum dos fiéis, o Pontífice Supremo, Vi- 1 tuárioda Lourdes Portuguesa, para agra- Janeiro nos altares dos diversos Santuá- capela comemorativa dos sucessos mara-
r3 de De1.embro, a uVoz da Fátima>~ , gário de Cristo na terra, e guiado pelos decer à nobre Padroeira d?o Nação os rios da Cova da ~ foram em número de vilboeos de 1917, no meio de pr~s. cân-
laumilde pregoeiro daa glórias d?o Rainha Pastores das Dioceses da Nação Fidelís- inúmeros benefícios de tOda a ordem que, doze. Ao meio dia, o rev.do dr. Marques ticos, flores e aclamações, a multidão
do Céu, inseria, em lugar de honra, as sima. o novo exército da Acção Católi- por sua valiosa intercessão, o Altíssimo dos Santos, rezou o terço do Rosário, al- re!lnida em tOmo do Santuário rezou em
bases para a organização da «Acção Ca- ca - benemérita Cruzada d?o Igreja e da tem derramado nos últimos tempos sôbre ternadamente com os fiéis na santa ca- cOro as últimas sópt,icas e fêz as suas des-
tólica Portugusa», aprovadas pelo nos- Pátria - . vai entrar na luta, cheio de a nossa Pátria e pedir-lhe uma nova efu- pela das Aparições. Ao meio- dia e meia pedidas à augusta Rainha de Fátima. E.
so venerando Episcopado. E com tanta confiança e de entusiasmo, para a recon- são de graças e bênçãos ~lestiais. hora, principiou a IItissa oficial, que foi pouco a pouco, os devotos romeiros fo-
maior satisfação o fêz, quanto 6 certo quista cristã d?o sociedade, dando defini- celebrada pelo rev.do José Augusto Nu- ram partindo para os seus lares distantes,
que o mesmo venerando Episcopado hou- tivamente Deus a Portugal e Portugal a As fontes da graça nes, pároco de Barosa e Parceiros (Lei- com :a. sua !6 mais robustecida e com a
ve por bem colocar a grande Cruzada Deus. ~ um espectáculo sobremaneira con- ri?-). Depois da leitura do Evangelho, sua piedade mais acrisolada, cheios de
4a. tempos modernos para a reconquista Visconde de Montelo solador e comovente aquele que oferecem, subiu ao púlpito o rev.do Manuel Pereira salldade das horas inolvidáveis passadas
cristã do mundo, não só sob a protecção naquele doce cantinho do Céu, que 6 e
de Cristo-Rei, mas ainda sob a protecção serâ sempre a Cova da Iria.
de Nossa ~nhora de Fátima.
Fâtima, o trono mais esplendoroso de
amor a Jesus-Hóstia • o ~ntro mais
a~ndrado do culto à Virgem Santíssima
DENTRO DO SANTUÁRIO
:aa nossa Pâtria, fica tendo dom-avante Uma bela manhã, dentro do Santuá-
mais um traço de união entre a terra e rio, via-se um venerando velhinho de
o Céu, um novo elo de ouro na longa lODillS barb.\s t' já embranquecidas pe-
cadeia de amor e reconhecimento com los anos e pelos trab:llhoa.
que prende os portugueses ao Coração A sua simplicidade e s1mpatia chama-
Imaculado da sua celeste e augusta Pa- va .r. aten<,:ào de quem 0 Tia.
droeira. Aproximei-me díile, e fazendo-lhe al-
Desde a hora bemdita, et;ll que os no- gumas perll;Untas, obtive sempre respos-
bres Prelados de Portugal deram ~ luz ta franca e aleire. Era disse, um por-
da publicidade êsse importante docu- tu~uis que trabalhou êm S. Paulo -
mento, que marca o início duma nova Brasil durante muitos anos.
6poca na nossa história oito vezes secu- A sua honradez merecera-lhe dos anti-
lar, estâ convocado o numeroso exército gos patrões uma reforma de que vivia
dos crentes que a voz de comando de tão agora com sua esposa já velhinh" tam-
augustos chefes chama a tomar parte na bém. Os filhos que tivera, lá estavam
cuerra santa que há-de reconquistar com também casados já, honrando com seu
as armas incruentas da caridade arden- proc-edimento aempre leal as cãs de seus
te e do zêlo esclarecido e generoso, os velhos pais.
ind ivíduos, as famflias e tOdas as insti- Viera, disse ainda, a Portugal sO-
tuições que a impiedade ou a indiferen- mente par4 visitar o Santuário de N.•
ça afastou dos caiitinhoe de Deus e da S.• da }'átima a quem de,·ia muitos fa-
sua Igreja. vores que desejava aqui agrad<'Cer.
Os novos Cruzados - cruzados de Levou uma medalha para cada uma
Deus e cruzados da sua Igreja, que o das pe&Soas de sua família e, beijando
são tam~m d a Pá tria - devem , à se- uma delas, ao despedir-se de mim, di-
melhança de Nunálvares - o Herói-San- zia chorando estas comoventes palavras:
to, - ir buscar ao fogo do amor d ivino, uNO$Sa Senhora da Fátima me acompa-
à prática da vida icterior, a uma pieda- nhe até chegar junto de minha mulher,
de sólida e fervorosa o alimento das suas e depois, j:í morrerei wcegado».
energias de lutadores, a alma do seu vi- Estas palaHaa fizeram-me recordar
coroso e indefeS!O apostolado e o segrê- as dum outro velhinho- Semeão, quan-
do das SU;lS grandes e COU!Oladoras vitó- do teve em eeus braços Jesus Menino
no dia da Purificação. Certamente não
rias.
lt bem triste e lamentável o espectá- ) passaram despercebidas a N. • Senhora
culo que nos oferece hoje em dia a so- da Fátima. e aquele santo velhinh" já
ciedade portuguesa, principalmente no hoje estará no Brasil servindo de Ap6a-
~ntro e sul do pais. Sob o verniz du- Pe'etrinaçiio lU 13 de du~m~bro de 1933 a Nossa Senhora tl.e Ft#tim• n• Santuário de :t.furia Eich, perto le tolo a Nossa Senhora da Fátima.
ma aparatosa civilização tOda exterior e Munich, na Baviera. Esta peretrin•ção re•liza-se t•tlos os llias 13 u cada mls em união espiritual com •s ;e-
material, alastra assustadoramente a pa- revinos de Fdtima. A Senhor• que está junto lll estátua de Nossa Senhor•. ~ a Senhor• Dout•r• Grommes qu• • •
p.uização das almas que, ignorantes ou tem feito muitas co1Jferlncias 1m tljf,,e,.tes w:•res z6bre • Fátim•. Poucos dins depois teve Nossa Senho-
esquecidas da nobreza da sua origem e ra da ]fátima a Tisita dum outro pere-
dos seus destinos imortais, descem at6 · às &rino vindo de longe também.
óltimas degrad;1ções do senso moral. no dia treze de cada mis os piedosos r. da Silva Gonçalves, que falou s6bre a
O laicismo, a que o Santo Padre Pio A concorrência de peregrinos meiros de Fátima aproximando-se com famíl~. aproveitaGJQ o ensejo da oitava
l~~tual motivo,--o agradecer faTores a
No&Sa Senhora--o trouxera de Macau ao
XI, na sua Carta QIUis PrimtJS, de I I de O dia treze de Janeiro último foi assi- as disposições mais edificantes dos san- da fes~ da Sagrada Familia e o Evan- Santuário da Fátima I
Dezembro de 1925, chamou a <<peste da nalado por uma afluência extraordin~. toe Sacramenta. da Confi.ssão e da Co- celho da Missa do dia catorze, em que Concluíuaa suaa ferTorosas oraçÕI)e lá
sociedade moderna••. domina as institui- ria de peregrinos ao recinto sagrado w munhão. No dia treze de Janeiro, po- o escritor sagrado descreve o episódio co-
parte satisfeito em direcção ao seu lar
ções oficiais e a própria estrutura do Es- aparições. O tempo esplêndido, verdadei· rém, a-pesar-do número avultado de sa- movente do milagre da conversão da
que lhe firára tão longe e onde deixá-
tado e procura infiltrar-se por tOda a ramente primaveril, convidava os devo- cerdotes que estavam à disposição dos água em vinho que Jesus operou por oca-
ta sua família.
parte, obscurecendo a F6, promovendo a tos da gloriosa Rainha do Santíssimo Ro- fiéis, a muitos dêstes não foi possível sião das bOdas de Caná de Galileia.
Ignorância e a indiferença religiosa e pro- sário a visitar em piedosa romaria o seu recorrer ao Sagrado Tribunal d;l. Penitên- A bênção com o Santíssimo Sacramen- • •
TOCaDdo conseqüentemente a depravação santuário predilecto. Por iS!O, desde as cia, em virtude da afluência desusada de to aos doentes foi dada pelo ~lebrante
primeiras horas da manhã, via-se uma penitentes. O serviço de confissões pro- da m.issa oficial. Foi num dia 12, à tarde, e caía :~ma
ceral dos costumes.
Acresce que na grande maioria das dio- grande multidão, formada na sua ~nde lon~ou-se at6 às última.s horas da tarde,
chuva que, fustigada pelo vento frio e
~ do noS!O pais, roere! sobretudo do maioria por pessoas das classes mais hu- tendo havido pessoas que só às dezasse- Os doentes rijo atormentava grandemente.
enfraquecimento do esplrito de F6, ra- mildes da sociedade, quási tOdas do cam- te horas puderam r~ber o Pão dos An- Os doentes, como costuma suceder nos Não obstante, pela A Tenida Central
reiam as vocações para & vida sacerdo- po, circulando na Cova da Iri?o em tOdas jos. meses de Inverno, eram pouco numero- do Santu:irio, duas mulheres desciam
tal. as direcções para satisfazer as exigências As fontes da graça, abertas em Fáti- sos. Mas todos davam testemunho duma dengarinho aem trazerem sequer um
Emfim, as condições especiais da so- da sua devoção. mil- pela mão piedosa e compassiva da piedad~ edificante e duma pedeib con- guarda-<:huTa aberto. Vinham a reur
ciedade hodierna J1lheada de Deus e da Pode afirmar-se com verdade que, h~ Virgem Santfssima, Refú~o dos pecado- formidade com a santa vontade de Deus. e uma delas Tinha de joelhos por cima
sua- Igreja, tomam imposslvel que a ac- dezasseis anos a esta parte, isto 6, des- res e Mãe de mieericórdia, estão patentes Enlie êles via-se uma senhora de ~im­ do lamaçal!
ção do clero chegue a certas classes de de a época memorável das aparições, a tOdas a.s almas sinceras e de boa. von- bra, de nome Encarnação Rodrigues Viei- Eram das N!giões de Leiria. A que vi-
pessoas e penetre em alguns meios refrac- nunca, no dia treze de Janeiro, ,. Cova tade como outras tantas piscinas de Si- ra, de qU?-renb e oito anos de idade, nha de joelhos estava parn partir pnra
~rios. da lria reUniu um número tão elevado loé, em cujas águas salutares se purifi- que estava gravemente doente com um o C6tranjt!iro oncle está já seu marido,
De tudo 11e conclui dum modo eviden- de peregrinos como no corrente ano. cam das suas máculas, recebendo ao mes- apêrto no esófago e que havia oito dias mas antes de partir para ltl qnizera fa-
te a necessidade das organizações CUJO Pra7.a a Deus que êste facto seja o mo tempo as fOrças necessárias para pra· que não podia engulir nenhuma espkie zer êste sacrifício em honra de Nossa
fim 6 prepanr os leigos para o exercício prenúncio auspicioso de que, durante o ticar o bem e evit:l.r o mal. de alimento. Em seguida à missa dos Senhora da ~':ítima cm agradecimento
do apostolado e dirigir as suas activida- ano de 1934. as multidões acorrerão, ain- doentes esta senhora sentiu-se melhor, de nlJntmns graças que dEln já r«:ebera
des para a difusão do Reinado de Cristo. da mais numerosas e mais fervorosas do A Missa oficia) tendo conse(Uido bt:ber âgua e um cal- e pedindo-lhe pro~o para o resto
Sob a ~cid• • a.s bênçãos do Pai co- que nos outros anos, ao venerando San- As missas ~lebradas no dia treze de do. de sua Tida.

2 VOZ DA FATIMA

Nossa Senhora da Fátima no Brasil Exercícios Espirituais


Na altura em que êste jornalzinho
chega junto de seus amáveis leito-
GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÃTIMA cheg;.t. o mb:lico dizendo que havia já feito
dts São Paulo, <<Mensageiro do Rosário"
Para. edificação dos nossos leitores va-
mos transcrever, com a. devida vénia, do de Uberaba, «A Cruz" do Rio, o «Men- res, encontram-se no Santuário os Reumatismo e Lesão tudo quanto lhe parecia dever fazer-se em
magnifico livro <<0~ Esple~dor~ de Fáti- sageiro do Coração de J esusu, etc. etc. Servitas e alguns V1centinos, junto de Um dos meus filhos aos ro anos de doenças como aquela, no entanto Íiifl fa..
mau do :Missionáno Cordunanano Rev. idade foi atacado de reumatismo e lesão zer ainda uma experiência.
Nossa. Senhora fazendo os seus Exer-
P.• Valentim Armõi.S o capítulo XVII FÁTIMA Dl S. PAULO cícios Espirituais que terminarão no
cardúca, doença q ue, dizem os médicos,
ser quási sempre incurável.
Nem coragem tive para assistir ao tra-
tamento que o médico lhe ia fazer porq ue
com dados interessantes sôbre o desen-
Sofreu durante três anos duQnte os
volvimento do culto a Nossa Senhora de Na cidade de Campinas dia 14 pela imposição das Cinzas,
quais teve de estar de cama. alguns meses.
tiniu já perdido tõdõi.S as esperanças na
medicina, e já quflsi desanimava como se
Fátima no Brasil: No dia 13 de Outubro de 1931, inau- Missa e Comunhão Geral. Em 1929, estando êle ainda. doente, levei-o
O sol que despontou em Fátima no a SS. Virgem d;L Fátima me recusasse a
gurou-se no Stmtuárro do S . C~ração de Roguemos a Nossa Senhora que a Fátima implorar a sua cura diante da grande graça que só a. Ela pedia ardent&-
dia 17 de llfaio de 1917 ilumina com os j esus, de C"mpinas, um belíssimO 111tar
seus raios l:emfazejos os dois hemisfi- abençoe as resoluções ali tomadas pa- imagem de Nossa Senhora ali aparecida. mente.
de mármore dedicado a Nossa Senhora A-pesar da. minha indignid;J.de, a bondosa
rios do globo terr6Strll. Sjm, o culto a dts Fátim11. ra que aqueles cristãos se tomem ver- Momentos depois de lhe terem sido tira.-
Nossa Senl1ora, sob a doce e simpática Mãe do Céu quis atender-me obtendo para das algumas ml'mbranas que lhe tapavam
Precedeu a festa de inauguração um dadeiros apóstolos da Acção Católica meu pobre filho a graça que lhe pedi. Des-
advocação do Rosário de Fátima, que a garganta sentimos a. criança a dizer:: -
solene triduo preparatório celebrado nos em suas casas e nas suas freguesias. de então, tão terríveis doenças não mais «Já chega,.
nasceu, pode-se dizer ontem, ;4 estll a dias r:o, 11 11 1 2.
envolver o mundo num mant.:; de luz so- voltaram a incomodá-lo, fineza. q ue não • Dali em diante começou a sossegar, p-
Em harmonia com o pro:rama das so- posso esquecer. ças a Nossa Senhora.
brenatural. le11tdades, houve no dia da festa, missa
Transpondo as fronteiras de Portugal, PaQnhos - Põrto As melhoras foram rápidas causando ad-
oficiada pelo Vigário Geral, Monsenhor
a Terra de Santa Maria, escolllida por miração e a legria a tõda a famflia.
Deus para ser o :eatro dos maravilhosos
Luís de Moura, no novo altar, pregando
ao Et-angelllo o panegírico de Nossa Se-
NOSSA SENHORA DA FÃTm1A NA Maria Moreira dos Santos
Hoje a criança continua bem como dan-
sucessos, derramou-se a sua fama por
qudsi tódas as nações do mundo civili-
nhO~<a de Fátima o ilustrado sacerdote INDIA Doença Nervosa tes, favor que não posso deixar de atri-
buir a Nossa Senhora da Fát.im;l..
portutuls, Padre Francisc~ ~ Cruz, Vi- (Carta dirigida a S. Ex.• Rev.= o Há tr!s anos que sofria não se chegan-
zado. gário de São Pedro de P~ractcaba. do por vezes a compreender o meu mal. Cabinda. - Africa
Devottissimo, qual nenhuma outra na- ::lenhor Bispo de Gurza, auxiliar de S.
O Vigdrio da paróquia do Sagrado C~­ Ex.• Rev.ma o Senhor Patriarca de finha di;J.S em que, sofrendo horrivelmen- Adelaide Eulália de Abreu Ramos
ção, de Nossa Senhora, o B rasil não po- ração de Jesus, Padre Dr. ]os~ E mílt?
dia ficar de fora nesse concerto univer- Goa) te quási não sabia de que me queixar.
Salim, não poupou esforços para o bn- Ex.mo e Rev.mo Senhor Não podia sair de casa nem ouvir barulho
sal de amor e glorificação a Nossa Se-
nhora de Fátima. llla11tismo das solenidades. Tenho a. honra. de comunicar a. V. algum. De Vt!z em quando era acometida Doença na vista
Brasil que se ufana de ter recebido de A tardinha, efectuou-se, logo após o Ex. c ~a H.ev.ma que há uns dol.S dias a.ca- de ataques que me deixavam como morta, Havia já muito tempo que sofria da vis-
Portugal, com a luz da civilização e da terço, a i11stalação oficial da Liga . dos bet de 1cccber pelo vapor de carreu-a de não podendo por isso andar só. Enfim, ta. T inha já recorrido à medicina e vários
devotos de Nossa Senhora de Fáttma. era um sofrimento esquisito e um sofrer mMicos me tinham dito que não poderia
fi, o amor inegualável a Maria Santíssi- Por essa ocasião distribuíram-se entre os Honavar a lmagem de N . S.a de l<'áti-
ma e que continua, ainda hoje, _ligado nta. envtada por V. Ex.•,. U.ev .wa l>Ol' na.
horrível. dar-se a minha cura completa sem uma ~
à Mãe-Pátria co1n laços indestrutiveis de
numerosos fíiis , como lembranÇa da fe~­ Quási desanimada., resolvi pedir muito a operação cirúrgica. Resolvera já sujeitar-
ta de Nossa Senhora dts Fátima, santt- do H.ev V1gário de Mormugão. A I ma-
tradição, fé e língua, vem acompanhando Nossa Senhora da. Fátima a minha cura, -me·a ela indo para isso à pr~ença do Sr .
getn chegou cá em bom e::,tado não teu-
desde o seu berço com vivo inter4sse as n"os, 11ovenas, etc. o que fiz por meio de um;1 novena de Mis- Dr.- Zagalo. Disse-me porém ~ste médico
A id~ia inicial de se fundar em Campi- do sofrido ate aqui alteração alguma: E 6as e Comunhões em honra de Nossa Se- que não tomava sõbre si a responsabilida-
deslumbrantes manifestações do poder nas o culto a N.• Senhora de Fátima, linda c os qut.'l até nqut a tccrn \'ISt_o
nhora. Durante cada um dos dias da nove- de de operação tão melindrosa, aco~
real de Maria, evidenciado llá quinze deve-se ao Sr. António B. Miranda, o w·m gostado imensu. A~radec.;ruos mut- na. ~bia água do Santuário e rezava nove lhando-me um especi.llista.
anos na Cova da Iria. primeiro a sugerir pela imprensa local to a V Ex.cl& Rev.w• eu e os héis de
11Av~-Marias" a Nossa Senhora da. Fátima. Meu Pai de~imou de me alcançar a.
A ctua/mentll são ;á diversos os cen- alvitres t(mdentes ~ veneração da ima- Molcod a cuja Capela teve V. Ex:•ta
tros, nesta Terra de Santa Cruz, onde a Foi então que as melhoras começaram a saúde por meio da medicina e, em vez
gem da milagrosa Santa nalguma das Rev.ma a genttleza. de oferecer essa lin- tomar-se sensíveis, e, graças a Nossa Se- dela, recorreu à protecção Divina, di7.en-
Sant(ssima Virgem é cultuada publica- da Imagem.
mente sob essa mimosa invocação dll igrejas da cidade. nhora e ao seu Divino Filho, a minha do-me: <(SÓ a San~ Virgem te há-de
A ideia foi acolhida com entusiasmo Esperamos por intercessão de. N. S.• doença desapareceu já. sentindo-me hoje curar,.
Nossa Senhora de Fátima. de l<' átima obter de Deus Ommpotente completamente bem.
E essas públicas demonstraÇões d1 fé • e para logo, tomou corpo, organizando- Resolvi l'ntão fazer uma. novem e du-
-se entre os elementos proeminentes da muitas graças como até aqui tecm_ ~in­ ~ esta a graça que venho agradecer a rante os seus nove dias fui sempre receber
amor por parti do povo brasileiro a Nos- do obtendo abundantemente em Fattma Nossa Senhora da Fátima no seu estimado a Sagrada Comunhão à Igreja Paroquial.
sa Senhora d11 Fátima vlem-se, não raro, colónia portuguesa uma comissão, na
qual figuravam além do autor do alvi- os que a Ela teem recorrido. E p1uece- jomalzinho. No dia em que terminei a novena, à noi-
seguidas ou acompanhadas de graças • tre, o conceituado cUnico Dr. Falcão de -me que N. S: de Fátima. já concedeu
favous assinalados, confirmação pública ~vora te, estando para me deit:tr, Sl'nti qualquer
Miranda e sua esposa D. Isabel Falcão tuna graça. porque dep01s de a Im;Lgam Maria Rosa Rola .Madeira coisa de dilerente no olho de que sofria.
e eloqr1ente da carinhosa 11 especial pro- ter chegado ao Posto de Alfândc~tas ~e
tecção da Rainha de Fátima s~bre a ter- de Miranda os quais não tem poupado Pensei a sós comigo - talvez isto fõsse
ra do Cruuiro do Sul. esforços, com a mira de intensificar e
propagar o culto a N .• Senhora de Fáti-
Honavar ficou aí parada. por uns do1s
dias e entretanto foi aí o meu por-
Angina Diftérica o !!Ínal da minha cura.
No dia segutnte, logo de manhã, fui ex-
Em 15 de Dezembro de 1931 encontrou-
FÁTIMA EM PERNAMBUCO ma, que tem alcançado 4xitos admirá-
veis. O altar foi executado nas oficinas
tador para entender-se co1~ os empre-
gados de Alfândegas a respe1to da arre- -se minha. filha Adelina., gravemente ata- perimentar a minha vista, e efectivamente
não senti já. vestígio algum da minha.
Entre os apóstolos da devoção a Nossa
Senhora de Fátima, em terras do Brasil, do Sr. O Papais e a imagem, pelo escul- cadação da Imal!;cm e aí êste meu por- cada de angina diftérica, que dias antes doença!
lhe principiara. Não sabendo que doença.
tem pleno direito a figurar em primeira tor Sr. Wilmo Rosa. tador explicou aos circunstantes que a Como meu Pai e Madrinha se encontra-
linha 11111 sacerdote portuguls da Compa- A festa comemorativa da r:.• aparição, Imagem era de N. S.• de Fátima,. en- seria aquela, por falta de mMico, fiz-lhe vam ausentes não me {oi possível o seguir
um tratamento que só a prejudicou.
que se celebra anualmente no Santuário viada por S. Excelência. o Senha~ BtSJ~
nhia de Jesus, residente no Colégio No- Vendo-a tão mal recorremos logo a Nos- logo para Fátima na peregrirução do dia
bre~:a, em Recife, de nome João d1 Mi-
no dia 13 de maio, tem extraordinário e que a Sr: de Fátima. fazia multas nn-
sa Senhora da Fátima e demos-lhe a. beber 13, como era meu de.qejo, tendo por isso
randa. realce. lagres. Então um hinchí, guarda da_ Al- algumas got:is da àgua do seu Santuário. de adiar para ago!1L essa viagem de agra-
~ pr~parada por um trlduo solene e na fándeg:t:" que há muito tempo deseJava Nesse mesmo dia chegou o médico--o Sr. decimento a tão boa :Mãe.
Este ardoroso • entusiasta pregoeiro
das glórias de Nossa Senhora de Fátima dia rz, ds 20 horas, realiza-se a impo- sua transferência para Korvar, sua ter- Dr. Manuel Joaquim dos Santos. Com esta são já quatro vezes que aí te-
iniciou a cruzada de propaganda, distri- nente procissão das velas. ra, depois de ouvir ao porta??r àcêrca Examinada a criança, declarou ~ste tra- nho ido a!mld!'Cer favores recebidos. Ben-
btlindo aos centenares por entre o povo, O movime11to, sempre crescentts, do de milagres de N.• Sr." de Fattma, con- tar-se de uma angina dift~rica, e empregou dita seja tão liberal Mãe!
santinhos e medalhas e s~bre tudo nu- culto a N.• Senhora de Fátima, em Cam- t>ebeu a ideo. de recorrer a Ela. e co~o todos os seus esforços para salvar a crian- Acompanham-me n.eu P;1i e minha Ma-
merosos exemplares de «A Voz da Fáti- pinas, muito deve ao zAlo e operosidade de facto recorreu e no segundo d1a ça aplicando-lhe injecções de sõro antidi- drinha e mais algumas pessoas de fami-
ma>> e o precioso livro «As M11ravilhas incansáveis do Rev.mo P.• Dr. ]os~ Emf- quando eu fui ao Posto de Alfândegas ftérico. Todavia., não se lhe notaram me- lia que obtiveram tamb~m diversas gra-
de Fátima" do Visconde dll llfontelo. lio S111im e de Monsenhor Jeronymo Bag- para. arrecadar a. Imagem o homem re- lhoras algumas. O seu estado causava dó ças de No5sa Senhora a quem todos v~m
Logo mais, por iniciativa do mesmo gio, actual Vigário do Santuário. cebia ordens ~ur,eriores de que estava. e desespêro às pessoas presentes. Durante prestar os sl'us ;lgradecimentos.
transferido para Korvar e promoVIdo algum tempo só rezavamos e fa.ziamos pro-
Padre Miranda, na Capela do Colégio
era exposta à pública veneração uma
Na Catedral de Santos para lugar superior. Reconhece a graça. messas a Nossa Senhora. da Fátima.
Magueja - Lamego
Em maio do ano transacto, 1931, foi Virglnia P ereira
linda imagem de Nossa Senhora de Fáti- de N.• Sr: de Fátima. e dá acção de As sete horas da. noite a criança parecia
ma perante a qual os numerosos devo- exposta à pública veneração, na Cate-
dral dts Santos, uma bem executada ima-
graças a. Elo.. O homem merecia. peque- prestes a dar o último suspiro, queria fa- Hemia
tos cumprem suas promessas ~ trazem-lhe na gratificn~ão minha. pelos s:rVlços. da lar mas não podi.3. faz~-lo. O seu olhar Aos oito anos de idade comecei a ter
suas oferendas. gem d11 Nossa Senhora de Fátima. A viagem da Imagem mas nao ace1tou vagueava em volta do quarto e a criança gravl's sofrimentos causados por u!IU her-
Na revista <<Maria>~ que se publica men- imatem ofertada por pessoa devota, foi por causa. da IZ:raça: que êle obteve de ficava m;1is assustada quando via algu~m nia. Consultei vários mMicos que me acon-
conduzida processionalmente do Santuá- N.• Sr.• de Fátima. -O Rev. Vigário a chorar. Um dos assistentes foi de opi· selharam uma funda, que Uqei at~ aos on-
salmente em Recife sob a direcção do rio do Cor11ção de Jesus aU o novo altat
erudito Cónego Xavier Pedrosa, vem i preparado na Catedral, cantando-se du-
desta está em Goa. nião que chamasse novamente o mMico ze anos. Não me sentindo ainda ~m. mi-
luz púiJlica, na secção de súplicas, uma De joelhos pe<>o bênção a V . Ex.•ta enquanto os demais rezavam a Nossa Se- nha Mãe resolveu levar-me ao Hospital de
lista notável de graças e favores com que rant• o tra;tscto lindos e afinados cdnti- Rev.mr. e S. Excelência Senhor Patriar- nhora. Assim se fêz, e instantes depois S. Marta onde fui observada por um m~-
a Rainha da tuis~ricórdia correspondi cos.
ca.
aos numerosos devotos de Pernambuco e
de todo o Brasil. •
Não é só Asse órgão da imprensa ma-
..................
(Continua) Oom muita consideração e respeito
De V. Ex.cta Rev.ma onde son professor. Por meio das crian- olho esquerdo. Estava para ser sujeita
riana o que assumiu no Brasil a gr•t• A VISO M.t• at.o ven.or servo em J . C. ças faço propaganda IW! famflias. a uma opernção que tinha de ser feita
Ao distribuir as novenas e imagens te- em Luanda.
tarefa de espalhar por todos os dngul~s Não poderão ser aten9idas as re- Hnnavn.r, 3/12/33. nho recebido algumas esmola.s que ex- Antes que ela partisse para lá , resolve-
do pais a fama das aparições e maravilho- clamações dos Srs. assinantes que P.• Amarinho Gracias pedirei para Fátim!L. mos fazer por ela uma novena a Nossa
sos acontecimentos de Fátima. Alcançámos já algumas graças com a Senhora da. Fátima, e durante ~ssea no-
Há outras publicações qu1 merecem não mandarem o número da sua assi-
ser assinaladas, tais como (<Avi Maria, natura junto à reclamação. FATIMA NA ITÁLIA recitação das Novenas. ve dias, à noite, punhamos sõbre a pál-
A presidente das Jovens Católicas ten- pebra do olho doente pachos de i gua.
Monfalcone do sido atacada de úlceras, via que és- do Santuário d;1 Fátima.
Da correspond4ncia do Rev.m• Jlfons. te mal ia aumentando; mas apenas come- .Não foi necessário outro remMio pa-
Dottor Giovanni Mazzi, Proton . A postó- çou uma noven;1 o seu mal-estar cessou ra q ue ela recuperasse a saúde! - Pas-
lico e Arcipreste de .Monfalconts, A rqui- imediatamente; continuou a novena aM sados poucos dias estava completamen-
diocese de Gorizia, Trieste - Itália, ao fim e actualmente não sente mal-estar . te boa. sem q ue a operação fõsse para
transcrevo as linhas seguintes: algum. isso necessária.
«A palavra Fátima, corre de boc;l. em Continuarei ~te nobillssimo apostolado
boca em Monfalcone e todos conhecem a em honra de Nossa Senhor?- da Fátima, AFRICA DO SUL
história das Aparições d o Nossa. Senhora esperando que a. Santíssima. Virgem se
da Fátima. recordará também de mim». Missão de Nossa Senhora da Fátima
Durante o mês de Outubro último, fiz Dottor Mazzi
todos os dias uma prátiq1, na. Igreja. do da Zululândia
Rosário em Monfalcone, sõbre as apari- O Ex.•• e Rev.•• Senhor D . Thomas
ções de Nossa. Senhora. em Fátima, ae- FATIMA EM LANDANA Spreiter , O. S. B., r.elu.íssimo V ig:irie
&uindo o livro do Rev.m• P.• Fonseca, A Innã l\1issionária, - M.• Estanis- Apostólico da. .Zululandia, escreveu
exaltando a pndeza, poder e bondade lau de Jesus, em carta de 22 de Novem- uma. interessante carta no Senhor ni .
de Nossa SenhoQ, demonstrada. em ta.n- bro de 1933, diz, em resumo, o seguinte: po de LeiriR, dando-lhe notícias da. Mis-
tas e tão impressionantes graças conce- - No dia 13 de cada m~ festejamos são que foi fundada e m I n knmn na , no
dida. pelo Senhor pela intercessã.o da aqui com a maior alegria. e felicid;J.de a país dos Z úlus, llOb a pro~ão de Noa-
Santfssima Vir~m. e exortando por fim Nossa Senhora da Fátima. Há sempre sa Senhora do. Fátima.
os fi~is l recitação do Rosário, segundo Missa e cânticos a Nossa Senhora no Sua Ex. 01" o Senhor Dispo tem dedi-
a intenção expressa por Nossa Senhora. aos seu altar, q ue adornamos para. tal• fim cado tôda a sua aten~ão a esta Mwie
tr~s Pil-Storinhos de Aljustrel. com as mais lindas flOres q ue fõr pos.. lutando, porém , com fnlta de me io• au-
Como continuação d04Pm~s de Outubro, sível encontrar. mentada com a esterilidade e doenças
fiz também um oitavário pelos defuntos, Hi já alguns meses que de dia. e de que tccm fla!!;elado aquele pafs .
chamando sempre a atenção dos ouvin- noite arde continuamente uma lampada A M issão está a construir uma caaa
tes para a recitação do Rosário pelas al- junto da imagem de Nossa Senhora, com para as Religiosas e uma gr:mde esco-
mas mais abandonadas, como Nossa Se- grande contenta.mento dos cristãos. la-externato para oa indígenas.
Altar de Nossa Senhora da Fátima em lnsbruk. nhora. da Fátima ensinou e deseja.
Encontrei sempre uma correspood~ncia • • NOTA - Agradecemos qualquer H-
Os püdosos devotos de Nossa Senhora u Flltima em Insbruck ( Aus- inesperada de fi~is; já distribuí 900 pa- Nossa Senhora da F!tima jã se dignou mola que nos seja enviada para as Mis-
tria) on~amtltltam nos dias IJ de cada mAs com grandll profusão de gelas com a novena em honra de Nossa. alcançar-nos do Céu muitos favores, e sões colocadas debaixo do patrocfnlo de
plantas e flores • altar tü N•ssa Senh•ra. Senhora. da Fátima, e outras tanw ima- ainda não há muito tempo curou uma Nossa Senhora da Fátima e u fa remos
Fotografill do altu em 13 u apst• u I9JJ. &ens. Continuo !L propapnda. n.u e!COlas das nossas irmãs gq.vemente doente do chegar ao seu destino.
VOZ DA FATIMA 3

dica que, julgando-me melhor me dispen-


!IOU do uso da funda. Pu-la, pois, de par-
Fátima, fazendo-lhe desaparecer um tumor
que há dez meses mwto a fazia sofrt:r.
mostrar o seu reconhecimento a tão boa
e Misericordiosa Mãe.
- J1a11uel dt1 Oliveira - Recife -
Brasil. agredece a cura de gnves !IOfri-
VOZ DA FATIMA
te, mas passadas pouca,s horas fui obri: - Alice Mana Cerqueira - Formariz, - Jl. A . .Monteiro - !ndia Portugue- menlos de diabetes, cura que obteve me-
gada a tomá-la de novo porque comecei tendo estado graven1eute doente vem agra- sa, alcançou de Nossa Senhora de Fáti- diante um'l novena e uma visita. a Nossa DESPESA
a passar pessimflmente. . decer a Nossa S.• dJ. Fátima a protecção ma a cura de um seu filho que estava Senhora da Fátim~.
Fui ~gunda vez ao. Hosp1tal de S. que lhe dispensou alcançando-lhe a cura muito doente. Deseja ?-gradecer aqui a - Francisca dt1 Oliveira Vanderlei - Transporte .. . . .. .. . . . . .. . .. .
Marta onde cinco méd1cos me observa- completa. Nossa Senhora. !sse favor que lhe alcan- Brasil, agredece uma graça temporal que
çou. Papel, comp. e imp. do n.•
ram e concordaram em que era indis- - Virgínia Gonzalez - Covelo, pede Nossa Senhora lhe alcançou.
pensável que fôsse operada. Mas, ái! ner- para ser pul:>licado em espanhol o se- NOTA.- Pelo ReT. P.• )(ann~l .heTedo 136 (52.000 ex.) ........ .
Mendes. foram -nos enTI:Idos do lteoife-Per- - Maria Lino de Oliveira Costa --Ca- Franquias, embalagem, tra.n5-
vosa como eu era, a-pes;lr dos choros e guinte: uTuve una bija muy enferma du- nambuco, os relatório• secuintea:
das promeSs:lS da mi~ha mãe, nã~ con- rante tres meses y tan grave que no ba- bo - Brasil, vem testemunhar a sua porte, etc.... ........... .
-Maria J úlia Bapttsta. - Pirpirituba gratidão a N.• Senhora da Fátima por I .08of$t}o
seguiram fazer-me ace1tar a opera.çao. ba esperanzas de salvaria. Recurri a la - Brasil, achando-se muito doente foi ter dela alcanç~do o perfeito restabeleci- Na. administração .. . .. . .. .
Tendo conhecimento disto umas vizi- Virgen de Fátima para que hiciese un mi- 99S6o
preciso submeter-se a uma operação que mento de uma grave doença de que so-
nhas disseram a minha Mãe: udeixe a lagre y al poco tiempo se vio fuera de pe- os médicos julgavam simples.
Maria de Lourdes; entregue-a a Nossa Se- ligro y ahora bucna completamente; y en freu durante o longo período de 8 anos. Soma
Quando se achavam, porém, com o
nhora, que nós a levaremos a Fátima». agradecimento deseo publlcarlo en su pe- trabalho bem adiantado, entro u um ou- - Uma. pessoa espirita achava-se gra-
Benditas palavras, e benditas as horas riodico». tro médico que toaundo o pulso à doec- vemente enferma e prestes ;t. morrer. Donativos desde 15$00
em que as disseram e as puseram em te notou que !ste não dava sinais de vi- Zombava da Confisião e de todos os Sa-
prática em meu favor!. .. da. Certificando-se disto todos oa médi- cramentos. Implorou-se de N.• Senhora. Leonor Viterbo - Lagos, 15$oo; Felicia..-
Em 13 de Março, depois de minbjl Mãe -Maria Joaquina Araújo - B raga, cos foi suspen~ a opefllçãO e dada à da Fátima a aua conversão, prometendo na Caupers - Lisboa, 2o$oo; Luís de Al-
ter feito uma novena e várias promessas agradece a N.• S.• da Fátuna diversJ.s doente uma injecção para ver se conse- que se mandaria publicar a graça., uma meida - :evora, 2o$oo; Izaura Nunes -
a Nossa Senhora, fui com as minhas vi- graças, mas sobretudo o ter livrado seu guiam reanimá-la. Neste estado melin- vez que fôsse obtida. Com espanto de Praia do Ribatejo, 25$oo; Maria Betten-
zinhas a Fá ti ma, e em Mjlio tirei a fun-marido de freqüentes ataques que o dei- droso em que se encontrava, recorreu todos os seus amigos o pobre transviado court - Pico, 3o$oo; Angelll Taveira -
da por me causar incómodo. Ao saber is- xavam prostrado. com sua família a N.• Senhora da Fáti- pediu um Sacerdote, confessou-se, co- Matozinhos, 15Soo; Olinda Gonçalves -
to minha mãe, zangou-se comigo dizen- - Celeste Coelho - Macau, manifes- ma e obteve dela as melhoras. mungou, foi ungido, e depois de tudo Pôrto, 25Soo; Maria J orge - Pocariça,
do; ccdaqui a pouco tu a virás pôr»! ta o seu reconhecimento por uma graça Um médico afirmou ser isto um dos recomendou aos parentes e amigos que 15Soo; Augusto Macedo - Lisboa, 2o$oo;
Mas, felizmente, tal não aconteceu,. e que Nossa Senhora lhe obteve para uma grant..les milagres de N. • Senhora da Fáti- venerassem sempre a Virgem Maria. P.• António Prêda - Louzada, 15$oo; El-
como passasse muito tempo sem eu me sobrinha. ma atendendo à gravidade da doente e Cheio daquela alegria que só a paz mira Côrte-Madeira, 15o$oo; P .• Xavier
queixar nem tomar a pôr a funda que -- Vitória dt1 JtiSIIS Ferrt~ira - Vilar ao seu rápido restabelecimento. Como com Deus consegue estampar no rosto Madruga - Pico, 12o$oo; J osé Júlio Ri-
abandonára, minha mãe novamente me - Aveiro, esteve prestes a morrer com prova de gratidão promete propagar o dos moribundos expirou, tendo, ao que beiro - Viana do Castelo, 2o$oo; M.•
levou ao médico que, depois de me ob- um tet;lnO. Invocada em seu favor a in- mais possível !L devoção a N .• Senhora me pa.rçce, a morte de um verdadeiro Otilia Amaral :..._ Açores, 2o$oo; Ermelin-
servar minuciosamente disse estas conso- tercessão de N.• Senhora da Fátima e da Fátima. justo. da Leite - América, 2 dolares; Paz de
ladoras palavras: uEstd curada>>. recuperada. a saúde vem agradecer-lhe Gouveia - ?, 2o$oo; Olga Nunes P.• -
Calcule-se a satisfação da minha mãe tão grande favor. S. Cruz, II4$oo; Izabel Vasconcelos -
ao ver que Nossa Senhora me tinha fa-
vorecido com esta tão gt1tnde graça! Ho-
- - Teresa Alves Meira - Anha -
Viana do Castelo, teve um ataque vio-
Graça de Nossa Senhora de Fátima em favor da ftlha América, 2oSoo; Maria Rita -
2oSoo; Guilhermina Lemos - Gaia, =oSoo;
Açores,
je, passados seis anos, não mais tomei lento.
a sentir o mais ligeiro sintoma da her- Com ii. casa cheia de povo foi consi-
dum Médico em França Inês Sequeira - Mapuçá, 2o$oo; António
Silveira - Faial, 25Soo; Directora da
nia. derada como morta pelo sacerdote que Estando gravemente doente e em es- co e reconhecida. nos serviçoa que lhe Creche de Vagos, 37S5o; Maria Moreira-
Minha. querida mãezinha faleceu já e lhe levava os úlúmos sacramentos. tado desesperado 11 filhinha do Sr Dr. tem prestado, fêz uma novena 11 Nossa Abrantes ,15$oo; Apostolado da Oração-
nos seus últimos momentos pediu para Dando pouco depois um leve sinal de Regis Dr<?ysse, médico do Convento do Senhora da Fátima obtendo a saúde d a Vila Viçosa, x6o$oo; A. Lage - China,
se publicar esta graça porque o t!nha vida invocaram todos em seu favor a Sagrnd Cornc:ão de M aria, cm Vallon pequenina. 15$oo; Hermlnia Pimentão - Evoramon-
prometido a Nossa Senhora da Fátima, protecção de Nossa Senhora da Fátima, (Ardêche) 0
onde há uma Religiosa por- Maa deixemoa o pai contAr e atcatar a. te, 2o$oo; 1\Iaria. Ferreira - Azambujeira
a quem fizera mais outras promessas que e passadas duas horas começou a falar tugueaa, esta nndo a aflição do médi- cura.. dos Carros, 35S8o; Maria Terencio - Alf.•
já procurámos cumprir. encontrando-se desde então sempre per- da Fé, 25Soo; João Baptista Júnior - El-
Agradeço também a Nossa Senhora feitamente bem disposta. vas, 2oSoo; Eduarda Santiago - Canas de
uma. outr;J. graça muito importante que - Ilda Figueira da Silva - Lisboa, RÉc;rs BREYSSE Senhorim, 15$oo; Maria Adriana - Car
por sua maternal intercessão Deus Nosso durante tr!s meses esteve em grave pe- nas de Senhorim, 15Soo; Gracinda de Sou-
Senhor se dignou conceder-me. rigo de vida em conseqüência de uma
-
sa - Canas de Senhorim, I5Soo; Amélia
R. D. Estefania - Lisboa tuberculose galopante. Sua famflia f!z do Céu - Canas de Senhorim, 15Soo; Ana
por ela um11- novena. de comunhões co- Correia - Canas àe Senhorim, 15Soo; Ma-
Maria de Lourdes Mendes Campos VA LLON (AROiCHE)
meçando a sentir-se um pouco melhor lo- ria. Salgado - Ferreira do Alentejo,
go no primeiro dia da novena. Concluí- TI:':L.~PH ON E !5 15Soo; Aida Azambuja - Nova Gôa.
Angina fleu~onosa da esta a doente estava livre de perigo. 15Soo; Mariana Azambuja - Nova Gôa,
A Esposa do Sr. Dr. Pereira. Gens, Passaram já três anos durante os quais 2o$oo; Maria Pires - Pôrto, I]$6o; Anó-
médico do Santuário, pede para publica- sempre se tem sentido completamente nima do Pôrto, 2o$oo; Maria Vasconcelos
mente aqui ser agradecidí!- a Nossa Se- bem. Sua Mãe, Maria Alice Roquete, vem - Fermil de B..stos, 15Soo; Luis Cipriano
nhora a cura de seu marido que esteve aqui agradecer publicamente esta graça - Meca, 15$oo; Maria das Dôres Lopes -
gravemente doente. e uma outra particular que Nossa Se- V.• N.• de Fozcô;l, 2o$oo; Margarida Lo-
No momento mais critico da doença, nhora lhe alcançou. pes - Espozende, 2ú$5o; Manuel Quinti-
vendo-o prestes a. expirar, ela colocara- -Joaquim Soares - Zambujal-Con- no - CQvilhã, 20$00; José Valente - Al-
-lhe sôbre a gargan~ uma medalha de deiXl., vem agradecer a cura que sua mofala, 36Soo; António M<'ndonça· - 1fi-
S. Terezinha. molhada na água do San- mulher, tendo dado uma queda grave, randela, 100$oo; Amadeu Simões -Mafra,
tuário da. Fátima, dizendo-lhe com a alcançou por intermédio de Nossa Senho- 15Soo; António Dunte - Mafra, 15Soo;
maior fé e confiança possíveis - ccSe- ra da Fátima. Agua e terra do Santuá- Maria do Paço - Ma fra, 15Soo; António
nhor.t da Fátima ... tendo Vós alC~~-nçado rio aplicado com fé no-poder de Maria Valente - Mafra, 1 5 ~00; Elzira Pimentel
a saúde para. tantO!! doentes que em Vós bastaram para a curar. - Bra~. 2o$oo; Dionfsio Ru.aff - Lis-
confiam, porque não a alcançais também -Maria Rodritues da Silva - Vila boa, 2oSoo; Bcnedita Neves - Avanca,
para ~ste que no Vosso Santuário tem Nova de Gaia, cumpre a promessa de 82Soo; Ana Neves - Avano, 78Soo; Fer-
cuidado de tantos outros? I» agradecer a N.• Senhora da Fátima a nanda de Melo - Pôrto, ~-oSoo; Elvira
Embora não sem intervenção e assis- graça, fervorosamente implorada, de me- M?-lheiro - Foz, 5oSoo; P.• Joaquim Gra-
t~ncia médica a doença foi desaparecen- lhorar de um grave incómodo, sem re- ve - Arronches, 5o$oo; Lucinda Dias -
do sem deixar vestígio algum a não ser correr a uma delicada operação que a S. Pedro do Sul, 20$00; Laura elo S:l. Co-
a costumada fraqueza que sensivelmente medicina lhe indicava. ração - Cabinda, 50Soo; B~atriz Cardoso
vai desapar<'cendo, favor êste que ela Prometeu publicar esta graça e vir pres- - Vista Aleb'Te, 2o$oo; M.lria Outra -
agrad!'Ce a Nossa Senhora da Fátima sem soalmente ao Santuário agradec!-la aos Açôres, 2o$oo; Clotilde Almeida - Cau-
cuja bênção a medicina pouco poder tem . pés de N.• Senhora da Fátima. dal , 4o$oo; Sara Cos~ - Paiol, 20Soo;
-Zeferino Miranda - S. Pedro da Luísa Almeida - Paiol, 15Soo; Adrlino
Cova, por diversas vezes sofreu de horrí- Oliveira - P.• de Lanhoso, 8JSso; P. J .
Agradecimento veis cólicas. Diferentes medicamentos que Lourdes - Nova Gôa, 4oSoo; Maria Ber-
Tendo adoecido uma minha filha. de tomou de nada lhe valeram, até que re- neaud - Lisboo., 2o$oo; P.• André Ave-
22 anos, e atingido temperaturas altíssi- solveu entreg3r-se nas mãos de Nossa lino - Faial, 132$oo; Maria Caramonete
mas, achava-se num abatimento profun- Senhora da Fátima. Como único rem6dio - Tihavo, Ito$oo; António de Campos -
do !'em falar e só querendo estar só e às bebia água do seu Santuário. Peniche, 15Soo; M. A. C. J . - Guimarães,
escuns. O médico que a tratava, a-pesar O resultado não se f!z esperar; as dô- 84Soo; D. M. B. - Guimarães, 55Soo; N.•
de todo o seu z!lo, não podi!l descobrir res desapareceram por completo sentin- 3573 - Guimarães, 2o$oo; António Fala-
a causa de tão alta febre, dizendo ape- do-se já há muito tempo completamente gueiro - L isboa, ro$oo; Rosa Vieira -
nas que talvez fôsse tifo. Vendo a mi- bem. Fronteira, 20Soo; Brite-s Andoriuh.J. - Se-
nha aflição pediu uma confer!ucia mé- -António Barbosa Esperança - Vila tubal, 5o$oo; Maria Maldonado - Pôrto,
dica para o dia seguinte. A minha afli- Nova de Gaia, sofrendo incómodos gra- 5oSoo; Maria Iz. Vasconcelos - Pôrto,
ção, porém, ;1umentou mais ainda. ves ptovocados por uma úlcera que tinha 5o$oo; Manuel S. Marques-Oeiras, 72$oo;
As.~im que o médico se ausentou, reco-
~,u~·~
no estômago, e tendo alcançado a cura Distrib. na Igreja de Belém - Lisboa,
lhi-me num quarto e banhada em lágri- d!sses incómodos por intercessão de Nos- 7o$oo; Margarida dos Smtos - Lagares,
mas pedi fervorosamente a N.• Senhora sa Senhora da Fátima, pede a publica- 2<}$7o; Condes.'ia de M;1rgaride - Guima-
da Ffltinu que curasse minha filha e a ção d~ste favor para maior honra e glória dA..c. "'JtJU u' ~ o<.e r:tes, 2o$oo; Teresa Gonçalves - Angola,
livrasse daquela doença gt1tve, prometen- de Nossa Senhora da. Fátima. 15Soo; José Govêmo - C. João Dias,
do-lhe ao m<'smo tempo uma missa can- - BtJ;ta da Conceição Cardoso de Vi- I 5Soo; Manuel Bernardino -Brasil, 15Soo;
tada e a publicação da graça na Voz da lhena Carval11o - Almeida, diz o seguin- Manuel Gomes - Brasil, 15$oo; Fortuna-
Fátima.. Nossa Senhof!!. dignou-se aten- te: «encontrando-se minha filha Maria ta Rabaça - Montemor-o-Novo, 15$oo;
der-me, poi~ nessa noite a febre dimi- Teresa bastante doente com febre tifoide, Elisa Ogando - Lisbojl, 2o$oo; Margari-
nuiu consideràvelmente e de manhã a e já com pouca confiança njl sci~ncia mé- da Abreu - Penafiel, 3o$oo; Deodata A.
doente sentia-se muito melhor. A febre dica, recorri a Nossa Senhora da Fátima Maiato - Portalegre, 5o$oo; Maria Pól-
continuou descendo sempre e ao cabo de implorando-lhe a cura. A minha súplica vora - Evora., 2o$oo; Joaquina da G.
poucos dias minha filha estava bem. foi ouvida; e tendo prometido publicar Carneiro - P ôrto, z5Soo; Anónimo -
Penhoradfssima, venho ;1gradecer pu- a çaça na Voz da Fá.tima, se ela me Fre;1munde, 6o$oo; Afonso de Albuquer-
blicamente a Nossa Senhora l!Sta çaça fôsse concedida, venho faz~-lo cheia de que - Lisboa, 1.5$oo; Maria M. Vieira
que obtive por sua vali~ intercessão grande reconhecimento e alegria». - Matozinhos, 1o$oo; José Baeto - Tor-
junto de Deus. -Maria Aurora - Pias, Lousada, es-- reira, 3o$oo; Ana da Cost:a.-Pôrto, 2o$oo;
P. das FlOres - Porto tando já sem esperanças de melhofllr de J osé M . Neves-Covilhã, 5oSoo; Ermfnla
uma grave enfermidade que os médicos Adelaide Pinto - Sabrosa, soSoo; Etelvi~
Dolores Castro Mort~~ís não coose~iram debelar, e tendo alcan- na Bento - LouTOSjl, 2oSoo; Francisca
çado a saúde mediante a intercessão de Marques - Benavente, 2o$oo; Franci,r,co
Graças diversas Nossa Senhora da Fátim?o a quem se en- P.ladeira - Pegões, 2o$oo; Amélia Brocha--
do - Amarante, 2o$oo; Distrib. no Pôrto
- Ismael Ferreira. de Almeida e Ma- tregou, vem reconhecida agradecer-lhe (TRADUÇÃO)
tos - Pôrto, sofria dos pulmões a ponto tão grande graça. (Maximina Mota), 3o$oo; Caridade Re-
tal que chegou a estar desenganado pelos -A ida da Costa Branco - Lourenço nais broncho-p-n.eumonia reacç4o peri- sende - Nog.• do Cravo, 2o$oo; P.• Jo-
médicos. Tendo alcançado a saúde, aqui Marques, diz: ••encontrando-me há tem- toneal. sé Simões- Ovar, 2o$oo; Maria Leiria-
manifesta o seu agradecimento. pos doente pedi a Nossa Senhora da Fá- Vallon, 9 de dettf'l.br0 de 1933 A 10 de iulho o seu estado era dese•- V.• R. de S. Ant.•, 15Soo; A·na Navarro--
- Ricardina Pinho e Monteiro - Can- tima que me desse saúde para poder con- perado; minha filha entrava em de[;rio. V.• Real de S. Ant. 15$oo; Maria Clotil-
dolina - Gôa, tendo alcançado cuus tinuar a trabalhar. Eu abaixo a.uinado IJrevue Regis, Foi então que ''ma irlllã rtligiosa do de A7.evedo - S. Cruz do Douro, 2oSoo:
muito importantes, pela intercessão de Prometi agradecer no seu jomalzinhQ Doutor forrrw.do em Jledicina de l'al- Convento do Sagrado Coraçã0 de Ma- Joaquina Novais-Tourão. 2o$oo; Maria
Nossa Senhora da Fátima, de doenças a cura se ela me fôsse concedid;~o. lon - Ardecl1e: • ria, de Vallon começou uma nouena a Isabel - Cabeço de Vide, 25$oo; Guilher-
graves porque pasaram seu marido e filha Como me sinto muito melhor, peço o Nossa Senhora da 1-'átima e ao fim des- minba Ribeiro - S. Torcato, 5o$oo; Flo-
cumpre hoje parte do seu voto com a favor dessa publicaçãon. Certifico auim com o os meus colega~ ta not>ena fiztraJn,.-4t aentir melhO'ra&. rinda Pio de Paula Ferreira - Lisboa,
publicação destas linhas. - Manuel Ferrtlira Mateus - Coiro- que trataram a minha filha Andréc, de A cura foi completa ap6a uma segunda 2o$oo.
- Rosa Maria da Silva --Campo Gran- bra, terido recebido uma grande graça idade de cinco ano• - q"e e•ta foi aco- no1ltna.
de, deseja que seja publicada aqui uma temporal por intermédio de Nossa Se- metida dum •taque de coqueluche gm1le Este número foi visado pela comiUIO
graça que recebeu de Nosu Senhora da nhora da FátiJ:nll deseja publicamente com complicaçDu puli!J,Onare• c perito- de Censura
4 VOZ DA FATIMA

Bibliografia de Fáfuna crav1ira vult'"• em •ualquer class• - es-


ttldo, qu1 Sll riiCUSIISSI • r1nder • ·&!•ria
Santlssima • hom•n•:•m la sua f~ 1 le-
Fátim.t Noss• Senhora i• Fátim•. •
:loriosa Lc>urdes ;ortuguesa! Qu•m I q111
• não conheci ou ao mmos deZ. ntio tem
as tlórias • maravilhas de Nossa S~rnh.,..
de Ftitima.
Dar-si-ia por sufici111tem11nt• ,ag• u,
Dom Jlanuel • Venturoso, instituiu nas voção>t. ot~vitlo falad como recomp~rns!l, merecess• a suprema
Os Esplendores de Fátima e<Ord1naÇÕIS do Reino» uma procissão A estrêla duma nova ressurreição Desde os maravilhosos sue~ssos do dia honra de ser contado no número daqul-
obri:atória 1m honra da Mã1 de Deus. 13 d1 Maio d1 1917, desenrolados na Co- les a quem são diritldas 4S palavras do
tt já vasta a literatura tanto portu-
guesa como estranjeira sôbre a Fátima.
Dom João IV.• ratificou solenemlntl! · em Portugal va da Iria, em Pl•no coraçio de PortuKal,
o nom1 bemdito tl• Ftitima está • correr
sagrada texto:
Qui elucidant me vitam retemam ha~
o acto d11 Afonso Henriqu1s 1 ofereceu de Ne:ros 11 ameaçadores nubarrões tol-
Livros mais ou menos extensos têm si- d1 boca em boca. despertando • curtosa- bunt. Todos aqveles que m1 glorificarem
novo o Reino 1 colónius a Nossa Senho- dllvam o ctu de Portugal em 1917.
do publicados em muitas línguas toman- dade d1 uns 1 atraindo o riSpeito e a ve- durant1 a vida, obterão a •terna bdml-
ra, jurando com o príncipe e Estado, A Pátrúa dos Luswdas jazia ll beira dum
do conhecidas das almas ps maravilhas neraçio de todos. venturanÇa. (Eccli, 24. 31.)
conflssar 1 defender sempre, até dar • vi- espa11toso abismo. Por tóda a parti reina-
que a Santíssima Virgem tem realizado Transpondo as fronteiras de PortuKal, Ao desejo de contribuir por meio dtst1
entre nós e no mundo inteiro. ' da Slndo necessário, o dogma d.a Imacu- va o des4nimo; a ruina parecia inevitável.
lada ConceiÇão. para logo tornou-se 8sse nom11 conhecido humilde 1 despretencioso trabalho para
Oltimamente o Missionário Cordima- Parecia, mas ntio era!
Dom João Y mandou celebrar com tó- em tódas as nações da velha Europa 1 que seja conhecido e apreciado o dom
riano, Rev. P.• Valentim Armas aumen- Era essa justamente a hora d1 Deus e
da a pompa, 1m todo o reino, a f•sta du daí, carretado nas azas da tlória, atraves- inefável de amor e misericórdia qu11 do
tou os bons livros sôbre a Fátima com a hora tamútm de Nossa Senhora.
Imaculada. sou os mares 1 espalhou-se pelas cinco cé" nos trOuxe a Senhora do Rosário di
a publicação de «Os Esplendores de Fá- Sóúre o firmamento enegrecido da Pá-
Antes de SI fazerem aos mares iKno- partes do globo. Fátima, vem unir também seu débil tribu-
tima» edição magnífica da bela revista tria ruioú a luz duma nova estréia, pre-
tos, os marinheiros portugueses iam À O nome de Fátima, como o d1 Lour- to de homenagem filial À mesma celestiaf
«A vé-Marian da grande cid!lde de S. mmciadora 8uma nova 1 glorios• aurora. des, não se acha mais circunscrito ao Senhora 1 Rainha no au!fusto mislé,io d•
Paulo (Brasil). ermida de Nossa Senhora do ResUlo pe- Apareceu Fátima.
dir 4 Estrlla dos Mares que lhes alumias- pais que l1111 serviu de berço, lle abran- SJ•a Maternidade espiritual realizado ao pi
O trabalho do erudito religioso é digno Condoendo-se a celestial SenhOf'll das
SI a arriscada rota. te, num imenso raio d1 luz 1 calor, o da Cru~ 1 da Sua Corredenção a urem so-
do maior elogio. desgraças que oprimiam alma de Portu- mundo inteiro.
E sob tão alta pf'otlcÇão, a bandeira lenementl comemorados no decorrer dl:t-
Àlém de revelar conhecimentos largos gal, dignou-se baixar e p6r 1m contacto
das quinas portttKIIesas flutuou nas sel- Nação privilefiada a d• PorttJgal! tl Ano Slnto da Paixão de J. C. e das
e precisos da história das graças conce- místico o seu Imacuwdo Coração, com o
vas virg1ns do Brasil, nos castras adustos Nossa Senhora escolhi o cantinho hu- Dores de Nossa Senhora.
didas por Nossa Senhora da Fátima, o coração, • sangrttr d1 dor, da Pátria,
abalisado Autor escreve em português do Mo:hreb nas praias viridentes do tra~tsftmdindo-lhl novo vi:or 1 nova vida
mildl duma nação que ostenta com uja-
correcto e elegante. Oceano Indico. 1 prometendo-lhe remédio e sttlvaçtio. nia o título ae «Terra de Santa ltfarian,
para dai irradiar, não só sóbre Portugal A Voz da Fátima ;lgradece o exemplar
Por tóda a sua obra prepassa. a sua Reconhtcido sua excelsa Padroeira, Portugal dev11 certament11 StfA salvação
mas sóbre a vastidão do planeta, os es- com que foi brindada e faz os melhores
devoção à Mãe do Céu e ainda um cari- Portugal ergueu um monumental poema a Nossa Senhora de Fátima. votos pela divulgação de tão interessante
nho enternecedor por Portugal. em pedra qu1 I Santa Maria d1 BeUm. São assaz eloqaentes as sepintes pa- plendores de seu poder, d.l sua bondad1 e
livro.
E is algumas transcrições do prólogo: ltfa ria SantíSsima foi sempre tida 1 lavras que transcrevemos da «Voz da Fá- d1 sua misericórdia.
aclamada como Rainha d1 Portugal - tima» de 13 d• março do corr~nt1 ano Há trts lustros apenas Fátima não pas-
Regnum Lusitani;e Regnum Mariz - SIIVa d1 um logar1jo q11dsi completamm- Ainda há à venda no Santuário oa li-
«Terra de Santa Maria» pois, desde qu• o primeiro rli bragantino
di I9JZ.
«Basta volver ""' olhar retrOspectivo te desconhecido, a tal ponto que não se vros seguintes, sôbre Fátima:
colocou o reino 1 a dinastia sob a protec- s6bre • situaçio relifiosa do nosso país registava em nenlwma carta geográfica x.•- Oratória-Fátima ... . ..
Salvl, nobr• Padroeira, 2o$oo
çio d1 Nossa S1nhora, os r1is portu:ue- antes das aparições 1 cot1já-la com o s1u 1 n1nhum «Guia do viajanten lh1 fazia 2.• - As r:randes Maravilhas da
Do povo, teu protiKido; ses deixaram di! usar a coroa r1al, ofl- a m~rnor referência.
Entr11 todos escolhido estado actual para SI conhec1r desde lo- Fátima .............. .
recida oil 1xc1Zsa Rainha dos Anjos 1 Im- go • mudança profunda, radical, oplra- Hoj• o nome de Fátim• constitui uma 3.•- Fátima, o Paralso na terra
Para povo do Senhor! peratriz do universo. verdadlira epopeia 11 t, no dizer do 11utor
da na soci6dad11 portugu11sa, em cujo seio 4·• - A pérola de Portugal... . ..
Portutal I sem contlstação, 111t1'11 t6- Não I só o r1ino tn4S a intelitlncia d1 uist• hoj1 uma élit1 católic• mais satu- de «Fdtima, 11 Lcurdes portuguesa>>, um s.•- Fátima, a Lourdes Portu·
w 4S nações do orb11 utólico, uma d.s
Portu:•l ficou s1ndo tambjm fRdatári• rada di! •spírito cristão, m(lis esclarecida dos acontecimentos reli!iosos mais n_otd- cuesa ... ... ... ... ... ... ... sSoo
fU. podll, com ufania, ostlntaf' Q título da .Santlssima Virtem, pois a Universida- I! fervorosa na sua piedade, mais unida
veis, s1não o mais notdvel da actualidade. 6.o- Fátima, ii Luz da Autorl·
d• d• Coimbra s1 coweot~ dlbaixo eüJ P,.o- Qual a causa dessa prodifiosa celebri- dade Eclesiástica . . . . . . . . . sSoo
la «Terra d1 Santa Marie•. 1ntr1 si l mais P•rfeitamlnt! sujlita à
llcção da Imacrdad.c. dadiJ
Portugal, nação mariana lntf'l t6das as hierárquia. Mandam-se à cobrança ou a quem
qru mais o sejam, tem marchado sem- A-pesar-da tr11m1nda cris11 relitios•, mo- As maravilhosas aparições de Nossa Se-
~,., na van:uarcü dos povos eivilis11dos «Terra de Santa Maria» ral I! económic11 em qv• o mundo pr•sente- nhora a três humild1s pastorinhos, ocor- enviar a respectiva importância junta
qv• mais flroido culto soub1ram tribu- Com 1sta su:IIStiva denominação de mmte s1 debati, provocando 4 instabili- ridas na Cova da Iria a pouco mais di ao pedido.
141r oil Mãe d1 Deus. «Terra l1 Santa Marian chamou Portu- dad1 das instituições políticas I! sociais 11 do_is quilómetros da localidadi! assim deno-
Não h4 na história do povo lusitano gal os primliros t~rritórios portugues•s afitando ! convulsionando os povos, Por- manada d11 Fdtima 11 os prodígios inume-
situação trtWII, afirma um historitldor mo- arranc11dos ao ;od~~r los mouros. tu:al, a f'UJfão fidlllíssima, ,,.,.. de San-
ta Maria, olha com serenidad• o futurO,
ros que nesse r~cinto a_bençoado s1 vim NOBRE GESTO DUM MINISTRO
lemo, nem lanc• antustioso 11m qUI lhl As v1tustas catedrais como as humil- 1 operando a parlar do dUJ 13 di! Maio de O nobre General Yangain, Ministro di
nio t11nha valido o socorro ' a ~ot1cçêo des igr1jas f matriz1s d1 aldlia, consa- pondo uma confiança inabalável e ilimi- 1917 · Defesa Nacional da República da A..s-
la sua nobr~ Padro•ira, Maria Santíssi- gradas estio na sua maiorúa ~m Portu:al, tada no podlr e na bondad1 da sua •xcel- Tornar pois mais conhecidos no Brasil tria, hou.v1 por bem dar a seguint11 or-
ma. Qu11ndo nos dias turbullntos do al- À augusta Mil de Deus. &a Padroeira qu1, vindo a Fátima, mais êsses factos maravilhosos de Fdtima, pa- dem regimental:
vorecer da sua nacionalidadtl, as hostes Do Minho ao Altarvl, quási n4o há uma vez o· prote:•u 11 salvou. ra que o conhecimento dos mesmos sirva «TOdas as bandeiras regimentais •s.-
f!01'tu:uesas entravam por tll'ras da meu- clrro, ondl não alv1j11 um• 1nnidinha DISdl 11ntào, • tloriosa t1rra de San,.. de despertar em nossos corações Slntimen- tentarão doravante a imagem da Virgem
rama, o :rito d11 :uerra era <<SANTA v1rd1 sob a invocação de Nossa Senhora. ta Maria, saindo do p,.ofundo letargo· 1m tos cada v1z mais acendrados de amor e Santíssima, Padroeira da Austria.
14ARIA». Não é só sob o ponto d1 vista políti- qu• jazia, luavúa qu4si cem anos, sem es- devotamento para com a aupsta Mãe di E como os nossos soldados são campo-
A :ratidão do primeiro rei dll PortuKal co; Portutal, pela voz dos seus literatos perança d1 humano remldio, foi cami- D1us_ ' . t1rnís~i~ Mãe dos homens; •is neses pacíficos, cuja vida de família se
mandou edificar o trandioso monumento e artistas, ntio t•m d11ix11do d11 ,agar a nhando, com p.ssos s•pros 11 jirm1s, nv- o ObJec.ta!'o PNne~pal qu1 nos moveu a dar desenvolve à volta do Crucifixo que hon-
mariano da Alcobaça, e outro rei, em t~rs­ Nossa Smhora o tributo la SIU carinho e ma marclua verdadeirammtl protlifiosa, à publac1dad1 uma P•quen• série d1 mo- ra os seus lares, ordeno que em t6das lls
temunho ipalmente d1 Kratidão 1 rlco- vassal•tem. ct~ .l facl f!Tislntl de int1nsa vitalida- destos ~ despretenciosos artigos, lnjeixa- casernas regimentais seja colocado um
nhuim~rnto . oil ucelsa Advo:ada P•Za vi- Para ver plmamlntl justificado lss1 45- dll 11 pujanç• r~~lifiosa di qu• numerosos dos . em volum11, dclrca dos S11clssos de Crucifixo.
tória d1 Aljubarrota, construiu a lsbelta serto, bastaria p1rcorrer as páfinas da 1 cons•Zadores 1pisódios são ao mesmo FdtJma. Os soldados saberão assim, olhando pa-
Basflica de Nossa Senhora da Vitória e «História do culto de Nossa Senhora em tempo o sintoma 11 o 1xpoent1. Sem pretmsões literdrias de 1spüie •l- ra êste símbolo augusto, que o seu de-
• tilebre mosteiro da Batalha. Portupl», da autoria di Alberto Pim•n- Não foi debald1 que a Raínha do Clu guma, aspira no entanto o a. oil glória de ver de soldado para com a Pátria, não é
Afonso H1nriques o conquistador, pri- tel. baixou d Cova da Iria e pousou os seus poder juntar sua voz, com quanto humil- senão uma modalidade do seu dever de

.
meiro rei de Portu:al, logo após d11 fun- <eNio houv1, liz lsstJ ab•lisalo historia- pis virtinais na copa da azinhlira .satra- d1 e apagada, a 8ss1 1splendido coral de cidadãos para com Deusn.
dada 11 monarquia, ofereceu com parti- dor, oil página 198 da obra citada, não dan. cantores e pregoeiros •UI, tlllm I! tlqutm Gesto tão nobre leve-nos a admirar 1
cvlar devoção o seu reino a Nossa Senho-
ril, 1m sinal d1 feudo 1 vassalag1m.
tem havido 1m PortuKal hom~m ilustre,
ainda dos mais abalisados 1>ara. altm da ,.. " dos mar1s, ualçam 1m t6das as línguas louvar quem o tev1 ~ a pedir ao &lu •
mesma graça para as demais Na~u .

Utna jóia artística- Banqueta Manuelina- a oferecer


por subscrição nacional à Virgein Santíssitna da FátiiDa
seryará o seu coração puro, habitará &Jl-
'As três sentinelas tec•paJarncnte as regiões celest iais aa-
do Coração ciar-se-á do pão dos anjos e aentindo-
-ae inundado de suaTissimas c'onsola~ões
poderá contemplar 0 Rei de .Amor nà
G-uardai cuidndosamente • ~•s­ plenitude dos seus encantos Tendo a
so coração porque dêle proce- terra de muito alto.n (baiaa' XXXIII)
àe a ,ida.' Eia aa inefáveis recompen~as da mo-
Por eataa palavraa, faz.-nos compreen- déstia doa olhos; guarúêmo-la ..mpre e
ier o Espírito Santo que a Tigilância IIÔ- por tôda a parte.
Itre o coração é uma que~~tão úe Tida ou Uastou um olhar imprudente para
ele morte, e que dela depende a T,rda- perder DaTid, que tiuha Tencid0 Goliaa
fazendo-lhe cometer doia crim• do~
deira devo~ão. E como havemos de exer-
cer eesa Tigilância P maiores da terra. •
Serulo o noaso coração 0 palácio onde Quantas almas 1e não têm penertido
Tem habitar Jeau11 - o Rei do Amor, por um s6 olhar desacautelado uma aó
coloquemos-lhe às portas Tigilantea aen- leitura imprudente I _ '
tinelas, como estão b portas dos palá- 3.• 3entinela - O liUncio. - «Meu
cios riais. O coração tem três PQ!t&s - Deua, di~ia o profeta, ponde uma 'uar-
es ouvidos, oa olhos • a bôca. da de c1rcunape~ão noa meua lábioa-
A ~ntinela que guarda os ou-ridos que o silêncio encadeie a minha l.ínpa'
chama-se prudência; a sentinela qua aenão estou perdido (pa. 140)n. '
guarda os olhos chama-tl6 modéatia ; a u.Aquêle que não peca pela língua 6
&entinela que guarda a bôca chama~ perfeito (Jac. 3}n.
ailêncio. A tudo quando poua desagra- «Não nos Tenha falar de deToçlo
dar, ainda que levemen~, ao Rei do aquile que não aabe pôr um freio à aua
Amor, devem estas três aentinelaa bra- lín~t~~a : não t.!lm da deToção nenhuma
dar: - Alto I é proibida a entrada. sombra, e de religião tem apenu um
1.• &entinela - A prudência. - Es- fantasma (Jac. l)n
t-a sentinela cerra os ouvidos a tôda a uDo modo como tinrmos falado de-
palaTra inútil ou pouco modesta. As pa- pende a nossa sal-vação ou condenação
lanaa inúteis dissipam e distraem o co- eterna1 pois que tôda a palana inútil
ração; aa pala nas deshoneatas man- será r1e;orosamente íul~tada, • receberá
cham-no e corrompem-no. uNão há nada o seu castigo (Mat. 13}n.
que maia corrompa oa bons costumes, diz . Que aerá. pois, daqueles que pronun-
S. Paulo, do que aa más conTcraa':Õean. ciarem palaTras máa ou criminosu? ...
Evitai <'uidadosamente tôda a com·er- Ah I que justo motiTo de temor há nes-
sação fútil, e, principalmente pouco te ponto l
carido•a, ou pouco de<'ente; um~ a6 pa- Examinemo-nos seriamente aôbre um
]oia manuelina de prata a oflrlclr por subscrição nacional para o Santuário d1
lana, Imprudentemente escutada, has- ponto t ão importante. Se a p:alana '
N ossa Senhora da Fátim11
ta para nos fazer perder a fé, a carida- de prata. o silêncio é de oiro. Nunca D.)S
de e a inocência. Aprovamos a generosa iniciativa do ilustre advogado Snr. Dr. Alberto Pinheiro Torres e pedimos à arrependemos de estar calados e muita~
!.• untinela - A modbtia dos olhos. Santfssima Virgem alcance tôdas as graças do Céu para os Snr. Subscritores. Tezes nos arrependemos de ter falado.
- Esta sentinela cerra os olhos a todo .Aquêle que adquiriu grande conheci-
o objecto ou livro perigoso. ccTodo aqu~ Leiria, 8 de Dezembro de I9J3: t JOS~. Bispo de Leiria mento e não aabe calar-se, nada aabe ;
le qne, diz o E~pírito Santo foch a núo os aquêle, porém, qn~- pouco sabe, maa ..a.
ouvidos a tôda a palavra perigosa fe- AVISO- As listas numeradas e com o sêlo branco do Santuário podem ser pedidas à Administração da be calar-se na ocas1ao devuta, a:tbe tudo.
dla os elhoa a todo o objecto n.au, oon- «Voz da Fátima» assim como recebemos as esmolas .que nos queiram entregar. (Boletim llenaal)
r
Ano XII Fátima, 13 de Março de 1934

ECLESIASTICA

Olreotor e Proprielário: Dr. Manuel Marquu dos Santos Emprlsa Editoraa Tip, "Unilo QrAfiaa,. T . do Despaohe, 1&-Lisboa Administrador• P. António dos Reia Reclaotao e AdministraçAo "Santuá rio da Fitima,

CRóNICA l)FJ . F A1?IMA


( 13 de FevereirÓ)
Fátima e a Reparação cleos de almas vitimas. colocadas como regrinos, na Sllf'. grande mruona homens
outros tanW5 pára-raios nas diversas dio- e mulheres do povo, habitantes das po-
• seguro de santificação e salvação para
muitos habi~tes desta bemdita terra de
tume, o rev.do dr. Manuel Marques dos
Santos, vice-reitol: do Seminário de Lei-
O sublime conceito místico· de repa- ceses do pais, desviem os golpes da có- voações circunvizinhas. Ainda não eram Santa Maria. Como Deus é capaz de ia- rip. e capelão-director dos Servitas. Por
ração, tão simples e tão acessível, nas le1'11- divina e assegurem, como Moisés, dez horas e já a Capela das Confissões zer das pedras filhos de Abraão, segun- fim foi reconduzida a estátua de Nossa
suas linhas gerais, a tOdas íl5 inteligên- orando fervorosamente ru> alto do monte, regorgit;~,va de fiéis que esperavam a sua do a amplificação da. frase bíblica, o An- Senhora para a capela das aparições, ter-
cias, ainda as mais rudimentares, mas a vitória do exército dos crentes. o triun- vez de se aproximarem do santo tribunal jo da Diocese de Leirip., seu representan- minando as cerimónias oficiais com o co-
profundo e complexo na. sua compreen- fo e a salvação da Pátria querida. da Penitência. As missas sucedem-se umas te e seu instrumento, men:ê do poder movente adeus à Virgem Santíssima.
são lógica, está histOricamente ligado, Praza a Deus que os desígnios mater- às outras, abeirando-se entretanto da que dEle recebeu, está levantando na
dum modo íntimo e maravilhoso, à gran- nais da augusta Rainha do Céu não se- mesa euquistica muitos peregrinos para Lourdes Portuguesa, com grande espfri-
de e incomparável Obra de Nossa Senho- jam embargados na sua realização pelas receberem o Pão dos Anjos. Por tôda a to sobrenatural, com superior elevação Retiro Espiritual
ra de Fátima. maquinações das criaturas, para que nes- parte, mesmo ao ar livre, reina um si- de vistas e com extremado carinho, um Como tinha sido oportunamente anun-
Quando Portugal attavessava o perío- ta terra de heróis e de ~ntos, nesta glo- lêncio religioso que ajuda as almas pie- santuário invisível, incomparàvelmente ciado, começou no dia dez de Fevereiro,
do mais grave e mais delicado da sua riosa. terra de Santa Maria, as bordas dosas ii- prepararem-se convenientemente, mais grandioso e mais belo do que aquê- à tarde, um turno de exercidos espm-
existência como nação livre e autónoma, bárbaras do comunismo moscovita não pelo recolhimento e pela oração fervere- le que extasia os olhos de quantos t êm tuais no Santuário de Fátima, destinad()
a excelsa Raínha dos Anjos dignou-se subve$m as instituições cristãs, ani- sa, para colherem com abundância os a dita de visitar a Cova dilo Iria e de dum modo especi~l aos Serv06 de Nossa.
pousar os pés virginais sôbre a copa du- quilando vidas e poluindo almas, e nã.o frutos preciosos da sua romagem ao Sau- . contemplar os seus monumentos. Senhora do Rosário, mais conhecidos pe--
ma pequenina azinhei1'11- num recesso da transformem Portugal inteiro num lago tuário de Fátima. I la designação popular de seroitas. A ês-
Serra de Aire e aparecer a três humildes tes juntaram-se alguns membros das
e inocentes crianças para lhes comunicar Conferências de S. Vicente de Paulo,
os seus desígnios de bondade e misericór- sendo de trinta e seis o nómero total dos
dia a respeito dilo terra que se ufana com exerci~ntes.
razão de ser chamada a terra de Santa Dirigiu o retiro o rev.do António Alves
Maria. da Cnu, S. J., ilustrado e piedoso sa-
A mensagem da Virgem, que nas suas cerdote que propagou o culto da Se-
!lparições tinha o rosto formosíssimo co- nhora da Fátima entre os árabes da Sí-
mo que anuviado por uma leve sombra ria cuja língua. conhece, fez as medita-
de tristeza, pode sintetizar-se apenas em ções e coonferênciil-5 do costume, empre-
duas palavras: oração e f>llniUncia. gando no desempenho da sua missão o
Quando, dois l!J!OS mais tarde, em zêlo, o saber e a competência que caracte-
colóquios íntimos e misteriosos com Ja- rizam o espírito do seu apostolado.
cinta Marto, a mais nova das videntes, No dia dôze à tarde chegou a Fátima
pouco antes do seu ditoso trânsito, lhe o rev.do Arnaldo de Magalhães, S. J.,
explicava o sentido dêsse díptico, a idea zelosfssimo director espiritual do Semi-
da reparação, já claramente focada nas nário de Leiria, afim-de o ajudar a con-
comunicações feitas durante as aparições, fessar os exercitantes. O santo retiro,
tomou-se mais precisa e mais clara aio- que, realizado sob os auspícios de Nossa
dilo. aparecendo como a razão de ser de Senhora de Fátima, foi de-certo fértil em
tôd.a a trama dos sucessos maravilhosos graças e bênçãos de tOda a ordem para
que, de Maio a Outubro de 1917, se de- os Servitas e Vicentinos que tiveram a
sen.r olaram no histórico recinto que a ventuJ? de o fazer, terminou no dia
voz do povo chami!-va e chama ainda a catorze de manhã pela imposição das cin·
Cova da Iria. zas, missa e comunhão geral.
As culpas individuais e as iniquidades Sua Excelência Reverendíssima. o SE-
colectivas clamavam vingança ao Céu e nhor D. José, Bispo de Leiria, dignou-se
a Virgem Santíssima a custo sustinha o ir expressamente a Fátima para honrar
braço de ~u bemdito Filho prestes a des- com a sua presença e coroar com as suas
carregar os golpes da justiça divina sô- bênçãos de Pastor amantfssimo o encer-
bre tantos que desafiavam sem rebuço ramento do santo retiro.
e sem temor a cólera do Altíssimo.
Saído do brazeiro horrível da grande
guerra sem ter fíqulo, por mercê de Hóstia pro Hóstia
Deus, com as suas energias vitais com- Quem estas linhas escreve falou no dia
prometidas, Portugal caminhava a pas- treze de Setembro do ano passado em
SOS lflrgos para uma situação social cria- Fátima com um jóvem de quinze an06,
da pela conjuração das diversas fôrças gravemente enfêrmo, que tinha vindo de
anti-cristãs e1a que ruinas de tOda a or- Catedral de Splra, no Baviera, fundada em IOJO pelo imperador Conrado z. 0 , dedicada a Nossa Senhora, onde, segun- Lisboa em piedosa romagem, afim-de as-
dem alastr;uiam pelo seu solo converti- do a tradição, S. Bernardo teve a inspiração de acrescentar à uSalvt! Raínha>> as palavras - O Clemente, ó piedosa, ó sistir aos actos religiosos oficiais daquê-
do em t~tro de cenas verdadeiramente Virgem Maria. Pertence a esta diocese a paróquia de Schlfferstadt cujo pároco Rev. Pedro Maria Veilmann t! um dos le dia. Nas:ido no mês de Outubro de
apocalfticas. mais activos propagandistas da devoção de Nossa S1nho'a de Fátima. Nessa ig,eja [ez o Rev. D,. Fische, uma confe,én- 1917, o mês da llltima aparição da San-
Foi então que um punhado de almas cia s6b'e Fátima com projecções luminosas a um auditório de Izoo homens e no dia 13 a senllo'as em n1ime'o ap,oxima- tfssima Virgem aos humildes pastorinhos
eleitas se ofereceu generosamente ao Se- do de zooo. Esta paróquia tem um g,ande movimsnto piedoso . de Aljustrel, dir-se-ia que a augusta Raí-
nhor pelas mãos da augusta Rainha dos nha dos Anjos esperava apenas que êsse
Anjos para aplacar com as suas imola- jóvem de angélicas virtudes lhe f~ pres-
ções compensadoras a cólera celeste pro-
vacada pelos pecados dos homens, Jl!I.S-
sande a s~ vida em oração e peni~ncia,
imenso de sangue e de lama, num vasto
e horrendo campo de destroços e l1lÍiljlS
I As metamorfoses da Cova da Iria Os actos oficiais do culto
tar a. derradeha homenagem da sua devo-
ção filial para dar àquela bela alma pu-
rificada por uma l<mga e pertinaz doença
como vítimas de expiação sacrificac.h.s fumegantes! Pode dizer-se com verdade que, de mês Na forma do costume, ao meio dia o prémio reservado aos justos na mansão
continuamente sôbre o altar em união Viscond~ de Montelo I
para mês, muda sensivelmente o aspec- principiou a • recitação pública do terço celestial. Efectivamente, no dia vinte e
com a Vítima Divina. to exterior do vasto e grandioso anfit:ea, do rosário ~ capela comemorativa das qnatro de Setembro, onze dias apenas
E deede então a paz foi descendo potJ- As primeiras horas da manhã tro das aparições. ~ que, lenta e segura- aparições. Terminado êsse piedoso exer- dep<is da sua doloros:~o peregrinação a
co a pouco a esta terra tantas vezes con- mente, se vão realizando as diversas par- cicio, que a Santíssima Vrrgem nas suas Lourdes Portuguesa., Fernando Correia de
vnlsionada nos últimos tempos por lutas São sete horas. A essa hora tão mati- tes do plano monumental. aparições recomendou com tanta insistên- Lacerda, que assim se chamava aquêle
intes~ e com a pa.z começaram a fio- n:al, o recinto sagrado das aparições eu- Entre os edifícios que povoam o recin- cia aos videntes e por intermédio d eles anjo em forma humana, exalava 0 último
rescer a ordem, a disciplina social e a contra-se iloinda quási completamente de- to da CoV!J. da Iria, ainda há poucos a tndos nós, realizou-se a primeira pro- suspiro, exclamando, 00010 num ~.
prosperidade póblica. I
serto. Densas nuvens negras, que amea- anos inteiramente deserto, avulta a Ca- cissão, em que a estátua de Nossa Se- com os olhos volvidos para 0 alto e 0 co-
A Pitria decadente levantou-se como
por milagre do profundo abatimento em
que ja~. havia longos anos, e as na-
I
çam chuva, perpassam no firmamento, sa dos retiros, recentemente construída e
impelidas por uma leve e fria aragem. O ainda não definitivamente aq.bada.
venerando Prelado de Leiria, em provi- Esta magnifiq. iniciativa, destinada a
nhora de Fátima foi conduzida para jun-
to do altar do Pavilhão dos doentes. A
estação d.à missa, acolitada por dois ser-
ração querendo saltar-lhe do peito: <~Mi-
nha Mãe do Céu! Meu Deus, meu Rei d e
amor!,
ções estranhas, que a tratavam com me- são publicada no último número da uVoz beneficiar espiritualmente, em larga es- vitas, pugou o rev.do António Alves da São testemunho bem eloqüente da gran-
nospre%o e desdém, olham-na hoje cheias do Domingo, ordenara preces ad peten- cala, nã.o só a privilegiada diocese que Cmz, S. 1., que discorreu eloqüente e deza da sua virtude e da solidez dilo sua
de ad.m.iração e respeito. dam pluviam. E já desde a véspera que I teve a honra de receber a visita da Raí- piedosamente sôbre o culto das cinco piedade as palavras orais e escritas que
Mas ai de)?., ai dos pobres filhos de as fontes do céu tinham principiado a , nha do Céu, mas o pais inteiro, torna, só chagas, solenidade do di;L litúrgico e fes- mãos amigas recolheram e deram à es-
Portugal, se as mãos que hoje se erguem abrir-se, despejando sôbre a terra as pó- , por si, o venerando Prelado de Leiria ta genuinamente portuguesa, ~ sôbre. a t;~.mpa numa folha com o seu retrato em
suplicantes para o Alto, implorando ele- mfcias da linfa preci~ por que susp1ra- crêdor da estima e gratidão de todos os 1 devoção a Nossa Senhora. DepoiS da IDlS- que se lê êste pequeno autógrafo de Sua
mência e perdão, se vissem forçadas a vam os campos ressequídos, cujas entra- católicos portugueses, que nã.o podem I sa, foi dada ll bênção com o Santíssimo Eminência o Senhor Cardial Patriarca de
descair pela Jllil.)dade ou inconsciência dos nhas a enxada. e a cha~ não eram deixar de reconhecer na. ob1'11o dos exer- Sacramento primeiro aos enfermos indi- Lisboa, a propósito do ditoso trânsito da-
homen3. 1capazes de rasgar. c!cios espirituais em Fátima uma fonte i vidualmente e depois em geral a todos os quele em que se realizou a promessa de
~ mister, 6 urgente, que novos nú- ) ~ chegando pouco a pouco os pe- 1perene de glória para Deus e um penhor fiéis, tendo feito as invocações do cos. Jesus a Guida de Fontgalland, seu irmão
'

VOZ DE FATIMA
de alma - Não serás padre, quero fa- '
zer de ti meu anjo: ~<Conheci o Fernan-
do no leito onde o prostrara a doença e a GRAÇAS DE N. SENHORA DE FATIMA Os Protestantes e o Rosário
Da r~vista «Our IAdy of Fatima" qus
sua bela alma se ~bou de purificar. De-
mo.s 'er ~>e
nos braços conseguíamos vi- se publica na lndia inglesa traduzimos o
clarou que só queria que se fizesse a
Vontade de Deus; e, se devia morrer,
Trajectos fistulosos no peito rá-lo, mas 9ra impossh·el, porque mes- Infecção num pulmão s~guinte artigo para o qual chamamos a

oferecia. de bom grado a sua vida para Em 1915, nunha esposa, principiou a mo ..em lhe tocar dava gritos lancinan- Em 1931 uma das minhas irmãs en- atenção dos nossos leítor~s:
que, em vez dele, o Senhor enviasse ao · sent.ir dôre, no peito; 6 me~ depois, tes de dor. contrava-se gravemente doen~:- fra- ~les são meus amigos, amigos de N.
Seminário muitas e santas vocações. Co- êste rebentou para dar saída. a grande Foram (;()usultados três médicos por queza. . geral dôres no peito, escarros Senhora da Fátima, devotos da sua água .
mo deve ser belo o Senhor, para assim quantidade de puz. O médico aconse- mais de uma vez, receitando-lhe todos de sangue, ~te... tudo indicava. o pe- e por êsse motivo têm direito a ser men-
formar e enamorar ~Je almas virgens e lhou banhos de mar, e, para antes, re- os medicamentos diferentes, mas todos rigo em que se encontrava.
oottou um preparado pomoso com o cionados na nossa Revista. Um casal de
generosas como a do Fernandoln sem o minimo 1·e~ulta.do aparentemente Aumentava. os seus cuidados o facto entre ~les que não tem filhos pediu-me
qual, após dois mêses, a. fístula fechou . sati~fatório As dôres continuavam sem de t~r três criancinhas ainda. pequenas água da Fátima para obter a bênção dum
Fátima na Itália J:'as..~auo", porém, três mêses voltou a
abrir para. daí a uns 8(J dias voltar a.
intermitência. e que assim não podia. tratar. Sentin- filho. E porque nãol Exponhamos agora
O número de on.ze de Fevereiro último
Condoído por ver o meu pai em tão de-oo tão mal, foi ao médico que, de-- as nossaa ideias. ~ um Ífl.Cto histórico
fechar, e assim suceosivamente até ao grande martu·io e pela afli.;ão de mi- pois do a auscultar recomendou todo o que quando os homens se afastám de Ma-
do semanário Squilli di Risurre.rione, dil~ 8 de Outubro de 1926 em que deu
órgão da Juventude Feminina. de Acção nha. mãe, nas minhas orações pedi a N.• cuidado com ela e com as criancitas, ria ae afastam tamWm de Deus. Foi o
entrada. no H<>&pital onde foi operada Senhora da Ftítima se dignasse abençoar não fôsso caso que o mal da. mãe vies- que sucedeu aos Protesf:1ultes. Afastaram-
Católica Italiana., com uma tiragem su- cm 16 do me~ mo mê&: -- abertura, ra&-
perior a duzentos e vinte mil exemplares, os remédios que eram a.plicados a meu se a. contagiar também as filhas. -se da devoção a Maria e dos Santos co-
publiq~. a tOda a largura da sua terceira
pag!'m do ôsso e eal\te·isação. pai para o aliviar de tão grande mar- Compreendendo assim o perigo em mo dum Acto de Idolatria e pouco a
pâgina um magnifico artigo subordinado
De!ide então a ferida não mais f&- tírio. Julga.vamos a cura. já tão difícil que ela estava, começamos em seu fa- pouco afastaram-se tamWm de Deus pois
à epígrafe ~<As aparições de Fátima>>, em
chou. Daí por . deante, curativos diários que só podíamos a. N.• Senhora que al- vôr uma. novena em honra de N.• S.• muitos entre ~Jes che~ a negar a Di-
que descreve, a traços largos mas fiéis e e dor ronstante, até J3 de Maio de 1931. cançasse para. meu pai a graça de se da Fátima. a. quem firemos algumas vindade de Jesus Cristo!...
sugestivos, a história das manifestações Era. minha. esposa já devota d~ N.• poder sentar na cama e alimentar-se promessas. O primeiro dia. da. novena, Ficaram com o Padre Nosso mas ex-
sobrenaturais da Lourdes Portuguesa de Senltor,\ da. Fát1ma, e já can.'lada. de por suas próprias mãos porque era ne.- foi o último em que minha irmã. escar- cluíram a Avé Maria.
1917. Nesse artigo estão intercaladas qua- tanto sofrer, confiada, havia resolvido ce.~s:lrio meter-lhe o aÍimento na boca. rou sangue, e nesse mesmo dia as dô- Por outro lado outros estão-se apro-
tro esplêndidas gravuras, respectivamente e foi n&sbe dia visitar a. imagem da Vtr- como a uma criancinha. de poucos mê- res diminuíram muito. ximando de Maria e portanto de Deus.
acompanh!ldas das seguintes legendas: 1.0 gem da. Fátim11. no local da. sua Apari- ees. A Virgem Santíssima porém, al- A notícia da morte repentina. de Cantam a ~~fagnificat>>, rezam o Rosário
Os ~ videntes, Lúcia, F rancisco e Ja- ção para em fe;vorosa. súplica. lhe pedir eançou-nos muito mais do que o que uma sua cunhada causou a minha ir- e incovam a Mãe do Céu. Estão fazen-
cinta em 1917, 2. 0 Uma tuberculosa em a. sua. cura. lhe pedimos! - Ao cabo de poucos dias, mã doente um sofrimento muito vio- do o p00sível por se aproximar de Deus,
último grp.u curada instantàneamente, Uma vez lá ocorreu-lhe a. idea de meu pai já se movia na cama e já. co- lento no terceiro dia. da. novena. Passa- Tendo o que êles ch!IJilam Missa nos seus
3. 0 Estátua de Nossa Senhora de Fátima trazer alguma água do pôço, ali exis- mia. por suas próprias mãos. Pouco a das, porém, algumas horas, começou a templos, professando devoção ao Sagrado
benzida por Sua Santidade o Papa Pio tente. pouco foi conseguindo sentar-se e pas- sentir-se sensivelmente melhor , e isto Coração de Jesus e tendo até o Apostola-
XI, 4. 0 Peregrinação nacional de 13 de Apenas chegou a. casa, poeto de parte sados poucos mêses já. percorria a dis- aumentava. de dia para dia. do da Oração.
Maio de 1931. o éter pr incipiJLram os cu rativoa com tância de 8 quilómetros, sentindo-se No oitavo dia da novena foi nova- São peregrinos pressurosos no seu ca-
Est;l. página de Squilli di Risurrezione pensos' embebidos sõmcm~ n a água pu- actu~mente bem, sem incómodo e tra- mente ao médico que tendo-a. ausculta- minho para Roma onde mais t;l.rde ou
contribuirá incontestàvelmente para tor- ra. da Fátima. Dez dias após, a. dôr ti- balhando eomo dantes, com admiração elo cuidadosamente declarou ter encon- mais cêdo hão de enfim chegar.
nar mais conhecidas as grandes maravi- nha. desaparecido I e em outubro do de quantos conheciam a. ru.a. doença.. tTado o pulmão completamente curado, Vou confirmar com estes dois exem-
lhas de Nossa Senhora de Fátima em tô- mesmo ano depois de saírem alguns Só da V irgem N06sa Senhora da Fá- recomendando a-pesar-disso muita. cou- plos. Uma Senhora protestante que toma
da a Itilia., que tão devota é da Santís- fragmentos 'de uma das vértebras a. tima. é que veio tão gra.nde graça, pa- tela ainda, porque minha. irmã. estava parte na Missão de Iow!L tendo ouvido
sima Virgem, inspirando em muitos co- abertura. fechou e sem dôr, assim se ra. meu pai e descanso pa.ra tôda. a. fa- mnito fraca. louvar muito a devoção ao Rosário e
rações um grande amor para com ela e conserva ainda. ' ' mília. Não obstante tão grande fraqueza, não tendo rosário pegou em ervilhas, fez
uma confiança cada vez maior na sua Minha esposa e eu, eternament~ re- A Eln seja sempre dada honra e gló- pouco tempo foi necessário para recu- com elas umas contas e começou a pra-
onipot!ncia suplicante e na sua bondade ronhecidos e desejando agradecer pu- ria. na terra como o é no Cén. perar sua antiga robustez. Teve já. uma ticar assim !L devoção do Rosário.
maternal. blieamente a N ." S.• de Fátima a. gra- outra filhinha que vai alimentando de O resultado foi flUe alguns dias depois
Visconde de Montelo ça. que nos alcançou, pedimos a inser- A.lt•arn da Ounh(l Oliveira o;i mesma sem que isso .a tenha. debili- veio pedir a um dos Padxes que faziam
ção desta notícia na Voz da Fátima, Moreira de C6negos. tado mais do que o que vulgarmente a Missão para H:r !ldmitida. na verda-
para honra e Glória de tão boa Mãe. acontece às outras mães no período do deira Igreja.
Põrto --R. Rodrigues Machado aleitarem seus filh08 O Senhor T ukweJI nasceu na Ilha Mau-
Exercícios Espirituais . Coqueluche Fomos já a Fátima agradecer a Nos- ricia de pais protestantes. Quando tinha
Também êste ano haverá no San- Henrique Ferreim
IdarEmbora. bastante tardiamente venho
pú~lico testemunho de u~~ graça
s~ Senhora êste favôr, e agora. coro a. seis anos ouviu rezar a alguém a ~t Avé
tuário um~ turno de E xercícios Espi- Infecção e rins 1
que obtive de N.• Sr.• da Fat1ma. Já
sna. publicação no seu jornalzinho fica
cumprida a. última das nossas promes-
Marian, e ficou com ela na memóri;l.. A
sua mãe ouvindo-o repeti-la muitas ve-
rituais para os E x .m"" Médicos que
para êles se queiram inscrever.
P od em também assistir enfermei-
A meu marido Bento José de Mou-
ra Guerra, depois de alguns an06 em
Africa e sempre com boa. saúde, apare-
IIlá vão 5 anos em que meus dois filhos
. J onqu1m · M anue1 e Margarida, adoece-
ram com coqueluche, que então !•U!õ:la-
sas feitas a Nossa Senhora. da Fátima
n quem ficaremos nnrn sempre agrade-
ridas por tão grande favôr feito a. mi-
zes, repreendeu-o severamente. Mas a
criança, muito bem instruída, respondeu-
-lhe que tinha sido o Arcanjo S. Gabriel
ros e farmacêu ticos. oeu-lhe em 26 de Outubro no rosto uma va. com intensidade na. terra onde exer- nha irmã e às suas pobres criancinhas quem primeiro a tinha recitado. Quando
Os Exercícios começarão no dia ospécie de espinha da qual l'esultou ço clínica., o que me levou a transfe- qne e.'!tiveram pre.'!tes a ficar sem o ca- tinha 13 anos ouviu alguns protestantes
uma enorme infecção. Isto e um gra.ve ri-los para o campo em ocasião própria. rinho e insubstituível amparo mater- pr~garem contra o culto de Mari!L. Então
24 de Março, à noite, e terminarão padecimento nos rins pureram a sua Uma vez ali e passados alguns dias, no. o rapazinho, tomando a Bíblia, len alto
n o dia 28 pela manhã . vida em ~trave perigo. O médico chegou a Margarida aparece com a simptoma- Maria do O. Oa&imiro êste versículo do Cântico uMagnificatn:
Era grande favor mandarem os a duvidar seriamente da sua cura. login da bronco-pneumonia, pelo que A:. da. Liberdade - Lisboa. uTOdas as n!LÇÕCS me proclamarão bem-
nomes ao Rev.- R eitor do Santuário Ve~do-rne assim em grave risco de sob todos 06 cuidados a. fiz regressar a -!Lventurada,. Como era pois possível
ficar na triste viuvez, recorr i a N.· Se- casa, começando então a. pequena a ter censurar aqueles que louvavam :Maria! A
para serem inscritos, com alguns dias
hor da Fátima implorando Misericór- a assistência. médica de um cunhado Graças diversas mãe muito zangada exclamou: tenho a
d e antecedência. di:L para as rápidas melhoras do meu meu, seu padrinho e muito seu amigo. - A.11a Juaf.J.u.LIIa (;;umes- Murtosa, certeza que êste meu filho ainda há-de
doentinho, e prometi & publicação na A-pesar-disso, o seu e;tado não me- ag;rade<:e a .Nossa. 8enhora duas graças ser nm dia. Católico. E assim sucedeu.
Voz da Fátima se a. cura se realiza&- Ihor&, antes tende a agravar-se e den- que lhe alcanr;ou,- a. cura de uma te- Logo que chegou à 'maioridade entrou
Ainda há à venda no Santuário os li- se ... e, eis que logo no dia. segw'nte, tre ns sintomas o que mais · a apoquen- nda. que há. mutLO tinha na língua sem para a Verdadeira Igreja e tornou-se um
vros seguintes, sObre Fátima: com grande admiração do médico, as ta. é a tosse pertinaz. incessante, que quEl os medicamentos conseguis~m cu- fervoroso C;l.tólico. Tal é o poder do Ro-
melhoras se começaram a sentir. O mé- sário.
tó I FáfJ
x.o - Ora r a- ma ... ...
2.o- As grandes Maravilhas da
2r&nn -Y., dico perguntou-me se eu er a. crente, e
não despega. e que lhe aumenta. consi-
deràvelmente a dispncia que a impede
lá-la, e a. cura dum doloroso padeci-
mento uum dos ouvidos. Queridos Protestantes! Se algum dia
Fátl êste livrinho vos cair nas mãos não to-
1 - • -- oomo lhe respondesse afirmativamente, de rrua.rdar o leito, pelo que condoídos -lllaria de Jesu.s Martins - Caste-
ma .. · ·.. .. · · ·· .. · """" dis·~me: ~tdesta ve!l foi ouvida por '" lo Brauco, vem agradecer a N.• Sénho- meis isso como um simples acaso mas sim
3.0 - Fátima, o Paralso na terra 5$oo No~ Senhoran. da sua. sorte e já. sem esperanças de lhe como uma graça da Divina Providência
4 ·o - A pérola de Pnrt ugal 5•-- po"'~rmo• valer m.eu nnnhado a traz ra. o ter curado uma grav~ infecção na
"' ... ·.. .,...,.., Inclinando-me perante a Santíssima. """ e • -.-
mão de um seu filho de 12 anos. que vos convida a estud!Lr um pouco a
5·0 - Fátima, a Lourdes Portu- VJ'rgem venho agradecer -lhe tão in.si- ao colo passeando-a pelo quarto. Mi- Verdadeira Religião. Não queremos oue
g uesa 5.,~~ nha. mulher lemhra~e então de lhe dar Picando com uma agulha de costura
.. · .. · .. · .. · .. · .. · .. · .,...,.., gne fn.~ôr qu"" se dignou prodigalizar- venhais com os olhos fechados mas sim
6.0- Fátima, à Luz da Autorl- " uma colherzinha de água. do Sautuário a própna mão, o pequeno quebrou a com êles bem abertos. Porque seria que
dade Eclesiástica . . . . .. ... 5$oo -me mimoseando-me oom a oura do da Fátima. e a criança que havia já agulha ficando uma parte desta den-
meu e1ttremoso marido. dois dias não sooegava absolutamente Lord Casement na Irlanda abjurou o pro-
Mand am-se à cob rança ou a quem A Ela quero dar louvores e ~aç.as tro da carne. A-pesar-dos diversos me- testantismo antes da sua execução? De
enviar· a respeoti.va llllpo · rtA · · t
ancta JUD a bem como a. seu Ama.cl<• e Divino Filho, nada, teve um 110no tra.nqüilo de 3 a 4 dicamentos empregados a infecção não novo, há alguns anos apenas, aqui na fn-
horas. Acordando, a. mesma tosse per- do..apart:oeu emquanto não recorreram dia, os sargentos Maurício e Pearson, acu-
ao pedido. duranto tôda a. minha vida. tinaz a persegue e é então minha filha a Nosaa Senhora da Fátima que no pri- sados de homicídio, chamaram um Pa-
N. B . - Há também aqui alguns Lourenço Marques quem pede outra. colherinha de água meiro dia atendeu o pedido que lhe fi- dre Jesuíta para os instruir na Religião
exemplares de «Os esplendores da I Mona do. Nniividade Bnrges <Juerra de Nossa. Senhora, e duma vez para · zeram da oura daquele mal. 1Católica que êles abraçaram antes de se-
Fátima1111 a que e referiu 0 n . o 137 da j S('mpre a tosse, a dispneia e a febre de- -üs pais de Maria de Lourdes Mo- rem executados. Porque seria isso?
«Voz da Fátiman. Dor c;~ti·ca
ua
sapareceram, entr ando a criança em
oonvaleecença, e restabelecendo-ee em
niz Barrei<~ - Lagôa- Algarve, agra-
decem sinceramente a. N .• S. • o ter al-
Se viver como protestante é bom, por-
que não será bom também morrer as-
Custam apenas 7$so! Meu pai, Domingos da Cunha For- breve tempo. cançado a cura. desta sua filha quA, sim?...
tunato, de 58 anos de idade, te~e em Não me enve1gonbo de confessar que depois de ter tido sarampo, ficou por
Convido-vos pois o procurar a verdade
Maio do ano paasado uma dôr que o o que eu e meu cunhado não podemos muito tempo a sofrer dos olhos Cu- pedindo a luz e repetindo com o grande
MISSÃO DE NOSSA SENHORA DA fêz recolher ao leito onde esteve dn-
rante 60 dias sem se poder mover por-
fazer foi feito por Nossa. Senhora da.
Fáti~n. a. quem rendo as minhas ho-
rou-se lavando-os com a. água do San-
tuá rio.
C;l.rdial Neurnau:
FÁTIMA EM TANGANHICA Guia-me amável luz e no meio das
que a dor 'JUe Sco espalhava por tôda a menngens. -Henriqueta da Pied<rde Pew.r - sombras que me rodeiam sê tu o meu
perna. esquerda lhe impedira qualquer Misericórdia de Lisboa, sofria horri- Guia.
(África Oriental) movimento do corpo. Muitas veres eu Alexandrino Lopes Russo ,.e)mentc dos pulmões a ponto de
Médico em Cabeço de Vide. não poder descansar nem tão poúco Santa Cruz High School - Cochim
O Ex.mo e Rev.mo Sr. D. J oa.chim Am- e minha mãe, à volta dêle procuráva.- na cama.
mann, Abbade nullius de Ndanda, funda- Feita uma promessa a N.• S." da ]. Martins S. ].
der da Missão católica em Tanganhica que 1 . . .. ) d al Fátima para dEla alcançar a cura,
colocou debaixo da protecção de Nossa O ((Men~~etro de ~átima.,, m~gnif1ca- crarnento (dia e noite e num os -
Senhora da. Fá~ (v. «Voz da Fátima, ; mente ~edtgtdo e copiOsamente il~~o tares da linda e espaçosa igreja vene- obt~ve o favor pedido sentindo-se já Uma anedota encantadora
rompletamente boa podendo trabalhar B . uma inocente criança de 8 anos
n.oe 135 e 136) foi elevado pelo Santo fala mwto em Portugal, na sua hJStóna, ra-se a imagem de Nossa Senhora de e descansar como se não tivesse tido apenas,
Padre Pio XI ao Episcopado com 0 título usos e costu~es pelo _que é crbdor do Fátima. padec-imento algum. que tinha uma terna devoção a.
de Ptenelissense, na Pamphilia. I nosso reconhecunento nao só como cató- N. Senhora, veio ter comigo um dia cheio
Apa:sentamos a s. Ex.oia Rev.m• os licos ~as também como portugu~. . Na noite de 12 a 13 de cada mês -Uma .carta vinda de Ramalhão- de alegria e com um sorriso angélico con-
nossos cumprimentos e pedimos à Santís- .A .tiragem do «Bote von Fa~, Já reúnem-se ali muitas pessoas, além da Penela, diz o seguinte: 11Maria de tou-me um novo favor de N. Senhora.
I
sirna Virgem lhe conceda. e à ~ua querida atingt? 16.ooo exemplaxes por numero e Comunidade, em união com os pere- J esn<; Nc;eo;, >!'m a!!l'adecer a N.• S.• Padre, disse-me êle, tinha perdido a
da Fátima, porque tendo sido acome- chave da minha xnala e dentro de ela es-
Missão tOdas as ~e Bênçãos do Céu. I tem Ido num aumento consolador. gn'nos de Fáti'ma prestando as suas tida por uma. doença perigosa a pon- tavam tOdlLS as minhas coisas. Procurei
. Apresentamos ao nosso querido Colega

NOSSA S•

; ·;m·NA SUISSA I~~~: :m~;~~tí~ se;ir;!
lhe obtenha as ma.tores graças do Céu.
~~m;~~e~:h:i ~~~~·~!.rotecção
1

0 canto predilecto dos devotos de


to~ de se achar à!l portas da rnort~. re-

ra da Fátima para que lhe dess<> as


em todos os cantos sem a poder encon-
<'Orrcn fervoroqamente a No<;qa Senho- tf?.r. Fiquei tão triste! Chorei tanto!
Por fim rezei muito a N. Senhora, dei-
melhora<; do qnt> tanto necrBI'itava. tei Água da Fátimjl dentro da fechadu-
1
O Mensageiro da .Fatima «Bote voo No Mosteiro Leiden Christi Nossa Senhora da Fátima é o belo hi- ~O~'~a Senhora da Fátima ouviu-me, ra, ca1u e a mala abriu-se. A chave esta-
F 1 no do saüdoso P .• Vicente «Sôbre os favôr t~u.. que lhe venho agradecer df' va dentro. ·
atíma» I Na encosta da montanha Saentis, braços da azinheira11 traduzido para torlo o m~>u .-oração. Confesso que recebi esta confidência
Debaixo da. direcçã~ do. Rev. Dr. Fis- a 2.500 metros de altura, está o con- alemão. Mnrin Neves-Rnmalbãon. com um 90rriso incrédulo, mas depois os
cher, professor. da UruversJdade. de Bam-1 vento Leiden Christi (P aixão de Cns- Foi o Rev. P .• Ambroise Schny- - .fnfln Venândo Dias- Cndeia N:t- pais confirmaram a verdade desta histó-
berg, 11?- BaVIera, e pelos cwdados de _ l'ionnl deo TAshoa, pede para. aqui ser ria.
Monsenhor Mãder publica-se em Basileia.' to) no cantão de Appenzell, fundado der, director espiritual deste mostei- pnhlirndo n lilell re<>onhecimento a Nos- Vieram-me então ao pensamento as
um jornalzinho intitulado 1<Mensageiro de pela venerável Religiosa Iohanna ro, quem fêz o acompanhamento des- sn Renhora por lhe te-r restituído os palavras de N. Senhor: Para estes é o
Fatima, em língua alemã: e destinado ~ Baettig cuja biografia edificante o te lindo cl.ntico. movimentos !' fortnlf'<'ino nm de seus Reino dos Céus.
levar aos países. germânicos 0 conhect- I Rev. Dr. L. Fischer vai publicar. / :e neste convento que o dedicado hrn(o'\ qne tendo 11ido deo;loca!lo firára
mento das maravilhas que Nossa Senhora . . rlflfeibJoqo não conseguindo até então
tem realizado entre nós. e em todo 0 Neste convento está estabelecida a Apostolo Rev. Dr. F1scher costuma movê-lo bem. Agora., sent~!'O como se ~ste número foi visado pela c omlssao
mundo. i adoração perpétua do Santíssimo Sa- ~passar as suas férias. nada nele tivesse sofrido. de Censura
.VOZ DE FATIMA

O que é um Retiro
<~Terminara com dist{nção e brilho a
:zo$oo; Maria do L .to ·Sobrinho - Torres
Nov;~.S, :zo$oo; Alcino Coelho -
go$oo; Maria do Céu -
Baltar ,
POrto, 15$oo;
I Cristo Rei e a Raínha do Rosário vêem aproximllr-se mas cujas conseqüên-
cias são impotentes para evitar.
3

sua formatura e ia dar coméço à carrei- :1!, pois, mais que tempo de exclamar-
Maria de Almeida Garrett - Castelo mos bem alto a todo o mundo: Vêde, ir-
ra onth já o esperava a glória ... Branco, :zo$oo; Distrib. na Igreja de S. Portugal e o mundo inteiro po- ~ Quando, em 1917, acorriam à Fátima
Talentoso e trabalhador, bondoso e dem ver aqui donde irradia a milhares e milhares de pessoas afim-de mãos, a nossa invencível condutora! Vê-
Sebastião da Pedreira, n6S5o; João de de íJ. salvadora dos povos, a Rainha do
afável, tomara-se quersdo na família e Frei~ - Guimarães, 3o$oo; Inácia. da luz que ilumina as trevas. presenciar os acontecimentos eKtraordi-
influente no se~~: meio .. . nários que ali se desenrolavam, começou universo! Véde a nossa brilhante estrêla
Costa - Coimbra, :zo$oo; P.e José Mo- d;l. manhã a anunciar-nos já o esplêndido
Neste conjunto de dotes naturais e de reira da Cunha. - Covilhã, 155$oo; 1\-Ia.- Luiz Maria, Bispo de Moguncia. também a falar-se em aparições de N .
virtudes herdadas, apenas faltava a fi ... Senhora noutros pontos do pais. dia de Cristo-Rei.
ria M~druga - Açores, :zo$oo; Belmira A noite está prestes a findar.
Logo que, com o dia 13 de Outubro, Eiii uma autêntica epidemia, uma ver-
Robelo - América, 3 dólares; J osé T. Eia, pois! mostremos M;uia à humani-
• • • Ca1:!1-rino - Lourenço Marques, zo$oo;
terminam as grandes peregrinações es-
tivais à Cova da Iria, transforma-se Fá-
dadeira febre de <~visões», como ainda há
dade e a humanidade será salva. Logo
Maria Capelo - S. Gabriel, 15$oo; João pouco sucedeu na Bélgica e em Ezquioga,
Uma tarde, num grupo de amigos, fa- tima numa mansão de paz e silêncio. O na Espanha! (r) Só a autoridade eclesiásti- que ela conheça Maria, a Raínb11 do uni-
lou--se num <<retiro para homens" e ~U. Bernardo - S. Gabriel, 15$oo; Angelina verso, a Mãe amantíssima, chegará tam-
inverno faz, em seguida, a sua entrada ca mostrava uma extraordinária reserva.
que mmca ouvira falar em retiros, nem C. Rosa - Vila Real, :zoSoo; Maria bém, por seu intermédio, ao conhecimen-
solene na montanha. Dai em diante ape- Talvez não h!lja um só caso na modema
sabia o que isso ftJsse, (eve curiosidade Barros Alexandre - Povoa da Galega.. to de Cristo-Rei. Desconhece um porCÍue
nas um ou outro grupo iso)?.do de pere- história da Igreja que fOsse tratado com
de saber o que isso seria. I5$oo; Manuel da Lage - Arruda dos ignora o ·outro.
grinos sobe à serra d' Aire para homena- tanta lentidão e prudência como o de
Um dos presentes respondel(-lhe: Vinhos, :zo$oo; Conceição Marqus - POr- Amigos: não receeis, ao anunciá-la,
gear N. Senhora. Nunca, ainda mesmo Fátima. .
-O que e um retiro?, .. só o saberás to, 15$oo; Aristides Mendes - Bélgica,
no pino do inverno, deixa, ali, de haver E ainda, palil cúmulo, parece que tO- nem os escarneos do mundo nem o furor
SB lá ftJres. rsSoo; Lídia Leal - Penafiel, 5o$oo; Dis- do inferno!
devotos. Depois, q~do, na primavera, das as portas do inferno se escancara-
Era já tarth quando recolheu ao seu trib. em Pardêlhas, 142Soo; Maria Leo- Mostrai, pois, Maria à humanidade e
a natureza desperta de novo, começa ram para devorar nas suas fauces hia.ntes
quarto de hotel, numa estdncia de águas, nor Coutinho - Viana, :zoSoo; Distrib. fazei disso a principal ocupação d!!- vos-
em S. Tomé de Covelas, 8o$oo; Distrib. também a encher-se de nova seiva a vi- o novo Santuário. Ouçamos o Visconde
onde ftJra por conselho médico para dis- da das peregrinações. de Montelo... Os atentados sucediam-se sa vida.. Ainda mesmo que vivesseis e
trair-se mas onde dia a dia sentia crescer em Castelo de Vide, 4oSoo; Maria Au- traba.lha.sseis cem anos sômente para Ela,
Mas antes que chegasse o inverno de- uns aos outros para destruir a obra dA-
e aborrecimento ... aborrecido, a-pesar-dos gusta. de Oliv.• - Soure, :zo$oo; Maria para a vossa gloriosa Rainha, ~ra a. vos-
via o triste e sombrio Novembro trazer a quela que tinha esmagado com os seus
divertimentos contínuos no hotel e Casi- de Freitas - Soure, 15$oo; João M. de sa Mãe amantíssima nunca passaríeis de
todos os amigos de Fátima uma nova pés a cabeça. da serpente infernal. Por
no; aborrecido, a-pesar-de adulado pelo Matos - Vila de Rei, :zo$oo; Maria Cle- servos inúteis e sem valor. De Maria
tnen!ll.gem de alegria, mais uma prova de exemplo: a prisão dos wstorinhos, a des-
me1o femini11o que nele via um bom par- mentina - Lisboa, 15$oo; José F. Melo amor da autoridade eclesiástica pelo San- nunquam satis, dizia. já S. Bernardo. <~Se­
- América, 1 dólar; C. 0 José Barroca. - truição por meio de dinamite da capeli-
tido. tuário, que constituisse como que um fe- nha das aparições, a sacrílega imitação gundo o pensamento dum grande Santo e
E naquela noite, ao fechar o inte,rup- Calçada, :zoSoo; Distrib. na Igreja da teólogo - S. Tomás - mergulha Maria
cho brilhante e condigno do Ano Símto das cerimónias do culto católico, infa-
tor da l4mpada eUctrica, soavam-lhe ao Misericórdia - Vila Flor, 15$oo; José de 1933. no infinito divino; nunca se penetrará
Laurentino - Cadaval, 15$oo; E ster Pes- mes calúnias, artigos injuriosos e de ata-
ouvido as palavras do amigo, stJb,e o re- O Excelentíssimo Episcopado português que, proibição das peregrinações por par- até ao fundo das suu glórias e grande-
tiro: tana - Setúbal, 6o$oo; Manuel Lou- resolveu, na sua última Conferência zas pois tem parte nos mistérios da In-
te da autoridade civil, reüniões promovi-
- 110 que i um retiro? ... só o sabe- renço - Vala, 25$oo; Maria. Goulart - anual, enviar à Santa. Sé, para aprovação, das por organismos libel1lis e maçónicos, carnação e Redenção que os Anjos jamais
rds se lá ftJres" Pico, 25$oo; P.• J oão Campos - Canas as Bases para a organização da Acção poderão sondar>~. (:z)
de Senhorim, 2o$oo; Silvério Sin)ões - e, finalmente, o emprêgo de companhias
Dá outra meia volta ao interruptor Católica Portuguesa. S. Santidade di- de infantaria e de esquadrões de cavala- Eia., pois, amigos, é já tempo de mos-
para acender a l4mpada, e marca no des- Canas de Senhorim, :zo$oo; -Arnaldo Men- gnou-se aprová-las, tendo sido publica- trades Marill à humanidade! Salvai o que
des - Praia da Vitória, ~Soo; Amélia ,ria para jl.fastar violentamente a multi-
pertador as seis da manhã para se levan- das em Novembro de 1933. Essas Bases dão de fiéis. é possível salvar ainda! Ide por Maria a
tar. Fer.• Dias - POrto, :zo$oo; P.• Evaris- cont~m. ~tre outras, as seguintes dis- Jesus e pela Rainha do Rosário a Cristo-
Por isso, tanto maior é hoie a vitória
• • • ta CorreÍll - Rib.• Grande, roo$oo; Ni-
colau de Almeida - Covilhã, I5$oo; Ma- posições: ' de Maria. •Rei!
A Acção Católica Portt~guesa coloca-se
Às sete em po11to estava na estação
para embarcar para X.
nuel S. Rodrigues - Calüóntia. :zr$6o;
Manuel P. Félix, Califórnia, u$00; E.
sob a protecção dB Cristo-Rei e de N. • • • (1) Lon.re de nós o pensamento de que-
rer julgar as apa.rioões de Beaurlug ou de
Avistou-o o amigo, que disse: Senhora de Fdtima. Cristo-Rei e Rainha do Rosário! Isto Ezquioga.,
D. Fontes - Calüórnia., :zr$00; Concei- O temPO e a. autoridade eclesil.stica se en-
- Por aqui tão cedo? ção Sales - Flores, roo$oo; Lúcia Cu- carregarão de separar o tri.ro do joio. O
- Sigo contigo; morro de abo,ecimen- nha - Faial, 3o$oo; Filipa Eugénia - teólogo sábio e ezpericntt- 1>•t:\ Já. familia-
to neste hotel, e depois... sempre quero rizado com a.oontecimentos desta nature-
Faro, :zo$oo; Rosâria de Magalhães - za.. :tle nAo i&"DoraT& que a nlba. aerpente
saber o que i u171 retiro. POrto, :zo$oo; CAndida Cardoso - POrto; procura. imit.a.r o cale&nhar dAquela. que
:zo$oo; .Pt!aria. Coelho - Lisboa, 15$oo; lhe esmagou a. cabeça. Deus permite estes
embustes do demónio para. nos mo!trar a.
* • • Palmira Faria - Figueira, :zo$oo; Maria necessidade da. I.rreja. docente e, sobretudo,
Passaram-se os dias do retiro sem na- OlivÍll Neto - Cereal, 15$oo; Martins para. fazer resalta.r oom maior esplendor
a.a vitórias de Maria..
d.a que chamass• a atenção . O novo reti- & Innãos - Capareiros, 15$oo; Maria (2) Paatora.l de 8. Ez. • o Sr. Bii:PO d e
rado notava-se pela sua atenÇão às prá- Eugénia Rei$-Estoril, 5o$oo; José Joaq. Leiria de 10 de Julho de 1933.
ticas e pela assiduidade com que seguia 0 Henriques - Brasil, 25$oo; Prior de
' egulamento, guardando recolhimento e S. Domingos - Lisboa, 3oSoo; Baronesa Dr. L. Fischer
sillncio. de Almeirim, :zo$oo; P.• Domingos Fer-
Apenas nos prim eiros dias os olhares nandes - Fafe, 5o$oo; Augusto Tristão (T raduzido do uBote von Fatima,
dos que o conheciam poderiam ter nota- - ? :zo$oo; Esmõla por intermédio do Men5!1geiro de Fátima).
de que as d~~as vincazinhas do sóbre-tJlho Sr. Visconde de Montelo, :z8o$oo; Mons.
se lhe acentuavam mais, traduzindo lutas Go.nÇiliO Nogueira - Belem, :zo$oo; Fran-
intimas... mas depois, a serenidath in- cisco Vicente - Viseu, ~8$5o; Cândida
terior espelhava-se-lhe no rasto... e 0 Monteiro - Vila P.• da Beira, :zo$oo; A «mascote» do Doutor
aborrecimento abrira-se em novíssima esmola, do POrto, 15$oo; Cândida Mota. N"-"m qu.arto do hospital está há dia&
alegria. - Trama.gal, :zoSoo; Artur Rodrigues de
D. Felisbela, recentemente operada. O
Estranhavam-no os companheiros, sa- Matos - ? • :zo$oo; P ·• Vitorino de Pinho Dr. l'a1"1al realizou nela um dos maio-
bendo que tksde criança deixara de prati- - Lousada, 3oSoo; Am6lia do Val - res prodígios da ciência m~dica.
car a fA e todos anciavam inquirir da Tondela, 3o$oo; P.• António Calabote - D. l!'elisbela é t>ití:va, not>a ainda, mas
mudança produ:rida. Alcácer do Sal, 15$oo;, M;ui a do Aug. muito piedom.
Terminou o retiro com um ;ubiloso uDeo Neto - Viseu, 50-oo; Maria Elisa Ca- Antes da operação D. Felisbela. pe-
G!iltias». bral - Baião, :zo$oo; P.• José de Castro J.fosteiro uLelden Chrlstlll (Paixão de Christo) no Cantão AppenzeU, SuíSsa,
• • • - Mértola, :zo$oo; Mariana da Luz - diu que a empregada 'lhe trouxtsse wr..a.
onde todos os meses, no dia IJ, se fazem devoções a Nossa Senhora de Fátima em medalha de Sossa Senhora de Jiátitn-~.
Niza, :zo$oo; José Lufs - Adão Lobo, 14nião espiritual com os peregrinos do Santuário.
Partiram para a estação, e junto à :zo$oo. O Dr. Pan·al que era flteu., deu umu
bilheteira fAz ao amigo que o convidara t-isa.dinha significativa ~ olhou de sN-
esta inesperada despedida ~ recomenda- laio para os colegas.
ção: AVISO Ao msmo tempo resolveu o Excelentís-
simo Episcopado que a 11Voz da Fáti-
não é mero acaso nem brincadeira de
IDllU gosto - é a fórmula do futuro, é a
-Acha gra.çu., dout01·? - preguntot~
D. F elisbela.
- <~Dize aos meus, que Deus me cha-
mou para o ConvBnto ... Lá espero a sua Não poderão ser atendidas as re- ma>~, o conhecido órgão das peregrina- imagem e a inscrição do novo lába.ro, é -Efectivamente, não esperava que
visita... vou tJScrever-lhes de lá... Satt- clamações dos Srs. assinantes que ções, pass;tsse de futuro, a ser também a gloriosa bandeira com que a vitória de a senhora act·editasse nessas patacoada&
dades e adeus». órgão da Acção Catól.iql.. Preconizou-se, Maria há-de ser ganha na formidável pe- dos Padres.
não mandarem o número da sua assi- além disso, a formação de Cruzadas de leja do bem coni:!il o ma.l. Um.a senhora instruída (:> que tem
E o amigo, dissimulando num sorriso natura junto à reclamação.
a sua enorme comoção, di:r: Nossa Senhora de Fátima, uma pia Cristo-Rei e Rainha do Rosário! Esta viajado tanto, ainda prha a essa& ba-
- ]d sabes, então, o que i "m retiro ? união, cujo fim é intensificar lL devoção aliança entre filho e mãe será eterna nos gatelas! ...
- Mera dtJ Deus, sei. a N. Senhora e a aquisição de meios pa- Céus e na terra. Mas não será porventu- - Mais admirada estou eu que o dou-
<~Um retiro i Deus a comunicar-se àS ra manter a Acção Católica. S. Eminên- ra digno de admiração que ela seja pro- tor, homem de ciência, ignore que o re-
a lutas sem intermediários.
UM BOM CONSELHO cia, o Snr. Cardlll Patriarca, é o director, clam~ precisamente num pais que tem trato de uma pessoa amiga no& &eia p.lí-
r fa::er !ill11rio à volta de nós tara <~Querester um amigo sincero, leal e e S. Ex.• o Sr. Bispo de Leiria, o assis- no seu activo tantos e tais horrores? vio nQS momentos crLticos da vida.
nu, ~ r.~, f •1 ·•• e li tis podermos ouv1-lO. permanente? Ei-lo: é o Evangelho. tente eclesiástico das «Cruzadas Fatimi- Foram, de facto, anos de horror os que E, se não, diga-me doutor não leva
no seu automóvel a üitagem de S. Cris-
00

out 1 :J e apr~;;s.., 11 • a cumprir as suas or- O livro dos Santos Evangelhos é, a tas>~. a Terra de Santa. Maria teve que sofrer.
den s •. bem d1::er, o comp4ndio da única escola Se se lerem com atenção estas Bases, Igrejas e conventos foram convertidos tóvão, padroeiro dos chauffeurs P
D;e • is ,·~·, abrarararu sr, e parti' -:ara da verdade - aquela que foi Por Deus já aprov!ldas por S. iantidade, concluir- num montão de ruínas pelo facho incen- - O que eu levo é uma boneca ou
(j (t·11Vfnto ... estahelecida d sombra da Cruz. -se-á, sem receio de êrro, que Fátima é diário da revolução. Cinco vezes esteve um macaquinho que me acoutpanha noi-
Quem não freqüenta esta escola não já hoje considerada esmo o fulcro da Ac- préso o Bispo de Fát.imll e bem assim e
te dia.
sabe amar a ] esus! ção Católica portuguesa e como a fonte inúmeros sacerdotes. Desordem, confusão - Agora compreendo a razão porque
Mártires, Confessores, Virgens , Anaco- donde há-de emanar a renovação mOYal e ruina era o estigma que a jóvem repú- flaquela sua grande viagem de há dias,
VOZ DA FAT IMA retas, PenittJntes, todos os Santos foi on- e religiosa do paíS. blica portuguesa trazia. impresso na fron- fêz retroceder o carro dtpois de ter já
de todos encontraram desvendado o eni- Não'será isto o máximo a que um San- te. andado três quilómetros.
DESPESA gma da virtuth B do heroismo. tuário pode aspirar? E hoje? Cristo-Rei e Rainha do Rosá- - Efectivamente a <~Patroau tinha-se
Transporte . . . . . . . . . . . .
00 •
4:zó.589$47 Livro admirável! ... Todos os leitores da 11Schildwache" e rio. Como são admiráveis as vitórias de esquecido de colocar a mascotte nQ car-
Papel, Comp. e imp. do n.o Garantido e explicado pela Autoridade do 11Bote von Fátima>~ cantarão, ao ler Marial ro e eu, sem isso, nilo dou um Passo.
137 (53.000 ex.) ....... oo 2.712$95 Divina e Magistério infalível da Igreja esta. jubilosa notícia, um Magnificat em Depois que Maria se dignou descer à --ora ai está: o doutor nilo acha ri-
Franquias, embalag. transp., Católica, é sem duvida 4le o melhor de louvor de Crist~Rei e da Rainha do R~ terra. na Cova da Iria elevou-se visivel- dícul<~. a protecçllo de um mocaco e tem
etc ......... ..... . todos os livros. sário - patronos da Acção Católica. Que mente o nivel moral e religioso, social e nela tóda a confiança; eu tenho-a em
N11 administração Enleva-se quem o IA; torna-se sdbio os dois fiéis companheiros - Schildwa- económico do pais. Maria Santiuima, Mile de Deus e do&
quem o estuda; i puro e santo quem na che e Bote von Fatima - o primeiro, Soma: Não há. trabalho mais impor- homens.
Soma. ... verdade o ama. arauto da realeza de Cristo, e o segundo, tante, apostolado mais actual e fecundo, O doutor ri.a, se quiser, da minha
Cada página sua, explicada é um manto mensageiro da Rainha do Rosário, exul- maior serviço prestado aos homens de h~ crenÇa racional e cientfjica., qtU eu em
Donativos desde 15$00 de arminho que se desdobra para nosso tem ao receber a glil.ta noticia desta união je do que mostrar-lhes 1\-Ia.ria. troca. só lhe digo isto: nunca imaginei
Maria de Lourdes e Sá - Abrunhosa, agasalho nas noites invemosas tãCY" fre- celestial! Um grande, um enorme receio, na es- que a cegueira e fanatismo do doutor
:zo$oo; Distrib. em S. Bartolomeu-Bor- qüentes na vida humana; um escudo Muito se tem caminhado desde o dia pecta.tiva do que está para acontecer, chegasse a tal ponto. Orê no protecção
ba, 6o$oo; Maria. da Rocha - Odivelas, que se opõe em nossa defesa contra os das aparições até ao reconhecimento de pesa. sObre a sociedade actual. Os po- de um bicho e descrê da mediaçao de
rsS:zo; P.• Manuel ~ça- Moimenta da dardos incendiários; i a ltu sem véu que Fátima pela suprema autoridade eclesiás- vos fazem esforços desesperados para se Nossa Senhora!
Beira, 16o$oo; Maria Georgina Mota - ilumina os olhos da nossa alma descorti- tica. defenderem da derrocada, do caos que V. de F.
POrto, :zoSoo; P.• António Joaquim Fer- nandO-nos o etéreo a::ul dessa amplidão
reira - Olival, Bo$oo; 1\-Ia.ria Gouveia. infinita da Bondade imensa de Deus. (Da revista ccReligião e Pátrian de
Osório - Castendo, soSoo; Joaquim Mar- De tão Santo livro, cada frase bem Que à noite teus oll1os só se fechem lia, guarda-o bem, guarda-o constante- Macau).
tins - América, 21$75 Maria Dias -
América, 21$75; João P .Silva - Alvor-
assimilada i para nossa mente um volu-
me bem estudado e melhor e sempre me-
depois de o haveres lido e terds um sem-
blante risonho e puro como a criança que
mente em tBu coração.
Assim aos orvalhos do Evangelho, teu
--~~... -
ninha, 25$oo; P.• Celestino Ferreira - lhor compreendido na vasta scí8ncia do adormece tranquila no colo da mãe de- coração, como em perene manhã prima- Nunca compreendi, diz E. de Gue-
Anta, roo$oo; Maria Júlia Albuquerque amor sublime; i para o coração uma pois de haver dela recebido a carícia de veril, terá tr4s lindas fMrss celestiais, sin, a segurança daqueles que não bua-
- Lisboa, 3oSoo; Maria Galhardo - Pe- chama que stJ ateia no fogo misterioso e um beijo. • no fre scor do seu desabrochar, a exala- cam outra. coiaa mais que uma boa
namacor, go$<>0; Distrib. na Igreja do santo da Caridade Divina. Toma, pois, o Evangelho e encontra- rem finfssimos odtJres gratos ao próprio ()9nduta humaun para se apresentarem
Beato - Lisboa. 85$oo; Isabel do Ama- Quando a dúvida te perturbar, - to- rás naquelas lições emanadas dos lábios Deus: - a Rosa do Amor, o Llrio da dionte de Deus, como se os nossos de-
ral - Açores, 15$oo; Lucinda Guerra - ma-o e li; quando a dtJr te acabrunhar, - do Bom jesus a voz suave e benéfica do Pureza e a Violeta da humildade>~. veres estivessem enoerrados no estrei-
Açoreira, :zo$oo; Tere9í1 Abreu - Açorei- toma-o e li; quando penosa te f6r a vi- mais verdadeiro Amigo. to círculo dêsto mundo.
ra, 15$oo; Filomena Fernandes - Aço- da, - toma-o e li: Pois que, na dúvida, Toma-o e, como Santa Tllre:rinha, faze Fr. Angelo Maria Ser bom filho, bom cidadão, bom ir-
reira, r5Soo; Deolinda Guerra - Poiares, na d6r e na lida, ser-te-á lu:r, remidio ~le o te~ tesouro . mão não basta para entrar no céu. E I
~5Soo; Júlia Amália Castro - Sertã, mais guarida. Toma-o e, como a Virtem Santa Ceci- (frade Capuchinho) necessário também ser bom cri&t4o .
4 VOZ DA FATIMA

CRUZADOS DE FATIMA
Pia União dos «Cruzados de Fátima» e serviços, designadamente com a I ção, por mais pequena que seja, on- na «Cruzada de Fátima)), milícia pa-
publicação de livros, folhetos e jor- de, graças ao zêlo do respectivo pá- cífica de cuja cooperação com o
nais da especialidade, que à Acção roco, não se ache constituída ao me- exército de apóstolos da Acção Católi-·
PROVISÃO Católica compete promover ou auxi- nos uma trezena! ca, depende a salvação de muitas e
liar. Da boa vontade, do trabalho, da muitas almas transviadas!
D. JOS~ ALVES CORREIA DA SILVA, POR MERcr DE DEUS E Se o dinheiro constitui muitas ve- cooperação e perseverança de todos, lt pequeno, é insignificante, é quá-
DA SANTAS~ APOSTúLICA BISPO DA DIOCESE DE LEIRIA zes um sério obstáculo à salvação da resultará que a Pia União uÇruzados si irrisório, o subsídio que se pede, o
alma, transformando-se em agente do de Fátiman há-de vir a ser uma reali- donativo que se solicita, o sa_crifício
Aos que esta Nossa Provisão virem, Saúde, Paz e Bênção em Jesus Cristo mal, também pode servir para a prá- dade altamente consoladora, o esteio, que se exige de cada Cruzado.
Nosso Senhor e Salvador tica de obras de zêlo, piedade e ca- 1a fôrça, o manancial \'ivificante de Mas, se, nessa liga de beneficência,
ridade, convertendo-se, pelo bom uso tôda a estrutura material do grandio- a mais vasta e a mais importante que
Fazemos saber que, tendo o Venerando Episcopado Português lan- que dêle se faz, em precioso instru- 1so exército ·da Acção Católica, con- jámais existiu em Portugal, ingres-
çado as Bases da organização da Acção Càtólica em Portugal segundo as mento da glória de Deus e da santi- tribuindo poderosamente para o incre- sarem todos os que devem fazê-
normas gerais estabelecidas pelo Santo Padre o Papa Pio XI felizmente rei- ficação das almas. mento da Religião e para o bem da zê-lo e se todos satisfizerem fiel e pon-
nante, colocada debaixo da protecção de Cristo Rei e ~ Nossa Senhora de A Pia União «Cruzados de Fáti- sociedade. tualmente as suas cotas, as peque-
Fátima e criado, como obra auxiliar para êste grande apostolado, os «Cru- ma)), extendendo-se como uma vasta A folha mensal «Cruzados de Fá- nas gotas, juntando-se, unindo-se,
zados de Fá#ma» que se propõe, entre outros fins, interceder, junto de rêde por todo o país e abrangendo timan, colocada no centro da grande aglomerando-se, nas cidades, vilas e
Nossa Senhora de Fátima, pelas necessidades da Acção Católica e colabo- nas suas malhas ainda os lugarejos rêde, estendida por todo o pais, pro- aldeias do nosso país, converter-se-ão
rar, por todos os meios ao seu alcance, com a Acção Católica para a 'dilata- mais insignificantes, onde haja ao curará exercer a função que lhe ca- pouco a pouco num rio caudaloso,
ção do Reino de Deus: menos algumas almas que compreen- be de órgão propulsor da «Obra das cujas águas irão levar a tôda a parte
dam a necessidade e urgência da Ac- trezenasn, transmitindo instruções su- a fertilidade e a vida.
Havemos por bem instituir no Santuário de Nossa Senhora de Fá-
tima a <<Pfa União dos Cruzados de Fátiman a qual, para a sua organiza- ção Católica para salvar Portugal, 1 periores, estimulando energias, pro- Deus, que é o Amor incriado -
çiio, se regulará pelas seguintes normas práticas até serem aprovados e pu- há-de recolher os meios pecuniários I pondo alvitres e sugestões, aplanan- Deus charitas est-quere que O ame-
blicados os respectivos estatutos e regulamento: que são precisos para que ela pos- do P. resolvendo dificuldades, reco- mos e que amemos também o nosso-
sa atingir com eficiência e largue- , lhendo dados estatísticos, numa -pa- próximo como a nós mesmos por
I} Em cada paróquia os Cruzados de Fátima devem agrupar-se em za a sua grandiosa finalidade. ! lavra. orientando e guiando, passo a amor dEle.
pequenos núcleos de treze pessoas denominados «trezenas)). Ao clero, e principalmente ao ele- i passo, a actividade dos reverendos E como é possível amar verdadei-
Um dos treze terá as funções de Chefe da Trezena competindo-lhe.'
a) receber mensalmente os números necessários da «Voz da Fáti-
I
ro paroquial, incumbe, por tôda a Párocos e dos beneméritos chefes de
parte, a honrosa e grata tacefa de te- trezena, para que a Pia União uCru-
ramente a Deus e ao próximo e ao-
mesmo tempo ficar indiferente peran-
ma» {que serd o órgão da Pia União e terá uma pdgina especial para os cer as malhas dessa ~de, cuja ·gran- zados de Fátiman corresponda inte- te o espectáculo confrangedor de tan-
Cruza4os) e distribui-los aos cruzados da respectiva trezena; deza, unidade e solidez, dependem gralmente ao pensamento e aos dese- tas almas que vivem fora da graça
b) cobrar as cotas mensais {minima de l2o para os associados or- da boa vontade e do esfôrço de to- jos do venerando Episcopado que divina e em perigo de serem para
dinários e mínima de lso para os bem feitores) dos cruzados da respectiva dos, sacerdotes e fiéis, e sobretudo em boa hora a fundou para com o sempre infelizes, sepultando-se nas.
trezena em troca da Voz de F dtima e envid-las de quatro em quatro meses dos sacerdotes que teem cura de al- seu auxílio conquistar Portugal para chamas inextinguíveis do Inferno?
por meio do Delegado Paroquial {que poderá ser o pdroco ou outra pessoa), mas. Cristo. São graves, gravíssimos até os ma-
em vale, cheque ou por mão própria para o Director Diocesano da Obra; Que dentro de poucos meses não \ les que em nossos dias afligem a so-
c) escolher, se assim o entender, para facilitar os serviços da tre- haja em Portug~ uma única povoa- Visconde de Montelo ciedade, sob o duplo ponto de vista
zena, um ou dois sub-chefes denominados colectores de secção que, sob a da Religião e da Moral. As altas clas-
sua responsabilidade, terão o encargo de distribuir a Voz da Fátima e de ses da sociedade, a burguesia e as
massas populares, sobretudo nos gran-
cobrar a cota de 3 ou mais cruzados. Cruzados de Fátima, Deus oquere! des centros, paganizam-se a olhos.
~,T ::: • •;t= .,.
2) Para se constituir uma Trezena basta que alguém queira assu- . Por ocasião da sua última confe- ordem espiritual a Pia União propor- vistos. A luz da Fé afrouxa e chega
mir as funções de chefe e comprometer-se a recrutar doze cruzados. rência, em Novembro do ano findo, ciona a todos os seus membros que a desaparecer totalmente de muitas
3) Os chefes de trezena deverão dirigir-se ao Director Diocesano o venerando Episcopado Português, paguem mensalmente ao menos a inteligências. A ignorância e a indi-
da Obra dos Cruzados de Fátima a pedir o número de exemplares da Voz - o melhor Episcopado do mundo, cota de vinte centavos, acessível a ferença religiosa alastram assustado-
da Fátima de que carecerem para a sua trezena e a indicar, com tôda apre- na frase do Eminentíssimo Cardial tôdas as classes de pessoas, mesmo ramente. O laici5mo dominante nas
cisão, o seu nome e respectivo enderêço e os nomes dos cruzados que estão Locatelli, antigo Núndio Apostólico daquelas que, não sendo extrema- escolas públicas e nas outras insti-
sob a sua direcção com a indicação das cotas que se comprometem a pagar. em Lisboa, - ao mesmo tempo que mente pobm., têm, com o dom da tuições oficiais, aliado com o teatro
iniciava os trabalhos de lançamento Fé e a graça santificante, o desejo pornográfico, o cinema imoral e o
4) A cada chefe de trezena será fornecida uma lista para a it~scri­
da nova Cruzada por Cristo e pela sincero de ajudar a dilatar o reinado livro obsceno, destruiu o espírito
ção dos cruzados que êle deve preencher em triplicado, ficando com um
exemplar e fazendo seguir os outros dois, um para o Director Diocesano e sua Igreja, a Acção Católica, insti- de Deus nas almas, a· comunicar a vi- cristão e a inocência da ~da e levou
o outro para o Conselho Geral. tuia no Santuário Nacional por exce- da sobrenatural, a vida divina, aos a depravação dos costumes até à
lência, sob o patrocínio de NoSsã Se- que a não possuem ou a têm pouco atrofia completa do senso moral. É
5) A cada cruzado será distribuída no acto da inscrição uma patente. nhora, uma Pia União com o título ou só aparentemente! preciso, é urgente, que o clero redo-
6) O Director Diócesano deverá pedir para a Administração da de «Cruzados de Fátima». Mas o que, dum modo especial, bre de zêlo e de actividade no exer-
«Voz da Fátima)) os exemplares de que precisar para os diversos «chefes A «Voz da Fáti.ÍnaJ), humilde pre- deve estimular todos os cristãos qut> cício da sua sublime missão, afim-
de trezena)). goeiro das glórias e das misericórdias amam cordialmente a Igreja e a Pá- -de . conquistar uma a uma as ove-
da Santíssima Virgem no Santuário tria a pertencer a esta importante Liga lhas transviadas para o aprisco do
7) Devem pedir-se para o Campo dos Mártires da Pátria, 43- Lis- bom Pastor.
da sua predilecção, juntamente com de piedade e caridade é a certeza de
boa, as patentes, listas de inscrição, etc. e tôdas as informações de que se
esta página que aparece hoje pela que, fazendo-se «Cruzados de Fáti- Mas é preciso também, é também
careça.
pela primeira vez à luz da publicida- mau, contribuem eficazmente para a urgente, que um exército de activos
, Esta Nossa Provisão será publicada no Boletim da Diocese de Lei-
de subordinada à epígrafe de «Cru- · criação e sustentação de obras de for- e generosos auxiliares da hierarquia
ria e na «Voz de Fátima)> para conhecimento de todos .
zados de Fátiman, fica sendo dora- mação e acção religiosa, de educação eclesiástica junte os seus esforços
Leiria, IB de Fevereiro de I934· -avante o órgão da Pia União do 1 e ensino, de imprensa, sociais e cívi- aos dos ministros do Senhor, numa
mesmo nome que tem como director cas e de assistência e beneficencia. organização larga, forte e disciplina-
t JOS:Jt, Bispo de Leiria da, cooperando assim eficazmente na
espiritual Sua Excelência Reverendfs- O Cruzado de Fátima é, portanto,
sima o Senhor D. José Alves Correia 1 apóstolo da Religião e benémérito da grande e incomparável obra da con-
da Silva, ilustre Bispo de Leiria. j Pátria, para glória de Deus e felici- versão e salvação das almas.
A Pia União <<Crnzados de Fátima» - obra anxiliar da Acção Católica Noutro lugar desta página, podem dade de' Portugal. Os «Cruzados de Fátiman consti-
Por deferência gentilissima do formada não po.r espmtos puros, mas os nossos presa&s leitores tomar co- • • * tuem, digamos assim, o benemérito
Ex.mo e Rev.mo Senhor D. José Al- por seres racionais compostos de al- nhecimento das normas gerais dos es- Cristãos e portugueses! quadro de serviços da administra-
ves Correia da Silva, ilustre Bispo de ma e de corpo, carece dos recursos tatutos da Pia União destinada a Os venerandos Prelados, chefes le- ção militar dêsse exército, tendo por
Leiria, e com a aprovação e as bên- materiais indispensáveis a tôda a co- reünir os fundos necessários ao esta- gítimos do exército dos crentes, fi- objectivo proporcionar-lhe os recur-
çãos do venerando Episcopado por- lectividade humana, que tem de exer- belecimento e expansão da Acção Ca- zeram ouvir a sua voz de comando! sos de que carece para se manter
tuguês, aparece hoje pela primeira cer a sua acção em harmonia com a tólica, que é a participação dos lei- Deram as suas ordens. Tocaram a constantemente em pé de guerra e
vez à luz da publicidade a página natureza dos 'seus membros, mesmo gos católicos no apostolado hierárqui- reurur. tornar cada vez mais eficiente e mais
«Cruzados de Fátima>), como uma es- quando o objectivo que se propõe co da Igreja e cujo fim é dar Portu- 1 Que ninguém falte à chamada! poderosa a sua acção.
pécie de suplemento ao mensário atingir transcende a esfera das neces- ga1 a Deus e Deus a Portugal. Que todos obedeçam a esta convoca- Cruzados de Fátima, Deus o quere!
1<Yoz da Fátima». sidades e exigências meramente tem- Da leitura dessas normas se de- I ção geral!
Como os nossos presados leitores porais. preende claramente a íntima relação I Que não haja um só, entre os fi- Avante, pela Igreja e pela Pátria~
podem fàcilmente conjecturar, ao re- Na França, na Espanha, na Bélgi- que existe, sob vários aspectos, entre lhos desta terra de heróis e de san- Visconde de Montelo
pararem no título que lhe foi dado, ca, na Itália, na Alemanha, nos Es- a Pia União e a Acção Católica. tos, que não concorra generosamen-
esta página é destinada a ser o órgão tados Unidos, em tôdas as nações em Basta frizar que o Cruzado de Fá- te, na medida das suas posses, para --'---**- - -
oficial e, por assim dizer, o porta- que os quadros da Acção Católica se tima, pelo simples facto de inscrever a bemdita obra de resgate, · para a di-
-voz da Pia União do mesmo nome acham devidamente organizados, o seu nome na Pia União, se toma vina cruzada de regeneração e salva- «A Acção Católica não é de ordem ma-
fundada no Santuário da Fátima co- uma das preocupações fundamentais realmente um soldado prestimoso da 1ção social dos tempos modernos, que terial, mas espiritual, não é de ordem ter-
rena, mas celeste, nem de ordem políti-
mo obra auxiliar da Acção Católica. dos seus corpos dirigentes é a aqui- grande m.i;lícia espiritual: da Acção é a Acção Católica. ca. mas religiosa».
A Acção Católica é sem dúvida sição de fundos para ocorrer às enor- Católica, alinhando ao lado dos seus Qtfe todos tomem galhardamente S. Santidade Pio XI, na Ca,ta ao ea,.
uma instituição de índole essencial- mes despêzas a fazer com a propa- quadros organizados e concorrendo a cruz, como os guerreiros cristãos da dial Bert,am.
mente espiritual, que tem por fim, ganda e defesa dos princípios cris- em 1arp escala para a vitalidade e Idade-Média,· quando partiam para
em última análise, a santificação e tãos, com a realização de campanhas eficiência desses quadros com a ora- a Terra Santa, afim-de libertar o se-
. salvação das almas, mas, devendo or- de interêsse religioso e patriótico e ção, a esmola e o exemplo sugesti- pulcro do Redentor do domínio dos A sede da Junta Central da Acção Ca-
ganizar-se e actuar no seio da Igreja com a fundação e sustentação dum vo duma vida exemplarmente cristã. infi~isl t ólica Portuguesa é no Campo dos Már-
Militante, sociedade visível e externa, grande número de instituições, obras E que série imensa de benefícios de Que todos se aHstem sem demora tires da Pátria. 43 - Lisboa.

Para conhecer os fms, métodos e organização da Acção Católica, convém adquirir o Manual da Acção Católica, de Mons. Civardi, tradução portnguesa
do Dr. Aires Ferreira. À venda na ((União Gráfica», ~ua de S.ta Marta, 158 - Lisboa. Preço, 10$00; pelo correio, 11$30.
Ano XII Fátima, 13 de Abril de 1934 N.• 139

COM APROVAÇAO ECLESIASTICA


Dlnotor e Proprietirioa Dr. Manuel Marque• doa lantoa Emprlsa Editoraa Tip. "Unilo CrUioa, T. do Despacho, 11-Lisboa ~dministradora P. António dos Rela Redaooto e Administraoao "Santullrio da FUima"

CRóNICA DE FATIMA
(13 DE MARÇO)
a Lourdes portuguesa cumpra a sua. al- po da Quaresma, quadra litúrgica. desti- I mo de costume, com um fervor e um en- pela chamada .lei da separação, e subsi-
Fátmna e a oração tíssima missão, realizando plenamente os nada pela Santa Igreja ao cumprimento tusiasmo indescritíveis e no meio da co- diar inúmeras obras de caridade e ben~
Se existe sôbre a face da terra. um desígnios adoráveis da Providênc~ àcêr- do duplo preceito da confissão anual e moção geral. ficência na capital e fora dela.
santuário que com justo titulo se possa ca da nossa Pátria. da comunhão pascal, o número de peni- 1 No fim da missa dos doentes, foram Um dia em que, à tarde, após o jan-
chamar , por antonomásia, o santuário Nessa morada encantandora do Rei e tentes q ue desejavam fazer a desobriga anunciados o retiro para os médicos, !ar- tar, pas5e!Lva, em companhia de seu filho
da oração, em que as almas se elevam da Rainha de Fátima., nessa Betânil. que- era assaz elevado, não tendo os sacerdo- macêuticos e enfermeiros, que tinha sido mais novo, que era então o estudante
quási sem esfôrço, perene e fervorosa- rida de Jesus-Hóstia e de Nossa Senhora tes podido conf65S!Lr ~não homens duran- marcado para o principio da semana san- mais classificado do seu curso no Insti-
mente, até ao trono de Deus, é, sem dú- do Rosário, urge colocar verdadeiros pá- te tôda a manhã e sendo preciso admi- ta, e o retiro dos Ex.moo Prelados Por- tuto Superior de Agronomia e que é h~
vida, o maravilhoso santuário de Nossa ra-raios, que dum modo permanente afas- nistrar o Pão dos Anjos a muitas pcs- tugueses, que deve reali.zar-se na segun- je aluno distintíssimo do Seminário Maior
Senhora de Fátima. tem de Portugal os golpes de Justiça di- soas ainda. depois das quatro horas da da quinzena do corrente mês dtt Abril. do Patriarcado com sede nos Oli.vais, co-
A excelsa Rainha do Santíssimo Rosá- mo J>!Lra se desculpar de satisfazer os
tar~~
vina que o ameaçam por causa dos crimes
rio, dignando-se aparecer. há dezassete de muitos dos seus filhos, urge estabele- embargo das bátegas de água, Um grande devoto de Nossa Senhora contínuos pedidos de auxílio dos pobres
anos, no cume da Serra de Aire, em ple-
no coração de Portugal, para salvação da
cer núcleos de almas escolhidas que com
o ouro da sua caridade, o incenso das suas
que de vez em quando caíam com vio-
Jê-ncia, inundando o vasto anfiteatro da
de Fa'ma que, conhecedores da sua inesgotável ge-
nerosidade, a cada passo se lhe dirigiam,
nossa Pátria, quis acender ali, naquela es- orações e a mirra. das suas penitências e Cova da Iria, realizaram-se os actos ofi- No dia vinte e quatro de Fevereiro, às disse que, do mesmo modo que um cé-
tância mais próxima do Céu, um foco in- das suas reparações, aplaquem e tomem ciais do culto na. forma costumada, in- cinco horaS da manhã, na. sua residência lebre escritor francês protestava que não
tenso de vida interior, de vida sobrenatu- propicio o Céu, atraindo sôbre esta ter- cluindo as duas procissões com a Imagem de Lisboa, chamava o Se~or à sua. divi- havia de deixar passar um dia sem escre-
ral e divina, que irradiasse P<>r tôda a ra, que foi outrora terra de heróis e de de Nossa Senhora de Fátima.. na presença, na avançada id!Lde de oi- ver ao menos algumas linhas - n14lla
parte, até às fronteiras do território na· santos, e sObre o mundo inteiro, torren- Ao meio-dia e meia. hora, depois de tenta e quatro anos, a alma eleita do dis- dies si~ linea - também êle não queria
cional e até aos confins do universo. tes de graças e caudais de misericórdia ... rezado o terço do rosário na capela co- tinto médico e abit5tado proprietário, dr. que passasse um só dia sem dar uma es-
Nas suas fildiosas aparições, a Virgem memorativa das aparições, celebrou-se a I Francisco da Costa Falcão. mola, exprimindo o seu pensamento na.
sem mancha, de cujas mãos bemditas pen- ' Visconde de Mon.telo missa dos doentes, que foi acolitada pe- Chefe exemplar duma família profun- língua de Cícero, como bom latinista que
dia um rosário, parece não ter tido nada era.: <111tdla dies sine eleemosyna".
mais a peito do que proclamar altamente, Eram admiráveis a sua deli.cadeza de
com a. sua atitude e com as suas palavras, consciência e a sua pureÜl de intençãt>.
a necessidade imperiosa da oração como Revestia um encanto especial a sua pie-
mein de alcançar o perdão das culpas in- dade, ao mesmo tempo sólida e profun-
dividuais e das iniqüidades colectivas e da. Todos os dias assistia devotamente
de atr:ür as graças e as bênçãos de Deus.
Ela recomenda aos três videntes que
rezP-m o terço do Rosário e propaguem
Iao Santo Sacrifício da Missa e recebia a
Sagrada Comunhão com um fervor edifi-
cante. Tinha uma grande devoção a Nos-
em tômo de si esta bela e admirável de- 5!1 Senhora de Fátima, o que o levou a
voção, que é tão cara ao seu coração solicitar da competente autoridade ecl~
maternal e tão útil e salutar às almas. siástica que a capela do seu palacete,
Ela ensina-lhes uma pequena. prece, ao uma das mais lindas de Lisboa, onde se
mesmo tempo tão breve e tão completa, conservava dum modo permanente J esus
tão concisa como profunda, que resume Sacramentado, que êle amava com ter-
e sintetiza as supremas necessidades es- nura e visitava freqüentes vezes durante
pirituais do homem no seu estado de via- o dia, fôsse colocada sob a sua invocação
dor sôbre a terra e no limiar da eterna e a adquirir para expôr ao culto no altar-
bem-aventurança: uó meu Jesus, perdoai- -mór uma formosa e artística estAtua da
-nos, livrai-nos do fogo do inferno e ali- celeste Aparição, feita pelo célebre escul-
viai as almas do Pnrgatório, especialmen- tor Tedim, de Santo Tirso de Coronado.
te as mais abandonadas>~. Possuía, como poucas pessoas, mesmo
E boje, nas cidades, vilas e alde13S, das mais piedosas, uma compreonsão
quer do nosso J>!LÍS, qeer de muitos pai- exacta e nítida da importância e noc.es-
ses cstranjeiros, milhões de bôcas piedo- sidade do espírito e das obras de repara-
sas repetem muitas vezes cada dia essa ção e expiação para satisfazer os direitos
súplica, verdadeiro soluço de alma, inter- e exigências da justiça divina, ofendida
calada nas dezenas do Saltério Mariano. pelos pecados dos homens, e fazer descer
Finalmente, ela assegura à Ldcia e à sôbre a terra torrentes de graça e de mi-
Jacinta o dom preciosíssimo da predesti- sericórdia.
nação à glória, mas ao mesmo tempo de- Encarou sem temor, com uma sereni-
clara que o Francisco só será admitido na dade e uma confiança extraordinárias na.
mansão dos eleitos, se rezar o terço, ven- bondade de Deus, a aproximação dos 111-
cendo generosamente a tibieza espiritual timos momentos. ~le próprio pediu ex-
e intensificando a sua vida de piedade. pontâneamente os Santos Sacramentos,
E, quando manifesta o desejo de que recebendo-os com as mais admiráveis
na Cova d!L Iria seja edificada uma ca- disposições.
pela em sua honra, sob a invocação do A sua morte fDi verdadeiramente a
Santíssimo Rosário, que é que isso signi- morte dum justo.
fica senão que a gloriosa Mãe de Deus, Rico como era, mas fazendo tão beio
descendo à terra. que se ufana de ser a Igreja de Forst, perto de Bruchsal, Baden, arcebispado de Friburg (Alemanha) cujo Pároco Rev. l ohann Schmitt adqui- uso dos bens da fortuna com que a. Pro-
terra de Santa Maria, quis susci~ em riu e exp6s à veneração dos fiéis a imagem de Nossa Senhora dtJ Fátima do escultor portugtds Thedim. vidência o favoreceu, quis que os seus
Fátima uma casa de oração fervorosa e Foi benzida pelo Sr. Bispo de Leiria e esteve nq capela àas Co11fissões do SanJuário de Fátima. despojos mortais, amortalhados no hu-
incessante - oportet semper orare et non Nesta freguesia o Rev. Dr. Fischer fOz no inverno de 1931 /32 trOs conferOncias s6bre a Fátima com auditório de :z.Boo milde hábito de S. Francisco e encerra-
dejicere, - um templo grandioso e ma- dos num pobre caixão, descessem a uma
gnífico, em que legiões de almas vindas pessoas (;?.mpa rasa., num funeral em que as dni-
de tôda a parte el~vassem cheias de fé cas pompas eram as lágrimas dos pobres
e confiança as suas preces e os seus sus- e as manifestações de pesar e saüdade dos
los srs. tenente-coronel Pereira dos Reis, damente cristã, espôso ~tíssimo e pai
piros para o Céu, um santuário augusto
e venerando que fôsse o santuário da
O dia 13 de Março em Fátima e dr. Carlos de Azevedo Mendes, adv~ extremoso e desvelado, carácter diaman-
amigos.
Que descanse em paz, no seio nuseri-
oração por excelência? A-pesar-da inclemência do tempo, gado e provedor da Misericórdia de Tôr- tino, de antes quebrar que torcer, a no- cordioso de Deus, entre os esplendores
E são por certo as súplicas ardentes triste, agreste e chuvoso, o concurso de res Novas. bre figura, que ora desapareceu da sce- da luz perpétua, o espírito formosíssimo
de tantas almas piedosas feitas naquela peregrinos !LO Santuário Nacional de Nos- Ao Evangelho, subiu ao púlpito o na do mundo, era um modêlo vivo e~ do gtililde homem de bem e modêlo de
estância previlegiada da. Rainha dos An- sa Senhora de Fátima, no dia treze de rev.do Dr. Manuel Marques dos Santos, bado das maís raras e preclaras virtudes cristãos que foj o dr. Francisco da Costa
jos, as suas penitências, os seus saCrifí- Março último, foi bastante numeroso e vice-reitor do Seminário de Leiria e ca- cívicas e morais, que o impunha ao res- Falcão!
cios e as suas imolações compens:~doras, até superior a tôda a espectativa. Logo pelão-director dos ~rvitas, que, durante peito e veneração de todos quantos ti-
que explicam por que é que o Santuário às primeiras horas da manhã, o vasto mais de meia hora, prêgou sôbre pe- nham a ventura de o conhecer e de com «Fátima, im Lichte der kirchlichen
de Fátima. merece o título que lhe foi templo da Penitenciaria se encheu de nitência e a confissão sacramental, exor- êle tratar intimamente. A sua casa era,
dado de Santuário dos milagres morais, fiéis de ambos os sexos, ansiosos de se tando os seus ouvintes ao arrependimen- em todo o rigor da expressão, a casa dos Aotoritãtn 1
isto é, das curas espirituais, das ressur- reconciliarem com Deus por meio duma to dos pec;l.dos e à prática duma vida pobres. Não h!Lvia miséria que êsse ho- Sob êste sugestivo título que, traslada-
reições de !Lima, daa assombrosas conver- confissão fervorosa, para o poderem rece- verdadeiramente cristã. mem de coração generoso e compassivo do p;ua vernáculo, quere dizer uFátima
sões de grandes e inúmeros pecadores. ber escondido no seu Sacramento de Os doentes, que nesse dia eram em nú- não procurasse Jlliviar, não havia dores à luz da autoridade eclesiástica>~, aca-
l\las não bastam as orações individuais, Amor, a uma das missa.s do dia, celebra- mero muito reduzido, receberam a bên- que não se esforçasse por mitigar, não ba de sair à luz da publicidade, em se-
mesmo quotidi;l.nas, nem sequer as sú- das naquela estância privilegiada pela ção com o Santíssimo Sacramento, ali- havia lágrimas que não tentasse enxugar, gunda edição, o último livro do rev.do dr.
plicas colectivas peribdicameute dirigi- Augusta Rainha dos Anjos com tôda a nhados no átrio do Pavílhão, do lado do e a sua bôlsa abria-se larga e munificente Luís Fischer, professor de História Ecle-
das a Deus em grandiosas e comoventes sorte de graças e bênçãos celestes. Evangelho. Pllra acudir às necessidades da Santa siástiC!L na Universidade de Bamberg
manifestações de fé e piedade para que Como estava decorrendo o santo tem- O <~Adeus à Virgem• efectuou-se, co- Igreja. privada dos seus bens materiais (Alemanha) •
2 VOZ DA FATIMA
dúvida de que Iôra S. J osé quem viera
Quando apareceu a primeira edição, a Apêlo de S. dosé a S. Ex:~a Rev.ma obras pela salvação d?-S almas, os seus
bons padres, o seu excelente e querido Se-
S. José, socorrei-nos socorrê-las naquela necessidade. No dia
<tVoz da Fátiman deu-se pressa em fa- o nosso querido Bispo de Leiria seguinte inquiriram contudo as irmãs ~
zer-lhe uma larga e merecida. referêncill, minário e a diocese em geral, visto que Um caso estranho ocorrido na a.Jguns dos seus protectores lhes tena.
indicando as epigrafes dos capítulos e alu- o meu nome é o de Vossa. Excelência, Terra Santa
«Visto que sou o seu patrono, dirijo- muito r•·speitado e estimado Dom José, mandado tão valioso presente, mas to-
dindo aos assuntos neles versados. Des- -me a Vossa Excelência Reverendíssima Bispo de Leirian.
ta. edição publicou em 1932, o rev.do dr. (Comunicação do Dr. P. Benedikt dos respondefilm negativamente.
na pessoa. dum dos seus seminaristas, no Como era de esperar, o nobre Prelado Stolz, O. S. B., Dorlnitio, J erusalém). Durante urna semana inteira sustenta-
Sebastião da Costa Brites, ilustrado e dia da minha festa, afim-de lhe pedir de muito boa vontade respondeu afirma- ram-se as irmãs e as orfãs da excelente
zeloso pároco da Sé Catedral de Leiria, que eu não seja esquecido na estância tivamente, acrescentando que esperava O nosso caro amigo e colaborador, dádiva de S. J 066, e por e5Sll. razão dizia
uma tradução esmerada, de que se fêz bemdita de Fátima onde a 5!1ntíssima Vir- em breve realizar os desejos do seu San- Rev.do Dr. P. Benedikt Stolz, O. S. B., muitas vezes a 1\-iadre Maria Alfonsina às
uma tiragem de cinco mil exemplares gem, minha Esposa, é tão glorificada. manda-nos para o mês de S. José êste lni- crianças: uComei, minhas filhas, dos fru-
to Patrono que tanto venerava e a quem
quási esgotados. O Senhor Deus Onipotente confiou aos mo que decerto não despe~rá menos tos do Paraíso que S. José nos trouxe».
No ante-prefácio que para ela se di- tanto devia.
meus cuidados sua Mãi e seu Filho em- O a utor destas linhas há já alguns anos grato interêsse nos ~s le~tores q~e o Quanto à irmã Francisca, tinha encontra-
gnou expressamente escrever, o venerando quanto viveram sObre a terra e depois co- ouviu Sua Excelência Reverendíssima ma- do «Milagre do Rosáno na Palestina.,, do entre os frutos miraculosos uma qua-
Prelado de Leiria declara que, aprovan- locou-me ao pé deles no Céu . nifestar a intenção que tinha de reservar publicado no n. 14 do «Bot e von Fáti- lid!!-de que não era própria da Palestina,
0
do-a, tem em vista.: Sou o Padroeiro da Igreja Universal e para o Santo Patriarca um lugar condi- ma,. que ela nunca tinha visto e que nunca
x. o Mostrar o carinho da Padroeira dos amigo muito particular de Portugal. A direcção mais tornou a ver. Eram uns frutos ver-
portugueses por esta. terra que é sua, gno no vasto jlnfiteatro do recinto das
Portugal, que honra em tão alto grau aparições. A Associação das Innãs do Rosário na des com a forma de batata e gôsto mui-
tornando o nosso pais conhecido e ama- Maria S!wtíssima, não pode agradar-lhe
do em t odo o mundo; e O apêlo graciosamente feito pelos se- Palestina compõe-se Unicamente de mem- to açucafildO. Crús ou cozidos foram sa-
inteiramente se não me der um cantinho minaristas em nome de S. José vem, bros indíg(;nas. :e, portanto, muito po- boreados com delícia.
2.• demonstrar mais uma vez que Fá- em Fátima. Coloque-se a minha estátua pois, ao encontro dêsse ardente anelo, bre, visto não receber qualquer !luxilio
tima ou é uma obra sobrenatural ou não Mais uma vez se provou que a Santa.
ou a minh!l imagem ao pé da de minha Es- dl!sse projecto tão acarinhado, tornando-o Igreja. com tôda a razão nos estimula ;1
tem razão de ser. posa Maria numa di15 capelas do Santuá- ainda mais vivo, se é possível, e apres- do exterior.
A nova edição desta obra, em que o A fundadora, Irmã AUonsina Danêl recorrer a. S. José.
rio e eu prometo com Maria e nosso Di- sando porventura a sua efectivação.
seu ilustre autor oferece aos católicos de Ghattas, viveu alguns anos com_ uma jo- I te ad j osep11! - Ide a j ostll
vino Filho não esquecermos Vossa Exce-
língua alemã. a narração documentada e lência Reverendíssima, as suas grandes Visconde de J,fontelo vem religiosa de nome Franc= num (Do <tMensageiro de Fátima»).
eloqüente das maravilhas que a Santissi- pequenino convento em Belém. Do pouco
rna. Virgem tem operado em Fátima, é, que tinham davam !linda aos pobres e
Beatos vir - Um homem feliz
como a primeira, enriquecida com es-
plê::.didas gravuras de página e dedicada
a Sua Excelência Reverendíssima o !Se-
S. José Fátillla mantinham no modestíssimo estabelecimen-
to seis orfãs. E, todavia., eram felizes por Quem nos censurará, se todos os anos,
levarem vida de pobres, ali, onde o Deus ao aproxim!lr-se a festa de S. José, o
nhor Dom J osé Alves Correia da Silva, De tôdas as criaturas nenhuma está nha paz. Não uma paz como o mundo Men.iao, num estábulo, nascera duma pensamento nos voar para. muito longe,
Bispo de Leiria, de quem insere um pri- mais próxima da bemdita. Mãi de Deus vos dá, vo-la dou eu.» O mundo não dá Virgem pobre. até à h osp1'tale1ra
· res1'dênc1a.
· d o B lS.po de
moroso retrato. que o seu q1.5to Esposo S. J osé, que foi de facto paz alguma. Mas n!l devoção a Como S. José outrora cuidou d!1 Sa- Leiria, até ao bondoso Bispo D. J066,
O volume nFátima im Lichte der kir- durante a vida seu fiel sustentador e S. José e aos Apóstolos encontram a paz grada FaiJlllia, assim cuiàava também cuja personalidade produz inesquecível
clllichen Autoritatn, magnificamente apre- protector , bem como do seu divino Fi- os homens que vivem em Jesus Cristo, daquelas pobres irmãs, 9-ue na. milagrosa impressão em todo o peregrino de Fáti-
sentado cesta. segunda edição, ainda mais lho. S. José partilhou as alegrias e as do- a.inda que em volta. dêles rujam tem- protecção do Santo Patriarca encontr:uam ma?
que na anterior, foi acrescido de trinta. res de Maria. Indissoluvelmente se en- pesta.des. refúgio, quando a fome e a necessidade Damos na gravura de hoje S. Ex.•ta
e três páginas e teve uma. tiragem de controu ligado à sua Esposa e Rainha até Não é esta. mensagem de paz in- as tinham querido assaltar. • Rev.m• D. J osé, cercado pela multidão
três lnil exemplares. que a morte os separou. tima, da paz do homem ~nido a Deus, Na semana anterior à festa. de S. J osé jubilosa.
Ao grande e querido apóstolo das gló- 1 As aparições do bemaventurado José tal como nos vem de Fátima, uma ex- de 1904 , não h!lvendo, a bem dizer, que Na sua fisionomia, em todo o seu as-
ril15 e das misericórdias da excelsa Raí- 1são raras. Assim como durante a vida traordínária e conso~ora mensagem nos dar de comer às orfãzinhas, começaram pecto, está impressa a imensa felicidade
nha de Fátima entre os povos da Ungua fugiu da notoriedade, - se bem que a tempos maus que JUStamente atravessa-~ as innãs uma novena em honra das sete do seu coração. Pois não será invejável
alemã agradece profundamente reconheci- parte que tomou na Obra da Redenção mos? dores ç das sete alegrias de S. José. felicid!lde para. um Bispo possuir na sua
do o autor destas notas a cativante ofer- fôsse tão importante, assim na história Chegou-se à véspera da festa. e à condu- diocese um Santuário como Fátima?
ta dum exemplar de 'tão precioso livro, da Igreja. raras vezes aparece no primei- O culto de Nossa Senhora de Fátima são da novellil sem que socorro algum O Santuário é obra suo. Poderiam~
assim como a. amável e afectuosa dedica-
tória que a sua sincera e nunca desmen-
ro plano.
Fátima pode gloriar-s~ ck s~r tambtlm na Alemanha
I
tivesse sido recebido. Gastas as últimas repetir neste lugar o que já no p~efác10
proVisões, não haveria no dia seguinte da 2 .• edição do nosso livro «'Fátima à
tida amizade nele houve por bem exarar. tlm lugar de aparições e graÇas de S. ] o- absolutamente nada que comer. Contudo luz da autoridade eclesiástica» escreve-
Visconde de Montelo stl. a Superiora confiava no poderoso pai mos: «Na. sua visita de estudo a Porto-
Na verdade, assim devia ser: Onde sua adoptivo de Jesus. «S. José não nos aban- gal. em Setembro e Outubro de 1932,
Santíssima EspOsa aparece, ali se deve donará; S. J osé virá em nosso auxilio,» teve o autor a oportunidade de, das hos-
o Patriarca S. José e Dom José, encontrar também S. J066.
Os devotos do benigníssimo 5!1nto le-
dizia ela. pitaleiras salas da residência episco~ .de
Chegara a noite e ckovia torrencialmen- Leiria, lançar um olhar sObre a Ofiettl!J
Bispo de Leiria, no ((Bote von rão, pois, com especial alegria de cora- te. Então ouvir!lm as duas religiosas um Mariana univ~rsal dêsse Bispo, na qual
Fátima» ção, as seguintes linhas. Ouçamos:
Estava-se em Agosto de 1917. Os três
leve bater na porta da entrada. Apres- êle não sômente honra os seus antecesso-
saram-se a abrir. Que surpresa! - Dian- res na História da Igreja, mas onde, des-
O último número do «Bote von Fá- pastorinhos Lúcia , Francisco e J acinta, te delas estava um desconhecido com de os Prelados até qUlllquer devoto do
tima (Mensageiro de Fátima)», suplemen- haviam regressado a casa dos pais, da um grande filrdo às costas, que lhes di- orbe católico que tenha conhecimento de
to do importante mensário «Die Schild- prisão para onde no dia 13 dêsse mês, zia com afabilidade: uisto é para as vos- Fátima, todos ali contemplam, com cor-
wache (A Sentinel11), de Basileia, Suissa, antes da hora em que costuma verificar- sas orfãzinhasl» dial alegria e sincera admiração, não só
correspondente ao mês de Março findo, -se a aparição da Virgem, tinham sido Quando tal ouviram, as irmãs ganha- uma extraordinária gT!1Ça da Mãe de
publica, juntamente com algumas esplên- levados pelo !ldministrador de Vila No- t!lm coragem e abriram a porta de par Deus, como também o primeirvo guia do
didas gravuras, quatro artigos magistrais va. de Ourém, o mação Artur de Olivei- em par, afim-de dar entrada !W de8CO- movimento Mariano, um Prelado que fi:!,
sôbre o glorioso Patriarca S. José, chefe ra Santos. Tinha-lhes êste proibido que nhecido e ao seu volumoso fardo. Nes- interpretação das intenções de Nossa Se-
da Sagrada. Família e Padroeiro d~ Igre- voltassem à Cova da Iria. Por isso, no se momento chovia com tanta fOrça que nhora colheu preciosa experiência•.
ja Universal. dia 19 de Agosto, depois da Missa, - era as irmãs ficaram tôdas molhadi15. Então O que aqui ~amos é a convicção
Esses artigos, um dos quais pelo me- um Domingo, -levaram ~leso gado pa- tiraram o volume dos costas do desconhe- de todo o clero da Diocese de Leiria.
nos é devido à pena vigorosa, colorid!l e
fll o campo, a. um lugar chamado Vali- cido e verificaram que efll uma abaije No dia 16 de Maio de 1933 reunira
scintilante, do rev.do dr. Luis Fischer,
nhos. Sem demora apareceu-lhes ali a (grande ca~ beduina.) cheia de fruta e D. J osé o clero d!l sua diocese afim-de
o grande apóstolo de Fátima nos paises
Mãi de Deus que disse à Lúcia, a mais hortaliça. - Coisa maravilhosa! Tudo is- deliberar sôbre a comemoração do Ano
de língua alemã, focam particularmente
vélha. das crianças: nQuero avisar-te de so, bem como a abaije e o !tumbas, a Santo a dentro da diocese. Com a habi-
as relações do maior de todos os santos
longa túnica do desconhecido, não tinha tual e eloqilente mestria expôs o B ispo
com o santuário da Lourdes portuguesa e que deves voltar à Cova da Iria. Se te
não tivessem levado à vila (Vila No- sido tocado pela. chuva, emquanto as ir- os seus magnifioos pensamentos. O Ano
com a missão confiada pelo Céu ao ve- Imagem de Santa Maria no Santuário de mãs, só de terem chegado à porta, esta- Santo encerra um duplo jubileu: o jubi-
nerando Prelado de Leiria, cujo nome va de Ourém) , o milagre tornar-se-ia Eich, perto lle Munich, na Baviera, on- vam alagadas!
de baptismo é precisamente o do augusto mais conhecido. Viria tamMm S. J osé com leu da. instituição do Santo Sacrifício e
o Menino dar a paz ao mundon. de todos os meses no dia 13 se jaz Seguiu-se uma enfiada de preguntas ao do sacramento d!l penitência e o jubileu
Pa.i nutrício do Divino Redentor. uma peregrinação a. Nossa S~hora em amável desconhecido: uQuem te mandou das dOres de Nossa Senhora, que na di~
O presente número da «Voz da Fátima• O rapto dos pastorinhos tinha não só
tmião com os peregrinos de Fátima. Em cá? Talvez os religiosos de Tantur?n- ce.c;e é venerada dum modo tão extraor-
insere a. tradução portuguesa dos quatro frustrado a aparição da Mãi de Deus, 13 de Março estiveram 85 peregrinos «~ão sei». «Ou as irmãs de Hortas?,, -
referidos artigos, verdadeiras jóias lite- m!lS também a de S. José, a qual, Maria dinário depois da preferência que por ela
que escreveram ao Sr. B1spo de Lelf'IQ. uNão_ sei». «Ou Abuna Schukri, o páro- Maria se dignou mostr!lr. Continuando,
rárias, que sem dúvida serão devidamen- na sua bondade tinha pl!lDeadO. Todavia,
na aparição de Setembro, a Mãi de Deus felicitando-o pelo dia de S. ] ostl, seu co de Betscbalah - Sempre a mesma falou Sua Excelência Reverendíssima da
t e apreciadas pelos nossos leitores.
onomástico.
Dum modo especial chamamos a aten- prometia aos pastorinhos: «No último dia resposta. vaga: <<Não sei». expansão de Fátima, do movimento que
Ção dêstes para os artigos subordinados (13 de Outubro) S. J osé virá com o Me- Ofereceram as religiosas uma cadeira dali tem irradiado para todo o mundo e
respectivamente aos títulos «S. ] ostl em nino para. dar a paz ao mundo.» Assim o ao desconhecido para que desc<~ns-1sse da necessidade de desenvolver ainda o
Fátima» e «Beatus vir - Um homem declarou Lúci!l a 15 de Setembro no O pobre carpinteiro de Nazaré mostra- um pouco, mas êle não quis sentar-se. culto de Nossa Se!hora ...
jelizn, êste último assinado pelo distinto interrogatório do pároco de Fátima. -nos que, mesmo nas épocas de crise eco- Entretanto apareceram as orfãs que O Vigário-Geral da. diocese, Rev. 40 P.•
prt:>fessor da Universidade de Bamberg Efectivamente, no dia 13 de Outubro nómica., no meio de grandes provações, admif!lram a qualidade da hortaliça e João Quaresma, proferiu por essa oca-
que, consa:grando o número de 1\-iarço do de 1917, depois de a aparição da Mãi de pode rein!l-r a mais profunda paz. José é da. fruta que o homem lhes tinha tra.zi- sião as notáveis palavras que seguem:
«Bote von Fát.iman a S. José e, honran- Deus sObre a azinheira se ter apagado, de o homem que fêz a Su;l. propriedade: re- do. Havia cenouras, nabos, alfaces, es- uA diocese tem uma grand~ e dupla dí-
do dêste modo o glorioso Patriarca, quis novo apareceu à direita do sol a Rainha zou e ganhou o seu pão quotidiano, dei- pinafres e muitas outras coisas. Pegaram vida a pagar: uma divida d~ gratidão pa-
prestar ao mesmo tempo uma gentil e do Rosário e, do lado esquerdo do sol. xando o resto confiadamente à Providên- as crianças no tesoiro preciosfssimo e, ra com Deus pelo grande Bispo que nos
delicada homenagem de consideração e S . José com o Menino Divino, de for- cia Divina. José e sua família eram po- acompanhadas da irmã Francisca, segui- concedeu e uma divida de gratidão para
estima a Sua Excelência Reverendíssima ma que o Menino,-o Sol da humanidade, bres, mas não sofreram necessidades. ram para a. cozinha. com Nossa Senhora que se dignou apare-
o Senhor D. José Alves Correia da Silva, - se encontrava entre Maria e Jo~. Hoje os cuidados no que é tempor;ü Depois de tudo desembrulhado, a ir- cer na nossa actual diocese».
ilustre e venerando Bispo de Leiria. Maria. traria nessa aparição um ves- tornaram-se tão grandes! Os pecados do mã dobrou a abaije, notando a sua be- Quem conhece bem o assunto sabe com
Certamente no espirito de muitas pes- tido branco e um manto azul e S. José mundo trouxeram tanta maldição sObre leza. e perfeito estado de conservação. que verdade falou o Rev."0 Vigário Geral.
soas causará funda impressão a notícia e o Menino vestiam de vermelho. as coisas materiais! S. J osé não apare- Era dum amarelo doirado, absolutamente Como poderia ser doutro modo? Só um
do papel que S. J osé foi chamado a de- Segundo o parecer dos pastorinhos o ceu em Fátima por qJ.Usa do!' que se afun- nova; nem sequer a borda estava. desfia- homem poderia. levantar um lugar de pe-
sempenhar m.s aparições de Fátima e que Menino Jesus teria cêrca de dois anos de dam no mundanismo,. dos que conside- da. uQue pena» pensou ela consigo, ume- regrinação tão importante como Fátima:
o iutor do artigo uS. José em Fátima• põe idade. Tendo S. José pOsto o Menino sô- ram o temporal o último fim da vida. ter hortaliça num pano desta qualidade e «Aquele que colheu experiência abun·
just;lmente em relêvo, com brilho de ex- bre o braço esquerdo, abençoou o mun- Apareceu por amor de tantos cercados em tão bom estado! Contudo a. abaije dante na interpre~o dos desígnios de
posição e rigor de lógica, graças à robus- do repetidas vezes com o direito, fazen- pelas dificuldades da vida, que, ape5llf não estava suja, porque a fruta. e a hor- Nossa Senhora». Nós sabemos da própria
tez da sua inteligência, à delicadeza da do com êle três ou quatro cruzes. Até dos seus esforços conscienciosos, lhes não taliÇ!l se encontravam no maior asseio. bOca de S. Ex.cla Rev.ma quão vivos cui-
sua piedade e aos recursos inexgotáveis aqui 11 narrativa dos pa.storinhos. corre favorável. afim de ganharem o Madre Maria. AUonsina tinha ficado ao dados e quantas noites em claro Fátima
da sua. profunda e Vl1Sta. erudição. Que nos diz a aparição do bemavec- sustento de modo recto e honrado. pé do desconhecido sem trocar com êle lhe tem custado. Se hoje o Santo Padre
turado J osé em Fátima? «S. f ostl virá Não é S. José em Fátima para essas uma palavra. Olhava impressiofi!lda aquê- em Roma declarou Nossa Senhora da
São José a Dom José com o 1\fenino jesus dar a paz ao mwn- pobres criaturas just!lmente o mensagei- le homem alto e magro com uma fisio- Fátima Padroeira da Acção Católica em
Os alunos do Seminário Episcopal de do.>> Assim anunciou a Rainha do Rosá- ro seguro da Divina Providência? nomia tão suave. Não parecia árabe, por- todo o Portugal, se hoje Fá.tima é ofi-
Leiria no intuito de festejar o onomás- rio a aparição de S. J osé. S. j ostl ti o provedor das nec~ssidades que a sua. tez era de notável alvura. O cialmente o foco d!l Acção Católica do
tico o seu venerando Prelado, que os Onde S. J osé estiver, al ~stará a paz. temporais do Deus Menino. kumbas, branco de neve, com reflexos País, a fonte donde brota o ressurgimen-
considera e estima como as pupilas dos ::e uma verdade incontroversa, uma Confiemo-nos inteiramente à sua be- azulados, era cingido por um cinto azul to católico e moral - o que de facto é,
seus olhos, resolveram realizar, no dia verdade que ~ vida do ISa.nto com tOda nigna direcção. Foi o fiel sustentador e celeste. · - se hoje o mundo inteiro corre para
19 de Março findo, uma a~ernia lite- a clareza. atesta. Paz não sômente na protector de Jesus e Maria ainda nos dias Voltou a irmã Francisca com a abaije Fátilna, o mérito é - humanamente vis-
rário-musical em honra do glorioso Pa- tranquilà casinha e na intilna. famfl.ia de maior provação. Será também o nos- e entregou-a ao desconhecido. :este não to e dito - do uBispo de Fá.tirnan.
triarca S. José. de Nazaré, paz não só na felicidade de so sustentador e protector ainda que em a pôs aos ombros, como seria de esperar O Céu serve-se do instrumento huma-
Nessa festa encant;ldora, a que se di- Belém, paz mesmo Di1 dolorosa fuga para volta. de nós com a permissão de Deus, com tão mau tempo, mas passou-a sObre no para levar a efeito os seus desígnios.
gnou presidir Sua Excelência Reverendís- o Egipto, paz na pobreza e nas dificul- o Inferno ruja e estrondeie. o braço. Preguntando-lhe as religiosas se De que serviriam as aparições Maria-
sima o Senhor Bispo e que foi revestida dades, paz também na hora iluminada da Os «dias são mauS>>. Deus experimen- lhe deviam pagar alguma coisa, respon- nas, se lhes falhasse í1 cooperação do
dum brilho extraordinário, os alunos do sua morte bemdita. ta a humanidade extraviada para lhe deu: nNão, obrigado». Saüdou-as afàvel- homem para lhes dar o valor? A mensa-
curso de inglês dirigiram-lhe na. lingua S. José dará, portanto, paz a todos mostrar o caminho do seu Senhor e Cria- mente bem como às crianças, e desapa- gem é enviada. do Céu. Ao homem com-
de Shakespeare e de Milton um veemen- aqulles q~ o procurem, ut~dos os de dor, o caminho da casa paterna. receu na noite escura e chuvosa. pete reconhecê-la, tomá-la produtiva e
te apêlo, que é um í).utêntico mimo li- boa vontade». Dar-nos um sustentador e protector pa- Assi.m que a porta se fechou sObre desenvolvê-la.
terário, cujo traslado em vernáculo não Não a paz do mundo, mas a paz do seu ra os dias de castigo de Deus, foi a in- êle, olharam-se as irmãs admir;uias e ex- Recebeu já D. José neste mundo 11
resistimos à tentação de reproduzir, por- Filho adoptivo. O próprio Jesus mostrou tenção da misericordiosa Mãi que em Fá- clamaram simultâneamente: «Era S. Jo- magnífica recompensa da Mãe do Céu
que sempre dá uma idea, embora páli- aos Apóstolos a grande diferença que tima nos mostrou S. José. séln Quanto lamentavam agora não lhe pelas numerosas peregrinações que como
da, da sua singeleza., graça e originalida- há entre a. sua PilZ e a paz do mundo. terem pregnntado o nome para ·obterem professor de História Eclesiástica no
de. «Deix~vos a minha paz, dou-vos a mi- (Do «Mensageiro de Fátima») o. certeza! Mas, não! Não podia haver , POrto e já como Bispo fêz às estâncias
VOZ DA FATIMA 3

<le graça. da su11 pátria e doutros países,


<>ode aprendeu, o~rvou, experimentou e
investigou a hlstóna dos lugares de pe-
I GRAÇAS DE N. SENHORA DE FÁTIMA NOSSA SENHORA DE FATIMA EM VOZ DA FATIMA
BADEN DESPESA
Transporte .. . ..... .... .. . 430-558$57
regrinações e a sua vida religiosa. p_ara. Pleurisia -me alguma água do Santuário com a
qual me lavei algumas vezes durante ~ Excerto duma carta endereçada ao Sr. Papel, comp. e imp. do n .0
f;uer uma. para seu uso, sem suspeitar . . Dr. Luís Fischer pelo pároco de Forst
<> fim para 0 qu111 a boa. Mãe o guiava E~ . Abnl de 1932 a.d<>ec1 com uma noite. 138 (53.6oo ex.) ... · ·· 2.747$32
de Santuário para Santuário. pleunSla. chegando a um estado de ira- No outro dia fui receber a bênção d<lS (Baden), a propósito da chegada à sua Franq., embal. transp. etc. 1.220$55
Contudo, se preguntássemos a :D. José: queza tal que quási me não segurava em doentes e, imediatamente me senti muito freguesiiJ. duma. Imagem de N. Senhora de Na Administração ..... . 34$80
melhor, graças à Virgem Nossa. Senhora Fátima, executada em Portugal.
- Quem fêz tudo isto? Estes edifícios pé. . . . ((Na alfandega tu® correu bem. Não
~m Fátima? Esta. afluência das multi- A continuar assim não podena Já v1ver da Fátima. As melhoras aumentavam de Soma .. . . .. . . . 434·561$24
dia para ~ encontrando-me há muito
foi 11ecessário dBsencaixotar a Imagem e
dões? Esta fé e penitênci!l dos peregri- muito tempo._ _ pudemos colocá-la logo no automóvel Donativos desde 15$00
nos? _ D . J osé responder-nos-ia 0 que Ven_d~me tao d~te e nao encontran- tempo já completamente curada. Dulce Martins - Caldas da. Rafnha,
qua a havia de con4uzir à Igreja. Quatro
já um olhar sôbre 0 seu retrato nos diz, do_ aliVIo nos m~camentos que me re- Já visitei 13 vezes a. Virgem Santíssi- 15$oo; Manuel de Oliveira - América,
homens ajudaram-me, com todo o cuida-
traindo-o ((Não fui eu q ue o fiz. Isto ~ ce~t;avam, r~m a Nossa. ~nhora daj ma no seu Santuário da Fátima, onde
do, a p6-la s6bre o altar. Dir-te..ei (fui, 2o$6o; Norberto de Sá-América, 2o$6o;
obra da. Mãe. Fui apenas o seu instru- Fátima em CUJ!I- ~onra. com~1 ~ no- espero voltar tôd?-s as vezes que isso
muito em segri<W que, quando durante Maria P. Rosa - América, 2o$6o; Ma-
mento» . vena de Colll:unhoes. ~o q~to dia da: me seja possível, sempre em acção de ria. Rezendes - América, 2o$6o; António
((Como é prodigioso 0 poder da Vir- ~ovena, sen~do-~e Já mwto bem, fu1 graças pelo extraordinário favor que me
alguns instantes, estive a sós com Ela na
Rocha -
alfandega, me /llfJressei a afn'ssentar-lhe os América, 2o$6o; Francisco
gem Santíssima que arrasta as multidões brar uma. r.adtografia, e notou-se que to- alcançou do Céu. Santos - América, 2o$6o; Caro~ Re-
meus cumprimentos de boas-vindas. Sin-
para uma montanha escal~da e em pou- do o mal havi!l- já desa.~recidol Beco de S. Luís - Lisboa. go - América, 2o$6o; Maria Macedo -
cos anos transforma um local sem vida As fOrças voltaram ràp1damente, au-
to-mo Intimamente feliz por ter sido eu
Escolástica Nunss o pnmeiro a saildá-la. América, 2o$6o; Cristiana da Silva -
num cenlro magnifico de piedade, 00 mentou o pêso e, passado pouco. tempo, Os jornais, mesmo aqueles q~ não são Cascais, 2o$oo; Alzira Teixeira - Ma-
mais espantoso milagre da vida religiosa. retomava o meu trabiillJo, sentindo-me
do nosso tempo!... até ~gora completamente bem. Graças diversas favoráveis à nossa causa, escreveram ar-
tigos laudatórios s6bre N. Senhora. Eu
fa.mude, 2o$oo; Ermelinda Leite - Amé-
rica, 2 dólares; Alberto Quita - Ale. do
(Pastoral de D José de 13 de Outu- Agradeço também a. Nossa. Senhora ter - Amttlia P.0 Borgss - Lisboa., ten- já contava com isso, mas a realidade ex- Sal, 2o$oo; Delmira Cobra - Ale. do
bro de 1930 ). · ' alcançado a saúde J>!lra meu marido que do recebido por intercessão de N. • Se- Sal. 2o$oo; Firrniano Alves - Moura,
Dr. L . F. esteve prestes a morrer com uma doença cedei! t6da a minba upectativa. Numa
nhora. da. Fár.ima. diversas graças parti- palavra, foi um verdadeiro acontecimen- z'O$oo; Francisco J. Camêlo - Estremoz,
interior. culares, d<.ooja agradec~Ia.s por meio
Isab~l M.a Pereira Ferreira to para a nossa freguesia. Uma santa im- 2o$oo; Alfredo Pacheco-Coimbra, 15$oo;
(Do ((Mensageiro de Fátima»). da. Voz da. l<'átima, conforme prometeu pacilncia SB tinha apoderado d1 to®s . O Maria Isabel Russo - C. de Vide, 25$oo;
R. Bartolomeu Dias - Lisboa.. ao fazer os seus pedidos a tão carinh~r P. • Augusto Firxnino - Almada, 2o$oo;
caso era contado e comentado nos esta-
O ilustre Bispo de Fátima sa. mãe. belecimentos e 1aas ruas, fazen<UJ isso Distrib. em Almada, 5o$oo; Elisa do
No seu interessante livrinho ((A minha Carbúnculo maligno - ALb.trtin<J, Ferreira- Lü.bo<t, de- nascer, em todos, um grande desejo de a Resgate - Belas, 15Soo; Amélia Betten-
peregrinação a Fátima», recentemente No dia 8 de fevereiro apareceu-me n;~. pois de, sem resultado, ter recorrido a ver. Dai um nunca acabar de mulheres court - Gaula., 2o$0o; Joaquim Aug.
t'~~s :~!:~· r~r:~:·ad;S:~s:=
publicado pela Emprêsa Editora ((Fáti- cara um tumor. Amedrontada com êle, com seus filhinhos ao colo, de_, rapazes, Borges - La.gôa., 2o$oo; João Melo -
ma•, de Bamberg, dá-nos o Reverendo imediatamente fui consultar o médico, homens e raparigas. Lagôa., 20Soo; Manuel da Ponte - La.-
Pároco Ludwig Waldmüller uma. exce- que, depois de me e.'taminar a cara disse nhora para. que a livrasse de seus crueis No primeiro momento lançavam s6bre gôa, 2o$oo; João Pimental - Lagôa.,
lente descrição do vulto notável do ((ilus- que o tumor tinha muito má aparência. sofriment<>s, e tendo obtido a cura vem a Imagem apenas um olhar de curiosida- 2oSoo; .Margarida Almeida - Geraldes,
tre Bispo de Fátima», que nas amargu- Nêsse mesmo dia f&i queimado mas con- agradecê-la. a Nossa Senhora, do ínti- de mas, logo ~m seguida, ajoelhavam z'O$oo; João Severino - AçOres, 2o$oo;
ras da revolução portugue5íl- soube tomar tinuou a. desenvolver-se dilatando-se pa- mo do seu coração. com tanto fervor e devoção que parecia António Cabral Pinto - Lisboa., no$oo;
serenamente a. sua parte, dominando a ra os lados, a. ponto de ter de ser trata- -António José da Cunha- Cabe- não poderem mais desprender-se daque- Plácido da Fonseca - Brasil, 2o$oo;
mais difícil situação com consumada pe- do diàri!l-mente pelo médico. Levei algu- oeiras de Basto, agradece a Nossa. Se- le lvgar. Há na Imagem qualquer coisa Eduardo Monteiro - Brasil, 2o$oo; P.•
rícia. mas injecções de sôro anti-carbunculoso, nhora o ter despachado o seu pedido José Leonardo - AçOres, 2o$oo; Ana de
A Direcção
((Com a maior amabilidade e depois
duma cordial sa.üáa.ção, fui recebido pe-
mas a febre cada vez era mais alta.
Cheguei a um ponto tal de fraqueza
que já não podia. com os tratamentos. O
médico perdeu t!l-mbém a esperança de
em favor de um seu filhinho de 5 me-
ses que e.stava gravemente doente.
-Perpétua Cândida Rodrigues-
Gonjoim, agradece a Nossa Senhora
i"' ..::::;::::: :~.:·::": "" Carvalho - TOrre de D. Chama, 2o$oo;
Felisbela Loureiro - Nelas: 15$00; N.o
7778 - AçOres, 2o$oo; Aurélia. Val -
Lisboa., 2o$oo; Maria ~ B<la Hora -
lo Prelado de ~. D. José Alves me curar. Foi então chamado outro Mé- uma graça temporal. Turcifal, 2o$oo; Boaventura Pinto - Re-
Correia da Silva. Encontrava-me diante dico, com autorização do primeiro. Con- -Leonor F. A vila- Açôres, diz o carei, 20Soo; António Martins - Recarei,
dum Príncipe da. Igrej!l-. de aspecto ju- ferenciando àcêrca do meu estado deram- seguinte: ((Muito reconhecida para com 2o$oo; Isabel Almeida - Lisboa., 2o$oo;
venil e robusto, a-pesar-dos seus sessen- -me como perdida., dizendo que só por NOSIIa. Senhora da Ftí.time. agradCQO, Maria. Ventura. - Lousã, 88$oo; Maria
ta anos de idade. coliJO prometi, no seu jornalzinho, di- dâ. Ascensão - B<lidobra, 2o$oo; Antó-
milagre me pode~ salvar.
Logo de comêço aprendi a estimá-lo e Foi então, em h<>ra de tio gtj!Jlde tris- versas graçaa que por tão boa. mãe me nio Rodrigues - Lisboa., 2o$oo; Alberti-
a apreciá-lo, não só devido à sua gran- teza, que eu, minha fa.mflia e algumas foram concedidas d o Céu. na. Queiroz - Matozinh<lS, 20$oo; Filo-
de amabilidade e a.fiJ.bilidarle, mas ainda pessoas amigas recorremos a. N ossa Se- - Berta Os6rio A-mador - Vile.r do mena Leoni - Belas, 2o$oo; P.• José da
ao seu trato naturalmente simples, ab- nhora da. Fátima encomend!l-ndo-lhe a Dão, cheia de reconhecimento a. N.a s.a Cruz - Oleiros, 3oSoo; Berta Delgado
solutamente despretencioso. Todavia, é minha. cura. pela cura de uma. sua filha. graTemen- - Hotel Lusitano, z'O$oo; Maria de J .
nm homem de espírito, um pregador de Comecei também a beber de vez em te donte, pede lhe M ja per mitido ma- P.a-Penedono, 2oSoo; P.• António M.
talento, um zeloso pastor dos seus fiéis, quando àgua do Santuário, e a febre foi nifestar aqui o seu acradecimento a. tão Alberto - Lobito, 5o$oo; P.• Asdn1bal
que todos os Domingos lhes faz uma prá- baixando sensivelmente até que desa.J>!l- valiosa inter cellliOra qu e todos temos no Cast. Branco - AmériC!I-. 46 dólares;
tica na sua Catedral e que em Fá.tima, reoeu por completo. A ferida que o tu- Céu. Rosa Serra. AI= - Gaia, 2o$oo; Joa-
por ocasião das grandes peregrinações, mor produziu na cara cicatrizou já., en- - Dr. Jlanulll da Nota Cardoso- quim Ramalho - Lisboa., 2o$oo; Ger-
fala. freqüentemente quatro e cinco ve- contrando-me hoje completamente curada Médico em N'Cuto-Angola, a.gt"!Ldece a trudes Pinto - Estoril, 2o$oo; Ester
zes. ~ amado pelos seus dioce511nos que gr.1ças a. Nossa. Senhora da Fá.tima. Nossa Senhora. da. Fátima uma ~a.ça Guimarães - Lisboa., 2o$oo; Benjamim
rezam incessantemente pelas suas pros- espiritual, Ferreira - B<lrba, 2o$oo; Paulo F. Pe-
peridades e venerado pelo clero como o Maria R osa A lfaiate reira - Da.mão, 15$oo; Miguel Fialho-
Rexaldia. - Joaquina P. Gil - Benquer~nça,
Bispo eleito por Deus para a sua dioce- Moura, 2o$oo; Maria Gomes - França,
sofreu muito e dur ante muito t-empo
se ao tempo das aparições de Maria em 15$oo; Felia F.a Alves - AçOres, 2o$oo;
oom um pequeno tumor que lhe apare-
Fátima... Cegueira, paralisia e eczema ceu numa. das faOM. DiTel110S medica- Associação de N.a S. • da Fá.tima. - Vila
Duma benéfica singeleza, como todo o Em 1925 tive três d oenças, tôdas de mentos foram aplicad<lS, mas eem resulta- Viçosa, xoo$oo; .Maria. Patrício - Coru-
arranjo da casa do distinto h<lSpedeiro, gravidade. che, 2o$oo; Laura Teixeira - Coruche,
dos sensivelmente eatisfat6rioa. Por
era a me-sa de jantar com o seu exce- A primeira delas foi íl. cegueira. Três fim, confiou a. sua. eura e. Nossa Se- 2oSoo; P.• Luciano Cutileiro - Lavre,
lente serviço, inteiramente regional. meses depois tive urna paralisia ficando nhora da Fátima, obtendo em pouco 12oSoo; Maria Luiza Rocha - Parede,
Quem suporia que 'o bondoso Prelado entrevada de pés e mãos, estado que 15Soo; Luiza Dias Fontes - América,
fôsse tam~m um bravo e bélico cam- se prolongou durante onze meses. tempo a saó.de que d61lejava.
-Maria Leonarda Vaz Figueiredo- 2 dólares; Augusto da Costa - Brasil,
peão quando as coisas de Deus o exigis- Ao fim dêsse tempo tive um eczema si- 3o$oo; Marli!- Graça de Oliveira - Lis-
sem? Como redaGtor do grande jomal filitico que me encheu de chagas deitando '!'avira, sofreu durante tanto tempo e boa, 36Soo; Elvira Duarte - Lisboa,
português t<A Pii-lavrall, que circulou no abundante e nojento pnz. O meu estado tão gravemente que os m~ieos desen- 36$oo; Luiz da Costa - Brasil, 15$oo;
Porto até à sua 9Uspensão pelo governo era tal que o médico aconselhou-me a ganaram-ne. da cura.. Nêsse estado tão Conceição Povoas - Rio Tinto, 15$oo;
maçónico, foi S. Ex.•l• Rev.""' prêso cin- entrada no Hospital a ver se lá conse- grave, a doente e diversas pessoaa de José Ferreira - Viseu, xooSoo; Sa.turni-
co ve?.es, por ocasião das revoluções, du- guiam curar-me. família e amigos recorreram e. N.a Se- na Meireles - Figueira da Foz, 2o$oo;
rante períodos de cinco horas a seis me- nhora da Fátima em eeu favôr alcan- Celeste M.a de Sousa - At.a da Baleia,
Entrei no Hospital de S. José onde es- çando a eura que pediam.
ses. tive dez meses. Fui aí tratada. pelo Sr. I2o$oo; Albino Ribeiro - Brasil, I5Soo;
Uma vez tinha. ido o jornalista Dr. Dr. Simões Ferreira, que empregou todos - A-mérico Pinheiro dos Santos - Albino de Deus - Brasil, 15$oo; João
Alves Correia da Silva a certa localidade os esforços para me salvar. Pôrto tinha o coração dilatado causan- Baptista - Brasil, 15$oo; António Por-
nos arredores do Pôrto como pr~gador do..lh~ graves e dolorosos sofrimentos. Estátua segundo o modllo da falecida es- tuguês, - Brasil, 15Soo; Benedito Pe-
Eu, porém, sentia-me cada vez pior .
auxiliar. Na sacristia esperava-o o saeris- Da medicina nada conseguira que a li- cultora Maria do Carmo dos Santos Pe- regrine - Brasil, ~'O$oo; José Lourenço
Um dia em que me encontrava. pior,
tão que lhe diz, enfiado: «Tinha uma chegou-se junto de minha cama lliiljl. se- bertasse de seus sofrimentos; mas por reira de Vasconcelos, discipula do Sr. - Brasil, 15$00; António Patudo - Bra-
coisa a dizer a V. Rev.cta,... mas, não nhora dizendo-me que me entregasse com meio de uma novena a Nossa Senhora. Teixeira Lopes e oferecida ao Santuário sil, 15Soo; Abílio Dias - Alfena, 2o$oo;
me atrevo>~. da Fátima, obteve do Céu a cura do pelos Irmãos Dr. Francisco, Maria Isa- Perpétua Bii-rra.da.s - Ponte do SOr,
[é à Virgem Nossa Senhora da Fátima,
«Então que há?, «~ que, saiba. V. que lhe rezasse muito, porque Ela. que seu mal. bel e Maria José de Vasconcelos. 2o$oo; Maria Tinoco - Galizes, 2o$oo;
Rcv.cla" - gaguejou o sacristão,, - que [azia muitos mil~gres talvez se compa- - Bo.sa de Viterbo Lope.s Varela - Foi betlzida pelo Sr. Bispo de Leiria e Instituto de N.a S.a da Fátima - Da-
estão lá fora na igreja uns polícias que decesse de mim também. Mas eu que não Aviz,. agradece a N.a S. • da Fátima. a colocada na Capela das confissões de- mão, 36$50; Cassiano Leal - Pôrto,
vão prendê-lo depois do sermão. ~ste sabia rezar, só lhe pedi que me curasse eura de seu neto José Lopes. Esteve dicada a Nossa Senhora do Canno. 5oSoo; Vitorino Coelho - Fiães, 2o$oo;
cpmunicado não podia. ser de forma al- e prometi-lhe que, se a minha cura se muito perigoeo co;p uma pneumonia José Domingues - Brasil, 15$oo; Assi-
guma um preparativo agradável para a rC!I-liza.sse, iria pedir uma esmola. para com outras complicações. C'.om alguma nante, por intermédio de Ant. D. Silva
prédica. Mas já uma certa malícia bri- poder ir visitá-la. ao seu Santuário da água rla. Fátima que bebeu e uma no- atrai - comentava uma mulherzinha do - AçOres, 2oSoo; José Mendonça - Lo-
lhava no olhar do Professor (S. Ex.•ta Fátima. vena a. Nossa Senhora obteve a sua povo: riga, 2o$oo; Georgina Lo~Azurara,
Rev.ma, antes de ser eleito para. a Sé de No dia seguinte comecei a sentir-me cura. AU já de bastante longe vem gente 2oSoo: Izaura Areias - Braga, 15Soo
Lei ria., era professor de história eclesiás- melhorzita, e daí a poucos dias come- -Maria Florindo. Nunes S. Guedes para a visitar. Recebi tamb~m. hd dias, P.• Manuel M. Cêpa - Alvarães, xoo$oo;
tica no Seminário Episcopal do POrto) . cei il levantar-me. -Alto da Vila, agradece a Nossa Se- uma carta em que se dizia: «Desejaria M.a S. de Matos - · Pedrouços, 8o$oo;
Como tema do sermão - sermão quares- Logo que o médico me viu mandou- nhora. da. Fátima. uma graça Jn11ito mudar a minha residAncia para Forst pa- N. 0 3558 - ?, 2o$oo; N.o 99I2 - ?,
mal - tinha êle escolhido os pecados e -me embora, porque, dizia, a minha cu- J!:rande que de suaa maternas mã.o!l aca- ra estar sempre aos p~s de N . Senhora 2o$oo; Ant.° F. Louren~Sertã, 6o$oo;
suas desgraçadas conseqfiências. ra era impossível. ba de receber. de Fátima. Virgínia Trigo - Carrazeda, 2o$oo; Au-
Contudo, pOs o assunto de parte, deu Em seguida fui ao ;H<>spita.l de S. -Carminda S. Cruz -Chaves, agra- Os meus paroquianos querem, por gusto Jorge Moreira - Lisboa., xoo$oo;
algumas voltas na sacristia pensativo, su- Marta. Ai recomendaram-me muitos ba- dece ume. gr~ particular . meio das suas oraçõBs, obrigar N . Senho- M.• Ferr.a Marques - Pôrto, 25Soo; He-
biu então ao púlpito e começou a. pr~gar nhos para o eczema, ~ nada me fazia ra a converter-se numa fonte de graças lena Carneiro - POrto.' 15Soo; M.a Gui-
sôbre a prisão de Jesus. Quem eram na bem. Fizeram-me análises diversas, mas
verdade os homens que levaram a Je- nada mostrou qoal seria para. mim o re-
----**--'-"- -- para a nossa freguesia e para a nossa pá- marães Cunha - P. de Coura, 2o$oo;
trio. Joana E. de Faure - Pôrto, J.6Soo; anó-
sus prisioneiro? Uns velhacos como J u- médi<> eficaz. AVISO Na verdade, todos nós temos em mente nimo de Paredes de Coura, 5o$oo.
das, uns cobardes como os judeus, uma Por fim disseram-me que nada. mais
turba ingrata como era o povo de J eru- tinham a fazer-me, pois· haviam já ex-
salém. Cêrca de meia. hora falou o pro- perimentado tudo quanto julgavam efi- tias para
Quando enviardes quaisquer quan-
«Voz da Fátiman ou para
um grande plano - é fundar aqui por
intermidio de Fátima uma verdadeira
Sc1llJnstatt . (x)
........-....
~-

fessor de todos êsses homens maus q ue caz.


se tinham coadjuvado para prender Je-
o Santuário, é favor não virem com UM PEDIDO
Vendo-me assim perdida, mais uma valor declarado, aliás obrigar-nos-eis 0
Não esquecer que só podem
sus, emquanto lá em baixo, na nave, os vez recorri a Nossa. Senhora da Fátima, (1) Designa-se Schõn.statt UIJ! movilnen· I. -
esbirros escutavam com atenção extrexna. e no dia 12 de Maio de 1927, com o Sr. a ir levantá-Ias a uma distância de to religioso fundado na, Alemanha por sa-
cerdotes e leigos sob o p&trocfnlo d& dfa· ser atendidas as reclamações dos Srs.
Quando o pregador desceu do púlpito, a. António Cabral Pinto, membro da Con- 13 quilómetros, pelo menos, o que ICT AdmiTaliiliJ•. Assinantes que junto a elas nos en~
multidão saí~d.a igreja, retirando tam- ferência de S. Vicente de Paulo, e com a. nem sempre é fácil nem económico.
bém <lS polic1as. Nenhum qufs asseme- Sr.a D. ~ de Figueiredo, parti para
viarem o número da sua assinatura.
lhar-~ aos velhacos de Jerusalém ...
Podeis enviar as vossas esmolas Sem isso serão inatendiveis as vossas
Fátima. em carta registada, ou melhor ainda,
No rápido do meio dia. seguimos em A felicidade e a desgraça, a alegria e reclamações.
Chegados lá, levaram-me para a. Cape-
direcção ao POrto. Continuamos entre- linha das Aparições onde fiquei tOda a em vale do correio pagável em Vila a tristeza alternam-se na vida, como o
tendo-nos esplendidamente com S. Ex.•l& noite. Às onze horas da. noite trouxeram· Nova de Ourém. sol, e a chuv,. na natureza. Cada pra- 2. 0 - Quando escreverdes para a

I
Rev.ma Então chegou a hoq~. em que a zer é o precurso de uma desventura. «Voz da Fátiman, sôbre qualquer as-
despedida distila sempre a. sua gota sunto, assinai a vossa carta ou o vos-
amarga. to despediu-se Sua Excelência de mim mais profund'! gfll.tidão, subsistirá iode- so postal exactamente com o nome e
O Prelado de Leiria confiou-me ainda com um afectuooo abraço paternal. No lêvelmente.. . sobrenomes que vão no endereço do
várias mensagens para o professor Dr meu coração a. memória dêsse nobilíssi- lEste número foi visado peJa com1111o
Fischer, de Bamberg. Em frente do POr- mo Príncipe da Igreja, com a minha (Do ((Mensageiro de Fátima•). de Censura jornal que recebeis.
4 VOZ DA FATIMA

CRUZADOS DE FATIMA
LUGAR PARA TODOS gnificante, que representa o nosso
laço material nas filas dos Cruzados
mais poderosos meios, para contraba-
que a há-de inio:mar até à medula.
ter dentro das nossas fronteiras essa
São êles que devem conservar sem-
Uma caixa de fósforos por mês todos, todos devem e todos podem - e não só não seremos esmagados, propaganda que vem soprada da pre Vl\'a e sempre pura a chama sa-
Á orgamzação dos Cruzados de Fá- tomar parte nela. mas faremos rniar sôbre a nt':>sa pá- Rússia, propaganda de ateus que ten-
grada do zêlo que inflama os leigos
#ma vem satisfazer uma aspiração E é esse o programa dos Cruzados tria dias de mais bonança, de mais do acumulado misérias na sua terra
de boa vontade e os estilflula a auxi-
de muitas centenas de mi1har~s de de Fátima! alegria, de mais bem estar. querem ainda produzi-las na terr~
liar o clero na propaganda e difusão
almas, que amarn a Deus e amam a Todos podem orar, como até aqui Nunca portuguêses temeram, em alheia! das trczenas.
sua Igreja e desejavam, mas não têm orado, pelo triunfo dos que em lutas que abundam na nossa hic;tória, Se há poucos anos êsse maioral ~e o enmsiasmc ardence Jos pri- ·
viam, maneira de servir a Deus e à todos os campos são os defensores defrontar-se com inimigos superiores bolchevista foi de cá desconsolado _
me1ros tempos não <'~friar c se todos
Igreja, mcihor do que na prática or- dos direitos de Deus na sociedade e em número! Seremos nós portuguê- unamo-nos, contemo-nos, organize-
os párocos sem excepção, não obs-
dinária da sua vida religiosa. da liherdade para ã sua Igreja, para ses tão degenerados que receemos mo-nos para o trabalho e dentro de
tante o pessimismo que em certos
Orar- já todos o podiam fazer . que ela no meio das c:onvuJ:.ões que nestas lutas incruentas defrontar-nos poucos anos uma verdadeira inun-meios bastante ingratos não pode dei-
Trabalhar - nem todos porque agitam a sociedade, possa exerce1 .1 com inimigos, que por mais que fa- dação de luz terá iluminado os que
xar de of> tentar, trabalharem com
nem todos podiam talhar nas suas sua acção benéfica e fecunda. çam serão sempre, comparados con- infelizmente já se deixaram arrastar
zêlo e perseverança, sem desfaleci-
ocupações obrigatórias ordinárias um Mas hoje abre-se um campo novo nosco, ínfima minoria! para as falanges do mal.
mentos nem desânimos, na medida ao
pouco de tempo para o consagrarem de acção em que podem e devem tra- . ~m sinal, sim! Um sinal, um dis- Avante! Que dentro em breve a
seu alcance, dentro de pouco tempo
a qualquer obra · de acção católica. balhar todos. Todos! tintivo de cruzado para cada portu- I direcção dos Cruzados de FátimaPortugal, país pobre e pequenino,
Agora todos, absolutamente todos Porque se trata das provisões e guês católico, que sente que é chega- I possa anunciar que distribuiu o seu
mas de grande alma e de grande co-
podem trabalhar! munições e a quota que se pede a da a hora de empregar novos meios, centésimo milésimo distintivo! ração, será sem dúvida o país onde
Porque numa guerra ruo tmba- cada Cruzado que não pode correr a Cruzada da Acção Católica dispo-
lham só os generais traçando planos. às primeiras linhas a combater é tão rá proporcionalmente de mais abun-
os oficiais transmitindo-os aos solda- p~uena, que não há ninguém ab~­ NOTíCIAS DOS CRUZADOS dantes recursos materiais para a rea-
dos e os soldados em frente do ini- lutamente ninguém que não possa ORCANIZAÇAO lização e manutenção das numero-
· migo nas primeiras linhas! alistar-~ e trahaihar sem sair de sua
Quando um país mobiliza tôdas as casa, quet viva numa cidade, quer Iniciou-s . ' . - d I
r s sas obras que lhe incumbe criar e au-
e Ja ~ orgamzaç~o os gemo oares Lema. (Rua do Triun- xiliar para dar Deus às almas e as
suas fôrças para repelir uma agres- viva na mais remota aldeia das nos- «Cruzados de F átJman em vár~as dio- 1 fo n. o 286 - Pôrto).
são pelas annas, trabalham tambêm sas planícies ou montanhas! ces~s: Por emquanto vai à testa a ar- I' Em Braga: Director Diocesano P.• almas a Deus.
os que contribuíram para a guerra Vinte centavos por mês! qu,d:iocese de Braga onde estão or- Domingos Gonçalve~ (Oficina de 5 Que Nossa Senhora de Fátàna
com o n~rV() dela, qne é o dinheiro. O preço de uma caixa de fósforos! gatuzadas até ao prest:.nte 94- treze- José Guimarães); secretário P.• ]o- abençôe e ajude e se digne recompen-
Trabalham todos os contribuintes, E pensar que cem, duzentas, qui- nas, num total de r. 222 Cruzados. ,sf F erreira; tesoureiro (]>,• Jfanue~ sar com as graças mais preciosas e
porque as munições e mantimentos 1, nhentas mil quotas dessas - que ca- Há três pessoas que se remiram -/{ovais V tl1'ela ( Seminátiio Cot~ciliar mais escolhidas do seu Coração ma-
que tomam possível a luta nas li- da um que a paga não sente sair do com a quantia de zooloo. -Braga). terna! todos aqueles que se empe-
nhas de fogo, não é lá que se prepa- bôlso, que até um mendigo pode pa- Trabalhaise ,também activamen~ Em Portalegre: P.• José Bento , nham nesta ta~efa, tão bela como sa-
ram, é em todo o país com as coo- gar! - pensar que cem, duzentas, nas dioceses do Porto, Evora, Beja, Correia (Paço Episcopal _ Porlale- l lutar, que, se mteressa profundamen-
tribuições de todos. quinhentas mil quotas de 20 centavos Porlalegre, Faro e Braganç~. gre). te ao bem da Igreja, não interessa
Declar3.-se guerra de morte à Igre- representarão dentro de pouco tempo, Jd se gastaram os primeiros cinco Em Evora: Direc~r DiocesatJQ. menos ao bem da nossa Pátria, dian-
ja, guerra a Deus, que se pretende não umas dezenas de fósforos de luz milhares de patentes. Cónego Joaquim Maria R osa Palma· te da qual se abrem agora, mercê de
arrancar do coração dos crentes, co- de pouca dura, mas centenas, milha- secretário Dr. Francisco Maria d~ Deus, horisontes d'esanuviados c pro-
Directores diocesanos Silva (Paço Arqui~piscopal _ &vo- metedores de dias felizes e gloriosos
mo a sua imagem se arrancou dos res, milhões de fôlhas soltas, de bro-
edifícios púhlicos e o seu nom(' dos churas, de jomais, que irão levar a Em Braga: Director diocesano P.• ra). como os doutras eras da nossa histó-
livros com que nas escolas se ensi- luz de Cristo a tantas almas, que só Domingos Gonçalves. Em Bragan~a: Dr. Antó~tio Mal- ria oito vezes seculares.
nam as crianças. E a essa guerra por andarem imersas nas treva:; do No Pôrto: Director Diocesano P.• donado Pires (Semintirio - BraRott-
ofensiva temos de responder com tô- êrro, desconhecem, "desprezam ou António Brandão, secretário P.• An- ça). Visconde de Montelo
das as armas qne os nos50s inimigos odeiam a Deus e à sua Igreja, que é
empregam. Soou em Portugal a hoje, como foi sempre, o refúgio e a
hora da mobilização geral dos cató- salvação da humanidade nas horas
licos para essa guerra defensiva, pa- mais graves da história!
ra defesa da sua fé, da sua moral. Que nem um só católico português
dos seus costumes, amP.açados com deixe de dar, para dissipar essas tre-
êsses ataques a tudo quanto consti- vas, a sua quota mínima de Cru'!a-
tui a ~cia da civilização cristã. do de Fátima - o preço de uma
Pois nessa guerra há lugar para caixa de fósforos: vinte centavos!

UM SINAL, NÃO!
Por todo o país está-se já organi- temos feito valer essa fôrça, porque
zando a grande massa dos Cmzados não temos consciência dela!
de Fátima! Com as suas orações e as Temos de recordar, mais uma vez,
suas quotas - tão pequeninas que o que sucedeu um dia no Senado
ninguém pode alegar, para as não Romano. A civilização rõmana as-
dar, o pretexto de falta de recursos- sentava na existêucia dos escravos; Retiro espzritual dos Servitas e Vicentinos no Santuário de Fátima de 10 a 14 de jevertiTo de 1934 .
os Cruzados de Fátima serão a maior os escravos eram os operários daque-
fôrça activa organizada em Portugal, le tempo, eram coisas não eram pes-
para o bem, e poucas semanas basta- soas, pertenciam em domínio absolu- A OBRA DAS TREZENAS PIA UNIAO
rão para que suplantem em número to, aos senhores, que pagavam direi- Como os nossos presados leitores dos
São as regiões do norte, onde a
e fôrça o número as fôrças activas tos alfandegários por êles como por podem vêr .{loutro lugar àesta Pági· CRUZADOS DE FATIMA
<lensidade da população é maior, a fé
organizadas para o mal. gado e ontr<•S c.objectoS-e a multidão na, onde se publica uma notícia do Que é?
mais viva e a piedade mais ardente
Há poucos anos um maioral bol- dos escravos era enorme. Havia se-
nhores opulentos que tinham tantos
que se tem feito em ordem à organi- que caminham em maior número n~ Uma associação auxiliar da ((Ac-
chevista enviado a Portugal para es- zação dos <<Cruzados de Fátima)\ os
escravos, como êsses milhares de ope- vanguarda dêste movimento. ção Católica Portuguesa».
tudar o nosso meio, partiu desconso- ..... I

lado, afirmando que por muito tem- rários que hoje se aglomeram em tôr-
pwgressos que esta benemérita obra
auxiliar da Acção Católiea realizou
:e a Guimarães, o bêrço da nossa Que pretende?
po ainda não seria possível fazer de no das grandes fábricas. nacionalidade, que cabem, como sem-
até hoje são sobremaneira consolado- pre, quando se trata da glória de Deus I. o - Promover a santificação dos
Portugal um <<paraíso bolchevistan, Pois bem: um dia no Senado ro-
porque a grande massa a·os seus habi- mano lembrou-se um senador de pro-
res. e do bem das almas, os louros inve- Cruzados de Fátima;
O toque a reünir do venerando jáveis da primazia. O trabalho de 2. o - Interceder junto de Nossa
tantes é crente e detesta essa «civili- pôr, que para se diferençarem os ho-
zaçãon sem Deus que da Rússia se mens livres dos escravos, êstes osten- Episcopado, quando êle, em boa ho- organização, de sUja natureza difícil Senhora de Fátima pelas necessida-
pretende impôr ao mundo. E as or- tassem um distintivo! ra, soltou· o pregão da Cm1.ada Na- e moroso, sobretudo nestes tempos de des d'a Acção Católica, especialmente
ganizações avançadas portuguesas, -Um sinal, não! foi, e!Jl resumo,
cional da Acção Católica, suscitou crise económica que vamos atraves- em Portugal;
por confissão dos seus, não contavam o resultado da proposta. - Um si- por tôda a parte admiráveis boas von- sando, continua a fazer-se lenta mas 3. 0 - Colaborar, especialmente
tades, generosas dedicações, santos e seguramente, em tôdas ~s dioceses. pela oração e pela esmola, com a Ac-
nos melhores tempos nas suas filas nal, não, porque no dia em que os
nem uma centena de milhar de afilia- salutares ~tusiasmos. !-.as regiões Os reverendos Párocos são, por direi- ção Católica para a dilatação do r<.i-
escravos virem quantos são e com-
dos activos! pararem o seu número com o PllS- do norte, centro e sul do país, após- to de nobreza e por dever do seu Ca!- no de Deus;
so, seremos por êles esmagados! tolos fervorosos da boa ca~ rivali- go, os criadores da obra das trezanas 4· o - Orar pelos Cruzados de Fá-
Pois mais do que isso se vê tantas
7.atn em zêlo e esfôrço para lançarem nas suas respectivas freguesias e os tima e pelas almas do Purgatório, es-
vezes em Fátima! Ostentemos nós com orgulho o nos-
em bases sólidas a grande obra das impulsionadores e animadores da acti- pecialmente dos Cruzados falecidos;
Que nos falta? Que sejamos acti- so distintivo de Cruzados de Fátima!
vos! Que essas massas profundas des- Não queremos esmagar ninguém, an- Trezenas. Estão já constituídas cente- vidade dos chefes de trezena. :e a pela conversão dos pecadores. pelos
pertem, se organizem e compreendam tes queremos ver surgir mais amor, llas delas, e, por isso, neste momento, êles, os representantes directos dos doentes e por tôdas as nc,:essidades
a fé\rça imensa que rcpr('Sentam: ft.r- mais harmonia, mais fraternidade no os Cruzados d'e Fátima, nobri'S e de- venerandos Prelados, que compete espirituais e temporais recomendadas
ça benéfica, fôrça de paz, fôrça a que meio da sociedade portuguesa, reta- dicados pioneiros da causa de Deus manter e alimentar o espírito sobre- a Nossa Senhora de Fátima; pelas
só se dá o nome guerreiro de extírcito, lhada por tantas discórdias, por tan- e da Pátria, formam já uma legião natural que inspirou a fundação des- missões entre cristãos (' infiéis, espe-
porque realmente do outro lad'o se tos ódios. Não queremos esmagar dalguns milhares de soldados. ta obra auxiliar da Acção Católica e cialmente nas colónias portuguesas.
não procura por meios pacíficos es- ninguém! Mas também não queremos
clarecer-nos, se estamos em êrro, mas ser esmagados!
se declara gueqa, e guerra atroz c E porque somos o número, e por- Para conhecer os fms, métodos e organização da Acção Católica, convém adquirir o Manual da Ac·
sem quartel, às nossas crenças, à nos- que unidos somos a fôrça, conheça-
sa Igreja, ao nosso Deus! mo-nos pelo nosso distintivo, unamo- ção Católica, de Mons. Civardi, tradução portuiuesa do Dr. Aires Ferreira. À venda na «União Grá-
Somos uma fôrça imensa e só não -nos e contemo-nos pela quota insi- fica», Rua de S. Marta, 158 - Lisboa. Pteço, 10$00; pelo correio, 11$30
I&
Ano XII F'tima, 13 de Maio de 1834 N.0 140

COM AP_ROVAÇAO ECLESIASTICA

DlrHtor 1 Propri1t6rio1 Dr. Manuel Marqu11 doa Santos Emprha Editora• Tip... Unilo Gr6fica" R. Santa Marta, 158- Lisboa Administrador. P. AntóniO dos Reis Redall9lo 1 Adminiatracao ..aantutrio da F6tima"

FATIMA, coraçao de Portugal e trono


~

da Mãe de Deus
«Aqui, em PO'ftugal, na época agitada qut~ atravessamos, Nossa SenhO'fa dignou-
(13 de ABRIL) . -se aparecer entre nós para atrair as almas a Jt~sus-Eucaristia ~ combater os vicies, sobrl!-
tudo a sensualidde, que perde um tão gl'andtl númtll'o dt~las» .
(D. José, Bispo de Leiria, no prefácio de Fatima, le nouveau Lourdes)

Se ao nome augusto e sobrenaturalmen- Cristo inocente quis propôr-se, em tõda a ção, os apologetas do segundo século, os ja observância a ninguém é possível san- grados de Fátima multidões de almas que
te prestigioso de Fátima estão ligadas, sua vida mortal e especialmente durante Santos Padres, os doutores da Igreja, os tificar-se segundo o seu esl:!ldo e salvar a ali se regeneram ou se purificam ain~
dum modo indissolúvel, desde a época a sua paixão, como modêlo acabado de missionários e em geral os preg;Ldores da sua alma. mais pela dôr espiritual da consciência e
inolvidável das aparições, as ideias mís- penitência, nenhum fiel tem o direito de fé, proclamam unânimemente a necessida- Penitência! - é o brado suavíssimo, pela mortificação expiadora dos seus in-
ticas de oração e desagravo, de-certo não se eximir ao cumprimento dessa lei ge- de da penitência para a salvação e pro- m;15 imperioso e vibrante, da excelsa Mãi vólucros materiais.
lhe anda menos unido o conceito cristia- ral, que abrange a própria Virgem Santís- curam formar as almas na perfeição cris- de Deus que soou um dia aos ouvidos de Deus, dignando-se, na sua infinita mi-
níssimo de penitência. Deus, que criou o sima, em virtude da sua missão de e<rre- tã sôbre a base sólida e inconcussa des- Maximino e Melânia e que o eco sempre sericórdia, instituir o Sacramento da Peni-
homem sem a sua cooperação e quere que dentora do género humano, posto que ela sa virtude. . vivo das montanhas de la Salette parece tência, em que são aplicados superabun-
êle se salve, determinou, no plano in- seja a mais pura, a mais perfeita e a mais Desde o regímen da penitência pública repercutir angustiadamente e sem cessar dantemente os frutos da Redenção, pro-
sondável da Providência, não o salvar sem santa de tõdas as simples criaturas. dos primeiros séculos até às obras peni- atra.vés dos séculos. porcionou ao homem decaído um meio fá-
essa cooperação. Decafda a natureza hu- Por isso, logo desde o alvorecer do cris- tenciais que condicionam as indulgências Penitência! - ordena a Virgem Imacu- cil e suave de se regenerar e de satisfa-
mana do esl:!ldo de inocência original e tianismo a doutrina teológica da penitên- dispen!':ldas dos tesouros da Igreja pela lada, aparecendo em pleno coração da zer ao mesmo tempo as exigências im-
decretada pela misericórdia do Altíssimo cia é activamente propagada por tôda a munificência dos Sumos Pontífices nos Europa, por entre os cumes nevados dos prescritfveis da sua justiça infinita.
a obra da Redenção como conseqüência parte, constituindo, com o ensino das ver- últimos tempos, tudo mostra ser a ideia Pirineus, na visão sublime dos rochedos A confissão sacramental é, por assim di-
de tão lastimosa queda, a participação da dades dogmáticas e morais, se assim é li- de penitência a fôrça motriz de tõda a de Massabielle, à pastorinha humilde e zer, o eixo central, necessário e indispen-
criatura pecadora nessa obra passou a re- cito dizer, o substl'actum, o fundo subs- vitalidade religiosa em ordem à aplicação inocente, cuja vida angélica foi tôd.a cruz sável, em tômo do qual gira incessante-
vestir, por exigência imperiosa da justiça tancial do magistério eclesiástico nas suas dos méritos de Cristo e à salvação eter- e martírio e que hoje se ergue sôbre os mente e girará até à consumação dos sé-
eterna, um carácter nitidamente peniten- múltiplas e diversas modalidades e princi- na das almas, !1-5Sim como à glória ex- altares nimbada de glória e venequla pe- culos, dum modo assombroso, o delicado
cial. palmente sob a forma corrente da prega- trínseca e acidental de Deus, fim supre- los crentes com o norre de Santa Bema- e austero maquinismo espiritual da peni-
«Se não fizerdes penitência, todos pere- ção apostólica. mo da Redenção. dette, evocador de tantas maravilhas do tência cristã. Sem arrependimento sincero,
cereis igualmente», exclamava o Príncipe Em uníssono com o humilde pescador E a própria augusta l.\1ãi de Deus, sem- poder e da bondade de Maria. isto ~. sem !L atrição em grau suficiente
dos Apóstolos, dirigindo-se aos cristãos da Galileia, escolhido pelo próprio Cristo pre que se digna descer à terra ~ trans- Penitência! - é a voz portentosa que, juntamente com a absolvição sacramental,
dos primeiros tempos da Igreja. para seu Vigário na terra depois da trí- mitir alguma celeste mensagem, não dei- galgando as fronteiras das nações e trans- sem propósito firme e eficaz de emenda e
Pode afirmar-se com verdade que, se plice negativa e da correspondente repara- xa de recordar esta lei universal, sem cu- pondo os oceanos, arrasta aos páramos sa- (Continua na 2.• página }

Pia União dos «Cruzados de Fátima)) Estatutos da Pia União § único - Esta Pia União é uma as- oração e pela esmola, com a Acção Ca-
sociação auxiliar da "Acção Católica em tólica para. a dilatação do reino de
Portugal e tem como órgão oficial o Deus·
PROVISÃO «CRUZADOS DE N: S: DA FATIMA» jornal «Voz da Fátimall. 4.• ~ orar pelos a!ISociaclos; j.elat~ al-
Art.• 2.0 - A Pia. União tem por mas do Pure;awrio, espel!ialmentc dos
D. JO~ ALVES CORREIA DA SILVA, Esta Nossa Provisão será publicada na CAPITULO I fim: associados falecidos; pelR conversão dos
POR MERCE DE DEUS E DA SAN- «Voz da Fdtima» t1 no Boletim Diocesano, 1. 0 - promover \8. santificação dos pecadores ; pelos doentes e por tôdas as
TA s:e APOSTóLICA BISPO DA DIO- lida ~ explicada aos Fiéis pelos Rw.4•o Instituição, fins e meios próprios membros; necessidades espirituais e temporais re-
CESE DE LEIRIA. Párocos e Capelães. 2.• - interceder junto de Nossa. Se- comendadas a Nrnssa. Senhora da Fáti-
Art.• 1. - .E instituída no Santuá- nhora da F abma pelas n COC'ssidadc~ da ma; pelas missões entre cristãos e in-
0
Aos que esta Nossa Provisão virem, Saú- Dada em Fátima, aos zo de Abril de rio da. Fátima uma Pia. União intitula- Acção Catllica., especialmente em P or- fiéi!$, especialmente nas colónias por-
de, Paz e Bênção em J esus Cristo, Nosso da uCruzados de Nossa. Senhora da Fá- tugal ;
Senhor e SalviJ.dor 1934· tuguesas.
t JOS:e, Bispo de Leiria timau. 3.0 - colaborar, especialmente, pela Art.• 3.0 - P ara conseguir os seus
Tendo os Ex.moc Prelados POI'tugueses, fins, a Pia União:
debaixo da pres•cU11CW de Sua Eminência I - Exioe dos seu& membros:
o Senhor Cardial Patriarca de Lssboa, con- a) qne procnrem viver cristã mente;
cedido ao Santuário de Nossa Senhora da 1>) que paguem por uma só vez a so-
Fátima a grande honra dt1 ai se reünirem • ma. a que alude a. alínea a) do art.o 5 .o,
para assentarem em medidas que interes- ou contribnom com as ootas mínimas a
sam à Nossa Santa Religião em Portugal, que se referem as alíneas bj e c) do
aprovaram os segumtes Estatutos da Pia mesmo artigo.
União dos Cruzados da Fátima para serem l i - Aconselha M3 uus membros:
adoptados em t6das as Diocl!ses portugue- a) 1\ recitar todo~ Os diM 1 senuo TJOS·
sas. sfvel em púhlico ou em família, o Ter-
Estabelecida Canonicamente esta «Pia ço de NoSl3a Senhora e aplirá-lu pelas
União" 110 GlOI'ioso Santuário de Nossa intenções da. Pia. União constantes do
Senhora da Fátima tão querido em Portu- art.o 2.0 ;
gal e em todo o mundo onde a Santíssima b) a comun~a.r f reqUentemente, pelo
Virgem tem espalhado abundantementtl menos, se lhes for possí-vel, toilos o., me-
as suas graças dt1 Mãe Carinhosa, espera- ses, e a assistir ao Santo Sacr ifício da
mos que os Nossos caros diocl!sanos acor- Missa no dia la de cada mês em união
f'am a inscrever-se nesta «Pia União>), com os peregrinos da li'litim~;
para, medianttl a peqvena quota que lhes c) a trazer consigo o distintivo pró-
é exigida, manifestarem a sua gratidão t1 prio dos «<.:ruv.ados da Fátimau.
amol' à Santíssima Virgem que se dignou III r- Proporciona aos aeus mem-
vir até nós pa,-a nos chamar ao cumpri- bro~:
mento dos nossos deve,es e levar-nos pa- A) O direito de re<'l'berem :1 uVoz da
ra jesus, o Salvado" das nossas almas. Fátiman
Pa"a boa exe~tção dos Estatutos adean- B) a participação. ....
te publicados Jazemos as seguintes nomea- 1.0 numa. missa QUl' diariamente se
ções: celebra. no Santuário da Fátimn pela~
Director Dioesano: Rev.4o Doutor Ma- intenções con::.-tant.::~ do art.o 2.r ;
nuel Marques dos Santos, Vice-ReitO'f do 2.0 nas missas manrlndas celebrar em
Semindl'io de Leiria. cada DiOI'ese, em harmonia com o di~­
Conselho Diocesano: Rev.do Douto" }O- posto no art.o 13 § t1nico;
s~ Galamba dt1 Oliveira, Professo" do Se- 3. 0 em tod<ls os actos de pieJnde e ca-
minário de Leiria e director da «Voz do ridade realizados por intermédio da
Domingo,. Rev.4o P.• António dos Reis, P ia. União;
àdministrador da Voz da Fdtima, no San- 4.0 nas orações es~i ai'l que pP.los as-
tudrio. sociados se farão em todns as pPregri-
Secretários: Rev.do P.• josA Francisco nações do dia 13 de cada mês.
Pt~reira Rino, coadjutor em Oltrem. Rev.do Sob a presidência de Sua Eminência o Senhor Cardial Patriarca de Lis boa reüntram-se em conferêtJCia 0) Além dos privilé~ios e indulgên-
P .• Jlfanttel Pereira da Silva. e fizeram exercícios espiri lt4ais desde o dia I8 de abril a 25 de abril os Ex.mo• Prelados portu- cias que venham a ser concedidos Pl'ln
Do z~lo dos nossos Reverendos Párocos Santa Sé, SOO dins do indulgências ca-
e restanttl Rev. Clero confiamos que esta gueses, faltando por doença os Ex.moc Bisp s de Lamego e por afazeres o Ex.m• Sr. D. J oão de da vez que recitem qualquer destas ja-
«Pia União>) auxiliar da «Acção Católica" Lima Vidal, Arcebispo director dos Colégios das Missões. cnlatórins:
se propague na 11ossa Diocese arregimen- - uNossa. Senhora. de Fátima protl'-
tando todos os devotos dtl Nossa boa Mãe Os Rev ... Priores dos Milagres, J!aceira, Albergaria dos Dôze e Rev . .lfanuel de So!4Sa, Capelão do gei o Santo Padrell.
do Céu. Santudrio conduziram nos seus automóveis os Ex.moo Prelados. (Oontinua na j.• f>âoinof
2 VOZ DA FATIMA
sem a acusação humilde e integral das merecem especial referência um sacerdote
culpas gi;lves a um sacerdote munido da
competente jurisdição, não há e não pode
haver remissão dos peca.dos nem nesta vi-
da India portuguesa e uma sna irmã
doente, que veio pedir a Nossa Senhora
NA FATIMA A sessão solene
foi o fAcho. O Rev.do Dr. Maurício dos
naquela estância de graças e prodígios a Santos S. ]., com o seu conhecido ardor,
da nem na outra. E, ainda quando o pe-
cador, movido por considerações de ordem
cura da doença de que padece há mais de
cinco anos e que os médicos declararam
120 raparigas católicas, alunas das nos- explica e comenta os estatutos da juc.
As presidetztes dos três grupos da Juc
ruais elevada como a da bondade divina e humanamente incurável. Faziam ambos sas três Universidades aos pés de N. Se· de Lisboa, Coimbra e P6rto dizem, com
a da pa.ix~ e morte de Jesus, se arre- parte da última peregrinação da India a brilho e elevação, da importância da ac-
nhora da Fátima
pende de ter ofendido o Pai, que está no
Céu, essa contrição não lhe obterá directa-
mente de Deus o perdão dos pecados, se
Homa, realizad;!. por motivo do Ano San-
to da Redenção, e resolveram demorar-se
Foi glonosa, verdadetramente triunfal
.
entusiasmo a prociSsão das velas e, em
ção catól1ca da juventude Universitária
e absolttta adesão das raparigas da fuc
mais tempo na Europa, renunciando a à direcção do Episcopado, da necessida-
a magnifica jomada que as c zo rapar1gas seguida, uma boa hora de adoração a N.
não fôr acompanhada do propósito ;to me- acompanhar o grosso d;t peregrinação, no de suprema da vida interior para uma fru-
nos implicito de os submeter oportuna- seu regresso, para poderem visitar a Lour- católicas universitánas de Lisboa, P6rto e Senhor Sacramentado, exposto à boca do
tuosa e verdade•ra Acção Católica jocista,
mente às chaves da Igreja por meio da des portuguesa. Co1mbra viveram, na Fátmza, no passado Sacrário. da alegria com que t~das vieram e da saü-
acusação deles feita ao representante do dia. 15. Sua Emin~ncia dignou-se falar antes de
O venerando sacerdote, que representa- dade com qu~ partem.
mesmo Deus no s;mto tribunal da peni- va ali a import;tnte c longínqua colónia Temos assistido a mu•tas peregnnações cada dezena do t~rço, explicando como
Os brindes que encerraram o alm6ço,
tência. portuguesa da Asia, chama-se Lourenço à Fátima, temos tomado parte em várias era necessário que elas, raparigas católicas
logo a seguir, vieram uma vez aínc.la dar
São êstes os preciosos ensinamentos da Xavier Fernandes e pertence à diocese de reüniões: nenhuma se pode comparar à pe-
regmwção da juc (juventude Universitá-
dessem às otttras a vida Divina que em
suas almas recebiam pelos sacramentos. a essas almas ardentes de rapartgas ca-
Igreja que importa tomar bem conhecidos, Meliapoc, que faz parte do nosso Padroa- tólicas a certeza da cOnfiança que a Igre-
para que muitos cristãos transviados do do. ria Católica) à Fát1ma. Um grupo de alunas do Conservatório
Houve ali a vida que11te de peregrina- ja nelas deposita e das maravilhOsas pos-
caminho que conduz ao Céu possam apro- cantou nos intervalos.
Já tinha vindo a Portugal. quando o ção, o entusiasmo fremente do congresso, o A benção seguiu-se a missa de SUQ, sibilidades de ·apostolado que diante delas
veit:!J.r os meios da graça que o Senhor venerando e saüdoso D. António Barroso, se abre.
pôs ao alcance de todos, porque quere que aconchégo da reiintão· familiar. eminência a que comungou a quási tota-
o grande Bispo missionário, foi transfe- ·Ao v~-las, dir-se-ia. que aquela centena ltdade das peregrinas. Por SI prometeram trabalhar para que
todos se salvem e cheguem ao conheci- rido da Indi!l para a diocese do Pôrto, {lO ano que vem se reunam ali soo.
mento da verdade, como diz o Apóstolo. de raparigas eram velhas atmzades, já de Depois foram descansar no Albergue, no
acompanhando-o na ví;tgem e passando !Já muito separadas: tal era o à vontade A brigo e na Casa dos Retiros. Detts que~ra!
~. pois, u ma verdade irrefragável que então três meses no nosso país. Por essa Que elas sejam, como lhes dizia «O Car-
todos devem fazer penitência, os justos e com que se tratavam! As 8 horas era a hora de levantar, pa-
ocasião percorreu vários países da. Eu- Não foi uma recepção fria de salão ele- ra às 8 }{ tomarem o café. dial da Juventude,» <<a glória de Cristal)
os pecadores; êstes, porque sem ela não ropa. angariando donativos para um or- como já hoje são «a luz da esperança de
podem recuperar a graça santificante que gante mas uma reünião de família ancio- Mas, já muito antes dessa hora, grupos
fanato que fundou e dirige na cidade de samente esperada e sofregamente realiza- de raparigas. visitavam o SS.mo Sacra- Jesus e a esperança da Igreja em Portu-
os toma filhos adoptivos de Deus e her- Melia.por. gal.
deiros do Paraíso, aquêles para que, ino- da pelas que nela tomaram parte. mento e a imagem de N. Senhora e se
Como alí se via claramente a verdade lançavam a beber a largos haustos o ar Galamba. de Oliveira
centes ou purificados, ajudem a completar
o que falta à paixão de Cristo, expi;uldo Mais um livro sôbre Fátima daquilo da EscntÚra: Quam pulchrum et puro da serra e o encanto daquela ma-
os pecados próprios já perdoados e alcan- jucundum habit:ue fratres in unumJ Co- ullà de Abril de céu azul e honsontes lím-
Publicado pela Empreza Editora «Fá-
çando para as ovelhas desgarra~ a gra- mo é belo e agradável ver os irmãos uni- pidos como só os têm as aldeias de Por-
timal), de Bamberg, Alemanha, apareceu A assinatura da ((Voz da Fátima''·
ça de voltarem, arrependidas e felizes, pa- dos! tugal.
há pouco um novo livro, em língua alemã, A alegria gárrula duma juvetztttde sã, Às ro Y, o Snr. Dr. Car>zeiro de Mes- jornal mensal, e órgão da Acção Ca-
ra o redil do Bom Pastor. àcêrc:J. da Lourdes portuguesa, intitulado
~ necessário e urgente que, no seio da a cultura, a piedade, a modéstia do tra- quita, Assistente Geral da ] . C. F., acoli- tólica Portuguesa, custa em cada ano
«A minha peregrinação a Fátimal), da
sociedade de novo paganizada mercê da je e do porte, a elegância no vestir o tado pelos Rev .doo P.• Augusto de Sousa - ro$oo. para o continente e Ilhas
autoria do rev.do Luís Waldmüller.
terrível peste do laicismo, se juntem mais trato franco daquelas raparigas, a tran- ..Maia, Dig.mo Secretário do Snr. Bispo de
~ uma obra de pequeno tomo, pois qüilidade do ambie1zte e formosttra dum e 15$oo para o estranjeiro.
que nunca às outras formas da a.cção cató- Leiria e Dr. Galamba de Oliveira, cele-
consta apenas de noventa páginas, mas a dia verdadeiramente primaveril cheio de brava a missa cantada solene, cujas par- A administração é no Santuário da
lica o apostolado da oração e o apostolado sua execução gráfica é excelente e primo- luz e de c6r, tttdo concorria para dar
tia penitência. tes fuas as raparigas exerutaram com
Promover e intensificar êste duplo apos-
tolado, conquistar para êle as inteligên·
rosa, à altura dos créditos de que go1:a
àquela reünião 11111 caracter d~ singular
a imprensa de Alêm-Reno. Aumentam o solenidade.
seu mérito as numerosas e esplêndidas
g6sto.
Às prociSsões de condução da imagem IFátim_a·----.•·"···"'._"'.IJ'.-OJ.•._._ __
cias e os corações de élite, é atrair sôbre gravuras que ilustram e enriquecem as
as almas as mais copiosas bênçãos do Céu, suas págin:~s. A capa, na parte anterior,
é preparar para a. nossa Pátria e para o apresenta, só por si, sete gravuras, lindas
mundo a nova conversão das gentes ao c sugestivas, e artisticamente dispostas,
Cristianismo, é, enfim, compreender inte- que representam, à.lém da Imagem de
gralmente a piedosa mensagem que a Raí- Nossa Senhora, vários e interessantes as-
nha. do Céu trouxe a Fátima e cooperar pectos das manüestações de fé e piedade
dum modo eficaz na realização dos seus realizadas na C'..ova da Iria, entre as quais
desígnios misericordiosos de Mãi dos ho- a peregrinação de 13 de Maio de 1932.
mens e de Padroeira dos portugueses. cm que tomaram parte quási todos os ve-
Visconde de Montelo ncrandos Prelados portugueses.
Compõe-se a. obm de dez capítulos em
Uma peregrinação de Lisboa que o ilustre i\Utor descreve com traços
vigorosos e scintilantes as fundas impres-
Após muitos dias de frio intenso e de sões da sua peregrinação solitária a Fá-
chuva contínua e abundante, em que o
tima efectuada em 13 de Julho de 1932.
tempo dava a impressão de que se vivia Entre êsses capítulos, todos muito interes-
em pleno coração da. quadra invemosa, o !':mtes e bem escritos, merece especial
dia treze de Abril apresentou-se enxuto e menção aquêle que, sob a epigrafe u~o
ameno, como que anuncia.ndo o regresso Pôrto, o Paray-le-~lonial português" se ocu-
definitivo da Primavera. p.1. de Sóror Maria do Divino Coração, con-
Na véspera, às 5,h3o da tarde, tinha dessa de Droste Vischering, superiora do
chegado ao local dil$ aparições, como de Recolhimento do Bom Pastor, do Pôrto,
costume nos anos anteriores, a peregrina- hlecida em odor de santidade a. 8 de Ju-
ção da freguesia do Socorro, de Lisboa, lho de r889.
organizada e sup<·riormente dirigida pelo Quem subscreve estas linhas agradt"Ce
rev.do João Filipe dos Reis, zeloso pároco
penhorado ao grande apóstolo de Fátima.
daquela freguesia. o dr. Luiz Fischer, a gentil oferta dum
A peregrinação compunha-se de 78 pes- exemplar do precioso livro, assim como a
<:Oas, das quais uma. cega e duas grave- afectuos1. e cativante dedicatória de que
mente enfermas. se dignou fazê-h acompanhar.
Os piedosos romeiros fizeram às li, b 30
da noite a procissão das velil$. que foi se-
guida de adoração ao Santíssimo Sacra-
mento da meia...noite às cinco horas.
Asciência médica e o pôsto de veri-
A essa hora o rev.do Pároco celebrou a ficações
missa oficial da peregrinação, à qual assis- O fascículo númuo JÚ, corr<'spondente
tiram e comungaram quási todos os pere- ao mês de Março último, do uBulletin de
grinos, àlém de muito'> ou.tros fiéis. I ' A~sociation Médicale Intemationale de
Durante a missa, acompanhada a har- Notre Dame de Lourdesl), órgão oficial
monittm, um grupo de cantoras da fregue- dos médicos do Pôsto das verificações e Grupo de J!eninas Universitárias das Universldades de Coimbra, Lisboa e Pôrto que nos dias 14 e 15
sia executou primorosamente diversos de que é director o dr. Vallet, médico
canticos piedosos. de abril fizeram a sua peregri?!flção a Fátima sob a presidê11,cia de S. Eminência o Senhor Cardial
em chefe do referido Pôsto, publica a
conferência feit;t por êsse ilustre homem Patriarca de Lisboa e assistindo o Senhor Bispo de Leiria.
Os actos religiosos oficiais do dia de sciência na reünião anual organiz1.da
pela Associa~ão de Nossa ~nhora da Saú- As Umversitárias chegaram de véspera, para o refeitório da casa dos retiros, on-
treze de sob !l presidência de tSua Excelênch przmezro as de Coimbra e. do P6rto, de- de se realizou uma sessão solene, e de re-
Retiro espiritual para Senhoras no
Desde as sete horas d:1. ma.nbã !lté ao Reverendíssima Monsenhor Gerlier, Bispo pt•ls as de Lisboa.
meio dia solar, foram cPlebradas algumas de Lourdes.
conclução para a Capelinha das aparições,
Para presidir à reünião veio também souberam ews dar todo o calor da -sua
Santuário da Fátima
missas nos altares dos diversos santuários Seja-nos lícito reproduzir nas colunas Sua Ewinência o Senhor Cardial Patriarca piedatle e do sett amor. Começam no dia 19 de maio, à
da Cova da Iria. Entretanto numerosos da «Voz da. Fátima" um pequeno trecho e Sua Excelência Revererzdíssima o Snr. Antes, t~raram a fotografia das peregri- tarde, e terminam 110 dia 23, de ma-
sacerdotes atendiam nos confessionários dessa magnífica conferência em que se fa:>: Bzspo de L eiria. >las com o Sr. Cardial Patriarca e o Snr.
da Igreja da Penitenciaria os fiéis que de- uma breve alusão à Lourdes Portugues"l. e Estavam presentes sete raparigas da Ju- Bispo de Lc•rza e vários grupos.
t,hã do mesmo més, os exercícios es-
sejavam receber o Santo Sacramento da ao seu Põsto de vc·rificaçõc·s médicas. vtmltlde Católica Femitzilw de Leiria que junto da imagem da Senhora, Sua Emi- pirituais tw Santu-ário da F átÍ?Ila pa-
Penitência. Cumpre frisar a importância da just..'l. ali foram para servir as suas irmãs - as lléncta benzeu as florillhas, que elas leva- ra senhoras servitas, podendo ser
À uma hora oficial rezou-se o terço do homenagem prestada d~ssc modo por uma rnparigas da juc - e com tão boa dis- vam por recOrdação da Fátima e daque- \admitidas Otttras, havendo lugar.
Rosário na c;Lpela das aparições, efectuan- autoridade competente e categorizada à posição de espírito o fizeram, que t6das le! jor11ada e, com uma admirável expon-

do-se imediatamente depois a primeira honestidade e rigor de processos empre- levaram delas as mais CJ!Itriclas e saüdo- talleidacle abraçaram-se • afectttosamente As senhoras que queiram apro-
procissão com a E:Státua de ~ossa Senho- gados pelos distintos clínicos que durante sas recordações. para demonstrar a unitio íntima de ideais, veitar-se desta graça devem avisar o
ra de Fátima, terminada a qual começou o ano no dia IJ de cad;t mês tomam a de coraçõ<'s, de orgrmiza(iio • acção qtte Rev. António dos Reis - Fátima,
a missa dos doentes que eram em núme- seu cargo com o maior desinterêsse e so- ali se Cimentara .
ro de cincoenta e três licitude os serviços de verificação e estu- A vida E; que, 1•a homilia, que, com tanto ca-
que lhe~ dará tôdas as Úiformações
Ao Evangelho subiu ao púlpito o rev.do do das doenças c curas dos enfermos que daqueles dias passou-u assim: rmlzo, o Sr. Rispo jztntara aos elevados ---- ---~ -
Carlos Pereira Gens, pároco da fregursia vão a Fátima implorar o socorro dAqm·la nr.pois ele jantarem, jrí tarde, e de te- conce1tos ele Sua EmíniriCÍIL m1 véspera,
de Ourém, que falou durante meia h ora que é a Saúde dos enfermos e a Mãe de rrm marcado o programa de trabalhos pa- qr11z S. Ex.ria Rev.ma dar-lhes duas re-
sôhre a devoção à Santíssima .Virgem. misHicórdia. rti o clia seguinte, fizeram com mtlito cordaçõr•s da Fátima: que fôssem sempre Recordai-vos do seguinte:
A missa foi acompanhada a llarmot~imn Dum modo <'!lpccial permitimo-nos feli- 11111clas ele maneira a formarem 11ma ver-
c cânticos executados com esmero por um citar calorosamente o ilustre director do
r." - Quando escrC\'<:rdcs para 1
dadeira UníversídL1de Católica Feminina ,<Voz da Fátimall, sôbrc qualquer as-
grupo de aluno' do Seminário de Leiria. Pôsto das Yerificações m(:dica.s de Fátima,
Concluído o Santo S:tcrificio, cantou-se cujo 7l:lo e drdicação no desempenho do A nossa. Associação Ml-d1ca Internacio- f'ortugues:t («ut urmm sintn!); que cul- ~unto que diga respeito à \'O~ a assi-
o Ta1ztum-erf(O e dt·u-se a bênção com o car:::o de tant:!J. importância e responsabili- nal de Xossl. &nhor:1. de Lourdes c'bmplt•- tivassem em .<i as Vtrtudes pequniÍizas i.e
Santís.;imo Sacramento primeiro a cada. dade, que em boa hora lhe foi confiado tou a. sua obra, modnniz u-a c propagou- cada dia, semellumtes tiquelas florinhas natura, assi11ai sempre a \'Ossa carta
um dos dOt·ntcs c depois i\ todo o povo.
-a. no estranjeiro, porqm•, hoje, ela conta que, uU 11u serra, por entre as pedras. coll- ou o \'osso postal exactamente com o
pelo ycm·rando Bispo de I..kria, são supe- z:ooo membro~ de; 20 n;tçõcs diferentes, de S<iflllam COIIIudo desabrocha' cheias de mesmo nome c sobrenomes que Yào
lte.alizou-se por fim a segunda procissão riore-s a todo o elogio.
com a Imagem de Nossa Senhora de Fáti- 1.•'11 .sort que o Pôsto de Lourdes tem /r<~cura e de ennmto. no endcrêço do jomal ou rôlo que re-
Segue a. tránscrição: r•Comu observava o actualmente dua~ filiais cujQS métodos de E 'JIIe as lt?v_assem pam si ,. p,ua ttS
ma, que foi reconduzida. para o seu altar jornal médico, J'elho Bisturi, é graças aos
tnbalho são dt·calcados ~ôbrc os seus: o cumptwiltiras que não /uiVIwu f>Vclitlo vrr. cebeis.
lla santa capela das aparições, onde os ac- estudos do Pôsto das v<'rificações mfdicas De joelhos, após o ugresso da imagem, 2. 0 - Quaisquer mudanças que pe-
tos religizy.;os oficiais do di:l treze tiveram de Lourdes, o qual !'9ul~e pôr cm relêvo de Fátima em Portugal, desdl· T9JI, e o · 1illlll wmoveclor recolhimento, aquela cen-
por remato a tocante cerimónia do «Adeus ns caraterísticas dão <'Sp<'ciais que acre- do :\léxico, dcS<:h' o ano passado. onde, lt•lw de rapari::as consagrava-stl e a túdus dirdes nas vossas direcções. só pode-
à Virgem,, dispersando-se c retirando-•e ditam as curas de Lourdcs, que a nega- sob as im·ocaçõc:-s de Xos...a Senhora de as r.ompanhezras cl<1 juc. a Nossa Senhora Tiio ser exewtadas se enviardes ao
em seguida o~ peregrinos. Fátima e de XosSl. Senhora de Guadalu-
ção do Facto de Lourdc;-s pertence hoje ao pe, a Virgem :\Iaria, ~Iãe de Deus, é glo- para, com uma vida de tmbalho, de pie- mesmo tempo o mímero da vossa as-
número das coisas desaparecidas, cabendo rificada pelo~ S<'US benefícios, como o é d•tde e ele acção conqrizstarem parll Cr:sto si11alttra.
Dois peregrinos da fndia o mérito disso àqul:lc que foi o seu incom- ti.'J, margens do Gavcn. 11s suas irmãs que 11ão Um fé. . ..................................... ············ ....
Entre os peregrinos do <lia tn'ze de pará\·cl animador durante 25 anos. o dr. Deus llzes conserve o fervor dessas ho- ~ste número foi visado pala Comiuao
Abril ao Santuf1rio Xjlcional de Fátima Boissarie. Visconde de .lfo11telo ras !Jemditas! ... de Censura


VOZ DA FATIMA 3

ESTAMOS DA PIA UNIÃO «CRUZADOS DE N: S: DA FÁTIMA»


(Contitmação da r.a págma)
assinante da California (por intorm&
dio de Palmira llesquita- Açôres) ,
1 dolar; M.• Leal Piedade - Vila. d()
Conde, 20$00 ; Germano Salgado, esc.
GRAÇAS DE N~ SENHORA DA FÃTIMA
mã. E sta, depois de em sua. terra ter
gei o nOboO Episcopado e o no~ Cle- Aoção Católica para. os fins consigna- 200$00; Distrib. no Rama lhai , 30$00;
Distrib. em Válega, 197~50; Anónimo
Tumor sofrido muito da. vista.., fo i para Lis--
rou. dos no artigo 3. o n. o V. Depois de a lguns anos de longo sofri· boa a ver se conseguia a cura . Esttwe
- uNossa. Senhora de Fáuma prote- § 2. 0 Das quantias recolhidas pela de Ovar, 20$00; Distrib. no Azilo de mento, pois sofri graves hemorragias e
S. Isabel- Faro, 70$00; P.e Raúl Ca. lá. três mêses, mas o mal, lo11ge de di-
gei a. Acção Catóhca.u. Comissão Nacional Executiva serão de- grande dificuldade na respiração, recorri minuir, aume n tava. cada vez mais. Sem
IV- Procurará contribuir, por me io duzidas as despi)Sas gerais da sua ad- macho- Macau, 35$65; Francisco ('a.
a alguns médicos do P Orto sem todavia esperança já de a lcançar a sua cura.
das organismos da. Ac~·úo CatÓLÍl:a, pa- ministração, e o restante será entregue macho - Bandeiras, 35$65; Evelina Li- ter obtido resultado algum sensível. Esta
ma - Açôres, 35$65 ; P.• Domingo~ por meio da. ciência humana, resolve-
ra a criação, sustentação e federa~<> à Junta Central da Acção Católica pa- cruel situação prolongou-se por muito ram fazer uma noven a a. N. • S.• da.
de: ra os fins consignados no art. 0 3. 0 n. 0 Fragoso- Brasil, 200$00; Distrib. em tempo fazendo-me desanima r muito.
Avanca, 100$00; E ster Rodrigues - Fátima. em seu favor.
a) obras de formação e acção religio- III alínea B) 1 o e N.o IV. A certa altura apareceu-me um tumor O resultado porém foi mu ito super ior
sas; Art.o 14.o- Os Conselhos Diocesa- Lagoa., 20$00; Maria. Adelaide - Pôr- nas fossas naz.a.is. Consultei alguns médi-
to, 50$00; Distrib em Arganil, 110$00; ao que se ~p era.va , - dois dias antes
b) obras de educação e ensino ; nos, depois de terem prestado todos os cos da terra e por fim parti para Braga a de terminada a novena chega a casa
e) obras de imprensa; anos contas da própria administr ação M.• Augusta Baldo- América, 41$60; ver se lá oonsegia a cura desejada. Con·
João Angeja- Vagos, 64$80; Distrib. essa irmã já completamente bem I fa-
d) obras sociais; ao seu Ex.mo Prelado, enviarão à Co- sultei lá vários médicos que, sentindo-se vor que não podemos atri buir oonãÓ
t ) obras de assistência. e beneficên- missão Nacional Executiva um balan- na /reg. • do Soc6rro - Lisboa, 600$00; impotentes paro. me darem o remédio efi·
Maroolino Jacinto - Lisboa, 20$00; à in~rcessão de Nossa Senhora. d a Fá-
cia.. cete de recetta e despf.sa da. sna ge- caz opinaram que, sem demora, devia tima.
Emília da SilvG - Proença...a.-Velha, partir para Lisboa. Chegada lá, entrei no
CAPITULO II r ência. - Ema Barata. -Golidra, di ~ ter ti-
Art.o 15.0 - A Comissão Nacional 20$00; Henriqueta Mora is - Lisboa, Instituto do Cancro onde, por meio de
15$00; Domingos António - Brasil, vá rios tratamentos obtive algumas me· do uma tal fraque za cerebral que, a
.Associados, suas categorias e agru- Executiva prestará também todos os 20$00; Josefa de Jesus- Casais Ro- continua r assim, em pouco tempo a le-
anos contas ao Ex. 1110 Senhor B ispo de )horas, podendo voltar à minha terra dai
pamentos, direitos e deveres bustos, 120$00 ; Joaquina. Alves-Cast. a algum tempo. varia à demência. Nã o po<:h a tolerar
Leiria do modo como foram admini&-
de Pera, 32$50; Guilherme P acheco - Aproximadamente dois anos depois o companhia. alguma procura n do só o iso-
Art. 0 4.•- Podem ser assoc1ado:> da tradas e distribuídas as quantias rece- Vila Flôr, 20$00; Rosa Herdeira de mal tom ou a agravar-se, mas achando-me lamento o que ench ia. de mágua seu
P1a União tôda:; as peb<;Oa:; que o -de- bidas. Jesus- S. Vic.te de Pereira, 105$20; impossibilitada de ir a Lisboa por causa marido ~ seus fi lhos. I nvocando e m seu
sejem e cumpram as dispotJições canó- CAPITULO IV M.• Filomena Miranda - S. Tirso, favor o auxílio de N .• Sr.• da F á tima,
doutros sofri mentos recorri a Nossa Se·
nicas aplicáveiS e as dê:>te:; estatutos. 15$00; Distrib. em S. Sebastião da Pe- nhora da Fá tima fazendo em sua honra alcançou a. libertação do tão triste mal.
§ 1.. o - Os admitidos serão iD.BCritos Disposições gerais dreira, 39$00; Margarida. M .• P ereira - J oaquim L uis dos R tis - Viseu,
duas novenas e tomando todos os dias
no Registo da Pia vnião em harmonia Art.• 16. 0 - A Pia. União poderá es- -Pôrto, 20$00; Teresa Veigas - Gou- uma gotinha de água do seu Santuário. a.gtlldece a Nossa Senhora o tê-lo liber-
com o respectivo regulamento. tender a. sua organiz..~ão e actividade veia, 20$00; M.•l dos Santos Júnior- O auxilio da Boa Mãe do Céu não se tado de um- grave sofrimento de estôma-
§ 2.0 - Para efeito de participarem específica. a tôdas as Dioceses do Con. Lisboa, 50$00; M .• do RosáriQ Cunha. fêz esperar, pois ao terminar a segunda go. Rebelde a todos os medicamentos de-
das vantagens espirituais enumeradas tinente e Ilhas adjacentes. -Viseu, 20$00 ; Ant.• Martins Almei- novena senti-me bem, não sentindo mais sapareceu depois da intercessão a Nossa.
no n.• Ill alínea JJ) do art 0 3. 0 , po- Art.• 17. 0 - A Pia União não pode- da.- Arganil, 20$00; António Rodri- até agora vestígio algum de tão grandes Senhora da Fátim;l..
derão também ~r inscritos nos regis- rá ser extinta nem os seus Estatutos gues- Monção, 15$00; José Barreto sofrimentos! - A 1JI'ora da Conceição Fol'migo Antu-
tos da Associação os nomes das pessoas modificados ij!lffi à. prévia anuência de Garcia - - Tórtç'} Vedras 10('$00 ; J)is- nes - Alhandra, pede para aqui ser pu-
J oane - Famalicão.
falecidas, contanto que alguém por ~las todos os Ex.moa Prelados Diocesanos do trib. em Al<'ácer do Sal, 25$00; Sole- blicada uma gtaÇ!J. extraordinária conce-
satisfaça às exigências declaradas no Continente e Ilhas. dada Silva - California., 2 dolares; Di- Gl'a&inda L op es de Campos dida a sua prima Maria das Dores F or-
n.• I do mesmo artigo, alínea b). Art. 0 18 °- Em nenhuma Diocese rectora do Hospital de Alpedrinha,
Tuberculose migo Costa..
Art.• 5.0 - Os ru!SOCiados terão a de- do Oontinente e Ilhas adjacentes, p<>· 100$00; M.• Brito e Cunha- L isboa , Um tumor no peito causou-lhe sofri-
signação de uCruzados de . Fátimau e derá ser fundada. outra obra análoga 15600; Filomeno Fra 'lcisco - Damiio, Há cêrca de três anos adoeceu grave· mentos horríveis, exa}!J.ndo do tumor um
divide m-se em três ca.tegonas: 30$00 ; Distrib. Pm Cab<>ço de Vide, mente meu marido Narciso Cordeiro. Du· cheiro nauseabundo. ~ste estado mante-
à Pia União, uCruzados de Nossa. Se- ranre nove meses andou em tratamento
a) remidos, isto é, os que dão por nhora da Fátimau que tenha o mesmo 25$00; Alvaro Guimarães - Angola , ve-se durante muito tempo. P or fim, can-
uma s6 vez ao menos 200$00; 15$00 ; P. 8 Jlernardino Rib<'iro, - com um médico, mas não obteve resul- sada de sofrer e desanimada da medicin;l.
título, fim ou instituto. tado algum apreciável. Consultando mais
b) bemfeitores isto é, Os que contri- Art.o 19.0 - As assoc i~s que, ao 40SOO; M.• Amélia Zuzarte - Veiro!>, fizera com pessoas amigas uma novena a
buem com a cot~ mensal mínima de 50 presente, existirem nas Dioceses do 20$00 ; Distrib. em Estremoz, 83$50 ; dois médicos, um do Bombarral e outro Nossa. Senhora da Fátima alcançando a
-centavos; . País e tenham por objecto a de voção a · Francisco J.ouro - S. Auzaua, 20$00; de Alcobaça recebeu dos dois o desani· cura· completa ainda antes de terminar a
e ) ordinários, isto é, os que contn- No~ Senhora de F átima serão dentro Ana Gomes - Fornos d' Ai.gi1dres, mador desengano de que não valia a pe- novena.
buem com a. cota mensa l mínima de 20 de dois anos integradas nesta Pia 15$00 ; E loisa Miramon - F.stremoz, na voltar lá, de que podia comer de t u·
do, mas, que me acautelasse eu muito e
- Consvela Dias - (Espanhola.) e re-
centavos. União. 50$00; Almerina Aleu - ?.1.te Est;c,ril, sidente no P ôrto, diz o seguinte: Há 21
Art. 0 6. 0 - Os Cruzados de cada P a- 30$00; Emília. Lope<l Marinho - Cas- que apartasso tôdas as louças e roupas de
Art.o 20. 0 - Os associadas da «Con- anos que estou em P orluf:?.l, e há x6 que
róquia. serão divididos em grupos de fraria de Nossa Senhora. da Fátima>• te lo, 40$00; Emília Polónia -- Pôr to, que meu marido se servisse.
sofria duma hérnia . Usei funda durant e
treze denominados uTrezenas de Fáti- passam para. a Pia. União t~Cru.tados de 20$00; P. Ant.• Campos - Ega, Vendo-!'! os assim tão desanimados, fi·
muito tempo. Os médicos diziam que era
roall. 15$00; Distrib. em Paião, 135$00; zemos a promessa de irmos a F átima
Nossa. Senhora da Fátimau e os remi- illdispensável um~ operação para obter a
§ 1. 0 Os Cruzados, qualquer que se- dos ficam gozando de tôdas as graças Candida Meir9l~>s , - Gain ; ;)0$00 ; todos os meses duranrt:e um a no e de man·
cura. Aindil fui ao Hospital de S. Antó-
ja a sua categoria, têm direito, em e privilégios desta. Izabel Vieira - ASSf>ntn, :30~ 00 ; An- dar publicar a graça da cura se Nosso Se·
nhor se dignasse conceder-no-la por inter· nio - P ôrto, para ser operada., mas,
harmonia com o art.• 3. 0 n. 0 III, alí- (§ único - Os ostranjeiros com resi- tónio Nogueira - Casconha , 20$00 ; não o podendo ser na ocasião, encomen-
nea. A), a r~eber dos r espectivos colec- dência. fora do território nacional po- Distrib. em Monforte, 20$00. cessão da 1\fãe do Céu.
dei a minha cura a NoS9!1- Senhora da Fá-
tores locais a uVoz da Fát imau. Sem- out ros remédios à lém da interces•
dem forma r núcleos sujeitos a um re- são de Nossa Senhora, pois deixámos todos t ima , e passados alguns d ias, os médicos
§ 2.0 As cotas dos Cruzados serão re- gímen particular devidamente aprova.. declararam-me curad11, sem que a opera-
colhidas por cole<"tores locais e em tem- do gozando toda\"Ía de tôdas as graças os medicamentos, meu ma rido começou lo-
po oport uno enviadas ao Conselho Dio- e privilégios desta. Pia União. AVISO go a experimentar sensíveis melhoras, e ção tivesse sido feita! Mil louvores se-
jam dados a Nossa. Senhora da Fátima.
cesano, em harmonia com o respectivo De nove avisamos os devotos de hoje, graças a Nossa Senhora da Fátima,
encontra-se complet.'llllentt" bem sem ou· - Sal'a Sebrosa R eis - Alcantara , tem-
Regulamento Nossa Se"hora de Fátima que não do alcançado por intermédio de Nossa.
Art. 0 7.0 - Os J>rinoipai.s direitos e ----~- tros medicamentos à lém da virtude ceJes.
deem atenção nem se deixem lttdi- te da intercessão a Nossa Senhora da Senhora da Fátima a cura de uma doen-
deveres dos a!!Sociados são os que se en- ça impertinente que IIlQlestaV!L uma sua
contram especificadas no art. 0 3.0 • VOZ D A FATIMA briar por escrocs que fazem subscri- Fátima.
i rmã, vem agradecer e. Nossa. Senhora
§ único - Os assoriados que não sa- ções ou aliciam sócios para hoteis. Pôrto de :\iós - Corred~ura da F átima o favor da cura alcançada.
DESP.ESA
tisfaçapl durante oito mêses consecuti- sociedades, etc. a estabelecer em Fá- Mal'ia ]osi Silva - Maria José Alves do Silva - Ri-
Transporte .. . .. . . . . . . . .. . 434 561$24
vos as respectivas rotas serão elimina- baldeira, vem a gradecer a cura de seu
dos dos registos da associação.
Papel, comp. e imp. do n .0 tima. Dores de estômago marido. Os médicos não dando com a
139 (55.000 ex. ) ...... 2.810 50 . Ainda qtte exibam pntendidns tz- H avia dez anos que vinha sofrendo do- doença. de que êste sofria, desenganaram-
Franquias, e mbal. transp. lttlos nobiliárqrticos, 11ão acreditem
CAPITULO f i res horriveis no· estômago sem que a me· -no de que pudesse alcançar a cura. Fi-
etc..................... . 1.351$45
83$00 neles . dicina, cuja eficácia procurei conseguisse zeram então diversas p romessas a Nossa
Na Administra~~ Senhora dii- Fátima e, no espaço de pou-
Direcção e administração A s ttnicas subscrições até aqui azi- aliviar-me de tão torturante martírio.
Entretanto t ive a feUc idade de ler na co tempo, obtiveram a. cura desejada.
Art.o 8.0 - A Pia 'Gnião será suw- Soma .. . .. . .. . 438 806$19 torizadas são as: da Capela monu- «Voz da F átima» a descrição de algumas - Conceição Valada - Sobreiro, veio
riormente d irigida por S ua Ex.•••
Donativos desde 15$00: me1tto das Aparições, as da banque- graças alcançadas por intercessão de Nos- ao Santuário cumprir uma promessa em
Rev.m• o Senhor Bispo de Leiria . ta m anuelina e as dos Cm zados, le- sa Senhora em doenças semelhantes à mi· acção de graças a Nossa Senhora da Fá-
Art.o 9.• - A Pia 'Cnião ter á, bObre- Arminda. Azevedo ..,.... V .a N .• de Fa- nha. Lembrei-me então de recorrer taro· tima. Em conseqüência dum ataque que
t udo pa ra efeitos de execução e a dmi- malicão, 16 65 ; :Manuel Araújo Cor- vando as listas o selo branco do bém eu a Nossa Senhora da Fátima que teve em 1930 ficou tolhida da parte di-
n istr%ã<>,
Executiva.
uma Comissão .Nacional

Art.• 10 o - Em cada Di~ haver á


reia - Matozinhos, 100$00; Macia I sa-
bel RusbO- Cab. de Vide, 25$20; Dr.
Rober to) 11\lonteiro - Calheta, 20$00 ;
Santuário.
............ talvez me curasse a-pezar-da minha in·
dignidade. !\este sentido pru1cipiei uma
reita e depois duma promessa feita por
sua irmã a Nossa. Senhora da Fátima ob-

um Director e um Oonselho D iocesano )1.• Pires V icente- Lisboa, 20$00; Artigos religiosos novena em sua honra e em cada um dos
dias dessa novena bebia um pouco da
teve ràpidamente o regular funcionamen-
to de todo o seu corpo.
que o assista, nomeados e de:.-tituídos p&- P.• JJ.•I Azevedo llfwdes - Brasil; Os peregrinos da F átima encontra- água do Santuário. - Jfanuel P. da Rosa- California, diz
lo respectivo Prelado. 550· 00 ; Casa de Trabalho de S. J osé - rão à entrada da Avenida Central. Por mercê de Deus c protecção de Nos- o seguinte: ccOlivia Costa da R osa, teve
§ único- De acôr do com .o E x.m• La.veiras, 50$00 ; M.• J osé Gomes~ já dentro do recinto murado, duas ca- sa Senhora, a minha súplica foi ouvida, seu marido gravemente doente. Era assis-
Ordinár io, o Director D iocesano fará a Recarei, 50$00; D istrib. em Vila No- pois ao terminar a novena cessaram as do- tido por quatro médicos sendo todos de
organi zação, a administr ação e a pro- va de F ozcôa, 30 00; Dr. J osé Ma lhei- sitas onde podem comprar artigos re· res de estômago que tanto me haviam opinião de que a doença era incurável,
paganda da P ia 'Guião na D iocese, t en- r<> - :Madeira, 20 00; esmolas por in· ligiosos que ali estão à venda por con· a torrr>entado. e que êle poucos dias de vida poderia. já
do em vista os E !>tatutos e o:; R egul a- ter médio de Cassiano Leal, 70$00 ; P .• ta do Santuário . Passaram já quási dois anos após a con- ter. 'No meio de tal aflição, lá. da lon-
men tos da. Pia União. José A. Vieira - Pinl1eiro, 25$00; cessão desta graça sem que nunca mais gínqua Calüomia voltou-se para Nossa
Art. 0 11 .0 - Poder á haver em ca da Narcisa. Ant. Vieira - V ieir a. do Mi- O Sr. António Rodrigues Romeiro semelhante mal volta<:.'lC a incomodar-me. Senhora da Fátima obtendo no mesmo
Arciprestado assim como em cada fre- nho, 100 00; Ce leste Ba ptist a - N • Rio l\kJ.o dia um frasquinho com água do Santuá-
guest.t, um ' D(ll~ado da. Pia União, 7061 20$00 ; António V, R amos - n .• é a pessoa encarregada pelo Santuá- Maria Ferreira de Barros rio, e, 11peoas a comt:ÇOU a tomar come-
re~>p e<·tivamente concelhio e p aroquial, 8410, 20$00; Henriquet.-t Tadeu - A!- •rio de mandar pelo correio os pedidos çou a. sentir-se melhor!
uomeado pelo Ex.m• Prelado, c uj a~ meida 15$00; Francillca. Borges Frei· de artigos religiosos, livros sôbre Fáti- Graças diversas Pa.Ssou já mais dum ano, e as melho-
atribuições constarão el os respect in>·~ tas - ' Coí mbra , 20$00; Clóri a E squh·el ma ou água do Santuário. -Sara de J e!us Oos ta- Geraldes, ras t êm-se confirmado, sentindo-se já com-
Re-gulamen to s dPsta As.<sociação. - Mourão 25$00; Leopoldina. Cur ado deseja. agr adecer a. cura. de uma sun ir- pletamente bem.
Art .0 12. 0 - Em <'ada fr<'gucsia ha- - óbidos, '25$00; Distrib. na I grej a da
,·erá um ou ma is colectores, nomeado~ Misericórd ia - P. do Vars im, 173$00;
pela autoridade competente.
~ 1 .0 - À fren t-e de cada. uma das
D istrib. na I greja. de ,Terroso, 62SOO:
Glória Co:,ta. - P . do V arzim, 15$00;
LIVROS EM PORTUGUES SOBRE Banqueta manuelina de prata
t rêzenas a que so refere o ar t.o 6. 0 es- Sr. R i$pO do F1mcbal, 568$20; :Mar ia FÁTIMA a oferecer a Nossa Senhora da Fátima como homenagem de Portugal
t ar á um rolector com o título de uChc- R. R amalho- Mon forte, 20$00; P or. Podeis comprar no Santuário os se-
fe de trezena» competindo-lhe princi- fi rio Gonçah·es- Lisboa. 15$00 ; Dis- guintes livros: Foram constituídas as seguintes Co- D. Inês van Zeller Guedes Pereira Ca-
palmente: • trib. <.'m Criação Velha-P iro. 120$00:
1.0 - receber mcn ~almente o~ núme- ~Iaria Macedo - S. Bento. 20$00: r.• - Oratória-Fátima ... .. . zoSoo missões: bral, D. ~Iargarida Pinto de ~!esqui­
ros necessário~ dn Voz da Fátima e dis- Bistrib. em S. D ominp:os. 2.'3$20; E lvi- 2 .0 - As grandes ) laravilhas Em Lisboa - com aprovação e ta, D. :\Iaria Ana de ~Iclo Va~ de
t r ibuí-la, aos ( 'ru7~'1dos da resprctin~ 1'11. Ramos - Terceira . 30 ~00; Clara da de Fátima ... ... ... ro$oo Bênção de Sua Eminência o Senhor Sampruo, D. Maria Beatriz d o Vale
trt>zena; . Fonseca. C'o rreia.1-- Y a rziela. 100í;OO: 3-• - Fátima, o Paraíso na Cabral, D. Maria Cecilia Reis de )li-
2 °- cobrnr as rotn,; mensa1s e cn- P.• M•• A nfónin Dourodn- L ubo11gn. Cardial Patriarca:
,·i!i-lns de quntro em quatro mE~:>es. [)Ql terra ... ·. .. ... ... ... . .. s$oo randa Castro Guimarães, D. Maria
ú40~00; D oolinda Pinto- Avini('..s, Ex.ma• Snr."' Duqueza de Palmela,
~;i ou por m<'io rlo Delegado Paroquial , 20$00: l\Ianuel P into-A.vinws, 151::00: 4. 0 - A pérola de Portugal... sSoo Condessa de Sabugosa e Murça. D. das Dores Ribeiro de F aria Lr ite F er-
ao Director I)ioc<'sano do1 Pin' União. Mar ia Odine- P ôrto, 20$00; L uís V. 5.• - Fátima, a Lourdcs Por- reira P into, D. l\Iaria Inês da Silva.
Art.• 13."- E m cada D iocese, fi<'a· P acheco- Coimbra, 15$00; Jo~é C'ol'- Teresa Lobo de Almeida de Vilhena, da Fonseca de 1\Ielo Vaz de Sampai.->,
tuguesa . . . . . . . .. .. . . . . sSoo Condessa de S. Tiago, D. Maria Luí-
t'<Í. metade do produto das cotas cobra· lho Ca<'hola - P atã, 30$00; José A ~O!l· D. Maria Isabel de Figueiredo Cab a i
das no respectivo ter ritório e a outra tinho - Buli(JlH'Ímr, 20 .~00: ( 'ar:nelila 6.u - Fátima à Luz da Auto- sa de Vilhena Magalhães Coutinho da
metade seró remetida à Comissão Na.- Trindade - F unr hal, 15$00; ~nrcisa. ridade Eclrsiástica . . . 5$00 C<\mara. Pinheiro T ôrrcs, D. Maria J osé Gui-
r·ion al E "ecuth·a a que se refere o :,rt.• Pinheiro- P ôrto, 20SOO: .José Andra . 7-• - ~lanua l do Peregrino ... 3$00 marães P estana Leão, D. ;\laria Jo·
!'1.•. de- Coímhr a, 20$00; E lias M achado No Pôrto-Ex.m"' Sr.u ; Viscondessa sé van Zeller Guedes Albuquerque.
§ 1.0 D as quantias que ficarem em - -Guimarães, 50500: D uarte de Oli- X. B. ~Ianda m ·se pelo com·io a de S. João da Pesqueira, Condessa (Os donativos dcvr m ser enviados
poder de cada D iocese serão deduzidos veira - Alemqucr, 20$00: António quem junto ao pedido em ia r a res- de Alpendurada, Condessa de Aurora,
l O~'r. , que M:r iio I'Omprc empregados E mídio- M oitn dos Ferr eiros, 20$00; pecti\a importância, cn\'iando-sc tam- Condessa de Campo Bcllo. Condes....o;.1 à Ex.ma Sr.• D. Ma rgar ida Pinto d <l
na cclebr ~ão do mis.<tas pelas i nten- Franci~ca Brnm - Açoreq. 20$00: .Ttí.
~Iesqui ta- R. dos :\lártirc, da Liber-
ções const antes do art. 0 2. 0 e o r C'Stan- lia Bulcão - California, 15$00 ; (Hó. bém à cobrança a quem assim o de- das Devesas, Condessa de Lumbra-
tl! ~rá entr<'glte à J unta D iocesana da r ia Grilo - Mondim de B n~to, 30$00: :'<'jar. lcs, D. Albertina de Lemos Peixoto, dade, 308- Pôrto.
4 VOZ DA FATIMA

CRUZADOS DE FATIMA
Para os primeiros cem mil! PERSEVERANÇA NO TRABA LHO COMO SEORGANIZAM OSCRUZADOS
(AOS CHEFES DE TREZE NAJ I) Em cada paróquia os Cruza-
Uma onda de entusiasmo se sente sua vontade, assim na terra como no A Pia União Cruzados de Fátin.a, elas lancem raizes, progridam e atin- dos de Fátuna devem agrupar-se
já de um extremo ao outro do país céu! obra auxiliar da Acção Católica Por- jam um alto grau de prosperidade, em pequenos núcleos de treze pes:
agitar a consciência católica! Por ~ô­ Qual é a vontade de Deus na ter- tuguesa, destinada a ser o seu ner- como, infehzmente, tantas vezes en- soas denominados «trezenasll .
da a parte, à voz de reünir, desper- ra senão reinar nos corações? E que vo vital, é uma obra que demanda tre nós tem sucedldo. Um dos 13 terá as funções de Che-
tam energias, surgem dedicações, for- fazemos todos nós, que vamos às igre- da parte dos st:us membros e prin- É antes a falta de método e de fe da Trezena competindo-lhe:
mam-se numerosos grupos de treze- jas, para que êle reine nos corações cipalmente dos chefes de trezena, um perseverança que tem como causa a) receber mensalmente os núme-
nas de Cruzados de Fátima que no:> donde outros, com pequeninas cotas esfôrço det-certo relativamente pe; o nosso temperamento de · meridio- ros necessários da «Voz da Fátima>>
fazem esperar, que não tardará o dia para obras más, O expulsaram? ! Na- queno, mas continuo, metódico e nais exacerbado pelo sangue árabe (q.ue será o órgão da Pia União e
em que possamos festejar o alista- da, se formos egoístas, se formos inac- persistente. que parece ter desblado nêle algu- terá uma página especial para os
mento do 100.000.° Cruzado! tivos, se só pensarmos em nós, se não Todos os empreendimentos dêste mas gotas de indolência e de pêssi- Cruzados) e distribui-los aos cruza-
~ste número da Voz da Fátima se- formos, todos, apóstolos, cada um mundo, quere os de grande vulto, mismo fatalista. dos da respectiva trezena;
rá distribuído naquele local bemdito, como lhe fôr possível na situação em quere os de somenos importância, Urge, pois, que os colectores ou b) cobrar as cotas mensais (mini-
quando lá estiver reünida a massa que decorre a sua vida. reclamam, além da compet~ncia e chefes de trezena, encarando a sua
imponente dos peregrinos, que em ma de $20 para os associados ordi-
Mas seja qual fôr essa situação, há dedicação daquelt'!S que os criam e função como ela realmente é-uma nários e mínima de $50 para os bem-
maio sobretudo costuma atingir pro- hoje êste apostolado da cota mínima, dirigem superiormente, uma acç.ão missão sagrada, avivam a sua fé, ex- feitores) dos cn1zados da respectiva
porções colossais. Que boa ocasião que está ao alcance de todos! Não faz maior ou menor, mas sem solução citem o seu zêlo e, reagindo inces- trezena em troca da «Voz da Fáti-
para que nem um só dos peregrinos missão em África com os nossos Mis- de continuidade, de todos quantos santemente contra o defeito inato
de Fátima deixe de meditar um pou- ma)) e enviá-las de quatro em qua-
sionários, quem os sustenta com as neles colaboram, mesmo exercendo do nQSSO tempera~to, cumpram tro meses por meio do Delegado Pa-
co, por uns instantes, no que será a suas esmolas? Pois também fará apos- cargos de caracter secundário, em os deveres inerentes ao seu cargo
Acção Católica em Portu~. quand'J roquial (que porlerá ser o pároco ou
tolado em fábricas, em escolas, nas ordem à consecução dos seus obje- com a mais escrupulosa fidelidade e outra pessoa), P.ID vale, cheque ou
uma massa assim de católicos souber cidades, nos campos, quem sustentar ctivos. E até a competência e a de- exactidão.
unir-se, não só num dia de festa, mas por mão própria para o Director
as nossas obras com a sua cota de dicação dos chefes, com funções su- Assim é preciso, porque, embora
permanentemente, para atestar duma Diocesano da Obra;
Cruzado! periores de direcção, por maiores que o esfôrço de cada chefe de trezena,
maneira prática, contínua, fecunda, Avante, pois, para os primeiros fôssem, resultariam inuteis, se ês- considerado isoladamente, seja insi- c) escolher, se assim o entender,
aquilo mesmg que ali vai afirmar cem mil I Pensem os cem mil que es- para facilitar os serviços da trezena,
ses colaboradores, modestos e obs- gnificante e até mínimo, se assim
n um dia de peregrinação: o seu amor tiverem em Fátima nos muitos mais euros, mas necessários e indispensá- lhe quiserem chamar, tem contudo ou ou dois sub-chefes denominados
de Deus, a sua devoção à Virgem, a que lá não forem e saiam de lá com veis, deixassem de prestar os seus uma jmportAncia extraordinária, colectores de secção que, sob a sua
sua fidelidade à fé, a sua dedicação responsabilidade, terão o encargo de
o propósito firme de alistar novos Cru- serviços na medída em que são pre- porque, junto aos dos outros chefes
à Igreja! distribuir a «Voz da Fátima» e de
lt contemplar êste mar humano cobrar a cota de 3 ou mais cruzados;
que em 13 de maio encherá a Cova 2) Para se constituir uma Treze-
da I ria do estrugir dos seus cânticos! na basta que alguém queira assu-
Serão cem mil almas, mais ainda, mir as funções de chefe e compro-
a vibrar uníssonas, mGvidas pela mes- meter-se a recrutar doze cruzados.
ma fôtça interior, dominadas pelos 3) Os chefes de trezena deverão
mesmos sentimentos, irmanadas na dirigir-se ao Director Diocesano da
mesma fé! Para irem ali, para for- Obra dos Cruzados de Fátima a pe-
marem por poucas horas, essas mas- dir o número de exemplares da «Voz
sas profundas, que sacrifícios, que da Fátima)) de que carecem para a
despesas, que riscos, em viagens, al- sua trezena e indicar, com tôda a
gumas bem longas! precisão, o seu nome e respectivo
Pois bem: que todos os peregrinos endereço e os nomes dos cruzados
que em Fátima, no dia 13 de maio
que estão sob a sua direcção com a
próximo, sentirem a sua alma conso-
indicação das cotas que se compro-
lada por aquêle espectáculo de fé, pe-
metem a pagar.
la aglomeração de tantos milhares de
pessoas junto do altar de Fátima, es- 4) A cada chefe de treze na será
pectáculo que a tantos olhos leva, co- fornecida uma lista para a inscri-
mo temos visto, lágrimas de santa ção dos cruzados que êle deve pre-
consolação, - que todos lá pensem ... encher em triplicado, ficando com
nos que lá não estão, nos que ainda um exemplar e fazendo seguir os ou-
vivem longe das nossas manifestações tros dois, para o Director Diocesano.
de fé, porque lha deixámos perder, 5) A cada cruzado será distribuí-
porque não soubemos a tempo opôr da no acto da inscrição uma patente.
propaganda a propaganda, porque os
deixámos sem amparo quando por --~-- -
todos os meios os inimigos de Deus,
com o Vintém das Escolas, andaram
Notícias dos C ruzados
por tôda a parte juntando os meios Nos trabalhos de propaganda e or-
com que espalharam de graça jornais, Grupo dos Ex.moo Médicos da Associação Católica dos Médicos Portugueses que tomaram parte ganização da Acção Católica realiza-
folhetos e livros de combate às nos- nos exercícios espirituais no Santuário da Fátima principiando na tarde d o dia 24 de março e terminando dos no mês passado no Pôrto e em
sas crenças! na manhã do dia 28 do mesmo mês. Ao encerramento onde foram discutidas teses m édico-morais e Braga, 1zão foi esquecida a obra dos
Era um vintém - no tempo dos apresentado o relatório da Associação dos Médicos pelo Secretário Sr. Dr. H enrique Gonçalves, presidit4 Cruzados de Fátima que está destina-
vintens! Era uma cota ridícula, mas o o Se1~hor Bispo de Leiria que em seguida celebrou a Santa Missa por alma do Dr. Thomaz de Mello Brey- da a ser o mais precioso auxiliar da-
mal foi grande, o mal foi imenso, por- ner, 4. 0 conde de Mafra, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa e Presidente da Associação dos quele movimento. Em ambas as lo-
que muitos milhares de vintens, trans-
formados em muitos milhares de fo-
Médicos Católicos Portugueses.
I
calidades foram expostas perante au-
ditórios numerosos a necessidade do
lhas sôltas arrancaram a Deus muitos zados, de formar novas trezenas, nas cisos e reclamados ou os prestassem de trezena espalhados, aos milhares, seu desenvolvimento e a simplicidade
milhares de almas! ' suas terras, para que a Acção Cató- só com falhas e intermitências. às dezenas de milhar, por tôdas as da sua organização. Foi grande o in-
Pensem todos os peregrinos de Fá- lica, bem provida de meios possa ir Como poderia, por exemplo, con- cidades, vilas e aldeias do nosso pàís, terêsse que a obra despertou e come-
tima em Fátima, quando formarem a levar Deus às almas que na sua gran- seguir os seus fins, desenvolver-se e como ténue fio de água unido a mui- çam já a fazer-se sentir os benéficos
imensa multidão, que é também ri- de maioria O não odeiam e só O não prosperar, uma fábrica, uma empre- tos outros fios de água igualmente efeitos da propaganda feita.
dícula a cota que hoje lhe pedem os amam, porque O não conhecem! za mineira ou uma companhia de ca- ténues, constituirá, a breve trecho, A arquidiocese de Braga · continua
Cruzados para a reeonquista dessas Que dóravante nem um único cató- minhos de ferro, se os seus operá-· o grande e caudalose rio cuja cor- na vangtlarda, tendo atingido já o nú-
almas! Hoje não há vintens, não há lico, qualquer que seja a sua situa- rios e empregados fizessem o traba- rente há-de fazer vogar o magesto- mero de 300 trezenas organizadas,
nada que custe um vintém! ção na vida, deixe de interrogar a lho de que estão incumbidos só so navio da Acção Católica Portu- com um total de perto de 4.000 cru-
sua consciência cada mês, dizendo: quando lhes aprouvesse ou então guesa. zados.
Mas que são hoje os vinte centavos já contribui com a minha cota men-
da cota mínima dum Cruzado? Na- frouxa e morosamente? E, como há-de ser com os recur- A diocese do Algarve tem I6 treze-
sal mínima, ao menos, de Cruzado, Sem dúvida, nestas emprêsas e sos materiais fornecidos pela Obra nas com 2o8 cruzados e mais duas
da, comparado com o que se dispen-
para a reconquista das almas para noutras análogas há um elemento iro- das trezenas que a Acção Católica pessoas que se remiram com a quan-
de cada dia em coisas frívolas, que
Deus? E ninguém, por muito modes- portante que dispõi a vontade a dis- logrará efectivar o seu maravilhoso tia de zoo8oo. Jtvora tem I I trezenas
se podem dispensar. ta que seja a sua bôlsa, poderá sentir pender a energia suficiente para a plano de acção recristianizador da com I43 cmzados. Portalegre 4- tre-
Mas que será uma uni~o perma- a consciência sossegada, ninguém po- acção exterior exigida. lt o salário nossa sociedade tão decadente sob o zenas com 52 cruzados.
nente só dos primeiros cem mil «Cru- derá sentir a alegria do dever cumpri- do trabalhador, ~ o ordenado do ponto de vista moral e religioso, dan- Sobe já a mt4itos milhares o nú-
zadosll, quando êsses cem mil 20 cen- do, se não puder dizer que em tudo funcionário. É , por outras palavras, do Deus a Portugal e Portugal a mero de patentes que têm sido requi-
tavos se transformarem, por todos os quanto fizer a Acção Católica haverá o inter~ material. Mas nos Cru~- Deus. não pode deixar de atingir sitadas das várias dioceses.
meios - organizações, folhas, folhe- essa parcela mínima do seu contribu-
tos e jornais - em armas para o bom to mensal!
dos e sobretudo nos chefes de tre- elevadas proporções a recompensa •
combate, em instrumentos de aposto- Juremos em Fátima em 13 de
zena, ou colectores e colectoras, que concedida na terra e sobretudo no • •
lado, para tornar a trazer à vida da devem ser todos pessoas de fé viva Céu ao esfôrço mínimo de cada che- Foram nomeados directores diocesa-
maio:-Avante I Pelos primeiros cem
fé tantas almas abandonadas, que vi- mil I e zelosas do bem da Igreja e do fe de trezena, que contribui com a ttos: Em Coimbra: Dr. Manuel Trin-
vem como se Deus não tivesse direito bem da Pátria, o interêsse espiri- sua quota parte para uma obra má- dade Salgueiro -Sé Nova - Coim-
a um lugar na sua vida! tua!, tanto próprio como alheio, não xima, por Aquêle que prometeu cem bra.
E depois ... pensem também que ês- A Pia União dos Cruzados de Fá- há-de ser incomparàvelme~te mais por um e a vida eterna a quem des- No Algarve: P.• José Gomes da
ses cem mil, duzentos mil católicos tima não é uma Associação simples- eficaz que o interêsse matenal, ~e or- se um simples copo de água por seu Encarnação -Rua do Município, 23
juntos em Fátima, são urna parcela dem muito inferior, no operário ou amor. .. Visconde de Jlontelo -Faro.
mente boa, como tantas outras: é a
mínima dos que por todo o pais, nas no empregado? ._........... Em Beja e Vila Real são os pró-
cidades, vilas e aldeias, entram cada mais oportuna e a mais recomendada Em geral, porém, nas obras cató- Todos os dias é celebrada uma mis- prios Prelados Diocesa11os que direc-
domingo nas igrejas a dizer a Deus pelos Senhores Bispos de Portugal e licas, não é a falta de boa vontade, sa no Santuário de Fátirn4 pelas in- tamente se ocupam da organização
que o amam, que querem seja feita :1 precioso at4xiliar da Acção Católica. de zêlo e dedicação, que obsta a que tenções dos <!Cruzados». dos Crt4zados.
Ano XII Fátima, 13 de dunho de 1934 No0 141
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COM APROVAÇAO ECLEIIAITICA

Dlnetor o Proprltt6rlo• Dr. Manuel MarquH doe lantoe Emprha Editora• Tip, "Unilo Qrati~ R. lanta Marta. 151- Lisboa Admi nistrador• P. António dos Rela Ret~a..ao 1 Admlnlltrao&o "lantuarlo da fitlma"

FATIMA, íman das almas e do·s corações AGrande Romagem


{13 DE MAIO)
«Consideremos a h umanidade sem as lágrimas de la Sa)ette, sem
o sorriso de Lourdes, sem os conselhos de Fátima; por exemplo... Da fé
250.000 peregrinos
que é q ue restaria?
P or isso, nada mais nat ural do que a fflria com q ue o Inferno p ro-
c ura com bater e aniqüilar por todos os m eios a c rença nas !l-Parições.» T odos os a n os, nos dias doze e treze de
(Dr. L 14ls Wilmet, no SllU liv ro 11B eaurai ng>1, pag. Z70) .
cada mês, desde Maio a Outubro , época.
correspondente à das aparições, o P ortu-
O TRIUNFO DA VIRGEM louvores, para lhe dirigir as suas :súplicas, para lhe agradecer as graças gal c rente e piedoso movimenta-se d e ' nor-
a sul e de leste 11 oeste, p rêso d uma
impetradas, e, em volta da cidade divina, a cidade das aparições, ou- te atracção poderosa e irresistiv el, procuran-
Magnificatl Mais uma vez, :sôbre o planalto :sagrado da Serra de tra cidade se le vanta, como que a defendê-la e a acarinhá-la, dilatan- do , por assim dizer , · o foco da sua vida
Aire, no augusto santuário nacional de Fátima, que tem por pavimen- do-se e engrandecendo-se para glória de Deus, honra da Virgem , santi- sobrenatural, o centro ~ s ua vitali-
to a charneca estéril e sem /im e por cúpula a amplidão da abóbada ce- ficação das almas e salvação de Portugal. Ao lado da cidade material dade religiosa, a sua alma e o seu co-
leste, a gloriosa Rainha doa Anjos /oi aclamada por centenas de mi- e visível está a cidade espiritual e invisível das almas, a BeMnia onde ração - o a ugusto santuário de Fátima.
lhar de bôca:s, em assombrosas manifestações de /é e piedade, em apo- Nesses dias é v erdadeiramente assom-
Jesus-Eucaristia dá as suas audiências divinas, o Cenáculo onde Maria brosa a aflÜência de peregrinos ao local
teoses delirantes de amor filial e de santo e ardente entusiasmo ... Santíssima acolhe maternalmente os filhos que a visitam para lhes co- bemdito das aparições, se a cotejarmos
Maria vence, Maria reina, Maria impera/ municar o fogo da caridade e do zêlo. São as almas que louvam, ado- com a dos mais famosos logares de pere-
Há dezassete anos, no vasto anfiteatro da Cova da Iria, só se ram e desagravam. São as almas que cantam em hinos de júbilo, são grinação do mundo, tendo em linha de
viam a urze agreste e a azinheira brava, sequiosas, enfezadas, raquíti- as almas que agradecem em êxtases de amor, são as almas que se mor- conta a düiculdad e d e acesso a êsse local
e a exigilidade d a população do nosso
cas, brotando a custo por entre os interstício:s das rochas, num te rreno tificam, expiando imoladas :sôbre o altar com a Hóstia Divina, os peca- pais.
pedregoso e duro que as geadas do inverno enregelavam e que o sol dos, os grandes e inúmeros pecados de Portugal. Fátima, o maior San- Mas, em Maio, n os dias doze e treze,
tisnava na estação calmosa. tuário do mundo na actualidade, é verdadeiramente o coração da nossa !1- grande romagem atinge foros d e acon-
• Nem uma só modesta habitação humana com as suas paredes Pátria . É a mística cidade do Rosário, onde a augusta Mãe de Deus con- tecimento, já não só religioso, mas na-
brancas quebrava a monotonia árida e triste da solidão, nem uma só ce ntrou as mais poderosas energias da vida sobrenatural, para que dali cional.
Foi o que se verificou mais uma v ez
árvore gigantesca erguia para as alturas a sua copa elegante e magesto- irradiassem por tôda a sorte de canais para todos os pontos da terra n o dia treze de Maio último, dia em que
:sa, nem um ténue /io de água dessedentava as ervas e os arbustos que de Santa Maria e para as diversas partes do mundo. o núm ero de fiéis, segundo os cálculos
aqui e acolá surgiam a medo à :superfície da terra, e era raro ouvir-se a A /é aviva-se, a piedade propaga-se e acrisola-se, os p ecadores mais exactos, se elevou a cêrca de du-
voz grave do pegureiro conduzindo o seu rebanho às pastagens ou o con vertem-se, os tíbios a/e rvoram-se, os justos santificam-se ainda mais, zentos e cincoenta mil. Eram - pessoas
canto melodioso das avezinhas pondo uma nota suave de idílio na pai- de diversas classes e condições sociais , que
e, :sôbre a /ace da terra, mercê das orações , penitê ncias e desagravos se deslocavam de todos os pontos do ter-
sagem áspera e intercalando a estrofe vibrante dum hino de júbilo na pedidos pela Virgem e sem cessar oferecidos ao Senhor numa ablação ritório pátrio e !lt é do estranjeiro, indi-
toada melancólica e plangente da serro - a elegia eterna dos pára- humilde e piedosa, d escem a /lux, em torrentes incessantes, as maia vidualmente, em pequen os grupos ou em
mos desertos . pre~iosas graças do Céu, produzindo frutos abundantes e perenes de peregrinações oficialmente organizadas, e
..Hoie, éomó por encanto, o scenário está completamente muda- :santificação e salvação. que se faziam conduzir até à Lourdes por-
tuguesa em tôda a sorte de m eios de
do. Por tôda a parte se elevam edifícios grandiosos e belos, todos os Maria vence, Maria reina, Maria impera/ transporte, desde ?o bicicleta até ao au-
dias e a tôdas as horas os peregrinos acorrem aos pés da Rainha de t om óvel, d esde o com bóio a té ao avião.
Fátima para lhe render as suas homenagens, para lhe tributar os seus VISCONDE DE MONTELO T alvez por coincidirem as datas da pe-
regrínação com dias de sábado e Domin-
go, teve desta v ez ?o Cova da Iria a
maior das concorrências q ue ali, até
agora, se tem presenciado. E isto, a-pe-
sar-da chuva que, d urante a manhã e nas
primeiras horas da tar de de sábado , ca!u
repetidas v ezes em bátegas furtes e de-
, moradas, entre o fu zilar dos r elâmpagos
e o ribombar dos trovões, que ecoavam
1
assustadoramente nas cumiadas da se!-
ra.
Ao fim da tarde de sábado, começa-
ram a chegar ao local das apariçõs m ilha-
res e inilhares d e per egrinos. As imedia-
ções do recinto sagrado ficaram a breve
trecho atulhadas de veículos de todos os
,• gén eros, em número que dificilmente. se
poderia calcular , mas que foi de-certo
superior ao d os anos anteriores.
As peregrinações diocesanas de J!vofll ,
Beja e Algarve, q ue eram pr esididas pe-
los respectivos Prelados, entraram p ro-
cessionalmen te na Cova. da Iria.
D epois de re~m em comum as pri-
meiras orações, dirigiram-se para o inte-
rior da grande Basílica em construção,
onde Sua Ex.ola Rev.ma o Senhor Bispo
de Beja lhes fez ·uma eloqüente e tocan-
te alocução.
Juntamente com as pereg-rinações iam
chegando numerosos doentes que os ser-
vitas acompanhavam ou conduziam em
macas P!'-ra o Albergue, onde eram aco-
lhidoe e tratados com inexcedível dedi-
cação e carinho .

Aprocissão das velas


Quando as primeiras sombras da noite
desciam sObre a terJ:;!., a Cova da Iria era
um vasto anfiteatro cheio de movimen-
to e de vida, onde uma multidão enor-
me circulava em tôdas as direcções, con-
centrando-se principalmente em frente do
Pavilhão dos doentes e da capela das !lPa-
rições.
As vinte e duas horas, j untx> dum mi-
c rofone, o rev.do dr. Marques dos San tos,
vice-reitor do Seminário de Leiria e ca-
pelão-director dos servitas, inicia e diri-
Um avião militar com a Cruz de Cristo paira sôbre o Santuario e os peregrinos no dia 13 de Maio de 1934 ge a recitação do terço do Rosário que
2 VOZ DA FATIMA
é feita pelos peregrinos em massa. Se-
guiu-se a procissão das velas que consti-
queuoes do Inferno, vivem desafogacola-
mente por vezes à custa do dinheiro dos
dias doze e treze, um numeroso grupo
de swuts católicos de Lisboa distribuí-
frente da escadaria da Basilica do Rosá-
rio aglomerava-se uma multidão enorme
Notas várias
tuiu uma grandiosa manifestação de fé, católicos... ram pelos peregrinos pagelas de propa- de peregrinos, num total aproximado de Na última quinz~ de Abril realizou-se
duma imponência e deslumbramento in- O Senhor Arcebispo de ~vora, falan- ganda da Pia União dos Cruzados de duzentos e cincoenta mil. no Santuário de Fátima o retiro espiri-
descrit.fveis. O vasto recinto das apari- do do quarto mistério, afirmou que a Fátima. Sua Ex.<>~• Rev.ma o Senhor Bispo do tual dos venerandos Prelados portugueses,
faltando apenas os de Lamego por doen-
ções converteu-se num lago imenso de
luz, num mar fantástico de fogo. Mais d.e
cem mil velas se acenderam de-repente
morte de Maria Santíssima foi apenas um
fechar de olhos às cousas da terra para
os abrir às belezas do Céu.
Numa das dependências do Albergue
estava instalada uma secção de Chefes de I
Algarve celebrou a missa dos doentes.
A Schola cantorum do Seminário Epis- ça e o de Ossirinco por motivo de servi-
copal de Leiria, proficientemente ensaia- ço urgente e inadiável.
como por encanto e ao mesmo tempo o Nesse mesmo mês, e precisamente por
I!Avé de Fátima>~ saiu de outras tantas ocasião do retiro dos Ex.moa Prelados, vi-
bôcas, subindo no espaço e enchendo sitou a Lourdes portuguesa Mons. Aires
com a sua me!odia suave e piedosa a Franklin de Sá, cónego da Sé de Goa e
vasta extensão do recinto sagrado. Guardião oficial do Corpo de S. Francis-
O interminável e majestoso cortejo se- co Xavier, o grande apóstolo das {ndias.
guiu o itinerário do costume, deslocan- Entre muitas altas personalidades que
do-se os fiéis com bastante dificuldade no dia treze estiveram na Cova da Iria,
pelas avenidas central e laterais, em vir- notou-se Sua Ex.•la o Senhor Ministro do
tude do seu número extraordinário. Rea- Interior em viagem particular e Dl\. com-
lizado o longo percurso, as diferentes pe- panhia apenas de sua EspOsa e de seus
regrinações, que levavam à sua frente filhos.
os respectivos estand~. regressaram Nos dias doze e treze o serviço de tn\n-
ao Pavilhão doe doentes, junto da igr&- sito foi dirigido p<ir uma fOrça da G. N
ja da Penitenciaria. R., comandada pelo tenente sr. Francisco
1t então que o côro imenso dos pere- Varela, que há muitos anos regula admi-
grinos canta com um entusiasmo fr&.. ràvelmente êsse serviço que é tão delicado
mente o símbolo da sua Fé, o Credo, co- como difícil pelas condições especiais em
mo w:na ária triunfal, como um cântico que se realiza.
Como medi~ de segurança contra os
de vitória, vibrante, sublime, indeecri-
tível. gatunos que costumam praticar as suas
Espectáculo - ?-dmirável e empolgante proezas durante as peregrinações a Fáti-
que comove até b fibras mais íntimas ma, e especialmente na Cova da Iria, fo-
da alma, mas que 86 pode compreen- ram requisitados alguns agentes da P. I.
der e sentir quem bm a ventura de o C., que prenderam em flagrante oito ca-
presenciar! dastrados, que foram conduzidos para o
POrto, onde deram entrada no Aljube.
Aadoração nocturna
Já 96 desvaneceram por completo os Visconde de Montelo
ecos dos últimos acordes do Símbolo dos
Apóstolos. Principia !l-gOra a adoração
nocturna. Cerimónia imponente e tocante
na sua simplicidade encantadora, em que VISITA ILUSTRE
Jesus, o Divino Rei de Amor, oculto na
Hóstia pura, santa e imaculada do Sacri-
fício Eucarístico, vê humilde e devota-
Sua Ex. Rev. o Senhor Bispo de
cl& m&

mente prostrada a seus pés uma multidão Madrid-AIcalá


imensa que o ama sincera e entemeci-
damente, que lhe ~xpõe o longo rosário
das suas necessidades espirituais e tem-
porais e que cheia de confiança implo-
Os Ex.m~ ~
PEREGRINAÇAO DE 12 E 13 DE MAIO DE 1934
Rev.moo Sr. Arcebispo de l!:vora, Bispo de Algarve, Portalegre, Beja e Leiria abençoam a multidão I De regresso de Lisboa aonde fô-
ra assistir ao I.° Congresso Nacio-
nal da J. C. F. Portuguesa esteve na
ra da bondade infinita do seu Santíssimo Fátima e em Leiria hóspede de S.
Coração um sem número de graças, de Da sua vida, afirmou Sua Ex. ola Cruzados que receberam milhares de ins- da, cantou a primor, acompanhada pelos
bênçãos e Cile misericórdias. Rev. ma, tiramos nós os moldes da nos- crições. peregrinos a bel!~- e piedosa missa l!de An- Ex.•Ja Rev.ma o Snr. Bispo de Leiria
Sul. Ex.<>~• Rev.ma o Senhor Arce- sa, sempre em perfeita conformid!l-de com gelis>~. o Ex.mo e Rev.mo Snr. D. Leopoldo
bispo de ~vora preside ao turno da ado- a vontade de Deus. Os doentes peregrinos Ao Evangelho Sua Ex.ct& Rev ..... o Se- Eijo y Garay, Venerando Bispo de
ração nacional, que dura desde a meia- O Senhor Arcebispo explicou ainda o São de-certo os doentinhos, que com nhor Bispo de Beja dirigiu aos fiéis uma Madrid-.Alcalá.
-noite até b duas horas ~ madrugada. significado do quinto mistério - prémio tantos incómodos e sacrifícios se deslocam eloqüente alocução.
imarcescível da sua vida inteira. Há dezassete anos, principiou o vene-
S. Ex.e~a que é um dos melhcn-es
Assiste também o ilustre e venerando até Fátima, conformados com a santa
Prelado de Leiria. O rev.do dr. Manuel Do seu trono de glóri!l-, a Santíssima vontade de Deus, que sabe melhor do rando Prelado, que o Jogar bemdito de oradores de Espanha e dotado Je
Marques dos Santos dirige, por intermé- Virgem exulta. com as homenagens que que nós o que mais nos convém, se a Fátima foi visitado por Nosso Senhora. vastíssima cultura retirou--se maravi-
dio dos megafónios, a recitação em co- aqui se prestam ao seu Filho. E pregun- saúde ou a doença, e cheios de confiança Desde então, sôbre Portugal inteiro, tem lhado com o gôsto e beleza das obras
mum do têrço do Rosário. ta-vos: ao partirdes ~ui lembrar-vos- oo poder e na bondade maternal da Rai- caído um Pentecostes de graças e de bên- da Fátima principalmente da igreja
O venerando metropolita Eborense, !Ul· -eis de mim e do meu Jesus? A vossa res- nha do Céu, os mimosos, os predilectos, çãos. Por tôdas essas dádivas, a gratidão
tes de cada dezena, ~licou ao numero- posta será de filial confiança e de pro- os privilegiados da Virgem bemdita, so- dos portugueses para com 11- Mãi do Céu
prometendo vir brevemente em pe-
so auditório o respectivo mistério. messa fiel. Saiamos daqui a vibrp.r de corro dos enfermos e consolação dos afli- t em-se acentuado num crescendo admirá- regrinação com um grupo de pere-
O primeiro mistério glorioso, a ressur- entusiasmo, com a alma retemperada pa. tos, no Santuário das suas graças e das vel. Assim não há em Portugal uma igre- grinos Madrilenos.
reição de Nosso Senhor, constituiu um ra o trabalho por Jesus. suas bênçãos mais preciosas e mais esco- ja sem um altar de homenagem à Virgem . Acompanhava o Snr. Bispo de Ma-
mistério de glória, e de glória imortal. Que esta Hora Santa - da terra e do lhidas. Foi extraordinária a afluência dêsses Nossa Senhora quere firmil-r em Portu- drid o seu secretário Rev.° Cónego
O mundo e o inferno cantavam vitó- Céu -marque Di!- nossa vida como que pobresinhos que, muitos deles desenganados gal a sua realeza. Que ela continue a es-
ria sôbre 11- sepultura de Jesus, coberta um marco miliário, o inicio duma nova da sciência dos homens, só esperaV!UD tender o seu manto de protectora sôbre D. Amadcn- V asquez Cambón.
de pesada lonsa; então, segundo o que actividade. o remédio dos seus males ou o doce bál- esta terra que ~ sua. Seguiram de automóvel no dia 21
prometera, o Divino Mestre, ressuscitou O Senhor Arcebispo de ~vora concluiu samo do confOrto e da resignação cristã O ilustre Prelado referiu-se depois à em direcção à fronteira de Valença.
glorioso e triunfante. Agora também os com um acto de súplica e de reparação. do poder de Deus e da piedade de sua evolução que a vida religiosa está atra-
ímpios riscam o seu nome do livro das No fim, o rev.do dr. Marques dos Santos, Mãi ::>antíssima. vessando, na preparação do movimento
leis, expulsam--no das escolas, 11-francaiD· acompanhado pelos fiéis, rezou pelo ~u­ No Posto das verificações médicas pres- que dará a Portugal uma fé sentida e vivi-
-no do coração das crianças e, por fim,
tripudiam ao som dum canto de vitó-
mo Pontífice, pelo Episcopado. pelos
Bispos presentes, pel!l- Acção Católica, pe-
taram serviço, criteriosa e desveladamen-
te, àlém do director, sr. dr. Pereira
da por meio da Acção Católica. Exortou
os fiéis presentes a tomar logar nas mi-
RETIRO AS SENHORAS SERVITAS
ria. Mas, depois das vitórias de dezano- los doentes e pelas intenções dos pere- Gens, os srs. drs. LÚz Preto, Gregório lícias de Cristo, explicando ~ organização
A principiar no dia 19 de maio,
ve séculos, Cristo triunf;l.rá mais uma grinos presentes e de todos os que de Lages, Vaz Serra, Avezedo Antunes, Ca - e finalidade da Pia União ~<Cruzados de terminando a 2J, realizou--se no sa,
vez. longe acompanharam, em espírito, os ac- simiro Dias, Weiss de Oliveira, Eurico Fátima.." tuário o costumado retiro às Senhoras
Ao explicar o segundo mistério glo- tos da peregrinação. Lisboa, Perei[il- Coutinho, Augusto Men- Servitas.
Ao mesmo tempo que se ~zia a adora- Concluiu renovando- a consagrp.ção da
rioso, <' Sechor Arcebispo começou por des, Freitas Costa, Oliveira Barros e ou - sua diocese e das restantes do sul de Por-
dizer que Jesus, depois de ressuscitar e ção nacional na vasta esplanada em fren - tros. Assistiram 52 senhoras.
te ~ Basilica do Rosário, a peregrina- -tugal a Nossa Senhora. Encerrou o retiro o Senhor Bispo
antes de subir ao Céu, prometeu aos seus Do respectivo livro de registos cons- Terminada a miss!l-. Sna · Ex.ct& Rev.ma
Apóstolos a sua. protecção e assist!ncia ção da diocese de Beja assisti!~- na capela tavam cêrca de duzentos e quarenta doen- de Leiria asistindo também S. Ex!'
o Senhor Arcebispo de ~vota deu a bên-
até ao fim doe séculos. Com a alegria do do Albergue à adoração presidida pelo tes que sofriam de diversas enfermidades: Rev.ma o Senhor D. João, Bispo de
seu zeloso e apostólico Prelado. ção com o Santíssimo Sacramento aos
momento, os Apóstolos fi.car;un inertes, dispepsÍil. cancro, epilepsia, paralisia, doentes. Como sempre, esta tocante ceri- V atarba e Coadjutor do Patriarcado.
olhando para o Céu, onde se lhes sumira Em seguida, fizeram diversos tumoe de sciátiC!I-, psico-nevrose, tuberculose, sinu-
adoração algumas peregrinações. como as mónia fêz chorar aquêles pobres mártires
o Mestre, sendo preciso que um Anjo os site maxilar, sistite, nevropatia, artrite. de tantos sofrimentos físicos e comoveu
mandasse ?o Jerusalém para receberem de Sesimbra, Bemfica, Caldas da Rainha fiebite, gastrite ulcerosa, cataratas, reu- igualmente os circunstantes, vendo-se os
e Louriçal do Campo.
os dons do Paráclito. Hoje, como então,
disse Sua Ex.ol• Rev.-. o Senhor mos- DUC!Ulte a noite e no dia seguinte até
matismo, anquilose, insuficiência cardía-
ca, cólicas hepáticas, surdez, bronco-pneu-
olhos de muitos deles marejados de lágri- LIVROS EM PORTUGUP.S SOBRE
mas.
tra-nos, sorridente, o caminho do Céu ...
Chama-nos, não para a quietude, para o
1.0 pôr do sol, numerosos sacerdotes ouvi-
ram de confissão, na igreja de Penitencia-
monia, lesão cardia.ci!-. artério-esclerose,
nevrite reumatismal, hemorragia cerebral, As invocações feitas pelo rev.do dr. Mar- FATIMA
ócio, mas pafi!- a luta, para o sacrificio, ria, milhares e milhares de peregrinos, an- apoplexia, ostelte, osteo-artrite do joelho, ques dos Santos, emquanto se procedia à Podeis comprar no Santuário os se-
pora a imolação para a oonfiança opero- "iiosos de se reconciliarem com Deus. mal de Pott, ascite, hepatite, bóssio, as- cerimónia da bênção, eram acompanhadas~ guintes livros:
sa, para ~os. com as suas ~n­ Terminada a adoração nocturna com a tite, etc., etc. num côro formidável, pela ~ doe pe· 1.• - Oratória-Fátima ... ... 20$00
çãos, a continuação do seu apostolado na bênção geral e o encerramento do Sant:ís- Um pouco antes do meio-dia solar, os regrinos ali presentes. 2.0 - As grandes Maravilhas de
terra. Evocando o quadro da Ascensão, -rimo no Tabernáculo, já ao romper da doentes foram transportados pelos servi- Vieram quatro aviões da Amadora que Fátima ... ... ... ... ... 10$00
exortou Sua Ex.ct& Rev.- todos os presen- manhã, Sua Ex.•la Rev ..... o Senhor Bispo tas para o recinto fronteiro à 1!1-rga esca- fizeram graciosas evoluções por cima do 3. 0 - Fátima, o Paraíso na ter-
tes a encherem-se de santo ardor na luta de Leiria celebrou a missa da comunhão daria que conduz 11-0 pórtico principal da recinto 5!lgrado e lançaram ramos de flores ra. ... ... ... ... ... ... ... ... 5$00
pelos princípios da Acção Católica, em ~eral a que assistiram duzentos servitas futura Basflica, onde ficaram instalados sôbre o padrão comemorativo das apari~
4.0 - A pérola di) Portugal ... 5i00
colahoração e sob a dependência da Je- de ambos os sexos. em macas ou sentados em bancos e defen- ções. 5. 0 - Fátima, a Lourdes Por-
rarquia. Ao Communio receberam o Pão dos ' An- didos dos raios solares por pequenas co- Concluindo "' cerimónia, o venerando tuguesa ..• ... ... •.. ... ... 5$00
O Senhor Arcebispo de ~vora começou jos cêrca de vinte e dois mil peregrinos bertas de lona. , Prelado den a bênção encarlstica a todos 6.•- Fátima à Luz da .Autori-
a explicação do terceiro mist~rio. histo- com uma piedade e um recolhimento so- A essa hora, a Imagem de Nossa Se- os peregrinos. dade Eclesiástica ... ..• ... 6$00
riando a transformação que nos Após- bremaneira edificantes. nhora de Fátima, que se venera na S!Ulta Realizou-se depois a procissão final, re- 7.0 - Manual do Peregrino ... 3$(1()
tolos se efectuou após a vinda do Espí- O número das missas celebradas no dia capela das aparições, foi levada precessio- matada com o •Adeus à Virgem,, apoteó- 8.0 - Nossa. Senhora da Fátima. 10$00
rito Santo, que os transfigurou e lhes treze nos diversos altares do Santuário e nalmente para o f!.ltar campal _;umado em tiC!I- manifestação de fé, espectáculo in-
que principiaram 11-0 romper de alva foi descritível de piedade e beleza inexcedi- N. B. Mandam-se pelo correio a quem
deu um novo ser. A Igreja principiou frente da Basílica. junto ao pedido enviar a l"e&pectiva im-
logo a patentear-se em largos frutos de superior a cem. Tomaram parte na procissão muitas pe- veis.
portância., enviando-e& também ~ co-
apostolado. Animados duma fôrçâ divina, regrin;l.ções com as suas bandeiras e estan- Efectua-se então a debandada geral.
Os Cruzados de Fátima
os disdpnlos levantaram em todo o man-
do o pregão da sua fé, de que davam
público testemunho. Hoje, como 11e111pre,
Como os leitores da <.Voz da Fátima,
já sabem pela página dos Cru~dos, o ~
dartes, entre as quais as de Bemfica, Al-
fama, SantolH>-Velho, TOrres Novas, Pu-
cariÇ!l, Ãguim, Arieiro, de Coimbra, Lou-
Os peregrinos, saüdosos dos dois dias
de maravilh!l- passados naqutlie lindo can-
tinho do Céu que é a Cova da Iria e com
............
brança a quem IU!IIim o deeeja.r.

paira ainda sôóre a Igreja o mesmo sO- nerando Episcopado português fundou há riçal de Campo, POrto de Mós, Comche, as suas almas cheias de suaves e S!Ultas Artigos religiosos
pro divino. - E, como ~mos nós tes- poucos meses uma obra de meios auxiliar Faro, J. C. F. de Faro, S. Estevão de emoções, regressam uns após outros, a pé. Os peregrinos da Fátima. encontrarão
temunho da fé do DDS80 Mestre? Aqui, da Acção Católica chamada I!Pia União Pussos. Casal Velho de Alfaizerã.o, S. a cavalo, em carro, pelo caminho de fer- à entrada da .Aveniua Central do San-
neste Cenáculo, convidados por Maria, dos Cruzados de Fátima». Pedro do Rêgo, da Moita, Emprêsa de ro, de automóvel ou camionnette, utili- tuário, já dentro do reciutr. murado,
estão mbitos milhares de crentes. Urge, 1t uma liga de piedade e de beneficên- Cimentos de Leiria, Ribami!-r. Vila Nova zando todos os meios de transporte an- duu casitas onde podem comprar arti-
porém, que todos se preparem para a la- cia, destinada, mediante um pequeno sa- de Miranda do Corvo, Arega, Alcobertas, tigos e modernos, ~ seus lares distantes, gos n1ligiosos que aJi estão à venda em
ta pela recristianização de Portugal. crifício pecuniário mensal dos fiéis, p. sub- Vimeiro de Alcobaça, Paranhos, do Pôr- opde vão transmitir àquêles que não pu- favor do Santuário.
Um dos meios principais de defesa e ministrar os fundos necessários para fazer to, Santa Marinh!l dos Olivais, Filhas de deram ir a Fátima as novas ansiosamen-
de ataque é a imprensa, voz que incen- face às despesas com aa obras importan- Maria da Póvoa de Lanhoso, Farminhã.o, te esperadas da terra saçada da Virgem, •
deia, facho que inflama. tíssimas da Acção Católica, cujo frm é Sesimbra, MiSericórdia do POrto, Carapi- terra de graças e de milagres, e p.s impres- O Sr. .António Rodrigues RomeiM
- E B..!'sina:is vós o jornol católico, ex- recristianizar a nossa sociedade papniza.- nheira do Campo, Portale~. S. Este- sões gratíssimas e inolvicláveis das impo- á a pessoa encarregada pelo Santuário
pun~ndo a vossa casa dos jornais de meias da mercê da peste do laicismo, dando vam de Alfama, Albergaria dos Doze, nentes manifesfações de fé e piedade da de mandar pelo corre1o os pedidos de ar-
tintas complacentes com as maiores bai- Deus a Portugal e Portugal p. Deus. TOrres V~s. Matozinhos, etc. grande peregrinação nacional. tigos religioSOB, ~ivros sôbre Fátima ou
xezas? :Esses focos de imoralidade, bo- Durante a romagem de Fátima, nos Na vasta espla.nada que se estende em água do Santuú1o.
VOZ DA FATIMA a
da Fátima a quem deseja agradooer tal randa - Doticas, teve sua Dli.e, de 93 15$oo; P.• António Nogueira - Fão,
GRAÇAS DE N. SENHORA DA FÁTIMA favor.
- Manuel Nu.ne1 Sal11udor - Abadia,
Ceissa, esteve gravemente doente espe-
anos já, prestes a exalar o último &115-
piro com umus doree violentíssimas que
muito a fizeram sofrer.
15$oo; Sara Lopes - Fão, 15$oo; Zulmi-
ra Borda. - Fão, 15$oo; Albertina Mo-
rais - Fão, 15$oo; Rosa Veiga - Fão,
Escarlatina do conoedido o que pedi, venho agrade- rand<Hõe de:ntro cm b!·cve o de<tenlace
oer à Sant.íbl!ima Virgem tão gran~ fll- fat;.l. O seu avô, .J osé Nunu Salvador,
Não conseguindo com os medicamen-
tos extinguir tão crueis dores, seus fi-
15$oo; Ana Sá - Barcelos, t5$oo; Mercê-
des Fiuza- Barcelos, rsSoo; josi ). An-
~ Lwu \:Uta dirigida à Voz da Fá-
vor. recorreu a Nossa Senhora da Fátima, a lhos e netos que muito a estimam, vol- tunes Upo - Portalegre, 8ooloo; Ana
tima diz o seguinte: - Maria e Ant6nio Souw. - Mapu- quem fêz algumas promessas1 e desde tam-se para Nossa Senhora da l!~átima Clemência - Carapêlhos, 21$55: Distrib.
ocA nossa beulwra da Fátima o meu çá - Gôa, intimamente reconhecidos logo a criança começou a scntu rápidas e, graças ao seu valimento as dores desa- em Coruche e Salvaterra de Magos, ssSso;
eterno agradectmento, pela cura de E&- agradecem a Nossa Senhora o ter-lhes e esperançosaa melhoras. Hoje encon- parecem por completo conservando-ee Ana Azevedo - TOrres Vedras, 15Soo;
carl«tilla aguda, graça conoedula me.. alcançado aaüde para sua mãe que es- tra-se bem, graças a NOS6a Senhora da desde então até qoje completamente Guilbermina Estorninho - Carregado,
d1ante a água do ::iantuário de Nossa teve prestes a morrer sofrendo dores hor- Fátima. izenta de tão atrozes sofrimentos. z8o$oo; Maria Gertrudes - Atouguia da
Senhora da J!'á tima, agua que tomei du- ríveis. -A S.• Condesw. da Figueira, obte- - Row. Ferreira da Silva - Pardi- Baleia, 2o$oo; P.• António F. de Sou·
rante nove dtas. Exclutndo rotalmente -Maria Carolina Correia Mende&, ve de N.• S•. umn graça tomporal im- lbó, agradece a Nossa Senhora da Fáti- sa - Recarei, soSoo; P.• Manuel R. Pin-
os meios da medicina, até ali observa-- diz ter estado gravemente doento no portante cuJa concessão deseja aqui se- ma uma graça obtida por intercessão da to - Esmoriz, 67Soo; José da Cunha -
dos, unicamente de\'o atribuir a minha. Hospital de Luanda, e que s6 obteve a ja publicada, como prometeu. mesma Senhora e que prometeu publi- Chaves, rsSoo; Elisa Mesquita - Lisboa,
cura à inkrvençãv de N .• Senhora a saúde depois de se ter entregado à ma- -Maria Jo&~ Carolina doa Santo&- car. 4o$oo; Maria do Carmo Pires - POrto,
quem reoorri devotamente, depositando ternal intercessão de NOS8a Senhora da Foz do Douro, sofreu muito nos pul- Dr. Euaébio Jo&~ Ferreira, juíz em 41$6o; P.• Edgard B. Castelo Branco - .
nela a máxima confiança, como em nos- Fátima, a quem agora deseja publica- mões ~ tendo obtido a saúde mediante Vila ViÇOSa, e sua Ex.m• Espôsa, agra-- Lisboa, 548$oo; José Mendes - AJpedri-
sa Mie que o é. mente agradt>Oer. o recurso a Na S.• da Fátima, vem decem reconhecidamente a Nossa Se- nba, 5o$oo; M.• da. P. Cerejo- Zibreira,
Rogo o favôr da publicação desta gra-- - Jo&~ Pereira Nollo - Tôrre, agra-- agradecer-lhe tão grande graça. nhora da Fátima o ter-lhes alcançado a 2o$oo; Rita Barbosa- R io Maior, xs$oo;
ça no jornal intitulado uVoz da ~'áti­ dece a Nossa Senhora da Fátima algu- Agradece também um favor muito im- saúde para nm seu filhinho que a havia P.• Augusto da. Trindade~ Viseu, 6o$oo;
ma.u mas graças ~ue lhe foram concedidas. portante concedido a uma sua filha. perdido. Prior de S. Maria - Bragança, so$oo; P.•
V aratôjo - Tôrres Vedras -Mariana A.lfMida, doa Estados Uni- - Maria da Conceiçllo Al11u de Mi- Santos Andrade - Cardigos, 54$oo; Dis-
dos da América. do Norte, esteve cêrca trib. em Castelo de Vide, 25S5o; Alfredo
Daniel da Ory.z Santo• Coita d~ sete anos impossibilitada de andar, Camilo - Funchal, 25$oo: P.• João La.-
devidd" a uma descomunal incha~ão nos ginhas - Leonil, 2o$oo; P.• António Ca-
Menin&ite membros inferiores. Desenganada pelos labote - Alcácer do Sal, 15$oo; Guilher-
(.l!.w curta de 1 de Agosto, diztml-nos mina Sampaio - Lisboa, t5$oo; Gertru-
mádicos, recorreu a Nossa Senhora da
do Jtunchal o ue"uinte:) des do Carmo Pinto - Sezimbra, 8o$oo;
Fátima rezanda e la:vando-se todos os Margarida. L. de Almeida-Lisboa, 2o$oo;
uO ano pa&>ado pelo mês de Março diu com a água do s~ntmirio, e assim
adoeceu uma mtnha hlhinha d~ apenas Laura Gouveia - Lisboa, 2o$oo; Uma
alcançou a cura que humanamente já devota, 2o$oo.
6 mêdes de idade. <.:onsultei um médico não esperava.
que declarou ser uma m~rite e prescre- P.• Sal11a&r Pedlro do Prado- S.
veu o tratamento costumado contra tal Izidoro- Mafra, em nome de uma sua
doença. paroquiana, mle de cinco filhinhos, pe- Uma grande graça de Nossa Senhora
Mas, a-pczar-de tratarmos a querirla
doentinha com todo o desvêlo, a doença
de para. que aqui seja notificado o fa.-
vor feito pelo Céu a essa pobrê família.
a um sábio em Roma
agravava-e& gradualmente a ponto tal O R. P.• Gianfranceschi é um sábio de
A mãe estava gravemente mal mM, me- nomeada universal. Foi e.colhido pelo Go-
de julgarmos a todo o instante que mi- diante a intercf>Ssão n Nossa Senhora
nha filha ilf!tava prestes a morrer. Con- vêmo italiano para !lCOmpanhar a célebre
da Fátima alcançou, obteve a saúde de expedição ao Polo norte e é o director
sultámos um outro médico, e êste decla-- que tanto neoeaaitava para ai e para
rou tratar~ duma meningite e que não do Posto Rádio do Vaticano, um dos
amparo dos seus filhinhos. mais perfeitos do mundo, montado pes-
havia já cura possível atendendo ao - Am~lia M. dfl .Ciih:a, de Lisboa, te- soalmente por Marconi que desta forma
adeanta.do da doença e à tenra idade da ve uma sua neta perigosamente doente quiz homenagear o Santo Padre.
criança que, se escapasse ficaria pelo com febre intestinal. Durante algum Estava o Rev. P.• Gianfranceschi peri-
menos defeituosa. tempo se andou com a doente em tra- gosamente doente com uma afecção da. gar-
Vendo assim a minha filhinha conde- tamento mádico, até que, não sentindo ganta, temendO-se uma catástrofe emi-
nada à morte recorri a Nossa Senhora melhoraa animadoras entregaram a sua nente.
da Fátima p~ometendo que ae minha cura a Nossa Senhora da Fátima em cu- O Rev. P.• Picantet mandou-lhe água
filha melhorasse o seu primeiro passeio ja honra se fizoram uma novena ,, al- de Fátima, mas com certo receio de que
seria à Capelinha de Fátima edificada gumM promcssas. Peregrinação a Fatima nos dias 12 e 13 de Maio de 1934. - Os doentinhos o sábio não a quizesse tomar.
aqui na ){adeira há poucos anos ainda, A cura não se fêlll esperar, e aquela A esta observação respondeu o grande
e que publicaria esta graça no eeu jor- acompanhados dos dedicados Servitas oYam com todo o fervor e piedade.
que então estava gràvemente mal sente- homem de ciência, depois de a começar
nalzinho. se hoje optimamente bem favor devido a be}jer:
Passados alguns dias, lembrei-me de única e e:"i:clusivamento a Nossa Senhora uDiga ao P.• Picantet que tenho mais
pedir água do Santuário da Fátima. In- da Fátima. fé nesta água de que nos médicos•.
na Igreja dos Terceiros - Viseu, 5o$7o;
daguei quem "11. teria, até qne co~i
descobrir qnem me cedeu alguma. DHi
uma colherzinha dela a beber à minha
-Maria Aurora Ferreira de Nobre-
Da - Funchal, suportou durante olgum
tempo os in<'Ómodos Je u1na brnnco-
VOZ DA FATIMA P.• Francisco Lucas - Fuzeta, 3oS9o;
Manuel Martins Ribeiro - M.alhapão,
Tomou-a tOda (t quarto de litro) na
manhã em que a recebeu e dentro de
poflcos dias estava livre de perigo.
DESPESA 2o$oo; Duarte Figueiredo - Satam, 3o$oo;
querida doente deitando..lhea também al- -pneumonia dupla. Invocado o auxílio Graças seJam dadas a Nossa Senhora de
gumas go~ sôbre a cabêça, far.endo ia- Transporte .............. . -4)8.800$19 Piedade Primavera - Feliteira, 2o$oo; Fátima!...
de N.• S.• da Fátima em favor nesta Papel, comp. e imp. do n.• António Lobão - Sande, 2o$oo; Lucinda.
to várias vezes, sobretudo quando lhe doente em breve recuperou a sat\de tão
davam oa ataque.. 140 (75·520 ex.) ... ..... . 3·494Soo Carvalho- Coimbra,~; Ana Barreto
desejada. Roconhecid!\. a N.• S.• d'\ Fá-
No fim de algum tempo, oom gran- tima vem agradecer-lhe êate favor.
Franquias, embalagem, trans - Pedrogão Grande, 3o$oo; Custódio Lo- Graça a uma Senhora do Alentejo
porte, etc............... . 1.573S75 pes - POrto, zsSoo; José F. de Almei- A Senhora D. Cristina Pontes Abraços,
de admiração de todos e do próprio mé- -Maria Ferflllnde& do& ,Ciantn, - Na Administração . . . . .. . .. IJI$o5 ~ - Vimeiro, 15$oo; Rosalina Jorge - de Serpa, tendo um grande a_bcesso na
dico a minha :Maria de Lourdes come- Anadi.1, sofrendo de umq bronqu1~ pul- Lisboa, t5$oo; Sebastião Henriques - garganta julgando-se inevitável uma ope-
çou 'a melhorar até que ficou completa- monar e de6enganada do!. médicos, re- Soma. .. 444.oo4S99 Cortegana, zsJoo; Marquês do Rio Maior, ração, recorreu a Nossa Senhora de Fá-
mente curada e eem que nela 11e note ha.- corrflu a Nossa SE>nhora da Fátima em roo$00; Albergue de Nossa Senhora da
ver dPfeito algum t .teasião rluma pere~rinação. e tendo ob- Donativos desde 15$00 tima prometendo uma esmola para o San-
Fátima, too$oo; Cecília de Castro - Lis- tuário. Em poucos dias ficou curada sem
Já fui à nossa Fátima Madeirense tido a saúde de que necessitava vem Ermelinda Leite - América, 2 dólares; boa, 2o$oo; Pompeu Vida.l - Lisboa,
cnmnrir a minha promPSSa faltando-me Leonilde Belo - Aldeia da Mata, xsJoo; ser necessária a eperação.
agraderer 81118. graça 3o$oo; Sindazunda Ribeiro - Pinheiro,
publicar na Voz ~. Fátima esta graça - Guilhermina Olara - Serra do Laurinda :Marques - Lisboa, 2o$oo; Ma- 2o$oo; Narciso André - Espinho, 2o$oo;
imensa que a Virp:em Santíssima ae di- Pôrto d'lra(}-Monte Real, chegando a ria Ramalho Curva- Vaiamonte, 3o$oo; Distrib. em Marinhas, 125$oo; Manuel da
gnou conreder-me e qnP n_nnl'a esquece- ter uma anemia profunda durante quá- Saneia Moreira - Calçada., t5$oo; Flo.. Silva Matias - Aveiro, t{)()$oo; Hirminia MISSQIS DE H. SENHORA DE FITIMl
rei em tôda a minha vida.n si um ano, recorreu a Nos9:1 S'!nhnra da rinda Rosa - Pôrto, 15$oo; AllroJ!l Ave- Oliveira- Gondomar, 2o$oo; Distrib. em Na Missão do Bié (Província de Ango-
Funchal. Fátima e, achando-se já boa, vem agra- lar ~ América, 21$21; Manuel Costa - Gondomar, no$oo; Mazi9, do Car!llo Tava- la, na Africa Ocidental portuguesa) foi,
deoer a graça da própria, oura. América, zz$21; Guilhennina Gonçalves res - Lisboa, t5$oo; Manuel Fernandes há pouco, inaugurada uma linda imagem
Ermelinda Mctria J1artina - América, 21$21; António Lima - Amé-
- Conceiçi!o Maria doa Santo• - Ri- - Gondomar, zs$oo; Severino Martins- de Nossa Senhora de Fátima que logo
rica; 42$42; Narcisa Nunes - Souzela,
Gra'ÇaS diversas beirão, tinha um irmão que vivia indi-
ferente à pratica da Lei J)ivina. soSoo; Ernesto Cardoso - Mesão-frio;
Envendos, 15Soo; Eugénia Climaco--Lis- atraiu as atenções dos cristãos brancos
e pretos.
- J uaQu'-!11. à.11tcínio J(oque e l!ua es- boa, 4o$oo; Emília Gomes - Ovar, 35$oo;
Por diversas v&v.es hnvia já tentado 4o$oo; Manuel Mendes - Brasil, 2o$oo; António Serra - Vouzela, 3o$oo; Ana Pa- As 15 escolas da Missão foram tOdas
pôsa, ue Avetras de Cima, agradecem a José V. Pit;l- C. de Lobos, 3oSoo; Fran- consagradas a Nossa Senhora, cantando-se
mudar-lhe as ideas contrárias à sã dou- trício Neves- Lisboa, no$oo; Abel Gon-
~011118. Senhora da .lfátuua diversas gra-- cisco Rodrigues - Açores, 20$oo; Irene por tOda a parte o lindd cântico <<SObre
trina, mas sempre sem re~~ultado. En- çalves - Brasil, 15$oo; José dos Santos
ças que alcauçaram do Véu por inter-
médio de tão bôa Mãe.
- Ju.d1th. !'ernanc.lea, do Alandroal,
tretanto veio-lhe uma dOE'nça grave, au-
mentando por isso os esforços o ~tpreen­
aões da pobre irmã em favor rlaqnela
Santos - Tougues, soSoo; Ema Mendes
- Odivelas, 2o$oo; Francisco da Silva -
Amieira, 15$oo; Maria 1\.ia.ia - Aveiro,
Barata - Fundão, 2o$oo; Distrib. em
Paço de Sousa, xoo$oo; Joaquim Castelo
Branco - Cantanhede, 2o$oo; esmola de
............
os braços de azinheira».

diz o seguinte: C<Yeuho publicamente


testemunhar a "ratidào de qne sou de-
alma. Em seu favor 6 CE>lebrarla orna 2o$oo; Manuel da. Rocha - Amonde,
2o$oo; André Peixoto - Braga, 2o$oo;
Braga, soSoo; Distrib. em Cete, soSoo; HUHCl ESQUECliS OSEGUINTE:
novena de Mtasas em honra de Nossa Pároco de Belinho, xosSso; Professor de 1.•- Quando escreverdes para a uVoz
vedora a Nossa t:>enllora da i!'átima por Senhora da Fátima e, graças a D<>ns e Delfina Vasconcelos- Brasil, 15$oo; Ade- da Fátimau, sôbre qualquer assunto que
Antas - Espozende, soSoo; Dr. Weiss de
gravas grandes que alcancei para miro laide Diniz - Lisboa, 2o$oo; Amélia Fon- diga respeito à voSioa as~~inat111a, aui-
a N .• Senhora, a gra~a foi oonoedtd.'\, Oliveira - Lisboa, 2o$oo; António Fa-
e mtnha família por sua ma~l inter- pois o doente morreu é verdade, mas Sff"a - Merceana., soSoo; Maria Carmen nai 1empre a vossa carta ou o vosso pos-
rinha - Lisboa, 15Soo; Maria d'Ourey -
oessào.u partiu para. n Et<-mid~rle rlepoi!l rle ter Garcia - Açores, 47$oo; P.• António tal l:%actamente com o mesmo nome ~
Lisboa, 2o$oo; Maria Jorge Fialho - Jhro..
- P.• Ant6nio Joaquim Terêncio - recebido com boas dispo.c1ições todos os Avelar - Açores, 3oSoo; Luísa Fagundes sobrenomes que vio no enderêço do jor-
ra, 15$oo; Francisco Brusck:y - Cascais,
Olival, pede para que aqui seja teste- - Açores, 24$oo; Clotilde Raposo
aocorros espirituais Que Dena doÍJI:on na 2o$oo; Maria Barrento - Cascais, soSoo; na on rôlo que recebeis.
munhada a gratidão de uma sua paro- Açores. 2o$oo; Maria Augusta Fernandes
S. IIZrPia para an:dlio dos morihnnrlos.
- Parede, 2o$oo; Maria do Carmo Pe-
António Alexandre - Ceia, 15$oo; Dis- lato re/ere-ae também Ma roloa que
quiana que por intermédio de Nossa Se- - Roaa Felgueiras - Mirandela. ti- trib. em Maxial. t5$oo; Joaquim C. Pu- .f!i!o para a& pessoa& encarregadaa do1
nhora da Fátima alcan'.'OU um fa.vor do nalva - Lisboa, roSoo; Dr. Luis Baldo-
nha um filho em quem a t nher<'UlO!Ie lido - Niza, 2o$oo; Duarte Teixeira - uCrowdo1 de Fáttma''·
céu. que Guimarães - POrto, soSoo; António
havia já feito sérios estra~~;011. A-peMr- Andrade - América, 21$ro; Maria do
Almeida, 2o$oo; P.• Francisco Andrade- 2.• ·- Quaisquer mudanças que pedir-
- Maria Pia da Cunha - R. daa J a-- -do nerlodo jl\ avançario l'ln dnen~a rl'- Cascais, 25$oo: M. • da E . Pinto - Cas- des nas vossaa direcções, a6 poderilo aer
nelas Verdes-Lisboa, agradece a Nossa Carmo Viegas - Améri~. 24$oo; Henri-
corren-ile a Nossa S.• :'Ja Fátima em fa-- cais, ro$oo; Prior das Caldas da Rainha, ezecutadaa •e enf!iardea an meamo tem-
Senhora da Fátima o tê-la <'Urado dum que Elias - Coimbra, soSoo; Carmen
vor dêste doente qne nlcan('On a &Ande 4o$oo; Olimpio Rebelo- P. do Lanhoso, po o número da 11013<1 auinatura.
mal muito grave que durante muito Pousá - Barcelona. soSoo; Maria Mene-
que humanamente já não f)O(fia etlllf>rnr. zes Taveira - Penagião, so$oo; Cândida
temp6 a mola.tou. A mel'ma eenhora. MSilltada freqlll"n-
-lwbel de Juua, da Guarda, diz o Lemos - Póvoa de Varzim, 15$oo; Ma-
tes vE>zea por violentos ataques nervo- ria Augusta Soares - América. 1 dólar;
seguinte: updQO a publicação de maia aos. foi livre do tifo inMModo IK'frimen- Manuel Velez Tavares- Carreiras, 6o$oo;
uma graça que N. Senhora da Fátima to m<'.iiAnte a \ntl'!rvenç!o de N.• S .• ~ Cabrera - Lisboa, 2o$oo; António
acaba de alcanç11r em benefício de uma da "FÁtima.. cerqneira - Vt.a.na. do Castelo, 2o$oo;
minha amiga que sofria de diversas AlcRnf'Ou ainrla uma J!Tlt<'a eRoiritnal Helena Moreira - França, 15$oo; Helena
doençaa.•. • em fnvor de nm Tlf'('Ar!or ei!Cllntlnloc;o da Silva - França, zsSoo; P.• A. Gon-
- Ant6nio Gart'dt ~- lk Freita~ - ane teve a Jlfande fE>Iicidarle <le morre,. çalves - Singapura, 2oSoo; Laura Qua-
Lub11n~, deseja agradooer aqui a Noa- Te!'onriliAtlo oom n..ns. e de ri'Ceher os resma - POrto, 15$oo; Clotilde de Jesus
sa Senhora da Fátima uma graça tem- ~ltimo'! RRcramE>nt-oa com ,_inais erlraor- Barcelos - Açores, t87S5o; Manuel Duar-
poral qne por aua int...n't"'\.~ alcançou. dimtriO!! dp arreoendimento e de con- te - POrto, t5$oo; Maria Martins Silva
- Jn1~ Filipe, <!e lhceira, agrade- fianra. Tllo Jlfllndt> I!.'MCII 6 lltrihnftln à - Recarei, 2o$oo; Miquelina Fazendeiro-
ce a Noaaa Senhora o ter-lbe alcançado mntemal interoee..~ rle N S.• da Fáti· Aveiras, 2o$oo; Josefina Marques - Ra--
a ea~de para nm eeu filho que durante ma. malde, 15$oo; Beatri:r: Pereira - Lisboa,
muito tempo eate've ,;rnemente dOE'nte. - Trmll Mnrin lzahel - portno:rn~. 3oSoo; Distrib. na Capela de MoDllarrete
A" C6nio Rodriguea A ntu.nea - Lisboa, rE>siriP.-.tEI e'\ Pnris. IIVTII.df'<'e n N .• R .• - Li:iboa, soSoo: Alda Sepólveda - Pôr-
agradece a Noaaa Senhora uma graça d 11 ll'!ttimn a protM"f'ilo 01111 l'lMiiP .,, to, 2o$oo; António Cavaleiro - Coimbra,
temfl()ral concedida a uma pessoa de ma mnH;oq ~>n08 lhe tem ilisllf>n,_Arlo na terrR t5$oo; J~ F . da Silva - França, 42$3o;
amizade. eoto;nnjeira, sobretudo em hPnl!l espiri- Maria das Mercês Gonçalves - Angra,
-Maria da Allu~4o Rei1 - Pampi- tuais. 145$oo; José Teixeira - Lisboa 3oSoo;
lhosa da Serra, dia : " tendo JM"(lido uma - 1':-''r R,.,-,,~ r."hrnl V'-'f!"li - "Jt'- Manuel Antunes - Casal do Azeite, 2o$oo; Peregrinação à Fatima da diocese do Algarve nos dias 12 e 13 de Maio de
graça a Noaa Senhora da Fátima com l as. alf'llnron Pllrn nm dos eenq filhoq Laura Gulpilhares - Portimão, 4o$2o; 1934. - A peregnnaÇào do Algarve presidida por Sua Ex.•U. Rev.ma o Senhor D.
a promessa de a publicar, e tend()-me ai- nma p:t'&<'a por intermMio de N .• S .• Maria Azevedo - Viseu , 15$oo; Distrib. Marcelino, Bispo do Algarve.

,....
4 VOZ DA FATIMA

CRUZADOS !Tr-:--
DE FATIMA
Unt sôpro a valer trabalho de organização doa Cru-
zadoa.
Àquelas a que já noa números
Por Deus e peI a I gr ej a!
Leiam e meditem anteriorea fizemoa referência te- A ((Pia União dos Cruzados de Que cada chefe de trezena se.
moa a acrescentar aa de Angra, Fátima,,, vulgarmente conhecida considere como um dos oficiais in-
Em 20 de maio passado um jor- formar na Cova da Iria êsse exérci- Guarda e Leiria. pela singela designação de ((Obra feriores do exército pacifico e al-
nalista que é insuspeito de parcialida- to formidável que, se quisesse, com Aproxima-se já de 90.000 o nú- das trezenas,,, surgiu dum modo tamente benemérito da ((Pia União
de, porque não se recusou a reconhe- um sôpro a valer, varreria para Ca- mero de patentes até agora envia- providencial no noso país, quando dos Cruzados de Fátima,, , empre-
cer os méritos do Marquês de Pom- cilhas os 5.000 da Rotunda! das para as diveraas diocesea. a Acção Católica, fundada em boa gando sem cessar o maior zêlo e a
bal, embora censurasse o espírito com Vamos, católicos de Portugal! Foram feitaa as seguintea no- hora pelo nosso venerando Epis- maior solicitude no cumprimento
que se fêz e inaugurou o seu monu- Queiramos I já que só o que nos meações de directores diocesanos: copado, ensaiava, por assim dizer, da sua missão I
mento na Rotunda em Lisboa - êsse falta é vontade firme e esclarecida Leiria: Dr. Manuel Marquea doa os primeiros passos sob a sua égi- Que cada um dos Cruzados, sol-
jomaista imparcial escreveu isto, em de varrer diante de nós todos os nos- Santos. de auspiciosa. dados humildes mas prestimosos
20 de maio passado, referindo-se à sos inimigos - que são os inimigos Angra: P.• Franciaco Fernandea Essa benemérita instituição desti- dêsse glorioso corpo de tropas au-
inauguração do monumento: de Deus, da Virgem, da Igreja, das da Siloa nada a ser a obra de meios, a obra xiliares da Acção Católica, ocupe
~~~~~~~ auxiliar da Acção Cat6lica, foi fielmente o seu pôsto, contribuin-
«Na Rotunda estavam 4 ou 5 mil obras que a Fé católica inspira pa-
livres pensadores, maçons e libarais, ra alívio de tôdas as misérias da hu- acolhida por tôda a parte, desde o do cada mês com o minúsculo sa-
e para ali se juntarem nenhum deles manidade e que, pela nossa falta de
Distintivo dos Cruzados seu início, com um interêss~ uma crifício pecuniário que lhe é im-
se incomodou, nem gastou mais de organização deixamos de vez em Como consta dos Estatutos que simpatia e um entusiasmo, que ul- posto e que será de-certo aben-
dez tostões no carro eléctrico. Só os quando cair nas mãos dêsses ini- publicámos 0no 0último número dêste trapassaram a expectativa mais çoado por Deus, como o foi o
movia o údin ... migos! jornal, Art. 3· - 11-<), o Vene, optimista. óbulo insignificante que a vtuva
<~.Àquela mesma hora e naquele mes- Somos o número, somos a fôrça rando Episcopado resolveu que a me, ~ mister, é absolutamente indis- do Evangelho deitou com tanto es-
mo dia 13 de maio, estavam em Fáti- - e não temos vergonha de nos dei- dalha a que se refere a patente até pensável, que êsse acolhimento pírito de fé e com tanta generosi-
agora distribuída, seja substituída por tão favorável, de que raras vezes dade no gozofilácio do templo.
ma 200 mil crentes de todo o Portu- xarmos espesinhar, vexar, roubar,
um distintivo próprio. A Comissão se ufanam mesmo as melhores e Assim, e só assim, o nosso que-
gal. Para lá chegarert sofreram incó- por êsses escassos milhares de inimi-
Nacional está a tratar de adquirir ês-- mais grandiosas iniciativas, conti- rido Portugal, em grande parte
modos, perderam a noite e gastou ca- gos organizados!· Nós não queremos
ses distintivos para em seguida os
da um deles o mínimo de cem escu- servir-nos do nosso número, da nos- fornecer a todos os Cruzados que cs nue a ser dispensado a uma obra paganizado pela terrível peste do
dos. Só os movia a Fé ... Se êste for· sa fôrça, para impôr crenças a nin- desejem. que pode justamente considerar-se laicismo, que há quási um século
midável exército de crentes resolves- guém. Crenças não se impõem! Mas em relação à Acção Católica co- lhe corrói descaroàvelmente as en-
~~~~~~
se dar um sôpro a valer, os 5 mil re- queremos organizar essa fôrça in- mo o nervo da guerra para um tranhas, logrará erguér-se da apa-
viralhistas da Rotunda iriam parar vencível para soprar a valer para Oração dos Cruzados exéroito em campanha, como a tia religiosa e moral em que se
a .. . Cacilhas t. longe de nós e da nossa pátria todo coluna vertebral para o organismo debate, reatando em tôda a ple-
Tendo alguns directores diocesa, nitude os elos da sua tradição cris-
Meditem bem nestas palavras os êsse lixo de leis e excepções vexató- nos manifestado o desejo de que hou, humano ou como a trave mestra
para um edifício de avantajadas tã e reassumindo no concêrto dos
Cruzados de Fátima- os que já o rias que ainda existem em Portugal, vesse uma oração própria para ser re,
são, para trazerem às suas filas os ca- contra os direitos da grande maioria citada pelos Cruzados de Fátima, o proporções. povos o exercício integral e per-
tólicos que ainda o nio são! dos seus habitantes! O temperamento dos portugue- feito dos direitos e prerogativas
Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo de Lej, ses, sendo, como já tivemos ense- que a sua missão histórica de na-
Nós, querendo, podemos ser, não Católicos de Portugal, oiçam bem ria compôs a seguinte que publica,
um exército formidável de 200 mil isto:- Nós nunca poderemos peran- mos para conhecimento de todos: jo de frizar noutro artigo, um tem- ção fidelíssima lhe confere, em
crentes, mas de duas, três cinco ve- te o mundo civilizado erguer a fron- peramento vincadamente meridio- ordem à realização dos seus subli-
zes mais! Cinco vezes mais, sim se- te sem corar de vergonha emquan- nal, e por isso assaz versátil e vo- mes e gloriosos destinos.
ORAÇÃO lúvel, está pela sua própria natu-
nhores! Um milhão! Ou julgarão tal- to na Constituição portugu~ e na Santíssima Virgem, que Vos di, reza, adstrito a numerosas interca- Visconde de Montelo
vez que aos Domingos não entram pátria não fôr um facto, imposto à gnastes manifestar na Fátima a três
dências, a freqüentes oscilações,
nas igrejas portuguesas, desde Mel- fôrça se preciso fôr, isto: humildes pastorinhos as ternuras do
gaço a Sagres e desde o mar à raia Neuhum cidadão português pode vosso Coração maternal e a Vossa colapsos e esmorecimentos, que o
temperamento dos povos do norte
sêca, um milhão de portugueses? Só ua sua pátria ser privado de qual- aflição pelas nossas ofensas a Deus, da Europa quási desconhece por As características da Juventude de
pode duvidar disso quem não viajou quer direito que nela seja reconhe· tantas e tão graves, alcançai o per, completo.
pelo país! cido a cidadãos estranjeiros ou que dão dos nossos pecados e ajudai,nos Acção Católica
A inconstância nas resoluções
Porque se há zonas onde infeliz- a êle seja reconhecido em qualquer a ser exactos na observânóa dos tomadas de bom grado e com san- Pureza nos costumes, fortaleza de
mente longos anos de influências vá- outro pais dvllizado. mandamentos da Lei de Deus e da to ardor, a falta de continuidade tfnimo e cultura profundamente reli-
rias deixaram esmorecer, e até desa- Entenderam bem, católicos de Por- Santa Igreja e bons Cruzados-após, na execução dos planos mais ad- giosa unidas a uma Fé verdadeira-
parecer a vida religiosa, outras há tugal? tolos de Jesus Cristo, vosso divino miràvelmente delineados, o desâ- mente sentida, devem ser as verda-
onde ela não só se mantém vigorosa Quero dizer isto: que é uma ver- Filho. nimo perante os obstáculos e as deiras características da juventude
mas até se intensificou por natural gonha que os Inglezinhos tenham o Assim seja! contrariedades que surgem a ca- organizada na Acção Católica.
reacção contra os estúpidos propósi- direito de andar por Lisboa com há- da passo e o tédio e a fadiga pro- (S. Ex.c!a. Rev.... Mons. Sa.ntin
tos de destruição com que no princí- bitos talares, bem notáveis pela. es- duzidos pela monotonia no traba-
pio da República alguns dos seus ho- tola vermelha, e que essa regalia de aos jovens de Fiume, em Dezem-
mens a comprometeram, apresentan- indumentária seja tolerada aos por-
do-a como inimiga das crenças da tugueses!
Oiçam mais esta lho conduzem muitas vezes ao de-
finhamento e a uma total ruína os
bro de 1933).

grande maioria dos portugueses. Quero dizer que é uma vergonha Em 1915, pouco depois de 14 de mais belos empreendimentos lan- Que é o apostolado
çados por almas bem intenciona-
Mas volten.os à Rotunda, e a Fá- que para um padre, um frade ou Maio, encontrava,me no Pôrto. Num das e cheias .de generosidade com O apostolatlo é um dos maiores
tima! uma freira, sendo portugueses, pode- domingo, à saída da missa mais con, as mais sólidas probabilidades e dons que o Senhor concede, porque
Foi bem feliz o confronto do jor- rem andar, com pleno direito e não corrida da Trindade, entre os mui,
até com as mais seguras garantias êle enche a alma de graça que deve
nalista. No mesmo dia, 13 de maio, por tolerância, com os seus hábitos tos milhares de fiéis que dispersa, de êxito próspero. comunicar-se às outras almas. A vo-
numa cidade com centenas e cen- talares pelas ruas... tenham de pas- ram do imenso templo, vi com sur, lmporta, pois, reagir vigorosa- cação do apostolado é sem dúvida
tenas de milhares de- habitantes, on- sar a fronteira da sua pátria! presa ... um democrático!
de a deslocação custaria uns escassos Isto é uma autêntica vergonha! . Cumprimentámo--nos e, conversan, mente contra as tendências defei- uma altíssima vocação, mas pecisa-
tuosas da nossa índole nacional mente por isso ela traz consigo sé-
dez tostões, acorreram àquela inau- E esta autêntica vergonha toleram- do, descemos à Praça Nova. Por de, pa obviar com eficácia aos múlti- rias responsabilidades.
guração feita em espírito anti-católi- -na seis milhões de pessoas católicas licadeza não lhe tinha eu tocado na pios e variados inconvenientes de Que é que constitui um apóstolo?
co umas escassas cinco mil pessoas ou não, mas que, em todo caso, se surpresa de o ver, a êle democráti, que elas são a origem. S. Paulo, defendendo-se dos adver-
organizadas (e já é demais supôr que não confundem nem solidarizam com co, sair da missa. Mas foi êle mes, 0 zêlo da glória de Deus e da sários que o acusavam de não ser
estejam realmente organizadas) para essas escassas centenas de milhares mo que ao pé dos Congregados, ao salvaç.ã o das almas, o amor, - o apóstolo, respondeu: «Porventura não
servir êsse espírito anti-católico; - e de libarais organizados para impôr vermos outra multidão sair de outra
amor esclarecido e ardente, e a vi eu Jesus Cristo?,,
no mesmo dia, em Fátima num des- à maioria essas vergonhas e êsses missa, me disse inesperadamente: dedicação indefessa à causa da Apóstolo é, pois, aquêle que viu
campado de difícil acesso, situado vexames! - Deves ter ficado surpreendido
por me veres sair da missal Santa Igreja e, emfim, a compre- Jesus e depois foi enviado por '&le.
no centro do país, vieram de todos Organizemo-nos, pois, Cruzados ensão cada vez mais exacta dos Para ser apóstolo é necessário ver
os pontos dele, com enorme despesa de Fátima! E com um sôpro poten- -Confesso ...
-Mas porquê? Eu não percebi deveres que na hora presente in- Nosso Senhor Jesus Cristo. 1t neces-
muitos, com graves inc6modos todos te não tardará o dia em que todos cumbem a todos os católicos di- sáFio vê-lo antes de mais nada com
êsses 200 mil crentes ... - e êsses é êsses vexames desaparecerão porque ainda em que está a incompatibilida,
gnos dêste nome hão-de conven- a vida interior.
que nós temos a certeza de que fSâo aquêles que os impõem terão sentido de entre as minhas ideias políticas e cer as almas de boa vontade - Eis a razão por que a Acção Ca-
as minhas crenças religiosas?
estão organizados para servir lsse es a nossa f6rça I e, graças ao Céu, elas constituem tólica e sobretudo a Juventude Femi-
p!rito de Fé com que se moveram a . Repliquei:
- E a tua consciência nio te diz já uma enorme legião - da ne- nina renova as paróquias, porque o
que nio devias dar fôrça, com a tua cessidade que cada uma tem de c;eu espírito é espírito de vida inte-
realizar a pequena e humilde tare- rior. Os meios para intensificar esta
Secretariado de inacrição de no- adessão, a um partido que encarna en, fa que lhe foi distribuída, na gran- vida interior são o estudo do cate-
NOTICIAS DOS CRUZADOS .
No dia 13 do mês pasaado, por ooa Cruzados, aubindo a alguna
tre nós a hostilidade à Igreja? t
de cruzada da Acção Católica, co- cismo, 0 estudo do missal, 0 estudo
E êle, depois de me olhar alguns
ocasião da grande peregrinação milhares o número doa que se ins- momentos em silêncio: mo se do seu esfôrço, e só dele, dos Sacramentos' e da Igreja.
anual ao Santuário de Fátima efec- creoeram. A cada diocese foi de- dependesse a vitória, a que está li-
- E todos estes milhares de cató,
tuou-ae ali por iniciativa da /un- poia enoiada nota doa inacritoa licos que viste lá em cima na Trin, gada a sorte dos mais sagrados in- (Sua EminênQ<l o Cardial Sbus·
ta Central da A. C. e com a apro- que lhe pertenciam. terêsses da causa da Igreja e da ter, falando às dirigentes da Ju-
oação de S. Ex.c~a. Rev.- o Sr. Embora, por circunatânciaa ea- dade e estás vendo aqui a sair da Pátria, duplamente cara a todos os ventude Feminina em Milão, em
missa, e que podes imaginar hoje a bons portugueses.
Bispo de Leiria, uma intenaa pro- tranhaa à oontade doa que organi- sair de tôdas as igrejas e capelas de Dezembro de 1933) .
paganda dos Cruzadoa de Fáti- zaram êate aeroiço, o número de
ma. inscrições não fôse tão eleoado co- Portugal, que lhes diz a êles a cons-- cos fazem,me lembrar um desafio de dos beliscos da cnança o gigante
ciência? Não são êles que dão a fôr, murro entre uma criança/ de cinco
Mais de sessenta propagandis- mo seria para deaejar, deoe ser de ça aos inimigos organizados... por, anos - que é a Repúbhca nascida Santa Camarão?
taa idos de Lisboa distribuíram mi- benéficos efeitos a grande propa- que se não organizam? ... é o mesmo que dizia o nosso
em 1910 - e êsse enorme Santa Ca- jornalista. Tornemos consciência da
ganda que se fêz.
lhares e milharea de proapectos Garanto--te que se os católicos se marão que é o povo católico portu, nossa fôrça, organizemo-nos, e, com
de propaganda e alguna sacerdo-
• • • organizassem a valer não queriam guês, que tem mais de oito séculos, um sôpro a valer, os nossos inimigos
tea fizeram oáriaa alocuçõea ao po-
oc aôbre o meamo auunto. No
outros aliados... os democráticos! As-- porque já existia antes da monarquia. voarão!
Continua em diferentea dioce- sim, meu caro - e afastou,se a sor, Quem é que há,de tomar a sério, em
recinto do Santuário funcionou um aes, com notáoel intensidade, o rir - assim os queixumes dos católi, semelhante combate, que se queixe
......................__..____
VISADO PELA CENSURA

... I
Ano XII Fátima, 13 de Julho de 1934 N. 0 142

COM APROVAOAO ECLEIIAITICA

Olreetor • Proprlttirio• Dr. Manutl Mar11uta doa lant oa Emprtaa Editora • Tip. " Unilo Qrifloa" R. tanta Marta, ISI - Lis boa ~d mi niatradorl P. António dos Rtl l Rtdattlo • Ad m ln lltrao&o "lant utrl o da f itlma"

FÁ T I MA .. dom do Coração <<0 Santo de todo o O ADEUS FINAL


de Jesus pelas mãos de Maria mnndo»
«0 Divino Rei de Amor amou tanto os portugueses q11e Mês do Sagrado Coração de J esus
lhes enviou com. o sei! doce sorriso de Mãe. Nossa Senhora de e mês de Santo António de Lisboa,
Fátima>>. · o Santo português por excelênc1a e
(Do apêlo do rev.do P. Matéo aos adorado~ nocturnos do ao mesmo tempo o Santo de todo o
l!IJ" em Portugal no mês de Maio de 1933).
mundo, na expressão lapidar de Sua
Mês de Junho, mês consagrado pela Santa Igreja a honrar dum mo- Santidade o l:'apa Leão X III, de ve-
do especial o Coração Santíssimo do Divino R ei de Amor, mês de promessas nerada e saüdosa memóna. O glorio-
so filho espintual do Seráfico P a-
e de esperanças, mês de júbilo e de consolações, mês de bênçãos e de graças. triarca de Assis foi, durante tôda a
Precisamente no centro do teatro augusto de tão assombrosas ~ tão sua vida, um anJo de pureza e de
c,omoventes manifestações de fé e piedade e de tanta$ ~ tão grandes mara- inocência, tão puro e tão inocente
vilhas divinas, que é o local cinco vezes santificado pela presença da glo- que o Divino Rei de Amor se dignou
riosa Rainha do Céu, a Cova da Iria, ergue-se sôbre o capitel de ,zta e vir mais que uma vez reclinar-se
nos seus braços sob a f1gura dum
graciosa coluna de mármore, a veneranda estátua do Sagrado Coração ~e
gracioso memno. O zêlo ardente, que
Jesus, de braços abertos, como que a convidar Portugal inteiro e tôdas as o consumia, da glória àe Deus e da
nações da terra a procurar naquele foco ardente e inexgotável de amor, de salvação das almas, fruto do amor
bondade e de graça, o remédio para os males que afligem o mundo çontem- unenso que lhe consagrava e que o
porâneo, a paz entre os povos, o bem dos indivíduos, das famílias e da so- elevou até às culminâncias da santi-
ciedade. dade, fêz que êle alcançasse o dom
da sabedoria e o dom dos milagres,
A humanidade, no quadrante da história incerto e agitado que ora que cingiram a sua fronte duma au-
atravessa, encontra-se no período agudo duma grave crise económica, que a réola de extraordinário prestígio e
assoberba e convulsiona, e duma crise ainda mais grave e de conseqüências lhe grangearam uma. celebridade uni-
mais temerosas, a crise de moralidade e de religião. Estadistas geniais e bem versal e única no tep:lpo e no espa-
intencionados procuram com os seus diversos sistemas de renovação política e ço.·
social, como outros tantos elixires de salvação pública, curar as nações, en- O admirável taumalurgo, aínda
mais com os olhos presagos ào cora-
fêrmas e restituir-lhes a pflz, a ordem e a prosperidade.
ção estuante de amor divino do que
Mas tôdas as suas tentativas resultarão improfícuas, todos os seus es- com o poder de intuição da sua inte-
forços serão completamente inúteis, se no espírito e no coraçQ.o dos homens ligência privilegiada, soube prescru-
públicos e dos simples cidadãos não fôr reconhecida e assegurada aos valores tar as riquezas inefáveis da carida-
morais e espirituais a primazia a que têm jus e se esta primazitt. não se traduzir, de de Cristo e pressentir o incremen-
to assombroso que alguns séculos
duma forma bem ostensiva, nas diversas manifestações da vida individual,
mais tarde havia de ter em todo o
da vida de família e da vida social. mundo a devoção ao Sagrado Cora-
Numa palavra, impõe-se, dum modo urgente e inadiável, afim-de ção de J esus, cujos fundamentos dou- I 111
conjurar o cataclismo que impende am.eaçador .sôbre a humanidade qual trinais e razão de. ser teológica êle, O Virgem do Rosário, De Vós me aparto, ó Virgem
outra espada de Damocles, o regresso puro e simples à profissão integral dos consumado teólogo e grande lumi- Da Fátima Senhora, Dêste local bemdito
princípios cristãos e à prática fiel dtt.s virtudes que constituem o património nar da Igreja, abarcava e compre- De Portugal Raínha, Onde a saúde e a paz
endia na sua larga extensão e no seu Dos homens protectora; S01s _do enfêrmo e aflito.
da civilização latina e que só a Igreja Católica sabe inspirar e fazer amar. justo valor. O Virgem do Rosário, De Vós me aparto, ó Virgem,
No Sagrado Coração de Jesus, oceano infinito de amor e misericór- Não foi CO!Jl certeza por mera com- Da Fátima Senhora, Dêste local bemdito
dia, fonte inexaurível de pureza e santidade, deparam felizmen~ os indiví- cidência, mas por desígnio verdadei- Do vosso santuário Onde encontra perdão
duos e os povvs um asilo seguro contra tôdas as desgraças e calamidades ramente providencial que, para a ce- Forçoso é ir-me embora. O coração contnto.
que os ameaçam e um penhor de paz tranqüila e duradoura e de felicidade lebração da festa primária e univer-
sal em honra de Santo António de Côro IV
verdadeira e perene.
Lisboa, foi assinalado um dos dias Uma prece final De Vós me aparto, ó Virgem,
Seja timbre de todos os devotos de Nossa Senhora de Fátima profes- do mês de Junho, o mês do Sagrado Desta montanha santa
Ao deixar-vos, Mãi de Deus.
sar um grande amor Àquêle que, não contente de padecer e morrer numa Coração de J esus. Onde Jesus é quendo
cruz de ignomínia para nos salvar, operando o adorável mistério da Reàen- Viva sempre em m.inh'alma Onde a piedade é tanta.
CÕincidência também providencial
ção do género humano, quís aínda, num excesso de ámor e de misericórdia, é a da sua ocorrência exactamente êste grito imortal: De Vós me aparto, ó Virgem,
no dia treze, dia comemorativo da Desta montanha santa
patentear nos últimos tempos as riquezas infinitas do seu amantíssimo Cora- O Fátima, adeus!
segunda aparição de Nossa Senho- Que o coração nos prende
ção para reconduzir o mundo transuiado ao caminho do Céu. Virgem Mãi, adeus! Que a nossa alma encanta.
ra aos humildes e inocentes pastori-
Lembrem-se todos de que a maneira de honrar o Sagrado Coração de nhos de Aljustrel. Coincidência pro-
Jesus, que lhe é mais agradável e que é mais útil para nós, consiste em imi- videncial ainda o facto de a privile-
II v
tar as suas virtudes, aquelas virtudes de que Ele nos deu tão sublimes e tão giada freguesia de Fátima ter como De Vós me aparto, ó Virgem De Vós me aparto, 6 Virgem
seu Padroeiro htúrgico o admirável Eis o grito de dor. O pranto aos olhos vem
admiráveis exemplos, tanto durante a sua vida oculta como durante a sua Que sôlta ao despedir-se
Santo, honra e lustre da grande e be- Mas sente-se feliz
vida pública. O pobre pecador. Quem vossa bênção tem.
E que o glorioso taumaturgo português, Santo António de Lisboa, nemérita Ordem Seráfica, de que é
um dos mais célebres e gloriosos De Vós me aparto, ó Virgem, De Vós me aparto, ó Virgem
padroeiro principal da paróquia de Fátima, que foi um dos mais extraordiná- membros. Eis o grito de dor... O pranto aos olhos vem
rios precursores da devoção oficial ao Sagrado Coração de Jesus, cuja dou- Acolhe, Mãe bondosa Adeus repito e choro
Neste dia, aniversário do nasci- ~ste último clamor. Adeus saüdosa Mãi.
trina soube tão bem compreender e ensinar como guiado por uma inspiraçio mento do seu amado Patrono para o
verdadeiramente divina, se digne conduzir pelas mãos de Maria Santíssitna Céu, os piedosos habitantes das qua-
ao Sagrado Coração de seu DivitJo Filho as almas de todos os filhos ae Por- renta aldeias que formam a fregue- absteem-se de trabalhos servis afim parte do nosso pafs acorrem ao
tugal, para que o Divino Rei de Amor reine nesta terra que é sua um 1'eina- sié4 de Fátima, tendo transferido de de poderem juntar os seus cultos maior Santuário Mariano.
do perene de amor e de misericórdia! acôrdo com o seu pároco para o Do- em honra da augusta Raínha do San- Consubstanciação perfeita da alma
mingo imediato as solenidades reli- tíssimo Rosário aos das numerosas nacional, expoente máximo das gló-
VISCOnde de Montelo giosas comemorativas dêsse sucesso, legiões de peregrinos que de tôda a rias da Pátria, o grande Santo, cuja
2 VOZ DA FATIMA

·Peregrinação dum grupo POR UM TERÇO


língua bemclita foi poderoSo malho
das herestas do seu tempo, fará am-
da renascer para a fé e para a virtu-

de Noehstas Em uma R evista :Missionária, li há
tempos um caso edificante, escrito pelo
GRAÇAS DE N. SENHORA DA FÃTIMA
de esta terra eJD que nasceu, esma- No dia vmte e seis de Maio partiu Missionário J. M. 1homás, e que, em par-
gando a peste do laicismo, que é a de Lisboa um grupo de Noêlistas da te, vou transcrever. Ei-lo:
grande heresia de Portugal ·e. do capital e arreaores em peregnnação «... Durante uma das minhas excursões Pneumonia Graças diversas
mundo moderno.
Dessa doce e fagueira esperança
ao Santuárw Nacional de Fátima.
Era já sol pôsto quando chegaram
apostólicas, em que haviamqs costeado, (Em carta de 25 de Agosto, enviada a.
cêrca de cinco horas, as margens do Rio esta Redacção, diz-se o seguinte);
Rukva e atravessado outros dois infesta- « . .. lloo anu pa&.<h•O, meu pa1 fui ata-
I - D. Albertina Sofia Pereira l<'rei:-co-
- Figueira da Foz, agradece à SauLís-
sima Virgem - No!;Sa Senhora da J.<'áti-
é feliz preságio e penhor seguro a ao local das aparições. Após a sua dos de crocodilos, tínhamos parado para cado duma forte pneumonia.. ma, uma graça muito grande que por ·
proclama.çã.o de Santo António como chegada realizou-se a procissão das estabelecermos o acampamento. O mal agravava-se cada. vez mais, sua intercessão alcançou.
Armada a. minha tenda, os meus auxi- causando crises assu~>"tadoras; no dia 3 - D. Conceição Monteiro- Cal ifór-
Padroeiro especial da nação portu- velas. Começou em seguida a ceri- liares reconfortaram-se um pouco, e de- de Dezemhro, logo pela manhã foi meu nia, agradece a Nossa Senhora da Fáti-
guesa recentemente feita por Sua mónia da adoração nocturna, que pois vão repousar sob alguns arbustos pai acomet1do dum violento e demorado ma o auxílio que lhe dispensou no meio
Santidade o Papa Pio XI mediante terminou às seis horas da manhã. mirrados, única vegetação daquelas pobres ataque ficando em agonia até. às duas de graves perigos a que este,•e exposta
paragens. horas da tarde. :Neste tranze bem do- durante uma viagem arriscadíssirpa que
o Breve Sanctae Romanae Eclesiae. Celebrou-se então a pnmeira m issa. O calor eq~. sufocante! loroso em que tôda a família o julga;a teve necessidade de fazer de automóvel.
Depois efectuou-se a procissão com Emquanto enxugav;1 o suor abundante completamente perdido, esperando .lo _.: lJ. Maria d.1 Conceição R. dos San-
a Imagem de Nossa Senhora a que tos Ferreira- Lisboa, vem publicamen-
As comemoracões ~
presidiu Sua Excelência Reverendís-
que corria da. minha. fronte, noto que o momento a momento o terrível desenla-
carrt'gador da minha capela, Miguel Ka- ce, ·na mmh;\ profunda dôr e afli·.:ão ..ii- te agradecer a Nossa Senhora da Fáti-
do dia treze sima o Senhor Bispo de Leiria, que niki, tinha um ar preocupado e triste. rigi-me a Nossa Senhora d<J. ~ átima. ·~ ma e a S. António uma graça temporal
Eis ali um que não está contente com Saúde dos enfêrmos e Con>ot.\t!.r.r~ dos que por êles alcançou.
se dignou ir a Fátima expressamen- o serviço marcado, pensei eu. aílitos e pedi-lhe a.liSlllt; ;~1\l.inl.la. Mãe do -lJ. Esperança de Jesus Fernandu
A procissão das velas, que come-
te para abençoar as Noelistas. De-repente, o meu homem levanta-se, Céu; eu sei que todos os esforços hu- Pire&- Granja, pede para que aqui se
çou às dez horas e meia na véspera torne público o seu reconhecim<>nto a
Terminada a segunda missa, que e vem ter comigo. manos para salvar o meu pai são 1núteis
à' noite, depois de se recitar publica- - Estás doente, Miguel? sem Vós, mas se Vós quizerdes êle será Nossa Senhora por uma graça. particu-
fõi celebrada pelo venerando Prela-
mente o terço do Rosário em frente - Não, Padre; mas esqueci o meu ter- salvo, e desde já vos prometo muito re- lar que lhe alcançou.
do, as Noelistas partiram para To- ço no lugar onde acampámos ontem; conhecida., mandar publicar na Voz da - .4.lvaro Ant6nio Pompeia Xavier-
da santa capela das aparições, foi re-
mar em visita de confraternização às volto para procurá-lo: Jt'átima a graça que espero me alcança- Viseu, tendo recebido do Céu uma gr:v
vestida dum briilio e imponência in- ça por intermédio de Nossa Senhora da.
Noelistas daquela cidade, que estão - Tu sonhas, Miguell Deves andar 6o reis em favor de meu pai.» Passado pou-
vulgares, graças ao tempo esplêndi- quilómetros para lá chegar... , dul'JUlte a lco t~mpo meu Pai começa a melhorar Fátima, vem publicamente agradecer-
a organizar um núcleo.
do que fazia e à boa ordem com que noite ... , e amanhã as tuas pernas estarão 1e hoJe, graças a Deus e a Nossa Senho- -lhe tal favor.
Tôdas regressaram a Lisboa no incapa?.es de andar... ! Depois, os leões r a, encontra-se co~pl!tamente bem .. - D. Isabel lnácia de Meneses e D.
decorreu. Incorporaram-se ne:a di-
versas peregrinações organizadas que
dia seguinte, Domingo, à noite, que infestam a floresta.... os crocodilos Se pe~:o a pubhcaçaq desta hum1lde Justiniana Ferraz- Agunlva, agrade-
cheias das melhores impressões e re- que ainda esta manhã. vimos mergulhar carta não é sõmente para cumprir a mi- cem a Nossa Senhora da Fátim n : a pri-
tinham chegado durante a tarde. nos rios que atravessámos ... I ~ uma lou- nha promessa e testemunhar publica- meira, a cura de um &e'U filhinho e a
solvidas a ir novamente . a Fátima
A meia noite deu-se inicio à tocan- cura expores-te assim à morte. mente a Nossa Senhora, o meu profun- segunda uma graça espiritual que 'julga
em peregrinação colectiva no próxi- Trata de descansar; àmanhã a caminha.- do reconhecimento, mas ainda para que de gunde importAncia.
te. cerimónia da adoração nocturna. mo ano. da será penoSl: oito horas sem uma gota es,ta· notícia sej~- um~ flori~ha que se D. Franci&ca Nunes do Co1tto- Ri-
No primeiro turno-o turno da ado- Visconde de Montelo. de água sequer. Farei o possível para te va en&astar na Jn fl?rtda coroa de rosas beirinha Açores, sofreu de cólicas re-
ração nacional-fez as cinco práticas arra.niar um outro terço quando voltar- que mmba. a celestwl fronte de Nossa nais du'rante muitos anos sem que a
do terço doloroso, comentando os res- ._.JO.....•. mos à Missão. Senhora de Fàtima.,, medicina conseguisse minornr-lh{' os pa-
pectivos mistérios, o rev.o~o Cândido • ..
" • - Não, Padre, eu volto procurar o S. Eulália - Alentejo decimentos. Cansada de tanto sofrer re-
Ferr~im, S. J. Assistiu Sua Exce-
Peregrmaçao german1ca a meu terço, Quero a todo o custo achá-lo. Gremilde Gonçalves Carneiro solveu fazer uma novena. a Nossa Se-
nhora da Fátima a ver se assim alcan-
Nossa Senhora de Fátima ~ o t~rço do m~ _Baptismo ..
lência Reverendissima o Senhor D. A V1re:em Santissrma, o AnJO da Guar- Anemia cerebral çava. do Céu as melhoras que na terra
lhe n ão sabiam dar. Durante os dins da
José Alves Correia da Silva. ilus- Segundo anunc1a o nosso prezado da, proteger-me-ão. Antes da noite esta- Em Outubro de 1930 fui acometida
tre e veneran~o Bispo de Leiria. Colega Bote von Fatima (n.0 de Ju-
nho) está em organização urna pe-
I
rei ?e ~olqt. . dum ataque d~ loucura que me tez co-
-DJto Isto. partiu c;omo uma flecha, e meter alguns disparates um pouco extra-
novena receheu a Sagrada Comunhão e
bebeu da água do Santuário da Fáti-
As outras horas de adoração fo- . _ . . nao poude fa?.er ma1s que recomendá-lo vagantes até. ma fazendo algumas orações em segui-
regnnaçao a Fátima sôbre a prest- do fundo da alma à Divina Providência. Depois de socegar, estando com a lu- da em honra de Nossa Senhora. Nada
ram feitas, a das 2 às 3 pelas pe- mais foi necessário para que a Mãe do
regrinações de · Lisboa (freguesia de dência honorária de Mgr. Scheiwiler, • • , cidez precisa. para avaliar a minha das-
Céu lhe alcançasse os alívios de qne ne-
Bispo de Saint-Gall, na Suissa. Durante tôda a tarde sou devorado de graça, recorri a Nossa Senhora da Fáti- cessitava.. Desde então para cá e já lá
Santos-o-Velho) e Abrantes, a das 3 incertezas pensando no meu querido Mi- ma a quem fiz uma novena. tomando vão 27 meses, não mais teve o' mais !e-
às 4. pela de Vila Franca de Xira, a guel. durante a mesma umas gotas da água V? ameaço sequer de seus antigos pade-
das 4 às 5 pelas de Alrnoster e San- Mais de vinte vezes olh•. assesto 0 bemdita do Santuário o prometendo pu- ctmentos.
dim e a das 5 às 6 pelas de Carapi- mru binóculo para o po~to onde êle de- blicar neste jornal a grande graça obti- -R. Boroes - Luanda, agradece a
sapareceu, prescrutando em vão o hori- da se nunca mais tivesse algum ataque Nossa Senhora da Fát ima a gra<a que
nheira do Campo e Valongo do Vou- zonte. semelhante ao primeiro. lhe alcançou obtendo-lhe a cura de uma.
ga. O sol já se ocultou e cai a noite; nem Tendo consultado o médico foi dito forte anemia que a impossibilitara de
alma viva, porém. Rezo então com a mi- tratar-se duma anemia cerebral muito fazer qualquer trabalho.
As seis horas. dada a bênção com nha comitiva as orações da noite e acres- arleantada já. Por espaço dum ano aio- - D. Maria Clara- Pôrt o, diz ter ti-
o Santíssimo Sacramento, o nobre cento um Padre Nosso e Avé llfatia pelo da tive alguns ataques sempre, porém, do uma doença na pele, da qual não
Prelado de Leiria celebrou, no pavi- ausente. mais benignos. Passado êsse ano tenho- conseguira a cura. a-pesar-de ter consul-
lhão dos doentes, a missa de comu- Apenas terminavamos a. oração, apare- -me sentido sempre muito bem, favor ês- tado diversos médicCJS à.cêrca de t al
ce o Miguel com o seu terço ao pescoço. te que nunca deixarei de agradecer a doença.
nhão geral, em que tomaram parte Depois de ter respirado um pouco, o nos- Nossa Senhora. da Fátima a cuj11 ill.- Foi ao Santuário e lá diant e da Ima-
alguns milhares de peregrinos, que so herói narra a sua viagem, - viagem terces.~ão julgo devê-lo. gem de N. • Senhora alcançou a sua cu-
se tinham confessado previamente. que êle teve de alongar de uma dezena Santarém. ra que se tem confirmado.
de quilómetros_, porque, para evitar os Elisa Rocha Madeira - D. Mnria Elv ira Tibúrcio de Oli-
Em todo o dia treze receberam o crocodilos teve a prudência de ir atraves- veira - Ribeira Grande, Açôr<>s, tem
Pão dos Anjos cêrca de seis mil pes- Silr os rios muito além do lugar costuma- Otite bilateral uma irmã que num dos olhos teve So-
soas. do. Fora isso, nenhum mau encontro... Havia. mais de dois anos que eu sofna frimentos horríveis durante muito tem-
No campo, )Jma malta de hyenas dis- duma otite bilateral. Consultei vários po. Tais sofrimentos só desapnre<'~ram
Houve missas privativas para di- putavam os ossos dá caça ~batida na médicos apli<:ando sempre os medicamen- depois da. doente ter sido C'onfinda à
versas peregrinações: _às 8 horas, pa- véspera. Pôr êsses animais em fuga, com tos que me prescreviam, nunca porém maternal protecção de Nossa. Senhora da
ra a de Santos-o-Velho, na capela boas bordoadas, foi coisa. de um mo- com resultados sensivelmentf> animado- Fátima.
do Albergue, às 8 horas e meia, pa- mente. · res. Finalmente consultei um médico dis-
Depois achou o seu têrço, deu meia tinto que me disse ser inútil gastar mais
ra as crianças da Cruzada Eucaris-
tica da Covilhã e para a peregrina-
volta e rt'fez a estrada. com o mesmo pas- dinheiro em consultas e remédios por-
so até aqui. q11e tinha a certeza quási ab!!Oluta de
Requisições da
Mgr. Scheiwiler (Al ais), nascido' em
ião d·e Vila Franca de Xira, às 9 Gossau em z8 p, sagrado pelo Em.mo Bravo, Miguel!!! que o meu mal seria incurável. Eu não
Cardial Paceli (Secretário de Estado Que podi~ afinal valer o seu têrço? - desanimei pedi-lhe que me fizesse o tra- «VOZ DA FATIMA»
para a peregrinação de Abrantes Alg~ms tostoes, quando novo: mas, sem tamento devido e deixasse o resto por
do Santo Padre), Bispo de Saint-Gall,
(missa cantada), às 9 e meia para na Suissa, autor de obras notáveis se 1mportar com o seu valor pecuniário, minha conta.
a de Almoster, às ro para a de Es- sôbre história eclesiástica e profana, consiclerava-o como um precioso labarum, Neste mesmo d ia fiz diversas promes- Com a devida autorização, previ-
símholo d;l protecção da nossa boa Mãe sas a Nossa &nhora, entre elas a de
pite, às xo e meia para a de Sandun
e às I I para a do Barreiro.
sociologia, propaganda popular, Presi-
dente de honra da peregrinação ger-
a Vlda.\) •
I
do ~éu; e era-lhe, por isso, mais caro que publiC'ar a minha cura e de assinar a.
Voz da Fátima durante tôda a minha
nem-se os Ex. moo Directores D ioce-
sanos da Pia Uniã o dos Cruzados
mânica à Fátima. da Fátima, que é absolutamente ne-
Durante a manhã celebraram-se De_us. querra .que o~ devotos de N. • S.• 1 vida , se Nossa Senhora se dignasse ai-
da. Fatima ass~tn eslnnem e usem o pró- cançar a. minha cura. cessário que façam as suas requisi-
cêrca de oitenta missas. prro terço. Graças a D<.>ns fu i a tendido encon- ções da «Voz da F~tima» p elo m e-
Ao meio dia oficial, começou a re- AVISO trando-me hoje perfcitament~ bem. nos até ao dia 2 de cada mês.
citação do terço em comum. Reza- A;qni fica, pois, o meu s incero agrade-
Aos Senhores distribuidores da Nunca esqueçais O Se- e1mento a NfJ!<!~a Senhora. da F átima. Os que forem requisitados depois
do o terço, efectuou-se a primeira que t antas g1·aças tem alcançado do céu d êsse dia só no mês seguint e pode-
procissão com a Imagem de Nossa «Voz da Fátima» guinte: em favor dos que sofrem desde que apa- rão ser expedidos, porque sendo a
1.0 - Quando escreverdes para. a. j r eceu no bemdito S antuário da F át ima .
Senhora de Fátima, que se venera Sendo a «Voz aa Fátima» distri- «Voz da F átimau, sôbre qualquer assun- «Voz da F átima )) o jornal de m aior
David José de Freitas
na capela das aparições. Em segui-
da o rev. do Cónego Dr. Francisco
dos Santos, abade da Sé do Pôrto,
buída gratutt~mente pelos Associa-
dos da «Pia Uruão Cruza dos de Nos-
sa Senhora da Fátima», prevenimos
to 9ue. diga reS(Jeito à vossa assinatura,
assmat sempre a vossa carta ou o vosso
postal exactam ente com o mesmo nome
I
e sobrenome que vão no enderêço do jor- I António Costa. - Maçussa, sofreu
Reumatismo
tiragem em Portugal e sendo a sua
Administração na Fátima e a im-
pressão e expedição em Lisboa , não
celebrou a missa oficial. as pessoas ou entidades a quem na l ou rôlo que recebeis. ! de r eumatismo durante mais de oito nos podemos responsabilizar pela
Ao Evangelho o rev:do Luís d e mandavamos o Jornal p~ra propa- Isto refere-se também aos rolos que I anos sucessi vos, mas, em 1931 aumenta- imediata execução dos pedidos dos
Sousa, da Ordem Seráfica, pregou ganda, ·q ue cessa essa distribuição vão para as pessoas encarregadas dos ram t anto os ~>eus padecimentos diz sua. últimos xo dia s anteriores ao dia 13.
«Cruzados de Fátima». ' n~ul~er. Maria Janeiro Costa, que pela.
sôbre a devoção de Santo António com éste número. I vwlencta. das d!3res perdeu o uso das
Os Snrs. Assinantes e Bemfeitores 2.0 - Quaisquer mudanças q11e pedir- 1 faculdades mentais.
de Lisboa a Nossa Senhora.·
continuam a receber o jornalzinho
des nas vossas direcções, só poderão ser
executadas se enâardea ao m esmo tem- quanto O médico disse ter-lhe já feito tudo Tratei-o e Deus curou-o
A missa oficial foi celebrada no a. ciência aconselhava. em se-
como até aqui, rogando-lhes a cari- Ao inaugurar-se a sala das operações
altar erecto em frente da Basílica
em construção, por ser grande o nú-
dade de aumentarem as suas esmo-
las para glória de Nossa Senhora e
............
po o número da vossa assinutura.
1 melhanl{'S casos, de maneira. que não
havia mais nada a fazer senão entregar
1 o caso ao poder e misericórdia de Deus.
de um hospital de Würzburg, pronun-
ciou o célebre cirurgião, professor Schõn-
born, entre outras palavras sensatas, o
mero dos peregrinos presentes.
benefício da Acçiio Católica em Por- Artigos religiosos Foi o que fizeram: - o Sagrado Co- seguinte:
A Bênção dos doentes com o S.S. Os peregrinos da Fát ima encontrarão ' ração de J esus foi o médico e Nossa. Se- «I. 0 que todo o doente, dando aqui
tugal.
Sacramento foi dada pelo Sr. Bispo à entrada da Avenida (;entrai do San- i nhora. da Fátima a enfermeira. e tão entrada, traga a esperança e a fé de que
de Leiria.
Agradecemos aos nossos bons dis- tuário, já deutro do reciuto murado, I bem ~_houveram no desempenho' daque- o Deus da graça e da caridade pode e há-
tribuidores todo o zêlo e actividade duas casitas onde podem comprar arti- l la M1ssao, que pouco depois os sofrimen - -de curar os sofrimentos que o afligem.
Terminada a -bênção dos doentes, que têm desenv olvido na propagan- gos religiosos que ali estão à venda em 1tos .aband.onaram êste pobre homem que 2. 0 que o operador, ao empunhar o bis-
efectuou-se a procissão final, sendo favor do Sautuário. hav1a ma1~ de ojto anos os suportava, .e turi, tenha sempre na mente a respon-
da da «Voz da Fátiman. desde entao até ao presente não ma1s sabilidade que sôbre os ombros lhe pesa,
reconduzida a Imagem de Nossa Se-
nhora de Fátima para a sua capela
A única fonte de receita para fa-
zer face às despesas déste jornalzi-
• • • I voltaram a incomodar aquêle que se
O Sr, António Rodrigues Romeiro- • abandonara aos corações misericordiosos
e, qua ndo lhe couber a alegria de ouvir
de algum curado manifestações de agra-
e realizando-se em seguida a cerimó- Fátima., é a pessoa enC'arr{'gada pelo de Jesus e de Mnria sob o t ítulo de Nos- decimento, repita, como resposta, as pa-
nia do «Adeusn, após a qual prin-
nho são as esmolas de seus B emfei-
tores e as quotas dos seus Assinan- didos de artip religiosos, livros sôbre
II
Santuário de mandar pelo correio os pe- sa Senhora. da Fátima.
( l>u.ma carta de D. Maria Janeiro
lavras do cirurgião do Rei de Frnnça, 0
luzeiro d;L Moderna Cirurgia - Ambrósio
cipiou a debandada dos peregrinos. tes. Fátima ou água do Santuário. Costa- Maçuua..) Paré: - <<tratei-o e Deus curou-o ...
VOZ DA FATIMA 3

N. Senhora da Fátilna Culto éle NeSenhora da Fátima


NO CONCO PORTUCUÊS EM CARANCOLA, ESTADO DE MINAS, BRASIL
Também nestas terras longínquas do Ai vai um caso como prova do que fica Revestiram-se de excepcional esplen- de flores e luzes, o trono da nova. ima- e pela briOSA colónia portuguesa aqui do-
Congo Português vai lavrando com muita dito. ~ o interessado que fala e porisso dor e encanto as homenagens prestadas gem doada à Matriz por D. Maria Pi- miciliada.
inlt:nsu:lade a devoção à nossa Mãe do Céu, reproduzimos textualmente as palavras pela população da cidade de <.:araugola nheiro do Nascimento. A nossa «Banda Paroquialn sob a pro-
aparecHia na Fátima. Para esta prop;l.gan- dêle: a Nossa Senhora do Rosário de Fátima O Vtgário da Paróquia P .• Valentim ficie~te direcção do Cap, Virgílio Fer-
da muito tem contribuido a leitura da uSendo minha sobrinha, criança de 13 nos dill8 12 e 13 do corrente mês de Arruas, a.ssisttdo por trâs sacerdotes e reira, fez sua e&'treia oficial neSIIas to-
uVoz da Fátiman assmado por várias pes- meses, atacada de fortes dores no baço, Maio. ladeado dos paranmfos, benzeu com tô- cantes solenidades de Nossa Senhor& de
soas e lida por muitos cristãos, devido so- durante todo o mês de Janeiro, recorre- Nesse dia memorável inaugurou-se da a solenidade do certmoniul lttúrgico Fátima.
bretudo ai> zêlo ardente das Irmãs de 5. mos a todos os remédios para combater a oom tôda a pompa do cerimon1al litúr- a encantadora imagem.
José, residentes em Lãndana a Cabinda. doença, mas nada conseguimos. Como as gico na Igreja Matriz local, o culto de Hinos e prec& se fizeram ouvir, logo
DIA 13
Esta devoção praticada com muita sim- dores aumentassem cada vez mais a pon- Nossa Senhora da Fátima. após, pelo intecior do templo, como prei- O dia 13, décimo sétimo aniversário
plicidade pelos católicos destas terras, ma- to da criança ficar debilitada em extremo, No dia 10 teve início um tríduo so- to das primeiras homeuageus religiosas das cél ebre~~ apuri~;ões de Nos;,a Senho-
nife:;ta-se por muitas formas. recorremos então com muita confiança a lene preparatório com pregação t.ôbre a à Rainha do Rosário de Fátima. ra de .lt'áL1ma, loi l.'Onsagrado dt~ modo
Os cantos sObre Nossa Senhora da Fá- Nos:;a Senhora da Fátima e começámos a história das maravilhosas Aparições de Assomou ao púlpito o P.• Valentim, especial às comemoraçõet! da u.lt'áttma
tima são :;abidos por tOda a gente e can- fazer uma novena por esta intenção e com Nossa Senhora na Cova da iria, em qne dil!Corrou sôbre o tema das Apari- .Milagrosau.
tados com um entusiasmo que extasia promessa. de publicarmos a graça se Nossa PortuKal. ções e prodígios da nova Lou1·de, Por- Hou\·o de manhã, à& 8 horas, missa
quem os ouvir. TOdas as familias ao tra- Senhora fOsse servida conceder-no-la. Logo EbSas interessantes conferências fo- tugue&a. festiva e comunhão geral dos de\ otos de
zerem as crianças a baptizar querem a to- no segundo dia da novena as dores dimi- ram feitas pelo Vigário da Paróquia, P.• Em E>eguida, organizou-se a empolgan- Nossa Senhora da Fátima. Às 10 horas
do o custo que o menino e sobretudo a nuíram sensivelmente e continuaram sem- Valentim Armas, grande devoto de N.a te procissão das velas de Nossa Senhora. Missa {;autada pela Liga {;atólica,
menina junte ao nome do baptismo, o da pre a diminuir nos restantes dias da no- Sr.a da Fátima e autor do livro - uEs- Era simplesmente fantástico o efeito aoompanhada pela orquestra e coral da
terra abençoada ande apareceu Nossa Se- vena de maneira que no fim a criança plendores de Fátimau. produzido por essa bela manifestação de Matriz.
nhora. aparecia completamente restabelecida e fé e amor a Maria, dos católicos caran- E às 19 horas, recitação do Santo Ro-
TOdas as escolas rurais e postos de cate- hoje é a alegria de tOda a familia porque DIA 12 golenses. sário, ladainha cantada, hino de Nossa
quistas querem ter nas SU!lS capelas, mui- se encontra sã e forte como antes da doen- Às 19 horas, o vasto recinto da lgre- O andor da nova imagem, cercado de Senhora de Fátima, conferência religio-
tas vezes tão pobrezinhas, uma imagem ça. Muitas graças, portanto sejam dadas ia Matriz achava-se literalmente regor- vistoso cortejo de anjos, era carregado sa sôbre os acontecimentos de Fátima,
de Nossa Senhora de Fátima. E m uitas, a Nossa Senhora da Fátima que !15Sim con· gitando de liéis pertencentes a todas as por distintos médicos e advogados da bênção do Santíssimo Sacramento, e fi-
não se contentando s6 com a imagem, sola os que em Si confiamn. camadas sociais. cidade. nalmente beijamento de Nossa Senhor&.
mandam vir estátuas segundo as suas pos-
ses. 1114cio
Por estas razões é que a melhor recom- Seminarista de Làndana
pensa que o missionário pode dar .aos ca-
tequistas mais exemplares, aos cristãos
mais bem comportados, aos alunos JDais
aplicados e mesmo aos seminaristas mais
• •
eStudiosos é uma imagem de Nossa Senho- Casos idênticos a êste, muitos se po-
ra da Fátima ou algum livro que fale das deriam registar, mas desta vez não que-
suas aparições e graças concedida.1 aos de- remos tomar mais espaço ao joroalzinho.
votos. Oxalá Nossa Senhora da Fátima lance
• seus olhares misericordiosos sObre as nos-
• • sas cristandades afim de que a idolatria e
demais erros cedam o lugar à doutrina sa-
E a nossa Mãe do Céu, para mostrar co- lutar de seu bemdito Filho.
mo lhe agrada a devoção que ihe consa- Missão Católica de Làndana, I de Maio
gram os no:;sos pretinhos, vem muitas ve- de 1934.
zes consolá-los nas suas aflições, alcanç;ln- P.• Adriano da Rocha
do-lhes do seu Divino Filho as graças pe-
didas por sua intercessão. Missionário no Congo Português

lho - Rio de Janeiro, xsSoo; Inácia


VOZ DA FÁTIMA Monteiro - Rio de Janeiro, 15Soo; Leo-
nor Rodrigues - Braga, 2o$oo; Distrib.
DESPESA no Seminário do Pôrto, 21$oo; P.• Abi-
Transporte... .. . .. . .. . .. . 444.004599 lia Mendes - Barreiro, xoo$oo; Distrib.
Papel, comp. e irnp. do n. 0 em Fiães - Feira, 165$oo; Tereza Barro-
141 (87.400 ex.) ........ . 4_212s2s so - Braga, 2o$oo; Emitia Rosa - Bra-
Franquias, embal. transpor- ga, :zo$oo; Dr. Manuel Pinto Nunes -
te etc .... ........ ... . 2 .Io8$IS Tábua, 2o$oo; Ana de Deus - Guarda,
Nii Administração........ . s 2o$oo; Mariana Vilar - Vale de Santa-
505 40 rém, r5Soo Júlia de C. e Cunha- Ton-
dela, 2o$oo; M.a da Enc. Rocha - Lis-
Total ... ... 450.8Jo$82 boa, :zoSoo; Elise ~!f\rie - Chile, r5Soo;
esmolas do Pôrto, 37Soo; M.a Biscaia. -
Donativos desde 15$00 Crato, 3oSoo; Maria Xavier - Bragan-
Palmira Sabino- Fuzeta, 3oSoo; Cario- ça 2o$oo; P.• António S. Miguel - Pu-
ta Teixeira -Cabo Verde, r dólar; Antó- dentes, rooSoo; Maria I. Sampaio - Lor-
nio B. Tavares - Figueira da Foz, z5$oo; delo, 7o$oo; Maria O. Sj!.mpaio - S.
Acácio Vieira - Pôrto, ~'O$oo; I rmãos de Adrião, 2o$oo; António Morgado - P r.- Imagem de Nossa· Senhora de Fáti ma, sôbre o art ístico andor que a conduz iu na deslumbrante pro-
S. José de Cluny- Lâ.ndana, 14o$oo; M. • -a-Nova, 2o$oo; Deolinda Charters - Lis- cissão das velas, realizada pela l.a vez na cidade de Carangola, E. de Minas, Brasil
P. Ribeiro - Adão Lobo, 3o$oo; Alzira boa, 5oSoo; Josefina Manso - Pombal,
Calado - Juncal, 15Soo; Celestino Leite 2o$oo; M.a Zuzarte - Lisboa, 2o$oo; P.•
Aqui, médicos e advoga~os, ali, re- Ao recolher da procissão, efectuou-se Era nm espectáculo comovedor, con-
- Cab . d e B asto, 2oSoo; M ." N . da P ante António M. Coireia - Brasil, 5o$oo; J06é
- Foz do Douro, 2o$oo; Distrib. em Mi- Nepomuceno - Lisboa, 15$oo; Germana presentantes do alto comérCIO e das au- a oomovedora cerimónia da coroação da templar aquela onda de povo a chegar-
dões, 5o$oo; Dr. Augusto da Silva - Lis- da Rocha - Pôrto, Jo$oo; Antónia Ro- toridades civis e militares; mais além nova imagem de Fátima, pelas meninas -se aos pés do trono da nova Imagem
boa, 4o$oo; J. Pais - Gran B retanha, mão - Pera, 2o$oo; P.• Valentim Armas colégios, associações e defronte do alta; Glorinha Lima e Neuza Pinheiro. para oscular-lhe a fita qne pendia das
xo7S97; José Xavier - Vil;!. de Rei, 4o$oo; - Brasil, r2o$oo; José Mendes - T elhai, mór, elementos representativos da brio- Foi a chave de ouro que fechou as sua mãos e numa homenagem de fé ar-
Dr. Angelo Tavares - Redondo, 2o$oo; zo$oo; Alvaro Machado - Ponta Delga- sa. e progressista colónia portuguesa; tu- primeiras homenagens prestadas pela ci- dente, confiança e amor filial, apresen-
Distrib. em !lhavo (J. Serena), 17o$oo; da, 15Soo Mariil Machado - Ponta Dei- do em fim que Carangola possue de dade de Carangola à Raínha do ltosário tar-lhe seus pedidos e formular as suas
Augusto Sinde Pinto - Põrto, 2o$oo; Vi- gada, 15$oo; Elvina da Fonseca - Lis- maior evidência e destaque social lá es- de Fátima. promessas.
tória Sinde Pinto - Coja, 15Soo; Silvina boa, 7o$oo; António P. da Costa - Pôr- tava a realçar com sna fé e amor' a Ma- Todos êsses actos religiosos em louvor Por essa ocasião foram distribuídos
Pirt>s - Lisboa, xsSoo; Alda Ribeiro _ to, 2o$oo; M. • Peixoto de Oliveira - ria, o brilho daquelas cerimónias em de Nossa Senhora de Fátima foram real- santinhos, novenas e medalhas de N .a
Lisboa, 15$oo: Alberto Abranches - Lis- Barcelos, 2o$oo; Maria E. Sarmento - honra de Nossa Senhora de Fátima. çados pela presença de paraninfos Pia S.a de Fátima, qne eram arrehntados
Ao centro da capela mór, emergia, União das Filhas de Maria, Anjos,' Vir- pelo povo como os mais preciosos tesou-
boa, 15Soo; Florinda da Conceição - C. Foz do Douro, 2o$oo; Etelvina Cascalho -
de Besteiros, 47Soo; António M. Pereira Lavre, 2o$oo; Bela Pulido - Moura por entre variada. e caprichosa profusão gens, Comissões de todas as Associações ros.
- Varzielas, 38Soo; Mariana Arruda _ 2o$oo; M.a Piedras Albas - Moura,
Vila do Pôrto, rsSoo; João Calheiros Cruz 15Soo; AlzÍI!J, Machado - Granjal, 15Soo;
- Pôrto, 2o$oo; Elisa da Cunha - Foz José H. da Eira - P. do Vouga, 2o$oo;
do Douro, JcSoo; M.a da c. Duarte _ Ana Vicência - · Figueiró dos Vinhos, SCENA TRISTEMENTE -se delicadamente da visitante, dei- Valeu-lhe a caridade da devota
S. Mart. de Mouros, 5oSoo; António AI- 22$oo; Maria Zélia - Macedo de Cava- tou-lhe sôbre os ombros despidos um assistente que, por forma correcta e
ves - Rio de Janeiro, 1sSoo; Beatriz leiros, 15Soo; Mateus Tôrres - Gondomar INTERESSANTE amplo chaile que a resguardava dos exemplar, attllhou o escândalo e deu
A~t>vedo - Rio de Janeiro, 15soo; Ca- 50Soo; Maria Augusta Cunha - Pôrto, Numa cidade Nortenha, tlO cair da olhares escandalizados. à curiosa mundana uma oportuna e
rolina Fonte - Rio de Janeiro, 15soo; 2oSoo; Amélia Rodrigues - P. das Flo- tarde de há dois ou três dias, esta-
«Lunt>ta d'Oiron Rio de Janeiro, r5Soo; rt>S, 2o$oo; Maria A. Roquete - S. de
A visitante não se mostrou sur- necessária lição.
Clemente Moreira - Rio de Janeiro, Magos, 2o$oo; António da Costa - Pôr- vam os fiéis que enchiam o templo preendida nem esboçou o menor pro- Ela aqui fica, e praza a Deus que
15Soo; Manuel Leite _ Rio de Janeiro, to, zoSoo; anónimo, t7So5: Angelina Lou- assistindo a uma piedosa novena em testo, mas contmuou rezando dian- a tomem para si muitas que como
15Soo; Hercília Vieira _ Rio de Janeiro, sada, 2oo$oo;. E~elinda d~ Luz:-Améri- honra de Nossa Senhora. te da Imagem de Nossa Senhora.
I5Soo; Josefa Tasso - Rio de Janeiro., ca, 15Soo; D1strib. em Gmlhova1, 7o$oo; esta se deixam escravisar pelas mo-
Eis senão quando, pela Igreja den- Ele, por seu turno, continuou tam- das despudoradas, sobretudo na épo-
I5Soo; Júlia Salvini _ Rio de Janeiro, Manuel J. Marq?es - Murtoz~, 4oSoo;
1 ~Soo; Superiora do c. de S. Teresa _ A:rtur Lobo ~.Gata, 2oSoo; Adehno Fran- tro. avança um casal de «rrurones» b~m imperturbável na sua admira- ca do verão.
Rio de Janeiro, xsSoo; M:muel Tomé - CIS~O - Ferreira d~ Zezere, I5Soo: .F~n­ que, ao que parece, andavam em ex- 1 çao.
Guardem respeito a0 menos pelos
Rio de Janeiro, x5soo: Manuel Marinho celma .~orges - L1sboa, 50~oo; D1s!nb. cursão e que por curiosidade haviam Passados alguns minutos, os visi-
- Rio de Janeiro, 15Soo; ~hria Xavier em GnJÓ, 2.oo$oo: P.• FranciSCO Fannha santuários de Deus, tantas que de
- Rio de Janeiro, rsSoo; Migael Cam- - S. Euláha, 4oSoo; Rosa. Seabra -Ta-
pas - Rio de Janeiro, 15Soo; Noémia mengos, 2oSoo; J~ C. O~rem - Coro-
e1ttrado na casa de Deus.
Ela, não parecia destituída do I ta1ttes retiraram stlenciosamente, de-
pois de haverem entregado delicada-
todo o perderam pelos templos vi-
vos do Espírito Santo que são os seus
Martins- Rio de T<lneiro, rsSoo; BPmar- che, I5SOO; ~tómo EmídiO.- Coruche, sentimento cristão, pois foi ajoelhar- mente o chaile à piedosa devota. próprios corpos:
d'> FiguPÍTI'do - Rio de Janl'iro, I5Soo: rsSoo;. Olímpia Valadas - LISboa, 2<>5c<?; -se com reverência diante do altar
C~11ira Bastos - Rio de JanPiro, 15Soo; ~lbertma Vaz P.a - Chaves, 50$oo; J~;~­ de Nossa Senhora, emquanto o seu • ~~~~~~~
Constanca B::trroca - Rio de Janl'iro, llo Cardoso - La~ego, zoSoo; A~t6~10
I~Soo; Constanca Carneiro - Rio de Ja- Honorat? - Albuft>1ra, . xsSoo: _D1stn~. companheiro se conservava 6e pé, • •
hirto mas respeitoso, com o ar inte-
Não saias de Fátima sem te ins-
nl'iro, l5Soo: Edith de Barros - Rio de em !"faxt.'ll. so..~o: .Francl~ S!lVl~UI­ E tristemente tlCtual esta scena.
JI\m•iro, xsSoo: Hl'nrioue A. Ribeiro _ ma:aes t5Soo; Mana Amtll~a Caml'tro - ressado de quem admira o valor ar-
creveres como cruzado de Nossa Se-
Haveria da parie da visitante pro-
Cnlifórnja 20 dóhrPs: Gi.,Pida de Melo _ Cmtnbra, 12oSoo; Améha Gomes - tístico da imagem que prendera a nhora. Dirige-te ao edifício do Hos-
Rio de JanPiro, rs~; H'lrtPnri.'l Cardoso Mafra, 2oSoo; Maria Poiares - Escalhão,
positada falta de respeito? Cremos
devoção da companheira. pital e aí encontrarás letreiros com
-Sul de Minas, j:;Soo: Mon'l. Rezende _ 2oSoo; P.• Carlos Dantas - Funchal, que não em virtude da sua atitude
Ia esta, porém, tão des1tudada que
as palavras ((Cruzados de Fátimau.
Rio de J::tneiro, I5!too; p • .M:Irio Couto - I2o$oo. humilde.
Rio di' J::~neiro, I;'iS'lO; Clotilde Rocha - ~~~~~~ um movimento. de escândalo e repro-
Lá estão pessoas que recebem as ins-
Mas, quanta ignorância e inco11S-
m.o de Jan~iro, JC~OO: ~A'OnOr Pi,.,to - Auxiliar a Acção Católica, inscre- crições.
vação percorreu desde logo tôda a ciência ao entrar na casa do Deus
R~o dP J,nP1;"· t~S"'': V•cPnte C:al~iez - vendo-te como cruzado de Fátima é assistê~tcia. dos Céus e da terra naquele preparo
R1o de hn1'1ro, r~Soo; S'lra Martms -
I
Rio rle TnnPiro. t;'iSoo: A!T'I\ncio A!Frt>do trabalhar . como o Papa, V1gano de
- Rio de Janl'iro, t5Soo; D. J anira Coe- J esus Cnslo quere que trabalhes.
. , . •
De-repente ergueu-se cabisbaixa indecente em que a puzera a moda
uma devota Senhora e, aproximtmdo- do verão!... VI SAD O PELA CE N SURA
4 VOZ DA FATIMA

Ullla grande obra 12; Silveiros, 6; Apúlia, 21; Mari-


nhas, 29; l\1oure (V.• Verde), r; Vi-
la de Caminha, 44; Moledo do Mi-
A voz do Episcopado
Nascida aínda há poucos me- ganização hierárquica elevada na nho, 4; Orbacém, 2; Valença do Mi- Do Sr. Bispo de Leiria: negos, aos Rev.moa Párocos e mais
ses e lançada imediatamente na or- nossa Pátria a um grau excepcional nho, 6; Arão, 8; Cristelo Côvo, 2; «Estabelecida canànicamente esta Sacerdotes, dirijo-me aos Seminaris-
gamzação em todo o país, de norte de perfe.1ção por vontade do veneran- Boivão, I; Figueiredo (Amares), g; · Pia União no Glorioso Santuário de tas, dirijo-me a todos os leigos de
a sul, do uur à raia de Espanha, a do Episcopado, VlSa a coordenar e Amares, r; Laúndos, 4; S. Gens de N. Senhora da Fátima tão querido ambos os sexos, a todos os colégios,
Pia Uruão dos Cruzados de Fátima subordinar tôda a actlVIdade no cam- Calvos, 8; S.ta Eulália de Fermen- em Portugal e em todo o mundo onde congregações e corporações' religio-
constltui uma bela imciativa eJll mar- po do apostolado, para que do tra- tões, 13; Ruivãis (Famalicão), g; a Santíssima Virgem tem espalhado sas, a tôdas as obras de zêlo e a to-
cha, que promete, num curto espaço balho colectivo e devidamente orien- Azias (Barca), 4; Cidade de Braga, abundantemente as suas graças de dos digo: levantai-vos, trabalhai, for-
de tempo, os mais ricos e sazonados tado e distribuído resulte maior soma 130 Lomar, 38; Maximinos, 7; Pal- Mãe Carinhosa, esperamos que os mai trezenas.
frutos. de bens espirituais e temporais para meira, so; Santa Maria Maior (Via- Nossos caros diocesanos acorram a Que nenhuma freguesia ou corpo-
Obra auxiliar da Acção Católica, os indivíduos e para a sociedade. na), 62: Cidade de Guimarães, IIg; inscrever-se nesta «Pia União, para, ração fique estranha a êste movimen-
a grande Cruzada dos tempos mo- O mesmo sucede com a Pia União Gondar, 15; Brito, 39; Lordelo, 45; mediante a pequena quota que lhes é to bemdito. Adveniat regnum tuum.»
dernos, que tem por fim a reconquis- dos Cruzados de Fátima. Fundada Silvares (Guimarães), 22 Requião, z; exigida, manifestarem a sua gratidão
Do Sr. Bispo do Pôrto:
ta dos indivíduos, das famOias e da como órgão auxiliar da Acção Cató- Jesufrei, s; Joane, 70; Vila de Fafe, e amor à Santíssima Virgem que se
sociedade, para Deus e para a Igre- lica e com ela intimamente relaciona- IIg; Quinchãis, 16; Bairro, 24; Santa dignou vir até nós para nos chamar uNós aprovamos e erigimos esta
ja, a sua dftusão e o seu progresso da, sob o ponto de vista da direc- Maria de Ferreiros, 7; Lage, 25; Bar- ao cumprimento dos nossos deveres e Pja União dos Cruzados de Fátimcu,
dependem sobret•do de dois factores: ção, fiscalização e aplicação dos fun budo, 32; Fontarcada, 27; Santa Ma- levar-nos para Jesus, o Salvador das nesta diocese do Pôrto onde tão con-
o conhecimento por parte dos católi- dos obtidos, pois tem por fim forne- ria de Prado, 21; Estela, 25; Pedra- nosssas almas)). soladoramente se nota uma intensa
vida cristã. Esperamos confiadamen-
cos da necessidade da sua existêRcia cer os meios pecuniários destinados ça, 22 ; Fão, 53; Gemezes, 5· Do Sr. Bispo de Coimbra: te do zêlo de todos os Rev ..._ Páro-
e da importância das suas conse- à sustentação, desenvolvimento e
9~;~9999 <<Caríssimos filhos: quem poderá cos e mais sacerdotes, tanto secula-
qüências, e a dedicação dos chefes progresso das suas secções, obras e
de trezena. instituições, a sua organização igual- DEVERES, DIREITOS E CONSELHOS recusar a sua inscrição nesta bemdita res como regulares, bem como da
Portugal é um país essencialmen- mente de carácter unitário, geral e Cruzada de que depende a reconquis- actividade de tôdas as associações ca-
I - Deveres dos Cruzados de ta cristã de Portugal? quem não po- tólicas, o maior incremento dêste or-
te católico. Contam-se por muitas hierárquico assegura-lhe desde já
Fátima derá dar mensalmente 50 centavos ganismo que se propõe fazer colecta
centenas de milhar os católicos inte- uma vitalidade intensa e fecunda e,
grais e praticantes, dispersos por to- no futuro, a-pesar-da reduz«la. cota Dos Cruzados de Fátima exige-se ou ao menos 20? E, dando essa quan- geral entre os católicos portugueses
do o território nacional. São em mínima paga pela grande maioria apenas: tia, recebe gratuitamente o número de tôdas as classes e condições a fa-
grande número aquêles que contri- dos Cruzados, um rendimento valio- 0 mensal da <<Voz da Fátima))! E tam- vor da Acção Católica.
I. - que procurem viver cristã- bém não faltarão almas generosas ................ ... ···. ...... ........ .
buem generosamente com os seus do- so. mente;
nativos para diversas obras dé pro- O segrêdo da importância elevada que se prestem a ser chefes de tre- De modo especial recomendamos
2. 0 - que paguem pontualmente a zenas. Assim o espero, assim o peço aos «Cruzados de Fátima,, a oração
paganda religiosa de piedade e de e crescente dêsse rendimento está
caridade cristã. Em regra. porém, principalmente na dedicação persis- respectiva quota. ardentemente. perseverante a Nossa Senhora para
na aplicação e distribuição dos re- tente dos chefes de trezena, artífices
.................. ···.... ..... ...... . que se estenda e se firme o Reinado
cursos pecuniários em favor das ins- obscuros mas beneméritos e indispen- 11 - Direitos dos Cruzados de Dirijc~me a todos: aos Rev.moa Có- de Cristo, Senhor Nosso _,,
tituições criadas à sombra da Igreja, sáveis das pequenas malhas da vasta Fátima
os fiéis olham mais às preferências rede da Pia União dos Cruzados de Todo o Cruzado tem direito a:
do seu coração, tmpressionado com Fátima espalhada por todo o pais, I.o - receber todos os meses a AImprensa e os Cruzados de Fátima
o espectáculo confrangedor da misé- afim-de recolher o óbulo dos ricos e uVoz da Fátima));
ria material, e às necessidades locais dos pobres voluntàriamente ofereci- Da «Voz de Lamego)) transcreve~ I que do esfôrço humano; mas como
das terras em que vivem, do que às do para a manutenção do grande e 2. 0 - participar na missa que dià- mos o seguinte artigo sôbre a obra Deus quis que a sua Igreja fôsse sus-
.exigências das almas e aos interêsses pacífico exército da Acção Católica riamente se celebra em Fátima pelas dos Cruzados de N.a S.a de Fátima : tentada por êste esfôrço, os católicos
superiores da Religião e da Pátria. em Portugal. intenções da Pia União dos Cruzados; <<Todos os católicos de Portugal co- não poderão deixar de prestar o au-
Quantos e quantos se iludem de Semeadores e não ceifeiros, cada nhecem já a esta hora a instituição xflio necessário para a realização dês-
boa fé por falta duma larga e inteli- cruzado e cada chefe de trezena sa- 3·0- participar nas missas que em que tem 0 nome de <<Cruzados de Fá- te desígnio da Providência.
gente visão de conjunto, esquecendo bem que o que dão e o que recolhem tôdas as Dioceses se celebrem pelas tima)) que os Ex.mo• Prelados portu- As obras sociais e católicas exigem
que os males de que enferma a socie- é pouco, mas sabem igualmente que intenções da Pia União dos Cruza- gueses criaram e abençoaram e cujo trabalho, obreiros que a ela se dedi-
dade moderna paganizada pelo lai- êsse pouco, com o decorrer do tem- dos· I programa oficial publicamos hoje na quem e que, livres de tudo mais, a
cismo reinante são múltiplos, exten- po e junto a outros, a muitíssimos, ' . . ! <<Voz de Lamego,,. Os seus fins cons- elas só se dêem. Propaganda , enfim.
sos, e profundos, e ignorando que s6 será muitíssimo também, para apli- 4· 0 - participar em todos os actos tam dos mesmos estatutos. A Obra de meios era indispensável.
uma acção enérgica e incessante, rea- car às obras católicas. de piedade e caridade realizados por Ê supérfluo insistir nas vantagens Os Ex. moa Prelados de Portugal, cuja
lizada em larga escala e partindo do E a certeza de que com um pe- intermédio da Pia União; de tôda a espécie que esta Pia União unidade de vistas e de esfôrço é
centro para a periféria, logrará ata- quenino donativo ou com um pouco vem trazer à alma católica dos portu- admirável, que entre si teem como di-
car a fundo êsses males e aplicar-lhes de trabalho, dad'o mensalmente por 5·0 - lucrar trezentos- dias de in· gueses. visa ccum só coração e uma só alma»
dulgência tôdas as vezes que recitar, Ninguém há af que, dizendo-se ca- e que ardentemente desejam que to-
o antídoto necessário e eficaz l amor de Deus e pela salvação das
I
Os esforços dispersos, os sacrifí- almas, se vai contribuir para uma nas condições requeridas, alguma das tólico, não ~ueira ~tensificar em si dos os cat~licos portugueses como ~les
cios isolados, os trabalhos e despesas obra de tão largo alcance como é a seguintes jaculatórias: mesmo a VIda católica, tomando-se pensem, vuam bem que esta unída-
de caráctet · putamente pessoal, sem recristianização da nossa Pátria e a N Senh d Fátim melhor, e ao mesmo tempo expandir de de alma e coração não podia ter
subordinação a um plano de conjun- paz e a felicidade mesmo temporal --: << ossa ora e a, pro- · essa vida, comunicando-a ao seu se- melhor eficácia do que colocando-se
1
to e a directrizes de ordem geral, re- do nosso povo, será durante a vida teget o Santo Padre,, melhante, na proporção e grande in- e a todos os portugueses com êles, sob
presentando às vezes um dispêndio um poderoso motivo de alegria e con- - <<Nossa Senhora de Fátima, pro- I tensidade em que a deseja para si a invocação, protecção e auxílio d'e
colossal de fôrças, produzem sempre solação e à hora da morte a esperan- tegei o nosso Episcopado e o nosso próprio. Viver a Caridade Cristã não Nossa Senhora de Fátima.
um rendimento que não está em pro- ça fundada d'e inefáveis e eternas clerm, é desejar ao próximo s6 os bens tem- Há três anos, todos êles consagra-
porção com o quantitativo da ener- recompensas. porais e fazê-lo participante dêstes ram na Cova da Iria os portugueses
- . uNossa_ S enh ora. d e Fátim· a ' pro- bens. Antes disso e ma1s · d o que ISSO
· à Excelsa Soberana d e P ortuga1; ago-
gia empregada.
A Acção Católica, com a sua or- Visconde de Montelo teget a Acçao Católica,,. I é torná-lo participante. dos dons de ~ veen: com Portugal_ inteiro, sob_ a
6.0 _Gozar as graças e privilégios I Deus, dons sobrenaturais, que-des- m~ocaçao dela, conqwstar os metos
NOTICIAS DOS CRUZADOS que a Santa Sé já solicitada pelos graçadamentel!l -para tantos ho- para a Acção Católica portuguesa.
' mens é como que não existam. Que nenhum católico falte à cha-
Prelado~ po~_gueses, venha a conce- A Acção Católica, que - mercê de mada. Que nenhum pároco, sobretu-
Foram feitas as seguintes nomea- Para darmos aos nossos leitores
der à Pia Umao dos Cruzados. Deus - está a expandir-se em Por- do, deixe de organizar urgentemente
ções de directores diocesanos. uma ideia do rápido progresso dos
Guarda: Cónego António Pereira Cruzados de Fátima na Arquidioce- III- Conselhos aos Cruzados de tugal, pode dizer-se prodigiosamente, esta Pia União na sua frêguesia.
de Almeida. Lamego: Cónego Antó- se de Braga, transcrevemos a últi- Fátima pretende realizar e vai já realizando Muito brevemente serão enviados
nio Pereira Pinto. ma nota fornecida pelo digno Direc- êsse fim cristão de levar Jesus Cris- todos os esclarecimentos indispensá-
É de desejar que todos os Cruzados to às almas, tornando-o delas conhe- veis aos Reverendos Párocos, afim

. .• • tor Diocesano acêrca das trezenas já


organizadas em diferentes freguesias: procurem:
Gualtar, 17; Dume, 14; Guisande, 1.
cido e amado. A sua eficácia depen- de quanto antes organizarem nas suas
0 _ recitar todos os dias, sendo de, é certo, mais da graça de Deus do freguesias a Pia União locah,.
4; S . Vicente de Penso, 4; Cunha, 4; possível em público ou em famflia, o
Vai iniciar-se brevemente a propa- Arentim, II; Ferreiros (Braga), 26;
ganda e a organização dos Cruzados S.'• Marta de Portuzelo, 27; Perre, têrço de Nossa Senhora e aplicá-lo pe- lfa crise moral do mondo o remédio 2.• intensificação da vida cristã em
na diocese de Viseu. las intenções da Pia União dos Cru- tôda a sua plenitude, em tôda a sua
22; Areosa, ro; S. Martinho de San-
de, 26; Salvador do Souto (Guima- zados; é: a «Acção Católica» essência de comunidade;
* rães), r; S. Romão de Mezão Frio, 2. 0 - Comungar freqüentemente, 3.• a coordenação das fôrças, que
• * 13; S. Mamede de Aldão, 4; Gêmeos, pelo menos, se lhe fôr possível, todos
Depois de ter enumerado os males se actua "a paróquia com o Conse-
que afligem o mundo: nacionalismo
Na diocese de Angra há já drca 6; Calvos (S. Lourenço), 4; Polvo- os meses, e assistir ao Santo Sacrifí- exagerado, crise de liberdade, de dis- lho Paroquial 6 depois gradual e hie-
de 6oo trezenas organizadas até ao reira, 13; S. Torquato, 41; Gomilhãis, raf"quicamente até à Junta Central;
ciplina, individualismo entre os cató-
presente. 8; Vila de Famalicão, 5; Mogege, 25; cio no dia 13 de cada mês, em união
licos, & li: que o remédio se apre- 4.0 a subordinação à Hierarquia. Su-
Na ilha Terceira calcula-se que já Gavião, r6; Ribeirão, 28; Sezures, 2; com os peregrinos de Fátima; senta bem claro: é a Acção Católica. bordinação, reconhecendo nela o seu
se acham inscritos 10 % dos seus ha- Nine, s; S. Miguel de Seide, 4; S. 3. 0 - Trazer o distintivo próprio
Paio de Seide, g; Louro, 6; S.to A Acção Católica tem em vista és- centro regulador, participando no
bitantes. tes objectivos: apostolado, associando-se e reünindo-
Adrião (Famalicão), 22; S.ta Maria dos Cruzados.
* ~~~~~~~
-se sob a direcção da mesma Hierar-
• * de Arnoso, ro; Louzado, 33; Telha- r.•- A fonn4ção das consciências, quia. Portanto, subordinação 11ão pas-
do, 12; Vermoim, 6; S. Romão de Se não pudestes inscrever-vos, em condição sine qua non para realizar siva e inerte, mas com colaboração
Publicaram ultimamente instru- Arões, so; S.ta Cristina de Arões, 19; Fátima, como Cruzados de Nossa s~ os outros objectivos. Formação sobre-
activa.
ções oficiais sôbre os Cruzados S.S. ~foreira de Rei, 36; S. Vicente de nhora, quando chegardes à vossa pa- tudo da juventude, devendo as ener-
Ex.c1u Rev.mu os Snrs. Bispo da Passos, 14; s.u Comba de Fomelos, róquia dirigi-vos ao Rev. Pároco e fa- giiiS cmcdurecidas dos homens ser I (Sua Eminência. o Cardial
Guarda e Bispo Coadjutor de Lame- II; Medêlo, 8; Serafão, r; Minhotãis, zei a vossa inscrição e a de vossa fa- consagradas princiPalmet~te (ls obras ] Vidal y Barraquez na VII
go. I3; Fragoso, 20; Aldreu, 5: Alheira, mUia nesta Associação abençoada. de cposwlado; Semana. Social do Madrid).
Ano XII Fátima, 13 de Agosto de1934 N. 143

COM APROYAOAO ECLEIIAITICA

DINetor e Proprlet6rio• Dr. Manuel Marque• dot lantot Emprtta Editora• Tip. "Unilo Qr6floa., R. tanta Marta, 151 - Litboa "dmlnittradorJ P. Ant6nio dot Rele RMaltl• • Admln letraoae "lantu6rlo lia P6tlma"

ras de adoração foram distribuídas

FÁTI MA·· íman das almas e dos cora~ões pelas freguesias do Arciprestado de
Ancião segundo a ordem seguinte:
Das 2 às 3, freguesias da Aguda
/
e Maçãs de D. Maria; das 3 às 4·
<~Fátrma,a humiltk povoação, quási desconhecida Oremos pelos tiranos e pelos preseguidores. Oremos sobretudo pe- freguesias de Chão de Couce, Pousa-
arnda há P01lcos anos, tornou-se um poderoso lman dos co- las vítimas dos pecados do mundo, por todos os oprimidos, pelo Vigário flores e Avelar; das 4 às 5, Ancião,
•ações, poto para Q qual se voltam irresistivelmente as al-
àe Cristo, pela Igreja, pelo clero, pelos religiosos, pelas cria"ças a quem Tôrre e Lagarteira, e das 5 às 6, Al-
mas sequiosas de pa11, de luz e de amorll. se pretende rot~bar a fé e a inocência, pelas almas que tantos demónios vorge e S. Tiago da Guarda.
em carne procuram seduzir e perder. A peregrinação de Setúbal teve a
(Do livro «Fátima, le nouveau Lourdes., edição
Oremos e façamos penitência. Dêste modo, pela renovação e in- sua hora de adoração das 2 às 3 e as
da Abadia de Averbode, Bélgica, 1933).
tensificação da vida interior, que é a vida de união íntima com Deus, rea- de Tôrres Vedras, Águeda e Carca_.
lizaremos o programa de Fátima, preparação prévia e indispensável para veios, das 5 às 6.
O FIM DAS PERECRINAÇõES efectivação do magnífico programa da Acção Católica, que tem por fim a As missas privativas das diversas
recristianização da sociedade paganizada pelas doutrinas e práticas dissol- peregrinações foram rezadas às horas
O templo, a igreja, a casa de Deus, é casa de oração. ventes de laicismo, a grande e funesta heresia dos tempos modernos. que seguem: às 8,30, a de Tôrres Ve-
dras; às g, a do Santíssimo Sacra-
A gloriosa Raínha do Céu, dignando-se aparecer, na Cova da Iria, mento (Pôrto); às 9,30 a de Setú-
Visconde de Montelo
aos humildes e inocentes pastorinhos de Aljustrel, comunicou-lhes a sua bal; às 10, a ão Arciprestado de An-
vontade de que naquele local abençoado se construisse uma capela em sua
,., cião, e às 10,30, a de Águeda. Às 6
llonra.
Ela quís, irrecus4velmente, consagrar, por essa forma, o recin-
to das aparições como um logar especial de oração. Jfas, não contente com
As comemoraçoes horas, celebrou-se a misa da comu-
nhão geral, tendo recebido o Pão dos
Anjos cêrca de quatro mil pessoas.
isso e empenhada, por assim dizer, em frizar dum modo bem claro, a ca-
racterística essencial do novo Santuário, destinado a ser, dentro de poucos
13 DE JULHO Ao meio-dia, depois da recitação
do terço do Rosário e da procissão
anos, o Santuário nacional por excelência, teve sempre o rosário, duran- Os actos religiosos comemorativos Mas a peregrinação mais impor- de Nosso Senhora, houve a missa ofi-
te as aparições, pendente dtJs suas mãos puríssimas, ensinou aos viden- do décimo sétimo aniversário da ter- tante foi incontestàvelmente a do Ar- cial, seguida da bênção dos doentes.
tes uma pequena súplica, pediu-lhes que levassem dois andores numa pro- ceira aparição da Santíssima Virgem ciprestado de Ancião, efecuada com Celebrou a missa o rev.do dr. Ga-
cissão da sua freguesia e acedeu aos pedidos que a Lúcia lhe fêz de con- aos humildes pastorinhos de Aljustrel a aprovação dos Ex.mo. e Rev.•o• lamba de Oliveira, professor de sciên-
verter alguns pecadores do seu conhecimento. tiveram um atractivõ e um encanto Prelados de Coimbra. cias eclesiásticas no Seminário de
Jfaria Santíssima desceu do Céu à solidão da Cova da I ria, para inteiramente particulares, graças à at- O seu programa, organizado em Leiria e membro da Junta Geral do
estabelecer alí o seu trono de graças e assim atrir àquéle logar bemdito as mosfera de piedade e recolhimento hannonié\, com o programa oficial do Distrito. ~ste distinto e piedoso sa-
almas pecadoras para as converter e salvar. extraordinários em que todos êles fo- Santuário, foi cumprido com a mais cerdote comemorava nesse dia o ani-
E é pelas orações dos fiéis que acorrem a Fátima em piedosa ro- ram ralizados. edificante exactidão e . pontualidade. versário da sua primeira missa, tam-
magem que ela quere que isso se consiga. bém celebrada no Santuário de Fá-
tima.
Como era bela a oração das três crianças quando, de joelhos, jun-
to ia azinheira sagrada, invocavam a celeste Padroeira de Portugal, im- No fim do Santo Sacrificio pregou
o ilustre e venerando Prelado de Lei-
plorando a sua intercessão a favor das almas transviadas!
ria.
E com que piedade e fervor os peregrinos rezam, durante as ce- Õs actos colectivos oficiais tiveram
rimónias litúrgicas, que se efectuam no dia treze i.e cada mês, naquela o seu remate com a última procissão
atmosfera saturada de sobrenatural que envolve o vasto anfiteatro do re- de Nossa Senhora e com a toconte ce-
eiato das aparições! rimónia do Adeus.
E quatJtas vezes, êsse tocante espectáculo impressiona e abala os Às peregrinações de Setúbal, Belém e
indiferentes e os curiosos, e até os ímpios, fazendo-os cair de joelhos, a Santíssimo Sacramento, feitas em au-
rezar também e a soluçar! Sobretudo as tJoites de doze para treze ofere- to-carros, visitaram, aquelas no dia
cem, sob êste potJto de vista, scenas altamente comoventes e empolgantes. 12 e esta no dia 15, a igreja do San-
Na procissão das velas e durante as longas horas de adoração nocturna, tíssimo Milagre em Santarém, onde
ao ar livre, sob a abóbada celeste estrelada, os coros dos peregrinos re- adoraram a Hóstia do grande milagre
petem sem cessar os louvores it~ Rainha dos .A. njos diante do trono de eucarístico do século treze.
misericórdia que Ela escolheu. Para conhecimento das peregrina-
No fundo dessas preces e dêsses cdnticos, que comu?Jicam esplen- ções interessadas em ver e oscular
iores inefáveis de alegria às cerimónias santas e às solenes procissões, en- aquela sacrosanta relíquia, convém
contra-se sempre, juntamente com a súplica pelos que sofrem, a oração lembrar que, para êsse fim, é neces-
fervorosa pela conversão dos pecadores. sário prevenir com alguns dias de an-
E, ao deixarem, cheios de saüdade, as paragens sagradas da Lour- tecedência o capelão da referida igre-
des portuguesa, os piedosos romeiros não cessam de orar. ja.
Durante a viagem, nos automóveis, nas camionnettes, nos com-
bóias, nos veículos de tôda a espécie em que se fazem transportar, ou emquan-
Peregrinação do Pôrto
to percorem a pé léguas e léguas para chegar aos seus lares distantes, atra- No dia 16 de Julho, às 14, h. 40,
vés das cidades e dos campos, nos âtalhos e nas grandes estrQdas, êles en- partiu da estação de S. Bento (Pôr-
chem tudo com os acentos suaves das suas preces e dos seus cdnticos. to) para Fátima, em combóio espe-
De regresso a suas casas, rezam com um novo e dobrado fervor e cial, a peregrinação promovida pela
o seu espírito de oração reanima por tôda a parte a fé, a esperança e o Sociedade «Os Amigos de Santo An-
amor, restaura a vida cristã nos indivíduos e nas famílias e fa.z triunfar o Altar mór da Catedral de Monfalcone, Itália, na festa de Nossa tónia>>.
reino de Deus nas almas e nos corações. Os peregrinos, que eram em nú-
Senhora da Fátima em 13 de maio de 1934 mero de trezentos e cincoenta, foram
Por meio do Santo Rosário, cuja devoção a Virgem Santíssima
tantas vezes recomendou aos videntes, e por intermédio deles, a todos os presididos pelo rev. do Manuel Nédio
Numerosas, importantes e bem or- No dia 12, b 10 h. 30, houve, de Sousa, Reitor do Seminário do Co-
fiéis, invoquemos fervorosamente o auxilio do Céu, entre as provações e
ganizadas foram as peregrinações que como de costume, a recitação do ter- ração de Jesus, em Gaia, tendo sido
4S esperanças dos dias que passam, nesta fase angustiosa e cheia de in-
acorreram a Fátima para tomar par- ço em frente da capela das aparições, também acompanhados pelos rev. doo
certezas que o mundo actualmente está atravessando.
te nas comemorações dêsse dia, me- seguida da procisc;ão das velas. abades de Ramalde, Lordelo do Ou-
Oremos por nós, pelas nossas famllias, pela nossa prátria; ore- recendo especial referência as do Ar- Da meia-noite às duas horas reali- ro e Formelo, Vila do Conde, e coad-
mos para desagravar a Deus pelos nossos pecados e para obter a conversão ciprestado de Ancião, de Belém (Lis- zou-se a cerimónia da adoração na- jutor de Campanhã.
dos pecadores que inundam a face da terra. boa), Santíssimo Sacramento (Pôr- cional, tendo pregado sôbre os mis- Na peregrinação tomaram parte
As culpas individuais e as iniqüidades colectivas são a verdadeira to), Setúbal, Tôrres Vedras, Águeda térios dolorosos o Ex. mo e Rev. mo Se- numerosas colectividades católicas
causa de todos os males que nos oprimem ou que nos ameaçam. e Carcavelos. nhor Bispo de Leiria. As outras ho- portuenses com os seus estandartes.
2 VOZ DA FATIMA
Os actos religiosos colectivos, reali- me deseja com razão vêr ali, a seu seu precioso trabalho a um alto pen- UMNOVOLIVROSOBRE AFATIMA bóio especial até Leiria. e seguiram pa--
zados pelos peregrinos em Fátima, lado, naquela estâ,ncia abençoada, samento filosófico e religioso, o dou- ra o Santuário em camionnettes.
Gente bôa foram dos que maia se -de-
foram os que constam do programa que a Raínha dos Anjos se dignou tíssimo escritor de Além-Rheno enca- dicaram à fundn<;ã.o do Círoulo Católi-
das cerimónias oficiais para o dia tre- escolher para trono das suas graças, ra certos traços mais salientes da A florinha de Fátima co dos Operários do Pôrto que é a hon-
ze de cada mês. a querida grei que o Senhor lhe coo- existência aliás tão curta da J acin- ra e orgulho dos operários católicos
ficou, afim de agradacer com ela o ta e julga ver nessa criança uma O Ex.mo e Rev.mo Sr. D. Luis Maria do Pôrto.
Peregrinação da Batalha dom precioso concedido à sua dioce- grande priviligiada do Céu, a quem Hugo, Bispo de Mayence, o mais zeloso
PE REGRINAÇÃO DE BRAGA
No dia 24 de Julho, por iniciati- se e implorar novas graças e novas a augusta Virgem do Rosário se dig- propagandista da comunhão das crianci-
nhas em tôda. a. Alemanha, que criou na Dirigida por Monsenhor Pereira J ú-
va do seu zeloso pároco, o rev .110 Ma- bençãos para santificação e salvação nou confiar uma missão sublime, inti-
mamente relacionada com os deveres nior, de Braga, com a colaboração· de
nuel Pereira da Silva Gonçalves, a das almas. outros ilustrados sacerdotes esteve em
freguesia da Batalha realizou a sua É o pagamento duma enorme dí- que as circunsté\ncias dos tempos pre- Fátima uma peregrin~ nos dias 17
peregrinação anual colectiva ao San- vida de gratidão, é um rigoroso e sentes impõem a todos os católicos em e 18. Realir:a.ram oom muita piedade
tuário de Nossa Senhora de Fátima. imprescindível dever de reconheci- face da Acção Católica, que procura os actos dos peregrinos.
Tomaram parte nela muitas cente- mento e de amor filial para com a reconquistar a sociedade paganizada
Virgem bemdita, a romagem anual para a profissão da fé e prática da SEMANA PREPARATóRIA DA
nas de pessoas.
As IS horas reüniu-se o povo na da diocese de Leiria ao Santuário vida cristã com meios de apostolado ACÇÃO CATóLICA
igreja do Convento da Batalha para da Lourdes portuguesa. modernos, não m enos idóneos que efi- Principiou no dia 3 de agosto a
Praza a Deus que o apêlo do vene- cazes. semana. preparatória doe dirigentes da
receber a bênção do Santíssimo Sa- Acção Católica da. diocese de Leiria
cramento. rando Antístite seja atendido por to- Pode afirmar-se com verdade que o
da qual daremos notícias mais desenvol-
Em seguida a peregrinação partiu dos os seus diocesanos que estejam livro do rev.do dr. Fischer é um co- vidas no próximo número.
a pé em direcção a Fátima, acompa- em condições de o poder fazer, para
nhada pelo seu rev.110 Pároco. Pelo que a peregrinação dêste ano, pelo
mentário scientífico, feito com inte-
ligência e coração, destas quatro
............
caminho não se conversava, sômente elevado número dos seus membros ideias fundamentais que resumem e
sintetizam a vida da feliz confidente
Santo António
se cantava e rezava o terço em voz e pela grandiosidade e imponência
alta. dos seus actos colectivos, constitua da Mãi de Deus: a santificação p ró- proclamado Santo Padroeiro
Fêz-se a devoção da Via-Sacra, ha- uma empolgante manifestação de fé pria, a santificação da família, a san-
tificação em volta de nós e a santi-
de Portugal
vendo urna prática junto de cada e piedade, uma autêntica e esplêndi- S.t.o Ant6nio de Pádua (conhecido
cruzeiro. Os peregrinos chegaram a da apoteose, de que redunde grande ficação da vocação. em Portugal como S.to Antdnio de Lis-
Fátima um pouco antes do sol pôsto. glória para Deus, grande honra para Na sua carta-prefácio da versão boa) j oi proclamado Santo Padroeiro
Depois, até ao outro dia, à hora da a Virgem Santíssima e grande pro- francesa do livro «As Grandes Mara- de P ortugal f)or um Breve ilJJo&t6lico,
• vilhas de Fátima» ( édition du Peli- Satu:tae Bomcnae Eccleriae.
partida, o que houve foi o que costu- veito para as almas, especialmente S.to Antdnio nasceu em Li&boa e f)(ls-
ma haver no dia treze de cada mês: para as da diocese predilecta da au- can, Rue Dussoubs, Paris, 2~m•) ' ·
Sua Ex.•la Rev.mr. o Senhor D . José aou a mcror f)arte da aua vida em Por-
procissão das velas, exposição do gusta Raínha do Céu! tugal. Em Pádua s6 vi,eu fJOT um cur-
Santíssimo Sacramento e adoração Alves Correia da Silva, ilustre e ve- Ex.mo e Rev.mo Sr. D. ÚIÍS Maria Hugo , to eapaço de temf)O. O Bre,e declara
nocturna, rezando-se ao princípio o Um novo livro sôbre nerando Bispo de Leiria, escreve o Bispo de .Uayence {.llainz) Hesse, que o Paf)a cotu:orda com o desejo do
seguinte: «Por tôda a parte, nas suas que prefaciOIJ. o 110vo livro em pu- Oardiat Patriarca de Li&boa e da Hie-
terço com práticas apropriadas nos in- Fátima aparições, a Santíssima Virgem, re- blicação do Rev. dr. L. Fischer mrquia Portuguesa que S.to Antdnio
tervalos das dezenas sôbre os misté- Há cêrca de quinze anos, num po- aeja f)Toclamcdo Padroeiro da sua na-
petindo as palavras de Nosso Senhor, «A florinlaa de Fátama»
rios gloriosos do Rosário feitas pelo bre catre do hospital de D. Estefâ- ~o.
rev.do dr. Galamba de Oliveira, que nia, em Lisboa, após urna longa e convida-nos a fazer penitência (si Isto lembra que o Santo era f)orlu-
aproveitou o ensejo para instruir os dolorosa poenitentiam non egeritis, omnes si- sua diocese o uSecretariado da Comunhão gu~s, qu.e foi educado em Portugal e
enfermidade, suportada
seus ouvintes àcêrca da natureza e com paciência e resignação heróicas, militer peribitis, Luc., XIII, 5). a das pequeninos" e presidiu à grande pe-
regrinação das criancinhas a. Roma., es-
ali reeebeu a sua formaçlio -religio3a e
que a lUa grande 'llirtude produziu
fins da Acção Católica e do dever a alma angélica de Jacinta Marto, vigiar e orar (vigilate et orate, Mat., creveu paql. o livro do Rev. dr. Fischer o fruto naquela naçdo antes que f)aS&a&-
que incumbe a todos os fiéis de coo- uma das priviligiadas videntes de XVI, 41) para irmos a Jesus ( ad J e- seguinte Prefácio: &e a outra& naçlle& da Europa.
sum per Mariam)». E acrescenta ime- Desd8 que a Comunhão precoce atingiu Oom justiça, diz o Breve, f)Odem os
perar nessa importante e urgente Cru- Fátima, desprendia-se suavemente amplitude que, por vezes nos cau-
zada de Salvação dos tempos mo- dos frágeis liames do seu corpo vir- diatamente: «Em Fátima faz-se peni- aquelasa assombro, observamos, não raro, em
Portugueses honrar Blte santo como ce-
leatial Pad-roeiro da lUa na~o.
dernos. De manhã houve missa reza- ginal e voava, serena e feliz, para o tência, vigia-se e ora-se». certas crianças t•ma ansia enorme f herói-
(The Uni11e-rse, jornal católico inglês)
da, comunhão geral, procissão com seio amantíssimo de Deus. Tinha
a Imagem de Nossa Senhora, missa então pouco mais de dez anos de
cantada, bênção dos doentes, recon- idade. Era no dia 20 de Fevereiro
É esta a missão providencial em ca de perfeiÇão - dnsia muitas vezes co-
que a augusta Rainha do Rosário in- roada por graÇas extraordinárias do Céu.
vestiu o glorioso santuário nacional Estas cria11ças têm, de-certo, uma mis-
......-.-•..
são apostólica a cumprir junto dos aàul.
dução da Imagem de Nossa Senhora
para a capela das aparições e a to-
de 1920.
No ano anterior, a 5 de Abril,
da Lourdes portuguesa.
Fátima é Acção Católica. Fátima
tos.
É por isso qtJe lemos com prazer e en-
é apostolado. É Acção Católica, mas htSiasmo o que ~ste livrinho nos conta
VOZ DA FÃTIMA
cante cerimónia do Adeus. adormecia tranqüilamente no Se- DESPESA
Os sacrifícios que os piedosos ha- nhor outro vidente, Francisco Mar- Acção Católica integral, isto é, acti- s6bre a peque11a Jacinta, de idade apenas Transporte ... ... ... ... . .. 450.83oS82
de 7 anos, falecida em Lisboa, em I9ZO, Papel, cotnp. e im. do n.o
bitantes da Batalha tiveram de fazer, to, irmão da Jacinta, depois de se vidade exterior alimentada pela cha- depois de longo sofrimento suportado com
ma sempre pura e sempre ardente heróica resignação. 142 (123.500 ex) ........ . 7·056$75
tomando parte nesta fervorosa roma- ter confessado e de ter recebido o Na Administração . .. . .. . .. 19~55
gem, de-certo serão compensados pe- Sagrado Viático com os mais edifi- da vida interior. É apostolado da ora- Éste livrinho, devido à pena do dr. Franquias, emb. transpor-
ração e apostolado da acção. Lufs Fischer, prafesor da Universidade de tes, etc. . ..
las graças e bênçãos que o Céu fará cantes sentimentos de piedade. 1.909$85
descer sôbre aquela edificante grei e A essência do cristianismo cifra-se Bamberg.
tusiasmo.
está escrito com unÇão e en-
Essas duas crianças, humildes P. no sacrifício e no amor. São êles a Total . . . . . . 459.989$97
sôbre o seu zeloso e dedicado P astor inocentes, precocemente felldas de Jacinta era uma das trAs crianças a
e que hão-de produzir frutos abun- morte pelo terrível flagelo da bron- dupla fonte , perene e inexgotável, quem N. Senl&ora se digitOu aparecer na Donativos desde 15$00
dantes de santificação e salvação. da Acção Católica. Constituem am- Cova da Iria . Distrib. em Vila Nova de Fozcoa, 4o$oo;
co-pneumonia, passaram sôbre a ter- bos o programa consolador do facto O livrinho está, de antemão, destinado Distrib. em Bougado - Trofa, 3oo$oo;
A diocese de Leiria em ra quási com a rapidez brusca e ful- divino de Fátima. Pelo amor de Deus a comover e a elevar a alma do leitor e Jorge Vareta - Tua, 20$oo Joana Vei-
minante dum silencioso e fugaz me- e do próximo e pelo sofrimento resi- adeinclltir-llte, ao mesmo tempo, um gran-
amor e confiança em N . Senhora de
ga - Lisboa, 2o$oo; Lucinda. Valente -
Fátima teoro. gnadamente aceite, a Jacinta ficou Fátim~. por cuja intercessão junto de
Coimbra, 15$oo; Alberto Mendes -
Coimbra., 2o$oo; José Augusto Pires -
Foi nos dias doze e treze de Agos- As condições do meio em que se sendo, como diz o rev. do dr. Fischer, seu divino Fillao gra11des e sublimes coisas Mangualde, 2o$oo; P.• Lourenço - So-
to de 1932 que se realizou a primeira encontravam, no cume duma serra, modêlo infatigável de acção católica, virão a realizar-s11 ainda em nossos dias. brado de Paiva, zo$oo; Olinda. Ferreira.
peregrinação diocesana, propriamen- a simplicidade do seu viver próprio amável modêlo para o mundo infan- Mogdncia, 4- de Abril de r934- - Jardinopolis, 3oSoo; António dos San-
te dita e oficialmente organizada, ao de camponeses, a sua tenra idade, til. E pode-se acrescentar: para tôdas tos Vieira - Or14ndia, I .oooloo; Dis-
t Luís ?.faria., Bispo de Mogt111cia trib. em Silva Escura., 25$oo; Irmã La.u-
grande Santuário Nacional de Nossa que não deixava incidir detidamente as classes de pessoas, em tôdas as
Senhora de Fátima. Coroo noblesse
oblige, coube à diocese de Leiria, a
sôbre as pessoas e os actos dos vi- condições da sua vida sôbre a terra.
dentes as atenções alheias e erofim a
............ f!l. - Cabinda, 90S<><>; Abertina. Torqua-
to - POrto, 15Soo; Leonardo Baião -
Viana. do Alentejo, zoSoo; Emília de
Mas, dum modo especial, como fri-
diocese priviligiada pela Augusta Mãi
de Deus com o dom magnífico das
circunstância de não se prevêr que o za ainda o ilustre professor, a voca-
facto assombroso de que foram tes- ção da Jacinta foi, através duma do- Noticias do Santuário · Oliveira. - Vilarinho da Lousã, 5o$oo;
Distrib. em Castelo Branco - Açores,
435Soo; M... Celeste Leitão - Espozen-
suas celestes aparições, a glória des- temunhas viria a ter, a breve trecho, lorosa doença, que ela até ao último de, 4o$oo; Distrib. em Lourinha - Mo-
sa bela e fecunda iniciativa. Desde urna retumbância não s6 nacional suspiro suportou com admirável re- RETIROS ledo, 3o$oo; Firmino Abrantes - Man-
então, todos os anos, no mês de mas universal, obstaram a que se re- signação, fazer penitência pelos pe- - A maior parte do Rev. Clero de gualde, 15$oo; José do Esp. Santo -
Agosto, escollúdo pelo venerando colhessem, a tempo e horas, úteis cados dos outros, expiá-los, repará- Leiria fêz o seu retiro espiritual no Amoreira,, 15Soo; Teodoro díiS Neves -
Santuário desde o dia 16 de julho a 21. Amoreira, 15$oo; P.• António Maria Al-
Prelado para êsse fim, a mais peque- e valiosas informações para um re- -los. Assistiu também o sr. Bispo. ves - ltfacau, I .o62Jro; Ana de Almei-
na das dioceses de Portugal compraz- trato, tanto quanto possível, comple- Oxalá o público católico português, Funcionou pela primeira vez o 2.o da Santiago, 3oSoo; Maria Brito - Al-
-se em ir depôr, solene e piedosa- to, da sua fisionomia moral e para que tem acohido com tanto favor as andar da casa dos exercícios. portel, 15Soo; M... Silva Santos - Lis-
mente, aos pés de Nossa Senhora, no um relato pormenorisado das suas publicações do sábio escritor alemão, boa, zoSoo; Eporuna Teixeira - Bra.zil,
zoSoo; Claudina Sampaio - Mesão Frio,
santuário da sua predilecção, a ho- palavras e dos seus actos, ao menos possa ter em breve o delicioso pra- PERECRI NAÇõES 2o$oo; Lourenço Machado - Braga.,
menagem da sua veneração, o tribu- desde a época das aparições até à zer espiritual de ler, trasladado a ver- 27Soo; Adelaide Bastos - Lisboa, 15Soo;
to do seu reconhecimento e o preito data do seu ditoso passamento.
IRMÃS DE S. VICENTE M. • do Carmo Rocha. - Odivelas, zo$oo;
náculo, o seu último e valiosíssimo DE PAULO António de Azevedo - Azurara., :o:o$oo;
do seu amor filial . A glória de ter superado êsses trabalho «Jacinta, a pequena flor de
Clotilde Antunes - Tondela, zoSoo; Gui-
O ano passado, por motivo da co- obstáculos, que pareciam humana- Fátima)), que teve a honra de ser Nos diaa 3 e 4 de julho esteve no lhennina Freitas - Fam;ilicão, zoSoo;
memoração mundial da Maternidade mente invencfveis, pelo que diz res- prefaciado pelo venerando Senhor santuário um grupo de Religiosas de Ana TOrres Ferreira. - Beiriz, zooSoo;
espiritual da Santíssima Virgem, Co- peito à mais nova das videntes, ca- Bispo de Mainz, Dom Luís Maria S. Vicente de Paulo dirigidas pelo
Rev. Moné, superior da Igreja. de S.
António Tinoco - POrto, zo$oo; Distrib.
-redentora do género humano e Me- be ao apóstolo de Fátima par anto- Hugo. em Pademe, 102Soo; Anórumas de Can-
Luís doe Franceses, ~m Lisboa. delária, ~; Alcina. Neves - Infesta,
dianeira de tôdas as graças, Sua nomásia, o rev.do dr. Luís Fischer, Fizeram a sua peregrinação no maior
Ex.c1a Rev.mr. o Senhor D. José Al-
ves Correia da Silva dirigiu um apê-
sábio lente de História Eclesiástica
na Universidade de Bamberg e ilus-
........-.-.
Visconde de Jfontelo recolhimento e piedade parecendo com
os seus hábitos um bando de pombinhas
2o$oo; José M. Lopes - La.g;ues, zo$oo;
M... Franco Antunes-Leiria, zo$oo; Dis-
trib. por M.r. do C. Pires-POrto, 17$oo;
lo vibrante e sentido aos seu. dioce- tre autor de numerosos e importantes Artigos religiosos brancas a cantar os louvores a Nossa
Senhora.
Julieta Fortuna - POrto, 15Soo; Rosa
Mota - POrto, 2o$oo; Ana. Pa.ulino, M...
sanos, convidando-os a tomar parte livros sôbre a Lourdes portuguesa. f Os peregrinos da .Fátima encontrarão A Virgem Santíssima proteja o seu Seq>i~., e Emília Gomes - Flores, 4o$oo;
colectiva na peregrinação de doze e Publicado pela «Fátima-Edito- à en.tra~ da Avemda Ce~tral do San- Instituto e obras. Manuel Freitas Lúcio - La.ges, zo$oo;
treze de Agosto a Fátima em honra tora» daquela c·dad
1
bá b tuár1o, }á dentro do recmto murad~, P. • Augusto Teixeira - Açores, zo$oo;
e va:a:, aca a duas cwtaa onde podem comprar artl- OS AMIGOS DE SANTO
da augusta Mãi d e Deus e dos ho- de ser pôsto à venda no ongmal ale- goa religiosos que ali estão à Tenda em Sebastiana Nogueir;l. - v.a Chã de Ouri-
mens. mão o livro <<Jacinta, a pequena flor favor do Santuário. ANTóN IO que, 3oSoo; P.• Henrique Garcia - Al-
malaguez, 15$oo; José Sobreira - Cal-
~sse apêlo. o nobre e ilustre Pre- de Fátima», que é uma biografia tão • • • Promovida pela benemérita Associa.- das da Raínha, 3oSoo; António Simões
lado renova-o êste ano com todo o interessante como encantadora da pe- O Sr. António Rodrigues Romeiro- ção - Amigos de Santo António - do da Cunha - Adões, 5oSoo; Virgirui\o Ma-
ardor e veemência da sua alma de quenina e hulhilde vidente de Aljus- Fátima, é a. pessoa. encarregada pelo Pôrto, esteve DA Fátima. uma. numero- deira. - Adões, 5o$oo; Antóruo J. Cu-
apóstolo e com tôda a ternura do trel. Santuário de mandar pelo correio os pe- sa peregrinação presedida pelo Rev~d• nha - Pedralva., 3o$oo; Iria ea.-doso -
didos de artigos religiOBM, livros sôbre Professor P.• Nédio e Sousa. Rio de Janeiro, 15$oe; Frei António Hel-
seu coração paternal. Sub.ordinando, por assim dizer, o l:átima ou água do Santuário. Eram perto de 400. Vieram em com- Continú.G na 3. • p6oina
VOZ DA FATIMA 3

Graças de N. Senhora N. Senhora de Fátima


tejaclfl. a 15 de Agosto ou antes dêsse rodeada dum resplanden.cente cõro de An-
dia? No caso de dever ser festejada an- jos, a qual lhes disse: <<A paz seja con-
tes, quais os dias que para isso poderiam vosco. Eu estarei sempre no meio de vós».
ser tomados em consideração? Saúdou-os e consolou-os empregando as

de Fátima EM JERUSALÉM
Na respost;t. a esta pregunta não po-
demos socorrer-nos da história visto ser
de todo impossível provar se a escolha
pal;1-vras de seu próprio Filho. :Estes, ao
vê-la, exclamaram: «Santa Mãi de Deus,
protegei-nos!.
do dia 15 de Agosto pa~ ;1. festa de ~. Em seguida dirigiram-se ao lugar onde
Senhora tem alguma base ou fundamen- N. Senhorn fôra sepultada e não encon-
DILATAÇÃO DOS OSSOS Quiz a divina Providência e o cannbo mas foi de tal forma prevalecendo que a to histórico. do ali os seus restos mortais concluiram
- D. Maria lJeolmda Vie,,.a do Carmo maternal de :Maria que eu, no principio palavra «Dormição» dC5llpareceu quásl Outrora, entre os Coptos e os Árabes, que Ela, à semelhança do seu divino Fi-
- S. Miguel, Açores, diz o seguinte: «Há do Ano Santo de 1933. fôsse apresenta- por completo. realizava-se a festa no dia 16 de Janei- lho, tinha ressurgido dos mortos e subi-
alguns anos que o meu neto Luís Eduar- do, em Basileia, por Mons. Maeder, di- Qual seria, pois, o objecto dessa fes- ro e, entre os Visigodos, a 18 do mesmo do ao Céu onde reinaria com Cristo por
<io V1eil!L de Andrade sofria de uma dila- rector da Sentinela, ao Dr. Luís Fischer, ta? mês. Mas desde que o imperador grego tôda a eternidade (3).
tação nos ossos nasais que lhe causava um o a.J!lUto alemão de Nosso Senhora de Fá- Como as palavras indicam, o seu fim Mauricio (588-6o2) transferiu, por decre- De harmonia com esta tradição, ceie- _
.grande sofrimento, impedindo-o muitas tima. primário era festejar o santo pass;unen- to, a festa da morte de Maria para o bram as Clarissas de Lisboa, desde o séc.
vezes de dormir e deixando-o extrema- A primeira pregunta que o Dr. Fischer to de N. Senhora, e os secundá.rios a ad- dia 15 de Agosto, tomou-se esta data a 18, a festa da Boa-Morte no d ia r 3 d e
mente n<:rvo:;o em virtude da dificuldade fêz ao peregrino da Terra Santa foi a missão da sua alma à contemplação da predoJD.in!mte. Agosto. Por um decreto da S. C. dos
de respiração. seguinte: visão beatifica e a subida do seu santis- Fo1 em virtude dêsse decreto que, nos Ritos de 5 de Dezembro de 1917, foi
Por vá.rias vezes se consultaram os mé- - Sabe a razão porque Nossa Senhora simo corpo ao Céu, segundo é crença fir- últimos tempo, os católicos da Guate- esta festa estendida a todos os conventos
<licos, sendo todos de opinião que o doen- de Fátima !lpareceu sempre nos dias 13? me e constante desde os primeiros sécu- mala, na América Central, concluíram, franciscanos de Portugal.
te só obteria a cura submetendo-se mais - Porque Nossa Senhora morreu no los da Igreja. Esta subida do corpo de erradamente, que Mari11 morrera, de fac-
tarde a uma operação cirúrgica. Foi, pois, Portu8ill, durante muito
dia 13 de Agosto, respondi eu alegre e NoSSfl. Senhora ao Céu foi designada pc- to, em 15 de Agosto, começando desde tempo, o único país que comemorou no
No dia 4 de Junho, oontava meu neto sorridente. J lo nome de Assunção. então a festejar com autor

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