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Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Me. Carlos Henrique de Jesus Costa

Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Edmila Montezani

Revisão Textual:
Prof.ª Vera Lidia de Sá Cicaroni
 Introdução

 Sistema Francês de Amortização (SFA)

 Finalizando

Chegamos à nossa última unidade, na qual falaremos sobre


“Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos” e
estudaremos as técnicas de alguns sistemas, mais especificamente, do
sistema francês de financiamento (SFA), do sistema PRICE e do
sistema de amortização constante (SAC). É muito importante que
vocês acompanhem o “passo a passo” de cada resolução. Nossa
intenção é que vocês consigam diferenciar a metodologia do cálculo
proposto para cada sistema financeiro.

Olá, caro aluno,


Nesta unidade, vamos conhecer a metodologia de cálculo de alguns Sistemas de Amortização.
Por exemplo, veremos que cada prestação é composta dos juros mais a parcela a amortizar e
ficaremos sabendo também como é obtido cada “novo” saldo devedor após o pagamento de
cada parcela.
Por favor, leia o texto apresentado no Conteúdo Teórico, faça as demais atividades e verifique
todos os outros materiais indicados, pois são essenciais para o entendimento da unidade em
estudo. Programe a realização das atividades propostas, a fim de fixar os conhecimentos
adquiridos.
Estude toda semana!
Não acumule conteúdos e lembre-se de que, se houver qualquer dúvida, não deve deixá-la
para trás; coloque-a no fórum de discussão, pois ali estamos à sua disposição.
Bom trabalho!!!
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Acredito que você já tenha pensado sobre qual seria a melhor opção para a compra ou
financiamento da casa própria...

Se você está pensando em comprar sua casa própria, já deve ter se deparado com a
seguinte questão:

Continuar pagando o aluguel e ir poupando ou partir direto para um


financiamento, economizando o valor do aluguel?

Muito se discute a esse respeito. Acho que você já deve ter lido muitos artigos em
jornais e revistas, assistido a diversas reportagens na tevê ou conversado sobre o assunto com
amigos. Uns dizem que as taxas de juros de financiamento são muito altas e, por isso, é
melhor poupar para pagar à vista. Outros acham que o financiamento da casa própria é mais
vantajoso, porque o valor gasto com aluguel é um dinheiro perdido.

Enfim, qual é a melhor opção?

Na realidade, de fato, não existe uma melhor opção que sirva para todos. É preciso
fazer os cálculos “na ponta do lápis” para cada caso, levando-se em conta o valor do
aluguel que se paga atualmente, o valor do imóvel que se pretende adquirir, a taxa de juros e
prazo do financiamento etc.

Infelizmente, fazer todos os cálculos necessários para determinar a melhor opção não é
nada fácil. É preciso ter conhecimento de fórmulas complicadas envolvendo
Matemática Financeira, e mesmo profissionais especializados encontram dificuldades!

Pensando nisso, nesta Unidade, estamos apresentando, detalhadamente, algumas


metodologias desses cálculos de financiamentos. Então não deixe de participar,
acompanhando todas as etapas desenvolvidas e treinando com as atividades práticas
resolvidas, ok?

Boa sorte! Espero que aprenda um pouco mais sobre a composição dos cálculos desses
financiamentos!!!

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Complementando, leia mais a respeito nos seguintes sites:

Folha Online – UOL (Acesso em Nov/2011)


http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/imoveis/0027.shtml

Idec – Instituto de Defesa do Consumidor (Acesso em Nov/2011)


https://goo.gl/WFVKrG

WinFinance – Consultor Financeiro Casa Própria (Acesso em Nov/2011)


https://goo.gl/D5HF45

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Nesta Unidade iremos estudar as técnicas de vários sistemas de amortização de
empréstimos e financiamentos e, ainda, a metodologia para calcular as prestações não
uniformes, ou seja, as prestações que mudam a cada período do empréstimo ou
financiamento.

O que difere um sistema de amortização do outro é, basicamente, a maneira como são


obtidas as parcelas. Elas podem ser constantes, variáveis ou até únicas, sendo compostas
sempre por duas partes: juros e amortização propriamente dita.

Dizemos que um empréstimo é realizado a curto ou a médio prazo, quando o prazo


total não ultrapassa 1 ano ou 3 anos, respectivamente.

Nos sistemas de amortização de empréstimos a longo prazo, regra geral, os juros são
sempre cobrados sobre o saldo devedor, o que significa considerar apenas o regime de juro
composto. Desse modo, o não-pagamento de uma prestação, isto é, o não-pagamento do
juro em um dado período redunda em um saldo devedor maior, já que está sendo
calculado juro sobre juro.

Definições importantes que serão utilizadas:

- Empréstimo  Recurso financeiro que, em tese, não necessita ser justificado quanto à sua
finalidade, como, por exemplo: cheque especial e CDC (Crédito Direto ao Consumidor), entre
outros.
- Financiamento  Recurso financeiro que tem a necessidade de ser justificado quanto à
sua finalidade, por exemplo: compra de um automóvel, imóvel e crediário, entre outros.
- Saldo Devedor  É o valor nominal do empréstimo ou financiamento, ou simplesmente o
valor presente (PV) na data focal 0 (zero), que é diminuído da parcela de amortização a cada
período (n).
- Amortização  Parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
- Juros Compensatórios  É o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente
somado à parcela de amortização.
- Prestação  É o pagamento efetuado a cada período (n), composto da parcela de
amortização mais juros compensatórios.

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Sistema Francês de Amortização (SFA)

Este sistema consiste no pagamento de empréstimos ou financiamentos com prestações


iguais, periodicidade constante e postecipadas. É considerado o sistema de amortização mais
utilizado pelas instituições financeiras e pelo comércio em geral.

Como essas prestações são constantes, à medida que vão sendo pagas, a dívida
diminui e os juros tornam-se menores, enquanto as quotas de amortização tornam-se
automaticamente maiores. Assim, neste sistema, o financiamento (PV) é pago em prestações
(PMT) iguais, constituídas de duas parcelas de amortização e juros compensatórios (J), que
variam inversamente, ou seja, enquanto as parcelas de amortização diminuem ao
longo do tempo, os juros aumentam.

Principais Características:
 A prestação é constante (fixa) durante todo o período do financiamento;
 A parcela de amortização aumenta a cada período (n);
 Os juros compensatórios diminuem a cada período (n).

O gráfico apresentado a seguir esclarece melhor essa situação:

PRESTAÇÃO

AMORTIZAÇÃO
Repare que,
nesse tipo de
financiamento,
pagamos juros
maiores no
início das
JUROS
prestações!

1 2 3 4 5 6 7 PERÍODOS

Observe que a prestação constante é obtida adicionando-se juros e amortização,


que variam na ordem inversa, ou seja, os juros vão diminuindo e a amortização vai
aumentando.

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Este sistema também pode ser acompanhado de prazo de carência. Nesse caso, os
juros podem ser pagos durante o prazo de carência ou capitalizados no saldo devedor.

Exemplo 1:

Um banco empresta o valor de R$ 21.800,00 (PV), com a taxa de 4% (i) ao mês, para
ser pago em 5 (n) pagamentos mensais, sem prazo de carência, calculado pelo Sistema
Francês de Amortização (SFA). Pede-se: elabore a planilha de financiamento:

Solução:

Dados:
PV = R$ 21.800,00
n = 5 meses
i = 4% ao mês
PMT = ?
Planilha de financiamento = ?

Cálculo “SINTÉTICO” na HP-12C para determinar os valores da planilha de


financiamento:
f [REG]

21800 CHS PV 4 i 5 n PMT 4.896,87

1 f [AMORT] 872,00 x><y 4.024,87 RCL PV - 17.775,13

1 f [AMORT] 711,01 x><y 4.185,86 RCL PV - 13.589,27

1 f [AMORT] 543,57 x><y 4.353,30 RCL PV - 9.235,97

1 f [AMORT] 369,44 x><y 4.527,43 RCL PV - 4.708,54

1 f [AMORT] 188,34 x><y 4.708,53 RCL PV - 0,01

Juros Amortização Saldo Devedor

PLANILHA DE FINANCIAMENTO:
n (mês) Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
SDn = SD(anterior) – PAn PAn = PMT – J J = PV.i.n PMT
0 21.800,00 0,00 0,00 0,00
1 17.775,13 4.024,87 872,00 4.896,87
2 13.589,27 4.185,86 711,01 4.896,87
3 9.235,97 4.353,30 543,57 4.896,87
4 4.708,54 4.527,43 369,44 4.896,87
5 0,01 4.708,53 188,34 4.896,87
TOTAL 21.799,99 2.684,36 24.484,35

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Cálculo “DETALHADO” na HP-12C para determinar os valores
da planilha de financiamento:

NA CALCULADORA FINANCEIRA HP-12C

TECLAS VISOR SIGNIFICADO

f [REG] 0,00 Limpando registros

Entrando e negativando o valor à vista do empréstimo – tecla “CHS” e


21800 CHS PV – 21.800,00
depois “PV”

4 i 4,00 Entrando com a taxa da operação – tecla “i”

5 n 5,00 Entrando com a quantidade de parcelas mensais – tecla “n”

PMT 4.896,87 Calculando o valor de cada parcela mensal – tecla “PMT”

R$ 4.896,87 – “PMT” VALOR DA PARCELA MENSAL – RESULTADO PARCIAL

1 f [ AMORT ] 872,00 Calculando o valor do Juro da 1ª Parcela

x><y 4.024,87 Calculando o valor da 1ª Amortização

RCL PV – 17.775,13 Calculando o 1º Saldo Devedor

1 f [ AMORT ] 711,01 Calculando o valor do Juro da 2ª Parcela

x><y 4.185,86 Calculando o valor da 2ª Amortização

RCL PV – 13.589,27 Calculando o 2º Saldo Devedor

1 f [ AMORT ] 543,57 Calculando o valor do Juro da 3ª Parcela

x><y 4.353,30 Calculando o valor da 3ª Amortização

RCL PV – 9.235,97 Calculando o 3º Saldo Devedor

1 f [ AMORT ] 369,44 Calculando o valor do Juro da 4ª Parcela

x><y 4.527,43 Calculando o valor da 4ª Amortização

RCL PV – 4.708,54 Calculando o 4º Saldo Devedor

1 f [ AMORT ] 188,34 Calculando o valor do Juro da 5ª e última parcela

x><y 4.708,53 Calculando o valor da 5ª e última Amortização

RCL PV – 0,01 Calculando o Saldo Devedor Final “Zerando”

Exemplo 2: OBS: A DIFERENÇA DE 0,01 DEVE-SE AO ARREDONDAMENTO

Uma máquina, no valor de R$ 50.000,00 (PV), é financiada pelo Sistema Francês de


Amortização (SFA) em 8 (n) semestres. Se a operação foi contratada à taxa semestral de 20%
(i), sem prazo de carência, então o saldo devedor no terceiro semestre, será
aproximadamente de:

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Solução:

Dados:
PV = R$ 50.000,00
n = 8 semestre
i = 20% ao semestre
Saldo Devedor no terceiro semestre = ?
PMT = ?

Cálculo “SINTÉTICO” na HP-12C para determinar os valores da planilha de


financiamento e do Saldo Devedor no 3º Semestre:
f [REG]

50000 CHS PV 20 i 8 n PMT 13.030,47

1 f [AMORT] 10.000,00 x><y 3.030,47 RCL PV - 46.969,53

1 f [AMORT] 9.393,91 x><y 3.636,56 RCL PV - 43.332,97

1 f [AMORT] 8.666,59 x><y 4.363,88 RCL PV - 38.969,09

1 f [AMORT] 7.793,82 x><y 5.236,65 RCL PV - 33.732,44

1 f [AMORT] 6.746,49 x><y 6.283,98 RCL PV - 27.448,46

1 f [AMORT] 5.489,69 x><y 7.540,78 RCL PV - 19.907,68

1 f [AMORT] 3.981,54 x><y 9.048,93 RCL PV - 10.858,75

1 f [AMORT] 2.171,75 x><y 10.858,72 RCL PV - 0,03

Juros Amortização Saldo Devedor

Resposta: O saldo devedor no terceiro semestre é de R$ 38.969,09.

PLANILHA DE FINANCIAMENTO:
Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
n (semestre)
SDn = SD(anterior) – PAn PAn = PMT – J J = PV.i.n PMT

0 50.000,00 0,00 0,00 0,00

1 46.969,53 3.030,47 10.000,00 13.030,47

2 43.332,97 3.636,56 9.393,91 13.030,47

3 38.969,09 4.363,88 8.666,59 13.030,47

4 33.732,44 5.236,65 7.793,82 13.030,47

5 27.448,46 6.283,98 6.746,49 13.030,47

6 19.907,68 7.540,78 5.489,69 13.030,47

7 10.858,75 9.048,93 3.981,54 13.030,47

8 0,03 10.858,72 2.171,75 13.030,47

TOTAL 49.999,97 54.243,79 104.243,76

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Cálculo “detalhado” na HP-12C para determinar o Saldo Devedor no 3º Semestre:

NA CALCULADORA FINANCEIRA HP-12C


TECLAS VISOR SIGNIFICADO
f [REG] 0,00 Limpando registros
50000 CHS PV – 50.000,00 Entrando e negativando o valor à vista do empréstimo – tecla
20 i 20,00 Entrando com“CHS” e depois
a taxa “PV” – tecla “i”
da operação
8 n 8,00 Entrando com a quantidade de parcelas semestrais – tecla “n”
PMT 13.030,47 Calculando o valor de cada parcela semestral – tecla “PMT”
R$ 13.030,47 – “PMT” VALOR DA PARCELA SEMESTRAL – RESULTADO PARCIAL
1 f [ AMORT ] 10.000,00 Calculando o valor do Juro da 1ª Parcela
x><y 3.030,47 Calculando o valor da 1ª Amortização
RCL PV – 46.969,53 Calculando o 1º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 9.393,91 Calculando o valor do Juro da 2ª Parcela
x><y 3.636,56 Calculando o valor da 2ª Amortização
RCL PV – 43.332,97 Calculando o 2º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 8.666,59 Calculando o valor do Juro da 3ª Parcela
x><y 4.363,88 Calculando o valor da 3ª Amortização
RCL PV – 38.969,09 Calculando o Saldo Devedor no 3º Semestre
R$ 38.969,09 – SALDO DEVEDOR NO 3º SEMESTRE – RESULTADO FINAL

Sistema Price de Amortização ou Tabela Price

O Sistema Price de Amortização, ou, simplesmente, Tabela Price, é uma derivação do


Sistema Francês de Amortização, diferenciando-se apenas nos seguintes pontos:

 A taxa é dada, geralmente, em termos anuais;

 As prestações são mensais;

 Para transformar as taxas, usa-se o critério da proporcionalidade.

Este sistema tem como base o sistema de capitalização de juros compostos e os cálculos
levam em consideração o método exponencial, isto é, aquele que é bom para o
financiador e ruim para o tomador do empréstimo.

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Obs: Tabela Price é uma tábua cujos valores já são calculados levando em conta a
taxa de juro proporcional. Como, em geral, a taxa do financiamento é anual e os juros são
pagos mensalmente, a taxa utilizada no cálculo é 1/12 da taxa estipulada.

Curiosidade: O Sistema Francês de Amortização é assim chamado por ter sido


inventado na França, por volta do século XVIII, pelo matemático inglês
Richard Price; daí, portanto, a denominação Sistema Price, também
comumente conhecida como Tabela Price.

Exemplo:

Um banco empresta o valor de R$ 80.000,00 (PV), com a taxa de 15% (i) ao ano,
para ser pago em 6 (n) pagamentos mensais sem prazo de carência, calculado pelo Sistema
Price de Amortização ou Tabela Price. Pede-se: elabore a planilha de financiamento.

Solução:

Dados:
PV = R$ 80.000,00
i = 15% ao ano (15:12 = 1,25% ao mês)  cálculo de taxa proporcional
i = 1,25% ao mês
n = 6 meses As taxas proporcionais baseiam-se em
PMT = ? juros simples, ou seja, se tivermos
Planilha de financiamento = ? uma taxa ao ano, e o período do
problema for considerado em meses,
basta dividir a taxa por 12, ou seja, 1
(um) ano tem 12 (doze) meses.

Obs.: Se calculássemos a taxa equivalente de juros compostos, teríamos a taxa mensal


de 1,17% a.m., o que significa que os juros pagos seriam menores.

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Cálculo “SINTÉTICO” na HP-12C para determinar os valores da planilha de
financiamento:

f [REG]
80000 CHS PV 1,25 i 6 n PMT 13.922,70
-
1 f [AMORT] 1.000,00 x><y 12.922,70 RCL PV
67.077,30

-
1 f [AMORT] 838,47 x><y 13.084,23 RCL PV
53.993,07

-
1 f [AMORT] 674,91 x><y 13.247,79 RCL PV
40.745,28

1 f [AMORT] 509,32 x><y 13.413,38 RCL PV -


27.331,90
-
1 f [AMORT] 341,65 x><y 13.581,05 RCL PV
13.750,85

1 f [AMORT] 171,89 x><y 13.750,81 RCL PV - 0,04

Saldo
Juros Amortização
Devedor

PLANILHA DE FINANCIAMENTO:
Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
n (mês)
SDn = SD(anterior) – PAn = PMT – J J = PV.i.n PMT
0 PAn
80.000,00 0,00 0,00 0,00
1 67.077,30 12.922,70 1.000,00 13.922,70
2 53.993,07 13.084,23 838,47 13.922,70
3 40.745,28 13.247,79 674,91 13.922,70
4 27.331,90 13.413,38 509,32 13.922,70
5 13.750,85 13.581,05 341,65 13.922,70
6 0,04 13.750,81 171,89 13.922,70
TOTAL 79.999,96 3.536,24 83.536,20

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Cálculo “DETALHADO” na HP-12C para determinar os valores
da planilha de financiamento:

NA CALCULADORA FINANCEIRA HP-12C


TECLAS VISOR SIGNIFICADO
f [REG] 0,00 Limpando registros
80000 CHS PV – 80.000,00 Entrando e negativando o valor à vista do empréstimo –
tecla “CHS” e depois “PV”

1,25 i 1,25 Entrando com a taxa da operação – tecla “i”


6 n 6,00 Entrando com a quantidade de parcelas mensais – tecla
“n”
PMT 13.922,70 Calculando o valor de cada parcela mensal – tecla “PMT”

R$ 13.922,70 – “PMT” VALOR DA PARCELA MENSAL – RESULTADO PARCIAL


1 f [ AMORT ] 1.000,00 Calculando o valor do Juro da 1ª Parcela
x><y 12.922,70 Calculando o valor da 1ª Amortização
RCL PV – 67.077,30 Calculando o 1º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 838,47 Calculando o valor do Juro da 2ª Parcela
x><y 13.084,23 Calculando o valor da 2ª Amortização
RCL PV – 53.993,07 Calculando o 2º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 674,91 Calculando o valor do Juro da 3ª Parcela
x><y 13.247,79 Calculando o valor da 3ª Amortização
RCL PV – 40.745,28 Calculando o 3º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 509,32 Calculando o valor do Juro da 4ª Parcela
x><y 13.413,38 Calculando o valor da 4ª Amortização
RCL PV – 27.331,90 Calculando o 4º Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 341,65 Calculando o valor do Juro da 5ª Parcela
x><y 13.581,05 Calculando o valor da 5ª Amortização
RCL PV – 13.750,85 Calculando o 5ª Saldo Devedor
1 f [ AMORT ] 171,89 Calculando o valor do Juro da 6ª e última Parcela
x><y 13.750,81 Calculando o valor da 6ª e última Amortização
RCL PV – 0,04 Calculando o Saldo Devedor Final “Zerando”
OBS: A DIFERENÇA DE 0,04 DEVE-SE AO ARREDONDAMENTO

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Sistema de Amortização Constante (SAC)

Como o próprio nome já diz, as parcelas de amortização (PAn) serão constantes


durante o período das amortizações. Neste sistema de amortização, o financiamento é pago
em prestações uniformemente decrescentes, constituídas de duas parcelas: amortização
e juros. Enquanto a amortização permanece constante ao longo dos períodos (n), os
juros dos períodos são uniformemente decrescentes.

O gráfico apresentado a seguir esclarece melhor essa situação:

PRESTAÇÃO

JUROS

Repare que a
parcela a AMORTIZAÇÃO
amortizar é
constante!!!
1 2 3 4 5 6 7 PERÍODOS

Observe que a prestação é decrescente, obtida adicionando-se juros e


amortização (a amortização é constante e os juros vão diminuindo).

Neste sistema, os juros e as prestações são funções do 1º grau (reta).

Curiosidade: O Sistema de Amortização Constante (SAC), também


chamado Sistema Hamburguês, foi introduzido entre nós, a partir de 1971,
pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

IMPORTANTE: Se compararmos o Sistema SAC com o Sistema Francês


(SFA), é fácil perceber que o volume de juros pagos com base no sistema SAC é
menor do que os juros pagos no Sistema Francês (SFA). Isso ocorre, porque, no
SAC, a parcela de amortização é maior, no início do processo de amortização,
em relação ao Sistema Francês (SFA), portanto o saldo devedor (SD) é também
menor, e, em função disso, pagam-se menos juros compensatórios.

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Exemplo:

Uma financeira faz um empréstimo de R$ 100.000,00 (PV) para ser pago pelo Sistema
de Amortização Constante (SAC) em 4 (n) prestações anuais, à taxa de 15% (i) ao ano. Pede-
se: elabore a planilha de financiamento.

Solução:

Dados:
PV = R$ 100.000,00
n = 4 anos
i = 15% ao ano
PMT = ?
Planilha de financiamento = ?

Obs.: Como neste sistema as parcelas de amortização são constantes, então, calcularemos,
primeiro, de forma proporcional, o valor da parcela a amortizar, ou seja, o valor do
empréstimo, dividido pelo número de pagamentos. Em seguida, período a período,
calcularemos então o juro e, somando-o à amortização, obteremos a prestação.

Cálculo da parcela de amortização (PAn)

PAn = 100.000  PV

4 n

PAn = R$ 25.000,00

PLANILHA DE FINANCIAMENTO:
Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
n (anual)
SDn = SD(anterior) – PAn PAn = PV : n J = PV.i.n PMT = PAn + J
0 100.000,00 0,00 0,00 0,00
1 75.000,00 25.000,00 15.000,00 40.000,00
2 50.000,00 25.000,00 11.250,00 36.250,00
3 25.000,00 25.000,00 7.500,00 32.500,00
4 0,00 25.000,00 3.750,00 28.750,00
TOTAL 100.000,00 37.500,00 137.500,00

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NA CALCULADORA FINANCEIRA HP-12C
TECLAS VISOR SIGNIFICADO
f [REG] 0,00 Limpando registros
100000 ENTER 100.000,00 Entrando com o valor à vista do empréstimo – tecla “ENTER”
Entrando e dividindo pelo número de prestações para cálculo
4 ÷ 25.000,00
da parcela constante (fixa) de Amortização
R$ 25.000,00 – VALOR DA AMORTIZAÇÃO CONSTANTE ANUAL – RESULTADO PARCIAL

100000 ENTER 100.000,00 Entrando com o valor do Empréstimo – 1º Saldo Devedor


15 % 15.000,00 Calculando o valor do juro da 1ª Prestação
Somando o valor da Amortização Constante e Calculando o
25000 + 40.000,00
valor da 1º Prestação
Voltando o 1º Saldo Devedor e diminuindo o valor da
x><y 25000 – 75.000,00 Amortização Constante, e obtendo o valor do 2º Saldo
Devedor
15 % 11.250,00 Calculando o valor do juro da 2ª Prestação
Somando o valor da Amortização Constante e calculando o
25000 + 36.250,00
valor da 2º Prestação
Voltando o 2º Saldo Devedor e diminuindo o valor da
x><y 25000 – 50.000,00 Amortização Constante, e obtendo o valor do 3º Saldo
Devedor
15 % 7.500,00 Calculando o valor do juro da 3ª Prestação
Somando o valor da Amortização Constante e calculando o
25000 + 32.500,00
valor da 3º Prestação
Voltando o 3º Saldo Devedor e diminuindo o valor da
x><y 25000 – 25.000,00 Amortização Constante, e obtendo o valor do 4º Saldo
Devedor
15 % 3.750,00 Calculando o valor do juro da 4ª Prestação
Somando o valor da Amortização Constante e calculando o
25000 + 28.750,00
valor da 4º e última Prestação
Voltando o 4º Saldo Devedor e diminuindo o valor da última
x><y 25000 – 0,00
Amortização Constante, e “zerando” o Saldo Devedor

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FINALIZANDO

Pessoal! Nesta unidade, estudamos alguns métodos de cálculo dos Sistemas de


Amortização de Crédito e de Financiamento. Tentamos, por meio de exemplos práticos
resolvidos, detalhar o “passo a passo” do cálculo de cada item. É muito importante que vocês,
também, tentem resolver cada situação-problema apresentada, pois isso, certamente, facilitará
seu aprendizado, ok?!

Não esqueçam que “cada prestação é composta de juros + parcela a


amortizar”.

Espero que vocês tenham gostado de realizar as atividades propostas durante o estudo
de nossa disciplina. Todas as atividades que vocês realizaram deverão ser revistas, pois
poderão ser usadas nas atividades avaliatórias.

Foi muito bom estar com vocês e espero que esta disciplina tenha contribuído não só
para a aprendizagem da teoria, mas também para aplicação em sua vida prática, quando for
necessário resolver problemas em que o uso da Matemática Financeira seja pertinente.

Abraços a todos, continuem se esforçando sempre e até a próxima!

Um forte abraço!

Aproveitando, lembrem-se: se houver


qualquer dúvida, enviem-na diretamente
para seu professor “tutor”; ele, com
certeza, irá ajudar, ok?!!

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CASTELO BRANCO, A.C. Matemática Financeira Aplicada: Método Algébrico, HP-
12C, Microsoft Excel®. 3ª Edição Rev. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

FRANCISCO, W. Matemática Financeira. 7ª Edição. São Paulo: ATLAS, 1991.

GIMENEZ, C.M. Matemática Financeira com HP12C e Excel. São Paulo: PEARSON,
2006.

SAMANEZ, C.P. Matemática Financeira. 4ª Edição. São Paulo: PEARSON, 2007.

SCIPIONE, J.T. Matemática Financeira. São Paulo: PEARSON, 1998.

VERAS, L.L.. Matemática Financeira: Uso de Calculadoras Financeiras Aplicações


ao Mercado Financeiro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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