MILITAR
REVISTA
Fortes:
um conceito
moderno
Pág. 4
e mais...
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Secretário de Economia e Finanças Projeto Gráfico e diagramação A Revista O Gestor Militar é produzida e distri-
Gen Ex Lourival Carvalho Silva Yanderson Rodrigues buída pela Secretaria de Economia e Finanças
(SEF), com o objetivo de divulgar artigos, dis-
Subsecretáro de Economia e Finanças Impressão
sertações, teses e noticiários relacionados com
Gen Div Aires de Melo Jurema Gráfica Editora Ideal Eireli
logística militar, administração, gestão, econo-
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Semestral
Satia Marini
ISSN 2764-0396 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Sumário
Fortes: O modelo de racionalização
um conceito moderno 4 administrativa na Base
Administrativa do Quartel-
-General do Exército por meio
40
General de Exército
Lourival Carvalho Silva do Almoxarifado Central
Coronel de Intendência
Eclair Gil Tinoco Junior
A criação e a evolução do
Sistema de Acompanhamento
da Gestão (SAG) no Exército
Gestão de Custos:
Brasileiro 46
uma ferramenta gerencial 10 Tenente-Coronel de Intendência
Manfrini de Assis
General de Divisão Valderez Oliveira Filgueira
João Alberto Redondo Santana
Coronel de Intendência
André Luiz Gonçalves Ribeiro Visitas de Orientação
Técnica: Uma análise das
atividades realizadas pelo
Gestão de Riscos: a experiência 1º Centro de Gestão,
prática do 4º CGCFEx junto às
Unidades Gestoras Apoiadas 34 Contabilidade e Finanças do
Exército 60
Coronel de Intendência Major de Intendência
André Luis Rozas Parreira Anderson Batista Gonzaga Cardoso
Major QCO
Eduardo Athouguia Quirino da Silva
Forte Ricardo Kirk, Taubaté – SP
um conceito
na Força Terrestre, para bem prepará-la face às suas mis-
sões constitucionais. Em síntese, fazer mais com o mes-
mo volume de recursos, acelerar o ritmo dos programas
Uma resposta a esses tipos Aquartelamentos onde as OM nais e com efetivos menores,
de situação, e para futuras ocu- ali existentes têm centraliza- o que implicará redução subs-
pações de aquartelamentos das e racionalizadas as suas ins- tancial de recursos. Assim, é
onde coexistam organizações talações, seus processos e suas primordial que nos planos dire-
militares diversas, é a imple- atividades comuns de seguran- tores de guarnição haja a previ-
mentação de fortes, em seu ça, de apoio administrativo, de são de se concentrar OM no in-
contexto moderno, cujo em- recreação e de assistência ao terior de fortes, especialmente
brião consta do próprio Regu- pessoal. as não operacionais, como Cen-
lamento Interno e dos Serviços tros de Gestão, Contabilidade e
Gerais, em seu art. 309: Finanças do Exército (CGCFEx),
O que seria centralizar, Comissões Regionais de Obras
Em todas as Gu, quando a con- e racionalizar? Quais (CRO), Centros de Telemática
tiguidade de duas ou mais OM instalações, processos e de Área (CTA) etc. Também é
e as suas peculiaridades permi- atividades eles têm em válido ressaltar que devemos
tirem, buscar-se-á a progressi- comum? reunir e concentrar a responsa-
va centralização e racionaliza- bilidade pelas atividades e pro-
ção das atividades comuns de Podemos entender cen- cessos comuns, normalmente
segurança dos aquartelamen- tralizar como reunir, convergir, sob a tutela de uma Base Admi-
tos, de apoio administrativo concentrar, o que evita desper- nistrativa ou similar.
(rancho, saúde, transporte, dícios e duplicação de tarefas Reunidas as OM no interior
lavanderia, suprimento e ma- e processos, bem como possi- de um Forte, temos que traba-
nutenção) e de recreação e as- bilita uniformidade de procedi- lhar a racionalização de seus
sistência ao pessoal. mentos e decisões; facilidade processos e atividades. Sobre
no controle e avaliação. racionalização, a Portaria nº
Podemos entender “conti- Um aspecto a destacar é 295-EME, de 17 de dezembro
guidade de duas ou mais OM” que, além de atividades e pro- de 2014, estabelece que tem
como aquelas existentes em cessos, é interessante reunir e por objetivo realizar a gestão
um forte, o que nos leva a pro- convergir OM para o interior de do bem público sob responsa-
por a seguinte definição para aquartelamentos (Fortes), par- bilidade do Exército com efi-
fortes: ticularmente as não operacio- ciência e, assim, proporcionar
que podem ser centralizados: Por fim, as atividades que do Forte. Um ponto importan-
podem ser centralizadas, sob te é que as OM “hóspedes” não
a. pagamento de pessoal (ati- responsabilidade única, po- devem ter encargos adminis-
va e reserva); dem ser: segurança, aprovisio- trativos, exceto patrimoniais.
b. processos licitatórios para namento, saúde, transporte, Outras ideias que podem
as aquisições; lavanderia, suprimento, manu- ser implementadas ou visuali-
c. inclusão, transferência e tenção, recreação, assistência zadas são a existência de uma
exclusão do patrimônio; ao pessoal, instrução militar, única Unidade Gestora (UG)
d. assinatura dos contratos tecnologias da informação e para a atividade-meio, con-
de aquisição; comunicação (TIC) etc. tingente único, unificação de
e. empenho das despesas; Ou seja, após eleger as OM contratos administrativos e
f. pagamento das despesas que estarão no interior do For- próprios nacionais residenciais
liquidadas; te, levantam-se as instalações, (PNR) próximos ao Forte.
g. organização da prestação atividades e processos que se- A implementação de for-
de contas; rão reunidos, sob responsabili- tes é algo bastante moderno,
h. contabilização das aquisi- dade única, buscando-se obter redundando em economia de
ções de bens e serviços; bons resultados, utilizando-se efetivos, gastos de manuten-
i. execução da Conformidade a menor quantidade de recur- ção, recursos financeiros, oti-
dos Registros de Gestão; sos possível. mização de espaços, e contri-
j. processos do Sistema de Destaca-se que a OM res- buindo para a consecução do
Inativos e Pensionistas; ponsável (e única) pelas insta- Objetivo Estratégico do Exérci-
k. serviço de identificação; lações, atividades e processos to nº 10 (OEE-10) - Aumentar a
l. fiscalização de produtos reunidos é a “proprietária” do Efetividade na Gestão do Bem
controlados; Forte. Todas as demais ali lo- Público. As ações realizadas
m. administração de Prefeitu- calizadas são OM “hóspedes” pelas OM “hóspedes” e pela
ra Militar; que, conforme a necessidade OM responsável pelo Forte
n. meios de hospedagem; e do Exército, podem deixar o serão econômicas, eficientes,
o. outros, de acordo com a Forte, ser desativadas, trans- eficazes e efetivas, indo ao en-
necessidade. formadas ou extintas, da mes- contro do preconizado no dísti-
ma forma como outras podem co da SEF: “Gerir recursos para
ser deslocadas para o interior gerar poder de combate”.
BRASIL. Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998. Dis- EXÉRCITO BRASILEIRO. Portaria nº 011-DEC, de 4
põe sobre a regularização, administração, afora- de outubro de 2005. Aprova as Instruções Regu-
mento e alienação de bens imóveis de domínio ladoras de Utilização do Patrimônio Imobiliário
da União. Disponível em http://www.planalto. da União Jurisdicionado ao Comando do Exérci-
gov.br/ccivil_03/leis/l9636.htm Acesso em: 05 to (IR 50-13).
abr. 2021.
EXÉRCITO BRASILEIRO. Portaria nº 176-EME,
EXÉRCITO BRASILEIRO. Caderno de Orientação de 29 de agosto de 2013. Aprova as Normas
do EME. Solicitação de implantação ou reestru- para Elaboração, Gerenciamento e Acompa-
turação de bases administrativas no Exército nhamento de Projetos no Exército Brasileiro
Brasileiro. Brasília, DF: Comando do Exército, 1ª (EB20-N08.001).
Edição, 2019, 19 p.
EXÉRCITO BRASILEIRO. Portaria do Comandan-
EXÉRCITO BRASILEIRO. Portaria nº 005-Min Ex, te do Exército nº 054, de 30 de janeiro de 2017.
de 23 de julho de 1980. Aprova Normas para Ela- Aprova as Normas para Elaboração, Gerencia-
boração e Apresentação de Planos Diretores. mento e Acompanhamento de Portfólios e dos
Programas Estratégicos do Exército Brasileiro
EXÉRCITO BRASILEIRO. Portaria do Comandan- (EB10-N-01.004).
te do Exército nº 073, de 27 de fevereiro de 2003.
Aprova as Instruções Gerais para o Planejamen-
to e Execução de Obras Militares no Exército (IG
50-03).
Nível de estoque A
A
B
Nível de estoque B
Nível de
serviço
j. Custos de armazenagem
Estão relacionados à movimentação e ao
acondicionamento dos bens. Podemos nos perguntar: “Não temos recur-
Demandam muito investimento e envolvem sos suficientes para formar estoques e, portan-
os custos de: to, este conceito não é válido”. Mas observe-
• movimentação (pessoal e equipamen- mos: quem de nós nunca viu em uma reserva de
tos) material, almoxarifado ou depósito, um desper-
• ocupação de espaço (instalações) dício, um material de consumo com data de va-
• administrativos lidade vencida, um material obsoleto estocado
ou mesmo um material que nem sabíamos que
existia?
Referência
Introdução
Os Centros de Gestão,
Contabilidade e Finanças
do Exército
Introdução
O Decreto nº 71.312, de 6 de
novembro de 1972, extinguiu os
ERF, criando as Inspetorias Sec-
cionais de Finanças do Exército
(ISFEx), para integrar o Sistema
de Administração Financeira, Con-
tabilidade e Auditoria, diretamen-
te subordinado à Diretoria-Geral
de Economia e Finanças (DGEF).
Foram criadas seis ISFEx, nos
seguintes locais: 1ª ISFEx - Brasí-
lia - DF; 2ª ISFEx - Manaus - AM; 3ª
ISFEx - Recife - PE; 4ª ISFEx - Rio
de Janeiro - GB; (antigo estado da
Guanabara e atual Rio de Janei-
ro); 5ª ISFEx - São Paulo - SP; e 6ª
ISFEx-Porto Alegre - RS.
Símbolo do 12ºCGCFEx.
1º 62
Fonte: http://www.12cgcfex.eb.mil.br 2º 30 Segundo o Regimento In-
3º 73 terno dos CGCFEx, esses têm a
O símbolo dos CGCFEx é 4º 19 missão de acompanhar e ava-
composto por escudo penin- 5º 36 liar a gestão de suas UGA, bem
sular português, filetado de 6º 11 como prestar consultoria a es-
dourado, chefe cortado de 7º 28 sas, contribuindo para a gover-
duas faixas, sendo a superior 8º 19 nança do Exército e auxiliando
de vermelho e a inferior de 9º 28
na geração de poder de com-
10º 18
azul-celeste, cores represen- bate da Força Terrestre.
11º 46
tativas do Exército Brasileiro, Os CGCFEx têm como ati-
12º 32
carregadas com a designação Fonte: Assessoria de Planejamento e vidade principal a orientação,
militar da organização militar Coordenação da SEF contribuindo, intensivamente,
(OM), em branco. Campo em para a melhoria da gestão das
branco, com bordadura em As UGA pelos CGCFEx es- suas UGA, bem como devem
vermelho, carregado com uma tão localizadas na área de juris- realizar os trabalhos de con-
folha de acanto, em vermelho, dição da própria Região Militar trole e fiscalização dos atos
representativa do Serviço de (RM), mas existem algumas de gestão, por intermédio do
Intendência, sotoposta por um exceções como, por exemplo, Sistema de Acompanhamen-
capacete alado, em vermelho, a Academia Militar das Agu- to da Gestão e demais siste-
símbolo da Contabilidade, so- lhas Negras (AMAN) e o Hospi- mas corporativos em uso no
breposto por um emblema for- tal Militar de Resende (HMR), Comando do Exército, agindo
mado por setas e triângulos a localizados em Resende - RJ, preventivamente à efetivação
partir de um quadrado, símbo- área de responsabilidade da 1ª de possíveis impropriedades e/
lo da Administração/Gestão. RM, são UGA pelo 4º CGCFEx, ou irregularidades.
assim como o 32º Batalhão de O orçamento destinado ao
Área de atuação Infantaria Leve (32° BIL), locali- Exército que, em 2021, foi de
dos CGCFEx zado em Petrópolis - RJ e o 1º aproximadamente R$ 52 bilhões,
Esquadrão de Cavalaria Leve dos quais cerca de R$ 45 bilhões
Os doze CGCFEx estão si- Aeromóvel (1° Esqd C L (Amv)), são destinados ao pagamento
tuados nas cidades onde es- localizado em Valença - RJ. de pessoal, é executado pelas
tão os comandos das regiões De acordo com a Diretriz UGA dos CGCFEx. Assim,consta-
militares, com exceção do 4º do Secretário de Economia e Fi- ta-se a importância dos CGCFEx
CGCFEx, que está localizado nanças (2021-2022), os CGCFEx na orientação correta e oportu-
em Juiz de Fora - MG. devem estreitar os laços com na da aplicação dos recursos.
Chefe
De acordo com o Regulamento, são as se- e patrimonial praticados pelas UGA, em confor-
guintes as competências de cada seção: midade com os princípios, normas e o plano de
contas aplicado ao setor público; e
1ª Seção: planejar, coordenar, orientar, super- 4ª Seção: realizar as ações relacionadas à ativi-
visionar e participar das atividades de acompa- dade-meio do Centro, geração de direitos e ges-
nhamento da gestão e consultoria às OM locali- tão de seu pessoal.
zadas na área de atuação do Centro;
2ª Seção: planejar, coordenar, orientar, super- Observa-se que os CGCFEx têm três seções
visionar e participar das atividades de avaliação vocacionadas para suas atividades-fim (S/1, S/2 e
da gestão e apuração das UGA; S/3) e uma para atender sua atividade-meio (S/4).
3ª Seção: realizar as atividades de acompanha- Para o cumprimento das missões de cada
mento, análise, orientação e apoio técnico, re- seção, de acordo com o Regimento Interno dos
ferentes à execução dos registros contábeis dos CGCFEx, as seções podem ser subdivididas de
atos e fatos da gestão orçamentária, financeira acordo com o organograma a seguir:
Chefe
Fonte: Regimento Interno dos Centros de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército (minuta)
Referências
Muito Baixa (1) Baixa (2) Média (3) Alta (4) Muito Alta (5)
PROBABILIDADE
Introdução
• a racionalização do uso de
recursos crescentemente
escassos;
• a demanda por um novo
patamar de qualidade dos
serviços; e
• a pressão social por parti-
cipação, transparência e
controle sobre as ações
dos agentes públicos.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13726, VAZ, José Carlos. A delicada disputa pelas
de 8 de outubro de 2018. Racionaliza atos e cabeças na evolução do serviço publico no
procedimentos administrativos dos poderes da Brasil pós-redemocratização. Cadernos ENAP,
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Edição Especial. 2006. Disponível em http://
Municípios e institui o Selo Desburocratização josecarlosvaz.pbworks.com/f/texto-vaz-enap-
e Simplificação. DF. 2018b. Disponível em jul2006-v4.pdf. Acesso em: 2 jun. 2021.
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/
legislacao/635504853/lei-13726-18. Acesso em: 2
jun. 2021.
▲
Tenente-Coronel de
Intendência
Manfrini de Assis
Criador e desenvolvedor
do Sistema de
Acompanhamento da
Gestão.
BARROS, Wagner Pinheiro de. O Uso da TEIXEIRA, Eduardo Abreu. O Uso do Sistema
Ferramenta Patrimônio do Sistema de de Acompanhamento da Gestão (SAG) como
Acompanhamento da Gestão (SAG) como ferramenta de apoio a execução orçamentária,
Ferramenta de TI para o Controle Patrimonial. financeira e patrimonial das Unidades Gestoras
2019. 21 f. Trabalho de Conclusão de Curso do Exército Brasileiro. 2020. 16 f. Trabalho de
(Especialização de Gestão em Administração Conclusão de Curso (Especialização de Gestão
Pública) - Centro Universitário do Sul de Minas – em Administração Pública) - Centro Universitário
UNIS-MG, Salvador, 2019. do Sul de Minas – UNIS-MG, Salvador, 2020.
▲ ▲ ▲
Major QCO Capitão QCO Servidor Civil
Alonso Luiz Pereira Flora Regina Camargos Leonardo Aragão
Turma de 2002, Chefe da Pereira Craveiro
Seção de Gestão do Fundo Turma de 2011, Chefe da Adjunto da Assessoria
do Exército da Diretoria Assessoria de Apoio para de Apoio para Assunto
de Gestão Orçamentária Assunto Jurídicos da Jurídicos da Diretoria de
- SGFEx/DGO, Mestre Diretoria de Patrimônio Patrimônio Imobiliário
em Administração pelo Imobiliário e Meio e Meio Ambiente -
Centro Universitário Ambiente - DPIMA, Mestre DPIMA, Mestre em
Alves Faria (UNIALFA), em Direito Constitucional Direito Constitucional/
Goiânia/GO e Doutorando pelo IDP- Brasília/DF. Ambiental pelo UNICEUB
em Administração pela - Brasília/DF.
Universidade do Vale do
Rio dos Sinos (UNISINOS),
São Leopoldo/RS.
de outras áreas dos imóveis da União, conforme que há autorização da Força para a administra-
convencionado em cada uma das associações ção de bem imóvel pertencente à União, o sur-
de compossuidores criadas, mediante decisões gimento das associações de compossuidores
tomadas em assembleias. dependerá de confecção de um estatuto de cria-
Assim, frisa-se que a responsabilidade pelas ção a ser ratificado pelo Departamento de En-
despesas das áreas de uso comum é repassada genharia e Construção, conforme previsto nas já
àquelas pessoas jurídicas de direito privado que, citadas Diretrizes para Criação de Associação de
mesmo estranhas à União, assumem o gerencia- Compossuidores.
mento das partes desses edifícios residenciais Com efeito, as associações de compossui-
e se tornam responsáveis por sua manutenção, dores, ao adotarem os princípios da composse,
nos moldes das Instruções Gerais (IG 50-01), na têm papel essencial na desoneração do orça-
qual o Exército Brasileiro, que possui jurisdição mento do Fundo do Exército, reduzindo a neces-
sobre o imóvel, transfere os direitos e deveres sidade de recursos orçamentários para a manu-
para as referidas associações. tenção de Próprios Nacionais Residenciais.
As associações de compossuidores são re- Desse modo, resta clara a vantajosidade
conhecidas como entidades consignatárias por na criação e no uso dessas associações, tanto
ocasião da Diretriz para a Administração Espe- para o Exército Brasileiro, na medida em que
cial de Próprios Nacionais Residenciais para consegue prover de modo mais célere e eficaz
permitir o desconto em contracheque dos per- a manutenção de seus imóveis residenciais fun-
missionários referente ao rateio das despesas cionais, quanto para os militares ocupantes, que
comuns e o repasse do montante à respectiva residirão em imóveis com condições melhores e
entidade. Desse modo, permitir o gerenciamen- cuja manutenção será decidida, regra geral, no
to dos valores arrecadados e sua destinação ao âmbito da própria associação, com a aprovação
pagamento das despesas comuns e à criação de da Administração Militar.
um fundo de reserva. Por fim, entende-se que a criação das asso-
Neste sentido, o vínculo existente entre a ciações de compossuidores deve ser incentiva-
União, o Exército Brasileiro e a associação de da e apoiada pelo Exército Brasileiro, pois res-
compossuidores tem a natureza de Concessão guarda não só o interesse militar, mas também
de Uso de Bem Público. Assim, considerando os da família militar.
Visitas de
Orientação Técnica
Uma análise das atividades
realizadas pelo 1º Centro
de Gestão, Contabilidade e
Finanças do Exército
Introdução Unidades Gestoras Apoiadas
▲ (UGA).
Major de Intendência
Anderson Batista Em virtude da necessida- A atividade, realizada de
Gonzaga Cardoso de de prestar apoio técnico forma individualizada, iniciou-
Servindo no 1º Centro de e atendimento mais aproxi- -se em 2021, ano em que a es-
Gestão, Contabilidade e
Finanças do Exército. Pós- mado e particularizado aos trutura e missões dos Centros
Graduado em Ciências agentes da administração, foram atualizadas, objetivando
Militares pela Escola nivelando conhecimentos, os aumentar a sua atuação para
de Aperfeiçoamento
de Oficiais do Exército Centros de Gestão, Contabili- evitar as ocorrências de impro-
Brasileiro e em dade e Finanças do Exército priedades e irregularidades
Administração de Órgãos (CGCFEx) desenvolvem um no âmbito do Exército.
Públicos pela Universidad
Bernardo O´Higgins do Plano de Visitas de Orienta- O 1º CGCFEx, denomina-
Chile. ção Técnica (PVOT) às suas do Inspetoria Góes Montei-
Fase preliminar
Na semana que antecede cada VOT, a equi-
pe de orientação se prepara para a atividade,
consultando informações da UGA nos sistemas
gerenciais e analisando os dados que deman-
dam maior atenção.
Concomitante ao citado acima, reúnem-se
as legislações, documentos, cartilhas e regula-
mentos mais atualizados que serão transmitidos
durante a visita, servindo como embasamento
Visita de Orientação Técnica realizada na 2ª Cia Inf,
para as orientações. Campos dos Goytacazes - RJ