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CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ – FAG

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS PORTUGUÊ E INGLÊS

LUIZ HENRIQUE DE MELLO E SILVA

GEOVANA LEJANOSKI ZANELLA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IVA: LÍNGUA PORTUGUESA –


REGÊNCIA NO ENSINO MÉDIO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IVB: LÍNGUA INGLESA– REGÊNCIA


NO ENSINO MÉDIO

CASCAVEL – PARANÁ
2021
LUIZ HENRIQUE DE MELLO E SILVA
GEOVANA LEJANOSKI ZANELLA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IVA: LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA NO


ENSINO MÉDIO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IVB: LÍNGUA INGLESA– REGÊNCIA NO ENSINO


MÉDIO

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado ao curso de graduação em
Letras Português/Inglês e Respectivas
Literaturas, referente às disciplinas de
estágio IIIA e IIIB, 6º período, Centro
Universitário Assis Gurgacz – FAG.

Orientadores:
Professor Paulo Fachin
Professora Patricia Denicolo David Prati

CASCAVEL – PARANÁ
2021
SUMÁRIO
1.
Introdução..................................................................................................................04
2. Fundamentação Teórica.......................................................................................05
2.1 Ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio.............................................08

2.2 Projeto Político Pedagógico do Ensino Médio Colégio FAG COC................14

2.3 Ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio....................................................17

2.4 Projeto Político Pedagógico do Ensino Médio Colégio Estadual Francisco


Lima...........................................................................................................................20

3. Descrição da Unidade escolar............................................................................21

4. Língua Portuguesa: observação e regência no Ensino Médio........................22


6. Língua Inglesa: observação e regência no Ensino Médio................................25
7. Considerações Finais...........................................................................................27
8. Referências Bibliográficas...................................................................................28
9. Anexos .................................................................................................................30
1. INTRODUÇÃO

O relatório em tela do Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa e em


Língua Inglesa, visa relatar a experiência dos discentes do curso de Letras
Português/Inglês do Centro Universitário FAG em seu processo de formação
profissional, logo, as observações das aulas foram ocorridas no Colégio FAG COC,
localizado na rua Avenida das Torres, 500 – Bloco 2 em Cascavel – Paraná, sendo
que as aulas observadas foram nas turmas da 1ª série, 2ª série e 3ª série do Ensino
Médio.
Inicialmente, tratamos do aparato teórico abordado em relação ao Estágio
Supervisionado, quanto ao ensino de Língua Portuguesa e ao Ensino de Língua
Inglesa, para posteriormente descrevermos as experiências do período de
observação das aulas do Ensino Médio no Colégio COC, sob a orientação do
professor Paulo Fachin.
Esta observação também aborda a estrutura do colégio e a metodologia de
ensino utilizada, além disso, relatamos a experiência percebida com a regência
sobre as atividades observadas e desenvolvidas, além de um relato crítico sobre a
experiência na regência das aulas observadas na rede privada de ensino do Paraná.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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A prática de estágio supervisionado é imprescindível na formação acadêmica
dos alunos de licenciatura, pois é nesse momento que relacionamos a teórica
estudada na academia com a prática do exercício profissional. Portanto, neste
período de estágio, a proximidade com os professores, profissionais mais
experientes, moldam a nossa forma de atuação e nos auxilia a percebermos a
metodologia aplicada em cada aula.
Nesse sentido, o presente relatório tem por objetivo tratar do Ensino de
Língua Portuguesa e do Ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio, dado a grande
mudança que tivemos na educação brasileira no que tange a este segmente, pois de
acordo com o PCN a mudança é no aspecto de que:
O processo de ensino/aprendizagem da língua materna e o papel que ele
ocupa. A novidade está em antever a disciplina, no eixo interdisciplinar: o
estudo da língua materna na escola aponta para uma reflexão sobre o uso
da língua na vida e na sociedade. (BRASIL/MEC, 1999, p.16)

Portanto, o ensino da linguagem não deverá ser tripartido em literatura,


redação e gramática, no eixo interdisciplinar, entende-se que a linguagem refere-se
a esse conjunto, sendo assim, o ensino deve integrar a literatura, a gramática e a
redação objetivando a interação social, o que faz a linguagem ser um ato
comunicativo:
Esse princípio anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de
uma língua isolada do ato interlocutivo. Semelhante distorção é responsável
pelas dificuldades dos alunos em compreender estaticamente a gramática
da língua que falam no cotidiano. (BRASIL/MEC, 1999, p.18)

Desse modo, no ensino da linguagem em sua plenitude é trabalhado textos


de maneira que façam relação com a interação social e sendo este o objetivo da
aula em si, relacionando o tópico literário em comunhão com o gramatical e assim
sucessivamente culminando na redação.
Paulo Freire leciona sobre o papel do professor na formação dos alunos,
tendo em vista esse prisma reflexivo, fruto do estudo na perspectiva da interação
social:
Estimular a pergunta, a reflexão crítica sobre a própria pergunta, o que se
pretende com esta ou com aquela pergunta em lugar da passividade, face
às explicações discursivas do professor, espécies de respostas a perguntas
que não foram feitas. Isso não significa realmente que devamos reduzir a
atividade docente em nome da curiosidade necessária ao puro vai-e-vem de
perguntas e respostas que burocraticamente se esterilizam. A dialogicidade
não nega a validade de momentos explicativos, narrativos em que o
professor expõe ou fala do objeto. O fundamental é que professor e alunos

5
saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta,
curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto falam ou enquanto ouvem.
O que importa é que professor e aluno se assumam epistemologicamente
curiosos (FREIRE, 2002, p. 33).

No tocante as competências interpeladas pela nova BNCC, é importante


ressaltar que estas indicam com clareza aquilo que os alunos precisarão assimilar
durante as aulas, no desenvolvimento de habilidades, posturas e princípios no pleno
exercício da cidadania e do mercado de trabalho – há também esse caráter
tecnicista.
Focando a educação integral, essa mudança propõe uma transformação e
uma proximidade da educação com a sociedade contemporânea:
A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a
questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que
aprender, como ensinar, como promover redes de aprendizagem
colaborativa e como avaliar o aprendizado. (BRASIL/MEC, 2017, p. 14)

A educação básica, portanto, visa a educação integral do educando,


promovendo o desenvolvimento humano pleno, é este o objetivo, compreendo as
adversidades da sociedade e as nuances do mercado de trabalho, considerando o
educando como sujeito da aprendizagem:
Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do
adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de
aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e
diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de
democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não
discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades.
Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do
adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de
aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e
diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de
democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não
discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades.
(BRASIL/MEC, 2017, p.14)

O Brasil é um país multifacetado, com diferenças culturais em cada uma de


suas regiões, mas como orienta a carta ao professor da OCEM não podemos negar
o fato de que:
A qualidade da escola é condição essencial de inclusão e democratização
das oportunidades no Brasil, e o desafio de oferecer uma educação básica
de qualidade para a inserção do aluno, o desenvolvimento do país e a
consolidação da cidadania é tarefa de todos. (BRASIL/MEC, 2006, p.01)

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Também atesta que a responsabilidade social dos educadores, que diante
de uma sociedade complexa, a aprendizagem não podia permanecer estática no
tempo e precisava se remodelar, dessa forma, o grande desafio é desenvolver no
aluno a aprendizagem autônoma e contínua, assim estará apto para enfrentar as
adversidades do mundo contemporâneo, ademais, as orientações presentes no
documento não são um manual a ser seguido na risca, e sim uma ferramenta de
apoio do qual servirá de reflexão norteadora para atuação do professor em sala de
aula no processo de ensino em prol da aprendizagem.
Para o ensino da linguagem espera-se preparar o aluno para o futuro
mercado de trabalho que enfrentará, atuando de forma autônoma, no aspecto do
seu aprendizado contínuo em prol do seu aprimoramento pessoal. Nesse sentido, o
aluno passará a compreender as estratégias verbais que entram em ação na
interação comunicativa, percebendo a língua na concepção presente nas Diretrizes
Curriculares Nacionais (LDB) como interação social.

2.1 ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, sendo o aluno o protagonista do seu


processo de aprendizagem, agindo diretamente em cada etapa deste processo, seja
experimentando, refletindo ou criando. Estando condizente com o contexto social em
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que vivemos, um mundo conectado e digital, busca-se uma aprendizagem criativa,
crítica, empreendedora, personalizada e compartilhada.
A implementação das competências e habilidades a desenvolver são
fundamentais para adequar as propostas pedagógicas com a atualidade. É
fundamental que na sociedade atual haja escolas que se preocupam com a
aprendizagem colaborativa, na comunicação entre os alunos, compartilhando
conhecimentos, estando envolvidos em atividades que se solucionam em conjunto,
resolvendo problemas, realizando reflexões que sedimenta o conhecimento e molda
o sujeito para os desafios sociais que virão no futuro, isto é, a formação integral do
aluno, assim direciona o PCN+ do Ensino Médio:
Nessa perspectiva, os novos programas do ensino médio centram-se nos
conhecimentos e nas competências essenciais e não mais exclusivamente
no saber enciclopédico. Além disso, obedecem à disposição geral da
reforma de atribuir identidade própria ao ensino médio, antes visto apenas
como um corredor de passagem entre o ensino fundamental e o ensino
superior, concepção que, além de descaracterizar esse ciclo, dificulta a
inserção do jovem no sistema educacional e não facilita a sua transição
para o universo profissional. (BRASIL/MEC, 2000, p.23)

Quando o aluno percebe que aquilo que está sendo estudado é importante
para sua vida cotidiana, há mais interesse em aprender o conteúdo, há mais
engajamento do aluno com a escola em cumprir com as atividades propostas, por
isso, haverá aprendizagem ativa quando o conteúdo estiver relacionado à vida num
todo, não só ao academicismo vazio, mas aos projetos e expectativas pessoais de
cada aluno.
A escola é um ambiente de transformação, um ambiente de sonhos,
aspirações, e os agentes da educação precisam estar entusiasmados e motivados a
realizar essa metodologia de aprendizagem ativa, instigando os alunos a produzirem
mais, a investigarem mais, a questionarem mais, assim se dá o apoio pedagógico
transformador de vidas, é pouco contentar-se meramente em transmitir o conteúdo,
nosso objetivo maior tem que ser em transformar vidas, fomentar sonhos, ensinar a
estudar e a batalhar por aquilo que se acredita, o esforço precede o mérito e a
conquista, de acordo com Lino de Macedo,
[...] na perspectiva do professor, o desafio, hoje, é coordenar o ensino de
conceitos e gestão de sala de aula – aí compreendidas aprendizagens de
procedimentos, valores, normas e atitudes. (Seminário Enem, 1999,
BRASIL/MEC, 2000, p.24)

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A pergunta que o professor sempre deverá fazer para construir a metodologia
de sua aula e o formato que irá empregar é, para quê ensinar isso? Por quê ensinar
esse conteúdo?
Para que os alunos percebam as condições de produção dos diferentes
discursos, das vozes que permeiam as relações sociais, faz-se necessário que os
níveis de organização linguística – fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe
–, sirvam ao uso da linguagem em funcionamento, na compreensão e na produção
escrita, oral, verbal e não-verbal, assim sendo, orienta o PCN+ Ensino Médio:
Tais competências concorrem para a macrocompetência de comunicar-se e
expressar se. Construída pelo uso consciente e pelo trabalho de reflexão
sobre as linguagens, a competência metalinguística ultrapassa os limites
disciplinares e concorre para o desenvolvimento cognitivo. Por isso, no
ensino médio, em que as atividades de descoberta científica perpassam
todas as disciplinas, o conhecimento das linguagens não deve restringir-se
à consecução de objetivos instrumentais (BRASIL/MEC, 2000, p.27).

Dessa forma, o estudo da língua portuguesa se debruça em questões como:


quem diz, para quem está sendo dito (objetivo); de onde se diz – local de fala; por
que se diz dessa maneira e não de outra (posição social e ideologia); quando se diz
(sujeito inserido em seu contexto social); etc. Tal concepção de linguagem, norteia
as modernas orientações pedagógicas de práticas de letramento crítico, como
apontado pelas próprias Orientações Curriculares Nacionais (BRASIL, 2006):
Quando se consideram os conceitos de heterogeneidade da linguagem e da
cultura, passa a ser difícil conceber a linguagem e a cultura como
abstrações descontextualizadas. Conforme se viu, tanto a linguagem como
a cultura se manifestam não como totalidades globais homogêneas, mas
como variantes locais particularizadas em contextos específicos. Com isso,
surge o conceito de ‘comunidades de prática’ (LAVE; WEGNER, 1991) para
melhor entender como a linguagem é usada de formas diferentes por grupos
socioculturais diferentes, em contextos específicos, em uma ‘mesma’ língua
e em uma “mesma” cultura (BRASIL/MEC, 2006, p.103).

Em comunhão com o descrito acima, no aspecto da investigação e


compreensão, reza o PCN+ Ensino Médio:
- Entender que o significado de um diálogo se constrói à medida que esse
diálogo vai-se engendrando entre dois ou mais indivíduos exige a
compreensão e a aplicação de conceitos como língua falada, língua escrita
e interlocução (BRASIL/MEC, 2000, p.27).

De acordo com Souza (2011, p. 128), “preparar aprendizes para confrontos


com diferenças de toda espécie se torna um objetivo pedagógico atual e
permanente, que pode ser alcançado através do letramento crítico”. A tarefa do

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letramento crítico seria a de desenvolver a percepção do “eu” (sujeito histórico,
cultural e social) e do “outro” (meus interlocutores, também sujeitos históricos,
culturais e sociais), considerando que nossas interações se manifestam por meio da
linguagem.
Sendo assim, deverá o professor postar-se diante dos alunos não apenas
como, profissional que detém o conhecimento ou dono absoluto do saber, ao
contrário, deve-se procurar manter uma relação dialógica com os aprendizes. O
aluno deve se sentir à vontade para questionar, expor seus conhecimentos e
partilhar com os demais, informações que considere pertinentes ao conteúdo, para
que não se desenvolva uma aula meramente mecânica, seguindo o modelo
expositivo, palestrante, no qual só o professor fala e o aluno passivamente escuta e
não participa. Também deverá preocupar-se com a questão da interdisciplinaridade,
a aula não pode seguir uma única rota, deverá ser mais ampla, mais global, assim
preleciona o PCN+ Ensino Médio:
Os alunos devem ser estimulados a pensar de forma interdisciplinar e
globalmente. Planejar um programa com base nessa concepção implica
considerar, concomitantemente, cada item do trabalho escolar em dois
níveis de coerência: interna, com o corpus selecionado para a disciplina, e
externa, em três níveis: • com a área em que se insere a disciplina; • da
área com as outras duas áreas propostas nos PCNEM; • da área com a
realidade social. (BRASIL/MEC, 2000, p.28)

Ademais, o ensino básico tem, como principal objetivo, o desenvolvimento


integral do educando, nesse sentido é imprescindível ofertar condições para que o
aluno seja capaz de compreender os mecanismos de aprendizagem e construção do
conhecimento, assim o aluno se torna um sujeito pensante autônomo, crítico e
transformador do meio em que vive e da realidade na qual está inserido, além disso,
apresentar conteúdos culturais, científicos e tecnológicos, os capacita para
compreensão do mundo com participação ativa na sociedade, logo, serão
desenvolvidas atividades que abranjam a participação social e política no trâmite do
processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, acerca das competências,
leciona o PCN+ Ensino Médio:
Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de
produção e recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da
criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias disponíveis etc.
(BRASIL/MEC, 2000, p.135).

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O papel do professor é construir junto com o aluno a aprendizagem, fazendo
dele o sujeito da ação do aprender, partindo sempre de uma concepção interacional-
dialógica, refletindo o processo de ensino e aprendizagem aperfeiçoando-se
continuamente, com o intuito de que o aluno não seja apenas um reprodutor desse
conhecimento, assim, o professor não deve se limitar a atividades mecânicas e sim
como reza o PCN+ Ensino Médio “propor atividades que desenvolvam outras
competências ainda mais específicas, como identificar semelhanças, apontar
diferenças, categorizar”. (BRASIL, 2000, p. 33).
Nessa concepção, como define Travaglia (2002), “a linguagem é lugar de
interação humana, de interação comunicativa pela produção de efeitos de sentido
entre interlocutores, em uma dada situação de comunicação e em um contexto sócio
histórico e ideológico”. Essa teoria se pauta nas ideias de Bakhtin (1986), que
introduz uma definição diferenciada de Saussure no que se refere à “língua”:
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato
de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo
ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da
interação verbal, realizada através de enunciação ou das enunciações. A
interação verbal constitui assim, a realidade fundamental da língua
(BAKHTIN, 1986, p.123).

É dessa maneira que interagem as sete competências para o conteúdo de


linguagens e suas tecnologias, são elas:
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e
práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses
conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos
de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de
participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e
interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações
de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as
diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com
base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos
Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de
qualquer natureza. Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas,
corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração,
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e
promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável, em âmbito local, regional e global. Competência 4:
Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso,
reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de
expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no
enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. Competência 5:
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Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de
expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de
respeito à diversidade. Competência 6: Apreciar esteticamente as mais
diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características
locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais
individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa,
com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Competência
7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as
formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas,
e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e coletiva. Para orientar uma abordagem
integrada dessas linguagens e de suas práticas, a área propõe que os
estudantes possam vivenciar experiências significativas com práticas de
linguagem em diferentes mídias (impressa, digital, analógica), situadas em
campos de atuação social diversos (vida pessoal, práticas de estudo e
pesquisa, jornalístico midiático, atuação na vida pública e artístico),
vinculados com o enriquecimento cultural próprio, as práticas cidadãs, o
trabalho e a continuação dos estudos (adaptado – BRASIL/MEC, 2018,
p.485).

Na experiência da regência, adotamos a estratégia didático-pedagógica de


abordar o assunto por meio do texto, não apenas trabalhando conceitos esparsos e
nomenclaturas diversas, mas sim com sentenças de cunho artístico literário e um
material que estivesse próximo da circulação de textos que faz parte do cotidiano
dos alunos, assim vislumbramos conseguir essa aproximação com o aspecto
funcional da língua, possibilitando ao aluno reconhecer cada espécie de figura de
linguagem analisando os textos contidos no cotidiano.
Compete ao professor ajudar o aluno a identificar os elementos típicos de
cada gênero, desde suas diferenças de organização, de sequenciação (por
exemplo, quantos blocos o gênero apresenta e em que sequência eles
costumam aparecer) até suas particularidades propriamente lingüísticas
(lexicais e gramaticais). Desse modo, se alarga a visão de uso da língua, ou
seja, se deixa de ver a língua apenas como uma coisa uniforme e apenas
podendo ser ou ‘certa’ ou ‘errada’. (Antunes, 2003, p.118)

Portanto, ensino da linguagem tem como objetivo desenvolver o potencial


linguístico, crítico e criativo dos alunos, o qual no período de regência é percebido,
por meio da leitura, da produção escrita e da análise semântica e sintática, com
rodas de conversas, debates e nas situações de interações presentes no cotidiano.
Dessa maneira, a proposta é que o texto sirva como ponto de partida para ação
pedagógica.

12
2.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO ENSINO MÉDIO COLÉGIO FAG
COC – CASCAVEL, PR

De acordo com o PPP do Colégio COC, a proposta para o Ensino Médio, visa
trabalhar a formação integral, com a qual o aluno desenvolve o gosto e o hábito do
estudo contínuo:
A perspectiva do Colégio é de uma aprendizagem permanente, de uma
formação continuada, considerando como elemento central desta formação
a construção da cidadania através do próprio indivíduo, a se automotivar
“APRENDER A APRENDER” em função dos processos sociais que se
modificam e fazem as pessoas perceberem que precisam também

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modificarem-se para acompanhar todo o processo de mudança (PPP, 2018,
p. 70).

Como forma de avaliação, ela terá caráter cumulativo, formativo e


diagnóstico, priorizando as habilidades linguísticas de escrita, oralidade, entre
outros, com atividades em sala de aula que tratam da observação direta do
professor sobre a produção dos alunos, no que diz respeito à produção de textos,
teatralização de textos, reescritura textual, além de prova bimestral com peso
qualitativo de dez pontos. Isso é fundamental para avaliar o aluno em sua
completude, dado que a competência linguística é ampla e envolve diversos campos
da comunicação/interação social:
Na avaliação, o professor priorizará as habilidades demonstradas pelos
alunos no domínio das diversas formas de expressão: poética, cinestésica,
escrita, oral, gráfica, envolvendo os saberes específicos de outras áreas.
Diversos instrumentos de avaliação serão aplicados, tais como: observação
direta, atividades em pequenos grupos, produção de textos, leitura oral
expressiva, confecção de charges, teatralização de textos escritos pelos
alunos, reescritura de textos entre outros. Na aferição bimestral, serão
computadas as atividades desenvolvidas em sala de aula bem como uma
prova bimestral. Todas as atividades propostas terão peso de zero a dez
(PPP, 2018, p. 72).

No que tange à produção textual, há um estímulo interessante em cobrar do


aluno assuntos que fogem ao academicismo puro, pois trabalhar com confecção de
charmes, com atividades em grupo de produção textual, com leitura e teatralização,
é uma forma exercitar a escrita e a linguagem de maneira global, visto que nesse
processo de produção e correção é que se constrói o conhecimento.
No sentido de contribuir para o desenvolvimento da criticidade dos alunos,
desconstruirá o preconceito linguístico ainda vigente na sociedade, conduzindo o
aluno a raciocinar a esse respeito, refletindo que a forma de dizer depende de vários
fatores. Para cada situação comunicativa, pode-se usar a língua de determinada
maneira.
As atividades propostas pelos professores, em consonância com a proposta
político pedagógico da escola, não poderão se limitar pelo conteúdo do livro, ou seja,
a orientação é que deverá utilizar o material didático estabelecendo um sentido
daquele conteúdo relacionado à vida dos alunos, ao cotidiano dos mesmos,
demonstrando, assim, que o ensino de Língua Portuguesa está próximo da realidade
dos alunos. É o que afirma Travaglia:

14
[...] propõe-se que o ensino de gramática seja basicamente voltado para
uma gramática de uso e para uma gramática reflexiva, com o auxílio de um
pouco de gramática teórica e normativa, mas tendo sempre em mente a
questão da interação numa situação específica de comunicação e ainda o
que faz da sequência linguística um texto, que é exatamente a possibilidade
de estabelecer um efeito de sentido para o texto como um todo (Travaglia,
2009, p.108).

Relata-se uma forma de ensino que pareça mais produtiva e contextualizada,


desenvolvendo o caráter crítico nesse aluno. A forma contextualizada aproxima o
aluno do conteúdo e, consequentemente, contribui e facilita para compreensão do
aluno sobre o conteúdo trabalhado.
São variados os gêneros abordados, mostrando a sua relevância e seu uso
adequado, como charges, notícia, artigos argumentativos, contos, poemas, músicas,
etc.
Nesse sentido, por meio de uma reflexão sobre a prática pedagógica, espera-
se que o professor atue como mediador do ensino e que favoreça para a construção
do conhecimento desse aluno.
A partir disso, propõe-se aos alunos exercícios que refletem na letra da
música, textos do cotidiano, etc. desenvolvendo, assim, o pensamento crítico e
aplicando-lhes as atividades relacionadas à música.
Quanto aos pressupostos teóricos metodológicos, segue o PPP do colégio
FAG COC, Cascavel-PR:
Compreender a língua é saber ler e interpretar o ato interlocutivo, julgar,
tomar uma posição consciente e responsável pelo que se fala e escreve.
Toda fala ou escrita é história e socialmente situada, sua transgressão
implica em uma ética. Na escola, o estudo da língua portuguesa objetiva o
pleno domínio da linguagem verbal nos aspectos ético e estético, a
compreensão de que, pela linguagem, é possível transformar ou reiterar o
social, o cultural, o pessoal: convencer ou aceitar a complexidade humana,
o respeito pelas falas como parte das vozes que permeiam os textos e os
contextos de produção (PPP, 2018, p. 74).

Também apresenta as diversidades linguísticas em nosso país, evidenciando


as mudanças linguísticas de acordo com os nichos sociais e regionais. Isso é muito
importante para trabalhar o respeito pelo outro, que pode ter uma linguagem
diferente e nem por isso está certo ou errado. Além disso, os capítulos oferecem a
oportunidade para o aluno desenvolver o raciocínio acerca de determinado tema,
não trata como uma coisa pronta, abre espaço para o aluno desenvolver o pensar e
não apenas aceitar. É dessa forma que se desenvolve o pensamento crítico.

15
2.3 ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO
O Ensino Médio é a última e a principal etapa da educação do indivíduo na
educação básica, sendo ela a preparação para vestibulares e Enem e também para
o mercado de trabalho.
O PCN+ traz o ensino da Língua Inglesa no Ensino Médio como um processo
complexo e de grande importância para a qualidade da formação do aluno, “[...]
iniciado no ensino fundamental, implica o cumprimento de etapas bem definidas que,
no ensino médio, culminarão com o domínio de competências e habilidades as quais
permitirão ao educando utilizar esse conhecimento em múltiplas esferas de sua vida
pessoal, acadêmica e profissional” (BRASIL, 2002, p. 93).
As línguas estrangeiras devem ser “parte indissolúvel do conjunto de
conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de
várias culturas e, consequentemente, propiciam sua integração no mundo
globalizado” (BRASIL, 2000, p. 24).

16
Levando em conta o atual ensino público no Brasil, e que às vezes as
oportunidades não são tão favoráveis para formar um aluno fluente ou que tenha
uma boa compreensão da Língua Estrangeira, os Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (PCN + Ensino Médio) apontam para a necessidade de:
Pensar-se o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas
no Ensino Médio em termos de competências abrangentes e não estáticas,
uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por
excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo
transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos. (BRASIL, 2000,
p. 30)

Algo que podemos considerar, é que nos dias atuais os estudantes possuem
acesso a inúmeras informações em tempo real, tendo a possibilidade de aprender e
se aprofundar mais sobre o conteúdo trabalhado em sala de aula. A educação é um
processo no qual todos os envolvidos devem se esforçar mutuamente para alcançar
o objetivo. Portanto, cabe também ao professor a custosa tarefa de despertar o
interesse do aluno a aprender cada vez mais, para obter o melhor desenvolvimento
possível. Sabem-se as dificuldades que o professor enfrenta em sala de aula, como
turmas numerosas, escassez de material pedagógico, mas ele é peça chave no
ensino desse novo idioma.
O professor de línguas deve se preocupar em criar um ambiente propício para
a aprendizagem e a assimilação do conteúdo. É de grande importância trabalhar
tanto a escrita quanto a oralidade e, para isso, deve-se pensar em meios e métodos
eficazes, como por exemplo, usar das metodologias ativas. Sendo a linguagem uma
necessidade humana, os alunos devem ser colocados em situações reais de
comunicação, pois assim o conteúdo é assimilado de uma maneira eficaz. Segundo
Almeida Filho:
Ensino comunicativo trouxe conceitos de ensinar e aprender línguas
calcados na interação e negociação de sentidos em torno de assuntos ou
temas de relevância e interesse dos aprendizes assim como a subscrição
de um certo conceito de linguagem como ação social e não mais como um
conjunto de blocos linguísticos bem descritos por métodos científicos
rigorosos (FILHO, 2002, p.26).

A interação entre os alunos em sala de aula é um aspecto muito importante


para aprendizagem de um segundo idioma, pois foi na interação do dia-a-dia que
aprendemos a nossa língua materna. Quando os alunos são estimulados a aprender
com base em situações reais, como uma conversa com um amigo, o ensino da

17
matéria agrega uma importância muito grande, pois o aluno passa a perceber o
significado desse aprendizado.
ALLWRIGHT (1984, p. 156) considera a interação dentro do contexto de sala
de aula “não somente como um aspecto dos métodos modernos de ensino de
línguas, mas como o fato fundamental da pedagogia de sala de aula – o fato de que
tudo o que é realizado em sala de aula acontece através de um processo de
interação viva de pessoa para pessoa”.
O documento PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2002, p. 125) evidencia três
aspectos responsáveis pela grande dificuldade no processo de avaliação no que diz
respeito ao ensino de línguas estrangeiras: a heterogeneidade de conhecimento dos
estudantes sobre o idioma; o grande número de discentes em sala; e a preocupação
de muitos educadores em focalizar a aprendizagem na gramática normativa, em
processos puramente metalinguísticos, baseando-se exclusivamente na escrita.
Somos avaliados em todo nosso trajeto no ensino básico, mas tratando-se do
Ensino Médio, podemos considerar que o conteúdo e avaliações têm o foco de
preparar o aluno para o ENEM e vestibulares.
O ENEM é “um modelo de avaliação de desempenho por competência,
oferecido anualmente aos concluintes e egressos do ensino médio” (BRASIL, 2009,
p. 5). Foca nas competências e habilidades básicas “desenvolvidas, transformadas e
fortalecidas com a mediação da escola” (BRASIL, 2009, p. 6).
Sendo este exame uma porta de entrada para as universidades, podemos
pensar tanto na importância que o exame já traz, como a importância da
aprendizagem desta segunda língua para que o aluno esteja preparado para
executá-lo.
O item (ou questão) de avaliação do ENEM expõe o participante a um
contexto reflexivo, centrado em uma situação-problema, e instiga-o a tomar
decisões, o que requer um trabalho intelectual capaz de mobilizar seus
recursos cognitivos e operações mentais, incorporando situações
vivenciadas e valorizadas no contexto em que se originam para aproximar
os temas escolares da realidade extraescolar (BRASIL, 2015, p. 81).

A abordagem das línguas estrangeiras no ENEM prevê os seguintes


conteúdos:
- Compreensão de textos de gêneros diversos, orais e escritos, em língua
inglesa ou espanhola: identificação temática, léxico, estruturas sintático-
semânticas, função e contexto comunicativo.

18
- Aplicação do conhecimento nas línguas inglesa ou espanhola em situações
comunicativas relacionadas às manifestações culturais que as línguas
exprimem.
- Reconhecimento de aspectos culturais associados às manifestações
linguísticas (BRASIL, 2015, p. 79)

A língua inglesa é uma peça fundamental para um mundo globalizado e o


ENEM traz uma importância ainda maior para o ensino desta.

2.4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO


MÉDIO COLÉGIO ESTADUAL FRANCISCO LIMA – CASCAVEL, PR
O Projeto Político Pedagógico do colégio apresenta a importância do Ensino
da Língua Estrangeira no estabelecimento e abrange a necessidade da
aprendizagem da mesma nos dias atuais.
Sendo assim, cabe à escola oferecer ao aluno condições de interação, para
que este tenha oportunidades de usar a língua de forma significativa,
compreendendo que o “aprender” uma 2ª língua implica não só em
conhecer estruturas léxicas do idioma, mas em utilizá-lo para o
desenvolvimento de uma das maiores necessidades humanas: a
comunicação; que aqui pode ser estendida a uma leitura de um mundo não
tão distante, que propicia a compreensão do “outro”, do “diferente”, mas
também a de sua própria identidade. (PPP, 2012)

O colégio trabalha com o objetivo de conscientizar os estudantes sobre a


importância da língua inglesa, trazendo o seu ensino em diferentes contextos para
que os alunos reflitam sobre o papel deste idioma na sociedade atual.
Conscientizar o aluno da importância da língua inglesa, assim como
oferecer recursos para que o mesmo atue na sociedade enquanto cidadão
crítico, compreendendo o complexo campo que a língua estrangeira oferece
como benefício, e acima de tudo fazendo parte deste, por meio da
construção de significados durante o processo de interação verbal
determinado por diferentes contextos. (PPP, 2012)
19
A estrutura da Língua Inglesa tem como base o discurso e a interação
humana. Trabalhando também os gêneros textuais.
Sendo assim, contemplaremos no processo ensino-aprendizagem desta
instituição a interdiscursividade, com base em questões linguísticas, sócio
pragmáticas, culturais e discursivas envolvendo discursos orais, escritos e
leituras que serão mantidas numa progressão coerente de acordo com as
séries trabalhadas, assim como condições cognitivas dos alunos e recursos
que o professor possuir. (PPP, 2012)

Nas avaliações o colégio adota os seguintes critérios:

* O comprometimento do aluno com o processo ensino-aprendizagem.


* A intervenção diante de assuntos levantados durante as aulas.
* A cooperação, responsabilidade e criatividade desenvolvida em trabalhos
produzidos em equipe.
* Avaliação dos testes orais, escritos, provas mensais. (PPP, 2012)

Levando em conta o individualismo do aluno com o objetivo final de solucionar


problemas encontrados no processo de ensino.

3. DESCRIÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

O Colégio FAG COC – Cascavel, PR, está localizado no loteamento FAG, na


Avenida das Torres. A unidade possui como infraestrutura quatro blocos, somados à
reitoria, local onde consta a biblioteca escola, laboratórios e equipamentos, ginásio
poliesportivo, sala interativa, auditório e brinquedoteca. No local também há linhas
de ônibus coletivo e área para estacionamento interno.
No bloco 2 é onde ficam centralizadas as aulas do Ensino Médio, as quais
ocorrem durante o período da manhã, nas respectivas salas enumeradas de cada
turma, sendo que, durante as trocas de aula, são os professores que mudam de sala
e os alunos permanecem nas mesmas. As salas são de excelente padrão material,
no que diz respeito a um quadro em bom estado e a um projetor em excelente
funcionamento. Todas apresentam o mesmo padrão, as carteiras são no estofado
das cores da escola e são grandes, amplas. Também estão em ótimo estado.
Os banheiros são divididos por gêneros, tendo dois em cada andar por
gênero, além de dois banheiros em cada andar para portadores de deficiência física,
havendo toda acessibilidade exigida, não tendo nenhuma restrição ou dificuldade
para chegar em qualquer local. Além disso, há bebedouros que também são dois por
andar.
20
Assim sendo, a unidade escolar está de acordo com o mais alto padrão de
qualidade da educação, em consonância com a tecnologia que é implementada no
projeto político pedagógico da escola, havendo inclusive sala 3D e laboratórios com
vários computadores de boa qualidade. Ademais, é um ambiente prazeroso para o
desenvolvimento pedagógico e altamente qualificado para proporcionar um
excelente ensino.

4. OBSERVAÇÕES E REGÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA

1° série A

Dia 26 de abril de 2021

Nesta data a professora Lineia iniciou a aula passando um questionário com


dez questões sobre funções da linguagem para os alunos. Escreveu no quadro
todas as questões, explicou e depois ficou à disposição para sanar as respectivas
dúvidas dos alunos.

Dia 03 de maio de 2021

Lineia iniciou a aula organizando com os alunos os trabalhos que ainda


faltavam para entregar e para corrigir (redação e ponto do caderno). 

Em seguida, pediu que os alunos pegassem os livros e abrissem na página


126 para trabalhar a respeito dos vícios de linguagem. 

Cada aluno fez a leitura de uma parte do texto e foi solicitado que os alunos
destacassem o que é mais importante sobre ambiguidade no texto lido. 

Nas pausas do texto, eram citados alguns exemplos para que o assunto
ficasse mais claro. 

21
Para finalizar, a professora separou algumas questões referentes a três
páginas para que os alunos fizessem no próprio livro e, depois, ela iria olhar e
corrigir. Mas orientou que as questões deveriam ser corrigidas pelo gabarito para
que trouxessem as dúvidas já prontas na próxima aula.

1° série B

Dia 26 de abril de 2021

Para iniciar a aula, a professora esclareceu as dúvidas dos alunos sobre as


questões referentes às funções da linguagem. Cada aluno fazia a leitura de uma
respectiva pergunta e, juntamente com os alunos, a mesma era respondida. Como
os alunos ainda possuíam muitas dúvidas, todas foram esclarecidas conforme a
correção das questões. 

Em seguida, foi realizada a leitura de um texto que se tratava da função


conativa. Cada aluno leu um parágrafo e Lineia pediu que os mesmos destacassem
as partes importantes seguindo a sua orientação.

2° série A

Dia 26 de abril de 2021

A professora Lineia iniciou a aula vistando a atividade da aula anterior. Como


alguns alunos não haviam terminado, a professora deu, a princípio, mais vinte e
cinco minutos da aula para que terminassem, porém acabou se estendendo durante
toda a aula. 

Dia 13 de maio de 2021

Lineia continuou as explicações referentes aos vícios de linguagem, retornou


a sua explicação sobre Cacofonia e concluiu com Achismo. A aula toda foi com base
nos slides e nas explicações da professora sobre cada um deles.

2° série B

22 de abril de 2021 

Foram reforçadas as perguntas sobre interpretação de texto que os alunos


precisavam resolver em aula. A professora ditou as mesmas novamente para os que
22
não haviam copiado. As questões deveriam ser respondidas em forma de texto e os
alunos deveriam atingir certo número de linhas. Os alunos ficaram o restante da aula
fazendo a atividade e, conforme iam terminando, entregavam.

29/04 

A professora iniciou a aula esclarecendo algumas questões da prova sobre


orações subordinadas. As mesmas não eram para estar na prova e por isso foram
corrigidas em sala.

Comentou com os estudantes a respeito de uma redação extra para uma


possível nota extra também. Os alunos poderiam trazer esta redação durante a
semana e entregá-la. Lineia disponibilizou um esquema de orações subordinadas no
quadro para explicar a matéria. Explicou todos os tipos de orações subordinadas e
deu respectivos exemplos.

06 de maio de 2021

A professora reforçou a informação da redação que os alunos deveriam


entregar. Em seguida foi compartilhada tela com o tema de preposições, conforme
os slides iam passando era explicado cada um deles e, para finalizar a aula, revisou
as orações coordenativas que também estavam explicadas nos slides.

3° Série

07 de maio de 2021

A Professora solicitou que os alunos abrissem o livro na página 27, a qual


tratava sobre numerais. Pediu que os alunos destacassem algumas partes
específicas do texto.  O texto apresentava as formas de utilizar os numerais e
exemplos dos mesmos. Conforme a leitura era feita, os tópicos também eram
explicados.

Logo em seguida, Lineia reforçou algumas questões gramaticais sobre


verbos, pronomes, tempo e modo.

23 de abril de 2021

23
A professora pediu que os alunos destacassem algumas partes do livro
porque a prova seria só com base em teoria e, especificando o que seria para
estudar, ficaria mais fácil para os alunos.

No dia 25 de junho de 2021 foi realizada a nossa aula de monitoria, a mesma


faz parte dos estágios de Língua Portuguesa. 

Apesar de ter sido apresentada aos professores e colegas, as aulas foram


preparadas visando a turma do terceiro ano. 

Com base em interpretação de textos e questões de ENEM e vestibular,


montamos a aula de Língua Portuguesa. 

O planejamento do conteúdo se deu dentro de cinco aulas, nas mesmas


trabalhamos interpretação de enunciados, noções básicas de interpretação de
textos, redação dissertativa argumentativa, níveis de linguagem e algumas questões
referentes a vestibulares e ENEM. 

Levando em conta o momento de pandemia em que estamos, não foi possível


realizar as monitorias em sala de aula. Por isso, as mesmas foram transmitidas via
Meet. Dentre as cinco aulas preparadas, escolhemos algumas partes para explicar
aos alunos, para nos auxiliar nas explicações utilizamos slides. 

5. OBSERVAÇÕES DE LÍNGUA INGLESA 

1° Série A

27 de abril de 2021

Professor Marcelo iniciou a aula solicitando aos alunos que abrissem a


apostila. Solicitou que fizessem o exercício número quatro, o mesmo tinha como
tema Simple Present, explicou o exercício de uma maneira bem detalhada para
suprir qualquer dúvida dos alunos, conforme os estudantes iam resolvendo a
questão, o professor os acompanhava, explicando qualquer dúvida que surgisse.
Após, corrigiu todas as alternativas do exercício no quadro, explicando cada uma
delas. 

24
No exercício cinco os alunos usaram palavras que se encontravam em um
quadro na apostila para formar frases negativas, interrogativas e afirmativas.
Marcelo fez uma frase como exemplo. Após deu um tempo para os alunos
resolverem sozinhos.

28 de abril de 2021

O professor solicitou aos alunos que abrissem o livro B na página quatorze, a


mesma continha um diálogo sobre o que as pessoas fazem no dia a dia. Na página
do diálogo, o livro trazia algumas imagens de atividades para fazer no tempo livre e
foi descrita cada imagem com alunos, para introduzi-los no conteúdo. O professor
leu o diálogo para que as palavras desconhecidas fossem anotadas. O texto falava
da relevância de se divertir e de ter um tempo livre para observar coisas simples e
agradecer, e sobre a importância de cuidar da mente. Após um pequeno debate com
a turma sobre o texto, Marcelo passou algumas questões relacionadas com o
mesmo.  

2° Série A

27 de abril de 2021

Os alunos abriram o livro na página 10 para fazer os exercícios que se


encontravam na mesma. Um dos exercícios dava exemplos de frases no Present
Perfect e solicitava que as frases fossem alteradas para a forma interrogativa e
afirmativa. O professor passou mais algumas frases no quadro para que os alunos
escolhessem três e fizessem o mesmo que o exercício do livro solicitava. Deixou um
tempo para que os alunos fizessem e depois corrigiu no quadro. 

04 de maio de 2021

Marcelo conversou com os alunos sobre um pouco da cultura inglesa e sobre


dublagem em filmes. Após, leu o texto da página 16 com os alunos. 

2° Série B

04 de maio de 2021

25
Os alunos pegaram o livro B na página 15 e leram um texto sobre as idades
de ingressar na faculdade. Logo após deu início às explicações sobre os advérbios
de frequência. Explicou quais são os advérbios de frequência conforme trechos do
livro.

3° Série 

26 de maio de 2021

Marcelo iniciou a aula lendo o texto da página dezoito do livro, junto com os
alunos. O texto falava da língua inglesa e de sua importância global.

O professor leu o texto em inglês e português e, conforme a leitura fluía, os


alunos debaterem os assuntos do texto

O mesmo tratava de assuntos como: A facilidade das crianças em aprender


um novo idioma, a relevância dos intérpretes em determinados lugares.

03 de maio de 2021

Marcelo continuou as questões referentes ao texto da aula passada.


Discutiram questões como: de que forma os alunos se comunicam não oralmente
em um restaurante.

12 de maio de 2021

Fizeram a leitura de um texto que falava sobre conectores de contraste e,


logo em seguida, um que se tratava dos conectores de adição. Leu e explicou
ambos. Depois pediu que os alunos fizessem quatro atividades do livro, leu as
mesmas em inglês e explicou o que pediam.

19/05 

O Professor programou slides em tela, os mesmos tinham como assunto as


Linking Words 1. Continha como usar, sua transição e exemplos também. Explicou
e depois passou preposições e como utilizá-las. Uso e a diferença de Like and As. O
professor ficou o restante da aula explicando sobre isso.

Considerações Finais 

26
A partir do exposto, podemos concluir que o estágio nos possibilitou construir
um manancial de perspectivas e ferramentas para o início da carreira docente,
visando contribuir, juntamente com a sociedade, na formação de indivíduos ativos,
sensíveis e solidários perante o mundo atual. A disciplina de Estágio – regência no
Ensino Médio possibilita repensar na ação docente por meio da união de
experiências vividas com os conhecimentos obtidos na Faculdade, visando todo
esse período de pandemia que vivenciamos, pudemos ter a percepção de como a
educação está se reinventando. 

Tal experiência nos ofereceu suporte e otimização dos nossos conhecimentos


e deu a oportunidade de observar, participar e reger no universo escolar e a
compreender o efetivo papel do educador dentro do contexto escolar. A formação do
professor ultrapassa os limites da sala de aula e não se concretiza de uma só vez,
pois se trata de um processo contínuo, o qual ainda temos muito a trilhar.
Vivenciando tudo isso, podemos perceber que temos a possibilidade de mudar a
vida de jovens através da educação. Só esta possibilidade justifica a nossa escolha
de curso. Tornando-nos profissionais com postura efetiva e que realmente têm a
preocupação em torno da educação. E é isso que será levado para a nossa futura
vida profissional.

REGÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA INGLESA

Com base em tudo que foi observado nas aulas de Língua Inglesa e Língua
Portuguesa e visto nas aulas de Metodologia, preparamos a aula de Regência em
ambas as línguas que foi apresentada no dia 25 de junho de 2021.

Apesar de terem sido apresentadas aos professores e colegas, as aulas


foram preparadas visando a turma da terceira série do Ensino Médio. 

A princípio, na aula de Língua Portuguesa, preparamos cinco aulas, mas


devido à situação de pandemia em que vivemos, realizamos uma aula de quinze
minutos, via google Meet. Na ocasião trabalhamos com os alunos técnicas de leitura
e interpretação de texto, bem como exercícios do ENEM. 

27
Já em Inglês, os conteúdos abordados foram: Scanning e Skimming, técnicas
de leitura, dicas de como interpretar enunciados, diferenças entre os tempos verbais
e duas atividades de fixação nas quais foi trabalhada a interpretação de enunciados
de questões do ENEM.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLWRIGHT, R. The importance of interaction in classroom language learning.


Applied Linguistics 5(2):156-171, 1984.

ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola


editorial, 2003.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 6 ed.


Campinas,SP: Pontes Editores, 2010.

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. Tradução por M. Lahud e Y. F.


Vieira. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1986.

BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares


Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1999. BRASIL.

______. Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares


Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1999. BRASIL.

______. Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares


Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2000. BRASIL.

______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

DA MOTA, Marcia. Uma introdução ao estudo cognitivo da memória a curto


prazo: da teoria dos múltiplos armazenadores a memória de trabalho. Rev.

28
Estudos de Psicologia, PUC - Campinas, v. 17, n. 3, p. 15 – 21, setembro/dezembro,
2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

PPP - Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual Francisco Lima. Cascavel,


Paraná, 2012.

PPP - Projeto político-pedagógico Colégio FAG COC. Cascavel, Paraná, 2018.

9. ANEXOS

PLANO DE AULA INGLÊS

1. Número de aulas: 5 aulas

Ao todo serão 5 (cinco) aulas trabalhadas com as turmas da 2ª série do Ensino


Médio, nas quais será exposto a diferença entre quatro tempos verbais e o que eles
indicam. Saber essa diferença pode influenciar toda a interpretação do enunciado.
Os tempos verbais são Simple Present, Present Continuous, Simple Past e Past
Continuous, baseando-se cada aula na exposição do conteúdo somada a uma
atividade de fixação, ademais na última aula serão trabalhados exercícios do Enem
que retomam tudo o que foi visto.

2. Objetivos:

 Reconhecer o uso dos quatro tempos verbais (Simple Past, Present


Continuous, Simple Past e Past Continuous) identificando suas características
e diferenças.
 Exercitar a fixação do conteúdo resolvendo exercícios, percebendo a forma
como o conteúdo é cobrado nos vestibulares.
 Assimilar estratégias de interpretação de texto e praticar a interpretação com
um exercício do Enem.

3. Conteúdos:

1º AULA
29
No primeiro momento será exposto o que é o Simple Present e quando
será utilizado, como em verdades gerais, situações habituais, estado, opiniões e
sentimentos. Também será explicado que o verbo será acrescido de “s” ou “es” para
a terceira pessoa do singular (he, she, it), além disso, quando o verbo terminar em
“y” acrescentamos “ies”. Para fazer uma pergunta ou negar, usam-se os auxiliares
Do/Does, então é exposta a estrutura da oração negativa e também da oração
interrogativa, lembrando que, para perguntas do Simple Present, sempre será
respondido com o auxiliar. Ao final da exposição do conteúdo, entrega-se a atividade
para os alunos com 4 questões relacionadas ao Simple Present (em anexo) e
corrigido em aula.

2º AULA

Nesta aula, em seguimento com os tempos verbais, será trabalhado o Present


Continuous, que se refere a algo que está sendo feito no momento, uma ação em
progresso. Para designar essa ação em progresso, utilizamos a terminação ing. E,
no caso de frases negativas e interrogativas, utiliza-se a estrutura not + o verbo em
ing, sendo importante frisar que, no Enem, o tempo verbal costuma aparecer mais
em questões que cobram do candidato habilidades de leitura, compreensão e
interpretação de textos. O aluno terá que entender o porquê de o enunciado estar
usando presente contínuo, que é uma ação em movimento, e o que ele quer dizer
naquela frase. Nesse sentido, preparamos as atividades para os alunos resolverem.
No final, corrigimos em aula.

3ª AULA

Quanto ao Simple Past a aula expositiva seguiria o mesmo modelo, com


características, estrutura na oração e, por fim, exercícios. Portanto iniciaríamos a
aula discorrendo que o Simple Past é um tempo verbal usado para descrever
ações finalizadas no passado, ou seja, eventos que já aconteceram e não
acontecem mais, podendo ser comparado ao pretérito perfeito da língua portuguesa.
Além disso, é um dos tempos que exigem maior atenção do aluno, pois a forma do
verbo muda de acordo a com sua classificação (irregular ou regular). Os
verbos regulares são aqueles em que poderemos adicionar o sufixo “-ed” ao radical
30
para formarmos o simple past. Eles são maioria na língua inglesa. Como exemplo,
podemos citar verbos bem simples como to love (loved), to like (liked), to die (died),
to play (played), to kill (killed), to hate (hated) etc. Já os verbos irregulares são
aqueles que não seguem essa regra de adição do sufixo “-ed”. Alguns verbos podem
se manter iguais no simple past, como to cut (cut), mas alguns vão mudar bastante
de forma, como to go (went), to be (was/were), to become (became), etc. Quanto à
estrutura da oração, se o verbo for regular, será sujeito + verbo no simple past (raiz
do verbo + “-ed”). Já se o verbo for irregular, a estrutura será sujeito + verbo no
simple past (forma irregular). Nas frases interrogativas, usaremos o verbo to do no
simple past, ou seja Did como auxiliar e o outro verbo no infinitivo: Did + sujeito +
infinitivo. Para as frases negativas, também usaremos o verbo o Did, mas
deveremos acrescentar o not, que indica a negação: sujeito + did not (ou didn’t) +
infinitivo sem to.

4º AULA

Neste momento iremos trabalhar com o Past Continuous. Primeiramente


discorreremos que tal tempo verbal descreve ações e/ou eventos que estavam
em progressão no passado, assim, deve-se levar em consideração que as ações
no Past Continuous têm um caráter de andamento temporal passado, pode ser
usado também para distinguir duas ações passadas: uma que estava em pleno
desenvolvimento, quando outra a interrompeu para ocupar seu lugar. Além disso,
usamos esse tempo verbal para enfatizar ações que estavam ocorrendo no
passado. Por fim, outra possibilidade de uso desse tempo, relaciona-se com ações
repetidas e temporárias no passado. Por ser um tempo verbal composto, ele é
formado pelo verbo auxiliar to be no simple past + present participle do verbo
principal, sendo essa a estrutura das orações afirmativas. Uma frase negativa nesse
tempo verbal é formada pela adição do not depois do verbo to be no simple past.
Para orações interrogativas, basta inverter o verbo principal e o sujeito, também
ressaltaria que, quando temos duas ações no passado, uma no past continuous e
outra no simple past, devemos atentar-nos para o uso de when (quando) e
de while (enquanto), pois o primeiro acompanha as orações que estão no simple
past, e o segundo acompanha as orações que estão no past continuous.
31
5º AULA
Nesta aula será trabalhada a questão da interpretação de textos, comungando com
as aulas anteriores de tempos verbais, retomando o vocabulário assimilado, a fim de
que o aluno identifique as palavras do texto para compreender o contexto e as
informações implícitas. Ademais, vamos trabalhar técnicas de leitura e dar dicas
para o aluno sobre como resolver as questões. No quesito das técnicas vamos
trabalhar skimming e scanning, expondo cada uma delas e dicas sobre como fazer a
leitura aprofundada do enunciado levando em consideração as alternativas para
interpretação.

4. Metodologia

Será trabalhado com os alunos o modelo de aula expositiva, caracterizada


pela exposição do conteúdo escrito e oral, no qual o aluno fará atividades de fixação
sempre ao final do conteúdo exposto, abrindo espaço para perguntas no decorrer da
exposição do conteúdo.

5. Avaliação

Os alunos deverão fazer exercícios de fixação do conteúdo ao final de cada


aula, esses exercícios serão corrigidos pelo professor, mas recolhidos para serem
avaliados

QUESTÕES A SEREM TRABALHADAS EM LÍNGUA INGLESA

Simple present – AULA 1

QUESTÃO 1 (UNESP 1996)


Assinale a alternativa correta:
He doesn’t __________ anymore.
a) smoking

32
b) no smoking
c) smokes
d) smoked
e) smoke

Questão 2. In the sentence, “biological agents do not survive well”, the use of the
Present Tense implies:
a) doubt.
b) condition.
c) probability.
d) objectivity.
e) certainty.
 
Questão 3. (UFPB) We _____________ go to school on Sundays.
a) aren’t
b) weren’t
c) wasn’t
d) didn’t
e) don’t
 
Questão 4. (UFPB) ____________ Beatty usually ____________ what she wants?
a) Do / get
b) Does / gets
c) Does / get
d) was / got
e) is / got
 
Gabarito:
e, e, c
Presente continuous – AULA 2

QUESTÃO 1 – (EFOMM 2007)


The companies are expanding their business and they __________ all the help they
can get. So they __________several people.
a) need – are employing
33
b) are needing – are employing
c) needed – are employing
d) are to need – employed
e) needing – employ

QUESTÃO 2 (PUCPR 2006)


When Carlos has a headache, he __________ some tea.
a) is drinking
b) drank
c) used to drink
d) drinks
e) would drink

QUESTÃO 3 (UNESP 1988)


Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase apresentada:
Many countries __________ with nuclear reactors.
a) is experimenting
b) experiments
c) experimenting
d) would experiment
e) are experimenting

QUESTÃO 4 (FAAP 1997)


Complete: The population of the world is __________.
a) going
b) covering
c) finding
d) growing
e) beginning

QUESTÃO 5  (FAAP 1997)


Assinale a alternativa correta: The whole world __________ against drugs now.
a) is fighting
b) fought
34
c) had been fighting
d) has fought
e) fight

QUESTÃO 6 (UNESP 2000)


Assinale a alternativa que preenche corretamente cada lacuna da frase apresentada:
I __________ to the radio every day, but I __________ listening to it now.
a) listen – am not
b) listened – had
c) listening – was not
d) was listening – not
e) not listen – was
 
QUESTÃO 7 (MACKENZIE 2000)
Em inglês, “Você está esperando alguma carta?” seria:
a) Have you been waiting for a chart?
b) Are you expecting a letter?
c) Are you attending any lecture?
d) Are you staying for the lecture?
e) Have you been hoping for a lecture?
GABARITO:
QUESTÃO 1 – A
QUESTÃO 2 – D
QUESTÃO 3  – E
QUESTÃO 4 –  D
QUESTÃO 5 – A
QUESTÃO 6 – A
QUESTÃO 7 – B

SIMPLE PAST – AULA 3

1. (PUC – PR) Fill in the blanks with the correct alternative:


Where _____ they _____ ?
a) Did – Go
35
b) Do – Did
c) Did – Went
d) Go – Did
e) Did – Did

2. (Faculdade de Direito de Curitiba) – Tell alternative that contains answer to: Did
she eat all those plants last night?
a) Yes, she eat all those plants last night.
b) Yes, she eaten all those plants last night.
c) Yes, she eaten all those plants last night
d) Yes, she eated all those plants last night
e) Yes, she eats all those plants last night.

3. (UF – BA) Choose the right alternative which corresponds to the past tense of
teach
a) Thought
b) Took
c) Tried
d) Taught
e) Thanked

4. (MACKENZIE) The negative form He sold his car last week is:


a) He doesn’t sells his car last week
b) He didn’t sold his car last week
c) He didn’t sell his car last week
d) He doesn’t sold his car last week
e) He doesn’t sell his car last week

5. (PUC – SP) Last Christmas he ______ a lot.


a) Ate.
b) Eats
c) Eat
d) Is eating

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PAST CONTINUOUS – AULA 4

Questão 1 - (Colégio Naval 2017) Complete the sentences with the correct use of the
Simple Past and the Past Continuous.
1- I was waiting for the bus when I___________ (see) her.
2- The children ___________ (argue) when the teacher arrived.
3- Everyone___________ (listen) to music when the lights ___________ (go) out.
To fill in the gaps respectively, mark the right option.
a) saw / was arguing / were listening / went
b) was seeing / was arguing / listened / were
c) were weeing / argued / listenned / were
d) saw / were arguing / was listening / went
e) was seing / argued / listened / were going

GABARITO
Alternativa D, pois temos na frase 1: past continuous e simple past. Na frase 2,
temos: past continuous e simple past. Na frase 3: past continous e simple past. Nos
três casos, a segunda oração interrompe o que estava acontecendo anteriormente.

Questão 2 - (EEAR 2017) Write (T) for true and (F) for false according to the
explanation of the tenses in parenthesis.
( ) When you are looking back from a point in past time, and you are concerned with
the effects of something which happened at an earlier time in the past. (Past perfect )
( ) When you are concerned with the present effects of something which happened at
an indefinite time in the past. (Past perfect continuous)
( ) When you are talking about something which continued to happen before and
after a particular time. (Past continuous)
Choose the alternative that corresponds to the right order.
a) T – F – F
b) T – F – T
c) F – T – F
d) F – F – T

GABARITO

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Alternativa B, porque a segunda afirmação é a definição do tempo verbal present
perfect.

(Colégio Naval) Questão 3 - Complete the sentences with the correct use of the
Simple Past and the Past Continuous.
- I was waiting for the bus when I___________ (see) her.
- The children ___________ (argue) when the teacher arrived.
- Everyone___________ (listen) to music when the lights ___________. (go) out.
To fill in the gaps respectively, mark the right option.
a) saw / was arguing / were listening / went
b) was seeing / was arguing / listened / were
c) were weeing / argued / listenned / were
d) saw / were arguing / was listening / went
e) was seing / argued / listened / were going
GABARITO LETRA D

Interpretação de texto – AULA 5


(ENEM, 2010) Viva la Vida
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning and I sleep alone
Sweep the streets I used to know
I use to roll the dice
Feel the fear in my enemy’s eyes
Listen as the crowd would sing
“Now the old king is dead! Long live the king!”
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand
MARTIN, C. Viva la Vida, Coldplay. In: Viva la Vida or Death and all his friends.
Parlophone, 2008.

Letras de músicas abordam temas que, de certa forma, podem ser reforçados pela
repetição de trechos ou palavras. O fragmento da canção Viva la Vida, por exemplo,
permite conhecer o relato de alguém que:

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a) costumava ter o mundo aos seus pés e, de repente, se viu sem nada.
b) almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado inúmeros inimigos.
c) causa pouco temor a seus inimigos, embora tenha muito poder.
d) limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se rei de seu povo.
e) tinha a chave para todos os castelos nos quais desejava morar.

Gabarito LETRA A

'Is it your opinion, Winston, that the past has real existence?' [...] O'Brien smiled
faintly. 'I will put it more precisely. Does the past exist concretely, in space? Is there
somewhere or other a place, a world of solid objects, where the past is still
happening?'
'No.'
'Then where does the past exist, if at all?'
'In records. It is written down.'
'In records. And — —?'
'In the mind. In human memories.'
'In memory. Very well, then. We, the Party, control all records, and we control all
memories. Then we control the past, do we not?'
ORWELL. G, Nineteen Eighty-Four. New York: Signet Classics, 1977

(Enem 2018) O romance 1984 descreve os perigos de um Estado totalitário. A ideia


evidenciada nessa passagem é que o controle do Estado se dá por meio do(a)
a) boicote a ideais libertários.
b) veto ao culto das tradições
c) poder sobre memórias e registros.
d) censura a produções orais e escritas.
e) manipulação de pensamentos individuais.

Gabarito Letra C

PLANO DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA

1. Número de aulas: 5 aulas

2. Objetivos:

 Os alunos devem saber na teoria e na prática as noções de interpretação de


texto.
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 Ler e interpretar textos de gêneros distintos e relacionar informações e
conceitos diversos que contribuam para o desenvolvimento de respostas às
questões de ENEM e vestibular.
 Compreender a proposta de redação, de modo explorar de forma abrangente
o tema.
3. Conteúdos:

 Noções básicas de interpretação de texto.


 Estratégias para redação dissertativo-argumentativa.
 Exemplos de questões de ENEM e vestibular.

4. Encaminhamento metodológico:

1º AULA
Na primeira aula serão passadas, por meio de Slides, as noções básicas de
interpretação de texto, estratégias e sugestões de como elaborar uma redação
dissertativa argumentativa, disponibilizando para os alunos alguns exemplos de
redação nota 1000.

2º AULA
Serão disponibilizados aos alunos três textos para que eles escolham um e
elaborem uma redação dissertativo-argumentativa seguindo o que foi exposto na
aula passada. Os textos em questão são: O trabalho escravo no Brasil atual:
caminhos para a superação, Desafios do desenvolvimento dos hábitos de leitura, A
valorização da matriz indígena na composição da diversidade cultural do Brasil.

3ª AULA

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A terceira aula será utilizada para que os alunos elaborem a redação, tirem as
dúvidas que vão surgindo com a professora e a mesma corrija e aponte
contribuições no trabalho dos alunos.

4º AULA E 5º AULA
Essas duas aulas serão trabalhadas em conjunto. Será disponibilizado aos
alunos um questionário com quatorze questões de ENEM e diversos vestibulares,
para que os mesmos possam ler, interpretar e responder cada questão. Será
utilizado o tempo de aula para a resolução deste exercício. Ao final, juntamente com
os estudantes, será feita a correção e os apontamentos referentes à atividade.

5. Metodologia

Na primeira aula será trabalhado o modelo de aula expositiva e o restante


será utilizado para fixação de conteúdo e prática.

6. Avaliação

Com base no que foi visto nas aulas, a prova irá conter questões do
mesmo modelo das trabalhadas em sala de aula e também terá uma atividade para
elaboração de uma redação, mas desta vez com o tema livre.

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