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CONCEITOS GERAIS

DISCIPLINA: Análise Estrutural II


PROFESSORA: Priscila Luz
1
Análise estrutural Mecânica clássica dos corpos
em engenharia

Estática – estudo das


condições de equilíbrio
de um corpo ou de um Dinâmica – estudo dos
sistema de corpos movimentos dos corpos
sujeitos à ação de ou de um sistema de
forças externas; corpos
estudo das
deformações do corpo
Análise estrutural Estruturas
em engenharia

FUNÇÕES:
Compõem de uma ou ▪ Atender às condições arquitetônicas
mais peças, ligadas e funcionais e dar forma à
entre si e ao meio edificação;
exterior de modo a ▪ Transmitir os carregamentos
formar um conjunto advindos das ações às bases da
estável. estrutura (solo) – “caminho das
cargas”
▪ Resistir às ações e garantir a
estabilidade (segurança estrutural)
Análise estrutural
em engenharia
Arquitetura (função), forma, dimensões, espaços,
Geometria da edificação
localização
Classificação, definição e posicionamento dos
Sistema estrutural
elementos componente, vinculações entre eles.
Classificação, quantificação, combinação
Ações
(carregamentos)

Esforços solicitantes nos Análise do comportamento (resposta) estrutural do


elementos estruturais elemento submetido às ações (carregamentos)

Dimensionamento dos Comportamento estrutural e resistência do material


elementos estruturais que o compõe
Análise estrutural Estruturas
em engenharia

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO AS DIMENSÕES

Elementos tridimensionais

Elementos bidimensionais ou planos

Elementos unidimensionais ou lineares


Análise estrutural Elementos tridimensionais
em engenharia

Elementos de fundações, de arrimo (gravidade)


Elementos com ou de barragens.
as três
dimensões da
mesma ordem
de grandeza
Elementos bidimensionais
Análise estrutural ou planos
em engenharia

Submetidos a carregamentos no plano médio (chapas ou


Elementos com paredes) ou transversais (placas, cascas).
as duas
dimensões
preponderantes PLACAS OU CASCAS
em relação à
terceira ▪ Sujeitos a esforços de flexão
e de força cortante;
▪ Transmite as cargas em
direção aos apoios (bordas) –
caminhos das cargas
Elementos unidimensionais
Análise estrutural ou lineares
em engenharia

Elementos com Submetidos a carregamentos no eixo longitudinal


uma dimensão (barras, colunas ou tirantes) ou transversais (vigas);
preponderante
em relação às
outras duas, de Sujeitos a esforços normais (axiais) de flexão, de
eixo reto ou força cortante e de torção
curvo
Sistemas
estruturais

▪ Subsistemas horizontais – lajes,


vigas, grelhas, cascas, treliças
espaciais;

▪ Subsistemas verticais – treliças


planas, pórticos planos, painéis e
paredes
Subsistemas
horizontais
Subsistemas
verticais
Elementos
componentes

Elementos lineares simples (apenas esforços


Barras axiais) e gerais (qualquer esforço)

Ponto que une extremidades de barras


Nós

Ligações (vinculações) pelas quais as barras são


Vínculos unidas entre si ou com a “chapa-terra”,
impedindo os deslocamentos relativos entre
elas, translação ou rotação.
Vínculos e movimentos
dos elementos
Representação Movimentos Reação
Vínculos
gráfica impedidos correspondente

Translação em y Ry

Rx, Ry
Translação em x e y

Translação em x e y
Rx, Ry, Mz
e rotação em z
Determinação geométrica
das estruturas planas

Estruturas treliçadas (barra simples) Barras gerais (ou chapas)

Necessários três (03) vínculos


Necessários dois (02) para determinação geométrica
vínculos para determinação no plano, correspondentes a três
geométrica de um nó no movimentos de corpo rígido,
plano, correspondentes a duas translações (nas direções x
duas translações (nas e y) e uma rotação (na direção z,
direções x e y) perpendicular ao plano x, y)
Estruturas com barras
simples e gerais

Número de nós: n
Número de barras (chapas): c
Número de barras (vínculos) necessárias: Bnec = 3.c + 2.n

Determinação geométrica de estruturas


ESTRUTURA

Bexistentes < Bnec = 3.c + 2.n hipostática

Bexistentes = Bnec = 3.c + 2.n isostática


Bexistentes > Bnec = 3.c + 2.n hiperestática
Estruturas
isostáticas

Estruturas com vínculos


externos em número
necessário e suficiente
para sua determinação
geométrica, ou seja, com
equações de equilíbrio é
possível a determinação
das forças externas
incógnitas (reativas)
Tipos de cargas
externas
Cargas Concentradas

Carregamento distribuído em um
comprimento considerado pequeno em
relação ao comprimento de uma barra,
podendo ser considerado como
praticamente concentrado em um ponto

Roda de um caminhão descarregando


uma reação P sobre uma ponte
Tipos de cargas
Cargas distribuídas
externas
Carregamento distribuído ao longo do
comprimento de uma barra, na
direção ou perpendicularmente ao seu
eixo

Suponhamos que a estrutura E suporte o corpo


C. Este peso introduzirá, evidentemente, um
carregamento na estrutura E, carregamento
este distribuído e contínuo
Tipos de cargas CARGAS DISTRIBUÍDAS
externas

Com menor
frequência, ocorrem
ainda carregamentos
parabólicos e, em
casos mais
excepcionais de
forma inteiramente
aleatória
Tipos de cargas CARGAS-MOMENTOS
externas

Uma estrutura pode, além de estar solicitada


por cargas-força, estar solicitada por carga-
momento. Estas ocorrem mais raramente como
carregamento realmente atuante na estrutura,
mas têm importância fundamental como
ferramenta de resolução das estruturas Uma carga-
hiperestáticas. momento é
caracterizada pelo
seu módulo,
direção, sentido e
ponto de aplicação
As grandezas Força
fundamentais: Força e
Momento
FORÇAS DE CONTATO
▪ Força sobre um corpo por meio de um esforço muscular;
▪ Uma locomotiva exerce força sobre os vagões que ela reboca;
▪ Uma mola esticada exerce forças sobre as peças que fixam suas
extremidades.
As grandezas Força
fundamentais: Força e
Momento
FORÇAS DE AÇÃO À DISTÂNCIA
▪ Forças elétricas;
▪ Forças magnéticas;
▪ Forças de gravitação;
▪ Forças devidas à gravidade.
As grandezas Força
fundamentais: Força e
Momento

No caso mais geral, que é o das forças


As forças são situadas no espaço, elas ficam definidas por
grandezas um ponto de passagem e por suas
vetoriais, componentes X, Y e Z segundo os eixos
caracterizadas triortogonais x, y e z, a partir das quais
por direção, podemos expressá-las:
sentido e
intensidade.
𝐹 = 𝑋՜+𝑌՜+𝑍 ՜
𝑖 𝑗 𝑘
As grandezas Momento
fundamentais: Força e
Momento

Chama-se momento de uma força ՜


F
em relação a um ponto O ao
produto vetorial do vetor
(sendo M um ponto qualquer
OM
situado sobre a linha de ação ՜ )
F
pela força ՜
F
Temos:
A ação estática de um sistema de forças
no espaço, em relação a um dado ponto, é
igual à de sua resultante e à de seu
Graus de liberdade momento resultante e relação àquele
ponto, provocando, a primeira, uma
tendência de translação e, o segundo, uma
tendência de rotação.
Uma translação pode ser
expressa por suas
componentes segundo 3 eixos
triortogonais e, uma rotação,
como a resultante de três 6 graus de liberdade
rotações, cada uma em torno
de um desses eixos
Graus de liberdade APOIOS

Devem impedir as diversas


Estas reações de apoio irão tendências possíveis de
se opor às cargas aplicadas movimento, por meio do
à estrutura, formando este aparecimento de reações destes
conjunto de cargas e apoios sobre a estrutura, nas
reações um sistema de direções dos movimentos que
forças em equilíbrio eles impedem, isto é, dos graus
de liberdade que eles
restringem.
Graus de liberdade
Graus de liberdade ESTRUTURAS PLANAS
Condições de
equilíbrio Como a tendência de translação é
dada pela resultante ՜ das forças e a
R
tendência de rotação, em torno de
Para um corpo, qualquer ponto, é dada pelo momento
submetido a um resultante ՜ destas forças em
m
sistema de forças, relação a este ponto, basta que estes
estar em equilíbrio, é
dois vetores sejam nulos para que o
necessário que elas
não provoquem corpo esteja em equilíbrio
nenhuma tendência de
translação nem
rotação a este corpo
Condições de
equilíbrio Em que ՜ é a resultante das forças e
R
՜ seu momento resultante em relação
m
a qualquer ponto no espaço.
A condição necessária
e suficiente para que
um corpo esteja em
equilíbrio, submetido
a um sistema de
forças, é que estas
forças satisfaçam às
equações vetoriais
Condições de
equilíbrio

∑𝑋 = 0
∑𝑌 = 0
∑𝑍 = 0
∑𝑀𝑥 = 0
∑𝑀𝑦 = 0
∑𝑀𝑧 = 0
Condições de Casos particulares

equilíbrio
SISTEMAS DE FORÇAS CONCORRENTES NO ESPAÇO

Por se tratarem de
forças concorrentes
∑𝑋 = 0 no ponto O, as três
∑𝑌 = 0 últimas equações do
grupo, que simbolizam
∑𝑍 = 0 o momento resultante
nulo, são idênticas e
iguais a 0.

Treliças espaciais
Condições de SISTEMAS DE FORÇAS
PARALELAS NO ESPAÇO
equilíbrio

Por serem todas as


forças paralelas ao ∑𝑍 = 0
eixo 𝑂𝑧 , as equações
∑𝑋 = 0, ∑𝑌 = 0, ∑𝑀𝑥 = 0
∑𝑀𝑧 = 0 são ∑𝑀𝑦 = 0
idênticas

Não há componentes de forças paralelas a um dos eixos


coordenados nas direções dos dois demais, bem como não
existe momento de uma força em relação a um eixo que
lhe seja paralelo
Condições de SISTEMAS DE FORÇAS
COPLANARES
equilíbrio

As equações ∑𝑋 = 0
∑𝑍 = 0,
∑𝑀𝑥 = 0, ∑𝑌 = 0
∑𝑀𝑦 = 0 são
∑𝑀𝑧 = 0 ∑𝑀𝑂 = 0
idênticas

Um sistema de forças situado no plano xy não


possui componentes na direção Oz nem dá
momentos em relação aos eixos x e y, por lhe
serem coplanares.
Condições de OBSERVAÇÕES
equilíbrio
CONCORRENTES
O caso de sistema de forças
coplanares é o mais
frequente na Análise
Estrutural, pois a grande
maioria das estruturas que
nos apresentam são
estruturas planas
submetidas a carregamentos
atuantes no seu próprio
PARALELAS
plano
Condições de OBSERVAÇÕES
equilíbrio
∑𝑋 = 0
∑𝑌 = 0
∑𝑌 = 0
∑𝑀𝑂 = 0
Condições de OBSERVAÇÕES
equilíbrio

SISTEMAS PLANOS
Condições de OBSERVAÇÕES
equilíbrio
Condições de OBSERVAÇÕES
equilíbrio
Restringir graus de
liberdade das
Apoios estruturas,
despertando com isto
reações nas direções
dos movimentos
impedidos
▪ Eles serão classificados em função do número
de graus de liberdade permitidos (ou do número
de movimentos impedidos), podendo ser, então
de 6 tipos diferentes (isto é, podendo permitir
5, 4, 3, 2, 1 ou nenhuma grau de liberdade)
O único movimento que ela será
capaz de impedir é a translação na
Apoios direção vertical 𝑂𝑧 , aparecendo
com isto uma reação 𝑅𝑧 agindo
sobre a estrutura

Apoio com 5 graus de liberdade


Apoios

Impedidos a
translação na
direção z, as
rotações em
torno dos eixos
x e y.

Apoio com 3 graus de liberdade


Apoios
O apoio impedirá todos os
movimentos possíveis, sendo
dito um apoio sem grau de
liberdade

Engaste
ESTRUTURAS PLANAS
CARREGADAS NO PRÓPRIO
Apoios PLANO

De acordo com a estrutura


3 graus de os graus de liberdade a
liberdade a combater são as
combater translações nas direções
𝑂𝑥 e 𝑂𝑦 e a rotação em
torno de um eixo
perpendicular ao plano (no
caso 𝑂𝑧 ), pois estas são as
únicas tendências de
movimento capazes de
serem produzidas pelo
sistema de forças indicado
APOIO DO 1° GÊNERO OU
CHARRIOT
Apoios

Estrutura apoiada sobre um rolo A rotação é assegurada por um pino


lubrificado que impede apenas o sem atrito e a translação, na direção
deslocamento na direção y, x, pelos rolos diretamente em contato
permitindo livre rotação em com o plano que serve de apoio,
torno dele e livre deslocamento continuando impedido o deslocamento
na direção x em y
APOIO DO 2° GÊNERO OU
ARTICULAÇÃO
Apoios

Todas as translações
impedidas,
permanecendo livre
apenas a rotação,
assegurada pelo pino
lubrificado
APOIO DO 3° GÊNERO OU
ENGASTE
Apoios

Se ancorarmos a estrutura
em um bloco de dimensões
que possam ser consideradas
infinitas em presença das
dimensões da estrutura, na
seção de contato entre
ambos os blocos estará
impedindo todos os
movimentos possíveis
CÁLCULO DAS REAÇÕES DE
APOIO
Apoios
Os apoios são os
Apoios vínculos externos da
estrutura, isto é,
seus vínculos em
relação a seus
suportes. Podem
∑𝑋 = 0 existir, também,
vínculos internos
∑𝑌 = 0 nas estruturas

∑𝑀𝐴 = 0

∑𝑋 = 0 𝐻𝐴 = 4𝑡

∑𝑀𝐴 = 0 𝑉𝐷 𝑥 8 + 8 − 6 𝑥 4 − 4 𝑥 6 = 0
𝑉𝐷 = 5𝑡
∑𝑌 = 0 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷 − 6 = 0 𝑉𝐴 = 1𝑡
Apoios

∑𝑋 = 0 4 − 𝐻𝐴 − 1 = 0 𝐻𝐴 = 3𝑡

∑𝑌 = 0 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 6 = 0 𝑉𝐴 = 1𝑡

∑𝑀𝐴 = 0 𝑉𝐵 𝑥 6 + 1𝑥2 − 6 𝑥4 − 4𝑥2 = 0


𝑉𝐵 = 5𝑡
Apoios

∑𝑋 = 0 𝑁𝑆 = 1 𝑡

𝑄𝑆 + 2 − 3 = 0 𝑄𝑆 = 1𝑡
∑𝑌 = 0

∑𝑀𝑠 = 0 𝑀𝑆 − 3𝑥2 + 2𝑥1 = 0


𝑀𝑆 = 4𝑚𝑡
Apoios

∑𝑋 = 0 𝐻𝐴 = 0

∑𝑌 = 0 𝑉𝑎 + 𝑉𝑏 = 0
𝑉𝑎 = 0,5 𝑡

∑𝑀𝐴 = 0 𝑉𝑏 𝑥 8 + 7 − 3 − 8 = 0

𝑉𝑏 = 0,5 𝑡
Estaticidade e TRÊS CASOS
Estabilidade

▪ Os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura;

A estrutura é
isostática,
ocorrendo uma
O número de reações de apoio a determinar é igual
situação de
ao número de equações de equilíbrio disponíveis. equilíbrio estável

Número de incógnitas = número de equações


Estaticidade e TRÊS CASOS
Estabilidade

▪ Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura

Teremos mais equações


que incógnitas, Hipostática
chegando-se a um
sistema de equações
impossível, nos casos Instável
gerais
Estaticidade e TRÊS CASOS
Estabilidade

▪ Os apoios são em número superior ao necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura

Teremos menor número


de equações que de Hiperestática
incógnitas, conduzindo a
um sistema
indeterminado.
Estável
Estaticidade e OBSERVAÇÕES
Estabilidade
Este critério é perfeito no caso das estruturas hipostáticas, mas, no caso de
estruturas isostáticas e hiperestáticas, fornece apenas uma condição necessária,
mas não suficiente

O apoio A impede
translações nas
Estrutura isostática
direção Ax e Ay e o
apoio B translação
também na direção Ax

Estrutura hipostática
Estaticidade e OBSERVAÇÕES
Estabilidade

Estrutura hiperestática
Nenhum dos apoios
impede a translação na
direção ABCDE

Estrutura hipostática
Determinação dos
esforços solicitantes

As equações de equilíbrio
determinam as condições
da estrutura, ou parte
dela, à esquerda ou à
direita da seção
transversal estudada
Determinação dos
esforços solicitantes

Apoio fixo A:
Deslocamentos
restritos Vx e Vy

Apoio móvel C:
Deslocamentos
restrito Vy
Determinação dos
esforços solicitantes

REAÇÕES DE APOIO

Carga distribuída
transformada em força
concentrada fictícia.
𝐅𝐪 = 𝟓, 𝟎 𝐱 𝟓, 𝟓 = 𝟐𝟕, 𝟓 𝐤𝐍
Determinação dos
esforços solicitantes

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO

∑𝑋 = 0 𝐻𝑎 = 8 𝑘𝑁

5,5
∑𝑀𝐴 = 0 𝑅𝑐 𝑥 4 − 27,5 𝑥 =0
2 ∑𝑌 = 0
𝑅𝑐 = 18,9 𝑘𝑁 𝑅𝑎 + 𝑅𝑐 − 27,5 = 0

𝑅𝑎 = 8,6 𝑘𝑁
Determinação dos ESFORÇOS SOLICITANTES
esforços solicitantes
Seção transversal B (distante 2 metros do apoio A)
𝐻𝑎 = 8 𝑘𝑁

𝑅𝑎 = 8,6 𝑘𝑁

𝑅𝑐 = 18,9 𝑘𝑁

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
∑𝑋 = 0
𝑁𝑏 = 8 𝑘𝑁

∑𝑀𝐵 = 0 𝑀𝑏 − 𝑅𝑎 𝑥 2 + 5 𝑥 2 𝑥 1 = 0
𝑅𝑎 − 𝑉𝑏 − 10 = 0 𝑀𝑏 − 8,6 𝑥 2 + 5 𝑥 2 𝑥 1 = 0
∑𝑌 = 0
8,6 −𝑉𝑏 − 10 = 0 𝑉𝑏 = −1,4 𝑘𝑁 𝑀𝑏 = 7,2 𝑘𝑁. 𝑚
Os esforços
solicitantes são obtidos
Equações analíticas em uma determinada
seção transversal

Deseja-se, porém, conhecer a sua evolução (variação) ao longo do


elemento estrutural ou da estrutura como um todo;

Pode-se obter as expressões analíticas dos esforços em


função da coordenada x, onde são representados os valores
ao longo da estrutura, adotando-se uma seção transversal de
referência em posição genérica;

As funções obtidas são contínuas para carregamentos contínuos e


descontínuas onde houver alguma força (ou reação) concentrada ou
descontinuidade geométrica da estrutura.
Determinação dos ESFORÇOS SOLICITANTES
esforços solicitantes 𝐻𝑎 = 8 𝑘𝑁

𝑅𝑎 = 8,6 𝑘𝑁
Seção transversal S 𝑅𝑐 = 18,9 𝑘𝑁
(distante de s do apoio A)

Variação da coordenada s:
0 ≤ s ≤ 4,0 m

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
∑𝑋 = 0 𝑁𝑠 = 8 𝑘𝑁 𝑠
∑𝑀𝑠 = 0 𝑀𝑠 − 𝑅𝑎 𝑥 𝑠 + 5 𝑥 𝑠 𝑥 =0
2
𝑅𝑎 − 𝑉𝑠 − 5𝑥𝑠 = 0 𝑠
∑𝑌 = 0 𝑀𝑠 − 8,6 𝑥 𝑠 + 5 𝑥 𝑠 𝑥 = 0
2
8,6 −𝑉𝑠 − 5𝑥𝑠 = 0
𝑉𝑠 = 8,6 − 5𝑠 𝑀𝑠 = 8,6𝑠 − 2,5𝑠²
−𝑉𝑠 = 5𝑠 − 8,6
Determinação dos
esforços solicitantes
ESFORÇOS SOLICITANTES PARA O TRECHO AC, ENTRE APOIOS
▪ Para s = 0 𝑉𝑠 = 𝑉𝐴 = 8,6 𝑘𝑁

𝑀𝑠 = 𝑀𝐴 = 8,6 𝑥 0 − 2,5 𝑥 02 = 0

▪ Para s = 4,0 (seção à esquerda do apoio C):


𝑉𝑠 = 𝑉𝑐,𝑒𝑠𝑞 = 8,6 − 5 𝑥 4 = −11,4 𝑘𝑁

𝑀𝑠 = 𝑀𝑐,𝑒𝑠𝑞 = 8,6 𝑥 4 − 2,5 𝑥 42 = −5,6 𝑘𝑁. 𝑚


Determinação dos ESFORÇOS SOLICITANTES
esforços solicitantes

Seção transversal S (distante de s do apoio A)

Variação da coordenada s:
4,0 ≤ s ≤ 5,5 m
Determinação dos
esforços solicitantes

𝐻𝑎 = 8 𝑘𝑁
∑𝑋 = 0 ∑𝑌 = 0 𝑅𝑎 + 𝑅𝑐 − 5𝑥𝑠 − 𝑉𝑠 = 0
𝑁𝑠 = 8 𝑘𝑁 𝑅𝑎 = 8,6 𝑘𝑁
8,6 +18,9 − 5𝑥𝑠 − 𝑉𝑠 = 0 𝑅𝑐 = 18,9 𝑘𝑁
−𝑉𝑠 = 5𝑠 − 27,5
𝑉𝑠 = 27,5 − 5𝑠
𝑠
∑𝑀𝑠 = 0 𝑀𝑠 + 5 𝑥 𝑠 𝑥 − 𝑅𝑎 𝑥 𝑠 − 𝑅𝑐 (𝑠 − 4) = 0
2
𝑀𝑠 + 2,5 𝑠² − 8,6𝑠 − 18,9(𝑠 − 4) = 0
𝑀𝑠 = 8,6𝑠 + 18,9 𝑠 − 4 − 2,5𝑠²
Determinação dos
esforços solicitantes
ESFORÇOS SOLICITANTES PARA O TRECHO CD, EM BALANÇO

▪ Para s = 4,0 𝑉𝑠 = 𝑉𝑐,𝑑𝑖𝑟 = 27,5 − 5𝑥4 = 7,5 𝑘𝑁

𝑀𝑠 = 𝑀𝑐,𝑑𝑖𝑟 = 8,6 𝑥 4 + 18,9 4 − 4 − 2,5 𝑥 42 = −5,6 𝑘𝑁. 𝑚

▪ Para s = 5,5 (seção extrema do balanço):

𝑉𝑠 = 27,5 − 5 𝑥 5,5 = 0

𝑀𝑠 = 8,6 𝑥 5,5 + 18,9 5,5 − 4 − 2,5 𝑥 5,52 = 0


Diagrama dos esforços
solicitantes

As expressões obtidas permitem


traçar os diagramas dos esforços
solicitantes seguindo algumas V (kN)
convenções:

Momento fletor e força cortante,


valores positivos indicados abaixo
do eixo de abcissa x M (kN.m)
Diagrama dos esforços OBSERVAÇÕES
solicitantes

▪ Descontinuidade no diagrama devido a uma carga


Força cortante concentrada no ponto C (reação de apoio)

▪ A diferença (ou a soma dos módulos) dos valores


de força cortante, à direita e à esquerda do apoio
(VC,dir – VC,esq = 7,5 – (-11,4) = 18,9 kN)
representam a carga naquele ponto (reação de
apoio Vc = 18,9 kN)
Diagrama dos esforços OBSERVAÇÕES
solicitantes

▪ Descontinuidade da inclinação
Momento fletor no diagrama devido a uma carga
concentrada no ponto C (reação
de apoio)
Relações diferenciais entre
os esforços solicitantes e
carregamentos

As expressões analíticas dos


esforços solicitantes de flexão
(momento fletor e força cortante)
apresentam relações diferenciais
entre si. Considere-se um elemento
de comprimento infitesimal dx de
uma barra geral em equilíbrio,
sobrecarregada uniformemente
Relações diferenciais entre
os esforços solicitantes e EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
carregamentos
Relações diferenciais entre
os esforços solicitantes e Integrando-se as duas equações,
carregamentos tem-se:

Onde C1 e C2 são constantes de


integração e são conhecidos a partir
da definição de condições de
contorno do problema estudado
Segundo as expressões diferenciais
Relações diferenciais entre pode-se prever a forma dos diagramas
os esforços solicitantes e M e V para os diversos tipos de carga
carregamentos distribuída:
priscilaluz@fiponline.edu.br

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