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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Gobis e Campanatti (2012) com a evolução tecnológica as empresas passar por
constantes atualizações nos seus processos de produção, afim de garantir a qualidade dos serviços e
dos produtos, isso é decorrente de mudanças nos setores sociais e econômicos da sociedade em
geral, ou seja, novos clientes, novas demandas e consequentemente novas empresas de mercado,
buscando sempre atualização, qualidade e velocidade. Diante disso os consumidores se tornaram
mais exigentes obrigando as empresas mais experientes a adotarem medidas que possam valer a
concorrência.
Essas inovações tecnológicas já revelam sua importância na economia desde a máquina a
vapor, criada por James Watt, aí foi o primeiro passo do homem na produção com a utilização e
manuseio da máquina, desse modo, o homem começou a explorar materiais em busca da ampliação
de ferramentas necessárias para o desenvolvimento das atividades de produção, demostrando a
necessidade da utilização desses equipamentos (MENDES, 2007).
Vale ressaltar que antigamente, antes da máquina a valor, a maioria das atividades eram
realizadas com serviço braçal, onde o homem utilizava da própria força e capacidade para realizar
as atividades, no entanto, levava uma demanda grande de tempo para a confecção do produto, a
perda de matéria prima, e o número elevado de acidentes de trabalho, desse modo, desencadeando a
inspeção final do produto e a supervisão do trabalho (CHAHADE, 2009).
Nesse contexto a necessidade de ferramentas de produção que fossem capazes de auxiliar no
processo de criação de material é necessário para o desenvolvimento da empresa, e essa situação se
tornou comum para todas as empresas, surgindo métodos que contribuem para a organização da
produção de uma empresa como o ciclo PDCA onde sua principal função é a organização,
estabilidade e firmeza nos processos e o Controle Estatístico do Processo (CEP) (TAIRELLES,
2016; LONGO, 1996).
Contudo surgiu a necessidade de manter o controle e manutenção da produção, verificando
fatores de cada componente e a sua fabricação, com o desenvolvimento dos sistemas de organização
empresarial, o foco se voltou para a confecção das peças, e para isso é preciso compreender como
funciona o processo e utilizar a medição industrial para o desenvolvimento desses produtos, assim
avaliando os processos produtivos da empresa (MORAIS et al 2019).
De acordo com Morais et al (2019) a globalização interferiu diretamente no modo de
produção empresarial, pelo fator importação, as empresas se tornaram capazes de importar seus
materiais com maior frequência e em grandes proporções, desse modo, emergindo a necessidade de
aceleração no processo de produção, podendo ocasionar o processo de causa e efeito, e para evitar o
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia utilizada nesse trabalho foi realizada através de uma revisão bibliográfica,
devido as condições impostas pela pandemia do COVID-19, durante a pesquisa documental, foram
encontrados documentos condizentes ao tema, desses documentos, fizemos análise de duas
empresas, distintas, que neste trabalho, chamamos de empresa A que é uma montadora de
máquinas, e a empresa B que é uma siderúrgica onde foi verificada a qualidade metrológica do
laboratório de ensaios físicos.
Na empresa A, foi diagnosticado a exigência por parte dos fornecedores que a empresa
obtenha um método no qual priorize o controle sobre a qualidade dos componentes de montagem
dos produtos, onde cada departamento é organizado e tem sua função única, o departamento de
qualidade responsável pelo recebimento do material, o segundo departamento que é responsável
pela qualidade do processo de fabricação das peças.
Para a realização das medições são feitas análises das peças que é feito através do desenho
da peça, após é realizado uma conferência para medir o alinhamento, e se o desenho confirma sua
funcionalidade, análise dos moldes e por fim aplicar os calibradores nas peças. Durante esse
processo é necessário que as peças estejam bem higienizadas, a temperatura terá que ser ambiente e
o nivelamento e alinhamento deve ser analisado, após esse processo é emitido um documento
denominado de Relatório Interno Dimensional (RID) onde são relatadas as peças problemáticas, e
mantém uma lista de peças que necessitam de manutenção.
Durante a realização das medições foram encontrados erros durante a fabricação,
diagnosticados através de testes práticos, para a realização dessa atividade, técnicos na área
realizam esses testes de maneira segura para verificação da utilização da peça, diante disso, foi
elaborado uma tabela que mostra dois itens mais defeituosos, onde estão descritos os problemas,
nome do produto e a possível resolução.
Segundo Morais et al (2019) a observação da danificação das peças aconteceu após o início
da etapa de produção, assim mostrando que existe um desperdício de material e tempo de entrega,
além dos demais componentes que necessitam dessa peça ficarem parados no estoque, diminuindo o
fluxo de produção. Uma das formas para eliminar esse desperdício seria a inspeção antes do
processo de produção, observando e diagnosticando as peças que possuem problemas defeituosos e
desse modo evitar que aconteça a disseminação dessa eventualidade.
Na empresa B, uma empresa do ramo siderúrgico, foram verificadas as qualidades
metrológicas do laboratório de ensaios físicos, a pesquisa foi realizada na subárea de engenharia de
produção, esse laboratório realiza funções que envolvem o levantamento de produtos laminados
acabados pela empresa, dentre a produção dos seus produtos, destacamos, vergalhões e fios
máquina que são produzidos na usina, para a observação da problemática na produção dessas peças
foram usados os seguintes instrumentos: inspeção visual, configuração geométrica, ou seja, a altura
de nervuras transversais, ângulos, espaçamento, ensaios de tração e desdobramento.
Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi em prol de identificar a qualidade metrológica
que são desenvolvidas no laboratório de Autocontrole, assim promovendo a veracidade das
informações geradas no laboratório, mostrando a preocupação com a qualidade dos serviços
prestados, para atender as necessidades dos clientes e evitar, reclamações e insatisfações.
A empresa B adota a metodologia MASP para o diagnóstico dos problemas, no laboratório
verificam se as medições confirmam a eficiência do material fornecido, e diante do proposto,
executar a análise da qualidade da metrologia do laboratório, como critério, as peças foram
ordenadas e após as medições, a pesquisa foi organizada através de um projeto de execução
elaborados pelo supervisor, vale ressaltar que durante o trabalho foram realizadas todas as
precauções necessário, segundo as normas técnicas, buscando obter as especificações necessárias,
segundo as normas técnicas. O projeto teve seu escopo como mostra a tabela abaixo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Nesse tópico iremos análise os resultados, das duas pesquisas realizadas em ambas as
empresas, em seguida, iremos fazer um comparativo entre os processos, desse modo, será
identificado os resultados obtidos, mediante os problemas encontrados, os resultados serão
demostrados através de tabelas, que foram elaboradas pelos autores, mostrando as características
positivas do processo de metrologia.
Tabela 4 - Dados empresa A
Empresa A
Peça I: Alavança Cromada
Problema: Empenamento do braço da alavanca cromada
Decorrência: Travamento do sistema da bobina
Peça II: Molde da caixa de armazenamento de agulhas
Problema: Com o molde danificado as caixas injetadas não fazem encaixe
Fonte: Autor (2021). Adaptado
A alavanca cromada é uma peça que é responsável pelo preenchimento de uma bobina,
quando a alavanca apresenta defeito, isso mostra explicitamente ao usuário, quando o enchimento
da bobina começa a apresentar lentidão, ou travamento a tampa da máquina, desse modo, é
importante que as medidas de largura e comprimento do braço da alavanca, devam ser
criteriosamente observados.
Para a resolução desse problema, foi necessária uma inspeção em as demais peças, logo, as
máquinas foram desmontadas e as peças reorganizadas e separadas, durante a inspeção 12 peças
foram enviadas para avaliação das dimensões de comprimento e largura do braço da peça, a
inspeção foi realizada pelo inspetor técnico do processo, durante a verificação foi utilizado um
projetor de perfil, durante o processo de medição o projetor notou rapidamente as peças com
defeito, vale ressaltar, que esse medido é próprio para medir peças de tamanho pequeno, essas peças
com defeito, foram percebidas pelas diferenças nas medições de seus braços, na figura abaixo segue
mostra os dados obtidos durante o processo.
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Com a análise dos dados, foi possível identificar que 33,33% das peças apresentam uma
diferença dos valores padrão de medição, ou seja, bem maior do que apresentado no valor máximo
especificado, logo, esses dados foram documentados e enviado ao departamento de qualidade, e as
peças defeituosas foram retiradas da linha de produção, uma vez que perde sua funcionalidade,
baseando no desenho técnico.
A caixa de armazenamento de agulhas, é uma peça de plástico, que serve para armazenar
diversos tipos de agulhas, essa peça tem uma demanda de grande procura pelas empresas que
trabalham que injeção de termoplásticos, devido essa característica de busca, o molde que serve
para a confecção dessa peça, deve ser bem conservado sofrendo inspeções constantes, e
identificadas quaisquer avarias, pelo fato de ser frequentemente utilizado, um defeito encontrado no
molde pode gerar uma perda na produção, por isso, é essencial as medições constantes das
dimensões da peça.
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Desse modo podemos constatar que apenas 2 peças estão dentro das características padrão
de valor máximo especificado entre o mínimo especificado, as demais peças apresentaram aspectos
de medições elevados, conforme a tabela 6, desse modo essas peças são enviadas para o setor de
restauração, e por possuírem características termoplásticas, podem ser realinhadas e retornar a linha
de produção.
Tabela 5 – Dados da empresa B
Empresa B
Peça: Vergalhões de 6,35 mm
Problema: Diferença nas dimensões de altura e nervura transversais, espaçamento entre nervuras e
gap.
Decorrência: Não apropriado para confecção e aumento do estoque
Fonte: Autor (2017). Adaptado
Durante as medições inseridas no software Minitab, foram mostrados resultados com base
no R&R para todos os tópicos mensurados, como a altura transversal, espaçamento entre nervuras e
a avaliação do R&R em gap, como mostra a imagem 3.
As imagens mostram que cada membro do sistema podemos identificar o R&R, o processo
não eficiente o suficiente, analisados a partir dos critérios 0,1 < R&R <0,3, não sendo descartada,
porém, necessário uma revisão para encontrar o motivo do resultado, assim, fazer as alterações
necessárias.
Para a validação do software na máquina de ensaio de tração, os resultados também são
apresentados como tabela e seus dados compreendidos como hipóteses, sendo de duas
características distintas, na primeira, temos a hipótese nula, onde existe uma igualdade entre as
médias dos valores, e na hipótese alternativa, onde existe, a afirmação das diferenças estatísticas
nos valores medianos dos dois grupos, vale lembrar que o nível adotado de tolerância é de 0,5, e os
resultados foram conferidos com base nas medições do limite de escoamento (LE) e o limite de
resistência (LR).
Tabela 6- Medidas LR e LE
LE
Peça GRUPO LR
(0,20%)
1 708 581
2 769 655
3 762 628
4 770 590
Bitola 12,5 -
5 EXTENSOMETRO 752 566
6 763 616
7 765 597
8 768 640
9 747 560
10 760 620
11 769 638
12 754 613
13 755 629
Bitola 12,5 - SEM
14 EXTENSOMETRO 755 636
15 736 607
16 747 619
17 766 638
18 767 631
Fonte: ArcelorMitall – Juiz de Fora – Autor (2017)
Como mostra a tabela os valores de LR e LE são maiores que 0,5 que é a taxa de tolerância,
e logo, podemos afirmar que o nível de confiança desse método está em torno de 95%, dessa forma
podemos afirmar que não existe uma grande diferença entre as medições das peças com o
extensômetro e das medições sem o auxílio do extensômetro, portanto podemos considerar a
hipótese nula. Assim podemos concluir que o software usado na máquina, é capaz de promover
dados confiáveis para o laboratório, assim os operadores podem concluir com êxito as informações
fornecidas.
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5. CONCLUSÃO
Portanto podemos concluir essa pesquisa, de maneira positiva com o que foi buscado, ou
seja, a compreensão da necessidade da metrologia aplicada na produção industrial, levando em
consideração as necessidades de modo geral das empresas, que é o menor desperdício e a maior
qualidade dos serviços prestados, nesse trabalho, mostramos duas indústrias que trabalham com
seguimento de manipulação, criação e desenvolvimento de peças, em ambas as empresas foram
mostrados problemas que envolvem a qualidade do processo de produção.
Ambas empresas apresentam problemas no modo de produção com a danificação de peças,
modificação nos moldes e a incerteza do método de medição que é utilizado, diante disso, podemos
constatar a necessidade de promover ações de padronização e otimização frequentes nas práticas de
metrologia, organizando em cronograma os acessórios que serão avaliados para identificar avarias.
Fornecer aos operadores cursos profissionais de metrologia, em prol de desenvolver um olhar
crítico sobre o objeto de trabalho, assim, o operador consiga identificar, de antemão, as peças
defeituosas, priorizar o método MASP para identificação de problemas, através de ferramentas
como Brainstorning e o diagrama de Ishikawa.
Assim, esse estudo atinge seus objetivos, quando olhado, a importância da metrologia na
produção industrial, contribuindo para o desenvolvimento das atividades acadêmicas relacionadas a
metrologia na produção industrial, esperamos que essa pesquisa sirva como base para demais
estudos que estão por vir, e que seja importância documento para criação e execução de ideias.
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REFERÊNCIAS
FERNANDES, Donizete Wilson; NETO, Pedro Luiz Oliveira Costa; SILVA, José Ricardo.
Metrologia e qualidade - sua importância como fatores de competitividade nos processos
produtivos. Disponível em
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_091_615_13247.pdf Acesso em 26 de
junho de 2021.
FILHO, Paulo Narciso. O que é R&R e por que você precisa dele? Disponível em
https://www.harbor.com.br/harbor-blog/2017/08/07/o-que-e-rr/ Acesso em 25 de junho de 2021.
MORAIS, Sávio Klemerson Alves de. (Org) et al. A metrologia como ferramenta para o
controle de qualidade em uma indústria de eletrodomésticos. Disponível em
http://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/arquivos/09302019_210953_5d92991570089.pdf
Acesso em 25 junho 2021.
CHAHADE, William Habib Lucas. Aplicação da metodologia seis sigma para incrementos da
produtividade no envase de tintas decorativas. Disponível em
https://maua.br/files/dissertacoes/aplicacao-da-metodologia-seis-sigma-para-incremento-da-
produtividade-no-envase-de-tintas-decorativas.pdf. Acesso em 29 de junho de 2021.
MENDES, Maria de Fátima. O impacto dos sistemas QAS nas PME portuguesas. Dissertação de
Mestrado, Universidade do Minho. Minho, Portugal. 2007. Disponível em:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/7967. Acesso em: 18 junho. 2021.