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Rompimento da barragem

de FUNDÃO em Mariana-MG

Causas do rompimento
O detalhamento ressalta que Fundão já
tinha problemas desde sua implantação,
em 2008. Já em 2010 e 2012, a estrutura
apresentou erosões internas revelando
problemas na fundação e nas galerias de
drenagem. A sequência de falhas não
parou por aí: ao longo do tempo, o corpo
da barragem apresentou presença de
água e grandes trincas surgiram em 2014,
na região do recuo do eixo. Conforme os
fiscais, todos estes problemas demonstram
que havia problemas de drenagem com
saturação do rejeito e concentração de
água ao longo da construção.
Causas do rompimento

Os auditores avaliaram ainda que a


manutenção da barragem era feita de
forma precária e alguns dispositivos
de acompanhamento chegaram a ser
desligados para as atividades de
alteamento da barragem. Várias obras
que ocorriam simultaneamente ao
redor da barragem, o trânsito
constante de equipamentos pesados
e detonações diárias na mina vizinha
também contribuíram para o ocorrido.
Consequências do rompimento

A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia


hidrográfica abrange 230 municípios
dos estados de Minas Gerais e Espírito
Santo, muitos dos quais abastecem sua
população com a água do rio.
As famílias desabrigadas vivem em
casas alugadas pela Samarco, dona da
barragem, na cidade de Mariana. Só de
Bento Rodrigues, são 226 famílias
desabrigadas.
Investigações

A Justiça Federal em Ponte


Nova, na Zona da Mata
Mineira, começou a ouvir,
nesta quarta-feira (12), as
testemunhas de acusação do
processo criminal que investiga
o rompimento da barragem de
Fundão, em Mariana, na
região central de Minas Gerais.
A maior tragédia ambiental do
Brasil aconteceu em 2015 e
deixou 19 mortos.
Investigações
Ao todo, 22 testemunhas de acusação foram convocadas pelo
MPF (Ministério Público Federal) e devem ser ouvidas nos
próximos dias. Segundo o órgão, na primeira audiência os juízes
devem ouvir quatro pessoas. São elas:

• Um representante da empresa de engenharia, que prestava


serviços para a Samarco, que teria conhecimento de trincas
na estrutura;
• Um encarregado terceirizado da mineradora que estava
no local no momento do rompimento;
• Um representante do DNPM (Departamento Nacional de
Produção Mineral) que fez vistoria no local após o estouro;
• Um membro do órgão externo de consultoria da Samarco
que cuidava da segurança da barragem.
Durante as investigações

O processo ficou suspenso por três meses, em 2017, após o


diretor da Samarco, Ricardo Vescovi, alegar o uso ilícito de
grampos telefônicos nos autos. No entanto, o caso foi retomado
em novembro do mesmo ano, por decisão do juiz federal
Jacques de Queiroz Ferreira.
Ao todo, 22 pessoas e as empresas Samarco, Vale, BHP Billiton
e VogBR se tornaram rés na ação. Com exceção de um
engenheiro da VogBR, todos os denunciados foram acusados
por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de
que o crime aconteça. Os envolvidos também respondem por
apresentação de falso laudo ambiental, inundação,
desabamento, lesão corporal e crimes ambientais diversos.
Tragédia

Além dos mortos, o rompimento


da barragem de Fundão deixou
mais de 300 famílias
desabrigadas nos distritos de
Gesteira, Paracatu de Baixo e
Bento Rodrigues. A lama de
rejeitos atingiu o Rio Doce, que
deságua no Oceano Atlântico, no
Espírito Santo.
LINKS E REFERÊNCIAS

https://noticias.r7.com/brasil/em-2015-rompimento-da-
barragem-em-mariana-matou-19-pessoas-25012019

https://noticias.r7.com/minas-gerais/barragem-de-
mineradora-se-rompe-mata-um-e-deixa-16-
desaparecidos-11112015

https://noticias.r7.com/minas-gerais/justica-comecar-ouvir-
testemunhas-de-acao-sobre-tragedia-de-mariana-
12092018#/foto/1

https://noticias.r7.com/minas-gerais/falhas-
desde-a-construcao-causaram-rompimento-de-
barragem-em-mariana-mg-26042016

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