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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia

Miquéias Santos Rodrigues


Thiago Costa Ramos
Relatório 01 - Aplicação das Leis de Reflexão e
Refração

São Luís - MA
2021
Resumo
Esse trabalho apresenta um estudo dos fenômenos de reflexão e refração da luz em
superfícies planas, verificando as leis da óptica geométrica, que descrevem tais processos
de maneira experimental. Os experimentos foram feitos em laboratório que possui as
condições adequadas para realizar esse trabalho, isso possibilita que os valores encontrados
estejam próximos dos valores teóricos. Conceitos de reflexão e refração foi utilizado para
realizar esse experimento, como a lei de Snell, além de instrumentos que foram necessários,
como cubas semicirculares, prisma e uma fonte de luz. O resultado da simulação deste
trabalho ocorreu com sucesso.

Palavras-chave: Refração, Reflexão, Lei De Snell, Prisma.


Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 As Leis da Reflexão e refração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Reflexão interna total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.1 Determinação do índice de refração e ângulo crítico . . . . . . . . . 6
4.2 Ângulo de desvio de um prisma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.1 Determinação do índice de refração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2 Determinação do ângulo crítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.3 Ângulo de desvio de um prisma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.4 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.4.1 Questão 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.4.2 Questão 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.4.3 Questão 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
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1 Introdução

O estudo da reflexão e refração são importantes para entender diversos conceitos e


fenômenos que ocorrem na natureza. Quando um raio em determinado meio incide sobre a
superfície de um outro meio, esse raio sofre uma reflexão, como se o feixe original tivesse
ricocheteado na superfície (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016).Na Grécia antiga, já
era conhecida a lei da reflexão, ela diz que o raio refletido pertence ao plano de incidência,
e o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência com a normal (NUSSENZVEIG,
2014).
A passagem de um raio pela interface de uma interface que separa dois meios
distintos é chamada de refração. Esse fenômeno muda a direção de propagação desse raio,
a menos que esse raio seja perpendicular à interface (HALLIDAY; RESNICK; WALKER,
2016). Em 1621 Willebrord Snell, descobiu a lei de refração, que foi posteriormente
redescoberta por Descartes, ela diz que o raio refratado permanece no plano de incidência,
e tem um determinado ângulo de refração que está relacionado ao ângulo de incidência.
(NUSSENZVEIG, 2014).
O ângulo de incidência está relacionado proporcionalmente com o ângulo de refração.
À medida que ele aumenta, o ângulo de refração também aumenta. O ângulo para a qual
um determinado raio refratado é paralelo a interface, é chamado de ângulo crítico, para
ângulos maiores que e o ângulo crítico, toda o raio que incida na interface é totalmente
refletido (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). Esse conceito é muito aplicado no
estudo sobre reflexão e refração.
Desta forma, utilizando esses conceitos, este trabalho pretende discorrer sobre os
resultados obtidos em laboratório e no experimento realizado a partir de um software
sobre os fenômenos de reflexão e refração, comparando os resultados obtidos de forma
práticos com os teóricos. Para fazer as analises dos resultados, recorreu-se aos conceitos
da estatística, como o desvio padrão, calculo do erro, entre outros.
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2 Objetivos

2.1 Objetivos Gerais


Estudar os fenômenos de reflexão e refração da luz em superfícies planas, verificando
as leis da óptica geométrica, que descrevem tais processos.

2.2 Objetivos Específicos


Especificamente, este trabalho busca os seguintes objetivos:

• Verificar experimentalmente o índice de refração de diferentes tipos de materiais.

• Comparar os resultados obtidos com os valores teóricos.


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3 Fundamentos teóricos

3.1 As Leis da Reflexão e refração


Na Grécia antiga, já era conhecida a lei da reflexão, ela diz que o raio refletido
pertence ao plano de incidência, e o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência
com a normal (NUSSENZVEIG, 2014). Dessa forma, temos que:

θ1 = θ1 ′ (3.1)

Onde o raio incidente dá origem geralmente a um raio refletido que volta para o
meio 1 e forma com a normal o ângulo de reflexão θ1 ′ . Já a Lei da refração diz que o raio
refratado está no plano de incidência e tem um ângulo de refração θ2 que está relacionado
ao ângulo de incidência θ1 (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). A equação a seguir
demonstra essa lei:

n2 · sin θ2 = n1 · sin θ1 (3.2)

3.2 Reflexão interna total


O fenômeno da reflexão interna total é utilizado em várias aplicações. A mais
comum é o confinamento de luz em um meio, que é o princípio básico de funcionamento
de uma fibra óptica. Em uma fibra óptica a luz sofrendo múltiplas reflexões internas
no interior de uma fibra de vidro propaga-se por grandes distâncias. Pela lei de Snell, é
fácil verificar que as porcentagens de reflexão e de transmissão variam com o ângulo de
incidência θ1 .
Quando a luz passa de um meio mais refringente, como a água, para um menos
refringente, como o ar. Nesse caso, pela lei de Snell, temos que:

sin θ1
sin θ2 = (3.3)
n12

Onde n12 < 1 (o raio refratado se afasta mais da normal). Logo, nesse caso, o
ângulo de refração θ2 é maior que o ângulo de incidência θ1 .
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4 Metodologia

Nesse capítulo é apresentado o procedimento e as ferramentas utilizadas para a


realização dos experimentos propostos

4.1 Determinação do índice de refração e ângulo crítico


Com base no roteiro do experimento 1, que tem como objetivo determinar o índice
de refração da água e de um bloco de acrílico semicircular.
Para isso, foi montado o aparato experimental de acordo com a Figura 1. Foi então
adicionado água a uma cuba semicircular transparente sobre um disco Hartl giratório,
alinhou-se o laser com o centro da face plana da cuba e o centro do disco, fazendo com o
que laser incida perpendicularmente à face plana da cuba. O disco foi girado de modo que
o raio incidente se afastasse da normal, então foram medidos o ângulo de refração para
4 ângulos de incidência. Este mesmo procedimento foi repetido para o bloco de acrílico
semicircular. Estes valores anotados na Tabela 1.
Depois de ter realizado as medidas dos 4 ângulos para os dois tipos de cubas, foi
feito a medida do ângulo crítico, para a cuba de acrílico, para isso foi posicionado a uma
cuba semicircular transparente de acrílico sobre um disco Hartl giratório, alinhou-se o
laser com o centro da face plana da cuba e o centro do disco, fazendo com o que laser
incida perpendicularmente à face plana da cuba. depois foi girando o disco até que o raio
refratado seja paralelo a interface. O resultado foram calculados e anotados na Tabela 2.

Figura 1 – Aparato experimental

Fonte: Roteiro do relatório


Capítulo 4. Metodologia 7

4.2 Ângulo de desvio de um prisma


Com base no roteiro do experimento 1, que tem como objetivo determinar o
ângulo de desvio mínimo de um prisma de acrílico (δm ). Para isso, foi montado o aparato
experimental de acordo com a Figura 2, onde temos um prisma de acrílico equilátero em
cima de um disco de Hartl giratório com o laser apontando para o centro de uma de suas
faces plana. Então foram realizadas as medidas de desvio para três ângulos diferentes, 10,
20 e 40) de acordo com a Tabela 3

Figura 2 – Aparato experimental 2

Fonte: Roteiro do relatório

Após ter realizado essa parte do experimento, buscou-se determinar o valor do


ângulo de desvio mínimo do prisma (δm ). Para isso, o disco com o prima foi disposto
novamente como está na Figura 2. Depois foi necessário girar o disco com o prima, de
modo que varie o ângulo de incidência (θ1 ). Girou-se o disco até o ponto movimento cessar
a movimentação do raio de luz. O momento em que o movimento cessa define o ângulo de
desvio mínimo (δm ).
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5 Resultados e discussões

Nesse capítulo é apresentado os resultados obtidos a partir da implementação do


experimentos propostos.

5.1 Determinação do índice de refração

Cuba com água Bloco de acrílico


θ1 θ2 η12 θ2 η12
10◦ 7◦
1,4248 6 ◦
1,6612
20◦ 14 ◦
1,4137 13 ◦
1,5204
30◦ 22◦ 1,3347 20◦ 1,4619
40◦ 28 ◦
1,3691 25 ◦
1,5209
n12 1,3856 1,5411
σ 0,0416 0,0847
σm 0,0280 0,0423
σp 0,05939 0,0663
n12 (literatura) 1,33 1,49
Tabela 1 – Tabela com os valores de índice de refração

Figura 3 – Gráfico com os valores da Figura 4 – Gráfico com os valores do


água acrílico

Através dos valores obtidos, conseguimos realizar a regressão linear, de acordo com
os gráficos da Figura 3 e 4, com isto achamos a inclinação da reta, o valor que encontramos
é o valor de η1 .
Capítulo 5. Resultados e discussões 9

5.2 Determinação do ângulo crítico


Para realizar o cálculos do ângulo crítico, utilizou-se a seguinte fórmula:

n2
sin θc = · sin θ2 (5.1)
n1

Onde o valor de θ2 = 90◦ , n21 é a razão entre o índice de refração do meio 1, que é
o acrílico, e o meio 2 que é o ar, como o índice de refração do ar é aproximadamente 1,
então temos que o n21 ≃ 0.67.
n2
sin θc = · sin θ2 (5.2)
n1

Logo temos que o ângulo crítico pode ser calculado, como sendo arco seno da razão
entre o índice de refração do meio 2 e o meio 1, como está representado na equação a
seguir.

n2
θc = arcsin ( ) (5.3)
n1

n12 θc (Med. direta) θc (Teórico) Erro


1,49 43◦ 42,16◦ 2%
Tabela 2 – Valor do ângulo crítico e o índice de refração do experimento I

Foi possível obter um valor, medindo diretamente, quase próximo ao do valor


teórico, com um erro de aproximadamente 2%.

5.3 Ângulo de desvio de um prisma


Para calcular o ângulo de desvio, utilizou-se a seguinte equação,

δ = arcsin (η sin θ2 ) + arcsin (η sin (α − θ2 )) − α (5.4)

Em que o η é o índice de refração do acrílico e o valor de α é 60◦ , pois se trata de


um prisma equilátero. O valor do θ2 pode ser encontrando utilizando a lei de Snell,

1
sin θ2 = · sin θ1 (5.5)
η
Capítulo 5. Resultados e discussões 10

Ângulo de incidência Ângulo de refração Ângulo de desvio


(θ1 ) (θ2 ) (δ)
10◦ 6,5599 40
20◦ 13,0036 49,9999
40◦ 25,0169 40,6297
1
θm 27
2
θm 32
θm 29,5
∆θm -2,5
δm 57,14
∆δm
Tabela 3 – Valores dos ângulos de incidência e de refração, e os ângulos de desvio de um
prisma.

5.4 Questões
5.4.1 Questão 01

c
v= (5.1)
η
3 × 108
v= (5.2)
1.5
v = 2 × 108 m/s (5.3)

5.4.2 Questão 02

λ′
λ= (5.1)
η
632 × 10− 9
λ= (5.2)
1.5
λ = 421.3333 × 10−9 nm (5.3)

(ii)
Capítulo 5. Resultados e discussões 11

η1 sin(θ1 ) = η2 sin(θ2 ) (5.4)


η1 sin(θ1 )
sin(θ2 ) = (5.5)
η2
1(sin(40))
sin(θ2 ) = (5.6)
1.5
sin(θ2 ) = 2.3336 (5.7)
θ2 = 25.3740 (5.8)

5.4.3 Questão 03

η1 sin(θ1 ) = η2 sin(θ2 ) (5.1)


η1 sin(θ1 )
η2 = (5.2)
sin(θ2 )
1(sin(32.5))
η2 = (5.3)
sin(21)
η2 = 1.4993 (5.4)
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6 Conclusão

Pode-se concluir que o experimento atingiu seus objetivos que foram propostos com
êxito. Ao seguir os passos de maneira correta chegou-se na determinação do índice refração
da água, do acrílico, assim com o ângulo crítico e o ângulo de desvio de um prisma. O
experimento colaborou no estudo dos fenômenos de reflexão e refração da luz em superfícies
planas, verificando as leis da óptica geométrica, que descrevem tais processos. Os resultados
obtidos foram bastante aproximados com os valores teórico, mas com alguns valores um
pouco divergentes, evidenciando, a importância de seguir as técnicas apresentadas no
roteiro dos experimentos
Além disso, a implementação deste experimento, seguindo as técnicas e conceitos
apresentados, torna apto qualquer estudante a verificar experimentalmente o índice de
refração de diferentes tipos de materiais e comparar os resultados obtidos com os valores
teóricos
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Referências

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 4, edição 11.
LTC, Rio de Janeiro, Brasil, 2016. Citado 2 vezes nas páginas 3 e 5.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Ótica, relatividade, física quântica (vol. 4).
[S.l.]: Editora Blucher, 2014. Citado 2 vezes nas páginas 3 e 5.

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