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EDUCAÇÃO NO MEIO RURAL Um Estudo Sobre Salas
Multisseriadas
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Um Estudo Sobre Salas Multisseriadas
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Publicou Nicole De Cotis Alterado mais de 7 anos atrás
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Como Criar um Negócio na Internet SEM ESTOQUE Com Fornecedores
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Um Estudo Sobre Salas
Multisseriadas
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Foto 4 : construindo caminhos – os obstáculos enfre
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Educação?????
Libâneo (2005) explica, ao tentar definir educação, como sendo,
[...] uma série de ações visando à adaptação do comportamento dos indivíduos e
grupos a determinadas exigências do contexto social. Este contexto pode ser a
família, a escola, a Igreja, a fábrica e outros segmentos sociais. A ação educadora
seria, pois, a transmissão a crianças, aos jovens e adultos, de princípios, valores,
costumes, ideias, normas sociais, regras de vida, às quais precisam ser adaptados,
ajustados. Educa-se para que os indivíduos repitam os comportamentos sociais
esperados pelos adultos, de modo que formem à imagem e semelhança da
sociedade em que vivem e crescem. (p. 73).
O indivíduo seria, portanto, um produto do meio social, pois internaliza todas as
regras da sociedade e depois as exterioriza obedecendo-as, seguindo-as.
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AS VÁRIAS CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO
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Qual a influência dessa transformação na educação brasileira?
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Um percurso de lutas da educação do campo
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será que podemos dizer que o meio rural ainda conserva características que o
torne um espaço especial a ponto de necessitar de uma educação diferenciada?
Segundo Ponte (2004),
Até o século XVIII, o rural apresentava-se como um território de importância
primária para o conjunto da sociedade, tendo uma maior concentração
populacional, se comparado ao meio urbano, e representando uma significativa
contribuição para a economia em termos produtivos. (p. 21).
A dicotomia entre rural e urbano surge a partir do processo de transição do
feudalismo para o capitalismo:
A partir desse período, segundo Pérez (2001), inicia-se um processo de
transformação da sociedade, na qual a ideia de progresso surge como o caminho a
ser trilhado pela humanidade a fim de avançar do passado para um futuro, ou seja,
passando do atrasado para o moderno, do rural para o urbano, da agricultura para a
indústria. (Ponte, 2004, p. 21).
Só ocorreu uma aceleração da migração da população do campo para as cidades
com a Revolução Industrial.
Será que mesmo com a globalização, que torna o mundo cada vez mais livre de
“fronteiras”, aproximando os diversos povos, partilhando suas culturas, línguas,
religiões e costumes, compartilhando informações e conhecimentos variados, com
um vasto leque de tecnologias, uma sociedade que exige de seus cidadãos
atualização rápida a fim de acompanhar o ritmo frenético das mudanças e vencer a
concorrência em um mundo governado pela individualidade, podemos nos referir a
uma educação específica pPercebe-se, então, que o rural nem sempre sustentou o
título de atrasado, adjetivo prevalecente na atualidade, pois a economia desse
período girava em torno da produção rural. Na Idade Média, para início de conversa,
essa discussão era irrelevante, pois, apesar das cidades já existirem, era muito
pequena a parcela da população que vivia nesse meio. A vida nessa época poderia
ser denominada de “rural”, já que as pessoas plantavam para o sustento das
comunidades rurais, as cidades nada mais eram do que “a concentração de diversas
funções até ali dispersas, e desorganizadas dentro de uma área limitada”. As cidades
se reduziam, portanto, a “centros comerciais e administrativos”, ou seja, para troca
de mercadorias e também para abrigar o(s) santuário(s) religioso(s). (Ponte, 2004).
A dicotomia entre rural e urbano surge a partir do processo de transição do
feudalismo para o capitalismo, onde as cidades começam a conquistar o seu espaço,
literalmente, visto que o capitalismo era “essencialmente comercial”, a
comercialização cede lugar à produção, a acumulação de capital que resulta em
lucro. Uma nova realidade surge em meio a um contexto de transformações das
relações sociais, econômicas, políticas e territoriais.
ara a população que vive no campo brasileiro?
Enfim, essas mudanças de ordem econômica, social, institucional e demográfica,
apesar de atribuírem novas características ao meio rural, principalmente, não
conseguem descaracterizá-lo a ponto de igualá-lo ao meio urbano, colocá-lo no
mesmo patamar dos centros urbanos. Cada qual conserva suas particularidades,
que devem ser consideradas e respeitadas. É claro que o meio rural que temos hoje,
não pode ser comparado ao de cinquenta anos atrás, devido à modernização não só
do campo, mas do mundo como um todo, tendo como centro a transformação, a
evolução das condições humanas.
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Ela emerge de um movimento social.
Para a Educação Rural, desenvolvimento é apenas um tema a ser estudado.
Compreendendo o Campo como um território, a Educação precisa ser pensada para
o seu desenvolvimento.
Ela emerge de um movimento social.
“... Então o camponês descobre que, tendo sido capaz de transformar a terra, ele é
capaz também de transformar a cultura, renasce não mais como objeto dela, mas
também como
sujeito da historia.”
(Paulo Freire)
Fica claro então, que a educação rural já não consegue atender às reais
necessidades das pessoas que vivem no campo, pois esta se limita à oferta de um
ensino tecnicista, pensando na formação de mão-de-obra, sem uma ligação com a
cultura desses sujeitos. Essa pode ser considerada, portanto, a principal diferença
entre educação rural (ou educação para o meio rural) e Educação do Campo, peça-
chave para a construção de uma proposta pedagógica direcionada para os que
vivem e trabalham no campo, uma vez que percebemos a emergência do conceito
de Educação do Campo na literatura atual sobre o tema, que vem contrapor-se à
visão tradicional de educação rural, pois surge a necessidade de ressignificar
conceitos, a fim de que estes consigam representar com propriedades condizentes
com a realidade presente.
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Como explicar: O que é prática pedagógica?
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Podemos concluir, então, que,
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Entender a prática pedagógica
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Prática pedagógica nas salas multisseriadas
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O PRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
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Pedagogia da terra - curso de nível superior que já está presente em
todo o território brasileiro
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Escola ativa - uma formação docente específica para a sala
multisseriada
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Fases da implantação da escola ativa
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Princípio básico da escola ativa
Tem como princípios norteadores a valorização do aluno como ser livre, ativo e
social, o professor como facilitador no processo de aprendizagem do aluno e a
comunidade como parceira na transmissão de saberes culturais, sociais e nas
atividades empreendidas pela escola. (MEC, 2006, p. 16).
Objetivos:
oferecer uma metodologia adequada às salas multisseriadas com custos menores
do que a nucleação,
atendimento ao aluno em sua comunidade,
promover a equidade,
melhorar a qualidade do ensino,
reduzindo as taxas de evasão e repetência nas salas multisseriadas,
corrigir a distorção idade/série dos alunos,
promover a participação dos pais na escola, envolvendo-os em aspectos
pedagógicos e administrativos da escola.
(MEC, 2006).
A estratégia metodológica Escola Ativa tem como princípios norteadores a
valorização do aluno como ser livre, ativo e social, o professor como facilitador no
processo de aprendizagem do aluno e a comunidade como parceira na transmissão
de saberes culturais, sociais e nas atividades empreendidas pela escola. (MEC, 2006,
p. 16).
O Escola Ativa tem como objetivos: oferecer uma metodologia adequada às salas
multisseriadas com custos menores do que a nucleação, atendendo o aluno em sua
comunidade, promover a equidade, melhorar a qualidade do ensino, reduzindo as
taxas de evasão e repetência nas salas multisseriadas, corrigir a distorção
idade/série dos alunos, promover a participação dos pais na escola, envolvendo-os
em aspectos pedagógicos e administrativos da escola.
(MEC, 2006).
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Trabalho em sala de aula
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E as vantagens das salas Multisseriadas?
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Segundo o Censo Escolar 2005,
das escolas brasileiras, quase 50% estão localizadas no meio rural, totalizando
escolas e detendo 17,3% da matrícula no ensino fundamental do país, o que significa
o atendimento a alunos. Destes, 71,5% são alunos de 1ª a 4ª série. Mais da metade
das escolas do meio rural (59%) são multisseriadas – apenas 20% das escolas rurais
são seriadas –, atendendo a alunos, o equivalente a 24% das matrículas.
(MEC/Inep, 2007).
A incidência de escolas rurais varia de acordo com a região do Brasil. As escolas
rurais nas regiões Norte e Nordeste são superiores às localizadas nos meios
urbanos – 71,65% no Norte e 62,53% no Nordeste. As matrículas nas escolas das
áreas rurais brasileiras em 2006 totalizaram (o total de matrículas da Educação
Básica foi ). No Rio Grande do Norte – RN, “82% das escolas de Ensino Fundamental
do campo [...] utilizam a multisseriação, considerando que 66% são multisseriadas e
16% são mistas – salas multisseriadas e seriadas”. (Dantas e Carvalho, 2008, p. 02).
No período de 2000/2005, houve um declínio no número de estabelecimentos e de
matrículas das séries iniciais do ensino fundamental no meio rural, como podemos
perceber com os dados do INEP, apresentados pelo GEPERUAZ (2004), referentes ao
Censo Escolar de 2002, aponta que 64% das escolas rurais eram multisseriadas,
sendo que na Amazônia, em especial, esse número atingia um patamar dito
“preocupante”, pois atingia um percentual de 71,7, composto por escolas
multisseriadas do total de escolas de educação básica, envolvendo escolas urbanas
e rurais, atendendo a 46,6% dos alunos nessa etapa escolar (no Pará esse número
sobe para 97,45% da matrícula). O que mais preocupa é que esse ensino é oferecido
em situações precárias, obtendo um baixo rendimento dos estudantes,
prejudicando assim, a aprendizagem dos mesmos. (Hage, 2004).
Em 2003, de acordo com os dados do MEC/INEP, podemos perceber um crescimento
nessa percentagem, passando para 83% o número de escolas multisseriadas no
campo brasileiro (sendo que destas, 40% têm apenas uma sala de aula). (Ramalho,
2008). Contudo, nos anos posteriores, confirmou-se essa tendência ao declínio (em
2005 as salas multisseriadas somavam 59%, como já foi colocado) uma queda de
24% nesses dois anos.
Isso sugere melhoria no fluxo escolar, com a progressão dos alunos para as séries
posteriores. Também pode ser o resultado da política de nucleação e reorganização
da rede escolar adotada pelos municípios, sugerindo a transferência do
atendimento desses alunos para escolas urbanas, decorrente do incentivo dos
programas de transporte escolar. (MEC/INEP, 2007).
É importante citar que é no Estado de Minas Gerais a concentração do maior
número de escolas rurais da região Sudeste, mais especificamente no Norte de
Minas e no Vale do Jequitinhonha. Isso pode ser justificado pelo fato de grande parte
da população do Norte de Minas residir no meio rural, em “vilas, povoados e
fazendas”, tendo uma cultura campesina enraizada em seus habitantes. (Ramalho,
2008).
“O Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia –
GEPERUAZ realiza, há seis anos, inúmeras atividades no campo da pesquisa, do
ensino e da extensão, desenvolvidas no âmbito da Amazônia paraense. Estas ações
ocorrem na Universidade Federal do Para por meio do Programa de Pós-Graduação
do Instituto de Ciências da Educação – ICED, com a vinculação de docentes e
estudantes através da produção de suas teses e dissertações que focalizam diversas
problemáticas relacionadas à Educação do Campo no estado do Pará e na Amazônia,
bem como nas atividades de pesquisa de bolsistas de iniciação científica que
investigam esse campo temático”. Disponível em < >.
”. Os moradores e trabalhadores do campo têm, portanto, direito enquanto
cidadãos brasileiros de receberem uma educação de qualidade, condizente com
suas necessidades, no ambiente em que vivem. Por isso a Educação do Campo, no
campo.” (Arroyo, 2007, p. 160)
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Reflitamos sobre como desenvolver uma educação multisseriada sem que
não sejam estabelecidas grandes lacunas entre o ensino multisseriado e o seriado.
As salas multisseriadas, podem sim, oferecer um ensino de qualidade, apresentando
bons resultados, desde que se ofereça,
Recursos materiais,
estrutura física adequada,
materiais didático-pedagógicos,
acompanhamento pedagógico regular,
recursos humanos,
formação inicial e continuada que supra as reais necessidades do professor.
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Principais questionamentos do professor das salas multisseriadas!
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COMO ORGANIZAR O TEMPO E AS ATIVIDADES NAS SALAS
MULTISSERIADAS?
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1º Diagnóstico
2º Planejamento
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O PAPEL DO PLANEJAMENTO
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Identificar o conteúdo de ensino-aprendizagem.
Critérios
Questionamentos
Identificar o conteúdo de ensino-aprendizagem.
Qual o conteúdo a ser trabalhado e qual o ano?
Diagnosticar o nível de desenvolvimento real dos alunos.
O que os alunos já sabem a respeito do conteúdo a ser ensinado?
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GRADE BÁSICA Questionamentos Contextualizar as situações propostas.
Critérios
Questionamentos
Contextualizar as situações propostas.
Quais elementos devem ser considerados para aproximar o conteúdo proposto aos
conhecimentos dos alunos?
Diversificar os procedimentos pedagógicos.
Quais variações? Bingo, caça-palavra, cruzadas, carta enigmática, dominó, produção
de textos, debates, leituras etc?
GRADE BÁSICA
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3º Dinâmica da aula:
Individual;
Em grupo;
Coletivo;
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4º Rotina (sugestão) HORA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA 1ª
PORT.
PORT. leitura
2ª
MAT.
MAT. revisão
20 MIN
INTERVALO
3ª
CIÊNCIAS
GEOGRAFIA
PESQUISA
4ª
ARTE
ED.FÍS.
HISTÓRIA
ED.FIS.
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5º Organização da sala Divisão dos espaços para cada ano;
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6º As atividades:
Devem ser claras e objetivas (planejadas);
Aproximar os conteúdos propostos de cada ano;
Oferecer recursos facilitadores;
Explorar bastante os trabalhos em grupos;
Alunos “monitores”;
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Alguns exemplos práticos para trabalho em grupo e coletivo
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Em português trabalhar textos de maneira coletiva!!!!!
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Na Matemática:
Procurar trabalhar conteúdos similares;
Reproduzir em tamanho grande, gráficos e tabelas;
Dispor de materiais concretos (jogos, palitos, tampinhas, ábacos, entre outros);
Valorizar o trabalho em grupo;
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Aproveitar a contextualização existente; Explorar bem a oralidade;
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Algumas sugestões de jogos e atividades lúdicas!
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Aqui segue algumas sugestões de atividades lúdicas que já vínhamos
oferecendo antes das oficinas de Araçatuba e Barra Mansa do ano passado..... Cabe
algumas novas sugestões que fizemos o ano passado e outras deste ano
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PALAVRAS
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PALAVRAS O N Ç A P R C T I G E U S Z B
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Painel dos gêneros:
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QUEIMADA GRAMATICAL Como jogar:
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Jogo das fichas: Materiais: fichas com contas.
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Tabuada Quente
Para incentivar a memorização da tabuada, fazemos a brincadeira da batata quente
adaptada.
Uma sacolinha vai passando de mão em mão, enquanto um aluno canta: tabuada
quente... tabuada quente... QUEIMOU.
Quem está com a sacolinha abre tira uma tampinha com a pergunta e responde, se
acertar continua, senão sai.
E tudo recomeça, ninguém é repreendido por não saber, afinal é uma brincadeira.
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Baralho: Carro Quantidade de frações
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NÚMERO OCULTO
COLOCANDO EM PRÁTICA
Pense em um número de zero a cem e instigue a classe a tentar adivinhá-lo. Para
isso, só poderão perguntar se ele é maior ou menor que o numeral que
propuserem. Por exemplo, se o algarismo escolhido for dez, as crianças questionam:
"é maior que 50?". Você responde: "Não, é menor". Elas tentam novamente: "E maior
que 30?", "Não, é menor", e assim seguem, até encontrarem o número oculto. Quem
descobrir pensa no número seguinte. Assim, os alunos desenvolvem o raciocínio
lógico e os conceitos de maior e menor.
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Foto 7: sala multisseriada organizada em semicírcul
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Referências bibliográficas
Tendência Acessórios!
SHEIN
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