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GREGORY MANKIW
GRÁFICOS
O princípio dos ganhos do comércio diz que cada bem deve ser produzido por
quem tem o menor custo de oportunidade para produzi-lo. Assim, ambos terão uma maior
variedade no consumo e melhor especialização na produção dos bens. Esse custo de
oportunidade é sustentado pela teoria das VANTAGENS COMPARATIVAS de David
Ricardo, que diz que os custos de oportunidade devem ser comparados para que
determinemos quem deverá produzir qual bem.
O outro lado da teoria das Vantagens Comparativas é a de Vantagens absolutas,
que compara as produtividades dos produtores. Um produtor pode ter vantagens absolutas
na produção de todos os bens, mas nunca terá vantagens comparativas na produção de
todos eles. Assim, quando os produtores se concentram na produção dos bens no qual tem
maior vantagem comparativa podem usufruir de maior consumo através da troca, além de
maior diversidade.
4. OFERTA E DEMANDA
A lei da oferta e da demanda diz que o preço de qualquer bem ou serviço ajusta-se
para trazer a quantidade demandada desse bem ao equilíbrio. Para saber como a
economia será afetada por um acontecimento precisa-se pensar nos seus impactos sobre a
oferta e a demanda.
A quantidade ofertada de um bem é positivamente relacionada com o preço,
enquanto a quantidade demandada dele tem relação negativa com esse.
Pode-se deslocar a curva de oferta através de: 1) variação nos preços dos insumos
necessários para a produção do bem; 2) desenvolvimento da tecnologia; 3) expectativas
quanto ao aumento ou diminuição do consumo do bem em questão; 4) alteração no
número de vendedores.
Já a curva de demanda pode ser deslocada por: 1) flutuações na renda (deve-se
observar ainda se o bem é um bem normal ou inferior); 2) alterações nos preços dos bens
substitutos e complementares; 3) os gostos da população com relação ao produto; 4) as
expectativas quanto ao aumento da produção do bem; 5) alteração no número de
compradores.
Deve-se observar a distinção entre o deslocamento da curva e o deslocamento ao
longo dela. No primeiro caso, ela desloca-se quando altera-se uma variável externa, ou
seja, nem o preço nem a quantidade ofertada/demandada. Assim, está-se disposto a
consumir/produzir mais/menos do bem em questão por um preço dado. Já o
deslocamento ao longo da curva mostra uma alteração nas variáveis internas, ou seja,
preço ou quantidade ofertada/demandada.
O equilíbrio da oferta e da demanda é atingido quando a curva da oferta se cruza
com a curva da demanda, ou seja, a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada.
Desse modo, o preço de ajusta de modo a igualá-los. Assim, a quantidade e o preço
tendem a se ajustarem no ponto de equilíbrio. Sendo o preço o mecanismo de
relacionamento dos recursos escassos, quando ele está acima do ponto de equilíbrio tem-
se uma quantidade ofertada maior do que a quantidade demandada, gerando um excesso
de oferta. Caso contrário, haverá um excesso de demanda.
5. ELASTICIDADE
8. TRIBUTAÇÃO
9. COMÉRCIO INTERNACIONAL
10. EXTERNALIDADES
Para entendermos o conceito dos diferentes tipos de bens cabe desenvolver aqui as
propriedades de exclusão, segundo a qual uma pessoa pode ser excluída de usar um
bem, e a de rivalidade, segundo a qual a pessoa ao usar o bem impede que outras
usufruam dele.
Os bens podem ser divididos em quatro tipos: bens privados (excludentes e
rivais), recursos comuns (não-excludentes e não-rivais), monopólios naturais
(excludentes e não-rivais) e bens públicos (não-excludentes e rivais), que quando alguém
usa causa uma externalidade negativa, cujas quantidades a serem produzidas devem ser
determinadas pelo governo, já que o mercado privado se mostra incapaz de ofertá-los
pelo fato de os bens não serem excludentes e assim evita o problema dos caronas.
Alguns bens públicos são a pesquisa de base, que gera conhecimentos gerais, que
são disseminados e aproveitados por toda a sociedade e específicos, que são protegidos
pelas patentes, tornando-se gerais depois de sua expiração. A defesa nacional é também
um bem público, em como a luta contra a pobreza, já que todos querem viver num país
sem miséria.
Quando a ausência de propriedade causa uma falha de mercado o governo pode
resolver o problema através da emissão de licenças, da regulamentação da atividade ou
do fornecimento dela. O mercado falha na alocação de recursos porque o direito da
propriedade não está bem estabelecido, e cabe ao governo regular essa alocação. Para
resolver se deve fornecer um serviço público, o governo deve fazer uma análise de custo-
benefício, sendo suas análises apenas aproximações, não observando nenhum sinal de
preço.
MERCADOS
De acordo com a natureza do mercado em que estão inseridas, as empresas
deparam-se com decisões políticas diferentes, mais adequadas a sua atuação naquela
categoria de mercado. Como vimos anteriormente, há duas categorias de mercado, os de
concorrência perfeita ou imperfeita. O primeiro tipo é dos mercados competitivos. O
segundo se refere aos oligopólios, monopólios e competição monopolística.
15. MONOPÓLIO
16. OLIGOPÓLIO
20. POBREZA
Ela estuda como os consumidores que se deparam com tradeoffs tomam decisões
e como respondem a mudanças em seu ambiente. Para isso, vale-se de duas ferramentas.
A Curva de Restrição Orçamentária e a Curva de Indiferença do Consumidor.
A Curva de Restrição Orçamentária é o limite de combinações de consumo de
dois bens que o consumidor pode ter. A inclinação da curva determinará o preço relativo
dos bens.
A Curva de Indiferença do Consumidor mostra que combinações de consumo
dão o mesmo nível de satisfação ao consumidor. Para tal, há uma Taxa Marginal de
Substituição, que é taxa à qual o consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro,
que varia por toda a curva, dependendo da quantidade de cada bem que ele já está
consumindo. É regida por quatro princípios: 1) As curvas mais elevadas são preferíveis.
2) Elas se inclinam para baixo. 3) As curvas de indiferença não se cruzam. 4) São
convexas ao eixo principal, pois reflete a Taxa Marginal de Substituição, já que o
consumidor tem uma maior disposição para abrir mão de um bem que ele já tem em
grande quantidade. Quando temos um produto que é facilmente substituível pelo outro as
curvas são menos convexas. Observe-se as diferenças entre as curvas dos bens substitutos
perfeitos e complementares perfeitos.
Chega-se a otimização quando a Taxa Marginal de Substituição é igual ao preço
relativo, que é a taxa à qual o mercado está disposto a trocar um bem por outro, enquanto
a Taxa Marginal de Substituição é a taxa à qual o consumidor está disposto a trocar. A
inclinação da Curva de Indiferença é a Taxa Marginal de Substituição enquanto a
inclinação da Curva de Restrição Orçamentária é o preço relativo dos bens. No ponto
ótimo, a inclinação da Curva de Indiferença é igual à inclinação da Restrição
Orçamentária.
Quando ocorrem variações de renda ou no preço dos bens, ocorrem mudanças e o
ponto ótimo se move. Com um aumento de renda, ocorre um deslocamento paralelo da
Curva de Restrição Orçamentária, deslocando o ponto ótimo para o novo ótimo.
Com variações no preço de um bem, a restrição orçamentária se inclina para fora,
refletindo como muda o consumo em dependência das preferências do consumidor. Uma
mudança no preço de um dos bens tem dois efeitos sobre o consumidor: o efeito renda e o
efeito substituição.
De acordo com o efeito renda, o consumidor por observar uma diminuição do
preço relativo de um dos bens, se acha mais rico e passa a consumir mais dos dois bens,
deslocando sua curva de indiferença para um nível mais elevado.
O outro efeito que sofre, o efeito substituição, é a variação do consumo que
resulta de estar em um ponto de uma curva da indiferença com uma taxa de substituição
marginal diferente. Ele leva em conta que um bem está relativamente mais caro do que o
outro e passa a consumir mais do outro, que agora ficou relativamente mais barato.
A mudança de consumo se dá em duas etapas. 1) o seu consumo se desloca ao
longo da Curva de Indiferença de forma a consumir mais do bem mais barato (esse ponto
fica fora da sua Restrição Orçamentária anterior), refletindo o novo preço relativo do bem
com a inclinação da Curva de Restrição Orçamentária. É o efeito substituição. 2) A Curva
de Restrição Orçamentária se desloca para fora por causa do efeito renda. É o efeito
renda.
Uma aplicação que podemos fazer é na análise da relação entre o salário e a
quantidade de trabalho ofertado. Um aumento no salário pode inclinar a curva de oferta
de trabalho para cima ou para baixo. Quando o trabalhador recebe um aumento de salário,
por se achar mais rico, ele passa a trabalhar menos. Esse é o efeito renda. Da mesma
forma, o efeito substituição faz com que ele trabalhe mais, porque agora é mais caro para
ele trocar o trabalho pelo lazer. Outra aplicação é com a taxa de juros. A uma taxa de
juros alta o consumidor pode ser estimulado a poupar mais por causa do efeito
substituição. Por outro lado, pode gastar mais por causa do efeito renda.
1) o incentivo à poupança pode ser feito através de impostos sobre o consumo, abertura
de contas de poupança especiais com o objetivo de baixar a taxa de juros e aumentar o
investimento.
2) o incentivo ao investimento pode ser feito através de crédito tributário para a compra
de bens de capital, resultando em maiores taxas de juros e maiores poupanças.
28. DESEMPREGO
30. INFLAÇÃO
A taxa de juros real e a taxa de câmbio real se ajustam para equilibrar a oferta e a
demanda nos dois mercados. Assim, determinam a poupança, o investimento, o IEL e as
EL. O IEL coordena os mercados de fundos (que coordena poupança, investimento e
empréstimos para o exterior) e de câmbio.
No mercado de fundos de empréstimos, um aumento da taxa de juros torna a
compra de ativos nacionais mais atraentes, tanto para estrangeiros quanto para residentes,
por isso reduz o IEL. Portanto, o IEL depende da taxa de juros real. Á taxa de juros de
equilíbrio a quantidade que as pessoas desejam poupar é igual à quantidade desejada de
investimento interno e de investimento externo líquido.
O mercado de câmbio de moeda estrangeira coordena a oferta de moeda nacional
para trocar por moeda estrangeira com a demanda pela moeda nacional para comprar
bens nossos. Assim, quando a taxa de câmbio real se aprecia, os bens internos ficam mais
caros, e portanto menos atraentes, o que vai diminui a quantidade demandada de moeda
nacional para comprar nossos produtos.
Vejamos agora como as políticas do governo e os eventos afetam uma economia
aberta.
a) Os déficits orçamentários do governo
b) Política comercial. Ela não afeta a balança comercial, apenas afeta a curva de
demanda por moeda interna para a compra de bens produzidos aqui. Assim, reduz tanto
as importações quanto as exportações.
O governo pode atuar sobre a política fiscal através de alterações nos impostos ou
por alterações nas compras do governo. Quando o governo aumenta suas compras em 20
milhões, sua demanda agregada aumenta mais ou menos do que 20 milhões, dependendo
de qual é efeito é maior, o efeito deslocamento ou o efeito multiplicador.
De acordo com o efeito deslocamento:
1) o aumento nas compras;
2) leva a um aumento da demanda agregada;
3) e ao conseqüente aumento da taxa de juros;
4) diminuindo a despesa em investimento;
5) reduzindo a demanda agregada.
O efeito multiplicador se aplica a qualquer evento que altere as despesas em
qualquer componente do PIB, atuando como acelerador do investimento. Ele determina:
1) um aumento das compras;
2) aumenta a demanda agregada;
3) enriquece as empresas que fornecem serviços, que vão lucrar mais;
4) gastando mais em consumo;
5) aumentando a demanda de produtos em toda a economia.
O efeito multiplicador introduz ainda a Propensão Marginal a Consumir, que é a
fração de renda adicional que uma família consome ao invés de poupar. Assim, o efeito
multiplicador é igual a um dividido por um menos a Propensão Marginal a Consumir.
Um outro instrumento de atuação do governo na política fiscal são as alterações
nos impostos. Elas também estão sujeitas aos efeitos multiplicador e deslocamento. Os
efeitos podem ser alterados de acordo com a percepção das famílias quanto à duração dos
impostos baixos ou altos. Uma diminuição no imposto por exemplo:
1) aumenta a demanda agregada;
2) aumenta a demanda por moeda;
3) aumenta a taxa de juros;
4) reduz as despesas com investimento
5) pode deprimir a demanda agregada.